Enciclopédia de Ageu 2:14-14

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ag 2: 14

Versão Versículo
ARA Então, prosseguiu Ageu: Assim é este povo, e assim esta nação perante mim, diz o Senhor; assim é toda a obra das suas mãos, e o que ali oferecem: tudo é imundo.
ARC Então respondeu Ageu e disse: Assim é este povo, e assim é esta nação diante do meu rosto, disse o Senhor; e assim é toda a obra das suas mãos: e tudo o que ali oferecem imundo é.
TB Então, prosseguiu Ageu: Assim é que este povo, e assim é que esta nação está diante de mim, diz Jeová; assim está toda a obra das suas mãos; imundo é tudo o que ali oferecem.
HSB וַיַּ֨עַן חַגַּ֜י וַיֹּ֗אמֶר כֵּ֣ן הָֽעָם־ הַ֠זֶּה וְכֵן־ הַגּ֨וֹי הַזֶּ֤ה לְפָנַי֙ נְאֻם־ יְהוָ֔ה וְכֵ֖ן כָּל־ מַעֲשֵׂ֣ה יְדֵיהֶ֑ם וַאֲשֶׁ֥ר יַקְרִ֛יבוּ שָׁ֖ם טָמֵ֥א הֽוּא׃
BKJ Então respondeu Ageu, e disse: Assim é este povo, e assim é esta nação diante de mim, diz o -SENHOR; e assim é toda a obra das suas mãos; e tudo o que ali oferecem é imundo.
LTT Então respondeu Ageu, dizendo: "Assim é este povo, e assim é esta nação diante de Mim, diz o SENHOR; e assim é toda a obra das suas mãos; e tudo o que ali oferecem imundo é.
BJ2 Então Ageu respondeu: "Assim é esse povo! Assim é essa nação diante de mim!, oráculo de Iahweh. Assim, é o trabalho de suas mãos,[o] e o que eles oferecem aqui é impuro!"[p]
VULG Et dixit Aggæus : Si tetigerit pollutus in anima ex omnibus his, numquid contaminabitur ? Et responderunt sacerdotes, et dixerunt : Contaminabitur.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Ageu 2:14

Esdras 3:2 E levantou-se Jesua, filho de Jozadaque, e seus irmãos, os sacerdotes, e Zorobabel, filho de Sealtiel, e seus irmãos e edificaram o altar do Deus de Israel, para oferecerem sobre ele holocaustos, como está escrito na Lei de Moisés, o homem de Deus.
Provérbios 15:8 O sacrifício dos ímpios é abominável ao Senhor, mas a oração dos retos é o seu contentamento.
Provérbios 21:4 Olhar altivo, coração orgulhoso e até a lavoura dos ímpios são pecado.
Provérbios 21:27 O sacrifício dos ímpios é abominação; quanto mais oferecendo-o com intenção maligna!
Provérbios 28:9 O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.
Isaías 1:11 De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o Senhor? Já estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais nédios; e não folgo com o sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes.
Ageu 1:4 É para vós tempo de habitardes nas vossas casas estucadas, e esta casa há de ficar deserta?
Tito 1:15 Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis; antes, o seu entendimento e consciência estão contaminados.
Judas 1:23 e salvai alguns, arrebatando-os do fogo; tende deles misericórdia com temor, aborrecendo até a roupa manchada da carne.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO

537-520 a.C.
SESBAZAR
De acordo com Esdras 2:64, um total de 42.360 judeus aceitaram o desafio de voltar a Jerusalém. Não se sabe ao certo a proporção que esse número representa em relação a todos os judeus exilados na Babilônia. O historiador Josefo diz que muitos não se mostraram dispostos a deixar seus bens para trás.' A volta dos judeus foi liderada por Sesbazar, o príncipe de Judá.? O povo levou consigo os utensílios do templo do Senhor que Nabucodonosor havia tirado de Jerusalém.' Sua jornada de volta a Jerusalém provavelmente foi realizada em 537 a.C.

OS ALICERCES DO TEMPLO SÃO LANÇADOS
Desse ponto em diante, Sesbazar sai de cena e seu lugar como líder de Judá é ocupado por Zorobabel, filho de Sealtiel e neto de Joaquim. Assim que chegaram, os judeus reconstruíram o altar e voltaram a oferecer sacrifícios. No ano seguinte, lançaram os alicerces do novo templo. O livro de Esdras registra emoções conflitantes: "E todo o povo jubilou com altas vozes, louvando ao SENHOR por se terem lançado os alicerces da sua casa. Porém muitos dos sacerdotes, e levitas, e cabeças de famílias, já idosos, que viram a primeira casa, choraram em alta voz [...] muitos, no entanto, levantaram as vozes com gritos de alegria."
Esdras 3:11b-12 Essa alegria durou pouco, pois, quando sua oferta para ajudar foi recusada, os descendentes dos povos reassentados em Samaria contrataram conselheiros para trabalhar contra os judeus e frustrar seus planos. Assim, as obras no templo ficaram paradas durante o restante do reinado de Ciro e de seu filho, Cambises II (530-522 a.C.), dezesseis anos, no total. Em 400 a.C., os samaritanos obtiveram autorização dos persas para construir um templo ao Senhor no monte Gerizim, próximo a Siquém

UM NOVO COMEÇO: DARIO, AGEU E ZACARIAS
A morte de Cambises em 522 a.C. foi seguida de uma luta pelo trono da Pérsia. Quem saiu vitorioso foi Dario, filho do sátrapa Histaspes e membro de uma linhagem secundária da família real. Sua ascensão ao trono da Pérsia é relatada na famosa inscrição em pedra de Behistun, ou Bisitun, a cerca de 30 km de Kermansha, no Irà. (Essa inscrição em babilônio, elamita e pers antigo foi usada para decifrar o sistema de escrita cuneiform da Mesopotâmia.) Em 520 a.C., quando Dario havia se firmado no poder, o Senhor levantou dois profetas: Ageu e Zacarias, para instar o povo a concluir o templo,5 Ageu foi objetivo e direto: "Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas, enquanto esta casa permanece em ruínas? (Ag 1:4). O Senhor falou a Zacarias por meio de várias visões: "Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel: Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos. Quem és tu, ó grande monte? Diante de Zorobabel serás uma campina; porque ele colocará a pedra de remate, em meio a aclamações: Haja graça e graça para ela!" (Zc 4:6-7).
As obras sofreram mais atrasos quando Tatenai, O governador da província dalém do Eufrates, quis saber quem havia autorizado os judeus a reconstruir o templo. Felizmente para os judeus, uma cópia do decreto de Ciro foi encontrada na cidade de Ecbatana (atual cidade iraniana de Hamadà), na província da Média.
As palavras dos profetas surtiram o efeito desejado. As obras do templo foram reiniciadas no vigésimo quarto dia do sexto mês (21 de setembro de 520 a.C.) e completadas três anos e meio depois, no terceiro dia de adar (12 de março de 516 a.C.).° O templo de Zorobabel, uma construção menor e menos ornamentada do que o templo de Salomão, foi substituído posteriormente pelo templo suntuoso de Herodes. É possível que parte das pedras do templo de Zorobabel tenha sido preservada.

DARIO
Dario (522-486 a.C.) foi um rei guerreiro bem-sucedido. Seus grandes feitos são celebrados pelo historiador grego Heródoto de Halicarnasso (atual Bodrum, no sudoeste da Turquia). Usando uma ponte de barcos que atravessava o Bósforo até o norte da atual Istambul, Dario conquistou os citas do sudeste da Rússia e toda a região dos Bálcás que ficava ao sul do rio Danúbio. Também abriu um canal ligando o rio Nilo ao mar Vermelho e registrou suas obras em quatro estelas de granito vermelho.
Seu único insucesso foi a expedição contra a Grécia. Uma tempestade na costa próxima ao monte Atos, na região norte da Grécia, destruiu grande parte de sua frota. Em 490 a.C., as embarcações persas que resistiram à tempestade lançaram âncora na baía de Maratona, na costa leste da península de Ática, apenas 40 km de Atenas. Uma vez que não receberam ajuda dos espartanos, os atenienses tiveram de enfrentar os persas sozinhos. Conseguiram fazer os persas recuarem para o mar e capturaram sete de suas embarcações. Os persas deram meia volta e regressaram à Ásia. Exasperados com essa derrota, organizaram uma invasão muito maior sob o comando de Xerxes, filho de Dario (486 465 a.C.), dez anos depois.
Império Persa Os persas dominaram um império que começava no mar Egeu e se estendia até o rio Indo. O rei persa Cambises conquistou o Egito em 525 a.C., e os reis persas Dario e Xerxes empreenderam campanhas malogradas contra a Grécia em 490 e 480 a.C.
Império Persa Os persas dominaram um império que começava no mar Egeu e se estendia até o rio Indo. O rei persa Cambises conquistou o Egito em 525 a.C., e os reis persas Dario e Xerxes empreenderam campanhas malogradas contra a Grécia em 490 e 480 a.C.
Muro leste do Templo. Junção da construção herodiana esmerada (à esquerda) com partes edificadas anteriormente. Acredita-se que a parte mais antiga pertencia ao templo de Zorobabel.
Muro leste do Templo. Junção da construção herodiana esmerada (à esquerda) com partes edificadas anteriormente. Acredita-se que a parte mais antiga pertencia ao templo de Zorobabel.
Persépolis, onde se encontram as ruínas de Apadana, o salão de audiências de Dario I (522-486 a.C.).
Persépolis, onde se encontram as ruínas de Apadana, o salão de audiências de Dario I (522-486 a.C.).

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Ageu Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
SEÇÃO II

CHAMADA À MOTIVAÇÃO

Ageu 2:1-9

A segunda mensagem transmitida pelo profeta ocorreu após um lapso de aproxima-damente um mês. Pelo visto, os trabalhos estavam atrasados. A ocasião do discurso se dera, como na primeira vez, numa reunião pública. A data era o último dia da Festa dos Tabernáculos (Lv 23:33-36,39-43). O motivo para a redução da velocidade dos trabalhos era que o santuário tomara forma suficiente para as pessoas o compararem com o Tem-plo de Salomão, ao demonstrar uma diferença desanimadora. Viram que a construção atual era pobre em substituição ao edificio magnífico que estivera anteriormente no monte Sião. Foi para combater tal desânimo que o profeta se manifestou. "A nova palavra de Ageu é de mero incentivo. A consciência dos judeus fora atiçada pelo primeiro discurso, mas agora precisavam de esperança":

A. O ATRASO NOS TRABALHOS 2:1-5

As palavras do versículo 3 espelham o desânimo do povo e sua causa. Claro que só pequena proporção do povo vira a glória do Templo de Salomão. A maioria dos estudiosos acredita que as palavras deste versículo indicam que Ageu estava entre este grupo. Nesta ocasião, o profeta seria idoso, visto que o Templo fora destruído 70 anos antes.

Pusey faz uma descrição notável da magnificência do Templo de Salomão, que res-salta o contraste com esta casa simples de adoração:

Além da riqueza das esculturas no primeiro Templo, tudo que lhe era pertinen‑

te era revestido de ouro. Salomão revestiu o altar inteiro dentro do oráculo, os dois querubins, o chão da casa, as portas do Santo dos Santos e seus ornamentos; os entalhes de querubins e palmeiras, cobriu de ouro amoldado na madeira entalhada; o altar de ouro e a mesa de ouro, sobre o qual ficava o pão da proposição; os dez candelabros de puro ouro, com as flores, as lâmpadas e os tenazes de ouro; as taças, os espevitadores, as bacias, as colheres e os incensários de puro ouro, e as dobradi-ças de puro ouro para todas as portas do Templo. A varanda que ficava em frente da casa, de 20 côvados de largura por 120 de altura, foi revestida de ouro puro por dentro; a casa brilhava com pedras preciosas. [...] Foram empregados 600 talentos de ouro para revestir o Santo dos Santos. As câmaras superiores também eram de ouro, o peso dos pregos era de 50 siclos de ouro.'

Claro que a comunidade pobre dos exilados que voltaram não estaria preparada para duplicar semelhante edifício. Contudo, Ageu se dirige a Zorobabel, Josué e o povo (4), ao conclamá-los a se esforçarem ("sê forte", ARA). Estas palavras estariam cheias de significado especial quando o povo se lembrasse da história registrada no pri-meiro capítulo de Josué. Naquela ocasião, Deus falara com o que acabara de ser escolhi-do como sucessor de Moisés e líder de Israel (Js 1:6). Nesta também, diante da grande tarefa à mão, o Senhor dera a mesma exortação para fortalecer e encorajar: Esforçai-vos ("sê forte", ARA).

Talvez alguém critique Ageu por incentivar as pessoas a empreender a tarefa segun-do as próprias forças. Mas trata-se de interpretação errônea. Há dois lados da mensa-gem:
a) As pessoas têm de se esforçar e trabalhar (4; "sê forte" e "trabalhai", ARA) ; mas ao fazerem,
b) Deus promete: Eu sou convosco. Para os israelitas, a garantia mais forte da presença e poder de Jeová em ajudar era que o Senhor é o mesmo Deus que os libertara do Egito (5). Ageu, como a maioria dos profetas, lembra ao povo que Jeová fizera um concerto com eles, relação que jamais não quebrará.

"É surpreendente que a presença do Espírito seja usada como equivalente para o cumprimento do concerto da parte de Deus; a idéia impregna o Novo Testamento".3

Em 2:1-5, vemos "como enfrentar circunstâncias desanimadoras":

1) Não seja tolo -enfrente os fatos, 3;

2) Seja forte e corajoso, 4;

3) Relembre as promessas de Deus e a ajuda prestada em situações difíceis, 5a;

4) Preste atenção à promessa e reaja ao encorajamento de Deus: Eu sou convosco, diz o SENHOR dos Exércitos... o meu Espírito habita no meio de vós; não temais, 4,5 (A. F. Harper).

B. A PROFECIA, 2:6-9

Nesta passagem, temos a profecia que serviu de base de ânimo para as pessoas. Ainda uma vez, daqui a pouco, e farei tremer os céus, e a terra, e o mar, e a terra seca (6). Aqui, como ocorre tantas vezes na profecia, o futuro é condensado. Esta é uma visão de "audácia incrível que revela a fé invencível do profeta".4

Certos expositores entendem que as palavras: Ainda uma vez... farei tremer... a terra, dizem respeito ao grande terremoto ocorrido no monte Sinai, quando Deus iniciou o concerto. De certa forma, o Senhor manifestará sua glória uma vez mais e levará todas as nações a tremer em sua presença.

Muitos pensam que os cataclismos que Ageu prevê são cogitações das revoltas que então ocorriam no mundo persa durante o primeiro reinado de Dario. O profeta vê que estes motins são prelúdios da era messiânica. O quadro profético indicava que a era messiânica seria precedida por "aflições messiânicas".5

Neste caso, a era messiânica e sua glória estão associadas com o Templo. Ainda que estes exilados empobrecidos não tenham acesso a riqueza suficiente para igualar o Tem-plo de Salomão, Deus é o possuidor de toda a prata (8) e de todo o ouro.

Os comentaristas concordam que o desejado de todas as nações (7), traduzido no singular, é tradução enganosa, visto que o verbo está no plural e exige o sujeito no plural. J. Mcllmoyle expressa a posição conservadora com muita clareza: "Muitas são as pesso-as, sobretudo aquelas que encontraram Aquele que é a satisfação de todos os desejos, que gostariam de seguir os antigos expositores judeus e ver aqui uma referência pessoal ao Messias. Porém por mais grandiosa que fosse a verdade assim expressa, a dificuldade em traduzir essas palavras desse jeito afigura-se insuperável".

A Septuaginta traduz assim: "As coisas escolhidas"; ou pode ser traduzido por: "As coisas desejáveis de todas as nações" (cf. ARA). A referência é aos tesouros caros (cf. NVI; NTLH) que serão trazidos para embelezar o Templo (cf. Is 60:5: "As riquezas das nações a ti virão").

O profeta continua sua profecia de encorajamento e faz mais duas predições: A gló-ria desta última casa (o Templo em reconstrução) será maior do que a da primeira (o Templo de Salomão), e Deus dará paz (9).

Talvez o que engrandecerá o Templo sejam as esplêndidas ofertas de ouro e prata trazidas pelas nações. Mas esta idéia é bastante inadequada diante do fato de que o profeta reconhece que a verdadeira glória do Templo é a presença de Deus. Outrossim, o significado textual deste versículo não insinua duas casas, mas uma, em que a última é continuação da primeira. Esta verdade era literalmente concreta, visto que certas pare-des que restaram do antigo Templo tornaram-se parte do novo. A tradução literal diz assim: "A última glória desta casa será maior que a primeira".
"Em primeiro lugar", diz Perowne, "a glória aqui prometida é obviamente material: as coisas desejáveis, os presentes preciosos de todas as nações". Mas está indubitavelmente mais próximo da verdade quando acrescenta: "Mas inclui a glória espiritual sem a qual, aos olhos de Deus, o esplendor material é inaceitável e sem valor"!
Com a segunda promessa, o povo de Deus recebia a certeza da segurança em meio às convulsões de importância fundamental entre as nações.
Mas estas profecias se cumpriram? Marcus Dods observou que se cumpriram lite-ralmente, visto que os recursos para a construção não faltaram. Mas este não constituiu o maior cumprimento. O tributo das nações envolvia o reconhecimento de que este era o "centro visível do Reino de Deus e o lugar da sua manifestação".8

SEÇÃO III

CHAMADA À PACIÊNCIA

Ageu 2:10-19

Nesta seção, Ageu faz algumas perguntas aos sacerdotes. A mensagem veio três meses depois do início dos trabalhos e dois após a profecia anterior. Era outro meio de encorajar as pessoas ao trabalho, a fim de mostrar-lhes a necessidade de serem pacien-tes. O título da mensagem poderia ser "O Poder do Imundo" (G. A. Smith) e baseia-se no julgamento que os sacerdotes fizeram concernente às perguntas de Ageu. O profeta pede que eles "resolvam esta questão" (11, RSV). O original hebraico diz: "Pergunte à Torá". Neste caso, era uma decisão ("resolução", "ordem", "instrução") oral prevista pelo livro de Deuteronômio na eventualidade de não haver instrução escrita (Dt 17:8-13). Estas decisões ("sentenças") eram dadas na forma de interpretação fundamentada na matéria tradicional e ganhou o significado de "texto de normas técnicas". 1

Ageu fez duas perguntas: A peça de roupa que acondicionou a carne santa torna santo o que tocar? E os sacerdotes, respondendo, diziam: Não (12). A segunda per-gunta era: Aquilo que se tinha tornado impuro pelo contato com um corpo morto contamina o que tocar? Os sacerdotes responderam. A coisa ficará imunda (13).

O propósito das perguntas é mostrar que é muito mais fácil ficar imundo do que se tornar limpo — a pecaminosidade é mais contagiosa do que a santidade. A suma do argu-mento é que aquilo que era cerimonialmente santo não podia consagrar o que tocasse. Pelo contrário, o que era cerimonialmente imundo contaminava a pessoa em contato com isto e tudo o que ela tocasse também ficava imundo (Nm 19:11-22).

No versículo 14, Ageu faz a aplicação do ensinamento. Este povo refere-se aos ju-deus. Tudo o que ali oferecem indica especificamente o altar que fora erigido. Os judeus pensavam que o ritual ministrado na restauração do altar removia as negligênci-as e faltas cometidas. Mas Ageu prova que as coisas não são assim. As atividades que os judeus fizeram antes da construção do altar os contaminaram até o ponto de tornar imunda as suas ofertas.

É fácil ficar contaminado e difícil tornar-se limpo. Esta é a lição das respostas dos sacerdotes. As pessoas não devem pensar que a mera mudança de direção as livre das conseqüências de seus erros. O pecado pode ser perdoado, mas as conseqüências às vezes sempre estorvam. Por isso que era necessária a exortação à paciência. O povo tinha de lutar contra as dificuldades que o pecado criara. "Se o contato com uma coisa santa tem somente um efeito leve, mas o contato com uma coisa imunda tem um efeito muito maior, então os esforços em reconstruir o Templo têm de ter menos influência boa na condição dos judeus do que a influência má de toda a dedicação anterior voltada para si mesmos e os labores seculares".2

Após apresentar os princípios do governo de Deus e aplicá-los às pessoas, Ageu pas-sa a ilustrar a lição. Ele chama atenção aos 17 anos que passaram desde o retorno da Babilônia, com a seqüência de estações com colheitas ruins Deus ferira a lavoura com queimadura (17) e ferrugem, duas doenças preditas por Moisés como castigo pela desobediência (Dt 28:22). A saraiva também fora destrutiva para a videira.

Desde o dia em que se fundou o Templo do SENHOR (18), ou seja, desde que os judeus começaram a reconstruir, ainda não havia sinal natural de que a situação muda-ria. Estendemos que esta situação ainda era conseqüência dos resquícios da impureza, conforme indicam as respostas dos sacerdotes. Mas agora Deus quer mudar as circuns-tâncias do povo. Esta paráfrase dá uma interpretação clara dos versículos 18:19: "Mas agora, prestem atenção nisso: A partir de hoje, o 24 dia do mês [o dia 24 de quisleu, que corresponde a princípios de dezembro], dia em que foram colocados os alicerces do tem-plo, eu os abençoarei. Notem bem que lhes faço esta promessa antes mesmo de vocês começarem a levantar a estrutura do Templo, antes de terem colhido os cereais e antes de as uvas, os figos, as romãs e as azeitonas surgirem. A PARTIR DE HOJE EU OS ABENÇOAREI" (BV).

SEÇÃO IV

CHAMADA À FÉ

Ageu 2:20-23

A mensagem final de Ageu é dirigida somente a Zorobabel (21) e foi entregue no mesmo dia que o sermão precedente. Neste discurso, o profeta entende que este gover-nador é antecessor e tipo do verdadeiro Rei dos judeus. Para Zorobabel e — por meio dele — para a nação que representava, Deus faz uma promessa graciosa de segurança e preferência.'

Ageu vê a destruição do trono dos reinos (22; as potências mundiais), e repete a profecia de 2.6: Farei tremer os céus e a terra (21). Neste rebuliço, a posição de Zorobabel permanecerá segura e Deus firmará seu representante de confiança.

Zorobabel será o anel de selar (23) de Deus. Era um anel gravado em alto ou baixo-relevo com o nome do dono, que o guardava com cuidado extremo. Usava-se para imprimir um selo de autenticação, e tornava-se, então, símbolo de autoridade. Às vezes, um monar-ca oriental o dava para um ministro importante como sinal de confiança e autoridade (cf. Gn 41:42). A liderança de Zorobabel trará a marca característica da autoridade divina.

"As aspirações messiânicas que dantes estavam ligadas ao reino davídico, Ageu as transfere a Zorobabel, que, em virtude desta posição nomeada, torna-se um tipo de C risto".2

Muitas pessoas devem ter alimentado altas esperanças de que Zorobabel era de fato o rei messiânico, pois em nome do Senhor o profeta lhe fala: Eu te escolhi. Mas, como observa G. A. Smith, este anel de sinete de Jeová (Zorobabel) não foi reconhecido pelo mundo. Pelo visto, não despertou, sequer, a mínima atenção. Na realidade, o que temos aqui é a reafirmação da esperança messiânica judaica de um libertador divino proveni-ente da casa de Davi, que se assentaria no trono de Davi. Esta grande esperança atingiu o apogeu com o Filho de Davi — Jesus Cristo. O seu governo se elevará acima dos reinos caídos deste mundo e o seu trono será estabelecido para sempre. Amém.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Ageu Capítulo 2 do versículo 10 até o 14

Santidade e Imundícia (Ag 2:10-14)

Ag 2:10

Ao vigésimo quarto dia do mês nono, no segundo ano de Dario, velo a palavra do Senhor. Um novo discurso foi dado a Ageu no vigésimo quarto dia do nono mês. Conforme a nota cronológica de Ag 2:1. O ano continuava a ser o segundo do governo de Dario, o rei (Ag 1:1). Entre Ag 2:1 e Ag 2:10 escoaram-se cerca de dois meses. A data agora era o dia 25 de quisleu (18 de dezembro de 520 A. D.). Conforme também a nota cronológica de Zc 1:1. Zacarias, profeta contemporâneo de Ageu, iniciou seu ministério um mês antes desse novo discurso de Ageu. A nova mensagem de Ageu, como as outras, foi-lhe dada através da palavra de Yahweh, ou seja, foi inspirada; e Ageu foi seu porta-voz oficial. Portanto, houve autoridade tanto na mensagem como no porta-voz. Conforme Ag 1:3 e Ag 2:1, onde temos as mesmas indicações.

O povo de Judá se contaminara tanto por seus muitos pecados como pela negligência quanto a seus deveres espirituais, que incluíam a necessidade de reconstruir Jerusalém e o templo. Eles atolaram no egoísmo (Ag 1:4). O povo de Judá não observara as muitas leis concernentes ao que era limpo e ao que era imundo. Ver no Dicionário o verbete chamado Limpo e Imundo. Diversos tipos de infrações os anularam como edificadores apropriados e ministros do segundo templo.

Ag 2:11-12) não foi transmitido adiante. Esse mérito foi cancelado por sua negligência de um dever igualmente importante. Esse último ponto, entretanto, não é aqui destacado, mas é deixado para ser suprido pelos ouvintes do profeta".

Carne santa. Ou seja, a carne do animal sacrificado que fora oferecido a Yahweh.
Ag 2:13

Se alguém, que se tinha tornado impuro... ficará ela imunda? Se a pureza não se transmite aos objetos (qualquer tipo de alimento ou oferenda feita a Yahweh, como o pão, o vinho, o azeite etc.; vs. Ag 2:12), a imundícia era transmitida a todos os objetos tocados, O caso específico da contaminação é o toque em um cadáver. Isso tornava um homem impuro, e então qualquer coisa em que esse homem tocasse automaticamente ficava imunda, e não mais servia para o culto divino. Esse homem e os objetos tinham de ser purificados, antes que a vida pudesse continuar normalmente, quer a vida pessoal de um indivíduo, quer a vida do culto a Yahweh. Ver Lv 11:28; 22.4-7. A imundícia ritual era como uma doença contagiante imediatamente transferida a todos os objetos, mediante o toque. Ver a minha interpretação geral do presente contexto na citação de Ellicott, nas notas sobre o versículo anterior. Os sacerdotes deram as respostas corretas a ambas as indagações (sobre a não transferência da pureza e sobre a transferência da imundícia; vss. Ag 2:12 e 13), mas não se mostraram suficientemente sábios para ver que a imundícia geral, como a incorrida pela negligência espiritual de um dever, era uma imundícia real na qual, o povo, como um todo, havia caído.

Ag 2:14
Então prosseguiu Ageu: Assim é este povo. A negligência espiritual (a falha de construir o segundo templo) foi uma imundícia moral que infectou todo o povo de Judá. A imundícia havia sido transmitida a todos os aspectos da vida e também a todos os aspectos do culto divino, por parte daquele povo preguiçoso que se tornara imundo por causa do descuido em relação a um dever espiritual. Até suas oferendas, que fossem corretamente oferecidas, eram inaceitáveis enquanto aquele povo não construísse o segundo templo de Jerusalém. A missão havia sido entregue a eles, mas eles tinham ignorado esse fato e continuaram a viver, desfrutando seus pequenos prazeres, esquecidos da Casa do Senhor, a condição sine qua non da restauração de Jerusalém, capital do Novo Israel, após o cativeiro babilônico.

“Todo o culto externo deles e todos os sacrifícios que eles oferecessem, segundo a estimativa do Senhor, eram impuros e abomináveis, conforme eles mesmos eram abomináveis” (John Gill, in loc.). Conforme este versículo com Ed 3:3. Um altar fora construído para efetuar o sistema sacrificial na ausência do templo e de seus móveis e utensílios.


Champlin - Comentários de Ageu Capítulo 2 versículo 14
Para Ageu, o templo em ruínas era como um cadáver que profanava e tornava impura toda a vida do povo, inclusive os seus sacrifícios.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Ageu Capítulo 2 do versículo 1 até o 15
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2.1-9 O Senhor novamente fala ao povo, desta vez encorajando-o a continuar construindo. Relatos acerca da suntuosidade do templo destruído de Salomão aparentemente foram a origem de desencorajamento (v. 3). O Senhor primeiramente assegurou-lhes de sua contínua presença no meio deles — uma promessa para o presente (vs. 4, 5). Em segundo lugar, ele garantiu-lhes acerca do objetivo futuro de seu projeto (vs. 6-9). Embora parecesse humilde em comparação, a glória deste templo iria finalmente exceder a do templo de Salomão, pois seria agraciada com a presença do próprio Messias (v. 9, nota).

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2.1 sétimo mês... vigésimo-primeiro. 17 de outubro de 520 a.C. De acordo com Lv 23:33-43, este era o último dia da Festa dos Tabernáculos, durante a qual o povo de Deus devia se alegrar pela provisão divina para eles no deserto e as bênçãos da colheita. Não havia muito para se alegrar, todavia, visto que sua colheita havia sido insignificante (1.11).

* 2.2 ao resto do povo. O primeiro sermão de Ageu foi dirigido aos líderes porque eles tinham que iniciar o trabalho. O povo está incluído aqui porque esta mensagem pretendia encorajá-los na tarefa que tinham em mãos.

* 2.3 esta casa na sua primeira glória. Os versículos 1:3 sugerem que o povo estava desencorajado pela relativa falta de esplendor do novo templo (conforme 2Cr 3; 4) e pela dificuldade da tarefa diante deles.

* 2.4 sê forte. A repetição tripla acrescenta ênfase a essa ordem. Ordens semelhantes fizeram parte da construção do templo de Salomão. (13 22:13'>1Cr 22:13; 13 28:20'>28:20; conforme Gl 6:9).

eu sou convosco. A presença do Senhor e sua força sustentadora garantem o sucesso definitivo da empreitada deles.

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2.5 da aliança que fiz convosco. As promessas da Aliança de Deus, feitas durante d Êxodo do Egito, agora asseguram o povo de sua presença (cf. Êx 33:12-17; Nm 11:16-17). Seu poderoso Espírito está presente, da mesma maneira que nos dias da grande libertação do Egito.

* 2.6 Ainda uma vez... farei abalar. Como é comum nos profetas, o futuro próximo e distante estão em foco. Aqui as referências à gloria do segundo templo estão justapostas com um quadro do julgamento universal final sobre o cosmos. Enquanto este abalo pode ser prefigurado pelos eventos políticos que ocorreram um pouco depois do tempo de Ageu (ex., a derrota dos persas pelos gregos), o abalo final da ordem criada ainda está por vir (Hb 12:26-28).

* 2.7 coisas preciosas de todas as nações. Ver referência lateral. Embora o termo hebraico traduzido por “coisas preciosas” (ou: “desejo”) possa referir-se a uma pessoa (i.e., o Messias), o contexto imediato aqui favorece uma referência a coisas desejadas por todas as nações (i.e., “coisas preciosas para eles”). O versículo 8 fala de tais coisas preciosas, e o decreto do rei Dario, durante cujo reinado Ageu ministrou, refere-se a coisas preciosas sendo contribuídas para o projeto de construção do templo (Ed 6:3-5, 8-9). Aqui Ageu provavelmente está ecoando a promessa de Isaías a respeito de um Israel enriquecido pela fartura das nações (Is 60:5). Em outras palavras, ele fala da era messiânica.

encherei de glória esta casa. A intenção de Deus é honrar a si mesmo pela manifestação de sua gloriosa presença perante “todas as nações.” Quando a presença de Deus enche o templo, as nações vêm para a luz (Is 2:3-5; 60:3).

* 2.8 a prata... o ouro. Sendo o possuidor soberano de todas as coisas (conforme Sl 24:1; 50.9-12), Deus realizará a sua própria glorificação bem como a herança do seu povo da riqueza das nações (Is 60:5). Ver nota no v. 7.

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2.9 glória. Esta promessa de uma glória maior é cumprida em Cristo, a maior manifestação da presença e glória de Deus (Ml 3:1; Jo 1:14). Cristo concede a sua glória à sua igreja, o novo templo de Deus (Ef 2:21; 3:20, 21).

neste lugar, darei a paz. Esta paz (hebraico shalom) significa mais do que a simples ausência de conflito. Ela implica prosperidade e uma sensação de total bem-estar. Cristo concede a paz aos crentes hoje (Jo 14:27), mas o cumprimento definitivo e total aguarda pelo tempo quando o Senhor Deus Todo-poderoso e o Cordeiro forem o templo da Nova Jerusalém (Ap 21:22).

* 2.10 vigésimo-quarto dia do mês nono. A seqüência do tempo é importante para interpretar a terceira mensagem, que começa com uma nota de julgamento (vs. 10-14). O povo havia se arrependido e começado a trabalhar em 21 de setembro de 520 a.C. (1.15), e Ageu trouxe a mensagem de encorajamento em 17 de outubro do mesmo ano (2.1-9). Aqui, em 18 de dezembro, ele traz outra mensagem de condenação. O povo não tinha visto ainda a questão mais profunda — sua corrupção diante do santo Deus. Isto é coerente com o chamado de Zacarias de retorno ao Senhor, pronunciado depois de terem começado a trabalhar no templo (Zc 1:3-6).

* 2.11-14 Esta porção do terceiro sermão de Ageu, enfatizando a grave corrupção do povo e de seus esforços, desenvolve uma lição prática tomada da lei cerimonial mosaica. As questões dirigidas aos sacerdotes mostram que embora a santidade cerimonial não seja transferível (v. 12), a corrupção cerimonial o é (v. 13). Ageu então aplica aos seus ouvintes a lição das perguntas anteriores (v. 14). Eles corromperam o trabalho do templo e suas ofertas por que sua alienação de Deus era muito maior do que eles imaginavam. A mera presença de um templo reconstruído não iria torná-los santos como povo (conforme Jr 7:3-7); Deus exige mudança genuína de coração e vida, não apenas mera conformidade exterior.

* 2.15 Agora. Esta palavra assinala uma transição entre a acusação e a bênção. Apesar de seu passado corrompido, o santo Deus estava determinado a abençoá-los (v. 19).

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2.17 Eu vos feri... saraiva. Este versículo baseia-se em Am 4:9. Desastres naturais como esse e a ausência de produtividade agrícola, o amargo fruto da desobediência à Aliança do Senhor (1.6, nota; Dt 28:22), eram o modo de Deus chamar a atenção do seu povo.

* 2.19 vos abençoarei. A graça de Deus supera o pecado e a corrupção do seu povo. Embora ele os discipline, no fim a misericórdia triunfa sobre o julgamento.

* 2.20-23 Este último dos sermões de Ageu, proferido no mesmo dia que o anterior (v. 10), retorna ao tema da glória do templo nos dias futuros (v. 6, nota). Novamente os eventos futuros estão em foco quando Ageu entrelaça alusões à vinda do Messias (v. 23) com referências ao abalo do cosmos e a vitória final de Deus sobre as nações (vs. 21, 22).

* 2.22 derribarei. Os poderes militares e políticos das nações finalmente se submeterão ao senhorio de Deus (Dn 2:44; 7:27).

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2.23 Naquele dia. Ver nota em Zc 12:3.

servo meu. Zorobabel era o representante escolhido de Deus para realizar o seu trabalho. Isaías falou de um Servo maior que viria, o qual Zorobabel prenuncia (Is 42:10). Jesus é tanto descendente de Zorobabel (Mt 1:12) quanto Servo de Deus (At 4:27-30).

anel de selar. Este era um símbolo de autoridade e poder. Jeremias usa o termo para referir-se àquele que é precioso a Deus (Jr 22:24).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Ageu Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
2.1-9 Esta é a segunda mensagem do Hageo, pronunciado durante a Festa dos Tabernáculos, em outubro de 520 a.C. Os anciões podiam recordar a incrível beleza do templo do Salomão, destruído 66 anos antes. Muitos se desalentaram devido a que a reconstrução era inferior a do Salomão. Mas Hageo os respirou com uma mensagem de Deus que revelava que o esplendor de seu templo ultrapassaria o do anterior. A parte mais importante do templo era a presença de Deus. Quinhentos anos mais tarde, Jesus caminharia nos átrios do templo.

2:4 "Esforcem-se e trabalhem". Judá já tinha retornado à adoração de Deus e O tinha prometido benzer seus esforços. Agora, era o tempo em que eles deviam trabalhar. Devemos ser pessoas de oração, estudar a Bíblia e render culto a Deus; mas à larga devemos fazer o que Deus tem em memore para nós. O quer trocar ao mundo por meio de nós. Deus deu a você uma tarefa para realizá-la na igreja, em seu trabalho e em sua casa. chegou o tempo no que deve esforçar-se e trabalhar!

2:5 Os israelitas tinham sido levados do cativeiro no Egito a sua Terra Prometida. Eram o povo escolhido de Deus, a quem O cuidava e guiava. Nunca os abandonou, apesar de seus pecados (Exodos 29:45-46).

2:6 Quando Deus prometeu estremecer a todas as nações com seu julgamento, estava falando tanto do julgamento presente sobre as nações malvadas como do julgamento futuro dos últimos dias.

2.6-9 A ênfase troca da reconstrução do templo em Jerusalém ao reino mundial do Messías sobre a terra. As palavras "daqui a pouco" não estão limitadas ao contexto histórico imediato; referem-se ao controle de Deus sobre a história: O pode atuar em qualquer momento que O escolha. Deus atuará em seu tempo (Hb_12:26-27).

2.7-9 O Desejado de todas as nações (literalmente, "os Tesouros" ou "aquele que é escolhido") tem dois significados possíveis: (1) refere-se ao Messías, Jesus, quem, 500 anos mais tarde, entraria no templo e o encheria com seu esplendor e sua paz. (2) Também pode referir-se à riquezas que fluiriam no templo, dadas como bênções para o povo de Deus.

2.8, 9 Deus queria que o templo fora reconstruído e O contava com os recursos para fazê-lo, mas necessitava mãos dispostas. Deus decidiu levar a cabo sua obra por meio das pessoas. O proporciona os recursos, mas mãos dispostas devem realizar a obra. Estão suas mãos à disposição da obra de Deus no mundo?

2.10-19 O exemplo dado nesta mensagem (dado em dezembro de 520 a.C.) esclarece que a santidade não afeta a outros, mas a contaminação sim. Agora que o povo estava começando a obedecer a Deus, O prometeu que os benzeria. Mas precisavam compreender que as atividades no templo não limpariam seu pecado; só o arrependimento e a obediência podiam limpá-lo. Se insistirmos em albergar más atitudes e pecados ou se mantivermos relações estreitas com gente pecadora, poluiremo-nos. A vida Santa virá unicamente quando formos facultados pelo Espírito Santo de Deus.

2:14 Quando um menino come molho de espaguete, não passa muito tempo para que a cara, as mãos e a roupa estejam vermelhas. O pecado e as atitudes egoístas produzem o mesmo resultado: mancham tudo o que tocam. Inclusive as boas obras que fazemos para Deus podem manchar-se por atitudes pecaminosas. O único remédio é a purificação de parte de Deus.

2.18, 19 O povo construiu os alicerces do templo e imediatamente Deus os benzeu. Não esperou até que o projeto fora terminado. Freqüentemente, Deus envia sua bênção quando damos nossos primeiro passos. O está preparado para nos benzer!

2.20-23 A mensagem final do Hageo reconhece que Hageo é somente um mensageiro que leva a palavra do Senhor. Está dirigido ao Zorobabel, o governador do Judá.

2:23 Se usava um anel com selo para garantir a autoridade e a autenticidade de uma carta. Servia como assina quando era estampado em cera suave em um documento escrito. Deus estava reafirmando e garantindo sua promessa de um Messías que viria da linha do Davi (Mt 1:17).

2:23 Deus fecha sua mensagem para o Zorobabel com esta afirmação tremenda: "Porque eu te escolhi!" tal proclamação é também para nós, cada um de nós fomos escolhidos Por Deus (Ef 1:4). Esta verdade deve nos fazer ver nosso valor aos olhos de Deus e nos deve motivar para que trabalhemos para O. Quando se sentir deprimido, recorde, "Deus me escolheu!"

2:23 A mensagem do Hageo para o povo procurava que reorganizassem suas prioridades, ajudá-los para que deixassem de preocupar-se e motivá-los para que construíram o templo. Ao igual a eles, freqüentemente colocamos nossa comodidade pessoal em uma prioridade mais alta que a obra de Deus e a verdadeira adoração.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Ageu Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
II. O DESAFIO DE SER FORTE (Ag 2:1 , Lv 23:39 ). O contraste entre a colheita abundante de anos anteriores eo atual colheita escassa tenderia a levar ao desânimo. Também gostaria de acrescentar força para o contraste da glória do antigo templo e que, por um então em construção. Ageu, percebendo isso, é inspirado para enviar um desafio de encorajamento. Ele teve que contar com o fato de que o mais velho da comunidade se lembrou da antiga glória. Para que sua decepção no presente casa do Senhor impregnar os ajustando agora a trabalhar, ele grita: Seja forte, Zorobabel ..., ... ser forte, ... Josué, ... ser forte, todos os povos. Ele está incentivando-os a ser forte (chazaq , "ser firme") em seus espíritos (conforme Js 1:6 ). Esta fase da restauração seria concluído por Herodes, o Grande, no início da era cristã. Em um sentido mais amplo e mais espiritual, no entanto, que ela se cumpra apenas em Jesus Cristo no fim dos tempos (conforme He 12:25 ). Só então é que o povo de Deus verdadeiramente tem paz (v. Ag 2:9 ).

Com efeito, Ageu está dizendo: "Camaradas, ser forte. Não deixe que o desânimo e decepções impedi-lo em sua missão dada por Deus. Você está trabalhando com o Senhor dos exércitos, o todo-poderoso. Lembre-se que Deus sempre tem algo melhor para hoje do que em qualquer dia passado. Seja forte! Trabalhe! Não temais! "

III. O DESAFIO PARA CONSIDERAR (Ag 2:10 Está ainda semente no celeiro? sim, a videira, a figueira, e romã, e a oliveira não têm trazido; desde este dia vos abençoarei você .

O terceiro desafio veio no nono mês, no dia vinte e quatro, três meses após o trabalho no templo tinha sido retomada (conforme Ag 1:15 ). Aparentemente, estes três meses tinha sido gasto na limpeza e aperfeiçoar os fundamentos do templo, que havia sido iniciada 14 anos antes (conforme Ag 2:15. , Ag 2:18 com Ed 3:8 ). O nono mês, o nosso final de novembro e início de dezembro, foi o momento em que a chuva temporã regado a terra. Os últimos anos de colheita escassa tinha feito as pessoas profundamente ansioso. Então Ageu encorajou-os com o anúncio de que a conclusão das fundações marcou um ponto de viragem na sua prosperidade. Considere a partir de hoje e para trás (vv. Ag 2:15 , Ag 2:18 ). É verdade que foi um dia memorável! Antes ele tinha havido privação e quer; depois viria a prosperidade.

Nos versículos 10:14 , a palavra chave é imundo (usado quatro vezes). No versículo 14 , que designa a característica marcante de Judá. Nos versículos 15:19 , a palavra chave é considerar. Letargia e pecaminosidade no meio de Israel estavam contaminando seus corpos, sua adoração, suas orações, seus sacrifícios, suas culturas de tudo. Mas agora, por causa de sua obediência, a situação seria diferente. A partir deste dia eu vou te abençoe é a promessa do Senhor dos Exércitos. Considere o fato que Ele está prestes a fazer!

IV. O DESAFIO DE ACREDITAR (2: 20-23)

20 E a palavra do Senhor veio pela segunda vez a Ageu, aos vinte e quatro dias do mês, dizendo: 21 Fala a Zorobabel, governador de Judá, dizendo: Farei tremer os céus ea terra; 22 e eu vou derrubar o trono dos reinos; e destruirei a força dos reinos das nações; e eu vou derrubar os carros, e aqueles que montar neles; e os cavalos e os seus cavaleiros cairão, cada um pela espada do seu irmão. 23 Naquele dia, diz o Senhor dos Exércitos, se eu tomar a ti, ó Zorobabel, servo meu, filho de Sealtiel, diz o Senhor, e vontade fazer-te como um anel de selar; porque te escolhi, diz o Senhor dos exércitos.

A última mensagem de Ageu foi o de um indivíduo, Zorobabel, como a cabeça e representante da nação judaica, e como um tipo da vinda Rei, o Messias. Ele é dada a garantia de que, enquanto os reinos de todos os lados serão terrivelmente abalados (conforme vv.Ag 2:21 , Ag 2:22 ; Ag 1:15 Zech. , 21 ; Zc 2:9 ). Eu te escolhi, Ele diz. Zorobabel foi escolhido, assim como Davi foi escolhido, para estar na linha ancestral do Messias (conforme Mt 1:12 , Lc 3:27 ). Esta posição escolhida é o coração da bênção prometida: . Eu ... te farei como um anel de selar O anel de sinete era uma marca de grande honra de um rei nos dias antigos, evidenciando a confiança e conferindo autoridade (conforme Gn 41:41 ; 8: 2 ).Motorista afirma que as aspirações messiânicas que anexados anteriormente ao reino davídico são atribuídos por Ageu, a Zorobabel, que se torna, em virtude da posição, assim, dado a ele, um tipo de Cristo.

O que isso significa para a nação judaica? Escolha de Jeová de Zorobabel também inclui a escolha dos judeus como a nação da qual ele era cabeça. Assim Judá, escolhidos de Deus, é incentivada a descansar com segurança na certeza do favor de Deus como Ele desenvolve seus propósitos maravilhosos. Sabemos que a favor foi o presente do Salvador ao mundo.

Bibliografia

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Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Ageu Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
II. Olhar para trás, em vez de olhar adiante (2:1 -9)

Em 21 de outubro, o último dia da Festa dos Tabernáculos (Lv 23:34), o povo já trabalhava havia, mais ou menos, sete semanas, quando Ageu fez seu segundo sermão. Esse de-veria ser um dia de muita alegria e louvor, no entanto foi um dia de de- sencorajamento e murmuração. Por quê? Porque o povo olhava para trás, em vez de olhar adiante. Dezesseis anos antes, quando lançaram a fun-dação do templo, um velho chorou porque se lembrou do templo de Salomão (Ed 3:12), e agora algumas pessoas sentiam-se desanimadas porque o templo novo não tinha o mesmo esplendor e glória.

Claro, a condição do povo era conseqüência de seus pecados, mas isso ainda não era motivo para olhar para trás. No trabalho de Deus, de-vemos, pela fé, olhar adiante. O Senhor disse aos líderes desenco-rajados: "Sê forte [...] não temais. Farei abalar o céu, a terra [...] e en-cherei de glória esta casa". Veja He- breus 12:26-29. Deus promete que a glória da última casa (o templo do reino do milênio) superará em mui-to a glória da casa antiga (o templo de Salomão). "E, neste lugar, darei a paz." O melhor ainda está por vir.

  • Fracassar em confessar os pecados (2:10-19)
  • As pessoas esperavam bênçãos ma-teriais no mesmo dia em que come-çaram a trabalhar no templo, con-tudo já era 24 de dezembro, e as coisas continuavam difíceis. Ageu explica por que o Senhor ainda não as abençoou: elas ainda estão imun-das, não confessaram seus pecados. O profeta explicou: você não pode dar a alguém sua santidade e saúde, mas pode dar sua imundícia e do-ença. Como o povo estava imundo, a obra dele era imunda (v. 14). Leia

    Zc 3:0), apenas um mês antes deAg 2:10-37. Deus podia lavar os pecados do povo apenas se ele se arrependesse.

    Deus promete abençoar a na-ção quando ela estiver purificada (v. 10). Não basta apenas fazermos o trabalho de Deus; é necessário que o façamos com mãos limpas e coração puro. Um dos maiores obstáculos na realização do traba-lho do Senhor é o pecado não con-fessado.

  • Ser descrente (2:20-23)
  • Essa mensagem final foi transmitida no mesmo dia da terceira mensa-gem e dirigia-se ao governador. Sem dúvida, Zorobabel precisou de um encorajamento especial quando di-rigiu o trabalho do Senhor. Satanás sempre ataca os líderes espirituais, e temos a obrigação de orar por eles e de trabalhar com eles. Talvez Zoro-babel visse os grandes impérios ini-migos à volta deles e temesse pelo futuro desse pequeno remanescen-te de judeus. As circunstâncias en-contram um jeito de nos desanimar quando temos de fazer o trabalho do Senhor.

    Todavia, Deus encorajou a fé do governador. A descrença sempre nos rouba as bênçãos do Senhor. O Senhor afirmou: "Farei abalar o céu e a terra; derribarei o trono dos rei-nos e destruirei a força dos reinos das nações [...]. Ó Zorobabel [...] te farei como um anel de selar, porque te escolhi". Como essa mensagem deve ter encorajado o governador e fortalecido sua fé!

    Zorobabel era ancestral de Je-sus Cristo. Seu nome consta das ge-nealogias de nosso Salvador no NT (veja Mt 1:12 e Lc 3:27). No Antigo Testamento, Zorobabel é um tipo, ou retrato, de Cristo. Essa passagem mostra Cristo como o anel escolhi-do, seu selo precioso. O anel fala de autoridade e honra. Deus deu autoridade a Zorobabel para termi-nar o templo; o Senhor deu também autoridade a seu Filho para salvar o perdido e construir seu templo, a igreja (Jo 1:7-1 -3).

    Que trabalho Deus o chamou para fazer antes do retorno de Cris-to? Você já o iniciou, mas ainda não o concluiu? Você sente-se desenco-rajado? Então, atente para estes pe-cados que retardam o trabalho do Senhor: pôr a si mesmo à frente do Senhor; olhar para trás, em vez de olhar para adiante; esconder os pe-cados e ser descrente. Mas observe a promessa magnífica que Deus nos faz: "Eu sou convosco" (1:13); "Não temais" (2:5); "... vos abençoarei" (2:1 9); "... te escolhi" (2:23). Reivin-dique a promessa deFp 1:6, levante-se e faça o serviço do Se-nhor!


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Ageu Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
    2.1- 9 A terceira mensagem. Pouco mais de um mês mais tarde, uma boa parte do trabalho tinha sido feita no templo onde o profeta entregava sua terceira mensagem.

    2.3 De acordo comEd 3:12, muitos cabeças de famílias já idosos, que haviam visto o templo de Salomão antes de sua destruição pelos babilônios, derramaram lágrimas quando o alicerce tão pequeno foi lançado para o novo templo.

    2.4,5 Eles estavam desanimados, mas o Senhor os desafiou: ''sê forte"; "trabalhai', "não temais”. Deus busca a fidelidade; não requer tanto o nosso sucesso (1Co 4:2; 1Co 15:58). 2,:6-9 Este trecho trata de uma grande profecia acerca do futuro.

    2.7 Ainda que haja divergência de opinião sobre este versículo, o verbo virão, no plural (apoiado nos melhores textos originais), indica que coisas preciosas referem-se ao tesouro que os gentios virão trazer a casa do Senhor. Dificilmente referir-se-ia à vinda do Messias (conforme a frase, "o Desejado de todas as nações", na EREC). O cumprimento desta profecia se deu literalmente na reconstrução de Herodes, o Grande, quando tornou este edifício insignificante numa das maravilhas do mundo da antigüidade (conforme Jo 2:19, Jo 2:20).

    2.8 Minha... ouro. Todas as riquezas do mundo estão sob o controle do Senhor. Um dia prestaremos contas da nossa mordomia sobre todas as coisas emprestadas para nós pelo Criador.

    2.9 Neste lugar darei a paz. O significado final e completo desta promessa só se realizou por meio de Jesus Cristo que visitou muitas vezes este templo (reconstituído) 500 anos ma s tarde. Este tema da grande passagem de Paulo sobre a paz com Deus, oriunda da morte de Cristo na cruz (Ef 2:12-49).

    2:10-19 A quarta mensagem (10-13) A pergunta de Ageu acerca da contaminação e santificação, e a resposta. O pecado e a imundície são contagiosos, mas a santidade purifica.
    2.14 A aplicação. Todos os seus trabalhos e oferendas eram impuros porque eles se achavam nessa condição de impureza. Por isso a adversidade persiste. Com a retificação desta falta, Deus começaria "desde este dia” a abençoar o Seu povo (19).
    2:15-19 O Senhor desafia-os para prová-los; se eles abandonarem o mal, Ele será fiel e abençoará o seu povo.
    2:20-23 A quinta mensagem. A mensagem do Senhor a Zorobabel fala sobre a vinda do julgamento e faz a ele promessa de uma honra especial.

    2.21 Zorobabel é o representante da linhagem de Davi e, portanto, ancestral legítimo de Cristo, na carne (conforme Ag 1:1; Ed 5:1-15; Mt 1:12-40).

    2.2 A certeza do julgamento divino (Ez 2:34-27, Ez 2:44, Ez 2:45; Ap 19:11-66).

    2.23 O Senhor colocará Zorobabel num lugar de honra, através do Messias, porque o Senhor o havia escolhido para renovar o Seu pacto com a linhagem de Davi (2Sm 7:12).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Ageu Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
    III. O PROPÓSITO UNIVERSAL DE DEUS (2:1-9)

    17 de outubro de 520 a.C.

    Quase um mês depois, a voz profética foi ouvida novamente. O momento era importante. Tempo suficiente havia passado para que o primeiro entusiasmo desvanecesse, e progresso suficiente havia sido feito para que o povo percebesse os seus próprios problemas práticos e limitações, e isso começou a desanimar os trabalhadores. Alguns homens idosos entre eles talvez até tivessem lembranças do antigo templo, e as lembranças desses idosos certamente acrescentaram brilho às coisas do antigo templo que estavam faltando no novo. Para todos eles, os longos anos de tradição e de associações sagradas do antigo templo devem ter estado lamentavelmente ausentes naquilo que suas mãos estavam agora formando. Deus, como sempre, está perto das dúvidas e fraquezas do seu povo.

    O encorajamento vem tanto em retrospectiva quanto em perspectiva. As mais profundas lembranças raciais do povo são agitadas por um lembrete das suas raízes nacionais no grande livramento do êxodo. O que eles viram acontecendo, a obra que suas próprias mãos estavam forjando, não deveria ser desprezado, pois era parte da sua longa experiência nacional da fidelidade e do amor leal do seu Deus. O paralelo é reforçado pela mensagem a Josué (v. 4), que faz eco ao encorajamento semelhante dado a outro Josué e a Israel quando entraram na terra prometida muitos séculos antes (Js 1:5,Js 1:6). Aquilo de que eles mesmos faziam parte era mais um exemplo do cumprimento tangível e visível das promessas antigas à sua raça. São também promessas que prefiguram as promessas mais amplas do evangelho (Mt 28:20; Jo 14:23-43).

    A retrospectiva conduz à perspectiva. O Senhor dos Exércitos (um nome de grande impacto que, evidentemente, era um dos favoritos de Ageu) era Senhor da terra e das nações. Assim como o templo de Salomão havia sido preenchido com riquezas de muitas nações, essa nova construção também seria enchida com os tesouros delas, até que suplantasse o seu predecessor. Não eram todos os tesouros da terra possessão do seu Deus (v. 8)?

    Observações, (a) A tradução do v. 7 em algumas versões (nr. da NVI: “o desejado de todas as nações”; assim também a ARC) traz nuanças messiânicas. Mesmo sendo uma tradução enganosa, e provavelmente incorreta, do sentido original evidente (v. “As versões antigas”, p. 17), nenhum cristão que lê esses versículos pode deixar de refletir que o tesouro e o esplendor, de que os contemporâneos de Ageu nem poderiam sonhar, iriam de fato honrar o lugar em que eles estavam trabalhando, na pessoa do humilde Filho do homem. Em sentido literal, os subsídios generosos de Dario já mencionados (v. Ed 6:8,Ed 6:9) teriam dado ao povo um sentimento incipiente do cumprimento da profecia: cumprimentos posteriores da profecia viriam séculos mais tarde por meio das esplêndidas extravagâncias com que o notório Herodes tentou comprar a lealdade dos judeus (v. Jo 2:20). Mas, para a compreensão cristã, o cumprimento supremo certamente foi quando o visitou aquele que não possuía tesouro terreno algum, e a rejeição de quem causou a sua destruição (Mt 24:1,Mt 24:2).

    (b) v. 9.paz: a palavra multifacctada shãlôm, abarcando paz, justiça e completude.

    IV. O FAVOR IMERECIDO DE DEUS (2:10-19)

    18 de dezembro de 520 a.C.

    Mais dois meses se passaram, e quase quatro desde a primeira profecia de Ageu. Esta próxima seção do livro contém o enigma mais difícil. Qual foi o pretexto e o tópico que causaram o estranho questionamento de rituais dos v. 10-14? Como vimos, alguns comentaristas sugeriram a solução de uma corrupção textual hipotética, e sugerem que os v. 15-19 estavam associados originariamente à segunda profecia, seguindo o v. 13 do cap. 1 (e fazendo a emenda do mês em 2.18). A sugestão tem apelo superficial; os versículos, à primeira vista, soam naturais Ap 1:13 (mas v.comentários a seguir), e os estranhos v. 10-14 então teriam de ser interpretados por Sl mesmos. Com base nisso, eles foram associados à tendência dos judeus que retornaram do exílio de se casar com os povos mistos da região (conforme Ed 9:1-15; Ne 13:23-16; mas, por outra razão qualquer, isso seria considerado um anacronismo aqui). Com base nesse tipo de interpretação, alguns comentaristas consideram Ageu o pai do exclusivismo judaico; um deles, aliás, cita a data dessa profecia como o “dia do nascimento do judaísmo” (G. Fohrer, Introduction to the Old Testament, p. 460).

    Como já observamos, no entanto, não há evidências nos manuscritos para essa reconstrução do livro, por atraente que seja. Não há nada explícito no trecho para associá-lo aos problemas de pureza racial e cultual, que podem muito bem ter se tornado proeminentes mais tarde. E igualmente possível, e no contexto certamente mais apropriado, associar o trecho com as circunstâncias que até aqui foram as mais destacadas na pregação de Ageu. Isso interpretaria a “impureza” como a lassidão e falta de propósito moral que ele já tinha buscado corrigir em 1:4-11. A indolência, como também a desmoralização e o desânimo gerais, são tão hostis e debilitantes como muitos pecados declarados. E exatamente nesse contexto que a percepção e a estatura proféticas de Ageu mostram sua verdadeira grandeza. O princípio cultual da transmissão da impureza ritual então se torna para ele uma lição ilustrativa prática do profundo princípio moral e do contágio mortal da disposição de ânimo decadente e da indiferença. Se é de validade duvidosa considerar o profeta o pai do exclusivismo judaico, certamente é plausível dar-lhe o crédito por formar parte considerável de um aspecto muito mais atraente do judaísmo: seu senso de propósito e direção morais. Ageu teria se sentido em casa com os evangélicos vitorianos!
    Há outras percepções importantes nesse texto. Preeminente é a consciência da ordem ética que permeia o conhecimento de Deus do profeta. Para Ageu, a vida tem de ser vivida com responsabilidade, e o homem presta contas a Deus cuja prerrogativa é a execução da justiça nos eventos comuns e nos relacionamentos da vida. Se muitos não enxergam a ligação entre as atitudes morais e as experiências materiais do homem, Ageu, ao contrário, anuncia um elo direto entre elas. Mas paralelo a essa percepção está o entendimento de que Deus é também um Deus de misericórdia e compaixão, pronto a recompensar e socorrer até mesmo a nação impura, embora seja impura em cada obra de suas mãos e em cada oferta que traz; basta a nação responder ao chamado de Deus. Assim, ele pode concluir essa quarta profecia com uma confirmação retumbante da promessa que estava incluída na sua primeira admoestação.
    Observações, (a) v. 19. ainda há alguma semente no celeiro?\ Essa frase pode ser usada de diversas formas. Como parte de um ditado de dezembro, lembra os seus ouvintes de que não há mais semente no depósito, mas já foi semeada, latente com a promessa da colheita que Deus prometeu; é um paralelo adequado com a afirmação seguinte segundo a qual as árvores ainda estão infrutíferas. Se tivesse sido um ditado de setembro (como exigiria a teoria segundo a qual essa seção do livro estaria fora de lugar), teria se referido à “semente” madura da colheita, pronta para ser armazenada, e com a afirmação seguinte significaria mais uma colheita frustrante.

    (b) v. 18. o dia em que os fundamentos do templo do Senhor foram lançados: Ed 3:10Ed 4:24 sugeriria que isso ocorreu em 537; mas também é possível que Ageu estava se referindo ao recomeço das obras que tinha ocorrido recentemente. A segunda alternativa tornaria um pouco mais plausível a teoria segundo a qual essa seção do livro está associada ao cap. 1. V.comentário acerca da ambigüidade da expressão em Joyce G. Baldwin, Haggai, Zechariah, Malachi. TOTC, p. 52-3.

    V. A MENSAGEM PESSOAL A ZOROBABEL (2:20-23)

    18 de dezembro de 520 a.C.
    A quinta profecia foi revelada no mesmo dia que a quarta. Dirigida pessoalmente a Zorobabel, o líder dos judeus e ele mesmo um príncipe da casa de Davi, forma um epílogo escatológico do livro, e, após o trauma do exílio, restabelece, com nuanças messiânicas, as antigas profecias de Deus em relação à linhagem de Davi.
    Nessa profecia, podemos perceber um resumo profético típico, v. 21. eu farei tremer..:. São palavras típicas do estabelecimento de uma nova era, um novo eon nos propósitos de Deus, caracterizado pela construção do novo templo. Apesar da derrota das nações da terra e do colapso da ordem existente num caos suicida, o servo escolhido de Deus vai permanecer inabalável, seguro como o anel na mão do próprio Deus. Ele na verdade vai ser a personificação visível da verdade de que Deus é o causador do juízo e que ele mesmo permanece inabalável, um fundamento seguro para a fé e a confiança em meio a mundos em colapso. E o mesmo tom com que Habacuque termina a sua profecia (Hc 3:17-35).

    Para o leitor cristão, os términos dos dois livros, um (Habacuque) escrito diante do colapso econômico esperado e o outro (Ageu) diante do colapso político, combinam para apontar para um homem: o Escolhido definitivo de Deus, o próprio Deus manifesto em carne.
    Observação. A profecia do anel de selar (v. 23), o símbolo do poder executivo, pois era a impressão do anel que selava a autoridade real sobre documentos emitidos no nome do rei, revoga o juízo pronunciado sobre o avô de Zorobabel, Jeconias (Jr 22:24). A revogação é confirmada pelo anúncio de que Zorobabel é meu servo, assim associando-o diretamente às grandes profecias do servo da tradição judaica.

    BIBLIOGRAFIA

    Ackroyd, P. R. IsraelunderBabylon andPérsia. NCB. Oxford, 1970.

    Baldwin, J. G. Haggai, Zechariah, Malachi. TOTC. London, 1972.

    Jones, D. R. Haggai, Zechariah and Malachi. TC. London, 1962.

    Mason, R. The Books ofHaggai, Zechariah and Malachi. Cambridge, 1977.

    Wiseman, D. J. Haggai, in: NBCR. London, 1970.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Ageu Capítulo 2 do versículo 10 até o 19
    V. UM APELO A TODOS PARA QUE MEDITEM PROFUNDAMENTE Ag 2:10-19

    Dois meses se haviam passado desde a entrega da última mensagem. Enquanto isso, segundo podemos supor, o trabalho de reconstrução prosseguia e o povo era estimulado por uma nova voz que cooperava com a de Ageu, em seu apelo para que voltassem a Deus. Zacarias, por essa altura, já tinha lançado também seu apelo (Zc 1:1, Zc 1:3). Somente um novo amor a Deus impeliria o povo a um novo zelo na edificação de Sua casa. Os versículos 11:14 formam um pano de fundo para seus pensamentos, quando agora são solicitados a "considerar" seu caminho. Ver os versículos 15:18. Agora teriam de considerar sua vereda futura e não a passada.

    >Ag 2:11

    Pergunta agora aos sacerdotes (11). Dirige-te à fonte de autoridade apropriada. Certifica-te sobre as premissas, antes de tirares conclusões. Deus estava disposto a arrazoar com Seu povo. Cfr. Is 1:18. Os fatos aduzidos foram tirados de princípios bem conhecidos e estabelecidos na lei. Juntamente com Paulo, poderíamos talvez dizer: "Não vos ensina a própria natureza?" Sabemos que um toque daquilo que é poluído contamina o que é puro. Não obstante, um toque do que é puro, não pode purificar o contaminado (Lv 5:2). Assim é este povo (14). Note-se, outra vez, a separação dos contaminados-não "meu povo". O povo havia sido poluído pela desobediência e por sua letargia em reconstruir o templo. Por conseguinte, tudo quanto tocava ficava poluído e, conseqüentemente a bênção de Deus fora suspensa de seus esforços e possessões (ver versículos 16:17). Nenhuma ação boa pode merecer a suspensão da maldição; no entanto, tal é a maravilhosa graça de Deus e tal é Sua admirável recompensa para com aqueles que observam os Seus mandamentos, de Deus, começando mesmo no próprio dia em que lançaram os alicerces da casa do Senhor. O profeta pergunta: Há ainda semente no celeiro? (19). Não foi meramente mediante antecipação inteligente, baseada em sinais favoráveis de um ano bom, que Ageu foi capaz de predizer uma colheita abundante. Antes de a semente ser semeada ele já predizia boa colheita. A abundância da colheita do ano seguinte muito dependia das chuvas do nono mês em diante. "Não considereis a boa colheita mera coincidência", pleiteava Deus por intermédio de Seu profeta. "Marcai bem a data exata da alteração de vossas condições. Considerai que... desde este dia vos abençoarei" (19).


    Dicionário

    Ageu

    -

    Festivo. Um dos três profetas da Restauração. Pouco se sabe a respeito da sua personalidade, mas o tempo do seu aparecimento pode deduzir-se do seu livro e do de Esdras. Nasceu, provavelmente, durante o cativeiro, e pertenceu ao número dos que vieram com Zorobabel da Babilônia para Jerusalém, no ano 536 a.C. A reedificação do templo começou com grande zelo, mas, por causa da oposição dos samaritanos, foram suspensas as obras pelo espaço de quatorze anos. Subindo, então, Dario Histaspes ao trono da Babilônia, foi Ageu inspirado por Deus a exortar Zorobabel e Josué a que recomeçassem o trabalho do templo. os seus arrazoados produzir um efeito (Ag 1:14 – 2.1), prosseguindo os judeus na reedificação no ano 520, dezesseis anos depois da volta do cativeiro. Diz-se que Ageu foi sepultado em Jerusalém, perto dos sepulcros dos sacerdotes.

    (Heb. “festa, festival”). Praticamente nada se sabe sobre este profeta, exceto sua colocação cronológica e a natureza de seu ministério e sua mensagem, ou seja, encorajar a reconstrução do Templo em Jerusalém, depois do exílio babilônico. A primeira parte de suas profecias é de condenação sobre os que retornaram da Babilônia e buscavam seus próprios interesses, antes de começar a se preocupar com o Templo (Ag 1:4). Ageu, chamado de “mensageiro do Senhor” (v.13), estabelece especificamente a data de suas várias mensagens, as quais se encontram entre o 1º dia do 6º mês (Elul) do segundo ano do reinado de Dario sobre a Pérsia (29de agosto de 520 a.C.)e o 24º dia do 9º mês (Kisleu) do mesmo ano (18 de Dezembro de 520). Assim, todoo ministério de Ageu, registrado no livro que leva o seu nome, aconteceu em menos de quatro meses. Esdras proporciona algumas informações adicionais, as quais demonstram que, com efeito, Ageu e Zacarias não somente estabeleceram o impulso necessário para a reconstrução do Templo (Ed 5:1), como também permaneceram envolvidos no projeto até sua finalização, quatro anos mais tarde (Ed 6:14-15). Ageu não faz menção a essa fase posterior da reconstrução. No entanto, os anciãos presentes na dedicação lembraram-se da glória do Templo anterior. O atual jamais seria comparado com aquele. A profecia de Ageu, contudo, encorajou os trabalhadores a antecipar um dia no futuro, que seria mais glorioso do que a dedicação do presente Templo. Ageu visualizou aquele que atrairia a riqueza e a adoração as nações (Ag 2:6-9) e, na pessoa de Zorobabel, viu uma figura messiânica que governaria sobre os reinos, como o Rei, servo de Deus (vv. 20-23). E.M.


    Ageu [Festivo] - Um dos PROFETAS MENORES. Como Zacarias, Ageu anunciou mensagens aos judeus que voltaram do CATIVEIRO babilônico, no ano 520 a.C. (Ed 6:14). V. AGEU, LIVRO DE.

    Ali

    advérbio Naquele lugar: vou te deixar ali, perto da igreja.
    Naquele tempo; então: até ali estávamos bem, foi depois que nos separamos.
    Num local conhecido ou já mencionado: deixe os guarda-chuvas ali.
    Nessa situação, momento, pessoa; naquilo: ninguém disse mais nada, ali tem algo errado!
    Gramática Quando usado com um pronome pessoal ou demonstrativo intensifica a relação de identificação ou de proximidade: põe isso ali, por favor.
    Etimologia (origem da palavra ali). Do latim ad illic.

    lá, acolá, aí, além. – Ali diz propriamente – “naquele lugar”, tanto à vista como no sítio de que se acaba de tratar. – Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 161 Lá significa – “naquele outro lugar”; isto é – no lugar que não é o em que me encontro eu presentemente e que está distante de mim, na parte oposta àquela em que estou. – Aí quer dizer – “nesse lugar”; isto é – no lugar em que se encontra a pessoa a quem nos dirigimos. – Acolá diz – “ali, naquele lugar que está à vista, mas que não é o que eu ocupo, nem o que está ocupando a pessoa com quem falo”. – Além significa – “mais para diante, do outro lado de um lugar ou um acidente à vista, ou mesmo não visível”.

    Assim

    advérbio Deste modo, desta forma: assim caminha a humanidade.
    Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim.
    Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim!
    Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim.
    conjunção Portanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular.
    Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos.
    locução adverbial De valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu.
    locução interjeição Assim seja. Queira Deus, amém; oxalá.
    expressão Assim ou assado. De uma maneira ou de outra.
    Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora!
    Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças.
    Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.

    Diante

    advérbio Em frente ou à frente; em primeiro lugar: sentou-se diante.
    locução adverbial Em, por ou para diante. Num tempo futuro: de agora em diante tudo vai ser diferente.
    locução prepositiva Diante de. Localizado à frente de: colocou o livro diante do computador.
    Em companhia de: falou a verdade diante do júri.
    Como resultado de: diante das circunstâncias, decidiu pedir demissão.
    Etimologia (origem da palavra diante). De + do latim inante.

    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    E

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    Então

    advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
    Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
    Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
    interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
    Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
    substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
    Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

    Imundo

    Imundo
    1) Objeto, lugar ou pessoa que, por estarem cerimonialmente sujos, não podiam ser usados no culto de adoração a Deus ou não podiam tomar parte nele. A impureza ritual ou cerimonial podia ser resultado, por exemplo, de contato com sangue (Lv 15:25), com o corpo de um morto (Lv 22:4) ou com um alimento proibido (Jz 13:4). V. PURIFICAÇÃO.


    2) Animal ou ave que não podiam ser comidos (Lv 11; At 10:14).


    Sob a Lei de Moisés, certos atos e condições acarretavam uma determinada impureza, tornando-se depois necessária uma purificação cerimonial ou sacrifício próprio. o estar imundo podia provir do parto (Lv
    12) – da lepra (Lv 13:14) – de certas emissões (Lv
    15) – de contato com os mortos (Nm 19:11-22 – 31.19,
    20) ou com o corpo de um animal limpo, que morresse de alguma doença (Lv 11:39-40 – 17.15, 16 – 22,8) – e de certos atos no sacrifício da novilha vermelha (Nm 19:1-10). Logo que se observava a impureza, eram providenciadas certas formas de purificação (Lv 11:24-25, 28, 39, 40 – 15.5, 8, 21 – Nm 19:11-22). Quando alguém, estando imundo, não fazia conhecido o seu estado, e não tratava por isso da sua purificação, precisava oferecer um sacrifício de expiação do pecado. Na vida judaica dos tempos posteriores, foi imensa a significação espiritual dos ritos de purificação em inumeráveis formalidades, que eram empregadas (conf. Mc 7:2-8). (*veja Alimentação imunda.)

    imundo adj. 1. Impuro, sujo. 2. Sórdido, indecente, imoral.

    Mãos

    substantivo feminino plural Membros superiores do corpo humano que vai dos punhos até à extremidade dos dedos: o ser humano tem duas mãos com cinco dedos cada uma.
    [Zoologia] Extremidade dos membros superiores de alguns animais; patas.
    Figurado Em que há posse, domínio, poder, autoridade: o poder sempre está nas mãos de irresponsáveis.
    Etimologia (origem da palavra mãos). Plural de mão, do latim manu, "mão".

    Nação

    Nação é a transcendentalidade Espírito-moral e histórico-evolutiva de um conjunto significativo e substancial de seres espirituais afins, encarnados e desencarnados, solidários entre si, na constância da comunhão de idéias, pendores, sentimentos e responsabilidades quanto a culpas, méritos e compromissos do passado, que se estendem ao longo das existências (reencarnações) desses seres, abarcando os dois planos de vida estreitamente vinculados e em permanente interação e transposição de um plano para outro, através dos tempos, até alcançarem certo grau evolutivo superior.
    Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2


    substantivo feminino Grupo de pessoas que estão ligadas por uma mesma religião, ou por possuirem costumes, origens, tradições em comum; povo: nação muçulmana.
    Comunidade ou agrupamento político independente, com território demarcado, sendo suas instituições partilhadas pelos seus membros.
    Extensão territorial ocupada por essa comunidade; país de nascimento; pátria, país.
    População que habita esse território: o Presidente discursou à nação.
    Sistema de governo de um país; Estado.
    Designação concedida a diversos grupos de indivíduos negros, de origem africana, que foram levados ao Brasil.
    Etnia indígena brasileira ou de qualquer outra nacionalidade.
    Etimologia (origem da palavra nação). Do latim natio.onis.

    substantivo feminino Grupo de pessoas que estão ligadas por uma mesma religião, ou por possuirem costumes, origens, tradições em comum; povo: nação muçulmana.
    Comunidade ou agrupamento político independente, com território demarcado, sendo suas instituições partilhadas pelos seus membros.
    Extensão territorial ocupada por essa comunidade; país de nascimento; pátria, país.
    População que habita esse território: o Presidente discursou à nação.
    Sistema de governo de um país; Estado.
    Designação concedida a diversos grupos de indivíduos negros, de origem africana, que foram levados ao Brasil.
    Etnia indígena brasileira ou de qualquer outra nacionalidade.
    Etimologia (origem da palavra nação). Do latim natio.onis.

    Obra

    substantivo feminino O resultado da ação, ou do trabalho.
    Edifício em construção.
    [Popular] Excremento humano.
    substantivo feminino plural Ações, atos humanos.
    Reparos de certo vulto, em prédio, pontes, viadutos, estradas etc.

    ESPÍRITA ver LIVRO ESPÍRITA, OBRA DE JESUS e EVANGELHO
    Referencia:


    Obra
    1) Feito realizado por Deus ou por uma pessoa; trabalho (Gn 2:2; Ex 20:9; Mt 5:16).


    2) Trabalho de ARTÍFICE (Ex 27:16).


    Oferecer

    verbo transitivo direto e bitransitivo Presentear; ofertar, dar alguma coisa a alguém: ofereceu chocolate ao namorado.
    Sugerir algo para compensar outra: ofereceu dinheiro para evitar o prejuízo.
    Exibir; fazer a exposição de: ofereceu a teoria aos cientistas.
    Proporcionar; trazer consigo: essa promoção oferece descontos.
    verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Colocar ao dispor de: ofereceu um livro ao filho; ofereceu o carro aos convidados; ofereceu seu emprego à esposa; ofereceu-se para auxiliar o professor.
    verbo bitransitivo Expressar ou realizar alguma coisa por motivos religiosos: ofereceu uma oração ao santo.
    Imolar; fazer um sacrifício para ou pedir a proteção de: oferecia animais às divindades; ofereceu o sobrinho à santa de sua devoção.
    Dedicar; mandar alguma coisa especialmente para alguém: ofereceu uma música ao marido.
    verbo pronominal Mostrar-se; apresentar diante de si: um ótimo emprego se oferecia a ele.
    Entregar-se: não a conhecia, mas se oferecia de bandeja.
    Etimologia (origem da palavra oferecer). Do latim offerescere.

    Povo

    substantivo masculino Conjunto das pessoas que vivem em sociedade, compartilham a mesma língua, possuem os mesmos hábitos, tradições, e estão sujeitas às mesmas leis.
    Conjunto de indivíduos que constituem uma nação.
    Reunião das pessoas que habitam uma região, cidade, vila ou aldeia.
    Conjunto de pessoas que, embora não habitem o mesmo lugar, possuem características em comum (origem, religião etc.).
    Conjunto dos cidadãos de um país em relação aos governantes.
    Conjunto de pessoas que compõem a classe mais pobre de uma sociedade; plebe.
    Pequena aldeia; lugarejo, aldeia, vila: um povo.
    Público, considerado em seu conjunto.
    Quantidade excessiva de gente; multidão.
    [Popular] Quem faz parte da família ou é considerado dessa forma: cheguei e trouxe meu povo!
    substantivo masculino plural Conjunto de países, falando em relação à maioria deles: os povos sul-americanos sofreram com as invasões europeias.
    Designação da raça humana, de todas as pessoas: esperamos que os povos se juntem para melhorar o planeta.
    Etimologia (origem da palavra povo). Do latim populus, i “povo”.

    Responder

    responder
    v. 1. tr. dir. Dizer ou escrever em resposta. 2. tr. ind. e Intr. Dar resposta. 3. tr. ind. Ser respondão. 4. tr. ind. Aduzir argumentos contra. 5. tr. ind. Pôr em contraposição. 6. Intr. Repetir a voz, o so.M 7. tr. ind. Ficar por fiador de alguém; responsabilizar-se por. 8. tr. ind. Estar em harmonia; ser igual; condizer. 9. tr. ind. Retribuir equivalentemente. 10. tr. ind. Defrontar, opor-se. 11. tr. ind. Estar defronte; opor-se.

    verbo transitivo direto e transitivo indireto Dar resposta ao que é dito, escrito ou perguntado: respondeu o que lhe ocorreu; respondeu ao professor a questão.
    Contestar uma pergunta; replicar: respondeu bem.
    verbo intransitivo Questionar em vez de obedecer; resmungar: vá e não responda!
    Repetir o som: o cão latiu e os vizinhos responderam.
    verbo transitivo indireto Fazer-se sentir por repercussão: a dor do braço me responde na cabeça.
    Apresentar razões contra; revidar: responder a uma objeção.
    Enviar resposta: responder a uma pessoa, a uma carta.
    Oferecer em troca de; retribuir: responder a uma gentileza.
    Assumir uma responsabilidade; responsabilizar-se: responde pelo irmão.
    Ter uma ação contrária, oposta a; reagir: responder à dor.
    Etimologia (origem da palavra responder). Do latim respondere.

    Rosto

    substantivo masculino Parte anterior da cabeça, limitada pelos cabelos, orelhas e parte inferior do queixo; cara; face, fisionomia, semblante.
    A parte da medalha oposta ao anverso.
    A primeira página do livro onde estão o título e o nome do autor; frontispício.
    Figurado Aparência, aspecto, expressão, presença.
    Frente, fronte; a parte fronteira de algo em relação ao observador.
    Dar de rosto com, encontrar, enfrentar.
    Rosto a rosto, cara a cara.
    Fazer rosto a, encarar, enfrentar, resistir a, defrontar-se com.
    Lançar (alguma coisa) no rosto de (alguém), acusar, provar-lhe a culpabilidade.
    No rosto de, na presença de.
    Virar (ou voltar) o rosto a (alguma coisa), evitá-la, não ter coragem de enfrentá-la; desprezá-la.
    De rosto, de frente.

    rosto (ô), s. .M 1. Parte anterior da cabeça; cara, face. 2. Aparência, fisionomia, semblante, aspecto, presença. 3. Parte dianteira; frente, fronte. 4. A primeira página do livro, onde está o título e o nome do autor; frontispício.

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Ageu 2: 14 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Assim é este povo, e assim é esta nação diante de Mim, diz o SENHOR; e assim é toda a obra das suas mãos; e tudo o que ali oferecem imundo é.">Então respondeu Ageu, dizendo: "Assim é este povo, e assim é esta nação diante de Mim, diz o SENHOR; e assim é toda a obra das suas mãos; e tudo o que ali oferecem imundo é.
    Ageu 2: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    520 a.C.
    H1471
    gôwy
    גֹּוי
    nação, povo
    (of the Gentiles)
    Substantivo
    H1931
    hûwʼ
    הוּא
    ele / ela / o / a
    (it)
    Pronome
    H2088
    zeh
    זֶה
    Esse
    (This)
    Pronome
    H2292
    Chaggay
    חַגַּי
    ter muita coragem, ser de bom ânimo
    (Being confident)
    Verbo - particípio presente ativo - nominativo Masculino no Plural
    H2931
    ṭâmêʼ
    טָמֵא
    impuro
    (unclean)
    Adjetivo
    H3027
    yâd
    יָד
    a mão dele
    (his hand)
    Substantivo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H3651
    kên
    כֵּן
    tão / assim
    (so)
    Adjetivo
    H4639
    maʻăseh
    מַעֲשֶׂה
    feito, trabalho
    (from our work)
    Substantivo
    H5002
    nᵉʼum
    נְאֻם
    disse / dito
    (said)
    Substantivo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H5971
    ʻam
    עַם
    as pessoas
    (the people)
    Substantivo
    H6030
    ʻânâh
    עָנָה
    E respondido
    (And answered)
    Verbo
    H6440
    pânîym
    פָּנִים
    o rosto
    (the face)
    Substantivo
    H7126
    qârab
    קָרַב
    chegar perto, aproximar, entrar, vir para perto
    (he had come near)
    Verbo
    H8033
    shâm
    שָׁם
    lá / ali
    (there)
    Advérbio
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula


    גֹּוי


    (H1471)
    gôwy (go'-ee)

    01471 גוי gowy raramente (forma contrata) גי goy

    aparentemente procedente da mesma raiz que 1465; DITAT - 326e n m

    1. nação, povo
      1. nação, povo
        1. noralmente referindo-se a não judeus
        2. referindo-se aos descendentes de Abraão
        3. referindo-se a Israel
      2. referindo-se a um enxame de gafanhotos, outros animais (fig.) n pr m
      3. Goim? = “nações”

    הוּא


    (H1931)
    hûwʼ (hoo)

    01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

    uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

    1. ele, ela
      1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
      2. retomando o suj com ênfase
      3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
      4. (antecipando o suj)
      5. (enfatizando o predicado)
      6. aquilo, isso (neutro) pron demons
    2. aquele, aquela (com artigo)

    זֶה


    (H2088)
    zeh (zeh)

    02088 זה zeh

    uma palavra primitiva; DITAT - 528; pron demons

    1. este, esta, isto, aqui, qual, este...aquele, esta...esta outra, tal
      1. (sozinho)
        1. este, esta, isto
        2. este...aquele, esta...esta outra, outra, outro
      2. (aposto ao subst)
        1. este, esta, isto
      3. (como predicado)
        1. este, esta, isto, tal
      4. (encliticamente)
        1. então
        2. quem, a quem
        3. como agora, o que agora
        4. o que agora
        5. pelo que
        6. eis aqui
        7. imediatamente
        8. agora, agora mesmo
      5. (poético)
        1. onde, qual, aqueles que
      6. (com prefixos)
        1. neste (lugar), então
        2. nestas condições, por este meio, com a condição que, por, através deste, por esta causa, desta maneira
        3. assim e assim
        4. como segue, coisas tais como estes, de acordo com, com efeito da mesma maneira, assim e assim
        5. daqui, portanto, por um lado...por outro lado
        6. por este motivo
        7. Apesar disso, qual, donde, como

    חַגַּי


    (H2292)
    Chaggay (khag-gah'-ee)

    02292 חגי Chaggay

    procedente de 2282; n pr m Ageu = “festivo”

    1. décimo na ordem dos profetas menores; primeiro profeta a profetizar depois do cativeiro

    טָמֵא


    (H2931)
    ṭâmêʼ (taw-may')

    02931 טמא tame’

    procedente de 2930, grego 5090 Τιμαιος e 924 βαρτιμαιος; DITAT - 809a; adj

    1. impuro
      1. eticamente e religiosamente
      2. ritualmente
      3. referindo-se a lugares

    יָד


    (H3027)
    yâd (yawd)

    03027 יד yad

    uma palavra primitiva; DITAT - 844; n f

    1. mão
      1. mão (referindo-se ao homem)
      2. força, poder (fig.)
      3. lado (referindo-se à terra), parte, porção (metáfora) (fig.)
      4. (vários sentidos especiais e técnicos)
        1. sinal, monumento
        2. parte, fração, porção
        3. tempo, repetição
        4. eixo
        5. escora, apoio (para bacia)
        6. encaixes (no tabernáculo)
        7. um pênis, uma mão (significado incerto)
        8. pulsos

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    כֵּן


    (H3651)
    kên (kane)

    03651 כן ken

    procedente de 3559; DITAT - 964a,964b adv

    1. assim, portanto, estão
      1. assim, então
      2. assim
      3. portanto
      4. assim...como (em conjunto com outro adv)
      5. então
      6. visto que (em expressão)
      7. (com prep)
        1. portanto, assim sendo (específico)
        2. até este ponto
        3. portanto, com base nisto (geral)
        4. depois
        5. neste caso adj
    2. reto, justo, honesto, verdadeiro, real
      1. reto, justo, honesto
      2. correto
      3. verdadeiro, autêntico
      4. verdade!, certo!, correto! (em confirmação)

    מַעֲשֶׂה


    (H4639)
    maʻăseh (mah-as-eh')

    04639 מעשה ma aseh̀

    procedente de 6213; DITAT - 1708a; n m

    1. feito, trabalho
      1. feito, coisa pronta, ato
      2. trabalho, obra
      3. negócio, ocupação
      4. empreendimento, empresa
      5. realização
      6. feitos, obras (de libertação e julgamento)
      7. trabalho, algo realizado
      8. obra (de Deus)
      9. produto

    נְאֻם


    (H5002)
    nᵉʼum (neh-oom')

    05002 נאם n e’um̂

    procedente de 5001; DITAT - 1272a; n m

    1. (Qal) oráculo, declaração (de profeta)
      1. oráculo, declaração (de profeta em estado de êxtase)
      2. oráculo, declaração (nas outras ocorrências sempre precedendo um nome divino)

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    עַם


    (H5971)
    ʻam (am)

    05971 עם ̀am

    procedente de 6004; DITAT - 1640a,1640e; n m

    1. nação, povo
      1. povo, nação
      2. pessoas, membros de um povo, compatriotas, patrícios
    2. parente, familiar

    עָנָה


    (H6030)
    ʻânâh (aw-naw')

    06030 ענה ̀anah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1650,1653; v.

    1. responder, replicar, testificar, falar, gritar
      1. (Qal)
        1. responder, replicar
        2. testificar, responder como testemunha
      2. (Nifal)
        1. dar resposta
        2. ser respondido, receber resposta
    2. (Qal) cantar, exprimir de forma melodiosa
    3. (Qal) habitar

    פָּנִים


    (H6440)
    pânîym (paw-neem')

    06440 פנים paniym plural (mas sempre como sing.) de um substantivo não utilizado פנה paneh

    procedente de 6437; DITAT - 1782a; n. m.

    1. face
      1. face, faces
      2. presença, pessoa
      3. rosto (de serafim or querubim)
      4. face (de animais)
      5. face, superfície (de terreno)
      6. como adv. de lugar ou tempo
        1. diante de e atrás de, em direção a, em frente de, adiante, anteriormente, desde então, antes de
      7. com prep.
        1. em frente de, antes de, para a frente de, na presença de, à face de, diante de ou na presença de, da presença de, desde então, de diante da face de

    קָרַב


    (H7126)
    qârab (kaw-rab')

    07126 קרב qarab

    uma raiz primitiva; DITAT - 2065; v.

    1. chegar perto, aproximar, entrar, vir para perto
      1. (Qal) aproximar, vir para perto
      2. (Nifal) ser trazido para perto
      3. (Piel) levar a aproximar, trazer para perto, fazer vir para perto
      4. (Hifil) trazer para perto, trazer, presentear

    שָׁם


    (H8033)
    shâm (shawm)

    08033 שם sham

    uma partícula primitiva [procedente do pronome relativo, 834]; lá (transferindo para tempo) então; DITAT - 2404; adv

    1. lá, para lá
      1. para lá (depois de verbos de movimento)
      2. daquele lugar, de lá
      3. então (como um advérbio de tempo)

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)