Enciclopédia de Atos 8:2-2

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

at 8: 2

Versão Versículo
ARA Alguns homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram grande pranto sobre ele.
ARC E uns varões piedosos foram enterrar Estêvão, e fizeram sobre ele grande pranto.
TB Homens piedosos sepultaram a Estêvão e fizeram grande pranto sobre ele.
BGB συνεκόμισαν δὲ τὸν Στέφανον ἄνδρες εὐλαβεῖς καὶ ⸀ἐποίησαν κοπετὸν μέγαν ἐπ’ αὐτῷ.
HD Varões piedosos sepultaram Estêvão e fizeram grande lamentação por ele.
BKJ E uns homens religiosos carregaram Estêvão para seu sepultamento, e fizeram grande lamentação sobre ele.
LTT E alguns varões dedicados (no servir a Deus) levaram- para- enterrar a Estevão, e fizeram um grande pranto por- sobre ele.
BJ2 Entretanto, alguns homens piedosos sepultaram Estêvão, fazendo grandes lamentações por ele.
VULG Curaverunt autem Stephanum viri timorati, et fecerunt planctum magnum super eum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 8:2

Gênesis 23:2 E morreu Sara em Quiriate-Arba, que é Hebrom, na terra de Canaã; e veio Abraão lamentar a Sara e chorar por ela.
Gênesis 50:10 Chegando eles, pois, à eira do espinhal, que está além do Jordão, fizeram um grande e gravíssimo pranto; e fez a seu pai um grande pranto por sete dias.
Números 20:29 Vendo, pois, toda a congregação que Arão era morto, choraram a Arão trinta dias, isto é, toda a casa de Israel.
Deuteronômio 34:8 E os filhos de Israel prantearam a Moisés trinta dias, nas campinas de Moabe; e os dias do pranto do luto de Moisés se cumpriram.
I Samuel 28:3 E já Samuel era morto, e todo o Israel o tinha chorado e o tinha sepultado em Ramá, que era a sua cidade; e Saul tinha desterrado os adivinhos e os encantadores.
II Samuel 3:31 Disse, pois, Davi a Joabe e a todo o povo que com ele estava: Rasgai as vossas vestes; e cingi-vos de panos de saco e ide pranteando diante de Abner. E o rei Davi ia seguindo o féretro.
II Crônicas 32:33 E dormiu Ezequias com seus pais, e o sepultaram no mais alto dos sepulcros dos filhos de Davi; e todo o Judá e os habitantes de Jerusalém lhe fizeram honras na sua morte; e Manassés, seu filho, reinou em seu lugar.
II Crônicas 35:25 E Jeremias fez uma lamentação sobre Josias; e todos os cantores e cantoras falaram de Josias nas suas lamentações, até ao dia de hoje; porque as deram por estatuto em Israel; e eis que estão escritas na coleção de lamentações.
Isaías 57:1 Perece o justo, e não há quem considere isso em seu coração, e os homens compassivos são retirados, sem que alguém considere que o justo é levado antes do mal.
Jeremias 22:10 Não choreis o morto, nem o lastimeis; chorai abundantemente aquele que sai, porque nunca mais tornará, nem verá a terra onde nasceu.
Jeremias 22:18 Portanto, assim diz o Senhor acerca de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá: Não lamentarão por ele, dizendo: Ai, irmão meu! Ou: Ai, minha irmã! Nem lamentarão por ele, dizendo: Ai, senhor! Ou: Ai, majestoso!
Lucas 2:25 Havia em Jerusalém um homem cujo nome era Simeão; e este homem era justo e temente a Deus, esperando a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele.
João 11:31 Vendo, pois, os judeus que estavam com ela em casa e a consolavam que Maria apressadamente se levantara e saíra, seguiram-na, dizendo: Vai ao sepulcro para chorar ali.
Atos 2:5 E em Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.
Atos 10:2 piedoso e temente a Deus, com toda a sua casa, o qual fazia muitas esmolas ao povo e, de contínuo, orava a Deus.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Atos 8 : 2
piedosos
Lit. “prudente, precavido; piedoso, devoto, cauteloso, temente (cheio de reverência a Deus)”.

Atos 8 : 2
lamentação
Lit. “batida no peito (gesto simbólico do luto, da tristeza e da lamentação)”.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

at 8:2
Sabedoria do Evangelho - Volume 7

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 20
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 24:3-14


3. Estando ele sentado no monte das Oliveira, chegaram a ele os discípulos em particular, dizendo: Dizenos quando serão essas coisas e qual o sinal de tua vinda e do término do eon.

4. E respondendo, disse-lhes Jesus: "Vede que ninguém vos desvie (do caminho certo),

5. porque muitos virão (apoiados) sobre meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e desviarão muitos.

6. Haveis de ouvir guerras e boatos de guerras; cuidado, não vos assusteis, pois é mister que isso ocorra, mas ainda não é o fim,

7. porque se levantarão povos contra povos e reino contra reino, e haverá fome e terremotos em cada lugar.

8. Tudo isso, porém, é um princípio das dores de parto.

9. Então vos entregarão à opressão e vos matarão e sereis odiados de todos os povos por causa do meu nome.

10. E então muitos serão derrubados e mutuamente se entregarão e se odiarão mutuamente,

11. e muitos falsos profetas se levantarão e desviarão muitos;

12. e, por crescer a ilegalidade, se resfriará o amor de muitos;

13. Mas o que perseverar até o fim, esse será salvo.

14. E será pregada esta Boa Nova do Reino em toda a terra habitada, em testemunho a todos os povos, e então virá o fim".

MC 13:3-13 3. Estando ele sentado no monte das Oliveiras, defronte do templo, perguntaramlhe em particular Pedro, e Tiago, e João e André;


4. Dize-nos quando ocorrerá isso e qual o sinal quando tudo isso está para consumarse.

5. Jesus, porém, começou a dizer-lhes; "Vede que ninguém vos desvie (do caminho certo).

6. Muitos virão (apoiados) sobre meu nome, dizendo que sou eu, e desviarão muitos.

7. Todas as vezes, porém, que ouvirdes guerras e boatos de guerras, não vos assusteis: isso deve acontecer, mas ainda não é o fim,

8. pois se levantará povo contra povo e reino contra reino, haverá terremotos em cada lugar, haverá fome; isso é um princípio das dores de parto.

9. Cuidai de vós mesmos: entregarvos-ão aos tribunais e nas sinagogas sereis açoitados e comparecereis diante de governadores e reis por minha causa, em testemunho para eles. 10. E a todo povo, primeiro, deve ser pregada a Boa Nova.

11. E todas as vezes que vos levarem para entregar, não vos preocupeis do que direis, mas o que vos for ensinado naquela hora, dizei, pois não sereis vós que falais, mas o Espírito Santo.

12. E um irmão entregará o irmão à morte, e um pai o filho, e se levantarão os filhos contra os pais e os matarão.

13. E sereis odiados de todos por causa de meu nome. O que perseverar até o fim, esse será salvo".

LC 21:5-19


5. Falando alguns a respeito do templo, porque era ornado de belas pedras e donativos, disse:

6. "Isso que vedes, dias virão em que não será deixada pedra sobre pedra que não seja arrasada".

7. Perguntaram-lhe, pois, dizendo: Mestre, quando, então, será isso? E qual o sinal quando estiver para acontecer?

8. Ele disse: "Vede que não sejais desviados (do caminho certo), pois muitos virão (apoiados) sobre meu nome, dizendo: "Eu sou", e: "o tempo chegou"; não sigais atrás deles.

9. Todas as vezes que ouvirdes guerras e revoluções, não vos assusteis, pois é necessário que primeiro ocorram essas coisas, mas não (será) imediatamente o fim".

10. Então disse-lhes: "Levantarse-á povo contra povo e reino contra reino;

11. haverá grandes terremotos em cada lugar, fome e peste, haverá terrores também e grandes sinais do céu.

12. Antes de tudo isso, porém, lançarão suas mãos sobre vós e perseguirão, entregandovos às sinagogas e prisões, conduzindo-vos aos reis e governadores, po causa de meu nome.

13. Sairá (isto) para vós como testemunho.

14. Ponde, então, em vossos corações não premeditar como defender-vos,

15. pois eu vos darei eloquência e sabedoria, às quais não poderão resistir nem responder todos os vossos opositores.

16. Sereis entregues até por pais e irmãos e parentes e amigos, e matarão alguns de vós.

17. E sereis odiados de todos por causa de meu nome,

18. mas um cabelo de vossa cabeça não se perderá:

19. em vossa perseverança, adquirireis vossas almas".



Na opinião unânime dos comentadores, este trecho é reputado um dos mais difíceis dos Evangelhos.


Sabemos pela narrativa de Marcos que os quatro discípulos, que foram os primeiros a ser admitidos na Escola (JO 1:14-20) - Pedro e André (irmãos) Tiago e João (irmãos) - fizeram a Jesus a pergunta de esclarecimento a respeito da previsão da destruição do templo; em Mateus, porém, a indagação tem duas fases:
a) quais os sinais que precederão a destruição do templo;
b) quais os que assinalarão o término do eon ou ciclo (que as traduções vulgares interpretam com "fim do mundo").

Observemos que no original não está escrito télos toú kósmou (fim do mundo), mas synteleía toú aiônos (término do eon ou ciclo). Os israelitas opunham ôlâm hazzêh ("este eon") a ólâm habbâ ("o outro ou o próximo eon").


Entre as primeiras comunidades ("centros") cristãs, teve muita voga a crença de que a mudança de eon se daria muito breve, com a "chegada" (parusia) de Jesus (cfr. vol. 3, vol. 4 e vol. 6).


A palavra parusia (grego parousía) tem o sentido preciso de "presença" ou "chegada". Já desde três séculos antes de Cristo designava as visitas triunfais de reis e imperadores às cidades de seus domínios ou não: "chegavam" tornando-se "presentes". Os cristãos aplicavam o termo ao "retorno de Jesus à Terra, que era aguardado para aquela época tanto que a demora desanimou a muitos que, por isso, abandonaram o cristianismo.


As interpretações deste trecho são várias:

  • 1 - Trata-se apenas do fim do ciclo, dizem, entre outros, Irineu, Hilário, Apolinário, Teodoro de Mopsuesto, Gregório o Grande, etc .

  • 2 - Tem duas fases distintas, uma referente à destruição de Jerusalém (vers. 4 a 22), outra ao término do ciclo (verss. 23 a 51), é a opinião de Borsa, João Crisóstomo e muitos modernos.

  • 3 - As duas referências se misturam, sem divisão nítida, pensam Agostinho, Beda, Knabenbauer, Battifol, Lagrange, Durand e muitos outros modernos.


Maldonado (o. c. pág. 475) afirma que os apóstolos fizeram as duas perguntas confuse (confusamente) e que Jesus respondeu também confusamente, para que ninguém soubesse quando seria o "fim do mundo". O raciocínio peca pela base, já que as perguntas foram nitidamente duas e em sequência lógica.


Em segundo lugar, não é digno de um "mestre" esclarecer "confusamente a seus discípulos, ainda que esses fizessem confusão nas perguntas, o que não é o caso: isso revelaria falsidade no ensino, hipótese que não pode sequer ser aventada em relação a Jesus. Eis as palavras do jesuíta: existimabant apostoli haec esse conjuncta: finem templi et finem mundi; noluit Christus hunc illis errore erípere, isto é, "julgaram os apóstolos serem simultâneos esses dois acontecimentos: o fim do templo e o fim do mundo; Cristo não quis tirá-los desse erro".


Preferimos aceitar a explicação mais lógica, de que a "mistura" foi feita pelos narradores, dentro do estilo profético clássico, que encontramos em Isaías (8:21; 13:13; 19:2, etc.), em Ezequiel (5:12, etc.), em muitos outros apocalipses e até, modernamente, em Nostradamus.


Analisemos o trecho, dentro da interpretação generalizada, respigando alguns tópicos: Vers. 5 - "Muitos virão (apoiados) sobre meu nome", e não apenas "muitos virão em meu nome". Não se refere somente aos que se apresentam como representantes do Cristo, "em nome dele", mas daqueles que falam dizendo-se "O Cristo", fundamentados na autoridade desse nome. O grego não diz en onómatí, mas claramente epi tôí onómati mou. Encontramos exemplos dessa mesma época: Simão o Mago (AT 8:9-11); Teudas, sob o procurador Fadus (Fl. Josefo, Ant. Jud., 20. 5. 1); outros cujos nomes não nos foram conservados (Bell. JD 2. 13. 4); outro sob o procurador Félix (Bell. JD 2. 13. 5 e Ant. JD 20. 8. 6 e 10).


Vers. 6 e 7- Guerras e lutas entre nações. Nessa época sabemos de muitas: nas Gálias (Víndex e Virginius), no Danúbio, na Germânia, na Bretanha, com os Partos (Tácito, Annales, 12, 13; 13, 6 a 8; Suetônio, Nero, 39). Lutas em 68 entre Galba, Oton, Vitélia e Vespasiano (Tácito, Historiae, 1, 2,1); lutas na Palestina (Bell. JD 2. 12. 1 e Ant. JD 18. 9. 1); revoluções sob Cumano (entre 48 e 52), sob Gessio Floro (entre 64 e 66); massacres entre gregos e judeus em Cesareia, em Ascalon, em Ptolemaida, em Tiro, em Hipos, em Gadara, em Damasco, em Alexandria: "cada cidade parecia dividida em dois campos inimigos" (Bell. JD 2. 17. 10 e 18, e 1 a 8). A opinião de Tácito também é valiosa e insuspeita (1).


(1) Tácito (Historiae, I, 2, 1-6) assim descreve essa época: Opus adgredior opímum cásibus, atrox proeliis, discors seditiónibus, ipsa etiam pace saevum: quattuor príncipes ferro interempti trina bella civilia, plura externa ac plerumque permixta; prosperae in oriente, adversae in occidente res; turbatum llyricum, Galliae nutantes, perdómita Britannia et statim missa; coortae in nos Sarmatarum ac Sueborum gentes, nobilitatus cládibus mutuis Dacus, mota prope etiam Parthorum arma falsi Neronis ludibrio. Iam vero Italia novis cladibus vel post longam saeculorum seriem repetitis adflicta: haustae aut óbrutae urbes, fecundissima Campaniae ora; et urbs incendiis vastata, consumptis antiquissimis delubris, ipso Capitólio civium manibus incenso" Pollutae caerimoniae, magna adulteria; plenum exiliis mare, infecti caedibus scopuli. Atrocius in urbe saevitum: nobilitas, opes, omissi gestique honores pro crimine et ob virtutes certissimum exitium. Nec minus praemia delatorum invisa quam scelera, cum alii sacerdotia et consulatus ut spolia adepti, procurationes alii et interiorem potentiam, agerent verterem cuncta odio et terrore. Corruptl in dominos servi, in patronos liberti; et quibus deeral inimicus per amicos oppressi.


Para os poucos treinados em latim, eis a tradução: "Empreendo uma obra fecunda em catástrofes, atroz de combates, discordante pelas sedições, sendo cruel a própria paz: quatro príncipes mortos pela Espada, três guerras civis, muitas estrangeiras e outras mistas; êxitos no oriente, derrotas no ocidente; perturbada a Ilíria, cambaleantes as Gálias, a Bretanha dominada e logo perdida; Suevos e Sármatas revoltadas contra nós; o Dácio celebrado pelas nossas derrotas e pelas deles; os próprios Partos quase pegando em armas por engano de um falso Nero. Além disso, a Itália afligida por novas calamidades, que se repetiam após longa série de séculos; cidades engolidas ou arrasadas no litoral tão fértil da Campânia; Roma desolada por incêndios, vendo consumir-se os mais antigos santuários; o próprio Capitólio queimado pela mão dos cidadãos; a religião profanada, adultérios escandalosos, o mar coberto de exilados, os rochedos tintos de sangue.


Mais atroz na cidade a crueldade: a nobreza, a fortuna, as honras, a recusa mesmo das honras tida como crimes, e a morte como preço da virtude. Os prêmios dos delatores tão odiosos quanto os crimes, pois uns tomavam como despojos o sacerdócio ou o consulado, outros a procuradoria e o poder palaciano, tudo derrubando pelo ódio ou pelo terror. Os escravos corrompidos contra seus senhores, os libertos contra seus protetores, e os que não tinham inimigos, opressos por seus amigos".


Todo esse aparato de horrores não denota, entretanto, o fim: é apenas "o princípio das dores de parto" (no original: archê ôdínôn), não simples "dores". O termo é técnico, exprimindo uma dor que tem, como resultado, um evento feliz: uma dor que provoca um avanço, uma criação física ou mental.


As acusações entre cristãos são atestadas por Tácito (2).


(2) Também aqui Tácito (Annales, XV, 44, 4-6) nos esclarece com os seguintes palavras após descrever o incêndio de Roma: Ergo abolendo rumori Nero súbdidit reos et quaesitissimis poenis adfecit quos per flagitia invisos vulgus Christianos appellabat.


Auctor nominis ejus Christus, Tiberio imperitante per procuratorem Pontium Pilatum supplicio adfectus erat; repressaque in praesens exitiabilis superstitio rursvm erumpebat, non modo per Judaeam, originem ejus mali, sed per urbem etiam quo cuncta úndique atrocia aut pudenda confluunt celebranturque. Igitur primum correpti qui fatebantur, deinde indicio corum multitudo ingens haud proinde in crimine incendii quam odio humani generis convicti sunt. Isso significa: "Assim para abolir os boatos, Nero supôs culpados e infligiu tormentos refinados àqueles que, odiados por suas ações, o povo chamava Cristãos. O autor desse nome, Cristo, fora supliciado pelo procurador Pôncio Pilatos no império de Tibério. Reprimida no presente, a detestável superstição novamente irrompia, não só na Judeia, onde nascera, mas pela própria Roma, aonde chegam de todas as partes e são celebrados os cultos mais horrorosos e vergonhosos. Foram primeiro presos os que confessavam, depois, por indicação deles, enorme multidão, acusados não tanto pelo crime do incêndio, como de ódio pelo gênero humano".


Quanto à divulgação da Boa Nova, Paulo escreveu (RM 10:18): "Sua voz espalhou-se por toda a Terra e suas palavras às extremidades do mundo habitado". Realmente, no texto não é dito que o Evangelho será pregado "em todo o mundo" (hólôi tôi kósmôi) mas em "toda a Terra habitada" (hólêi têi oikouménêi). Essa palavra (donde deriva "ecumênico") era usada entre os gregos para exprimir o território deles, em oposição ao dos bárbaros; entre os romanos, era o império romano, em oposição aos demais povos.


Nessa mesma época, entre 30 e 70, temos notícias de tremores de terra na Ásia menor, na Assíria, na Macedônia, em Creta, na Itália: em 61 e 62 na Laodicéia, Colosso e Hierápolis; em 63, com a erupção do Vesúvio, em Nápoles, Herculanum e mais três cidades menores; o incêndio de Roma em 64 (cfr. Tácito, Annales, 14,16; Sêneca, Quaestiones Naturales, 6, 1; Fl. Josefo, Bell. JD 4. 4. 5). A fome, sob Cláudio, assolou Roma e Palestina (cfr. At 11:28 e Ant. JD 20. 5. 2).


O comparecimento ante os tribunais também é abundantemente citada não só pelos autores profanos, como no Novo Testamento: discípulos presos (AT 4:3 e AT 5:18-40); citados perante o Sinédrio (AT 8:1-3 ; 9:1, 2, 21; 26:10; 28:22; RM 15:30-31); Tiago é condenado e decapitado (AT 12:2); Pedro é preso e condenado (AT 12:3-17); Paulo é apedrejado em Listra (AT 14:18), é açoitado e preso em Filipos (AT 16:22-24); fica preso quatro anos em Jerusalém (AT 21:33) em Cesareia (AT 24:27) em Roma (AT 28:23, AT 28:30-31); é levado diante do procônsul Gálio (AT 18:14), do Sinédrio de Jerusalém (AT 23), de Félix (AT 24:25), de Festus (AT 25:9) do rei Agripa (AT 26) e de Nero (2TM 4:17-19).


Aí temos, pois, um apanhado que justifica a interpretação corrente do trecho, de que os acontecimentos previstos se referem ao mundo exterior da personagem, às ações que vêm de fora.


O segundo comentário ainda é bem mais difícil. Que sentido REAL está oculto, sob essas palavras enigmáticas?


O aviso inicial é de uma clareza ofuscante: "Vede que ninguém vos desvie do caminho certo" (1). O comentarista sente-se perplexo e assustado, temeroso de incorrer nesse aviso prévio de cuidar-se, para não se deixar levar por fantasias.


(1) Não podemos considerar errada a tradução que fazem as versões vulgares do verbo planáô, po "enganar"; mas o sentido preciso desse verbo, "desviar do caminho certo" é muito mais expressivo e corresponde bem melhor ao que se diz no contexto.


Oremos, suplicando que a inspiração não nos falte, e que não distorçamos a luz que nos vem do Alto, a fim de não nos desviarmos nem tirarmos os outros do caminho certo.


Assistimos ao trabalho da Individualidade para fazer evoluir a personagem, com seus veículos rebeldes, produto do Antissistema. A figuração do Cristo diante da multidão simboliza bem a individualidade a falar através da Consciência, para despertar a multidão de pequenos indivíduos, representados pelo governo central, que é o intelecto. Imbuído de todo negativismo antagônico, o intelecto leva a personagem a rejeitar as palavras da Verdade que para ela, basicamente situada no polo oposto, soam falsas e absurdas. O Espírito esforça-se por explicar, responde às dúvidas: esclarece os equívocos, todavia nada satisfaz ao intelecto insaciável de noções de seu plano, onde vê tudo distorcido pela refração que a matéria confere à ideia espiritual, quando esta penetra em seu meio de densidade mais pesada. Quando verifica que não tem argumentos capazes para rebater o que ouve, rebela-se definitivamente e interrompe qualquer ligação com o Eu interno, voltando-se para as coisas exteriores, supondo que a matéria (as pedras) possam anular a força do Espírito. Diante de tal atitude violenta e inconquistável, a Individualidade esconde-se, isto é, volta a seu silêncio, abandonando a si mesma a personagem, e sai do templo, ou seja, larga a personagem e passa a viver no Grande-Todo, no UNO, indivisível, sem deixar contudo de vivificar e sustentar a vida daquela criatura mesma que a rejeitou com a violência. Um dos casos, talvez, em que, temporária ou definitivamente, a Individualidade pode desprender-se da personagem que, por não querer aceitar de modo algum o ensino, continuará sozinha a trajetória (cfr. vol. 4), tornando-se "psíquica", mas "não tendo Espírito" (Judas, 19).


NOTA DO AUTOR


A partir deste ponto, podemos oferecer a nossos leitores bases mais seguras em nossa tradução do texto original grego.


Até a página anterior, seguimos o NOVUM TESTAMENTUM GRAECE, de D. Eberhard Nestle e D. Erwin Nestle; o NOVI TESTAMENTI BIBLIA GRAECA ET LATINA, de J . M. Bover; a "S. Bible Poliglotte" de Vigouroux; as versões da Escola Bíblica de Jerusalém, da Abadia de Maredsous, a "Versão Brasileira" a Vulgata de Wordsworth e White, e a Análise de Max Zerwick, que eram os textos mais bem informados (só nos faltava o texto de Merck, mas a edição de Bover o colaciona).


Agora, todavia, conseguimos receber o recentíssimo volume THE GREEK NEW TESTAMENT, de Kurt Aland (da Univ. de Munster, Westfalia), Matthew Black (da Univ. de St. Andrews), Bruce M. Metzger (do Univ. de Princeton) e Allen Wikgren (da Univ. de Chicago), com larga colaboração de especialistas de cada setor, de forma a ser um texto realmente autorizado.


A publicação foi feita em 1967, pela United Bible Societies, de Londres (que reúne as Soc.


Bíblicas Americana, Inglesa estrangeira, Escocesa, Neerlandesa e de Wurttemberg). Traz todas as variantes dos papiros, dos códices unciais, dos minúsculos, da ítala e da vulgata, dos lecionários, das versões antigas (siríacas, coptas, góticas, armênias, etiópicas, georgionas, núbias) dos Pais do Igreja, e de todos os editores, trazendo até as descobertas mais recentes nesse campo. Isso permite ao tradutor apoiar-se com maior segurança em seu trabalho, podendo analisar as variantes e avaliar os pesos de cada manuscrito ou tradução, tirando conclusões mais fiéis ao original.


Daqui em diante, pois, seguiremos o texto grego cessa edição. E como prometemo-nos o REVER, à sua luz, e com os dados mais recentes, tudo o que até agora foi traduzido e publicado qualquer novo testemunho que nos leve a modificar nossa opinião expendida, honestamente a divulgaremos oportunamente, para que continue, neste trabalho audaciosamente iniciado, a mesma qualidade básica essencial: honestidade sincera.


A tradução que sozinho empreendemos do original grego, sob nosso responsabilidade pessoal única, não se filia a nenhuma corrente religioso antiga ou moderna. O que pretendemos é conseguir penetrar o sentido reaI, dentro do grego, transladando-o para o português, sem preocupação de concordar nem de discordar com quem quer que seja.


Também não pretendemos ser dogmáticos nem saber mais que outros, mas honestamente dizemos o que pensamos, como estudiosos, trazendo mais uma achega depois de quase cinquenta anos de estudos especializados nesta existência. Mas estamos dispostos a aceitar qualquer crítica e rever qualquer ponto que nos seja provado que foi mal interpretado por nós.


Só pedimos uma coisa: que nos seja reconhecida a honestidade com que trabalhamos e a sinceridade pessoal com que sentimos e nos expressamos.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40
SEÇÃO III

O TESTEMUNHO NA JUDÉIA E SAMARIA
Atos 8:1-12.25

Esta seção descreve o esforço missionário da igreja "em toda a Judéia e Samaria" (1.8). Atos 8 fala de Filipe em Samaria, e do seu testemunho ao eunuco etíope. Atos 9 fala da conversão de Saulo, e de Pedro em Lida e Jope. Atos 10 registra a visão de Pedro (em Jope) e a conversão de Cornélio (em Cesaréia). Atos 11 descre-ve a defesa de Pedro e os cristãos em Antioquia. Atos 12 conta a libertação de Pedro e a morte de Herodes. Todos os acontecimentos tiveram lugar na Judéia ou em Samaria (exceto em Atos 11:19-30;).

A. TESTEMUNHANDO EM SAMARIA, Atos 8:1-25

A pregação do Evangelho em Samaria definiu uma transição da missão judaica para a missão dos gentios. Os samaritanos eram uma raça mestiça, uma mistura de judeus e gentios. Portanto, era lógico que o primeiro passo fora da Judéia devesse ser em Samaria, imediatamente ao norte.

1. Saulo, o Perseguidor (8:1-3)

A primeira frase de Atos 8.1 — E também Saulo consentiu na morte dele — na ver-dade pertence ao capítulo anterior, pois se refere ao apedrejamento de Estêvão. Consen-tiu, no original, é uma construção com particípio, "que denota não um ato momentâneo... mas uma ação continuada ou habitual".' O verbo significa "concordar, agir de acordo com os assassinos (Lc 11:48; Rm 1:32-1 Co 7, 12-13) e não meramente consentir ou aprovar o assassinato".2 Morte não é a palavra grega habitual, thanatos, mas anairesis (somente aqui no NT), que significa "uma destruição, um assassinato, um homicídio".3 A diferença de thanatos (morte) é significativa. O jovem rabino Saulo estava dando a sua aprovação oficial ao assassinato de um mártir inocente.

Naquele dia é o significado exato do original. O uso exato desta frase no Novo Testamento (e.g., Mt 13:1-22.
23) sugere que aqui significa "naquele mesmo dia" do

apedrejamento de Estêvão. Parece que este evento deu início à grande perseguição dos crentes em Jerusalém. É apenas a segunda vez que o termo igreja (aplicado aos cris-tãos) é encontrado aqui no livro de Atos (cf. Atos 5.11), mas ele aparece 22 vezes no restante do livro.

O resultado da perseguição foi que todos os discípulos foram dispersos nesta primei-ra diáspora cristã. A dispersão forçada levou-os às terras da Judéia e de Samaria — como descrito nos capítulos 8:12.

A frase exceto os apóstolos parece estranha. Pode parecer que os líderes estariam correndo um perigo maior de serem mortos. Duas ou três explicações podem ser oferecidas. A primeira é que os apóstolos eram todos judeus e tinham a estima geral do "povo"

(Atos 5.13). Pode ter acontecido que os helênicos, representados por Estêvão, fossem o objeto particular da perseguição. Em segundo lugar, pode-se supor que os apóstolos consideravam como seu dever permanecer em Jerusalém, independentemente das conseqüências.

O corpo de Estêvão foi sepultado por alguns varões piedosos (2). Estes eram cristãos ou judeus não cristãos? Meyer pensa que eles eram "judeus religiosos que, com a sua consciência piedosa (comp. ii.
5) e com unia inclinação secreta ao cristianismo, tiveram a coragem de honrar a inocência daquele que tinha sido apedrejado".4 Gloag concorda que provavelmente "os piedosos mencionados aqui eram amigos e admiradores, que não reconheciam abertamente ser cristãos".5 De qualquer forma, a lei exigia que o criminoso executado fosse sepultado (Dt 21:22-23). Para cumprir a lei, José de Arimatéia e Nicodemos — que não eram discípulos confessos de Jesus — sepultaram o corpo de Cristo. Aqueles que cuidaram do corpo de Estêvão fizeram sobre ele gran-de pranto. A palavra grega para pranto (somente aqui no NT) significa literalmente "um golpe na cabeça e no peito". Esta era uma maneira tipicamente oriental de de-monstrar grande pesar.

Saulo, mais enfurecido que inibido pela visão da morte de Estêvão, assolava a igreja (3). O verbo (somente aqui no NT) é usado na Septuaginta para referir-se a um javali selvagem que devasta uma vinha (e.g., Sl 80:13). Não satisfeito em prender as pessoas nos lugares públicos, o zeloso jovem rabino invadia as casas particulares. "Arrastar" é uma "antiga forma de uma palavra que significa "rebocar, puxar violentamente".6 Saulo estava arrastando furiosamente homens e mulheres à prisão.

2. Filipe em Samaria (8:4-8)

Aqueles que tinham sido dispersos pela perseguição (cf.
1) iam por toda parte (4). Uma tradução mais precisa é "passavam de um lugar para outro" (ASV). O verbo grego é um termo favorito de Lucas, que usa-o dez vezes em seu Evangelho e vinte e duas vezes no livro de Atos — de um total de 42 ocorrências. No livro de Atos, é usado para descrever uma atividade missionária da igreja.

Aonde quer que fossem, estes leigos — cf. "exceto os apóstolos" (1) — estavam anun-ciando a palavra. O verbo euangelizo é um outro termo favorito de Lucas. Ele usa-o aproximadamente na metade do total das ocorrências no Novo Testamento. Com o signi-ficado de "anunciando novidades jubilosas", é uma palavra que se encaixa perfeitamente para descrever a pregação do Evangelho, por estes missionários do século I.

Dos sete homens escolhidos para cuidar dos assuntos materiais da igreja (6:1-6), dois representaram papéis importantes. Estêvão tornou-se o primeiro mártir. Filipe (5) foi o primeiro a ser chamado de "evangelista" (Atos 21:8). Este capítulo conta o início dos seus esforços para evangelizar.

Ele desceu a Samaria (5). Embora Samaria esteja ao norte da Judéia, na mente dos judeus, as pessoas sempre "subiam" a Jerusalém e "desciam" dali para qualquer outro lugar. Samaria era um local lógico para iniciar a missão evangelística do mundo cristão. Como diz Macgregor: "Os samaritanos formaram uma casa no meio do caminho entre o mundo judaico e o mundo gentílico":

Descendo Filipe à cidade de Samaria. No Antigo Testamento, Samaria é o nome da capital do Reino no Norte de Israel, embora às vezes a palavra se refira à nação. Mas, no Novo Testamento, o termo normalmente se refere ao distrito localizado entre a Judéia, ao sul, e a Galiléia, ao norte (ver o mapa 1). A velha cidade de Samaria foi reconstruída por Herodes o Grande, e chamada Sebaste — o equivalente grego ao termo latino "Augusto". Isto ainda se conserva no nome da atual vila Sebastiyeh, que está situada no antigo monte Samaria. Mas Josefo indica que, no século I, Sebaste foi algumas vezes mencionada como Samaria.8Assim, não há necessariamente qualquer anacronismo aqui.' Filipe pregava. Esta palavra é kerysso, "anunciar" ou "proclamar como um arauto", e não euangelizo (cf. 4). Para os samaritanos, ele "estava proclamando" (imperfeito de uma ação continua) Cristo — lit., o Cristo; i.e., "o Messias". Os samaritanos, juntamente com os judeus, estavam procurando o Messias que viria (Jo 4:25).

Os ouvintes de Filipe prestavam atenção (6) ao que ele anunciava. Eles ouviam as palavras que ele dizia e viam os sinais (trad. literal) que ele realizava. A realização de milagres representou um papel importante no ministério de Jesus e no início da evangelização dos judeus e samaritanos. Paulo declarou: "Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria" 1Co 1:22). Quando a pregação do Evangelho penetrou no mundo dos gentios, a realização de milagres passou a ter menos importância.

Estes "sinais" consistiam principalmente em expulsar espíritos imundos (demônios) e curar os enfermos e aflitos (7). Muitos paralíticos e coxos é a tradução literal do grego (cf. Phillips).

O resultado desta manifestação de poder divino foi grande alegria naquela cidade (8). Quando Deus nos abençoa, segue-se sempre um período de regozijo.

3. Filipe e Simão (8:9-13)

Havia um triste contraste para esta alegria quase universal. Um certo homem cha-mado Simão, tinha iludido a gente de Samaria com sua arte mágica. Ele afirmava ser uma grande personagem. Os habitantes da cidade, desde o mais pequeno até o maior (10), acreditavam neste charlatão e diziam: Este é a grande virtude de Deus. O texto grego diz: "Este homem é o poder de Deus, que se chama — Grande" (cf. ASV). Os rabinos algumas vezes se referiam a Deus como "O Poder". Houve muitas discussões se isto tudo reflete um ponto de vista pagão ou uma educação hebraica. Uma vez que os samaritanos são uma raça mestiça, é perfeitamente possível que eles tenham misturado conceitos teológicos, e que a resposta para o debate seja "ambas as coisas".

O povo tinha consideração por este falso mágico (11). O texto grego diz "dar atenção" — exatamente a mesma forma dos versículos 6:10. Por muito tempo [Simão] os ha-via iludido com artes mágicas — literalmente, "maravilhado-os com sua arte mágica".

Mas agora eles acreditavam em Filipe (12). Ele lhes pregava (evangelizava) acerca do Reino de Deus — como João Batista e Jesus tinham feito. Filipe estava agora também pregando em nome de Jesus Cristo. A salvação só se dá por meio do nome de Jesus Cristo, o "Salvador" (cf. Atos 4:12).

Aqueles que criam se batizavam. Isto mostra que eles não dependiam mais da ade-são fiel à lei como meio de salvação, mas que podiam depositar a sua total confiança em Cristo. Os crentes consistiam tanto em homens como mulheres.
Surpreendentemente, até mesmo o próprio Simão creu (13). De modo inevitável, surge a questão se isto era fé genuína em Jesus Cristo ou meramente uma concordância mental às verdades do cristianismo. A favor da fé genuína há o fato de que a mesma palavra é usada no versículo 12. Certamente, Simão mostrou toda a aparência visível de ser um crente sincero, pois foi batizado, e Filipe aceitou sua conversão como sendo sincera. Além do mais, ele ficou, de contínuo, com Filipe. O verbo é forte, significando "acompanhar constantemente, continuar firme".10 Vendo os sinais — lit., "sinais e po-deres" — que estavam sendo realizados, ele ficou atônito, ou "maravilhado".

Sobre a natureza da conversão de Simão, Meyer tem a dizer: "Na verdade ele foi, pela pregação e pelos sinais de Filipe, movido pela fé em Jesus Cristo como o Messias. Mas a sua fé era somente histórica e intelectual, sem ter como resultado urna mudança de vida interior"."

4. O Pentecostes Samaritano (Atos 8:14-17)

Quando os apóstolos... em Jerusalém (14) souberam o que tinha acontecido em Samaria, enviaram Pedro e João para examinarem a situação. Estes dois homens esta-vam intimamente associados a algumas das primeiras atividades descritas no livro de Atos (Atos 3:4). Mas João não é mencionado novamente no livro.

Quando os dois apóstolos chegaram, oraram pelos samaritanos para que recebes-sem o Espírito Santo (15). Está claro que estes novos convertidos, embora definitiva-mente salvos pela fé em Jesus Cristo e já batizados (12), não tinham recebido o Espírito Santo. Era necessário que lhes acontecesse a mesma experiência que tiveram os 120 no cenáculo no dia de Pentecostes.

O fato de que, embora convertidos e batizados nas águas, os samaritanos ainda não tinham sido batizados com o Espírito Santo (cf. Mt 3:11) está ainda ressaltado entre parênteses. Lucas explica por que os apóstolos oraram daquela forma: Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido, mas somente eram batizados em nome do Senhor Jesus (16). O texto grego sugere que eles continuavam (tempo im-perfeito) no estado de ter sido batizados nas águas (particípio perfeito). Eles ainda não tinham experimentado, pessoalmente, o Pentecostes. Aqui com certeza se reflete clara-mente o entendimento de Lucas de que o dom do Espírito Santo é uma experiência subseqüente à conversão.

Pedro e João lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo (17).

Muitos estudiosos sustentam que a referência não é ao recebimento do Espírito Santo em si, mas sim à concessão dos miraculosos dons do Espírito. Mas não é o que a narrativa diz. Ela declara claramente: receberam o Espírito Santo. Parece estar implícito que houve algumas manifestações exteriores relacionadas a este fato, através da afirma-ção, no versículo seguinte, de que Simão estava ciente daquilo que havia acontecido. No entanto, na narrativa não existe nenhuma menção ao falar em línguas.

Knowling objeta contra a interpretação de Espírito Santo significando aqui dons especiais do Espírito. Ele diz: "Em um livro tão marcado pela obra do Espírito Santo... édifícil acreditar que Lucas possa querer limitar a expressão lambanein [receber] aqui... a qualquer coisa menos do que o derramamento daquele Espírito que passaria a habitar dentro de cada crente, e que torna o cristão o templo de Deus".'

Esta passagem do livro de Atos é muito significativa. Os samaritanos foram conver-tidos a Cristo por meio da pregação de Filipe e, em uma ocasião posterior, foram cheios do Espírito Santo sob o ministério de Pedro e João. Para eles, sem dúvida, o recebimento do Espírito foi um fato subseqüente à conversão.

Pode-se perguntar por que Filipe, que estava cheio do Espírito (cf. Atos 6:3-5), não pôde concluir este trabalho sem a vinda de Pedro e João. A resposta provavelmente é que era necessário estabelecer a unidade da Igreja de Jesus Cristo, no início, por meio deste ato de autoridade apostólica. Não deveria haver movimentos separados surgindo aqui e ali, mas sim uma Igreja unida, fundada pelos homens que Jesus encarregou desta tarefa.

5. Simão e a Simonia (Atos 8:18-24)

Simonia — uma palavra derivada deste incidente — significa a compra ou a venda de ofícios eclesiásticos, ou autoridade eclesiástica. E Simão, vendo que o Espírito Santo era dado pela imposição das mãos dos apóstolos... lhes ofereceu dinhei-ro (18) para que compartilhassem com ele o poder de derramar ou conceder o Espírito (19) Esta mágica era muito melhor do que qualquer coisa que ele possuía! Ele queria manter o seu controle sobre o povo. Em resposta, Pedro disse a Simão: O teu dinheiro seja contigo para perdição (9) Isto poderia ser interpretado como uma oração para que o seu dinheiro, que amea-çava trazer-lhe a destruição, pudesse acabar. Knowling diz: "Estas palavras não são uma maldição nem uma imprecação, como é evidente no versículo 22, mas sim uma expressão veemente de horror por parte de Pedro, uma expressão que poderia advertir Simão de que ele estava no caminho da destruição"." Após observar outras interpretações, Alexander conclui: "A verdadeira solução parece ser que Pedro falou com uma autoridade divina direta, e também que o pedido deve ser qualificado pela exortação contida no versículo 22".' Ele acrescenta: "O pecado e a loucura da oferta do mágico não estão meramente na idéia de subornar a Deus, mas em comprar o que, pela sua própria natureza, só poderia ser uma dádiva gratuita".15

Pedro continuou afirmando: Tu não tens parte nem sorte nesta palavra (21). Parte indica uma divisão ou porção. Sorte significa o que é obtido lançando sortes, ou seja, uma parte designada. A palavra grega para palavra ou "ministério" é logos, que literalmente significa "palavra". Hackett prefere essa tradução e explica o seu significa-do: "A doutrina ou o Evangelho, que nós pregamos".16 Este é o sentido transmitido pela versão Siríaca Peshita (século V), onde se lê "em sua fé". Mas logos pode significar "o que é falado sobre", e desta forma "assunto, caso, coisa".'

Pedro também declarou: O teu coração não é reto — lit., "direito", e também, em um sentido moral, "franco' — diante de Deus. Isto mostra que se Simão havia passado por uma verdadeira conversão, o que parece estar implícito no versículo 13, o amor pelo dinheiro agora havia feito com que ele se desviasse. Ele não era mais sincero, e nenhum homem pode ser salvo sem ser sincero.

Mas não era tarde demais para Simão ser perdoado. Pedro o advertiu, dizendo: Ar-repende-te... dessa tua iniqüidade e ora — "pedir, suplicar"" — a Deus," para que, porventura, te seja perdoado o pensamento do teu coração (22). Porventura parece sugerir uma incerteza quanto à possibilidade de Simão poder ser perdoado. Mas o texto grego diz literalmente "se por isso"; i.e., como um resultado por seu arrependimento. A única incerteza — e era muito real — era se Simão se arrependeria. Aparente-mente, ele não o fez. Gloag se expressa bem: "Pedro aqui... não expressa dúvida sobre o perdão de Deus, nem a limitação da sua misericórdia; a dúvida se refere ao arrependi-mento de Simão"?'

A palavra grega para pensamento (somente aqui no NT) origina-se do verbo "continuar". Sendo assim, ela significa um "plano" consciente ou um "projeto"?' uma "trama"."

Pedro continuou descrevendo Simão como estando literalmente em (eis) fel de amar-gura, e... laço de iniqüidade (23). Bruce escreve: "No papiro, eis é usado desse modo após einai, expressa destino"?' Sugeriu-se que Simão caiu neste estado. Meyer parafra-seia a passagem da seguinte forma: "Eu o reconheço como um homem que caiu em amar-ga animosidade contra o Evangelho, como em fel, e em iniqüidade como em grilhões cingidos"?' Gloag diz: "Fel aqui significa 'veneno', como — de acordo com a opinião dos antigos — o veneno das serpentes que residia em seu fel"."

A reação de Simão aos avisos de Pedro não dá evidências de um verdadeiro arrepen-dimento. Ele não estava preocupado com o seu pecado, mas somente com as suas conseqüências. Pedro o instruiu a orar a Deus na esperança de ser perdoado (22). Agora Simão pede aos apóstolos para orarem (a mesma palavra contida no v. 22) para que nenhuma das coisas mencionadas por Pedro venha sobre ele (24). Não havia no coração de Simão uma tristeza devido ao pecado, mas somente o temor pela sua própria segurança.

Em Simão, vemos (Atos 8:8-13, 18-24) "Um candidato inaceitável para o batismo com o Espírito Santo". 1. Simão foi rejeitado porque teve uma concepção errada do preço a ser pago (18,
20) ; 2. Ele teve um motivo errado para buscar o Espírito Santo (19) ; 3. Seu coração não era reto aos olhos de Deus (21-23). (G.B. Williamson)

6. Samaria Evangelizada (Atos 8:25)

Este versículo parece constituir um parágrafo intermediário entre o precedente e o seguinte. Tendo eles — provavelmente Pedro e João — testificado (testemunhado completamente) e falado (no texto grego, simplesmente "falado") a palavra do Se-nhor, voltaram para Jerusalém. A última parte deste versículo tem dois imperfeitos, portanto lê-se literalmente "eles estavam retornando para Jerusalém e estavam evangelizando muitas aldeias de samaritanos". Isto dá a idéia de uma campanha contí-nua de evangelização durante a prolongada viagem de volta.

O companheiro evangelista de Pedro era o mesmo João que uma vez desejou invocar o fogo do céu para destruir uma aldeia de samaritanos (Lc 9:52-56). Jesus o repreendeu por ter um espírito errado. Mas agora, depois do Pentecostes, ele tinha o Espírito de Cristo. Gloag sabiamente observa: "Agora, ele invocava um tipo diferente de fogo que pudesse descer do céu sobre os samaritanos — o fogo do Espírito Santo"."

B. TESTEMUNHANDO AO EUNUCO ETÍOPE, Atos 8:26-40

Filipe era um evangelista versátil, cheio do Espírito e guiado pelo Espírito. Ele podia pregar para grandes multidões em um "avivamento que alcançasse uma cidade inteira". Mas ele também podia realizar um trabalho pessoal com um único indivíduo em uma estrada deserta. A eternidade pode revelar que, quanto aos seus resultados finais, a segun-da destas atividades era tão fértil quanto a primeira. A lição essencial a ser aprendida é que, quando o Espírito Santo nos impele a levar algum ministério a outros, Ele nos dá o poder necessário para cumprirmos a missão. Onde Deus guia, Deus provê. Outra lição é que, aos olhos do Senhor, nenhuma tarefa orientada pelo Espírito é pequena. Somente a onisciência divina pode antever os resultados dos poucos momentos de um testemunho dado a uma pessoa cujo coração o Espírito Santo preparou para acolher este testemunho.

1. Um Peregrino Buscando a Deus (8:26-31)

No meio das atividades de Filipe na cidade samaritana, com muitos convertidos para cuidar, o anjo — lit., "um anjo" — do Senhor chamou-o para uma nova tarefa. O contexto sugere que esta é uma outra maneira de dizer que o Espírito conduziu-o (cf. 29, 39). A ordem era: Levanta-te — tempo aoristo de ação imediata — e vai — tempo imperfeito de ação continua, "ir" — para a banda do sul (26). No único outro ponto do Novo Testamento em que aparece a palavra grega para sul, ela é traduzida como "meio-dia" (22.6). Alguns estudiosos preferem esta tradução. Mas "para a banda do sul" parece ser o significado correto da frase.

Filipe devia ir ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que estava deserto. Gaza estava a cerca de 96 quilômetros a sudoeste de Jerusalém. Era a cidade mais ao sul da Palestina, quase na fronteira do Egito (ver o mapa 1). Nos tempos do Antigo Testamen-to, era uma das cinco cidades dos filisteus. Que está deserto pode referir-se ao cami-nho; ou seja, "Pegue a estrada deserta", em vez de uma outra rota. Esta é a opinião de Schuerer28 e Gloag." Mas Lake e Cadbury empregaram a frase à cidade. A antiga Gaza, que estava situada a aproximadamente quatro quilômetros do Mediterrâneo, foi destruída por Alexandre o Grande (332 a.C.) e ainda estava deserta. Poderia muito bem ser chama-da deserto de Gaza. A nova Gaza Helênica ficava na costa.' Bruce aceita esta interpreta-ção.' Em qualquer caso, a missão envolvia diversos dias de viagem. Talvez fossem 56 quilômetros de Samaria a Jerusalém e cerca de 96 quilômetros a mais para Gaza.

Filipe levantou-se e foi (27). Os dois verbos estão no tempo aoristo e sugerem obediência imediata. Como ele foi imediatamente, encontrou um homem. Se tivesse de-morado por qualquer razão, Filipe teria perdido seu encontro divino com o eunuco.

Seguindo orientações divinas, Filipe viu um etíope, que tinha ido a Jerusalém para adoração, ou "em peregrinação", e estava agora voltando. Etiópia era o nome de um reino no Nilo, entre a atual Assuã e Khartoum. A maioria dos estudiosos atuais reconhece que a referência aqui não é à Abissínia, hoje conhecida comumente como Etiópia. Entretan-to, o Westminster Dictionary of the Bible afirma que a profecia de Salmos 68:31 — "A Etiópia cedo estenderá para Deus as suas mãos" — "foi cumprida com a conversão do eunuco etíope (At 8:26-40) e a introdução do Evangelho na Abissínia"."

O viajante que Filipe encontrou era um eunuco," mordomo-mor (ou alto official) de Candace, rainha dos etíopes. A lei mosaica proibia um eunuco de ser membro da congre-gação do Senhor (Dt 23:1). Mas a proibição parece ter sido suspensa posteriormente (Is 56:3-5). Mordomo-mor é dynastes, que significa "príncipe". Candace era um título, como Faraó. Lake e Cadbury observam: "O título era dado à rainha-mãe, chefe real do governo".' O eunuco era superintendente de todos os seus tesouros, portanto, um ho-mem de alto cargo e grande responsabilidade.

Como um homem digno de sua posição, o eunuco tinha um dos melhores meios de transporte da época. Assentado no seu carro [uma carruagem], lia o profeta Isaías

(28). Pergaminhos escritos à mão eram raros e dispendiosos, mas ele era um homem rico e podia tê-los. De acordo com os costumes da época, ele lia em voz alta, pois Filipe o ouviu (30). Os rabinos determinavam que a Lei devia ser lida em voz alta por quem estivesse viajando."

Em obediência à voz interior do Espírito (29), Filipe correu (30) para emparelhar-se ao carro. Ouvindo o eunuco ler o pergaminho de Isaías, ele perguntou: Entendes tu o que lês? — uma questão pertinente em qualquer época. Entendes significa literalmen-te: "Você conhece?" Que lês significa literalmente: "Você conhece novamente". Há um jogo de palavras em grego que não pode ser convertido para o nosso idioma. Estes dois verbos aparecem juntos em II Coríntios 3:2 — "conhecida e lida por todos os homens".

A resposta do eunuco etíope foi quase patética: Como poderei entender, se al-guém me não ensinar? (31) Ensinar é o mesmo verbo usado por Jesus em João 16:13 como "guiar" — "Quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a ver-dade". Filipe, cheio do Espírito, era capaz de dar orientações sobre as Escrituras.

Ávido por aprender o verdadeiro significado da passagem profética, o eunuco rogou que Filipe subisse à carruagem. O verbo rogou (parakaleo) é muito forte, significando "exigiu" ou "suplicou"."

2. Uma Profecia Incomum (Atos 8:32-33)

A expressão O lugar da Escritura (32) pode ser traduzida como "a passagem da Escritura". Lugar (perioche, somente aqui no NT) é a palavra usada pelos pais da igreja para as lições das Escrituras que são lidas em público. Literalmente significa "uma por-ção circunscrita, uma seção".'

A citação em 32-33 foi copiada quase literalmente da Septuaginta de Isaías 53:7-8, e é uma parte de uma das "Canções do Servo" de Isaías, encontrada em um importante capítulo messiânico do Antigo Testamento. A profecia, Assim não abriu a sua boca, foi cumprida quando Jesus "nada respondeu", quando foi falsamente acusado perante Pilatos (Mt 27:12). A frase difícil, foi tirado o seu julgamento, provavelmente signi-fica: "lhe negaram justiça" (RSV). Gloag assim a interpreta: "O seu julgamento — o julgamento que lhe era devido — os seus direitos de justiça — lhe foram negados por seus inimigos"."

A próxima frase, quem contará a sua geração?, tem causado mais dificuldades. Gloag opina que ela significa: Quem deveria "expor a maldade de seus contemporâne-os?" Mas Meyer diz que, embora anteriormente sustentasse aquela opinião," ele defi-nitivamente escolheria esta interpretação: "Quão indescritivelmente grande é a multi-dão daqueles que pertencem a Ele".41 A frase final, porque a sua vida é tirada da terra, reconhecidamente parece se adequar melhor à primeira destas explicações do que à segunda.

3. Um Pregador Cheio do Espírito (Atos 8:34-40)

A questão que preocupava o eunuco etíope era: de quem diz isto o profeta? De si mesmo ou de algum outro? (34). Lumby escreve: "Alguns dos judeus interpretaram esta passagem como tratando de um profeta sofredor, mas geralmente ela se aplicava à nação sofredora".42 O eunuco pareceu sentir que ela deveria ser aplicada a um indivíduo. Mas a quem?

Filipe estava à altura das exigências da situação. Abrindo a boca e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus (35). Esta era a resposta. O Servo sofredor do Senhor, de quem Isaías falara, não era nenhum outro senão Jesus, o Messias escolhido por Deus.

Sem dúvida, a carruagem já havia percorrido uma grande distância enquanto Filipe comentava a passagem de Isaías e revelava Jesus. Finalmente, chegaram ao pé de alguma água (36), e o eunuco solicitou o batismo. Talvez Filipe tivesse repetido as pala-vras de Pedro no dia de Pentecostes: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados..." (2.38).

O versículo 37 é a teologia sólida do Novo testamento, mas é omitido nas versões revisadas porque não está nos melhores e mais antigos manuscritos gregos. Talvez re-presente uma tradição autêntica, mas tem todo o aspecto de ser uma nota explicativa, adicionada por algum escriba para fornecer uma resposta à questão do versículo 36 e, por fim, encontrar seu caminho dentro do texto.

O eunuco mandou parar o carro (38), enquanto ele e Filipe desceram para um lago ou riacho. A água corrente era considerada preferível para o batismo cristão na 1greja Primitiva (Didache 7.1).

Quando os dois homens saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe (39). Ele desapareceu. O eunuco... jubiloso, continuou o seu caminho, como todos fazem quando encontram Cristo como Salvador. Este é um contraste com o jovem governante rico, que "retirou-se triste" (Mt 19:22).

Filipe se achou — i.e., apareceu — em Azoto (40). Esta é a Asdode do Antigo Testamento, uma das cinco cidades dos filisteus. Estava situada cerca de 32 quilômetros ao norte de Gaza, a mais ou menos metade do caminho entre aquela cidade e Jope (ver o mapa 1). Em seu caminho para o norte, pela costa, Filipe anunciava o evangelho em todas as cidades — lit„ "ia evangelizando todas as cidades". Estas incluiriam Lida e Jope, onde os crentes são mencionados logo depois disso (9:32-42). Filipe evangelizou as cidades litorâneas no extremo norte, como Cesaréia, onde o encontramos na próxima vez em que aparece no livro de Atos (21.8). Esta cidade foi construída por Herodes o Grande, e pas-sou a chamar-se Cesaréia Sebaste em honra ao Imperador Augusto de Roma. Concluída em aproximadamente 13 a.C., foi a sede do governo romano na Judéia nos dias de Jesus.

Este capítulo pode ser usado para enfatizar a importância dos "Dois Tipos de Evangelização": evangelização em massa (4-25) e evangelização pessoal (26-40). Sob a primeira, se destacam: 1. O método é pregar (5) ; 2. A mensagem é Cristo (5) ; 3. O motivo é que as pessoas sejam salvas e santificadas (12-17). Sob a evangelização pessoal, cha-mamos a atenção para: 1. A importância da obediência imediata (27, ver comentários) ; 2. A oportunidade oferecida (27-29) ; 3. O lugar da Escritura profética (30-32) ; 4. A interpre-tação da passagem, (34-35) ; 5. A aplicação à necessidade pessoal (36-39).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40
*

8.3 Saulo, porém, assolava a igreja. O verbo grego é enfático, e significa não somente perseguição, mas um esforço para destruir a igreja.

* 8.4 dispersos... pregando a palavra. Através da perseguição, a mensagem foi espalhada mais longe e mais rapidamente (11.19). Como disse Tertuliano, “o sangue dos cristãos é a semente da igreja”.

* 8.9 Simão. Simão, o mago, é freqüentemente mencionado em antigos escritos fora da Bíblia como sendo o arquinimigo da igreja e um dos líderes da heresia gnóstica. O gnosticismo (nome que vem da palavra grega gnosis,que significa “conhecimento”), ensinava que uma pessoa ganhava a salvação não pelo mérito da morte de Jesus pelos pecadores, mas por conhecimento especial a respeito de Deus. Justino o Mártir (morto cerca de 165 d.C.), ele próprio um samaritano, diz que quase todos os samaritanos consideravam Simão o supremo deus (o “Grande Poder”, v.10). Irineu (morto cerca de 180 d.C.), que escreveu extensivamente sobre os gnósticos, considera Simão como uma das fontes dessas heresias. Embora o Simão do v. 9 possa ter sido outro Simão, os pais da igreja igualam os dois, e o contexto de 8:9-11 (seu caráter e a atitude dos samaritanos a respeito dele) certamente indicam os dois como a mesma pessoa.

* 8.15 recebessem o Espírito Santo. Os crentes samaritanos, até este ponto, não haviam recebido a evidência da dinâmica presença interior do Espírito Santo, embora, como crentes, o Espírito Santo estivesse habitando neles (Rm 8:9). Não nos é dito qual a evidência que o Espírito concedia.

*

8.22,23. Pelas suas palavras e ações, Simão comprovou que não cria em Cristo. Ele ainda estava “em fel de amargura” (cf. Dt. 29.18; Hb 12:15) e “laço de iniqüidade’’ (ver Rm 6:16; 8:8). Uma profissão de fé sem arrependimento é inválida.

* 8.27 eunuco. A palavra refere-se ou a um oficial emasculado, pertencente à corte real, ou a um alto oficial do governo. A Etiópia bíblica (ou Cuxe) é a remota área sul do Egito, incluindo partes da moderna Eritréia, Etiópia e Sudão.

Candace. O título da rainha-mãe, que governava em lugar de seu filho. Acreditava-se que ele era sagrado demais para ser envolvido em negócios seculares.

* 8.28 lendo... Isaías. Se o etíope estivesse lendo a passagem sobre a misericórdia do Senhor para com os eunucos (Is 56:3-5; conforme Dt 23:1), teria sido natural para ele ler também Is 53 (v. 35, nota).

* 8.30 ouviu-o. Nos tempos antigos, as pessoas normalmente liam em voz alta.

*

8.35 anunciou-lhe a Jesus. Filipe começou de Is 53 e identificou o servo na passagem como o Servo Sofredor, Jesus. Lucas dá a entender que ele continuou em outras passagens do Antigo Testamento, para identificar Jesus como o Messias.

* 8:40

Azoto. É a Asdode do Antigo Testamento (1Sm 5:1), uma das cinco cidades filistéias, cerca de 32 km ao norte de Gaza e 96 km ao sul de Cesaréia, na costa. Filipe pregava o evangelho em todas as cidades ao longo da costa, até chegar a Cesaréia, uma grande cidade que Herodes o Grande tinha reconstruído (perto da torre de Estratão). Tinha um excelente porto que Herodes expandiu para importante tráfego marítimo (21.8), e servia como quartel general para os procuradores romanos tais como Pilatos, Félix (23.33-24,4) e Festo (25.6). Filipe deve ter se radicado em Cesaréia, porque anos depois ele ainda residia lá (21.8).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40
8.1-4 A perseguição forçou aos cristãos para que saíssem de Jerusalém e fossem a Judea e Samaria; dessa maneira se cumpria a segunda parte do recente mandato do Jesus (veja-se 1.8). A perseguição ajudou à difusão do evangelho. O sofrimento dos crentes traria grandes resultados para Deus.

8:4 A perseguição obrigou aos crentes a abandonar seus lares em Jerusalém e a que o evangelho fora com eles. Freqüentemente devemos nos sentir molestos antes de querer nos mover. Ao melhor não desejemos esta experiência, mas o desconforto pode ser uma das melhores costure para nós porque Deus pode trabalhar através de nossos sofrimentos.

A próxima vez que se sinta tentado a queixar-se do desconforto ou das circunstâncias dolorosas, detenha-se e pergunte-se se ao melhor Deus o está preparando para uma missão especial.

8:5 Não se refere ao Felipe o apóstolo (veja-se Jo 1:43-44), a não ser a um judeu de fala grega, "cheio de fé e do Espírito Santo", um dos sete diáconos escolhidos para ajudar na distribuição dos mantimentos na igreja (Jo 6:5).

8:5 o Israel se dividia em três regiões principais: Galilea no norte, Samaria no centro e Judea no sul. A cidade da Samaria (na região do mesmo nome) chegou a ser a capital do norte do reino do Israel nos dias do reino dividido, antes de sua conquista por Assíria em 722 a.C. Durante esta guerra, o rei assírio levou muitos cativos, deixando sozinho aos mais pobres e repovoando a terra com estrangeiros. Estes contraíram matrimônio judeus que ficaram e esta raça mista originou aos samaritanos. Os judeus "puros" do reino do sul do Judá, consideravam os samaritanos como meia casta e se odiavam mutuamente. Mas Jesus foi a Samaria (João
4) e mandou a seus seguidores que pulverizassem o evangelho até ali (1.8).

8:7 Jesus enfrentou e jogou fora muitos demônios durante seu ministério na terra. Aos demônios, ou espíritos malignos, controla-os Satanás. Talvez são anjos cansados que se uniram a Satanás em sua rebelião contra Deus e podem obter que uma pessoa seja muda, surda, cega ou doente. Também tentam às pessoas para que peque. Apesar de seu poder, não podem ler nossa mente nem podem estar em distintos lugares ao mesmo tempo. Os demônios são reais e estão ativos, mas Jesus tem autoridade sobre eles e delegou sua autoridade a seus seguidores. Apesar de que permite que Satanás obre em nosso mundo, Deus tem o controle total. Seu poder pode jogar fora demônios e terminar com sua obra destrutiva nas vidas das pessoas. Ao final, Satanás e seus demônios serão confinados para sempre, terminando sua obra maligna no mundo (Ap 20:10).

8.9-11 Nos dias da igreja primitiva, os feiticeiros e magos eram numerosos e influentes. Faziam maravilhas, efetuavam sanidades e exorcismos, e praticavam a astrologia. Suas magias possivelmente eram simples truques ou os feiticeiros receberam algum poder de Satanás (Mt 24:24; 2Ts 2:9).

Simón realizou muitas maravilhas ao grau que até alguns pensavam que era o Messías, mas seus poderes não vinham de Deus (veja-se 8:18-24).

8:14 A fim de descobrir se os samaritanos eram verdadeiros crentes, enviaram ao Pedro e João a investigar. Os cristãos judeus, inclusive os apóstolos, duvidavam ainda se os gentis (os que não eram judeus) e os meio judeus podiam receber ao Espírito Santo. E não foi mas sim até que Pedro teve sua experiência com o Cornelio (capítulo
10) que os apóstolos se convenceram por completo de que o Espírito Santo era para todos. Foi João o que perguntou ao Jesus se podiam mandar fogo do céu para que descendesse e destruíra a uma aldeia samaritana que recusou recebê-los (Lc 9:51-55). Agora Pedro e ele foram aos samaritanos para orar com eles.

MINISTÉRIO DO Felipe: Para escapar da perseguição em Jerusalém, Felipe fugiu a Samaria onde continuou pregando o evangelho. Enquanto esteve ali, um anjo o conduziu a um funcionário etíope que se encontrava no caminho entre Jerusalém e Gaza. Este funcionário se converteu ao cristianismo antes de prosseguir seu caminho a Etiópia. Felipe foi açoito a Cesarea.

8.15-17 Este era um momento crucial na extensão do evangelho e o crescimento da Igreja. Os apóstolos, Pedro e João, tiveram que ir a Samaria para evitar que este novo grupo de crentes se separasse de outros crentes. Quando Pedro e João viram o Espírito Santo obrando nesta gente, tiveram a certeza de que o Espírito Santo obrava através de todos os crentes: gentis, raças mistas e também judeus "puros".

8.15-17 Muitos eruditos acreditam que Deus decidiu que a plenitude de seu Espírito viesse de forma dramática e em sinal deste momento particular da história: a difusão do evangelho na Samaria pela capitalista e eficaz predicación dos crentes. Pelo general, o Espírito Santo entra na vida de uma pessoa no momento da conversão. Este foi um acontecimento especial. O derramamento do Espírito aconteceria de novo com o Cornelio e sua família (10.44-47), uma demonstração de que os gentis incircuncisos podiam receber o evangelho.

8.18-23 "Tudo tem seu preço" parece ser certo em nosso mundo de subornos, riqueza e materialismo. Simón pensou que podia comprar o poder do Espírito Santo, mas Pedro o censurou com dureza. A única maneira de receber ao Espírito Santo é fazer o que Pedro disse ao Simón: arrepender do pecado, pedir perdão a Deus e ser cheio com seu Espírito. Nenhuma quantidade de dinheiro pode comprar a salvação, o perdão de pecado nem o poder de Deus que se obtêm mediante o arrependimento e a fé em Cristo como Senhor e Salvador.

8:24 Recorda a última vez em que um familiar ou amigo o censurou asperamente? sentiu-se ferido? Colérico? Defensivo? Aprenda uma lição do Simón e sua reação à censura do Pedro. Exclamou: "Roguem vós por mim ao Senhor". Se o repreenderem por um engano grave, é para seu bem. Admita sua falta, arrependa-se imediatamente e peça oração.

8:26 O ministério do Felipe com as grandes multidões na Samaria era de êxito (8.5-8), entretanto, obedientemente deixou esse ministério para ir a um caminho desértico. devido a que Felipe foi aonde Deus o enviou, Etiópia se abriu ao evangelho. Dependa da direção de Deus embora esta pareça sem sentido. Pudesse ser que não entenda seus planos ao princípio, mas os resultados provarão que os caminhos do Senhor são retos.

8:27 Etiópia está na África, ao sul do Egito. É óbvio que o eunuco estava muito dedicado a Deus porque percorreu uma grande distancia para adorar em Jerusalém. Em épocas passadas, os judeus tiveram contato com Etiópia (conhecida como Qs; Sl 68:31; Jr 38:7), de maneira que este homem possivelmente era um gentil convertido ao judaísmo. Como estava sobre os tesouros de Etiópia, sua conversão lhe permitiu levar o cristianismo até as estruturas de poder de outro governo. Este é o começo do testemunho "até o último da terra" (Jr_1:8). Vejam-nas profecias em Is 56:3-5 sobre estrangeiros e eunucos.

8.29-35 Felipe achou ao etíope lendo as Escrituras e aproveitou essa oportunidade para lhe explicar o evangelho, lhe perguntando se entendia o que lia. Felipe: (1) dependeu da direção do Espírito, (2) começou o diálogo de onde o homem estava (imerso nas profecias do Isaías), e (3) explicou como Jesucristo cumpriu as profecias do Isaías. Quando anunciamos o evangelho, devêssemos começar onde a outra pessoa está concentrada. Logo podemos relacionar o evangelho com essas preocupações.

8.30, 31 O eunuco pediu ao Felipe que lhe explicasse uma passagem das Escrituras que não entendia. Quando não entendermos a Bíblia, devemos procurar a ajuda de outros. Não devemos permitir que nossa insegurança ou orgulho se interponha na compreensão da Palavra de Deus.

8:35 Alguns pensam que o Antigo Testamento não tem relevância hoje em dia, mas Felipe guiou a este homem à fé no Jesucristo usando as Escrituras do Antigo Testamento. Ao Jesucristo o achamos tanto nas páginas do Antigo como nas do Novo Testamentos. Toda a Palavra de Deus tem aplicação a cada pessoa de todas as épocas. Não devemos ser negligentes no uso do Antigo Testamento, porque é também a Palavra de Deus.

8:38 O batismo é um sinal de identificação com Cristo e sua comunidade. Entretanto, não houve testemunhas ao redor do Felipe, o importante era que o eunuco se batizasse.

8:39, 40 por que o Espírito transportou de repente ao Felipe a uma cidade diferente? Este sinal milagroso mostrou a urgência de levar aos gentis a acreditar em Cristo.

Açoito era uma das antigas capitais de Filistéia. Talvez Felipe viveu na Cesarea os seguintes vinte anos (21.8).

MISSIONÁRIOS DO NOVO TESTAMENTO E SUAS VIAGENS

Felipe: Um dos primeiros em pregar o evangelho fora de Jerusalém 8:4-40

Pedro e João: Visitar os novos crentes na Samaria para animá-los 8:14-25

Paulo (viaje a Damasco): Determinou capturar cristãos, mas Cristo o capturou a ele 9:1-25

Pedro: Deus o guiou a uma das primeiras famílias gentis em converter-se ao cristianismo: a família do Cornelio 9:32-10.48

Bernabé: Foi a Antioquía para respirar, viajou ao Troas para levar ao Paulo a Jerusalém desde a Antioquía 11:25-30

Bernabé, Paulo, João Marcos: Deixaram Antioquía para ir ao Chipre, Panfilia e Galacia na primeira viagem missionária 13 1:14-28

Bernabé e João Marcos: depois de separar-se do Paulo, deixaram Antioquía para ir ao Chipre : 15:36-41 Paulo, Silas, Timoteo, Lucas: Deixaram Antioquía para voltar a visitar as Iglesias na Galacia, logo se dirigiram a Ásia, Macedônia e Acaya em uma segunda viagem missionária 15:36-18.22

Apolos: Deixou Alejandría para dirigir-se ao Efeso; conheceu o evangelho completo com a ajuda da Aquila e Priscila; pregou em Atenas e Corinto 18:24-28

Paulo, Timoteo, Erasto: Terceira viagem missionária onde visita de novo as Iglesias da Galacia, Ásia, Macedônia e Acaya18.23; 19:1-21.14


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40
IX. Primeira dispersão da Igreja (At 8:1)

1 E também Saulo consentiu na morte dele.

E se levantou naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria, exceto os apóstolos. 2 E uns homens piedosos foram enterrar Estêvão, e fizeram grande pranto sobre Ec 3:1 Saulo porém, assolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastando homens e mulheres os entregava à prisão.

4 No entanto os que foram dispersos pregando a palavra.

Antes do incidente desse registro, a evangelização cristã, desde o Pentecostes, tinha sido confinado a Jerusalém, tanto quanto sabemos. Lá também não parece haver qualquer evidência bíblica de que os "apóstolos", como ainda imaginou a sua responsabilidade para a evangelização mundial. Na verdade Cristo tinha encomendado assim eles (Mt 28:18 ; At 1:8 ). A lei judaica proibia luto público com a morte de um criminoso condenado. Assim, a grande lamentação sobre Estevão deu testemunho de sua inocência e a ilegalidade do seu martírio. Também não era o corpo de um criminoso enterrado pelo judaísmo oficial (ver enterro de Cristo, Mt 27:57. ; Jo 19:28 ).

Era morte heróica e gloriosa de Estevão, que quebrou as barras de ferro de legalismo judaico e emancipado do evangelho de Cristo para a divulgação mundial. O grão de trigo caiu no chão e morreu, e ele trouxe muito fruto (Jo 12:24 ). Estevão significa "coroa", e, assim, ele foi o primeiro a usar a "coroa de mártir cristã" (ver Ap 2:10 ). Ele tinha "dormido" que um grande despertar espiritual pode ocorrer. Deus enterra Seus obreiros, mas sua obra continua.

A morte de Estevão foi seguido pela primeira organizada, sistemática perseguição, concertada dos discípulos, o que parece ter sido dirigida principalmente contra os cristãos helenistas que tinha apanhado o maior visão do evangelho de Estevão. Sob o impacto da perseguição, os discípulos estavam dispersos (até agora tinham se concentrado em Jerusalém) pelas regiões da Judéia e Samaria, exceto os apóstolos . Esta divulgação estava de acordo com a ordem de Cristo (Mt 10:23 ), e não para a segurança dos discípulos, mas para a propagação do Evangelho. Vale ressaltar que os apóstolos são excetuados na dispersão: exceto os apóstolos (v. At 8:1 ). "Certamente a cólera do homem redundará em teu louvor: O resíduo da cólera tu cingirá sobre ti [conter]" (Sl 76:10. ).

B. Filipe eo MISSÃO Samaritano (8: 5-13)

O autor de Atos parece destacar, de entre as muitas atividades de testemunho dos discípulos dispersos sob a terrível perseguição de Saul, o caso de Felipe como um exemplo do tenor daqueles discípulos.

1. O Ministério da Felipe (At 8:5 . Exatamente o que cidade de Samaria Filipe foi para, se Sebaste capital ou possivelmente Sicar, não é certo, nem importante. Pode ter sido o último, onde Cristo viu a mulher samaritana e muitos outros convertidos (Jo 4:3 ). É, evidentemente, era um centro populoso, e representou a transição do evangelho dos judeus para os gentios. Os samaritanos eram um povo judaico-Gentile racialmente mistos, e tão vira-lata na religião.Consequentemente, eles foram mais desprezados pelos judeus que eram os gentios. Felipe de ir até a cidade de Samaria indica apenas a maior importância de Jerusalém, e não elevação geográfica. Lá, ele pregou a estes samaritanos Cristo como o Messias, a quem eles esperavam, tanto das Escrituras judaicas de que dispunham e do ministério antes de Cristo entre eles.

2. A resposta dos samaritanos (At 8:6 ), o cumprimento daquelas Escrituras e das suas esperanças pessoais, que a fé foi confirmada por as manifestações de acompanhamento do poder divino e aprovação nos milagres realizados entre eles através de Felipe (conforme 1Co 1:5 , Mt 4:25 ). Lucas, que era médico e, portanto, bem qualificado para julgar a natureza dos males do seu tempo, tanto aqui como no caso do Gadarene (ver Lc 8:26 ), refere-se claramente à possessão demoníaca. Em segundo lugar , o autor claramente diferencia, nesta passagem, entre possessão demoníaca e da doença de aflições paralisia cerebral e de claudicação, ambas as quais posteriormente são curadas, enquanto a primeira é expulso. Não admira que deveria ter havido muita alegria nos corações e casas de indivíduos emancipados e curadas restaurados à normalidade. O evangelho forjado benefícios sociais e econômicos, bem como física e espiritual.

4. O caso do Simon the Sorcerer (8: 9-13)

9 E estava ali um certo homem, chamado Simão, que vinha exercendo naquela cidade a arte mágica, e tinha iludido o povo de Samaria e dizendo ser ele uma grande personagem: 10 Ao qual todos atendiam, desde o menor até o maior, dizendo: Este é o Poder de Deus que se chama Grande. 11 E eles deram ouvidos a ele, porque já desde muito tempo os havia iludido com artes mágicas. 12 Mas, quando creram em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus e o nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres. 13 E creu até o próprio Simão e, sendo batizado, ficou de contínuo com Filipe; e vendo os sinais e grandes milagres realizados, ele ficou surpreso.

Basta notar que esta Simon foi um dos muitos bruxos oportunistas da terra no seu dia que se aproveitou da expectativa predominante de um Messias popularizada pelos judeus da diáspora e jogou em cima da credulidade das pessoas com as práticas de prestidigitação, malabarismo, e adivinhação. Provavelmente um superpsychic, bem como um malandro e um demônio-traficante, este homem tinha por muito tempo espantado os samaritanos e os manteve vinculado, nos termos de suas magias de feitiçaria.Essas magias foram validados, nas mentes das pessoas, por sua pretensão de ser uma grande personagem . Na verdade, ele professou divindade, e muitas lendas infundadas sobre ele cresceu até mesmo na igreja. O próprio Simão foi condenado à consternação pelos verdadeiros milagres e maravilhas operadas através de Felipe, e, em seguida, motivada por maus desejos egoístas, ele professou a fé em Cristo, foi batizado e por um tempo seguido Felipe e estudados mais diligentemente os sinais e grandes milagres operados por Felipe (v. At 8:13)

Vale ressaltar que os apóstolos foram exceção na dispersão dos discípulos sob perseguição no martírio de Estêvão (v. At 8:1)

14 Os apóstolos, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhes Pedro e João;

A notícia do recebimento do evangelho de Cristo pelos samaritanos era realmente memorável. A palavra indica uma espécie de viragem nacional a Cristo e não apenas um revival em uma determinada cidade. A reunião do apostolado em Jerusalém foi imediatamente chamado, e decisão oficial foi feito para despachar Pedro e João para Samaria com plenos poderes para agir em qualquer capacidade que considerado sábio no interesse da igreja. Esta é a primeira ação deste tipo registrada dos apóstolos de Jerusalém.

2. Confirmação Os Apóstolos "( 8: 15-17)

15 que, quando eles desceram, oraram por eles, para que recebessem o Espírito Santo: 16 Porque ainda ele estava caído com nenhum deles. só eles tinham sido batizados em nome do Senhor Jesus 17 Então lhes impuseram suas mãos sobre eles, e eles receberam o Espírito Santo.

A maioria das autoridades parecem concordar que a missão de Pedro e João para Samaria era consagrar ou ordenar, através da imposição das mãos e oração do lado humano, e por meio dos dons especiais do Espírito Santo no lado divino, alguns dos samaritanos para o serviço cristão especial para seu próprio povo. Embora isso possa ser verdade, não se pode negar que com a manifestação do Espírito Santo, a qualquer título, há sempre a eficácia santificadora da santidade de Sua presença pessoal. Se os samaritanos foram santificados nesta ocasião ou outra, eles foram santificados pelo Espírito Santo (At 15:8 ). Assim, os apóstolos reconhecido, aprovado, e confirmou que Deus tinha visitado com a salvação dos samaritanos também.

3. Os Apóstolos "Repreensão de Simon (8: 18-24)

18 E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos o Espírito Santo foi dado, ele ofereceu-lhes dinheiro, 19 dizendo: Dai-me também este poder, para que aquele sobre quem eu impuser as mãos, receba o Espírito Santo. 20 Mas Pedro disse-lhe: A tua prata contigo à perdição, pois cuidaste obter o dom de Deus com dinheiro. 21 Tu não tens parte nem sorte neste ministério. porque o teu coração não é reto diante de Deus 22 Arrependei-vos, portanto, de dessa tua maldade, e roga ao Senhor para que, talvez, o pensamento do teu coração te seja perdoado. 23 Pois vejo que estás em fel de amargura, e em laço de iniqüidade. 24 E Simão, respondendo, disse: Orai vós por me ao Senhor, que nenhuma das coisas que haveis dito venha sobre mim.

Os versículos 18:24 apresentar o verdadeiro caráter de um outro impostor que, como Ananias, desejado conexões cristãs e poderes divinos por razões egoístas. Ele havia surpreendido anteriormente as pessoas com a sua magia e feitiçaria, antes de professar o cristianismo. Se ele pudesse, mas obter estes dons especiais do Espírito Santo pela imposição das mãos dos apóstolos, ele seria capaz de substituir seus antigos práticas e competências e, assim, sua fama e fortuna iria crescer muito. Ele faz o seu pedido, e Pedro, percebendo a maldade do seu coração, oferece-lhe a repreensão fulminante contidas nos versículos 20 , 21 e 23 , e, em seguida, exorta-o ao verdadeiro arrependimento e fervorosa oração a Deus por perdão. Simon, ainda pensando magicamente, pede as orações de Pedro, não para a salvação, mas que ele pode escapar a consequente julgamento de seu mal (v. At 8:24 ). Lucas não relacionar a sequela, e nós somos deixados para conjecturar o resultado.

4. Os Apóstolos "Evangelização (At 8:25)

25 Eles, pois, havendo testificado e falado a palavra do Senhor, voltaram para Jerusalém, e pregou o evangelho a muitas aldeias dos samaritanos.

Assim iluminado e inspirado pela visitação dos samaritanos com a salvação de Deus eram Pedro e João, que, como eles voltaram para Jerusalém, eles se engajaram na evangelização das aldeias de as próprias pessoas a quem Tiago e João, uma vez pedi ao Mestre para que a permissão "bid descer fogo do céu e os consuma. "

CONVERT AFRICANO PRIMEIRA X. A IGREJA DO (At 8:26 , 40)

Quando Deus tem uma missão especial a cumprir, Ele não nomear alguém que está sentado de braços cruzados à espera de algo para fazer, mas escolhe um que está ativamente engajado na tarefa em mãos. Felipe era tal, e ele tornou-se o mensageiro de Deus para a empresa missionária especial em relação ao nobre etíope. Já observamos Felipe engajados na evangelização bem sucedida dos samaritanos. Poderosos milagres e conversões poderosas estavam ocorrendo sob o seu ministério entre as pessoas, até que poderia ser dito que Samaria recebera a palavra de Deus (v. At 8:14 ). Da mesma forma, após essa missão foi concluída, Felipe ... passando por ... pregou o evangelho a todas as cidades, até que chegou a Cesaréia (v. At 8:40 ).

1. Comissão do Mensageiro (At 8:26)

26 Mas um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te, e vai para o sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza: o do mesmo é deserto.

Parece mais incomum que Deus deveria ter encomendado Filipe, que estava sendo usado com sucesso na evangelização dos samaritanos, para deixar seus trabalhos lá entre as multidões de coração com fome e partem para um deserto despovoado no sul da Palestina. Desde há várias estradas que levam a Gaza, e Deus conhecia bem a estrada sobre a qual o nobre iria retornar à sua terra natal a partir de Jerusalém, ele especifica a Filipe a rota exata a seguir, o caminho que desce de Jerusalém para Gaza . É sempre mais seguro para seguir Suas orientações.

2. A obediência do Mensageiro (At 8:27 com notas marginais). Este oficial importante era, evidentemente, um judeu de religião que tinha sido a Jerusalém para adorar no templo. Ele provavelmente era apenas um adepto do portão . Ele estava voltando e lendo a caminho da profecia de Isaías. Ele claramente esperava que o Messias, como todos os judeus fizeram. Esta foi a oportunidade de Filipe!

4. Abordagem do Mensageiro (At 8:29 , 30)

29 E disse o Espírito a Filipe: Chega, e juntar-te a esse carro. 30 E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês?

Felipe, cuja fé em Deus tinha sido recompensado na constatação da fome-hearted etíope, foi rápido em responder ao Espírito de inspiração de ir perto, e juntar-te a esse carro (v. At 8:29)

O nobre tinha adorado em Jerusalém e, possivelmente, estava presente no dia de Pentecostes. Ele teve de ler o conhecimento das Escrituras judaicas, muito provavelmente na versão Alexandrino grego (Septuaginta), e foi em busca sincera do Messias.

1. Bewilderment do candidato (At 8:31 , 33)

32 Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta:

Ele foi levado como a ovelha ao matadouro;

E como um cordeiro diante do que o tosquia é mudo,

Assim, ele não abriu a sua boca;

33 Na sua humilhação seu juízo foi tirado:

Sua geração, que deve declarar?

Porque a sua vida é tirada da terra.

O ponto de seu interesse bíblico foi muito oportuna. Ele falou ao seu coração de julgamento vergonhoso de Cristo diante de Pilatos: Foi levado como a ovelha ao matadouro ; dos seus sofrimentos não-retaliação: assim ele não abriu a sua boca ; da ignomínia e da injustiça do tratamento concedido Ele: em sua humilhação [sofrimentos] seu juízo foi tirado [ou, Ele foi negada justiça]; da maldade incomensurável de seus opositores e assassinos: Sua geração que declarará [ou declarar a sua maldade]; e da Sua morte:sua vida é tirada da terra . Tal registro é suficiente para despertar o interesse moral e espiritual de qualquer alma sincera.

4. O Seeker Pergunta (At 8:34)

34 E, respondendo o eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto o profeta? de si mesmo, ou de algum outro?

A altura de interesse tornou-se tão grande na mente do homem nobre que ele rompeu com uma demanda por uma explicação. Este é sempre o ponto crucial em lidar com o buscador sincero a Deus. É só o homem que conhece a si mesmo Deus que pode levar outro a Cristo neste momento. Felipe pacientemente e meticulosamente aguardava este momento. O relógio tinha atingido, e agora era a vez de Felipe e voltar-se para falar, e ele falou na temporada.

C. DO PRONTO INSTRUTOR (8: 35-37)

Há muitos que se pode falar de religião, mas são poucos os que realmente conseguem instruir os homens em um relacionamento de poupança com o Senhor Jesus Cristo, como fez Felipe em lidar com o etíope.

1. Sabedoria do evangelista (At 8:35 ).

2. A mensagem do evangelista (At 8:35)

36 E, quando iam a caminho, chegaram ao pé de alguma água; e disse o eunuco: Eis aqui é água; que impede que eu seja batizado?

Embora omitido pela American Standard Version, a ReiTiago 5ersion inclui versículo 37 , onde se lê, em parte: O pedido da Ethiopian para o batismo expressa em suas palavras: "Eu creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus." Eis aqui água; o que impede que eu seja batizado ? indica que a instrução de Felipe na salvação, mesmo que o sinal externo do batismo nas águas, tinha sido completa, talvez até muito além da conversa gravada em Atos. Ele também indica a autenticidade e sinceridade da conversão do homem.Mas Felipe, ansioso por um compromisso profundo e confissão aberto de Cristo, respondeu: "Se crês de todo o teu coração, tu podes." Felipe queria nenhuma conversão a meio caminho de um homem que gostaria de voltar a seus compatriotas pagãos com uma oportunidade para uma ampla e testemunha vital com Cristo. Sua confissão aberta: "Eu creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus," totalmente satisfeito, o evangelista de sua conversão completa para Cristo. "Pois com o coração se crê para a justiça; e com a boca se confessa a respeito da salvação "( Rm 10:10 ).

D. O convertido ALEGRE (8: 38-40)

Esforços evangelísticos pessoais de Filipe levou o etíope a fé sincera em Cristo, uma confissão aberto de Cristo, e um alegre experiência com Cristo.

1. Batismo do Convert (At 8:38)

38 E mandou parar o carro para ficar parado, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco; eo batizou.

O batismo do etíope revela quatro coisas: primeiro , que a salvação pessoal precede o batismo de água (. ver v At 8:37 ); segundo , que o batismo era uma prática reconhecida da Igreja apostólica (Mt 28:19. ); terceiro , que o desempenho do rito do batismo não se restringiu aos apóstolos, uma vez que Felipe foi, mas um evangelista leigo; e quarta , que o batismo nas águas, quer por imersão ou de outra forma, mas era um sinal exterior ou testemunho do trabalho inner-alma da graça.

2. Desaparecimento do evangelista (At 8:39)

40 Mas Filipe se achou em Azoto e, indo passando, pregou o evangelho a todas as cidades, até que chegou a Cesaréia.

A expressão, Mas Filipe se achou em Azoto , destina-se a transmitir a idéia, Wesley pensa, que "Provavelmente nenhum viu-lo de seu deixando o eunuco, até que ele estava ali." A distância de Gaza, perto da qual lugar Felipe provavelmente encontrou o eunuco , foi de cerca Dt 20:1 ); segundo , evangelismo pessoal, como representado na a conversão do nobre etíope (At 8:26a ); e terceiro , evangelismo itinerante, representado pela sua pregação para as cidades costeiras (At 8:40 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40
Os capítulos 1:7 descrevem o "período de teste" em que, pela terceira vez, ofereceu-se o reino a Israel. Os capítulos 8:12 relatam o "período de transição" em que aconteceram as seguintes mudan-ças:

  1. A Antioquia passa a ser o centro da atividade, não Jerusalém.
  2. A mensagem muda dos ju-deus para os samaritanos e, a seguir, para os gentios.
  3. À medida que Paulo se torna líder, as atividades de Pedro ficam menos importantes.
  4. A atividade da igreja substi-tui o comunismo da "economia do reino". A igreja existia desde o Pen- tecostes, no entanto o ministério de graça de Paulo revela o sentido dela e seu lugar no projeto de Deus.
  5. O evangelho da graça de Deus substitui o evangelho do rei-no. Se o eunuco etíope era negro (como dizem alguns), então nos ca-pítulos 8:10 temos três conversões notáveis que fazem paralelo com as dos três filhos de Noé, em Gê-nesis 10:18. O etíope poderia ser descendente de Cam; Paulo, judeu, de Sem; e Cornélio, gentio, de Jafé. Dessa forma, temos um retrato da propagação do evangelho para toda a humanidade.

  1. Filipe, o evangelista (8:1-25)

Mais uma vez, Satanás atacou como um leão, tentando devorar os cren-tes. Paulo foi o principal líder dessa perseguição e, mais tarde, admitiu-o diversas vezes (At 26:10-11; 22:4-5, 18-20; 1Tm 1:13; 1Co 15:9; Gl 1:13). Observe que Paulo afirmou com clareza que perseguiu a igreja de Deus, o que prova que a igreja já existia antes da conversão dele, em-bora ainda estivesse para ser reve-lado seu lugar no plano do Senhor. Alguns ensinam que Deus teve de enviar perseguição a fim de forçar os apóstolos a deixar Jerusalém e a cumprir o comissionamento que lhes fora dado, mas isso está total-mente errado. Antes de mais nada, os apóstolos não deixaram a cida-de; ao contrário, permaneceram lá corajosamente a fim de transmitir a mensagem da salvação aos líde-res judeus e de testemunhar para o perdido. Os apóstolos não perdiam a esperança de que Israel se arre-pendesse e se salvasse. Esse minis-tério poderia acontecer apenas em Jerusalém. Cristo ordenara-lhes que permanecessem lá. Paulo é que le-varia o evangelho até "aos confins da terra".

A perseguição é uma oportu-nidade para o serviço, e, aqui, Fi-lipe é um exemplo de evangelista (Ef 4:11). Filipe, chamado para ser diácono, como Estêvão, o fora an-tes dele, descobriu dons espirituais adicionais e tornou-se um grande evangelista. Em Atos, vemos pela primeira vez o ministério da Palavra sair do território judeu quando Fili-pe leva o evangelho para Samaria, como Cristo fizera em Jo 4:0). Si mão, o mágico, abraçou a fé em Cristo e foi até batizado, contudo os eventos posteriores provam que seu coração nunca mudou. Jo 2:23-43) é plantada.

No Pentecostes, Pedro usou pela primeira "as chaves do reino" ao abrir a porta da fé para os judeus, e, aqui, usa-as pela segunda vez ao conceder o Espírito aos samaritanos.

Até agora, as pessoas tinham de ser batizadas para receber o Espírito, mas agora esse dom é transmitido pela imposição de mãos (veja o caso de Paulo em 9:17). Os que ensinam que, em At 2:38, o comando de Pedro é a exigência de Deus para hoje têm dificuldade em explicar por que esses crentes samaritanos receberam o Espírito apenas vários dias após serem batizados. At 10:0). O Espírito abriu o caminho de Filipe para alcançar o homem, abriu as Escrituras para o pecador que buscava e abriu o coração do pecador para o Salva-dor. O homem que não entende o que está fazendo não pode ser salvo, e apenas o Espírito pode en-sinar ao pecador as verdades do evangelho. Há colheita quando o Espírito junta um servo preparado e um pecador contrito.

  1. A Palavra de Deus

Rm 10:17 afirma: "E, assim, a fé vem pela pregação, e a prega-ção, pela palavra de Cristo". Filipe usou a bela imagem do Cordeiro de Deus apresentada em Is 53:0; Ef 1:12-49; Ef 1:0 Tes- salonicenses 2:1 -6; 2 Tessalonicen- ses3:1; 2Tm 4:1-55; Tt 1:3. O testemunho pessoal que frutifica é aquele que planta a Palavra de Deus e exalta Jesus Cristo.

Em obediência à Palavra de Deus, o etíope provou sua fé pelo batismo. Filipe foi arrebatado para ministrar em outro lugar, mas o su-perintendente do tesouro seguiu seu caminho cheio de júbilo! Quando Filipe pregou as boas-novas de Cristo na cidade, houve grande alegria (v. 8), e, quando as pregou no deserto, fez com que o novo crente seguisse seu caminho com júbilo. Uma das evidências da verdadeira conversão é a alegria. VejaLc 15:5-42,Lc 15:9-42- ,Lc 15:23-42,Lc 15:32.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40
8.1 Exceto os apóstolos. Esta perseguição foi dirigida contra os crentes helênicos que como Estêvão tiveram uma visão mais ampla do universalismo do evangelho que substituiria o judaísmo.

8.5 Samaria. O nome da capital já havia sido mudado para Sebaste. Há textos primitivos que têm "uma cidade de Samaria". Justino Mártir afirma que Simão Mago era natural de Gita na Samaria.

8.6 Atendiam. A ótima preparação dos samaritanos fora feita por Cristo (Jo 4:0). Aquele que quis trazer fogo do céu sobre os samaritanos agora lhes traz o Espírito Santo (conforme Lc 9:54)

8.16 Em Atos o recebimento do Espírito Santo se relaciona com a manifestação de algum dom do Espírito. Deparamos aqui o Pentecostes de Samaria (conforme 10.44). Em nome (gr eis to onoma). Expressão comum no mundo comercial denotando transferência de propriedade para "o nome" i.e., para a conta de alguém. Conforme Cl 1:13.

8.17 Impunham os mãos. Conforme 6.6n. Não é confirmação tal qual se pratica em muitas igrejas hoje; seria um ato de comunhão do Espírito Santo unindo os samaritanos aos crentes judeus.

8.20 Dinheiro. Nenhum dom divino pode ser adquirido com dinheiro.

8.21 Não tens parte nem sorte. Uma frase muito comum AT (Dt 12:12).

8.22 O pecado de Simão é aquele que Cristo declarou ser imperdoável (Mt 12:32) O perdão depende do pecador se arrepender, confessar seu pecado e pedir perdão.

8.23 Fel de amargura. Esta expressão tem origem em Dt 29:18 (citado em He 12:15). Nesse contexto trata da influência má que, de um indivíduo; passa a contaminar o povo todo.

8.25 Jerusalém. Evidentemente a Igreja de Jerusalém não criou embaraços para a inclusão dos samaritanos na 1greja (contraste-se 11.3).

8.26 Um anjo do Senhor falou. "Dificilmente se distingue o anjo ("mensageiro" no hebraico) do Espírito que falou a Filipe (29). Gaza. Antigamente, uma das cinco capitais dos filisteus. Se acha deserto, frase que distingue a velha cidade destruída por Alexandre Janeu em 93 a.C. da nova, a 4 km, edificada à beira-mar em 57 a.C.

8.27 Eunuco. Era comum utilizar eunucos como oficiais nos governos orientais. Este talvez fosse prosélito. lreneu (180 d.C.) diz que ele se tornou em missionário entre os etíopes.

8.28 Lendo. Em voz alta, que era prática comum na antigüidade.

8.29 Disse o Espírito. Lucas deixa bem claro que o avanço da Igreja foi dirigido passo a passo pelo Espírito Santo.

8.31 A Passagem profética de Is 52:13-53.12 é quase incompreensível para os que desconhecem a história de Cristo. Os judeus gradativamente abandonaram a interpretação messiânica, atribuindo essa profecia ao povo de Israel no sofrimento e sua futura exaltação.

8.37 Este versículo não consta nos melhores manuscritos. Preserva, no entanto, uma liturgia muito antiga e uma fórmula de credo dos primeiros tempos.
8.38 Água. No livro de Atos o batismo não demora. É prova pública da aceitação do evangelho.

8.39 Arrebatou. Não é necessário interpretar literalmente; pode indicar um impulso do Espírito que provocou sua retirada rápida. Cheio de júbilo. Indica a presença do Espírito Santo. Conforme o jovem rico (Mc 10:22).

8.40 Azoto. É a velha cidade filistéia de Asdode no AT. Cesaréia. Construída por Herodes o Grande, capital romana da Palestina. Encontramos Filipe aqui e quando aparece novamente na história de Atos (21.8).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40
V. PERSEGUIÇÃO E EXPANSÃO (8.1B— 9.43)

1) O segundo estágio do testemunho cristão (8.1b-25)
Os evangelistas anônimos (8.1b-4).

Jerusalém havia sido intensamente evangelizada sob a proteção do Nome, mas a Palestina estava para ouvir a palavra pelos lábios daqueles que foram espalhados por toda essa região em virtude da cruel perseguição que assolava Jerusalém. Assim, “Deus é fiel e se cumpre” de muitas maneiras e realiza seus propósitos por meio da ira dos homens. Atingimos o segundo estágio do programa Dt 1:8: “toda a Judéia e Samaria”.

E impossível destacar demais a importância do testemunho individual na difusão do evangelho. Filipe é mencionado posteriormente como mensageiro de Deus a Samaria, mas os que haviam sido dispersos pregavam a palavra por onde quer que fossem (v. 4). Centenas de evangelistas anônimos estavam pregando o evangelho a milhares de almas, e a mensagem se tornou conhecida em toda a região. Quando a pregação da palavra é “profissionalizada”, perde-se uma grande parte da vitalidade do testemunho cristão.

Uma perseguição severa (8.1b-4). A perseguição, provavelmente, afetou os cristãos helenistas muito mais do que os discípulos de fala aramaica, fiéis a todos os “costumes”. Os apóstolos eram respeitados, provavelmente porque parte da sua aura de popularidade como realizadores de milagres ainda persistia. A forte declaração Todos [...] foram dispersos (v. lb) seria, provavelmente, modificada se pudéssemos ver a imagem na mente do autor. Os Doze, dificilmente, teriam permanecido se não tivesse havido rebanho para ser cuidado, e encontramos muitos cristãos hebreus em Jerusalém mais tarde.

Saulo [...] devastava a igreja (v. 3) com a energia cruel de um exército destruidor. Os detalhes Dt 8:1,Dt 8:3 deveriam ser suplementados pelas afirmações futuras de Paulo que revelaram um incômodo na consciência que o seu serviço posterior nunca silenciou completamente: 22.4; 26:9-11; 1Co 15:9; G1 1.13; Ef 3:8; lTm 1.13.

Os homens piedosos (v. 2) que sepultaram o corpo de Estêvão eram, provavelmente, judeus piedosos que sabiam apreciar o poder da vida e do testemunho do mártir.

Filipe em Samaria (8:5-8,12,13). Diversos textos gregos trazem “a cidade de Samaria” (VA, RV) ou uma cidade de Samaria, como na NVI aqui. Uma cidade menor e sua região circunvizinha se encaixa melhor no retrato do que a capital agitada e helenizada, então chamada Sebaste. Boas sementes tinham sido lançadas ali pelo próprio Mestre, e algumas devem ter brotado (Jo 4:39-43). Embora fosse judeu, Filipe foi bem recebido, sendo ajudado pelas “credenciais” dos seus milagres (v. 6-8). A sua mensagem é muito bem descrita (v. 12) como as boas novas do Reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, o que associa a obra salvífica de Cristo ao propósito geral de Deus no Reino. Os crentes foram batizados, mas nenhuma evidência manifesta do poder do Espírito lhes foi concedida no início. Isso não significa que eles não foram regenerados.

Simão, o Mago (v. 9-11,13). Simão parece ter tido conhecimento especial e talvez ajuda de demônios, o que o capacitava a realizar alguns milagres e reivindicar ser o poder divino conhecido como o Grande Poder. Os sama-ritanos adoravam Javé, mas, provavelmente, pensavam em Simão como um agente especial da Divindade: “o grande vizir de Deus”, como um estudioso sugeriu. Ele estava impressionado pelos milagres espontâneos de Filipe, reconhecendo poderes superiores aos seus, e assim creu. A denúncia severa de Pedro nos v. 20-23 mostra que ele nunca havia sido regenerado. O seu batismo é o exemplo clássico do sinal exterior que é aplicado de maneira errada a alguém cuja profissão de fé não foi genuína.

A visita de Pedro e João (v. 14-25).

Por que o Espírito não “desceu sobre” os crentes samaritanos, como fez posteriormente sobre os gentios que receberam a palavra em Gesaréia (10:44-48)? Precisamos lembrar que os samaritanos tinham mantido uma adoração javista durante séculos, divorciada do testemunho judeu, o canal da salvação de Deus (Jo 4:22). Os crentes “no Nome” talvez tivessem tentado conduzir a questão da sua maneira, transferindo o cisma para a igreja. Por essa razão, Pedro e João — que vinham da odiada Jerusalém, mas eram apóstolos comissionados de Cristo — chegaram para inspecionar a obra em Samaria e, reconhecendo a mão do Senhor, tornaram-se instrumentos de transmissão da plenitude do Espírito por meio da oração e de um ato de identificação, o “impor as mãos”. Viu-se, assim, que a igreja era uma e estava unida, e os samaritanos foram abençoados por meio do único canal do testemunho cristão. A experiência normativa foi claramente o recebimento do Espírito Santo quando homens e mulheres creram (10.44; 19.2; Ef 1:13; 1Co 12:13), e nada se sabe em outros textos ou situações de algum “dom” apostólico pelo qual o Espírito foi concedido. Essa é a exceção, e precisa ser explicada como tal. (Devemos observar, também, que deve ter sido tão difícil para a igreja em Jerusalém reconhecer os samaritanos quanto vice-versa; v. tb. Pedro, At 10:14).

Os erros de Simão (v. 14-24). Aos olhos não regenerados de Simão, a manifestação de um novo poder nos crentes veio de um “toque mágico”. Se ele tivesse esse “algo a mais” no seu repertório, isso produziria um efeito maravilhoso nas multidões! De acordo com os seus padrões, tudo tinha o seu preço, de modo que ele fez uma oferta de dinheiro para comprar o dom\ Daí vem o termo “sintonia” para descrever o comércio de coisas sagradas, como sacramentos. Como Pedro viu claramente, esse erro fundamental mostrava que Simão estava totalmente alienado do caminho da vida. Arrependa-se [...] e ore..., disse Pedro, mas Simão respondeu no seguinte sentido: “Orem vocês por mim para me salvar do castigo” (v. 22-24), o que mostra que ele ainda estava pensando em termos de poderes mágicos e de “influência”, não tendo desejo algum de se aproximar de Deus pessoalmente como um pecador arrependido. Uma seita anticristã chamada “simonistas” existiu no século II, mas as tradições que a conectam com Simão não são confiáveis.


2) Filipe prega ao etíope (8:26-40)
O ministro de Estado (v. 26-28). A Etiópia antiga não é a Abissínia, mas a antiga Núbia, ao sul de Assuã, que era uma região muito desenvolvida na Antiguidade. O rei era considerado deus e se retirava da vida pública, de modo que o governo efetivo recaía sobre a rainha-mãe, que sempre levava o título de Candace (v. 27). Os seus ministros seriam eunucos, e, entre eles, o chanceler do tesouro público era um dos mais importantes. Os judeus estavam em todos os países que oferecessem possibilidades de comércio, daí que o oficial talvez tenha ouvido falar de Javé, o Deus de Israel, por meio deles. Ele fez a longa e árdua jornada até Jerusalém para adorar a Deus, o que mostra que o eunuco era no mínimo um homem temente a Deus. A história ilustra o grande princípio: “Quem procura, encontra”. Podemos imaginar que o etíope tenha se desapontado com o ritual do templo, mas a única coisa certa é que ele adquiriu um rolo do profeta Isaías, o qual estava lendo atenciosamente na viagem para casa (v. 27,28). A leitura, a ordem do Espírito a Filipe, o encontro entre alguém que procura e o servo do Senhor ilustram muito claramente a obra providencial de Deus (v. 28,29).

Lendo e compreendendo (v. 29-35). O significado do texto bíblico nem sempre é auto-evidente, nem mesmo para o que busca sinceramente, e Deus prepara aqueles que, eles mesmos tendo sido ensinados, são capazes de guiar outros (v. 30,31). O trecho não poderia ter sido mais apropriado às necessidades do etíope, mas ele externou uma indagação antiga (v. 34): Quem era o sofredor que venceu? Os rabinos judeus (especialmente os que vieram mais tarde) às vezes pensavam em termos do Israel sofredor; o eunuco perguntou se poderia ser Isaías. A predição sublime vai muito além das experiências de uma nação ou de um profeta, e o próprio Senhor declarou enfaticamente que o Servo Sofredor de Javé de Is 42:53 era também o Messias triunfante (Lc 24:25-42,Lc 24:44-42; Fp 2:6-50). A citação nos v. 32, 33 é da LXX, e o trecho apresenta problemas textuais até no TM. Podemos estar certos de que Filipe incluiu Is 53:4-23 quando pregou as boas novas de Jesus com base nesse texto. A ministração dessa lição pode ter durado horas, visto que a carruagem avançava lentamente, e trouxe completa convicção ao coração dessa autoridade núbia. Jesus Cristo era o Messias, o Cordeiro de Deus, o que carregou todo o pecado!

O batismo do etíope (v. 36-39). A vista de água — a estrada até Gaza cruza diversos leitos de rios e uádis — sugeriu o batismo ao novo convertido (v. 37), pois Filipe havia sido fiel à comissão de Mt 28:19. O etíope diz algo com o seguinte sentido: “Há algum outro requisito além da fé para o batismo?”. A maioria das versões em português, incluindo a NVI aqui, não traz o v. 37, mas, de acordo com F. F. Bruce, a inserção antiga da expressão no texto ocidental “certamente reflete a prática cristã primitiva” e constitui o credo de batismo mais antigo que conhecemos: “Eu creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus”. Esse batismo seguiu a profissão de fé. A descida de ambos à água (v. 38,39) certamente sugere a imersão.

Separação, alegria e serviço (v. 39, 40). Esse caso importante de conversão não desviou Filipe da sua obra como evangelista que parece ter se concentrado a partir daí em Cesaréia, com referência especial à região costeira (v. 40; conforme 21.8). O novo convertido não lamentou a perda do seu mestre, mas se alegrou no seu Salvador (v. 39). A história é um interlúdio no sentido de que não faz avançar a história da difusão do evangelho para o Ocidente, mas mostra como a boa notícia foi espalhada em todos os tipos de lugares improváveis durante os primeiros anos. Podemos pressupor certamente que o eunuco testemunhou na Núbia.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 25

III. Expansão da Igreja na Palestina Através da Pregação e Dispersão. 6:1 - 12:25.

Até este ponto, os apóstolos não deram nenhuma evidência de ter o propósito de levar o Evangelho a todo o mundo, mas permaneceram em Jerusalém dando o seu testemunho aos judeus. Agora Lucas conta o começo da expansão da igreja através da Judéia e Sanaria. Essa expansão não foi realizada por causa da visão e propósito da igreja mas por ato providencial de Deus, dispersando os crentes. Para explicar esta perseguição, Lucas primeiro conta como Estêvão colocou-se em posição de destaque como um dos sete.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 25
c) Filipe e os Samaritanos (At 8:1-25)

A execução de Estêvão foi o sinal para uma campanha mais decisiva de repressão. A grande comunidade de crentes de Jerusalém foi dispersa por toda a Palestina e até às suas fronteiras, embora os apóstolos, que talvez na mente do povo não estivessem identificados com a atividade de Estêvão, permanecessem em Jerusalém. Entretanto, a dispersão causou mais bem do que mal à causa; os que desse modo foram espalhados levaram consigo as boas novas e a disseminaram por toda parte, atingindo mesmo o norte como Antioquia da Síria, o que deu lugar a notável desenvolvimento do trabalho naquela cidade em poucos anos. Mas na sede, nova iniciativa foi tomada quase que imediatamente: Filipe, um dos sete, partiu de Jerusalém para Samaria, cuja população cismática, semijudaica, passou ele a evangelizar. Até então o evangelho fora anunciado só a judeus. A obra evangelística de Filipe teve notável êxito e, quando as notícias desse fato chegaram aos ouvidos dos apóstolos, Pedro e João foram enviados lá para fazerem sindicância. (Ter-se-ia João lembrado da proposta que um dia fizera relativamente aos samaritanos, Lc 9:54?). Chegando lá os dois apóstolos, tiveram confirmação da genuinidade da conversão dos samaritanos, e os convertidos receberam o Espírito Santo. O episódio de Simão Mago, neste ponto, é interessante, entre outras coisas, porque em literatura cristã posterior ele aparece como pai de todas as heresias.

Todos, exceto os apóstolos, foram dispersos (1). Parece, do que se segue, que os crentes helenistas eram o alvo principal da perseguição, talvez por estarem mais intimamente associados a Estêvão. Desse tempo até o ano 135 A. D. a igreja de Jerusalém parece que se compunha quase só de "hebreus". Assolava (3), como animal feroz, a devorar uma vítima. A cidade de Samaria (5). A cidade que no Velho Testamento se chamava Samaria foi restaurada por Herodes, o Grande, que lhe deu o nome de Sebaste. A lição variante, "uma cidade de Samaria", aparece em várias autoridades; se está certa, a cidade em questão podia ser Gita, que no dizer de Justino fora a cidade natal de Simão Mago. Seja como for, a pregação do evangelho aos samaritanos representou uma ampliação do seu escopo (cfr. At 1:8). Certo homem, chamado Simão (9). Diz-se que tempos depois Simão Mago visitou Roma e outras partes, onde granjeou muitos adeptos; os simonianos, segundo se sabe, sobreviveram pelo menos até o terceiro século. O poder de Deus, chamado o Grande Poder. Pode significar que ele se dizia o Grão Vizir do Altíssimo. O próprio Simão abraçou a fé (13). Não há necessidade de se entender que ele recebeu o dom da "fé salvadora". Ficou apenas convencido do poder do Nome de Jesus, ao ver as obras poderosas que pelo mesmo eram operadas.

>At 8:14

Enviaram-lhes Pedro e João (14). Por algum tempo os apóstolos de Jerusalém exerceram a supervisão geral da vasta obra de evangelização. Oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo (15). Evidentemente não haviam recebido o Espírito Santo ao serem batizados; não, pelo menos, no sentido de Lucas (que regularmente envolve a manifestação de algum dom espiritual). Haviam sido batizados em nome do Senhor Jesus (16); lit. "para o nome do Senhor Jesus", expressão esta que só se encontra em Atos, aqui e em At 19:5. A pessoa assim batizada testemunha publicamente que passou a ser propriedade de Cristo. Então lhes impunham as mãos, e recebiam estes o Espírito Santo (17). Ouve-se dizer com freqüência que esse ato apostólico foi confirmação, considerada como distinta do batismo, na qual se concede o Espírito. Mas a evidência do Novo Testamento é contrária a tal interpretação. Paulo, por exemplo, dá como certo que todos os crentes batizados têm o Espírito de Deus (cfr. Rm 5:5; Rm 8:9; 1Co 12:13). (Tal contradição de termos, como se se afirmasse "crente não batizado", não se encontra no Novo Testamento). Nunca se cogita de fazer distinção entre batismo e confirmação, a não ser quando o rito de iniciação cristã veio a ser objeto disso. Na ocasião em apreço temos provavelmente um ato de reconhecimento e incorporação da nova comunidade de crentes samaritanos na comunidade maior da Igreja apostólica, sendo a imposição das mãos um ato que expressava companheirismo, cercado de manifestações do Espírito Santo em os neoconversos. (Veja-se The Seal of the Spirit, de G. W. H. Lampe, 1952, págs. 64 e segs.). Ofereceu-lhes dinheiro (18). Com isto ele fez que se incluísse o termo "simonia" no vocabulário eclesiástico. Fel de amargura (23); provavelmente um genitivo semitizante, a significar "amargo fel"; citação de Dt 29:18 (cfr. He 12:5). Laço de iniqüidade (23). Cfr. Is 58:6. Sobrevenha a mim (24). O texto "ocidental" acrescenta "que nunca parou de chorar copiosamente", cláusula adjetiva ligada canhestramente ao fim da sentença, ao invés de vir imediatamente depois do seu antecedente "Simão". Voltaram para Jerusalém (25); isto é, provavelmente Filipe, bem como os dois apóstolos.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40

18. A Igreja Perseguida alcança o mundo ( At 8:1 ). O assassinato de Estevão quase certamente fixa um ponto de rejeição final do evangelho pelos líderes judeus, e o projeto de Deus para que o evangelho se mudar para um novo território começou.

Nos versos de abertura deste capítulo crítico três características progressistas que descrevem a expansão inicial destacam-se: perseguição, o que levou a pregação, o que levou a produtividade.

Perseguição

E naquele dia uma grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas regiões da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos. E alguns homens piedosos foram enterrar Estêvão, e fizeram grande pranto sobre ele. Mas Saul começou a devastar a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, ele iria colocá-los na prisão. ( 8: 1b-3 )

A perseguição da igreja havia enfrentado até esse ponto tinha sido dirigida aos apóstolos e seus associados que estavam proclamando a Jesus ressuscitado. Pedro e João tinha encontrado oposição das autoridades judaicas, e Estevão tinha morrido uma morte de mártir. Até o momento, no entanto, não existe perseguição, tinha sido dirigido aos membros da igreja. Essa foi a mudar rapidamente.
No mesmo dia da morte de Estevão, uma grande perseguição contra a igreja em Jerusalém. Essa perseguição, detonada pelo assassinato de Estevão, foi liderada por um judeu helenista chamado Saulo de Tarso. Ele era um aluno brilhante do rabino Gamaliel reverenciado ", excedia em judaísmo a muitos dos [seus] contemporâneos entre os [seus] compatriotas, sendo mais extremamente zeloso [seus] tradições ancestrais" ( Gl 1:14 ). Seu próprio testemunho é que ele era "um hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça que há na lei, fui irrepreensível" ( Fp 3:5, MacArthur New Testament Commentary . [Chicago: Moody, 1991], xiii-xvii)

Ironicamente, este mesmo Saul, que aceitou a morte de Estevão viria a sofrer muito mais para a causa de Cristo do que Estevão. A primeira perseguição física Estevão encontrou o matou, enquanto Paulo foi repetidamente golpeada (cf. 2Co 11:23 ).Ele suportou a emoção de enfrentar a morte muitas vezes ( 2 Cor. 4: 8-12 ).

O ministério de Paulo foi em muitos aspectos paralelos, a de Estevão. Estevão pregou Cristo nas sinagogas, de modo que Paulo ( Atos 17:1-2 ). O povo judeu rejeitou a mensagem de Estevão, como fizeram de Paulo ( Atos 18:5-6 ). Estevão foi acusado de falar contra Moisés, a lei, e do templo, por isso foi Paulo ( At 21:28 ; At 24:6 ). Estêvão foi apedrejado, assim era Paulo (embora ele não morreu) ( Atos 14:19-20 ). Ambos foram julgados perante o Sinédrio ( At 6:12 ); "Eles vão fazer você párias da sinagoga, mas uma hora está chegando para todos que mata-lo a pensar que ele está oferecendo o serviço a Deus" (Jo 16:2 ; At 11:2 ; At 15:4 sugere que aqueles que fugiram eram principalmente helenistas. Além disso, "a partir deste momento em diante, a Igreja de Jerusalém parece ter consistido quase inteiramente de" hebreus "(FF Bruce, O Livro dos Atos [Grand Rapids: Eerdmans, 1971], 174). Era natural que os helenistas de que Estevão era um provável seria suportar o peso da perseguição.

Como vigias fiéis, os apóstolos permaneceram em seus postos. Eles permaneceram na cidade por devoção ao seu Senhor e do desejo de pastorear o rebanho de Jerusalém. Uma razão adicional aparece noverso 2 : Jerusalém ainda era um campo missionário. Os homens piedosos que enterrar Estêvão, e fizeram grande pranto sobre ele, pode não ter sido fiéis. Lucas usa o termo devoto outro lugar para falar de judeus piedosos (cf. Lc 2:25 ; At 2:5 ), ele começou a entrar na casa após a casa em busca de cristãos. arrastando homens e mulheres da mesma forma, . ele iria colocá-los na prisão Não contente para assediar os santos em Jerusalém, ele "persegui este caminho até à morte, prendendo e colocando homens e mulheres em prisões" ( At 22:4 ), com a permissão dos líderes judeus ( At 22:5 ), ele cumpriu a predição do Senhor registradas em Jo 16:2 , 19-20 ; At 26:9. ).

A perseguição resultou na dispersão da igreja. Mas Deus usou a ira dos homens para Seus propósitos do evangelho.

Pregando

Portanto, aqueles que tinham sido espalhados pregando a palavra. E Filipe desceu à cidade de Samaria e começou a proclamar Cristo a eles. E as multidões unanimemente estavam dando atenção ao que foi dito por Filipe, porque ouviam e viam os sinais que ele realizava. Pois, no caso de muitos que tinham espíritos imundos, eles estavam saindo deles gritando em alta voz; e muitos que tinham sido paralisada e coxos foram curados. ( 8: 4-7 )

Portanto, apesar da perseguição, aqueles crentes que haviam sido espalhados não estavam encolhidos em algum lugar no medo, mas pregando a palavra. Eles haviam sido fazê-lo antes da eclosão da perseguição, e depois de ser espalhados eles continuaram a pregar. Fui sobre é de dierchomai , uma palavra usada frequentemente em Atos dos esforços missionários ( 08:40 ; 09:32 ; 13: 6 ; 14:24 ; 15: 3 ,41 ; 16: 6 ; 18:23 ; 19: 1 , 21 ; 20: 2 ).

Pregação é de euangelizō , que refere-se a proclamar o evangelho. Todos os crentes dispersos estavam envolvidos em evangelismo. Embora alguns são especialmente dotados como evangelistas ( At 21:8. ; 2Tm 4:52Tm 4:5 ). Embora Paulo depois instruiu Timóteo a "fazer o trabalho de um evangelista" ( 2Tm 4:5 ), que se mudou para a capital há de Tirza. Depois de quase um século e meio da idolatria e da rebelião contra Deus, a cidade caiu sob os assírios Salmaneser V em 722 B . C . ( II Reis 17:1-6 ; 18: 9-12 ). A queda de Samaria marcou o fim do Reino do Norte. Muitas de suas pessoas foram reassentadas em outras terras pelos assírios ( 2Rs 17:6 ). A hostilidade entre judeus e samaritanos cresceu durante o período intertestamental e foi evidente durante os tempos do Novo Testamento (cf. Lucas 9:52-53 ; Jo 4:9 ).

O Senhor tinha desafiado opinião convencional ao anunciar sua messianidade a uma mulher samaritana, dando o exemplo de seu compromisso com o mundo e para os pecadores (cf. Jo 4: 4FF .). Seu comando expresso em At 1:8 ). Os samaritanos, como os judeus, olhou para a vinda do Messias ( Jo 4:25 ). Dado que a base da crença, Estevão poderia simplesmente proclamar Jesus como o Messias há muito esperado. Com um pouco de nós precisa gastar tempo na pré-evangelismo, derrubando seu falso sistema de crença e provar a verdade do cristianismo. Só então eles serão preparados para compreender a mensagem do evangelho. Outros, como esses samaritanos, já que o fundo. Eles estão prontos para ouvir o evangelho.

O Espírito Santo tinha preparado o seu coração para atender à mensagem de Filipe. Como resultado, sua pregação resultou em um despertar espiritual por atacado, como as multidões unanimemente estavam dando atenção ao que foi dito por ele. Os sinais que Filipe estava realizando ele autenticados como um verdadeiro mensageiro de Deus (cf. At 2:43 ; At 4:30 ; 5: 12-16 ; At 6:8 , ea discussão no capítulo 13 deste volume).

O versículo 7 dá algumas amostras dos milagres realizados por Filipe: No caso de muitos que tinham espíritos imundos, eles estavam saindo deles gritando em alta voz; e muitos que tinham sido paralisada e coxos foram curados. Lucas observa que aqueles possuídos por espíritos imundos, ou demônios, foram libertados da escravidão. Jesus tinha encontrado freqüentemente e curou indivíduos possuídos por demônios (cf. Mt 4:24. ; Mt 8:16 , Mt 8:28 ; 9: 32-34 ; 12: 22-28 ; etc.), como Satanás reuniu todas as suas forças em uma fútil esforço para se opor a ele. Jesus ainda estava curando os através deste associado dos apóstolos possuído pelo demônio.

Tais pessoas habitado por demônios existem em nossos dias, embora possam não ser tão frequentemente se manifestam na cultura ocidental, como nas culturas do terceiro mundo. Como CS Lewis observa, Satanás e seus demônios se adaptar a qualquer mundo vista prevalece em uma dada sociedade. Eles são igualmente em casa com materialistas ocidentais e mágicos do terceiro mundo ( O Screwtape Letters[New York: Macmillan, 1961], 3). Muitos são controlados por demônios que dão nenhum sinal exterior da mesma. Isso é especialmente verdadeiro para aqueles que estão envolvidos na promoção da religião falsa. (Para uma discussão sobre se os cristãos podem ser possuído pelo demônio, ver meu livro Como enfrentar o inimigo [Wheaton, Ill .: Victor, 1992].)

Apesar das reivindicações daqueles no chamado movimento "guerra espiritual", os crentes de hoje não tem a autoridade ou capacidade de comando ou para lançar diretamente os demônios. Eu tenho notado que em outros lugares o dom de sinal temporária dos milagres era o poder ( dunamis ) para expulsar demônios ( I Coríntios, MacArthur New Testament Commentary [Chicago: Moody, 1984], 302). Tal como os outros dons de sinais, esse dom já não opera hoje. Tal como acontece com a cura física, no entanto, podemos orar a Deus para interceder.

Em nenhum lugar nas Escrituras são crentes dito para "amarrar Satanás" ou exercer autoridade sobre demônios. Satanás não será preso até um santo anjo faz isso no futuro ( Apocalipse 20:1-3 ). E aqueles que tentam afirmar a sua autoridade sobre os demônios risco liquidação como os exorcistas judeus, os filhos de Ceva, de 13 44:19-16'>Atos 19:13-16 . É perigoso para reivindicar para nós mesmos autoridade que Deus não nos tem concedido. A instrução bíblica para conduzir a guerra espiritual é apresentado em Efésios 6:10-18 .

Incapaz de resistir poder dado por Deus de Filipe, os espíritos imundos saíam de suas vítimas, gritando em alta voz. Demons chorou muitas vezes quando eles foram expulsos de um indivíduo (cf. Mc 1:23 , Mc 1:26 ; Mc 3:11 ; Mc 5:7 , Lc 4:41 ), talvez de raiva e protesto.

Além de expulsar demônios, Filipe também curou muitos que havia sido paralisada e coxo. Tais curas de graves doenças físicas fizeram o poder de Deus evidente. Não é de admirar, então, que o povo paga muita atenção para a verdade na pregação de Filipe.

Produtividade

E lá foi muita alegria naquela cidade. ( 8: 8 )

Os poderosos milagres e pregação de Filipe resultou, como teve em Jerusalém, na salvação de muitos samaritanos. Mas como verdadeira pregação bíblica inevitavelmente acontecer, ele produziu uma outra resposta muito diferente. Alguns aceitaram o evangelho, acreditando e reagir com muita alegria. Eles eram os verdadeiros crentes, o trigo. Sua alegria não veio só a partir de libertação física de doenças, ou a libertação espiritual de demônios, mas de completa libertação do pecado através do Messias, o Senhor Jesus Cristo. Outros, no entanto, eram falsos crentes, ou joio. Esse homem era Simão, o Mago, o assunto da seguinte narrativa.

19.A Fé que não é mantida ( Atos 8:9-24 )

Ora, havia um certo homem, chamado Simão, que anteriormente estava praticando magia na cidade, e surpreendendo o povo de Samaria, dizendo ser alguém grande; e todos eles, do menor para o maior, prestavam atenção a ele, dizendo: "Este homem é o que é chamado o grande poder de Deus." E eles foram dando-lhe atenção, porque ele tinha há muito tempo espantou-los com suas artes mágicas. Mas, quando creram em Filipe, pregando as boas novas do Reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, eles estavam sendo batizados, tanto homens como mulheres. E até mesmo o próprio Simon acreditava; e depois de ser batizado, ele continuou com Filipe; e como ele observou sinais e grandes milagres acontecendo, ele estava constantemente espantado. Os apóstolos, em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhes Pedro e João, que desceu e orou por eles, para que recebessem o Espírito Santo. Pois ele ainda não tinha descido sobre nenhum deles; eles simplesmente tinham sido batizados em nome do Senhor Jesus. Então eles começaram colocando suas mãos sobre eles, e eles recebiam o Espírito Santo. E Simão, vendo que o Espírito foi concedido através da imposição das mãos dos apóstolos, ofereceu-lhes dinheiro, dizendo: "Dar autoridade para me bem, de modo que a pessoa sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo. " Mas Pedro disse-lhe: "O teu dinheiro seja contigo para perdição, porque você pensou que poderia obter o dom de Deus com dinheiro! Você não tem nenhuma parte ou porção nesta matéria, para o seu coração não é reto diante de Deus. Por isso se arrepender deste maldade do seu, e orar ao Senhor para que, se possível, a intenção do seu coração pode ser perdoado. Para eu ver que você está no fel da amargura e nos da escravidão da iniqüidade ". Mas Simon respondeu, e disse: "Ore ao Senhor por me a vós mesmos, para que nada do que você disse que pode vir em cima de mim." ( 8: 9-24 )

Uma das realidades mais terríveis de toda a Escritura é que alguns que pensam que estão a salvo será eternamente perdidos. Pensando que eles estão no caminho estreito da verdade salvadora que conduz ao céu, eles são, na realidade, no largo caminho da religião que leva à destruição (cf. 13 40:7-14'>Mt 7:13-14. ). Eles um dia vai ouvir o Senhor Jesus Cristo, o mais chocante, aterrorizante palavras nenhum homem jamais poderia ouvir: "Nunca vos conheci; afastar mim, vós que praticais a iniqüidade" ( Mt 7:23. ). Para seu horror, eles vão descobrir tarde demais que há uma entrada para o inferno na beira dos portões do céu.

Sempre que o evangelho é pregado, ele irá inevitavelmente produzir tanto genuína fé salvadora e falsa fé. A semente da Palavra cairá em terra boa e ruim solo. Haverá ramos que permanecer na videira, e aqueles que são cortadas e queimadas. Haverá aqueles com fé de trabalho e aqueles com fé demônio. Haverá aqueles a quem Jesus Se revela e aqueles a quem Ele não confiar-se. Há aqueles que "ter fé para a conservação da alma" e aqueles que "retrocedem para a perdição" ( He 10:39 ). Haverá trigo e haverá joio.

Em 13 24:40-13:30'>Mateus 13:24-30 , Jesus contou uma parábola que ilustra essa verdade:

Ele apresentou outra parábola para eles, dizendo: "O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo. Mas, enquanto os homens dormiam, veio o seu inimigo, semeou joio no meio do trigo, e foi embora. Mas quando o trigo brotou e deu espigas, o joio tornou-se evidente também. E os escravos do fazendeiro veio e disse-lhe: 'Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Como, então, ele tem o joio?' E ele disse-lhes: 'Um inimigo fez isso!' E os escravos disse-lhe: 'Você quer que nós, então, para ir e arrancá-lo?' Mas ele disse: 'Não, para que não, enquanto você está recolhendo o joio, você pode enraizar-se o trigo com ele permitir que tanto a crescer juntos até a colheita;. E no tempo da ceifa, direi aos ceifeiros:' Primeiro recolher o joio e atai-o em feixes para ser queimado; mas recolher o trigo no meu celeiro '".
Como muitas vezes aconteceu, os discípulos perdeu o ponto, e pediu uma explicação:

Então, Ele deixou as multidões, e entrou na casa. E os seus discípulos aproximaram-se dele, dizendo: "Explica-nos a parábola do joio do campo." E ele, respondendo, disse: "O que semeia a boa semente é o Filho do Homem, e o campo é o mundo; e como para a boa semente são os filhos do reino; o joio são os filhos do maligno; o inimigo que o semeou é o diabo, e a ceifa é o fim dos tempos, e os ceifeiros são os anjos Portanto, assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim será no fim do. . a idade O Filho do Homem enviará os seus anjos, e eles retirarão do seu Reino todos os obstáculos, e aqueles que cometem a iniquidade, e lançá-los na fornalha de fogo; naquele lugar haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. " ( 13 36:40-13:43'>Mat. 13 36:43 )

Este texto apresenta um exemplo de uma genuína fé salvadora, o eunuco etíope. Mas, primeiro, ele apresenta a primeira tentativa conhecida satânico para semear uma tara na igreja, Simon Magus. Simon parecia ser um verdadeiro crente; mesmo um tão exigente como Filipe aceitou-o como tal e batizou. Simon mesmo "continuou com Filipe" ( versículo 13 ). Assim, ele se manifestou há três marcas de um verdadeiro crente: ele acreditava, era obediente no batismo, e ele continuou com Filipe. Ele ilustra a dificuldade de contar o trigo do joio. Não foi até que ele tentou comprar a autoridade para conferir o Espírito Santo que ele foi desmascarado.

Onde é que Simon dar errado? Como é que alguém que chegou tão perto deixar escapar a verdadeira salvação? A fé deve ser fundamentada na verdade, e ele não estava. Esta passagem revela quatro flagrantes, falhas maciças na teologia de Simon: Ele tinha uma visão errada de si mesmo, a salvação, o Espírito, e do pecado. Aquelas falhas impediu de fé genuína e deixou-o na posição de perecer eternamente.

Uma visão errada da Auto

Ora, havia um certo homem, chamado Simão, que anteriormente estava praticando magia na cidade, e surpreendendo o povo de Samaria, dizendo ser alguém grande; e todos eles, do menor para o maior, prestavam atenção a ele, dizendo: "Este homem é o que é chamado o grande poder de Deus." E eles foram dando-lhe atenção, porque ele tinha há muito tempo espantou-los com suas artes mágicas. ( 8: 9-11 )

Uma visão equivocada do homem mantém miríades fora do reino. A visão de que o homem é essencialmente bom é tão difundida como é condenável. Ele embala suas vítimas em uma falsa sensação de segurança, levando-os a pensar que Deus aplaude suas boas ações. Na realidade, Ele vê as supostas boas obras com que vestir-se como "uma peça de roupa suja" ( Is 64:6, MacArthur New Testament Commentary . [Chicago: Moody, 1985], 26-28)

Espera de Simon sobre o povo de Samaria estava completa. Todos eles, do menor para o maior, prestavam atenção nele. Impressionado com seus poderes ocultos, exclamaram: Este homem é o que é chamado o Grande Poder de Deus. Esse título mostra que Simon alegou divindade para si próprio (cf. Mc 14:62 ). Isso Simon via a si mesmo como Deus revela a visão mais herética de auto imaginável. Os Padres da Igreja primitiva informou que Simon foi um dos fundadores do gnosticismo e que ele via a si mesmo como Deus encarnado:

Os dois primeiros professores para propagar idéias gnósticas dentro de círculos cristãos eram Simon e seu sucessor Menandro. Ao contrário de posteriores e mais famosos representantes do gnosticismo, ambos Simon e Menandro alegou divindade para si próprios. De acordo com Atos 8:9-11 , Simon chamou a si mesmo o "grande poder de Deus." O termo grego que ele usou, dunamis, foi usada pelos teólogos mais tarde, mais ortodoxos em referência tanto do Filho e do Espírito Santo ... Justino Mártir também relata reivindicação messiânica Simon 's. (Harold OJ Brown, Heresias [Garden City, NY: Doubleday, 1984], 50)

Visão deturpada de Simon de si mesmo deu a Satanás uma abertura para usá-lo para espalhar a falsa doutrina através da igreja. Seu falso ensino, posteriormente elaborada em full-blown Gnosticismo, foi para ameaçar e fortificar a igreja de Paulo em diante há séculos.

Como muitos mágicos charlatães de sua época (cf. At 13:6 diz: "Eles gritam, mas Ele não responde por causa do orgulho dos homens maus." O salmista ressalta que "os ímpios, na altivez do seu rosto, não o buscam Todos os seus pensamentos são: 'Deus não existe'." ( Sl 10:49descreve sete coisas que o Senhor odeia. Encabeçando a lista está ". Olhos altivos" Pv 8:13 diz: "O temor do Senhor é odiar o mal; o orgulho ea arrogância, o mau caminho", enquanto Pv 16:5 advertem que "o orgulho vem antes da destruição, e um espírito altivo, antes de tropeço", enquanto Pv 21:4 , o Senhor Jesus Cristo disse a um ensino parábola que o orgulho não pode ser salvo:

E Ele também esta parábola a certas pessoas que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e viram os outros com desprezo: "Dois homens subiram ao templo para orar: um, fariseu, eo outro, um coletor de impostos O fariseu, de pé. e orava assim consigo mesmo: 'Ó Deus, graças te dou porque não sou como as outras pessoas: roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano Jejuo duas vezes por semana, dou o dízimo de tudo quanto ganho.. ' Mas o publicano, estando em pé de distância, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! " Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, em vez do que o outro, pois quem se exalta será humilhado, mas quem se humilha será exaltado ".

É somente aqueles com a humildade de crianças pequenas que estão aptos para entrar no reino ( Mateus 18:2-4. ). Em um dos convites mais poderosos para com os pecadores, Tiago escreveu,

Todavia, dá maior graça. Por isso, diz: "Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes." Enviar portanto, a Deus. Mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Aproximem-se de Deus e Ele se aproximará de você. Purificai as mãos, pecadores; e purificai os corações, vós de espírito vacilante. Seja miserável e lamentar e chorar; se o vosso riso em pranto, ea vossa alegria em tristeza. Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará. ( Tiago 4:6-10 )

Somente os humildes, conscientes das suas insuficiências e deficiências, tem aquela sensação de perdição que os leva a Deus. São os pobres em espírito, não o orgulho no coração, que vivenciam a fé salvadora (Mt 5:3 no capítulo 6 ).

Simon viram a salvação como uma questão puramente ritualística, externo, um ato adicional em sua vida, em vez de a transformação total de toda a sua pessoa no interior ( 2Co 5:17 ). A fé que não transforma a vida não é a fé salvadora. Tiago escreveu: "De que adianta, meus irmãos, a alguém dizer que tem fé, mas não tem obras? Possível que a fé salvá-lo? Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em por si só. Mas alguém pode muito bem dizer, 'Você tem fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras' "( Jc 2:14 , 17-18 ). Os demônios têm fé ( Jc 2:19 ), mas não são salvos. Eles acreditam, e até mesmo tremer, mas não amar a justiça e odiar o pecado, a evidência da salvação. Tampouco foram os descritos na João 2:23-25 ​​salvo por sua fé superficial:. "Agora, quando Ele estava em Jerusalém na Páscoa, durante a festa, muitos creram no seu nome, vendo os sinais que Ele estava fazendo, mas Jesus, em Sua parte, não estava confiando-se a eles, pois Ele sabia que todos os homens, e porque Ele não precisa de ninguém para testemunho do homem porque ele bem sabia o que havia no homem. Simon acredita nos sinais, mas não no One cujo poder era por trás deles. A verdadeira salvação não é mera profissão ou ato ritual. É a transformação divina da alma do amor de si mesmo ao amor de Deus, do amor ao pecado amar de santidade.

Uma visão errada do Espírito

Os apóstolos, em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhes Pedro e João, que desceu e orou por eles, para que recebessem o Espírito Santo. Pois ele ainda não tinha descido sobre nenhum deles; eles simplesmente tinham sido batizados em nome do Senhor Jesus. Então eles começaram colocando suas mãos sobre eles, e eles recebiam o Espírito Santo. E Simão, vendo que o Espírito foi concedido através da imposição das mãos dos apóstolos, ofereceu-lhes dinheiro, dizendo: "Dar autoridade para me bem, de modo que a pessoa sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo. " ( 8: 14-19 )

Palavra do sucesso incrível do ministério de Filipe atingiu os apóstolos em Jerusalém. Quando eles ouviram que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João para o check-out.Isso samaritanos foram incluídos no reino foi chocante para devotos judeus, que os desprezavam como párias mestiços. Pedro e da missão de João era tripla: Primeiro, eles vieram para ajudar a Filipe com a colheita espiritual. A resposta dos samaritanos era grande demais para um homem para tratar. Em segundo lugar, eles vieram para dar sanção apostólica e bênção para a obra de Filipe entre os samaritanos.Os apóstolos eram os líderes da igreja e manteve essa posição mesmo após a igreja se espalhou a partir de Jerusalém. Finalmente, eles desceram de Jerusalém e orou para os samaritanos para que recebessem o Espírito Santo. Apesar de terem acreditado e foi batizado, o Espírito ainda não tinha caído em cima de qualquer um deles; eles simplesmente tinham sido batizados em nome do Senhor Jesus.

Muitos dos que ensinam que os cristãos recebem o Espírito subseqüente ao apelo a salvação a esta e outras passagens de apoio. Aqui está um exemplo claro, eles argumentam, de pessoas que foram salvas, mas não têm o Espírito Santo. Tal ensino ignora a natureza transitória de Atos. (Para uma discussão mais aprofundada sobre a natureza transitória de Atos e a questão da subsequência sobre a vinda do Espírito Santo, ver meu livro Charismatic Chaos [Grand Rapids: Zondervan, 1992].) Ele também voa na cara do ensino básico das Escrituras que "Se alguém não tem o Espírito de Cristo, ele não pertence a Ele" ( Rm 8:9 ).

Por que os samaritanos (e mais tarde os gentios) tem que esperar para os apóstolos, antes de receber o Espírito? Durante séculos, os samaritanos e os judeus haviam sido rivais. Se os samaritanos tinham recebido o Espírito independente da igreja de Jerusalém, que rift teria sido perpetuada. Não poderia muito bem ter sido duas igrejas separadas, uma igreja judaica e uma igreja Samaritano. Mas Deus tinha projetado uma igreja, em que "não há judeu nem grego, não há escravo nem homem livre, não há homem nem mulher", mas "todos [são] um em Cristo Jesus" ( Gl 3:28 ).

Ao atrasar o Espírito está vindo até Pedro e João chegou, Deus preservou a unidade da igreja. Os apóstolos precisava ver por si mesmos, e dar testemunho em primeira mão para a igreja de Jerusalém, que o Espírito veio sobre os samaritanos. Os samaritanos também precisava saber que eles estavam sujeitos à autoridade apostólica. Os crentes judeus e os samaritanos foram, assim, unidos em um só corpo.

Hoje, os crentes recebem o Espírito na salvação (cf. 1Co 12:13 ). Não houve necessidade de atraso após judeus, gentios, samaritanos santos, e do Antigo Testamento já estavam incluídos na igreja.

Quando eles chegaram, Pedro e João começou colocando suas mãos sobre os crentes samaritanos, e eles recebiam o Espírito Santo. Isso foi demais para Simon. Quando ele viu que o Espírito foi concedido através da imposição das mãos dos apóstolos, ofereceu-lhes dinheiro. Evidentemente, os crentes estavam falando em línguas como no dia de Pentecostes, para que houvesse um sinal perceptível desta grande realidade suficiente para despertar o interesse de Simon. Filipe o impressionou, mas Pedro e João dominou. Simon pediu-lhes impetuosa e animAdãoente, "Dar autoridade para me bem, de modo que a pessoa sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo." Ele tratou os dois apóstolos, como se fossem companheiros praticantes de magia, e estava pronto para negociar o preço para comprar o segredo de seu poder. Por este ato, Simon deu seu nome ao termo "simonia", que ao longo da história se referiu à compra e venda de cargos eclesiásticos.

Nada que Deus tem, no entanto, está à venda, certamente não o Espírito Santo! Na verdade, não há nada de homens pecadores tem a lhe oferecer. Salvação e bênção espiritual que Ele derrama livremente a Seus filhos. Em Is 55:1 ), alerta Simon da seriedade de sua situação: ". Eu vejo que você está no fel da amargura e nos da escravidão da iniqüidade" A frase fel da amargura é muito forte. Chole ( fel ) refere-se a um ingrediente amargo ou bile. Juntamente com pikria ( amargura ), que transmite uma condição extremamente amarga, dura, e de mau gosto. Ele vividamente retrata a realidade de um no cativeiro da iniqüidade. O pecado é um malvado feitor. Pv 5:22 adverte que "as suas próprias iniqüidades o prenderão os ímpios, e ele será realizado com as cordas do seu pecado."

Simon, no entanto, não foi convencido. Embora abalada e com medo, ele se recusou a pedir perdão ao Senhor. Em vez disso, ele disse aos apóstolos, "Ore ao Senhor por me a vós mesmos, para que nada do que você disse que pode vir em cima de mim." Sua única preocupação era escapar das consequências temporais de seu pecado. O verdadeiro arrependimento, no entanto, consiste em mais do que uma mera tristeza pelo pecado. Paulo escreve em II Coríntios 7:9-10 ,

Eu agora folgo, não porque fostes contristados, mas que fostes contristados para o ponto de arrependimento; para fostes contristados segundo a vontade de Deus, a fim de que você não pode sofrer perda de qualquer coisa através de nós. Para a tristeza que está de acordo com a vontade de Deus produz um arrependimento sem pesar, levando a salvação; mas a tristeza do mundo produz morte.
Simon teve uma visão errada de si mesmo, da salvação, do Espírito Santo, e do pecado. Tudo o que foi adicionado para uma fé que não salvou.

20 A fé que não Salva (Atos 8:25-40)

E assim, quando eles tinham solenemente testificado e falado a palavra do Senhor, eles começaram a voltar a Jerusalém, e foram pregar o evangelho a muitas aldeias dos samaritanos.Mas um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: "Levanta-te e vai para o sul para a estrada que desce de Jerusalém a Gaza." (Esta é uma estrada do deserto.) Então ele se levantou e saiu; e eis que era um eunuco etíope, um oficial da corte de Candace, rainha dos etíopes, que estava no comando de todos os seus tesouros; e ele tinha ido a Jerusalém para adorar. E ele estava voltando e sentado no seu carro, lia o profeta Isaías. E o Espírito disse a Filipe: "Vá-se para fazer esse carro." E quando Filipe tinha acabado, ele ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: "Você entende o que você está lendo?" E ele disse: "Bem, como eu poderia, se alguém não me explicar?" E ele convidou Filipe para subir e sentar-se com ele. Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta: "Ele foi levado como a ovelha ao matadouro, e, como um cordeiro diante do seu tosquiador é calada, ele não abre a sua boca em humilhação Seu juízo foi tirado; que deve. relacionar sua geração? Porque a sua vida é retirado da terra ". E o eunuco a Filipe, e disse: "Por favor, diga-me, de quem o profeta dizer isto? De si mesmo, ou de outra pessoa?" Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, ele anunciou a Jesus. E, quando iam ao longo da estrada que chegaram a um pouco de água; e disse o eunuco: "Olha! Água! O que me impede de ser batizado?" [E disse Felipe: "Se você crê de todo o coração, você pode." E, respondendo ele, disse:] E ele ordenou o carro a parar "Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus."; e desceram ambos à água, Filipe, bem como o eunuco; eo batizou. E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe; eo eunuco não o viu mais, mas jubiloso seguia o seu caminho. Mas Filipe encontrou-se em Azoto; e como ele passou por ele continuou pregando o evangelho a todas as cidades, até que chegou a Cesaréia. (8: 25-40)

Ao longo da história da redenção, Deus derramou Suas bênçãos para a humanidade através do canal de Seu povo do convênio. Deus nunca pretendeu Israel para ser um reservatório, armazenando bênçãos divinas para si próprios. Em vez disso, eles eram para ser um funil através do qual essas bênçãos poderiam ser disperso a um mundo perdido. Em Is 42:6)

O outro extremo foi o do compromisso. Influenciado pelas nações vizinhas, Israel freqüentemente caiu em idolatria pagã. Uma Israel idólatra não tinha mensagem para dar às nações idólatras gentios ao seu redor. Na época de Jesus, a adoração de ídolos pagãos tinha ido embora, desaparecendo em sua maior parte depois do cativeiro babilônico. Foi substituído, no entanto, por uma forma corrompida do judaísmo, que advogava a salvação pelas obras.
Por causa do fracasso de Israel, Deus cortou um novo canal através do qual Suas bênçãos poderia alcançar o mundo-da igreja. Ao contrário de Israel nacional, a igreja iria abraçar todas as nações. Começando no dia de Pentecostes e em Jerusalém como um grupo exclusivamente judaica, a igreja logo estendeu a mão para o mestiço samaritanos. Outro marco foi alcançado como Filipe apresentou Jesus Cristo a um gentio. Através deste homem, um alto oficial da corte da rainha da Etiópia, o evangelho seria primeiro penetrar as almas do grande continente Africano. Em contraste com Simon, a sua fé era verdadeira, resultando na salvação. Que a fé genuína necessários três elementos: a preparação adequada, a apresentação adequada, e que a resposta adequada.

A preparação adequada

E assim, quando eles tinham solenemente testificado e falado a palavra do Senhor, eles começaram a voltar a Jerusalém, e foram pregar o evangelho a muitas aldeias dos samaritanos.Mas um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: "Levanta-te e vai para o sul para a estrada que desce de Jerusalém a Gaza." (Esta é uma estrada do deserto.) Então ele se levantou e saiu; e eis que era um eunuco etíope, um oficial da corte de Candace, rainha dos etíopes, que estava no comando de todos os seus tesouros; e ele tinha ido a Jerusalém para adorar. E ele estava voltando e sentado no seu carro, lia o profeta Isaías. (8: 25-28)

Fé salvadora Genuina exige a preparação adequada. Na parábola do semeador, apenas o solo bom, devidamente preparado trouxe os frutos da salvação. O texto indica quatro características que prepararam o solo do coração do eunuco.

A obra soberana do Espírito

E assim, quando eles tinham solenemente testificado e falado a palavra do Senhor, eles começaram a voltar a Jerusalém, e foram pregar o evangelho a muitas aldeias dos samaritanos.Mas um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: "Levanta-te e vai para o sul para a estrada que desce de Jerusalém a Gaza." (Esta é uma estrada do deserto.) (8: 25-26)

A salvação, tanto em seu planejamento eterno e seu desenvolvimento temporais, é totalmente a obra de Deus. Salvação é originário da vontade soberana de Deus (At 13:48; Rm 8:29..) E é implementado por Sua graça (Ef 2:8-9; 2Ts 2:132Ts 2:13.. ; 2Tm 2:102Tm 2:10; Fm 1:1; 1Pe 1:11Pe 1:1: "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer". Paulo explica em 1Co 2:14 que "um homem natural [rebelde homem, pecador longe de Deus] não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura, e ele não pode entendê-las, porque elas são espiritualmente avaliado. " Consequentemente, a pregação do evangelho, além da rápida ação do Espírito, é percebido como nada mais que uma "pedra de tropeço", e "loucura" (1Co 1:23).

Como se morte espiritual do homem não bastasse, um segundo fator impede de Deus. Paulo escreve: "Se o nosso evangelho está encoberto, é velado para os que estão perecendo, em cujo caso o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo , que é a imagem de Deus "(2 Cor. 4: 3-4). Satanás e suas hostes demoníacas também estão ativamente envolvidos em manter os homens de encontrar a verdade de Deus. Como os pássaros na parábola do semeador, eles arrancar dos homens caídos a verdade do evangelho. Como resultado, "quando alguém ouve a palavra do reino, e não a entende, vem o Maligno e arrebata o que foi semeado no seu coração" (Mt 13:19).

À luz destas verdades, é absurdo supor que ninguém, além do trabalho do Espírito Santo em sua alma sem vida, jamais poderia vir a fé salvadora em Cristo. O homem não pode subir as barreiras que separam-lo de Deus. Soberanamente, Deus, em Seu amor e misericórdia, deve chegar ao homem. Se Ele não o fez, ninguém poderia ser salvo.
O Espírito começou seu trabalho preparatório manobrando Filipe em uma posição estratégica. Depois de Pedro e João tinham solenemente testificado e falado a palavra do Senhor, eles começaram a voltar a Jerusalém. Em sua viagem de volta, eles estavam pregando o evangelho a muitas aldeias dos samaritanos, que exercem o trabalho de evangelização iniciada por Filipe. Mas um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: "Levanta-te e vai para o sul para a estrada que desce de Jerusalém a Gaza." (Esta é uma estrada do deserto.) As circunstâncias que estavam a levar a salvação do eunuco foram soberanamente e, especificamente, organizado pelo Espírito.

Gaza foi uma das cinco cidades principais dos filisteus, junto com Ashdod, Ashkelon, Ekron, e Gate. Old Gaza haviam sido destruídas no início do primeiro século B . C . e uma nova cidade foi construída perto da costa. A estrada de Jerusalém para o Egito, no entanto, ainda corria através das ruínas da antiga Gaza. Nota de Lucas de que esta é uma estrada no deserto ressalta a estranheza do comando do Espírito a Filipe. Havia duas estradas de Jerusalém para Gaza, e do Espírito comandos Filipe levar a que raramente foi utilizado (Simon J. Kistemaker, New Testament Commentary: Atos [Grand Rapids: Baker, 1990], 311). Também é possível traduzir a frase grega kata mesēmbrian (em direção ao sul ) "ao meio-dia" (I. Howard Marshall, Os At [Grand Rapids: Eerdmans, 1984], 161). Essa rendição "faria o mandamento divino de Filipe todos os mais incomuns e desconcertantes: ao meio-dia a estrada estaria deserto de viajantes por causa do calor" (Marshall, At, 161).

Este não foi um mero encontro casual e, certamente, não é o resultado do engenho humano inteligente. Além de orquestração do Espírito de eventos, ele nunca teria tido lugar em tudo. Isso enfatiza novamente a obra soberana do Espírito na salvação.

O Will Submisso de Filipe

E ele se levantou e foi; (8: 27a)

Muitas vezes Deus realiza Sua obra soberana através de instrumentos humanos (conforme At 2:4; At 4:8; 6: 3-8; At 7:55; At 8:17; 10: 1-48; 16: 25-34 ). Como um mestre escultor, Ele toma outra forma ferramentas inúteis e sem importância e os usa para criar uma obra-prima. Não é um pré-requisito, contudo, para ser usado por Deus. Paulo escreve: "Ora, numa grande casa, não somente há vasos de ouro e de prata, mas também para os navios de madeira e de barro, e outros para honrar e alguns para a desonra. Portanto, se alguém se purificar destas coisas, ele será um vaso para honra, santificado e útil ao Senhor, e preparado para toda boa obra "(2 Tim. 2: 20-21). Deus usa instrumentos sagrados para fazer a Sua obra.

Filipe era um tal instrumento. Quando pedi para ir para o que deve ter parecido uma jornada ilógico, ele se levantou e se foi. Ele não luta com a irracionalidade do comando antes de obedecer, nem ele questionar a Deus. Para deixar o trabalho próspera em Samaria para uma estrada deserta pode parecer absurdo para muitos, mas não para o homem de Deus, que acaba de ser visitado por um anjo do Senhor.Por obediência voluntária, tornou-se o meio pelo qual Deus salvou o eunuco.

O Culto Busca do Eunuco

e eis que era um eunuco etíope, um oficial da corte de Candace, rainha dos etíopes, que estava no comando de todos os seus tesouros; e ele tinha ido a Jerusalém para adorar. (8: 27b)

eunuco etíope era um candidato após o verdadeiro Deus, como mostrado por sua longa jornada a Jerusalém para adorar. Como ele entrou em contato com o judaísmo não é dito, mas não havia uma grande colônia judaica em Alexandria. Ele era um alto funcionário em seu país, um oficial da corte de Candace, rainha dos etíopes. Etiópia, em que dia foi um grande reino localizado ao sul do Egito. Para os gregos e romanos, que representava os limites exteriores do mundo conhecido (João B. Polhill, O New Commentary americano: Atos [Nashville: Broadman, 1992], 223). Seus reis se acreditava serem encarnações do deus do sol, e os assuntos cotidianos do governo foram considerados abaixo deles. O poder real estava com as mães rainha, conhecido pelo título hereditário Candace (que não é um nome próprio, mas um título oficial, como o Faraó ou Caesar). Esse homem era responsável por todos os seus tesouros. Em termos modernos, ele era o ministro das Finanças, ou o Secretário do Tesouro.

Apesar de seu poder e prestígio, ele tinha um grande vazio em sua alma. Ele fez uma longa e árdua jornada de sua terra natal para Jerusalém, em busca do verdadeiro Deus. Infelizmente, dado o estado do judaísmo contemporâneo, ele provavelmente foi embora ainda vazio. Não é certo se ele estava fisicamente um eunuco. O termo também foi usado para falar de funcionários do governo que não tinha sido emasculados (como Potifar [Gn 39:1).

A soberania de Deus na salvação não elimina a responsabilidade do homem. Que Deus recompensa o coração buscando é o claro ensino da Escritura. Em Jr 29:13 Deus disse: "Você vai buscar-me e encontrar-me, quando me procurarem de todo o coração", enquanto que em Jo 7:17 o Senhor Jesus Cristo disse: "Se alguém está disposto a fazer a Sua vontade , ele conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo. " O eunuco é um exemplo clássico de quem viveu até a luz que ele tinha. Deus, então, deu-lhe a revelação completa de Jesus Cristo através do ministério de Filipe.

O bíblico Palavra da Verdade

E ele estava voltando e sentado no seu carro, lia o profeta Isaías. (08:28)

Ao voltar para a sua terra, o eunuco estava sentado no seu carro, lia o profeta Isaías. Ele tinha o desejo de conhecer a Deus e sabia que ele viria a ser conhecido através da Escritura. Ele era realmente um candidato ansioso. Ele não tinha nenhuma dúvida pagou um alto preço em Jerusalém para que rolagem, o que teria sido difícil para um gentio de adquirir. Talvez Isaías teve um significado especial para ele, já que o livro fala encorajador para eunucos (Is. 56: 3-5).

Embora a existência de Deus, e alguns de seus atributos, pode ser discernido da natureza (Rm 1:20), poupando conhecimento Dele vem somente através das Escrituras. Jesus disse em Jo 5:39: "Examinais as Escrituras, porque você acha que neles você tem a vida eterna;. E são elas mesmas que testificam de mim" No versículo 46 Ele acrescentou: "Se você acredita Moisés, você acreditaria em mim, porque ele escreveu a meu respeito." O encontro com dois de seus seguidores após a sua ressurreição, ele censurou-lhes a sua obtusidade: "homens e tardos de coração ó tolo para acreditar em tudo o que os profetas disseram! Não era necessário que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras "(Lucas 24:25-27).

Grandes palavras de Paulo aos Romanos servem para enriquecer a compreensão dessa conta:

Pois não há distinção entre judeu e grego; para o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam; para "Quem quer que invocar o nome do Senhor será salvo." Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Assim como está escrito: "Quão formosos são os pés dos que trazem alegres novas de coisas boas!" (Rom. 10: 12-15)

Todos os fundamentos estavam no local; trabalho de preparação do Espírito estava completa. Filipe havia obedecido o chamado do Espírito e estava no local para atender o homem. O coração do eunuco estava buscando, elaborado pela leitura das Escrituras. Tudo foi definido para o passo seguinte.

A boa apresentação

E o Espírito disse a Filipe: "Vá-se para fazer esse carro." E quando Filipe tinha acabado, ele ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: "Você entende o que você está lendo?" E ele disse: "Bem, como eu poderia, se alguém não me explicar?" E ele convidou Filipe para subir e sentar-se com ele. Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta: "Ele foi levado como a ovelha ao matadouro, e, como um cordeiro diante do seu tosquiador é calada, ele não abre a sua boca em humilhação Seu juízo foi tirado; que deve. relacionar sua geração? Porque a sua vida é retirado da terra ". E o eunuco a Filipe, e disse: "Por favor, diga-me, de quem o profeta dizer isto? De si mesmo, ou de outra pessoa?" Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, ele anunciou a Jesus. (8: 29-35)

Quando o Espírito disse a Filipe: "Vá-se para fazer esse carro", ele imediatamente obedecido. Embora comitiva do eunuco deve ter sido impressionante, Filipe não se intimidou. Ousadia pertence a pessoas cheias do Espírito (At 4:31). Podemos discernir nas palavras de Filipe a essência de uma apresentação eficaz do evangelho.

Ele deve estar centrado na Escritura

E quando Filipe tinha acabado, ele ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: "Você entende o que você está lendo?" E ele disse: "Bem, como eu poderia, se alguém não me explicar?" E ele convidou Filipe para subir e sentar-se com ele. Ora, a passagem da Escritura que estava lendo era esta: "Ele foi levado como a ovelha ao matadouro, e, como um cordeiro diante do seu tosquiador é calada, ele não abre a sua boca em humilhação Seu juízo foi tirado; que deve. relacionar sua geração? Porque a sua vida é retirado da terra ". E o eunuco a Filipe, e disse: "Por favor, diga-me, de quem o profeta dizer isto? De si mesmo, ou de outra pessoa?" (8: 30-34)

Aparentemente sem o benefício de uma apresentação formal normalmente necessário para uma audiência com um líder tão exaltado, e demonstrando sua ânsia por ter funcionado acima, Filipe ouviu que lia o profeta Isaías. O antigo costume de ler em voz alta, desde uma abertura para Felipe, que, apesar de um completo estranho, corajosamente perguntou: "Você entende o que está lendo?" O homem estava tão perplexo com a passagem que ele estava lendo que ele parece não ter se importado que era Filipe ou por que ele estava em sua presença. O eunuco apenas exclamou: "Bem, como eu poderia, se alguém não me explicar?" Por incrível que pareça, ele então convidou Filipe para subir e sentar-se com ele. O coração do evangelista deve ter sido regozijando-se na confiança de que Deus tinha tão preparado este homem. Que o funcionário convidou Filipe para explicar as Escrituras para ele fala da busca do eunuco, humilde e espírito dócil (conforme Is 55:6-7.).

passagem da Escritura o eunuco estava lendo era esta: "Ele foi levado como a ovelha ao matadouro, e, como um cordeiro diante do seu tosquiador é calada, ele não abre a sua boca em humilhação Seu juízo foi tirado; que devem dizer respeito. ? Sua geração para a sua vida é retirado da terra. " Esta passagem, tirada de Isaías 53:7-8., intrigado o eunuco "Por favor, diga-me," ele disse a Filipe: "de quem o profeta dizer isso de si mesmo? , ou de outra pessoa? " Sua confusão era compreensível, uma vez que o pensamento judaico contemporâneo foi dividido sobre a interpretação desta passagem. Alguns sustentavam que as ovelhas abatidas representava a nação, outros que Isaías falou de si mesmo, outros, ainda, que ele se refere ao Messias. Não havia nenhuma dúvida na mente de Filipe, no entanto, de quem Isaías escreveu.

Tal como o seu Senhor (Jo 3:1.), Apolo (At 18:24), e Estevão (At 7:1ff), Filipe foi experiente o suficiente no Escrituras para atender o eunuco onde ele estava. Cada crente deve se esforçar para ser proficiente nas Escrituras para que nós, também, pode conhecer pessoas no ponto de sua perplexidade e levá-los ao Salvador. Nas palavras de Pedro, devemos "sempre [ser] pronto para fazer uma defesa a todo aquele que pede [us] para dar conta da esperança que está em [nós]" (1Pe 3:15).

Uma boa apresentação do evangelho deve ser baseada solidamente na Escritura. O uso de testemunhos pessoais, histórias, folhetos e outras ferramentas não é nenhum substituto. Pois as Escrituras por si só é "o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego" (Rm 1:16). O poder está na Palavra.

Ele deve estar centrada em Jesus Cristo

Então Filipe, abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, ele anunciou a Jesus. (08:35)

Filipe estava pronto. Começando a partir da própria Escritura o eunuco estava lendo, ele anunciou a Jesus. Ele mostrou o eunuco que o Cordeiro de que a passagem falou não era outro senão o Messias, que seria o sacrifício final e final para o pecado . Em seguida, apresentou provas de que Jesus era o Messias.

Qualquer apresentação do evangelho, para ser eficaz, deve apresentar clara e exaustivamente a pessoa e obra de Jesus Cristo. Talvez a razão alguns rejeitam Jesus é que Ele não tenha sido apresentado bem o suficiente para que eles compreendam que Ele é e o que Ele tem feito. Para anunciar aos outros o que Cristo fez em nossas vidas é importante, mas a verdade bíblica sobre Jesus Cristo é a mensagem essencial o pecador deve ouvir. Como Paulo escreveu aos Romanos: "A fé vem pelo ouvir ... a palavra de Cristo" (10:17).

A Resposta Adequada

E, quando iam ao longo da estrada que chegaram a um pouco de água; e disse o eunuco: "Olha! Água! O que me impede de ser batizado?" [E disse Felipe: "Se você crê de todo o coração, você pode." E, respondendo ele, disse:] E ele ordenou o carro a parar "Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus."; e desceram ambos à água, Filipe, bem como o eunuco; eo batizou. E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe; eo eunuco não o viu mais, mas jubiloso seguia o seu caminho. Mas Filipe encontrou-se em Azoto; e como ele passou por ele continuou pregando o evangelho a todas as cidades, até que chegou a Cesaréia. (8: 36-40)

A preparação do Espírito e apresentação de Filipe combinados para produzir a resposta adequada por parte do eunuco. Essa resposta foi tríplice: a fé, a confissão, e regozijo.

E, quando iam ao longo da estrada que chegaram a um pouco de água; e disse o eunuco: "Olha! Água! O que me impede de ser batizado?" (8:36)

Em algum momento, como eles foram ao longo da estrada o eunuco foi concedida a fé salvadora e foi instruído a respeito do batismo. Isso está implícito por sua reação quando eles chegaram a um pouco de água. O eunuco disse a Filipe: "Olha! Água! O que me impede de ser batizado?" Eles me deparei com uma piscina ou córrego no deserto, apenas o momento adequado para o homem para testemunhar publicamente a sua fé salvadora sendo obedientes a ordenança de imersão. Esse é mais um exemplo de controle do Espírito soberano dos acontecimentos.

Confissão

[E disse Felipe: "Se você crê de todo o coração, você pode." E, respondendo ele, disse:] E ele ordenou o carro a parar "Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus."; e desceram ambos à água, Filipe, bem como o eunuco; eo batizou. (8: 37-38)

Os manuscritos mais antigos e confiáveis ​​não contêm versículo 37, que deve ser omitido do texto. Ainda assim, algo como que a confissão deve ter ocorrido. Vindo para a água, o eunuco ordenou o carro a parar; e desceram ambos à água, Filipe, bem como o eunuco; eo batizou. Como observado na discussão de At 2:38 no capítulo 6, o batismo é a confissão pública de fé esperado de todos os crentes. O eunuco não só confessou sua fé, pessoalmente, para Filipe, mas abertamente na frente de toda a sua comitiva. Que tanto ele como Filipe desceu na água indica que o seu batismo era por imersão. O mesmo acontece com a palavra baptizo , que significa "mergulhar" ou "imergir".

Regozijo

E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe; eo eunuco não o viu mais, mas jubiloso seguia o seu caminho. Mas Filipe encontrou-se em Azoto; e como ele passou por ele continuou pregando o evangelho a todas as cidades, até que chegou a Cesaréia. (8: 39-40)

Depois saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe; eo eunuco não o viu mais. Elias (1Rs 18:12; 2Rs 2:162Rs 2:16) e Ezequiel (Ez 3:12, Ez 3:14; Ez 8:3; Jo 17:13; At 13:52; Romanos 0:12;. 14:17; 15:13; Gl 5:22; Fp 1:25; 1 Tessalonicenses 1:.. 1Ts 1:6; 1Pe 1:8 Pedro 1: 8.; Jude 24).

Filipe, por sua vez, encontrou-se em Azoto. Azoto, 20 milhas ao norte de Gaza, foi o nome atual da antiga cidade filistéia de Ashdod. Como ele atravessou a região costeira, ele continuou pregando o evangelho a todas as cidades. Não importa onde ele estava, Filipe só tinha uma coisa em sua mente. Como ele fez o seu caminho para o norte em direção a Cesaréia, onde ele e sua família aparentemente fizeram a sua casa (Atos 21:9), ele pregou nas cidades (como Jope e Lida, que Pedro em breve visita), enquanto viajava.

Lucas não nos dão a história subsequente do eunuco etíope. De acordo com a igreja Padre Irineu, ele se tornou um missionário para os etíopes (Richard N. Longenecker, "At", no Frank E. Gaebelein, ed,. Comentário Bíblico do Expositor , vol 9 [Grand Rapids:. Zondervan , 1981], 366). O que está claro é que a preparação do Espírito, juntamente com a apresentação de Filipe, produziu nele a fé que não salva.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Atos Capítulo 8 do versículo 1 até o 40

Atos 8

Como Saulo entrou em cena — At 8:1). As divergências entre ambos era de séculos. Muito antes, no século VIII a.C., os assírios conquistaram o reino do Norte cuja capital era Samaria. Como costumavam fazer os conquistadores naqueles dias, deportaram a maior parte da população e a puseram no estrangeiro.

No século VI os babilônios conquistaram o reino do Sul cuja capital era Jerusalém e levaram seus habitantes a Babilônia; mas estes se negaram completamente a perder sua identidade e permaneceram obstinadamente os judeus. No século V a.C. foi-lhes permitido voltar e reconstruir sua cidade destroçada sob Esdras e Neemias.
Enquanto isso, aqueles que, pertencendo ao reino do Norte, ficaram na Palestina uniram-se a raças estrangeiras que se introduziram no território. Ao fazer isto perderam sua pureza racial e para um judeu isto era um crime imperdoável. Quando chegou o povo do reino do Sul e começou a reconstruir sua cidade, o povo de Samaria, que nunca se afastou do lugar e que se casou com estrangeiros, ofereceram seu ajuda, mas foram rechaçados com desprezo porque não eram judeus puros. E desde esse dia em adiante houve uma brecha incurável e um ódio amargo entre judeus e samaritanos. O fato de que Filipe pregasse aqui, que os apóstolos viessem, que a mensagem de Jesus se desse a esta gente, mostra a Igreja dando inconscientemente um dos passos mais importantes de sua história. Sem dar-se conta estão descobrindo que Cristo é para todo o mundo. Sabemos muito pouco a respeito de Filipe, mas foi um dos arquitetos da Igreja cristã.

Devemos assinalar o que foi que o cristianismo deu a esse povo.

  1. Deu-lhe a história de Jesus. Deu-lhe simplesmente a mensagem do amor de Deus em Jesus Cristo.
  2. Deu-lhe cura. O cristianismo nunca foi algo que só consiste em palavras. Trazia luz à mente dos homens e cura para seu corpo.
  3. Deu-lhe, como conseqüência natural disto, uma alegria que os samaritanos nunca tinham conhecido. O cristianismo que cria uma atmosfera de tristeza é falso; o verdadeiro é aquele que irradia alegria em qualquer momento.

COISAS QUE NÃO SE PODEM COMPRAR NEM VENDER

Atos 8:14-25

Simão não era um personagem incomum no mundo antigo. Havia muitos astrólogos, adivinhos e magos, e em uma era crédula tinham uma grande influência e viviam luxuosamente. Não devemos nos surpreender muito disto quando até o século XX não se libertou dos adivinhos e da astrologia, como pode testemunhá-lo quase qualquer periódico ou revista popular. De maneira nenhuma devemos pensar que Simão e seus colegas fossem estelionatários e impostores conscientes. Muitos deles se enganaram a si mesmos antes de fazê-lo com outros. Criam em seus próprios poderes.
Para compreender corretamente o que era que Simão queria, devemos ter em conta algumas das coisas da atmosfera e a prática da

Igreja primitiva. Nela a entrada do Espírito no homem estava relacionada com certos fenômenos bem visíveis e definidos. Em especial estava relacionada com o dom de falar em línguas (Atos 10:44-46). Quando o Espírito Santo entrava em um homem, este experimentava uma espécie de êxtase que se manifestava no estranho fenômeno de emitir sons sem sentido. Pode parecer estranho, mas isto era muito impressionante. Na prática judia era muito comum a imposição das mãos. Quando se realizava isto se dizia que havia uma transferência de certas qualidades de uma pessoa a outra. Ainda utilizamos este costume na ordenação de ministros.

Não se tem que pensar por um momento que isto representa um conceito completamente materialista da transferência do Espírito. O fator dominante era a personalidade da pessoa que impunha as mãos. Os apóstolos eram tão respeitados, admirados e até venerados que simplesmente sentir o roce de suas mãos era uma experiência profundamente espiritual.
Em uma reminiscência pessoal, lembro de ter ido ver um homem que era um dos maiores eruditos e santos da Igreja. Eu era muito jovem e ele era muito idoso. Fiquei a sós com ele por um momento e nesse instante impôs suas mãos sobre mim e me abençoou. Até o dia de hoje, quase trinta anos depois, posso sentir ainda a emoção desse momento. Assim era a imposição de mãos na 1greja primitiva.
Simão estava impressionado pelos efeitos visíveis da imposição das mãos e tentou comprar a habilidade para fazer o que os apóstolos podiam fazer. Simão deixou seu nomeio na linguagem comum, pois a palavra simonia significa ainda a indigna compra-venta de postos eclesiásticos.

Simão tinha duas falhas.
(1) Não estava interessado realmente em dar o Espírito Santo a outros; só lhe interessavam o poder e o prestígio que adquiriria com ele. Esta exaltação do eu é sempre o perigo do pregador e do professor. É certo que ambos devem brilhar aos olhos dos homens; mas também é certo — como disse Denney — que não podemos demonstrar ao mesmo tempo que somos inteligentes e que Cristo é maravilhoso.

  1. Simão se esqueceu de que há certos dons que dependem do caráter. O dinheiro não pode comprá-los. Mais uma vez, deve-se advertir o pregador e o professor: "Pregar é comunicar a verdade através da personalidade." Para dar o Espírito a outros não é necessário que alguém seja rico, mas sim que a gente mesmo possua o Espírito.

CRISTO CHEGA A UM ETÍOPE

Atos 8:26-40

Havia um caminho de Jerusalém que levava a Belém e Hebrom e que se unia à rota principal ao Egito no sul de Gaza. Havia duas cidades com este nome. A antiga foi destruída na guerra do ano 93 a.C. e a nova Gaza fora construída mais ao sul no ano 57 a.C. A primeira era chamada Antiga ou Gaza do Deserto para distinguir a da outra. Este caminho que passava por Gaza era transitado por quase a metade do trânsito do mundo; era um caminho no qual Filipe tinha muitas possibilidades de ter uma aventura por Cristo. Nesta rota apareceu o eunuco etíope em seu carro. Era o chanceler da fazenda real de Candace. Candace é mais um título que um nome próprio, que se dava a todas as rainhas de Etiópia.
Este eunuco esteve em Jerusalém adorando. Deve ter sido uma destas duas coisas. Naqueles dias o mundo estava cheio de pessoas que se cansaram de seus muitos deuses e da desordem moral de seus povos. Aproximavam-se do judaísmo e nele encontravam o Deus único e a moral austera que dava significado à vida. Se aceitavam o judaísmo e eram circuncidados e guardavam a Lei se convertiam em prosélitos; se não chegavam a isto, mas continuavam concorrendo às sinagogas judias e liam as Escrituras eram chamados tementes a Deus. De modo que este etíope deve ter sido uma dessas pessoas que tinha achado descanso no judaísmo fosse como prosélito ou temente a Deus. Ia lendo o capítulo 53 de Isaías; e começando por ele Filipe lhe mostrou quem era Jesus.

Ao crer, batizou-se. Por meio do batismo e da circuncisão os gentios formavam parte da fé judia. Na época do Novo Testamento se batizavam principalmente os adultos; não é que houvesse algo contra o batismo de crianças, mas nesses momentos se convertiam homens e mulheres de outras crenças e a família cristã apenas teve tempo para desenvolver-se. O batismo para estes cristãos primitivos era, sempre que possível, por imersão e em águas correntes.
Simbolizava três coisas.

  1. Simbolizava a purificação. Assim como o corpo era purificado pela água, também sua alma se inundava na graça de Cristo.
  2. Marcava um momento definido na vida. Conta-se de um missionário que ao batizar os convertidos os fazia entrar em rio por uma margem, batizava-os, e os fazia sair pela outra margem, como se no momento do batismo se traçou em suas vidas uma linha que os enviava a um novo mundo.
  3. O batismo era uma união verdadeira com Cristo. Ao cobrirem as águas sua cabeça, o homem parecia morrer com Cristo, e ao surgir se levantava com Ele, um novo homem para uma vida nova (Rom. 6:1-4).

A tradição nos diz que este eunuco voltou para seu lar e evangelizou a Etiópia. Podemos estar seguros ao menos de que aquele que seguiu seu caminho contente não poderia guardar sua nova alegria para si mesmo.


Dicionário

Enterrar

verbo transitivo direto Inserir na terra; soterrar: enterrar uma planta.
Sepultar um cadáver: enterrar um corpo.
Figurado Participar do enterro de; sepultar: enterrar um amigo.
Figurado Sobreviver a morte de: enterrar maridos.
Figurado Assumir como finalizado; acabar: enterrar uma briga.
Figurado Fazer com que caia em descrédito: enterrou seus sonhos.
Ocultar debaixo da terra; esconder: enterrar um tesouro.
[Esporte] No basquete, inserir a bola na cesta com as mãos.
verbo bitransitivo Inserir num lugar profundo; cravar: enterrar nas profundezas do mar.
verbo pronominal Isolar-se do convívio: enterrou-se num mosteiro.
verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Figurado Perder o crédito, o prestígio, ter mau êxito; afundar-se: enterrou a empresa em dívidas; enterrou-se no vício.
Etimologia (origem da palavra enterrar). In + terra + ar.

Estevão

substantivo masculino Variedade de estêva.
Etimologia (origem da palavra estevão). De estêva.

substantivo masculino Variedade de estêva.
Etimologia (origem da palavra estevão). De estêva.

substantivo masculino Variedade de estêva.
Etimologia (origem da palavra estevão). De estêva.

Estêvão

Coroa. Judeu helenista, que foi o primeiro mártir cristão. Ele é mencionado em primeiro lugar, entre os sete da ‘igreja de Jerusalém’ como homem ‘cheio de fé e do Espírito Santo’, ‘cheio de graça e poder’, que fazia muitos milagres (At 6:5-8). Havendo discussões sobre as doutrinas da fé cristã, foi Estêvão escolhido para responder aos opositores helenistas da jovem igreja (vers.
9) – mas as palavras de sabedoria cristã do notável evangelista produziram a sua prisão. Levado ao Sinédrio, o discurso proferido em sua própria defesa levantou uma terrível hostilidade contra ele. Foi por isso apedrejado, e, já moribundo, invocou ao Senhor e orou pelos seus assassinos (At 7:58-60). A perseguição então iniciada trouxe notáveis resultados para a igreja (At 8:1-4 – 11.19).

(Gr. “riqueza” ou “coroa”). É um dos personagens mais proeminentes do Novo Testamento. O seu discurso é o mais longo do livro de Atos (At 7:2-53). Sua vida e trabalho são destacados em Atos 6:7, embora sua perseguição e morte sejam mencionadas mais tarde em Atos 11:19; tos 22:20.

Estêvão chegou à proeminência nos primeiros dias da Igreja cristã, quando a comunidade se desenvolvia e experimentava os problemas e as dificuldades constantes. Uma das tensões surgidas foi em conseqüência da acusação de que as viúvas de origem grega eram esquecidas na distribuição diária de alimentos (At 6:1). Como resposta a essa crítica, os doze apóstolos reuniram toda a congregação, apresentaram abertamente o problema e propuseram uma solução razoável: “Escolhei, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra” (At 6:3-4). Essa proposta recebeu a aceitação geral de toda a comunidade e foram escolhidos sete homens de reputação irrepreensível para lidar com a situação. Dois dos principais membros deste grupo foram Estêvão e Filipe.

Quando o problema foi contornado, a Igreja em Jerusalém experimentou um crescimento extraordinário: “De sorte que crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava rapidamente o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé” (At 6:7).

Conforme Lucas esclarece, Estêvão estava profundamente envolvido em todo esse crescimento, especialmente na expansão da Igreja de Jerusalém para Antioquia (At 6:1-12:25). Lucas dedica uma considerável atenção ao testemunho de Estêvão (6:8 a 7:60), descrevendo em detalhes sua prisão (6:8-15), sua brilhante “defesa” (7:1-53) e seu martírio (7:54-60).

Estêvão não somente era um homem prático, hábil em lidar com a administração da Igreja e a obra social, mas também interessado na pregação do Evangelho aos outros. Sua mensagem era acompanhada de maravilhosas demonstrações do poder de Deus, que lhe davam condições de operar “prodígios e grandes sinais entre o povo” (At 6:8). Isso dava à sua palavra uma notável credibilidade, mas também suscitava a oposição dos judeus conservadores, preocupados com o novo movimento cristão, e invejosos por causa da evidente popularidade de Estêvão e de seu carisma. A despeito da oposição, seus inimigos não “podiam resistir à sabedoria e ao espírito com que ele falava” (At 6:10). Determinados a atacar e enfraquecer seu trabalho, instigaram uma campanha sub-reptícia, ao fazer graves acusações contra Estêvão e alegar que blasfemava “contra Moisés e contra Deus” (At 6:11). Ao mobilizar as multidões contra ele e usar as alegações de falsas testemunhas, asseguraram que fosse preso, a fim de anular seu radiante testemunho de Cristo e transformá-lo em algo sinistro e hostil à Lei mosaica (6:14). O fato inegável, entretanto, é que Estêvão manteve sua compostura diante do Sinédrio, e seus inimigos reconheceram sua santidade: “...fixando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo” (At 6:15).

O discurso de Estevão diante do Sinédrio é uma memorável recapitulação da história judaica e uma defesa ousada da fé cristã diante de seus acusadores. Foi questionado pelo sumo sacerdote se as acusações feitas contra ele eram verdadeiras ou falsas. Tinham afirmado ruidosamente: “Este homem não cessa de proferir blasfêmias contra este santo lugar e a lei. Pois o ouvimos dizer que esse Jesus de Nazaré há de destruir este lugar, e mudar os costumes que Moisés nos deu” (At 6:13-14). A resposta de Estêvão não representava uma tentativa de se livrar da perseguição ou do sofrimento; pelo contrário, foi uma magnífica confissão de sua fé em Cristo contra o pano de fundo do tratamento dispensado por Deus ao povo da Aliança através da história. O sermão realmente nos oferece uma “teologia bíblica” — um exame do Antigo Testamento à luz do advento de Cristo. Mostra um triste quadro de constantes escorregões por parte do povo de Deus e aponta a rejeição deles ao Messias prometido, como o trágico clímax de uma longa história de apostasia e desobediência (7:2-53).

O discurso tem três partes principais: a primeira refere-se aos patriarcas (At 7:216); a segunda a Moisés (At 7:17-43); e a terceira ao Tabernáculo e ao Templo (7:44-50). Essa revisão histórica é seguida pela repreensão por manterem a mesma atitude com relação ao advento de Cristo (7:51-53), pela resposta furiosa do povo, ao apedrejá-lo (7:54 a 8:
- 1a) e pela dispersão da Igreja de Jerusalém, em conseqüência da perseguição resultante (8:1b-4). Depois de pedir que prestassem atenção ao que tinha a dizer (At 7:1; cf. 22:1), Estêvão fez um relato da história sagrada desde Abraão e falou da maneira como Deus lidou com o grande antepassado do povo da aliança (7:2-8). O Todo-poderoso falara com o patriarca e lhe dera direção para ir à terra da promessa (At 7:3; cf. Gn 12:1-3). Abraão, em obediência à voz divina, saiu de Ur e estabeleceu-se em Harã, onde permaneceu até a morte de seu pai (At 7:4; cf. Gn 11:31-21:1-5; 15:7). Deus fizera promessas maravilhosas a Abraão, apesar de naquela época ainda não ter um filho (At 7:5; cf. Gn 12:7; Gn 13:15; Gn 15:2-18; Gn 16:1; Gn 17:8; etc.). Deus disse a Abraão: “A tua descendência será peregrina em terra alheia, e a sujeitarão à escravidão, e a maltratarão por quatrocentos anos” (At 7:6). o Senhor, contudo, julgaria seus opressores e levá-los-ia em segurança à Terra Prometida, onde eles o adorariam (At 7:7; cf. Gn 15:13-14; Ex 3:12). Era neste contexto de aliança que o ritual da circuncisão precisava ser entendido (At 7:8; cf. Gn 17:10-14); assim, no tempo determinado “Abraão gerou a Isaque, e o circuncidou ao oitavo dia. Isaque gerou a Jacó, e Jacó aos doze patriarcas” (At 7:8; cf. Gn 21:4).

Semelhantemente, a história de José foi contada para lembrar a providência de Deus ao povo e preparar o cenário para a narrativa do poderoso livramento do Êxodo, sob a liderança de Moisés. Tanto um como o outro foram vítimas de inveja e rejeição nas mãos do povo (At 7:9-27, 35; cf. Gn 37:11; Ex 2:14; Ex 3:13-14). A despeito disso, Deus usou Moisés como “príncipe e juiz” de seu povo (At 7:35); de fato, a providência divina foi vista em seu nascimento (7:17-22), em seu tempo no deserto (7:23-29), em seu comissionamento (7:30-34) e no livramento do Egito (7:35-38), apesar da idolatria de Israel desde a época do cativeiro (7:39-43).

A parte final da revisão histórica lida com o contraste entre o Tabernáculo e o Templo (At 7:44-50). Estêvão claramente se opôs a uma visão estática da vida de Israel, em favor de uma visão dinâmica do povo de Deus durante a peregrinação. A repreensão no final foi uma tentativa de fazer com que os judeus encarassem sua dureza de coração e a rebelião que mantinham contra o Espírito Santo (7:51-53). Realmente, era um chamado ao arrependimento e à fé, o qual lamentavelmente caiu em ouvidos surdos. Acusou sua audiência de traidores e assassinos do “Justo” (Jesus Cristo). Numa explosão de fúria, eles o atacaram, arrastaram-no para fora da cidade e o apedrejaram até a morte (7:54,58). Estêvão morreu na presença de Saulo de Tarso, o qual “também... consentia na morte dele” (7:60; 8:1). Posteriormente, Paulo tornou-se cristão (9:1-19; 22:1-21; 26:2-23). A morte de Estêvão provavelmente foi um dos “aguilhões” que o levaram a Cristo (26:14).

Vários aspectos são notados aqui. Primeiro, Estêvão, o “protomártir”, agiu como seu Senhor. Falou a verdade em seu julgamento (At 7:51-53; cf. Jo 18:37), perdoou seus agressores (At 7:60; cf. Lc 23:34), clamou em voz alta (Lc 23:46) e entregou seu espírito (At 7:59; cf. Lc 23:46; Sl 31:5). Esta entrega recebeu uma ênfase cristocêntrica em Atos, a qual é particularmente surpreendente: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito” (At 7:59). Estêvão viveu, sofreu e morreu por Cristo; no momento da morte, olhou para o Senhor para a vindicação final.

Dois outros elementos também são notados. Um é o testemunho de Estêvão. Em seu primeiro livro, Lucas registrara as palavras de Jesus: “Digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos homens também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus” (Lc 12:8s; cf. Mt 10:32s). Estêvão, diante de seu martírio, reivindicou ousadamente essa promessa e pediu a Jesus, o Filho do homem, que o reconhecesse no céu, na presença de Deus, como verdadeiro discípulo. Seu pedido foi concedido e ele exclamou: “Olhai! Eu vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à direita de Deus” (At 7:56). O outro é o fato de que a vida de Estêvão estava claramente sob o total controle do Espírito Santo. Esse papel do Espírito é evidente em sua indicação (At 6:3-5), em seu poderoso testemunho de Cristo (6:9,10), em suas obras poderosas e sinais miraculosos (6:
8) e em seu discurso corajoso diante do Sinédrio (7:2-53).

O heroísmo e a coragem de Estêvão diante dos oponentes e sua atitude amorosa para com os inimigos — tudo isso faz dele um modelo digno de um discípulo fiel, um obreiro efetivo e um nobre mártir. Sua história tem grande relevância hoje, quando, no presente século, são martirizados mais cristãos do que em qualquer outra época da era cristã.

A.A.T.


Estêvão [Coroa] - Um dos sete que foram escolhidos para cuidar do auxílio aos necessitados em Jerusalém (At 6:1-6). Foi pregador e operou milagres. Acusado de BLASFÊMIA, foi condenado à morte pelo SINÉDRIO, tornando-se o primeiro mártir cristão (At 7).

Grande

adjetivo De tamanho maior ou fora do normal: cabeça grande.
Comprido, extenso ou longo: uma corda grande.
Sem medida; excessivo: grandes vantagens.
Numeroso; que possui excesso de pessoas ou coisas: uma grande manifestação; uma grande quantia de dinheiro.
Que transcende certos parâmetros: grande profundeza.
Que obteve fortes consequências: grande briga; grandes discussões.
Forte; em que há intensidade: grande pesar.
Com muita eficiência: a água é um grande medicamento natural.
Importante; em que há importância: uma grande instituição financeira.
Adulto; que não é mais criança: o menino já está grande.
Notável; que é eficiente naquilo que realiza: um grande músico.
Cujos atributos morais e/ou intelectuais estão excesso: grande senhor.
Magnânimo; que exprime um comportamento nobre.
Fundamental; que é primordial: de grande honestidade.
Que caracteriza algo como sendo bom; positivo: uma grande qualidade.
Que é austero; rígido: um grande problema.
Território circundado por outras áreas adjacentes: a Grande Brasília.
substantivo masculino Pessoa que se encontra em idade adulta.
Quem tem muito poder ou influência: os grandes estavam do seu lado.
Etimologia (origem da palavra grande). Do latim grandis.e.

Pranto

[...] é vibração dolorosa, tão angustiosa que comunica ao observador a amargura deprimente, e sabe-se por que e por quem alguém sofre e chora, porque o pensamento do sofredor reflete as imagens que o torturam, focaliza cenas e o drama todo no qual se debate, revela-se seja o observador espiritual de elevada categoria ou de inferior condição na hierarquia da vida invisível. [...]
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• O drama da Bretanha• Pelo Espírito Charles• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 8

[...] O pranto e o ranger de dentes são os remorsos que brotam das consciências dos culpados.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

[...] pranto e ranger de dentes – sabeis que alegoricamente aludem aos sofrimentos e torturas morais, às expiações que, visando exclusivamente a seu aperfeiçoamento moral e a seu progresso, o Espírito tem que sofrer e sofre na erraticidade, de modo apropriado e proporcionado aos crimes e faltas que cometeu.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

O pranto é a água da purificação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O pranto é a preparação do sorriso.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - No correio do coração


pranto s. .M 1. Choro, lágrimas, lamentação. 2. Antiga poesia elegíaca em que se lamenta a morte de pessoa ilustre.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
δέ ἀνήρ εὐλαβής συγκομίζω Στέφανος καί ποιέω μέγας κοπετός ἐπί αὐτός
Atos 8: 2 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

E uns homens religiosos carregaram Estêvão para seu sepultamento, e fizeram grande lamentação sobre ele.
Atos 8: 2 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

31 d.C.
G1161
δέ
e / mas / alem do mais / além disso
(moreover)
Conjunção
G1909
epí
ἐπί
sobre, em cima de, em, perto de, perante
(at [the time])
Preposição
G2126
eulabḗs
εὐλαβής
segurar bem
(devout)
Adjetivo - Masculino no Singular nominativo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2870
kopetós
κοπετός
um homem cujo filho estava ou no exército de Peca ou no exército de Rezim a quem
(Tabeel)
Substantivo
G3173
mégas
μέγας
só, só um, solitário, um
(only)
Adjetivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G4160
poiéō
ποιέω
fazer
(did)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G435
anḗr
ἀνήρ
com referência ao sexo
(husband)
Substantivo - acusativo masculino singular
G4736
Stéphanos
Στέφανος
compra
(or bought)
Substantivo
G4792
synkomízō
συγκομίζω
o lago situado no norte de Canaã junto ao qual Josué derrotou a confederação do norte
(of Merom)
Substantivo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


δέ


(G1161)
(deh)

1161 δε de

partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

  1. mas, além do mais, e, etc.

ἐπί


(G1909)
epí (ep-ee')

1909 επι epi

uma raíz; prep

sobre, em cima de, em, perto de, perante

de posição, sobre, em, perto de, acima, contra

para, acima, sobre, em, através de, contra


εὐλαβής


(G2126)
eulabḗs (yoo-lab-ace')

2126 ευλαβης eulabes

de 2095 e 2983; TDNT - 2:751,275; adj

  1. segurar bem
    1. firme e cuidadosamente
    2. cautelosamente

      que reverencia a Deus, piedoso, religioso

Sinônimos ver verbete 5895


καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

κοπετός


(G2870)
kopetós (kop-et-os')

2870 κοπετος kopetos

de 2875; TDNT - 3:830,453; n m

  1. lamentação com o bater no peito como um sinal de profunda tristeza

μέγας


(G3173)
mégas (meg'-as)

3173 μεγας megas

[incluindo as formas prolongadas, feminino megale, plural megaloi, etc., cf também 3176, 3187]; TDNT - 4:529,573; adj

  1. grande
    1. da forma externa ou aparência sensível das coisas (ou de pessoas)
      1. em particular, de espaço e suas dimensões, com referência a
        1. massa e peso: grande
        2. limite e extensão: largo, espaçoso
        3. medida e altura: longo
        4. estatura e idade: grande, velho
    2. de número e quantidade: numeroso, grande, abundante
    3. de idade: o mais velho
    4. usado para intensidade e seus graus: com grande esforço, da afeições e emoções da mente, de eventos naturais que afetam poderosamente os sentidos: violento, poderoso, forte
  2. atribuído de grau, que pertence a
    1. pessoas, eminentes pela habilidade, virtude, autoridade, poder
    2. coisas altamente estimadas por sua importância: de grande momento, de grande peso, importância
    3. algo para ser altamente estimado por sua excelência: excelente
  3. esplêndido, preparado numa grande escala, digno
  4. grandes coisas
    1. das bênçãos preeminentes de Deus
    2. de coisas que excedem os limites de um ser criado, coisas arrogantes (presunçosas) cheio de arrogância, depreciador da majestade de Deus


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ποιέω


(G4160)
poiéō (poy-eh'-o)

4160 ποιεω poieo

aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

  1. fazer
    1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
    2. ser os autores de, a causa
    3. tornar pronto, preparar
    4. produzir, dar, brotar
    5. adquirir, prover algo para si mesmo
    6. fazer algo a partir de alguma coisa
    7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
      1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
      2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
    8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
    9. levar alguém a fazer algo
      1. fazer alguém
    10. ser o autor de algo (causar, realizar)
  2. fazer
    1. agir corretamente, fazer bem
      1. efetuar, executar
    2. fazer algo a alguém
      1. fazer a alguém
    3. com designação de tempo: passar, gastar
    4. celebrar, observar
      1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
    5. cumprir: um promessa

Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


ἀνήρ


(G435)
anḗr (an'-ayr)

435 ανερ aner

uma palavra primária cf 444; TDNT - 1:360,59; n m

  1. com referência ao sexo
    1. homem
    2. marido
    3. noivo ou futuro marido
  2. com referência a idade, para distinguir um homem de um garoto
  3. qualquer homem
  4. usado genericamente para um grupo tanto de homens como de mulheres

Στέφανος


(G4736)
Stéphanos (stef'-an-os)

4736 στεφανος Stephanos

o mesmo que 4735; n pr m Estevão = “coroado”

  1. um dos setes diáconos em Jerusalém e o primeiro mártir cristão

συγκομίζω


(G4792)
synkomízō (soong-kom-id'-zo)

4792 συγκομιζω sugkomizo

de 4862 e 2865; v

  1. carregar ou levar junto com, recolher
    1. recolher a produção, juntar em celeiros

      carregar em conjunto com outros, ajudar a carregar o morto para ser enterrado ou queimado

    2. sepultar

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo