Enciclopédia de I Samuel 20:24-24
Índice
- Perícope
- Referências Cruzadas
- Mapas Históricos
- Apêndices
- Livros
- Comentários Bíblicos
- Dicionário
- Strongs
Perícope
1sm 20: 24
Versão | Versículo |
---|---|
ARA | Escondeu-se, pois, Davi no campo; e, sendo a Festa da Lua Nova, pôs-se o rei à mesa para comer. |
ARC | Escondeu-se pois Davi no campo: e, sendo a lua nova, assentou-se o rei para comer pão. |
TB | Escondeu-se Davi no campo; e, chegada que foi a lua nova, pôs-se o rei à mesa para comer. |
HSB | וַיִּסָּתֵ֥ר דָּוִ֖ד בַּשָּׂדֶ֑ה וַיְהִ֣י הַחֹ֔דֶשׁ וַיֵּ֧שֶׁב הַמֶּ֛לֶךְ [על־] (אֶל־) הַלֶּ֖חֶם לֶאֱכֽוֹל׃ |
BKJ | Assim, Davi se escondeu no campo; e, quando a lua nova chegou, o rei se assentou para comer carne. |
LTT | |
BJ2 | Davi, pois, se escondeu no campo. Chegou a lua nova e o rei se assentou à mesa para comer. |
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Samuel 20:24
Referências Cruzadas
Salmos 50:16 | Mas ao ímpio diz Deus: Que tens tu que recitar os meus estatutos e que tomar o meu concerto na tua boca, |
Provérbios 4:17 | Porque comem o pão da impiedade e bebem o vinho das violências. |
Provérbios 15:17 | Melhor é a comida de hortaliça onde há amor do que o boi gordo e, com ele, o ódio. |
Provérbios 17:1 | Melhor é um bocado seco e com ele a tranquilidade do que a casa cheia de vítimas, com contenda. |
Provérbios 21:3 | Fazer justiça e julgar com retidão é mais aceitável ao Senhor do que oferecer-lhe sacrifício. |
Provérbios 21:27 | O sacrifício dos ímpios é abominação; quanto mais oferecendo-o com intenção maligna! |
Isaías 1:11 | De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o Senhor? Já estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais nédios; e não folgo com o sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes. |
Zacarias 7:6 | Ou, quando comestes e quando bebestes, não foi para vós mesmos que comestes e bebestes? |
João 18:28 | Depois, levaram Jesus da casa de Caifás para a audiência. E era pela manhã cedo. E não entraram na audiência, para não se contaminarem e poderem comer a Páscoa. |
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mapas Históricos
AS CONQUISTAS DE DAVI
Davi ficou arrasado com a notícia da morte do rei Saul e de seu filho Jônatas no monte Gilboa. Quando um amalequita he contou como havia ajudado o rei Saul a cometer suicídio, Davi ordenou. sua execução. Desse modo, deixou claro que não sentiu nenhuma satisfação com a morte de Saul e que considerou o amalequita responsável pelo assassinato do ungido do Senhor. Em seguida, Davi se dirigiu a Hebrom, onde foi ungido rei de Judá. Ele tinha trinta anos de idade. Em Hebrom, Davi reinou sobre Judá por sete anos e meio.
ISBOSETE É COROADO REI DE ISRAEL
Ao invés de reconhecer Davi, Abner, o comandante do exército de Saul, colocou o único filho sobrevivente de Saul no trono de Israel. (Israel, neste caso, é o território ocupado pelas tribos do norte e por Benjamim. Porém, tendo em vista a vitória dos filisteus, é difícil dizer ao certo quanto desse território estava sob controle israelita.) Em II Samuel, esse filho de Saul é chamado de Isbosete, que significa "homem de vergonha", um nome nada apropriado para um rei. Em 1Crônicas 8.33 aparece seu nome verdadeiro, Esbaal, "homem de Baal", que foi alterado pelos escribas de Samuel. Diz-se que o reinado de Isbosete durou dois anos, durante os quais houve conflitos entre os seus homens e os de Davi. Quando Abner desertou para o lado de Davi, o poder de Isbosete se enfraqueceu e o rei de Israel foi assassinado por dois dos seus oficiais. Mais uma vez, desejoso de se eximir de qualquer cumplicidade, Davi mandou executar os assassinos. As tribos do norte foram a Hebrom e ali ungiram Davi como rei sobre todo o Israel.
DAVI TRATA DA AMEAÇA FILISTÉIA
A existência dos governos rivais de Isbosete e Davi era conveniente aos interesses dos filisteus, ao passo que o poder centralizado em Davi representava uma ameaça mais séria. Assim, um exército filisteu se reuniu no vale de Refaim, perto de Jerusalém, que era ainda um encrave jebuseu e, portanto, sob controle dos cananeus. objetivo era isolar Davi de seus novos aliados do norte em seu ponto mais vulnerável. Davi derrotou os filisteus nesse local não apenas uma, mas duas vezes. Depois da segunda vitória, feriu os filisteus desde Gibeão até Gezer, pondo fim ao seu domínio sobre Israel.
DAVI CONQUISTA JERUSALÉM
O encrave jebuseu chamado posteriormente Jerusalém dividia o território de Davi em duas partes: Israel, ao norte, e Judá, ao sul. Cercada por vales profundos de três lados e provida de boas fontes de água, a cidade contava com um grande potencial defensivo, daí não ter sido conquistada pelos israelitas até então. Tendo em vista sua localização central, também seria uma excelente capital para Davi, aceitável tanto para Israel quanto para Judá.
Davi tomou Jerusalém usando seu exército pessoal, mas o relato bíblico não fornece detalhes.
A referência a um canal subterrâneo sugere que Davi conhecia um túnel secreto, talvez aquele que liga a fonte de Giom, do lado de fora das muralhas, ao interior da cidade.' Davi se mudou para Jerusalém e, como o nome "Cidade de Davi" deixa claro, a cidade passou a ser considerada sua propriedade pessoal.
A ARCA DA ALIANÇA CHEGA EM JERUSALÉM
Depois de capturarem a arca da aliança, os filisteus a haviam levado para as cidades filistéias de Asdode, Gate e Ecrom. Quando a população de Asdode foi afligida com tumores, a arca foi enviada a Bete-Semes, em território israelita, num carro puxado por duas vacas e sem nenhum condutor. De lá, foi transportada para Quiriate- Jcarim. Davi decidiu levar a arca para Jerusalém. Na primeira tentativa, Uzá foi morto quando estendeu a mão para segurar a arca. A segunda tentativa foi bem sucedida e cercada de festividades ao som de harpas, liras, adutes, sistros e cimbalos; Davi dançou com todas as suas forças. Uma tenda foi levantada para receber a arca e foram nomeados sacerdotes para realizar os sacrifícios exigidos pela lei. Assim, Jerusalém se tornou não apenas a capital política do reino de Davi, mas também o seu centro religioso, apesar do Senhor ter revelado por meio do profeta Natâ que não caberia a Davi, mas sim a um de seus filhos, construir um templo permanente para abrigar a arca.
AS GUERRAS DE DAVI
Davi realizou uma série de campanhas militares agressivas contra as nações vizinhas. É difícil determinar a seqüência cronológica exata de suas batalhas, mas, no final, Davi assumiu o controle de um império de tamanho considerável. Quando os amonitas humilharam os embaixadores israelitas raspando metade da barba e rasgando metade da roupa de cada um, Joabe, o comandante do exército de Davi, cercou Rabá (atual Ama), a capital de Amom. Os amonitas contrataram mercenários dos estados arameus de Bete-Reobe, Zobá e Tobe, ao norte. loabe expulsou os arameus, mas eles se reagruparam e voltaram com um novo exército. Davi deslocou suas tropas para Helà (talvez a atual Alma, no sul da Síria) e derrotou os arameus, matando seu comandante, Sobaque. Enquanto Joabe deu continuidade ao cerco a Rabá, Davi voltou a Jerusalém e, por essa época, cometeu adultério com Bate-Seba e ordenou que seu marido, o heteu Urias, fosse morto. Além de ter seu nome denegrido por esses atos, Davi recebeu uma repreensão severa do profeta Natâ. Por fim, Rabá foi tomada, o povo da cidade foi sujeitado a trabalhos forçados e a coroa amonita repleta de jóias, pesando cerca de 34 kg, foi colocada, provavelmente apenas por alguns instantes, sobre a cabeça de Davi. Davi derrotou os moabitas, poupando um terço deles e matando os outros dois terços. Davi talvez, mais precisamente, Joabe e Abisai matou dezoito mil edomitas no vale do Sal, na Arabâ, ao sul do mar Morto e colocou guarnições em todo Edom. Em seguida, o rei de Israel voltou sua atenção para Hadadezer, monarca do reino arameu de Zobá, e tomou dele mil carros. Considerando-se que Davi jarretou ou aleijou todos os cavalos que puxavam os carros, poupando apenas cem animais, ele parecia não considerar os carros importantes para os seus próprios exércitos. Os israelitas ainda travavam a maior parte de suas batalhas à pé. Quando os arameus de Damasco socorreram Hadadezer de Zobá, Davi os derrotou e colocou guarnições em Damasco. O reino de Davi se estendeu do ribeiro do Egito (Wadi el- Arish) até perto do rio Eufrates.
ISRAEL ACUMULA RIQUEZAS
Davi tomou como espólio de Hadadezer escudos de ouro e uma grande quantidade de bronze. Toí, o rei arameu de Hamate, certamente ficou satisfeito com a derrota de Zobá e, ansioso para firmar uma relação amigável com Davi, enviou seu filho Jorão a fim de parabenizá-lo e presenteá-lo com ouro, prata e bronze. Talmai, o rei arameu de Gesur, deu a mão de sua filha Maaca em casamento a Davi. Hirão, o rei da cidade costeira fenícia de Tiro, também Tiro, considerou importante manter relações amigáveis com Davi e, além de toras de cedro, enviou carpinteiros e canteiros, que construíram um palácio para Davi em Jerusalém.
As conquistas de Davi
Depois de subir ao trono, Davi realizou varias campanhas de conquista de território estrangeiro e levou a arca da aliança para Jerusalém, a nova capital do seu reino.
![As conquistas de Davi As conquistas de Davi](/uploads/appendix/1665757922-1a.png)
![Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C. Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.](/uploads/appendix/1665757922-2a.png)
Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.
Apêndices
Reino de Davi e de Salomão
Informações no mapa
Tifsa
Rio Eufrates
HAMATE
SÍRIA (ARÃ)
Hamate
Rio Orontes
Ribla
Zedade
ZOBÁ, ARÃ-ZOBÁ
Tadmor (Palmira)
Zifrom
Hazar-Enã
Lebo- Hamate
Gebal
Cobre
Berotai
Deserto da Síria
Sídon
SIDÔNIOS (FENÍCIA)
Cadeia do Líbano
BETE-REOBE
Cadeia do Antilíbano
Damasco
Mte. Hermom
Tiro
Abel
Dã
MAACÁ, ARÃ-MAACÁ
Basã
Terra de Cabul?
Hazor
Argobe
GESUR
Dor
Vale de Jezreel
En-Dor
Helão
Megido
Mte. Gilboa
Lo-Debar
Rogelim
Bete-Seã
Jabes-Gileade?
Salcá
Tobe
Sucote
Maanaim
Jope
Silo
Gileade
Ramá
Zereda
Rabá
Gezer
Gilgal
AMOM
Ecrom
Jerusalém
Hesbom
Gate
Belém
Medeba
FILÍSTIA
Gaza
Hebrom
En-Gedi
Aroer
Ziclague
Jatir
Betel
MOABE
Berseba
Ramote
Mispa
Aroer
Vale do Sal?
Torrente do Egito
Neguebe
Tamar
Cobre
Punom
EDOM
Deserto de Parã
Deserto da Arábia
Eziom-Geber
Elote, Elate
Bete-Horom Baixa
Bete-Horom Alta
Gezer
Gibeão
Geba
Quiriate-Jearim
Gibeá
Anatote
Baurim
Nobe
Baal-Perazim
Ecrom
Bete-Semes
Jerusalém
Fonte de Giom
Poço de En-Rogel
Gate
Vale de Elá
Azeca
Socó
Belém
Adulão
Queila
Gilo
Tecoa
Deserto de Judá
Cisterna de Sirá
Hebrom
Jesimom
Zife
Horesa
Estemoa
Carmelo
Maom
Informações no mapa
Reino de Davi
Reino de Salomão
Importações
Exportações
Para os hititas e a Síria: cavalos, carros de guerra
De Társis: ouro, prata, marfim, macacos, pavões
De Tiro: cedro, junípero, ouro
Para Tiro: cevada, trigo, vinho, azeite
Do Egito: cavalos, carros de guerra
De Ofir: ouro, pedras preciosas, madeira
Da Arábia: ouro, prata
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Livros
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Comentários Bíblicos
Beacon
- A Separação de Jônatas (1Sm
20: )1-42
O capítulo 20 é uma das mais tocantes narrativas de amizade e lealdade pessoal de toda a literatura, e representa uma grande parte da base para o caráter proverbial da amizade entre "Jônatas e Davi". A perseguição de Saul até Ramá, e inclusive na presen-ça de Samuel, alarmou o filho de Jessé, e ele procurou outro encontro com Jônatas, que se comprometeu novamente servir de mediador, embora Davi compreensivelmente esti-vesse cauteloso. Apenas há um passo entre mim e a morte (3) é uma afirmativa autêntica para todos nós, embora a incerteza da vida não seja sempre tão óbvia. Assim se fez uma prova final dos verdadeiros sentimentos de Saul. No dia seguinte haveria lua nova (5) — a ocasião para uma festa religiosa mensal descrita em Números
Combinou-se que Jônatas observaria a reação de Saul quando ele percebesse a au-sência de Davi. Se não ficasse satisfeito com a explicação — de que ele teria se ausentado para fazer um sacrifício anual com a sua família — isto seria interpretado como o sinal de um objetivo fixo de destruir o jovem (5-7). Não é impossível que Davi realmente preten-desse ir a Belém, embora, na verdade, ele não pareça ter ido (cf. 24). Fizeste a teu servo entrar contigo em aliança do Senhor (8; cf. 18:1-3) indica que Jônatas tinha tomado a iniciativa no acordo solene entre os dois jovens. O filho do rei ainda não conse-guia acreditar que o seu pai realmente desejasse fazer mal a Davi (9). Te responder asperamente (10) — em hebraico, "severamente, cruelmente, ferozmente".
Ap procurar a privacidade de um campo aberto, Jônatas expressou na linguagem mais solene e na forma de um juramento feito na presença de Deus a sua promessa de que certamente levaria ao conhecimento de Davi o que pudesse descobrir sobre as inten-ções de Saul (11-13). Sondando (12) — literalmente "penetrando, examinando, desco-brindo, investigando". Jônatas só pediu ao amigo que, quando ele ascendesse ao trono, mostrasse bondade para com ele e sua família (14,15). Este filho do rei morreria antes que Davi tivesse a oportunidade de recompensá-lo, mas esta promessa não foi esquecida (2 Sm 9). Sob estas emocionantes circunstâncias, a aliança foi renovada (16,17). O Se-nhor o requeira da mão dos inimigos de Davi (16), ou "que o Senhor se vingue dos inimigos de Davi". Lua nova (18), cf. 5, comentário.
Foram feitos os planos para notificar a Davi da reação de Saul à sua ausência. Dentro de três dias ambos iriam àquele lugar onde te escondeste no dia do negócio (19), muito provavelmente o campo mencionado em 1Sm
- cf. 5, comentário) era uma festa religiosa, e as regras para a limpeza cerimonial (cf. Lv
13: ) prevaleciam. Jônatas se levantou, e assentou-se Abner ao lado de Saul (25) — a Septuaginta diz "Jônatas se sentou em frente a Saul, e Abner ao lado de Saul". Josefo interpretou que Jônatas se sentou à direita de Saul e Abner do outro lado. No segundo dia, entretanto, Saul perguntou a Jônatas sobre o desaparecido Davi. Jônatas respondeu como planejado, e acrescentou somente que Davi tinha pedido permissão para ir à realização do sacrifício de sua própria família devido à insistência de um irmão mais velho (27-29).14
A reação de Saul não deixou dúvidas na mente de Jônatas quanto às verdadeiras intenções de seu pai. Dominado pela ira, o rei denunciou o seu filho como o filho da perversa em rebeldia (30). A palavra mulher não consta no texto hebraico, que lite-ralmente diz: "perverso filho da rebelião", ou um homem de natureza perversa e incorri-gível — assim parecia a Saul. Não sei eu? (30) indica que Saul estava a par da amizade entre Jônatas e Davi, algo que o rei acreditava que destituiria seu filho da sucessão do trono (31). Para vergonha tua e para vergonha da nudez de tua mãe (30), isto é, "para a sua vergonha, e para a desonra da sua mãe". Erdmann traduz: "que terá vergo-nha de ter dado à luz a você" 7.
O juramento do rei: É digno de morte (31) suscitou o protesto de Jônatas. Que tem feito? (32). A resposta de Saul foi atirar uma lança com ódio em direção ao seu próprio filho, que agora tinha a prova em primeira mão da determinação do rei de elimi-nar Davi (33).
Encolerizado (34), Jônatas deixou a mesa sem participar do banquete — não por causa da ameaça à sua própria vida, mas porque se magoava por causa de Davi, pois seu pai o tinha maltratado — "o comportamento vergonhoso de seu pai com relação a Davi" (Berk.), ou "porque seu pai o havia insultado" (Moffatt), isto é, a Davi.
Na manhã seguinte, no horário combinado, Jônatas levou consigo um rapaz e foi para o campo onde Davi esperava. Ele enviou o sinal combinado de que seu amigo deve-ria fugir; então, ciente que o filho de Jessé observava tudo, entregou o arco e as flechas ao rapaz e enviou-o de volta à cidade sem que ele soubesse o que acontecia (35-40). Armas (40), equipamentos. Davi então saiu do esconderijo e os dois amigos se viram, e pensa-ram que esta seria a última vez que se encontrariam (cf. 1Sm
Uma vez mais Jônatas disse ao seu amigo: vai-te em paz (42), a fim de lembrá-lo da aliança entre os dois. E Jônatas entrou na cidade, "para cumprir os deveres filiais tão difíceis, e servir ao interesse da sua nação na terrível crise precipitada por seu pai"
Genebra
20:1
casa dos profetas. Ver nota em 19.18.
* 20:2
Tal não suceda. Parece que Jônatas desconhece os atentados mais recentes contra a vida de Davi (19.9-24) e toma por certo que o juramento feito em 19.6 ainda está sendo cumprido.
* 20:5
a Festa da Lua Nova. Essa festa era uma ocasião de regozijo no início de cada mês. Era marcada pelo ressoar das trombetas (Nm
* 20:6
dirás. Jônatas faz uso da desculpa de Davi, nos vs. 28, 29. Ao avaliarmos a ética de semelhantes ações, podemos fazer uma comparação com as instruções que o Senhor deu a Samuel em 16.2 (nota), embora naquele contexto a desculpa era uma meia-verdade, e não uma inverdade total, conforme parece ter sido o caso aqui.
Belém. Ver nota em 16.1.
sacrifício anual. Ver nota em 1.3; conforme 1.21.
* 20:7
teu servo. Trata-se de uma expressão de humildade e deferência (1.11, 16; 3.10; 17.32; 22.15; 23.10; 25.24).
* 20:8
aliança. Ver 18.3, 4 e notas. Promessas mútuas de amizade e de lealdade são reiteradas nos vs. 13
* 20.13 seja o SENHOR contigo, como tem sido com meu pai. Essa única referência ao Senhor estando "com Saul" deve ser entendida como referindo-se à monarquia. Reconhecendo que Davi agora é o rei escolhido por Deus (18.4, nota; 23.17 e nota), Jônatas lhe oferece uma lealdade maior e acima da lealdade que deve ao seu próprio pai (v. 16).
*
20:15
Nem tão pouco cortarás... a tua bondade. Para o cumprimento deste pedido, ver 2Sm
* 20:16
os inimigos de Davi. Ver nota no v. 13. Posto que é o próprio Davi que assume o compromisso de manter a aliança com Jônatas, "inimigos" é provavelmente uma referência eufemística a Saul, pai de Jônatas (conforme 25.22; 2Sm
* 20:17
jurar.
Ver nota no v. 8.
* 20:18
Festa da Lua Nova. Ver nota no v. 5.
* 20:19
pedra de Ezel. Fora desse texto, o local é desconhecido. O significado em hebraico pode ser algo como "Pedra da Saída." A pedra era possivelmente um marco conhecido na saída da cidade; quanto a outros marcos desse tipo mencionados em Samuel, ver 19.22; 2Sm
* 20:23
o SENHOR está entre mim e ti. Ver Gn
* 20:24
Festa da Lua Nova. Ver nota no v. 5.
* 20:25
Abner. Era parente de Saul e comandante militar (14.50).
* 20:26
não está limpo. Ver especialmente Lv
* 20.28, 29
Ver nota no v. 6.
* 20:30
Filho de mulher perversa e rebelde. Assim como nas interjeções semelhantes de nossos dias, a ofensa é dirigida contra Jônatas, e não necessariamente contra a mãe deste.
* 20.31 nem tu estarás seguro, nem seguro o teu reino. A despeito das palavras de Samuel em 13.14, Saul ainda se apega à esperança em favor da sua dinastia (conforme 18.8, nota). Contraste com a maneira bem disposta de Jônatas aceitar a vontade do Senhor (v. 13
* 20:33
Saul atirou-lhe com a lança. As reações opostas de Saul e Jônatas diante de Davi tinham começado a criar uma barreira separação entre pai e filho. O atentado de Saul contra a vida de Jônatas está de conformidade com suas tentivas anteriores de matar Davi (18.11; 19.10).
* 20:42
juramos. Ver nota no v. 8.
Matthew Henry
Wesley
2. Para Jonathan (
Wiersbe
- Davi confia em si mesmo (20-21)
Esses capítulos trazem uma imagem não muito bonita, pois neles vemos o homem de fé hesitar e fracassar em sua fé. Davi, em vez de buscar a vontade de Deus, foge em temor e tenta "resolver" seus problemas da sua maneira. Observe as mentiras que ele conta.
- Ele mente para Saul (20)
Em 20:1, a fala de Davi a Jônatas su-gere central idade em si mesmo e im-paciência. Esses dois amigos fariam muito melhor se tivessem orado jun-tos, em vez de incubar seus esque-mas. Jônatas mentiu para o pai a res-peito do paradeiro de Davi (vv. 6,28), mas teve de esperar alguns dias para ver como o assunto terminaria. Nes-se meio tempo, ele e Davi fizeram uma aliança, e, de acordo com ela, Davi protegeria a família de Jônatas quando se tornasse rei, promessa que Davi cumpriu (2 Sm 9). Saul não acreditou na história de Jônatas (vv. 24-33), e sua reação de seu pai qua-se lhe custou a vida! Quando Deus abandona uma pessoa, e o demônio assume o controle, não há fim para a maldade que resulta disso. Jônatas deixou a mesa e, na manhã seguinte, encontrou-se com Davi. Eles chora-ram juntos e se despediram.
Russell Shedd
20.6 Sacrifício anual. Indica que esta "lua nova”, poderia ser a Festa das Trombetas, quando se iniciava o ano civil judaico (Lv
20.14 Usarás para comigo da bondade... Jônatas compreendeu e reconheceu que Deus havia escolhido Davi como rei.
20.14,15 A sintaxe hebraica deste trecho é obscura, o que é atribuído ao estado emocional de Jônatas, profundamente alterado, quando se expressava. O texto grego (LXX) diz: "Ampara-me enquanto eu viver, trata-me com bondade; e, quando eu morrer (14), não retires a tua bondade da minha casa para sempre; cuidando, quando o Senhor tiver removido todos os inimigos de Davi, da face da terra, de que a família de Jônatas não seja perseguida pela casa de Davi (15)". Davi cumpriu em gesto tocante o pedido de Jônatas (2Sm
3) Na rocha (2Sm
20.25 O lugar de Davi estava desocupado. Eram quatro que se sentavam à mesa do rei Saul, junto à parede, (para não ser surpreendido pelas costas); Abner (general chefe, 14,50) e Davi (chefe da guarda pessoal, 22,14) de cada lado; e Jônatas na sua frente.
20.26 Não está limpo. Pensava Saul que Davi tivesse se contaminado e procedia sua purificação conforme a lei (Lv 15).
20.27 Filho de Jessé. Expressão de mofa e de ódio. Não mencionou o nome de Davi. 20.30 Filho de mulher perversa. Modo de injuriar um desafeto. Em outras palavras: "você também traiu a seu pai?" A frase não se refere à mulher de Saul. Embora uma tradição rabínica fale a respeito dos filhos de Benjamim, como eles foram raptar noivas dentre as filhas de Siló, que estavam dançando em ranchos (Jz
20.33 Saul atirou-lhe com a lança para o ferir... Mostra que Saul estava emocionalmente descontrolado um doente neuropata.
20.41 Levantou-se Davi do lado do sul. O sentido original é obscuro. Algumas versões dão: "saiu Davi do lado sul da pedra Ezel" (19). Prostrou-se rosto em terra três vezes. Gesto de fidelidade e submissão (Ez
NVI F. F. Bruce
Como no capítulo anterior, o autor aqui está interessado na partida de Davi da corte. “Já ressaltamos quão importante parece ter sido para a tradição mostrar que o caminho de Davi ao trono foi legítimo” (Hertzberg, p. 171).
v. 1-11. Davi retornou para descobrir com Jônatas exatamente em que pé estava com Saul e por que a sua vida estava em perigo. Nem pense nisso [...] você não será morto, declarou
Jônatas (v. 2), explicando que o seu pai confiava nele e que assim podia manter Davi informado. Mas Davi pensou que Saul iria esconder os seus planos, sabendo da simpatia que Jônatas tinha por ele. Por isso o seu temor era ainda assim muito real: estou a um passo da morte (v. 3). Imediatamente começaram a fazer planos; no dia seguinte, Davi iria se ausentar com o pretexto de um sacrifício familiar, e Jônatas iria tentar descobrir, com base na atitude do pai, como estavam as coisas. De forma comovente, Davi pediu a Jônatas que fosse totalmente franco e lhe suplicou que, se tivesse de morrer, que fosse nas mãos de Jônatas, e não de Saul. Eles foram ao campo (v. 11), i.e., para um lugar amplo e aberto, a fim de planejar os detalhes.
v. 12-17. Jônatas declarou a sua lealdade a Davi de forma bem eloqüente e lhe pediu que, quando Javé lhe desse a vitória definitiva, jamais deixasse de ser leal com a família dele — mesmo quando o Senhor eliminar da face da terra todos os inimigos de Davi (v. 15). A pedido do seu amigo, Davi confirmou a sua lealdade para com ele.
v. 18-23. Agora se desenrolam os detalhes do plano de Jônatas. No terceiro dia (v. 19), Davi deveria retornar para o seu esconderijo, e Jônatas, acompanhado por um escudeiro, viria e atiraria três flechas. Se essas flechas caíssem mais para cá, tudo estaria bem; se caíssem mais para lá, isso indicaria perigo.
v. 24-34. O cenário é novamente o palácio. Saul percebeu a ausência de Davi, mas esperou um dia antes de perguntar o motivo. Jônatas contou-lhe a história previamente combinada do sacrifício oferecido pela família. Saul explodiu diante dessa resposta e insultou asperamente o filho: “Na sua ira, ele calunia a mãe de Jônatas como o próprio Jônatas” (Mauchline, p. 148). Em seguida, ameaça: Enquanto o filho de Jessé viver, nem você nem seu reino serão estabelecidos (v. 31), e ainda arremessa uma lança contra Jônatas como fizera contra Davi.
v. 35-42. Davi estava no lugar marcado para o encontro; as flechas de Jônatas foram atiradas além do alvo. Depois de dispensarem o escudeiro {menino), eles fazem uma despedida comovente (v. 41). Davi partiu, e Jônatas voltou à cidade (v. 43). “Na figura de Jônatas, o AT encontra um real fidalgo de grande sensibilidade” (Hertzberg, p. 172).
Francis Davidson
6. DAVI VOLTA E CONSULTA JÔNATAS (1Sm
7. O PACTO É RENOVADO ENTRE JÔNATAS E DAVI (1Sm
8. JÔNATAS PROVA AS INTENÇÕES DE SAUL (1Sm
9. JÔNATAS E DAVI SE APARTAM EM EZEL (1Sm
Dicionário
Assentar
verbo transitivo direto Dispor de forma estável sobre; acomodar: assentar os tijolos.Anotar por escrito; registrar: assentar as ideias no papel.
Deixar arrumado; manter arrumado: assentar o cabelo.
verbo intransitivo e pronominal Fazer alguém tomar assento; tomar assento: assentar a criança na cadeira; assentou-se na cama.
Conceder posse legal da terra: o governo assentou centenas de famílias.
verbo bitransitivo Ter como base, fundamento; fundamentar: assenta algo em princípio constitucional.
Determinar, estipular: assentaram as bases do acordo.
verbo transitivo indireto Ser harmônico; combinar, condizer: o verde não assenta bem com o azul.
Ajustar-se adequadamente a; acomodar-se bem: a roupa assenta-lhe bem.
Aplicar golpe, soco; golpear: assentou-lhe uma bofetada na cara.
verbo transitivo indireto e intransitivo Colocar sobre o solo ou sobre qualquer outra superfície: a poeira assentou sobre o terreiro; o pó ainda não assentou.
Etimologia (origem da palavra assentar). Do latim assentare; pelo espanhol asentar.
Basear-se, Firmar-se, Fundar-se, Fundamentar-se.
Campo
substantivo masculino Território ou área plana; planície, prado.Extensão de terra cultivável: campo de trigo, de milho.
Terreno fora das cidades: morar no campo; ir para o campo.
Esportes. Área limitada à prática de esportes: campo de futebol.
Figurado Domínio intelectual ou conjunto do que é próprio a um ofício, profissão, atividade; âmbito, domínio: campo jurídico; campo médico.
Área a partir da qual algo é desenvolvido; o que se pretende discutir; assunto: trazer a campo.
[Física] Região influenciada por um agente físico, por uma força: campo eletromagnético.
[Física] Espaço em que um ímã, um corpo elétrico ou um corpo pesado, está sujeito à determinadas forças: campo de gravitação.
Fotografia e Cinema. Quantidade de espaço cuja imagem se forma no filme.
Etimologia (origem da palavra campo). Do latim campum.
substantivo masculino Território ou área plana; planície, prado.
Extensão de terra cultivável: campo de trigo, de milho.
Terreno fora das cidades: morar no campo; ir para o campo.
Esportes. Área limitada à prática de esportes: campo de futebol.
Figurado Domínio intelectual ou conjunto do que é próprio a um ofício, profissão, atividade; âmbito, domínio: campo jurídico; campo médico.
Área a partir da qual algo é desenvolvido; o que se pretende discutir; assunto: trazer a campo.
[Física] Região influenciada por um agente físico, por uma força: campo eletromagnético.
[Física] Espaço em que um ímã, um corpo elétrico ou um corpo pesado, está sujeito à determinadas forças: campo de gravitação.
Fotografia e Cinema. Quantidade de espaço cuja imagem se forma no filme.
Etimologia (origem da palavra campo). Do latim campum.
Significa esta palavra, na Bíblia, uma terra meramente cultivada – ou limitada extensão de terreno (Gn
O campo [a que Jesus se refere na parábola do Joio] simboliza o mundo, isto é: o [...] planeta e a humanidade terrena [...].
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2
O campo é o celeiro vivo do pão que sustenta a mesa [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19
Campo Terras usadas para plantação ou para pastagem (Jr
Comer
verbo transitivo direto Ingerir algum alimento, levando à boca e engolindo: ele não gosta de comer legumes; adorava comer tortas.Roubar ou apropriar-se do não lhe pertence: os impostos comiam meu salário.
Deixar de ver; ocultar ou omitir: durante a leitura, comia palavras.
Figurado Gastar completamente; consumir: comeu a herança da filha.
Figurado Acreditar muito em: o delegado não comeu sua história.
Figurado Vulgar. Possuir sexualmente outra pessoa.
verbo pronominal Consumir-se por: comia-se de raiva!
verbo intransitivo Alimentar-se habitualmente: não como em restaurantes.
Provar pela primeira vez; experimentar: comer da maçã proibida.
Figurado Carcomer, roer, consumir: a ferrugem come o ferro.
Figurado Eliminar ou ganhar pedras em jogo de tabuleiro.
substantivo masculino Ação de comer; aquilo que se come ou ingere; alimento: o comer não lhe satisfaz.
Etimologia (origem da palavra comer). Do latim comedere.
Davi
Nome Hebraico - Significado: Amado.o segundo e o mais ilustre dos reis de israel. Era filho de Jessé, bisneto de Rute, e nasceu em Belém, sendo o mais novo de uma família de dez. Davi, na sua mocidade, foi pastor, ocupação que nos países orientais era geralmente exercida pelos escravos, pelas mulheres, ou pelos íntimos da família. Apesar de tudo isto foi ungido por Samuel para ser rei de israel. Como era hábil tocador de harpa, foi chamado por Saul com o fim de suavizar a melancolia do infeliz monarca (1 Sm 16). o lugar do recontro de Davi com Golias foi Efes-Damim (1 Sm 17), que fica entre os montes da parte ocidental de Judá – e o ribeiro que corria entre dois exércitos era o Elá, ou ‘o Terebinto’, que hoje tem o nome de Wady Es-Sunt. A fama que Davi adquiriu pelo fato de ter vencido o gigante, se por um lado motivou o seu casamento com Mical, filha do rei, foi, também, causa de ter Saul maliciosos ciúmes do jovem guerreiro. Todavia, o rei nomeou Davi capitão da sua real guarda, posição somente inferior à de Abner, o general do exército, e à de Jônatas, o presuntivo herdeiro do trono. Davi e Jônatas vieram a ser dedicados amigos, mas a louca inveja e os maus intentos do rei arrastaram por fim Davi para o exílio. Ele foi ter primeiramente com o sacerdote Aimeleque, mas depois refugiou-se na corte de Aquis, o filisteu monarca de Gate, e dali pôde livrar-se, fingindo-se louco (1 Sm 19 a 21). Retirando-se de Gate, escondeu-se Davi na caverna de Adulão – e foi depois para uma fortaleza perto de En-Gedi – e mais tarde apareceu no bosque de Herete ao sul de Judá. Aqui se juntou a Davi um grupo de homens dedicados, que de boa vontade compartilhavam os seus perigos. É verdade que pertencer ao partido de Davi era uma situação perigosa, e isso se patenteou no assassinato de Aimeleque e dos sacerdotes que Doegue o idumeu, perpetrou por mandado de Saul (1 Sm 22). os amigos de Davi entraram na fortificada cidade de Queila, e esperava Saul apanhá-los ali de surpresa (1 Sm 23). Em contraste com a furiosa perseguição, movida contra Davi, manifesta-se a cavalheiresca atenção do fugitivo para com ‘o ungido do Senhor’, como se mostrou quando ele poupou a vida de Saul no deserto de En-Gedi (1 Sm 24), e no deserto de Zife (1 Sm 26). Foi para esta nobre disposição que Abigail apelou no caso do insensato Nabal (1 Sm 25). Por algum tempo achou Davi abrigo junto de Aquis, rei de Gate, e então Saul não o procurou mais (1 Sm 27.4). Na ausência de Davi, foi tomada Ziclague e incendiada pelos amalequitas – mas Davi perseguiu os invasores, derrotou-os, e assim pôde livrar do cativeiro muitas pessoas, entre as quais estavam as suas próprias mulheres (1 Sm 30). Depois da desastrosa batalha de Gilboa (1 Sm 31), proferiu Davi aquela tocante lamentação a respeito de Saul e Jônatas (2 Sm 1). Davi veio a ser, então, rei de Judá – foi ungido em Hebrom (2 Sm 2), e reinou ali por mais de sete Prolongada guerra houve entre a casa de Saul e a casa de Davi (2 Sm 3.1). Mas, depois do assassinato de is-Bosete, filho de Saul (2 Sm 4), ato que foi fortemente desaprovado por Davi, tornou-se ele rei de todo o povo de israel (2 Sm 5). Pensou, então, em conquistar uma fortaleza, a única que no centro daquela terra tinha resistido às forças do povo escolhido. Por meio de um repentino assalto foi tomada a cidade de Jebus, sendo daí para o futuro conhecida pelo seu antigo nome Jerusalém, e também pelo nome de Sião (2 Sm 5). Esta cidade foi grandemente fortificada, tornando-se a capital do reino. A arca foi transportada com grande solenidade de Quiriate-Jearim sendo construída uma nova tenda ou tabernáculo para recebê-la (2 Sm 6). A prosperidade continuou a bafejar as armas de Davi – mas no meio de tantos triunfos, quando o seu exército estava cercando Rabá, caiu ele nas profundezas do pecado, planejando a morte de Urias, depois de ter cometido adultério com Bate-Seba (2 Sm 11). Convencido da sua grave falta, arrependeu-se, implorando a misericórdia do Senhor, e foi perdoado – mas a parte restante da sua vida foi amargurada com questões de família. Absalão, seu filho muito amado, revoltou-se contra ele, e por algum tempo Davi teve de exilar-se – mas por fim morreu o ingrato e revoltado israelita, que tanto martirizou seu pai (2 Sm 15 a 18). o insensato procedimento do rei, na numeração do povo, enevoou ainda mais a vida de Davi (2 Sm 24). Finalmente, depois de ter Adonias pretendido o trono, abdicou Davi em favor de Salomão, confiando-lhe, além disso, a tarefa de edificar o templo, para o qual ele tinha reunido muitos materiais. E, depois das recomendações finais ao seu sucessor, descansou com seus pais, ‘e foi sepultado na cidade de Davi’ (1 Rs 1 e 2). A vida de Davi acha-se cheia de incidentes românticos e de contrastes surpreendentes. É, realmente, uma história humana, que manifesta tanto a fraqueza como a força de uma alma de extraordinária capacidade. o ter sido qualificado Davi como homem ‘segundo o coração de Deus’ (1 Sm 13.14 e At
Dados Gerais
Davi é o nome do maior rei de Israel e o ancestral humano do Senhor Jesus. Sua história, suas realizações e seus problemas receberam um tratamento extensivo, de I Samuel 16 a II Reis 1 e em I Crônicas
Antecedentes
Davi era o mais novo dos oito filhos de Jessé, um efrateu de Belém (1Sm
Na juventude, Davi cuidava dos rebanhos da família. Como pastor, aprendeu a cuidar dos animais, bem como a protegê-los dos predadores. Essa experiência o ensinou a depender do Senhor, conforme afirmou para Saul: “O Senhor que me livrou das garras do leão, e das garras do urso, me livrará da mão deste filisteu” (1Sm
Davi era também um bom músico. Quando Saul sofria de depressão e crises de melancolia, seus servos, conhecendo a reputação desse jovem, mandaram chamá-lo (1Sm
Davi eleito por Deus para ser rei
Davi era notável, tanto por seu amor a Deus como por sua aparência física (1Sm
Jessé disse a Samuel que seu filho mais novo, chamado Davi, ainda cuidava dos rebanhos. Depois que foi trazido diante do profeta, ele teve certeza que aquele jovem atendia aos padrões de Deus, pois “o Senhor não vê como vê o homem. O homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1Sm
Davi com Saul
Os caps. 16 a 31 de I Samuel são uma antologia solta de histórias, que, como coletânea, receberam o título de “A história da exaltação de Davi”. O propósito dessas narrativas é defender Davi das acusações de ter agido de maneira subversiva, usurpando o trono da família de Saul, sendo responsável pelas mortes de Saul, Jônatas, Abner e Is-Bosete. Deus operava claramente em todas as circunstâncias da vida de Davi, que o elevaram da posição de pastor de ovelhas a músico no palácio do rei, de lutar contra animais selvagens até suas vitórias sobre os filisteus e de herói nacional a refugiado político.
Primeiro, Davi foi convidado para servir ao rei Saul como músico. Saul sofria de melancolia, porque o Espírito do Senhor o abandonara (1Sm
Segundo, Deus agiu rapidamente, quando os filisteus atacaram 1srael (1Sm 17). O gigante filisteu, chamado Golias, desafiava Saul e todo o Israel várias vezes por dia, por um espaço de 40 dias (1Sm
Terceiro, Davi foi convidado para morar no palácio real (1Sm
Como sempre acontece, quando muitas coisas boas surgem, a fortuna tornou-se em sina. A fama de Davi cresceu rapidamente. Por toda a nação, as mulheres louvavam seu nome e faziam comparações positivas entre o jovem e o rei: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares” (1Sm
O ciúme de Saul deixou-o cego. Foi extremamente desleal, pois voltou atrás em sua promessa de dar a filha mais velha, Merabe, em casamento a Davi (1Sm
Quarto, por meio de sua amizade com o filho do rei, Davi foi avisado com antecedência do profundo ódio de Saul contra ele, bem como de seus planos de matá-lo. Jônatas amava de verdade o filho de Jessé (1Sm
Saul contra Davi
Saul fez tudo para livrar-se de Davi. Expulso da corte, o filho de Jessé buscou refúgio junto a Aquis, rei filisteu de Gate. Temeroso de que a boa vontade do anfitrião mudasse a qualquer momento, foi para Adulão (1Sm 22). Ali, liderou um bando de foras-dalei. Trouxe sua família para a segurança de Moabe e retornou, a fim de enfrentar os perigos de sua vida de eLivros. Qualquer um que tentasse colaborar com Davi era morto por Saul, como aconteceu com os sacerdotes de Nobe (1Sm
Enquanto isso, o apoio a Davi crescia cada vez mais. Bandidos, muitos deles guerreiros habilidosos, reuniram-se a ele. Abiatar, um sacerdote que escapou do massacre em Nobe, e o profeta Gade também se uniram a Davi. Este, por suas muitas façanhas, fazia com que as pessoas ficassem em débito para com ele. Reduziu a ameaça dos filisteus, como fez, por exemplo, em Queila (1Sm 23). Ele e seu homens também tornaram-se defensores dos moradores de Judá que eram constantemente ameaçados por saqueadores estrangeiros e viviam da parte que recebiam das colheitas, rebanhos e do gado que ajudavam a proteger. Nem todos os criadores, porém, estavam dispostos a compartilhar com eles alguma coisa. Nabal, um rico fazendeiro, tinha recebido tal proteção de Davi e seus homens, mas era avarento demais para recompensá-los pelo trabalho (1Sm 25). O filho de Jessé ficou furioso, mas Abigail, esposa de Nabal, foi ao seu encontro com vários presentes. Depois da morte do marido, ela se tornou esposa de Davi (1Sm
Por duas vezes Davi teve oportunidade de vingar-se de Saul, mas, ao invés de matá-lo, poupou sua vida. Sua existência tornou-se tão opressiva que foi obrigado a buscar refúgio com Aquis, rei de Gate. Recebeu a cidade de Ziclague para morar com seus homens, de onde ajudava Saul a reduzir as forças dos filisteus (1Sm 27). Aquis tinha tamanha confiança na lealdade de Davi, que o levou consigo como parte de suas tropas numa batalha em Gilboa, contra os israelitas (1Sm 28). Os filisteus não deveriam ficar apreensivos pelo conflito de interesses; Davi lutaria contra seu próprio povo (1Sm 29). No entanto, ele retornou a Ziclague e descobriu que a cidade fora saqueada e incendiada e a população, levada cativa pelos amalequitas. Enquanto os filisteus esmagavam os israelitas no norte, Davi perseguiu os invasores e colocou um fim em suas hostilidades.
Davi é exaltado ao reino
Saul e Jônatas foram mortos na batalha em Gilboa (2Sm
Não demorou muito para que o povo descobrisse a incompetência de Is-Bosete. Abner, seu comandante militar, junto com outros cidadãos importantes, procurou Davi e abriu negociações com ele, as quais foram interrompidas quando Joabe assassinou Abner, em vingança pela morte de seu irmão. O enfraquecimento do Norte encorajou a morte de Is-Bosete e as tribos voltaram à união sob o reino de Davi (2Sm
Esse reino, agora unificado, primeiro teve Hebrom como seu centro. Mas, desejoso de ter uma localização melhor e reconhecedor do problema estratégico gerado pela proximidade dos cananeus, Davi determinou a conquista de Jerusalém. A cidade nunca pertencera aos israelitas e localizava-se num ponto estratégico, em um cruzamento entre o leste e o oeste, o norte e o sul. Joabe, o comandante militar, liderou uma campanha bem-sucedida contra aquela localidade e a conquistou para o rei.
Davi consolidou seu reino, ao fazer de Jerusalém sua capital administrativa. Era uma cidade neutra, pois não tinha qualquer ligação especial nem com as tribos do Norte nem com as do Sul (2Sm
Jerusalém como centro do reino de Davi
A paz estabelecida em Israel encorajou Davi a persuadir as tribos a reconhecer Jerusalém como centro religioso, ao levar para lá a Arca da Aliança, o símbolo central do relacionamento e da aliança do povo com Deus (2Sm 6). (Veja o verbete Aliança.) Após encontrar descanso em Jerusalém, Davi buscou a aprovação do Senhor para providenciar um centro definitivo ao culto e à adoração em Israel, por meio da construção de um Templo (2Sm 7). Deus modificou a oferta de Davi, pois concedeu a ele uma “casa” (dinastia) e permitiu que seu filho construísse uma “casa” permanente para o Senhor. A promessa de uma dinastia foi incorporada a uma aliança de concessão. A proposta concedia a Davi um lugar perpétuo no reino de Deus, ao colocar sobre ele o privilégio de ser um “filho” de Deus. O Salmo 2 celebra a condição do filho como o que experimenta uma posição privilegiada e recebe autoridade para estabelecer o reino de Deus (veja Sl 72), submeter as nações, quando necessário pela força, e trazer as bênçãos do Senhor sobre todos os fiéis, em todas as partes da Terra. Essas promessas cumprem a aliança que Deus fez com Davi. O Pacto Davídico é uma administração soberana, feita pela graça, segundo a qual o Senhor ungiu Davi e sua casa para estabelecer seu reino e efetivamente trazer um reinado de paz, glória e bênção. Jesus e os apóstolos afirmaram que essas promessas encontram seu foco e recebem sua confirmação em Cristo (o “Messias”). Ele é o “ungido” que recebeu autoridade e poder (Mt
2) do alto sobre toda a criação, inclusive a Igreja (Cl 1).
Encorajado pelas promessas de Deus e feliz pela consolidação do destaque de Israel entre as nações, Davi seguiu adiante. Fortaleceu Jerusalém, desenvolveu uma administração de governo centralizada, expulsou as forças invasoras e foi agressivo no estabelecimento da paz em Israel. Subjugou os filisteus, moabitas, edomitas e amonitas (2Sm
A queda de Davi
A partir deste ponto, a história de Davi é uma mistura de tragédia e providência divina. Ele se tornou um personagem trágico. Elevado pela graça de Deus a uma posição de imenso poder, desejou ardentemente Bate-Seba, com quem teve relações sexuais; ao saber que estava grávida, tentou encobrir seu pecado, ordenou que Urias, o marido dela, fosse morto no campo de batalha e casou-se com ela legalmente (2Sm 11). O profeta Natã proferiu um testemunho profético, condenando a concupiscência e a cobiça de Davi e seu comportamento vil (2Sm 12). O rei confessou seu pecado e recebeu perdão (2Sm
Conseqüentemente, Davi experimentou instabilidade e morte em sua família. Amnom violentou a própria irmã, Tamar, e causou a desgraça dela (2Sm 13); foi assassinado por Absalão, irmão da jovem. Este fugiu para salvar a vida e permaneceu eLivros por dois anos. Davi almejava revê-lo e foi encorajado por Joabe, o qual o enganou, ao forçá-lo a seguiu um conselho que lhe fora dado por uma mulher de Tecoa. Esta, orientada por Joabe, fora ao rei pedindo proteção para o filho que assassinara o irmão. Joabe trouxe Absalão de volta, mas não ao palácio real. Depois de dois anos, o filho do rei voltou ao palácio, conquistou a simpatia do povo e pensou numa maneira de reconquistar o favor do pai (2Sm 14).
Como resultado, Davi experimentou uma guerra civil dentro do país. Absalão tivera tempo para elaborar planos, a fim de perturbar a ordem. Durante quatro anos, preparara-se cuidadosamente para o momento em que o povo o apoiaria, em detrimento de seu velho pai. Absalão foi coroado rei em Hebrom e rapidamente partiu em direção a Jerusalém (2Sm 15). Davi saiu da capital com um grupo de seguidores e deixou vários conselheiros de confiança para trás (Abiatar, Zadoque e Husai). Husai dava conselhos equivocados a Absalão e enviava mensageiros a Davi, a fim de informar todos os movimentos dele (2Sm 17). A guerra trouxe resultados desastrosos para as forças do filho do rei, o qual morreu pendurado em uma árvore pelos cabelos. A vitória foi clara, mas Davi sofreu mais com a perda de Absalão do que sentiu alegria pela vitória.
O rei voltou para Jerusalém com o apoio dos habitantes do Sul do país, os quais anteriormente haviam seguido Absalão. As tribos do Norte sentiram-se traídas pela falta de respeito demonstrada pelos moradores do Sul, pois elas também tinham apoiado o rei e dado a extensão de seu território nas mãos dele; por isso, precisavam ser ouvidas. A tribo de Judá alegou que o rei lhes pertencia e ofendeu os habitantes do Norte com a sua insolente arrogância (2Sm
Conseqüentemente, a união entre as tribos ficou enfraquecida ao extremo. A dissidência rapidamente cresceu e culminou em outra guerra civil, sob a liderança de Seba, filho de Bicri, da tribo de Benjamim. Davi enviou Amasa para recrutar guerreiros de Judá, a fim de sufocar a rebelião. Como este demorou muito a retornar, o rei comissionou Abisai para perseguir Seba. (Joabe perdera o favor do rei e o cargo, por ter matado Absalão, e agora estava sob as ordens de Abisai.) Quando Amasa, que se aliara a Seba, e Joabe se encontraram, este o matou e reassumiu o comando das tropas. Perseguiu a Seba até Abel-Bete-Maaca e sitiou a cidade. Uma mulher sábia salvou a cidade, ao comprometer-se a atirar a cabeça de Seba por cima do muro. Joabe retornou a Jerusalém como general, com o crédito de ter acabado com a rebelião (2Sm
Os últimos dias de Davi
No término de sua vida, Davi tinha realizado o objetivo de solidificar Israel contra os filisteus, ao sudoeste; os edomitas, ao sudeste; os moabitas e amonitas, ao leste; e os arameus, ao norte. Havia estendido seu reino por todas as áreas da terra que fora prometida a Abraão (Gn
Isso desagradou ao Senhor, que enviou uma praga contra o reino. O próprio rei foi o responsável pela morte de muitos inocentes. Por isso, comprou um campo e ofereceu um sacrifício a Deus, que expressava arrependimento por sua presunção. Esse local, a eira de Araúna, no futuro se tornaria o lugar onde Salomão construiria o Templo (2Sm
Davi ordenou que Salomão fosse ungido rei, após ouvir que seu filho Adonias fizera uma tentativa de usurpar o trono (1Rs
Conclusão
Davi era humano, mas permaneceu fiel ao Senhor durante toda sua vida. Embora tenha pecado tragicamente contra Deus e o próximo, era um homem humilde. A sua força estava no Senhor, desde o princípio até o fim de seus dias. Os salmos atribuídos a ele falam desta verdade. Tal afirmação sobre sua confiança em Deus é também encontrada no final de II Samuel: “O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador. Meu Deus é a minha rocha, em quem me refugio; o meu escudo, e força da minha salvação. Ele é o meu alto retiro, meu refúgio e meu Salvador — dos homens violentos me salvaste” (2Sm
Os escritores do NT testemunham sobre a conexão entre Davi e Cristo. A genealogia de Jesus recua até o filho de Jessé (Mt
W.A. e V.G.
Davi [Amado] - O segundo rei do reino unido de Israel. Ele reinou de 1010 a 970 a.C. Tomou Jerusalém e a tornou a capital religiosa do reino. Levou a arca para lá (2Sa
6) e organizou os serviços de adoração (1Ch 15—16). Ampliou o reino (2Sm
Davi O segundo rei de Israel (final do séc. XI e início do séc. X a.C.). De sua descendência viria o messias — daí ele ser chamado “Filho de Davi” (Mt
Como outros tantos judeus de sua época, Jesus enfatizou a ascendência davídica do messias, o seu caráter preexistente, baseado em uma leitura peculiar do Salmo 110, que tem paralelos, entre outros, com os essênios de Qumrán (Mt
Esconder
verbo transitivo direto e pronominal Pôr (algo, alguém ou si mesmo) em certo local onde não se consegue encontrar; ocultar-se: escondeu o presente que havia ganhado; escondeu-se no quarto.Não demonstrar; permanecer em segredo: escondia suas reais intenções.
Deixar oculto; fazer com que não se perceba: cantava para esconder sua tristeza.
verbo bitransitivo Evitar que outra pessoa tome conhecimento sobre (algo ou alguém): escondeu o refém (do policial) em sua casa.
Etimologia (origem da palavra esconder). Do latim obscondere.
Lua
Lua Satélite que gira em torno do planeta Terra. Na linguagem do Apocalipse sinótico, fa-Zse referência à perda de sua claridade antes do Dia do Senhor (Mt[...] âncora do equilíbrio terrestre nos movimentos de translação que o globo efetuaria em torno da sede do sistema; o manancial de forças ordenadoras da estabilidade planetária e, sobretudo, o orbe nascente necessitaria da sua luz polarizada, cujo suave magnetismo atuaria decisivamente no drama infinito da criação e da reprodução de todas as espécies, nos variados reinos da Natureza.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1
o luar é muito mais claro nos países orientais do que nos ocidentais, e por isso, de noite, à luz da lua, faz-se uma grande parte das viagens. As palavras do Sl
substantivo feminino Satélite em órbita (ao redor) de um planeta: as luas de Saturno.
Satélite natural do planeta Terra cuja órbita dura cerca de 27 dias, 7 horas e 43 minutos (com maiúsculas): gosto de olhar a Lua.
Por Extensão Face deste satélite que pode ser observada da Terra.
Por Extensão Luz que, durante a noite, irradia desse satélite pela reflexão da luz do Sol.
Por Extensão Imagem ou objeto que possui a aparência da Lua, normalmente em suas fases cheia e crescente.
Por Extensão Período mensal contado seguindo as fases da Lua.
[Informal] Menstruação ou cio dos animais.
[Alquimia] Elemento químico, metálico e valioso; prata.
Parte arqueada localizada na frente de uma sela.
expressão Estar de lua. Apresentar um péssimo humor; estar mal-humorado.
Ser de lua. Possuir uma personalidade inconstante.
Etimologia (origem da palavra lua). Do latim luna.ae.
substantivo feminino Satélite em órbita (ao redor) de um planeta: as luas de Saturno.
Satélite natural do planeta Terra cuja órbita dura cerca de 27 dias, 7 horas e 43 minutos (com maiúsculas): gosto de olhar a Lua.
Por Extensão Face deste satélite que pode ser observada da Terra.
Por Extensão Luz que, durante a noite, irradia desse satélite pela reflexão da luz do Sol.
Por Extensão Imagem ou objeto que possui a aparência da Lua, normalmente em suas fases cheia e crescente.
Por Extensão Período mensal contado seguindo as fases da Lua.
[Informal] Menstruação ou cio dos animais.
[Alquimia] Elemento químico, metálico e valioso; prata.
Parte arqueada localizada na frente de uma sela.
expressão Estar de lua. Apresentar um péssimo humor; estar mal-humorado.
Ser de lua. Possuir uma personalidade inconstante.
Etimologia (origem da palavra lua). Do latim luna.ae.
Nova
substantivo feminino Novidade; notícia ou informação recente.O que ocorreu há pouco tempo: nova licitação.
De pouca idade, tempo, uso: camisa nova.
Sem experiência: funcionária nova no cargo.
Estrela Nova. Designação da estrela cujo brilho se torna maior durante um tempo e depois volta ao brilho inicial.
Etimologia (origem da palavra nova). Feminino de novo.
Nova Notícia; NOVIDADE 1, (Lc
Paô
substantivo masculino [Brasil] Ave, do tamanho de pomba, negra, mas com o peito vermelho.substantivo masculino [Brasil] Ave, do tamanho de pomba, negra, mas com o peito vermelho.
substantivo masculino [Brasil] Ave, do tamanho de pomba, negra, mas com o peito vermelho.
Pão
Em todos os tempos, mesmo nos maisremotos, foi o pão o principal alimento dos hebreus. Trigo e cevada, ou em separado, ou juntamente com outros grãos ou legumes, eram triturados ou pisados no pilão – misturava-se depois a farinha, com água, podendo deitar-se-lhe um pouco de sal, e por fim era cozida. Mais tarde começou a usar-se o fermento e substâncias aromáticas. Para fazer pão, amassava-se a farinha em gamelas, com as mãos ou com os pés, como os árabes ainda hoje fazem (GnEsse pão que, na prece do Pai Nosso, Jesus ensina-nos a pedir ao Criador, não é, pois, apenas o alimento destinado à mantença de nosso corpo físico, mas tudo quanto seja indispensável ao crescimento e perfectibilidade de nossa consciência espiritual, o que vale dizer, à realização do reino dos céus dentro de nós.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - O Pai Nosso
[...] O pão é o alimento do corpo e a prece é o alimento da alma.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 15
O pão do corpo significa amor, trabalho e sacrifício do lavrador. O pão do espírito constitui serviço, esforço e renúncia do missionário do bem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Pão
1) Alimento feito de farinha, água e fermento e assado no forno (Jo
2) Alimento (Gn
Pão Alimento feito com farinha de cevada ou trigo e levedura. Às vezes, sua forma recordava a de uma pedra (Mt
Compartilhar o pão significava a união dos que o comiam e, precisamente por isso, tinha conotações religiosas (Mt
Deus provê seus filhos do necessário pão cotidiano (Mt
Rei
substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
Gramática Feminino: rainha.
Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.
substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
Gramática Feminino: rainha.
Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.
l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl
Rei
1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At
2) Título de Deus (Ml
3) Rei do Egito,
v. FARAÓ.
Reí
(Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Strongs
דָּוִד
(H1732)
הָיָה
(H1961)
uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v
- ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
- (Qal)
- ——
- acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
- vir a acontecer, acontecer
- vir a existir, tornar-se
- erguer-se, aparecer, vir
- tornar-se
- tornar-se
- tornar-se como
- ser instituído, ser estabelecido
- ser, estar
- existir, estar em existência
- ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
- estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
- acompanhar, estar com
- (Nifal)
- ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
- estar pronto, estar concluído, ter ido
חֹדֶשׁ
(H2320)
procedente de 2318; DITAT - 613b; n m
- a lua nova, mês, mensal
- o primeiro dia do mês
- o mês lunar
יָשַׁב
(H3427)
uma raiz primitiva; DITAT - 922; v
- habitar, permanecer, assentar, morar
- (Qal)
- sentar, assentar
- ser estabelecido
- permanecer, ficar
- habitar, ter a residência de alguém
- (Nifal) ser habitado
- (Piel) estabelecer, pôr
- (Hifil)
- levar a sentar
- levar a residir, estabelecer
- fazer habitar
- fazer (cidades) serem habitadas
- casar (dar uma habitação para)
- (Hofal)
- ser habitado
- fazer habitar
אָכַל
(H398)
uma raiz primitiva; DITAT - 85; v
- comer, devorar, queimar, alimentar
- (Qal)
- comer (tendo o ser humano como sujeito)
- comer, devorar (referindo-se aos animais e pássaros)
- devorar, consumir (referindo-se ao fogo)
- devorar, matar (referindo-se à espada)
- devorar, consumir, destruir (tendo coisas inanimadas como sujeito - ex., peste, seca)
- devorar (referindo-se à opressão)
- (Nifal)
- ser comido (por homens)
- ser devorado, consumido (referindo-se ao fogo)
- ser desperdiçado, destruído (referindo-se à carne)
- (Pual)
- fazer comer, alimentar
- levar a devorar
- (Hifil)
- alimentar
- dar de comer
- (Piel)
- consumir
אֵל
(H413)
partícula primitiva; DITAT - 91; prep
- para, em direção a, para a (de movimento)
- para dentro de (já atravessando o limite)
- no meio de
- direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
- contra (movimento ou direção de caráter hostil)
- em adição a, a
- concernente, em relação a, em referência a, por causa de
- de acordo com (regra ou padrão)
- em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
- no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)
מֶלֶךְ
(H4428)
סָתַר
(H5641)
uma raiz primitiva; DITAT - 1551; v
- esconder, ocultar
- (Nifal)
- esconder-se
- ser escondido, ser ocultado
- (Piel) esconder cuidadosamente
- (Pual) ser escondido cuidadosamente, ser ocultado
- (Hifil) ocultar, esconder
- (Hitpael) esconder-se cuidadosamente
עַל
(H5921)
via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep
- sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
- sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
- acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
- acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
- sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
- sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
- por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
- abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
- para (como um dativo) conj
- por causa de, porque, enquanto não, embora
שָׂדֶה
(H7704)
procedente de uma raiz não utilizada significando estender; DITAT - 2236a,2236b; n. m.
- campo, terra
- campo cultivado
- referindo-se ao habitat de animais selvagens
- planície (em oposição à montanha)
- terra (em oposição a mar)