Enciclopédia de Lucas 15:11-11

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lc 15: 11

Versão Versículo
ARA Continuou: Certo homem tinha dois filhos;
ARC E disse: Um certo homem tinha dois filhos;
TB Continuou: Um homem tinha dois filhos.
BGB Εἶπεν δέ· Ἄνθρωπός τις εἶχεν δύο υἱούς.
HD E disse: Certo homem tinha dois filhos.
BKJ E ele disse: Certo homem tinha dois filhos;
LTT  661 Ora, disse Ele (Jesus): "Um certo homem tinha dois filhos;
BJ2 Disse ainda: "Um homem tinha dois filhos.
VULG Ait autem : Homo quidam habuit duos filios :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Lucas 15:11

Mateus 21:23 E, chegando ao templo, acercaram-se dele, estando já ensinando, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, dizendo: Com que autoridade fazes isso? E quem te deu tal autoridade?

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 661

Lc 15:11-32 À luz do contexto local (e de toda a Bíblia), nada afeta o verdadeiro salvo, pertencente à dispensação das assembleias locais, quanto à segurança da salvação: este texto não mostra um salvo (filho) que passou a deixar de ser salvo (é impossível se deixar de ser filho) e depois tornou-se salvo (filho) de novo: comece desde Lc 15:1 e perceberá que as parábolas das 100 ovelhas, e das 10 dracmas, e do filho pródigo, todas elas têm EXATAMENTEXX UM OBJETIVO, QUE É APENAS O DE MOSTRAR AOS MURMURADORES FARISEUS E ESCRIBAS QUE DEUS SE ALEGRA EM SALVAR OS PECADORES QUE ELES TANTO DESPREZAM.



Gematria

Gematria é a numerologia hebraica, uma técnica de interpretação rabínica específica de uma linhagem do judaísmo que a linhagem Mística.

Dois (2)

A natureza dualística existente no cosmo. O positivo e negativo, o bem e o mal, céus e terra, anoite e o dia, ..., Etc. É a pluralidade das criaturas existentes no mundo, isto é, as coisas tangíveis; a matéria.



Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

Ministério de Jesus ao leste do Jordão

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

32 d.C., após a Festividade da Dedicação

Betânia do outro lado do Jordão

Vai ao local onde João batizava; muitos exercem fé em Jesus

     

Jo 10:40-42

Pereia

Ensina em cidades e aldeias, no caminho para Jerusalém

   

Lc 13:22

 

Aconselha a entrar pela porta estreita; lamenta por Jerusalém

   

Lc 13:23-35

 

Provavelmente Pereia

Ensina humildade; ilustrações: lugar mais destacado e convidados que deram desculpas

   

Lc 14:1-24

 

Calcular o custo de ser discípulo

   

Lc 14:25-35

 

Ilustrações: ovelha perdida, moeda perdida, filho pródigo

   

Lc 15:1-32

 

Ilustrações: administrador injusto; rico e Lázaro

   

Lc 16:1-31

 

Ensina sobre não ser causa para tropeço; perdão e fé

   

Lc 17:1-10

 

Betânia

Lázaro morre e é ressuscitado

     

Jo 11:1-46

Jerusalém; Efraim

Conspiração contra Jesus; ele se retira

     

Jo 11:47-54

Samaria; Galileia

Cura dez leprosos; explica como o Reino de Deus virá

   

Lc 17:11-37

 

Samaria ou Galileia

Ilustrações: viúva persistente, fariseu e cobrador de impostos

   

Lc 18:1-14

 

Pereia

Ensina sobre casamento e divórcio

Mt 19:1-12

Mc 10:1-12

   

Abençoa crianças

Mt 19:13-15

Mc 10:13-16

Lc 18:15-17

 

Pergunta do jovem rico; ilustração dos trabalhadores no vinhedo e mesmo salário

Mt 19:16–20:16

Mc 10:17-31

Lc 18:18-30

 

Provavelmente Pereia

Profetiza sua morte pela terceira vez

Mt 20:17-19

Mc 10:32-34

Lc 18:31-34

 

Pedido de posição no Reino para Tiago e João

Mt 20:20-28

Mc 10:35-45

   

Jericó

No caminho, cura dois cegos; visita Zaqueu; ilustração das dez minas

Mt 20:29-34

Mc 10:46-52

Lc 18:35Lc 19:28

 

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Vinícius

lc 15:11
Na Seara do Mestre

Categoria: Livro Espírita
Ref: 3378
Capítulo: 8
Página: 39
Vinícius
Um homem tinha dois filhos. Disse o mais moço a seu pai: 'Dá-me a parte dos bens que me toca'. E ele repartiu os seus bens entre ambos. Poucos dias depois, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para um país longínquo, e lá dissipou todos os bens, vivendo dissolutamente. Depois de haver consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidades. Então foi encostarse a um dos cidadãos daquele país, e este o mandou para os campos guardar porcos; ali desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Caindo em si, porém, disse: 'Quantos jornaleiros de meu pai tem pão com fartura, e eu aqui morrendo à fome! Levantar-me-ei, irei a meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus jornaleiros'. E, levantándose, foi para seu pai. Estando ele ainda longe, seu pai viu-o e teve compaixão dele e, correndo, o abraçou e beijou. Disse-lhe o filho: 'Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho'. O pai, porém, disse aos seus servos: 'Trazei-me depressa a melhor roupa e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés; trazei também o novilho cevado, matai-o, comamos e regozijemo-nos, porque este meu filho era morto e reviveu, estava perdido e se achou'. E começaram a regozijarse. Ora, seu filho mais velho estava no campo; e, quando foi chegando em casa, ouviu a música e a dança; e, chamando um dos criados, perguntou-lhe que era aquilo. Este Ihe respondeu: 'Chegou teu irmão, e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde'. Então ele se indignou, e não queria entrar; e saindo seu pai, procurava conciliá-lo. Mas ele 3 respondeu a seu pai: 'Há tantos anos que te sirvo, sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para eu regozijar com meus amigos; mas quando veio este teu filho, que gastou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado'. Replicou-lhe o pai: 'Filho, tu sempre estás comigo, e tudo que é meu é teu; entretanto, cumpria regozijarmo-nos e alegrarmo-nos, porque este teu irmão era morto e reviveu, estava perdido e se achou.

(LUCAS, 15:11 a 32.)


A parábola acima é, dentre todas as imaginadas pelo Divino Mestre, a mais conhecida e que mais tem sido comentada. Realmente, trata-se de página tocante, que fala à nossa alma e nos sensibiliza o coração. É geralmente debaixo do aspecto sentimental que a parábola, ora em apreço, é vista e esplanada, tendo, mesmo, fornecido elemento a vasta literatura em torno do seu enredo. Mas não é somente sob tal prisma que devemos vê-la. Cumpre aprofundá-la, tirando de sua estrutura as grandes verdades que encerra.


No estudo, embora ligeiro, que vamos fazer desta edificante historieta, começaremos chamando a atenção para o título que lhe deram os tradutores e os exegetas das Escrituras:


"Parábola do filho pródigo". Seria mais acertado, a nosso ver, que a denominassem: Parábola do pródigo e do egoíst a — de vez que o seu entrecho gira, principalmente, em torno de duas personagens que encarnam aquelas duas expressões da imperfeição humana. Apenas três pessoas figuram neste conto evangélico: o pai e os dois filhos. No entanto, só se comenta o procedimento de um dos filhos, o mais moço, o pródigo, e nada se diz sobre o outro filho, o mais velho, o egoísta, o maior pecador. Vamos, pois, trazê-lo à baila, pois é protagonista importante cujo proceder deve ser devidamente estudado.


À simples leitura da parábola, percebemos que aquele pai é Deus. Seus dois filhos representam os homens; nós, os pecadores de todos os matizes. O mais moço, o pródigo, é a personificação daquele que se entrega desvairadamente aos prazeres sensuais, concentrando na gratificação dos sentidos todas as suas aspirações e ideias, consumindo em bastardos apetites as riquezas herdadas do divino progenitor. Empobrecido e arruinado, faminto e roto, espiritual e materialmente, acaba reconhecendo-se o único culpado de tamanha desventura, o único responsável pela crítica situação em que se vê. Arrependido, resolve buscar os penates relegados, voltando para junto do pai bom e amorável. Ali é recebido festivamente e reintegrado no seu lugar de filho e herdeiro de todos os bens e prerrogativas paternas.


A história desse moço desassisado é a da grande maioria dos homens. Verificamos no transcurso dos acontecimentos passados com ele a manifestação das leis naturais que regem o destino das almas na sua caminhada pela senda intérmina da vida, sob o influxo incoercível da evolução. Vemos que o destino é uno. O desfecho de toda odisseia dos pecadores, que passam pela Terra, é o retorno ao lar paterno. Todas as modalidades de pecado se acham contidas entre os extremismos representados pelos dois filhos — o pródigo e o egoísta. Não importa, portanto, qual seja a natureza das erronias cometidas ou dos delitos praticados; o final, o remate de toda a trajetória do Espírito através das suas encarnações e reencarnações, das provas e expiações por que venha a passar, é um só: a confissão da culpa, o arrependimento que daí decorre, e a consequente reabilitação pelo amor e pela dor! Ninguém se perde, não há pecados irremissíveis, não há culpa irreparável. O desígnio divino é um só e único. A porta da redenção jamais 3 se fecha, está sempre aberta para os pródigos e egoístas arrependidos, de todos os tempos.


Eis o que se deduz lógica e racionalmente da contextura desta parábola.


Outro ensinamento de relevância que da mesma ressalta é o que respeita à doutrina da causalidade, propagada pela Terceira Revelação. A redenção do pródigo deu-se mediante a influência dessa lei. Ele criou uma série de causas que determinaram uma série de efeitos análogos. Como as causas eram más, os efeitos foram dolorosos. Suportando-os, como era natural, e não como castigo ou pena imposta por agente estranho, o moço acabou compreendendo a insensatez que praticara, considerando-se, outrossim, o próprio causador dos sofrimentos e da humilhação que suportava. Tomou, então, espontaneamente, e não coagido por terceiros, a resolução de emendar-se; e assim o fez. A obra da salvação, portanto, é consumada pelo esforço individual tendente ao aperfeiçoamento moral. Independe do exterior, processa-se no íntimo das almas. E será só pela reforma voluntária do indivíduo que se alcançará a reforma dos hábitos maus e dos costumes viciosos que caracterizam a sociedade.


Deus é imutável. Seu atributo principal é o Amor;


Amor que é inteligência, vontade e sentimento. Na sua imutabilidade, Ele espera que o homem o procure, que reconheça seus erros, arrependa-se e se regenere. Deus é a chama divina da Vida. Quanto mais nos aproximamos dele, tanto mais nos sentiremos iluminados pela sua luz e fortalecidos pelo seu calor, o que vale dizer, que tanto mais intensificaremos a nossa própria vida! Afastarmo-nos de Deus é embrenharmo-nos nas trevas, é caminharmos para a morte. Por isso, ao celebrar o retorno do pródigo, disse o pai: "Este meu filho era morto e reviveu, tinha-se perdido e agora se achou". Ir para Deus é encontrarmos a nós próprios, descobrindo-nos em nossa vida imortal.


Ainda mais um raio de luz se esparze deste conto: é a relatividade do livre-arbítrio. O Espiritismo esclarece essa controvertida matéria, firmando o preceito de que o livre-arbítrio existe, pois, do contrário, seríamos uns autômatos, joguetes das circunstâncias que nos cercam, não nos cabendo, portanto, responsabilidade alguma pelos nossos atos, bons ou maus. Proscrevendo-se in totum o livre-arbítrio individual, não haveria ação imputável. O homem não passaria de um títere, de um fantoche, movendo-se ao sabor de cordéis estirados por influências mesológicas. Mas, ao considerarmos esse livre-arbítrio, cumpre assinalar a sua relatividade, o que é muito importante. O Espírito, quanto mais atrasado, menor soma de livre-arbítrio, naturalmente, pode desfrutar. À medida que vai progredindo e aperfeiçoando-se moral e intelectualmente — a sua esfera de ação livre dilata-se e amplia-se, até que adquire completa liberdade. Daí o dizer eloquente do sábio Mestre:


"Se permanecerdes nas minhas palavras sereis verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará".


(João, 8:31 e 32.)


A ignorância, em seu sentido verdadeiro, significando não só a falta de cultivo da inteligência, mas também, e principalmente, do sentimento, constitui o cárcere do Espírito. Basta vermos a triste condição do analfabeto. É um emparedado que se debate entre as grades da prisão intelectual. Abre um livro e não pode interpretar os seus símbolos; vê os emplacamentos das ruas, a numeração dos edifícios, as tabuletas, os letreiros, mas não sabe traduzi-los. Tem olhos, porém não vê; tem inteligência e não se acha habilitado a servir-se dela, aplicando-a em seu benefício. É um cego, cujos passos estão restritos a um certo âmbito acanhado e estreito. Alfabetiza-se: eis então que um novo mundo se abre diante dele. Seu círculo de ação se alarga prodigiosamente. Independe já de outrem para realizar seus intentos; já pode orientar-se na solução dos problemas que o interessam. Se prossegue na obra cultural iniciada, aprende outros idiomas, lê em outras línguas, entrando em comunicação com indivíduos de nações e raças diversas, inteirando-se da vida e dos costumes de outros irmãos espalhados pela imensa área do globo terráqueo. A liberdade do Espírito mede-se, pois, pela soma de conhecimento e virtudes adquiridas. Assim como o pássaro não logra levantar voo senão com o concurso de ambas as asas, assim também o Espírito jamais se alcandorará às regiões da liberdade perfeita, senão mediante o concurso dos dois fatores evolutivos — o moral e o intelectual. A falta daquele inutiliza os proventos deste, dando lugar, apenas, a aleijões que se arrastam e se debatem sem conseguirem erguer-se acima do pó e da lama. É o que nos mostra claramente a parábola que é objeto das nossas cogitações, neste momento. O pródigo usou do seu relativo livre-arbítrio. Foi onde era possivel, dentro dos limites tragados pelo seu grau de evolução. Ele não estava só, entregue somente aos devaneios próprios da mocidade inexperiente e ousada. O olhar benevolente e vigilante do pai o acompanhava, aguardando o momento oportuno em que as reações dos seus atos impensados e atrabiliários se fizessem sentir. Deixou, por isso, que o filho procedesse como lhe aprouvesse, sempre, porém, dentro dos limites compatíveis com a sua idade e insipiência.


Aí está, portanto, outro princípio que faz parte do corpo doutrinário espírita, perfeitamente confirmado pelo Evangelho: a relatividade do livre-arbítrio. O homem é uma criança, espiritualmente falando. Não pode fazer o que quer, não pode perder-se irremediavelmente, ainda que em sua ignorância, fraqueza e insânia o quisesse. Deus procede com ele como nós, os pais terrenos, procedemos com os nossos filhos. Em matéria de liberdade, concedemo-la paulatinamente, dosando-a de acordo com o desenvolvimento que vão adquirindo, até se emanciparem. Jamais se viu o pai ou a mãe abandonar os filhos menores, deixando-os entregues aos perigos que lhes poderiam ser fatais. Os filhos são vigiados cautelosamente até que se possam conduzir por si mesmos. O livre-arbítrio, por conseguinte, existe, porém restrito às condições personalíssimas de cada indivíduo. O pródigo foi até à pobreza extrema, até à miséria material e moral; mas não pereceu, não se precipitou no abismo de eterna e irremediável perdição, visto como, de longe, o acompanhava a solicitude paternal daquele que lhe dera o "ser" e lhe traçara o destino. Assim sucede com o homem. Pode chafurdar-se na lama dos vícios, precipitar-se no tremedal do crime, cometer aventuras e insânias de toda espécie; chegará, fatalmente, para ele, aquele dia de cair em si, conforme diz a parábola. Desse despertar de consciência própria resulta o retorno à casa e aos braços amoráveis do Pai celestial.


Recapitulando o exposto, vamos consignar os postulados espíritas abaixo descritos, confirmados, todos positivamente, neste enredo parabólico.


1 — Imutabilidade de Deus — princípio sustentado, não teoricamente apenas, mas de modo positivo, condizente com os fatos e testemunhos da vida humana.


2 — Unidade do destino, isto é, a redenção completa pelo amor e pela dor, abrangendo todos os pecadores.


3 — A lei da causalidade, ou seja, de ação e reação, causas e efeitos, determinando, em dado tempo, o despertar das consciências adormecidas.


4 — A relatividade do livre-arbítrio, o qual não pode ser absoluto, a ponto de ser dado ao homem alterar os desígnios de Deus.


5 — Finalmente, a evolução individual dos seres racionais e conscientes, de cujo número o homem faz parte, processada no recesso íntimo das almas, livre e espontaneamente, como lei natural e irrevogável.


* * *

O pródigo faz jus à nossa simpatia, porque é um pecador confesso. Errou, sofreu as consequências do seu erro, reconheceu-se culpado, implorou e obteve a misericórdia divina. Pela sinceridade do seu gesto e pela humildade da sua atitude, ele atrai a nossa indulgência e, mais do que isso, conquista o nosso coração. E como não há de ser assim, se nós nos vemos nele, como num espelho, refletindo o que somos e indicando-nos o caminho a seguir, o exemplo a imitar?


O delito do pródigo é incontestavelmente menos grave do que o de seu irmão, apesar de ter esbanjado dissolutamente a herança paterna. A sua culpa indica fraqueza, não revela desamor nem maldade. Fez mal, não há dúvida, porém, a si próprio. Não envolveu a ruína de terceiros em suas aventuras, não ocasionou dor física ou moral a seu semelhante, não ofendeu o seu próximo. Foi insensato, leviano, boêmio, perdulário, prejudicando-se, como já dissemos, a si mesmo. E o egoísta, com sua aparente santidade, jactando-se de jamais haver infringido as ordens e os preconceitos paternos? Na sua impiedade, manifesta e ostensiva, esquivando-se indignado a tomar parte no banquete promovido pelo pai em regozijo ao regresso do seu irmão, ele mostra toda a aridez e secura da sua alma. O pródigo, a despeito de todas as insânias que cometeu, não atendeu tão gravemente contra a lei como ele, não feriu os sentimentos paternos de modo tão desalmado e cruel. Esta personagem é a encarnação viva do egoísmo, pretendendo, como pretendeu, monopolizar a herança e o convívio paterno. Que importa que ele não houvesse dilapidado o seu pecúlio, uma vez que se revelou mesquinho e desamorável, estomagando-se com o retorno de seu irmão e com a maneira afetuosa com que o pai o recebera? Que outra prova maior de impiedade podia ter demonstrado? Onde a sua decantada santidade, onde o seu presumido puritanismo? Estará, acaso, nas virtudes negativas que tão enfaticamente proclamara? Não é com virtudes negativas que se cumpre a lei e se conquistam os tabernáculos eternos. O homem pode cultivá-las, sendo, contudo, infrator do código divino, como no caso presente. Virtude negativa quer dizer abstenção do mal. Mas o homem pode abster-se do mal somente visando ao proveito próprio, ao seu bem-estar, ao conceito e à fama. Que prova semelhante atitude senão requintado egoísmo? Não procede mal para não comprometer-se, para zelar da sua integridade imoral.


Sim, empregamos o prefixo propositalmente, da sua integridade imoral, porque, em realidade, tal indivíduo não passa dum "bom aparente", dum santo de fancaria, uma vez que é incapaz de atos altruístas e generosos em prol dos seus semelhantes. Não arrisca um fio de cabelo na defesa dum inocente ou duma causa justa; não dedica um momento de seu tempo em favor de quem quer que seja.


Ainda mais: entristece-se com a felicidade alheia, revoltase com a alegria do próximo. Refestelando-se no céu, conforma-se com a perdição eterna de seu irmão! Tal o grande pecador, tal a imagem do fariseu que, orando no templo, assim se pronunciava: Graças te dou, meu Deus, porque não sou como aquele publicano. Não sou ladrão, pago o dízimo e jejuo regularmente. O publicano, porém, orava deste modo: Meu Deus, tem piedade de mim, miserável pecador. Em verdade — ensina o Divino Mestre — este voltou para sua casa justificado, e não aquele.


O ensinamento, portanto, mais importante desta alegoria está resumido no seu último tópico, quando o egoísta, extravasando zelos e ciúmes, se queixou ao pai, dizendo;


"Mandaste matar o novilho cevado em sinal de regozijo pelo retorno desse teu filho que dissipou teus bens com as meretrizes, enquanto a mim, que tanto te sirvo, nunca me deste um cabrito para regozijar-me com meus amigos". O pai, então, retruca: "Filho, tu sempre estiveste comigo, e tudo que é meu é teu; entretanto, cumpria regozijarmo-nos, porque este teu irmão era morto e reviveu, estava perdido e agora foi encontrado". A lição áurea está sintetizada num simples possessivo: teu irmão. O adjetivo — teu — é, no caso, tudo quanto há de mais significativo. O egoísta via, no pródigo, apenas o filho dissoluto de seu pai; e este lhe mostrou, naquele, o seu irmão! Que importam seus erros, seus devaneios? Ele é teu irmão!


Apliquemos na vida este preceito. Saibamos ver nos que pecam, nos que cometem qualquer espécie de culpa ou crime, um nosso irmão. Lembremo-nos de que o dia de sua redenção será festivo nos céus. Alegremo-nos com Deus, contribuindo para a obra da redenção humana, expurgando o nosso coração de todo pensamento de exclusivismo, de toda ideia sectarista, dos zelos e dos ciúmes. A casa do Pai celestial é bastante ampla para agasalhar todos os seus filhos. Regozijemo-nos e nos confraternizemos, todos, no alegre banquete do Amor, olhos fixos na sublime legenda: Fora da caridade não há salvação!


lc 15:11
Nas Pegadas do Mestre

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 5
Página: 22
Vinícius

"Dizeis vós que ainda há quatro meses para a ceifa? eu, porém, vos digo: Erguei os vossos olhos e contemplai esses campos, que já estão branquejando próximos da ceifa. E o que ceifa, recebe galardão, e ajunta fruto para a vida eterna, para que assim o que semeia, como o que sega, juntamente se regozijem. Pois nisto é verdadeiro o provérbio, que um é o que semeia e outro o que sega. "


(Evangelho.)


No campo espiritual a época da sementeira é, a seu turno, a época da sega.


Semear e ceifar são tarefas que se realizam simultaneamente. Não há estações exclusivas para semear ou para ceifar. Em todas elas se espalham as sementes, e em todas elas se recolhem as messes. O que semeia num tempo, recolhe as primícias de outros tempos. Na lavoura espiritual a solidariedade é lei inelutável. Não há obreiros cujo mister consista exclusivamente em semear ou em ceifar. O que semeia colhe, e o que colhe semeia. O que sega alegra-se na colheita cuja sementeira foi trabalho de outrem;


por isso ele semeia também, a fim de que outros recolham o fruto dos labores. Trabalho e justiça, justiça e amor.


Os tempos são sempre chegados. A hora vem, e agora é. Só os ociosos aguardam épocas longínquas, que jamais chegam. Os laboriosos não perdem tempo: os campos branquejam para a colheita, as leiras esperam pela sementeira. Não existe pretérito, não existe futuro; existe o presente eterno convidando o Espírito ao trabalho. Todos são capazes, todos são aptos: é bastante querer. O chamado persiste, a seara é incomensurável.


A geração atual goza em todo o sentido uma grande soma de benefícios, de comodidades e direitos que, em seu conjunto, representa o esforço, a luta e o sacrifício de gerações passadas. O presente é a consequência do pretérito, assim como o futuro será a resultante do presente. Em matéria de liberdade, fruímos hoje as conquistas dos mártires de outrora, que pela liberdade se sacrificaram. É certo que ainda perduram os vestígios da tirania e do despotismo de outras eras. Cumpre, portanto, trabalharmos por extingui-los totalmente, preparando para os vindouros um mundo melhor, onde a liberdade e a justiça sejam soberanas.


É ilícito receber e não dar. O egoísmo é contraproducente; quem ceifa contrai a obrigação de semear. De mais, para quem semeamos? para quem será o mundo melhor, o mundo escoimado de iniquidades, de hipocrisias, de vícios e de crimes? Para quem estaremos preparando a Nova Jerusalém, a terra onde há-de habitar a justiça? Tudo fazemos para nós mesmos; pois as gerações que se sucedem no cenário terreno somos nós próprios, são os nossos filhos, os nossos irmãos, os objetos do nosso amor. Nossa existência passa como sombra; "somos de ontem, e ignoramo-lo"!


Nada de egoísmo, pois; nada de ócios infindáveis. Obreiros da vinha do Senhor!


mãos à obra; semeai e colhei, porque na seara espiritual todas as estações são próprias, todas as épocas são favoráveis, todos os tempos são bons, tanto para semear como para colher.


A hora vem, e agora é.



Cairbar Schutel

lc 15:11
Parábolas e Ensinos de Jesus

Categoria: Livro Espírita
Ref: 3690
Capítulo: 40
Página: -
Cairbar Schutel

“Um homem tinha dois filhos. Disse o mais moço a seu pai: Meu pai, dá-me a parte dos bens que me toca. E ele repartiu os seus haveres entre ambos. Poucos dias depois o filho mais moço ajuntando tudo o que era seu, partiu para um país longínquo e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente. Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele pais uma grande fome e ele começou a passar necessidades. Então foi encostar-se a um dos cidadãos daquele pais e este o mandou para seus campos a guardar porcos; ali desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Caindo, porém, em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm pão com fartura e eu aqui, morrendo de fome! Levantar-me-ei, irei a meu pai e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o Céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus jornaleiros. E levantando-se foi a seu pai. Estando ele ainda longe, seu pai viu-o e teve compaixão dele, e; correndo, o abraçou e o beijou. Disse-lhe o filho: Pai, pequei contra o Céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. O pai, porém, disse aos seus servos: trazei depressa a melhor roupa e vesti-lha, e ponde-lhe o anel no dedo e sandálias nos pés; trazei também um novilho cevado, matai-o, comamos e regozijemo-nos, porque este meu filho era morto e reviveu, estava perdido e se achou. E começaram a regozijar-se. Ora, o seu filho mais velho estava no campo; e, quando voltou e foi chegando à casa, ouviu a música e a dança, e chamando os criados perguntou-lhes o que era aquilo. Um deles respondeu: Chegou teu irmão e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde. Então ele se indignou, e não queria entrar;


e, sabendo disso, seu pai procurava conciliá-lo. Mas ele respondeu: Há tantos anos que te sirvo, sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para eu me regozijar com os meus amigos; mas, quando veio este teu filho que gastou teus bens com meretrizes, tu mandaste matar o novilho mais gordo. Respondeu-lhe o pai: Filho, tu sempre estás comigo, e tudo que é meu é teu; entretanto, cumpria regozijarmo-nos e alegrarmo-nos, por que este teu irmão era morto e reviveu, estava perdido e se achou. "


(Lucas, XV, 11-32.)


Esta Parábola imaginosa relatada pelo Evangelista Lucas é a doce e melodiosa Palavra de Jesus, dizendo aos homens da bondade sem limites, da caridade infinita de Deus!


Ambas as individualidades que representam o Filho Obediente e o Filho Desobediente simbolizam a Humanidade Terrestre.


O Pai de ambos aqueles filhos, simboliza Deus.


Uma pequena, pequeníssima parte da Humanidade personificada no Filho Obediente, se esforça por guardar a Lei Divina e permanece, portanto, na Casa do Pai. A outra parte personifica o Filho Desobediente, que, de posse dos haveres celestiais, dissipa todos esses bens e vive dissolutamente, até chegar ao extremo de ter de comer das alfarrobas que os porcos comem. Esse extremo é que o força a voltar à casa paterna, onde, acolhido com benemerência e conforto, volta a participar das regalias concedidas aos outros filhos.


Em resumo: esta simples alegoria, capaz de ser compreendida por uma criança, demonstra o amparo e a proteção que Deus sempre reserva a todos os seus filhos. Nenhum deles é abandonado pelo Pai Celestial, tenha os pecados que tiver, pratique as faltas que praticar, porque se é verdade que o filho chega a perder a condição de filho, o Pai nunca perde a condição de Pai para com todos, porque todos somos criaturas suas.


Estejam eles onde estiverem, quer no Mundo, quer no Espaço; quer neste planeta, quer em país longínquo, ou seja noutro planeta, com um corpo de carne ou com um corpo espiritual, o Pai a nenhum despreza, a nenhum abandona, porque nos criou para gozarmos da sua Luz, da sua Glória, do seu Amor!


O Pai Celestial não é o pai da carne e do sangue, pois como disse o Apóstolo: “a carne e o sangue não podem herdar o Reino de Deus"; a carne e o sangue são corruptíveis, só o Espírito é incorruptível, só o Espírito permanece eternamente. O Pai Celestial é Espírito, é Deus de Verdade, Deus Vivo, por isso seus filhos também são Espíritos que permanecem na Imortalidade.


A Luz, a Verdade, o Amor não foram criados para os corpos, mas sim para as almas.


Como poderia Deus criar um “filho pródigo", a não ser para que ele, depois de passar pela experiência dura do mal que praticou, voltar para o seu Criador, e, arrependido, propor o não mais ser perdulário, mas adaptar-se à Vontade Divina, e caminhar para os destinos felizes que lhe estão reservados!


Como poderia Deus criar uma alma ao lado de um Inferno Eterno!


Que pai é esse que produz filhos para mandá-los atormentar para sempre?


A Parábola do Filho Pródigo é a magnificência de Deus e ao mesmo tempo o solene e categórico protesto de Jesus contra a doutrina blasfema, caduca, irracional das penas eternas do Inferno, inventada pelos homens.


Não há sofrimentos eternos, não há dores infindáveis, não há castigos sem fim, porque se os mesmos fossem eternos, Deus não seria justo, sábio e misericordioso.


Há gozos eternos, há prazeres inextinguíveis, há felicidades indestrutíveis por todo o infinito, esplendores por toda a Criação, Amor por toda a Eternidade!


Erguei as vossas vistas para os céus. O que vedes? Um manto estrelado sobre vossas cabeças, chispas luminosas vos cercam de carícias;


fulgurações multicores vos atraem para as regiões da felicidade e da luz!


Olhai para baixo, para a terra, para as águas: o que vedes? Essas chispas, essas luzes, essas estrelas, essas cintilações retratadas no espelho das águas, nas carolas das flores, nos tapetes verdejantes dos campos;


porque das luzes nascem as cores, são elas que dão colorido às flores, que iluminam os campos, que agitam as águas!


Ó! homem, onde quer que estejas, se quiseres ver com os olhos do Espírito, verás a bondade e o amor de Deus animando e vivificando o Universo inteiro! Tanto em baixo como em cima, à esquerda como à direita, se abrires os olhos da razão, verás a mesma lei sábia, justa, equitativa, regendo o grão de areia e o gigantesco Sol que se baloiça no Espaço; o infusório que emerge, a gota d’água e o Espírito de Luz, que se eleva sereno às regiões bem-aventuradas da Paz!


A Lei de Deus é igual para todos: não poderia ser boa para o bom e má para o mau; porque tanto o que é bom quanto o que é mau estão sob as vistas do Supremo Criador, que faz do mau bom, e do bom melhor: pois tudo é criado para glorificar o seu Imaculado Nome!


Não há privilégios nem exclusões para Deus; para todos Ele faz nascer o seu Sol, para todos faz brilhar suas estrelas, para todos deu o dia e a noite; para todos faz descer a chuva!


* * *

Quando a criatura humana, num momento de irreflexão se afasta de Deus, e, dissipando os bens que o Criador a todos doou, se entrega a toda sorte de dissoluções, a dor e a miséria, esses terríveis aguilhões do Progresso Espiritual ferem rijo a sua alma orgulhosa até que, num momento supremo de angústia, ela possa elevar-se para Deus e deliberar reentrar no caminho da perfectibilidade. É então que, como o Filho Pródigo, o homem transviado, tocado pelo arrependimento, volta-se para o Pai carinhoso e diz: “Pai, pequei contra o Céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. . . " E Deus, nosso amoroso Criador, que já o havia visto em caminho para dEle se aproximar e rogar, abre àquele filho as portas da regeneração e lhe faculta todas as dádivas, todos os dons necessários para esse grandioso trabalho da perfeição espiritual.


Está escrito no Evangelho que houve um banquete com música e festa à chegada do Filho Pródigo à Casa Paterna. Está escrito mais, que o Pai mandou ver a melhor roupa para vestir o filho que voltou, as melhores sandálias para lhes resguardar os pés e, ainda lhe colocou no dedo um belo anel, tal foi a alegria que teve, e tal é a alegria nos Céus, quando uma alma transviada, para os Céus se volta.


O Pai está sempre pronto a receber o Filho Pródigo, e os Céus estão sempre abertos à sua chegada Não há falta, por maior que seja, que não se possa reparar; assim como não há nódoa, por mais fixa que pareça, que não se possa apagar.


Tudo se retempera, tudo se corrige, tudo se transforma, do pequeno para o grande, do mau para o bom, das trevas para a luz, do erro para a verdade! Tudo limpa, tudo alveja, tudo reluz ao atrito do fogo sagrado do Progresso, tudo se aperfeiçoa, tudo evolui, todas as almas caminham para Deus!


Eis o que diz o Evangelho, mas o Evangelho de Jesus Cristo, o Evangelho do Amor a Deus e ao próximo.


Completando a Parábola, vemos que o Filho Pródigo recebeu os bens, saiu de casa, esbanjou-os dissolutamente numa vida desregrada. E o que não foi Pródigo, o Filho Obediente, por seu turno, enterrou seus bens, como aquele que enterrou o talento da Parábola.


O que diz o Evangelho que o Filho Obediente fez dos bens que possuía?


Ele vivia à custa do Pai, participava de todos os bens que havia em casa, e, com a chegada do irmão, ao ver a festa com que aquele foi recebido, entristeceu-se: cheio de egoísmo, de avareza, revoltou-se contra o Pai!


Infelizmente, é assim esta atrasada Humanidade! Ela se compõe de Filhos Pródigos e de Filhos Obedientes, mas estes parecem ser ainda piores que aqueles!


E tanto é verdade o que nos passa pela mente, que, ao concluir a Parábola, o Mestre exalta os pródigos que voltam e censura os obedientes que ficam, não só com os bens que receberam, como, também, com as paixões más de que não se querem despojar!


Mas a Humanidade progride, e este mundo passará a hierarquia mais elevada com a vinda de Espíritos melhores, que nos orientarão para o Bem e o Belo, para a realização total dos nossos destinos!



Francisco Cândido Xavier

lc 15:11
Cartilha da Natureza

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Casimiro Cunha
Francisco Cândido Xavier

“E ele repartiu por eles a fazenda.” — JESUS (Lc 15:12)


A Natureza é a fazenda vasta que o Pai entregou a todas as criaturas. Cada pormenor do valioso patrimônio apresenta significação particular. A árvore, o caminho, a nuvem, o pó, o rio, revelam mensagens silenciosas e especiais.

É preciso, contudo, que o homem aprenda a recolher-se para escutar as grandes vozes que lhe falam ao coração.

A Natureza é sempre o celeiro abençoado de lições maternais. Em seus círculos de serviço, coisa alguma permanece sem propósito, sem finalidade justa.

Eis a razão pela qual o trabalho de se evidencia com singular importância. O coração vibrátil e a sensibilidade apurada conchegaram-se a Jesus, para trazer aos ouvidos dos companheiros encarnados algumas notas da universal sinfonia.

Esta cartilha amorosa relaciona, em rimas singelas, alguns cânticos da fazenda divina que o Pai nos confiou. Envolvendo expressões na luz infinita do Mestre, Casimiro dá notícias das coisas simples, cheias de ensino transcendental. No relatório musicado de sua alma sensível, o milharal, o pântano, a árvore, o ribeiro, o malhadouro, dizem alguma coisa de sua maravilhosa destinação, revelando sugestões de beleza sublime. É o ensino espontâneo dos elementos, o alvitre das paisagens que o hábito vulgarizou, mas se conservam repletas de lições sempre novas.

O trabalho valioso do poeta cristão dispensa comentários e considerações.

Entregando-o, pois, ao leitor amigo, não temos outro objetivo senão lembrar a fazenda preciosa que se encontra em nossas mãos.

A Natureza é o livro de páginas vivas e eternas. Em abrindo a cartilha afetuosa de Casimiro, recordemos Aquele que veio à Terra, começando pela manjedoura; que recebeu pastores e animais como visita primeira; que foi anunciado por uma estrela brilhante; que ensinou sobre as águas, orou sobre os montes, escreveu na terra, transformou a água simples em vinho do júbilo familiar; que aceitou a cooperação de um burrico para receber homenagens do mundo; que meditou num horto, agonizou numa colina pedregosa, partiu em busca do Pai através dos braços de um lenho ríspido e ressuscitou num jardim.

Relembremos semelhantes ensinos e recebamos a fazenda do Senhor, não como o filho pródigo que lhe desbaratou os bens, (Lc 15:11) mas como filhos previdentes que procuram aprender sempre, enriquecendo-se de tesouros imortais.



Pedro Leopoldo, 20 de Maio de 1943.



Emmanuel

lc 15:11
Justiça Divina

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 1
Francisco Cândido Xavie
Emmanuel

Reunião pública de 20-1-1961.

.


Voltando à Pátria Espiritual, depois da morte, estamos frequentemente na condição daquele filho pródigo da parábola, (Lc 15:11) de retorno à casa paterna para a bênção do amor. Emoção do reencontro. Alegria redescoberta.

Entretanto, em plena festa de luz, quase sempre desempenhamos o papel do conviva de cérebro deslumbrado, trazendo espinhos no coração.

Por fora, é o carinho que nos reúne. Por dentro, é o remorso que nos fustiga.

Vanguarda que fulgura. Retaguarda que obscurece.

Êxtase e dor. Esperança e arrependimento.

Reconhecidos às mãos luminosas que nos afagam, muitos de nós sentimos vergonha das mãos sombrias que oferecemos.

E porque a Lei nos infunde respeito à justiça, aspiramos a debitar a nós próprios o necessário burilamento e a suspirada felicidade.

Rogamos, dessa forma, a reencarnação, à guisa de recomeço, buscando a tarefa que interrompemos e a afeição que traímos, o dever esquecido e o compromisso menosprezado, famintos de reajuste.


Agradece, assim, o lugar de prova em que te situas.

Corpo doente, companheiro difícil, parente complexo, chefe amargo e dificuldade constante são oportunidades que se renovam.

Todo título exterior é instrumentação de serviço.

A existência terrestre é o bom combate. (2tm 4:7)

Defeito e imperfeição, débito e culpa são inimigos que nos defrontam.

Aperfeiçoamento individual é a única vitória que não se altera.

E, em toda a parte, o verdadeiro campo de luta somos nós mesmos.



lc 15:11
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Mateus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavie
Emmanuel

Grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.

Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação. Espírita Brasileira, particularmente à Diretoria da Instituição pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.

Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.

Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor, 9 anos, e Ana Clara, 11 anos, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.

A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa por meio da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.

A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.

A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.

A Deus, Inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.




Fac-símile do comentário mais antigo a integrar a coleção, referente a Jo 10:30, publicado em novembro de 1940 na revista Reformador. 





N. E.: Essa mensagem no 4° volume da coleção O Evangelho por Emmanuel, mas, considerando seu conteúdo e significação, optamos por incluí-la também no início de cada volume.


lc 15:11
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Marcos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavie
Emmanuel

Grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.

Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação. Espírita Brasileira, particularmente à Diretoria da Instituição pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.

Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.

Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor, 9 anos, e Ana Clara, 11 anos, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.

A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa por meio da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.

A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.

A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.

A Deus, Inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.




Fac-símile do comentário mais antigo a integrar a coleção, referente a Jo 10:30, publicado em novembro de 1940 na revista Reformador. 





N. E.: Essa mensagem no 4° volume da coleção O Evangelho por Emmanuel, mas, considerando seu conteúdo e significação, optamos por incluí-la também no início de cada volume.


lc 15:11
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Lucas

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavie
Emmanuel

 Ao chegarmos ao terceiro volume da coleção, é preciso reconhecer que grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.

Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação. Espírita Brasileira, particularmente à Diretoria da Instituição pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.

Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.

Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor, 9 anos, e Ana Clara, 11 anos, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.

A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa por meio da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.

A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.

A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.

A Deus, Inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.



lc 15:11
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo João

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavie
Emmanuel

Ao chegarmos ao quarto volume da coleção, é preciso reconhecer que grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso, queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.

Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação Espírita Brasileira, particularmente à diretoria da instituição pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa, e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.

Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.

Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor e à Ana Clara, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.

A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa através da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.

A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.

A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão Maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o Seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.

A Deus, inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.




Irmão X

lc 15:11
Pontos e Contos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Irmão X

O Evangelho é o Livro da Vida, cheio de contos e pontos divinos, trazidos ao mundo pelo Celeste Orientador.

Cada apóstolo lhe reflete a sabedoria e a santidade.

E em cada página o Espírito do Mestre resplende, sublime de graça e encantamento, beleza e simplicidade.

É a história do bom samaritano. (Lc 10:29)

A exaltação de uma semente de mostarda. (Mt 13:31)

O romance do filho pródigo. (Lc 15:11)

O drama das virgens loucas. (Mt 25:1)

A salvação do mordomo infiel. (Lc 16:1)

O ensinamento da dracma perdida. (Lc 15:8)

A tragédia da figueira infrutífera. (Lc 13:6)

A lição da casa sobre a rocha. (Mt 7:24)

A parábola do rico. (Lc 12:13)

A rendição do juiz contrafeito. (Lc 18:1)

Na montanha, o Divino Amigo multiplica os pães, mas não se esquece de salientar as bem-aventuranças.

Na cura de enfermos ou de obsidiados, traça pontos de luz que clareiam a rota dos séculos restaurando o corpo doente, sem olvidar o espírito imperecível.

Inspirados na Boa Nova, escrevemos para você, leitor amigo, as páginas deste livro singelo.

Por que se manifestam os desencarnados, com tamanha insistência na Terra? não teriam encontrado visões novas da vida que os desalojassem do mundo? — perguntará muita gente, surpreendendo-nos o esforço.

É que o túmulo não significa cessação de trabalho, nem resposta definitiva aos nossos problemas.

É imprescindível agir, sempre a auxiliarmo-nos uns aos outros.


Conta-nos Longfellow a história de um monge que passou muitos anos, rogando uma visão do Cristo. Certa manhã, quando orava, viu Jesus ao seu lado e caiu de joelhos, em jubilosa adoração. No mesmo instante o sino do convento derramou-se em significativas badaladas. Era a hora de socorrer os doentes e aflitos, à porta da casa e, naquele momento, o trabalho lhe pertencia. O clérigo relutou, mas, com imenso esforço, levantou-se e foi cumprir as obrigações que lhe competiam. Serviu pacientemente ao povo, no grande Portão do mosteiro, não obstante amargurado por haver interrompido a indefinível contemplação. Voltando, porém, à cela, após o dever cumprido, oh maravilha! Chorando e rindo de alegria, observou que o Senhor o aguardava no cubículo e, ajoelhando-se, de novo, no êxtase que o possuía, ouviu o Mestre que lhe disse, bondoso:

— “Se houvesses permanecido aqui, eu teria fugido.”


Assim, de nossa parte, dentro do ministério que hoje nos cabe, não nos é lícito desertar da luta e sim cooperar, dentro dela, para a vitória do Sumo Bem.

É por isso, leitor, que trazemos a você estas páginas despretensiosas, relacionando conclusões e observações dos nossos trabalhos e experiências.

Talvez sirvam, de algum modo, à sua jornada na Terra. Mas se houver alguma semelhança, entre estes pontos e contos com algum episódio de sua própria vida, acredite você que isso não passa de mera coincidência.


(.Humberto de Campos)

Pedro Leopoldo, 3 de outubro de 1950.



Diversos

lc 15:11
Tempo de Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 15
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Muitas provas na existência

Que varamos de alma aflita

São de nossa resistência

Ao que Deus nos solicita.

Múcio Teixeira

   Filhos pródigos? (Lc 15:11) Deixei

  O Lar Celeste em desmando…

  Agora, tenho saudades,

  Mas voltarei não sei quando.

Lulu Parola

Caridade é a força eleita

Que ajuda e jamais se cansa,

Mas só vale quando é feita

Sem desmanchar a esperança.

Deraldo Neville

   A guerra que mais te arrasa

  É a luta com que te opões

  Às leis em que Deus te ampara

  No campo das provações.

Sebastião Lasneau

Largar-se das boas obras

É sempre cousa vulgar,

Sair nunca foi problema,

Difícil é regressar.

Marcelo Gama

   Coração que não conhece

  Aflições e cicatrizes

  Não sabe como enxugar

  O pranto dos infelizes.

José Albano

Angústia, luta, cansaço,

Dor, solidão ou tropeço?

Nunca penses em fracasso,

Pensa logo em recomeço.

Lobo da Costa

   Maus filhos em desenganos,

  Andando fora da lei?

  Quantos somos, nos dois Planos,

  Sinceramente, não sei.

Jaks Aboab

Na vida, nada se faz

Que mostre justo valor,

Sem a presença da paz

Entre palavras de amor.

Meimei

   Nota de grande expressão

  Nas leis da Sabedoria:

  — Sem a dor dando lição

  Pouca gente aprenderia.

Targélia Barreto

Na luta pelo dever

É justo considerar:

Derrota não é perder,

Fracasso é desanimar.

Vivita Cartier

   Na ofensa, por mais te doa,

  Anota mesmo na Terra:

  O coração que perdoa

  É aquele que menos erra.

Milton da Cruz

Larguei a estrada correta,

Buscando o caminho torto,

Agora, não acho o certo,

Nem mesmo depois de morto.

Batista Cepelos

   Se trazes chagas no peito,

  Se sofres provas e embates,

  Aguenta, de qualquer jeito,

  Aguenta, mas não te mates.

Arnold Souza

Deus nos mostra o bom caminho,

Por mil modos, no-lo aponta,

Aceitar ou rejeitar

É assunto de nossa conta.

Noel de Carvalho

   Filho pródigo de Deus

  É aquele que aceita a fé,

  Mas quando chega o serviço

  Pede porta e dá no pé.

Lamartine Babo

Quando Jesus dá valor

A uma dracma perdida

Revela o Infinito Amor

Com que nos defende a vida.

Casimiro Cunha


Irmão Jacob

lc 15:11
Voltei

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 8
Francisco Cândido Xavier
Irmão Jacob

Que seria da existência humana se todos os homens guardassem consigo a certeza de que vivem rodeados pela “nuvem de testemunhas espirituais”? (Hb 12:1) Como agiria a criatura na vida doméstica e no círculo social se estivesse convencida de que amigos e afeiçoados a esperam em outro lar?

Inseguro viajante, preferindo roteiros incertos, o Espírito encarnado quase nunca se lembra de que é simples hóspede da Esfera que o recebe. Não fosse um desmemoriado das bênçãos divinas e a caminhada através da carne ser-lhe-ia muito mais proveitosa e mais feliz o regressar!

Esses pensamentos assaltavam-me o cérebro, ante os amigos que nos abraçavam acolhedores. Aguardavam-nos, contentes, no “outro lado”, com o carinhoso amplexo de boas-vindas!

Nenhum de nós, os que fazíamos aquela travessia pela primeira vez, depois de permanência demorada na carne, ficou órfão das lágrimas de ventura! As explosões de carinho com que éramos recebidos faziam-me acreditar no ingresso no Paraíso.



Modificara-se a paisagem depois de transposta a extensa ponte. A escuridão quase absoluta ficara para trás, nos caminhos percorridos, e a atmosfera noturna tornara-se mais leve, mais clara. Impregnara-se o ar de perfumes sutis.

Movimentando-se ao nosso lado, os amigos que nos aguardavam, além do despenhadeiro, entoavam cânticos de júbilo. Não havia qualquer nota de tristeza nesses hinos de regozijo. Eram todos vazados em soberana alegria, qual se estivéssemos regressando à casa paterna, como o filho pródigo da parábola. (Lc 15:11) Alguns foram acompanhados por Marta, cuja voz cristalina me expulsava o cansaço e o abatimento.

Muitos dos companheiros sustentavam tochas acesas e, à claridade delas, via-se-lhes o semblante iluminado e feliz.

Fizera-se a volitação mais agradável, mais rápida.

A estrada que percorríamos marginava-se de flores, algumas delas como que talhadas em radiosa substância, o que convertia a paisagem numa cópia do firmamento. Árvores próximas pareciam cobertas de estrelas.

Ouvindo as melodias suaves que partiam para longe, levadas pelo vento fresco a soprar-nos de leve sobre o rosto, eu não expressaria de modo algum a emoção que me dominava.

A que país, afinal, fora eu arrebatado pela morte? Teria subido a Terra até ao Céu ou teria o Céu baixado para a Terra?

Em verdade, incoercível desejo de dormir, ampla e despreocupadamente, escravizava-me os sentidos. As aflições de natureza física haviam terminado; todavia, certa fadiga sem dor me submetia inteiramente.

No entanto, aquelas vozes argentinas, a se evolarem para o alto, alegremente, como que me embalavam o ser, revigorando-me as energias. Os versos comoventes dos cânticos e a música espiritualizante que vagava na atmosfera me arrancavam lágrimas inesquecíveis.

Que fizera no mundo para merecer o devotamento dos amigos e as ternuras de minha filha? Por que não me lembrara, mais vezes, na Terra, de que retornaria ao Lar Espiritual? Eu pensara na morte, aguardara-a sereno e providenciara quanto julguei justo para quando o corpo exausto baixasse ao túmulo; todavia, não supunha que a vida, aqui, fosse tão natural. Se soubesse antes, ter-me-ia preocupado em semear o bem e a luz, mais intensamente, na causa que abraçamos.



Meditando nas festividades cristãs dos tempos primitivos do Evangelho, notei que celeste bando de aves luminosas surgia longe, voando ao nosso encontro.

Que pássaros seriam aqueles? Lera, em vários ditados mediúnicos, informes sobre a existência de aves diferentes das nossas, nas Esferas espirituais vizinhas do Plano físico, mas eram tão lindos os seres alados que se me revelavam aos olhos, que não hesitei em perguntar ao Irmão Andrade quanto à procedência deles.

Interpelado por mim, não ocultou o riso afável e esclareceu:

— Não são aves e, sim, crianças. Estou informado de que viriam buscar nossa irmã M…

— E designou a professora cujo corpo espiritual se caracterizava por formosas irradiações de luz.

Atencioso, prosseguiu dizendo:

— Algumas lhe receberam no mundo o calor da maternidade sublime.

Quase no mesmo instante, a assembleia de meninos particularizava-se. Sob a admiração de nós todos, que interrompêramos a marcha, comovidos, alcançaram-nos cantando maravilhoso hino de glorificação à tarefa santificadora da maternidade espiritual, que as educadoras humildes, muita vez abnegadas e anônimas, abraçam na Terra.

Os pequeninos rodearam-na felizes e um deles, que lhe fora tenro filho no mundo, enlaçou-lhe o colo e gritou:

— Mamãe! mamãe!…

Reparei que a venturosa mulher, como que tangida pela emotividade interior, tornara-se mais radiosa e mais bela, parecendo-me que trazia uma estrela incrustada no coração.

Tão profundos sentimentos lhe afloravam nalma, que se prosternou de joelhos, soluçante.

Graciosa pequenina de olhos brilhantes e aureolada de luz comunicou-lhe que outra escola, muito mais linda, a esperava num parque celestial.

Como não chorarmos todos, ante aquelas manifestações de ternura?

Despedindo-se, ditosa, ladeada pelas criancinhas que lhe eram amadas, orou com lágrimas copiosas, emocionando-nos o coração.

Em breves minutos, vimo-la tomar rumo diferente, amparada pelos amigos que a seguiam desde o princípio, e pelos pequenos ternos e trêfegos, num grupo iluminado e maravilhoso que remontou, célere, a ignota região da Pátria Infinita.



Nosso agrupamento prosseguia, volitando…

A luz que de vez em quando varria o céu, vagarosa e sublime, em forma de leque, parecia mais próxima.

Começamos a divisar encantadoras e espaçosas moradias.

De distância em distância compareciam pequenas comissões, aguardando amigos.

Abraços fraternos eram distribuídos de momento a momento. Nenhuma nova despedida, porém, chegou a assemelhar-se à daquela professora devotada e desconhecida.

Prosseguíamos, já em pequeno número, quando, num grupo de quatro pessoas à margem, meu nome foi pronunciado em alta voz:

— Jacob! Jacob!

Sorridente, Bezerra imprimiu nova pausa à jornada, voltou-se para mim, deu-me o braço e conduziu-me até elas.

A palavra não pinta a grande emoção.

Surpreendido, jubiloso, mal contendo o pranto de emotividade, desferi um grito de alegria. Eram Guillon e Cirne, Inácio Bittencourt e Sayão. 

Abraçaram-me efusivamente, e pelo olhar afetuoso e grave que me dirigiram, demonstravam saber quanto se passava em minha alma.

Sentia-me na posição do viajante que volta de longe, com a bolsa cheia de novidades. Embora a fraqueza a constranger-me, gastaria horas relacionando o noticiário dos companheiros que se demoravam na carne, como trabalhadores da retaguarda. Não pareciam, contudo, muito interessados em recolher-me as informações.

Falou Cirne, bondoso, dos obstáculos que nos incomodam ao desencarnar. Acrescentou que meu caso, entretanto, era agradável e pacífico, pela expectativa mais ou menos longa em que eu vivera os derradeiros dias de octogenário, salientando que o mesmo não lhe ocorrera, em vista do repentino ataque de angina.

Guillon interrompeu-nos a ligeira palestra:

— Libertemos o Jacob — acentuou alegre, — teremos tempo para conversar.

Doía separar-me deles, quando o ensejo se me afigurava dos melhores para a troca de impressões.

— Oh! — exclamei consternado, — quando nos veremos de novo?

Riu-se Guillon, em me observando o gesto de angústia, aduzindo:

— Ora, Jacob, esquece-se de que é eterno? Vá repousar.

Afastaram-se contentes, alegando ocupações imediatas. Não podiam acompanhar-me. Ver-me-iam na primeira oportunidade.

Bezerra, paternal, regozijava-se. Menos preocupado com o nosso grupo a dispersar-se, tantos eram os componentes já encaminhados a diferentes destinos, o dedicado supervisor manteve comigo um entendimento esclarecedor, comentando a extensão e a diversidade das tarefas que nos aguardam além-túmulo.

Explanava atenciosamente sobre o Espiritismo no Brasil, quando uma casa iluminada de graciosa configuração se nos deparou aos olhos.

Marta, radiante, indicou o jardim povoado de flores, murmurando:

— Enfim!

Bezerra, então, designou a entrada, abraçou-me afetuosamente, e concluiu:

— Descanse.

Intentei segui-lo, instintivamente; todavia, o estimado protetor prometeu, firme:

— Ver-nos-emos depois.



O Irmão Andrade acompanhou-me, delicadamente.

Ingressei na casa acolhedora sob forte impressão de paz e ventura.

Difícil determinar se me achava, realmente, distante dos Círculos terrestres. O ambiente doméstico era perfeito, não obstante mais acentuada beleza nos caracteres interiores. Tapetes, móveis, adornos e iluminação eram mais belos e mais leves e, apesar de revelarem autêntico bom-gosto, não exibiam notas de luxo. Retratos pendiam das paredes estruturadas em substância semiluminosa.

Uma senhora simpática e respeitável recebeu-nos com inexcedíveis demonstrações de ternura. Nomeou-a Marta, ante minha falha de memória. Recolhi-a nos braços, num transporte de indefinível felicidade. Como não situá-la nos dias inolvidáveis da infância? Era para minha filha, tanto quanto para mim, uma segunda mãe. Chamemo-la “Mamãe Frida”, já que, por ordem superior, não estou autorizado a identificá-la.

Tentei a conversação longa, em perguntas compridas, mas reparei que fora do grupo em que viajara e desligado da influência vivificante de Bezerra meu cansaço se fez invencível.

Até ali, na jornada de prolongado curso — esclareceu Marta, — estivera sustentado, em grande parte, pela cooperação magnética do conjunto dos companheiros.

Busquei manter-me de pé, no entanto, a dispneia voltou, angustiante.

O Irmão Andrade conduziu-me a vasta câmara que a filhinha me reservara, abriu extensa janela, através da qual pude contemplar as estrelas pálidas da manhã que se anunciava, acomodou-me num leito macio e, após aplicar-me passes reconfortadores, recomendou fraternalmente:

— Durma tranquilo.

E, sem saber como, entreguei-me ao repouso, encantado e feliz.




Ver “” existentes no fim deste volume.



Referências em Outras Obras


Huberto Rohden

lc 15:11
Nosso Mestre

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 127
Huberto Rohden
Deus é como um pai extremoso que concede perdão e amizade ao filho ingrato que, humilde e contrito, volta de terra inóspita do pecado para o lar convidativo do Pai celeste.
Prosseguiu Jesus, dizendo: "Um homem tinha dois filhos. Disse o mais novo ao pai: Pai, dá-me o quinhão dos bens que me toca. Ao que ele lhes repartiu os bens.
Passados poucos dias, o filho mais moço juntou tudo e partiu para uma terra longínqua. Aí esbanjou a sua fortuna numa vida dissoluta. Depois de tudo dissipado, sobreveio uma grande fome àquele país; e ele começou a sofrer necessidade. Retirou-se então e pôs-se ao serviço de um dos cidadãos daquela terra. Este o mandou para os seus campos guardar os porcos. Ansiava ele por encher o estômago com as vagens que os porcos comiam; mas ninguém lhas dava.
Então entrou em si e disse: Quantos trabalhadores, em casa de meu pai, têm pão em abundância, e eu aqui morro de fome. Levantar-me-ei e irei ter com meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me tão-somente como um dos teus trabalhadores.
Levantou-se, pois, e foi em busca de seu pai. O pai avistou-o de longe, e, movido de compaixão, correu-lhe ao encontro, lançou-se-lhe ao pescoço e beijou-o. Disse-lhe o filho: 59
Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. O pai, porém, ordenou a seus servos: Depressa, trazei a veste mais preciosa e vesti-lha; ponde-lhe um anel no dedo e sapatos nos pés. Buscai também o novilho gordo e carneai-o.
Celebremos um festim e alegremo-nos; porque este meu filho estava morto, e ressuscitou; andava perdido, e foi encontrado.
E começaram a celebrar um festim.
Entrementes, estava o filho mais velho no campo. Quando voltou e se aproximou da casa, ouviu música e danças. Chamou um dos criados e perguntou-lhe o que era aquilo.
Respondeu-lhe ele: Chegou teu irmão, e teu pai mandou carnear o novilho gordo; porque o recebeu são e salvo. Indignou-se ele e não quis entrar. Saiu então o pai e procurou persuadi-lo. Ele, porém, respondeu ao pai: Há tantos anos que te sirvo, e nunca transgredi nenhum mandamento teu; e nunca me deste um cabrito para eu me banquetear com os meus amigos.
Mas, logo que chegou este teu filho, que dissipou os teus bens com mulheres de má vida, lhe mandaste carnear o novilho gordo.
Meu filho - tornou-lhe o pai - tu estás sempre comigo, e tudo que é meu é teu.
Mas não podíamos deixar de celebrar um festim e banquete; porque este teu irmão estava morto, e reviveu; andava perdido, e foi encontrado" (Lc. 15, 11-32).
Ramo e vagem da alfarrobeira, fruta que, no Oriente, se dá aos porcos e com a qual o filho pródigo queria matar a fome, como diz Jesus (capítulo 127).

CARLOS TORRES PASTORINO

lc 15:11
Sabedoria do Evangelho - Volume 6

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 4
CARLOS TORRES PASTORINO

LC 15:11-32


11. Disse pois: "Certo homem tinha dois filhos.

12. Disse o mais moço deles a seu pai: "Pai, dá-me o que me cabe na partilha dos bens. " Ele repartiu-lhes os meios de vida.

13. E não muitos dias depois, ajuntando tudo, o filho mais moço partiu para um país distante e lá, por viver prodigamente, dilapidou seus bens.

14. Tendo gasto tudo, sobreveio grande fome aquele país e ele começou a sofrer privações.

15. E saindo, ligou-se a um dos cidadãos desse país, que o enviou a seus campos a apascentar porcos;

16. e queria fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam, e ninguém lhas dava 17. Mas caindo em si, dizia: quantos empregados de meu pai se fartam de pão e aqui morro de fome!

18. Levantando-me irei a meu pai e dir-lhe-ei: Pai errei contra o céu diante de ti;

19. já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um de teus empregados.

20. E levantando-se foi para seu pai. Estando ainda a grande distância viu-o seu pai e compadeceu-se e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e beijou-o.

21. Disse-lhe o filho: Pai, errei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho.

22. Disse, então, o pai a seus servos: Trazei depressa a melhor túnica e vesti nele e dai um anel para a mão e sandálias para os pés;

23. e trazei o bezerro gordo e matai-o e comendo alegremo-nos,

24. porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a alegrar-se.

25. Seu filho mais velho, porém, estava, no campo; e voltando chegou a casa e ouviu sinfonias e coros,

26. e chamado um dos moços perguntou-lhe que era aquilo.

27. Este disse-lhe: teu irmão chegou e teu pai matou o bezerro gordo, porque o recebeu com saúde 28. Aborreceu-se, então, e não queria entrar. Mas saindo, seu pai o convidava 29. Respondendo, porém, disse a seu pai: Eis tantos anos te sirvo e nunca transgredi uma ordem tua e jamais me deste um cabrito para que me alegrasse com meus amigos:

30. mas quando veio esse teu filho que te devorou os haveres com meretrizes, mataste para ele um bezerro gordo 31. Ele disse-lhe porém: Filho, tu sempre estás comigo e tudo o que é meu é teu é preciso alegrar-se e rejubilar-se porque esse teu irmão estava morto e reviveu, e estava perdido e foi achado.

Volta o mesmo argumento das parábolas anteriores. Ampliam-se, porém os pormenores, e aprofundase o ensino.


O filho mais moço pede seja feita a partilha dos bens ainda em vida do pai. Seu quinhão era de um terço da fortuna paterna (DT 21:17), pois o resto pertencia de direito ao primogênito. Quer sua parte para ter liberdade de agir, e não cogita de amor nem piedade filial.


Viaja para país longínquo, a fim de não ser "vigiado" em seu modo de agir, e dissipa os bens sem cogitar de repor o que gasta, por meio do trabalho.


Lógico que o capital chega ao fim. Diz o texto que o dispêndio foi feito por viver ele "prodigamente", isto é, por "gastar sem guardar" ou, mais literalmente "sem salvar": é o sentido etimológico de asôtôs (hápax bíblico, ou seja, esta é a única vez, na Bíblia, que aparece esta palavra).


Com a escassez de colheitas que sobreveio ao país, mais difícil se tornou sua posição. Emprega-se com um cidadão de posses, mas sofre a suprema humilhação que poderia sobrevir a um israelita: apascentar porcos, os animais "imundos" por excelência. Nesse mister, passa por suas mãos a alimentação abundante dos animais, as "alfarrobas" (vagens adocicadas que, quando secas, são comestíveis, produzidas pela alfarrobeira, a ceratonia siliqua dos botânicos. E vem a vontade de devorá-las para "fartar-se" (Chortasthênai, atestado pelos melhores códices, como papiro 75 do 3. º século, o Sinaítico e o Vaticano do 4. º, etc. ; a lição "encher a barriga" - gemisai tên koilían autoú - só aparece depois do 5. º século, no códice Alexandrino e outros mais recentes).


Nesse ponto da descida social, parado enquanto olhava os bichos, pode meditar sobre sua situação; e o evangelista e médico Lucas sabe dizê-lo com uma expressão psicológica bem adequada: "entra em si mesmo" (eis eautón êlthôn), passando a julgar pela razão, e não sob o domínio dos sentidos. E percebe que cometeu grave erro.


Resolve, então, regressar ao lar paterno. Estuda a frase com que se apresentará a seu pai, solicitando um lugar como empregado, já que sente não mais merecer, de justiça, o posto de filho. Pelo menos, ainda que como servo, terá alimentação, e não mais viverá entre suínos. Revela, portanto, humildade e confiante amor pelo pai.


Feita a viagem, é percebido ainda ao longe pelo instinto paterno. A frase estudada é proferida, com exceção da última parte: diante da recepção amiga e efusiva do pai, constituiria ofensa pedir-lhe para ser considerado simples empregado (embora essa segunda parte da frase apareça nos códices Sinaítico e Vaticano) não aparece no papiro 75, parecendo que a correção do copista se deve ao automatismo de fazer o moço dizer ao pai a frase completa que preparara).


Além de manifestar sua alegria pessoalmente, com abraços e beijos, manda vesti-lo com a melhor túnica, calçá-lo com sandálias (só os servos andavam descalços), e colocar-lhe no dedo o anel simbólico da família, e ordena se proceda a um banquete, mandando matar um bezerro gordo, como nas grandes festas (cfr. GN 18:7).


Essa matança de bezerros é a recordação ou revivescência do passado egípcio, quando nosso planeta estava sob o signo de Touro ("boi Ápis"). Os hebreus que já haviam saído desse signo (a "saída do Egito") teimavam em recordar os "velhos tempos" e a querer adorar o bezerro, como ocorreu no deserto (cfr. Êx. cap. 32) ou por obra de Jeroboão (1RS 12:30).


No entanto, a era dos judeus estava sob o signo do Cordeiro, como nos dá conta o capitulo 12 de Êxodo, com o ritual da passagem ("Páscoa") do signo do Touro para o signo do Cordeiro.


Quando de sua estada na Terra, Jesus fez a passagem do signo do Cordeiro (tendo sido Ele chamad "O Cordeiro de Deus", pelo Batista) para o signo de Peixes, como deixou bem claro com as duas multiplica ções de pães e peixes (cfr. vol. 3 e vol. 4) e quando, depois da "ressurreição", dá aos discípulos, os "pescadores" de homens, na praia, pães e peixes (JO 21:13), e também como exprime a própria palavra grega I-CH-TH-Y-S ("peixe"), adotada como pentagrama de JESUS CHRISTO FILIUS DEI SALVATOR (em grego) em substituição ao tetragrama de YHWH, e bem assim o desenho do peixe como "sinal" secreto dos iniciados cristãos entre si.


Atualmente, quando passamos de Peixes para Aquário, tudo é renovado: símbolos. sinais, palavras, senhas, etc. Mas só os que são realmente iniciados se conhecem através deles, porque só eles os conhecem, e outras pessoas passam por eles sem nada perceber. Só podemos informar, pelo que nos dizem, que não se trata de nenhum dos símbolos antigos ressuscitados: é tudo novo e tão simples, que, mesmo vendo-os ninguém os nota.


Só agora aparece o filho mais velho, chegando do campo onde trabalhava, e estranha a festa de que não tivera notícia. Quando sabe do motivo, por meio de um dos servos, transborda seu despeito e inveja, e reclama acremente tomando a atitude infantil do "não brinco mais".


Os hermeneutas interpretam a parábola como aplicando-se aos fariseus (o mais velho) e aos publicanos (o mais moço). Mas Dâmaso compreende o mais velho como representante dos "justos", embora a um justo, diz ele, não convenha "que se entristeça com a salvação de outrem, especialmente de um irmão" (ut de salute alterius et maxime fratris contristetur, Patrol. Lat. vol. 22, col. 380). E Jerônimo o acompanha (Patrol, Lat. vol. 22, col. 389): ut licet videatur obsistere, quod reversioni fratris invideat, isto é embora pareça opor-se, porque inveja o regresso ao irmão".


Há outras interpretações possíveis, além dessa que transparece, à primeira vista, da "letra" do texto, e que foi aventada em época pelos pais da igreja. Realmente a atitude de total modificação mental apresentada pelos "publicanos" e a vaidosa pose dos "doutores em Escritura" e dos "fariseus", dá margem a que a parábola se adapte plenamente a eles, demonstrando que os primeiros são recebidos com alegria porque se modificaram; ao passo que os segundos são advertidos a respeito da necessidade de perdoar e amar aos que retornam do caminho árduo das experiências dolorosas. Alerta que vale até hoje, quando os religiosos ortodoxos sempre ficam prevenidos com os antigos "pecadores", julgandoos inferiores a si.


Mas procuremos mergulhar mais a fundo no "espírito que vivifica" (JO 6:63) e façamos rápida análise do texto.


Observemos o triângulo escaleno, formado pelo pai e pelos dois filhos, um "mais velho" (presbyteros) e portanto teoricamente mais experiente, porque mais vivido, e o outro "mais moço" (neôteros) e por conseguinte necessitando adquirir as experiências que o primeiro já vivera. No entanto, a parábola não confirma essa impressão e vai mostrar-nos um "mais velho" inexperiente, de mentalidade infantil, que jamais se afastou da proteção paterna. E, por falar nisso, observemos que a parábola não fala, em absoluto, da mãe dos rapazes.


O "mais moço", cheio de vigor e ambição, sente o impulso íntimo de ganhar a amplitude da liberdade, para agir por conta própria segundo seu livre-arbítrio. Requer, então, os meios indispensáveis para lançar-se a campo e conquistar aprendizado à sua custa. Não quer "avançar" no que lhe não pertence: solicita apenas o que de direito lhe cabe, pela natureza e pela lei. E o pai atende à solicitação do filho sem nada indagar, já que reconhece o requerido não apenas justo, mas necessário, a fim de que o filho possa adquirir experiências que o façam evoluir.


Faz-lhe, então, entrega do que foi solicitado. E aqui observamos que, no original, está escrito que o pai dividiu-LHES (autois), como se tivesse dado a mesma coisa aos dois, e não apenas ao mais moço.


Mas, cada palavra do texto escriturístico tem sua razão. Notemos que o filho pede "o quinhão aos bens" (méros tês ousías). E essa expressão é usada duas vezes, nos vers. 12 e 13. Todavia, o evangelista, também duas vezes, nos vers. 12 e 30, diz que o pai lhe deu, literalmente, "a vida" (tòn bíon).


Guardemos essa observação, (1) pois ela nos alerta para uma primeira interpretação: o filho "pródigo" que parte do pai e volta a ele após as experiências, é o ensino que nos revela todo o processo involutivoevolutivo da Centelha, que é emitida da Fonte, se individua e cai até o fundo do AntiSistema (pólo negativo) para daí regressar à Fonte de onde se desprendeu, após todo o aprendizado prático.


(1) A palavra bíos ("vida") aparece nove vezes no Novo Testamento, sendo:

—duas vezes neste trecho; - duas vezes (MT 13:44 e LC 21:4) quando Jesus afirma que o óbulo da viúva representav "toda a sua vida" ou "o meio de sua vida";


—quatro vezes com o sentido de "vida" biológica (LC 8:14:1TM 2:2; 2TM 2:4; 1JO 2:16); - e a nona vez em 1JO 3:17 quando o evangelista fala na "Vida do Mundo" (tòn bíon tou kósmou), que também pode interpretar-se como "bens do mundo".


Realmente bíos pode sofrer uma sinédoque, exprimindo a parte pelo todo, ou seja, o "meio de vida", em vez de "vida", e isso foi aproveitado pelos autores gregos da boa época (cfr. Hesíodo, " obras e Dias", 31, 42: Eurípedes, "Suplicantes", 450 e 861; Aristófanes, "Pluto" 751 e "Vespas"
706; Platão, "Leis" 936 b; Sófocles, "Filoteto" 931; Xenofonte "Memoráveis de Sócrates",

3, 11, 6; etc.) .


Todavia, chama a atenção o fato de que, no próprio vocabulário de Lucas há outros termos, que também exprimem especificadamente "bens, riquezas, posses", Aqui, vers. 12 e 13, Lucas emprega, ousía, (que só aparece aqui em todo o Novo Testamento); mas ainda encontramos chrêma (MC 10:23; LC 18:24; At. (Luc!) 8:18, 20 e 24:26); e ktêma (MT 19:22; MC 10:22; At. (Luc!) 2:45 e 5:1); e mais hypérchonta (MT 19:21, MT 19:24; 25:14; LC 8:3; LC 11:21; LC 12:15, LC 12:33-44; 14:33; 16:1, 19:8; At. (Luc!) 4:32; 1CO 13:3; HB 10:34).


Estendemos esta nota, a fim de que se observe o modo como procedemos em nosso estudo. Não são opiniões aventadas, mas pesquisas sérias e racionais, de que nos servimos para fazer a tradução mais honesta que podemos. Aqui, pois, concluímos pela seguinte observação: enquanto o rapaz pede "bens" (ousía) e dilapida os "bens" (ousía), o pai lhe dá "meios de vida" (bíos) e o irm ão o acusa de haver consumido os "meios de vida" (bíos). Na escolha de palavras ("elegantia") há sempre um motivo sério e ponderável, nas obras inspiradas, e não deve escapar-nos esta min úcia.


Anotemos os pormenores. A Centelha sabe e solicita sua partida, ansiosa de terminar o ciclo. Pede ao Pai tudo o que de direito lhe cabe para essa viagem. O Pai lhe dá a vida, ou seja, a substância da vida, a individuação indispensável que a distinga do Todo-Homogêneo indiferenciado e a torne autônoma.


E ela sai (apó) de seu ambiente (dêmos) para um país distante (apedêmêsen eis chôran makran) ou seja, destaca-se aparentemente do Todo pela individuação (não ainda individualização), tomandose um "eu" à parte, e vai cair no pólo negativo. Mas dentro de si está a "vida" (tón bíon) recebida do Pai.


Começa a caminhada e avança seu aprendizado, atravessando os estados de mineral, vegetal e animal.


Mas ao atingir a individualização no estado humano, e com o desenvolvimento progressivo do intelecto, ela percebe que está faminta, que a "vida" lhe está oculta, que ela se encontra vazia de espiritualidade, pois vive dominada e explorada por seres desse país longínquo (do Antissistema); e que o ambiente em que atualmente se encontra é terrível, pois são animais imundos (porcos) que a cercam, e o alimento que lhes é dado não lha satisfazem.


Resolve mudar a direção da caminhada e voltar-se para o Pai, que a recebe feliz, com a alegria compartilhada por todos, menos por seu "irmão mais velho" (não é casual o emprego da palavra presbyteros) que, embora seja assim denominado, não tem a vivência nem o conhecimento espirituais necessários para compreender. Por jamais haver-se afastado da luz, julga-se mais perfeito; erro básico de julgamento cometido por todos os que se apegam às exterioridades. O isolamento das experiências confere isenção, mas não aprendizado. A virtude real (qualidade adquirida) é produto da experiência, e não da ignorância. Não pode ser grande pintor quem jamais tenha lidado com pincéis, nem escritor emérito quem não conheça o alfabeto; assim, puro não é o que ignora e, por isso, se abstém da sensualidade, mas aquele que, conhecendo a fundo toda a gama da sensualidade, aprendeu a dominá-la em si mesmo, por ter superado o estágio animal.


Um dos grandes perigos da pseudo-virtude, manifestada pelo irmão mais velho, é exatamente a vaidade (palavra que vem de vánitas, que designa o "vão", o "vazio") pois toda vaidade é fruto da ignorância (uma e outra são apenas "vazios" de saber). Só a experiência, não apenas estudada teoricamente (mathein) mas experimentada e sofrida na prática (pathein, vol. 4. º pág. 62) podem conferir à criatura a base sobre que construir a própria ascensão evolutiva.


Mas, olhando o contexto com atenção, descobrimos outra interpretação, apropriada às Escolas Iniciáticas.


Como todas as criaturas de Deus, o ser partiu da Fonte e se encontra no meio da jornada.


No ponto exato em que o ser abre os olhos e sabe ver-se a si mesmo, aí se situa o apoio onde se toma o impulso para regressar, isto é, aí está o fim da estrada da descida involutiva, e o início da senda da subida evolutiva. Também a esse despertamento pode aplicar-se o "conhece-te a ti mesmo".


1. º passo - Abertos os olhos, considerado seu estado, o ser "entra em si mesmo" (eis eautón êlthôn) ou seja, dá o MERGULHO em seu íntimo e entra em meditação. Nesse estado de espírito, reconhece que vem errando (vagueando fora da senda) e não é digno de ser chamado filho: é o ato de humildade. Logo a seguir vem o complemento, o ato de amor, pois prefere a qualificação de servo, contanto que possa permanecer junto ao Pai, como disse o salmista (84:10) "é melhor estar no limiar da casa de meu deus, que morar nas tendas da perversidade". 2. º passo - Esses atos de humildade e de amor confiante ("quem se humilha será exaltado", LC 14:11; e "o amor cobre a multidão de erros", LC 7:47) fazem elevar-se sua sintonia vibratória, fato confirmado com o verbo empregado no texto: "levantando-se foi para seu pai"; ou seja, apurando suas vibrações automaticamente, pela humildade e pelo amor, aproximou-se do Pai, embora se mantivesse" ainda a grande distância" (éti dé autou makrán apéchontos). Mas a graça responde de imediato ao primeiro passo do livre-arbítrio da criatura, e o Pai se precipita amorosamente, envolvendo o filha de ternura e carinho.

3. º passo - Diante da efusão abundante e confortadora da graça, o filho estabiliza, na prática, a metan óia, que teoricamente fora decidida durante a meditação. Os demais passos são citados em rigorosa ordem, embora a narração os precipite, em poucas palavras, quase num só versículo. 4. º passo (ação de graças) - o regresso à casa paterna com a esfusiante alegria da gratidão por ter sido recebido. 5. º passo (matrimônio) - a veste nupcial, "a melhor túnica", para que vivesse permanentemente com o Pai"

6. º passo (sacerdócio) - o "anel para a mão", simbolizando a consagração da mão de quem serve à Divindade; anel que traz o selo da família, fazendo o portador participante da "família do deus" (note-se que se fala em "anel", não em "aliança"). 7. º passo (cristificação) - As "sandálias para os pés", a fim de simbolizar o total desligamento, destacandose do solo do planeta, renunciando à matéria.

O último passo iniciático, nas ordens antigas, era comemorado com grandes festejos, que aqui também não faltam. Anotemos a escolha do animal (sobre que já comentamos), assinalando que, em três versículos (23, 27 e 30), fala-se na morte do bezerro, significando que o novo iniciado atingiu a meta (conseguiu seu grau) ao sair da evolução egípcia (signo de touro), que acaba de ser superada. E apesar de poder interpretar-se, por dedução, que a festa consistiu em "comer-se" o bezerro, isso não é dito. O que se afirma claramente é que participaram de um banquete no qual se entregaram à alegria e à beleza, com "sinfonias e coros". Pode-se, pois, nesta interpretação, compreender-se como "banquete espiritual de regozijo", palavra esta (ou "alegria") usada nos versículos 23 e 24.


A razão é dada pelo pai aos convidados, e depois ao "mais velho" (vers. 24 e 32): o filho "morrera e reviveu, se perdera e foi achado". Realmente, ele se encontrava morto (nekrós) na matéria, e perdido (apolôlôs) nas estradas falsas, mas reviveu (anézêsen, composto de zôê) e foi achado (heuréthê) na senda certa. Daí a razão de "alegrar-se" (euphraínesthai).


O filho mais velho, que chega do campo, não se conforma em ver a festa tributada ao mais moço. Deixase levar pelo despeito e pela inveja: sempre ficara ao lado do pai, servindo-o, e nunca teve, nem sequer um cabrito, para alegrar-se com seus amigos. É a posição normal da pseudo-virtude. O pai procura justificar sua conduta, demovendo-o de sua infantilidade mental. O parabolista deixa em aberto a questão, sem dizer se ele atendeu ou não ao apelo do pai.


Apesar de "mais velho" (presbyteros) revela-se infantil e comprova, com isso, que não é a idade nem a permanência nos santuários, que vale como testemunho de evolução. Nem tampouco vale o fato de dedicar-se à vida religiosa reclusa, em permanente adoração. Nem sequer o apego a mandamentos, cerimônias e ritos externos, religiosamente obedecidos. E aqui aprendemos que, se tudo isso pode conferir merecimentos, não exprime de modo algum, evolução (ver revista Sabedoria, ano 2. º, n. º 14, pág. 52). E portanto, que muitas criaturas podem possuir toneladas de merecimento, sem que isso signifique que são evoluídas. No entanto, o merecimento, por trazer colaboração de amigos gratos, ajuda e influi numa facilitação da caminho evolutivo.


Uma das acusações do mais velho, é que o mais moco devorou a vida do pai com meretrizes (ho kataphag ôn sou tòn bíon metá pornôn), ou seja, distribuiu sua substância, não apenas monetária mas também a física. sensória, emotiva e intelectual, com criaturas de toda ordem, numa prodigalidade que marcou o rapaz e o caracteriza até hoje. "Há mais alegria em dar" (AT 20:35) traço normal do ser evoluído, enquanto o "pedir" é típico do involuído, que tudo quer receber.


No final, o pai dirige-se ao mais velho, recordando-lhe que "está sempre com ele" em união inseparável, e que "tudo o que é meu é teu" (pánta tà emá sà estin), frase que Jesus emprega na oração sacerdotal (JO 17:10) em relação ao Pai.


Realmente, se considerarmos esse "irmão mais velho" como um espírito já evoluído, em união total com o Pai, é profundamente estranho esse comportamento despeitado e invejoso, que atesta imenso atraso. Essa contradição novamente nos impele à meditação, para ver se conseguimos perceber de que se trata. E a ideia que nos chega é que esse irmão "mais velho" representa a centelha antes da peregrinação; daí aquela imagem simbólica de Lúcifer (o "Portador da Luz") que se rebela (tal como o mais velho) e, por esse motivo, é expulso do "céu", numa "queda" espetacular, para fazer sua evolução; representaria, também, em outro plano, o tipo religioso ortodoxo, quando ainda apegado a exterioridades e aparências, antes de compreender o verdadeiro caminho da iniciação, para dentro de cada um.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Lucas Capítulo 15 do versículo 1 até o 32
  1. Amor e Ódio pelos Pecadores (15:1-2)

Estes dois versículos formam uma introdução para o capítulo 15 de Lucas. Um título apropriado para esta seção seria "Buscando o Perdido". O capítulo é composto por três parábolas: "A Ovelha Perdida", "A Dracma Perdida" e "O Filho Pródigo".

E chegavam-se a ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles (1-2). As palavras gregas traduzidas como chegavam-se poderiam ser traduzidas como "estavam se aproximando". Isto indica não um episódio isolado, mas uma tendência geral de publicanos e "pecadores" se aproximarem de Jesus no final de seu ministério. Esta interpretação se harmoniza com a afirmação de Lucas de que todos os publicanos e pecadores estavam se aproximando. Esta sentença dificilmente po-deria indicar uma única ocorrência. A acusação dos inimigos de Jesus de que Ele recebia pecadores e comia com eles deve se referir à prática geral de Jesus, ou a episódios ante-riores. Não há indicações de que Jesus estivesse naquela época comendo com pecadores ou com alguém mais.

Mas visto que as murmurações dos fariseus e escribas era uma oportunidade para Jesus contar as parábolas, parece provável que alguma coisa tenha se espalhado nesta época para lembrar os inimigos de Jesus da afinidade que Ele tinha com os publicanos e pecadores. Isto, entretanto, pode não ter sido mais do que membros destes grupos des-prezados estarem presentes na multidão que cercava Jesus naquele momento.

O ódio dos fariseus e escribas pelos publicanos e pecadores é bem conhecido. Eles sentiam que qualquer um que se associasse com estas pessoas desprezadas o fazia por ter o mesmo caráter. Eles não podiam compreender o tipo de amor que buscava os peca-dores, os rejeitados, os desprezados, com a finalidade de lhes fazer o bem, para elevá-los a uma vida superior.
Era este amor da parte de Jesus que atraía este povo desprezado. Eles viram facil-mente o contraste entre a atitude de Jesus e a dos fariseus, e era natural que fossem atraídos Àquele que tanto os amava. As três parábolas neste capítulo ilustram esta con-sideração pelos perdidos. Em cada caso aquele que estava perdido era considerado preci-oso. Valia a pena buscá-los, e também valia a pena se alegrar quando eram encontrados.

  1. A Ovelha Perdida (15:3-7)

E ele lhes propôs esta parábola (3). Esta e a próxima parte formam um par de parábolas curtas, que expressam a mesma verdade através de diferentes figuras. Com-paradas com a parábola do filho pródigo, elas são menores.

Para uma discussão detalhada dos versículos 4:6 veja os comentários sobre Mateus 18:12-13.

Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepen-de, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependi-mento (7). Este versículo é a aplicação da parábola ou a conclusão do argumento. Jesus está dizendo que a sua atitude para com o perdido, ilustrada pela atitude do pastor, é um reflexo das reações no céu — ele sente mais alegria pelo que se arrepende do que pelas noventa e nove que não necessitam de arrependimento.

Mas quem são os justos ou aqueles que não precisam de arrependimento? Lutero e outros entendem que Jesus se refere àqueles que foram justificados pala graça de Deus como resultado de um arrependimento anterior. Van Oosterzee está convencido de que Jesus está se referindo àqueles que se consideram justos — os fariseus, por exemplo, que faziam parte da multidão a quem Ele estava falando." Também é possível que estes justos sejam os anjos.'
Visto que Jesus estava respondendo à crítica dos escribas e fariseus, é mais provável que estivesse tomando emprestado a terminologia deles. Eles dividiam a população judai-ca em pecadores e justos. Os justos eram aqueles que, na opinião deles, não necessitavam de arrependimento. Eles se colocavam nesta categoria. Jesus estava dizendo, com efeito: "Vocês desprezam aqueles que vocês mesmos chamam de `publicanos e pecadores'; mas o céu se alegra mais pelo arrependimento de um destes do que por noventa e nove de vocês, que, de acordo com as suas tendenciosas opiniões, não precisam de arrependimento".

Ao interpretar qualquer parábola, devemos ter o cuidado de não fazer com que a parábola — como um todo ou em seus detalhes — se ajuste àquilo que pensamos.

  1. A Dracma Perdida (15:8-10)

Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acen-de a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar? (8-9). Esta parábola repete o significado da primeira com uma ilustração diferente. Aqui uma mulher que tinha apenas dez dracmas perdeu uma, e procurou-a até encontrá-la. Sua ale-gria foi tamanha que, tendo-a encontrado, chamou suas amigas e vizinhas para comemo-rar com ela.

O versículo 10 é praticamente uma repetição do versículo 7. A alegria da mulher por encontrar a moeda perdida ilustra a atitude e a reação no céu quando um pecador se arrepende.

Charles Simeon faz três observações sobre esta parábola:

1) Não há ninguém tão indigno, a ponto de não ser objeto da preocupação do Senhor;

2) Não há esforços, por maiores que sejam, que Ele não faça em prol da recuperação deles;

3) Não há nada tão gratificante para Ele quanto a recuperação daquele que está perdido.

12. O Filho Pródigo (15:11-24)

A parábola do filho pródigo, como esta narrativa é normalmente chamada, é uma das histórias mais amadas em todo o mundo. É maior e mais complexa do que as duas parábolas anteriores, e tem uma aplicação mais ampla. Mas o ponto principal da histó-ria é o mesmo das que a precedem. A parábola completa inclui os versículos 11:32, mas ela é tratada aqui em duas partes; a primeira cuida do filho pródigo (o mais novo), e a segunda do filho mais velho. A parábola é encontrada apenas em Lucas.

Um certo homem tinha dois filhos. E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence (11-12). Os personagens das duas pará-bolas anteriores eram de uma classe inferior da sociedade judaica; a família aqui é de classe mais elevada, com considerável riqueza, prestígio e influência.

Não era totalmente incomum na história judaica o pai dar a herança ao filho mais novo antes da sua morte. Abraão deu a herança de Isaque e seus outros filhos, antes da sua própria morte (Gn 25:5-6). Porém era totalmente irregular que o filho a pedisse. Quando este favor era concedido, ele se originava da livre e espontânea vontade do pai.

E, poucos dias depois, o filho mais novo... partiu para uma terra longínqua e ali desperdiçou a sua fazenda (13). Esta foi a razão pela qual o filho pediu a sua herança. Ele queria desfrutar os prazeres, queria "cair na farra". Ainda não tinha apren-dido que aquilo que plantarmos, colheremos. Godget indica duas coisas que o impeliram a sair de casa: os limites impostos pelo pai, e a atração pelo mundo e suas diversões.'

Não se sabe onde ficava este local, mas sem dúvida era um país bem além das fronteiras de Israel, e pode até ter sido Roma. Onde quer que fosse, era de fato um país moralmente distante — bem diferente da atmosfera de casa. A dissipação dos seus bens indica que seu dinheiro foi mal gasto e chegou ao fim. A vida desordenada é errada e cara.

E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e co-meçou a padecer necessidades (14). A fome era comum nas terras orientais, mas em um sentido muito real esta era a própria fome pessoal do jovem. Este efeito foi aumenta-do no caso dele, devido à sua prodigalidade e pecado. Observe a relação gramatical pró-xima entre ter gasto tudo, e a vinda da fome. Ele estava destituído: estava sem dinheiro, sem trabalho, e sem amigos. Estava sem amigos porque não tinha dinheiro; o tipo de amigos que ele escolheu amava o seu dinheiro, porém não o amava.

E... chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos a apascentar porcos. E desejava encher o seu estômago com as bolotas... e ninguém lhe dava nada (15-16). Ele não tinha nada; não ganhava nada; e o único emprego que conseguiu era inadequado à sua condição social e à sua religião. Os judeus eram proibidos de comer carne de porco. Eles podiam criá-los e vendê-los aos gentios, mas o trabalho de administrá-los era um dos mais baixos na escala social. O jovem não apenas aceitou o emprego, como estava a ponto de comer com os porcos, embora tal comida tivesse poucos nutrientes. Tendo deixado a sua casa em busca de liberdade, ele encontrou, ao invés disso, escravidão e privação — ou talvez elas o te-nham encontrado.

E, caindo em si (17) — como se estivesse se levantando de um pesadelo. Ele esteva moral e espiritualmente cego, não era capaz de enxergar as coisas como elas realmente eram; seu senso de valores estava desequilibrado. Agora ele via muitas coisas mais cla-ramente e a partir de uma perspectiva certa. Mas principalmente via a si mesmo como ele realmente era. Viu que não estava apenas destituído, mas que aquele pecado — o seu próprio pecado — era a causa.

Quantos trabalhadores de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pere-ço de fome! Que incoerência! Ele havia se excluído da abundância da casa do pai. Isto ele vê claramente.

Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei... (18). Tendo agora uma clara visão da situação, ele foi capaz de escolher o remédio correto; se arre-pender e voltar. Tanto o arrependimento quanto o retorno lhe eram necessários, e o mesmo é verdadeiro em relação a qualquer pecador.

Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus trabalhadores (19). Uma clara visão da pecaminosidade produz a convicção da in-dignidade. Quando ele pediu ao pai a sua parte da herança, seu pedido estava base-ado em um senso de mérito. Agora, uma consciência do pecado o convenceu de que ele não tinha mais nenhum mérito. Ele só podia contar com a misericórdia e o perdão. Esta é uma excelente imagem da atitude correta de um pecador que está buscando a salvação.

O filho pródigo não pediu para ser um servo, mas para ser tratado como um dos seus trabalhadores. Ele sabia que seu pai não podia se esquecer completamente da sua relação anterior com a família, mas ele está totalmente convencido de que não merece mais ser chamado de filho Ele pede que lhe seja restituído o seu ofício anterior, mas não pede para ter novamente a sua filiação, com seus privilégios e honras.

E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão, e, correndo, lançou sê-lhe ao pescoço, e o beijou (20). O filho assumiu uma posição — levantou-se e foi. Mas ele subestimou com-pletamente o amor de seu pai: o amor que fez com que o pai esperasse a sua volta, que corresse ao seu encontro, que interrompesse a confissão do jovem e começasse a dar mais do que foi pedido antes do pedido ter sido concluído. Ao filho pródigo foi restituída a completa filiação, com todos os seus privilégios e honras, e a sua volta foi comemorada com o melhor que o seu pai tinha a oferecer.

Porque este meu filho estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi acha-do (24). O amor encobriu o passado com um manto de perdão quando o filho retornou e se arrependeu. Agora o pai só tinha um pensamento: meu filho que estava morto — mo-ralmente e perante a lei, como também no coração do pai — está vivo.

A referência ao filho ser achado indica uma procura da parte do pai. Mas este era um tipo de busca que é encontrado nas duas parábolas precedentes. O pai não saiu fisi-camente em busca do seu filho. Ele sabia que isto seria inútil. O filho saiu porque queria sair, e não voltaria simplesmente através de um pedido do pai. O filho nunca voltaria até que tivesse mudado de idéia — até que caísse em si.

Foram o amor e a influência do pai que procuraram o filho, que seguiram cada um de seus passos. Este amor estava presente no momento em que o jovem caiu em si — esta foi a primeira coisa em que o jovem pensou. E assim que Deus busca o pecador; Ele o segue com a sua providência. Ele o atrai com amor, e o convence através do seu precioso e bendito Espírito Santo.
Maclaren apresenta uma boa abordagem dos "Presentes ao Pródigo", dos quais ele lista quatro:

1) As vestes;

2) O anel;

3) Os calçados nos pés;

4) O banquete.
Um esboço simples desta parábola é:

1) O proprietário, 11-12;

2) O pródigo, 13-14;

3) O miserável, 15-16;

4) O penitente, 17-19. Há outro desenvolvimento que também tem sido utilizado:

1) O pecado deste filho, 11-16;

2) 0 retorno à sanidade, 17-20a;

3) As boas-vindas dadas pelo pai, 20b-24.

13. O Irmão Egoista do Filho Pródigo (15:25-32)

E o seu filho mais velho estava no campo; e, quando veio e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças. E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo (25-26). É esta segunda parte da parábola que aponta para a situação imediata. O filho pródigo representa o pecador, os proscritos da raça judaica. O filho mais velho representa os judeus religiosos — fariseus, escribas e outros devotos professos. Eram aqueles que, segundo suas próprias afirmações, nunca tinham se desviado do ca-minho; permaneciam sempre fiéis.

Mas ele se indignou e não queria entrar. E, saindo o pai, instava com ele (28). O amor do pai pelo filho mais velho não tinha diminuído devido ao retorno do mais novo. O filho mais velho não entraria, mas o pai sairia ao seu encontro.

Havia duas razões para a ira do filho mais velho. A primeira era um espírito legalista que levava o pedido de punição até o ponto de não haver mais espaço para a misericór-dia. Então perdoar, receber e honrar o irmão mais novo, não importando as circunstânci-as que se desejava suavizar, era considerado fraqueza e falta de preocupação com a jus-tiça. A segunda causa da ira do irmão mais velho, e sem dúvida a causa básica, era o egoísmo. Ele queria tudo para si — toda a honra, assim como toda a propriedade.

Mas,... Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu manda-mento, e nunca me deste um cabrito... Vindo, porém, este teu filho... mataste-lhe o bezerro cevado (29-30). Aqui vemos os dois traços de caráter principais do irmão mais velho: justiça própria e egoísmo.

Veja a reclamação do filho mais velho. Ele faz um contraste duplo. Primeiro, diz que nunca foi recepcionado com um banquete pelo seu pai, enquanto seu irmão agora está sendo tão honrado. Em segundo lugar, compara o cabrito que não recebeu com o bezer-ro cevado que foi preparado para o seu irmão.

Observe também que o filho mais velho perdeu todo o sentimento de fraternidade pelo pródigo. O mais velho não se refere ao pródigo como "meu irmão", mas sim como "teu filho".

Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas (31). Como este filho mais velho era cego! Ele estava reclamando por nunca ter ganhado um cabrito, enquanto na realidade tudo que seu pai tinha era dele, tanto por ser o mais velho, como pelo fato de o filho mais novo já ter recebido a sua herança.

Aquilo pelo que deveria estar mais agradecido, e que ignorava ou negligenciava, era: Sempre estás comigo. O amor, a honra, o respeito, e o companheirismo de seu pai, deveriam estar guardados com ele acima de qualquer coisa.

Mas era justo alegrarmo-nos... porque este teu irmão estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado (32). O amor do pai capacitou o filho mais velho a enxergar uma responsabilidade que o legalismo, o materialismo e o egoísmo o impedi-ram de ver. O pai gentilmente o lembrou de que o pródigo não era simplesmente filho dele, mas teu irmão.

A aplicação desta parábola é clara. Os publicanos e pecadores são representados pelos pródigos. Embora seus pecados sejam muitos e graves, eles encontrarão o perdão quando retornarem ao Pai Celestial com um verdadeiro arrependimento. Por outro lado, os escribas e fariseus representados pelo irmão mais velho não são apenas desprovidos de amor pelos pecadores, mas tentam evitar que Deus opere na vida de outras pessoas.

Não fazem nada para restaurar o perdido, e usam a influência que possuem para se oporem a qualquer um que procurar fazê-lo. Esta foi uma das maiores razões da oposição que fizeram a Jesus.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Lucas Capítulo 15 do versículo 1 até o 32
*

15:1

publicanos. Ver nota em 3.12.

pecadores. Pessoas imorais ou que exerciam atividades que os escribas consideravam incompatíveis com a guarda da lei de Deus. Uma regra rabínica sustentava que “uma pessoa não pode associar-se com homens ímpios”, e os rabinos nem mesmo ensinariam uma tal pessoa. Notar que o cap. 14 termina com a expressão “quem tem ouvidos para ouvir, ouça” e o cap. 15 começa com estes “pecadores” reunindo-se para ouvir a Jesus.

* 15:3

Os rabinos ensinavam que Deus receberia bem o pecador penitente, porém estas parábolas ensinam que Deus busca o pecador.

* 15:8

dracmas. O termo “dracma” ocorre somente aqui, no Novo Testamento. Esta moeda era o equivalente grego do denário romano, que valia o pagamento de um dia de trabalho. As dez moedas poderiam ter sido a economia de toda a vida da mulher, ou podiam estar ligadas como adereço de cabeça (ver referência lateral).

acende a candeia. As casas não tinham janelas ou, talvez, as tivessem pequenas, por isso a candeia era necessária mesmo durante o dia.

* 15.11-32

A parábola do filho pródigo poderia ser chamada a “parábola do pai que espera”. Enquanto o arrependimento do filho é importante para a parábola, a disposição do pai em perdoar e suas inesperadas atitudes (v.20 nota, 22,23) são uma admirável ilustração do amor paternal de Deus para com os obstinados seres humanos.

* 15:11-12

Ao filho mais velho estavam destinados dois terços dos bens do pai (Dt 21:17). Às vezes, o pai daria o capital (o que significa que ele não podia dispor dele para si mesmo, ainda que o filho pudesse vendê-lo) e ficar com a renda (se o filho vendesse o capital, o comprador não podia tomar posse antes da morte do pai). Porém, dar o capital para um dos filhos, como ocorreu nesta parábola, não era prática comum.

* 15:15

Porcos eram imundos (Lv 11:7): nenhum judeu aceitaria este trabalho voluntariamente.

* 15:20

O pai, aparentemente, esperava ansiosamente o retorno do seu filho. Era indigno para um homem mais velho levantar suas vestes e correr.

* 15:22-23

As atitudes do pai revelam completo perdão e restauração do relacionamento. A “melhor roupa” é marca de distinção e o anel significa autoridade (Gn 41:42; Et 3:10; 8:2). Porque os escravos não usavam calçados, as sandálias apontam para a condição de um homem livre. O novilho cevado era reservado para ocasiões especiais.

* 15:25

A atitude do filho mais velho ilustra o espírito legalista dos fariseus, que ficavam incomodados na presença de “pecadores” (vs.1-3).

* 15:28

Como aconteceu com o filho mais novo (v.20), o pai toma a iniciativa para restaurar o relacionamento. A parábola, como um todo, aponta o soberano amor de Deus que, ativamente, procura indignos pecadores, aqueles que não o buscam (19.10).

* 15:29

que te sirvo. Esta afirmação indica que o irmão mais velho via seu relacionamento com o pai como uma recompensa de comportamento meritório. Do mesmo modo como o amor do pai responde ao demérito do filho mais moço, a salvação não é uma recompensa pelas boas obras, mas inteiramente o dom gracioso de Deus (Ef 2:8,9).

* 15:31

tudo o que é meu é teu. A divisão da propriedade permanece inalterada. A atitude do filho mais velho (v.29, nota) levou-o a perder a visão do relacionamento que ele tem com o pai.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Lucas Capítulo 15 do versículo 1 até o 32
15:2 por que os fariseus e os escribas se incomodavam quando Jesus se relacionava com estas pessoas? Os líderes religiosos se cuidavam muito em manter-se "limpos" conforme à Lei do Antigo Testamento. Inclusive foram além da Lei em cuidar-se de certa gente, situações e no ritual de purificação. Em contraste, Jesus tomou o conceito de "limpeza" sem lhe dar muita trascendencia. arriscou-se a poluir-se ao tocar leprosos e ao não lavar-se como os fariseus tinham estabelecido e mostrou total desdém pelas sanções que se aplicavam por relacionar-se com certa classe de pessoas. Veio para oferecer salvação aos pecadores, a mostrar que Deus os ama. Jesus não se alterou com as acusações que lhe fizeram. Em troca, seguiu em busca de quem o necessitava sem lhe importar seu pecaminosidad e o efeito que poderia causar em sua reputação. Que coisas lhe mantêm afastado da gente necessitada de Cristo?

15.3-6 Parece absurdo que o pastor deixe as noventa e nove ovelhas para procurar uma sozinha. Mas sabia que as noventa e nove estavam seguras no redil, enquanto que a perdida estava em perigo. Devido a cada ovelha tem um alto preço, o pastor sabe que vale a pena procurar a perdida com diligência. O amor de Deus por cada pessoa é tão grande que busca a segurança de cada uma e se regozija quando a "encontra". Jesus se relacionou com os pecadores porque O ia ao encontro da ovelha perdida, pecadores considerados sem esperança, para lhes dar as boas novas do Reino de Deus. Antes que você acreditasse, Deus o buscou e seu amor segue procurando aos perdidos.

15.8-10 As mulheres palestinas recebiam dez moedas de prata como presente matrimonial. Estas moedas tinham um valor sentimental semelhante ao anel de bodas e perder uma era muito desesperador. Assim como a alegria que significaria para uma mulher achar a moeda ou o anel extraviado, também os anjos se regozijam quando um pecador se arrepende. Cada indivíduo é precioso para Deus. aflige-se por cada perdido e se regozija quando encontra e leva a Reino a algum de seus filhos. Possivelmente teríamos mais gozo em nosso Iglesias se atestarmos do amor do Jesus e nos preocupamos com o perdido.

15:12 A herança do filho menor era um terço, a do filho maior era de dois terços (Dt 21:17). Na maioria dos casos, recebiam-na ao morrer o pai, embora alguns pais optavam dividir sua herança antes e retirar-se da administração de seus bens. O que não é usual aqui é que o filho menor iniciasse a divisão dos bens. Mostrava assim falta de respeito à autoridade de seu pai como cabeça da família.

15:15, 16 De acordo à Lei do Moisés, os porcos eram animais imundos (Lv 11:2-8; Dt 14:8). Isto significa que não se podiam comer nem usar em sacrifícios. Para proteger-se da contaminação, os judeus nem sequer ousavam tocá-los. Para um judeu parar-se diante de porcos que se alimentavam era uma grande humilhação e para este jovem comer o que os porcos deixavam era uma degradação que ia além do acreditável. O filho menor realmente chegou ao mais baixo.

15:17 O filho menor, como muitos que são rebeldes e imaturos, desejava ser livre para viver a seu desejo. Precisava chegar ao mais baixo antes de recuperar o sentido. Freqüentemente as pessoas devem passar por grande pena e tragédia antes de olhar ao Unico que pode as ajudar. Trata de viver a sua maneira, egoístico, tirando tudo o que lhe interponha no caminho? Não perca sua consciência, detenha-se e olhe antes de tocar fundo, salve-se e evite a sua família uma dor maior.

15:20 Nas duas parábolas anteriores, os que procuravam deram tudo de si para encontrar a moeda e a ovelha que não poderiam voltar sozinhas. Nesta, o pai velava e esperava. enfrentava-se a um ser humano com vontade própria, mas estava seguro que seu filho voltaria. Da mesma maneira, o amor de Deus é persistente e fiel. Deus nos buscará e nos dará oportunidades para responder, mas não nos obrigará a ir ao. Como o pai, espera-nos com paciência e deseja que recuperemos nossos sentidos.

15:24 A ovelha se perdeu porque vagou negligentemente (15.4); a moeda se perdeu sem que tivesse culpa nisso (15.8); o filho se deixou levar por seu egoísmo (15.12). O grande amor de Deus procura e acha pecadores, sem importar o porquê se perderam.

15.25-31 Foi duro para o irmão maior aceitar a volta de seu irmão menor, e hoje em dia temos esta mesma dificuldade para aceitar ao filho menor. As pessoas arrependidas depois de ganhar má reputação por sua vida de pecado, freqüentemente as vêem com receio nas Iglesias onde algumas vezes não estão dispostas às aceitar como membros. Entretanto, devemos nos regozijar como os anjos nos céus quando um pecador se arrepende e volta para Deus. Como Deus o Pai, devemos aceitar pecadores arrependidos de todo coração e lhes brindar apóio e ânimo para que cresçam em Cristo.

15:30 Na parábola do filho pródigo, a resposta do pai contrasta com a do irmão maior. O pai perdoou porque estava cheio de amor. O filho se negou a perdoar por seu despeito ante a injustiça de todo o ocorrido. Com este ressentimento só conseguiu perder o amor do pai como o irmão menor o perdeu. Se se negar a perdoar, perderá-se uma maravilhosa oportunidade de experimentar gozo e comunhão com outros. Faça que seu gozo cresça: perdoe a alguém que o tenha ferido.

15:32 Nesta parábola, o irmão maior representava aos fariseus irados e ressentidos porque os pecadores eram bem recebidos no Reino de Deus. depois de tudo, poderiam pensar, sacrificamos e feito muitíssimo Por Deus. Quão fácil é resentirnos ante o bondoso perdão que Deus dá a outros, aos que consideramos piores pecadores que nós. Mas quando nossa justiça obstrui o caminho de nos regozijar pela misericórdia de Deus, não somos melhores que os fariseus.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Lucas Capítulo 15 do versículo 1 até o 32
8. Três parábolas sobre a perdição (15: 1-32)

1. Introdução (Lc 15:1 E ambos os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles.

A declaração deste capítulo de abertura é muito significativa. Na parábola da Última Ceia, Cristo deu a entender que os líderes judeus haviam rejeitado o Seu chamado e, agora, a "rua" as pessoas estavam sendo convidados a entrar no Reino. Aparentemente, eles responderam com alegria, pois lemos: Agora todos os publicanos e pecadores estavam próximos a ele para ouvi-lo . Não é surpreendente saber próxima que os fariseus e os escribas estavam reclamando e criticando. Sua objeção era: Este recebe pecadores. Essa crítica dos fariseus aponta para cima acentuadamente a principal diferença entre o judaísmo eo cristianismo. O judaísmo do tempo de Jesus estava mais preocupado em evitar qualquer associação com os pecadores, por medo de ser contaminado, do que era cerca de salvá-los. Mas a glória do cristianismo é que ele recebe os pecadores e pela graça de Deus, os transforma em santos. Uma religião que se preocupa apenas com a manutenção do status quo já está morto, mesmo que ainda não enterrado.

Godet bem observou: "O que atraiu aqueles pecadores para Jesus foi a sua descoberta nele não que a justiça, cheio de orgulho e desprezo, com que os fariseus assaltado-los, mas a santidade, que foi associado com a mais terna amor."

Murmurou é um composto forte, encontrada somente aqui e Lc 19:7 ). Eles formam um par e ensinar a mesma lição, como é sugerido por "ou". Mas o terceiro é separado dos outros dois por "e ele disse" (v. Lc 15:11 ), o que sugere algo novo.

A parábola da ovelha perdida é encontrada também em Mt 18:12 (ver notas lá). Os outros dois ocorrer somente em Lucas. Todos os três são baseados no tema de Lucas de perdição. Os dois primeiros são ilustrações vívidas do versículo chave deste Evangelho: "Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido" (Lc 19:10 ).

A relação de três para o Trinity também tem sido sugerida. A Parábola da Ovelha Perdida retrata o Filho como o Pastor Buscando. A Parábola da Moeda Perdida representa o trabalho do Espírito Santo , de forma diligente busca de cada pecador perdido. A parábola do filho pródigo mostra o Pai espera para o pecador penitente para voltar para casa.

b. The Lost Sheep (15: 3-7)

3 E falou-lhes esta parábola, dizendo: 4 Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto e vai em busca da que se perdeu, até que ele encontrá-lo? 5 E achando-la, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo. 6 E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha que estava perdido. 7 Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.

A reivindicação de Jesus de ser o Bom Pastor é desenvolvido em comprimento em Jo 10:1 . É um dos principais motivos na arte das antigas catacumbas. Nenhuma foto é melhor hoje do que amava o Bom Pastor. "Não simile levou mais impacto no espírito da cristandade".

Do versículo 4 Trench diz: "Não é uma aptidão peculiar nesta imagem como dirigida aos governantes espirituais do povo judeu. Eles também eram pastores "Eles tinham sido cobrados com o cuidado das ovelhas de Deus, mas não tinha a confiança deles. (Ez 34. ; . Zc 11:16 ). Agora eles encontrar a falha com o Bom Pastor, que vem para buscar e salvar o perdido que eles tinham negligenciado.

Jesus retrata a imagem de um pastor que tem um cem ovelhas , mas uma está perdido . Ele deixa a noventa e nove no deserto. A idéia do deserto pode ser enganosa. Trench observa que o termo significa "No deserto arenoso ou rochoso, o refúgio de animais selvagens ou de vagar hordas de ladrões; em vez disso, de largura, estendida, planícies gramadas ..., chamado "deserto" porque sem habitações dos homens ". O noventa e nove ficaram aqui no cuidado de sub-pastores, enquanto o próprio pastor foi à procura da ovelha perdida.

O clímax deste verso é alcançado no último Cláusula de até encontrá-la. "Este é o ponto do primeiro duas parábolas, o amor especial de Deus para cada alma individual."

Na identificação dos principais itens do versículo 4 Godet sugere o seguinte: "A cem ovelhas representam a totalidade das pessoas teocráticos; a ovelha perdida , que parte do povo que rompeu com as ordenações legais, e assim vive sob os impulsos de suas próprias paixões; a noventa e nove , a maioria que se manteve fiel exteriormente com a lei. "

No contexto dos versos deste capítulo é evidente que Cristo está a defender-se contra as críticas dos fariseus de abertura: que ele recebe "pecadores" (v. Lc 15:2 ). Todas as três parábolas retratar Amor Divino como buscar e aceitar o que estava perdido. Para os fariseus o que está perdido (v. Lc 15:4) seria especificamente "os publicanos e pecadores" (v. Lc 15:1 ).

Tome isso em seus ombros (v. Lc 15:5) é um toque especial do concurso, encontrado somente em Lucas. A ovelha perdida estaria desgastado com a sua errância, talvez, incapaz de andar a casa trilha longa. Paulo disse: "Pois, quando ainda éramos fracos, na época devida, Cristo morreu pelos ímpios" (Rm 5:6 ). Este é "o melhor momento". Da humanidade Cristo declarou que da mesma forma que havia alegria no céu, no coração de Deus e entre o santo dos anjos por um pecador que se arrepende.

O palavras- adicional mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento (v. Lc 15:7) -seem estranho. Não todos os homens precisam se arrepender? Farrar sugere a resposta: "Há um tom de ironia, tanto nas palavras" apenas "[KJV para" justos "] e" arrependimento ". Nem a palavra pode ser entendida em seu sentido pleno e verdadeiro; ., mas apenas nos sentidos inadequados que os fariseus que lhes são inerentes "A parábola do fariseu e do publicano foi falado para aqueles que" confiavam em si mesmos que eram justos "( Lc 18:9)

8 Ou qual é a mulher que, tendo dez moedas de prata, se perder uma peça, não acende a candeia, e não varre a casa, buscando com diligência até encontrá-la? 9 E achando-a, reúne as amigas e vizinhas , dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma que eu tinha perdido. 10 Mesmo assim, digo-vos, há alegria na presença dos anjos de Deus por um só pecador que se arrepende.

Esta breve mas vívida história está ligado intimamente com a parábola anterior, da palavra ou , como já referimos. Ela retrata a mesma verdade em uma outra figura. Godet comenta: "A idéia comum a ambos é a solicitude de Deus para os pecadores; a diferença é que, em primeira instância, esta solicitude surge da compaixão com que a sua miséria inspira Ele, no segundo a partir do valor que ele atribui às suas pessoas. "

As moedas de prata foram dracmas. O dracma (nomeado somente aqui no Novo Testamento) foi a moeda grega básica de prata e foi aproximadamente igual em valor ao denário Roman (mencionado muitas vezes nos Evangelhos). Cada valeu a pena em algum lugar entre quinze e vinte centavos, mas representou um dia de salário (Mt 20:2:. Sl 119:103 , Sl 119:130 ), varrendo até mesmo os cantos, procurando diligentemente para encontrar cada indivíduo perdido.

Trench faz uma observação importante neste momento: "Na parábola anterior, o pastor passou a olhar para as suas ovelhas desviou no deserto ; mas na casa este pedaço de dinheiro é perdido, e na casa, portanto, é procurada e encontrada. "Isso nos faz lembrar do fato de que nossos filhos podem ser perdidos direito em nossas casas, ainda participando de culto em família, talvez, mas sem Cristo em seus corações. Além disso, as pessoas podem ser perdidos direito em nossas igrejas que freqüenta a Escola Dominical e os serviços regulares, mas não salva. O desafio de todo cristão é estar preocupado com essas pessoas e buscar definitivamente a salvação de suas almas.

Assim como o pastor da parábola anterior, a mulher, quando ela encontra a moeda perdida, reúne seus amigos e vizinhos . Mas, como era de se esperar, as palavras aqui são no sexo feminino, no grego, não masculina como na parábola da ovelha perdida. AB Bruce aponta uma possível implicação disso: "A descoberta iria recorrer especialmente para simpatias femininas se a dracma perdida não era parte de um tesouro para atender algumas dívidas, mas pertencia a uma série de moedas usadas como ornamento em volta da cabeça, em seguida, como agora, por mulheres casadas no Oriente. "

Mais uma vez, é declarado que não há alegria na presença dos anjos de Deus por um só pecador que se arrepende (v. Lc 15:10 ). Esta alegria é refletida nos corações dos santos na terra quando um pecador se converte. Uma das maiores emoções que podem vir a qualquer indivíduo humano é ter um fardo para uma alma perdida e depois ver que a rendição individual a Cristo. E o que ele faz com alegria em uma igreja quando um pecador é salvo.

d. The Lost Son (15: 11-32)

11 E ele disse: Um certo homem tinha dois filhos: 12 e o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte da tua substância que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda. 13 E Poucos dias depois, o filho mais moço, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua; e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente. 14 E quando ele tinha gasto tudo, houve uma grande fome nesse país; e ele começou a passar necessidade. 15 E ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquele país; o qual o mandou para os seus campos a guardar porcos. 16 E ele desejava encher o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam;. e ninguém lhe Dt 17:1 Mas, quando ele veio a si, disse: Quantos empregados ! de meu pai têm pão suficiente e de sobra, e eu aqui morro de fome Dt 18:1 ). A expressão a parte . ... que me pertence ". herança paterna" é ". uma fórmula técnica ... no Papiros" para um filho de receber sua parte do Creed nota ainda: "Além de disposição testamentária de bens, a lei posterior judaica reconhecida disposição pelo presente a tempo de vida do homem "Mas o autor do Eclesiástico apócrifo (. 33: 19-23 , Bom velocidade) adverte contra fazer isso. Ele diz: ". Para um filho ou uma mulher, a um irmão ou um amigo, Não dê poder sobre si mesmo, enquanto você viver, e, não dar o seu dinheiro para outra pessoa ... Quando os dias de sua vida chegar ao seu final, no momento de sua morte distribuir sua propriedade. "

Logo após a distribuição foi feita, o filho mais moço , ajuntando tudo , partiu para uma terra longínqua -para ficar longe de seu pai autoridade e lá desperdiçou os seus bens vivendo dissolutamente com (v. Lc 15:13 ), literalmente, "viver prodigamente." Abbott -Smith diz que a palavra grega (somente aqui no Novo Testamento) indica "desperdiçada", mas "não necessariamente dissoluta". Por outro lado, Arndt e Gingrich dar "dissolutely, vagamente." É evidente que o significado exato não pode ser conhecido com certeza. Provavelmente Manson dá a melhor conclusão quando ele diz: ". O advérbio grega traduzida ', vivendo dissolutamente" pode significar que ele gastou seu dinheiro' extravagante ', ou que ele gastou em prazeres dissolutos, ou ambos "No entanto, o bom senso sugere que um jovem longe de casa e desperdiçar sua herança de família não estaria apto a viver uma vida circunspecto.

Um dia o filho pródigo encontrou-se com uma bolsa-e vazio de uma alma vazia. A fome naquela terra obrigou a guardar porcos (v. Lc 15:15) para ganhar a vida. Então fome era ele que ele invejava os porcos sua dieta de cascas (v. Lc 15:16 ), isto é, "pods da alfarrobeira."

No pensamento judaico, esta jovem pródigo teve "bateu no fundo". O Talmud tem este ditado: ". Maldito o homem que eleva suína, e maldito é o homem que ensina sua filosofia grega filho" Outro ditado rabínico é esta: "Quando o Israelitas são reduzidos a comer alfarroba-pods, então eles se arrependam "; e ainda uma outra: "Quando um filho (no exterior) anda descalço (através da pobreza), então ele se lembra do conforto da casa de seu pai." Por isso, foi com o filho pródigo.

Ele voltou a si (v. Lc 15:17 ". caiu em si"), é a literal grega, e também é bom Latina e idioma Inglês, significando que ele estava agindo insana; mas o pecado é insanidade.

Contrastando sua condição indigente com a abundância que os servos de seu pai gostava, o filho pródigo decidiu que ele iria para casa. Ele planejou cuidadosamente o discurso de penitência que ele faria (vv. Lc 15:18 , Lc 15:19 ). Contra o céu significa "contra Deus", os judeus preferindo evitar usar o nome sagrado. Em teus olhos significa "contra ti."

Mas boas resoluções nunca vai salvar ninguém. Muitos parar nesse ponto. Mas este jovem se levantou e foi para seu pai (v. Lc 15:20 ). Ambos os verbos, o primeiro é um particípio encontram-se no tempo aoristo. Não houve atraso, não "vadiagem". Imediatamente, com a decisão, e determinação, ele voltou para casa.

As boas-vindas que recebeu superou as suas mais caras esperanças. Enquanto ele ainda estava por vir, assim como Deus se encontra com o pecador arrependido mais de metade do caminho-o pai correu ao seu encontro e lhe deu o beijo de perdão. O filho tentou fazer seu discurso (v. Lc 15:21 ). Mas o pai o deteve. Ele ordenou aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa e vistam nele. Isso é literalmente ", o primeiro robe"; isto é, o de mais alta qualidade. Quanto rapidamente (e não em KJV), AB Bruce escreve: "Tachu , rápido! uma leitura mais provável (Aleph BL), e uma exclamação mais natural; obliterar os traços do passado infeliz, logo que possível; fora com esses trapos! "

Além do melhor roupa, os servos eram para colocar um anel em sua mão. Este foi o sinal e símbolo do fato de que ele estava mais uma vez na família. Mas é indicada mais do que isso. Provavelmente este foi o anel de sinete oficial do pai, com o qual ele carimbou o lacre macia em cartas e mercadorias que ele enviou. Dando o filho do anel pode ter significado que ele era, assim, autorizada a fazer negócios novamente em nome de seu pai. Se assim for, nada poderia mostrar mais dramaticamente o fato de que o filho estava agora totalmente um membro da família. Aqui está uma foto do perdão completo e ilimitado que Deus dá a todo pecador penitente.

Mas uma coisa era mais necessário- sapatos nos pés . O jovem não foi se sentar ao redor da casa, onde não há sapatos eram usados, mas para ir ao trabalho. Uma das maneiras mais seguras para salvar os novos convertidos a partir de apostasia é configurá-los para trabalhar fazendo algo útil. O trabalho é um dos melhores presentes de Deus ao homem. Sem ele, quase todos os homens seriam arruinados. O trabalho tem alto valor terapêutico fisicamente, mental, moral, emocional e espiritualmente.

Tendo vestido adequadamente seu filho, o pai agora ordenou aos servos para preparar a melhor festa possível. Eles foram para matar o novilho cevado (v. Lc 15:23 ); ou seja, aquele que tinha sido alimentado na tenda (conforme Amós 6:4 ; . Mal 4: 2 ), e reservado para apenas uma ocasião como esta. O maior evento para comemorar do que o fato de que seu filho, que estava morto, está vivo de novo, que estava perdido, é encontrado.

No meio de toda a alegria, o filho mais velho veio do campo. Quando ele se aproximou da casa, ouviu a música e dança (v. Lc 15:25) -em naqueles dias os homens e mulheres dançavam separadamente. Chamando um dos servos, perguntou o que estava acontecendo. Quando disse, ele estava com raiva (v. Lc 15:28 ), e se recusou a participar da comemoração. Seu pai saiu para ele, e pediu a ele. irritado e mal-humorado, o filho mais velho deu vazão a seus sentimentos em um discurso muito desagradável e sem amor.Ele mostrou que ele estava longe de ser um verdadeiro filho de seu pai de coração generoso.

É notório que o irmão mais velho disse este teu filho (v. Lc 15:30) - "esse teu filho", disse comtemptuously. Ele colocou a muito pior interpretação possível das ações do filho mais novo, enquanto longe de casa.

Mas o pai reverteu a situação. Ele disse: Filho -não a palavra para "filho" no verso anterior, mas, literalmente, "criança", um prazo- cativante tu sempre estás comigo -todos os privilégios da família ter sido seu todo o tempo- e tudo o que é meu é tua herança -seu é seguro. Além disso, você poderia ter tido uma festa com os seus amigos a qualquer momento.

Mas é óbvio que o irmão mais velho não era o tipo que poderia ter desfrutado tais festividades. Ele é um tipo daqueles nos círculos da igreja que vivem aparentemente acima de qualquer suspeita, que são fiéis em cumprir o seu dever, mas que suportar a sua religião, em vez de divertir-se. Sua dura, legalismo sem amor torna-los, bem como aqueles que os rodeiam, infeliz. O filho mais velho, também, foi perdida-em casa.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Lucas Capítulo 15 do versículo 1 até o 32
Esse capítulo apresenta parábolas que Jesus usou como resposta às crí-ticas dos escribas e dos fariseus por ter recebido e até compartilhado uma refeição com pecadores. Esses "pecadores" eram judeus que por não obedecerem à Lei ou às tradi-ções dos anciãos eram "proscritos" de Israel. Jesus já deixara claro que viera para salvar os pecadores, não pessoas legalistas como os escribas e os fariseus (5:27-32; 14:21-24). Jesus via quem esses "pecadores" eram de verdade: ovelhas perdi-das que precisavam de um Pastor, moedas perdidas que tinham valor e precisavam ser postas em circula-ção, filhos perdidos que precisavam ter comunhão com o Pai.

  • Busca (15:1-10)
  • O pastor é responsável pelas ove-lhas, e ele deve ser responsabili-zado se alguma delas se perder ou morrer. As ovelhas perdem-se por causa de sua estupidez e tolice, pois perambulam e não vêem o pe-rigo que correm. Jesus "veio buscar e salvar o perdido" (19:10). Note a ênfase na alegria: o pastor sente júbilo, os vizinhos se alegram, e o céu jubila-se.

    O colar de dez moedas era uma faixa de cabeça que as mu-lheres usavam a fim de mostrar que eram casadas. A perda de uma das moedas estragava o co-lar, além de ser motivo de vergo-nha e embaraço para a mulher. Os pecadores, como a moeda, têm a estampa da imagem de Deus e são valiosos (20:24-25), todavia estão perdidos e "fora de circulação". Os pecadores podem ser úteis e servir ao Senhor de novo quando são encontrados. Mais uma vez, a família regozija-se com a recupe-ração do perdido.

  • Espera e boas-vindas (15:11-24)
  • É importante o fato de o pai ficar em casa à espera da volta do filho, em vez de sair à sua procura. O pai cor-re ao encontro do filho, quando este retorna. Alguns pecadores, como a ovelha perdida, desviam-se por causa de sua tolice, e outros, como as moedas, perdem-se em conse- qüência do descuido alheio. Toda-via, o pai tem de esperar até què o filho fique alquebrado e se torne submisso, pois ele se perdeu por causa de sua própria obstinação.

    O filho reivindicaraherançaan-tes do tempo é o mesmo que desejar a morte do pai. Isso deve ter partido o coração do pai, mas ele deu ao filho a parte que lhe cabia em seus bens! Da mesma forma. Deus repar-tiu suas riquezas com um mundo de pecadores perdidos, e eles têm-nas desperdiçado (At 14:15-44; At 17:24-44). Assim, eles atingiríam o pai se jogassem alguma pedra! A melhor roupa era a de festa do pai, a mais cara; as sandálias in-dicavam que o filho não era um ser-vo (apesar de seu pedido); e o anel provava sua filiação. Mais uma vez, há alegria na volta do perdido!

  • Conciliação (15:25-32)
  • Nessa parábola, o filho mais velho é a chave da história, apesar de ser a pessoa esquecida. Ele representa os escribas e fariseus, os líderes re-ligiosos, já que o filho pródigo sim-boliza os "publicanos e pecadores". Há pecados tanto do espírito como da carne (2Co 7:1). Os líderes reli-giosos podem não ser culpados dos pecados grosseiros cometidos pelo irmão mais moço, mas mesmo as-sim eram culpados, pois tinham um espírito crítico, desamoroso, orgu-lhoso e relutante em perdoar, mes-mo que não tenham feito tudo que o filho mais moço fez.

    A propriedade pertencia ao fi-lho mais velho, pois o mais moço já recebera sua parte na herança, e o pai administrava-a e ficava com os lucros. O filho mais velho não quer que o irmão volte para casa, e não foi ao seu encontro, pois, se o mais moço voltasse, isso traria ainda mais confusão para a herança.
    Agora, descobrimos que o fi-lho mais velho tem um "desejo se-creto", o sonho de dar uma grande festa para os amigos. Ele sente raiva do irmão por ter voltado, e do pai por dar as boas-vindas ao irmão e perdoá-lo. Ele, como os escribas e os fariseus, não participa da alegria e da confraternização dos que são perdoados.
    O filho mais velho humilha o pai e o irmão ao ficar fora da casa. O pai prefere sair e conciliar-se com ele, em vez de ordenar que entre. Jesus fez isso com os líderes judeus, mas eles não se deixaram persuadir. Eles pensavam que estavam salvos por causa de sua conduta exemplar, no entanto não comungavam com o Pai e precisavam se arrepender e pedir perdão.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Lucas Capítulo 15 do versículo 1 até o 32
    15:1-32 As três parábolas: a do pastor que busca, a, da mulher que chora, e a dia pai que ama, ensinam o significado do arrependimento (conforme 12.54ss, trecho que trata da Sua urgência). A volta dos perdidos traz alegria ao coração de Deus (conforme 3-10), através da renovação da comunhão com o pecador arrependido (11.32). Jesus responde, através destas parábolas às murmurações dos religiosos (v. 2), dizendo, assim, que Ele não é indiferente ao pecado, e nem, por outro lado, é indiferente ao trabalho humanitário, mas o Seu coração enche-se de gozo real, ao contemplara restauração dos publicanos (cf. 3.
    - 12n) e pecadores.

    15.2 Recebe pecadores. Não só recebe, mas busca diligentemente (vv. 4, 8), não para participar do seu pecado, mas para oferecer liberação.

    15.4 Deserto. Não na areia, mas em campo de pasto não cultivado (conforme Jo 6:10). Vai em busca. A evangelização que não sai à procura dos perdidos, não segue o exemplo do ensino de Cristo (conforme 14.21, 23). A ênfase, aqui, é sobre a persistência de Deus buscando o homem sem considerar até que ponto ele se desviou (conforme Ez 34:6,11ss com Gn3.9, 10).

    15.7 Noventa e nove. Representa os fariseus e escribas, que do seu próprio ponto de vista "não necessitam de arrependimento".

    15.8 Dracma. A dracma tinha poder aquisitivo muito grande. A casa pobre não tinha janela; precisava da candeia.

    15.10 Júbilo... anjos. Refere-se a Deus, que transborda de alegria em virtude do Seu profundo amor e do valor que dá ao homem.

    • N. Hom. 15:11-32 O Filho que voltou ao Pai, A volta consiste em:
    1) Arrependimento (v. 18, uma nova atitude);
    2) Confissão de pecado e indignidade;
    3) Entrega total ao Senhor (conforme Rm 1:1 n);
    4) Conversão, "foi" (20). A salvação consiste no amor de Pai que:
    1) Aguardou-o;
    2) Compadeceu-se dele;
    3) Abraçou-o e o beijou;
    4) Proveu: a) melhor roupa (conforme Mt 22:11); b) anel para selar, indicando reconciliação e autoridade; c) sandálias (de homem livre, conforme GI 5.1. O escravo andava descalço); e d) uma festa (comunhão).

    15.13 Dissipou. É o contrário de "ajuntando tudo". O pecado consiste em gastar os bens criados por Deus, e emprestados a nós (corpo, tempo, saúde, mente, coisas materiais, etc.), sem gratidão (Sl 107:0) ou pensamento na responsabilidade da mordomia de tudo. O filho foi para longe, a fim de afastar-se da vigilância e disciplina do pai.

    15.17 Caindo em si. A frase implica que, antes, estava fora de si. Pecado é loucura. O filho volta ao pai por causa da confiança que nele tem e pelo amor a si mesmo.

    15.24 morto... perdido. Refere-se ao estado daquele que perdeu o contato com Deus (cf. Rm 6:13; Ef 2:1) e não vive mais participando da vida de ressurreição em Cristo (conforme Jo 11:2). A inveja e o orgulho impedem a sua fruição.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Lucas Capítulo 15 do versículo 1 até o 32
    g) Ensinando publicanos e pecadores (15:1-32)
    O público a quem essas últimas palavras foram dirigidas consistia em uma grande multidão (14.25); cobradores de impostos e pecadores se ajuntam à multidão, e pela terceira vez Lucas nos conta que a disposição de Jesus de se associar a essas pessoas atrai a censura dos fariseus (v. 5.30; 7.39); a questão vai surgir novamente quando ele aceitar a hospitalidade de Zaqueu (19.7). E esse tipo de crítica que evoca em Jesus as três parábolas registradas nesse capítulo, a da ovelha perdida, a da moeda perdida e a do filho perdido e seu irmão.

    As três parábolas tratam de coisas ou pessoas perdidas; cada uma, da sua forma, apresenta Deus buscando os perdidos, porém cada uma tem sua própria ênfase. O objeto inanimado da segunda parábola está simplesmente perdido. O animal na primeira se desviou do rebanho por pura estupidez. O filho na terceira se afastou propositadamente por um ato obstinado da própria vontade. Assim, a inutilidade, o perigo e a miséria da vida perdida são demonstrados. Mas também em cada uma há um elemento de arrependimento. Nas primeiras duas; somente no refrão; na terceira, subjacente em toda a parábola.
    A mulher que perdeu algo de valor faz uma busca detalhada; o pastor cuida do animal que resgatou; o pai estende ao filho todo o conjunto de elementos relacionados ao perdão e à reconciliação. Em cada caso, há esforços desmedidos para encontrar o que estava perdido; e, como G. B. Caird (p.
    181) destaca: “Chamar um homem de perdido é fazer-lhe um elevado elogio, porque significa que ele é precioso aos olhos de Deus”.
    v. 1,2. Os escribas e fariseus pensam que Jesus está se rebaixando pelas companhias que escolhe, chegando ao ponto significativo de comunhão ao compartilhar uma refeição com eles; eles não podem aceitar o ponto de vista dele de que é da vontade do próprio Deus que esses marginalizados sejam trazidos para dentro do reino.
    (1) A ovelha perdida (15:3-7)

    Mateus registra essa parábola (18:12-14), mas em um contexto diferente e com uma conclusão diferente: “Da mesma forma, o Pai de vocês, que está nos céus, não quer que nenhum destes pequeninos se perca” (Mt 18:14).

    Uma ovelha se perdeu; normalmente todo o rebanho segue a que perambula, mas aqui nossa ovelha conseguiu se afastar do grupo principal. Ela vagueia pelo campo (gr. erêmos, “deserto”, uma palavra que na Bíblia inclui não somente as dunas de areia ou rochas que povoam a imagem que fazemos do deserto, mas também regiões de arbustos ou terras de pastagem; conforme Mc 6:34 com 39; v. “Deserto” no NBD); ela mordisca o pouco de pasto que encontra. Quando descobre que está sozinha, não consegue, com suas habilidades limitadas, encontrar o caminho de volta ao restante do rebanho. Se ninguém a encontrar, vai ficar onde está ou se afastar para mais longe ainda e morrer de fome. Assim, o pastor a procura até encontrá-la e a carrega dócil e alegremente nos ombros de volta para o rebanho. Aí chama seus amigos e vizinhos para que celebrem com ele.

    v. 7. Na comparação entre a alegria do pastor e a alegria no céu por um pecador que se arrepende, precisamos observar que o destaque está na alegria, e não no arrependimento, pois a ovelha, evidentemente, não experimentou um arrependimento consciente. “Nem a ovelha nem a moeda podem se arrepender; isso talvez sugira que o arrependimento do pecador seja uma dádiva de Deus, resultado de ter sido achado, e não a condição para ser achado” (G. W. H. Lampe, in Peake, 2. ed., p. 836).

    (2) A moeda perdida (15:8-10)

    Uma mulher perdeu uma moeda de prata, uma dracma, o equivalente grego ao denário romano de Mt 20:2, que é o pagamento para um dia de trabalho do trabalhador na agricultura. O total, dez dracmas, sugere as economias de uma mulher pobre, e não somente o dinheiro para as despesas da casa (T. W. Manson, Sayings, p. 284), ou poderia ser, como sugere Jeremias (p. 134-5), parte da sua cobertura para a cabeça ou do seu dote. Seja o que for, a quantia pequena sugere pobreza, e não opulência.

    v. 8. não acende uma candeia...?, pois as casas dos pobres na Palestina não são bem iluminadas, tendo apenas janelas minúsculas. Ela vira a casa de ponta-cabeça e não descansa até encontrar a moeda. v. 9. Gomo a história anterior, essa também termina em celebração com amigos e vizinhos, v. 10. “Precisamos entender que Deus não é menos persistente do que os homens e as mulheres na busca do que ele perdeu, nem menos jubilante quando a sua busca é bem-sucedida” (G. B. Caird, p. 180).

    (3) O filho pródigo (15:11-32)
    A terceira parábola, provavelmente, é a mais conhecida e amada de todas que o nosso Senhor contou. Dando seqüência ao tema das primeiras duas, vai muito além do tema delas em diversos aspectos: (a) O que está perdido nessa ocasião é uma pessoa, um filho obstinado e rebelde, (b) Segue, portanto, que a parte de quem procura é muito maior; ele não somente procura, mas também perdoa e reconcilia, (c) Enquanto há celebração acerca do vilão arrependido, há também a conduta tosca do seu irmão mais velho. É uma parábola com dois pontos principais.
    v. 11. Um homem tinha dois filhos-. A designação da parábola como do “filho pródigo” é consagrada pelo uso há muito tempo, mas na verdade é inadequada, pois a atenção é dirigida a três personagens, não somente ao filho mais novo. Sua notória insensatez e o amor insuperável do seu pai tornam a primeira parte da história inesquecível, é verdade; mas é o episódio do filho mais velho que diz aos fariseus e escribas que estão ouvindo: “Vocês são o homem”, v. 12. Pai, quero a minha parte da herança'. “O filho mais novo queria usar o cheque especial; o mais velho, uma conta corrente”. Havia duas formas em que um pai judeu podia passar suas posses aos filhos: por um testamento que se tornava válido na sua morte, ou por uma escritura de doação enquanto ainda estava vivo. Neste caso, a propriedade era revertida de direito para o filho quando a escritura entrava em vigor, mas o pai desfrutava de forma vitalícia de uma parcela dos lucros dessa propriedade (v., e.g., Jeremias, Parablesp. 128-9; T. W. Manson, Sayings, p. 286-7). Aqui está claro que o pai tinha ido muito além das suas obrigações legais mínimas, colocando capital à disposição do seu filho mais novo para que pudesse desfrutar dos recursos imediatamente, em vez de esperar a morte do pai. v. 13. reuniu tudo o que tinha-. i.e., transformou todo o seu ativo em “dinheiro” vivo. v. 15. Depois de ser abandonado pelos amigos das horas boas, precisa viver agora pelos meios que conseguisse; ele é obrigado a se rebaixar ao mais humilhante emprego que um judeu poderia imaginar, cuidar de porcos, v. 16. A fome segue a humilhação, ele até mesmo tem inveja dos animais aos seus cuidados pelas vagens de alfarrobeira. Alguns chamam essas vagens de “pão de São João”, porque criam que João Batista as comia no deserto do Jordão. “Ser obrigado a comer o ‘pão de São João’ era sinônimo da pobreza e miséria mais amargas” (Strack-Billerbeck, citado por Geldenhuys, p. 411). v. 17-19. Acordado como que por um empurrão, o jovem tolo cai em si e decide voltar para o seu pai, a fim de confessar que abdicou de qualquer reivindicação de filiação e suplicar por um emprego, v. 20. Estando ainda longe, seu pai o viu [...] correu [...] e o abraçou e beijou: No começo, a ênfase, como nas duas parábolas anteriores, está totalmente na alegria do pai. Examinando cuidadosamente o horizonte longínquo, ele vê o objeto de tantas orações. A alegria dele é tamanha que ele corre, dificilmente um procedimento digno de um idoso oriental, e interrompe a fala bem ensaiada do filho. Assim, o pedido de um emprego de escravo deixa de ser pronunciado, mas o pai adivinha o que está no coração do seu filho. O filho, aliás, deveria ter conhecido melhor o seu pai; ele é saudado como um filho amado. Os servos recebem a ordem de vestir o filho com a melhor roupa, separada para o convidado de honra, dar-lhe o anel da autoridade e os calçados da paz (escravos não possuíam calçados) e de matar o novilho gordo para que todos pudessem participar da alegria do pai. v. 24. Assim, o filho é recolocado na sua posição anterior. Alguns estudiosos dizem que essa parábola não está em concordância com o ensino geral de Jesus no NT, pois apresenta o perdão sem sacrifício, ou até que temos aqui o ensino inicial e original de Jesus antes que fosse sobrecarregado de teorias da expiação (v. Creed, p. 197). Esse ponto de vista, no entanto, pressupõe que cada parábola é um compêndio completo de teologia, uma teoria que não pode ser provada. Em geral, uma parábola destaca um ponto e o torna claro, ou raramente (como nesse caso) dois pontos. A primeira parte dessa parábola destaca a verdade de que o arrependimento genuíno deve preceder o perdão; o pai não espera para ouvir o que o filho tem a dizer, pois ele consegue discernir em todo o comportamento do filho uma atitude mudada. O jovem que havia partido de casa com exigências (“dá-me, v. 12; ARG) volta suplicando (“faze-me”, v. 19; ARC).

    v. 25-32. Com suprema maestria, Lucas muda toda a atmosfera. E começaram a festejar o seu regresso. Enquanto isso, o filho mais velho estava no campo\ O filho mais velho ouve o barulho da festa e, friamente, permanece do lado de fora enquanto pergunta o significado de toda aquela festa. Durante a ausência do irmão, ele havia vivido debaixo do teto do seu pai; mesmo assim, em espírito esteve tão longe do pai como o próprio filho pródigo. O contraste entre os dois filhos é tão grande como aquele entre os dois irmãos em Mt 21:28-40.

    A hostilidade do irmão mais velho explode; à censura do narrador segundo a qual o irmão tinha sido culpavelmente extravagante, ele acrescenta, sem dúvida com base na sua imaginação enciumada, a acusação de que o irmão conviveu com as prostitutas (v. 30). Seu modo pouco amável contrasta de forma brutal com a cortesia do seu pai: Então seu pai saiu e insistiu com ele (v. 28), e lhe falou acerca deste teu irmão (v. 32); o filho mais velho havia falado dele de forma rude: esse teu filho (v. 30).

    Por meio de toda a sua atitude, o filho mais velho revela seu parentesco com o fariseu de Lc 18:11,Lc 18:12. Toda a parábola aponta de forma severa para os fariseus na platéia de Jesus que, longe de se alegrarem porque os marginalizados estavam encontrando bênçãos, o criticavam: “Este homem recebe pecadores e come com eles” (v. 2).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Lucas Capítulo 15 do versículo 1 até o 32
    Lc 15:1

    4. TRÊS PARÁBOLAS DA GRAÇA (Lc 15:1-42) -Estas três histórias formam uma série, em conexão, e são somente encontradas em Lucas. Foram a resposta do Senhor às observações contenciosas dos fariseus e escribas acerca de Sua associação com publicanos e pecadores (1-2). As parábolas da ovelha perdida (3-7) e da dracma perdida (8-10) estabelecem o amor de Deus que sai à procura e salientam o aspecto da graça demonstrada na obra do Filho e também a do Espírito Santo. A terceira parábola estabelece o amor perdoador de Deus e dá ênfase ao aspecto da graça tal como foi manifesta pelo Pai. É em duas partes. A primeira narra acerca do filho pródigo (11-24) e revela a atitude do coração de Deus com relação ao mundo dos pecadores. A segunda parte narra acerca do irmão mais velho (25-32), salienta o espírito dos fariseus e escribas em suas lamúrias contra Jesus e revela a atitude de Deus para com eles.

    O capítulo inteiro está repleto de beleza singular. A nota de gozo pode ser sentida através de todo ele. Cada uma das duas primeiras parábolas termina com um refrão que reflete a alegria celestial sobre a salvação do pecador. A terceira parábola, que ocupa dois terços do capítulo, parece transformar-se em poesia quando a história vai chegando ao fim. Cada uma das duas partes termina com um refrão, que expressa a alegria do pai ao encontrar o filho perdido e reflete o coração paterno de Deus. Alegrai-vos comigo (6). Grande gozo procura sempre uma amizade simpática. Temos aqui uma figura encantadora da vida simples de aldeia. Que não necessitam de arrependimento (7); uma referência irônica aos fariseus e escribas. Jesus aceita a estimativa deles mesmos, para o objetivo da verdade que está procurando enfatizar. Dez dracmas (8); valeriam cerca de um dólar, mas em poder de aquisição seu valor seria muito maior. Júbilo diante dos anjos de Deus (10). O gozo do próprio Deus. O ponto de ambas as parábolas é o valor da alma individual para Deus. Notar a frase por um pecador que se arrepende (7-10).

    >Lc 15:12

    A parte que me cabe dos bens (12). Na lei judaica isto seria um terço da propriedade do pai: o filho mais velho recebia uma porção dupla (Dt 21:17). A guardar porcos (15); uma degradação inenarrável para um judeu. Alfarrobas que os porcos comiam (16). As bolotas de uma determinada árvore, usadas para a alimentação de suínos nos países mediterrâneos. Roupa... anel... sandálias... novilho cevado (22-23). Estes foram tencionados não somente a suprir os desejos do filho mas também para dar-lhe um lugar de honra no lar.

    >Lc 15:29

    Nunca me deste um cabrito sequer (29). O me é enfático. Nem ao menos um cabrito, muito menos um novilho cevado fora-lhe dado para que ele se divertisse com os seus amigos. Esse teu filho (30); falado de modo contencioso. Ele não iria dizer "meu irmão". Filho, tu estás sempre comigo (31); Literalmente, "criança", uma palavra terna. Tu é enfático. Esse teu irmão (32); uma forma gentil de retrucar. A relação fraternal permanece, assim como a relação paternal. Esta, a melhor de todas as histórias, termina com a cadência rítmica do refrão correspondente ao vers. 24.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Lucas Capítulo 15 do versículo 1 até o 32

    90. Alegria do céu: Recuperar o Perdido (Lucas 15:1-10)

    Agora todos os cobradores de impostos e pecadores estavam chegando perto dele para ouvi-lo. Ambos os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: "Este homem acolhe os pecadores e come com eles." Então Ele lhes disse esta parábola, dizendo: "Que homem dentre vós, se ele tiver cem ovelhas e perdendo uma delas , não deixa as noventa e nove no pasto e vai atrás da que se perdeu, até encontrá-la? Quando ele encontrou-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo. E quando ele chega em casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: 'Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha que estava perdida!' Eu lhes digo que, da mesma forma, haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. Ou qual é a mulher, se ela tem dez moedas de prata e perde uma moeda, não acende uma lâmpada, varre a casa e procura cuidadosamente até encontrá-la? Quando ela descobriu, ela reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma que eu tinha perdido! ' Da mesma forma, digo-vos, há alegria na presença dos anjos de Deus por um só pecador que se arrepende "(15: 1-10).

    A Bíblia revela os muitos atributos de Deus, tanto seus atributos incomunicáveis ​​(aqueles de verdade somente a Ele, como onipotência, onipresença, onisciência, imutabilidade, e eternidade) e atributos transmissíveis (aqueles que também é verdade para um grau muito menor de seres humanos, tais como justiça, santidade, sabedoria, amor, compaixão, graça e misericórdia). Os crentes estão muito familiarizados com estes. Mas um dos atributos de Deus que é frequentemente esquecido é a Sua alegria. Ainda que um Deus eternamente alegre parece difícil de aceitar, textos como Primeiras Crônicas 16:27 e Ne 8:10 referem-se a essa realidade. Lc 10:21 até mesmo registros que Jesus "alegrou no Espírito Santo", enquanto que em Jo 15:11 e 17:13 Cristo falou de sua própria alegria. Mesmo suportando a cruz como um "homem de dores" (Is 53:3; Jo 3:1; Tt 1:3:10, Tt 1:13; Tt 3:4), traz Ele mesmo eterna alegria em recuperar o perdido. É essa alegria que se expressa como o ponto dos três parábolas do Senhor elaboradas neste capítulo (vv. 7, 10, 32). E a alegria de Deus em recuperar o perdido não é um tema obscuro nas Escrituras. Em Deuteronômio 30: (. Vv 1-8) 9 Deus prometeu a Israel que, quando Ele os castigou por sua desobediência e se arrependeram Ele iria "novamente se alegra com [eles] para o bem, como se alegrou em [seus] pais". Em Sl 105:43, Jr 32:41)

    O profeta Sofonias escreveu,

    Gritem de alegria, ó filha de Sião! Exulta, ó Israel! Alegrai-vos e rejubila de todo o coração, ó filha de Jerusalém! O Senhor levou Seus julgamentos contra você, Ele tem varrido seus inimigos. O Rei de Israel, o Senhor, está no meio de vós; Você teme desastre não mais. Naquele dia se dirá a Jerusalém: "Não tenha medo, ó Sião; não deixe que suas mãos cair limp. O Senhor teu Deus está no meio de vós, um guerreiro vitorioso. Ele vai exultar em ti com alegria, Ele vai ficar quieto em Seu amor, Ele se deleitará em ti com júbilo "(Sofonias 3:14-17.).

    A alegria de Deus é a fonte de alegria dos crentes; é um componente do reino de Deus dispensado pelo Espírito Santo para os remidos (Rm 14:17; conforme Rm 15:13; Sl 51:12; 1 Tessalonicenses 1:... 1Ts 1:6). Enquanto os cristãos são abençoados com uma rica medida de alegria nesta vida (Jo 15:11; Jo 16:20, Jo 16:24; Jo 17:13; At 13:52; Rm 15:13; Gl 5:22; Fp 4:4, Mt 25:23). Maior alegria dos crentes nesta vida não vem das, insignificantes, coisas temporais triviais deste mundo, mas na vida espiritual e comunhão de pecadores perdidos encontrados, restaurado, e unidos na verdadeira igreja de Cristo. Alegria dos crentes, como a alegria de Deus, é o resultado da grandeza e da glória da obra salvadora de Deus.

    Três pontos fornecer informações básicas necessárias para as parábolas neste capítulo. A primeira é a clareza. Essas histórias não pode ser entendida em um vácuo, mas apenas à luz do contexto cultural em que foram dadas. O que significava para o povo da época de Jesus é o que Ele pretendia que eles significam para todos e cada nova geração. A parábola em um sentido pode ser como uma caricatura política, a ponto de que passa despercebida daqueles de uma sociedade diferente. A mensagem das parábolas do nosso Senhor foi claro aos ouvintes perceptivas que convivem na cultura comum da época. Assim, o pré-requisito essencial para a compreensão da mensagem das parábolas é estabelecida pela reconstrução do ambiente cultural em que foram disse.
    A segunda é a localização. Este capítulo está centralmente colocado no evangelho de Lucas. A secção introdutória (1: 1-9:
    50) cobre prólogo de Lucas, os eventos que cercam o nascimento de Cristo e Seu ministério galileu. A seção intermediária (9: 51-19: 27), narra o ministério do Senhor na Judéia. A seção final (19: 28-24: 53), centra-se na paixão de Cristo; os acontecimentos em torno da cruz, Suas aparições morte, ressurreição e pós-ressurreição. As médias dez capítulos, contendo mais de vinte parábolas, são o coração ea alma do ensino reino de nosso Senhor. Capítulo 15 está no meio desses dez capítulos, e as três parábolas contém formar o ponto alto do ensinamento de Jesus nesta seção de Lucas.
    O ponto final é a complexidade. Enquanto ilustrações e analogias e nunca com alegorias místicas, escondido, significados secretos, parábolas pode conter vários recursos e camadas. Em cada uma dessas parábolas, a história em si é a primeira e segue a mesma forma ou esquema em todos os três. Algo valioso (a ovelha, moeda, ou filho) está perdido, procurada, encontrada e restaurada, e comemorou. A segunda camada é composta por uma implicação ética que todos teriam compreendido. Será que o pastor fazer a coisa certa em deixar as noventa e nove ovelhas para procurar aquela que se perdeu? No caso de a mulher ter deixado cair tudo para procurá-la moeda perdida? Foi-se o direito pai para ter de volta o filho que tinha perdido a sua herança? Em terceiro lugar, há implicações teológicas nas aulas cada parábola ensina sobre o reino de Deus. A camada final envolve o que as parábolas ensinam sobre Cristo. Todas as três parábolas também ilustram um aspecto do pecador perdido, que como uma ovelha é estúpido e indefeso; como uma moeda é sem sentido e inanimada, e como um filho rebelde é perverso e indigentes. Em cada caso, o candidato (o pastor, mulher e pai) representa Deus, que depois de restaurar o pecador perdido se alegra junto com todos aqueles no céu.
    Com esse pano de fundo, o capítulo se abre sobre a realidade fundamental que define os stage- todos os cobradores de impostos (desprezado traidores que extorquiram dinheiro de seus companheiros judeus a encher os cofres de Roma) e os pecadores (os irreligiosos e injustos ralé, a quem os escribas e fariseus consideradas abaixo deles e se recusaram a associar) estavam chegando perto de Jesus para ouvi-lo . Como resultado, ambos os fariseus e os escribas murmuravam, dizendo: "Este homem acolhe os pecadores e come com eles." detalhes William Barclay desdém dos fariseus para essas pessoas:

    Os fariseus deu para as pessoas que não guardaram a lei uma classificação geral. Eles chamavam os povos da terra ; e havia uma barreira completa entre os fariseus e os povos da terra. Os regulamentos farisaica colocou na sua frente: "Quando um homem é um dos povos da terra, confiar sem dinheiro para ele, tomar nenhum testemunho dele, confiar nele com nenhum segredo, não nomeá-lo guardião de um órfão, não faça —lhe a custódia de fundos de caridade, não acompanhá-lo em uma viagem. "Um fariseu foi proibido de ser o convidado de qualquer homem ou de tê-lo como seu convidado. Ele foi até proibido, na medida em que era possível, ter quaisquer negócios com ele. Foi o farisaico deliberada como objectivo evitar qualquer contacto com as pessoas que não observar os detalhes insignificantes da lei .... os judeus rigorosos disse não, "Não haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende", mas, "Não haverá alegria no céu por um pecador que é obliterado diante de Deus." ( O estudo da Bíblia New diário , O Evangelho de Lucas [Louisville: Westminster João Knox, 2001], 236-37 itálico no original)..

    Que o Senhor associado com os desterrados desprezados da sociedade judaica chocado e consternado as autoridades religiosas, e chamou a sua crítica aguda (conforme 5: 29-32; 7: 34-39; 19: 7). Mas Cristo associada com os pecadores, porque Sua missão era "buscar e salvar o que estava perdido" (Lc 19:10) e, consequentemente, trazer alegria para Deus.

    É no contexto do seu conflito com os escribas e fariseus que Jesus criaram as três parábolas que compõem o capítulo. Eles não só revelam que Deus e todo o Céu se alegrar quando os perdidos são encontrados, mas, ao mesmo tempo indiciar os escribas e fariseus por não encontrar a alegria na missão de salvar os pecadores Jesus. Eles afirmaram que conhecem a Deus, mas na verdade eram abissalmente ignorante do coração de Deus para com os perdidos. Eles eram apenas outra geração como aqueles a quem Isaías descreveu como os hipócritas que "se aproximam com suas palavras e me honra com os serviço de bordo, mas eles removem seus corações longe de mim" (Is 29:13). Essas histórias são o meio pelo qual o Senhor expõe sua completa alienação de Deus, a Sua alegria, ea missão de salvação.

    A OVELHA PERDIDA

    Então Ele lhes disse esta parábola, dizendo: "Que homem dentre vós, se ele tiver cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no pasto aberto e ir atrás do que se perdeu, até encontrá— —lo? Quando ele encontrou-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo. E quando ele chega em casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: 'Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha que estava perdida!' Eu lhes digo que, da mesma forma, haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. (15: 3-7)

    Ao introduzir as primeiras duas parábolas com uma pergunta hipotética, o Senhor chamou os escribas e fariseus em profundidade a experiência e pensamento dos personagens principais. Tendo assumido esse papel em suas mentes e afirmou que o que o personagem da história fez foi certo eticamente eles estavam presos. Não havia nenhuma maneira de evitar a aplicação clara e inequívoca do Senhor da verdade que era direito de recuperar uma moeda valiosa e ovelhas foi-lo menos importante para resgatar a alma do julgamento?
    Esta primeira história envolve camponeses pobres em uma aldeia. O homem cuidar de uma centena de ovelhas provavelmente não possui todos eles, uma vez que teria sido incomum para um morador de ter um rebanho tão grande. Os moradores, muitas vezes consolidar suas ovelhas em grandes bandos e contratar pastores partir da extremidade inferior da estrutura social da aldeia para cuidar deles. Eles estavam relutantes em contratar pessoas de fora uma vez que tais mãos contratadas, não tendo nenhum interesse pessoal no rebanho, não estavam preocupados com as ovelhas (João 10:12-13).

    Mesmo que tais figuras proeminentes do Antigo Testamento como Rachel (Gn 29:9; Gn 31:4; Gn 47:3; 1Sm 17:15, 1Sm 17:20, 1Sm 17:34) tinha sido pastores, e até mesmo Deus é descrito como um pastor.. . (Gn 48:15; Sl 23:1; Jo 10:11, Jo 10:14; He 13:20; 1Pe 2:251Pe 2:25; 5:.. 1Pe 5:4; Ap 7:17), ou produzir provas de que ele tinha sido morto por um predador ou roubados (conforme Gen . 31:39). Era dever deste pastor deixa as noventa e nove no pasto aberto sob os cuidados de outros e ir atrás de um que foi perdido e procurá-lo até que ele encontrou -lo .

    Na história do Senhor o pastor encontrou a ovelha perdida, assim que sua pesquisa foi bem sucedida. Tendo encontrado -lo, o pastor colocou sobre os seus ombros , seu estômago contra seu pescoço e seus pés atados na frente dele, e começou a longa, casa árdua jornada que leva o animal pesado (uma ovelha adulta pode pesar mais de 100 libras ). Além disso, que ele trouxe as ovelhas casa para a aldeia, não volta para o pasto aberto a partir de onde ele tinha partiu em sua busca, implica que era depois de cair da noite e que fez a viagem de volta no escuro. No entanto, ele não o fez a contragosto, mas regozijo.

    Depois de ter sido perdido, procurou e encontrou, um regresso seguro das ovelhas foi comemorado. Em sua alegria por encontrar as ovelhas em falta, o pastor chamou os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: "Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha que estava perdida!" Os escribas e fariseus, embora relutante em ser pastores, mesmo em suas mentes para fins de ilustração, teria compreendido plenamente o valor monetário de ovelhas, uma vez que eles eram "amantes do dinheiro" (Lc 16:14). Eles teriam compreendido a celebração alegre, que teria se seguiu quando o pastor voltou com a ovelha perdida. Eles concordaram que, eticamente, perseguição implacável do pastor da ovelha perdida era sua obrigação.

    Após ter chamado os escribas e fariseus para a história, o Senhor entregou um pedido devastador para eles. Eu digo a você , Ele declarou solenemente, que da mesma forma, haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento . O contraste entre os escribas e fariseus, que eram indiferentes ao sofrimento dos perdidos, e Deus, que os procura e se alegra quando são encontrados, é impressionante. Que aqueles que dizia representar oficialmente Deus não entendeu sua missão ou compartilhar sua alegria com a recuperação dos pecadores perdidos revela que seu pensamento era estranho à Sua. Os escribas e fariseus viviam dentro dos estreitos limites da superficialidade e trivialidade enquanto todos ao seu redor almas foram perecendo. Eles eram hipócritas, falsos pastores que não sabiam nada da compaixão, carinho, coração de Deus de amor; eles foram retratados pelas noventa e nove auto pessoas —Justo que não viamnecessidade de pessoal arrependimento e trouxe nenhuma alegria para o céu.

    A história também contém conotações cristológicas. Deus encarnado em Jesus Cristo é o bom pastor (Jo 10:11, Jo 10:14), que veio "para buscar e salvar o que estava perdido" (Lc 19:10). Ele tem compaixão de pecadores perdidos, a quem ele comparou a ovelhas sem pastor (Mt 9:36;. Mc 6:34), e suportaram a carga completa de seu retorno a Deus, dando Sua vida por eles (Jo 10:11 ; conforme Is 53:4-6; 1 Pedro 2: 24-25.)

    O PERDIDO COIN

    Ou qual é a mulher, se ela tem dez moedas de prata e perde uma moeda, não acende uma lâmpada, varre a casa e procura cuidadosamente até encontrá-la? Quando ela descobriu, ela reúne as amigas e vizinhas, dizendo: "Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma que eu tinha perdido!" Da mesma forma, digo-vos, há alegria na presença do anjos de Deus por um só pecador que se arrepende. (15: 8-10)

    Tal como a primeira história, esta também ocorre em uma aldeia. Como faz a parábola anterior, este apresenta uma pessoa pobre de baixa posição social diante de uma crise, uma grande mulher que perdeu uma moeda de grande valor.

    Se os escribas e fariseus foram insultados que Jesus pediu-lhes para pensar como um pastor, exortando-os a imaginar-se no lugar de uma mulher era um insulto ainda maior. Pastores foram considerados impuros, e em que a cultura de dominação masculina mulheres foram consideradas insignificantes e não é digno de respeito. Deve-se notar que, enquanto os escribas e fariseus ressentia de ser comparado a um pastor e uma mulher, o próprio Deus não o fez. No Salmo 23, Ele não só se julgou como um pastor, mas também como uma mulher (v. 1) (v 5;. Preparar uma mesa era o trabalho das mulheres), enquanto em seu lamento sobre Jerusalém, Jesus retratado a si mesmo como uma mãe galinha (Lc 13:34). Foi a misericórdia que levou Jesus para assaltar seu orgulho tolo, uma vez que apenas os humildes podem ser salvos (Mt 5:5; Mt 25:31; Lc. 2: 10-14; 1Pe 1:121Pe 1:12; Ap 3:5; 5: 8-14).

    Indiciamento dos escribas e fariseus do Senhor era claro e inelutável. Como eles poderiam afirmar a responsabilidade ética de um pastor para procurar a ovelha perdida e uma mulher para procurar uma moeda perdida, enquanto condenando-o por tentar recuperar almas perdidas? Como eles poderiam entender as alegrias dos homens e mulheres humildes em uma aldeia sobre a recuperação de temporais, e absolutamente não conseguem compreender a alegria de Deus no céu sobre a salvação eterna?

    Os elementos teológicos e cristológicas deste breve parábola são claras. A mulher representa Deus em Cristo buscando pecadores perdidos no fissuras, poeira e restos de um mundo sujo de pecado. Ele iniciou a busca por esses pecadores que pertencem a Ele através da Sua escolha soberana deles, uma vez que, como o sem vida, moeda inanimado, eles não podem fazer nada por conta própria (Ef. 2: 1-3).Jesus veio todo o caminho do céu à terra para procurar seus entes perdidos, perseguindo os pecadores em todos os cantos escuros, e, em seguida, brilhando a luz do evangelho da glória:; em (2 Cor 4 5-6 1Tm 1:111Tm 1:11.). eles. Tendo encontrado o pecador perdido, Deus em Cristo restaura-lo a Seu tesouro celestial, e, em seguida, expressa alegria no qual os habitantes sagrados do céu share.

    Recuperar o perdido requer graça caro. O Filho de Deus sem pecado tornou-se um homem, viveu com os pecadores, suportou a ira de Deus sobre o pecado na cruz e ressuscitou no triunfo da sepultura.Nenhum dos falsos deuses das religiões do mundo são como o Deus vivo e verdadeiro, que busca e salva os pecadores indignos porque Ele valoriza-los como Seus; que faz com que seus inimigos seus amigos para a alegria que Ele recebe em salvá-los.
    No entanto, a busca de Deus e salvar pecadores perdidos não acontece para além de seu arrependimento. Essa realidade não faz parte das histórias de Ovelhas e de moedas, uma vez que eles não são pessoas.É, no entanto, um tema da última e mais longa das três parábolas neste capítulo, o conto de dois filhos e um pai amoroso (11-32 vv.), Que é o assunto do próximo capítulo deste volume.

    91. A historia dos dois filhos(Lucas 15:11-32)

    E Ele disse: "Um homem tinha dois filhos. O mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte da herança que cabe a mim. " Assim, ele repartiu sua riqueza entre eles. E não muitos dias depois, o filho mais novo reuniu tudo e fui em uma viagem para um país distante, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo soltos. Agora, quando ele tinha gasto tudo, houve uma grande fome ocorreu naquele país, e ele começou a ser pobres. Por isso foi empregar-se com um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos a guardar porcos.E ele teria prazer encheu o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam, e ninguém dava nada para ele. Mas quando ele voltou a si, ele disse: 'Quantos empregados de meu pai têm pão suficiente, mas eu estou morrendo aqui com fome! Vou levantar-se e ir para o meu pai, e dir-lhe: "Pai, pequei contra o céu e diante de ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus jornaleiros. "" Então, ele se levantou e foi para seu pai. Mas, enquanto ele ainda estava muito longe, seu pai o viu e sentiu compaixão por ele, e correu e abraçou-o e beijou-o. E o filho lhe disse: 'Pai, pequei contra o céu e diante de ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho '. Mas o pai disse aos seus servos: 'Depressa trazer o melhor túnica e vesti-lha, e colocar um anel no dedo e sandálias nos pés; e trazer o novilho gordo, matá-lo, e vamos comer e celebrar; para este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado '. E eles começaram a comemorar. E o seu filho mais velho estava no campo, e quando ele veio e se aproximou da casa, ouviu a música e as danças. E ele chamou um dos servos e começou perguntando o que essas coisas poderiam ser. E ele disse-lhe: 'Seu irmão voltou, e seu pai matou o vitelo gordo, porque o recebeu de volta são e salvo. " Mas ele ficou com raiva e não estava disposto a ir em; e seu pai saiu e começou suplicando-lhe. Mas, respondendo ele, disse ao pai: 'Olha! Por muitos anos, tenho vindo a servir você e eu nunca ter negligenciado um comando de seu; e ainda assim você nunca me deu um cabrito, para que eu possa comemorar com meus amigos; mas quando esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, mataste o novilho gordo para ele. ' E ele disse-lhe: 'Filho, você tem sido sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas nós tínhamos que celebrar e regozijar-se, para este teu irmão estava morto e começou a viver, estava perdido e foi encontrado '"(15: 11-32).

    O Senhor Jesus Cristo era o contador de histórias mestre. Suas histórias eram analogias inigualáveis ​​esclarecendo a verdade espiritual. Apesar de terem, acima da superfície, profundo significado espiritual relativo ao reino de Deus e da salvação, que eram, em si mesmos, histórias extraídas da experiência vida cotidiana que os ouvintes poderiam se relacionar. Até mesmo as histórias de Cristo ficcionais, como o resto da Bíblia, estão em contraste com as falsas religiões, quase todos os que desenham as suas características de mito e fantasia. A Bíblia é um livro mundo real, fiel à verdade e à experiência humana comum. Mesmo quando os significados das histórias do Senhor foram projetados para esconder a verdade de quem tinha rejeitado (13 13:40-13:15'>Mt 13:13-15; Jo 12:1; conforme Lv 19:1; Ml 1:1; Mt 15:4]), enquanto seu pai ainda estava vivo. Desde que seu pai manteve o controle e fiscalização da propriedade, desde que ele viveu (conforme v. 31), ele estava no caminho dos planos de seu filho. Ele queria que a sua liberdade de deixar a família e satisfazer seus próprios desejos egoístas. Normalmente um filho que se envergonhado por fazer tal pedido teria sido publicamente humilhado por seu pai, talvez deserdado, ou possivelmente até mesmo demitido da família e considerado morto (conforme vv. 24, 32).

    Outra prova da irresponsabilidade do filho vem do uso do termo ousias ( imobiliárias ), usado somente aqui no Novo Testamento, em vez de o termo usual para herança, klēronomia (12:13 20:14-21:38 Matt.; Mc 12:7, Mt 25:26;. Mt 26:31; Lc 1:51; Jo 11:52; At 5:37). Através de sua imprudente, um desperdício, debochado estilo de vida, incluindo consorciar com prostitutas (30 v.) —ele Desperdiçou sua fortuna.

    Prazeres do pecado são fugazes (He 11:25), no entanto, e quando o último de seu dinheiro tinha desaparecido, a festa tinha acabado. Seus antigos amigos, que tinham de bom grado binged com ele, não tinha mais utilidade para ele uma vez que ele tinha gasto tudo . Difícil nos saltos de sua falência virtual veio outro desastre, este não de sua própria criação: uma grande fome ocorreu naquele país . A fome era um temido e mortal flagelo que era muito comum no mundo antigo. Fome levou tanto Abraão (Gn 12:10) e Jacó e sua família (Gn 47:4; 2Rs 4:382Rs 4:38; 2Rs 8:1; At 11:28), muitas vezes com consequências terríveis, incluindo-canibalismo (II Reis 6:25-29).

    Pela primeira vez em sua vida , ele começou a ser pobres (lit., "vir até breve", ou, "estar na necessidade"). Suas próprias decisões ruins, juntamente com a crise externa grave provocada pela fome, levou-o a um nível inimaginável de desespero. Ele havia abandonado sua família, e seus supostos amigos o havia abandonado. Ele era um estranho em uma terra estrangeira, sem ter para onde ir e ninguém a quem recorrer para pedir ajuda. Ele estava sem dinheiro, desamparados, sem recursos. Buscando prazer desenfreado, concupiscências inabalável, e comportamento sem restrições, ele acabou em vez de dor, vazio à beira da morte. No entanto, apesar de suas circunstâncias terríveis, ele ainda não estava pronto para humilhar-se, voltar para casa, buscar a restauração, e enfrentar as conseqüências de seu comportamento vergonhoso.

    Em vez disso, ele veio com um plano desesperado. Ele foi e empregar-se com um dos cidadãos daquele país , que o mandou para os seus campos a guardar porcos . Para um judeu para rebanho de suínos em um país Gentil foi uma das ocupações mais degradantes que se possa imaginar. Os escritos rabínicos pronunciou uma maldição sobre os envolvidos com suínos (Leon Morris, O Evangelho Segundo São Lucas , Tyndale Comentários do Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1975], 241). A palavra contratado é um trecho para o que Jesus queria dizer, uma vez que traduz uma forma do verbo kollaō , que literalmente significa "colado". Este não era um contrato de trabalho. Ele era um mendigo e como mendigos persistentes em todo o mundo, ele provavelmente se agarrou a este homem e não deixou eu ir. Para livrar-se dele, o homem iria mandá-lo para alimentar os porcos, talvez com a intenção de pagar-lhe qualquer coisa. Ele foi reduzida para lutar contra os porcos para os pods que elesestavam comendo . Estes foram, provavelmente, vagem de alfarroba, que são praticamente não comestíveis para os seres humanos (embora quando reduzido a pó, podem ser utilizadas como um substituto para o chocolate). Até mesmo suas tentativas de mendicância falhou, para que ninguém estava dando nada a ele .

    O comportamento do filho mais novo exemplifica desejos miseráveis ​​do pecador e sua situação ilustra graficamente situação desesperada do pecador. Pecar contra Deus é rebelar-se contra a sua paternidade, desdenham Sua honra e respeito, rejeitam o Seu amor, e rejeitar a Sua vontade. Pecadores não arrependidos evitar toda a responsabilidade e prestação de contas a Deus. Eles negam o seu lugar, odiá-lo, queria que ele não existisse, se recusam a amá-Lo, e desonrá-Lo. Eles levam os dons que Ele lhes deu e desperdiçam-los em uma vida de auto-indulgência, dissipação e luxúria desenfreada. Como resultado, eles encontram-se espiritualmente falida, vazio, destituído, sem ninguém para ajudar, para onde se voltar, e de frente para a morte eterna. E, quando todas as estratégias de auto-ajuda falhar, o pecador atinge o fundo do poço. Há apenas uma solução para aqueles que, como este jovem, se encontram em tal situação, que a próxima cena na parábola revela.

    A Arrependimento Vergonhoso

    Mas quando ele voltou a si, ele disse: 'Quantos empregados de meu pai têm pão suficiente, mas eu estou morrendo aqui com fome! Vou levantar-se e ir para o meu pai, e dir-lhe: "Pai, pequei contra o céu e diante de ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados '"(15: 17-19).

    Nas profundezas de sua desesperança e desespero, o filho mais novo, enfrentando a fome, caiu em si e se lembrou de seu pai rico e generoso. "Quantos empregados de meu pai têm pão mais do que o suficiente, mas eu estou morrendo aqui com fome! " ele se lembrou. Essa declaração revela ainda mais o seu conhecimento do gracioso, natureza compassiva de seu pai. homens contratados eram diaristas que eram, em geral não qualificada e pobres, vivendo o dia-a-dia sobre os empregos temporários que poderiam encontrar em qualquer salários que foram oferecidos (conforme 13 40:20-14'>Mt 20.: 13-14).Reconhecendo a realidade de que essas pessoas fariam parte da sociedade, a lei do Velho Testamento os protegeu e exigiu seus salários a serem pagos em tempo hábil (conforme Lv 19:13; Deuteronômio 24:14-15..). Mas como o filho conhecia bem e recordou, seu pai ultrapassou generosamente os requisitos da lei, certificando-se de que os homens que ele contratou tinha mais do que pão suficiente . Essa recordação lhe deu esperança e, sem outra opção, com o que os escribas e fariseus veria audácia como ousado, ele decidiu se levantar e ir para o seu pai . O pior que poderia acontecer seria mais grave do que o que ele enfrentou, mas ele esperava, pelo menos, a ser tratada com a mesma misericórdia e compaixão com que seu pai sempre tratou seus diaristas.

    Com isso em mente, ele ensaiou uma breve confissão a oferecer quando ele chegou em casa: "Pai, pequei contra o céu e diante de ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus jornaleiros. "" O melhor que ele poderia ter esperado, após humildemente confessando seu pecado vergonhoso, era para ser autorizado a trabalhar em direção a restituição (conforme Mt 18:26) de tudo o que ele tinha perdido e depois disso Esperamos ser conciliado com o pai. Os escribas e fariseus teriam concordado que precisava confessar, arrepender-se, ser humilhado, envergonhado, e talvez receber o perdão e misericórdia, mas só depois de fazer a restituição integral. Em seu pensamento, as pessoas ganham o seu caminho de volta de vergonha.

    As ações do filho mais novo imaginar o tipo de arrependimento que pode levar à salvação. Ele caiu em si e percebeu que sua situação era desesperadora. Lembrou-se de seu pai bondade, compaixão, generosidade e misericórdia e de confiança neles. Da mesma forma, o pecador arrependido faz um balanço de sua situação e reconhece sua necessidade de se converter do seu pecado. Ele percebe que não há ninguém a quem recorrer exceto o Pai a quem ele envergonhou e desonrou e pela fé, sem nada para oferecer, a Ele se dirige para o perdão ea reconciliação com base em Sua graça. O filho reconhecido a seu pai que ele havia pecado contra o céu (a frase grega também poderia sugerir que ele viu seus pecados como se acumulando tão alto quanto o céu; conforme Ed 9:6, Sl 51:14, Sl 51:17; Is 1:16-18; Is 55:6, Ez 18:32; Ez 33:19; Jonas 3:5-10.). Em arrependimento do Novo Testamento foi fundamental para a pregação do evangelho de João Batista (Lucas 3:3-9), Jesus (Mt 4:17; Lc 5:32; Lc 13:3; 24: 46-47), dos apóstolos (Mc 6:12), e da igreja primitiva (At 2:38; At 3:19; At 5:31; At 8:22; At 17:30; At 20:21; At 26:20; 2Co 7:92Co 7:9). O arrependimento não deve ser interpretado como um meritório trabalho de pré-salvação, já que, embora exigido do pecador, ele deve ser concedido por Deus (At 11:18; Rm 2:4.).

    Partindo do princípio de que ele teria que trabalhar para fazer a restituição, o filho mais novo não esperava ser recebido de volta imediatamente para a família como um filho, ou mesmo como um dos empregados domésticos. Ele só esperava que seu pai estaria disposto a aceitá-lo como um de seus homens contratados . Seu estilo de vida vazia havia lhe cheio de remorso pelo passado, dor no presente, bem como a perspectiva sombria de ainda mais sofrimento no futuro, como ele trabalhou o resto de sua vida para ganhar aceitação. Mas, como se viu, ele subestimou drasticamente seu pai.

    O PAI

    Então ele se levantou e foi para seu pai. Mas, enquanto ele ainda estava muito longe, seu pai o viu e sentiu compaixão por ele, e correu e abraçou-o e beijou-o. E o filho lhe disse: 'Pai, pequei contra o céu e diante de ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho '. Mas o pai disse aos seus servos: 'Depressa trazer o melhor túnica e vesti-lha, e colocar um anel no dedo e sandálias nos pés; e trazer o novilho gordo, matá-lo, e vamos comer e celebrar; para este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado '. E eles começaram a comemorar. (15: 20-24)

    Como a história vergonhosa de seu filho perdido, aos olhos dos líderes religiosos, a história do pai se desdobra em três etapas vergonhosas: a recepção vergonhoso, uma reconciliação sem vergonha, e uma alegria sem vergonha.

    Uma recepção Vergonhoso

    Então ele se levantou e foi para seu pai. Mas, enquanto ele ainda estava muito longe, seu pai o viu e sentiu compaixão por ele, e correu e abraçou-o e beijou-o. E o filho lhe disse: "Pai, pequei contra o céu e diante de ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho "(15: 20-21).

    Forçado a sua única opção, o filho mais novo de esperança levantou-se e foi para seu pai . A recepção devia receber estava além de sua imaginação, e chocou e surpreendeu aqueles legalistas a quem a história foi dirigida. A recepção inesperada começou a se desenrolar quando ele ainda estava muito longe . Antes de entrar na aldeia Jesus disse seu pai o viu , o que indica que ele estava assistindo, esperando, sofrendo em silêncio, esperando-se que um dia seu filho vergonhoso iria voltar. Os escribas e fariseus teria esperado que, se o filho fez o retorno, o pai, para manter a sua própria honra, que inicialmente se recusam a vê-lo. Em vez disso, ele iria fazê-lo sentar-se na aldeia de fora do portão da casa da família para os dias em vergonha e desgraça. Quando ele finalmente conceder seu filho uma audiência, que seria uma recepção fria como o filho se humilhou diante de seu pai. Ele seria esperado que dizer ao filho o que funciona ele precisa executar para fazer a restituição integral para sua prodigalidade, e por quanto tempo, antes que ele pudesse se reconciliar como um filho a seu pai. Tudo isso era coerente com o ensinamento dos rabinos que o arrependimento era um bom trabalho realizado pelos pecadores que poderia, eventualmente, ganhar favor e perdão de Deus.

    Mas essa expectativa cultural foi quebrado por Jesus quando Ele disse que o pai, ao ver seu filho, sentiu compaixão por ele, e correu e abraçou-o e beijou-o . Foi, obviamente, representada como a luz do dia, já que ele não teria sido capaz de ver seu filho em qualquer grande distância à noite. A aldeia teria sido movimentado com a atividade, eo pai estava determinado a alcançar seu filho antes que ele entrou na aldeia, com a intenção de protegê-lo da vergonha das provocações, desprezo, e abuso que seriam empilhados em cima dele pelos aldeões tão logo o reconheceu. O pai compaixão por seu filho moveu-o à acção perante o abuso poderia começar.

    Para o espanto dos ouvintes do Senhor, os detalhes da história transmitir que o pai tomou vergonha do filho sobre si mesmo e, em seguida, imediatamente reconciliou-o para a honra plena da filiação.Incrivelmente, este humilhante vergonhoso é visto em sua ânsia de alcançá-lo, porque ele correu ao encontro de seu filho. Nobres do Oriente Médio não são executados. E correu traduz uma forma do verbo grego trecho , que foi usado de uma corrida em 1Co 9:24 e 26. Determinado a chegar ao seu filho antes que ele entrou na aldeia recebeu as provocações da cidade, o pai, literalmente, correu para ele .Para um homem de seu status e importância para ser executado em público foi, e ainda é, algo inédito. Corrida exigiu recolhendo as longas vestes usadas por homens e mulheres e por conseguinte, expondo as pernas, o que foi considerado vergonhoso. Ele tornou-se naquele momento o objeto de vergonha de tomada de vergonha de si mesmo para evitar a vergonha para seu filho. Ainda mais chocante foi o que ele fez quando chegou ao pródigo; ele abraçou-o , apesar de sua imundície empobrecida e os trapos vis que ele usava e repetidamente o beijou . Esse gesto de aceitação, amor, perdão e reconciliação teria chocado ainda mais os escribas e fariseus. Aqui nesta pai do Senhor Jesus Cristo se apresenta, o que deixou a glória do céu, veio à Terra e deu à luz a vergonha e humildade para abraçar os pecadores arrependidos, que vêm a Ele com fé, e dar-lhes completo perdão e reconciliação.

    Recepção impressionante do filho pelo pai terrivelmente ofendido ocorreu exclusivamente pela graça de que o pai, para além de quaisquer obras por parte do rapaz. Quando ele finalmente conseguiu falar e fazer seu discurso ensaiado, "Pai, pequei contra o céu e diante de ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho ", ele deixou de fora a última frase fundamental, "trata-me como um dos teus jornaleiros." Por quê? Porque não havia necessidade de trabalhar para ganhar restauração e reconciliação. Seu pai tinha recebido de volta como um filho. Ele não tem que rastejar de volta um dia de cada vez nas graças de seu pai, mas foi imediatamente perdoado, dada a misericórdia, e já reconciliados. A recepção do filho é uma ilustração verdadeira dos crentes, que vêm em, pelo arrependimento e fé voltada para Deus, pedindo a Sua graça e perdão, independentemente das obras-e recebendo a plena filiação.

    A Reconciliação Shameless

    Mas o pai disse aos seus servos: 'Depressa trazer o melhor túnica e vesti-lha, e colocar um anel no dedo e sandálias nos pés; (15:22)

    O pai, então, deu evidência visível de sua reconciliação com seu filho. Suas ações teria ainda mais chocado aqueles ouvir essa história. Eles teriam encontrado incompreensível que ele iria derramar honras sobre o filho que tinha vergonha e desonrado ele. Virando-se para os domésticos escravos que o tinham seguido, enquanto corria ao encontro de seu filho, disse ele, antes de tudo, "rapidamente , sem demora, trazer para fora a melhor roupa e vistam nele. " A melhor ou mais importante robe pertencia ao patriarca, e foi usado apenas nas ocasiões mais significativas. Ele estava prestes a ligar para um grande, festa de gala, mas ele deu a seu filho a roupa que ele teria normalmente usado para um evento como esse. O anel era o anel do pai, que tinha o brasão da família e foi usado para carimbar o selo de cera em documentos para autenticá-los. Significava bestowing de privilégios, direitos e autoridade do pai sobre o filho. Sandals , não geralmente usadas pelos escravos, expressava a sua completa restauração à filiação. Assim como o filho voltou para seu pai com nada, por isso, os pecadores arrependidos de mãos vazias abordar o seu Pai celestial, que não justifica o auto-justos, mas o ímpio (Rm 4:5.), ou 28 a visita de uma pessoa importante (conforme 1 Sam.: 24). Ao encomendar os seus servos para prepará-lo para que os convidados pudessem comer e celebrar , o pai revelou o quão importante o seu filho tinha se tornado. Uma vez que um novilho gordo poderia alimentar até duas centenas de pessoas, toda a aldeia teria sido convidado. O pastor tinha encontrado um animal, a mulher um objeto inanimado, e eles comemorado com alguns de seus amigos. Mas o pai tinha encontrado o seu filho , que estava morto e havia voltar à vida; quem estava perdido , mas agora tinha sido encontrado , e toda a aldeia começaram a comemorar com ele. Todos os três celebrações refletem alegria de Deus na recuperação divina de pecadores perdidos (veja a discussão de que a verdade no capítulo anterior deste volume). E este partido, como os dois primeiros, na realidade, não honrou o encontrado, mas o localizador, que procurou seu filho e deu-lhe plena reconciliação através do seu perdão misericordioso e gracioso amor.

    O FILHO MAIS 5ELHO

    E o seu filho mais velho estava no campo, e quando ele veio e se aproximou da casa, ouviu a música e as danças. E ele chamou um dos servos e começou perguntando o que essas coisas poderiam ser. E ele disse-lhe: 'Seu irmão voltou, e seu pai matou o vitelo gordo, porque o recebeu de volta são e salvo. " Mas ele ficou com raiva e não estava disposto a ir em; e seu pai saiu e começou suplicando-lhe. Mas, respondendo ele, disse ao pai: 'Olha! Por muitos anos, tenho vindo a servir você e eu nunca ter negligenciado um comando de seu; e ainda assim você nunca me deu um cabrito, para que eu possa comemorar com meus amigos; mas quando esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, mataste o novilho gordo para ele. ' E ele disse-lhe: 'Filho, você tem sido sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas nós tínhamos que celebrar e regozijar-se, para este teu irmão estava morto e começou a viver, estava perdido e foi encontrado '"(15: 25-32).

    Alguns, de forma simplista, argumentaram que o filho mais velho representa os cristãos, já que ele permaneceu em casa e foi para fora obediente ao seu pai. Na realidade, porém, ele representa os legalistas apóstatas, sob a forma de os escribas e fariseus. Papel vergonhoso do filho mais velho pode ser visto sob dois aspectos: sua reação verdadeiramente vergonhoso, vergonhoso e resposta percebida de seu pai.

    A Reação Vergonhoso

    E o seu filho mais velho estava no campo, e quando ele veio e se aproximou da casa, ouviu a música e as danças. E ele chamou um dos servos e começou perguntando o que essas coisas poderiam ser. E ele disse-lhe: 'Seu irmão voltou, e seu pai matou o vitelo gordo, porque o recebeu de volta são e salvo. " Mas ele ficou com raiva e não estava disposto a ir em; e seu pai saiu e começou suplicando-lhe. Mas, respondendo ele, disse ao pai: 'Olha! Por muitos anos, tenho vindo a servir você e eu nunca ter negligenciado um comando de seu; e ainda assim você nunca me deu um cabrito, para que eu possa comemorar com meus amigos; mas quando esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, mataste o novilho gordo para ele. ' (15: 25-30)

    filho mais velho estava fora no campo durante todo o dia a supervisão dos trabalhadores e não tinha conhecimento do retorno de seu irmão e da festa subsequente. Quando ele veio do campo e se aproximou da casa, ouviu a música e as danças . Que ele não sabia nada sobre a reconciliação e não tinha ouvido os sons da festa mais cedo indica o enorme tamanho da propriedade da família projetado para a história. Surpreendido em encontrar uma celebração em toda a aldeia em andamento que não sabia nada sobre, ele convocou um dos servos (talvez um dos rapazes rondando as franjas do partido) e começou perguntando o que essas coisas poderiam ser . Ele não estava no circuito em relação ao partido, embora como o primogênito a responsabilidade para o planejamento que deveria ter caído com ele. Além disso, foram seus recursos, de sua parte da herança, que estavam sendo usados ​​para a festa, ele ainda não tinha sido consultado. Legalmente, seu pai não tem que ter a sua permissão para utilizar os recursos, mesmo que ele já havia dispersado a ele os dois terços restantes da propriedade. Como observado acima, o pai manteve o controle (de acordo com o princípio jurídico conhecido como usufruto) da propriedade, desde que ele viveu. Mas o fracasso de seu pai para consultá-lo indica mais uma vez que o irmão mais velho não tinha nenhuma relação com ele ou seu irmão mais novo. Em termos de seu relacionamento com sua família, ele era metaforicamente, bem como, literalmente, muito longe em um campo.

    A resposta do servo, "Seu irmão voltou, e seu pai matou o vitelo gordo, porque o recebeu de volta são e salvo", deveria tê-lo cheio de alegria que seu irmão havia retornado e seu pai estava a ser devidamente homenageado por sua generosidade . Em vez disso, ultrajado e enfureceu-o que seu pai tinha recebido o filho pródigo de volta em tudo. Pior ainda, de sua perspectiva foi a constatação de que o seu pai já tinha reconciliado com seu irmão (a palavra grega traduzida sãos e salvos é usado na Septuaginta, a tradução grega do Antigo Testamento, para referir-se a paz, e não apenas a saúde física), em vez de fazê-lo trabalhar para fazer a restituição de seus resíduos e do pecado.

    Há anos que se rebelam mais velho tinha conseguido esconder seus verdadeiros sentimentos de ressentimento em relação a seu pai e irmão. Tudo junto, porém, ele tinha sido mau como seu irmão, só para dentro, não para fora. Mas este evento expôs sua atitude real. Em uma explosão de exposição pública do ódio privado de longo cultivado, ele ficou com raiva e não estava disposto a ir em para comemorar com os outros. Ele não podia se alegrar com a recuperação de seu irmão perdido, porque ele não tinha amor por seu pai. Ele não conseguiu entender o favor imerecido, livre perdão e libertação de vergonha pelas ações de o ofendido dotado de autoridade para perdoar.

    Os escribas e fariseus teria aplaudido sua reação. Finalmente, eles devem ter pensado, alguém está defendendo a honra e agindo corretamente com raiva sobre o pecado vergonhoso do filho e vergonhoso o perdão do pai. Eles teriam considerado ações de seu pai ultrajante e vergonhoso, da mesma forma que eles consideravam de Cristo associar-se com os cobradores de impostos e pecadores ímpios. E imaginando eles, o filho mais velho era um legalista hipócrita, fazendo o que se esperava dele do lado de fora, mas por dentro preenchido com pecados secretos, como o rancor, ódio, ciúme, raiva e luxúria (Mt 23:28). A verdade é que ele era mais profunda e verdadeiramente perdido do que seu irmão mais novo perdulários, porque ele passara a vida convencer a si mesmo e aos outros que ele era bom e moralmente correta. Isso tornou impossível para ele reconhecer que ele era, na realidade, um pecador miserável. Assim foi com os escribas e fariseus, que eram "justos" que ao contrário de "pecadores" não cheguem ao arrependimento (Mt 9:13).

    Em contraste com seu legalismo duro e mostrando a mesma paciência compassivo que ele tinha para com o seu filho mais novo, seu pai saiu e começou suplicando-lhe para vir para a celebração. A ação do pai simbolizava Deus em Jesus Cristo articulado com os pecadores (conforme Ez 18:31;. Ez 33:11; Lc 19:10) para vir para a salvação. Isso mais uma vez teria surpreendido os judeus hipócritas, que teria esperado o filho mais velho a ser homenageado por sua falta de vontade de se misturam em uma celebração para um pecador liderada por uma série cujo amor dominado sua devoção à lei.

    Todos raiva reprimida do filho mais velho, amargura e ressentimento derramado em um discurso que ignorou honra tanto de seu pai e a bênção de seu irmão. Desrespeitosamente se recusar a dirigir a ele com o título de "Pai", ele sem rodeios disse a seu pai: "Olha! Por muitos anos, tenho vindo a servir ( Douleuō ; para servir como um escravo) . you " Para ele, seus muitos anos de trabalho sob o seu pai tinha sido nada, mas a escravidão. Não havia amor ou respeito por seu pai, apenas trabalhar e trabalho penoso, à espera de que ele morresse para que ele pudesse herdar. Torna-se claro que ele queria exatamente o que seu irmão mais novo queria, tudo o que ele poderia obter da propriedade para seu próprio uso, mas escolheu um caminho diferente para a sua obtenção. Então, em uma expressão clássica de hipocrisia farisaica, declarou, "Eu nunca negligenciou um comando de vocês" (Lc 18:21). Refletindo a incrível capacidade de auto-engano exibido por hipócritas que pensam que são bons, ele viveu sob a ilusão de que ele nunca havia negligenciado qualquer um dos mandamentos de seu pai. O contraste é implícita entre o seu comportamento supostamente perfeito e comportamento vergonhoso de seu pai em seu tratamento leniente de seu filho mais novo. O filho mais velho viu-se como um dos "noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento" (Lc 15:7). Riquezas de Deus foram dadas em maior abundância e clareza para os judeus, e especialmente os próprios líderes que se orgulhavam de seu conhecimento das Escrituras.

    Declaração de conclusão do pai, "Mas nós tínhamos que celebrar e regozijar-se, para este teu irmão estava morto e começou a viver, e estava perdido e foi encontrado", retoma o tema de todas as três parábolas na alegria do presente capítulo por Deus a recuperar os pecadores perdidos. O filho mais novo simboliza aqueles que buscam a salvação de Deus pela graça, o filho mais velho daqueles que buscam a salvação pelas obras.

    Eu dou um relato mais completo desta maravilhosa parábola em meu livro A historia dos dois filhos(Nashville: Tomé Nelson, 2008). Nesse livro eu escrevi o seguinte em relação à da vida real chocante que termina a parábola de Jesus:

    Com essas palavras [v. 32], a parábola do filho pródigo terminou, mas como um arranjo musical sem, satisfazendo resolução final acorde. Sem mais palavras, e Jesus simplesmente se afastou do local público onde Ele estava ensinando. Ele se mudou para um contexto mais privada com seus próprios discípulos, onde começou a dizer-lhes uma parábola totalmente novo. A narrativa reflete a mudança no versículo 33. "Ele também disse aos seus discípulos:« Havia um homem rico ... '"
    Isso é impressionante. O final é a coisa em cada história. Aguardamos com expectativa para o final. É tão vital que alguns leitores não podem resistir voltando-se para o final para ver como a trama se resolve antes de ler a história real. Mas esta história nos deixa pendurado. Na verdade, a história do Filho Pródigo termina de forma tão abrupta que um crítico textual com uma baixa visão das Escrituras poderia muito bem sugerir que o que temos aqui é apenas um fragmento de história, inexplicavelmente inacabado pelo autor. Ou é mais provável que o final foi escrito para baixo, mas de alguma forma separada do manuscrito original e perdido para sempre? Há certamente deve ser um fim a esta história em algum lugar, certo?
    Mas o abrupto da final não nos deixa sem o ponto; ele é o ponto. Este é o golpe final de uma longa série de choques que foram construídas para contar a história de Jesus. De todas as reviravoltas surpreendentes e detalhes surpreendentes, esta é a surpresa culminando: Jesus maravilhosamente em forma o ponto e depois simplesmente foi embora sem resolver a tensão entre o pai e seu primogênito. Mas não há nenhum fragmento desaparecida. Ele deixou intencionalmente a história inacabada eo dilema inquieto. Ele é suposto fazer-nos sentir como se estivéssemos à espera de uma piada ou sentença final.

    Certamente as pessoas em público original de Jesus estavam de pé esquerdo com suas bocas abertas, como Ele se afastou. Eles devem ter perguntavam uns aos outros a mesma pergunta que está na ponta de nossas línguas, quando lemos hoje: O que aconteceu? Como é que o filho mais velho responder? Qual é o fim da história? Os fariseus, de todas as pessoas gostariam de saber, porque o filho mais velho representado los claramente.

    É fácil imaginar que os convidados na história estaria ansioso para ouvir como tudo acabou. Eles estavam todos ainda dentro na celebração, esperando o pai voltar para dentro. Quando ele deixou o partido de forma tão abrupta, as pessoas concluem que algo sério estava acontecendo. Em uma situação da vida real, como este, que começaria a ser sussurrada entre os convidados que o irmão mais velho estava lá fora, muito irritado que as pessoas estavam comemorando algo tão condenável quanto o imediato perdão incondicional, atacado de um filho que teve se comportou tão mal como o filho pródigo. Todo mundo gostaria de estudar a expressão do pai quando ele voltou para dentro para tentar detectar alguma pista sobre o que aconteceu. Isso é exatamente a nossa resposta, como ouvintes história de Jesus.

    Mas com toda essa expectativa reprimida, Jesus simplesmente se afastou, deixando o conto de suspensão, inacabado, sem solução.
    Aliás, Kenneth E. Bailey, um comentarista presbiteriano que era fluente em árabe e um especialista em literatura do Oriente Médio (ele passou 40 anos vivendo e ensinando o Novo Testamento no Egito, Líbano, Jerusalém e Chipre) fornece uma análise fascinante da literatura estilo da história do Filho Pródigo. A estrutura da parábola explica por que Jesus deixou inacabado. Bailey demonstra que a parábola divide-se naturalmente em duas partes quase iguais, e cada parte é sistematicamente estruturado em um tipo de padrão espelhado (ABCD-DCBA) chamado de chiasm . É uma espécie de paralelismo que parece praticamente poético, mas é um dispositivo típico em prosa Oriente Médio para facilitar a contar histórias.

    A primeira meia, onde o foco é totalmente no irmão mais novo, tem oito estrofes ou estrofes, e neste caso os paralelos descrever o progresso do filho pródigo de partida para retornar:

    Então Ele disse: "Um homem tinha dois filhos .

    A. Morte-- E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. " Assim, ele repartiu-lhes os seus meios de subsistência .

    B. Tudo é perdido- dias e não muitos depois, o filho mais moço, ajuntando tudo, partiu para um país distante, e ali desperdiçou os seus bens com vida pródigo. Mas quando ele tinha gasto tudo, houve uma grande fome naquela terra, e ele começou a passar necessidade .

    C. Rejection- Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos a guardar porcos. E ele ficaria feliz em ter enchido o estômago com as alfarrobas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada .

    D. problema- Mas quando voltou a si, ele disse: 'Quantos de servidores contratados de meu pai têm pão suficiente e de sobra, e eu aqui morro de fome!

    D. A Solu�o me levantarei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe: "Pai, pequei contra o céu e diante de ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho. -Me como um dos teus trabalhadores. "Então ele se levantou e foi para seu pai .

    C. Acceptance- Mas quando ele ainda era um ótimo longe, seu pai o viu e teve compaixão, correu e caiu sobre seu pescoço e beijou-o .

    B. Tudo é Restored- E o filho lhe disse: 'Pai, pequei contra o céu e diante de ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho'. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa e vistam nele, e colocar um anel no dedo e sandálias nos pés .

    A. Resurrection- e trazer o novilho cevado aqui e matá-lo, e vamos comer e ser feliz; porque este meu filho estava morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado '. E começaram a regozijar-se ".

    O segundo turnos de meia foco para o irmão mais velho e progride através de um padrão chiastic similar. Mas termina abruptamente após a sétima estrofe:

    A. Ele está Aloof- "E o seu filho mais velho estava no campo. E quando veio, e chegou perto da casa, ouviu a música e as danças. Então, ele chamou um dos servos e perguntou o que era aquilo .

    B. Seu irmão; Paz (a festa); Irrite E ele disse-lhe: 'Seu irmão voltou, e porque o recebeu são e salvo, seu pai matou o vitelo gordo'. Mas ele se indignou e não queria entrar .

    C. Costly AmorPortanto o seu pai saiu e insistiu com ele .

    D. As minhas ações, minha Pay Então ele respondeu e disse a seu pai: "Eis que há tantos anos, tenho vindo a servir-lhe; Eu nunca transgrediu seu mandamento a qualquer momento; e ainda assim você nunca me deste um cabrito, que eu me regozijar com os meus amigos .

    D. suas ações, seus Pay 'Mas assim que esse teu filho, que desperdiçou os seus meios de subsistência com as meretrizes, mataste o novilho gordo para ele.'

    C. Amor— Costly E ele disse-lhe: 'Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que eu tenho é seu .

    B. Seu irmão; Seguro (a festa); Alegria — Ele estava certo de que devemos fazer feliz e ser feliz, para o seu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado ".

    A. O Missing Terminando

    O fim da parábola é deliberAdãoente assimétrico, como se a colocar uma pressão adicional sobre a falta de resolução. O final simplesmente não está lá.
    Estamos suposto perceber isso. Desde que a história pára abruptamente com um tal apelo do concurso, cada ouvinte deveria tomar esse fundamento para o coração, meditá-la, personalizá-lo, e ver a razoabilidade suave de abraçar a alegria do pai na salvação dos pecadores. E, francamente, ninguém precisava desse tipo de auto-exame honesto mais do que os legalistas escribas e fariseus a quem Jesus contou a história. A parábola era um convite antes de tudo para eles a abandonar seu orgulho e auto-justiça e reconciliar com caminho da salvação de Deus. Mas, além disso, o mesmo princípio aplica-se a todos os outros, também, dos pecadores devassa como o filho pródigo para hipócritas como o irmão mais velho, e todos os tipos de pessoas no meio. Assim, todo aquele que ouve a história escreve o seu próprio final pela forma como reagimos à bondade de Deus para com os pecadores.

    É uma forma engenhosa para terminar a história. Ele nos deixa querendo para escrever o final que gostaríamos de ver. Qualquer pessoa cujo coração não estiver endurecido pelo ressentimento farisaico deveria apreender algo na parábola sobre a glória da graça de Deus em Cristo, especialmente o Seu perdão amoroso e aceitação contente de coração dos pecadores penitentes. A pessoa que pega mesmo um vislumbre do que a verdade, certamente, querer escrever algo de bom como este:
    Em seguida, o filho mais velho caiu de joelhos diante de seu pai, dizendo: "Arrependo-me para o meu coração amargo, sem amor, para o meu serviço hipócrita, e para o meu orgulho e auto-justiça. Perdoe-me, pai. Faça-me um filho verdadeiro, e leve-me para dentro para a festa. "O pai então abraçou seu filho primogênito, sufocou-o com chorosos, beijos agradecidos, levou-o para dentro, e fazendo-o sentar ao lado de seu irmão na dupla lugares de honra. Todos eles se alegraram juntos e o nível de alegria [at] que já surpreendente celebração de repente dobrou. Ninguém ali jamais esqueceria aquela noite.
    Isso seria o final perfeito. Mas eu não posso escrever o final para qualquer outra pessoa, inclusive os escribas e fariseus. Eles escreveram seu próprio final, e era nada parecido com esse.

    O FIM TRÁGICO

    Não se esqueça que Jesus disse a este o fim-abrupto principalmente para o benefício dos escribas e fariseus, incluindo-parábola. Foi realmente uma história sobre eles. O irmão mais velho os representava. A resolução enforcamento ressaltou a verdade de que o próximo passo era deles. Fundamento proposta final do pai era próprio apelo suave de Jesus para eles. Se eles tivessem exigiu saber o final da parábola no local, Jesus poderia muito bem ter dito a eles: "Isso é com você." A resposta final dos fariseus a Jesus iria escrever o final da história, na vida real.
    Nós, portanto, saber como o conto realmente terminou, então, não é? Não é um final feliz. Ao contrário, é uma outra volta enredo chocante. Na verdade, ele é o maior choque e indignação de todos os tempos.
    Eles mataram.
    Uma vez que a figura do pai da parábola representa Cristo e do irmão mais velho é um símbolo da elite religiosa de Israel, de fato, a verdadeira final para a história, como está escrito pelos escribas e fariseus si, deveria ler algo como isto: "A pessoa idosa filho estava indignado com o pai. Ele pegou um pedaço de madeira e espancaram até a morte na frente de todos ".
    Eu lhe disse que era um final chocante.
    Você pode estar pensando: Não! Isso não é como a história termina. Eu cresci ouvindo que parábola na escola dominical, e não é suposto ter um final trágico .

    Na verdade, parece que qualquer pessoa racional cuja mente e coração não está totalmente torcido por sua própria hipocrisia hipócrita quis ouvir a tal parábola com profunda alegria e gratidão santo a graça generosa que levanta um pecador caído backup, restaura-lo para a plenitude, e recebe-lo de novo em favor de seu pai. Qualquer indivíduo humilde de coração que se vê refletido na Prodigal entraria naturalmente para a alegria do pai e celebração, regozijando-se de Jesus iria pintar um retrato tão vívida da graça divina. Como vimos, desde o início, a mensagem clara da parábola é sobre como ansiosamente Jesus acolhe os pecadores. Deve terminar com alegria, não tragédia. Todos devem participar da comemoração.
    Mas o coração do irmão mais velho era claramente (embora secretamente até agora) endureceu contra o pai. Ele tinha guardado até anos no valor de ressentimento, raiva, ganância e auto-se-ao vestir favor de seu pai como um distintivo de legitimidade. Ele nunca realmente entendeu ou apreciado bondade de seu pai para ele; mas ele estava feliz em recebê-lo e leite, para tudo o que ele poderia sair dela. Ele completamente mal interpretado bondade de seu pai, pensando que era prova de sua própria dignidade; quando na realidade era uma expressão da do pai bondade. E assim que o pai mostrou tal favor pródiga ao irmão pródigo absolutamente indigno, o ressentimento do irmão mais velho fervida rapidamente sobre e seu verdadeiro caráter não pode ser escondida por mais tempo.

    Lembre-se, o irmão mais velho é um retrato dos fariseus. Sua atitude espelhado deles exatamente. Se o comportamento do filho mais velho parece terrível e difícil de entender para você e para mim, não foi de todo difícil de entender para os fariseus. Eles estavam mergulhados em um sistema religioso que cultivou precisamente esse tipo de perspectiva hipócrita, auto-congratulações, obstinado em relação à bondade e graça de Deus. Eles acreditavam que tinham o favor de Deus, porque eles tinham ganhado o, pura e simples. Então, quando Jesus mostrou favor para colecionadores arrependidos de impostos, prostitutas e outros delinquentes que claramente não merecem qualquer favor, os fariseus se ressentiu-lo. Eles acreditavam que a bondade de Jesus para com os pecadores humildes levou o brilho fora o emblema da sua superioridade, e tornaram-se irritado exatamente da mesma forma como o filho mais velho ficou zangado.
    Não parece notável que quando Jesus trouxe sua narração da parábola de tal abrupta fora a conta de completamente-Lucas final é totalmente silencioso em relação a qualquer tipo de resposta dos fariseus abandono parada? Eles sabiam muito bem que a mensagem da parábola visava eles e deveria ter vergonha deles. Mas eles não fez nenhuma pergunta, não fez nenhum protesto, não ofereceu comentário, pediu mais nenhuma elaboração. A razão é que eles entenderam a atitude do irmão mais velho já. Fazia sentido para eles. Talvez eles nem sequer sentem a falta de resolução com a mesma intensidade a maioria dos ouvintes fazer, porque para eles a queixa do irmão mais velho parecia perfeitamente razoável. A maneira como eles teria gostado de ver a história resolvido exigido do pai arrependimento. Em seu cenário ideal, o pai iria ver o ponto do filho mais velho, fazer um pedido público de desculpas para o filho mais velho, vergonha publicamente a Prodigal por seu comportamento tolo, e, em seguida, talvez até mesmo lançar o Pródigo para sempre. Mas os fariseus certamente viu a ponto de Jesus estava fazendo com suficiente clareza que eles sabiam a história nunca iria dar uma volta como que .

    Então, eles não disseram nada, pelo menos nada Lucas (guiada pelo Espírito Santo) considerou importante o suficiente para gravar para nós. Talvez eles simplesmente se virou e foi embora. Mais provavelmente, Jesus afastou-se deles.

    Na verdade, vamos supor que não há reticências a este ponto na cronologia da narrativa de Lucas. Lucas 15 termina onde a parábola do Filho Pródigo termina. Mas Lucas 16 continua com Jesus ainda falando. Este parece ser o registro de um longo discurso. E em Lc 16:1 diz: "Ora, os fariseus, que eram amantes do dinheiro, também ouviu todas estas coisas, e zombavam dele", significando que o ridicularizavam.

    Então, aparentemente, eles penduraram ao redor, talvez só na periferia, após a parábola do Filho Pródigo terminou abruptamente, implacável em sua oposição a Jesus. Na verdade, eles estavam mais determinados do que nunca para silenciá-lo, não importa o que ele tomou. E essa atitude é o que os levou a escrever para si o fim trágico para o maior parábola de todos os tempos.

    Ódio dos fariseus para Jesus cresceu a partir do dia em que ele disse-lhes a parábola até que chocou uma conspiração para matá-lo. "E os principais sacerdotes e os escribas buscavam como levá-lo à malandragem e colocá-lo à morte" (Mc 14:1; 2Co 5:212Co 5:21; Isaías 53) de Deus. Mas a morte até mesmo de Jesus não foi o fim da história. No túmulo poderia prender Jesus em suas garras. Ele ressuscitou dentre os mortos, significando que Ele havia conquistado o pecado, culpa e morte de uma vez por todas. Sua morte na cruz, finalmente produziu a expiação de sangue eficaz que tinha sido envolto em mistério para todas as idades, e Sua ressurreição foi a prova de que Deus aceitou.

    A morte de Jesus, portanto, prevista nos o que o sangue de touros e bodes nunca poderia realizar: a expiação completa e aceitável para o pecado. E a Sua perfeita justiça nos dá exatamente o que precisamos para a nossa redenção: a cobertura completa da perfeita justiça igual a própria perfeição divina de Deus.
    Portanto, não é verdadeira e abençoada resolução para a história depois de tudo.

    O CONVITE ABERTO

    O convite para fazer parte do grande banquete comemorativo ainda está aberta a todos. Estende-se até mesmo a você, caro leitor. E não importa se você é um pecador aberto como o filho pródigo, um segredo como seu irmão mais velho, ou alguém com as características de cada tipo. Se você é alguém que ainda está distante de Deus, Cristo pede que você a reconhecer a sua culpa, admitir a sua própria pobreza espiritual, abraçar o Pai celestial, e se reconciliar com Ele (2Co 5:20).

    E o Espírito ea noiva dizem: "Vem!" E quem ouve, diga: "Vem!" E quem tem sede venha. Quem quiser, receba de graça a água da vida. (Ap 22:17)

    Agora, desfrutar da festa. (Pp. 189-98. A ênfase no original).


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Lucas Capítulo 15 do versículo 1 até o 32

    Lucas 15

    A alegria do pastor — Luc. 15:1-7

    A moeda que uma mulher perdeu e encontrou — Luc. 15:8-10 A história do pai amante — Luc. 15:11-32

    A ALEGRIA DO PASTOR

    Lucas 15:1-7

    Nenhum outro capítulo do Novo Testamento é tão conhecido e tão querido como o décimo quinto de Lucas. Foi chamado "o evangelho no

    evangelho". Como se contivesse a própria essência destilada das boas novas que Jesus precisou anunciar.

    Estas parábolas de Jesus surgiram de uma situação perfeitamente

    definida. Para os escribas e fariseus era uma ofensa que Jesus se associasse com homens e mulheres que, para os ortodoxos, estavam catalogados como pecadores. Os fariseus tinham uma classificação geral para as pessoas que não guardavam a Lei. Chamavam-nos gente da terra. E entre uns e outros havia uma grande barreira. Casar uma filha com um dos "da terra" era como entregá-la, atada e impotente, a um leão. As normas estabeleciam que: "Quando um homem pertence às pessoas da terra, não se lhe deve emprestar dinheiro, não se deve ouvir seu testemunho, não se deve confiar a ele um segredo, não se pode nomeá-lo guardião de um órfão, não se pode fazer custódio de recursos para a caridade, não se pode acompanhá-lo em uma viagem." Um fariseu estava proibido de ser hóspede de uma pessoa tal ou recebê-la em sua casa.

    Era proibido até, na medida do possível, ter negócios com ele, ou comprar dele ou vender a ele. Era o propósito deliberado dos fariseus

    evitar todo contato com as pessoas da terra, a gente que não observava os mínimos detalhes da Lei. Obviamente, estariam escandalizados até a

    medula pela maneira como Jesus andava com essas pessoas que não só se encontravam fora de suas relações, mas também eram pecadores cujo contato necessariamente corrompia. Entenderemos melhor estas

    parábolas se recordarmos que os judeus estritos diziam, não: "Há gozo no céu quando um pecador se arrepende", e sim "Há gozo no céu quando um pecador é destruído diante de Deus." Esperavam sadicamente não a salvação, e sim a destruição dos pecadores.

    Assim, pois, Jesus ensinou a parábola da ovelha perdida e da alegria do pastor. Ser pastor na Judéia era uma tarefa dura e perigosa. Os pastos eram escassos. A estreita meseta central tinha só uns poucos quilômetros de largura, e logo se precipitava nos penhascos selvagens e a terrível aridez do deserto. Não havia paredes de demarcação e as ovelhas vagabundeavam.

    George Adam Smith escreveu sobre o pastor: "Quando é encontrado em alguma alta planície através do qual as hienas gritam de

    noite, sem dormir, olhando ao longe, castigado pelo clima, armado, recostado em seu cajado e vigiando a seu rebanho esparso, cada uma de suas ovelhas em seu coração, compreende-se por que o pastor da Judéia

    saltou à frente na história de seu povo; por que deram seu nome ao rei e o fizeram símbolo da providência; por que Cristo o tomou como o modelo do auto-sacrifício."

    O pastor era responsável pessoalmente pelas ovelhas. Se se perdia uma, devia trazer de volta ao menos sua lã para demonstrar como tinha morrido. Estes pastores eram peritos em rastreamento, e podiam seguir

    os rastros da ovelha perdida por quilômetros nas colinas. Não havia nenhum pastor que não sentisse que seu trabalho de cada dia era dar sua vida por suas ovelhas. Muitos dos rebanhos pertenciam à comunidade,

    não a indivíduos e sim a aldeias. Dois ou três pastores estavam a cargo deles. Aqueles cujos rebanhos estavam a salvo chegavam a tempo a seu lar e se levavam a notícia de que algum deles estava ainda na montanha procurando uma ovelha que se perdeu, toda a aldeia estaria vigiando, e

    quando, à distância, vissem o pastor retornando ao lar com a ovelha perdida sobre seus ombros toda a comunidade elevaria um grito de alegria e de gratidão. Este é o quadro que Jesus deu de Deus; assim,

    disse, é Deus. Ele está tão contente quando se encontra um pecador perdido como está o pastor que volta, ao lar com sua ovelha extraviada.

    Como disse um grande santo: "Deus também conhece a alegria de

    encontrar coisas que se perderam." Há um pensamento maravilhoso

    nisto. É a verdade tremenda de que Deus é mais misericordioso que os homens.

    Os ortodoxos separavam os coletores de impostos e os pecadores como se estivessem atrás da paliçada e não merecessem mais que

    destruição. Deus não procede assim. Os homens podem deixar de ter confiança em um pecador. Deus não. Ele ama os que nunca se desencaminham; mas sente em seu coração a alegria das alegrias quando é achado alguém que estava perdido e é levado ao lar; e será mil vezes

    mais fácil voltar para Deus que enfrentar as críticas desalmadas dos homens.

    A MOEDA QUE UNA MUJER PERDEU E ENCONTROU

    Lucas 15:8-10

    A moeda em questão era uma dracma de prata, cem das quais

    formavam uma libra de 360 gramas. Não seria difícil que uma moeda se perdesse em uma casa de camponeses na Palestina, e era preciso procurar muito para achá-la. As casas palestinas eram muito escuras, porque estavam iluminadas por uma janela circular de não mais de cinqüenta centímetros de diâmetro. O piso era de terra calcada coberta com canos e juncos secos; e procurar uma moeda em um piso como esse era como “procurar uma agulha num palheiro”. A mulher varreu o piso com a esperança de que veria brilhar a moeda, ou que escutaria a moeda soar entre os juncos.

    Podem ser duas as razões pelas quais a mulher estava tão ansiosa por encontrar a moeda.

    1. Pode que tenha sido por necessidade. Por insignificante que

    pareça, essa moeda era um pouco mais que o jornal diário de um operário na Palestina. Essa gente vivia sempre com o justo, e pouco faltava para que sofressem fome. Bem pode ser que a mulher a buscasse com intensidade porque se não a encontrasse a família não poderia comer.

    1. Mas pode que houvesse uma razão muito mais romântica. Na Palestina o símbolo de uma mulher casada era um toucado feito de dez moedas de prata unidas por uma cadeia de prata. Uma jovem estava acostumada a poupar durante anos para juntar suas dez moedas, porque esse toucado equivalia virtualmente ao anel de bodas. Quando o obtinha era efetivamente dela e não podiam tirar para pagar dívidas. Bem pode ser que a mulher da parábola tivesse perdido uma dessas moedas, e a buscava como qualquer mulher o faria se tivesse perdido seu anel de bodas.

    Em qualquer caso é fácil pensar na alegria da mulher quando viu o brilho da elusiva moeda e a teve em sua mão novamente. Assim é Deus,

    disse Jesus. A alegria de Deus, e de todos os anjos, quando um pecador chega ao lar é como a alegria de um lar quando se encontra uma moeda perdida que pode salvá-los da fome; é como a alegria de uma mulher que

    tinha perdido sua posse mais apreciada, que vale mais que o que vale em dinheiro, e a encontra outra vez.

    Nenhum fariseu jamais tinha sonhado com um Deus assim. Um

    grande estudioso judeu admitiu que isto é o absolutamente novo que Jesus ensinou aos homens a respeito de Deus, que realmente Ele procura os homens e quer achá-los. Os judeus teriam admitido que se um homem acudia arrastando-se perante Deus, implorando misericórdia, podia achá— la; mas nunca teriam concebido a um Deus que saísse em busca dos pecadores. É nossa glória crer no amor de Deus que busca, porque vemos esse amor encarnado em Jesus Cristo, o Filho de Deus, que precisou buscar e salvar o que se havia perdido.

    A HISTÓRIA DO PAI AMANTE

    Lucas 15:11-32

    Não é sem razão que este foi chamado o melhor relato breve do mundo. Sob a lei judaica um pai não podia dispor de sua propriedade

    como queria. Correspondia ao filho mais velho dois terços e ao mais

    jovem um terço (Dt 21:17). Não era estranho que um pai distribuísse sua propriedade antes de morrer se desejava retirar-se da administração dos negócios.

    Mas há uma certa cruel insensibilidade no pedido do filho menor. Disse em efeito: "Dê-me agora a parte da propriedade que de todos os

    modos obterei quando morrer, e deixe-me ir." O pai não discutiu. Sabia que se o filho tinha que aprender, devia fazê-lo da maneira difícil, de modo que respondeu a seu pedido. Sem perder tempo o filho converteu

    em dinheiro sua parte da propriedade e abandonou o lar. Logo ficou sem dinheiro; e terminou dando de comer aos porcos, uma tarefa proibida para os judeus, porque a lei dizia: "Maldito seja aquele que alimenta

    porcos." Jesus deu à humanidade pecadora o maior de todos as elogios que lhe tenham dado. Disse: “Então, caindo em si.”

    Jesus cria que quando um homem estava longe de Deus e contra

    Ele, não estava consciente do que fazia; só era realmente ele mesmo quando tomava o caminho de volta. Sem dúvida alguma Jesus não cria na depravação total; não acreditava que se podia glorificar a Deus condenando o homem. Cria que o homem nunca era essencialmente ele mesmo até voltar para Deus. De modo que o filho decidiu voltar ao lar, e rogar que fosse aceito não como filho, mas sim como o último dos escravos, os servos contratados, os homens que eram só jornaleiros. O escravo comum era em certo sentido um membro da família, mas o jornaleiro podia ser despedido no dia. Não era absolutamente um da família.

    Voltou, pois, ao lar; e segundo o melhor texto grego, seu pai não lhe deu oportunidade de formular seu pedido. Interrompeu-o antes disso. A túnica simboliza a honra; o anel a autoridade, porque se um homem dava a outro o anel com seu selo era como se o designasse seu procurador; os sapatos diferenciam o filho do escravo, devido a que os filhos da família andavam calçados e os escravos não. O sonho do escravo em um negro spiritual é que "todos os filhos de Deus tenham sapatos", devido a que

    estes eram o símbolo da liberdade. E se realizou uma festa para que todos se alegrassem com a chegada do que se perdeu.

    Detenhamo-nos aqui e consideremos a verdade que nos é apresentada até este momento nesta parábola.

    1. Nunca se deveria ter chamado a esta parábola "A Parábola do Filho Pródigo", porque o filho não é o herói. Deveria ser chamada de "A Parábola do Pai Amante", porque nos fala mais do amor de um pai que do pecado de um filho.
    2. Fala-nos muito sobre o perdão de Deus. O pai deve ter estado esperando que seu filho voltasse, porque o viu a uma grande distância. Quando chegou o perdoou sem recriminações. Há formas de perdoar em

    que o perdão se confere como um favor; e pior ainda são os casos em que alguém é perdoado, mas sempre é lembrado o seu pecado por meio de palavras, indiretas e ameaças.

    Uma vez Lincoln foi perguntado como ia tratar os rebeldes do sul quando os derrotasse e voltassem a unir-se aos Estados Unidos. Esperava-se que Lincoln tomasse uma vingança, mas respondeu: "Eu os

    tratarei como se nunca tivessem sido rebeldes." A maravilha do amor de Deus é que Ele nos trata assim.

    Mas este não é o final da história. Temos a figura do irmão maior

    que se incomodou porque seu irmão voltou. Este representa os fariseus que se criam perfeitos e preferiam que a destruição de um pecador do sua salvação. Devem destacar-se algumas coisas sobre o irmão mais velho.

    1. Toda sua atitude demonstra que seus anos de obediência ao pai

    foram que irritante dever e não de amoroso serviço.

    1. Sua atitude é a de alguém que demonstra uma falta total de simpatia. Refere-se a seu irmão, não como meu irmão mas sim como seu

    filho. Era o tipo de santarrão capaz de chutar alegremente a um homem cansado no arroio.

    1. Tinha

      uma

      mente

      especialmente

      odiosa.

      Ninguém

      tinha

    mencionado as rameiras até que ele o fez. Sem dúvida suspeitava e

    acusava a seu irmão de pecados que a ele próprio teria gostado de cometer.

    Uma vez mais temos a mesma surpreendente verdade, de que é mais fácil confessar a Deus que a certos homens; Deus é mais

    misericordioso que muitos homens ortodoxos, visto que o amor de Deus é mais amplo que o do homem; e que Deus pode perdoar quando os homens se negam a fazê-lo. Diante a um amor como este não podemos menos que ficar absortos e maravilhados em amor e louvor.

    Três coisas perdidas

    Finalmente

    devemos

    notar

    que

    estas

    três

    parábolas

    não

    são

    simplesmente três formas de dizer o mesmo. Há uma diferença. A ovelha se perdeu simplesmente por insensatez. Não pensou, e muitos homens escapariam ao pecado se pensassem a tempo. A moeda não se perdeu; extraviou-se, mas não por culpa dela. Muitos homens são arrastados, e Deus não considerará livre de culpa àquele que ensinou a outro a pecar. O filho se perdeu deliberadamente, dando brutalmente as costas a seu pai. Mas o amor de Deus pode vencer a insensatez do homem, as seduções das vozes tentadoras, e até a rebelião deliberada do coração.


    O Evangelho em Carne e Osso

    Flávio Gouvêa de Oliveira, Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil
    O Evangelho em Carne e Osso - Comentários de Lucas Capítulo 15 do versículo 1 até o 32

    77   . Perdidos e Achados

    Lc 15

     

    Pecadores que se reúnem para ouvir

     

    No texto anterior Jesus apresentou uma forte exigência ao seu discipulado e terminou conclamando: “quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Lc 14:35). Mesmo sendo uma mensagem dura e que chamava à renúncia de coisas vitais, quem se reunia para ouvir o que Jesus ensinava eram as pessoas consideradas pecadoras.

    “Publicanos e pecadores” era o modo genérico para se referir a pessoas com moral e condutas abomináveis para a religião da época, pessoas com as quais os judeus sérios não deviam nem ter contato. E Jesus não estava apenas ensinando-os num ambiente público, mas recebendo-os e até comendo com eles, conforme reclamavam os fariseus e os escribas.

    Já esses grandes líderes religiosos da época, não estavam ali para ouvirem-no, mas para murmurar quanto ao que Jesus estava fazendo. Além de não fazerem parte dos que tinham “ouvidos para ouvir”, reclamavam por Jesus ensinar aqueles que se dispuseram a ouvir, pois nem sequer era digno se relacionar com eles.

    Esse contexto é muito importante para se entender o que vem a seguir. Jesus estava anunciando a presença do reino de Deus entre eles como a realidade de sua graça ao mundo, mas aqueles que se viam a mais tempo andando com Deus não aceitavam as consequências e aplicações dessa graça na obra de Jesus. Essa aplicação da graça se dava em receber efetivamente os pecadores.

     

    A importância de pequenas coisas cotidianas

     

    Jesus, então, conta-lhes uma parábola com três partes que apresentam uma lição maravilhosa e profunda tanto aos “pecadores” quanto aos fariseus e escribas, que não se viam como pecadores, ao menos não como aqueles.

    As duas primeiras partes da parábola falam sobre coisas corriqueiras que podem ser perdidas e que, mesmo assim, levariam o dono – ou a dona - a se esforçar em procurar por elas, inclusive negligenciando por um momento a parte do conjunto que não se perdeu; e, depois, festejando com os amigos ao encontrar o que se procurava. É interessante, inclusive, que numa parábola Jesus fale do contexto masculino, enquanto na outra, do feminino, demonstrando que o público era misto e que a mensagem era para todos.

    A grande aplicação da mensagem é que, se fazemos festa por coisas simples que perdemos e encontramos, quanto mais há festa no céu pelo pecador que se arrepende. Na aplicação da parábola da ovelha perdida há até uma provocação a mais, a de que vale mais um “pecador que se arrepende que noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”, já fazendo alusão àqueles que, por sua religiosidade, achavam que não precisavam se arrepender.

    O que Jesus estava ensinando é que o fato de o reino de Deus estar presente e graciosamente recebendo os pecadores não deveria ser motivo de murmuração, mas de alegria. Ao mesmo tempo, estava afirmando aos pecadores – e, no caso, todos eles, religiosos ou não – que estavam perdidos e que estavam sendo procurados.

    Creio que muitos, mesmo entre os religiosos, aceitariam a mensagem até aí, pois mesmo a religião judaica falava sobre o arrependimento dos pecadores. De certa forma todas as religiões falam da necessidade de arrependimento e reencontro com Deus, ainda que com termos diferentes, mas a conclusão da parábola surpreenderia a todos, assim como ainda surpreende.

     

    A importância do irmão que volta à vida

     

    A parábola, então, continua e com a mesma ideia de que algo foi perdido e achado, levando a se fazer uma festa pra comemorar. O significado também já estava explícito: “há festa no céu por um pecador que se arrepende”. Mas agora a parábola ganha um tom muito mais dramático e utiliza uma comparação mais intensa para a experiência de todos ali: a relação entre um pai e seus filhos.

    Um dos filhos, o mais novo – que tinha menos direitos que o mais velho naquela cultura – exige que o pai lhe dê a parte que teria na herança quando este morresse. Era um pedido estranho, antecipado e até desrespeitoso, mas, curiosamente, o pai concede, dando também, inclusive, a parte do irmão mais velho, que permanece morando com o pai.

    O mais novo pega sua parte em dinheiro e abandona a casa, nada mais lhe interessa ali e até mesmo o pai é considerado morto para ele, visto que já pegou até sua parte na herança. Vai pra uma terra distante sentindo-se confiante por ter bastante recurso para se manter por conta própria, mas acaba desperdiçando tudo de modo irresponsável. Já não podia mais se suster com o que tinha e, para piorar, um fator externo – a fome na terra em que estava – ainda faz com que sua situação piore. O único emprego que encontra é o de cuidar de porcos, algo abominável para qualquer judeu da época. Mesmo trabalhando, ainda passava fome e chegava a desejar o que os porcos comiam, mas nem isso lhe davam. Era o fundo do poço, estava realmente perdido e, pior, por sua própria culpa, pois não se perdeu por acidente, mas por sua própria escolha.

    Ali se lembrou de seu pai com outros olhos, como alguém que era justo até com seus escravos. Reconheceu seu pecado contra Deus e contra seu pai, reconheceu que não era nem mesmo digno de ser chamado seu filho, pois ele mesmo considerou seu pai como morto. Mas decidiu voltar como um mero escravo, para ser, ao menos, tratado de forma justa. Preparou um discurso contendo essas considerações e resolveu voltar a seu pai humildemente e sem saber qual seria a sua reação.

    Muitas religiões, ainda que de formas diferentes, pregam a necessidade de arrependimento, humilhação e até autopurificação para alguém se tornar aceito por Deus. Ensinam atitudes e orações que, feitas continuamente, possam levar ao perdão e à aceitação por ele. Muitos judeus da época e muitos cristãos atuais ainda se identificam com essa proposta de arrependimento do filho mais novo, humilde e verdadeira de fato, mas é aí que se surpreendem grandemente com a atitude do pai na parábola.

    O pai sabia que tinha perdido o filho desde que este saíra de casa, mas, diferentemente das outras parábolas, não era questão de sair e procurá-lo, pois a divisão de bens já havia sido feita, a decisão tomada e a estrutura familiar alterada. Só lhe restava esperar e se compadecer “como um pai se compadece de seus filhos” (Sl 103:13). Por isso, quando viu seu filho chegando ainda ao longe, sua compaixão o levou a correr até ele, abraçá-lo e beijá-lo, não importando a aparência degradante em que estava. O filho até conseguiu pronunciar seu discursinho decorado, isso até foi importante para levá-lo até ali, mas o pai nem lhe deu ouvido, nem cogitava recebê-lo como um empregado, ainda que tenha realmente se feito indigno. Imediatamente o pai mandou que trouxesse as roupas dignas de um filho e que preparassem uma festa especial, pois, mais que perdido e achado, seu filho estava morto e reviveu.

     

    A rejeição da celebração

     

    Jesus poderia simplesmente encerrar a parábola por aqui e refazer a aplicação de que “há festa no céu pelo pecador que se arrepende”, mas acrescenta uma nova situação inusitada: o irmão mais velho, que estava desde o princípio na parábola, agora se recusava a participar da festa, sentindo raiva ao invés de alegria. As outras situações da parábola terminaram com uma festa, e isso era mais facilmente aceito pelos ouvintes, mas agora Jesus termina falando sobre a rejeição à celebração.

    O foco da parábola, então, recai sobre o filho mais velho, que não aceita participar da festa. O pai também não o rejeita, pelo contrário, chega a deixar a festa para tentar conciliá-lo. Ali ele ouve o desabafo rancoroso do mais velho. Este se via como um servo de seu pai, trabalhador esforçado e obediente e, mesmo assim, sem nunca ter seu trabalho reconhecido a ponto de ganhar ao menos um cabrito para comemorar com seus amigos. É interessante que o filho mais novo pensara em voltar para seu pai apenas como um servo; enquanto o mais velho via-se também apenas como um servo esperando recompensa por seu trabalho, e não como um filho. O mais velho parece estar perdido também, ainda que dentro de casa.

    Seu desabafo rancoroso se intensifica ao comparar-se com seu irmão mais novo que, ao contrário dele, os abandonou e gastou os bens do pai de maneira errada e irresponsável, mas este, ainda assim, estava recebendo uma festa. Ele nem se refere ao mais novo como seu irmão, mas simplesmente como “este teu filho”, demonstrando que ele era problema apenas do pai, o qual, para ele, ainda estava sendo injusto – neste ponto é interessante notar que o mais novo voltou por se lembrar da justiça de seu pai. Se formos honestos com nosso conceito de justiça, poderemos sentir a indignação dele e também concordarmos com ele. Essa indignação estava presente nos fariseus e escribas, que tanto se esforçavam para serem dignos e puros, e está em nós mesmos quando queremos levar nossa religiosidade em busca de alguma recompensa.

    O erro do mais velho não estava em ser trabalhador e obediente, mas em perder o sentido do relacionamento com o pai e também a misericórdia. O pai lhe responde chamando-o de “meu filho”, e não de “servo obediente”. Lembra-o que tudo é dele também, como inclusive foi acertado na repartição da herança, ele não precisava receber uma recompensa por um trabalho específico. O que ele precisava era de compaixão e misericórdia, como o próprio pai estava tendo (veja Lc 6:36). Ele precisava lembrar que aquele “filho do seu pai” que voltara, era também seu irmão. E que o que estava acontecendo ali não era uma festa pelos pecados de seu irmão, mas a comemoração pela nova vida de um filho, de um irmão que havia morrido e agora voltava à vida. Não era uma questão de obras e recompensas, mas de morte e vida.

    Finalmente, vemos a seguinte lição geral aos fariseus, escribas e religiosos em geral: se fazem festa até por uma ovelha ou uma moeda encontrada - o que servia até como representação da festa no céu pelo pecador que se arrepende – por que se recusavam a participar da festa por publicanos e pecadores, seus irmãos perdidos, que estavam se arrependendo e sendo encontrados pelo reino de Deus em Jesus?

    Fariseus, escribas e religiosos em geral também precisam ser achados e conciliados, assim como os reconhecidamente pecadores. A graça de Deus está à procura de ambos.



    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Lucas Capítulo 15 versículo 11
    Um homem tinha dois filhos: A ilustração do filho pródigo (também chamada de “parábola do filho perdido”) é bem diferente das outras ilustrações de Jesus em alguns aspectos. Ela é uma das suas ilustrações mais longas. Um detalhe muito interessante é o relacionamento familiar que Jesus descreveu. Em outras ilustrações, Jesus muitas vezes citou coisas inanimadas, como diferentes tipos de sementes ou de solos, ou mencionou as relações formais entre o senhor e seus escravos. (Mt 13:18-​30; 25:14-​30; Lc 19:12-​
    27) Mas nessa ilustração Jesus destacou o amor de um pai por seus filhos. Muitos que ouviram Jesus talvez não tivessem um pai bondoso e carinhoso como o da ilustração. Ela mostra quanto amor e compaixão nosso Pai celestial sente por seus filhos na Terra, tanto os que permanecem ao lado dele como os que se desviam, mas depois voltam.


    Dicionário

    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Dois

    numeral Um mais um (2); o número imediatamente após o 1; segundo.
    Equivalente a essa quantidade: dois carros na garagem.
    Segundo dia do mês: dia um, dia dois.
    Segundo elemento numa contagem, série, lista.
    substantivo masculino Algarismo que representa esse número (2).
    Nota dois: tirei dois no exame.
    Carta do baralho, marcada com dois pontos: o dois de ouros.
    Etimologia (origem da palavra dois). Do latim duos; pelo espanhol dos.

    Filhós

    substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).

    Homem

    substantivo masculino Indivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem.
    Pessoa do sexo masculino.
    Esposo, marido, companheiro.
    A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento.
    Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.

    substantivo masculino Indivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
    Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem.
    Pessoa do sexo masculino.
    Esposo, marido, companheiro.
    A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento.
    Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.

    As principais palavras traduzidas por ‘homem’ no A.T. são :
    (1). Adam (Gn 1:26, etc.) É, também, um termo coletivo, que se emprega ‘por humanidade’, e que se distingue de Deus.
    (2). ish (Gn 2:24, etc.), um indivíduo do sexo masculino.
    (3). Enosh (Gn 6:4, etc.), a raça humana, como seres mortais.
    (4). Geber (Êx 10:11, etc.), homem na sua robustez. No N.T. as principais palavras são
    (1). Aner (Lc 1:27, etc.), homem da idade madura –
    (2). Anthropos (Mt 4:4, etc.), homem em oposição a animal.

    O homem é um pequeno mundo, que tem como diretor o Espírito e como dirigido o corpo. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 27

    O homem compõe-se de corpo e espírito [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3

    H [...] é o filho de suas obras, durante esta vida e depois da morte, nada devendo ao favoritismo: Deus o recompensa pelos esforços e pune pela negligência, isto por tanto tempo quanto nela persistir.
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6

    O homem é uma alma encarnada. Antes da sua encarnação, existia unida aos tipos primordiais, às idéias do verdadeiro, do bem e do belo; separa-se deles, encarnando, e, recordando o seu passado, é mais ou menos atormentada pelo desejo de voltar a ele.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•

    Há no homem três coisas: 1º – o corpo ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2º – a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3º – o laço que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

    O homem é filho de suas próprias obras; e as diferenças humanas são filhas do uso que cada um faz da sua liberdade.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 18

    [...] é uma obra que glorifica seu incompreensível Autor.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

    [...] é, desde o princípio, o Verbo fora de Deus, a sucessão eterna, a mutabilidade sem término.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

    [...] é um ser progressivo e perfectível que sempre girará dentro da instabilidade. [...]
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 1

    O homem é, essencialmente, um Espírito imortal, que não desaparece, portanto, com a morte orgânica, com o perecimento do corpo físico. [...] O homem é um Espírito, que se utiliza de vários corpos materiais, os corpos físicos, e de um semimaterial, fluídico, o corpo astral ou perispírito, para realizar, em várias etapas, chamadas encarnações, a evolução, a que está sujeito, por sua própria natureza.
    Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2

    Sabemos hoje que o homem é um anjo nascente e que séculos correrão sobre séculos antes de finda a empresa de seu apuro.
    Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 21

    [...] é o homem um ser imortal, evolvendo incessantemente através das gerações de um determinado mundo, e, em seguida, de mundo em mundo, até a perfeição, sem solução de continuidade!
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A progressividade da revelação divina 4

    Urge compreendamos que, qualquer que seja a posição em que se achem situados, todos os homens são proletários da evolução e que a diversidade de funções no complexo social é tão indispensável à sua harmonia quanto às variadas finalidades dos órgãos o são ao equilíbrio de nosso organismo.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A lei de igualdade

    Contrariando a Teologia tradicional, a Doutrina Espírita nos ensina (no que, aliás, é apoiada pela Ciência) que o homem surgiu neste mundo, não como H H uma criatura perfeita, que veio a decair depois por obra de Satanás, mas como um ser rude e ignorante, guardando traços fortes de sua passagem pela animalidade. Criado, entretanto, à imagem e semelhança de Deus, possui, latentes, todos os atributos da perfeição, inclusive o Amor, carecendo tão-somente que os desenvolva.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 12

    [...] cada indivíduo é, espiritualmente, filho de si mesmo, ou melhor, traz, ao nascer, uma bagagem de boas ou más aquisições feitas em outras existências, que lhe constituem o caráter, o modo de ser todo pessoal [...].
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 15

    Afirma Esquiros que cada um de nós é o autor e por assim dizer o obreiro de seus destinos futuros. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 1

    [...] O homem é o universo reduzido. Se cada um pudesse deixar-se narrar, teríamos a mais maravilhosa história do mundo.
    Referencia: DELGADO, América• Os funerais da Santa Sé• Pelo Espírito Guerra Junqueiro• Prefácio de Manuel Quintão• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Guerra Junqueiro

    O homem possui dois corpos: um de matéria grosseira, que o põe em relação com o mundo físico; outro fluídico, por meio do qual entra em relação com o mundo invisível.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] O homem é [...] o seu próprio juiz, porque, segundo o uso ou o abuso de sua liberdade, torna-se feliz ou desditoso. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4, cap• 39

    Deus é o Espírito Universal que se exprime e se manifesta na Natureza, da qual o homem é a expressão mais alta.
    Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

    Todo homem é um espelho particular do Universo e do seu Criador. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O porquê da vida: solução racional do problema da existência• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

    [...] é a síntese de todas as formas vivas que o precederam, o último elo da longa cadeia de vidas inferiores que se desenrola através dos tempos. [...]
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

    [...] a observação dos fatos e a experiência provam que o ser humano não é somente um corpo material dotado de várias propriedades, mas também um ser psíquico, dotado de propriedades diferentes das do organismo animal.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 2

    Preferimos a definição de Bonald: “O homem é uma inteligência servida por órgãos”. Declaremo-lo: o homem é essencialmente espírito, quer o saiba quer o ignore. [...]
    Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3

    [...] Sois constituídos por uma verdadeira multidão de seres grupados e submetidos pela atração plástica da vossa alma pessoal, a qual, do centro do ser, formou o corpo, desde o embrião, e reuniu em torno dele, no respectivo microcosmo, todo um mundo de seres destituídos ainda de consciência da sua individualidade.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 5a narrativa

    [...] é mordomo, usufrutuário dos talentos de que se encontra temporariamente investido na condição de H donatário, mas dos quais prestará contas. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 17

    Os homens são espíritos em provas, como os vês, como os encontras.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

    O homem não deve ser considerado como a máquina para o prazer, mas o ser eterno em contínuo processo de crescimento. O corpo é-lhe instrumento por ele mesmo – o Espírito que o habita – modelado conforme as necessidades que o promovem e libertam. A visão global do ser – Espírito, perispírito e matéria – é a que pode dar sentido à vida humana, facultando o entendimento das leis que a regem.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 16

    O grande e superior investimento da Divindade é o homem, na inexorável marcha da ascensão libertadora.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 22

    [...] o homem é o que pensa, o que faz e deseja.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 7

    [...] todos somos a soma dos próprios atos, na contabilidade das experiências acumuladas desde priscas eras que não lobrigamos tão cedo conhecer. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    O homem é, na verdade, a mais alta realização do pensamento divino, na Terra, caminhando para a glória total, mediante as lutas e os sacrifícios do dia-a-dia.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio – solução insolvável

    [...] O homem é um projetista de si mesmo com plena liberdade de, assim, autoprojetar-se. [...]
    Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2

    [...] é o que ele mesmo pode ou quer ser; por isso, o homem é sempre um problema em si mesmo e também encerra em si a solução. [...]
    Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2

    [...] O homem nasce imperfeito: chega a este mundo trazendo um duplo capital, o de suas faltas anteriores, que lhe cumpre expiar, ou de suas más tendências, que lhe cumpre reprimir; e o das virtudes adquiridas ou de aspirações generosas, que lhe cabe desenvolver. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 21a efusão

    Todos os homens são filhos de Deus, todos estão destinados a tornar-se anjos [...].
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 29a efusão

    [...] O homem, como dínamo psíquico, a que os complexos celulares se ajustam em obediência às leis que governam a matéria perispiritual, ainda é de compreensão muito difícil.
    Referencia: MICHAELUS• Magnetismo Espiritual• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    [...] o homem é aquilo que pensa. É a força do seu pensamento que modela os seus atos e, por conseguinte, o seu estado de espírito, sua posição evolutiva, e a melhor ou pior situação humana nas vidas que se encadeiam. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 21

    [...] o homem é, na essência, um Espírito imortal, cuja experiência e sabedoria se acumulam ao cabo de um rosário imenso de vidas, desde que começam a raiar nele os primeiros clarões da consH H ciência até que alcance os mais elevados graus de conhecimento e moral. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

    [...] Será bom não esquecer que somos essência de Deus [...].
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

    [...] Será necessário que o homem compreenda que, como parcela divina que é, veio ao mundo também para colaborar na obra de aperfeiçoamento do planeta em que vive, e essa colaboração certamente subentenderá auxílio às almas mais frágeis do que a dele, que gravitam ao seu lado nas peripécias da evolução. [...]
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    [...] somos o resultado das atividades do nosso passado, como hoje plantamos as sementes do nosso futuro.
    Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

    O homem, regra geral, é um ser milenarmente viciado em atitudes negativas, assimilando, assim, com lamentável freqüência, vibrações tóxicas que o desajustam espiritualmente, da mesma forma que sofre constantes distúrbios digestivos quem não faz uso de alimentação adequada.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Sintonia da atitude

    [...] o homem, apesar de sua aparência material, é essencialmente um ser espiritual e, como tal, seu destino não está jungido para sempre à matéria, mas apenas temporariamente.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 37

    Cada criatura humana é uma irradiação da Força Divina, independentemente de seu estágio evolutivo. [...]
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 7

    [...] é um Espírito eterno, continuando sua trajetória após o túmulo e voltando a viver neste mesmo mundo de aprendizado e resgates, onde os papéis individuais podem ser invertidos [...].
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 12

    [...] O homem é co-autor dessa entidade misteriosa que é ele mesmo. Nascemos de Deus, fonte inexaurível da vida, e renascemos todos os dias, em nós mesmos, através das transformações por que passamos mediante a influência da auto-educação, cumprindo-se assim aquele célebre imperativo de Jesus: Sede perfeitos como o vosso Pai celestial é perfeito.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

    [...] O homem é obra viva, inteligente e consciente de si própria. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 15

    O homem renovado para o bem é a garantia substancial da felicidade humana. [...] O homem, herdeiro do Céu, refletirá sempre a Paternidade Divina, no nível em que se encontra.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Informando o leitor

    No mundo assim também é: / O homem, na Humanidade, / É o viajor demandando / As luzes da eternidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartilha da Natureza• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - O carro

    Todos nós somos dínamos viventes, nos mais remotos ângulos da vida, com o infinito por clima de progresso e com a eternidade por meta sublime. Geramos H raios, emitimo-los e recebemo-los constantemente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O homem não é um acidente biológico na Criação. É o herdeiro divino do Pai Compassivo e Todo Sábio que lhe confere no mundo a escola ativa de elevação e aprimoramento para a imortalidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é o legislador da própria existência e o dispensador da paz ou da desesperação, da alegria ou da dor de si mesmo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o homem, acima de tudo, é espírito, alma, vibração, e esse espírito, salvo em casos excepcionais, se conserva o mesmo após a morte do corpo, com idênticos defeitos e as mesmas inclinações que o caracterizavam à face do mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 30

    [...] Todos somos, por enquanto, espíritos imperfeitos, nos quadros evolutivos do trabalho que nos compete desenvolver e complementar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Cada um de nós é um mundo por si, porque o Criador nos dotou a cada um de características individuais, inconfundíveis.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    O homem é inquilino da carne, com obrigações naturais de preservação e defesa do patrimônio que temporariamente usufrui.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Saúde

    Lembre-se que você mesmo é: o melhor secretário de sua tarefa, o mais eficiente propagandista de seusideais,a mais clara demonstração de seusprincípios,o mais alto padrão do ensino superiorque seu espírito abraça,e a mensagem viva das elevadas noçõesque você transmite aos outros.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 29

    Expurguemos a mente, apagando recordações indesejáveis e elevando o nível de nossas esperanças, porque, na realidade, somos arquitetos de nossa ascensão.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

    Toda pessoa humana é aprendiz na escola da evolução, sob o uniforme da carne, constrangida ao cumprimento de certas obrigações [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Lugar depois da morte

    O homem encarnado na Terra [...] é uma alma eterna usando um corpo perecível, alma que procede de milenários caminhos para a integração com a verdade divina [...]. Somos, todos, atores do drama sublime da evolução universal, através do amor e da dor [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13

    Depois da morte física, o que há de mais surpreendente para nós é o reencontro da vida. Aqui [no plano espiritual] aprendemos que o organismo perispirítico que nos condiciona em matéria leve e mais plástica, após o sepulcro, é fruto igualmente do processo evolutivo. Não somos criações milagrosas, destinadas ao H H adorno de um paraíso de papelão. Somos filhos de Deus e herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiência em experiência de milênio a milênio. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

    O homem terrestre não é um deserdado. É filho de Deus, em trabalho construtivo, envergando a roupagem da carne; aluno de escola benemérita, onde precisa aprender a elevar-se. A luta humana é sua oportunidade, a sua ferramenta, o seu livro.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - Novo amigo

    Cada homem é uma casa espiritual que deve estar, por deliberação e esforço do morador, em contínua modificação para melhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 133

    [...] é um anjo decaído, em conseqüência do mau uso que fez de seu livre-arbítrio [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Volta Bocage• Sonetos do Espírito de Manuel Maria de Barbosa du Bocage; com apreciação, comentários e glossário pelo prof• L• C• Porto Carreiro Neto• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    Filhos do Eterno, todos somos cidadãos da eternidade e somente elevamos a nós mesmos, a golpes de esforço e trabalho, na hierarquia das reencarnações.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 46


    Homem
    1) Qualquer indivíduo pertencente à espécie animal racional (Gn 2:15). O ser humano é composto de corpo e alma. Foi criado à imagem e semelhança de Deus, podendo, por isso, ter comunhão com ele (Gn 1:26);
    v. IMAGEM DE DEUS).

    2) Os seres humanos; a humanidade (Gn 1:26), hebraico adham; (Ef 6:6). 3 Ser humano do sexo masculino (Pv 30:19).

    4) Ser humano na idade adulta (1Co 13:11).

    5) “Velho homem” é a nossa velha natureza humana pecadora (Rm 6:6) em contraste com o “novo homem”, que é a natureza espiritual do regenerado (Ef 2:15).

    6) “Homem interior” é o eu mais profundo (Rm 7:22) em contraste com o “homem exterior”

    Tinha

    Tinha Doença da pele (Lv 13;
    v. NTLH).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    ἔπω τίς ἄνθρωπος ἔχω δύο υἱός
    Lucas 15: 11 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    E ele disse: Certo homem tinha dois filhos;
    Lucas 15: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Janeiro de 30
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1417
    dýo
    δύο
    alguma coisa cortada, sulco, corte
    (the furrows)
    Substantivo
    G2192
    échō
    ἔχω
    ter, i.e. segurar
    (holding)
    Verbo - Presente do indicativo ativo - nominina feminino no singular
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G444
    ánthrōpos
    ἄνθρωπος
    homem
    (man)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G5100
    tìs
    τὶς
    alguém, uma certa pessoa
    (something)
    Pronome interrogatório / indefinido - neutro acusativo singular
    G5207
    huiós
    υἱός
    filho
    (son)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    δύο


    (G1417)
    dýo (doo'-o)

    1417 δυο duo

    numeral primário; n indecl

    1. dois, par

    ἔχω


    (G2192)
    échō (ekh'-o)

    2192 εχω echo

    incluindo uma forma alternativa σχεω scheo, usado apenas em determinados tempos), verbo primário; TDNT - 2:816,286; v

    1. ter, i.e. segurar
      1. ter (segurar) na mão, no sentido de utilizar; ter (controlar) possessão da mente (refere-se a alarme, agitação, emoção, etc.); segurar com firmeza; ter ou incluir ou envolver; considerar ou manter como
    2. ter, i.e., possuir
      1. coisas externas, tal com possuir uma propriedade ou riquezas ou móveis ou utensílios ou bens ou comida, etc.
      2. usado daqueles unidos a alguém pelos laços de sangue ou casamento ou amizade ou dever ou lei etc, de atênção ou companhia
    3. julgar-se ou achar-se o fulano-de-tal, estar em certa situação
    4. segurar mesmo algo, agarrar algo, prender-se ou apegar-se
      1. estar estreitamente unido a uma pessoa ou uma coisa

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    ἄνθρωπος


    (G444)
    ánthrōpos (anth'-ro-pos)

    444 ανθρωπος anthropos

    de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m

    1. um ser humano, seja homem ou mulher
      1. genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
      2. para distinguir humanos de seres de outra espécie
        1. de animais e plantas
        2. de Deus e Cristo
        3. dos anjos
      3. com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
      4. com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
      5. com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
      6. com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
      7. com referência ao sexo, um homem
    2. de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
    3. no plural, povo
    4. associada com outras palavras, ex. homem de negócios

    τὶς


    (G5100)
    tìs (tis)

    5101 τις tis

    τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Possui relação com τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    υἱός


    (G5207)
    huiós (hwee-os')

    5207 υιος huios

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m

    1. filho
      1. raramente usado para filhote de animais
      2. generalmente usado de descendente humano
      3. num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
      4. num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
        1. os filhos de Israel
        2. filhos de Abraão
      5. usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
        1. aluno
    2. filho do homem
      1. termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
      2. filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
      3. usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
    3. filho de Deus
      1. usado para descrever Adão (Lc 3:38)
      2. usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
      3. daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
        1. no AT, usado dos judeus
        2. no NT, dos cristãos
        3. aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
      4. aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos

    Sinônimos ver verbete 5868 e 5943