Enciclopédia de Gênesis 24:11-11

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 24: 11

Versão Versículo
ARA Fora da cidade, fez ajoelhar os camelos junto a um poço de água, à tarde, hora em que as moças saem a tirar água.
ARC E fez ajoelhar os camelos fora da cidade, junto a um poço de água, pela tarde ao tempo que as moças saíam a tirar água.
TB Fez ajoelhar os camelos fora da cidade, junto ao poço de água, à hora da tarde em que as mulheres saem para tirar água.
HSB וַיַּבְרֵ֧ךְ הַגְּמַלִּ֛ים מִח֥וּץ לָעִ֖יר אֶל־ בְּאֵ֣ר הַמָּ֑יִם לְעֵ֣ת עֶ֔רֶב לְעֵ֖ת צֵ֥את הַשֹּׁאֲבֹֽת׃
BKJ E ele fez seus camelos se ajoelharem fora da cidade, junto a um poço de água na hora da tarde, a hora em que as mulheres saem para tirar água.
LTT E fez ajoelhar os camelos fora da cidade, junto a um poço de água, na hora do anoitecer, ao tempo que as moças saíam a tirar água.
BJ2 Ele fez ajoelhar os camelos fora da cidade, perto do poço, à tarde, na hora em que as mulheres saem para tirar água.
VULG Cumque camelos fecisset accumbere extra oppidum juxta puteum aquæ vespere, tempore quo solent mulieres egredi ad hauriendam aquam, dixit :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 24:11

Gênesis 24:13 Eis que eu estou em pé junto à fonte de água, e as filhas dos varões desta cidade saem para tirar água;
Gênesis 33:13 Porém ele lhe disse: Meu senhor sabe que estes filhos são tenros e que tenho comigo ovelhas e vacas de leite; se as afadigarem somente um dia, todo o rebanho morrerá.
Êxodo 2:16 E o sacerdote de Midiã tinha sete filhas, as quais vieram a tirar água, e encheram as pias para dar de beber ao rebanho de seu pai.
I Samuel 9:11 E, subindo eles pela subida da cidade, acharam umas moças que saíam a tirar água; e disseram-lhes: Está cá o vidente?
Provérbios 12:10 O justo olha pela vida dos seus animais, mas as misericórdias dos ímpios são cruéis.
João 4:7 Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

PALESTINA - PARTE DO CRESCENTE FÉRTIL

COMO PARTE DO CRESCENTE FÉRTIL

Cercada pelos mares Mediterrâneo, Negro e Cáspio, existe uma imensa formação geológica de montanhas altas e escarpadas, conhecida pelo nome de Cinturão Alpino do Himalaia . Essa paisagem rochosa e irregular se estende dos montes Pireneus, no norte da Espanha, para o leste, numa linha praticamente ininterrupta de 11 mil quilômetros, que vai até a altaneira cordilheira do Himalaia, na Índia e no Nepal, e o espinhaço Tsinling Shan, no interior da China. Perto do centro dessa longa elevação montanhosa, ficam os imponentes montes Taurus, Pônticos, Urartu e do Curdistão, todos na Turquia, os quais, em alguns lugares, chegam a uma altura de cerca de 5.200 metros, com cumes cobertos de neve o ano inteiro, e as cordilheiras de Zagros e Elburz, situadas no Irá (nas quais uns poucos cumes chegam a mais de 5.450 metros, os mais altos de todo o Oriente Próximo). Quer acádica, egípcia, assíria, babilônica, fenícia, persa ou grega, em seus propósitos imperialistas as civilizações antigas nunca conseguiram superar ou transpor totalmente esse terreno descomunal. Aliás, antes do tempo de Júlio César todos os impérios do Oriente Próximo foram, em grande parte, contidos por essa barreira setentrional. Além do mais, à espreita, nas reentrâncias sombrias daquelas montanhas, sempre houve povos ferozes que periodicamente ameaçavam o domínio semita da fronteira norte. Bem mais ao sul, começando no litoral atlântico do norte da África e indo na direção leste, há uma imensa área de terreno quase sem água. Conhecido como deserto do Saara, esse ambiente estéril e ermo se estende para além do mar Vermelho e cobre toda a península Arábica, onde é conhecido pelo nome de deserto da Arábia. A zona árida atravessa as montanhas do Ira na direção norte e prossegue pelo deserto do Sal (Dasht-e Kavir) e a bacia de Tarim, até alcançar o deserto de Gobi, no sul da Mongólia. Em alguns lugares, chegando a ter mais de 1.600 quilômetros de largura e estendendo-se por quase 8 mil quilômetros ao longo de dois continentes, essa faixa de areia inóspita e sinistra constituiu, na Antiguidade, mais uma barreira intransponível para o imperialismo e a civilização. Cercada por essas duas barreiras naturais de montanha e deserto, encontra-se uma faixa estreita e semicircular de terra relativamente arável que, partindo perto de Gaza (At 8:26), no canto sudeste do Mediterrâneo, vai para o norte formando um arco, atravessando Israel, Líbano e oeste da Síria. Próximo do canto nordeste do Mediterrâneo, essa faixa se encurva para o leste e, então, para o sudeste, basicamente seguindo as planícies inundáveis dos vales dos rios Tigre e Eufrates e chegando até a foz desses rios, no golfo Pérsico. Desde a época do egiptólogo James Breasted,15 essa faixa de terra é conhecida como "Crescente Fértil". Nesse Crescente, a humanidade inventou o arado, a roda, a alavanca, o parafuso e o arco. Ali os seres humanos aprenderam a domesticar animais, cultivar cereais e produzir alimentos, agrupar construções e construir cidades, trabalhar com metal e escrever (primeiro, pictográfica e, mais tarde, alfabeticamente). Foi nesse crescente de civilização que a humanidade desenvolveu o conhecimento, a música, a literatura, as leis, a matemática, a filosofia, a medicina, a astronomia, a cartografia, a química e o calendário. Correndo o risco de simplificar demais, é possível dividir o Crescente Fértil em duas regiões topográficas, conhecidas respectivamente como "Mesopotâmia" e "Levante". A palavra "Mesopotâmia" (termo grego que significa "[a terra] entre os rios") foi aplicada à região oriental já na época dos escritos de Políbio, Estrabão e Josefo (200 a.C. a 100 d.C.).16 Ainda antes, os tradutores da Septuaginta (LXX) empregaram a palavra para designar o distrito de onde o patriarca Abraão havia emigrado (Gn 24:10), designado pelos escribas de língua hebraica como Ara Naaraim ("Ara dos dois rios"). Provavelmente, deve-se entender que essa expressão hebraica delimite apenas a terra entre os rios Eufrates e Balih, também conhecida como Pada-Ara ("o campo de Ara" [e.g., Gn 28:8s; 33.18; 35.9]), e não toda a extensão entre o Tigre e o Eufrates Iv. mapas 2 e 301. Mesmo assim, por convenção, as referências à "Mesopotâmia" denotam atualmente a "ilha" de terra delimitada, ao oeste e ao sul, pelo Eufrates, ao leste, pelo Tigre, e, ao norte, pelos maciços isolados dos montes Taurus e do Curdistão. A planície baixa da Mesopotâmia fica a uma altitude de cerca de 495 metros em algumas regiões no norte e se inclina suavemente na direção do golfo Pérsico. Variações na precipitação atmosférica criam duas estepes distintas na Mesopotâmia, uma úmida e uma seca. A estepe úmida recebe mais de 300 milímetros de chuva anualmente. Caracteriza-se por sedimento de cor marrom-avermelhada, pastagens perenes, capins e arbustos, em especial à medida que se vai do oeste para o leste. Essa área entre os rios Eufrates e Balih está muito associada aos patriarcas bíblicos e consiste em colinas baixas e pedregosas e sem vegetação, exceto quando regadas na primavera. Entre os rios Balih e Habur. a estepe é menos árida e até mesmo relativamente fértil na primavera e no início do verão. A área é bem própria para pastoreio de animais, mas assim mesmo a sobrevivência nessa parte da estepe dependia de inúmeros pocos ali espalhados (Gn 24:11-29.2). Parece que na Antiguidade a área não foi intensamente ocupada ou cultivada O alto rio Habur aparece no mapa na forma de um triângulo invertido, onde o terreno achata consideravelmente. Chuva suficiente e solo bom têm permitido o florescimento da agricultura desde a Antiguidade remota, produzindo com abundância o melhor cereal de toda a Mesopotâmia.


Margeando ambos os lados da extremidade sul desse triângulo, afloramentos montanhosos retêm a terra e os depósitos minerais trazidos do norte pela água. Como consequência, essa região tende a permanecer coberta de grama o ano todo, mesmo nos meses de verão e outono, de modo que propiciava pastagens viçosas para os pastores da Mesopotâmia; era para essa região que eles, vindos das regiões ao sul do Eufrates, migravam durante a primavera e o verão. As montanhas também produzem basicamente toda a madeira nativa disponível na Mesopotâmia: pinheiros, carvalhos, terebintos e pistaceiras. Em tempos modernos álamos têm sido plantados em boa parte de toda a Mesopotâmia, tanto para servir de barreira para o vento quanto para uso na construção. Em contraste, a maior parte da estepe seca se caracteriza por solo desértico de gesso cinzento, pastagens sazonais de raízes superficiais, arbustos esparsos e - onde o solo é suficientemente profundo - uma limitada agricultura de sequeiro com colheitas no inverno. Abaixo do nível de precipitação pluviométrica de 200 mm, só ocorre - e em escala limitada - agricultura com irrigação. A planície de inundação do Médio Eufrates, em particular na área de Deir e7-Zor e no sul, chega a ter 90 metros de profundidade e 13 quilômetros de largura. O solo de humo depositado ali pelo Eufrates e o Habur é ideal para a agricultura, e sabe-se que durante todo o período bíblico existiu em toda essa região uma série de povoados. Em escala bem mais limitada, as mesmas condições existem ao longo de um trecho curto do Médio Tigre, na região em torno de Samarra, onde depósitos trazidos pelo Tigre e o Baixo Zab criaram uma base de ricos sedimentos aluviais. O solo do sul da Mesopotâmia é uniformemente duro e quase impermeável. O cenário exibe dunas e formações criadas pelo vento, resultado de areia transportada do deserto da Arábia. Ao mesmo tempo, o sul da Mesopotâmia sempre teve de enfrentar o problema de um lençol freático mais elevado por causa de irrigação excessiva, o que levou a um aumento crescente da salinização do solo. Aliás, alguns estudiosos sugerem que a decadência da civilização suméria naquela região e a consequente mudança dos centros culturais para o norte poderiam ser atribuídas à lenta salinização do solo. Está longe de haver certeza disso, embora saibamos com segurança que a economia suméria dependia fortemente de colheitas de cereal produzido localmente, uma produção muito maior do que se conseguiu ter mais tarde, quer na Antiguidade, quer em qualquer outra época desde então. A região entre a confluência do Tigre e do Eufrates e o golfo Pérsico é conhecida como canal ou rio Shatt el-Arab. Duas vezes por dia o nível de água nessa área sobe e desce aproximadamente 1,8 metros, o que é motivo de periódicas disputas fronteiriças entre Iraque e Irã. Do ponto de vista geográfico, a flutuação possibilita que a água salina do golfo avance para o interior, criando assim uma área pantanosa que restringe seriamente a habitação humana. Esse panorama geral permite perceber que a expressão "Crescente Fértil" está bastante sujeita a uma interpretação errada. Mais precisamente, pode-se chamar a maior parte da Mesopotâmia de "fértil" apenas para contrastar com seu vizinho árido e deserto e só ao longo das estreitas faixas sinuosas e verdejantes das planícies inundáveis dos rios Tigre e Eufrates, de seus tributários e dos sistemas de canais conectados. A região ocidental do Crescente Fértil é denominada Levante, palavra usada para se referir à visão que tem alguém que está no Mediterrâneo, num navio que vai naquela direção, seja do levantar (i.e., nascer) do sol, seja dos cumes/elevações das montanhas. Essa área geográfica consiste em um alinhamento duplo de cinturões de montanhas que cercam a porção norte da falha geológica afro-árabe. Longitudinalmente segmentados por três "depressões", esses cinturões compreendem uma série de quatro conjuntos paralelos de cordilheiras

1. Começando no norte, perto de Antioquia e da planície de Amuq, fica a cadeia de montanhas de Nusariya, que tecnicamente inclui o monte Cássio Essa cadeia de montanhas domina o horizonte a oeste, enquanto a cadeia Zawiya e seus maciços isolados setentrionais se erguem no leste. No sul, estende-se até a denominada depressão Trípoli-Homs-Palmira - um vale ao longo do qual corre o rio el-Kabir (Elêuteros), que delimita a fronteira atual entre a Síria e o Líbano.

2. No território ao sul desse desfiladeiro lateral, para quem olha para oeste, fica o imponente macico do Líbano. No lado oposto, a oeste, encontra-se a cordilheira do Antilíbano, que atinge seu ponto mais alto no monte Hermom, em sua extremidade sul. Os Líbanos chegam até o profundo desfiladeiro formado pelo rio Litani (logo ao norte de Tiro), desfiladeiro que se estende para o leste, além de Da, até a estepe plana que faz a separação entre as colinas de Damasco e o planalto basáltico de Jebel Druze.

3. Mais ao sul, cobrindo a área entre a assim chamada depressão Litani-Da-Estepe e a depressão Berseba-Zerede, fica a região montanhosa da Galileia, Samaria e Judá ao ocidente. No oriente, são proeminentes as colínas de Gola, o planalto de Gileade e a região montanhosa de Moabe.

4. Ao sul da depressão Berseba-Zerede e indo até o mar Vermelho, o cenário a oeste é formado pelas encostas ermas e adversas do deserto de Zim e o Neguebe moderno. A leste, o horizonte é dominado pela região montanhosa altaneira de arenito de Edom e pelas espetaculares montanhas de granito de Midia (é uma questão ainda em aberto se essa quarta região deve ou não ser tecnicamente incluída no Levante; principalmente porque essa é uma discussão geográfica, a região é mencionada neste ponto, mas não aparecerá no mapa nem na discussão a seguir). Separando essas cadeias paralelas de montanhas, encontra-se o Grande Vale do Rifte (o trecho mais setentrional do Vale do Rifte Afro-Árabe). No norte, os montes Nusariya e Zawiya

despencam mais de 900 metros nessa fenda, conhecida ali como Ghab ("mata fechada" ou "depressão"), que é drenada pelo sinuoso rio Orontes. Ao sul, as montanhas do Líbano e do Antilíbano, que chegam a alturas superiores a 3 mil metros, desabam abruptamente na depressão conhecida naquela região pelo nome de Beqa ("lugar de água estagnada"), drenada basicamente pelos rios Litani e Abana. Prosseguindo rumo ao sul, a região montanhosa da Galileia, Samaria e norte de Judá e as colinas de Gola e de Gileade descem numa inclinação acentuada até a fenda estreita conhecida como Arabá ("terra improdutiva, planície desértica"). Devido ao rio que a drena, essa depressão ao norte do mar Morto também pode ser identificada como o Vale do Rifte do Jordão. E instrutivo analisar o Levante empregando um corte longitudinal. Nessa perspectiva, o próprio Levante tem a forma de uma montanha, mais elevada no centro, com certos aspectos topográficos e fisiográficos espelhados nas Praticamente cercada por estradas modernas, Tel Dan fica junto ao rio Da (n. Qadi), na estepe logo ao sul do monte Hermom. encostas, dos dois lados. A chave para a geografia do Levante é seu cume altaneiro. A imponente altura das montanhas do Líbano e do Antilíbano supera em muito a das serras ao norte ou ao sul. Além disso, elas exibem um aspecto raro de estrutura geológica, inexistente em regiões vizinhas: dentro de sua sublevação há um substrato significativo de rochas impermeáveis e não porosas. Devido a essa camada, a água é forçada a ir para a superfície em enorme quantidade, criando centenas de fontes grandes e abundantes numa altitude elevada e incomum de 1.200 a 1.500 metros acima do nível do mar. Algumas dessas correntes de água têm vazão que chega a mais de 100 metros cúbicos por segundo e surgem nas encostas das montanhas como regatos ou riachos em cascata. Elas formam a nascente de pelo menos quatro rios importantes: o Litani, o Abana, o Orontes e o Jordão. Em vários aspectos básicos, é possível observar certa simetria também nos dois vales fluviais mais afastados (em especial antes do século 20, quando diques foram construídos em cada rio). Tanto o rio Orontes quanto o Jordão tinham declives acentuados, em particular perto de suas nascentes, nas elevadas regiões montanhosas do Líbano, e correntezas tão rápidas que causavam erosão ao invés de deposição. Ao longo da história, nenhum dos dois rios chegou a ser navegável. Na Antiguidade, ambos tiveram de atravessar um dique basáltico, criando assim um lago intermediário (o lago de Homs, no Orontes; o lago Hula, no Jordão). Os dois rios sofrem enchentes sazonais desfavoráveis ao ciclo agrícola, de modo que não tinham quase nenhum valor em termos de irrigação. Os solos em torno do Orontes e do Jordão são de tipos semelhantes: aluviais ao longo das margens, salinos em certos lugares (em especial ao longo do Jordão).


Os coniuntos de montanhas que flanqueiam o norte e o sul da cordilheira do Líbano e do Antilíbano são, eles mesmos, simétricos em certos aspectos. Os dois conjuntos são em sua maior parte constituídos de calcário e apresentam um vale interno transversal (o vale de Ugarit no norte; o vale de Tezreel (Esdraelom] no sul). As duas serras possuem uma forma longitudinal semelhante e uma altitude relativa de 760 a 1.060 metros, com cumes que atingem entre 1.350 e 1.520 metros de altitude. Cada serra recebe chuva em quantidade parecida (c. 500 a 1.000 mm por ano), em padrões sazonais similares. Nos dois casos, a quantidade de chuva aumenta para o lado norte e nos flancos ocidentais, justamente em terreno em que a lavoura é menos produtiva e o valor da irrigação é desprezível. Os solos das duas serras produzem vegetação parecida: arbustos mediterrâneos, tamargueiras e mato cobrem muitas encostas; capim sazonal próprio apenas para pastagem sobrevive nos planaltos; juncos crescem em brejos; e anêmonas, papoulas e flores silvestres abundam. A produção agrícola inclui cereais (trigo, cevada, milho) e, nas planícies costeiras, pode-se cultivar uma ampla gama de vegetais. E possível encontrar árvores cítricas e também muitas figueiras, alfarrobeiras, oliveiras e tamareiras; as poucas florestas com árvores de madeira de lei que não foram pilhadas ao longo da história são extremamente pequenas. Nessas duas terras, a estratificação fornece relativamente poucos recursos minerais, em especial depósitos de betume e fontes minerais. Tanto uma região montanhosa quanto outra são flanqueadas, a oeste, por uma linha costeira bem estreita e plana, constituída basicamente de areia e dunas.

Mesopotâmia da Antiguidade
Mesopotâmia da Antiguidade
Barreiras geográficas do mundo antigo
Barreiras geográficas do mundo antigo

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 24 do versículo 1 até o 67
  • Em Busca da Moça Certa (24:1-67)
  • Como patriarca do clã, Abraão tinha a responsabilidade de providenciar uma noi-va para Isaque. A história que narra esta busca é uma das narrativas mais bem escri-tas e mais atraentes da vida de Abraão. O cenário é apresentado nos versículos 1:9.

    Em seguida, temos a busca e seu sucesso (10-27), depois a cena de negociação (28-61) e, por último, o casamento (62-67).

    De acordo com os costumes do seu tempo, e ainda vigentes nas famílias menos ocidentalizadas do Oriente Próximo, o idoso pai tinha um importante dever a fazer pelo filho.' Abraão nunca ficou favoravelmente impressionado com o caráter moral dos povos no meio dos quais estava em Canaã. Seus pensamentos retrocederam à pátria onde seus parentes ainda viviam. Ele queria uma moça com formação religiosa seme-lhante a de Isaque.

    O texto não deixa claro se o servo, o mais velho da casa (2), era o Eliezer menci-onado em 15.2, mas certos comentaristas percebem ser esta a situação.' A importância que Abraão dava ao projeto de achar uma esposa pode ser medida pelo fato de exigir um voto solene do servo. A forma descrita era habitual no Oriente. A pedido de Abraão, o homem colocou a mão debaixo da coxa do seu senhor e recebeu instruções.' A esposa de Isaque não devia ser dos cananeus (3), mas de sua parentela (4). Se a moça se recusas-se a ir para Canaã, Isaque não deveria ser levado de volta para o norte, porque Deus deu a promessa de que a semente de Abraão (7) receberia esta terra. Abraão estava certo de que Deus providenciaria uma esposa enviando seu Anjo adiante da face do servo. Abraão dependia de Deus para cumprir o que prometeu. Se a moça se recusasse a ir, o servo estaria livre do juramento (8).

    Os detalhes da preparação para a viagem e a própria viagem são passados por alto apenas com a menção de que dez camelos (10) compunham a caravana. Nesta época, havia a cidade de Naor, talvez em honra do avô de Abraão (11:22-26). O idoso servo escolheu um lugar junto a um poço de água (11) onde havia a possibilidade de mulhe-res aparecerem.

    A fé religiosa de Abraão exerceu nítida influência no servo que também era homem profundamente piedoso. Parado junto ao poço, imediatamente antes da hora em que as moças saíam a tirar água, ele ergueu a voz em oração. Seu maior desejo era que a escolha da esposa para Isaque não fosse decisão sua, mas que fosse escolha de Deus. Conhecendo suas próprias dificuldades em discernir a vontade de Deus, ele pediu que o SENHOR, Deus (12), mostrasse sua vontade mediante uma série de acontecimentos. Estes acontecimentos também serviriam a um propósito secundário, ou seja, revelar o caráter da moça. Tinha de ser uma jovem que mostrasse boa vontade pelo estranho, alguém que estivesse disposta a fazer a tarefa extra que denotava generosidade. Da parte de Deus, a série de acontecimentos mostraria a fidelidade às promessas do concer-to. A palavra é traduzida por beneficência (12, chesed), mas tem o significado mais amplo de lealdade a promessas feitas e de misericórdia em tempos de dificuldades. A oração de Eliezer era de extrema confiança e de alta expectativa.

    O servo estava no lugar certo, no momento certo, e submeteu suas necessidades a Deus. Antes que ele acabasse de falar (15), a resposta à oração começou a se desenrolar diante dos seus olhos. Rebeca, sobrinha de Abraão, apareceu junto ao poço. Ela satisfazia todas as exigências fisicas e legais, mas não era o bastante; assim, o servo fez a pergunta-chave. Sem hesitação, ela lhe serviu água (18) e depois, espontaneamente, começou a tirar água (20) para os camelos. Boquiaberto, Eliezer viu seu pedido ser cumprido ao pé da letra.

    Recompondo-se, o idoso homem deu um pendente de ouro (22) de grande peso e duas pulseiras de ouro. Esbaforido, ele perguntou pela família da moça. Ao saber que ela pertencia à linhagem de Abraão expressou muita alegria, de forma que sem se per-turbar inclinou-se (26) e fez uma oração de louvor. O Deus do seu senhor confirmou as promessas, mostrando beneficência (27, chesed; também aparece nos vv. 12,14) e ver-dade (emet). As ações de Deus na vida dos que o seguem se correlacionavam com as promessas feitas a eles. Mas havia outra razão para este resultado surpreendente. O servo comportou-se no caminho de modo obediente e totalmente aberto para ser guiado pelo SENHOR. A preocupação de Abraão por seu filho, a obediência completa do servo e a generosidade sincera da moça combinaram com a orientação do Senhor para ocasionar um pleno cumprimento de maravilhas da promessa divina.

    As notícias sobre o estranho puseram a família de Rebeca em movimento. Labão (29), um dos irmãos dela, correu ao encontro do homem junto à fonte (30), levou-o para casa e deu comida aos camelos (32). Antes que o servo de Abraão se sentasse para comer (33), ele insistiu que tinha de contar por que viera.

    Contou uma história comovente sobre a riqueza de Abraão e tudo que seria passado para Isaque. Repetiu o teor do juramento ao qual seu senhor o fez jurar; e depois revisou os detalhes do incidente junto ao poço, inclusive a oração e a série de ações que coincidi-ram com seu pedido a Deus. Por fim, o assunto foi colocado francamente diante da famí-lia: Eles deixariam Rebeca voltar com ele para ser a esposa de Isaque? A principal dife-rença entre as palavras finais do servo para a família e as palavras de sua oração junto à fonte de água (13,27) é que as palavras beneficência (chesed) e verdade (emet) são trocadas de Deus para a família (49). Até este ponto, Deus havia sido fiel às suas promes-sas. Agora a família tomaria parte do pleno cumprimento da promessa dada com respei-to a Isaque? Muito dependia da resposta que dessem, pois se recusassem, o cumprimento da promessa se frustraria.

    A resposta foi positiva. Labão e Betuel (50) reconheceram os procedimentos do Senhor e puseram de lado sua própria autoridade humana. Esta era decisão de tamanha importância que o servo de Abraão inclinou-se à terra diante do SENHOR (52) nova-mente. Depois deu ricos presentes a cada membro da família.

    Pela manhã (54), o servo tinha notícias inesperadas para a família. Ele desejava começar imediatamente a viagem de volta para Canaã. Sua missão estava completa e ele queria entregar a moça a Isaque o mais cedo possível. A família protestou dizendo que deveriam passar uns dias com a amada Rebeca antes da viagem, mas deixaram que ela decidisse por si. E se ela recusasse o pedido do servo? Mas não recusou. Deu uma resposta pronta: Irei (58). Assim uma série de decisões pessoais cruciais, cuja negativa poderia ter impedido a vontade de Deus, foi feita em obediência ao propósito divino, levando a aventura a um final feliz.

    Com a bênção da família (60) soando nos ouvidos, Rebeca viajou para o sul com a caravana de camelos. Ao término da viagem, a corajosa moça teve o primeiro vislumbre do homem que ela escolheu inteiramente pela fé, e não ficou desapontada. Modestamen-te, tomou ela o véu e cobriu-se (65). Um casamento sem namoro, mas com muita orientação do Senhor, foi consumado com amor e carinho.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 24 do versículo 1 até o 67
    *

    24.1-9

    Ver “Linguagem Honesta, Juramentos e Votos”, índice.

    * 24.2 mais antigo servo. Abraão designou esta importante tarefa apenas ao seu servo mais confiável, talvez a Eliézer, o damasceno (15.2, 3).

    Põe a mão por baixo da minha coxa. As coxas eram vistas como a fonte de poder vital e procriativo (Dt 33:11; 40:16 — traduzido como “lombos”; Hb 7:10). Tal juramento era inviolável, até mesmo depois da morte daquele a quem havia sido jurado (47.29-31).

    * 24.3 SENHOR, Deus do céu e da terra. Ver 14.22.

    não tomarás… das filhas dos cananeus. Abraão dá um exemplo aos seus descendentes para que tomem esposas da linhagem semita que fora abençoada e não dos cananeus que foram amaldiçoados (9.24-27; Dt 7:1-4).

    * 24.6 Não faças voltar para lá meu filho. Ver nota em 23.19.

    *

    24.7 darei… enviará. Reivindicando a promessa de Deus segundo a aliança (12.7), Abraão espera que Deus continue a guiar e prover. Abraão aprendeu de sua experiência com Hagar a não confiar na carne para garantir a promessa mas a confiar na provisão sobrenatural de Deus (cap. 16).

    * 24.12 Ó SENHOR, Deus. O encontro do servo de Abraão e Rebeca foi planejado em oração (vs. 26, 27).

    bondade. A palavra hebraica (hesed) significa lealdade ao relacionamento pactual (Êx 15:13, nota).

    * 24.14 e nisso verei. O pedido de um sinal era apropriado em conexão com a missão do servo de promover a linhagem messiânica (conforme Is 7:10-14).

    * 24.15 Rebeca. Ver nota em 22.23.

    *

    24.16 virgem. A virgindade da moça era importante para assegurar que a descendência seria realmente de Isaque.

    * 24.27 o SENHOR me guiou. Deus dirige seus santos através de atos providenciais (conforme 50.20). Mais adiante no Pentateuco a expressão é usada para relatar a direção especial de Deus ao seu povo pelo deserto em direção à terra prometida (Êx 13:17, 21; 15:13).

    * 24.29 Labão. Labão assumiu a responsabilidade sobre a família provavelmente porque Betuel era incapacitado (v. 50 e nota).

    * 24.33 Não comerei enquanto não expuser. O servo relata a história (vs. 34-48) em detalhe a fim de que Rebeca e sua família reconheçam a mão do Senhor (v. 50).

    *

    24.36 a este deu ele tudo quanto tem. Um detalhe importante tendo em vista a riqueza considerável de Abraão (conforme 25.5, 6).

    * 24.50 Labão e Betuel. A seqüência irregular mencionando o filho antes do pai sugere que Betuel era incapacitado. No v. 55 apenas o irmão e a mãe são mencionados (conforme v. 28).

    Isto procede do SENHOR. Eles reconheceram a providência de Deus no assunto.

    * 24.60 mãe de milhares… possua a porta. Ver 13 16:15-5; 22.17.

    * 24.64, 65 Rebeca apeou do animal como um sinal de respeito para com seu novo marido (conforme 1Sm 25:23). O costumeiro véu de noiva cobria o rosto dela do marido até a consumação do casamento (conforme Ct 4:1).

    *

    24.66 contou a Isaque. Abraão viveu ainda 35 anos depois do casamento de Isaque (21.5; 25.7, 9, 20). Como a narrativa muda sua atenção para Isaque, o relatório do servo a Abraão é omitido e passa-se a tratar diretamente acerca do futuro patriarca.

    *

    24.67 conduziu… tomou… amou. Deus garantiu completo sucesso à jornada. Em obediência a Deus, tanto Isaque quanto Rebeca encontraram realização.

    até à tenda de Sara, mãe dele. Rebeca tomou o lugar de Sara como matriarca da família.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 24 do versículo 1 até o 67
    24.2, 9 Na cultura do Abraão, pôr uma mão debaixo da coxa era a forma em que se selava ou ratificava um pacto. Para fazer o mesmo nos estreitamos a mão, juramos ou assinamos documentos ante um notário público.

    24:4 Abraão queria que Isaque se casasse com alguém da família. Isto era aceitável nesses tempos para evitar que se casassem com vizinhos pagãos. Pelo general, os pais escolhiam a esposa do filho. Era uma prática comum que uma mulher se casasse nos começos de sua adolescência, embora Blusa de lã era provavelmente maior.

    24:11 O poço, a fonte principal de água do povo, estava pelo general aos subúrbios da cidade no caminho principal. Muitas pessoas tinham que caminhar um ou dois quilômetros pela água. Só podiam usar o que podiam levar a casa. Os granjeiros e pastores foram dos campos próximos a tirar água para seus animais. Era o melhor lugar para cercar amizades e praticar com os velhos amigos. Blusa de lã deve ter ido ao poço duas vezes ao dia a extrair água para sua família.

    BLUSA DE LÃ

    Algumas pessoas são empreendedoras. Ajudam a pôr-se a andar as coisas. Blusa de lã se distinguiria muito facilmente neste grupo. Sua vida se caracterizava pela iniciativa. Quando via uma necessidade punha mãos à obra, mesmo que a ação não fora sempre a correta.

    Foi a iniciativa de Blusa de lã o que primeiro chamou a atenção do Eliezer, o servo que Abraão enviou para procurar esposa para o Isaque. Era uma cortesia comum dar de beber a um estranho, mas se requeria de caráter para ir procurar água para dez camelos sedentos. Mais tarde depois de escutar os detalhes da missão do Eliezer, Blusa de lã esteve disposta imediatamente a ser a esposa do Isaque.

    Alguns sucessos posteriores nos ajudam a ver como uma iniciativa pode ir mal encaminhada. Blusa de lã estava consciente de que o plano de Deus seria canalizado através do Jacó, não do Esaú (Gn 25:23). Assim não só converteu ao Jacó em seu favorito, mas também até planejou a forma de assegurar que este fora mais importante que seu irmão gêmeo major. Isaque preferia ao Esaú. Isto criou um conflito no casal. Blusa de lã se sentiu com direito a enganar a seu marido quando chegou o momento de benzer a seus filhos, e seu engenhoso plano se executou à perfeição.

    Quase sempre tratamos de justificar nossas ações. Freqüentemente tratamos de acrescentar a aprovação de Deus a nossas ações. Embora é certo que nossas ações não obstaculizam o plano de Deus, também é certo que somos responsáveis por nossas ações e sempre devemos tomar cuidado com nossos motivos. Quando medita em um plano de ação, está você simplesmente procurando o selo da aprovação de Deus em algo que já decidiu fazer, ou está disposto a declinar esse plano se os princípios e mandamentos da Palavra de Deus se contrapõem a essa ação? A iniciativa e a ação são admiráveis e corretas quando são controladas pela sabedoria de Deus.

    Pontos fortes e lucros:

    -- Quando via uma necessidade, atuava imediatamente

    -- Sempre estava orientada à perfeição

    Debilidades e enganos:

    -- Sua iniciativa não sempre se encontrava balançada com sua sabedoria

    -- Favoreceu a um de seus filhos

    -- Enganou a seu marido

    Lições de sua vida:

    -- Nossas ações devem ser guiadas pela Palavra de Deus

    -- Deus utiliza em seus planos até nossos enganos

    -- O favoritismo dos pais machuca à família

    Dados gerais:

    -- Onde: Farão, Canaán

    -- Ocupação: Esposa, mãe, dona-de-casa

    -- Familiares: Avós: Nacor e Milca. Pai: Betuel. Marido: Isaque. Irmão: Labán. Filhos gêmeos: Esaú e Jacó

    Versículos chave:

    "E a trouxe Isaque à loja de sua mãe Sara, e tomou a Blusa de lã por mulher, e a amou; e se consolou Isaque depois da morte de sua mãe" (Gn 24:67). "E amou Isaque ao Esaú, porque comia de sua caça; mas Blusa de lã amava ao Jacó" (Gn 25:28)

    A história de Blusa de lã se relata em Gênese 24-29. Também se menciona em Rm 9:10.

    24:14 Era correto que o servo do Abraão pedisse a Deus uma prova tão precisa? O "sinal" que pediu não era fora do comum. A hospitalidade que se acostumava nessa época ditava que as mulheres que estivessem no poço deviam oferecer água aos cansados viajantes, mas não aos animais. Eliezer simplesmente lhe estava pedindo a Deus que mostrasse a uma mulher que tivesse uma verdadeira atitude de serviço, alguém que fora além do que se esperava. O oferecimento de dar de beber a seus camelos indicaria esta classe de atitude. Eliezer não pediu uma mulher de grande beleza ou riqueza. Sabia da importância de ter um coração justo. E sabia a importância de pedir ajuda a Deus para realizar sua tarefa.

    24.15, 16 Blusa de lã era bela fisicamente, mas o servo estava procurando um sinal que lhe revelasse a beleza interior. A aparência é importante para nós, e gastamos tempo e dinheiro tratando de melhorá-la. Mas quanto esforço fazemos para desenvolver a beleza interior? A paciência, a bondade e o gozo constituem tratamentos de beleza que produzem a verdadeira formosura: a interior.

    24.18-21 O espírito de serviço de Blusa de lã se demonstrou de maneira clara quando rapidamente e de boa vontade deu de beber ao Eliezer e a seus camelos. Os baldes utilizados para tirar água eram grandes e pesadas. Um camelo necessita muita água para satisfazer sua sede (quase 100 litros por camelo depois de uma semana de viagem). Eliezer compreendeu que aquela era uma mulher que ia mais à frente do dever. Possui você um espírito de servo? Quando lhe pedirem ajuda ou quando vir uma necessidade, faça mais do imprescindível.

    24.26, 27 logo que o servo do Abraão soube que sua oração foi respondida, agradeceu a Deus sua bondade e guia. Também Deus nos pode usar e guiar a nós, se é que estamos ao seu dispor como Eliezer. E nossa primeira reação deverá ser ação de obrigado por nos haver escolhido para seu serviço.

    24.42, 48 Quando Eliezer contou sua história ao Labán, falou-lhe abertamente de Deus e sua bondade. Muitas vezes nós fazemos o contrário, temerosos de ser mau interpretados ou rechaçados por ser muito religiosos. Entretanto, deveríamos anunciar abertamente o que Deus está fazendo por nós.

    24:60 "Possuam seus descendentes a porta de seus inimigos" significa "você Possa triunfar sobre seus inimigos".

    24.64, 65 Quando Blusa de lã soube que o homem que tinha ido receber a era Isaque, seu futuro algemo, seguiu dois costumes orientais. Desceu de seu camelo em sinal de respeito e se cobriu o rosto com um véu, como uma noiva.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 24 do versículo 1 até o 67
    B. A HISTÓRIA DE ISAQUE (Gn 24:27)

    1 E Abraão era velho, e de idade avançada:. E o Senhor o havia abençoado em todas as coisas 2 E disse Abraão ao seu servo, o mais antigo da casa, que tinha o governo sobre tudo o que tinha, Put, peço-te, o teu mão debaixo da minha coxa, 3 e eu te faça jurar pelo Senhor, o Deus dos céus e Deus da terra, que tu não tomarás mulher para meu filho das filhas dos cananeus, no meio dos quais eu habito; 4 mas . que irás à minha terra e à minha parentela, e tomarás mulher para meu filho Isaque 5 E o servo disse-lhe: Se porventura a mulher não estarão dispostos a seguir-me a esta terra, deve I precisa tornar teu filho para a terra donde saíste? 6 E Abraão lhe disse: Guarda-te, que não faças lá meu filho. 7 o Senhor, Deus do céu, que me tirou da casa de meu pai e da terra do meu nascimento, e quem me falou, e que me jurou, dizendo: À tua semente darei esta terra; ele enviará o seu anjo diante de ti, e tomarás mulher para meu filho de lá. 8 E se a mulher não quiser seguir-te, serás livre deste meu juramento; só tu não trazer para lá meu filho. 9 Então pôs o servo a sua mão debaixo da coxa de Abraão seu senhor, e jurou-lhe sobre este assunto.

    10 E o servo tomou dez camelos, dos camelos do seu senhor, e partiu, tendo todas as coisas formosas de seu mestre em sua mão, e ele se levantou, e foi para a Mesopotâmia, à cidade de Naor. 11 E ele fez os camelos ajoelhar-se fora da cidade, junto ao poço de água no momento da noite, o tempo que as mulheres saíam a tirar água. 12 E ele disse: O Senhor, Deus do meu senhor Abraão, envie-me, peço-te, bom acelerar este dia, e mostrar bondade ao meu senhor Abraão. 13 Eis que eu estou em pé junto à fonte de água; e as filhas dos homens desta cidade vêm saindo para tirar água: 14 e deixá-lo vir a passar, que a donzela a quem eu disser: Abaixa o teu cântaro, peço-te, para que eu beba; e ela disser: Bebe, e darei os teus camelos também de beber: deixe que o mesmo seja aquela que tu nomeado para o teu servo Isaque; e, assim, saberei que tu mostrou bondade ao meu senhor. 15 E sucedeu que, antes que ele acabasse de falar, eis que Rebeca saía, que nasceu de Betuel, filho de Milca, mulher de Naor, Abraão irmão, com o seu cântaro sobre o ombro. 16 E a donzela era muito formosa à vista, virgem, a quem varão não havia conhecido; ela desceu à fonte, encheu o seu cântaro e subiu. 17 E o servo correu-lhe ao encontro, e disse: Dá-me de beber, peço-te, um pouco de água do teu cântaro. 18 E ela disse: Bebe, meu senhor: e ela se apressou, e abaixou o seu cântaro sobre a mão e deu- -lhe de beber. 19 E quando ela acabou de lhe dar de beber, disse, eu tirarei água para os teus camelos também, até que acabem de beber. 20 E apressou-se, e despejou o seu cântaro no bebedouro e, correndo outra vez ao poço para desenhar, e chamou a todos os seus camelos. 21 E o homem com os olhos fitos na dela, segurando sua paz, para saber se o Senhor tinha feito próspera a sua jornada ou não. 22 E aconteceu que, como os camelos acabaram de beber, que o homem tomou um anel de ouro de meio siclo de peso, e duas pulseiras para as mãos dela peso de dez siclos de ouro, 23 e disse: De quem és filha? diga-me, peço-te. Há espaço em casa de teu pai para nós pousarmos? 24 E ela disse-lhe: Eu sou filha de Betuel, filho de Milca, o qual ela deu a Naor. 25 Disse-lhe mais: Temos palha e forragem bastante, e lugar para pousar. 26 E o homem abaixou a cabeça, e adoraram ao Senhor. 27 E ele disse: Bendito seja o Senhor, o Deus de meu senhor Abraão, que não abandonou a sua benignidade e da sua verdade para com o meu mestre: como para mim: O Senhor levou-me no caminho para a casa dos irmãos de meu senhor.

    28 E a donzela correu, e relatou a casa da mãe de acordo com estas palavras. 29 E Rebeca tinha um irmão, cujo nome era Labão:. e Labão correu ao encontro daquele homem até a fonte 30 E sucedeu que, quando ele viu o anel, e as pulseiras sobre as mãos de sua irmã, e quando ouviu as palavras de sua irmã Rebeca, dizendo: Assim falou aquele homem me; que ele veio ao homem; e eis que ele estava em pé junto aos camelos na fonte. 31 E disse: Entra, bendito do Senhor; portanto estás tu sem? . pois eu já preparei a casa, e lugar para os camelos 32 E o homem entrou na casa, e desataram os camelos; e ele deu palha e forragem para os camelos e água para lavar os pés e os pés dos homens que estavam com ele. 33 E foi-fixados alimentos antes de ele comer: mas ele disse, eu não vou comer, até que eu tenha a minha incumbência. E ele disse: Fala. 34 E ele disse: Eu sou o servo de Abraão. 35 E o Senhor abençoou muito o meu senhor; e ele tornou-se grande, e ele deu-lhe rebanhos e gado, prata e ouro, e servos e servas, e camelos e jumentos. 36 E minha esposa Sara master 's deu à luz um filho a meu senhor, quando ela era idade:. e lhe deu-a ele tudo o que ele tem 37 E meu senhor me fez jurar, dizendo: Não tomarás mulher para meu filho das filhas dos cananeus, em cuja terra habito; 38 mas que irás para a casa de meu pai, e à minha parentela, e tomarás mulher para meu filho. 39 E eu disse ao meu senhor: Porventura a mulher não me siga. 40 E disse-me, Senhor, diante do qual eu ando, enviará o seu anjo contigo, e prosperará o teu caminho; e tomarás mulher para meu filho da minha família e da casa de meu pai: 41 então serás livre do meu juramento, quando vieres à minha parentela; e se eles dão-lhe que não a ti, tu serás do meu juramento. 42 E hoje cheguei até a fonte, e disse: Ó Senhor, Deus do meu senhor Abraão, se é que agora prosperas o meu caminho que eu vou : 43 eis que eu estou em pé junto à fonte de água; e deixá-lo vir a passar, que a donzela que procede a desenhar, a quem eu disser: Dá-me, peço-te, um pouco de água do teu cântaro; 44 e ela me disser: Bebe tu, e também tirarei água para os teus camelos: deixe o mesmo ser a mulher que o Senhor designou para o filho de meu senhor. 45 E antes que eu acabasse de falar no meu coração, eis que Rebeca saía com o seu cântaro sobre o ombro; e ela desceu até a fonte, e chamou: e eu disse-lhe: Deixa-me beber, peço-te. 46 E ela se apressou, e abaixou o seu cântaro do ombro, e disse: Bebe, e eu darei a tua camelos também de beber: assim que eu bebi, e ela deu de beber aos camelos também. 47 E eu perguntei-lhe, e disse: De quem és filha? E ela disse: Filha de Betuel, filho de Naor, que Milca deu a ele:. E eu coloquei o anel em seu nariz, e as pulseiras sobre as mãos 48 E eu abaixei a cabeça, e adoraram ao Senhor, e bendito o Senhor, . Deus do meu senhor Abraão, que me havia conduzido o caminho certo para tomar a filha do irmão de meu senhor para seu filho 49 E agora se vos de benevolência e verdade a meu senhor, diga-me: e se não, me diga; para que eu vá para a direita, ou para a esquerda.

    50 Então responderam Labão e Betuel e disse: Isto procede da parte do Senhor: não podemos falar-te mal ou bem. 51 Eis que Rebeca está diante de ti, toma-a e vai, e seja ela a mulher de teu filho do mestre, como o Senhor falado. 52 E sucedeu que, que, quando o servo de Abraão ouviu as palavras deles, prostrou-se para a terra ao Senhor. 53 E tirou o servo jóias de prata, e jóias de ouro, e vestidos, e deu-lhes a Rebekah: ele também deu a seu irmão e à sua mãe as coisas preciosas. 54 E eles comeram e beberam, ele e os homens que estavam com ele, e passaram a noite; E levantaram-se pela manhã, e disse: Deixa-me ir ao meu senhor. 55 e seu irmão e sua mãe disse: Fique a donzela conosco alguns dias, pelo menos dez dias; depois que ela deve ir. 56 E ele lhes disse: Não me detenhas, visto que o Senhor me tem prosperado o meu caminho; me mande embora para que eu possa ir para o meu mestre. 57 E eles disseram: Vamos chamar a donzela, e perguntaremos a ela mesma. 58 E chamaram a Rebeca, e disse-lhe: Queres ir com este homem? E ela disse: Eu irei. 59 Então despediram a Rebeca, sua irmã, e sua ama e ao servo de Abraão, e os seus homens. 60 E abençoaram a Rebeca, e disseram-lhe: A nossa irmã, sê tu a mãe de milhares de dez milhares, e que a tua descendência possuirá a porta dos que os odeiam.

    61 E Rebeca se levantou com as suas moças, e subiram sobre os camelos, seguiram o homem; eo servo, tomando a Rebeca, e seguiu seu caminho. 62 , Isaque vinha de caminho de Beer-Laai-Roi; ele habitava na terra do Sul. 63 E Isaque saiu para meditar no campo à tarde, e ele levantou os olhos, e vi, e eis que vinham camelos. 64 Rebeca também levantou os olhos , e quando ela viu Isaque, ela desceu do camelo. 65 E ela disse ao servo: Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro? E disse o servo: É meu senhor: e ela tomou o véu e se cobriu. 66 E o servo contou a Isaque todas as coisas que ele tinha feito. 67 E Isaque trouxe-a em tenda de sua mãe Sara, e tomou a Rebeca, e ela se tornou sua esposa; e ele a amava, e Isaque foi consolado depois da morte de sua mãe.

    Enquanto Isaque é regularmente listado com Abraão e Jacó como um dos três patriarcas do qual o povo escolhido de Deus tomou o seu início, em Gênesis, ele é na maior parte apenas um elo de ligação entre os dois homens mais proeminentes. O livro não precisa nem ser dividida de modo a ter uma seção dada à história de Isaque, para a fixação da esposa de Isaque no capítulo 24 foi iniciada por Abraão. A primeira parte do capítulo 25 trata de Abraão dias de fechamento e outros filhos, ea última parte de 25 e todos os 27 realmente lidar mais com Jacó e Esaú que com Isaque. Isso deixa apenas o capítulo 26 que se concentra em Isaque. Ele parece ter sido um tipo neutro de personalidade, havia pouco o que o fez se destacar como um indivíduo. Mas não há valor no estudo da vida religiosa de um homem, pois ele é muito parecido com a pessoa média. A pessoa média pode ler sobre Abraão e Jacó e ser admirado com a grandeza de suas experiências religiosas, mas sinto que isso está além dele. Mas quando se lê a respeito de Isaque, seus caminhos tranquilos, suas tragédias não anunciados, sua fidelidade, e a preocupação de Deus para ele e para o uso dele, torna-se convencido de que há um lugar no plano de Deus mesmo para a conexão de links!

    Como Abraão se aproximava o fim da vida, ele chamou o seu servo de maior confiança, o cabeça de toda a sua casa. (Este pode ter sido o próprio Eliezer a quem Abraão esperava mais cedo para deixar a sua riqueza, Gn 15:2 , quando Jacó estava à beira da morte. O servo implícita no versículo 41 , quando se relaciona o seu voto para a família de Rebeca, que uma maldição repousou sobre ele, se ele não cumprir sua promessa. Em qualquer caso, a promessa solene foi que ele não iria tomar uma esposa para Isaque entre os cananeus, nem que ele iria tomar Isaque de volta para a casa da família, mas que ele iria e trazer uma mulher da terra natal para Isaque. Abraão garantiu-lhe que Deus iria prosperar seus esforços.

    Assim, o servo tomou dez camelos e tais disposições e presentes que precisava, e partiu em uma viagem que teria levado pelo menos um mês. Ele veio para a Mesopotâmia , ou como o hebraico, na verdade expressa, "o Aram dos dois rios", para a cidade de Naor , que era ou casa de Naor ou a cidade com o nome de Naor. Ele veio para o bem fora da cidade à noite, e fez com que os camelos a ajoelhar-se em apenas sobre o tempo as mulheres da cidade estavam saindo para a água. Ele orou e pediu a Jeová por um sinal sobrenatural que designa a menina Deus tinha escolhido para Isaque. Ele mal tinha desista de orar quando Rebekah, neta de Naor, irmão de Abraão, veio e cumpriu o sinal de que ele havia designado ao pé da letra. O servo produzido imediatamente presentes para ela, perguntou quanto à sua identidade, e, em seguida, revelou o nome de seu mestre, agradecendo ao Senhor por Sua orientação e assistência. Rebekah correu para a casa de sua mãe (aparentemente seu pai, Betuel, havia morrido) com a notícia. Quando seu irmão Labão viu as jóias que ela tinha recebido, ele também se interessou e convidou o servo de Abraão para a casa. Lá, o servo relatou sua missão e da maneira em que Deus tinha escolhido Rebekah como o objeto designado de sua missão. A expressão mais sugestivo ocorre na KJV render neste momento: "Eu estar no caminho, o Senhor me levou." Há sempre a garantia da orientação divina quando há obediência à vontade divina.

    De acordo com as leis do país, quando um pai morreu, o filho mais velho se tornaria o negociador de liderança nos arranjos de casamento para as filhas. Assim, Laban é retratado como assumindo autoridade nesta transação. A Betuel é mencionado no versículo 50 , mas não pode ser o pai ou o seu nome teria sido em primeiro lugar; ele pode ter sido um irmão mais novo. Quando o irmão atuou no lugar do pai, o contrato de casamento veio sob o título de um Isto envolveu normalmente as seguintes especificações "documento sistership.": (1) os diretores, no caso, (2) natureza da operação, (3) detalhes de pagamentos, (4) a declaração da menina de concordância, (5) cláusula penal. Um estudo minucioso dos versos Gn 24:50-60 revela que aqui é praticamente uma reafirmação em forma literária de tal documento, omitindo apenas a cláusula penal.

    A transação foi concluída satisfatoriamente. Rebeca e suas escravas acompanhou o servo de volta a Canaã, onde conheceu Isaque próximo local memorável de Hagar, Beer-Laai-Roi . Isaque tomou como sua esposa e foi consolado sobre a morte de sua mãe. Mais uma vez a providência divina tinha cumprido o propósito divino na escolha do ancestress adequada do povo escolhido.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Gênesis Capítulo 24 do versículo 1 até o 67
    1. O exemplo de dedicação de Abraão (Gn 24:1-9)

    Nessa época, Abraão tinha 140 anos de idade (veja 25:20 e 21:5). Deus o abençoou espiritual e materialmen-te, mas ele quer certificar-se de es-colher a noiva certa para Isaque. É claro que aqui vemos uma imagem do Pài celestial escolhendo a noi-va (a igreja) para seu Filho (Cristo). Como Abraão sabia que Deus pro-videnciaria a mulher certa para seu filho? Ele confiava nas promessas de Deus! Isaque era posse de Deus. Anos antes, Abraão deitara-o no al-tar e sabia que Deus supriria o ne-cessário. De outra forma, a semente prometida nunca nasceria.

    A mulher deveria vir de uma família de Deus; ela não deveria ser pagã. Não há dúvida de que havia entre as filhas de Canaã muitas mu-lheres bonitas e talentosas que fica-riam felizes em se casar com Isaque e compartilhar sua riqueza, mas não era essa a vontade de Deus. Nos versícu-los 6:8, Abraão enfatiza isso; e pre-cisamos enfatizar isso hoje. Primeira aos Coríntios 7:39-40 admoesta: "So-mente no Senhor" (veja também 2Co 6:14-47). É uma tragédia quando os pais forçam seus filhos a se casarem "em sociedade" e fora da bênção do Senhor! Abraão preferiría que seu fi-lho ficasse solteiro a voltar a Ur, em busca de uma esposa, ou a se casar com alguém da nação de Canaã.

    1. O exemplo de devoção do servo (Gn 24:10-49)

    Em um sentido espiritual, o servo é a imagem do Espírito Santo cujo trabalho é trazer o perdido a Cristo e, assim, suprir uma noiva para ele. O relato não fornece o nome do servo, pois o ministério do Espírito é apontar para Cristo e glorificá- lo. Observe a freqüência com que o servo menciona seu senhor e o filho do seu senhor. Ele vivia para agradar seu senhor, pois encontra-mos a palavra "senhor" 22 vezes nesse capítulo. Enviou-se o Espírito para representar Cristo e para fazer a vontade do Salvador aqui na ter-ra. O servo carrega consigo uma parte da riqueza de seu senhor (vv. 10,22,30,53), da mesma forma que hoje o Espírito Santo "é o penhor da nossa herança" (Ef 1:14), comparti-lhando conosco uma pequena por-ção da grande riqueza que um dia usufruiremos em glória.

    Em acréscimo a isso, o servo é um exemplo para quando procura-mos servir ao Senhor. Como já men-cionamos, o servo pensa apenas em seu senhor e na vontade deste. Na verdade, ele estava tão ansioso para completar sua tarefa que não carregou nenhum alimento (v. 33; Jo 4:31-43). Muitas vezes, passamos as coisas físicas à frente das espiri-tuais. O servo recebeu ordens de seu senhor e não as mudou nem um pouco. Ele acreditava na oração (Is 65:24) e sabia como esperar no Se-nhor. Não há espaço para impaciên-cia apressada no serviço de Cristo.

    O servo sabia como confiar na orientação do Senhor: "Quanto a mim, estando no caminho, o Senhor me guiou" (v. 27). Veja a afirmação deJo 7:17. Uma vez que ele to-mou conhecimento da vontade de Deus, não tardou, mas apressou- se em cumprir sua tarefa (v. 1 7). A hospitalidade da casa era agradável, mas ele tinha um trabalho a fazer para seu senhor e tudo o mais po-dia esperar. Observe também que o servo, quando voltou para casa, prestou contas ao seu senhor (v. 66), exatamente como devemos fazer quando vemos Cristo. É interessante conjeturar se o servo ensinou a noi-va durante a jornada deles e se falou sobre o esposo para ela. Cristo, em relação ao Espírito Santo, disse: "Ele me glorificará" Jo 16:14).

    1. O exemplo de decisão de Rebeca (Gn 24:50-67)

    Vemos, de novo, o retrato de Cristo e sua igreja. Rebeca era uma noiva virgem, exatamente como a igreja será quando acontecer o casamen-to no céu (Ap 19:7-66). Observe que Rebeca se identifica com o rebanho, da mesma forma que a igreja é am-bos, a noiva de Cristo e o rebanho (Jo 10:7-43).

    Rebeca tem de tomar uma de-cisão importante: ela ficaria em casa com a família e continuaria a ser uma serva, ou acreditaria, pela fé, nas palavras do servo e iria com ele para ficar com Isaque, um homem que nunca vira? Com certeza, havia obstáculos no caminho: seu irmão queria que ela ficasse por pouco tempo (v. 55); a viagem seria longa e difícil; Isaque era um peregrino sem casa estabelecida; e ela teria de deixar os entes queridos.
    Com freqüência, o mundo aconselha o pecador a esperar, exa-tamente como Labão recomendou a sua irmã. (Entretanto, observe que Labão, quando se trata de conseguir coisas materiais, apressa-se [vv. 28-31]. Perguntamo-nos se ele convi-dou o servo para entrar na casa por cortesia ou por cobiça!) Em geral, os pecadores não têm pressa na salvação de sua alma. Até esse pon-to, Rebeca fora apressada (vv. 18-20,28), mas agora eles querem que ela vá com calma. "Buscai o Senhor enquanto se pode achar" (Is 55:6).

    Não podemos deixar de admi-rar a decisão dela: "Irei". Esse ato de fé ("A quem, não havendo vis-to, amais" [1Pe 1:8]) mudou a vida dela. Ela mudou de serva para noi-va, abandonou a solidão do mun-do para a felicidade do amor e do companheirismo, deixou a pobreza dela para a riqueza de Isaque. Ela viu toda a riqueza de Isaque? É cla-ro que não! Isso seria impossível!

    Ela sabia tudo sobre ele? Não. Mas o que viu e ouviu convenceu-a de que devia ir. De forma semelhante, o Espírito fala e mostra aos pecado-res perdidos de hoje as coisas de Cristo, o suficiente para que tomem a decisão certa.

    Deixamos 1saque (até onde diz respeito ao relato) no monte Moriá, pois Gn 22:19 menciona apenas Abraão. Isaque retrata o nosso Senhor que foi ao Calvário a fim de morrer por nós e depois retornou ao céu para esperar por sua noiva. No capítulo 24, o servo (o Espírito Santo) continuou a busca pela noiva. Depois 1saque, quando a noiva se aproxima, apareceu para recebê-la. Que cena! Ela pode acon-tecer hoje! Eles se encontraram justo quando anoitecia, portanto será noite neste mundo quando Cristo retornar para sua noiva.

    A fé de Rebeca foi recompen-sada. Registrou-se o nome dela na Palavra de Deus; ela compartilhou o amor e a riqueza de Isaque e tornou- se uma parte importante do plano de Deus. Ela seria uma mulher des-conhecida se tivesse se recusado a ir. "Aquele [...] que faz a vontade de Deus permanece eternamente" (1Jo 2:17).

    Isaque era filho de um pai famoso (Abraão) e pai de um filho famoso (Jacó), e, às vezes, as pessoas o "per-dem" quando estudam Gênesis. Ao mesmo tempo que viveu mais que qualquer outro patriarca, sua vida foi menos empolgante. Infelizmen-te, ele não parece ser tão forte em sua fé no fim de sua vida quanto o foi no início dela.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 24 do versículo 1 até o 67
    24.2 O servo não é chamado pelo nome, aqui, mas usualmente é admitido que seja Eliezer (15.2). O juramento descrito tem sido designado como "juramento pela posteridade", que significa a vingança relativamente a qualquer transgressão do juramento exercida pelos descendentes que procedessem de sua coxa.

    24.3 Este mandamento de Abraão corresponde à proibição feita pela Senhor no sentido de impedir que os crentes se casem com descrentes (2Co 6:1).

    • N. Hom. 24.7 Por que seria que Deus abençoara a Abraão em todas as coisas? (1).
    1) Porque ele era homem de fé, que depositara absoluta confiança na palavra de Deus em todas, as fases de sua vida.
    2) Ele se mostrara fiel (Gl 3:9) com Deus. Sua vida consistira num equilíbrio entre a temor reverente que leva à obediência (22:1-14), e a comunhão que resulta na confiança (18:22-23).

    24.10 A referência feita à existência de camelos no período patriarcal (séc. 19 a.C.) tem sido apresentada como evidência de inexatidão do relato bíblico. Esta objeção, porém, já foi dissipada pelas descobertas arqueológicas que indicam a existência de camelos domesticados desde o ano 3.000 a.C. Há referências especificas a camelos, em certo tablete oriundo do Norte da Síria, datado do séc. 18 a.C., bem como em um texto procedente de Ugarite, do séc. 19 a.C. (conforme v. 35). Naor, ou se refere a Harã, cidade de Naor, irmão de Abraão, (15), ou seria a cidade de Nakhur, mencionada nos tabletes de Mari, que existia naquele tempo e naquela região.

    24:12-14 Esta oração nos fornece admirável evidência da fé que Abraão depositava na providência de Deus, a qual ele comunicava à família e aos servos. Suplicando, para que lhe fosse dada orientação, o servo de Abraão não ficava na expectativa de que algo de sobrenatural ocorresse, mas revelava profunda certeza de que Deus haveria de empregar fatos comezinhos como veículos de sua soberania.
    24.21 O servo era homem de fé em Deus, leal a seu dono e dotado de suficiente paciência para obter a conclusão de que Rebeca seria, com efeito, a eleita de Deus para tornar-se esposa de Isaque e mãe da semente prometida.
    24.22 O peso do siclo, na época, era cerca de doze gramas. O pendente era um anel que se pendurava ao nariz (47). Tais dádivas deveriam ser reconhecidas pela jovem como presentes de noivado.

    • N. Hom. 24.27 "Estando no caminho, o Senhor me guiou”:
    1) Estar no caminho ordenado pelo Senhor, o caminho do dever e da boa consciência, é coisa para obter a orientação divina. Ele nos conduz passo a passo;
    2) Podemos estar certos de sua orientação, tão-somente quando tivermos correspondido aos princípios de sua palavra e, mediante a fé no valor da oração (12-14), procuramos vislumbrar-lhe a mão entre as circunstâncias da existência cotidiana;
    3) É-nos dado aceitar a orientação de Deus com ações de graças (26) e com plena segurança mesmo que o diabo se esforce por dissuadir-nos desta confiança posteriormente O servo de Abraão não relutou em declarar sem reservas: "Jeová me conduziu" (conforme Dt 8:2).

    24.33 Não comerei. Muito mais urgente, para o servo fiel, do que os costumes demorados da hospitalidade do antigo Médio Oriente, é a missão que ele tem de cumprir. Os servos do Senhor não devem mostrar menos urgência em cumprir sua missão de divulgar as boas novas do evangelho para o mundo (conforme Lc 10:4 2Tm 4:2; Mc 13:10).

    24.49 Ou para a direito ou para a esquerda, isto significa que o servo de Abraão se dispunha a procurar esposa para Isaque entre outras famílias aparentadas a Abraão.

    24.50 Labão e Betuel reconheceram a mão do Senhor Jeová, que tinha chamado a Abraão, seu parente, com quem estabelecera uma aliança, na orientação providencial ministrada àquele servo de Abraão. Este reconhecimento do Senhor como Deus vivo foi a razão primordial por que Abraão se fizera tão insistente em que Isaque não se casasse com uma mulher idólatra de entre os cananeus.
    24.53 Os presentes oferecidos à mãe e ao irmão (parece que Betuel já era muito idoso ou estava enfermo; portanto, Labão estaria no seu lugar como responsável por Rebeca, o que estava compreendido em seus direitos de primogênito que era), eram conhecidas como o Mohar, isto é, espécie de compensação à família pela perda da moça.

    24.58 Irei. Eis a resposta sucinta de Rebeca, em face da pergunta a respeito de seu desejo de acompanhar ou não o servo de Abraão. Aquela sua disposição decidida de ânimo demonstra-se mais uma vez, mais tarde, quando já era mãe de Jacó e de Esaú.

    24.62 A fonte chamada de Beer-Laai-Roi é a mesma que fora indicada por Deus a Agar para salvar a vida de Ismael (conforme Gn 16:14). Isaque ali viveria após a morte, de Abraão (25.11).

    24.63 A palavra traduzida como "meditar" também pode ser traduzida como "orar" (foi como Lutero traduziu).

    24.67 Era costume, então, que o noivo levasse a noiva para a tenda, a fim de que ali se consumasse o casamento. Sara já havia morrido. • N. Hom. Este capítulo é um dos relatos mais belos que deparamos a respeito de como Deus providencia o encontro, em qualquer parte, da esposa. Além disto, outros elementos contidos no relato servem para ilustrar verdades espirituais:
    1) O propósito do pai - procurar uma noiva para seu filho (cf. Mt 22:2);
    2) A posição do filho - pensamento único do pai no qual todos os seus propósitos se cumprem (conforme Ef 1:20-49);
    3) A preocupação pela noiva - objeto de pensamento antes que ela o conhecesse (conforme Ef 1:4);
    4) A missão do servo: a anunciação do propósito do pai, prestar esclarecimentos a respeito do filho e persuadir a noiva, em perspectiva, a que viesse (Jo 16:14-43);
    5) O poder da mensagem. "Evidente na aceitação da proposta por parte de Rebeca (conforme Jo 12:32 e Rm 1:16.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 24 do versículo 1 até o 67
    n) Uma noiva para Isaque (24:1-67)
    Este é o capítulo mais longo de Gênesis. E dedicado a um único tema, a escolha de uma noiva para Isaque. A história é idílica e apresentada com extraordinária habilidade literária; mas é muito mais do que um conto romântico relatado de maneira cativante. Já a sua extensão contribui para equilibrar a longa narrativa que conduziu ao nascimento de Isaque; assim como Deus havia sido soberano naquela questão, excluindo qualquer outro possível herdeiro de Abraão, ele agora é soberano em muitos pequenos detalhes na escolha da “única” esposa do “único” filho (em contraste com Abraão e Jacó). Podemos considerar esse capítulo, então, como uma lição ilustrada de como Deus dirige os acontecimentos; ele também mostra que sinais e até mesmo milagres podem ser vistos nos menores detalhes da vida. Há quatro cenas na história: o diálogo entre Abraão e o servo (v. 1-9), o encontro do servo com Rebeca (v. 10-27), a conversa na casa de Rebeca (v. 2
    860) e o encontro de Isaque com Rebeca (v. 61-67).
    v. 1-9. A pressuposição da história é que Abraão tinha o direito, e na verdade a tarefa, como homem rico, de decidir quem seria a noiva adequada para o seu filho. Dois motivos determinavam essa forma de pensar: Isaque não deveria deixar Canaã e, por outro lado, não deveria casar com uma moça da terra de Canaã. (Se Isaque tivesse voltado para a região de Harã, ele teria, por assim dizer, atrasado o relógio da história.) A determinação de manter pura a linhagem étnica contrasta com a escolha que Hagar fez de uma mulher egípcia para Ismael (21.21).
    O servo (v. 2) — provavelmente o Eliézer Dt 15:2 — concordou com as condições de seu senhor, fazendo um juramento na forma mais solene (v. 2,9).

    v. 10-27. O cenário muda agora para o norte da Mesopotâmia; o autor tem em mente a região de Harã (conforme 11.31), embora o nome da cidade não seja mencionado (houve de fato uma cidade chamada Naor, mas supõe-se que aqui seja um nome de pessoa; conforme v. 15). A oração do servo lembra a promessa de Deus a Abraão (a referência a ser bondoso no v. 12 denota lealdade a uma promessa). Ao pedir um sinal (v. 14), ele estava na verdade procurando por uma mulher “que estivesse disposta a ajudar, tivesse bondade no seu coração e carinho pelos animais” (Von Rad) — o que não era uma má escolha!

    Deus rapidamente fez prevalecer a sua vontade na pessoa de Rebeca, cujo exato parentesco com Abraão é informado; pode-se observar que Betuel (v. 15), o pai dela, tem papel de importância menor na história, o que sugere que ele era de idade muito avançada e que seu filho Labão havia se tornado o chefe do clã. Rebeca mostrou ser o tipo de pessoa que o servo estava procurando, e, além disso, muito bonita (v. 16). A sua hospitalidade imediata (v. 25) fechou a questão para ele, e ele reconheceu que o Senhor o conduzira “diretamente” (NTLH; NVI diz na jornada) para a casa certa.

    v. 28-60. As palavras de hospitalidade foram colocadas em prática (v. 28-33), e o servo explicou a sua missão em todos os detalhes (v. 34-41) e também relatou como a sua oração tinha sido respondida (v. 42-48). Em face disso, nem Labão nem o pai de Rebeca poderiam fugir dos fatos, e a permissão para o casamento foi prontamente concedida (v. 49ss); além disso, Labão era um homem avarento, como o v. 30 já indicou. Tendo recebido o consentimento deles e também lhes dado presentes valiosos (v. 53), o servo expressou o seu desejo de partir muito antes do que era costume no Oriente “sem pressa” daquela época. A disposição de Rebeca de quebrar as convenções da época e partir logo foi mais uma confirmação da soberania de Deus.

    v. 61-67. Mais uma vez, o narrador não se fixa na demora da viagem; toda a ênfase desse capítulo está nas ações e reações pessoais. Isaque agora é introduzido na história, e, do outro lado, Abraão sai dela. A cena é novamente o Neguebe, provavelmente perto de Berseba. Aqui um homem e uma mulher se encontram pela primeira vez, e a escolha de Deus foi ratificada pelo fato de que, sem esperar ou questionar, Isaque a amou. O v. 67 no texto hebraico se refere à tenda de sua mãe Sara-, essa é, provavelmente, a leitura correta, destacando que Rebeca agora toma o lugar de Sara como a mãe da família eleita.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 12 do versículo 1 até o 26

    II. Os Patriarcas. 12:1 - 50:26. A. Abraão. 12:1 - 25:18.

    Na segunda principal divisão do livro de Gênesis, está evidente que na nova dispensação os escolhidos de Deus deverão reconhecer a comunicação direta e a liderança direta do Senhor. Nos capítulos Gn 12:1, quatro personagens Se destacam como homens que ouviram a voz de Deus, entenderam Suas diretrizes, e orientaram seus carrinhos de acordo com a vontade dEle. O propósito de Jeová ainda continua sendo o de chamar pessoas que executem a Sua vontade na terra. Com Noé Ele começou tudo de novo. Sem foi o escolhido para transmitir a verdadeira religião. Os semitas (descendentes de Sem) seriam os missionários aos outros povos da terra. No capítulo 12 Abraão começa a aparecer na linhagem de Sem como o representante escolhido de Jeová. Sobre ele Jeová colocaria toda a responsabilidade de receber e passar adiante a Sua revelação para todos. Do cenário pagão de Ur e Harã saiu o homem de Deus para a estratégica hora da primitiva revelação do V.T.


    Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 24 do versículo 1 até o 67

    Gênesis 24


    14) Elíézer, Isaque e Rebeca. Gn 24:1-67.

    O velho patriarca estava avançado em anos (heb., entrado em dias). Isaque continuava solteiro. Abraão estava preocupado com a possibilidade de seu herdeiro vir a se casar com uma cananita e não com uma moça do seu próprio povo. Mandou Eliézer, o seu servo de confiança, fazer a longa viagem até a Mesopotâmia em busca de uma noiva para Isaque.


    Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 24 do versículo 10 até o 14

    10-14. O servo . . . levantou-se e partiu... para a idade de Naor. O servo recebeu a promessa de orientação divina e estava ansioso em ser conduzido. Um homem devoto, que buscava conhecer a vontade de Deus, orou fervorosamente e confiou que receberia orientação detalhada. Sentia que um erro poderia ser desastroso. É claro que Eliézer era o homem de Deus para uma expedição altamente importante. A cidade de Naor. A cidade de Harã ou uma cidade chamada Naor nas vizinhanças de Harã. Mesopotâmia é a tradução do hebraico que poderia literalmente ser traduzido para "Arão dos dois rios", isto é, a região dos vales dos rios Tigre e Eufrates. Betuel era o pai de Labão e Rebeca. Os pais de Betuel eram Naor e Milca. Abraão era seu tio.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 24 do versículo 1 até o 67
    Gn 24:1

    8. A QUESTÃO DE UMA ESPOSA PARA ISAQUE (Gn 24:1-60). Era Abraão já velho (1). Ele tinha cerca de 140 anos de idade. Conf. Gn 21:5 com Gn 25:20. Seu servo, o mais velho da casa (2). Provavelmente o mesmo Eliezer referido em Gn 15:2. Põe tua mão debaixo da minha coxa (2). Abraão fez Eliezer prestar uma forma especialmente solene de juramento, cujo simbolismo era, provavelmente, conclamar os descendentes de um homem para que providenciassem a fim de que qualquer quebra de juramento fosse vingada. Talvez também possa ser considerado como um "juramento pela posteridade", e no presente caso foi um juramento muito apropriado, porque foi feito no interesse de preservar uma santa posteridade. Senhor Deus dos céus e Deus da terra (3). É engraçado, após ler alguns dos hipotéticos relatos sobre os pontos de vista a respeito de um Deus "limitado", que Abraão supostamente tinha, e então retornar às próprias palavras de Abraão e ouvi-lo falar. Conf. Gn 14:22. Não tomarás para meu filho mulher (3). Abraão deve ter sido fortemente induzido a casar seu filho com a filha de um dos chefes locais, assim entrando em aliança com um deles, e também conquistar alguma base na terra; mas sua obediência e fé brilharam com esplendor. À minha terra e à minha parentela (4). Eliezer foi a Harã conf. Gn 27:43; Gn 29:4). Isso não significa, entretanto, que Harã tenha sido o lugar do nascimento de Abraão, como alguns contendem aqui. Há duas maneiras perfeitamente francas de entendermos essa enfática expressão: ou podemos considerar que o ultimo termo define o primeiro, cujo ponto principal é que a noiva de Isaque deveria vir de seu próprio povo; ou podemos considerar que Abraão dizia a Eliezer que se ele falhasse em sua missão, em Harã, então deveria dirigir-se a Ur onde Abraão provavelmente contava com muitos parentes. A primeira é a mais compreensível, e a última é a menos provável.

    >Gn 24:10

    Tomou dez camelos (10). Eliezer desejava apresentar-se como representante de um rico senhor. Mesopotâmia (10). Essa era a terra entre os dois rios, o Tigre e o Eufrates. Seja a quem designaste (14). A oração de Eliezer e sua maneira de desincumbir-se da tarefa mostram que ele estava consciente de uma grande responsabilidade espiritual. Não teria sido difícil para Eliezer perguntar diretamente ao primeiro homem com quem se encontrasse, onde moravam os parentes de Abraão. Mas parece que ele sentiu que a escolha deveria ser feita por Deus, e assim propôs o sinal a Deus. Tirarei também água para os teus camelos (19). Tratava-se de uma generosidade excepcional, mas, para Eliezer, vinha "do senhor". Imediatamente Eliezer começou a perceber que estava próximo do objetivo de sua viagem. A linguagem do versículo 21 mostra que ele suspeitava que perante ele estava justamente aquela que deveria ser a esposa de Isaque; e a resposta à sua pergunta, dada no versículo 24, lhe deu a prova convincente. Adorou ao Senhor (26). Que outra coisa poderia ter feito Eliezer?

    >Gn 24:29

    Labão (29). Parece que Betuel, o pai, ou era muito idoso ou estava muito enfermo para tomar tal responsabilidade nas mãos; o peso da responsabilidade recaiu sobre Labão, que estava mais que disposto a aceitá-lo. Isso transparece também no versículo 50. O discurso de Eliezer à família (34-39) foi extremamente comovedor; quase é possível sentir a contida tensão na família de Betuel, enquanto escutavam a narrativa. Mal ou bem (50). Simplesmente não havia coisa alguma a ser dita. Não me detenhais (56). Em expressões como esta o caráter consciencioso e expedito de Eliezer se torna conspícuo. Irei (58). Esta resposta demonstra algo do caráter decidido da mulher que seria a mãe de Jacó e Esaú.

    >Gn 24:61

    9. REBECA É APRESENTADA A ISAQUE (Gn 24:61-67). Lançou-se do camelo (54). Tratava-se de um sinal costumeiro de respeito e era observado mesmo quando se estava a alguma distância de uma pessoa de nobreza. Tomou ela o véu (65). De conformidade com os costumes orientais, a noiva não devia ser vista sem o véu pelo noivo, enquanto os rituais do matrimônio não estivessem terminados. A missão de Eliezer tem sido considerada como um notável quadro do trabalho do Espírito Santo, em Sua busca de uma noiva para Cristo.


    Dicionário

    Ajoelhar

    ajoelhar
    v. 1. tr. dir. Fazer dobrar os joelhos, pôr de joelhos. 2. Intr. e pron. Genuflectir, pôr-se de joelhos. 3. Intr. e pron. Fraquear, submeter-se.

    Camelos

    masc. pl. de camelo

    ca·me·lo |ê| |ê|
    (latim camelus, -i)
    nome masculino

    1. [Zoologia] Designação comum aos mamíferos ruminantes do género Camelus, da família dos camelídeos, comuns na Ásia Central e no Norte de África, com uma ou duas bossas gordurosas no dorso e usados, entre outras coisas, como animais de carga.

    2. [Zoologia] Mamífero ruminante da família dos camelídeos (Camelus bactrianus), com duas corcovas no dorso, encontrado nas áreas secas da Ásia central e do Norte de África.

    3. [Depreciativo] Indivíduo considerado estúpido.

    4. [Marinha] Calabre grosso.

    5. Antigo [Armamento] Antiga peça curta de artilharia.

    6. [Brasil: Rio de Janeiro] Bicicleta.

    Confrontar: samelo.

    ca·me·lô
    (francês camelot)
    nome de dois géneros

    [Brasil] Comerciante que vende os seus artigos na rua, geralmente sem autorização legal; vendedor ambulante.


    Cidade

    substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
    Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
    A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
    Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
    Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
    Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
    Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
    [Popular] Grande formigueiro de saúvas.
    Antigo Estado, nação.
    expressão Cidade santa. Jerusalém.
    Cidade aberta. Cidade não fortificada.
    Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
    Cidade dos pés juntos. Cemitério.
    Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
    Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
    Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.

    substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
    Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
    A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
    Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
    Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
    Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
    Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
    [Popular] Grande formigueiro de saúvas.
    Antigo Estado, nação.
    expressão Cidade santa. Jerusalém.
    Cidade aberta. Cidade não fortificada.
    Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
    Cidade dos pés juntos. Cemitério.
    Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
    Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
    Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.

    Desde o tempo em que a cidade de Jerusalém foi tomada por Davi, tornaram-se os hebreus, em grande parte, um povo habitante de cidades. As cidades eram, no seu maior número, muradas, isto é, possuíam uma muralha com torres e portas. Mas em volta da cidade, especialmente em tempos de paz, viam-se sem defesa os arrabaldes, aos quais se estendiam os privilégios da cidade. Em conformidade ao costume oriental, determinadas cidades deviam abastecer de certos produtos o Estado, para a construção de edifícios, fabricação de carros de guerra, armação de cavaleiros, e provisão da mesa real. Para manutenção dos levitas foram-lhes concedidas quarenta e oito cidades, espalhadas pelo país, juntamente com uma certa porção de terreno suburbano. Antes do cativeiro, o governo interno das cidades judaicas era efetuado por uma junta de anciãos (2 Rs 10.1), juntamente com juizes, devendo estes pertencer à classe sacerdotal. No tempo da monarquia parece que era nomeado, um governador ou presidente, sendo por ele mandados a diversos pontos do distrito os juízes, que, presumivelmente, levavam depois certas questões de dúvida a Jerusalém para serem resolvidas por um conselho de sacerdotes, levitas e anciãos. Depois do cativeiro, disposições semelhantes foram realizadas por Esdras para nomeação de juizes. Em muitas cidades orientais, destina-se grande espaço a jardins, e desta forma torna-se muito maior a extensão da cidade. A notável amplidão das cidades de Nínive e Babilônia pode assim, em parte, ser explicada. As ruas são, em geral, extremamente estreitas, raras vezes permitindo que dois camelos carregados passem um pelo outro. o comércio interno das cidades era sustentado, como hoje acontece, por meio de bazares. o profeta Jeremias fala-nos (37,21) da Rua dos Padeiros. os espaços abertos, junto às portas das cidades, eram, em tempos antigos, como ainda são hoje, usados pelos anciãos para suas assembléias, e pelos reis e juizes para reunião de cortes e constituição de tribunais e pelo povo para tratarem das suas regalias. Também se empregavam para exposição pública, quando era preciso castigar assim os culpados de certos delitos. Havia grandes trabalhos para abastecer de água as cidades, empregando-se reservatórios e cisternas que se enchiam com as águas pluviais, ou trazendo de distantes nascentes o precioso líquido por meio de aquedutos.

    Fora

    advérbio Na parte exterior; na face externa.
    Em outro local que não aquele em que habitualmente se reside.
    Em país estrangeiro; no exterior: minha irmã vive fora.
    interjeição Voz áspera para expulsar alguém de um recinto, vaiar ou patear interpretação teatral ou musical, discurso político etc.
    preposição Com exclusão de; além de; exceto: deram-lhe todo o dinheiro, fora os lucros, que foram depositados.
    substantivo masculino Erro grosseiro; rata, fiasco: aquele erro foi o maior fora da minha vida.
    Expressão de ignorância: não fala nada interessante, é um fora atrás do outro.
    Não aceitação de; recusa.
    locução prepositiva Fora de. Sem: fora de propósito.
    Distante de: fora da cidade.
    Do lado externo: fora de casa.
    expressão Dar fora em. Não aceitar ficar com alguém; romper namoro.
    Dar um fora. Cometer um erro grosseiro.
    Levar um fora. Ser rejeitado; sofrer recusa.
    Etimologia (origem da palavra fora). Do latim foras.

    Junto

    junto adj. 1. Posto em contato; chegado, unido. 2. Reunido. 3. Adido: Embaixador brasileiro junto ao Vaticano. 4. Chegado, contíguo, muito próximo. Adv. 1. Ao pé, ao lado. 2. Juntamente.

    Moças

    fem. pl. de moca
    masc. pl. de moca
    Será que queria dizer moças?

    mo·ca |ó| |ó| 2
    (Moca, topónimo, porto arábico)
    nome masculino

    1. Variedade de café.

    2. Bebida que contém café.

    Confrontar: moça, mossa.

    mo·ca |ó| |ó| 1
    (Moca, antropónimo)
    nome feminino

    1. Pedaço de madeira que serve de arma. = CACETE, CLAVA, MAÇA

    2. [Informal] Cabeça, crânio.

    3. [Informal] Coisa muito engraçada.

    4. [Gíria] Asneira, tolice.

    5. [Portugal, Informal] Efeito provocado pelo consumo de drogas. = PEDRA, PEDRADA

    6. [Portugal, Informal] Designação informal da unidade monetária (ex.: os ténis custavam 150 mocas). [Mais usado no plural.]

    7. [Brasil, Informal] Peta, zombaria.

    Confrontar: moça, mossa.

    mo·ça |ô| |ô|
    (feminino de moço)
    nome feminino

    1. Pessoa nova do sexo feminino. = RAPARIGA

    2. [Regionalismo] Criada.

    3. [Brasil] Mulher virgem. = DONZELA

    4. [Brasil, Calão, Depreciativo] Mulher que exerce a prostituição. = MERETRIZ, PROSTITUTA

    5. [Brasil, Calão, Depreciativo] Mulher que mantém uma relação amorosa ou sexual estável ou regular com uma pessoa casada. = AMANTE, AMÁSIA, CONCUBINA

    Confrontar: moca, mossa.

    Poço

    substantivo masculino Abertura cavada no solo para exploração de água.
    Perfuração feita no solo para extrair minério, carvão, petróleo.
    Qualquer abertura feita na terra para tirar algo de seu subsolo.
    Passagem que dá acesso ao subterrâneo de uma mina.
    Região mais profunda de um lago ou rio; peço.
    Lugar que atinge o máximo de profundidade; abismo.
    Pl.metafônico. Pronuncia-se: /póços/.
    Não confundir com: posso.
    Etimologia (origem da palavra poço). Do latim puteus.i.

    Em muitos lugares da Terra Santa se encontram fontes de água ‘viva’, ou nascentes. Uma fonte deste gênero se chamava ayin, ‘olho’, palavra que aparece em nomes de localidades, como ‘En-Gedi’, ‘En-Rogel’. Uma palavra distinta desta é Beer, que significa um poço escavado em situações favoráveis, para recolher as águas vindas de qualquer parte. Esta palavra entra, também, na composição de nomes de lugar – Berseba, Beera, Beerote. Além dos poços particulares, havia muitos públicos, que homens eminentes mandavam abrir para utilidade geral, ou por simples ato de benevolência. São exemplos o poço de Abraão e o poço de Jacó. o valor de tais poços, num clima quente e geralmente seco, era grande e por isso havia, por vezes, conflitos para entrarem na posse deles. No tempo dos patriarcas houve lutas entre Abraão e Abimeleque, e entre isaque e os filisteus por causa de poços (Gn 21:25 – 26.18). Reuel recebeu Moisés em sua casa pelos serviços que ele lhe prestou, defendendo as suas filhas contra os pastores que as impediam de tirar água para o rebanho de seu pai (Êx 2:15-17). Parece que a mulher de Samaria havia julgado que o poço junto do qual estava Jesus tinha sido uma prova de poder e generosidade de Jacó (Jo 4:12) – e a filha de Calebe considerava incompleto o presente de terras, que seu pai lhe havia dado, sem os necessários poços (Jz 1:14-15). Para não se desperdiçar a água, e para que o poço não se enchesse de areia, era ele coberto, e algumas vezes fechado (Gn 29:2). outros poços se podiam abrir em certas ocasiões, e na presença dos proprietários ou dos seus servos. Raquel tinha, provavelmente, poder sobre o poço a que se faz referência em Gn 29:3, porque não se abriu até que ela chegasse. A água era geralmente tirada dos poços com cântaros, mas atualmente emprega-se para esse fim uma roldana.

    Poço Buraco cavado na terra até brotar água (Jo 4:11).

    Tarde

    Tarde Começo da noite ou fim da primeira vigília (Mt 28:1; Mc 11:19; 13,35).

    substantivo feminino Parte do dia que vai do meio-dia ao começo da noite: a tarde está linda.
    advérbio Depois da hora marcada: chegou tarde à reunião.
    A uma hora avançada da noite: dormiu tarde.
    locução adverbial À tarde, depois do meio-dia e antes do anoitecer: trabalho à tarde.
    Mais tarde, posteriormente, em ocasião futura: volte mais tarde.
    Antes tarde do que nunca, expressão de agrado pelo que acontece depois de longamente esperado.
    Figurado Ser tarde, já não haver remédio ou solução (para alguma coisa), por haver chegado fora de tempo: agora é tarde para arrependimento.

    tarde adv. 1. Fora do tempo ajustado, conveniente ou próprio. 2. Próximo à noite. S. f. Parte do dia entre as 12 horas e o anoitecer.

    Tempo

    substantivo masculino Período sem interrupções no qual os acontecimentos ocorrem: quanto tempo ainda vai demorar esta consulta?
    Continuidade que corresponde à duração das coisas (presente, passado e futuro): isso não é do meu tempo.
    O que se consegue medir através dos dias, dos meses ou dos anos; duração: esse livro não se estraga com o tempo.
    Certo intervalo definido a partir do que nele acontece; época: o tempo dos mitos gregos.
    Parte da vida que se difere das demais: o tempo da velhice.
    Figurado Ao ar livre: não deixe o menino no tempo!
    Período específico que se situa no contexto da pessoa que fala ou sobre quem esta pessoa fala.
    Circunstância oportuna para que alguma coisa seja realizada: preciso de tempo para viajar.
    Reunião das condições que se relacionam com o clima: previsão do tempo.
    Período favorável para o desenvolvimento de determinadas atividades: tempo de colheita.
    [Esporte] Numa partida, cada uma das divisões que compõem o jogo: primeiro tempo.
    [Esporte] O período total de duração de uma corrida ou prova: o nadador teve um ótimo tempo.
    Gramática Flexão que define o exato momento em que ocorre o fato demonstrado pelo verbo; presente, pretérito e futuro são exemplos de tempos verbais.
    Gramática As divisões menores em que a categoria do tempo se divide: tempo futuro; tempos do imperativo.
    [Música] Unidade que mede o tempo da música, através da qual as relações de ritmo são estabelecidas; pulsação.
    [Música] A velocidade em que essas unidades de medidas são executadas num trecho musical; andamento.
    Etimologia (origem da palavra tempo). A palavra tempo deriva do latim tempus, oris, fazendo referência ao tempo dos acentos.

    A palavra tempo tem origem no latim. Ela é derivada de tempus e temporis, que significam a divisão da duração em instante, segundo, minuto, hora, dia, mês, ano, etc. Os latinos usavam aevum para designar a maior duração, o tempo. A palavra idade, por exemplo, surgiu de aetatis, uma derivação de aevum.

    os dois grandes fatores, empregados pelo homem primitivo para a determinação do tempo, devem ter sido (como ainda hoje acontece) o Sol e a Lua, sendo pelo Sol fixadas as unidades do tempo, o dia e o ano, e sugerindo a Lua a parte anual do mês, e a divisão deste em semanas. os hebreus, nos seus cálculos para regularem o tempo, serviam-se de dois sistemas: solar e lunar. l. o dia. o espaço de 24 horas, de sol a sol. Nos mais remotos tempos era mais natural considerar o nascer do sol como princípio do dia, segundo o costume dos babilônios, ou o pôr do sol, segundo o costume dos hebreus. Este último processo é, talvez, o mais fácil de todos, pela simples razão de que tem sido sempre para os homens coisa mais provável ver o ocaso do que o nascimento do sol. Por isso, na cosmogonia pré-histórica, registrada em Gn 1, lê-se: ‘da tarde e da manhã se fez um dia’. Este método de completar os dias encontra-se em toda a Bíblia, sendo ainda hoje seguido pelos judeus. 2. Divisões do dia. a) A tríplice divisão do dia em manhã, meio-dia, e tarde (*veja Sl 55:17) é evidente por si mesma. b) Em conexão com estas designações estão as vigílias da noite: eram três segundo o cômputo dos hebreus, e quatro segundo o sistema romano. c) outra maneira é a de dividir o dia em horas. A origem da divisão do dia em 12 ou 24 partes parece ter-se perdido na antigüidade, mas chegou até nós por meio da Babilônia. Entre os hebreus, bem como entre os romanos, contavam-se as horas de cada dia desde o nascer do sol até ao seu ocaso. A duração de cada hora não era um espaço certo de tempo, como entre nós, mas a duodécima parte do tempo em que o sol se mostrava acima do horizonte – e essa parte naturalmente variava segundo as estações. d) posterior divisão em minutos e segundos parece não ter sido conhecida dos hebreus (embora se diga ter vindo dos babilônios). 3. o mês. o mês era lunar com pouco mais de 29 dias, havendo, deste modo, em cada ano 12 meses e cerca de 11-1/4 dias. É, talvez, conveniente examinar o quadro que neste artigo apresentamos. (Estão em caracteres mais salientes os meses hebraicos mencionados na Bíblia, os quais constituem assuntos para artigos especiais.) Com o fim de completar aproximadamente o ano solar, eram intercalados, às vezes, alguns dias, ou mesmo duas ou três semanas, segundo o entendimento dos diretores sacerdotais do calendário. Mas é incerto até que ponto ia este sistema nos tempos bíblicos. A adição era feita depois do mês de adar, e chamava-se segundo adar. os doze meses solares parece serem o resultado de uma posterior divisão do ano solar, sendo a sua base os doze meses lunares. 4. o ano. a) Quando é que principia o ano? Entre nós, como também entre os romanos, começa quando o sol atinge aproximadamente o ponto mais baixo. Mas não era assim entre as hebreus. Eles tinham dois sistemas:
    i. o sistema sagrado, oriundo da Babilônia, que principiava cerca do equinócio da primavera. Em conformidade com esta instituição eram regulados os tempos das festas sagradas. Também se menciona na Bíblia, com referência a acontecimentos seculares, como ‘Decorrido um ano, no tempo em que os reis costumam sair para a guerra’ (2 Sm 11.1).
    ii. o sistema civil principiava com o equinócio do outono, quando se concluíam as colheitas. b) Com respeito aos agrupamentos de sete anos, e de sete vezes sete, *veja Ano. c) Quanto aos métodos de computar uma série de anos, *veja Cronologia. Além das diferentes eras, que ali são dadas, podemos mencionar o modo judaico de calcular o tempo desde a criação do mundo baseado na DATA bíblica. Segundo este cômputo, o ano de 1240 era de 5.000, “anno mundi”. Na fixação desta data, num livro ou num monumento, usa-se omitir a casa dos milhares. E assim, quando se lê num moderno livro judaico a DATA de 674, este número adicionado a 1240, representa 1914 d.C.

    O tempo é a sucessão das coisas. Está ligado à eternidade, do mesmo modo que as coisas estão ligadas ao infinito. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 2

    O tempo é apenas uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 2

    Não podemos dividir o tempo entre passado e presente, entre novo e velho, com a precisão com que balizamos o loteamento de um terreno. O tempo é uno e abstrato, não pode ser configurado entre fronteiras irredutíveis. Justamente por isso, todos os conceitos em função do tempo são relativos. Cada geração recebe frutos da geração anterior, sempre melhorando, do mesmo modo que a geração futura terá de so correr-se muito do acervo do passado. [...]
    Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

    [...] é a suprema renovação da vida. Estudando a existência humana, temos que o tempo é a redenção da Humanidade, ou melhor – o único patrimônio do homem.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

    [...] a noção do tempo é essencialmente relativa e a medida da sua duração nada tem de real, nem de absoluta – separada do globo terrestre [...]. [...] o tempo não é uma realidade absoluta, mas somente uma transitória medida causada pelos movimentos da Terra no sistema solar. [...]
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• -

    O tempo [...] somente se torna realidade por causa da mente, que se apresenta como o sujeito, o observador, o Eu que se detém a considerar o objeto, o observado, o fenômeno. Esse tempo indimensional é o real, o verdadeiro, existente em todas as épocas, mesmo antes do princípio e depois do fim. Aquele que determina as ocorrências, que mede, estabelecendo metas e dimensões, é o relativo, o ilusório, que define fases e períodos denominados ontem, hoje e amanhã, através dos quais a vida se expressa nos círculos terrenos e na visão lógica – humana – do Universo.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tempo, mente e ação

    [...] O advogado da verdade é sempre o tempo.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 54

    O tempo é inexorável enxugador de lágrimas.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 2, cap• 6

    [...] As dimensões tempo e espaço constituem limites para demarcar estágios e situações para a mente, nas faixas experimentais da evolução. [...]
    Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    Para o Espírito desencarnado o tempo não conta como para nós, e não está separado metodicamente em minutos, horas, dias, anos e séculos ou milênios, e muitos são os que perderam de vista os pontos de referência que permitem avaliar o deslocamento na direção do futuro.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Nas fronteiras do Além• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    [...] o tempo é a matéria-prima de que dispomos, para as construções da fé, no artesanato sublime da obra crística, de que somos humílimos serviçais.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Mensagem de fim de ano

    O tempo é uma dimensão física que nasce do movimento, mas quando este supera a velocidade da luz, o tempo não consegue acompanhá-lo, anula-se, extingue-se. [...]
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Tempo e luz

    [...] O tempo é, por definição, a trajetória de uma onda eletromagnética, do seu nascimento até a sua morte. Por isso ele é uma das dimensões fixas do nosso Universo, porque estável é, em nosso plano, a velocidade das ondas eletromagnéticas. O tempo, porém, somente pode existir em sistemas isolados, ou fechados, e tem a natureza de cada sistema. [...]
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] O tempo é o maior selecionador do Cristo.
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Testemunhos de Chico Xavier• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - Só os inúteis não possuem adversários

    A Doutrina Espírita nos mostra que tempo e espaço são limites pertinentes à realidade física, o Espírito não precisa se prender a eles. Quando mencionamos o tempo como recurso imprescindível a uma transformação que depende, na verdade, de força de vontade e determinação, estamos adiando o processo e demonstrando que, no fundo, há o desejo de permanecer como estamos. O tempo é necessário para adquirir conhecimentos e informações, não para operar uma transformação psicológica.
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

    [...] O tempo é a nossa bênção... Com os dias coagulamos a treva ao redor de nós e, com os dias, convertê-la-emos em sublimada luz [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    [...] O tempo, como patrimônio divino do espírito, renova as inquietações e angústias de cada século, no sentido de aclarar o caminho das experiências humanas. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

    Tempo e esforço são as chaves do crescimento da alma.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 26

    O tempo é o nosso grande benfeitor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O tempo é um conjunto de leis que nãopodemos ludibriar.O tempo é um empréstimo de Deus. Com ele erramos, com ele retificamos.O tempo é o campo sublime, que nãodevemos menosprezar.O tempo, na Terra, é uma bênçãoemprestada.O tempo é o mais valioso calmante dasprovações.O tempo é o químico milagroso daEterna Sabedoria, que nos governa osdestinos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Sabemos que o tempo é o nosso maisvalioso recurso perante a vida; mas tem-po, sem atividade criadora, tão-somen-te nos revela o descaso perante asconcessões divinas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

    O tempo é o rio da vida cujas águas nosdevolvem o que lhe atiramos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Umdia

    Embora a dor, guarda o bem / Por teunobre e santo escudo. / O tempo é omago divino / Que cobre e descobretudo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Gotas de luz• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 36

    [...] é o grande tesouro do homem e vin-te séculos, como vinte existências di-versas, podem ser vinte dias de provas,de experiências e de lutas redentoras
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Na intimidade de Emmanuel

    [...] O tempo para quem sofre sem es-perança se transforma numa eternida-de de aflição.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    O tempo é a sublimação do santo, abeleza do herói, a grandeza do sábio, a crueldade do malfeitor, a angústia do penitente e a provação do companheiro que preferiu acomodar-se com as trevas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

    [...] O sábio condutor de nossos destinos (...).
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 42

    O tempo, contudo, assemelha-se ao professor equilibrado e correto que premia o merecimento, considera o esforço, reconhece a boa vontade e respeita a disciplina, mas não cria privilégio e nem dá cola a ninguém.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Precisamente

    [...] O tempo, que é fixador da glória dos valores eternos, é corrosivo de todas as organizações passageiras na Terra e noutros mundos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz acima• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16

    [...] é o nosso explicador silencioso e te revelará ao coração a bondade infinita do Pai que nos restaura saúde da alma, por intermédio do espinho da desilusão ou do amargoso elixir do sofrimento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 63

    O tempo é o tesouro infinito que o Criador concede às criaturas. [...] [...] é benfeitor carinhoso e credor imparcial simultaneamente. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 50

    [...] é o nosso silencioso e inflexível julgador.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Na esfera íntima

    O tempo é um empréstimo de Deus. Elixir miraculoso – acalma todas as dores. Invisível bisturi – sana todas as feridas, refazendo os tecidos do corpo e da alma. Com o tempo erramos, com ele retificamos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Carinho e reconhecimento

    [...] é um patrimônio sagrado que ninguém malbarata sem graves reparações...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

    O tempo é um rio tranqüilo / Que tudo sofre ou consente, / Mas devolve tudo aquilo / Que se lhe atira à corrente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    O tempo não volta atrás, / Dia passado correu; / Tempo é aquilo que se faz / Do tempo que Deus nos deu.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32


    Tempo V. ANO; CALENDÁRIO; DIA; HORAS.

    Tirar

    verbo transitivo direto e bitransitivo Extrair algo de algum lugar; extirpar: tirou as amígdalas; tirou as plantas do vaso.
    Puxar com muita força: os bois tiram o arado; tirou a cobertura do telhado.
    Diminuir do valor da conta corrente; ver o extrato bancário: tirar dinheiro do banco; tirar o extrato.
    Retirar algo de alguém; privar, perder: os problemas tiravam-lhe o sossego.
    Direcionar para outro caminho: tirar o carro da frente do caminhão.
    Comer alguma coisa: tirar um pedaço da torta.
    verbo transitivo direto Tirar a roupa, o sapato etc.; despir, descalçar: tirou a roupa e os sapatos.
    Arrancar algo do lugar onde estava; sacar, arrancar: tirou a espada.
    Alcançar como efeito; receber, colher: tirar os frutos do seu trabalho.
    Deixar como estava antes: tirar as manchas do tecido.
    Finalizar um curso: tirar o mestrado, o doutorado.
    Passar a possuir algo que não lhe pertence; roubar: tirar doces de crianças.
    Fazer a captação de fotos, imagens; fotografar: tirar fotos.
    Realizar a cópia de algo ou reproduzir algo a partir do original: tirar cópias de documentos.
    Fazer um convite de dança para alguém: tirar alguém para dançar.
    Deixar de ter um costume, hábito ou vício: tirar o álcool da sua vida.
    Estar sujeito a torturas, punições, castigos etc.: tirou a vida inteira pelo assassinato.
    Passar para o papel; transcrever: tirar uma letra de música.
    verbo bitransitivo Retirar, fazer sair de um lugar: tirou o objeto daquela mesa.
    Ser capaz de usar, de usufruir de algo: tirar proveito de uma situação.
    Fazer sair intensa e violentamente: o vento tirou as roupas do varal.
    Privar de; espoliar, usurpar: tirou-lhe a casa e tudo que tinha.
    Fazer desaparecer por completo; limpar, eliminar: tirar a sujeira do chão.
    Medir alguma coisa: tirar a temperatura da água.
    Entender por dedução, pelo raciocínio: tirar conclusões dos testemunhos.
    verbo bitransitivo e pronominal Mandar para longe: tirar alguém de uma festa; o policial me tirou do casamento.
    verbo transitivo indireto Assemelhar-se a; ter o mesmo aspecto, aparência: o sapato tira para o castanho.
    Ter uma tendência para; ser direcionado para: minha filha tira para as artes.
    verbo pronominal Sair-se de; livrar-se: tirou-se daquele lugar terrível.
    Desviar-se do caminho: a bicicleta tirou-se da estrada.
    Etimologia (origem da palavra tirar). Do latim tirare.

    água

    substantivo feminino Líquido incolor, sem cor, e inodoro, sem cheiro, composto de hidrogênio e oxigênio, H20.
    Porção líquida que cobre 2/3 ou aproximadamente 70% da superfície do planeta Terra; conjunto dos mares, rios e lagos.
    Por Extensão Quaisquer secreções de teor líquido que saem do corpo humano, como suor, lágrimas, urina.
    Por Extensão O suco que se retira de certos frutos: água de coco.
    Por Extensão Refeição muito líquida; sopa rala.
    [Construção] Num telhado, a superfície plana e inclinada; telhado composto por um só plano; meia-água.
    [Popular] Designação de chuva: amanhã vai cair água!
    Botânica Líquido que escorre de certas plantas quando há queimadas ou poda.
    Etimologia (origem da palavra água). Do latim aqua.ae.

    Água Líquido essencial à vida, o qual, por sua escassez, é muito valorizado na Palestina, onde as secas são comuns. Para ter água, o povo dependia de rios, fontes, poços e cisternas (Is 35:6).

    Água Ver Ablução, Batismo, Novo nascimento.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Gênesis 24: 11 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E fez ajoelhar os camelos fora da cidade, junto a um poço de água, na hora do anoitecer, ao tempo que as moças saíam a tirar água.
    Gênesis 24: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    2026 a.C.
    H1288
    bârak
    בָרַךְ
    abençoar, ajoelhar
    (and blessed)
    Verbo
    H1581
    gâmâl
    גָּמָל
    camelo
    (and camels)
    Substantivo
    H2351
    chûwts
    חוּץ
    lado de fora
    (outside)
    Substantivo
    H3318
    yâtsâʼ
    יָצָא
    ir, vir para fora, sair, avançar
    (And brought forth)
    Verbo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H4325
    mayim
    מַיִם
    água, águas
    (of the waters)
    Substantivo
    H5892
    ʻîyr
    עִיר
    agitação, angústia
    (a city)
    Substantivo
    H6153
    ʻereb
    עֶרֶב
    a noite
    (the evening)
    Substantivo
    H6256
    ʻêth
    עֵת
    tempo
    (toward)
    Substantivo
    H7579
    shâʼab
    שָׁאַב
    tirar (água)
    (to draw water)
    Verbo
    H875
    bᵉʼêr
    בְּאֵר
    ()


    בָרַךְ


    (H1288)
    bârak (baw-rak')

    01288 ברך barak

    uma raiz primitiva; DITAT - 285; v

    1. abençoar, ajoelhar
      1. (Qal)
        1. ajoelhar
        2. abençoar
      2. (Nifal) ser abençoado, abençoar-se
      3. (Piel) abençoar
      4. (Pual) ser abençoado, ser adorado
      5. (Hifil) fazer ajoelhar
      6. (Hitpael) abençoar-se
    2. (DITAT) louvar, saudar, amaldiçoar

    גָּמָל


    (H1581)
    gâmâl (gaw-mawl')

    01581 גמל gamal

    aparentemente procedente de 1580, grego 2574 καμηλος; DITAT - 360d; n m/f

    1. camelo
      1. como propriedade, como animal de carga, para transporte, proibido como alimento

    חוּץ


    (H2351)
    chûwts (khoots)

    02351 חוץ chuwts ou (reduzido) חץ chuts

    (ambas as formas fem. no pl.) procedente de uma raiz não utilizada significando romper; DITAT - 627a; n m

    1. fora, por fora, rua, do lado de fora

    יָצָא


    (H3318)
    yâtsâʼ (yaw-tsaw')

    03318 יצא yatsa’

    uma raiz primitiva; DITAT - 893; v

    1. ir, vir para fora, sair, avançar
      1. (Qal)
        1. ir ou vir para fora ou adiante, ir embora
        2. avançar (para um lugar)
        3. ir adiante, continuar (para ou em direção a alguma coisa)
        4. vir ou ir adiante (com um propósito ou visando resultados)
        5. sair de
      2. (Hifil)
        1. fazer sair ou vir, trazer, liderar
        2. trazer
        3. guiar
        4. libertar
      3. (Hofal) ser trazido para fora ou para frente

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    מַיִם


    (H4325)
    mayim (mah'-yim)

    04325 מים mayim

    dual de um substantivo primitivo (mas usado no sentido singular); DITAT - 1188; n m

    1. água, águas
      1. água
      2. água dos pés, urina
      3. referindo-se a perigo, violência, coisas transitórias, revigoramento (fig.)

    עִיר


    (H5892)
    ʻîyr (eer)

    05892 עיר ̀iyr

    ou (no plural) ער ̀ar ou עיר ̀ayar (Jz 10:4)

    procedente de 5782 uma cidade (um lugar guardado por um vigia ou guarda) no sentido mais amplo (mesmo de um simples acampamento ou posto); DITAT - 1587a,1615; n m

    1. agitação, angústia
      1. referindo-se a terror
    2. cidade (um lugar de vigilância, guardado)
      1. cidade

    עֶרֶב


    (H6153)
    ʻereb (eh'-reb)

    06153 ערב ̀ereb

    procedente de 6150; DITAT - 1689a; n. m.

    1. o anoitecer, noite, o pôr do sol
      1. o anoitecer, o pôr do sol
      2. noite

    עֵת


    (H6256)
    ʻêth (ayth)

    06256 עת ̀eth

    procedente de 5703; DITAT - 1650b; n. f.

    1. tempo
      1. tempo (de um evento)
      2. tempo (usual)
      3. experiências, sina
      4. ocorrência, ocasião

    שָׁאַב


    (H7579)
    shâʼab (sahw-ab')

    07579 שאב sha’ab

    uma raiz primitiva; DITAT - 2299.1; v.

    1. tirar (água)
      1. (Qal)
        1. tirar (água)
        2. tiradoras de água (particípio)

    בְּאֵר


    (H875)
    bᵉʼêr (be-ayr')

    0875 באר ̂e’er

    procedente de 874; DITAT - 194a; n f

    1. poço, cova, nascente