Enciclopédia de Gênesis 6:18-18

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 6: 18

Versão Versículo
ARA Contigo, porém, estabelecerei a minha aliança; entrarás na arca, tu e teus filhos, e tua mulher, e as mulheres de teus filhos.
ARC Mas contigo estabelecerei o meu pacto; e entrarás na arca tu e os teus filhos, e a tua mulher, e as mulheres de teus filhos contigo.
TB Porém, contigo estabelecerei a minha aliança; entrarás na arca, tu com teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos.
HSB וַהֲקִמֹתִ֥י אֶת־ בְּרִיתִ֖י אִתָּ֑ךְ וּבָאתָ֙ אֶל־ הַתֵּבָ֔ה אַתָּ֕ה וּבָנֶ֛יךָ וְאִשְׁתְּךָ֥ וּנְשֵֽׁי־ בָנֶ֖יךָ אִתָּֽךְ׃
BKJ Mas contigo eu estabelecerei o meu pacto; e tu entrarás na arca, tu e teus filhos, e tua mulher, e as mulheres de teus filhos contigo.
LTT Mas estabelecerei a Minha aliança contigo; e tu entrarás na arca, e os teus filhos, tua esposa e as esposas de teus filhos contigo.
BJ2 Mas estabelecerei minha aliança[s] contigo e entrarás na arca, tu e teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos contigo.
VULG Ponamque fœdus meum tecum : et ingredieris arcam tu et filii tui, uxor tua, et uxores filiorum tuorum tecum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 6:18

Gênesis 7:1 Depois, disse o Senhor a Noé: Entra tu e toda a tua casa na arca, porque te hei visto justo diante de mim nesta geração.
Gênesis 7:7 E entrou Noé, e seus filhos, e sua mulher, e as mulheres de seus filhos com ele na arca, por causa das águas do dilúvio.
Gênesis 7:13 E, no mesmo dia, entrou Noé, e Sem, e Cam, e Jafé, os filhos de Noé, como também a mulher de Noé, e as três mulheres de seus filhos, com ele na arca;
Gênesis 9:9 E eu, eis que estabeleço o meu concerto convosco, e com a vossa semente depois de vós,
Gênesis 17:4 Quanto a mim, eis o meu concerto contigo é, e serás o pai de uma multidão de nações.
Gênesis 17:7 E estabelecerei o meu concerto entre mim e ti e a tua semente depois de ti em suas gerações, por concerto perpétuo, para te ser a ti por Deus e à tua semente depois de ti.
Gênesis 17:21 O meu concerto, porém, estabelecerei com Isaque, o qual Sara te dará neste tempo determinado, no ano seguinte.
Isaías 26:20 Vai, pois, povo meu, entra nos teus quartos e fecha as tuas portas sobre ti; esconde-te só por um momento, até que passe a ira.
Hebreus 11:7 Pela fé, Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu, e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé.
I Pedro 3:20 os quais em outro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água,
II Pedro 2:5 e não perdoou ao mundo antigo, mas guardou a Noé, pregoeiro da justiça, com mais sete pessoas, ao trazer o dilúvio sobre o mundo dos ímpios;

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

CIDADES DO MUNDO BÍBLICO

FATORES QUE INFLUENCIARAM A LOCALIZAÇÃO
Várias condições geográficas influenciaram a localização de assentamentos urbanos no mundo bíblico. Em termos gerais, nesse aspecto, eram cinco os principais fatores que podiam ser determinantes:


(1) acesso à água;
(2) disponibilidade de recursos naturais;
(3) topografia da região;
(4) topografia do lugar;
(5) linhas naturais de comunicação. Esses fatores não eram mutuamente excludentes, de sorte que às vezes era possível que mais de um influenciasse na escolha do lugar exato de uma cidade específica.


O mais importante desses fatores era a ponderação sobre o acesso à água, em especial antes da introdução de aquedutos, sifões e reservatórios. Embora seja correto afirmar que a água era um aspecto central de todos os assentamentos num ambiente normalmente árido, parece que a localização de algumas cidades dependeu exclusivamente disso. Dois exemplos são: Damasco (situada no sopé oriental dos montes Antilíbano, num vasto oásis alimentado pelos caudalosos rios Abana e Farfar (2Rs 5:12) e Tadmor (localizada num oásis luxuriante e fértil no meio do deserto Oriental). Devido à disponibilidade de água doce nesses lugares, aí foram encontrados assentamentos bem anteriores à aurora da história bíblica, e esses dois estão entre alguns dos assentamentos mais antigos ocupados ininterruptamente no mundo bíblico. Outras cidades foram estabelecidas de modo a estarem bem perto de recursos naturais. A localização de Jericó, um dos assentamentos mais velhos da antiga Canaã, é uma excelente ilustração. A Jericó do Antigo Testamento foi construída ao lado de uma fonte excepcionalmente grande, mas também é provável que a cidade tenha sido estabelecida ali porque aquela fonte ficava perto do mar Morto e de seus recursos de betume. O betume era um produto primário de grande valor, com inúmeros usos. Na Antiguidade remota, o mar Morto era uma das poucas fontes conhecidas desse produto, de sorte que o betume dali era recolhido e transportado por todo o Egito e boa parte do Crescente Fértil. Como consequência, uma motivação econômica inicialmente levou à região uma colônia de operários e logo resultou na fundação de uma povoação nas proximidades. De modo análogo, a localização da antiga cidade de Sardes, situada próxima da base do monte Tmolo e junto do ribeiro Pactolo, foi com certeza determinada pela descoberta de ouro naquele lugar, o que criou sua renomada riqueza.
Sabe-se de moedas feitas com uma liga de ouro e prata que foram cunhadas em Sardes já no sétimo século a.C.
A localização de algumas cidades se deveu à topografia da região. Já vimos como a posição de Megido foi determinada para controlar um cruzamento de estradas num desfiladeiro na serra do monte Carmelo. Da mesma maneira, a cidade de Bete-Horom foi posicionada para controlar a principal via de acesso para quem vai do oeste para o interior das montanhas de Judá e Jerusalém. A topografia regional também explica a posição de Corinto, cidade portuária de localizacão estratégica que se estendeu desordenadamente no estreito istmo de 5,5 quilômetros de terra que separa o mar Egeu do mar Adriático e forma a única ligação entre a Grécia continental e a península do Peloponeso.
Outras cidades estavam situadas de acordo com o princípio de topografia local. Com exceção do lado norte, em todos os lados Jerusalém estava rodeada por vales profundos com escarpas superiores a 60 metros. Massada era uma mesa elevada e isolada, cercada por penhascos rochosos e escarpados de mais de 180 metros de altura em alguns lugares.
A cidade de Samaria estava em cima de uma colina isolada de 90 metros de altura e cercada por dois vales com encostas íngremes. Como consequência da topografia local, essas cidades comumente resistiam melhor a ataques ou então eram conquistadas só depois de um longo período de cerco. Por fim, linhas naturais de comunicação podem ter determinado a localização de alguns assentamentos urbanos. Uma ilustracão clássica desse critério é Hazor - uma plataforma bastante fortificada, uma capital de província (Is 11:10) e um tell de 0,8 quilômetros quadrados que era um dos maiores de Canaã. A localização da cidade foi ditada pela posição e trajeto da Grande Estrada Principal. Durante toda a Antiguidade, Hazor serviu de porta de entrada para a Palestina e pontos mais ao sul, e com frequência textos seculares se referem a ela associando-a ao comércio e ao transporte. Da mesma forma, é muito provável que linhas de comunicação tenham sido o fator determinante na escolha do lugar onde as cidades de Gaza e Rabá/Ama vieram a ser estabelecidas.
Também é muito improvável que várias cidades menores iunto à via Inácia, a oeste de Pela (Heracleia, Lychnidos e Clodiana), tivessem se desenvolvido não fosse a existência e a localização dessa artéria de grande importância. E existem localidades ao longo da Estrada Real da Pérsia (tais como Ciyarbekir e Ptéria) cuja proeminência, se não a própria existência, deve-se à localizacão daquela antiga estrada. Como os fatores que determinavam sua localização permaneciam bem constantes. no mundo bíblico cidades tanto pequenas quanto grandes experimentavam, em geral, um grau surpreendente de continuidade de povoação. Mesmo quando um local era destruído ou abandonado por um longo período, ocupantes posteriores eram quase sempre atraídos pelo(s) mesmo(s) fator(es) que havia(m) sido determinante(s) na escolha inicial do lugar. Os colonos subsequentes tinham a satisfação de poder usar baluartes de tijolos cozidos, segmentos de muros ainda de pé, pisos de terra batida, fortificações, silos de armazenagem e poços. À medida que assentamentos sucessivos surgiam e caíam, e com frequência as cidades eram muitas vezes construídas literalmente umas em cima das outras, a colina plataforma (tell) em cima da qual se assentavam (Js 11:13; Jr 30:18-49.
2) ia ficando cada vez mais alta, com encostas mais íngremes em seu perímetro, o que tornava o local gradativamente mais defensável. Quando esse padrão se repetia com frequência, como é o caso de Laquis, Megido, Hazor e Bete-Sea, o entulho de ocupação podia alcançar 20 a 30 metros de altura.

A CORRETA IDENTIFICAÇÃO DE CIDADES ANTIGAS
Isso leva à questão da identificação de locais, o que é crucial para os objetivos de um atlas bíblico. A continuidade de ocupação é útil, mas a identificação segura de lugares bíblicos não é possível em todos os casos devido a dados documentais insuficientes e/ou a um conhecimento limitado da geografia. Muitos nomes não foram preservados e, mesmo quando um topônimo sobreviveu ou, em tempos modernos, foi ressuscitado e aplicado a determinado local, tentativas de identificação podem estar repletas de problemas. Existem casos em que um nome específico experimentou mudança de local. A Jericó do Antigo Testamento não ficava no mesmo lugar da Jericó do Novo Testamento, e nenhum dos dois. lugares corresponde à moderna Jericó. Sabe-se que mudanças semelhantes ocorreram com Siquém, Arade, Berseba, Bete-Sea, Bete-Semes, Tiberíades etc. Mudanças de nomes também acontecem de uma cultura para outra ou de um período para outro. A Rabá do Antigo Testamento se tornou a Filadélfia do Novo Testamento, que, por sua vez, transformou-se na moderna Amã. A Aco do Antigo Testamento se tornou a Ptolemaida do Novo Testamento, que, por sua vez, tornou-se a Acre dos cruzados.
A Siquém do Antigo Testamento se tornou a Neápolis do Novo Testamento, a qual passou a ser a moderna Nablus. E em alguns casos uma mudança de nome aconteceu dentro de um Testamento (e.g., Luz/Betel, Quiriate-Arba/Hebrom, Quiriate-Sefer/Debir e Laís/Dá). Frequentemente a análise desses casos exige uma familiaridade bastante grande com a sucessão cultural e as inter-relações linguísticas entre várias épocas da história da Palestina. Mesmo assim, muitas vezes a identificação do lugar continua difícil. Existe também o problema de homonímia: mais de um lugar pode ter o mesmo nome. As Escrituras falam de Afeque ("fortaleza") 143 no Líbano (Js 13:4), na planície de Sarom (1Sm 4:1), na Galileia (Js 19:30) e em Gola (1Rs 20:26-30). I Existe Socó ("lugar espinhoso") 45 na Sefelá (1Sm 17:1), em Judá (Is 15:48) e na planície de Sarom (1Rs 4:10). 16 Conforme ilustrado aqui, normalmente a homonímia acontece devido ao fato de os nomes dos lugares serem de sentido genérico: Hazor significa "terreno cercado", Belém significa "celeiro", Migdal significa "torre", Abel significa "campina", Gibeá significa "colina'", Cades significa "santuário cultual", Aim significa "fonte", Mispá significa "torre de vigia", Rimom significa "romã/ romázeira" e Carmelo significa "vinha de Deus". Por isso não é surpresa que, na Bíblia, mais de um lugar seja associado com cada um desses nomes. Saber exatamente quando postular outro caso de homonímia sempre pode ser problemático na criação de um atlas bíblico. Outra dimensão da mesma questão complexa acontece quando um mesmo nome pode ser aplicado alternadamente a uma cidade e a uma província ou território ao redor, como no caso de Samaria (1Rs 16:24, mas 1Rs 13:32), Jezreel (1Rs 18:45-46, mas Js 17:16), Damasco (Gn 14:15, mas Ez 27:18) ou Tiro (1Rs 7:13, mas 2Sm 24:7).
A despeito dessas dificuldades, em geral três considerações pautam a identificação científica de lugares bíblicos: atestação arqueológica, tradição ininterrupta e análise literária/ topográfica."7 A primeira delas, que é a mais direta e conclusiva, identifica determinada cidade por meio de uma inscrição desenterrada no lugar. Embora vários exemplos desse tipo ocorram na Síria-Mesopotâmia, são relativamente escassos na Palestina. Documentação assim foi encontrada nas cidades de Gezer, Arade, Bete-Sea, Hazor, Ecrom, Laquis, Taanaque, Gibeão, Dá e Mefaate.


Lamentavelmente a maioria dos topônimos não pode ser identificada mediante provas epigráficas, de modo que é necessário recorrer a uma das outras duas considerações. E possivel utilizar a primeira delas, a saber, a sobrevivência do nome, quando, do ponto de vista léxico, o nome permaneceu o mesmo e nunca se perdeu a identidade do local. Esse critério é suficientemente conclusivo, embora se aplique a bem poucos casos: Jerusalém, Hebrom, Belém e Nazaré. Muitos lugares modernos com nomes bíblicos são incapazes de oferecer esse tipo de apoio de tradição ininterrupta. Como consequência, tendo em vista as mudanças de nome e de lugar, isso suscita a questão óbvia - que continua sendo debatida em vários contextos - de até que ponto essas associações são de fato válidas. Aparentemente essas transferências não aconteceram de forma aleatória e impensada. Mudanças de localização parecem estar confinadas a um raio pequeno. Por exemplo, a Jericó do Antigo Testamento, a Jericó do Novo Testamento e a moderna Jericó estão todas dentro de uma área de apenas 8 quilômetros, e em geral o mesmo se aplica a outras mudanças de localização.
Ocasionalmente, quando acontece uma mudança de nome, o nome original do lugar é preservado num aspecto geográfico das proximidades. O nome Bete-Semes (T. er-Rumeilah) se reflete numa fonte contígua (Ain Shems); da mesma forma, Yabis, o nome moderno do uádi, é provavelmente uma forma que reflete o nome do local bíblico de Jabes(-Gileade], ao lado do qual ficava, na Antiguidade. Quando os dados arqueológicos proporcionam provas irrefutáveis do nome bíblico de um local, é bem comum que aquele nome se reflita em seu nome moderno. Por exemplo, a Gibeão da Bíblia é hoje em dia conhecida pelo nome de el-Jib; o nome Taanaque, que aparece na Bíblia, reflete-se em seu nome moderno de T. Tilinnik; a Gezer bíblica tem o nome refletido no nome moderno T. Jezer. Conquanto a associação de nomes implique alguns riscos, com frequência pode propiciar uma identificação altamente provável.
Um terceiro critério usado na identificação de lugares consiste em análise literária e topográfica. Textos bíblicos frequentemente oferecem uma pista razoavelmente confiável quanto à localização aproximada de determinado lugar. Um exemplo é a localização da Ecrom bíblica, uma das principais cidades da planície filisteia. As Escrituras situam Ecrom junto à fronteira norte da herança de Judá, entre Timna e Siquerom (Is 15:11), embora, na verdade, o local tenha sido designado para a tribo de Da (Is 19:43). Nesse aspecto, a sequência das cidades neste último texto é significativa: Ecrom está situada entre as cidades da Sefelá (Zorá, Estaol, Bete-Semes e Aijalom) e outras situadas nas vizinhanças de Jope, no litoral (Bene-Beraque e Gate-Rimom), o que fortalece a suposição de que se deve procurar Ecrom perto da fronteira ocidental da Sefelá (Js 19:41-42,45). Além do mais, Ecrom era a cidade mais ao norte dentro da área controlada pelos filisteus (Js 13:3) e era fortificada (1Sm 6:17-18). Por fim, Ecrom estava ligada, por uma estrada, diretamente a Bete-Semes e, ao que se presume, separada desta última por uma distância de um dia de viagem ou menos (1Sm 6:12-16). Desse modo, mesmo sem o testemunho posterior de registros neoassírios,149 Ecrom foi procurada na moderna T. Migne, um tell situado onde a planície Filisteia e a Sefelá se encontram, na extremidade do vale de Soreque, no lado oposto a Bete-Semes.
Ali, a descoberta de uma inscrição que menciona o nome do lugar bíblico confirmou a identificação.150 Contudo, existem ocasiões em que a Bíblia não fornece dados suficientes para identificar um lugar. Nesses casos, o geógrafo histórico tem de recorrer a uma análise de fontes literárias extrabíblicas, do antigo Egito, Mesopotâmia, Síria ou Ásia Menor. Alternativamente, a identificação de lugares é com frequência reforçada por comentários encontrados em várias fontes:


De qualquer maneira, mesmo quando todas essas exigências são atendidas, não se deve apresentar como definitiva a identificação de lugares feita apenas com base em análise topográfica. Tais identificações só devem ser aceitas tendo-se em mente que são resultado de uma avaliação probabilística.

Principais cidades da Palestina
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Principais sítios arqueológicos no mundo bíblico
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Principais sítios arqueológicos da Palestina
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Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 6 do versículo 1 até o 22
  1. A Grande Apostasia (6:1-8)

As genealogias de Caim e de Sete são coroadas por uma história, que é veemente em sua acusação. Extensa controvérsia ainda gira em torno desta passagem.
Um aspecto do problema centraliza-se no significado da frase os filhos de Deus (2). Pela razão de esta frase aparecer em 1:6-2.1; 38.7 e Daniel 3:25 como designação a seres divinos ou anjos, argumenta-se que os anjos caídos vieram à terra e se casaram com mulhe-res (cf. Sl 29:1-89.6, onde "poderosos" e "filhos dos poderosos" aludem a Deus).' Contudo, em nenhuma parte das Escrituras há a descrição de seres divinos corrompendo o gênero huma-no. Eles sempre são benéficos em suas relações com o homem. Jesus foi claro em declarar que os que serão ressuscitados "nem casam, nem são dados em casamento; mas serão como os anjos no céu" (Mt 22:30). Por conseguinte, esta visão é contrária ao teor geral da Bíblia.

A presença muito difundida de histórias mitológicas entre os antigos pagãos, remon-tando aos hurritas (1500-1400 a.C) e descrevendo deuses e deusas da natureza engajados em relações ilícitas entre si, levam alguns a advogar que esta passagem é um conto mitológico. Contudo, admite-se prontamente que mitologia erótica não aparece em ou-tros lugares na Bíblia. Por isso, os estudiosos concluíram que o escritor de Gênesis alte-rou um conto mitológico e, com um jeito envergonhado, o apresentou como justificação para o julgamento de Deus que logo viria."

Outro ponto de vista popular é que os filhos de Deus eram descendentes de Sete. De importância aqui é a palavra Deus (ha'elohim), que em outros lugares no Antigo Testamento significa "o único Deus verdadeiro" e, assim, o distingue das deidades pagãs. Este ponto de vista parece tornar impossível a teoria mitológica.

Na verdade, não se pode discutir que o conceito de uma relação filial entre Deus e seus adoradores seja estranho ao Antigo Testamento. Esta questão não se apóia em uma frase precisa; apóia-se em um conceito.' Em referência ao verdadeiro Deus há uma de-claração em Deuteronômio 32:5, que diz: "Seus filhos eles não são, e a sua mancha é deles" (hb., banaw, "filhos dele"). Também em referência a Deus, o salmista (Sl 73:15) disse: "Também falarei assim; eis que ofenderia a geração de teus filhos" (hb., banayka, "teus filhos"). É certo que nestes contextos "seus filhos" e "teus filhos" são equivalentes a filhos de Deus. E de forma mais clara, Oséias (Os 1:10) disse acerca de Israel: "Se lhes dirá: Vós sois filhos do Deus ['el hay] vivo". No pensamento do Antigo Testamento, he'elohim e 'el hay quase não poderiam ter sido dois deuses distintos. Repare também em Oséias 11:1 a frase "meu filho", que se remonta ao Senhor.

No Novo Testamento, a expressão "filhos de Deus" ocorre em referência a seres hu-manos em João 1:12; Romanos 8:14; Filipenses 2:15; I João 3:1 e Apocalipse 21:7. Estas passagens do Novo Testamento não são extraídas do paganismo, mas estão solidamente baseadas no conceito do Antigo Testamento mencionado acima.

A conclusão de que os adoradores do Senhor (4,26) da linhagem de Sete também eram os filhos de Deus preenche de maneira natural a lacuna entre as genealogias e o dilúvio. Estes homens não escolheram suas esposas com base na fé, mas por impulso, sem consideração pela formação religiosa. Seguiu-se corrupção após esta vida devassa e Deus reagiu com ira divina.

A palavra hebraica traduzida por contenderá (3, yadon) tem vários significados. A formação verbal pode aludir a raízes que significam "permanecer, ser humilhado" ou, remetendo-se ao acádio, "proteger, servir de proteção". Contender, trabalhar, esforçar-se ou proteger se ajustam bem ao contexto. O homem não devia sentir-se mimado, porque ele também é carne. Ele foi posto em provação por cento e vinte anos.

Em 6.3, há o pensamento interessante "Não para Sempre".

1) O Espírito de Deus contende com o homem;

2) O Espírito nem sempre contenderá;

3) O homem pode achar graça aos olhos do Senhor, 8 (G. B. Williamson).

A tradução gigantes (4, nefilim) remonta à Septuaginta. O contexto do outro exem-plo onde a palavra aparece (Nm 13:33) sugere estatura incomum, mas na verdade o tamanho físico não tem nada a ver com o significado da palavra. Literalmente, o termo nefilim significa "os caídos ou aqueles que caem sobre [atacam] os outros". Em todo caso, eram indivíduos malévolos. Eles precederam e coexistiram com o ajuntamento dos filhos de Deus e das filhas dos homens. Nada no texto apóia a idéia de que eles eram descendentes deste ajuntamento que os rivalizavam como varões de fama, ou seja, homens de notoriedade e renome.

A reação de Deus aos assuntos da sociedade humana aumentava de intensidade à medida que a corrupção pecaminosa se tornava dominante em escala universal. A degra-dação do homem estava interiormente completa, era só má continuamente (5).

A frase arrependeu-se o SENHOR (6), e outras semelhantes (ver Êx 32:14-1 Sm 15:11; Jr 18:7-8; 26.3,13,19; Jn 3:10), incomoda muitos estudiosos da Bíblia. O conceito comum de arrependimento está relacionado com afastar-se de atos imorais. Assim, uma mudança de direção, de caráter e de propósito é inerente no ato.' Duas passagens no Antigo Testamento asseveram definitivamente que Deus não mente e se arrepende como o homem (Nm 23:19-1 Sm 15.29). Um estudo das passagens relacionadas acima mostra que o arrependimento divino não brota da tristeza por más ações feitas. As mudanças na rela-ção do homem com Deus resultam em mudanças nos procedimentos de Deus com o ho-mem. Quando o homem se afasta de Deus para o pecado, Deus muda a relação de comu-nhão para uma relação de repreensão julgadora. Quando o homem se afasta do pecado para Deus, este estabelece uma nova relação de comunhão. Este é o arrependimento divi-no. Em nosso texto (6), Deus muda de comunhão para julgamento.

As mudanças de relacionamento que Deus executa nunca são descritas no Antigo Testamento como algo impessoal ou passivo. Deus sempre está profundamente envolvi-do. Visto que a mudança de relação é pessoal, que melhores termos humanos se usariam do que expressões profundamente emocionais? Assim, pesou a Deus em seu coração. Quando o homem peca, Deus julga; mas Ele também sofre intensamente.

Deus não se gloriou no ato de julgamento implementado a seguir. Toda palavra do pronunciamento está imbuída de agonia. Que criei (7) sugere "Todos os produtos da minha criatividade amorosa devem ser destruídos, exceto um". Só um homem era adorador de Deus: Noé, porém, achou graça aos olhos do SENHOR (8).

De 6:5-8, G. B. Williamson analisa "O Dilúvio".

1) O julgamento pelo pecado é inevi-tável, 5-7;

2) A justiça é indestrutível, 8;

3) A fidelidade de Deus aos homens que confiam e obedecem é inalterável, 8.

E. A CORRUPÇÃO UNIVERSAL E SEU RESULTADO, 6:9-11.26

Um indivíduo se destaca novamente como objeto principal da preocupação de Deus. De-pois de livrar Noé e sua família do "dia da destruição", Deus estabeleceu uma relação de con-certo com eles. Mas as promessas de guardar o concerto ainda estavam soando quando entrou a profanação para turvar o relacionamento, e as coisas não melhoraram com o aumento e difusão da posteridade por toda a terra. Parece ser triste repetição de uma velha história.

1. As Façanhas do Justo Noé (6:9-9,17)

Embora esta história seja popularmente conhecida como "A História do Dilúvio", há pou-cos detalhes sobre o dilúvio em si. O foco principal está nas relações de Deus com o gênero humano, sobretudo com aqueles com quem Ele escolhe tratar diretamente, e nas respostas que dão às afirmações que Ele faz acerca deles. Noé é o personagem proeminente da história e sua obediência é de importância para o ato de salvação de Deus e não apenas para julgamento.

A seqüência da história é composta de cenário (6:9-12), uma série de ordens (6.13 7:5), a execução do julgamento (7:6-24), a dilatação da misericórdia (8:1-22) e um con-certo (9:1-17).

  1. Um Justo em um Mundo Corrupto (6:9-12). Imediatamente, Noé (9) é definido como indivíduo incomum, embora as características associadas a ele não sejam incomuns entre os homens de Deus no Antigo e Novo Testamento. Ele era justo (tsadik), ou seja, vivia de acordo com um padrão, marcando a vida com obediência a Deus e interesse pelo gênero humano. Ele era reto (tamim), isto é, era indiviso em sua lealdade, orientada em direção a uma meta definida e motivado por paixão controladora.' Como Enoque (5.24), Noé andava com Deus, ou seja, desfrutava de comunhão ininterrupta e íntima com Deus. Este andar infundia as características anteriormente mencionadas com uma ternura e profundidade de relação interpessoal com Deus que transcende a religião formal.

A condição moral da geração de Noé não só se contrasta com a vida de Noé, mas elucida os termos que a descrevem. A corrupção do povo se destacava como o oposto da justiça de Noé. Noé exibia fidelidade e conformidade à vontade de Deus; o povo não. A autenticidade de Noé, sua qualidade de vida sadia (tamim) era radicalmente diferente da violência (11, chamas) que permeava a sociedade dos seus dias. Uma comparação dos versículos 11:12 com o versículo 5 indica que esta violência era interior, severa-mente contaminada com imaginações imorais e tendências corruptas.

A declaração viu Deus (12), não significa que Ele precisou de informação, mas que a situação na terra era de sua grande preocupação e exigia sério exame. Note significa-dos semelhantes desta frase em 30.1,9 e 50.15. Em cada caso, uma avaliação da situação resultou em decisão e, depois, em ação.

  1. O Julgamento de Deus sobre a Raça Humana (6:13 7:5). A palavra divina: O fim de toda carne é vindo perante a minha face (13), ressoou como toque de morte pela consciência de Noé. O fato de a terra estar cheia de violência não podia continuar sem controle. Deus tomou a decisão e estava pronto para passar à ação. A falta de lei do povo estava desenfreada, assim a punição tinha de ser drástica. O gênero humano e sua casa, a terra, seriam destruídos. A terra foi destruída no sentido de deixar de sustentar vida no decorrer da duração do dilúvio.

O julgamento não devia ser privado da oportunidade de salvação. Noé recebeu ori-entações específicas. Ele tinha de tomar madeira de gofer (14) e construir uma estru-tura grande e semelhante a uma caixa. Não se sabe como era realmente a madeira de gofer, mas o betume era material asfáltico razoavelmente comum no vale mesopotâmico. Aceitando-se o côvado de aproximadamente 45 centímetros de comprimento, a arca teria cerca de 137 metros de comprimento, 22 metros de largura e 13 metros de altura. A ventilação era fornecida por uma janela (16) ou abertura de luz, que pode ter sido espa-çada ao redor da extremidade do topo. Quanto à questão dos detalhes construtivos, o texto diz pouco. Uma porta estava do lado da arca, mas não há indicação de qual era a relação da porta com os três níveis da arca.

Um dilúvio de águas (17) foi o expediente do julgamento, mas um pacto (18) seria estabelecido com Noé (ver 9:9-17). Esta é a primeira vez que a palavra pacto (ou concer-to) aparece no Antigo Testamento. Em passagens posteriores é o modo preferido de descrever a relação pessoal entre Deus e as pessoas com quem Ele escolheu ter uma relação especial. Neste caso, Noé e sua família imediata, inclusive noras, foram os poucos esco-lhidos. Neste ponto, a relação de concerto era apenas uma promessa.

Em seguida, o Senhor informou a Noé que ele tinha de colocar casais de pássaros e ani-mais na arca. A frase conforme a sua espécie (20), também encontrada em 1.21,24,25 em referência aos animais, é vaga no que tange às pretensas classificações de animais. Só os grupos gerais são especificamente mencionados: aves (20, of), animais (behemah) e réptil (remes). Atualmente, as "espécies" de animais são de aproximadamente um milhão. Seria erro presumir que o povo de antigamente pensasse em espécies de animais no mesmo sentido. O conceito pode estar mais próximo aos termos "classes, ordens, famílias ou gêneros", mas hoje não há meio de determinar a questão. A arca também foi abastecida com comida (21).

Ainda que a palavra de Deus fosse incomum, Noé seguiu obedientemente as instruções. Em Hebreus 11:7, há a observação de que Noé "temeu" quando obedeceu a Deus. Pedro o chamou "pregoeiro da justiça" (2 Pe 2.5).

De 6:9-22, Alexander Maclaren pregou sobre "O Santo entre Pecadores".

1) O santo solitário, 9-11;

2) A apostasia universal, 11,12;

3) A dura sentença, 13;

4) A obediência exata de Noé, 22;

5) A defesa da fé, 7:21-23.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Gênesis Capítulo 6 do versículo 14 até o 22

A Pena do Dilúvio (13 1:8-22'>Gn 6:13 — 8.22)

6,13
Este versículo reitera os elementos que já pudemos comentar em outros versículos. Aquilo que Deus vira e que tinha avaliado, agora Ele comunicava a Noé; e o que Ele comunicou foi a inspiração para construir a arca.

Resolvi dar cabo. John Dewey sugere um interessante e útil conceito. Todos os fins são instrumentais. Ou seja, também servem de meio para novos começos. Não há que duvidar de que isso sucedeu no caso do dilúvio. A destruição imposta por Deus devia-se à violência na terra (elementos repetidos, já referidos nos vss. Gn 6:7 e 11), mas esse juízo daria início a um novo começo. Deus encontrara Seu homem escolhido para esse novo começo, o reto Noé, que andava com Ele em comunhão contínua. “A dramática simplicidade da antiga narrativa apresenta a verdade em termos concretos, como se Deus estivesse face a face com Noé, falando somente com eie. Na verdade, através dos inequívocos sinais dos tempos, Deus também estava falando para todos, mas Noé foi o único capaz de ouvir, porquanto era homem justo e andava com Deus” (Cuthbert A. Simpson, in loc.).

A Feitura da Arca (Gn 6:14-22)

O mal é inerente ao homem. “Quando os ímpios amaldiçoam Satanás, amaldiçoam a sua própria alma” (Ben Siraque). Sem dúvida há uma aliança entre os ímpios e Satanás. A corrupção inerente produzira horrendos resultados à face da terra. Agora tinha início um período final de graça divina. Noé construiría a sua arca Os homens ficariam olhando. Haveriam eles de rir-se? Perguntariam “por qual razão” aquele barco estava sendo construído em um lugar seco? Alguma pessoa, além dos familiares de Noé, haveria de crer em sua história: aproxima-se um gigantesco dilúvio? Todas as respostas nos deixam abismados. No entanto, no dizer de Isaías, “tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti” (Is 26:3). Noé haveria de construir com confiança e paciência. Ele tinha fé e ele dispunha de tempo. Também tinha um alvo a ser alcançado. Fora dado tempo suficiente para completar o seu projeto. Ele teria saúde, forças físicas e um propósito espiritual. Estava fadado ao sucesso.

Tipos. A teologia cristã faz da arca um tipo de Cristo. E, para os crentes dispensacionalistas, também indica o meio de escape dos crentes da presença da Grande Tribulação, prometida para os últimos dias. A arca também pode tipificar a Igreja. E o trecho de 1Pe 3:21 fá-la tipificar o batismo em Cristo (1Co 12:13).

O dilúvio é tipo de qualquer juízo divino, mas especialmente da Grande Tribulação.

Enoque, para os dispensacionalistas, é um tipo da Igreja, a qual será arrebatada antes do dilúvio da Grande Tribulação, o que significa que sua presença física da terra terá sido retirada.

Noé é um tipo daqueles que atravessarão a Grande Tribulação, mas serão protegidos. Ou, então, na opinião de alguns, um tipo da Igreja que escapará aos efeitos do período atribulado, sem importar se deixados na terra ou tirados da terra naquele período. Ou, então, Noé representa o povo de Israel, que atravessará a Grande Tribulação, mas será preservado durante esse período. Meus vános artigos sobre essas personagens e coisas desenvolvem o tema dos tipos.

Examinem-se os seguintes artigos: Dilúvio (em Gn 7:6); Enoque (em Gn 5:18); Noé (em Gn 5:29); Arca de Noé (no tim das notas sobre este versículo). Na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia ver o verbete Tribulação, a Grande. E no Dicionário da presente obra ver Dispensação (Dispensacionalismo).

Gn 6:14
Uma arca. Ver o artigo a respeito, no fim do comentário sobre este versículo.
De tábuas de cipreste. Os autores judeus são quase unânimes na afirmação de que essa madeira é o nosso bem conhecido cedro. Mas alguns pensam no pinheiro, no abeto, no plátano indiano, no cipreste (no hebraico, o som dessa palavra se assemelha ao termo cipreste). Nossa versão portuguesa preserva essa interpretação, que parece ser mera transliteração. É possível que o vocábulo hebraico correspondente, gopher, indicasse o local onde havia árvores utilizadas na construção da arca. Não há como resolver o problema de identificação desse tipo de madeira.

Onde a arca teria sido construída também tem chamado a atenção dos intérpretes. Novamente, porém, as conjecturas mostram-se inúteis.
Betume. Devemos pensar aqui em algum tipo de betume, ou argila ou limo. No árabe, kaphura, que se parece com a palavra hebraica aqui empregada, é uma espécie de betume. Mas também poderiamos pensar na resina de certas árvores, como o pinheiro.

A Arca de Noé. No hebraico temos as palavras tebbah e aron. A primeira designa a embarcação construída por Noé; e a segunda, a arca da aliança. Talvez a palavra original seja o termo egípcio db’t, que significa caixa (ver Gên 6-9). No livro de Gênesis, tebbah designa a embarcação que Noé construiu por mandato divino, a fim de que ele e sua família fossem salvos do dilúvio. Tinha 137 m de comprimento, 23 m de largura e 14 m de altura. Foi construída com madeira de cipreste, embora alguns estudiosos pensem no pinho ou no cedro. Havia três andares e estava dividida em compartimentos. Possuía um respiradouro e uma porta em um dos lados. Foi construída estanque, interna e externamente, com o uso de piche (Gn 6:14; Gn 8:16), O trecho de Gn 6:14 tem sido interpretado como se as tábuas fossem mantidas no lugar por meio de ripas (se alguém ler qanim em lugar de qinnim — ninhos). Se assim sucedeu, então o conjunto inteiro recebeu uma cobertura de betume. No tocante aos três andares, alguns têm entendido que isso refere-se a três camadas de tábuas, cruzando-se, formando os lados da embarcação. O respiradouro aparentemente foi feito no teto, para deixar entrar luz e ar. Aparentemente, a arca foi feita apenas para flutuar, sem nenhum meio de propulsão ou controle. Noé recebeu instruções cento e vinte anos antes do tempo do dilúvio (Gn 6:13,Gn 6:14; 2Pe 2:5). E possível que o dilúvio tenha sido a última ocasião em que a posição dos pólos se alterou, com o conseqüente desastre ecológico do dilúvio, devido às mudanças de posição na crosta terrestre. Quanto a detalhes sobre essa idéia e outras informações gerais, ver o artigo sobre o Dilúvio.

Simbolismo da Arca de Noé. Ela simboliza a segurança ante a destruição, ou a salvação em vista ao julgamento, provisões da misericórdia e da graça de Deus. Assim Jesus empregou a narrativa sobre a arca, em Mt 24:38,Mt 24:39 e Lc 17:27 usa a arca como símbolo e exemplo de fé. A passagem de 2Pe 2:5 usa o símbolo da mesma maneira que Jesus. Portanto, a arca é símbolo ou tipo de Cristo, o Salvador.

Sua Carga. Noé e sua família, oito pessoas ao todo (Gn 7:7; 2Pe 2:5), e uma parte de animais imundos, além de sete pares de animais limpos, sete pares de aves e alguns pares de répteis. Alguns têm indagado, com certa razão, se uma embarcação de dimensões bastante modestas podería conter representantes de todas as espécies de animais da terra. Dizer tal coisa é um manifesto absurdo, pelo que devemos supor que os animais mencionados eram os animais nativos da área onde Noé vivia. As pessoas que têm procurado demonstrar que a arca de Noé podería conter todos os animais da terra, cada espécie representada aos pares, não têm noção do fantástico número de espécies de animais que existem. Um zoólogo coraria de vergonha se tivesse de declarar que uma embarcação das dimensões da arca poderia conter todas as espécies de animais. Mas as pessoas que ignoram o fato não coram de vergonha.

Há evidências significativas que indicam que o dilúvio foi pardal, apesar de vasto. A China, por exemplo, permaneceu seca, o que explicaria o imenso numero de chineses e outros povos amarelos, hoje em dia. Quando ocorrem os grandes cataclismos, eles rearranjam a posição dos continentes. Vastas áreas, antes ocupadas pelos homens, tornam-se fundo de oceanos, e oceanos tornam-se regiões habitadas. Portanto, esses desastres, embora de proporções gigantescas, nunca são absolutos. Fenômenos dessa natureza são mais amplamente comentados no artigo sobre Dilúvio. A arca trazia uma carga simbólica, mostrando o interesse de Deus por toda espécie de vida. Ele desejava a preservação e a propagação de todas essas formas de vida, e não apenas da vida humana. Isso fala sobre o amor de Deus como absolutamente universal. Se Deus queria salvar meros ursos e porcos, certamente devia estar interessado em cada ser humano, sem exceção. Isso é o que afirmam os textos de 1Jo 2:2; Jo 3:16 e 1Tm 2:4

Motivos do Dilúvio

1. O Motivo Geológico. Convulsões periódicas sacodem o globo terrestre, e coisa alguma pode ser feita para impedi-las. Tem havido muitos cataclismos gigantescos, alguns dos quais têm envolvido até a mudança dos pólos e o deslizamento da crosta terrestre. Esses cataclismos produzem terremotos e dilúvios.

2. O Motivo Divino. A vontade de Deus controla essas coisas, por razões que desconhecemos. Mas há razões conhecidas, como a vontade de Deus acerca do homem e da criação física.

3. O Motivo Humano. Os homens tinham ficado tão corrompidos que o juízo se tornara inevitável.

4. O dilúvio seria um remédio eficaz para corrigir os males do mundo, e não somente para impor vingança.

5. Um novo começo haveria agora de ocorrer, ao passo que uma fase antiga e desgastada chegaria ao fim.

6. Uma espécie de nova criação viría tomar o lugar da antiga.

7. Antes Deus havia plantado um jardim; mas agora Ele desenvolvería toda uma nova raça humana no mundo.

8. Ficaria demonstrado que Deus é o juiz de toda a terra, e também que a humanidade é responsável por seus atos, diante de Deus.

9. A misencórdia divina é outorgada aos obedientes.
Notemos que a linhagem messiânica continuaria, através de Noé, a despeito de toda a destruição.

Deste modo a farás. Um côvado tem cerca de 44,5 cm, pelo que as dimensões da arca eram de 137 m x 23 m x 14 m. O seu propósito não era velejar os mares da melhor maneira possível, e, sim, sobreviver, manter em segurança os seus ocupantes, posto que por breve período de tempo.

Veleja ainda, ó Navio do Estado!
A humanidade, com todos os seus temores,
Com todas
as esperanças para anos futuros,

Aguarda, fôlego suspenso, por tua sorte!

(Longfellow, citado por Franklin D. Roosevelt, presidente dos EUA, quando ainda era incerto o resultado da Segunda Guerra Mundial.)
“A arca seria para salvação não de uma família, raça ou nação, não somente para os descendentes de Noé, mas — como na parábola do Bom Samaritano, contada por Jesus — também para o próximo que estiver em qualquer necessidade” (Cuthbert A. Simpson, in loc.). Essa é a intenção de Deus, e assim fará ser a misericórdia de Deus, afinal.

O côvado era do comprimento do braço, desde o cotovelo até a ponta do dedo médio. Portanto, não era uma medida exata. Vários povos antigos usavam partes do corpo como padrão de medida. Esse sistema foi incorporado pelo siste-ma inglês, passando dai para o sistema norte-americano, onde se fala em pés, polegadas, jarda (um passo), palmo etc.

Modernamente têm sido construídas embarcações de dimensões maiores que as da arca. Mas para a época, era um vaso gigantesco. Tem-se calculado que ela deslocava cerca de 43 mil toneladas.
Gn 6:16
Vários aspectos da arca foram especificados:

Uma abertura. Para efeito de ventilação e iluminação. Essa palavra também é usada em Gn 8:6, que nossa versão portuguesa traduz por janela, embora também possa significar “luz” ou “brilho”. Talvez fosse um tipo de abertura que acompanhava todo o perímetro da arca, com um côvado de altura. Isso daria à arca uma ventilação e iluminação gerais. As palavras de um côvado de alto têm deixado perplexos os intérpretes, e muitas conjecturas circundam essa frase, mas sem certeza de nada. Algumas interpretações são fantásticas. Mas devemos pensar em algum tipo de iluminação, natural ou sobrenatural, que havia em algum ponto estratégico da arca, que a iluminava perpetuamente. Aiguns até pensam que Noé, a exemplo de modernos técnicos em iluminação, teria acendido lamparinas de azeite! Mas todas essas interpretações parecem ruir por terra quando lemos que Noé “abriu a janela” (Gn 8:6). Sentidos metafóricos e espirituais têm sido vinculados a essa fonte de iluminação. Assim sendo, a luz celestial continuava brilhando, em meio à terrível noite na terra. Cristo é a luz, segundo o Novo Testamento (Jo 1:4 ; Jo 8:12).

Porta. Só é mencionada uma porta; e devemos pensar em uma porta comum. Não são dadas as dimensões da porta, mas teria de ser bem grande, se os animais mais corpulentos tivessem de entrar por ali. A lição espiritual da porta é o acesso à provisão de Deus, que aponta para a segurança ou para a Sua salvação. No Novo Testamento, Cristo é a porta (Jo 10:1,Jo 10:2,Jo 10:7, et al.).

Pavimentos. , . um em baixo, um segundo e um terceiro. Isso para abrigar as muitas espécies de animais em compartimentos. A lição divina aqui é que a provisão de Deus é adequada para todos os Seus propósitos, provendo misericórdia e espaço para todos.
Dentro do mito babilônico, a arca era cúbica, e com cinco vezes mais capacidade que a arca de Noé.
Gn 6:17
Águas em dilúvio... tudo... perecerá. Agora Deus anunciava a Noé o que Ele havia planejado fazer. Todos os elementos deste versiculo já haviam sido mencionados antes, exceto que agora Deus comunicava a Noé o Seu terrivel desígnio.

Dilúvio. Ver as notas em Gn 7:6 sobre o Dilúvio. A geologia tem mostrado que tem havido muitos dilúvios imensos durante a história da terra. Heródoto ouviu dos egípcios que os gregos eram crianças, pois conheciam somente um dilúvio. Mas os egípcios sabiam de muitos deles. Se dilúvios localizados poderíam estar em pauta, tem havido dilúvios quase universais, com a mudança dos pólos magnéticos da terra, que a têm afligido periodicamente, ao longo de sua história

O Intuito de Destruir. Este versiculo é, virtualmente, uma duplicação do sétimo versiculo. Ver as notas ali.

A Epopéia de Gilgamés (ver no Dicionário) apresenta a versão babilônica do dilúvio. Muitos elementos aparecem ali similares ao que lemos no livro de Gênesis.

Sobre a terra. O globo terráqueo inteiro, de acordo com alguns intérpretes. Mas a terra que Noé conhecia, de acordo com outros intérpretes. Meu artigo sobre o Dilúvio aborda essa controvérsia, além de outras.

Gn 6:18
A minha aliança. Achamos aqui o Pacto Noaico. Nesse pacto podem ser vistos os seguintes elementos:

1. Elementos do Pacto Adâmico foram confirmados (Gn 8:21)

2. Uma nova ordem na natureza foi estabelecida (Gn 9:1-6)

3. O governo humano foi estabelecido (Gn 9:1-6)

4. Não mais havería um juízo divino por meio de um dilúvio universal (Gn 8:21 e Gn 9:11)

5. Uma raça inferior e servil haveria de descender de Cão (Gn 9:24,Gn 9:25)

6. Sem teria um relacionamento especial com Yahweh. O Messias procedería da linhagem de Sem (Gn 9:26,Gn 9:27)

7. De Jafé descenderiam povos mais habilidosos nos campos do governo, da ciência e das artes (Gn 9:26,Gn 9:27)

8. A providência divina, sobre toda vida, com vistas à sua preservação, estava garantida (Gn 9:10,Gn 9:11). Deus nunca deixaria de ser benévolo. Ver no Dicionário o artigo intitulado Pactos.

A Arca Acolhería Noé e Seus Familiares. A predição divina, dessa forma, garantiu o cumprimento do pacto noaico. Este versículo não rejeita, de modo absoluto, quem quer que queira valer-se da arca da segurança, embora subentenda que muitos não quererão vir. A expectativa divina não era grande, A fim de compensar pela perda dos dias de Noé, Cristo foi enviado ao própno hades a fim de buscar as almas perdidas, segundo afirma o trecho de I Pedro 3:18-4.6. Ver na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia o artigo detalhado intitulado Descida de Cristo ao Hades. Esse fato exibe a natureza magnificente do amor de Deus, que até no hades buscou aquelas almas depravadas. É lamentável que uma parte da cristandade moderna (católicos-romanos e evangélicos) tenha perdido de vista esse aspecto da missão salvatícia de Cristo. Mas um aspecto comum da teologia da comunidade anglicana e da Igreja Ortodoxa Oriental é a missão misericordiosa e salvatícia de Cristo no hades.

O trecho de 1Pe 3:20 diz que somente oito pessoas entraram na arca. Devemos supor que os três filhos de Noé, na ocasião, ainda não tinham gerado filhos.

“Por quase todo o Antigo Testamento vê-se a tendência de pensar que apenas um grupo particular pôde reivindicar algum favor especial da parte de Deus..
Mas esse particularismo desaparece diante da ilimitada piedade revelada na pessoa de Cristo” (Cuthbert A. Simpson, in loc.).

Quando este mundo passageiro desaparecer;
Quando houver descido além, o sol brilhante;
Quando estivermos com Cristo, na glória,
Contemplando a história terminada da vida,
Então, Senhor, é que conhecerei bem,
Mas só então, o quanto eu te devo.

(M’Cheyne)

Gn 6:19,Gn 6:20

Estes versículos nos dão um esboço simplista dos tipos de animais que Noé deveria recolher na arca. A distinção, tão importante posteriormente, entre animais limpos e imundos, é aqui observada pela primeira vez na Bíblia. Os críticos pensam que essa distinção revela uma data posterior, que reflete o sistema sacrificial que passou a vigorar nos tempos mosaicos. Ver no Dicionário o artigo intitulado Limpo e Imundo. Nestes versículos, dois animais de cada classe são ordenados. Em Gn 7:2, esse número é alterado para sete pares de cada animal, presumivelmente a fim de provisão para sacrifícios futuros, sem destruir as espécies envolvidas. Alguns estudiosos têm entendido isso como sete pares; mas outros como “setes”, ou seja, três pares e um macho extra, para ser sacrificado. Alguns críticos vêem no relato diferentes fontes informativas, uma que falava em dois pares, e outra que falava em sefe pares, alegadamente, as fontes SeJ. Ver sobre a teoria das fontes J.E.D.P.(S.), acerca do Pentateuco. Outras diferenças sugerem a existência de duas fontes informativas. Ver o artigo sobre Noé, em seu segundo ponto, quanto a um sumário.

O imenso número de animais existente no mundo tem levado alguns intérpretes a sugerir estes pontos: 1. a natureza mítica da narrativa; 2. os animais eram somente da área onde Noé vivia; ou 3. houve necessidade de alguma intervenção divina para ajudar Noé a cumprir a ordem do Senhor, Seja como for, o autor sagrado não podería ter antecipado o colossal número de espécies vivas. O número de espécies de vermes e insetos chega a cerca de quinhentos mil. Há cerca de três mil espécies de aranhas; três mil espécies de rãs; sete mil espécies de répteis; dez mil espécies de pássaros; cinco mil espécies de mamíferos. Como é claro, somente um pequeno número (comparativamente falando) desses animais reside na Mesopotâmia,

A pergunta seguinte indaga como uma embarcação das dimensões da arca, ou qualquer outra embarcação imaginável, podería ter contido tantas espécies de seres vivos. Com base nisso, muitos intérpretes, alguns deles até conservadores, sugerem que o dilúvio foi parcial, e não universal. Ver a quarta seção do artigo sobre o Dilúvio, acerca de uma discussão pró e contra no tocante ao fato de o dilúvio ter sido universal ou não. Ver Lev. 11:2-23 quanto à distinção bíblica entre animais limpos e imundos.

O Targum de Jonathan antecipou o problema do recolhimento desses animais na arca, dizendo que Deus deu a Noé anjos para que o ajudassem na tarefa. E outros antigos escritores dizem a mesma coisa. Os intérpretes judeus até tentavam calcular quantos compartimentos poderíam ter sido feitos, e supunham que o número por eles calculado sena suficiente. Mas tais cálculos eram um desperdício de tempo.

Imaginemos o trabalho envolvido em lançar nas águas as fezes dos animais! Imaginemos a poluição dentro da arca! Imaginemos o trabalho de limpeza que isso dava! Imaginemos a quantidade de alimentos que seria necessário ter-se estocado para alimentar tantos animais por um espaço de mais de um ano (cf. Gn 7:6 com Gn 8:13,Gn 8:14).

Gn 6:21

Alimento. Cerca de sessenta ou setenta mil espécies, ou seja, cento e quarenta mil grandes animais teriam de ser alimentados por mais de um ano. Ver as notas sobre os vss. Gn 6:19,Gn 6:20 quanto aos imensos problemas criados pelo grande número de animais a serem transportados. Pensemos no trabalho que seria recolher e estocar todo esse alimento. Uma vez mais, vários intérpretes invocam aqui a ajuda dos anjos (ou de muitos seres humanos), na concretização dessa tarefa. Scofield diz aqui: “Os navios modernos transportam centenas de animais vivos, com seu alimento, além de vintenas de seres humanos", uma declaração que nem ao menos começa a descrever os problemas de logística sugeridos por este texto. Pensemos no imenso trabalho de juntar os tipos específicos de alimentos, apropriados para cada espécie animal. Bastaria isso para que a tarefa assumisse proporções estonteantes.

Gn 6:22

Noé Cumpriu, Perfeitamente, a Vontade de Deus. Este versículo fomece-nos a grande lição moral e espiritual do relato. Noé, um homem que já andava com Deus, recebeu uma tarefa sobre-humana para realizar; e, com a ajuda divina contínua, foi capaz de fazer tudo quanto lhe fora ordenado. A maior parte de nós consiste em pessoas divididas. Andamos um tanto com Deus e realizamos nossas tarefas com algum grau de entusiasmo, e com algum grau de sucesso, Mas poucas pessoas buscam a excelência. Noé foi um obreiro por excelência. Notemos, por igual modo, que ele realizou cada tareia do grandioso projeto com zelo e com inteira perfeição. Foi uma tarefa com muitas facetas; mas isso não o fez parar. Enquanto preparava a arca e juntava prodigiosa quantidade de provisões para um grande número de animais, ele também foi um pregoeiro da justiça, e isso pelo espaço de cento e vinte anos (2Pe 2:5). Mas em certo sentido, embora não por culpa sua, sua tarefa de pregoeiro falhou. Ele não foi capaz de convencer aquela geração pecaminosa a arrepender-se. A missão de Cristo no hades, mediante a qual Ele pregou àquela mesma gente, compensou por aquela falha. Algumas vezes nos levamos por demais a sério, pensando que a vontade e o propósito divinos só poderão ter cumprimento se nós os cumprirmos com êxito. Mas o Cristo divino está sempre pronto a compensar por nossas falhas, mediante os Seus próprios esforços. Nós trabalhamos para Ele, mas não podemos tomar o lugar Dele. Ele continuará sendo o maior obreiro e pregador. Ele não fica inativo, somente porque dispõe de ajudantes. Sua missão salvatícia é efetuada em três áreas: a terra, o hades e os céus. Sua missão é tridimensional. Não fora isso, e a missão remidora tena terminado onde Noé a deixou. Deus tem idéias mais amplas do que essa. O artigo apresentado na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, sobre o tema da Missão Universal do Logos, expõe detalhes sobre as idéias aqui sugendas.


Champlin - Comentários de Gênesis Capítulo 6 versículo 18
Aqui se antecipa o tema da aliança, cuja conclusão terá lugar ao término do dilúvio. Ver Gn 9:12-17,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 6 do versículo 1 até o 22
*

6.1-8 Esta seção, pela menção de Noé (5.32; 6.8, 9), assinala a transição da linhagem piedosa de Sete para a história do Dilúvio (6.9—9,17) e relembra a fatídica situação ao fim da linhagem cainita (4.17-24).

* 6.2 filhos de Deus. Estes têm sido identificados como sendo os setitas (na interpretação cristã tradicional), como anjos (nas interpretações judaicas antigas; conforme 1:6), e como sucessores reais tirânicos de Lameque que ajuntavam para si haréns (proposta por rabinos do segundo século d.C.). Todas as três posições podem ser defendidas lingüisticamente. À primeira vista, a primeira interpretação se encaixa melhor no contexto antecedente imediato (um contraste entre a linhagem amaldiçoada de Caim e a linhagem piedosa de Sete), mas deixa de explicar adequadamente como a expressão “as filhas dos homens” se refere especificamente às mulheres cainitas. A segunda opinião tem apoio da tradição antiga, porém, é contraditória à afirmação de Jesus de que anjos não se casam (Mc 12:25) e não explica por que enfoque recai nos mortais (v. 3) e o castigo cai sobre eles (vs. 5-7). A terceira interpretação explica melhor a expressão “as que, entre todas, mais lhe agradaram” (12.10-20; 20.1; 1Sm 11) porém não tem apoio na tradição. A melhor solução é provavelmente uma combinação das duas últimas. Esta descendência humana é também a descendência espiritual de Satanás (3.15), fortalecida por demônios (conforme Dt 32:17).

vendo… formosas, tomaram. O termo hebraico traduzido por “formosas” é geralmente traduzido por “bom”. Seus pecados repetem o mesmo padrão (“viram … bom …tomaram”) do pecado original em 3.6.

* 6:3

O meu Espírito. Ver nota em 1.2.

agirá. A palavra hebraica é difícil de ser traduzida. Alguns estudiosos a relacionam ao termo que significa “dominar” ou “julgar”, enquanto que tradutores antigos a entendiam como “permanecer” ou “habitar” (referência lateral). De qualquer forma, a sentença indica a retirada do Espírito doador da vida de Deus (1.2, nota).

cento e vinte anos. Provavelmente o tempo entre esta proclamação e o Dilúvio (5.32; 7.6). Pode também se referir à duração de vida de um indivíduo, porém, esta interpretação parece se contradizer pela idade dos pósdiluvianos que inicialmente viveram muito mais do que isto (Gn 11) e posteriormente, muito menos (Sl 90:10).

* 6.4 gigantes. Ver referência lateral. Estes “valentes” gigantescos, os descendentes de tiranos demoníacos (v. 2, nota), encheram a terra com violência (v. 11; Nm 13:32). A raiz hebraica significa “cair” e pode estar sugerindo o seu destino (Ez 32:20-28).

e também depois. Esta nota parentética lembra aos leitores originais do livro que o mesmo tipo horrível de pessoas existiu depois do Dilúvio (Nm 13:32).

valentes. O termo hebraico aqui é também usado para Ninrode e seu reino bestial (10.8-11).

*

6.5 todo desígnio do seu coração. Um retrato vívido da profundidade e amplitude da depravação humana (conforme 8.21).

* 6.6 se arrependeu. Temos aqui uma referência a uma mudança de atitudes e ações. Não há contradição entre este verso e as passagens que ensinam a imutabilidade de Deus (Ml 3:6; Tg 1:17) e que Deus não muda seu pensamento (Nm 23:19; 1Sm 15:29; Sl 33:11; Is 46:10). Lembrando que esta descrição é antropopática (Deus é descrito em termos da experiência humana de conhecimento e emoção), nós devemos também reconhecer que o Deus soberano e imutável sabe lidar apropriadamente com as mudanças no comportamento humano. Quando eles pecam ou se arrependem do pecado, ele “muda seu pensamento” quanto à bênção ou punição apropriadas para a situação (Êx 32:12, 14; 1Sm 15:11; 2Sm 24:16; Jr 18:11; Am 7:3, 6) — tudo de acordo com seus soberanos e eternos propósitos. Porque Deus é imutável no seu ser e eternamente leal às promessas da sua aliança, nós podemos ter firme confiança nele que “ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Hb 13:8 e nota).

lhe pesou no coração. O hebraico aqui significa “ira indignada” (conforme 34.7). O sacrifício de Cristo pacifica a indignação amarga de Deus contra o pecado (8.21).

* 6.7 Farei desaparecer. Nesta história a primeira ordem criada é destruída por um dilúvio e a segunda ordem inaugurada, um cenário que representa um modelo profético da presente ordem a ser destruída por fogo e substituída por uma terceira ordem perfeita (2Pe 3:3-13). Jesus também usa este modelo como um tipo do Dia do Senhor (Mt 24:37-39).

animal … céus. Assim como a terra sofreu as conseqüências do pecado dos seus dominadores, assim também os animais.

* 6.8 Porém Noé. Ver Rm 11:3-6.

achou graça. Ver referência lateral no v. 9. A “graça” de Deus é sempre o seu favor imerecido, e a integridade de Noé não poderia ser o motivo da aceitação de Deus (Rm 3:10-12). Deus salvou a Noé, como ele nos salva, como um dom incondicional, o qual Cristo mais tarde compraria com seu próprio sangue. Ainda assim, Noé parece ser um tipo de Cristo: assim como Noé representou sua família, Cristo representa toda família de Deus.

*

6.9—9.29 Embora histórias acerca de um grande dilúvio sejam encontradas em muitas culturas em todo o mundo, nenhuma é tão marcadamente semelhante a este episódio quanto aquelas da antiga Mesopotâmia (p.ex., A Epopéia de Gilgamés e a Epopéia de Atrahasis). Existem, entretanto, diferenças cruciais. Nos contos Mesopotâmicos, os mesquinhos deuses pagãos trazem o dilúvio para controlar a super população ou para silenciar o barulho irritante do povo, e quando este vem, os deuses se assustam com ele. Em contraste, o verdadeiro Deus traz o dilúvio soberanamente por causa da maldade humana, e em resposta aos sacrifícios de Noé, ele promete nunca mais destruir a terra com água. Ver nota sobre 6.22.

* 6.9-22 Esta seção retrata o relacionamento pactual: Noé era justo (v. 9), obedecendo aos mandamentos de Deus, e Deus confirma com ele a aliança para preservar a criação (v. 18). Correspondendo ao relato da criação no capítulo 1, os mandamentos de Deus (vs. 13-21) são seguidos de obediência (v. 22).

* 6.9 Eis a história de. Ver nota em 2.4.

justo. A palavra pressupõe uma aliança na qual aqueles que estão unidos ao Senhor pela fé (15,6) seguem seus padrões morais. Estes padrões foram revelados a Noé na sua consciência (3.8 e nota) e mediante a revelação especial (5.22, nota).

íntegro. Não que Noé nunca houvesse pecado (referência lateral; conforme 9:20-23), porém a sua devoção a Deus e aos seus mandamentos eram inquestionáveis (conforme 2Sm 22:24).

andava com Deus. Ver nota em 5.22.

* 6.13 farei perecer. A mesma palavra hebraica está por trás de “corrompida” e “corrompido” nos vs. 11, 12. A punição corresponde ao crime: como o homem havia arruinado a boa terra, Deus irá arruinar a terra contra o homem.

*

6.14 arca … betume. Os mesmos termos do hebraico são usados em Êxodo 2:3 para a arca (de junco) que protegia a Moisés, a quem Deus também usou para criar uma nova humanidade em um mundo sob juízo.

* 6.15 Deste modo. O Senhor, de modo singular, especificou a planta para a construção da arca, o Tabernáculo do Êxodo, e o templo de Salomão. A arca preservou a família pactual de Noé no meio das água caóticas; as outras estruturas iriam suster o povo da aliança no meio de nações caóticas.

trezentos côvados … trinta. Ver a referência lateral. As dimensões (133 por 22 por 13 metros) indicam um vaso estável e com condições de navegação comparável em tamanho a um navio moderno de batalha. Em contraste, a arca da Epopéia babilônica de Gilgames, embora calafetada com betume por dentro e por fora, é um cubo instável de 55 metros, quase quatro vezes maior em volume do que a arca de Noé (7.4 e nota).

* 6.17 Porque estou … dilúvio. Deus soberanamente domina sobre o Dilúvio (Sl 29:10).

terra … toda carne. Um dilúvio de proporções mundiais parece ser a idéia aqui (7.19; 8.21; 9.11, 15; 2Pe 3:5-7). Porém uma linguagem compreensiva também pode ser usada para situações limitadas (Dn 2:38; 4:22; 5:19).

* 6.18-20 Deus preservou a sua criação em miniatura: seres humanos (v.18), animais (v. 19), vegetais (v. 20). Posto que um pouco de tudo foi preservado, a obra de Deus era uma figuração da obra definitiva redentora de Cristo (p. ex., Ap 5:9, onde diz que Cristo não comprou a todos, mas alguns de “toda tribo, língua, povo e nação”).

*

6.18 estabelecerei a minha aliança. Vemos aqui a primeira ocorrência em Gênesis do termo hebraico para “aliança” (berit), embora o conceito em si mesmo e termos correlatos já estivessem presentes anteriormente. Ver notas em 2.4; 2:8-17; 2.24; 3:1-24. O hebraico aqui denota não o começo de uma aliança completamente nova, mas a confirmação a Noé de uma aliança que já existia. A salvação de Noé das águas do Dilúvio é um exemplo da graça e misericórdia da aliança de Deus. Ver “A Aliança da Graça de Deus”, índice.

teus filhos… filhos. Este refrão (7.7, 13 8:16-18; conforme 7,1) enfatiza que Deus preserva a humanidade na sua estrutura familiar básica, e que Deus geralmente lida salvificamente com toda a unidade familiar, incluindo os filhos. Aqui a salvação física é assegurada no meio das águas do dilúvio, uma prefiguração do batismo cristão (1Pe 3:20, 21).

* 6.20 virão a ti. O poder de Deus pode ser visto nos animais que vinham a Noé.

*

6:22 As antigas fábulas mesopotâmicas enfocavam heróis humanos ou homens valentes como Utnapishtim, o único sobrevivente do dilúvio na Epopéia de Gilgamés (6.9—9.29, nota). Em contraste, o relato de Gênesis enfoca a Deus e menciona apenas a obediência de Noé (7.5, 9, 16).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 6 do versículo 1 até o 22
6.1-4 Alguns pensam que "os filhos de Deus" eram anjos cansados, mas é pouco provável porque estes não se podem casar nem reproduzir (Mt 22:30; Mc 12:25). Alguns peritos acreditam que esta frase se refere ao matrimônio misto entre os descendentes Santos de Set e os descendentes iníquos do Caím ("as filhas dos homens"). Isto pôde ter debilitado a linha Santa e incrementado a depravação moral no mundo. A resultante explosão demográfica trouxe consigo a explosão do mal.

6:3 "Mas serão seus dias cento e vinte anos" significa que Deus concederia às pessoas dos dias do Noé cento e vinte anos para deixar seus caminhos pecaminosos. Embora cento e vinte anos podem parecer muito tempo, o prazo se acabou um dia e as águas varreram a terra. Pode ser que seu prazo também se esteja acabando. Volte-se para Deus para que perdoe seus pecados. Você não pode ver o relógio da paciência de Deus, e não haverá regateios quanto a alargar o tempo.

6:4 Os gigantes que se mencionam aqui eram gente que media entre três e três metros e meio de altura. O termo hebreu que se traduz "gigante" é o mesmo de Nu 13:33. Goliat, um homem de ao redor de três metros de altura, aparece em 1 Smamuel 17. Aproveitava suas vantagens físicas para oprimir às pessoas que os rodeava.

6:6, 7 Quer dizer que Deus se arrependeu de criar à humanidade no sentido de reconhecer que tinha cometido um engano? Não, Deus não troca de parecer (1Sm 15:29). Mas bem isto expressa a tristeza de Deus pelo que a gente se procurou, o mesmo sentimento de um pai ante um filho rebelde. Deus estava muito triste porque a gente tinha eleito o pecado e a morte em lugar de ter relação com O.

6.6-8 O pecado daquela gente entristeceu a Deus. Nosso pecado também o entristece hoje em dia. Entretanto, Noé agradou a Deus. Mesmo que estamos longe de ser perfeitos, podemos seguir o exemplo do Noé e agradar a Deus no meio do pecado que nos rodeia.

6:9 Dizer que Noé era varão justo e perfeito não significa que nunca pecou (a Bíblia registra um de seus pecados em 9.20ss). Mas bem significa que amou e obedeceu a Deus sinceramente. Por toda uma vida caminhou pela fé, e foi um exemplo vivo a sua geração. Como Noé, vivemos em um mundo repleto de maldade. Estamos influenciando ou nos deixamos influenciar por outros?

6:14 O breu era uma substância para impermeabilizar o arca.

6:15 A barco que Noé construiu não era uma canoa! Imagine construir um navio da longitude de um campo e meio de futebol e tão alto como um edifício de quatro pisos. O "arca" (como lhe conhece) era exatamente seis vezes mais larga que larga, a mesma proporção que utilizam os construtores de navios. Este enorme navio foi construído provavelmente a vários quilômetros da água e por solo uns poucos homens fiéis que acreditaram na promessa de Deus e obedeceram seus mandatos.

6:18 Um pacto é uma promessa. Este é um tema comum nas Escrituras. Deus pactua com o homem. Quão reconfortante é saber que o pacto de Deus conosco é firme. O segue sendo nossa salvação e nós estamos amparados por nossa relação com O. Se deseja ler mais sobre o pacto, vejam-se 9:8-17; 12:1-3 e 15:17-20.

CAIN

Apesar das preocupações e esforços dos pais, parecem ser inevitáveis os conflitos que surgem entre os filhos em uma família. As relações entre irmãos estimulam a competência e a cooperação. Na maioria dos casos a mescla de amor e competência à larga origina um laço forte entre os irmãos. Entretanto, não é pouco usual escutar aos pais dizer: "Brigam tanto que espero que não se matem antes de chegar a adultos". No caso do Caím, o potencial de desconforto se converteu em tragédia. E mesmo que não conhecemos muitos detalhes da vida deste primogênito, sua história ainda pode nos ensinar algo.

Caím se zangou. Estava furioso. Tanto ele como seu irmão Abel apresentaram sacrifícios a Deus, e o seu tinha sido rechaçado. A reação do Caím parece indicar que desde o começo teve uma má atitude. Caím tinha que tomar uma decisão: podia corrigir sua atitude a respeito de sua oferenda a Deus, ou podia descarregar sua ira em seu irmão. Sua decisão é um aviso claro de quão freqüentemente estamos conscientes de que enfrentamos opções contrárias, e mesmo assim escolhemos o mal como o fez Caím. Possivelmente não tenhamos a intenção de matar, mas intencionalmente escolhemos mau.

Os sentimentos que motivam nosso comportamento sempre se podem trocar por meio da força de pensamento. Mas nisto podemos começar a experimentar a disposição de Deus a nos ajudar. O lhe pedir ajuda para fazer o que é correto pode evitar que façamos coisas das que mais tarde nos lamentaremos.

Pontos fortes e lucros:

-- Primeiro menino

-- Primeiro em seguir a profissão de seu pai: granjeiro

Debilidades e enganos:

-- Quando se desiludia, reagia com ira

-- Elegia a opção negativa mesmo que lhe apresentasse uma possibilidade positiva

-- Foi o primeiro assassino

Lições de sua vida:

-- A irritação não necessariamente é pecada, mas as ações motivadas pela irritação podem ser pecaminosas. A irritação deve nos mover a uma ação correta, não a uma má

-- O que oferecemos a Deus deve brotar do coração: o melhor que sejamos e tenhamos

-- As conseqüências do pecado algumas vezes são permanentes

Dados gerais:

-- Onde: Perto do Éden, possivelmente na região que hoje ocupam o Irã ou Iraque

-- Familiares: Pais: Adão e Eva. Irmãos: Abel e Set, e outros não mencionados por nome

-- Ocupação: granjeiro, depois nômade

Versículo chave:

"Embora hicieres, não será enaltecido? e se não hicieres bem, o pecado está à porta; com tudo isto, a ti será seu desejo, e você lhe ense�orearás dele" (Gn 4:7).

A história do Caím se relata em Gn 4:1-17. Também se menciona em Hb 11:4;

1Jo 3:12; Jd 1:11.

6:22 Noé pôs mãos à obra logo que Deus lhe disse que construíra o arca. Às demais gente se avisou do iminente desastre (1Pe 3:20), mas aparentemente não esperavam que acontecesse. As coisas não trocaram muito. Cada dia a centenas de pessoas lhes adverte do julgamento inevitável de Deus, e ainda assim a maioria não acredita que isto possa acontecer. Não espere que a gente aceite de bom grau a mensagem de que o Senhor deverá castigar o pecado. Os que não acreditam em Deus dirão que é impossível, e tratarão de que você negue a Deus. Mas recorde que Deus prometeu ao Noé protegê-lo. Isto pode nos animar a confiar em que Deus nos liberará do julgamento que certamente virá.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 6 do versículo 1 até o 22
D. O DILÚVIO (6: 1-9: 29)

1. A Natureza do Diluvio (6: 1-7: 24)

1. Julgamento Determinado-Mercy Exigiu (6: 1-8)

1 E sucedeu que, quando os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e as filhas nasceram-lhes: 2 que os filhos de Deus viram as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. 3 E disse o Senhor: O meu Espírito não deve lutar com o homem para sempre, porque ele também é carne. ainda o seus dias serão cento e vinte anos 4 The Nephilim estavam na terra naqueles dias, e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens, e eles geraram filhos; eles: o mesmo eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de renome.

5 E o Senhor viu que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. 6 Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem na terra, e isso lhe pesou no . coração7 E disse o Senhor: Destruirei o homem que criei a partir da face da terra; tanto o homem como o animal, e répteis e aves do céu; para ele me arrepende de que eu tê-los feito. 8 Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor.

Dois tipos de pessoas são mencionadas nos versículos 1:2 : os filhos de Deus e as filhas dos homens . Estes dois se casaram, aparentemente desagradar assim o Senhor (v. Gn 6:3 ), e também, aparentemente produzindo entre sua prole alguns homens que estavam verdadeiros gigantes (v. Gn 6:4 ). A passagem também parece implicar que havia outros gigantes que não eram os descendentes dos dois grupos (v. Gn 6:4 ). Duas interpretações principais têm dominado o pensamento acadêmico sobre estes versos: (1) que os filhos de Deus são anjos caídos que cobiçar, e se casar com as filhas dos homens , produzindo através de sua relação sexual uma raça de homens monstruosos, (2) que os filhos de Deus são os Sethites que agora Esqueceu sua herança e inclinações espiritual e escolheu-se esposas de as filhas dos homens , incluindo aqueles dos cainitas, escolher livremente quem quer que eles desejado com base em atração física sozinho. A primeira interpretação é considerado por alguns a ser apoiada pelo fato de que os filhos de Deus é um termo técnico usado no Antigo Testamento para se referir a seres celestiais (1:6 ). Mas há muitas dificuldades. Por um lado, essa história cheira dos mitos do paganismo. Parece também contradizer clara declaração de Jesus que os anjos não se casam (Mt 22:30 ). Além disso, os anjos são espíritos e não possuem corpos físicos (He 1:14 ). E no versículo 3 , Jeová pronuncia julgamento sobre os homens, não sobre anjos. A segunda visão é a que é racionalmente mais atraente. Ela encontra apoio em Sete sendo referido como um filho nomeado por Deus (Gn 4:25 ), na introdução ao nascimento de seu filho de nome Jeová na adoração pública (Gn 4:26 ), e em toda a linhagem de Sete, que produziu esses homens de Deus como Enoque e Noé. Enquanto as palavras exatas que os filhos de Deus não estão em outros lugares aplicados no Antigo Testamento para os justos, eles estão no New, eo pensamento é frequentemente expressa no Antigo (Dt 14:1 ; Sl 73:15. ; Pv 14:26 ; . Dn 1:10 ). O problema do casamento indiscriminado de aqueles que se dedicam a Deus com aqueles que não têm lealdade a Ele calamidade, muitas vezes trouxe (Nu 35:1)

9 Estas são as gerações de Noé. Noé era um homem justo, e perfeito em suas gerações:. Noé andou com Deus 10 . Gerou Noé três filhos, Sem, Cam e Jafé 11 . E a terra estava corrompida diante de Deus, ea terra estava cheia de violência 12 E Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra.

13 Então disse Deus a Noé: O fim de toda carne é chegado perante mim; porque a terra está cheia da violência dos homens; e eis que os farei perecer juntamente com a terra. 14 Faze uma arca de tábuas de cipreste; quartos farás na arca, e deveis breu-lo dentro e fora com o passo. 15 E esta é a forma como a farás: o comprimento da arca será de trezentos côvados, a sua largura de cinqüenta côvados, ea altura de trinta côvados. 16 A Farás na arca, e para um côvado a terminá-lo para cima; e a porta da Arca tu deverás fixado na lateral do mesmo; .com menor, em segundo, histórias e terceiro farás 17 E eu, eis que eu trago o dilúvio sobre a terra, para destruir toda a carne em que há espírito de vida debaixo dos céus; tudo o que há na terra morrerá. 18 Mas eu estabelecerei a minha aliança contigo; e tu entrarás na arca, tu e teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos contigo. 19 E de todo ser vivente de toda a carne, dois de cada espécie tu deverás trazer para a Arca, para mantê-los vivos contigo; estas devem ser do sexo masculino e feminino. 20 Das aves conforme a sua espécie, eo gado conforme a sua espécie, de todo o réptil da terra conforme a sua espécie, dois de cada espécie virão a ti, para mantê-los vivos. 21 E tome contigo de tudo o que se come, e ajunta-o para ti; e será para alimento, a ti e para eles. 22 Assim fez Noé; segundo tudo o que Deus lhe mandou, assim o fez.

Estas são as gerações de Noé . Assim, nosso autor usa novamente seu título característica de uma nova seção. A genealogia da descida dos céus e da terra e que de Adão foram concluídos. Agora, uma nova série é para ser considerada. Assim como em Gn 2:4 ), e os meios pelos quais o Seu propósito serão realizadas-a tremenda, inundação destrutiva (v. Gn 6:17 ). Mas a maior parte de sua mensagem é dada a delinear o meio pelo qual Noé pode escapar dessa destruição. Ele é construir uma arca ou barco de madeira de Gofer, 450 pés de comprimento, 75 metros de largura, e 45 metros de altura. É de ter três andares, divididos em quartos, e uma porta e uma janela. Nela estão por vir Noé, sua esposa, seus três filhos e suas três esposas, e eles são para trazer um par de cada criatura viva aves, gado, répteis-na arca, e também todos os vários tipos de alimentos que serão necessários pelos homens e os animais. A beleza da fé e obediência de Noé são dadas em uma simples afirmação, Assim fez Noé; segundo tudo o que Deus lhe mandou, assim o fez . Para construir um navio desse tipo teria sido um compromisso enorme para um homem já extremamente antiga. E para construí-lo em terra seca certamente teria trazido o ridículo de todos os seus vizinhos e associados. Mas não há nenhuma evidência de debate ou hesitação, só fé e obediência.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 6 do versículo 1 até o 22
6.4 Embora alguns pensem que "filhos de Deus" seja uma referência a anjos decaídos, não há nenhuma evidência nas escrituras de que eles pudessem, de fato, apropriar-se de corpo e de alma (mas conforme 1Pe 3:19,1Pe 3:20, 2Pe 2:4-61, Jd 1:6 ; Rm 8:14.

6.14 A estrutura do que ficou a flutuar por ocasião do dilúvio é adequadamente chamada de "Arca", já que não se tratava de nenhuma embarcação capaz de singrar nas águas. Provavelmente, foi construída em forma quadrada, capaz só de flutuar.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 6 do versículo 1 até o 22
e) O crescimento do mal (6:1-8)
v. 2. os filhos de Deus: esse termo 6 usado no AT somente para se referir a seres angelicais, talvez de categoria superior. Foi somente porque a possibilidade de relações sexuais contradizia a concepção geral acerca de anjos que os antigos expositores rabínicos entenderam que o termo significava pessoas de elevada classe social, i.e., houve um desprezo das diferenças sociais, e logo no início os pais da Igreja, seguidos por muitos reformadores, associaram o termo aos descendentes de Sete (assim Leupold). A interpretação judaica mais antiga os considerava seres angelicais; assim a LXX, o livro dos Jubileus, Enoque, Josefo (conforme 2Pe 2:4; Jd 1:6, em que são gigantes, mas aqui, provavelmente, “os caídos”. A dedução óbvia é que eram os descendentes da união mencionada acima, e o contexto sugere que eles eram os líderes das atividades prejudiciais que estão sendo descritas. Também sugere que havia uma realidade por trás das antigas histórias mitológicas de homens amorais de grande força. A menção de nefilins mais tarde não implica que eles tenham sobrevivido ao Dilúvio; antes, que o nome sobreviveu para denotar homens de grande estatura e força como em Nu 13:33.

As palavras do Senhor no v. 3 são de difícil tradução e interpretação. O verbo dün (NVI, “contender com”) é traduzido por “agirá [para sempre no homem”] (ARA) e “contenderá” (ARC), e é parafraseado na BLH por “não deixarei que os seres humanos vivam para sempre”, ou na BJ por “meu Espírito não se responsabilizará indefinidamente pelo homem”. A importância de meu Espírito também não está clara. Parece que temos de escolher entre “o meu espírito não julgará entre os homens para sempre” (Lutero, Leupold), i.e., tentar restringir o mal crescente (caso em que os 120 anos seriam o período para o arrependimento antes do Dilúvio); ou podemos seguir a NEB: “o meu espírito doador da vida não permanecerá nele [...] ele viverá cento e vinte anos”; assim também a possibilidade no rodapé da NVI: “não permanecerá nele”. A objeção de que muitos dos descendentes pós-diluvianos de Abraão viveram muito além disso não é válida, visto que Noé e sua família foram isentados do castigo pelo mal.

Mais importante do que isso é o juízo de Deus sobre o homem (v. 5). A sua maldade era grande, “e todo plano que sua mente maquinava era mal o tempo todo” (Speiser). As vezes é sugerido, especialmente por parte dos judeus, que o AT não conhece a doutrina do pecado original ou da depravação do homem na sua essência. Os dois aspectos estão certamente indicados aqui. Tanto é assim que os rabinos fundamentaram nisso a sua doutrina do yêser ra\ o impulso mau que está em todo ser humano; mas eles o contrabalançaram ao postular um yêser tôb, um impulso bom nutrido principalmente pelo estudo da Torá. Mais tarde, quando foram confrontados com o ensino cristão, sua tendência foi abrandar todo o conceito. A afirmação da tristeza de Deus (v. 6) é linguagem tipicamente antropomórfica, mas, levando em consideração as críticas frequentes do Deus do AT, precisa ser destacado o aspecto de que Deus é retratado como aquele que não tem prazer na morte do pecador.

Independentemente de como se interpreta esse texto, precisamos observar que a culpa pelo pecado não é atribuída à invasão ilícita dos poderes angelicais; antes, isso se tornou possível em virtude do pecado do homem.

f) O Dilúvio (6.9—8.19)

A nossa interpretação da história do Dilúvio vai depender em grande parte de como entendemos a inspiração das narrativas históricas da Bíblia. Não há dúvida de que ela garante a sua exatidão, em termos espirituais. E isso significa somente que as narrativas bíblicas não dão necessariamente o retrato que teria sido feito por um historiador secular, se ele tivesse estado lá. A questão fundamental é se o narrador bíblico dá um retrato exato dos eventos assim como os conhecia e como foram interpretados pelo Espírito Santo, ou se por meio do Espírito Santo ele recebeu informações de fatos que não poderia ter descoberto sozinho. Se devemos nos basear em narrativas históricas posteriores, a primeira alternativa é correta, pois as fontes usadas pelo autor posterior muitas vezes são mencionadas pelo nome. Não podemos nos esquecer de que a Bíblia geralmente usa linguagem popular e não-científica na descrição de fenômenos naturais. A formulação de 2Pe 3:5,2Pe 3:6, citada com tanta segurança nesse contexto, pode ser usada como paralelo de Sl 24:1-2; Jl 7:4. Se aceitamos a segunda alternativa, precisamos crer com base em 7.19 que a água subiu acima dos picos mais altos do mundo e que, além disso, toda forma de vida animal cessou, com exceção da que estava na arca (7.22). Parece provável que “a universalidade do Dilúvio signifique a universalidade da experiência do homem que a registrou” (Ramm). A favor dessa tese, a não ser que se defenda a idéia de que a distribuição dos animais no mundo era diferente naquela época do que foi mais tarde, está o fato de que ela livra da suposição de que Noé teve de arrebanhar os seus animais de lugares muito distantes e de providenciar alimentos para aqueles que exigiam dietas especiais. Não há garantia bíblica de que Deus levou os animais até Noé.

As posições de Whitcomb e Morris não estão fundamentadas somente na exposição bíblica, mas em certas observações geológicas (conforme Byrt) e por isso não podem ser tratadas aqui. Devemos observar, no entanto, que elas implicam uma recriação, o que estaria em conflito com a mensagem do sábado (2:1-3).
6.14. uma arca\ heb. têbãh. A palavra na narrativa do Dilúvio aparentemente é de origem acadiana; a mesma palavra é usada em Ex 2:3, em que certamente é uma palavra egípcia; nenhuma delas tem ligação alguma com a arca da aliança. Suas dimensões, supondo que a medida do côvado seja de aproximadamente 45 centímetros, eram de 135 metros de comprimento Pv 22:5 metros de largura Pv 13:5 metros de altura. Não era um navio no sentido usual; seu propósito era flutuar, e não ser navegado; daí a tradução adequada de Moffatt, “barcaça”.

Se ignorarmos o contexto geral e as graves distorções politeístas no relato babilónico do Dilúvio, há semelhanças impressionantes entre ele e a história da Bíblia (conforme Heidel, The Gilgamessh Epic [A epopéia de Gilga-mesh]). Geralmente se supõe que a história de Gênesis é derivada da babilónica, mas, visto que estamos lidando com lembranças vivas de um tremendo desastre, não há razões válidas pelas quais as duas não poderiam estar baseadas em registros válidos do evento, embora o relato babilónico esteja mais distante da realidade e não acrescente nada ao relato bíblico.

v. 16. Faça-lhe um teto com um vão (nota de rodapé da NVI: “uma abertura para a luz no topo”): o significado do hebraico sõhar, encontrado somente aqui, é incerto. A explanação mais satisfatória é dada por Driver: “um tipo de abertura em toda a volta dos lados da arca (exceto nos lugares em que as vigas sustentavam a cobertura) um pouco abaixo da cobertura” (conforme BLH, que diz: “Faça uma coberta para a barca e deixe um espaço de meio metro entre os lados e a coberta”).

v. 17. o Dilúvio-, o hebraico usa mabbül, que ocorre só quando se fala acerca do Dilúvio de Noé, conforme Sl 29:10. v. 18. com você estabelecerá a minha aliança-, pode haver pouca dúvida de que isso antecipe 9:8-17. Êx 19:5 mostra como se pode mencionar uma aliança antes que os seus detalhes sejam revelados (assim Leupold). v. 19. um casal de cada-, não há contradição com a menção de “sete casais de cada espécie de animal puro” (7.2). 


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 6 do versículo 17 até o 22

17-22. Dilúvio (mabbûl). Esta palavra não tem etimologia hebraica. Só foi usada em relação à inundação do tempo de Noé. Talvez viesse da palavra assíria nabalu, "destruir". De acordo com o autor do Gênesis, o propósito de Deus era certamente exterminar os seres vivos de Sua criação. Durante 120 anos que Noé levou para completar o seu trabalho; ele pregou ao povo num esforço urgente de levá-lo ao arrependimento. Viram a arca tomando forma diante de seus olhos enquanto o pregador transmitia o sermão. Os parentes próximos de Noé, incluindo sua esposa, três filhos e respectivas esposas, entraram com ele no seguro abrigo. Em obediência à ordem de Deus, levaram consigo pares de representantes de todos os animais da terra.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 6 do versículo 1 até o 22
e) A perversidade e o castigo do velho mundo (Gn 6:1-9.29)

1. A MALDADE CADA VEZ MAIS PROFUNDA DO HOMEM (Gn 6:1-8). Os filhos de Deus (2). Não há dificuldade em compreender esse título como designação dada à ordem mais alta de seres espirituais sobrenaturais que cercam o trono de Deus. Noutras passagens, a expressão "filhos de Deus" (’ elohim) se refere a seres angélicos, bons ou maus (1:6; Ez 3:25); e alguns pensam que temos aqui o registro sobre uma misteriosa união entre anjos maus e as filhas dos homens. Outros consideram que isso se refere à união entre os descendentes de Sete (filhos de Deus) e os descendentes de Caim. Não contenderá o meu espírito para sempre com o homem (3). O significado da palavra hebraica aqui traduzida como "contenderá" é alvo de muita controvérsia. Também pode significar governar, agir, habitar, ou presidir. Esta sentença, portanto, seria melhor traduzida como: "O espírito que tenho dado a ele nem sempre agirá no homem". "Espírito", aqui é a respiração animadora referida em Gn 2:7; não se trata do Espírito Santo, a terceira pessoa da Trindade, mas, estando aquele relacionado ao Espírito, representa uma presidência especial ou governo dentro do homem. O espírito de um homem, dado por Deus, age nele enquanto anima e governa sua natureza corpórea. Porque ele também é carne (3). "Carne", neste contexto, pode sugerir meramente o aspecto animal ou sensual do ser do homem. A significação do versículo é que Deus retiraria o governo do "espírito" do homem, visto que o próprio homem, de sua parte, também já se tinha feito meramente "carne" que perece. O homem se tornara sub-humano e, portanto, uma raça espiritualmente dominada não existiria mais. Não haveria mais raça humana. Essa palavra de Deus, por conseguinte, foi uma ameaça de destruição. Ver Sl 104:29 e cfr. Gn 6:17; Gn 7:22. Porém os seus dias serão cento e vinte anos (3). Deus estava prestes a destruir a raça humana, mas concedeu um adiamento de 120 anos. Alguns consideram que essa expressão indica o encurtamento da duração da vida humana para esse número de anos; porém, as alusões à "longanimidade" de Deus, em 1Pe 3:20, e a Noé como "pregador da justiça", em 2Pe 2:5, comparadas com a indicação de um último aviso com sete dias de antecedência, em Gn 7:4, parecem favorecer a opinião que considera os 120 anos como um período de adiamento. Gigantes (4). Heb. nefilim pode significar "gigantes" (cfr. Nu 13:33), ou pode ser derivado do verbo cair, assim significando "os caídos". Visto que a etimologia é difícil de precisar, provavelmente é melhor tomar essa palavra no primeiro sentido. Os valentes que houve na antigüidade, os varões de fama (4). Nesta frase é feita alusão às bem conhecidas lendas tradicionais.

>Gn 6:5

A maldade do homem (5). Ver Rm 1:18-45. Arrependeu-se o Senhor (6). Falar de Deus como capaz de arrependimento e de experimentar tristeza é, admitidamente, o uso de linguagem antropomórfica, mas tal linguagem, a despeito disso, em realidade fala de uma real experiência da parte de Deus. A discussão sobre a passividade de Deus tende a ser um tanto abstrata; porém, o Deus revelado nas Escrituras é capaz de sentir tristeza e de ser entristecido. Ele tem reações reais para com a conduta humana. Não obstante, é impossível conceber o Deus onisciente a lamentar-se por algum falso movimento por ele feito. O arrependimento de Deus não é uma alteração quanto aos propósitos, e, sim, uma mudança de atitude. Tal mudança, quando ocorrida no homem, usualmente implica numa mudança operada na mente, pelo que também a palavra arrependimento, na linguagem humana, representa tal mudança. Deus, entretanto, nunca muda de mente: Sua mente é constante, tanto no que diz respeito ao amor como no que tange à santidade. Quando o homem muda em seu comportamento, então Deus muda em Sua atitude para com ele. A expressão "arrependeu-se o Senhor" é simplesmente uma indicação, em linguagem humana, de que a atitude de Deus para com o homem a pecar é necessariamente diferente da atitude de Deus para com o homem a obedecer. Desde o homem até o animal (7). Esta frase indica não destruição total, mas o seu alcance. Noé porém achou graça (8). A graça estendida a Noé por sua vez se tornou a causa dele ser justo e perfeito entre seus contemporâneos. A escolha de Noé foi outro passo no propósito divino da redenção, e revela que esse propósito é de "graça" não merecida.

>Gn 6:9

2. A CONSTRUÇÃO DA ARCA POR NOÉ (Gn 6:9-22). Justo e reto (9). Essas palavras não ensinam que Noé fosse impecável, mas que era homem que prezava a retidão e a integridade. Corrompida diante da face de Deus... encheu-se a terra de violência (11). Nada existe de surpreendente na íntima ligação entre a corrupção e a violência; uma coisa segue imediatamente a outra, e a razão pelo qual os homens acham-se em conflito entre si é que estão em conflito com Deus. Uma arca (14). Trata-se da uma palavra hebraica arcaica, mas mui possivelmente indica nada mais que uma caixa feita para flutuar. Noé não edificou um navio no sentido literal; mas a arca era uma espécie de jangada coberta, cuja intenção era meramente flutuar. Foi construída de ciprestes e vedada com betume, um dos produtos naturais da Assíria. Considerando o cúbito como 45 cm, a arca teria mais ou menos 150 metros de comprimento e 25 metros de largura. Foi construída com três conveses, e com a altura de mais ou menos 15 metros. A janela, que aparece em versículo 16, é chamada da sohar, que significa uma "luz", e deve ser distinguida da abertura mencionada em Gn 8:6, também como janela. Até onde é possível compreender a construção, a sohar parece ter sido um espaço aberto de profundidade de 45 cm que corria ao redor do topo da arca, permitindo a entrada da luz e ar. Meu pacto (18). Essa é a primeira ocorrência dessa importante palavra bíblica. Note-se que foi uma aliança baseada na graça (8), e observe-se a provável ligação com Gn 3:15.


Dicionário

Arca

substantivo feminino Caixa grande com tampa e fechadura; baú; cofre; burra.
Figurado Tesouro.
Reservatório, tanque.
Marinha Cesto da gávea.
Arcabouço do navio.
Zoologia Gênero de moluscos lamelibrânquios.
Arca de Noé, embarcação em que, segundo a Bíblia, Noé se salvou do dilúvio com sua família e um casal de cada espécie de animais.

substantivo feminino Caixa grande com tampa e fechadura; baú; cofre; burra.
Figurado Tesouro.
Reservatório, tanque.
Marinha Cesto da gávea.
Arcabouço do navio.
Zoologia Gênero de moluscos lamelibrânquios.
Arca de Noé, embarcação em que, segundo a Bíblia, Noé se salvou do dilúvio com sua família e um casal de cada espécie de animais.

Uma caixa, ou qualquer vaso de forma semelhante. Há três arcas, que pedem especial menção. l. A arca de Noé (Gn 6:14-8.19). Noé, por mandado de Deus, construiu uma embarcação na qual ele, sua família e uma grande variedade de animais foram salvos do dilúvio. As dimensões da arca eram: 300 côvados de comprimento, 50 de largura, e 30 de altura. Foi feita de madeira de cipreste, sendo muito bem betumadas as juntas por dentro e por fora para torná-la impermeável à água. Tinha três andares e uma janela que, provavelmente, se prolongava em volta de toda a arca com pequenas interrupções. (*veja Noé.) 2. A arca de Moisés. Era uma arca feita de juncos (Êx 2:3-6), na qual o menino Moisés foi colocado, quando exposto à beira do rio Nilo. Como a arca de Noé, foi feita impermeável por meio de betume e pez. (*veja Moisés.) 3. A arca da Aliança ou do Testemunho: esta, com a sua cobertura, o propiciatório, achava-se realmente revestida de santidade e mistério. Em Êx 25 vem uma completa descrição da sua estrutura. o propiciatório, que servia de apoio aos querubins, era considerado como o símbolo da presença de Deus (*veja Propiciatório). Por vezes se manifestava a divindade por uma luminosa nuvem, chamada Shequiná. Quem tinha o cuidado da arca eram os levitas da casa de Coate, que a levaram pelo deserto. Mas, antes de ser transportada, era toda coberta pelos sacerdotes, e já não era vista. Continha a arca as duas tábuas da Lei, chamando-se por isso a arca da Aliança, e provavelmente também uma urna com maná, e a vara de Arão (Hb 9:4). A arca, que ocupava o lugar mais santo do tabernáculo, o Santo dos Santos, nunca era vista senão pelo sumo sacerdote, e isso somente em determinadas ocasiões. A arca realiza um papel eminente na história do povo escolhido. Foi levada pelos sacerdotes até ao leito do Jordão, cujas águas se separaram, para poder passar o povo israelita (Js 4:9-11). Por sete dias andou aos ombros dos sacerdotes em volta de Jericó, antes de caírem os muros da cidade (Js 6:1-20). Depois de fixar-se na Palestina o povo de israel, a arca permaneceu por algum tempo no tabernáculo em Gilgal, sendo depois removida para Silo até ao tempo de Eli, quando foi levada para o campo de batalha, porque os israelitas supunham que pela presença dela podiam alcançar completa vitória. Mas não foi assim, e a arca ficou em poder dos filisteus (1 Sm 4.3 a 11). A santidade da arca, enquanto estiveram de posse dela os pagãos, foi manifestada por milagres, sendo grandes as tribulações nas terras dos filisteus para onde era levada (1 Sm 4 e 6). Depois de seis meses foi devolvida a arca para território hebreu. Primeiramente, esteve em Bete-Semes, onde a curiosidade do povo foi terrivelmente castigada (1 Sm 6.11 a
20) – depois disto foi transportada para Quiriate Jearim (1 Sm 7.1), donde seguiu mais tarde, por ordem de Davi, para a cidade de Jerusalém, com grande cerimonial. Mas antes disso esteve por algum tempo em Perez-Uzá, onde foi ferido de morte Uzá, quando estendia a mão à arca que parecia tombar (2 Sm 6.1 a 19). Mais tarde foi colocada por Salomão no templo (1 Rs 8.6 a 9). Quando os babilônios destruíram a cidade de Jerusalém e saquearam o templo, provavelmente foi a arca tirada dali por Nabucodonosor e destruída, visto como não se achou mais vestígio dela. Não é mencionada entre as coisas sagradas que foram expostas na cidade santa (Ed 1:7-11). Tácito, historiador romano, dá testemunho do estado vazio do Santo dos Santos, quando Pompeu ali entrou. A ausência da arca, no segundo templo, foi uma das notas de inferioridade deste com respeito ao edificado por Salomão.

Entrar

verbo intransitivo Passar para dentro, introduzir-se, penetrar: entrar sem convite.
Recolher-se à casa.
Intrometer-se, intervir, interferir: não entre em briga de marido e mulher.
Invadir.
Encaixar-se, ajustar-se: a chave não entra na fechadura.
Ser admitido, adotar uma profissão, fazer parte de: entrar para a Academia, o magistério, um partido.
Ser um dos elementos constituintes de: entra muito orgulho no seu procedimento.
Iniciar: entrar em negociações, entrar na matéria.

Estabelecer

verbo transitivo direto e bitransitivo Colocar em vigor; fazer existir; instituir: estabelecer responsabilidades; estabeleceu normas aos alunos.
Dar início a; instaurar: estabelecer acordos; estabelecer as pazes com o pai.
verbo transitivo direto e pronominal Fazer com que algo fique estável; estabilizar: estabelecer um plano; estabeleceu-se a paz entre os países.
Oferecer ou instaurar estabilidade; conseguir maneiras para sobreviver: o tratamento estabeleceu o paciente; estabeleceu-se com o salário da esposa.
verbo transitivo direto Designar a realização de algo; prescrever: o diretor estabelece as normas da escola.
Ocasionar a criação de; instalar: estabelecer uma empresa.
Demonstrar de maneira precisa; determinar: estabelecia a razão do assassinato.
verbo pronominal Firmar residência em; morar: estabeleceu-se na cidade pequena.
Possuir ou aceitar um plano de vida: precisava se estabelecer com a nova vida na fazenda.
Permanecer durante muito tempo; reinar: estabeleceu-se o silêncio no recreio.
Etimologia (origem da palavra estabelecer). Do latim stabiliscere.

Estabelecer
1) Fazer firme (Sl 89:4)

2) Criar (Jr 10:12). 3 Fazer (Ez 16:60).

4) Fixar; determinar (At 17:26), RA).

5) Colocar (1Co 12:28), RA).

Filhós

substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).

Mulher

substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
Aquela que deixou de ser virgem.
Companheira do cônjuge; esposa.
Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

substantivo feminino Ser humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal.
Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino.
Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher.
Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha.
Aquela que deixou de ser virgem.
Companheira do cônjuge; esposa.
Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher?
Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.

Entre os judeus, a igualdade social do homem e da mulher fazia contraste com os costumes que de um modo geral prevaleceram no oriente, especialmente em tempos mais modernos. As mulheres hebraicas ainda assim gozavam de considerável liberdade. Não eram encerradas dentro de haréns, nem eram obrigadas a aparecer de face coberta – misturavam-se com os homens e os jovens nos trabalhos e nas amenidades da vida simples. As mulheres efetuavam todo o trabalho da casa (*veja Mulher casada). iam buscar água e preparavam o alimento (Gn 18:6 – 24.15 – 2 Sm 13,8) – fiavam e faziam a roupa (Êx 35:26 – 1 Sm 2.19). Também se metiam em negócios (Pv 31:14-24). Participavam da maior parte dos privilégios da religião, e algumas chegaram a ser profetisas. (*veja Débora, Hulda, Miriã.) o lugar que as mulheres tomam no N. T. mostra o efeito igualador de um evangelho, no qual ‘não pode haver… nem homem nem mulher’ (Gl 3:28). Serviam a Jesus e a Seus discípulos (Lc 8:1-3 – 23,55) – participaram dos dons do Espírito Santo, no dia de Pentecoste(At2.1a4 – cf. 1,14) – e foram preeminentes em algumas das igrejas paulinas (At 16:14 – 17.4 – cf. Fp 4:2-3). o ponto de vista de S. Paulo a respeito da igualdade dos sexos aparece de um modo especial em 1 Co 7, não sendo inconsistente com isso o ato de reconhecer que a mulher deve estar sujeita a seu marido (Ef 5:21-33Cl 3:18-19 – cf. 1 Pe 3.1 a 9). Pelo que se diz em 1 Co 11.5, parece depreender-se que era permitido às mulheres, nas reuniões da igreja, praticar os seus dons de oração e profecia, embora o falar com a cabeça descoberta seja por ele condenado, apelando para a ordenação divina da sujeição da mulher ao homem 1Co 11:3-16). Mas na mesma epístola parece retirar a permissão 1Co 14:34-36) – e em 1 Tm 2.8 a 15 a proibição de ensinar na igreja é feita com maior severidade. Entre as mulheres mencionadas no cap. 16 da epistola aos Romanos, uma pelo menos, Febe, parece ter tido uma posição oficial, a de diaconisa, na igreja de Cencréia. A respeito dos serviços que deviam prestar as viúvas sustentadas pela igreja, vede a palavra Viúva.

[...] A mulher sinceramente espírita só poderá ser uma boa filha, boa esposa e boa mãe de família; por sua própria posição, muitas vezes tem mais necessidade do que qualquer outra pessoa das sublimes consolações; será mais forte e mais resignada nas provas da vida [...]. Se a igualdade dos direitos da mulher deve ser reconhecida em alguma parte, seguramente deve ser entre os espíritas, e a propagação do Espiritismo apressará, infalivelmente, a abolição dos privilégios que o homem a si mesmo concedeu pelo direito do mais forte. O advento do Espiritismo marcará a era da emancipação legal da mulher.
Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Instruções•••, 10

[...] A instituição da igualdade de direitos entre o homem e a mulher figura entre as mais adiantadas conquistas sociais, sejam quais forem, à parte das desfigurações que se observam nesta ou naquele ponto. É outro ângulo em que se configura claramente a previsão social da Doutrina. Há mais de um século proclama o ensino espírita: “a emancipação da mulher segue o progresso da civilização”. [...]
Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

A mulher de hoje é o mesmo Espírito de mulher do mundo primitivo, da época dos homens das cavernas e que nestes numerosos milênios foi acumulando as qualidades da inteligência e do sentimento, tendo como base de edificação da sua individualidade as funções específicas realizadas principalmente no lar, M junto ao marido e aos filhos. O Espírito feminino também se reencarnou em corpos de homem, adquirindo caracteres masculinos, mas em proporções bem menores. [...] O Espírito feminino, muito mais do que o Espírito masculino, foi adquirindo, através de suas atividades específicas na maternidade, nos trabalhos do reino doméstico, nos serviços e no amor ao marido, aos filhos e à família e nas profissões próprias, na sucessividade dos milênios, as qualidades preciosas: o sentimento, a humildade, a delicadeza, a ternura, a intuição e o amor. Estes valores estão em maior freqüência na mulher e caracterizam profundamente o sexo feminino. As belas qualidades do Espírito feminino no exercício da maternidade, fizeram surgir a imensa falange das “grandes mães” ou “grandes corações”, que é fruto de muitos trabalhos, amor e renúncia, no cumprimento correto de seus sagrados deveres, em milênios. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

Analisemos o que Jesus elucidou ao apóstolo Pedro, quando falou sobre a evolução do Espírito feminino. O Espírito Irmão X reporta [no livro Boa Nova]: “Precisamos considerar, todavia, que a mulher recebeu a sagrada missão da vida. Tendo avançado mais do que o seu companheiro na estrada do sentimento, está, por isso, mais perto de Deus que, muitas vezes, lhe toma o coração por instrumento de suas mensagens, cheias de sabedoria e de misericórdia”. [...] Se Jesus disse que a mulher está mais perto de Deus, é porque é do sentimento que nascem o amor e a humildade, e com maior facilidade o Espírito feminino adquiriu preciosos valores do coração para se elevar aos planos iluminados da Vida Superior. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

Nos problemas do coração, a mulher sempre ficou com a parte mais difícil, pois sempre foi a mais acusada, a mais esquecida, a mais ferida, a mais desprotegida e a mais sofredora, mesmo nos tempos atuais. [...] Apesar de todas essas ingratidões, perseguições e crueldades, em todos os tempos, para com a mulher, o Divino Mestre Jesus confia e reconhece nelas, mesmo as mais desventuradas e infelizes nos caminhos das experiências humanas, o verdadeiro sustentáculo de regeneração da Humanidade [...].
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

[...] A mulher é a alma do lar, é quem representa os elementos dóceis e pacíficos na Humanidade. Libertada do jugo da superstição, se ela pudesse fazer ouvir sua voz nos conselhos dos povos, se a sua influência pudesse fazer-se sentir, veríamos, em breve, desaparecer o flagelo da guerra.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 55

A mulher é um espírito reencarnado, com uma considerável soma de experiências em seu arquivo perispiritual. Quantas dessas experiências já vividas terão sido em corpos masculinos? Impossível precisar, mas, seguramente, muitas, se levarmos em conta os milênios que a Humanidade já conta de experiência na Terra. Para definir a mulher moderna, precisamos acrescentar às considerações anteriores o difícil caminho da emancipação feminina. A mulher de hoje não vive um contexto cultural em que os papéis de ambos os sexos estejam definidos por contornos precisos. A sociedade atual não espera da mulher que ela apenas abrigue e alimente os novos indivíduos, exige que ela seja também capaz de dar sua quota de produção à coletividade. [...]
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

[...] Na revista de janeiro de 1866 [Revista Espírita], por exemplo, Kardec afirma que “[...] com a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais uma simples teoria especulativa; não é mais uma concessão da força à franqueza, é um direito fundado nas mesmas Leis da Natureza. Dando a conhecer estas leis, o Espiritismo abre a era de emancipação legal da mulher, como abre a da igualdade e da fraternidade”. [...]
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

A Doutrina não oferece também respaldo às propostas que promovem a participação da mulher em atividades que possam comprometer a educação dos filhos. A meta do Espiritismo é a renovação da Humanidade, pela reeducação do indivíduo. E, sem dúvida, o papel da mulher é relevante para a obtenção dessa meta, já que é ela que abriga os que retornam à vida terrena para uma nova encarnação na intimidade do seu organismo, numa interação que já exerce marcante influência sobre o indivíduo. É ela também o elemento de ligação do reencarnante com o mundo, e o relacionamento mãe/filho nos primeiros anos de vida marca o indivíduo de maneira bastante forte [...].
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

A mulher é um Espírito reencarnado. Aporta a essa vida, trazendo em seu arquivo milhares de experiências pretéritas. São conhecimentos e vivências que se transformam em um chamamento forte para realizações neste ou naquele setor da atividade humana. Privá-la de responder a esse chamamento interior será, mais uma vez, restringir-lhe a liberdade, considerando-a um ser incapaz de tomar decisões, de gerir sua própria vida e, sobretudo, será impedi-la de conhecer-se e de crescer espiritualmente.
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

[...] A mulher é a estrela de bonança nos temporais da vida.
Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 3, cap• 3, it• 3

[...] a mulher dentro [do lar] é a força essencial, que rege a própria vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A mulher é a bênção de luz para as vinhas do homem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é uma taça em que o Todo-Sábio deita a água milagrosa do amor com mais intensidade, para que a vida se engrandeça. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39


Mulher Jesus tratou as mulheres com uma proximidade e uma familiaridade que chamou a atenção até de seus discípulos (Jo 4:27). São diversas as ocasiões em que falou com elas em público e mesmo em situações bastante delicadas (Mt 26:7; Lc 7:35-50; 10,38ss.; Jo 8:3-11).

Apresentou-as como exemplo (Mt 13:33; 25,1-13; Lc 15:8) e elogiou sua fé (Mt 15:28). Várias mulheres foram objeto de milagres de Jesus (Mt 8:14; 9,20; 15,22; Lc 8:2; 13,11) e se tornaram discípulas dele (Lc 8:1-3; 23,55). Nada conduziu Jesus a um idealismo feminista nem o impediu de considerar que elas podiam pecar exatamente como os homens (Mc 10:12). Também não estão ausentes dos evangelhos as narrativas referentes a mulheres de conduta perversa como Herodíades.

Não são poucos os simbolismos que Jesus emprega partindo de circunstâncias próprias da condição feminina, como a de ser mãe. Os evangelhos reúnem ainda referências muito positivas ao papel das mulheres em episódios como a crucifixão (Mt 27:55; Mc 15:40; Lc 23:49; Jo 19:25), o sepultamento de Jesus (Mt 27:61) e a descoberta do túmulo vazio (Mt 28:1-8).

Ver Herodíades, Isabel, Maria, Marta, Salomé.

A. Cole, o. c.; D. Guthrie, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


Mulheres

fem. pl. de mulher

mu·lher
(latim mulier, -eris)
nome feminino

1. Ser humano do sexo feminino ou do género feminino (ex.: o casal teve três filhos: duas mulheres e um homem; a mulher pode ovular entre a menarca e a menopausa; mulher transgénero).

2. Pessoa do sexo ou género feminino depois da adolescência (ex.: a filha mais nova já deve estar uma mulher). = MULHER-FEITA, SENHORA

3. Pessoa do sexo ou género feminino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o padre declarou-os marido e mulher). = CÔNJUGE, ESPOSA

4. Pessoa do sexo ou género feminino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: eu e a minha mulher escolhemos não casar). = COMPANHEIRA, PARCEIRA

5. Conjunto de pessoas do sexo ou género feminino (ex.: defesa dos direitos da mulher).

adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

6. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente femininos (ex.: considera-se muito mulher em tudo).


de mulher para mulher
Entre mulheres, com frontalidade e franqueza, de modo directo (ex.: vamos falar de mulher para mulher; conversa de mulher para mulher).

mulher da vida
[Depreciativo] Meretriz, prostituta.

mulher de armas
Figurado Aquela que demonstra coragem, força, espírito de luta (ex.: é uma mulher de armas que luta persistentemente pelos seus valores e objectivos). = CORAJOSA, GUERREIRA, LUTADORA

mulher de Deus
Figurado Aquela que é bondosa, piedosa.

[Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: preste atenção, mulher de Deus!).

mulher de Estado
[Política] Líder que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: a antiga primeira-ministra foi uma grande mulher de Estado). = ESTADISTA

mulher de lei(s)
Aquela que é especialista em leis. = ADVOGADA, LEGISTA

mulher de letras
Literata, escritora.

mulher de negócios
Aquela que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIA

mulher de partido
[Política] Aquela que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: acima de tudo, é uma mulher de partido, apesar de não conviver bem com a disciplina partidária).

[Antigo, Depreciativo] Mulher que exerce a prostituição. = MERETRIZ, PROSTITUTA

mulher fatal
Mulher muito sensual e sedutora. = VAMPE

mulher pública
Aquela que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: como mulher pública, a vereadora defendeu sempre os interesses da população que a elegeu).

[Antigo, Depreciativo] Meretriz, prostituta.


Pacto

O fato de o homem ficar, às vezes, na dependência dos Espíritos inferiores nasce de se entregar aos maus pensamentos que estes lhe sugerem e não de estipulações quaisquer que com eles faça. O pacto, no sentido vulgar do termo, é uma alegoria representativa da simpatia existente entre um indivíduo de natureza má e Espíritos malfazejos.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 549


Pacto V. ALIANÇA.

pacto s. .M Ajuste, contrato, convenção entre duas ou mais pessoas.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Gênesis 6: 18 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Mas estabelecerei a Minha aliança contigo; e tu entrarás na arca, e os teus filhos, tua esposa e as esposas de teus filhos contigo.
Gênesis 6: 18 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Antes de 2500 a.C.
H1121
bên
בֵּן
crianças
(children)
Substantivo
H1285
bᵉrîyth
בְּרִית
Minha aliança
(my covenant)
Substantivo
H413
ʼêl
אֵל
até
(unto)
Prepostos
H6965
qûwm
קוּם
levantar, erguer, permanecer de pé, ficar de pé, pôr-se de pé
(that rose up)
Verbo
H802
ʼishshâh
אִשָּׁה
mulher, esposa, fêmea
(into a woman)
Substantivo
H8392
têbâh
תֵּבָה
arca
(an ark)
Substantivo
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo
H854
ʼêth
אֵת
de / a partir de / de / para
(from)
Prepostos
H859
ʼattâh
אַתָּה
você / vocês
(you)
Pronome
H935
bôwʼ
בֹּוא
ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
(and brought [them])
Verbo


בֵּן


(H1121)
bên (bane)

01121 בן ben

procedente de 1129; DITAT - 254; n m

  1. filho, neto, criança, membro de um grupo
    1. filho, menino
    2. neto
    3. crianças (pl. - masculino e feminino)
    4. mocidade, jovens (pl.)
    5. novo (referindo-se a animais)
    6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
    7. povo (de uma nação) (pl.)
    8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
    9. um membro de uma associação, ordem, classe

בְּרִית


(H1285)
bᵉrîyth (ber-eeth')

01285 ברית b eriytĥ

procedente de 1262 (no sentido de cortar [como 1254]); DITAT - 282a; n f

  1. acordo, aliança, compromisso
    1. entre homens
      1. tratado, aliança, associação (homem a homem)
      2. constituição, ordenança (do monarca para os súditos)
      3. acordo, compromisso (de homem para homem)
      4. aliança (referindo-se à amizade)
      5. aliança (referindo-se ao casamento)
    2. entre Deus e o homem
      1. aliança (referindo-se à amizade)
      2. aliança (ordenação divina com sinais ou promessas)
  2. (expressões)
    1. fazer uma aliança
    2. manter a aliança
    3. violação da aliança

אֵל


(H413)
ʼêl (ale)

0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

partícula primitiva; DITAT - 91; prep

  1. para, em direção a, para a (de movimento)
  2. para dentro de (já atravessando o limite)
    1. no meio de
  3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
  4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
  5. em adição a, a
  6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
  7. de acordo com (regra ou padrão)
  8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
  9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

קוּם


(H6965)
qûwm (koom)

06965 קום quwm

uma raiz primitiva; DITAT - 1999; v.

  1. levantar, erguer, permanecer de pé, ficar de pé, pôr-se de pé
    1. (Qal)
      1. levantar
      2. levantar-se (no sentido hostil)
      3. levantar-se, tornar-se poderoso
      4. levantar, entrar em cena
      5. estar de pé
        1. manter-se
        2. ser estabelecido, ser confirmado
        3. permanecer, resistir
        4. estar fixo
        5. ser válido (diz-se de um voto)
        6. ser provado
        7. está cumprido
        8. persistir
        9. estar parado, estar fixo
    2. (Piel)
      1. cumprir
      2. confirmar, ratificar, estabelecer, impor
    3. (Polel) erguer
    4. (Hitpael) levantar-se, erguer-se
    5. (Hifil)
      1. levar a levantar, erguer
      2. levantar, erigir, edificar, construir
      3. levantar, trazer à cena
      4. despertar, provocar, instigar, investigar
      5. levantar, constituir
      6. fazer ficar em pé, pôr, colocar, estabelecer
      7. tornar obrigatório
      8. realizar, levar a efeito
    6. (Hofal) ser levantado

אִשָּׁה


(H802)
ʼishshâh (ish-shaw')

0802 אשה ’ishshah

procedente de 376 ou 582; DITAT - 137a; n f

  1. mulher, esposa, fêmea
    1. mulher (contrário de homem)
    2. esposa (mulher casada com um homem)
    3. fêmea (de animais)
    4. cada, cada uma (pronome)

תֵּבָה


(H8392)
têbâh (tay-baw')

08392 תבה tebah

talvez de origem estrangeira; DITAT - 2492; n. f.

  1. arca
    1. embarcação que Noé construiu
    2. cesta em que Moisés foi colocado

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo

אֵת


(H854)
ʼêth (ayth)

0854 את ’eth

provavelmente procedente de 579; DITAT - 187; prep

  1. com, próximo a, junto com
    1. com, junto com
    2. com (referindo-se a relacionamento)
    3. próximo (referindo-se a lugar)
    4. com (poss.)
    5. de...com, de (com outra prep)

אַתָּה


(H859)
ʼattâh (at-taw')

0859 אתה ’attah ou (forma contrata) את ’atta ou את ’ath feminino (irregular) algumas vezes אתי ’attiy plural masculino אתם ’attem feminino אתן ’atten ou אתנה ’attenah ou אתנה ’attennah

um pronome primitivo da segunda pessoa; DITAT - 189; pron pess

  1. tu (segunda pess. sing. masc.)

בֹּוא


(H935)
bôwʼ (bo)

0935 בוא bow’

uma raiz primitiva; DITAT - 212; v

  1. ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
    1. (Qal)
      1. entrar, vir para dentro
      2. vir
        1. vir com
        2. vir sobre, cair sobre, atacar (inimigo)
        3. suceder
      3. alcançar
      4. ser enumerado
      5. ir
    2. (Hifil)
      1. guiar
      2. carregar
      3. trazer, fazer vir, juntar, causar vir, aproximar, trazer contra, trazer sobre
      4. fazer suceder
    3. (Hofal)
      1. ser trazido, trazido para dentro
      2. ser introduzido, ser colocado