Enciclopédia de I Reis 1:31-31

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1rs 1: 31

Versão Versículo
ARA Então, Bate-Seba se inclinou, e se prostrou com o rosto em terra diante do rei, e disse: Viva o rei Davi, meu senhor, para sempre!
ARC Então Batseba se inclinou com o rosto em terra, e se prostrou diante do rei, e disse: Viva o rei Davi meu senhor para sempre!
TB Bate-Seba prostrou-se com o rosto em terra, e fez uma reverência ao rei, e disse: Viva o rei Davi, meu senhor, para sempre!
HSB וַתִּקֹּ֨ד בַּת־ שֶׁ֤בַע אַפַּ֙יִם֙ אֶ֔רֶץ וַתִּשְׁתַּ֖חוּ לַמֶּ֑לֶךְ וַתֹּ֕אמֶר יְחִ֗י אֲדֹנִ֛י הַמֶּ֥לֶךְ דָּוִ֖ד לְעֹלָֽם׃ פ
BKJ Então, Bate-Seba curvou-se com a sua face para o chão, e prestou reverência ao rei, e disse: Que o meu senhor, o rei Davi, viva para sempre.
LTT Então Bate-Seba se inclinou com o rosto em terra e se prostrou- em- reverência diante do rei, e disse: Viva o rei Davi meu senhor para sempre.
BJ2 Betsabéia se ajoelhou com o rosto em terra, prostrou-se diante do rei e disse: "Viva para sempre o rei Davi, meu senhor!"
VULG Et locutus est ad eos verba pacifica in dolo : et crediderunt ei.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Reis 1:31

II Samuel 9:6 E, vindo Mefibosete, filho de Jônatas, filho de Saul, a Davi, se prostrou com o rosto por terra e se inclinou; e disse Davi: Mefibosete! E ele disse: Eis aqui teu servo.
I Reis 1:25 Porque hoje desceu, e matou vacas, e bestas cevadas, e ovelhas em abundância e convidou todos os filhos do rei, e os capitães do exército, e a Abiatar, o sacerdote, e eis que estão comendo e bebendo perante ele; e dizem: Viva o rei Adonias!
Neemias 2:3 e disse ao rei: Viva o rei para sempre! Como não estaria triste o meu rosto, estando a cidade, o lugar dos sepulcros de meus pais, assolada, e tendo sido consumidas as suas portas a fogo?
Ester 3:2 E todos os servos do rei, que estavam à porta do rei, se inclinavam e se prostravam perante Hamã; porque assim tinha ordenado o rei acerca dele; porém Mardoqueu não se inclinava nem se prostrava.
Daniel 2:4 E os caldeus disseram ao rei em siríaco: Ó rei, vive eternamente! Dize o sonho a teus servos, e daremos a interpretação.
Daniel 3:9 E falaram e disseram ao rei Nabucodonosor: Ó rei, vive eternamente!
Daniel 5:10 A rainha, por causa das palavras do rei e dos seus grandes, entrou na casa do banquete; e falou a rainha e disse: Ó rei, vive eternamente! Não te turbem os teus pensamentos, nem se mude o teu semblante.
Daniel 6:6 Então, estes príncipes e presidentes foram juntos ao rei e disseram-lhe assim: Ó rei Dario, vive eternamente!
Daniel 6:21 Então, Daniel falou ao rei: Ó rei, vive para sempre!
Mateus 21:37 E, por último, enviou-lhes seu filho, dizendo: Terão respeito a meu filho.
Efésios 5:33 Assim também vós, cada um em particular ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.
Hebreus 12:9 Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos?

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

AS CONQUISTAS DE DAVI

1010-970 a.C.
DAVI UNGIDO REI DE JUDÁ
Davi ficou arrasado com a notícia da morte do rei Saul e de seu filho Jônatas no monte Gilboa. Quando um amalequita he contou como havia ajudado o rei Saul a cometer suicídio, Davi ordenou. sua execução. Desse modo, deixou claro que não sentiu nenhuma satisfação com a morte de Saul e que considerou o amalequita responsável pelo assassinato do ungido do Senhor. Em seguida, Davi se dirigiu a Hebrom, onde foi ungido rei de Judá. Ele tinha trinta anos de idade. Em Hebrom, Davi reinou sobre Judá por sete anos e meio.

ISBOSETE É COROADO REI DE ISRAEL
Ao invés de reconhecer Davi, Abner, o comandante do exército de Saul, colocou o único filho sobrevivente de Saul no trono de Israel. (Israel, neste caso, é o território ocupado pelas tribos do norte e por Benjamim. Porém, tendo em vista a vitória dos filisteus, é difícil dizer ao certo quanto desse território estava sob controle israelita.) Em II Samuel, esse filho de Saul é chamado de Isbosete, que significa "homem de vergonha", um nome nada apropriado para um rei. Em 1Crônicas 8.33 aparece seu nome verdadeiro, Esbaal, "homem de Baal", que foi alterado pelos escribas de Samuel. Diz-se que o reinado de Isbosete durou dois anos, durante os quais houve conflitos entre os seus homens e os de Davi. Quando Abner desertou para o lado de Davi, o poder de Isbosete se enfraqueceu e o rei de Israel foi assassinado por dois dos seus oficiais. Mais uma vez, desejoso de se eximir de qualquer cumplicidade, Davi mandou executar os assassinos. As tribos do norte foram a Hebrom e ali ungiram Davi como rei sobre todo o Israel.

DAVI TRATA DA AMEAÇA FILISTÉIA
A existência dos governos rivais de Isbosete e Davi era conveniente aos interesses dos filisteus, ao passo que o poder centralizado em Davi representava uma ameaça mais séria. Assim, um exército filisteu se reuniu no vale de Refaim, perto de Jerusalém, que era ainda um encrave jebuseu e, portanto, sob controle dos cananeus. objetivo era isolar Davi de seus novos aliados do norte em seu ponto mais vulnerável. Davi derrotou os filisteus nesse local não apenas uma, mas duas vezes. Depois da segunda vitória, feriu os filisteus desde Gibeão até Gezer, pondo fim ao seu domínio sobre Israel.

DAVI CONQUISTA JERUSALÉM
O encrave jebuseu chamado posteriormente Jerusalém dividia o território de Davi em duas partes: Israel, ao norte, e Judá, ao sul. Cercada por vales profundos de três lados e provida de boas fontes de água, a cidade contava com um grande potencial defensivo, daí não ter sido conquistada pelos israelitas até então. Tendo em vista sua localização central, também seria uma excelente capital para Davi, aceitável tanto para Israel quanto para Judá.
Davi tomou Jerusalém usando seu exército pessoal, mas o relato bíblico não fornece detalhes.
A referência a um canal subterrâneo sugere que Davi conhecia um túnel secreto, talvez aquele que liga a fonte de Giom, do lado de fora das muralhas, ao interior da cidade.' Davi se mudou para Jerusalém e, como o nome "Cidade de Davi" deixa claro, a cidade passou a ser considerada sua propriedade pessoal.

A ARCA DA ALIANÇA CHEGA EM JERUSALÉM
Depois de capturarem a arca da aliança, os filisteus a haviam levado para as cidades filistéias de Asdode, Gate e Ecrom. Quando a população de Asdode foi afligida com tumores, a arca foi enviada a Bete-Semes, em território israelita, num carro puxado por duas vacas e sem nenhum condutor. De lá, foi transportada para Quiriate- Jcarim. Davi decidiu levar a arca para Jerusalém. Na primeira tentativa, Uzá foi morto quando estendeu a mão para segurar a arca. A segunda tentativa foi bem sucedida e cercada de festividades ao som de harpas, liras, adutes, sistros e cimbalos; Davi dançou com todas as suas forças. Uma tenda foi levantada para receber a arca e foram nomeados sacerdotes para realizar os sacrifícios exigidos pela lei. Assim, Jerusalém se tornou não apenas a capital política do reino de Davi, mas também o seu centro religioso, apesar do Senhor ter revelado por meio do profeta Natâ que não caberia a Davi, mas sim a um de seus filhos, construir um templo permanente para abrigar a arca.

AS GUERRAS DE DAVI
Davi realizou uma série de campanhas militares agressivas contra as nações vizinhas. É difícil determinar a seqüência cronológica exata de suas batalhas, mas, no final, Davi assumiu o controle de um império de tamanho considerável. Quando os amonitas humilharam os embaixadores israelitas raspando metade da barba e rasgando metade da roupa de cada um, Joabe, o comandante do exército de Davi, cercou Rabá (atual Ama), a capital de Amom. Os amonitas contrataram mercenários dos estados arameus de Bete-Reobe, Zobá e Tobe, ao norte. loabe expulsou os arameus, mas eles se reagruparam e voltaram com um novo exército. Davi deslocou suas tropas para Helà (talvez a atual Alma, no sul da Síria) e derrotou os arameus, matando seu comandante, Sobaque. Enquanto Joabe deu continuidade ao cerco a Rabá, Davi voltou a Jerusalém e, por essa época, cometeu adultério com Bate-Seba e ordenou que seu marido, o heteu Urias, fosse morto. Além de ter seu nome denegrido por esses atos, Davi recebeu uma repreensão severa do profeta Natâ. Por fim, Rabá foi tomada, o povo da cidade foi sujeitado a trabalhos forçados e a coroa amonita repleta de jóias, pesando cerca de 34 kg, foi colocada, provavelmente apenas por alguns instantes, sobre a cabeça de Davi. Davi derrotou os moabitas, poupando um terço deles e matando os outros dois terços. Davi talvez, mais precisamente, Joabe e Abisai matou dezoito mil edomitas no vale do Sal, na Arabâ, ao sul do mar Morto e colocou guarnições em todo Edom. Em seguida, o rei de Israel voltou sua atenção para Hadadezer, monarca do reino arameu de Zobá, e tomou dele mil carros. Considerando-se que Davi jarretou ou aleijou todos os cavalos que puxavam os carros, poupando apenas cem animais, ele parecia não considerar os carros importantes para os seus próprios exércitos. Os israelitas ainda travavam a maior parte de suas batalhas à pé. Quando os arameus de Damasco socorreram Hadadezer de Zobá, Davi os derrotou e colocou guarnições em Damasco. O reino de Davi se estendeu do ribeiro do Egito (Wadi el- Arish) até perto do rio Eufrates.

ISRAEL ACUMULA RIQUEZAS
Davi tomou como espólio de Hadadezer escudos de ouro e uma grande quantidade de bronze. Toí, o rei arameu de Hamate, certamente ficou satisfeito com a derrota de Zobá e, ansioso para firmar uma relação amigável com Davi, enviou seu filho Jorão a fim de parabenizá-lo e presenteá-lo com ouro, prata e bronze. Talmai, o rei arameu de Gesur, deu a mão de sua filha Maaca em casamento a Davi. Hirão, o rei da cidade costeira fenícia de Tiro, também Tiro, considerou importante manter relações amigáveis com Davi e, além de toras de cedro, enviou carpinteiros e canteiros, que construíram um palácio para Davi em Jerusalém.

As conquistas de Davi
Depois de subir ao trono, Davi realizou varias campanhas de conquista de território estrangeiro e levou a arca da aliança para Jerusalém, a nova capital do seu reino.
As conquistas de Davi
As conquistas de Davi
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.

OS ÚLTIMOS ANOS DE DAVI

c. 980 970 a.C.
A ADMINISTRAÇÃO DO REINO DE DAVI
Sabe-se pouco sobre as práticas administrativas adotadas por Davi durante seus quarenta anos de reinado. Foi durante seu governo que surgiu o oficial encarregado de trabalhos forçados' imposto a cananeus e estrangeiros conquistados, mas não a israelitas. O censo de Davi que suscitou a ira do profeta Gade provavelmente foi realizado em preparação para uma reorganização fiscal abrangente e, talvez, visando o recrutamento militar. Por ironia, Davi teve grande dificuldade de controlar não o seu reino, mas sim, sua própria família que lhe causou vários problemas nos seus últimos anos.

A FAMÍLIA DE DAVI
Do ponto de vista do autor do livro de Samuel, os conflitos internos e conduta sexual inapropriada na família real foram castigos divinos pelo adultério de Davi com Bate-Seba e pela ordem do rei para assassinar Urias, o heteu, marido de Bate-Seba.° Quando subiu ao trono, Davi tinha duas esposas; tomou para si mais quatro esposas durante seu reinado de sete anos e meio em Hebrom e várias outras esposas e concubinas durante o reinado em Jerusalém.

A REBELIÃO DE ABSALÃO
Dois filhos de Davi desencadearam uma sequência trágica de acontecimentos que levaram o rei a perder seu trono temporariamente. O filho mais velho se apaixonou por sua meia-irmã, Tamar. Fingindo estar doente, Amnom pediu para Tamar lhe preparar e servir pão enquanto os dois estavam sozinhos no quarto dele e usou essa ocasião para estuprá-la. Dois anos depois, Absalão, o irmão de Tamar por parte de pai e mãe, assassinou Amnom e fugiu para a casa da família da mãe em Cesur, a leste do lago da Galiléia. Três anos depois, Absalão foi trazido de volta a Jerusalém, unde obteve apoio do povo demonstrando empatia por seus problemas e ouvindo suas queixas. Dirigiu-se, então, a Hebrom, onde se proclamou rei.
Ao receber a notícia do golpe de Absalão, Davi, então com pouco mais de sessenta anos, fugiu imediatamente de Jerusalém, dirigindo-se a Maanaim, do outro lado do Jordão. Absalão entrou em Jerusalém e coabitou com as concubinas de seu pai à vista de todo o povo. Com esse gesto, o príncipe cumpriu a profecia de Natã e arrogou poder real.
Absalão perseguiu Davi do outro lado do Jordão e lutou contra ele no bosque de Efraim. O exército de Davi foi vitorioso e Absalão, que estava montado em sua mula, acabou pendurado de um carvalho, preso as galhos da árvore pelos seus longos cabelos. Joabe, o comandante do exército de Davi, contrariou as ordens expressas de Davi e cravou três dardos no coração de Absalão enquanto este ainda se encontrava perdurado na árvore. Depois da morte de seu líder, a rebelião se desintegrou.

OUTRAS REBELIÕES
Davi ficou abalado com a notícia da morte de Absalão e desejou ter morrido no lugar do filho. Por fim, o rei voltou a Jerusalém, sob aclamação popular, porém não universal. Outra rebelião, desta vez liderada por um benjamita chamado Seba, também foi frustrada quando os habitantes de Abel-Bete-Maaca, no extremo norte do reino, lançaram a cabeça de Seba para fora das muralhas de sua cidade sitiada. Ao que parece, Davi tinha prometido a Bate- Seba que seu filho Salomão seria o sucessor do trono. Vendo seu pai envelhecer e enfraquecer, Adonias, o mais velho dos filhos sobreviventes do rei, tentou tomar o trono. Além de conquistar popularidade, Adonias também recebeu apoio de Joabe, o comandante do exército de Davi. Quando o profeta Natã informou Davi que Adonias havia se proclamado rei durante uma grande festa em En-Rogel, nos arredores de Jerusalém, Davi se viu obrigado a tomar uma atitude e ordenou que Salomão fosse proclamado rei. O sacerdote Zadoque e o profeta Natã ungiram Salomão junto à fonte de Giom. A tentativa de Adonias de se tornar rei falhou e Salomão subiu ao trono. Davi faleceu aos setenta anos de idade, depois de reinar durante quarenta anos.

EVIDÊNCIAS ARQUEOLÓGICAS
Uma vez que Davi não é mencionado em nenhuma inscrição da época, há quem o considere uma figura fictícia. No entanto, em julho de 1993, uma estela de basalto incompleta foi encontrada em Tell el-Qadi (antiga Dã, no norte de Israel). A estela contém inscrições em aramaico e foi erigida por um rei arameu, provavelmente Hazael de Damasco (843-796 a.C.). Sua fama se deve principalmente à menção da "casa de Davi", sendo que o termo "casa" se refere a uma "dinastia" ou a um "estado fundado por" e também era usado por várias outras nações no Antigo Oriente Próximo. Assim, cerca de cento e trinta anos depois de sua morte, Davi já era considerado, inequivocamente, uma figura histórica.
Também se propôs uma menção a Davi numa inscrição egípcia de Karnak, do tempo do faraó Shoshenk (945-924 a.C.), e numa restauração da linha 31 da Pedra Moabita (uma inscrição do rei Mesa, de Moabe, c. 830 a.C.) de Dibom, cidade localizada na atual Jordânia, apesar de nenhuma destas propostas ter recebido apoio acadêmico expressivo.

Os Salmos
UM COMPOSITOR
Davi era um harpista conhecido desde sua juventude; aliás, foi por isso que o chamaram para servir ao rei Saul. Várias de suas composições foram preservadas nos livros históricos do Antigo Testamento, mas 73 salmos atribuídos a ele se encontram registrados no livro de Salmos. Alguns argumentam que o termo "de Davi" significa "sobre Davi" ou "dedicado a Davi", e não "escrito por Davi". Não podemos ser categóricos, mas informações adicionais apresentadas em alguns títulos dos salmos se encaixam no contexto da vida de Davi, descrita nos livros históricos. Escritores bíblicos posteriores relembraram as aptidões de Davi para a música de adoração e sua habilidade para compor, tocar e inventar instrumentos musicais.

SALMOS NÃO-DAVÍDICOS
Muitos salmos não possuem título e, portanto, não podem ser datados. Em alguns casos, porém, o contexto histórico é bastante claro, como no salmo 137 que descreve o sofrimento dos judeus durante o exilio na Babilônia.

INSTRUMENTOS MUSICAIS
É evidente que os salmos foram escritos para serem cantados. Não conhecemos as melodias, mas sabemos o nome de algumas delas. 11 Não há como precisar a forma dos instrumentos musicais criados por Davi. Felizmente, porém, encontramos várias representações de músicos de diversas partes do Antigo Oriente Próximo. Muito raramente, descobre-se algum instrumento musical, como a lira encontrada numa sepultura em Ur, c. 2500 a.C. No entanto, o trabalho de reconstrução desses instrumentos antigos permanece conjetural, especialmente no que se refere as detalhes.

RELEVO
Relevo de dois tamborileiros, um harpista e um lirista encontrado no palácio de Barracabe, rei neo-hitita de Samal, Zincirli, no sudeste da Turquia, datado de c. 730 a.C.Nesse relevo, podemos ver claramente as diferenças principais entre a lira e a harpa: na lira, todas as cordas têm o mesmo comprimento e formam um ângulo reto com a caixa acústica do instrumento; na harpa, o plano das cordas é angulado e não paralelo à caixa acústica.

Rebeliões contra Davi nos últimos dias de seu reinado
Nos anos finais de seu reinado, Davi enfrentou várias rebeliões. Seu próprio filho, Absalão, reivindicou o trono e forçou Davi a fugir de Jerusalém. Absalão perseguiu o pai além do rio Jordão até o bosque de Efraim, mas foi morto ali e sua rebelião se desintegrou.
Relevo em terracota representando um músico tocando uma harpa de sete cordas. A peça tem 12 cm de altura. Procedente de Eshnunna, Iraque, é datada do inicio do segundo milênio a.C.
Relevo em terracota representando um músico tocando uma harpa de sete cordas. A peça tem 12 cm de altura. Procedente de Eshnunna, Iraque, é datada do inicio do segundo milênio a.C.
Estatueta de argila de uma garota tocando uma flauta dupla.
Estatueta de argila de uma garota tocando uma flauta dupla.
Relevo de dois tamborileiros
Relevo de dois tamborileiros
Rebeliões contra Davi nos últimos dias de seu reinado
Rebeliões contra Davi nos últimos dias de seu reinado

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Reis Capítulo 1 do versículo 1 até o 53
SEÇÃO 1

REINO UNIDO: SOB A "CASA DE DAVI"

I Reis 1:1-11.43

A primeira parte de I Reis é o tratamento que dá o historiador ao governo de Salomão, que depois do reinado de Davi foi o mais importante do período de unidade política. A informação relativa a Davi serve ao propósito de finalizar o relato de seu governo e, ao mesmo tempo, iniciar o relato do reinado de Salomão. Este último talvez tivesse priori-dade no pensamento do historiador, pois o seu extenso tratamento do governo de Salomão indica que ele o considerava muito importante, até mesmo crucial. Parece que ele acredi-tava que o reinado de Salomão ilustrava os dois aspectos da ênfase básica de Deuteronômio (cf. Introdução) '.

A. O FINAL DO REINADO DE DAVI, 1:1-2.12

Salomão estava completamente estabelecido como rei antes da morte de seu pai. Os detalhes sobre como isto aconteceu foram provavelmente tomados pelo narrador da his-tória da corte de Davi'. Visto que "a lei da primogenitura" (pela qual o filho primogênito deveria ser o sucessor de seu pai como rei) ainda não estava completamente reconhecida, e sempre existia a possibilidade de que Deus pudesse fazer uma escolha diferente da lei, Salomão é apresentado tanto como a escolha de Davi – ignorando a primogenitura – e como aquele que Deus desejava que sucedesse a seu pai no trono.

1. O Declínio da Saúde de Davi (1:1-4) 3

O passar do tempo não abre exceções, nem mesmo para o grande rei Davi. Ele tinha quase setenta anos e a sua força física tinha diminuído devido aos seus sofrimentos passados, assim como a causas naturais. Ele tinha dificuldade para manter o corpo a uma temperatura normal. Primeiramente, os seus criados o cobriram com cobertores (1), mas isso não adiantou. Então, de acordo com o costume, eles procuraram uma vir-gem cujo corpo pudesse transmitir calor ao rei enfermo (2-4). A jovem escolhida foi Abisague (3) de Suném — identificada com a aldeia árabe Sulem (Solem). Esta se locali-zava no declive noroeste de Jebel ad-Dahy, diante do vale Esdraelom, aproximadamente onze quilômetros de Nazaré (cf. Js 19:18).

2. Adonias Tenta Tornar-se Rei (1:5-10)

A escolha de Deus e a declaração de Davi sobre o próximo rei eram, evidentemente, conhecidas por Adonias e muitos outros na corte. Apesar disso, como outras pessoas agiriam, Adonias imprudentemente decidiu ir contra a vontade de Deus e seguir o seu próprio caminho. Ele fez planos detalhados, e na época apropriada convocou seguidores para se estabelecer como o próximo rei de Israel. Filho de Hagite, uma das muitas espo-sas de Davi (cf. 2 Sm 3.4), ele era aparentemente o filho vivo mais velho de Davi, e tinha a primogenitura a seu favor. Deus, no entanto, decidiu ignorar o costume; Adonias não aceitou isto.

  1. Adonias exaltou-se a si mesmo (1:5-8). A decisão de se andar em seu próprio cami-nho ao invés de se submeter à vontade de Deus é auto-exaltação, e esse espírito freqüentemente resulta em uma tendência estabelecida na vida. Isto era verdadeiro no caso de Adonias. Ao exaltar-se a si mesmo, ele seguiu o exemplo de Absalão (cf. 2 Sm 15.1ss). Propositadamente, ele se apresentou como um personagem da realeza, com seus próprios carros, cavaleiros e homens que corriam diante dele. Ao contar com um históri-co de disciplina paterna negligente e com a sua formosura (6), ele aparentemente sentiu que Davi, seu pai, não seria empecilho para ele. Adonias procurou a ajuda daqueles que já não gozavam das boas graças de Davi (7) : Joabe, o antigo comandante do exército do rei (2 Sm 2.13, passim) ; e Abiatar, que tinha sido sacerdote leal de Davi no passado (1 Sm 22.20, passim). Existem muitas evidências em II Samuel de uma crescente discórdia entre Davi e o seu general Joabe (2 Sm 3:23-39; 19:1-8,13 24:3-4). No entanto, nada se sabe que possa explicar o desafeto de Abiatar, e a sua conseqüente disposição de adotar a causa de Adonias.

Adonias compreensivelmente evitou alguns homens de influência na corte: Zadoque, o sacerdote (8) que tinha sido nomeado sumo sacerdote, superior a Abiatar (veja 1 Cron 24:1-6, onde parece haver a base de uma idéia de uma época em que os dois compartilha-vam a posição de sumo sacerdote) ; Benaia, filho de Joíada, capitão dos guardas de Davi (2 Sm 23:20-23) ; Natã, provavelmente a voz profética durante a maior parte do reinado de Davi (veja 2 Sm 12:1-15 para a sua destemida condenação do pecado de Davi com Bate-Seba) ; Simei e Rei, sem maiores referências4; e os maiores guerreiros ou pes-soas importantes do reinado de Davi (veja 2 Sm 20,7) 5.

  1. Adonias comemora (1:9-10). Adonias prosseguiu com as cerimônias e os festejos apropriados a uma coroação. Abiatar, o sacerdote (7), aparentemente estava ali para ungi-lo. Foram mortos animais com o objetivo primário de proporcionar um banquete conjunto com um sacrifício (cf. o banquete de Absalão, 2 Sm 15.12). O lugar era a fonte de Rogel (9) (lit., "o poço do espião" ou "o poço do jorro"), fora dos muros da cidade, além do ponto onde o vale de Cedrom se une ao de Hinom6. Não é possível identificar a pedra de Zoelete. Este termo significa "serpente" ou "aquilo que rasteja". Adonias também convidou os seus irmãos e meio-irmãos e os da tribo de Judá, na corte de Davi, que ele pensava que o apoiariam (9). Aqueles que se oporiam a ele não foram convidados (10).
  2. Natã e Bate-Seba Opõem-se a Adonias (1:11-31)

Natã, o profeta, assumiu a liderança e iniciou uma ação que se opunha à tentativa de Adonias de se tornar rei. Ele entendia que o princípio da escolha divina se aplicava à situação política (veja Dt 17:15, que enfatiza a prioridade da escolha divina com respeito ao reinado em Israel).

Natã percebeu que o movimento de Adonias, se bem-sucedido, significaria uma sé-ria ameaça à vida de Bate-Seba, mãe de Salomão, porque geralmente não havia piedade para com aqueles que faziam parte de um regime político derrotado. Ele insistiu para que Bate-Sabe fosse ver Davi imediatamente. Perante o rei, ela o lembrou de que ele havia declarado previamente que Salomão reinaria depois dele (17) ; ela também o infor-mou dos movimentos de Adonias.

Quando Natã entrou, ele agiu como alguém que nada sabia; sugeriu que Adonias talvez executasse os desejos de Davi mas que não havia sido informado disso (24-27). Ao iniciar sua declaração com um juramento habitual de confirmação (cf. 1 Sm 14,39) para dar peso às suas palavras, Davi declarou a Bate-Seba e aos demais presentes: Certa-mente teu filho Salomão reinará depois de mim (30). Ela aparentemente havia sido dispensada quando Natã entrou, mas foi chamada de volta (28) para ouvir a pro-messa do rei.

  1. Salomão é Ungido Publicamente em Giom (1:32-40)

Era hora de agir! Davi chamou Zadoque, Natã e Benaia (32) e lhes deu instruções específicas para assegurar que Salomão seria o rei depois dele. Este evento completo foi comparável ao anúncio público (com a unção implicada) de Saul (1 Sm 10:17-24; cf. 10.1ss., a unção de Saul) e a de Davi (veja 2 Sm 5.3, em Hebrom sobre Israel; cf. 1 Sm 16:11-13, uma unção que o designou como o sucessor de Saul) 7.

Os servos de Davi (33), os peleteus (filisteus) e os quereteus (38; cf. 2 Sm 8,18) escoltaram Salomão na mula de Davi (que somente o rei poderia montar) até Giom. Este local deveria ser a Fonte da Virgem, fora do muro oriental da cidade, no declive em direção ao vale de Cedrom. Este lugar não pode ser visto da Fonte de Rogel, mas está muito próximo dali, e de lá se ouve o que acontece no outro local. Benaia, filho de Joiada (36), como o comandante militar, deu a sua aprovação: Amém! Assim o diga o Senhor, Deus do rei, meu senhor; ou "Que assim seja! Que o Senhor, o Deus do meu senhor, o rei, assim o decrete!" (Berk.). Zadoque, usando o óleo do tabernáculo, ungiu a Salomão (39) à vista daqueles especificamente mencionados, e sem dúvida à vista da multidão curiosa que se reunia ao redor. Esta cerimônia significava a sanção especial divi-na, assim como a graça de Deus sobre Salomão. Seguiram-se o toque da trombeta, a músi-ca de gaitas e os crescentes gritos de aclamação. Com o seu clamor, a terra retiniu (40). Salomão então foi conduzido de volta à cidade, para ocupar oficialmente o trono (cf. 35).

Maclaren comenta os versículos 28:39: Vemos na vida de Davi (1) que "o que quer que o homem plante, aquilo é o que ele irá colher"; (2) o doloroso fato de que os partidários em uma ocasião podem desertar o líder escolhido e designado por Deus; (3) o enfra-quecimento dos poderes normais com a idade avançada; e (4) o lampejo de fogo que bri-lhou nos últimos suspiros da vida de Davi.

  1. A Tentativa de Golpe de Adonias Fracassa (1:41-52)

Localizados como estavam, a pouca distância de Giom e podendo ouvir o que aconte-cia ali, Adonias e o seu grupo ouviram o tumulto daqueles que aclamavam Salomão como rei. A suspeita de que algo estava errado foi confirmada quando anatas, filho de Abiatar (42) veio e narrou com detalhes o que havia acontecido em Giom. Os convidados (49) de Adonias procuraram refúgio, cada um por si, dispersando-se por todos os lados. Adonias, desesperado, fugiu para o altar diante da arca do concerto e agarrou as suas pontas. Ele esperava que a santidade do altar pudesse conferir-lhe uma proteção especial. Salomão foi misericordioso, com a condição de que ele fosse homem de bem (52) ; especificamen-te, que ele contivesse o impulso de novamente tentar usurpar o trono. O rei se inclinou no leito (47) — Davi estava na cama, mas adorou ao Senhor quando recebeu a notícia da coroação de Salomão.

"Um refúgio a salvo da ira" é vividamente ilustrado nos versículos 50:53; (1) A rebe-lião de Adonias, 1:5-21; (2) o refúgio de Adonias, as pontas do altar, 50; (3) a suspensão temporária da sentença de Adonias, 51-53.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Reis Capítulo 1 do versículo 1 até o 53
*

1.1—2.11

Salomão sucedeu a Davi como rei de Israel, a despeito da turbulência política e das intrigas de Adonias, Abiatar, Joabe e Simei.

* 1:1

velho e entrado em dias. No início do livro de 1 Reis, Davi estava com cerca de setenta anos de idade (2Sm 5:4; 1Rs 2:11).

* 1:3

Abisague, sunamita. Suném ficava a cerca de 26 km a sudoeste do mar de Quinerete (Galiléia), perto do monte Gilboa (Js 19:18; 1Sm 28:4; 2Rs 4:8).

* 1:4

o rei não a possuiu. Visto que Davi não teve relações sexuais com Abisague, Adonias, mais tarde, solicitou casar-se com ela (2.17), o que não era contrário à lei de Dt 22:30.

* 1:5

Adonias. Provavelmente o filho vivo mais velho de Davi (2Sm 3:2-5; 13:28; 18:14). Como tal, ele pode ter pensado que sucederia a seu pai. Nessa época, entretanto, não havia costume algum ou lei que ditasse quem seria o sucessor de Davi, além da própria decisão do monarca (vs. 13 17:20-30).

carros, e cavaleiros. Tal como fizera Absalão antes dele (2Sm 15:1), Adonias deu sinal de suas ambições e posicionou-se para conquistar o trono.

* 1:6

Jamais... o contrariou. Tal como fizera com seus outros filhos rebeldes, Davi não fez qualquer tentativa para questionar ou disciplinar Adonias. Antes, a paciência e o perdão do rei só pareciam convidar novos atos de rebeldia (2Sm 13:32,39; 14:33; 18:5).

de aparência mui formosa. Uma boa presença era uma vantagem para alguém que aspirava ao trono (1Sm 9:2; 16:12; 2Sm 14:25,26).

* 1:7

Joabe, filho de Zeruia. Joabe era o comandante em chefe do exército de Israel, e um dos apoiadores de Davi há longo tempo (2Sm 2:13; 8:16; 18:2; 20:10,23). Seu relacionamento com Davi foi estendido por sua dura ação ao abafar as rebeliões (ver 2Sm 18:5; 19.5-8,13; 1Rs 2:5,6).

Abiatar, o sacerdote. Abiatar e Zadoque eram os dois sumos sacerdotes nomeados por Davi (1Sm 22:20-22; 2Sm 8:17, nota).

* 1:8

Benaia, filho de Joiada. Benaia era o comandante dos queretitas e peletitas, forças mercenárias que funcionavam, em grande medida, como membros da guarda pessoal de Davi (2Sm 8:18; 20:7; 23:20; 13 18:17'>1Cr 18:17).

Natã, o profeta. O profeta de maior proeminência durante o reinado de Davi (2Sm 7:1-17; 12.1-15).

Simei. Um homem diferente do Simei referido em 2Sm 16:5-8; 1Rs 2:8,36-46. Talvez esta pessoa seja o "Simei, filho de Elá", que era um dos governadores de Salomão (4.18).

os valentes. Ver 2Sm 23:8-39.

* 1:9

Imolou. Uma vez mais, Adonias seguiu o exemplo deixado por Absalão (2Sm 15:7-12; 1:5, nota).

fonte de Rogel. Essa fonte estava localizada no sul da cidade. Por causa de sua importância para a cidade de Jerusalém, as fontes eram consideradas um lugar apropriado para tal atividade (v. 33; 2Sm 17:17).

* 1:11

Bate-Seba, mãe de Salomão. As rainhas-mães podiam desempenhar um papel de influência nos negócios do estado (ver 1Rs 2:19; 15:13; 2Rs 10:13). Na qualidade de mãe de Salomão, Bate-Seba tinha grande interesse em fazer com que Adonias fosse frustrado em seus planos de tornar-se rei.

* 1:12

para que salves a tua vida e a de Salomão, teu filho. Visto que os aspirantes ao trono, no antigo Oriente Próximo procuravam consolidar suas próprias posições eliminando todos os rivais em potencial, o conselho de Natã transmitia um senso de urgência (conforme 1Rs 15:29; 2Rs 10:11. 11.1).

* 1:13

Por que, pois, reina Adonias? O conselho de Natã tira proveito da ambigüidade e da instabilidade inerentes durante uma tentativa de golpe. Na realidade, Davi continuava sendo o rei, mas as palavras de Natã lembram o fato de que Adonias também havia reivindicado publicamente essa posição (vs. 5,9). Ao aconselhar para que tanto Bate-Seba quanto ele mesmo fossem falar com o rei Davi, Natã pretende deixar claro a gravidade da situação ao "rei mui velho" (v. 15).

* 1:17

juraste. Na antiga nação de Israel, um juramento feito no nome do Senhor, constituía-se numa obrigação sagrada e, como tal, era considerado inviolável (ver Êx 20:7; Lv 19:12; Js 9:15,18,20; Jz 11:30,35; Ec 5:4-7).

* 1:20

lhe declares quem será o teu sucessor. Somente uma declaração pública de que Salomão seria o sucessor de Davi como monarca seria suficiente para fazer retroceder a rebelião de Adonias.

* 1.24-27

acaso disseste. Incisivamente, Natã ataca a questão em seu ponto crucial. Ou Davi tinha afirmado em particular que Adonias seria seu herdeiro autêntico (e desta forma Natã, Zadoque e Benaia seriam afastados) ou Davi não tinha feito isso (e, assim sendo, Adonias se havia rebelado contra seu próprio pai).

* 1:30

Teu filho Salomão reinará depois de mim. Salomão seria o "descendente" por meio de quem Deus cumpriria a sua promessa de estabelecer "o trono" do reino de Davi, "para sempre" (2Sm 7:12,13).

* 1:33

Salomão na minha mula. Mulas e burros eram usados como montarias da realeza em Israel (Jz 10:4; 2Sm 13:29; 18:9; Zc 9:9). Davi, por conseguinte, estava fazendo uma declaração pública de que Salomão era o herdeiro.

Giom. A fonte de Giom, localizada a acerca de 800m ao norte da fonte de Rogel (v. 9), era uma das principais supridoras de água de Jerusalém (2Cr 32:30; 33:14). Devido à topografia, a fonte de Rogel não era visível de Giom; no entanto, as duas fontes estavam a uma distância em que era possível ouvir sons provenientes uma da outra (v. 41).

* 1:34

o ungirão rei sobre Israel. Sacerdotes (Êx 28:41; 29.4-9; Lv 4:3,5,16), reis (1Sm 2:10; 9:16, 10.
1) e, ocasionalmente, profetas (1Rs 19:16), eram ungidos no antigo Israel. A palavra hebraica traduzida em português por "ungido" tornou-se um termo técnico para indicar os ungidos do Senhor, usualmente com conotações régias. Esse título normalmente é traduzido por "messias". A palavra grega para "ungido" é Christos (em português, Cristo, Mt 1:17). Embora Salomão tenha recebido as promessas divinas feitas a Davi, essas promessas só foram plenamente cumpridas por ocasião da vinda de Jesus Cristo.

tocareis a trombeta e direis: Viva o rei Salomão! Uma celebração pública da nova posição de Salomão como príncipe coroado (conforme 1Sm 10:24; 2Sm 15:10; 16:16; 2Rs 9:13; 11:12).

* 1:35

sobre Israel e sobre Judá. Embora composta por doze tribos, a nação de Israel compunha-se de duas grandes unidades, Israel, ao norte, e Judá, ao sul. Quando Davi tornou-se rei, ele teve de receber a aprovação tanto de Judá (2Sm 2:4) quanto de Israel (2Sm 5:3). Na qualidade de herdeiro da dinastia davídica, Salomão tornou-se rei de ambas essas áreas ao mesmo tempo.

* 1:38

a guarda real. Ou: "os queretitas e os peletitas". Ver nota no v. 8.

* 1:39

Zadoque, o sacerdote. Na antiga nação de Israel tanto os sacerdotes quanto os profetas podiam oficiar na unção de um rei (1Sm 9:16; 16:12; 2Rs 9:1-3; 11:12).

tabernáculo. Uma referência à tenda armada por Davi (2Sm 6:17) para abrigar a arca da Aliança (Êx 37:1-9), e que não era a mesma coisa que o tabernáculo de Moisés (Êx 35:4-29; 36.8-38; 1Rs 3:4; 13 16:39'>1Cr 16:39 e 21.29).

* 1:41

Adonias... ouviram. Ver nota no v. 33.

* 1:47

E o rei se inclinou. Davi louvou a Deus (v. 48), porque a sua oração pela sucessão fora respondida favoravelmente (conforme Gn 47:31).

* 1:50

pontas do altar. As "pontas do altar" eram projeções que se assemelhavam a chifres, que saíam dos quatro cantos, no alto do altar (ver Êx 27:2; 29:12; Lv 4:7; Sl 118:27). O lugar de sacrifício era sagrado, e Adonias buscara refúgio ali, perante Deus, na esperança de que não seria morto (Êx 21:12-14; 1Rs 2:28-34).

* 1:52

Se for homem de bem. Salomão poupa a Adonias, sob a condição de que ele se portasse como cidadão leal no reino de Salomão.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Reis Capítulo 1 do versículo 1 até o 53
1:1 o Israel estava ao final dos anos dourados do reinado do Davi. O primeiro livro de Reis começa com um reino unido, glorioso e centrado em Deus. Termina com um reino dividido, degradado e idólatra. A razão da queda do Israel nos parece simples: não obedeceram a Deus. Mas nós também somos vulneráveis às mesmas forças que levaram ao Israel à decadência: ambição, ciúmes, fome de poder, pouco respeito dos votos matrimoniais e superficialidade em nossa devoção a Deus. Quando lemos a respeito destes trágicos sucessos na história do Israel, devemos nos ver no espelho de suas experiências.

1:4 Davi tinha uns setenta anos de idade. Sua saúde se deteriorou pelos anos de dificuldades. Abisag serve como sua enfermeira e para mantê-lo abrigado. Em tempos em que a poligamia era aceita e os reis tinham haréns, esta ação não foi considerada ofensiva.

1:5 Adonías foi o quarto filho do Davi e era a eleição lógica para acontecê-lo como rei. O primeiro filho do Davi, Amnón, tinha sido assassinado pelo Absalón por ter violado a sua irmã (2Sm 13:20-33). Seu segundo filho, Daniel, só se menciona na genealogia de 1Cr 3:1 e provavelmente tenha morrido nesse tempo. O terceiro filho do Davi, Absalón, morreu em uma rebelião anterior (2Sm 18:1-18). Apesar de que muita gente esperava que Adonías fora o seguinte rei (2Sm 2:13-25), Davi (e Deus) tinham outros planos (2Sm 1:29-30).

1:5 Adonías decidiu apoderar do trono sem o conhecimento do Davi. Sabia que Salomão, e não ele, era a primeira eleição do Davi para ser próximo rei (1.17). Esta é a razão pela qual não convidou ao Salomão nem aos conselheiros reais do Davi quando se proclamou rei (1.9, 10). Mas seus planos fraudulentos para ganhar o trono não tiveram êxito. O soberbo Adonías se exaltou a si mesmo e com isto obteve sua própria derrota.

BETSABE

Betsabé foi o vínculo menos esperado entre os dois reis mais famosos do Israel: Davi e Salomão. Foi amante e esposa de um e mãe do outro. Seu adultério com o Davi quase terminou com a família por meio da qual Deus planejou entrar fisicamente ao mundo. A partir das cinzas desse pecado, entretanto, Deus trouxe bem. À larga Jesucristo, a salvação da humanidade, nasceu de um descendente do Davi e Betsabé.

A história do Davi e Betsabé ilustra que pequenas decisões errôneas freqüentemente levam a enganos maiores. É provável que nenhum deles dois estivesse onde devia estar. Betsabé pôde ter sido imprudente ao banhar-se onde a pudessem ver; Davi devia ter estado na guerra com seu exército. Cada uma destas decisões contribuiu ao começo de uma série de sucessos muito tristes.

Betsabé deveu haver-se sentido devastada pela cadeia de feitos: infidelidade para seu marido, descobrimento de seu embaraço, a morte de seu marido, a morte de seu filho. Nos diz que Davi a consolou (2Sm 12:24), e viveu para ver outro de seus filhos, Salomão, sentado no trono.

Desprendemos de sua vida que as pequenas decisões diárias que tomamos são muito importantes. Preparam-nos para tomar as decisões corretas quando chega o momento das grandes decisões. A sabedoria de tomar as decisões corretas em assuntos pequenos e grandes é um dom de Deus. O entender isto nos fará mais conscientes das decisões que tomamos e mais dispostos a incluir deus em nossa tira de decisões. pediu a ajuda de Deus nas decisões de hoje?

Pontos fortes e lucros:

-- Chegou a influir no palácio a favor de seu filho, o rei Salomão

-- Foi a mãe do rei mais sábio do Israel e o antepassado do Jesucristo

Debilidades e enganos:

-- Cometeu adultério

Lições de sua vida:

-- Apesar de que podemos nos ver apanhados em uma cadeia de acontecimentos, seguimos sendo responsáveis pela forma em que participamos deles

-- Um pecado pode parecer-se com uma pequena semente, mas a colheita de conseqüências não se pode medir

-- Nas piores situações possíveis, Deus segue sendo capaz de tirar o bem quando a gente se volta para o de coração

-- Mesmo que devemos viver com as conseqüências naturais de nossos pecados, o perdão do pecado proveniente de Deus é completo

Dados gerais:

-- Onde: Jerusalém

-- Ocupações: Reina e reina mãe

-- Familiares: Pai: Elim. Maridos: Urías e Davi. Filho: Salomão

-- Contemporâneos: Natán, Joab, Adonías

Versículos chave:

"Ouvindo a mulher do Urías que seu marido Urías era morto, fez duelo por seu marido. E passado o luto, enviou Davi e a trouxe para sua casa; e foi ela sua mulher, e deu a luz um filho. Mas isto que Davi fazia, foi desagradável ante os olhos do Jeová" (2Sm 11:26-27).

Sua história se relata em 2 Smamuel 11, 12 e 2 Rsseis 1:2. Uma passagem relacionado é Salmo 51.

1:6 Pessoas temerosas de Deus, como Davi e Samuel, foram usadas pelo para guiar às nações, mas entretanto tiveram problemas em suas relações familiares. Os líderes temerosos de Deus não podem dar por feito o bem-estar espiritual de seus filhos. Estão acostumados a que outros sigam suas ordens, mas não podem esperar que seus filhos fabriquem sua fé a pedido. O caráter moral e espiritual leva anos para formar-se, e requer também de uma atenção contínua e uma disciplina paciente.

Davi serve bem a Deus como rei, mas como pai freqüentemente lhe falhou tanto a Deus como a seus filhos. Não permita que nem sequer seu serviço a Deus nos postos de liderança lhe tirem tanto de seu tempo e energia que o façam descuidar as outras responsabilidades que Deus lhe deu.

1:6 Devido a Davi nunca tinha intervindo opondo-se ou questionando a seu filho, Adonías não sabia como desembrulhar-se dentro dos limites. O resultado foi que sempre quis fazê-lo tudo a seu modo, sem lhe importar como afetaria a outros. Adonías fez o que quis e não respeitou os desejos de Deus. Um menino indisciplinado pode ver-se lindo para seus pais, mas um adulto indisciplinado se destrói a si mesmo e a outros. Quando estabelecer limites para seus filhos, deixe a possibilidade de que possam desenvolver o domínio próprio que necessitarão para poder controlar-se mais tarde. Discipline a seus filhos com cuidado enquanto são jovens, para que cheguem a ser adultos autodisciplinados.

1:7 Veja o perfil do Joab em 2 Smamuel 19 para um quadro mais completo de sua vida. Para mais informação a respeito do Abiatar, veja-a nota a 1Sm 22:20.

1:9 Quando Saul foi ungido rei, sacrificaram-se oferendas de comunhão como aviso do pacto da nação com Deus que tinha sido dado no monte Sinaí. Adonías quis que se oferecessem sacrifícios, possivelmente com a esperança de seu legitimizar tira do poder. Mas Adonías não era a eleição de Deus para acontecer ao Davi. Selar uma ação com uma cerimônia religiosa não a converte na vontade de Deus.

1:11 Para mais informação a respeito do Betsabé, esposa do Davi, leia-se 2 Smamuel 11, 12. Como mãe do rei, Betsabé teve muita influência em seu palácio real.

1.11-14 Quando Natán soube da conspiração do Adonías, rapidamente tratou de detê-la. Era um homem de fé e ação. Sabia que Salomão devia ser rei, e se moveu com rapidez quando viu alguém tratando de lhe usurpar o trono. Freqüentemente sabemos o que é correto mas não atuamos assim. Possivelmente não queremos nos ver envoltos, ou possivelmente somos frouxos. Não trate de deter as coisas somente com oração, boas intenções ou sentimentos de ira. Atue como se requeiro para corrigir a situação.

1:13 A Bíblia não registra a promessa do Davi de que Salomão seria o seguinte rei do Israel, mas está claro que Salomão era a eleição tanto do Davi (1.17,
30) como de Deus (1Cr 22:9-10).

1:39 O azeite sagrado era usado para ungir aos reis e supremos sacerdotes, assim como também para dedicar certos objetos a Deus. O tabernáculo onde se guardava o azeite era provavelmente a loja que Davi estabeleceu para guardar o arca do pacto (2Sm 6:17). Não era o tabernáculo que levava Moisés no deserto, esse tabernáculo ainda estava no Gabaón (veja-a nota a 1 Smamuel 7.1 para mais detalhe). A receita e os usos do azeite sagrado se encontram em Ex 30:22-33. Para mais informação sobre a unção, vejam-nas notas de 1Sm 10:1 e 16.13.

1.49, 50 Algumas vezes precisa ver-se apanhado para estar disposto a render-se. Quando Adonías soube que seus planos tinham sido descobertos, fugiu cheio de pânico para o altar sagrado, o símbolo mais alto da misericórdia e do perdão de Deus. Entretanto, foi ali depois que tiraram o chapéu seus planos. Se Adonías tivesse considerado primeiro o que Deus queria, podia haver-se evitado os problemas. Não espere até que já tenha feito um desastre para correr a Deus, é muito melhor procurar a guia de Deus antes de atuar.

1.49-51 Tanto Adonías como seu general, Joab, pensaram que estariam a salvo ao agarrar-se dos chifres (ou postes de esquina) do altar do holocausto do tabernáculo. Esperavam ficar sob o amparo de Deus. Salomão garantiu ao Adonías uma trégua, mas mais tarde o mandou executar no mesmo altar (2.28-34). Este castigo foi justo e apropriado para um assassino a sangue frio como Joab (Ex 21:14).

1:52, 53 Quando Adonías temeu por sua vida e esperava o pior castigo, Salomão simplesmente fez que se retirasse seu irmão e o mandou a sua casa. Como novo rei, Salomão tinha o poder de matar a seus rivais, algo que Adonías teria feito se sua conspiração tivesse triunfado. Mas Salomão atuou como se não tivesse nada que provar, assim demonstrou sua autoridade e poder. Em algumas ocasione se mostra mais fortaleça ao perdoar ao que atacou nossa pessoa que ao repreendê-lo a chicotadas por mera vingança. O tratar de provar nosso poder e autoridade freqüentemente demonstra só nosso medo e dúvida. Só depois de que Adonías fez outro intento para assegurar o poder real foi quando Salomão se viu forçado a executá-lo (2.13-25).


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Reis Capítulo 1 do versículo 1 até o 53

I. A LUTA sobre a sucessão (1Rs 1:1 e 2Sm 5:1 ). No entanto, o filho de Saul, Isbosete, foi feito rei pela autoridade de Abner, capitão do exército de Saul (2Sm 2:8 ). Além disso, havia a possibilidade de a tradição da primogenitura, pelo qual o primeiro-nascido, filho era considerado o herdeiro, e a escolha pessoal do monarca, Davi.

A. rivais para o trono (

Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Reis Capítulo 1 do versículo 1 até o 53
I Reis 1:4

Agora, iniciamos o estudo da vida e do reinado de Salomão, filho e su-cessor de Davi no trono de Israel. Em Davi, temos um modelo de Cris-to em sua humilhação, em seu exí-lio e em sua rejeição, mas, em Salo-mão, vemos o "Príncipe da Paz" (o nome Salomão significa "pacífico") reinando em glória e esplendor so-bre seu povo. Davi realizou as con-quistas que capacitaram Salomão a viver e a reinar em paz e magnífica prosperidade.

  • Salomão cumpre a Palavra de Deus (1)
  • Davi não era mais capaz de exe-cutar suas tarefas reais. Assim, seu filho Adonias tirou vantagem da situação e proclamou-se rei de Is-rael. Ele anunciou: "Eu reinarei", embora soubesse que Deus indica-ra Salomão para suceder Davi (1:17 e 2:13-15). Adonias rebelava-se de- liberadamente contra a vontade do Senhor. Infelizmente, alguns conse-lheiros da confiança de Davi con-cordaram com o perverso complô, mesmo Joabe (a quem, certa vez, Davi tentara reintegrar; veja 2Sm 19:11-10 e 20:4-13) e Abiatar, o sacerdote. O traiçoeiro príncipe se-guiu o exemplo de Absalão ao pro-videnciar carros para tentar impres-sionar o povo (veja 2Sm 15:1 ss).

    Entretanto, três servos leais to-maram a frente no assunto e infor-maram Bate-Seba do que acontecia. Ela, por sua vez, levou a mensagem ao rei Davi, sabendo que ele não quebraria a promessa de que Salo-mão, seu filho, seria o próximo rei. Todo o plano correu bem, e Davi deixou muito claro que queria que Salomão assumisse o trono de ime-diato. Zadoque, Natã e Bate-Seba não perderam tempo em colocar Salomão sobre a mula real e procla-má-lo o novo rei de Israel. O versí-culo 40 sugere que o povo recebeu a notícia com muita alegria. No en-tanto, a notícia deixou Adonias e sua confiante multidão de admiradores em pânico, pois agora todos sabiam de sua traição. O príncipe rebelde correu ao altar do Senhor em busca de proteção, mas Salomão prome-teu não matá-lo. Com freqüência, as pessoas perversas correm para Deus em busca de ajuda sem arrependi-mento sincero no coração.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Reis Capítulo 1 do versículo 1 até o 53
    1.2 A moça havia de ser criada de confiança, e, além disso, teria de transmitir ao velho rei o calor da juventude, mas não era considerada como uma esposa, veja v. 4 e 2.17.
    1.5 Adonias. O quarto filho de Davi (2Sm 3:3-10). Amnom e Absalão morreram (2Sm 13:28; 2Sm 18:14) e já que Quileabe não aparece mais na narrativa bíblica, depois do registro do seu nascimento, não devemos duvidar que Adonias se considerava herdeiro (2.15).

    • N. Hom. 1.6 jamais seu pai o contrariou. As conseqüências da fraqueza dos pais em disciplinar seus filhos não tardam em aparecer. Quatro exemplos disso: Eli, 1Sm 3:13; Samuel, 1Sm 8:3; Davi, e Acabe, 1 Rs 22:52-54. A fraqueza de Eli neste pormenor causou a destruição de sua inteira descendência. Não se descrevem, exatamente, as falhas de Samuel como pai, mas o mau comportamento de seus filhos era uma razão suficiente para os líderes de Israel escolherem o caminho desastroso, preferindo serem regidos por um rei, e não por um profeta de Deus. Embora Davi tivesse uma vida exemplar, não soube disciplinar seus filhos, de modo que, quando um deles, Amnom, praticou o incesto, outro, Absalão, o assassinou. Acabe foi um rei totalmente mau, cujo exemplo pecaminoso corrompeu a seu filho Acazias, o qual arrastou Israel às profundezas do pecado.

    1.7 Joabe. Um dos personagens mais exóticos e Mais paradoxais do Antigo Testamento. Embora fosse primo de Davi (1Cr 2:15-13), foi o seu próprio valor que o fez merecedor da posição de general dos exércitos de Davi. Normalmente era, leal a Davi, apesar de ser, às vezes, um homem traiçoeiro e cruel.

    1.11 Natã. Note-se a lealdade deste mesmo profeta que fora tão corajoso em repreender a Davi pelo seu duplo pecado contra Urias (2Sm 12:1-10). Ser franco, comovendo alguém a abandonar o pecado, é devotar-lhe a melhor amizade (Pv 27:5-20).

    1.19 Imolou. Trata-se de uma festa religiosa pala celebrar a coroação. O lugar escolhido era um santuário que tinha uma fonte sagrada, a fonte de Rogel. As forças armadas, a família real e a organização religiosa estavam todas ali, representadas.

    1.21 Seremos tidos por culpados, No mundo inteiro a política tem tratado todos os rivais vencidos como a criminosos, eliminando os que poderiam ter pretensões, ao poderio cívico.

    1.24 Acaso disseste. Natã age como quem está pedindo informações respeitosas. Não tendo uma mensagem específica a entregar, da parte de Deus, mostra-se cortês e prudente.

    1.27 Não fizeste saber. Dentro do respeito e da cortesia, há, aqui, um pouco de estranheza da parte de Natã, pois houvera atividades cívicas, as quais, os fiéis conselheiros do rei não haviam sido convidados, e uma suave indagação sobre as intenções prévias do rei, nas quais Salomão constava como herdeiro.

    1.28 Chamai-me. A chegada do profeta, pomposamente anunciada (23) seria o sinal para a retirada da esposa do rei conforme o costume oriental. Agora Davi a chamava de volta para que participe da decisão solene e pública em favor do seu filho.

    1.31 Viva o rei. Esta saudação era tão automática, que até na hora de fazerem-se os preparativos para a morte dele, foi empregada. Quantas vezes falta sinceridade em nossas saudações diárias.

    1.32 Zadoque... Natã... Benaia. O rei está convocando um tipo de quorum suficiente para a coroação oficial: o sacerdócio, o ministério profético e o exercito. O ato, indiretamente, inclui a deposição do sacerdote do general que apoiavam a Adonias, como logo se vera.

    1.33 Giom. Uma fonte bem perto de Jerusalém, provavelmente a fonte da Virgem no vale do Cedrom.

    1.35 Ordenei. A coroação de Salomão era legítima pela ordem do monarca reinante; pela unção, através das mãos dos líderes religiosos (34), que era símbolo do favor divino, o qual também se manifestara claramente desde o nascimento de Salomão (2 Sm 12.2425); pelo poder da guarda real (38); e pela aclamação do povo (39).

    1.39 Viva o rei Salomão. Os primeiros onze capítulos Dt 1:0), mas, se houvesse cometido crime de traição premeditado, "tirá-lo-ás até mesmo do meu altar, para, que morra" (Êx 21:14).

    • N. Hom. 2:2-4 O Caminho da Verdadeira Prosperidade. Comparando-se esta passagem bíblica com Js 1:8-6 e com Sl 1:2-19, fica claramente entendido que a plenitude da verdadeira prosperidade da vida se reserva aos que lêem a Palavra de Deus, que a estudam num espírito de fé, é obedecem aos princípios dela emanados.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Reis Capítulo 1 do versículo 1 até o 53
    I. INTRIGA NA CORTE E O NOVO REI (1.1—2.46)
    A introdução de Abisague (1:1-4)
    v. 1. o rei Davi envelheceu (conforme 2Sm 5:4): possivelmente em torno de 70 anos; Salomão poderia ter 20 anos nessa época e já estar casado (cp. 14.21 com 11.42). Abisague é introduzida na história em virtude de sua importância mais tarde (2.17). v. 2. a fim de aquecer o rei: há paralelos em outros textos antigos que testificam dessa receita estranha.

    A investida de Adonias para tomar o trono (1:5-10)
    v. 5. Adonias, cuja mãe se chamava Hagite (conforme 2Sm 3:4): Quileabe parece ter morrido bem jovem, assim Adonias era o filho sobrevivente mais velho. As analogias com povos vizinhos teriam feito dele o herdeiro legítimo, porém não havia nenhum padrão fixo de sucessão em Israel. Ele e os seus assessores acharam que a coisa mais sábia a fazer era forçar a questão. (Dt 21:15-5 fala de herança em geral, não de sucessão.) Tanto Saul quanto Davi eram líderes carismáticos, aclamados pelo povo como reis evidentemente dados por Deus, mas o padrão estava mudando.

    carruagem e cavalos: a mesma ostentação que Absalão tinha usado (2Sm 15:1). Davi era na melhor das hipóteses um pai tolerante demais (v. 6) e agora tão debilitado que o vácuo de poder gerou conspirações palacianas. Adonias escolheu Joabe e Abiatar (v. 7), dois companheiros de confiança de Davi em dias passados. Por que eles deram cobertura a Adonias é um enigma. Talvez a natureza extrovertida dele os lembrava do jovem e vigoroso Davi, a quem tinham servido com tanto zelo. Talvez aceitassem o princípio do “filho mais velho” e achassem que estava na hora de acontecer alguma coisa. v. 8. Zadoque [...] Benaia [...] Natã são identificados como partido rival. A guarda especial era constituída de soldados regulares, diferente das tropas de tempos de guerra que Joabe comandava. Benaia estava no comando dos mercenários estrangeiros mencionados no v. 38 (conforme 2Sm 8:18). v. 9. Então Adonias sacrificou ovelhas, bois...: todo abate de carne era um ato religioso, assim a festa era tecnicamente um sacrifício, embora naquele tempo o sacrifício não fosse restrito aos sacerdotes. En-Rogel: uma fonte no vale de Cedrom aproximadamente a meio quilômetro fora dos muros da cidade, v. 10. não convidou o profeta Natã...: porque, se ele compartilhasse uma refeição com eles, não poderia posteriormente matá-los se mais tarde se tornassem uma ameaça ao trono.

    O apelo ao rei (1:11-27)
    Natã aparece como um conselheiro de confiança e planeja a sua campanha com habilidade e rapidez, v. 11 .filho de Hagite'. um astuto jogo de palavras relacionado ao ciúmes do harém. v. 13. o seu filho Salomão me sucederá como rei: não há registro de uma promessa exatamente assim, mas o oráculo de 2Sm 7:0) e lembra a promessa salomônica (v. 29,30). As suas instruções enérgicas mostram que essa tinha sido a sua intenção o tempo todo e que não era inclinação irrefletida e débil diante das sugestões de conselheiros astutos. Ele manda buscar o sacerdote Zadoque (v. 32) que estava ocupando a função junto com Abiatar (2Sm 15:24-10 sugere que Davi considerava Zadoque o sacerdote responsável, mas 2.35 sugere o contrário). Davi confia nas suas tropas de mercenários, os conselheiros do seu senhor (“servos de vosso senhor”, ARA). Esses eram os queretitas e os peletitas (v. 38), soldados cretenses e filisteus cuja única lealdade era para com o rei que lhes pagasse — mais uma característica de Israel se tornando “como as outras nações”. Salomão deveria montar a mula de Davi (v. 33) como símbolo da sucessão também em relação ao privilégio real. Os cavalos ainda não tinham se tornado animais de montaria em Israel; a maioria das povos montava asnos; mulas eram raras (e.g., 2Sm 13:29). Giom ficava a cerca Dt 1:0) dá lugar a uma designação política, v. 35. Eu o designei para governar. “governar”, ou “governante” (nãgtd) é a palavra preferida pelos profetas (e.g., 1Sm 13:142Sm 7:8; lRs 14.7), mostrando a função, sob a direção de Deus, do cidadão principal, em vez de “rei” {melek), que poderia facilmente degenerar para a tirania dos monarcas das nações vizinhas. Israel e Judá\ um título duplo que levanta a pergunta fundamental de se alguma vez houve uma monarquia verdadeiramente unida (conforme o cap. 12). v. 36. Assim se fará! Benaia apresenta o discurso de um soldado profissional e amigo pessoal.

    Salomão é proclamado rei (1:38-40)
    O grupo desceu o íngreme caminho da colina em direção a Giom que fica próxima do fundo do vale (v. 38). Zadoque pegou o chifre com óleo na tenda que Davi tinha armado para abrigar a arca (2Sm 6:17) e ungiu Salomão (v. 39), o que era ao mesmo tempo um ato civil e religioso, fazendo dele um governante civil e pessoa sagrada (v. 1Sm 24:6 acerca do reconhecimento de Davi da sua própria santidade). Então todo o povo o acompanhou (v. 40), e a cerimônia com grande presença popular é contrastada com o grupo privado de conspiradores de Adonias.

    O fracasso de Adonias (1:41-53)
    A história transmite bem a total surpresa e o desespero que sentiram os festejadores; os seus planos tinham sido completamente aniquilados nas poucas horas em que estavam festejando, v. 42. Falava ele ainda-, o relato de Jônatas contém detalhes posteriores ao retomo triunfal do grupo de Salomão para a cidade; assim, o toque da trombeta (v. 41) que Joabe ouviu deve ter sido das últimas proclamações na cidade. Salomão já se assentou no trono real (v. 46) como o ato final da iniciação, e as felicitações e a reação de Davi (v. 47,48) deixam claro a Adonias que essa não era uma conspiração de um grupo rival, mas contava com a aprovação total de Davi. v. 50. Adonias, com medo de Salomão, visto que a prática comum era matar os concorrentes ao trono. Em todo caso, ele foi pego num ato de traição, e as relações entre os meio-irmãos podem não ter sido as mais cordiais antes disso. Ele se beneficiou do santuário tradicional de um lugar sagrado e agarrou-se às pontas do altar. Salomão o poupa com uma admoestação, e ele veio e se curvou solenemente perante o rei Salomão (v. 53) — uma inversão amarga das esperanças daquela manhã. Vá para casa\ não é necessariamente prisão domiciliar, mas uma ordem para que se retirasse da vida pública.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Reis Capítulo 1 do versículo 11 até o 40
    c) Salomão é ungido rei (1Rs 1:11-40)

    Não se suponha que a conspiração de Adonias era desconhecida dos partidários de Salomão ou mesmo de Davi. É possível, contudo, que estes a não tomassem a sério. Nada indicava a próxima deposição de Davi. Decidira-se, provavelmente, surpreendê-lo com o fato consumado, na certeza de que ele não resistiria ao golpe. Para que salves a tua vida e a de Salomão teu filho (12). O fato de Salomão não ter sido convidado para a festa reveste-se da maior importância (cfr. vers. 19). A sua influente mãe compartilharia, provavelmente do mesmo destino. Não juraste tu? (13) O episódio não é previamente relatado. E Abisague, a sunamita, servia ao rei (15). Baseando-nos no versículo 17 do capítulo 2 é lícito supor que Abisague entrasse na conspiração; aliás, seria irrelevante, neste versículo, a alusão ao seu nome. O seu papel seria impedir que alguém prevenisse o rei do que se passava; mas a esposa favorita do rei não poderia ela impedir de entrar. Os capitães do exército (25). A versão da Septuaginta "Joabe, capitão do exército" (cfr.
    19) é muito provavelmente a versão correta. Nada permite supor que Adonias pudesse contar com o apoio de todo o exército.

    >1Rs 1:28

    Chamai-me a Bate-Seba (28); de acordo com o protocolo oriental ela retirara-se quando Natã fora anunciado, assim como Natã se retirou quando ela entrou (cfr. vers. 32). As vigorosas e minuciosas instruções ditadas por Davi mostram que a sua senilidade era menos real que aparente. Na mula que é minha (33); conforme 2Sm 13:29; 2Sm 18:9 em que se demonstra o uso da mula pelo rei e pela família real. Lv 19:19 parece condenar a criação mas não a utilização da mula. Giom (33); provavelmente a Fonte da Virgem no vale de Cedrom (ver comentário ao vers.
    9) a qual era mais perto da cidade que Rogel. Os quereteus e os peleteus (38); ver comentário a 2Sm 8:18. O tabernáculo (39); ver 2Sm 6:17. Tocava gaitas (40). Leia-se, segundo a Septuaginta e outras versões, "dançava danças".


    Dicionário

    Bate

    substantivo masculino Variação de batimento.
    Etimologia (origem da palavra bate). De bater.
    substantivo masculino Raqueta com cabo, própria para receber a bola, em certos jogos.

    substantivo feminino Tratamento dado às amas de crianças; ba.
    Etimologia (origem da palavra ). Red de ba.

    substantivo feminino Tratamento dado às amas de crianças; ba.
    Etimologia (origem da palavra ). Red de ba.

    Davi

    Nome Hebraico - Significado: Amado.

    o segundo e o mais ilustre dos reis de israel. Era filho de Jessé, bisneto de Rute, e nasceu em Belém, sendo o mais novo de uma família de dez. Davi, na sua mocidade, foi pastor, ocupação que nos países orientais era geralmente exercida pelos escravos, pelas mulheres, ou pelos íntimos da família. Apesar de tudo isto foi ungido por Samuel para ser rei de israel. Como era hábil tocador de harpa, foi chamado por Saul com o fim de suavizar a melancolia do infeliz monarca (1 Sm 16). o lugar do recontro de Davi com Golias foi Efes-Damim (1 Sm 17), que fica entre os montes da parte ocidental de Judá – e o ribeiro que corria entre dois exércitos era o Elá, ou ‘o Terebinto’, que hoje tem o nome de Wady Es-Sunt. A fama que Davi adquiriu pelo fato de ter vencido o gigante, se por um lado motivou o seu casamento com Mical, filha do rei, foi, também, causa de ter Saul maliciosos ciúmes do jovem guerreiro. Todavia, o rei nomeou Davi capitão da sua real guarda, posição somente inferior à de Abner, o general do exército, e à de Jônatas, o presuntivo herdeiro do trono. Davi e Jônatas vieram a ser dedicados amigos, mas a louca inveja e os maus intentos do rei arrastaram por fim Davi para o exílio. Ele foi ter primeiramente com o sacerdote Aimeleque, mas depois refugiou-se na corte de Aquis, o filisteu monarca de Gate, e dali pôde livrar-se, fingindo-se louco (1 Sm 19 a 21). Retirando-se de Gate, escondeu-se Davi na caverna de Adulão – e foi depois para uma fortaleza perto de En-Gedi – e mais tarde apareceu no bosque de Herete ao sul de Judá. Aqui se juntou a Davi um grupo de homens dedicados, que de boa vontade compartilhavam os seus perigos. É verdade que pertencer ao partido de Davi era uma situação perigosa, e isso se patenteou no assassinato de Aimeleque e dos sacerdotes que Doegue o idumeu, perpetrou por mandado de Saul (1 Sm 22). os amigos de Davi entraram na fortificada cidade de Queila, e esperava Saul apanhá-los ali de surpresa (1 Sm 23). Em contraste com a furiosa perseguição, movida contra Davi, manifesta-se a cavalheiresca atenção do fugitivo para com ‘o ungido do Senhor’, como se mostrou quando ele poupou a vida de Saul no deserto de En-Gedi (1 Sm 24), e no deserto de Zife (1 Sm 26). Foi para esta nobre disposição que Abigail apelou no caso do insensato Nabal (1 Sm 25). Por algum tempo achou Davi abrigo junto de Aquis, rei de Gate, e então Saul não o procurou mais (1 Sm 27.4). Na ausência de Davi, foi tomada Ziclague e incendiada pelos amalequitas – mas Davi perseguiu os invasores, derrotou-os, e assim pôde livrar do cativeiro muitas pessoas, entre as quais estavam as suas próprias mulheres (1 Sm 30). Depois da desastrosa batalha de Gilboa (1 Sm 31), proferiu Davi aquela tocante lamentação a respeito de Saul e Jônatas (2 Sm 1). Davi veio a ser, então, rei de Judá – foi ungido em Hebrom (2 Sm 2), e reinou ali por mais de sete Prolongada guerra houve entre a casa de Saul e a casa de Davi (2 Sm 3.1). Mas, depois do assassinato de is-Bosete, filho de Saul (2 Sm 4), ato que foi fortemente desaprovado por Davi, tornou-se ele rei de todo o povo de israel (2 Sm 5). Pensou, então, em conquistar uma fortaleza, a única que no centro daquela terra tinha resistido às forças do povo escolhido. Por meio de um repentino assalto foi tomada a cidade de Jebus, sendo daí para o futuro conhecida pelo seu antigo nome Jerusalém, e também pelo nome de Sião (2 Sm 5). Esta cidade foi grandemente fortificada, tornando-se a capital do reino. A arca foi transportada com grande solenidade de Quiriate-Jearim sendo construída uma nova tenda ou tabernáculo para recebê-la (2 Sm 6). A prosperidade continuou a bafejar as armas de Davi – mas no meio de tantos triunfos, quando o seu exército estava cercando Rabá, caiu ele nas profundezas do pecado, planejando a morte de Urias, depois de ter cometido adultério com Bate-Seba (2 Sm 11). Convencido da sua grave falta, arrependeu-se, implorando a misericórdia do Senhor, e foi perdoado – mas a parte restante da sua vida foi amargurada com questões de família. Absalão, seu filho muito amado, revoltou-se contra ele, e por algum tempo Davi teve de exilar-se – mas por fim morreu o ingrato e revoltado israelita, que tanto martirizou seu pai (2 Sm 15 a 18). o insensato procedimento do rei, na numeração do povo, enevoou ainda mais a vida de Davi (2 Sm 24). Finalmente, depois de ter Adonias pretendido o trono, abdicou Davi em favor de Salomão, confiando-lhe, além disso, a tarefa de edificar o templo, para o qual ele tinha reunido muitos materiais. E, depois das recomendações finais ao seu sucessor, descansou com seus pais, ‘e foi sepultado na cidade de Davi’ (1 Rs 1 e 2). A vida de Davi acha-se cheia de incidentes românticos e de contrastes surpreendentes. É, realmente, uma história humana, que manifesta tanto a fraqueza como a força de uma alma de extraordinária capacidade. o ter sido qualificado Davi como homem ‘segundo o coração de Deus’ (1 Sm 13.14 e At 13:22) não significa, de forma alguma, que Davi fosse homem perfeito, mas somente que ele era um agente escolhido do Senhor para os Seus profundos desígnios. os pecados de Davi foram causa de graves acontecimentos na sua vida, mas nele se via um homem que se humilhou a si mesmo em grande arrependimento na convicção de haver pecado (2 Sm 12). Sobre o caráter geral de Davi diz o deão Stanley o seguinte: ‘Tendo em vista a complexidade dos elementos que constituem o caráter de Davi, a paixão, a ternura, a generosidade, a altivez, as suas qualidades de soldado, pastor, poeta, estadista, sacerdote, profeta, rei – considerando ainda nesse homem extraordinário o amigo romântico, o guia cavalheiresco, o pai dedicado, não se encontra em todo o A.T. outra pessoa com a qual ele se possa comparar… É ele o tipo e a profecia de Jesus Cristo. Não se chama a Jesus o filho de Abraão, ou o filho de Jacó, ou o filho de Moisés, mas sim o ‘filho de Davi’.

    Dados Gerais

    Davi é o nome do maior rei de Israel e o ancestral humano do Senhor Jesus. Sua história, suas realizações e seus problemas receberam um tratamento extensivo, de I Samuel 16 a II Reis 1 e em I Crônicas 2:29. O significado do nome ainda é incerto. A conexão com a palavra acadiana dawidûm (chefe, comandante) é atraente, embora duvidosa. É mais provável que esteja associado com a raiz hebraica dwd (amor), para dar o significado de “amado”. Alguns sugerem que Davi seja um cognome real e que seu nome é Elanã (Heb. “Deus é gracioso”), o herói que matou Golias (2Sm 21:19). Embora essa solução possa resolver a aparente discrepância entre I Samuel 17, cujo texto relata que Davi matou Golias, e II Samuel 21:19, o qual menciona que foi Elanã quem matou o gigante, cria outro problema: por que então Elanã seria relacionado na lista dos heróis de Davi? Outra sugestão é feita a partir de I Crônicas 20:5, que identifica Elanã como o herói que matou Lami, irmão de Golias. Desde que não se tem certeza se foi em II Samuel 21:19 ou em I Crônicas 20:5 que houve uma corrupção textual, a identificação de Elanã é incerta.

    Antecedentes

    Davi era o mais novo dos oito filhos de Jessé, um efrateu de Belém (1Sm 17:11-12). Jessé era descendente da tribo de Judá e bisneto de Boaz e Rute, a moabita (Rt 4:18-22; cf. 1Cr 2:1-15; Mt 1:2-6; Lc 3:31-38).

    Na juventude, Davi cuidava dos rebanhos da família. Como pastor, aprendeu a cuidar dos animais, bem como a protegê-los dos predadores. Essa experiência o ensinou a depender do Senhor, conforme afirmou para Saul: “O Senhor que me livrou das garras do leão, e das garras do urso, me livrará da mão deste filisteu” (1Sm 17:37).

    Davi era também um bom músico. Quando Saul sofria de depressão e crises de melancolia, seus servos, conhecendo a reputação desse jovem, mandaram chamá-lo (1Sm 16:16). Um deles disse: “Vi um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar bem, e é forte e valente, homem de guerra, sisudo em palavras, e de boa aparência. E o Senhor é com ele” (v. 18). Esse texto relaciona várias características de Davi: seu talento musical, sua bravura, eloquência, boa aparência, mas, acima de tudo, a presença do Senhor em sua vida.

    Davi eleito por Deus para ser rei

    Davi era notável, tanto por seu amor a Deus como por sua aparência física (1Sm 16:12). Depois que Saul foi rejeitado por seus atos de desobediência (1Sm 15:26), o Senhor incumbiu Samuel da tarefa de ungir um dos filhos de Jessé. Os mancebos passaram um por vez diante do profeta, mas nenhum deles foi aprovado por Deus. Depois que os sete mais velhos foram apresentados a Samuel, ele não entendeu por que o Senhor o enviara a ungir um rei naquela casa. O profeta procurava um candidato que se qualificasse por sua estatura física. Afinal, anteriormente tinha dito ao povo que Saul preenchia os requisitos, devido à sua bela aparência: “Vedes o homem que o Senhor escolheu? Não há entre o povo nenhum semelhante a ele” (1Sm 10:24).

    Jessé disse a Samuel que seu filho mais novo, chamado Davi, ainda cuidava dos rebanhos. Depois que foi trazido diante do profeta, ele teve certeza que aquele jovem atendia aos padrões de Deus, pois “o Senhor não vê como vê o homem. O homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1Sm 16:7). Davi recebeu duas confirmações de sua eleição: Samuel o ungiu numa cerimônia familiar e o Espírito do Senhor veio sobre ele de maneira poderosa (v.13).

    Davi com Saul

    Os caps. 16 a 31 de I Samuel são uma antologia solta de histórias, que, como coletânea, receberam o título de “A história da exaltação de Davi”. O propósito dessas narrativas é defender Davi das acusações de ter agido de maneira subversiva, usurpando o trono da família de Saul, sendo responsável pelas mortes de Saul, Jônatas, Abner e Is-Bosete. Deus operava claramente em todas as circunstâncias da vida de Davi, que o elevaram da posição de pastor de ovelhas a músico no palácio do rei, de lutar contra animais selvagens até suas vitórias sobre os filisteus e de herói nacional a refugiado político.

    Primeiro, Davi foi convidado para servir ao rei Saul como músico. Saul sofria de melancolia, porque o Espírito do Senhor o abandonara (1Sm 16:14). Na corte, Davi agradou ao rei, o qual o nomeou seu escudeiro (v. 21).

    Segundo, Deus agiu rapidamente, quando os filisteus atacaram 1srael (1Sm 17). O gigante filisteu, chamado Golias, desafiava Saul e todo o Israel várias vezes por dia, por um espaço de 40 dias (1Sm 17:16). Aconteceu de Davi levar suprimentos para seus irmãos que estavam no acampamento de guerra e teve oportunidade de ouvir o desafio do gigante. Movido por seu zelo pelo Senhor, seu amor pelo povo e pela alta recompensa — riqueza, casamento com a filha do rei Saul e a isenção de pagar impostos — Davi apresentou-se como voluntário para enfrentar Golias naquela batalha. O Senhor estava com ele. Davi triunfou sobre o filisteu, ao matá-lo com uma funda e uma pedra (1Sm 17:50).

    Terceiro, Davi foi convidado para morar no palácio real (1Sm 18:2). Os membros da família do rei o amavam. “A alma de Jônatas ligou-se com a de Davi, e Jônatas o amou como à sua própria alma” (v. 1). Este filho de Saul chegou ao ponto de fazer uma “aliança” com Davi (v. 3). Como expressão de seu profundo amor e respeito pelo filho de Jessé, deu-lhe suas roupas e armadura (v. 4). Mical também amava Davi (v. 20).

    Como sempre acontece, quando muitas coisas boas surgem, a fortuna tornou-se em sina. A fama de Davi cresceu rapidamente. Por toda a nação, as mulheres louvavam seu nome e faziam comparações positivas entre o jovem e o rei: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares” (1Sm 18:7). Esse contraste suscitou o ciúme do rei (v. 8). Ele sabia que seus dias como monarca estavam contados e tinha de proteger o trono para sua família. Assim começaram as atitudes de hostilidade explícita contra Davi. O narrador de I Samuel escreveu: “Daquele dia em diante, Saul trazia Davi sob suspeita” (v. 9).

    O ciúme de Saul deixou-o cego. Foi extremamente desleal, pois voltou atrás em sua promessa de dar a filha mais velha, Merabe, em casamento a Davi (1Sm 18:17). Exigiu que o jovem enfrentasse os filisteus em batalha, na esperança de que perdesse a vida. Davi, ainda relutante em aceitar casar-se com um membro da família real, procurou imediatamente agradar ao rei. Nesse meio tempo, Merabe foi dada a outro homem (1Sm 18:19). De maneira vil, Saul desafiou-o a demonstrar sua bravura e seu valor novamente, mediante a matança de 100 filisteus, como um tipo de dote. Estava aborrecido por ser obrigado a dar Mical como esposa para Davi, porque sabia que o Senhor estava com ele e via o amor da filha por Davi como traição contra seu reinado (1Sm 18:28).

    Quarto, por meio de sua amizade com o filho do rei, Davi foi avisado com antecedência do profundo ódio de Saul contra ele, bem como de seus planos de matá-lo. Jônatas amava de verdade o filho de Jessé (1Sm 19:1) e não se preocupava com suas proezas militares, nem com sua crescente popularidade. Intercedeu em favor dele e o convidou para voltar ao palácio (v. 7), mas gradualmente percebeu que seu pai realmente estava determinado a matá-lo. O rei fez algumas tentativas para eliminar Davi no palácio (v. 10) e até mesmo na própria casa do genro (v. 11). Davi e Jônatas foram obrigados a se separar. O filho do rei sabia que Davi corria risco de vida; compreendia também que Deus tinha um plano especial para a vida do amigo. Os dois fizeram uma aliança para toda a vida e se separaram (1Sm 20:16-42).

    Saul contra Davi

    Saul fez tudo para livrar-se de Davi. Expulso da corte, o filho de Jessé buscou refúgio junto a Aquis, rei filisteu de Gate. Temeroso de que a boa vontade do anfitrião mudasse a qualquer momento, foi para Adulão (1Sm 22). Ali, liderou um bando de foras-dalei. Trouxe sua família para a segurança de Moabe e retornou, a fim de enfrentar os perigos de sua vida de eLivros. Qualquer um que tentasse colaborar com Davi era morto por Saul, como aconteceu com os sacerdotes de Nobe (1Sm 21:22). Para onde quer que ele fosse, o rei ficava sabendo e o perseguia.

    Enquanto isso, o apoio a Davi crescia cada vez mais. Bandidos, muitos deles guerreiros habilidosos, reuniram-se a ele. Abiatar, um sacerdote que escapou do massacre em Nobe, e o profeta Gade também se uniram a Davi. Este, por suas muitas façanhas, fazia com que as pessoas ficassem em débito para com ele. Reduziu a ameaça dos filisteus, como fez, por exemplo, em Queila (1Sm 23). Ele e seu homens também tornaram-se defensores dos moradores de Judá que eram constantemente ameaçados por saqueadores estrangeiros e viviam da parte que recebiam das colheitas, rebanhos e do gado que ajudavam a proteger. Nem todos os criadores, porém, estavam dispostos a compartilhar com eles alguma coisa. Nabal, um rico fazendeiro, tinha recebido tal proteção de Davi e seus homens, mas era avarento demais para recompensá-los pelo trabalho (1Sm 25). O filho de Jessé ficou furioso, mas Abigail, esposa de Nabal, foi ao seu encontro com vários presentes. Depois da morte do marido, ela se tornou esposa de Davi (1Sm 25:42).

    Por duas vezes Davi teve oportunidade de vingar-se de Saul, mas, ao invés de matá-lo, poupou sua vida. Sua existência tornou-se tão opressiva que foi obrigado a buscar refúgio com Aquis, rei de Gate. Recebeu a cidade de Ziclague para morar com seus homens, de onde ajudava Saul a reduzir as forças dos filisteus (1Sm 27). Aquis tinha tamanha confiança na lealdade de Davi, que o levou consigo como parte de suas tropas numa batalha em Gilboa, contra os israelitas (1Sm 28). Os filisteus não deveriam ficar apreensivos pelo conflito de interesses; Davi lutaria contra seu próprio povo (1Sm 29). No entanto, ele retornou a Ziclague e descobriu que a cidade fora saqueada e incendiada e a população, levada cativa pelos amalequitas. Enquanto os filisteus esmagavam os israelitas no norte, Davi perseguiu os invasores e colocou um fim em suas hostilidades.

    Davi é exaltado ao reino

    Saul e Jônatas foram mortos na batalha em Gilboa (2Sm 1:4). Ao invés de comemorar este acontecimento, Davi chorou pelo rei e por seu amigo (2Sm 1:19-27). As notícias sobre a morte de Saul correram rápido, mas as reações foram bem diferentes em todo país. As tribos do Norte reconheceram 1s-Bosete, filho do rei, como o legítimo representante do trono (2Sm 2:8-9). A tribo de Judá permaneceu leal a Davi e separou-se da união, ao tornar Hebrom a capital do novo reino (2Sm 2:3-4).

    Não demorou muito para que o povo descobrisse a incompetência de Is-Bosete. Abner, seu comandante militar, junto com outros cidadãos importantes, procurou Davi e abriu negociações com ele, as quais foram interrompidas quando Joabe assassinou Abner, em vingança pela morte de seu irmão. O enfraquecimento do Norte encorajou a morte de Is-Bosete e as tribos voltaram à união sob o reino de Davi (2Sm 5:1-3).

    Esse reino, agora unificado, primeiro teve Hebrom como seu centro. Mas, desejoso de ter uma localização melhor e reconhecedor do problema estratégico gerado pela proximidade dos cananeus, Davi determinou a conquista de Jerusalém. A cidade nunca pertencera aos israelitas e localizava-se num ponto estratégico, em um cruzamento entre o leste e o oeste, o norte e o sul. Joabe, o comandante militar, liderou uma campanha bem-sucedida contra aquela localidade e a conquistou para o rei.

    Davi consolidou seu reino, ao fazer de Jerusalém sua capital administrativa. Era uma cidade neutra, pois não tinha qualquer ligação especial nem com as tribos do Norte nem com as do Sul (2Sm 5:9-10). O crescimento do poderio de Davi não passou despercebido. Hirão, rei de Tiro, enviou seus carpinteiros e pedreiros, a fim de construir um palácio para ele (2Sm 5:11). Esse ato firmou o relacionamento entre os dois reis. Por incrível que pareça, o fortalecimento da posição do filho de Jessé ameaçou a paz relativa de que Israel gozava. Os filisteus não perturbaram o país durante os dois primeiros anos do reinado de Davi. Com o crescimento de seu poder, entretanto, decidiram acabar com sua grande popularidade. O rei resistiu a cada ataque com sucesso e finalmente definiu a fronteira do reino na planície costeira (2Sm 5:19-25).

    Jerusalém como centro do reino de Davi

    A paz estabelecida em Israel encorajou Davi a persuadir as tribos a reconhecer Jerusalém como centro religioso, ao levar para lá a Arca da Aliança, o símbolo central do relacionamento e da aliança do povo com Deus (2Sm 6). (Veja o verbete Aliança.) Após encontrar descanso em Jerusalém, Davi buscou a aprovação do Senhor para providenciar um centro definitivo ao culto e à adoração em Israel, por meio da construção de um Templo (2Sm 7). Deus modificou a oferta de Davi, pois concedeu a ele uma “casa” (dinastia) e permitiu que seu filho construísse uma “casa” permanente para o Senhor. A promessa de uma dinastia foi incorporada a uma aliança de concessão. A proposta concedia a Davi um lugar perpétuo no reino de Deus, ao colocar sobre ele o privilégio de ser um “filho” de Deus. O Salmo 2 celebra a condição do filho como o que experimenta uma posição privilegiada e recebe autoridade para estabelecer o reino de Deus (veja Sl 72), submeter as nações, quando necessário pela força, e trazer as bênçãos do Senhor sobre todos os fiéis, em todas as partes da Terra. Essas promessas cumprem a aliança que Deus fez com Davi. O Pacto Davídico é uma administração soberana, feita pela graça, segundo a qual o Senhor ungiu Davi e sua casa para estabelecer seu reino e efetivamente trazer um reinado de paz, glória e bênção. Jesus e os apóstolos afirmaram que essas promessas encontram seu foco e recebem sua confirmação em Cristo (o “Messias”). Ele é o “ungido” que recebeu autoridade e poder (Mt 28:20; At
    2) do alto sobre toda a criação, inclusive a Igreja (Cl 1).

    Encorajado pelas promessas de Deus e feliz pela consolidação do destaque de Israel entre as nações, Davi seguiu adiante. Fortaleceu Jerusalém, desenvolveu uma administração de governo centralizada, expulsou as forças invasoras e foi agressivo no estabelecimento da paz em Israel. Subjugou os filisteus, moabitas, edomitas e amonitas (2Sm 12:29-31). Cobrou impostos dos arameus e das nações que decidiu não subjugar (2Sm 8;10). Depositou a maior parte dos tributos e espólios no fundo para a construção do Templo (2Sm 8:11-12). Embora fosse severo em sua justiça para com as nações, o rei foi generoso no trato com Mefibosete, filho de Jônatas. Providenciou-lhe um lugar e garantiu-lhe um sustento vitalício (2Sm 9). Provavelmente esse período foi marcado por uma severa crise de fome (2Sm 21:1). A dificuldade era tão grande que Davi pediu uma explicação ao Senhor. Foi-lhe revelado que a escassez de alimento era resultado do juízo de Deus, pelo equivocado zelo de Saul, ao tentar aniquilar os gibeonitas (2Sm 21:2), povo que buscara e recebera proteção de Israel, na época de Josué (Js 9:15-18-26). A morte de sete descendentes de Saul, sem incluir Mefibosete, satisfez a exigência de justiça feita pelos gibeonitas. Deus graciosamente removeu a maldição e renovou a terra com chuva abundante. Davi levou os ossos de Saul, Jônatas e dos sete que foram mortos e os enterrou na sepultura de Quis (2Sm 21:14).

    A queda de Davi

    A partir deste ponto, a história de Davi é uma mistura de tragédia e providência divina. Ele se tornou um personagem trágico. Elevado pela graça de Deus a uma posição de imenso poder, desejou ardentemente Bate-Seba, com quem teve relações sexuais; ao saber que estava grávida, tentou encobrir seu pecado, ordenou que Urias, o marido dela, fosse morto no campo de batalha e casou-se com ela legalmente (2Sm 11). O profeta Natã proferiu um testemunho profético, condenando a concupiscência e a cobiça de Davi e seu comportamento vil (2Sm 12). O rei confessou seu pecado e recebeu perdão (2Sm 12:13; cf. Sl 32:51), mas sofreu as conseqüências de sua perfídia pelo resto da vida. O bebê que nasceu da união com Bate-Seba ficou doente e morreu.

    Conseqüentemente, Davi experimentou instabilidade e morte em sua família. Amnom violentou a própria irmã, Tamar, e causou a desgraça dela (2Sm 13); foi assassinado por Absalão, irmão da jovem. Este fugiu para salvar a vida e permaneceu eLivros por dois anos. Davi almejava revê-lo e foi encorajado por Joabe, o qual o enganou, ao forçá-lo a seguiu um conselho que lhe fora dado por uma mulher de Tecoa. Esta, orientada por Joabe, fora ao rei pedindo proteção para o filho que assassinara o irmão. Joabe trouxe Absalão de volta, mas não ao palácio real. Depois de dois anos, o filho do rei voltou ao palácio, conquistou a simpatia do povo e pensou numa maneira de reconquistar o favor do pai (2Sm 14).

    Como resultado, Davi experimentou uma guerra civil dentro do país. Absalão tivera tempo para elaborar planos, a fim de perturbar a ordem. Durante quatro anos, preparara-se cuidadosamente para o momento em que o povo o apoiaria, em detrimento de seu velho pai. Absalão foi coroado rei em Hebrom e rapidamente partiu em direção a Jerusalém (2Sm 15). Davi saiu da capital com um grupo de seguidores e deixou vários conselheiros de confiança para trás (Abiatar, Zadoque e Husai). Husai dava conselhos equivocados a Absalão e enviava mensageiros a Davi, a fim de informar todos os movimentos dele (2Sm 17). A guerra trouxe resultados desastrosos para as forças do filho do rei, o qual morreu pendurado em uma árvore pelos cabelos. A vitória foi clara, mas Davi sofreu mais com a perda de Absalão do que sentiu alegria pela vitória.

    O rei voltou para Jerusalém com o apoio dos habitantes do Sul do país, os quais anteriormente haviam seguido Absalão. As tribos do Norte sentiram-se traídas pela falta de respeito demonstrada pelos moradores do Sul, pois elas também tinham apoiado o rei e dado a extensão de seu território nas mãos dele; por isso, precisavam ser ouvidas. A tribo de Judá alegou que o rei lhes pertencia e ofendeu os habitantes do Norte com a sua insolente arrogância (2Sm 19:40-43).

    Conseqüentemente, a união entre as tribos ficou enfraquecida ao extremo. A dissidência rapidamente cresceu e culminou em outra guerra civil, sob a liderança de Seba, filho de Bicri, da tribo de Benjamim. Davi enviou Amasa para recrutar guerreiros de Judá, a fim de sufocar a rebelião. Como este demorou muito a retornar, o rei comissionou Abisai para perseguir Seba. (Joabe perdera o favor do rei e o cargo, por ter matado Absalão, e agora estava sob as ordens de Abisai.) Quando Amasa, que se aliara a Seba, e Joabe se encontraram, este o matou e reassumiu o comando das tropas. Perseguiu a Seba até Abel-Bete-Maaca e sitiou a cidade. Uma mulher sábia salvou a cidade, ao comprometer-se a atirar a cabeça de Seba por cima do muro. Joabe retornou a Jerusalém como general, com o crédito de ter acabado com a rebelião (2Sm 20:23).

    Os últimos dias de Davi

    No término de sua vida, Davi tinha realizado o objetivo de solidificar Israel contra os filisteus, ao sudoeste; os edomitas, ao sudeste; os moabitas e amonitas, ao leste; e os arameus, ao norte. Havia estendido seu reino por todas as áreas da terra que fora prometida a Abraão (Gn 15:18-19). Desenvolveu uma administração eficiente, pela qual era capaz de governar esse vasto império. Um excelente exército era mantido constantemente de prontidão, para assegurar a paz e a estabilidade dentro do reino. Por causa de seu sucesso, Davi confiou em si mesmo e decidiu fazer um censo.

    Isso desagradou ao Senhor, que enviou uma praga contra o reino. O próprio rei foi o responsável pela morte de muitos inocentes. Por isso, comprou um campo e ofereceu um sacrifício a Deus, que expressava arrependimento por sua presunção. Esse local, a eira de Araúna, no futuro se tornaria o lugar onde Salomão construiria o Templo (2Sm 24:1-25).

    Davi ordenou que Salomão fosse ungido rei, após ouvir que seu filho Adonias fizera uma tentativa de usurpar o trono (1Rs 1:1-2:12). Preveniu o seu sucessor sobre várias pessoas que poderiam comprometer a estabilidade de seu reinado: Joabe, o comandante, e Simei, o rebelde (1Rs 2:8-9). Incumbiu-o de permanecer fiel a Deus, porque no Senhor estava a fonte do poder e a perpetuidade da dinastia.

    Conclusão

    Davi era humano, mas permaneceu fiel ao Senhor durante toda sua vida. Embora tenha pecado tragicamente contra Deus e o próximo, era um homem humilde. A sua força estava no Senhor, desde o princípio até o fim de seus dias. Os salmos atribuídos a ele falam desta verdade. Tal afirmação sobre sua confiança em Deus é também encontrada no final de II Samuel: “O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador. Meu Deus é a minha rocha, em quem me refugio; o meu escudo, e força da minha salvação. Ele é o meu alto retiro, meu refúgio e meu Salvador — dos homens violentos me salvaste” (2Sm 22:2-3). Os cânticos compostos por ele também trazem a correlação entre a humildade, a obediência e a bondade de Deus. Conforme Davi escreveu: “Com o puro te mostras puro, mas com o perverso te mostras sagaz. Livras o povo humilde, mas teus olhos são contra os altivos, e tu os abates” (2Sm 22:27-28). O Senhor não apenas mostrou seu poder para Davi e seus contemporâneos, mas também comprometeu-se a proteger todo o seu povo por meio do ungido, que descenderia do referido rei. Essa é a essência da Aliança Davídica.

    Os escritores do NT testemunham sobre a conexão entre Davi e Cristo. A genealogia de Jesus recua até o filho de Jessé (Mt 1:1). Ele é o governante sobre o trono de Davi, cujo reino se estende até os confins da Terra. É o cabeça da Igreja (Cl 1:18) e trará todas as nações ao conhecimento de sua soberania (1Co 15:25; cf. At 2:35). Ele estabelecerá o reino de Deus sobre a Terra (1Co 15:27-28) e, por esse motivo, cumpre as promessas em benefício de todo o povo do Senhor, tanto judeus como gentios.

    W.A. e V.G.


    Davi [Amado] - O segundo rei do reino unido de Israel. Ele reinou de 1010 a 970 a.C. Tomou Jerusalém e a tornou a capital religiosa do reino. Levou a arca para lá (2Sa
    6) e organizou os serviços de adoração (1Ch 15—16). Ampliou o reino (2Sm 8:10-12) e ajuntou materiais para a construção do TEMPLO (1Ch 22). Foi governador, guerreiro, músico e poeta. E foi um dos antepassados de Jesus (Mt 1:1). V. SAMUEL, SEGUNDO LIVRO DE e o mapa OS REINOS DE SAUL, DAVI E S

    Davi O segundo rei de Israel (final do séc. XI e início do séc. X a.C.). De sua descendência viria o messias — daí ele ser chamado “Filho de Davi” (Mt 9:27; 12,23; 15,22; 20,30ss.; Mc 11:10) — que também deveria nascer em sua cidade natal: Belém (Mq 5:2). Tanto Lucas como Mateus relacionam Jesus com a estirpe messiânica e o fato deve ser reconhecido como histórico, ainda que seja bem provável que não fosse importante o ramo a que pertencia.

    Como outros tantos judeus de sua época, Jesus enfatizou a ascendência davídica do messias, o seu caráter preexistente, baseado em uma leitura peculiar do Salmo 110, que tem paralelos, entre outros, com os essênios de Qumrán (Mt 22:41ss.).


    Diante

    advérbio Em frente ou à frente; em primeiro lugar: sentou-se diante.
    locução adverbial Em, por ou para diante. Num tempo futuro: de agora em diante tudo vai ser diferente.
    locução prepositiva Diante de. Localizado à frente de: colocou o livro diante do computador.
    Em companhia de: falou a verdade diante do júri.
    Como resultado de: diante das circunstâncias, decidiu pedir demissão.
    Etimologia (origem da palavra diante). De + do latim inante.

    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Então

    advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
    Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
    Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
    interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
    Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
    substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
    Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

    Inclinar

    verbo transitivo e intransitivo Desviar da verticalidade.
    Abaixar, pender levemente: o vento inclina a copa das árvores.
    Dar declive, obliquidade a.
    Predispor, tornar propenso: inclinar a alma ao exercício da virtude.
    Dirigir, fazendo ângulo ou curva: inclinaram a escada para a direita.
    Ter declive: ali o terreno começa a inclinar.
    verbo pronominal Curvar-se, abaixar-se: inclinar-se diante de alguém.
    Tomar declive, pendor ou obliquidade.
    Figurado Submeter-se: inclinou-se diante daquele argumento.
    Confessar-se reverente: diante de tão grande feito, inclino-me respeitoso.

    Inclinar
    1) Ficar de joelhos (Jz 2:10)

    2) Curvar (Ex 18:7); (Jo 19:30). 3 Ter queda para (1Sm 8:3); (Rm 8:5).

    4) Figuradamente: dar atenção (ouvidos - (Is 32:9); voltar-se para (coração - (Js 24:23).

    Prostrar

    verbo transitivo direto Fazer cair ou cair ao chão ou sobre algo; lançar por terra; derrubar: prostrar alguém no chão.
    verbo transitivo direto e pronominal Abater-se fisicamente; perder a força, o vigor; enfraquecer, debilitar, extenuar: prostrar de cansaço; prostrou-se ao saber do divórcio.
    Figurado Ser dominado por alguém ou dominar outra pessoa; submeter, subjugar, humilhar: prostrou-se diante do seu superior; prostrava-se de medo.
    verbo pronominal Abaixar-se, curvar-se, humilhar-se em postura de súplica ou de adoração; reverenciar: prostrar-se diante do papa.
    Etimologia (origem da palavra prostrar). Do latim prostrare; prostrado + ar.

    Lançar por terra, abater, derribar, prosternar

    Prostrar
    1) Ajoelhar-se, curvando-se para o chão (Dn 3:6)

    2) Jogar (Ap 2:22), RA).

    3) Lançar por terra (Sl 78:31), RA).

    4) Acabar com (Jz 11:35), RA).

    Rei

    Rei
    1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At 1:2), de um país (1Sm 8:5; Mt 2:1) ou de uma cidade-estado (Gn 14:2). Ocorrendo a morte do rei, um descendente seu o sucede no trono (1Rs 2:11-12).


    2) Título de Deus (Ml 1:14) e de Jesus (Mt 21:5; Ap 7:14; 19.16).


    3) Rei do Egito,
    v. FARAÓ.


    l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10:16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27:11-37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41:46) e o rei da Pérsia (Ed 1:1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2:2 – cp com Jz 1:7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1:6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (18:14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (41:34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8:22-23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9:6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33:22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25:23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10,15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72:10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).

    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    Reí

    (Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs 1:8). Outro filho do rei, Adonias, tentou usurpar o reino; Salomão, entretanto, seguiu cuidadosamente os conselhos de Natã e de Zadoque e garantiu seu direito à sucessão. Para mais detalhes, veja Natã.


    Rosto

    substantivo masculino Parte anterior da cabeça, limitada pelos cabelos, orelhas e parte inferior do queixo; cara; face, fisionomia, semblante.
    A parte da medalha oposta ao anverso.
    A primeira página do livro onde estão o título e o nome do autor; frontispício.
    Figurado Aparência, aspecto, expressão, presença.
    Frente, fronte; a parte fronteira de algo em relação ao observador.
    Dar de rosto com, encontrar, enfrentar.
    Rosto a rosto, cara a cara.
    Fazer rosto a, encarar, enfrentar, resistir a, defrontar-se com.
    Lançar (alguma coisa) no rosto de (alguém), acusar, provar-lhe a culpabilidade.
    No rosto de, na presença de.
    Virar (ou voltar) o rosto a (alguma coisa), evitá-la, não ter coragem de enfrentá-la; desprezá-la.
    De rosto, de frente.

    rosto (ô), s. .M 1. Parte anterior da cabeça; cara, face. 2. Aparência, fisionomia, semblante, aspecto, presença. 3. Parte dianteira; frente, fronte. 4. A primeira página do livro, onde está o título e o nome do autor; frontispício.

    Sempre

    advérbio Em todo tempo; a toda hora; perpetuamente ou eternamente: espero que nosso casamento seja sempre assim.
    De um modo contínuo; em que há continuidade; constantemente ou continuamente: está sempre irritado.
    Em que há ou demonstra hábito; que se desenvolve ou ocorre de maneira habitual; geralmente: almoça sempre no trabalho.
    De um modo invariável; de qualquer modo; invariavelmente: com alunos ou não, o professor vem sempre à escola.
    Em que há finalidade; por fim; enfim: fez uma crítica construtiva, isso sempre ajuda.
    Na realidade; de maneira verdadeira; realmente: é um absurdo o que você fez! Sempre é um patife!
    conjunção Que expressa adversão; no entanto ou todavia: machuca-me o seu comportamento, sempre te escuto.
    substantivo masculino Tudo que se refere ao tempo (passado ou futuro).
    Etimologia (origem da palavra sempre). Do latim semper.

    sempre adv. 1. A toda a hora, a todo o momento, em todo o tempo. 2. Constantemente, continuamente, sem cessar. 3. Afinal, enfi.M 4. Com efeito, efetivamente. Conj. Contudo, entretanto, no entanto, todavia. S. .M Todo o tempo (o passado, o presente, o futuro).

    Senhor

    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    Terra

    substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
    Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
    Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
    País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
    Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
    Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
    Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
    [Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
    [Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
    expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
    Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
    Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
    Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
    Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
    Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

    substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
    Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
    Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
    País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
    Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
    Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
    Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
    [Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
    [Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
    expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
    Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
    Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
    Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
    Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
    Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

    os hebreus tinham vários nomes para terra, especialmente Adama e Eretz. Adama, isto é a terra vermelha (Gn 1:25), denota, muitas vezes, terra arável (Gn 4:2). o termo é, também, empregado a respeito de um país, especialmente a Palestina (Gn 47:19Zc 2:12). Quando Naamã pediu uma carga de terra que dois mulos pudessem levar (2 Rs 5.17), ele foi influenciado pela idéia pagã de que o Senhor era um deus local, podendo apenas ser adorado com proveito no seu nativo solo. Eretz é a terra em oposição ao céu, ou a terra seca como distinta do mar (Gn 1:1-10). A palavra é, também, aplicada a toda a terra (Gn 18:18), ou a qualquer divisão dela (Gn 21:32), e mesmo ao chão que uma pessoa pisa (Gn 33:3). A frase ‘profundezas da terra’ (is 44:23) significa literalmente os vales, os profundos recessos, como as cavernas e subterrâneos, e figuradamente a sepultura. No N.T., além do termo vulgar ‘terra’, que corresponde às várias significações já apresentadas, há uma palavra especial que significa ‘ terra habitada’ (Lc 4:5Rm 10:18 – etc.), usando-se esta expressão de um modo especial a respeito do império Romano. Terra, num sentido moral, é oposta ao que é celestial e espiritual (*veja Jo 3:31 – 1 Co 15.47 a 49 – Tg 3:15, etc.).

    terreno, solo, campo. – Terra sugere ideia das qualidades, das propriedades da massa natural e sólida que enche ou cobre uma parte qualquer da superfície da terra. – Terreno refere-se, não só à quantidade, ou à extensão da superfície, como ao destino que se lhe vai dar, ou ao uso a que se adapta. – Solo dá ideia geral de assento ou fundamento, e designa a superfície da terra, ou o terreno que se lavra, ou onde se levanta alguma construção. – Campo é solo onde trabalha, terreno de cultura, ou mesmo já lavrado. Naquela província há terras magníficas para o café; dispomos apenas de um estreito terreno onde mal há espaço para algumas leiras e um casebre; construiu o monumento em solo firme, ou lançou a semente em solo ingrato; os campos já florescem; temos aqui as alegrias da vida do campo.

    [...] berço de criaturas cuja fraqueza as asas da Divina Providência protege, nova corda colocada na harpa infinita e que, no lugar que ocupa, tem de vibrar no concerto universal dos mundos.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 23

    O nosso mundo pode ser considerado, ao mesmo tempo, como escola de Espíritos pouco adiantados e cárcere de Espíritos criminosos. Os males da nossa Humanidade são a conseqüência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos que a formam. Pelo contato de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e punem-se uns aos outros.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3, it• 132

    Disse Kardec, alhures, que a Terra é um misto de escola, presídio e hospital, cuja população se constitui, portanto, de homens incipientes, pouco evolvidos, aspirantes ao aprendizado das Leis Naturais; ou inveterados no mal, banidos, para esta colônia correcional, de outros planetas, onde vigem condições sociais mais elevadas; ou enfermos da alma, necessitados de expungirem suas mazelas através de provações mais ou menos dolorosas e aflitivas.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça

    [...] é oficina de trabalho, de estudo e de realizações, onde nos cumpre burilar nossas almas. [...]
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Sede perfeitos

    [...] é o calvário dos justos, mas é também a escola do heroísmo, da virtude e do gênio; é o vestíbulo dos mundos felizes, onde todas as penas aqui passadas, todos os sacrifícios feitos nos preparam compensadoras alegrias. [...] A Terra é um degrau para subir-se aos céus.
    Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 11

    O mundo, com os seus múltiplos departamentos educativos, é escola onde o exercício, a repetição, a dor e o contraste são mestres que falam claro a todos aqueles que não temam as surpresas, aflições, feridas e martírios da ascese. [...]
    Referencia: EVANGELIZAÇÃO: fundamentos da evangelização espírita da infância e da juventude (O que é?)• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -

    [...] A Terra é um mundo de expiações e provas, já em fase de transição para se tornar um mundo de regeneração.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    [...] o Planeta terrestre é o grande barco navegando no cosmo, sacudido, a cada instante, pelas tempestades morais dos seus habitantes, que lhe parecem ameaçar o equilíbrio, a todos arrastando na direção de calamidades inomináveis. Por esta razão, periodicamente missionários e mestres incomuns mergulharam no corpo com a mente alerta, a fim de ensinarem comportamento de calma e de compaixão, de amor e de misericórdia, reunindo os aflitos em sua volta e os orientando para sobreviverem às borrascas sucessivas que prosseguem ameaçadoras.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    Quando o homem ora, anseia partir da Terra, mas compreende, também, que ela é sua mãe generosa, berço do seu progresso e local da sua aprendizagem. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    Assim se compreende porque a Terra é mundo de “provas e expiações”, considerando-se que os Espíritos que nela habitam estagiam na sua grande generalidade em faixas iniciais, inferiores, portanto, da evolução.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pensamento e perispírito

    Apesar de ainda se apresentar como planeta de provas e expiações, a Terra é uma escola de bênçãos, onde aprendemos a desenvolver as aptidões e a aprimorar os valores excelentes dos sentimentos; é também oficina de reparos e correções, com recursos hospitalares à disposição dos pacientes que lhes chegam à economia social. Sem dúvida, é também cárcere para os rebeldes e os violentos, que expungem o desequilíbrio em processo de imobilidade, de alucinação, de limites, resgatando as graves ocorrências que fomentaram e praticaram perturbando-lhe a ordem e a paz.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Trilhas da libertação• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cilada perversa

    O mundo conturbado é hospital que alberga almas que sofrem anemia de amor, requisitando as vitaminas do entendimento e da compreensão, da paciência e da renúncia, a fim de que entendimento e compreensão, paciência e renúncia sejam os sinais de uma vida nova, a bem de todos.
    Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Hospital

    [...] É um astro, como Vênus, como seus irmãos, e vagueia nos céus com a velocidade de 651.000 léguas por dia. Assim, estamos atualmente no céu, estivemos sempre e dele jamais poderemos sair. Ninguém mais ousa negar este fato incontestável, mas o receio da destruição de vários preconceitos faz que muitos tomem o partido de não refletir nele. A Terra é velha, muito velha, pois que sua idade se conta por milhões e milhões de anos. Porém, malgrado a tal anciania, está ainda em pleno frescor e, quando lhe sucedesse perecer daqui a quatrocentos ou quinhentos mil anos, o seu desaparecimento não seria, para o conjunto do Universo, mais que insignificante acidente.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 4a efusão

    [...] Por se achar mais distante do sol da perfeição, o nosso mundozinho é mais obscuro e a ignorância nele resiste melhor à luz. As más paixões têm aí maior império e mais vítimas fazem, porque a sua Humanidade ainda se encontra em estado de simples esboço. É um lugar de trabalho, de expiação, onde cada um se desbasta, se purifica, a fim de dar alguns passos para a felicidade. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão

    [...] A Terra tem que ser um purgatório, porque a nossa existência, pelo menos para a maioria, tem que ser uma expiação. Se nos vemos metidos neste cárcere, é que somos culpados, pois, do contrário, a ele não teríamos vindo, ou dele já houvéramos saído. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

    Nossa morada terrestre é um lugar de trabalho, onde vimos perder um pouco da nossa ignorância original e elevar nossos conhecimentos. [...]
    Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -

    [...] é a escola onde o espírito aprende as suas lições ao palmilhar o longuíssimo caminho que o leva à perfeição. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

    [...] o mundo, para muitos, é uma penitenciária; para outros, um hospital, e, para um número assaz reduzido, uma escola.
    Referencia: Ó, Fernando do• Alguém chorou por mim• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    [...] casa de Deus, na específica destinação de Educandário Recuperatório, sem qualquer fator intrínseco a impedir a libertação do homem, ou a desviá-lo de seu roteiro ascensional.
    Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

    [...] é uma estação de inverno, onde o Espírito vem preparar-se para a primavera do céu!
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pref•

    Feito o planeta – Terra – nós vemos nele o paraíso, o inferno e o purgatório.O paraíso para os Espíritos que, emigra-dos de mundos inferiores, encontram naTerra, podemos dizer, o seu oásis.O inferno para os que, já tendo possuí-do mundos superiores ao planeta Terra,pelo seu orgulho, pelas suas rebeldias, pelos seus pecados originais a ele desceram para sofrerem provações, para ressurgirem de novo no paraíso perdido. O purgatório para os Espíritos em transição, aqueles que, tendo atingido um grau de perfectibilidade, tornaram-se aptos para guias da Humanidade.
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Antes de tudo, recorda-se de que o nosso planeta é uma morada muito inferior, o laboratório em que desabrocham as almas ainda novas nas aspirações confusas e paixões desordenadas. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a guerra

    O mundo é uma escola de proporções gigantescas, cada professor tem a sua classe, cada um de nós tem a sua assembléia.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Colegas invisíveis

    A Terra é o campo de ação onde nosso espírito vem exercer sua atividade. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Por que malsinar o mundo?

    [...] é valiosa arena de serviço espiritual, assim como um filtro em que a alma se purifica, pouco a pouco, no curso dos milênios, acendrando qualidades divinas para a ascensão à glória celeste. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 1

    A Terra inteira é um templo / Aberto à inspiração / Que verte das Alturas [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia da espiritualidade• Pelo Espírito Maria Dolores• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1985• - cap• 4

    A Terra é a escola abençoada, onde aplicamos todos os elevados conhecimentos adquiridos no Infinito. É nesse vasto campo experimental que devemos aprender a ciência do bem e aliá-la à sua divina prática. Nos nevoeiros da carne, todas as trevas serão desfeitas pelos nossos próprios esforços individuais; dentro delas, o nosso espírito andará esquecido de seu passado obscuro, para que todas as nossas iniciativas se valorizem. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    A Terra é uma grande e abençoada escola, em cujas classes e cursos nos matriculamos, solicitando – quando já possuímos a graça do conhecimento – as lições necessárias à nossa sublimação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

    O mundo atual é a semente do mundo paradisíaco do futuro. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Crônicas de além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• - cap• 25

    Servidores do Cristo, orai de sentinela! / Eis que o mundo sangrando é campo de batalha, / Onde a treva infeliz se distende e trabalha / O coração sem Deus, que em sombra se enregela.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No macrocosmo, a casa planetária, onde evolvem os homens terrestres, é um simples departamento de nosso sistema solar que, por sua vez, é modesto conjunto de vida no rio de sóis da Via-Láctea.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No mundo terrestre – bendita escola multimilenária do nosso aperfeiçoamento espiritual – tudo é exercício, experimentação e trabalho intenso.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O orbe inteiro, por enquanto, / Não passa de um hospital, / Onde se instrui cada um, / Onde aprende cada qual.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo, com as suas lutas agigantadas, ásperas, é a sublime lavoura, em que nos compete exercer o dom de compreender e servir.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo é uma escola vasta, cujas portas atravessamos, para a colheita de lições necessárias ao nosso aprimoramento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Apesar dos exemplos da humildade / Do teu amor a toda Humanidade / A Terra é o mundo amargo dos gemidos, / De tortura, de treva e impenitência.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é o nosso campo de ação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é a nossa grande casa de ensino. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é uma escola, onde conseguimos recapitular o pretérito mal vivido, repetindo lições necessárias ao nosso reajuste.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra, em si mesma, é asilo de caridade em sua feição material.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é o campo de trabalho, em que Deus situou o berço, o lar, o templo e a escola.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é a Casa Divina, / Onde a luta nos ensina / A progredir e brilhar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo em que estagiamos é casa grande de treinamento espiritual, de lições rudes, de exercícios infindáveis.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é um grande magneto, governado pelas forças positivas do Sol. Toda matéria tangível representa uma condensação de energia dessas forças sobre o planeta e essa condensação se verifica debaixo da influência organizadora do princípio espiritual, preexistindo a todas as combinações químicas e moleculares. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    O mundo é caminho vasto de evolução e aprimoramento, onde transitam, ao teu lado, a ignorância e a fraqueza.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

    O mundo não é apenas a escola, mas também o hospital em que sanamos desequilíbrios recidivantes, nas reencarnações regenerativas, através do sofrimento e do suor, a funcionarem por medicação compulsória.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Doenças da alma

    O Universo é a projeção da mente divina e a Terra, qual a conheceis em seu conteúdo político e social, é produto da mente humana.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    O mundo é uma ciclópica oficina de labores diversíssimos, onde cada indivíduo tem a sua parcela de trabalho, de acordo com os conhecimentos e aptidões morais adquiridos, trazendo, por isso, para cada tarefa, o cabedal apri morado em uma ou em muitas existências.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Antíteses da personalidade de Humberto de Campos

    A Terra é uma vasta oficina. Dentro dela operam os prepostos do Senhor, que podemos considerar como os orientadores técnicos da obra de aperfeiçoamento e redenção. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 39

    A Terra é um plano de experiências e resgates por vezes bastante penosos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 338

    A Terra deve ser considerada escola de fraternidade para o aperfeiçoamento e regeneração dos Espíritos encarnados.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 347

    [...] é o caminho no qual a alma deve provar a experiência, testemunhar a fé, desenvolver as tendências superiores, conhecer o bem, aprender o melhor, enriquecer os dotes individuais.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 403

    O mundo em que vivemos é propriedade de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Lembranças

    [...] é a vinha de Jesus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

    [...] é uma escola de iluminação, poder e triunfo, sempre que buscamos entender-lhe a grandiosa missão.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

    [...] abençoada escola de dor que conduz à alegria e de trabalho que encaminha para a felicidade com Jesus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 28

    Não olvides que o mundo é um palácio de alegria onde a Bondade do Senhor se expressa jubilosa.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alegria

    [...] é uma vasta oficina, onde poderemos consertar muita coisa, mas reconhecendo que os primeiros reparos são intrínsecos a nós mesmos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6

    A Terra é também a grande universidade. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Do noticiarista desencarnado

    Salve planeta celeste, santuário de vida, celeiro das bênçãos de Deus! ...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15

    A Terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a pleno céu, nossa viagem evolutiva.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

    [...] é um santuário do Senhor, evolutindo em pleno Céu.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12

    Agradece, cantando, a Terra que te abriga. / Ela é o seio de amor que te acolheu criança, / O berço que te trouxe a primeira esperança, / O campo, o monte, o vale, o solo e a fonte amiga...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 33

    [...] é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, me drar, florir e amadurecer em energia consciente [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 13


    Viva

    substantivo masculino Exclamação de aplauso ou felicitação: dar vivas ao campeão.
    interjeição Exprime aplauso, alegria, felicitação.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Reis 1: 31 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Então Bate-Seba se inclinou com o rosto em terra e se prostrou- em- reverência diante do rei, e disse: Viva o rei Davi meu senhor para sempre.
    I Reis 1: 31 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    970 a.C.
    H113
    ʼâdôwn
    אָדֹון
    Meu Senhor
    (My lord)
    Substantivo
    H1339
    Bath-Shebaʻ
    בַּת־שֶׁבַע
    a esposa de Urias, o qual Davi assassinou, depois de ter relações adúlteras com ela;
    (Bath-sheba)
    Substantivo
    H1732
    Dâvid
    דָּוִד
    de Davi
    (of David)
    Substantivo
    H2421
    châyâh
    חָיָה
    viver, ter vida, permanecer vivo, sustentar a vida, viver prosperamente, viver para
    (And lived)
    Verbo
    H4428
    melek
    מֶלֶךְ
    rei
    (king)
    Substantivo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H5769
    ʻôwlâm
    עֹולָם
    para sempre
    (forever)
    Substantivo
    H639
    ʼaph
    אַף
    narina, nariz, face
    (into his nostrils)
    Substantivo
    H6915
    qâdad
    קָדַד
    ()
    H776
    ʼerets
    אֶרֶץ
    a Terra
    (the earth)
    Substantivo
    H7812
    shâchâh
    שָׁחָה
    inclinar-se
    (and bowed himself)
    Verbo


    אָדֹון


    (H113)
    ʼâdôwn (aw-done')

    0113 אדני ’adown aw-done’ ou (forma contrata) אדן ’adon aw-done’

    procedente de uma raiz não usada (significando governar); DITAT - 27b; n m

    1. firme, forte, senhor, chefe
      1. senhor, chefe, mestre
        1. referindo-se aos homens
          1. superintendente dos negócios domésticos
          2. chefe, mestre
          3. rei
        2. referindo-se a Deus
          1. o Senhor Deus
          2. Senhor de toda terra
      2. senhores, reis
        1. referindo-se aos homens
          1. proprietário do monte de Samaria
          2. chefe, mestre
          3. marido
          4. profeta
          5. governador
          6. príncipe
          7. rei
        2. referindo-se a Deus
          1. Senhor dos senhores (provavelmente = “o teu marido, Javé”)
      3. meu senhor, meu chefe, meu mestre
        1. referindo-se aos homens
          1. chefe, mestre
          2. marido
          3. profeta
          4. príncipe
          5. rei
          6. pai
          7. Moisés
          8. sacerdote
          9. anjo teofânico
          10. capitão
          11. reconhecimento geral de superioridade
        2. referindo-se a Deus
          1. meu Senhor, meu Senhor e meu Deus
          2. Adonai (paralelo com Javé)

    בַּת־שֶׁבַע


    (H1339)
    Bath-Shebaʻ (bath-sheh'-bah)

    01339 בת שבע Bath-Sheba ̀

    procedente de 1323 e 7651 (no sentido de 7650); n pr f Bate-Seba = “filha de um juramento”

    1. a esposa de Urias, o qual Davi assassinou, depois de ter relações adúlteras com ela; depois veio a ser a esposa de Davi e mãe de Salomão, Siméia, Sobabe, e Natã

    דָּוִד


    (H1732)
    Dâvid (daw-veed')

    01732 דוד David raramente (forma plena) דויד Daviyd

    procedente do mesmo que 1730, grego 1138 δαβιδ; DITAT - 410c; n pr m Davi = “amado”

    1. filho mais novo de Jessé e segundo rei de Israel

    חָיָה


    (H2421)
    châyâh (khaw-yaw')

    02421 חיה chayah

    uma raiz primitiva [veja 2331]; DITAT - 644; v

    1. viver, ter vida, permanecer vivo, sustentar a vida, viver prosperamente, viver para sempre, reviver, estar vivo, ter a vida ou a saúde recuperada
      1. (Qal)
        1. viver
          1. ter vida
          2. continuar vivo, permanecer vivo
          3. manter a vida, viver em ou a partir de
          4. viver (prosperamente)
        2. reviver, ser reanimado
          1. referindo-se à doença
          2. referindo-se ao desencorajamento
          3. referindo-se à fraqueza
          4. referindo-se à morte
      2. (Piel)
        1. preservar vivo, deixar viver
        2. dar vida
        3. reanimar, reavivar, revigorar
          1. restaurar à vida
          2. fazer crescer
          3. restaurar
          4. reviver
      3. (Hifil)
        1. preservar vivo, deixar viver
        2. reanimar, reviver
          1. restaurar (à saúde)
          2. reviver
          3. restaurar à vida

    מֶלֶךְ


    (H4428)
    melek (meh'-lek)

    04428 מלך melek

    procedente de 4427, grego 3197 Μελχι; DITAT - 1199a; n m

    1. rei

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    עֹולָם


    (H5769)
    ʻôwlâm (o-lawm')

    05769 עולם ̀owlam ou עלם ̀olam

    procedente de 5956; DITAT - 1631a; n m

    1. longa duração, antigüidade, futuro, para sempre, sempre, eternamente, para todos os tempos, perpétuo, velho, antigo, mundo
      1. tempo antigo, longo tempo (referindo-se ao passado)
      2. (referindo-se ao futuro)
        1. para sempre, sempre
        2. existência contínua, perpétuo
        3. contínuo, futuro indefinido ou sem fim, eternidade

    אַף


    (H639)
    ʼaph (af)

    0639 אף ’aph

    procedente de 599; DITAT - 133a; n m

    1. narina, nariz, face
    2. ira

    קָדַד


    (H6915)
    qâdad (kaw-dad')

    06915 קדד qadad

    uma raiz primitiva; DITAT - 1985; v.

    1. (Qal) inclinar-se

    אֶרֶץ


    (H776)
    ʼerets (eh'-rets)

    0776 ארץ ’erets

    de uma raiz não utilizada provavelmente significando ser firme; DITAT - 167; n f

    1. terra
      1. terra
        1. toda terra (em oposição a uma parte)
        2. terra (como o contrário de céu)
        3. terra (habitantes)
      2. terra
        1. país, território
        2. distrito, região
        3. território tribal
        4. porção de terra
        5. terra de Canaã, Israel
        6. habitantes da terra
        7. Sheol, terra sem retorno, mundo (subterrâneo)
        8. cidade (-estado)
      3. solo, superfície da terra
        1. chão
        2. solo
      4. (em expressões)
        1. o povo da terra
        2. espaço ou distância do país (em medida de distância)
        3. planície ou superfície plana
        4. terra dos viventes
        5. limite(s) da terra
      5. (quase totalmente fora de uso)
        1. terras, países
          1. freqüentemente em contraste com Canaã

    שָׁחָה


    (H7812)
    shâchâh (shaw-khaw')

    07812 שחה shachah

    uma raiz primitiva; DITAT - 2360; v.

    1. inclinar-se
      1. (Qal) inclinar-se
      2. (Hifil) deprimir (fig.)
      3. (Hitpael)
        1. inclinar-se, prostrar-se
          1. diante de superior em deferência
          2. diante de Deus em adoração
          3. diante de deuses falsos
          4. diante dum anjo