Enciclopédia de I Reis 2:24-24

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1rs 2: 24

Versão Versículo
ARA Agora, pois, tão certo como vive o Senhor, que me estabeleceu e me fez assentar no trono de Davi, meu pai, e me edificou casa, como tinha dito, hoje, morrerá Adonias.
ARC Agora, pois, vive o Senhor, que me confirmou, e me fez assentar no trono de Davi, meu pai, e que me tem feito casa, como tinha dito, que hoje morrerá Adonias.
TB Agora, juro pela vida de Jeová, que me estabeleceu e me colocou no trono de Davi, meu pai, fazendo-me uma casa, como prometeu, que hoje será morto Adonias.
HSB וְעַתָּ֗ה חַי־ יְהוָה֙ אֲשֶׁ֣ר הֱכִינַ֗נִי [ויושיביני] (וַיּֽוֹשִׁיבַ֙נִי֙) עַל־ כִּסֵּא֙ דָּוִ֣ד אָבִ֔י וַאֲשֶׁ֧ר עָֽשָׂה־ לִ֛י בַּ֖יִת כַּאֲשֶׁ֣ר דִּבֵּ֑ר כִּ֣י הַיּ֔וֹם יוּמַ֖ת אֲדֹנִיָּֽהוּ׃
BKJ Agora, portanto, como vive o SENHOR, o qual me estabeleceu, e me pôs sobre o trono de Davi, o meu pai, e que tem feito para mim uma casa, segundo prometeu: Adonias será levado à morte neste dia.
LTT Agora, pois, vive o SENHOR, que me confirmou, e me fez assentar sobre o trono de Davi, meu pai, e que fez para mim uma casa (uma descendência), como tinha prometido, que hoje será morto Adonias.
BJ2 Pois bem, pela vida de Iahweh, que me confirmou e me fez sentar no trono de Davi, meu pai, e que lhe deu[n] uma casa como prometera, hoje mesmo Adonias será morto."
VULG et vidit Mathathias, et doluit, et contremuerunt renes ejus, et accensus est furor ejus secundum judicium legis, et insiliens trucidavit eum super aram :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Reis 2:24

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

MORTO

Atualmente: ISRAEL
O Mar Morto é um grande lago salgado, que possui 80 quilômetros de extensão, por 12 quilômetros de largura e está situado entre ISRAEL e Jordânia numa altitude de 400 metros abaixo do nível do mar. O Mar Morto pode ser comparado a um ralo que recebe todos os minerais que escorrem das montanhas vizinhas trazidos pela chuva: enxofre, potássio, bromo, fosfato, magnésio e sódio. A lama que se forma no fundo, é aproveitada para banhos e cosmética. Em suas águas, seis vezes mais salgadas do que as do oceano, vivem apenas microorganismos muito simples. Praticamente, não há vida.
Mapa Bíblico de MORTO



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Reis Capítulo 2 do versículo 1 até o 46
  1. As Últimas Palavras de Davi a Salomão (2:1-9)

"Aos homens está ordenado morrerem uma vez" (Hb 9:27) são palavras que se po-dem aplicar a Davi, mesmo registradas nas Escrituras somente muitos séculos depois. A consciência da aproximação da morte pode evocar a expressão dos mais elevados pensa-mentos, dos mais profundos arrependimentos ou das mais graves preocupações. Para Davi, foi a expressão de grandes preocupações: em primeiro lugar, pelo crescimento mo-ral e espiritual do reino; e, em segundo lugar, pela estabilidade política dos domínios.

a. O conselho para ser obediente (2:2-4). A principal preocupação de Davi era a de que Salomão tivesse uma vida santa, e desta forma conduzisse o povo de Israel à santi-dade. O idoso rei percebia que o crescimento moral e espiritual, com o desenvolvimento de uma vida santa, só era possível através da obediência àquilo que havia sido revelado por Moisés. Esta revelação colocava Salomão e o povo de Israel sob a responsabilidade, perante Deus, de andar nos seus caminhos (3) : (a) seus estatutos, algo prescrito que mais tarde se torna uma prática costumeira (cf. Êx 30:21; Lv 10:13-14) ; (b) seus manda-mentos, que se referem primeiramente ao Decálogo (o debarim, Êx 20:1-17) e também, em um sentido mais amplo, às instruções da lei Mosaica; (c) seus juízos (mishpatim, literalmente, "julgamentos" ou "decretos") ; eram decisões da corte com respeito a casos específicos; as leis do tipo "se... então" encontradas principalmente em Êxodo 21:1-23.5; (d) seus testemunhos, aplicáveis em um sentido específico aos Dez Mandamentos (Êx 31:18), mas em um sentido geral a qualquer comportamento que sirva como testemunho a Deus (veja Si 19.7; 119.88). A obediência, exemplificando a vida de santidade, era a condição para viver uma vida rica e plena — honrando a Deus e prosperando. A obediên-cia também era a condição para o cumprimento da promessa: Nunca... te faltará su-cessor ao trono de Israel (4; cf. 2 Sm 7:12-16).

b. Preocupação com determinados indivíduos (2:5-9). Outra grande preocupação de Davi era a de que Salomão começasse o seu reinado adequadamente, dando atenção a assuntos que ele mesmo, por várias razões, havia negligenciado:

  1. Joabe (5,6). Davi lembrou particularmente a maneira como Joabe tinha se encar-regado de matar Abner (2 Sm 3,27) e a maneira injustificada como ele impulsivamente tinha assassinado Amasa (2 Sm 20:8-10). Com esses atos, Joabe havia manchado de san-gue a vida do rei, porque Davi fora responsável pela segurança daqueles homens. Superfi-cialmente, esta passagem parece refletir um espírito vingativo, mas existem circunstânci-as atenuantes. Pelos interesses da justiça, Davi era obrigado a punir Joabe, mas nunca conseguiu fazê-lo. Portanto, havia um espectro ameaçador do passado; a justiça não havia sido feita. Ele instruiu Salomão para que punisse Joabe de acordo com os seus crimes.
  2. Os filhos de Barzilai (7). Barzilai de Maanaim havia dado a Davi uma ajuda valiosa durante a revolta de Absalão (cf. 2 Sm 17:27-29). O rei deu instruções para que os filhos deste amigo fossem considerados convidados especiais da corte. Esta foi a maneira encontrada para tentar recompensar a amizade que lhe fora mostrada pelo pai. Davi não havia ficado satisfeito com o que ele mesmo fizera (2 Sm 19:31-40). Barzilai supostamen-te já teria morrido e o rei estava à beira da morte. A amizade de uma geração anterior deveria ser perpetuada pela geração posterior.
  3. Simei (8,9). Ao lembrar-se de outra pessoa de seu passado, Davi deu a Salomão instruções para lidar com Simei, filho de Gera (8), de acordo com o seu erro, até mesmo a ponto de executá-lo, caso necessário. Simei havia tratado Davi sem o devido respeito (2 Sm 16:5-13). Naquela ocasião, como também mais tarde (2 Sm 19:18-23) Davi não tinha permitido que os seus homens o punissem. O caso não era tanto contra o rei, a pessoa, mas sim contra Davi, o "ungido". Ele próprio lamentava profundamente este caso. Ele tinha tido o cuidado de não levantar um dedo contra Saul como o ungido de Deus (1 Sm 26:6-12; cf. a resposta de Davi à observação de Abisai, em 2 Sm 19:21-23). Davi tinha jurado que ele mesmo nada faria contra Simei. Mas a causa da justiça não fora comple-tamente respeitada no caso de alguém que havia agido contra o "ungido" do Senhor. Por isso Davi deu instruções a Salomão para lidar com a situação que, perante os olhos de muitos, não fora correta.

7. A Morte depois de um Reinado de Quarenta Anos (2:10-12)

O sepulcro do rei, a Cidade de Davi (10) foi o monte Sião. Pedro, no dia de Pente-costes, referiu-se ao túmulo como ainda existente (Atos 2:29). Os quarenta anos do reinado de Davi dividiram-se em sete anos... em Hebrom (11) e trinta e três em Jerusalém (cf. 2 Sm 5.4,5; 1 Cron 3.4).

B. SALOMÃO EXECUTA AS INSTRUÇÕES DE DAVI, 2:13-46

Duas pessoas mencionadas por Davi juntamente com Abiatar, que também estavam entre os opositores a Salomão, foram tratadas segundo o julgamento de Salomão. Elas foram para o novo monarca uma prova crucial no início de seu reinado. Os seus atos não estão de acordo com os padrões do Novo Testamento e devem ser compreendidos, levan-do-se em conta os padrões da época.

  1. O Pedido de Adonias é Negado (2:13-25)

Apesar de admitir que o reino fora dado a Salomão pelo Senhor (15), Adonias ainda não estava satisfeito. Continuou a dar lugar a ambições pessoais e egoístas. A sua vida ilustra a antiga história do homem rebelde: isto é, sabe qual é a vontade de Deus, mas não a aceita.

O pedido de Adonias, que Abisague lhe fosse concedida como esposa, feito por inter-médio de Bate-Seba, parece ter sido inocente, mas provavelmente não o foi. Ao requisitar Abisague, ele executava outro sutil movimento para usurpar o trono. Como ela fazia parte do harém real, o pedido, se concedido, teria estabelecido uma abertura para pros-seguir e, no final, destituir Salomão. De acordo com os costumes da época, aquele que obtinha a posse do harém de um rei antecessor, é porque havia subjugado aquele governante (cf. 2 Sm 3:6-11; 16.22).

Bate-Seba pode ter sido ingênua com respeito ao pedido de Adonias; Salomão não o foi. Agitado e irritado, ele lhe lançou estas palavras: Pede também para ele o reino (22). A promessa de conceder-lhe o pedido (20) não incluía a única coisa que não podia conceder. O pedido de Adonias implicava em traição; ele não se mostrava uma pessoa de bem, como Salomão lhe recomendara anteriormente (1.52). Ele forçava o rei a tomar uma atitude que decidira não realizar depois da tentativa de golpe na Fonte de Rogel. Salomão então ordenou a Benaia que o matasse.

  1. Abiatar (2.26,27)

A oposição de Abiatar a Salomão não podia passar despercebida, embora não seja mencionado nas instruções de Davi. Ele havia sido um grande amigo do rei, e talvez tenha estado entre aqueles que levaram a arca do Senhor (26) até Davi quando foi trazida a Jerusalém (cf. 2 Sm 6:12-19). Por ser um sacerdote, era "ungi-do ao Senhor". Salomão, portanto, mostrou demência, embora fosse digno de morte — do castigo da morte. Anatote, o lugar de seu exílio, era uma cidade sacerdotal; no futuro seria a residência de Jeremias (Jr 1:1). Seu nome foi preservado em Anata, uma aldeia a cinco quilômetros ao norte de Jerusalém. No entanto, Tell Ras el Kjarrubeh, próximo de um quilômetro de distância, era o lugar da Anatote dos tem-pos passados, antes da chegada dos israelitas'. O exílio representava, para Abiatar, o fim de seus deveres sacerdotais e também o da linhagem de Itamar, o sumo sacer-dócio. Assim se cumpriu a predição relativa à casa de Eli, que era desta família (cf. 1 Sm 2:27-36) 9.

3.Joabe é Executado (2:28-34)

Nas ordens de Salomão de prender e executar Joabe, o assunto não era mera-mente uma vingança pessoal. Basicamente era uma questão de justiça. Enquanto permaneceu sem punição, havia culpa em Davi; e a responsabilidade por essa falta foi transmitida a Salomão, seu sucessor, uma vez que o rei morto não tinha sido capaz de removê-la. A ação punitiva apropriada contra Joabe removeria essa culpa para colocá-la sobre a cabeça dele (33). Nesta situação, a santidade das pontas do altar não ofereceu refúgio a Joabe como tinha oferecido anteriormente a Adonias (cf. 1.52). Em sua casa, no deserto (34) : "ele foi enterrado na sua própria casa, na região de Judá" (Moffatt).

  1. Benaia e Zadoque São Nomeados por Salomão (2,35)

Aqui a referência a Benaia e a Zadoque interrompe a narrativa até certo ponto, mas é feita para indicar as substituições dos homens cujas posições estavam desocupa-das, devido ao exílio e à execução. Estas foram as primeiras nomeações oficiais de Salomão: Benaia substituiu Joabe como comandante do exército; Zadoque agora era a única pes-soa reconhecida como sumo sacerdote (cf. 2 Sm 20.25). Em lugar de significa "ocupando o lugar de Abiatar" (Berk.).

  1. Simei é Restrito a Jerusalém (2:36-46)

Simei vivia em Baurim, uma aldeia no território de Benjamim, a pouca distância de Jerusalém (a moderna Ras et-Tmim, a leste do monte Scopus). Ele tinha amaldiçoado Davi, "o ungido do Senhor", além de envolver-se em atos de traição na época da revolta de Absalão (2 Sm 16.5). Salomão mostrou misericórdia, embora deixasse claro que Simei deveria viver em Jerusalém em uma espécie de prisão domiciliar. Desta forma, precisava estar sob constante vigilância, separado dos seus parentes e sem a possibilidade de lide-rar uma revolta nem de participar de alguma, como já havia feito no tempo de Davi.

O ribeiro de Cedrom (37) é especificamente mencionado porque seria só questão de cruzá-lo e Simei poderia ir para a sua casa. Por outro lado, Jerusalém era uma cidade de refúgio para ele; enquanto permanecesse ali, ele receberia misericórdia. Ao ouvir as condições, Simei respondeu: Boa é essa palavra (38). Esta era uma segunda oportunidade, uma sus-pensão da execução, para ele. No entanto, prejudicou a sua reivindicação de misericórdia quando saiu em perseguição aos seus servos que tinham fugido. Ele apostou a sua vida pelo valor de dois escravos, e perdeu. Ousou arriscar tudo por algo que, comparativamente, tinha pouco valor. A expressão toda a maldade que o teu coração reconhece (44) pode ser entendida como: "O seu coração bem conhece toda a maldade que você fez ao meu pai Davi" (Moffatt).

  1. O Reino é Estabelecido (2,46)

E assim foi confirmado o reino na mão de Salomão. Esta afirmação é feita também em 2.12, depois que ele resolveu alguns problemas preocupantes, e provou estar mais do que capacitado para a tarefa. Em cada ocasião ele agiu sabiamente e mostrou um senso de justiça oportuno. A maldição de Simei foi removida. A bênção de Deus sobre Salomão era evidente desde os seus primeiros empreendimentos.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Reis Capítulo 2 do versículo 1 até o 46
*

2:1

deu ele ordens a Salomão. Davi, tal como Jacó (Gn 49), Moisés (Dt 31:1-8), Josué (Js 23) e Samuel (1Sm 12) antes dele, fez um discurso final antes de sua morte. Esses discursos assinalavam a transição de uma era para outra, bem como a transferência de autoridade.

* 2:2

pelo caminho de todos os mortais. Ou seja, o sepulcro (ver Js 23:14).

Coragem, pois, e sê homem! Essas instruções eram apropriadas, antes que um guerreiro entrasse em batalha ou antes que uma pessoa se ocupasse de uma tarefa difícil (Dt 31:7,23; Js 1:6,7,9,18; 1Sm 4:9).

* 2:3

para andares nos seus caminhos, para guardares os seus estatutos. Davi admoestou Salomão para que fosse fiel a Deus e assim experimentasse a bênção divina (conforme Dt 4:40; 6:2; 8:6,11; 10.12—11.1).

* 2:4

Se teus filhos guardarem o seu caminho. As instruções dadas por Davi a Salomão refletem as promessas de Deus feitas a Davi através do profeta Natã, em 2Sm 7:8-16, e reafirmadas na oração de Davi, em 2Sm 7:18-29. Aqui Davi sublinhou a necessidade de fidelidade à aliança (conforme 8.25,26; 9.4,5).

de todo o seu coração e de toda a sua alma. Essas palavras são uma alusão a Dt 4:29 e 6.5. Quando Jesus perguntou qual seria o maior de todos os mandamentos, ele também citou Dt 6:5 (Mt 22:35-40).

* 2:5

Joabe, filho de Zeruia. Joabe foi o mais bem sucedido, mas também foi o menos escrupuloso dos generais de Davi (1.7 e nota). Davi convocou Salomão para vingar-se dos crimes cometidos por Joabe contra seus rivais — "Abner, filho de Ner" (2Sm 3:22-30) e "Amasa, filho de Jeter" (2Sm 20:4-10) — e que não deixasse de aplicar-lhe o castigo devido. A maneira como Joabe apanhou a Abner e a Amasa em uma armadilha e os assassinou foi ilegal (Dt 19:1-13; 21.1-9).

* 2:7

que comem à tua mesa. Em outras palavras, esses desfrutariam de uma posição honrosa na corte e compartilhariam das benesses do estado (ver 2Sm 9:7; 19:28; 2Rs 25:29; Ne 5:17).

* 2:8

Simei, filho de Gera. Ele havia amaldiçoado e apedrejara a Davi quando este estava fugindo de seu filho, Absalão (2Sm 16:5-8). Posteriormente, Simei pediu perdão e Davi prometeu que Simei não morreria (2Sm 19:16-23).

* 2:9

não o tenhas por inculpável. Amaldiçoar a um governante violava a lei de Deus (Êx 22:28; conforme 1Rs 21:10).

* 2:10

na Cidade de Davi. Uma das maiores realizações de Davi foi a captura de Jerusalém, que se tornou a capital da nação. Mais tarde, a cidade recebeu o nome de Davi, em sua homenagem (2Sm 5:7).

* 2:11

Davi reinou... quarenta anos. Davi reinou aproximadamente de 1010—970 a.C. Durante seus últimos anos ele pode ter dividido o trono de Israel com Salomão (1.38-40).

* 2.15

todo o Israel... que eu reinasse. Essa foi uma mera esperança de Adonias (1.7-10).

porque do SENHOR ele o recebeu. Adonias afirma reconhecer a santidade do reinado de Salomão, mas seu pedido por Abisague sugere algo contrário.

* 2:17

me dê por mulher a Abisague. No antigo Oriente Próximo, uma corte e uma família grandes eram sinais de realeza. Abisague permaneceu virgem enquanto ficou com Davi (1.1-4), e, assim sendo, Adonias tecnicamente não estaria quebrando a lei se se casasse com ela (Dt 22:30). Não obstante, caso Adonias conseguisse casar-se com Abisague, que pertencera ao harém de Davi, isso constituiria uma reivindicação ao trono e seria uma afronta direta à autoridade de Salomão (conforme 2Sm 3:6,7; 12:7,8; 16:20-24).

* 2.18-21

Bate-Seba consentiu com o pedido de Adonias. Entretanto, não fica claro se ela foi enganada pelo ardil de Adonias ou se ela estava fazendo de conta, confiante na resposta de Salomão.

* 2:19

à sua mão direita. A "mão direita" era uma posição de elevada honra (Sl 110:1; Mt 20:21).

* 2:24

estabeleceu. Ver o v. 12.

casa, como tinha dito. De acordo com 1Rs 11:43 e 14.21, o filho de Salomão, Roboão, nascera cerca de um ano antes de Salomão subir ao trono como rei (conforme 13 22:9'>1Cr 22:9,13 22:10'>10).

* 2:26

Visto que Abiatar, como sumo sacerdote, "levara a arca" (2Sm 15:24,29) e compartilhara das dificuldades de Davi (1Sm 22:20-23; 23.6-9; 30:7; 2Sm 17:15 e 19.11), Salomão amenizou a penalidade que foi imposta a Abiatar, banindo-o para Anatote (sua terra natal). Anatote ficava a 6,5 km de Jerusalém.

* 2:27

cumprindo, assim, a palavra. O autor dos livros dos Reis gostava muito de salientar o cumprimento de promessas anteriores de Deus (8.20; 12.15; 15.29; 16.12). Nesse caso, a profecia de um homem de Deus, concernente à morte e à remoção dos descendentes de Eli do ofício sacerdotal (1Sm 2:30-36) se cumpriu durante o reinado de Salomão.

* 2:28

Tendo ouvido falar na execução de Adonias e no banimento de Abiatar, Joabe fugiu para "o tabernáculo do SENHOR" (1.39, nota), e "pegou nas pontas do altar" (1.50, nota), na vã esperança de escapar da devida retribuição.

* 2:29

Vai, arremete contra ele. Joabe só poderia ter achado asilo diante do altar do Senhor se tivesse causado a morte de outrem por acidente (Êx 21:14). Pelo contrário, o papel de Joabe na sedição de Adonias deu a Salomão a oportunidade de cumprir um dos últimos pedidos de seu pai (vs. 5,6; 1.7, nota).

* 2:32

A despeito de sua anterior lealdade a Saul e a Absalão, Abner tornou-se o comandante do exército de Israel (2Sm 2:8,9), e Amasa comandante do exército de Judá (2Sm 19:13; 20.4-10); conseqüentemente, eles foram tidos por Joabe como ameaças ao seu controle das forças militares.

* 2:35

Tanto Zadoque quanto Abiatar previamente tinham desempenhado papéis de liderança em Israel, como sacerdotes nomeados por Davi (2Sm 8:17, nota). Zadoque e seus descendentes agora se tornam a única família sumo sacerdotal em Israel (1Sm 2:35).

* 2:39

Gate. Gate era uma das cinco principais cidades da Filístia (Js 13:3; 1Sm 21:11 e 27.2).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Reis Capítulo 2 do versículo 1 até o 46
2:3, 4 Davi enfatizou ao Salomão a necessidade de fazer que Deus e suas leis fossem o centro de sua vida pessoal e governo para poder preservar o reino, como Deus tinha prometido fazê-lo (2 Smamuel 7). Esta promessa de Deus constava de duas partes: uma parte era condicional e dependia das ações do rei atual. A outra parte era incondicional.

A promessa condicional de Deus era que Davi e seus descendentes permaneceriam como reis somente se o honravam e o obedeciam. Quando os descendentes do Davi não fizeram isto, perderam o trono (2 Rseis 25). A promessa incondicional de Deus era que a linha ancestral do Davi continuaria para sempre. Isto se cumpriu com o nascimento do Jesucristo, um descendente do Davi que além disso foi o Filho eterno de Deus (Rm 1:3-4). Davi, cuja vida foi um exemplo de obediência, deu um bom conselho a seu filho, o seguinte rei. Dependia do Salomão segui-lo.

2.5-7 Joab resume a aqueles que são cruéis para alcançar suas metas. Sua força era seu único código e o ganhar a batalha sua única lei. Queria obter poder de si mesmo e protegê-lo. Em contraste Barzilai se levanta por aqueles que são leais a Deus e vivem por meio de suas normas. Quando lhe ofereceu a glória, por exemplo, desinteresadamente pediu que se o fora outorgada a seu filho. Acaso utiliza seu posto de liderança para servir-se para servir a Deus?

2.5-9 Davi deu ao Salomão um conselho muito severo em relação a seus inimigos. Este conselho estava designado a ajudar ao jovem rei a assegurar seu trono, e só estava dirigido para inimigos flagrantes, para aqueles que se opunham a Deus opondo-se ao rei designado pelo. Legalmente, Davi lhe estava pedindo ao Salomão que outorgasse a seus inimigos o castigo que se mereciam. Estava em contra tanto da lei civil como da lei de Deus que Simei amaldiçoara ao rei (Ex 22:28).

2:10 Davi morreu aproximadamente à idade de setenta anos (2Sm 5:4-5). Veja o perfil do Davi em 1 Smamuel 17 para mais informação a respeito de sua vida.

2.15-22 Este não foi um caso de amor frustrado, mesmo que Adonías provavelmente esperava que Betsabé pensasse isso. Adonías queria ao Abisag porque ela tinha sido a última concubina do Davi. O dormir com a concubina do rei era equivalente a reclamar o trono. Absalón fez o mesmo quando se rebelou contra Davi (2Sm 16:20-23). Salomão entendeu muito bem o que Adonías estava tratando de fazer.

2:26, 27 Quando era jovem, Abiatar foi o único que escapou quando o rei Saul massacrou a todos os sacerdotes na cidade do Nob (1Sm 22:11-23). Então, Abiatar chegou a ser o supremo sacerdote sob o governo do Davi e permaneceu leal a ele ao longo de seu reinado. Quando apoiou a errônea reclamação do Adonías ao trono depois da morte do Davi (1Sm 1:7), Salomão o forçou a deixar o sacerdócio, cumprindo assim a profecia de 1Sm 2:27-36 de que os descendentes do Elí não continuariam servindo como sacerdotes.

2:31 Joab tinha passado sua vida tratando de defender seu posto como general do exército do Davi. Em duas ocasiões Davi tratou de substitui-lo, e em ambas as ocasiões Joab matou a traição a seus rivais antes de que assumissem o mando (2Sm 3:17-30; 2Sm 19:13; 2Sm 20:4-10). devido a que Joab estava a seu serviço, Davi era o responsável por estas mortes sem sentido. Mas por razões políticas e militares (veja-a nota a 2Sm 3:39), Davi decidiu não castigar publicamente ao Joab. Em vez disso, amaldiçoou pessoalmente ao Joab e a sua família (2Sm 3:29). Salomão, ao castigar ao Joab, estava declarando publicamente que Davi não foi parte dos crímenes do Joab, e assim retirava a culpa do Davi e a colocava no Joab, a quem pertencia.

2:35 Abiatar o supremo sacerdote e Joab o comandante do exército foram homens chave para o reinado do Davi. Mas quando conspiraram contra Salomão, foram substituídos pelo Sadoc e Benaía. Sadoc, descendente do Arão, tinha sido um sacerdote proeminente durante o reinado do Davi e também foi leal ao Salomão depois da morte do Davi. Pôs a cargo do arca do pacto (2Sm 15:24ss). Seus descendentes estiveram a cargo do templo até sua destruição. Em um momento, Benaía foi um dos homens poderosos do Davi (2 Smamuel (2Sm 23:20-23) e capitão do guarda pessoal do Davi.

2:46 Salomão ordenou as execuções do Adonías, Joab e Simei, forçou ao Abiatar a renunciar ao sacerdócio, e logo designou homens novos para que tomassem seus lugares. Levou a cabo estas coisas rapidamente e assegurou seu domínio sobre o reino. Ao exercer a justiça e ao atar os cabos soltos que poderiam afetar a estabilidade futura de seu reino, Salomão estava promovendo a paz e não o derramamento de sangue. Foi um homem de paz em dois sentidos: não foi à guerra, e pôs fim à rebelião interna.

Quais se uniram à conspiração do Adonías e os quais permaneceram leais ao Davi?

Compare o destino daqueles que se rebelaram e daqueles que permaneceram leais ao Davi, o líder designado Por Deus. Adonías, o líder da conspiração, encontrou uma morte violenta (2.25). Aqueles que se rebelaram contra os líderes de Deus se rebelaram contra Deus.

UNIRAM-se Ao ADONIAS

JOAB (1,7) Brilhante general militar e comandante do exército do Davi. Continuamente demonstrou sua crença de que os assassinatos a sangue frio eram tão aceitáveis como uma batalha justa. Salomão o mandou a executar mais tarde.

ABIATAR (1,7) Um dos dois supremos sacerdotes sob o reinado do Davi. Foi filho do Ahimelec, que ajudou ao Davi, e este prometeu protegê-lo. Abiatar pagou a ajuda do Davi com traição. Salomão se encarregou que desaparecesse mais tarde, cumprindo assim a profecia de que a linha de sacerdócio do Elí terminaria (1Sm 2:31).

JONATAN (1Sm 1:42) Filho do Abiatar. Ajudou ao Davi a deter a rebelião do Absalón (2Sm 17:17-22), mas apoiou esta rebelião feita por outro dos filhos do Davi.

CONDUTORES DE CARROS (2Sm 1:5) Contratados pelo Adonías, aparentemente mais leais ao dinheiro que a seu rei.

PERMANECERAM COM o Davi

SADOC (2Sm 1:8) O outro supremo sacerdote sob o reinado do Davi. Sua lealdade lhe conferiu o privilégio de coroar ao Salomão. Chegou a ser o único supremo sacerdote sob o reinado do Salomão.

BENAIA (2Sm 1:8) Distinguiu-se a si mesmo como grande guerreiro. Comandou uma divisão do exército do Davi, mais de 24,000 homens. Um dos trinta, além disso também estava a cargo do guarda pessoal do Davi. Mais tarde Salomão o fez comandante em chefe do exército.

NATAN (2Sm 1:8) Profeta de Deus proeminente durante o reinado do Davi. A Bíblia diz que escreveu uma história do Davi e Salomão.

SIMEI (2Sm 1:8) Este homem foi provavelmente o Simei que foi recompensado pelo Salomão e designado governador de distrito da tribo de Benjamim (2Sm 4:18).

REI (2Sm 1:8) Só se menciona aqui. Possivelmente foi um oficial do exército. O nome significa "e seus amigos".

OS GRANDES HOMENS DE DEUS (2Sm 1:8, 2Sm 1:10) O exército do Davi estava altamente organizado com sete divisões de tropas diferentes. É suficiente saber que muitos de suas líderes permaneceram leais a seu rei.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Reis Capítulo 2 do versículo 1 até o 46

COUNSEL B. DAVI'S a Salomão (


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Reis Capítulo 2 do versículo 1 até o 46
  1. Salomão executa a fúria de Deus (2)
  2. Os últimos conselhos de Davi (vv. 1-11)

Veja também I Crônicas 22—29. Davi enfatizou o aspecto espiritual antes do político, pois queria que o filho seguisse no caminho do Se-nhor. Ele admoestou-o para que estu-dasse a Lei e obedecesse a ela (veja Dt 17:14-5 e Js 1:8). Deus fizera promessas magníficas em relação a Salomão (2Sm 7:8-10), mas ele não podia cumpri-las sem a fé e a obe-diência de Salomão. Davi lembrou-o também dos inimigos que se opo-riam a ele e dos amigos que o auxi-liariam.

  1. O julgamento de Adonias (vv. 12-25)

Se Adonias permanecesse em seu devido lugar, teria vivido, mas ele, com obstinação, recusou-se a ceder. Adonias, ao pedir a mão de Abisa- gue, a última esposa de Davi (1:1 -4), fazia uma reivindicação temerária, pois tudo que era de Davi agora per-tencia a Salomão. Em todo esse epi-sódio, parece que Bate-Seba foi uma intermediária inocente. Salomão per-cebeu as implicações traiçoeiras do pedido do irmão e também deixou claro que sabia da traição de Abiatar e Joabe (v. 22). Adonias fora longe demais; agora, ele tinha de morrer.

  1. O julgamento de Abiatar e joabe (vv. 26-35)

Salomão honrou o cargo do sacer-dote ao não matá-lo, mas baniu-o do serviço. Assim, cumpre-se 1 Sa-muel 2:30-36. Joabe, quando soube do exílio do amigo, sabia que logo seria julgado, portanto ele, como Adonias, correu para o altar em bus-ca de proteção. Joabe era culpado da morte de muitas pessoas e tinha de pagar por seus pecados. Benaia tornou-se o novo general do exérci-to, e Zadoque, o sumo sacerdote. E interessante citar que Benaia era um sacerdote (1Cr 27:5) que se tornou general.

  1. O julgamento de Simei (vv. 36-46)

Esse foi o homem que amaldiçoou cruelmente Davi quando este fugia de Absalão (2 Sm 16:5ss). Salomão ordenou-lhe que ficasse em Jerusa-lém, onde seria vigiado, uma sen-tença muito mais misericordiosa do que ele merecia. Entretanto, Simei tentou blefar ao desobedecer às or-dens do rei, e isso lhe custou a vida. Se esses muitos julgamentos de Sa-lomão parecem cruéis, lembre-se de que essas pessoas eram inimigas do rei e, por isso, inimigas do Senhor.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de I Reis Capítulo 2 do versículo 1 até o 46
2.5 Devemos ler com atenção as referências bíblicas aos nomes de Abner e Amasa para tomar conhecimento de como Joabe foi um covarde assassino dos seus concorrentes à posição de comandante do exército. Vingou o sangue. Quando Abner era comandante dos exércitos do filho de Saul, matou, em combate livre, ao irmão de Joabe.
2.9 És homem prudente. Salomão teria de apelar para a sua sabedoria, a fim de avaliar a aparente lealdade e obediência daquele que, em tempos difíceis, mostrara-se tão inimigo da família real, e afastar o perigo de um traidor em potencial. Davi podia, como homem experimentado, usar de generosidade para com seus inimigos, mas não quis que o jovem herdeiro recebesse, como herança, súditos rebeldes.

2.10 Cidade de Davi. É Jerusalém (2Sm 5:6-10).

2.11 Quarenta anos. Este foi o período do reinado de Saul (At 13:21) e também o de Salomão (1Rs 11:42).

2.15 Bem sabes. Uma tentativa de mostrar que Bate-Seba lhe devia um favor. Até certo ponto, tinha algum direito ao trono, mas veja a nota Dt 1:35 sobre os direitos de Salomão. Do Senhor. Ou Adonias se curvou perante a vontade de Deus, que tem poder para dar o poderio cívico para quem quiser (Ez 4:32), ou estava fazendo uma declaração hipócrita ao afirmar que aceitava Salomão como rei legítimo, para poder amotinar-se contra ele sem embaraços.

2.17 Não to recusará. Assim como Bate-Seba se prostrava perante o rei Davi, seu marido (1.16), assim também Salomão se inclinava a ela como mãe (19). Se ela tinha poder para influenciar a Davi, era claro que também Salomão não se lhe oporia à vontade.

2.22 Por que pedes Abisague. Salomão compreende que este pedido nada tem a ver com os encantos da sunamita, mas sim é parte do plano de Adonias e seus amigos, para dar ao público a impressão de ser ele, Adonias, a verdadeiro rei, herdeiro, filho de quem se poderia considerar esposa do rei falecido. Compreende a necessidade imperiosa de destruir a qualquer trama contra o trono, pelo que, manda ao novo comandante do exército, executar ao criminoso. Dai, toma medidas para executar a Joabe e Simei, e expulsar ao sacerdote Abiatar.

2.26 Vai para Anatote. Esta cidade pertencia aos levitas (Js 21:18). Entre os profetas que de lá surgiram, figura Jeremias (Jr 1:1). O rei é sábio demais para derramar sangue sacerdotal.

2.27 A casa de Eli. Abiatar era o único descendente da família do sacerdote Eli, que escapou das mãos do rei Saul quando matou os sacerdotes (1Sm 22:20). A profecia era que todo descendente de Eli ou seria afastado do sacerdócio, ou morreria na flor da idade (1Sm 2:33).

2.30 Sai daí. Benaia, respeitava a santidade do tabernáculo, a lei de asilo de Êx 21:13. Voltou para o rei, que lhe autorizou a aplicar a lei de Êx 21:14, que diz respeito aos assassinos.

2.33 Paz para todo o sempre. Salomão não quis que os dois mencionados em v. 32 ficassem por conta da família real. • N. Hom. Joabe era o homem que venceu em todas as batalhas, a não ser a batalha contra sua própria pessoa. Vítima de ciúmes violentos, assassinou dois homens melhores de que ele, perdendo assim esta luta, por causa de seu próprio espírito maldoso. A Bíblia nos acautela contra pecados espirituais, tais como, a ira, os ciúmes, o ódio, etc. (Pv 16:32; Ef 4:31; 2Co 7:1).

2.34 Foi sepultado em sua casa, no deserto. A norma israelita para o enterro era um túmulo dentro da propriedade da família, não obstante existir um terreno perto de Jerusalém para se enterrar aos pobres. A casa de Joabe ficava próxima a Belém.

2.35 O ato de nomear o sacerdote criara o precedente perigoso de submeter a autoridade religiosa à autoridade do rei.
2.38 Simei. O Antigo Testamento registra 19 homens com este nome. Aqui temos um membro da tribo de Benjamim, um parente de, Saul (2Sm 16:5). Era um homem de riqueza e poder (36 e 39). A história de como tratou ao rei Davi, quando este fugia do filho Absalão e como pediu perdão quando Davi voltou vitorioso, é narrada em 2Sm 16:5-10 e 19:16-23.

2.40 Gate. Era uma das cinco capitais dos filisteus, a moradia do gigante Golias, que fora vencido por Davi (1Sm 17:49). Ainda não foram descobertos os restos daquela cidade. 2.44 A maldade. Um. exame cuidadoso das passagens bíblicas que descrevem as atividades de Simei, leva-nos a pensar que seu arrependimento não foi sincero, e que ainda faria uso da primeira oportunidade, para trair a Salomão, cujo reino ainda não poderia, ser considerado firme, em vista da presença de tais elementos.

2.46 Firmou o reino, Esta expressão encerra esse capítulo, que contém as instruções de Davi sobre a maneira de exercer o poder real, e os passos que Salomão tomou para executá-los.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de I Reis Capítulo 2 do versículo 1 até o 46
As últimas instruções de Davi a Salomão (2:1-12)
O texto não nos informa o intervalo entre
1.53 e 2.1. Deve ter havido tempo para a ocasião descrita em lCr 28 e 29 quando “pela segunda vez, proclamaram Salomão, filho de Davi, rei” (29,22) e para as instruções anteriores acerca do templo.
v. 3. Obedeça ao que o Senhor, o seu Deus, exige: formulado em termos semelhantes aos de Deuteronômio, um refrão que é usado em toda a história.

A ordem de Davi a Salomão de tratar Joabe e Simei dessa forma tem sido criticada como rancor mesquinho — alguns estudiosos até sugerem que é uma invenção posterior para limpar a culpa de Salomão, mas então a referência a Barzilai seria estranha. Mais provável é a sugestão de que Davi estava ansioso para passar ao seu filho uma dinastia que fosse livre de vingança de sangue e maldições. As palavras de Salomão nos v. 33,34 confirmam isso.

v. 5. o que Joabe [...] me fez: a RSV e a NEB dão continuidade a isso, seguindo um texto emendado, para trazer “sangue inocente no cinto da minha cintura”. A NVI segue o hebraico com o seu \delé\ ànto. O fato de Davi não ter lidado de forma adequada com Joabe na época foi um erro grave, ocasionado em parte pela falta de clareza na lei acerca das brigas entre famílias; agora ele insta Salomão a proceder com sabedoria (v. 6) e a reparar a situação.

v. 7. seja bondoso com os filhos de Barzilai: a bondade (heseã) é o amor leal baseado na aliança (v. 2Sm 17:27-10; 2Sm 19:31-10). A substituição de Zadoque não é mencionada especificamente aqui (conforme o v. 35). Se ele deve ser o “sacerdote fiel” de 1Sm 2:35, sugere-se que o sacerdócio agora é dado novamente à linhagem de Eleazar e tirada da linhagem (usurpadora) de Itamar (v. “Eli”, NBD).

v. 28. Joabe [...] fugiu para a Tenda do Senhor, temendo corretamente que Salomão iria considerá-lo um conspirador. Ex

21:12-14 mostra os limites aplicados pela lei hebraica à prática antiga do santuário, v. 29. Algumas versões gregas acrescentam, depois de ao lado do altar, “e Salomão enviou uma mensagem a Joabe: ‘Por que você fugiu para o altar?’, e Joabe disse: ‘Porque tive medo de ti e fugi para o Senhor’ ”. Benaia, desconcertado pela recusa de Joabe de sair, reporta-se ao rei para buscar mais instruções (v. 30). Salomão repete a culpa de Joabe (conforme v. 5), e Benaia aceita o julgamento real como superior ao tradicional santuário religioso, v. 33. sobre Davi, sobre os seus descendentes, sobre a sua dinastia e sobre o seu trono soa quase como um encantamento, inocentando a nova dinastia de culpa de sangue. Joabe foi sepultado em sua casa no campo (v. 34), recebendo ao menos um sepultamento digno, depois de uma vida emocionante e, em diversos momentos, digna. A sua influência estranha sobre Davi e, finalmente, a deslealdade continuam um enigma. Algumas versões trazem “em seu túmulo no deserto”, em lugar de “em sua casa no campo”. Joabe era nativo de Belém (2Sm 2:32), a quase 10 quilômetros de Jerusalém, mas talvez tenha possuído uma propriedade rural na periferia da cidade. Benaia e Zadoque agora são colocados oficialmente nos postos que tinham ocupado de facto durante a co-regência (v. 35). O sacerdócio está à disposição do rei — mais um passo na descida escorregadia de ser “como as outras nações”. Só permaneceu Simei (v. 36) da curta lista de Davi. Salomão o restringe a Jerusalém (uma pequena cidade Dt 30:0). Simei, agradavelmente surpreso, concorda. A ordem do rei éboa (v. 38; interessante a NEB quando traz “Eu aceito a sua sentença”); em seguida, dois de seus escravos fugiram para a casa de Aquis (v. “Escravidão”, NBD), que os capturou nas condições de um acordo de extradição. Talvez Simei teve de buscá-los pessoalmente; talvez ele tenha se descuidado. De qualquer forma, Quando Salomão soube (v. 41), ele intimou Simei, recordou em detalhes o acordo para deixar clara a legalidade da sentença e acrescenta mais uma vez a questão que Davi tinha tirado de debaixo do seu perdão. A fórmula será abençoado [...] será estabelecido (v. 45) soa mais uma vez como encantamento absolvendo a dinastia da maldição, v. 46. Assim o reino ficou bem estabelecido', de fato ficou! Mas o leitor se sente exausto, e não satisfeito. Há um triste contraste com a magnanimidade do primeiro rei (1Sm 11:11-9), mas, afinal, reinos “como as outras nações” não podem ser governados com base em sentimentos, e Salomão, filho do harém do palácio, não havia sido criado da mesma forma dura que os filhos do campo, Davi e Saul.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de I Reis Capítulo 2 do versículo 12 até o 46


3) O que Salomão fez com os aspirantes ao trono. 1Rs 2:12-46.

Execução de Adonias. 1Rs 2:13-25.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de I Reis Capítulo 2 do versículo 12 até o 46
f) A consolidação do poder de Salomão (1Rs 2:12-11). De acordo com os costumes orientais, o novo rei tornava-se automaticamente o herdeiro do harém do seu predecessor (conforme 2Sm 16:21 e seg.). É possível que Adonias esperasse fortalecer a sua posição casando com Abisague, mas é ainda mais provável que fosse um homem simples e estivesse genuinamente apaixonado por ela. Não se tome a simpatia de Bate-Seba demasiadamente à letra. A própria formalidade do pedido (19) sugere um íntimo regozijo perante a possibilidade de fazer desaparecer de vez a ameaça que pesava sobre o filho; a publicidade do seu pedido e a recusa de Salomão estariam, até, previamente combinadas. De paz é a tua vinda? (13). Paz (shalom) pode implicar, em hebraico, algo de diferente (cfr.comentário a 2Rs 9:17); aqui nada mais significa que "fim", "objetivo agradável". Teria a sua visita um bom propósito? Para ele, digo e para Abiatar... (22); é de preferir outra versão: "e do seu lado estão Abiatar... e Joabe..." Trata-se de uma deliberada alusão à atitude de Abiatar e Joabe que lhe fornecerá o pretexto de ajustar contas com eles.

>1Rs 2:26

2. A EXPULSÃO DE ABIATAR (1Rs 2:26-11). É possível que o apoio que Abiatar dera a Adonias fosse uma conseqüência do seu desacordo com a política religiosa de Natã e Zadoque, política que, segundo pensava, Salomão não deixaria de seguir. A expulsão de Abiatar teria, como objetivo, evitar controvérsias religiosas que, sem dúvida, viriam a ter lugar. Anatote (26); cfr. Js 21:18. Hoje, Anata, a cerca de cinco quilômetros a nordeste de Jerusalém. Cfr. também Jr 1:1. Jeremias pode, na verdade, ter sido um dos seus descendentes. Para cumprir a palavra do Senhor... (27); ver 1Sm 2:36. Não significa isto que os seus descendentes ficassem para sempre impedidos de entrar no sacerdócio o que, à luz de 1Cr 24:1-13, é improvável.

>1Rs 2:28

3. A EXECUÇÃO DE JOABE (1Rs 2:28-11). A frase porque Joabe se tinha desviado seguindo a Adonias (28) refere-se à conspiração original e não à que levou Adonias à morte. As razões que nos versículos 31 e seg. se apresentam para a execução de Joabe sugerem que as do versículo 22 (ver nota acima) não passavam de um pretexto. E pegou das pontas do altar (28); ver comentário a 1Rs 1:51. Como assassino, Joabe não podia reclamar o direito de refúgio no santuário (cfr. Êx 21:14). E foi sepultado em sua casa no deserto (34). O velho general não foi desonrado. Ser sepultado na sua casa era, segundo parece, uma honra excepcional reservada a homens como Samuel (1Sm 25:1) e a reis (cfr. Ez 43:7). A casa de Joabe ficava a oriente de Belém no deserto da Judéia. Ao nomear Zadoque para o sumo sacerdócio (35), Salomão pratica um ato de graves implicações: era a subordinação do poder sacerdotal ao poder real.

>1Rs 2:36

4. O DESTINO DE SIMEI (1Rs 2:36-11). Simei parece ter sido um benjamita de grande influência (cfr. 2Sm 19:16 e seg.) e Salomão suspeitava que ele pretendesse fazer voltar o reino à tribo de Benjamim (44). É essa a razão por que se menciona especialmente o ribeiro de Cedrom (37): ele teria de o atravessar para alcançar a sua casa em Baurim. Dois servos de Simei (39); aqui, como numa grande parte dos casos, a palavra hebraica ‘ebhedh deveria ser traduzida por "escravo". Aquis, filho de Maaca (39); possivelmente, mas não necessariamente, Aquis, filho de Maoque (1Sm 27:2). Simei... foi a Gate (40); a viagem não se tornava necessária mas era um bom pretexto para mudar de ambiente. Simei não compreendia que Salomão não temia apenas as suas possíveis conspirações em Benjamim mas esperava que ele lhe fornecesse o mais ligeiro pretexto para o matar. O rei Salomão será abençoado (45); isto é, pela anulação da maldição de Simei. Assim foi confirmado o reino na mão de Salomão (46); ignore-se o ponto final e ligue-se este versículo ao seguinte-1Rs 3:1.


Dicionário

Adonias

-

o SENHoR é o Senhor. 1. Quartofilho de Davi, nascido em Hebrom, quando seu pai era rei de Judá (2 Sm 3.4). Nos últimos anos do reinado de Davi, formou Adonias em volta de si um partido forte, e começou a manifestar suas pretensões, aspirando a ser sucessor de seu pai. Mas Davi tinha prometido a Bate-Seba que seu filho Salomão havia de ser o rei de israel, e deu ordens para que Salomão se dirigisse, montado na mula real, a Giom, ao ocidente de Jerusalém. Foi ali ungido e proclamado rei por Zadoque e alegremente reconhecido pelo povo. Esta resolução infundiu terror no partido contrário, e Adonias fugiu para junto do altar. Foi perdoado por Salomão, sob a condição de mostrar-se como homem digno, sendo também ameaçado de morte se alguma maldade fosse por ele praticada (1 Rs 1). Depois da morte de Davi, pretendeu Adonias o consentimento de Salomão para o seu casamento com Abisague, que tinha vivido com Davi, quando já muito avançado em idade. Pensou Salomão que havia nele intenção de reivindicar o trono e ordenou que fosse morto (1 Rs 2.25). 2. Um dos levitas, a quem Josafá mandou para ensinar a lei ao povo (2 Cr 17.8). 3. Um chefe judaico, que com Neemias assinou o pacto (Ne 10:16).

(Heb. “o Senhor é meu Senhor”).


1. Seguidor das pegadas de Absalão, seu irmão mais velho, Adonias, o quarto filho de Davi, também ameaçou trazer problemas ao reinado do pai (2Sm 3:4-1Rs 1 e 2). Sua amargura, devido à suspeita de que Salomão, e não ele, seria o sucessor de Davi, levou-o a planejar um golpe político, que falhou mediante a hábil intervenção de Natã. Salomão demonstrou-lhe tolerância, que se esgotou, quando ele pediu para casar-se com Abisague, a camareira de Davi; isso resultou em sua execução (1Rs 2:19-25). Para mais detalhes, veja Abisague e Natã.


2. Um dos nove levitas que ensinaram a Lei ao povo, durante o terceiro ano do reinado de Jeosafá, na época em que houve um grande desejo pelo livro da Lei (2Cr 17:8).


3. Um dos homens que testemunharam e selaram a promessa que o povo fez de obedecer à Palavra de Deus, sob a influência de Neemias, durante as reformas de Esdras (Ne 10:16). S.V.


Adonias [Javé É Meu Senhor]

Filho de Davi que tentou, mas não conseguiu, tomar dele o reino (1Rs 1:2).


Agora

advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

Assentar

verbo transitivo direto Dispor de forma estável sobre; acomodar: assentar os tijolos.
Anotar por escrito; registrar: assentar as ideias no papel.
Deixar arrumado; manter arrumado: assentar o cabelo.
verbo intransitivo e pronominal Fazer alguém tomar assento; tomar assento: assentar a criança na cadeira; assentou-se na cama.
Conceder posse legal da terra: o governo assentou centenas de famílias.
verbo bitransitivo Ter como base, fundamento; fundamentar: assenta algo em princípio constitucional.
Determinar, estipular: assentaram as bases do acordo.
verbo transitivo indireto Ser harmônico; combinar, condizer: o verde não assenta bem com o azul.
Ajustar-se adequadamente a; acomodar-se bem: a roupa assenta-lhe bem.
Aplicar golpe, soco; golpear: assentou-lhe uma bofetada na cara.
verbo transitivo indireto e intransitivo Colocar sobre o solo ou sobre qualquer outra superfície: a poeira assentou sobre o terreiro; o pó ainda não assentou.
Etimologia (origem da palavra assentar). Do latim assentare; pelo espanhol asentar.

Basear-se, Firmar-se, Fundar-se, Fundamentar-se.

Casa

Casa Construção em que pessoas moram. Na Palestina as casas eram feitas de pedra. Os pobres viviam às vezes em cavernas. As pessoas errantes, que se deslocavam em busca de alimentos e de pastagens para os seus rebanhos, viviam em barracas feitas com peles de cabra ou de camelo (Gn 4:20). No litoral do mar Mediterrâneo construíam-se casas de barro. O teto era feito de palha e barro.

[...] Aqui [no mundo etéreo], temos o poder de moldar a substância etérea, conforme pensamos. Assim, também as nossas casas são produtos das nossas mentes. Pensamos e construímos. É uma questão de vibração do pensamento e, enquanto mantivermos essas vibra ções, conservaremos o objeto que, du rante todo esse tempo, é objetivo para os nossos sentidos.
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 10


No sentido mais lato da palavra “baytith” emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas vezes, chamado a casa, a residência de Deus. Pouca mudança tem havido no sistema de edificar casas no oriente. As ruas das cidades são geralmente estreitas, tendo, por vezes de um e de outro lado uma carreira de lojas. Por detrás destas estão as habitações. Se entrarmos numa das principais casas, passaremos, primeiramente, por um corredor, onde se vêem bancos de cada lado, e é ali que o senhor da casa recebe qualquer indivíduo, quando quer tratar dos seus negócios, sendo a poucas pessoas permitido passar adiante. Para além desta entrada, o privilegiado visitante é recebido no pátio, ou quadrângulo, que geralmente é pavimentado de mármore ou outra substância dura, e não tem cobertura. Este pátio dá luz e ar a vários compartimentos que têm portas para aquele quadrângulo. Com o fim de receber hóspedes, é o pavimento coberto de esteiras ou tapetes – e visto como estão seguros contra qualquer interrupção de fora, é o lugar mais próprio para recepções e diversões. o pátio é, geralmente, rodeado de um claustro, sobre o qual, quando acontece ter a casa mais de um andar, é levantada uma galeria para cada andar nas mesmas dimensões que o claustro, tendo uma balaustrada para impedir o povo de cair. As janelas que deitam para a rua são pequenas e altamente colocadas, sendo fechadas por meio de um sistema de tábuas furadas e esculpidas em vez de vidro. Deste modo fica oculto o morador, podendo, contudo, obter uma vista do que se passa fora. Todavia, as janelas dos andares superiores são, freqüentemente, de considerável grandeza, e construídas numa saliência para fora da parede da casa. Foi esta a espécie da janela pela qual foi atirada Jezabel por mandado de Jeú. Nas casas dos ricos a parte mais baixa das paredes é adornada de tapeçarias de veludo ou damasco, suspensas em ganchos, podendo esses ornamentos subir ou descer segundo se quer (Et 1:6). A parte superior das paredes é adornada de um modo mais permanente, ao passo que os tetos são, algumas vezes, feitos de madeira preciosa e odorífera (Jr 22:14). os sobrados destes esplêndidos quartos são cobertos de lajes pintadas, ou de pedra mármore. Algumas vezes eram feitos de estuque, coberto de ricos tapetes. Em todos os casos, os quartos de mulheres estão separados, embora a separação não fossem outros tempos tão estrita como é hoje entre os hebreus. Nas casas de certa pretensão havia um quarto para hóspedes. o telhado das casas orientais é quase sempre plano. Compõe-se de vigas de madeira, cobertas de pedra ou argamassa, para proteger os moradores contra o sol e as chuvas, e também, para lhes proporcionar um sítio muito agradável ao ar livre quando está bom o tempo. Em volta deste telhado há um parapeito, não muito alto, para segurança das pessoas (Dt 22:8). Na Palestina o povo dorme nos terraços da casa, durante o tempo de mais calor, em caramanchões feitos de ramos ou de junco (Ne 8:16). o quarto dos hóspedes é, algumas vezes, construído sobre o telhado, e como para este se sobe por uma escada exterior, pode o hóspede entrar ou sair sem comunicar-se com a família. Várias ocupações domésticas são efetuadas nestes lugares altos da casa, como estender a roupa para secar, e espalhar figos, uvas, etc., para se fazer passas. E algumas vezes também foram usados estes lugares para o culto idolátrico (2 Rs 23.12 – Jr 32:29). As tendas, usadas durante a Festa do Tabernáculo, eram levantadas sobre telhados planos, que eram também escolhidos para os moradores se lamentarem em ocasião de grande aflição. os fogões não existem nas casas orientais, mas a família serve-se de braseiros, acontecendo, também, acenderem o lume no pátio aberto. Todavia, a cozinha tinha uma elevação feita de tijolo, com cavidades, em que se fazia a necessária fogueira. Havia os lugares para cozinhar, aos quais se refere Ez 46:23. Além dos caramanchões para uso no verão, havia, também, compartimentos especialmente protegidos, que se usavam no tempo frio. As casas dos pobres no oriente são construções muito fracas, sendo as paredes feitas de barro, canas e junco (*veja 4:19). Pode o ladrão penetrar facilmente dentro destas habitações (24:16Mt 24:43). Algumas vezes estas moradas de barro, e mesmo de tijolo, constavam de uma sala somente, sendo ainda uma parte dela separada para o gado. o exterior de todas as casas, tanto dos ricos como dos pobres, apresenta uma fraca aparência. Nada mais se observa, geralmente, do que uma nua parede branca, com pequenas janelas, gelosias e uma simples porta. (*veja Tenda, Tabernáculo, Cabana.)

morada, vivenda, palácio, palacete, tugúrio, teto, chalé, lar, fogo, canto, palheiro, palhoça, choupana, casebre, cabana, tenda, barraca, arribana, choça, colmo, habitação, mansarda, pardieiro, biombo, cômodo, prédio, solar, castelo. – Habitação é, de todos os vocábulos deste grupo, o mais genérico. De “ato de habitar”, que é o que significa propriamente esta palavra habitação, passou a designar também a própria casa, que se habita: casa, ou palácio, ou choupana, ou biombo – tudo será habitação. – Casa é “o edifício de certas proporções destinado à habitação do homem”; e por extensão, designa, em linguagem vulgar, toda parte onde se abrigam alguns animais: a casa do escaravelho; a casa dos coelhos, etc. – Morada é “à habitação onde se mora, ou onde se fica por algum tempo, onde alguém se aloja provisoriamente”. – Vivenda é a “habitação onde se vive”, e sugere a ideia da maior ou menor comodidade com que a gente aí se abriga e vive. Por isso, usa-se quase sempre com um adjetivo: bela vivenda; vivenda detestável. – Palácio é “o edifício de proporções acima do normal, grandioso e magnífico”. Palacete é diminutivo de palácio, designando, portanto, “prédio rico e elegante”. – Tugúrio (latim tugurium, de tegere “cobrir”) é “o abrigo onde qualquer vivente se recolhe, ou habitualmente ou por algum tempo”. Este nome dá-se também, por modéstia ou por falsa humildade, à própria habitação magnífica. – Teto (latim tectum, também de tegere) é quase o mesmo que tugúrio: apenas teto não se aplica a um abrigo de animais, e sugere melhor a ideia de conchego, de proteção, de convívio amoroso: “teto paterno”; “era-lhe o céu um teto misericordioso”. – Chalé é palavra da língua francesa, hoje muito em voga, significando “casa de escada exterior, no estilo suíço, ordinariamente revestida de madeira, cujo teto de pouca inclinação é coberto de feltro, asfalto ou ardósia, e forma grande saliência sobre as paredes”. (Aul.). – Lar é a “habitação considerada como abrigo tranquilo e seguro da família”. – Fogos é o nome que se dá, nas estatísticas, às casas habitadas de um distrito, de uma cidade, ou de uma povoação: “a aldeia vizinha não chega a ter cem fogos”. – Canto, aqui, é “o lugar, o sítio, a morada humilde e desolada, onde alguém como que se refugia afastando-se do mundo”. – Palheiro é propriamente o lugar onde se guarda palha: designa, portanto, neste grupo, “abrigo ou habitação muito rústica e grosseira”. – Palhoça é “pequena casa coberta de palha”. – Choupana é – diz Aul. – “casa rústica de madeira, ou de ramos de árvores para habitação de pastores”. – Cabana (do italiano capánna) é “casinha coberta de colmo ou de palha, onde se abrigam à noite os camponeses, junto ou no meio das roças ou lavouras”. – Casebre é “pequena casa velha e arruinada, onde mora gente muito pobre”. – Tenda é “armação coberta para abrigo provisório ou de passagem em caminho ou em campanha”. – Barraca é “tenda ligeira, coberta de tela de lona ordinariamente”. – Arribana é “palheiro que serve mais para guarda de animais e trem de viagem propriamente que para habitação, prestando-se quando muito para pernoite ao abrigo de intempéries”. – Choça é “habitação ainda mais rústica e grosseira que a choupana”. Dizemos que o selvagem procura a sua choça (e não, pelo menos com a mesma propriedade –, a sua choupana). – Colmo, aqui, é “o colmo tomado pela cabana que é dele coberta”. – Mansarda afasta-se um pouco do francês de que a tomamos (mansarde é propriamente água-furtada ou trapeira, isto é – o último andar de uma casa tendo a janela ou janelas já abertas no telhado): tem, no português usual, mais a significação de “habitação 256 Rocha Pombo humilde, incômoda e difícil, onde há pobreza”. – Pardieiro é – diz Aul. – “edifício velho e em ruínas”: “Já me cansam estas perpétuas ruínas, estes pardieiros intermináveis” (Garrett). – Biombo é “um pequeno recinto separado de uma sala por meio de tabique móvel, e que serve de dormitório, de gabinete”, etc. Costuma-se dizer: “vou para o meu biombo” para significar que se vai para casa. – Cômodo, aqui, é “uma parte de prédio que se aluga por baixo preço e por pouco tempo ordinariamente”. – Prédio (latim prœdium, do prœs “garante, penhor, fiador”) é propriamente “bem de raiz, propriedade real”; mas, aqui, designa “a casa que é nossa própria, a propriedade que consta da casa e do terreno onde está construída”. – Solar é “a propriedade (terras e casa) considerada como representando uma tradição de família, tendo passado por herança de pais a filhos desde alguns séculos”. – Castelo era antiga habitação fortificada, fora das cidades, e onde residiam os grandes senhores feudais. Hoje é “habitação nobre, luxuosa, onde se vive com opulência”.

substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
[Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
Em costura, fenda usada para pregar botões.
[Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
[Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
[Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
Em costura, fenda usada para pregar botões.
[Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
[Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

Como

assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

Confirmar

verbo transitivo direto Tornar mais certo, mais firme, mais seguro: confirmar uma notícia, um testemunho.
[Jurídico] Dar sanção, permissão; sancionar, ratificar: confirmar uma doação.
verbo transitivo direto e bitransitivo Assegurar a validade de algo; validar, sancionar: confirmar seus depoimentos; validar um atestado de doença.
Sancionar, ratificar: confirmar uma doação.
verbo transitivo direto e pronominal Religião No catolicismo, Conferir o sacramento da confirmação, da crisma.
Religião No candomblé, dizer com convicção a sua vontade de ser ogã ou validar a vontade alheia em se tornar ogã.
verbo pronominal No protestantismo, fazer uma declaração pública pelo fim do catecumenato.
Etimologia (origem da palavra confirmar). Do latim confirmare.

Davi

Nome Hebraico - Significado: Amado.

o segundo e o mais ilustre dos reis de israel. Era filho de Jessé, bisneto de Rute, e nasceu em Belém, sendo o mais novo de uma família de dez. Davi, na sua mocidade, foi pastor, ocupação que nos países orientais era geralmente exercida pelos escravos, pelas mulheres, ou pelos íntimos da família. Apesar de tudo isto foi ungido por Samuel para ser rei de israel. Como era hábil tocador de harpa, foi chamado por Saul com o fim de suavizar a melancolia do infeliz monarca (1 Sm 16). o lugar do recontro de Davi com Golias foi Efes-Damim (1 Sm 17), que fica entre os montes da parte ocidental de Judá – e o ribeiro que corria entre dois exércitos era o Elá, ou ‘o Terebinto’, que hoje tem o nome de Wady Es-Sunt. A fama que Davi adquiriu pelo fato de ter vencido o gigante, se por um lado motivou o seu casamento com Mical, filha do rei, foi, também, causa de ter Saul maliciosos ciúmes do jovem guerreiro. Todavia, o rei nomeou Davi capitão da sua real guarda, posição somente inferior à de Abner, o general do exército, e à de Jônatas, o presuntivo herdeiro do trono. Davi e Jônatas vieram a ser dedicados amigos, mas a louca inveja e os maus intentos do rei arrastaram por fim Davi para o exílio. Ele foi ter primeiramente com o sacerdote Aimeleque, mas depois refugiou-se na corte de Aquis, o filisteu monarca de Gate, e dali pôde livrar-se, fingindo-se louco (1 Sm 19 a 21). Retirando-se de Gate, escondeu-se Davi na caverna de Adulão – e foi depois para uma fortaleza perto de En-Gedi – e mais tarde apareceu no bosque de Herete ao sul de Judá. Aqui se juntou a Davi um grupo de homens dedicados, que de boa vontade compartilhavam os seus perigos. É verdade que pertencer ao partido de Davi era uma situação perigosa, e isso se patenteou no assassinato de Aimeleque e dos sacerdotes que Doegue o idumeu, perpetrou por mandado de Saul (1 Sm 22). os amigos de Davi entraram na fortificada cidade de Queila, e esperava Saul apanhá-los ali de surpresa (1 Sm 23). Em contraste com a furiosa perseguição, movida contra Davi, manifesta-se a cavalheiresca atenção do fugitivo para com ‘o ungido do Senhor’, como se mostrou quando ele poupou a vida de Saul no deserto de En-Gedi (1 Sm 24), e no deserto de Zife (1 Sm 26). Foi para esta nobre disposição que Abigail apelou no caso do insensato Nabal (1 Sm 25). Por algum tempo achou Davi abrigo junto de Aquis, rei de Gate, e então Saul não o procurou mais (1 Sm 27.4). Na ausência de Davi, foi tomada Ziclague e incendiada pelos amalequitas – mas Davi perseguiu os invasores, derrotou-os, e assim pôde livrar do cativeiro muitas pessoas, entre as quais estavam as suas próprias mulheres (1 Sm 30). Depois da desastrosa batalha de Gilboa (1 Sm 31), proferiu Davi aquela tocante lamentação a respeito de Saul e Jônatas (2 Sm 1). Davi veio a ser, então, rei de Judá – foi ungido em Hebrom (2 Sm 2), e reinou ali por mais de sete Prolongada guerra houve entre a casa de Saul e a casa de Davi (2 Sm 3.1). Mas, depois do assassinato de is-Bosete, filho de Saul (2 Sm 4), ato que foi fortemente desaprovado por Davi, tornou-se ele rei de todo o povo de israel (2 Sm 5). Pensou, então, em conquistar uma fortaleza, a única que no centro daquela terra tinha resistido às forças do povo escolhido. Por meio de um repentino assalto foi tomada a cidade de Jebus, sendo daí para o futuro conhecida pelo seu antigo nome Jerusalém, e também pelo nome de Sião (2 Sm 5). Esta cidade foi grandemente fortificada, tornando-se a capital do reino. A arca foi transportada com grande solenidade de Quiriate-Jearim sendo construída uma nova tenda ou tabernáculo para recebê-la (2 Sm 6). A prosperidade continuou a bafejar as armas de Davi – mas no meio de tantos triunfos, quando o seu exército estava cercando Rabá, caiu ele nas profundezas do pecado, planejando a morte de Urias, depois de ter cometido adultério com Bate-Seba (2 Sm 11). Convencido da sua grave falta, arrependeu-se, implorando a misericórdia do Senhor, e foi perdoado – mas a parte restante da sua vida foi amargurada com questões de família. Absalão, seu filho muito amado, revoltou-se contra ele, e por algum tempo Davi teve de exilar-se – mas por fim morreu o ingrato e revoltado israelita, que tanto martirizou seu pai (2 Sm 15 a 18). o insensato procedimento do rei, na numeração do povo, enevoou ainda mais a vida de Davi (2 Sm 24). Finalmente, depois de ter Adonias pretendido o trono, abdicou Davi em favor de Salomão, confiando-lhe, além disso, a tarefa de edificar o templo, para o qual ele tinha reunido muitos materiais. E, depois das recomendações finais ao seu sucessor, descansou com seus pais, ‘e foi sepultado na cidade de Davi’ (1 Rs 1 e 2). A vida de Davi acha-se cheia de incidentes românticos e de contrastes surpreendentes. É, realmente, uma história humana, que manifesta tanto a fraqueza como a força de uma alma de extraordinária capacidade. o ter sido qualificado Davi como homem ‘segundo o coração de Deus’ (1 Sm 13.14 e At 13:22) não significa, de forma alguma, que Davi fosse homem perfeito, mas somente que ele era um agente escolhido do Senhor para os Seus profundos desígnios. os pecados de Davi foram causa de graves acontecimentos na sua vida, mas nele se via um homem que se humilhou a si mesmo em grande arrependimento na convicção de haver pecado (2 Sm 12). Sobre o caráter geral de Davi diz o deão Stanley o seguinte: ‘Tendo em vista a complexidade dos elementos que constituem o caráter de Davi, a paixão, a ternura, a generosidade, a altivez, as suas qualidades de soldado, pastor, poeta, estadista, sacerdote, profeta, rei – considerando ainda nesse homem extraordinário o amigo romântico, o guia cavalheiresco, o pai dedicado, não se encontra em todo o A.T. outra pessoa com a qual ele se possa comparar… É ele o tipo e a profecia de Jesus Cristo. Não se chama a Jesus o filho de Abraão, ou o filho de Jacó, ou o filho de Moisés, mas sim o ‘filho de Davi’.

Dados Gerais

Davi é o nome do maior rei de Israel e o ancestral humano do Senhor Jesus. Sua história, suas realizações e seus problemas receberam um tratamento extensivo, de I Samuel 16 a II Reis 1 e em I Crônicas 2:29. O significado do nome ainda é incerto. A conexão com a palavra acadiana dawidûm (chefe, comandante) é atraente, embora duvidosa. É mais provável que esteja associado com a raiz hebraica dwd (amor), para dar o significado de “amado”. Alguns sugerem que Davi seja um cognome real e que seu nome é Elanã (Heb. “Deus é gracioso”), o herói que matou Golias (2Sm 21:19). Embora essa solução possa resolver a aparente discrepância entre I Samuel 17, cujo texto relata que Davi matou Golias, e II Samuel 21:19, o qual menciona que foi Elanã quem matou o gigante, cria outro problema: por que então Elanã seria relacionado na lista dos heróis de Davi? Outra sugestão é feita a partir de I Crônicas 20:5, que identifica Elanã como o herói que matou Lami, irmão de Golias. Desde que não se tem certeza se foi em II Samuel 21:19 ou em I Crônicas 20:5 que houve uma corrupção textual, a identificação de Elanã é incerta.

Antecedentes

Davi era o mais novo dos oito filhos de Jessé, um efrateu de Belém (1Sm 17:11-12). Jessé era descendente da tribo de Judá e bisneto de Boaz e Rute, a moabita (Rt 4:18-22; cf. 1Cr 2:1-15; Mt 1:2-6; Lc 3:31-38).

Na juventude, Davi cuidava dos rebanhos da família. Como pastor, aprendeu a cuidar dos animais, bem como a protegê-los dos predadores. Essa experiência o ensinou a depender do Senhor, conforme afirmou para Saul: “O Senhor que me livrou das garras do leão, e das garras do urso, me livrará da mão deste filisteu” (1Sm 17:37).

Davi era também um bom músico. Quando Saul sofria de depressão e crises de melancolia, seus servos, conhecendo a reputação desse jovem, mandaram chamá-lo (1Sm 16:16). Um deles disse: “Vi um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar bem, e é forte e valente, homem de guerra, sisudo em palavras, e de boa aparência. E o Senhor é com ele” (v. 18). Esse texto relaciona várias características de Davi: seu talento musical, sua bravura, eloquência, boa aparência, mas, acima de tudo, a presença do Senhor em sua vida.

Davi eleito por Deus para ser rei

Davi era notável, tanto por seu amor a Deus como por sua aparência física (1Sm 16:12). Depois que Saul foi rejeitado por seus atos de desobediência (1Sm 15:26), o Senhor incumbiu Samuel da tarefa de ungir um dos filhos de Jessé. Os mancebos passaram um por vez diante do profeta, mas nenhum deles foi aprovado por Deus. Depois que os sete mais velhos foram apresentados a Samuel, ele não entendeu por que o Senhor o enviara a ungir um rei naquela casa. O profeta procurava um candidato que se qualificasse por sua estatura física. Afinal, anteriormente tinha dito ao povo que Saul preenchia os requisitos, devido à sua bela aparência: “Vedes o homem que o Senhor escolheu? Não há entre o povo nenhum semelhante a ele” (1Sm 10:24).

Jessé disse a Samuel que seu filho mais novo, chamado Davi, ainda cuidava dos rebanhos. Depois que foi trazido diante do profeta, ele teve certeza que aquele jovem atendia aos padrões de Deus, pois “o Senhor não vê como vê o homem. O homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1Sm 16:7). Davi recebeu duas confirmações de sua eleição: Samuel o ungiu numa cerimônia familiar e o Espírito do Senhor veio sobre ele de maneira poderosa (v.13).

Davi com Saul

Os caps. 16 a 31 de I Samuel são uma antologia solta de histórias, que, como coletânea, receberam o título de “A história da exaltação de Davi”. O propósito dessas narrativas é defender Davi das acusações de ter agido de maneira subversiva, usurpando o trono da família de Saul, sendo responsável pelas mortes de Saul, Jônatas, Abner e Is-Bosete. Deus operava claramente em todas as circunstâncias da vida de Davi, que o elevaram da posição de pastor de ovelhas a músico no palácio do rei, de lutar contra animais selvagens até suas vitórias sobre os filisteus e de herói nacional a refugiado político.

Primeiro, Davi foi convidado para servir ao rei Saul como músico. Saul sofria de melancolia, porque o Espírito do Senhor o abandonara (1Sm 16:14). Na corte, Davi agradou ao rei, o qual o nomeou seu escudeiro (v. 21).

Segundo, Deus agiu rapidamente, quando os filisteus atacaram 1srael (1Sm 17). O gigante filisteu, chamado Golias, desafiava Saul e todo o Israel várias vezes por dia, por um espaço de 40 dias (1Sm 17:16). Aconteceu de Davi levar suprimentos para seus irmãos que estavam no acampamento de guerra e teve oportunidade de ouvir o desafio do gigante. Movido por seu zelo pelo Senhor, seu amor pelo povo e pela alta recompensa — riqueza, casamento com a filha do rei Saul e a isenção de pagar impostos — Davi apresentou-se como voluntário para enfrentar Golias naquela batalha. O Senhor estava com ele. Davi triunfou sobre o filisteu, ao matá-lo com uma funda e uma pedra (1Sm 17:50).

Terceiro, Davi foi convidado para morar no palácio real (1Sm 18:2). Os membros da família do rei o amavam. “A alma de Jônatas ligou-se com a de Davi, e Jônatas o amou como à sua própria alma” (v. 1). Este filho de Saul chegou ao ponto de fazer uma “aliança” com Davi (v. 3). Como expressão de seu profundo amor e respeito pelo filho de Jessé, deu-lhe suas roupas e armadura (v. 4). Mical também amava Davi (v. 20).

Como sempre acontece, quando muitas coisas boas surgem, a fortuna tornou-se em sina. A fama de Davi cresceu rapidamente. Por toda a nação, as mulheres louvavam seu nome e faziam comparações positivas entre o jovem e o rei: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares” (1Sm 18:7). Esse contraste suscitou o ciúme do rei (v. 8). Ele sabia que seus dias como monarca estavam contados e tinha de proteger o trono para sua família. Assim começaram as atitudes de hostilidade explícita contra Davi. O narrador de I Samuel escreveu: “Daquele dia em diante, Saul trazia Davi sob suspeita” (v. 9).

O ciúme de Saul deixou-o cego. Foi extremamente desleal, pois voltou atrás em sua promessa de dar a filha mais velha, Merabe, em casamento a Davi (1Sm 18:17). Exigiu que o jovem enfrentasse os filisteus em batalha, na esperança de que perdesse a vida. Davi, ainda relutante em aceitar casar-se com um membro da família real, procurou imediatamente agradar ao rei. Nesse meio tempo, Merabe foi dada a outro homem (1Sm 18:19). De maneira vil, Saul desafiou-o a demonstrar sua bravura e seu valor novamente, mediante a matança de 100 filisteus, como um tipo de dote. Estava aborrecido por ser obrigado a dar Mical como esposa para Davi, porque sabia que o Senhor estava com ele e via o amor da filha por Davi como traição contra seu reinado (1Sm 18:28).

Quarto, por meio de sua amizade com o filho do rei, Davi foi avisado com antecedência do profundo ódio de Saul contra ele, bem como de seus planos de matá-lo. Jônatas amava de verdade o filho de Jessé (1Sm 19:1) e não se preocupava com suas proezas militares, nem com sua crescente popularidade. Intercedeu em favor dele e o convidou para voltar ao palácio (v. 7), mas gradualmente percebeu que seu pai realmente estava determinado a matá-lo. O rei fez algumas tentativas para eliminar Davi no palácio (v. 10) e até mesmo na própria casa do genro (v. 11). Davi e Jônatas foram obrigados a se separar. O filho do rei sabia que Davi corria risco de vida; compreendia também que Deus tinha um plano especial para a vida do amigo. Os dois fizeram uma aliança para toda a vida e se separaram (1Sm 20:16-42).

Saul contra Davi

Saul fez tudo para livrar-se de Davi. Expulso da corte, o filho de Jessé buscou refúgio junto a Aquis, rei filisteu de Gate. Temeroso de que a boa vontade do anfitrião mudasse a qualquer momento, foi para Adulão (1Sm 22). Ali, liderou um bando de foras-dalei. Trouxe sua família para a segurança de Moabe e retornou, a fim de enfrentar os perigos de sua vida de eLivros. Qualquer um que tentasse colaborar com Davi era morto por Saul, como aconteceu com os sacerdotes de Nobe (1Sm 21:22). Para onde quer que ele fosse, o rei ficava sabendo e o perseguia.

Enquanto isso, o apoio a Davi crescia cada vez mais. Bandidos, muitos deles guerreiros habilidosos, reuniram-se a ele. Abiatar, um sacerdote que escapou do massacre em Nobe, e o profeta Gade também se uniram a Davi. Este, por suas muitas façanhas, fazia com que as pessoas ficassem em débito para com ele. Reduziu a ameaça dos filisteus, como fez, por exemplo, em Queila (1Sm 23). Ele e seu homens também tornaram-se defensores dos moradores de Judá que eram constantemente ameaçados por saqueadores estrangeiros e viviam da parte que recebiam das colheitas, rebanhos e do gado que ajudavam a proteger. Nem todos os criadores, porém, estavam dispostos a compartilhar com eles alguma coisa. Nabal, um rico fazendeiro, tinha recebido tal proteção de Davi e seus homens, mas era avarento demais para recompensá-los pelo trabalho (1Sm 25). O filho de Jessé ficou furioso, mas Abigail, esposa de Nabal, foi ao seu encontro com vários presentes. Depois da morte do marido, ela se tornou esposa de Davi (1Sm 25:42).

Por duas vezes Davi teve oportunidade de vingar-se de Saul, mas, ao invés de matá-lo, poupou sua vida. Sua existência tornou-se tão opressiva que foi obrigado a buscar refúgio com Aquis, rei de Gate. Recebeu a cidade de Ziclague para morar com seus homens, de onde ajudava Saul a reduzir as forças dos filisteus (1Sm 27). Aquis tinha tamanha confiança na lealdade de Davi, que o levou consigo como parte de suas tropas numa batalha em Gilboa, contra os israelitas (1Sm 28). Os filisteus não deveriam ficar apreensivos pelo conflito de interesses; Davi lutaria contra seu próprio povo (1Sm 29). No entanto, ele retornou a Ziclague e descobriu que a cidade fora saqueada e incendiada e a população, levada cativa pelos amalequitas. Enquanto os filisteus esmagavam os israelitas no norte, Davi perseguiu os invasores e colocou um fim em suas hostilidades.

Davi é exaltado ao reino

Saul e Jônatas foram mortos na batalha em Gilboa (2Sm 1:4). Ao invés de comemorar este acontecimento, Davi chorou pelo rei e por seu amigo (2Sm 1:19-27). As notícias sobre a morte de Saul correram rápido, mas as reações foram bem diferentes em todo país. As tribos do Norte reconheceram 1s-Bosete, filho do rei, como o legítimo representante do trono (2Sm 2:8-9). A tribo de Judá permaneceu leal a Davi e separou-se da união, ao tornar Hebrom a capital do novo reino (2Sm 2:3-4).

Não demorou muito para que o povo descobrisse a incompetência de Is-Bosete. Abner, seu comandante militar, junto com outros cidadãos importantes, procurou Davi e abriu negociações com ele, as quais foram interrompidas quando Joabe assassinou Abner, em vingança pela morte de seu irmão. O enfraquecimento do Norte encorajou a morte de Is-Bosete e as tribos voltaram à união sob o reino de Davi (2Sm 5:1-3).

Esse reino, agora unificado, primeiro teve Hebrom como seu centro. Mas, desejoso de ter uma localização melhor e reconhecedor do problema estratégico gerado pela proximidade dos cananeus, Davi determinou a conquista de Jerusalém. A cidade nunca pertencera aos israelitas e localizava-se num ponto estratégico, em um cruzamento entre o leste e o oeste, o norte e o sul. Joabe, o comandante militar, liderou uma campanha bem-sucedida contra aquela localidade e a conquistou para o rei.

Davi consolidou seu reino, ao fazer de Jerusalém sua capital administrativa. Era uma cidade neutra, pois não tinha qualquer ligação especial nem com as tribos do Norte nem com as do Sul (2Sm 5:9-10). O crescimento do poderio de Davi não passou despercebido. Hirão, rei de Tiro, enviou seus carpinteiros e pedreiros, a fim de construir um palácio para ele (2Sm 5:11). Esse ato firmou o relacionamento entre os dois reis. Por incrível que pareça, o fortalecimento da posição do filho de Jessé ameaçou a paz relativa de que Israel gozava. Os filisteus não perturbaram o país durante os dois primeiros anos do reinado de Davi. Com o crescimento de seu poder, entretanto, decidiram acabar com sua grande popularidade. O rei resistiu a cada ataque com sucesso e finalmente definiu a fronteira do reino na planície costeira (2Sm 5:19-25).

Jerusalém como centro do reino de Davi

A paz estabelecida em Israel encorajou Davi a persuadir as tribos a reconhecer Jerusalém como centro religioso, ao levar para lá a Arca da Aliança, o símbolo central do relacionamento e da aliança do povo com Deus (2Sm 6). (Veja o verbete Aliança.) Após encontrar descanso em Jerusalém, Davi buscou a aprovação do Senhor para providenciar um centro definitivo ao culto e à adoração em Israel, por meio da construção de um Templo (2Sm 7). Deus modificou a oferta de Davi, pois concedeu a ele uma “casa” (dinastia) e permitiu que seu filho construísse uma “casa” permanente para o Senhor. A promessa de uma dinastia foi incorporada a uma aliança de concessão. A proposta concedia a Davi um lugar perpétuo no reino de Deus, ao colocar sobre ele o privilégio de ser um “filho” de Deus. O Salmo 2 celebra a condição do filho como o que experimenta uma posição privilegiada e recebe autoridade para estabelecer o reino de Deus (veja Sl 72), submeter as nações, quando necessário pela força, e trazer as bênçãos do Senhor sobre todos os fiéis, em todas as partes da Terra. Essas promessas cumprem a aliança que Deus fez com Davi. O Pacto Davídico é uma administração soberana, feita pela graça, segundo a qual o Senhor ungiu Davi e sua casa para estabelecer seu reino e efetivamente trazer um reinado de paz, glória e bênção. Jesus e os apóstolos afirmaram que essas promessas encontram seu foco e recebem sua confirmação em Cristo (o “Messias”). Ele é o “ungido” que recebeu autoridade e poder (Mt 28:20; At
2) do alto sobre toda a criação, inclusive a Igreja (Cl 1).

Encorajado pelas promessas de Deus e feliz pela consolidação do destaque de Israel entre as nações, Davi seguiu adiante. Fortaleceu Jerusalém, desenvolveu uma administração de governo centralizada, expulsou as forças invasoras e foi agressivo no estabelecimento da paz em Israel. Subjugou os filisteus, moabitas, edomitas e amonitas (2Sm 12:29-31). Cobrou impostos dos arameus e das nações que decidiu não subjugar (2Sm 8;10). Depositou a maior parte dos tributos e espólios no fundo para a construção do Templo (2Sm 8:11-12). Embora fosse severo em sua justiça para com as nações, o rei foi generoso no trato com Mefibosete, filho de Jônatas. Providenciou-lhe um lugar e garantiu-lhe um sustento vitalício (2Sm 9). Provavelmente esse período foi marcado por uma severa crise de fome (2Sm 21:1). A dificuldade era tão grande que Davi pediu uma explicação ao Senhor. Foi-lhe revelado que a escassez de alimento era resultado do juízo de Deus, pelo equivocado zelo de Saul, ao tentar aniquilar os gibeonitas (2Sm 21:2), povo que buscara e recebera proteção de Israel, na época de Josué (Js 9:15-18-26). A morte de sete descendentes de Saul, sem incluir Mefibosete, satisfez a exigência de justiça feita pelos gibeonitas. Deus graciosamente removeu a maldição e renovou a terra com chuva abundante. Davi levou os ossos de Saul, Jônatas e dos sete que foram mortos e os enterrou na sepultura de Quis (2Sm 21:14).

A queda de Davi

A partir deste ponto, a história de Davi é uma mistura de tragédia e providência divina. Ele se tornou um personagem trágico. Elevado pela graça de Deus a uma posição de imenso poder, desejou ardentemente Bate-Seba, com quem teve relações sexuais; ao saber que estava grávida, tentou encobrir seu pecado, ordenou que Urias, o marido dela, fosse morto no campo de batalha e casou-se com ela legalmente (2Sm 11). O profeta Natã proferiu um testemunho profético, condenando a concupiscência e a cobiça de Davi e seu comportamento vil (2Sm 12). O rei confessou seu pecado e recebeu perdão (2Sm 12:13; cf. Sl 32:51), mas sofreu as conseqüências de sua perfídia pelo resto da vida. O bebê que nasceu da união com Bate-Seba ficou doente e morreu.

Conseqüentemente, Davi experimentou instabilidade e morte em sua família. Amnom violentou a própria irmã, Tamar, e causou a desgraça dela (2Sm 13); foi assassinado por Absalão, irmão da jovem. Este fugiu para salvar a vida e permaneceu eLivros por dois anos. Davi almejava revê-lo e foi encorajado por Joabe, o qual o enganou, ao forçá-lo a seguiu um conselho que lhe fora dado por uma mulher de Tecoa. Esta, orientada por Joabe, fora ao rei pedindo proteção para o filho que assassinara o irmão. Joabe trouxe Absalão de volta, mas não ao palácio real. Depois de dois anos, o filho do rei voltou ao palácio, conquistou a simpatia do povo e pensou numa maneira de reconquistar o favor do pai (2Sm 14).

Como resultado, Davi experimentou uma guerra civil dentro do país. Absalão tivera tempo para elaborar planos, a fim de perturbar a ordem. Durante quatro anos, preparara-se cuidadosamente para o momento em que o povo o apoiaria, em detrimento de seu velho pai. Absalão foi coroado rei em Hebrom e rapidamente partiu em direção a Jerusalém (2Sm 15). Davi saiu da capital com um grupo de seguidores e deixou vários conselheiros de confiança para trás (Abiatar, Zadoque e Husai). Husai dava conselhos equivocados a Absalão e enviava mensageiros a Davi, a fim de informar todos os movimentos dele (2Sm 17). A guerra trouxe resultados desastrosos para as forças do filho do rei, o qual morreu pendurado em uma árvore pelos cabelos. A vitória foi clara, mas Davi sofreu mais com a perda de Absalão do que sentiu alegria pela vitória.

O rei voltou para Jerusalém com o apoio dos habitantes do Sul do país, os quais anteriormente haviam seguido Absalão. As tribos do Norte sentiram-se traídas pela falta de respeito demonstrada pelos moradores do Sul, pois elas também tinham apoiado o rei e dado a extensão de seu território nas mãos dele; por isso, precisavam ser ouvidas. A tribo de Judá alegou que o rei lhes pertencia e ofendeu os habitantes do Norte com a sua insolente arrogância (2Sm 19:40-43).

Conseqüentemente, a união entre as tribos ficou enfraquecida ao extremo. A dissidência rapidamente cresceu e culminou em outra guerra civil, sob a liderança de Seba, filho de Bicri, da tribo de Benjamim. Davi enviou Amasa para recrutar guerreiros de Judá, a fim de sufocar a rebelião. Como este demorou muito a retornar, o rei comissionou Abisai para perseguir Seba. (Joabe perdera o favor do rei e o cargo, por ter matado Absalão, e agora estava sob as ordens de Abisai.) Quando Amasa, que se aliara a Seba, e Joabe se encontraram, este o matou e reassumiu o comando das tropas. Perseguiu a Seba até Abel-Bete-Maaca e sitiou a cidade. Uma mulher sábia salvou a cidade, ao comprometer-se a atirar a cabeça de Seba por cima do muro. Joabe retornou a Jerusalém como general, com o crédito de ter acabado com a rebelião (2Sm 20:23).

Os últimos dias de Davi

No término de sua vida, Davi tinha realizado o objetivo de solidificar Israel contra os filisteus, ao sudoeste; os edomitas, ao sudeste; os moabitas e amonitas, ao leste; e os arameus, ao norte. Havia estendido seu reino por todas as áreas da terra que fora prometida a Abraão (Gn 15:18-19). Desenvolveu uma administração eficiente, pela qual era capaz de governar esse vasto império. Um excelente exército era mantido constantemente de prontidão, para assegurar a paz e a estabilidade dentro do reino. Por causa de seu sucesso, Davi confiou em si mesmo e decidiu fazer um censo.

Isso desagradou ao Senhor, que enviou uma praga contra o reino. O próprio rei foi o responsável pela morte de muitos inocentes. Por isso, comprou um campo e ofereceu um sacrifício a Deus, que expressava arrependimento por sua presunção. Esse local, a eira de Araúna, no futuro se tornaria o lugar onde Salomão construiria o Templo (2Sm 24:1-25).

Davi ordenou que Salomão fosse ungido rei, após ouvir que seu filho Adonias fizera uma tentativa de usurpar o trono (1Rs 1:1-2:12). Preveniu o seu sucessor sobre várias pessoas que poderiam comprometer a estabilidade de seu reinado: Joabe, o comandante, e Simei, o rebelde (1Rs 2:8-9). Incumbiu-o de permanecer fiel a Deus, porque no Senhor estava a fonte do poder e a perpetuidade da dinastia.

Conclusão

Davi era humano, mas permaneceu fiel ao Senhor durante toda sua vida. Embora tenha pecado tragicamente contra Deus e o próximo, era um homem humilde. A sua força estava no Senhor, desde o princípio até o fim de seus dias. Os salmos atribuídos a ele falam desta verdade. Tal afirmação sobre sua confiança em Deus é também encontrada no final de II Samuel: “O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador. Meu Deus é a minha rocha, em quem me refugio; o meu escudo, e força da minha salvação. Ele é o meu alto retiro, meu refúgio e meu Salvador — dos homens violentos me salvaste” (2Sm 22:2-3). Os cânticos compostos por ele também trazem a correlação entre a humildade, a obediência e a bondade de Deus. Conforme Davi escreveu: “Com o puro te mostras puro, mas com o perverso te mostras sagaz. Livras o povo humilde, mas teus olhos são contra os altivos, e tu os abates” (2Sm 22:27-28). O Senhor não apenas mostrou seu poder para Davi e seus contemporâneos, mas também comprometeu-se a proteger todo o seu povo por meio do ungido, que descenderia do referido rei. Essa é a essência da Aliança Davídica.

Os escritores do NT testemunham sobre a conexão entre Davi e Cristo. A genealogia de Jesus recua até o filho de Jessé (Mt 1:1). Ele é o governante sobre o trono de Davi, cujo reino se estende até os confins da Terra. É o cabeça da Igreja (Cl 1:18) e trará todas as nações ao conhecimento de sua soberania (1Co 15:25; cf. At 2:35). Ele estabelecerá o reino de Deus sobre a Terra (1Co 15:27-28) e, por esse motivo, cumpre as promessas em benefício de todo o povo do Senhor, tanto judeus como gentios.

W.A. e V.G.


Davi [Amado] - O segundo rei do reino unido de Israel. Ele reinou de 1010 a 970 a.C. Tomou Jerusalém e a tornou a capital religiosa do reino. Levou a arca para lá (2Sa
6) e organizou os serviços de adoração (1Ch 15—16). Ampliou o reino (2Sm 8:10-12) e ajuntou materiais para a construção do TEMPLO (1Ch 22). Foi governador, guerreiro, músico e poeta. E foi um dos antepassados de Jesus (Mt 1:1). V. SAMUEL, SEGUNDO LIVRO DE e o mapa OS REINOS DE SAUL, DAVI E S

Davi O segundo rei de Israel (final do séc. XI e início do séc. X a.C.). De sua descendência viria o messias — daí ele ser chamado “Filho de Davi” (Mt 9:27; 12,23; 15,22; 20,30ss.; Mc 11:10) — que também deveria nascer em sua cidade natal: Belém (Mq 5:2). Tanto Lucas como Mateus relacionam Jesus com a estirpe messiânica e o fato deve ser reconhecido como histórico, ainda que seja bem provável que não fosse importante o ramo a que pertencia.

Como outros tantos judeus de sua época, Jesus enfatizou a ascendência davídica do messias, o seu caráter preexistente, baseado em uma leitura peculiar do Salmo 110, que tem paralelos, entre outros, com os essênios de Qumrán (Mt 22:41ss.).


Dito

adjetivo Que se disse; mencionado, referido.
substantivo masculino Expressão; frase; sentença; conceito; mexerico.
Dar o dito por não dito, considerar sem efeito o que se disse.

Dito
1) Palavra (Nu 24:4)

2) PROVÉRBIO (Hc 2:6). 3 Notícia; rumor (Jo 21:23).

Feito

Feito Ato; obra (Sl 9:11; Cl 3:9).

adjetivo Realizado, consumado; constituído.
Adulto: homem feito.
conjunção Como, tal como: chorava feito criança.
locução adverbial De feito, O mesmo que de fato.

Hoje

advérbio No dia em que se está.
Hoje em dia, atualmente; na época presente, de agora.
substantivo masculino No tempo presente: os homens de hoje.
expressão Mais hoje, mais amanhã. Dentro de pouco tempo: mais hoje, mais amanhã ele conseguira o quer.
Hoje em dia. Hoje em dia, as pessoas estão mais conectadas virtualmente.
Etimologia (origem da palavra hoje). Do latim hodie.

Morrer

verbo intransitivo Cessar de viver, perder todo o movimento vital, falecer.
Figurado Experimentar uma forte sensação (moral ou física) intensamente desagradável; sofrer muito: ele parece morrer de tristeza.
Cessar, extinguir-se (falando das coisas morais).
Diz-se de um som que pouco se vai esvaecendo até extinguir-se de todo.
Desmerecer, perder o brilho; tornar-se menos vivo (falando de cores).
Aniquilar-se, deixar de ser ou de ter existência.

Pai

Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso P de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 12

Os pais da Terra não são criadores, são zeladores das almas, que Deus lhes confia, no sagrado instituto da família.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 46

[...] [Os pais são os] primeiros professores [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 16


Pai Maneira de falar de Deus e com Deus. No AT Deus tratava o povo de Israel como seu filho (Ex 4:22); (Dt 1:31); 8.5; (Os 11:1). Jesus chamava Deus de “Pai” (Jo 5:17). Ele ensinou que todos aqueles que crêem nele são filhos de Deus (Jo 20:17). Ver também (Mt 6:9) e Rm

Pai Ver Abba, Deus, Família, Jesus, Trindade.

Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn 4:20-21). Também se emprega o termo no sentido de parentesco espiritual bom ou mau – assim, Deus é o Pai da Humanidade. o diabo é cognominado o pai da mentira (Jo 8:44). Abraão é o pai dos crentes. É igualmente chamado ‘o pai de muitas nações’, porque muitos povos tiveram nele a sua origem. Na idade patriarcal a autoridade do pai na família era absoluta, embora não tivesse o poder de dar a morte a seus filhos (Dt 21:18-21).

substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Tem

substantivo deverbal Ação de ter; ato de receber ou de passar a possuir alguma coisa: ele tem uma casa; a empresa tem muitos funcionários.
Gramática A grafia têm, com acento, refere-se à forma plural: eles têm uma casa; as empresas têm muitos funcionários.
Etimologia (origem da palavra tem). Forma Der. de ter.

Tinha

Tinha Doença da pele (Lv 13;
v. NTLH).

Trono

A cadeira, naqueles países em que, usualmente, as pessoas se sentavam no chão ou estavam reclinadas, era considerada um símbolo de dignidade (2 Rs 4.10 – Pv 9:14). Quando se quer significar especialmente um trono real, a expressão, de que geralmente se faz uso, é: ‘o trono do reino’ (Dt 17:18 – 1 Rs 1.46 – 2 Cr 7.18). Para subir até ao trono de Salomão havia seis degraus (1 Rs 10.19 – 2 Cr 9.18): era uma cadeira de braços, marchetada de figuras de marfim, e guarnecida de ouro nos lugares em que o marfim não se via. Em Cl 1:16, os ‘tronos’ representam uma alta jerarquia de seres angelicais, segundo as representações dos escritores apocalípticos. (*veja Apócrifos (Livros).)

Trono
1) Cadeira de rei (Is 6:1; Lc 1:32).


2) Espírito, seja bom ou mau (Cl 1:16).


Vivar

vivar | v. intr.

vi·var -
verbo intransitivo

Dar vivas.


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
(uma descendência)
I Reis 2: 24 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Agora, pois, vive o SENHOR, que me confirmou, e me fez assentar sobre o trono de Davi, meu pai, e que fez para mim uma casa (uma descendência), como tinha prometido, que hoje será morto Adonias.
I Reis 2: 24 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

970 a.C.
H1
ʼâb
אָב
o pai dele
(his father)
Substantivo
H1004
bayith
בַּיִת
casa
(within inside)
Substantivo
H138
ʼĂdônîyâh
אֲדֹנִיָּה
quarto filho de Davi e rival de Salomão na disputa pelo trono
(Adonijah)
Substantivo
H1696
dâbar
דָבַר
E falou
(And spoke)
Verbo
H1732
Dâvid
דָּוִד
de Davi
(of David)
Substantivo
H2416
chay
חַי
vivente, vivo
(life)
Adjetivo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3117
yôwm
יֹום
dia
(Day)
Substantivo
H3427
yâshab
יָשַׁב
e morava
(and dwelled)
Verbo
H3559
kûwn
כּוּן
ser firme, ser estável, ser estabelecido
(has been established)
Verbo
H3588
kîy
כִּי
para que
(that)
Conjunção
H3678
kiççêʼ
כִּסֵּא
assento (de honra), trono, cadeira, banco
(in the throne)
Substantivo
H4191
mûwth
מוּת
morrer, matar, executar
(surely)
Verbo
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H6213
ʻâsâh
עָשָׂה
E feito
(And made)
Verbo
H6258
ʻattâh
עַתָּה
agora / já
(now)
Advérbio
H834
ʼăsher
אֲשֶׁר
que
(which)
Partícula


אָב


(H1)
ʼâb (awb)

01 אב ’ab

uma raiz; DITAT - 4a; n m

  1. pai de um indivíduo
  2. referindo-se a Deus como pai de seu povo
  3. cabeça ou fundador de uma casa, grupo, família, ou clã
  4. antepassado
    1. avô, antepassados — de uma pessoa
    2. referindo-se ao povo
  5. originador ou patrono de uma classe, profissão, ou arte
  6. referindo-se ao produtor, gerador (fig.)
  7. referindo-se à benevolência e proteção (fig.)
  8. termo de respeito e honra
  9. governante ou chefe (espec.)

בַּיִת


(H1004)
bayith (bah'-yith)

01004 בית bayith

provavelmente procedente de 1129 abreviado; DITAT - 241 n m

  1. casa
    1. casa, moradia, habitação
    2. abrigo ou moradia de animais
    3. corpos humanos (fig.)
    4. referindo-se ao Sheol
    5. referindo-se ao lugar de luz e escuridão
    6. referindo-se á terra de Efraim
  2. lugar
  3. recipiente
  4. lar, casa no sentido de lugar que abriga uma família
  5. membros de uma casa, família
    1. aqueles que pertencem à mesma casa
    2. família de descendentes, descendentes como corpo organizado
  6. negócios domésticos
  7. interior (metáfora)
  8. (DITAT) templo adv
  9. no lado de dentro prep
  10. dentro de

אֲדֹנִיָּה


(H138)
ʼĂdônîyâh (ad-o-nee-yaw')

0138 אדניה ’Adoniyah original (forma mais extensa) אדניהו ’Adoniyahuw

procedente de 113 e 3050; n pr m Adonias = “meu senhor é Javé”

  1. quarto filho de Davi e rival de Salomão na disputa pelo trono
  2. Levita enviado por Josafá para ensinar a Lei
  3. um chefe do povo que cooperou com Neemias

דָבַר


(H1696)
dâbar (daw-bar')

01696 דבר dabar

uma raiz primitiva; DITAT - 399; v

  1. falar, declarar, conversar, comandar, prometer, avisar, ameaçar, cantar
    1. (Qal) falar
    2. (Nifal) falar um com o outro, conversar
    3. (Piel)
      1. falar
      2. prometer
    4. (Pual) ser falado
    5. (Hitpael) falar
    6. (Hifil) levar embora, colocar em fuga

דָּוִד


(H1732)
Dâvid (daw-veed')

01732 דוד David raramente (forma plena) דויד Daviyd

procedente do mesmo que 1730, grego 1138 δαβιδ; DITAT - 410c; n pr m Davi = “amado”

  1. filho mais novo de Jessé e segundo rei de Israel

חַי


(H2416)
chay (khah'-ee)

02416 חי chay

procedente de 2421; DITAT - 644a adj

  1. vivente, vivo
    1. verde (referindo-se à vegetação)
    2. fluente, frescor (referindo-se à água)
    3. vivo, ativo (referindo-se ao homem)
    4. reflorecimento (da primavera) n m
  2. parentes
  3. vida (ênfase abstrata)
    1. vida
    2. sustento, manutenção n f
  4. ser vivente, animal
    1. animal
    2. vida
    3. apetite
    4. reavimamento, renovação
  5. comunidade

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

יֹום


(H3117)
yôwm (yome)

03117 יום yowm

procedente de uma raiz não utilizada significando ser quente; DITAT - 852; n m

  1. dia, tempo, ano
    1. dia (em oposição a noite)
    2. dia (período de 24 horas)
      1. como determinado pela tarde e pela manhã em Gênesis 1
      2. como uma divisão de tempo
        1. um dia de trabalho, jornada de um dia
    3. dias, período de vida (pl.)
    4. tempo, período (geral)
    5. ano
    6. referências temporais
      1. hoje
      2. ontem
      3. amanhã

יָשַׁב


(H3427)
yâshab (yaw-shab')

03427 ישב yashab

uma raiz primitiva; DITAT - 922; v

  1. habitar, permanecer, assentar, morar
    1. (Qal)
      1. sentar, assentar
      2. ser estabelecido
      3. permanecer, ficar
      4. habitar, ter a residência de alguém
    2. (Nifal) ser habitado
    3. (Piel) estabelecer, pôr
    4. (Hifil)
      1. levar a sentar
      2. levar a residir, estabelecer
      3. fazer habitar
      4. fazer (cidades) serem habitadas
      5. casar (dar uma habitação para)
    5. (Hofal)
      1. ser habitado
      2. fazer habitar

כּוּן


(H3559)
kûwn (koon)

03559 כון kuwn

uma raiz primitiva; DITAT - 964; v

  1. ser firme, ser estável, ser estabelecido
    1. (Nifal)
      1. estar estabelecido, ser fixado
        1. estar firmemente estabelecido
        2. ser estabelecido, ser estável, ser seguro, ser durável
        3. estar fixo, estar firmemente determinado
      2. ser guiado corretamente, ser fixado corretamente, ser firme (sentido moral)
      3. preparar, estar pronto
      4. ser preparado, ser arranjado, estar estabelecido
    2. (Hifil)
      1. estabelecer, preparar, consolidar, fazer, fazer firme
      2. fixar, aprontar, preparar, providenciar, prover, fornecer
      3. direcionar para (sentido moral)
      4. arranjar, organizar
    3. (Hofal)
      1. estar estabelecido, estar firme
      2. estar preparado, estar pronto
    4. (Polel)
      1. preparar, estabelecer
      2. constituir, fazer
      3. fixar
      4. direcionarr
    5. (Pulal) estar estabelecido, estar preparado
    6. (Hitpolel) ser estabelecido, ser restaurado

כִּי


(H3588)
kîy (kee)

03588 כי kiy

uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

  1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
    1. que
      1. sim, verdadeiramente
    2. quando (referindo-se ao tempo)
      1. quando, se, embora (com força concessiva)
    3. porque, desde (conexão causal)
    4. mas (depois da negação)
    5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
    6. mas antes, mas
    7. exceto que
    8. somente, não obstante
    9. certamente
    10. isto é
    11. mas se
    12. embora que
    13. e ainda mais que, entretanto

כִּסֵּא


(H3678)
kiççêʼ (kis-say')

03678 כסא kicce’ ou כסה kicceh

procedente de 3680; DITAT - 1007; n m

  1. assento (de honra), trono, cadeira, banco
    1. assento (de honra), trono
    2. dignidade real, autoridade, poder (fig.)

מוּת


(H4191)
mûwth (mooth)

04191 מות muwth

uma raiz primitiva; DITAT - 1169; v

  1. morrer, matar, executar
    1. (Qal)
      1. morrer
      2. morrer (como penalidade), ser levado à morte
      3. morrer, perecer (referindo-se a uma nação)
      4. morrer prematuramente (por negligência de conduta moral sábia)
    2. (Polel) matar, executar, despachar
    3. (Hifil) matar, executar
    4. (Hofal)
      1. ser morto, ser levado à morte
        1. morrer prematuramente

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

עָשָׂה


(H6213)
ʻâsâh (aw-saw')

06213 עשה ̀asah

uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.

  1. fazer, manufaturar, realizar, fabricar
    1. (Qal)
      1. fazer, trabalhar, fabricar, produzir
        1. fazer
        2. trabalhar
        3. lidar (com)
        4. agir, executar, efetuar
      2. fazer
        1. fazer
        2. produzir
        3. preparar
        4. fazer (uma oferta)
        5. atender a, pôr em ordem
        6. observar, celebrar
        7. adquirir (propriedade)
        8. determinar, ordenar, instituir
        9. efetuar
        10. usar
        11. gastar, passar
    2. (Nifal)
      1. ser feito
      2. ser fabricado
      3. ser produzido
      4. ser oferecido
      5. ser observado
      6. ser usado
    3. (Pual) ser feito
  2. (Piel) pressionar, espremer

עַתָּה


(H6258)
ʻattâh (at-taw')

06258 עתה ̀attah

procedente de 6256; DITAT - 1650c; adv.

  1. agora
    1. agora
    2. em expressões

אֲשֶׁר


(H834)
ʼăsher (ash-er')

0834 אשר ’aher

um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

  1. (part. relativa)
    1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
    2. aquilo que
  2. (conj)
    1. que (em orações objetivas)
    2. quando
    3. desde que
    4. como
    5. se (condicional)