Enciclopédia de I Crônicas 1:9-9

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1cr 1: 9

Versão Versículo
ARA Os filhos de Cuxe: Sebá, Havilá, Sabtá, Raamá e Sabtecá; os filhos de Raamá: Sabá e Dedã.
ARC E os filhos de Cuse eram Sebá, e Havilá, e Sabta, e Raema, e Sabteca: e os filhos de Raema eram Sebá e Dedã.
TB Os filhos de Cuxe: Sebá, Havilá, Sabtá, Raamá e Sabtecá. Os filhos de Raamá: Sebá e Dedã.
HSB וּבְנֵ֣י כ֔וּשׁ סְבָא֙ וַחֲוִילָ֔ה וְסַבְתָּ֥א וְרַעְמָ֖א וְסַבְתְּכָ֑א וּבְנֵ֥י רַעְמָ֖א שְׁבָ֥א וּדְדָֽן׃ ס
BKJ E os filhos de Cuxe: Sebá, e Havilá, e Sabtá, e Raamá, e Sabtecá. E os filhos de Raamá eram Sabá e Dedã.
LTT E os filhos de Cuxe foram: Seba, Havilá, Sabtá, Raamá e Sabtecá; os filhos de Raamá foram: Sebá e Dedã.
BJ2 Filhos de Cuch: Seba, Hévila, Sabata, Regma, Sabataca. Filhos de Regma: Sabá e Dadã.
VULG reportantes finem fidei vestræ, salutem animarum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Crônicas 1:9

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O COMÉRCIO REALIZADO POR SALOMÃO

970-930 a.C.
Reis e Crônicas retratam o reinado de Salomão como a "era dourada" em que o comércio se desenvolveu e Israel prosperou. Há quem descarte esses relatos, considerando-os exagerados ou fictícios, mas vistos no contexto mais amplo das relações comerciais internacionais, é possível encontrar evidências em seu favor.

O COMÉRCIO NO MAR VERMELHO
Salomão possuía uma frota de navios mercantes que operava em parceria com Hirão, rei de Tiro. "De três em três anos, voltava a frota de Társis, trazendo ouro, prata, marfim, bugios e paves (1Rs 10:22b). As embarcações ficavam em Eziom-Geber, possivelmente a atual Tell el-Kheleifeh na extremidade norte do golfo de Acaba.' O último item da lista é bastante controverso. Ao invés da tradução tradicional "pavões" (aves nativas do sul da Índia), os estudiosos de hoje preferem identificar o termo com "babuínos" tomando como base uma palavra egípcia. A rainha egípcia Hatshepsut (1479-1457 a.C.) enviou uma expedição comercial a Punt (região que se estende do leste do Sudão ao mar Vermelho e parte da Eritréia). Dentre as diversas criaturas encontradas em Punt e retratadas em relevos em Deir el-Bahri, no Egito, pode-se observar macacos e babuínos. Assim, é provável que, vários séculos depois, Salomão tenha obtido esses animais do mesmo local. A frota mercante de Salomão também era usada para trazer ouro de Ofir.

O COMÉRCIO EM OUTROS LOCAIS
Os navios de Salomão também iam a Társis, uma palavra que significa "refinaria" e, talvez, ao vale de Guadalquivir, no sul da Espanha ou Sardenha. Salomão importava cavalos do Egito e de Cue, antiga Cilícia, e da planície de Çukurova, no sudeste da Turquia, famosa na antiguidade por seus cavalos de alta qualidade. O preço de um cavalo, 150 silos de prata, pode ser comparado com os 200 silos cobrados no porto Sírio de Ugarite no século XIII a.C.

A RAINHA DE SABÁ
De todos os visitantes que Salomão recebeu, a mais ilustre e famosa foi a rainha de Sabá (atual Iêmen). O reino de Sabá havia se desenvolvido em terras irrigadas ao redor da cidade de Marib e prosperado com a exportação de olíbano (incenso) e mirra. A rainha de Sabá ficou admirada com o que viu: "Eu, contudo, não cria naquelas palavras, até que vim e vi com os meus próprios olhos. Eis que não me contaram a metade: sobrepujas em sabedoria e prosperidade a fama que ouvi" (1Rs 10:7).
E provável que a rainha de Sabá tenha visitado Salomão não apenas para testá-lo com perguntas difíceis,° mas também para tratar de interesses econômicos. Talvez a chegada dos navios mercantes de Salomão na extremidade sul do mar Vermelho representasse uma ameaça para o comércio sabeu de olíbano e mirra cujo transporte era feito principalmente por meio de caravanas. Nesse caso, a rainha também foi a Israel para firmar um acordo com Salomão. Sua longa jornada possuía precedentes históricos, como a visita da princesa hitita Hishmi-Sharruma ao Egito no século XIII a.C. Em última análise, o comércio de Salomão resultou num aumento considerável da riqueza nacional. Como o escritor de Reis observa, valendo-se de uma hipérbole: "Fez o rei que, em Jerusalém, houvesse prata como pedras e cedros em abundância como os sicômoros que estão nas planícies (1Rs 10:27).

EVIDÊNCIAS ARQUEOLÓGICAS
Até o presente, as evidências de Salomão são provenientes de estados vizinhos e de períodos não estritamente contemporâneos. Um elemento pode ser apresentado como evidência direta do governo de Salomão, apesar de alguns o datarem de um período posterior. O livro de Reis registra que Salomão usou trabalho forçado para construir o templo, o seu palácio, aterros e as muralhas de Jerusalém, Hazor, Megido e Gezer. As ruínas das portas de Hazor, Megido e Gezer ainda existem e mostram dimensões bastante parecidas e a mesma planta com três partes, sugerindo o uso do mesmo projeto, como se pode ver claramente nas plantas da página oposta.

A INSENSATEZ DE SALOMÃO
No final do reinado de Salomão, que durou quarenta anos 1srael foi enfraquecida pelo edomita Hadade (apoiado pelo Egito) e por Rezom, que assumiu o controle de Damasco. De acordo com o registro bíblico, Salomão teve setecentas esposas e trezentas concubinas, muitas delas estrangeiras e, com isso, desobedeceu às instruções do Senhor a Moisés de duas maneiras.& Apesar de ser grande mesmo para os padres da antiguidade, o harém de Salomão não era extraordinário. Ramsés II (1279-1213 .C.) do Egito tinha cem filhos e cem filhas O rei persa Dario III (336-330 a.C.) perdeu 329 concubinas quando fugiu de Alexandre, o Grande. Salomão construiu altos, santuários não autorizados para suas esposas adorarem deuses pagãos. De acordo com os escritores bíblicos, essa atitude suscitou a ira de Deus e desencadeou uma série de acontecimentos que acabariam dividindo o reino de Salomão em duas partes. Nunca mais as doze trios de Israel teriam um só e o mesmo rei ao mesmo tempo.

O comércio de Salomão
Durante o governo de Salomão, Israel expandiu seu comércio de forma considerável. Fez contatos na Cilícia (sudeste da Turquia) e territórios ao longo do mar Vermelho e Társis (possivelmente no sul da Espanha). A rainha de Sabá (atual lêmen) foi a mais ilustre visitante do reino de Israel.

Uma expedição enviada pela rainha egípcia Hatshepsut (1479-1457 a.C.) inspeciona uma árvore de mirra, no reino de Punt, leste do atual Sudão ou da Eritréia. Relevo do templo mortuário de Hatshepsut, em Deir-el-Bahri, no Egito.
Relevo do templo mortuário de Hatshepsut, em Deir-el-Bahri, no Egito.
Relevo do templo mortuário de Hatshepsut, em Deir-el-Bahri, no Egito.
Comércio de Salomão
Comércio de Salomão
Comparação entre os projetos das portas construídas por Salomão nas cidades de Hazor, Megido e Gezer.
Comparação entre os projetos das portas construídas por Salomão nas cidades de Hazor, Megido e Gezer.

A TABELA DAS NAÇÕES

Gênesis 10 é às vezes chamado de "Tabela das Nações" e tem sido objeto de incontáveis estudos e comentários. Bem poucos textos do Antigo Testamento têm sido analisados de modo tão completo. Entretanto, continuam sem resposta perguntas importantes e variadas sobre sua estrutura, propósito e perspectiva. O que está claro é que a Tabela pode ser dividida em três secções: (1) os 14 descendentes de Jafé (v. 2-5); (2) os 30 descendentes de Cam (v. 6-20); (3) os 26 descendentes de Sem (v. 21-31). Cada secção termina com uma fórmula que é um sumário da narrativa precedente (v. 5b,20,31) em termos de famílias (genealogia/sociologia), línguas (linguística), terras (territórios/geografia) e nações (política). A tabela termina no versículo 32, que apresenta um sumário de todos os nomes da lista.
Existe, porém, um número imenso de maneiras de entender esses termos e interpretar o que as várias divisões representam. Por exemplo, as secções têm sido classificadas de acordo com:


Também se deve destacar que os nomes de Gênesis 10 são apresentados de formas diferentes: o contexto pode ser de uma nação (e.g., Elão, v. 22), um povo (e.g. jebuseu, v. 16), um lugar (e.g., Assur, v. 22) ou até mesmo uma pessoa (e.g., Ninrode, v. 8,9). Deixar de levar em conta essa estrutura mista encontrada na Tabela tem levado a numerosas conclusões sem fundamento. Por exemplo, não se deve supor que todos os descendentes de qualquer um dos filhos de Noé vivessem no mesmo lugar, falassem a mesma língua ou mesmo pertencessem a uma raça específica. Uma rápida olhada no mapa mostra que a primeira dessas conclusões é indefensável.
Por exemplo, os descendentes de Cam residem na África, em Canaã, na Síria e na Mesopotâmia. Mas o texto também não pode ser interpretado apenas do ponto de vista linguístico: a língua elamita (Sem) não é uma língua semítica, ao passo que o cananeu (Cam) tem todas as características de um dialeto semítico. Em última instância, tentativas de remontar todas as línguas existentes a três matrizes malogram porque as formas escritas mais antigas são de natureza pictográfica, e tais formas simbólicas não contribuem para uma classificação linguística precisa. Além do mais, os antropólogos ainda não chegaram a um consenso sobre o que constitui uma definição correta de "raça", o que enfraquece ainda mais quaisquer conclusões sobre grupos raciais representados na Tabela.

OS 14 DESCENDENTES DE JAFÉ

OS 30 DESCENDENTES DE CAM


OS 26 DESCENDENTES DE SEM


A Tabela das nações
A Tabela das nações

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

CUXE

Atualmente: ETIÓPIA
Significa Etiópia. Um cuxita é mencionado no Antigo Testamento como fundador de Babilônia.
Mapa Bíblico de CUXE


HAVILÁ

Atualmente: ARÁBIA SAUDITA
Região habitada por amalequitas e descendentes de Esaú, que ficava no deserto da Arábia. I Samuel 15:7
Mapa Bíblico de HAVILÁ


Sabá

Sabá (em hebraico: שבא, transl. Sh'va, árabe: سبأ, Sabaʼ, ge'ez, amárico e tigrínia: ሳባ, Saba) foi um antigo reino mencionado nas escrituras judaicas (o Antigo Testamento cristão) e no Alcorão. Sua exata localização histórica é disputada pela região sul da península Arábica e o leste da África; o reino poderia tanto situar-se na atual Etiópia, no atual Iêmen, ou até mesmo em ambos.

O templo mais antigo da Arábia, chamado Marã Bilquis ("palácio de Bilquis", nome árabe para a rainha de Sabá), foi descoberto recentemente em Maribe, sul do Iêmen, considerada por muitos como a capital de Sabá. Esta cidade foi construída entre o segundo e o primeiro milênios antes de Cristo. Localizada numa situação estratégica, Sabá floresceu através do comércio de mercadorias, tanto da Ásia, como de África, incluindo o café, proveniente da região etíope de Quefa.[carece de fontes?]

Aparentemente, Sabá era uma sociedade matrilinear, em que o poder é passado aos descendentes pela via feminina. Provavelmente, a população de Sabá seria uma mistura de povos africanos e da Arábia e, de facto, estudos linguísticos recentes indicam que as línguas semitas do Oriente Médio podem ter-se originado a partir das línguas cuchíticas da Etiópia. Por outro lado, na África oriental ainda se encontram muitos grupos étnicos com tradição matrilinear.

A visão acadêmica predominante é que a narrativa bíblica sobre o reino de Sabá foi baseada na civilização antiga de Saba, na Arábia do Sul, em contradição com várias tradições locais de diferentes países. Israel Finkelstein e Neil Asher Silberman escrevem que "o reino sabeu começou a florescer somente a partir do século VIII a.C" e que a história de Salomão e Sabá é "uma peça anacrônica do século VII para legitimar a participação de Judá no lucrativo Comércio da Arábia". O Museu Britânico afirma que não há evidências arqueológicas para tal rainha, mas que o reino descrito como dela era Saba, "o mais antigo e mais importante dos reinos da Arábia do Sul". Kenneth Kitchen data o reino entre 1200 a.C e 275 d.C com sua capital, Ma'rib. O reino caiu após uma guerra civil longa, mas esporádica, entre várias dinastias iemenitas que reivindicavam a realeza, resultando na ascensão do extinto Reino Himiarita.

O reino de Sabá é mencionado diversas vezes na Bíblia. Por exemplo, na Tábua das Nações (Gênesis 10:7), Sabá, juntamente com Dedã, é listado como um dos descendentes de Cam, filho de Noé (como filhos de Raamá, por sua vez filho de Cuxe). Em Gênesis 25:3, Sabá e Dedã são listados como os nomes dos filhos de Jocsã, filho de Abraão. Outro Sabá também é listado na Tábua das Nações como filho de Joctã, outro dos descendentes de Shem.

Na tradição ortodoxa etíope, o últimos destes três Sabás, o filho de Joctã, é considerado o antepassado primordial do componente original semita na sua etnogênese, enquanto Sabtá e Sabtecá, filhos de Cuxe, são considerados como os ancestrais do elemento cuchítico.

O historiador judaico-romano Flávio Josefo descreve o lugar chamado de Sabá como uma cidade real, cercada por muros, na Etiópia, que Cambises II teria chamado posteriormente de Meroé. Segundo ele, "ela era cercada bem de longe pelo Nilo, além de outros rios, o Astápo e o Astabora", o que oferecia proteção tanto de exércitos inimigos quanto das cheias dos rios. De acordo com Josefo, a conquista de Sabá teria trazido grande fama a um jovem príncipe egípcio, ao mesmo tempo em que expôs seu passado pessoal como uma criança escrava chamada Moisés.

O Kitab al-Magall ("Livro dos Rolos", considerado parte da literatura clementina) e a Caverna dos Tesouros mencionam uma tradição na qual, após o reino ter sido fundado pelos filhos de Sabá (filho de Joctã), houve uma sucessão de sessenta governantes mulheres até a época solomônica. A tradição bíblica da "Rainha de Sabá" (conhecida por Makeda na tradição etíope e Bilqis na tradição islâmica) faz a sua primeira aparição na literatura mundial no Livro dos Reis (1:10), que descreve sua viagem para Jerusalém, atrás da fama do rei Salomão.

Graças à sua ligação com a rainha, Sabá tornou-se uma localidade muito ligada a um certo prestígio nacional, e diversas dinastias reais já alegaram descendência da união entre a rainha de Sabá e o rei Salomão, principalmente na Etiópia e na Eritreia, onde Sabá esteve tradicionalmente ligada ao antigo reino axumita.

A localização do reino mencionado na Bíblia foi muito disputada. Israel Finkelstein e Neil Asher Silberman sugerem que o reino estava localizado na Arábia do Sul. Devido à conexão com a rainha de Sabá, o local tornou-se intimamente ligado ao prestígio nacional, e várias casas reais reivindicaram descendência da rainha de Sabá e Salomão. Segundo a obra etíope medieval Kebra Nagast, Sheba estava localizada na Etiópia. Ruínas em muitos outros países, incluindo Sudão, Egito, Etiópia e Irã, foram creditadas como Sabá, mas com apenas evidências mínimas. Até um monumento maciço de terra dos iorubás na Nigéria, conhecido como Eredô de Sumbô, é considerado pela tradição oral iorubá construído em homenagem ao poderoso aristocrata Oloye Bilikisu Sungbo, que costuma ser a rainha Bilqis.

Mapa Bíblico de Sabá



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Crônicas Capítulo 1 do versículo 1 até o 54
SEÇÃO 1

AS GENEALOGIAS DE ADÃO A DAVI

I Crônicas 1:1-9.44

O objetivo destes quadros genealógicos é o mesmo dos dois livros juntos. Aqui pode-mos ver o autor esforçando-se para ajudar os levitas, que eram os responsáveis pela adoração no Templo, e os judeus da família governante de Davi, a encontrar a sua rein-tegração adequada e a responsabilidade pela sua herança. Cada tribo estaria interessa-da e seria responsável pela sua própria participação e pelo seu lugar na restauração, sob a liderança de Esdras, o servo de Deus.

As genealogias são incompletas e não se parecem, em absoluto, com um diário. Mas elas, realmente, oferecem uma ligação de geração-a-geração, através de Davi, à restau-ração e também o percurso oposto. O ano do jubileu e o fator do sacerdócio levita heredi-tário, fizeram com que fosse imperativo manter e assumir o título da propriedade da terra e dos ofícios. Ao invés de serem confusas, estas genealogias ressaltam o caráter histórico do Antigo Testamento.
A omissão de algumas vidas importantes, como, por exemplo, a de Eli, e a inclusão de personagens menos importantes, seguem o princípio que se deduziu acima, de que a ênfase está naqueles que cumpriram a vontade de Deus, fosse ela grande ou pequena. Aqueles cujas vidas não parecem ter contribuído para o objetivo principal do autor foram omitidos.

A. DE ADÃO A NoÉ, 1:1-4

Esta parte, assim como a seguinte, pressupõe um conhecimento de Gênesis 5:1-32. Os treze nomes não incluem Caim nem Abel. Não se verifica um esforço para mencionar a duração da vida de cada homem. Talvez isto ocorra porque não há coincidência entre os textos: o hebraico, que cobre 1.056 anos no total; o samaritano, que cobre 707 anos; e a Septuaginta (LXX), que cobre 1.662 anos para os homens mencionados.

B. Os DESCENDENTES DOS TRÊS FILHOS DE NoÉ, 1:5-27

Aqui, a ordem na qual são citados os filhos de Noé é a inversa do relato de Gênesis, sem dúvida para enfatizar que os descendentes de Sem são o povo escolhido de Deus.

  1. A Linhagem Familiar de Jafé (1:5-7)

Jafé é o mais moço; então é considerado em primeiro lugar, para se apresentar por último a linhagem principal de Sem. Esta passagem é idêntica a Gênesis 10:2-4, mas omite o versículo 5: "Por estes, foram repartidas as ilhas das nações nas suas terras, cada qual segundo a sua língua, segundo as suas famílias, entre as suas nações".

  1. A Linhagem de Cam (1:8-16)

Novamente podemos ver aqui a escassez de detalhes, mas essencialmente os mes-mos nomes de Gênesis 10:6-20. A lista consiste dos quatro filhos de Cam: Cuxe, Mizraim, Pute e Canaã (8) — com os netos e bisnetos, exceto que não há descendentes de Pute, o terceiro filho mencionado. Há seis netos de Cuxe, incluindo Ninrode (10) ; sete netos através de Mizraim (11) ; onze netos através de Canaã (13) ; e uma menção a dois bisnetos através de Raamá (9), o quarto filho de Cuxe. Isto leva a lista a um total de trinta pessoas.

  1. A Linhagem de Sem (1:17-27)

Esta lista se divide em duas na ocorrência do nome Pelegue, exatamente a meia distância na lista dos dez homens de Sem até Abraão.

  1. A lista até Pelegue (1:17-23). Novamente a lista não fornece o número de anos, mas pára em Pelegue, a fim de dar o nome de seu irmão, Joctã, e os nomes dos treze filhos de seu irmão. Em Gênesis 11:10-26 e 10:21-32, podemos ver que os supostos nove filhos de Sem são, na realidade, cinco filhos e quatro netos. Uz, Hul, Geter e Más (ou Meseque) são descendentes de Arã, o último filho de Sem que é mencionado. A linha-gem continuará até Abraão por meio do terceiro filho de Sem, Arfaxade, cujo neto, através de Héber [ou Éber], é Pelegue. Pelegue quer dizer "divisão", e se explica como vindo da divisão da terra em várias áreas de população (19). Existem vinte e seis no-mes nesta lista.
  2. A lista de Pelegue até Abraão (1:24-27). Em Crônicas não existe a narrativa do Dilúvio nem de Babel. Esta lista, até Abraão, é fornecida sem os números de anos nem comentários, exceto para identificar Abrão com Abraão (27). A lista inclui dez nomes. Aqui a ênfase é removida de Adão, o "pai comum da carne", e colocada sobre Abraão, o "pai dos fiéis"; da "aliança da inocência" para a "aliança da graça'.

C. DE ABRAÃO ÀS TRIBOS 1:28-54

Todos os filhos de Abraão são mencionados, mas não as suas mães. Somente Quetura, concubina de Abraão, tomada após a morte de Sarai, é mencionada em cone-xão com os seus filhos

  1. Os Filhos de Ismael (1:28-31)

Isaque (28) é citado em primeiro lugar, pois ele é o filho da aliança. Mas Ismael, o filho de Agar, a serva egípcia, é mencionado juntamente com os seus doze filhos (cf. Gn 25:13-15, Hadade em lugar de Hadar). Após começar pelo menos importante, o autor relaciona os demais descendentes de Abraão fora da linhagem da aliança.

  1. Os Filhos de Quetura (1.32,33)

O termo concubina é usado aqui ao invés de esposa, como em Gênesis 25:1-4. Há treze nomes nesta lista: seis filhos; sete netos, dois através do segundo filho, Jocsã, e cinco através do quarto filho, Midiã. Exceto pelos três bisnetos através do segundo neto, a lista é a mesma aqui e em Gênesis 25.

  1. Isaque, Esaú e Israel (1,34)

Este único versículo destaca a importância de Isaque e continua o registro com uma lista dos descendentes de Esaú antes de continuar a linhagem através de Israel (Jacó). O autor usa os nomes Abraão e Israel, ao invés de Abrão e Jacó, para conservar o seu propósito de rastrear os relacionamentos de Deus com o seu povo.

  1. As Gerações de Esaú (1:35-54)

Aqui, novamente, os nomes são dados exatamente como em Gênesis 36:1-43, sem mencionar as mães.

  1. Filhos e netos (1:35-37). São mencionados os cinco filhos de Esaú (35), os sete netos de Elifaz e os quatro netos de Reuel (37). Deve-se observar que, em Gênesis 36:12, Timna (36) é mencionada como uma concubina, cujo filho era Amaleque.
  2. Os descendentes de Seir (1:38-42). Obviamente Seir (38), o horeu, não é um des-cendente de Abraão, mas o nome de um homem que, provavelmente, deu o seu nome a um lugar e a um povo. A área com esse nome é uma região montanhosa que atinge o sul desde o mar Morto, na Palestina, até o golfo de Ácaba, onde Petra é uma das suas prin-cipais cidades. Desse povo, Esaú tomou uma esposa ou concubina, Timna (39). A partir de Deuteronômio 2:12 se sabe que eles foram expulsos pelos edomitas, assim como os israelitas expulsaram os habitantes de Canaã.
  3. Os príncipes de Edom (1:43-54). A palavra príncipe (51) não deve ser confundida com o título, mas, como afirmam as Escrituras, se aplica aos reis ou governantes sobre a terra que os edomitas possuíam.

A história dos edomitas como inimigos de Israel é fascinante, se a estudarmos através dos profetas. Nós os encontramos como convertidos à religião judaica durante o período macabeu.

O governador de Israel na época de Cristo era Herodes, um edomita. Eles desapareceram da história em cumprimento à profecia de Obadias, da destruição de Jerusalém por Tito, o roma-no, em 70 d.C. Talvez a história posterior dê razão suficiente para uma lista tão extensa aqui.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Crônicas Capítulo 1 do versículo 1 até o 54
*

1.1—9.34

O escritor sagrado estabeleceu a eleição e a ordem do povo de Deus desde o começo da história até o retorno de Judá do exílio babilônico no século VI a.C. Essa eleição é a base dos privilégios e responsabilidades dos leitores, como a continuação do povo de Deus.

* 1.4-27

Começando com Noé, a narrativa mostra como Deus escolheu algumas nações e preteriu a outras. Os filhos de Noé foram tratados em separado: Jafé (1.5-7), Cão (1.8-16) e Sem (1.17-27). Selecionando partes de Gn 10:1-32 (Gn 10, nota), o cronista colocou a linhagem escolhida em último lugar. Dentre os descendentes de Noé, somente os semitas gozavam de um relacionamento especial de aliança com Deus.

* 1:5

filhos. Nas genealogias do antigo Oriente Próximo, os termos "filhos" e "pais" com freqüência são usados literalmente. Mas também pode ser usados em um sentido mais figurado, referindo-se a relacionamentos de parentesco relativamente distantes, ou a outras relações sociais ou geográficas. Aqui, "filhos" indica relacionamentos culturais e geográficos. Conforme o enfoque geográfico de 13 2:42-13.2.55'>1Cr 2:42-55; 13 4:1-13.4.23'>4.1-23; 28.43; 13 6:54-13.6.81'>6.54-81; 13 7:20-13.7.29'>7.20-29; 13 9:2'>9:2 e 11:10-47.

* 1:8

filhos de Cam. Maior atenção foi dada aos descendentes de Cam do que aos de Jafé, porque Israel tinha maior relacionamento com eles. A lista começa com todos os quatro filhos de Cam, mas registra somente os descendentes de Cuxe, Mizraim e Canaã. "Cuxe" é o termo hebraico para a Etiópia, a saber, as áreas remotas ao sul do Egito. E "Mizraim" significa o "Egito".

* 1:17

filhos de Sem. A eleição divina restringe-se dentre os semitas, destacando a família de Abraão. O autor sagrado segue Gn 10:21-31 bem de perto e adiciona um breve sumário de Gn 11:10-27 para ampliar ainda mais a genealogia de Abraão.

* 1:28

Abraão. O plano da eleição soberana de Deus é demonstrada nos descendentes de Abraão. Como fizera antes, o escritor trata primeiro daqueles que não foram escolhidos (1.29-33), e depois da linhagem escolhida de Isaque (1.34—2.2).

* 1:31

filhos de Ismael. Seguindo de perto o livro de Gênesis, o relato distingue os descendentes de Ismael da linhagem da aliança.

Ismael. Foram-lhe prometidas grandes bênçãos da parte de Deus (Gn 16:11,12), mas ele não era herdeiro da aliança da graça que Deus estabeleceu com Abraão (Gn 17:18-21).

* 1:32

filhos de Quetura. Ver nota em Gn 25:1-4. Os descendentes de Abraão, através de Quetura, não pertenciam à linhagem da promessa de Isaque.

* 1:34

filhos de Isaque. Ou seja, Esaú e Jacó. Ver Gn 25:27-34; 27.1-40.

* 1:35

filhos de Esaú. Ver Gn 36:10-43.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Crônicas Capítulo 1 do versículo 1 até o 54
1:1 Este registro de nomes demonstra que Deus não só está interessado nas nações, mas também além nos indivíduos. Embora desde o Adão até hoje viveram trilhões de pessoas, Deus sabe e recorda a cara e o nome de cada uma delas. Cada um de nós é algo mais que um nome em uma lista. Nós somos pessoas especiais aos que Deus conhece e ama. À medida que reconhecemos e aceitamos seu amor, descobrimos tanto nossa singularidade como indivíduos como nossa solidariedade com o resto de sua família.

1.1ss Esta larga lista de nomes foi compilada depois de que o povo do Judá (reino do sul) foi levado cativo a Babilônia. Enquanto os cativos esperavam com ânsias que chegasse o dia de retornar a sua terra natal, um de seus maiores temores era que os registros de sua herança estivessem perdidos. Os judeus davam grande importância a sua herança porque cada um deles queria ser capaz de provar que era um descendente do Abraão, pai da nação judia. Só assim podia desfrutar dos benefícios das bênções especiais que Deus prometeu ao Abraão e a seus descendentes (vejam-nas notas a Gn 12:1-3 e 17:2-8 para saber o que eram estas bênções especiais). Esta lista reconstruía a árvore genealógica do Judá (o reino do sul) e Israel (o reino do norte) anterior ao cativeiro e servia como prova para aqueles que diziam ser descendentes do Abraão. (Para mais informação sobre o porquê a Bíblia inclui genealogias, leiam-nas notas a Gn 5:1ss, Mt 1:1 e Lc 3:23-38.)

1.1ss Nesta larga genealogia há mais do que se vá a simples vista. É importante para nós hoje, já que prova as afirmações do Antigo Testamento de que Jesus, o Messías, seria um descendente do Abraão e Davi. Esta promessa está registrada em Gn 12:1-3 e 2Sm 7:12-13.

1:1, 4 A história do Adão e seu perfil se encontram em Gênese 1-5. A história e o perfil do Noé se encontram em Gênese 6-9.

1.5-9 Filhos pode também significar descendentes. Daí que uma genealogia bíblica possa saltar várias gerações. A razão destas listas não era prover detalhes exaustivos, a não ser dar uma informação adequada a respeito de várias linhas familiares.

1:10 Nimrod também se menciona em Gn 10:8-9.

1:11, 12 Os filisteus tinham sido constantes inimigos do Israel dos dias dos juizes. O rei Davi finalmente os debilitou e por estes tempos já não representavam uma ameaça. (Para mais informação a respeito dos filisteus, vejam-nas notas a Jz 13:1 e 1Sm 4:1.)

1.13-16 Canaán era o antepassado dos cananeos, quem habitou na terra prometida (também chamada Canaán) antes de que chegassem os israelitas sob a liderança do Josué. Deus ajudou aos israelitas a tirar os cananeos, que eram um povo malvado e idólatra. O nome da terra foi então trocado ao do Israel. O livro do Josué relata essa história.

1:19 A expressão "foi dividida a terra" se refere ao momento em que a terra foi dividida em grupos de diferentes idiomas. Em um momento, todos falavam uma só língua. Mas algumas pessoas se voltaram soberbas por seus lucros e se reuniram para construir um monumento para si mesmos: a torre de Babel. O projeto de construção concluiu abruptamente quando Deus fez que o povo falasse línguas diferentes. Sem a habilidade de comunicar-se entre si, o povo não pôde mantenrse unido. Deus lhes mostrou que seus grandes esforços eram inúteis sem O. nos orgulhar por nossos lucros não deve nos guiar à conclusão de que já não necessitamos a Deus. Esta história se relata em Gn 11:1-9.

1.24-27 A história e o perfil do Abraão se encontram em Gênese 11:26-25.10.

1.28-31 A história e o perfil do Ismael se encontram em Gênese 17 e 21.

1:34 o Israel é outro nome para o Jacó porque os doze filhos do Jacó chegaram a ser a nação do Israel. Os descendentes do Esaú chegaram a ser a nação do Edom, um inimigo constante do Israel. Para conhecer mais a respeito das vidas do Isaque e de seus dois filhos, Jacó e Esaú, vejam-se suas histórias e perfis em Gênese 21-36; 46-49.

1:36 Amalec, neto do Esaú, foi o filho da concubina de seu pai (Gn 36:12). Foi o antepassado da malvada tribo conhecida como os amalecitas, o primeiro povo que atacou aos israelitas quando foram caminho à terra prometida. (Para mais informação a respeito dos amalecitas, veja-a nota a Ex 17:8.)

1.43-54 por que nos dá aqui informação a respeito desta genealogia dos descendentes do Edom que eram inimigos do Israel? Esaú, antepassado dos edomitas, foi o filho maior do Isaque e portanto um descendente direto do Abraão. Como primeiro neto do Abraão merecia um lugar nos registros judeus. Entretanto, foi através dos matrimônios do Esaú com mulheres pagãs, que começou a nação do Edom. Esta genealogia mostra a linhagem das nações inimizades, que não foram parte da linhagem direta do rei Davi, e portanto do Messías. Esta lista identificou até mais o papel e a identidade especial do Israel.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Crônicas Capítulo 1 do versículo 1 até o 54
Comentário ao Primeiro Crônicas

I. genealogias com interesse principal na davídica e as linhas levítico (1Cr 1:1)

1 Adão, Sete, Enos, 2 Kenan, Mahalalel, Jared, 3 Enoque, Matusalém, Lameque, 4 Noé, Sem, Cam e Jafé.

5 Os filhos de Jafé: Gomer, Magogue, Madai, Javã, Tubal, Meseque e Tiras. 6 E os filhos de Gomer: Asquenaz, Rifate e Togarma. 7 E os filhos de Javã: Elisa, Társis, Quitim e Dodanim.

8 Os filhos de Cão: Cuche, Mizraim, Pute e Canaã. 9 E os filhos de Cush: Seba, Havilá, Sabtá, e Rama, e Sabteca. . E os filhos de Raamá: Sebá e Dedã 10 ​​E Cuxe gerou a Ninrode; ele começou a ser poderoso na terra. 11 E Mizraim gerou Ludim e Anamim e Leabim e naftueus, 12 e patrusins ​​e Casluhim (donde vieram os filisteus) e Caftorim. 13 Canaã gerou a Sidom, seu primeiro -born, e Hete, 14 e os jebuseus, e os amorreus, e os girgaseus, 15 e os heveus, e os Arkite, eo Sinite, 16 eo arvadeu, o zemareus e hamateu.

17 Os filhos de Sem:. Elam, Assur, Arfaxade, Lude, Arã, Uz, e Hul, e Gether e Meseque 18 Arfaxade gerou a Selá, e Selá gerou a Eber. 19 E a Éber nasceram dois filhos: o nome de uma era Peleg; porque nos seus dias foi dividida a terra; eo nome de seu irmão foi Joctã. 20 E Joctã gerou Almodá, Selefe, Hazarmavé, Jerá, 21 e Hadorão, e Uzal, e Dicla, 22 e Ebal, e Abimael, Sebá, 23 e Ofir, Havilá, Jobab. Todos estes foram filhos de Joctã.

24 Sem, Arfaxade, Selá, 25 Eber, Peleg, Reu, 26 Serugue, Naor, Tera, 27 Abrão (que é Abraão).

As genealogias começar com Adão, criado à imagem de Deus e fonte de todas as raças. O cronista, embora declaradamente concentrando em cima da linha de Davi e as famílias levitas, começando com Adão, revela uma consciência do Deus Criador e do laço comum de todas as raças. Devido a este princípio, todas as tabelas que se seguem implicam que o cronista acredita um inestimável serviço poderia ser prestado a Deus e à humanidade por meio da preservação fiéis das duas instituições reverenciados de Judá, a realeza davídica e do sacerdócio levítico. Este profundo respeito por instituições como eles ministram por meio do serviço fiel é válido. Quando, porém, as instituições exigem lealdade imutável à custa de lealdade a Deus e preocupação para os indivíduos seu verdadeiro propósito foi perdida. Mesmo o cronista teve que contar com o ponto de vista tentadora que prefere a instituição impessoal para a pessoa individual. A tensão do institucionalismo contra o individualismo é uma tensão constante e parece ser uma parte da condição humana.

A genealogia de Adão a Abraão traça a linha de Adão através de Sete a Noé e seu filho Shem. Embora existam digressões, estes servem para complementar a linha essencial da descida.

2. A partir de Abraão para Judá (1: 28-2: 2)

28 . Os filhos de Abraão: Isaque e Ismael 29 Estas são as suas gerações: o primogênito de Ismael, Nebaiote; em seguida, Kedar, Abdeel, Mibsão, 30 Misma, e Dumah, Massa, Hadad, e Tema, 31 Jetur, Nafis e Quedemá. Estes são os filhos de Ismael.

32 E os filhos de Quetura, concubina de Abraão: ela deu Zimran, Jocsã, e Medan, Midiã, Isbaque e Suá. E os filhos de Jocsã: Sebá e Dedã. 33 E os filhos de Midiã: Efá, Efer, Enoque, Abida e, e Elda. Todos estes foram filhos de Quetura.

34 E Abraão gerou Isaque. Os filhos de Isaque: Esaú e Israel.

35 Os filhos de Esaú: Elifaz, Reuel, Jeús, Jalão e Corá. 36 Os filhos de Elifaz: Temã, Omar, Zefi, Gatam, Quenaz, Timna e Amaleque. 37 Os filhos de Reuel: Naate , Zerá, Samá e Mizá.

38 E os filhos de Seir: Lotã, Sobal, Zibeão, Aná, Disom, e Ezer, e Dishan. 39 E os filhos de Lotã: Hori, e Homam; Timna e era irmã de Lotan. 40 Os filhos de Sobal: Alian, Manaate, Ebal, Sefi e Onã. E os filhos de Zibeão:. Aías e Anás 41 Os filhos Aná: Disom. E os filhos de Disom: Hamran, Esbã, Itrã e Querã. 42 Os filhos de Eser: Bilã, Zaavã Jaacã. Os filhos de Disã: Uz e Arã.

43 Ora, estes são os reis que reinaram na terra de Edom, antes que reinasse rei algum sobre os filhos de Israel: Bela, filho de Beor; eo nome da sua cidade Dinabá. 44 E morreu Bela, e Jobabe, filho de Zerá, de Bozra, reinou em seu lugar. 45 Morreu Jobabe, e Husão, da terra dos temanitas, reinou em seu lugar. 46 Morreu Husão; e Hadade, filho de Bedade, que feriu a Midiã no campo de Moabe, reinou em seu lugar; eo nome da sua cidade foi Avite. 47 E morreu Hadade, e Sâmela de Masreca reinou em seu lugar.48 Morreu Sâmela, e Saul de Reobote junto ao rio reinou em seu lugar. 49 E Shaul morreu, e Baal-Hanã, filho de Acbor, reinou em seu lugar. 50 E Baal-hanan morreu, e Hadade reinou em seu lugar; eo nome da sua cidade Paí: O nome de sua mulher era Meetabel, filha de Matrede, filha de Me-Zaabe. 51 E morreu Hadade.

E os príncipes de Edom foram: o príncipe Timna, o chefe Aliah, o príncipe Jetete, 52 chefe Aolíbama, chefe Elah, chefe Pinon, 53 príncipe Quenaz, chefe Temã, chefe Mibzar, 54 chefe Magdiel, chefe Iram. Estes são os chefes de Edom.

1 Estes são os filhos de Israel: Rúben. Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zabulon, 2 Dan, José e Benjamim, Naftali, Gade e Aser.

A linha de descendência de Abraão a Judá inclui Isaque e Israel. No entanto, há digressões que incluem os descendentes de Abraão através de Ismael e Quetura, e os descendentes de Isaque por meio de Esaú.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Crônicas Capítulo 1 do versículo 1 até o 54
Hoje, as genealogias tornam a leitura entediante para muitas pessoas, mas elas são essenciais para os judeus, que, por várias razões, deviam manter um registro exato de seus laços familiares. A pessoa tinha de conhecer sua tribo, seu clã e suas relações familiares por-que a propriedade devia manter-se em posse da tribo. O parente resga- tador, nas situações em que salvava uma pessoa pobre, precisava provar que, de fato, era um parente próximo. (Leia Rute.) O primogênito recebe duas vezes mais herança que os ou-tros filhos. É claro que os sacerdotes e os levitas tinham de provar que eram da tribo de Levi, ou não podiam servir no tabernáculo ou no templo.

Essas centenas de nomes, alguns difíceis de pronunciar, representam pessoas que Deus usou para manter vivos os elos com as promessas e as alianças do passado. O Senhor esco-lheu os judeus e fez-lhes promessas que, em última instância, afetam o mundo inteiro. O Salvador não pode-ría nascer neste mundo se houvesse uma quebra na cadeia de elos vivos.
A maioria dessas pessoas é des-conhecida enquanto outras poucas delas são muito famosas, mas o Se-nhor usou-as todas para alcançar seus propósitos. Quando você lê a Bíblia, lembra-se de pessoas como Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, Josué, Samuel e Davi, mas esses homens não entra-riam em cena se não fosse por outras pessoas muito menos conhecidas que eles. Agradeçamos ao Senhor pelas "pessoas esquecidas" que ajudaram "os famosos" a chegarem lá!

Há nomes de pessoas espalha-dos em meio a essas genealogias a quem se deu uma identificação es-pecial, e refletir a respeito delas pode render-nos algumas lições espirituais valiosas.

  • Ninrode, o caçador valente (1:10)
  • A referência é a Gênesis 10:8-10. A palavra "caçador" tem a conotação de caça a pessoas, não a animais. Ele foi um rebelde que desafiou o Senhor e iniciou o reino infame da Babilônia. Depois que os filhos de Noé começaram a repovoar a terra, não demorou muito para que seus descendentes se virassem contra o Senhor. A lição do dilúvio não criou raízes profundas em seu íntimo.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Crônicas Capítulo 1 do versículo 1 até o 54
    1:1-54 Lugar de Abraão e seus descendentes entre as nações, 1-4. Sumário de Gn 5:5-7: Os filhos de Jafé em geral foram os antepassados dos povos que chamamos de indo-europeus; por exemplo, Javã (lit. Jônia) se refere aos gregos, comp. Gn 10:2-4.

    1:8-16 Hoje, o termo "camita" se restringe quase só aos povos e idiomas do antigo Egito; os cananeus e amorreus são agora classificados como semitas, e os heteus são algumas vezes classificados entre os indo-europeus. Cuxe algumas vezes se refere à Etiópia (8), e algumas vezes a um local na Mesopotâmia (10). Comp. Gn 10:6-20.

    1.17- 27 Os filhos de Sem. Os hebreus (Héber) pertenciam a esse grupo, e dele emergiu Abrão ou Abraão. Nomes modernos como "camita" e "semita" têm sentido lingüística, e não racial.

    1.17- 23 são condensados de Gn 10:21-31; 24:27, e de Gn 11:10-26.

    1.17 Filhos de Sem. Há nove filhos na lista, mas os últimos quatro são netos. Nas genealogias judaicas os netos eram freqüentemente contados como filhos. Ver Labão (Gn

    29.5), Mefibosete (2Sm 19:24), e os de Judá (4:1-4), onde só o primeiro nome é de seu verdadeiro filho. É suposto que estamos familiarizados com as listas de Gênesis, e que supriremos o ela necessário nesse breve registro.

    1.19 Pelegue. Lit. "divisão". Recebeu tal nome porque em seu tempo se dividiu a terra; possível referência à dispersão dos homens no tempo da confusão das línguas, na torre de Babel (Gn 10:25).

    1:28-33 De Abraão nasceu Isaque, progenitor dos edomitas e israelitas (34), e Ismael, progenitor dos árabes Comparar com Gn 25:1-4, 12-18.

    1.31 Filhos de Ismael. Eram doze, os quais se tornaram um grande povo, cumprindo-se a promessa feita a Abraão (Gn 17:20).

    1:34-37 O escritor não usa o nome pessoal "Jacó", mas somente o nome da comunidade, "Israel". Esaú (Edom) recebe atenção especial por ser irmão de Israel.
    1.36.51 Timna. Não era filho de Elifaz, mas sua concubina e filha de Seir (1.39). Deu à luz Amaleque (Gn 36:12); e seu nome ficou ligado a uma região em Edom (1.51).

    1.38 Seir. Uma cordilheira onde habitavam os horreus, em cavernas. Tais horreus eram chamados filhos de Seir. Foram derrotados pelos descendentes de Esaú; assim Seir passou a ter o nome de Edom (Gn 36:8, 20; Dt 2:12, Dt 2:22). Seir era também o nome de um povo (Ez 25:8),

    1:38-42 Seir é outro nome de Edom (Gn 36:8, 20-30).

    1.43- 54 Reis... de Edom: Comp. (Gn 36:31-43 Essas genealogias eram muito importantes para os judeus que voltavam do cativeiro, porque mostravam as relações de família e as divisões da terra. Para nós são importantes porque por meio delas podemos acompanhar a ascendência de Cristo, o qual, segundo a profecia, era Filho de Davi, Filho de Judá, Filho de Abraão e Filho de Adão. Comparar com Mt 1:0, 33).

    1.48 Eufrates. Lit. "o Rio". Quando "rio" aparece com o artigo definido, a referência é ao Eufrates.

    1.51 Morreu Hadade. Sua morte não é mencionada na seção correspondente de Gn 36:39, provavelmente for ter sido contemporâneo de Moisés.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Crônicas Capítulo 1 do versículo 1 até o 54
    I CRÔNICAS
    I. PREFÁCIO: AS LISTAS DE GENEALOGIAS (1.1—9.44)
    O material contido nos primeiros nove capítulos é em grande parte paralelo a listas genealógicas semelhantes no Pentateuco e nos outros livros históricos. O interesse principal do cronista estava no Reino do Sul, e ele trata de outros aspectos da história de Israel e especialmente do Reino do Norte somente na proporção em que estão diretamente relacionados a Judá. As listas na verdade não fazem parte integrante da obra, mas podem ser consideradas um importante prefácio, cujo propósito é validar a linhagem de Davi que ocupa a posição central da obra. A pureza da linhagem familiar era algo importante para a comunidade pós-exílica, e o cronista tem a intenção de mostrar que a linhagem de Davi é impecável, como também é a linha que une essa linhagem à descendência da comunidade judaica dos dias do autor. As listas apresentam, portanto, a compreensão que o cronista tem do povo de Deus e de seu propósito ininterrupto de exercer sua graça e redenção. A comunidade pós-exílica é então considerada a verdadeira descendência do Israel de Deus que estava nos seus propósitos. Por conseqüência, o autor dá atenção especial a Levi, Judá e Benjamim e aos descendentes de Davi, pois estes compõem o verdadeiro Israel, tendo o sacerdócio levítico como o único válido e a casa de Davi como a linhagem real legítima.


    1) De Adão até Jacó (Israel) (1:1-54)

    A linhagem de Adão até Noé é apresentada somente com os elementos mais simples, e é só com os filhos de Noé que as genealogias começam a ser preenchidas em detalhes. Os nomes Tubal e Meseque (v. 5) ocorrem em inscrições e cartas assírias dos séculos 9 e VIII a.C. aproximadamente. Gn 10:4 traz “Do-danim” no lugar de Rodanim (v. 7) do cronista, provavelmente Rodes. A origem egéia dos filisteus (caftoritas no v. 12) é uma tradição preservada em Jl 9:7. Eles eram provavelmente um dos “povos do mar” que a certa altura conseguiram se fixar ao longo da costa do Mediterrâneo Oriental, após terem perdido a sua terra natal em conseqüência do colapso da dinastia micênica na região da Grécia, no século X a.C. Ninrode (v. 10) é caracterizado somente como homem poderoso (talvez, melhor, “tirano”), e não há referência alguma a ele ter sido um grande caçador.

    A forma em que o cronista trata as listas é interessante. Primeiro ele tratou das linhas marginais (Jafé e Cam, v. 5-16, e Ismael, v. 29


    31) antes de se concentrar na linhagem principal que é o seu interesse. O seu interesse por uma linha de descendentes pode ser observada também na sua desconsideração de Que-tura (v. 32,33), tratada simplesmente como concubina de Abraão, embora a genealogia em Gênesis se refira a ela como segunda mulher de Abraão, que ele tomou depois da morte de Sara.

    Nas listas edomitas (v. 35-54), começando por Esaú e Seir e terminando com os diversos chefes de tribos, o nome Timna é apresentado como de um filho de Elifaz, enquanto a lista de Gênesis afirma que era concubina dele. E importante observar que no texto hebraico o nome aparece de fato na lista de filhos; assim também na maioria das versões atuais; por exemplo, NTLH, BJ, ARA, ARC; mas o texto da NVI traz e Amaleque, de Timna, sua concubina, e a nota de rodapé traz a formulação do original (v. 36). E importante observar também que as listas de chefes das árvores genealógicas não dão indicação de nenhuma dinastia, e a impressão que se tem é que as condições prevalecentes em Israel eram em grande parte como as do tempo dos “juízes”, com diversos líderes alcançando proeminência à medida que havia necessidade disso.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de I Crônicas Capítulo 1 do versículo 1 até o 54

    INTRODUÇÃO

    Título. Na Bíblia Hebraica, os livros de Crônicas são intitulados Dibre hqy-hamim, "Os negócios (lit., as palavras) dos dias". Outros diários históricos, que hoje estão perdidos, tais como o "Dibre hqyhamim do Rei Davi" (1Cr 27:24), empregavam esta mesma terminologia. O nome portanto significa "Os Anais", ou, conforme sugerido por Jerônimo, um dos Pais da Igreja, "As Crônicas", que veio a ser a designação dos livros em inglês. Os livros de I e II Reis mencionam semelhantes anais intitulados "Dibre hay-hamim dos reis de Israel" (por exemplo 1Rs 14:19), ou "de Judá" (1Rs 14:29). Tais citações, contudo, não podem se referir aos atuais livros das Crônicas, que não foram escritos a não ser depois de cem anos após os Reis, mas sugerem outros livros perdidos, crônicas contemporâneas da história israelita.

    As Crônicas já foram uma só unidade. A atual divido em duas partes surgiu na tradução grega, que foi feita um pouco antes de 150 A.C., embora atualmente apareça em todas as Bíblias, incluindo as edições imprimirias em hebraico. Na atual disposição do cânon, de mais a mais, as Crônicas estão no fim do Velho Testamento. Assim Cristo, em Lc 11:51, falou de todos os mártires desde Abel, no primeiro livro (Gn 4:1). Suas genealogias, além do mais, mencionam Zorobabel, neto do rei Jeconias (1Cr 3:19), que liderou os judeus na volta em 537. Então eles traçam a família de Zorobabel através de dois netos, Pelatias e Jesaías (1Cr 3:21), ou em aproximadamente 500 A.C. Quatro nomes se seguem, de homens cujo exato relacionamento como rei Jeconias não ficou especificado no texto. Mas a família do último deles, um certo Secanias (1Cr 3:21), passou a ser esboçada através de sete tetranetos (1Cr 3:24). Assim, se Secanias foi do mesmo período do rei Jeconias, que nasceu em 616, essas quatro gerações adicionais nos levariam novamente a aproximadamente 500 A.C., como a data mais precoce possível para a composição de Crônicas, com base em evidências internas.

    A origem, contudo, das Crônicas fica fortemente indicada pelo seu íntimo relacionamento com outra parte do Velho Testamento, isto é, o Livro de Esdras, o qual descreve os acontecimentos desde o decreto de Ciro até 457 A.C. A tradição hebraica afirma que Esdras escreveu as Crônicas, além do livro de Esdras, uma conclusão confirmada pelos conhecimentos atualizados de William F. Albright (JBL, 40, 1921, págs. 104-124); e os livros têm o mesmo estilo de linguagem e tipo de conteúdo. Isto se evidencia de assuntos tais como as freqüentes listas de genealogias, a mesma ênfase sobre o ritual, e sua devoção comum á lei de Moisés. Os versículos finais, além disso, de Crônicas (2Cr 36:22, 2Cr 36:23) repetem-se nos versículos de abertura de Esdras (1Cr 1:1-3, Ed 7:27; Ed 8:33,Ed 8:34) e para eliminar os casamentos mistos que um grupo de judeus também contraído com vizinhos pagãos (Ed. 9-10). À luz dos largos poderes concedidos a Esdras pelo rei persa (Ed 7:18,Ed 7:25), parece que ele foi um dos que começaram a reconstruir as fortificações de Jerusalém (Ed 4:8-16). Mas só quando Neemias juntou-se a Esdras em 444 A.C. é que os muros foram realmente reconstruídos (Ed 4:17; Ne 6:1; 1Cr 16:1). Omitem as atividades detalhadas dos reis (2Sm 9:1; ou II Reis 1:1 - 8:15). Esta ênfase característica sobre o sacerdócio parece ser a responsável pela posição dos livros na terceira divisão (não profética) do cânon hebraico, separados de I e II Samuel e I e II Reis, cuja ênfase moral os coloca com os profetas da segunda divido. Finalmente, o alva dos livros de fornecer encorajamento àqueles que foram desiludidos pelas dificuldades pós-exílicas explica sua exposição das vitórias antigas concedidos por Deus a Judá (2Cr 13:1; 2Cr 20:1; 2Cr 25:1). Este alvo explica a omissão, em I e II Crônicas, da inicial falta de sucesso de Davi (2Sm 14:1), do fracasso de Salomão (1Rs 11:1; 1Cr 28:3) e continuam enfatizando, por exemplo, a mais encorajadora segunda unção de Salomão (1Cr 29:22) ou os mais exemplares primeiros caminhos de Davi (2Cr 17:3). Os juízos proféticos de I e II Reis e as esperanças sacerdotais de I e II Crônicas, ambos são verdadeiros e necessários. A moralidade do primeiro é fundamental, mas a redenção do último é o aspecto mais distintivo da fé cristã.

    COMENTÁRIO

    I. Genealogias. 1:1 - 9:44.

    I Crônicas 1

    A. Patriarcas. 1Cr 1:1-54.

    Este primeiro capítulo resume o desenvolvimento da raça humana. Começa com Adão e segue sua descendência genealógica através de Abraão até Jacó e Esaú. Seu propósito é definir o lugar do povo escolhido por Deus na história do mundo. Ramos da raça humana afastados de Israel são, portanto, ignorados a não ser por uma rápida menção, quando muito; enquanto que aqueles que estão mais ultimamente relacionados com Israel são tratados nos menores detalhes. A maior parte do material foi extraído diretamente do registro de Gênesis.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Crônicas Capítulo 1 do versículo 1 até o 31
    I. GENEALOGIAS. 1Cr 1:1-13). Ver Gn 5:3-32. Note-se a omissão da linhagem de Caim, em plena conformidade com os princípios que presidiram à preparação do livro de Crônicas.

    >1Cr 1:5

    2. A GENEALOGIA DAS NAÇÕES (1Cr 1:5-13). Ver Gn 10:2-29. Note-se que Uz, etc. (17), eram filhos de Arã. Meseque (17). Más (Gn 10:23). Ebal (22), Obal (Gn 10:28).

    >1Cr 1:24

    3. A DESCENDÊNCIA DE ABRAÃO (1Cr 1:24-13). Ver Gn 11:10-26.

    >1Cr 1:28

    4. OS DESCENDENTES DE ABRAÃO POR ISMAEL E QUETURA (1Cr 1:28-13). Ver Gn 25:12-16 e Gn 25:1-4.

    >1Cr 1:34

    5. OS DESCENDENTES DE ESAÚ (1Cr 1:34-13). Ver Gn 36:10-14, 20-43. Zefi (36). * Zefô (Gn 36:11). Em Gn 36:12 * Timna é concubina de Elifaz e mãe de Amaleque. Homã (39), Hemã (Gn 36:22). Aliã (40), Alvã (Gn 36:23). Sefi (40), Sefô (Gn 36:23). Hanrão (41), Hendã (Gn 36:26). Jaacã (42), Acã (Gn 36:27); * Hadade (50), Hadar (Gn 36:39). Paí (50), Paú (Gn 36:39). Aliá (51), * Alva (Gn 36:40).


    Dicionário

    Cuxe

    -

    hebraico: preto

    1. Um dos quatro filhos de Cão. Ele mesmo teve pelo menos seis filhos, os quais foram listados como progenitores de diferentes tribos e povos. Assim, Cuxe é tanto uma pessoa como uma nação (cf. Et 1:1). Ele viveu na parte sul de Canaã (Etiópia). Seu filho Ninrode foi um poderoso guerreiro (Gn 10:6-9; 1Cr 1:8-10).

    2. Benjamita, cujo nome aparece na introdução do Salmo 7. Seu antagonismo para com Davi motivou as reflexões deste sobre o Senhor, escritas nesse cântico.


    Cuxe ETIÓPIA (Gn 2:13).

    Dedã

    1. Filho de Raamá e neto de Cuxe (Gn 10:7). 2. Filho de Jocsã (Gn 25:3). os dedanitas, is 21:13, e os de Dedã, Ez 27:20, descendentes de um ou do outro tronco, eram uma tribo árabe – viviam como negociantes de caravana entre o oriente e o ocidente, e sua residência principal era perto de Edom (Ez 25:13). Há uma ilha chamada Dadã, perto do golfo Pérsico, cujo nome pode ter alguma conexão com a Dedã bíblica.

    1. Descendente de Cão, através de Cuxe e Raamá; irmão de Sabá (Gn 10:7-1Cr 1:9).

    2. Filho de Jocsã, neto de Abraão e sua concubina Quetura. Foi o progenitor dos assurins (Gn 25:1-3; 1Cr 1:32).


    Dedã [Baixo] -

    1) Povo descendente de Noé (Gn 10:7)

    2) Neto de Abraão e Quetura (Gn 25:3).

    Eram

    3ª pess. pl. pret. imperf. ind. de ser

    ser |ê| |ê| -
    (latim sedeo, -ere, estar sentado)
    verbo copulativo

    1. Serve para ligar o sujeito ao predicado, por vezes sem significado pleno ou preciso (ex.: o dicionário é útil).

    2. Corresponder a determinada identificação ou qualificação (ex.: ele era muito alto; ela é diplomata).

    3. Consistir em.

    4. Apresentar como qualidade ou característica habitual (ex.: ele é de manias; ela não é de fazer essas coisas).

    5. Estar, ficar, tornar-se.

    6. Exprime a realidade.

    7. Acontecer, ocorrer, suceder.

    8. Equivaler a determinado valor, custo ou preço (ex.: este relógio é 60€).

    verbo transitivo

    9. Pertencer a (ex.: o carro é do pai dele).

    10. Ter como proveniência (ex.: o tapete é de Marrocos).

    11. Preferir ou defender (ex.: eu sou pela abolição da pena de morte).

    verbo intransitivo

    12. Exprime a existência.

    13. Acontecer, suceder (ex.: não sei o que seria, se vocês se fossem embora).

    14. Indica o momento, o dia, a estação, o ano, a época (ex.: já é noite; são 18h00).

    verbo auxiliar

    15. Usa-se seguido do particípio passado, para formar a voz passiva (ex.: foram ultrapassados, tinha sido comido, fora pensado, será espalhado, seríamos enganados).

    nome masculino

    16. Aquilo que é, que existe. = ENTE

    17. O ente humano.

    18. Existência, vida.

    19. O organismo, a pessoa física e moral.

    20. Forma, figura.


    a não ser que
    Seguido de conjuntivo, introduz a condição para que algo se verifique (ex.: o atleta não pretende mudar de clube, a não ser que a proposta seja mesmo muito boa).

    não poder deixar de ser
    Ser necessário; ter forçosamente de ser.

    não poder ser
    Não ser possível.

    não ser para graças
    Não gostar de brincadeiras; ser valente.

    o Ser dos Seres
    Deus.

    qual é
    [Brasil, Informal] Expresão usada para se dirigir a alguém, geralmente como provocação (ex.: qual é, vai sair da frente ou não?).

    ser alguém
    Ser pessoa importante e de valia.

    ser com
    Proteger.

    ser dado a
    Ter inclinação para.

    ser da gema
    Ser genuíno.

    ser de crer
    Ser crível; merecer fé.

    ser humano
    O homem. = HUMANO

    ser pensante
    O homem.


    Filhós

    substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).

    Havilá

    -

    Deserto arenoso. 1. Filho de Cuxe (Gn 10:7 – 1 Cr 1.9). 2. Filho de Joctã, e descendente de Sem (Gn 10:29 – 1 Cr 1.23). 3. A terra que o Pisom rodeava depois de deixar o Éden (Gn 2:11). Talvez fosse ao ocidente do mar Cáspio ou sobre a costa ocidental do golfo Pérsico. (*veja Eden.) 4. Limite do território dos ismaelitas (Gn 25:18), que foi teatro da guerra por Saul sustentada contra os amalequitas (1 Sm 15.7). Deve ter havido outras Havilás, e talvez muitas, além da primitiva, terras essas que foram habitadas pela numerosa e largamente espalhada posteridade de Cuxe.

    1. Segundo filho de Cuxe, mencionado em Gênesis 10:7 e I Crônicas 1:9. Era neto de Cão.

    2. Descendente de Sem, filho de Joctã (Gn 10:29-1Cr 1:23). Os semitas tornaram-se líderes de clãs na Arábia.


    Havilá Região rodeada pelo rio Pisom, provavelmente localizada na MESOPOTÂMIA ou na Armênia (Gn 2:11).

    Raamá

    Quarto filho de Cuxe; portanto, neto de Cão. Ele e seus filhos, Sabá e Dedã, são listados em Gênesis 10:7 e I Crônicas 1:9. Ezequiel 27:22 refere-se aos mercadores de Sabá e Raamá, que negociavam perfumes, pedras preciosas e ouro. A localização de Raamá não está determinada, embora haja sugestões de que se situava no lado ocidental da península arábica, provavelmente no moderno Iêmen.


    tremor

    Saba

    feminino Bilha para malufo, na Lunda.

    feminino Bilha para malufo, na Lunda.

    Sabta

    -

    Sabteca

    -

    Sabtecá

    Quinto filho de Cuxe; portanto, neto de Cão, mencionado em Gênesis 10:7 e I Crônicas 1:9.


    Sabtá

    Terceiro filho de Cuxe; portanto, neto de Cão, mencionado em Gênesis 10:7 e I Crônicas 1:9. Provavelmente os cusitas se estabeleceram ao longo do mar Vermelho, tanto no lado egípcio como no lado árabe.


    Sabá

    1. Filho de Raamá e descendente de Cão (Gn 10:7-1Cr 1:9, onde é chamado de Sebá.)


    2. Filho de Jactã e descendente de Sem (Gn 10:28-1Cr 1:22, onde é chamado de Seba.)


    3. Listado como neto de Abraão e sua esposa Quetura (Gn 25:1-4; 1Cr 1:32, onde é chamado de Sebá.)


    4. Veja também Rainha de Sabá. S.C.


    Sabá Reino situado no Sul da Arábia, entre o mar Vermelho e o golfo Pérsico, onde fica o moderno Iêmen (1Rs 10:1); (6:19), RA).

    Seba

    substantivo feminino Adubo proveniente de algas de várias espécies que o mar arroja às praias, destinado principalmente às vinhas.
    Seba-do-rio: planta monocotiledônea, marinha (Rostera marina).

    Sete. l. Um benjamita que se revoltou contra Davi (2 Sm 20.1 e seg.). (*veja Daei.) 2. indivíduo de Gade (1 Cr 5.13). 3. Cidade no território de Judá, a qual coube a Simeão (Js 19:2). É provavelmente o mesmo que Sema (Js 15:26).

    1. Descendente de Gade, mencionado em I Crônicas 5:13.

    2. Benjamita da região montanhosa, rebelou-se contra o rei Davi e foi morto, quando Joabe sitiou a cidade onde estava escondido. Os moradores locais o decapitaram e jogaram sua cabeça por cima do muro (2Sm 20:1-26) S.C.


    Seba [Voto] - Um benjamita que se revoltou contra Davi (2Sa 20).

    Sebá

    Primeiro filho de Cuxe e descendente de Cão (Gn 10:7-1Cr 1:9), provavelmente foi o progenitor do povo conhecido como sabeus. A região conhecida como Sebá, mencionada no Salmo 72:10 e em Isaías 43:3, possivelmente pertencia aos seus descendentes, território esse estabelecido talve no sul da Arábia. Veja sabeus.


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Crônicas 1: 9 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E os filhos de Cuxe foram: Seba, Havilá, Sabtá, Raamá e Sabtecá; os filhos de Raamá foram: Sebá e Dedã.
    I Crônicas 1: 9 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1003 a.C.
    H1121
    bên
    בֵּן
    crianças
    (children)
    Substantivo
    H1719
    Dᵉdân
    דְּדָן
    o filho de Raamá e neto de Cuxe
    (and Dedan)
    Substantivo
    H2341
    Chăvîylâh
    חֲוִילָה
    uma parte do Éden pela qual passava o rio Pisom (Araxes); provavelmente tratava-se da
    (of Havilah)
    Substantivo
    H3568
    Kûwsh
    כּוּשׁ
    um benjamita mencionado somente no título do Sl 7.1
    (of Cush)
    Substantivo
    H5434
    Çᵉbâʼ
    סְבָא
    um filho de Cuxe n pr loc
    (Seba)
    Substantivo
    H5454
    Çabtâʼ
    סַבְתָּא
    o 3o
    (and Sabtah)
    Substantivo
    H5455
    Çabtᵉkâʼ
    סַבְתְּכָא
    o 5o
    (and Sabtechah)
    Substantivo
    H7484
    Raʻmâh
    רַעְמָה
    filho de Cuxe e pai de Seba e Dedã n. pr. l.
    (and Raamah)
    Substantivo
    H7614
    Shᵉbâʼ
    שְׁבָא
    filho de Joctã e descendente de Sete
    (Sheba)
    Substantivo


    בֵּן


    (H1121)
    bên (bane)

    01121 בן ben

    procedente de 1129; DITAT - 254; n m

    1. filho, neto, criança, membro de um grupo
      1. filho, menino
      2. neto
      3. crianças (pl. - masculino e feminino)
      4. mocidade, jovens (pl.)
      5. novo (referindo-se a animais)
      6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
      7. povo (de uma nação) (pl.)
      8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
      9. um membro de uma associação, ordem, classe

    דְּדָן


    (H1719)
    Dᵉdân (ded-awn')

    01719 דדן D edan̂ ou (forma alongada) דדנה D edaneĥ (Ez 25:13)

    de derivação incerta;

    Dedã = “território baixo” n pr m

    1. o filho de Raamá e neto de Cuxe
    2. um filho de Jocsã e neto de Quetura n pr loc
    3. um lugar ao sul da Arábia

    חֲוִילָה


    (H2341)
    Chăvîylâh (khav-ee-law')

    02341 חוילה Chaviylah

    provavelmente procedente de 2342; DITAT - 622 Havilá = “círculo” n pr loc

    1. uma parte do Éden pela qual passava o rio Pisom (Araxes); provavelmente tratava-se da Cólquida Grega, no extremo nordeste da Ásia Menor, próximo ao Mar Cáspio
    2. um distrito na Arábia dos ismaelitas com o nome do segundo filho de Cuxe; provavelmente o distrito de Kualan, na parte noroeste do Iêmen n pr m
    3. um fiho de Cuxe
    4. um filho de Joctã

    כּוּשׁ


    (H3568)
    Kûwsh (koosh)

    03568 כוש Kuwsh

    provavelmente de origem estrangeira; DITAT - 969;

    Cuxe ou Etiópia ou etíopes = “negro” n pr m

    1. um benjamita mencionado somente no título do Sl 7:1
    2. o filho de Cam e neto de Noé, o progenitor dos povos localizados no extremo sul da África
    3. os povos descendentes de Cuxe n pr loc
    4. a terra ocupada pelos descendentes de Cuxe, localizada nas regiões sul do Nilo (Etiópia)

    סְבָא


    (H5434)
    Çᵉbâʼ (seb-aw')

    05434 סבא C eba’̂

    de origem estrangeira; Sebá = “beba tu” n pr m

    1. um filho de Cuxe n pr loc
    2. uma nação no sul da Palestina, talvez a Etiópia

    סַבְתָּא


    (H5454)
    Çabtâʼ (sab-taw')

    05454 סבתא Cabta’ ou סבתה Cabtah

    provavelmente de derivação estrangeira; n pr m Sabtá = “notável”

    1. o 3o filho de Cuxe

    סַבְתְּכָא


    (H5455)
    Çabtᵉkâʼ (sab-tek-aw')

    05455 סבתכא Cabt eka’̂

    provavelmente de derivação estrangeira; n pr m Sabtecá = “notável”

    1. o 5o filho de Cuxe

    רַעְמָה


    (H7484)
    Raʻmâh (rah-maw')

    07484 רעמה Ra mah̀

    o mesmo que 7483;

    Raamá = “crina de cavalo” n. pr. m.

    1. filho de Cuxe e pai de Seba e Dedã n. pr. l.
    2. uma casa de comerciantes

    שְׁבָא


    (H7614)
    Shᵉbâʼ (sheb-aw')

    07614 שבא Sh eba’̂

    de origem estrangeira;

    Sabá ou Seba = “sete” ou “um juramento” n. pr. m.

    1. filho de Joctã e descendente de Sete
    2. filho de Raamá, neto de Cuxe e descendente de Cam
    3. filho de Jocsã, o filho de Abraão com Quetura n. pr. l.
    4. uma nação no sul da Arábia