Enciclopédia de Jó 21:2-2

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jó 21: 2

Versão Versículo
ARA Ouvi atentamente as minhas razões, e já isso me será a vossa consolação.
ARC Ouvi atentamente as minhas razões; e isto vos sirva de consolação.
TB Ouvi atentamente as minhas palavras;
HSB שִׁמְע֣וּ שָׁ֭מוֹעַ מִלָּתִ֑י וּתְהִי־ זֹ֝֗את תַּנְח֥וּמֹֽתֵיכֶֽם׃
BKJ Ouvi diligentemente o meu discurso, e que isto seja a vossa consolação.
LTT Ouvi atentamente as minhas palavras; e isto vos sirva de consolação.
BJ2 Escutai atentamente minhas palavras, seja este o consolo que me dais.
VULG Audite, quæso, sermones meos, et agite pœnitentiam.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jó 21:2

Juízes 9:7 E, dizendo-o a Jotão, foi este, e pôs-se no cume do monte de Gerizim, e levantou a sua voz, e clamou, e disse-lhes: Ouvi-me a mim, cidadãos de Siquém, e Deus vos ouvirá a vós.
Jó 13:3 Mas eu falarei ao Todo-Poderoso; e quero defender-me perante Deus.
Jó 15:11 Porventura, as consolações de Deus te são pequenas? Ou alguma coisa se oculta em ti?
Jó 16:2 Tenho ouvido muitas coisas como estas; todos vós sois consoladores molestos.
Jó 18:2 Até quando usareis artifícios em vez de palavras? Considerai bem, e, então, falaremos.
Jó 33:1 Assim, na verdade, ó Jó, ouve as minhas razões e dá ouvidos a todas as minhas palavras.
Jó 33:31 Escuta, pois, ó Jó, ouve-me; cala-te, e eu falarei.
Jó 34:2 Ouvi vós, sábios, as minhas razões; e vós, instruídos, inclinai os ouvidos para mim.
Isaías 55:2 Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura.
Hebreus 2:1 Portanto, convém-nos atentar, com mais diligência, para as coisas que já temos ouvido, para que, em tempo algum, nos desviemos delas.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Jó Capítulo 21 do versículo 1 até o 34
6. A Segunda Resposta de Jó a Zofar (21:1-34)

Após sua grande declaração de fé em 19:25-27, Jó consegue alcançar um grau marcante de serenidade. Mesmo depois das conclusões mordazes do discurso de Zofar, ele não reage com o mesmo tipo de tensão emocional que caracterizaram seus discursos anteriores. Neste capítulo ele começa a pensar mais claramente acerca das questões levantadas em vez de gastar suas energias em erupções emocionais que descrevem seu sofrimento e frustração.
No primeiro ciclo de discursos, a preocupação de Jó era com o fato de sentir que Deus havia se tornado seu inimigo. Em seguida, ele foi esmagado ao perceber que seus amigos o desertaram, a ponto de se colocarem contra ele. Mas agora o discurso de Zofar faz com que Jó assuma uma posição positiva em relação aos argumentos dos seus amigos. Ele contradiz esses argumentos com evidência prática. Ele constata que prosperidade e retidão não andam invariavelmente juntas. Também fica evidente pela observação da vida que a maldade nem sempre é castigada.

Antes de apresentar as questões principais do seu argumento, Jó faz algumas decla-rações introdutórias. A primeira delas é para chamar a atenção dos seus amigos: Ouvi atentamente as minhas razões (2). A expressão e isto sirva de consolação significa: "A atenção zelosa de vocês me trará consolação" (Berkeley). Depois de ele ter falado, os amigos poderão zombar (3), se desejarem. Entrementes, eles devem ouvir com cuidado aquilo que Jó tem a dizer, porque a sua queixa não é contra homem algum (4), mas sim contra Deus! Seus amigos podem estar pasmos (5), e Jó sobressaltado de horror (6) quan-do pensa nisso. Mas, o que ele tem para dizer é verdade apesar da reação dos seus amigos.

A verdade é bastante diferente da figura que os amigos haviam traçado. Elifaz (15.17ss.), Bildade (18.5ss.) e Zofar (20.4ss.) descreveram o destino do homem mau, ou seja, o de ser castigado por Deus. Jó agora ressalta que isso nem sempre ocorre. Ele pergunta: Por que vivem os ímpios, [...] e ainda se esforçam em poder? (7). Em vez de o castigo de Deus, em forma de julgamento, ser evidente em suas vidas, a sua semente (filhos) se estabelece [...] perante a sua face (8), as suas casas têm paz, sem temor (9), seu gado se multiplica (10) e existe alegria em seus lares (11). Eles passam seu tempo alegremente ao som do tamboril e da harpa e ao som das flautas (12). Quando chega a sua hora de morrer, num momento descem à sepultura (13). Não é de admirar, portanto, que eles não sintam a necessidade de Deus, nem qualquer desejo de ter conhecimento dos seus caminhos (14). Eles se dão muito bem sem Ele. Não existe necessidade para que façam orações (15) !

A pergunta que a resposta de Jó levanta é pertinente para qualquer idade. Por que os homens oram? É para proveito próprio? A perspectiva cristã vai ditar uma resposta bastante diferente, embora muitas das orações atuais contenham o conhecido pedido: "Dá-me". A história de Jesus acerca do filho pródigo apresenta este aspecto. O jovem era pródigo quando disse ao seu pai: "Dá-me". Quando este filho voltou arrependido, seu pedido foi: "Faze-me" (Lc 15:12-19).

No versículo 16, Jó ressalta o grande problema que os ímpios prósperos apresentam. A prosperidade deles não é resultado do seu esforço — o seu bem não está na mão deles. A conclusão é que Deus faz prosperar tanto os maus como os retos, e Jó continua perguntando por quê. O significado dos versículos 17:18 fica claro se pontos de interro-gação substituírem os pontos de exclamação na KJV (cf. Moffatt, Smith-Goodspeed). Jó pergunta: Quantas vezes vemos os julgamentos de Deus vir sobre o ímpio — julgamen-tos como uma vida mais breve, calamidade, destruição, pesar e dor, ou recursos sendo dissipados como palha ou como a pragana? A conclusão é que raramente vemos isso acontecer.

Jó espera objeções por parte dos seus amigos com base no fato de que Deus irá infligir seu castigo sobre os filhos (19-20) dos ímpios (cf. Êx 20:5; Jr 31:29-30). Ele insis-te em que isso não é castigo para os ímpios. Para que o castigo seja real e eficaz, o malfeitor deve ele próprio beber do furor do Todo-poderoso (20). Um ímpio pouco se incomoda acerca do sofrimento na sua casa depois de si (21).

O versículo 22 apresenta uma tradução que não é inteiramente clara. Acaso são os amigos de Jó que estão procurando ensinar a Deus como a sua providência deverá se estabelecer em relação aos homens? Se esse é o caso, então Jó só pode menosprezá-los, porque Deus está exaltado acima de toda a terra. Prova disso é que Ele julga os excelsos. Ou será que Jó está refletindo consigo mesmo acerca do seu próprio esforço em determi-nar o significado da vida e a operação de Deus no universo moral? Se esse é o caso, então Jó está sendo apologético em seu esforço de avaliar a motivação de Deus. Nenhum mero mortal é capaz de fazer isso.

Em todos os acontecimentos Jó continua tirando conclusões a partir de detalhes observáveis na vida do homem para aprender acerca dos caminhos de Deus. A morte é especialmente instrutiva. À medida que Jó observa em que circunstâncias os homens mor-rem, ele não consegue discernir nenhum padrão significativo entre o reto e o mau. Um morre na força da sua plenitude (23), em que tudo parece estar indo bem. A frase Os seus baldes estão cheios de leite (24) se refere à riqueza e abundância que o homem recebe dos seus rebanhos. Os seus ossos estão regados de tutano significa: "Sua saúde está ótima" (Moffatt). Essa pessoa morre enquanto é saudável, na abundância e em paz (23-24). No entanto, outro morre na amargura do seu coração (25), sem ter a oportunidade de experimentar os prazeres da vida. Quando a morte vem, esses dois indivíduos têm o mesmo destino. Juntamente jazem no pó (26) e são consumidos pelos vermes. Assim, duas vidas muito diferentes sofrem o mesmo destino e são tratadas de maneira idêntica. Se Deus é responsável pela morte de ambos, como Jó e os amigos concordam que Ele é, então Jó acredita que Deus é injusto no tratamento que dispensa aos homens.

Jó sabe o que seus amigos estão pensando: Eis que conheço bem os vossos pen-samentos (27). Eles expuseram suas idéias de forma transparente. Os amigos haviam dito que os ímpios desaparecem da terra sem deixar nenhum vestígio: Onde está a casa do príncipe e onde a tenda em que morava o ímpio? (28; cf. 18:14-18; 20:26-28). Mas eles não consideraram a evidência que qualquer viajante pelo mundo lhes daria.

Bem, falem com os viajantes;

aprendam o que eles têm para dizer:

de como o mau é poupado da calamidade, como ele sai ileso da ira de Deus.

(29-30, Moffatt)

Jó continua: "Quem repreende um homem [ímpio], lançando em rosto a sua conduta ou quem lhe retribui pelo seu comportamento? Quando o levam à sepultura, vigiam o seu túmulo. Suavemente as nuvens do vale o cobrem" (31-33, Berkeley).

Como, pois, me consolais em vão? (34), Jó pergunta. Ele sente que refutou inte-gralmente os argumentos dos seus amigos. Jó demonstrou que nas respostas deles só há falsidade. Aquilo que eles falaram não pode ser provado com fatos da vida real. Conseqüentemente, o testemunho deles não é verdadeiro.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Jó Capítulo 21 do versículo 1 até o 34
*

21.1-34 Jó encerrou seu segundo ciclo de declarações com uma firme rejeição dos argumentos de seus amigos, de que os ímpios sempre sofrem. Note como ele alude às próprias palavras deles. Conforme 20.11 com 21.7; 8.19 com 21.8; 18.5 com 21.17; 5.4 e 20.10 com 21.19; 20:5-7 com 21:28-30.

* 21:5

Olhai para mim e pasmai; e ponde a mão sobre a boca. Jó pensa que se eles tivessem qualquer compaixão deixariam de acusá-lo e de mentir acerca dele.

* 21:7

Como é, pois, que vivem os perversos. Jó reconhece que está perplexo. Ele não tem resposta. Mas os conselheiros supunham que sabiam exatamente o que estava sucedendo (conforme Jo 9:41).

* 21:22

Acaso, alguém ensinará ciência a Deus. O alto conceito de Jó acerca de Deus tornava seu problema ainda mais complexo.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Jó Capítulo 21 do versículo 1 até o 34
21.1ss Jó refutou a idéia do Zofar de que os maus nunca terão riquezas e felicidade, dizendo que no mundo real o malvado sim prospera. Deus faz o que lhe agrada com os indivíduos (21.22-25), e a gente não pode empregar suas circunstâncias para medir sua própria bondade ou a de Deus, algumas vezes (mas não sempre) estão relacionadas. O êxito dos amigos do Jó estava apoiado em sua realização exterior. Entretanto, o êxito para Deus está no coração das pessoas.

21:22 Apesar de estar confundido pelas razões de seu sofrimento, Jó afirmou a superioridade da sabedoria de Deus ao perguntar: "Ensinará alguém a Deus sabedoria?" A maneira em que você responde a suas lutas pessoais indica sua atitude para Deus. Em vez de zangar-se com Deus, continue confiando no, sem importar quais sejam suas circunstâncias. Mesmo que pareça muito difícil de acreditar, Deus está em controle. Devemos nos comprometer com O e assim não nos resentiremos pelo tempo em que O atue.

21.29-33 Se a gente má se enriquecer apesar de seu pecado, por que devemos tratar de ser bons? Pode parecer que os maus pequem e não os passe nada, mas há um Juiz superior e um julgamento futuro (Ap 20:11-15). O estabelecimento final da justiça não virá nesta vida, a não ser no mais à frente. O mais importante é como uma pessoa vá a Deus através da prosperidade ou a pobreza, e não a pobreza ou a prosperidade em si mesmos.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Jó Capítulo 21 do versículo 1 até o 34
Responder 6. de Jó do Zophar Second Discurso (21: 1-34)

Zophar tem se superado em que descreve as calamidades e destino final dos ímpios. Mas Jó Contadores de uma vez com oposição provas no sentido de que a justiça retributiva material não é sempre realizado neste mundo temporal.

1. Jó contesta os argumentos da Sofar (21: 1-26)

1 Então Jó respondeu, dizendo:

2 Ouvi atentamente as minhas palavras;

E que este seja o seu consolações.

3 Espera-me, e eu falarei;

E depois que eu falei, zombaria diante.

4 Quanto a mim, a minha queixa está para o homem?

E por que eu não deveria ser impaciente?

5 Olhai para mim, e se espanta,

E coloca sua mão sobre a boca.

6 Mesmo quando eu lembro que eu estou preocupado,

E estremece de horror minha carne.

7 Por que razão vivem os ímpios,

Envelhecem, e ainda, cera robustecem em poder?

8 seus filhos se estabelecem com eles em sua visão,

E os seus descendentes perante os seus olhos.

9 As suas casas estão com medo,

Nem é a vara de Deus sobre eles.

10 O seu touro, e não falha;

Sua calveth vaca, e forja não sua panturrilha.

11 Eles fazem sair os seus pequeninos, como a um rebanho,

E seus filhos dançar.

12 Eles cantam para o tamborim e harpa,

E regozijam-se o som do tubo.

13 Eles passam seus dias em prosperidade,

E, em um momento em que eles descem ao Seol.

14 E eles dizem a Deus: retira de nós;

Para nós não desejamos ter conhecimento dos teus caminhos.

15 Qual é o Todo-Poderoso, que o sirvamos?

E o lucro que deveríamos ter, se lhe fizermos orações?

16 Eis que a sua prosperidade não está na sua mão;

O conselho dos ímpios, está longe de mim.

17 Quantas vezes sucede que a lâmpada dos ímpios é posto para fora?

Que sua calamidade lhes sobrevirá?

Que Deus reparta dores na sua ira?

18 Que eles são como a palha diante do vento,

E, como a pragana, que o redemoinho arrebata?

19 Ye dizer , Deus ajunta sua iniqüidade para seus filhos.

Deixe-o recompense-o para si, para que saiba que:

20 Vejam os seus próprios olhos a sua destruição,

E beba ele do furor do Todo-Poderoso.

21 Pois o que ele cuidará de sua casa depois dele,

Quando o número dos seus meses é cortado?

22 Shall ensinará ciência a Deus,

Vendo que ele julga aqueles que são ricos?

23 Um morre em plena prosperidade,

Inteiramente sossegado e tranquilo:

24 com os seus baldes cheios de leite,

E a medula dos seus ossos umedecida.

25 E outra, morre em amargura de alma,

Não havendo provado do bem.

26 Juntamente jazem no pó,

E os vermes os cobrem.

Clarke diz dos palavra muito disputada consolações (v. 21:2 ), "'E que este seja suas reações. Deixe o que estou prestes a dizer induzi-lo a retirar o que disse, e para recordar os seus juízos falsos. "Ele observa, ainda, que consolações (nacham) "significa, não só para o conforto , mas para mudar de idéia, arrepender-se . " Da mesma forma a Vulgata traduz-lo ", e arrepende-te", e Coverdale diz, "e alterar a si mesmos." Alguns pensam Jó estar falando ironicamente como ele começa seu discurso. Assim, ele estaria dizendo que iria voltar a eles seus consolos para aqueles que lhe tinham dado, e quando ele terminou eles poderiam transformá-los em zombaria, como haviam feito antes. No entanto, Moffatt traduz palavras de Jó ", ele vai me consolar, se você só ouvir", o que também seria falado em sarcasmo, por Jó continua, "depois de eu ter falado, zombar de distância" (v. 21:3-B , Moffatt).

Acusadores de Jó completamente deixar de reconhecer o mistério de seu sofrimento, e, portanto, eles não fizeram nada para resolver o enigma. Eles conseguiram apenas em aprofundar a ferida de seu sofrimento por sua insistência sarcástico que ele sofre porque ele pecou. Portanto Jó pede a eles para ouvir seu lado da história. Tal disposição para aprender será muito mais consoladora para ele do que as suas acusações sem sentido. Delitzsch diz que o versículo 4

não é para ser entendido senão como no cap. 7:13 , 9:27 , 10:1 ).

Jó enfatiza que precede perguntando por seu espírito, ou disposição de espírito, não deve ser contrariado ou impaciente (conforme Jz 10:16. ; Zc 11:8 ). Em suma, o que causa aflição de Jó para se expressar, pois tem também causaria espanto seus acusadores, e torná-lo [Zophar] coloca sua mão sobre a boca (v. 21:5 ; conforme 29:9 ), um mistério insolúvel para eles, mas, no entanto, um mistério para não ser negada. Jó está profundamente perplexo com este mistério (v. 21:6 ). Assim, sua verdadeira queixa é contra o enigma da razão para seu sofrimento, e não contra Deus , por si só , exceto o conceito de Deus como representado por seus acusadores que dizem que seu sofrimento é castigo da mão de Deus de tradição para o seu pecado , a realidade do que Jó stoutly nega.

Contador provas de Jó ao argumento de Zophar começa com uma pergunta a respeito de porque o conhecido mau muitas vezes vivem a uma idade avançada e alcançar grande poder (v. 21:7 ), se seu argumento é válido? Também seus filhos alcançar proeminência e estão firmemente estabelecida nos negócios e na posição, enquanto os pais ainda vivem e olhar com satisfação. Eles sofrem nenhuma aflição da mão de Deus, como Jó tem experimentado (v. 21:8 ). Eles prosperar materialmente (v. 21:10 ), enquanto Jó perde tudo. Eles se multiplicam e são profusamente Luz-hearted (vv. 21:11-12 ), enquanto Jó perde todos os seus filhos e senta-se em tristeza. Eles vivem em prosperidade e depois morrer rapidamente (v. 21:13 ), sem a agonia prolongada de uma morte lenta, como de Jó (conforme Sl 73:4 ), que os ímpios não prosperam (v. 21:16 )! Mas os fatos observáveis ​​não sustentam a sua contenção, "Jó responde. Estes não tomar nenhuma conselho de Deus, e ainda assim eles prosperar (v. 21:16 )?"Quantas vezes eles são meras palhas diante do vento, palha varrido antes da tempestade" (v. 21:18 , Moffatt) da ira de Deus, como você diz que eu sou? Como são esses fatos reconhecidos reconciliou com seus argumentos de que a lei moral cósmica castiga todo pecado? Jó antecipa sua resposta. "'Deus', você diz, 'castiga os filhos para ele"? Melhor que ele fez os próprios homens [os pecadores] reais sentir pena! "(V. 19 , Moffatt).

Jó não nega (v. 21:19) a doutrina do castigo divino. O que ele nega é a transferência de culpa dos pais para os seus filhos inocentes (conforme Ez. 18:20 ). Este é, naturalmente, um gap de fuga que eles usam para justificar a sua doutrina da lei inflexível da retribuição-o divino karma idéia. Se quer saber se tal não é verdade para aqueles que ensinam a doutrina da culpa herdada para o tempo presente. Será que eles não fazer companhia teológico com acusadores de Jó? Delitzsch diz que a afirmação de Jó é contra "essa apreensão imperfeita, que, a fim de que a satisfação necessária podem ser prestados à justiça divina, mantém uma transferência do castigo que se opõe à própria natureza da personalidade e da liberdade." O Jó realmente significa (vv. 21:19-21) é que o castigo deve recair sobre o pecador real a si mesmo, enquanto ele está vivo, que ele pode sentir a sua dor, cair em si, arrepender-se e alterar suas formas. Ele não vai saber o que está acontecendo com seus filhos depois que ele está morto, e, portanto, não poderiam lucrar com os seus sofrimentos pelos seus pecados (vv. 21:20-21 ). Nem seus filhos entender por que eles estavam sofrendo, e, portanto, não poderiam lucrar com isso. Jó viu claramente duas coisas. Em primeiro lugar, ele viu a finalidade da pena como corretivo. Em segundo lugar, ele viu o absurdo da doutrina determinista da transferência ou herança de culpa daqueles que cometem o pecado para aqueles que são inocentes dessa comissão do pecado. Assim, à luz de sua própria inocência ele não conseguia entender ou aceitar suas calamidades como a imposição de punição sobre ele do lado do verdadeiro Deus. Nisto repousa o dualismo religioso do livro de Jó. O afflicter de Jó inocente é o Deus da tradição, o adversário do Prólogo (Satanás), e não o verdadeiro Deus do Prólogo quem Jó servido com um coração perfeito. Que os dois eram, por vezes, confusa na mente de Jó, obscurecida por seus sofrimentos como era, é compreensível, mas que eles eram idênticos deve ser rejeitado.

Nos versículos 22:26 Jó levanta a questão legítima de saber se o verdadeiro Deus do céu alto, na verdade, exclui diretamente os assuntos dos homens na terra. Em seguida, ele faz a sua pergunta mais pertinente por exemplos específicos.

Ora, um homem morre robusto e Hale, em paz plena e prosperidade; seus poderes estão cheios e fresco, sua saúde é boa. Outro homem morre, com o coração partido, e nunca recebe o bem da vida. Ambos se deitar no pó juntos, e vermes enxame sobre ambos (vv. 21:23-26 , Moffatt).

Será que Deus governar diretamente e determinar tudo o que acontece no mundo dos homens, Jó pergunta, à luz de tais fatos observáveis? Ele implica uma resposta negativa. Se ele fizesse isso ele teria de ser responsável pelo mal, como também para o bem.Tal seria um conflito irreconciliável no caráter do próprio Deus. Duas respostas são evidentes. A única atribui todo o problema para a "sabedoria inescrutável ea vontade de Deus" e se resigna ao agnosticismo religioso. Muitos, com acusadores de Jó, prefiro esta resposta fácil para o difícil problema. A outra resposta é que, enquanto Deus reina em seu mundo, ele permite um alto grau de liberdade para o homem e torna-o responsável por sua utilização. Assim, o pecado é sempre possível, mas nunca necessário. Deus reina em Seu universo, mas Ele não descarta diretamente tudo. Ele acabará por ignorar todas as coisas, no entanto (conforme Rm 8:28 ).

b. Jó contempla os mistérios escuros de Deus (21: 27-34)

27 Eis que conheço os vossos pensamentos,

E os dispositivos com que fostes me faria mal.

28 Pois dizeis: Onde está a casa do príncipe?

E onde está a tenda em que o habitou ímpios?

29 Porventura não perguntastes homens Wayfaring?

E não vos o seu testemunho,

30 de que o mau é preservado no dia da calamidade?

Que eles são levados adiante para o dia da ira?

31 Quem deve declarar o seu caminho para o seu rosto?

E quem lhe dará o pago do que fez?

32 No entanto, ele deve ser levado para a sepultura,

E os homens devem vigiar o túmulo.

33 Os torrões do vale será doce-lhe:

E todos os homens devem elaborar depois dele,

Como havia inumeráveis ​​que o precederam.

34 Como, então, consolai-vos me em vão,

Vendo em suas respostas já não resta somente falsidade?

Acusadores de Jó baseiam seus argumentos sobre as teorias tradicionais; Ele baseou sua em fatos observáveis. Ele agora passa a mostrar as falácias de suas teorias infundadas. Antecipando as suas reacções aos seus argumentos Jó diz: "Eu sei o que você está pensando, eu sei o errado cruel que você me faz. 'O que da casa do tirano? você perguntar: 'Onde estão as moradias dos homens maus? "(Vv. 27-28 , Moffatt). Então Jó responde, pedindo-lhes que pedir aos viajantes, talvez viajantes das caravanas que sofreram saques e violência nas mãos de tais pessoas perversas predatórias. Tais homens ficam ricos com lucros indevidos e não são punidos por homens ou por Deus (v. 21:30 ). Ninguém se atreve a repreendê-los para a sua maldade (v. 21:31 ). No final, essa pessoa é homenageado como um grande homem. Moffatt retrata a sua morte, funeral e sepultura assim: "ele é levado para um túmulo imponente, e todos os homens seguem seu grande funeral; Quieto, ele encontra-se em meio aos torrões, e bem o seu túmulo é cuidada "(vv. 21:32-33 ). À luz desses fatos inegáveis, Jó diz: "Por que me oferecer suas consolações vãs, quando tudo que você pedir é falso?" (V. 34 , Moffatt).

Em resumo, alguém disse: "Em uma exposição corajosa de ceticismo mundano, o sofredor retruca que o ímpio geralmente permanecem impunes (vv. 21:7-14 ), embora eles repudiam Deus (vv. 21:14-18 ), que a crença na hereditária culpa (responsabilidade colectiva) é imoral (vv. 21:19-26 ), como também é o funeral honroso dos ímpios (vv. 21:27-34 ). Os ímpios concordar com a tese antecipada por Satanás no Prologue "( 1: 9 ; conforme Sl 73. ).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Jó Capítulo 21 do versículo 1 até o 34
21.1- 34 Na sua defesa, Jó sendo cada vez mais encorajado, aponta sem hesitação as falácias da posição dos seus amigos. Os caminhos de Deus são inescrutáveis para Jó, e devem ser também para os seus amigos, pois a teoria de punições e galardões imediatos na terra é uma maneira simplista de se reduzir a providência divina a um mecanismo.
21.2 Consolação. Se a doutrina de que só os pecadores sofrem é consolação que, segundo Elifaz alega, vem da parte de Deus (15.11), então Jó vai demonstrar a inutilidade de tais conselhos.

21:7-13 Em palavras duras, Jó descreve a duradoura prosperidade do lar dos ímpios, da sua família dos seus campos e dos seus rebanhos; e no fim dos seus dias descem tranqüilamente à sepultura.
21.9 Jó, a esta altura, nega aquilo que lhe foi ensinado por Elifaz (15.28), Zofar, (20.28), e Bildade (18.14). Assim faz, não para obter um triunfo de dialética na argumentação, mas porque está sinceramente procurando uma solução para um problema moral que o angustia, conforme v. 6.
21.15 Que é o Todo-Poderoso, para que nós o sirvamos? Semelhante pergunta foi feita pelo faraó a Moisés, Êx 5:2.

21.16 Longe de mim o conselho dos perversos. Jó não quer que sua descrição atraente, sobre a sorte dos ímpios na terra, seja considerada como um desejo de tomar seu partido. Jó está no firme propósito de seguir o caminho da retidão, sem a necessidade de edificar-se com doutrinas de galardões materiais, conforme 17.9. Elifaz emprega essa expressão em 22.18.

21.17 Jó solicita as provas que sustentem a doutrina de Bildade, "a luz dos perversos, se apagará" (18.5), e de Zofar (20.23).
21.22 De súbito, Jó acusa os amigos de presunção, ao elaborarem teorias simplistas acerca do governo de Deus. Ao fazê-lo, estão praticamente ensinando a Deus como deveria governar os homens, em vez de encararem os fatos como eles se apresentam em toda a sua realidade.
21:24-34 Jó não achou sabedoria nem consolo nos conselhos dos seus amigos, pois faliram em generalidades e, por conveniência, ignoram os exemplos que, desmentem suas teorias (vv. 29-30).
21.26 Juntamente. Nota-se que Jó não quer inverter o argumento dos amigos, e dizer que somente o ímpio obtém vantagens materiais; sua sepultura é cuidadosamente ornamentada, o sucesso que obtivera na vida provoca admiração e sua maneira de viver é largamente imitada.

• N. Hom. 21.34 Uma resposta segura.
1) O espírito da resposta, vv. 1-6: a) a intensidade da resposta, 2, 3; b) a confidência absoluta, 4; c) autojustificação perante a acusação de impaciência, 4, 5; d) reverência profunda, 6;
2) O argumento na resposta de 7:33: a) os fatos da experiência, 7-21; b) o plano da previdência, 22-26; c) o testemunho dos homens, 27-33;
3) A aplicação da resposta de Jó, 34: a) a consolação dos seus amigos foi em vão, 34a; b) as respostas dos seus amigos foram adversas, 34b.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Jó Capítulo 21 do versículo 1 até o 34
f) O sétimo discurso de Jó (21:1-34)
Todos os três discursos dos amigos no segundo ciclo repisaram o tema do destino dos maus; o discurso final, o de Zofar, chegou a ponto de afirmar que os maus desfrutam dos resultados do seu pecado somente por um breve período, e depois são eliminados abruptamente. Jó conclui esse ciclo de discursos negando a verdade dessas afirmações: ao contrário, ele diz, Os ímpios passam a vida na prosperidade e descem à sepultura em paz (v. 13). A rejeição da doutrina dos amigos por parte de Jó é igualmente extrema, mas a posição dele parece mais próxima da vida real. No seu discurso, pela primeira vez no livro, Jó está enfrentando os argumentos de seus amigos de forma comparativa e direta, o seu estado de espírito está em segundo plano, e ele não se dirige diretamente a Deus. No entanto, essas diferenças em relação ao padrão comum dos discursos não indicam uma evolução, mas somente uma mudança temporária de estilo. O ponto forte dos discursos de Jó continua sendo o seu apelo pessoal a Deus, e a sua característica emotiva se encontra no nível do sentimento de desespero que permeia grande parte deles. Assim, o fato de neste capítulo ele passar temporariamente para o plano do discurso mais racional não é sinal de melhoria da sua sorte; mas já é satisfatório ver que os seus amigos recebem respostas tão adequadas no seu território.

(1)    Ouçam-me, meus amigos (21:2-6)
Essa introdução detalhada é sinal da necessidade que Jó tem de ser ouvido acerca desse assunto em que todos eles concordaram. Dar ouvidos a ele pelo menos uma vez vai ser um consolo melhor para Jó do que muitos discursos (v. 2). Ele não tem dúvida de que o único resultado do seu discurso será que eles vão zombar dele (v. 3; o heb. está no singular, mas a intenção provavelmente é plural), pois ele não se queixa dos homens, mas de Deus, e sabe que nesse caso não pode contar com a compaixão dos justos. Se eles realmente “ouvirem o que eu tenho a dizer” (v. 5, JB; a NVI traz Olhem para mim), eles ficarão atônitos diante do que ele tem para revelar acerca do governo moral do Universo e vão tapar a boca com a mão em sinal de surpresa silenciosa. E terrível demais para o próprio Jó (v. 6) observar essa verdade de que no mundo de Deus os maus têm permissão e condições para prosperar.

(2)    Os maus prosperam; por que isso? (21:7-16)
Jó rejeita tudo que os amigos prezam acerca desse assunto. Os ímpios “continuam vivos” (v. 7, NTLH), “vêem assegurada a própria descendência” (v. 8, BJ), os seus animais não sofrem infortúnios (v. 10), e eles ainda blasfemam contra Deus (v. 14,15) e sobrevivem. Jó faz uma paródia cruel do retrato que Elifaz pintou da prosperidade dos justos (5:17-27). Esse poema de Jó acerca da prosperidade dos maus foi estruturado em forma de quiasmo, com o v. 7 correspondendo ao 13, e os v. 8,9 correspondendo aos v. 11,12. Em três versículos, Jó contradiz Zofar (v. 7; conforme 20.11), Bildade (v. 8; conforme 18,19) e Elifaz (v. 9; conforme 5.24). Jó não deseja a prosperidade segundo os padrões deles (v. 16), que inclui o fato de rejeitarem Deus de forma propositada (v. 14,15). A prosperidade dos maus nunca pode ser ponderada por uma pessoa justa sem causar indignação; assim, Jó não está somente afirmando a prosperidade deles, mas pondo um prefácio a cada declaração dela com a pergunta: Por quê? (v. 7).
(3)    Quantas vezes os maus sofrem? (21:17-21)
Os maus não somente vivem de maneira próspera; é pouco freqüente a morte prematura de uma pessoa má (v. 17). Assim, Jó está contradizendo Zofar (20.5). No v. 19, a NVI parece correta ao acrescentar a palavra Dizem, que não está no hebraico. Os amigos voltaram à posição de defesa: se os maus não sofrem, então os seus filhos sofrem. Jó considera isso uma fuga do problema (v. 19b).

(4)    Na verdade, não faz diferença alguma se alguém é bom ou mau (21.2226)
Talvez o v. 22 possa ser entendido como mais uma citação dos amigos não sinalizada por aspas. Jó, eles estariam sugerindo, está impugnando a justiça de Deus. Jó responde que de fato não parece fazer diferença alguma se um homem é bom ou mau; todos encontram o mesmo destino. Não parece que ele esteja contrastando aqui a prosperidade dos maus (v. 23ss) com a alma amargurada dos justos (v. 25), mas parece estar dizendo que, assim como na morte não há diferenças morais que expliquem o destino comum, essas diferenças também não são significativas em vida.

(5) A experiência humana testifica a favor da verdade dos argumentos de Jó (21:27-34)
Jó sabe o que os seus amigos estiveram pensando (v. 27) enquanto pronunciavam as suas afirmações aparentemente objetivas na terceira pessoa acerca do destino dos maus: os maus sofrem, Jó está sofrendo, portanto Jó faz parte dos maus. Elifaz, como temos argumentado, talvez esteja menos convencido do que os outros de que Jó tenha feito algo errado, mas o sentido do discurso de Zofar é totalmente claro. Mas a crença dos amigos na equação entre sofrimento e pecado, apontando para o desaparecimento de príncipes opressores e dos maus (v. 28), é desmentida pela experiência humana comum. Perguntem a qualquer viajante, Jó diz (v. 29), e vocês ouvirão acerca do homem mau que époupado da calamidade (v. 30). “Ninguém o acusa das maldades que comete” (v. 31a, NTLH), ninguém o castiga por seus atos. Na morte como na vida, ele é honrado por milhares, e a sua sepultura é vigiada (v. 32,33). Essa experiência humana comum desmente a teologia dos seus amigos (v. 34).


4) O terceiro ciclo de discursos (22.1—31.40)
Enquanto no primeiro ciclo os amigos defendiam o seu ponto de vista individual, e no segundo ciclo todos repisaram o tema do destino dos maus, cada um talvez de uma perspectiva levemente diferente, é mais difícil perceber alguma lógica nos discursos do terceiro ciclo. No cap. 22, Elifaz evidentemente contradiz sua posição inicial, Bildade pronuncia somente o prefácio de um discurso, e Zofar não faz discurso algum. E possível que o texto tenha sofrido danos na transmissão e que originariamente tenha contido três discursos completos dos amigos, junto com as respostas de Jó. Mas agora parece que perderam a força, e na verdade não há nada novo para se dizer.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 24

III. Juízo : O Caminho da Sabedoria Obscurecido e Iluminado. 4:1 - 41:34.

A. O Veredito dos Homens. 4:1-24.

Considerando que o diálogo de Jó com seus amigos relacionava-se mais com a lamentação de Jó do que diretamente com suas calamidades, a missão dos amigos assume mais os ares de um julgamento do que de consolo pastoral e continua assim progressivamente em cada sucessivo ciclo de discursos. (Em relação à estrutura cíclica do diálogo, veja o Esboço acima.) Os amigos assentaram-se como em um conselho de anciãos para julgarem o ofensor clamoroso. A avaliação da culpa de Jó envolve discussão dos aspectos mais amplos do problema da teodicéia, mas sempre com o caso particular de Jó e a condenação à vista. Portanto, para Jó o debate não consiste em um estudo imparcial e acadêmico do sofrimento em geral, mas uma nova e dolorosa fase dos seus sofrimentos. Os amigos são enganados por seu apego à tradicional teoria, ajudando e favorecendo a Satanás em sua hostilidade contra Deus, e obscurecendo o caminho da sabedoria para Jó, o servo de Deus. Mas o debate serve para silenciar esta sabedoria do mundo e assim prepara o caminho para a apresentação da via de acesso da aliança para a sabedoria, que são apresentados nos discursos de Eliú e o Senhor. Novamente, no apelo que Jó faz dos vereditos humanos ao supremo tribunal, expresso em seu apaixonado anseio de expor o seu caso diante do Senhor, o debate busca a manifestação visível de Deus.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Jó Capítulo 21 do versículo 1 até o 34
f) Jó responde a Zofar (21:1-18). As palavras de Zofar são para Jó como um aguilhão. Profundamente ferido, ele responde aos amigos mais pormenorizadamente do que em qualquer dos discursos do segundo ciclo. Suplica que o escutem atentamente. É essa a única consolação que deseja e espera deles (2). A sua tarefa é já muito penosa e a falta de simpatia e de cooperação humana apenas lhe intensificam a angústia; é que a sua queixa não é contra o homem mas contra o próprio Deus (4). Treme só de pensar no que a sua atitude representa mas não pode desistir dela, a honestidade obriga-o a encarar os tremendos fatos que a observação coloca perante si (6).

>21:7

2. A PROSPERIDADE DOS ÍMPIOS (21:7-18). Jó contradiz desassombradamente a dogmática apresentação de Zofar da efêmera prosperidade dos ímpios (cfr. 20:4, 20:5, 20:11, etc.). Em cores fortes descreve a duradoura prosperidade do seu lar, da sua família, dos seus campos e dos seus rebanhos. E no fim dos seus dias descem tranqüilamente à sepultura (7-13). Tudo isto a despeito da sua impiedade, da provocação que a sua vida representou para Deus (14-15). De nada vale dizer, como os seus amigos decerto diriam para defender a sua posição, que os filhos dos ímpios sentirão o peso da ira divina. O fato implicaria a impunidade dos ímpios. Que poderia contar para eles, depois da sua morte, a felicidade ou infelicidade dos filhos? Subitamente, Jó acusa os amigos de presunção ao elaborarem teorias simplistas acerca do governo de Deus. Ao fazê-lo estão praticamente a ensinar a Deus como devia governar os homens em vez de encararem os fatos como eles se apresentam em toda a sua realidade (22). Certa versão insere "vós dizeis" antes do versículo 16 e toma-o como objeção levantada pelos amigos. Semelhante inserção ocorre também antes do versículo 19a. Baseando-nos nesta interpretação o sentido de o seu bem não está na mão deles (16) será: é um bem que pode desaparecer de um momento para o outro, arrancado pela mão de Deus. Torne-se extensiva ao fim do versículo 17 e ao versículo 18 a interrogação do princípio do versículo 17. Jó põe em dúvida a objeção dos amigos. Adote-se para o versículo 19 a seguinte versão: "Vós dizeis: "Deus guarda a sua violência para seus filhos"; que o Senhor lhe dê o pago a ele, ao ímpio, para que o conheça".

>21:23

3. OS FATOS TAL COMO JÓ OS 5Ê (21:23-18). Certos homens morrem em prosperidade, inteiramente tranqüilos e em paz; outros morrem na mais abjeta das misérias. A quem cabe o direito de concluir que os primeiros colhem os frutos da virtude e os segundos os do vício? Tal conclusão é puramente teórica, não baseada nos fatos, facilmente destruída pelo testemunho dos que possuem um largo conhecimento dos homens e da vida. Estes podem indicar casos em que a maldade e a impiedade parecem ser compensatórias. Dadas estas circunstâncias, que conforto pode ele esperar encontrar nas generalidades referidas pelos amigos baseadas em casos que convêm aos seus argumentos e que convenientemente ignoram aqueles que se lhes opõem? (34).

Leia-se o versículo 30 de acordo com a seguinte versão: "que o mau é preservado no dia da destruição e socorrido no dia do furor?" Os versículos 32:33 descrevem as honras que depois da morte são conferidas ao ímpio. A sua sepultura é cuidadosamente guardada; o sucesso que obteve na vida provoca a admiração e os seus caminhos são largamente imitados. E vigia no túmulo (32). Preferível, "e o seu túmulo será guardado".


Dicionário

Consolação

substantivo feminino Alívio dado à aflição, à dor de alguém; lenitivo, conforto, consolo.
Pessoa ou coisa que consola: a leitura é a única consolação.
Prêmio de consolação, prêmio de valor menor atribuído às vezes a concorrentes não aquinhoados com os prêmios maiores.

Razões

razão | s. f. | s. m. | s. f. pl.
2ª pess. sing. pres. conj. de razoar
Será que queria dizer razões?

ra·zão
(latim ratio, -onis, conta, cálculo, consideração, livro de contas, relação, inteligência, raciocínio, motivo)
nome feminino

1. O conjunto das faculdades intelectuais. = COMPREENSÃO, INTELIGÊNCIA

2. Fonte do raciocínio.

3. Capacidade para decidir, para formar juízos, inferências ou para agir de modo lógico de acordo com um pensamento. = DISCERNIMENTO, JUÍZO, LUCIDEZ

4. Comportamento ou pensamento que se considera justo, legítimo ou correcto. = LEGITIMIDADE

5. Justiça, dever, equidade.

6. Raciocínio que conduz a outro ou a uma conclusão. = ARGUMENTO

7. Aquilo que explica alguma coisa ou que faz com que algo exista ou aconteça. = CAUSA, MOTIVO

8. Prova, fundamento.

9. Firma que adopta uma casa de comércio.

10. [Matemática] Quantidade que numa progressão opera sempre do mesmo modo.

nome masculino

11. [Contabilidade] Livro em que são lançados os créditos e débitos.


razões
nome feminino plural

12. Questões, contendas, alterações, quezílias, zangas.


à razão de
Na proporção de; segundo determinado valor, taxa ou percentagem.

chamar à razão
Alertar alguém para a falta de bom senso ou de correcção.

dar razão a
Concordar com. = APOIAR

perder a razão
Enlouquecer.

razão directa
Relação entre duas quantidades que aumentam ou diminuem na mesma proporção.

razão indirecta
O mesmo que razão inversa.

razão inversa
Relação entre duas quantidades tais que uma aumenta na mesma proporção em que a outra diminui.

ser de razão
Ser justo.

trazer à razão
O mesmo que chamar à razão.

Confrontar: rasão.

ra·zo·ar -
(razão + -oar)
verbo transitivo e intransitivo

1. Fazer um raciocínio sobre algo. = ARRAZOAR, RACIOCINAR

verbo transitivo

2. Antigo Defender; advogar.


Servir

verbo transitivo direto e intransitivo Prestar serviços; cumprir determinados deveres e funções: servir a pátria; passou a vida a servir.
Ter utilidade; dar auxílio; auxiliar, ajudar: servir um colega; dedicou sua vida à caridade, viveu de servir.
verbo bitransitivo Pôr na mesa: servir a sopa; servir o jantar aos filhos.
verbo transitivo direto Causar uma sensação prazerosa; satisfazer: servir as paixões.
Oferecer algo; dar: servir uísque e salgadinhos.
Prover com o necessário; abastecer: bomba que serve o reservatório.
Vender algo; fornecer: esta casa serve os melhores produtos.
verbo transitivo indireto Ocupar o lugar de; desempenhar as funções de; substituir: servir de pai aos desamparados.
verbo intransitivo Ser útil; convir, importar: em tal momento o saber serve muito.
Ter serventia, utilidade: estas coisas não servem mais para nada.
[Esporte] Lançar a bola no início de um jogo de tênis.
verbo pronominal Fazer uso de; usar: servir-se do compasso.
Tomar uma porção (comida ou bebida): servir-se do bom e do melhor.
Tirar vantagens de; aproveitar-se: servir-se dos ingênuos.
Etimologia (origem da palavra servir). Do latim servire.

Servir, no sentido cristão, é esquecer de si mesmo e devotar-se amorosamente ao auxílio do próximo, sem objetivar qualquer recompensa, nem mesmo o simples reconhecimento daqueles a quem se haja beneficiado.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Parábolas evangélicas: à luz do Espiritismo• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Parábola dos primeiros lugares

Serve e passa, esquecendo o mal e a treva, / Porque o dom de servir / É a força luminosa que te eleva / Às bênçãos do porvir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Servir é criar simpatia, fraternidade e luz.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -


Servir Os discípulos de Jesus podem servir somente a Deus, já que qualquer outro serviço faria com que deixassem o Senhor (Mt 6:24; Jo 15:20). Quanto a Jesus, sua situação, sem dúvida, não é a desumana do escravo, mas a do amigo (Jo 15:15) e do filho (Jo 8:33-36). Esse relacionamento especial com Deus deve conduzi-los a servir uns aos outros (Mt 20:27; 25,44; Jo 13:1-19), imitando Jesus, o Servo de YHVH (Mc 10:44-45).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Jó 21: 2 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Ouvi atentamente as minhas palavras; e isto vos sirva de consolação.
Jó 21: 2 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Antes de 2100 a.C.
H1961
hâyâh
הָיָה
era
(was)
Verbo
H2063
zôʼth
זֹאת
Esse
(This)
Pronome
H4405
millâh
מִלָּה
palavras
(words)
Substantivo
H8085
shâmaʻ
שָׁמַע
ouvir, escutar, obedecer
(And they heard)
Verbo
H8575
tanchûwm
תַּנְחוּם
()


הָיָה


(H1961)
hâyâh (haw-yaw)

01961 היה hayah

uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

  1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
    1. (Qal)
      1. ——
        1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
        2. vir a acontecer, acontecer
      2. vir a existir, tornar-se
        1. erguer-se, aparecer, vir
        2. tornar-se
          1. tornar-se
          2. tornar-se como
          3. ser instituído, ser estabelecido
      3. ser, estar
        1. existir, estar em existência
        2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
        3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
        4. acompanhar, estar com
    2. (Nifal)
      1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
      2. estar pronto, estar concluído, ter ido

זֹאת


(H2063)
zôʼth (zothe')

02063 זאת zo’th

irregular de 2088; DITAT - 528; pron demons f / adv

  1. este, esta, isto, aqui, o qual, este...aquele, este um...aquele outro, tal
    1. (sozinho)
      1. este, esta, isto
      2. este...aquele, este um...aquele outro, uma outra, um outro
    2. (aposto ao subst)
      1. este, esta, isto
    3. (como predicado)
      1. este, esta, isto, tal
    4. (enclítico)
      1. então
      2. quem, a quem
      3. como agora, o que agora
      4. o que agora
      5. a partir de agora
      6. eis aqui
      7. bem agora
      8. agora, agora mesmo
    5. (poético)
      1. onde, qual, aqueles que
    6. (com prefixos)
      1. aqui neste (lugar), então
      2. baseado nestas condições, por este meio, com a condição que, por, através deste, por esta causa, desta maneira
      3. assim e assim
      4. como segue, tais como estes, de acordo com, com efeito, da mesma maneira, assim e assim
      5. daqui, portanto, por um lado...por outro lado
      6. por este motivo
      7. em vez disso, qual, donde, como

מִלָּה


(H4405)
millâh (mil-law')

04405 מלה millah pl. masc. como se fosse procedente de מלה milleh

procedente de 4448; DITAT - 1201a; n f

  1. palavra, discurso, declaração

שָׁמַע


(H8085)
shâmaʻ (shaw-mah')

08085 שמע shama ̀

uma raiz primitiva; DITAT - 2412, 2412a v.

  1. ouvir, escutar, obedecer
    1. (Qal)
      1. ouvir (perceber pelo ouvido)
      2. ouvir a respeito de
      3. ouvir (ter a faculdade da audição)
      4. ouvir com atenção ou interesse, escutar a
      5. compreender (uma língua)
      6. ouvir (referindo-se a casos judiciais)
      7. ouvir, dar atenção
        1. consentir, concordar
        2. atender solicitação
      8. escutar a, conceder a
      9. obedecer, ser obediente
    2. (Nifal)
      1. ser ouvido (referindo-se a voz ou som)
      2. ter ouvido a respeito de
      3. ser considerado, ser obedecido
    3. (Piel) fazer ouvir, chamar para ouvir, convocar
    4. (Hifil)
      1. fazer ouvir, contar, proclamar, emitir um som
      2. soar alto (termo musical)
      3. fazer proclamação, convocar
      4. levar a ser ouvido n. m.
  2. som

תַּנְחוּם


(H8575)
tanchûwm (tan-khoom')

08575 תנחום tanchuwm ou תנחם tanchum e (fem.) תנחומה tanchuwmah

procedente de 5162; DITAT - 1344d; n. m. f.

  1. consolação, consolações