Enciclopédia de Êxodo 14:27-27

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ex 14: 27

Versão Versículo
ARA Então, Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o mar, ao romper da manhã, retomou a sua força; os egípcios, ao fugirem, foram de encontro a ele, e o Senhor derribou os egípcios no meio do mar.
ARC Então Moisés estendeu a sua mão sobre o mar e o mar retomou a sua força ao amanhecer, e os egípcios fugiram ao seu encontro: e o Senhor derribou os egípcios no meio do mar,
TB Moisés estendeu a mão sobre o mar, e o mar, ao romper da manhã, voltou à sua força; os egípcios fugiram de encontro a ele, e Jeová derribou os egípcios no meio do mar.
HSB וַיֵּט֩ מֹשֶׁ֨ה אֶת־ יָד֜וֹ עַל־ הַיָּ֗ם וַיָּ֨שָׁב הַיָּ֜ם לִפְנ֥וֹת בֹּ֙קֶר֙ לְאֵ֣יתָנ֔וֹ וּמִצְרַ֖יִם נָסִ֣ים לִקְרָאת֑וֹ וַיְנַעֵ֧ר יְהוָ֛ה אֶת־ מִצְרַ֖יִם בְּת֥וֹךְ הַיָּֽם׃
BKJ E Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o mar voltou à sua força ao amanhecer, e os egípcios fugiram contra ele. E o SENHOR derrubou os egípcios no meio do mar.
LTT Então Moisés estendeu a sua mão sobre o mar ①, e o mar retornou a sua força ao virar da manhã, e os egípcios, ao fugirem, foram de encontro a ele, e o SENHOR derrubou os egípcios no meio do mar,
BJ2 Moisés estendeu a mão sobre o mar e este, ao romper da manhã, voltou para o seu leito. Os egípcios, ao fugir foram de encontro a ele. E Iahweh derribou os egípcios no meio do mar.
VULG Cumque extendisset Moyses manum contra mare, reversum est primo diluculo ad priorem locum : fugientibusque Ægyptiis occurrerunt aquæ, et involvit eos Dominus in mediis fluctibus.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Êxodo 14:27

Êxodo 14:21 Então, Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o Senhor fez retirar o mar por um forte vento oriental toda aquela noite; e o mar tornou-se em seco, e as águas foram partidas.
Êxodo 15:1 Então, cantou Moisés e os filhos de Israel este cântico ao Senhor; e falaram, dizendo: Cantarei ao Senhor, porque sumamente se exaltou; lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro.
Deuteronômio 11:4 nem o que fez ao exército dos egípcios, aos seus cavalos e aos seus carros, fazendo passar sobre eles as águas do mar Vermelho, quando vos perseguiam, e o Senhor os destruiu até ao dia de hoje;
Josué 4:18 E aconteceu que, como os sacerdotes que levavam a arca do concerto do Senhor subiram do meio do Jordão, e as plantas dos pés dos sacerdotes se puseram em seco, as águas do Jordão se tornaram ao seu lugar e corriam, como antes, sobre todas as suas ribanceiras.
Juízes 5:20 Desde os céus pelejaram; até as estrelas desde os lugares dos seus cursos pelejaram contra Sísera.
Salmos 78:53 E os guiou com segurança, e não temeram; mas o mar cobriu os seus inimigos.
Hebreus 11:29 Pela fé, passaram o mar Vermelho, como por terra seca; o que intentando os egípcios, se afogaram.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
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Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

AS BATALHAS DE JERICO E AI/BETEL

A campanha militar que possibilitou que Israel entrasse na terra e a possuísse é, com frequência, chamada de "conquista bíblica", mas, na realidade, é uma série de quatro batalhas descritas no livro de Josué: (1) Jericó (Js6); (2) Ai/Betel (Is 7:8); (3) Gibeão-Maqueda (Js 9- 10); (4) Hazor (Is 11).
No entanto, a lista de todos os reis e territórios subjugados pelas forças de Josué (Js 11:16-23;
12) indica que houve mais do que apenas quatro batalhas, de maneira que as "narrativas da conquista" são necessariamente de natureza seletiva. Para inclusão no texto, essas quatro batalhas foram escolhidas a partir de uma gama maior de conflitos, porque tanto contêm informação histórica importante quanto servem de fundamento para a estratégia teológica global desenvolvida ao longo do livro de Josué.
O livro de Josué está organizado de uma forma que demonstra a autoridade e o poder de Deus legitimando a sucessão. Tal mensagem era urgentemente necessária, logo após a morte de Moisés. Os capítulos iniciais (1-5) contêm uma fórmula recorrente que é central nessa teologia. Algumas vezes o povo declarou a Josué: "Assim como em tudo obedecemos a Moisés, também obedeceremos a ti" (1.17; 4.14). Outras vezes Deus declarou a Josué: "Como estive com Moisés, assim estarei contigo" (1.5; 3.7; 6.27). E, tal qual seu predecessor, Josué recebeu a ordem: "Tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é santo" (5.15; cp. Êx 3.5). Antes de atravessar o rio Jordão para ocupar a terra a oeste, Josué havia preparado o povo emocional (1.10,11), estratégica (2.1-24), doméstica (5.4-7) e espiritualmente (5.2-7). E, de uma maneira que lembra seu mentor, Josué enviou homens para "investigar a terra" (2.1; cp. Nm 13:17).
No momento apropriado, Josué conduziu "em terra seca" uma nova geração pelas águas divididas (Js 3:17-4.18,22; cp. Ex 14:22-29; 15.19). Josué não apenas reproduziu a magnitude do milagre de seu predecessor, como também o fez precisamente na mesma época do ano (Js 4:19-23; cp. Ex 12:3). Tais ações lograram nada menos do que dar o reconhecimento a Josué e ressaltá-lo como o sucessor legítimo de Moisés. A travessia do Jordão aconteceu durante a época da colheita (Js 4:19 - "dia dez do primeiro mês"), quando o rio estava na fase da cheia (Js 3:15-4.18; 1Cr 12:15). Antes da construção de inúmeras barragens no século 20, durante a cheia na primavera, a profundidade do Jordão deve ter sido de aproximadamente 3 a 3,5 metros na altura de lericó e calcula-se que, nesse ponto, sua largura chegasse a 1,6 quilômetro.148 Nesse caso, o texto nos diz que as águas do Jordão foram represadas em Ada (T. ad-Damiyya), situada junto à margem oriental, a cerca de 42 quilômetros do mar Morto. Num local logo abaixo da confluência dos rios lordão e Jaboque, onde há limitação à largura do Ghor, sabe-se da ocorrência de deslizamentos de terra que bloquearam temporariamente a vazão do rio ° [v.comentário no cap. 1, p. 50-1].
Depois de atravessar o rio em segurança, os israelitas passaram a residir temporariamente em Gilgal (Js 5:8-12; 9.6; 10.6), um lugar que devia ficar bem próximo de Jericó (Js 4:19) e dos vaus do Jordão (2Sm 19:15). Qualquer que tenha sido o local do quartel-general temporário de Josué (T. el-Meffir?), não se deve confundi-lo com outra Gilgal, situada na região montanhosa de Samaria, talvez perto de Betel (2Rs 2:1-4).
Partindo de Gilgal, o povo de Israel realizou o primeiro de seus ataques: a conquista de Jericó. Embora a Jericó do Antigo Testamento (T. es-Sultan) cobrisse apenas 2,4 hectares, uma série de fatores fazia do lugar um alvo inicial atraente. A cidade tinha sido construída no maior e mais exuberante oásis de toda Canaa oriental, e a escassez de água naquela terra explica por que o local já estava ocupado em 9000 a.C. Além disso, Jericó estava estrategicamente localizada no cruzamento de pelo menos três estradas , proporcionando acesso latitudinal à região montanhosa de Betel e/ou Jerusalém e longitudinal ao vale de Jezreel e à Galileia. Jericó servia de porta de entrada para o leste, proporcionando controle efetivo sobre os vaus do Jordão e sobre a necessária ligação na retaguarda, com as planícies de Moabe. É possível que nem todos os soldados tenham atravessado o rio junto com Josué. Moisés havia aceitado o pedido das tribos de Rúben, Gade e Manassés do Leste, que desejavam ficar com a herança na Transjordânia, mas estipulou que todos os combatentes dessas tribos deveriam se juntar a seus irmãos nas batalhas que ainda aguardavam 1srael (Nm 32:29). Entretanto, quando Josué atravessou o rio, apenas uns 40 mil homens dessas tribos o acompanharam (Js 4:12-13).
A contagem de combatentes só das tribos de Rúben e Gade era de mais de 90 mil homens (Nm 1:20-21,24,25), mas a ideia de que quebraram a palavra dada a Moisés parece infundada à luz do cordial conselho que, mais tarde, Josué lhes deu (Js 22:1-9). Parece claro que alguns israelitas, em especial mulheres e crianças (Js 1:12-15; Dt 3:18-22), ficaram temporariamente para trás, em segurança. Aquelas pessoas devem ter proporcionado uma linha de suprimentos para as forças israelitas e, junto com seus rebanhos e manadas, devem ter necessitado da proteção militar dada por alguns dos combatentes de cada tribo. Deixar de capturar Jericó ameaçaria cortar essa linha de suprimentos.
Contudo, Josué saiu-se vitorioso em Jericó e, em seguida, voltou o olhar para a região montanhosa central. Ele decidiu empregar uma força menor para capturar a pequena cidade de Ai, que possivelmente era um posto militar avançado temporário de Betel, situado perto do lado leste da cidade (Js 7:2-8.12; cp. Gn 13:3-4). Historicamente, a Ai biblica tem sido situada em et-Tell, principalmente com base na localização mais segura de Betel (Beitin) e na descrição feita por Eusébio em seu Onomasticon 50 Todavia, et-Tell não revela nenhum indício de ocupação humana na época da conquista bíblica, de sorte que alguns estudiosos procuram situar Ai em outro lugar, seja em kh. Nisya, em Aiath ou em kh. el-MagatirIs. Conquanto não se possa rejeitar sem mais nem menos essas alternativas, não existe nenhum motivo convincente para acolher qualquer uma ou atribuir a uma delas uma aura de probabilidade.
Além de Ai, outros sítios mencionados junto com a ocupação israelita de Canaã e da Transjordânia também não apresentam indícios de ocupação humana à época em que Israel se fixou lá.
Em tais circunstâncias, uma abordagem sensata é suspender a decisão a respeito até que a arqueologia recupere mais dados ou até que outros dados mais decisivos estejam disponíveis.
Conforme diz o aforisma citado com frequência e consagrado pelo tempo: "Inexistência de prova não é prova de inexistência".
As forças menores enviadas para capturar Ai sofreram derrota amarga e foram registradas as primeiras baixas israelitas na conquista (Js 7:2-5). Depois da revelação e do tratamento do pecado de Aca (o motivo da derrota), Josué preparou uma estratégia sistemática para atacar Ai/Betel.
Primeiro, uma grande tropa de emboscada foi secretamente colocada entre Ai e Betel (Js 8:3-4). Vinda de Gilgal, é provável que essa força tenha assumido posição seguindo pelo uádi Qilt e pelo uádi Suweinit até o fim, o que os teria deixado imediatamente no sul de Betel, mas numa posição bastante escondida. Então, bem à vista dos moradores de Ai, Josué conduziu sua força principal para bem perto da cidade, passando a noite acampada ao norte de Ai, com uma ravina a separá-la da cidade (Js 8:10-11). Com uma descrição assim tão vívida da topografia, é possível identificar a rota tomada por Josué como o uádi Makkuk. Um dos braços principais desse sistema de uádis flanqueia o norte de et-Tell e, do alto do local, é possível ver, à distância, o uádi Makkuk em sua descida na direção de Jericó.
Na manha seguinte, a tropa de Josué fingiu uma retirada descendo o uádi na direção do vale do Jordão, mas não antes de uma pequena força de emboscada ter sido posicionada ao norte de Ai (Js 8:12-13). Supondo que a manobra fosse uma repetição da escaramuça anterior, o comandante de Ai ordenou a seus homens que perseguissem os israelitas uádi abaixo. Mas, quando Josué deu o sinal previamente combinado, as duas forças de emboscada saíram e atacaram. Betel e Ai, agora desprotegidas, foram forçadas a lutar em todas as frentes (Js 8:14-22). O resultado da manobra foi uma grande vitória para as tropas de Josué, plantando firmemente os pés dos israelitas no alto da Cadeia Montanhosa Central. Em algum momento depois dessa vitória, Josué conduziu o povo de Israel até Siquém, local flanqueado pelo monte Ebal ao norte e pelo monte Gerizim ao sul. De um modo que lembra o que aconteceu no monte Sinai (Ex 19:1-2), Josué construiu ali um altar de pedras brutas (Js 8:30; cp. Ex 20:25; Dt 27:5-6), ofereceu holocaustos e sacrifícios pacíficos (Js 8:31; cp. Ex 20:24) e oficialmente ratificou os termos da aliança mosaica com uma nova geração (Js 8:32-24:1-28; cp. Dt 27:1-26). De novo, Josué foi retratado como o sucessor legítimo de Moisés, o grande legislador. E, do ponto de vista geográfico, esse deslocamento de Betel para Siquém pressupõe outras atividades que devem ter sido inerentes à ocupação, embora a Bíblia não nos dê nenhum detalhe a respeito.
AS BATALHAS DE JERICO E AI/BETEL
AS BATALHAS DE JERICO E AI/BETEL

A ROTA DO ÊXODO

Não há dúvida de que um êxodo israelita partindo do Egito realmente aconteceu. Contudo, continuam existindo várias e importantes dúvidas históricas e geográficas sobre acontecimentos antes e durante o Êxodo. As dúvidas geográficas receberão mais atenção aqui, mas talvez seja oportuno, primeiro, acrescentar algumas rápidas informações históricas.

OS ANTECEDENTES HISTÓRICOS
Já na época do "Reino Médio" do Egito, no final da XII dinastia (aprox. 1800 a.C.) ou mesmo antes, um número cada vez maior de asiáticos veio para o Egito e se estabeleceu basicamente no leste do delta do Nilo e na região ao redor.
Os egípcios vieram a chamar essas pessoas de hegaw Whasut, uma expressão que significava "governantes de terras estrangeiras", mas que se referia, mais especificamente, aos governantes procedentes de Canaã que falavam um dialeto semítico ocidental. 13 Empregamos a forma aportuguesada do termo grego usado para descrever essas pessoas: hicsos. Ao longo do século 18 a.C., o poder egípcio foi diminuindo, ao mesmo tempo que o número de hicsos foi crescendo. As estruturas peculiares das construções dos hicsos, a forma de seus objetos cerâmicos e várias práticas sociais e religiosas cananeias refletem uma força relativa e uma independência crescente. Atribui-se aos hicsos introduzirem no Egito várias formas de inovação tecnológica militar, inclusive carros de guerra puxados por cavalos, arcos compostos e aríetes,104 o que os teria tornado uma forca militar ainda mais notável e uma entidade política com autodeterminação. No final, por volta de 1640 a.C., os hicsos se tornaram suficientemente fortes para tomar o controle de quase todo o Egito, constituindo aquilo que, na história egípcia, é hoje conhecido como XV e XVI dinastias Os hicsos se estabeleceram basicamente em Aváris/T. el-Dab'a, no braço mais oriental (Pelúsio) do delta, e ali cresceram e prosperam por cerca de 100 anos.
A independência da cidade durante esse período também se refletiu no amplo alcance de seu comércio, que se estendia pelo Mediterrâneo oriental, o Levante e a Mesopotâmia e, no sul, chegava até a Núbia. Por volta de 1560 a.C. os egípcios saquearam Aváris, a capital hicsa. Não muito depois, os hicsos foram expulsos do Egito por príncipes naturais dali e começou, na história egípcia, o período denominado "Reino Novo". Os faraós do Reino Novo realizaram um esforco concentrado - até mesmo impetuoso - para fazer com que o Egito reunificado ficasse livre de qualquer vestígio de influência hicsa. Até mesmo numerosas campanhas militares foram lancadas contra os hicsos em Canaã e na Síria e, no devido tempo, contra seus aliados asiáticos, em especial os arameus e os mitânios.
A história bíblica e os dados arqueológicos parecem indicar que foi diante de um monarca hicso que José compareceu como intérprete de sonhos (Gn 41:14-37), o qual, mais tarde, concedeu à sua família excelente gleba (Gósen) (Gn 47:5-6).
Essa teoria pode explicar como José - um não egípcio - pôde experimentar uma ascensão política tão meteórica, chegando à posição de vice-regente num país que normalmente exibia uma mentalidade xenófoba e, às vezes, arrogante diante de estrangeiros. De forma semelhante, o faraó acolheu calorosamente a família semítica de José, que vinha de Canaã (Gn 47:1-11), e lhes entregou terras valiosas para morarem - um gesto que é mais sugestivo de um monarca que era, ele próprio, um semita originário de Canaã, do que de um egípcio nativo. Essa teoria é coerente com o fato de que aqueles que desceram com Jacó conseguiram prosperar e se multiplicar no Egito, e, por algum tempo, foram fortes o suficiente para representar uma ameaça em potencial a um faraó.
Dando sequência a essa teoria, o "novo rei, que não havia conhecido José [e] levantou-se sobre o Egito" (Ex 1:8), teria sido então um dos faraós do Reino Novo, isto é, um faraó natural do Egito. Assim, como parte do expurgo dos hicsos. o faraó estaria decidido a retomar o controle político total do leste do delta, recusando-se firmemente a reconhecer que a concessão de terras de Gósen continuava sendo legítima. Além disso, percebendo que os israelitas eram uma multidão que poderia muito bem estar inclinada a formar uma aliança militar com os inimigos hicsos (sendo que ambos os povos tinham vindo de Cana para o Egito), por precaução esse novo rei escravizou o povo de Deus (Ex 1:9-11). A bem da verdade, essas são generalizações vagas, ainda que sustentáveis, mas, além desse ponto, parece arriscado especular sobre a identidade do faraó específico que favoreceu José, do rei em particular que escravizou os israelitas ou do monarca do Egito à época do Êxodo. Nesse aspecto, não existe nenhum dado transparente que sirva de base para uma afirmação definitiva.

O CONTEXTO GEOGRÁFICO
As narrativas bíblicas situam na cidade de Ramessés o ponto de partida do êxodo israelita do Egito (Nm 33:3; cp. Êx 1.11; 12.37); dali, viajaram primeiro para Sucote (Êx 12.37; cp. Nm 33:5), então para Etá (Êx 13.20; cp. Nm 33:6) e, finalmente, para Pi-Hairote, junto à massa de água (Êx 14.2; cp. Nm 33:7-8) Iv. mapa 33]. Desses lugares, apenas a localização de Ramessés está acima de dúvida. Hoje sabemos que a Ramessés bíblica ficava em I. el-Dab'a/Qantir, Por volta de 1290 a.C. o faraó Seti I comecou a construir Ramessés perto das ruínas da cidade hicsa de Aváris, mas foi o faraó Ramsés II que a ampliou grande e esplendidamente.
A Ramessés bíblica tornou-se uma enorme metrópole em expansão, cobrindo uma área de pelo menos 15 quilômetros quadrados no espaço de uns mil hectares.
Na cidade havia um enorme conjunto de prédios régios e religiosos. A maioria foi construída com tijolos de barro (Ex 1:14-5.7,8,16-19), uma forma de construção anteriormente desconhecida no delta, muito embora, naquela região, pedras fossem praticamente inexistentes. Ramessés também incluía uma grande fortaleza militar,107 um espaçoso complexo de templos em que arqueólogos encontraram no solo até mesmo restos de pó de ouro, resultante do trabalho de douração de objetos da realeza,108 um amplo complexo de carros e cavalos capaz de acomodar 450 cavalos, dezenas de peças de carros, uma imensa área industrial para produção de bronze e muitas oficinas e instalações para armazenamento de tijolos de barro (Ex 1:11). Descobriu-se uma fábrica de lajotas azuis vitrificadas para uso nas propriedades palacianas dos faraós. Logo ao redor dessa instalação, foram encontrados alguns óstracos que até trazem o nome "Ra'amses" (Ramsés) E bem recentemente se encontrou um tablete cuneiforme que parece confirmar que o lugar era a residência régia do faraó Ramsés.!! Então, não há dúvida de que foi desse lugar que os israelitas começaram sua viagem.
Partindo de Ramessés, os israelitas chegaram a Sucote (Ex 12:37; Nm 33:5).
Já faz muito tempo que estudiosos reconheceram que Sucote é o equivalente Um texto egípcio do século 13 indica que Pitom ficava a oeste de Tieku/Sucote.! Alguns estudiosos têm procurado Tjeku/Sucote em T. el-Maskhuta ' e acreditam que o nome original Sucote se reflita no nome moderno Maskhuta. Se for esse o caso, então T. er-Retaba se torna um excelente candidato para a localização da Pitom bíblica (Ex 1:11), embora não haja tanta certeza quanto a isso.
A Bíblia diz que os israelitas, que estavam indo embora, foram de Sucote para Eta, às margens do ermo/deserto (Ex 13:20; Nm 33:6). Ao contrário de Sucote e Pitom, que têm uma etimologia claramente egípcia, é incerta a origem da palavra Eta. Mas, tendo em vista o trajeto implícito numa viagem de T. el-Dab'a/Ramessés até T. el-Maskhuta/Sucote a caminho da massa de água, junto com a explicitação adicional de que Etá ficava à entrada do deserto", a localização de Eta deve ter sido a leste de T. el-Maskhuta/Sucote, provavelmente na estrada principal que ia para o leste, rumo ao deserto de Sur. É possível que a origem da palavra Età seja um topônimo egípcio HwI-Itm (uma variante da palavra para Atum, o deus-sol de Heliópolis), I14 localidade situada no uádi Tumilat.
Vindos de Etã, os israelitas chegaram a Pi-Hairote, que, conforme descrição no livro de Êxodo, ficava "entre Migdol e o mar, em frente de Baal-Zefom" (Ex 14:2), e, conforme descrição no livro de Números, estava "defronte de Baal-Zefom, londe\ acamparam diante de Migdol" (Nm 33:7).
Onde quer que tenha sido esse lugar, devia ficar bem ao lado da massa de água que Israel atravessou "em terra seca", visto que, de acordo com Exodo, os israelitas ficaram acampados "junto ao mar" (14,26) e, de acordo com Números, logo após partirem de Pi-Hairote, passaram "pelo meio do mar até o deserto" (Nm 33:8).
É obieto de debate se o nome Pi-Hairote é de origem egípcia (pi(r)-hahiroth significa "casa de Hator" uma deusa celeste egípcia]) ou semítica (com o sentido de "escavar/cortar", o que deixa implícita a localização junto a um canal). Quanto a esta última possibilidade, o mapa apresenta os vestígios de um canal, só recentemente descoberto, que, saindo do lago Timsah, estendia-se até o litoral do Mediterrâneo. Trechos desse canal têm cerca de 70 metros de largura na superfície, cerca de 20 metros de largura no fundo e quase 3 metros de profundidade. Sem dúvida, o canal estava operante na época em que os israelitas saíram do Egito, qualquer que seja a data que se aceite para o Êxodo. Estudiosos concluíram que, embora também possa ter sido construído para navegação ou irrigação, na Antiguidade seu propósito principal era servir de barreira defensiva militar.
Outra indicação de que Pi-Hairote pode ter tido relação com algum tipo de obstáculo defensivo militar é que nos dois relatos do Êxodo ele aparece junto com Migdol (Ex 14:2; Nm 33:7). A palavra egípcia maktar reflete a palavra semítica migdol, que significa "fortaleza". Textos egípcios trazem inúmeras referências a Maktar/Migdol e foram identificados vários lugares com o nome Matar/Migdol.
Um desses lugares fica na área do uádi Tumilat mais a leste, 16 provavelmente bem próximo da moderna 1smaília. Se, depois de T. el-Maskhuta, os israelitas estavam indo na direção leste pelo uádi Tumilat, é de se prever que teriam chegado a Maktar/Migdol.
A Bíblia registra que, logo no início da viagem do Êxodo, Israel foi proibido de ir pelo "caminho da terra dos filisteus" (Ex 13:17). Hoje sabemos que essa destacada rota militar egípcia - "a(s) estrada(s) de Hórus" - era protegida por uma série de instalações militares egípcias entre Sile e Gaza.
Caso não fosse uma rota consagrada, parece que a proibição divina teria sido desnecessária. Além disso, um texto egípcio do século 13 a.C. I8 conta sobre um oficial egípcio que saiu em perseguição de fugitivos que haviam passado por Ramessés, Tjeku/Sucote e Maktar/Migdol - nessa ordem - e então haviam se dirigido para o norte, presumivelmente na direção de Canaã. A probabilidade de que tanto Israel quanto o oficial egípcio tenham passado por três lugares com os mesmos nomes e exatamente na mesma sequência, num intervalo de apenas poucos dias, é grande demais para ser coincidência.
Os dados são um forte indício de que os fugitivos, o oficial egípcio e os israelitas estavam todos seguindo pelo mesmo bem conhecido e bastante usado corredor de trânsito, e - no caso dos israelitas - não era uma alternativa fora de mão, na tentativa de não serem detectados pelo faraó e suas forças. O mapa mostra três dessas vias de trânsito que, saindo do delta, irradiavam para o leste. Do norte para o sul, são:

Conforme dito acima, Deus excluiu a opção mais ao norte (Ex 13:17). Das duas escolhas restantes, parece significativo que, depois de passarem por Maktar/Migdol de Seti e entrarem no deserto, os fugitivos mencionados no papiro egípcio se dirigiram para o norte. Isso torna muitíssimo provável que estavam pegando a saída mais rápida e mais direta ("o caminho de Sur") e que não tinham escolhido um caminho tão ao sul quanto o Darb el-Hajj. Assim, parece que " caminho de Sur" deve ter sido, entre as rotas existentes, a que mais provavelmente os israelitas seguiram.

OS 1SRAELITAS JUNTO AO MAR
Os israelitas chegaram a uma massa de água onde seriam resgatados e o exército egípcio seria afogado. O Antigo Testamento grego (LXX) identifica essa massa de água como o ervthrá thálassa ("mar Vermelho"), o que tem levado muitos a imaginar que Israel deve ter ficado junto à massa de água que hoje conhecemos pelo nome de mar Vermelho. Contudo, no mundo clássico, quando a LXX foi traduzida, a expressão ervthrá thálassa podia designar não apenas aquilo que, num mapa moderno, seria chamado de mar Vermelho, mas também o golfo Pérsico, o oceano Índico e/ou águas a eles associadas... ou até mesmo todas essas massas de água juntas.!° Parece, então, que os tradutores da LXX empregaram a expressão erythrá thálassa de uma maneira consistente com seu uso em outros textos do mundo clássico (At 7:36; Hb 11:29). Houve um "mar Vermelho" clássico, assim como existe um "mar Vermelho" moderno, mas essas duas massas de água não têm a mesma extensão nem devem ser confundidas. Por outro lado, o Antigo Testamento hebraico chamou de yam sûf ("mar de juncos/papiro") a massa de água onde os israelitas pararam. Essa mesma palavra, sûf, é empregada para se referir a juncos/papiro que cresciam ao longo do Nilo.
A mãe de Moisés pôs o filho num cesto e colocou o cesto no meio dos sûf (Ex 2:3-5). Da mesma maneira, a literatura profética se refere a um tipo de planta aquática. Depois de ser atirado do navio, Jonas afirma que sûf ("algas marinhas"?) se enrolaram em sua cabeça (In 2.5). Isaías escreve que os rios e canais do Egito secarão; seus juncos e sûf ("caniços"?) apodrecerão (Is 19:6). É quase certo que sûf foi tomado de empréstimo de uma palavra egípcia, tf(y), atestada no período do Reino Novo e que significava "juncos/papiro",20 e, em função disso, aqui em Êxodo a expressão vam sûf deve ser traduzida "mar de juncos" É oportuno assinalar por alto que, pelo fato de que Lutero, nessa passagem, dependeu bastante do texto hebraico, ele usou a palavra Schilfmeer ("mar de juncos") na tradução em alemão.
Em egípcio, a palavra tw/fy) frequentemente designava uma região onde havia tanto brejos com papiros quanto pastagens. Com a rota criada devido à localização de Ramessés, Sucote/ Tieku e Migdol/Maktar, parece mais plausível que a travessia milagrosa do "mar" (SI 77.19,20) aconteceu no lago Timsah ou ali perto, onde a artéria de transporte existente (°o caminho de Sur') cruzava uma série de lagos. Mesmo se esforçando para ser ardentemente bíblico nesse ponto, é impossível que se chegue a certas conclusões geográficas indisputáveis nessa parte da investigação.
Contudo, embora a Bíblia forneça bem poucos detalhes relevantes - tanto geográficos quanto logísticos - da travessia milagrosa, o que é claro, mas com frequência ignorado, é o fato de que, ao que parece, a travessia levou bem pouco tempo. Pensa-se que a cronologia dos acontecimentos foi a seguinte:


Parece que os israelitas iniciaram sua travessia depois do pôr do sol e, contudo, quando começava a raiar o dia, na perseguição, os egípcios já estavam tentando atravessar o mar. Isso dá a entender convincentemente que toda a travessia israelita se estendeu no máximo por oito horas.
Os israelitas tinham acabado de ser emancipados da escravidão e haviam deixado o Egito às pressas, com seus rebanhos e manadas (Ex 12:38). Simplesmente passar de um lado para o outro de uma massa de água num período tão curto, com uma eficiência de movimento pouco maior do que a de uma multidão levemente organizada, teria exigido um milagre de uma magnitude bem maior do que a representada por Cecil B. DeMille no filme Os Dez Mandamentos, pela arte medieval ou pela literatura cristã de nossos dias. Não é inconcebível que tenha sido necessário um corredor de terra com a largura de alguns quilômetros para, dentro do tempo disponível, permitir que os israelitas atravessassem com tudo o que levavam consigo. De modo que não é de admirar que, mais tarde, escritores bíblicos citem repetidas vezes o acontecimento do Exodo quando procuram estabelecer um paradigma do poder absoluto e soberano de Deus (SI 66.5,6; 78.13 106:11; Is 51:9-10; 63:12-14) ou apresentar uma justificação da crença de que lahweh é o único e verdadeiro Deus da história (Nm 23:22-24.8; Js 2:10-11; 9.9,10).
Tendo experimentado livramento ali na água, em seguida Israel foi orientado a iniciar viagem para o monte Sinai. Bem poucas questões geográficas do Antigo Testamento têm sido objeto de debate mais intenso do que a localização do monte Sinai. Hoje em dia, o monte sagrado é procurado em qualquer uma de três regiões principais:

PROCURANDO O MONTE SINAI NA ARÁBIA SAUDITA/SUL DA JORDÂNIA
Defensores da hipótese saudita/jordaniana destacam três detalhes apresentados na Bíblia. Primeiro, depois de fugir de um faraó que procurava tirar-lhe a vida, Moisés passou a residir na terra de Midia e se tornou genro de um sacerdote que vivia ali (Ex 2:15-16; 18.1). Segundo, a Bíblia está repleta de referências ao que parece ter sido atividade vulcânica ou sísmica associada ao estabelecimento da aliança sinaítica (Ex 19:18-24.17; Dt 4:11-12; 5:22-26; 9.10,15; 10.4; Jz 5:5; SI 68.8; Ag 2:6). E, terceiro, o apóstolo Paulo explicitamente situou o monte Sinai na Arábia (GI 4.25).
De acordo com esse ponto de vista, a terra de Midia estava situada exclusivamente a leste do golfo de Ácaba. Afirma-se ainda que a estrutura geológica de montanhas Aninhado abaixo das encostas do jebel Musa ("o monte de Moisés"), fica o mosteiro ortodoxo grego de Santa Catarina.
dentro da própria península do Sinai não favorece atividade vulcânica nem sísmica, ou, pelo menos, não favoreceu atividade recente. E, por fim, esse ponto de vista sustenta que representa a única opção importante para situar o monte santo dentro da Arábia. É muito provável que estudiosos com essa opinião situem o monte Sinai em um dos seguintes lugares: Petra, j. Bagir, i. al-Lawz, j. Manifa ou Hala el-Bedr.
Objeções levantadas a cada um dos três argumentos a favor de uma localização saudita/jordaniana têm diminuído sua força. A tradição bíblica associa Moisés aos queneus (Jz 1:16-4.
11) e também aos midianitas. Não se pode afirmar que, antes do período greco-romano, os midianitas nômades ou sua subtribo, os queneus, estivessem confinados em uma só região.
Midianitas residiram dentro do território de Moabe (Gn 36:35-1Cr 1.46), na chapada Mishor da Transjordânia (Js 13:21), nas áreas desérticas a leste de Moabe e Amom (Jz 7:25), no norte do Sinai (1Rs 11:18) e até mesmo (talvez sazonalmente) na própria Canaã (Jz 6:1-6; 7.1). O argumento de atividade vulcânica/sísmica já não é mais decisivo. Primeiro, embora se reconheça que não há registro de atividade vulcânica recente no próprio Sinai, indícios sísmicos mostram que há bastante atividade sísmica na área do golfo de Ácaba.Bem recentemente, em 1982, a península do Sinai experimentou um terremoto de grandes proporções (medindo mais de seis graus na escala Richter). Mas, em segundo lugar, o linguajar fenomenológico dos textos bíblicos relevantes pode estar refletindo condições climáticas ao redor do monte Sinai na ocasião (SI 68:8-10). Uma possível interpretação alternativa é entender o linguajar desses textos em um sentido dinâmico, que destaca vividamente uma aparição de Deus - uma teofania.123 Outras passagens teofânicas do Antigo Testamento empregam terminologia semelhante, sem pressupor atividade vulcânica/sísmica (25m 22:8-16; SI 18:7-15; 89:5-18; 97:1-5; 104.31,32).
A questão da "Arábia" exige esclarecimento adicional.
Quem utiliza o termo atualmente pode se referir ou à Arábia Saudita ou a toda a península Arábica. De modo análogo, referências antigas à "Arábia" podiam denotar áreas diferentes.12 Aliás, em geral o mundo clássico atesta pelo menos cinco regiões distintas conhecidas como "Arábia"125 Em função disso, é essencial que o intérprete moderno entenda que o apóstolo Paulo (Gl 4:25) estava retratando com precisão a verdade geográfica de seu mundo - não do nosso! De maneira que, conquanto nenhum dos três principais pontos de vista sobre a localização do monte Sinai possa afirmar que, na questão geográfica, o apóstolo Paulo lhe dá apoio exclusivo, a declaração do apóstolo também não elimina nenhum deles.

PROCURANDO O MONTE SINAI NO NORTE DA PENÍNSULA DO SINAI
Quando situam o monte Sinai no j. Sin Bisher, j. Magharah, j. Helal, j. Yeleg, j. Kharif, j. Karkom ou na própria Cades-Barneia, defensores da hipótese do norte do Sinai também procuram ancorar seus argumentos na Bíblia. Para começar, o pedido de Moisés ao faraó foi para ir deserto adentro numa distância que levava três dias de viagem (Ex 5:3; cp. 3.18; 8.27). Proponentes da ideia de que o monte Sinai ficava no norte da península do mesmo nome deduzem, portanto, que o monte não podia estar distante de Gósen muito mais do que três dias de caminhada. Segundo, eles citam duas referências bíblicas à chegada de codornizes (Êx 16.13; Nm 11:31-32) e, ainda hoje, moradores do norte do Sinai conseguem capturar com facilidade codornizes exaustas, que acabaram de completar uma longa etapa em sua migração anual entre o sul da Europa e a Arábia. Terceiro, também dizem que a vitória israelita sobre os amalequitas em Refidim favorece decisivamente uma localização no norte (Ex 17:8-13), visto que essa é a região onde outras passagens da Bíblia os situam. E, quarto, afirmam que determinadas passagens poéticas do Antigo Testamento apoiam uma localização no norte (Dt 33:2; Jz 5:4; Hc 3:3-7).
Vistos no conjunto, esses argumentos parecem bastante fortes, mas, vistos isoladamente, pode-se considerar que não são conclusivos. A proposta dos três dias pressupõe uma interpretação literal da expressão "três dias", o que poderia ser tão provável quanto interpretá-la como um período aproximado ou um exemplo de barganha oriental.
Ela também exige que o destino envolvido no pedido de Moisés fosse o monte Sinai, embora o texto nunca afirme isso. Os destinos propostos no Sinai ficam a pelo menos 120 quilômetros da região de Gósen - uma distância grande demais para cobrir em três dias. Anais desse período em geral indicam que o exército egípcio conseguia cobrir cerca de 24 quilômetros por dia. Os israelitas, com a dificuldade natural representada pelas mulheres, filhos, rebanhos e manadas (Êx 12.37.38: 34.3), não conseguiriam viajar tanto. Hoje a distância média diária que um grupo de beduínos consegue percorrer naquele terreno é de cerca de 9,5 quilômetros. 127 E há, listados, um total de oito acampamentos intermediários entre o livramento de Israel junto ao mar e sua chegada no monte Sinai (Nm 33:8-15).
A viagem de Gósen ao monte Sinai aconteceu na primavera (Ex 13:3-6: o mês de abibe corresponde a março/abril),128 e a jornada do monte Sinai até Cades-Barneia ocorreu cerca de um ano depois, também durante a primavera (Nm 9:1-10.11). Por isso, qualquer um que procure interpretar as duas narrativas de codornizes (Ex 16:13; Nm 11:31-35) em termos de fenômeno da natureza tem de relacionar tais narrativas com a migração de aves durante a primavera. Na realidade, pode chegar a um bilhão o número de aves migrantes, pertencentes a até 350 espécies diferentes, que voam anualmente sobre a península do Sinai em suas migrações de primavera rumo ao nortel. No entanto, conforme pode-se imaginar, a imensa maioria dessas aves pousa perto do litoral da península (i.e., no sul) em vez de em lugares mais ao norte. Pontos de pouso no norte são mais sugestivos de migração no outono,130 Assim sendo, levando em conta a informação explícita sobre a estação do ano das duas narrativas de "codornizes", é mais convincente situar esses eventos em algum lugar no sul da península do Sinai e não uns 240 quilômetros para o norte.
O lugar do encontro entre os israelitas e os amalequitas em Refidim (Êx 17:8-16) continua envolto num certo mistério, em especial à luz da narrativa de I Samuel 15. Em outras passagens do Antigo Testamento, parece que os amalequitas são encontrados basicamente em regiões no norte. São situados na terra de Edom (Gn 36:16), na área ao redor de Cades-Barneia (Gn 14:7), no Neguebe (Nm 13:29), na região logo ao sul de Judá (1Sm 27:8), na região montanhosa de Efraim (Jz 12:15), perto de Ziclague (1Sm 30:1-2) e até mesmo tão a oeste quanto o território de Sur (1Sm 15:7). Também existem relatos de amalequitas fazendo parte de uma liga com moabitas (Jz 3:12-14) e midianitas (Jz 6:33-7.12). Levando em conta essa distribuição territorial ampla, o estilo de vida bem móvel e o fato de que os textos, às vezes, dizem que empregavam camelos para transporte (Jz6.5; 7.12).comumente os amalequitas são considerados um povo nômade. Seus deslocamentos, embora por uma ampla área, tendiam a estar ligados a desertos e a terras improdutivas e despovoadas. Por isso, esse argumento não parece decisivo em favor de localizar o monte Sinai no norte. Quanto aos textos de Deuteronômio, Juízes e Habacuque que parecem identificar o monte Sinai com Seir, Para, Hama e Edom, é preciso ter em mente que sua estrutura claramente poética inclui elementos de paralelismo hebraico. Então, empregando o mesmo raciocínio, pode-se tentar defender que Para deva ser identificada com Seir, Temá ou Edom, o que é claramente um absurdo. Além do mais, as passagens descrevem exemplos de teofania:132 cada uma reflete a realidade de que o Deus de Israel, um guerreiro divino, é capaz de livrar seu povo da opressão. Nesses textos, o denominador comum de Sinai, Seir, Pará, Temã e Edom é apenas que, para quem está em Canaã, todos estão localizados no sul, em geral.
Além disso, vários textos bíblicos dão a entender que o monte Sinai estava separado da região de Cades-Barneia por uma grande distância. No itinerário israelita entre o monte Sinai e Cades (Nm 33:16-36), são registradas cerca de 20 paradas, e aquele itinerário pode ser de natureza seletiva (Dt 1:1). Deuteronômio 1.2 especifica que havia uma caminhada de 11 dias entre Horebe/Sinai e Cades-Barneia. De modo análogo, o texto de I Reis 19:8 indica que Elias levou 40 dias para viajar de Berseba até o monte Sinai. Embora o tempo de viagem varie de um texto para outro, essas narrativas bíblicas concordam que havia uma distância considerável entre o monte Sinai e Cades-Barneia - uma conclusão que é fatal para o ponto de vista que defende que o monte Sinai deve ser situado em algum lugar no norte da península do mesmo nome.

PROCURANDO O MONTE SINAI NO SUL DA PENÍNSULA DO SINAI
Defensores do ponto de vista do monte Sinai no sul tendem a procurar o monte Sinai no j. Serbal, Ras Safsaf, j. Katarina ou j. Musa. Esse ponto de vista também tem uma tradição antiga e com muitos argumentos em seu Evor: mais de 2.500 inscrições nabateias foram encontradas perto de Serbal, com datas já dos séculos 2:3 d.C. Em geral essas inscrições são invocações por uma viagem segura e talvez indiquem uma rota de peregrinação » Além disso, moedas do século 4 foram encontradas nas vizinhanças.
•Uma tradição crista que remonta ao início da era bizantina reverencia o local do j. Musa ("monte de Moisés"), o que surpreende em vários aspectos. No sul do Sinai, há dez outros cumes mais altos do que o j. Musa, o que os torna escolhas mais prováveis, caso a escolha se desse apenas por acaso ou com base na altitude ou aparência. Na realidade, o contorno da topografia ao redor deixa o pico do j. Musa quase invisível para as planícies próximas e fica claro que o monte não atrai nenhuma atenção. Apesar disso, à época de perseguições romanas no século 3,136 um pequeno grupo de ascetas cristãos estava vivendo no j. Musa e, já no início do século 4, existia um mosteiro no sopé do monte.
A tradição que associa o j. Musa ao monte Sinai merece crédito também porque vai contra a tendência bizantina de estabelecer santuários em locais de fácil acesso a peregrinos cristãos. E, ao contrário de muitos antigos lugares cristãos no Levante, o monte Sinai não está associado ao Novo Testamento, mas ao Deus do Antigo Testamento e aos profetas Moisés e Elias. Ele está bem na periferia da tradição cristã. Como dado adicional que favorece uma localização no sul, alguns lugares ao longo do itinerário israelita até o monte Sinai (Êx 15:22-19,1) e entre o monte Sinai e Cades-Barneia (Nm 21:33; Dt
1) lembram os nomes de alguns lugares modernos, e a localização de três pontos intermediários de parada necessariamente pressupõe uma rota do sul. Mas é preciso fazer uma advertência. Visto que a maior parte do sul do Sinai nunca foi habitada de forma permanente, não se deve afirmar que todos, a maior parte ou mesmo muitos postos intermediários de parada no itinerário podem ser hoje localizados com precisão geográfica. Os textos bíblicos informam que os israelitas deram nome a alguns dos lugares enquanto passavam por eles (e.g., Mara Êx 15.23]; Massá e Meribá [Êx 17.7]). É óbvio que nomes dados em tais circunstâncias jamais se tornariam permanentes. Entretanto, não há dúvida de que Eziom-Geber (Nm 33:35) estava situada nas proximidades da moderna Eilat (cp. 1Rs 9:26), mais provavelmente no sítio-ilha adiacente chamado Jezirat Fara'un. 138 Da mesma forma, parece que o nome Di-Zaabe (Dt 1:1) se reflete no da moderna cidade de Dahab, pois os nomes são foneticamente equivalentes e ambos têm a ver com locais de ouro. 139 Ademais, parece que o nome do maior e mais exuberante oásis do sudoeste do Sinai (Feiran) foi mantido em fontes clássicas e bizantinas.140 Além dessas correlações bastante seguras, alguns estudiosos propõem que o ponto de parada em Jotbatá (Nm 33:33) - que, na lista, é a segunda parada rumo ao norte, antes de Eziom-Geber, indo para Cades-Barneia - deve ser identificado com o moderno Oasis de Taba, situado no litoral do mar Vermelho, cerca de 11 quilômetros ao sul de Eziom-Geber.
Parece que a localização da própria Eziom-Geber faria com que a rota norte do Sinai desse uma volta impossível. Pois como alguém explica uma viagem do j. Kharif, j. Karkom, j. Helal, j. Yeleg ou até mesmo do j. Sin Bisher até Eziom-Geber, se o destino do itinerário é Cades-Barneia? Da mesma maneira, se fosse possível comprovar indubitavelmente a identificação de qualquer um dos outros dois lugares (Feiran, Di-Zaabe), a tese saudita/jordaniana também seria considerada geograficamente incoerente. Por isso, a impressão é que a tradicional hipótese sul do Sinai é a mais provável. Parece que é a que tem o máximo em seu favor e nada decisivo contra ela.

SEGUINDO A ROTA DOS 1SRAELITAS
Com base nessa conclusão, é possível reconstruir uma rota israelita plausível até o monte Sinai, então até Cades-Barneia e, por fim, até Sitim. Do lugar em que foram livrados do Egito, é provável que os israelitas tenham seguido para o sul, pela estrada costeira a leste do golfo de Suez, indo por toda ela até a foz do uádi Feiran, ao longo do qual havia uma série de oásis e poços para fornecer água.
Uma rota alternativa pelo uádi Matalla os teria levado para o interior do continente, em um ponto logo ao sul da moderna Abu Zeneimeh, passando por Serabit el-Khadim e, em seguida, indo numa diagonal rumo ao sudeste, até encontrar o uádi Feiran, perto de Refidim. Essa é, porém, uma alternativa extremamente problemática, tanto do ponto de vista histórico quanto do geográfico.!# Por sua vez, o uádi Feiran (também conhecido em seus trechos superiores como uádi Sheikh) é uma passagem bem larga, contínua e com subida suave, que atravessa a região de granito, a qual, pelo contrário, é irregular e um pouco íngreme; o uádi Feiran é todo assim até o passo de Watiya. Seguindo pelo passo de Watiya, os israelitas então teriam dobrado para o sul e saído diretamente na planície de er-Raha, localizada logo ao norte do j. Musa.
Mais tarde, quando partiram do monte Sinai rumo a Eziom-Geber e além, o uádi Nasb teria sido uma escolha excelente. Seguindo o curso desse uádi isolado, que era contínuo e com descida suave, até o ponto de sua desembocadura, perto da moderna Dahab, os israelitas teriam passado por uma rede de oásis,45 dos quais o mais proeminente era Bir Nasb. Com relativa facilidade, teriam conseguido atravessar a barreira montanhosa que corre longitudinalmente ao longo do leste da península e flanqueia o golfo de Ácaba. E, então, chegando ao golfo, teriam caminhado para o norte, entre a serra e o golfo, de novo passando por vários oásis, inclusive o Nuweiba - o maior e mais fértil oásis de todo o Sinai oriental - até que, por fim, chegassem a Eziom-Geber.
A partir dali, o mais provável é que os israelitas teriam seguido na direção noroeste, indo por uma estrada hoje conhecida como Darb al-Ghazza, rumo a Cades-Barneia (Ain Qadeis). Foi de Cades-Barneia que doze homens foram enviados para entrar em Canaã e espionar ali (Nm 13). Quando a maioria daqueles homens apresentou um relatório sem fé e negativo, aceito pela comunidade de Israel (Nm 14:1-10), aquela geração foi desqualificada para entrar na terra e possuí-la, e Israel permaneceu mais ou menos parado em Cades por talvez 35 anos ou mais (cp. Dt 1:46)
Quando, finalmente, os israelitas partiram de Cades e estavam a caminho de Sitim, o rei de Edom não permitiu que fossem por Punom, um passo que atravessa as montanhas de Edom até chegar à "Estrada Real" (Nm 20:14-17). Isso exigiu um desvio de mais de 280 quilômetros de cenário bem imponente, o que possivelmente desencadeou o incidente denominado de "serpente de bronze" (Nm 21:4-9). Dar a volta em torno do território edomita fez com que Israel de novo tomasse o caminho do "mar Vermelho" (Nm 21:4) e de Eziom-Geber (Dt 2:8) e, então, ao longo da margem do deserto que flanqueava uma série de fortalezas edomitas e moabitas, provavelmente usando uma estrada que mais tarde veio a ser conhecida como "estrada dos Peregrinos"17 Por fim, pela segunda vez chegaram perto da Estrada Real (Nm 21:22). De novo foram proibidos de passar, dessa vez por Siom, um monarca amorreu. Seguiu-se uma batalha em que Siom foi derrotado (Nm 21:23-30). Isso permitiu que os israelitas finalmente completassem a terceira etapa indireta de sua jornada, passando por Dibom e Hesbom e chegando a Abel-Sitim ("a campina/pastagem de Sitim" [Nm 33:45-49]), ou Sitim, que é como o lugar é normalmente conhecido no Antigo Testamento (Nm 25:1; Is 2:1).

Os israelitas deixam o Egito
Os israelitas deixam o Egito
A rota do Êxodo
A rota do Êxodo
A viagem dos espias
A viagem dos espias

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

O nome divino nas Escrituras Hebraicas

 Tetragrama nas letras hebraicas usadas antes do exílio em Babilônia

O nome divino em letras hebraicas antigas, usadas antes do exílio babilônico

 Tetragrama nas letras hebraicas usadas depois do exílio em Babilônia

O nome divino em letras hebraicas usadas após o exílio babilônico

O nome divino, representado pelas consoantes hebraicas יהוה, ocorre quase 7 mil vezes nas Escrituras Hebraicas. Nesta tradução, essas quatro letras, chamadas de Tetragrama, são vertidas como “Jeová”. Esse é de longe o nome que mais aparece na Bíblia. Embora os escritores inspirados se refiram a Deus usando muitos títulos e termos descritivos, como “Todo-Poderoso”, “Altíssimo” e “Senhor”, o Tetragrama é o único nome pessoal usado por eles para identificar a Deus.

O próprio Jeová Deus orientou os escritores da Bíblia a usarem seu nome. Por exemplo, ele inspirou o profeta Joel a escrever: “Todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo.” (Joel 2:32) Deus também inspirou um salmista a escrever: “Que as pessoas saibam que tu, cujo nome é Jeová, somente tu és o Altíssimo sobre toda a terra.” (Salmo 83:18) Só nos Salmos — um livro de escritos poéticos que eram cantados e recitados pelo povo de Deus —, o nome divino ocorre cerca de 700 vezes. Então, por que o nome de Deus não aparece em muitas traduções da Bíblia? Por que esta tradução usa a forma “Jeová”? E o que significa o nome divino, Jeová?

Várias ocorrências do Tetragrama no livro de Salmos

Trechos dos Salmos num Rolo do Mar Morto, datado da primeira metade do primeiro século d.C. O texto tem o estilo das letras hebraicas usadas após o exílio babilônico, mas o Tetragrama ocorre várias vezes nas letras hebraicas antigas

Por que o nome de Deus não aparece em muitas traduções da Bíblia? Por várias razões. Alguns acham que o Deus Todo-Poderoso não precisa de um nome específico para identificá-lo. Outros provavelmente foram influenciados pela tradição judaica de evitar usar o nome de Deus por medo de profaná-lo. Ainda outros acreditam que, como ninguém pode saber com certeza a pronúncia exata do nome de Deus, é melhor usar um título, como “Senhor” ou “Deus”. No entanto, esses argumentos não têm base sólida pelos seguintes motivos:

Os que afirmam que o Deus Todo-Poderoso não precisa de um nome específico desconsideram o fato de que existem cópias antigas de Sua Palavra que trazem o nome pessoal de Deus; algumas dessas cópias são datadas de antes da época de Cristo. Conforme já mencionado, Deus inspirou os escritores de sua Palavra a incluir nela seu nome cerca de 7 mil vezes. Fica claro que ele quer que conheçamos e usemos o seu nome.

Os tradutores que removem o nome de Deus por respeito à tradição judaica se esquecem de um fato muito importante: embora alguns escribas judeus tenham se recusado a pronunciar o nome de Deus, eles não o removeram de suas cópias da Bíblia. Nos rolos antigos descobertos em Qumran, perto do mar Morto, o nome de Deus ocorre muitas vezes. Alguns tradutores da Bíblia dão uma indicação de onde o nome divino aparecia no texto original colocando em seu lugar o título “SENHOR”, em letras maiúsculas. Mas a questão é: Se esses tradutores reconhecem que o nome ocorre milhares de vezes nos textos originais, o que os faz pensar que podem substituir ou remover da Bíblia o nome de Deus? Quem eles acham que lhes deu autoridade para fazer essas alterações? Somente eles podem responder a essas perguntas.

Os que afirmam que o nome divino não deve ser usado porque não se sabe a pronúncia exata, não se importam em usar o nome Jesus. No entanto, os discípulos de Jesus no primeiro século pronunciavam o nome dele de uma forma bem diferente do modo como a maioria dos cristãos o pronuncia hoje. Entre os cristãos judeus, o nome de Jesus provavelmente era pronunciado Yeshúa‛, e o título “Cristo” era pronunciado Mashíahh, isto é, “Messias”. Os cristãos que falavam grego o chamavam de Iesoús Khristós; e os cristãos que falavam latim, Iésus Chrístus. Sob inspiração, foi registrada na Bíblia a tradução grega desse nome. Isso indica que os cristãos do primeiro século faziam o que era razoável: usavam a forma do nome mais comum em seu idioma. De modo similar, a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia considera razoável usar a forma “Jeová”, mesmo que ela não tenha exatamente a mesma pronúncia que o nome divino tinha no hebraico antigo.

Por que a Tradução do Novo Mundo usa a forma “Jeová”? Em português, as quatro letras do Tetragrama (יהוה) são representadas pelas consoantes YHWH. O Tetragrama não tinha vogais, assim como todas as palavras escritas no hebraico antigo. Na época em que o hebraico antigo era o idioma do dia a dia, era fácil os leitores saberem que vogais deviam ser usadas.

Cerca de mil anos após as Escrituras Hebraicas terem sido completadas, eruditos judeus desenvolveram um sistema de sinais ou pontos que indicavam as vogais que deveriam ser usadas na leitura do idioma hebraico. Mas, naquela época, muitos judeus tinham a ideia supersticiosa de que era errado falar em voz alta o nome de Deus e por isso pronunciavam outras expressões em seu lugar. Assim, ao copiarem o Tetragrama, parece que eles combinavam as vogais dessas expressões com as quatro consoantes que representam o nome divino. É por esse motivo que os manuscritos com esses sinais vocálicos não ajudam a determinar como o nome de Deus era originalmente pronunciado em hebraico. Alguns acham que era pronunciado “Iavé” ou “Javé”, enquanto outros sugerem outras possibilidades. Um Rolo do Mar Morto que contém um trecho, em grego, de Levítico translitera o nome divino como Iao. Além dessa forma, antigos escritores gregos também sugerem a pronúncia Iae, Iabé e Iaoué. Mas não há motivos para sermos dogmáticos. Simplesmente não sabemos como os servos de Deus no passado pronunciavam esse nome em hebraico. (Gênesis 13:4; Êxodo 3:
15) O que sabemos é o seguinte: Deus usou seu nome muitas vezes ao se comunicar com seus servos, eles também o usavam ao se dirigir a ele e esse nome era usado sem restrição quando eles conversavam com outros. — Êxodo 6:2; 1 Reis 8:23; Salmo 99:9.

Então, por que esta tradução usa a forma “Jeová” do nome divino? Porque essa forma tem uma longa história em português.

O nome de Deus, Jeová

O nome de Deus em Gênesis 15:2 na tradução do Pentateuco de William Tyndale, 1530

A primeira edição da Bíblia completa em português em um só volume, a versão Almeida publicada em 1819, empregou milhares de vezes o nome de Deus na forma “JEHOVAH”. A comissão tradutora da Versão Brasileira (1
917) também decidiu usar a forma “Jehovah”, e na sua edição de 2010 a grafia foi atualizada para “Jeová”. A nota de rodapé de Êxodo 6:3 na tradução Matos Soares (oitava edição) declara: “O texto hebreu diz: ‘O meu nome Javé ou Jeová.’”

Formas similares do nome divino também são encontradas em outros idiomas. Por exemplo, a primeira ocorrência, em inglês, do nome pessoal de Deus em uma Bíblia foi em 1530, na tradução do Pentateuco de William Tyndale. Ele usou a forma “Iehouah”. Com o tempo, o idioma sofreu mudanças, e a grafia do nome divino foi modernizada.

Em sua obra Studies in the Psalms (Estudos dos Salmos), publicada em 1911, o respeitado erudito bíblico Joseph Bryant Rotherham usou o nome “Jehovah” em vez de “Yahweh”. Explicando o motivo, ele disse que queria empregar uma “forma do nome que fosse mais conhecida (e perfeitamente aceitável) aos leitores da Bíblia em geral”. Em sua obra Apostilas aos Dicionários Portugueses, de 1906, o filólogo e lexicógrafo português Gonçalves Viana declarou: “A forma Jeová, porém, já está tão usual, que seria pedantismo empregar Iavé, ou Iaué, a não ser em livros de pura filologia semítica ou de exegese bíblica.”

O Tetragrama

O Tetragrama YHWH: “Ele faz com que venha a ser”

 O verbo “vir a ser; tornar-se” em hebraico

O verbo HWH: “vir a ser; tornar-se”

O que significa o nome Jeová? O nome Jeová, em hebraico, é derivado de um verbo que significa “vir a ser; tornar-se”. Muitos eruditos acreditam que esse nome reflete a forma causativa desse verbo hebraico. Assim, a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia entende que o nome de Deus significa “Ele faz com que venha a ser”. Visto que a opinião dos eruditos varia, não podemos ser dogmáticos sobre esse significado. No entanto, essa definição reflete bem o papel de Jeová como o Criador de todas as coisas e o Cumpridor do seu propósito. Ele não só fez com que o Universo e as criaturas inteligentes existissem, mas, com o desenrolar dos acontecimentos, ele também continua fazendo com que a sua vontade e o seu propósito se realizem.

Portanto, o significado do nome Jeová não se limita ao sentido transmitido pelo verbo relacionado encontrado em Êxodo 3:14, que diz: “Eu Me Tornarei O Que Eu Decidir Me Tornar”, ou “Eu Mostrarei Ser O Que Eu Mostrar Ser”. Essas palavras não descrevem o pleno sentido do nome de Deus. Na verdade, elas revelam apenas um aspecto da personalidade dele: o de se tornar o que for necessário, em cada circunstância, para cumprir seu propósito. Então, embora o nome Jeová inclua essa ideia, não está limitado ao que ele decide se tornar. O nome Jeová inclui também a ideia de que ele causa, ou faz acontecer, o que ele decidir em relação à sua criação e ao cumprimento de seu propósito.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

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Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Êxodo Capítulo 14 do versículo 1 até o 31
5. A Travessia do Mar Vermelho (14:1-31)

a) Um lugar arriscado (14:1-4). Visto que o texto bíblico não anuncia o local preciso onde ocorreu a travessia, é melhor presumir que os filhos de Israel iniciaram a jornada da terra de Gósen (ver Mapa

3) rumo à fronteira do Egito, onde cruzaram para entrar no deserto. Em seguida, Deus lhes ordena que voltem (2; "retrocedam", ARA) e acampem junto ao mar. Não há como definir se viraram para o norte, em direção ao lago Manzalé," ou para o sul, em direção aos lagos Amargos." O que está claro é que havia um volume de água diante deles como obstáculo ao cruzamento.

Faraó começou a reavaliar a libertação dos escravos. Talvez soube da jornada apa-rentemente a esmo, e supôs que estivessem embaraçados na terra (3) e que o deserto os encerrara. Para ele, o Deus dos israelitas, embora poderoso no Egito, era impotente no deserto. Pensou que estavam irremediavelmente perdidos. Lógico que Israel teria sido destruído se não fosse a intervenção do Deus Todo-poderoso. Por vezes, Ele nos coloca em situações de aperto para nos livrar e nos mostrar que Ele é o SENHOR (4).

b) A perseguição de Faraó (14:5-9). Irritados pela recente derrota e frustração causa-da pela perda de tantos trabalhadores (5), Faraó e seus servos (os conselheiros) muda-ram de idéia. Pensando que Israel estava praticamente encurralado no deserto, o rei aprontou o seu carro e tomou consigo o seu povo (6; "exército", NVI). Também tinha seiscentos carros escolhidos (7) e muitos outros que conseguira reunir sem demora (pensamento subentendido na expressão todos os carros).' Com esta força militar humana, Faraó saiu apressadamente em perseguição dos israelitas. Seu coração duro ficou mais duro ainda, porque, para ele, estes escravos tinham saído com alta mão ( 8; "afoitamente", ARA; "triunfantemente", NVI). Contraste esta condição com o grande medo que logo sentiriam (10). Foi a toda velocidade ao local onde estavam acampados junto ao mar (9; ver Mapa 3). Pi-Hairote significa "lugar de juncos, no lado egípcio do mar Vermelho" (VBB, nota de rodapé).

  1. O medo do povo (14:10-12). Vendo o exército de Faraó se aproximando, o coração dos israelitas se derreteu, levando-os a clamar ao SENHOR (10). Foi um clamor deses-perado, porque viam nada mais que a morte diante de si; só restava repreender Moisés por tê-los tirado do Egito para morrerem no deserto (11). Para eles, a escravidão era melhor que a morte, e Moisés deveria tê-los deixado em paz no Egito (12). Em termos de um slogan dos dias atuais, eles sentiam que seria melhor sofrer e estar vivo do que não sofrer e estar morto.

Estes israelitas, como tantos novos-convertidos, embora libertos da escravidão do trabalho forçado, ainda possuíam "um coração mau e infiel". Estavam com muito medo e cheios de dúvida, logo esquecendo os atos poderosos de Deus feitos a seu favor. Tinham concordado com os líderes, mas agora, diante da iminente catástrofe, a falta de compro-misso sério se revelou.

  1. O propósito de Deus (14:13-18). Como é freqüente a fé fraquejar justamente quan-do Deus está pronto para fazer sua maior obra! Mas Deus tinha seu homem de fé. O texto não diz o quanto Moisés tremia por dentro, nem é perceptível que ele já soubesse o que Deus ia fazer. Mas os encontros que teve com Deus lhe deram a certeza de que Deus estava no controle. Não havia nada que as pessoas poderiam fazer, exceto aquietar os temores, ficar quietas e ver o livramento do SENHOR (13). Deus disse a Moisés (4) que ocorreria outra vitória, e ele creu na palavra de Deus. Ele pôde declarar: O SENHOR pelejará por vós, e vos calareis (14). "Tão-somente acalmem-se" (14b, NVI).

Não havia necessidade de mais clamores a Deus. Chegara o momento de marchar. Tratava-se de uma marcha de fé, pois diante deles só havia águas traiçoeiras; mas a ordem de Deus era clara: Marchem (15). Em nosso andar espiritual, chegamos a um ponto em que as orações medrosas cessam e o passo de fé deve ser dado.

Todas as vezes que os filhos de Israel temeram o desamparo de Deus, Ele estava trabalhando em seus propósitos. A barreira de água à frente deles se dividiria quando a mão de Moisés se estendesse com a vara (16). O coração duro de Faraó o levaria a se apoiar demasiadamente na bondade Deus e seguir Israel, mas o plano de Deus era des-truir o exército egípcio para, assim, obter glória e honra para si (17). Seria tarde demais para Faraó e seus cavaleiros (18), mas o restante dos egípcios saberia quem é o SENHOR.

No versículo 15, observamos o desafio de Deus ao seu povo: "Marchem!"
1) A história os impulsionava para frente, 1.13,14;

2) O presente os empurrava para frente, 14.9,10;

3) O futuro os estimulava para frente, 3.8; 14.13,14 (G. B. Williamson).

  1. A coluna de proteção (14.19,20). O Anjo de Deus (19), chamado "o anjo do SENHOR" em 3.2, que estava na frente de Israel, passou agora para trás do acampa-mento. O movimento invisível de Deus foi verificado no movimento visível da coluna da nuvem, que se retirou de diante dos israelitas e se pôs atrás deles. Esta coluna ficou entre os dois acampamentos, impedindo os egípcios de chegar perto de Israel toda a noite (20). A coluna trouxe escuridade para os egípcios, enquanto que Israel tinha luz no acampamento."

Vemos nos versículos 10:20, o processo de "Como Vencer o Medo".

1) Ficamos ame-drontados ao ver o poder de Satanás, 10;

2) Expressamos nossa angústia pelas providên-cias de Deus, 11,12;

3) Sentimos alívio quando a palavra de Deus é dada com clareza, 13-18;

4) Aquietamo-nos completamente quando a presença de Deus se manifesta, 19,20.

  1. O caminho pelo mar (14:21-25). Naquela noite, quando Moisés estendeu a sua mão sobre o mar... as águas foram partidas (21). Um forte vento oriental fez o mar se tornar em seco, talvez para secar o leito de onde as águas recuaram. Devemos ser cautelosos em não forçar a linguagem poética (15.8; Si 78,13) em rígida expressão literal e concluir que as águas desafiaram a gravidade ou se congelaram em bloco sóli-do." A palavra muro (22) se refere à barreira de água que ficou em ambos os lados de Israel enquanto atravessavam em marcha.'

O registro bíblico não determina a distância do cruzamento pelo mar e a largura da passagem. A área era suficiente para que quase três milhões de pessoas atravessassem em uma noite e bastante ampla para que todos os exércitos de Faraó ficassem no meio do mar (23). Ou os egípcios consideraram a abertura no mar uma ocorrência natural ou então, na sua dureza, se apoiaram na misericórdia de Deus quando marcharam pela abertura. O texto não diz se Faraó entrou com o exército, mas todos os seus cavalos, carros e cavaleiros (23) entraram (o v. 9 não registra a entrada do "exército").

Na vigília daquela manhã (24), entre duas e seis da manhã,' Deus alvoroçou os egípcios. Pode ser que a coluna diante dos egípcios tenha começado a lampejar, talvez com raios. Os egípcios ficaram com medo e passaram a ter problemas com as rodas dos carros (25), que emperravam (ARA) ou atolavam (NTLH), de forma que transitavam dificultosamente. Pelo visto, o leito seco do mar estava afundando com o peso dos cavalos e carros. Disseram: Fujamos... porque o SENHOR por eles peleja contra os egípcios. Mais uma vez, estes ímpios reconheceram o poder de Deus. A confusão dos egípcios deu tempo para Israel completar a travessia e para todos os egípcios ficarem no leito do mar.

  1. A morte dos egípcios (14:26-31). Deus inverteu a ação e as águas voltaram ao lugar (26). O texto não declara se houve uma reversão do vento (ver 15.10). O retorno das águas foi tão súbito e forte que alcançou os egípcios quando tentavam fugir e os matou (27,28). As mesmas águas que serviram de muro para o povo de Deus (29) tornou-se meio de destruição para os egípcios.

Esta última disputa entre Deus e Faraó, resultando em vitória final e completa para o Senhor, impressionou fortemente os israelitas. A situação parecia desesperadora na noite anterior. Agora Israel viu os egípcios mortos na praia do mar (30). As águas turbulentas, ou a maré, levaram os corpos à praia. O Senhor salvara os israelitas; toda a prova necessária estava diante dos olhos deles.

Quando viu Israel a grande (31) obra, temeu o povo ao SENHOR e creu. Este ato poderoso expulsou o medo que os atormentara (10) e implantou um verdadeiro temor de Deus — um temor que conduziu a uma fé viva. Com esta manifestação, "os israelitas distinguiriam o Libertador misericordioso do Juiz santo dos descrentes, a fim de que crescessem no temor de Deus e na fé que já haviam mostrado".33 A palavra hebraica traduzida por creu (31) significa "confiou" (ARA) ; este tipo de fé toma conta da pessoa. O povo podia entregar os problemas a Deus e acreditar em Moisés, seu servo, porque a fé se tornou mais personalizada.

Nos versículos 10:31, vemos "A Libertação Poderosa de Deus".

1) A favor de um povo temente, 10-15;

2) Com poder sobre os obstáculos da natureza, 16,19-24;

3) Dos inimigos rebeldes de Deus, 17,18,25-28;

4) Na criação de um povo crente, 29-31.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Êxodo Capítulo 14 do versículo 1 até o 31
*

14:2

Pi-Hairote. Por mandamento divino, Israel voltou atrás e acampou em Pi-Hairote, reputadamente nas vizinhanças de Ramessés (Qantir). Isso foi um convite à perseguição de Faraó (v. 4, nota).

Migdol. Uma palavra que geralmente significa "fortificação"; sua presente localização é desconhecida.

Baal-Zefom. Essa localização ("Baal do Norte") era reputada próxima de Tafanes, perto do lago Menzalé, a cerca de 32 km a leste de Ramessés.

* 14:4

A perseguição de Faraó a seus escravos que escapavam acontece sob a orientação soberana de Deus.

* 14:6

aprontou Faraó o seu carro. Faraó estava resoluto pois sua força especial de carros de combate foi usada. O cavalo e o carro de combate parecem ter sido introduzidos no Egito pelos hicsos (cerca de 1700 a.C.). Os carros de combate egípcio transportavam três homens.

* 14:11

Disseram a Moisés. As queixas rebeldes de Israel, contra a liderança de Deus, são um tema contínuo no Êxodo (5.21; 15.24; 16.3; 17.2 e 32.1).

* 14:13

Não temais. No ponto crucial do livramento de Israel eles tinham que ver que a salvação deles era inteiramente uma obra de Deus. Deus, ao julgar o Egito, ao endurecer o coração de Faraó, ao levar Israel até esse impasse desesperador, entalados entre os carros de combate de Faraó e o mar, preparou o cenário para a exibição crucial de seu poder salvador. O Senhor lutará por eles. Eles precisam apenas ficar quietos. E será glorificado o Senhor (14.18).

* 14:14

O SENHOR pelejará. Esta frase indica a origem do tema do temor do Senhor como "Guerreiro Divino", celebrado no cap. 15. A guerra, no mundo antigo, era vista como uma realização sagrada, na qual a honra da deidade do país estava em jogo. Em Israel, Deus era o "Deus dos exércitos de Israel" (1Sm 17:45), e era, igualmente, o "Senhor dos exércitos" (isto é, o Senhor dos exércitos do céu, o arquiteto das vitórias de Israel e aquele que infligia as derrotas de Israel). Um antigo relato das conquistas de Israel, sob a liderança do Senhor, era chamado de "Livro das Guerras do SENHOR" (Nm 21:14). A teologia da Guerra Santa, que surgiu em resultado, encontra expressão através do Antigo e do Novo Testamentos.

* 14:15

clamas. Devemos entender aqui que Moisés estivera orando.

* 14:16

levanta a tua vara. A vara de Moisés, usada para impor julgamento divino sobre o Egito, agora traria salvação ao povo de Deus.

* 14:19

Anjo... nuvem. O Anjo do Senhor é identificado com a própria presença de Deus na nuvem (23.20-22). Ver nota em Gn 16:7.

* 14:21

vento oriental. Deus envia o vento para realizar os seus propósitos, mas um poder sobrenatural maior do que isso foi mister para manter a água de cada lado da rota de escape, para, em seguida, devolver a água com força suficiente para destruir o exército de Faraó.

* 14:24

vigília da manhã. Para os hebreus, a noite estava dividida em três vigílias de quatro horas cada uma, e a última das quais, "a vigília da manhã", durava das duas horas da madrugada às seis horas da manhã. Essa, geralmente, era a hora dos ataques de surpresa (1Sm 11:11). O próprio Senhor lançou o exército egípcio em confusão.

* 14:25

o SENHOR peleja. Os egípcios reconheceram que a vitória era de Deus (conforme v. 14).

* 14:27

A mão e o cajado de Moisés serviram de instrumentos da destruição, para perseguir o inimigo, e produzir o livramento de Israel.

* 14:30

o SENHOR livrou Israel. Os vs. 30 e 31 sumariam o feito salvífico de Deus, e seu efeito sobre Israel.

* 14:31

temeu... confiaram no SENHOR e em Moisés, seu servo. Nesse ponto, Israel é uma comunidade que professa fé. Mais tarde, no deserto, eles apostatarão e ficarão sujeitos à ira de Deus (Nm 14; Sl 95). A igreja, como uma comunidade que professa fé, deve evitar esse exemplo (Hb 3 e 4).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Êxodo Capítulo 14 do versículo 1 até o 31
14.6-9 E seiscentos carros de guerra egípcios caíam em cima dos indefesos israelitas, que se encontravam apanhados entre as montanhas e o mar. Estes carros de guerra levavam duas pessoas, a gente dirigia e o outro lutava. Eram feitos de uma cabine de madeira ou de pele colocada sobre duas rodas e arrastada por cavalos. Estes eram os tanques blindados dos tempos bíblicos. Mas até seu poder não era rival para Deus, que destruiu tanto aos carros como aos soldados.

14:10, 11 Apanhados contra o mar, os israelitas se enfrentaram ao exército egípcio que arrasava com violência para matá-los. Os israelitas pensaram que estavam definitivamente perdidos. depois de ter visto a poderosa mão de Deus liberando os do Egito, sua única resposta foi o temor, os gemidos e o desespero. Onde estava sua confiança em Deus? Israel teve que aprender através de repetidas experiências que Deus estava junto a eles para ajudá-los. Deus preservou estes exemplos nas Escrituras para que aprendamos a confiar no desde a primeira vez. Se analisarmos a fidelidade de Deus no passado, podemos evitar o medo e as queixa quando enfrentarmos a uma crise.

14:11, 12 Este é o primeiro exemplo de refunfu�os e queixa dos israelitas. Sua falta de fé em Deus é surpreendente. Entretanto, quão freqüentemente nos vemos fazendo o mesmo, nos queixando pelas inconveniências ou as aflições? Os israelitas estavam a ponto de aprender algumas lições fortes. Se tivessem crédulo em Deus, teriam evitado muitas desgraças.

Moises

Algumas pessoas não podem manter-se afastadas dos problemas. Quando surge um conflito, sempre as arrumam para estar perto. A reação é sua ação favorita. Este era Moisés. Parecia miserável sempre ao que precisava ser endireitado. Ao longo de sua vida respondia da melhor ou da pior maneira aos conflitos que o rodeavam. Até a experiência que teve com a sarça ardente era uma ilustração de seu caráter. Ao descobrir o fogo e ver que a sarça não se consumia, teve que investigar. Já seja que se lançasse a brigar para defender a um escravo hebreu ou tratasse de servir como árbitro em um pleito entre dois parentes, quando Moisés via um conflito, reagia.

Através dos anos, entretanto, algo surpreendente aconteceu no caráter do Moisés. Não deixou de reagir, mas sim aprendeu a fazer o de maneira correta. A ação calidoscópica que acontecia diariamente ao viajar duas milhões de pessoas pelo deserto, foi uma provocação mais que suficiente para a capacidade de resposta do Moisés. A maior parte do tempo era realmente um mediador entre Deus e o povo. Em uma ocasião teve que responder à ira de Deus pela necedad e o esquecimento do povo. Em outra ocasião, teve que reagir às brigas e queixa do povo. E até em outra, teve que reagir ante os ataques injustificados contra seu caráter.

A liderança requer reação. Aprender a reagir com instintos congruentes com a vontade de Deus requer que desenvolvamos hábitos de obediência ao. Uma obediência congruente com Deus se desenvolve melhor em tempos de maior estresse. Logo ao chegar o estresse, nossa reação natural é obedecer os desejos de Deus quando enfrentamos a uma situação difícil.

Em nossa era, onde se estão reduzindo as normas morais, encontramos quase impossível acreditar que Deus castigaria ao Moisés pela única ocasião em que desobedeceu totalmente. Entretanto, o que não podemos ver é que Deus não rechaçou ao Moisés; simplesmente ele mesmo se desqualificou para entrar na terra prometida. A grandeza pessoal não faz imune a uma pessoa de cometer enganos ou de enfrentar-se a suas conseqüências.

No Moisés vemos uma personalidade sobressalente moldada Por Deus. Mas não devemos perder de vista o que Deus realmente fez. Não trocou quem ou o que era Moisés; Deus não lhe deu novas habilidades e fortalezas. Mas bem, tomou as características do Moisés e as moldou até que pudessem encaixar em seu propósito. Estabelece isso alguma diferencia em sua compreensão do propósito de Deus para sua vida? O tráfico de tomar o que criou em primeiro lugar e usá-lo para os planos que se propôs. A próxima vez que você fale com Deus, não lhe pergunte "No que devo me transformar?", a não ser "Como poderia usar minhas próprias habilidades e pontos fortes para fazer sua vontade?"

Pontos fortes e lucros:

-- Educação egípcia; treinamento no deserto

-- O maior líder judeu; pôs em movimento o êxodo

-- Profeta e legislador; registrou os Dez Mandamentos

-- Autor do Pentateuco

Debilidades e enganos:

-- Não pôde entrar na terra prometida por sua desobediência a Deus

-- Não sempre reconheceu e usou os talentos de outros

Lições de sua vida:

-- Deus prepara, logo utiliza, seu programa é para toda a vida

-- Deus faz seus maiores obra através de gente débil

Dados gerais:

-- Onde: Egito, Madián, deserto do Sinaí

-- Ocupação: Príncipe, pastor, líder dos israelitas

-- Familiares: Irmã: María. Irmão: Arão. Esposa: Séfora. Filhos: Gersón e Eliezer.

Versículos chave:

"Pela fé Moisés, feito já grande, recusou chamar-se filho da filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, que gozar dos deleites temporários do pecado" (Hb_11:24-25).

A história do Moisés se relata nos livros do Exodo até o Deuteronomio. Além disso o menciona em At 7:20-44 e Hb 11:23-29.

14:13, 14 O povo era hostil e estava abatido, mas Moisés os animava a que vissem a forma maravilhosa em que Deus os resgataria. Moisés tinha uma atitude positiva! Quando parecia que estavam apanhados, invocou a intervenção de Deus. Possivelmente não sejamos perseguidos por nenhum exército, mas podemos nos sentir igualmente apanhados. Embora nossa primeira reação pode ser o desespero, devemos adotar a atitude do Moisés para estar firmes Y... ver a salvação que Deus fará.

14:15 Deus disse ao Moisés que deixasse de orar e se movesse! A oração deve ter um lugar vital em nossas vidas, mas também há lugar para a ação. Em ocasiões sabemos o que fazer, mas oramos para pedir mais direção como uma desculpa para justificar que não queremos atuar. Se soubermos o que temos que fazer, é tempo de mover-se.

14:21 Não havia nenhuma possibilidade de escapamento, mas Deus abriu um caminho de terra seca através do mar. Algumas vezes nos vemos apanhados em um problema e não vemos nenhuma saída. Não se aterrorize, Deus pode abrir um caminho.

14:21, 22 Alguns eruditos acreditam que os israelitas realmente não cruzaram a parte principal do Mar Vermelho a não ser um dos lagos pouco profundos ou pântanos que estavam ao norte dele. Estes quase sempre se secam em certas estações do ano. Mas a Bíblia afirma claramente "fez Jeová que o mar se retirasse por robusto vento oriental; e voltou o mar em seco" (14.21; vejam-se também Js 3:15-16; e 2Rs 2:13-14). Além disso, a água era o suficientemente profunda para cobrir os carros (2Rs 14:28).

O Deus que criou a terra e a água realizou um grande milagre no momento exato para demonstrar seu grande poder e amor por seu povo.

14:27, 28 Não se encontrou nenhuma evidência deste grande êxodo nos registros históricos dos egípcios. Era uma prática comum no Egito que os Faraós não registrassem suas derrotas. Até chegavam mais longe e tomavam os registros existentes e apagavam os nomes dos traidores e dos adversários políticos. Faraó deveu estar especialmente ansioso de não registrar que seu grande exército foi destruído ao perseguir uma banda de escravos que fugiam. Como os egípcios tampouco registraram o êxodo ou não se encontra o registro ainda, é impossível precisar a data exata.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Êxodo Capítulo 14 do versículo 1 até o 31
6. O Vingador do Povo de Deus (14: 1-15: 21)

1. A reação do Faraó (14: 1-9)

1 E o Senhor disse a Moisés, dizendo: 2 Fala aos filhos de Israel que se voltem e se acampem diante de Pi-Hairote, entre Migdol eo mar, diante de Baal-Zefom. defronte dele vós acampamento junto ao Mc 3:1 Então Faraó dirá dos filhos de Israel: Eles estão embaraçados na terra, o deserto os encerrou. 4 E eu vou endurecer o coração de Faraó, e ele os perseguirá; e eu serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército; e os egípcios saberão que eu sou o Senhor. E assim fizeram. 5 E foi anunciado ao rei do Egito que o povo tinham fugido-se o coração de Faraó e dos seus servos foi mudado para com o povo, e eles disseram: Que é isso que temos feito, que nós vamos 1srael ir de nos servir? 6 E aprontou o seu carro, e tomou consigo o seu povo: 7 e tomou seiscentos carros escolhidos e todos os carros do Egito, e capitães sobre todos Ec 8:1 E o Senhor endureceu o coração de Faraó, rei do Egito, e este perseguiu os filhos de Israel, porque os filhos de Israel saíram com uma mão alta. 9 E os egípcios perseguiram depois deles, todos os cavalos e carros de Faraó, e os seus cavaleiros, e seu exército , e alcançou a acampados junto ao mar, perto de Pi-Hairote, diante de Baal-Zefom.

Tendo chegado antes da fortaleza egípcia em Etã, o Senhor virou o povo de volta para o sudoeste. O comandante da fortaleza, provavelmente, não tinha a intenção de deixar Israel passar. O Senhor sabia bem o que segundo os pensamentos de Faraó seria, portanto, ainda em busca de uma saída pacífica, levou Israel de volta ao redor do bojo da grande Bitter Lake. Aqui eles encontraram uma cadeia de montanhas, Jebel Jenefeh, correndo do oeste, o que os obrigou a se mover southeastward entre as montanhas e os lagos amargos. Há evidências de que, nestes tempos o Golfo de Suez, o braço ocidental do Mar Vermelho, chegou a todo o caminho para o Lagos Bitter, sendo conectados por canais rasos que em pelo menos um local podia ser cruzado em condições extremamente favoráveis. Entre as montanhas a oeste e do mar é uma pequena planície cerca de cinco quilômetros de diâmetro. Na montanha, com vista para o mar, ainda hoje podem ser encontradas as ruínas de uma torre de vigia ou Migdol , como tal estrutura é conhecido em hebraico, que data do tempo do Êxodo. Aqui é um lugar que se encaixa perfeitamente na descrição bíblica, acamparão ... entre Migdol eo mar .

Nem todos os estudiosos da Bíblia concordam que este era o caminho tomado por Israel. As palavras hebraicas usadas sempre "Mar Vermelho" aparece em Inglês, literalmente significa "Mar Vermelho". É considerado por muitos que este termo se refere a uma área pantanosa na região do lago norte do Golfo de Suez, e que foi este pântano em vez de nosso presente Mar Vermelho que Israel cruzou. Ambos estudiosos críticos e evangélicos estão representados entre aqueles que tomam esta posição. Mas, como Finegan sutilmente observa, o nome "Mar Vermelho" foi aplicado por Israel antigo para o nosso presente Mar Vermelho, incluindo o braço oriental ou o Golfo de Ácaba (1Rs 9:26 ). E a imagem que ele chama de a rota é tão intimamente montado na linguagem das Escrituras como convencer o presente escritor que era a extensão do golfo de Suez-se em lagos amargos que Israel cruzados ao invés da área pantanosa ao norte dos lagos.

O Senhor sabia que os relatórios chegaria Faraó dos movimentos de Israel. Ele sabia que o coração cobiçoso, orgulhoso daquele monarca. Ele sabia que o faraó ainda não foi derrotado finalmente e completamente. Ele decidiu que a punição de Faraó ainda não estava completa. Então Ele iscas uma armadilha para os egípcios por aparentemente levando Israel em um canto do qual não poderia escapar. Faraó levantou-se para a ocasião, e com os carros e soldados de quem ele estava tão orgulhoso, ele mudou-se para atacar Israel.

b. O Perception of Faith (14: 10-14)

10 Quando Faraó se aproximava, os filhos de Israel levantaram os olhos, e eis que os egípcios marchavam atrás deles; e eles tiveram muito medo e os filhos de Israel clamaram ao Senhor. 11 E disseram a Moisés: Foi porque não havia sepulcros no Egito, que nos tens levado para morrermos no deserto? por que fizeste assim tratadas com a gente, para nos trazer de sair do Egito? 12 Não é esta a palavra que te falei no Egito, dizendo: Deixa-nos, que sirvamos aos egípcios? Pois melhor nos fora servir aos egípcios, do que morrermos no deserto. 13 E disse Moisés ao povo: Não temais; estai quietos, e vede o livramento do Senhor, que ele vai trabalhar para você to- dia:. porque aos egípcios que vistes-a-dia, haveis de vê-los novamente não mais para sempre 14 SENHOR pelejará por vós, e vós vos calareis.

Os exércitos do Egito, mal tinha entrado em vista a distância que Israel estava apavorada. A sua fraqueza diante de qualquer tipo de oposição ou problema tinha estado em evidência desde o momento da primeira entrevista de Moisés com Faraó (cap. Ex 5:1 ), e foi a assolar Moisés ao longo dos peregrinação no deserto. Eles gritavam que havia sepulturas suficientes no Egito para eles sem arrastando-os para o deserto para morrer, e lembrou a Moisés que eles haviam preferiu permanecer no Egito, em vez de segui-lo de qualquer maneira! Mas Moisés tinha aprendido muito no ano que tinha passado em sua missão. Ele lhes disse para não temer. Pela fé, ele já tinha percebido que o Senhor era um mestre estrategista e que Ele estava prestes a ganhar a maior vitória de sua guerra com o Egito e seus deuses.

c. A intervenção do Senhor (14: 15-31)

15 E disse o SENHOR a Moisés: Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem. 16 E tu, levanta a tua vara, e estende a tua mão sobre o mar, e dividi-lo: e os filhos de Israel passem pelo meio do mar em terra seca. 17 E eu, eis que eu endurecerei o coração dos egípcios, e estes entrarão atrás deles:. e eu serei glorificado em Faraó e em todo o seu exército, nos seus carros e nos seus cavaleiros, 18 E o egípcios saberão que eu sou o Senhor, quando me tiver glorificado em Faraó, nos seus carros e nos seus cavaleiros. 19 E o anjo de Deus, que ia adiante do exército de Israel, se retirou e se pôs atrás deles; também a coluna de nuvem se retirou de diante deles, e se pôs atrás, 20 e veio entre o acampamento do Egito e do exército de Israel; e lá estava a nuvem e da escuridão, mas deu-lhe luz de noite; e aquele não chegou perto do outro toda a noite.

21 E Moisés estendeu a mão sobre o mar; eo Senhor fez retirar o mar para ir para trás por um forte vento oriental toda aquela noite, e fez do mar terra seca, e as águas foram divididas. 22 E os filhos de Israel entraram pelo meio do mar em seco; e águas foram-lhes como muro à sua direita e à sua esquerda. 23 E os egípcios os perseguiram, e entraram atrás deles até o meio do mar, todos os cavalos de Faraó, os seus carros e os seus cavaleiros. 24 E aconteceu que, passar na vigília da manhã, o Senhor olhou para frente quando o exército dos egípcios, na coluna do fogo e da nuvem, e desbaratou o exército dos egípcios. 25 E, tomando-lhes as rodas dos carros, e eles dirigiram-las fortemente; de modo que os egípcios disseram: Fujamos da face de Israel; porque o Senhor peleja por eles contra os egípcios.

26 E disse o SENHOR a Moisés: Estende a tua mão sobre o mar, para que as águas se tornem sobre os egípcios, sobre os seus carros e sobre os seus cavaleiros. 27 E Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, eo mar retomou a a sua força ao amanhecer; e os egípcios fugiram de encontro a ele; eo Senhor derrubou os egípcios no meio do mar. 28 E as águas, tornando, cobriram os carros e os cavaleiros, todo o exército de Faraó, que atrás deles havia entrado no mar; não ficou tanto como um deles. 29 Mas os filhos de Israel caminharam a pé enxuto pelo meio do mar; e as águas foram-lhes como muro à sua direita e à sua esquerda. 30 Assim o Senhor salvou Israel naquele dia da mão dos egípcios; e Israel viu os egípcios mortos na praia do mar. 31 E viu Israel a grande obra que o Senhor fez sobre os egípcios, e as pessoas temiam ao Senhor: e creram no Senhor e em Moisés, seu servo.

O Senhor instruiu Moisés como Israel era escapar, e apelou para o uso da vara sagrado em torná-lo possível. A coluna de nuvem se moveu entre Israel eo exército egípcio, cegando os egípcios, parar o seu progresso para a noite, e, por outro lado, dar a luz ao acampamento israelita. Quando Moisés estendeu a sua mão, o Senhor causou um forte vento leste a soprar toda a noite, literalmente destruindo as águas do braço ocidental do Mar Vermelho fora da área antes de Israel. Os ventos fortes foram observados para fazer isso na mesma região geral, nos tempos modernos, e, claro, mover grandes quantidades de água em lagos e oceanos ao redor do mundo. Mas o milagre foi, sem dúvida, há-in a previsão, no momento, na forma como o Senhor usou Seu poder sobre a natureza para salvar o seu povo e punir seus inimigos. Muito cedo na manhã, as águas tinham sido literalmente empilhados para trás e os israelitas viram um caminho firme esperando por eles do outro lado o que tinha sido um pouco antes intransponível. Eles foram rápidos para tirar proveito dela. Mas, como eles passaram, a nuvem levantada a partir de entre eles e os egípcios. O poderio militar do Egito não era tão fácil de ser escapou, e correu descontroladamente após Israel. Mas o terreno que tinha sido firme o suficiente para que as pessoas e os animais rapidamente tornou-se macias e moles sob as rodas dos carros. A nuvem, aparentemente, estabeleceu-se em uma forma muito discomfiting novamente. E, ao comando do Senhor, Moisés estendeu a mão mais uma vez, o vento cessou, e as águas, não mais contido, correu de volta, juntamente com uma força e velocidade que enterrou para sempre o exército que havia dominado todos que fazem parte do mundo. Nem um sobreviveu. Quando amanheceu e os corpos dos mortos foram levadas para a terra pelas águas ainda agitadas, Israel teve a sua última razão para temer o Senhor, por acreditar Ele e seu servo Moisés.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Êxodo Capítulo 14 do versículo 1 até o 31
A Páscoa retrata a salvação cristã por meio do sangue do Cordeiro, mas há mais coisas para a vida cris-tã que ser salvo de julgamento. As da do Egito a Canaã são ilustrações das batalhas e das bênçãos da vida cristã. Deus quer Israel em Canaã, e Canaã é o retrato da vida cristã vitoriosa — a vida que clama nos-sa herança em Cristo (Ef 1:3). Infe-lizmente, muitos cristãos (como os judeus antigos) foram libertados do Egito, mas perderam-se no deserto da descrença! Sim, eles foram sal-vos pelo sangue, mas fracassaram em afirmar sua rica herança pela fé (He 3:0). Nesses dois capítulos, vemos quatro experiências distin-tas do povo de Deus em sua pere-grinação.

  • Israel clama em temor (Ex 14:1-12)
  • De forma específica, Deus guiou Israel ao local de acampamento ao lado do mar Vermelho e disse a Moi-sés que os egípcios os perseguiríam. De forma semelhante, Deus, na sua Palavra, explica-nos a vida cristã, portanto sabemos o que esperar. Sa-tanás não gosta quando o pecador se liberta de suas garras e, portanto, persegue o cristão para tentar escra-vizá-lo de novo. Deve-se alertar, em especial, os novos convertidos sobre a vinda de seu adversário!

    Infelizmente, os judeus cami-nhavam pela visão, não pela fé; por isso, quando viram a chegada do exército egípcio, entraram em desespero e clamaram em temor. A fé e o temor não podem habitar o mesmo coração; se cremos em Deus, não precisamos ter medo. Como acontece com freqüência, os filhos de Israel criticaram seu líder espiritual, em vez de orar e tentar encorajar uns aos outros. Na ver-dade, eles reclamavam de Deus, pois Moisés guiara-os ao local exato que Deus determinara. Eles, em vez de levantarem os olhos para Deus pela fé, olharam para o Egito e dis-seram: "Pois melhor nos fora servir aos egípcios". Como a memória de-les era fraca! Deus cativara o Egito com seus julgamentos e libertara Israel com grande poder, contudo eles ainda não acreditavam que ele podería ajudá-los. Sem dúvida, o "misto de gente" que foi com eles (12:
    38) liderou o coro de reclama-ções, da mesma forma que liderou anos mais tarde (Nu 11:4). O "mis-to de gente" representa as pessoas não-convertidas e mundanas em meio aos filhos de Deus.

  • Israel caminha em fé (Ex 14:13-31)
  • Moisés sabia que o caminho da vi-tória era por meio da confiança no Senhor (He 11:29). Observe seus três comandos: "Não temais", pois Deus está ao seu lado; "aquietaivos", pois não podem vencer essa batalha com sua própria força; "vede o livramento do Senhor", pois ele lutará por vocês. E impor-tante que nos aquietemos antes de marchar (v. 15), pois, a menos que permaneçamos na fé, nunca mar-charemos pela fé. Moisés levanta seu bordão, e Deus começa a tra-balhar.

    Deus protege seu povo ao ficar entre Israel e o exército egípcio (vv. 19-20). A obra do Senhor traz es-curidão para o mundo e luz para o povo de Deus. Durante toda a noi-te, Deus mantém o exército distan-te. Depois, Deus abriu o caminho à frente de Israel ao mandar um vento forte. Sem dúvida, os judeus senti-ram medo quando ouviram o vento soprar, mas o próprio vento que os amedrontava era o meio utilizado para a salvação deles. Toda a nação atravessou o mar Vermelho sobre terra seca! Contudo, o mesmo mar que era a salvação para Israel era condenação para o Egito, pois Deus usou as águas para afogar os egíp-cios e separar definitivamente Isra-el do Egito. O faraó colheu o que plantou, pois ele afogara os meni-nos judeus, e agora seu exército foi afogado.

    Devemos captar o sentido es-piritual desse evento (1Co 10:1-46). A travessia do mar Vermelho é um exemplo da união do crente com Cristo, na morte para a antiga vida e na ressurreição para toda uma nova vida. Todos os israelitas foram "ba-tizados [...] com respeito a Moisés" (1Co 10:2) (identificados com Moi-sés) ao atravessar as águas, e identi- ficamo-nos com Cristo e, por isso, somos separados do mundo (Egito). Os egípcios não podiam atravessar o mar, porque nunca foram protegi-dos pelo sangue.

    A Páscoa ilustra a morte de Cris-to por nós, enquanto a travessia do mar Vermelho retrata sua ressurrei-ção. O sangue libertou-nos da pu-nição do pecado, e a ressurreição, do poder do pecado. A primeira experiência é de substituição, pois o cordeiro morre no lugar do pri-mogênito. Veja Rm 4:0. A segunda experiência é de identifi-cação, pois nos identificamos com Cristo em sua morte, sepultamento e ressurreição, e Rm 6:0 explica isso. Em Josué 3;4, a tra-vessia de Israel através do Jordão até Canaã é um exemplo do crente entrando na posse de sua herança espiritual pela fé e reivindicando-a para si. Em todos os casos, é por meio da fé que o cristão afirma sua vitória.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Êxodo Capítulo 14 do versículo 1 até o 31
    14.2 As cidades aqui mencionadas, até hoje não foram localizadas com certeza, mas parecem se tratar de pontos um pouco ao norte dos limites atuais do Mar Vermelho.
    14.3 Faraó dirá. Deus conhece o íntimo do ser humano, inclusive as pequenas petulâncias de um rei que se considera divino, mas que é mesquinho e covarde, esperando uma oportunidade de vingança. Faraó quer lutar até à morte contra Deus e o Seu povo.

    14.4 Serei glorificado. Sl 76:10 nos ensina que até a ira dos homens há de glorificar a Deus. Isto quer dizer que nem as piores circunstâncias terrestres (Jc 1:20) podem ofuscar a glória de Deus, mas sim, até mesmo contribuir para ela, juntamente com o resto do universo (Sl 19:1).

    14.8 O Senhor endureceu. Repetidas vezes se escreve que o Faraó endureceu seu próprio coração (8.15, 32; 9.32), mas agora não havia mais possibilidade de escolher, pois o diálogo com os servos de Deus já se encerrara (10:28-29; 11.8). Afoitamente. Os israelitas não estavam dependendo das mudanças do coração do Faraó. Estavam avançando, segundo as ordens transmitidas por Moisés.

    14.10 Temeram. A coragem e o temor dos que são principiantes na fé dependem tão somente das condições visíveis e externas.

    14.11 Fazendo-nos sair. A primeira da longa série de queixas e lamúrias que Moisés precisou enfrentar por quarenta anos. O libertador de um povo com espírito de escravidão, tem uma tarefa das mais difíceis. Vê-se que quem escravizava o povo não era só o Faraó, mas também a própria mente mesquinha que achava melhor viver como boi ou cavalo, apenas com a comida garantida, v. 12.

    • N. Hom. 14.13 Aquietai-vos e vede. Aqui está a importantíssima doutrina da fé. O povo, tendo finalmente obedecido à chamada de Deus para sair da escravidão e tão somente servi-lo, se viu numa situação humanamente impossível, por ter seguido às instruções do servo de Deus. Então veio a hora de parar de debater, de se preocupar, e começar a possuir esta fé dinâmica que, embora pareça ser "apenas ficar quieto”, é na verdade o canal pelo qual a plenitude do poder intervém. É um exemplo da fé salvadora, que aceita a obra de Cristo e não se apóia na força humana.

    14.15 Por que clamas a mim? A promessa da libertação já fora dada. Agora é só marchar para a frente, confiando em Deus. Sempre foi esta a atitude da fé (conforme Jc 2:14-59).

    14.18 Saberão. Apesar do peso das pragas e das punições, é melhor reconhecera Deus aqui na terra, do que ser forçado a reconhecê-lo no dia do julgamento. Daí se compreende que os milagres do Êxodo deram uma oportunidade para a salvação dos egípcios.

    14.20 Escuridade. As coisas de Deus sempre se tornam em confusão e escuridade para os ímpios, mas luz, alegria e vitória para os fiéis.

    14.22 Qual muro. Mesmo que o Mar fosse menos fundo, no lugar e na época da passagem dos israelitas, havia muita água, de ambos os lados da passagem.

    14.26 Estende a mão. Moisés assume a autoridade divina sobre o mar, quando os egípcios estão tão empenhados na perseguição que não haverá meio de escapar. Isto é semelhante ao perigo do pecado, que tão seguramente prende suas vítimas.

    14.29 Muros. As águas que eram uma ameaça e uma destruição para os ímpios, são muros de segurança para os que seguem o caminho de Deus. Assim, Cristo é o aroma da vida eterna para os que O aceitam, mas cheiro de morte para os que O rejeitam (2 Co 2:14-17).

    14.30 Israel viu os egípcios. Os que estavam sempre perante os israelitas como perseguidores temíveis, agora não passavam de cadáveres. Também o crente, pela fé, deve encarar os problemas da vida, já vencidos por Cristo.

    14.31 Confiou. Infelizmente está confiança dependia da prosperidade dramática visível, enquanto Moisés, o herói da fé, vivia como "quem vê aquele que é invisível” (He 11:27).

    15.1 O tema desta canção celebra a intervenção divina na derrota daqueles que perseguiam o Seu povo.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Êxodo Capítulo 14 do versículo 1 até o 31
    Se havia uma guarnição egípcia no lugar, então a mudança de direção ordenada em 14.2,3 teria uma explicação adicional, v. 21,22. Manifestações da presença divina como as que marcaram a cerimônia de estabelecimento da aliança no Sinai (conforme 19.16ss) dariam a segurança ao povo de que ele estava indo na direção correta. A observação é apropriada, pois as circunstâncias imediatas (v. 14:1-18) poderiam sugerir outra coisa. 14.2. Nenhum dos lugares mencionados no versículo pode ser identificado com segurança. O primeiro nome é evidentemente egípcio, e os outros dois são semíticos; todos devem ter se situado próximo da fronteira nordeste do Egito. v. 3. Conforme comentário de 13.20. O faraó receberia informações que o levariam a supor que os israelitas estavam num impasse e, portanto, seriam presa fácil.

    5) Cruzando o mar (14:5-31)

    O dilema dos israelitas foi planejado para demonstrar mais uma vez o poder e a glória de Deus. As forças da natureza recebem ordem para dar passagem segura aos israelitas e a desabar com destruição sobre os destacamentos egípcios que os perseguiam. V. Sl 77:16-19. v. 5. Foi a percepção de que haviam perdido uma proporção considerável da sua força de trabalho que levou os egípcios a começar a perseguição, v. 6. Geralmente se atribui aos hicsos a introdução da carruagem no Egito. Em comparação, as armas dos israelitas devem ter sido grosseiras e inadequadas. (Israel não possuiu carros de guerra em quantidade razoável antes do reinado de Salomão.) v. 11. Essa é somente a primeira queixa a soar nos ouvidos de Moisés durante a peregrinação no deserto (cf. 16.2,3; 17.2,3 etc.), v. 12. Algo acerca disso deve ter sido dito na ocasião descrita em 6.9. v. 20. Js 24:7 lembra que nessa ocasião Deus colocou “trevas entre vocês e os egípcios”. A última parte do versículo é de difícil tradução e geralmente é emendada para possibilitar um sentido razoável, v. 22. uma parede'. “Essa metáfora não deve ser compreendida de forma literal, assim como Ed 9:9 também não deve ser compreendido de forma literal quando diz que Deus lhes deu um ‘muro’ (mesma palavra) em Israel. E uma metáfora poética para explicar por que os carros egípcios não podiam avançar pela direita ou pela esquerda para cortar a frente de Israel; eles tinham de atravessar pelo mesmo vau, diretamente atrás dos israelitas” (Cole), v. 24. no fim da madrugada-, algumas versões trazem “na vigília da manhã”. A noite era dividida em três partes (conforme Jz 7:19), de forma que a vigília da manhã durava das 2 horas até às 6 horas da manhã. Saul também achou que essa era a hora ideal para atacar o inimigo (1Sm 11:11). o pôs em confusão traduz uma palavra usada especificamente para situações em que Deus desbarata os inimigos de Israel (conforme 23.27; Js 10:10). v. 28. Nada no relato exige que pensemos que o rei encontrou o mesmo destino do seu exército, tampouco existem evidências históricas para fundamentar essa suposição. Levando em conta as frequentes menções do faraó nas narrativas das pragas, a ausência de referências específicas a ele nos caps. 14 e 15 necessariamente aponta na mesma direção.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Êxodo Capítulo 14 do versículo 1 até o 31

    Êxodo 14

    Ex 14:1-31. A passagem pelo Mar Vermelho. "O fato da passagem do Mar Vermelho só pode ser posto em dúvida por um ceticismo extremo e sem base" (Cambridge Bible).


    Moody - Comentários de Êxodo Capítulo 14 do versículo 27 até o 28

    27,28. As águas que ameaçaram os israelitas em sua passagem, e que, a não ser pela divina mão que as refreou, os teriam destruído, agora desabaram sobre os egípcios. "Desta manifestação da onipotência de Jeová, os israelitas deviam discernir que Ele não era apenas o Libertador misericordioso, mas também o santo Juiz dos ímpios, para que pudessem crescer no temor de Deus como também na fé que tinham acabado de demonstrar" (KD).


    Dúvidas

    Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
    Dúvidas - Comentários de Êxodo Capítulo 14 versículo 27
    Ex 14:21-29 - Como foi que dois milhões de pessoas puderam atravessar o Mar Vermelho num tempo tão curto?

    PROBLEMA: De acordo com o relato da travessia do Mar Vermelho, toda aquela multidão de israelitas fugitivos deve ter tido não mais do que 24 horas para atravessar a parte do Mar Vermelho que Deus preparou para que por ela passassem. Entretanto, de acordo com os números disponíveis, havia cerca de dois milhões de pessoas (veja Nu 1:45-46). Mas, para uma multidão desse tamanho, 24 horas não seriam suficientes para a travessia.

    SOLUÇÃO: Primeiro, embora a passagem possa dar a idéia de que o tempo necessário para que a nação de Israel fizesse aquela travessia fosse curto, esta não é uma conclusão obrigatória. O texto afirma que Deus fez com que um forte vento oriental soprasse e recuasse as água "toda aquela noite" (Ex 14:21).

    O versículo 22 parece indicar que logo na manhã seguinte a multidão de israelitas começou a caminhada pelo leito feito dentro do mar. O versículo 24 afirma também: "Na vigília da manhã, o Senhor... viu o acampamento dos egípcios". Finalmente, de acordo com o versículo 26, Deus disse a Moisés: "Estende a mão sobre o mar, para que as águas se voltem sobre os egípcios". Entretanto, não há referência alguma sobre o tempo em que este comando foi dado, e não é obrigatória a conclusão de que Israel tenha completado a ultrapassagem naquela mesma manhã.
    Segundo, mesmo que admitamos que a travessia tenha levado 24 horas, isso não é assim tão impossível como pode parecer. A passagem não diz que o povo cruzou o mar numa fila indiana, ou que tenham tido de passar por uma faixa de terra seca da largura de uma rodovia dos nossos dias. De fato, é muito mais provável que Deus tenha aberto uma secção de alguns quilômetros de largura no mar. Isso certamente estaria de acordo com a situação, já que é muito provável que o acampamento dos israelitas nas margens do Mar Vermelho se estendesse por uns cinco quilômetros. Quando chegou a hora de o povo marchar sobre solo seco, provavelmente eles se moveram como uma grande multidão, avançando como um exército que estivesse invadindo as linhas do inimigo.

    Em Ex 13:18, o mar é chamado de Mar Vermelho. Em hebraico é yam suph, que pode ser traduzido por "Mar dos juncos". Esta era possivelmente uma referência a uma parte do mar bem mais ao norte do que hoje se chama Golfo de Suez. Parece ser este o caso, por várias razões. Primeiro, o Golfo de Suez não era conhecido por ter juncos. Segundo, ele é muito mais ao sul do que Pi-Hairote e Migdol, onde Israel acampou junto ao mar, de acordo com o versículo 2. Terceiro, para que Israel atingisse a extremidade mais ao norte do Golfo de Suez, eles teriam de ter atravessado uma grande extensão de deserto, e tal tipo de jornada não é indicado no texto.

    O Mar de juncos não era simplesmente uma extensão de terra pantanosa e rasa. Isto é evidente por pelo menos duas razões. Primeiro, o versículo 22 afirma que quando o mar foi repartido, "as águas lhes foram qual muro à sua direita e à sua esquerda". Isso obviamente não aconteceria se o mar fosse apenas um pântano. Segundo, depois que os egípcios entraram pelo mar em perseguição a Israel, Deus instruiu Moisés a estender a mão sobre o mar, e as águas voltaram ao seu nível normal e "cobriram os carros e os cavalarianos de todo o exército de Faraó, que os haviam seguido no mar" (Ex 14:28). Esta não teria sido uma descrição correta se o "Mar de juncos" fosse simplesmente uma extensão de terra pantanosa e rasa.
    É possível que o mar tenha sido o que se conhecia como o Lago Ballah. Este lago, embora tenha desaparecido em decorrência da construção do Canal de Suez, provavelmente não tinha mais do que 20 ou 25 quilômetros de largura. É claro que não haveria problema algum para que toda aquela multidão pudesse atravessar esta distância em um dia.
    Mesmo que suponhamos que Israel tenha atravessado pela parte mais larga do Golfo de Suez, isto também não é um problema. Se admitirmos que a extensão atual do golfo é comparável com a sua extensão naquele tempo, é provável que ele tivesse, em média, não mais do que 65 quilômetros. Teria sido necessário caminhar a uma velocidade inferior a 3 quilômetros por hora para cruzar aquela extensão de 65 quilômetros em 24 horas.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Êxodo Capítulo 14 do versículo 1 até o 31
    Êx 14:1

    Pi-Hairote (2). Os nomes dos lugares desta narrativa não podem ser identificados com certeza, mas esse movimento provavelmente foi em círculo pela direita em direção ao sul, sendo que o mar Vermelho ficava à esquerda deles. Esse movimento, que fez parecer frustrar seu escape, foi designado por Deus para que viesse a operar uma libertação ainda mais miraculosa e viesse a fazer uma destruição ainda maior entre os egípcios. Para que nos não sirva? (5). A perda de tantos milhares de habilidosos trabalhadores era um golpe sério contra os egípcios. Com alta mão (8), isto é, com orgulhosa confiança. Contraste-se isso com o terror deles, ao verem o exército egípcio perseguidor (10). Para nos tirares de lá...? (11). Um escárnio irônico tal como os israelitas sempre empregaram contra Moisés quando ocorria qualquer revés. A palavra... no Egito (12). Assim mesmo tinham murmurado, antes dos milagres serem realizados (versículo 21; Êx 6:9). O novo temor fê-los esquecer os poderosos atos de Deus, que tinha intervindo a favor deles desde então. Vos calarei (14). O ato salvador de Deus silenciaria todos os queixumes da incredulidade. Por que clamas a mim? (15). Não havia nada de errado no fato de Moisés ter clamado ao Senhor, mas oração deve ser acompanhada por ação. Que marchem (15). Isso não contradiz o "estai quietos" do versículo 13. O movimento aqui ordenado devia ser feito no mesmo espírito de fé acalmante que é ordenado no versículo anterior.

    >Êx 14:19

    O anjo de Deus (19). Ver 3.2 nota. A coluna de nuvem era o instrumento do Senhor (conf. Êx 13:21) e se movia exatamente conforme Ele se movia. Era escuridade (20). A tradução deste versículo, nesta versão, expressa o sentido. A nuvem brilhante, que "esclarecia" atrás dos israelitas, à noite, mostrava-lhes o caminho, e ao mesmo tempo os escondia da vista dos egípcios, que vinham atrás e ficavam ofuscados. Moisés estendeu a sua mão (21). O poder era de Deus, mas foi exercido quando Moisés demonstrou sua obediência e fé, estendendo a vara. O Senhor empregou uma força natural, o vento, como Seu instrumento na realização de um ato sobrenatural. As águas são chamadas de muro (22), porque assumiram literalmente essa conformação (ver Êx 15:8; Sl 78:13) e porque protegiam os flancos dos israelitas do ataque dos egípcios.

    >Êx 14:24

    Na vigília daquela manhã (24). Entre duas horas da madrugada e seis horas da manhã, alguma tremenda manifestação de Deus, por meio da coluna de fogo, aterrorizou as hostes egípcias, e a confusão conseqüente foi agravada pelo fato das carruagens terem sido impedidas de avançar direito, pelo que, virando-se para fugir do Senhor (ver versículos 4:18), ficaram reduzidos a uma massa que se esforçava em vão no meio da passagem. Dessa maneira Deus deu tempo para os israelitas passarem completamente, enquanto que fazia avançar a retaguarda do exército egípcio até o lugar da destruição, que se verificou ao amanhecer. Quanto ao dramático terror dessa cena ver Sl 77:17-19. O Senhor salvou Israel (30). Essa libertação não apenas depositou as bases da unidade nacional de Israel, mas também da unidade de sua fé, pois temeu o povo... e creram no Senhor (31). Tornou-se aquela libertação, para todos os tempos e para todos os povos, o exemplo dos propósitos de Deus na redenção.


    Dicionário

    Amanhecer

    verbo intransitivo Raiar, surgir o dia.
    Acordar, despertar: amanheci alegre.
    Estar ou encontrar-se ao romper do dia: amanhecemos na cidade.

    Derribar

    verbo transitivo Pôr abaixo; lançar por terra; abater; derrubar.
    Forçar a demissão de; destituir.
    Figurado Vencer, subjugar.
    Destruir, aniquilar.

    Lançar por terra; fazer cair.

    Derribar Derrubar; destruir (Ec 3:3).

    Egípcios

    -

    Encontro

    substantivo masculino Ato ou efeito de encontrar, de estar diante de alguém.
    Ficar imprevistamente face a face com uma pessoa ou coisa.
    Colisão de dois corpos: encontro de veículos.
    Competição esportiva; luta, duelo: encontro de adversários.
    Confluência de rios: encontro de águas.
    Pessoas que se reúnem para debater um assunto; congresso.
    Choque de alguém com outra pessoa ou coisa; encontrão.
    Combate físico; briga.
    [Militar] Combate imprevisto entre duas tropas em marcha.
    [Zoologia] Ponto de articulação das asas das aves com o rádio e o cúbito.
    locução prepositiva Ao encontro de. À procura de, a favor de: meu pensamento vai ao encontro do seu.
    De encontro a. Contra; em oposição a: o que você pensa vai de encontro ao que acreditamos, você está demitido!
    Etimologia (origem da palavra encontro). Forma regressiva de encontrar, do latim incontrare, ir na direção, ao encontro de.

    Então

    advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
    Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
    Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
    interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
    Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
    substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
    Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

    Estender

    verbo transitivo direto e pronominal Tornar mais amplo no tempo ou no espaço; alongar: estender a estadia; o mar estende-se de modo infinito.
    Fazer ficar maior; aumentar-se: ele estendeu suas capacidades; seu talento estendia-se com o tempo.
    Causar a propagação de; espalhar-se: estendeu a educação aos territórios mais remotos; a tragédia se estendeu pela cidade.
    Dispor-se de modo horizontal; ficar deitado; deitar-se: estendeu-se na cama; estendeu-a no berço.
    Causar a divulgação de; fazer com que fique conhecido; divulgar: estender críticas; a fofoca estendeu-se por todo o bairro.
    verbo transitivo direto e intransitivo Alongar fazendo com que se torne maior ou mais largo: os fios de metal se estendem por toda a propriedade.
    verbo bitransitivo e pronominal Conter em sim; abarcar, abranger: estende seus insultos a todos; sua vontade se estende a múltiplos trabalhos.
    verbo transitivo direto Esticar, geralmente, uma parte do corpo: estender as pernas.
    Figurado Direcionar os olhos para longe: sua visão estendia pelo horizonte.
    Abrir totalmente; desdobrar, desenrolar: estendeu o lençol sobre a cama.
    Colocar roupas no varal para secá-las: ela estendia os vestidos.
    Derrubar; fazer com que seja derrubado ao chão: estendeu-a com o tapa.
    Fazer a preparação do cavalo para corrida.
    [Popular] Lançar o laço para enlaçar a rês.
    verbo bitransitivo Entregar alguma coisa a alguém: estendi-lhe o presente.
    Demonstrar a dedicação; dedicar: seu esforço estendia noite afora.
    Dar ou presentear; cumprimentar: estendo meus parabéns ao noivo.
    verbo pronominal Prolongar-se na realização de alguma coisa; demorar-se: estendeu-se no desenvolvimento do exame.
    Falar ou escrever de maneira prolixa: estendeu-se sobre aquele tópico e não parava de falar.
    Etimologia (origem da palavra estender). Do latim extendo.is.

    Estender
    1) Levantar (Ed 9:5; Jo 21:18).


    2) Mover para a frente, oferecendo (Sl 18:16, RA; At 4:30).


    3) Espalhar; desdobrar (9:8).


    Forca

    substantivo feminino Jogo em que se deve adivinhar uma palavra pelas letras que a compõem, sendo que cada erro corresponde ao desenho de uma parte de um corpo sendo enforcado.
    Instrumento usado para executar uma pena de morte por estrangulamento, suspensão de alguém pelo pescoço.
    Essa pena; o enforcamento: Saddam Huassei foi condenado à forca.
    Figurado Ação feita para enganar; ardileza.
    Grafismo. Erro de paginação causada por uma linha que destoa das demais; linha enforcada.
    Etimologia (origem da palavra forca). Do latim furca.ae.

    substantivo feminino Jogo em que se deve adivinhar uma palavra pelas letras que a compõem, sendo que cada erro corresponde ao desenho de uma parte de um corpo sendo enforcado.
    Instrumento usado para executar uma pena de morte por estrangulamento, suspensão de alguém pelo pescoço.
    Essa pena; o enforcamento: Saddam Huassei foi condenado à forca.
    Figurado Ação feita para enganar; ardileza.
    Grafismo. Erro de paginação causada por uma linha que destoa das demais; linha enforcada.
    Etimologia (origem da palavra forca). Do latim furca.ae.

    substantivo feminino Jogo em que se deve adivinhar uma palavra pelas letras que a compõem, sendo que cada erro corresponde ao desenho de uma parte de um corpo sendo enforcado.
    Instrumento usado para executar uma pena de morte por estrangulamento, suspensão de alguém pelo pescoço.
    Essa pena; o enforcamento: Saddam Huassei foi condenado à forca.
    Figurado Ação feita para enganar; ardileza.
    Grafismo. Erro de paginação causada por uma linha que destoa das demais; linha enforcada.
    Etimologia (origem da palavra forca). Do latim furca.ae.

    Forca Armação na qual um condenado morre ESTRANGULADO por uma corda (Et 5:14).

    Força

    [...] é apenas o agente, o modo de ação de uma vontade superior. É o pensamento de Deus que imprime o movimento e a vida ao Universo.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    A força é ato, que significa compromisso no bem ou no mal.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A força é palavra que edifica ou destrói.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A força é determinação que ampara ou menospreza.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -


    Mar

    Mar Designação que se dá ao lago de Tiberíades (Mt 4:13). Os evangelhos relatam episódios de Jesus caminhando sobre suas águas e dando ordens às suas ondas (Mt 8:24-27; 14,24-27; Mc 4:37-41; 6,47-50; Lc 8:23-25; Jo 6:17-20), como o fez YHVH em tempos passados (Sl 89:9ss.; Jn 1; Na 1:4).

    Mar Na Bíblia, qualquer grande extensão de Água, salgada (mar Mediterrâneo) ou doce (lago da Galiléia).


    1) Os mares mencionados na Bíblia são: a) MEDITERRÂNEO, ou o Mar, ou mar dos Filisteus, ou Grande, ou Ocidental (Nu 34:6); b) MORTO, ou da Arabá, ou Oriental, ou Salgado (Js 3:16); c) VERMELHO, ou de Sufe, ou do Egito (Ex 13:18); d) ADRIÁTICO (At 27:27).


    2) Os lagos são os seguintes: a) da GALILÉIA, ou de Genesaré, ou de Quinerete, ou de Tiberíades (Mt 4:18); b) de MEROM (Js 11:5).


    3) MONSTRO (7:12; Sl 74:13).

    ====================================

    O MAR

    V. MEDITERRÂNEO, MAR (Nu 13:29).


    O mar é a fotografia da Criação. Todo ele se pode dizer renovação e vida, tendo em si duas forças em contínuo trabalho – a da atração e a da repulsão, M que se completam na eterna luta, pois, se faltasse uma, nulo estaria o trabalho da outra.
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Um adeus

    O mar, gigante a agitar-se / Em primitivos lamentos, / É o servidor do equilíbrio / Dos terrestres elementos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18


    oceano. – Resumindo Bourg. e Berg. diz um autor: “Designa-se com estas palavras a vasta extensão de água salgada que cobre a maior parte da superfície do nosso planeta”. – Mar é o termo que ordinariamente se aplica para designar alguma das partes dessa extensão; e também para designar o conjunto das águas que circulam o globo, mas só quando esse conjunto é considerado de modo vago e geral (em sentido absoluto) e mais quanto à natureza que à vastidão dessa extensão. Dizemos: o mar e o céu; o mar é imenso; as areias do mar. E dizemos também o mar Báltico; o mar do Norte; o mar, os mares da costa, etc. Oceano designa em geral a vasta extensão dos mares. Usa-se, porém, às vezes para designar somente uma das suas partes, mas só quando essa parte forma uma das grandes divisões em que o mar se considera: o oceano Atlântico e o oceano Pacífico são as duas grandes divisões do oceano. – Antigamente dizia-se também – o mar Atlântico.

    substantivo masculino Grande extensão de água salgada; oceano: o mar ocupa uma grande parte da superfície da Terra.
    Uma parte limitada ou a água que compõe essa grande extensão: o mar Cáspio; banho de mar.
    A região situada na costa; área no litoral de: este final de semana vou para o mar!
    Figurado Grande quantidade; o que é imenso: ganhou um mar de dinheiro na loteria.
    Figurado Excesso de líquido que escoa ou derramamento exagerado de: mar de sangue.
    Figurado O que provoca fascinação, admiração; excessivamente belo.
    Etimologia (origem da palavra mar). Do latim mare.is.

    substantivo masculino Grande extensão de água salgada; oceano: o mar ocupa uma grande parte da superfície da Terra.
    Uma parte limitada ou a água que compõe essa grande extensão: o mar Cáspio; banho de mar.
    A região situada na costa; área no litoral de: este final de semana vou para o mar!
    Figurado Grande quantidade; o que é imenso: ganhou um mar de dinheiro na loteria.
    Figurado Excesso de líquido que escoa ou derramamento exagerado de: mar de sangue.
    Figurado O que provoca fascinação, admiração; excessivamente belo.
    Etimologia (origem da palavra mar). Do latim mare.is.

    os hebreus davam o nome de mar a qualquer grande massa de água. Esse termo compreendia o oceano (Gn 1:2 – 1 Rs 10.22 – 38:8) – o Mediterrâneo, que era chamado o mar último, o mar ocidental, tendo ainda vários outros nomes (Dt 11:24 – 34.2 – J12.20 – Êx 23:31 – 1 Rs 4.20 – Sl 80:11) – o mar Vermelho (Êx 10:19Js 24:6) – o mar Morto (ou Salgado) (Nm 34:3Js 18:19) – o mar da Galiléia (ou Quinerete) (Nm 34:11Mt 4:15Mc 3:7) – o mar de Jazer, um pequeno lago que fica perto de Hesbom (Jr 48:32). Além disso, aplicava-se algumas vezes a palavra aos grandes rios, como o Nilo (is 11:15), o Eufrates, o Tigre, que estavam sujeitos aos transbordamentos anuais, sendo inundados os territórios circunjacentes.

    Meio

    numeral A metade de uma unidade: dois meios valem um inteiro.
    substantivo masculino Ponto médio no espaço ou no tempo: o meio da praça.
    O ambiente onde se vive: o meio influencia as pessoas.
    Modo para se chegar a um fim; recurso: usou de meios desonestos.
    Figurado Local onde se vive ou se exerce uma atividade: meio acadêmico.
    Mais ou menos; nem muito, nem pouco: estou meio chateada hoje.
    O que tende a ser possível; possibilidade: não há meio de obter isso!
    Corpo ou ambiente em que se passam fenômenos especiais ou se desenvolvem microrganismos: um meio ácido.
    substantivo masculino plural Bens, haveres, recursos: os fins justificam os meios.
    adjetivo Que é a exata metade de um todo: meio litro; meia hora.
    advérbio Pela metade, um tanto: porta meio aberta; era meio estranho.
    Por meio de. Mediante, graças a:obteve o emprego por meio de fraude.
    Etimologia (origem da palavra meio). Do latim medius.ii.

    numeral A metade de uma unidade: dois meios valem um inteiro.
    substantivo masculino Ponto médio no espaço ou no tempo: o meio da praça.
    O ambiente onde se vive: o meio influencia as pessoas.
    Modo para se chegar a um fim; recurso: usou de meios desonestos.
    Figurado Local onde se vive ou se exerce uma atividade: meio acadêmico.
    Mais ou menos; nem muito, nem pouco: estou meio chateada hoje.
    O que tende a ser possível; possibilidade: não há meio de obter isso!
    Corpo ou ambiente em que se passam fenômenos especiais ou se desenvolvem microrganismos: um meio ácido.
    substantivo masculino plural Bens, haveres, recursos: os fins justificam os meios.
    adjetivo Que é a exata metade de um todo: meio litro; meia hora.
    advérbio Pela metade, um tanto: porta meio aberta; era meio estranho.
    Por meio de. Mediante, graças a:obteve o emprego por meio de fraude.
    Etimologia (origem da palavra meio). Do latim medius.ii.

    Moisés

    Moisés Líder escolhido por Deus para libertar os israelitas da escravidão do Egito (Exo 2—18), para fazer ALIANÇA 1, com eles (Exo 19—24), para torná-los povo de Deus e nação independente (Exo 25—) (Num
    36) e para prepará-los a fim de entrarem na terra de Canaã (Deu 1—33). Nasceu de pais israelitas, mas foi adotado pela filha do faraó do Egito, onde foi educado (Ex 2:1-10); (At 7:22). Após colocar-se ao lado de seu povo e matar um egípcio, fugiu para MIDIÃ 2, onde se casou com Zípora (Ex 2:11-22) Passados 40 anos, Deus o chamou e o pôs como líder da libertação do povo de Israel (Exo
    3) Por mais 40 anos Moisés cumpriu o mandado de Deus e morreu às portas da terra de Canaã, no monte NEBO (Dt 34). Alguns estudiosos colocam a data da morte de Moisés em torno de 1440 a.C., e outros a colocam por volta de 1225 a.C., dependendo da posição sob

    Moisés Levita da casa de Amram (Ex 6:18.20), filho de Jocabed. Conforme o Antigo Testamento, deveria ser morto como conseqüência do decreto genocida do faraó (provavelmente Tutmósis 3, embora outros apontem Ramsés II) que ordenara a morte dos meninos israelitas. Deixado nas águas do Nilo por sua mãe, foi recolhido por uma irmã do faraó, que o educou (Êx 2). Após matar um egípcio que maltratava alguns israelitas, precisou exilar-se, indo viver na terra de Madiã (Ex 2:11-15). Nesse local foi pastor, teve esposa e filhos e recebeu uma revelação de Deus, que o enviava ao Egito para libertar Israel (Êx 3). Retornou então e, em companhia de seu irmão Aarão, tentou convencer o faraó (possivelmente Amenotep II, Menreptá, segundo outros) para que deixasse o povo sair. O fato aconteceu somente depois de uma série de pragas, especialmente após a última em que morreu seu primogênito (Êx 5:13). A perseguição que o monarca egípcio empreendeu teve um final desastroso no mar dos Juncos. A marcha de Israel pelo deserto levou-o até o Sinai, onde Moisés recebeu os Dez mandamentos, assim como um código de leis para regerem a vida do povo (Ex 20:32-34). Conforme o Talmude, foi também quando receberam a lei oral. A falta de fé do povo — manifestada na adoração de uma imagem em forma de bezerro enquanto Moisés estava no monte — malograria logo mais a entrada na Terra Prometida. Moisés morreu sem entrar nela e o mesmo sucedeu com a geração libertada do Egito, exceto Josué e Caleb.

    A figura de Moisés é de uma enorme importância e a ele se atribui a formação de um povo cuja vida centrar-se-ia no futuro, certamente com altos e baixos, mas em torno do monoteísmo.

    O judaísmo da época de Jesus considerava-o autor da Torá (Mt 22:24; Mc 7:10; 10,3ss.) e mestre de Israel (Mt 8:4; 23,2; Jo 7:22ss.). Jesus atribui-lhe uma clara importância quando se apresentou como messias (Jo 5:39-47). Lamentou que seu papel tivesse sido usurpado pelos escribas (Mt 23:2ss.) e que muitos citassem Moisés como excusa para sua incredulidade (Jo 7:28ss.). Jesus considerou-se superior a Moisés, a cuja Lei deu uma nova interpretação (Mt 5:17- 48). Essa visão — confirmada pela narrativa da Transfiguração (Mt 17:3) — aparece também no cristianismo posterior (Jo 1:17.45).

    J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y...; f. f. Bruce, Acts...; C. Vidal Manzanares, El Hijo de Ra, Barcelona 1992; Idem, El judeo-cristianismo...


    Moisés era filho de Anrão (da tribo de Levi) e Joquebede; era irmão de Arão e Miriã. Nasceu durante os terríveis anos em que os egípcios decretaram que todos os bebês do sexo masculino fossem mortos ao nascer. Seus pais o esconderam em casa e depois o colocaram no meio da vegetação, na margem do rio Nilo, dentro de um cesto de junco. A descoberta daquela criança pela princesa, filha de Faraó, foi providencial e ela salvou a vida do menino. Seu nome, que significa “aquele que tira” é um lembrete desse começo obscuro, quando sua mãe adotiva lhe disse: “Eu o tirei das águas”.

    Mais tarde, o Senhor o chamou para ser líder, por meio do qual falaria com Faraó, tiraria seu povo do Egito e o levaria à Terra Prometida. No processo desses eventos 1srael sofreu uma transformação, pois deixou de ser escravo de Faraó para ser o povo de Deus. Os israelitas formaram uma comunidade, mais conhecida como o povo da aliança, estabelecida pela graça e pela soberania de Deus (veja Aliança).

    O Antigo Testamento associa Moisés com a aliança, a teocracia e a revelação no monte Sinai. O grande legislador foi o mediador da aliança mosaica [do Sinai] (Ex 19:3-8; Ex 20:18-19). Esse pacto foi uma administração da graça e das promessas, pelas quais o Senhor consagrou um povo a si mesmo por meio da promulgação da Lei divina. Deus tratou com seu povo com graça, deu suas promessas a todos que confiavam nele e os consagrou, para viverem suas vidas de acordo com sua santa Lei. A administração da aliança era uma expressão concreta do reino de Deus. O Senhor estava presente com seu povo e estendeu seu governo especial sobre ele. A essência da aliança é a promessa: “Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo” (Ex 6:7; Dt 29:13; Ez 11:20).

    Moisés foi exaltado por meio de sua comunhão especial com o Senhor (Nm 12:68; Dt 34:10-12). Quando Arão e Miriã reclamaram contra a posição privilegiada que ele ocupava, como mediador entre Yahweh e Israel, ele nada respondeu às acusações (Nm 12:3). Pelo contrário, foi o Senhor quem se empenhou em defender seu servo (Nm 12:6-8).

    O Senhor confirmou a autoridade de Moisés como seu escolhido, um veículo de comunicação: “A ele me farei conhecer... falarei com ele...” (v. 6; veja Dt 18:18). Separou-o como “seu servo” (Ex 14:31; Dt 34:5; Js 1:1-2) — uma comunhão de grande confiança e amizade entre um superior e um subalterno. Moisés, de maneira sublime, permaneceu como servo de Deus, mesmo depois de sua morte; serviu como “cabeça” da administração da aliança até o advento da Nova aliança no Senhor Jesus Cristo (Nm 12:7; veja Hb 3:2-5). De acordo com este epitáfio profético de seu ministério, Moisés ocupou um lugar único como amigo de Deus. Experimentou o privilégio da comunhão íntima com o Senhor: “E o Senhor falava com Moisés” (Ex 33:9).

    A diferença fundamental entre Moisés e os outros profetas que vieram depois dele está na maneira direta pela qual Deus falava com este seu servo. Ele foi o primeiro a receber, escrever e ensinar a revelação do Senhor. Essa mensagem estendeu-se por todos os aspectos da vida, inclusive as leis sobre santidade, pureza, rituais, vida familiar, trabalho e sociedade. Por meio de Moisés, o Senhor planejou moldar Israel numa “comunidade separada”. A revelação de Deus os tornaria imunes às práticas detestáveis dos povos pagãos, inclusive a adivinhação e a magia. Esta palavra, dada pelo poder do Espírito, transformaria Israel num filho maduro.

    A posição e a revelação de Moisés prefiguravam a posição única de Jesus. O grande legislador serviu ao reino de Deus como um “servo fiel” (Hb 3:2-5), enquanto Cristo é “o Filho de Deus” encarnado: “Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa” (Hb 3:6). Moisés, como o Senhor Jesus, confirmou a revelação de Deus por meio de sinais e maravilhas (Dt 34:12; veja também Ex 7:14-11:8; 14:5 a 15:21).

    Embora Moisés ainda não conhecesse a revelação de Deus em Cristo, viu a “glória” do Senhor (Ex 34:29-35). O apóstolo Paulo confirmou a graça de Deus na aliança mosaica quando escreveu à igreja em Roma: “São israelitas. Pertencem-lhes a adoção de filhos, a glória, as alianças, a lei, o culto e as promessas. Deles são os patriarcas, e deles descende Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém” (Rm 9:4-5)

    Moisés, o maior de todos os profetas antes da encarnação de Jesus, falou sobre o ministério de outro profeta (Dt 18:15-22). Foi testemunha de Deus para Israel de que um cumprimento ainda maior os aguardava: “Moisés, na verdade, foi fiel em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar” (Hb 3:5). A natureza desse futuro não era nada menos do que o resto que viria (Hb 4:1-13) em Cristo, por causa de quem Moisés também sofreu (Hb 11:26).

    A esperança escatológica da revelação mosaica não é nada menos do que a presença de Deus no meio de seu povo. A escatologia de Israel começa com as alianças do Senhor com Abraão e Israel. Moisés — o servo de Deus, o intercessor, o mediador da aliança — apontava para além de sua administração, para uma época de descanso. Ele falou sobre este direito e ordenou que todos os membros da comunidade da aliança ansiassem pelo descanso vindouro na celebração do sábado (heb. “descanso”), o sinal da aliança (Ex 31:14-17) e da consagração de Israel a uma missão sagrada (Ex 31:13), a fim de serem abençoados com todos os dons de Deus na criação (Dt 26:18-19; Dt 28:3-14). Moisés percebeu dolorosamente que o povo não entraria naquele descanso, devido à sua desobediência e rebelião (Dt 4:21-25). Ainda assim, falou sobre uma nova dispensação, aberta pela graça de Deus, da liberdade e da fidelidade (Dt 4:29-31; Dt 30:5-10: 32:39-43). Ele olhou para o futuro, para uma época de paz, tranqüilidade e plena alegria na presença de Deus, de bênção e proteção na Terra Prometida (Dt 12:9-10; Dt 25:19; Ex 33:14; Js 1:13).

    Essa esperança, fundamentada na fidelidade de Deus (Dt 4:31), é expressa mais claramente no testemunho final de Moisés, “o Hino do Testemunho” (Dt 32). Nele, o grande legislador recitou os atos do amor de Deus em favor de Israel (vv.1-14), advertiu contra a rebelião e o sofrimento que isso acarretaria (vv.15-35) e confortou os piedosos com a esperança da vingança do Senhor sobre os inimigos e o livramento do remanescente de Israel e das nações (vv. 36-43). Fez até uma alusão à grandeza do amor de Deus pelos gentios! (vv. 36-43; Rm 15:10).

    O significado escatológico do Hino de Moisés reverbera nas mensagens proféticas de juízo e de esperança, justiça e misericórdia, exclusão e inclusão, vingança e livramento. A administração mosaica, portanto, nunca tencionou ser um fim em si mesma. Era apenas um estágio na progressão do cumprimento da promessa, aliás, um estágio importantíssimo!

    Como precursor da tradição profética, Moisés viu mais da revelação da glória de Deus do que qualquer outro homem no Antigo testamento (Ex 33:18; Ex 34:29-35). Falou sob a autoridade de Deus. Qualquer um que o questionasse desafiava a autoridade do Senhor. Israel encontrava conforto, graça e bênção, porque em Moisés se reuniam os papéis de mediador da aliança e intercessor (Ex 32:1-34:10; Nm 14:13-25). Ele orou por Israel, falou ousadamente como seu advogado diante do Senhor e encorajou o povo a olhar além dele, próprio, para Deus (veja Profetas e Profecias). W.A.VG.


    Salvo das águas. (Êx 2:10) – mais provavelmente, porém, é termo egípcio, significando filho, criança. Foi o grande legislador dos hebreus, filho de Anrão e Joquebede, da tribo de Levi. Ele nasceu precisamente no tempo em que o Faraó do Egito tinha resolvido mandar matar todas as crianças recém-nascidas do sexo masculino, pertencentes à família israelita (Êx 2:1-4 – 6.20 – At 7:20Hb 11:23). A sua mãe colocou-o num ‘cesto de junco’, à borda do Nilo. A filha de Faraó, que o salvou, deu-lhe o nome de Moisés, e educou-o como seu filho adotivo, de maneira que pôde ele ser instruído em toda a ciência dos egípcios (Êx 2:5-10At 7:21-22). Quando depois é mencionado, já ele era homem. Vendo que um israelita recebia bastonadas de um egípcio, e julgando que ninguém o via, matou o egípcio e enterrou o cadáver na areia. Mas alguém tinha observado o ato, e Moisés, sabendo disto, fugiu para a terra de Midiã, onde casou com Zípora, filha de Jetro, chefe ou sacerdote das tribos midianitas, tornando-se pastor dos rebanhos de seu sogro (Êx 2:11-21At 7:29). Foi no retiro e simplicidade da sua vida de pastor que Moisés recebeu de Deus a ordem de ir livrar os filhos de israel. Resolveu, então, voltar para o Egito, acompanhando-o sua mulher e os seus dois filhos – mas não tardou muito que ele os mandasse para a casa de Jetro, permanecendo eles ali até que tornaram a unir-se em Refidim, quando ele estava à frente da multidão dos israelitas. Pouco depois de se ter separado da mulher e dos filhos, encontrou Arão que, em negociações posteriores, foi o orador, visto como Moisés era tardo na fala (Êx 4:18-31). A ofensa de Moisés em Meribá foi três vezes repetida (Nm 20:1-13 – 27,14) – não acreditava que a água pudesse sair da rocha por simples palavras – então, desnecessariamente, feriu a rocha duas vezes, revelando com isto uma impaciência indesculpável – não atribuiu a glória do milagre inteiramente a Deus, mas antes a si próprio e a seu irmão: ‘porventura faremos sair água desta rocha?’ Faleceu quando tinha 120 anos de idade, depois de lhe ter mostrado o Senhor, do cume do monte Nebo, na cordilheira de Pisga, a Terra Prometida, na sua grande extensão. Este ‘ o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor – e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura’ (Dt 34:6). o único traço forte do seu caráter, que em toda a confiança podemos apresentar, acha-se em Nm 12:3: ‘Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.’ A palavra ‘manso’ não exprime bem o sentido – a idéia que a palavra hebraica nos dá é, antes, a de ser ele ‘muito sofredor e desinteressado’. Ele juntou-se aos seus compatriotas, vivendo eles a mais terrível escravidão (Êx 2:11 – 5,4) – ele esqueceu-se de si próprio, para vingar as iniqüidade de que eram vítimas os hebreus (Êx 2:14) – quis que seu irmão tomasse a direção dos atos libertadores em lugar de ele próprio (Êx4,13) -além disso, desejava que toda a gente hebréia recebesse dons semelhantes aos dele (Nm 11:29). Quando lhe foi feito o oferecimento de ser destruído o povo, podendo ele ser depois a origem de uma grande nação (Êx 32:10), pediu, na sua oração a Deus, que fosse perdoado o pecado dos israelitas, ‘ae não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste’ (Êx 32:32). (A respeito da conduta de Moisés na sua qualidade de libertador e legislador dos israelitas, vejam-se os artigos: Lei, Faraó, Pragas (as dez), Mar Vermelho, etc.)

    substantivo masculino Espécie de cesta acolchoada que serve de berço portátil para recém-nascidos; alcofa.
    Religião Profeta que, para cristãos e judeus, foi responsável pela escritura dos dez mandamentos e dos cinco primeiros livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), sendo a junção destes o livro sagrado dos Judeus (a Torá ou Tora); nesta acepção, usar com letras maiúsculas.
    Etimologia (origem da palavra moisés). Do nome próprio Moisés, do hebraico "Moshe", talvez do termo egípcio "mesu",.

    Mão

    As mãos eram empregadas tanto metaforicamente como cerimonialmente.
    (a): Beijar a mão de alguém era um ato de adoração (31:26-27): ‘Se olhei para o sol, quando resplandecia,…beijos Lhe atirei com a mão… ‘ *veja também 1 Rs 19.18.
    (b): Prestar juramento era acompanhado em todas as nações do ato de levantar a mão.
    (c): Dar a mão sempre significou paz, amizade e confiança (2 Rs 10.15).
    (d): Sentar-se alguém à mão direita era indicio de alta mercê (Sl 16:11 – 77.10), sendo o Filho de Deus muitas vezes representado como estando sentado à mão direita de Seu Pai (Hb 1:13 – *veja também Sl 110:1). Satanás estava à mão direita do sumo sacerdote Josué como acusador (Zc 3:1) – mas, sob outro ponto de vista, o Salmista diz: ‘o Senhor, tenho-o sempre à minha presença – estando ele à minha direita não serei abalado’ (Sl 16:8).
    (e): A imposição das mãos compreende-se de diferentes maneiras no Antigo e Novo Testamento. Muitas vezes se toma no sentido de ordenação e consagração de sacerdotes e ministros entre judeus e cristãos (Nm 8:10At 6:6 – 13.3 – 1 Tm 4.14). Deus designou Moisés para pôr as suas mãos sobre Josué, como seu sucessor (Nm 27:18). Jacó pôs as suas mãos sobre Efraim e Manassés, quando os abençoava (Gn 48:14). Quando o sumo sacerdote proferia a bênção, ele tinha a sua mão levantada sobre o povo (Lv 9:22). Semelhantemente, quando os israelitas apresentavam no tabernáculo ofertas pelos pecados, os sacerdotes punham as suas mãos sobre as vítimas, para expiação (Lv 1:4). Neste testemunho o ofertante reconhecia pelos seus pecados que era digno da morte, sendo compreendido que esses pecados apagavam-se no sacrifício, consagrando-se ele a Deus. A mão das testemunhas se levantava contra o idólatra para executar a sentença de morte (Dt 13:9 – 17.7). o nosso Salvador pôs as mãos sobre as cabeças das crianças, quando as abençoava (Mc 10:16) – e o Espirito Santo era conferido aos que eram batizados, pela imposição das mãos dos apóstolos (At 8:17 – 19.6). Pilatos lavou as mãos em sinal de inocência (Mt 27:24).

    Mão Medida de comprimento igual a 7,4 cm. É a medida da palma da mão na base dos dedos. É 1/3 do PALMO e 1/6 do CÔVADO (Ex 37:12), RC; RA, quatro dedos).

    Mão Símbolo do poder de Deus, digno de confiança (Mt 4:6). O Pai colocou tudo nas mãos de Jesus (Mt 3:12; Lc 3:17; Jo 3:45; 13,3), do qual provém a onipotência do Filho (Jo 10:28ss). Em Jesus, o uso das mãos está ligado à bênção (Mt 19:13-15; Mc 10:16; Lc 24:50) e à cura (Mc 6:5; 8,23-25; Lc 4:40; 13,13); o mesmo pode ser observado em seus discípulos (Mt 9:18; Mc 7:32; 16,18).

    Retomar

    retomar
    v. tr. dir. 1. Tornar a tomar. 2. Reconquistar. 3. Reaver, recobrar.

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Êxodo 14: 27 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Então Moisés estendeu a sua mão sobre o mar ①, e o mar retornou a sua força ao virar da manhã, e os egípcios, ao fugirem, foram de encontro a ele, e o SENHOR derrubou os egípcios no meio do mar,
    Êxodo 14: 27 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1446 a.C.
    H1242
    bôqer
    בֹּקֶר
    a manhã
    (the morning)
    Substantivo
    H3027
    yâd
    יָד
    a mão dele
    (his hand)
    Substantivo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3220
    yâm
    יָם
    mar
    (Seas)
    Substantivo
    H386
    ʼêythân
    אֵיתָן
    perpétuo, constante, perene, que flui
    (in strength)
    Adjetivo
    H4713
    Mitsrîy
    מִצְרִי
    os egípcios
    (the Egyptians)
    Adjetivo
    H4872
    Môsheh
    מֹשֶׁה
    Moisés
    (Moses)
    Substantivo
    H5127
    nûwç
    נוּס
    e fugiram
    (and fled)
    Verbo
    H5186
    nâṭâh
    נָטָה
    e armado
    (and pitched)
    Verbo
    H5287
    nâʻar
    נָעַר
    sacudir, sacudir para fora
    (and overthrew)
    Verbo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H6437
    pânâh
    פָּנָה
    virar
    (and turned their faces)
    Verbo
    H7125
    qirʼâh
    קִרְאָה
    Diversos verbos usam o Nifal, embora expressem ação simples
    (to meet)
    Substantivo
    H7725
    shûwb
    שׁוּב
    retornar, voltar
    (you return)
    Verbo
    H8432
    tâvek
    תָּוֶךְ
    no meio
    (in the midst)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    בֹּקֶר


    (H1242)
    bôqer (bo'-ker)

    01242 בקר boqer

    procedente de 1239; DITAT - 274c; n m

    1. manhã, romper do dia
      1. manhã
        1. referindo-se ao fim da noite
        2. referindo-se à chegada da aurora
        3. referindo-se ao início do nascer do sol
        4. referindo-se ai início do dia
        5. referindo-se a grande alegria depois de uma noite de sofrimento (fig.)
      2. amanhã, próximo dia, próxima manhã

    יָד


    (H3027)
    yâd (yawd)

    03027 יד yad

    uma palavra primitiva; DITAT - 844; n f

    1. mão
      1. mão (referindo-se ao homem)
      2. força, poder (fig.)
      3. lado (referindo-se à terra), parte, porção (metáfora) (fig.)
      4. (vários sentidos especiais e técnicos)
        1. sinal, monumento
        2. parte, fração, porção
        3. tempo, repetição
        4. eixo
        5. escora, apoio (para bacia)
        6. encaixes (no tabernáculo)
        7. um pênis, uma mão (significado incerto)
        8. pulsos

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    יָם


    (H3220)
    yâm (yawm)

    03220 ים yam

    procedente de uma raiz não utilizada significando rugir; DITAT - 871a; n m

    1. mar
      1. Mar Mediterrâneo
      2. Mar Vermelho
      3. Mar Morto
      4. Mar da Galiléia
      5. mar (geral)
      6. rio poderoso (Nilo)
      7. o mar (a bacia grande no átrio do templo)
      8. em direção ao mar, oeste, na diração oeste

    אֵיתָן


    (H386)
    ʼêythân (ay-thawn')

    0386 איתן ’eythan ou (forma contrata) אתן ’ethan

    procedente de uma raiz não utilizada (significando continuar); DITAT - 935a; adj

    1. perpétuo, constante, perene, que flui
      1. fluente (referindo-se a rio ou ribeiro)
      2. permanência, permanente, duradouro (fig.)

    מִצְרִי


    (H4713)
    Mitsrîy (mits-ree')

    04713 מצרי Mitsriy

    procedente de 4714; adj

    Egípcio(s) ou egípcia(s) = veja Egito “dificuldades dobradas”

    1. egípcio - um habitante ou cidadão do Egito
      1. um egípcio
      2. o egípcio

    מֹשֶׁה


    (H4872)
    Môsheh (mo-sheh')

    04872 משה Mosheh

    procedente de 4871, grego 3475 Μωσης; DITAT - 1254; n pr m Moisés = “tirado”

    1. o profeta e legislador, líder do êxodo

    נוּס


    (H5127)
    nûwç (noos)

    05127 נוס nuwc

    uma raiz primitiva; DITAT - 1327; v

    1. fugir, escapar
      1. (Qal)
        1. fugir
        2. escapar
        3. fugir, partir, desaparecer
        4. ir velozmente (ao ataque) em lombo de cavalo
      2. (Polel) impelir para
      3. (Hitpolel) fugir
      4. (Hifil)
        1. afugentar
        2. conduzir apressadamente
        3. fazer desaparecer, esconder

    נָטָה


    (H5186)
    nâṭâh (naw-taw')

    05186 נטה natah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1352; v

    1. estender, esticar, estirar, armar, dobrar, perverter, inclinar, curvar, abaixar-se
      1. (Qal)
        1. esticar, estender, estirar, oferecer
        2. esticar, armar (tenda)
        3. curvar, virar, inclinar
          1. virar para o lado, inclinar, declinar, curvar-se
          2. curvar, abaixar
          3. estender, esticar (fig.)
      2. (Nifal) ser estendido
      3. (Hifil)
        1. estender
        2. espalhar
        3. virar, inclinar, influenciar, abaixar, estender, esticar, empurrar para o lado, repelir

    נָעַר


    (H5287)
    nâʻar (naw-ar')

    05287 נער na ar̀

    uma raiz primitiva [provavelmente idêntica a 5286, com a idéia do roçar da juba, que geralmente acompanha o rugido do leão]; DITAT - 1388; v

    1. sacudir, sacudir para fora
      1. (Qal) sacudir para fora, mostrar que está vazio
      2. (Nifal)
        1. ser sacudido
        2. sacudir-se
      3. (Piel) sacudir para fora
      4. (Hitpael) sacudir-se

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    פָּנָה


    (H6437)
    pânâh (paw-naw')

    06437 פנה panah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1782; v.

    1. virar
      1. (Qal)
        1. virar para ou de ou afastar-se
        2. virar e fazer
        3. passar, declinar (referindo-se ao dia)
        4. virar em direção a, aproximar (referindo-se a noite)
        5. virar e olhar, olhar, olhar para trás ou na direção de ou cuidar
      2. (Piel) afastar, tirar do caminho, esclarecer, desobstruir
      3. (Hifil)
        1. virar
        2. retornar, mostrar sinais de volta, virar as costas
      4. (Hofal) ser levado a voltar

    קִרְאָה


    (H7125)
    qirʼâh (keer-aw')

    07125 קראה qir’ah

    procedente de 7122; DITAT - 2064 n. m.

    1. (BDB) deparar com, acontecer, encontrar com
      1. (Qal)
        1. encontrar, deparar
        2. acontecer (fig.)

    שׁוּב


    (H7725)
    shûwb (shoob)

    07725 שוב shuwb

    uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.

    1. retornar, voltar
      1. (Qal)
        1. voltar, retornar
          1. voltar
          2. retornar, chegar ou ir de volta
          3. retornar para, ir de volta, voltar
          4. referindo-se à morte
          5. referindo-se às relações humanas (fig.)
          6. referindo-se às relações espirituais (fig.)
            1. voltar as costas (para Deus), apostatar
            2. afastar-se (de Deus)
            3. voltar (para Deus), arrepender
            4. voltar-se (do mal)
          7. referindo-se a coisas inanimadas
          8. em repetição
      2. (Polel)
        1. trazer de volta
        2. restaurar, renovar, reparar (fig.)
        3. desencaminhar (sedutoramente)
        4. demonstrar afastamento, apostatar
      3. (Pual) restaurado (particípio)
      4. (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
        1. trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
        2. trazer de volta, renovar, restaurar
        3. trazer de volta, relatar a, responder
        4. devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
        5. voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
        6. virar (o rosto), voltar-se para
        7. voltar-se contra
        8. trazer de volta à memória
        9. demonstrar afastamento
        10. reverter, revogar
      5. (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
      6. (Pulal) trazido de volta

    תָּוֶךְ


    (H8432)
    tâvek (taw'-vek)

    08432 תוך tavek

    procedente de uma raiz não utilizada significando partir ao meio; DITAT - 2498; n. m.

    1. meio
      1. meio
      2. para dentro, pelo meio de (depois de verbos de movimento)
      3. entre (referindo-se a um grupo de pessoas)
      4. entre (referindo-se a objetos dispostos em pares)
      5. dentre (quando para tirar, separar, etc.)

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo