Enciclopédia de Êxodo 20:4-4

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ex 20: 4

Versão Versículo
ARA Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
ARC Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas de baixo da terra.
TB Não farás para ti imagem de escultura, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
HSB לֹֽ֣א תַֽעֲשֶׂ֨ה־ לְךָ֥֣ פֶ֣֙סֶל֙ ׀‪‬ וְכָל־ תְּמוּנָ֡֔ה אֲשֶׁ֤֣ר בַּשָּׁמַ֣֙יִם֙ ׀ מִמַּ֡֔עַל וַֽאֲשֶׁ֥ר֩ בָּאָ֖֨רֶץ מִתַָּ֑֜חַת‪‬ וַאֲשֶׁ֥֣ר בַּמַּ֖֣יִם ׀ מִתַּ֥֣חַת לָאָֽ֗רֶץ‪‬
BKJ Não farás para ti nenhuma imagem esculpida, ou qualquer semelhança de alguma coisa que está em cima no céu, ou que está embaixo na terra, ou que está na água abaixo da terra.
LTT Não farás para ti imagem esculpida, nem alguma similitude do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas abaixo da terra.
BJ2 Não farás para ti imagem esculpida de nada que se assemelhe ao que existe lá em cima, nos céus, ou embaixo na terra, ou nas águas que estão debaixo da terra.[t]
VULG Non facies tibi sculptile, neque omnem similitudinem quæ est in cælo desuper, et quæ in terra deorsum, nec eorum quæ sunt in aquis sub terra.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Êxodo 20:4

Êxodo 32:1 Mas, vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, ajuntou-se o povo a Arão e disseram-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de nós; porque quanto a este Moisés, a este homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu.
Êxodo 32:8 e depressa se tem desviado do caminho que eu lhes tinha ordenado; fizeram para si um bezerro de fundição, e perante ele se inclinaram, e sacrificaram-lhe, e disseram: Estes são os teus deuses, ó Israel, que te tiraram da terra do Egito.
Êxodo 32:23 e eles me disseram: Faze-nos deuses que vão adiante de nós; porque não sabemos que sucedeu a este Moisés, a este homem que nos tirou da terra do Egito.
Êxodo 34:17 Não farás para ti deuses de fundição.
Levítico 19:4 Não vos virareis para os ídolos, nem vos fareis deuses de fundição. Eu sou o Senhor, vosso Deus.
Levítico 26:1 Não fareis para vós ídolos, nem vos levantareis imagem de escultura nem estátua, nem poreis figura de pedra na vossa terra, para inclinar-vos a ela; porque eu sou o Senhor, vosso Deus.
Deuteronômio 4:15 Guardai, pois, com diligência a vossa alma, pois semelhança nenhuma vistes no dia em que o Senhor, vosso Deus, em Horebe, falou convosco, do meio do fogo;
Deuteronômio 4:23 Guardai-vos de que vos esqueçais do concerto do Senhor, vosso Deus, que tem feito convosco, e vos façais alguma escultura, imagem de alguma coisa que o Senhor, vosso Deus, vos proibiu.
Deuteronômio 5:8 Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra;
Deuteronômio 27:15 Maldito o homem que fizer imagem de escultura ou de fundição, abominação ao Senhor, obra da mão do artífice, e a puser em um lugar escondido! E todo o povo responderá e dirá: Amém!
I Reis 12:28 Pelo que o rei tomou conselho, e fez dois bezerros de ouro, e lhes disse: Muito trabalho vos será o subir a Jerusalém; vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito.
II Crônicas 33:7 Também pôs uma imagem esculpida, o ídolo que tinha feito, na Casa de Deus, da qual Deus tinha dito a Davi e a Salomão, seu filho: Nesta casa, em Jerusalém, que escolhi dentre todas as tribos de Israel, porei eu o meu nome para sempre;
Salmos 97:7 Confundidos sejam todos os que servem a imagens de escultura, que se gloriam de ídolos inúteis; prostrai-vos diante dele todos os deuses.
Salmos 115:4 Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens.
Salmos 135:15 Os ídolos das nações são prata e ouro, obra das mãos dos homens.
Isaías 40:18 A quem, pois, fareis semelhante a Deus ou com que o comparareis?
Isaías 42:8 Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor, às imagens de escultura.
Isaías 42:17 Tornarão atrás e confundir-se-ão de vergonha os que confiam em imagens de escultura e dizem às imagens de fundição: Vós sois nossos deuses.
Isaías 44:9 Todos os artífices de imagens de escultura são vaidade, e as suas coisas mais desejáveis são de nenhum préstimo; e suas mesmas testemunhas nada veem, nem entendem, para que eles sejam confundidos.
Isaías 45:16 Envergonhar-se-ão e também se confundirão todos; cairão juntamente na afronta os que fabricam imagens.
Isaías 46:5 A quem me fareis semelhante, e com quem me igualareis, e me comparareis, para que sejamos semelhantes?
Jeremias 10:3 Porque os costumes dos povos são vaidade; pois cortam do bosque um madeiro, obra das mãos do artífice, com machado.
Jeremias 10:8 Mas eles todos se embruteceram e se tornaram loucos; ensino de vaidades é o madeiro.
Jeremias 10:14 Todo homem se embruteceu e não tem ciência; envergonha-se todo fundidor da sua imagem de escultura; porque sua imagem fundida mentira é, e não há espírito nela.
Ezequiel 8:10 E entrei e olhei, e eis que toda forma de répteis, e de animais abomináveis, e de todos os ídolos da casa de Israel estavam pintados na parede em todo o redor.
Atos 17:29 Sendo nós, pois, geração de Deus, não havemos de cuidar que a divindade seja semelhante ao ouro, ou à prata, ou à pedra esculpida por artifício e imaginação dos homens.
Atos 19:26 e bem vedes e ouvis que não só em Éfeso, mas até quase em toda a Ásia, este Paulo tem convencido e afastado uma grande multidão, dizendo que não são deuses os que se fazem com as mãos.
Romanos 1:23 E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.
Apocalipse 9:20 E os outros homens, que não foram mortos por estas pragas, não se arrependeram das obras de suas mãos, para não adorarem os demônios e os ídolos de ouro, e de prata, e de bronze, e de pedra, e de madeira, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar.
Apocalipse 13:14 E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida de espada e vivia.
Apocalipse 14:9 E os seguiu o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta e a sua imagem e receber o sinal na testa ou na mão,
Apocalipse 16:2 E foi o primeiro e derramou a sua taça sobre a terra, e fez-se uma chaga má e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A Entrega da Lei

século XV ou XIII a.C.
O MONTE SINAI
Os israelitas seguiram caminho em direção a sudeste, numa rota mais ou menos paralela ao golfo de Suez. Não há meio de determinar exatamente os lugares onde pararam, mas, ainda assim, é possível traçar em linhas gerais a sua jornada pela região conhecida hoje como península do Sinai. O povo de Israel chegou ao deserto do Sinai no terceiro mês depois de sua partida do Egito. Nesse local, o Senhor apareceu a Moisés, dizendo: "Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da escravidão", e revelando várias leis, começando pelos Dez Mandamentos' e continuando com um código legal extenso que constitui o restante do livro de Exodo, todo o livro de Levítico e Números 1:1-10.10. 0 povo acampou no sopé da montanha, cujo pico foi coberto com fogo quando o Senhor desceu. A localização exata do monte Sinai é incerta, mas existem dois candidatos fortes:

1. O lugar tradicional é lebel Musa.com 2.244 m, identificado como o Sinai desde o tempo do imperador bizantino Justiniano (527-565 d.C.).

2. Bases-Safsafeb, um monte mais baixo, com 1.993 m, mas em cujo sopé há uma planície grande o suficiente para abrigar seiscentos mil homens e seus dependentes sem que precisassem se aproximar do monte? Jebal Serbal, com 2.070 m, a nordeste, também é apontado como candidato. As tentativas modernas de situar o monte Sinai em outros lugares como, por exemplo, a leste do golfo de Acaba, na Arábia, implicam mudanças radicais na rota percorrida no deserto. O fato de Paulo situar o monte Sinai na Arábia?
dificilmente pode ser considerado uma evidência, pois no tempo do Império Romano, a região conhecida como Arábia incluía o que chamamos hoje de península do Sinai.

TRATADO E ALIANÇA
O texto da aliança (ou acordo) firmada pelo Senhor com seu povo, Israel, no monte Sinai se encontra registrado na segundo metade do livro de Êxodo e em Levítico. Outros textos descrevendo a construção da tenda de culto (ou tabernáculo) e dos rituais a serem realizados pelos sacerdotes foram acrescentados à essa estrutura principal. A aliança foi renovada quase quarenta anos depois, nos últimos dias de Moisés, quando Israel estava prestes a entrar na terra prometida. O texto dessa aliança se encontra registrado no livro de Deuteronômio (um termo grego que significa "lei repetida"). As duas alianças seguem um padrão semelhante, como se pode observar no quadro da página ao lado. Felizmente, temos acesso a vários tratados (acordos entre monarcas e seus estados-vassalos) do Império Hitita, extinto em c. 1180 a.C. Esses tratados seguem um padrão praticamente idêntico a das alianças apresentadas no Pentateuco, tendo como principal diferença o fato de, nos tratados hititas, as maldições sem declaradas antes das bênçãos. Nas alianças do Antigo Testamento, as estipulações são apresentadas como leis diversas dadas pelo Senhor ao seu povo.
Os tratados feitos a primeira metade do primeiro milênio a.C. que, para muitos, é o período no qual o Pentateuco foi compilado a partir de várias fontes, seguem um padrão consideravelmente distinto. Não fornecem um prólogo histórico, a lista de testemunhas aparece antes das estipulações e estas são seguidas de maldições proferidas sobre quem violar o tratado. Convém observar, ainda, a ausência de bênçãos para quem guardar os termos da aliança.

CÓDIGOS LEGAIS ANTIGOS
A lei que o Senhor entregou a Moisés não foi o único código legal do Antigo Oriente Próximo a sobreviver. Vários outros são dignos de nota:
As
60) leis da cidade-estado de Eshnunna, na região central da Mesopotâmia, datadas de c. 1800 a.C.

O famoso Código de Hamurábi (com cerca de 282 leis), rei da Babilônia (1792-1750 a.C.), gravadas numa estela de basalto polido com 2,7 m de altura, levada como despojo a Susà, no sudoeste do Ira, e hoje parte do acervo do museu do Louvre, em Paris.

As 200 leis hititas, datadas de c. 1600 a.C. As 128 leis da Média Assíria, datadas do reinado de Tiglate-Pileser I (1115-1077 a.C.).

As diferenças entre as leis de Eshnunna e Hamurábi, por exemplo, e as leis de Moisés, são pronunciadas demais para sugerir uma inter-relação direta. As semelhanças encontradas entre os códigos legais refletem apenas um conjunto comum de valores presente em grande parte do Antigo Oriente Próximo nesse período. Devemos observar que, no tocante à sequência e ao número de estipulações legais, as leis de Moisés se encontram na mesma ordem das leis mencionadas acima, com cerca de 138 prescrições em Êxodo e Levítico e 101 prescrições em Deuteronômio.

O COMPILADOR DO PENTATEUCO
Considerando-se o que sabemos acerca dos procedimentos utilizados por escribas antigos, não há dúvidas que Moisés poderia ter compilado um documento como o Pentateuco usando fontes mais antigas. Por certo, Moisés conhecia o sistema hieroglífico de escrita do Egito e talvez houvesse aprendido também o acádio, a língua dos babilônios e da diplomacia na época. A escrita alfabética já era usada no tempo de Moisés. É interessante observar que alguns dos exemplos mais antigos de alfabeto dos quais se tem conhecimento foram encontrados em minas de turquesa egípcias em Serabit el-Khadim, na península do Sinai, e foram registrados por mineiros semitas por volta de 1700 .C. As semelhanças entre as alianças biblicas (Êxodo, Levítico e Deuteronômio) e os tratados da época sugerem que foram compiladas por uma pessoa com experiência diplomática. Moisés é um candidato apropriado, mas muitos estudiosos da Biblia rejeitam a ideia tradicional, corroborada por Tesus de que Moisés compilou o Pentateuco ou pelo menos uma parte considerável dos cinco livros. Tais estudiosos argumentam que a linguagem do Pentateuco é semelhante à da monarquia israelita, instituída vários séculos depois da morte de Moisés. A possibilidade dos textos do Pentateuco terem sido "modernizados" num período posterior não invalida a autoria mosaica. O relato da morte de Moisés em Deuteronômio 34 é, obviamente, uma exceção.

 

Por Paul Lawrence

 

Referências:

Êxodo 20:1-17
Êxodo 12.37
Êxodo 1 20.18
Gálatas 4.25
Marcos 7:10

Península do Sinai. Provável localização do monte Sinai
Península do Sinai. Provável localização do monte Sinai
Península do Sinai. Provável localização do monte Sinai
Península do Sinai. Provável localização do monte Sinai
Códigos legais no Antigo Oriente
Códigos legais no Antigo Oriente

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Emmanuel

ex 20:4
O Consolador

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Página: 161
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

 — Na reunião de 31 de outubro de 1939, no Grupo Espírita “Luís Gonzaga”, de Pedro Leopoldo, um amigo do Plano Espiritual lembrou aos seus componentes a discussão de temas doutrinários, por meio de perguntas nossas à entidade de Emmanuel, a fim de ampliar-se a esfera dos nossos conhecimentos.


Consultado sobre o assunto, o Espírito Emmanuel estabeleceu um programa de trabalhos a ser executado pelo nosso esforço, que foi iniciado pelas duas questões seguintes:


— Apresentando o Espiritismo, na sua feição de Consolador prometido pelo Cristo, três aspectos diferentes: científico, filosófico, religioso, qual desses aspectos é o maior?

— “Podemos tomar o Espiritismo, simbolizado desse modo, como um triângulo de forças espirituais.

“A Ciência e a Filosofia vinculam à Terra essa figura simbólica, porém, a Religião é o ângulo divino que a liga ao Céu. No seu aspecto científico e filosófico, a doutrina será sempre um campo nobre de investigações humanas, como outros movimentos coletivos, de natureza intelectual que visam o aperfeiçoamento da Humanidade. No aspecto religioso, todavia, repousa a sua grandeza divina, por constituir a restauração do Evangelho de Jesus-Cristo, estabelecendo a renovação definitiva do homem, para a grandeza do seu imenso futuro espiritual.”


— A fim de intensificar os nossos conhecimentos relativamente ao tríplice aspecto do Espiritismo, poderemos continuar com as nossas indagações?

— “Podereis perguntar, sem que possamos nutrir a pretensão de vos responder com as soluções definitivas, embora cooperemos convosco da melhor vontade.

“Aliás, é pelo amparo recíproco que alcançaremos as expressões mais altas dos valores intelectivos e sentimentais.

“Além do túmulo, o Espírito desencarnado não encontra os milagres da sabedoria, e as novas realidades do Plano imortalista transcendem aos quadros do conhecimento contemporâneo, conservando-se numa esfera quase inacessível às cogitações humanas, escapando, pois, às nossas possibilidades de exposição, em face da ausência de comparações analógicas, único meio de impressão na tábua de valores restritos da mente humana.

“Além do mais, ainda nos encontramos num plano evolutivo sem que possamos trazer ao vosso círculo de aprendizado as últimas equações, nesse ou naquele setor de investigação e de análise. É por essa razão que somente poderemos cooperar convosco sem a presunção da palavra derradeira. Considerada a nossa contribuição nesse conceito indispensável de relatividade, buscaremos concorrer com a nossa modesta parcela de experiência, sem nos determos no exame técnico das questões científicas, no objeto das polêmicas da Filosofia e das religiões, sobejamente movimentados nos bastidores da opinião, para considerarmos tão somente a luz espiritual que se irradia de todas as coisas e o ascendente místico de todas as atividades do espírito humano dentro de sua abençoada escola terrestre, sob a proteção misericordiosa Deus.”



As questões apresentadas foram as mais diversas e numerosas. Todos os componentes do Grupo, bem como outros amigos espiritistas de diferentes pontos, cooperaram no acervo das perguntas, ora manifestando as suas necessidades de esclarecimento íntimo, no estudo do Evangelho, ora interessados em assuntos novos que as respostas de Emmanuel suscitavam.

Em seguida, o autor espiritual selecionou as questões, deu-lhes uma ordem, catalogou-as em cada assunto particularizado, e eis aí o novo livro.

Que as palavras sábias e consoladoras de Emmanuel proporcionem a todos os companheiros de doutrina o mesmo bem espiritual que nos fizeram, são os votos dos modestos trabalhadores do Grupo Espírita “Luís Gonzaga”, de Pedro Leopoldo, Minas Gerais.


Pedro Leopoldo, 8 de março de 1940.



André Luiz

ex 20:4
Nosso Lar

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 19
Página: -
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

— Sua neta não vem à mesa para as refeições? perguntei à dona da casa, ensaiando palestra mais íntima.

— Por enquanto, alimenta-se a sós, — esclareceu dona Laura, — a tolinha continua nervosa, abatida. Aqui, não trazemos à mesa qualquer pessoa que se manifeste perturbada ou desgostosa. A neurastenia e a inquietação emitem fluidos pesados e venenosos, que se misturam automaticamente às substâncias alimentares. Minha neta demorou-se no Umbral quinze dias, em forte sonolência, assistida por nós. Deveria ingressar nos pavilhões hospitalares, mas, afinal, veio submeter-se aos meus cuidados diretos.

Manifestei desejo de visitar a recém-chegada do planeta. Seria muito interessante ouvi-la. Há quanto tempo estava sem notícias diretas da existência comum!?…

A senhora Laura não se fez rogada quando lhe dei a conhecer meu desejo.

Demandamos um quarto confortável e muito amplo. Uma jovem muito pálida repousava em cômoda poltrona. Surpreendeu-se vivamente ao ver-me.

— Este amigo, Eloísa, — explicou a genitora de Lísias, indicando-me, — é um irmão nosso que voltou da Esfera Física, há pouco tempo.

A moça fitou-me curiosa, embora os olhos perdidos nas fundas olheiras traduzissem grande esforço para concentrar atenção. Cumprimentou-me, esboçando vago sorriso, dando-me eu a conhecer, por minha vez.

— Deve estar cansada, — observei.

Antes, porém, que ela respondesse, adiantou-se a senhora Laura, procurando subtraí-la a esforços sobreposse fatigantes:

— Eloísa tem estado inquieta, aflita. Em parte, justifica-se. A tuberculose foi longa e deixou-lhe traços profundos; entretanto, não se pode prescindir, a tempo algum, do otimismo e da coragem.

Vi a jovem arregalar os olhos muito negros, como a reter o pranto, mas em vão. O tórax começava a arfar-lhe violentamente e, colando o lenço ao rosto, não conseguia conter os soluços angustiosos.

— Tolinha! — Disse a meiga senhora abraçando-a, — é necessário reagir contra isso. Estas impressões são os resultados da educação religiosa deficiente, nada mais. Sabes que tua mãe não se demorará e que não podes contar com a fidelidade do noivo, que, de modo algum, está preparado a te oferecer uma sincera dedicação espiritual na Terra. Ele ainda está longe do espírito sublime do amor iluminado. Naturalmente, desposará outra e deves habituar-te a esta convicção. Nem seria justo exigir-lhe a vinda brusca.

Sorrindo maternalmente, a senhora Laura acrescentou:

— Admitamos que viesse, forçando a lei. Não seria mais duro o sofrimento? Não pagarias caro a cooperação que houvesses desenvolvido nesse particular? Não te faltarão amizades carinhosas, nem colaboração fraternal, para que te equilibres aqui. E se amas, de fato, o rapaz, deves procurar harmonia para beneficiá-lo mais tarde. Além disso, tua mãe não tarda a chegar.

Penalizou-me o pranto copioso da jovem. Procurei estabelecer novo rumo à conversação, tentando subtraí-la à crise de lágrimas.

— Donde vem você, Eloísa? — Interroguei.

A mãe de Lísias, agora calada, parecia igualmente desejosa de vê-la desembaraçar-se.

Após longos instantes em que enxugava os olhos lacrimosos, a moça respondeu:

— Do Rio de Janeiro.

— Mas não deve chorar assim, — objetei. — Você é muito feliz. Desencarnou há poucos dias, está com os seus parentes e não conheceu tempestades na grande viagem…

Ela pareceu reanimar-se, falando mais calma:

— Não imagina, porém, quanto tenho sofrido. Oito meses de luta com a tuberculose, não obstante os tratamentos… a mágoa de haver transmitido a moléstia a minha carinhosa mãe… Além disso, o que padeceu por minha causa o pobre noivo, é inenarrável…

— Ora, ora, não diga isso, — observou a senhora Laura a sorrir. — Na Terra temos sempre a ilusão de que não há dor maior que a nossa. Pura cegueira: há milhões de criaturas afrontando situações verdadeiramente cruéis, comparadas às nossas experiências.

— Arnaldo, porém, vovó, ficou sem consolo, desesperado. Tudo isso dá que pensar, — acentuou contrafeita.

— E acreditas sinceramente nessa impressão? perguntou a matrona com inflexão de carinho. Observei teu ex-noivo, diversas vezes, no curso da tua enfermidade. Era natural que ele se comovesse tanto, vendo-te o corpo reduzido a frangalhos; mas não está preparado para compreender um sentimento puro. Reconfortar-se-á muito depressa. Amor iluminado não é para qualquer criatura humana. Conserva, portanto, o teu otimismo. Poderás auxiliá-lo, sem dúvida, muitas vezes, mas no que concerne à união conjugal, quando puderes excursionar às Esferas do planeta, em nossa companhia, já o encontrarás casado com outra.

Admirado por minha vez, notei a surpresa dolorosa de Eloísa. Não sabia a convalescente como portar-se ante a serenidade e o bom senso da avó.

— Será possível?

A genitora de Lísias esboçou um gesto extremamente carinhoso e falou:

— Não sejas teimosa, nem tentes desmentir-me. Vendo que a enferma parecia tomar a atitude íntima de quem deseja provas, a senhora Laura insistiu, muito meiga:

— Não te recordas da Maria da Luz, a colega que te levava flores todos os domingos? Pois nota: quando o médico anunciou, em caráter confidencial, a impossibilidade de restabelecer-te o corpo físico, Arnaldo, embora muito magoado, começou a envolvê-la em vibrações mentais diferentes. Agora que aqui estás, não demorarão muito as resoluções novas.

— Ah! Que horror, vovó!

— Horror, por quê? É preciso te habituares a considerar as necessidades alheias. Teu noivo é homem comum, não está alertado para as belezas sublimes do amor espiritual. Não podes operar milagres nele, por muito que o ames. A descoberta de si mesmo é apanágio de cada um. Arnaldo conhecerá mais tarde a beleza do teu idealismo; mas, por agora, é preciso entregá-lo às experiências de que necessita.

— Não me conformo! — Clamou a jovem, chorando, — justamente Maria da Luz, a amiga que sempre julguei fidelíssima…

A senhora Laura, todavia, sorriu e falou, cautelosa:

— Não será, porém, mais agradável confiá-lo aos cuidados de uma criatura irmã? Maria da Luz será sempre tua amiga espiritual, ao passo que outra mulher talvez te dificultasse, mais tarde, o acesso ao coração dele.

Eu estava eminentemente surpreendido. Eloísa prorrompera em soluços. A bondosa senhora percebeu-me a intranquilidade e, no propósito talvez de orientar tanto a neta quanto a mim, esclareceu sensatamente:

— Sei a causa do teu pranto, filhinha: nasce da terra inculta do nosso milenário egoísmo, da nossa renitente vaidade humana. Entretanto, a vovó não te fala para ferir, mas para acordar.

Enquanto Eloísa chorava, a mãe de Lísias convidou-me novamente à sala de estar, considerando que a doente necessitava de repouso.

Ao sentarmo-nos, falou em tom confidencial:

— Minha neta chegou profundamente fatigada. Prendeu o coração, demasiadamente, nas teias do amor-próprio. A rigor, o lugar dela seria em qualquer dos nossos hospitais; entretanto, o Assistente Couceiro julgou melhor situá-la junto ao nosso carinho. Isso, aliás, é muito do meu agrado, porque minha querida Teresa, sua mãe, está a chegar. Um pouco de paciência e atingiremos a solução justa. Questão de tempo e serenidade.



ex 20:4
Libertação

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 9
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

No dia imediato, pela manhã, em companhia de entidades ignorantes e transviadas, dirigimo-nos para confortável residência, onde espetáculo inesperado nos surpreenderia.

O edifício de enormes dimensões denunciava a condição aristocrática dos moradores, não só pela grandeza das linhas, mas também pelos admiráveis jardins que o rodeavam.

Paramos junto à ala esquerda, notando-a ocupada por muitas personalidades espirituais de aspecto deprimente. Rostos patibulares, carantonhas sinistras. Indiscutivelmente, aquela construção residencial permanecia vigiada por carcereiros frios e impassíveis, a julgar pelas sombras que os cercavam.

Transpus o limiar, de alma opressa.

O ar jazia saturado de elementos intoxicantes. Dissimulei, a custo, o mal-estar, recolhendo impressões aflitivas e dolorosas.

Entidades inferiores, em grande cópia, afluíram à sala de entrada, sondando-nos as intenções. De posse, porém, das instruções do nosso orientador, tudo fazíamos para nos assemelharmos a delinquentes vulgares. Reparei que o próprio Gúbio se fizera tão escuro, tão opaco na organização perispirítica, que de modo algum se faria reconhecível, à exceção de nós que o seguíamos, atentos, desde a primeira hora.

Instado por Sérgio, um gaiato rapaz que nos introduziu com maneiras menos dignas, Saldanha, o diretor da falange operante, veio receber-nos.

Pôs-se a fazer gestos hostis, mas, ante a senha com que Gregório nos favorecera, admitiu-nos na condição de companheiros importantes.

— O chefe deliberou apertar o cerco? — Perguntou ao nosso Instrutor, confidencialmente.

— Sim, — informou Gúbio, de modo vago, — desejaríamos examinar as condições gerais do assunto e auscultar a doente.

— A jovem senhora vai cedendo, devagarinho, — esclareceu a singular personagem, indicando-nos vasto corredor atulhado de substâncias fluídicas detestáveis.

Acompanhou-nos, um tanto solícito, mas desconfiado, e, em seguida a breve pausa, deixou-nos livre a entrada da grande câmara de casal.

A manhã resplandecia, lá fora, e o sol visitava o quarto, através da vidraça cristalina.

Mulher ainda moça, mostrando extrema palidez nas linhas nobres do semblante digno, entregava-se a tormentosa meditação.

Compreendi que atingíramos a intimidade de Margarida, a obsidiada que o nosso orientador se propunha socorrer.

Dois desencarnados, de horrível aspecto fisionômico, inclinavam-se, confiantes e dominadores, sobre o busto da enferma, submetendo-a a complicada operação magnética. Essa particularidade do quadro ambiente dava para espantar. No entanto, meu assombro foi muito mais longe, quando concentrei todo o meu potencial de atenção na cabeça da jovem singularmente abatida. Interpenetrando a matéria espessa da cabeceira em que descansava, surgiam algumas dezenas de “corpos ovóides”, de vários tamanhos e de cor plúmbea, assemelhando-se a grandes sementes vivas, atadas ao cérebro da paciente através de fios sutilíssimos, cuidadosamente dispostos na medula alongada.

A obra dos perseguidores desencarnados era meticulosa, cruel.

Margarida, pelo corpo perispirítico, jazia absolutamente presa, não só aos truculentos perturbadores que a assediavam, mas também à vasta falange de entidades inconscientes, que se caracterizavam pelo veículo mental, [os ovóides,] a se lhe apropriarem das forças, vampirizando-a em processo intensivo.

Em verdade, já observara, por mim, grande quantidade de casos violentos de obsessão, mas sempre dirigidos por paixões fulminatórias. Entretanto, ali verificava o cerco tecnicamente organizado.

Evidentemente, as “formas ovóides” haviam sido trazidas pelos hipnotizadores que senhoreavam o quadro.

Com a devida permissão, analisei a zona física hostilizada. Reparei que todos os centros metabólicos da doente apareciam controlados. A própria pressão sanguínea demorava-se sob o comando dos perseguidores. A região torácica apresentava apreciáveis feridas na pele e, examinando-as, cuidadoso, vi que a enferma inalava substâncias escuras que não somente lhe pesavam nos pulmões, mas se refletiam, sobremodo, nas células e fibras conjuntivas, formando ulcerações na epiderme.

A vampirização era incessante. As energias usuais do corpo pareciam transportadas às “formas ovóides”, que se alimentavam delas, automaticamente, num movimento indefinível de sucção.

Lastimei a impossibilidade de consulta imediata ao Instrutor, porquanto Gúbio, naturalmente, se estivesse livre, nos forneceria esclarecimentos amplos, mas concluí que a infortunada senhora devia ter sido colhida através do sistema nervoso central, de vez que os propósitos sinistros dos perseguidores se faziam patentes quanto à vagarosa destruição das fibras e células nervosas.

Margarida demonstrava-se exausta e amargurada.

Dominadas as vias do equilíbrio no cerebelo e envolvidos os nervos óticos pela influência dos hipnotizadores, seus olhos espantados davam ideia dos fenômenos alucinatórios que lhe acometiam a mente, deixando perceber o baixo teor das visões e audições interiores a que se via submetida.

Interrompi, no entanto, as observações acuradas, a fim de verificar a atitude psicológica do nosso orientador, que se arriscara à aventura para socorrer aquela senhora doente a quem amava por filha muito querida ao coração.

Esforçava-se Gúbio por não trair a imensa piedade que o senhoreava, diante da enferma conduzida para a morte.


Dentro de minha condição de humanidade, reconheci que, se a doente me fosse assim tão cara, não teria vacilado um momento. Movimentaria passes de libertação, ao longo do bulbo, retirar-lhe-ia aquela carga pesada e inútil de mentes enfermiças e, em seguida, lutaria contra os perseguidores, um a um.

Nosso Instrutor, porém, assim não procedeu.

Fixou a paisagem aflitiva com inequívoca tristeza, mas, logo após, demorou o olhar bondoso em Saldanha, como a pedir-lhe impressões mais profundas.

Secretamente tocado pelo impulso positivo do nosso dirigente, o chefe da tortura se sentiu na obrigação de prestar-lhe informações espontâneas.

— Estamos em serviço mais ativo, há dez dias precisamente, — elucidou, resoluto. — A presa foi colhida em cheio e, felizmente, não contamos com qualquer resistência. Se vieram colaborar conosco, saibam que, segundo acredito, não temos maior trabalho a fazer. Mais alguns dias e a solução não se fará esperar.

A meu ver, Gúbio conhecia todas as particularidades do assunto, mas, no propósito evidente de captar simpatia, interrogou:

— E o marido?

— Ora, — esclareceu Saldanha com escarninho sorriso, — o infeliz não tem a menor noção de vida moral. Não é mau homem; todavia, no casamento foi apenas transferido de “gozador da vida” a “homem sério”. A paternidade constituir-lhe-ia um trambolho e filhinhos, se os recebesse, não passariam para ele de curiosos brinquedos. Hoje, conduzirá a esposa à igreja.

E, reforçando a inflexão sarcástica, acentuou:

— Vão à missa, na esperança de melhoras.

Mal acabara a informação, tristonho e simpático cavalheiro; em cuja expressão carinhosa identifiquei, de pronto, o esposo da vítima, entrou no aposento, com ela permutando palavras amorosas e confortantes.

Amparou-a, prestimoso, e ajudou-a a vestir-se com esmero.

Decorridos alguns minutos, notei, apalermado, que os cônjuges, acompanhados por extensa súcia de perseguidores, tomavam um táxi na direção dum templo católico.

Seguimo-los sem detença.

O veículo, a meu ver, transformara-se como que num carro de festa carnavalesca. Entidades diversas aboletavam-se dentro e em torno dele, desde os pará-lamas até o teto luzente.

Minha curiosidade era enorme.

Descendo à porta da elegante santuário, observei estranho espetáculo. A turba de desencarnados, em posição de desequilíbrio, era talvez cinco vezes maior que a assembleia de crentes em carne e osso. Compreendi, logo, que em maior parte ali se achavam com o propósito deliberado de perturbar e iludir.

Saldanha encontrava-se excessivamente preocupado com as vítimas, para dispensar-nos maior atenção e, intencionalmente, Gúbio afastou-se um tanto, em nossa companhia, a fim de confiar-nos alguns esclarecimentos.

Penetramos o templo onde se comprimiam nada menos de sete a oito centenas de pessoas.

A algazarra dos desencarnados ignorantes e perturbadores era de ensurdecer. A atmosfera pesava. A respiração fizera-se-me difícil pela condensação dos fluidos semicarnais ali reinantes; todavia, ao fixar os altares, confortante surpresa aliviou-me o coração. Dos adornos e objetos do culto emanava doce luz que se espraiava pelos cimos da nave visitada de sol; fazia-se perceptível a nítida linha divisória entre as energias da parte inferior do recinto e as do plano superior. Dividiam-se os fluidos, à maneira de água cristalina e azeite impuro, num grande recipiente. 

Contemplando a formosa claridade dos nichos, perguntei ao nosso Instrutor:

— Que vemos? Não reza o segundo mandamento, trazido por Moisés, que o homem não deve fazer imagens de escultura para representar a Paternidade Celeste? (Ex 20:4)

— Sim, — concordou o orientador, — e determina o Testamento que ninguém se deve curvar diante delas. Efetivamente, pois, André, é um erro criar ídolos de barro ou de pedra para simbolizar a grandeza do Senhor, quando nossa obrigação primordial é a de render-lhe culto na própria consciência; entretanto, a Bondade Divina é infinita e aqui nos achamos perante apreciável quantidade de mentes infantis.

E sorrindo, acrescentou:

— Quantas vezes, meu amigo, a criança acalenta bibelôs, a fim de preparar-se convenientemente para as responsabilidades da vida madura? Ainda existem na Terra tribos primitivas que adoram o Pai na voz do trovão e coletividades vizinhas da taba que fazem de vários animais objeto de idolatria. Nem por isso o Senhor as abandona. Vale-se dos impulsos elevados que elas lhe oferecem e socorre-lhes as necessidades educativas. Nesta casa de oração, os altares recebem as projeções de matéria mental sublimada dos crentes. Há quase um século, as preces fervorosas de milhares deles aqui envolvem os nichos e apetrechos do culto. É natural que resplandeçam. Através de semelhante material, os mensageiros celestes distribuem dádivas espirituais com todos quantos sintonizem com o Plano superior. A luz que oferecemos ao Céu serve sempre de base às manifestações do Céu para a Terra.

Ante ligeira pausa, alonguei o olhar pela multidão bem vestida.

Quase todas as pessoas, ainda aquelas que ostentavam nas mãos delicados objetos de culto, revelavam-se mentalmente muito distantes da verdadeira adoração à Divindade. O halo vital de que se cercavam definia pelas cores o baixo padrão vibratório a que se acolhiam. Em grande parte, dominavam o pardo-escuro e o cinzento-carregado. Em algumas, os raios rubro-negros denunciavam cólera vingativa que, a nossos olhos, não conseguiriam disfarçar.

Entidades desencarnadas, em deplorável situação, espalhavam-se em todos os recantos, nas mesmas características.

Reconheci que os crentes elegantes, ainda mesmo que desejassem orar com sinceridade, precisariam despender imenso esforço.

A liturgia anunciou o início da cerimônia, mas, com grande assombro para mim, o sacerdote e os acólitos, não obstante se dirigirem para o campo de luz do altar-mor, envergando soberba vestimenta, jaziam em sombras, sucedendo o mesmo aos assistentes. Entretanto, procedendo de Mais Alto, três entidades de sublime posição hierárquica se fizeram visíveis à santa mesa, com o evidente propósito de ali semearem os benefícios divinos. Magnetizaram as águas expostas, saturando-as de princípios salutares e vitalizantes, como acontece nas sessões de Espiritismo Cristão, e, em seguida, passaram a fluidificar as hóstias, transmitindo-lhes energias sagradas à fina contextura.

Admirado, voltei a observar a plateia religiosa, mas os irmãos ignorantes que operavam no templo, sem corpo físico, tanto quanto ocorria aos encarnados, nem de longe registravam a presença dos nobres emissários espirituais que agiam em nome do Infinito Bem.

Reparei, através do halo de muita gente, que determinado número de frequentadores se esforçava por melhorar a atitude mental na oração. Reflexos arroxeados, tendendo a vacilante brilho, apareciam aqui e acolá; contudo, os malfeitores desencarnados propositadamente se postavam ao pé dos que se candidatavam à fé renovadora e reverente, buscando conturbá-los. Não longe, fixei a atenção numa senhora que acompanhava o sacerdote com o manifesto desejo de receber a bênção celestial; os olhos úmidos e os tênues raios de luz, que se lhe projetavam da mente, diziam da sincera aspiração à vida superior que, naquele instante, lhe banhava o pensamento devoto; entretanto, dois transviados da Esfera inferior, percebendo-lhe a esperança construtiva, tentavam anular-lhe a atenção e, segundo o que me foi permitido verificar, lhe sugeriam reminiscências de baixo teor, inutilizando-lhe a tentativa.

Voltei-me para o orientador, que prestimosamente explicou:

— A história de gênios satânicos, atacando os devotos de variados matizes, é, no fundo, absolutamente verdadeira. As inteligências pervertidas, incapazes de receber as vantagens celestes, transformam-se em instrumentos passivos das inteligências rebeladas, que se interessam pela ignorância das massas, com lastimável menosprezo pela espiritualidade superior que nos governa os destinos. A aquisição de fé, por isto mesmo, demanda trabalho individual dos mais persistentes. A confiança no bem e o entusiasmo de viver que a luz religiosa nos infunde modificam-nos a tonalidade vibratória. Lucramos infinitamente com a imersão das forças interiores no sublimado idealismo da crença santificante, a que nos afeiçoamos; todavia, o serviço real que nos cabe não se resume só a palavras. A profissão de fé não é tudo. A experiência da alma no corpo denso destina-se, de maneira fundamental, ao aprimoramento do indivíduo. É nos atritos da marcha que o ser se desenvolve, se apura e ilumina. Não obstante, a tendência dos crentes, em geral, é a de fugir aos conflitos da senda. Pessoas existem que depois de servirem ao ideal religioso, durante dois anos, pretendem o repouso de vinte séculos. Em todas as casas de fé, os mensageiros do Senhor distribuem favores e bênçãos compatíveis com as necessidades de cada um; entretanto, é imprescindível que se prepare o coração nas linhas do mérito, a fim de recolhê-los. Entre emissão e recepção, prevalece o imperativo da sintonia. Sem esforço preparatório, é impossível ambientar o benefício. Embalde imporíamos, de imediato, ao homem selvagem a vida num palácio erguido pela cultura moderna. Aos acordes de nossa música, preferiria ele os ruídos da ventania, e um cabaz de flechas lhe pareceria mais valioso que um dos nossos mais perfeitos parques industriais. Portanto, para que alguém se coloque a caminho das eminências sociais, é indispensável seja educado, de boa vontade, aceitando as sugestões de melhoria e serviço.

Gúbio espraiou o olhar através da multidão que presenciava a cerimônia, aparentemente contrita, e acentuou:

— Em verdade, a missa é um ato religioso tão venerável quanto qualquer outro em que os corações procuram identificar-se com a Proteção Divina; no entanto, raros são aqueles que trazem até aqui o espírito efetivamente inclinado à assimilação do auxílio celestial. E para a formação de semelhante clima interior, cada crente, além do serviço de purificação dos sentimentos, necessitará também combater a influência dispersiva e perturbadora que procede dos companheiros desencarnados que lhe buscam arrefecer o fervor.

Continuou Gúbio a prestar-nos valiosos esclarecimentos alusivos à solenidade, enquanto a missa se encaminhava para a fase final.

As vozes do coro como que projetavam vibrações harmoniosas e lúcidas ao longo da nave radiosa, e vi, num deslumbramento, que muitos Espíritos sublimes penetraram o recinto, de semblante glorificado, rumando para o altar, onde o celebrante elevava o cálice, depois de abençoar a sagrada partícula.

Intensa luminosidade fluía do sacrário, envolvendo todo o material do culto, mas, surpreendido, reparei que o sacerdote, ao erguer a oferta sublime, apagou a luz que a revestia com os raios cinzento-escuros que ele próprio expedia em todas as direções. Logo após, quando se preparou a distribuir o alimento eucarístico entre os onze comungantes que se prosternavam, humildes, à mesa adornada de alvo linho, notei que as hóstias, no prateado recipiente que as custodiava, eram autênticas flores de farinha, coroadas de doce esplendor. Irradiavam luz com tanta força que o magnetismo obscuro das mãos do ministro não conseguia inutilizá-las. Todavia, à frente da boca que se dispunha a receber o pão simbólico, enegreciam como por encanto. Somente uma senhora, ainda jovem, cuja contrição era irrepreensível, recolheu a flor divina com a pureza desejável. Vi a hóstia, qual foco de fluidos luminescentes, atravessar a faringe, alojando-se-lhe a claridade em pleno coração.

Intrigado, procurei ouvir o Instrutor que, muito ponderado, elucidou sem delonga:

— Apreendeste a lição? O celebrante, apesar de consagrado para o culto, é ateu e gozador dos sentidos, sem esforço interior de sublimação própria. A mente dele paira longe do altar. Acha-se sumamente interessado em terminar a cerimônia com brevidade, de modo a não perder uma alegre excursão em perspectiva. Quanto aos que compareceram à mesa da eucaristia, cheios de sentimentos rasteiros e sombrios, eles mesmos se incumbem de anular as dádivas celestes, antes que lhes tragam benefícios imerecidos. Temos aqui grande quantidade de crentes titulares, mas muito poucos amigos do Cristo e servidores do bem.

O “ite, missa est” [ide, a missa acabou,] dispersou os fiéis que, ao fim da reunião, mais se assemelhavam a barulhento bando de passarinhos de bela plumagem.

Absorto em fundas reflexões, ante o que me fora dado observar, acompanhei o nosso orientador e Elói, para junto da enferma e do esposo, que se retiraram, de regresso ao lar, cercados pelo mesmo séquito de entidades infelizes, sem a menor alteração.




[“… fazia-se perceptível a nítida linha divisória entre as energias da parte inferior do recinto e as do plano superior. Dividiam-se os fluidos, à maneira de água cristalina e azeite impuro, num grande recipiente.” — Para que o exemplo seja plausível, com o “azeite impuro” na parte inferior, é necessário que essa impureza fosse constituída por substâncias muito pesadas, senão o azeite flutuaria.]



Irmão X

ex 20:4
Pontos e Contos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 33
Francisco Cândido Xavier
Irmão X

Depois de certa pregação de Jesus, em Cafarnaum, encontrou o Mestre, em casa de Pedro, quatro cavalheiros de luzente aspecto, a lhe aguardarem a palavra.

Vinham de longe, explicaram atenciosos. Judeus prestigiosos da Fenícia, moravam em Sídon. Já haviam bebido a cultura egípcia e grega, tanto quanto a filosofia dos persas e babilônios. O anúncio da Boa Nova chegara-lhes aos ouvidos. Desejavam servir nas fileiras do Novo Reino, combatendo a licenciosidade dos costumes, na avareza dos ricos e na revolta dos pobres. Aceitavam o Deus Único e pretendiam consagrar-lhe a vida.

De quando em quando, os recém-chegados retificavam as dobras das irrepreensíveis túnicas de linho alvo ou acentuavam, de leve, o apuro das sandálias.

O Senhor ouviu-lhes as informações com admirável benevolência.

Cada qual falou, por sua vez, comentando as angústias do problema social na poderosa cidade de que provinham e, após encarecerem a necessidade de transformações políticas no cenário do mundo, esperaram, curiosos, a palavra do Cristo, que lhes afirmou, bondoso:

— Está escrito: (Dt 6:4) — Amarás o Senhor, Nosso Deus e Nosso Pai, de todo o coração, e não farás d’Ele imagens abomináveis; (Ex 20:4) eu, porém, acrescento — fugi igualmente à idolatria de vossos próprios desejos, aniquilai o exclusivismo e não vos entronizeis na mentira, porque estaríeis lesando a Sublime Divindade.

Recomenda Moisés: (Ex 20:7) — Não tomarás o nome do Todo-Poderoso em vão; esclareço-vos, contudo, que ninguém deve menoscabar o nome do próximo na maledicência, na calúnia, no verbo inútil ou desleal.

Determina o Decálogo: (Ex 20:10) — Santificarás o dia de sábado; exorto-vos, entretanto, a não converterdes semelhante artigo em escora da ociosidade sistemática. Respeitando a pausa necessária da natureza, não a transformeis em hosanas à preguiça dissolvente.

Manda o texto antigo: (Ex 20:12) — Venera teu pai e tua mãe nos laços consanguíneos; todavia, é imperioso reconhecer a necessidade de respeito a todos os homens dignos, onde estiverem, olvidando-se no bem geral as fronteiras de raça, família, cor e religião, compreendendo-se que acima dos limites impostos pelo sangue, na Terra, prevalecem os imperativos sagrados da Família Universal.

Reza a lei do passado: (Ex 20:13) — Não matarás; eu, porém, vos digo que não se deve matar em circunstância alguma e que se faz indispensável a vigilância sobre os nossos impulsos de oprimir os seres inferiores da Natureza, porque, um dia, responderemos à Justiça do Criador Supremo pelas vidas que consumimos.

Pede o venerável testamento: (Ex 20:14) — Não cometerás adultério; asseguro-vos, no entanto, que o adultério não atinge somente o corpo de nossas irmãs em Humanidade, mas também a carne e a alma de todos os homens que se esqueceram de caminhar retamente.

Aconselha o grande legislador: (Ex 20:15) — Não furtarás; digo-vos, contudo, que não se deve roubar, não somente objetos valiosos e valores em dinheiro, mas também não nos cabe furtar o tempo do Senhor, nem distrair os minutos dos servos aplicados de suas obras.

Consta na velha aliança: (Ex 20:16) — Não dirás falso testemunho contra o teu próximo; declaro-vos, porém, que é imprescindível guardar boa vontade e amor no coração, irradiando-os em pensamento.

Assinala a revelação antiga: (Ex 20:17) — Não cobiçarás a casa do teu próximo, nem desejarás a sua mulher, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento; eu, porém, vos afianço que nos compete a obrigação de procurar a luz, o bem e a felicidade, trabalhando sem desânimo e servindo a todos sem descanso, inacessíveis à peçonha do ódio, da inveja, do ciúme, do despeito e da discórdia, portadores que são de veneno e treva para o Espírito.


Fez o Mestre pequeno intervalo na preleção, reparando que os visitantes da Fenícia se mantinham pálidos e confundidos.

Nesse ínterim, a sogra de Pedro reclamou-lhe a presença num quarto próximo; e Jesus, rogando ligeira licença, prometeu prosseguir nos ensinamentos novos, por mais alguns instantes; todavia, em voltando pressuroso aos ouvintes, debalde procurou as consulentes, movimentando os olhos ternos e lúcidos.

Na sala silenciosa não havia ninguém…


(.Humberto de Campos)


Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

ex 20:4
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 14
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 17:1-9


1. Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, Tiago e João seu irmão, e elevouos à parte a um alto monte.


2. E foi transfigurado diante deles: seu rosto resplandeceu como o sol, e suas vestes tornaram-se brancas como a luz.


3. E eis que foram vistos Moisés e Elias conversando com ele.


4. Então Pedro disse a Jesus: "Senhor, é bom estarmos aqui; se queres, farei aqui três tendas; para ti uma, para Moisés uma e uma para Elias!".


5. Falava ele ainda, quando uma nuvem de luz os envolveu e da nuvem saiu uma voz dizendo: "Este é meu Filho, o Amado, que me satisfaz: ouvi-o".


6. Ouvindo-a, os discípulos caíram com a face por terra e tiveram muito medo.


7. aproximando-se Jesus, tocou neles e disse: "levantaivos e não temais".


8. Erguendo eles os olhos a ninguém mais viram, senão só a Jesus.


9. Enquanto desciam do monte, ordenou-lhes Jesus dizendo: "A ninguém conteis esta visão, até que o Filho do Homem se tenha levantado dos mortos".


MC 9:2-8


2. Seis dias depois tomou Jesus consigo a Pedro, Tiago e João e elevou-os à parte, a sós, a um alto monte. E foi transfigurado diante deles.


3. E seu manto tornou-se resplandecente e extremamente branco, como neve, qual nenhum lavandeiro na terra poderia alvejar.


4. E foram vistos Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus.


5. Então Pedro disse a Jesus: "Rabi, é bom estarmos aqui: façamos três tendas, uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias".


6. porque não sabia o que havia de dizer, pois tinham ficado aterrorizados.


7. E surgiu uma nuvem envolvendoos, e da nuvem veio uma voz: "Este é meu Filho, o Amado: ouvi-o".


8. E eles, olhando de repente em redor, não viram mais ninguém, senão só Jesus com eles.


9. Enquanto desciam do monte, ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, senão quando o Filho do Homem se tivesse levantado dentre os mortos.


LC 9:28-36


28. E aconteceu que cerca de oito dias depois desses ensinos, tende tomado consigo Pedro, João e Tiago. subiu para orar.


29. E aconteceu na que oração, a forma de seu rosto ficou diferente e as roupas dele brancas e relampejantes.


30. E eis que dois homens conversavam com ele, os quais eram Moisés e Elias,


31. que apareceram em substância e discutiam sobre sua saída, que ele estava para realizar em Jerusalém. 32. Pedra e seus companheiros estavam oprimidos de sono, mas conservando-se despertos, viram sua substância e os dois homens ao lado dele.


33. Ao afastarem-se estes de Jesus, disse-lhe Pedro: "Mestre, é bom estarmos aqui. Façamos três tendas, uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias", não sabendo o que dizia.


34. Enquanto assim falava, surgiu uma nuvem que os envolvia, e aterrorizaram-se quando entraram na nuvem.


35. E da nuvem saiu uma voz, dizendo: "Este é meu Filho, o Amado, ouvi-o".


36. Tendo cessado a voz, foi achado Jesus só. Eles se calaram e, naqueles dias, a ninguém contaram coisa alguma do que haviam visto.


Interessante observar o cuidado dos três evangelistas, em relacionar o episódio da chamada "Transfigura ção" com a "Confissão de Pedro" ou, talvez melhor, com os ensinos a respeito do Discipulato (cfr. Lucas).


Mateus e Marcos precisam a data, assinalando que o fato ocorreu exatamente SEIS DIAS depois, ao passo que Lucas diz mais displicentemente, "cerca de oito dias". Como nenhum dos narradores demonstra preocupações cronológicas em seus Evangelhos, chama nossa atenção esse pormenor. Como também somos alerta dos pelo fato estranho de João, testemunha ocular do invulgar acontecimento, têlo silenciado totalmente em suas obras, embora nos tenha ficado o testemunho de Pedro (2. ª Pe. 1:17-19) .


A narrativa dos três é bastante semelhante, embora Lucas seja o único a tocar em três pontos: a oração de Jesus, o sono dos discípulos, e o assunto conversado com os desencarnados.


Começa a narrativa dos três, dizendo que Jesus leva ou "toma consigo" (paralambánai) Pedro, Tiago e João, e os leva "à parte". Essa expressão paralambánai kat"idían é de cunho clássico (cfr. Políbio, 4. 84. 8: Plutarco. Morales, 120 e; Diodoro de Sicília, 1 . 21).

Os três discípulos que acompanharam Jesus, foram por Ele escolhidos em várias circunstâncias (cfr. MT 26:37; MC 5:37; MC 14:33; LC 8:51), tendo sido citados por Paulo (GL 2:9) como "as colunas da comunidade". Pedro havia revelado a individualidade de Jesus pouco antes, e fora o primeiro discípulo que com João se afastara do Batista para seguir Jesus; João, o "discípulo a quem Jesus amava" (cfr. JO 13:23; JO 19:26; JO 21:20) e talvez mesmo sobrinho carnal de Jesus (cfr. vol. 3); Tiago, irmão de João, foi decapitado em Jerusalém no ano 44 (AT 12:2), tendo sido o primeiro dos discípulos, escolhidos como emissários, que testemunhou com seu sangue a Verdade dos ensinos de Jesus.


Com os três Jesus "subiu ao monte", com artigo definirlo (Lucas), ou "os ELEVOU a um alto monte".


Mas não se identifica qual o monte. Surgiu, então, a dúvida entre os exegetas: será o Hermon ou o Tabor?


O Salmo diz "que o Tabor e o Hermon se alegram em Teu Nome" (89:12) ...


Alguns opinam pelo Hermon, a 2. 793 m de altura, perto do local da "confissão de Pedro", Cesareia de Filipe. Objeta-se, todavia, que é recoberto de neve perpétua e que, situado em região pagã, dificilmente seria encontrada, no dia seguinte, no sopé, a multidão a esperá-lo, enquanto discutia com os demais discípulos, que haviam permanecido na planície, sobre a dificuldade que tinham de curar o jovem epil éptico.


Outros preferem o Tabor. Além dessas razões, alegam: que "seis dias" são tempo suficiente para chegar com calma de volta à Galileia. O Tabor é um tronco de cone, com um platô no alto de cerca de 1 km de circuito; fica a sudeste de Nazaré situado no final do planalto de Esdrelon, que ele domina a 320 m de altura (562 m acima do nível do mar e 800 m acima do Lago de Tiberíades). Tem a seu favor a tradição desde o 4. º século, atestada por Cirilo de Jerusalém (Catech. 12:16, in Patrol. Graeca, vol. 33, col. 744) e por Jerônimo que, ao escrever sobre Paula, afirmava que ela scandebat montem Thabor, in quo transfiguratus est Dominus (Ep. 108. 13, in Patrol. Lat. vol. 20, cal. 889, e Ep. 46,12, ibidem, col.


491), isto é, "subia ao monte Tabor, onde o Senhor se transfigurou".


Objetam alguns que lá devia haver um forte, de que fala Flávio JosefO (Bel1. Jud. 2-. 20. 6 e 4. 1. 1. 8), mas isso só ocorreu 36 anos depois, na guerra contra Vespasiano.


Do alto do Tabor, fértil em árvores odoríferas, contempla-se todo o campo do ministério de Jesus: Can á, Naim, Cafamaum, uma parte do Lego de Tiberíades, e, 8 km a noroeste, Nazaré.


Chegam ao cume, Jesus se põe a orar (Lucas) e, durante a prece, "se transfigura". Mateus e Marcos não temem usar metemorphôthê, "metamorfoseou-se", que exprime uma transformação com mudança de forma exterior. Lucas evita esse verbo, preferindo metaschêmatízein ("revestir outra forma"), talvez para que os pagãos, a quem se dirigia, não supussessem uma das metamorfoses da mitologia.


Essa transformação se operou no rosto, que tomou "outra forma"; embora não se diga qual, a informação de Mateus é que "resplandecia como o sol". Também as vestes se tornaram "brancas como a luz" (Mat.) ou "brancas qual nenhum lavandeiro seria capaz de alvejar (Marc.) ou "brancas e relampejantes" (Lucas).


Mateus e Marcos falam em "visão" (ôphthê, aoristo passivo singular, "foi visto"), enquanto Lucas apenas anota que "dois homens", que eram Moisés e Elias, conversavam com Ele.


Moisés, o libertador e legislador dos israelitas, servo obediente e fiel de YHWH, e Elias, o mais valoroso e adiantado intérprete, em sua mediunidade privilegiada, do pensamento de YHWH. Agora vinham ambos encontrar, aniquilado sob as vestes da carne, aquele mesmo YHWH, o "seu DEUS", com o simbólico nome de JESUS: traziam-Lhe a garantia da amizade e a fidelidade de seus serviços, sobretudo nos momentos difíceis: dos grandes sofrimentos que se aproximavam. Lucas esclarece que a conversa girou exatamente em torno do "êxodo", ou seja, da saída de Jesus do mundo físico, que se realizaria em Jerusalém dentro de pouco tempo, através da porta estreita de incalculáveis dores morais e físicas. Embora desencarnados, continuavam servos fiéis de "seu Deus". Digno de nota o emprego desse mesmo termo "êxodo" por parte de Pedro (2. ª Pe. 1:15), quando se refere à sua próxima desencarna ção. E talvez recordando-se dessa palavra, Lucas usa o vocábulo oposto (eísodos) "entrada" (AT 13:24) ao referir-se à chegada de Jesus no planeta em corpo físico.


Como vemos, trata se de verdadeira e legítima "sessão espírita", realizada por Jesus em plena natureza, a céu aberto, confirmando que as proibições, formuladas pelo próprio Moisés ali presente, não se referiam a esse tipo de sessões, mas apenas a "consultar" os espíritos dos mortos sobre problemas materiais (cfr. LV 19:31 e DT 18:11), em situações em que só se manifestam espíritos de pouca ou nenhuma evolução. Tanto assim que era condenado o médium "presunçoso" que pretendesse falar em nome de YHWH, sem ser verdade (mistificação) e o que servisse de instrumento a "outros" espíritos (DT 18:20). Mas conversar com entidades evoluídas, jamais poderia ter sido condenado por Moisés que assiduamente conversava com YHWH e que, agora mesmo, o estava fazendo, embora em posição invertida.


Quanto à presença de Elias, que Jesus afirmou categoricamente haver reencarnado na pessoa de João Batista, (cfr. MT 11:14) observemos que o episódio da "transfiguração" se passa após a decapitação do Batista (cfr. MT 14:10 e MC 6:27; vol. 3). Por que, então, teria o precursor tomado a forma de uma encarnação anterior? Que isso é possível, não há dúvida. Mas qual a razão e qual o objetivo? Só entrevemos uma resposta: recordar o tempo em que, sob as vestes carnais de Elias, esse Espírito fiel e ardoroso servira de médium e intérprete ao próprio Jesus, que então respondia ao nome de YHWH.


Outra indagação fazem os hermeneutas: como teriam os discípulos reconhecido Moisés, que viveu

1500 anos antes e Elias que viveu 900 anos antes, se não havia nenhum retrato deles coisa terminantemente proibida (cfr. EX 20:4; LV 26:1; DT 4:16, DT 4:23 e DT 4:5:8)? No entanto, ninguém afirmou que os discípulos os "reconheceram". Lucas, em sua frase informativa, diz que "viram dois homens"; depois esclarece por conta própria: "que eram Moisés e Elias". Pode perfeitamente deduzir-se daí que o souberam por informação de Jesus (que os conhecia muito bem, como YHWH que era). Essa dedução tanto pode ser verídica que, logo depois, ao descerem do monte os quatro (vê-lo-emos no próximo cap ítulo) a conversa girou precisamente sobre a vinda de Elias antes do ministério de Jesus. Como poderia vir, se ainda estava "no espaço"? E o Mestre lhes explica o processo da reencarnação.


Também em Lucas encontramos outra indicação preciosa, que talvez lance nova luz sobre o episódio.


Diz ele que "os discípulos estavam oprimidos pelo sono, mas conservando-se plenamente despertos" (tradução de diagrêgorêsantes, particípio aoristo de diagrêgoréô, que é um verbo derivado de egrêgora, do verbo egeírô, "despertar"). Quiçá explique isso que o episódio se passou no plano espiritual (astral, ou talvez mental). Eles estavam em sono, ou seja, fisicamente em transe hipnótico (mediúnico), com o corpo adormecido; mas se mantinham plenamente despertos, isto é perfeitamente conscientes nos planos menos densos (astral ou mental); então, o que de fato eles viram, não foi o corpo físico de Jesus modificado, mas sim a forma espiritual do Mestre e, a seu lado, as formas espirituais de Moisés e Elias. Inegavelmente a frase de Lucas sugere pelo menos a possibilidade dessa interpretação. Mais tarde, na agonia, é também Lucas que chama a atenção sobre o sono desses mesmos três discípulos (LC 22:45).


Mateus e Marcos parecem indicar que Pedro fala ainda na presença de Moisés e Elias, mas Lucas esclarece que ele só se manifestou depois que eles desapareceram. Impulsivo e extrovertido como era, não conseguiu ficar calado. E sem saber o que dizer, propõe construir três tendas, uma para cada um cios visitantes e uma para Jesus.


Interessante observar que em Marcos encontramos o vocábulo que deve ter sido usado por Pedro "Rabbi", enquanto Mateus o traduz para "Senhor" (kyrie) e Lucas para "Mestre" (epistata, ver vol. 2). Perguntase qual a razão das tendas. Talvez porque já era noite? Mas quantas vezes dormira Jesus ao relento, sem que Pedro se preocupasse... Alguns hermeneutas indagam se a expressão "construir tendas" não terá, por eufemismo, significado apenas "permanecer lá", isto é, não mais voltar à planície. E a hipótese é bastante lógica e forte, digna de ser aceita.


Pedro não obteve resposta. Estava ainda a falar quando os envolveu (literalmente "cobriu") a todos uma nuvem (Mat. : de luz), e os três jogaram-se de rosto ao chão, aterrorizados. Na escritura, a nuvem era um sinal da presença de YHWH (cfr. EX 16:10; EX 19:9, EX 19:16; 24:15,16; 33:9-11; LV 16:2; NM 11:25, etc.) . Daí pode surgir outra interpretação, que contradiz a primeira hipótese, de haver-se passado a cena no plano espiritual. A nuvem poderia ser o ectoplasma que tivesse servido para materialização dos espíritos e que, ao desfazer-se a forma, tomava aspecto de nuvem difusa, até o ectoplasma ser absorvido pelo ar. O mesmo fenômeno, aliás também atestado por Lucas apenas (AT 1:9) se observou ao dispersar-se o ectoplasma utilizado para a materialização do corpo astral de Jesus após a ressurreição; nessa circunstância, dois outros espíritos aproveitaram o ectoplasma para materializar-se e dizer aos discípulos boquiabertos, que fossem para seus afazeres; e logo após desaparecerem. Também aqui parece coincidir o aparecimento da nuvem com o desaparecimento dos dois espíritos.


Quando a nuvem os cobriu, foi ouvida uma voz (fenômeno comum nas sessões de materialização, e conhecido com o nome de "voz direta"), que proferiu as mesmas palavras ouvidas por ocasião do" Mergulho de Jesus" (MT 13:17; MC 1:11; LC 3:22; vol. 1): "este é meu filho, o Amado, que me alegra"; e os três evangelistas acrescentam unanimemente: "ouvi-o". No entanto, Pedro. testemunha ocular do fato, repete a frase sem o imperativo final: "recebendo de Deus Pai honra e glória, uma voz assim veio a Ele da magnífica glória: este é meu Filho, o Amado, que me satisfaz. E essa voz que veio do céu, nós a ouvimos, quando estávamos com Ele no monte santo"(2. ª Pe. 1:17-18).


Após a frase, que Marcos, com um hápax (exápina) diz "ter cessado", tudo voltou à normalidade. Mas, segundo Mateus, eles permaneceram amedrontados. Foi quando Jesus, tocando os, mandou-os levantarse, dizendo que não tivessem medo. Levantando-se, eles viram apenas Jesus, já em seu estado físico normal.


Termina Lucas informando que tal impressão causou o fato, que os três nada disseram a ninguém "por aqueles dias". Esse silêncio aparece como uma ordem dada por Jesus aos três, "ao começarem a descer o monte", fixando-se o prazo: "até que o Filho do Homem se levante dentre os mortos" (ou "seja ressuscitado").


Procuremos penetrar, agora, o sentido profundo do episódio narrado pelos três sinópticos.


Esclareçamos, de início, que as instruções de João o evangelista, quanto à iniciação ao adeptado e sua conquista, seguem caminho diferente dos três outros evangelistas, e por isso essa passagem foi substituída por outra: as bodas de Caná (cfr. vol. 1). Daí não haver tocado no assunto. Mas outras razões podem ser dadas: tendo experimentado esse esponsalício pessoalmente, não quis divulgá-lo por discrição. Ou também: tendo sido narrado pelos três, inútil seria revivê-lo depois que estava divulgado havia pelo menos 30 anos.


Examinemos rapidamente os dados fornecidos pelos textos.


Mateus e Marcos assinalam, com precisão que a cena se deu SEIS dias depois. Não nos interessa saber depois "de que"; e sim assinalar que o fato se passou no SÉTIMO dia. Alertados, pois, para isso (que Lucas, mais intelectualizado por formação, interpretou como pura indicação cronológica e registrou com imprecisão: cerca de oito dias), imediatamente compreendemos que se trata, mais uma vez, do último passo sério de uma iniciação esotérica. Daí a necessidade de prestar toda a atenção aos pormenores, ao que está escrito, ou ao que está sugerido, embora não dito, às ilações silenciosas de um texto que, evidentemente, tinha que aparecer disfarçado, indicando apenas, despretensiosamente, uma ocorrência no mundo físico.


Antes de entrarmos nos comentários "místicos", observemos o episódio à luz dos mistérios iniciáticos o Jesus passara, em sua peregrinação terrena, pelos três primeiros graus: o MERGULHO nas águas profundas do coração, a CONFIRMAÇÃO, obtida com a Voz ouvida logo após o mergulho, completando assim os mistérios menores. E recebera bem a "prova" do terceiro grau, as "tentações", vencendoas em tempo curto e de maneira brilhante. Nem mesmo necessitara propriamente de uma metánoia

("modificação mental" ou, como prefere H. Rohden, "transmentação"): sua mente já estava firmada no Bem havia milênios; submeteu-se às provas por espontânea vontade (tal como ocorrera com o" mergulho" diante do Batista, MT 3:14-15), para exemplificar, deixando-nos o modelo vivo, que temos que seguir.


Superadas, pois, as tentações (3. ° grau) - e portanto vencida e domada totalmente a personagem transitória com sua ignorância divisionista, transbordante de egoísmo, vaidade e ambição - podia pretender o ingresso no 4. ° grau iniciático, nos mistérios maiores.


A cerimônia, realizada diante da Força Divina, conscientemente sentida dentro de cada um, mas também transcendente em a Natureza, dividia-se em duas partes.


A primeira partia do candidato (termo que significa "vestido de branco"; cfr. Marcos: "branco qual nenhum lavandeiro na Terra é capaz de alvejar"); consistia na "Ação de Graças" (em grego eucharist ía). O homem eleva suas vibrações ao máximo que lhe é possível, a fim de, sintonizando com Deus, agradecer o suprimento de Força (dynamis) e de Energia (érgon) que recebeu. Com isso, seu Espírito caminha ao encontro do Pai.


A essa Ação de Graças comparecem os "padrinhos" do novo ser que "inicia" a estrada longa e árdua do adeptado: dois "iniciados maiores", que se responsabilizam por ele, tornando-se fiadores de que realmente ele é digno de receber a Luz o Alto, e de que está APTO ao passo de suma gravidade que pretende dar. Ninguém melhor que Moisés e Elias para apresentar-se fiadores da pureza e santidade de YHWH, diante da Grande Ordem Mística e de seu Chefe, o Rei da Justiça e da Paz, MELQUISEDEC!


E lá estão eles, revestidos de luz, embora suas luzes fossem ainda inferiores às daquele que, para eles, fora "o seu Deus"!


Nesse encontro magnífico, o entretenimento permanecia na mesma elevação espiritual, e os assuntos tratados referiam-se exatamente aos passos seguintes: o quinto e as dores e a paixão indispensáveis para o sexto; conversavam a respeito da próxima "saída" que, dentro em pouco, se realizaria em Jerusalém.


Nesse alto nível de frequências vibratórias, puramente espirituais, em que o candidato aceita, de pleno grado e com alegria, tudo o que os "padrinhos" lhe apresentam como necessário à promoção, aguardava-se a aprovação do Alto, a poderosa manifestação (em grego epiphanía) que devia chegar do VERBO, através da palavra autorizada do Hierofante Máximo, declarando o candidato aceito no quarto grau, que lhe garantia o título oficial de "Iniciado". E Melquisedec mais uma vez faz soar SUA VOZ: "este é meu Filho, o Amado". Através do Sumo Sacerdote do Deus Altíssimo (HB 7:1) soava o SOM divino, e ao mesmo tempo vinha a autorização plena e total, para que pudesse ENSINAR os grandes mistérios àqueles que deles fossem dignos: OUVI-O!


Os três discípulos que ali haviam sido convocados testemunharam espiritualmente a cerimônia porque, em existências precedentes, já haviam passado por esse grau, embora em nível inferior, e estavam, agora, repetindo mais uma vez os sete passos, num nível mais elevado. Explicamo-nos: Realmente sabemos haver diversos planos em cada estágio evolutivo. No estágio hominal (como em tudo neste planeta), os planos são estruturados em setenários. Então, cada ser terá que submeter-se aos sete passos iniciáticos em cada um dos sete planos. O Homem atingirá o grau definitivo de "iluminado" após os três primeiros cursos de iniciação em três vidas diferentes, embora, talvez não sucessivas.


Ao completar o quarto curso, terá então o título definitivo de "iniciado", quando já se firmou na estrada certa. Depois do quinto curso, poderá receber o grau de "adepto". Após o sexto curso merecerá o mestrado supremo, será o "Hierofante". Só após o sétimo e último curso, será legitimamente chamado "O CRISTO". E foi isso que precisamente ocorreu com Jesus que, de direito, foi e é denominado Jesus, O CRISTO!


Só alguém que tenha um grau maior ou igual, poderá conceder a uma criatura os títulos legítimos.


Por isso, na Terra, só o Rei da Justiça e da Paz, o CRISTO MELQUISEDEC, poderia ter conferido a Jesus essa prerrogativa. E por essa razão foi escrito que Jesus, "sacerdote da Ordem de Melquisedec" (HB 5:6), "entrou, como precursor, por nós, quando se tornou Sumo Sacerdote, para sempre, da Ordem de Melquisedec" (HB 6:20).


Enquanto Jesus conquistava o quarto grau do sétimo plano, os três discípulos presentes eram recebidos e confirmados no mesmo quarto grau, mas de um plano inferior, que ousamos sugerir se tratava do quarto plano, pois se estavam preparando para o grau de "Iniciados", que realmente demonstraram ser, pelo futuro de suas vidas físicas, naquela encarnação.


Olhando-se as coisas sob esta realidade que acabamos de expor, é que verificamos quanta ilusão anda pelo mundo, no coração daqueles que se intitulam "iniciados" logo nos primeiros passos do caminho do Espírito; e sobretudo daqueles que julgam poder comprar uma palavra mágica que os torna instantânea e milagrosamente "iniciados" da noite para o dia...


Mas olhemos, agora o texto sob outro prisma. Estudemo-lo em sua interpretação mística do mundo mental, dentro do coração, na conquista do "reino dos céus".


Observemos que Jesus (a Individualidade) toma consigo PEDRO (a emoção, o corpo astral); TIAGO (corruptela portuguesa de Jacó - veja vol. 2 - com o sentido "o que suplanta", e que representa aqui o intelecto, que suplanta toda a animalidade, quando se desenvolve no plano hominal) e JOÃO (o intelecto já iluminado, cujo nome exprime "o dom de Deus" ou "a graça divina", cfr. vol. 1).


Por aí se compreende a razão da escolha. Qualquer passo que pretenda ser sério e construtivo espiritualmente, na individualidade, tem que contar, na personalidade, com esses três fundamentos: as emoções, o intelecto que suplantou a animalidade e o intelecto já iluminado pela intuição; por isso os evangelistas nos mostram Jesus a chamar, nos casos mais importantes, os três nomes-chaves: Pedro, Tiago e João.


Outra observação importante é o termo empregado por Mateus e Marcos (Lucas emprega anébê, "subiu) e que nos elucida com exatidão: anaphérei, ou seja, ELEVOU-OS. Com isso percebemos que houve uma elevação de vibrações, e bastante forte: ao monte alto (Mateus e Marcos). Lógico que não era preciso dar o nome do monte: foi ao Espírito, à mente, ao coração, que Jesus os "elevou", que a individualidade fez ascender a personalidade, subindo com Ela. E não deixa de salientar: "à parte", sozinhos, deixando na planície, ao sopé do monte, os demais discípulos, ou seja, os veículos inferiores.


Lucas, bem avisado, anota que os discípulos ficaram "oprimidos pelo sono" (hêsan bebaryménoi hypn ôi). No entanto, pode acrescentar que, apesar disso, se conservavam "plenamente despertos", isto é, numa superconsciência espiritual ativíssima, fora do corpo físico (desdobrados).


Passados os veículos superiores para o plano mental (mergulhados no coração), puderem observar aquilo que todos os grandes místicos atestaram sem discrepância, no oriente e no ocidente, em qualquer época: a percepção de uma luz intensíssima, que só poderia ser comparada, como o foi, ao SOL e à própria LUZ. Estavam os veículos em contato com o Eu Interno, com o CRISTO, com o Espírito em todo o seu resplendor relampejante: Deus é LUZ: mergulhar em Deus é mergulhar na LUZ.


Aí, nessa fulguração supernatural, observaram os três planos da individualidade, a tríade superior: a Centelha divina do Sol imortal, a partícula da Luz Incriada, representada por Jesus, pelo Cristo Cósmico mergulhado no ser; viram a Mente Criadora, que eles personalizaram em Moisés, criador da legislação para a personalidade; e o Espírito Individualizado, que o participante da experiência mística representa por Elias (cujo nome significa "Deus é meu Senhor"); Elias é o Espírito mais típico em sua ação espiritual, no Antigo Testamento. Aparece repentinamente nos livros históricos, sem filiação nem tradição, e também faz sua partida estranhamente num carro de fogo, como se se tratasse de alguém que não nasceu nem morreu ou que aqui tivesse vindo e ido proveniente de outro planeta. Tal como o Espírito imortal que, proveniente de uma individualização do Pensamento Universal, não conhece seu princípio nem jamais finalizará sua ascensão.


Aí temos, portanto, mais um exemplo vivo e palpitante, mais uma lição maravilhosamente exposta na prática, de um dos processos da unificação da personagem humana, em sua parte mais elevada, com a individualidade divina. A personagem descobre, nesse Encontro acima dos planos comuns, no nível altíssimo (alto monte) do mental, que seu verdadeiro EU tem três aspectos distintos, embora constituam um só princípio: 1. º o Cristo Cósmico, a Partícula divina; 2. º a Mente criadora (nóus) simbolizada em Moisés; 3. º o Espírito individualizado, do qual Elias serviu de símbolo. Esses três aspectos reúnemse numa única individualidade, com o sagrado nome de JESUS.


Daí a metamorfose que eles dizem que Jesus sofreu "no rosto": não era mais aquele Jesus do corpo físico, mas sim o JESUS-INDIVIDUALlDADE, ali observado nas três faces: Jesus o CRISTO, Moisés a Mente, Elias o Espírito.


O episódio da "transfiguração" torna-se, por tudo isso, um dos pilares fundamentais da mística cristã, uma das provas basilares da realidade do mundo espiritual que somos nós, esse microcosmo que é a redução finita de um macrocosmo infinito, incompreensível ao nosso intelecto personalístico; esse minuto-segundo, ponto físico euclidiano, que é uma projeção descritiva da eternidade, inconcebível ao nosso cérebro físico.


Lição perfeita em sua execução, revestida de impecável didática para quem olha e vê.


Dos veículos presentes ao excelso acontecimento, só as emoções se descontrolam. A parte puramente hominal do intelecto e a parte super-hominal do intelecto-iluminado, receberam a lição e silenciaram respeitosamente, absorvendo o ensino (o Lógos) e transmudando-se no Homem Novo que ali surge, no Super-Homem que naquele instante nasce para a Vida imanente. Mas as emoções se comovem profundamente, a ponto de não saber o que fazer: e nessa comoção, agitando-se, fazem o cenário desaparecer, diluem a visão, embora propondo permanecer indefinidamente nesse estado samádico, nesse êxtase supremo. Mas de qualquer forma, foi exteriorizado um "desejo"; mesmo sendo sublime, mesmo revelando a decisão de anular-se para permanecer naquela vibração puríssima, a emoção revolveu as águas cristalinas que espelhavam o céu na terra, e a descida foi perturbadora. Os veículos se aterrorizaram na queda de vibrações e caíram "prostrados com o rosto por terra", sem mais coragem de fitar a amplidão infinita.


Após essa revelação magnífica, tudo começa a voltar à normalidade, descendo os veículos espirituais ao corpo denso, e nele mergulhando como alguém que ao descer de um céu límpido e diáfano, penetrasse numa nuvem grosseira de materialidade. A "nuvem" da matéria toca-lhes a visão divina embaçalhes os olhos espirituais, diminui-lhes a agudeza perceptiva da superconsciência.


Surge ainda, no entanto, a afirmação espiritual do Verbo (Som, Pai), proclamando a individualidade, o Espírito individualizado, o CRISTO, como o Filho Amado, "que lhe proporciona alegria": é a declaração de Amor do Amante ao Amado, na união profunda de dois-em-um, no amplexo sublime do Esponsalício Místico. Nada mais natural que traduzir por palavras o ímpeto amoroso do Amante, porque o Amante é exatamente A PALAVRA, o VERBO, o LOGOS, o SOM Incriado, que tudo cria, sustenta e conserva com seu Amor-Ação Ativo e criador de PAI, permanentemente em função fecundadora. E, sendo PAI, nada mais natural que declarar que o Cristo-é "MEU FILHO". Também é óbvio que aconselhe aos veículos todos que O ouçam, seguindo-Lhe os ensinos e as inspirações.


Ao sentirem o impacto do natural peso mundo das células, ao penetrarem no mundo das formas, os veículos se oprimem, se amedrontam, e caem em quase desânimo, tristeza e saudade.


Mais uma vez a individualidade "tocando-os", fá-los levantar-se para reanimá-los aos embates físicos.


E eles vêem "apenas Jesus", apenas a individualidade despida da glória, em seu aspecto mais comum.


Não deixa esta, todavia, ao "descer do monte", ou seja, ao penetrar novamente na personagem terrena, de recomendar que silenciem o acontecimento. Os que realmente se amam, a ninguém revelam seus íntimos contatos amorosos: é o segredo da câmara nupcial que se leva ao túmulo. Assim, a personalidade deverá manter secretos esses encontros místicos, essas experiências indizíveis (2. ª Cor.


12:4). Sobretudo àqueles que não tiveram a experiência, aos que vivem NA personagem apenas, nada deverá jamais ser revelado: só poderá tratar-se desses raptos, desse Mergulho, com aqueles que já os VIVERAM, isto é, só quando o FILHO do Homem (ou o Super-Homem) tiver sido levantado da morte, do sepulcro da personagem física terrena, e definitivamente ingressado no "reino dos céus", só então será lícito condividir as experiências sublimes da unificação com o Cristo-Deus.


Mais uma prova de que se tratava realmente de um rito iniciático dos mistérios, é o silêncio imposto, o segredo que Jesus exige dos que a ele assistiram. Todas as cerimônias dos mistérios eram secretíssimas e ouvidos profanos delas não podiam ouvir falar. Nenhum dos escritores antigos que a elas assistiu as reproduz em suas obras. Mais tarde, depois que todos os passos fossem dados, poderia o fato ser divulgado, mas apenas como "um episódio" ocorrido no mundo físico, e não como o acesso a um grau iniciático, não como a conquista de um nível espiritual superior na escala dos Mistérios divinos.


Essa interpretação só poderia vir à luz no fim do ciclo zodiacal de Pisces (trevas), no alvorecer do signo do Aquário, quando tudo o que é oculto virá à luz, e os segredos celestiais jorrarão torrencialmente do Alto, para dessedentar os sequiosos de Espírito.


* * *

A "transfiguração" de Jesus é classificada com o termo metamorfose, típica dos mistérios iniciáticos gregos, fundamento da Mitologia. Muitas dessas metamorfoses são narradas pelos escritores iniciados nesses mistérios. Se os profanos pensam que são reais, enganam-se: são simbólicas da passagem de um estado a outro, ou de um estágio ao seguinte. Apuleio, por exemplo, simboliza e mergulho de Lúcius na matéria densa (encarnação), imaginando sua metamorfose num asno. As peripécias do animal são as ocorrências normais da vida humana na Terra. No fim, a iniciação nos mistérios de Ísis o faz voltar, muito mais experiente, à vida hominal, dedicando-se totalmente ao Espírito.


A metamorfose de Jesus, porém, foi de outro tipo: passou da carne ao Espírito, desintegrando momentaneamente a matéria em energia luminosa, embora ainda conservasse as características hominais da conformação externa, mas muito mais belas, por serem Energia Espiritual Radiante e Puríssima.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Êxodo Capítulo 20 do versículo 1 até o 26
B. Os DEZ MANDAMENTOS 20:1-17

Deus falou (1) com o povo do monte em chamas. O texto em Deuteronômio declara nitidamente que Deus "no monte, do meio do fogo, da nuvem e da escuridade, com grande voz" (Dt 5:22) deu estes mandamentos para a assembléia. Não sabemos como Deus falou em voz audível, mas Israel entendia que a voz que ouviam era de Deus. Esta era "uma voz audível e terrível, a voz de Jeová, soando como trombeta pela multidão (19.16: 20,18) ".' Este modo de descrever o evento não indica que Deus tenha cordas vocais como o homem, mas assevera que Deus criou um som audível que, de forma inteligível, enun-ciava suas palavras para o homem. Depois que ouviram aquela voz, preferiram que Moisés (19) lhes falasse.

É importante saber que era o SENHOR, teu Deus (2), que estava falando. Nos dias de hoje, quando se fala em "nova moralidade" e quando há teólogos que anunciam que "Deus está morto", precisamos saber onde está a autoridade divina. Estas pala-vras foram ditas por Deus ao povo como normas orientadoras para toda a humanidade. Não basta afirmar que são pertinentes apenas para a época em que foram dadas. "Deus queria que os israelitas entendessem claramente que fora Ele mesmo que lhes dera os mandamentos."'

Além disso, as pessoas ouviram todas estas palavras (1). No original hebraico, os Dez Mandamentos são chamados "dez palavras" (34.28; Dt 4:13-10.4; daí o título Decálogo. lit., "dez palavras"). Estes dizeres não foram copiados do Egito ou de outras nações, como alguns suspeitam. "As declarações do monte Sinai são nobres e inteiramente diferentes de qualquer coisa encontrada em todo o conjunto da literatura egípcia."'

Deus deu estas palavras não como meio de salvação, porque este povo já estava salvo do Egito, mas como norma de conduta. Levando em conta que a obediência era uma cláusula para a continuação do concerto (19.5), estas palavras se tornaram a base de perseverança na qualidade de povo de Deus. Paulo deixou claro que a observância da lei não é meio de salvação pessoal, pois a justificação é pela fé em Cristo (Gl 2:16). A lei conduz a Cristo, mas não salva (Gl 3:24). "Se não é verdade que podemos cumprir a lei para ganhar o céu, é igualmente falso que podemos quebrá-la sem sermos punidos ou sentirmos remorso."' Deduzimos que esta lei moral foi dada como fundamento providen-cial para a fé do povo de Deus. Quem o ama observa sua lei.

Dividir a lei em lei moral, lei cerimonial e lei civil é, por um lado, útil, e, por outro, enganoso. Lógico que a lei moral do Decálogo é básica e expressa a responsabilidade de todos os homens. Mas as outras leis dadas a Israel também eram igualmente obrigatóri-as. As leis de Deus eram demonstração de sua justiça por meio de símbolos e forneciam uma disciplina pela qual os israelitas poderiam ser conformados à santidade de Deus.' As leis sociais e cerimoniais mudam, mas as relações fundamentais entre Deus e o ho-mem, e entre os homens, conforme exaradas no Decálogo, são eternas.

A divisão dos Dez Mandamentos é entendida de modos variados. Seguindo Agosti-nho, a Igreja Católica Apostólica Romana e a Igreja Luterana consideram os versículos 2:6 o primeiro mandamento e dividem o versículo 17, que trata da cobiça, em dois man-damentos. O judaísmo hodierno reputa que o versículo 2 ordena a crença em Deus e é a primeira palavra; e combina os versículos 3:6 na segunda. A divisão aceita nos primórdios da igreja torna o versículo 3 o primeiro mandamento e os versículos 4:6 o segundo. Esta posição foi "apoiada por unanimidade pela igreja primitiva, e é mantida hoje pela Igreja Ortodoxa Oriental e pela maioria das igrejas protestantes".19

Os primeiros quatro mandamentos compõem a primeira tábua do Decálogo e mos-tram a relação apropriada do homem com Deus. Têm seu cumprimento no primeiro grande mandamento: "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento" (Mt 22:37). Os últimos seis mandamentos lidam com as rela-ções humanas e cumprem-se no amor ao próximo como a si mesmo.

  1. O Primeiro Mandamento: Não Ter Outros Deuses (20,3)

O versículo 2 é a introdução do primeiro mandamento. Deus identifica quem tirou os filhos de Israel da servidão egípcia: O SENHOR. Visto que ele os libertara e provara que era supremo, eles tinham de torná-lo seu Deus. Não havia lugar para competidores. Todos os outros deuses eram falsos.

Diante de mim (3) significa "lado a lado comigo ou além de mim"." Deus não espe-rava que Israel o abandonasse; Ele sabia que o perigo estava na tendência de prestar submissão igual a outros deuses. Este mandamento destaca o monoteísmo do judaísmo e do cristianismo.

"O primeiro mandamento proíbe todo tipo de idolatria mental e todo afeto imoderado a coisas terrenas e que podem ser percebidas com os sentidos." Não existe verdadeira felicidade sem Deus, porque Ele é a Fonte de toda a alegria. Quem busca alegria em outros lugares quebra o primeiro mandamento e acaba na penúria e em meio a aconteci-mentos trágicos.

  1. O Segundo Mandamento: Não Fazer Imagens (20:4-6)

"Como o primeiro mandamento afirma a unidade de Deus e é um protesto contra o politeísmo, assim o segundo afirma sua espiritualidade e é um protesto contra a idola-tria e o materialismo.' Embora certas formas de idolatria não sejam materiais — por exemplo, a avareza (Cl 3:5) ou a sensualidade (Fp 3:19) —, o segundo mandamento con-dena primariamente a fabricação de imagens (4) na função de objetos de adoração. Este tipo de idolatria sempre existiu entre os povos pagãos mais simplórios do mundo. A his-tória de Israel comprova que esta tentação é traiçoeira.

Estas imagens pagãs eram feitas na forma de coisas vistas no céu, na terra e nas águas. Estas imagens não deveriam se tornar objetos de adoração: Não te encurvarás a elas (5). Os versículos 4:5 devem ser considerados juntos. Não há condenação para a confecção de imagens, contanto que não se tornem objetos de veneração. No Tabernáculo 25:31-34) e no primeiro Templo (1 Rs 6.18,29) havia obras esculpidas. A idolatria consis-te em transformar uma imagem em objeto de adoração e atribuir a ela poderes do deus que representa. Se considerarmos que gravuras ou imagens de pessoas possuam poderes divinos e que sejam adorados, então elas se tornam ídolos.

Deus apresentou os motivos para esta proibição. Ele é Deus zeloso, no sentido de que não permite que o respeito e a reverência devidos a Ele sejam dados a outrem. Deus não regateia o sucesso ou a felicidade para as pessoas, como faziam os deuses gregos. É para o bem dos filhos de Deus que eles devem consagrar e reverenciar o nome divino."

Deus pune a desobediência (5) e recompensa a obediência (6). Muitos questionam 3 julgamento nos filhos de pais ofensores, mas tais julgamentos são temporários (ver Ez 18:14-17) e aplicam-se às conseqüências, como, por exemplo, doenças, que natural-mente seguem as más ações. O medo de prejudicar os filhos deveria exercer coibição salutar na conduta dos pais. As perdas que os filhos sofrem por causa da desobediência parenta' podem levar os pais ao arrependimento. Na pior das hipóteses, a pena vai até à terceira e quarta geração, ao passo que a misericórdia é mostrada a mil gera-ções quando há amor e obediência.

  1. O Terceiro Mandamento: Não Tomar o Nome de Deus em Vão (20,7)

Tomar o nome do SENHOR, teu Deus, em vão é "recorrer ao irrealismo, ou seja. servir-se do nome de Deus para apelar ao que não é expressão do caráter divino".24 Tal uso profano do nome de Deus ocorre no perjúrio, na prática da magia e na invocação dos mortos. A proibição é contra o falso juramento e também inclui juramentos levianos e a blasfêmia tão comum em nossos dias. "Este mandamento não obsta o uso do nome de Deus em juramentos verdadeiros e solenes."'

Deus odeia a desonestidade, e é pecado sério alguém usar o nome divino para encobrir um coração mau, ou para se fazer melhor do que se é. A pessoa que procura disfarçar uma vida pecaminosa, ao mesmo tempo em que professa o nome de Cristo, quebra este terceiro mandamento. Tais indivíduos são culpados diante de Deus (7) e só recebem misericórdia depois de se arrependerem. Os justos veneram o nome de Deus por ser santo e sagrado.

  1. O Quarto Mandamento: Santificar o Sábado (20:8-11)

O uso do verbo lembra-te (8) insinua que é fácil negligenciar o dia santo de Deus. Tinha de ser mantido em ininterrupta consciência e santificado, ou seja, "retirado do emprego comum e dedicado a Deus" (ATA). Todo o trabalho comum seria feito em seis dias (9), ao passo que o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus (10). Era um dia dedicado, separado, a ser dado inteiramente a Deus.

Ninguém deveria trabalhar neste sétimo dia. O senhor não deveria fazer seus ser-vos trabalharem. Até os animais tinham de descansar do trabalho cotidiano. Havia proi-bições específicas, como a ordem de não colher maná (16.26), não acender fogo (35.3), não apanhar lenha (Nm 15:32-36). Embora o foco seja negativo, a lei permitia o trabalho necessário, como o trabalho de sacerdotes e levitas no Templo, o atendimento a doentes e o salvamento de animais (cf. Mt 12:5-11).

A razão para observar o sábado é que Deus fez a terra em seis dias e ao sétimo dia descansou; portanto, abençoou o SENHOR o dia do sábado e o santificou (11 I. As Escrituras não fazem uma lista de coisas que se deve fazer no sábado. A inferência inequívoca é que o dia é de descanso e adoração. As ocupações seculares e materialistas devem ser substituídas por atividades espirituais. Cristo condenou o legalismo que deu ao dia a forma severa e insensível, embora não tenha anulado a sacralidade do dia. Foi ordenado para o bem do homem (Mac 2:23-28).

A observância do dia do Senhor (domingo) como o sábado cristão preserva o princí-pio moral que há neste mandamento. A mudança do sábado judaico para o sábado cristão foi feita gradualmente sem perder necessariamente o propósito de Deus para este dia santo.' Notamos que os versículos 9:10 não especificam o sábado nem "o sétimo dia da semana" como o dia do descanso sabático. A letra do mandamento é cumprida pela obser-vação do dia seguinte aos seis dias de trabalho, como faz o cristão.

5. O Quinto Mandamento: Honrar os Pais (20,12)

Honra a teu pai e a tua mãe é o primeiro mandamento em relação aos homens e rege o primeiro relacionamento que a pessoa tem com outrem: a relação dos filhos com os pais.

Este mandamento é tão básico que é amplamente universal. A maioria das sociedades reco-nhece a importância de filhos obedientes. A melhor exegese deste versículo é a exortação de Paulo encontrada em Efésios 6:1-3, onde ele destaca as responsabilidades de pais e filhos.

Com este mandamento ocorre uma promessa. Quem honra os pais tem a garantia de vida longa. O propósito desta promessa visava a nação em sua permanência na Palestina e o indivíduo que obedece. A promessa ainda vigora: a nação cujos filhos são obedientes permanece sob a bênção de Deus, e os indivíduos obedientes aos pais têm a promessa de vida mais longa. Haverá exceções a esta regra, mas aqui destacamos sua aplicação geral.'

  1. O Sexto Mandamento: Não Matar (20,13)

A vida é a possessão humana mais estimada e é errado privar alguém da vida sem justa causa. A história de Israel mostra que este mandamento não é absoluto. Houve a adição de outras cláusulas, como o homicídio desculpável (21.13), o homicídio acidental (Nm 35:23) e o homicídio justificável (22.2). Israel também foi autorizado a matar os inimigos. Não há exegese racional que condene a pena de morte ou a guerra simplesmente com base neste mandamen-to. Jesus esclareceu seu significado quando o citou: "Não matarás" (Mt 19:18).

Não há justificativa para a instigação de motins e rebeliões desnecessárias ou ou-tras condições semelhantes que levem ao derramamento de sangue. Há responsabilida-de evidente pelo cuidado adequado em viagens, projetos construtivos e jogos esportivos onde haja perigo. Esforços individuais e comunitários são necessários para a preserva-ção da vida humana. Mas este mandamento não requer nem justifica o prolongamento da vida por meio de remédios e equipamentos auxiliares quando a esperança pela vida normal se extingue.

  1. O Sétimo Mandamento: Não Adulterar (20,14)

A pureza sexual é o princípio subjacente neste mandamento. Adultério constituiu-se em relações sexuais ilícitas feitas por alguém casado. Tratava-se de pecado contra a família. Mas este mandamento é aplicável a todos os tipos de imoralidade sexual. A concepção em vigor atualmente que afirma haver exceções a esta regra não tem justifica-tiva. Jesus deixou claro que o adultério está no coração e ocorre antes do ato (Mt 5:28). Este mandamento condena todas as relações sexuais que acontecem fora do laço matri-monial. Também infere a proibição de atos que precedem e conduzem ao ato sexual.

  1. O Oitavo Mandamento: Não Furtar (20,15)

Este mandamento regula o direito da propriedade particular. É errado tomar de outro o que é legalmente dele. Constitui roubo quando a pessoa se apossa do que legal-mente pertence a uma empresa ou instituição. Não há justificativa para a "apropriação" mesmo quando a pessoa sente que o produto lhe é devido. Este mandamento é quebrado quando a pessoa intencionalmente preenche a declaração do Imposto de Renda com in-formações falsas, desta forma retendo tributos devidos ao governo. Esta prática é impró-pria mesmo que o cidadão desaprove o governo.
Também passa a ser roubo o ato de tirar vantagens de outrem na venda de proprieda-des ou produtos, ou na administração de transações comerciais. É impróprio pagar salári-w mais baixos do que devem receber por direito. O amor do dinheiro é o pecado básico condenado por este mandamento. A obediência é perfeita somente com um coração puro.

  1. O Nono Mandamento: Não Dar Falso Testemunho (20,16)

Enquanto que o roubo nos priva da propriedade, a conduta da falsa testemunha nos rouba da boa reputação. Seja no tribunal ou em outro lugar, nossa palavra sempre deve ser verdadeira. Não devemos divulgar um relato até que verifiquemos sua veracidade. A repetição da fofoca é imoral; antes de falar devemos averiguar a correção do que dize-mos. Há ocasiões em que mesmo a informação verdadeira não deve ser propagada; não temos a obrigação de anunciar a todos o que sabemos que é a verdade. Mas quando falarmos, até onde sabemos, sempre devemos dizer a verdade.

  1. O Décimo Mandamento: Não Cobiçar (20,17)

Este último mandamento está por baixo dos quatro precedentes, visto que atinge o propósito do coração. Matar, adulterar, roubar e mentir são resultados de desejos erra-dos que inflamam nosso ser. É singular que a lei hebraica inclua este desafio ao nosso pensamento e intenção. "Os antigos moralistas não reconheciam esta condição" e não condenavam os desejos maus.' Mas é no coração onde se inicia toda a rebelião, e este mandamento revela o aspecto interior de todos os mandamentos de Deus.

Paulo reconheceu este aspecto interior da lei quando se conscientizou de sua condi-ção pecaminosa (Rm 7:7). Muitas pessoas são absolvidas de crimes com base em atos exteriores, mas são condenadas quando levam em conta os pensamentos interiores. Es-tes desejos cobiçosos são, por exemplo, pela propriedade ou pela mulher pertencente ao próximo (17). Tais desejos criminosos precisam ser purgados pelo Espírito de Deus; só assim viveremos em obediência perfeita à santa lei de Deus.

  1. O MEDO DO Povo, 20:18-20

Os israelitas estavam perto de uma montanha em chamas e ouviram a voz do Deus Todo-poderoso. Que experiência tremenda! Quando viram esse cenário, afastaram-se e se puseram de longe (18). O medo tomou conta deles. Pediram a Moisés que lhes servisse de intermediário, dizendo: Fala tu conosco, e ouviremos; e não fale Deus conosco, para que não morramos (19). Nestas circunstâncias, sentiram que não estavam tão preparados para questionar a posição de Moisés como profeta de Deus como antes estiveram (17:1-4).

Moisés lhes deu uma palavra tranqüilizadora. Não havia necessidade de temerem excessivamente, pois Deus veio para provar-vos (20), ou seja, "testar se vós respeitareis seus mandamentos? Não precisavam ter medo dos relâmpagos, mas deviam ter um temor santo para que não pecassem contra Deus. Os filhos de Deus não precisam ter medo das providências divinas, mas é essencial possuírem um temor piedoso que os leve à reverência e obediência.

  1. As LEIS DO CONCERTO, 20:21-23.33

1. A Lei do Altar (20:21-26)

Enquanto o povo medroso se mantinha a distância segura do monte ardente, Mois se chegou à escuridade, onde Deus estava (21). Os mesmos fenômenos que repeliram as pessoas atraíram Moisés. A verdadeira diferença estava no coração. A fé de Moisés o atraía a Deus.

Deus dá ao seu servo o que denominamos o Livro do Concerto (20:22-23.33). Em vez de falar diretamente com o povo, Ele se serviu de Moisés como mediador, conforme pediram (19). Deus queria que os israelitas soubessem que aquele que falava por Moisés era o mesmo que falara com eles desde os céus (22) quando lhes dera o Decálogo. Quer Deus fale diretamente ou por meio do seu ministro, o teor transmitido é a sua palavra.

Israel não devia fazer representações de deuses de prata e de ouro. Não fareis outros deuses comigo (23) significa "para me rivalizar" (VBB). Somente Jeová era o Deus dos israelitas, por isso não deveria haver feitio de imagens de qualquer tipo. Os falsos deuses não deveriam participar da glória do Deus de Israel, nem compartilhar a adoração do povo. Estas restrições complementam o segundo mandamento.

Para se aproximar de Deus, o povo deveria fazer um altar de terra (24). A elevação simbolizava o levantamento do homem em direção ao Deus do céu. A simplicidade do altar fazia o homem tirar a atenção de si mesmo e das coisas materiais para o Deus Exaltado. Obviamente, nesta época Israel conhecia holocaustos e ofertas pacíficas, embora o uso no Egito tivesse sido restrito.

"Em todo lugar onde eu fizer com que meu nome seja lembrado" (24, RSV) indica o propósito de Deus em conhecer Israel e o abençoar. O lugar onde eu fizer celebrar a memória do meu nome (24) refere-se, provavelmente, a lugares onde Ele se manifes-tou a Israel durante a peregrinação. Em época posterior, quando se desejasse um memorial mais permanente, Israel poderia fazer altares de pedras (25), mas só com pedras não lapidadas; usar ferramentas profanaria as pedras. O uso de pedras em sua forma natu-ral impedia que, nesta época, Israel fizesse embelezamentos artísticos, provavelmente por causa do perigo de idolatria. Nas construções posteriores e permanentes, permitiu-se a utilização de altares mais elaborados (27:1-8; 30:1-5). Deus ensinou o povo a come-çar com o simples e passar para o mais complexo, à medida que o crescimento espiritual fosse justificando.

A restrição no versículo 26 foi dada antes das instruções pertinentes às roupas sa-cerdotais (28.42). Os altares não deveriam ter degraus. As vestes folgadas que os cabeças sacerdotais das tribos usavam não eram adequadas para subir degraus na presença de pessoas. Deus sempre quer que as coisas sejam feitas com decência e ordem.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Êxodo Capítulo 20 do versículo 1 até o 26
*

20.1-17

Temos aqui os Dez Mandamentos ou "Dez Palavras" da aliança. Essas são expressões da lei eterna de Deus que transcende ao Antigo e ao Novo Testamentos. Assim como Deus criou a ordem nos céus e na terra por meio de dez palavras (ver Gn 1:3-29), assim também Deus criou a ordem na sociedade humana por meio de dez palavras. Os quatro primeiros mandamentos descrevem como o povo deve relacionar-se com Deus, ao passo que os demais mandamentos mostram como o povo de Deus deve relacionar-se entre si (Dt 4:13, nota). Ver "Os Três Propósitos da Lei", índice.

* 20:1

Ver a nota teológica chamada "A Lei de Deus", índice.

falou Deus todas estas palavras.

Deus falou somente esses mandamentos diretamente ao povo (vs. 18-20, e notas; 19.9; Dt 4:10-14; 5.22-27; 9:10; Ne 9:13). O que é aqui chamado de "palavras", noutros lugares é chamado de "mandamentos" (34.28; Dt 4:13; 10:4). O vocábulo hebraico para "palavra" (dabar) era o termo para as estipulações nos tratados políticos da época.

O próprio Decálogo (do vocábulo grego que significa "dez palavras") reflete o antigo arcabouço dos tratados (Introdução: Data e Ocasião). Em primeiro lugar temos o preâmbulo ("Eu sou o SENHOR teu Deus", v. 2); em seguida temos o prólogo histórico ("que te tirei da terra do Egito"). Os mandamentos propriamente ditos são as estipulações do tratado. Deus é o Rei-Soberano de Israel, a quem o povo deve completa lealdade. A ausência de penalidades indica que o Decálogo não é um código jurídico, mas antes, é um documento de base da aliança. Esses princípios da aliança são então aplicados no "Código da Aliança", uma série de leis acompanhadas de penalidades, que se segue (20.22—23.19).

* 20:2

teu Deus. A reivindicação de Deus vem em primeiro lugar. Israel era dele por direito de criação e de redenção. Os mandamentos pactuais do Senhor foram dados àqueles a quem ele já atraíra a si mesmo, tirando-os da escravidão no Egito (19.4), embora não da escravidão ao pecado (caps. 32—34).

* 20:3

diante de mim. Lit., "perante a minha face" ou "na minha presença". O Senhor é um Deus zeloso, que já reivindica Israel para si (v. 5, nota).

* 20:4

imagem de escultura. O termo significa algo esculpido na madeira ou na pedra. A imagem proibida pode ser a do Senhor, visto que outras deidades foram excluídas pelo v. 2, embora as palavras qualificadoras "nem semelhança alguma" sugira que os ídolos dos pagãos estão em vista. Israel devia distinguir-se das nações por sua adoração destituída de imagens de escultura. As imagens são proibidas não porque não pudesse haver qualquer imagem, visto que Deus fez a humanidade à sua própria imagem (Gn 1:26,27), mas porque Deus deve revelar a si mesmo, não estando ele sujeito à imaginação humana. No tempo certo, Deus proveu sua própria imagem — Jesus Cristo é a verdadeira imagem da Deidade, sob forma corporal (Cl 1:15; 2:19). Ver "Sincretismo e Idolatria", índice.

* 20:5

Deus zeloso. Quando usada a respeito de Deus, essa palavra descreve a sua paixão por seu santo nome, um zelo que exige a devoção exclusiva de seu povo. Ela é usada quando essa reivindicação é ameaçada por outras deidades (Dt 6:15; Js 24:19).

terceira e quarta geração. A mais longa abrangência de gerações representada em uma dada família, de uma só vez. A severidade do julgamento de Deus sobre gerações subseqüentes adverte das conseqüências terríveis de seus pecados àqueles que amam aos filhos de seus filhos.

* 20:6

faço misericórdia. A misericórdia pactual de Deus, (no hebraico hesed) é sua devoção ao seu povo (15.13, nota).

* 20:7

Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão. O nome de Deus foi um presente da graça divina a Israel. Não através de algum ídolo, mas no nome, Israel tinha acesso a Deus na adoração. O nome de Deus, pois, deve ser reverenciado. Esse mandamento proíbe o uso do nome de Deus na falsa adoração, nos encantamentos ou adivinhações, bem como para encobrir falsidades ou para dizer blasfêmias (Dt 28:58). Jesus ensinou os seus discípulos a orarem que Deus santificasse o seu nome, e Jesus santificou o nome de Deus na cruz (Mt 6:9; Jo 12:27,28).

* 20:8

dia de sábado. A palavra hebraica correspondente (shabbat) aparentemente deriva-se do verbo que significa "cessar" — sendo que o sábado era o dia em que o trabalho regular cessava. Êxodo cita a obra de Deus na criação como a base desse mandamento (v. 11), enquanto que Deuteronômio baseia a ordenança do sábado no livramento de Israel do Egito (Dt 5:12 e nota). A ordenança do sábado está arraigada na ordem da criação e na da redenção — relembra a boa criação de Deus (Gn 2:2,3), como também prevê o descanso sabático final da redenção do povo de Deus (Hb 4:1-11). Tal como a circuncisão era o sinal da Aliança abraâmica (Gn 17), assim também o sábado veio a tornar-se o sinal da Aliança do Sinai (31.13), relembrando o povo de Deus de seu lugar dentro dos propósitos divinos para a criação e de sua salvação da servidão física no Egito. Em última análise, o sábado indica Cristo, nosso Criador e Redentor, que traz descanso para o povo de Deus (Mt 11:28; Cl 2:16,17).

* 20:10

nenhum trabalho. O sábado não era para ser uma carga, mas um bendito alívio do trabalho árduo (Mc 2:27). A santidade do dia separa-o para o Senhor a fim de que os filhos de Israel desfrutem de seu descanço, celebrando a obra de criação e redenção (Dt 5:15).

* 20:12

teu pai e tua mãe. Neste quinto mandamento, o Decálogo volta-se para as relações humanas, começando pela família. A honra aos pais é a âncora da sociedade, e liga os filhos aos pais na comunidade da fé. A promessa e a advertência implícita deste mandamento são ímpares nesta série. O desrespeito aos pais era uma questão séria, pois também desonrava o Senhor.

* 20:13

Não matarás. A legislação distingue entre o homicídio e o assassinato premeditado. O verbo aqui usado nunca é aplicado a Israel, durante os períodos de guerra, e a pena capital já estava autorizada (Gn 9:6; conforme Lv 24:17; Nm 35:30-34). A vida humana é sagrada, porquanto o homem é feito segundo a imagem de Deus (Gn 9:5,6 e notas).

* 20:14

Não adulterarás. Ver "Casamento e Divórcio", índice.

* 20:16

Ver "Linguagem Honesta, Juramentos e Votos", índice.

* 20:18

se estremeceu. O respeito que reconhece o poder e a glória de Deus detém o pecado (v. 20).

* 20:19

Fala-nos tu. Foi aqui reconhecida a autoridade de Moisés como mediador. Que Deus realmente falou distingue-o dos deuses falsos, que nada podem dizer (vs. 22,23).

* 20:24

holocaustos... ofertas pacíficas. Ver notas em Lv 1:3-17 e 3.1. Somente dois tipos de sacrifícios são brevemente mencionados aqui; a lista de sacrifícios será expandida em Lv 1—7.

* 20:25

ferramenta, profaná-lo-ás. As razões para essa proibição já não estão claras. Alguns têm sugerido que essa provisão visava impedir que os israelitas usassem os altares dos lugares santos dos cananeus, que tipicamente eram construídas de pedras lavradas. O altar dos holocaustos, no tabernáculo, era feito de madeira, recoberto de bronze, mas era oco e cheio de terra ou de pedras não lavradas (27.8). Ver nota em Dt 27:5.

* 20:26

Ver nota em 28:42.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Êxodo Capítulo 20 do versículo 1 até o 26
20.1ss por que se necessitavam os Dez Mandamentos para a nova nação de Deus? Ao pé do monte Sinaí, Deus mostrou a seu povo a verdadeira função e a beleza da lei. Os mandamentos foram desenhados para guiar ao Israel a uma vida de santidade. Neles, o povo poderia ver a natureza de Deus e seu plano que lhes ensinaria como deviam viver. Os mandamentos e princípios procuravam dirigir à comunidade para suprir as necessidades de cada indivíduo de uma maneira responsável e cheia de amor. Não obstante, nos tempos do Jesus, a maioria da gente via a lei em forma equivocada. Viam-na como um meio para prosperar tanto neste mundo como no mais à frente. Pensavam que ao obedecer cada lei obteriam o amparo de Deus de invasões estrangeiras e desastres naturais. Guardar a lei se transformou em um fim em si mesmo, e não no meio para cumprir a máxima lei de amor de Deus.

20.1-6 Os israelitas acabavam de sair do Egito, uma terra de muitos ídolos e muitos deuses. Como cada deus representava um aspecto diferente da vida de uma pessoa, era comum que adorassem muitos deuses para poder receber o maior número de bênções. Quando Deus disse a seu povo que o adorasse e lhe acreditasse, não foi tão difícil para eles, O era só um deus mais para acrescentar à lista. Mas quando disse: "Não terá deuses alheios diante de mim", foi difícil de aceitar para o povo. Mas se não aprenderam que o Deus que os tirou do Egito era o único Deus verdadeiro, não poderiam ser seu povo; sem importar quão fielmente mantiveram os outros nove mandamentos. Assim, Deus fez deste seu primeiro mandamento e o enfatizou mais que nenhum outro. Atualmente podemos permitir que muitas coisas se convertam em deuses para nós. O dinheiro, a fama, o trabalho ou o prazer podem converter-se em deuses quando nos concentramos muito neles para procurar identidade, segurança e significado. Ninguém começa com a intenção de adorar essas coisas, mas ao passar o tempo chegam a ocupar nossas vidas, podem chegar a converter-se em deuses que ao final controlarão nossos pensamentos e nossas energias. Permitir que Deus tenha o lugar central em nossa vida evita que essas coisas se convertam em deuses.

20:7 O nome de Deus é especial, já que leva sua identidade pessoal. Utilizar o de maneira frívola ou em uma maldição é tão comum atualmente que não nos damos conta de quão grave é. A forma em que empregamos o nome de Deus indica o que realmente sentimos a respeito Do. Devemos respeitar seu nome e utilizá-lo na forma adequada, pronunciando-o no louvor e a adoração em vez de fazê-lo em uma maldição ou em uma brincadeira. Não devemos tomar com obscenidade o abuso ou desonra de seu nome.

20.8-11 na sábado era o dia afastado para o descanso e o louvor. Deus o ordenou porque os humanos precisam passar um tempo sem pressa na adoração e o descanso cada semana. Um Deus que se preocupa em nos proporcionar um dia de descanso cada semana é, realmente, um Deus maravilhoso. O observar um tempo regular de descanso e de louvor em nosso mundo apressado demonstra a importância de Deus em nossas vidas enquanto que obtemos um benefício adicional ao refrescar nossos espíritos. Não descuide a provisão de Deus.

20:12 Este é o primeiro mandamento com promessa. Para viver em paz por gerações na terra prometida, os israelitas teriam que respeitar à autoridade e edificar famílias fortes. Mas, o que significa "honrar" aos pais? Em parte, "honrar" significa falar bem deles e lhes falar com eles com cortesia. Além disso significa atuar em uma forma que lhes mostre certa cortesia e respeito (mas não lhes obedecer significa desobedecer a Deus). É seguir seus ensinos e o exemplo de pôr a Deus em primeiro lugar. Os pais têm um lugar especial à vista de Deus. Até a aqueles que lhes é difícil entender-se com seus pais lhes ordena que os honrem.

20:16 Dar falso testemunho significa mentir na corte. Deus sabia que o Israel não sobreviveria a menos que tivesse um sistema de justiça incorruptível. Deveríamos ser tão honestos em privado como em nossas afirmações públicas. Em qualquer das situações, damos "falso testemunho" ao não contar a história em sua totalidade, ao dizer uma meia verdade, ao torcer os fatos ou ao inventar uma falsidade. Deus nos acautela em contra do engano. Mesmo que este seja uma forma de vida para muita gente, o povo de Deus não deve ceder ante ele!

20:17 Cobiçar é desejar ter as posses de outros. Vai além de simplesmente admirar o que outro possui ou pensar: "Eu gostaria de ter um desses". A cobiça inclui a inveja, resintiendo o fato de que outros possuem o que você não tem. Deus sabe, entretanto, que as posses nunca fazem a ninguém feliz por muito tempo. Como só Deus pode suprir nossas necessidades, o verdadeiro contentamiento se encontra no. Quando começar a cobiçar, trate de determinar se existir uma necessidade mais básica que jaz detrás dessa inveja. Por exemplo, pode invejar o êxito de alguém não porque queira tirar-lhe mas sim porque tem uma necessidade mais urgente de sentir-se apreciado por outros. Se este for seu caso, ore para que Deus o ajude a tratar com seu ressentimento e a suprir esta necessidade.

20:18 Algumas vezes Deus fala com seu povo com um desdobramento de poder majestoso; em outras nos fala brandamente. por que existe essa diferença? Deus nos fala na forma que cumpra melhor com seus propósitos. No Sinaí, o desdobramento imponente de luz e som era necessário para mostrar ao Israel o grande poder e autoridade de Deus. Só então escutariam ao Moisés e ao Arão.

20:20 Ao longo da Bíblia encontramos esta frase: "Não temam!" Deus não tratava de assustar ao povo. Estava mostrando seu grande poder para que os israelitas soubessem que era o Deus verdadeiro e portanto o obedecessem. Se assim o faziam, faria que seu poder estivesse disponível para eles. Deus quer que o sigamos por amor mais que por temor. Para superar o medo, temos que pensar mais no amor de Deus. Em 1Jo 4:18 diz: "O perfeito amor joga fora o temor".

20.24-26 por que se deram instruções tão específicas para construir altares? O povo de Deus não tinha Bíblia nem muitas tradições religiosas das que aprender. Deus tinha que começar de zero e lhes ensinar como adorá-lo. Deus deu instruções específicas a respeito da construção dos altares porque queria controlar a forma em que se ofereciam os sacrifícios. Para evitar que a idolatria se mesclasse com a adoração, Deus não permitiu que as pedras do altar se cortassem ou se moldassem de forma alguma. Nem tampouco permitiu que o povo construíra um altar em qualquer parte. Isto foi desenhado para evitar que começassem suas próprias religiões ou que efetuassem mudanças na forma em que Deus queria que as coisas se fizessem. Deus não está contra a criatividade, mas sim de que acreditam nossa própria religião.

Jesus E OS DEZ MANDAMENTOS

Os Dez Mandamentos e Jesus dizem:

Ex 20:3 "Não terá deuses alheios diante de mim"

Mt 4:10 "Ao Senhor seu Deus adorará, e ao solo servirá".

Ex 20:4 "Não te fará imagens"

Lc 16:13 "Nenhum servo pode servir a dois senhores"

Ex 20:7 "Não tomará o nome do Jeová seu Deus em vão"

Mt 5:34 "Mas eu digo: Não jurem em nenhuma maneira; nem pelo céu, porque é o trono de Deus"

Ex 20:8 "te Lembre do dia do repouso para santificá-lo[...] não faça nele obra alguma"

Mc 2:27-28 "O dia de repouso foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do dia de repouso. portanto, o Filho do Homem é o Senhor até do dia de repouso"

Ex 20:12 "Honra a seu pai e a sua mãe"

Mt 10:37 "O que ama a pai ou mãe mais que a mim, não é digno de mim"

Ex 20:13 "Não matará"

Mt 5:22 "Qualquer que se zangue contra seu irmão, será culpado de julgamento"

Ex 20:14 "Não cometerá adultério"

Mt 5:28 "Qualquer que olhe a uma mulher para cobiçá-la, já adulterou com ela em seu coração"

Ex 20:15 "Não furtará"

Mt 5:40 "E ao que queira te pôr a pleito e te tirar a túnica, lhe deixe também a capa"

Ex 20:16 "Não falará contra seu próximo falso testemunho"

Mt 12:36 "De toda palavra ociosa que falem os homens, dela darão conta no dia do julgamento"

Ex 20:17 "Não cobiçará a casa de seu próximo"

Lc 12:15 "Olhem, e lhes guarde de toda avareza"


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Êxodo Capítulo 20 do versículo 1 até o 26
2. A criação da Aliança (Ex 20:24)

1 Então falou Deus todas estas palavras, dizendo:

2 Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão.

3 Não terás outros deuses diante de mim.

4 Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança de qualquer coisa que está em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra: 5 tu não encurvarás-lhes: nem as servirás; para eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam, 6 e mostrando misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.

7 Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão; porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.

8 Lembra-te do dia de sábado, para santificá- Lv 9:1 Seis dias de trabalho, e farás toda a tua obra; 10 mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus: nele não farás trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o estrangeiro que está dentro das tuas portas: 11 Porque em seis dias o Senhor fez o céu ea terra, o mar e tudo o que neles há e ao sétimo dia descansou; por isso o Senhor abençoou o dia do sábado, eo santificou.

12 Honra teu pai e tua mãe, que teus dias sejam prolongados na terra que o Senhor teu Deus te dá.

13 Não matarás.

14 Tu não cometerás adultério.

15 Não furtarás.

16 Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.

17 Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.

O momento chegou para o qual todos os eventos anteriores tinha preparado Israel. Deus estava agora a revelar a Sua lei, por que eles estavam a relacionar-se com Ele e por que eles foram para ordenar suas vidas. A primeira parte ocupa a maior parte dos capítulos 20-23 , e é chamado de "o livro da aliança" (Ex 24:7 como o começo do Livro da Aliança, omitindo, assim, os Dez Mandamentos. No entanto Ex 20:1 ). Alguns estudiosos afirmam que encontrar outro conjunto de dez mandamentos ou decálogo em Ex 34:12 . Devido à sua composição diferente e ênfase, é freqüentemente chamado de "o decálogo ritual." (Mas veja comentários sobre essa passagem.) Os Dez Mandamentos não são leis no sentido de que um tribunal humano pode aplicá-las. Eles são leis divinas, que só podem ser implementadas pela legislação adicional, como o que os segue no Livro da Aliança. Eles foram separados a partir de todo o resto da lei, não só pela sua natureza, mas também pela maneira em que foram dadas. Para todo o resto da lei, Moisés foi o intermediário, aquele a quem Deus falou e quem transmitiu a comunicação divina para o povo. Mas para os Dez Mandamentos, Deus falou diretamente com o povo para fora do fogo que ardia em cima da montanha, sem consumi-la, tanto quanto a sarça ardente que primeiro chamou Moisés para a presença divina. (Ver Ex 19:9. ; Dt 5:4 ).

Surpreendentemente, não houve unanimidade na identificação dos mandamentos individuais do Ten. Expositores judeus modernos encontrar o primeiro em que os estudiosos cristãos vêem como uma declaração introdutória, e combinar o que ortodoxos e luteranos não-cristãos protestantes chamar o primeiro eo segundo como sua segunda. Católicos e luteranos também fazer essa combinação, chamando-o o primeiro mandamento, e dividindo-se a proibição de cobiçar em dois mandamentos. As várias listas comparar como se segue.

Judeus

Cath.-Luth.

Orth. e não-Luterana Prot .

1

Ex 20:2

Ex 20:3

Ex 20:7

3

Ex 20:7

Ex 20:7

Ex 20:12

20: 8-11

5

Ex 20:12

Ex 20:13

Ex 20:12

6

Ex 20:13

Ex 20:14

Ex 20:13

Ex 20:14

Ex 20:15

Ex 20:14

8

Ex 20:15

Ex 20:16

Ex 20:15

9

Ex 20:16

Ex 20:17

10

Ex 20:17

Ex 20:17

A classificação ortodoxos e não-luterano protestante segue o mínimo um conhecido, que data de, pelo menos, já em Josephus.

Os Dez Mandamentos revelam individualmente uma variedade fascinante de forma e matéria. Três deles consistem em duas palavras cada um em hebraico, a primeira palavra em cada caso, sendo o negativo não ou "não". Eles graficamente declarar: Nenhum assassinato! No adultério! Não roubar! Dois outros mandamentos (o primeiro e o nono) consistir em apenas uma breve frase Ct 1:1 ). Oito dos mandamentos são proibições, apenas dois são positivos. Estes são o quarto eo quinto, aquele que termina a lista dos deveres do homem para com Deus, o outro começando a lista dos deveres do homem para com seus semelhantes.

Os Dez Mandamentos são comumente divididos em dois grupos, o primeiro através da quarta fornecendo um padrão vertical, ou os nossos deveres para com Deus, o quinto ao décimo assegure um nível horizontal, ou os nossos deveres para com o homem.Jesus resumiu os quatro primeiros no que ele chamou de "o grande e primeiro mandamento", e os últimos seis em "um segundo semelhante a ele." Sobre o amor de Deus e do amor ao próximo Ele desligou "toda a lei" e "o profetas "( Mt 22:34. ). Os deveres para com os homens foram subdivididos por alguns em mandamentos contra atos médios (do sexto ao oitavo), que contra as palavras médios (o nono), e que contra pensamentos médios (o décimo). Outra divisão, sugerido por Martin Buber, vê a primeira parte, como lidar com o Deus da comunidade espiritual (o primeiro por meio da terceira mandamentos, que proíbe a idolatria, a imagem de culto, e magia adoração), a segunda parte como lidar com tempo ou "um-após-o-outro" da comunidade (o quarto e quinto mandamentos), ea terceira parte, como lidar com o espaço ou a "com-um-outro" da comunidade (o sexto até o décimo mandamentos ).

Apesar da tradicionalmente elevada consideração dada aos Dez Mandamentos por homens de todas as idades, culturas e credos, ainda há alguns que dizem que eles são antiquados e não são mais pertinentes ou ao cristianismo ou ao século XX. Esta atitude é claramente ilustrada por uma história contada por Clovis G. Chappell.

Há a história de um certo senhor e do escravo que anos atrás foi a pesca de alto mar. Quando eles estavam fazendo seu caminho de volta à praia no final da noite, o mestre tornou-se sonolento e virou o leme até o seu servo fiel, Mose. Antes de fazer isso, no entanto, ele apontou a estrela norte a Mose e pediu-lhe para manter o olho nele. Mas o mestre não tinha dormido muito tempo antes de Mose arrebatou cochilo si mesmo. Quando ele acordou, ele estava em total confusão. Ele chamou seu mestre freneticamente. "Acorde!", Ele disse, "e me mostrar outra estrela. Eu fiz correr limpo passado que um! "

Mas os Dez Mandamentos são um passado constelação que nós nunca vai navegar! Seu significado eterno e pertinência são auto-evidentes. E se houvesse alguma dúvida, Jesus e seus seguidores, que nos forneceram o Novo Testamento ter silenciado para sempre. Cada um dos Dez Mandamentos é reafirmado no Novo Testamento, como veremos em tratá-los individualmente. De fato, Jesus declarou no Sermão da Montanha, que ele "não veio para destruir" a lei ", mas para cumprir" ele (Mt 5:17 ). E isso muito Sermão da Montanha, que tem muito o mesmo lugar na nova aliança como os Dez Mandamentos, realizada no antigo, faz grande uso dos Dez Mandamentos, tornando a sua aplicação ainda mais clara e mais rigorosa, em referência ao Reino de Deus.

Não terás outros deuses diante de mim . A palavra antes não aqui levar a idéia de ordem de preferência, por isso não é um mandamento para dar Jeová primeiro lugar entre muitos deuses. Antes de mim é literalmente "diante de mim", e carrega a idéia de "para além de mim, "ou como a margem de dá-la", além de mim. "Jeová, que os tirou do Egito era para ser adorado exclusivamente. Alguns questionaram se isso realmente ensina o monoteísmo (a crença em um único Deus) ou em vez ensina apenas monolatria (a adoração de um único Deus, embora outros possam ser reconhecidos como existente). Monoteísmo era praticamente desconhecido no mundo antigo, e foi de fato em desacordo completo com todos os sistemas religiosos que prevalecem. Os únicos movimentos nesse sentido entre os antigos egípcios tinham morrido rapidamente. Moisés poderia ter acreditado e ensinado somente definindo-se contra as crenças de todo o resto da humanidade. Mas foi a conclusão natural das experiências religiosas dos patriarcas e próprias experiências de Moisés. Ele tinha ensinado no Egito que Jeová era superior a todos os outros deuses, dizendo que "não há outro como ao Senhor" (Ex 8:10 ; Ex 9:14 ). E antes que a peregrinação no deserto foram terminou, ele iria declarar que Ele era o único Deus, dizendo que "não há outro além dele" (Dt 4:35 , Dt 4:39 ). Certamente, o primeiro mandamento é também uma declaração da unidade de Deus, o up mais forte e mais clara a este tempo. Que ele encontra reafirmação no Novo Testamento não precisa ser comprovada. No relato de Marcos de pronunciamento de Jesus sobre o maior mandamento, a unidade de Deus e que a prioridade Ele segura a nossa reverência e adoração são claramente (Mc 12:29 ).

Não farás para ti imagem de escultura . A proibição de ídolos era incluir qualquer representação das coisas no céu, na terra , ou debaixo da terra . Como logo ídolos entrou em uso após a queda de Adão ou novamente após o dilúvio não é conhecido. Mas eles estão com precisão representado por São Paulo como o resultado da ignorância do homem e de substituição para o verdadeiro Deus (Rm 1:23 ). Eles assumiram muitas formas de animais, humanas monstruosas. No Egito, a partir do qual Israel tinha tão recentemente falecido, todos os deuses eram tão representadas, como eles também estavam na Mesopotâmia e na terra de Canaã. Sua adoração envolvido algumas das atividades mais imorais e repugnantes que já foi inventado pelo homem. Idolatria tinha uma tendência natural em tal sentido e tal degradação também foi um castigo divino para a idolatria (Rm 1:24 . Há alguma evidência de que Israel era lento em cumprir esta regra, pois eles certamente usou imagens na adoração de Baal e outros deuses pagãos clara até a época do exílio, e, possivelmente, também usou imagens como uma ajuda na adoração de Jeová. Mas também é importante notar que esta não é uma proibição da arte em geral. Enquanto parece haver nenhuma referência nas Escrituras à pintura, e enquanto os antigos judeus eram muito cautelosos sobre qualquer tipo de reprodução, escultura em seus vários tipos foi usada por ordem divina, tanto no tabernáculo e no templo (25: 18-20 ; 1Rs 6:18 , 1Rs 6:23 , 1Rs 6:32 ; 1Rs 7:13 ). O que foram proibidos eram imagens que os homens se curvam ou servem - "imagens religiosas, ou relacionados adoração- imagens. "Este mandamento especialmente se parecia ultrapassada a muitos. Ele ainda era muito pertinente nos tempos do Novo Testamento (ver 1Co 10:14. , 1Co 10:20 ; 1Jo 5:21 ; Ap 21:8 , os nomes eram muito mais significativos nos tempos do Antigo Testamento do que em nossa época. O nome do Senhor de uma forma muito concreta veiculada algo do caráter de Deus. O nome foi altamente reverenciado pelos antigos judeus, até o ponto que eles não veio para pronunciá-lo mesmo na leitura das Escrituras no culto público. Eles substituíram a palavra Adonai , que significa "senhor" ou "mestre", e pode ser aplicado a homens, assim como Deus. Assim, tudo o que não se manifestar reverência pelo nome era uma violação da lei de Deus. Além de perjúrio e encantamento, o que inclui profanidade comum, o uso frívolo do nome, a hipocrisia (a tomada do nome sobre si mesmo para designar uma relação que não é real), bem como a utilização presunçoso do nome (a reivindicação de fazer coisas em nome de Deus, sem a Sua autoridade e bênção). No Novo Testamento, Jesus não só reafirmou este mandamento em sua oração-modelo, "Santificado seja o teu nome" (Mt 6:9 ). Na verdade, Ele estendeu as exigências da santidade ao discurso total do homem, insistindo que palavras revelam o verdadeiro caráter do coração a ponto de que "pelas tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado" (Mt 12:34 ). O próprio semana como uma unidade de tempo tinha sido conhecido, pelo menos tão cedo quanto os dias de Jacó e Laban (Gn 29:27 ; ver também comenta sobre Ex 16:1. ). Mas o primeiro mandamento para observar o dia tinha sido dado a Israel pouco tempo antes da sua chegada ao Sinai (Ex 16:22 ). O princípio foi mais tarde alargado a anos sabáticos bem (23: 10-11 ; Lv 25:1 ). Seu mandamento aqui em Êxodo é baseado no padrão divino. Em Ex 23:12 e em Dt 5:14 um propósito humanitário é indicada-a de bondade para com os escravos e servos. E em Dt 5:15 está implícito que é ser uma comemoração semanal da libertação do Egito, uma espécie de pouco Páscoa. Era um sinal peculiar e permanente da aliança de Deus com Israel (Ex 31:12 ). Enquanto fiel observância do sábado era lento na vinda (ver Ne 13:15 ), pelo tempo de Cristo, foi mantido com uma vingança. Os rabinos tinham de fato tão multiplicado as suas interpretações da lei sábado como para tornar o dia um fardo e um objeto de ridículo. Jesus foi forçado a resgatar a dia de uma observância falsa e excessivo, declarando que "o sábado foi feito para o homem, e não o homem por causa do sábado", e que "o Filho do homem é senhor também do sábado" (Mc 2:27 ). E por sua ação, Ele ainda aprovado um terceiro princípio do respeito, o de fazer o bem aos homens (Mc 3:1 ). O Quarto Mandamento é aquele que o Novo Testamento não reafirmar na carta, ainda que o adota e redireciona-lo em princípio. Cristo não contribuiu em nada no caminho de uma reafirmação do mandamento, embora Ele repreendeu o seu uso indevido e introduzir uma nova luz sobre o seu verdadeiro significado e propósito, como indicado acima. Nem uma palavra comendatário nunca foi falado do sábado por seus seguidores, a palavra que está sendo mencionado apenas em Atos como um momento de oportunidade para os missionários a pregar aos judeus, e apenas duas vezes em outros lugares, uma vez em conexão com as coisas peculiarily judeus (Cl 2:16 , Lv 23:15 ). Muito cedo, os cristãos começaram a reunir-se regularmente no primeiro dia da semana (At 20:7 ). Foi particularmente apropriado que aquele que se declarou ser o Senhor do sábado, por escolha soberana tinha substituído o sábado com um dia ainda mais apropriadamente His. Os princípios de descanso, adoração e prestimosidade ainda se aplicam a este dia, embora seja difícil em função do Novo Testamento para ser legalista sobre o fator de descanso. Para os cristãos, esta deve encontrar a sua base na demanda do corpo e da mente para tal alívio. É especialmente adequado em uma época de abundância de lazer ressaltar outra parte do quarto mandamento, Seis dias de trabalho . Paulo reafirmou isto dizendo: "Se não quer trabalhar, também não coma" (2Co 3:10 ). Trabalho era parte do plano original de Deus para o homem, mesmo antes da queda (Gn 2:5 ), e é só o homem que trabalhou da melhor maneira possível, que é verdadeiramente preparado para adorar ao Senhor em Seu dia.

Honra a teu pai ea tua mãe . A lista dos deveres do homem para com seus semelhantes começa com os seus deveres em casa no que diz respeito a seus pais. Este foi considerado como uma das obrigações mais sagrados pelos israelitas. Em algumas sociedades antigas, os indefesos com idade foram empurrados para fora das casas de seus filhos para ser comido por animais ou morrer de exposição. Mas o respeito para os pais e para a velhice parece ter sido tradicional entre os povos de Israel que surgiram. E este respeito recebeu agora o apoio de ordem divina. Na legislação posterior a esse mandamento foi aplicado da forma mais estrita. A maldição foi pronunciada contra ele que "desprezaram ao" (mais literalmente "desonrado", "desprezado", ou "leviandade") seus pais (Dt 27:16 ). Ele que amaldiçoou o seu pai ou a sua mãe estava a ser condenado à morte (Ex 21:17. ; Lv 20:9. ). Mesmo um filho que deliberadamente e teimosamente desobedeceu seus pais era para ser levado perante os anciãos da sua cidade e apedrejado até a morte (Dt 21:18 ). Grande parte do livro de Provérbios é um comentário inspirado sobre este mandamento. No Novo Testamento, Jesus aprovou este mandamento pela Sua própria sujeição a seus pais terrenos (Lc 2:51 ). Em uma ocasião, ele reafirmou este mandamento e repreendeu os escribas e fariseus para contornar isso com as suas tradições (Mc 7:1 ). Paulo afastaram-se dela como um mandamento cristão, e chamou a atenção a ele como o primeiro mandamento com promessa (Ef 6:1. ; Cl 3:20 ). A restauração da autoridade parental é um corretivo muito necessário para o aumento desenfreado da delinquência juvenil no século XX. O renascimento do respeito filial de pais idosos faria muito para resolver as necessidades financeiras e emocionais de cada vez maior geração mais velha.

Não matarás . O verbo matar usada aqui é a palavra hebraica para técnico "assassinato" ou "assassinato com premeditação". Ele exprime uma lei que é intuitivo para a natureza humana. Cain tinha sido o primeiro a violá-la e levar adiante a repreensão de Deus (Gn 4:10 ). Depois do dilúvio, Deus falou muito incisivamente contra o assassinato, dizendo a Noé: "Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado." E Ele também revelou o verdadeiro crime de homicídio como um golpe contra o próprio Deus ", pois na imagem Deus fez o homem "( Gn 9:5 ). Não há proibição da pena de morte ou de guerra explícita no Sexto Mandamento ou no Antigo Testamento como um todo. Na verdade, a pena capital foi decretado por Deus para o assassinato do tempo do dilúvio, como indicado acima, e para uma variedade de crimes sob a lei mosaica (Ex 21:12 , Ex 21:29 ; Ex 22:18 ; Ex 31:14 ; Lv 20:1. , Lv 20:27 ; Lv 21:9 ; . Dt 13:5 ; Dt 18:20 ; Dt 22:13 ; Dt 24:7. ; 1Sm 15:1 ). No Novo Testamento, Jesus citou este mandamento em sua resposta ao rico, jovem rico (Lc 18:20 ). Mas, no Sermão da Montanha, Ele chegou por trás da ordem para o princípio envolvido-a santidade não só da vida humana, mas também da personalidade humana. E Ele proibiu não só o assassinato, mas também conflitos, ódio, rancor, e até mesmo escárnio (Mt 5:21 ). Ele parece ter resistência proibida ou de auto-defesa, pelo menos numa base individual (Mt 5:25 , Mt 5:38 ). Ele ligou para o amor ativo para os inimigos, mesmo aqueles que realmente nos maltratam (Mt 5:1ff ). É claro que, para o cristão nunca pode haver nada além de amor e gentileza por parte de um indivíduo para outro. Muitos cristãos sinceros sentir que este princípio deve ser realizado até a tanto a pena capital e da guerra que proíbe o estado-assim. Essa fuga completa, a partir da necessidade de tomar outra vida humana, de qualquer modo é ideal não pode ser negado. Mas o fato de que o Novo Testamento não diz explicitamente instruir os soldados a desistir de sua carreira (Lc 3:14 ; At 10:1 ), mas faz comando de obediência aos que têm autoridade civil, que não vencem a "espada em vão ", mas são ministros de Deus como Vingadores" em ira contra aquele que pratica o mal "( Rm 13:1) e são "por ele enviados para castigo dos malfeitores" (1Pe 2:13. ), deixa espaço para outros cristãos sinceros para manter o estado tem o dever de defender os seus cidadãos e na execução de suas infratores mais graves (ver também 1Tm 2:1. ; Tt 3:1. ). É inteiramente possível que os objetivos do amor às vezes são melhor realizado com o que, de outra forma parecem ser métodos violentos.

Tu não cometerás adultério . O verbo usado aqui refere-se a uma violação dos votos matrimoniais, não prostituição em geral. Todos os tipos de crimes sexuais foram tratados com severidade sob o código de Mosaic, no entanto, como é indicado em muitas das referências dadas no parágrafo acima em relação à pena capital. A casa é a instituição mais antiga conhecida pelo homem, tendo sido fundada pelo próprio Senhor imediatamente após a criação de companheira de Adão. O escritor inspirado marcado naquela ocasião com um comentário bela em sua simplicidade, mas profunda em suas implicações: "Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e serão uma só carne" (Gn 2:24. ; Dn 2:19 ; . Ef 5:22 ). Sua vontade é violada sempre que a união matrimonial é comprometida. Seus dons preciosos do amor conjugal e felicidade estão contaminadas sempre que o parceiro para um casamento contamina-se por infidelidade. No Novo Testamento Jesus redefiniu o adultério, condenando não só o ato evidente, mas também o desejo interior que levou o ato (Mt 5:27 ). Paulo pressionado o lado positivo da questão com um pedido de amor dentro da casa que refletem a força e pureza do amor de Cristo pela Igreja (Ef 5:22 ). No dia da "nova moralidade", de uma crescente preocupação com o sexo por si mesma sem qualquer base legal ou moral, não há necessidade de uma nova ênfase sobre o Sétimo Mandamento e suas aplicações do Novo Testamento.

Não furtarás . Não só é a vida do homem sagrado e sua sagrada casa, mas também o seu direito à sua propriedade é sagrado. O Antigo Testamento reconheceu que havia muitas maneiras em que esse mandamento poderia ser violados e exigiu a restituição múltipla, mesmo que o autor teve de ser vendido como escravo para pagá-lo (Ex 22:1 ; Lv 6:1 ). No Novo Testamento, Jesus citou este mandamento para o rico, jovem governante como um dos princípios envolvidos na garantia de vida eterna (Lc 18:20). E Paulo ladrões listado entre aqueles que não herdarão o reino de Deus (1Co 6:10 ). O princípio envolvido aqui não é simples. Roubar pode envolver roubo (a tomada dissimulada de bens alheios), roubo (entrada ilegal de um edifício para roubar), roubo (roubo por força ou ameaça), fraude, engano, burla, peculato, violação de confiança, encargos excessivos, falta de pagamento de dívidas, pagamento a menor de funcionários, a falta de dar um empregador o trabalho para o qual ele paga, e jogos de azar em todas as suas muitas formas. Contas de despesas acolchoados, declarações fiscais falsificados, fraudada competições, o suborno de funcionários, enganando como um caminho fácil para a acadêmica reconhecimento, tudo isso são violações contemporâneas do Oitavo Mandamento que chorar pela reafirmação e pelos ritos. O princípio da propriedade privada, que ele reconhece é também uma resposta forte ao comunismo e seu ensino que toda a propriedade pertence ao Estado. Para o Estado de confiscar o que pertence ao cidadão é o roubo da forma mais descarada. As salvaguardas adequadas sobre a posse da propriedade privada não residir na sua perda a favor do Estado, mas em reconhecimento do princípio de Cristo que todos os homens são simplesmente mordomos do que Deus confiou aos seus cuidados (Mt 5:42 ), e na aceitação de sua lembrete de que riquezas terrenas são apenas temporários, não é digno de nossa devoção (Mt 6:19 ).

Não dirás falso testemunho contra o teu próximo . Agora, a sacralidade da verdade é declarada. Esta não é uma proibição direta de mentir em geral, mas lida com um tipo específico de mentir-perjúrio em referência a um colega israelita. Perjúrio era um crime que, segundo a lei de Hammurabi trouxe sobre o infrator a mesma pena que o seu testemunho teria trazido sobre o acusado. O mesmo era verdade sob o código de Mosaic (Dt 19:15 ). Mas esta aplicação estreita do Nono Mandamento não significa que este é o único tipo de falsidade a que Deus se opõe. É simplesmente o início de instrução que se inicia com um caso concreto. Mais tarde, a lei declarada, "nem ... mentir uns aos outros" (Lv 19:11 ). Como foi observado em conexão com 19: 1-8 , uma palavra foi muito importante nas mentes dos israelitas. Foi também muito importante para Deus. Por uma palavra que ele havia criado o universo. Seu Filho viria a ser conhecido como "A Palavra". Assim, a palavra deve ser sempre utilizado em verdade. Mentir é para destruir toda a base para a comunicação, para fazer uma paródia das relações humanas, para reduzir todas as negociações para o nível de selva. A testemunha falsa pode destruir a reputação, a felicidade, a liberdade, a vida do outro. Perjúrio é simplesmente deitado no seu pior. Jesus também citou o Nono Mandamento em Sua resposta para a busca do rico, jovem governante para a vida eterna (Lc 18:20 ). E João, o Revelador, viu que todos os mentirosos estavam a ser lançados no lago de fogo para sempre (Ap 21:8 ). E Ele tinha muito a dizer sobre a cobiça em geral, alertando o homem que lhe pediu para se arbitrar a sua herança: "Acautelai-vos e guardai-vos de toda a avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui" (Lc 12:15 ). Ele seguiu sua resposta com a parábola do rico insensato e uma chamada para colocar o Reino de Deus em primeiro lugar, confiando no Pai celestial para cuidar das necessidades materiais (Lc 12:13 ). Paulo confessou que era neste ponto que a lei lhe havia condenado (Rm 7:1. ; He 13:5 ; 1Co 14:39 , KJV). No século XX, com a sua abundância material sem precedentes, não há necessidade de atender às advertências bíblicas contra a cobiça. A linha entre necessidade e luxo, entre prazer e desperdício legítimo tornou-se nebuloso para muitas pessoas. Apenas uma devoção próprio de Deus e do Seu Reino ajudará a deixar claro novamente.

b. O medo do Povo (20: 18-21)

18 E todo o povo percebeu os trovões e os relâmpagos, eo som da trombeta, eo monte fumegante.: e quando o povo, vendo isso, estremeceu e ficou de longe 19 E disseram a Moisés: Fala tu nós, e ouviremos; mas não fale Deus conosco, para que não morramos. 20 E disse Moisés ao povo: Não temais. Deus veio para vos provar, e que o seu temor esteja diante de vós, para que não pequeis 21 E o povo estava de longe, e Moisés se aproximava às trevas espessas onde Deus estava.

A vocalização real dos Dez Mandamentos não poderia ter tomado muito tempo. Mas pelo tempo que esses poucos minutos foram mais, as pessoas também tinham tudo o que queriam de os trovões e os relâmpagos, eo som da trombeta, eo monte fumegante e recepção direta da revelação divina. Eles estavam com medo e recuou. Aparentemente, Moisés permaneceu com eles ao pé da montanha, depois Deus o enviou para baixo (19: 21-25 ). E eles aproveitaram a conclusão dos Dez Mandamentos, quando a voz divina, aparentemente, fez uma pausa, para pedir a Moisés que lhes servem de intermediário para que a voz de Deus trazer a morte em cima deles. Moisés confortaram, explicando que Deus tinha uma vez mais procurado para provar eles (Ex 15:25 ;Ex 16:4) .

c. As regras do Pacto (20: 22-23: 19)

(1) Regras especiais Sobre Adoração (20: 22-26)

22 E disse o SENHOR a Moisés: Assim dirás aos filhos de Israel, vós tendes visto que falei com você do céu. 23 Não fareis outros deuses comigo; deuses de prata, ou deuses de ouro, não fareis para vós. 24 Um altar de terra tu a mim fazer, e sacrifício te nela teus holocaustos, e as tuas ofertas pacíficas, as tuas ovelhas e os teus bois: em todo lugar que eu gravar meu nome, virei a ti e te abençoarei. 25 E se tu me fizeres um altar de pedras, não o farás de pedras lavradas; pois se tu levanta a tua ferramenta em cima dele, tu profaná- Lv 26:1 Nem te subir degraus ao meu altar, para que a tua nudez não seja descoberto nela.

As primeiras palavras de Jeová a Moisés tinha a ver com a aplicação de uma forma prática o que Israel tinha aprendido sobre ele através da escuta diretamente a Ele. Quatro regras estão a ser seguido no culto divino: (1) os ídolos não estão a ser utilizados (os fundidos estão agora proibidos como os de escultura tinha sido no Segundo Mandamento), (2) altares estão a ser bastante simples, feito apenas de terra e erigido em locais aprovados pelo próprio Senhor, (3) se altares são feitas de pedra, para que estes sejam naturais, pedras brutas, mantendo o princípio da simplicidade, e (4) altares não estão a ser altamente elevado ao ponto que eles devem ser alcançado por etapas, para que a modéstia dos adoradores ser violado devido às suas roupas fluidas. A disposição aparente aqui para uma multiplicidade de altares, a diferença entre estes altares simples e os do tabernáculo e do templo, bem como a prestação aparente para os particulares a oferecer sacrifícios desde que foi constituída provisão para a manutenção da modéstia dos padres no altares mais elaborados (28: 42-43 ), fez com que estudiosos críticos para reivindicar uma contradição básica. Eles declaram que houve um período anterior, quando os altares privados foram aceites e sacrifícios particulares poderia ser oferecido, mas que a construção do templo de Salomão e da ascensão de uma classe adquiridos, sacerdotal levou a uma mudança gradual para o culto em apenas um lugar. Eles ensinam que o Pentateuco, escrito não por Moisés, mas sim por diferentes indivíduos em diferentes períodos da história judaica, teceu vários tópicos desse desenvolvimento evolutivo essencial para o que afirma ser um relato histórico coerente, dando ao leitor uma série sem esperança de contradições. Mas tal não é o caso. Aqui em Êxodo temos provisão feita para os locais altares simples, privados, que haviam sido erguidas pelos patriarcas desde tempos imemoriais em locais feitas memorável pelo aparecimento de Jeová. Altares inúmeras desse tipo foram erguidas durante todo o período da conquista, os juízes, os primeiros reis, e mesmo sob alguns dos profetas (Js 8:30. ; Js 22:10 ; . Jz 6:24 ; Jz 21:4. ; 1Sm 14:35 ; 2Sm 24:18. ; 2Sm 1:1 Reis 18:. 1Rs 18:30 ss ; 1Rs 19:10 , 1Rs 19:14 ). Para o tempo que o país viveu em conjunto no deserto, tal não seria necessário, e o tabernáculo foi fornecido no lugar. Em Dt 12:1 ). O lugar central do culto em Canaã foi o primeiro em Shiloh e mais tarde em Jerusalém. Quando o eventual centralização de culto para que o Senhor tinha planejado e instruiu teve lugar, os profetas, sacerdotes, e as pessoas iguais viu com clareza cada vez maior o perigo de altares privados e sacrifícios particulares e eles acabaram sendo abandonadas.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Êxodo Capítulo 20 do versículo 1 até o 26
  1. A sabedoria do mundo (Ex 18)

Os estudiosos da Bíblia discordam em relação à interpretação desse capítulo, se a advertência de Jetro a Moisés é do Senhor ou da carne. Alguns apontam paraNu 11:0:8), mas devemos testar tudo pela Palavra de Deus (Is 8:20). Perguntamo-nos se a "sabe-doria mundana" de Jetro agradava a Deus, pois o próprio Jetro não ti-nha certeza disso (veja v. 23). Ele estava disposto a alegrar-se com tudo que o Senhor fizera (vv. 9-10), mas não estava disposto a acredi-tar que Deus podia ajudar Moisés com os fardos diários da vida. Moi-sés adotou o esquema de Jetro, e o povo concordou com isso (Dt 1:9), mas não temos garantia de que Deus aprovou o novo arranjo. Na verdade, em Números 11, a atitu-de de Deus sugere que aconteceu o contrário.

Os crentes enfrentam ataques diretos e abertos da carne, como os de Amaleque (17:8-16), mas tam-bém enfrentam idéias sutis da car-ne, como as de Jetro. Certamente, Moisés podia fazer qualquer traba-lho que Deus o chamasse a fazer, pois Deus nos capacita para cum-prir suas ordens. Como temos faci-lidade em sentir pena de nós mes-mos, em sentir que ninguém cuida de nós, e em achar que Deus nos deu um fardo grande demais! Leia Is 40:31 para ver a solução de Deus para esse problema.

  1. Notas introdutórias: a importância da Lei

Nenhum tópico foi mais mal-entendi-do entre os cristãos que a Lei de Moi-sés e sua aplicação hoje aos crentes do Novo Testamento. Confundir as alianças de Deus é interpretar erro-neamente a mente de Deus e perder as bênçãos dele; portanto, sábio é o crente que examina a Pàlavra a fim de estabelecer a posição e o propósito de todo o sistema mosaico.

  1. Nome

As pessoas, iniciando com Êxo-Dt 19:0), estavam sob o sis-tema mosaico. Chama-se isso de "a Lei de Moisés", "a Lei" e, às vezes, de "a Lei de Deus". Com freqüência, a chamamos, por uma questão de conveniência, de "lei moral" (em relação aos Dez Mandamen-tos), de "a lei cerimonial" (em re-lação aos exemplos e aos símbolos que encontramos no sistema sacrificial) e de "a lei civil" (em relação às leis diárias que regem a vida do povo). Na verdade, parece que a Bíblia não faz distinção entre as leis "moral" e "cerimonial", já que definitivamente uma é parte da ou-tra. Por exemplo, encontramos o quarto mandamento, que trata do dia de sábado, na lei moral, em-bora, com certeza, faça parte do sistema cerimonial e também dos dias santos judeus.

  1. Propósitos

Para entender a Lei, precisamos nos lembrar que Deus já fizera uma aliança eterna com os judeus por intermédio de Abraão, o pai deles (Gn 15). Ele prometeu-lhes suas bênçãos e deu-lhes a posses-são da terra de Canaã. Mais tarde, "acrescentou-se" a Lei Mosaica à aliança abraâmica, mas isso não a anula (Gl 3:13-48). A lei entrou lado a lado com a aliança anterior de Deus (Rm 5:20), contudo era uma medida provisória de Deus (Gl 3:19). O Senhor deu a Lei apenas a Israel para mostrar que eles eram o povo escolhido de Deus e sua na-ção santa (Êx 19:4-6; SI 147:1 9-20). Deus não deu a Lei para salvar as pessoas, pois é impossível ser sal-vo por guardar a Lei (Gl 3:11; Rm 3:20). Ele deu a Lei a Israel pelas seguintes razões:

  1. Revelar sua glória e santidade (Dt 5:22-5)
  2. Revelar a pecaminosidade do homem (Rm 7:7,Rm 7:13; 1Tm 1:0)

O "aio" era um servo treinado e cuja tarefa era preparar as crianças para a vida adulta. Quando a criança ama-durece e torna-se adulta, recebe sua herança e não precisa mais do aio. Israel, sob a Lei, estava em sua "in-fância espiritual", mas ela preparava esse povo para a vinda de Cristo (Gl 3:23-48); a um jugo, porque traz servidão (At 15:10; Gl 5:1; Rm 8:3); a um aio, porque prepara Israel para a vinda de Cristo (Gl 3:23-48; He 10:1-58 e Rm 3:20-45); (3) dar justiça (Gl 2:21); (4) dar paz ao coração (He 9:9); e (5) dar vida (Gl 3:21).

  1. Cristo e a Lei

"Porque a lei foi dada por intermé-dio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo" (Jo 1:17). Obviamente, há um contraste entre o sistema legalista de Moisés para Israel e a posição graciosa que o cristão tem no corpo de Cristo. Cristo nasceu sob a Lei (Gl 4:4-48) e cumpriu a Lei sob todos os aspectos (Mt 5:1 Mt 5:7). Vemos a pessoa e a obra dele na Lei (Lc 24:44-42). Ele é a finalidade da Lei para trazer justiça ao crente (Rm 10:1-45; Cl 2:13-51).

  1. O cristão e a Lei

O Novo Testamento deixa muito claro que o cristão não está sob a Lei (Rm 6:14 e Gl 5:18), mas vive na esfera da graça. Em Cristo, mor-remos para a Lei (Rm 7:1-45) e libertamo-nos da Lei (Rm 7:5-45). Não podemos nos enredar de novo na escravidão da Lei (Gl 5:1-48), o que significaria sair da esfera da graça e viver como servo, não como filho.

Isso significa que o cristão pode agir sem a Lei e ignorar as exigências santas de Deus? É claro que não! Os inimigos de Paulo lançaram-lhe essa acusação, porque ele enfatizou a posição gloriosa do crente em Cris-to (Rm 6:1). Em 2Co 3:0). Não tentamos obedecer a Deus na força da carne, porque isso é im-possível (Rm 7:14); a carne é fraca e pecaminosa e não pode se submeter à Lei. Mas nos consideramos mortos para o pecado (Rm 6:0; Jc 2:19)

  • Não fazer ídolos ou imagens (At 17:29; Rm 1:22-45; 1Jo 5:21; 1Co 10:7,1Co 10:14)
  • Não tomar o nome de Deus em vão (Jc 5:12; Mt 5:33-40 e 6:5-9)
  • Lembrar o dia de sábado
  • Em nenhum lugar do Novo Testa-mento, repete-se esse mandamento para que a igreja lhe obedeça hoje. Mt 12:0; Mt 5:21-40)

  • Não cometer adultério (Mt 5:27-40; 1Co 6:9-46)
  • Não dar falso testemunho (Cl 3:9; Ef 4:25)
  • Não cobiçar (Ef 5:3; Lc 12:15-42)
  • Observe estes "resumos da Lei" no Novo Testamento. Nenhum deles menciona o sábado: Mt 19:16-40; Lc 18:18-42. É claro que os "novos mandamentos" de amor são a motivação fundamental para o cristão de hoje Jo 13:34-43; Rm 13:9-45). O Espírito derrama esse amor em abun-dância em nosso coração (Rm 5:5). Assim, amamos a Deus e aos outros e, dessa forma, não precisamos do controle externo de uma lei em nossa vida. A antiga natureza não conhecia a Lei, e a nova natureza não precisa da Lei. O sábado era o dia especial de Deus para os judeus que estavam sob a Antiga Aliança, mas, para a igreja, que está sob a Nova Aliança, o Dia do Senhor é o dia especial de Deus. O sá-bado simboliza a salvação por meio de obras: seis dias de trabalho e, depois, descanso; o Dia do Senhor simboliza a salvação por meio da graça: primei-ro o descanso e, depois, o trabalho. O sábado, os sacrifícios, as leis alimenta-res, o sacerdócio e os cultos do tabernáculo acabaram todos em Cristo.

    Moisés, depois de dar a Israel a Lei de Deus, que está nos Dez Man-damentos, explicou e aplicou a Lei aos vários aspectos da vida do ho-mem. Onde quer que haja lei, deve haver interpretação e aplicação; de outra forma, a lei não é praticada e não pode ser útil de forma alguma. No início, eram os sacerdotes que ensinavam e praticavam a Lei em Israel, mas, em anos posteriores, os rabinos e os escribas tornaram-se os professores oficiais da Lei. Infe-lizmente, a interpretação deles era tão autoritária quanto a Lei original, e foi esse erro que Jesus expôs por meio de seus ensinamentos, em es-pecial no Sermão da Montanha (Mt 5:0). Para obter mais percepções a esse respeito, veja também Mar-cos 7.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Êxodo Capítulo 20 do versículo 1 até o 26
    20.2 Eu sou. Antes de Deus nos dar os Dez Mandamentos, nos faz lembrar Quem Ele é, e o que faz por nós (que te tirei).

    20.3 Outros deuses. Não se deve amar, adorar ou obedecer a qualquer coisa que seja, acima da vontade divina.

    20.4 Imagem. A idolatria esta totalmente condenada, em todas as suas formas.

    20.7 Condenação da hipocrisia: "Não lançarás mão da aparência da religião como cobertura das tuas maldades". • N. Hom. O primeiro mandamento (3) mostra que o conhecimento de Deus e o desejo de servi-lo expulsam do nosso coração as ambições e as aspirações inferiores (Dt 6:5). O segundo reconhece todas as ajudas visíveis ao culto como um tropeço para a verdadeira adoração em espírito e em verdade, inclusive imagens de Cristo e dos anjos (em cima nos céus); dos apóstolos, dos mártires, dos santos (embaixo no terra) (4). O terceiro (7), é contra a linguagem profana, tão comum em cada época, contra o perjúrio, contra toda teologia que não seja bíblica, que não seja ensinada por pessoas convertidas a Cristo, e contra a hipocrisia. O quarto (8), é para guardar em memorial (Lembra-te), prática que o povo já observava (Êx 16:23), a qual gravava bem firme na mente o fato da criação de todas as coisas por Deus; para os crentes, aponta, também, para o futuro, à nova Criação em Cristo Jesus (Ap 21:1-66). O quinto mandamento (12) e o sétimo (14) enfatizam a santidade, a pureza e o valor da vida em família e em núcleo social e religioso. O sexto (13) preserva a santidade da vida humana. O nono conserva a pureza da verdade (16); o oitavo e o décimo conservam o direito da propriedade que cada um deve administrar como mordomo de Deus (v. 15 e v. 17).

    20.17 Casa. Aqui quer dizer "lar", e inclui tudo o que daí possa advir.

    20.19 Fala-nos tu. A atitude comum dos que não se converteram pessoalmente a Deus, mediante a obra de Jesus Cristo. Querem mediadores, sacerdotes, que lhes dêem preceitos carnais, que possam cumprir fisicamente, mas não de comunhão com Deus.

    20.20 Não pequeis. Até o temor que Deus impõe, é um ato de misericórdia para ajudar o homem de pouca fé a aprender a viver em santidade. Este temor é o princípio da sabedoria,Sl 111:10.

    20.22 Dos céus. A voz de Deus intervém na situação humana, como interveio no caos para criar o Universo (Sl 33:6), e por isso não há lógica em consultar a obras esculpidas pelo homem (23).

    20.24 Altar de terra. O altar é o lugar da adoração e do sacrifício. Mas tudo que sacrificar, até o sacrifício de louvor, que é o oferecer nosso próprio "eu" em adoração, vem primeiro da graça de Deus. O sacrifício que nos proporciona a vida eterna foi realizado por Deus (Jo 3:16). Por isso se considera uma profanação aproximarmo-nos de Deus com um culto oriundo de nossos próprios esforços, com nossa sabedoria e ciência (25).

    20.26 A ordem e a decência são exigidas em um culto, sem a mínima mescla de malícia As vezes, nossos cultos de hoje carecem disto.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Êxodo Capítulo 20 do versículo 1 até o 26

    2) Os Dez Mandamentos (20:1-20)

    Os princípios fundamentais da religião de Israel estão contidos nos Dez Mandamentos que são transmitidos ao povo por Moisés. Considerados no seu devido contexto, eles são os termos da aliança impostos por Deus a seus parceiros da aliança, visto que os registros das transações do Sinai apresentam características que ocorrem também nas alianças e tratados seculares daquela época. As comparações mais úteis têm sido feitas com os tratados de suserania do Oriente Médio, que ligavam um estado vassalo a um suserano (“senhor”) com a promessa de proteção durante o tempo em que as exigências do tratado fossem cumpridas. No Sinai, Deus, como Senhor e Salvador, ditou as suas normas, o povo demonstrou a sua aceitação e uma aliança foi ratificada (conforme 24.7,8).
    Que esse “decálogo” é bem antigo é sugerido pela ausência de exigências cultuais (às vezes, ele é chamado de “decálogo ético” para distingui-lo do “decálogo ritual” de 34:11-26); que não se trata simplesmente de um código de leis, mas de um documento constitutivo, é indicado pela forma em que as exigências são expressas e pela ausência de punições a serem aplicadas caso fossem violados mandamentos individuais. Há outras seções legais no Pentateuco (e.g., o “Livro da Aliança” em 20.21—23,33) que explicam os mandamentos contidos nos Dez Mandamentos. A forma em que os mandamentos são apresentados merece atenção detalhada. As leis do Antigo Oriente Médio geralmente eram divididas em duas categorias principais: leis casuísticas e leis apodícticas. Leis casuísticas são expressas na maioria das vezes na forma “Se... (então) ...” (conforme 21,7) e podem ter cláusulas subordinadas (“se”) apensas (conforme 21:8-11). Leis apodícticas tratam com absolutos e estão exemplificadas da maneira mais clara nos Dez Mandamentos.

    Estas são apresentadas principalmente na forma de proibições e são dirigidas ao israelita individual. Somente o quarto e o quinto mandamentos são expressos em forma de ordens afirmativas. Alguns eruditos têm con-jecturado que originariamente esses também eram proibições e então tentaram forçá-los a se amoldar ao padrão geral. O decálogo é repetido, com algumas pequenas modificações, em Dt 5:6-5; as divergências principais estão no tratamento dos quarto e quinto mandamentos. Parece ser correto afirmar que o comentário acrescentado a esses mandamentos não fazia parte da transmissão original; os mandamentos devem ter sido expressos de forma sucinta para que pudessem ser facilmente inscritos em pequenas tábuas. Três formas diferentes de contar dez mandamentos (conforme 34,28) nos v. 2-17 foram propostas. Neste comentário, vamos considerar o v. 3 o primeiro da série e os v. 4-6 o segundo, v. 2. Nos tratados de suserania mencionados, os termos eram normalmente prefaciados por um relato dos atos benevolentes realizados pelo suserano em favor do vassalo. A lembrança dos atos de libertação realizados por Deus são breves em comparação com outros exemplares, mas servem ao mesmo propósito,

    v. 3. além de mim (“diante de mim”, BJ): diversas explicações do termo hebraico foram sugeridas; em outros contextos, a expressão denota hostilidade e exclusão mútua. O mesmo termo é usado no hebraico no v. 23 e é traduzido, por exemplo, por “ao lado de mim” (BJ). v. 4. ídolo\ feito de madeira ou pedra. Em 34.17 (q.v.), “ídolos de metal” também são proibidos. E a produção de imagens para uso na adoração que é proibida; nesse sentido, a adoração israelita era iconoclasta. Independentemente das aberrações que tenham desfigurado a história subseqüente do povo de Israel, não há evidência que sugira que imagens de Javé tenham sido feitas em nenhuma época dessa história, nas águas debaixo da terra talvez reflita a cosmologia hebraica, mas também se poderia pensar em fontes e rios subterrâneos, v. 5. deles-, pode referir-se ao v. 4, embora o v. 3 de fato forneça um antecedente plural, zeloso é boa tradução, pois “ciumento” (BJ) tem conotações negativas. até a terceira e quarta geração “reflete a extensão máxima provável de membros de uma mesma família que vivam juntos numa casa” (Clements). v. 6. trato com bondade (“ajo com amor”, BJ): o amor conduz à obediência e tem sua recompensa (conforme Jo 14:21,Jo 14:23,Jo 14:24). v. 7. Concorda-se de forma unânime que esse mandamento protege o nome de Javé daquele uso ilegítimo que poderia ocorrer no juramento, na blasfêmia e na magia e, além disso, “sempre que Israel de alguma forma abrisse suas portas para o culto a outra divindade” (Stamm e Andrew).

    Invocar o nome de Deus para a concretização de um pedido maldoso ou fraudulento era convidar a intervenção furiosa do próprio Deus. V.comentário de Lv 24:16. Igualmente repreensível era a afirmação de alguns falsos profetas de que estavam proclamando o “peso da palavra do Senhor” (cf. Ml 1:1, ARC); o simples uso dessa expressão era proibido (Jr 23:33-24). v. 8. Lembra-te\ Dt 5:12 traz “guardarás”. O shapattu babilônio era o nome pelo qual era conhecido o décimo quinto dia do mês (lua cheia). Apesar da sua aparente ligação com o shabbãt hebraico (“sábado”), a tentativa de descobrir uma relação entre as duas instituições tem se mostrado infrutífera. Não há razão para duvidarmos da observância do sábado na época de Moisés, ou até antes disso. Os v. 10,11 apresentam razões religiosas e humanitárias para a instituição do sábado, v. 11. Conforme Gn 2.1ss).

    v. 13. Não matarás: o uso do verbo rãsah no AT não está restrito a um tipo específico de matar. No presente contexto, significa algo parecido com “assassinar”; não haveria razão em legislar contra homicídio não intencional! Nem a pena de morte (por parte do Estado) nem o matar na guerra estavam incluídos nessa interdição, v. 14. A relação sexual com uma mulher não casada ou noiva (com contrato de casamento) não era punida tão severamente quanto o adultério; observe a diferença entre as penas prescritas em 22.16 e em Lv 20:10 (conforme Dt 22:2,Mt 5:28 volta diretamente aos primeiros princípios. O v. 15 trata do roubo em geral. Alguns estudiosos preferem interpretar isso de forma mais restrita ao roubo de pessoas (seqüestro; conforme 21.16; Dt 24:7). Mesmo numa comunidade cristã, a prescrição talvez precise ser destacada e repetida (conforme Ef 4:28). v. 16. Lit. “Não responderás contra o teu próximo como testemunha falsa”. A evidência falsa não deveria ser colocada diante dos juízes com o objetivo de garantir a condenação de um réu. v. 17. não cobiçarás: afirma-se com freqüência que essa ordem aponta além da motivação para a ação de fato. Mas o sentido normal do verbo e o uso em Dt 5:21 de um sinônimo cujo significado não é questionado depõem contra esse ponto de vista. Hyatt observa que “o mal da cobiça era conhecido e condenado muito tempo antes de Moisés na literatura sapiencial egípcia”, casa é explicado por aquilo que segue; conforme a tradução de “casas” por “famílias” em 1.21. v. 20. A própria majestade da teofania teria o efeito positivo de desencorajar o povo a violar os mandamentos que lhe foram ordenados.


    3) O Livro da Aliança (20.21—23.33)
    Esse é o nome dado, com base em 24.7, à coleção de leis agrupadas nos próximos três capítulos. As leis são evidentemente antigas, pois as instituições que elas pressupõem são primitivas. Pode-se discernir uma riqueza de pontos de contato com outros códigos de leis do Oriente Médio. Isso é exatamente o que deveríamos esperar, visto que as necessidades e as condições sociais variavam pouco de país para país e de época para época. (As leis codificadas pelos persas no final do século VI a.G. revelam a sua dívida para com o Código de Hamurabi babilónico do século XVIII, que em Sl já era uma reformulação da lei casuística da Mesopotâmia.) Em todo o Oriente Médio o rei era o grande legislador, e aqui temos um ponto de contraste, e não de comparação. Os israelitas concebiam a lei como emanando diretamente de Deus. Essa convicção trazia consigo uma motivação embutida de obedecer às leis do Estado como sendo a vontade revelada de Deus; a obediência a essas leis era supervisionada pessoalmente pelo próprio Deus (conforme 22.23,24; 23.7). Os v. 22-26 têm como seu tema de ligação a adoração a Deus. v. 22,23. Deus lhes falou do céu e proclamou a sua singularidade; por isso nenhuma imagem idólatra é digna de ficar na presença dele. v. 24. altar de terra: de tijolos secados ao sol ou de terra batida. Exemplos de tijolos secados ao sol foram encontrados nos sítios arqueológicos de santuários cananeus. Esse é um tipo de altar muito antigo; contraste com 27:1-8. os seus holocaustos e as suas ofertas de comunhão: os tipos mais antigos de ofertas; ambos estão representados nos textos ugaríticos. Onde quer que eu...\ ainda não havia santuário central, v. 25. Somente pedras não lavradas podiam ser usadas na construção de altares (conforme Dt 27:5; Js 8:30,Js 8:31; lRs 18.31,32). A mão humana ou alguma ferramenta acarretariam profanação. Até mesmo o altar dos holocaustos associados ao tabernáculo era objeto de um ritual de propiciação (conforme 29.36). v. 26. Os altares cananeus às vezes tinham degraus. “Os degraus são proibidos porque a ordem é dirigida ao israelita comum que iria sacrificar com sua roupa normal” (Driver). V. também o comentário Dt 28:42.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Êxodo Capítulo 19 do versículo 1 até o 11

    A. Estabelecimento da Aliança no Sinai. 19:1 - 24:11.

    A história da chegada ao Sinai e à apresentação divina da Sua aliança, segue-se o assim chamado Livro da Aliança (caps. Ex 20:1), no qual se estipula o código básico. Depois segue-se a narrativa da ratificação da aliança pelo sacrifício e aspersão do sangue.


    Moody - Comentários de Êxodo Capítulo 19 do versículo 1 até o 38

    II. Israel no Sinai. 19:1 - 40:38.

    O ano da peregrinação ao Sinai teve dois resultados:
    1) Israel recebeu a Lei de Deus e foi instruída nos caminhos de Deus; e
    2) a multidão que escapou do Egito foi unificada, dando começo a uma nação. Este período é da maior importância para compreendermos a vontade e o propósito de Deus conforme revelado no restante do V.T. Este é o ponto central do que tão freqüentemente as Escrituras chamam de "a Lei". O registro da viagem ao Sinai e a doação da Lei ali, ocupam não só o restante do Êxodo, mas também o livro do Levítico e os primeiros capítulos de Números.

    A hipótese de Graf-Wellhausen, promulgada no século dezenove, que negou até mesmo a existência de um Tabernáculo, fez destas leis um simples reflexo dos costumes de séculos posteriores. Na primeira metade deste século temos um reverso desta filosofia, de modo que agora praticamente todos os mestres estão prontos a admitir que a estrutura e o coração da Lei são mosaicos. Críticos ainda insistem que a Lei, como nós a conhecemos aqui, foi modificada a partir do original e consideravelmente criticada em séculos posteriores. Embora não seja de todo impossível que conceitos e ordenanças fossem incluídos mais tarde, aqueles que consideram a Lei como uma revelação de Deus, aceitam-na na sua forma presente como sendo substancialmente aquilo que Moisés recebeu. Mesmo os críticos que negam isto teoricamente, acham que é difícil decidir qual das ordenanças teriam sido posteriormente acrescentadas.


    Moody - Comentários de Êxodo Capítulo 20 do versículo 1 até o 20

    Ex 20:1 como sendo o primeiro mandamento e Ex 20:4-6 o segundo. Esta divisão foi unanimemente aceita pela igreja primitiva e continua sendo hoje mantida pelas igrejas Ortodoxa Oriental e Protestantes.


    Moody - Comentários de Êxodo Capítulo 20 do versículo 4 até o 6

    4-6. O Segundo Mandamento. Proíbe a criação e o uso de imagens esculpidas como objeto de adoração. Mas, de maneira mais essencial, é um lembrete de que Deus é Espírito, que não deve ser concebido à imagem do homem ou de qualquer outra criatura. Visito a iniqüidade (v. Ex 20:5). Os resultados do pecado, vê-se que afetam de três a quatro gerações, mas a misericórdia de Deus estende-se a milhares. "Ele não diz que será fiel ou justo para com os guardadores de Sua lei, mas misericordioso" (Calvino). Aqueles que me amam (v. Ex 20:6). "A fonte e origem da verdadeira justiça está expressa, pois a eterna guarda da lei não teria valor se não fluísse delas" (Calvino).


    Dúvidas

    Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
    Dúvidas - Comentários de Êxodo Capítulo 20 versículo 4
    Ex 20:4 - Por que Deus deu o mandamento de não fazer imagens de escultura, se ele mesmo ordenou que fossem feitos dois querubins para a Arca da Aliança?

    (Veja os comentários de Ex 25:18.)


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Êxodo Capítulo 20 do versículo 1 até o 17
    b) Os Dez Mandamentos (Êx 20:1-17)

    Os quatro primeiros incluíam os deveres do homem para com Deus, e os demais seis diziam respeito aos seus deveres para com seus semelhantes. Os dez mandamentos são repetidos, em forma um tanto diferente, em Dt 5:0), conforme originalmente anunciadas e escritas nas tábuas de pedra, consistiam cada qual de uma sentença, como, por exemplo, "Honra a teu pai e a tua mãe", "Não cobiçarás". Se assim foi, as formas expandidas representariam então o comentário inspirado de Moisés, ao declará-las ele ao povo, nas duas ocasiões (ver Êx 19:9; Dt 5:5). A tradução "mandamentos" para aquilo que as Escrituras chamam de "dez palavras" impõe uma tonalidade por demais severa a elas. Foram dadas para que o povo cresse (Êx 19:9), andasse nelas e por meio delas fosse abençoado (Dt 4:40, Dt 4:5.1 nota).

    >Êx 20:2

    Eu sou o Senhor teu Deus (2). Os expositores judaicos consideram que esse foi o primeiro dos dez mandamentos, "para acreditar na existência de Deus" (Hertz), mas ainda é melhor considerar essas palavras como uma declaração de autoridade sobre a qual repousam todos os dez mandamentos. A soberania de Deus sobre Seu povo é a sanção para Sua exigência de que obedecessem aos mandamentos que seguem. Ele aparece aqui como um Deus pessoal que já tinha estabelecido uma relação íntima com Seu povo, livrando-o do Egito.

    >Êx 20:3

    1. O SENHOR É SEM IGUAL (Êx 20:3). Seu povo, por conseguinte, não deveria adicionar a adoração a deuses falsos à sua adoração ao Senhor, conforme tentaram fazer mais tarde, quando, por exemplo, introduziram o culto de Baal como adição. A unidade de Deus requer devoção total.

    >Êx 20:4

    2. O SENHOR É ESPÍRITO (Êx 20:4-6). Conf. Jo 4:24. Ele não pode ser adorado sob a forma de qualquer representação material, quer fosse produto da arte plástica, quer da pictórica. Tais coisas não apenas desviam a mente do conhecimento da espiritualidade pura de Deus, mas inevitavelmente são transformadas em objetos de veneração, e também provocam o aparecimento de muitas práticas sensuais. O mandamento do versículo 4 não proíbe qualquer escultura ou pintura. Conf. a serpente de metal, em Nu 21:8. Deus zeloso (5). Isso significa que somente Ele tem o direito de ser amado pelo Seu povo. Por causa deles mesmos, e para que santificassem e reverenciassem Seu nome, é que eles deviam fugir de toda idolatria. O zelo de Deus preserva a pureza da adoração de Seu povo. Visito a maldade... (5). Mediante Dt 24:16 (ver anotação) fica claro que Deus não pune os filhos por causa das ofensas de seus pais, mas se os filhos cometerem o mesmo pecado de seus pais, serão punidos da mesma maneira ("daqueles que me aborrecem"). Mas, além disso, os pecados dos pais influenciam seus filhos para o mal, e certos pecados atraem castigo que é inevitavelmente compartilhado pela descendência do pecador, como por exemplo, as enfermidades que são o resultado direto da imoralidade, e a pobreza, que resulta da extravagância. O temor destas últimas conseqüências exerce um freio saudável na conduta dos pais. Porém, enquanto a má conduta afeta apenas três ou quatro gerações, as conseqüências de uma vida pura beneficia a posteridade até um ponto quase ilimitado. A ira de Deus se estende somente até à terceira ou quarta geração; mas Sua misericórdia se estende até mil gerações. Ver Dt 5:9-5 nota.

    >Êx 20:7

    3. A SANTIDADE DO NOME DE DEUS (Êx 20:7). A proibição foi contra o juramento falso, isto é, usar o nome de Deus para atestar uma declaração mentirosa. Também pode incluir juramentos frívolos. Tão séria era essa ofensa que de modo algum podia ser perdoada sem punição. "O Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão". Este mandamento não exclui o uso do nome de Deus em juramentos verazes e solenes. Ver Dt 5:11 nota.

    >Êx 20:8

    4. O SÁBADO (Êx 20:8-11). O sábado (em heb. shabbath, do verbo sabath, "cessar" ou "descansar") era para ser principalmente um dia de descanso de todo trabalho exceto o inevitável, e devia incluir todos os membros da família e até os animais (a lei de Deus é sem paralelo entre as leis antigas, devido sua consideração para com as criaturas irracionais). Era chamado de "sábado do Senhor" (10), porque era dia santificado (8), dedicado à adoração a Deus e às coisas a Ele pertencentes. Sua observação foi sancionada pelo próprio exemplo de Deus (11: ver Gn 2:2-3). Podemos inferir que sua instituição é tão antiga como a criação, e parece já ter sido conhecido mesmo antes dela (ver, por exemplo, Êx 16:23); porém, é possível que seus detalhes específicos tenham sido estabelecidos pela primeira vez no Sinai. A palavra Lembra-te (8) deve ser entendida não como "recorda aquilo que já sabes", mas "conserva em lembrança perpétua". O repetido desprezo do sábado por parte de gerações posteriores ilustra e confirma a necessidade desse mandamento ser "relembrado". A bênção do Senhor, quanto a esse dia (11), se estende àqueles que observam Seu mandamento de observá-lo como dia santo. Ver Dt 5:12 nota.

    >Êx 20:12

    5. A HONRA DEVIDA AOS PAIS (Êx 20:12). O melhor comentário sobre este versículo é o livro de Provérbios e Ef 6:1-49. O respeito aos pais inclui não somente atenção às suas ordens, desejos e conselhos, mas também o cuidado por eles em suas necessidades (Mq 7:10-33) e o disfarçar de suas faltas (Gn 9:23; Pv 30:17). A promessa que diz: para que se prolonguem os teus dias, não pode ser considerada como garantia para todo indivíduo, mas assevera que a ordem correta no seio da família é a base tanto da continuação e prosperidade da nação como do indivíduo, e, em geral, seu cumprimento literal era de ser esperado. Ver Dt 5:16 nota.

    >Êx 20:13

    6. A SANTIDADE DA VIDA HUMANA (Êx 20:13). Uma salvaguarda geral aqui é feita em relação à santidade da vida humana. Adiante provisão é feita no tocante ao homicídio desculpável (Êx 21:13), acidental (Nu 35:23), ou justificável (Êx 32:2). A guerra, para os israelitas, quer ofensiva ou defensiva, era sempre feita por mandamento direto ou permissão de Deus. Ver Dt 5:17 nota.

    >Êx 20:14

    7. A SANTIDADE DO CASAMENTO (Êx 20:14). Outra lei que salientava a inviolabilidade do laço da vida em família, a base de toda ordem e sociedade humana. Essa lei torna o homem que a desobedece não menos culpado que a mulher. Para os judeus "ela envolve a proibição de linguagem imoral, conduta imodesta, ou associação com pessoas que zombam do caráter sagrado da pureza" (Hertz). Ver Dt 5:18 nota.

    >Êx 20:15

    8. A SANTIDADE DA PROPRIEDADE (Êx 20:15). Essa lei implica no direito de posse de propriedade privada. Furtar subentende não só o roubo direto, mas também a aquisição de propriedade mediante o tirar vantagem da ignorância ou da fraqueza de outrem. Ver Dt 5:19 nota.

    >Êx 20:16

    9. A SANTIDADE DO BOM NOME DO PRÓXIMO (Êx 20:16). Teu próximo inclui todos os nossos semelhantes. A difamação de caráter é proibida, não apenas formalmente, em tribunal de lei, mas por qualquer declaração falsa. Ver Dt 5:20 nota.

    >Êx 20:17

    10. CONTRA A COBIÇA (Êx 20:17). O último mandamento jaz à raiz dos quatro anteriores. O homem é responsável perante Deus não apenas no tangente às suas ações, mas também no tocante aos seus pensamentos, e a observância disso o salva de quebrar aqueles outros mandamentos. Dessa maneira, a palavra de Cristo (Mt 5:27-40) era apenas, como Ele mesmo disse, um cumprimento da antiga lei divina. Ver Dt 5:21 nota.


    Dicionário

    Baixo

    vem do Latim bassus, "curto, baixo, atarracado", referindo-se à sua capacidade de emitir sons graves e ao seu aspecto gordinho.

    adjetivo Que tem pouca altura: janela baixa.
    Figurado Desprezível, vil: sentimentos baixos.
    Inferior, não graduado: a classe baixa; o baixo clero.
    Inclinado para baixo: saiu com a cabeça baixa.
    Grave ou pouco intenso: um som baixo.
    Preço baixo, barato.
    substantivo masculino A parte inferior: o baixo da montanha.
    Cantor ou instrumento que emite sons graves.
    Baixo profundo, cantor que dá notas muito graves.
    Os altos e baixos, elevações e depressões; fig. alternativa de bens e males.
    advérbio Em voz baixa: falar baixo.
    locução adverbial De alto a baixo, da extremidade superior até à inferior.
    locução prepositiva Por baixo de, sob.

    Cima

    cima s. f. 1. A parte mais elevada. 2. Cume, cumeeira. 3. Bot. Inflorescência na qual o eixo termina por uma flor.

    Debaixo

    advérbio Que se encontra numa posição inferior (menos elevada) a (algo ou alguém): numa mesa, prefiro colocar as cadeiras debaixo.
    Por Extensão Num estado inferior; em condição decadente: a depressão deixou-se um pouco debaixo.
    Debaixo de. Em situações inferiores; sob: coloquei meus livros debaixo da mesa.
    Gramática Não confundir o advérbio "debaixo" com a locução adverbial "de baixo": o escritório fica no andar de baixo.
    Etimologia (origem da palavra debaixo). De + baixo.

    Escultura

    As artes de bordar e esculpir foram muito utilizadas na construção do tabernáculo e do templo, bem como na ornamentação das vestes sacerdotais. No tempo de Salomão, o artista Hirão, da Fenícia, tinha o principal cuidado nesta espécie de trabalhos, e também dirigia grandes obras de arquitetura (Êx 28:9-36 – 31.2 a 5 – 35.33 – 1 Rs 6.18, 35 – 2 Cr 4.11, 16 – Sl 74:6Zc 3:9).

    Escultura Objeto ESCULPIDO (Ex 20:4).

    escultura s. f. 1. Arte de esculpir. 2. Obra que resulta do exercício dessa arte. 3. Estatuária.

    Farar

    verbo transitivo direto [Gíria] Farejar; procurar, buscar, encontrar ou apanhar alguma coisa; tentar encontrar alguém através do faro.
    Etimologia (origem da palavra farar). Faro + ar.

    Ha

    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).

    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).

    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).

    hebraico: calor, queimado

    Imagem

    Imagem
    1) Ídolo (Ex 20:4);
    v. FIGURA 1).

    2) Semelhança (2Co 4:4);
    v. FIGURA 5).

    substantivo feminino Representação de uma pessoa ou uma coisa pela pintura, escultura, desenho etc.; imitação, cópia.
    Pequena estampa que representa um assunto religioso ou qualquer outro.
    Reprodução visual de um objeto dada por um espelho, um instrumento de óptica.
    Figurado Parecença, semelhança: o homem foi feito à imagem de Deus.
    Figurado Representação das pessoas, dos objetos no espírito: a imagem dela me persegue.
    [Literatura] Processo pelo qual se tornam mais vivas as ideias, emprestando ao objeto uma forma mais sensível: há belas imagens neste poema.
    Representação por imagem, escultura, quadro etc.: a imagem de Santa Rita.
    Figurado O que traz consigo um conceito simbólico de: esta frase é a imagem do fascismo.
    Ideia que alguém tem de um produto, conceito etc., em relação a seu público-alvo: a imagem do cliente que pretende alcançar.
    [Ótica] Reprodução de um objeto que, pela junção dos raios luminosos emanados por ele, ocorre depois de passar por um sistema óptico.
    [Psicologia] Experiência sensorial que se pode invocar na ausência de um estímulo.
    [Psicologia] Representação mental de um conceito, ideia, algo que está no âmbito do abstrato.
    [Matemática] Na aplicação do conjunto C ao conjunto D, o elemento de C que corresponde a um elemento dado de D.
    Etimologia (origem da palavra imagem). Do latim imago.ginis.

    É uma representação artificial de alguma pessoa ou coisa, a qual se usa como objeto de adoração. E, nesta circunstância, é sinônima de ídolo. Mica, indivíduo da tribo de Efraim, mandou fazer uma imagem de prata (Jz 17:3-4). Além disso, persuadiu um levita a que fosse seu sacerdote. Era esta imagem consultada como oráculo, e publicamente foi instalada junto dos danitas. o neto de Moisés tornou-se seu sacerdote, e o cargo continuou a ser exercido na sua família (Jz 18:4-6 e 14 a 31). Gideão também fez uma estola sacerdotal com o ouro tirado ao inimigo, e a colocou em ofra (Jz 8:24-27) – essa estola tornou-se um ídolo que trouxe grande mal a israel e a Gideão.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Semelhança

    substantivo feminino Característica do que é semelhante.
    Em que há ou demonstra haver relação ou afinidade entre seres, coisas, pontos de vista; que possui algo em comum; analogia: estão casados, mas não demonstram semelhança alguma.
    Que apresenta uma relação de conformidade entre o modelo e o resultado imitado: há semelhança entre o verdadeiro e a cópia.
    Aquilo que pode ser visto no exterior; aparência ou aspecto.
    Em que pode haver comparação entre uma ou mais coisas; confronto: não há relação de semelhança entre as obras.
    Etimologia (origem da palavra semelhança). Semelhar + ança.

    semelhança s. f. 1. Qualidade de semelhante. 2. Conformidade, relação de fisionomia entre duas ou mais coisas ou pessoas que se parecem mutuamente. 3. Analogia, imitação, conformidade, parecença. Sin.: similitude.

    Terra

    substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
    Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
    Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
    País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
    Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
    Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
    Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
    [Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
    [Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
    expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
    Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
    Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
    Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
    Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
    Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

    substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
    Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
    Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
    País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
    Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
    Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
    Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
    [Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
    [Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
    expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
    Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
    Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
    Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
    Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
    Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

    os hebreus tinham vários nomes para terra, especialmente Adama e Eretz. Adama, isto é a terra vermelha (Gn 1:25), denota, muitas vezes, terra arável (Gn 4:2). o termo é, também, empregado a respeito de um país, especialmente a Palestina (Gn 47:19Zc 2:12). Quando Naamã pediu uma carga de terra que dois mulos pudessem levar (2 Rs 5.17), ele foi influenciado pela idéia pagã de que o Senhor era um deus local, podendo apenas ser adorado com proveito no seu nativo solo. Eretz é a terra em oposição ao céu, ou a terra seca como distinta do mar (Gn 1:1-10). A palavra é, também, aplicada a toda a terra (Gn 18:18), ou a qualquer divisão dela (Gn 21:32), e mesmo ao chão que uma pessoa pisa (Gn 33:3). A frase ‘profundezas da terra’ (is 44:23) significa literalmente os vales, os profundos recessos, como as cavernas e subterrâneos, e figuradamente a sepultura. No N.T., além do termo vulgar ‘terra’, que corresponde às várias significações já apresentadas, há uma palavra especial que significa ‘ terra habitada’ (Lc 4:5Rm 10:18 – etc.), usando-se esta expressão de um modo especial a respeito do império Romano. Terra, num sentido moral, é oposta ao que é celestial e espiritual (*veja Jo 3:31 – 1 Co 15.47 a 49 – Tg 3:15, etc.).

    terreno, solo, campo. – Terra sugere ideia das qualidades, das propriedades da massa natural e sólida que enche ou cobre uma parte qualquer da superfície da terra. – Terreno refere-se, não só à quantidade, ou à extensão da superfície, como ao destino que se lhe vai dar, ou ao uso a que se adapta. – Solo dá ideia geral de assento ou fundamento, e designa a superfície da terra, ou o terreno que se lavra, ou onde se levanta alguma construção. – Campo é solo onde trabalha, terreno de cultura, ou mesmo já lavrado. Naquela província há terras magníficas para o café; dispomos apenas de um estreito terreno onde mal há espaço para algumas leiras e um casebre; construiu o monumento em solo firme, ou lançou a semente em solo ingrato; os campos já florescem; temos aqui as alegrias da vida do campo.

    [...] berço de criaturas cuja fraqueza as asas da Divina Providência protege, nova corda colocada na harpa infinita e que, no lugar que ocupa, tem de vibrar no concerto universal dos mundos.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 23

    O nosso mundo pode ser considerado, ao mesmo tempo, como escola de Espíritos pouco adiantados e cárcere de Espíritos criminosos. Os males da nossa Humanidade são a conseqüência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos que a formam. Pelo contato de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e punem-se uns aos outros.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3, it• 132

    Disse Kardec, alhures, que a Terra é um misto de escola, presídio e hospital, cuja população se constitui, portanto, de homens incipientes, pouco evolvidos, aspirantes ao aprendizado das Leis Naturais; ou inveterados no mal, banidos, para esta colônia correcional, de outros planetas, onde vigem condições sociais mais elevadas; ou enfermos da alma, necessitados de expungirem suas mazelas através de provações mais ou menos dolorosas e aflitivas.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça

    [...] é oficina de trabalho, de estudo e de realizações, onde nos cumpre burilar nossas almas. [...]
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Sede perfeitos

    [...] é o calvário dos justos, mas é também a escola do heroísmo, da virtude e do gênio; é o vestíbulo dos mundos felizes, onde todas as penas aqui passadas, todos os sacrifícios feitos nos preparam compensadoras alegrias. [...] A Terra é um degrau para subir-se aos céus.
    Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 11

    O mundo, com os seus múltiplos departamentos educativos, é escola onde o exercício, a repetição, a dor e o contraste são mestres que falam claro a todos aqueles que não temam as surpresas, aflições, feridas e martírios da ascese. [...]
    Referencia: EVANGELIZAÇÃO: fundamentos da evangelização espírita da infância e da juventude (O que é?)• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -

    [...] A Terra é um mundo de expiações e provas, já em fase de transição para se tornar um mundo de regeneração.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    [...] o Planeta terrestre é o grande barco navegando no cosmo, sacudido, a cada instante, pelas tempestades morais dos seus habitantes, que lhe parecem ameaçar o equilíbrio, a todos arrastando na direção de calamidades inomináveis. Por esta razão, periodicamente missionários e mestres incomuns mergulharam no corpo com a mente alerta, a fim de ensinarem comportamento de calma e de compaixão, de amor e de misericórdia, reunindo os aflitos em sua volta e os orientando para sobreviverem às borrascas sucessivas que prosseguem ameaçadoras.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    Quando o homem ora, anseia partir da Terra, mas compreende, também, que ela é sua mãe generosa, berço do seu progresso e local da sua aprendizagem. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    Assim se compreende porque a Terra é mundo de “provas e expiações”, considerando-se que os Espíritos que nela habitam estagiam na sua grande generalidade em faixas iniciais, inferiores, portanto, da evolução.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pensamento e perispírito

    Apesar de ainda se apresentar como planeta de provas e expiações, a Terra é uma escola de bênçãos, onde aprendemos a desenvolver as aptidões e a aprimorar os valores excelentes dos sentimentos; é também oficina de reparos e correções, com recursos hospitalares à disposição dos pacientes que lhes chegam à economia social. Sem dúvida, é também cárcere para os rebeldes e os violentos, que expungem o desequilíbrio em processo de imobilidade, de alucinação, de limites, resgatando as graves ocorrências que fomentaram e praticaram perturbando-lhe a ordem e a paz.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Trilhas da libertação• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cilada perversa

    O mundo conturbado é hospital que alberga almas que sofrem anemia de amor, requisitando as vitaminas do entendimento e da compreensão, da paciência e da renúncia, a fim de que entendimento e compreensão, paciência e renúncia sejam os sinais de uma vida nova, a bem de todos.
    Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Hospital

    [...] É um astro, como Vênus, como seus irmãos, e vagueia nos céus com a velocidade de 651.000 léguas por dia. Assim, estamos atualmente no céu, estivemos sempre e dele jamais poderemos sair. Ninguém mais ousa negar este fato incontestável, mas o receio da destruição de vários preconceitos faz que muitos tomem o partido de não refletir nele. A Terra é velha, muito velha, pois que sua idade se conta por milhões e milhões de anos. Porém, malgrado a tal anciania, está ainda em pleno frescor e, quando lhe sucedesse perecer daqui a quatrocentos ou quinhentos mil anos, o seu desaparecimento não seria, para o conjunto do Universo, mais que insignificante acidente.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 4a efusão

    [...] Por se achar mais distante do sol da perfeição, o nosso mundozinho é mais obscuro e a ignorância nele resiste melhor à luz. As más paixões têm aí maior império e mais vítimas fazem, porque a sua Humanidade ainda se encontra em estado de simples esboço. É um lugar de trabalho, de expiação, onde cada um se desbasta, se purifica, a fim de dar alguns passos para a felicidade. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão

    [...] A Terra tem que ser um purgatório, porque a nossa existência, pelo menos para a maioria, tem que ser uma expiação. Se nos vemos metidos neste cárcere, é que somos culpados, pois, do contrário, a ele não teríamos vindo, ou dele já houvéramos saído. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

    Nossa morada terrestre é um lugar de trabalho, onde vimos perder um pouco da nossa ignorância original e elevar nossos conhecimentos. [...]
    Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -

    [...] é a escola onde o espírito aprende as suas lições ao palmilhar o longuíssimo caminho que o leva à perfeição. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

    [...] o mundo, para muitos, é uma penitenciária; para outros, um hospital, e, para um número assaz reduzido, uma escola.
    Referencia: Ó, Fernando do• Alguém chorou por mim• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    [...] casa de Deus, na específica destinação de Educandário Recuperatório, sem qualquer fator intrínseco a impedir a libertação do homem, ou a desviá-lo de seu roteiro ascensional.
    Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

    [...] é uma estação de inverno, onde o Espírito vem preparar-se para a primavera do céu!
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pref•

    Feito o planeta – Terra – nós vemos nele o paraíso, o inferno e o purgatório.O paraíso para os Espíritos que, emigra-dos de mundos inferiores, encontram naTerra, podemos dizer, o seu oásis.O inferno para os que, já tendo possuí-do mundos superiores ao planeta Terra,pelo seu orgulho, pelas suas rebeldias, pelos seus pecados originais a ele desceram para sofrerem provações, para ressurgirem de novo no paraíso perdido. O purgatório para os Espíritos em transição, aqueles que, tendo atingido um grau de perfectibilidade, tornaram-se aptos para guias da Humanidade.
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Antes de tudo, recorda-se de que o nosso planeta é uma morada muito inferior, o laboratório em que desabrocham as almas ainda novas nas aspirações confusas e paixões desordenadas. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a guerra

    O mundo é uma escola de proporções gigantescas, cada professor tem a sua classe, cada um de nós tem a sua assembléia.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Colegas invisíveis

    A Terra é o campo de ação onde nosso espírito vem exercer sua atividade. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Por que malsinar o mundo?

    [...] é valiosa arena de serviço espiritual, assim como um filtro em que a alma se purifica, pouco a pouco, no curso dos milênios, acendrando qualidades divinas para a ascensão à glória celeste. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 1

    A Terra inteira é um templo / Aberto à inspiração / Que verte das Alturas [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia da espiritualidade• Pelo Espírito Maria Dolores• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1985• - cap• 4

    A Terra é a escola abençoada, onde aplicamos todos os elevados conhecimentos adquiridos no Infinito. É nesse vasto campo experimental que devemos aprender a ciência do bem e aliá-la à sua divina prática. Nos nevoeiros da carne, todas as trevas serão desfeitas pelos nossos próprios esforços individuais; dentro delas, o nosso espírito andará esquecido de seu passado obscuro, para que todas as nossas iniciativas se valorizem. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    A Terra é uma grande e abençoada escola, em cujas classes e cursos nos matriculamos, solicitando – quando já possuímos a graça do conhecimento – as lições necessárias à nossa sublimação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

    O mundo atual é a semente do mundo paradisíaco do futuro. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Crônicas de além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• - cap• 25

    Servidores do Cristo, orai de sentinela! / Eis que o mundo sangrando é campo de batalha, / Onde a treva infeliz se distende e trabalha / O coração sem Deus, que em sombra se enregela.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No macrocosmo, a casa planetária, onde evolvem os homens terrestres, é um simples departamento de nosso sistema solar que, por sua vez, é modesto conjunto de vida no rio de sóis da Via-Láctea.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No mundo terrestre – bendita escola multimilenária do nosso aperfeiçoamento espiritual – tudo é exercício, experimentação e trabalho intenso.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O orbe inteiro, por enquanto, / Não passa de um hospital, / Onde se instrui cada um, / Onde aprende cada qual.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo, com as suas lutas agigantadas, ásperas, é a sublime lavoura, em que nos compete exercer o dom de compreender e servir.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo é uma escola vasta, cujas portas atravessamos, para a colheita de lições necessárias ao nosso aprimoramento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Apesar dos exemplos da humildade / Do teu amor a toda Humanidade / A Terra é o mundo amargo dos gemidos, / De tortura, de treva e impenitência.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é o nosso campo de ação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é a nossa grande casa de ensino. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é uma escola, onde conseguimos recapitular o pretérito mal vivido, repetindo lições necessárias ao nosso reajuste.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra, em si mesma, é asilo de caridade em sua feição material.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é o campo de trabalho, em que Deus situou o berço, o lar, o templo e a escola.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é a Casa Divina, / Onde a luta nos ensina / A progredir e brilhar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo em que estagiamos é casa grande de treinamento espiritual, de lições rudes, de exercícios infindáveis.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é um grande magneto, governado pelas forças positivas do Sol. Toda matéria tangível representa uma condensação de energia dessas forças sobre o planeta e essa condensação se verifica debaixo da influência organizadora do princípio espiritual, preexistindo a todas as combinações químicas e moleculares. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    O mundo é caminho vasto de evolução e aprimoramento, onde transitam, ao teu lado, a ignorância e a fraqueza.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

    O mundo não é apenas a escola, mas também o hospital em que sanamos desequilíbrios recidivantes, nas reencarnações regenerativas, através do sofrimento e do suor, a funcionarem por medicação compulsória.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Doenças da alma

    O Universo é a projeção da mente divina e a Terra, qual a conheceis em seu conteúdo político e social, é produto da mente humana.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    O mundo é uma ciclópica oficina de labores diversíssimos, onde cada indivíduo tem a sua parcela de trabalho, de acordo com os conhecimentos e aptidões morais adquiridos, trazendo, por isso, para cada tarefa, o cabedal apri morado em uma ou em muitas existências.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Antíteses da personalidade de Humberto de Campos

    A Terra é uma vasta oficina. Dentro dela operam os prepostos do Senhor, que podemos considerar como os orientadores técnicos da obra de aperfeiçoamento e redenção. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 39

    A Terra é um plano de experiências e resgates por vezes bastante penosos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 338

    A Terra deve ser considerada escola de fraternidade para o aperfeiçoamento e regeneração dos Espíritos encarnados.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 347

    [...] é o caminho no qual a alma deve provar a experiência, testemunhar a fé, desenvolver as tendências superiores, conhecer o bem, aprender o melhor, enriquecer os dotes individuais.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 403

    O mundo em que vivemos é propriedade de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Lembranças

    [...] é a vinha de Jesus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

    [...] é uma escola de iluminação, poder e triunfo, sempre que buscamos entender-lhe a grandiosa missão.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

    [...] abençoada escola de dor que conduz à alegria e de trabalho que encaminha para a felicidade com Jesus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 28

    Não olvides que o mundo é um palácio de alegria onde a Bondade do Senhor se expressa jubilosa.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alegria

    [...] é uma vasta oficina, onde poderemos consertar muita coisa, mas reconhecendo que os primeiros reparos são intrínsecos a nós mesmos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6

    A Terra é também a grande universidade. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Do noticiarista desencarnado

    Salve planeta celeste, santuário de vida, celeiro das bênçãos de Deus! ...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15

    A Terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a pleno céu, nossa viagem evolutiva.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

    [...] é um santuário do Senhor, evolutindo em pleno Céu.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12

    Agradece, cantando, a Terra que te abriga. / Ela é o seio de amor que te acolheu criança, / O berço que te trouxe a primeira esperança, / O campo, o monte, o vale, o solo e a fonte amiga...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 33

    [...] é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, me drar, florir e amadurecer em energia consciente [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 13


    águas

    água | s. f. | s. f. pl.
    2ª pess. sing. pres. ind. de aguar
    Será que queria dizer águas?

    á·gua
    (latim aqua, -ae)
    nome feminino

    1. Líquido natural (H2O), transparente, incolor, geralmente insípido e inodoro, indispensável para a sobrevivência da maior parte dos seres vivos.

    2. Esse líquido como recurso natural que cobre cerca de 70% da superfície terrestre.

    3. Lugar por onde esse líquido corre ou se aglomera.

    4. Chuva (ex.: fomos e viemos sempre debaixo de água).

    5. Suor.

    6. Lágrimas.

    7. Seiva.

    8. Limpidez (das pedras preciosas).

    9. Lustre, brilho.

    10. Nome de vários preparados farmacêuticos.

    11. [Engenharia] Cada uma das vertentes de um telhado (ex.: telhado de duas águas; telhado de quatro águas).

    12. [Marinha] Veio por onde entra água no navio.

    13. [Brasil, Informal] Bebedeira.

    14. [Brasil, Informal] Aguardente de cana. = CACHAÇA


    águas
    nome feminino plural

    15. Sítio onde se tomam águas minerais.

    16. [Informal] Urina.

    17. Ondulações, reflexos.

    18. Líquido amniótico.

    19. Limites marítimos de uma nação.


    água chilra
    Comida ou bebida sem sabor ou com água a mais.

    Água ruça proveniente do fabrico do azeite.

    água de Javel
    [Química] Solução de um sal derivado do cloro utilizada como anti-séptico (tratamento das águas) ou como descorante (branqueamento).

    água de pé
    Água de fonte.

    água doce
    Água que não é salgada, que não é do mar.

    água lisa
    Água não gaseificada.

    água mineral
    Água de nascente que, natural ou artificialmente, contém sais minerais dissolvidos ou gás, aos quais são atribuídas propriedades medicinais.

    água no bico
    [Informal] Intenção oculta que se procura alcançar por meio de outra acção (ex.: a proposta traz água no bico; aquela conversa tinha água no bico). = SEGUNDAS INTENÇÕES

    água panada
    Água em que se deita pão torrado.

    água sanitária
    [Brasil] Solução aquosa à base de hipoclorito de sódio, de uso doméstico generalizado, sobretudo como desinfectante ou como branqueador. = LIXÍVIA

    água tónica
    Bebida composta de água gaseificada, açúcar, quinino e aromas.

    água viva
    Água corrente.

    capar a água
    [Portugal: Trás-os-Montes] Atirar pedras horizontalmente à água para que nela dêem um ou dois saltos.

    com água pela
    (s): barba(s)
    [Informal] Com muito trabalho ou dificuldades.

    comer água
    [Brasil, Informal] Ingerir bebidas alcoólicas. = BEBER

    dar água pela
    (s): barba(s)
    [Informal] Ser complicado, difícil; dar trabalho.

    deitar água na fervura
    [Informal] Esfriar o ardor ou o entusiasmo de alguém; apaziguar os ânimos. = ACALMAR, CONCILIAR, HARMONIZARAGITAR, ALVOROÇAR, ENERVAR

    em água de barrela
    [Informal] O mesmo que em águas de bacalhau.

    em águas de bacalhau
    [Informal] Sem consequência, sem resultados ou sem seguimento (ex.: o assunto continua em águas de bacalhau; acabou tudo em águas de bacalhau; a ideia ficou em águas de bacalhau).

    ferver em pouca água
    [Informal] Irritar-se facilmente ou por pequenas coisas (ex.: você ferve em pouca água, homem!).

    ir por água abaixo
    [Informal] Ficar desfeito ou ser malsucedido (ex.: a teoria foi por água abaixo). = FRACASSAR, GORAR

    levar a água ao seu moinho
    Conseguir obter vantagens pessoais.

    mudar a água às azeitonas
    [Informal, Jocoso] Urinar.

    pôr água na fervura
    [Informal] O mesmo que deitar água na fervura.

    primeiras águas
    As primeiras chuvas.

    sacudir a água do capote
    Recusar responsabilidades ou livrar-se de um compromisso.

    Atribuir as culpas a outrem.

    tirar água do joelho
    [Informal, Jocoso] Urinar.

    verter águas
    [Informal] Urinar.


    a·guar |àg| |àg| -
    (água + -ar)
    verbo transitivo

    1. Molhar com água ou outro líquido (ex.: tem de aguar estas plantas, se não secam). = BORRIFAR, REGAR

    2. Misturar com água. = DILUIR

    3. Tornar insípido, geralmente por excesso de água ou por pouco tempero. = DESTEMPERAR

    4. Fazer malograr ou frustrar algo.

    5. Pôr nota discordante em.

    verbo intransitivo

    6. Ficar muito desejoso de algo, geralmente comida ou bebida; ficar com água na boca. = SALIVAR

    7. Sentir grande desprazer por não comer ou beber coisa que agrada.

    8. [Veterinária] Sofrer de aguamento.

    verbo pronominal

    9. Tornar-se ralo e fino por doença (ex.: o cabelo está a aguar-se).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Êxodo 20: 4 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Não farás para ti imagem esculpida, nem alguma similitude do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas abaixo da terra.
    Êxodo 20: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1446 a.C.
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H3808
    lôʼ
    לֹא
    não
    (not)
    Advérbio
    H4325
    mayim
    מַיִם
    água, águas
    (of the waters)
    Substantivo
    H4605
    maʻal
    מַעַל
    parte mais alta, parte de cima adv
    (from the top)
    Substantivo
    H6213
    ʻâsâh
    עָשָׂה
    E feito
    (And made)
    Verbo
    H6459
    peçel
    פֶּסֶל
    ()
    H776
    ʼerets
    אֶרֶץ
    a Terra
    (the earth)
    Substantivo
    H8064
    shâmayim
    שָׁמַיִם
    os ceús
    (the heavens)
    Substantivo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula
    H8478
    tachath
    תַּחַת
    a parte de baixo, debaixo de, em lugar de, como, por, por causa de, baixo, para, onde,
    ([were] under)
    Substantivo
    H8544
    tᵉmûwnâh
    תְּמוּנָה
    ()


    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    לֹא


    (H3808)
    lôʼ (lo)

    03808 לא lo’

    ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

    uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

    1. não
      1. não (com verbo - proibição absoluta)
      2. não (com modificador - negação)
      3. nada (substantivo)
      4. sem (com particípio)
      5. antes (de tempo)

    מַיִם


    (H4325)
    mayim (mah'-yim)

    04325 מים mayim

    dual de um substantivo primitivo (mas usado no sentido singular); DITAT - 1188; n m

    1. água, águas
      1. água
      2. água dos pés, urina
      3. referindo-se a perigo, violência, coisas transitórias, revigoramento (fig.)

    מַעַל


    (H4605)
    maʻal (mah'al)

    04605 מעל ma al̀

    procedente de 5927; DITAT - 1624k subst

    1. parte mais alta, parte de cima adv
      1. em cima prep
      2. em cima de, acima, em lugar mais alto que com locativo
      3. para cima, mais alto, acima

    עָשָׂה


    (H6213)
    ʻâsâh (aw-saw')

    06213 עשה ̀asah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.

    1. fazer, manufaturar, realizar, fabricar
      1. (Qal)
        1. fazer, trabalhar, fabricar, produzir
          1. fazer
          2. trabalhar
          3. lidar (com)
          4. agir, executar, efetuar
        2. fazer
          1. fazer
          2. produzir
          3. preparar
          4. fazer (uma oferta)
          5. atender a, pôr em ordem
          6. observar, celebrar
          7. adquirir (propriedade)
          8. determinar, ordenar, instituir
          9. efetuar
          10. usar
          11. gastar, passar
      2. (Nifal)
        1. ser feito
        2. ser fabricado
        3. ser produzido
        4. ser oferecido
        5. ser observado
        6. ser usado
      3. (Pual) ser feito
    2. (Piel) pressionar, espremer

    פֶּסֶל


    (H6459)
    peçel (peh'-sel)

    06459 פסל pecel

    procedente de 6458; DITAT - 1788a; n. m.

    1. ídolo, imagem

    אֶרֶץ


    (H776)
    ʼerets (eh'-rets)

    0776 ארץ ’erets

    de uma raiz não utilizada provavelmente significando ser firme; DITAT - 167; n f

    1. terra
      1. terra
        1. toda terra (em oposição a uma parte)
        2. terra (como o contrário de céu)
        3. terra (habitantes)
      2. terra
        1. país, território
        2. distrito, região
        3. território tribal
        4. porção de terra
        5. terra de Canaã, Israel
        6. habitantes da terra
        7. Sheol, terra sem retorno, mundo (subterrâneo)
        8. cidade (-estado)
      3. solo, superfície da terra
        1. chão
        2. solo
      4. (em expressões)
        1. o povo da terra
        2. espaço ou distância do país (em medida de distância)
        3. planície ou superfície plana
        4. terra dos viventes
        5. limite(s) da terra
      5. (quase totalmente fora de uso)
        1. terras, países
          1. freqüentemente em contraste com Canaã

    שָׁמַיִם


    (H8064)
    shâmayim (shaw-mah'-yim)

    08064 שמים shamayim dual de um singular não utilizado שׂמה shameh

    procedente de uma raiz não utilizada significando ser alto; DITAT - 2407a; n. m.

    1. céu, céus, firmamento
      1. céus visíveis, firmamento
        1. como a morada das estrelas
        2. como o universo visível, o firmamento, a atmosfera, etc.
      2. Céus (como a morada de Deus)

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)

    תַּחַת


    (H8478)
    tachath (takh'-ath)

    08478 תחת tachath

    procedente da mesma raiz que 8430; DITAT - 2504; n. m.

    1. a parte de baixo, debaixo de, em lugar de, como, por, por causa de, baixo, para, onde, conquanto n. m.
      1. a parte de baixo adv. acus.
      2. abaixo prep.
      3. sob, debaixo de
        1. ao pé de (expressão idiomática)
        2. suavidade, submissão, mulher, ser oprimido (fig.)
        3. referindo-se à submissão ou conquista
      4. o que está debaixo, o lugar onde alguém está parado
        1. em lugar de alguém, o lugar onde alguém está parado (expressão idiomática com pronome reflexivo)
        2. em lugar de, em vez de (em sentido de transferência)
        3. em lugar de, em troca ou pagamento por (referindo-se a coisas trocadas uma pela outra) conj.
      5. em vez de, em vez disso
      6. em pagamento por isso, por causa disso em compostos
      7. em, sob, para o lugar de (depois de verbos de movimento)
      8. de sob, de debaixo de, de sob a mão de, de seu lugar, sob, debaixo

    תְּמוּנָה


    (H8544)
    tᵉmûwnâh (tem-oo-naw')

    08544 תמונה t emuwnaĥ ou תמנה t emunaĥ

    procedente de 4327; DITAT - 1191b; n. f.

    1. forma, imagem, semelhança, representação