Enciclopédia de Provérbios 10:7-7

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

pv 10: 7

Versão Versículo
ARA A memória do justo é abençoada, mas o nome dos perversos cai em podridão.
ARC A memória do justo é abençoada, mas o nome dos ímpios apodrecerá.
TB A memória do justo é abençoada,
HSB זֵ֣כֶר צַ֭דִּיק לִבְרָכָ֑ה וְשֵׁ֖ם רְשָׁעִ֣ים יִרְקָֽב׃
BKJ A memória do justo é abençoada, mas o nome dos perversos apodrecerá.
LTT A memória do justo é abençoada, mas o nome dos perversos apodrecerá.
BJ2 A memória do justo é bendita, o nome dos ímpios apodrece.
VULG Memoria justi cum laudibus, et nomen impiorum putrescet.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Provérbios 10:7

I Reis 11:36 E a seu filho darei uma tribo, para que Davi, meu servo, sempre tenha uma lâmpada diante de mim em Jerusalém, a cidade que elegi para pôr ali o meu nome.
II Reis 19:34 Porque eu ampararei a esta cidade, para a livrar, por amor de mim e por amor do meu servo Davi.
II Crônicas 24:16 E o sepultaram na Cidade de Davi, com os reis, porque tinha feito bem em Israel e para com Deus e a sua casa.
Jó 18:17 A sua memória perecerá na terra, e pelas praças não terá nome.
Jó 27:23 Cada um baterá contra ele as palmas das mãos e do seu lugar o assobiará.
Salmos 9:5 Repreendeste as nações, destruíste os ímpios, apagaste o seu nome para sempre e eternamente.
Salmos 109:13 Desapareça a sua posteridade, e o seu nome seja apagado na seguinte geração.
Salmos 109:15 Antes, estejam sempre perante o Senhor, para que faça desaparecer a sua memória da terra.
Salmos 112:6 Na verdade, nunca será abalado; o justo ficará em memória eterna.
Eclesiastes 8:10 Assim também vi os ímpios sepultados, e eis que havia quem fosse à sua sepultura; e os que fizeram bem e saíam do lugar santo foram esquecidos na cidade; também isso é vaidade.
Jeremias 17:13 Ó Senhor, Esperança de Israel! Todos aqueles que te deixam serão envergonhados; os que se apartam de mim serão escritos sobre a terra; porque abandonam o Senhor, a fonte das águas vivas.
Marcos 14:9 Em verdade vos digo que, em todas as partes do mundo onde este evangelho for pregado, também o que ela fez será contado para sua memória.
Lucas 1:48 porque atentou na humildade de sua serva; pois eis que, desde agora, todas as gerações me chamarão bem-aventurada.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Provérbios Capítulo 10 do versículo 1 até o 32
SEÇÃO II

OS PROVÉRBIOS DE SALOMÃO
Provérbios 10:1-22.16

Chegamos agora à seção principal de Provérbios. Não encontramos aqui longos discursos como os dos primeiros nove capítulos. Esta seção consiste em 375 parelhas aforísticas de versos de duas linhas. São breves, completas em si mesmas e indepen-dentes uma da outra. Elas quase que resistem a qualquer ordenação ou classificação lógica. Constituem um mosaico praticamente sem padrão definido. Em vista disso, a exposição se torna difícil. Aqui e acolá algumas parelhas parecem relacionadas. Em Pv 10:1-15.33, as parelhas são predominantemente antitéticas, ou provérbios de con-traste. Em Pv 16:1-22.16, as parelhas são em grande parte paralelas. Fritsch ressalta o fato de que somente 33 de 191 dessas parelhas são expressas em linhas contrastantes.' Na maioria das parelhas desta última seção, encontramos o paralelismo sinônimo, em que a segunda linha simplesmente repete em palavras diferentes a primeira.

Os cabeçalhos temáticos no comentário desta seção central de Provérbios buscam prover uma estrutura geral e tem o propósito de destacar o tema predominante que aparece num grupo de provérbios ou num capítulo. O texto bíblico, entretanto, é tal que a ordenação temática sugerida não é nem completamente definitiva nem inteira-mente adequada. Não obstante os problemas de ordenação, o propósito geral desta seção central de Provérbios está claro. A sabedoria está desafiando os não-comprometi-dos a escolher o caminho do Senhor. Harris diz de forma apropriada: "Mais uma vez precisamos insistir em que esse não é um simples almanaque de dizeres incisivos e que refletem o senso comum acerca dos problemas da vida; essa é uma coletânea divina de dizeres retratando e destacando o caminho da santidade".2

A. PROVÉRBIOS DE CONTRASTE, 10:1-15.33

  • Os Justos e os Ímpios (Pv 10:1-22)
  • No versículo 1, temos a segunda de três ocasiões em que a autoria salomônica é indicada (cf. Pv 1:1-25.1). Nesta coletânea, Salomão começa com um provérbio acerca da casa, tão significativa no ensino do caminho de Deus (cf. 13.1). Greenstone diz que os termos sábio e louco no versículo 1, como no restante de Provérbios, "não devem ser compreendidos no sentido intelectual mas no sentido moral. O sábio é o que segue a vereda da sabedoria que é a vereda da conduta correta, enquanto o louco é o ímpio, perverso e imoral"? Em 9.12, temos o destaque para a responsabilidade individual. No versículo 1, temos o princípio das obrigações sociais. A santidade de coração e de vida é sempre pessoal e social.

    Os tesouros da impiedade (2; "ganhos ilícitos", Moffatt) não têm valor algum na hora do julgamento. Esta expressão antevê as palavras de Jesus: "Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recom-pensa da sua alma?" (Mt 16:26). Ajustiça, no entanto, é a melhor segurança do homem e lhe será de grande vantagem no dia do julgamento.

    As palavras justiça (2) e justo (3), tão proeminentes neste capítulo, são palavras-chave em Provérbios. Descrevem o contrário de "impiedade" e "ímpio". O homem justo não passará fome (3; cf. Sl 37:25). O seu labor é acompanhado da bênção de Deus (4-5,16; veja comentário de 6:6-11). Ele é abençoado e o seu bom nome e influência permanecem (6-7). Ele continua a aprender (8) e não tem nada a esconder (9). A boca do justo é manancial ("fonte", Berkeley) de vida (11). "A conversa de homens bons é uma fonte da qual jorra vida" (Moffatt). O próprio Deus é a fonte dessa vida (Sl 36:9; Jr 2:13). Jesus usou linguagem semelhante para descrever o dom do Espírito (Jo 4:14-7:38-39). O ho-mem justo é orientado pela sabedoria (13) e a sua fala é disciplinada (14). Ele continua apto a ser ensinado (17). A sua fala é digna de ser ouvida (20). As suas palavras são bênção para os outros (21). A sua fortuna consiste nas riquezas superiores que somente Deus pode dar (22). Em todo este retrato, o caminho da sabedoria é apresentado por meio da antítese dos provérbios.

  • Resultados da Vida Correta e da Vida Errada (10:23-32)
  • Os ímpios encontram prazer no mal, mas o homem justo encontra o seu prazer em fazer a vontade de Deus (23). O ímpio teme as conseqüências dos seus atos, mas o justo deseja somente o que é a vontade de Deus para ele, e o que está reservado para ele (24). Como a tempestade, assim passa o ímpio (25), mas o justo tem um fundamento que dura para sempre (cf. 1.27; Mt 7:24-27). No versículo 26, o sábio diz que o preguiço-so é tão irritante quanto o vinagre e a fumaça.

    No versículo 27 o temor do SENHOR aumenta os dias, mas os anos dos ímpios serão abreviados (cf. Pv 2:18-3.2). A alegre esperança dos justos (28) e o desespero dos ímpios são comparados. O justo encontra força (ou fortaleza, como está aqui na ARA) em Deus, mas o mesmo poder traz ruína para os ímpios (29). O justo nunca será abalado nem removido da terra (veja comentário de Pv 2:21-22), mas os ímpios não serão abençoados (30). O caráter do justo e do ímpio é revelado por suas palavras (31). O justo sabe o que agrada a Deus e edifica o seu próximo, mas a boca dos ímpios anda cheia de perversidades (32), ou "do que é intencionalmente obstinado e contrário" (AT Amplificado). Clarke diz: "Assim como o amor de Deus não está no coração desse homem, assim a lei da bondade não está nos seus lábios".4


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Provérbios Capítulo 10 versículo 7
    A memória do justo é abençoada:
    Sl 112:6. Mas o nome... cai em podridão:
    Isto é, o nome do perverso cairá no esquecimento. Conforme 18:17; Sl 109:13; Pv 10:27.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Provérbios Capítulo 10 do versículo 1 até o 32
    *

    10.1—22.16 Esta seção consiste, principalmente, em provérbios de uma só sentença. Não há qualquer evidência de que essa forma de escrita de sabedoria pertença a um tempo diferente daquele das instruções mais longas dos caps. 1—9. Trata-se simplesmente de uma forma diferente, que funciona de maneiras diferentes. Os aforismos são, com freqüência, declarados de forma categórica, sem as qualificações que lhes poderiam permitir cobrir cada situação concebível.

    A sabedoria de Provérbios pressupõe e edifica-se a revelação especial de Deus na lei (1.7 e notas). Os sábios hebreus supunham que, dada a inteligência humana e o dom da sabedoria de Deus, em sua auto-revelação, o povo de Deus aprenderia a discernir a ordem e os relacionamentos que produzem uma vida significativa e produtiva. A sabedoria de Provérbios nos oferece o fruto da experiência e da reflexão, ressaltando a necessidade de pensar e aplicando o conhecimento humano e a Palavra de Deus a todas as questões da vida, de uma maneira responsável.

    * 10.1-32 Como se dá freqüentemente com a Bíblia, as divisões em capítulos são bastante arbitrárias, e não servem de ajuda na análise dos textos. As sentenças individuais podem ser classificadas de acordo com suas estruturas literárias e seus temas. Os caps. 10—15 consistem, principalmente, de contrastes entre conceitos opostos, conforme é indicado pela conjunção "mas", introduzindo a segunda linha da maior parte desses provérbios. Esse artifício literário comum usa contrastar pares como "justo" versus "ímpio", e "sábio" versus "insensato". Agrupamentos ocasionais de sentenças, de acordo com o tema e a forma, são evidentes no livro, um método que ajuda na memorização, mas que não ajuda a interpretação das declarações mais independentes. Cada sentença tem sua própria aplicação social e alvo especial. Muito parecidas com as declarações populares de nossas sociedades ocidentais, algumas dessas declarações tem sido separadas de seus contextos a fim de proverem normas concisas e práticas para a vida diária.

    * 10:1

    Provérbios de Salomão. Ver Introdução: Autor.

    * 10:2

    A justiça. Ver a nota em 8.18. Neste capítulo, cerca de metade dos versículos contém um contraste entre os justos e os ímpios.

    livra da morte. Ver 2.18; 3.18 e notas.

    * 10:3

    não deixa ter fome. Há uma correlação entre a retidão e a vida, tanto nas promessas do pacto de Deus quanto na experiência de vida em geral. Entretanto, os sofrimentos dos justos não estão aqui em vista (conforme 1.19, nota).

    * 10:4-5 Ver 6:6-11; 13 4:15-19; 24:30-34. Um tema de sabedoria que é freqüentemente usado, a pobreza, por si mesma, não é vergonhosa, embora o seja a pobreza por causa da preguiça.

    * 10:5

    filho sábio. Os relacionamentos e as obrigações familiares são preocupações de primeira ordem na literatura de sabedoria.

    * 10:6

    bênçãos. Essas bênçãos, aqui não-especificadas, deixam a aplicação aberta para um leque de situações, mas, tal como no v. 22, a bondade do Senhor é experimentada.

    * 10:7

    A memória. Como a pessoa justa é lembrada após a sua morte.

    * 10:8

    aceita os mandamentos. A pessoa sábia deixa-se ensinar, e dá boa acolhida aos mandamentos da sabedoria (2.1; 3.1, nota).

    o insensato de lábios. Os insensatos não sabem quando devem calar-se e escutar. Não têm a disciplina da sabedoria, e promovem sua própria ruína.

    * 10:9

    será conhecido. Quem tentar perverter a verdade será desmacarado e disciplinado por Deus.

    * 10.10 acena com os olhos. Ver 6.13 e nota.

    O insensato de lábios. Ver v.8 e nota. Essa frase não parece se corresponder com a primeira linha, seja como paralelo, ou como contraste. A Septuaginta (o Antigo Testamento em Grego) diz: "mas aquele que repreende com firmeza traz a paz."

    *

    10.11 manancial de vida. A figura é semelhante a "árvore da vida" (3.18, nota). As palavras dos sábios, tal qual um poço, é uma fonte de vida (Ez 47:1-12; Ap 22:1-3).

    *

    10.12 O ódio. A palavra sugere a rejeição da boa ordem, realmente a dissolução (conforme 1Jo 3:15) dos relacionamentos humanos. Tal ódio causa a fragmentação da sociedade.

    o amor. A palavra sugere buscar o melhor para os outros. O amor é a melhor expressão dos relacionamentos ordeiros.

    cobre. Para promover a harmonia nos relacionamentos, o amor encobre as questões que provocam contendas. Esse versículo é aludido em Tg 5:20 e 1Pe 4:8.

    *

    10:13

    Os que são perceptivos revelam o seu caráter na sabedoria das suas palavras. Os que são faltos de senso só se envolvem em brigas. O paralelo sugere que conversa tola é a causa dos seus problemas.

    * 10.4 entesouram o conhecimento. A pessoa sábia que não é mais aprendiz, ainda continuará aprendendo. Somente o tolo alega saber tudo.

    a boca do néscio. Note quão freqüentemente o tolo é retratado como um falador (vs. 6, 8, 13 18:19-31 e 32). A epístola de Tiago, os "Provérbios" do Novo Testamento, também explora esse tema (Tg 1:26; 3.1-12). Saber quando se deve falar e quando se deve guardar silêncio é um proeminente tema da sabedoria (11.12, nota: 26.4,5; 38:2; 42.1-6).

    * 10:15

    a sua cidade forte. A imagem é a de segurança contra as incertezas da vida.

    a pobreza dos pobres é a sua ruína. Os pobres não têm grande defesa contra os acontecimentos inesperados. Essa circunstância é observada sem comentários sobre seus acertos e erros (conforme Mt 26:11). Em uma análise final, porém, os ricos, que confiam em si mesmos (28.11), descobrirão que sua segurança monetária é ilusória (11.4,28; 18.10,11; 23.4,5). Somente o Senhor nos serve de defesa segura (3.5,6)

    * 10:16

    o rendimento. O resultado ou recompensa da justiça é a vida (3.2,18 e notas; conforme Rm 6:23).

    pecado. O "pecado" ou sua consequência, a punição, se opõem à vida.

    * 10:18 A forma deste versículo difere dos opostos paralelos (paralelismo antitético), encontrados em grande parte deste capítulo. Novamente, o assunto é um falar tolo (mentira ou calúnia), e aquele que se ocupa em tal atividade é ou malicioso ou tolo (v. 14, nota). Tal insensatez não é considerada como coisa leve, porque essa insensatez importa em pecado real (Êx 20:16).

    * 10:20

    o coração. Aqui essa palavra aparece como um paralelo de língua. A mente, a vontade e o caráter interior do ímpio são fonte de palavras fúteis (Mt 15:18,19).

    * 10.21 Ver os vs. 11 e 17. A sabedoria dos justos exerce bons efeitos sobre outras pessoas; mas os insensatos não podem ao menos sustentar-se a si mesmos.

    *

    10:22

    enriquece. Dentro do contexto do Antigo Testamento, isso apontaria para as riquezas materiais, um resultado da sabedoria de Salomão (1Rs 4:22-28; 10.4-13). A riqueza não é um alvo da sabedoria, mas com freqüência é uma recompensa (v. 2).

    * 10:24

    Aquilo que teme o perverso. Os ímpios temem a punição. O significado dessa frase parece ser que o justo julgamento de Deus é inevitável.

    * 10:26 A forma deste provérbio difere do paralelo de opostos (paralelismo antitético), usual neste capítulo. A comparação gira em torno do que é comum aos três pares (paralelismo sinônimo; ver "Introdução à Poesia Hebraica"). A pessoa preguiçosa é um fator desagradável que causa desgosto ao seu empregador.

    * 10:27

    O temor do SENHOR. Ver 1.7; 9.10 e notas. A harmonia com Deus, que é aqui reconhecido como vinda através das provisões do pacto, significa a harmonia com a vida. Tal como no quinto mandamento, as bênçãos de Deus são vistas em termos de uma vida longa e frutífera, na Terra Prometida (Êx 20:12; Dt 5:16, nota). Ver 2:20-22; 3.2 e nota.

    * 10:29 Este provérbio estabelece um princípio básico da teologia da aliança, e não uma observação sobre a vida humana. Os escritores de sabedoria relembram-nos que a fonte de todo verdadeiro conhecimento e sabedoria é a auto-revelação de Deus em suas obras criativa, providencial e salvífica, e, especialmente, nas Escrituras.

    *

    10:30 Ver o v. 27. Temos aqui outro provérbio baseado no pacto de Deus com Israel. A "terra" (ver a referência lateral) é aquela prometida a Israel, e sua possessão é básica para a vida. A possessão da terra era condicionada à resposta da fé às promessas do pacto.

    * 10:31-32 Ver a nota no v. 14.

    * 10.31

    perversidade. Essa palavra sugere aquele que fala com desonestidade, e busca impedir o são julgamento de outros.



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Provérbios Capítulo 10 do versículo 1 até o 32
    10:2 Algumas pessoas conduzem infelicidade ao escolher tesouros malhabidos. Por exemplo, o veemente desejo de satisfação pode fazer algo que destrói suas oportunidades de alcançar alguma vez a felicidade. Os princípios que Deus estabelece para uma vida reta levam consigo uma felicidade duradoura, devido a que nos guiam por volta de uma boa conduta que perdura apesar de nossos sentimentos sempre cambiantes.

    10:3 Provérbios está cheio de versículos que contrastam os justos com os ímpios. Estas frases não têm o propósito de aplicar-se em forma universal a cada pessoa e a cada situação. Algumas pessoas, por exemplo, sofrem fome. Mas bem seu propósito é o de comunicar a verdade geral de que a vida da pessoa que procura deus, à larga, é melhor que a do ímpio (que termina na ruína). Estas declarações não são promessas rigorosas, a não ser verdades gerais. Além disso, um provérbio como este dá por sentado um governo justo que se preocupa do pobre e o necessitado, a classe de governo que o Israel deveu ter (veja-se Dt 24:17-22). Um governo corrupto bloqueia freqüentemente os planos dos justos.

    10.4, 5 Cada dia tem vinte e quatro horas cheias de oportunidades para crescer, servir e ser produtivos. É muito fácil desperdiçar o tempo, permitindo assim que a vida nos escape das mãos. Em vez disso, negue-se a ser um preguiçoso, utilizando as horas dedicadas a um trabalho produtivo em dormir ou perder o tempo. Veja o tempo como um presente de Deus e aproveite as oportunidades para viver com diligencia para O.

    10:18 Ao odiar a outra pessoa pode voltar-se mentiroso ou insensato. Se tratar de ocultar seu ódio, terminará mentindo. Se calúnia à outra pessoa e logo se comprova que estava equivocado, é um insensato. A única saída é admitir seus sentimentos de ódio ante Deus. lhe peça que troque seu coração para que o ajude a amar em vez de odiar.

    10:20 As palavras de uma boa pessoa são valiosas ("prata escolhida"). Muitos conselhos maus valem menos que poucos conselhos bons. É fácil obter opiniões de gente que nos dirá sozinho o que pensam que nos agradará, mas tal conselho é imprestável. Em vez disso, procuremos os que falam com a verdade, mesmo que aduela. Pense nas pessoas às que lhes pede conselhos. Que espera escutar delas?

    10:22 Deus dota a algumas pessoas com a capacidade pessoal e financeira para responder às necessidades de outros. Se estas pessoas se precavessem de por que Deus as benze e se todas utilizassem seus meios para fazer a vontade de Deus, a fome e a pobreza se erradicariam. A riqueza é uma bênção unicamente se a utilizarmos conforme ao propósito de Deus.

    10:24 O ímpio teme à morte. Os que não acreditam em Deus pelo general a temem e com muita razão. Em contraste, os crentes desejam a vida eterna e a salvação de Deus, suas esperanças serão recompensadas. Este versículo brinda uma opção: voltam-se realidade ou seus temores ou seus desejos. Decide rechaçar a Deus e viver a sua maneira ou aceita a Deus e

    CONSELHO DE DEUS SOBRE O DINHEIRO

    Provérbios dá algumas instruções práticas sobre o uso do dinheiro, mesmo que às vezes é um conselho que preferiríamos não escutar. É mais cômodo continuar com nossos hábitos que aprender a como usar o dinheiro com mais sabedoria. Este conselho inclui:

    Seja generoso ao dar: 11.24, 25; 22.9

    Ponha as necessidades da gente antes que as lucros 11:26

    Seja cauteloso ao avalizar a outra pessoa: 17.18; 22.26, 27

    Não aceite subornos 17:23

    Ajude ao pobre: 19.17; 21.13

    Economize para o futuro: 21.20

    Tome cuidado ao pedir emprestado 22.7

    Outros versículos para estudar incluem: 11 2Ki_15 20:16; 2Rs 25:14; 2Rs 27:13


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Provérbios Capítulo 10 do versículo 1 até o 32
    VI. Provérbios de Salomão (Pv 10:1)

    1 Provérbios de Salomão.

    O filho sábio alegra a seu pai;

    Mas um filho insensato é a tristeza de sua mãe.

    2 Tesouros da impiedade de nada aproveitam;

    Mas a justiça livra da morte.

    3 Jeová não sofrerá a alma do justo passar fome;

    Mas ele thrusteth longe o desejo dos ímpios.

    4 ele se torna pobre que trabalha com mão indolente;

    Mas a mão do diligente enriquece.

    5 O que ajunta no verão é filho sábio;

    Mas o que dorme na sega é filho que envergonha.

    6 Bênçãos caem sobre a cabeça do justo;

    Mas a violência cobre a boca dos perversos.

    7 A memória do justo é abençoada;

    Mas o nome dos ímpios apodrecerá.

    8 O sábio de coração aceita os mandamentos;

    Mas um tolo de lábios ficará transtornado.

    9 Aquele que anda em integridade anda seguro;

    Mas o que perverte os seus caminhos será conhecido.

    10 O que acena com os olhos dá dores;

    Mas um tolo de lábios ficará transtornado.

    11 A boca do justo é manancial de vida;

    Mas a violência cobre a boca dos perversos.

    12 ódio excita contendas;

    Mas o amor cobre todas as transgressões.

    13 Nos lábios do que tem sabedoria discernimento é encontrado;

    Mas a vara é para as costas do que é falto de entendimento.

    14 Os sábios entesouram o conhecimento;

    Mas a boca do insensato é um presente de destruição.

    15 Os bens do rico são a sua cidade forte;

    A destruição dos pobres é a sua pobreza.

    16 O trabalho do justo encaminha para a vida;

    O aumento do ímpio, para o pecado.

    17 Ele está no modo de vida que heedeth correção;

    Mas aquele que renuncia a repreensão anda errado.

    18 O que encobre o ódio é de lábios mentirosos;

    E aquele que espalha a calúnia é um tolo.

    19 Na multidão de palavras não falta transgressão;

    Mas o que modera os lábios pratica sabiamente.

    20 A língua do justo é como a prata escolhida:

    O coração dos ímpios é de pouco valor.

    21 Os lábios do justo apascentam a muitos;

    Mas a sorte tolo por falta de entendimento.

    22 A bênção do Senhor é que enriquece;

    E não acrescenta com a mesma tristeza.

    23 É um divertimento para o insensato o praticar a maldade;

    E assim é a sabedoria a um homem prudente.

    24 O que o ímpio teme, isso virá sobre ele;

    E o desejo dos justos será concedido.

    25 Quando a tempestade passa, os ímpios não existe mais;

    Mas o justo tem fundamento perpétuo.

    26 Como vinagre para os dentes, como fumaça para os olhos,

    Assim é o preguiçoso para aqueles que o mandam.

    27 O temor do Senhor prolonga os dias;

    Mas os anos dos ímpios serão abreviados.

    28 A esperança dos justos é alegria;

    Mas a expectativa dos ímpios perecerá.

    29 O caminho do Senhor é fortaleza para os retos;

    Mas é destruição para os que praticam a iniqüidade.

    30 O justo nunca será removido;

    Mas os ímpios não habitarão a terra.

    31 A boca do justo produz sabedoria;

    Mas a língua da perversidade será cortada.

    32 Os lábios do justo sabem o que agrada;

    Mas a boca dos ímpios fala perversidades.

    O primeiro verso desta seção é geralmente considerado como um retrato da casa ideal em que a sabedoria é o guia, em contraste com a relação em casa em que as regras loucura e traz tristeza. No entanto, por causa da construção das duas metades contrastantes do verso, que poderia ser tomado como uma declaração de abertura nesta coleção de provérbios de Salomão, e, portanto, como uma introdução geral ao contraste entre a conseqüência de escolhas e ações sábias e as consequências do caminho da loucura. Esse contraste é então repetidamente enfatizado, de muitos de experiências da vida, nos versos que se seguem ao longo de toda a seção.

    Certamente o homem sábio não tinha a intenção de fazer uma divisão nítida entre o pai ea mãe, o que implica que apenas o pai se alegra com a sabedoria do filho e que a mãe só chora por causa da loucura do filho. Em vez disso, por meio do uso rígida da estrutura paralela antitética, o homem sábio está dizendo escolhas e ações do homem que tem um efeito inevitável sobre os outros, bem como sobre si mesmo. "Nenhum homem é uma ilha", para todos nós estamos unidos, e nós inevitavelmente afetar os outros para o bem ou para o mal. Nós não iria negar, é claro, que os mais próximos a ele, sua mãe e seu pai, talvez, vai sentir a maioria dos resultados de sua sabedoria ou da loucura. No entanto, em nítido contraste com Pv 9:12 , a verdade afirmado aqui é que sua "escolha pode ser solitário; ele não pode ser privado ", para as escolhas e ações de nossas vidas têm efeitos muito além do círculo familiar. Nenhuma casa tem paredes grossas o suficiente para manter em toda a alegria ou tristeza!

    Peso (em hebraico, tugah) seria mais bem traduzido com Moffatt, Scott, e outros por "tristeza", e, assim, melhor resultado de paralelismo com prazer. Este versículo certamente é um lembrete, muitas vezes demasiado tarde, às crianças do grande potencial que possuem em suas mãos para dar a seus pais alegria imensurável ou tristeza, alegria ou tristeza, o que eles como as crianças estão dispostos a dar.

    Qual é o verdadeiro tesouro, que traz o maior senso de realização? "Ganhos ilícitos nunca são um lucro" (v. Pv 10:2 , Moffatt), não importa quão grande a soma! Na verdade, quantos são os passivos que se ligam a tesouros de impiedade: culpa, medo da perda, a falta de auto-estima, e uma ganância nunca satisfeito! Só a justiça ("honestidade", Moffatt, Scott, American trans.) "salva da morte" (trans-americana.), pois não apenas este modo de vida trazer contentamento da mente e do coração, mas é vivida na fé calma que "o Senhor não vai deixar um homem bom morrer de fome" (v. Pv 10:3 , Scott). O verdadeiro tesouro, a aprovação de Deus, nunca pode ser conhecido por aqueles que são governados pelo deus Mammon. Eles estão, em vez disso, constantemente frustrado por Deus em seu desejo ("desejo", Moffatt, Scott, Confraria) para "o que não satisfaz" (Is 55:2 , Pv 12:24 ; Pv 18:9 , Scott), deliberada falta de esforço (folga mão ), ou como alguém que "dorme durante a colheita" (v. Pv 10:5 , Moffatt), só pode resultar em situação de pobreza para si mesmo e vergonha e desgraça para a família e os pais. "A mão de Espera, bolsa vazia" (Knox) ​​é ruim o suficiente, mas para trazer opróbrio sobre um up-propositura só pode adicionar insulto à injúria.

    As recompensas de uma vida justa, pelo menos, duas vertentes: bênçãos estão sobre os justos (v. Pv 10:6 , aqui e agora, e) a memória do justo (v. Pv 10:7) concede uma imortalidade sempre negou o ímpio. "Quando as bênçãos são dadas, a apenas são ainda se lembrava; é o nome do pecador que se enferruja "(Knox). Jones destaca que "para ser lembrado significava a continuação da vida através da perpetuidade de um nome. O nome aqui é uma extensão da própria existência da pessoa e o contraste é entre a existência e não-existência "O ímpio não merece nem recebe a imortalidade através da menção reverente do seu nome.; na verdade, quanto mais cedo o seu nome é esquecido, o melhor será! É certo que existe um sentido em que a bênção ea vergonha tanto viver. No entanto, o que é um miserável imortalidade é para um homem terrivelmente mau para viver na maldição daqueles que ele abusou e machucar! Não há melhor é o destino dessa pessoa cujo nome é deliberadamente mantido silenciosa, porque ninguém pode lembrar de qualquer coisa boa que ele fez em sua vida. Tal era o destino de um homem que foi enterrado sem uma vez que está sendo referido no serviço pelo ministro oficiante. Quando, após o funeral, um dos filhos pesarosos reprovou o ministro para nunca mencionar seu pai em seu sermão, o ministro foi poupado a tarefa de dar uma resposta quando outro filho do morto interrompeu a reprovação por sem rodeios perguntando: "Bem, você certamente não queria que ele para falar a verdade, não é? "

    A pessoa que fala constantemente em vez de ouvir é adequadamente descrito no versículo 8 : "Aviso o sábio ouve; as conversações sobre tolo, e está em ruínas "(Knox). Um tolo de lábios é, literalmente, "tolo de lábios", uma forma bastante unsubtle o sábio teve de dizer que uma pessoa que realmente quer orientação e aconselhamento, e pretende agir sobre ela , deixará seu próprio talk para que ele possa ouvir o que está sendo dito a ele.

    Um significado um pouco mais clara é dada ao versículo 9 se o segundo semestre é traduzido com o RSV: ". Mas o que perverte os seus caminhos será descoberto" A ênfase positiva no versículo é que a pessoa que vive honestamente ("inocentemente" Scott) não tem nada ou ninguém a temer. Ele não tem preocupações de que o que ele diz ou faz hoje vai contradizer o que ele disse ou fez ontem. A pessoa desonesta ou o mentiroso, por outro lado, é inevitavelmente tropeçou porque ele não consegue se lembrar as mentiras que ele inventou mais cedo.

    A repetição da segunda metade do versículo 8 como a segunda parte do versículo 10 faz para um problema, que é enfatizada pelo fato de que esta frase repetida, mas o tolo de lábios ficará transtornado , faz pouco sentido como a segunda parte do versículo10 . A maioria das versões modernas seguem a Septuaginta, que tem a vantagem de fazer aqui um paralelismo melhor e mais lógico: "O que acena com os olhos causa problemas, mas aquele que reprova faz a paz" (RSV). Este contraste impressionante aponta para cima a verdade que um gesto quase despercebido, o piscar de olhos (um símbolo de insinceridade), pode causar muito dano, enquanto uma palavra franca ou honesto vai afastar suspeita ea contenda que insinuação e meias-verdades raça . Os versículos 11através Dt 14:1 continuar este contraste entre as recompensas de palavras sabiamente escolhidos e as consequências de palavras que são estupidamente e, sem pensar faladas. Sábias palavras trazer vida (v. Pv 10:11 ), amor (v. Pv 10:12 ), o discernimento (v. Pv 10:13 ), econhecimento (v. Pv 10:14 ); mas explosões tolas espalhar violência (v. Pv 10:11 ), o ódio (v. Pv 10:12 ), uma haste ou dor (v. Pv 10:13) e destruição (v. Pv 10:14 ). Como verdadeiras as palavras de Tiago: ". A língua é um pequeno membro ... um fogo ... Como é grande a floresta é incendiada por um pequeno fogo!" (Jc 3:5. ). A segunda linha do versículo 12 é citado em 1Pe 4:8 ). Como é verdade que o dólar pode mais verdadeiramente simbolizar a perda ao invés de lucro para ele que deu toda a sua vida para alcançá-lo!

    Scott dá uma tradução interessante do versículo 17 : ". A auto-disciplina é um caminho para a vida, e aquele que ignora a correção se perde" No entanto, o original hebraico parece ter o homem sábio apontando para cima a influência e bênção além de si mesmo que os resultados de o obsevação de aconselhamento, uma verdade que é indicado nas notas marginais do ASV: "Ele é uma forma (a) a vida que atende instrução; mas aquele que abandona a repreensão causeth errar "Nós certamente não podemos negar que quando ignoramos correção perdemos o nosso caminho, e nós levar outros a se desviarem no processo.; mas por auto-disciplina que salvamos a nós mesmos e aqueles que inevitavelmente estão seguindo nossos passos.

    O velho problema de palavras faladas muito facilmente tornar-se demais, mais uma vez dá origem a advertências pertinentes relativas ao exercício de ambos os lábios e da língua (vv. Pv 10:18-21 ). (1) Esteja avisado que quem tem "o dom da palavra," que fala com facilidade, podem encontrar-se encobrir ódio escondido com sua torrente de fluxo livre de palavras, palavras que desmentem seus verdadeiros sentimentos (v. Pv 10:18 ). Em "fazer conversa" suas palavras não têm significado e, portanto, não são melhores do que a calúnia deliberada do tolo. (2) Esteja avisado que "em muita conversa não há certeza de ser algum erro" (v. Pv 10:19 , Scott). Qualquer pessoa que fala muito é, inevitavelmente, vai "dizer muito." Use palavras com moderação, e, portanto, com segurança! (3) Esteja avisado que as palavras refletir e projetar os valores internos e no valor do alto-falante (v. Pv 10:20 ). Palavras de ninguém valem um centavo a mais do que ele. No lado positivo, "o que é um bom homem diz é pura prata" (Scott). Como a prata escolhida só é possível através da eliminação de dejetos ou impurezas, por isso, "falar do bom homem" (Moffatt) reflete o refinamento deliberada de molas internas do homem justo da vida e da fala. (4) Esteja avisado que as palavras de os tolos são tão vazio de sustento e força que eles "não pode mesmo manter-se vivo, mas morrem de má nutrição espiritual." Isto é, de fato, a baixa-mar de influência e poder! O original hebraico para compreensão é "coração" (lev ), uma vívida lembrança das palavras de Jesus: "É da abundância do coração que a boca fala" (Matt 0:34. ). Se o coração está vazio, apenas palavras vazias podem ser falado! O coração cheio de os justos, no entanto, transborda com a sabedoria divina, que é o resultado de uma relação constante com Deus.

    O versículo 22 pode ser entendido de duas maneiras: de que a bênção de Deus é a fonte de riqueza e que essa bênção não inclui a ansiedade e culpa que o ganho pode trazer consigo ilícitos (para que a ASV, RSV, e Moffatt), ou que nada que um homem pode fazer através de labuta pode adicionar as riquezas que vêm de Deus sozinho (trad., Scott, e margem ASV tão americano). O pronome enfático "it" (em hebraico hiy') apela para uma ênfase na bênção de Deus: é que enriquece. Isso, certamente, poderia implicar que no entanto o homem pode experimentar, ele não pode adicionar à verdadeira riqueza que Deus dá. Assim, estamos novamente advertiu "contra a perseguição da riqueza para seu próprio bem ... e a incerteza de sua posse." Além disso, somos lembrados de que "a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que [o material] que ele possui" (Lc 12:15 ). Pelo contrário, ela é determinada pela medida em que ele é "rico para com Deus" (Lucas 0:21 ), a medida em que ele ama a Deus ou as bênçãos que Deus dá.

    Versículo Pv 10:26 interrupções, sem explicação, a série de contrastes entre o justo eo ímpio que encontramos nos versos Pv 10:24-25 e Pv 10:27-30 . Nestes versos, os ímpios é descrito como estando sujeitas ao pior que ele teme (v. Pv 10:24 ), de curta duração (vv. Pv 10:25-27 ), esperando contra toda a esperança (v. Pv 10:28 ), em perigo de destruição (v. Pv 10:29 ), e sem qualquer perspectiva de "permanência na terra" (Scott, v. Pv 10:30 ). Por outro lado, o justo recebe o desejo de seu coração (v. Pv 10:24 ), tem a estabilidade e longa vida que o firme fundamento de confiança em Deus traz (vv. Pv 10:25-27 ), vive na alegria de confiar no stronghold que o próprio Deus é (vv. Pv 10:28-30 ). O que uma imagem do, inquieto, pecador culpa-laden inquieto que está em constante rebelião contra Deus, em contraste com a alegria, paz e plenitude que o compromisso com a vontade eo caminho de Deus traz! Que preço a pagar para a determinada vontade de "fazer como melhor agrade"!

    Como fora de seqüência como diz o provérbio, no versículo 26 pode ser, seu significado é inconfundível. Em comparando o preguiçoso para as qualidades irritantes de vinagre e fumaça , o homem sábio novamente atinge uma de suas notas favoritos, sua condenação da preguiça (ver Pv 6:6. ; Pv 20:4 ). Sua própria "irritação" com o pensamento de preguiça certamente ele não podia negar.

    Os versos finais do capítulo (vv. Pv 10:31-32) continuam o contraste entre o justo eo ímpio , mas agora em termos de caráter ou personalidade contrastante que eles demonstram, através da utilização de suas línguas. produz é, literalmente, "dá frutos "(hebraicoNUV ). A imagem é a de árvores, a um rolamento justos. fruto da sabedoria, enquanto o maligno está condenado a "ser derrubadas" (Moffatt). A verdade das palavras de Jesus: "Pelos seus frutos vós os conhecereis" (Mt 7:16. ), certamente se aplica aqui.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Provérbios Capítulo 10 do versículo 1 até o 32
    10.2 Justiça livra da morte. Esta é a justiça que vale diante de Deus (Rm 3:21, Rm 3:22), é a justiça alheia (Rm 4:5).

    10.8 De lábios. De seus próprios lábios lhe virá a ruína (2Sm 1:14-10; Lc 19:22).

    10.9 Será conhecido. Será descoberto e castigado.

    10.11 Devemos conversar de maneira que inspira e que alegra, sabendo que a conversa torpe é o manancial de uma atmosfera de ódio, ciúmes, rixas e contendas (Ef 4:25-49).

    10.12 Cobre. Acima de tudo é o amor de Cristo que expia (heb kasah, que transmite idéia de encobrir e apagar) os pecados dos que o aceitam.

    10.13 Entendido... falto de senso. Um é guiado com conselhos, e outro necessita da vara; Deus procura atrair a si e educar seus filhos com suas palavras e com outros meios com que nos disciplina.

    10.18 O engano pode tomar duas formas: ou de encobrir a verdade, ou de pronunciar falsidade.

    10.25 Perpétuo fundamento. Conforme Mt 7:24-40.

    10.26 Assim como vinagre prejudica o paladar e embota os dentes, assim como a fumaça fere as vistas, fazendo-as lacrimejar e causa perda do olfato - tudo ilustra a ação prejudicada - assim acontece aos que encarregam um preguiçoso de determinada missão.
    10.27,28 O crente deve aprender a sabedoria e aplicá-la na vida diária com diligência e zelo: tudo, porém, depende da bênção de Deus, de quem o crente também espera (v. 22).
    10.31 Sabedoria. Heb hokhmâh, significa a qualidade de ser inteligente e, ao mesmo tempo, treinado. Inclui qualquer tipo de perícia técnica (Êx 31:3; Ez 27:8). A plenitude da sabedoria pertence somente a Deus, Jo 12:13-43 (um trecho que, aliás, demonstra o significado essencialmente prático da idéia da sabedoria). Comp. as notas de Pv 1:20; Pv 3:13.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Provérbios Capítulo 10 do versículo 1 até o 32
    III. OS PROVÉRBIOS DE SALOMÃO (10.1—22.16)
    Após a longa introdução, chegamos aos provérbios propriamente ditos, os dísticos e versos cativantes e facilmente lembrados que mantêm a sabedoria viva em nossa mente. Os caps. 10—22 contêm a primeira seção que é atribuída a Salomão, não ordenada segundo um tópico, e com repetições ocasionais, munição para o jovem qué foi preparado até aqui pela introdução para buscar sabedoria e viver de acordo com ela. Diversos temas tratados em detalhes anteriormente vão aparecer em aplicações específicas, e outras máximas são acrescentadas à medida que o sábio discorre acerca de um vasto leque de assuntos da vida humana e da sociedade.
    10.1. As nossas atitudes nos afetam (9.12), mas aos outros também. O efeito sobre o pai e a mãe ainda é uma consideração válida. A sabedoria ou a tolice podem ser reconhecidas basicamente na diligência ou na preguiça (v. 5).

    v. 2,3,4. Temos aqui princípios gerais pelos quais o livro de Provérbios é muitas vezes ridicularizado (v.comentário Dt 2:20). Casos específicos podem até negar o princípio geral, mas não há como negar a seqüência natural de eventos que o homem prudente vai levar em consideração. Num nível mais profundo, o Senhor não abriu mão do controle. Há também a indicação de que não se pode ver toda a realidade, pois a referência a tesouros que não servem para nada e à morte pode sugerir que haja significados mais profundos aqui do que o espectador casual pode imaginar. A expressão na 5A: “O Senhor não vai fazer a alma do justo sofrer fome”, embora não destaque a alma como uma entidade separada, sugere que o homem é constituído de mais do que só estômago (Dt 8:3); v.comentário de nepes (6.32). Os versículos fazem eco a uma intuição humana profunda; conforme a expressão popular “daí não pode vir coisa boa”, v. 6,7. Temos aqui o contraste entre a natureza crescente e sempre viva da justiça e a natureza sem vida e em decadência da maldade, bênçãos-, uma palavra associada a fragrâncias, como uma consulta ao dicionário vai mostrar. Há riqueza, frutificação e relacionamento. violência-, tem a mesma raiz de 8.36; não necessariamente um ataque físico, mas qualquer das formas maldosas em que uma pessoa pode cometer violência contra outra. O v. 6b ilustra a dificuldade encontrada na tradução desses ditados. Muitos deles são parelhas equilibradas de três palavras hebraicas. A seqüência das palavras nem sempre distingue claramente sujeito e objeto, e estes precisam ser deduzidos pelo tradutor. Assim, a NVI traz aqui a boca dos ímpios abriga a violência na ordem contrária ao que trazem a ARC e a ACF (“a violência cobre a boca dos perversos”).

    v. 8. a boca do insensato-, lit. “um tolo de lábios” — “boca grande”. A tolice com fre-qüência se observa pelo seu barulho em contraste com a humildade silenciosa da sabedoria (v. 19). O que sabe menos grita mais alto. v. 9. integridade-, traz segurança no sentido de que não há nada para esconder; quem segue veredas tortuosas está sempre tentando, de forma ineficaz, apagar suas pegadas, v. 10. A BJ segue uma frase inserida pela LXX para tornar o dístico equilibrado: “Quem pisca o olho causa pesares, quem repreende abertamente traz remédio”. A NVI segue o TM que repete o v. 8b e parece deslocado.

    v. 11. Temos novamente o contraste entre a fartura que dá vida e o mal paralisante. O v. 11b repete o 6b. fonte de vida-, é uma metáfora freqüente (13 14:14-27; 16.22), apontando para a farta doação de Deus (v. Sl 36:9 e Jo 4:14).

    v. 12. O ódio provoca dissensão-, ao tornar tudo público e provocar confrontações, o amor cobre-, não por meio de desculpas e justificativas, mas ao proteger as questões com discrição até que a reconciliação seja consumada (v. 11.13, e Jc 5:20; 1Pe 4:8 como citações do NT).

    v. 13. daquele que não tem juízo-, lit. “coração”, heb. lêb (v.comentário Dt 4:23). Encontramos com freqüência essa personagem em Provérbios (10.13 11:12-12.11; 15.21; 17.18;

    24.30). Ele se nega a aprender e precisa ser impelido como uma mula (Sl 32:9). O v. 14 repete a lição do v. 12. A sabedoria age como o amor; a conversa do tolo tem o mesmo efeito do ódio.

    v. 15,16. Provérbios fala de forma realista acerca dos fatos. Existe força na riqueza, embora os v. 2,16 sugiram que isso significa a riqueza adquirida honestamente; a pobreza põe em risco a vida das pessoas. Não se pode concluir disso que a pessoa deveria depositar sua confiança nas riquezas (lTm 6,17) ou oprimir os pobres (14.31). v. 16. castigo-, heb. “pecado”, como o contrário de vida mostra o significado mais amplo que Provérbios dá à vida. v. 17. A metáfora do caminho (v.comentário Dt 3:23) destaca a tolice de alguém que recusa a correção.

    v. 18. A LXX traz “lábios justos”, possivelmente porque o texto é de difícil tradução. lábios mentirosos pode ser mantido, no entanto, com o sentido geral de que quem odeia precisa ou dissimular ou expressar a sua calúnia e parecer um tolo.

    v. 19-21. Temos aqui um exemplo de agir com sabedoria (v. 1.3; sensato tem a mesma raiz que “prudente”). Acerca de refrear a língua, em vez de tagarelar, conforme v. 8. Quando os justos (v.comentário Dt 8:8) falam, vale a pena esperar, e as suas palavras dão sustento a muitos. Ao contrário disso, os ímpios e insensatos mostram que são vazios.

    v. 22. Esse é um provérbio bem conhecido de confiança na bondade de Deus. O hebraico é enfático: A bênção do Senhor (somente ela) traz riqueza, não inclui dor alguma', a ARA traz “ele não traz desgosto” e é melhor porque deixa a iniciativa com Deus.

    v. 23. Mais um contraste entre o tolo e o homem [...] de entendimento está nas coisas em que eles têm prazer.

    v. 24,25. Tanto a curto quanto a longo prazo, os justos têm segurança. O seu desejo final é ver Deus e ser estabelecidos para sempre. Em contraste com isso, o ímpio teme o futuro. Enquanto teme, a tempestade o elimina, mas deixa em paz o justo (v. tb. v. 28).

    v. 26. O preguiçoso (v. 6,6) é tão irritante e inútil para os outros como é um peso para Sl mesmo.

    Os v. 27-30 celebram a segurança que vem do temor do Senhor, vida [...] alegria [...] refúgio [...] jamais serão desarraigados', tudo isso contrasta com o vazio e a falta de esperança dos ímpios, os ímpios pouco duram na terra', cf. 2.21. Isso pode ser uma referência à promessa da aliança de Canaã, embora Provérbios não seja nacionalista, e a frase talvez seja um retrato de quem não tem raízes, v. 31,32. A língua perversa (v.comentário Dt 2:12) é mais uma vez contrastada com a fala honesta que informa e dá prazer.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Provérbios Capítulo 10 do versículo 1 até o 16

    II. Miscelânea dos Provérbios de Salomão. 10:1 - 22:16

    É ponto de vista nosso que nos Provérbios a inspirada Palavra de Deus foi dada em uma forma literária especial. Tal como Davi usou o veículo da poesia, assim Salomão usou o veículo da literatura da Sabedoria, que ensina principalmente por meio de contrastes. Na primeira e principal parte (I) o contraste é mantido através de longas passagens – como, por exemplo, no contraste da mulher má com a sabedoria. Na seção fio contraste foi expresso em pequenas unidades constituídas de um só versículo. A grande maioria dos versículos desta seção tem um "mas" no meio do versículo.

    A exposição se torna mais difícil por causa da natureza isolada desses provérbios. Não há um contexto imediato para nos orientar. Alguns comentaristas concluíram que os provérbios não seguem um plano, mas são uma coleção heterogênea (Greenstone). Toy os chama de "aforismos destacados". Delitzsch declara que há um agrupamento de idéias, não dentro de um plano compreensivo, mas um "desdobramento progressivo" que "brota continuamente". Há nesta seção uma espécie de unidade, mas vem mais da linguagem e do assunto que do arranjo. Anuncia-se um provérbio, depois o mesmo é repetido em outro lugar com variações que desenvolvem o significado.

    O primeiro exemplo pode fazer um contraste entre as partes a e b; o segundo, entre a e c. Até mesmo um terceiro pode ocorrer, comparando a com d. Reunindo todos os três exemplos, temos uma definição mais completa do pensamento expresso em a. Seria mais fácil se esses pensamentos estivessem agrupados. Os antigos evidentemente achavam mais interessante ter esses pensamentos separados e um tanto ocultos.

    Como já vimos, também há um certa unidade no vocabulário moral que foi usado. Assim, muitos provérbios se relacionam com os justos, os sábios, os retos versus os cruéis, os tolos, os perversos. Estudo adequado de um versículo pode envolver estudo da concordância de todo o livro – mas, dizendo melhor, não um simples estudo da concordância mecânica, mas antes uma meditação séria sobre toda a maneira de pensar do autor. Pois através da repetição, contrastes, vocabulário diferente e variadas considerações do tema, Deus, através deste autor, ensina-nos que a justiça exalta qualquer um, masque o pecado é sempre um opróbrio. Devemos insistir novamente que este não é um Almanaque de ditados substanciais, cheios de senso comum sobre os problemas da vida; é uma coleção divina de máximas que ensinam o caminho da santidade.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Provérbios Capítulo 10 do versículo 1 até o 32
    III. O PRIMEIRO LIVRO DE SALOMÃO Pv 10:1-20), bem como do fato que Deus frustra os maus desejos dos ímpios. Alma do justo é equivalente a "ao justo". No Antigo Testamento, a palavra desejo sempre denota um mau desejo.

    >Pv 10:4

    Os vers. 4 e 5 tratam da recompensa da preguiça e da indústria. Com mão enganosa (lit. "com palma negligente") transmite a idéia de u’a mão pendurada frouxamente.

    >Pv 10:6

    Os vers. 6-11 retornam ao tema das recompensas do justo e do ímpio. Por esse paralelismo haveríamos de esperar que a violência cobre a boca dos ímpios (6) se referisse às repreensões ou golpes que lhes serão infligidos tão certamente como as bênçãos que vêm sobre a "cabeça" do justo. A palavra hamas, entretanto, é usada em outros lugares para denotar exclusivamente maus tratos. Se conservarmos o texto tal qual ele está, portanto, parece melhor compreendê-lo exatamente como está no vers. 11; linguagem violenta e suja cobre a boca dos ímpios. Seu castigo, pois, é subentendido mais por comparação do que por declaração. O vers. 7 mostra que os efeitos da justiça e da iniqüidade continuam a verificar-se na terra depois da morte do indivíduo. No vers. 8 a significação é que aqueles que são sábios de coração dão ouvidos aos mandamentos da Sabedoria, porém, aqueles que não freiam suas línguas, serão derrubados por terra. No vers. 9, será conhecido deve ser "será achado" (cfr. 2Tm 3:9). No vers. 10, acena com os olhos refere-se à conduta astuciosa e insincera. A Septuaginta e o Siríaco lêem: "Mas aquele que repreende abertamente estabelece a paz", em lugar de e o tolo de lábios será transtornado. Talvez que aquelas versões apresentem melhor tradução. No vers. 11 a antítese é entre o justo que "é uma fonte de inspiração e encorajamento para com seus amigos quanto ao caminho da vida, bem como a fonte à beira do caminho é um refrigério e um vigor renovado para com o exausto viajante (Oesterley) e o ímpio, cuja boca se cobre de linguagem imunda e perniciosa. Podemos notar que, tal como em Pv 6:12 e segs., a justiça e a iniqüidade podem ser manifestados no coração (8), na boca (6,8,10-11), nos pés (9) e nos olhos (10).

    >Pv 10:12

    O lema cobre introduz um profundíssimo dístico sobre o amor e o ódio (12). Cfr. 1Pe 4:8; Jc 5:20 e 1Co 13:7. Seguem-se duas, declarações sobre o falar sábio e o insensato, bem como suas respectivas recompensas (13-14). No vers. 13, em lugar de entendimento, ler "discernimento"; no vers. 14, em lugar de escondem, ler "reservam" (A.. D. Power); em lugar de é uma destruição, ler "é uma iminente calamidade". A idéia é que, enquanto que o sábio oculta o que sabe, o louco (’ ewil ver 1.22 n.) se inclina a deixar escapar pela boca sua estupidez e, conseqüentemente, pôr em perigo a si mesmo e a outros.

    >Pv 10:15

    O lema destruição conduz a uma observação sobre a riqueza e a pobreza (15). Destruição provavelmente dá a entender a ameaça de desastre iminente, como por exemplo, a insegurança do pobre, particularmente na revolução social que tomou lugar nos tempos de Salomão. Quando a primeira metade da afirmação é repetida em Pv 18:11, porém, fica demonstrado que a história não tinha sido totalmente relatada, pois a riqueza do homem rico em si mesma não é uma cidade suficientemente forte.

    >Pv 10:16

    Dois provérbios (16-17), ligados pela palavra vida, falam sobre o fruto da vida reta e da iniqüidade, bem como sobre a relação da santa disciplina (correção, ver Pv 1:2 e segs.) para com isso. Quanto ao vers. 17, ler: "Ele é um caminho de vida que atende à correção, mas o que abandona a repreensão faz errar". Um dos itens na recompensa das vidas reta ou errada, é o efeito que seus exemplos exercem sobre os outros.

    >Pv 10:18

    Quatro provérbios (18-21) se seguem, todos ligados à fala. O primeiro mostra que é mal ocultar o ódio hipocritamente, e é perversidade manifestar tal ódio por meio da calúnia. O segundo adverte contra a conversa tola; o terceiro contrasta o valor da fala daqueles que vivem retamente e a daqueles que assim não vivem; o quarto desenvolve esse pensamento. Apascentam (21) é a palavra comumente usada para o cuidado de um pastor por suas ovelhas: os justos. Por virtude de sua fala, se tornam pastores; mas os loucos morrem por falta da sabedoria que os justos são capazes de proporcionar aos outros.

    >Pv 10:22

    O vers. 22 exibe um provérbio sobre a bênção sem adulterações de Jeová. Em lugar de não acrescenta dores, é preferível: "e o labor não acrescenta nada a ela". O vers. 23 fala sobre o divertimento de um insensato. Os vers. 24 e 25 retornam ao tema principal desta seção, o castigo reservado para os perversos e a bênção do Senhor entesourada para os justos. Temor (24) é equivalente a "coisa temida". Quanto a como a tempestade, assim passa... (25), ler: "quando o redemoinho passa o ímpio desaparece". Com esse vers. cfr. a parábola em Mt 7:24 e segs.

    >Pv 10:26

    O vers. 26 nos apresenta novamente o preguiçoso (cfr. Pv 6:6). Somos informados sobre o efeito de tal "mau e negligente servo" (cfr. Mt 25:26) sobre seu mestre. O oposto é visto em Mt 25:13.

    >Pv 10:27

    O restante do capítulo (27-32) é devotado a mais seis provérbios que versam sobre a sorte do justo e do ímpio. Vemos vida (27), regozijo (28), força (29) como bênção dadas ao justo. Na segunda metade do vers. 29, ler: "mas Ele é destruição para os obreiros da iniqüidade". Caminho do Senhor é Sua maneira de tratar com os homens. O vers. 30 estende mais ainda o princípio expresso em Êx 20:12, e é estendido mais ainda por nosso Senhor, em Mt 5:5. Os vers. 31-32 concernem mais particularmente à fala dos justos e dos ímpios (cfr. Jc 3:5 e segs.). Em lugar de produz (31), ler: "floresce com a".


    Dicionário

    Apodrecer

    apodrecer
    v. 1. tr. dir. Tornar podre. 2. tr. ind., Intr. e pron. Ficar podre. 3. tr. dir. Corromper, estragar moralmente.

    E

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    Justo

    Reto. 1. o sobrenome de José, também chamado Barsabás, que foi nomeado para suceder como apóstolo a Judas iscariotes (At 1:23). 2. Um crente de Corinto, hospedeiro de Paulo (At 18:7). 3. Um cristão romano, judeu, que estava com Paulo, quando este escreveu a sua epístola à igreja de Colossos, e a quem o Apóstolo chamou cooperador (C14.11). o seu primeiro nome era Jesus.

    1. Sobrenome de José Barsabás. Foi indicado, juntamente com Matias, para substituir Judas 1scariotes no colégio apostólico (At 1:23). Foi discípulo de Jesus durante todo o seu ministério público, desde o tempo de João Batista. Também testemunhou a ressurreição e a ascensão; portanto, possuía as qualificações necessárias para ser um apóstolo (vv. 21,22). Depois de orarem em busca da direção divina, Matias foi o escolhido, por meio de sorteio (vv. 24-26).


    2. Tito Justo, morador de Corinto, mencionado em Atos 18:7 como “homem temente a Deus”, em cuja casa Paulo se hospedou depois de ser proibido de pregar na sinagoga, que ficava exatamente ao lado de sua casa. O abrigo que ele concedeu ao apóstolo provocou consideravelmente os judeus. Como de costume, a abordagem de Paulo visava primeiramente aos israelitas e, em seguida, aos gentios, quando os judeus não queriam mais ouvir. Tito Justo provavelmente era um cidadão romano e começou a adorar a Deus sob a influência do ensino judaico. Sua hospitalidade proporcionou a Paulo um local relativamente seguro, de onde pôde prosseguir com seu ministério na cidade.


    3. Jesus Justo uniu-se a Paulo na saudação aos colossenses (Cl 4:11). Foi um dos amigos pessoais do apóstolo durante sua primeira prisão em Roma. Paulo chama a atenção para o fato de que ele era um judeu convertido, o que lhe proporcionava um conforto especial em meio à tribulação. P.D.G.

    ______________

    1 Nas versões da Bíblia em português esta expressão, “filhos de Jásen”, foi traduzida como nome próprio, “Bene-Jásen” (Nota do Tradutor)

    2 Idem

    L


    Ser perfeitamente justo é atributo da Natureza Divina; sê-lo no mais alto grau das suas possibilidades é glória do homem.
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 15

    O justo é aquele que se esforça por trilhar os caminhos do Senhor e por não sair deles; é o que pratica, em toda a extensão, as virtudes impostas aos homens como condição para chegarem a Deus; é o que pratica a verdadeira caridade; o que se oculta, vela seus atos e palavras, se faz humilde ante os homens e procura mesmo fazer-se humilde no segredo do coração [...]. O justo é aquele que faz o bem sem egoísmo, sem idéia preconcebida, sem esperar o reconhecimento dos beneficiados ou o louvor dos indiferentes e, ainda mais, sem contar com a recompensa que possa obter do Mestre. O justo é aquele que tem fé, forte e tenaz, que não pode ser abalada, que a tudo resiste, fé bondosa para com todos, que não se impõe pela força, que se insinua pouco a pouco pelo exemplo e pela prática das boas obras [...].
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    [...] o justo, [...] onde estiver, é sempre um cooperador de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 150


    Justo
    1) Certo; legítimo (peso: Lv 19:16; causa: Sl 17:1).


    2) A pessoa que, numa causa judicial, tem razão (Dt 25:1).


    3) No sentido religioso judeu, aquele que pratica a Lei e as cerimônias judaicas (Mc 2:17).


    4) A pessoa que está corretamente relacionada com Deus pela fé (Rm 1:17) e, por isso, procura nos seus pensamentos, motivos e ações obedecer àquilo que Deus, em sua Palavra, estabelece como modelo de vida (Rm 4:3;
    v. JUSTIÇA 2, e 3).


    5) A pessoa que está de acordo com a justiça de Deus (Sl 145:17;
    v. JUSTIÇA 1).


    justo adj. 1. Conforme à justiça, à razão e ao direito. 2. Reto, imparcial, íntegro. 3. Exato, preciso. 4. dir. Legítimo. 5. Que tem fundamento; fundado. 6. Merecido: Pena justa. 7. Que ajusta bem, que se adapta perfeitamente. 8. Ajustado. 9. Estreito, apertado, cingido. S. .M 1. Homem virtuoso, que observa exatamente as leis da moral ou da religião. 2. O que é conforme à justiça. 3. Gír. Chefe de polícia. Adv. Exatamente, justamente.

    Memória

    substantivo feminino Faculdade de reter ideias, sensações, impressões, adquiridas anteriormente.
    Efeito da faculdade de lembrar; lembrança: não tenho memória disso!
    Recordação que a posteridade guarda: memórias do passado.
    Dissertação sobre assunto científico, artístico, literário, destinada a ser apresentada ao governo, a uma instituição cultural etc.
    [Artes] Monumento dedicado a alguém ou em celebração de uma pessoa digna de lembrança; memorial.
    Papel usado para anotar coisas que não se deve esquecer; lembrete.
    Relato feito escrita ou oralmente sobre uma situação; narração.
    [Jurídico] Documento com o qual alguém expõe a sua defesa ou pedido a ser anexado aos autos.
    [Matemática] Dispositivo dos calculadores eletrônicos, que registra sinais, resultados parciais etc., que são consignados no momento oportuno para o fazer intervir no seguimento das operações: discos de memória.
    [Informática] Unidade funcional que pode receber, conservar e restituir dados.
    [Informática] Memória convencional, a que é armazenada segundo os padrões de um programa altamente abrangente.
    substantivo feminino plural Memórias. Obra literária escrita por quem presenciou os acontecimentos que narra, ou neles tomou parte.
    expressão De memória. Sem a ajuda de notas ou livros, só pela lembrança.
    Em memória de. Em homenagem a alguém que já morreu.
    [Informática] Memória secundária. Meio de armazenamento de dados e instruções não volátil (p. ex., disquetes), usado para que estes se preservem (p. ex., quando o computador é desligado).
    Etimologia (origem da palavra memória). Do latim memoria.

    lembrança, recordação, reminiscência, retentiva. – Memória é a faculdade própria do nosso espírito de conservar impressões, ou “as ideias e noções dos objetos, e de as reproduzir na ausência deles”. – Lembrança é um dos atos desta faculdade: o que se dá quando a memória nos faz presentes essas impressões. – Recordação é outro ato da memória: o que se passa quando nós lhe pedimos (por assim dizer) conta das ideias e noções que lhe entregamos como em depósito: ato que é como chamar e trazer à lembrança o que havíamos confiado à memória. Finalmente reminiscência é ainda outro ato da memória: é a lembrança de ideias e noções, que em tempos remotos nos foram presentes e que em nós deixaram mui fracas e ligeiras impressões, das quais, por isso mesmo, apenas podemos agora achar e reconhecer os vestígios; chegando às vezes quase a duvidar da existência anterior de tais ideias no nosso espírito. Tem memória quem conserva as espécies das coisas que foram objeto de seus pensamentos, e as pode reproduzir. A memória pode ser fácil, ampla, tenaz, pronta, etc. A memória talvez enfraquece com a idade, com a doença; e talvez se extingue de todo por indisposição do cérebro. Tem lembrança ou lembra-se quem atualmente suscita ou tem presentes as espécies dos objetos, que já o impressionaram. A lembrança pode ser mais ou menos remissa, mais ou menos viva; e às vezes é tal que parece fazer-nos realmente presentes os próprios objetos. A vista de um lugar excita-nos de ordinário a lembrança do objeto agradável ou desagradável, que ali avistamos a primeira vez. A lembrança de qualquer objeto traz quase sempre consigo a de outros que com ele são ligados ou associados, etc. Tem recordação ou recorda-se quem traz à lembrança ou suscita as espécies dos objetos que entregou à memória. O homem grato recorda-se muitas vezes, com gosto e sensibilidade, do benefício recebido. O bom português recorda com saudade a antiga glória da sua pátria. O orador faz recordação do discurso, ou recorda o discurso antes que se exponha a recitá-lo em público. O estudante recorda a lição antes de entrar na aula, etc. Tem finalmente reminiscência quem se lembra mui remissamente de algum objeto que em outro tempo viu ou conheceu; quem acha em sua memória alguns, quase apagados, vestígios desse objeto. Dizem que Pitágoras ostentava ter reminiscência de diferentes estados pelos quais a sua alma tinha passado em existências anteriores. Alguns filósofos foram de parecer que as ideias que temos das coisas puramente inteligíveis, bem como de alguns que chamam primeiros princípios, são meras reminiscências; e segundo Platão, tudo quanto parece que nós aprendemos de novo não é, na realidade, senão reminiscência”. – Retentiva seria sinônimo perfeito de memória, se não acrescentasse à noção de reter na memória a ideia de lembrança ou recordação súbita e viva.

    [...] Segundo a Psicofisiologia, a memória constitui a base de toda a atividade psíquica. O seu material é constituído pelas impressões que chegam à consciência por intermédio das sensações e são denominadas marcas mnêmicas ou engramas. Essa fixação dos engramas é grandemente influenciada pela atenção, pelo interesse, pela repetição e pela familiaridade com o material psíquico preexistente. Em seu sentido estrito, a memória é a soma de todas as lembranças existentes e as aptidões que determinam a extensão e a precisão dessas lembranças. Também tomam parte a capacidade de fixação e de evocação. Em Neurofisiologia já foram determinados dois tipos distintos de memória, localizados em regiões distintas do cérebro: a memória recente e a memória pregressa. O suporte fisiológico da memorização ainda é obscuro, mas pode envolver tanto a criação de novos circuitos funcionais entre os neurônios cerebrais como a síntese de proteínas no citoplasma das células nervosas. De particular importância no processo mnemônico são os núcleos da base, especificamente o hipocampo, as amídalas e os corpos mamilares. A memória tem fundamental importância tanto para o diagnóstico como para a terapêutica em Psiquiatria. A antiga hipótese freudiana do trauma infantil ilustra a importância dos engramas na etiologia de distúrbios psíquicos.
    Referencia: BALDUINO, Leopoldo• Psiquiatria e mediunismo• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1995• - cap• 2

    A memória, durante o estado de vigília, é, muitas vezes, uma reminiscência das vidas anteriores. É verdade que essas reminiscências são vagas, mas evidenciam na inteligência as aptidões mais acentuadas.
    Referencia: BOURDIN, Antoinette• Entre dois mundos• Trad• de M• Quintão• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 27

    [...] é o fulcro da vida mental, contribuindo para fundar a personalidade [...].
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    Já vimos que a memória é uma condição quase indispensável à personalidade, pois ela é que liga o estado de atualidade aos estados anteriores, e nos afirma sermos hoje o mesmo indivíduo de há vinte anos. É a memória que cons titui a identidade, porquanto, ao mesmo passo que persistem as sensações presentes, surgem, por ela evocadas, as imagens antigas, que são, senão idênticas, ao menos muito análogas. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    [...] Faculdade misteriosa essa, que reflete e conserva os acidentes, as formas e as modificações do pensamento, do espaço e do tempo; na ausência dos sentidos e longe da impressão dos agentes externos, ela representa essa sucessão de idéias, de imagens e de acontecimentos já desaparecidos, já caídos no nada. Ela os ressuscita espiritualmente, tais como o cérebro os sentiu, a consciência os percebeu e formou.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1

    [...] é atributo do invariável, do invólucro fluídico – o perispírito.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    A memória é o concatenamento, a associação das idéias, dos fatos, dos conhecimentos. [...] A memória é uma faculdade implacável de nossa inteligência, porque nenhuma de nossas percepções jamais é esquecida. Logo que um fato nos impressionou os sentidos, fixa-se irrevogavelmente na memória. Pouco importa que tenhamos conservado a consciência desta recordação: ela existe, é indelével.
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 14

    [...] é um disco vivo e milagroso. Fotografa as imagens de nossas ações e recolhe o som de quanto falamos e ouvimos... Por intermédio dela, somos condenados ou absolvidos, dentro de nós mesmos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11


    Memória
    1) Lembrança (1Rs 17:18).


    2) Fama (Sl 135:13).


    3) MEMORIAL 1, (Ex 28:12; 1Co 11:24-25;
    v. CEIA DO SENHOR).


    4) No título de Sl 38:70 (RC, lembrança) a expressão “em memória” parece estar ligada a um SACRIFÍCIO acompanhado de queima de INCENSO, pedindo que Deus se lembre do salmista.


    Memória Recordação, impulsionada pela fé, que o discípulo faz da pessoa e obra de Jesus. A comemoração dessa pessoa e obra é a finalidade do partir do pão (Lc 22:19). Nesse empenho, desfruta da ajuda do Espírito Santo (Jo 14:26).

    Nome

    substantivo masculino Denominação; palavra ou expressão que designa algo ou alguém.
    A designação de uma pessoa; nome de batismo: seu nome é Maria.
    Sobrenome; denominação que caracteriza a família: ofereceu seu nome.
    Família; denominação do grupo de pessoas que vivem sob o mesmo teto ou possuem relação consanguínea: honrava seu nome.
    Fama; em que há renome ou boa reputação: tinha nome na universidade.
    Apelido; palavra que caracteriza alguém.
    Quem se torna proeminente numa certa área: os nomes do cubismo.
    Título; palavra ou expressão que identifica algo: o nome de uma pintura.
    Gramática Que designa genericamente os substantivos e adjetivos.
    Etimologia (origem da palavra nome). Do latim nomen.inis.

    Entre os hebreus dava-se o nome auma criança, umas vezes quando nascia (Gn 35:18), e outras quando se circuncidava (Lc 1:59), fazendo a escolha ou o pai, ou a mãe (Gn 30:24Êx 2:22Lc 1:59-63). Algumas vezes o nome tinha referência a certas circunstâncias relacionadas com o nascimento ou o futuro da criança, como no caso de isaque (Gn 21:3-6), de Moisés (Êx 2:10), de Berias (1 Cr 7.23). isto era especialmente assim com os nomes compostos de frases completas, como em is 8:3. Acontecia, também, que certos nomes de pessoas sugeriam as suas qualidades, como no caso de Jacó (Gn 27:36) e Nabal (1 Sm 25.25). Eram por vezes mudados os nomes, ou aumentados, em obediência a certas particularidades, como no caso de Abrão para Abraão (Gn 17:5), de Gideão para Jerubaal (Jz 6:32), de Daniel para Beltessazar (Dn 1:7), e de Simão, Pedro (Mt 16:18). Alem disso, devemos recordar que, segundo a mentalidade antiga, o nome não somente resumia a vida do homem, mas também representava a sua personalidade, com a qual estava quase identificado. E por isso a frase ‘em Meu nome’ sugere uma real comunhão com o orador Divino. Houve lugares que receberam o seu nome em virtude de acontecimentos com eles relacionados, como Babel (Gn 11:9), o Senhor proverá (Gn 22:14), Mara (Êx 15:23), Perez-Uzá (2 Sm 6.8), Aceldama (At l.19). Para o nome de Deus, *veja Jeová, Senhor.

    Nome Palavra que designa uma pessoa ou coisa. Nos tempos bíblicos o nome, às vezes, estava relacionado com algum fato relativo ao nascimento (Gn 35:18
    v. BENONI); outras vezes expressava uma esperança ou uma profecia (Os 1:6; Mt 1:21-23). Era costume, no tempo de Jesus, o judeu ter dois nomes, um hebraico e outro romano (At 13:9). Partes dos nomes de Deus entravam, às vezes, na composição dos nomes (v. ELIAS, JEREMIAS, JESUS). Na invocação do nome de Deus chama-se a sua pessoa para estar presente, abençoando (Nu 6:22-27; Mt 28:19; Fp 6:24). Tudo o que é feito “em nome” de Jesus é feito pelo seu poder, que está presente (At 3:6; 4:10-12). Na oração feita “em nome de Jesus” ele intercede por nós junto ao Pai (Jo 15:16; Rm 8:34). Em muitas passagens “nome” indica a própria pessoa (Sl 9:10).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Provérbios 10: 7 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    A memória do justo é abençoada, mas o nome dos perversos apodrecerá.
    Provérbios 10: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    950 a.C.
    H1293
    Bᵉrâkâh
    בְּרָכָה
    bênção
    (a blessing)
    Substantivo
    H2143
    zêker
    זֵכֶר
    memorial, lembrança
    (my memorial)
    Substantivo
    H6662
    tsaddîyq
    צַדִּיק
    justo, lícito, correto
    (righteous)
    Adjetivo
    H7537
    râqab
    רָקַב
    ()
    H7563
    râshâʻ
    רָשָׁע
    os maus
    (the wicked)
    Adjetivo
    H8034
    shêm
    שֵׁם
    O nome
    (The name)
    Substantivo


    בְּרָכָה


    (H1293)
    Bᵉrâkâh (ber-aw-kaw')

    01293 הבכר B erakaĥ

    procedente de 1288; n f

    1. bênção
    2. (fonte de) bênção
    3. bênção, prosperidade
    4. bênção, louvor de Deus
    5. um dom, presente
    6. acordo de paz

    זֵכֶר


    (H2143)
    zêker (zay'-ker)

    02143 זכר zeker ou כרז zeker

    procedente de 2142; DITAT - 551a; n m

    1. memorial, lembrança
      1. lembrança, memória
      2. memorial

    צַדִּיק


    (H6662)
    tsaddîyq (tsad-deek')

    06662 צדיק tsaddiyq

    procedente de 6663; DITAT - 1879c; adj.

    1. justo, lícito, correto
      1. justo, correto (no governo)
      2. justo, reto (na causa de alguém)
      3. justo, correto (na conduta e no caráter)
      4. justo (no sentido de alguém justificado e vindicado por Deus)
      5. certo, correto, lícito, legítimo

    רָקַב


    (H7537)
    râqab (raw-kab')

    07537 רקב raqab

    uma raiz primitiva; DITAT - 2213; v.

    1. (Qal) apodrecer

    רָשָׁע


    (H7563)
    râshâʻ (raw-shaw')

    07563 רשע rasha ̀

    procedente de 7561; DITAT - 2222b; adj.

    1. perverso, criminoso
      1. perverso, alguém culpado de crime (substantivo)
      2. perverso (hostil a Deus)
      3. perverso, culpado de pecado (contra Deus ou homem)

    שֵׁם


    (H8034)
    shêm (shame)

    08034 שם shem

    uma palavra primitiva [talvez procedente de 7760 com a idéia de posição definida e conspícua; DITAT - 2405; n m

    1. nome
      1. nome
      2. reputação, fama, glória
      3. o Nome (como designação de Deus)
      4. memorial, monumento