Enciclopédia de Lamentações de Jeremias 2:14-14

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lm 2: 14

Versão Versículo
ARA Os teus profetas te anunciaram visões falsas e absurdas e não manifestaram a tua maldade, para restaurarem a tua sorte; mas te anunciaram visões de sentenças falsas, que te levaram para o cativeiro.
ARC Os teus profetas viram para ti vaidade e loucura, e não manifestaram a tua maldade, para afastarem o teu cativeiro: mas viram para ti cargas vãs e motivos de expulsão. Sâmeque.
TB Os teus profetas viram para ti visões vãs e fátuas;
HSB נְבִיאַ֗יִךְ חָ֤זוּ לָךְ֙ שָׁ֣וְא וְתָפֵ֔ל וְלֹֽא־ גִלּ֥וּ עַל־ עֲוֺנֵ֖ךְ לְהָשִׁ֣יב [שביתך] (שְׁבוּתֵ֑ךְ) וַיֶּ֣חֱזוּ לָ֔ךְ מַשְׂא֥וֹת שָׁ֖וְא וּמַדּוּחִֽים׃ ס
BKJ Teus profetas viram coisas vãs e tolas para ti, e eles não descobriram a tua iniquidade, para remover o teu cativeiro; porém viram para ti falsos fardos e causas de banimento.
LTT Os teus profetas (falsamente) têm visto, para ti, coisas vãs e loucas, e (falsamente) não manifestaram a tua maldade, para fazerem se desviar o teu cativeiro; mas têm tido para ti visões de profecias falsas e seduções que são motivos de expulsão(para o cativeiro).
BJ2 Teus profetas viram para ti vazio e aparência; não revelaram tua falta para mudar tua sorte, serviram-te oráculos de vazio e sedução.[r]
VULG Prophetæ tui viderunt tibi falsa et stulta ; nec aperiebant iniquitatem tuam, ut te ad pœnitentiam provocarent ; viderunt autem tibi assumptiones falsas, et ejectiones.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Lamentações de Jeremias 2:14

Isaías 9:15 (O ancião e o varão de respeito são a cabeça, e o profeta que ensina a falsidade é a cauda.)
Isaías 58:1 Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão e à casa de Jacó, os seus pecados.
Jeremias 2:8 Os sacerdotes não disseram: Onde está o Senhor? E os que tratavam da lei não me conheceram, e os pastores prevaricaram contra mim, e os profetas profetizaram por Baal e andaram após o que é de nenhum proveito.
Jeremias 5:31 os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o meu povo assim o deseja; e que fareis no fim disso?
Jeremias 6:13 Porque, desde o menor deles até ao maior, cada um se dá à avareza; e, desde o profeta até ao sacerdote, cada um usa de falsidade.
Jeremias 8:10 Portanto, darei suas mulheres a outros, e as suas herdades, a quem as possua; porque, desde o menor até ao maior, cada um deles se dá à avareza; desde o profeta até ao sacerdote, cada um deles usa de falsidade.
Jeremias 14:13 Então, disse eu: Ah! Senhor Jeová, eis que os profetas lhes dizem: Não vereis espada e não tereis fome; antes, vos darei paz verdadeira neste lugar.
Jeremias 23:11 Porque tanto o profeta como o sacerdote estão contaminados; até na minha casa achei a sua maldade, diz o Senhor.
Jeremias 23:22 Mas, se estivessem no meu conselho, então, fariam ouvir as minhas palavras ao meu povo, e o fariam voltar do seu mau caminho e da maldade das suas ações.
Jeremias 23:25 Tenho ouvido o que dizem aqueles profetas, profetizando mentiras em meu nome, dizendo: Sonhei! Sonhei!
Jeremias 23:31 Eis que eu sou contra os profetas, diz o Senhor, que usam de sua língua e dizem: Ele disse.
Jeremias 23:36 Mas nunca mais vos lembrareis do peso do Senhor, porque a cada um lhe servirá de peso a sua própria palavra. Vós torceis as palavras do Deus vivo, do Senhor dos Exércitos, o nosso Deus.
Jeremias 27:9 E não deis ouvidos aos vossos profetas, e aos vossos adivinhos, e aos vossos sonhos, e aos vossos agoureiros, e aos vossos encantadores, que vos falam, dizendo: Não servireis ao rei da Babilônia.
Jeremias 27:14 E não deis ouvidos às palavras dos profetas que vos falam, dizendo: Não servireis ao rei da Babilônia; pois vos profetizam mentiras.
Jeremias 28:15 E disse Jeremias, o profeta, a Hananias, o profeta: Ouve, agora, Hananias: não te enviou o Senhor, mas tu fizeste que este povo confiasse em mentiras.
Jeremias 29:8 Porque assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Não vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós, nem os vossos adivinhos, nem deis ouvidos aos vossos sonhos que sonhais.
Jeremias 37:19 Onde estão, agora, os vossos profetas que vos profetizavam, dizendo: O rei da Babilônia não virá contra vós nem contra esta terra?
Ezequiel 13:2 Filho do homem, profetiza contra os profetas de Israel que são profetizadores e dize aos que só profetizam o que vê o seu coração: Ouvi a palavra do Senhor.
Ezequiel 13:22 Visto que entristecestes o coração do justo com falsidade, não o havendo eu entristecido, e esforçastes as mãos do ímpio, para que não se desviasse do seu mau caminho e vivesse,
Ezequiel 22:25 Conjuração dos seus profetas há no meio dela, como um leão que ruge, que arrebata a presa; eles devoram as almas; tesouros e coisas preciosas tomam, multiplicam as suas viúvas no meio dela.
Ezequiel 22:28 E os seus profetas têm feito para eles reboco de cal não adubada, vendo vaidade, e predizendo-lhes mentira e dizendo: Assim diz o Senhor Jeová; sem que o Senhor tivesse falado.
Miquéias 2:11 Se houver algum que siga o seu espírito de falsidade, mentindo e dizendo: Eu te profetizarei acerca do vinho e da bebida forte; será esse tal o profeta deste povo.
Miquéias 3:5 Assim diz o Senhor contra os profetas que fazem errar o meu povo, que mordem com os seus dentes e clamam: Paz! Mas contra aquele que nada lhes mete na boca preparam guerra.
Sofonias 3:4 Os seus profetas são levianos e criaturas aleivosas; os seus sacerdotes profanaram o santuário e fizeram violência à lei.
II Pedro 2:1 E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 1)

Reis do Reino de duas tribos, ao sul Reino de Judá
997 a.C.

Roboão: 17 anos

980

Abias (Abião): 3 anos

978

Asa: 41 anos

937

Jeosafá: 25 anos

913

Jeorão: 8 anos

c. 906

Acazias: 1 ano

c. 905

Rainha Atalia: 6 anos

898

Jeoás: 40 anos

858

Amazias: 29 anos

829

Uzias (Azarias): 52 anos

Reis do Reino de dez tribos, ao norte Reino de Israel
997 a.C.

Jeroboão: 22 anos

c. 976

Nadabe: 2 anos

c. 975

Baasa: 24 anos

c. 952

Elá: 2 anos

Zinri: 7 dias (c. 951)

Onri e Tibni: 4 anos

c. 947

Onri (sozinho): 8 anos

c. 940

Acabe: 22 anos

c. 920

Acazias: 2 anos

c. 917

Jeorão: 12 anos

c. 905

Jeú: 28 anos

876

Jeoacaz: 14 anos

c. 862

Jeoacaz e Jeoás: 3 anos

c. 859

Jeoás (sozinho): 16 anos

c. 844

Jeroboão II: 41 anos

Lista de profetas

Joel

Elias

Eliseu

Jonas

Amós


Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 2)

Reis do reino de Judá (continuação)
777 a.C.

Jotão: 16 anos

762

Acaz: 16 anos

746

Ezequias: 29 anos

716

Manassés: 55 anos

661

Amom: 2 anos

659

Josias: 31 anos

628

Jeoacaz: 3 meses

Jeoiaquim: 11 anos

618

Joaquim: 3 meses e 10 dias

617

Zedequias: 11 anos

607

Jerusalém e seu templo são destruídos pelos babilônios durante o reinado de Nabucodonosor. Zedequias, o último rei da linhagem de Davi, é tirado do trono

Reis do reino de Israel (continuação)
c. 803 a.C.

Zacarias: reinado registrado de apenas 6 meses

Em algum sentido, Zacarias começou a reinar, mas pelo visto seu reinado não foi plenamente confirmado até c. 792

c. 791

Salum: 1 mês

Menaém: 10 anos

c. 780

Pecaías: 2 anos

c. 778

Peca: 20 anos

c. 758

Oseias: 9 anos a partir de c. 748

c. 748

Parece que foi somente em c. 748 que o reinado de Oseias foi plenamente estabelecido ou recebeu o apoio do monarca assírio Tiglate-Pileser III

740

A Assíria conquista Samaria e domina 1srael; o reino de Israel de dez tribos, ao norte, chega ao seu fim

Lista de profetas

Isaías

Miqueias

Sofonias

Jeremias

Naum

Habacuque

Daniel

Ezequiel

Obadias

Oseias


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 2 do versículo 1 até o 22
SEÇÃO II

CANÇÃO DE UM POVO QUEBRANTADO

Lamentações 2:1-22

Esse poema continua o tema geral do capítulo 1, uma lamentação pela cidade de Jerusalém. No entanto, esse capítulo parece ampliar seu escopo para incluir o povo de Israel em geral e Judá em particular. Como poema acróstico ele é quase idêntico em estilo ao capítulo 1, com a exceção de que a décima sexta e a décima sétima letra do alfabeto hebraico estão invertidas. Apesar disso, não há uma interrupção do pensamen-to. Esse fenômeno ocorre novamente nos capítulos 3:4. O capítulo 2 continua a suposi-ção teológica de que o castigo do povo é resultado direto da sua desobediência a Deus, e que seu castigo é plenamente merecido.

A. O ADVERSÁRIO DO Povo, 2:1-10

A terrível realidade da aflição de Sião é revelada. O relato detalhado indica que o autor foi testemunha ocular da catástrofe que ele descreve. A coisa surpreendente acerca do poema é que o Senhor é visto como o Antagonista ou Adversário de Judá. O autor descreve o que significa ter Deus como seu Inimigo. Isso ilustra a declaração do Novo Testamento: "Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo" (Hb 10:31). Isso é ainda mais espantoso quando esse aspecto é comparado com o amor contínuo de Deus pelo seu povo. Mas a admissão de que o nosso castigo vem da mão de Deus pode ser muito salutar quanto ao seu efeito. Ele pode marcar o início do arrependimento.

A ira do Senhor é uma coisa muito real e impressionante. No dia da sua ira (1) ocorreram inúmeros incidentes incomuns no meio do seu povo. Nuvens indicam uma calamidade de proporções gigantescas. Deus derribou [...] a glória de Israel (o Tem-plo), e não se lembrou do escabelo de seus pés (propiciatório). Ele derribou [...] as fortalezas [...] de Judá e desonrou o reino e os seus príncipes (2). Ele cortou [...] a força de Israel (3) ao retirar sua destra para defendê-los. Ao mesmo tempo destruiu o que era formoso à vista (o Templo) e devorou todos os seus palácios (5). Ele multi-plicou o pranto e a lamentação da filha de Judá.

As ações de Deus são vistas como um indicação da sua justiça. Ele não aprova o peca-do em nenhum lugar; Ele arrancou a sua cabana (barraca) com violência, e acabou com o escárnio que ocorria nas festas fixas e nos sábados em Judá (6). A expressão: como se fosse a de uma horta parece uma figura do poder de Deus e da insegurança humana; Deus destruiu o Templo de pedra como se fosse uma barraca temporária de um jardineiro feita de galhos e folhas. Mesmo o rei e o sacerdote experimentaram a vara da ira divina. Ele rejeitou o seu altar (7) e detestou o seu santuário, indicando que é necessário mais do que um ritual exterior para impedir o julgamento de um Deus santo. O grito do inimigo foi ouvido no lugar santo como em um dia de reunião solene. O rosto de Deus estava voltado contra Sião, de tal forma que fez planos para destruí-la e demarcou seus propósitos com um cordel (8). Antemuro e muro significavam toda a defesa da cidade. Conseqüentemente, as portas da cidade caíram por terra (9), seus ferrolhos (defesas) estão quebrados, o seu rei e os seus príncipes estão no exílio, os seus profetas estão sem visão, e a sua lei é suspensa. Os anciãos (10) se vestem com panos de saco, e lançam pó sobre a sua cabeça, e as virgens abaixam a sua cabeça envergonhadas.

B. AAGONIA DO Povo, 2:11-16

Enquanto o profeta apresenta a destruição fisica da cidade e da nação, a maré da emo-ção tem se elevado em sua alma. Quando se volta para contemplar a condição dos indivíduos envolvidos, não consegue refrear sua tristeza. Ele irrompe em um lamento pessoal em rela-ção àquilo que acabou de ver com seus próprios olhos (11). Essas palavras refletem o espírito compassivo do profeta (Jr 9:1-14.17). Ele clama em voz alta em seu imenso sofrimento: Meus olhos [...] minha alma [...] meu coração. A ACF traz: "Meus olhos [...] minhas entranhas [...] meu figado". Todas essas são expressões orientais de extrema angústia. Ele então relata o que seus olhos viram em relação ao sofrimento do seu povo. Com a cidade sendo destruída à sua volta, o compassivo profeta vê meninos e crianças de peito desfale-cendo de fome e doença. Pode-se ouvir seu clamor comovente, suplicando por comida às suas mães (12) ; e momentos depois derramam sua alma, i.e., expiram nos braços de suas mães.

No meio da sua aflição, o poeta tenta pensar em alguma catástrofe semelhante com a qual possa comparar a situação atual do povo. Ele esperava trazer consolo à nação sofredora (13), mas, infelizmente, não encontra nada que sirva de comparação com essa grande tristeza. Ela é incomensurável como o mar.

Jeremias então coloca seu dedo na verdadeira causa do problema; a catástrofe tem uma base moral. Essa ruína esmagadora tem sua origem nas visões e oráculos engano-sos dos falsos profetas (14). Eles não foram fiéis em expor a maldade do povo: "Seus profetas viram para ti vaidade e falsidade" (14, lit.). Sua falta de sinceridade em procla-mar a verdade de Deus resultou em expulsão e exílio. Jeremias chegou à raiz do proble-ma; a "morte" de uma nação ou de uma igreja sempre começa pelos seus líderes. Os profetas (cf. Jr 14:14-16; 23:9-40) são responsabilizados por toda a situação trágica, embora o povo não seja desculpado por sua disposição em se deixar desviar.

O poeta agora retrata o escárnio incontido que o povo de Judá e Jerusalém atura de todos os que passam (15). Mesmo os viajantes que não guardam nenhum ódio de Jeru-salém expressam surpresa e desprezo pela cidade outrora orgulhosa. Eles meneiam a cabeça e batem palmas, dizendo: É esta a cidade que denominavam perfeita em formosura? Os inimigos dos judeus, por outro lado, não mostram nenhum tipo de constrangimento. Eles assobiam e rangem os dentes em um prazer cruel, gritando: Certamente este é o dia que esperávamos (16).

C. A RESPOSTA DO Povo, 2:17-22

Em busca de uma solução, o profeta começa a exortar o povo. Ele leva o povo a lembrar que existe um governo moral operando no universo. Desde os dias da antigui-dade (17) o Senhor havia feito uma aliança com seu povo no Sinai. Naquele tempo Ele deu os mandamentos para o bem-estar da nação. Esses mandamentos continham tanto bênçãos quanto maldições. Ao longo dos séculos, Deus tem cumprido a sua palavra em todos os detalhes. Seu castigo agora era devido à falha deles em guardar seus manda-mentos. Ele não poupou ou teve pena do povo, para que Israel soubesse que as leis de Deus operam inexoravelmente na vida dos homens.

Mas visto que Deus é santo, Ele pune o pecado com grande severidade, mas também perdoa a todo aquele que se arrepende com um coração quebrantado e contrito. O Deus que aflige também cura. O profeta insiste em que a resposta para a situação deles é encon-trada na oração sincera e determinada. Nos versículos 18:19, ele apresenta o tipo de ora-ção que eles devem fazer em seus corações e com seus lábios. Na KJV não fica claro quem está se dirigindo a quem. Mais provável é que Jeremias esteja se dirigindo ao povo de Jerusalém. Num estilo oriental, que parece estranho à mente ocidental, o profeta se dirige ao muro destruído de Jerusalém como se ele representasse a cidade e seus habitantes. Eles são conclamados a clamar de dia e de noite (18) em súplica a Deus, para derramar lágrimas como um ribeiro, não se permitindo descanso algum. Sua exortação é refor-çada no versículo 19, em que os constrange a orar a noite toda e levantar as mãos em sua direção. Os judeus dividem a noite em três vigílias. A implicação é que o Deus que ouviu o clamor dos filhos de Israel no Egito (Êx 3:7) e ao longo da sua história, vai ouvi-los agora.

No versículo 20, o povo começa a suplicar ao Senhor. Eles oram: Vê, ó SENHOR, e considera a quem fizeste assim! Então segue uma oração de lamentação na qual eles enumeram todas as coisas trágicas que ocorreram: Hão de as mulheres comer [...] as crianças que trazem nos braços? Ou matar-se-á no santuário do Senhor o sa-cerdote? Jazem [...] pelas ruas o moço e o velho (21).

É uma triste narrativa de angústia e dor. Há, no entanto, nessa narrativa um pedido inferido (prontamente entendido pela mente primitiva) para que haja misericórdia e livra-mento. Eles acreditavam que Deus não podia ficar indiferente com a enumeração de todas essas afrontas contra os instintos naturais (20b), a santidade religiosa (
- 20c) e a vida hu-mana (21-22). E a fé deles em Deus estava correta. Ele nunca é indiferente com aqueles que são verdadeiramente penitentes. Dessa forma, o capítulo termina com uma velada expressão de esperança.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 2 do versículo 1 até o 19

Lm 2:1-22

Lm 2:1

Como cobriu o Senhor de nuvens. Jerusalém é de novo personificada como uma mulher, pois é a filha de Sião (ver virgem, filha de Judá, no vs. Lm 2:15). Ver no Dicionário o verbete chamado Filha de Sião. Essa mulher já estivera andando nas nuvens, mas agora estava debaixo de uma nuvem de condenação. Ela foi precipitada do céu à terra, foi humilhada e esmígalhada. O céu era bom demais para ela, embora ela tivesse elevadas pretensões. Ter sido ela destruída na terra, mediante queda, estava de acordo com seu estado pecaminoso. Ela fora antes o escabelo de Deus, o lugar onde Ele se manifestava na terra. No entanto, perdeu a posição e foi apagada da memória divina, por causa de sua idolatria-adultério-apostasia.

O Senhor derrubou por terra a grandeza de Israel, do céu para a terra. Ele não se lembrou do templo, Seu escabelo, no dia de Sua ira.

(NCV)
Lembremo-nos das palavras de Esclus, pathei mathos, que significam “é através do sofrimentos que uma pessoa aprende". Todos os julgamentos de Deus são remediais.

A arca da aliança era o escabelo de Deus porque ali Sua presença se manifestava. Ver 1Cr 28:2; Sl 99:5. Na destruição do templo, a arca se perdeu. O Targum faz o escabelo de Deus, neste caso, ser o templo de Jerusalém.

Nos países do Oriente Próximo e Médio, as mulheres usavam véus. Provavelmente é isso o que está por trás da figura da nuvem, aqui. Yahweh, pois, cobriu Jerusalém com um véu de vergonha e desprezo.

Lm 2:2,Lm 2:3
Devorou o Senhor todas as moradas de
Jacó. Jacó foi devorado. A ira divina é aqui retratada como um monstro que ataca sua presa, despedaçando-a e devorando seus pedaços mutilados. Havia fortalezas para proteger Jerusalém, mas elas se mostraram ineficazes porque Yahweh se tornou o General do exército babilônico, pelo que coisa alguma podia resistir ao ataque. Os governantes e o reino inteiro foram despedaçados e desonrados, tendo sido esmagados no chão pelos pés de Deus. Os governantes (príncipes) foram as vítimas notáveis da matança. Zedequias e seus subordinados, e a maior parte de sua família, foram levados ao cativeiro. Os filhos do rei foram executados diante de seus olhos. Em seguida, ele foi cegado e ficou apodrecendo em uma masmorra babilônica até a morte. Os príncipes judeus foram executados em Ribla. Ver Jer. 52:9-11. A ira feroz do Senhor foi uma grande conflagração que queimou tudo. Sua fúria foi como fogo consumidor (vs. 3), uma poderosa corrente que a tudo crestou. Jerusalém foi deixada desolada e essencialmente desabitada. Os poucos sobreviventes foram transportados para a Babilônia, onde a miséria continuou até o decreto misericordioso de Ciro, que os libertou, depois que o centro de poder foi transferido da Babilônia para a Média-Pérsia.

Toda a força de Israel. Ou seja, não restou a Israel nenhum poder. A figura foi extraída do fato de que certos animais usavam seus chifres (simbolos de poder) como armas ofensivas e defensivas. Conforme esta parte do versículo com 1Sm 2:10; Sl 132:17; Jr 48:25, Ao redor do mundo, cabeças de animais cornudos têm sido usadas para retratar poder, autoridade e majestade. Ver Dn 7:24.

Lm 2:4
Entesou o seu arco qual inimigo. Yahweh, que também é Sabaote, o General dos Exércitos, por algum tempo foi o líder do exército da Babilônia. O arco divino atirava flechas de terror, as quais traspassaram o exército e os habitantes de Judá com grande matança. Ele também empregou Sua espada (símbolo da guerra) e matou “o orgulho dos olhos de Judá’, ou seja, todos os elementos desejáveis, militares ou civis. A ira de Deus derramou-se como se caísse de um grande vaso, ou fluiu como um rio que tivesse sido derramado dos céus, varrendo todo o território de Judá. A torrente de fogo queimou todas as tendas de Israel, todas as habitações do povo. Alguns estudiosos retêm a forma singular, “a tenda” (conforme diz nossa versão portuguesa), dando a entender que o templo. O templo foi incendiado (verJr 52:13), mas não parece ser isso o que está em pauta aqui.

Lm 2:5

Tornou-se o Senhor como inimigo. Adonai recebeu o crédito por haver destruído Israel, visto que o teísmo bíblico (ver a respeito no Dicionário) retrata Deus a controlar os eventos da história humana. Ele atua em acordo com Sua lei moral, e Sua lei moral está alicerçada sobre a legislação mosaica. Desobedecer é ser castigado, afinal. Por 13 vezes no livro de Lamentações, o nome divino menos usado, Adonai, substitui o mais comum, Yahweh. Este versículo mostra uma dessas substituições, mas é uma exagerada sofisticação tentar encontrar uma razão para isso. Ver no Dicionário o verbete intitulado Deus, Nomes Bíblicos de. A idéia de devorar é aqui repetida. O monstro aniquilou sua vítima, Adonai aniquilou completamente a Judá. Suas fortalezas foram destruídas, conforme declarado no vs. Lm 2:2. A filha de Judá (chamada de filha de Sião, no vs. Lm 2:1) foi deixada a chorar e a lamentar-se, o que o capitulo Lm 1:1 ilustrou tão bem, com várias repetições. Ver os vss. Lm 2:20 e 21.

É coisa terrível quando Deus se torna inimigo de um homem. E isso é algo que o homem espiritual pode evitar.

O pranto e a lamentação. Estes dois substantivos hebraicos são formados da mesma raiz, pelo que são escritos e pronunciados de maneira similar."... uma lamentação realmente grande em vista da destruição de suas cidades, aldeias, vilas e seus habitantes” (John Gill, in loc.).

Lm 2:6
Demoliu com violência
o seu fabernáculo. Temos aqui a menção ao templo, que lembra o tempo em que o santuário era uma tenda móvel, além de fazer alusão às tendas da festa dos tabernáculos, quando o povo celebrava os lugares de habitação temporários durante os anos de perambulação pelo deserto. O templo, que parecia uma estrutura permanente, um agente de proteção, dando segurança ao povo israelita (ver Lam. 7:2-15; 26:2-11), mostrou não ser mais substancial que as estruturas temporárias e fracas da tenda da congregação. Na época da colheita, os agricultores construíam cabanas temporárias para fazer sombra, o que nos dá outra ilustração. As festas e celebrações determinadas terminaram abruptamente quando o templo foi reduzido a um montão de pedras. Os gritos de alegria das festividades transformaram-se em lamentos. A feroz ira de Yahweh obliterou a tudo, e tanto o rei quanto os sacerdotes foram desprezados, tornando-se vítimas, juntamente com o povo comum, dos ataques desfechados pelos babilônios. O que parecia permanente mostrou ser apenas uma “tenda de jardim” (NCV), uma estrutura temporária para o tempo da colheita, que os agricultores usavam como sombra e para guardar seus instrumentos agrícolas. Os pecados do povo tinham provocado esse tipo de situação.

Lm 2:7

Rejeitou o Senhor o seu altar. Yahweh (Adonai) foi o poder destruidor por trás das potências humanas que destruíram Jerusalém e o templo. Mas agora Adonai substitui o nome Yahweh, o que ocorreu 13 vezes neste livro. Mas o sentido em coisa alguma se altera pelo uso de nomes divinos diferentes. O altar do Senhor estava no templo, mas por causa da apostasia de Judá esse lugar foi desprezado pelo Ser divino e entregue para ser destruído pelos babilônios. As paredes de todos os edifícios importantes e de todos os edifícios privados foram niveladas. Um grande grito de desespero subiu do antigo local de sacrifícios, no lugar dos gritos de alegria que acompanhavam o culto. Alguns tomam esse clamor como se fossem os gritos de vitória dos babilônios, enquanto eles aniquilavam a tudo. “Os gritos dos inimigos, em seu triunfo... tomaram o lugar dos aleluias das festas solenes” (Ellicott, in loc.). Os sons dos instrumentos do templo usados no culto foram substituídos pelo tiniao das armas que se entrechocavam. O Targum diz que o povo de Jerusalém, chorando e orando, é que gritava, na aflição daquele momento terrível.

Lm 2:8

Intentou o Senhor destruir... Foi Yahweh quem determinou a destruição do lugar. Deus arruinou o lugar para castigar a idolatría-adultério-apostasia de Jerusalém. Ele derrubou as muralhas que protegiam a filha de Sião (ver sobre esse título no vs. Lm 2:1, e ver no Dicionário o artigo chamado Filha de Sião). Deus fez com que o lugar fosse destruído com seu prumo, que os homens usualmente usam nas construções. Ver Amós 7:7-9; 2Rs 21:13; 34.1. O uso do prumo fala de uma cuidadosa e completa destruição. Cada centímetro do lugar estava condenado. As muralhas e as defesas caíram juntamente, personalizadas e pintadas como clamando porque a Babilônia as tinha demolido, o que é um toque patético na descrição. Ver Hc 2:11; Lc 19:40.

Jerusalém, antes gloriosa, foi cuidadosamente demarcada para ser destruída pela “linha da devastação” (Adam Clarke, in loc.). “Os povos orientais usavam a linha de medir não apenas nas suas construções, mas também ao destruir edificações (ver 2Rs 21:13; Is 34:11). Isso implica uma rigidez que nada poupava, com a qual Yahweh aplicaria Sua punição" (Fausset, in loc.).

Lm 2:9,Lm 2:10

As suas portas caíram por terra, As portas da cidade, feitas de bronze, que davam a aparência de uma proteção confiável, caíram por terra diante das pancadas do inimigo. O hebraico original é vivido aqui, dizendo que as portas afundaram “no” chão, como se tivessem sido socadas de cima para baixo. As barras de proteção foram despedaçadas. O rei e os príncipes de Judá foram objetos especiais da ira dos babilônios. Os que não foram mortos acabaram cativos entre os gentios (ou seja, foram dispersos por todo o território babilõnico). A lei de Moisés cessou de funcionar juntamente com as instituições. Era a lei de Moisés que tornava Israel um povo distintivo (ver Deu. 4:4-8). O ofício profético foi abolido. Yahweh não continuou a conceder visões, para servir de instrumentos especiais que guiavam o povo. O versículo diz que as instituições religiosas de Judá foram aniquiladas com o material físico e os habitante do lugar, “Yahweh abandonou totalmente o Seu povo e não se manifestou mais a ele em nenhum sentido” (Theophile J. Meek, in loc.). “‘Aqui as condições lamentáveis são vistas como devidas principalmente ao fracasso dos líderes religiosos (conforme Lam. 4:12-16)” (William Pierson Merrill, in loc.). Cada tipo de pessoa que tinha uma posição de liderança, como o rei, os príncipes, os sacerdotes e os profetas, foi dizimada. O vs. Lm 2:10 descreve as várias cenas de lamentação. A filha de Sião estava sentada no chão, em típica posição de tristeza (ver 2:12,2:13).

Havia também o pano de saco (ver no Dicionário) e as cinzas lançadas sobre a cabeça, que eram símbolos comuns de lamentação. As jovens pendiam a cabeça até o chão. Ver no Dicionário o verbete chamado Filha de Sião, e ver também Lm 1:6; Lm 2:1,Lm 2:4.

Lm 2:11

Com lágrimas se consumiram os meus olhos. Os vss. Lm 2:11-19. Aqueles falsos profetas enganavam a si mesmos, e muitos tinham visões que distorciam a verdade dos fatos.

Os próprios místicos verdadeiros duvidam de suas visões, porque as visões são muito difíceis de interpretar e, com frequência, são guias duvidosos. Muitas visões, até de homens bons, nada são senão impulsos psíquicos não inspirados pelo Espírito de Deus. Ver no Dicionário o verbete chamado Visão (Visões). Ademais, podemos estar certos de que os falsos profetas mentiam desbragadamente, pois nem ao menos haviam tido visões. Esses falsos profetas diziam que não havería nenhum ataque nem cativeiro babilônico. E alguns deles tinham visões psíquicas para confirmar isso, como sonhos acordados. Outros meramente diziam ter recebido visões confirmadoras. Esses enganadores não desvendavam os pecados do povo, nem pregavam o arrependimento. Estavam por demais envolvidos na boa vida terrena. Não queriam ouvir falar em calamidades. Conforme Jer. 28:1-4,10-11; 29.29-32. Seus oráculos eram “falsos e enganadores” (Revised Standard Version). “Eles enganavam as pessoas” (NCV). Em vez de advertir o povo, proferiam lisonjas.

Lm 2:15

Todos os que passam pelo caminho batem palmas. O quarto retrato do profeta, descrevendo as misérias de Jerusalém, ocupa os vss. Lm 2:15-17). A beleza da cidade transformou-se em fraqueza e desolação. Quanto ao bater de palmas em derrisão, conforme 24:3-7 ; 27:23. Quanto ao sacudir escarnecedor da cabeça, ver 2Rs 19:21; Sl 44:14. Quanto a Jerusalém como alegria e beleza, ver Sl 48:2. Jerusalém, a Dourada, era agora um monte de ruínas. Destroços tomaram o lugar das riquezas.

Lm 2:16

Todos os teus inimigos. Continua aqui o quarto retrato. O profeta começou a chorar quando observou a desolação do lugar. Em vez de zombar, ele chorava diante do que via, embora estivesse plenamente cônscio de como a apóstata Jerusalém sofrerá justo julgamento às mãos de Yahweh. Eles colheram o que haviam semeado (Sl 6:7,Sl 6:8). Tal como a filha de Siâo (Lm 1:16), o profeta não encontrava consolo para sua tristeza. A desolação era como um vasto oceano que não admitia remédio algum (vs. Lm 2:13). Entrementes, os destruidores se regozijavam diante da destruição e da miséria, assobiando e rilhando os dentes em zombaria. Esses gestos eram acompanhados por gritos perversos de triunfo. “Nós engolímos Judá. Este era o dia pelo qual estávamos esperando. Finalmente, vimos o mesmo acontecer" (NCV). A cena pintada está cheia de ódio e perversão, revelando o coração debochado dos conquistadores. “A exultação do inimigo é expressa por cada característica na fisionomia e no ódio maligno, a boca aberta, os assobios, o rilhar dos dentes em ódio e ira" (Ellicott, in loc.).

Lm 2:17

Fez o Senhor o que intentou. O quarto retrato é completado pela segurança de que Yahweh era a causa real por trás da devastação de Jerusalém, por ser Ele o Sabaote, o General dos Exércitos, Aquele que liderava as tropas babilônicas. É posição do teísmo bíblico (ver a respeito no Dicionário) que o Criador continua presente em Sua criação, recompensando e punindo, intervindo nos negócios humanos, e que os homens se tornam instrumentos de suas obras. Em contraste, o deísmo (ver também no Dicionário) crê que a força criadora abandonou sua criação aos cuidados das leis naturais. Aqui, Yahweh deixa de lado toda a piedade, pois a hora da retribuição tinha chegado. Judá, nação idólatra, adúltera e apostatada, merecia o que os babilônios lhe serviam. O Senhor até fez o inimigo alegrar-se sobre suas obras temíveis. Em outras palavras, o que lemos no vs. Lm 2:16 foi inspirado por Yahweh! É difícil, para mentes treinadas no Novo Testamento, concordar com essa forma radical de teísmo, mas a lei da colheita segundo a semeadura é, realmente, terrível. Ver no Dicionário o verbete chamado Lei Moral da Colheita segundo a Semeadura.

Quanto aos atos sem dó de Yahweh, ver os vss. Lm 2:2 e 21; e também Lm 3:43. Em meio a tais descrições, devemos lembrar a nós mesmos que todos os juízos de Deus são meios de restauração, e não apenas de retribuição. O julgamento é um dedo da amorosa mão de Deus. Através do castigo, Deus pode fazer mais coisas do que por qualquer outro modo. Em meio a tantas cenas destruidoras do Antigo Testamento, temos de lembrar a verdade do que Orígenes disse; “Ver somente retribuição no juízo, e nenhum remédio, é descer a uma teologia inferior". Ver na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia o verbete chamado Julgamento de Deus dos Homens Perdidos, onde sigo essa maneira de pensar.

Lm 2:18

O coração de Jerusalém clama ao Senhor. O quinto retrato do profeta sobre as misérias de Jerusalém ocupa os vss. Lm 2:18 e 19. O angustiado profeta encorajou incessante lamentação por parte do remanescente, como petição a Deus por misericórdia. Ele lhes ordenou que clamassem a Adonai, derramando diante Dele toda a tristeza. Talvez todo aquele choro e lamentação tocasse o coração de Deus e causasse uma medida de misericórdia. Por 13 vezes Adonai substitui o nome divino mais familiar, Yahweh, mas isso não implica nenhuma mudança no sentido. Ver no Dicionário o artigo chamado Deus, Nomes Bíblicos de. A filha de Sião (ver esse título no Dicionário, bem como uma lista de referências da personalização de Jerusalém, no vs.
11) foi chamada a chorar tão copiosa-mente a ponto de imitar um rio que flui noite e dia. A cidade foi invocada a não descansar e a não permitir que seus olhos parassem de chorar, porque assim poderia tocar o coração divino e receber alguma misericórdia.

As meninas de teus olhos. Diz aqui o hebraico, literalmente, “a filha de teu olho”, indicando a pupila (ver Sl 17:8). A pupila reflete imagens que podem ser vistas por outra pessoa, e tais imagens podem parecer pessoas em miniatura nos olhos de quem as vê. A pupila, neste caso, representa o olho, o qual é encorajado a continuar chorando, em uma oração a Deus rogando misericórdia.

Lm 2:19

Levanta-te, clama de noite. O choro não podia cessar nem mesmo à noite. A mulher tería de erguer-se e derramar suas lágrimas como se fossem um rio. Deveria continuar chorando nas várias vigílias da noite e levar suas lágrimas à presença de Adonai (ver sobre isso no vs. Lm 2:18). Ela teria de erguer as mãos em intensa oração, porquanto a vida de seus filhos foi apagada como a chuva de uma vela. Alguns poucos filhos continuavam vivos, mas estavam morrendo de fome. Podiam ser encontrados a chorar em todas as ruas e esquinas. Cr. as dolorosas descrições dos vss. Lm 2:10 e 11. Ver também Na 3:10.

No princípio das vigílias. Os hebreus dividiam a noite em três vigílias, mas os romanos a dividiam em quatro. Ver Jz 7:19. Ver no Dicionário o verbete chamado Vigílias. A noite é o tempo próprio para dormir e descansar. Para Jerusalém, todavia, a noite se tornara um tempo de lamentar as calamidades que tinham devastado a nação. Quanto ao ergueras mãos em oração, conforme Lm 3:41 e 1Tm 2:8. Esse é um gesto que significa súplica intensa.

MISERICÓRDIA NO MEIO DO DESESPERO

As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos porque as suas misericórdias não tem fim.

Lm 3:22

Longe de ti o fazeres tal cousa, matares o justo com o ímpio; como se o justo fosse igual ao ímpio; longe de ti. Não fará justiça o Juiz de toda a terra?

Gn 18:25

AINDA PODEMOS CONFIAR

Oh, podemos ainda confiar que de algum modo O bem será o alvo final do mal.
Das dores da natureza, dos pecados da vontade, Dos defeitos da dúvida, e das manchas de sangue.
Que nada caminha sem alvo,
Que nenhuma única vida será destruída,
Ou lançada como refugo no vazio,
Quando Deus completar a pilha.
Que nem um verme é ferido em vão,
Que nem uma mariposa com vão desejo É lançada em uma chama infrutífera.
Senão para servir o ganho de outra.
Eis que de coisa alguma sabemos;
Penso tão-somente confiar que o bem sobriverá Finalmente — de longe — finalmente, para todos,
E que todo inverno se tornará em primavera.
Assim se descortina o meu sonho:
Porém, quem sou eu?
Um infante a clamar à noite;
E sem linguagem, mas apenas com um clamor.
Alfred Lord Tennyson


Champlin - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 2 versículo 14
Os teus profetas...absurdas:
Conforme Jr 23:9-17; Lm 4:13.Lm 2:14 Para restaurarem a tua sorte:
A catástrofe não era inevitável:
o reconhecimento a tempo do pecado e a conversão a Deus poderiam evitá-la. Conforme Dt 30:2-3.Lm 2:14 Conforme Jr 5:31; Jr 23:25-27; Ez 13:10.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 2 do versículo 1 até o 22
*

2.1-22 O segundo lamento sobre a perda da glória, por parte de Sião, tem começo, e o profeta retrata a ira do Senhor contra ela.

* 2:1

Como. Conforme 1.1 e nota.

Precipitou... a glória de Israel. A queda de Israel no desfavor divino é comparada a uma estrela cadente (Is 14:12).

e não se lembrou. Judá estava perplexa porque a promessa feita a Davi agora estava aparentemente sem valor (cf. Sl 89, especialmente os vs. 38-51). Isaías havia assegurado ao povo que Deus protegeria a Sião (p.ex., Is 37:35), e o povo de Judá tinha transformado em promessas absolutas essas palavras. Eles se tinham esquecido de que estavam na obrigação de guardar as condições da aliança divina firmada com eles (Êx 24:1-3).

do estrado de seus pés. Essa expressão, usada normalmente para indicar a arca da aliança (13 28:2'>1Cr 28:2: Sl 132:7), ou a terra (Is 66:1), é aqui aplicada a Sião (conforme Sl 99:5).

* 2:2

as fortalezas. A força das cidades fortificadas de Judá tinha simbolizado a bênção divina resultante da fidelidade de Judá à aliança (2Cr 10:4-12).

* 2:3

força de Israel. Em lugar de "força", o original hebraico fala em "chifre". Isso é uma metáfora que indica a força e a prosperidade (contrastar com o v. 17). A linguagem faz vívido contraste (a) entre Judá e seus inimigos, bem como (b) entre a vida de Judá, como deveria ser, e como era agora.

* 2:4

qual inimigo. 1.15, nota.

derramou o seu furor. A figura de linguagem de uma guerra santa foi tipicamente usada para o juízo divino contra a nação de Judá (Sl 69:24).

Entesou o seu arco. Ver Dt 32:42. As flechas terríveis que visavam os inimigos de Deus (Dt 32:42), agora visam o povo dele (Os 5:10; Jr 6:11; 7:20).

* 2:5

filha de Judá. Ver a nota em 1.6.

* 2:6

o seu tabernáculo... o lugar da sua congregação. Essas são referências ao templo.

o SENHOR... pôs em esquecimento... o sábado. 1.4, nota. Esta frase poderia ser traduzida por: "O Senhor fez as festas e os sábados coisas esquecidas em Sião", uma justiça irônica, pois primeiramente foi o povo que esqueceu os sábados (Am 8:5; Jr 17:19-27).

* 2:7

o seu altar... o seu santuário. O julgamento por Deus destruiu não somente o lugar onde ele habitava, mas também o meio de Israel aproximar-se dele em adoração. Os clamores dos inimigos triunfantes substituíram o clamor das assembléias que adoravam a Deus.

* 2:8

estendeu o cordel. Isso foi feito como se quisesse fazer o levantamento topográfico da cidade, com vistas à sua destruição (Is 34:11; Am 7:7,8).

* 2:9

lei... visão... os seus profetas. Não somente foram destruídas as instituições religiosas, mas o Senhor reteve suas revelações. A visão profética que acompanhava a pregação da Lei tinha cessado (Jr 8:8-10; 18:18; 1Sm 3:1).

* 2:10

os anciãos... pó... cilício... abaixam as cabeças. Esses são gestos convencionais de quem se lamenta (2:12,13; Lm 1:4).

* 2:11

Com lágrimas se consumiram os meus olhos. Conforme o sofrimento natural do poeta, por causa da agonia de seu povo, com as experiências de Jeremias (Jr 4:19); e note também os quadros de desolação que acompanham as expressões angustiadas do profeta (Jr 4:31).

* 2:11-12

os meninos e as crianças de peito... suas mães. O profeta ficava especialmente comovido diante da visão de crianças que padeciam.

* 2:13

para te consolar a ti. O significado dessa frase parece ser: "Que posso dizer-te sobre o sofrimento, tu que tanto tens sofrido?" Nenhuma resposta fácil ocorre a quem é testemunha de tristezas como aquelas.

consolar. Ver a nota em 1.2.

* 2:14

visões falsas. O pensamento avança, tendo partido do v.9. Agora os profetas aparecem como quem profetizou falsamente. O problema complexo da profecia falsa é um tema repetido nos livros proféticos (Jr 5:12,13; 23.9-40; 28). Dt 18:21,22 fornece-nos um critério por meio do qual os profetas podem ser julgados verdadeiros ou falsos.

* 2:15

a perfeição da formosura... a alegria de toda a terra? A beleza do lugar escolhido é extravagantemente expressa (Sl 50:2; 48:2), mas por zombadores que motejam das ruínas e da agonia de Jerusalém.

* 2:16

Devoramo-la. Nos vs. 2 e 5, o próprio Deus aparece como quem tinha devorado o seu povo. Conforme este versículo deixa claro, ele fizera isso usando os inimigos de Judá como seus agentes. Este versículo também deixa claro como as nações, orgulhosamente, atribuíram sua vitória sobre Judá às suas próprias forças.

* 2:17

cumpriu a ameaça que pronunciou desde os dias da antiguidade. Os propósitos de Deus no juízo foram declarados nas maldições segundo a aliança (Lv 26:23-39; Dt 28:15-68); o atual estado de Judá tinha acontecido em consonância com os propósitos conhecidos de Deus.

o poder. Ver a nota no v.3.

* 2:18

Ó muralha. Há uma forte ironia neste fútil clamor dirigido às muralhas de Jerusalém, um símbolo da força imaginária da nação.

de dia e de noite. Conforme Dt 28:67.

* 2:19

teus filhinhos. Ver a nota no v.12.

* 2:20

Hão de as mulheres comer o fruto de si mesmas. O tema do sofrimento das crianças inocentes atingiu o ápice do sentimento (Jr 19:9). Seu poder como um apelo a Deus é fomentado por se saber que Deus conhece o afeto maternal (Is 66:13). Tão extremo, por si mesmo, é o ultraje do sacrilégio: os ungidos do Senhor são mortos no seu santuário.

o sacerdote e o profeta? Quanto aos pecados dos sacerdotes e dos profetas, ver 4.13.

* 2:21

o moço e o velho. O horror da morte na juventude é contrastado com a bênção de atingir uma idade avançada (42:17).

* 2:22

terrores como num dia de solenidade. Esse contraste entre convocar para a alegria de uma festa e convocar para a desgraça é tremendamente poderoso.

terrores. ver Jr 6:25; 20:10.

no dia da ira do SENHOR. O poema termina por onde começou, sem qualquer alívio no retrato sombrio.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 2 do versículo 1 até o 22
2:6 O templo do rei Salomão (aqui chamado "loja" e "lugar aonde se congregavam") em Jerusalém representava a presença de Deus em seu povo (1Rs 8:1-11). O templo era o centro de adoração. Sua destruição simbolizava o rechaço de Deus por seu povo, já não viveria mais entre eles.

2:7 Nosso lugar de adoração não é tão importante para Deus como nosso tipo de adoração. Um templo pode ser formoso, mas se seu povo não segue a Deus sinceramente, derruba-se desde seu interior. O povo do Judá, apesar de seu formoso templo, rechaçava em suas vidas diárias o que proclamava em seus rituais de adoração. portanto, sua adoração se voltou uma farsa zombadora. Quando adora a Deus, diz palavras que realmente não quer dizer? Ora por ajuda que na verdade não acredita que possa chegar? Expressa amor Por Deus que em realidade não sente? Procure com seriedade a Deus e adquira uma visão renovada de seu amor e amparo. Logo adore-o com sinceridade.

2:9 Se perderam quatro símbolos e recursos poderosos de segurança: o amparo das portas da cidade, a liderança do rei e os príncipes, a direção da lei e a visão dos profetas. Com esses quatro fatores pressente o povo se adormeceu e caiu em um falso sentido de segurança e se acomodou a seus pecados. Mas agora que lhes tiram, confronta-se ao povo com a alternativa do arrependimento e da volta a Deus ou a continuar em seu caminho de sofrimento. Não utilize símbolos substitutos, inclusive os bons, para a realidade de uma relação viva e pessoal com Deus mesmo.

2:11 As lágrimas do Jeremías eram sinceras e estavam cheias de compaixão. A tristeza não significa que não tenhamos fé nem fortaleza. Não há nada de mau no pranto: Jesus mesmo sentiu tristeza e até chorou (Jo 11:35). Como reagimos ao desmoronamento de nossa sociedade e à degradação moral que nos rodeia? Isto pode que não seja tão óbvio como a invasão de um exército inimigo, mas a destruição é também certa. Nós também devemos nos comover profundamente quando virmos a decadência moral que nos rodeia.

2:14 Os falsos profetas estavam em todas partes nos dias do Jeremías. Deram "profecias" falsas e enganosas. Enquanto Jeremías advertia ao povo da destruição iminente e o comprido cativeiro que viria, os falsos profetas diziam que tudo partia bem e que o povo não devia temer. Todas as palavras do Jeremías se cumpriram porque era um verdadeiro profeta de Deus (Jr_14:14-16).

2:15 Bater as mãos, assobiar e mover despectivamente a cabeça eram símbolos de brincadeiras e mofas. Eram gestos depreciativos.

2:19 O capítulo 1 descreve a desolação de Jerusalém e pede a vingança de Deus sobre seus inimigos. O capítulo 2 inclui um chamado ao povo de Deus a derramar seus corações na presença do Senhor. O povo devia voltar-se de seus pecados, devia lamentar-se sinceramente por suas faltas contra Deus (3.40-42). O povo tinha muito por que chorar. devido a sua obstinada rebelião contra Deus, conduziram um grande sofrimento, sobre tudo sobre os inocentes. Foram estes sofrimentos culpa de Deus? Não, foi culpa do povo desobediente.

A pecaminosidad do povo trouxe sua destruição, mas tragicamente as conseqüências do pecado afetaram a todos, a bons e maus por igual.

2:19 O sofrimento e o pecado do povo deveu havê-lo levado a Senhor, suplicando com lágrimas seu perdão. Solo quando o pecado quebranta nossos corações Deus pode vir a nos resgatar. A simples vergonha pelos pecados não traz consigo o perdão, mas se clamarmos a Deus, O nos perdoará.

2.21, 22 Esta cena horrível se pôde ter evitado. Jeremías advertiu ao povo durante anos que este dia de destruição chegaria e lhe doeu na alma ver seu cumprimento. Sempre nos impactamos quando escutamos a respeito de uma tragédia que cai sobre inocentes. Entretanto, freqüentemente os espectadores inocentes são vítimas de julgamento sobre uma nação. O pecado causa grande tristeza e devastação a muitos.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 2 do versículo 1 até o 22

II. A NAÇÃO DESOLATE (Lm 2:1 ), nem caravaneiros (


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 2 do versículo 1 até o 22
2.1 Como. Uma palavra que no original expressa um grito de angústia ou de dor, que ocorre também no primeiro capítulo, iniciando o livro, que assim toma esta palavra por nome no hebraico. Foi o grito de três profetas:
1) De Moisés, porque levava o pesado fardo de agüentar as queixas do povo todo (Dt 1:12);
2) De Isaías, por causa da displicência e da depravação de Judá e de Jerusalém (Lm 1:1; Lm 2:1 e 4.1). Este poema divide-se em duas partes: vv. 1-10 descrevem a punição que Sião estava sofrendo, e vv. 11-12 são uma lamentação e uma prece. Estrado de seus pés. É o templo, e mais especificamente o propiciatório (1Cr 28:2). A expressão também se refere às vezes:
1) A terra (Is 66:1);
2) Ao santuário de Deus (Is 60:13; Ez 43:7; Sl 132:7);
3) Aos inimigos de Cristo (Sl 110:1; He 1:13 e 10.13).

2.2 Jacó. Nestes versículos, Jacó, Judá, Israel e Sião são diferentes nomes para o mesmo povo hebreu. Não se apiedou. Quem persiste no pecado aquentará o castigo divino. O Senhor tem sido paciente com seu povo, mas quando este abusa, da sua bondade, cessa sua misericórdia e começa seu julgamento (Rm 2:4-45).

2.3 Força. Lit.. "chifre" símbolo de poder e de coragem, que aqui se aplica ao rei, seus guerreiros e suas defesas. Quando o rei foi eliminado, "cortado", o povo ficou sem este representante físico do favor divino que agora se retirou.

2.6 Tabernáculo. Refere-se ao templo, embora a palavra traga a conotação de uma "barraca temporária", como a que se faz para os ceifeiros.

2.8 Estendeu o cordel. Marcar para a demolição (Is 34:11; Jl 7:7-30; 2Rs 21:132Rs 21:13).

2.9 Não vigora a lei. Não havendo mais templo, não era mais possível obedecer às leis sobre os sacrifícios.

2.10 Sentados em terra. Uma descrição do luto e da angústia. O imperador Vespasiano de Roma fez uma moeda para celebrar a derrota da Judéia (70 d.C.) onde figurava uma palmeira (símbolo da Judéia) e uma mulher sentada no chão com a cabeça nas mãos para representar a Jerusalém. A inscrição reza "Judea capta".

2.11 Alma. Veja 1.20. Coração. Lit. "fígado", símbolo de emoção forte e angustiosa. Veja Jr 11:20. Note-se como os nomes dos órgãos do corpo se usam para descrever as emoções.

2.14 Levantaram. A pregação dos falsos profetas não atacou a idolatria e a injustiça que levaram Jerusalém à destruição (Jr 14:14-24; Jr 23:9-24; Dt 30:1-5, 31.39; Dt 2:0) O aviso: a) os ramos naturais foram severamente julgados pela sua Desobediência, v. 17; b) o povo da Nova Aliança deve tomar cuidado para não repetir os erros dos israelitas, Rm 11:24.

2.17 Poder. lit.. "chifre" veja, Lm 2:3.

2.18 As meninas de teus olhos. Heb bath ayin (Sl 17:8). Alguns dizem que são lágrimas, outros que são as pupilas.

2.19 Vigílias. Naquela época, os hebreus dividiam a noite em três vigílias de quatro horas cada (Jz 7:19). No tempo do Novo Testamento, empregava-se o sistema de quatro vigílias de três horas cada (Mt 14:25).

2.20 Este versículo ensina-nos que se praticou o canibalismo por ocasião do cerco de Jerusalém em 586 a.C. (Jr 19:9). Veja Lv 26:29n. O pecado do povo levou-os a violar tanto a ordem moral de Deus, comendo seus próprios filhos, como também a ordem da Aliança Divina - os sacerdotes e os profetas estavam cometendo homicídio dentro do próprio santuário. Foi o pecado nacional que fez com que Deus permitisse estes sacrilégios.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 2 do versículo 1 até o 22
II. SEGUNDO LAMENTO (2:1-22)

1) Juízo na casa de Deus (2:1-9)
A segunda ode amplia a natureza da obra de destruição de Javé em Sião à medida que afeta tanto o povo escolhido quanto os lugares. Cada versículo retrata em detalhes a destruição terrível de todas aquelas instituições e bênçãos materiais que deveriam ter simbolizado as prerrogativas especiais da aliança de Sião com Javé. Esses símbolos, no entanto, são ilusórios quando a base do relacionamento de aliança está completamente ausente na devoção de Sião a Javé. Assim, cada um dos v. 1-8 começa de forma bem específica ao atribuir a terrível devastação de tudo que era precioso para Sião à ação de Javé, o seu Senhor soberano, v. 1. cobriu [...] com a nuvem da sua ira-, melhor seria traduzir por “desgraçou” (considerando ya‘ib derivado do verbo “ayin-yod” como o árabe ‘aba). Isso está em harmonia com o sentimento na seqüência, pois o esplendor de Israel foi lançado por terra. A expressão “Do céu, precipitou sobre a terra” (BJ) é usada para dar a entender a queda mais violenta imaginável (cf., e.g., Pv 25:3), enquanto o esplendor de Israel incluía todas as bênçãos concedidas tão generosamente por Deus a Israel que distinguiam esse povo de outras nações e significavam a eleição divina. Especialmente proeminentes entre essas bênçãos, estavam o templo e o seus utensílios, o estrado dos seus pés, mas nem isso fez Deus desviar sua ira. Os eleitos precisam aprender com freqüência que a eleição é muitas vezes uma bênção cara, pois Deus exerce um escrutínio especial sobre os seus eleitos, v. 2ss. Javé é retratado em seguida como um guerreiro furioso que, com o seu poder irresistível, deu cabo de tudo em que Judá confiava em relação ao futuro. E patético que o povo de Deus tenha deslocado e depositado a sua confiança em líderes (v. 2), poder (“chifre”), palácios (v. 5), fortalezas (v. 5) e até na morada de Deus (v. 6, agora o templo, o sinal exterior da presença de Deus) e seus oficiantes, e nas festas fixas (v. 6), em vez de confiarem no próprio Javé. Todas essas coisas são sem sentido se não há a verdadeira confiança e adoração; assim, o Senhor rejeitou o seu altar e abandonou o seu santuário (v. 7). Os gritos agora não são de festa, mas dos inimigos no próprio lugar santo — e foi o próprio Javé que fez isso! Aliás, assim como foi ele quem aprovou a construção original do complexo do templo (lRs 9.3), agora Javé “estendeu o prumo” (Esticou a trena-, conforme NTLH: “Ele fez o plano de destruição”) como um construtor para destruir de forma sistemática e intencional os muros da cidade de Sião. v. 9. a lei já não existe-, porque todos os responsáveis pelo ensino da lei (tôrãfi) ao povo de Deus foram para o exílio.


2) O custo da falsa confiança (2:10-13) v. 10. os líderes [...] de Sião [...] moças de Jerusalém-, a expressão provavelmente tem o

propósito de indicar toda a população da cidade. Eles são um grupo desprezível por quem o poeta chora, pois estão tão abatidos e desprovidos de bens materiais que não conseguem fazer nada, a não ser sentar e olhar seus filhos morrendo de fome. Não parece haver esperança nem remédio: Sua ferida é tão profunda quanto o oceano; quem pode curá-la? (v. 13).


3)    A fonte da falsa confiança (2:14-17)
A nação havia sido enganada por meio de visões [...] falsas e inúteis mediadas por profetas profissionais (conforme Jr 23:04ss; Dt 28:15ss).


4)    Javé, a verdadeira confiança de Sião (2:18-22)
v. 18. A primeira linha do v. 18 é difícil no TM. A VA (conforme ACF) reflete a dificuldade, enquanto a RSV recorreu a uma considerável emenda para produzir a sua versão (“Grite bem alto ao Senhor, ó filha de Sião”), e a NTLH (“Que as suas muralhas, ó Jerusalém, peçam ajuda do Senhor!”) pouco ajuda. Todo o versículo e o seguinte são, não obstante, uma conclamação à cidade para que seja séria na sua busca pelo próprio Senhor como a única fonte da sua confiança. Harrison, aliás, entende que o muro da cidade de Sião está em aposição a ao Senhor, simbolizando a sua força protetora para a cidade, v. 19. em favor da vida de seus filhos-, introduzindo a petição de Sião esboçada nos v. 20-22. A petição de Sião é um grito por misericórdia com base em um sentimento crescente de que tudo que ela se esforçou para produzir, profetas, sacerdotes, virgens e jovens, foi em vão — tudo está perdido porque No dia da ira do Senhor a fundação desse esforço foi falsa (lGo 3.10ss).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 2 do versículo 1 até o 22

Lamentações 2

II. O Arruinado Lugar Santo de Sião. Lm 2:1-22.

A. Os Juízos de Jeová sobre os Baluartes e o Seu Santuário. Lm 2:1-10.


Moody - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 2 do versículo 13 até o 14

13, 14. A quem te compararei? A testemunha desses sofrimentos não consegue encontrar uma figura ou uma situação com a qual comparar a ruína de Sião. Está além da reparação. As visões falsas e agradáveis dos seus profetas (Jr 14:14-16; Jr 23:9-40) deixaram de mostrar à nação o seu pecado, para que pudesse ser poupada do cativeiro. Temos aqui a causa moral de Sua infelicidade claramente exposta.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 2 do versículo 14 até o 17
c) Profetas falsos e verdadeiros (Lm 2:14-17)

Teus profetas (14). Parece que essas palavras não se referem a Jeremias ou Ezequiel, os quais, presumivelmente, se encontrariam, respectivamente, no Egito e na Babilônia, mas aos profetas deixados atrás, na Judéia, os quais, diferentemente daqueles, eram destituídos de visão (9) e tinham medo de expor a verdadeira causa da calamidade que se abatera contra Sião-tua maldade (14). Eram os homens que tinham anunciado o acontecido como "má sorte", em lugar de terem lançado o grito: "Arrependei-vos!" Suas palavras eram zombarias, pouco diferentes dos insultos dos espectadores hostis em vista da desolação da cidade (15-16) e totalmente diferentes das destemidas mensagens pregadas pelos verdadeiros profetas, de conformidade com as quais mensagens Deus estava agora a cumprir a sua palavra, que ordenou desde os dias da antigüidade (17). Aqueles otimistas superficiais, com suas cargas vãs (14), ou seja, falsos anúncios, não tinham luz para derramar sobre a presente situação.

>Lm 2:16

Nos vers. 16 e 17 a ordem costumeira das letras iniciais é revestida, e Pe precede ’ Ayin, como também acontece nos capítulos 3:4, mas não no capítulo 1 (o que talvez seja sinal de ter tido autor diferente). A explicação fantástica dos rabinos, sobre esse particular, é que "Israel falou com a boca (Pe) o que o olho (’ Ayin) não tinha visto", isto é, coisas ilícitas.


Dicionário

Afastar

verbo transitivo Pôr longe, enviar para longe: afastar alguém do seu país.
Arredar: afastar os aduladores.
Figurado Repelir: afastar um mau pensamento.
Desviar: afastar as suspeitas.
verbo pronominal Ir embora.
Apartar-se.

retirar, arredar, desviar, deslocar, descaminhar (desencaminhar), apartar, separar. – Afastar (do latim abstare, de ab + stare “estar ou ficar longe”) significa propriamente “tirar uma coisa ou pessoa de junto da outra”. Afastam-se de nós alguns amigos; afasta-se da parede o sofá; afasta-se do espírito uma ideia sinistra. – Retirar (formado de re, equivalente aqui a retro (re que marca “retração”, “retrocesso”, e ter “três vezes”) + tirar, do gótico tairan segundo alguns, e segundo outros do latim trahere20 – retirar, dizemos, tem o sentido próprio de “afastar para trás, chamar a si, pôr para aquém”; e por extensão significa – “tirar uma coisa do lugar em que estava, chamando-a a nós, ou pondo-a de lado.” Retira-se um exército, voltando por onde tinha ido; retira-se o chapéu de cima da mesa; retira-se o filho do colégio; retira-se uma ofensa; etc. – 20 Parece que estes têm mais razão do que aqueles. O próprio latim tem retrahere “tirar para traz”. 122 Rocha Pombo Arredar é “desviar bruscamente, dar espaço ou caminho”. Arreda a multidão à passagem do cortejo; arredam-se as cadeiras do meio da sala. – Desviar – diz Bruns. – “é tirar uma coisa ou uma pessoa do ponto ou da linha em que alguma outra coisa ou pessoa vai passar, ou algum fato suceder. Noutro sentido, desviar indica a ação de tirar de uma direção para fazer tomar outra diferente; neste caso, é-lhe inerente a ideia de fim, propósito ou conveniência... Desviamos o corpo para evitar um golpe; desviamos uma criança que vai ser pisada...”; desviamos do sentido uma lembrança funesta. – Deslocar é “mover alguma coisa do lugar próprio, retirá-la do ponto em que se acha”. “Com perícia admirável desloca o dente e saca-o num instante”. “A pulso desloca o rochedo, e lá do alto deixa-o tombar sobre a cidade”. Deslocam-se figuras da política em todas as grandes crises. – Descaminhar, melhor ainda que desviar, exprime a ideia de “tirar ou de sair do caminho próprio, ou da direção que se seguia”. Descaminha-se a gente, tomando uma azinhaga”; descaminha-se o menino da escola. “Aquele sucesso imprevisto vem descaminhar-nos da vereda em que íamos” (isto é, vem fazer que tomemos outra rota). (Por mais que digam os lexicógrafos, desencaminhar não se confunde com descaminhar. Desencaminhar tem significação diferente, e nem carece, como descaminhar, de completivo de predicação: é “tirar do bom caminho, do caminho certo; e por, extensão – perverter, prostituir”.) – Apartar é “pôr de parte”. Quando dentre muitas coisas se apartam algumas, põem-se estas em lugar onde fiquem separadas das primeiras. Quando alguém se aparta de outra pessoa toma um lugar para longe dessa pessoa. Em sentido mais restrito, este verbo sugere ideia da atitude contrária em que fica a pessoa que se aparta em relação àquela de quem se apartou. Se alguém se aparta do seu partido é que toma posição contra este, ainda que se não aliste em outras fileiras. – Separar é “pôr duas ou mais coisas ou pessoas longe uma das outras”. Só no sentido moral é que as coisas ou pessoas separadas nem sempre se julgam a distância umas das outras, ou nem sempre estarão necessariamente desligadas. “Separa-se – diz Roq. – o que estava unido, ligado, misturado: sempre com referência a mais de um objeto. Separa o lavrador a palha do grão, o trigo do joio, a fruta podre da sã; separam-se os casados quando não podem viver juntos, ou quando se desquitam; no juízo final hão de separar-se os bons dos maus. Separar diz muito mais que apartar. Segundo Vieira, parece que separação indica principalmente a ação de separar, e apartamento os resultados morais da separação; pois, falando do juízo final, diz ele: “Feita a separação dos maus e bons, e sossegados os prantos daquele último apartamento...” (III, 163).

Cargas

fem. pl. de carga

car·ga
(origem controversa)
nome feminino

1. O que é transportado por pessoa, animal, veículo ou barco.

2. Acto de carregar.

3. O que pesa sobre outra coisa. = PESO

4. Figurado Grande quantidade.

5. Camada.

6. Gravame, opressão, embaraço.

7. Responsabilidade, encargo.

8. [Informal] Conjunto de pancadas dado a alguém como castigo ou maus-tratos. = SOVA, SURRA, TAREIA, TUNDA

9. Movimento violento de forças de autoridade sobre manifestante ou pessoas consideradas insubordinadas, geralmente para repor a ordem ou para dispersão (ex.: carga policial).

10. [Militar] Movimento impetuoso de um corpo de tropas sobre o inimigo.

11. [Armamento] Conjunto de pólvora e projécteis que proporciona um tiro.

12. Quantidade de combustível que se deita de uma vez no lume.

13. Quantidade de minério, de tijolo, etc., que se deita no forno.

14. [Electricidade] [Eletricidade] Acumulação de electricidade.

15. Untura cáustica para animais.


carga cerrada
[Militar] Descarga de muitas armas simultaneamente.

carga de água
Chuvada forte.

carga de ossos
Pessoa muito magra.

carga eléctrica
[Electricidade] [Eletricidade] Grandeza que é uma das propriedades fundamentais das partículas subatómicas, nomeadamente dos electrões, que caracteriza a interação electromagnética.

carga fiscal
Conjunto de impostos e taxas que devem ser pagar por uma pessoa ou entidade num período determinado.

por que carga de água
[Informal] Usa-se para questionar qual a singular ou estranha casualidade, razão de algo.

por que cargas de água
[Informal] O mesmo que por que carga de água.


Cativeiro

substantivo masculino Privação da liberdade; situação de escravo; servidão, escravidão.
Lugar onde se está cativo, preso, principalmente em relação a alguém que foi sequestrado: polícia descobriu mais um cativeiro!
Gaiola ou lugar completamente fechado usado para criar animais.
Figurado Falta de liberdade moral, espiritual; domínio.
Etimologia (origem da palavra cativeiro). De cativo + eiro.

Escravidão

Cativeiro
1) Situação dos judeus quando foram derrotados e levados como prisioneiros para a Assíria ou para a Babilônia (Am 7:11)

2) Lugar onde alguém fica como prisioneiro (Ap 13:10).

Expulsão

Dicionário Comum
substantivo feminino Ação ou efeito de expulsar.
Afastamento forçado de; extrusão: a expulsão dos agressores: o jogador sofreu com sua expulsão do campeonato.
Ação de lançar para fora do organismo; expelir ou excretar do organismo.
plural Expulsões.
Etimologia (origem da palavra expulsão). Do latim expulsio.onis.
Fonte: Priberam

Loucura

substantivo feminino Qualidade de louco, desprovido de razão.
[Medicina] Distúrbio mental grave que impede alguém de viver em sociedade, definido pela incapacidade mental de agir, de sentir ou de pensar como o suposto; insanidade mental.
Ato ou comportamento próprio de louco; insensatez: rasgar dinheiro é uma ação de loucura.
Ato de extravagância; imprudência: fazer uma loucura.
Amor excessivo ou exagerado por: ele tem verdadeira loucura pelo filho.
Etimologia (origem da palavra loucura). Louco + ura.

o epíteto de louco aplica-se nas Sagradas Escrituras:
(1). a um indivíduo privado da sua razão (At 26:24 – 1 Co 14,23) –
(2). à pessoa que esteja pervertida e dominada pelas suas paixões (At 26:11) – também àquele cuja mente está confusa e desorientada, sendo tão grande a sua perturbação que ele procede de um modo incerto, extravagante e irregular (Dt 28:34Ec 7:7) – e, além disso, a todos os que se acham transtornados pela veemência dos seus desejos, com respeito a ídolos, vaidades, doidices, fraudes e falsidades (Jr 50:38os 9:1). No oriente olham para os loucos com certa reverência, considerando-os possuídos de uma espécie de caráter sagrado. Seja exemplo disto o tratamento que recebeu Davi, quando ele se mostrou como doido na corte de Aquis (1 Sm 21.13 a 15).

[...] provém de um certo estado patológico do cérebro, instrumento do pen samento; estando o instrumento desorganizado, o pensamento fica alterado. A loucura é, pois, um efeito consecutivo, cuja causa primária é uma predisposição orgânica, que torna o cérebro mais ou menos acessível a certas impressões; e isto é tão real que encontrareis pessoas que pensam excessivamente e não ficam loucas, ao passo que outras enlouquecem sob o influxo da menor excitação.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

A loucura é tempestade que estala no cérebro por efeito de uma paixão chegada ao apogeu. [...]
Referencia: BOURDIN, Antoinette• Memórias da loucura• Trad• de M• Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 6

A loucura, propriamente dita, faz-se acompanhar sempre de um estado mórbido dos órgãos, que se traduz, as mais das vezes, por uma lesão. A alienação será, pois, uma enfermidade física quanto à sua causa, embora mental quanto à maioria dos seus efeitos. Pode a loucura transmitir-se por via hereditária, mas às vezes se transforma, quando manifesta nos descendentes.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

Efetivamente, mesmo quando a alma esteja no pleno exercício daquela faculdade [pensante], uma vez que o cérebro padeça de lesão orgânica que o torne instrumento incapaz da boa transmissão, dar-se-á o caso da loucura, como dar-se-á o da cegueira, quando o olho, instrumento da visão, sofrer lesão, que tolha a passagem do raio luminoso.
Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• A loucura sob novo prisma: estudo psíquico-fisiológico• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

[...] pode-se dar e dá-se, mesmo, em larga escala sem a mínima lesão cerebral [...]. L L [...] a loucura pode ser também resultante da ação fluídica de Espíritos inimigos sobre a alma ou Espírito encarnado num corpo.
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Vida e obra de Bezerra de Menezes• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Ensaio biográfico


Loucura
1) Perda do JUÍZO 7, (Dt 28:28)

2) Estilo de vida de quem não está num relacionamento correto com Deus (Pv 13:16). 3 Ação de alguém que deliberadamente peca contra Deus (Jr 29:23); (Mc 7:22).

Loucura Comportamento anormal oriundo de um transtorno psíquico. Jesus foi acusado de loucura, como conseqüência de suas pretensões pessoais (Jo 10:20). Ele considerava esses insultos de especial gravidade e indignos de seus discípulos (Mt 5:22). Na realidade, para Jesus a loucura mais perigosa não era a mental (de fato, curou alguns loucos, denominados lunáticos), mas a moral, uma falta de juízo que considerava pecado (Mc 7:22) e que se evidenciava na incredulidade diante da Escritura (Lc 24:25), no apego às leis rituais sobre alimentos impuros que se sobrepunha à essência da Lei (Mt 15:16; Mc 7:18), na negativa de edificar a vida sobre o ensinamento de Jesus (expondo-se assim aos maiores desastres) (Mt 7:24ss.) e na negligência ante o Juízo final de Deus sobre os homens (Mt 25:2-8).

Maldade

substantivo feminino Crueldade; qualidade da pessoa má; característica do que é ruim.
Desumanidade; comportamento de quem busca prejudicar ou ofender.
Sarcasmo; que expressa malícia, vontade de denegrir.
[Informal] Traquinice; comportamento travesso, traquinas.
Regionalismo. Rio Grande do Sul. O pus que sai de um machucado.
Etimologia (origem da palavra maldade). Do latim malitas.atis.

Maldade Aquilo que é mau, que não presta; perversidade; imoralidade; crime; PECADO, ruindade; MAL 1, (Gn 6:5); (Sl 141:5); (1Co 5:8).

Manifestar

Manifestar
1) Tornar conhecido; mostrar; revelar; declarar (12:22); (Is 40:5); (Jo 2:11); (Rm 1:19)

2) Fazer-se conhecer; mostrar-se; aparecer (1Sm 3:21); (Lc 17:30); (Jo 9:3).

verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Dar a conhecer; tornar público; declarar, revelar, divulgar: manifestar vontade de ser feliz; manifestou-se publicamente.
verbo pronominal Religião Fazer-se conhecer: Deus se manifesta pela caridade.
Demonstrar solidariedade, apoio, felicitações: manifestou-se a favor dele.
[Esporte] Comunicar-se por meio de um médium: o espírito se manifestava.
verbo intransitivo e pronominal Fazer coletivamente demonstração pública, geralmente de teor político ou de protesto: povo passou a se manifestar.
Etimologia (origem da palavra manifestar). Do latim manifestare.

Motivos

masc. pl. de motivo

mo·ti·vo
(latim medieval motivus, -a, -um, relativo ao movimento, mexido, móvel)
adjectivo
adjetivo

1. Que pode fazer mover. = MOTOR, MOVENTE

2. Que determina ou está na origem de alguma coisa (ex.: ignoramos quais as causas motivas).

nome masculino

3. Causa; razão.

4. Fim com que se faz alguma coisa.

5. [Belas-artes] Assunto de composição.

6. [Música] Frase musical que se reproduz com modificações num trecho e lhe imprime o seu carácter.


Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Profetar

verbo intransitivo e transitivo direto Variação de profetizar.
Etimologia (origem da palavra profetar). Do latim prophetare.

Sameque

-

Sâmeque

Sâmeque V. ALFABETO HEBRAICO 15.

Vaidade

substantivo feminino Característica daquilo que é vão; que não possui conteúdo e se baseia numa aparência falsa, mentirosa.
Excesso de valor dado à própria aparência, aos atributos físicos ou intelectuais, caracterizado pela esperança de reconhecimento e/ou admiração de outras pessoas: demonstra excesso de vaidade ao falar; decidiu fazer caridade por vaidade pura.
Auto-crítica ou opinião envaidecida que alguém possui sobre si mesmo: sua vaidade sempre está acima de tudo!
Ideia exageradamente positiva que alguém faz de si próprio; presunção, fatuidade, gabo: não teria a vaidade de intitular-se sábio.
Algo sem significado; futilidade: ele é composto por inúmeras vaidades.
Etimologia (origem da palavra vaidade). Do latim vanitas.atis.

originária dos termos latinos vanitas, vanitatis: cujo significado é, nada mais nada menos, que vacuidade (o que é próprio do vácuo), ou seja: VAZIO ABSOLUTO!

Esta palavra na Bíblia nunca tem a significação de desvanecimento e orgulho, mas quase sempre a de vacuidade. A conhecida expressão ‘vaidade de vaidades’ literalmente quer dizer ‘sopro de sopros’, ou ‘vapor de vapores’ (Ec 1:2). Em is 41:29 e Zc 10:2, ‘vácuo’ e ‘vazios’ são a tradução de uma palavra que significa tristeza e iniqüidade.

A palavra vaidade possui duas significações: a
Referencia:

“qualidade do que é vão, instável, de pouca duração”; b
Referencia:

“desejo exagerado de atrair a admiração ou as homenagens dos outros”.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 59

A vaidade na excursão difícil, a que nos afeiçoamos com as nossas tarefas, é o rochedo oculto, junto ao qual a embarcação de nossa fé mal conduzida esbarra com os piratas da sombra, que nos assaltam o empreendimento, buscando estender o nevoeiro do descrédito ao ideal que esposamos, valendo-se, para isso, de nosso próprio desmazelo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50

A vaidade é um verdugo sutil.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz acima• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 31


Vaidade
1) Desejo exagerado de atrair a atenção.


2) Deus falso (1Sm 12:21).


3) Ilusão (Ec 1:2).


Virar

verbo transitivo direto , intransitivo e pronominal Por-se numa posição diferente daquela em que se estava anteriormente; colocar algo numa posição contrária àquela em que se estava: virar o livro na estante; o livro virou; virou-se para trás.
Desistir de uma direção por outra; fazer com que a direção certa seja tomada: virou-se para esquerda e encontrou o caminho certo!
verbo transitivo direto Vergar; fazer com que alguma coisa se dobre: ela virou as barras do vestido.
Dobrar; estar percorrendo um caminho que muda de direção: o carro virou a esquina.
Colocar do lado avesso: virou o vestido.
Lançar para o exterior de; despejar: virou o refrigerante sobre a mesa.
Beber: virou a garrafa de cerveja inteira!
Revolver; mexer o conteúdo de: virou todo o terreno com a pá.
Esportes. Num jogo quase perdido, acabar por vencê-lo: virou o jogo no final!
verbo transitivo direto e intransitivo Figurado Convencer; fazer com que alguém mude de opinião: o diretor virou a cabeça dos professores para o seu projeto; a opinião dos professores virou; ela era uma pessoa sem personalidade e vira com facilidade.
verbo transitivo direto , transitivo indireto, bitransitivo e pronominal Girar; fazer com que algo se movimente ao redor de seu próprio eixo; fazer com que o corpo se mova ao seu redor.
verbo transitivo indireto e bitransitivo Indicar apontando para; voltar ou voltar-se: o caminhão virou para o norte; virou a cabeça para mãe.
verbo predicativo Transformar-se numa outra coisa; mudar sua essência ou característica por; transformar-se: virou famosa da noite para o dia; virou uma péssima pessoa antes de morrer.
verbo pronominal Esforçar-se; fazer um grande esforço para superar certos infortúnios.
Tivemos de nos virar para arrumar um novo emprego.
[Brasil] Trabalhar com prostituição: algumas pessoas se viram por aí!
verbo transitivo indireto Rebelar-se; não se subordinar a: os filhos viraram contra os pais.
Etimologia (origem da palavra virar). Talvez do francês virer.

virar
v. 1. tr. dir. Volver de um lado para o outro a direção ou posição de; voltar. 2. tr. dir. Voltar para a frente (o lado posterior). 3. tr. dir. Pôr do avesso. 4. pron. Voltar-se completamente para algum lugar. 5. tr. dir. Emborcar. 6. Intr. Agitar-se, dar voltas. 7. tr. dir. Apontar, dirigir. 8. tr. dir. Despejar, entornar. 9. tr. dir. Despejar, bebendo. 10. tr. dir. Dobrar. 11. tr. dir. Fazer mudar de intento, de opinião, de partido. 12. pron. Mudar de opinião, de partido, de sistema.

Vãs

-

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
(falsamente) (falsamente) (para o cativeiro)
Lamentações de Jeremias 2: 14 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Os teus profetas (falsamente) têm visto, para ti, coisas vãs e loucas, e (falsamente) não manifestaram a tua maldade, para fazerem se desviar o teu cativeiro; mas têm tido para ti visões de profecias falsas e seduções que são motivos de expulsão(para o cativeiro).
Lamentações de Jeremias 2: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

586 a.C.
H1540
gâlâh
גָּלָה
descobrir, remover
(and he was uncovered)
Verbo
H2372
châzâh
חָזָה
ver, perceber, olhar, observar, profetizar, providenciar
(shall provide)
Verbo
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H4065
maddûwach
מַדּוּחַ
()
H4864
masʼêth
מַשְׂאֵת
subida, oráculo, fardo, porção, levantamento
([and sent] portions)
Substantivo
H5030
nâbîyʼ
נָבִיא
porta-voz, orador, profeta
([is] a prophet)
Substantivo
H5771
ʻâvôn
עָוֺן
perversidade, depravação, iniqüidade, culpa ou punição por iniqüidade
(my punishment)
Substantivo
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H7622
shᵉbûwth
שְׁבוּת
()
H7723
shâvᵉʼ
שָׁוְא
vacuidade, vaidade, falsidade
(in vain)
Substantivo
H7725
shûwb
שׁוּב
retornar, voltar
(you return)
Verbo
H8602
tâphêl
תָּפֵל
estúpido, insípido
(Can that which is unsavory)
Adjetivo


גָּלָה


(H1540)
gâlâh (gaw-law')

01540 גלה galah

uma raiz primitiva; DITAT - 350; v

  1. descobrir, remover
    1. (Qal)
      1. descobrir
      2. remover, partir
      3. ir para exílio
    2. (Nifal)
      1. (reflexivo)
        1. descobrir-se
        2. descobrir-se ou mostrar-se
        3. revelar-se (referindo-se a Deus)
      2. (passivo)
        1. ser ou estar descoberto
        2. ser ou estar exposto, ser ou estar descoberto
        3. ser revelado
      3. ser removido
    3. (Piel)
      1. descobrir (nudez)
        1. nudez
        2. em geral
      2. expor, descobrir, estar descoberto
      3. tornar conhecido, mostrar, revelar
    4. (Pual) ser ou estar descoberto
    5. (Hifil) levar para o exílio, exilar
    6. (Hofal) ser levado para o exílio
    7. (Hitpael)
      1. ser descoberto
      2. revelar-se

חָזָה


(H2372)
châzâh (khaw-zaw')

02372 חזה chazah

uma raiz primitiva; DITAT - 633; v

  1. ver, perceber, olhar, observar, profetizar, providenciar
    1. (Qal)
      1. ver, observar
      2. ver como um vidente em estado de êxtase
      3. ver, perceber
        1. com a inteligência
        2. ver (por experiência)
        3. providenciar

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

מַדּוּחַ


(H4065)
maddûwach (mad-doo'akh)

04065 מדוח madduwach ou (plural) מדוחים

procedente de 5080; DITAT - 1304a; n m

  1. sedução, tentação, uma coisa para se pôr de lado

מַשְׂאֵת


(H4864)
masʼêth (mas-ayth')

04864 משאת mas’eth

procedente de 5375; DITAT - 1421h; n f

  1. subida, oráculo, fardo, porção, levantamento
    1. aquele que eleva, levantamento, elevação, sinal, ato de levantar
    2. declaração, oráculo
    3. fardo
    4. porção, presente, doação, contribuição, oferta, tributo

נָבִיא


(H5030)
nâbîyʼ (naw-bee')

05030 נביא nabiy’

procedente de 5012; DITAT - 1277a; n m

  1. porta-voz, orador, profeta
    1. profeta
    2. falso profeta
    3. profeta pagão

עָוֺן


(H5771)
ʻâvôn (aw-vone')

05771 עון ̀avon ou עוון ̀avown (2Rs 7:9; Sl 51:5)

procedente de 5753; DITAT - 1577a; n m

  1. perversidade, depravação, iniqüidade, culpa ou punição por iniqüidade
    1. iniqüidade
    2. culpa de iniqüidade, culpa (como grande), culpa (referindo-se a condição)
    3. conseqüência ou punição por iniqüidade

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

שְׁבוּת


(H7622)
shᵉbûwth (sheb-ooth')

07622 שבות sh ebuwtĥ ou שׂבית sh ebiytĥ

procedente de 7617; DITAT - 2311d; n. f.

  1. cativeiro, cativos

שָׁוְא


(H7723)
shâvᵉʼ (shawv)

07723 שוא shav’ ou שׂו shav

procedente da mesma raiz que 7722 no sentido de desolar; DITAT - 2338a; n. m.

  1. vacuidade, vaidade, falsidade
    1. vacuidade, nulidade, vaidade
    2. vazio de fala, mentira
    3. inutilidade (diz-se de conduta)

שׁוּב


(H7725)
shûwb (shoob)

07725 שוב shuwb

uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.

  1. retornar, voltar
    1. (Qal)
      1. voltar, retornar
        1. voltar
        2. retornar, chegar ou ir de volta
        3. retornar para, ir de volta, voltar
        4. referindo-se à morte
        5. referindo-se às relações humanas (fig.)
        6. referindo-se às relações espirituais (fig.)
          1. voltar as costas (para Deus), apostatar
          2. afastar-se (de Deus)
          3. voltar (para Deus), arrepender
          4. voltar-se (do mal)
        7. referindo-se a coisas inanimadas
        8. em repetição
    2. (Polel)
      1. trazer de volta
      2. restaurar, renovar, reparar (fig.)
      3. desencaminhar (sedutoramente)
      4. demonstrar afastamento, apostatar
    3. (Pual) restaurado (particípio)
    4. (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
      1. trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
      2. trazer de volta, renovar, restaurar
      3. trazer de volta, relatar a, responder
      4. devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
      5. voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
      6. virar (o rosto), voltar-se para
      7. voltar-se contra
      8. trazer de volta à memória
      9. demonstrar afastamento
      10. reverter, revogar
    5. (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
    6. (Pulal) trazido de volta

תָּפֵל


(H8602)
tâphêl (taw-fale')

08602 תפל taphel

procedente de uma raiz não utilizada significando lambuzar; DITAT - 2534a,2535a adj.

  1. estúpido, insípido
  2. (BDB) sem sabor, sem tempero n. m.
  3. caiação
    1. significado incerto