Enciclopédia de Daniel 6:19-19

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

dn 6: 19

Versão Versículo
ARA Pela manhã, ao romper do dia, levantou-se o rei e foi com pressa à cova dos leões.
ARC E pela manhã cedo se levantou, e foi com pressa à cova dos leões.
TB Então, o rei se levantou pela manhã, muito cedo, e foi com pressa à cova dos leões.
HSB בֵּאדַ֣יִן מַלְכָּ֔א בִּשְׁפַּרְפָּרָ֖א יְק֣וּם בְּנָגְהָ֑א וּבְהִ֨תְבְּהָלָ֔ה לְגֻבָּ֥א דִֽי־ אַרְיָוָתָ֖א אֲזַֽל׃
BKJ Então o rei levantou-se muito cedo pela manhã, e foi apressadamente até a cova dos leões.
LTT Ao alvorecer, ao romper do dia, levantou-se o rei, e foi com pressa à cova dos leões.
BJ2 O rei voltou para o seu palácio, onde passou a noite sem comer. Também não quis que lhe trouxessem as concubinas,[a] e o sono o deixou.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Daniel 6:19

Mateus 28:1 E, no fim do sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro.
Marcos 16:2 E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol,
II Coríntios 2:13 não tive descanso no meu espírito, porque não achei ali meu irmão Tito; mas, despedindo-me deles, parti para a Macedônia.
I Tessalonicenses 3:5 Portanto, não podendo eu também esperar mais, mandei-o saber da vossa fé, temendo que o tentador vos tentasse, e o nosso trabalho viesse a ser inútil.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Daniel Capítulo 6 do versículo 1 até o 28
E. O REINADO DE DARio, o MEDO, Dn 6:1-28

O versículo final do capítulo 5 e o primeiro versículo do capítulo 6 nos introduzem ao novo governo. Embora Ciro fosse o conquistador, Dario, o medo, é apresentado como o monarca no poder na Babilônia. Parece que a política de Ciro era deixar a administração do governo nas mãos de outros, enquanto seguia em frente com novas conquistas.

Durante muitos anos um dos problemas cruciais do livro de Daniel tem sido a iden-tidade de Dario, o medo, o filho de Assuero (Dn 5:31-9.1). A história secular não fornece nenhum tipo de ajuda para solucionar esse problema. O mesmo se podia dizer de Belsazar, até que as inscrições cuneiformes começaram a revelar seus segredos. Josefo acreditava que Dario era filho de Astiages, conhecido pelos gregos por outro nome.' Isso significaria que ele era neto de Ciaxeres, o grande aliado medo de Nabucodonosor.

Alguns têm tentado identificar Dario com Gobrias, o general do exército de Ciro que venceu a Babilônia. Acredita-se que seu reinado foi breve. Mas, sua morte dentro de dois meses após a captura da Babilônia dificilmente apoiaria essa teoria.
Em seu livro Darius the Mede (Dario, o medo), John C. Whitcomb oferece fortes indí-cios que identificam Dario, o medo, com um Gubaru, cujo nome estava separado nos registros cuneiformes. Esse Gubaru é chamado de "Governador da Babilônia e do Distrito Além do Rio". Debaixo da autoridade de Ciro, Gubaru nomeou governadores para governar com ele na ausência de Ciro, que residia por longos períodos em sua capital em Ecbatana. Gubaru recebeu um poder praticamente ilimitado sobre a imensa satrapia da Babilônia. Mesmo no governo de Cambises, o filho de Ciro, Gubaru continuou a exercer sua autoridade!'

1. Avanço Político de Daniel ( Dn 6:1-3)

Na reorganização do governo, Dario seguiu a política liberal de Ciro e logo dividiu a responsabilidade da administração. A nomeação de 120 presidentes (1), sobre os quais foram colocados três príncipes (2), pode ter sido um arranjo temporário para assegurar a coleta regular dos impostos e manter um sistema de arrecadação e contabilidade. A breve explicação do versículo 2 parece indicar isso: aos quais esses presidentes des-sem conta, para que o rei não sofresse dano.

Dos três presidentes, Daniel se distinguiu. E Dario encontrou nele um espírito excelente (3) e planejava estender sua autoridade sobre todo o reino.

Daniel devia ter em torno de 85 anos ou talvez se aproximasse dos 90 anos. Ele tinha passado por diversas crises políticas. Agora, a sua reputação de homem íntegro e honesto chegara ao conhecimento dos novos governantes. Talvez informantes tenham aconselhado os novos governantes acerca da posição de Daniel na noite fatal da queda de Belsazar. Quaisquer que fossem as circunstâncias, o homem de Deus estava pronto para servir onde fosse necessário.

  • A Trama dos Presidentes (6:4-9)
  • Um homem de fidelidade e honestidade é desconcertante para maquinadores deso-nestos. Ver Daniel prestes a receber uma promoção que o colocaria acima deles era mais do que os príncipes e os presidentes podiam tolerar. Eles precisavam destruir Daniel a qualquer custo. O fracasso em encontrar falhas na administração de Daniel os fez buscar uma maneira de atacá-lo no seu ponto mais forte — sua religião e a lei do seu Deus (5).

    O rei foi ingênuo no que tange à sugestão dos inimigos de Daniel. Era bastante comum para os governantes dos medos e persas colocar-se no lugar de um dos seus deu-ses e requerer a adoração do povo. Dario sentiu-se lisonjeado em ser o centro da devoção religiosa por um mês, assim, assinou esta escritura e edito (9).

  • A Devoção Corajosa de Daniel (Dn 6:10-24)
  • A resposta de Daniel foi inequívoca. Alterar seus hábitos de devoção ou tornar secreta a sua relação com o seu Deus seria uma negação básica. Ele se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como também antes costumava fazer (10). Essa era uma lei que não tinha o direito de estar nos livros dos estatutos. Tornar uma questão de profunda consciência uma ilegalidade é uma grande traição contra o Deus dos céus. A questão da autoridade do estado e do direito da consciência individual tem se tor-nado crucial muitas vezes em nosso século iluminista E, semelhantemente a Daniel, ho-mens têm sido traídos por causa de uma posição de consciência. Os presidentes conspira-dores relataram a Dario: "Daniel, um dos exilados de Judá, não te dá ouvidos, ó rei, nem ao decreto que assinaste. Ele continua orando três vezes por dia" (13; NVI).

    O rei ficou triste quando percebeu as implicações da sua ação. Ele propôs dentro do seu coração livrá-lo (14) da armadilha legal na qual ambos haviam sido apanhados por intermédio dessa trama abominável. Os maquinadores pressionaram o rei de manei-ra cruel e desavergonhada (15). Eles pressionaram o rei a fazer o que sentia repugnância em fazer, ou seja, lançar Daniel na cova dos leões (16).

    A cova foi selada com o anel do rei (17), de tal modo que não havia chance de escapar. O rei retornou ao palácio, mas não para comer ou dormir. Dario passou a noite em jejum (18) e, sem dúvida, em oração a todos os deuses que conhecia. Ao amanhecer, o rei se apressou em ir à cova dos leões. A NVI traduz o versículo 20 da seguinte maneira: "Quando ia se aproxi-mando da cova, chamou Daniel com voz que revelava aflição: 'Daniel, servo do Deus vivo, será que o seu Deus, a quem você serve continuamente, pôde livrá-lo dos leões?' " (20).

    Desconsolado, ele tinha dito a Daniel na noite anterior: "Que o seu Deus, a quem você adora tão fielmente, o livre!" (16, Berkeley).
    A resposta de Daniel do fundo da cova foi o som mais maravilhoso que o rei desejava ouvir. Ó rei, vive para sempre! O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões (21-22).

    A alegria do rei revela a estima que ele tinha por Daniel. E seu sentido de justiça é percebido em seu esforço para corrigir o erro que havia cometido, pela reversão imediata do édito e o castigo resoluto dos maquinadores perversos.

  • O Decreto de Dario (6:25-28)
  • Embora a reação imediata de Dario tenha sido de corrigir a injustiça que havia feito a Daniel e punir os verdadeiros ofensores, ele foi muito além disso. Ele reconheceu que a verdadeira injustiça tinha sido cometida contra o Deus de Daniel. Na verdade, o decreto que havia colocado Daniel na cova dos leões tinha proscrito a lei do Deus vivo (26) no reino dos medos e persas. Esse édito precisava ser neutralizado por um outro, amplo em seu alcance e específico em suas implicações. Assim, onde o primeiro édito proibia fazer uma oração a qualquer outro a não ser ao rei, o segundo ordenava reverência ao Deus de Daniel em todo o reino. Provavelmente, a verdadeira adoração não pode ser assegurada por um édito real, mas ela certamente pode ser encorajada. A ordem do rei e a declaração de louvor expõem a glória de Deus em termos quase tão abrangentes e claros quanto aquelas proclamadas pelo grande Nabucodonosor, o caldeu. O Deus de Daniel [...] ele é o Deus vivo e para sempre permanente, e o seu reino não se pode destruir; o seu domínio é até ao fim. Ele livra, e salva, e opera sinais e maravilhas no céu e na terra (26-27).

    O reconhecimento de Dano acerca do caráter sobrenatural do livramento de Daniel é manifesto em dois termos aramaicos usados no versículo 27 para descrever a obra de Deus — 'athiyn e thiymhiyn, sinais e maravilhas. O substantivo singular 'ath sugere "um sinal ou farol", ou seja, "um prodígio, um milagre ou sinal". A segunda palavra, temah, sugere "assombro, perplexidade, admiração", ou seja, "milagre, maravilha". O fato de aqueles animais selvagens famintos ficarem com as bocas fechadas, a ponto de deixar o homem de Deus ileso é, de fato, um milagre. Pouco tempo depois, aqueles mes-mos animais, libertos do poder que os impedia de atacar, esmigalharam os ossos daque-les que haviam desafiado a Deus. Esse tipo de milagre é totalmente inaceitável para aqueles que insistem em uma explanação natural para cada acontecimento. Mas para aqueles que aceitam a revelação de um Deus que é livre para agir dentro do seu próprio universo criado, esse milagre não é mais impossível do que qualquer outro ato que Ele escolheu para cumprir o seu propósito. Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento estão repletos desse tipo de acontecimentos. Dessa forma podemos ver o tipo de Deus que servimos, o Deus vivo [...] para sempre permanente (26).

    No capítulo 6, podemos ver a "Coragem e suas Conseqüências".

    1) Coragem para ser fiel (1-10).

    2) Coragem testada (11-17).

    3) Coragem vindicada (18-23).

    4) O Reino de Deus fomentado (25-27) A. F. Harper.
    O versículo 28 relaciona os reinos de Daáo, o medo, e Ciro, o persa com Daniel, que serviu aos dois monarcas. A história deixa claro que esses monarcas eram co-re-gentes: Dario, o medo, servia na Babilônia sob o reinado de Ciro, que havia consolidado os reinos dos medos e persas e era seu governante reconhecido. Parece que Dano rei-nou no máximo dois anos. Outras referências mencionam apenas o primeiro ano de Dano (9.1; 11.1).


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Daniel Capítulo 6 do versículo 16 até o 23

    A Provação e o Livramento de Daniel (Dn 6:16-23)

    Dn 6:16

    Então o rei ordenou que trouxessem a Daniel. O rei, impotente, e confessando sua impotência, com relutância ordenou que Daniel fosse trazido e lançado na cova onde os leões viviam, tal como os três amigos do profeta tinham sido lançados na fornalha ardente (verDn 3:11,Dn 3:21). Quando Daniel estava sendo arriado na cova dos leões, o rei expressou o desejo de que Deus o protegesse, pois Daniel confiava nele. Isso duplica a situação dos três amigos (ver Dn 3:17). Ver também Dn 6:20. A história, como é claro, exalta Judá e Yahweh, à custa do paganismo e de seus inúmeros deuses de nada. E Daniel, profeta genuíno, também é exaltado, às expensas dos profetas do paganismo. O livro de Daniel, em certo sentido, é uma apologia do judaísmo e de sua fé monoteísta tradicional.

    Dn 6:17

    Foi trazida uma pedra e posta sobre a boca da cova. A cova dos leões era uma espécie de abismo, conforme a palavra usada dá a entender. Ao que tudo indica, só havia uma saída, pelo que uma pedra tampou a cova, impedindo que Daniel fugisse. Naturalmente, o idoso profeta não correria muito, mesmo que os leões viessem em sua perseguição! A pedra foi selada com argila, e o pobre rei “assinou” sobre ela com seu sinete, talvez fazendo uma impressão no barro com seu anel real. Isso dizia às pessoas que se mantivessem afastadas sob pena de morte. Ninguém ousaria tentar salvar Daniel, pois, se violasse a marca do anel do rei, essa pessoa seria a próxima a descer à cova. Heródoto (Hist. 1,195) mencionou o costume babilônico de fechar covas e selar a tampa, e esse costume continuou com os persas (Et 3:12; Et 8:8,Et 8:10). Dario afixou seu selo a documentos oficiais, conforme informou Heródoto (ver Hist. III.128). Cl. 1Rs 21:8 e Mt 27:66
    Então o rei se dirigiu para o seu palácio. O pobre rei Dario ficou extremamente desanimado. Ele perdeu o apetite e nada comeu. Talvez ele estivesse ocupado em um jejum religioso, mediante o qual esperava salvar Daniel “de alguma maneira". Naquela noite ele não quis que houvesse a música, a dança e os entretenimentos que faziam parte regular das “noites do rei”. Ele não dormiu, e suponho que ele muito orou ao Deus dos judeus, a despeito do decreto restringidor. Sem dúvida o rei não estava confiando em si mesmo naquela noite. Este versículo combina admiravelmente com a experiência humana. Há tempos em que as coisas saem de nosso controle, e somente Deus pode fazer alguma diferença. Assim sendo, lançamos tudo sobre Ele, em oração. Conforme Dn 2:1 quanto ao desassossego de Nabucodonosor, e ver algo similar em Et 6:1. Mas existe uma profunda agitação “lá fora”, pois as pessoas são envolvidas por situações impossíveis e não têm fé suficiente para livrar-se delas.

    Esconder-me-ei na Rocha tendida,
    Até passarem as tempestades da vida;
    Segura nesse bendito refúgio,
    Nâo dando atenção à explosão mais feroz.

    (Mary D. James)
    Dn 6:19

    Pela manhã, ao romper do dia. O rei agitou-se e rolou em seu leito real a noite inteira, em meio a uma ansiedade nada real. Assim que o sol surgiu no horizonte, ele foi com coração pesado dar uma olhada na miserável cova dos leões. Ele temia olhar para dentro da cova. Talvez só houvesse ossos e pedaços do profeta Daniel. Porém, em seu desespero, ele correu para a cova. Somos lembrados de como certas mulheres, e então um grupo de discípulos, correram para o túmulo de Jesus, pois se espalhara a notícia de que ele tinha escapado daquele lugar miserável por meio de um milagre (ver Jo 20:4). “Elevados oficiais, nos países do Oriente, moviam-se com pomposa lentidão, como sinal de sua dignidade. Se alguém era uma grande figura, não precisava andar com pressa. Portanto, a pressa, por parte do rei, foi um elemento do efeito dramático deste relato” (Arthur Jeffery, in loc.). “Dario esperava... que o idoso estadista teria sido salvo por Deus, a quem servia (ver Dn 3:17; Dn 6:16)” (J. Dwight Pentecost, in loc.).

    Dn 6:20

    Chegando-se ele à cova, chamou por Daniel com voz triste. Chegando à cova, o rei era um destroço nervoso e, com voz chorosa, lamentável de ser ouvida, ele gritou pelo buraco, na esperança de que um homem vivo ouvisse e respondesse. O rei estava todo entusiasmado com a idéia de que o Deus vivo e verdadeiro dos judeus, sobre o qual ele tinha ouvido, realmente teria algum poder, a ponto de reverter a miserável situação de Daniei. Daniel tinha servido bem esse Deus e estava disposto a ser um mártir, para evitar tornar-se um apostatado. Talvez por essa razão, Deus tivesse baixado Sua mão poderosa e fechado a boca dos leões. Por isso o rei perguntou: “Estás vivo, Daniel? Teu Deus fez algum grande feito em teu favor? Grita de volta se puderes!'. “Teu Deus, a quem sempre tens adorado, te salvou dos leões?” (NCV). Quanto à frase, o Deus vivo (que é judaica, e não iraniana), ver Dt 5:26; Js 3:10; Sl 42:2; At 14:15; 1Ts 1:9. Conforme este versículo com Dn 3:17; Dn 6:16.

    Dn 6:21

    Então Daniel falou ao rei: Ó rei, vive para sempre! Para profunda admiração do rei, uma voz saudávei e forte, a voz do próprio Daniel, respondeu. Ficamos sempre surpresos quando Deus faz outro feito em nosso favor, que ultrapassa tudo quanto poderiamos fazer por nós mesmos. De fato. continuamos a ser surpreendidos, sem importar quantas vezes isso volte a acontecer. Portanto, Senhor, continua enviando surpresas. Um homem tem de crer em tudo quanto vem de Deus, pois é Dele que os milagres provêm. Sempre é melhor crer de mais do que crer de menos. Oh! Senhor, concede-nos tal graça! Ademais, tudo quanto temos a fazer é pedir. “... foi algo tão grande, que encheu o rei de admiração. A coisa foi realmente extraordinária e admirável” (John Gill, in loc.).

    Daniel introduziu o que tinha a dizer acerca de sua libertação com uma tipica saudação segundo a cortesia da corte: “Ó rei, vive para sempre”.

    Dn 6:22

    O meu Deus enviou o seu anjo. Deus, o Poder, a Deidade dos judeus, foi o libertador de Daniel, e o anjo foi o Seu instrumento. O anjo tinha o poder de manter os leões tranqüilos e sem vontade de atacar o profeta, e foi isso o que ele fez, conforme se entende pelas palavras “fechou a boca aos leões”. Este versículo ensina a realidade do ministério do anjos. Ver as notas sobre Anjo, no Dicionário, bem como em He 1:14, no Novo Testamento Interpretado:

    Não são todos eles espíritos ministradores enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?

    O fato de Daniel ter sido livrado deveu-se à sua inocência diante de Deus e diante do rei. O rei é que tinha pecado, assinando o ridículo decreto e assumindo uma posição divina, o que não é certo ao homem fazer. Anjos já tinham estado ativos em circunstâncias nas quais os amigos de Daniel estiveram envolvidos (ver Dn 3:28). A história de Daniel na cova dos leões ilustra um dos atos de fé, conforme registra Heb. 11. Ver o vs. 33. Daniel era inocente e leal a Deus, pelo que Deus usou Sua graça para conceder aquele grande milagre. É um exagero fazer aqui do anjo o Cristo pré-encarnado, como se fosse c mesmo anjo que esteve na fornalha ardente. Conforme o versículo com Sl 34:7,Sl 34:10. O poder de Deus fecha a boca do “leão que ruge” (1Pe 5:8).

    Dn 6:23
    Então o rei se alegrou sobremaneira.
    Daniel nunca mais foi sujeitado a abusos. O rei ordenou que tirassem o profeta daquele buraco miserável. Ele não tinha sofrido nenhum dano físico, porquanto havia confiado em seu Deus, na hora de provação. Antes disso, porém, havia demonstrado extraordinário grau de lealdade, pelo que era o tipo de pessoa da qual se podia esperar um milagre. O paralelo, naturalmente, é a história dos três amigos de Daniel que foram libertados da fornalha ardente, e as mesmas qualidades morais governaram os dois incidentes. Conforme Sal. 57:4-6; Sl 91:11,Sl 91:15.

    Este versículo ilustra como o Criador intervém em Sua criação, recompensando e punindo, e também guiando os acontecimentos individuais e nacionais (ver no Dicionário o verbete intitulado Teísmo). Conforme 1Pe 4:19.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Daniel Capítulo 6 do versículo 1 até o 28
    *

    6:1

    Dario. Ver nota em 5.31. Dario, o medo, não aparece nos informes históricos fora das Escrituras, e também não há intervalo de tempo entre Belsazar e Nabonido (5.1, nota) e a ascensão ao trono de Ciro, da Pérsia. Os estudiosos têm sugerido que "Dario, o medo" pode ter sido: um nome oficial para Ciro, o fundador do império persa (v. 28, nota); um título; ou uma designação de Gobrias, um general que foi infiel a Nabucodonosor e se bandeou para Ciro, posteriormente capturando a cidade da Babilônia. Ciro fez de Gobrias o governador dos territórios que os persas tomaram dos babilônios.

    *

    6:3

    nele havia um espírito excelente. Ver 1.17; 4.8 e 5.12.

    *

    6:5

    lei do seu Deus. Os adversários de Daniel sem querer, afirmaram não somente a sua integridade moral, mas também a natureza visível de sua piedade e dedicação ao Deus de Israel.

    *

    6:7

    concordaram. A inverdade dessa declaração era que Daniel também tinha concordado com a proposta. Esses oficiais mostraram-se hipócritas em sua aparente lealdade a Dario. O esquema deles foi a tentativa de manipular o imperador, visando o próprio desígnio deles.

    ... qualquer deus... e não a ti. A proposta pareceria a Dario como uma proposta mais política do que religiosa, servindo para consolidar a sua autoridade sobre territórios recém-conquistados.

    *

    6:8

    segundo a lei dos medos e dos persas. A imutabilidade da lei desses povos irmãos também é confirmada nos escritos extra-bíblicos. O efeito do decreto era criar um conflito, para Daniel, entre a lealdade a Deus e a obediência ao governo humano.

    * 6:10

    punha de joelhos. Ficar em pé pode ter sido uma postura regular em oração (13 23:30'>1Cr 23:30; Ne 9:2-5), enquanto que a posição de orar de joelhos era reservada para circunstâncias de solenidade específica (1Rs 8:54; Ed 9:5; Sl 95:6; Lc 22:41; At 7:60-9.40), por ser um sinal de humildade.

    como costumava fazer. É evidente que os hábitos de oração de Daniel tinham-se tornado públicos.

    *

    6:13

    dos exilados de Judá. Essa identificação étnica de Daniel talvez indique preconceitos contra os judeus, por parte dos outros oficiais de Dario (3.8).

    *

    6:14

    determinou consigo mesmo livrar a Daniel. Dario percebeu imediatamente que ele havia se tornado uma vítima das intrigas de seus próprios oficiais que queriam que Daniel caísse em uma armadilha. A lealdade de Dario a Daniel permaneceu inabalável.

    *

    6:16

    O teu Deus... que ele te livre. Contra sua própria vontade, Dario foi forçado a submeter-se ao decreto. Não obstante, ele confiava que o Deus de Daniel interviria em favor de seu servo fiel.

    * 6:17

    selou-a o rei com o seu próprio anel. Anéis de selar e cilindros de selar eram usados pelos assírios, babilônios e persas. O cilindro de selar era pressionado sobre a argila ainda mole, para deixar nela a marca do proprietário do selo. Romper esses selos era uma violação da lei.

    *

    6:22

    O meu Deus enviou o seu anjo. Possivelmente, embora isso não se faça necessário no contexto, temos aqui uma menção ao Anjo do Senhor. Ver nota em 3.28.

    *

    6:23

    o rei... mandou. Dario podia mandar tirar a Daniel da cova, sem violar o decreto, visto que as exigências da lei se tinham cumprido.

    *

    6:26

    um decreto. Conforme 2.47; 3.28,29; 4.2,3,34-37; 5:18-29. Tal como nas narrativas anteriores, Deus exibiu a sua soberania mediante o controle sobre a natureza e a história, sobre os reinos e os reis. O decreto é um testemunho eloqüente ao "Deus vivo" e seu reino indestrutível. Esse é um reconhecimento oficial ao Deus de Daniel, embora não reflita necessariamente a fé salvífica por parte de Dario.

    *

    6:28

    Daniel, pois, prosperou. Embora o governo imperial tenha trocado de mãos, o favor de Deus sustentou a Daniel e deu prosseguimento à sua autoridade.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Daniel Capítulo 6 do versículo 1 até o 28
    6.1-3 Daniel já tinha mais de oitenta anos e era um dos três altos funcionários do Darío. Estava trabalhando com pessoas que não acreditavam em seu Deus, e era mais eficiente e capaz que outros. O rei pagão se fixou nele, e Daniel ganhou um lugar de respeito. Uma das melhores forma de influenciar aos patrões que não são cristãos é trabalhando bem. Como representa você a Deus ante seu patrão?

    6.4, 5 Os oficiais ciumentos não puderam encontrar nada do que criticar ao Daniel, por isso atacaram sua religião. Se você encontra critica invejosas devido a sua fé, alegre se de que estejam criticando essa parte de sua vida. Possivelmente não achem mais remedeio que concentrar-se em sua religião. Sua resposta deve ser seguir acreditando e vivendo como se deve. Logo recorde que Deus tem as rédeas e está brigando essa batalha por você.

    6:8, 9 Em Babilônia, a palavra do rei era a lei. Entretanto, quando se criava uma lei no império medopersa, nem sequer o rei podia trocá-la. Darío era um bom governante, mas tinha um defeito fatal: era soberbo. Ao apelar a sua soberba, os homens lhe fizeram assinar uma lei em que se autonombraba deus durante trinta dias. Esta lei não podia ser quebrantada nem sequer por um funcionário tão importante como Daniel. Outro exemplo da natureza irrevogável das leis dos medos e persas aparece em Et 8:8.

    6:10 Apesar de que Daniel conhecia a lei contra a oração, seguiu orando três vezes ao dia "como de costume". Daniel tinha uma vida de oração disciplinada. Nossas orações freqüentemente são interrompidas não por ameaças, a não ser simplesmente pela pressão de nossas agendas. Não permita que as ameaças nem as pressões interrompam seu tempo de oração. Ore com regularidade, sem importar o que acontecer, porque a oração é sua conexão vital com Deus.

    6:16 Os leões rondavam a campina e os bosques da Mesopotamia, e os antigos lhes tinham grande respeito. Alguns reis caçavam leões por esporte. Os persas capturavam leões, e os mantinham em grandes parques aonde lhes alimentava e atendia. Também utilizavam aos leões para executar às pessoas. Mas Deus tem formas de liberar a seu povo (6,22) que um nem se imagina. É sempre prematuro ceder antes as pressões dos incrédulos porque Deus tem poderes que desconhecem. Até pode fechar bocas de leões.

    6:16 Até os incrédulos notaram a firmeza do Daniel. Durante sua vida de serviço, Daniel tinha demonstrado fiel devoção a Deus. O que podem os incrédulos dizer de seu vda?

    6.21-23 A pessoa que confia em Deus e lhe obedece é intocável até que Deus a leve. Confiar em Deus equivale a ter uma paz imensurável. Deus, que liberou ao Daniel, liberará-o a você. Confia nele até a morte?

    6.25-27 Nabucodonosor acreditou em Deus pela fidelidade do Daniel e seus amigos. Darío também estava convencido do poder de Deus devido a que Daniel foi fiel e Deus o resgatou. Apesar de que Daniel estava cativo em uma terra estranha, sua devoção a Deus foi um testemunho ante capitalistas governantes. Se você se encontrar em lugares novos, aproveite a oportunidade para falar do poder de Deus em sua vida. Seja fiel a Deus para que Deus possa utilizá-lo para alcançar a outros.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Daniel Capítulo 6 do versículo 1 até o 28
    F. Daniel na cova dos leões (6: 1-28)

    A estreita tie-up Dt 6:1)

    1 Pareceu bem a Dario constituir sobre o reino cento e vinte sátrapas, que estivessem por todo o reino; 2 e sobre eles três presidentes, dos quais Daniel era um; que estes sátrapas dessem conta-lhes, e que o rei não sofresse dano. 3 Então o mesmo Daniel se destaque principalmente os presidentes e os sátrapas, porque havia um espírito excelente nele; eo rei pensava constituí-lo sobre todo o reino.

    O problema de Dario, o medo é um dos mais difíceis no livro de Daniel. Ele tem desafiado os comentaristas para as idades, porque a história secular conhece ninguém com esse nome. Estudiosos liberais têm usado o problema para desacreditar o livro e justificar a sua datação do material no tempo dos Macabeus. A sua atitude é bem expressa por HH Rowley:

    A alegação do Livro de Daniel para ser uma obra de história, escrito por um bem informado contemporâneo, é quebrado além do reparo por essa ficção de Dario, o Medo.

    Por outro lado, João C. Whitcomb tomou um olhar cuidadoso sobre os textos antigos e apresentou uma defesa da posição conservadora, histórica, que é acadêmico e aceitável. Whitcomb identifica Dario, o Medo com Gubaru, a quem Cyrus nomeado "governador da Babilônia e da região além do rio." Este Gubaru não é a mesma pessoa que Ugbaru, o general de Ciro, que capturou a cidade de Babilônia para o governante persa. Na Crônica de Nabonido há dois nomes mencionados, sendo que ambos foram traduzidas como Gobryas pelos tradutores anteriores. Whitcomb tem se destacado entre os dois, observando que Gubaru foi feito governador da Babilônia, a província entre os rios, onde exerceu poderes régios. Esta identificação é mais sugestivo e harmoniza bem com tudo o que é mencionado sobre Dario, o medo no livro de Daniel (nota Dn 5:31 ; Dn 6:1:. 1f ; Dn 9:1)

    4 Então os presidentes e os sátrapas procuravam achar ocasião contra Daniel a respeito do reino; mas não podiam achar ocasião ou culpa, porque ele era fiel, e não houve qualquer erro ou falha encontrado nele. 5 Então estes homens disseram: Nunca acharemos ocasião alguma contra este Daniel, se não a procurarmos contra ele o lei do seu Dt 6:1)

    10 Quando Daniel soube que o edital estava assinado, entrou em sua casa (agora suas janelas estavam abertas em seu quarto em direção a Jerusalém); e ele punha de joelhos três vezes por dia, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer. 11 Então aqueles homens foram juntos, e acharam a Daniel orando e suplicando diante do seu Dt 12:1 Então aqueles homens foram juntos ao rei, e disse ao rei: Sabe, ó rei, que é uma lei dos medos e persas que nenhum interdito ou decreto que o rei estabelecer, se pode ser alterado.

    Vida de oração de Daniel é conhecido não só neste capítulo, mas ao longo do livro. Daniel orou corporativamente (Dn 2:17 ), privada (Dn 6:10 ), sinceramente (Dn 9:3 ), e poderosamente (Dn 10:12 ).

    O versículo 10 não deve ser interpretado no sentido de deliberada, desobediência desafiadora, mas que, no seu tempo regular de oração Daniel foi encontrado de joelhos. Sua vida de oração é ainda descrito como particular, ele entrou em sua casa ;modelado, três vezes ao dia ; de louvor, e dava graças diante do seu Deus e humilde, ele punha de joelhos. É este tipo de oração que é poderoso com Deus. Daniel sabia que ele deve gastar tempo em oração se ele fosse para ter poder para a crise que estava por vir. Portanto, ele não deixou de fora a hora e local de devoção pessoal, embora possa parecer que ele teria evitado o conflito ao fazê-lo. Nada pode substituir a comunhão com Deus.

    Os inimigos de Daniel estavam na mão para ver e ouvi-lo orar. Ele enfrentou Jerusalém, um costume entre os judeus do exílio. Então, com a palavra de mais de uma testemunha, os inimigos se apressou para o rei com o relatório.

    Porventura não assinaste um interdito? Desde há alguns dias se passaram, eles lembraram o rei do que tinha sido feito. O lembrete iria garantir a sua aprovação continuou antes que saltou sobre ele o nome do autor do crime. O rei lembrou-se e observou que a lei não poderia ser alterado.

    Daniel caso de ti não. A primeira acusação era difamar o relacionamento de Daniel com o rei; em seguida, eles passaram a acusá-lo sobre a lei quebrada: ele faz a sua oração, três vezes por dia. Mesmo inimigos de Daniel sabia quantas vezes ele orou; não havia nada de segredo sobre sua vida devocional.

    Darius estava indignado, que significa "muito angustiado", pois ele era amigável para Daniel. Ele trabalhou durante todo o dia para resgatá-lo, o que significa que ele colocou muitas coisas em movimento para efetuar uma mudança na situação; mas sem sucesso.

    4. Proteção de Deus (6: 16-24)

    16 Então o rei deu ordem, e trouxeram Daniel, e lançaram-no na cova dos leões. Agora falou o rei, disse a Daniel: O teu Deus, a quem tu continuamente serves, ele te livrará. 17 E uma pedra foi trazida e posta sobre a boca da cova; eo rei a selou com o seu anel e com o anel dos seus senhores; que nada pode ser mudado a respeito Dn 18:1 ). Daniel foi capaz de acreditar, porque ele estava morando em um relacionamento correto com Deus e os homens.

    Proteção de Deus se estendia do presente para o futuro, por ocasião da libertação de Daniel, o rei ordenou, e os inimigos de Daniel com suas famílias foram lançados na cova dos leões. Os críticos zombam isso, dizendo que os leões devem ter refeições tiveram nos próximos meses uma vez que os inimigos de Daniel foram um grande grupo entre os presidentes e os sátrapas. No entanto, é mais razoável pensar que apenas os líderes dos acusadores estavam tão castigado. Há pouco a ser adquirida através da leitura para a conta mais do que se afirma.

    Praise 5. Dario (6: 25-28)

    25 Então o rei Dario escreveu a todos os povos, nações e línguas que moram em toda a terra: Paz vos seja multiplicada. 26 Faço um decreto, pelo qual em todo o domínio do meu reino os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel; porque ele é o Deus vivo, e permanece para sempre, eo seu reino tal, que não será ele destruiu; e seu domínio durará até o fim. 27 Ele livra e salva, e opera sinais e maravilhas no céu e na terra; foi ele quem livrou Daniel do poder dos leões.

    28 Portanto, este Daniel prosperou no reinado de Dario, e no reinado de Ciro, o persa.

    Darius foi sempre cordial em direção a Daniel. Com a libertação de seu conselheiro de confiança, o rei enviou uma carta de proclamação em todo o reino. A carta, que é chamado de um decreto, exortou os homens a tremer e medo perante o Deus de Daniel.O pensamento é que eles devem respeitar esta divindade junto com os outros a quem eles adoram. É evidente que Darius não se tinha retirado seu politeísmo, mas ainda foi condenado por suas crenças anteriores. No entanto, ele deu seis razões para impelir esta solicitação sobre os homens: (1) Deus é viva ; (2) Seu reino é eterno; (3) Seu domínio é até o fim ; (4) Ele livra e salva ; (5) Ele opera sinais e maravilhas ; e (6) Ele livrou Daniel do poder dos leões. A divindade que pode fazer essas obras poderosas deve ser respeitado mesmo por homens que não o conheço. Darius ficou impressionado, mas não convertido.

    O versículo 28 sugere que Daniel tinha mais alguns anos de serviço público após este tempo, pois ele prosperou em o reinado de Dario, até mesmo para o reinado de Ciro, o persa. A última frase fala do retorno de Ciro para a Babilônia depois de suas conquistas e seu reconhecimento como rei de todo o império. É significativo que a última visão de Daniel é datado no terceiro ano do reinado de Ciro (Dan. 10: 1 ). Enquanto não temos nenhum registro, é provável que Daniel faleceu durante o reinado de Ciro, ou a de seu filho, Cambises, tendo vivido uma vida longa e útil.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Daniel Capítulo 6 do versículo 1 até o 28
    Esse capítulo relata um dia na vida do primeiro-ministro do Império Medo-Persa — o amado Daniel. Lembre-se que, nesse capítulo, Da-niel não é mais um adolescente, mas um homem na casa das.80 anos. Isso apenas comprova que a idade não é impedimento para servir a Cristo nem proteção contra tentações e provações. Daniel é fiel ao Senhor até a idade avançada, porque foi um jovem de fé e oração.

    1. A devoção do alvorecer

    Como o primeiro-ministro iniciava cada dia? Ele orava ao Senhor. Da-niel 6:10 informa que Daniel orava três vezes por dia em um "quarto de oração" no andar de cima de sua casa. Sl 55:17 anuncia: "À tar-de, pela manhã e ao meio-dia, farei as minhas queixas e lamentarei". Assim, Daniel iniciava o dia com o Senhor — e isso era algo bom. O inimigo estava em ação, e Daniel; enfrentaria um dos maiores testes de sua vida. Nosso Senhor aconselha: "Vigiai e orai". A oração não era algo acidental na vida de Daniel; era a coisa mais essencial. Ele tinha um local especial e horários espe-ciais para orar e, tenha certeza, ele conversava com o Senhor durante todo o dia. Não é de espantar que o Senhor o tenha chamado de "mui amado" (9:23; 10:11,19), expressão que, no Novo Testamento, ele reser-va para seu Filho. O caminhar fiel e a vida consistente de oração tor-naram Daniel um dos "filhos ama-dos" de Deus (leia com atenção Jo 14:21-43). Como é importante iniciar o dia com o Senhor. Abraão tinha esse hábito (Gn 19:27); assim como Davi (Sl 5:3) e nosso Senhor Jesus Cristo (Mc 1:35).

    II. O logro matinal (6:1-9)

    Deus honrou Daniel por sua fideli-dade, de modo que ele era pratica-mente o segundo governante da ter-ra. Na verdade, havia 124 pessoas envolvidas na liderança da terra: Dario, o rei, os três presidentes (sendo Daniel o primeiro) e 120 príncipes. Dario estava tão impres-sionado com Daniel que planejava torná-lo o segundo governante ofi-cial. O engrandecimento de Daniel na Babilônia comprova que o cren-te não precisa fazer concessões para ser bem-sucedido (Mt 6:33).

    Os outros 122 líderes não esta-vam muito satisfeitos com o sucesso de Daniel. Por um motivo: ele era judeu. Satanás sem-pre odiou os judeus e fez de tudo para persegui-los e eliminá-los. O perverso sempre odeia o justo. Com certeza, o devoto Daniel era hones-to e tomava muito cuidado com os assuntos do Estado, mas os outros líderes roubavam do rei e acoberta-vam seus furtos com contas falsas.

    Por isso, Dario reorganizou o gover-no a fim de "não ter prejuízo" (per-da). Os maus mentiram a respeito do povo de Deus. Eles disseram a Dario que todos os presidentes con-cordaram com o plano (v. 7), con-tudo Daniel não foi consultado. Como Dario foi insensato ao assinar um decreto sem consultar seu me-lhor presidente. Mas a história mos-tra que Dario deixava-se influenciar com facilidade pela lisonja.

  • A decisão noturna (6:10-13)
  • Daniel foi um dos primeiros a sa-ber sobre o novo decreto, e ele tinha de decidir o que fazer. Sem dúvida, seu caráter piedoso e seu caminhar espiritual já tinham deci-dido por ele: serviria ao Senhor e oraria a Jeová como sempre fizera. Ele poderia dar desculpas e fazer concessões. Poderia pensar: Todos estão fazendo isso. Além disso, ele era um homem idoso que servira fielmente ao Senhor durante toda a sua vida. Uma pequena concessão no final de sua vida não faria muito estrago. Afinal, ele não seria mais útil ao Senhor vivo do que mor-to? Não. Daniel recusou-se a fazer concessões. Antes, ele escolheu ser comido peIos~7êões a perdeF um - momento de oração/

    Os inimigos estavam vigiando quando Daniel foi para seu quarto de oração, em que as janelas ficavam sempre abertas ("Orai sem cessar."), e eles viram o ancião ajoelhar-se e levantar as mãos em direção a Je-rusalém. Eles o tinham pego. Toda-via, Daniel tinha o coração em paz. Ele estava orando, fazendo ações de graças e súplicas, e essa é a fórmula para encontrar paz (Fp 4:6-50). Essa oração não era por causa de um momento de crise. Daniel costuma-va orar desde adolescente. É sábio começar a formar hábitos espirituais desde jovem.

  • O desapontamento do entardecer (6:14-17)
  • O rei percebeu como fora insensa-to, mas mesmo seu poder e riqueza não podiam mudar a lei dos medos e dos__pgrsas. Deus não queria que Dario livrasse Daniel, esse era um privilégio que ele reservava para si mesmo. Daniel também não depen-dia do rei (Sl 146:1-19). Havia muito tempo, ele aprendera a confiar no Deus vivo. O Senhor não queria sal var Daniel. Ele queria tirá-lo dela.

  • A libertação noturna (6:18-23)
  • Que contraste entre o rei no palácio e Daniel na cova dos leões! Dario não tinha paz, contudo Daniel es-tava perfeitamente em paz consigo mesmo, com o Senhor e com os leões. Daniel estava em um lugar totalmente seguro, pois o Senhor estava lá com ele. Dario poderia ser morto por algum inimigo ali em seu quarto. Dario trabalhara nos dias anteriores para salvar Daniel do jul-gamento, no entanto ele não podia descumprir sua própria lei. Daniel apenas falou com o Deus do univer-so e recebeu todo o poder de que precisava para enfrentar a cova dos leões. De todas as maneiras, Daniel reinava como um rei, enquanto Da-rio era escravo.

    Foi a fé de Daniel no Senhor que o libertou (6:23; He 11:33). É surpreendente que ele tivesse qual-quer fé depois de viver em uma ter-ra pagã e idólatra por tantos anos. O segredo disso era sua comunhão diária com o Senhor. Ele tinha fé e foi fiel. Veja Salmos 1:8-1 7-24.

    Hoje, os cristãos enfrentam muitas tentações que os seduzem a fazer concessões e, com freqü- ência, parece que o caminho mais "seguro" é_seguhi^jriu]tidão. Con-tudo, esse é o caminho mais peri-goso. O único lugar realmente se-guro é a vontade do Senhor. Daniel sabia que era errado adorar o rei e orar a ele porque conhecia a Palavra de Deus. Ele preferia morrer obedecendo à Palavra do Senhor a viver fora da vontade dele. Sata-nás vem como um leão que ruge (1Pe 5:8-60), mas o Senhor liberta- nos se for para a glória dele. Nem sempre a vontade do Senhor é li-bertar seus filhos do perigo. Muitos cristãos deram a vida no lugar onde serviam. Mas que recompensa eles receberam! Leia Ap 2:10 com atenção.

  • A destruição matinal (6:24-28)
  • Nossa alma revolta-se ao pensamento de famílias inteiras, mesmo crianças, serem lançadas aos leões. No entan-to, essa era a lei da terra, a mesma lei que esses homens perversos ten-taram usar contra Daniel. Sem dúvi-da, foi trágico que os filhos inocentes deles tivessem de sofrer, entretanto essas eram as medonhas penalidades para o pecado. Cremos que as crian-ças que ainda não pudessem prestar contas de seus atos iam para o Se-nhor. Deus sempre vindica os seus. "O justo é libertado da angústia, e o perverso a recebe em seu lugar" (Pv 11:8). Leia Sl 37:1-19 se estiver sofrendo perseguição e tiver dúvidas sobre se Deus se importa com isso e creia nele da mesma forma que Da-niel confiou.

    Agora, sabemos por que Deus permitiu que Daniel passasse por essa experiência (vv. 25-27). Isso trouxe grande glória ao nome dele. Pedro devia ter Daniel em mente quando o Espírito levou-o a escrever 1Pe 3:10-60. Sempre que os cris-tãos vencem a tentação, eles glorifi-cam ao Senhor, mesmo que apenas os anjos e os demônios assistam a isso. Que nós, como Paulo, deseje-mos que Cristo seja engrandecido em nosso corpo, "quer pela vida, quer pela morte" (Fp 1:20).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Daniel Capítulo 6 do versículo 1 até o 28
    6.1 Dario. Era um título além de ser um nome próprio, e parece que deriva das palavras persas para "Senhor" e "Rei". Quem entrou na cidade da Babilônia naquela noite de festa foi Ciro, que mais tarde passou a ser rei; Ez 6:28. Sobre o reino. Parece que aqui não se trata do império dos medos e dos persas, mas sim do reino da Babilônia que agora, fazia parte do império. Sátrapas. Pequenos governadores locais da província.

    6.2 Dano. Perda de impostos, que os 120 oficiais tinham a cobrar.

    6.3 Sobre todo o reino. Como governador geral da Babilônia.

    6.4 Procuravam ocasião. A história ensina-nos que eles tinham traído seu próprio rei abrindo as portas para os invasores. Não quiseram, portanto, que um favorito da velha família real regesse.

    6.5 Na lei do seu Deus. Procuravam um pretexto religioso. • N. Hom. O homem, sendo cínico, se entrega às ambições de Satanás, "o acusador dos irmãos"; que a própria virtude de sua vítima é considerada motivo justo para liquidá-la. Assim é que os fariseus fizeram com Jesus Cristo e assim é que o pecado dominando a carne faz com a lei de Deus (Rm 7:8-45). A mais angustiosa perseguição que o crente tem que enfrentar é justamente o plano dos homens de fazer sua virtude entrar em choque com o ambiente.

    6.7 Este decreto, que parece ter sido destinado a lisonjear o rei e voltar os olhos de todos para ele, é tão inocente, comparado com o decreto emitido pelo rei Nabucodonosor (3.15), que ele assinou.
    6.8 Lei dos medos e dos persas. O próprio rei era escravo da lei que assinava; isto era o costume do novo império. Se a lei maliciosamente atingisse ao favorito do monarca, Daniel, não haveria meios deste livrá-lo, como se verifica nos, vv. 12-16.

    6.10 Quando soube. Percebia que a lei fora planejada a atingir sua pessoa, pois jamais se envergonhara de adorar a Deus; os perigos da hora não abalariam aquele que até então fora fiel. Da Banda de Jerusalém. O que conservou o fervor religioso do povo na cidade estrangeira foi a esperança da restauração de Jerusalém e da vitória final da religião verdadeira (Ez 40 até 48).

    6.12 Que se não pode revogar. O rei não pode escapar à lei que vai condenar ao seu oficial favorito. Ainda não sabe de quem se trata.

    6.13 Não faz caso de ti. Uma mentira covarde, veja 3.12.

    6.16 Leões. Os persas adoravam o fogo; tinham meios de executar aos réus sem empregar a fornalha (3.6).

    6.22 Anjo. Compare 3.25. Inocência. Fé perante Deus, fidelidade para com o rei. O respeito mútuo foi sincero, vv. 16, 18, 20, 23.

    6.23 Porque crera no seu Deus. O próprio pagão não podia negar que houvera um milagre pelo qual justificou a fé do seu servo.

    6.24 Esmigalharam. Não haja dúvida de que os leões eram mesmo ferozes. Triste é a sorte da vítima da maledicência - muitíssimo pior é o castigo final dos falsos acusadores dos filhos de Deus.

    6.26 Decreto. Comp. Ez 3:29;Ez 4:1-27; Ez 5:29. As proclamações que os líderes civis têm feito em favor da religião pouco efeito fazem.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Daniel Capítulo 6 do versículo 1 até o 28
    VI. DANIEL NA COVA DOS LEÕES (6:1-28)

    1) Uma nova administração (5.31—6.5)
    5.31. Dario, o medo continua uma personagem problemática; v. Introdução, “Daniel e a história: 4”. Outras fontes citam Ciro como o que conquistou a Babilônia, dando-lhe em torno de 62 anos de idade na ocasião. 6.1. Os cento e vinte sátrapas causam um problema também, pois o número dado por registros persas e gregos está entre 20 e 30.

    Alguns autores gregos aplicam o termo vagamente a altos oficiais em geral, um uso visto por muitos eruditos aqui, comparando com as 127 províncias de Et 1:1, e observando o seu lugar depois de “prefeitos” no v. 7. Nada se sabe de detalhes da administração de Ciro. v. 2. três supervisores', essenciais na supervisão de um grupo tão grande, v. 35. O que pesou mais do que a associação de Daniel com o regime deposto foi a sua integridade e suas habilidades incomuns aos olhos do rei, e isso compreensivelmente suscitou o ciúme dos outros oficiais. A única forma de ataque deles consistia nas convicções pessoais de Daniel, chamadas de a lei do Deus dele, e “lei” é a palavra discutida no v. 8.


    2) A conspiração (6:6-9)

    O governo persa estimulava as religiões dentro das suas fronteiras, e a dinastia adorava Ahura-Mazda, conforme os ensinos de Zoroastro (seus descendentes atuais são os parses). O rei tinha funções sacerdotais em virtude do seu ofício; seria necessária a intervenção de altas autoridades para modificar a norma. Por isso, os inimigos de Daniel agiram com muita astúcia. Eles lisonjearam o rei ao evitar que qualquer pessoa fizesse um pedido que não fosse por intermédio dele, produzindo assim uma demonstração da autoridade dele em todas as esferas; os seus delegados seriam impotentes, como também os seus sacerdotes, sendo o rei o único mediador com o céu. Um prazo de 30 dias seria tempo suficiente para os conspiradores, e tornaria a proposta mais aceitável ao rei, pois não se estaria introduzindo um costume novo. Nesse período, o decreto seria obrigatório conforme a lei dos medos e dos persas, que não pode ser revogada. O uso de uma palavra persa para “lei”, dat, pode sugerir um conceito novo, talvez essa qualidade da irrevogabilidade; ela já foi usada acerca da lei de Deus (v. 5) e do decreto de Nabucodonosor (2.9 etc.), e é regularmente usada em Esdras e Ester. Recentemente, essa palavra foi encontrada numa inscrição aramaica pela qual o sátrapa da Lícia estabeleceu uma nova religião, conferindo às suas orientações o status de lei.


    3)    A execução (6:10-18)
    Sem se intimidar, Daniel continuou as suas devoções diárias de oração e adoração. Os seus inimigos observaram isso e o acusaram, suprimindo todos os seus aspectos positivos, destacando a sua origem de exilado estrangeiro. Dario percebeu que eram inflexíveis. Comentaristas citam um relato de Dario III que sentenciou um homem à morte: “imediatamente ele se arrependeu e se culpou por ter cometido um grande erro, mas não era possível desfazer o que havia sido feito por autoridade real” (Diodorus Siculus, Histórias 17.30). Tudo o que o rei podia fazer era esperar que o objeto da fé e das convicções de Daniel demonstrasse o seu valor, v. 16. cova dos leões-, os animais eram mantidos para que os reis pudessem caçar e matar, demonstrando assim o seu poder régio. E provável que a cova tenha sido uma caverna com uma pequena abertura no topo para introduzir o alimento etc. e um alçapão num ponto mais abaixo para a saída dos leões, com uma pedra [...] o rei a selow. o rei e seus oficiais estavam envolvidos, de modo que ninguém poderia interferir.


    4)    A vindicação (6:19-28)
    A simpatia do rei por Daniel o dominava; se Daniel estava seguro, seria somente pelo poder do Deus vivo (v. 20). v. 21. A resposta educada de Daniel é quase irônica: Daniel estava vivo, apesar do édito do rei, em virtude da intervenção do seu Deus; somente ele poderia dar vida longa aos vivos! v. 22. fui considerado inocente', de forma nenhuma, ele foi desleal ao rei, pois, ao recusar uma ordem errada, estava servindo bem ao rei. v. 24. Os acusadores foram castigados na forma que tinham maquinado para Daniel, os homens podem ser todos ou alguns dos 120 sátrapas; junto com as suas mulheres e os seus filhos está em concordância com a prática dos registros persas; a família é quem mais pode se beneficiar das atividades de um criminoso, e é a mais propensa a imitá-lo (conforme Et

    9:7-10; Js 7:24-6). v. 26,27. O novo decreto de Dario faz eco ao de Nabucodonosor em 4.3,34,35, colocando o Deus de Daniel acima de todos os outros com base na experiência. permanece (aram. qayyãm) mais tarde se tornou um título comum para Deus em círculos judeus e samaritanos. Ironicamente, a palavra aramaica está associada ao conceito de “estabelecer”, usado nos v. 8 e 15 a respeito do édito real que Deus acabara de derrubar, v. 28. Dario [...] Ciro: apresenta uma dificuldade histórica tratada na 1ntrodução, “Daniel e a história: 4”; talvez seria melhor ler “Dario, isto é, o reinado de Ciro” (nota de rodapé da NVI).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Daniel Capítulo 6 do versículo 1 até o 28

    Dn 6:1, Jo 21:19; At 7:1; 1Pe 4:12, 1Pe 4:13; I Jo 3:12; Ap 1:9; Ap 13:1).

    O capítulo começa explicando a posição de destaque que Daniel tinha na Babilônia (vs. Dn 6:1-3). Logo a seguir fala-se de uma conspiração contra a sua vida (vs. Dn 6:4-9). Segue-se a oração modelo de Daniel (vs. Dn 6:10, Dn 6:11), depois a narrativa do sucesso aparente da conspiração (vs. Dn 6:11-17). O capítulo continua com a surpreendente resposta divina à oração e o fracasso da conspiração (vs. Dn 6:18-28).


    Moody - Comentários de Daniel Capítulo 6 do versículo 18 até o 28


    5) A Espantosa Resposta à Oração de Dn 6:18-28.

    Se Daniel orou por si mesmo, então os versículos 21:23 descrevem a resposta; se foi pelo rei, então o versículo 16 da seção anterior mostra a operação divina no seu coração; se pela glória de Deus, então os versículos 24:28 dão a resposta. A fé zoroastriana do rei era o ponto mais próximo do monoteísmo ético judeu que o paganismo conseguiu alcançar. Esta declaração traduz-se quase como se ele tivesse contribuído para o desenlace. Deus foi glorificado pela destruição dos Seus inimigos, pela confissão do rei e pela recompensa do Seu servo.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Daniel Capítulo 6 do versículo 1 até o 28
    Dn 6:3

    Dario nomeou 120 "sátrapas" ou "protetores-do-reino" para cuidar do novo país conquistado. Essa declaração não está fora de harmonia com a história secular. Desde que Daniel se distinguiu em sua posição (3), a inveja apareceu entre os outros e procuraram um meio de destruí-lo. Foram Juntos (6); essa frase pode ser melhor traduzida como "foram pactuados", isto é, agiram em harmonia. Fazer uma petição (7), isto é, um pedido religioso, visto que o rei seria considerado como único representante da deidade. Muitos críticos, por considerarem impossível tal ação durante os dias dos reis persas, acreditam que esse relato não é histórico. Entretanto, apesar de que possa haver certas dificuldades no relato, ao mesmo tempo o rei bem poderá ter sido vencido pela sutil lisonja da proposta e tenha cedido a ela. A insensata e iníqua decisão do rei, porém, não levou Daniel a ser infiel a Deus. Tendo continuado a orar (10), Daniel não se tornou culpado de ostentação, mas evidentemente assim orava para que pudesse ser visto somente por aqueles que desejavam espioná-lo.

    Tem sido levantada objeção contra o relato da cova dos leões, objeção essa edificada sobre a premissa de que a cova deve ter sido construída de maneira particular. Com toda a probabilidade havia uma abertura no alto, pela qual Daniel foi baixado na cova e pela qual mais tarde o rei falou com Daniel e, igualmente, uma abertura em um dos lados, pela qual as feras eram alimentadas. Provavelmente foi esta última entrada que foi fechada pela pedra e pelo selo; a abertura pelo alto evidentemente era alta demais para permitir que qualquer homem escapasse por ela. Na punição dos acusadores (24) não precisamos assumir, como no caso de alguns comentaristas, que 120 sátrapas juntamente com suas esposas e filhos, foram projetados na cova. O grupo de acusadores provavelmente era pequeno, e somente esses, como instigadores do ataque contra Daniel, indubitavelmente foram os únicos castigados. Note-se a frase aqueles homens que tinham acusado (isto é, caluniado) Daniel (24), que parece destacar os culpados dos restantes. Não é preciso imaginar que o autor desse nobre relato tenha introduzido um absurdo, afirmando que todos, os sátrapas e suas famílias foram lançados na cova e tivessem caído no poder dos leões antes de chegar ao fundo da cova.

    >Dn 6:28

    A exatidão do relato deve ser frisada, visto que, de acordo com o costume persa, os parentes de um homem eram punidos por causa de seu crime. O capítulo termina com uma declaração sobre a prosperidade de Daniel no reinado de Dario, e no reinado de Ciro, o persa (28). A designação de Ciro mostra que ele era de diferente descendência real da de Dario, que era medo. Entretanto, o reino sobre o qual ambos reinavam, era o mesmo; não houve primeiramente por um medo e então por um persa.


    Dicionário

    Cedo

    advérbio Que ocorre antes do tempo; que acontece antes do combinado.
    De manhã; ao raiar do dia: ela precisa acordar cedo para ir à escola.
    De curta duração; que ocorre num espaço curto de tempo; depressa: cedo aparecerão os arrependimentos.
    Etimologia (origem da palavra cedo). Do latim cito.

    Cova

    substantivo feminino Abertura no terreno, escavação profunda, caverna.
    Abertura feita para plantar árvore, lançar semente etc.
    Abertura que se faz nos cemitérios para enterrar os mortos.
    [Brasil] Elevação de terreno em que se planta a maniva da mandioca.

    substantivo feminino Abertura no terreno, escavação profunda, caverna.
    Abertura feita para plantar árvore, lançar semente etc.
    Abertura que se faz nos cemitérios para enterrar os mortos.
    [Brasil] Elevação de terreno em que se planta a maniva da mandioca.

    Cova
    1) Buraco na terra (Js 10:16); (Mt 12:11)

    2) Sepultura (33:22).

    Levantar

    verbo transitivo direto e pronominal Pôr ao alto; erguer: levantar uma mesa; levantou-se do sofá.
    verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Erguer do chão; dar mais altura a; apanhar, hastear: levantar uma casa, uma bandeira; levantou um muro na sala; o carro não se levanta sozinho!
    verbo transitivo direto e intransitivo Aumentar a intensidade de; reforçar: levantou a voz; sua voz levantou.
    verbo bitransitivo Levar na direção mais alta; elevar: levantar a cabeça para ver melhor.
    verbo transitivo direto Expor como uma ideia; sugerir: levantar questões.
    Espalhar em várias direções; dispersar: o carro levantou muita poeira.
    Incentivar uma rebelião; revoltar: discursos inflamados levantaram o povo.
    Reunir em grande quantidade; arrecadar: levantar recursos para a igreja.
    Passar a possuir; receber: foi ao banco e levantou vultosa soma.
    Dar por findo; encerrar: levantar a sessão.
    Elogiar muito algo ou alguém; enaltecer: levantou seus feitos no livro.
    Elevar-se nos ares (o avião); voar: levantar voo.
    verbo intransitivo Deixar de chover: o tempo levantou.
    verbo pronominal Pôr-se de pé; erguer-se; acordar: levanto-me cedo.
    Voltar a ter boa saúde: levantei-me depois daquela doença.
    Exaltar-se; manifestar-se: a opinião pública facilmente se levanta.
    Levantar-se contra alguém; insultar: meu filho se levantou contra mim.
    Erguer-se no horizonte: o Sol ainda não se levantou.
    verbo transitivo direto predicativo Eleger uma pessoa em detrimento dos demais: Canudos levantou Antônio Conselheiro seu líder.
    Etimologia (origem da palavra levantar). Do latim levantare, "erguer".

    Leões

    leão | s. m. | s. m. pl.
    Será que queria dizer leões?

    le·ão
    (latim leo, -onis)
    nome masculino

    1. [Zoologia] Mamífero (Panthera leo) carnívoro da família dos felídeos.

    2. Figurado Indivíduo de grande coragem.

    3. Figurado Pessoa intratável. = FERA

    4. Figurado Namorador jactancioso ou feliz.

    5. [Informal] Adepto, jogador ou membro do Sporting Clube de Portugal. = SPORTINGUISTA

    6. [Astrologia] Signo do Zodíaco, entre Caranguejo e Virgem. (Geralmente com inicial maiúscula.)

    7. [Heráldica] Figura de leão.


    leões
    nome masculino plural

    8. [Desporto] Equipa do Sporting Clube de Portugal.

    Feminino: leoa.

    Manhã

    substantivo feminino Período de tempo ou parte inicial do dia (entre o nascer do Sol e o meio-dia).
    As primeiras horas do dia; amanhecer.
    Período de tempo que vai da meia-noite ao meio-dia; madrugada: cinco horas da manhã.
    Figurado Aquilo que dá início a; o principio; começo: manhã de uma nova vida.
    De manhãzinha. Muito cedo.
    De manhã. Que ocorre ou poderá acontecer entre o amanhecer e o meio-dia: viajaram de manhã.
    De manhã cedo. Nas horas iniciais do dia.
    Pela manhã. Que ocorre ou poderá acontecer entre o amanhecer e o meio-dia: eles chegarão pela manhã.
    Etimologia (origem da palavra manhã). Do latim maneána.

    substantivo feminino Período de tempo ou parte inicial do dia (entre o nascer do Sol e o meio-dia).
    As primeiras horas do dia; amanhecer.
    Período de tempo que vai da meia-noite ao meio-dia; madrugada: cinco horas da manhã.
    Figurado Aquilo que dá início a; o principio; começo: manhã de uma nova vida.
    De manhãzinha. Muito cedo.
    De manhã. Que ocorre ou poderá acontecer entre o amanhecer e o meio-dia: viajaram de manhã.
    De manhã cedo. Nas horas iniciais do dia.
    Pela manhã. Que ocorre ou poderá acontecer entre o amanhecer e o meio-dia: eles chegarão pela manhã.
    Etimologia (origem da palavra manhã). Do latim maneána.

    Manhã Expressão que se refere à quarta vigília da noite — de 3 a 6 horas — (Mt 16:3; 20,1; 21,18; 27,1; Mc 1:35; 11,20; 13 35:15-1; 16,2.9; Jo 18:28; 20,1; 21,4).

    Pressa

    pressa s. f. 1. Ligeireza, rapidez, velocidade. 2. Necessidade de se apressar. 3. Azáfama. 4. Precipitação, irreflexão. 5. Urgência. 6. Impaciência. 7. Aflição, aperto. À p. ou às pressas: apressadamente, precipitadamente, rapidamente.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Daniel 6: 19 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Ao alvorecer, ao romper do dia, levantou-se o rei, e foi com pressa à cova dos leões.
    Daniel 6: 19 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    539 a.C.
    H116
    ʼĕdayin
    אֱדַיִן
    então
    (Then)
    Advérbio
    H1358
    gôb
    גֹּב
    ()
    H1768
    dîy
    דִּי
    quem, o qual, que indicação do genitivo
    (forasmuch)
    Partícula
    H236
    ʼăzal
    אֲזַל
    ir, partir
    (they went up)
    Verbo
    H4430
    melek
    מֶלֶךְ
    para o rei
    (to the king)
    Substantivo
    H5053
    nôgahh
    נֹגַהּ
    finalizar, levar a um fim, fechar
    (having died)
    Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - Masculino no Singular genitivo
    H6966
    qûwm
    קוּם
    levantar, estar de pé
    (rose up)
    Verbo
    H744
    ʼaryêh
    אַרְיֵה
    o que tem sido desde o começo, original, primeiro, antigo
    (ancients)
    Adjetivo - Dativo Masculine Plural
    H8238
    shᵉpharphar
    שְׁפַרְפַר
    ()
    H927
    bᵉhal
    בְּהַל
    (Pual) amedrontar, alarmar, assustar
    (in haste)
    Verbo


    אֱדַיִן


    (H116)
    ʼĕdayin (ed-ah'-yin)

    0116 אדין ’edayin (aramaico) ed-ah’-yin

    de derivação incerta; DITAT - 2558; adv

    1. então, depois, imediatamente, desde então

    גֹּב


    (H1358)
    gôb (gobe)

    01358 גב gob (aramaico)

    procedente de uma raiz correspondente a 1461; n m

    1. cova, covil (de leões)

    דִּי


    (H1768)
    dîy (dee)

    01768 די diy (aramaico)

    aparentemente procedente de 1668; DITAT - 2673 part de relação

    1. quem, o qual, que indicação do genitivo
    2. aquele que, o que pertence a, aquilo conj
    3. que, porque

    אֲזַל


    (H236)
    ʼăzal (az-al')

    0236 אזל ’azal (aramaico)

    o mesmo que 235; DITAT - 2565; v

    1. ir, partir
      1. (Peal) ir, partir

    מֶלֶךְ


    (H4430)
    melek (meh'-lek)

    04430 מלך melek (aramaico)

    correspondente a 4428; DITAT - 2829a; n m

    1. rei

    נֹגַהּ


    (H5053)
    nôgahh (no'-gah)

    05053 נגה nogahh (aramaico)

    correspondente a 5051; DITAT - 2847; n f

    1. brilho, luz do dia

    קוּם


    (H6966)
    qûwm (koom)

    06966 קום quwm (aramaico)

    correspondente a 6965, grego 2891 κουμι; DITAT - 2968; v.

    1. levantar, estar de pé
      1. (Peal)
        1. levantar de
        2. vir à cena (fig.)
        3. levantar (após inatividade)
        4. estar de pé
        5. resistir
      2. (Pael) edificar, estabelecer
      3. (Afel)
        1. edificar
        2. levantar
        3. estabelecer
        4. designar
      4. (Hofal) ser levado a levantar

    אַרְיֵה


    (H744)
    ʼaryêh (ar-yay')

    0744 אריה ’aryeh (aramaico)

    correspondente a 738; DITAT - 2606; n m

    1. leão

    שְׁפַרְפַר


    (H8238)
    shᵉpharphar (shef-ar-far')

    08238 שפרפר sh epharphar̂ (aramaico)

    procedente de 8231; DITAT - 3046b; n. m.

    1. aurora, cedo de manhã

    בְּהַל


    (H927)
    bᵉhal (be-hal')

    0927 בהל b ehal̂ (aramaico)

    correspondente a 926; DITAT - 2624; v

    1. (Pual) amedrontar, alarmar, assustar
    2. (Itpaal) adiantar, apressar
    3. (Itpaal) alarmado (part.)