Enciclopédia de Levítico 1:2-2

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lv 1: 2

Versão Versículo
ARA Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando algum de vós trouxer oferta ao Senhor, trareis a vossa oferta de gado, de rebanho ou de gado miúdo.
ARC Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando algum de vós oferecer oferta ao Senhor, oferecereis as vossas ofertas de gado, de vacas e de ovelhas.
TB Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando algum de vós oferecer uma oblação a Jeová, do gado, isto é, do gado vacum ou gado miúdo, oferecereis as vossas oblações.
HSB דַּבֵּ֞ר אֶל־ בְּנֵ֤י יִשְׂרָאֵל֙ וְאָמַרְתָּ֣ אֲלֵהֶ֔ם אָדָ֗ם כִּֽי־ יַקְרִ֥יב מִכֶּ֛ם קָרְבָּ֖ן לַֽיהוָ֑ה מִן־ הַבְּהֵמָ֗ה מִן־ הַבָּקָר֙ וּמִן־ הַצֹּ֔אן תַּקְרִ֖יבוּ אֶת־ קָרְבַּנְכֶֽם׃
BKJ Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: se algum de vós oferecer uma oferta ao SENHOR, oferecereis as vossas ofertas de gado, de manada e de rebanho.
LTT "Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando algum de vós trouxer oferta ao SENHOR, trareis a vossa oferta de gado, isto é, de gado vacum e de ovelha.
BJ2 Fala aos filhos de Israel; tu lhes dirás: Quando um de vós apresentar uma oferenda a Iahweh, podereis fazer essa oferenda com animal grande ou pequeno.
VULG Loquere filiis 1sraël, et dices ad eos : Homo, qui obtulerit ex vobis hostiam Domino de pecoribus, id est, de bobus et ovibus offerens victimas,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Levítico 1:2

Gênesis 4:3 E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor.
Gênesis 4:5 Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e descaiu-lhe o seu semblante.
Levítico 22:18 Fala a Arão, e a seus filhos, e a todos os filhos de Israel e dize-lhes: Qualquer que, da casa de Israel ou dos estrangeiros em Israel, oferecer a sua oferta, quer dos seus votos, quer das suas ofertas voluntárias, que oferecerem ao Senhor em holocausto,
I Crônicas 16:29 Dai ao Senhor a glória de seu nome; trazei presentes e vinde perante ele; adorai ao Senhor na beleza da sua santidade.
Romanos 12:1 Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
Romanos 12:6 De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;
Efésios 5:2 e andai em amor, como também Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

PALESTINA - TERMINOLOGIA HISTÓRICA

Infelizmente, na Antiguidade o sul do Levante não era conhecido por um único nome abrangente, mas por vários, dependendo de onde e de quando se fazia referência ao lugar.
O contrário acontecia: uma gama de termos bíblicos e/ou seculares designava a terra do Israel bíblico, não sendo possível supor que algum deles correspondesse completamente às fronteiras teológicas de Israel (ou um ao outro) nem se podendo aplicar qualquer deles a todo o período da história bíblica sem criar algum anacronismo.
Na Antiguidade, em muitos casos, nomes que antes haviam sido usados para denotar uma divindade ou um grupo populacional importante foram simplesmente emprestados e reaplicados para designar a entidade geopolítica em que aquele grupo estava. Por exemplo, o nome "Canaa" derivou dos cananeus; o nome "Palestina" deve sua existência aos filisteus; e "(a terra de) Hatti" originalmente designava uma série de cidades-estados neo-hititas situadas aproximadamente entre Carquêmis e Damasco, cujos habitantes parecem ser descendentes de Hete (e.g., Gn 10:15-1Cr 1,13) e/ou devotos do deus Hatti.37 O texto bíblico diz que tanto os cananeus quanto os hititas estavam entre os "ocupantes da terra" na época da colonização por Israel (Dt 7:1; Dt 3:10-12.8; cp. Gn 15:18-21; Ex 3:8-17), e sabe-se que os filisteus imigraram para aquela terra por volta de 1200 a.C.


CANAÃ
O termo Canaa/cananeu(s) é bem atestado em boa parte dos textos do segundo milênio a.C.38 A julgar por esse uso, parece que Canaã era o termo convencional para designar o sul da área que o Egito controlava na Ásia, em contraste com Amurru (a terra dos amorreus, ao norte do rio el-Kabir). Canaã se estendia das cidades de Gaza e Ráfia, no sul, até tão ao norte quanto o vale do rio el-Kabir e a localidade de Sumra/Simyra.3 De modo que o quadro geral que surge é que as citações, tanto em textos do Oriente Próximo quanto na Bíblia, revelam uma notável semelhança quando delineiam os limites de Cana (v. acima a análise sobre as fronteiras teológicas de Israel). Essa afirmação pode ter consequências quanto à antiguidade e à essencial historicidade daquelas narrativas que mencionam as fronteiras de Israel.
Antes das descobertas arqueológicas em Nuzi, em geral se acreditava que a palavra "Canaa" derivava de um verbo semítico com o sentido de "curvar/curvar-se/ser baixo", porque os cananeus ocupavam a região baixa perto do mar, em contraste com a região montanhosa dos amorreus (Nm 13:29; Js 5:1; cp. Is 23:11). Uma teoria relacionada é que Canaã era o lugar onde o sol "se curva" (se põe), de maneira que, por definição, um cananeu era alguém do oeste. Mas se descobriu que, em Nuzi, a palavra kinahhu" se refere a uma substância de cor púrpura avermelhada, extraída de conchas de múrex e usada no tingimento de tecidos, especialmente lã.
Os textos antigos estão repletos de referências à grande consideração dada a quem se vestia de púrpura. Por ser natural, ao invés de produzida pelo homem, a tintura de múrex tinha valor elevado, pois nunca desbotava. A lucrativa indústria do múrex se concentrava ao norte de Cesareia, no Mediterrâneo, onde as águas do mar regularmente lançavam na praia uma grande quantidade dessas conchas. No local de uma antiga fábrica de tintura, em Tiro, foi encontrado um grande número de conchas*2 e, em Dor, também se encontraram claros indícios do processo de tingimento.43 Os nomes de certos lugares cananeus nos arredores oferecem ainda outros indícios de que o tingimento de múrex era uma atividade econômica essencial. Por exemplo, o nome "Sarepta" vem de um verbo que tem o sentido de "tingir" e o nome "Zobá" é derivado de um verbo que denota o tingimento de tecido. Às vezes a própria palavra "cananeu" é traduzida por "comerciante/mercador"* Como consequência, parece preferível entender Canaã como "a terra da púrpura" e "cananeus" como "o povo da terra da púrpura" (ideia a partir da qual o conceito de comércio poderia facilmente derivar). Textos gregos nos mostram que, no primeiro milênio a.C., os herdeiros culturais dessa indústria de tintura foram denominados fenícios, nome que deriva da palavra grega phoinix ("púrpura"). Mesmo no Novo Testamento aparentemente "cananeu" e "fenício" ainda eram designativos um tanto quanto equivalentes (Mt 15:22 refere-se a uma mulher cananeia; o relato de Marcos sobre o mesmo acontecimento chama-a de siro-fenícia [Mc 7:26]). Parece, então, que as palavras "Canaa" e "Fenícia" têm apenas duas diferenças básicas: (1) a primeira é vocábulo semítico, ao passo que a segunda é de origem grega; (2) a primeira é empregada no segundo milênio a.C., enquanto a segunda passa a ser normativa no primeiro milênio a.C. Se levarmos esses dados à sua conclusão lógica, parece que a mesma palavra teve, no início, a conotação do processo de tingimento, com o passar do tempo foi estendida às pessoas envolvidas no processo e, por fim, englobou o território/província onde essas pessoas formavam um grupo bastante importante da população.

PALESTINA
Por motivos que ainda não estão claros para nós, por volta de 1200 a.C. boa parte do mundo bíblico experimentou uma séria turbulência política, provocada em grande parte por hordas de invasores a que fontes egípcias se referem como "povos do mar" Há muito os estudiosos vêm cogitando sobre o que provocou esse movimento de cerca de 14 povos na direção sudeste: denyen, lukka, shardanu, masha, arinna, karkisha, pitassa, kashka, akawasha, tursha, sheklesh, peleset (filisteus), tjekker e weshesh (essas grafias são aproximadas). Embora dois ou três desses povos também apareçam em textos mais antigos do Levante ou do Egito, parece que por essa época houve uma migração bem vasta. Esses povos foram desalojados devido a uma mudança climática que causou escassez de alimento, à turbulência política que cercou a batalha de Troia ou à invasão da Grécia pelos dórios, ou a algum outro fator? Qualquer que tenha sido o motivo, é provável que, antes de chegar ao coração do Egito, vários contingentes de povos do mar tenham sido responsáveis pela queda do Império Hitita, cujo centro de poder ficava na Ásia Menor, pela captura da ilha de Chipre e pela devastação e/ou reocupação de muitas cidades em todo o Levante: Ugarit, Alalakh, Carquêmis, T. Sukas, Tiro, Sidom, Hazor, Aco, Dor e um grande número de lugares na planície da Filístia. Mas os egípcios resistiram aos povos do mar, e seus textos indicam que os filisteus foram repelidos do território egípcio na direção nordeste,15 onde mais tarde habitaram o sudoeste de Canaã, que se tornou conhecido como planície da Filístia. O local de onde os filisteus emigraram também continua sendo objeto de debate.1 A tradição bíblica de que procederam de Caftor (Creta) não é decisiva, porque aquele texto declara que os filisteus foram trazidos de Caftor da mesma maneira que os israelitas foram trazidos do Egito (Am 9:7; cp. Gn 10:14-1Cr 1.12; Jr 47:4; Ez. 25.16; SF2.5). Ou seja, é possível que a Biblia não esteja indicando o lugar de origem de nenhum dos dois povos. Levando em conta certos aspectos da cultura material filisteia (caixões de defunto estilizados, cerâmica característica etc.) ou palavras bíblicas encontradas em narrativas sobre os filisteus (guerreiro, senhor, capacete, arca), alguns estudiosos defendem que os filisteus emigraram da Grécia. Outros, com base em épicos gregos e na tradução que a LXX faz de Caftor ("Capadócia") em Deuteronômio 2.23 e Amós 9.7, afirmam que os filisteus tiveram origem ao longo do litoral sudoeste da atual Turquia. Mas tudo isso continua sendo bastante especulativo, em parte devido à escassez de textos indubitavelmente filisteus e em parte porque os filisteus começaram a passar pelo processo de assimilação cultural logo depois de chegarem a Canaã. A única conclusão segura a que se pode chegar é que, como designação de uma entidade geográfica distinta, a palavra Palestina deriva dos filisteus.
Hoje em dia às vezes se diz que, como designação da terra de Israel, o termo "Palestina" surgiu só em meados do segundo século d.C., quando, como castigo político pela revolta de Bar-Kochba, o imperador Adriano deliberadamente adotou o nome dos antigos inimigos de Israel - os filisteus - e apenas o latinizou para criar conotações pejorativas óbvias.
De acordo com esse ponto de vista, o uso mais antigo de "Palestina" foi propaganda feita pelos romanos com fortíssimas implicações políticas antijudaicas. Nesse caso, então, qualquer uso que se faça atualmente da palavra Palestina para se referir à história antes da época de Adriano é, na melhor das hipóteses, perigosamente anacrônico e historicamente errôneo e, na pior, antibíblico e até mesmo antijudaico. Existem, contudo, dados que apontam em outra direção.
Para começar, o nome Palestina aparece 13 vezes em textos neoassírios ainda do reinado de Adade-Nirari III (810-782 a.C.), Tiglate-Pileser III (744-727 a.C.) e Sargão II (721- 705 a.C.)." É improvável que qualquer uma dessas citações vislumbrasse a terra de Israel como um todo (em contraste com a região da Filístia). Na realidade, em um dos textos, Palestina aparece em contraste tanto com Israel (literalmente " terra de Onri") quanto com Edom.5 No entanto, em 11 casos a palavra Palestina é imediatamente precedida pelo indicador semântico para "terra/país", o que é uma indicação inconfundível de que a referência é a uma entidade geográfica distinta. De modo semelhante, uma estatueta egípcia com data presumível da 27. dinastia (945-715 a.C.) traz inscrição que faz referência a um "encarregado de Cana e Palestina" (escrita PIst). Nesse caso, o termo Palestina está sendo usado em contraste com o território de Canaã. Pode-se observar mais uma vez que o termo aparece definitivamente num contexto geográfico/provincial (e não político).
Mais relevantes para essa controvérsia são, porém, os resultados de uma pesquisa por computador que pode ser feita no Thesaurus linguae graecae (TLG; University of California, campus de Irvine). Uma pesquisa de "Palestina" como nome próprio em textos escritos antes do fim do primeiro século da era crista revelou 196 citações completas em textos gregos ou latinos (excluindo-se possíveis atestações parciais da palavra Parte das extensas ruínas arqueológicas do período Palácio Novo (aprox. 1700-1400 a.C.) em Zakros, no litoral sudeste de Creta. Alguns especialistas creem que o lugar de origem dos filisteus pode ter sido Creta.


ISRAEL
O nome Israel deriva, em última instância, do patriarca Jacó, cujo nome foi mudado para Israel (Gn 32:28). Quando os descendentes do patriarca se tornaram escravos no Egito, a expressão "filhos de Israel" passou a ser frequentemente aplicada a eles (Êx 1:9-12; 2.23,25; 3:9-11; etc.). Mais tarde, o nome Israel veio a ser aplicado ao reino nortista de Efraim, em contraste com o reino sulista de Judá (1Rs 12:18-20; 1Cr 5:17; etc.). Posteriormente, após o desaparecimento do Reino do Norte, ocasionalmente "Israel" foi usado para se referir ao reino sulista de Judá (Jr 10:1). Assim mesmo, é difícil identificar uma passagem bíblica que use explicitamente a palavra Israel para denotar uma área geográfica específica. É claro que ocorre a expressão "terra de Israel" (1Sm 13:19-1Cr 22.2; 2Cr 2:17; Ez 40:2-47.18), mas ela sempre está ligada ao terreno ocupado ou a ser ocupado por alguns ou por todos os israelitas e, em consequência, a extensão dessa área sofre variação. Fora da Bíblia, "Israel" (i.e., o Israel da Bíblia) ocorre em três textos antigos. O mais antigo é uma estela de granito do quinto ano de Merneptah (1209 a.C.). Nessa tábua de granito há uma inscrição que menciona 1srael, mas ela está registrada de tal maneira que parece apontar para uma entidade étnica e, por esse motivo, a citação não oferece quase nenhuma ajuda na definição das fronteiras geográficas de Israel. Contudo, a Estela de Merneptah é a única testemunha extrabíblica de Israel antes do nono século a.C., quando o nome aparece em duas inscrições distintas. O Obelisco Negro está escrito em cuneiforme e data do sexto ano do rei assírio Salmaneser III (853 a.C.), quando Acabe forneceu 2 mil carros e 10 mil soldados para uma coalizão que lutou contra as forças de Salmaneser. A inscrição faz referência a Acabe como " rei de Israel" Poucos anos depois (c. 835 a.C.), o rei Messa de Moabe mandou inscrever, em uma estela de basalto, uma dedicatória à sua divindade, Camos; nessa inscrição ele se vangloriou de ter retomado o território que anteriormente havia sido conquistado por Onri, "rei de Israel" De acordo com a Bíblia, Messa de Moabe foi vassalo de Israel durante os dias de Onri e Acabe, mas se rebelou por ocasião da morte deste último (2Rs 3:4-5). Contudo, uma batalha ocorrida em seguida e registrada na Bíblia terminou com uma derrota moabita (2Rs 3:9-27). Numa tentativa de harmonizar a afirmação bíblica com a declaração de vitória registrada na estela de Messa, alguns estudiosos sustentam que a vitória de Messa sobre Israel ocorreu um pouco depois, durante o reinado de Jeoacaz. Nenhuma dessas duas inscrições do nono século a.C. fornece informações geográficas que permitam traçar fronteiras específicas para Israel. No entanto, ambas são bastante úteis, pois cada uma identifica explicitamente pelo nome pessoas que, na Bíblia, também são conhecidas como "rei de Israel. A Inscrição de Messa é ainda muito útil por ser rica em terminologia bíblica.

HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA

HIDROLOGIA
Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12).
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado.
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho.
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente.
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29).
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito.
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos.
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril.
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:


Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:


Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).

Os solos da Palestina
Os solos da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Índice pluviométrico na Palestina
Índice pluviométrico na Palestina

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

O nome divino nas Escrituras Hebraicas

 Tetragrama nas letras hebraicas usadas antes do exílio em Babilônia

O nome divino em letras hebraicas antigas, usadas antes do exílio babilônico

 Tetragrama nas letras hebraicas usadas depois do exílio em Babilônia

O nome divino em letras hebraicas usadas após o exílio babilônico

O nome divino, representado pelas consoantes hebraicas יהוה, ocorre quase 7 mil vezes nas Escrituras Hebraicas. Nesta tradução, essas quatro letras, chamadas de Tetragrama, são vertidas como “Jeová”. Esse é de longe o nome que mais aparece na Bíblia. Embora os escritores inspirados se refiram a Deus usando muitos títulos e termos descritivos, como “Todo-Poderoso”, “Altíssimo” e “Senhor”, o Tetragrama é o único nome pessoal usado por eles para identificar a Deus.

O próprio Jeová Deus orientou os escritores da Bíblia a usarem seu nome. Por exemplo, ele inspirou o profeta Joel a escrever: “Todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo.” (Joel 2:32) Deus também inspirou um salmista a escrever: “Que as pessoas saibam que tu, cujo nome é Jeová, somente tu és o Altíssimo sobre toda a terra.” (Salmo 83:18) Só nos Salmos — um livro de escritos poéticos que eram cantados e recitados pelo povo de Deus —, o nome divino ocorre cerca de 700 vezes. Então, por que o nome de Deus não aparece em muitas traduções da Bíblia? Por que esta tradução usa a forma “Jeová”? E o que significa o nome divino, Jeová?

Várias ocorrências do Tetragrama no livro de Salmos

Trechos dos Salmos num Rolo do Mar Morto, datado da primeira metade do primeiro século d.C. O texto tem o estilo das letras hebraicas usadas após o exílio babilônico, mas o Tetragrama ocorre várias vezes nas letras hebraicas antigas

Por que o nome de Deus não aparece em muitas traduções da Bíblia? Por várias razões. Alguns acham que o Deus Todo-Poderoso não precisa de um nome específico para identificá-lo. Outros provavelmente foram influenciados pela tradição judaica de evitar usar o nome de Deus por medo de profaná-lo. Ainda outros acreditam que, como ninguém pode saber com certeza a pronúncia exata do nome de Deus, é melhor usar um título, como “Senhor” ou “Deus”. No entanto, esses argumentos não têm base sólida pelos seguintes motivos:

Os que afirmam que o Deus Todo-Poderoso não precisa de um nome específico desconsideram o fato de que existem cópias antigas de Sua Palavra que trazem o nome pessoal de Deus; algumas dessas cópias são datadas de antes da época de Cristo. Conforme já mencionado, Deus inspirou os escritores de sua Palavra a incluir nela seu nome cerca de 7 mil vezes. Fica claro que ele quer que conheçamos e usemos o seu nome.

Os tradutores que removem o nome de Deus por respeito à tradição judaica se esquecem de um fato muito importante: embora alguns escribas judeus tenham se recusado a pronunciar o nome de Deus, eles não o removeram de suas cópias da Bíblia. Nos rolos antigos descobertos em Qumran, perto do mar Morto, o nome de Deus ocorre muitas vezes. Alguns tradutores da Bíblia dão uma indicação de onde o nome divino aparecia no texto original colocando em seu lugar o título “SENHOR”, em letras maiúsculas. Mas a questão é: Se esses tradutores reconhecem que o nome ocorre milhares de vezes nos textos originais, o que os faz pensar que podem substituir ou remover da Bíblia o nome de Deus? Quem eles acham que lhes deu autoridade para fazer essas alterações? Somente eles podem responder a essas perguntas.

Os que afirmam que o nome divino não deve ser usado porque não se sabe a pronúncia exata, não se importam em usar o nome Jesus. No entanto, os discípulos de Jesus no primeiro século pronunciavam o nome dele de uma forma bem diferente do modo como a maioria dos cristãos o pronuncia hoje. Entre os cristãos judeus, o nome de Jesus provavelmente era pronunciado Yeshúa‛, e o título “Cristo” era pronunciado Mashíahh, isto é, “Messias”. Os cristãos que falavam grego o chamavam de Iesoús Khristós; e os cristãos que falavam latim, Iésus Chrístus. Sob inspiração, foi registrada na Bíblia a tradução grega desse nome. Isso indica que os cristãos do primeiro século faziam o que era razoável: usavam a forma do nome mais comum em seu idioma. De modo similar, a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia considera razoável usar a forma “Jeová”, mesmo que ela não tenha exatamente a mesma pronúncia que o nome divino tinha no hebraico antigo.

Por que a Tradução do Novo Mundo usa a forma “Jeová”? Em português, as quatro letras do Tetragrama (יהוה) são representadas pelas consoantes YHWH. O Tetragrama não tinha vogais, assim como todas as palavras escritas no hebraico antigo. Na época em que o hebraico antigo era o idioma do dia a dia, era fácil os leitores saberem que vogais deviam ser usadas.

Cerca de mil anos após as Escrituras Hebraicas terem sido completadas, eruditos judeus desenvolveram um sistema de sinais ou pontos que indicavam as vogais que deveriam ser usadas na leitura do idioma hebraico. Mas, naquela época, muitos judeus tinham a ideia supersticiosa de que era errado falar em voz alta o nome de Deus e por isso pronunciavam outras expressões em seu lugar. Assim, ao copiarem o Tetragrama, parece que eles combinavam as vogais dessas expressões com as quatro consoantes que representam o nome divino. É por esse motivo que os manuscritos com esses sinais vocálicos não ajudam a determinar como o nome de Deus era originalmente pronunciado em hebraico. Alguns acham que era pronunciado “Iavé” ou “Javé”, enquanto outros sugerem outras possibilidades. Um Rolo do Mar Morto que contém um trecho, em grego, de Levítico translitera o nome divino como Iao. Além dessa forma, antigos escritores gregos também sugerem a pronúncia Iae, Iabé e Iaoué. Mas não há motivos para sermos dogmáticos. Simplesmente não sabemos como os servos de Deus no passado pronunciavam esse nome em hebraico. (Gênesis 13:4; Êxodo 3:
15) O que sabemos é o seguinte: Deus usou seu nome muitas vezes ao se comunicar com seus servos, eles também o usavam ao se dirigir a ele e esse nome era usado sem restrição quando eles conversavam com outros. — Êxodo 6:2; 1 Reis 8:23; Salmo 99:9.

Então, por que esta tradução usa a forma “Jeová” do nome divino? Porque essa forma tem uma longa história em português.

O nome de Deus, Jeová

O nome de Deus em Gênesis 15:2 na tradução do Pentateuco de William Tyndale, 1530

A primeira edição da Bíblia completa em português em um só volume, a versão Almeida publicada em 1819, empregou milhares de vezes o nome de Deus na forma “JEHOVAH”. A comissão tradutora da Versão Brasileira (1
917) também decidiu usar a forma “Jehovah”, e na sua edição de 2010 a grafia foi atualizada para “Jeová”. A nota de rodapé de Êxodo 6:3 na tradução Matos Soares (oitava edição) declara: “O texto hebreu diz: ‘O meu nome Javé ou Jeová.’”

Formas similares do nome divino também são encontradas em outros idiomas. Por exemplo, a primeira ocorrência, em inglês, do nome pessoal de Deus em uma Bíblia foi em 1530, na tradução do Pentateuco de William Tyndale. Ele usou a forma “Iehouah”. Com o tempo, o idioma sofreu mudanças, e a grafia do nome divino foi modernizada.

Em sua obra Studies in the Psalms (Estudos dos Salmos), publicada em 1911, o respeitado erudito bíblico Joseph Bryant Rotherham usou o nome “Jehovah” em vez de “Yahweh”. Explicando o motivo, ele disse que queria empregar uma “forma do nome que fosse mais conhecida (e perfeitamente aceitável) aos leitores da Bíblia em geral”. Em sua obra Apostilas aos Dicionários Portugueses, de 1906, o filólogo e lexicógrafo português Gonçalves Viana declarou: “A forma Jeová, porém, já está tão usual, que seria pedantismo empregar Iavé, ou Iaué, a não ser em livros de pura filologia semítica ou de exegese bíblica.”

O Tetragrama

O Tetragrama YHWH: “Ele faz com que venha a ser”

 O verbo “vir a ser; tornar-se” em hebraico

O verbo HWH: “vir a ser; tornar-se”

O que significa o nome Jeová? O nome Jeová, em hebraico, é derivado de um verbo que significa “vir a ser; tornar-se”. Muitos eruditos acreditam que esse nome reflete a forma causativa desse verbo hebraico. Assim, a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia entende que o nome de Deus significa “Ele faz com que venha a ser”. Visto que a opinião dos eruditos varia, não podemos ser dogmáticos sobre esse significado. No entanto, essa definição reflete bem o papel de Jeová como o Criador de todas as coisas e o Cumpridor do seu propósito. Ele não só fez com que o Universo e as criaturas inteligentes existissem, mas, com o desenrolar dos acontecimentos, ele também continua fazendo com que a sua vontade e o seu propósito se realizem.

Portanto, o significado do nome Jeová não se limita ao sentido transmitido pelo verbo relacionado encontrado em Êxodo 3:14, que diz: “Eu Me Tornarei O Que Eu Decidir Me Tornar”, ou “Eu Mostrarei Ser O Que Eu Mostrar Ser”. Essas palavras não descrevem o pleno sentido do nome de Deus. Na verdade, elas revelam apenas um aspecto da personalidade dele: o de se tornar o que for necessário, em cada circunstância, para cumprir seu propósito. Então, embora o nome Jeová inclua essa ideia, não está limitado ao que ele decide se tornar. O nome Jeová inclui também a ideia de que ele causa, ou faz acontecer, o que ele decidir em relação à sua criação e ao cumprimento de seu propósito.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Levítico Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
SEÇÃO

UM MANUAL DE ADORAÇÃO

Levítico 1:1-7.38

A relação de Levítico com Êxodo é indicada na frase de abertura do livro. Em Êxodo, Deus fala do monte. Aqui, Ele fala do Tabernáculo. Êxodo encerra com o relato da dedica-ção do Tabernáculo e a vinda da glória de Deus para enchê-lo. Agora, Deus fala com os israelitas do lugar onde Ele escolheu habitar entre eles. A palavra que Ele fala tem a ver com o modo em que o povo, agora resgatado pela mão poderosa do Senhor, adorará e servirá o seu Deus. Levítico é o manual de adoração dos antigos hebreus. Começa com normas de sacrifício.

A. INSTRUÇÕES PARA OS 1SRAELITAS, 1:1-6.7

De imediato, o leitor é informado sobre a origem divina e a conseqüente autoridade da mensagem que está sendo dada. E chamou o SENHOR a Moisés e falou com ele da tenda da congregação (1). Moisés não tem permissão para entrar no Tabernáculo (Êx 40:35), por isso Deus, de dentro, fala com Moisés, de fora. S. R. Hirsch sugere que a intenção é estabelecer o fato de que a palavra de Deus veio a Moisés em vez de surgir em seu interior como produto de sua consciência religiosa.' A palavra falada é de origem sobrenatural.

A expressão tenda da congregação é mais bem traduzida por "Tenda do Encontro" (NVI). A palavra para descrever "tabernáculo" é a mesma palavra hebraica para aludir a "tenda" ('ohel). O termo traduzido por congregação é derivado de um radical hebraico (y'd) que significa "nomear, designar, marcar, estabelecer". Assim, a melhor leitura seria "tenda do encontro marcado". A adoração não é opção para o povo de Deus. É obrigação.

Deus marcou um encontro com o homem em um lugar designado (o Tabernáculo). O encontro marcado objetivava estabelecer comunhão de acordo com os procedimentos no-meados (caps. 1-22) e os tempos certos (Lv 23:24-25). Não são os hebreus que decidem como e quando vão cultuar. Essas decisões são tomadas inicialmente por Deus para os redimidos.

1. A Lei do Holocausto (Lv 1:1-17)

a) O mandamento de Deus (1.1,2). Este manual de adoração começa com a oferta de sacrifícios: Quando algum de vós oferecer oferta ao SENHOR (2). As palavras ofe-recer e oferta são derivadas do mesmo radical primário que significa "chegar perto de, achegar-se, aproximar-se". A questão que Levítico trata é de como os hebreus podem viver em "proximidade" com Deus. E isso envolve ofertas ou sacrifícios. Oferta (qorban) é a noção mais próxima de um termo geral no Antigo Testamento para se referir a "sacri-fício". É o termo usado para aludir a todos os tipos de ofertas apresentadas a Deus. A idéia do radical não é nem "sacrifício" nem "oferta", conforme nosso entendimento destas palavras. Significa "algo levado para perto de". É usado exclusivamente no Antigo Testa-mento com alusão à relação do homem com Deus e revela o propósito desta seção de Levítico; a intenção era instruir os hebreus sobre como se achegar a Deus.

Trata-se de lugar-comum entender que cultuar implica em sacrificar ou ofertar. Mas, de maneira nenhuma os sacrifícios estavam limitados a Israel. Era parte essencial da religião do mundo no qual os israelitas viviam.
Há muito que os estudiosos se empenham em achar a idéia controladora por trás dos sacrifícios religiosos. Alguns sugerem que seja comunhão, ato simbolizado pela refeição comum. Outros enfatizam a propiciação, a substituição ou a gratidão festiva. É óbvio que o sacrifício é algo multifacetado da mesma maneira que é a relação do homem com Deus. Envolve comunhão, mas comunhão com Deus implica em propiciação, gratidão e petição. Assim, nossa atenção é remetida novamente à idéia de proximidade e intimidade com Deus. Tudo que diz respeito a aproximar-se de Deus está implícito no sacrifício. Este conceito explica as cinco variedades de ofertas analisadas nos capítulos a seguir: holocausto, oferta de manjares, oferta de paz, oferta pelo pecado e oferta pela culpa. Cada oferta fala de uma faceta diferente da proximidade com Deus.
Levítico toma por certo que quando os homens se achegam a Deus, eles não devem ir de mãos vazias. Há algo sobre a relação que torna correto e apropriado os homens leva-ram uma oferta. Desde os tempos do Novo Testamento é fácil esquecer esta verdade. Mas sempre temos de nos lembrar de que, embora os crentes possam se aproximar de Deus com ousadia, eles não devem ir de mãos vazias. Sob o antigo concerto, os adoradores iam com dádivas próprias. Hoje, os crentes vão com a própria Dádiva de Deus, seu Filho Jesus, como base de aproximação e intimidade dos adoradores com Deus.
As dádivas do Antigo Testamento eram de tipos diferentes. Podiam ser animais de gado ou rebanho, aves ou cereais. Eram acompanhadas por ingredientes como sal, mel, incenso ou vinho. Verificamos o propósito de tudo isso no versículo 3: Ele oferecerá, de sua própria vontade, perante o SENHOR. O hebraico oferece esta tradução melhor: "Ele o oferecerá para sua aceitação perante o Senhor" (cf. ARA). Todo este sistema é fornecido para que os homens se aproximem e obtenham aceitação. Isto requer sacrifício.

Para a igreja primitiva era óbvio que aqui estavam os fundamentos para o ensino do Novo Testamento sobre a necessidade do sacrifício de Cristo, para que houvesse a verda-deira comunhão entre o homem e Deus. Quando João Batista identificou Jesus como o Cordeiro de Deus, que tiraria o pecado do mundo, o entendimento judaico apoiava-se intensamente neste Livro de Levítico.

Os animais para sacrifício provinham de rebanhos de gado, vacas ou ovelhas. Tratavam-se de animais domesticados. Animais selvagens eram inaceitáveis. A tradi-ção judaica sugere uma razão para esta inaceitabilidade: não custariam nada para o ofertante.

b) A oferta de gado (1:3-9). O termo hebraico traduzido por holocausto ('olah) significa, literalmente, "aquilo que vai para cima". Também se chamava oferta quei-mada (9), porque o 'olah era totalmente queimado no altar (com exceção do couro que ia para o sacerdote). Às vezes, o vocábulo é qualificado pelo adjetivo "todo". Em outros sacrifícios, partes da oferta eram comidas pelos sacerdotes ou até pelos ofertantes. Mas no holocausto, a oferta inteira subia para Deus por cheiro suave. Hirsch supõe que isto indique "a necessidade e a aspiração de 'esforçar-se para subir mais alto'".2 Micklem afirma que "significa auto-oblação total a Deus em louvor e amor".3 Esta auto-entrega e louvor estão impreterivelmente unidos na expiação, pois o versículo 4 diz que é para a expiação do ofertante.

A totalidade da oferta é para Deus. A oferta tem de satisfazer as especificações divi-nas. É Deus quem determina o que e como deve ser dada. Tem de ser um macho sem mancha (3; "sem defeito", NVI). Há quem imagine que Paulo tinha esta oferta em men-te quando exortou os romanos a apresentar os corpos em sacrifício vivo, totalmente acei-tável a Deus (Rm 12:1-2). Só o melhor é suficientemente bom para Deus, e tem de ser oferecido sem reservas para que o homem seja aceito por Deus.

A expressão: Ele porá a sua mão sobre a cabeça do holocausto, identifica o ofertante e a oferta. Esta é prescrição para todos os sacrifícios de animais. Compare a mesma ocorrência na oferta de paz (Lv 3:2), na oferta pelo pecado (Lv 4:4), no oferecimento do carneiro da consagração (Lv 8:22), no ritual do Dia da Expiação (Lv 16:21) e até na apresenta-ção dos levitas como oferta de movimento (Nm 8:10). A prática não é mencionada especi-ficamente com relação à oferta pela culpa, mas considerando que 7.7 afirma que havia um ritual para a oferta pelo pecado e para a oferta pela culpa, inferimos que esta tam-bém fazia parte daquele ritual. A tradição judaica indica que a mão tinha de ser imposta sobre o animal com certa pressão, ao mesmo tempo que o ofertante confessava os peca-dos. O Targum de Jônatas diz: "Ele porá a mão direita com firmeza". Outras fontes judai-cas revelam que ambas as mãos eram usadas. Em outros rituais, este ato poderia ter outra significação, mas aqui caracteriza a separação que o ofertante faz de sua dádiva a Deus e a identificação completa com o que oferece. Keil escreve: "Para tornar perfeito o ato de abnegação, era necessário que o ofertante morresse espiritualmente; que, pelo mediador de sua salvação, ele pusesse a alma em comunhão viva com o Senhor, aprofundando essa comunhão como se estivesse na morte do sacrifício que morrera por ele; e colocasse os membros do corpo sob a vontade das operações do gracioso Espírito de Deus. Desta forma, o adorador era renovado e santificado no corpo e na alma e entrava em união com Deus".4

Esta identificação era para que a oferta fizesse a expiação pelo ofertante (4). A palavra hebraica significa "cobrir em cima de". Há quem interprete que tenha o signifi-cado de "cobrir a face da pessoa que errou". Na Bíblia, quer dizer cobrir o pecado para que Deus, que não pode vê-lo com isenção de ânimo (He 1.13), não o veja. Mais uma vez o propósito está em termos de proximidade e intimidade com Deus; indica "aceitação" ou "boa acolhida". Esta proximidade não é espacial, mas espiritual e pessoal. Tal proximi-dade não pode ocorrer sem sacrifício. Os sacerdotes (5), identificados como filhos de Arão, matavam o animal, escoavam o sangue e o aspergiam à roda sobre o altar para que todos os lados fossem atingidos. Em seguida, cortavam o animal em pedaços (6) e o colocavam sobre o altar para ser queimado.

Todo verdadeiro entendimento desta exigência tem de passar pela análise da função do sangue em sua relação com a vida e a morte. Snaith insiste que a razão primária para dispor do sangue desta maneira, é porque "é tabu, muito sagrado e muito perigoso para o homem comum lidar".5 Como mostra Lv 17:11, o sangue era proibido para o israelita, talvez porque o sangue representasse a vida. Por isso, certos expositores asseveram que aqui representa a vida libertada do corpo e agora apresentada a Deus.' Nesta perspecti-va, o foco não está na morte, mas na vida. Parece injusto à evidência bíblica ignorar o fato de que a maioria das alusões a sangue no Antigo Testamento esteja ligada à morte. Ao falarmos sobre este sistema sacrificatório e sua relação com o sacrifício de Cristo, é necessário enfatizarmos que a base de nossa comunhão com Deus inclui a morte de Cris-to. Paulo diz que "fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho". Esta verdade não nega a liberação de vida. Por isso, Paulo acrescenta: "Muito mais, estando já recon-ciliados, seremos salvos pela sua vida" (Rm 5:10).

Os deveres dos sacerdotes, os filhos de Arão (7), estão claramente definidos. Não devemos nos esquecer de que este arranjo representava um novo processo na vida do povo de Deus. No período patriarcal, cada chefe de família agia como sacerdote. Agora, no concerto mosaico, há o estabelecimento de uma nova ordem que prepararia o modo de entender o ministério de Cristo, o grande Sumo Sacerdote, conforme vemos na Epístola aos Hebreus.

Este sacrifício seria uma oferta queimada, de cheiro suave ao SENHOR (9). Concernente ao cheiro suave, Noth declara que esta frase "origina-se do linguajar cultual e formas de pensamento pertencentes à terra dos dois rios". Ele observa que a narrativa do dilúvio na Epopéia de Gilgamesh conta como "'os deuses cheiraram o cheiro suave' do sacrifício oferecido depois do dilúvio"! Micklem comenta que supor que esta passagem insinua "que o Deus de Israel literalmente apreciava o cheiro seria tão tolo quanto ima-ginar que o incenso é usado nas igrejas católicas porque se acredita que Deus gosta do odor".8 O que está claro é que a atividade religiosa do homem tem de agradar a Deus, e que, quando é feita de acordo com a sua Palavra, o agrada.

O corte do animal em pedaços e a disposição no altar, de forma que o fogo passasse entre eles, pode ser comparado com Gênesis 15:3-10,17,18. Neste registro bíblico, o concer-to de Deus com Abraão é selado pela passagem do fogo divino entre os pedaços da oferta.

c) A oferta de ovelhas, cabras ou aves (1:10-17). Os versículos 10:13 explicam a oferta de carneiros ou cabritos. As instruções dos rituais são curtas, não repetindo o óbvio. A única informação adicional é que o animal era morto ao lado do altar, para a banda do norte (11). A razão, talvez, é que as cinzas ficavam no lado do oriente (16), os recipientes para a lavagem dos sacerdotes situavam-se no ocidente (Êx 30:18) e a rampa, no sul.

A preocupação da antiga lei hebraica pelos pobres é revelada na provisão dos versículos 14:17; podiam-se oferecer pássaros pequenos para o holocausto (cf. 5.7). Com esta informação, vemos mais nitidamente o nível social de Maria, mãe de Jesus, confor-me nos revela Lucas 2:24. Pelo visto, o ato de dar e a atitude por trás da dádiva são mais importantes que o valor da dádiva. Em virtude do tamanho das aves (14), o ritual era naturalmente diferente. Não havia imposição de mãos, e o sangue era espremido (15) e não aspergido. A primeira parte do versículo 17 está mais claro assim: "Seja rasgado nas asas, mas não cortado em dois" (BBE; cf. ARA; NTLH; NVI). Todas as partes do pássaro que poderiam ser úteis ao homem eram oferecidas a Deus.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Levítico Capítulo 1 versículo 2
Quando algum de vós trouxer oferta ao SENHOR: O SENHOR é o dono de tudo quanto existe e o doador de todos os bens (conforme Jc 1:17). Portanto, é justo oferecer-lhe em sacrifício uma parte dos dons recebidos, não porque Deus tenha necessidade deles, mas em reconhecimento da sua soberania. Conforme Sl 50:8-14.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Levítico Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
*

1:1-2

Moisés inicia este manual sobre a adoração no tabernáculo registrando as leis do sacrifício. As leis estão subdivididas em seções dirigidas aos leigos (1.1—6,7) e aos sacerdotes (6.8—7.38). Os sacrifícios, em Israel, envolviam a oferta de animais domésticos selecionados, cereais, azeite e vinho. Todos esses produtos simbolizavam o adorador israelita que, através de atos de sacrifício, estava se dando de volta a Deus, de alguma maneira. Em cada sacrifício de um animal, o adorador colocava sua mão sobre a cabeça da vítima, identificando-se desta forma com o animal, como que dizendo: "Este animal me representa". Os sacrifícios de animais envolviam a morte deles, e por isso os sacrifícios revestiam-se de um simbolismo expiatório: o animal que morria no lugar do adorador pecaminoso representava a redenção da morte que este merecia. Portanto, existe um âmago comum de sentido e de relevância compartilhado por todos os sacrifícios. Cada sacrifício, porém, também tinha suas próprias características distintivas e suas ênfases religiosas. Isso é indicado pelos diferentes nomes dos sacrifícios, que algumas vezes realçam a distinção ritual ("holocaustos") e, algumas vezes, a característica teologicamente distintiva ("ofertas pacíficas" e "ofertas pela culpa").

Embora o Senhor, em resposta à intercessão de Moisés (Êx 32), tivesse rescindido o seu veredito de julgar o povo por sua adoração idólatra do bezerro de ouro, a remoção do pecado deles permaneceu um problema sem solução. Esses sacrifícios, pois, proviam uma expiação para eles e para Arão, o sumo sacerdote deles, que os conduzira àquele pecado (cap. 9). Em contraste com Arão, Jesus Cristo, o sumo sacerdote do novo Israel, não tem pecado e nunca tenta o seu povo ao pecado (Hb 9:6-15).

* 1:1

tenda da congregação. A tenda que servia de santuário ou tabernáculo, descrito em Êx 26.

* 1:2

trareis. Israel tinha que obedecer esse manual de instrução sobre como deveria viver condignamente na presença de Deus. Deus, e não os seres humanos, determina a maneira pela qual seu povo deve viver diante dele.

de gado, de rebanho ou de gado miúdo. Somente animais sem defeito algum (v. 3) podiam ser oferecidos. Animais selvagens, que nada custassem aos ofertantes, não podiam ser oferecidos.

* 1.3-17

O holocausto dá início à lista dos sacrifícios porquanto era o sacrifício oferecido com maior freqüência. Sua característica distintiva era que o animal inteiro, exceto o couro, era queimado sobre o altar. Isso simbolizava a total consagração do adorador ao serviço de Deus, e servia para cobrir os pecados do adorador (v. 4 e nota). Os regulamentos começam especificando o tipo mais caro de animal que podia ser oferecido, o touro (v. 2-9), e terminam com o animal mais barato, o pombinho (v. 14-17).

* 1:3

o trará. O leigo que oferecesse o sacrifício (vs. 4-6,9) devia matar, tirar a pele, cortar e lavar o animal, enquanto que o sacerdote o apresentava a Deus, pondo o sangue e a carne do mesmo sobre o altar.

à porta da tenda da congregação. O pátio cercado que circundava a tenda da congregação. O grande altar e um lavatório para lavar o sacrifício estavam no átrio (v. 9).

* 1:4

para a sua expiação. Lit., "para encobrir". A morte do animal em lugar do pecador "encobre" ou protege o adorador da santa ira de Deus.

* 1:9

aroma agradável ao SENHOR. O sentido dessas palavras é visto mais claramente em Gn 8:21. Os sacrifícios afastavam a ira de Deus, levando-o a olhar com benevolência para o adorador. O Novo Testamento fala sobre a morte de Cristo usando uma linguagem semelhante (Ef 5:2).

* 1.10-13

Carneiros e bodes eram sacrificados da mesma maneira que os touros (vs. 3-9).

* 1.14-17

Procedimentos mais simples eram prescritos para os pombos e as rolinhas, sacrifícios esses que os pobres ofereciam. O sacerdote efetuava a cerimônia inteira.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Levítico Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
1:1 O livro do Levítico começa onde termina o livro do Exodo: ao pé do monte Sinaí.completou-se o tabernáculo (Exodo 35-40) e Deus estava preparado para ensinar ao povo como adorá-lo ali.

1:1 O tabernáculo de reunião era a estrutura mais pequena dentro do tabernáculo maior. O tabernáculo de reunião tinha o santuário em uma parte e o Lugar Muito santo com o arca em outra parte. Estas duas seções estavam separadas por uma cortina. Deus se revelou ao Moisés no Lugar Muito santo. Ex 33:7 menciona um "tabernáculo de reunião" onde Moisés se encontrou com Deus antes que se construíra o tabernáculo. Muitos acreditam que cumpriu a mesma função que o que se descreve aqui.

1.1ss Possivelmente estejamos tentados a nos saltar Levítico por considerá-lo um registro de rituais estranhos de uma era diferente. Mas estas práticas tinham sentido para a gente dessa época e agora nos oferecem um quadro importante da natureza e do caráter de Deus. Para muita gente hoje, os sacrifícios de animais parecem obsoletos e repulsivos. Mas os sacrifícios de animais foram praticados em muitas culturas no Meio Oriente. Deus usou o sistema dos sacrifícios para ensinar a seu povo a respeito da fé. Era necessário tomar o pecado com seriedade. Quando a gente via morrer aos animais destinados ao sacrifício se sensibilizava da importância de seu pecado e culpabilidade. Pela forma displicente em que nossa cultura vê o pecado, parecesse ignorar o custo do pecado e a necessidade de arrependimento e restauração. Embora muitos dos rituais do Levítico foram desenhados para a cultura desse dia, seu propósito era revelar a um Deus alto e santo que devia ser amado, obedecido e adorado. As leis e os sacrifícios para Deus tinham o propósito de motivar uma devoção no coração. As cerimônias e rituais eram a melhor forma para que os israelitas enfocassem suas vidas em Deus.

1:2 Havia alguma diferença entre o sacrifício e uma oferenda? No Levítico as palavras são intercambiáveis. Pelo general, a um sacrifício específico lhe chamava uma oferenda (holocausto, oferenda de grão, oferenda de paz). Em geral, às oferendas lhes chama sacrifícios. O ponto é que cada pessoa oferecia um presente a Deus sacrificando-o no altar. No Antigo Testamento, o sacrifício era a única maneira de aproximar-se de Deus e restaurar uma relação com ele. Havia mais que uma classe de oferenda ou sacrifício. A variedade de sacrifícios os fazia mais significativos, já que cada um deles se relacionava com uma situação específica da vida de uma pessoa. ofereciam-se os sacrifícios em louvor, adoração e ação de obrigado, assim como para o perdão e a paz. Os sete primeiros capítulos do Levítico descrevem a variedade de oferendas e a maneira como o povo as utilizava.

1:2 Quando Deus ensinou a seu povo a adorá-lo, pôs grande ênfase nos sacrifícios por que? Era a forma que proporcionava Deus no Antigo Testamento para que o povo pedisse perdão por seus pecados. Da criação, Deus esclareceu que o pecado separava às pessoas do e que aqueles que pecavam mereciam morrer. Por quanto todos pecaram (Rm 3:23), Deus desenhou o sacrifício como um meio para procurar o perdão e restaurar a relação com O. devido a que O é um Deus de amor e misericórdia, decidiu do mesmo princípio que viria a nosso mundo e morreria para pagar o castigo por todos os humanos. Isto o fez em seu Filho, que ainda sendo Deus, tomou a forma humana. Enquanto isso, antes de que Deus fizesse este sacrifício supremo de seu Filho, instruiu ao povo para que matasse animais como sacrifício pelo pecado.

O sacrifício do animal cumpria dois propósitos: (1) simbolicamente, o animal tomava o lugar do pecador e pagava o castigo do pecado, e (2) a morte do animal representava uma vida entregue para que outra pudesse salvar-se. Este método de sacrifício continuou ao longo dos tempos do Novo Testamento. Era eficaz para ensinar, dirigir, e para trazer para o povo de volta a Deus. Mas nos tempos do Novo Testamento, a morte de Cristo foi o último sacrifício requerido. O levou nosso castigo de uma vez e para sempre. Já não se requer o sacrifício de animais. Agora toda pessoa pode ser livre do castigo do pecado por simplesmente acreditar no Jesus e aceitar o perdão que O oferece.

1:3, 4 A primeira oferenda que Deus descreveu foi do holocausto. Uma pessoa que tivesse pecado levava a sacerdote um animal sem defeito. O animal imaculado simbolizava a perfeição moral demandada por um Deus santo e a natureza perfeita do verdadeiro sacrifício que teria que vir: Jesucristo. A pessoa então colocava sua mão na cabeça do animal para simbolizar a total identificação com o animal como seu substituto. Logo matava ao animal e o sacerdote pulverizava o sangue. Simbolicamente transferia seu pecado ao animal, e assim seus pecados lhe eram tirados (expiação). Finalmente o animal, (exceto o sangue e a pele) era queimado no altar, representando a completa dedicação da pessoa a Deus. É obvio, Deus requeria mais que um sacrifício. Além disso lhe pedia ao pecador que tivesse uma atitude de arrependimento. O símbolo exterior (o sacrifício) e a mudança interna (arrependimento) teriam que trabalhar juntos. Mas é importante recordar que nem o sacrifício, nem o arrependimento realmente tiram o pecado. Só Deus perdoa o pecado. Felizmente para nós, o perdão é parte da natureza amorosa de Deus. veio você a Deus para receber perdão?

1.3ss O que ensinavam os sacrifícios ao povo? (1) Ao requerer animais perfeitos e sacerdotes Santos, ensinavam reverência para um Deus santo. (2) Ao demandar obediência exata, ensinavam total submissão às leis de Deus. (3) Ao requerer um animal de grande valor, mostravam o alto custo do pecado e mostravam a sinceridade de seu compromisso com Deus.

1.3-13 por que eram tão detalhadas as regulações para cada oferenda? Deus tinha um propósito ao dar estas ordens. Partindo de zero, estava ensinando a seu povo um estilo de vida totalmente novo, limpando os de todas as práticas pagãs que tinham aprendido no Egito e restaurando a verdadeira adoração para O. Os detalhes estritos evitavam que o Israel caísse outra vez em seu antigo estilo de vida. Além disso, cada lei pinta um quadro gráfico da seriedade do pecado e da grande misericórdia de Deus ao perdoar aos pecadores.

1.4ss o Israel não era a única nação que sacrificava animais. Muitas religiões pagãs o faziam também para tratar de agradar a seus deuses. Algumas culturas incluso incluíam sacrifícios humanos, os quais estavam estritamente proibidos Por Deus. Entretanto, o significado do sacrifício de animais no Israel era claramente diferente daqueles de seus vizinhos pagãos. Os israelitas sacrificavam animais não para apaziguar a ira de Deus, mas sim como um substituto do castigo que mereciam por seus pecados. Um sacrifício mostrava fé em Deus e um compromisso para suas leis. Mais importante ainda, este sistema anunciava o dia quando o Cordeiro de Deus (Cristo Jesus) morreria e derrotaria ao pecado de uma vez e para sempre.

1:13 O "aroma grato para o Jeová" é uma forma de dizer que Deus aceitou o sacrifício pela atitude do povo.

AS OFERENDAS

Aqui se encontram detalhadas as cinco oferendas principais que os israelitas faziam a Deus. Faziam estas oferendas para que seus pecados fossem perdoados e para restabelecer sua relação com Deus. A morte do Jesucristo fez estes sacrifícios desnecessários. Já que devido a sua morte nossos pecados foram perdoados completamente e restaurada nossa relação com Deus.

Oferenda - Propósito - Significado - Cristo a oferenda perfeita

Holocausto (Levítico 1, voluntária)

Para pagar por pecados em geral

Mostrava a devoção a Deus de uma pessoa

A morte de Cristo foi a oferenda perfeita

Oferenda vegetal (Levítico 2, voluntária)

Para mostrar honra e respeito a Deus na adoração

Reconhecia que tudo o que temos pertence a Deus

Cristo foi o homem perfeito, que se deu a si mesmo a Deus e a outros

Oferenda de paz (Levítico 3, voluntária)

Para expressar gratidão a Deus

Simbolizava paz e comunhão com Deus

Cristo é o único meio para ter comunhão com Deus

Oferenda pelo pecado (Levítico 4, requerida)

Para pagar por pecados não intencionais de impureza, negligência ou imprudência, Restaurava ao pecador à comunhão com Deus; mostrava a seriedade do pecado

A morte de Cristo restaura nossa relação com Deus

Oferenda pela culpa (Levítico 5, requerida)

Para pagar por pecados contra Deus e contra outros. Se fazia um sacrifício para Deus e se compensava ou se pagava à pessoa afetada

Compensava às partes afetadas

A morte de Cristo nos libera das conseqüências mortais do pecado


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Levítico Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
I. COMO se aproximar de Deus (Lv 1:1:. Sl 119:155 ; Isa . Is 65:24 ; Jo 3:16 , Jo 3:17 ). Nenhum homem jamais esteve em liberdade para criar seus próprios termos de aproximação a Deus.

A. Legislações referentes a sacrifícios (1: 1-7: 38)

Sacrifique-um sacrifício agradável a Deus-é a base de toda a verdadeira adoração. O homem é, em si mesmo culpados e impuros. Ele precisa de um sacrifício para libertá-lo da culpa e para limpar afastado sua contaminação, (He 9:22 ).

Para mostrar que o pecado é realmente pecaminoso, que a santidade é necessário diante do Senhor, e para indicar a forma como as pessoas poderiam estar livres da condenação, Deus estabeleceu um sistema de sacrifícios e oferendas.

A instituição de sacrifícios a Deus não era nova. Sacrifícios datam da primeira família. Noé sacrificados. Mas aqui no livro de Levítico a instituição é sistematizada. É aqui dispostas de modo a atender as diversas fases da necessidade do homem, e apontar para o fornecimento completo final para essa necessidade no Redentor prometido (Mt 26:26. ; He 10:1. ).

Os primeiros sete capítulos de Levítico são, em certo sentido, um manual de sacrifício, pois aqui estão os regulamentos para a execução através dos cinco principais tipos de ofertas.

1. The Whole holocausto (1: 1-17 ; 6: 8-13)

Esta foi uma expressão individual de devoção, de ação de graças, de adoração. Não era como se o sangue aspergido falado em Êxodo em que as pessoas estavam a ser resgatado do Egito. Esta é uma oferta para atender às necessidades de um povo redimido em sua abordagem para o seu Salvador.

A oferta pode consistir de um touro, um carneiro, um bode, um pombo, ou uma rola, dependendo da capacidade do adorador de fornecer. A palavra hebraica traduzida como "holocausto" significa "aquilo que sobe", e é descritiva do fato de que a oferta era para ser totalmente consumido no altar. Todo o sacrifício ascendeu a Deus em uma chama e fumaça. Por isso o adorador procurado nada da parte de Deus para si mesmo; em vez disso, no símbolo da sua oferta total consumido, ele se entregou completamente ao Senhor. Fala-nos do sacrifício de Cristo por nós, e que nos chama a um compromisso total de nós mesmos a Ele (conforme Rm 12:1 ).

1. Do rebanho (1: 1-9)

1 E o Senhor chamar Moisés, e falou com ele da tenda da congregação, dizendo: 2 Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando algum de vós oferece uma oblação ao Senhor, haveis de oferecer a sua oferta de o gado, até mesmo do rebanho e do rebanho.

3 Se a sua oferta for holocausto de gado, oferecerá ele um macho sem defeito: ele deve oferecê-lo à porta da tenda da congregação, para que possa ser aceito diante do Senhor. 4 E porá a sua mão sobre a cabeça do holocausto; e que seja aceito por ele para fazer expiação por Ec 5:1 E ele deve matar o novilho perante o Senhor; e os filhos de Arão, os sacerdotes, oferecerão o sangue, e polvilhe o sangue em redor sobre o altar que está à porta da na tenda da congregação. 6 E ele deve esfolar o holocausto, e cortá-la em suas partes. 7 E os filhos de Arão, o sacerdote, porão fogo sobre o altar, e madeira estava em ordem sobre o fogo; 8 e os filhos de Arão , os sacerdotes, definirá os pedaços, a cabeça ea gordura, em ordem sobre a lenha que está no fogo que está sobre o altar: 9 , mas a fressura e as suas pernas, ele lavar com água. E o sacerdote queimará tudo isso sobre o altar, para um holocausto, uma oferta feita por fogo, de cheiro suave ao Senhor.

Desta vez (vv. Lv 1:1 , Lv 1:2) Moisés não foi convocado para a montagem de fogo do julgamento, mas para a tenda da congregação, ou tabernáculo para o santuário de sacrifício e adoração, indicativo da misericórdia de Deus. No Sinai, Moisés só se atreveu a aproximar-se de Deus. Mas agora o Senhor faz uma maneira para todos os israelitas para adorar na presença divina. Ele começou a instrução em relação a esta abordagem, apontando o que um homem deve fazer, que pode querer oferecer uma oblação ou fazer uma doação, como a palavra hebraica corban indica (conforme Mc 7:11 ). A raiz do significado deste termo é "aproximar", e sugere o propósito de Deus para o Seu povo aqui. O termo é usado em todo Levítico para vários tipos de ofertas pelo qual o homem se aproximou de Deus, e através do qual Deus, por sua vez, aproximou-se de homens (conforme Jc 4:8 , Lv 1:4) era para ser um espécime perfeito. Foi oferecido à porta da tenda da congregação , ou seja, no altar de bronze no átrio do tabernáculo (Ex 40:6. ; conforme Sl 51:1 ; Sl 103:12 ; Is 44:22 ; Is 7:19 Mic. ; He 10:1 ).

A ser um tipo de Cristo holocausto, a aplicação da presente hoje nos apresenta o fato de que é como nós nos identificamos com Cristo, dá-nos inteiramente a Ele, tornar-se um com Ele, para que possamos encontrar a aceitação de Deus (1Jo 4:17 ; 1Jo 5:20 ; 1Co 6:17. ; Ef 1:6 ; Cl 2:10 ).

Se o próprio ofertante, ou um oficial do tabernáculo, realmente matou o animal não está claro no texto hebraico (vv. Lv 1:5 , Lv 1:6 ), mas é certo que, tendo o sangue e aplicá-lo ao altar era uma função sacerdotal. Colocar este sangue, a sede da vida do animal, contra o altar sagrado simboliza a doação da vida do ofertante a Deus e reconheceu a participação ativa de Deus na cerimônia de expiação; e, apontando para a frente a oferta de Si mesmo de Jesus, foi eficaz no perdão e na conciliação entre o ofertante a Deus (1Pe 1:2 ; Jo 19:36 ).

Os versículos 7:9 descrevem a maior actividade do sacerdote em sacrificar o holocausto. Para uma visão mais completa da situação, no entanto, capítulo 6: 8-13 deve ser lida juntamente com estes versos. Esta oferta queimada era uma fragrância agradável ao Senhor. A aplicação de uma característica humana a Deus aqui é simplesmente uma maneira figurativa e gráfico de dizer que o Senhor tinha prazer em holocaustos-voluntárias do seu povo ofertas pelo qual eles demonstraram a sua aspiração depois dele, o seu propósito de fazer a Sua vontade, e sua auto-entrega a Ele (ver Ef 5:2. ; 1Pe 2:5)

10 E se a sua oferta for de gado miúdo, de ovelhas ou das cabras, para holocausto; o oferecerá um macho sem defeito. 11 E ele deve matá-lo no lado do altar norte, perante o Senhor:. e os filhos de Arão, os sacerdotes, espargirão o sangue sobre o altar em redor 12 E ele deve cortá-la em sua peças, com a cabeça ea gordura; eo sacerdote os porá em ordem sobre a lenha que está no fogo que está sobre o altar: 13 mas a fressura e as pernas, ele lavar com água. E o sacerdote oferecerá o todo, e queimará sobre o altar; é um holocausto, uma oferta feita por fogo, de cheiro suave ao Senhor.

O ritual aqui para oferecer uma ovelha ou uma cabra era o mesmo que na oferta de um touro. Menciona-se, neste contexto, que o animal era para ser morto no lado norte do altar. Isso, no entanto, aplicada a todos os sacrifícios, exceto a oferta de paz.

c. Das Aves (1: 14-17)

14 E se a sua oferta ao Senhor for holocausto de aves, então ele deve oferecer a sua oferta de rolas ou de pombinhos. 15 E o sacerdote trará ao altar, tirar-lhe a cabeça, e queimar sobre o altar; e o seu sangue será drenado para fora do lado do altar; 16 e tirará o papo com a sujeira dos mesmos, e lançá-lo ao lado do altar na parte leste, no lugar das cinzas: 17 e ele deve rasguemos pelas suas asas, mas não a partirá. E o sacerdote queimará isso sobre o altar, em cima da lenha que está no fogo: é um holocausto, uma oferta feita por fogo, de cheiro suave ao Senhor.

Como em alguns outros casos, quando o ofertante era pobre demais para oferecer qualquer um touro, um carneiro, ou uma cabra, ele poderia oferecer um pombo ou uma rola (Lv 5:7 ). Ao fazer tal oferta, o padrão era mais simples, mas, em geral, exatamente o mesmo que que se seguiu nas outras instâncias. O pobre homem culto com uma oferta de apenas um passarinho, que ele pode ter pego em um arbusto, era tão agradável a Deus como o homem rico que trouxe o modelo maior e mais perfeitos do seu vasto rebanho (conforme 2Co 8:12 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Levítico Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
Levítico 1 ;7

He 10:1-58 deixa claro que em Cristo temos o cumprimento total de cada sacrifício do Antigo Testa-mento. Esses cinco sacrifícios espe-ciais ilustram os vários aspectos da pessoa e da obra do Salvador.

  • Oferta queimada — a consagração completa de Cristo (Lv 1)
  • Para esse sacrifício, precisava-se de um macho perfeito Dt 1:0). Veja também

    Jo 10:17 e Rm 5:19. Leví-tico 6:8-13 salienta que a primeira coisa que o sacerdote tinha de fa-zer todas as manhãs era uma oferta queimada. Assim, oferecia-se todos os outros sacrifícios durante o dia sobre o fundamento da oferta quei-mada. Rm 12:1-45 instrui os cristãos a se darem como sacrifício vivo — como oferta queimada viva — totalmente consagrados a Deus. Da mesma forma que os sacerdo-tes deviam manter o fogo ardendo continuamente sobre o altar (Lv 6:12- 13), nós devemos nos consagrar continuamente ao Senhor para a glória dele.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Levítico Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
    1.1 Antes, Deus falara do monte Sinai, não permitindo que ninguém se aproximasse; agora fala da tenda da congregação, da nuvem sobre o propiciatório no Santo dos Santos, deixando o adorador se aproximar dele por intermédio das ofertas.
    1.2 Oferta. Descrevem-se cinco tipos:
    1) O holocausto;
    2) A oferta de manjares;
    3) A oferta pacífica;
    4) Pelo pecado;
    5) Pela culpa. Quem busca a Deus há de começar com a quinta oferta da escala; que é uma oferta compulsória por causa da maldade humana; só depois de se seguir o caminho prescrito para obter a comunhão com Deus, que pode haver ofertas voluntárias e espontâneas, especialmente a primeira da escala, um holocausto "de aroma agradável ao Senhor” (veja 1.17 N. Hom.). Todas as ofertas tinham algo em comum simbolizavam algum aspecto da vida e do sacrifício de Jesus Cristo.

    1.17 Holocausto. Heb 'olah, cujo significado básico é de fazer subir em fumaça, uma oferta total da qual os demais sacrifícios são apenas modificações. Nossa palavra "holocausto" significa "totalmente queimado". Esta oferta significava a dedicação completa a Deus daquele que a oferecia, e tipifica Jesus Cristo, ao se oferecer imaculado a Deus, para fazer Seu inteiro agrado,He 9:14; Fp 2:6-50. Na seleção da vítima, tanto o rico como o pobre podia trazer uma oferta aceitável, fosse um novilho; ou fosse uma rola. O macho sem defeito, v. 3, representa Cristo na sua perfeição (He 9:14; 1Pe 1:19). O sacrifício se oferecia no altar do holocausto, à porta do Tabernáculo, v. 3 com Êx 40:6, depois de o ofertante se identificar com o animal que o substituiria, aceitando sua. posição de pecador pedindo expiação, com o simples gesto de pôr a mão sobre a cabeça do holocausto. Igualmente, o simples ato de estender a mão da fé para a pessoa de nosso substituto Jesus Cristo identifica-nos com o Salvador que levou nossos pecados sobre si (2Co 5:21). A aspersão do sangue sobre o altar sinal de que a vida fora oferecida; vinha então a queima da carne. A remissão dos pecados vincula-se ao derramamento do sangue (He 9:22). • N. Hom. A expressão "Aroma agradável", tão comum neste Livro, significa "de boa aceitação" e se aplica sublimemente à ternura do amor de Cristo, que foi ao ponto de Se oferecer como expiação totalmente satisfatória aos olhos de Deus (Ef 5:2), e às ofertas de bondade, amor e colaboração que os irmãos em Cristo dão em prol dos homens e da Obra (Fp 4:18).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Levítico Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
    I. AS OFERTAS (1.1—7.38)


    1) Regulamentações gerais (1.1—6.7)

    a) Os holocaustos (1:1-17)

    O manual dos sacrifícios (1.1—7,38) está dividido em duas seções. A primeira e maior contém orientações de interesse tanto para sacerdotes quanto para leigos (1.1—6.7). Por outro lado, 6.8—7.36 apresenta muitas informações que eram dirigidas somente aos sacerdotes. Visto que o holocausto era o sacrifício hebreu par excellence, está no topo da lista.

    (1) Do gado (1:1-9). v. 1. A menção da Tenda do Encontro indica que o livro de Levítico é uma continuação de Ex 40:34-38. v. 2. oferta é a palavra que é transliterada como Corbã em Mc 7:11; significa “(aquilo que é) trazido para perto”, rebanho pode ser de ovelhas ou de cabras (conforme v. 10). v. 3. holocausto', o termo hebraico é ‘õlãh, que significa “o que sobe”. Denota um sacrifício que, à parte do seu sangue (v. 5) e pele (7.8), era totalmente consumido no altar. Às vezes o termo kãlíl (também “holocausto”) é usado (e.g., Dt 33:10). O holocausto diário — matutino e vespertino — era de tal maneira uma característica do ritual no tabernáculo (Ex 29:38-42; Nu 28:3-4) que o altar no pátio do tabernáculo era conhecido como o “altar do holocausto” (cp. Ex 27:1 com Ex 38:1). sem defeito só pode ter significado físico nesse contexto; mas há uma conotação moral quando a mesma linguagem é usada acerca do nosso Senhor — o antítipo do holocausto e de todas as ofertas (He 9:14; 1Pe 1:19). para que seja aceito é melhor do que, “de sua própria vontade” da VA (v. esse aspecto já em A. Jukes, The Law of the Offerings, p. 50-1).

    v. 4. e porá a mão\ no Dia da Expiação, a confissão de pecado acompanhava esse ato (16.21), e é difícil não perceber uma alusão à identificação ou representação sempre que ocorre em contextos sacrificiais (conforme 3.2; 4.4; Nu 8:12). como propiciação: embora a idéia de pecado no ofertante não fosse proeminente, no holocausto tinha o efeito de expiar (propiciar) (novamente temos a raiz k-p-r, v. comentário de Ex 25:17) os erros involuntários da pessoa, v. 5. será morto: o sujeito do verbo no hebraico é claramente 3a pessoa do singular masculino (conforme NTLH: “O homem matará o touro”). Isso significa que o israelita comum é que tinha de matar o animal que ele levava ao sacrifício; Ezequiel deseja reservar essa tarefa aos levitas (Ez 44:10,11). Os sacerdotes eram responsáveis pelo sacrifício dos animais apresentados como ofertas pelo povo todo (16.11; 2Cr 29:24). derramarão é preferível a “borrifarão” da NTLH (conforme comentário Dt 4:6), visto que o sangue era recolhido numa bacia e lançado contra os lados do altar (cf. Zc 9:15). As observações de rodapé que fazem referência a He 12:24 e 1Pe 1:2 da VA e da RV são, portanto, inadequadas nesse ponto. v. 6. pele. de acordo Ct 7:8, a pele de animais oferecidos em holocausto era propriedade do sacerdote, v. 7. fogo do altar, o fogo do altar não podia apagar (6.13), mas muitas vezes deve ter apenas fumegado. Agora o ritual se concentra no altar, e são os sacerdotes — os descendentes do sacerdote Arão — que têm primazia, v. 9. As vísceras e as pernas (traseiras?) devem ser primeiramente lavadas das impurezas dos excrementos antes de serem colocadas no altar, queimará traduz a raiz q-t-r, que é o termo para queimar sacrifícios no altar.; da mesma raiz vem a palavra para “incenso”, conforme aqui o aroma agradável que sobe a Deus. Para queimar até consumir no altar, como no caso da oferta pelo pecado (e.g., 4.12; v. também Nu 19:5,Nu 19:8 em conjunção com o novilho sem defeito), usa-se em geral o verbo s-r-p. oferta preparada no fogo: “oferta de alimentos” liga a palavra hebraica com outra raiz que significa “alimento”; melhor seguir a NVI. aroma agradável, essa idéia fortemente antropomórfica já fez um longo caminho na história da religião, desde Babel até o Gólgota. Uma versão mais rude e literal pode ser encontrada no relato babilónico do Dilúvio, segundo o qual os deuses se uniram em enxame como moscas para usufruir do aroma agradável do sacrifício de Utnapishtim. No NT, lemos que “Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus” (Ef 5:2).

    (2)    Do rebanho (1:10-13). v. 11. O lado norte é algumas vezes associado à habitação divina (e.g., 37:22; Sl 48:2). Essa é uma informação nova e não deve ser restrita a essa categoria de ofertas queimadas; holocaustos, ofertas pelo pecado e ofertas pela culpa deveriam ser mortos todos no mesmo lugar (v. 6.25; 7.2; 14.13).

    (3)    De aves (1:14-17). v. 14. O holocausto de aves era adequado às condições econômicas dos membros mais pobres da comunidade (conforme 5.7; 12.8; Lc 2:24). A pobreza em questão era do tipo material e não se presta ao tipo de interpretação que classifica os adoradores de acordo com o desenvolvimento espiritual. Maria, que pertencia à elite espiritual, valeu-se dessa concessão; v. Lc 2:22ss Pombinho’. lit. “filhotes de pombos”, que pode se referir ao gênero, e não à idade, de acordo com uma expressão idiomática semítica conhecida. v. 15. destroncará o pescoço: isso não era feito no caso de uma oferta pelo pecado (5.8). O sacerdote teria de deixar escorrer o sangue ao pressionar o corpo do animal contra a parede do altar, o sangue seria insuficiente para que fosse usado como o de animais de sacrifício de porte maior. v. 16. conteúdo é possível (conforme NEB, e RV “sujeira”); mas a BJ prefere “penas”. cinzas\ a palavra significa com maior freqüência “gordura” e aqui denota as cinzas gordurosas que eram removidas do fogo do altar. v. 17. sem dividi-la: conforme o tratamento que Abraão deu às aves mortas na cerimônia da aliança descrita em Gn 15:9,10.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Levítico Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
    I. OS SACRIFÍCIOS Lv 1:1-7.38

    Não é sem razão, que este manual do sacrifício, -assim o poderíamos designar, -se encontra em primeiro lugar no Levítico, mencionando em primeiro lugar as leis dos sacrifícios e só depois a ordenação dos sacerdotes, que a eles presidem. Do mesmo modo em Números o recenseamento das tribos precede a celebração da Páscoa, acontecimento na realidade anterior àquele (Nu 1:1; Nu 9:1).

    Este código do sacrifício apresenta-se, entra sem rodeios diretamente no assunto, e a conjunção "e" que o inicia, liga-o às palavras finais do Êxodo (Êx 40:34 e segs). Antes de falar com Moisés, o Senhor chamou-o, palavra mais forte do que "falar", como se se tratasse do assunto da maior importância para o Seu Povo, como ordens decisivas (cfr. Êx 24:16; Nu 12:5), ou comunicações de vulto (cfr. Êx 3:4). São exemplos a proclamação das festas (Lv 23:2, 4, 21, 37) e do Dia da Expiação (Lv 25:10). A dupla expressão "Chamou... e falou" tem maior ênfase do que o simples verbo "falou" ou "disse". Da tenda da congregação (1). Melhor: "Fora da tenda do encontro". Cfr. Êx 25:9 nota. Uma versão usa o termo "tabernáculo" para o vocábulo hebraico mishkan, significando o conjunto formado pelas tábuas de madeira dourada, cobertas de linho e bordadas com desenhos de serafins (cfr. Êx 26:7), enquanto a palavra "tenda" (’ ohel) se aplica ao conjunto das cortinas que o cobriam, ou em parte, ou na totalidade (cfr. Êx 40:19). Outra versão, porém, confunde os dois termos e emprega-os indistintamente, traduzindo ’ ohel ora por "tenda", ora por "tabernáculo". Seja como for, o certo é que o tabernáculo já se encontrava definitivamente montado, e que o Levítico por isso se coaduna perfeitamente com o último capítulo do Êxodo.

    Antes de prosseguirmos, convém frisar o seguinte: Primeiramente, os sacrifícios são considerados sob dois aspectos, ou seja, a porção do sacrifício que pertencia ao Senhor (Lv 1:2-6.7) e a porção do sacerdote e do oferente (Lv 6:8-7.36). Em seguida, tratam-se independentemente as cinco espécies de ofertas: (os holocaustos, a de manjares, pelo pecado, pela culpa e a oferta de paz), sem se pensar em qualquer ralação que possa existir entre elas. Em terceiro lugar, as descrições não são completas e supõem outras já feitas ou que ainda se seguirão (por exemplo, não se faz qualquer alusão à oferta de bebidas ou ao pão asmo). Finalmente, nem sempre a ordem cronológica é observada rigorosamente.

    >Lv 1:2

    a) A porção do Senhor (Lv 1:2-6.7)

    Fala aos filho de Israel (2). São leis que dizem respeito a todo o povo, pois não só os sacerdotes, mas também os leigos eram obrigados a cumprir com exatidão as suas obrigações. Oferecer oferta (2). A palavra hebraica corban (cfr. Mq 7:11) tanto pode significar "oferta" como "sacrifício" (Nu 7:11). Gado (2). Incluía os animais impuros como cavalos, burros e camelos. Cfr. Êx 9:3, onde se alude ao "gado" do Faraó, que abrangia cavalos, jumentos, camelos, bois e ovelhas. Vacas (2) é o termo genérico para todo o gado bovino, tal como ovelhas designa todo o gado ovino e caprino. Só estes animais e alguns pássaros podiam ser objeto de sacrifício.

    >Lv 1:3

    1. O HOLOCAUSTO (Lv 1:3-17). (Veja-se também Lv 6:8-13). Com este nome se designava toda a carne que se queimava sobre o altar (Dt 33:10; Sl 51:19; Lv 6:22-23). O termo original ’ olah de significado "aquilo que sobe", tanto podia referir-se à oferta que subia ao Senhor como ao cheiro suave (17), ou ainda ao animal inteiro, e não apenas parte dele, que era oferecido, ou erguido sobre o altar. Embora não seja o mais importante, é no entanto este sacrifício o que se menciona em primeiro lugar, talvez por ser o mais grandioso. Note-se que o grande altar de bronze é conhecido por "altar do holocausto" (Êx 30:28; Êx 31:9; Lv 4:7, 10, 18). Em Lv 4:24, 33 afirma-se que o bode será degolado "no lugar onde se degola o holocausto". A "oferta contínua" (tamidh) era também um holocausto (Êx 29:42; Nu 28:0; Lv 2:2 e Lv 4:2; Lv 5:15 leva-nos à conclusão de que o holocausto podia ser um sacrifício voluntário. Mas em Lv 1:3, segundo outra versão, admite-se mais facilmente que seja "para sua aceitação" do que propriamente "de sua própria vontade". O animal devia ser "macho e sem mancha" (3). O mesmo se dava com o sacrifício pelo sacrilégio (cfr. Lv 5:15). Segue-se a descrição pormenorizada do ritual do sacrifício (5-9). O oferente conduzia o animal até à porta da tenda do encontro, sobre o qual punha ambas as mãos, confessando ao mesmo tempo as suas iniqüidade (Lv 16:21; Dt 26:13 e segs.). Em seguida era degolado "perante o Senhor", esfolado e dividido em pedaços, sem se lhe partir os ossos (cfr. Êx 12:46; Nu 9:12; Jo 19:36). Depois da lavadas as entranhas a as pernas, o sacerdote recolhia o sangue da vítima para o aspergir sobre o altar, e queimava logo após toda a carne. Repara-se na frase enfática: Os filhos de Arão, os sacerdotes (Lv 1:5, 8, 11; Lv 2:2; Lv 3:2). A cerimônia do sacrifício é de fato uma missão exclusivamente própria dos sacerdotes, a quem, todavia, não cabe qualquer parte da vítima, a não ser o couro do animal (Lv 7:8). Neste sacrifício, ao contrário do que sucedia com o do pecado e da expiação de culpa, dá-se especial realce à consagração e à dedicação do oferente, como nos dá a entender o apóstolo Paulo que nas palavras "vossos corpos" e "sacrifício vivo" devia ter em mente o holocausto antigo (Rm 12:1). Mas as palavras para que seja aceita por ele para a sua expiação (4) e a aspersão do sangue em torno do altar implicam sem dúvida a confissão e a expiação, que deviam preceder a dedicação (cfr. Lv 17:11). Para a sua expiação (4). Literalmente o termo "expiar" significa "cobrir", admitindo, no caso do pecado, que o Deus de Israel não podia contemplá-lo (Hc 1:13; Sl 51:1, Sl 51:9; Sl 103:12; Is 43:25; Is 44:22; Mq 7:19; He 10:1-58). O sangue da expiação tanto podia referir-se às pessoas (4) (cfr. Lv 4:20), como às coisas (por exemplo, ao altar-cfr. Êx 29:36). O holocausto, de qualquer modo, seria sempre "uma oferta queimada, de cheiro suave ao Senhor" (9). "Oferta de fogo" é o termo que se aplica a todos aqueles sacrifícios, que na totalidade ou em parte deviam ser queimados sobre o altar. De muitos deles se diz que constituiriam um "cheiro suave" mas esta designação aplicava-se provavelmente a todo este gênero da sacrifícios. A expressão é antropomórfica e não deve, portanto, ser tomada à letra, por designar apenas a satisfação com que o Senhor recebe as ofertas do Seu Povo. O mesmo se deve dizer das palavras "pão de Deus" (Lv 21:6 e segs.) e dos sacrifícios da paz (Lv 3:11, 16). Há quem tome tais palavras em sentido literal, vendo nelas o conceito imperfeito e primitivo de sacrifício. Tal conceito é exclusivo pelo contexto. Não é de admitir tal ponto de vista, demasiado materialista e revelador de ignorância crassa, mesmo que haja alguns que assim pensassem. O fato de nessa altura, em que o Povo Israelita se alimentava à custa do Maná caído do Céu, se oferecerem sacrifícios a Deus, não significa que Deus precisasse dos alimentos humanos, mas desejava que Seus filhos Lhe oferecessem parte daqueles bens que o Céu tão generosamente lhes concedia, como sinal de reconhecimento que era Deus quem lhes sustentava a vida e os cumulava de todas as bênçãos. Embora muito posterior, o Sl 1:0), ou então substituía os outros animais no caso de ser pobre o oferente (Lv 5:7-10).


    Dicionário

    Dize

    2ª pess. sing. imp. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Fala

    substantivo feminino Ato ou faculdade de falar.
    Alocução, discurso.
    Voz, palavra, frase.
    Expressão, comunicação, significado.
    Modo de falar, tom, estilo.
    Idioma, dialeto, jargão.
    Teatro Trecho de diálogo ou monólogo, dito de uma vez pelo mesmo ator.
    Linguística Atualização, peculiar a cada pessoa, da capacidade geral da linguagem. (Opõe-se à noção de língua.).

    Filhós

    substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).

    Gado

    substantivo masculino Conjunto de animais criados no campo para trabalhos agrícolas ou uso doméstico e industrial.
    Rebanho, armento, vara, fato.
    Gado grosso, equinos, bovinos.
    Gado miúdo, porcos, cabras, carneiros.

    A riqueza dos patriarcas constavaprincipalmente de gado e de escravos, ou servos, que se empregavam em guardar os seus rebanhos e manadas (Gn 13. 7). Tinham Abraão e Ló tantos e tão grandes rebanhos e manadas, que foram obrigados a separar-se a fim de encontrarem as necessárias pastagens. Abraão e os patriarcas mais ricos tinham consideráveis manadas de gado, sendo uma grande parte destinada aos sacrifícios – e também serviam os animais para as ocasiões de pública hospitalidade, ou de festas especiais ou para quando era necessário obsequiar amigos. Vagueavam numa condição de meia domesticidade por grandes áreas de terreno, e muitas vezes estes animais se tornavam bravos, principalmente quando naqueles tempos estavam expostos aos ataques de feras, como o leão e o urso, o lobo e o leopardo, adquirindo desta maneira hábitos de ferocidade para se defenderem. A raça do gado, na Palestina Central, é presentemente de pequeno corpo e peludo, e pouco empregada para fins de agricultura. Todavia, nas terras ao sul do mar Morto, os árabes agricultores fazem uso desses animais, quase exclusivamente. (*veja Boi, Cabra.)

    Gado QUADRÚPEDES domesticados e usados para alimentação, tração, montaria, etc. (Jr 49:32). Na Bíblia há referências ao gado bovino (bois, touros, vacas, novilhos), ao eqüino (cavalos, mulas, jumentos), ao caprino ou cabrum (bodes e cabras), ao ovino ou ovelhum (ovelhas, carneiros e cordeiros) e ao suíno (porcos).

    Israel

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

    Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


    Israel [O Que Luta com Deus] -

    1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

    2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

    3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
    v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

    4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

    Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

    Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

    Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Oferecer

    verbo transitivo direto e bitransitivo Presentear; ofertar, dar alguma coisa a alguém: ofereceu chocolate ao namorado.
    Sugerir algo para compensar outra: ofereceu dinheiro para evitar o prejuízo.
    Exibir; fazer a exposição de: ofereceu a teoria aos cientistas.
    Proporcionar; trazer consigo: essa promoção oferece descontos.
    verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Colocar ao dispor de: ofereceu um livro ao filho; ofereceu o carro aos convidados; ofereceu seu emprego à esposa; ofereceu-se para auxiliar o professor.
    verbo bitransitivo Expressar ou realizar alguma coisa por motivos religiosos: ofereceu uma oração ao santo.
    Imolar; fazer um sacrifício para ou pedir a proteção de: oferecia animais às divindades; ofereceu o sobrinho à santa de sua devoção.
    Dedicar; mandar alguma coisa especialmente para alguém: ofereceu uma música ao marido.
    verbo pronominal Mostrar-se; apresentar diante de si: um ótimo emprego se oferecia a ele.
    Entregar-se: não a conhecia, mas se oferecia de bandeja.
    Etimologia (origem da palavra oferecer). Do latim offerescere.

    Oferta

    Oferta V. SACRIFÍCIOS E OFERTAS (Is 1:13).

    oferta s. f. 1. Ação de oferecer(-se); oferecimento. 2. Oblação, oferenda. 3. Retribuição de certos atos litúrgicos. 4. Dádiva. 5. Promessa. 6. Co.M Produto exposto a preço menor, como atrativo à freguesia.

    Ofertar

    verbo transitivo Apresentar como oferta, dar como oferta, oferecer; presentear.

    Ovelhas

    Ovelhas Jesus empregou essa palavra de maneira simbólica para expressar sua compaixão e amor aos seres humanos desprovidos de bons pastores (Mt 9:36; 10,6) e à humanidade perdida que ele — o Bom Pastor que cuida realmente de suas ovelhas (Jo 10:1-27) — vem para redimir (Mt 18:12; Lc 15:4-6). Sua mansidão pode ser imitada pelos falsos profetas (Mt 7:15). Em sua missão evangelizadora, os discípulos assemelham-se às ovelhas em meio aos lobos (Mt 10:16; 26,31); em alguns casos, como o de Pedro, são chamados a ser pastores das outras ovelhas (Jo 21:16ss.).

    Quando

    advérbio Denota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando.
    Numa interrogação; em que momento no tempo: quando será seu casamento? Preciso saber quando será seu casamento.
    Em qual época: quando partiram?
    advérbio Rel. Em que: era na quadra quando as cerejeiras floriam.
    conjunção Gramática Inicia orações subordinadas adverbiais denotando: tempo, proporção, condição e concessão.
    conjunção [Temporal] Logo que, assim que: irei quando puder.
    conjunção Prop. À medida que: quando chegaram ao hotel, tiveram muitos problemas.
    conjunção [Condicional] Se, no caso de; acaso: só a trata bem quando precisa de dinheiro.
    conjunção Conce. Embora, ainda que: vive reclamando quando deveria estar trabalhando.
    locução conjuntiva Quando quer que. Em qualquer tempo: estaremos preparados quando quer que venha.
    locução conjuntiva Quando mesmo. Ainda que, mesmo que, ainda quando: iria quando mesmo lho proibissem.
    Etimologia (origem da palavra quando). Do latim quando.

    quando adv. Em que época, em que ocasião, em que tempo. Conj. 1. Posto que. 2. Mas.

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Vacas

    fem. pl. de vaca

    va·ca
    (latim vacca, -ae)
    nome feminino

    1. Fêmea do boi.

    2. Carne de gado vacum. = BOI

    3. [Jogos] Quantia fornecida em comum por dois ou mais parceiros e jogada só por um deles.

    4. Figurado Pessoa ou coisa de que se tira proveito contínuo.

    5. [Informal] Sorte incomum; boa sorte.AZAR

    6. [Informal, Depreciativo] Mulher disforme ou muito gorda.

    7. [Informal, Depreciativo] Mulher considerada desavergonhada.

    8. [Regionalismo] Homem indolente, nada excitável.


    nem que a vaca tussa
    [Informal] De maneira nenhuma (ex.: não fazemos o teste, nem que a vaca tussa!).

    vaca errada
    A que não tem cria todos os anos.

    vacas gordas
    Período de abundância de bens, meios ou recursos (ex.: durante as vacas gordas, é fácil ser ministro).VACAS MAGRAS

    Prosperidade, riqueza (ex.: o tempo das vacas gordas já passou).VACAS MAGRAS

    vacas magras
    Período de escassez de bens, meios ou recursos (ex.: conseguiu recuperar a empresa após as vacas magras).VACAS GORDAS

    Carência, penúria (ex.: a obra foi feita no tempo das vacas magras).VACAS GORDAS


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Levítico 1: 2 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    "Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando algum de vós trouxer oferta ao SENHOR, trareis a vossa oferta de gado, isto é, de gado vacum e de ovelha.
    Levítico 1: 2 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1445 a.C.
    H1121
    bên
    בֵּן
    crianças
    (children)
    Substantivo
    H120
    ʼâdâm
    אָדָם
    homem / ser humano / marido / peão
    (man)
    Substantivo
    H1241
    bâqâr
    בָּקָר
    gado, rebanho, boi
    (and oxen)
    Substantivo
    H1696
    dâbar
    דָבַר
    E falou
    (And spoke)
    Verbo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3478
    Yisrâʼêl
    יִשְׂרָאֵל
    Israel
    (Israel)
    Substantivo
    H3588
    kîy
    כִּי
    para que
    (that)
    Conjunção
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H4480
    min
    מִן
    de / a partir de / de / para
    (from)
    Prepostos
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H6629
    tsôʼn
    צֹאן
    rebanho de gado miúdo, ovelha, ovinos e caprinos, rebanho, rebanhos
    (of sheep)
    Substantivo
    H7126
    qârab
    קָרַב
    chegar perto, aproximar, entrar, vir para perto
    (he had come near)
    Verbo
    H7133
    qorbân
    קׇרְבָּן
    ()
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo
    H929
    bᵉhêmâh
    בְּהֵמָה
    fera, gado, animal
    (livestock)
    Substantivo


    בֵּן


    (H1121)
    bên (bane)

    01121 בן ben

    procedente de 1129; DITAT - 254; n m

    1. filho, neto, criança, membro de um grupo
      1. filho, menino
      2. neto
      3. crianças (pl. - masculino e feminino)
      4. mocidade, jovens (pl.)
      5. novo (referindo-se a animais)
      6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
      7. povo (de uma nação) (pl.)
      8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
      9. um membro de uma associação, ordem, classe

    אָדָם


    (H120)
    ʼâdâm (aw-dawm')

    0120 אדם ’adam aw-dawm’

    procedente de 119; DITAT - 25a; n m

    1. homem, humanidade (designação da espécie humana)
      1. homem, ser humano
      2. homem (como indivíduo), humanidade (sentido intencionado com muita freqüência no AT)
      3. Adão, o primeiro homem
      4. cidade no vale do Jordão

    בָּקָר


    (H1241)
    bâqâr (baw-kawr')

    01241 בקר baqar

    procedente de 1239; DITAT - 274a; n m

    1. gado, rebanho, boi
      1. gado (pl. genérico de forma sing. - col)
      2. rebanho (um em particular)
      3. cabeça de gado (individualmente)

    דָבַר


    (H1696)
    dâbar (daw-bar')

    01696 דבר dabar

    uma raiz primitiva; DITAT - 399; v

    1. falar, declarar, conversar, comandar, prometer, avisar, ameaçar, cantar
      1. (Qal) falar
      2. (Nifal) falar um com o outro, conversar
      3. (Piel)
        1. falar
        2. prometer
      4. (Pual) ser falado
      5. (Hitpael) falar
      6. (Hifil) levar embora, colocar em fuga

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    יִשְׂרָאֵל


    (H3478)
    Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

    03478 ישראל Yisra’el

    procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

    Israel = “Deus prevalece”

    1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
    2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
      1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
      2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
      3. o nome da nação depois do retorno do exílio

    כִּי


    (H3588)
    kîy (kee)

    03588 כי kiy

    uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

    1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
      1. que
        1. sim, verdadeiramente
      2. quando (referindo-se ao tempo)
        1. quando, se, embora (com força concessiva)
      3. porque, desde (conexão causal)
      4. mas (depois da negação)
      5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
      6. mas antes, mas
      7. exceto que
      8. somente, não obstante
      9. certamente
      10. isto é
      11. mas se
      12. embora que
      13. e ainda mais que, entretanto

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    מִן


    (H4480)
    min (min)

    04480 מן min

    ou מני minniy ou מני minney (construto pl.) (Is 30:11)

    procedente de 4482; DITAT - 1212,1213e prep

    1. de, fora de, por causa de, fora, ao lado de, desde, acima, do que, para que não, mais que
      1. de (expressando separação), fora, ao lado de
      2. fora de
        1. (com verbos de procedência, remoção, expulção)
        2. (referindo-se ao material de qual algo é feito)
        3. (referindo-se à fonte ou origem)
      3. fora de, alguns de, de (partitivo)
      4. de, desde, depois (referindo-se ao tempo)
      5. do que, mais do que (em comparação)
      6. de...até o, ambos...e, ou...ou
      7. do que, mais que, demais para (em comparações)
      8. de, por causa de, através, porque (com infinitivo) conj
    2. que

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    צֹאן


    (H6629)
    tsôʼn (tsone)

    06629 צאן tso’n ou צאון ts e’own̂ (Sl 144:13)

    procedente de uma raiz não utilizada significando migrar; DITAT - 1864a; n. f. col.

    1. rebanho de gado miúdo, ovelha, ovinos e caprinos, rebanho, rebanhos
      1. rebanho de gado miúdo (geralmente de ovinos e caprinos)
      2. referindo-se a multidão (símile)
      3. referindo-se a multidão (metáfora)

    קָרַב


    (H7126)
    qârab (kaw-rab')

    07126 קרב qarab

    uma raiz primitiva; DITAT - 2065; v.

    1. chegar perto, aproximar, entrar, vir para perto
      1. (Qal) aproximar, vir para perto
      2. (Nifal) ser trazido para perto
      3. (Piel) levar a aproximar, trazer para perto, fazer vir para perto
      4. (Hifil) trazer para perto, trazer, presentear

    קׇרְבָּן


    (H7133)
    qorbân (kor-bawn')

    07133 קרבן qorban ou קרבן qurban

    procedente de 7126, grego 2878 κορβαν; DITAT - 2065e; n. m.

    1. oferta, oblação

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo

    בְּהֵמָה


    (H929)
    bᵉhêmâh (be-hay-maw')

    0929 בהמה b ehemaĥ

    procedente de uma raiz não utilizada (provavelmente significando ser mudo); DITAT - 208a; n f

    1. fera, gado, animal
      1. animais (col de todos os animais)
      2. gado, criação (referindo-se a animais domésticos)
      3. animais selvagens