Enciclopédia de Levítico 10:19-19

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lv 10: 19

Versão Versículo
ARA Respondeu Arão a Moisés: Eis que, hoje, meus filhos ofereceram a sua oferta pelo pecado e o seu holocausto perante o Senhor; e tais coisas me sucederam; se eu, hoje, tivesse comido a oferta pelo pecado, seria isso, porventura, aceito aos olhos do Senhor?
ARC Então disse Aarão a Moisés: Eis que hoje ofereceram a sua expiação de pecado e o seu holocausto perante o Senhor, e tais cousas me sucederam: se eu hoje comera a expiação do pecado, seria pois aceito aos olhos do Senhor?
TB Respondeu Arão a Moisés: Eis que hoje ofereceram a sua oferta pelo pecado e o seu holocausto diante de Jeová. Coisas tais como estas me têm acontecido; se eu tivesse comido hoje a oferta pelo pecado, teria sido, porventura, uma coisa agradável aos olhos de Jeová?
HSB וַיְדַבֵּ֨ר אַהֲרֹ֜ן אֶל־ מֹשֶׁ֗ה הֵ֣ן הַ֠יּוֹם הִקְרִ֨יבוּ אֶת־ חַטָּאתָ֤ם וְאֶת־ עֹֽלָתָם֙ לִפְנֵ֣י יְהוָ֔ה וַתִּקְרֶ֥אנָה אֹתִ֖י כָּאֵ֑לֶּה וְאָכַ֤לְתִּי חַטָּאת֙ הַיּ֔וֹם הַיִּיטַ֖ב בְּעֵינֵ֥י יְהוָֽה׃
BKJ E disse Arão a Moisés: Eis que hoje eles ofereceram a sua oferta pelo pecado e a sua oferta queimada perante o SENHOR, e tais coisas me sucederam; se eu tivesse comido hoje a oferta pelo pecado, deveria ter sido aceita aos olhos do SENHOR?
LTT Então disse Aarão a Moisés: Eis que hoje (meus filhos) ofereceram o sacrifício pelo pecado deles e o seu holocausto perante o SENHOR, e tais coisas me sucederam; se hoje eu tivesse comido sacrifício pelo pecado, seria isso porventura aceito aos olhos do SENHOR?
BJ2 Aarão disse a Moisés: "Eis que eles ofereceram hoje o seu sacrifício pelo pecado e o seu holocausto diante de Iahweh! Com o que me aconteceu, se eu tivesse comido hoje da vítima pelo pecado, seria isso agradável a Iahweh?"
VULG Respondit Aaron : Oblata est hodie victima pro peccato, et holocaustum coram Domino : mihi autem accidit quod vides ; quomodo potui comedere eam, aut placere Domino in cæremoniis mente lugubri ?

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Levítico 10:19

Levítico 9:8 Então, Arão se chegou ao altar e degolou o bezerro da expiação que era por si mesmo.
Levítico 9:12 Depois, degolou o holocausto, e os filhos de Arão lhe entregaram o sangue, e ele espargiu-o sobre o altar em redor.
Deuteronômio 12:7 E ali comereis perante o Senhor, vosso Deus, e vos alegrareis em tudo em que poreis a vossa mão, vós e as vossas casas, no que te abençoar o Senhor, vosso Deus.
Deuteronômio 26:14 Disso não comi na minha tristeza e disso nada tirei para imundícia, nem disso dei para algum morto; obedeci à voz do Senhor, meu Deus; conforme tudo o que me ordenaste, tenho feito.
I Samuel 1:7 E assim o fazia ele de ano em ano; quando ela subia à Casa do Senhor, assim a outra a irritava; pelo que chorava e não comia.
Isaías 1:11 De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o Senhor? Já estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais nédios; e não folgo com o sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes.
Isaías 1:15 Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue.
Jeremias 6:20 Para que, pois, me virá o incenso de Sabá e a melhor cana aromática de terras remotas? Vossos holocaustos não me agradam, nem me são suaves os vossos sacrifícios.
Jeremias 14:12 Quando jejuarem, não ouvirei o seu clamor e quando oferecerem holocaustos e ofertas de manjares, não me agradarei deles; antes, eu os consumirei pela espada, e pela fome, e pela peste.
Oséias 9:4 Não derramarão vinho perante o Senhor, nem as suas ofertas serão para ele suaves; os seus sacrifícios para eles serão como pão de pranteadores; todos os que dele comessem seriam imundos, porque o seu pão será para o seu apetite; não entrará na casa do Senhor.
Malaquias 1:10 Quem há também entre vós que feche as portas e não acenda debalde o fogo do meu altar? Eu não tenho prazer em vós, diz o Senhor dos Exércitos, nem aceitarei da vossa mão a oblação.
Malaquias 1:13 E dizeis: Eis aqui, que canseira! E o lançastes ao desprezo, diz o Senhor dos Exércitos: vós ofereceis o roubado, e o coxo, e o enfermo; assim fazeis a oferta; ser-me-á aceito isto de vossa mão? ? diz o Senhor.
Malaquias 2:13 Ainda fazeis isto: cobris o altar do Senhor de lágrimas, de choros e de gemidos; de sorte que ele não olha mais para a oferta, nem a aceitará com prazer da vossa mão.
Filipenses 4:4 Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos.
Hebreus 7:27 que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente, por seus próprios pecados e, depois, pelos do povo; porque isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo.
Hebreus 9:8 dando nisso a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do Santuário não estava descoberto, enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo,

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Levítico Capítulo 10 do versículo 1 até o 20
C. UM CASO DE SACRILÉGIO, 10:1-20

1. Nadabe e Abiú (10:1-7)

O capítulo 9 retrata a maneira apropriada de aproximar-se do Senhor e as conse-qüências maravilhosas dessa aproximação decorosa. No capítulo 10, a cena passa a ser de tragédia. Israel vê os efeitos inevitáveis da aproximação presunçosa ao Senhor. A alegria e reverência da aparição da glória de Deus no capítulo 9 são substituídas pelo terror que sobrevem quando Deus age em julgamento contra o pecado.
O texto não registra a natureza do pecado de Nadabe e Abiú (1). Os comentaristas têm algumas sugestões: o incenso não foi feito de acordo com as instruções de Moisés (Êx 30:34-38) ; o fogo não era proveniente do fogo que estava queimando no altar (16,12) ; a oferta foi feita no momento errado (Êx 30:7-8) ; os infratores usaram incensários inade-quados (os deles mesmos) ; Nadabe e Abiú assumiram uma função devida exclusivamen-te ao sumo sacerdote; ou eles estavam sob influência alcoólica (cf. 8-11). É impossível falar com certeza sobre este aspecto. O ponto essencial é que os dois sacerdotes exerce-ram funções sacerdotais de maneira oposta às ordens do Senhor. Moisés deixou claro que

  • Senhor deve ser santificado (3) naqueles que se aproximam dele, a fim de que Ele seja glorificado diante de todo o povo. Esta é uma ilustração de que, no Antigo Testa-mento, a obediência era muito mais importante do que o sacrifício (1 Sm 15.22).
  • O povo de Israel teve a permissão de lamentar esta grande tragédia (6), mas Arão e seus dois filhos restantes foram proibidos de mostrar as marcas normais de luto: desco-brir a cabeça e soltar os cabelos ou rasgar as roupas. Não deviam dar a Israel a aparên-cia de questionamento ou lamentação por causa do julgamento de Deus. Moisés os lem-brou de que o azeite da unção do SENHOR (7) estava sobre eles. O serviço de Deus não pode ser detido por questões pessoais. O incêndio (6) seria "o fogo que o Senhor Deus acendeu" (VBB; cf. v. 2).

    2. A Proibição de Bebida Forte (10:8-11)

    A proscrição de vinho para os sacerdotes antes de servirem no Tabernáculo indica a seriedade do papel sacerdotal. Os sacerdotes tinham de distinguir para Israel o santo e o profano, o imundo e o limpo (10). Nadabe e Abiu falharam neste ponto e aparente-mente agiram com presunção. Israel fica impressionado com a seriedade de semelhante fracasso. Existe um modo certo de se chegar a Deus (cap. 9). Essa aproximação traz bênçãos. Para achegar-se a Deus e ser aceito, o homem não deve ousar ir de acordo com suas condições e a seu modo. Tentativas como estas causam desolação (cf. a história de Ananias e Safira, Atos 5:1-11).

    A interdição de álcool para os sacerdotes quando em serviço divino é aplicável aos crentes hoje. Os cristãos sempre precisarão da habilidade de pensar com lucidez acer-ca do que é santo e do que não é. Hoje, é estatisticamente certo que alta porcentagem de acidentes automobilísticos com mortes é resultado direto da diminuição da capaci-dade de raciocinar do motorista por causa do álcool. Se fosse contada toda a história do dano espiritual e físico causado por este mal, ficaríamos convencidos da sabedoria divi-na desta ordem.

    3. As Instruções aos Sacerdotes (10:12-20)

    Moisés falou com Arão acerca das porções das ofertas que pertenciam aos sacerdo-tes para consumo próprio (12). Da oferta de manjares, os sacerdotes e suas famílias Comeriam o peito da oferta do movimento e a espádua (o ombro) da oferta alçada (14). Os sacerdotes comeriam no lugar santo (12,13) a oferta pelo pecado oferecida a favor do povo (não a oferecida pelos sacerdotes a favor de si mesmos). Deus deu aos sacerdotes estas ofertas para que levassem a iniqüidade da congregação (17).

    Arão, por causa das tristes ocorrências daquele dia (19), não se sentira digno de comer a oferta e queimou-a no altar. Moisés o repreendeu severamente por isso (16-18), mas se satisfez com as explicações de Arão (20). Enquanto o capítulo 9 narra um dia gloriosamente instrutivo, o capítulo 10 registra um dia trágico.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Levítico Capítulo 10 do versículo 1 até o 20
    *

    10.1-20

    O Senhor, que havia aceito o sacrifício oferecido por Arão (9.23,24), agora rejeitava o ministério dos filhos deste, Nadabe e Abiú. Mas os outros dois filhos de Arão, Eleazar e Itamar, embora sinceros, também falharam em suas primeiras ministrações (vs. 16-20). Esses primeiros passos hesitantes dos levitas haveriam de caracterizar a história deles, e conduziriam à profecia de Malaquias sobre um sacerdócio purificado (Ml 3:1-5).

    * 10:1

    incensário. Um vaso para se queimar incenso.

    fogo estranho. Ao que parece, as instruções para se oferecer incenso não foram devidamente seguidas, talvez usando carvões de outro lugar que não o altar (Lv 16:12; conforme Êx 30:1-9). Alguns intérpretes têm sugerido que os dois homens também estavam embriagados (conforme v. 9).

    * 10:2

    saiu fogo de diante do SENHOR. O Antigo Testamento com freqüência advertia sobre alguém aproximar-se de Deus estando despreparado para isso (Êx 19:12,21); esse princípio também é evidente no Novo Testamento (At 5:1-10; 1Co 11:29,30). Comer do alimento dos sacrifícios estando impuro (7,21) ou entrar no Santo dos Santos sem a aprovação divina, poderia levar à morte (16.2). O mesmo fogo divino que consumira o sacrifício inaugural, provendo expiação para o povo (9.24), agora engolfava aqueles que se aproximaram do altar divino de maneira desautorizada. Assim também, a mesma ira divina contra o pecado, que caiu sobre Cristo, em seu sacrifício vicário pelo seu povo, acender-se-á contra aqueles que rejeitaram o sacrifício de Cristo, e, no entanto, tentam aproximar-se de Deus com seus pecados (Hb 10:26-31).

    * 10:6

    ... desgrenhareis ... rasgueis. Esses eram sinais de luto (13.45). Os sumos sacerdotes eram proibidos de lamentar mesmo por seus mais chegados parentes (21.10-12), visto que uma total consagração a Deus significa ser completamente separado da morte.

    * 10:10

    fazerdes diferença entre o santo e o profano. O trabalho dos sacedotes era o de ensinar ao povo essas distinções religiosas básicas. "Santo" aplica-se a tudo quanto pertence a Deus. "Limpo" é aquilo que é apropriado para ele. Coisas "profanas" e "imundas" é tudo aquilo que não é digno de estar na presença de Deus. Ver notas nos caps. 11-16.

    * 10.17-20

    Arão e seus filhos tinham oferecido duas ofertas pelo pecado (v. 19; conforme 9:8-17); uma dessas ofertas era para Arão, cujo sangue fora aspergido no Lugar Santo, e o resto queimado (4.6,12); e a outra era para o povo, cujo sangue fora aspergido no altar dos holocaustos, no átrio, e que deveria ser comida pelos sacerdotes (6.25,26). Normalmente, o sumo sacerdote e seus filhos deveriam comer a carne da oferta do pecado pelo povo, para completar o processo da expiação, mas eles não tinham feito isso.

    * 10:19

    tais coisas me sucederam. Provavelmente essas palavras se referem aos acontecimentos aterrorizantes dos vs. 1-7. Depois da demonstração do julgamento consumidor de Deus, aparentemente Arão temeu comer a carne do sacrifício, que era santo (6.26-29).

    * 10:20

    Moisés, deu-se por satisfeito. Moisés entendeu então que o erro de Arão e seus filhos não fora motivado por rebelião ou por desrespeito à santidade de Deus.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Levítico Capítulo 10 do versículo 1 até o 20
    10:1 Qual foi o fogo estranho que Nadab e Abiú ofereceram ante o Senhor? O fogo no altar do holocausto nunca devia apagar-se (6.12,
    13) implicando que era santo. É possível que Nadab e Abiú tenham levado a altar brasas provenientes de outro lugar, fazendo com isto que o sacrifício fora impuro. Também se sugeriu que os dois sacerdotes ofereceram uma oferenda em um momento não prescrito. Qualquer seja a explicação correta, o ponto é que Nadab e Abiú abusaram de seu ofício como sacerdotes em um fato flagrante de falta de respeito a Deus, quem acabava de repassar com eles precisamente como deviam dirigir a adoração. Como líderes, tinham a responsabilidade especial de obedecer a Deus já que estavam em um posto no que facilmente podiam extraviar a muita gente. Se Deus encomendou a você a guiar ou ensinar a outros, assegure-se de permanecer perto do e de seguir seu conselho.

    10:2 Os filhos do Arão foram descuidados ao não seguir as leis para os sacrifícios. Como resposta, Deus os destruiu com uma rajada de fogo. Levar a cabo os sacrifícios era um ato de obediência. Fazê-lo corretamente era respeitar a Deus. É fácil que nos descuidemos em obedecer a Deus, e viver segundo nossa maneira em lugar da sua. Mas se uma forma fora tão boa como outra, Deus não nos teria ordenado que vivêssemos segundo sua maneira. O sempre tem boas razões para nos dar ordens, e sempre nos pomos em situação perigosa quando em forma consciente ou descuidada o desobedecemos.

    10.8-11 Os sacerdotes não podiam beber vinho nem nenhuma bebida alcoólica antes de entrar no tabernáculo. Se seus sentidos estavam entorpecidos pelo álcool poderiam repetir o pecado do Nadab e Abiú ao introduzir algo não santo no culto de adoração. Além disso, o beber os desqualificaria para ensinar ao povo os requerimentos de Deus de auto-disciplina. A embriaguez estava associada com as práticas pagãs e se supunha que os sacerdotes judeus deviam ser marcadamente diferentes.

    10:10, 11 Esta passagem (junto com 19.1,
    2) mostra o ponto central do Levítico. Os Dez Mandamentos registrados no Exodo 20 eram as leis fundamentais de Deus. Levítico as explica e complementa junto a outras leis e muitas outras guias e princípios que ajudaram aos israelitas às pôr em prática. O propósito das leis de Deus era ensinar ao povo a distinguir o bom do mau, o santo do comum. A nação que vive sob as leis de Deus poderá obviamente ser apartada e dedicada a seu serviço.

    10.16-20 O sacerdote que oferecia a oferenda pelo pecado devia comer uma porção do animal e logo queimar o resto (Lv 6:24-30). Moisés se zangou porque Eleazar e Itamar queimaram a oferenda pelo pecado, mas não comeram nada dela. Arão explicou ao Moisés que seus dois filhos sentiram que não era apropriado comer o sacrifício depois de que seus dois irmãos, Nadab e Abiú, acabavam de ser mortos por levar a cabo o sacrifício inadequadamente. Então Moisés entendeu que Eleazar e Itamar não estavam tratando de desobedecer a Deus. Simplesmente tinham medo e estavam transtornados pelo que lhes acabava de acontecer a seus dois irmãos.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Levítico Capítulo 10 do versículo 1 até o 20
    3. Sacrilégio traz julgamento (10: 1-20)

    Glória manifesta de Deus, como relatado nos capítulos anteriores, foi a evidência de Seu prazer na adoração aceitável de Seu povo. Mas neste capítulo o fogo da bênção torna-se o fogo do julgamento.

    É um lembrete assustador que ter testemunhado e compartilhado em uma manifestação da presença de Deus não dá uma imunidade de julgamento em caso de irregularidade. Pelo contrário, quanto mais sabemos da graça e do poder de Deus, mais estritamente seremos responsabilizados por cada falha de honrar e exaltar o Senhor. Na verdade, qualquer, atitude ou ação irresponsável descuidado é inteiramente fora de lugar em um cristão. Arrependimento e uma volta para Deus gera um cuidado que deve ser contínua (conforme Ef 5:15. ). É um cuidado tal como é referido pelo apóstolo Paulo por escrito ao Corinthians após a sua correção de conduta imprópria entre eles. "Eis que veemência isto mesmo, esta tristeza segundo Deus, produziu em você, o que vindicação, que indignação, que temor, que saudades, que zelo, que vingança de errado! Em tudo o que você demonstrou estar inocentes na matéria "( 2Co 7:11. , NVI).

    1. Dois sacerdotes Culto Arbitrariamente (10: 1-7)

    1 Nadabe e Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e deitando incenso, ofereceram fogo estranho perante o Senhor, que ele não lhes ordenara. 2 Então saiu fogo de diante do Senhor, e os consumiu; e morreram perante o Senhor. 3 Então, disse Moisés a Arão: Isto é o que o Senhor falou, dizendo: Serei santificado naqueles que se chegarem a mim, e antes de todas as pessoas que será glorificado. E Arão calou-se. 4 E Moisés chamou a Misael e Elzafã, filhos de Uziel, tio de Arão, e disse-lhes: Chegai, levai vossos irmãos de diante do santuário, para fora do arraial. 5 Então se aproximaram, e levaram nas suas túnicas para fora do arraial, como Moisés lhes dissera. 6 E disse Moisés a Arão, ea Eleazar e Itamar, seus filhos, não deixe o cabelo de suas cabeças vão frouxa, nem rasgar suas roupas; para que não morra, e que ele não se irará contra toda a congregação, mas deixe os vossos irmãos, toda a casa de Israel, lamentem este incêndio que o Senhor acendeu. 7 E vós não sairá da porta da tenda da reunião , para que não morrais; para o óleo da unção do Senhor está sobre você. E eles fizeram conforme a palavra de Moisés.

    Nadabe e Abiú , o mais velho filhos de Arão , agir impulsivamente, pecado gravemente. Algumas implicações de seu fracasso são obscuras, mas é claro que, por iniciativa própria, temerariamente, para adorar a Deus de uma forma não lhes ordenara (v. Lv 10:1 ).

    A partir de Lv 16:12 , parece que o fogo para os incensários teve que ser retirado do fogo sagrado do altar (veja N1. 16:46 ). Talvez eles falharam nisso. Lv 16:1 sugere que eles podem ter pressionado seu caminho para além do véu sagrado do tabernáculo para a presença imediata do Shekinah onde apenas o sumo sacerdote para entrar.

    Além disso, não havia instruções para queimar incenso, nesta ocasião especial (caps. Lv 8:1 , Lv 9:1 ). Então, quando eles fizeram optar por fazer isso, eles o fizeram sem ter em conta a ordem divina para tal adoração (Ex 30:1 ), mas ele persistiu em seu próprio padrão religioso desejado. E até hoje muitos homens são propensos a ser religioso, sequer aparecem Christian, mas ao mesmo tempo seguir as suas próprias fantasias e inclinações. Eles esperam que de alguma forma Deus vai rebaixar a estar satisfeito com o seu modo de vida e adoração. Eles o teriam atendê-los. Mas eles nem se humilhar para agradá-Lo, nem procuram servir-Lo como Ele indicou em Sua Palavra que deveriam. Não é menos verdade, no entanto, que a adoração de Deus e trabalho deve ser feito de acordo com a Sua vontade.

    Moisés chamados em primos de Arão e de si mesmo (Ex 6:22) para realizar os sacerdotes mortos (v. Lv 10:4 ). E foi assim que os homens mortos, ainda vestidos com suas túnicas sacerdotais brancas ou casacos , em que tinha acabado de ser consagradas para o serviço santo, foram realizadas fora do acampamento para o enterro (v. Lv 10:5 ). As pessoas em toda a congregação lamentou a tragédia. E podemos ter certeza de que Arão estava profundamente abalado. Mas porque ele e seus filhos restantes estavam engajados em suas funções sacerdotais, eles foram proibidos de mostrar qualquer um dos sinais comuns de luto, como deixar seu cabelo hang loose (isto é, de acordo com a Septuaginta, indo de cabeça descoberta) ou rasgando suas roupas.

    b. Deus dá instruções adicionais a Arão (10: 8-11)

    8 E o Senhor falou a Arão, dizendo: 9 não beberá vinho nem bebida forte, nem tu nem teus filhos contigo, quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; este será um estatuto perpétuo nas vossas gerações; 10 e para que possais fazer uma distinção entre o santo eo profano e entre o imundo eo limpo; 11 e que também para ensinar aos filhos de Israel todos os estatutos que o SENHOR lhes tem falado por meio de Moisés.

    O fato de que Deus, neste momento particular, proibiu o uso de bebidas alcoólicas por parte dos sacerdotes que ministram no tabernáculo pode indicar que Nadabe e Abiú tinha bebido. É possível, e ao que parece provável, que haviam sido negligente e irresponsável porque foram confusa de seu consumo de álcool. Isto tem uma aplicação muito pessoal para todos nós, como cristãos, pois somos muito realmente um corpo de sacerdotes para o Senhor. Não estamos apenas a obrigação de abster-se de bebidas alcoólicas atordoante, mas de todas as outras atividades que bloqueiam nossa percepção espiritual, dim nossa visão para contemplar as necessidades dos homens perdidos, ou de outra forma afetar adversamente o nosso serviço.

    c. Outros sacerdotes afetado (10: 12-20)

    12 E disse Moisés a Arão, e Eleazar e Itamar, seus filhos que lhe ficaram: Tomai o que resta das ofertas de Jeová feitas por fogo oferecendo-refeição, e comê-lo sem levedura junto do altar; pois é mais santo; 13 e comereis-lo em um lugar santo, porque isto é a tua porção, e porção de teus filhos, das ofertas de Jeová feitas por fogo, porque assim me foi ordenado. 14 E a onda de mama eo alçada da coxa comereis em lugar limpo, tu e teus filhos, e tuas filhas contigo, porque eles são dados como tua porção, ea porção de teus filhos, dos sacrifícios das ofertas pacíficas da filhos de Israel. 15 A alçada da coxa e do peito da trarão com as ofertas queimadas da gordura, para movê-lo para uma oferta movida perante o Senhor; e isto será teu, e teus filhos contigo , como uma porção para sempre; como o Senhor ordenara.

    16 E Moisés diligentemente buscou o bode da oferta pelo pecado, e eis que estava queimada, e ele estava zangado com Eleazar e contra Itamar, os filhos de Arão, que foram deixados, dizendo: 17 Por isso que não comestes o pecado oferta no lugar do santuário, visto que é mais sagrado, e ele deu a vós, para a iniqüidade da congregação, para fazer expiação por eles diante do Senhor? 18 Eis que o sangue de não ter sido levada para dentro do santuário dentro : vós certamente deve ter comido no santuário, como eu ordenei. 19 E Arão falou a Moisés: Eis que hoje ofereceram a sua oferta pelo pecado eo seu holocausto perante o Senhor; e não ter me acontecido coisas como estas:? e se eu tivesse comido a oferta pelo pecado a-dia, teria sido bem agradável aos olhos de Jeová 20 Quando Moisés ouviu que , foi bem agradável à sua vista.

    Afigura-se que o julgamento trágico havia caído diante dos sacerdotes tinha comido suas porções da oferta de cereais e a oferta de paz (9: 12-20 ; 2: 1-16 ; 6: 14-23 ; 3: 1-17 ; 7: 11-38 ; Ex 29:27. ). Então afetados foram eles pelas circunstâncias que mal sabia o que fazer; mas eles foram instruídos a ir em frente com os seus deveres (vv. Lv 10:12-15 ). Superados pelos situações, os sacerdotes também não tinha conseguido comer corretamente sua parcela de oferta pelo pecado e tinha queimado a sua parte do bode dada pelo pecado do povo (Lv 9:15 , Lv 9:16 ), como eles costumam fez com seu próprio pecado oferta (vv. Lv 10:16 , Lv 10:17 ; ver também 4: 27-33 ; 5: 1-13 ). Também não tinha o sangue do sacrifício de expiação do pecado foi devidamente levado para o santuário. Quando Arão foi repreendido por isso, a resposta dele indicou que ele e seus filhos foram tão profundamente entristecido pela perda de seus entes queridos que eles simplesmente não podia comer e, além disso, eles temiam que eles podem ter sido considerados envolvidos e contaminado pelo pecados de Nadabe e Abiú e assim não se consideravam dignos de mediar os pecados do povo. Moisés reconheceu a sinceridade e razoabilidade do fundamento. E foi assim que o julgamento foi misturada com misericórdia.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Levítico Capítulo 10 do versículo 1 até o 20
    No capítulo anterior, Moisés e Arão levantaram o tabernáculo e consa-graram-no ao Senhor, o fogo do Se-nhor caiu sobre o altar, e a glória de Deus encheu o santuário. Foi uma experiência sublime e santa para os sacerdotes e para a nação de Israel. Entretanto, dois filhos de Arão, Nabade e Abiú (Êx 6:23; 28:1), peca-ram maliciosamente contra o Senhor e foram julgados por ele. O fogo de Deus que consumia o sacrifício pos-to sobre o altar (9:
    24) trouxe morte súbita para eles. "Nosso Deus é fogo consumidor" (
    He 12:29).

    O versículo 3 estabelece o tema central do capítulo: "Mostrarei a minha santidade naqueles que se cheguem a mim e serei glorifica- do diante de todo o povo". A frase "naqueles que se cheguem a mim" refere-se aos sacerdotes, que tinham o privilégio de ministrar no taberná-culo em que Deus habitava no San-to dos Santos. Veja Ezequiel 42:13 e Êxodo 19:22. Privilégio sempre acarreta responsabilidade, contudo Nabade e Abiú provaram ser irres-ponsáveis.

    Ser servo do Senhor é um pri-vilégio. Deus exorta seus servos a honrá-lo e a glorificá-lo em três áre-as especiais da vida.

  • No servir (vv. 1-5)
  • Nabade e Abiú estiveram na monta-nha com Moisés e Arão, pai deles (Êx 24:1-2,10), portanto eram uma dupla privilegiada. Eles ouviram as palavras da Lei e sabiam o que Deus exigia de seus sacerdotes, portanto não peca-ram por ignorância.

    Qual foi o pecado deles? O tex-to diz que eles ofereceram "fogo es-tranho" ao Senhor. A palavra "estra-nho" significa "não autorizado pela Palavra de Deus" (veja Êx 30:9). Eles eram entusiastas, contudo o que fi-zeram não estava de acordo com as Escrituras. Mencionou-se que eles fa-lharam no uso do fogo do altar (9:24), portanto Deus não podia aceitar a adoração deles. Mas há muito mais coisa envolvida nisso.

    Uma vez por ano, no Dia da Expiação, o sumo sacerdote tinha o privilégio de entrar no Santo dos Santos com incenso (Lv 16:12). No resto do ano, queimava-se incenso pela manhã e, ao entardecer, no al-tar de ouro que ficava diante do véu (Êx 30:1-10,34-38). Os dois filhos de Arão imaginaram uma nova ce-rimônia para adorar Jeová, e ele não podia aceitar isso. Eles não eram sumo sacerdotes, não era o Dia da Expiação, e eles não queimaram o incenso sobre o altar de ouro.

    Por que eles pecaram? Talvez tenham sido levados por um entusiasmo momentâneo quando viram ag\ór)a de Deus encher o santuário e o fogo do Senhor descer do céu. O que eles fizeram foi um exemplo de "devoção voluntária" (Cl 2:23) e é uma advertência para todos os que lideram o povo de Deus no culto de adoração. O entusiasmo carnal não pode substituir a plenitude do Espí-rito, e um dos aspectos do fruto do Espírito é o autocontrole (Gl 5:23). Temos de adorar a Deus "em espíri-to e em verdade" (Jo 4:24). O Espí-rito de Deus jamais levará o crente a fazer nada que seja contrário à Palavra de Deus, não importa quão alegre e entusiasmado ele se sinta.

    O julgamento inicia-se na casa do Senhor (1Pe 4:17; veja também Ez 9:6). Esse foi o início de um novo período na história de Israel, e Deus usou esse julgamento como uma advertência para seu povo. Vemos julgamentos semelhantes quando Israel entra na terra prometida (Js 7:0; Is 48:1 V, 52:11).

  • No pranto (vv. 6-7)
  • Moisés advertiu Arão e seus dois filhos remanescentes de que não

    pranteassem a morte de Nabade e I Abiú da forma çjue as ^pessoas co-muns pranteariam (veja 21:1-12 e Ez 24:16-17). Eles deviam perma-necer nos arredores do tabernáculo na hora da dedicação (8:33). Se eles desobedecessem, o castigo cairia sobre todas as pessoas, não apenas sobre os sacerdotes. Eles, ao ficarem em seus postos, honravam a Deus e mostravam às pessoas a importância de obedecer à Palavra, independen-temente do custo.

    Claro que hoje essa ordem não se aplica às pessoas de Deus, que também são seus sacerdotes (1Pe 2:5,1Pe 2:9). Pranteamos a morte dos entes queridos, mas não devemos prantear a morte dos "que não têm esperança" (1Co 4:13-46). Lamentar de forma piedosa é testemunhar ao mundo perdido que temos esperan-ça em Jesus Cristo e não nos deses-peramos.

  • No comer e no beber (Lv 10. 8-20)
  • Essas admoestações referem-se às tarefas diárias dos sacerdotes, mas têm aplicações práticas para os crentes de hoje.

    (1) Bebida forte (vv. 8-11). Em Levítico, essa é a única ocasião em que Deus fala diretamente a Arão, portanto deve tratar-se de uma ordem importante. Não era permitido aos judeus beber vinho ou bebida forte, mas foram advertidos da bebedice e do pecado que, com freqüência, a acompanha (Pv 20:1; Pv 23:20,Pv 23:29-20).

    (2) Os sacrifícios (vv. 12-20). Davam-se certas porções dos sacri-fícios aos sacerdotes, que deviam comê-las no tabernáculo. Elas eram santas e não deviam ser tratadas como a comida comum. O capí-tulo 9 relata a cerimônia de consa-gração em que foram feitas oferta de manjares, oferta pelo pecado, oferta queimada e oferta pacífica, e os sacerdotes deviam comer suas porções como parte do culto. Outro lembrete para eles e para o povo de que os sacrifícios eram santos aos olhos do Senhor. Para mais detalhes, veja Levítico 6:14-30 e 7:11 -38.

    Havia dois tipos de ofertas para o pecado: uma em que se aspergia o sangue no Santo Lugar, e outra em que se aspergia o sangue sobre o al-tar de ofertas queimadas. Naquele dia, a oferta pelo pecado era a do segundo tipo (9:9; 10:18), portanto Arão e os sacerdotes deviam comê- las, mas não fizeram isso. O fato de Nabade e Abiú fazerem o que não deveriam ter feito e trazido jul-gamento já era bastante ruim, mas agora os sacerdotes não faziam o que deviam fazer e chamavam mais julgamento!

    Moisés repreendeu os dois filhos de Arão, mas Arão falou em defesa deles. Não foi permitido à família la-mentar a morte de Nadade e Abiú; portanto, em vez disso, eles jejuaram e não comeram a carne da oferta pelo pecado. Se tivessem comido o sacrifí-cio, seria apenas uma rotina mecâni-ca, e não uma refeição santa, pois o coração deles não participaria do ato. Deus queria esse tipo de culto? Ele quer obediência, não sacrifício (1Sm 15:22), e corações que estejam verda-deiramente com ele.

    Esse capítulo é uma advertência severa contra a adoração e o culto que vão além dos limites estabeleci-dos pela Palavra de Deus. É também um aviso contra o entusiasmo carnal que imita a obra do Espírito. A ado-ração simulada ofende o Espírito de Deus, que quer nos guiar em expe-riências de adoração fundamentadas nas Escrituras, as que glorifiquem o Senhor. Nossa adoração deve pro-clamar as virtudes de Deus (1Pe 2:9). A adoração que exalta homens e mulheres e não glorifica a Deus não é aceitável aos olhos dele.

    "Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qual-quer, fazei tudo para a glória de Deus" (1Co 10:31).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Levítico Capítulo 10 do versículo 1 até o 20
    10.1 Veja a Nota Dt 6:13. Há quem infira do verso 9, que Nadabe e Abiú cometeram sua ofensa fatal quando estavam sob influência de bebida inebriante, o que dá mais sentido à proibição absoluta aos descendentes de Arão de beberem qualquer bebida fermentada antes de entrarem para os seus deveres sagrados do Tabernáculo.

    10.7 Como sacerdotes ungidos por Deus, Arão e seus filhos tinham a obrigação de colocar o serviço de Deus em primeiro plano, não podendo interrompê-lo, nem mesmo por causa de um enterro de algum entre seus filhos ou irmãos, Mt 8:21-40 (que aplica a vocação a cada crente).

    10.9 Bebida forte. Provavelmente a cerveja, já que os povos daquela época nada sabiam de licores destilados.

    10.10 Imundo. Não no sentido de sujo, mas sim de impureza cerimonial, Mq 2:10.

    10.11 As instruções divinas, suficientemente claras para que o povo as compreendesse, foram dadas para a felicidade, prosperidade e bem-estar da nação.
    10.19 Ao fazerem sua primeira oferta pelo pecado, Arão e seus filhos se omitiram de comer a parte que lhes pertencia, e assim fazendo, demonstraram uma aparente indiferença para com o seu dever de se identificarem com o ofertante no seu pleito diante de Deus, 4.3; 6.26; 7,26; 8.14 (Nota). Esclarecendo sua atitude, Arão se defendeu nos seguintes termos: tais coisas me sucederam, isto é, estava se recordando dos acontecimentos daquele dia, da morte dos seus filhos, e estava na incerteza de se, naquela circunstância, poderia ser realmente considerado digno de cumprir sua missão sacerdotal, de ser mediador entre o povo e Deus, quando membros de sua própria família tinham provocado a ira de Deus ao ponto de serem fulminados.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Levítico Capítulo 10 do versículo 1 até o 20

    3) Nadabe e Abiú (10:1-7)

    A história de Nadabe e Abiú, os dois filhos mais velhos de Arão (Ex 6:23; 28:1), está para essa seção de Levítico assim como At 5.1 -11, a história de Ananias e Safira, está para os primeiros capítulos de Atos. Nos dois relatos, as palavras de Moisés e Arão (v. 3) são o comentário adequado: Foi isto que o Senhor disse: “Aos que de mim se aproximam santo me mostrarei”. Cp. o v. 3 com At 5:11 e os v. 4,5 com At 5:6-9,10. O episódio também compartilha características com o relato da rebelião de Corá em Nu 17:0, é geralmente considerada uma referência ao incenso misturado de forma errada, i.e., não como havia sido estipulado em Ex 30:34-38. Talvez o incenso tenha sido queimado na hora errada, ou o fogo não tenha sido tomado do altar de bronze (cf.

    16.12), ou tenha sido cometido outro tipo de violação do ritual. Visto que o v. 9 fala de embriaguez, é Lugar-comum na tradição judaica que Nadabe e Abiú estavam sob influência de bebida forte. v. 2. O fogo que significava aprovação divina em 9.24 resulta agora em juízo. Conforme Ex 32:10; não houve tempo para a intervenção de Moisés nessa ocasião, v. 3. Como Eli em outra ocasião (1Sm 3:18), Arão não pôde fazer nada, senão concordar com a sentença de julgamento contra os seus próprios filhos. Como sacerdotes, eles haviam estado especialmente próximos de Deus. No lugar de ficou em silêncio, a NEB traz, com certa razão: “ficou aturdido”, v. 4. Misael e Elsafã: conforme Ex 6:22. As provisões Dt 21:1 ss teriam permitido que Eleazar e Itamar, os irmãos de Nadabe e Abiú, removessem os corpos, mas aqui havia circunstâncias especiais, e o restante dos membros da família de Arão não podia dar lugar ao sentimento natural de forma normal, v. 5. Os corpos, ainda vestidos com as túnicas sacerdotais, foram puxados para fora do acampamento como era feito com as carcaças das ofertas pelo pecado (mesma expressão Dt 4:12 etc.), v. 6. Agora os outros filhos de Arão, Eleazar e Itamar, tornam-se proeminentes: até aqui, Nadabe e Abiú haviam tido precedência (conforme Êx 24:1,9). Não deveriam lamentar a perda dos seus irmãos, nem andando descabelados (conforme Ez 24.17,23) nem rasgando as roupas em sinal de luto (conforme 2Sm 3:31); conforme 21.10 com referência ao sumo sacerdote, v. 7. Não saiam ecoa a 8.33ss, mas a comparação principal deve ser feita com 21.12.


    4) Regras para os sacerdotes (10:8-20)

    v. 9. A proibição em relação a bebidas inebriantes está voltada especialmente aos sacerdotes no desempenho da sua função oficial (conforme Ez 44:21). v. 10. Isso deveria ser assim para que as faculdades críticas de discernimento dos sacerdotes não ficassem debilitadas de tal forma que os impedisse de distinguir entre o santo e o profano. Por meio da sua abstinência, a distinção também seria preservada para adoradores leigos, estivessem no santuário ou em casa, pois nisso estava envolvido nada menos do que a diferença entre a fé dos israelitas e as práticas pagãs dos cananeus. v. 11. Conforme Jr 2:8; Ez 44:23; Ml 2:7 acerca da função de ensino dos sacerdotes. Os v. 12,13 provavelmente se refiram à oferta de cereal nacional do oitavo dia; conforme comentário Dt 9:17. Se a oferta de cereal comum está em questão, nada é acrescentado a 6.16ss v. 12. Visto que a oferta de cereal é santíssima, só pode ser comida por Arão e seus filhos. Os v. 14,15 tratam da oferta de cereal nacional do oitavo dia. v. 14. Em contraste com a oferta de cereal, o peito e a coxa podiam ser comidos num lugar cerimonialmente puro e por qualquer membro da família araônica, inclusive mulheres, v. 15. Como em 9.21, tanto a coxa quanto o peito devem ser ritualmente movidos, embora normalmente só o peito pudesse ser assim designado (cf. 7.34). Nos v. 16-20, aparece um aspecto processual acima da disposição da segunda oferta pelo pecado do oitavo dia (conforme 9.15). Essa oferta nacional era tratada “como a primeira oferta pelo pecado” (i.e., a dos sacerdotes; 9.15). Normalmente os sacerdotes não tinham direito a parte alguma da oferta nacional pelo pecado, visto que tinham interesse nela eles mesmos em virtude de sua cidadania israelita, v. 16. Moisés descobriu que a lei geral havia sido aplicada nesse caso — o bode da oferta pelo pecado havia sido destruído (queimado), assim como a oferta pelo pecado dos sacerdotes (conforme 9.11). v. 17. Mas a oferta nacional pelo pecado do oitavo dia deveria ter sido tratada de forma diferente da oferta nacional comum e em concordância com o ritual de um bode apresentado como oferta individual (conforme 4.2231). para retirar, fica implícito que o comer por parte dos sacerdotes fazia parte do ritual de remoção dos pecados (conforme NBD, p. 1.052). v. 18. Na verdade, muito pouco se diz acerca do ritual para a oferta nacional pelo pecado em 9.15, e poderíamos presumir que era tratado em todos os aspectos como a primeira oferta pelo pecado. Mas se destaca que o sangue não havia sido levado para dentro do Lugar Santo. O corolário disso é que as “pontas do altar” Dt 9:9 devem ser aquelas do altar de incenso no Lugar Santo (conforme 4.7,18). Visto que tinha havido uma oferta pelo pecado separada para os sacerdotes nessa ocasião, eles não eram representados na oferta nacional; por isso tinham direito à carne desta última de acordo com 6.26,29,30. v. 19. A resposta que satisfez a Moisés (v. 20) foi que, mesmo quando o ritual correto da oferta pelo pecado e oferta pela culpa dos sacerdotes havia sido realizado, essas coisas como a destruição de Nadabe e Abiú haviam acontecido com Arão. Será que a participação na oferta nacional pelo pecado faria grande diferença após esses acontecimentos terríveis? Milgrom sugere que o episódio de Nadabe e Abiú fez Arão ficar temeroso de seguir a prática normal para que o pecado dos sacerdotes não fosse acrescentado à culpa dos leigos.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Levítico Capítulo 10 do versículo 1 até o 20
    c) O sacrilégio e suas conseqüências (Lv 10:1-20)

    Neste capítulo procede-se à narração do sacrilégio que conduziu à morte trágica dos dois filhos mais velhos de Arão que no monte viram a Glória do Senhor (Êx 24:1). Não é difícil verificarmos que este acontecimento se passou logo após a cerimônia da consagração pelo fato de se aludir ao bode da expiação (16), já referido em Lv 9:3, 15, e cujo sangue não foi levado para o santuário, como sucedia com as ofertas pelos pecados do próprio Arão (18). Sendo oferta pelo pecado do povo, a carne da vítima tornava-se porção dos sacerdotes, que a comeriam no santuário (17). Era óbvia a razão: O Senhor a deu a vós, para que levásseis a iniqüidade da congregação, para fazer expiação por eles diante do Senhor (17). Cfr. Êx 28:12, 29, 30, 38. A missão dos sacerdotes era de mediação. Isto quer dizer que, ao comerem a oferta do pecado, manifestavam a aceitação por parte de Deus, tal como, ao permitir o oferente participar da oferta da paz, Deus dava a entender que Lhe era agradável tanto a oferta como o oferente. Porém, era queimada a oferta, sem se saber, no entanto, se no altar ou fora do arraial. E assim os filhos de Arão ou não podiam em tais circunstâncias comer da sua porção, ou então não se atreviam a tal por se sentirem contaminados pelo pecado de seus irmãos, já que os quatro eram sacerdotes. Queimavam, entretanto, a carne e o couro do animal, que constituía a oblação do povo, como se queimassem a oferta dos seus próprios pecados fora do arraial (11). Erraram, todavia, conforme as palavras dos vers. 17 e segs. O vers. 20 sugere que, a serem os escrúpulos de Arão em princípio os de um pai ou de um sacerdote, a razão ou desculpa que apresentou para a conduta dos filhos sobreviventes, e que aparentemente refletia a sua atitude pessoal, era, no entanto, considerada satisfatória por Moisés. É um exemplo da união da justiça com a misericórdia!

    Não é fácil definir a natureza do pecado de Nadabe e Abiú. Ao depararmos com aquelas palavras com que se inicia o cap. 10 "E os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, tomaram cada um o seu incensário", logo reparamos que nos capítulos anteriores não se fez qualquer alusão à oferta do incenso. Pelo que aqueles sacerdotes, agindo por sua própria iniciativa, não obedeceram às leis de Moisés. Trouxeram fogo estranho (cfr. Êx 30:9) aparentemente fogo fora do altar de bronze; ambos praticaram esse ato de presunção, já que a oferta do incenso no altar de ouro pertencia ao Sumo-Sacerdote (Êx 30:9) ou então a um dos sacerdotes (Lc 1:9). Adiantando-se ao pai nesta primeira cerimônia do culto: isto leva-nos a supor, ao mesmo tempo, que foram a inveja e a rivalidade mútua que os levou a praticar aquele inaudito sacrilégio. E por que inaudito? Porque realizado fora do tempo regulamentar; mais ainda: porque a cerimônia, pela solenidade de que se revestia, revelava a sua origem divina: "como o Senhor ordenara a Moisés". Nadabe e Abiú tornaram-se, portanto, réus de invulgar presunção ao cometerem tão torpe sacrilégio.

    É ainda significativa a revelação particular, acompanhada duma proibição, feita diretamente a Arão (8-11) e não através de Moisés. É pelo menos possível embora sem absoluta certeza, que deste capítulo da Bíblia se possa deduzir a proibição aos sacerdotes que ministravam, do uso do vinho e de outras bebidas alcoólicas (cfr. Ez 44:21), uma vez que Nadabe e Abiú cometeram o seu crime sob a influência do álcool. Em todo o caso, fica pelo menos bem vincada a idéia da gravidade do pecado, que vem a ser a presunção e a leviandade.

    Em presença das declarações expostas no manual das porções das ofertas animais e vegetais a conceder ao sacerdote, verifica-se não existir qualquer referência a ofertas de bebidas. Nada impede, todavia que as possamos admitir, que esta oferta de bebida seja derramada sobre o altar ou junto dele, sendo as sobras entregues ao sacerdote, como fazendo parte da sua porção, para serem tomadas à refeição logo após os atos do culto. A analogia da Páscoa (cfr. Mt 26:29) vem confirmar esta opinião. Mas segundo a tradição judaica, as ofertas de bebidas eram derramadas no altar do holocausto (Êx 30:9), ou na base do altar (Eclesiástico 50.15), ou ainda parte no altar, parte na sua base.

    A causa de tal determinação vem expressa no vers. 10: para fazer diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo, admitindo que aos sacerdotes competia observarem cuidadosamente todas as prescrições rituais da Lei, e ao mesmo tempo ensinarem aos filhos de Israel os mandamentos dessa mesma Lei. Cfr. Dt 17:11; Dt 24:8; Dt 33:10; cfr. Mq 3:11.

    Quanto ao trágico fim que tiveram aqueles dois sacerdotes, convém frisar que pelo menos serviu para inculcar na mente de todos os israelitas, -quer fossem sacerdotes, quer não, -a infinita santidade de Deus, que os punha de sobreaviso contra qualquer presunção ou leviandade no cumprimento da lei do sacrifício, expressamente determinada nos primeiros sete capítulos do Levítico. Juntamente, serve-se Deus deste incidente para provar que não há homens indispensáveis, uma vez que reduziu à metade o número dos sacerdotes, já tão poucos para o culto do Santuário, onde alguns milhões de adoradores prestavam o seu culto ao Senhor. Mas a desobediência não agrada ao Deus, bondoso mas justo, que "das pedras pode suscitar filhos de Abraão".

    E assim, com a narração deste acontecimento, termina a "lei do santuário". Passamos agora a considerar "a lei da vida quotidiana".


    Dicionário

    Aceito

    adjetivo Que se aceitou; recebido: projetos aceitos.
    Que se acolheu, admitiu; acolhido, admitido: estudantes aceitos.
    Que teve permissão, aprovação para; permitido: atividades aceitas.
    Que é alvo de estima; que foi acolhido por; estimado: professor aceito pelos estudantes.
    Etimologia (origem da palavra aceito). Do latim acceptus.a.um; de aceitar, accipere, "receber".

    Arão

    A significação deste nome é incerta. Foi o primeiro Sumo Sacerdote de israel, descendendo de Levi, o terceiro filho de Jacó. Seu pai chamava-se Anrão e sua mãe Joquebede, era irmão de Moisés e de Miriã, três anos mais velho que aquele, e mais novo do que esta. Foi escolhido por Deus para ser cooperador de Moisés em virtude do seu dom de fala (Êx 4:16). Ele foi com Moisés a Faraó, realizando sinais na presença deste rei, e sendo também o instrumento de Deus em outros maravilhosos casos (Êx 7:10). Na batalha contra Amaleque, sustentaram Arão e Hur as mãos de Moisés, para que israel fosse vitorioso (Êx 17:12). Quando Moisés subiu ao monte Sinai, foi Arão persuadido pelo povo a fundir um bezerro de ouro para adoração, e pelo seu procedimento foi severamente censurado. Moisés orou, e obteve o perdão de Deus para o povo e Arão (Dt 9:20). Algum tempo depois foi ele consagrado sumo sacerdote, devendo este alto cargo ser hereditário na família. Coré e os levitas revoltaram-se contra a sua dignidade sacerdotal, sendo o primeiro consumido pelo fogo. ofereceu Arão incenso para suspender a praga, e o Senhor manifestamente aceitou sua intercessão pelo povo. Juntamente com Moisés e os príncipes de israel recebeu ele a missão de fazer a contagem do povo. o murmúrio de Arão e Miriã contra Moisés teve, talvez, a sua origem na má vontade de Miriã, mas não persistiu por muito tempo (Nm 12). Em Meribá pecou ele e Moisés (Nm 20:10 e seg.), e parece que a sua morte se deu pouco depois no monte Hor, sucedendo-lhe no cargo seu filho Eleazar, que, somente com Moisés presente, dirigiu o culto da sepultura (Nm 20:28). Teve Arão de sua mulher Eliseba quatro filhos. Dois deles, Nadabe e Abiú, pereceram pelo fogo do Senhor, ainda em vida de seu pai, pelo fato de terem oferecido um fogo estranho. o sumo sacerdócio continuou na descendência de Nadabe até ao tempo de Eli, que pertencia à casa de itamar. Quando Salomão subiu ao trono, tirou aos filhos de Eli o sumo sacerdócio, e deu-o a Zadoque da casa de Eleazar, cumprindo-se assim a profecia que vem no livro 1º de Samuel 2.30.

    Arão era o típico “irmão do meio”, numa família de três filhos, espremido como sanduíche entre sua irmã Miriã, de personalidade forte, e seu irmão Moisés, competente e firme como uma torre (Ex 6:20; Ex 7:7) — não é de admirar que tenha crescido com a graça da submissão e com o lado inverso dessa virtude: indecisão e fraqueza crônica.História de Arão - Arão nasceu durante a opressão de Israel no Egito, mas evidentemente antes do edito genocida de Êxodo 1:22. Tinha três anos de idade quando Moisés nasceu, ao passo que Miriã já era uma jovem cheia de si (Ex 2:4-8). Desde cedo, portanto, ele se encontrava entre o bebê que exigia total atenção e ainda por cima atraía a admiração dos vizinhos e uma irmã autoconfiante e incisiva. Seria ele a “ovelha negra” da família? Não temos muitos detalhes sobre isso, mas seu posterior desenvolvimento (ou a falta dele) sugere que sim. Ele cresceu, casou com Eliseba e teve quatro filhos (Ex 6:23; Lv 10:1-6): Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. Seria interessante especular se a ação presunçosa de Nadabe e Abiú (Lv 10:1) não foi provocada por acharem que o pai tinha uma atitude subserviente demais para com Moisés e desejavam conquistar uma maior liberdade de ação e pensamento na família sacerdotal — e o silêncio de Arão (Lv 10:3) seria uma tristeza muda, uma fraca aquiescência ou uma impotência que o fazia agitar-se interiormente?

    Durante toda a narrativa do Êxodo, Arão é um auxiliar de Moisés. Ele foi enviado para prover uma voz para as palavras de Moisés (Ex 4:14-29; Ex 7:1-2; Ex 16:9; etc.), quando reivindicaram a liberdade dos israelitas diante do Faraó. Subordinou-se a Moisés em todo o período das pragas (cf. Ex 7:18; Ex 8:5) e compartilhou com ele as reclamações do povo (cf Ex 16:2) —participando também dos momentos de oração (Nm 16:22; etc.) e de alguns privilégios no Sinai (Ex 19:24; Ex 24:1-9). Apenas uma vez o nome de Arão recebe a prioridade de irmão mais velho (Nm 3:1); Deus falou diretamente com ele apenas duas vezes (Ex 4:27; Ex 18:1-20). Em duas ocasiões, entretanto, Arão agiu independentemente de Moisés e em ambas as vezes aconteceram desastres desproporcionais. Primeiro, quando ficou no comando durante a viagem de Moisés ao monte Sinai (Ex 24:14); pressionado pelo povo (Ex 32:22), tomou a iniciativa de fazer um bezerro de ouro e promover sua adoração (Ex 32:2-5). Com isso, atraiu a ira de Deus e só foi salvo pela intercessão do irmão (Dt 9:20). Segundo, quando tomou parte numa insensata rebelião familiar contra Moisés (Nm 12:1 ss), onde ele e Miriã alegavam que mereciam mais reconhecimento como instrumentos da divina revelação. Podese ver claramente (v. 10) que a iniciativa de tudo foi de Miriã — (e a descrição de Zípora como “mulher etíope” indica algumas “alfinetadas” entre as duas cunhadas como um fator que deve ser considerado!) — e Arão, facilmente manipulado, como freqüentemente acontece com pessoas basicamente fracas, foi persuadido a ficar indignado e assumir uma firme posição no lugar errado! Não é notório que no final ele novamente deixou-se arrastar pela explosão de ira de outra pessoa e perdeu o direito de entrar em Canaã (Nm 20:1-13)?

    Arão morreu no monte Hor (Nm 20:22-29) e foi homenageado com um luto que durou trinta dias.O sacerdócio de ArãoA Bíblia, como um todo, fala gentilmente de Arão. Nos Salmos ele é chamado de pastor (Sl 77:20), sacerdote (Sl 99:6), escolhido (Sl 105:26), santo (Sl 106:16) e ungido ((Sl 133:2). No livro de Hebreus, seu sacerdócio prefigurava o Sumo Sacerdote perfeito (Hb 2:17-18; Hb 4:14-16; Hb 5:1-4; Hb 7:11). Tal era a dignidade e a utilidade para a qual Deus levantou esse homem fraco, vacilante, inadequado e excessivamente submisso — com todas as vantagem dessa qualidade e também todos os seus pontos negativos.

    Levítico 10:10 resume o sacerdócio do Antigo Testamento como um trabalho moral e didático. Era educativo no sentido de que o sacerdote era o repositório da revelação divina (Dt 31:9) e instruía o povo a partir dessa verdade revelada (Ml 2:4-7; cf. Nm 25:12-13). Sem dúvida, contudo, o principal foco da vida sacerdotal era lidar com as enfermidades morais do povo e trazê-lo, mediante os sacrifícios determinados, a uma experiência de aceitação diante de Deus (Lv 1:3; etc.), por meio da expiação (Lv 1:4; etc.) e do perdão (Lv 4:31; etc.).

    A ideia básica da “expiação” é aquela de “cobrir”; não simplesmente no sentido de esconder algo das vistas (Mq 7:18-19), mas muito mais no sentido de que um pagamento “cobre” o débito, cancela-o. O método dessa “cobertura” era o “ato de carregar os pecados” ou a transferência do pecado e suas penalidades do culpado e o cumprimento da penalidade (morte) merecida sobre o inocente, pela vontade de Deus. Em todos os sacrifícios, a imposição das mãos do ofertante sobre a cabeça do animal era um importante requisito (Lv 1:4;3:2-13;4:4-25; etc.) e, de acordo com o livro de Levítico, o significado desse ritual é esclarecido como a designação de um substituto e a imposição dos pecados do ofertante sobre o mesmo. Nesses sacrifícios, o ministério dos sacerdotes arâmicos era essencial. Esta era a função deles e ninguém mais ousaria intrometer-se nessa tarefa. Ela atingia seu ápice — e seu exercício mais dramático — no dia da Expiação anual, ocasião em que a misericórdia divina limpava todos os pecados, transgressões e iniqüidades cometidos durante o ano anterior. O sumo sacerdote — o querido e frágil Arão! — era o principal oficiante, o primeiro a carregar o sangue que representava a morte do animal-substituto ao Santíssimo Lugar, para o espargir onde era mais necessário, na presença do Senhor e sobre o propiciatório e as tábuas que continham a Lei de Deus, a qual foi quebrada (Lv 16:11-17). O sacerdócio, contudo, era uma oportunidade de ensino e o povo precisava entender publicamente o que o sacerdote havia feito na privacidade. Portanto, a cerimônia do “bode emissário” foi ordenada por Deus (Lv 16:20-22), na qual, abertamente, diante de todo o povo, Arão impunha as mãos (v 21), confessava todos os pecados (v
    21) e “colocava” todos eles sobre a cabeça do animal. Dessa maneira, o bode era designado para “levar sobre si todos os pecados”. Esse era o momento de glória de Arão, onde ele prefigurava Aquele que seria atingido pela transgressão do seu povo e levaria sobre si o pecado de muitos (Is 53:8-12), Aquele que “pelo Espírito eterno” ofereceria “a si mesmo imaculado a Deus” e tanto seria como faria “um único sacrifício pelos pecados”, “para sempre” (Hb 9:14; Hb 10:12).


    Arão [Iluminado]

    Filho de Anrão e Joquebede e irmão de Moisés (Nu 26:59). Foi auxiliar de Moisés na tarefa de tirar os israelitas do Egito (Ex 4:14-16; 7:1-2) e de levá-los a Canaã. Foi pai de quatro filhos: Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar (Ex 6:23). Arão teve seus momentos de fraqueza (Ex 32:1-29; Nu 12:1-15). Ele e os seus filhos foram consagrados para servirem como sacerdotes (Ex 28:1). Sua morte está descrita em Nu 20:22-29.


    substantivo masculino Planta de pequenas flores unissexuadas dispostas em espigas cercadas de uma espata esverdeada. Uma espécie decorativa de espata branca, originária da África, é também chamada cala. (Família das aráceas.).
    [Popular] Copo-de-leite.

    Coisas

    coisa | s. f. | s. f. pl.

    coi·sa
    (latim causa, -ae, causa, razão)
    nome feminino

    1. Objecto ou ser inanimado.

    2. O que existe ou pode existir.

    3. Negócio, facto.

    4. Acontecimento.

    5. Mistério.

    6. Causa.

    7. Espécie.

    8. [Informal] Qualquer pessoa do sexo feminino cujo nome se ignora ou não se quer nomear.

    9. [Informal] Órgão sexual feminino.

    10. Qualquer objecto que não se quer ou não se consegue nomear (ex.: essa coisa não serve para nada).

    11. [Informal] Órgão sexual masculino. = COISO

    12. [Brasil: Nordeste] Cigarro de haxixe ou marijuana. = BASEADO


    coisas
    nome feminino plural

    13. Bens.


    aqui há coisa
    [Informal] Expressão que indica que algo levanta suspeitas ou dúvidas. = AQUI HÁ GATO

    coisa alguma
    O mesmo que nada.

    coisa de
    [Informal] Aproximadamente, cerca de.

    coisa nenhuma
    Usa-se para negar a ausência total de objectos, coisas, ideias, conceitos, etc. (ex.: não se lembrou de coisa nenhuma para dizer; coisa nenhuma lhe parecia interessante). = NADA

    coisas da breca
    [Informal] Coisas inexplicáveis, espantosas.

    coisas do arco-da-velha
    [Informal] Histórias extraordinárias, inverosímeis.

    coisas e loisas
    [Informal] Grande quantidade de coisas diversificadas.

    [Informal] Conjunto de coisas indeterminadas.

    como quem não quer a coisa
    [Informal] Dissimuladamente.

    fazer as coisas pela metade
    [Informal] Não terminar aquilo que se começou.

    mais coisa, menos coisa
    [Informal] Aproximadamente.

    não dizer coisa com coisa
    [Informal] Ter um discurso desconexo; dizer disparates, coisas sem sentido.

    não estar com coisas
    [Informal] Agir prontamente, sem hesitar.

    não estar/ser (lá) grande coisa
    [Informal] Não estar/ser particularmente bom ou extraordinário.

    ou coisa que o valha
    [Informal] Ou algo parecido.

    pôr-se com coisas
    [Informal] Arranjar problemas ou dificuldades onde não existem.

    que coisa
    [Informal] Exclamação que se usa para exprimir espanto, desagrado ou irritação.

    ver a
    (s): coisa
    (s): malparada(s)
    [Informal] Prever insucesso ou perigo aquando da realização de algo.


    Sinónimo Geral: COUSA


    Comido

    adjetivo Que se comeu; que foi ingerido: alimento comido.
    Figurado Que foi completamente engolido: plantação comida de pragas.
    Figurado Que foi alvo de roubo; enganado, logrado: saí comido do acordo.
    Figurado Que se dissipou por completo: dinheiro comido pelo jogo!
    Figurado Que se eliminou ou suprimiu; cortado: verbas comidas pela corrupção.
    Figurado Que se estragou ou foi destruído; corroído: vestido comido por traças.
    Figurado Que se apossou das peças do adversário: peças comidas.
    Figurado Que se omitiu ou foi escondido, proposital ou distraidamente.
    Etimologia (origem da palavra comido). Particípio de comer, do latim comedere.

    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Eis

    advérbio Aqui está; veja, perceba, olhe: eis o prêmio que tanto esperava.
    Eis que/quando. De maneira inesperada; subitamente: eis que, inesperadamente, o cantor chegou.
    Etimologia (origem da palavra eis). De origem questionável.

    Então

    advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
    Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
    Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
    interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
    Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
    substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
    Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

    Expiação

    Expiação O perdão dos pecados daqueles que se arrependem deles e os confessam, acompanhado de reconciliação com Deus, através do SACRIFÍCIO de uma vítima inocente. No AT a vítima era um animal, figura e símbolo do Cristo crucificado (Lv 1—7; Hc 9:19-28).

    =====================

    V. DIA DA EXPIAÇÃO.


    Expiação Reconciliação efetuada entre Deus e os homens, fundamentada na morte de um ser inocente e perfeito, sobre o qual recaía o castigo da falta no lugar do transgressor. Com base nisso, realizavam-se sacrifícios em Yom Kippur (Lv 16:23.26-32; Nu 29:7-11) pelos pecados do povo.

    O Antigo Testamento ressalta que o messias, conhecido como servo de YHVH, carregaria sobre si os pecados de todo o povo (Is 53:6) e morreria por eles (Is 53:5-10). Essas idéias foram abolidas do judaísmo posterior ao segundo jurban, em parte porque era impossível continuar com o sistema de sacrifícios expiatórios do Templo, em parte porque se ligavam aos conceitos dos cristãos.

    Segundo as fontes, Jesus reconheceu a si mesmo como servo messiânico de Is 53 e referiu-se à sua morte como expiação pelos pecados da humanidade (Mc 10:45), tal como manifestou na Última Ceia aos discípulos (Ver Eucaristia). Sem dúvida, seus discípulos interpretaram a morte de Jesus como a expiação oferecida por alguém perfeito e inocente pelos pecados do mundo (Hb 9:1-12:24-28). Esperavam que aquela morte cessaria, mais cedo ou mais tarde, o sistema de sacrifícios do templo de Jerusalém (Hc 8:13) e o fato de assim ter sido confirmou a fé que tinham na veracidade de sua interpretação. Da expiação se deduzia que ninguém podia salvar-se pelas próprias obras — e se assim fosse Cristo não teria de morrer (Gl 2:21) — e que o único caminho de salvação era aceitar pela fé o sacrifício expiatório de Cristo na cruz (Rm 3:19-31).

    K. Barth, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; L. Morris, The Cross in the New Testament, Exeter 1979; J. Denney, The Death of Christ, Londres 1970; H. Cousin, Los textos evangélicos de la Pasión, Estella 21987.


    Ato mediante o qual os pecadores são reconciliados com Deus – pela eliminação do pecado, que faz separação entre Deus e os pecadores. O Dia da Expiação, no AT, era um jejum anual, quando o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos para fazer expiação pelos pecados do povo (Lv 16). Os sacrifícios oferecidos no Dia da Expiação purificavam a nação inteira do pecado – até mesmo das transgressões inconscientes. Posteriormente, a morte de Cristo fez a expiação definitiva a favor dos crentes, tornando desnecessário qualquer sacrifício (Hb 9:23-28).

    [...] O prazo da expiação está subordinado ao melhoramento do culpado.
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5, it• 7

    Até que os últimos vestígios da falta desapareçam, a expiação consiste nos sofrimentos físicos e morais que lhe são conseqüentes, seja na vida atual, seja na vida espiritual após a morte, ou ainda em nova existência corporal.
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 7

    A felicidade real do Espírito culpado consiste no cumprimento exato da lei de ação e reação, que faz cada Espírito sofrer em si mesmo os danos causados ao próximo. Expiações dolorosas, no hoje, redundarão em paz da consciência no amanhã, quando sofremos dentro dos preceitos evangélicos. Nenhum Espírito caminhará para a frente, na senda do aperfeiçoamento espiritual, sem antes saldar suas dívidas com a Justiça Divina.
    Referencia:

    Expiações redentoras são, também, as mãos do amor trabalhando as substâncias do ser para o fanal glorioso.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 5

    O Espírito não pediu aquela encarnação, porque no seu estado de atraso e endurecimento, de obstinação no mal, não seria capaz de compreender a necessidade de progredir, de ser bom. [...] A vida de expiação lhe é imposta pela Lei das leis! Não foi uma existência solicitada, pedida para fins de reabilitação. É uma encarnação imposta pelo Alto, com o fim misericordioso de despertar a criatura para as alegrias do bem: Arrancar a alma às trevas e jogá-la às claridades do Amor.
    Referencia: Ó, Fernando do• Almas que voltam• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    [...] A conseqüência do mal praticado, o esforço para o reparar.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3

    A expiação, de que fala a Doutrina Espírita, não é senão a purgação purificadora do mal que infeccionou o espírito. Este, através dela, restaura a própria saúde e se liberta das impurezas que o afligem e lhe retardam a felicidade.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    A expiação é a primeira conseqüência da falta ou crime praticado, mediante a qual a consciência do criminoso acaba por despertar para o arrependimento [...].
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    O caminho expiatório é um trilho de sofrimentos e reparações [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

    [...] é a pena imposta ao malfeitor que comete um crime.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 246

    [...] a recuperação ou a expiação podem ser consideradas como essa mesma su bida, devidamente recapitulada, através de embaraços e armadilhas, miragens e espinheiros que nós mesmos criamos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 19


    substantivo feminino Purificação das faltas, falhas ou delitos e crimes realizados.
    Reparação ou sofrimento pelo qual se repara uma culpa; castigo.
    Modo usado para reparar um crime ou falta; penitência.
    Religião Segundo o Antigo Testamento, seção de contrição, composta por sacrifícios através dos quais se pretendia o perdão dos pecados.
    Etimologia (origem da palavra expiação). Do latim expiatio.onis.

    Filhós

    substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).

    Hoje

    advérbio No dia em que se está.
    Hoje em dia, atualmente; na época presente, de agora.
    substantivo masculino No tempo presente: os homens de hoje.
    expressão Mais hoje, mais amanhã. Dentro de pouco tempo: mais hoje, mais amanhã ele conseguira o quer.
    Hoje em dia. Hoje em dia, as pessoas estão mais conectadas virtualmente.
    Etimologia (origem da palavra hoje). Do latim hodie.

    Holocausto

    substantivo masculino Genocídio que, iniciado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, vitimou judeus e outras minorias, realizado nos campos de concentração construídos pelos alemães (com a inicial maiúscula): Holocausto Judeu.
    Sacrifício que, realizado pelos hebreus antigos, se caracterizava pela ação de queimar completamente a vítima; a vítima desse sacrifício.
    Por Extensão Em que há castigo, penitência; sacrifício: ofereceu a filha em holocausto.
    Figurado Ação de renunciar, de desistir; abnegação.
    Etimologia (origem da palavra holocausto). Do grego holókaustos; holókaustos.os.on.

    A palavra original é derivada de uma raiz que significa ‘ascender’, e aplicava-se à oferta que era inteiramente consumida pelo fogo e no seu fumo subia até Deus. Uma pormenorizada descrição dos holocaustos se pode ler nos primeiros capítulos do Levítico. Pertenciam à classe dos sacrifícios expiatórios, isto é, eram oferecidos como expiação daqueles pecados, que os oferentes tinham cometido – eram, também, sacrifícios de ação de graças – e, finalmente, constituíam atos de adoração. os altares para holocaustos eram invariavelmente edificados com pedras inteiras, à exceção daquele que foi feito para acompanhar os israelitas na sua jornada pelo deserto, e que se achava coberto de chapas de cobre. (*veja Altar.) os holocaustos, bem como as ofertas de manjares, e as ofertas de paz, eram sacrifícios voluntários, sendo diferentes dos sacrifícios pelos pecados, pois estes eram obrigatórios – e tinham eles de ser apresentados de uma maneira uniforme e sistemática, como se acha estabelecido em Lv caps. 1 a 3. os três primeiros (holocaustos, ofertas de manjares, e as ofertas de paz) exprimem geralmente a idéia de homenagem, dedicação própria, e ação de graças – e os sacrifícios pelos pecados tinham a idéia de propiciação. os animais, que serviam para holocaustos, podiam ser reses do rebanho ou da manada, e aves – mas se eram novilhos ou carneiros, ou rolas, tinham de ser machos, sem defeito, e deviam ser inteiramente queimados, sendo o seu sangue derramado sobre o altar, e as suas peles dadas aos sacerdotes para vestuário. Havia holocaustos de manhã e de tarde – e eram especialmente oferecidos todos os sábados, também no primeiro dia de cada mês, nos sete dias dos pães asmos, e no dia da expiação. o animal era apresentado pelo oferente, que punha nele a sua mão, e depois o matava, fazendo o sacerdote o resto. Realizavam-se holocaustos nos atos de consagração dos sacerdotes, levitas, reis, e lugares – e na purificação de mulheres, dos nazireus, e dos leprosos (Êx 29:15Lv 12:6 – 14.19 – Nm 6 – 1 Rs 8.64). Antes de qualquer guerra também se efetuavam holocaustos, e em certas festividades, ao som das trombetas.

    Holocausto Sacrifício em que a vítima era completamente queimada em sinal de que o ofertante se dedicava completamente a Deus (Ex 29:18; Hc 10:6).

    Holocausto Sacrifício que era oferecido pela manhã e pela tarde no Templo de Jerusalém. Jesus relativizou seu valor, ao sobrepor a esse preceito outros mais importantes (Mc 12:33) e, muito especialmente, ao afirmar a chegada de uma Nova Aliança estabelecida sobre o seu sacrifício na cruz (Lc 22:20).

    Moisés

    Moisés Levita da casa de Amram (Ex 6:18.20), filho de Jocabed. Conforme o Antigo Testamento, deveria ser morto como conseqüência do decreto genocida do faraó (provavelmente Tutmósis 3, embora outros apontem Ramsés II) que ordenara a morte dos meninos israelitas. Deixado nas águas do Nilo por sua mãe, foi recolhido por uma irmã do faraó, que o educou (Êx 2). Após matar um egípcio que maltratava alguns israelitas, precisou exilar-se, indo viver na terra de Madiã (Ex 2:11-15). Nesse local foi pastor, teve esposa e filhos e recebeu uma revelação de Deus, que o enviava ao Egito para libertar Israel (Êx 3). Retornou então e, em companhia de seu irmão Aarão, tentou convencer o faraó (possivelmente Amenotep II, Menreptá, segundo outros) para que deixasse o povo sair. O fato aconteceu somente depois de uma série de pragas, especialmente após a última em que morreu seu primogênito (Êx 5:13). A perseguição que o monarca egípcio empreendeu teve um final desastroso no mar dos Juncos. A marcha de Israel pelo deserto levou-o até o Sinai, onde Moisés recebeu os Dez mandamentos, assim como um código de leis para regerem a vida do povo (Ex 20:32-34). Conforme o Talmude, foi também quando receberam a lei oral. A falta de fé do povo — manifestada na adoração de uma imagem em forma de bezerro enquanto Moisés estava no monte — malograria logo mais a entrada na Terra Prometida. Moisés morreu sem entrar nela e o mesmo sucedeu com a geração libertada do Egito, exceto Josué e Caleb.

    A figura de Moisés é de uma enorme importância e a ele se atribui a formação de um povo cuja vida centrar-se-ia no futuro, certamente com altos e baixos, mas em torno do monoteísmo.

    O judaísmo da época de Jesus considerava-o autor da Torá (Mt 22:24; Mc 7:10; 10,3ss.) e mestre de Israel (Mt 8:4; 23,2; Jo 7:22ss.). Jesus atribui-lhe uma clara importância quando se apresentou como messias (Jo 5:39-47). Lamentou que seu papel tivesse sido usurpado pelos escribas (Mt 23:2ss.) e que muitos citassem Moisés como excusa para sua incredulidade (Jo 7:28ss.). Jesus considerou-se superior a Moisés, a cuja Lei deu uma nova interpretação (Mt 5:17- 48). Essa visão — confirmada pela narrativa da Transfiguração (Mt 17:3) — aparece também no cristianismo posterior (Jo 1:17.45).

    J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y...; f. f. Bruce, Acts...; C. Vidal Manzanares, El Hijo de Ra, Barcelona 1992; Idem, El judeo-cristianismo...


    Moisés Líder escolhido por Deus para libertar os israelitas da escravidão do Egito (Exo 2—18), para fazer ALIANÇA 1, com eles (Exo 19—24), para torná-los povo de Deus e nação independente (Exo 25—) (Num
    36) e para prepará-los a fim de entrarem na terra de Canaã (Deu 1—33). Nasceu de pais israelitas, mas foi adotado pela filha do faraó do Egito, onde foi educado (Ex 2:1-10); (At 7:22). Após colocar-se ao lado de seu povo e matar um egípcio, fugiu para MIDIÃ 2, onde se casou com Zípora (Ex 2:11-22) Passados 40 anos, Deus o chamou e o pôs como líder da libertação do povo de Israel (Exo
    3) Por mais 40 anos Moisés cumpriu o mandado de Deus e morreu às portas da terra de Canaã, no monte NEBO (Dt 34). Alguns estudiosos colocam a data da morte de Moisés em torno de 1440 a.C., e outros a colocam por volta de 1225 a.C., dependendo da posição sob

    Moisés era filho de Anrão (da tribo de Levi) e Joquebede; era irmão de Arão e Miriã. Nasceu durante os terríveis anos em que os egípcios decretaram que todos os bebês do sexo masculino fossem mortos ao nascer. Seus pais o esconderam em casa e depois o colocaram no meio da vegetação, na margem do rio Nilo, dentro de um cesto de junco. A descoberta daquela criança pela princesa, filha de Faraó, foi providencial e ela salvou a vida do menino. Seu nome, que significa “aquele que tira” é um lembrete desse começo obscuro, quando sua mãe adotiva lhe disse: “Eu o tirei das águas”.

    Mais tarde, o Senhor o chamou para ser líder, por meio do qual falaria com Faraó, tiraria seu povo do Egito e o levaria à Terra Prometida. No processo desses eventos 1srael sofreu uma transformação, pois deixou de ser escravo de Faraó para ser o povo de Deus. Os israelitas formaram uma comunidade, mais conhecida como o povo da aliança, estabelecida pela graça e pela soberania de Deus (veja Aliança).

    O Antigo Testamento associa Moisés com a aliança, a teocracia e a revelação no monte Sinai. O grande legislador foi o mediador da aliança mosaica [do Sinai] (Ex 19:3-8; Ex 20:18-19). Esse pacto foi uma administração da graça e das promessas, pelas quais o Senhor consagrou um povo a si mesmo por meio da promulgação da Lei divina. Deus tratou com seu povo com graça, deu suas promessas a todos que confiavam nele e os consagrou, para viverem suas vidas de acordo com sua santa Lei. A administração da aliança era uma expressão concreta do reino de Deus. O Senhor estava presente com seu povo e estendeu seu governo especial sobre ele. A essência da aliança é a promessa: “Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo” (Ex 6:7; Dt 29:13; Ez 11:20).

    Moisés foi exaltado por meio de sua comunhão especial com o Senhor (Nm 12:68; Dt 34:10-12). Quando Arão e Miriã reclamaram contra a posição privilegiada que ele ocupava, como mediador entre Yahweh e Israel, ele nada respondeu às acusações (Nm 12:3). Pelo contrário, foi o Senhor quem se empenhou em defender seu servo (Nm 12:6-8).

    O Senhor confirmou a autoridade de Moisés como seu escolhido, um veículo de comunicação: “A ele me farei conhecer... falarei com ele...” (v. 6; veja Dt 18:18). Separou-o como “seu servo” (Ex 14:31; Dt 34:5; Js 1:1-2) — uma comunhão de grande confiança e amizade entre um superior e um subalterno. Moisés, de maneira sublime, permaneceu como servo de Deus, mesmo depois de sua morte; serviu como “cabeça” da administração da aliança até o advento da Nova aliança no Senhor Jesus Cristo (Nm 12:7; veja Hb 3:2-5). De acordo com este epitáfio profético de seu ministério, Moisés ocupou um lugar único como amigo de Deus. Experimentou o privilégio da comunhão íntima com o Senhor: “E o Senhor falava com Moisés” (Ex 33:9).

    A diferença fundamental entre Moisés e os outros profetas que vieram depois dele está na maneira direta pela qual Deus falava com este seu servo. Ele foi o primeiro a receber, escrever e ensinar a revelação do Senhor. Essa mensagem estendeu-se por todos os aspectos da vida, inclusive as leis sobre santidade, pureza, rituais, vida familiar, trabalho e sociedade. Por meio de Moisés, o Senhor planejou moldar Israel numa “comunidade separada”. A revelação de Deus os tornaria imunes às práticas detestáveis dos povos pagãos, inclusive a adivinhação e a magia. Esta palavra, dada pelo poder do Espírito, transformaria Israel num filho maduro.

    A posição e a revelação de Moisés prefiguravam a posição única de Jesus. O grande legislador serviu ao reino de Deus como um “servo fiel” (Hb 3:2-5), enquanto Cristo é “o Filho de Deus” encarnado: “Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa” (Hb 3:6). Moisés, como o Senhor Jesus, confirmou a revelação de Deus por meio de sinais e maravilhas (Dt 34:12; veja também Ex 7:14-11:8; 14:5 a 15:21).

    Embora Moisés ainda não conhecesse a revelação de Deus em Cristo, viu a “glória” do Senhor (Ex 34:29-35). O apóstolo Paulo confirmou a graça de Deus na aliança mosaica quando escreveu à igreja em Roma: “São israelitas. Pertencem-lhes a adoção de filhos, a glória, as alianças, a lei, o culto e as promessas. Deles são os patriarcas, e deles descende Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém” (Rm 9:4-5)

    Moisés, o maior de todos os profetas antes da encarnação de Jesus, falou sobre o ministério de outro profeta (Dt 18:15-22). Foi testemunha de Deus para Israel de que um cumprimento ainda maior os aguardava: “Moisés, na verdade, foi fiel em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar” (Hb 3:5). A natureza desse futuro não era nada menos do que o resto que viria (Hb 4:1-13) em Cristo, por causa de quem Moisés também sofreu (Hb 11:26).

    A esperança escatológica da revelação mosaica não é nada menos do que a presença de Deus no meio de seu povo. A escatologia de Israel começa com as alianças do Senhor com Abraão e Israel. Moisés — o servo de Deus, o intercessor, o mediador da aliança — apontava para além de sua administração, para uma época de descanso. Ele falou sobre este direito e ordenou que todos os membros da comunidade da aliança ansiassem pelo descanso vindouro na celebração do sábado (heb. “descanso”), o sinal da aliança (Ex 31:14-17) e da consagração de Israel a uma missão sagrada (Ex 31:13), a fim de serem abençoados com todos os dons de Deus na criação (Dt 26:18-19; Dt 28:3-14). Moisés percebeu dolorosamente que o povo não entraria naquele descanso, devido à sua desobediência e rebelião (Dt 4:21-25). Ainda assim, falou sobre uma nova dispensação, aberta pela graça de Deus, da liberdade e da fidelidade (Dt 4:29-31; Dt 30:5-10: 32:39-43). Ele olhou para o futuro, para uma época de paz, tranqüilidade e plena alegria na presença de Deus, de bênção e proteção na Terra Prometida (Dt 12:9-10; Dt 25:19; Ex 33:14; Js 1:13).

    Essa esperança, fundamentada na fidelidade de Deus (Dt 4:31), é expressa mais claramente no testemunho final de Moisés, “o Hino do Testemunho” (Dt 32). Nele, o grande legislador recitou os atos do amor de Deus em favor de Israel (vv.1-14), advertiu contra a rebelião e o sofrimento que isso acarretaria (vv.15-35) e confortou os piedosos com a esperança da vingança do Senhor sobre os inimigos e o livramento do remanescente de Israel e das nações (vv. 36-43). Fez até uma alusão à grandeza do amor de Deus pelos gentios! (vv. 36-43; Rm 15:10).

    O significado escatológico do Hino de Moisés reverbera nas mensagens proféticas de juízo e de esperança, justiça e misericórdia, exclusão e inclusão, vingança e livramento. A administração mosaica, portanto, nunca tencionou ser um fim em si mesma. Era apenas um estágio na progressão do cumprimento da promessa, aliás, um estágio importantíssimo!

    Como precursor da tradição profética, Moisés viu mais da revelação da glória de Deus do que qualquer outro homem no Antigo testamento (Ex 33:18; Ex 34:29-35). Falou sob a autoridade de Deus. Qualquer um que o questionasse desafiava a autoridade do Senhor. Israel encontrava conforto, graça e bênção, porque em Moisés se reuniam os papéis de mediador da aliança e intercessor (Ex 32:1-34:10; Nm 14:13-25). Ele orou por Israel, falou ousadamente como seu advogado diante do Senhor e encorajou o povo a olhar além dele, próprio, para Deus (veja Profetas e Profecias). W.A.VG.


    Salvo das águas. (Êx 2:10) – mais provavelmente, porém, é termo egípcio, significando filho, criança. Foi o grande legislador dos hebreus, filho de Anrão e Joquebede, da tribo de Levi. Ele nasceu precisamente no tempo em que o Faraó do Egito tinha resolvido mandar matar todas as crianças recém-nascidas do sexo masculino, pertencentes à família israelita (Êx 2:1-4 – 6.20 – At 7:20Hb 11:23). A sua mãe colocou-o num ‘cesto de junco’, à borda do Nilo. A filha de Faraó, que o salvou, deu-lhe o nome de Moisés, e educou-o como seu filho adotivo, de maneira que pôde ele ser instruído em toda a ciência dos egípcios (Êx 2:5-10At 7:21-22). Quando depois é mencionado, já ele era homem. Vendo que um israelita recebia bastonadas de um egípcio, e julgando que ninguém o via, matou o egípcio e enterrou o cadáver na areia. Mas alguém tinha observado o ato, e Moisés, sabendo disto, fugiu para a terra de Midiã, onde casou com Zípora, filha de Jetro, chefe ou sacerdote das tribos midianitas, tornando-se pastor dos rebanhos de seu sogro (Êx 2:11-21At 7:29). Foi no retiro e simplicidade da sua vida de pastor que Moisés recebeu de Deus a ordem de ir livrar os filhos de israel. Resolveu, então, voltar para o Egito, acompanhando-o sua mulher e os seus dois filhos – mas não tardou muito que ele os mandasse para a casa de Jetro, permanecendo eles ali até que tornaram a unir-se em Refidim, quando ele estava à frente da multidão dos israelitas. Pouco depois de se ter separado da mulher e dos filhos, encontrou Arão que, em negociações posteriores, foi o orador, visto como Moisés era tardo na fala (Êx 4:18-31). A ofensa de Moisés em Meribá foi três vezes repetida (Nm 20:1-13 – 27,14) – não acreditava que a água pudesse sair da rocha por simples palavras – então, desnecessariamente, feriu a rocha duas vezes, revelando com isto uma impaciência indesculpável – não atribuiu a glória do milagre inteiramente a Deus, mas antes a si próprio e a seu irmão: ‘porventura faremos sair água desta rocha?’ Faleceu quando tinha 120 anos de idade, depois de lhe ter mostrado o Senhor, do cume do monte Nebo, na cordilheira de Pisga, a Terra Prometida, na sua grande extensão. Este ‘ o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor – e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura’ (Dt 34:6). o único traço forte do seu caráter, que em toda a confiança podemos apresentar, acha-se em Nm 12:3: ‘Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.’ A palavra ‘manso’ não exprime bem o sentido – a idéia que a palavra hebraica nos dá é, antes, a de ser ele ‘muito sofredor e desinteressado’. Ele juntou-se aos seus compatriotas, vivendo eles a mais terrível escravidão (Êx 2:11 – 5,4) – ele esqueceu-se de si próprio, para vingar as iniqüidade de que eram vítimas os hebreus (Êx 2:14) – quis que seu irmão tomasse a direção dos atos libertadores em lugar de ele próprio (Êx4,13) -além disso, desejava que toda a gente hebréia recebesse dons semelhantes aos dele (Nm 11:29). Quando lhe foi feito o oferecimento de ser destruído o povo, podendo ele ser depois a origem de uma grande nação (Êx 32:10), pediu, na sua oração a Deus, que fosse perdoado o pecado dos israelitas, ‘ae não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste’ (Êx 32:32). (A respeito da conduta de Moisés na sua qualidade de libertador e legislador dos israelitas, vejam-se os artigos: Lei, Faraó, Pragas (as dez), Mar Vermelho, etc.)

    substantivo masculino Espécie de cesta acolchoada que serve de berço portátil para recém-nascidos; alcofa.
    Religião Profeta que, para cristãos e judeus, foi responsável pela escritura dos dez mandamentos e dos cinco primeiros livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), sendo a junção destes o livro sagrado dos Judeus (a Torá ou Tora); nesta acepção, usar com letras maiúsculas.
    Etimologia (origem da palavra moisés). Do nome próprio Moisés, do hebraico "Moshe", talvez do termo egípcio "mesu",.

    Oferecer

    verbo transitivo direto e bitransitivo Presentear; ofertar, dar alguma coisa a alguém: ofereceu chocolate ao namorado.
    Sugerir algo para compensar outra: ofereceu dinheiro para evitar o prejuízo.
    Exibir; fazer a exposição de: ofereceu a teoria aos cientistas.
    Proporcionar; trazer consigo: essa promoção oferece descontos.
    verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Colocar ao dispor de: ofereceu um livro ao filho; ofereceu o carro aos convidados; ofereceu seu emprego à esposa; ofereceu-se para auxiliar o professor.
    verbo bitransitivo Expressar ou realizar alguma coisa por motivos religiosos: ofereceu uma oração ao santo.
    Imolar; fazer um sacrifício para ou pedir a proteção de: oferecia animais às divindades; ofereceu o sobrinho à santa de sua devoção.
    Dedicar; mandar alguma coisa especialmente para alguém: ofereceu uma música ao marido.
    verbo pronominal Mostrar-se; apresentar diante de si: um ótimo emprego se oferecia a ele.
    Entregar-se: não a conhecia, mas se oferecia de bandeja.
    Etimologia (origem da palavra oferecer). Do latim offerescere.

    Oferta

    Oferta V. SACRIFÍCIOS E OFERTAS (Is 1:13).

    oferta s. f. 1. Ação de oferecer(-se); oferecimento. 2. Oblação, oferenda. 3. Retribuição de certos atos litúrgicos. 4. Dádiva. 5. Promessa. 6. Co.M Produto exposto a preço menor, como atrativo à freguesia.

    Olhos

    -

    substantivo masculino Orgãos externos da visão: meus olhos enxergaram o pôr do sol.
    Figurado Excesso de zelo, de cuidado, de atenção: estou de olhos nisso!
    Figurado Aquilo que clarifica; luz, brilho.
    locução adverbial A olhos vistos. De modo evidente, claro; evidentemente.
    expressão Abrir os olhos de alguém. Dizer a verdade sobre alguma coisa.
    Falar com os olhos. Mostrar com o olhar seus sentimentos e pensamentos.
    Comer com os olhos. Olhar atenta e interesseiramente; cobiçar.
    Custar os olhos da cara. Ser muito caro.
    Ser todo olhos. Olhar muito atentamente.
    Etimologia (origem da palavra olhos). Plural de olho, do latim oculus.i.

    Pecado

    pecado s. .M 1. Transgressão de qualquer preceito ou regra. 2. Culpa, defeito, falta, vício.

    Pecado No judaísmo da época de Jesus — e no pensamento deste — é qualquer ofensa contra Deus, ação contrária à sua vontade ou violação a algum de seus mandamentos. Transgredir um preceito da Torá é pecado e tem também conseqüências negativas sobre a pessoa, afastando-a de Deus (Mt 9:13; 19,17-19).

    Jesus enfatiza, principalmente, a necessidade de se eliminar as raízes profundas do pecado (Mt 5:27ss.; 6,22ss.; 15,1-20) e chama o pecador à conversão (Lc 11:4; 15,1-32; 13,1ss.; 18,13), porque Deus perdoa todo pecado, exceto a blasfêmia contra o Espírito Santo, isto é, a atitude de resistência ao perdão de Deus, a única atitude que impede a pessoa de recebê-lo. Por amor ao pecador, Jesus acolhe-o (Mt 11:19; Lc 15:1ss.; 19,7) e se entrega à morte expiatória (Mt 26:28; Lc 24:47). Quem recebe esse perdão deve também saber perdoar os pecados dos outros (Mt 18:15.21; Lc 17:3ss.).

    R. Donin, o. c.; Y. Newman, o. c.; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...


    Pecado Falta de conformidade com a lei de Deus, em estado, disposição ou conduta. Para indicar isso, a Bíblia usa vários termos, tais como pecado (Sl 51:2); (Rm 6:2), desobediência (He 2:2), transgressão (Sl 51:1); (He 2:2), iniqüidade (Sl 51:2); (Mt 7:23), mal, maldade, malignidade (Pv 17:11); (Rm 1:29), perversidade (Pv 6:14); (At 3:26), RA), rebelião, rebeldia (1Sm 15:23); (Jr 14:7), engano (Sf 1:9); (2Ts 2:10), injustiça (Jr 22:13); (Rm 1:18), erro, falta (Sl 19:12); (Rm 1:27), impiedade (Pv 8:7); (Rm 1:18), concupiscência (Is 57:5), RA; 1(Jo 2:16), depravidade, depravação (Eze 16:27,43), 58, RA). O pecado atinge toda a raça humana, a partir de Adão e Eva (Gn 3; (Rm 5:12). O castigo do pecado é a morte física, espiritual e eterna (Rm 6:23). Da morte espiritual e eterna

    Pecar contra o Espírito Santo significa [...] empregarmos conscientemente qualquer forma de manifestação em discordância com as normas éticas que já tenhamos conseguido assimilar.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 45

    [...] Entendamos a palavra pecado de forma ampla e mais completa, como sendo todo e qualquer desrespeito à ordem, atentado à vida e desequilíbrio moral íntimo. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 10

    [...] Pecado é toda a infração à Lei de Deus. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pecado sem perdão

    [...] O pecado é moléstia do espírito. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3



    i. Um dos grandes objetivos da Bíblia é tratar dos fatos da vida humana, estabelecer a sua significação e efeito, e algumas vezes derramar luz sobre a sua causa. No caso do pecado há dois fatos principais: primeiro, que o homem é pecador – segundo, que todos cometem pecado. Pode, portanto, esperar-se que a Bíblia derramará luz sobre o sentido da palavra pecado e sobre os seus efeitos – e nos fará conhecer a causa da sua influência universal nos homens e o remédio para esse grande mal.
    ii. Segundo a Bíblia, a causa dos pecados encontra-se de uma maneira definitiva (tanto quanto se considera a vida terrestre) no pecado dos nossos primeiros pais, com as suas conseqüências, transmitidas à posteridade. A este fato se chama a Queda. Basta dizer-se aqui, que, por mais baixo que estivesse o primeiro homem na escala da Humanidade, se ele era homem devia ter tido, na verdade, algum conhecimento rudimentar do bem ou do mal – e depois da sua primeira voluntária desobediência ao que lhe dizia a consciência, devia ter ficado numa situação moral inferior à dos tempos passados. A primeira transgressão feita com conhecimento do mal não pôde deixar de ser uma queda moral, por maior que fosse a sua sabedoria adquirida no caminho da vida. Além disso, há razão para acreditar que as crianças, nascidas após a queda, haviam certamente de participar da natureza dos seus pais, a ponto de ficarem mais fracas com respeito à moralidade do que não tendo os seus pais transgredido. Esta crença muito razoável apresenta-se como sendo o pensamento central da narrativa de Gn 3. o escritor bíblico está, evidentemente, revelando mais do que a simples enunciação do pecado de Adão e Eva como tal. Ele deseja fazer ver que a pena alcançou toda a Humanidade. Todos entram no mundo com a tendência original de uma modificada natureza para o mal. Não é, por conseqüência, para admirar que cada pessoa realmente caia no pecado. Nos capítulos seguintes são plenamente expostos os terríveis e profundos efeitos daquele primeiro pecado.
    iii. os diferentes aspectos do pecado, que se apresentam aos escritores bíblicos, podem ver-se do modo mais próprio nos vários nomes que lhe dão. Porquanto a Bíblia é muito rica em termos que significam o pecado, o mal, a iniqüidade, a maldade, podendo ser mencionados neste lugar os mais importantes: 1. Palavras que têm o sentido de ‘falta, omissão, erro no fim em vista’, etc. Em hebraico há chêt e termos cognatos (Sl 51:9) – em grego, hamartia (Rm 3:9), hamartêma 1Co 6:18). 2. A perversão, a deturpação, implicando culpa, são faltas designadas pelo termo hebraico avon (1 Rs 17.18). 3. Há várias palavras que indicam a transgressão de uma lei, ou a revolta contra o legislador. Em hebreu peshã (Pv 28:13 – is õ3,5) – em grego parabasis (‘transgressão’, Rm 4:15), paraptoma (‘delito’, Ef 2:5), anômia (‘iniqiiidade’, 1 Jo 3:4, onde se lê: ‘hamartia é anômia’), asebeia (‘impiedade’, 2 Tm 2.16). 4. imoralidade, o hábito do pecado, e muitas vezes violência, se indicam com o hebraico rêshã (1 Sm 24.13), e o grego adikia (Lc 13:27). 5. A infidelidade, e a deslealdade para com Deus e o homem, são significadas pelo hebraico má”al (Js 22:22). 6. A culpa, que pede sacrifício expiatório, acha-se indicada pela palavra ãshãm (Pv 14:9). 7. o pecado é considerado como uma dívida na oração dominical, õpheilèma (Mt 6:12). iV Entre os grandes efeitos do pecado podem mencionar-se: l. o medo de Deus em contraste com o temor reverencioso e filial (Gn 3:10). 2. o endurecimento gradual da vontade contra o bem e as boas influências (Êx 7:13). A consunção da força e vida da alma, assemelhando-se à lepra que vai consumindo o corpo. 4. E tudo isto atinge o seu maior grau na separação de Deus (Gn 3:24Lv 13:46 – 2 Ts 1.9). *veja Na Bíblia, porém, o remédio para o pecado é, pelo menos, tão proeminente como a sua causa, a sua natureza, e o seu efeito. Freqüentes vezes, na realidade, se apela para os pecadores, a fim de que deixem os seus pecados, fazendo-lhes ver os grandes males que caem sobre eles – e ao mesmo tempo há as promessas de serem amavelmente recebidos por Deus todos os que se arrependem (notavelmente em 2 Sm 12.13), sendo os meios humanos o arrependimento e a fé. Mas tanto o A.T.como o N.T. claramente nos ensinam que é preciso mais alguma coisa. No cap. 53 de isaias, o sacrifício do Servo ideal nos patenteia os meios pelos quais se curam os pecados, pois que esse Servo é a pessoa que carregou com as nossas iniqüidades. outros sacrifícios eram apenas tipos deste particular sacrifício. *veja também Jo 1:29Cl 1:21-22. Este remédio torna efetiva a restauração de um direito divinamente estabelecido (Rm 5:1 – 1 Jo 1:9), para a remoção da mancha que caiu, inclusive, sobre os mais altos lugares por motivo do pecado, tocando a honra de Deus, e o seu templo (Hb 9:23-26) – e não só para a remoção dessa mancha, mas também para a gradual eliminação do pecado no crente (1 Jo 1:7-9), embora, enquanto exista neste mundo, nunca ele estará inteiramente livre da sua influência (Rm 7:23Gl 5:17 – 1 Jo 1:10). Não admira que o Filho de Deus tenha recebido o nome de Jesus, ‘porque ele salvará o seu povo dos pecados deles’ (Mt 1:21).

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Seriar

    verbo transitivo Dispor em séries; classificar, ordenar: seriar as questões.

    seriar
    v. tr. dir. 1. Dispor ou ordenar em série. 2. Classificar por séries.

    Suceder

    verbo transitivo indireto Vir depois; seguir-se: ao dia sucede à noite.
    Ser sucessor; assumir, por direito de sucessão, por nomeação ou por eleição, as funções antes ocupadas por outrem: o papa Paulo VI sucedeu a João 23.
    verbo intransitivo Acontecer, ocorrer: sucedeu que a minha ausência não foi notada; sucederam coisas misteriosas naquela noite.
    Ocorrer algo com alguém: já não se lembra do que lhe sucedeu ontem.
    verbo pronominal Acontecer sucessivamente: após o primeiro, sucederam-se muitos encontros.
    verbo transitivo indireto Ser solicitado por uma obrigação legal, testamento ou inventário: não tinha herdeiros que o sucedesse na herança.
    Etimologia (origem da palavra suceder). Do latim succedere, ocorrer depois de.

    suceder
    v. 1. tr. ind., Intr. e pron. Vir ou acontecer depois; seguir-se. 2. tr. ind. e Intr. Acontecer, dar-se (algum fato). 3. tr. ind. Produzir efeito, ter bom resultado. 4. tr. ind. Ir ocupar o lugar de outrem; substituir. 5. tr. ind. Tomar posse do que pertencia ao seu antecessor. Na acepção de acontecer, realizar-se, vir depois, é defectivo e só se conjuga nas 3.ª³ pessoas.

    Tais

    substantivo masculino e feminino, plural Pessoas sobre as quais se fala, mas de nomes não mencionados: estava falando das tais clientes grosseiras.
    [Informal] Aqueles que se destacam em relação aos demais; usado no sentido irônico: esses daí pensam que são os tais!
    pronome Estes, esses, aqueles: nunca se recordava daqueles tais momentos.
    Etimologia (origem da palavra tais). Plural de tal.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    (meus filhos)
    Levítico 10: 19 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Então disse Aarão a Moisés: Eis que hoje (meus filhos) ofereceram o sacrifício pelo pecado deles e o seu holocausto perante o SENHOR, e tais coisas me sucederam; se hoje eu tivesse comido sacrifício pelo pecado, seria isso porventura aceito aos olhos do SENHOR?
    Levítico 10: 19 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1445 a.C.
    H1696
    dâbar
    דָבַר
    E falou
    (And spoke)
    Verbo
    H175
    ʼAhărôwn
    אַהֲרֹון
    Aaron
    (Aaron)
    Substantivo
    H2005
    hên
    הֵן
    Contemplar
    (Behold)
    Advérbio
    H2403
    chaṭṭâʼâh
    חַטָּאָה
    pecado, pecaminoso
    (sin)
    Substantivo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3117
    yôwm
    יֹום
    dia
    (Day)
    Substantivo
    H3190
    yâṭab
    יָטַב
    ser bom, ser agradável, estar bem, estar satisfeito
    (you do well)
    Verbo
    H398
    ʼâkal
    אָכַל
    comer, devorar, queimar, alimentar
    (freely)
    Verbo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H428
    ʼêl-leh
    אֵלֶּה
    Estes [São]
    (These [are])
    Pronome
    H4872
    Môsheh
    מֹשֶׁה
    Moisés
    (Moses)
    Substantivo
    H5869
    ʻayin
    עַיִן
    seus olhos
    (your eyes)
    Substantivo
    H5930
    ʻôlâh
    עֹלָה
    oferta queimada
    (burnt offerings)
    Substantivo
    H6440
    pânîym
    פָּנִים
    o rosto
    (the face)
    Substantivo
    H7122
    qârâʼ
    קָרָא
    deparar, sobrevir, encontrar
    (befall him)
    Verbo
    H7126
    qârab
    קָרַב
    chegar perto, aproximar, entrar, vir para perto
    (he had come near)
    Verbo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    דָבַר


    (H1696)
    dâbar (daw-bar')

    01696 דבר dabar

    uma raiz primitiva; DITAT - 399; v

    1. falar, declarar, conversar, comandar, prometer, avisar, ameaçar, cantar
      1. (Qal) falar
      2. (Nifal) falar um com o outro, conversar
      3. (Piel)
        1. falar
        2. prometer
      4. (Pual) ser falado
      5. (Hitpael) falar
      6. (Hifil) levar embora, colocar em fuga

    אַהֲרֹון


    (H175)
    ʼAhărôwn (a-har-one')

    0175 אהרן ’Aharown

    de derivação incerta, grego 2 Ααρων; DITAT - 35; n pr m

    Arão = “aquele que traz luz”

    1. irmão de Moisés, um levita e o primeiro sumo-sacerdote

    הֵן


    (H2005)
    hên (hane)

    02005 הן hen

    um artigo primitivo; DITAT - 510 interj

    1. veja!, eis!, embora part hipotética
    2. se

    חַטָּאָה


    (H2403)
    chaṭṭâʼâh (khat-taw-aw')

    02403 חטאה chatta’ah ou חטאת chatta’th

    procedente de 2398; DITAT - 638e; n f

    1. pecado, pecaminoso
    2. pecado, oferta pelo pecado
      1. pecado
      2. condição de pecado, culpa pelo pecado
      3. punição pelo pecado
      4. oferta pelo pecado
      5. purificação dos pecados de impureza cerimonial

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    יֹום


    (H3117)
    yôwm (yome)

    03117 יום yowm

    procedente de uma raiz não utilizada significando ser quente; DITAT - 852; n m

    1. dia, tempo, ano
      1. dia (em oposição a noite)
      2. dia (período de 24 horas)
        1. como determinado pela tarde e pela manhã em Gênesis 1
        2. como uma divisão de tempo
          1. um dia de trabalho, jornada de um dia
      3. dias, período de vida (pl.)
      4. tempo, período (geral)
      5. ano
      6. referências temporais
        1. hoje
        2. ontem
        3. amanhã

    יָטַב


    (H3190)
    yâṭab (yaw-tab')

    03190 יטב yatab

    uma raiz primitiva; DITAT - 863; v

    1. ser bom, ser agradável, estar bem, estar satisfeito
      1. (Qal)
        1. estar satisfeito, estar alegre
        2. estar bem colocado
        3. ser bom para, estar bem com, ir bem com
        4. ser agradável, ser agradável a
      2. (Hifil)
        1. tornar contente, jubilar
        2. fazer o bem para, agir bondosamente com
        3. fazer bem, fazer completamente
        4. fazer algo bom, correto ou belo
        5. fazer bem, agir corretamente

    אָכַל


    (H398)
    ʼâkal (aw-kal')

    0398 אכל ’akal

    uma raiz primitiva; DITAT - 85; v

    1. comer, devorar, queimar, alimentar
      1. (Qal)
        1. comer (tendo o ser humano como sujeito)
        2. comer, devorar (referindo-se aos animais e pássaros)
        3. devorar, consumir (referindo-se ao fogo)
        4. devorar, matar (referindo-se à espada)
        5. devorar, consumir, destruir (tendo coisas inanimadas como sujeito - ex., peste, seca)
        6. devorar (referindo-se à opressão)
      2. (Nifal)
        1. ser comido (por homens)
        2. ser devorado, consumido (referindo-se ao fogo)
        3. ser desperdiçado, destruído (referindo-se à carne)
      3. (Pual)
        1. fazer comer, alimentar
        2. levar a devorar
      4. (Hifil)
        1. alimentar
        2. dar de comer
      5. (Piel)
        1. consumir

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    אֵלֶּה


    (H428)
    ʼêl-leh (ale'-leh)

    0428 אל לה ’el-leh

    forma alongada de 411; DITAT - 92; pron p demonstr

    1. estes, estas
      1. usado antes do antecedente
      2. usado após o antecedente

    מֹשֶׁה


    (H4872)
    Môsheh (mo-sheh')

    04872 משה Mosheh

    procedente de 4871, grego 3475 Μωσης; DITAT - 1254; n pr m Moisés = “tirado”

    1. o profeta e legislador, líder do êxodo

    עַיִן


    (H5869)
    ʻayin (ah'-yin)

    05869 עין ̀ayin

    provavelmente uma palavra primitiva, grego 137 Αινων; DITAT - 1612a,1613; n f/m

    1. olho
      1. olho
        1. referindo-se ao olho físico
        2. órgão que mostra qualidades mentais
        3. referindo-se às faculdades mentais e espirituais (fig.)
    2. fonte, manancial

    עֹלָה


    (H5930)
    ʻôlâh (o-law')

    05930 עלה ̀olah ou עולה ̀owlah

    f part at de 5927; DITAT - 1624c,1624d; n f

    1. oferta queimada
    2. subida, escada, degraus

    פָּנִים


    (H6440)
    pânîym (paw-neem')

    06440 פנים paniym plural (mas sempre como sing.) de um substantivo não utilizado פנה paneh

    procedente de 6437; DITAT - 1782a; n. m.

    1. face
      1. face, faces
      2. presença, pessoa
      3. rosto (de serafim or querubim)
      4. face (de animais)
      5. face, superfície (de terreno)
      6. como adv. de lugar ou tempo
        1. diante de e atrás de, em direção a, em frente de, adiante, anteriormente, desde então, antes de
      7. com prep.
        1. em frente de, antes de, para a frente de, na presença de, à face de, diante de ou na presença de, da presença de, desde então, de diante da face de

    קָרָא


    (H7122)
    qârâʼ (kaw-raw')

    07122 קרא qara’

    uma raiz primitiva, encontrar, seja por acidente ou num gesto hostil; DITAT - 2064; v.

    1. deparar, sobrevir, encontrar
      1. (Qal)
        1. encontrar com, deparar com
        2. sobrevir (fig.)
      2. (Nifal) encontrar, encontrar inesperadamente
      3. (Hifil) levar a encontrar

    קָרַב


    (H7126)
    qârab (kaw-rab')

    07126 קרב qarab

    uma raiz primitiva; DITAT - 2065; v.

    1. chegar perto, aproximar, entrar, vir para perto
      1. (Qal) aproximar, vir para perto
      2. (Nifal) ser trazido para perto
      3. (Piel) levar a aproximar, trazer para perto, fazer vir para perto
      4. (Hifil) trazer para perto, trazer, presentear

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo