Enciclopédia de Amós 4:5-5

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

am 4: 5

Versão Versículo
ARA e oferecei sacrifício de louvores do que é levedado, e apregoai ofertas voluntárias, e publicai-as, porque disso gostais, ó filhos de Israel, disse o Senhor Deus.
ARC E oferecei sacrifício de louvores do que é levedado, e apregoai sacrifícios voluntários, publicai-os; porque disso gostais, ó filhos de Israel, disse o Senhor Jeová.
TB do que é levedado, oferecei um sacrifício de ação de graças, e proclamai ofertas voluntárias, e publicai-as; pois isso é do vosso agrado, ó filhos de Israel, diz o Senhor Jeová.
HSB וְקַטֵּ֤ר מֵֽחָמֵץ֙ תּוֹדָ֔ה וְקִרְא֥וּ נְדָב֖וֹת הַשְׁמִ֑יעוּ כִּ֣י כֵ֤ן אֲהַבְתֶּם֙ בְּנֵ֣י יִשְׂרָאֵ֔ל נְאֻ֖ם אֲדֹנָ֥י יְהוִֽה׃
BKJ e oferecei um sacrifício de ação de graças do que é levedado; proclamai e publicai as ofertas voluntárias, porque disso gostais, ó filhos de Israel, diz o Senhor DEUS.
LTT E, com aquilo que é levedado, queimai incenso em sacrifício de ações de graças , e apregoai as ofertas voluntárias, publicai-as; porque disso gostais, ó filhos de Israel, disse o Senhor DEUS.
BJ2 Queimai pão fermentado como sacrifício de louvor, proclamai vossas oferendas voluntárias, anunciai-as, porque é assim que gostais, filhos de Israel,[z] oráculo do Senhor Iahweh.
VULG Et sacrificate de fermentato laudem, et vocate voluntarias oblationes, et annuntiate ; sic enim voluistis, filii Israël, dicit Dominus Deus.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Amós 4:5

Levítico 7:12 Se o oferecer por oferta de louvores, com o sacrifício de louvores, oferecerá bolos asmos amassados com azeite e coscorões asmos amassados com azeite; e os bolos amassados com azeite serão fritos, de flor de farinha.
Levítico 22:18 Fala a Arão, e a seus filhos, e a todos os filhos de Israel e dize-lhes: Qualquer que, da casa de Israel ou dos estrangeiros em Israel, oferecer a sua oferta, quer dos seus votos, quer das suas ofertas voluntárias, que oferecerem ao Senhor em holocausto,
Levítico 23:17 Das vossas habitações trareis dois pães de movimento; de duas dízimas de farinha serão, levedados se cozerão; primícias são ao Senhor.
Deuteronômio 12:6 E ali trareis os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta alçada da vossa mão, e os vossos votos, e as vossas ofertas voluntárias, e os primogênitos das vossas vacas e das vossas ovelhas.
Salmos 81:12 Pelo que eu os entreguei aos desejos do seu coração, e andaram segundo os seus próprios conselhos.
Oséias 9:1 Não te alegres, ó Israel, até saltar, como os povos; porque te foste do teu Deus como uma meretriz; amaste a paga sobre todas as eiras de trigo.
Oséias 9:10 Achei Israel como uvas no deserto, vi a vossos pais como a fruta temporã da figueira no seu princípio; mas eles foram para Baal-Peor, e se consagraram a essa coisa vergonhosa, e se tornaram abomináveis como aquilo que amaram.
Mateus 6:2 Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
Mateus 15:9 Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens.
Mateus 15:13 Ele, porém, respondendo, disse: Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada.
Mateus 23:23 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas.
Romanos 1:28 E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém;
II Tessalonicenses 2:10 e com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

PALESTINA - TERMINOLOGIA HISTÓRICA

Infelizmente, na Antiguidade o sul do Levante não era conhecido por um único nome abrangente, mas por vários, dependendo de onde e de quando se fazia referência ao lugar.
O contrário acontecia: uma gama de termos bíblicos e/ou seculares designava a terra do Israel bíblico, não sendo possível supor que algum deles correspondesse completamente às fronteiras teológicas de Israel (ou um ao outro) nem se podendo aplicar qualquer deles a todo o período da história bíblica sem criar algum anacronismo.
Na Antiguidade, em muitos casos, nomes que antes haviam sido usados para denotar uma divindade ou um grupo populacional importante foram simplesmente emprestados e reaplicados para designar a entidade geopolítica em que aquele grupo estava. Por exemplo, o nome "Canaa" derivou dos cananeus; o nome "Palestina" deve sua existência aos filisteus; e "(a terra de) Hatti" originalmente designava uma série de cidades-estados neo-hititas situadas aproximadamente entre Carquêmis e Damasco, cujos habitantes parecem ser descendentes de Hete (e.g., Gn 10:15-1Cr 1,13) e/ou devotos do deus Hatti.37 O texto bíblico diz que tanto os cananeus quanto os hititas estavam entre os "ocupantes da terra" na época da colonização por Israel (Dt 7:1; Dt 3:10-12.8; cp. Gn 15:18-21; Ex 3:8-17), e sabe-se que os filisteus imigraram para aquela terra por volta de 1200 a.C.


CANAÃ
O termo Canaa/cananeu(s) é bem atestado em boa parte dos textos do segundo milênio a.C.38 A julgar por esse uso, parece que Canaã era o termo convencional para designar o sul da área que o Egito controlava na Ásia, em contraste com Amurru (a terra dos amorreus, ao norte do rio el-Kabir). Canaã se estendia das cidades de Gaza e Ráfia, no sul, até tão ao norte quanto o vale do rio el-Kabir e a localidade de Sumra/Simyra.3 De modo que o quadro geral que surge é que as citações, tanto em textos do Oriente Próximo quanto na Bíblia, revelam uma notável semelhança quando delineiam os limites de Cana (v. acima a análise sobre as fronteiras teológicas de Israel). Essa afirmação pode ter consequências quanto à antiguidade e à essencial historicidade daquelas narrativas que mencionam as fronteiras de Israel.
Antes das descobertas arqueológicas em Nuzi, em geral se acreditava que a palavra "Canaa" derivava de um verbo semítico com o sentido de "curvar/curvar-se/ser baixo", porque os cananeus ocupavam a região baixa perto do mar, em contraste com a região montanhosa dos amorreus (Nm 13:29; Js 5:1; cp. Is 23:11). Uma teoria relacionada é que Canaã era o lugar onde o sol "se curva" (se põe), de maneira que, por definição, um cananeu era alguém do oeste. Mas se descobriu que, em Nuzi, a palavra kinahhu" se refere a uma substância de cor púrpura avermelhada, extraída de conchas de múrex e usada no tingimento de tecidos, especialmente lã.
Os textos antigos estão repletos de referências à grande consideração dada a quem se vestia de púrpura. Por ser natural, ao invés de produzida pelo homem, a tintura de múrex tinha valor elevado, pois nunca desbotava. A lucrativa indústria do múrex se concentrava ao norte de Cesareia, no Mediterrâneo, onde as águas do mar regularmente lançavam na praia uma grande quantidade dessas conchas. No local de uma antiga fábrica de tintura, em Tiro, foi encontrado um grande número de conchas*2 e, em Dor, também se encontraram claros indícios do processo de tingimento.43 Os nomes de certos lugares cananeus nos arredores oferecem ainda outros indícios de que o tingimento de múrex era uma atividade econômica essencial. Por exemplo, o nome "Sarepta" vem de um verbo que tem o sentido de "tingir" e o nome "Zobá" é derivado de um verbo que denota o tingimento de tecido. Às vezes a própria palavra "cananeu" é traduzida por "comerciante/mercador"* Como consequência, parece preferível entender Canaã como "a terra da púrpura" e "cananeus" como "o povo da terra da púrpura" (ideia a partir da qual o conceito de comércio poderia facilmente derivar). Textos gregos nos mostram que, no primeiro milênio a.C., os herdeiros culturais dessa indústria de tintura foram denominados fenícios, nome que deriva da palavra grega phoinix ("púrpura"). Mesmo no Novo Testamento aparentemente "cananeu" e "fenício" ainda eram designativos um tanto quanto equivalentes (Mt 15:22 refere-se a uma mulher cananeia; o relato de Marcos sobre o mesmo acontecimento chama-a de siro-fenícia [Mc 7:26]). Parece, então, que as palavras "Canaa" e "Fenícia" têm apenas duas diferenças básicas: (1) a primeira é vocábulo semítico, ao passo que a segunda é de origem grega; (2) a primeira é empregada no segundo milênio a.C., enquanto a segunda passa a ser normativa no primeiro milênio a.C. Se levarmos esses dados à sua conclusão lógica, parece que a mesma palavra teve, no início, a conotação do processo de tingimento, com o passar do tempo foi estendida às pessoas envolvidas no processo e, por fim, englobou o território/província onde essas pessoas formavam um grupo bastante importante da população.

PALESTINA
Por motivos que ainda não estão claros para nós, por volta de 1200 a.C. boa parte do mundo bíblico experimentou uma séria turbulência política, provocada em grande parte por hordas de invasores a que fontes egípcias se referem como "povos do mar" Há muito os estudiosos vêm cogitando sobre o que provocou esse movimento de cerca de 14 povos na direção sudeste: denyen, lukka, shardanu, masha, arinna, karkisha, pitassa, kashka, akawasha, tursha, sheklesh, peleset (filisteus), tjekker e weshesh (essas grafias são aproximadas). Embora dois ou três desses povos também apareçam em textos mais antigos do Levante ou do Egito, parece que por essa época houve uma migração bem vasta. Esses povos foram desalojados devido a uma mudança climática que causou escassez de alimento, à turbulência política que cercou a batalha de Troia ou à invasão da Grécia pelos dórios, ou a algum outro fator? Qualquer que tenha sido o motivo, é provável que, antes de chegar ao coração do Egito, vários contingentes de povos do mar tenham sido responsáveis pela queda do Império Hitita, cujo centro de poder ficava na Ásia Menor, pela captura da ilha de Chipre e pela devastação e/ou reocupação de muitas cidades em todo o Levante: Ugarit, Alalakh, Carquêmis, T. Sukas, Tiro, Sidom, Hazor, Aco, Dor e um grande número de lugares na planície da Filístia. Mas os egípcios resistiram aos povos do mar, e seus textos indicam que os filisteus foram repelidos do território egípcio na direção nordeste,15 onde mais tarde habitaram o sudoeste de Canaã, que se tornou conhecido como planície da Filístia. O local de onde os filisteus emigraram também continua sendo objeto de debate.1 A tradição bíblica de que procederam de Caftor (Creta) não é decisiva, porque aquele texto declara que os filisteus foram trazidos de Caftor da mesma maneira que os israelitas foram trazidos do Egito (Am 9:7; cp. Gn 10:14-1Cr 1.12; Jr 47:4; Ez. 25.16; SF2.5). Ou seja, é possível que a Biblia não esteja indicando o lugar de origem de nenhum dos dois povos. Levando em conta certos aspectos da cultura material filisteia (caixões de defunto estilizados, cerâmica característica etc.) ou palavras bíblicas encontradas em narrativas sobre os filisteus (guerreiro, senhor, capacete, arca), alguns estudiosos defendem que os filisteus emigraram da Grécia. Outros, com base em épicos gregos e na tradução que a LXX faz de Caftor ("Capadócia") em Deuteronômio 2.23 e Amós 9.7, afirmam que os filisteus tiveram origem ao longo do litoral sudoeste da atual Turquia. Mas tudo isso continua sendo bastante especulativo, em parte devido à escassez de textos indubitavelmente filisteus e em parte porque os filisteus começaram a passar pelo processo de assimilação cultural logo depois de chegarem a Canaã. A única conclusão segura a que se pode chegar é que, como designação de uma entidade geográfica distinta, a palavra Palestina deriva dos filisteus.
Hoje em dia às vezes se diz que, como designação da terra de Israel, o termo "Palestina" surgiu só em meados do segundo século d.C., quando, como castigo político pela revolta de Bar-Kochba, o imperador Adriano deliberadamente adotou o nome dos antigos inimigos de Israel - os filisteus - e apenas o latinizou para criar conotações pejorativas óbvias.
De acordo com esse ponto de vista, o uso mais antigo de "Palestina" foi propaganda feita pelos romanos com fortíssimas implicações políticas antijudaicas. Nesse caso, então, qualquer uso que se faça atualmente da palavra Palestina para se referir à história antes da época de Adriano é, na melhor das hipóteses, perigosamente anacrônico e historicamente errôneo e, na pior, antibíblico e até mesmo antijudaico. Existem, contudo, dados que apontam em outra direção.
Para começar, o nome Palestina aparece 13 vezes em textos neoassírios ainda do reinado de Adade-Nirari III (810-782 a.C.), Tiglate-Pileser III (744-727 a.C.) e Sargão II (721- 705 a.C.)." É improvável que qualquer uma dessas citações vislumbrasse a terra de Israel como um todo (em contraste com a região da Filístia). Na realidade, em um dos textos, Palestina aparece em contraste tanto com Israel (literalmente " terra de Onri") quanto com Edom.5 No entanto, em 11 casos a palavra Palestina é imediatamente precedida pelo indicador semântico para "terra/país", o que é uma indicação inconfundível de que a referência é a uma entidade geográfica distinta. De modo semelhante, uma estatueta egípcia com data presumível da 27. dinastia (945-715 a.C.) traz inscrição que faz referência a um "encarregado de Cana e Palestina" (escrita PIst). Nesse caso, o termo Palestina está sendo usado em contraste com o território de Canaã. Pode-se observar mais uma vez que o termo aparece definitivamente num contexto geográfico/provincial (e não político).
Mais relevantes para essa controvérsia são, porém, os resultados de uma pesquisa por computador que pode ser feita no Thesaurus linguae graecae (TLG; University of California, campus de Irvine). Uma pesquisa de "Palestina" como nome próprio em textos escritos antes do fim do primeiro século da era crista revelou 196 citações completas em textos gregos ou latinos (excluindo-se possíveis atestações parciais da palavra Parte das extensas ruínas arqueológicas do período Palácio Novo (aprox. 1700-1400 a.C.) em Zakros, no litoral sudeste de Creta. Alguns especialistas creem que o lugar de origem dos filisteus pode ter sido Creta.


ISRAEL
O nome Israel deriva, em última instância, do patriarca Jacó, cujo nome foi mudado para Israel (Gn 32:28). Quando os descendentes do patriarca se tornaram escravos no Egito, a expressão "filhos de Israel" passou a ser frequentemente aplicada a eles (Êx 1:9-12; 2.23,25; 3:9-11; etc.). Mais tarde, o nome Israel veio a ser aplicado ao reino nortista de Efraim, em contraste com o reino sulista de Judá (1Rs 12:18-20; 1Cr 5:17; etc.). Posteriormente, após o desaparecimento do Reino do Norte, ocasionalmente "Israel" foi usado para se referir ao reino sulista de Judá (Jr 10:1). Assim mesmo, é difícil identificar uma passagem bíblica que use explicitamente a palavra Israel para denotar uma área geográfica específica. É claro que ocorre a expressão "terra de Israel" (1Sm 13:19-1Cr 22.2; 2Cr 2:17; Ez 40:2-47.18), mas ela sempre está ligada ao terreno ocupado ou a ser ocupado por alguns ou por todos os israelitas e, em consequência, a extensão dessa área sofre variação. Fora da Bíblia, "Israel" (i.e., o Israel da Bíblia) ocorre em três textos antigos. O mais antigo é uma estela de granito do quinto ano de Merneptah (1209 a.C.). Nessa tábua de granito há uma inscrição que menciona 1srael, mas ela está registrada de tal maneira que parece apontar para uma entidade étnica e, por esse motivo, a citação não oferece quase nenhuma ajuda na definição das fronteiras geográficas de Israel. Contudo, a Estela de Merneptah é a única testemunha extrabíblica de Israel antes do nono século a.C., quando o nome aparece em duas inscrições distintas. O Obelisco Negro está escrito em cuneiforme e data do sexto ano do rei assírio Salmaneser III (853 a.C.), quando Acabe forneceu 2 mil carros e 10 mil soldados para uma coalizão que lutou contra as forças de Salmaneser. A inscrição faz referência a Acabe como " rei de Israel" Poucos anos depois (c. 835 a.C.), o rei Messa de Moabe mandou inscrever, em uma estela de basalto, uma dedicatória à sua divindade, Camos; nessa inscrição ele se vangloriou de ter retomado o território que anteriormente havia sido conquistado por Onri, "rei de Israel" De acordo com a Bíblia, Messa de Moabe foi vassalo de Israel durante os dias de Onri e Acabe, mas se rebelou por ocasião da morte deste último (2Rs 3:4-5). Contudo, uma batalha ocorrida em seguida e registrada na Bíblia terminou com uma derrota moabita (2Rs 3:9-27). Numa tentativa de harmonizar a afirmação bíblica com a declaração de vitória registrada na estela de Messa, alguns estudiosos sustentam que a vitória de Messa sobre Israel ocorreu um pouco depois, durante o reinado de Jeoacaz. Nenhuma dessas duas inscrições do nono século a.C. fornece informações geográficas que permitam traçar fronteiras específicas para Israel. No entanto, ambas são bastante úteis, pois cada uma identifica explicitamente pelo nome pessoas que, na Bíblia, também são conhecidas como "rei de Israel. A Inscrição de Messa é ainda muito útil por ser rica em terminologia bíblica.

HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA

HIDROLOGIA
Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12).
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado.
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho.
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente.
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29).
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito.
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos.
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril.
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:


Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:


Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).

Os solos da Palestina
Os solos da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Índice pluviométrico na Palestina
Índice pluviométrico na Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Amós Capítulo 4 do versículo 1 até o 13
  1. A Ganância de Mulheres Egoístas (Am 4:1-3)

Para Amós, a infidelidade de Israel era escandalosamente evidente nos males que vicejavam na sociedade urbana. Ele foi tão estarrecedor no que disse que o sacerdote Amazias considerou as profecias como traição do mais elevado grau e insistiu que "a terra não poderá sofrer todas as suas palavras" (7.10). Os sintomas da maldade se evidenciavam nas senhoras afetadas, de peles lisas e macias, a quem o profeta-pastor comparou com as vacas de Basã (1), uma região famosa pelas vacas gordas e saudá-veis e pela terra produtiva (Nm 32). Amós acusou as mulheres "da alta sociedade de Samaria" (Moffatt) de pressionar os maridos a obterem riquezas. Para atender o pedi-do, eles oprimiam o povo. Desta forma, elas eram igualmente responsáveis. Eram cons-tantes em pedir que seus senhores (os maridos) "arranjassem meios de libertinagem"' (dai cá, e bebamos).

Os versículos 2:3 identificam o julgamento por causa do pecado das mulheres. De modo incomum, o versículo 2 começa com um juramento solene, fato que supõe a severi-dade extrema do mal. Jurou o Senhor JEOVÁ, pela sua santidade. O Santo não pode tolerar a falta de retidão dos ricos (a opressão tirânica sobre os pobres). É pronun-ciado o julgamento: Dias estão para vir sobre vós, em que os inimigos vos levarão com anzóis e a vossos descendentes com anzóis de pesca. O conquistador arrastará os cadáveres para a pilha de refugo fora da cidade, utilizando-se dos ganchos usados para jogar fora carcaças de animais mortos (costume oriental ainda em vigor).

AVersão Bíblica de Berkeley traduz o versículo 3 assim: "Saireis pelas brechas, cada um de vós indo avante; e sereis dirigidos para a fortaleza [harmon]" .7

C. A PROFUNDIDADE DA CULPA DE ISRAEL, Am 4:4-5.3

A profecia volta a tratar a nação como um todo. A ironia do profeta é manifesta. "Continuai praticando vossas ações, sabendo muito bem o que vós estais fazendo e o que inevitavelmente significa!".

  1. O Pecado no Santuário (4.4,5)

Amós satiriza: Vinde a Betel e transgredi; a Gilgal, e multiplicai as trans-gressões (4). Betel era uma cidade instituída de adoração (ver mapa 2). Gilgal quer dizer "o círculo". Este determinado local de adoração não era a cidade que ficava perto de Jericó (Js 4:19-20), nem o lugar associado a Eliseu (2 Rs 2.1; 4,38) poucos quilômetros ao norte de Betel. Pode ter havido muitos locais chamado Gilgal que eram lugares de adoração. 'Poderíamos imaginar que os sacrifícios eram feitos para reconciliação, mas foram usados na adoração de ídolos, atos que ampliavam a sepa-ração entre Jeová e seu povo.

O quadro é de grande zelo, com sacrifícios a cada manhã e dízimos a cada três dias. "Todas as manhãs ofereçam sacrifícios e de três em três dias dêem os seus dízimos" (NTLH). A ironia estava no fato de que, com este zelo exagerado, transformaram as tradições sagradas em adoração idólatra. Sacrifício de louvores do que é levedado (5) refere-se aos pães fermentados oferecidos com as ofertas de louvores (Lv 7:11ss). Estes eram usados quando se traziam os pães asmos da oferta pelo pecado.

Porque disso gostais, ó filhos de Israel, pode ser traduzido por: "Pois amais fazer isso, ó povo de Israel" (RSV). O ato de adoração se centralizava neles. Evidencia-va ganância, injustiça e opressão, características que Amós denunciou com fervor. O profeta sabia que Deus se preocupava mais com o espírito dos adoradores do que com a mecânica da adoração.

  1. Indiferença ao Castigo (Am 4:6-12)

Cinco vezes nos versículos 6:11 Amós apresenta o Senhor a dizer: Contudo, não vos convertestes a mim (6). A frase descreve o amor contínuo de Deus diante da indi-ferença. O profeta detalhou os castigos do passado pelos quais o Senhor tentara restau-rar seu povo ao concerto. A falta de pão explica a limpeza de dentes (6). O pensamen-to é repetido quando Jeová reteve a chuva três meses (7) antes da colheita, para permi-tir que chovesse seletivamente nas cidades e nos campos. As chuvas fortes cessavam habitualmente em fevereiro. Amós interpreta que o caráter caprichoso da estação é obra de Deus que impõe a procura de água como em períodos de seca.

Em seguida, o profeta se volta para as hortas (9) e as vinhas. O Senhor feriu o trigo com ferrugem; as figueiras e as oliveiras foram devoradas pelos gafanhotos. Em todas estas situações, Amós enumera uma série de julgamentos que eram esforços do Senhor em despertar as pessoas do engano do pecado. Mas só temos o refrão repetido: Contudo, não vos convertestes a mim. O julgamento está carregado de ternura.

Amós repete a mesma verdade no quarto castigo: Enviei a peste contra vós, à maneira do Egito (10). A combinação de peste e espada (cf. Lv 26:25; Is 10:24-26) é típica de situação de guerra. A matança de jovens na guerra à espada traria recor-dações dolorosas aos israelitas (cf. II Reis 8:12-13.3,7). Dos homens e seus cavalos mortos provinham o fedor no acampamento. O próprio mal-cheiro era uma recom-pensa por seus pecados. Mesmo em face da morte, não vos convertestes a mim, disse o SENHOR.

Ao conduzi-los progressivamente a castigos maiores, agora o Senhor se refere à ruína de Israel como ocorreu com Sodoma (11) e Gomorra, as quais Deus destru-íra por fogo nos dias de Ló (Gn 19). Repare nesta tradução da primeira parte do versículo 11: "Destruí algumas de suas cidades como fiz com Sodoma e Gomorra" (BV). "O verbo hebraico haphakh, 'subverter', também é usado para descrever a destruição ocasionada por um invasor (cf. 2 Sm 10.13), e Marti E...] pode ter razão ao argumentar que o texto diz respeito à situação crítica [...] vigente no tempo do rei Jeoacaz (2 Rs 13,7) ",9 quando Israel realmente era como um tição arrebatado do incêndio.

Depois de narrar todo o castigo que Israel sofrera por causa de suas transgressões, o Senhor repete sua determinação de castigar a nação com julgamento, já que não há arrependimento nacional e pessoal. Prepara-te, ó Israel, para te encontrares com teu Deus (12).

  1. Doxologia (Am 4:13)

Esta doxologia tem forma diferente dos oráculos que a precedem. A descrição contrasta Deus, na glória de sua majestade, com o que foi criado. É o Deus dos Exércitos (13) que formou os montes e criou o vento. O verbo hebraico bara (cria) indica o poder soberano do Senhor que está totalmente fora do poder criativo humano. Deus declara ao homem qual é o seu pensamento, o que faz da manhã trevas e pisa os altos da terra. Tudo isto é uma exposição da soberania divina, uma revelação do Senhor dos exércitos.

Amós, no capítulo 4, relata a integridade de Deus de maneira esplêndida:

1) Ele jura por sua santidade, 2;

2) Ele avisa seu povo, 12;

3) Ele identifica seu nome, 13.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Amós Capítulo 4 versículo 5
Com esta “exortação” repleta de ironia, Amós condena as práticas religiosas tal como eram realizadas nos santuários israelitas (conforme Am 5:21-23). De acordo com o profeta, o verdadeiro culto a Deus não acontece à parte da vida cotidiana, mas deve estar ligado à prática da justiça e à formação de uma comunidade fraternal. Se é reduzido a um conjunto de ritos e de cerimônias exteriores, torna-se uma verdadeira afronta a Deus e constitui-se em mais um pecado que se acrescenta aos já cometidos. Ver Sl 40:6,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Amós Capítulo 4 do versículo 1 até o 13
*

4.1-13

Através de seu servo, Amós, Deus iniciou um segundo processo jurídico do pacto, contra Israel.

* 4:1

Ouvi esta palavra. Ver 3.1 e nota.

vacas de Basã. As mulheres ricas de Samaria, que tinham sido criadas e cuidadas como o melhor gado de Basã, uma área fértil a leste do rio Jordão (Dt 3:1 nota).

* 4:2

Jurou... pela sua santidade. Essa mesma frase ocorre uma vez mais em outro lugar, no Sl 89:35. Nenhum outro juramento pode ser maior ou mais definitivo (Hb 6:13,14).

anzóis. Freqüentemente, os assírios conduziam seus prisioneiros por meio de cordas que estavam presas a argolas ou anzóis postos em seus narizes ou lábios.

* 4:3

e vos lançareis para Harmom. A localização é atualmente desconhecida.

* 4:4

Betel... Gilgal. Esses eram locais importantes na história antiga de Israel; Betel fora um santuário durante o período dos juízes, e Samuel julgava tanto ali como em Gilgal (1Sm 7:16). Eram, igualmente, centros de adoração sincretista durante o período do reino dividido (5.5).

de três em três dias. Embora a palavra hebraica traduzida por "dia" aqui signifique um ano (referência lateral), ou mesmo um período não-especificado porém mais longo (Gn 1:5, nota), parece que aqui estão em pauta três dias literais. As observâncias religiosas de Israel ultrapassavam aquilo que a lei requeriam. Embora entusiasmados sobre questões rituais, os israelitas não gozavam de relacionamentos vivos com Deus.

* 4:5

sacrifício... do que é levedado. A lei do pacto deixava claro que não deveriam queimar pão levedado como um sacrifício (Lv 2:11; 6:17; 7:12). Sarcasticamente, Amós os exortou a continuarem em sua desobediência.

porque disso gostais. No antigo Oriente Próximo, o termo "amor" tinha um significado especial nos pactos: o "amor" de um vassalo pelo seu soberano impunha obediência (Dt 6:5; conforme Jo 14:15). A desobediência da nação deixava claro que Israel amava os ritos e a idolatria, e não o Senhor.

* 4.6-11

Esta seção revisa o que o Senhor fez ao castigar o seu povo, a fim de adverti-los e chamar a atenção deles de volta a ele. A frase enfática "também vos deixei" indica a mudança de assunto. Todos os desastres aqui mencionados foram ameaçados no pacto (Dt 28). Israel deveria ter compreendido isso e se arrependido. Porém, conforme o refrão repete: "Contudo, não vos convertestes a mim, disse o SENHOR" (4.6,8-11).

* 4:6

vos deixei de dentes limpos. Os dentes deles estavam limpos porque nada tinham para comer. A Aliança tinha ameaçado com fome e carências, como penalidade por causa da desobediência (Dt 28:47,48).

* 4:7-8

a chuva. As chuvas de inverno, que caíam entre outubro e fevereiro eram essenciais para que os plantios começassem a crescer. As chuvas da primavera, ou "últimas chuvas", que caíam em março e abril, proviam o crescimento maduro (Jr 5:24). O Senhor havia prometido essas chuvas, se Israel obedecesse seus mandamentos (Lv 26:3,4), mas também havia advertido que ele as reteria, se fosse desobediente (Lv 26:18,19; Dt 28:23,24).

* 4:9

o crestamento e a ferrugem. O Senhor havia ameaçado com essas pragas na lei da Aliança (Dt 28:22; conforme Ag 2:17).

gafanhoto. A palavra hebraica que indica esse inseto destruidor provavelmente deriva-se do verbo que significa "cortar" (conforme Jl 1:4; 2:25). Ironicamente, a punição aqui descrita é exatamente o que o Senhor tinha infligido ao Egito (Sl 105:34,35), cujo Faraó rebelara-se contra Deus. A rebelde nação de Israel recebeu a mesma punição, e, tal como Faraó, não se arrependeu.

* 4:10

peste... Egito. O Senhor havia ameaçado a Israel com uma praga em sua Aliança com essa nação (Dt 28:21), juntamente com todas as enfermidades do Egito (Dt 28:21,60,61).

matei-os à espada. Essa foi outra maldição do pacto que foi cumprida (Êx 22:24).

* 4:11

subverteu a Sodoma e Gomorra. Frases similares ou idênticas foram usadas em profecias contra a Babilônia (Is 13:19; Jr 50:40) e Edom (Jr 49:18). A devastação de Sodoma e Gomorra, proveu um símbolo do juízo de Deus contra o pecado (Gn 19:24,25; Dt 29:23 nota); aqui Deus promete destruir Israel completamente, da mesma maneira.

tição arrebatado da fogueira. Apesar da repetida misericórdia que Deus havia demonstrado pelo seu povo (p.ex., 13 3:12-13.5'>2Rs 13:3-5; conforme Zc 3:2), eles permaneceram ingratos e sem arrependimento.

* 4:12

Portanto, assim te farei. Ou então: "Porque isso é o que tenho feito a ti". O hebraico é ambíguo. Ou lança uma advertência acerca do futuro, ou cita o passado como uma razão para temer.

prepara-te... Deus. Essa frase deriva-se de Êx 19:15-17, onde após três dias de santificação, o povo encontrou o Senhor, no Sinai. Então encontraram com um Deus que estava graciosamente fazendo uma Aliança com eles. Agora, entretanto, eles se encontrariam com um Deus que estava vindo para julgar a desobediência deles à Aliança.

* 4:13

quem forma... declara... faz... pisa... Este versículo tem a forma de um título real ou divino do antigo Oriente Próximo: uma série de títulos ou epítetos usados para descrever os feitos ou poderes de uma divindade ou de um rei. Aqui eles descrevem o grande Rei, o qual é abundantemente capaz de cumprir as maldições com as quais ele originalmente ameaçou no pacto (conforme Is 44:24-28).

SENHOR, Deus dos Exércitos. Ver nota em Zc 1:3.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Amós Capítulo 4 do versículo 1 até o 13
4:1 Às mulheres enriquecidas do Israel as comparam com as vacas de Apóiam, mimadas, elegantes e bem alimentadas (veja-se Sl 22:12). Estas mulheres egoístamente pressionaram a seus maridos para que oprimissem aos indefesos e poder suprir as necessidades de seu estilo de vida de esbanjamento. Cuide-se de não desejar tanto as posses materiais porque podem chegar a oprimir a outros e a deslocar a Deus para as obter.

4:4 Sarcásticamente, Amós convidou ao povo para que pecasse no Bet-o e Gilgal aonde adorava ídolos em vez da Deus. No Bet-o, Deus tinha renovado o pacto, que uma vez fez com o Abraão, e com o Jacó (Gn 28:10-22). Agora Bet-o era o centro religioso do reino do Norte, e Jeroboam tinha colocado um ídolo aí para desalentar ao povo a que viajasse a Jerusalém, no reino do Sul, para adorar (1Rs 12:26-29). Gilgal foi o primeiro campo onde se reuniram para adorar antes de entrar na Terra Prometida (Js 4:19). Aqui Josué renovou o pacto e o rito da circuncisão, e o povo celebrou a Páscoa (Js 5:2-11). Saul foi coroado como primeiro rei do Israel no Gilgal (1Sm 11:15).

4.6-13 Sem importar a forma em que Deus lhe advertiu ao povo, por meio da fome, a seca, as pragas, as lagostas e a guerra, ainda seguiam ignorando-o. Como os israelitas se negavam a receber a mensagem de Deus, teriam que as ver-se com O cara a cara no julgamento. Já não passariam mais por alto a Deus; teriam que enfrentar-se ao Unico que rechaçaram, ao que não quiseram obedecer quando lhes ordenou que cuidassem dos pobres. Algum dia cada um enfrentaremos a Deus cara a cara para prestar contas do que temos feito ou do que nos negamos a fazer. Está preparado para enfrentar-se com O?


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Amós Capítulo 4 do versículo 1 até o 13
B. Ouvi esta palavra: ISRAEL é rebelde e voluntarioso (4: 1-12)

1. As mulheres de Samaria (4: 1-3)

1 Ouvi esta palavra, vós, vacas de Basã, que estais no monte de Samaria, que oprimem os pobres, que esmagar os necessitados, que digam aos seus senhores: Dai cá, e bebamos. 2 O Senhor Jeová jurou pela sua santidade , que, eis que dias virão sobre ti, que eles vos levarão com ganchos, e seu resíduo com anzóis. 3 E saireis pelas brechas, cada um em frente de si; e sereis lançadas -vos em Harmon, diz o Senhor.

A forte metáfora usada nesta passagem descreve admiravelmente a degradação de muitas mulheres de Samaria. O profeta chama-los vacas de Basã vacas gordas -old. Basan, uma região a leste do Jordão e do Mar da Galiléia, era famoso por seus arrabaldes luxuriante e animais cevados e ovelhas (conforme Dt 22:14 ). As vacas de Basã eram bem alimentados e gordura. A figura retrata a vida dessas mulheres como, principalmente, uma existência animal, que vive para o que eles podem comer, vestir, e desfrutar. Isaías depois repreendeu as mulheres do Reino do Sul para um amor semelhante de coisas materiais (conforme Is 3:1ff ; Is 32:9 ). Para satisfazer os seus desejos insaciáveis, eles defraudado os pobres, esmagado os necessitados, e forçou seus maridos para fornecer os meios para que seus apetites não naturais. Quando a feminilidade de qualquer nação vende para fora completamente a vida egoísta e carnal, essa nação está condenada.

Jeová em Sua santidade prevê julgamento. Essas mesmas mulheres serão levados para fora de seus palácios com ganchos, e seu resíduo deve ser puxado para fora com anzóis. Pode haver uma dupla referência aqui. Monumentos assírios retratam cativos levado com ganchos de reais em suas bocas, que descreve ignomínia e total desamparo. Assim, a imagem provavelmente inclui algumas dessas mulheres sendo levado para o exílio, na sequência de um ao outro através de buracos nas paredes quebradas, assim como o gado seguem um ao outro através de uma cerca quebrada. Por outro lado, as carcaças de animais mortos foram habitualmente arrastado para fora das ruas, por meio de tais ganchos. Na próxima cerco, muitas das mulheres iria morrer e seus cadáveres ser tratados como os dos animais.

2. O Sacrilégio de Israel (4: 4-5)

4 Vinde a Betel, e transgredir; a Gilgal, e transgressão se multiplicam; e trazei os vossos sacrifícios, todas as manhãs, e os vossos dízimos de três em três dias; 5 e oferecer um sacrifício de louvores do que é levedado, e proclamar ofertas voluntárias e publicá-los, porque isto agrada-vos, ó filhos de Israel, diz o Senhor Jeová.

Para todos o amor de Israel para as coisas materiais, o seu total compromisso com as coisas do tempo, eles também procurou aplacar o Senhor e salve suas próprias consciências por um culto fervoroso. Mas seu zelo foi em vão, uma vez que foi tudo para fora, não refletindo um coração-real atitude de amor e obediência, e desde a sua obstinação manifestou-se mesmo aqui em substituir suas próprias formas de culto para os que são ordenados por Jeová. Cinco substituições são mencionados na chamada irônico Amos 'para sua adoração zeloso, mas vazio. A primeira substituição envolveu o lugar de adoração. Israel nunca tinha procurado a vontade de Deus sobre um lugar central do culto após a separação de tribos do sul. Em seu medo da velha capital em Jerusalém que tinha criado os seus próprios santuários em Dã e Betel (1Rs 12:26 ). E mais tarde outros santuários locais, como a que está em Gilgal tinha se tornado popular. A segunda substituição envolveram indivíduos trazendo sacrifícios, todas as manhãs , como a exigência de seu próprio formalismo frio ao invés de quando o arrependimento ou ação de graças do homem levou-a como a lei mosaica tinha indicado (Lev. 1-7 ). A terceira substituição envolveu a propositura dos dízimos a cada três dias , em vez de uma vez por ano para o dízimo básico (Dt 14:22) ou uma vez a cada três anos para o dízimo especial de caridade (Dt 14:28 ; Dt 26:12 ). Os olhos do Senhor não pode ser cego para o pecado, nem Suas bênçãos comprado pelo zeloso pagamento dos dízimos importante que isso seja. A quarta substituição envolveu a oferta pelo fogo (v. Am 4:5 , conforme marg.) de um sacrifício ações de graças, que incluiu levedado bolos. A lei mosaica tinha claramente proibida a queima de fermento em qualquer sacrifício (Lv 2:11. ), e desde que levedado bolos utilizados nas ofertas de graças eram para ser comido pelo sacerdote oficiante e os adoradores (Lv 7:13 ).

3. A teimosia de Israel (4: 6-11)

6 E eu também vos dei limpeza de dentes em todas as vossas cidades, e falta de pão em todos os vossos lugares; Ainda não vos convertestes a mim, diz o Senhor. 7 E Além disso, retive de vós a chuva, quando ainda faltavam três meses para a ceifa; e eu que chovesse sobre uma cidade, e causou que não chovesse sobre outra cidade.: um campo choveu em cima, e a peça após o que não choveu, secou 8 Então, duas ou três cidades vagou até outra cidade para beberem água, e não foram satisfeitas: ainda não vos convertestes a mim, diz o Senhor. 9 Feri-vos com crestamento e ferrugem; a multidão das vossas hortas, e das vossas vinhas, e das vossas figueiras, e das vossas oliveiras tem o palmer verme devorou: Ainda não vos convertestes a mim, diz o Senhor. 10 Enviei-lhe a peste, à maneira do Egito; os vossos jovens matei à espada, e têm levado seus cavalos; e eu fiz o fedor de seu acampamento para chegar até mesmo em suas narinas: ainda não vos convertestes a mim, diz o Senhor. 11 Subverti cidades no meio de vós, como quando Deus destruiu Sodoma e Gomorra, e vós fostes como uma marca arrancado do incêndio; contudo não vos convertestes a mim, diz o Senhor.

O Senhor agora narra através Amos os vários meios de disciplina que ele tinha usado em uma tentativa de trazer Israel de volta para o caminho da obediência. Cinco categorias estão listados:. (1) Fome, v Am 4:6 - limpeza de dentes e falta de pão. Este tinha sido geral, em todas as suas cidades e em todos os vossos lugares. (2) Seca, vv. Am 4:7-8 . Isso havia ocorrido no momento mais crítico, quando ainda faltavam três meses para a colheita. Tinha sido seletiva, para algumas cidades e alguns campos foram choveu em cima e alguns não tinham. Mas a teimosia de Israel cegou para a causa ea solução para os seus problemas, por isso os que não têm simplesmente tirou das haves até que todos estavam com sede. . (3) Blight e pragas, v Am 4:9 . Blasting refere-se ao vento escaldante leste falado por outros profetas (Is 27:8 ), e bolor a uma praga que amarelou e destruiu o grão. O palmer verme pode se referir a uma das pragas mencionadas no Joel (conforme Os 1:4 ; Os 2:25 ). (4) A doença ea guerra, v. Am 4:10 . Estes dois são aparentemente tão diverso, mas tão freqüentemente acompanham o outro, especialmente em tempos antigos. (5) uma catástrofe natural, v. Am 4:11 . A maioria dos estudiosos da Bíblia levar isto para referir-se a um terremoto, embora mais do que este estava envolvido na destruição de Sodoma e Gomorra. Mas a tragédia é que os cinco meios de disciplina todos falharam. Depois de cada uma das categorias, o profeta mournfully entoa, ainda não tendes voltou a mim, diz o Senhor (vv. Am 4:6 , Am 4:8 , Am 4:9 , Am 4:10 , Am 4:11 ). Quão difícil é o coração do homem! Quão diferente é a atitude de Jeová no refrão repetido, "Por tudo isto a sua ira não se retirou, mas sua mão ainda está estendida" (Is 9:12. , Is 9:17 , Is 9:21 ; Is 10:4)

12 Portanto, assim farei a ti, ó Israel; e porque eu vou fazer isso a ti, prepare-se para encontrares com o teu Deus, ó Israel. 13 Pois, eis que aquele que forma os montes, e cria o vento, e declara ao homem qual é o seu pensamento; que faz da manhã trevas, e anda sobre os altos da terra-o Senhor, o Deus dos exércitos, é o seu nome.

Porque todos os esforços de Jeová para disciplinar Israel, e Sua atual política de prosperidade permitido, não tinha conseguido trazer Israel de volta à obediência e devoção, apenas um golpe mais grave poderia agora os aguardam. Amos aumenta o temor deste golpe final, deixando-a sem nome e não descrita. Ele simplesmente chora, Prepare-se para encontrares com o teu Deus, ó Israel. Um encontro direto com um Senhor ofendido, um encontro no julgamento, não pode agora ser evitado. E para que não haja erro quanto às conseqüências solenes e avassalador de tal encontro, o profeta lembra-lhes que este é ele que forma os montes, e cria o vento, e declara ao homem qual é o seu pensamento; que faz da manhã trevas, e anda sobre os altos da terra-o Senhor, o Deus dos exércitos, é o seu nome. O Senhor é o Deus da onipotência e onisciência, o capitão dos exércitos do céu e da terra.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Amós Capítulo 4 do versículo 1 até o 13
4.1 Vacas de Basã. Basã, região a leste do Jordão, era famosa por suas ricas pastagens e fino gado; os touros de Basã eram fortes de aspecto, Sl 22:12. Amós não estava falando somente aos "touros", aos governantes e líderes da vida social e civil de Israel, mas também às esposas que, com suas exigências e ambições dispendiosas, estavam levando os maridos a praticar injustiças para satisfazer aos seus caprichos cobiçosos de obter mais e mais lucro e poder.

4.3 Pelas brechas. As muralhas da cidade seriam estragadas pela invasão, e pelas brechas arrastar-se-iam as mulheres orgulhosas, levadas ao cativeiro como se leva uma manada de vacas. Harmom. Este nome não consta como cidade até agora conhecida; pode ser uma forma da palavra Armênia, ou pode ser traduzido por "para o palácio".

4.4 Betel... Gilgal. Eram lugares de memórias sagradas (Gn 12:8, 13 e Js 4:24; Js 5:10). Agora se tornaram lugares de idolatria.

4.6 Dentes limpos. Pouco para se comer. Na falta de arrependimento, a seca (vv. 7 e 8), o crestamento (v. 10) e o fogo (v. 11) seriam acrescentados para fazer o povo ver seu erro cometido ao desobedecer a Deus.

4.11 Subverti. Os avisos amigáveis que Deus empregava para advertir aos israelitas, que sua prosperidade dependia dele (vv. 6-9), não despertaram a consciência daquele povo endurecido; dai a necessidade de começar um julgamento semelhante ao que se pronunciou sobre Sodoma, para que a simples memória desse tal julgamento impedisse o povo de entrar mais profundamente no pecado. Conforme Zc 3:2 e Is 1:9.

4.12 Prepara-te. Embora todas as ações disciplinadoras tivessem falhado, Deus ainda amava o Seu povo escolhido, e, antes de infligir-lhe o último e pior julgamento, solenemente o advertiu para que se preparasse a se encontrar com Ele.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Amós Capítulo 4 do versículo 1 até o 13

4) As mulheres de Samaria (4:1-3)
O segundo oráculo desse conjunto começa com um ataque sarcástico e mordaz às mulheres de Samaria, que são comparadas com uma manada de gado de primeira categoria que ocupava a melhor parte da terra, v. 1. Basã: reconhecida em toda a região em virtude da riqueza de suas pastagens e da excelência do seu gado. O luxo e os males associados a ele eram uma ofensa a Deus, mas a transgressão “não estava só no forte contraste com a situação dos pobres, mas no fato de que a afluência dos ricos havia sido construída sobre o sofrimento dos necessitados” (J. L. Mays). E digno de nota que o fato de Amós ter chamado as mulheres dos ricos de vacas de Basã não era um insulto tão terrível quanto se o fizéssemos na sociedade moderna. Na linguagem do Antigo Oriente, as mulheres não se ofenderiam necessariamente por serem chamadas de vacas (observe as expressões usadas como elogios na poesia de amor oriental no Cântico dos Cânticos e o nome pessoal “Eglá”, que significa “novilha”, em 2Sm 3:5). Amós, no entanto, torna a referência sarcástica ao comparar a sensibilidade dessas mulheres à de uma manada de gado que esmaga sob seus pés o capim ou as flores. Da mesma forma, eles oprimem os pobres e esmagam os necessitados. Elas exigem dos seus maridos que obtenham para elas os luxos que querem para manter a sua vida de conforto e indolência. A expressão Tragam bebidas e vamos beber significa essencialmente “para que façamos festa”. A expressão Certamente chegará o tempo (v. 2) é uma das fórmulas-padrão do que tem sido chamado de “escatologia profética”. Indica o tempo em que Deus vai intervir nas questões humanas para trazer juízo ou salvação. Em Amós, o tempo que chegará deve ser entendido como o dia de Javé (v. mais em 5.18).

O texto dos v. 2 e 3 apresenta um grande número de problemas. As duas palavras que foram traduzidas por ganchos e anzóis não ocorrem em nenhum lugar do ATOS com esse significado, a não ser aqui. O heb. sjnnôt geralmente significa “escudos”; a segunda palavra, sirôt, pode significar “panelas”, “potes”; as duas têm uma forma masculina que pode significar “espinho”, e daí “gancho”. G. R. Driver propôs a tradução “Eles vão levantar vocês bem alto em escudos, e os seus filhos, em cestos de peixes”. No entanto, geralmente supõe-se que os substantivos se referem a algum tipo de gancho usado para arrastar cadáveres ou prender os cativos uns aos outros na fila em que marchariam para o cativeiro. A palavra Harmom é desconhecida. Há diversas variantes do texto em diferentes versões. Algumas traduções antigas trazem “as montanhas de Minni”, sugerindo uma região na Armênia. A LXX parece sugerir que as mulheres acabariam os seus dias como prostitutas cultuais ou como sacrifício a Rimom, e isso certamente faz sentido. Algumas versões trazem “Hermom”, com um toque irônico, visto que o Hermom faz parte da serra de Basã, e as vacas de Basã acabariam no seu devido lugar.

E muito provável que o retrato seja o de que, como nos dias da preguiça tinham agido como gado, assim no dia do juízo serão tratadas da mesma forma, arrancadas das ruínas da cidade com argolas no nariz como vacas levadas para o matadouro, uma após a outra (o provável sentido de Cada um de vocês saira). As ilustrações dos assírios retratam essas cenas com cativos sendo levados com ganchos no nariz ou boca, e Amós sem dúvida conhecia esse tipo de costume bárbaro.


5) O culto em Israel (4.4,5)
O oráculo acerca da adoração em Israel continua no mesmo tom de sarcasmo mordaz que foi empregado na denúncia das mulheres preguiçosas de Samaria. Betei e Gilgal eram santuários antigos que haviam sido associados com a adoração de deuses locais muito antes da conquista de Canaã pelo povo de Israel. Provavelmente, foi em virtude de sua longa história religiosa que Jeroboão I as escolheu como centros do culto no Reino do Norte. As palavras de Amós seguem o estilo de uma exortação sacerdotal para se unir em adoração no santuário ou talvez num cântico de peregrinação, mas as palavras de Amós devem ter se parecido com uma blasfêmia irreverente para o seu público. Os israelitas, que haviam estabelecido a paz com o seu Deus por meio dos rituais de sacrifícios e tinham recebido as bênçãos dele, ouvem agora que a sua religiosidade é uma ofensa ao Deus que eles passaram a adorar.

A lista de rituais (v. 4,5) a que Amós convida os seus ouvintes poderia parecer uma lista-padrão de atos normais de adoração usados na época. A expressão sacrifidos é o termo geral para se referir a qualquer oferta em que um animal era morto. Os dízimos, que tinham uma conexão antiga com o santuário de Betei (Gn 28:22), eram a décima parte da produção anual da terra, que o israelita deveria levar ao Senhor para ser usada nas refeições das festas (Dt 14:22-5). A expressão no terceiro dia (v. 4) é difícil (“a cada três anos”, nr. da NVI). Pode ser uma referência aos dízimos do peregrino oferecidos no terceiro dia da sua visita ao santuário, conquanto o sacrifício era feito no primeiro dia, ou talvez seja uma referência um tanto vaga às grandes festas anuais de peregrinação da Páscoa, de Pentecoste e das cabanas, v. 5. pão fermentado-. é muito improvável que seja uma referência sarcástica a uma violação das regras por parte dos adoradores (v. Lv 2:11; 7:11, mas observe também o uso de pão sem fermento em Lv 7:13; 23:17). E improvável que a proibição da queima de fermento estivesse em vigor em Betei, e a afirmação é simplesmente uma referência a um dos procedimentos-padrão do ritual.

O retrato que emerge é de uma vida religiosa de grande ativismo, cheia de pompa e de cerimônias bem-elaboradas, mas que não tem lugar para os conceitos de eqüidade, santidade e justiça que Javé exige dos seus adoradores. Aliás, todo o oráculo, desde o convite irônico ponham-se a pecar e pequem ainda mais, até o sarcasmo na expressão pois é isso que vocês gostam de fazer, é uma acusação completa de que a adoração em Israel não tem nenhuma relação com o Senhor, seu Deus.


6) A obstinação de Israel (4:6-14)
Essa seção consiste em uma recapitulação de eventos históricos, mas uma que é bastante diferente da perspectiva normal da história que via nela a ação de Deus ao trazer libertação e salvação a seu povo. Quando Amós olhava para a história, ele via o contrário de bênção e salvação; ele via desastres que tinham se abatido sobre um país em que Deus estava tentando trazer de volta para Sl um povo obstinado e rebelde. Embora Amós nunca faça menção do relacionamento de aliança entre Javé e Israel, essa interpretação da história só pode ter significado no contexto da aliança.
O profeta observa cinco desastres naturais que surpreenderam a nação, e cada um termina com o refrão e mesmo assim vocês não se voltaram para mim (v. 6,8,9,10,11). A fome, a peste e a espada são os três primeiros exemplos que Amós dá; são partes essenciais das maldições da aliança (v. Lv 26; Dt 28:0 (conforme Dt 28:27). Com as precárias condições de higiene da época, essas pragas se espalhavam rapidamente pela cidade e pelo país inteiro (observe a propagação rápida da peste bubônica entre as cidades dos filisteus, 1Sm 5). A catástrofe (v. 11), que é comparada com o desastre que destruiu Sodoma e Gomorra, poderia ser uma referência a um grande terremoto ou, talvez, a um grande incêndio que destruiu uma das cidades. Lembranças desses desastres facilmente viriam à memória de quem estivesse ouvindo, tanto de sua própria experiência quanto da de seus antepassados. Amós, no entanto, aponta para o aspecto moral dos desastres, ressaltando que a sua causa estava no fato de que Israel havia se negado a se humilhar diante de Javé (não se voltaram para mini) em arrependimento. Os infortúnios de Israel não eram mero castigo, mas uma disciplina que tinha o alvo de produzir o seu retorno. Em vista da resistência obstinada de Israel, haveria finalmente um juízo total.

v. 12. Por isso: introduz a declaração de juízo ó Israel [...] eu farei isto com você. O real encontro do juízo não é detalhado, mas a realidade do juízo é sublinhada, e Israel é chamado à prestação de contas: prepare-se para encontrar-se com o seu Deus. Essas expressões normalmente são associadas ao preparo das pessoas para a adoração; aqui, no entanto, não se trata de uma cerimônia de adoração nem mesmo de renovação da aliança; antes, é uma cerimônia de julgamento à qual Israel é chamado. A intimação a Israel de encontrar-se com o seu Deus é o anúncio do dia do juízo final pelo próprio Javé.

O v. 13 é uma das três seções em forma de cântico do livro de Amós, sendo as outras 5.8 e 9.5,6. Cada uma se distingue de maneira muito clara do seu contexto imediato tanto no estilo quanto no conteúdo. O estilo é de um hino e retrata a majestade de Javé, aquele cujo poder pode balançar o mundo e cuja soberania todos precisam aceitar. E possível que as três passagens provenham do mesmo hino. O refrão final Senhor, Deus dos Exércitos, é o seu nome ocorre de forma quase exatamente igual em 5.8 e 9.6. Não há nada na forma ou no conteúdo que sugira que essas doxologias não possam ser datadas do tempo de Amós, ou até mesmo antes dele, mas a explicação mais plausível da sua presença aqui é que são inserções posteriores feitas para a leitura em público. A linguagem é paralela à de muitos salmos. São descrições magníficas e majestosas daquele que fez o seu apelo a Israel, aquele que sustenta o mundo com o seu poder criador, mas que também vai revelar esse poder no juízo.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Amós Capítulo 4 do versículo 1 até o 13

Amós 4

B. A Depravação de Israel. Am 4:1-13.

Amós acusa as mulheres de serem responsáveis pela maioria dos males de Israel. Ironicamente o profeta insiste com Israel a continuar praticando os cultos formais paganizados em seus santuários. Deus já demonstrara repetidas vezes a Sua desaprovação da conduta de Israel, mas sem resultados. Conseqüentemente, o castigo era inevitável.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Amós Capítulo 4 do versículo 1 até o 13
b) Segundo discurso (Jl 4:1-30). Este discurso começa com uma feroz e rigorosa denúncia contra as mulheres ricas de Samaria. O sarcasmo é sem paralelo. Aquelas mulheres opulentas e gananciosas são comparadas com vacas gordas e nédias de Basã, lugar famoso por suas pastagens e por suas raças de gado e ovelhas (cfr. Dt 32:14; Ez 39:18). Não se importavam com outra coisa senão com suas vidas fáceis e seu preguiçoso luxo. Em sua louca carreira atrás de mais alimentos e bebidas, pisavam sobre tudo quanto era frágil e excelente. Os pobres eram oprimidos e os necessitados eram esmagados. Talvez isso não fosse feito diretamente, mas era-o indiretamente-por meio de seus maridos-pois luxo ocioso num dos extremos significa opressão e pobreza no outro.

Porém, como em todos os outros oráculos, esta denúncia contra o crime é imediatamente seguida por um anúncio a respeito de temíveis conseqüências. Jurou o Senhor Jeová, pela sua santidade (2). A idéia transmitida pelo vocábulo santidade (qodesh) era reservada exclusivamente para Jeová. Portanto, essa expressão é equivalente a "por Si mesmo". O castigo seria o cativeiro. As mulheres de Samaria seriam levadas através de brechas abertas no muro; e, além disso, como gado bravo é levado com anzóis e seus descendentes (provavelmente filhas) com anzóis de pesca, isto é, argolas semelhantes a anzóis. Nos monumentos assírios os cativos são pintados arrastados com anzóis presos à boca. A expressão vos lançareis para Hermom (3) tem causado bastante dificuldade aos comentadores. Pois, em algumas versões, em lugar de Hermom aparece "palácio", noutras, "Armênia", e noutras ainda, "monte Rimom". De qualquer modo, é indicada alguma sorte desagradável.

>Am 4:4

2. A ADORAÇÃO DE SAMARIA (Jl 4:4-30). Neste oráculo o profeta ataca com mordente sarcasmo o vazio ritualismo dos santuários cismáticos de Israel. Os adoradores eram muito observantes dos detalhes na realização do ritual, ainda que a realidade moral e espiritual tivesse desaparecido inteiramente. A denúncia é semelhante à repreensão de Isaías contra Judá (Is 1:10 e segs.). Tal zombaria, vazia e sem significado, divorciada de toda moralidade, pode apenas multiplicar as transgressões (4). Cada manhã trazei os vossos sacrifícios, e de três em três dias os vossos dízimos (4b). Agiam com correção ao trazer seus sacrifícios matinais, mas, quanto ao trazerem dízimos de três em três dias, a sugestão é que usavam de três dias para trazer seus dízimos, um em cada uma das três grandes festividades; isto é, as festas dos pães asmos, da colheita e do armazenamento. A cena inteira, em Betel e Gilgal, era de febril atividade e intenso zelo-disso gostais (5). Os adoradores usavam de correção em tudo quanto pertencia à sua adoração, porém suas mãos estavam poluídas e seus corações eram perversos.

>Am 4:6

3. A IMPENITÊNCIA DE ISRAEL (Jl 4:6-30). Nos próximos poucos versículos temos uma série de cinco oráculos, cada qual falando sobre algum desastre que sobreviera a Israel no mundo natural, e cada qual termina com o mesmo refrão que fala sobre a impenitência de Israel-contudo não vos convertestes a mim, disse o Senhor. O primeiro oráculo trata da fome. Vos dei limpeza de dentes (6); isto é, por não haver nada para comer, os dentes não tinham ficado sujos de comida. Algumas versões antigas falam também em "embotar", sugerindo que os dentes tinham ficado sem corte devido ao desuso. O segundo oráculo trata da seca (7-8). A palavra para chuva é geshem e, assim sendo, deve significar as chuvas pesadas de outono que ainda não tinham chegado quando as chuvas mais leves da primavera deveriam chegar; isso significava desastre para o país inteiro. Os versículos 7b e 8, entretanto, parecem implicar que a seca não fora universal. Thomson, em certa ocasião, encontrou o terreno ao redor do vale do Jordão como um deserto, enquanto que em Tiberíades o terreno todo era como um paraíso de ervas e flores (The Land and the Book, pág. 395). Essas chuvas parciais parecem ser uma característica da Palestina. Vagabundas (8); mais exatamente, "tropeçando" (como um bêbado), na fraqueza da sede. O terceiro oráculo tem como tema as pragas vegetais (9). As pragas aqui mencionadas eram suficientemente freqüentes na Palestina para servirem de lembrete sobre o julgamento. Em seguida vem a praga (10), que se diz ter sido originada no Egito (cfr. Is 10:24, Is 10:26). Vossos mancebos matei à espada (10) pode referir-se a alguma invasão local, por parte de um adversário não identificado. A matança dos jovens, provavelmente deixados insepultos durante algum tempo (cfr. o fedor dos vossos exércitos), bem poderia ter sido a causa da pestilência. De qualquer modo, a aflição fora terrível, ainda que tenha deixado Israel completamente impenitente. O último oráculo fala sobre o terremoto (11). Bem pode ser que esse tenha sido o terremoto referido em Jl 1:1. Era suficientemente recente e ainda estava bem fresco nas mentes do povo. Muitos haviam perecido no terremoto, de Sodoma e Gomorra (Gn 19:24-28), como quando por ocasião da destruição e outros, como tições, foram arrebatados do incêndio.

Todas essas visitações não tinham conseguido seu alvo. Portanto, Deus iria fazer algo novo e Israel é exortado a: prepara-te... para te encontrares com o teu Deus. O portanto, do versículo 12, evidentemente se refere ao que foi dito em Jl 3:11. O último versículo é uma doxologia. O Deus que Israel teria do enfrentar é o Criador do visível (montes) e do invisível (vento); o qual sabe o que está no mundo; que pode alterar a ordem das coisas existentes; e que é superior a todos os altos da terra. Ninguém pode brincar com tal Deus.


Dicionário

Apregoar

Publicar; divulgar

apregoar
v. 1. tr. dir. Anunciar com pregão. 2. tr. dir. Convocar por pregoeiros. 3. tr. dir. Declarar em público; divulgar, publicar. 4. pron. Gabar-se, inculcar-se.

Apregoar PROCLAMAR (Ex 32:5; Lc 4:19).

Dissê

1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


E

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

Filhós

substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).

Israel

substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


Israel [O Que Luta com Deus] -

1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

Jeová

substantivo masculino No Antigo Testamento, designação de Deus, ser absoluto e sobrenatural que, segundo o cristianismo, está acima de todas as coisas; Iavé ou Javé.
Gramática Palavra que deve ser grafada com a inicial maiúscula.
Etimologia (origem da palavra jeová). Do hebráico jehovah.

(Para significação, *veja mais abaixo.) o mais antigo exemplo que se conhece do emprego da palavra Jeová, é do ano 1518 d.C., e é devido à má compreensão de um termo hebraico, cujas consoantes são Yhwk. Depois do cativeiro tinham os judeus tão grande respeito a este nome, que, na verdade, somente era usado, segundo algumas autoridades, pelo sumo sacerdote, uma só vez no ano, no dia da expiação. Todavia, Yhwk ocorre muito freqüentemente na Sagrada Escritura – e por isso outra palavra, Adonai (Senhor), a substituiu na leitura em alta voz, e foi adotada pelos tradutores nas diversas línguas estrangeiras (em grego Kyrios – em latim Dominus). E desta maneira se perdeu a verdadeira pronúncia de Yhwk. Quando, porém, foram acrescentadas às consoantes hebraicas (no oitavo e nono século d.C.) as letras vogais, as de Adonai foram dadas a Yhwk em vez das suas próprias. Por esta razão, se o primeiro ‘a’ fosse levemente disfarçado seria possível ler-se Yehowah – e foi isto o que realmente aconteceu. Com estas vogais se pretendeu, tanto quanto possível, designar várias formas do verbo hebraico e sugerir assim, numa só palavra, Jeová, estas idéias: ‘o que será’, ‘o que é’, e ‘Aquele que foi’. Embora isto seja pura imaginação, concorda com a frase que se encontra no Ap 1:4. Primitivamente, sem dúvida, Yhwk representava aquele tempo de um verbo hebraico que implica continuidade (o tempo chamado ‘imperfeito’), e com as suas vogais se lia Yahaweh ou Yahwek. A sua significação era provavelmente ‘Aquele que é’, ou ‘Aquele que será’, sugerindo plena vida com infinitas possibilidades. Para isto há a seguinte explicação: Quando Moisés quis informar-se a respeito do nome de Deus, foi esta a resposta: ‘o Ente “Eu sou o que sou”, “ou Serei o que serei”, me mandou vir ter contigo.’ Este nome significa, então, o Ser que subsiste por Si, o qual proverá a respeito do Seu Povo. Quanto a saber-se até que ponto o nome era conhecido do povo de israel, antes da chamada de Moisés, não é possível aprofundar o assunto. Por um lado, explicitamente diz Deus: ‘Eu sou o Senhor: e eu apareci a Abraão, a isaque, e a Jacó, como Deus, o Todo-poderoso (El-Saddai) – mas pelo meu nome, o Senhor, não lhes fui perfeitamente conhecido.’ Por outro lado, freqüentemente ocorre esse nome no livro de Gênesis, e acham-se vestígios dele, com aplicação a um certo deus, nos primitivos documentos babilônicos. Tudo bem considerado, é provável que o uso da palavra no Gênesis seja devido a escritores ou copistas, posteriores à chamada de Moisés, e que, embora a palavra fosse conhecida antes desse tempo, não estava formalmente identificada com o verdadeiro Deus. Seja como for, a palavra era tão expressiva, tão cheia de promessas para um homem que começa a sua vida, e para uma nação que estava a ponto de entrar numa carreira de proveito para todo o mundo, que a sua escolha não somente revelava a natureza de Deus, mas também assegurava o bom resultado do Seu povo. Era o nome do pacto com Deus, e estava revestido de poder. (*veja Deus.)

Jeová V. SENHOR (hebraico ????, YHVH; Is 12:2, RC).

Levedado

Que fermentou

levedado adj. Que fermentou.

O

substantivo masculino Décima quinta letra que compõe o alfabeto português e sua quarta vogal.
apositivo Que, numa série, está após o elemento designado pela letra "n": fileira O.
Gramática Como artigo, refere-se aos nomes masculinos, acompanhando-os: o carro; o caderno.
Gramática Restringe a referência de um substantivo ao ser, ou coisa, percebido no contexto, situação ou texto: o juiz começará o julgamento.
pronome demonstrativo Faz com que qualquer palavra ou expressão se torne um substantivo: o nascer do dia.
Gramática Usa-se como sinônimo de: isso, aquilo, quando se referir a um substantivo não determinado: falou o que não devia e foi embora.
pronome pessoal De mesmo sentido que "a ele": insultou-o, mas pediu desculpas.
[Símbolo] Representação do Oxigênio (elemento químico), simbolizado por O.
Forma abreviada de Oeste (ponto cardeal situado no lado em que o sol se põe), simbolizado por O.
Etimologia (origem da palavra o). Do pronome arcaico, lo; pelo latim illu.m.

Oferecer

verbo transitivo direto e bitransitivo Presentear; ofertar, dar alguma coisa a alguém: ofereceu chocolate ao namorado.
Sugerir algo para compensar outra: ofereceu dinheiro para evitar o prejuízo.
Exibir; fazer a exposição de: ofereceu a teoria aos cientistas.
Proporcionar; trazer consigo: essa promoção oferece descontos.
verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Colocar ao dispor de: ofereceu um livro ao filho; ofereceu o carro aos convidados; ofereceu seu emprego à esposa; ofereceu-se para auxiliar o professor.
verbo bitransitivo Expressar ou realizar alguma coisa por motivos religiosos: ofereceu uma oração ao santo.
Imolar; fazer um sacrifício para ou pedir a proteção de: oferecia animais às divindades; ofereceu o sobrinho à santa de sua devoção.
Dedicar; mandar alguma coisa especialmente para alguém: ofereceu uma música ao marido.
verbo pronominal Mostrar-se; apresentar diante de si: um ótimo emprego se oferecia a ele.
Entregar-se: não a conhecia, mas se oferecia de bandeja.
Etimologia (origem da palavra oferecer). Do latim offerescere.

Publicar

publicar
v. tr. dir. 1. Tornar público e notório. 2. Imprimir para a venda; editar.

verbo transitivo Levar ao conhecimento do público: publicar uma lei.
Divulgar, propagar: publicar uma notícia.
Dar à luz da publicidade, pôr à venda um livro: publicar um romance.

Sacrifício

substantivo masculino Religião Oferta feita à divindade, em meio a cerimônias.
Figurado Renúncia voluntária ou forçada a algo que se possui: sem algum sacrifício nada se obterá.
Figurado Dedicação absoluta a algo ou a alguém que pode levar a privações: trabalhava em sacrifício da sua felicidade.
Ação ou efeito de sacrificar, de oferecer algo, alguém ou si mesmo a divindades; imolação.
substantivo masculino plural Privações, despesas voluntariamente impostas: fazer sacrifícios pelos filhos.
expressão Santo sacrifício. A missa, celebração católica.
Sacrifício humano. Imolação de uma pessoa à divindade.
Sacrifício de Jesus. A morte de Jesus Cristo na cruz.
Espírito de sacrifício. Tendência a se sacrificar ou a ceder sem benefício imediato: só com espírito de sacrifício atingiremos o objetivo.
Etimologia (origem da palavra sacrifício). Do latim sacrificium, ii, "imolação".

substantivo masculino Religião Oferta feita à divindade, em meio a cerimônias.
Figurado Renúncia voluntária ou forçada a algo que se possui: sem algum sacrifício nada se obterá.
Figurado Dedicação absoluta a algo ou a alguém que pode levar a privações: trabalhava em sacrifício da sua felicidade.
Ação ou efeito de sacrificar, de oferecer algo, alguém ou si mesmo a divindades; imolação.
substantivo masculino plural Privações, despesas voluntariamente impostas: fazer sacrifícios pelos filhos.
expressão Santo sacrifício. A missa, celebração católica.
Sacrifício humano. Imolação de uma pessoa à divindade.
Sacrifício de Jesus. A morte de Jesus Cristo na cruz.
Espírito de sacrifício. Tendência a se sacrificar ou a ceder sem benefício imediato: só com espírito de sacrifício atingiremos o objetivo.
Etimologia (origem da palavra sacrifício). Do latim sacrificium, ii, "imolação".

O sacrifício é a prova máxima por que passam os Espíritos que se encaminham para Deus, pois por meio dele se redimem das derradeiras faltas, inundando-se de luminosidades inextinguíveis... [...]
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 9, cap• 21

[...] o melhor sacrifício ainda não é o da morte pelo martírio, ou pelo infamante opróbrio dos homens, mas aquele que se realiza com a vida inteira, pelo trabalho e pela abnegação sincera, suportan do todas as lutas na renúncia de nós mesmos, para ganhar a vida eterna de que nos falava o Senhor em suas lições divinas!
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 6

Sacrificar-se é crescer; quem cede para os outros adquire para si mesmo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O sacrifício é a nossa abençoada oportunidade de iluminação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O sacrifício é a lei de elevação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o preço da verdadeira felicidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

O exercício permanente da renúncia divina leva ao sacrifício da própria vida pela Humanidade. É a renúncia profunda da alma que coloca todos os valores do coração a serviço dos semelhantes, para construir a felicidade de todos. Seu coração não vive mais para si, não consegue projetar desejos para si, pois coloca o amor à Humanidade em primeiro lugar. É incansável nos seus trabalhos, multiplica suas forças físicas, morais e espirituais, a fim de ser útil sempre. Tendo tudo para acolher-se ao bem próprio, procura, acima de tudo, o bem para todos. É aquela alma que, podendo exigir, não exige, podendo pedir, não pede, podendo complicar em busca de seus justos direitos, não complica. Não pára de servir em circunstância alguma. Transforma a dor da incompreensão das criaturas mais queridas em um cântico de humildade. Suas dores já não são dores, pois transubstanciou-as na doce alegria de servir com Deus pela alegria dos semelhantes. A maior manifestação de sacrifício pela Humanidade, em todos os tempos da Terra, é inegavelmente a personalidade divina de Jesus Cristo.
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22


Sacrifício Oferta a Deus de animais e outros produtos. A Lei de Moisés incluía diversas espécies de sacrifício: olah (oferenda queimada), minjah (oferenda de alimento), nesej (libação), shejar (oferenda de bebida alcoólica), jatat (oferenda pelo pecado), asham (oferenda pela culpa), nedavah (oferenda voluntária), neder (oferenda de voto), tenufah (oferenda de castigo merecido), terumah (oferenda de óbolo) e shelamin (oferenda de paz). Durante o Segundo Templo, o sistema de sacrifícios cresceu de maneira muito sistematizada embora isso colaborasse para o surgimento da corrupção entre as classes sacerdotais, por motivos econômicos. Nessa época, foram aceitos sacrifícios oferecidos por gentios e em honra de governantes pagãos, como os imperadores romanos. Com o segundo jurbán, ou destruição do Templo, o sistema de sacrifícios deixou de existir, o que provocou um sério problema teológico, já que boa parte dos sacrifícios tinha como finalidade a expiação dos pecados pela morte de um ser perfeito e inocente. Os rabinos decidiram considerar a oração um substituto evidente dele, mesmo supondo que o sistema de sacrifícios retornaria no futuro, como conseqüência de uma intervenção divina.

Jesus não condenou diretamente o sistema sacrifical; contudo, sua crença na inauguração de uma Nova Aliança, embasada em seu próprio sacrifício (Mt 26:26 e par.), e suas predições sobre a destruição do Templo (Mt 24; Mc 13 e Lc
21) indicam, implicitamente, que o sistema desapareceria num futuro próximo.

Y. Kaufmann, o. c.; G. Rendtorff, Studien zur Geschichte des Opfersinn Alten Israel, 1967; m. Hengel, The Pre-Christian Paul, Filadélfia 1991; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


substantivo masculino Religião Oferta feita à divindade, em meio a cerimônias.
Figurado Renúncia voluntária ou forçada a algo que se possui: sem algum sacrifício nada se obterá.
Figurado Dedicação absoluta a algo ou a alguém que pode levar a privações: trabalhava em sacrifício da sua felicidade.
Ação ou efeito de sacrificar, de oferecer algo, alguém ou si mesmo a divindades; imolação.
substantivo masculino plural Privações, despesas voluntariamente impostas: fazer sacrifícios pelos filhos.
expressão Santo sacrifício. A missa, celebração católica.
Sacrifício humano. Imolação de uma pessoa à divindade.
Sacrifício de Jesus. A morte de Jesus Cristo na cruz.
Espírito de sacrifício. Tendência a se sacrificar ou a ceder sem benefício imediato: só com espírito de sacrifício atingiremos o objetivo.
Etimologia (origem da palavra sacrifício). Do latim sacrificium, ii, "imolação".

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


º

ò | contr.
ó | interj.
ó | s. m.
o | art. def. m. sing. | pron. pess. | pron. dem.
o | s. m. | adj. 2 g. | símb.
ô | s. m.

ò
(a + o)
contracção
contração

[Arcaico] Contracção da preposição a com o artigo ou pronome o.

Confrontar: ó e oh.

ó 1
(latim o)
interjeição

Palavra usada para chamar ou invocar.

Confrontar: oh e ò.

Ver também dúvida linguística: oh/ó.

ó 2
nome masculino

Nome da letra o ou O.

Confrontar: ò.

o |u| |u| 2
(latim ille, illa, illud, aquele)
artigo definido masculino singular

1. Quando junto de um nome que determina.

pronome pessoal

2. Esse homem.

3. Essa coisa.

pronome demonstrativo

4. Aquilo.

Confrontar: ó.

Ver também dúvida linguística: pronome "o" depois de ditongo nasal.

o |ó| |ó| 1
(latim o)
nome masculino

1. Décima quarta letra do alfabeto da língua portuguesa (ou décima quinta, se incluídos o K, W e Y). [É aberto como em avó, fechado como em avô, átono ou mudo como em mudo, e tem o valor de u em o [artigo], etc.]

2. [Por extensão] Círculo, anel, elo, redondo.

3. Quando em forma de expoente de um número, designa que esse número é ordinal, ou significa grau ou graus.

adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

4. Décimo quarto, numa série indicada por letras (ou décimo quinto, se incluídos o K, W e Y).

símbolo

5. Símbolo de oeste.

6. [Química] Símbolo químico do oxigénio. (Com maiúscula.)

Plural: ós ou oo.

ô
(latim o)
nome masculino

[Brasil] Palavra usada para chamar ou invocar. = Ó

Confrontar: o.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Amós 4: 5 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E, com aquilo que é levedado, queimai incenso em sacrifício de ações de graças , e apregoai as ofertas voluntárias, publicai-as; porque disso gostais, ó filhos de Israel, disse o Senhor DEUS.
Amós 4: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

766 a.C.
H1121
bên
בֵּן
crianças
(children)
Substantivo
H136
ʼĂdônây
אֲדֹנָי
senhor
(Lord)
Substantivo
H157
ʼâhab
אָהַב
amar
(you love)
Verbo
H2557
châmêts
חָמֵץ
()
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3478
Yisrâʼêl
יִשְׂרָאֵל
Israel
(Israel)
Substantivo
H3588
kîy
כִּי
para que
(that)
Conjunção
H3651
kên
כֵּן
tão / assim
(so)
Adjetivo
H5002
nᵉʼum
נְאֻם
disse / dito
(said)
Substantivo
H5071
nᵉdâbâh
נְדָבָה
voluntariedade, oferta voluntária
(a willing offering)
Substantivo
H6999
qâṭar
קָטַר
sacrificar, queimar incenso, queimar sacrifícios, oferecer sacrifícios em forma de fumaça
(and burn [them])
Verbo
H7121
qârâʼ
קָרָא
E liguei
(And called)
Verbo
H8085
shâmaʻ
שָׁמַע
ouvir, escutar, obedecer
(And they heard)
Verbo
H8426
tôwdâh
תֹּודָה
confissão, louvor, ação de graças
(a thanksgiving)
Substantivo


בֵּן


(H1121)
bên (bane)

01121 בן ben

procedente de 1129; DITAT - 254; n m

  1. filho, neto, criança, membro de um grupo
    1. filho, menino
    2. neto
    3. crianças (pl. - masculino e feminino)
    4. mocidade, jovens (pl.)
    5. novo (referindo-se a animais)
    6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
    7. povo (de uma nação) (pl.)
    8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
    9. um membro de uma associação, ordem, classe

אֲדֹנָי


(H136)
ʼĂdônây (ad-o-noy')

0136 אדני ’Adonay

uma forma enfática de 113; DITAT - 27b; n m

  1. meu senhor, senhor
    1. referindo-se aos homens
    2. referindo-se a Deus
  2. Senhor - título, usado para substituir Javé como expressão judaica de reverência

אָהַב


(H157)
ʼâhab (aw-hab')

0157 אהב ’ahab ou אהב ’aheb

uma raiz primitiva; DITAT - 29; v

  1. amar
    1. (Qal)
      1. amor entre pessoas, isto inclui família e amor sexual
      2. desejo humano por coisas tais como alimento, bebida, sono, sabedoria
      3. amor humano por ou para Deus
      4. atitude amigável
        1. amante (particípio)
        2. amigo (particípio)
      5. o amor de Deus pelo homem
        1. pelo ser humano individual
        2. pelo povo de Israel
        3. pela justiça
    2. (Nifal)
      1. encantador (particípio)
      2. amável (particípio)
    3. (Piel)
      1. amigos
      2. amantes (fig. de adúlteros)
  2. gostar

חָמֵץ


(H2557)
châmêts (khaw-mates')

02557 חמץ chametz

procedente de 2556; DITAT- 679a; n m

  1. aquilo que está fermentado, levedura

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

יִשְׂרָאֵל


(H3478)
Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

03478 ישראל Yisra’el

procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

Israel = “Deus prevalece”

  1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
  2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
    1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
    2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
    3. o nome da nação depois do retorno do exílio

כִּי


(H3588)
kîy (kee)

03588 כי kiy

uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

  1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
    1. que
      1. sim, verdadeiramente
    2. quando (referindo-se ao tempo)
      1. quando, se, embora (com força concessiva)
    3. porque, desde (conexão causal)
    4. mas (depois da negação)
    5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
    6. mas antes, mas
    7. exceto que
    8. somente, não obstante
    9. certamente
    10. isto é
    11. mas se
    12. embora que
    13. e ainda mais que, entretanto

כֵּן


(H3651)
kên (kane)

03651 כן ken

procedente de 3559; DITAT - 964a,964b adv

  1. assim, portanto, estão
    1. assim, então
    2. assim
    3. portanto
    4. assim...como (em conjunto com outro adv)
    5. então
    6. visto que (em expressão)
    7. (com prep)
      1. portanto, assim sendo (específico)
      2. até este ponto
      3. portanto, com base nisto (geral)
      4. depois
      5. neste caso adj
  2. reto, justo, honesto, verdadeiro, real
    1. reto, justo, honesto
    2. correto
    3. verdadeiro, autêntico
    4. verdade!, certo!, correto! (em confirmação)

נְאֻם


(H5002)
nᵉʼum (neh-oom')

05002 נאם n e’um̂

procedente de 5001; DITAT - 1272a; n m

  1. (Qal) oráculo, declaração (de profeta)
    1. oráculo, declaração (de profeta em estado de êxtase)
    2. oráculo, declaração (nas outras ocorrências sempre precedendo um nome divino)

נְדָבָה


(H5071)
nᵉdâbâh (ned-aw-baw')

05071 נדבה n edabaĥ

procedente de 5068; DITAT - 1299a; n f

  1. voluntariedade, oferta voluntária
    1. voluntariedade
    2. de livre vontade, voluntário, oferta

קָטַר


(H6999)
qâṭar (kaw-tar')

06999 קטר qatar

uma raiz primitiva [idêntica a 7000 com a idéia de fumigação em um lugar fechado expulsando, talvez, assim os ocupantes]; DITAT - 2011,2011e,2011g v.

  1. sacrificar, queimar incenso, queimar sacrifícios, oferecer sacrifícios em forma de fumaça
    1. (Piel)
      1. oferecer sacrifícios em forma de fumaça
      2. sacrificiar
    2. (Pual) oferecer um sacrifício
    3. (Hifil)
      1. oferecer sacrifícios em forma de fumaça
      2. incensar, oferecer incenso
      3. levar a queimar sobre
    4. (Hofal) ser levado a fumegar n. m.
  2. incenso n. f.
  3. altar do inceso

קָרָא


(H7121)
qârâʼ (kaw-raw')

07121 קרא qara’

uma raiz primitiva [idêntica a 7122 com a idéia de dirigir-se a uma pessoa ao encontrála]; DITAT - 2063; v.

  1. chamar, clamar, recitar, ler, gritar, proclamar
    1. (Qal)
      1. chamar, gritar, emitir um som alto
      2. chamar, gritar (por socorro), invocar (o nome de Deus)
      3. proclamar
      4. ler em voz alta, ler (para si mesmo), ler
      5. convocar, convidar, requerer, chamar e encarregar, designar, chamar e dotar
      6. chamar, nomear, colocar nome em, chamar por
    2. (Nifal)
      1. chamar-se
      2. ser chamado, ser proclamado, ser lido em voz alta, ser convocado, ser nomeado
    3. (Pual) ser chamado, ser nomeado, ser evocado, ser escolhido

שָׁמַע


(H8085)
shâmaʻ (shaw-mah')

08085 שמע shama ̀

uma raiz primitiva; DITAT - 2412, 2412a v.

  1. ouvir, escutar, obedecer
    1. (Qal)
      1. ouvir (perceber pelo ouvido)
      2. ouvir a respeito de
      3. ouvir (ter a faculdade da audição)
      4. ouvir com atenção ou interesse, escutar a
      5. compreender (uma língua)
      6. ouvir (referindo-se a casos judiciais)
      7. ouvir, dar atenção
        1. consentir, concordar
        2. atender solicitação
      8. escutar a, conceder a
      9. obedecer, ser obediente
    2. (Nifal)
      1. ser ouvido (referindo-se a voz ou som)
      2. ter ouvido a respeito de
      3. ser considerado, ser obedecido
    3. (Piel) fazer ouvir, chamar para ouvir, convocar
    4. (Hifil)
      1. fazer ouvir, contar, proclamar, emitir um som
      2. soar alto (termo musical)
      3. fazer proclamação, convocar
      4. levar a ser ouvido n. m.
  2. som

תֹּודָה


(H8426)
tôwdâh (to-daw')

08426 תודה towdah

procedente de 3034; DITAT - 847b; n. f.

  1. confissão, louvor, ação de graças
    1. dar louvor a Deus
    2. ação de graças em cânticos de culto litúrgico, hino de louvor
    3. coro ou procissão ou linha ou companhia de ação de graças
    4. oferta de gratidão, sacrifício de ação de graças
    5. confissão