Enciclopédia de Miquéias 6:10-10

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mq 6: 10

Versão Versículo
ARA Ainda há, na casa do ímpio, os tesouros da impiedade e o detestável efa minguado?
ARC Ainda há na casa do ímpio tesouros de impiedade? e efa pequeno, que é detestável?
TB Porventura, ainda há os tesouros da impiedade na casa dos ímpios e o efa desfalcado, que é abominável?
HSB ע֗וֹד הַאִשׁ֙ בֵּ֣ית רָשָׁ֔ע אֹצְר֖וֹת רֶ֑שַׁע וְאֵיפַ֥ת רָז֖וֹן זְעוּמָֽה׃
BKJ Ainda há na casa do ímpio tesouros da maldade, e medida escassa, que é abominável?
LTT Porventura ainda há na casa do ímpio tesouros da impiedade, e medida diminuída, que é detestável?
BJ2 Posso eu suportar uma medida falsa[o] e um efá diminuído, abominável?
VULG Adhuc ignis in domo impii thesauri iniquitatis, et mensura minor iræ plena.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Miquéias 6:10

Levítico 19:35 Não cometereis injustiça no juízo, nem na vara, nem no peso, nem na medida.
Deuteronômio 25:13 Na tua bolsa não terás diversos pesos, um grande e um pequeno.
Josué 7:1 E prevaricaram os filhos de Israel no anátema; porque Acã, filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zerá, da tribo de Judá, tomou do anátema, e a ira do Senhor se acendeu contra os filhos de Israel.
II Reis 5:23 E disse Naamã: Sê servido tomar dois talentos. E instou com ele e amarrou dois talentos de prata em dois sacos, com duas mudas de vestes; e pô-las sobre dois dos seus moços, os quais os levaram diante dele.
Provérbios 10:2 Os tesouros da impiedade de nada aproveitam; mas a justiça livra da morte.
Provérbios 11:1 Balança enganosa é abominação para o Senhor, mas o peso justo é o seu prazer.
Provérbios 20:10 Duas espécies de peso e duas espécies de medida são abominação para o Senhor, tanto uma coisa como outra.
Provérbios 20:23 Duas espécies de peso são abomináveis ao Senhor, e balanças enganosas não são boas.
Provérbios 21:6 Trabalhar por ajuntar tesouro com língua falsa é uma vaidade, e aqueles que a isso são impelidos buscam a morte.
Jeremias 5:26 Porque ímpios se acham entre o meu povo; cada um anda espiando, como se acaçapam os passarinheiros; armam laços perniciosos, com que prendem os homens.
Ezequiel 45:9 Assim diz o Senhor Jeová: Basta já, ó príncipes de Israel; afastai a violência e a assolação, e praticai juízo e justiça, e tirai as vossas imposições do meu povo, diz o Senhor Jeová.
Oséias 12:7 É um mercador; tem balança enganadora em sua mão; ele ama a opressão.
Amós 3:10 Porque não sabem fazer o que é reto, diz o Senhor, entesourando nos seus palácios a violência e a destruição.
Amós 8:5 dizendo: Quando passará a lua nova, para vendermos o grão? E o sábado, para abrirmos os celeiros de trigo, diminuindo o efa, e aumentando o siclo, e procedendo dolosamente com balanças enganadoras,
Habacuque 2:5 Tanto mais que, por ser dado ao vinho, é desleal; um homem soberbo, que não se contém, que alarga como o sepulcro o seu desejo e, como a morte, que não se farta, ajunta a si todas as nações e congrega a si todos os povos.
Sofonias 1:9 Castigarei também, naquele dia, todos aqueles que saltam sobre o umbral, que enchem de violência e engano a casa dos seus senhores.
Zacarias 5:3 Então, me disse: Esta é a maldição que sairá pela face de toda a terra; porque qualquer que furtar será desarraigado, conforme a maldição de um lado; e qualquer que jurar falsamente será desarraigado, conforme a maldição do outro lado.
Tiago 5:1 Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteai por vossas misérias, que sobre vós hão de vir.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Miquéias Capítulo 6 do versículo 1 até o 16
SEÇÃO III

A CONTROVÉRSIA DE DEUS COM O SEU POVO

Miquéias 6:1-7.20

A. DEUS FAZ UM APELO SUPREMO, 6:1-8

Ao usar a terminologia legal, Miquéias convoca Deus para levantar-se e defender sua causa contra um povo culpado e rebelde. O Senhor tinha uma disputa com o Judá pecaminoso, pois o pecado sempre ocasiona tensão entre Deus e o homem (cf. Is 1). O Senhor nunca deixa de ser fiel em esclarecer em que acarreta pecar. Espera para apre-sentar suas razões, e defende ternamente a volta dos pecadores para que sejam justifica-dos e entrem novamente em comunhão com Ele.

1. As Testemunhas e a Acusação (6:1-5)

Os montes (1; "montanhas", NTLH), as elevações mais altas da Natureza e símbo-los comuns de permanência, junto com os outeiros e os próprios fundamentos da ter-ra (2), são convocados para serem jurados. Deus defende sua causa diante destes aciden-tes naturais por serem testemunhas da longa história das relações de Jeová com seu povo. Com palavras cheias de ternura, ele indaga: Em que te enfadei? (3). Deus quer saber o que fez para tornar sua vontade enfadonha e colocar os israelitas contra os cami-nhos divinos (cf. Jr 2:5-8).

Em sua defesa, o Senhor conta os atos poderosos que misericordiosamente fez para resgatar seu povo da escravidão no Egito. Identificamos aqui a base principal do apelo de Deus ao seu povo, a fim de que confiassem e obedecessem. O Senhor os resgatou. Não pertencem mais a si mesmos. São de Deus. O Senhor cita a nomeação de pastores fiéis e tementes – Moisés, Arão e Miriã (4) para guiá-los em sua vontade e propósito amoroso.

Aplicado em mostrar como fora justo ao tratar dos interesses do povo, Deus usa a expressão as justiças do SENHOR (5). O termo hebraico ocorre somente aqui e em Juízes 5:11. Sugere que cada ato de misericórdia era uma manifestação distinta da justiça divina.

Deus escolheu o episódio no qual Ele, por meio de Balaão, mudou em bênção o que o inimigo, Balaque, rei de Moabe, planejou que fosse maldição (Nm 22:23-24). Para tocar a razão e os sentimentos do povo, recordou os acontecimentos notáveis ocorridos entre o acampamento de Israel, em Sitim, situada imediatamente a leste do rio Jordão, nas planícies de Moabe, logo a nordeste do mar Morto, e o acampamento em Gilgal, do outro lado do Jordão, em Canaã (Nm 22:27; Js 1:4).

Este apelo de Deus ao povo ilustra a racionalidade da verdadeira religião.

[O apelo] ressaltava que a religião é racional e moral e mantinha, ao mesmo tempo, a racionalidade de Deus e a liberdade do homem. O Senhor falava com o povo que educara: Pleiteou com eles, ouviu suas declarações e perguntas, e produ-ziu suas evidências e razões. A religião — como afirma passagens como esta — não é algo de autoridade, nem de cerimonial, nem de mero sentimento, mas de argumen-to, apresentação racional e debate. A razão não é retirada do tribunal: a liberdade do homem é respeitada; ele não é pego de surpresa por seus temores ou sentimen-tos. [...] Mas é somente com o ministério terreno do Filho de Deus, seus argumentos com os doutores, suas parábolas ao povo comum, sua educação nobre e prolongada transmitida aos discípulos, que vemos a racionalidade da religião em toda sua força e beleza.'

2. O que Deus Exige? (6:6-8)

Os estudiosos dão duas interpretações aos versículos 7:8. Uma diz respeito ao efeito que o profeta inquire do Senhor concernente à base de aceitação com Deus. A outra opinião diz que Israel responde ao Senhor com um desafio. "Que adoração e que culto o Senhor realmente exige? Deus quer uma observância meticulosa da lei levítica? (6b). Quer que seja cumprida de maneira excessiva e pródiga mediante holocaustos de reba-nhos e ribeiros de azeite? (7a). Quer que as pessoas lhe mostrem uma devoção frenéti-ca e não-moral comparável ao fanatismo de certos povos pagãos das vizinhanças, cujos adoradores chegam a oferecer sacrifícios humanos? (7b). [...] A controvérsia é encerrada pela própria resposta declarada do Senhor (8) ".2

Como muitos outros desde então, o povo de Judá esperava obter o favor divino, ao cumprir obrigações externas. Estavam dispostos a comprar o perdão sob qualquer con-dição, exceto a mudança de vida. As pessoas, obcecadas em fazer atos religiosos exter-nos, desprezavam "o mais importante da lei" (Mt 23:23). Deus lhes dizia: "Não é vossos pertences que busco, mas a vós". Interessava-se mais pelo espírito das pessoas do que por suas riquezas. Preocupava-se muito mais com o coração delas do que com sacrifíci-os de bois e ovelhas.

Miquéias, ao falar pelo Senhor, lhes responde as perguntas. Em uma única frase resume as exigências legais, éticas e espirituais da verdadeira religião e destaca os prin-cipais ensinos de Isaías, Amós e Oséias (Is 30:15; Am 5:24; Os 2:19-20; 6.6). Estas são exigências da verdadeira religião que todo ser humano pode satisfazer, se desejar. Os homens são inclinados a tornar a religião "muito complicada, muito intricada, muito enigmática", como salienta Raymond Calkins. "Mas este versículo nos corrige. O Senhor não exige de nós algo que não possamos fazer imediatamente. Não existe alguém, qual-quer que seja sua capacidade intelectual, que não possa entrar de forma imediata e total e com inteira convicção na bem-aventurança da vida da verdadeira religião". 3

Ele te declarou, ó homem, o que é bom (8). O termo hebraico traduzido por "homem" refere-se a toda a humanidade; portanto, esta passagem tem significação uni-versal. O próprio Deus pela lei e pelos profetas já revelara o que era realmente essencial concernente à adoração. O Senhor fora claro em apresentar sua exigência última para ganhar e manter o favor divino (Dt 1:12-13; 30:11-14).

Estas exigências morais e espirituais são ainda mais importantes para nós, hoje, do que para as pessoas dos tempos de Miquéias. Com a revelação de Deus em Cristo, confor-me o Novo Testamento nos conta, estamos mais conscientes da vontade de Deus do que elas. Em meio à atual confusão de vozes que advogam o que o Senhor exige, é bom saber o que Deus falou. Na complexidade de uma profusão de teologias e filosofias propostas, confiamos no que o Senhor fez para tornar nosso dever simples e claro. Todos podem entender.

John Knox expressou esta idéia em certa ocasião quando falava na presença de Mary, a rainha da Escócia. A dama da realeza sentiu-se grandemente emocionada pelo Espírito Santo, mas ficou confusa quanto em que acreditar. "Tu me ensinas uma coisa", reclamou ela para Knox, "e a Igreja de Roma me ensina outra. Em qual acreditarei?" Knox respondeu: "Não acreditarás em nenhuma, senhora: tu acreditarás no Deus que fala em sua Palavra. E a menos que concordamos nesse ponto, tu não acreditarás em nenhum de nós".
A Palavra de Deus é a base e autoridade final para nossa fé. Não consultamos a nós mesmos, nem precisamos de suposição e fantasia. O Senhor poderia ter falado em lin-guagem muito elevada para entendermos. Mas em consideração amorosa, desceu, por assim dizer, das montanhas da eternidade e nos encontrou ao sopé da monte para nos garantir que falará em nossa língua para que possamos entendê-lo.

Ao longo dos séculos tem havido tempos de densas trevas e períodos em que os ho-mens ficaram cegos por falsas luzes. Mas hoje somos grandemente abençoados por ter-mos meios seguros de instrução espiritual. Atualmente, se as pessoas permanecem alheias ao seu dever com Deus é, em grande parte, por serem teimosas ou indiferentes.
A Bíblia declara que temos de praticar a justiça. Devemos ser verdadeiros, hones-tos e sinceros conosco mesmos, com Deus, com nossas obrigações civis e econômicas, e em todas as outras relações com os seres humanos (cf. Pv 21:3; Am 5:23-24; Zc 8:16).

Temos de amar a beneficência ("misericórdia", ARA). Esta é qualidade mais subli-me que a justiça. Ser justo significa dar a todos o que lhes é devido, ao passo que miseri-córdia (beneficência) indica bondade, compaixão e amor até por quem não estamos diretamente em dívida. Na verdade, inclui questões como consideração e ajuda prática aos pobres, oprimidos, deficientes físicos e mentais e privados de certos direitos socioeconômicos. Mas implica em muito mais que simplesmente dar nossas posses. Em misericórdia, nos damos para erguer e resgatar o próximo

A misericórdia sempre tem de temperar a justiça. Tiago nos fala que o julgamento é sem misericórdia para quem não mostrou misericórdia (Tg 2:13). Contamos com a misericórdia de Deus somente na proporção em que mostramos bondade e considera-ção pelos outros.

Shakespeare refletiu estes sentimentos bíblicos quando escreveu o Mercador de Veneza:

A qualidade da misericórdia não é forçada;

É salpicada como o orvalho suave do céu
Sobre o lugar designado:
É duplamente santificada;
Abençoado é aquele que dá e aquele que recebe. (N. do T)

Nestas primeiras duas exigências, que tratam de nossas relações com nossos com-panheiros, temos um resumo da segunda tábua do Decálogo. Com a terceira exigência: Andar humildemente com o teu Deus, temos o resumo da primeira tábua dos Dez Mandamentos, que lida com nossa relação com Deus.

Esta exigência é maior que as outras duas. É o motivo do qual as outras emanam. O original hebraico diz literalmente: "Curva-se para andar com Deus". "Curvar-se" indica que o primeiro passo na vida de comunhão com Deus é reconhecer nossa iniqüidade e insuficiência. Temos de abater todo pensamento altivo e colocá-lo em submissão à vonta-de divina, e pela fé depender do amor e graça de Deus para sermos salvos. Andar com Deus requer acordo e comunhão com Ele (Am 3:3).

Não há quantidade de mera justiça e misericórdia humana que baste. "O melhor dos homens é, na melhor das hipóteses, apenas homem". Os seres humanos têm de ter a vida divina implantada em seu coração por Cristo. Jesus indicou a significação desta verda-de, quando disse que esse andar está baseado na fé e é manifestado pelo amor (Mt 23:23; Lc 11:42; cf. Tg 1:27).

Este triplo mandamento — praticar a justiça, amar a beneficência ("misericór-dia", ARA) e andar humildemente com... Deus — não deve ser desmembrado. É possí-vel praticar justiça severa e inflexível sem misericórdia (beneficência). Também pode haver misericórdia sem justiça, como quando a pessoa faz empreendimentos dignos com dinheiro desonestamente adquirido. E as pessoas são justas e misericordiosas quando visam pôr de lado as afirmações de Deus em Cristo. Ademais, não é raro o indivíduo professar que anda com o Senhor até de modo cristão, mas dá à justiça e misericórdia pouco espaço em sua vida.

Os três mandamentos devem ser considerados juntos. Desta forma, fornecem uma descrição esplêndida da verdadeira religião, ultrapassada somente pelo resumo que Je-sus fez de "a lei e os profetas" conforme registrado em Mateus 22:36-40.

Ao ensinar a futilidade da adoração meramente ritualista, Miquéias afirma que os mandamentos de Deus são morais e espirituais. Diz também que a adoração aceitável implica em uma existência vivida em obediência a ambos os aspectos desses mandamen-tos. Até o ritual e a forma divinamente ordenados, embora façam parte da adoração, devem ser acompanhados pelo movimento sincero do coração em direção a Deus. As formas da verdadeira adoração devem ser a expressão do homem "pronto para andar com o Senhor" (LXX). Esta prontidão nos lembra o chamado de Jesus narrado em Mateus 11:23-30, e suas declarações encontradas em Mateus 7:21-23 e João 4:23-24. A verdadei-ra religião não é encontrada no cumprimento árduo do dever, nem em um ritual de êxta-se desconcertaste, mesmo que haja, nisto, um grande investimento (cf. Sl 51:16-19).

"O profeta apenas coloca as coisas em ordem de prioridade, e mostra que, no fim das contas, o andar santo com Deus é a melhor prova da genuína religião. O sistema sacrifical nunca teve o propósito de ser um fim em si mesmo. Foi estabelecido com a finalidade de ajudar na resolução interior da mente humana mediante uma série de atos específicos e públicos. Para torná-los eficazes, tais atos têm de ter sua significação interpretada em termos do verdadeiro viver santo. [...] Junto com o ensinamento de Cristo, esta palavra de Miquéias é uma regra de vida suficiente para os cristãos".4

Samuel Chadwick resumiria certas implicações especiais em tudo que é perti-nente para os nossos dias. "A solução de nossos problemas hoje, como se deu nos dias de Miquéias, não está na legislação ou na maquinaria, mas na percepção da suficiên-cia de Deus. Não há solução grande e permanente dos problemas sociais que tenha dado certo sem a influência religiosa. O único meio é voltar-se para Deus, ir para a casa do Senhor e lá encontrar o poder para praticar a justiça, amar a misericórdia e andar humildemente com o nosso Deus. Então encontraremos o verdadeiro vínculo da fraternidade".'
Nos versículos 6:8, temos a pergunta "O que o Senhor pede do Homem?" E sua respectiva resposta:

1) Não pede uma religião formal de sacrifícios ou obras, 6,7;

2) Pede justiça, que observe as leis de Deus para as relações humanas, 8;

3) Pede misericórdia, benignidade e justiça, 8;

4) Pede que ande diariamente sob a liderança do Espírito de Deus, 8 (A. F. Harper).

B. DEUS CONDENA O MAL, 6:9-16

Nesta subdivisão, Miquéias anuncia que Deus está pronto a falar unia palavra ur-gente e final com seu povo impenitente. O profeta aconselha os habitantes de Jerusalém, sobretudo os líderes da cidade, a prestarem muita atenção no que o Senhor tem a lhes dizer. Verá o teu nome (9) é traduzido melhor por "temer-lhe o nome" (ARA; ECA; NVI). Assim, o significado fica mais inteligível. Na Septuaginta, lemos: "A voz do Senhor será proclamada na cidade, e ele salvará aqueles que temem o seu nome; ouvi, ó tribo; e todos vós que poreis a cidade em ordem".

1. Os Pecados de Judá (6:9-12)

Pelo profeta, provinciano e inculto, Deus condena os moradores da sofisticada cida-de de Jerusalém, porque estão no centro dos pecados da nação. "Ele não se refere apenas à idolatria, mas também à irreligiosidade dos políticos e à injustiça cruel dos ricos na capital. O veneno que debilitou o sangue da nação conseguira entrar em suas veias e chegara até ao coração. Ali, o mal se concentrou e abalou o Estado e levou-o sem perda de tempo à ruína".6

Ao anunciar a aproximação de Deus, Miquéias destaca a seus ouvintes que a "verda-deira sabedoria [é] temer [...] o nome [do Senhor]" (ARA). Quem é sábio, discerne a mão de Deus nas providências da vida. Tais pessoas se beneficiam com os julgamentos corre-tivos. Os habitantes de Judá seriam salvos somente se voltassem a reverenciar sincera-mente o Senhor e a obedecer às exigências morais divinas. Mas ainda havia tempo: Se voltassem a confessá-lo e temê-lo, o Senhor seria gracioso para salvar.

Em palavras solenes de julgamento, o próprio Deus fala: "Ouvi isto, vós, povo e conselho da cidade!" (Phillips). E passou a fazer certas perguntas perspicazes que imedi-atamente realçaram as práticas más de Judá. Ele pergunta: Apesar de todos os meus avisos e de minha longanimidade, ainda há na casa do ímpio, tesouros de impieda-de? E efa pequeno, que é detestável? (10; cf. Dt 25:13; Pv 11:1-16.11; Am 8:5).

Deus não esqueceria nem faria vista grossa à riqueza acumulada que os ricos (12) de Jerusalém amontoaram para si. Tratava-se de abundância de bens adquiridos me-diante opressão, trapaça com pesos e medidas desonestos, vanglória arrogante e men-tira (11,12). Miquéias já tinha descrito estes males com mais detalhes (3:1-3), mas ainda vigoravam.

Os pecados reprovados aqui são, hoje, proeminentes em países sem os benefícios transformadores do Evangelho de Cristo. Não obstante, também é verdade que estes males são muito comuns na nossa civilização cristã moralmente iluminada. Almejamos segurança material pessoal e teimamos em ter conforto físico e lazer. Nosso firme propó-sito em manter um alto padrão de prosperidade a qualquer preço gera uma rivalidade impiedosa entre nós. Nessa competição, tendemos a desconsiderar os direitos dos outros e a engajar-nos em subterfúgio e intriga. Os trabalhadores buscam o salário mais alto pela menor porção de trabalho, ao passo que os empregadores esmeram-se em dar o salário mais baixo que os trabalhadores nem sempre estão dispostos a aceitar. As pala-vras do profeta são mesmo relevantes na atualidade. E é fato pertinente que o povo tratado aqui era, como nós, uma sociedade declaradamente religiosa.

2. A Promessa de Castigo (6:13-16)

Nestes versículos, o Senhor proclama princípios imutáveis: O ganho adquirido per-versamente é perda; a prosperidade adquirida injustamente não subsiste; o bem-estar obtido por coação não é desfrutado por muito tempo. A felicidade e poder buscados por pecadores sempre os iludem, porque os meios pelos quais os buscam não são congruentes com os fins. O julgamento divino é uma conseqüência inevitável (ver Lv 19:35; Tg 5:1-6). "O que eles diminuem da medida é aumentado na ira de Deus, e o acerto de contas desse ato virá sobre eles; o que faltar na medida será completado pela ira de Deus":

Os moradores de Jerusalém não teriam permissão de beneficiar-se de suas posses acumuladas (13-15). E pior que isso, a profecia lhes anuncia: "Haverá fome em teu cora-ção" (14, Phillips; cf. Si 106.15).
Deus fala aos habitantes de Judá que caíram tanto na vida espiritual e moral que, na verdade, seguiam os caminhos daquela dinastia notoriamente má e apóstata de Isra-el chefiada pelo conspirador Onri (16), e seu filho Acabe, contra quem Elias lutara uns 200 anos antes (1 Rs 16-22). Seguiam os procedimentos de Acabe, como ilustra o ato insensível deste rei ao tomar a vinha de Nabote.

Pelo motivo de ser verdadeira esta situação, os moradores de Judá só tinham de esperar ruína às mãos dos inimigos. Deus os avisou mais uma vez: Trareis sobre vós o opróbrio do meu povo. O próprio fato de serem o povo de Deus só aumentava a gravi-dade do pecado. "Sendo vós o povo de Deus no nome, enquanto andáveis em seu amor, era uma honra; mas agora o nome sem condizer com a realidade vos é somente uma repreensão".8 Só lhes restava suportar "a zombaria das nações" (16, NVI) entre as quais Deus quisera que fossem honrados e exaltados (ver Dt 28:1-14).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Miquéias Capítulo 6 do versículo 1 até o 16
*

6.1-8

Um exemplo clássico da ação judicial profética, onde o Senhor pleiteia os termos da aliança contra seu povo desobediente. A mensagem se inicia com uma cena de julgamento na qual o Senhor é aquele que apresenta a queixa, Miquéias é o seu enviado, os montes são as testemunhas, e Israel era a acusada (vs. 1 e 2). A fidelidade do próprio Deus à aliança é então confirmada, quando ele dá a Israel primeiramente a oportunidade de exprimir quaisquer queixas (v. 3) e então relembra seus poderosos atos de livramento (vs. 4 e 5). Em seguida, é proclamada a demanda pela retidão segundo a aliança — uma retidão que consistia não meramente em um ritual vazio, mas em obediência de todo o coração (vs. 6-8).

* 6:1

Levanta-te, defende a tua causa. O Senhor ordenou a Miquéias, na qualidade de seu representante, a acionar a causa de Deus contra o povo de Israel. Miquéias obedeceu a essa ordem no v. 2.

montes. O Senhor usou os montes duradouros como testemunhas da aliança mediada por Moisés (Dt 4:26; 30:19 e nota; 31.38 e 32.1).

* 6:4-5

Estes versículos recebem o arcabouço de referências ao Egito (nação da qual Israel fora libertada) e a Gilgal (por onde Israel entrou na Terra Prometida; Js 4:19). Foram incluídos todos os atos salvíficos de Deus durante o período da formação de Israel: a páscoa e o êxodo, a orientação pela coluna de fogo e de nuvem, a miraculosa provisão de alimentos e de água, a provisão de líderes capazes ("Moisés, Arão e Miriã") e a vitória sobre os adversários. A maravilhosa provisão de Deus em favor de seu povo durante esse período prefiguram as experiências da Igreja com Cristo (Jo 6:33; 1Co 5:7; 10.1-4).

* 6:5

lembra-te. Essa ordem significava não meramente a lembrança mental dos eventos passados, mas que esses acontecimentos devem ser meios para torná-los uma realidade no presente. Mediante a fé, tal conhecimento do passado é aplicado às situações presentes.

* 6:6-7

Mediante uma escala retórica dos sacrifícios ("bezerros... milhares de carneiros... o meu primogênito"), Miquéias exibiu o absurdo da dependência de Israel a ritos vazios e a sacrifícios de animais para merecer o favor divino. Tal dependência demonstrava uma profunda falta de compreensão quanto à graça divina, pois a salvação de Israel era algo gratuito, e não merecido (vs. 4 e 5). Além disso, as obrigações da aliança, por parte de Israel, subentendiam justiça social e misericórdia, e não somente liturgia (v. 8). Ver também Am 5:21-24.

* 6:8

humildemente. Ou então, "com prudência".

* 6.9-16

Esta profecia consiste em um discurso a Jerusalém (v. 9), uma acusação de falsidade nos negócios e naquilo que é falado (vs. 10-12), e uma sentença judicial que envolvia enfermidades e ruína (vs. 13-15). O contexto da aliança é evidente quando a punição reflete as maldições segundo a aliança especificadas na lei mosaica (v. 15; Lv 26:20; Dt 28:40,51).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Miquéias Capítulo 6 do versículo 1 até o 16
6.1ss Aqui Miqueas descreve um tribunal. Deus, o juiz, diz a seu povo o que demanda dele e declara todas as formas nas que o danificaram ao e a outros. Os capítulos quatro e cinco estão cheios de esperança, os capítulos seis e sete proclamam o castigo e fazem um chamado para que o povo se arrependa.

6:1, 2 Deus chamou as montanhas para que confirmassem a culpabilidade do povo. As montanhas serviriam como testemunhas excelentes, já que foi nos santuários das colinas" onde o povo tinha construído altares pagãos e tinham realizado sacrifícios aos deuses falsos (1Rs 14:23; Jr 17:2-3; Ez 20:27-28).

6:3 O povo nunca poderia responder a esta pergunta devido a Deus não tinha feito nada mau. Ao contrário, tinha sido excessivamente paciente com ele, sempre o tinha guiado com amor e lhe tinha dado a oportunidade de que retornasse ao. Se Deus lhe fizesse esta pergunta: O que lhe tenho feito eu a você? Qual seria sua resposta?

6:5 A história do Balac e Balaam se encontra em Números 22:24. Sitim era o acampamento dos israelitas, ao oeste do rio Jordão, antes de entrar na terra prometida (Js 2:1). Ali o povo recebeu muitas das instruções e promessas de Deus a respeito da forma em que deviam viver. Gilgal, seu primeiro acampamento depois de cruzar o Jordão (Js 4:19), foi aonde o povo renovou seu pacto com Deus (Js 5:3-9). Estes dois lugares representam o amparo amoroso de Deus a seu povo, sua disposição tanto para benzê-los em grande maneira para lhes advertir a respeito dos problemas potenciais. Nos dias do Miqueas o povo se esqueceu deste pacto e de suas bênções e se apartou de Deus.

6.6-8 o Israel respondeu à petição de Deus tratando de apaziguá-lo com sacrifícios, esperando que os deixasse em paz. Mas os sacrifícios e outros rituais não bastam, Deus quer trocar nossas vidas. Quer que seu povo seja justo, reto, misericordioso e humilde. Deus quer que sejamos sacrifícios vivos (Rm 12:1-2). Não só que realizemos atos religiosos, mas sim vivamos corretamente (Jr_4:4; Hb 9:14). É impossível viver uma vida assim de firme sem o amor transformador de Deus em nossos corações.

6:8 As pessoas provaram todas as formas possíveis de agradar a Deus (6.6, 7), mas O deixou em claro seus desejos: quer que seu povo seja justo e misericordioso e que caminhe humildemente com O. Em seus esforços para agradar a Deus, examine essas áreas com regularidade. É você justo em seu trato com a gente? Mostra misericórdia com aqueles que lhe fazem mal? Está você aprendendo a ser humilde? Solo os que obedeçam a Deus, porque queiram agradá-lo, vivem em uma relação adequada com O.

6:16 Omri reinou no Israel e levou a povo à idolatria (1Rs 16:21-26). Acab, seu filho, foi o rei mais perverso do Israel (1Rs 16:29-33). Se o povo seguia sozinho os mandatos e exemplos desses reis, estava muito mal. Essa maldade penetrante estava amadurecida para o castigo.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Miquéias Capítulo 6 do versículo 1 até o 16
III. A MENSAGEM DE ISRAEL (Mq 6:1)

1 Ouvi agora o que diz o Senhor: Levanta-te, contende perante os montes, e ouçam os outeiros a tua voz. 2 Ouvi, ó montes, a de Jeová, e vós, fundamentos duradouros da terra; porque o Senhor tem uma contenda com o seu povo, e ele vai lutar com Israel. 3 ó meu povo, o que te fiz eu? e em que te enfadei? depor contra mim. 4 Pois te fiz subir da terra do Egito, e te remi da casa da servidão; e enviei adiante de ti a Moisés, Arão e Miriã. 5 Ó meu povo, lembre-se agora o que Balac, rei de Moab concebido, eo que Balaão, filho de Beor respondeu-lhe; lembre-se desde Sitim até Gilgal, para que saibais as justiças do Jeová.

6 Com que me apresentarei diante do Senhor, e me inclinarei diante do Deus altíssimo? que me apresentarei diante dele com holocaustos, com bezerros de um ano? 7 Jeová estar satisfeito com milhares de carneiros, ou com dez mil ribeiros de azeite?Darei o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto do meu ventre pelo pecado da minha alma? 8 Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o teu Deus?

Com uma ternura freqüentemente expostos no livro de Oséias, o Senhor vem para Micah e os povos com a sua polêmica . Ele chama as eternas montanhas para dar testemunho de sua fidelidade para com Israel como Ele ensaia a história de Israel, revelando o Seu cuidado, disposição e orientação. A nota de ternura é visto no repetida O meu povo (vv. Mq 6:3 , Mq 6:5 ). Jeová não chamar a atenção para os seus pecados graves, mas pede em que Ele os falhou. Ele não comanda, mas pede a eles para lembrar sua fidelidade para com eles. Israel responde a controvérsia do Senhor fazendo três perguntas: (1) Como sobre nossos sacrifícios regulares? (2) Como sobre nossas ofertas especiais e pródigos? (3) Como sobre o nosso espírito de sacrifício, até mesmo para o nosso primeiro-nascido (vv. Mq 6:6-8 )? Então respostas Jeová, ó homem (lit. Adão , genérico, ou seja, a humanidade), "não é as coisas, embora eles são ótimos em qualidade e quantidade, mas você mesmo que eu preciso. "O poeta redigido muito bem:" O dom sem o doador é nua. "Sim", vêm com as coisas, mas dar-se. " Para fazer justiça, amar a bondade, esta deve ser sua atitude de coração para com seus semelhantes. andes humildemente com o teu Deus, este deve ser seu atitude do coração em direção a seu Deus. Seja, então fazer. A justiça, compaixão e humildade constituem a teologia do Antigo Testamento. Exigência de Deus é "justiça, magnanimidade, e um coração humilde" (conforme Dt 10:12 ). Epítome da religião vital de Jesus é um pouco semelhante (Mt 22:35 ). Somente através da graça redentora e poder podem ser atendidos esses requisitos!

B. PECADOS DA CIDADE denunciado com punição (6: 9-16)

9 A voz do Senhor clama à cidade, e o homem de sabedoria vai ver o teu nome:. ouvi a vara, e que determinou que 10 estão lá ainda tesouros de impiedade na casa do ímpio, e uma medida escassa, que é detestável? 11 Serei puro com balanças falsas, e com uma bolsa de pesos enganosos? 12 Pois os ricos da cidade estão cheios de violência, e os seus habitantes falam mentiras, ea sua língua é enganosa na sua boca. 13 Portanto também eu te ferida com uma dolorosa ferida; Te fiz desolação por causa dos teus pecados. 14 comerás, mas não ficará satisfeito; ea tua humilhação estará no meio de ti, e tu arrumar, mas não deves salvar; . e aquilo que livrares, eu o entregarei à espada 15 Tu semearás, mas não deves colher; pisarás a azeitona, mas não deves te ungir com óleo; e do vintage, mas não beberás o vinho. 16 Para os estatutos de Onri, e todas as obras da casa de Acabe, e vós andais nos conselhos deles; para que eu faça de ti uma desolação, e dos seus habitantes um assobio, e vós o opróbrio do meu povo.

Esta seção apresenta a segunda acusação controvérsia do Senhor. É principalmente contra os homens ricos e mercantis de Jerusalém que são desonestos nas suas relações comerciais com os pobres. Ouvi a vara, e quem vos apponted-lo. A haste é Assíria; a Providência é Jeová. Os ricos, os homens de negócios, juntamente com os habitantes que oprimem os pobres por meios desonestos e de traição, deve colher o que semearam. Por isso também eu te ferida com uma dolorosa ferida; Te fiz desolação por causa dos teus pecados. Você tem semeado a violência, portanto, sua comida não vos aproveitará. Você tem semeado a desonestidade, pois suas economias será tirado de você. Você tem semeado o engano, portanto, o vosso trabalho não trará as recompensas rentáveis ​​de labuta. Você anda nos estatutos abomináveis ​​de Omri, que fez 1srael pecar, e nas formas perversas de Acabe, em vez de nos meus estatutos e formas. Portanto eu ... faça de ti uma desolação, e dos seus habitantes um assobio, ou seja, as nações estão espantados de sua prostração, e você deve ser um objeto de desprezo.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Miquéias Capítulo 6 do versículo 1 até o 16
6:1-8 Aqui se descreve um dia de julgamento, no qual Deus comparece como demandante contra o réu, Israel. A lei, sob a qual se julga o réu, define-se no v. 8: tudo aquilo que carece da misericórdia que Deus tanto revela como exige é passível de punição.
6.2 Ouvi, montes. Os montes são convocados como testemunhas, não só por fazerem parte integrante e perpétua da herança que Deus deu aos israelitas, mas também por terem sido o lugar onde estes mesmos israelitas praticavam os cultos pagãos dos cananeus (Ez 6:1-8).

6.5 Do que lhe respondeu Balaão. Quando Balaque convidou aquele grande vidente a amaldiçoar Israel com as mais potentes maldições da época (segundo o paganismo valeriam mais do que exércitos poderosos), Deus fez o vidente profetizar bênçãos dos céus para o povo escolhido. Já que o vidente, quando em transe, não tinha poder para ajudar a destruir os israelitas, ganhando as riquezas que Balaque lhe oferecera, então usou de sua habilidade humana para ensinar a Balaque como destruir os israelitas: mandando as moças da sua tribo conquistar o coração dos homens de Israel, levando-os à idolatria e, com isto, ao subseqüente castigo divino (veja as Notas de Nu 24:25.e 25.1).

• N. Hom. 6.8 O homem de Deus imita ao Senhor:
1) No tocante à ética, ele é justo;
2) No que tange à vida social, demonstra a misericórdia que perdoa e exalta;
3) No campo espiritual, submete-se alegre e humildemente à vontade divina (conforme Rm 12:2; Cl 1:9, Cl 1:10).

6.14,15 Algumas vezes a punição de Deus elimina ou toca nos valores materiais. Outras vezes, afeta o coração do pecador de tal modo que este sente profunda insatisfação, mesmo quando, aparentemente, tudo corre bem (conforme Ag 1:6, Ag 1:9).

6.16 Acabe. O mais idólatra dos reis do reino do norte, Israel.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Miquéias Capítulo 6 do versículo 1 até o 16
III. CONDENAÇÃO E CONSOLO (6.1—7.20)

Esses dois capítulos refletem as diversas disposições de humor do profeta. O peso principal, como nos caps. 1—3, é o pecado do povo de Deus, embora na seção final (7,820) a esperança da restauração brilhe de forma radiante. E difícil datar o oráculo, mas a referência a Onri e Acabe, reis do Reino do Norte, em 6.16 torna provável que ao menos o trecho Dt 6:1-5).


3) O salário do pecado (6:9-16)

Esses versículos talvez devam ser considerados uma continuação da acusação iniciada nos v. 3-5, embora a maioria dos exegetas os entenda como uma unidade de texto distinta. O texto volta ao tema do cap. 3, a injustiça social. No v. 9, a cidade pode ser Samaria se for aceita a data de antes de 721 a.C. Se a data é posterior, então Jerusalém é o alvo do parágrafo. Os habitantes são intimados a ouvir a acusação do Senhor e a advertência de que é sensato temer o seu nome. Ele lhes lembra as suas práticas ímpias (v. 9b-12), que afetam tanto o comércio quanto os relacionamentos pessoais. No comércio, eles cobram demais com balanças desonestas e pesos falsos e dão em troca quantidades menores com a sua medida falsificada (conforme Jl 8:5). A preponderância geral do mentiroso e do engano resulta em violência por parte dos ricos. A maldade deles pode conduzir ao acúmulo do tesouro em casa, mas o Senhor não vai esquecer nem absolver quem faz isso. Aliás, ele já começou a arruiná-los por causa do seu pecado (v. 13). O castigo consiste em parte no fracasso inevitável de não satisfazer o seu opressor materialista com os seus bens adquiridos de forma desonesta. Podem talvez até ter o suficiente para comer, mas não ficarão satisfeitos em virtude da fome interior pela comida que é mais do que pão. A sua tentativa de poupar para o futuro será frustrada (v. 14), e nem mesmo o ciclo natural da agricultura vai dar os resultados esperados (v. 15). Se esses versículos foram originariamente dirigidos aos líderes de Samaria durante o cerco final da cidade, o seu cumprimento foi rápido e literal, pois em 721 a.C. as economias e as colheitas foram encaminhadas para o domínio assírio. Esse é o resultado da impiedade (Gl 6:7). Visto que o povo seguia o mau exemplo de Onri (1Rs 16:25) e de sua dinastia (família de Acabe), poderia esperar de Deus somente o castigo. A sua cidade seria entregue à ruína (conforme 1.6), e o povo teria de suportar o desprezo e a zombaria das nações pagãs. Assim, hoje, para aqueles que se negam a obedecer às exigências e advertências de Deus, sobra somente uma terrível expectativa de juízo (He 10:27).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Miquéias Capítulo 6 do versículo 1 até o 20


4) Paulo em suas cartas aos romanos e gálatas ensinou que não existem judeus nem gregos . . . no reino; todos são um e em Cristo todos são da semente de Abraão e herdeiros da Promessa.

IV. O Litígio de Jeová. 6:1 - 7:20.

Os capítulos Mq 4:1 e 5 do livro de Miquéias predizem a vinda e a obra do Messias. A profecia se estende à consumação de todas as coisas, que Miquéias viu realizadas através do pecado, juízo e salvação. Nestes dois últimos capítulos o profeta descreve o pecado do povo, como também a luta de Jeová com eles e o Seu juízo sobre eles; ele também prediz que o povo confessará os seus pecados e receberá as bênçãos prometidas. Tudo isto está exposto na forma de um processo judicial. O profeta é o promotor público de Jeová, tendo as montanhas e as colinas (talvez símbolos de justiça imutável) por tribunal e juizes. Jeová argüi através do profeta; o povo replica; as montanhas e as colinas ficam em silencioso julgamento.


Moody - Comentários de Miquéias Capítulo 6 do versículo 10 até o 13

10-13. Anda há . . . tesouros de impiedade? A resposta se encontra nas acusações de desonestidade nos negócios, medidas insuficientes, falsas balanças (v. Mq 6:11), opressão dos pobres pelos ricos, mentiras e enganos (v. Mq 6:12; cons. Jc 4:1-12). Esta é a velha história das deploráveis condições sociais, financeiras e morais apesar das advertências de Jeová.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Miquéias Capítulo 6 do versículo 9 até o 16
b) Denúncia contra o pecado da cidade (Mq 6:9-16)

O restante deste capítulo condena as desonestas práticas comerciais que se tinham tornado generalizadas em Israel. Miquéias se dirige aqui aos negociantes da cidade (9) que se ocupavam em desonestidades comerciais (10-11), a enganar e a mentir (12). Ele proclama a verdade eterna que negócios assim levados a efeito não podem subsistir e que os lucros assim ganhos não serão desfrutados (13-15). Cfr. Dn 8:7 com o versículo 15. Alguns desses versículos bem poderiam ser exibidos, nas reuniões comerciais, para que os negociantes e comerciantes pudessem lê-los e digeri-los internamente. Os magnatas da cidade são condenados por observarem os estatutos de Onri, e toda a obra da casa de Acabe (16). Parece ficar evidente, por essas palavras, que os costumes opressivos e violentos da dinastia de Onri haviam sido quase que elevados ao nível de estatutos legais, por volta do oitavo século A. C. De todas as ações da casa de Acabe, a injusta aquisição, por parte do próprio Acabe, da vinha de Nabote, era, como já temos tido ocasião de notar, o exemplo mais destacado.


Dicionário

Ainda

advérbio Até este exato momento; até agora: o professor ainda não chegou.
Naquele momento passado; até então: eu fui embora da festa, mas minha mãe ainda ficou por lá.
Num instante recente; agora mesmo: ainda há pouco ouvi seus gritos.
Que tende a chegar num tempo futuro; até lá: quando ele voltar, ela ainda estará esperando.
Num certo dia; algum dia indeterminado: você ainda vai ser famoso.
Em adição a; mais: há ainda outras concorrentes.
No mínimo; ao menos: ainda se fosse rico, mas não sou.
De modo inclusivo; inclusive: gostava de todos os alunos, inclusive os mais bagunceiros.
Etimologia (origem da palavra ainda). Etm a + inda.

Casa

substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
[Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
Em costura, fenda usada para pregar botões.
[Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
[Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

No sentido mais lato da palavra “baytith” emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas vezes, chamado a casa, a residência de Deus. Pouca mudança tem havido no sistema de edificar casas no oriente. As ruas das cidades são geralmente estreitas, tendo, por vezes de um e de outro lado uma carreira de lojas. Por detrás destas estão as habitações. Se entrarmos numa das principais casas, passaremos, primeiramente, por um corredor, onde se vêem bancos de cada lado, e é ali que o senhor da casa recebe qualquer indivíduo, quando quer tratar dos seus negócios, sendo a poucas pessoas permitido passar adiante. Para além desta entrada, o privilegiado visitante é recebido no pátio, ou quadrângulo, que geralmente é pavimentado de mármore ou outra substância dura, e não tem cobertura. Este pátio dá luz e ar a vários compartimentos que têm portas para aquele quadrângulo. Com o fim de receber hóspedes, é o pavimento coberto de esteiras ou tapetes – e visto como estão seguros contra qualquer interrupção de fora, é o lugar mais próprio para recepções e diversões. o pátio é, geralmente, rodeado de um claustro, sobre o qual, quando acontece ter a casa mais de um andar, é levantada uma galeria para cada andar nas mesmas dimensões que o claustro, tendo uma balaustrada para impedir o povo de cair. As janelas que deitam para a rua são pequenas e altamente colocadas, sendo fechadas por meio de um sistema de tábuas furadas e esculpidas em vez de vidro. Deste modo fica oculto o morador, podendo, contudo, obter uma vista do que se passa fora. Todavia, as janelas dos andares superiores são, freqüentemente, de considerável grandeza, e construídas numa saliência para fora da parede da casa. Foi esta a espécie da janela pela qual foi atirada Jezabel por mandado de Jeú. Nas casas dos ricos a parte mais baixa das paredes é adornada de tapeçarias de veludo ou damasco, suspensas em ganchos, podendo esses ornamentos subir ou descer segundo se quer (Et 1:6). A parte superior das paredes é adornada de um modo mais permanente, ao passo que os tetos são, algumas vezes, feitos de madeira preciosa e odorífera (Jr 22:14). os sobrados destes esplêndidos quartos são cobertos de lajes pintadas, ou de pedra mármore. Algumas vezes eram feitos de estuque, coberto de ricos tapetes. Em todos os casos, os quartos de mulheres estão separados, embora a separação não fossem outros tempos tão estrita como é hoje entre os hebreus. Nas casas de certa pretensão havia um quarto para hóspedes. o telhado das casas orientais é quase sempre plano. Compõe-se de vigas de madeira, cobertas de pedra ou argamassa, para proteger os moradores contra o sol e as chuvas, e também, para lhes proporcionar um sítio muito agradável ao ar livre quando está bom o tempo. Em volta deste telhado há um parapeito, não muito alto, para segurança das pessoas (Dt 22:8). Na Palestina o povo dorme nos terraços da casa, durante o tempo de mais calor, em caramanchões feitos de ramos ou de junco (Ne 8:16). o quarto dos hóspedes é, algumas vezes, construído sobre o telhado, e como para este se sobe por uma escada exterior, pode o hóspede entrar ou sair sem comunicar-se com a família. Várias ocupações domésticas são efetuadas nestes lugares altos da casa, como estender a roupa para secar, e espalhar figos, uvas, etc., para se fazer passas. E algumas vezes também foram usados estes lugares para o culto idolátrico (2 Rs 23.12 – Jr 32:29). As tendas, usadas durante a Festa do Tabernáculo, eram levantadas sobre telhados planos, que eram também escolhidos para os moradores se lamentarem em ocasião de grande aflição. os fogões não existem nas casas orientais, mas a família serve-se de braseiros, acontecendo, também, acenderem o lume no pátio aberto. Todavia, a cozinha tinha uma elevação feita de tijolo, com cavidades, em que se fazia a necessária fogueira. Havia os lugares para cozinhar, aos quais se refere Ez 46:23. Além dos caramanchões para uso no verão, havia, também, compartimentos especialmente protegidos, que se usavam no tempo frio. As casas dos pobres no oriente são construções muito fracas, sendo as paredes feitas de barro, canas e junco (*veja 4:19). Pode o ladrão penetrar facilmente dentro destas habitações (24:16Mt 24:43). Algumas vezes estas moradas de barro, e mesmo de tijolo, constavam de uma sala somente, sendo ainda uma parte dela separada para o gado. o exterior de todas as casas, tanto dos ricos como dos pobres, apresenta uma fraca aparência. Nada mais se observa, geralmente, do que uma nua parede branca, com pequenas janelas, gelosias e uma simples porta. (*veja Tenda, Tabernáculo, Cabana.)

morada, vivenda, palácio, palacete, tugúrio, teto, chalé, lar, fogo, canto, palheiro, palhoça, choupana, casebre, cabana, tenda, barraca, arribana, choça, colmo, habitação, mansarda, pardieiro, biombo, cômodo, prédio, solar, castelo. – Habitação é, de todos os vocábulos deste grupo, o mais genérico. De “ato de habitar”, que é o que significa propriamente esta palavra habitação, passou a designar também a própria casa, que se habita: casa, ou palácio, ou choupana, ou biombo – tudo será habitação. – Casa é “o edifício de certas proporções destinado à habitação do homem”; e por extensão, designa, em linguagem vulgar, toda parte onde se abrigam alguns animais: a casa do escaravelho; a casa dos coelhos, etc. – Morada é “à habitação onde se mora, ou onde se fica por algum tempo, onde alguém se aloja provisoriamente”. – Vivenda é a “habitação onde se vive”, e sugere a ideia da maior ou menor comodidade com que a gente aí se abriga e vive. Por isso, usa-se quase sempre com um adjetivo: bela vivenda; vivenda detestável. – Palácio é “o edifício de proporções acima do normal, grandioso e magnífico”. Palacete é diminutivo de palácio, designando, portanto, “prédio rico e elegante”. – Tugúrio (latim tugurium, de tegere “cobrir”) é “o abrigo onde qualquer vivente se recolhe, ou habitualmente ou por algum tempo”. Este nome dá-se também, por modéstia ou por falsa humildade, à própria habitação magnífica. – Teto (latim tectum, também de tegere) é quase o mesmo que tugúrio: apenas teto não se aplica a um abrigo de animais, e sugere melhor a ideia de conchego, de proteção, de convívio amoroso: “teto paterno”; “era-lhe o céu um teto misericordioso”. – Chalé é palavra da língua francesa, hoje muito em voga, significando “casa de escada exterior, no estilo suíço, ordinariamente revestida de madeira, cujo teto de pouca inclinação é coberto de feltro, asfalto ou ardósia, e forma grande saliência sobre as paredes”. (Aul.). – Lar é a “habitação considerada como abrigo tranquilo e seguro da família”. – Fogos é o nome que se dá, nas estatísticas, às casas habitadas de um distrito, de uma cidade, ou de uma povoação: “a aldeia vizinha não chega a ter cem fogos”. – Canto, aqui, é “o lugar, o sítio, a morada humilde e desolada, onde alguém como que se refugia afastando-se do mundo”. – Palheiro é propriamente o lugar onde se guarda palha: designa, portanto, neste grupo, “abrigo ou habitação muito rústica e grosseira”. – Palhoça é “pequena casa coberta de palha”. – Choupana é – diz Aul. – “casa rústica de madeira, ou de ramos de árvores para habitação de pastores”. – Cabana (do italiano capánna) é “casinha coberta de colmo ou de palha, onde se abrigam à noite os camponeses, junto ou no meio das roças ou lavouras”. – Casebre é “pequena casa velha e arruinada, onde mora gente muito pobre”. – Tenda é “armação coberta para abrigo provisório ou de passagem em caminho ou em campanha”. – Barraca é “tenda ligeira, coberta de tela de lona ordinariamente”. – Arribana é “palheiro que serve mais para guarda de animais e trem de viagem propriamente que para habitação, prestando-se quando muito para pernoite ao abrigo de intempéries”. – Choça é “habitação ainda mais rústica e grosseira que a choupana”. Dizemos que o selvagem procura a sua choça (e não, pelo menos com a mesma propriedade –, a sua choupana). – Colmo, aqui, é “o colmo tomado pela cabana que é dele coberta”. – Mansarda afasta-se um pouco do francês de que a tomamos (mansarde é propriamente água-furtada ou trapeira, isto é – o último andar de uma casa tendo a janela ou janelas já abertas no telhado): tem, no português usual, mais a significação de “habitação 256 Rocha Pombo humilde, incômoda e difícil, onde há pobreza”. – Pardieiro é – diz Aul. – “edifício velho e em ruínas”: “Já me cansam estas perpétuas ruínas, estes pardieiros intermináveis” (Garrett). – Biombo é “um pequeno recinto separado de uma sala por meio de tabique móvel, e que serve de dormitório, de gabinete”, etc. Costuma-se dizer: “vou para o meu biombo” para significar que se vai para casa. – Cômodo, aqui, é “uma parte de prédio que se aluga por baixo preço e por pouco tempo ordinariamente”. – Prédio (latim prœdium, do prœs “garante, penhor, fiador”) é propriamente “bem de raiz, propriedade real”; mas, aqui, designa “a casa que é nossa própria, a propriedade que consta da casa e do terreno onde está construída”. – Solar é “a propriedade (terras e casa) considerada como representando uma tradição de família, tendo passado por herança de pais a filhos desde alguns séculos”. – Castelo era antiga habitação fortificada, fora das cidades, e onde residiam os grandes senhores feudais. Hoje é “habitação nobre, luxuosa, onde se vive com opulência”.

[...] Aqui [no mundo etéreo], temos o poder de moldar a substância etérea, conforme pensamos. Assim, também as nossas casas são produtos das nossas mentes. Pensamos e construímos. É uma questão de vibração do pensamento e, enquanto mantivermos essas vibra ções, conservaremos o objeto que, du rante todo esse tempo, é objetivo para os nossos sentidos.
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 10


Casa Construção em que pessoas moram. Na Palestina as casas eram feitas de pedra. Os pobres viviam às vezes em cavernas. As pessoas errantes, que se deslocavam em busca de alimentos e de pastagens para os seus rebanhos, viviam em barracas feitas com peles de cabra ou de camelo (Gn 4:20). No litoral do mar Mediterrâneo construíam-se casas de barro. O teto era feito de palha e barro.

substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
[Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
Em costura, fenda usada para pregar botões.
[Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
[Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

Detestável

adjetivo Deplorável; que incita aversão; que provoca repulsa; que inspira indignação: ação detestável; indivíduo detestável.
Insuportável; que não pode ser suportado; excessivamente desagradável: circunstância detestável.
Etimologia (origem da palavra detestável). Do latim deetestabilis.e.

E

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

Efa

22 lts. (secos)

Efa Medida de capacidade para secos igual a 17,62 l. É 1/10 do ÔMER (Ez 45:11) e vale 10 GÔMERES.

Efá

-

(Heb. “trevas”).


1. Um dos filhos de Midiã e descendente de Abraão e sua esposa Quetura (Gn 25:4-1Cr 1:33). Esse nome é também mencionado em Isaías 60:6, onde o profeta olha para um tempo em que glória e riqueza virão para Israel até mesmo de Sabá: “Multidão de camelos cobrirá a tua terra, os dromedários de Midiã e Efá”.


2. Uma das concubinas de Calebe. Gerou a Harã, Moza e Gazez (1Cr 2:46).


3. Um dos seis filhos de Jodai e líder da tribo de Judá (1Cr 2:47).


Efã

-

Ha

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

hebraico: calor, queimado

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

Impiedade

Impiedade Qualidade ou estado de quem não tem PIEDADE; irreligião; incredulidade (Pv 11:5); (Rm 1:18).

impiedade s. f. 1. Qualidade de ímpio. 2. Falta de piedade; crueldade. 3. Ato ou expressão ímpia.

Impio

substantivo masculino Aquele que age com crueldade; quem não tem piedade; cruel, desumano.
adjetivo Que não expressa humanidade nem demonstra piedade ou consideração; desumano, cruel, bárbaro, desapiedado.
Gramática Superlativo Absoluto Sintético: impiíssimo.
Etimologia (origem da palavra impio). Im + pio.

substantivo masculino Aquele que age com crueldade; quem não tem piedade; cruel, desumano.
adjetivo Que não expressa humanidade nem demonstra piedade ou consideração; desumano, cruel, bárbaro, desapiedado.
Gramática Superlativo Absoluto Sintético: impiíssimo.
Etimologia (origem da palavra impio). Im + pio.

Pequeno

adjetivo De reduzido porte, de pouca extensão, de baixa estatura, franzino.
Cuja estatura está abaixo da média: criança muito pequena.
De pouca idade; ainda na infância: ele implicava mais com o filho pequeno.
De pouca expressão, valor ou significado: diante de tudo isso, seu comentário é pequeno.
Figurado Que tem pouca importância pelo número, quantidade, intensidade, valor etc.
Pessoa de ideias estreitas; mesquinho, reles, vil: mente pequena.
De capital ou relevância reduzido; com pouca ou nenhuma força de produção ou representatividade comercial: empresa pequena.
Expressão de amizade; namorado: meu pequeno.
Que se humilha por respeito ou crença.
substantivo masculino Os fracos, os pobres, os humildes.
As crianças; os filhos e filhas: festa somente para os pequenos.
Etimologia (origem da palavra pequeno). Do latim pitinnus.

Tesouros

masc. pl. de tesouro

te·sou·ro
(latim thesaurus, -i)
nome masculino

1. Grande quantidade de ouro, prata, coisas preciosas, posta em reserva.

2. Lugar onde se guardam esses objectos.

3. Erário.

4. Ministério das Finanças.

5. Preciosidade.

6. Riqueza.

7. Apuro.

8. Pessoa ou coisa por que se tem profunda afeição ou a que se liga grande apreço.

9. Manancial, fonte de bens, graças, virtudes.

10. [Linguística] [Linguística] Compilação do léxico de uma língua ou de uma área do saber. = TESAURO

11. Obra de referência importante ou que tem grande abrangência. = TESAURO


ímpio

Cruel; sem dó; impiedoso; sem compaixão

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Miquéias 6: 10 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Porventura ainda há na casa do ímpio tesouros da impiedade, e medida diminuída, que é detestável?
Miquéias 6: 10 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

735 a.C.
H1004
bayith
בַּיִת
casa
(within inside)
Substantivo
H214
ʼôwtsâr
אֹוצָר
tesouro, depósito
(treasure)
Substantivo
H2194
zâʻam
זָעַם
denunciar, expressar indignação, estar indignado
(defy)
Verbo
H374
ʼêyphâh
אֵיפָה
efa
(of an ephah)
Substantivo
H5750
ʻôwd
עֹוד
novamente
(again)
Substantivo
H7332
râzôwn
רָזֹון
magreza, escassez, definhamento
(leanness)
Substantivo
H7562
reshaʻ
רֶשַׁע
erro, perversidade, culpa
(their wickedness)
Substantivo
H7563
râshâʻ
רָשָׁע
os maus
(the wicked)
Adjetivo
H784
ʼêsh
אֵשׁ
fogo
(burning)
Substantivo


בַּיִת


(H1004)
bayith (bah'-yith)

01004 בית bayith

provavelmente procedente de 1129 abreviado; DITAT - 241 n m

  1. casa
    1. casa, moradia, habitação
    2. abrigo ou moradia de animais
    3. corpos humanos (fig.)
    4. referindo-se ao Sheol
    5. referindo-se ao lugar de luz e escuridão
    6. referindo-se á terra de Efraim
  2. lugar
  3. recipiente
  4. lar, casa no sentido de lugar que abriga uma família
  5. membros de uma casa, família
    1. aqueles que pertencem à mesma casa
    2. família de descendentes, descendentes como corpo organizado
  6. negócios domésticos
  7. interior (metáfora)
  8. (DITAT) templo adv
  9. no lado de dentro prep
  10. dentro de

אֹוצָר


(H214)
ʼôwtsâr (o-tsaw')

0214 אוצר ’owtsar

procedente de 686; DITAT - 154a; n m

  1. tesouro, depósito
    1. tesouro (ouro, prata, etc.)
    2. depósito, estoques de comida ou bebida
    3. casa do tesouro, tesouraria
      1. casa do tesouro
      2. depósito, loja
      3. tesouraria
      4. arsenal de armas (fig. do arsenal de Deus)
      5. reservatórios (de Deus para chuva, neve, granizo, vento, mar)

זָעַם


(H2194)
zâʻam (zaw-am')

02194 זעם za am̀

uma raiz primitiva; DITAT - 568; v

  1. denunciar, expressar indignação, estar indignado
    1. (Qal)
      1. ter indignação, estar indignado, estar furiosamente indignado, ser rebelde
      2. ser abominável
      3. expressar indignação na fala, denunciar, amaldiçoar
    2. (Nifal) mostrar indignação, mostrar raiva

אֵיפָה


(H374)
ʼêyphâh (ay-faw')

0374 איפה ’eyphah ou (reduzido) אפה ’ephah

de derivação egípcia; DITAT - 82; n f

  1. efa
    1. uma medida de quantidade para secos igual a 3 seás ou 10 ômeres; o mesmo que a medida para líqüidos denominada bato; (aproximadamente 9 galões britânicos 40l), escritos rabínicos indicam a metade desta quantia)
    2. o receptáculo para medir ou guardar esta quantia

עֹוד


(H5750)
ʻôwd (ode)

05750 עוד ̀owd ou עד ̀od

procedente de 5749; DITAT - 1576a subst

  1. repetição, continuação adv
  2. ainda, novamente, além disso
    1. ainda, ainda assim (referindo-se a continuidade ou persistência)
    2. ainda, ainda assim, além disso (referindo-se a adição ou repetição)
    3. novamente
    4. ainda, ainda mais, além disso

רָזֹון


(H7332)
râzôwn (raw-zone')

07332 רזון razown

procedente de 7329; DITAT - 2139c; n. m.

  1. magreza, escassez, definhamento
    1. magreza
    2. definhamento (causado por doença)
    3. escassez (de meios)

רֶשַׁע


(H7562)
reshaʻ (reh'-shah)

07562 רשע resha ̀

procedente de 7561; DITAT - 2222a; n. m.

  1. erro, perversidade, culpa
    1. perversidade (como violência e crime contra a lei civil)
    2. perversidade (referindo-se aos inimigos)
    3. perversidade (em relações éticas)

רָשָׁע


(H7563)
râshâʻ (raw-shaw')

07563 רשע rasha ̀

procedente de 7561; DITAT - 2222b; adj.

  1. perverso, criminoso
    1. perverso, alguém culpado de crime (substantivo)
    2. perverso (hostil a Deus)
    3. perverso, culpado de pecado (contra Deus ou homem)

אֵשׁ


(H784)
ʼêsh (aysh)

0784 אש ’esh

uma palavra primitiva; DITAT - 172; n f

  1. fogo
    1. fogo, chamas
    2. fogo sobrenatural (junto com teofania)
    3. fogo (para cozinhar, assar, crestar)
    4. fogo do altar
    5. a ira de Deus (fig.)