Enciclopédia de Naum 1:4-4

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

na 1: 4

Versão Versículo
ARA Ele repreende o mar, e o faz secar, e míngua todos os rios; desfalecem Basã e o Carmelo, e a flor do Líbano se murcha.
ARC Ele repreende o mar, e o faz secar, e esgota todos os rios; desfalecem Basã e Carmelo, e a flor do Líbano se murcha.
TB Ele repreende o mar, e fá-lo secar, e esgota todos os rios; Basã desfalece, como também o Carmelo, e a flor do Líbano se murcha.
HSB גּוֹעֵ֤ר בַּיָּם֙ וַֽיַּבְּשֵׁ֔הוּ וְכָל־ הַנְּהָר֖וֹת הֶֽחֱרִ֑יב אֻמְלַ֤ל בָּשָׁן֙ וְכַרְמֶ֔ל וּפֶ֥רַח לְבָנ֖וֹן אֻמְלָֽל׃
BKJ Ele repreende o mar, e o faz secar, e esgota todos os rios; desfalecem Basã e o Carmelo, e a flor do Líbano murcha.
LTT Ele repreende o mar, e o faz secar, e esgota todos os rios; desfalecem Basã e o Carmelo, e a flor do Líbano murcha.
BJ2 Ameaça o mar e o seca, e a todos os rios ele faz secar. ... Murcham Basã e o Carmelo,[c] e murcha a verdura do Líbano!

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Naum 1:4

Josué 3:13 porque há de acontecer que, assim que as plantas dos pés dos sacerdotes que levam a arca do Senhor, o Senhor de toda a terra, repousem nas águas do Jordão, se separarão as águas do Jordão, e as águas que de cima descem pararão num montão.
Jó 38:11 e disse: Até aqui virás, e não mais adiante, e aqui se quebrarão as tuas ondas empoladas?
Salmos 74:15 Fendeste a fonte e o ribeiro; secaste os rios impetuosos.
Salmos 104:7 à tua repreensão, fugiram; à voz do teu trovão, se apressaram.
Salmos 106:9 Repreendeu o mar Vermelho, e este se secou, e os fez caminhar pelos abismos como pelo deserto.
Salmos 114:3 O mar viu isto e fugiu; o Jordão tornou atrás.
Salmos 114:5 Que tiveste, ó mar, que fugiste, e tu, ó Jordão, que tornaste atrás?
Isaías 19:5 E faltarão as águas do mar, e o rio se esgotará e secará.
Isaías 33:9 A terra geme e pranteia, o Líbano se envergonha e se murcha, Sarom se tornou como um deserto, Basã e Carmelo foram sacudidos.
Isaías 44:27 quem diz à profundeza: Seca-te, e eu secarei os teus rios;
Isaías 50:2 Por que razão vim eu, e ninguém apareceu? Chamei, e ninguém respondeu? Tanto se encolheu a minha mão, que já não possa remir? Ou não há mais força em mim para livrar? Eis que, com a minha repreensão, faço secar o mar, torno os rios em deserto, até que cheirem mal os seus peixes, pois não têm água e morrem de sede.
Isaías 51:10 Não és tu aquele que secou o mar, as águas do grande abismo? E que fez o caminho no fundo do mar, para que passassem os remidos?
Ezequiel 30:12 E os rios farei secos, e venderei a terra, entregando-a na mão dos maus, e assolarei a terra e a sua plenitude pela mão de estranhos; eu, o Senhor, o disse.
Amós 1:2 E disse: O Senhor bramará de Sião e de Jerusalém dará a sua voz; nas habitações dos pastores haverá pranto, e secar-se-á o cume do Carmelo.
Amós 5:8 procurai o que faz o Sete-estrelo e o Órion, e torna a sombra da noite em manhã, e escurece o dia como a noite; o que chama as águas do mar e as derrama sobre a terra; Senhor é o seu nome.
Mateus 8:26 E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pequena fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

OS VIZINHOS DE ISRAEL E JUDÁ

O LEGADO DE DAVI E SALOMÃO
Durante o reinado de Davi, Israel conquistou vários povos vizinhos, mas não todos. Ao norte, Hirão de Tiro e outros reis fenícios governavam uma faixa ao longo da costa do Mediterrâneo correspondente de forma aproximada a atual Líbano. Mais ao sul, também junto ao Mediterrâneo, os filisteus mantiveram sua independência. Do lado leste do rio Jordão e a leste e sul do mar Morto, Davi conquistou Amom, Moabe e Edom. Depois de derrotar Hadadezer de Zobá, Davi parece ter conseguido controlar parte da Síria até o rio Eufrates. Nos anos depois da morte de Salomão, essas regiões readquiriram sua independência.

AMOM
O centro do reino de Amom era a grande cidadela de Rabá- Amom (atual Amã, capital da Jordânia). Os amonitas eram descendentes de Ben-Ami, filho de Ló (sobrinho de Abraão) (com sua filha mais nova) A região a oeste que se estendia até o vale do Jordão entre os ribeiros Jaboque e Arnom era ocupada pelos amorreus.

MOABE
O reino de Moabe se concentrava no planalto entre o ribeiro de Arnom, que corria por um vale de até 500 m de profundidade, e o ribeiro de Zerede, a leste do mar Morto. Sua cidade mais importante era Quir-Haresete, a magnífica fortaleza de Kerak. A região ao norte do rio Arnom era chamada de Misor, ou campinas de Moabe. Os moabitas eram descendentes de Ló com sua filha mais vela. Rute, a bisavó de Davi, era moabita. Moabe era uma região conhecida pela criação de ovinos e, por algum tempo, teve de pagar a Israel um tributo anual de cem mil cordeiros e a lã de cem mil carneiros.

EDOM
Os edomitas eram descendentes de Esaú, o irmão mais velho de Jacó. Ocupavam o território ao sul do mar Morto e a sudeste do ribeiro de Zerede. Essa região montanhosa também era chamada de monte Seir, que significa "peludo", pois era coberta de uma vegetação densa constituída, em sua maior parte, de arbustos. Abrangia a Arabá, ou deserto de Edom, a grande depressão que liga o mar Morto ao mar Vermelho. Sua capital, Sela, pode ser identificada com Petra, a cidade que viria a ser conhecida como a espetacular capital rosada dos árabes nabateus.

A REGIÃO AO SUL DO MAR MORTO
Ao sul de uma linha imaginária entre Gaza e Berseba, estendendo-se para o leste até o sul do mar Morto, fica o deserto de Zim. Essa área extensa que constitui a parte norte do deserto do Sinai apresenta um índice pluviométrico anual inferior a 200 mm e, portanto, não pode ser usada para a agricultura. Judá procurou exercer controle sobre Edom e essa região. Os portos de Eziom-Geber (possivelmente Tell el-Kheleifeh) e Elate no norte do golfo de Ácaba permitiam que Judá tivesse acesso ao mar Vermelho e seu comércio valioso.

OS FILISTEUS
Quatro cidades filistéias, Ecrom, Asdode, Asquelom e Gaza, permaneceram independentes do controle de Israel e Judá. Apenas Gate foi controlada pelo reino de Judá.

O LÍBANO
Os montes da região norte da Galileia são separados das cadeias de montanhas do Líbano ao norte pelo vale profundo do rio Litani que desemboca no Mediterrâneo alguns quilômetros ao norte de Tiro. As montanhas de até 3.088 m de altura que passam cerca da metade do ano cobertas de neve explicam o nome "Líbano", que significa "branco". As coníferas e cedros do Líbano forneciam a madeira de melhor qualidade do Antigo Oriente Próximo, cobiçadas por reis da Mesopotâmia e do Egito, e também por Salomão, que adquiriu dessa região a madeira para o templo do Senhor em Jerusalém. A leste da cadeia de montanhas do Líbano encontra-se o vale de Becá. As montanhas formam uma barreira natural, impedindo que as chuvas cheguem ao vale onde o índice pluviométrico anual não passa de 250 mm. Os rios Orontes e Litani correm, respectivamente, ao longo do norte e do sul do vale para o mar Mediterrâneo. A leste de Becá fica a cadeia de montanhas do Antilíbano, cujo pico mais alto é o do monte Hermom (também chamado de Sirion ou Senir) com 2.814 m de altura. A costa mediterrânea do Libano possui

DO OUTRO LADO DO MAR
Os fenícios da costa do Líbano eram exímios marinheiros. Salomão contratou marujos de Hirão, rei de Tiro, para seus empreendimentos comerciais no mar Vermelho. Os israelitas, por sua vez, eram um povo ligado à terra que mostrava pouco entusiasmo pelo mar, como o salmista deixa claro: "Subiram até aos céus, desceram até aos abismos; no meio destas angústias, desfalecia-lhes a alma. Andaram, e cambalearam como ébrios, e perderam todo tino. Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações" (SI 107:26-28).

A SÍRIA
A leste da cadeia do Antilíbano fica o país chamado hoje de Síria. Este foi o nome que os romanos deram à região, que incluía a Palestina, quando Pompeu a conquistou em 63 .C. e a transformou numa província romana. No tempo do Antigo Testamento, a região ao redor de Damasco e mais ao norte era chamada de Hara. Davi firmou alianças com os reis arameus de Gesur (a leste do mar da Galileia) e Hamate. Conquistou Zoba (ao norte de Damasco), estendendo seu domínio até o rio Eufrates. Damasco recobrou sua independência durante o reinado de Salomão quando um certo Rezom passou a controlar a região. Ben-Hadade II, Hazael e Ben-Hadade IlI, reis posteriores de Damasco, entraram em conflito repetidamente com Israel, o reino do norte.

A LESTE DO JORDÃO
Basã e Gileade, a leste do rio Jordão, faziam parte da terra prometida, e, portanto, não eram vizinhos de Israel. Entretanto, a fim de fornecer uma descrição mais abrangente, devemos tratar dessas terras do outro lado do rio. Nessa região, os ventos frios do deserto que, no inverno, sopram sobre os montes orientais impedem o cultivo de oliveiras e, em alguns lugares, também de vinhas.

Vizinhos de Israel e Judá
Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam. em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.

Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.
Cedros nas montanhas do Líbano.

PALESTINA - DISTRITOS GEOPOLÍTICOS

Antes de nos envolvermos numa análise mais aprofundada dos aspectos topográficos naturais da Palestina, é necessário definir e, em poucas palavras, delinear certos termos que as Escrituras usam para designar as várias subdivisões geográficas e/ou geopolíticas da terra. Mas, para isso, será proveitoso introduzir, primeiro, dois vocábulos geográficos modernos que, às vezes, são empregados para designar essa terra: Cisjordânia ("deste lado o lado ocidental do rio Jordão") e Transjordânia ("do outro lado [o lado oriental] do rio Jordão"). Já vimos como, em várias épocas, o rio Jordão serviu de fronteira tanto geográfica quanto política. E, antes de prosseguir, é fundamental entender a natureza temporária dessas subdivisões. As fronteiras de um distrito específico podem ter variado ao longo dos séculos, e não é possível estabelecê-las com precisão em cada período. Esse problema é especialmente agravado quando se tenta determinar as fronteiras de um distrito que existiu durante um longo período da história bíblica, talvez durante mais de um milênio. Além do mais, é necessário levar em conta que uma mesma área geográfica frequentemente tinha nomes diferentes em períodos diferentes.

CISJORDÂNIA
De uma perspectiva geopolítica, pode-se dizer que a Cisiordânia esteve dividida em quatro distritos durante a maior parte da história bíblica. Indo do norte para o sul, essas quatro secções foram: Fenícia, Galileia, Samaria e Judá/Judeia.

FENÍCIA
No Antigo Testamento, a Fenícia é em geral definida como uma área litorânea estreita, que se estendia por cerca de 200 quilômetros, desde o rio el-Kabir até o monte Carmelo, e, no lado oriental, era flanqueada pelas montanhas do Líbano e da Galileia. Na época do Novo Testamento, o monte Carmelo já havia caído nas mãos de monarcas de Tiro,62 de sorte que, para o lado sul, a Fenícia chegava até a planície de Dor. A Fenícia foi o cenário de dois milagres da Bíblia: em Sarepta, Eliseu ressuscitou o filho de uma viúva, o qual havia parado de respirar (1Rs 17:8-24), e, na região de Tiro e Sidom, Jesus curou a filha de uma mulher siro-fenícia (Mc 7:24-30). A Fenícia também recebeu várias das primeiras viagens apostólicas.

GALILEIA
Imediatamente a leste da região sul da Fenícia, ficava o distrito da Galileia, o território mais setentrional que o Israel antigo chegou a ocupar. A área central da Galileia se estendia do rio Litani e da região de Dá, no norte, até o vale de Jezreel, no sul, medindo cerca de 80 quilômetros de norte a sul e uns 40 quilômetros de leste a oeste. Em todas as épocas, o distrito esteve dividido por um estreito vale lateral que acompanhava uma falha geológica que saía de Aco/Ptolemaida, rumava para o leste e chegava até a moderna Rosh Pinna (apenas cerca de 16 quilômetros ao norte do mar da Galileia). Esse vale de Beth Kerem divide a Galileia em duas subdivisões: Alta Galileia e Baixa Galileia.3 A distinção é geográfica e não administrativa. O terreno acidentado e praticamente intransponível da Alta Galileia chega a mais de 1.000 metros de altitude, e parte de sua região central é a mais elevada de toda a Cisiordânia (o iebel Jarmuk fica mais de 1.200 metros acima do nível do mar). Na Baixa Galileia, os cumes ficam abaixo de 600 metros de altura. A maioria das referências à Galileia, inclusive todas as do Novo Testamento, é à Baixa Galileia. Por causa de sua localização no norte, a Galileia talvez fosse mais vulnerável à assimilação cultural e ao domínio militar (Is 9:1; Mt 4:15-16; 2Rs 15:29). Embora a Galileia tenha sido habitada pelas tribos de Naftali, Issacar, Zebulom e talvez parte de Aser durante o período da ocupação, a partir do cativeiro babilônico (1Rs 9:10-14) a sua população gentílica passou a ser majoritária. Por isso, o distrito era suspeito tanto do ponto de vista ideológico (Jo 1:46; cp. 7.41,52) quanto do linguístico (Mt 26:73b). Apesar disso, a Galileia se tornou muito importante, igualmente, para judeus e cristãos. Para os judeus, após a destruição de Jerusalém em 70 d.C., a cidade de Tiberíades se converteu, pouco a pouco, no centro da erudição talmúdica; ali o Sinédrio se reuniu pela última vez e a Mishná foi editada; ali se concentraram as famílias de Ben Asher e Ben Naphtali, da tradição massorética; ali também o venerado Códice Aleppo (a mais antiga e mais completa Bíblia hebraica existente) foi criado e é onde se encontram os túmulos dos sábios judeus Maimônides, rabino Akiva e Johanan ben Zekkai. Para os cristãos, a Galileia foi um centro das atividades de Jesus. Ele passou a infância no pacato vilarejo de Nazaré, baseou seu ministério no importante centro de Cafarnaum e, o que talvez seja o mais interessante, ali realizou a maioria de seus milagres públicos.

SAMARIA
Ao sul da Galileia, fica a terceira subdivisão: Samaria. Anteriormente era conhecida como região montanhosa de Efraim (Is 17:15-19.50; Jz 3:27-4.5; 1Sm 1:1-9.4; 1Rs 4:8-2Rs 5,22) e não deve ser confundida com a região montanhosa de Judá (v. a seguir). Por fim, o distrito de Samaria ganhou esse nome devido à terceira e última capital do Reino do Norte (1Rs 16:24). A região central de Samaria se estendia da borda do vale de Jezreel, rumo ao sul, chegando até as proximidades de uma linha topográfica natural que, saindo de Jericó para o oeste, passava pelo uádi Makkuk e ia até Ofra. A partir dali, a fronteira avancava além de Betel e Bete-Horom Superior, onde começava sua descida até Aijalom (cp. ]s 10.11,12) para, então, terminar na planície Costeira, em frente de Gezer. Assim, a Samaria abrangia uma área aproximada de 65 quilômetros de norte a sul e uns 50 quilômetros de leste a oeste (com base na descrição feita por Josefo, infere-se que a Samaria do Novo Testamento foi ligeiramente reduzida em sua área ao sul) 64 O centro geográfico natural de Samaria era a cidade de Siquém, situada no vale entre o monte Ebal e o monte Gerizim, e adjacente à atual cidade de Nablus. Ali a principal estrada rumo ao norte procedente de Jerusalém (estrada da Serra Central) se conectava com uma estrada secundária (estrada lateral de Efraim), que ligava Samaria tanto ao Mediterrâneo quanto ao rio Jordão. Por isso, não é de surpreender que Siquém tenha testemunhado períodos de ocupação prolongada que remontam a 4000 a.C. Durante boa parte do segundo milênio a.C., Siquém competiu com Jerusalém pela supremacia sobre a Palestina central. Esse local foi o primeiro lugar onde Abraão erigiu um altar e adorou ao Senhor em Canaã (Gn 12:6); onde os ossos de José finalmente encontraram descanso (Is 24:32; cp. Gn 50:25-26: Êx 13.19): onde, pela primeira vez 1srael tentou instituir a monarquia (Iz 9); onde aconteceu a divisão da monarquia unida de Israel (1Rs 12:1-16): onde esteve localizada a primeira capital do reino setentrional de Israel (1Rs 12:25) e onde lesus confrontou uma mulher iunto ao poco (Jo 4:5). Embora ofuscada pela cidade de Samaria durante a maior parte do período da monarquia dividida, a ascendência de Siquém foi reafirmada depois que os assírios deram fim ao Reino do Norte, em 722 a.C. Cativos estrangeiros foram estabelecidos em cidades samaritanas (2Rs 17:24-34). Alguns dos refugiados adotaram vários elementos da fé judaica e, com o tempo, passaram a se considerar judeus (e.g., Ed 4:2). Mas sua tentativa de se tornarem membros da comunidade judaica foi em grande medida repudiada pelos judeus pós-exílicos, o que gerou uma hostilidade religiosa que durou todo o restante do período bíblico (Lc 9:52-53; Jo 4:9-8.48). Assim mesmo, o samaritanismo sobreviveu aos séculos. Um relato medieval localizou em Damasco cerca de 400 samaritanos. Estimativas atuais sobre a população samaritana em Israel vão de 550 a 800 pessoas que, todos os anos, continuam a celebrar a Páscoa no alto do monte Gerizim, o monte sagrado deles (Jo 4:20).

JUDÁ
A quarta principal subdivisão geopolítica da Cisiordânia era Judá, que relatos históricos mais antigos chamavam de região montanhosa de Judá (Js 11:21-15.48; 20.7; 21.11; cp. 2C 21.11; 27.4; Lc 1:65). De acordo com II Reis 23:8, Judá ia de Geba, uma cidade estratégica localizada cerca de 8 quilômetros ao norte de Jerusalém, até tão ao sul quanto Berseba (Zc 14:10). Assim, quando compreendido também no contexto do limite norte de Israel na cidade de Da, isso está de acordo com a fórmula recorrente no Antigo Testamento ("de Da até Berseba"), que denota as fronteiras efetivas da região central de Israel (Jz 20:1-1Sm 3.20 2Sm 3:10-17.11; 24.2,15; 1Rs 4:25). Ainda é possível delinear especificamente a região central de Judá a partir de seu eixo lateral, indo para o leste até a descida abrupta para o deserto de Judá (Jesimom [Nm 21:20; cp. 1Sm 26:1 - Haquila, em frente de Jesimom]) e para o oeste até a descida íngreme e rochosa que termina num valado estreito que a separa da Sefelá (v. a seguir). A região central de ludá media não mais de 80 quilômetros de norte a sul e apenas uns 30 quilômetros de leste a oeste. Só raramente Judá atraiu o interesse dos construtores de impérios, pois era um território bem pequeno, em grande parte constituído de amplas áreas de terra incultivável, que ficava bastante isolado das rotas internacionais e nunca experimentou prosperidade material independente. Um estudioso descreveu Judá como uma terra isolada que promovia um estilo de vida pastoril e era o ambiente para fortalezas, altares e vilarejos.

IDUMEIA
Além das quatro principais entidades geopolíticas da Cisjordânia, a província da Idumeia desempenhou um papel secundário na política do período pós-exílico e do Novo Testamento. Idumeia é o nome grego aplicado especificamente a refugiados edomitas que fugiram para o noroeste para evitar a crescente pressão feita por seus vizinhos nabateus. Embora oscilasse bastante, ora separado da Judeia, ora a ela reanexado, o território idumeu chegou a cobrir a região que vai de Bete-Zur, perto de Hebrom, até Berseba, sua extremidade sul, e do mar Morto até os limites da planície da Filístia. Por fim, governantes macabeus subjugaram a Idumeia. Um deles (Alexandre laneu) nomeou Antipatro, um chefe local, para governar a região. É irônico que Herodes, o Grande, no devido tempo descendesse de Antípatro. Na condição de "rei dos judeus" (Mt 2:1), Herodes não se dispôs muito a descentralizar sua autoridade.

TRANSJORDÂNIA
A Transjordânia do Antigo Testamento é constituída de cinco entidades geopolíticas. Do norte para o sul, elas são. Basa, Gileade, Mishor, Moabe e Edom. O termo "Transjordânia" define especificamente a área que vai do monte Hermom até o golfo de Ácaba (cerca de 400 quilômetros de distância) e do vale do Jordão até as margens do deserto Oriental (entre 50 e 130 quilômetros). A natureza geopolítica dessa região é, na realidade, muito mais complicada do que a da vizinha Cisjordánia. Tentar, numa única análise, tratar da Transiordânia tanto do Antigo quanto do Novo Testamento é possível apenas em parte e, com certeza, trata-se de uma tarefa suscetível a imprecisão. Mas também aqui o propósito básico é fornecer a localização aproximada de entidades geopolíticas mencionadas nas Escrituras.

BASÃ
Basà significa "terra frutífera/plana" (Js 9:10-1Rs 4.13; 2Rs 10:33) e é o nome do território que as forças de Israel tomaram do controle de Ogue (Nm 21:33-35). Incluía 60 cidades muradas (Dt 3:4-5) e foi designado para Manassés Oriental (Dt 3:13). Do norte para o sul, Basa se estendia por aproximadamente 55 quilômetros, do monte Hermom (Js 12:45) até o rio Yarmuk,67 e, para o leste, chegava até Quente (Nm 32:42) e Salca (Dt 3:10), cidades situadas no monte Haura. Na época do Novo Testamento, a região ao norte do Yarmuk consistia basicamente nas províncias que formavam a tetrarquia de Herodes Filipe, filho de Herodes, o Grande.

GILEADE
A segunda entidade básica da Transjordânia é Gileade. Embora pareça que a Bíblia às vezes empregue essa palavra num sentido genérico, referindo-se a toda a Transiordânia ocupada (Dt 34:1-4; Js 22:9), a entidade geopolítica Gileade designa especificamente o domo elevado, montanhoso e ovalado que, do ponto de vista topográfico, é uma extensão oriental da elevação de Samaria (Jz 10:4-1Sm 13 7:25m 2.9; 2Rs 10:33). Esse domo começa a se elevar a apenas uns poucos quilômetros ao sul do Yarmuk e se estende na direção sul, chegando aproximadamente até o uádi Husban. que deságua no Jordão em frente a Jericó.
Longitudinalmente, o domo de Gileade era dividido por um desfiladeiro profundo, escavado pelo rio Jaboque, que separou Gileade em duas metades (cp. Js 12:5-13.31, a metade norte; Dt 3:12; Is 12:2, a metade sul). Na fronteira oriental, é possível delimitar Gileade apenas negativamente: não incluía a terra de Amom (Nm 21:23-24; Jz 11:13; cp. 1Sm 11:1-4), de modo que, em seu quadrante sudeste, não alcançava o deserto Oriental.
Em contraste com o significado do nome de seus vizinhos ao norte (Basa significa "terra plana") e ao sul (Mishor significa "planalto/chapada*), o provável significado do nome Gileade (terra acidentada") pode ajudar a esclarecer suas fronteiras.
Assim delineada, a região montanhosa de Gileade (Gn 31:21-23,25; Dt 3:12) cobria uma área de aproximadamente 55 quilômetros de norte a sul e não mais de uns 50 quilômetros de leste a oeste. Quase todo o norte de Gileade se tornou parte da herança de Manassés Oriental, ao passo que o sul foi entregue à tribo de Gade . A totalidade do domo foi de fato colonizada por Israel, provavelmente porque a altitude elevada permitia chover o suficiente para criar condições para um pouco de florestamento, agricultura e criação de animais (2Sm 18:6; Nm 32:1-4, 16,26; Js 22:8). Embora não saibamos sua exata natureza, o "bálsamo de Gileade", que tinha propriedades medicinais, era muito valorizado na Antiguidade (Jr 8:22-46.11; cp. Gn 37:25). Muitas cidades gregas que haviam sido estabelecidas durante o período alexandrino formaram um núcleo transjordaniano de oposição (em grande parte malsucedida) à independência judaica obtida pelos asmoneus. Mas, quando as legiões de Pompeu deram fim ao domínio asmoneu, muitas daquelas cidades foram devolvidas a seus compatriotas helênicos. Em alguns casos, certas cidades consideraram necessário constituir ligas para proteção mútua contra os vizinhos não gregos, assim como também estavam unidas em termos econômicos e sociais. Uma dessas confederações, conhecida como Decápolis ("dez cidades"), era constituída de localidades situadas principalmente ao longo das estradas comerciais do centro e do norte da Transiordânia.
Esse grupo é mencionado tanto na Bíblia (Mt 4:25: Mc 5:20-7.
31) quanto em fontes clássicas. No período do Novo Testamento, as cidades provavelmente incluíam, do norte para o sul, Damasco, Rafana, Canata, Hipos, Gadara, Citópolis, Pela, Diom, Gerasa e Filadélfia? Embora o propósito de uma confederação helenística assim tão pouco estruturada se choque com qualquer tentativa de definir fronteiras geográficas claras, é possível concluir que a região central da Decápolis se estendia transversalmente à região montanhosa de Gileade.

MISHOR
Ao sul da Gileade do Antigo Testamento, ficava o Mishor ("planalto", p. ex., Dt 3:10-4.43; Js 20:8), que se estendia por cerca de 40 quilômetros, desde Hesbom (Is 13:10) e Medeba (Is 13:16), no norte, até as cidades de Aroer (Is 13:9) e Dibom (Jr 48:22), situadas no sul, logo ao norte do cânion do Arnom e perto da Estrada Real. Outras cidades localizadas no Mishor eram Nebo (Ir 48.22). Sitim (onde os israelitas tiveram relações sexuais ilícitas com mulheres moabitas INm 25:1s.|).
Bete-Peor (perto de onde Moisés foi sepultado [Is 13:20; Dt 34:6] e onde Balaão pronunciou suas bêncãos desfavoráveis [Nm 22:41-23.13,141) e Bezer, uma das cidades israelitas de refúgio (Dt 4:43). O Mishor se tornou a heranca da tribo de Rúben. No entanto, como do ponto de vista geográfico o Mishor ficava a meio caminho entre a região central de Israel e a região central de Moabe, a luta para controlá-lo teve início ainda no período dos juízes (Jz 3:12-30, implícito). prosseguindo na época da monarquia unida (1Sm 14:47;25m 8.2,12) e chegando até os dias de Acabe e do rei moabita Messa. Mas, no pensamento dos profetas, o controle israelita da região do Mishor havia sido cedido aos mobitas (Is 15:1-9; 16.8,9; Jr 48:1-5,21-25,34-36,45-47; Ez 25:8-11). E provável que esse vaivém político ajude a explicar por que, apesar de descenderem do primogênito de Jacó (Gn 29:32-49.3,4), os rubenitas aparentemente foram incapazes de desempenhar um papel importante na história posterior de Israel.

MOABE/PEREIA
O planalto mais elevado que, partindo do Arnom, estendia-se para o sul, chegando até o ribeiro de Zerede, era a região mais importante e central do território moabita, tendo como capital a cidade de Quir-Haresete (2Rs 3:25; Is 16:7; cp. Nm 22:36; Is 15:1 ['Quir de Moabe", que é a forma encontrada na ARA, significa "cidade de Moabe"|). Durante o período do Novo Testamento, o distrito da Pereia? ocupava a região ocidental daquilo que havia sido o Mishor e Moabe. O historiador Josefo escreveu que, no norte, o distrito de Pereia chegava até a cidade de Pela e, no sul, até Maqueronte (uma cidade-fortaleza de onde se avistava o mar Morto e onde Herodes Antipas decapitou João Batista). Além disso, Josefo relata que Pereia começava no rio Jordão e ia para o leste, chegando até Filadélfia, e informa que a capital da Pereia era Gadara (T. Gadur, que não se deve confundir com a Gadara da Decápolis [Umm Qeis]) 73 Causam perplexidade as fronteiras norte e leste informadas por Josefo, pois tanto Pela quanto Filadélfia faziam parte da região da Decápolis. Talvez sua descrição signifique que as fronteiras das cidades-estados de Pela e Filadélfia encostavam na Pereia. De qualquer maneira, os geógrafos bíblicos justificadamente seguem critérios arqueológicos e topográficos, estabelecendo a fronteira oriental basicamente numa linha norte-sul que começa no norte, nas vizinhanças do jebel Munif, no alto Arnom. Parece que, dali, a fronteira norte acompanhou os contornos a jusante do uádi Yabis até sua foz no rio Jordão, em frente a Enom.

EDOM
O último distrito transiordaniano a ser listado é Edom, às vezes conhecido como Seir (Gn 32:3; Nm 24:18: Jz. 5.4; Is 21:11) ou monte Seir (Gn 14:6; Dt 1:2-2.5). Edom designa a terra e o reino situados no alto da estreita e longa cadeia de montanhas imponentes que, partindo do ribeiro de Zerede, dirige-se para o sul, quase até o golfo de Ácaba. No entanto, as terras centrais de Edom, saindo do ribeiro de Zerede, estendiam-se para o sul por cerca de 110 quilômetros até um planalto de onde se avista o uádi Hasma, parte de uma enorme dissecação no solo recoberta de areia, a qual se estendia na direção sudeste e era a porta de entrada para o sul da Arábia. A maioria dos cumes de Edom ultrapassa os 1:200 metros acima do nível do mar e, em mais da metade de sua extensão longitudinal, o terreno elevado fica acima dos 1:500 metros. E esse cenário assustador ficava claramente limitado, a oeste, pela Arabá e, a leste, pelas planícies do deserto Oriental. O resultado é que Edom propriamente dito media apenas 16 a 24 quilômetros num eixo leste-oeste, tendo, ao longo da serra altaneira, uma série de fortalezas e cidades que basicamente acompanhavam a Estrada Real. A combinação de fortificações tanto naturais quanto feitas pelo homem tornava Edom uma barreira intransponível para tráfego lateral. Cerca de 40 quilômetros ao sul de Zerede, uma falha geológica criou um cánion que, partindo da A rabá, abre-se em leque para o leste por mais ou menos 14 quilômetros. No fim desse uádi notável, ficava a antiga Punom, um centro importante de mineração de cobre e onde, de acordo com a Biblia (Nm 33:42), os israelitas acamparam durante a viagem de Cades-Barneia para as planícies de Moabe. Moisés solicitou ao rei de Edom permissão para que Israel atravessasse o território edomita para chegar à Estrada Real (Nm 20:14-21). Mas o rei rejeitou o pedido, o que exigiu que o grupo israelita vigiasse cerca de 160 quilômetros a mais por terreno árido e num calor escaldante, apenas para desviar de Edom (Dt2.1-8).
Sem dúvida, essa derrota psicológica foi relacionada com o incidente das "serpentes ardentes" (Nm 21:4-9; 33:42-49), em que Moisés foi forçado a erguer uma serpente de cobre nesse deserto. Com base no contexto geográfico, é possível entender por que a recusa do rei edomita não foi desafiada, apesar de ser improvável que os edomitas fossem numericamente superiores aos israelitas. Os penhascos imensos e as gargantas íngremes de Edom, mesmo nas encostas menos escarpadas do desfiladeiro de Punom, eram um alvo inacessível que, por capricho edomita, continuaria em esplêndido isolamento (Ob3). Situado junto às montanhas edomitas ocidentais e cerca de 32 quilômetros ao sul de Punom, há um cânion que se parece com uma cratera e contém as impressionantes ruínas de Petra, a fabulosa capital do Reino Nabateu, mais tarde ocupada pelos romanos.? Embora não se saiba quais foram seus ancestrais, os nabateus vieram a ocupar Edom no terceiro século a.C. e, já no primeiro século a.C., sua influência era sentida desde Damasco até Gaza e também até o interior da Arábia. Boa parte de seu poder era resultado do controle que exerciam sobre parte de uma lucrativa rede comercial que, àquela época, estendia-se do interior da atual Arábia Saudita até o Mediterrâneo Ocidental Chegava-se a Petra através de um estreito corredor de cerca de 1.600 metros, flanqueado em ambos os lados por elevados penhascos perpendiculares que, em alguns lugares, quase se tocavam. A bacia onde se situava a cidade propriamente dita era cercada de desfiladeiros de arenito, nos quais foram escavados estruturas e túmulos daquilo que, na Antiguidade, foi uma cidade de grande riqueza.
Por cerca de 65 quilômetros para o sul a partir da região central de Edom, descendo do uádi Hasma para o uádi Yutm, próximo ao golfo de Ácaba, fica uma cadeia bem estreita de intransitáveis montanhas de granito. Essas montanhas de Midia elevam-se a alturas que chegam perto de 1.750 metros acima do nível do mar. Nessa região, vestígios arqueológicos revelam uma cultura totalmente distinta de sua contraparte palestina e que é, às vezes, descrita como midianita. É nesta "cultura midianita que alguns estudiosos acreditam que Moisés talvez tenha se refugiado quando fugiu do faraó e ali serviu a seu sogro, um sacerdote de Midia (Ex 2:15-17:3.1).

Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Novo Testamento
Distritos do Novo Testamento

VISÃO PANORÂMICA DA GEOGRAFIA DO TERRITÓRIO HERDADO PELO ISRAEL BÍBLICO

TOPOGRAFIA FÍSICA
UMA TERRA PEQUENA
No estudo da terra de Israel, uma das primeiras descobertas que se faz é o reconhecimento de seu pequeno tamanho.
De acordo com a definição dada acima, a área central da herança do Israel bíblico na Cisjordânia cobre cerca de 17.600 quilômetros quadrados e sua herança na Transjordânia incorpora mais 10:100 quilômetros quadrados, o que perfaz uma área total de aproximadamente 27.700 quilômetros quadrados. Desse modo, a área total do território é quase a mesma do estado de Alagoas, da Bélgica ou de Ruanda, ou ainda do lago Erie, nos Estados Unidos.
Os leitores atuais da Bíblia tendem a pensar em termos de territórios imensos e com frequência ficam bastante surpresos quando percebem, por exemplo, que a distância entre o mar da Galileia e a costa mediterrânea, em linha reta, é de 55 quilômetros. Há uma distância de apenas 148 a 185 quilômetros entre a margem ocidental do deserto Oriental (no leste da Jordânia) e o Mediterrâneo. E a distância entre o mar da Galileia e Jerusalém é só cerca de 120 quilômetros. Conforme dito anteriormente, as extremidades tradicionais norte e sul da região central de Israel são, com frequência, descritas na Bíblia como "desde Da até Berseba" Na verdade, esses dois pontos extremos estão separados por uma distância da ordem de apenas 280 quilômetros. Em termos de Brasil, o equivalente aproximado seria de São Paulo a Poços de Caldas" ou "de Natal a Recife" Nos Estados Unidos, a distância aproximada seria "de Los Angeles a San Diego" e, na Europa, "de Milão a Veneza". O tamanho do território envolvido é surpreendentemente pequeno.

UMA TERRA DE LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA
Apesar do tamanho diminuto, essa terra está estrategicamente situada em um contexto tanto intercontinental quanto interoceânico. Como ponte terrestre intercontinental, na Antiguidade era a única opção para qualquer viagem por terra entre a África, de um lado, e a Ásia ou a Europa, de outro. Como ponte terrestre interoceânica, fica ao lado da única massa de terra que separa o mundo do oceano Índico e o mundo do oceano Atlântico. Neste último aspecto, desde a Antiguidade remota uma vasta rede de comércio e comunicação tem levado para o Crescente Fértil bens provenientes de mundos bem longínquos (cravo vindo da Tailândia; canela, da Malásia; cássia, seda, cálamo, espicanardo, índigo, painço e gergelim, da Índia; lápis-lazúli e estanho, do Afeganistão; prata, da Espanha).
Por ser, na Antiguidade, ponto de contato tanto terrestre quanto marítimo, essa terra também se tornou uma ponte cultural internacional. Sua localização estratégica faz com que seja o lugar em que o Oriente se encontra com o Ocidente e o Norte com o Sul. Desde a Antiguidade remota, grandes potências com aspirações políticas e econômicas internacionais estiveram junto a suas fronteiras. Em termos históricos, o que acontecia nessa terra era quase sempre resultado do que estava ocorrendo ou havia recentemente ocorrido nos domínios de um de seus vizinhos. Foram, de fato, raros os momentos em que cidadãos dessa terra foram donos do próprio destino.
Durante o período bíblico a sorte dessa terra minúscula, mas estratégica, foi em grande parte determinada por gente de fora, fossem egípcios, assírios, babilônios, persas, partos, gregos, selêucidas, ptolomaicos ou romanos. Nesse aspecto, os filisteus e até mesmo os próprios israelitas têm de ser considerados estrangeiros que migraram para ali. A mesma tendência continuou existindo na história pós-bíblica, com os califas muçulmanos, os cruzados cristãos, os mamelucos egípcios, os turcos otomanos e os mandatários britânicos.
Por essa "ponte" marcharam os exércitos de Tutmés III, Amenhotep II, Seti I, Ramsés II, Merneptah, Sisaque I, Neco II, Salmaneser III, Tiglate-Pileser III, Salmaneser V, Sargão II, Senaqueribe, Esar-Hadom, Assurbanipal, Nabucodonosor II, Cambises II, Xerxes 1, Artaxerxes III, Alexandre III (o Grande), Ptolomeu I, Antíoco III, Antíoco IV, Herodes, o Grande, Pompeu, Vespasiano, Tito, Saladino, Ricardo Coração de Leão, Napoleão e Edmund Allenby, além de um número enorme de generais menos conhecidos.
Essa terra continua sendo uma das áreas mais instáveis e estratégicas do mundo.

UMA TERRA VARIADA
Apesar da pequena extensão, essa terra reflete uma variedade surpreendente, quase como a de um mosaico. Do ponto de vista sociológico, a variedade é evidente na menção aos vários "eus" na terra: girgaseus, cananeus, heveus, heteus, amorreus, perizeus, jebuseus, quenezeus, cadmoneus, queneus, refains etc. (Gn 10:16-18; 15:19-21; Ex 3:8-13.5; Nm 13:29; Dt 7:1-20.17; Js 3:10-12.8; 24.11; Jz 3:5-1Rs 9.20; cp. At 13:19). Na perspectiva da história colonialista, a terra foi conhecida por diversos nomes: Canaã, Palestina, Hatti, Djahy, Hurru, Retenu etc. Mas a ideia de variedade apresentada a seguir tem a ver com a topografia multiforme e diversificada da terra. Em seu eixo lateral, ela está dividida em pelo menos quatro zonas fisiográficas distintas.

PLANÍCIE COSTEIRA
A designação "planície Costeira" se refere à faixa marítima longitudinal que começa na extremidade sul da planície filisteia (no uádi el-Arish) e vai para o norte, chegando até a extremidade norte da planície de Aser (perto da atual Rosh HaNigra, que corresponde ao final da "Linha Verde", a fronteira atual entre Israel e Líbano). Essa planície é internamente segmentada por três obstáculos naturais - o monte Carmelo, o rio Crocodilo e o rio larcom - criando quatro planícies distintas. Além do mais, por motivos geográficos que serão explicados adiante, é conveniente subdividir a planície mais ao norte. Assim, a planície Costeira é constituída de cinco partes, que, do norte para o sul, são conhecidas como: (1) a planície de Aser (de Rosh HaNigra até as proximidades de Aco; cp. Is 17:10-11; 19:24-26); (2) a planície de Aco (a baía que tem forma de crescente e se estende ao redor do monte Carmelo; cp. Jz 4:13-16; 5.21); (3) a planície de Dor (uma faixa de terra bem estreita e situada entre o monte Carmelo e o rio Crocodilo; cp. Js 17:15-18); (4) a planície de Sarom (a área de terras baixas que vai do pântano do rio Crocodilo para o sul, até o Jarcom; cp. 1Rs 4:10-1Cr 5.16; 27.29; Is 33:9-35.2; 65.10; Ct 2:1); (5) a planície Filisteia (a região ao sul do larcom).
A planície costeira pode ser caracterizada com três palavras: "baixa" (uma referência à sua altitude relativa), "aberta" (uma referência à topografia plana) e "fértil (uma referência à produtividade agrícola da planície em tempos modernos).
Com exceção de umas poucas elevações situadas mais para dentro do continente, na extremidade oriental da Filístia, que chegam a quase 200 metros acima do nível do mar, a altitude da maior parte da planície Costeira é inferior a 100 metros, e boa parte dela tem uma altitude inferior a 45 metros acima do nível do mar.75 Uma análise do mapa revela que, nessa planície, as cidades bíblicas tendiam a se localizar não no seu centro, mas sim ao longo da costa (Aco, Cesareia, Jope, Asquelom e Gaza) ou em direção à sua margem oriental (Socó, Afeque, Gezer, Ecrom, Gate e Ziclague). De igual maneira, o mapa mostra que a artéria de transporte internacional (a chamada Grande Estrada Principal) corria ao longo da margem oriental dessa planície e não pelo centro. O mais provável é que a baixa altitude e a natureza relativamente nivelada da planície, combinadas com as serras de arenito calcário ao longo de grande parte da costa mediterrânea, que impediam uma drenagem natural, criavam uma área pantanosa bastante grande na planície durante toda a Antiguidade.
Esse obstáculo geográfico é a provável razão para o fato de a planície Costeira ter desempenhado um papel insignificante, quase nulo, na história bíblica. Exceto dois breves relatos sobre Gerar (Gn 20:26), nas narrativas patriarcais não há nenhuma referência a essa planície . Nenhuma das batalhas da ocupação israelita aconteceu ali, nenhuma área da planície foi habitada por Israel no início de sua ocupação , ali não havia cidades de refúgio e quase nenhuma das cidades levíticas, dali nenhum juiz nem profeta de Israel fez convocação ao povo, e nada aconteceu ali referente ao ministério registrado de Jesus.
Além de ser baixa, a planície também é aberta. Ao contrário da Cadeia Montanhosa Central da Galileia-Samaria-Judá, que, do ponto de vista geográfico, tendia a permanecer mais fechada e isolada devido à sua topografia elevada e sinuosa, a planície Costeira oferecia um terreno favorável à circulação, sem nenhum obstáculo Embora a terra, no geral, tenha sido descrita pouco antes neste texto como ponte terrestre internacional, era especialmente a planície Costeira, ao sul do monte Carmelo, que constituía essa ponte. Essa abertura também implicava mobilidade.
Durante o início do período bíblico, conflitos militares envolveram uso de carros de guerra (e.g., Ex 14:6; Dt 20:1; Js 11:4; Jz 1:19-4.3; 2Sm 1:6; observe-se também a proibição em Dt 17:16). Em contraste com as montanhas vizinhas, essa planície oferecia um terreno favorável ao uso de carros, inclusive a ataques-relâmpago, que não seriam barrados por grandes rochas ou terreno montanhoso. Aliás, há uma notável correspondência entre a área em que os cananeus conseguiam rodar seus carros e a área que Israel não conquistou durante o período de ocupação (Js 17:16-18). Ao mesmo tempo, essa abertura pode ajudar a explicar por que, depois do período bíblico, os filisteus não conseguiram sobreviver como entidade política nativa, ao passo que os israelitas, mais isolados, foram capazes de manter um sentimento duradouro de identidade nacional.
Por fim, essa planície é fértil; ou pelo menos se tornou fértil em tempos recentes. Uma olhada num mapa do Israel moderno mostra que a maior parte da região ocidental que o Plano da ONU para partição da Palestina, de 1947, designou para Israel está situada na planície Costeira, que, naquela época, era extremamente pantanosa e até mesmo infestada de malária. Entretanto, depois que a área foi devidamente drenada na década de 1950, houve grande prosperidade agrícola, pois se descobriram camadas profundas de riquíssimo solo arável resultante da erosão das montanhas ao lado e, como consequência, houve um grande e bem-sucedido esforço agrícola.

CADEIA MONTANHOSA CENTRAL
Constituída das regiões montanhosas da Galileia, Samaria, Judá e Neguebe, em sua natureza e topografia a Cadeia Montanhosa Central é exatamente o oposto da planície Costeira. A planície é "baixa, aberta e fértil"; a cadeia montanhosa é "alta, fechada e estéril". Enquanto, em seu ponto mais elevado, a planície chega a apenas uns 200 metros acima do nível do mar, em seu ponto mais baixo a Cadeia Montanhosa Central fica cerca de 450 metros acima do nível do mar, com muitos trechos superando os 900 metros. Onde as duas zonas se encontram, esse contraste de altitude pode ser bem pronunciado. É possível subir cerca de 800 metros viajando apenas de cinco a sete quilômetros do Mediterrâneo para o interior. Além do mais, a cadeia central é fechada. Essa cadeia, que na realidade é uma série de serras sinuosas e conectadas, funciona como barreira natural à circulação lateral.com exceção do ponto onde é interrompida pelo vale de lezreel/ Esdraelom. Em alguns lugares, para ir de um lado para o outro, além de ter de superar a ondulação difícil, era necessário atravessar até quatro ou cinco serras diferentes, separadas umas das outras por leitos profundos de uádis. Devido a seu terreno elevado e revolvido, a cadeia central é mais isolada e menos suscetível a aventureirismo internacional ou a ataques estrangeiros. Só raramente essa zona se revelou atraente para aqueles que construíam impérios. Por fim, a cadeia central é estéril e improdutiva. Constituída de calcário duro, sem minerais preciosos ou outros recursos naturais, e com grandes áreas que sofreram erosão e ficaram apenas com a pedra nua, parece improvável que alguma vez essa área montanhosa estéril, com somente 15 a 50 quilômetros de largura, tenha sido considerada capital político. No entanto, é justamente nessa região montanhosa que se desenrola boa parte da história bíblica. E aí que os patriarcas viveram, construíram altares e se comunicaram com seu Deus. É onde aconteceram as batalhas da conquista , onde Israel ocupou sua terra e foram fundadas muitas de suas instituições nacionais . É também onde, em seu devido momento, estiveram localizadas as capitais do Reino do Norte (Siquém, mais tarde Tirza e finalmente Samaria) e do Reino do Sul (Jerusalém). É aí que o judaísmo pós-exílico se estabeleceu e onde aconteceu boa parte do ministério registrado de Cristo . Galileia. Embora seja uma extensão das montanhas mais altas do Líbano, ainda assim a região elevada da Alta Galileia apresenta uma topografia bem complexa. O jebel Jarmuk (monte Merom) é o ponto mais alto de toda a Cisjordânia, mas é cercado por outros cumes que chegam a alturas superiores a 900 metros. Apesar de a Alta Galileia ter uma precipitação pluviométrica maior, seu terreno elevado e sua topografia fragmentada a tornam menos adequada para ocupação intensa. Na região nunca se estabeleceu aquilo que se pode chamar de cidade grande. No lado leste, a Baixa Galileia mantém o contorno irregular de sua vizinha no norte. Vê-se ali um enorme e alto afloramento de calcário, que, no flanco oriental, despenca no mar da Galileia. Nessa região se incluem o monte Tabor, os penhascos de Arbela e os vulcânicos Cornos de Hattin. Em contraste, as áreas central e oeste da Baixa Galileia apresentam o terreno mais plano de todo a cadeia central. A região é composta de várias serras paralelas que estão num eixo mais ou menos leste-oeste, entre as quais existem bacias relativamente abertas que são quase contíguas no lado ocidental. Vale de Jezreel/Esdraelom. Entre a região montanhosa da Baixa Galileia e a da Samaria, estende-se um vale que, em última instância, liga o vale do Jordão à planície Costeira, em Aco. Esse vale, que tem a forma de uma flecha apontada para o Mediterrâneo, é conhecido no Antigo Testamento hebraico como o vale de lezreel ("Deus semeou" ou "que Deus semeie"; e.g., Js 17:16; Jz 6:33; Os 1:5-2.
22) e, na época do Novo Testamento, por seu equivalente grego, Esdraelom.7 A estreita haste da flecha, em alguns pontos com não mais de três quilômetros de largura, estende-se de Bete-Sea até a cidade de Jezreel, margeada, no norte, pelo monte Moré e, no sul, pelo monte Gilboa, e drenada pelo rio Harode. Perto desse território ocorreu a triunfante vitória de Gideão sobre os midianitas (Jz
7) e a humilhante derrota de Saul nas mãos dos filisteus (1Sm 29:31). A base da ponta da flecha se estende por cerca de 28 quilômetros, a partir dos arredores, ao norte de Jenin, até o monte Tabor e, desses dois pontos, estende-se por cerca de 32 quilômetros até seu vértice, logo a oeste de Jocneão e perto do rio Quisom, em cujo pântano o carro de Sísera ficou atolado (Jz 5:21; cf. SI 83.9). A ponta dessa flecha, às vezes chamada de planície de Megido (2Cr 35:22; Zc 12:11), é baixa e plana. A planície é coberta por uma camada extremamente grossa de terra preta, em alguns lugares com mais de 90 metros de profundidade, e que se formou com a decomposição e erosão de basaltos da Galileia. Enquanto a planície de Jezreel tinha muitos acessos, o acesso para a principal artéria de transporte, conhecida como Grande Estrada Principal era em Megido. Os vinte estratos arqueológicos dessa cidade refletem uma ocupação quase contínua até o início do período romano. Na verdade, a cidade de Megido, uma base militar permanente, teve enorme importância durante cada período de sua história, sem exceção; não é exagero afirmar que, do ponto de vista militar, foi um dos pontos mais estratégicos de todo o sudoeste do Crescente Fértil. A partir do final do quarto milênio a.C. até o próprio século 20, Megido tem sido palco de repetidos confrontos militares. Samaria. Ao sul de Jezreel fica o distrito montanhoso de Samaria - que, em termos de altitude, vegetação e clima, é uma área intermediária e de transição entre a Galileia e Judá. No extremo noroeste, devido à sua beleza (Ct 7:5) e fertilidade (Is 35:2; Jr 50:19), o monte Carmelo ("vinha/jardim de Deus") era proverbial na Bíblia. Nos textos antigos está amplamente atestado que o monte era lugar de um santuário? Foi talvez nesse contexto que o monte Carmelo serviu de cenário para a disputa religiosa de Elias com os profetas de Baal (1Rs 18:17-40) e, em outra ocasião, como lugar de retiro espiritual para Eliseu (2Rs 2:25-4.25). No extremo nordeste, a região montanhosa de Samaria também é conhecida como as montanhas de calcário de Gilboa. Outros montes de Samaria, o monte Ebal e o monte Gerizim, cercam o vale em que Siquém, a principal cidade, está localizada. Samaria é toda montanhosa, e os cumes de j. el-Qurein, j. 'Ayrukabba, j. 'en-'Ena e j. el-'Asur (Baal-Hazor, cp. 2Sm 13:23) dominam o horizonte.
Embora montanhosa, Samaria também é entremeada por várias planícies pequenas e vales abertos, uma das quais está situada perto do ponto em que as encostas do Carmelo e do Gilboa se encontram, nas proximidades da cidade de Dotã . Entre as bacias de Samaria, essa planície de Dota é a maior e a mais intensamente cultivada, e é onde José foi vendido como escravo (Gn 37:12-28). Outra depressão, a planície comprida e estreita de Mikhmetat, vai de Siquém para o sul, até ser interrompida pelo j. Rahwat.
Ela é cortada pelo divisor de águas ao longo do qual a estrada da Serra Central ruma na direção de Jerusalém. Indo de Socó até Siquém e dividindo lateralmente o oeste de Samaria, fica o vale baixo conhecido como u. Shekhem. De modo parecido, indo de Tirza até o vale do Jordão e dividindo o leste de Samaria, encontra-se a fratura acentuada, conhecida como u. Far'ah. Juntos, esses dois vales são o ponto mais baixo de toda Samaria. Constituíam os caminhos mais fáceis e mais utilizados para atravessar a serra central de Samaria, o que ajuda a explicar por que determinados locais foram escolhidos para capitais de Israel durante o período do reino dividido (Siquém, Tirza, Samaria). Judá. Conquanto não haja uma fronteira geológica definida separando Samaria e Judá, existe uma acentuada diferença na topografia das duas regiões. A precipitação maior de chuva em Samaria contribuiu para a ocorrência de muito mais erosão e para a formação de uádis com leitos mais profundos. Judá é mais um planalto, menos seccionado devido a seu clima mais seco. À medida que se caminha para o sul de Judá, o terreno se torna mais adverso, mais irregular e mais estéril. A principal característica da superfície de Judá são rochas nuas e amplas áreas de pedras quebradas e soltas, sem nenhuma terra por causa da ação da chuva. Só ao longo da bacia hidrográfica, nas vizinhanças de Ramá e entre Belém e Hebrom, é que o solo de Judá permite o cultivo. Nas demais áreas, o solo superficial, que sofre erosão nas chuvas torrenciais de inverno, tem impedido em grande parte o cultivo da terra.
A apenas cerca de oito quilômetros a sudeste de Jerusalém, começa o deserto de Judá (Nm 21:20-1Sm 26.1,2; cp. Mc 1:4). Espetáculo assustador de desolação, o deserto de Judá, também conhecido como lesimom, é um deserto verdadeiro E uma terra despovoada, deprimente, selvagem, rochosa e improdutiva, e praticamente sem nenhuma ocorrência de chuva (SI 63.1). Até mesmo os nômades beduínos dos dias de hoje tendem a evitar a aridez e o terreno irregular desse deserto. Em sua margem oriental, o deserto de Judá mergulha quase verticalmente até o vale do Jordão abaixo e em alguns lugares a descida chega a 1.350 metros. Entre Jericó e a ponta sul do mar Morto, existem mais de 20 desfiladeiros profundos que foram cavados por uádis. Contudo, no período bíblico, esses uádis eram estreitos e sinuosos demais para permitirem estradas importantes e, por esse motivo, Judá estava naturalmente isolada no lado oriental. O profeta Isaías anunciou, porém, um tempo em que até a topografia contorcida e acidentada do deserto de Judá será endireitada e nivelada e todos os lugares escarpados serão aplanados (Is 40:3-4; ср. 41:18-20; 51.3).
No lado oeste, o final da cadeia central de Judá é apenas um pouco menos abrupto. Uma vala estreita e rasa (uádi Ghurab, uádi Sar) faz divisão entre a região montanhosa e uma região com topografia distinta, conhecida como Sefelá ("contraforte". cp. Dt 1:7; Js 9:1-10.40; 12.8; Iz 1.9; 1Rs 10:27-1C 27.28; 2Cr 9:27-26.10; 28.18; Jr 17:26-32.44; 33.13; Ob 19).
A Sefelá começa no vale de Aijalom e se estende para o sul por cerca de 55 quilômetros até a área de T. Beit Mirsim. Esses contrafortes cobrem uma área de aproximadamente 13 a 16 quilometros de largura e, o que e importante, estendem-se para o oeste até a vizinhança do que foram as cidades filisteias de Gezer, Ecrom e Gate . Composta principalmente de calcário macio, com uma superfície ondulante inclinando suavemente para o lado oeste, entrecortada por alguns uádis importantes e férteis, a Sefelá era uma zona intermediária entre a cadeia central de Judá (ocupada pelos israelitas) e o sul da planície Costeira (ocupada pelos filisteus).
Não é surpresa que, na Bíblia, a área tenha sido cenário de vários episódios de guerra motivada por razões econômicas entre os israelitas e os filisteus (Jz 15:4-5; 2Sm 23:11-12). Aliás, é possível que as disputas entre filisteus e israelitas fossem provocadas justamente pelo desejo de ambos os povos de dominar e explorar os ricos vales agrícolas da Sefelá.
Inicialmente, o Neguebe ("terra seca"; e.g., Gn 24:62; Nm 13:29; Js 15:19; Jz 1:15) designava o deserto estéril ao sul de Judá (e.g. Is 15:2-4; 18.19; 1Sm 27:10-2Sm 24.7; cp. os leques aluvianos que se estendem de Berseba até Arade). Ao longo do tempo, o sentido da palavra evoluiu e, pelo fato de essa região estéril ficar no sul, passou a ter o sentido de um ponto cardeal e, assim, designar o sul de quase qualquer lugar (Is 11:2; Zc 14:10-1Sm 30.14).
Hoje o Neguebe inclui aquilo que a Bíblia chama de deserto de Zim (Nm 20:1-34.3; Js 15:1) e o deserto de Para (Nm 10:12; Dt 1:1). A região do moderno Neguebe apresenta um ambiente adverso à atividade humana ou à sua povoação por um grande número de pessoas. A área depende totalmente de chuva, sempre escassa e incerta, embora o território tenha alguns poços nas vizinhanças de Berseba (Gn 26:18-22) e Cades-Barneia.
A localização estratégica da Palestina
A localização estratégica da Palestina
As regiões geográficas da Palestina
As regiões geográficas da Palestina
Altitude da Palestina
Altitude da Palestina
Samaria
Samaria
O vale de Jezreel
O vale de Jezreel

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

BASÃ

Atualmente: SÍRIA
Leste do Mar da Galiléia. Nesta região localizaram-se as províncias de Auranites, Traconites, Gaulonites e Ituréia.

Basã ("Planície fértil, sem Pedras") é um lugar bíblico mencionado primeiramente em Gênesis 14:5, onde é dito que Quedorlaomer e seus aliados "feriram aos Refains em Asterote-Carnaim", onde Ogue, o rei de Basã, residia. No momento da entrada de Israel na Terra Prometida, Ogue saiu contra eles, porém foi completamente derrotado (Números 21:33-35; Deuteronômio 3:1-7). Esta região estendeu-se de Gileade no sul até Hermom ao norte, e do rio Jordão ao oeste à Salcá ao leste. Junto com a metade de Gileade ela foi dada à meia tribo de Manassés (Josué 13:29-31). Golã, uma de suas cidades, tornou-se uma cidade de refúgio (Josué 21:27).

Argobe, em Basã, foi um dos distritos comissariados de Salomão (I Reis 4:13). As cidades de Basã foram tomadas por Hazael (II Reis 10:32-33), porém pouco tempo depois foram reconquistadas por Jeoás (II Reis 13:25), que superou os sírios em três batalhas, de acordo com a profecia de Eliseu(19). A partir desta época Basã quase desapareceu da história, apesar de lermos sobre os gados selvagens de seus ricos pastos (Ezequiel 39:18; Salmos 22:12), dos carvalhos de suas florestas (Isaías 2:13; Ezequiel 27:6; Zacarias 11:2) e a beleza de suas extensas planícies (Amós 4:1; Jeremias 50:19). Logo após a conquista, o nome "Gileade" foi dado ao país inteiro além do Jordão. Após o Exílio, Basã foi dividia em quatro distritos:

Mapa Bíblico de BASÃ


CARMELO

Atualmente: ISRAEL
Atual cidade de Haifa. Lugar em que o profeta Elias desafiou os profetas de Baal

Monte Carmelo ou Monte do Carmo é uma montanha na costa de Israel com vista para o Mar Mediterrâneo. A grande cidade israelita de Haifa localiza-se parcialmente sobre o Monte Carmelo, além de algumas outras cidades menores, como Nesher e Tirat Hakarmel.

O seu nome deriva do hebraico Karmel, que significa "jardim", "campo fértil" ou "vinha do Senhor" (carmo significa "vinha", el significa "senhor").

Segundo a Bíblia, neste local se deu o duelo espiritual entre o profeta Elias e os profetas de Baal. Na ocasião, Elias provou, aos homens, que o Deus de Israel era o verdadeiro Deus, e não Baal. Na história narrada pela Bíblia, o Monte Carmelo é citado como o local onde Elias desconcertou os profetas Baal, levando, de novo, o povo de Israel à obediência ao Senhor.

Foi também no Monte Carmelo que, segundo a Bíblia, Elias fez descer fogo do céu, que consumiu por duas vezes os 50 soldados com o seu capitão, que o rei Acazias tinha mandado ali para prender o profeta, em virtude de ter este feito parar os seus mensageiros que iam consultar Baal Zebube, deus de Ecrom (II Reis 1:9-15).

A Bíblia ainda cita esta montanha como o local em que a mulher sunamita que perdera seu filho, foi encontrar-se com o profeta Eliseu (II Reis, capítulo 4, versículos 8:31) para entender a sua perda.

A montanha também é o local de origem da Ordem Carmelita: ali, viviam eremitas entregues à oração e à penitência, inspirados no exemplo de vida austera de Elias. Esses eremitas, que, ali, construíram uma capela dedicada a Nossa Senhora do Carmo, teriam dado origem à ordem e à devoção a Nossa Senhora do Carmo. Com a perseguição muçulmana no século XII, a ordem e a devoção teriam se espalhado pelo Ocidente.

O Monte Carmelo é considerado um lugar sagrado aos seguidores da Fé Bahá'í, e é o local do Centro Mundial Bahá'í e do Santuário do Báb. A localização dos lugares sagrados Bahá'ís têm suas origens com o exílio e a prisão do fundador da religião, Bahá'u'lláh, próximo a Haifa pelo Império Otomano durante o domínio do Império Otomano na Palestina.

O Santuário do Báb é a estrutura onde estão os restos mortais do Báb, fundador do Babismo e antecessor de Bahá'u'lláh na Fé Bahá'í. A localização precisa do santuário no Monte Carmelo foi designada por Bahá'u'lláh mesmo, e os restos do Báb permanecem ali desde 21 de março de 1909 em um mausoléu de seis salas construído de pedras locais. A construção do santuário com um domo de ouro foi concluída sobre o mausoléu em 1952, e uma série de patamares decorativos ao redor do santuário foram concluídos em 2001. O marbles branco usado vem da mesma fonte antiga que as principais obras de arte Atenienses usaram, o Monte Pentélico.

Bahá'u'lláh, fundador da Fé Bahá'í, escreveu na Epístola do Carmelo que a área ao redor do santuário seria o lugar da sede administrativa da religião; os edifícios administrativos Bahá'ís estão construídos nas adjacências dos patamares decorativos, e são referidos como edifícios do Arco, devido à forma de seu arranjo físico.

Mapa Bíblico de CARMELO


LÍBANO

Atualmente: LIBANO
País com 10.400 km2. Do ponto de vista natural, o país pode ser dividido em quatro regiões principais: estreita planície costeira, planalto interior estreito e fértil, Líbano ocidental e montanhas anti-Libano. O sul do país, praticamente ficou reduzido a escombros pela violência durante os quase vinte anos de manutenção da faixa de segurança pelo Exército israelense, ocupação encerrada em maio de 2000, a reconstrução do país vem sendo feita lentamente. Há sobretudo, grandes marcas deixadas pelo conflito árabe-israelense, desde a chegada de refugiados palestinos. O Líbano lançou um apelo à comunidade internacional em 24 de julho de 2000, solicitando ajuda na reconstrução da infra estrutura na região sul do país, desocupada pelas tropas israelenses desde maio. Segundo a Gazeta Mercantil de 25/7/2000, o pedido foi feito pelo ministro de Economia e Comércio, Nasser Saidi, que estimou em U$1,3 bilhão os custos para a reconstrução da infraestrutura e o desenvolvimento do Sul do Líbano, incluindo ajuda de emergência. Cerca de 55% da população é islâmica e 37,5% cristã, dos quais 0:5%, protestante.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
SEÇÃO I

O GOVERNO DE DEUS

Naum 1:1-6

A. TÍTULOS 1:1

É extremamente provável que esta declaração introdutória tenha sido acrescentada por um editor com a finalidade de identificar a obra. Está composta de duas partes: a primeira apresenta o propósito da mensagem, e a segunda determina o autor. Há quem afirme que a parte dois foi declarada especificamente com o fim de catalogar o livro entre os rolos do Templo. Ele era indubitavelmente usado na adoração do Templo tempos mais tarde, e também lá pelo ano de 612 a.C. Mas o livro não era primariamente uma produ-ção litúrgica como muitos têm defendido com veemência.'

Certo ponto de vista declara que a porção básica do escrito (Naum 1:9-2,13) era uma men-sagem ou debate público, no qual o profeta argumentava com pessoas de opiniões diver-gentes sobre os acontecimentos graves e significativos da época.2 Se esta opinião estiver correta, abre a probabilidade de esta profecia ter sido entregue em Jerusalém.

Peso (1; "oráculo", ECA; "sentença", ARA; "mensagem", NTLH; "advertência", NVI) é termo técnico que denota a mensagem de um sacerdote-profeta em nome de um deus. Significa literalmente "o levantamento" da voz. É lógico que o oráculo era sobre Nínive e não para Nínive, capital do Império Assírio. Por quase dois séculos, este poder tirânico fora a grande força política e militar no mundo conhecido dos hebreus. Foi sob o reinado de Sargão II que, em 722 a.C., Israel (o Reino do Norte) foi extinto. Mais tarde, sob o reinado de Senaqueribe, Judá ficou, por tolice de Acaz, sujeito ao domínio da Assíria e começou a pagar anualmente pesados tributos. Assurbanipal foi o último grande rei do império, e reis menos importantes ocuparam o trono na época da profecia de Naum. Mas Judá ainda estava sob o domínio do vasto império. A capital Nínive, sede do governo assírio, situava-se junto ao rio Tigre (ver mapa 1).

O segundo título (
- 1b) é único na literatura, visto que o habitual era ter apenas um. Também é único no uso da palavra livro. Visão é termo técnico e denota que a fonte da inspiração profética era o discernimento divino. Naum, que significa "o consolador", é muito apropriado à mensagem quando corretamente entendido, pois certos intérpretes pensam tratar-se de adição fictícia, mas há escassa base que apóie esta suposição.

A maioria dos estudiosos encontra provas de um poema acróstico que começa no versículo 2 e usa a primeira metade do alfabeto hebraico. Trata-se de forma literária que de modo nenhum compromete o conteúdo da mensagem. Há muita discordância sobre este ponto, pois o acróstico está incompleto. Por esta causa, muitos dos que desejam defender esta teoria do poema são obrigados a considerar que o próprio texto está exces-sivamente adulterado. Semelhantemente, há discordância considerável quanto à exten-são desta construção em particular. O rabino Lehrman afirma: "Os esforços em prover as letras que faltam não justificam as muitas correções propostas".3

B. A NATUREZA DE DEUS, 1.2,3a

O versículo 3 é o texto áureo do livro. Traduzido assim fica mais claro: "O Senhor demora para irar-se e é grande em poder, mas o Senhor de maneira nenhuma deixará o pecado sem punição".

O profeta não fala de uma raiva petulante que é provocada por assuntos incidentais. Ele se refere à santidade completa de Deus que mantém o amor e a justiça em tensão criativa. O texto profético fala da paciência de Jeová, mas Naum sabe que a penalidade é inevitável. A natureza de Deus requer que o Senhor puna o pecado, porque a natureza do pecado exige essa punição. Esta ação não indicia a bondade de Deus. Mas, caso não se opusesse ao mal, indiciaria a santidade divina.

Paulo proclama a mesma mensagem em Romanos 2:3-5: "E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus? Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência, e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento? Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus". É deste modo que Deus governa o mundo: Recompensa a justiça, é paciente com a maldade, mas no fim a pune.

É apropriado lembrarmos aqui que, certo tempo atrás, Deus enviara um profeta a Nínive para pregar o arrependimento. Sob o ministério relutante de Jonas, os ninivitas se arrependeram com pano de saco e cinza (Jn 3:5-10). Não sabemos quanto tempo durou este arrependimento, mas agora eles se arrependeram de terem se arrependido. Se Jonas é exaltado como profeta missionário, Naum não deveria ser refutado por proclamar jul-gamento sobre o povo que recebeu a mensagem missionária, sobretudo levando em conta que ele baseia a proclamação em tal conceito fundamental da natureza de Deus.

O profeta menciona três características de Deus que precisamos explicar. O SE-NHOR é um Deus zeloso (2; "tem ciúmes", BV), vingativo e cheio de ira. Não se trata de emoções humanas. Se a teologia moderna nos ensinou algo, é que não há linguagem unívoca sobre Deus. Atribuir paixões humanas ao Senhor é, na melhor das hipóteses, usar de analogia. A transcendência de Deus anula todo esforço em entendê-lo em termos humanos. A crítica com base nesta linguagem não percebe o significado das referências bíblicas à deidade.

O termo toma vingança (nokem, "vingador") é usado três vezes nesta passagem. Talvez esta repetição dê a entender que a Assíria exilara Israel três vezes e, portanto, receberia três punições adequadas aos seus crimes.

C. O PODER DE DEUS, 1.3b-6

O homem sempre teve muito medo das forças da Natureza. É natural associar o poder da deidade com a manifestação da grandiosidade do poder de Deus. Era de se esperar que a humanidade obscurecida pelo pecado exaltasse a força da Natureza à estatura de deuses e fizesse cultos e sacrifícios de conciliação. Esta passagem não afirma que Deus faz parte da Natureza (no sentido de ser uma de suas deidades). O profeta mostra que o Todo-poderoso é o dominador das forças e entidades da ordem natural. Ele é o Senhor dos mares, dos rios, das montanhas e das pessoas. Há dois movimentos que simbolizam o poder de Jeová: o furacão no mar e o simum4 na terra.

A parte "a" do versículo 4 refere-se possivelmente ao recuo do mar Vermelho e à divisão do rio Jordão. É esta a interpretação mais natural e adotada por Adam Clarke. Basã, Carmelo e Líbano (4) são algumas das regiões mais férteis da Palestina, as últimas a serem afetadas pela seca. Os versículos 5:6 descrevem a ira de Deus na linguagem de terremoto, vulcão e tempestade violenta e devastadora.

Adorai o Rei, gloriosíssimo,

E com gratidão cantai o seu amor maravilhoso:
Nosso Escudo e Defesa, o Ancião de Dias,
Encerrado em pavilhão esplendoroso e cingido com louvores.

Cantai o seu poder e cantai a sua graça,

Cujo manto é luz, cujo espaço é abobadado.
Seus carros de ira que as densas nuvens formam,
E as trevas são o seu caminho nas asas da tempestade.

Robert Grant

(Ver "Adorem o Rei", Hinário para o Cantor Cristão, n2233, verso 1, linha 1 do verso 2 e linhas 2 a 4 do verso 3, letra em inglês de Robert Grant e em português de Werner Kaschel [São Paulo: Bompastor, 2003, 3.a reimpressão]). (N. do T.).

SEÇÃO II

A APLICAÇÃO DA SOBERANIA DE DEUS

Naum 1:7-2.13

A. APLICAÇÕES DIVERSAS, 1.7,8

Depois de ter falado sobre a natureza de Deus que forma a base do governo do mun-do, o profeta passa a mostrar sua dupla aplicação. Estas passagens são "teológicas e afirmam os princípios gerais da providência divina, pela qual a subversão do tirano é certa e a libertação do povo de Deus é garantida". 1

1. Deus é uma Fortaleza para os Fiéis (1,7)

O texto profético declara que Jeová é bom. Não se trata de favor caprichoso da mes-ma maneira que sua ira não é julgamento petulante. O profeta quer dizer que Deus é fiel na administração da justiça. Àqueles que o servem, o SENHOR é... uma fortaleza no dia da angústia. Talvez haja aqui alusão às cidades de refúgio (cf. Êx 21:13; Nm 35:9-14; Js 20:7-9). Mas considerando as circunstâncias da ocasião, é mais provável que o profeta queira transmitir a idéia de trincheiras de proteção. Neste caso, desejava fazer uma comparação com os muros de Nínive. Pareciam inconquistáveis, mas no dia da provação dariam pouca proteção a quem confiou neles. Por outro lado, Deus é uma forta-leza que não deixa na mão quem nele puser a confiança.

Ao considerarmos a extrema aflição daqueles dias, esta era uma promessa maravi-lhosa à pequena nação de Judá. Um grande império estava a ponto de esfacelar-se, e outras potências emergiam. Era iminente uma batalha de gigantes, cujo confronto colo-cava as minúsculas nações vassalas em um dia de angústia.

É verdade que o cumprimento desta promessa não ocorreu na história subseqüente de Judá. Após a reforma de Josias (ver Introdução), o povo judeu caiu de novo na idola-tria. Mas a natureza geral da asseveração é tamanha que não há necessidade de argumentação em prol de prosperidade material como sinal do favor de Deus. Não obstante, é reconfortante lembrar que o SENHOR... conhece — cuida dos que confiam nele.

2. Deus se Vinga dos Seus Inimigos (1,8)

A inundação transbordante é referência tão clara às circunstâncias pertinentes à queda de Nínive que certos estudiosos questionam o texto. Mas, ao pormos de lado a análise textual, quem crê na inspiração divina não acha mais difícil acreditar em tal predição específica do que crer que Isaías predisse a proteção de Jerusalém quando o exército assírio, sob o comando de Senaqueribe, estava diante das portas da cidade (Is 37:33-34). O Antigo Testamento menciona muitas vezes a destruição por inundação, lite-ral (38:25; Sl 32:6; Is 54:9) e figurativamente (Is 8:7; Dn 9:26-11.22).

Conforme o original hebraico, o seu lugar (i.e., "o lugar de Nínive", ECA; cf. ARA; BV; NVI) é alusão tão específica que os termos mais apropriados foram adotados na maioria das traduções, sobretudo desde que a Septuaginta traduziu por "adversários" (cf. NTLH). J. H. Eaton sugere que a melhor tradução é "o seu santuário" e faz um comentário incisivo:

A rapidez desta alusão a uma inimiga [cidade] específica causa surpresa, e levou muitos intérpretes a evitarem o significado óbvio do texto tradicional. Contudo, a referência, em essência e modo, é típica de Naum; ela nos prepara para o discurso direto com a mesma inimiga no versículo 11; e corresponde exatamente a Naum 2:5-7, onde o seu templo é devastado pela inundação ao mesmo tempo em que ela é feita cativa.'

Sugeriu-se também que o uso do gênero feminino indique algo por trás da capital em si — à deusa de Nínive, Istar. Por isso, o conflito é elevado a uma guerra entre deidades adversárias. Este significado também está na base dos versículos 11:14 (ver comentários ali).

As duas últimas frases deste versículo declaram a totalidade da destruição, e a pas-sagem sucessiva a reforça. As trevas perseguirão os seus inimigos é mais correta e comoventemente traduzido por "[O Senhor] perseguirá os seus inimigos [...] para dentro das trevas" (ECA).

Nos versículos 1:8, temos um quadro notável do "Deus da ira e misericórdia":

1) A ira de Deus expressa:
a) sua justiça, 3;
b) seu poder, 4-6;
c) sua soberania tremenda, 2,8;

2) A misericórdia de Deus é revelada na bondade, proteção e interesse por quem confia nele, 7 (W. T. Purkiser).

B. DISCURSOS A QUEM RECEBE A JUSTIÇA, Naum 1:9-15; 2.2

A partir do versículo 9, há mudança abrupta e o discurso é dirigido aos ninivitas. Uma série de declarações diretas torna muito dificil acompanhar o texto, porque a troca de destinatário é feita de um momento para o outro. Primeiro fala com Nínive e depois com Judá, e, de um lado para o outro, o orador desponta em eloqüência veemente. A sucessão rápida de discursos nestes versículos levou muitos a acreditar que a recitação deste poema era acompanhada por ação dramática para tornar o significado claro aos ouvintes.

  1. Desafio à Assíria (1:9-11)

O profeta faz um desafio aos assírios: Que pensais vós contra o SENHOR? (9), talvez para dizer: "Quem vocês pensam que Deus é?" É um brado de menosprezo, visto que "o profeta zombeteiramente lhes pergunta o que eles podem fazer em face de Deus ter decretado a destruição".3

O versículo 10 é difícil de traduzir, mas o sentido está razoavelmente claro. Nínive é comparada a espinhos, que são difíceis de eliminar da terra e queimam com dificul-dade quando estão molhados, mas que se consomem como palha diante do fogo do julgamento divino. Esta era uma ilustração que os israelitas de mente agrícola facil-mente entenderiam.

A significação plena desta passagem é que a destruição da cidade seria completa. Naum declarou: Não se levantará por duas vezes a angústia. Não haveria necessi-dade de outro castigo divino. A história atesta essa verdade.

Ainda que... se saturem de vinho como bêbados é frase que indica que a maio-ria dos tradutores tem uma visão mais específica do versículo 10. Trata-se de uma ampli-ficação do texto, o que envolve uma interpretação bem como uma tradução. Há versões que a omitem e traduzem o versículo inteiro simplesmente assim: "Como uma moita de espinheiros, como a palha seca, vocês serão completamente destruídos" (NTLH). Contu-do, Lehrman e Maier concordam com as traduções que fazem esse tipo de interpretação do hebraico. Quanto ao que significa exatamente, Maier oferece duas alternativas. A primeira, fala que os ninivitas se sentiam tão seguros atrás de suas defesas que bebiam e farreavam, e esqueciam-se do perigo iminente. O rabino Lehrman concorda com este ponto de vista. A segunda opção diz que o profeta prediz a impotência dos assírios, ao declarar que são tão fracos quanto um soldado bêbado. O próprio Maier parece advogar esta interpretação e afirma: "De acordo com a tradição, Nínive foi tomada quando os defensores estavam em meio a uma festa animada regada por bebidas".4

O alguém mencionado no versículo 11 é aplicado a Senaqueribe, que era o inimigo mais agressivo de Judá e o invadiu quando Ezequias era rei (2 Rs 18.13ss). O hebraico traduzido por saiu é um termo técnico usado para referir-se a expedições e invasões militares (cf. 1 Sm 8.20; Is 42:13; Zc 14:3). As pessoas consideravam as invasões atos dirigidos contra o próprio Jeová, visto que estava associado ao povo pela relação de con-certo. A deportação também dera golpe terrível contra o Templo e sua adoração. Em II Reis 18:29-35, repare no escárnio que Rabsaqué, general de Senaqueribe, fez de Deus.

No plano de fundo há uma referência mais sinistra. Conselheiro de Belial é ex-pressão traduzida de diversas maneiras. A palavra Belial é repetida no versículo 15, onde é traduzida por ímpio. A interpretação freqüente é que significa uma figura corres-pondente a Satanás ou o diabo no pensamento cristão, uma personificação do mal. Por trás do poder da Assíria estava o poder das trevas. Sua impotência se tornará evidente diante da onipotência de Jeová.

  1. Consolação para Judá (1.12,13)

O original hebraico nestes versículos é ambíguo, e a palavra é consolo para os opri-midos que por muito tempo foram pisoteados pelo inimigo. A frase enigmática: Por mais seguros que estejam e por mais numerosos que sejam, é traduzida por: "Embora sejam fortes e muitos" (VBB; cf. NTLH; NVI). A despeito da força do inimigo, este jugo de escravidão será quebrado. O profeta entende que os acontecimentos da história são obra de Deus, e que a aflição de Judá está sob controle divino: Eu te afligi, mas não te afligirei mais (12).

  1. Aniquilação da Assíria (1,14)

O profeta chama a atenção à natureza religiosa do conflito e ao triunfo de Jeová sobre os deuses vis de Nínive. Os assírios tinham zelo particular por seus templos, que estavam repletos de esculturas esculpidas e baixos-relevos talhados em pedra. 5A finali-dade da destruição é predominante na profecia. Mais ninguém do teu nome seja semeado pode ser traduzido por "o teu nome não será mais lembrado" (Moffatt; cf. NTLH).

  1. Previsão de Libertação (Naum 1.15; 2,2)

Naum copia uma passagem linda e famosa de Isaías: Eis sobre os montes os pés do que traz boas-novas, do que anuncia a paz! (15). É assim que o profeta ilustra os mensageiros que trilham os caminhos monteses, a fim de levar aos habitantes de Jeru-salém as boas notícias da destruição do inimigo. Em sua perspectiva otimista, vê que estes acontecimentos e situações são os primeiros lampejos de um período de ouro. Nesse tempo, toda a nação de Israel voltará a ter uma relação produtiva com Jeová e a paz será estabelecida. O versículo 2 do segundo capítulo dá continuidade a este discurso. Maier faz extensa defesa desta posição, mas o peso da erudição bíblica balança para o outro lado. Quando colocamos 2:20 imediatamente após 1.15, teremos a seguinte leitura: Eis sobre os montes os pés do que traz boas-novas, do que anuncia a paz! Celebra as tuas festas, ó Judá, cumpre os teus votos, porque o ímpio não tornará mais a passar por ti; ele é inteiramente exterminado. Porque o SENHOR trará outra vez a excelência de Jacó, como a excelência de Israel; porque os que despejam os despejaram e corromperam os seus sarmentos.

"As boas novas dos altos céus" é o tema dos versículos 12:15. O Evangelho é, por definição, as boas-novas, 15, as boas notícias de:

1) Libertação, 13;

2) Consolo, 12;

3) Paz, 15; e

4) A defesa da justiça, 14,15b (W T. Purkiser).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 1 até o 9

Poema Acróstico (Naum 1:1-9)

Quanto a notas expositivas completas sobre o artificio literário chamado acróstico, ver a introdução ao Salmo 34. Os dizeres são introduzidos por sucessivas letras hebraicas, seguindo a ordem alfabética. Entretanto, há aqui uma perturbação que pode refletir a intervenção de um editor subseqüente que não preservou a suposta forma original da introdução. A forma literária do acróstico pode produzir uma bela expressão poética, mas geralmente impede o fluxo livre da mensagem.

Na 1:1

Sentença contra Nínive. Este oráculo foi chamado, iiteralmente, de “sentença” ou “peso", visto ser uma mensagem pesada e difícil, mas que devia ser suportada pelos Ímpios. Era uma mensagem difícil contra Nínive, pois o tempo da queda do império assírio tinha finalmente chegado. Nínive não seria capaz de carregar esse peso. Quanto a oráculos chamados pesos ou sentenças, conforme Is 13:1; Is 15:1; Is 17:1; Is 19:1; Is 21:1,Is 21:11,Is 21:13; Is 22:1; Jr 23:33,Jr 23:38 e Hc 1:1. A visão é o meio de revelar a sentença.

O elcosita. A cidade em vista é Elcós. Ver no Dicionário o artigo chamado Elcós, Elcosita, quanto a detalhes. As tradições concernentes a esse lugar, que põem ali o túmulo de Naum, são todas incertas. Durante séculos, lendas têm afirmado que o lugar era próximo de Nínive. Parte da história diz que os cativos de Israel foram deportados para lá (durante o cativeiro assírio), e Naum estava entre os cativos. Mas o fato é que Elcós era desconhecida, e as tradições provavelmente não têm valor histórico algum. Jerônimo põe Elcós na Galiléia, mas outros estudiosos a colocam em Judá.

A profecia de Naum ocorreu cerca de 135 a 150 anos depois da profecia de Jonas. O arrependimento dos ninivitas, no caso do profeta Jonas, adicionou esses muitos anos à vida nacional da Assíria, mas tal chance não seria estendida novamente aos assírios. Ver no Dicionário o verbete chamado Cativeiro Assírio.

Na 1:2
O Senhor é Deus zeloso e vingador.
Temos aqui uma série de afirmações assustadoras. Um Poder vingativo atacava. Esse Poder é um Deus zeloso (ver Dt 4:24; Dt 5:9; Dt 6:15; Dt 32:16,Dt 32:21)! Ele estava ofendido pelo que a Assíria fizera contra o Seu povo. Seu povo era Seu filho (Ex 4:22), que aqueles réprobos estavam maltratando. Esse Deus zeloso também era o Deus vingativo, e foi por essa razão que a Assíria terminou tão mal. Esse Deus também estava cheio de ira, e isso O levou a ferir e esmagar os ofensores. Os inimigos de Deus são objetos de Seu ódio e de Seu poder demolidor. Os assírios deviam ter parado de aniquilar outras vítimas. Quando eles puseram suas mãos imundas sobre Israel, isso era ir longe demais na ousadia. Quanto à vingança de Deus, ver Dt 32:35,Dt 32:41. Ver no Dicionário o verbete chamado Ira de Deus. Houve ocasião em que 185.000 invasores assírios foram aniquilados diante dos portões de Jerusalém (ver II Reis 19:35-37). Mas isso nada foi, em comparação com o que aconteceu mais tarde, quando os babilônios e seus aliados puseram fim ao poder opressor dos assírios. Esse foi um ato de Yahweh, que defendeu a honra de Seu povo.

Na 1:3

O Senhor é tardio em irar-se. As boas novas é que esse Deus temível não age com precipitação nem arbitrariamente. Ele vive buscando os pecadores, a fim de abatê-los, mas Sua ira se contém e é controlada pela vontade divina, esperando o tempo certo para castigar. Deus tem grandíssimo poder, mas Ele é, igualmente, o poder que restringe atos precipitados, até chegar o momento certo para agir. Por outro lado, Deus não chega somente para punir os culpados. Em primeiro lugar, um profeta sai a dizer ao povo o que acontece quando não há arrependimento em relação a feitos ousados. O povo precisa ser levado a sentir a ira de Deus. Se o povo estremecer e se arrepender, poderá sair da crise sem maiores incidentes. Naturalmente, o povo terá de começar a viver de modo diferente, antes que a panela de Deus comece a ferver com o calor da ira divina. Quanto à longanimidade Deus, conforme Ex 34:6; Nu 14:18; Ne 9:17; Sl 103:8; Sl 145:8; Jl 2:13 e Jn 4:2.

“Deus é iongânimo e paciente (ver 2Pe 3:9) por causa de Seu desejo que as pessoas se arrependam. Isso foi demonstrado pelo fato de que Jonas foi enviado a Nínive, cerca de cem anos antes que Naum começasse a profetizar” (Elliott, E. Johnson, in loc.).

... mas grande em poder. Deus tem o poder de efetuar mudanças na natureza: “Onde o Senhor vai, redemoinhos e tempestades exibem o Seu poder; as nuvens são a poeira levantada pelos Seus pés” (NCV). Se Ele tem poder sobre a natureza, que ultrapassa do controle de qualquer ser humano, então por certo Ele tem poder sobre os homens. Conforme esta parte do versículo com 9:17. Quanto à questão das nuvens e da poeira, ver 2Sm 22:10 e Sl 18:9. Conforme este versículo com Hab. 3:6-10.

Na 1:4

Ele repreende o mar, e o faz secar. Este versículo prossegue com a descrição do poder de Deus sobre a natureza, dando a entender que Ele pode fazer qualquer coisa que Lhe agrade, no caso do mero homem. Deus pode repreender o mar e fazê-lo secar-se, como sucedeu quando Israel ficou entalado entre o exército egípcio e o mar Vermelho (ver Ex 14:21; Sl 66:6; Sl 106:9; Is 50:2; Is 51:10). O Senhor resseca os rios ou desvia-os de seu leito normal, como fez com o rio Jordão, quando este servia de empecilho para que o povo de Israel chegasse à Terra Prometida. As áreas férteis de Basã e Carmelo se ressecaram diante de Sua palavra; Deus enviou a seca e ventos quentes da parte do oriente. Basã era regada pelo rio larmuque, e o Carmelo ficava à beira-mar, onde obtinha grande abundância de chuvas. Mas Deus reverteu o curso nornial da natureza e ressecou aqueles lugares. A cadeia do Líbano, ao norte, continua Síria adentro, e era famosa por suas florestas de cedro, mas não estaria isenta da seca, se assim Yahweh o dissesse. Conforme Os 14:7. Não há inflorescência sobre a terra que o hálito quente de Yahweh não reduza à podridão.

Na 1:5

Os montes tremem perante ele, e os outeiros se derretem. Este versículo continua a descrição do poder de Deus sobre a natureza, dando a entender que Deus pode fazer qualquer coisa que Lhe agrade, no caso do mero homem. Ver no Dicionário o artigo chamado Soberania de Deus. A presença de Deus causa terremotos, erupções vulcânicas e a desolação da terra. Essa desolação afeta a própria terra, e também os que nela habitam. As montanhas e os povos estremecem de medo diante do Senhor. Quanto aos montes como símbolos da estabilidade — e, no entanto, eles estremecem diante do poder divino —, considere o leitor o caso do monte Sinai, em Ex 19:18, Quanto às colinas que se dissolvem, ver Mq 1:4. “Notemos que os portentos naturais são considerados produtos da ação direta de Yahweh” (Charles L. Taylor, Jr., in loc.). O Criador não abandonou Sua criação, mas, antes, intervém, punindo ou recompensando os homens, isso reflete o Teísmo. Contrastar essa idéia com a do Deísmo, que ensina que a força criadora (pessoal ou impessoal) abandonou a sua criação ao controle das leis naturais. Ver sobre ambos os termos no Dicionário.

Com só olhar para a terra ele a faz tremer; toca as montanhas, e elas fumegam.

(Sl 104:32)

Na 1:6
Quem pode suportar a sua indignação?
Este versículo sumaria o terror referido nos vss. Na 1:2-5. Conforme este versículo com Sl 24:3. Ver também Jr 51:25,Jr 51:26.

Na 1:7

O Senhor é bom, é fortaleza no dia da angústia. Toda essa conversa sobre um feroz julgamento não nos deve fazer esquecer de que Yahweh é bom e até os Seus mais severos juízos têm por intuito restaurar, e não meramente tirar vingança. Seja como for, quando Yahweh julgou os assírios, ele estava fazendo um favor para o mundo inteiro da época. Ele é uma fortaleza para o bem, um lugar onde os homens podem refugiar-se e receber proteção. Esses são símbolos militares. Yahweh, Sabaote (o General dos Exércitos), protege o Seu povo. Conforme essa figura com Sl 27:1; Sl 31:4; Sl 52:7. Quanto ao Senhor como bom, ver Ex 34:6; Sl 106:1; Sl 107:1; 136;1 e Jr 33:11.

“Aqui é enfatizado outro lado da natureza divina. A ira de Yahweh se derrama sobre aqueles que O odeiam; mas quanto àqueles que depositam Nele a sua confiança, Ele mostra amor e misericórdia (ver Dt 5:9 ss.). A longa história de Israel, do período assírio até o fim, foi uma longa agonia de espera... Desapontada em uma de suas expectações, a nação de Israel apenas a transformava em outra expectação, e continuou esperando grande coisas da parte de Deus” (J. M. P. Smith, in loc).

Na 1:8

Mas com inundação transbordante acabará duma vez com o lugar desta cidade. Este versículo prossegue com a temível mensagem dos vss. Na 1:2-6, adicionando outra figura para falar sobre a ira de Deus. “O dííúvio inundante" varrerá todos os adversários de Israel e de Deus para o esquecimento, Diz o hebraico original, literalmente, “ponto final". Foi exatamente isso que sucedeu a Ninive e ao império assirio. “Essa referência à inundação poderia sugerir, figuradamente, uma invasão sem restrições por parte de um exército (cf, Isa, 8,7,8; Jer, 47,2; Dn 9:26,Na 2:8)” (Eliiott E. Johnson, in loc.). Quanto ao ponto final, cf, Dn 9:26; Dn 11:10,Dn 11:22,Dn 11:40. Diodoro Siculo (Hist. Na 1:2, par,
111) diz-nos que as forças combinadas dos medos e dos babilônios totalizavam 400:000 homens armados.


Champlin - Comentários de Naum Capítulo 1 versículo 4
Repreende o mar, e o faz secar:
Alusão à saída do Egito e à passagem pelo mar Vermelho. Conforme Ex 14:16-25; Ex 15:1-19; Sl 106:9.Na 1:4 Basã e o Carmelo, assim como o Líbano, eram famosos pela abundância da sua vegetação. Ver Dt 3:1,; 1Rs 18:19,; Jr 22:6, e o Índice de Mapas.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
*

1:1 Título do livro. Ver Introdução. Autor; Data e Ocasião.

* 1.2-14 O hino introdutório (vs. 2-8), que em hebraico forma um poema acróstico incompleto, descreve de maneira entusiástica o Senhor como o Juiz universal com poder para realizar a sua vontade.

* 1.2, 3 O caráter do Senhor forma a chave para o que vem a seguir.

* 1.2 zeloso. Este atributo refere-se à reação movida pelo seu zelo contra qualquer transgressão à sua santidade ou qualquer tentativa de dividir a sua glória. Seu zelo requer lealdade absoluta e revela-se como ira contra a rejeição de si ou de seu senhorio.

vingador... vingador... toma vingança. Fiel à sua natureza, o Juiz universal não deixa nenhum pecado impune e penaliza cada uma das faltas dos ímpios. A tripla repetição da palavra hebraica para “vingança” enfatiza grandemente uma retribuição inescapável e apropriada.

adversários... inimigos. Esta terminologia é típica dos salmos e de narrações de guerras santas.

*

1.3 tardio em irar-se. Uma confissão bem conhecida da paciência de Deus com os pecadores (Êx 34:6, “longânimo”; Jn 4:2).

grande em poder... jamais inocenta o culpado. A paciência de Deus nunca implica que ele seja fraco ou que ele tolere o mal (Gn 18:25).

* 1.3-6 O profeta oferece um retrato poético do poder do Senhor manifestado em seu controle da natureza na criação e em outras ocasiões em que houve intervenção em favor do seu povo (Sl 18:7-15; Êx 14:21, 22; Mt 8:26). O israelita piedoso reconhecia a obra do Senhor na natureza. Mas a ela não deve ser confundida com Deus ou adorada como Deus; ela é o anfiteatro da revelação.

* 1.4 Ele repreende. Estas palavras retratam vividamente o poder de Deus em sujeitar as forças da natureza, tanto durante a criação quanto durante a travessia do Mar Vermelho (Êx 14).

mar... rios. Usados aqui como paralelos poéticos (Is 50:2; Sl 74:12-15). A abundante vegetação do fértil “Basã,” “Carmelo,” e “Líbano” murcha quando o vento quente do deserto, enviado pelo Senhor, sopra sobre ela.

1:5 A percepção da aproximação do Senhor enche a terra e suas criaturas de terror. Toda criação parece sentir-se ameaçada pelo caos, até mesmo as coisas aparentemente permanentes (“os montes... a terra”) tremem e desaparecem.

* 1:6 As questões retóricas enfatizam a impossibilidade de se resistir à ira de Deus. Essa ira é comparada ao fogo (Dt 4:24; Hb 12:29).

*

1.7 bom. O termo denota a benevolência do Senhor como sendo a fonte de todo verdadeiro bem-estar e prosperidade do ser humano, e é, particularmente, uma confissão de sua bênção e bondade provenientes da Aliança (Sl 73:1). O povo do Senhor experimenta seu grandioso poder como santo amor. Quando o socorro se faz necessário, Deus é uma fortaleza inexpugnável (Sl 46).

* 1.8 inundação... trevas. Figuras marcantes do severo julgamento.

* 1.9-14 A queda dos ímpios, representados por Nínive, culmina no consolo do povo de Deus, Judá.

* 1.9 pensais vós contra. Todas as estratégias assírias se revelarão fúteis. Sua luta e seus planos são agora contra o Senhor, que decidiu destruí-los, e o fará de uma vez por todas.

*

1.11 um que maquina o mal. Talvez uma referência a Asurbanipal (Introdução: Data e Ocasião).

vil. Ver referência lateral. A palavra sugere algo demoníaco.

* 1.12-14 Uma confortante mensagem divina assegura ao povo de Deus de que a queda da Assíria implica no fim de sua humilhação.

* 1.12 Assim diz o SENHOR. Uma fórmula bem conhecida da mensagem profética.

* 1.13 quebrarei o jugo deles... romperei os teus laços. Figuras poéticas expressivas de emancipação (Jr 2:20; Sl 2:3).

*

1.14 ordem. A palavra enfatiza autoridade e infalibilidade.

teu nome. A completa extinção e perda de poder e prestígio são reservadas para os assírios.

casa dos teus deuses. O templo e outros objetos da confiança e orgulho da Assíria serão destruídos.

sepulcro. O termo representa a destruição final de Nínive, de seu rei, e de seu povo em 612 a.C.

* 1.15-2.13 Esta seção foi escrita no tempo presente profético. Os eventos que ainda ocorrerão no futuro são aqui retratados como se já estivessem presentes, e eventos num futuro ainda mais remoto são retratados como ocorrendo ao mesmo tempo que aqueles que ocorrem muito antes. Esta profecia intensa de julgamento é uma “visão” poética (1.1; conforme Nm 12:6-8), e não pretende ser um relato histórico preciso e detalhado dos eventos que se sucederam posteriormente, em 612 a.C.

*

1:15

Ver Is 52:7. A aproximação do mensageiro de “boas novas,” cujos pés pisam “nos montes” de Judá, inicia um novo período de serviço grato ao Senhor. As boas novas são resumidas na significante palavra “paz” (hebraico shalom), que indica não somente o fim das hostilidades mas também o retorno às condições normais e abundantes de vida e de bem-estar geral.

cumpre... votos. Períodos de tribulação nacional ou opressão estrangeira freqüentemente tornavam difícil a celebração de importantes festas do templo, se não impossível. Os “votos” feitos no período prévio de aflição deviam ser cumpridos agora (Sl 116:14, 17-19).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
NAHUM serve como profeta para o Judá e Assíria desde ano 663 aos 654 a.C.

Ambiente da época: Manasés, um dos reis mais perversos do Judá, governava a terra. Abertamente desafiou a Deus e perseguiu a seu povo. Assíria, a potência mundial dessa época, fez do Judá um súdito. O povo do Judá queria ser como os assírios, quem parecia ter todo o poder e as posses que queriam.

Mensagem principal: O poderoso império assírio que oprimia ao povo de Deus logo cairia.

Importância da mensagem : Os que praticam o mal e oprimem a outros algum dia terão um final amargo.

Profeta contemporâneo: Sofonías (640-621)

1:1 Nahum, como Jonás, foi um profeta no Nínive, a capital do Império Assírio e profetizou entre 663-654 a.C. Um século antes, Jonás viu a cidade arrepender-se (veja o livro do Jonás), mas esta caiu de novo na maldade. Assíria, a potência mundial que controlava o Crescente Fértil, parecia incontenible. Seus selvagens e rudes guerreiros conquistaram o Israel, o reino do norte, e provocavam grande sofrimento ao Judá. portanto, Nahum proclamou a ira de Deus contra a maldade de Assíria. Em muito poucas décadas, Babilônia derrubaria ao Nínive.

1:2 Unicamente Deus tem o direito de ser ciumento e de levar a cabo a vingança. O ciúmes e a vingança podem ser termos que nos encham de surpresa ao associar-se com Deus. Pelo general, quando os humanos zelam e se venham, atuam com um espírito egoísta. Entretanto, é apropriado que Deus insista em nossa lealdade completa e é justo que O castigue aos malfeitores que não se arrependam. Seu zelo e vingança não estão mesclados com o egoísmo. Seu propósito é erradicar o pecado e restaurar a paz no mundo (Dt 4:24; Dt 5:9).

1:3 Deus é lento para a ira, mas quando está preparado para castigar, até a terra treme. Muitas pessoas não procuram deus porque vêem maldade no mundo e hipocrisia na igreja. Não compreendem que como Deus é lento para a ira, oferece a seu seguidores tempo para falar da realidade de seu amor aos pecadores. Mas o castigo chegará; Deus não deixará pecado sem castigo para sempre. Quando a gente pergunte por que Deus não castiga o mal imediatamente, lhes ajude a recordar que se o fizesse, nenhum de nós estaria aqui. Todos devemos estar agradecidos de que Deus nos conceda tempo para nos voltar para O.

1:6 Nenhuma pessoa sobre a terra pode desafiar a Deus, o Todo-poderoso, o Criador do universo e ficar impune. Deus, quem controla o sol, as galáxias e as vastas extensões longínquas, também controla o esplendor e a queda das nações. Como podia um reino temporário como Assíria, por capitalista que fora, desafiar seu poder grandioso? Se Assíria tivesse podido ver o futuro e o montão de escombros no que se converteria e que Deus seguiria sendo o mesmo! Não desafie a Deus; seu poder é maior que o de todos os exércitos e todas as nações juntas.

1.6, 7 Para os que se negam a acreditar, o julgamento de Deus é como fogo consumidor, que não se acaba. Para os que o amam, sua misericórdia significa segurança e paz, suprindo todas nossas necessidades sem que seus recursos se esgotem. A relação que temos depende de nós. Que classe de relação escolherá você?

1:11 O rei que "imaginou mal contra Jeová" possivelmente foi: (1) Asurbanipal (669-627 a.C.), rei de Assíria durante a maior parte da vida do Nahum e quem levou a Assíria à cúpula de seu poder; (2) Senaquerib (705-681), quem abertamente desafiou a Deus (2Rs 18:13-35), levando a cabo uma rebelião contra Deus; (3) nenhum rei em particular, a não ser a malvada monarquia em sua totalidade. O fato é que Nínive seria destruída por haver-se rebelado contra Deus.

1:15 As boas novas para o Judá, a quem Assíria destruiu, foram que seus conquistadores e atormentadores seriam destruídos e nunca se voltariam a levantar para voltá-la para atormentar. Nínive foi completamente apagada, de tal forma que suas ruínas não se identificaram a não ser até 1845.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
I. TITLE (Na 1:1 , 8)

2 O Senhor é um Deus zeloso e vingador; Jeová vingador e cheio de indignação; Jeová toma vingança contra os seus adversários, e guarda a ira contra os seus inimigos. 3 O Senhor é tardio em irar-se, e grande em poder, e não inocenta o culpado . O Senhor tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus Pv 4:1 Ele repreende o mar, eo faz secar, e esgota todos os rios; desfalecem Basã e Carmelo; . ea flor do Líbano murcha 5 Os montes tremem perante ele, e os outeiros se derretem; ea terra se upheaved diante dele, sim, o mundo, e tudo o que nela habitam. 6 Quem parará diante do seu furor? e quem pode subsistir diante do ardor da sua ira? a sua cólera se derramou como um fogo, e as rochas são quebradas em pedaços por ele.

8 E com uma inundação-atropelando ele vai fazer um final cheio de seu lugar, e prosseguirá os seus inimigos na escuridão.

O livro de Jonas e do livro de Naum tanto lidar com a cidade de Nínive. O livro de Jonas retrata o Deus da misericórdia (Ob 4:11 ). A profecia de Naum retrata o mesmo Deus, mas como um Deus irado (Na 1:2 : longanimidade, lento para a cólera

C. Os versículos 3:5 : Alimentação. Inigualável. de grande poder

C. Versículo Na 1:6 : Poder. Irresistível. Quem poderá resistir?

B. O versículo 7 :. Goodness Jeová é bom

A. O versículo 8 : Vengeance, fim cabal

Há seis palavras marcantes depictive de Deus em raiva, juntamente com imagens intensificando o retrato. São eles: ciúmes, vingança, ira -todos encontrado no versículo 2 ; raiva no versículo 3 ; indignação e ferocidade no versículo 6 . Apenas como um investiga a essência de cada uma dessas várias palavras para a raiva que ele pegar o impacto total desta fase da revelação divina. (Cada palavra hebraica expressivo de raiva encontrado no Antigo Testamento é embalado também dentro da frase gráfico e sóbria Novo Testamento, "ira do Cordeiro," Ap 6:16 , conforme Sl 78:49 ).

. 1 . Jealous O léxico dá a forma substantiva para a palavra hebraica traduzida por "ciúmes", como ardor, zelo, o ciúme , e a forma verbal: "estar com ciúmes, zeloso". A palavra ciúmes aqui tem a força de nossa palavra "zeloso. "Se alguém é zeloso para uma pessoa ou fazer com que ele é, porque ele ama essa pessoa ou causa. Então, basicamente, a palavra "inveja" tem sua origem em uma atitude carinhosa para com uma pessoa ou causa. Quando o povo de Deus ou causa é prejudicada Seu amor por eles é tocado.Ele fica com ciúmes, ou seja, zeloso para eles ou ele, não com uma vingança carnal, mas como uma consequência do Seu amor. Um grande amante deve necessariamente ser um grande inimigo. Deus aqui retrata claramente isso.

2. Vengeance. vingança do homem é retaliação, a motivação de ser definitivamente egoísta. A vingança de Deus é, mas a realização de um direito fundamental do universo: a colher o que se plantou. Em outras palavras, ela fala do castigo que decorre logicamente delito (o fruto natural de maldades). A execução deste castigo é estritamente a prerrogativa de Deus. Enquanto a raiva tem sua origem no amor de Deus, a punição para o pecado mostra o fluxo de saída de Sua justiça para com os malfeitores, ou seja, objetivamente, por isso, ele se vinga.

3. Wrath. Jeová ... está cheio de ira (lit., "é senhor ou mestre da ira"). Esta palavra tem a intensificação de grande calor. De fato, o léxico dá como primeiro significado da palavra "calor", depois "raiva", "fúria". Ele foi por diversas vezes traduzida como "senhor da fúria irado", "possuidor de calor irado." É uma palavra que é executado ao longo dos livros dos profetas (conforme Is 51:17. , Is 51:22 ; Jr 4:4) -a comando positivo para os cristãos.

6. Fierceness. O significado desta última palavra que descreve o ódio ao pecado e à terrível retribuição Ele é obrigado a ministrar, por causa de seu caráter como Deus, e por causa da essência do pecado de Deus, tem como idéia raiz intensidade de branco calor. Aqui é retratada a intensidade da queima de raiva divina. Isaías chama de "ira" (Is 13:9 ). Quem pode resistir a Deus quando a intensidade feroz da ira santa se derramou como um fogo sobre ele de repente e esmagadoramente (Dt 4:24 )? Quando ele fala toda a natureza é atingidas pelo temor: o terremoto montanhas, os outeiros se derretem, a terra está upheaved, rochas são quebradas em pedaços por ele, e tudo o que nela habitam ouvirão. Para aqueles despreparados para enfrentá-lo, com uma inundação-atropelando ele vai fazer um final cheio de seu lugar, e prosseguirá os seus inimigos na escuridão .

Embora essa visão de Jeová como o Deus da vingança foi dada principalmente para Nínive, suas verdades eternas são igualmente aplicáveis ​​para nós hoje. "Acreditar no amor de Deus é ter a certeza da Sua ira."

RAIVA B. DEUS EXIGE DISCRIMINAÇÃO (Na 1:7 ). A primeira parte do versículo pode ser traduzido, "Jeová é uma boa fortaleza no dia da angústia." Isso é consistente com o pensamento de Pv 18:10 : "O nome de Jeová é uma torre forte; O corre o justo para ele, e é seguro "(conforme Sl 34:8 ; Os 3:16 ). A LXX traduz esta parte como, "O Senhor é bom para aqueles que esperam por ele." Isto, também, está em linha com as Escrituras (conforme Sl 25:3. , Is 40:31 ; Lm 3:25. ).

Na grande visão de Deus de vingança, dado por revelação para Naum, aprendemos que as prerrogativas punitivas de Deus crescer fora de seu grande amor, que Ele é lento para trazer a pecar homens e mulheres a punição por seus maus caminhos, mas que, quando Ele passou por cima da atitude de amor e misericórdia para com a atitude da justiça, Ele é tão temível, e implacável como um furacão solta em toda a sua fúria. Mas Ele sempre se lembra e se preocupa com o Seu próprio. Ele os que nele se refugiam conhece.

III. Visão da cidade altiva no AFLIÇÃO (Na 1:9)

9 O que vos conceber contra o Senhor? ele vai fazer uma destruição final; aflição não se levantará pela segunda vez. 10 Para se entrelacem como os espinhos, e embriagada como com a sua bebida, eles são consumidos como restolho totalmente seco. 11 Há um saiu de ti, que maquina o mal contra o Senhor, que a maldade counselleth. 12 Assim diz o Senhor: ainda que sejam em plena força, e da mesma forma muitos, mesmo assim eles devem ser cortados, e ele passará. Apesar de eu ter te aflitos, Afligirei ti não mais. 13 E agora eu quebrarei o seu jugo de sobre ti, e romperei os teus laços.

14 E o Senhor deu ordem a teu respeito, para que não mais do teu nome ser semeada: fora da casa dos teus deuses quiserem eu cortar a imagem de escultura e as de fundição; Farei a tua sepultura; pois tu és vil.

15 Eis que, sobre os montes os pés do que anuncia boas novas, que publisheth paz! Celebra as tuas festas, ó Judá, cumpre os teus votos; para o ímpio não tornará mais a passar por ti; ele é inteiramente exterminado.

O que vos conceber contra o Senhor? O pensamento é agravada pelo uso da haste intensiva do verbo hebraico para "inventar", que significa esquema completamente contra os propósitos de Jeová. Jeová responde em como estirpe ", então eu invento" uma destruição final, nenhuma aflição segunda-Um vai acabar todos (conforme 1Sm 26:8. ). Parece que esta foi dirigida a Judá, que temia invasões frescos pelos assírios. Ele, o Senhor, fará um fim total do inimigo. Embora as defesas dos assírios pode ser tão difícil de romper como uma sebe de espinhos e, embora os habitantes de Nínive ser embebido com vinho, ambos devem ser consumidos como restolho. O idealizador do versículo 11 é, sem dúvida, Senaqueribe, embora as palavras são dirigidas a Nínive (v. Na 1:9 ).Estudiosos variam de opiniões quanto a quem a última parte do versículo 12 é o destinatário: Apesar de eu ter te aflitos, Afligirei ti não mais. comentários do piloto,

"Ainda que ... eu te aflitos (O Judah) Afligirei ti não mais" (assim Keil, Marti). O marg. é uma ameaça para a Assíria: "E eu vou te afligir (O ​​Assíria) para que eu te afligem no more" (assim Ew, Oi, Nós, Dav, Smith....), ou seja, o golpe será uma final.

Jeová liberta Judah do jugo da Assíria, como profetizou Isaías (conforme Is 10:27. ; Is 14:25 ; Jr 30:8. ). Então, com certeza é o profeta da aniquilação total da Assíria que ele vê os mensageiros que vão para as montanhas e colinas de Judá, com a gloriosa notícia, exortando o povo de Judá para manter seus votos que eles fizeram em tempos de adversidade (conforme 2Sm 23:6 ), e para manter suas festas anuais de ação de graças pela sua libertação sobrenatural, para ele é inteiramente exterminado (conforme Isaías 52:7. ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
I. Deus é zeloso: Nínive cairá (1)

A palavra "zeloso" (ou "ciumento") aplicada a Deus não sugere inve-ja nem egoísmo. Ela tem o sentido de ser cuidadoso com sua glória e santidade. Ele arde com fúria contra o pecado, embora ame o pecador. Da mesma forma que um marido é zeloso com sua esposa e, por isso, a protege, Deus é zeloso com seu povo e sua lei e, por essa razão, age com santidade e justiça. Ele tarda em irar-se; na verdade, concedeu 150 anos de misericórdia a Nínive. Todavia, os assírios foram muito lon-ge em sua brutalidade e violência, e o Senhor tinha de julgá-los.

Deus tem poder para julgar? É claro que sim. Veja o poder dele na natureza (vv. 3-6), nos ventos e nas tempestades, em chuvas eestiagens, sobre a terra e o mar. Quem pode se manter de pé diante do poder dele? Hoje, parece que as nações se esquecem do poder do Deus Todo-Poderoso. Elas agem como se o Senhor não existisse. Mas tenha certeza de que o dia do julgamento virá, e, nesse dia, nenhuma nação escapará.

Nos versículos 8:13, Naum des-creve a queda da cidade com duas imagens: uma grande inundação que varre tudo; e o fogo que a con-sumirá como palha seca. É interes-sante observar que Nínive, de fato, caiu por causa de uma inundação. Os medos e os babilônios cerca-ram a cidade por muitos meses e fizeram pequenas escavações. De-pois, a estação de chuvas chegou, e os dois rios próximos de Nínive começaram a encher. Um historia-dor afirma que os medos rompe-ram um dos diques sobre o rio. De qualquer maneira, as águas mais volumosas bateram contra os mu-ros de Nínive e os puseram abaixo. A cidade foi literalmente destruí-da pela inundação; veja também Na 2:6. Deus não precisa de exércitos, ele pode usar as gotas minúsculas da chuva!

Nesse capítulo, Deus faz duas promessas magníficas a seu povo. Em 1:7, ele assegura-lhe sua bon-dade e diz-lhe que ele estará segu-ro desde que confie nele. Em 1:12, ele afirma que não o afligirá mais com o exército assírio como fez antes. Não importa a dificuldade que tenhamos, podemos confiar em Deus para cuidar de nós e nos ajudar.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
1.1 Nínive. Era a capital assíria, e quando Naum escreveu esta profecia, era a maior do mundo. Foram os assírios; o povo mais poderoso entre os povos semitas e os primeiros conquistadores do mundo. Os muros ao redor da cidade tinham 30 m de altura, e eram tão espessos que três carruagens podiam correr lado a lado em cima deles. Estes muros eram fortificados com 1.500 torres de 60 m de altura. Era uma cidade vil. "Sua vastidão era eclipsada por sua vileza" (S. Baxter). Naum. Sabemos muito pouco de Naum, somente o que está, registrado neste livro. Seu nome significa "conforto" (conforme NCB, p 886).

• N. Hom. 1.2,3 Uma visão rápida de Deus. Note-se algumas

características dEle: Zeloso, vingador, cheio de ira, indignação, furor e cólera. Deus é um Deus de amor, mas também de ira. Aqueles que não entregarem suas vidas a Ele, um dia conhecerão a Sua ira, a qual é reservada para os Seus inimigos. Em Cristo somos salvos da ira de Deus (conforme 1Ts 1:10).

1.3 Contém 5 grandes verdades com respeito a Deus:
1) Ele é tardio em irar-se;
2) Ele é grande em poder,
3) Ele jamais inocenta o culpado;
4) Ele é onipotente;
5) Ele é soberano.
1:4-6 A soberania e o poder de Deus são expostos.

• N. Nom. 1.6 A ira de Deus:
1) As razões: a) orgulho; b) crueldade; c) impenitência, (cf. todo o livro);
2) O remédio; a) reconhecimento de Deus; b) confiança nEle (conforme v.7);
3) Características: a) é tardia (Êx 34:6-7; Ne 9:17b; Sl 103:8, Jo 4:2); b) é certa (cf.14:13; Sl 76:7; Na 1:6); c) é justa (cf.Lm 1:18; Rm 2:5, Rm 2:6; Rm 3:5); d) é evitável (cf.Jo 3:14-43; Rm 8:1).

1.7 Isto deve ser continuamente lembrado, enquanto você estudar este livro.
• N. Hom. 1.7,8 Amigos e inimigos de Deus:
1) para Seus amigos, v. 7; "bom... é fortaleza no dia da angústia...";
2) Para Seus inimigos, v. 8; "Ele acabará de uma vez..."
1:8-15 Deus promete destruir os inimigos do Seu povo, os assírios e toda a cidade de Nínive. Esta profecia foi cumprida no segundo século d.C., chegando até a localização da mesma tornar-se incerta.
1.11 Refere-se a um dos reis assírios. Muitos comentaristas pensam que se trata de Senaqueribe.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
I. MANIFESTAÇÃO DO VINGADOR DIVINO (1:1-15)
v. 1-9. Nesse salmo tão vívido, Deus é apresentado como o Senhor da natureza e da história. A sua vinda e passagem são descritas como uma tempestade vindo com ímpeto do leste da região rochosa de Basã para a serra do Carmelo junto ao mar, e secando a nova folhagem do Líbano. A vinda também é semelhante ao tremor e deslocamento da terra, quando o Senhor aparece, ou à ardência do fogo dos vulcões. Assim, no tempo certo, qual vento de fúria que sopra onde quer, vem um Deus irado contra Nínive (v. 1-6).
O Senhor, porém, é carinhoso para com aqueles que esperam por ele, e na sombra do cruel império, os povos curvados e escondidos tinham esperado bastante (v. 7). Eles estão seguros, enquanto o redemoinho da vingança passa como a torrente de uma inundação que desce o leito de um uádi. Ele persegue os seus inimigos na escuridão da tempestade (v. 8). Nenhum inimigo ousa se opor a ele uma segunda vez (v. 9). “Os problemas não surgirão duas vezes” (George Adam Smith). Há sentimento e compaixão nessas palavras. Habacuque talvez tenha ouvido o coro dos levitas cantando esse salmo quando ele era menino. Como adulto, viu Babilônia se levantar para assumir o poder, a capacidade de destruição e o imperialismo de Nínive.

v. 10-15. E fácil perceber o tom de exul-tação em Naum. Precisamos enxergar a Assíria como as suas vítimas a enxergavam, lembrar as pilhas de corpos ofegantes, com as mãos cortadas e os olhos furados, deixados a morrer em agonia, os nobres esfolando os pobres prisioneiros ainda vivos perfurados com uma estaca no estômago, as pirâmides de cabeças, os restos fumegantes das cidades. George Adam Smith descreve isso assim: “Vamos nos colocar entre o povo, que por tanto tempo havia sido contrariado, esmagado e desmoralizado pelo império mais brutal que jamais foi tolerado a exercer a sua força sobre a face da terra, e vamos concordar com o autor, que no momento não sente nem pensa nada do seu Deus, a não ser que ele é um Deus de vingança. Assim como o luto de um homem desolado pela perda de um ente querido, assim também a vingança de um povo escravizado tem um tempo que deve ser respeitado” (The Book of the Twelve Prophets, v. II, p. 90).

O profeta vê os tiranos do mundo como uma enchente relâmpago, uma parede de água que passa rapidamente e se afasta. A imagem é ampliada para retratar também os que foram engolidos, afligidos por uma época e depois salvos (v. 12), e agora o jugo do agressor e as algemas da escravidão são quebrados (v. 13). E como é verdadeira a sombria profecia do versículo seguinte. A cidade dos jardins vai se tornar o túmulo da sua beleza e grandeza. E aí, de forma vívida no versículo final do capítulo, a congregação ouve a ordem de levantar os olhos para a linha do horizonte ao norte onde serão ouvidos os pés do mensageiro, como os do corredor que levou a notícia de Maratona a Atenas, a notícia de que o tirano caíra, o terror se fora. Os que se lembram de 1918 e 1945 vão entender o júbilo. Nunca mais o perverso a invadirá.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Naum Capítulo 1 do versículo 2 até o 8
b) O poema (Na 1:2-8)

Há certo número de poemas na Bíblia em que cada verso, ou melhor, cada linha, começa com letras sucessivas do alfabeto hebraico. Os Sl 111:0; Sl 112:0 e, notavelmente, 119, são exemplos desse arranjo, cujo propósito, provavelmente, era servir de uma espécie de aide-memoire. Em alguns casos como nestes versículos de Naum, não é empregado o alfabeto inteiro.

A peculiaridade distintiva de um poema acróstico, ou seja, em que cada linha começa com uma letra sucessiva, naturalmente se perde na tradução. Pode-se indicar um esboço geral do esquema, porém: Aleph: O Senhor é um Deus zeloso (2). Beth: o Senhor tem o seu caminho na tormenta, e na tempestade (3). Gimel: Ele repreende o mar, e o faz secar (4). A letra Daleth não pode ser traçada. He: Os montes tremem perante ele (5).: Waw: e a terra se levanta na sua presença (5). Zain: Quem subsistirá diante do ardor da sua ira? (6). Teth: O Senhor é bom (7). Yodh: Conhece os que confiam nele (7). Kaph: Com uma inundação transbordante acabará duma vez com o Seu lugar (8). Alguns críticos fazem o hino litúrgico incluir o versículo 9. Se fosse esse o caso, a ordem das cláusulas precisaria ser revertida, visto que no presente a primeira começa com Mem e a segunda com Lameth. Na ordem revisada, lêem. Lamedh: não se levantará por duas vezes a angústia. Mem: Que pensais vos contra o Senhor? ele mesmo vos consumirá de todo.

O tema deste poema é a certeza e a severidade da vingança de Deus contra os pagãos, e começa com uma enérgica afirmação sobre o fato (2). Com repetição cumulativa, o profeta afirma e reafirma que o Senhor toma vingança. Declara Ele que justamente porque a ira do Senhor só se desperta lentamente também só lentamente se dissipará. O Senhor ao culpado não tem por inocente (3), mas responsabilizá-lo-á e o julgará. É fácil por demais perder de vista essas verdades morais. Mui prontamente os homens imaginam que, visto que a perversidade é permitida por algum tempo, que portanto ela é esquecida. Uma passagem tal como esta é um lembrete que a ira de Deus é dirigida contra toda injustiça e que, sem o arrependimento, não há perdão fácil e barato.

>Na-1.4

Para convencer sua audiência quanto ao terror do Senhor, Naum aponta para os fenômenos da natureza física e, em linguagem vívida, pinta um quadro de tempestade, redemoinho, seca, terremoto e fogo (4-5). Todas essas coisas revelam o poder do poderoso Deus e, confrontados com elas, até os homens mais ousados se tornam conscientes de sua insignificância. Quem parará diante do seu furor? Quem subsistirá diante do ardor do seu furor? pergunta Naum, e a sua cólera se derrama como um rego, e as rochas foram por ele derribadas (6).

>Na-1.7

Em seguida Naum estabelece as implicações morais do poder de Deus, tanto para com os justos como para com os iníquos. Justamente por que Deus é tão poderoso, Ele é um refúgio seguro para aqueles que confiam nele (7). Ele sabe quem são os que nele confiam e deles não se esquece. Por outro lado, Ele tem poder para ferir o iníquo. O Senhor também conhece quem são os iníquos e Sua vingança não falhará. Sua condenação é certa (8).


Dicionário

Basã

-

País fértil. A primeira menção que se faz de Basã é em Nm 21:33, onde se narra que os israelitas derrotaram ogue rei de Basã, em Edrei, cidade da fronteira, aonde ele tinha vindo para resistir ao exército invasor de israel. É um extenso país e de grande força produtiva, que fica ao oriente do rio Jordão, limitando-se ao sul pelas montanhas de Gileade, ao oriente pelo Jebel Haurã, uma linha de vulcões extintos, ao ocidente por Gesur e Maaca (Js 12:5), e ao norte pelo Hermom. Quando os amorreus foram conquistados e expulsos juntamente com o rei ogue, o seu fértil território coube à meia tribo de Manassés (Js 13:29), que entrou logo na sua posse (Dt 31:3-4, comparado com Nm 21:35). As duas principais cidades eram Edrei e Astorote, a moderna Tell”-Ashtera. Em Dt 3:4 faz-se alusão a sessenta cidades muradas em Argobe de Basã, que estavam sob o domínio de ogue (*veja Argobe). Basã é uma terra notável e cheia de interesse. A sua extraordinária fertilidade acha-se provada com a densidade da sua população (Dt 3:4-14), e com o grande número de ruínas espalhadas por todo o território. Quando o império de Alexandre se fracionou, a posse do país foi objeto de contínua disputa. A parte central de Basã tornou-se, então, refúgio de ladrões e foragidos, caráter que ainda hoje conserva. os árabes consideram esta terra como tendo pertencido primeiramente ao patriarca Jó.

Basã [Terra Fértil]

Vasta planície situada a leste do rio Jordão, célebre pelo seu gado (Sl 22:12), ovelhas (Dt 32:14) e carvalhos (Is 2:13).


Carmelo

substantivo masculino Mosteiro dos carmelitas.
Etimologia (origem da palavra carmelo). Carmel, nome próprio.

Lugar bem coberto de vegetação l. Uma montanha que nos fornece notável e característica feição de Canaã. Entra no mar Mediterrâneo formando um grande promontório, e estende-se pela terra dentro, quase em linha reta, numa distância de mais de 19 km. para o sueste, terminando repentinamente num despenhadeiro. Forma como que uma barreira entre a planície marítima de Sarom ao sul e as terras interiores de Esdrelom ao norte. o monte Carmelo é formado de pedra calcária dura, abundante em cavernas. Na montanha são, por vezes, encontradas pedras redondas, conhecidas pelo nome de ‘melões de Elias’. São, realmente, o que os geólogos chamam ‘geodos’. o carmelo acha-se ainda revestido daquela excelente vegetação que sugeriu aos profetas algumas das suas favoritas ilustrações (is 33:9Mq 7:14). o carmelo coube à tribo de Aser (Js 19:26) – e o rei de ‘Jacanã, ou Jocneão do Carmelo’ era um dos chefes cananeus, que foram derrotados por Josué (12.22). o monte Carmelo é, para nós, muito interessante pela sua conexão com a história dos dois grandes profetas de israel – Elias e Eliseu. Foi ali que Elias desconcertou os profetas de Baal, levando de novo o povo de israel à obediência ao Senhor. Deu-se este acontecimento na extremidade oriental da cordilheira. Deste sítio devia ser distintamente visível a cidade de Jezreel onde estavam o palácio de Acabe e o templo de Jezabel. E na base da montanha claramente se via o tortuoso leito do Quisom. Depois da mortandade subiu Elias ao cume do Carmelo, ali orando pela desejada chuva (1 Rs 18.17 a 46). Foi, também, no monte Carmelo que Elias fez descer fogo do céu, que consumiu por duas vezes os cinqüenta soldados com o seu capitão, que o rei Acazias tinha mandado ali para prender o profeta, em virtude de ter este feito parar os seus mensageiros que iam consultar Baal-Zebube, deus de Ecrom (2 Rs l.9 a 15). Depois de Elias ser elevado ao céu, foi Eliseu ao monte Carmelo, mas somente uma vez – recebeu ali a sunamita, aquela consternada mãe, cujo filho lhe foi restituído vivo (2 Rs 4.25). 2. Cidade na região montanhosa de Judá (Js 15:55), e que nos é familiar por ter sido a residência de Nabal (1 Sm
25) e a terra natal da predileta esposa de Davi, a carmelita Abigail (1 Sm 27.3 – 1 Cr 3.1). Foi este, sem duvida, o lugar, onde Saul levantou um monumento depois de ter alcançado vitória na batalha com os amalequitas (1 Sm 15.12). Ali, também, o rei Uzias tinha as suas vinhas (2 Cr 26.10). As ruínas da cidade, que hoje se chama Curmul, estão 16 km. abaixo de Hebrom. Entre elas são notáveis um castelo com grande fortaleza e um grande e belo reservatório.

Carmelo
1) Aldeia de Judá, que ficava perto de Hebrom (1Sm 25:2).


2) Monte situado na costa do mar Mediterrâneo, na direção oeste do lago da Galiléia (1Rs 18:19).


Desfalecer

Desfalecer
1) Perder as forças; enfraquecer (Gn 42:28; 2Co 4:1).


2) Desmaiar (Gn 47:13; Mt 15:32).


desfalecer
v. 1. tr. dir. Tirar as forças; enfraquecer. 2. tr. ind. e Intr. Desmaiar. 3. tr. ind. e Intr. Esmorecer, prostrar-se.

Esgotar

Dicionário Comum
verbo transitivo direto , intransitivo e pronominal Consumir um líquido até a última gota: esgotar um tonel.
Vender tudo o que havia para ser vendido: esgotar o estoque; as mercadorias estão a esgotar; tudo que havia já se esgotou.
verbo transitivo direto e pronominal Consumir por completo; gastar, acabar, exaurir: consumir as ideias; meu tempo se consumiu nesta aula!
verbo pronominal Gastar as forças, a energia; cansar-se, exaurir-se, extenuar-se: esta sequência de exercícios me esgotou!
Chegar ao fim; terminar, acabar: sua vida se esgotou em pouco tempo.
verbo transitivo direto Fazer com que fique seco; secar: a seca esgotou o rio.
Instalar canalizações subterrâneas ou esgoto em.
Etimologia (origem da palavra esgotar). Do latim ex + gota + ar.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Esgotar
1) Gastar (Dt 32:23).


2) Correr até secar (Jr 51:36).


3) Beber até a última gota (Is 51:17, RA).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Faz

3ª pess. sing. pres. ind. de fazer
2ª pess. sing. imp. de fazer

fa·zer |ê| |ê| -
(latim facio, -ere)
verbo transitivo

1. Dar existência, ser autor de (ex.: fez uma obra notável). = CRIAR, OBRAR, PRODUZIR

2. Dar ou tomar determinada forma (ex.: façam uma fila). = FORMAR

3. Realizar determinada acção (ex.: fazer a limpeza; fazer uma cópia de segurança; fazer um gesto de atenção). = EFECTUAR, EXECUTAR

4. Agir com determinados resultados (ex.: fazer um erro; fazer um favor).

5. Fabricar (ex.: fizera um produto inovador).

6. Compor (ex.: fazer versos).

7. Construir (ex.: a construtora está a fazer uma urbanização).

8. Praticar (ex.: ele faz judo).

9. Ser causa de (ex.: esta imagem faz impressão). = CAUSAR, ORIGINAR, MOTIVAR, PRODUZIR, PROVOCAR

10. Obrigar a (ex.: fizeste-me voltar atrás).

11. Desempenhar um papel (ex.: fiz uma personagem de época; vai fazer de mau na novela). = REPRESENTAR

12. Ultimar, concluir.

13. Atingir determinado tempo ou determinada quantidade (ex.: a empresa já fez 20 anos; acrescentou uma maçã para fazer dois quilos). = COMPLETAR

14. Arranjar ou cuidar de (ex.: fazer a barba; fazer as unhas).

15. Tentar (ex.: faço por resolver os problemas que aparecem).

16. Tentar passar por (ex.: não se façam de parvos). = APARENTAR, FINGIR, SIMULAR

17. Atribuir uma imagem ou qualidade a (ex.: ele fazia da irmã uma santa).

18. Mudar para (ex.: as dificuldades fizeram-nos mais criativos ). = TORNAR

19. Trabalhar em determinada actividade (ex.: fazia traduções).

20. Conseguir, alcançar (ex.: fez a pontuação máxima).

21. Cobrir determinada distância (ex.: fazia 50 km por dia). = PERCORRER

22. Ter como lucro (ex.: nunca fizemos mais de 15000 por ano). = GANHAR

23. Ser igual a (ex.: cem litros fazem um hectolitro). = EQUIVALER

24. Exercer as funções de (ex.: a cabeleireira faz também de manicure). = SERVIR

25. Dar um uso ou destino (ex.: fez da camisola um pano do chão).

26. Haver determinada condição atmosférica (ex.: a partir de amanhã, vai fazer frio). [Verbo impessoal]

27. Seguido de certos nomes ou adjectivos, corresponde ao verbo correlativo desses nomes ou adjectivos (ex.: fazer abalo [abalar], fazer violência [violentar]; fazer fraco [enfraquecer]).

verbo pronominal

28. Passar a ser (ex.: este rapaz fez-se um homem). = TORNAR-SE, TRANSFORMAR-SE

29. Seguir a carreira de (ex.: fez-se advogada).

30. Desenvolver qualidades (ex.: ele fez-se e estamos orgulhosos).

31. Pretender passar por (ex.: fazer-se difícil; fazer-se de vítima). = FINGIR-SE, INCULCAR-SE

32. Julgar-se (ex.: eles são medíocres, mas fazem-se importantes).

33. Adaptar-se a (ex.: fizemo-nos aos novos hábitos). = ACOSTUMAR-SE, AFAZER-SE, HABITUAR-SE

34. Tentar conseguir (ex.: estou a fazer-me a um almoço grátis).

35. Cortejar (ex.: anda a fazer-se ao colega).

36. Iniciar um percurso em (ex.: vou fazer-me à estrada).

37. Levar alguém a perceber ou sentir algo (ex.: fazer-se compreender, fazer-se ouvir).

38. Haver determinada circunstância (ex.: já se fez noite).

39. Ter lugar (ex.: a entrega faz-se das 9h às 21h). = ACONTECER, OCORRER

nome masculino

40. Obra, trabalho, acção.


fazer das suas
Realizar disparates ou traquinices.

fazer por onde
Procurar a maneira de conseguir ou de realizar algo. = TENTAR

Dar motivos para algo.

fazer que
Fingir, simular (ex.: fez que chorava, mas depois sorriu).

não fazer mal
Não ter importância; não ser grave.

tanto faz
Expressão usada para indicar indiferença; pouco importa.


Flor

substantivo feminino Órgão reprodutor dos vegetais fanerogâmicos.
Planta de flores: a cultura das flores.
Produto pulverulento obtido pela sublimação ou decomposição: flor-de-enxofre.
Objeto ou desenho que representa uma flor.
Figurado Tempo em que um ser tem toda a força, todo o vigor: estar na flor da idade.
A parte mais fina, mais sutil de algumas substâncias: a flor da farinha.
A nata, o escol, a parte mais apreciada de um todo: a flor dos rapazes da vila.
A parte externa do couro.
Tudo que nos sorri ao espírito, que encanta nossa alma.
Pessoa amável, gentil, delicada.
Fina flor, escol.
Flor artificial, imitação da flor natural, de papel, pano ou metal.
Flores de retórica, ornamento poético, elegâncias da frase.
À flor de, à superfície, ao nível de: raízes à flor da terra.
Presa à haste por um pedúnculo, na base do qual se acha uma bráctea, uma flor completa compõe-se de: um perianto, em que se distingue um cálice externo formado de sépalas, e uma corola, formada de pétalas, muitas vezes coloridas e odorantes; um androceu, formado nos órgãos masculinos, ou estames, cuja antera contém os sacos de pólen; um gineceu, ou pistilo, órgão feminino, cujo ovário, encimado por um estilete e um estigma, é provido de óvulos. Após a fecundação, o ovário produz um fruto, enquanto cada óvulo produz uma semente. Em numerosos vegetais, as flores são incompletas, seja pela redução do perianto (gimnospermas, apétalas), seja pela ausência dos estames ou do pistilo (flores unissexuadas).

substantivo feminino Órgão reprodutor dos vegetais fanerogâmicos.
Planta de flores: a cultura das flores.
Produto pulverulento obtido pela sublimação ou decomposição: flor-de-enxofre.
Objeto ou desenho que representa uma flor.
Figurado Tempo em que um ser tem toda a força, todo o vigor: estar na flor da idade.
A parte mais fina, mais sutil de algumas substâncias: a flor da farinha.
A nata, o escol, a parte mais apreciada de um todo: a flor dos rapazes da vila.
A parte externa do couro.
Tudo que nos sorri ao espírito, que encanta nossa alma.
Pessoa amável, gentil, delicada.
Fina flor, escol.
Flor artificial, imitação da flor natural, de papel, pano ou metal.
Flores de retórica, ornamento poético, elegâncias da frase.
À flor de, à superfície, ao nível de: raízes à flor da terra.
Presa à haste por um pedúnculo, na base do qual se acha uma bráctea, uma flor completa compõe-se de: um perianto, em que se distingue um cálice externo formado de sépalas, e uma corola, formada de pétalas, muitas vezes coloridas e odorantes; um androceu, formado nos órgãos masculinos, ou estames, cuja antera contém os sacos de pólen; um gineceu, ou pistilo, órgão feminino, cujo ovário, encimado por um estilete e um estigma, é provido de óvulos. Após a fecundação, o ovário produz um fruto, enquanto cada óvulo produz uma semente. Em numerosos vegetais, as flores são incompletas, seja pela redução do perianto (gimnospermas, apétalas), seja pela ausência dos estames ou do pistilo (flores unissexuadas).

As flores abundam na Palestina, embora muito poucas sejam mencionadas na Bíblia. À sua beleza se refere o Cantares de Salomão (2,12) e Mateus (6.28). Também há referências às flores, como emblemas da natureza transitória da vida humana, em 14:2Sl 103:15is 28:1-40.6 e Tg 1:10.

Flor
1) Órgão de reprodução das plantas (Sl 103:15).


2) “Flor da idade” é a juventude, a mocidade (1Co 7:36).


3) “Fina flor” é o grupo mais alto da sociedade (Ez 23:7, RA).


4) “Flor de farinha” é a farinha mais fina (Gn 18:6).


Libano

Montanha branca. Ficava ao norte da terra da Promissão (Dt 1:7 – 11.24 – Js 1:4). Dá-se o nome do Líbano a duas cordilheiras, paralelas uma à outra, e igualmente paralelas à costa do mar, do sudoeste ao nordeste, na distância de 160km, aproximadamente, sendo separadas por dois vales. A que fica mais ao sul, a mais pequena, é o Wadi at-Teim, onde nasce o Hasbany, que leva as suas águas ao rio Jordão – a mais setentrional é o ‘Vale do Líbano’ (Js 11:17). A cordilheira do ocidente é o Líbano da Escritura, donde Salomão obteve madeira para a construção do templo (1 Rs 5.9). A da parte oriental, o Antilíbano, ‘o Líbano para o nascente do sol’ (Js 13:5), era primitivamente habitada pelos gibleus e heveus (Js 13:5-6Jz 3:3). A população achava-se dispersa e eram aqueles sítios a morada de muitas feras (Ct 4:8 – 7.4). As montanhas do Líbano impressionam muito o viajante, quer ele se aproxime delas, vindo do Mediterrâneo, do lado ocidental, quer vindo do deserto, do lado oriental. os cimos coroados de neve constituem uma agradável vista refrigerante para os viajantes do deserto, sob um céu de fogo (Jr 18:14). A estupenda grandeza e grande elevação das montanhas do Líbano – os seus cumes, revestidos de neve perpétua, dominando o espaço como torres, ou coroados de aromáticos cedros – os seus olivais – as suas vinhas, produzindo os mais deliciosos vinhos – as suas fontes de água cristalina, e os seus ribeiros de água fresca – a fertilidade dos vales e o agradável cheiro dos arbustos, tudo se combina para formar na linguagem da Escritura ‘a glória do Líbano’ (is 35:2). Numerosas plantas aromáticas crescem sobre montanhas – e isso explica Ct 4:11 e os 14:6.

Líbano

Líbano Região formada por duas cordilheiras de montanhas de uns 160 km de extensão, conhecidas por montes Líbano e Anti-Líbano, localizadas ao longo da costa da Síria, correndo de nordeste a sudoeste. O grande vale entre as duas cordilheiras era chamado de vale do Líbano (Js 11:17). Alguns de seus picos alcançam 3:000 m e estão permanentemente cobertos de neve (Jr 18:14). O monte Hermom, que tem 2.818 m, está localizado na extremidade sul do Anti-Líbano, onde corria a fronteira norte da Palestina (Dt 1:7). Esses montes eram especialmente conhecidos pelos famosos cedros (Jz 9:15), que foram usados na construção do Templo de Salomão (1Rs 5:6).

(al-Lubnan) - da palavra semítica "laban", "branco", em referência à neve nas montanhas do Líbano.

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Mar

substantivo masculino Grande extensão de água salgada; oceano: o mar ocupa uma grande parte da superfície da Terra.
Uma parte limitada ou a água que compõe essa grande extensão: o mar Cáspio; banho de mar.
A região situada na costa; área no litoral de: este final de semana vou para o mar!
Figurado Grande quantidade; o que é imenso: ganhou um mar de dinheiro na loteria.
Figurado Excesso de líquido que escoa ou derramamento exagerado de: mar de sangue.
Figurado O que provoca fascinação, admiração; excessivamente belo.
Etimologia (origem da palavra mar). Do latim mare.is.

substantivo masculino Grande extensão de água salgada; oceano: o mar ocupa uma grande parte da superfície da Terra.
Uma parte limitada ou a água que compõe essa grande extensão: o mar Cáspio; banho de mar.
A região situada na costa; área no litoral de: este final de semana vou para o mar!
Figurado Grande quantidade; o que é imenso: ganhou um mar de dinheiro na loteria.
Figurado Excesso de líquido que escoa ou derramamento exagerado de: mar de sangue.
Figurado O que provoca fascinação, admiração; excessivamente belo.
Etimologia (origem da palavra mar). Do latim mare.is.

os hebreus davam o nome de mar a qualquer grande massa de água. Esse termo compreendia o oceano (Gn 1:2 – 1 Rs 10.22 – 38:8) – o Mediterrâneo, que era chamado o mar último, o mar ocidental, tendo ainda vários outros nomes (Dt 11:24 – 34.2 – J12.20 – Êx 23:31 – 1 Rs 4.20 – Sl 80:11) – o mar Vermelho (Êx 10:19Js 24:6) – o mar Morto (ou Salgado) (Nm 34:3Js 18:19) – o mar da Galiléia (ou Quinerete) (Nm 34:11Mt 4:15Mc 3:7) – o mar de Jazer, um pequeno lago que fica perto de Hesbom (Jr 48:32). Além disso, aplicava-se algumas vezes a palavra aos grandes rios, como o Nilo (is 11:15), o Eufrates, o Tigre, que estavam sujeitos aos transbordamentos anuais, sendo inundados os territórios circunjacentes.

oceano. – Resumindo Bourg. e Berg. diz um autor: “Designa-se com estas palavras a vasta extensão de água salgada que cobre a maior parte da superfície do nosso planeta”. – Mar é o termo que ordinariamente se aplica para designar alguma das partes dessa extensão; e também para designar o conjunto das águas que circulam o globo, mas só quando esse conjunto é considerado de modo vago e geral (em sentido absoluto) e mais quanto à natureza que à vastidão dessa extensão. Dizemos: o mar e o céu; o mar é imenso; as areias do mar. E dizemos também o mar Báltico; o mar do Norte; o mar, os mares da costa, etc. Oceano designa em geral a vasta extensão dos mares. Usa-se, porém, às vezes para designar somente uma das suas partes, mas só quando essa parte forma uma das grandes divisões em que o mar se considera: o oceano Atlântico e o oceano Pacífico são as duas grandes divisões do oceano. – Antigamente dizia-se também – o mar Atlântico.

O mar é a fotografia da Criação. Todo ele se pode dizer renovação e vida, tendo em si duas forças em contínuo trabalho – a da atração e a da repulsão, M que se completam na eterna luta, pois, se faltasse uma, nulo estaria o trabalho da outra.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Um adeus

O mar, gigante a agitar-se / Em primitivos lamentos, / É o servidor do equilíbrio / Dos terrestres elementos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18


Mar Na Bíblia, qualquer grande extensão de Água, salgada (mar Mediterrâneo) ou doce (lago da Galiléia).


1) Os mares mencionados na Bíblia são: a) MEDITERRÂNEO, ou o Mar, ou mar dos Filisteus, ou Grande, ou Ocidental (Nu 34:6); b) MORTO, ou da Arabá, ou Oriental, ou Salgado (Js 3:16); c) VERMELHO, ou de Sufe, ou do Egito (Ex 13:18); d) ADRIÁTICO (At 27:27).


2) Os lagos são os seguintes: a) da GALILÉIA, ou de Genesaré, ou de Quinerete, ou de Tiberíades (Mt 4:18); b) de MEROM (Js 11:5).


3) MONSTRO (7:12; Sl 74:13).

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O MAR

V. MEDITERRÂNEO, MAR (Nu 13:29).


Mar Designação que se dá ao lago de Tiberíades (Mt 4:13). Os evangelhos relatam episódios de Jesus caminhando sobre suas águas e dando ordens às suas ondas (Mt 8:24-27; 14,24-27; Mc 4:37-41; 6,47-50; Lc 8:23-25; Jo 6:17-20), como o fez YHVH em tempos passados (Sl 89:9ss.; Jn 1; Na 1:4).

Murcha

murcha s. f. 1. Ação ou efeito de murchar. 2. Bot. Perda de turgescência dos tecidos foliares e das partes suculentas dos ramos das plantas.

Repreender

verbo transitivo direto e bitransitivo Censurar, advertir ou aconselhar com veemência (intensamente): o avô repreendeu-a.
verbo intransitivo Fazer uma acusação contra (algo ou alguém); acusar: repreendeu o bandido pelo assassinado planejado.
Etimologia (origem da palavra repreender). Do latim reprehendere.

Repreender ADMOESTAR com energia (Pv 3:12); (Tt 1:13).

Rios

masc. pl. de rio

ri·o
(latim vulgar rius, do latim rivus, -i)
nome masculino

1. Grande curso de água natural, quase sempre oriunda das montanhas, que recebe no trajecto águas de regatos e ribeiros, e desagua em outro curso de água, num lago ou no mar.

2. Figurado Aquilo que corre como um rio ou a ele se assemelha.

3. Grande quantidade de líquido.

4. Grande quantidade de qualquer coisa.


rio de enxurrada
Que só leva água quando chove.


masc. pl. de rio

ri·o
(latim vulgar rius, do latim rivus, -i)
nome masculino

1. Grande curso de água natural, quase sempre oriunda das montanhas, que recebe no trajecto águas de regatos e ribeiros, e desagua em outro curso de água, num lago ou no mar.

2. Figurado Aquilo que corre como um rio ou a ele se assemelha.

3. Grande quantidade de líquido.

4. Grande quantidade de qualquer coisa.


rio de enxurrada
Que só leva água quando chove.


Secar

verbo transitivo Privar de água, pôr a seco: secar um tanque, um pântano.
Esgotar, estancar.
verbo intransitivo Murchar: com o sol secaram as flores.
verbo pronominal Diminuir, acabar: nos olhos secou-se o pranto.

secar
v. 1. tr. dir. Fazer evaporar ou tirar a umidade a; tornar enxuto. 2. tr. dir. Tirar o excesso de água por meio de drenage.M 3. tr. dir. Fazer ressequir, desidratar para conservação. 4. tr. dir., Intr. e pron. Tornar(-se) seco; murchar(-se), ressequir (-se). 5. Intr. e pron. Debilitar-se, definhar-se, mirrar-se, perder as forças. 6. Intr. Pop. Dar azar; trazer má sorte.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Naum 1: 4 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Ele repreende o mar, e o faz secar, e esgota todos os rios; desfalecem Basã e o Carmelo, e a flor do Líbano murcha.
Naum 1: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

697 a.C.
H1316
Bâshân
בָּשָׁן
um distrito a leste do Jordão conhecido por sua fertilidade e que foi dado à meia tribo de
(of Bashan)
Substantivo
H1605
gâʻar
גָּעַר
ferir, expelir com uma pancada, expulsar
(were astonished)
Verbo - Pretérito Imperfeito do indicativo médio ou passivo - 3ª pessoa do plural
H2717
chârab
חָרַב
estar assolado, permanecer assolado, tornar desolado, estar desolado, estar em ruínas
(were dried up)
Verbo
H3001
yâbêsh
יָבֵשׁ
tornar seco, murchar, estar seco, ficar seco, ser secado, estar murcho
(were dried up)
Verbo
H3220
yâm
יָם
mar
(Seas)
Substantivo
H3605
kôl
כֹּל
cada / todo
(every)
Substantivo
H3760
Karmel
כַּרְמֶל
uma montanha na costa mediterrânea do norte de Israel, logo abaixo de Haifa
(in Carmel)
Substantivo
H3844
Lᵉbânôwn
לְבָנֹון
de / a partir de / de / para
(of)
Preposição
H5104
nâhâr
נָהָר
corrente, rio
(And a river)
Substantivo
H536
ʼumlal
אֻמְלַל
ofertar primícias ou primeiros frutos
(first-fruit)
Substantivo - feminino acusativo singular
H6525
perach
פֶּרַח
()


בָּשָׁן


(H1316)
Bâshân (baw-shawn')

01316 בשן Bashan

de derivação incerta; n pr loc Basã = “frutífero”

  1. um distrito a leste do Jordão conhecido por sua fertilidade e que foi dado à meia tribo de

    Manassés


גָּעַר


(H1605)
gâʻar (gaw-ar')

01605 גער ga ar̀

uma raiz primitiva; DITAT - 370; v

  1. (Qal) repreender, reprovar, corromper

חָרַב


(H2717)
chârab (khaw-rab')

02717 חרב charab ou חרב chareb

uma raiz primitiva; DITAT - 731,732; v

  1. estar assolado, permanecer assolado, tornar desolado, estar desolado, estar em ruínas
    1. (Qal) estar assolado, estar desolado
    2. (Nifal)
      1. ser tornado desolado
      2. desolado (particípio)
    3. (Hifil) permanecer assolado, tornar desolado
    4. (Hofal) ser deixado assolado
  2. estar seco, estar enxuto
    1. (Qal) estar seco, estar enxuto
    2. (Pual) estar seco
    3. (Hifil) secar
    4. (Hofal) ser secado
  3. atacar, ferir, matar, lutar

יָבֵשׁ


(H3001)
yâbêsh (yaw-bashe')

03001 יבש yabesh

uma raiz primitiva; DITAT - 837; v;

  1. tornar seco, murchar, estar seco, ficar seco, ser secado, estar murcho
    1. (Qal)
      1. fazer secar, ser secado, estar sem umidade
      2. estar ressecado
    2. (Piel) tornar seco, ressecar
    3. (Hifil)
      1. secar, fazer secar
        1. secar (água)
        2. tornar seco, murchar
        3. exibir sequidão

יָם


(H3220)
yâm (yawm)

03220 ים yam

procedente de uma raiz não utilizada significando rugir; DITAT - 871a; n m

  1. mar
    1. Mar Mediterrâneo
    2. Mar Vermelho
    3. Mar Morto
    4. Mar da Galiléia
    5. mar (geral)
    6. rio poderoso (Nilo)
    7. o mar (a bacia grande no átrio do templo)
    8. em direção ao mar, oeste, na diração oeste

כֹּל


(H3605)
kôl (kole)

03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

  1. todo, a totalidade
    1. todo, a totalidade de
    2. qualquer, cada, tudo, todo
    3. totalidade, tudo

כַּרְמֶל


(H3760)
Karmel (kar-mel')

03760 כרמל Karmel

o mesmo que 3759; DITAT - 1042; n pr loc Carmelo = “campo fértil”

  1. uma montanha na costa mediterrânea do norte de Israel, logo abaixo de Haifa
  2. uma cidade nas montanhas no lado oeste do mar Morto e ao sul de Hebrom

לְבָנֹון


(H3844)
Lᵉbânôwn (leb-aw-nohn')

03844 לבנון L ebanown̂

procedente de 3835; DITAT - 1074e; n pr loc Líbano = “brancura”

  1. uma cadeia de montanhas arborizada junto à fronteira norte de Israel

נָהָר


(H5104)
nâhâr (naw-hawr')

05104 נהר nahar

procedente de 5102; DITAT - 1315a; n m

  1. corrente, rio
    1. corrente, rio
    2. correntes (subterrâneas)

אֻמְלַל


(H536)
ʼumlal (oom-lal')

0536 אמלל ’umlal

procedente de 535; DITAT - 114b; adj

  1. fraco, frágil

פֶּרַח


(H6525)
perach (peh'-rakh)

06525 פרח perach

procedente de 6524; DITAT - 1813a; n. m.

  1. botão, broto