Enciclopédia de Habacuque 3:1-1

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

hc 3: 1

Versão Versículo
ARA Oração do profeta Habacuque sob a forma de canto.
ARC ORAÇÃO do profeta Habacuque sobre Sigionote.
TB Oração do profeta Habacuque, à moda de sigionote.
HSB תְּפִלָּ֖ה לַחֲבַקּ֣וּק הַנָּבִ֑יא עַ֖ל שִׁגְיֹנֽוֹת׃
BKJ Oração de Habacuque, o profeta, sobre Sigionote.
LTT Oração do profeta Habacuque sobre Sigionote ①.
BJ2 Uma oração[r] do profeta Habacuc[s] no tom das lamentações.
VULG Oratio Habacuc prophetæ, pro ignorantiis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Habacuque 3:1

Salmos 7:1 Senhor, meu Deus, em ti confio; salva-me de todos os que me perseguem e livra-me;
Salmos 86:1 Inclina, Senhor, os teus ouvidos e ouve-me, porque estou necessitado e aflito.
Salmos 90:1 Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

poesia diti-rambica: fortíssimas emoções e métrica irregular.


Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

JOSIAS E A ASCENSÃO DA BABILÔNIA

639-605 a.C.
JOSIAS
Josias (639. 609 .C.) foi coroado rei de Judá aos oito anos de idade. O escritor de Crônicas observa que, no oitavo ano de seu reinado (632 a.C.), Josias "começou a buscar o Deus de Davi, seu pai" (2Cr 34:3). Entre o décimo segundo e décimo oitavo ano (628-622 a.C.), Josias se dedicou a um programa de reforma radical. Despedaçou ou queimou objetos, altares e ídolos pagãos, erradicou os sacerdotes pagãos e'prostitutos cultuais, profanou os altos e remove elementos pagãos que haviam sido colocados no templo do Senhor. Seu programa abrangeu não apenas Jerusalém, mas também as cidades dos territórios de Manassés, Efraim e Simeão. A reforma chegou até ao território de Naftali que, em outros tempos, havia pertencido ao reino do norte, Israel, mas sobre o qual o rei de Judá pôde exercer influência devido ao enfraquecimento do poder da Assíria. Josias profanou o alto em Betel instituído por Jeroboão, filho de Nabate, ao queimar os ossos dos sacerdotes de deuses estrangeiros em seus altares pagãos.' No décimo oitavo ano do reinado de Josias, o sumo sacerdote Hilquias encontrou uma cópia do Livro da Lei no templo do Senhor? Não se sabe ao certo a natureza desse livro, mas ao ouvir a leitura de suas palavras, Josias rasgou as vestes e exclamou:
"Grande é o furor do Senhor que se acendeu contra nós, porquanto nossos pais não deram ouvidos às palavras deste livro" (2Rs 22:13). A fim de cumprir as prescrições do Livro da Lei, Josias aboliu os médiuns e feiticeiros, os ídolos do lar e todas as outras abominações vistas na terra de Judá e em Jerusalém.
O escritor de Reis afirma que nem mesmo a reforma ampla de Josias foi suficiente para evitar o julgamento iminente do Senhor e cita as palavras da profetisa Hulda: "Eis que trarei males sobre este lugar e sobre os seus moradores, a saber, todas as palavras do livro que leu o rei de Judá. Visto que me deixaram e queimaram incenso a outros deuses, para me provocarem à ira com todas as obras das suas mãos, o meu furor se acendeu contra este lugar e não se apagará" (2Rs 22:16-17). Para seu consolo, Josias recebeu a garantia de que não testemunharia a calamidade vindoura.


A MORTE DE JOSIAS
A queda da Assíria em 612 a.C.havia provocado um desequilíbrio no poder no Oriente Próximo, Preocupado com a força crescente da Babilônia, o faraó Neco (610-595 a.C.) enviou um exército à Síria para ajudar o que restava das forças assírias e conter os babilônios, afirmando ter recebido essa ordem de Deus. Josias não acreditou no discurso do rei egípcio e o confrontou em Megido, no norte de Israel, em 609 .C., onde morreu em combate. Sua morte prematura aturdiu a nação. Jeremias compôs lamentos' e, cento e trinta anos depois, o profeta Zacarias faria referência à morte de Josias como uma ocasião de grande pranto.

HABACUQUE
A morte de Josias interrompeu de forma brusca o programa de reformas em Judá. Deus parecia ter abandonado seu povo e reis subseqüentes não manifestaram nenhum desejo de seguir ao Senhor. Neco não ficou satisfeito com o governo de Jeoacaz, filho de Josias. Por isso, em Ribla, na Síria, ordenou que fosse substituído por seu irmão Jeoaquim (Eliaquim). Consternado com a destruição e violência ao seu redor, o profeta Habacuque clamou ao Senhor e recebeu uma resposta inesperada: "Vede entre as nações, olhai, maravilhai-vos e desvanecei, porque realizo, em vossos dias, obra tal, que vós não crereis, quando vos for contada. Pois eis que suscito os caldeus, nação amarga e impetuosa, que marcham pela largura da terra, para apoderar-se de moradas que não são suas. Eles são pavorosos e terríveis, e criam eles mesmos o seu direito e a sua dignidade. Os seus cavalos são mais ligeiros do que os leopardos, mais ferozes do que os lobos no anoitecer são os seus cavaleiros que se espalham por toda parte; sim, os seus cavaleiros chegam de longe, voam como águia que se precipita a devorar-lhes todos vêm para fazer violência. Habacuque 1:5-90

NABUCODONOSOR ASSUME O PODER
Avançado em anos, Nabopolassar, rei da Babilônia, colocou o exército sob o comando de seu filho e sucessor ao trono, Nabucodonosor. Em 605 a.C, Nabucodonosor derrotou o exército egípcio em Carquemis, junto ao rio Eufrates (próximo à atual fronteira entre a Turquia e a Síria).? Marchando para para o sul, Nabucodonosor invadiu Judá na tentativa de garantir a lealdade de Jeoaquim de Judá, o antigo vassalo e aliado de Neco.
Quando Jeoaquim estava prestes a se render, Nabucodonosor foi informado da morte de seu pai e voltou à Babilônia pelo caminho do deserto, levando consigo alguns objetos do templo do Senhor e vários jovens da família real e da nobreza de Judá. Quatro desses jovens se mostraram conselheiros valiosos para o novo rei: Daniel, Hananias, Misael e Azarias. Essa foi a primeira e menor de quatro deportações que acabariam resultando no exílio dos habitantes de Judá na Babilônia.

Vista da planicie de Jezreel (Esdraelom) do alto do monte de Megido
Vista da planicie de Jezreel (Esdraelom) do alto do monte de Megido
Neco luta contra Josias e Nabucodonasor Entre 609 e 605 a.C., Judá enfrentou ameaças de duas frentes: Neco, rei do Egito, matou Josias, rei de Judá, na batalha de Megido em 609 a.C; Nabucodonosor, príncipe da Babilônia, derrotou o Egito em Carquemis
Neco luta contra Josias e Nabucodonasor Entre 609 e 605 a.C., Judá enfrentou ameaças de duas frentes: Neco, rei do Egito, matou Josias, rei de Judá, na batalha de Megido em 609 a.C; Nabucodonosor, príncipe da Babilônia, derrotou o Egito em Carquemis
Uma reconstituição da porta de Ishtar, da Babilônia, representada em sua forma final, depois de ter sido revestida com tijolos vitrificados mostrando touros e dragões (sirrush).
Uma reconstituição da porta de Ishtar, da Babilônia, representada em sua forma final, depois de ter sido revestida com tijolos vitrificados mostrando touros e dragões (sirrush).

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 1)

Reis do Reino de duas tribos, ao sul Reino de Judá
997 a.C.

Roboão: 17 anos

980

Abias (Abião): 3 anos

978

Asa: 41 anos

937

Jeosafá: 25 anos

913

Jeorão: 8 anos

c. 906

Acazias: 1 ano

c. 905

Rainha Atalia: 6 anos

898

Jeoás: 40 anos

858

Amazias: 29 anos

829

Uzias (Azarias): 52 anos

Reis do Reino de dez tribos, ao norte Reino de Israel
997 a.C.

Jeroboão: 22 anos

c. 976

Nadabe: 2 anos

c. 975

Baasa: 24 anos

c. 952

Elá: 2 anos

Zinri: 7 dias (c. 951)

Onri e Tibni: 4 anos

c. 947

Onri (sozinho): 8 anos

c. 940

Acabe: 22 anos

c. 920

Acazias: 2 anos

c. 917

Jeorão: 12 anos

c. 905

Jeú: 28 anos

876

Jeoacaz: 14 anos

c. 862

Jeoacaz e Jeoás: 3 anos

c. 859

Jeoás (sozinho): 16 anos

c. 844

Jeroboão II: 41 anos

Lista de profetas

Joel

Elias

Eliseu

Jonas

Amós


Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 2)

Reis do reino de Judá (continuação)
777 a.C.

Jotão: 16 anos

762

Acaz: 16 anos

746

Ezequias: 29 anos

716

Manassés: 55 anos

661

Amom: 2 anos

659

Josias: 31 anos

628

Jeoacaz: 3 meses

Jeoiaquim: 11 anos

618

Joaquim: 3 meses e 10 dias

617

Zedequias: 11 anos

607

Jerusalém e seu templo são destruídos pelos babilônios durante o reinado de Nabucodonosor. Zedequias, o último rei da linhagem de Davi, é tirado do trono

Reis do reino de Israel (continuação)
c. 803 a.C.

Zacarias: reinado registrado de apenas 6 meses

Em algum sentido, Zacarias começou a reinar, mas pelo visto seu reinado não foi plenamente confirmado até c. 792

c. 791

Salum: 1 mês

Menaém: 10 anos

c. 780

Pecaías: 2 anos

c. 778

Peca: 20 anos

c. 758

Oseias: 9 anos a partir de c. 748

c. 748

Parece que foi somente em c. 748 que o reinado de Oseias foi plenamente estabelecido ou recebeu o apoio do monarca assírio Tiglate-Pileser III

740

A Assíria conquista Samaria e domina 1srael; o reino de Israel de dez tribos, ao norte, chega ao seu fim

Lista de profetas

Isaías

Miqueias

Sofonias

Jeremias

Naum

Habacuque

Daniel

Ezequiel

Obadias

Oseias


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Habacuque Capítulo 3 do versículo 1 até o 19
SEÇÃO VI

HINO LITÚRGICO

Habacuque 3:1-19

A. INTRODUÇÃO, 3.1

Esta seção é chamada de oração, mas a súplica propriamente dita ocorre somente no versículo 2. A petição central é: Aviva, ó SENHOR, a tua obra (2), e o salmo inteiro é uma amplificação desta solicitação. Portanto, pode ser chamado salmo de súplica, no qual o profeta roga pelo cumprimento de sua visão sobre a intervenção divina.

Sob a forma de canto (1; "conforme sigionote", ECA) significa, literalmente, "em ditirâmbico". A Septuaginta traduz a frase assim: "Para instrumentos de corda". Henderson a traduz pela expressão "com música triunfal", ao citar Delitzsch, o qual destaca que este tipo de música irregular serve especificamente para cânticos de vitória. A frase também é encontrada no título do Salmo 7 ("sigaiom"), onde poderia ser traduzida por: "Para a músi-ca de salmos de êxtase". "Denota um curso perambulante, tortuoso e inconstante, no qual o pensamento, o sentimento e o tempo mudam subitamente em cada estrofe". 1 Portanto, trata-se de uma instrução sobre o modo de dar musicalidade ao salmo.

O consenso dos expositores é que a chave para entender o capítulo é o Êxodo e seu efeito no pensamento de Israel. Este acontecimento histórico modela a expectativa do profeta sobre outra grande libertação divina e a oração para isso. Toma a forma de "reve-lação de Deus passível para a libertação de Israel". 2

As notas musicais indicam que este era um salmo usado na liturgia do Templo. Goza também de amplo emprego na pregação e poesia da igreja cristã. Agostinho, em A Cida-de de Deus (18.32), faz uma exposição do salmo, e espiritualiza-o, para aplicar-se à pri-meira e Segunda Vinda de Cristo.

Também pode representar a visão que o profeta tinha de sua posição na torre de vigia (2.2), e o que viu, da mesma maneira que Hc 2:4-20 é o que ouviu.

  • A ORAÇÃO, 3.2
  • Habacuque fala em nome do povo. O pano de fundo é a tua palavra, o relatório da fama de Jeová por ter libertado Israel do Egito (Nm 14:15; Dt 2:25). Não se trata de mera visão extática e imediata que o profeta recebe, mas tem claras raízes históricas. Enten-demos que a história total do Antigo Testamento é um registro da heilsgeschichte (histó-ria de salvação), que mantém e interpreta os atos poderosos de Deus. Por conseguinte, as proclamações proféticas são feitas à luz dos acontecimentos, sobretudo do Êxodo. Habacuque está na corrente principal do pensamento do Antigo Testamento, ao contem-plar a libertação do Egito como padrão de uma liberdade presente ou futura.

    Ao ouvir isso, o profeta diz: Temi. O povo não tivera medo de ser ferido pela teofania anterior (Êxodo), mas pensar nela causava grande temor reverente. A oração do profe-ta é que Deus venha a renovar sua obra do Êxodo. Aviva... a tua obra não transmite toda a significação do que Habacuque quer dizer. Lehrman parafraseia a frase com exatidão: "Que Deus reproduza o seu poder redentor nos anos de dificuldade em que se encontram".3

    No meio dos anos é uma frase difícil de interpretar e muitos simplesmente a igno-ram. Davidson a entende assim: "Nestes últimos tempos de nossa história, faze tua obra conhecida", que é contextualmente correta. Notifica é reflexivo, que significa: "Faze a ti mesmo conhecido".

    Na ira lembra-te da misericórdia. G. A. Smith defende que essa ira deveria ser traduzida por "tumulto". De acordo com ele, em nenhuma parte do Antigo Testamento o termo hebraico significa ira; mas rumor ou estrondo de trovão (37:2) e barulho dos cascos dos cavalos (39:24), ou a perturbação dos maus (3:17), ou a agitação do medo (3:25; Is 14:3).4 Se o cenário histórico tradicional for o período anterior à invasão dos caldeus, esta é uma observação cortante. C. L. Taylor Junior o apóia nesta tradução.'

    Nos versículos 1:2, temos a "oração por avivamento".

    1) O avivamento é necessá-rio, porque o pecado é excessivo, a religião é decadente e o julgamento é iminente, Hc 1:4-2:18-20;
    2) O tempo do avivamento é hoje, agora — no meio dos anos;
    3) O modo do avivamento é pela oração;

    4) A esperança do avivamento está na misericórdia de Deus (G. B. Williamson).

    Assim termina a petição. Em seguida, começa a descrição da nova manifestação de Deus aos homens, a obra de Jeová no meio dos anos.

  • A OBRA, 3:3-16
  • O padrão para esta visitação redentora é a grande obra feita anteriormente. Habacuque vê Deus que vem, como antigamente, de Temã (3), no noroeste de Edom, e de Parã, entre o Sinai e Edom (ver mapa 1). O cântico de Débora (Jz 5:4) também descre-veu Deus que procede desta região para ajudar o seu povo. Ele vem como grande tempes-tade nos céus. Este é o modo característico que os hebreus usavam para descrever Jeová quando visitava seu povo. Deus está oculto em nuvens escuras, eletricamente carrega-das, produtoras de relâmpagos e trovões que iluminam o céu e a terra. "A terra treme, os montes afundam e as tribos do deserto olham desanimadas".6

    Trata-se de linguagem altamente fantástica, difícil de exprimir e até a tradução mais bem feita só oferece significação figurativa, ou seja, nem sempre admite interpre-tação precisa. O sentimento aterrador da presença de Deus e a certeza confiante da libertação de seu povo são de importância capital. As descrições da natureza e as alu-sões geográficas revelam que o profeta tinha em mente o padrão do Êxodo para esta libertação dos últimos dias.'

    A Versão Bíblica de Berkeley transmite com sua forma poética o estado de espírito da passagem. As notas ajudam o leitor a entender as alusões históricas feitas pelo profeta.

    Deus vem de Tema,' o Santo vem do monte de Parã.9 Selá.

    A sua majestade cobre os céus, e a terra está cheia do seu louvor.
    O seu brilho é como a luz" raios flamejam da sua mão,
    E ali está o esconderijo do seu poder.

    Adiante dele sai a praga, e a febre ardente segue os seus pés.

    Ele pára e vasculha a terra; olha e assusta as nações."
    As montanhas eternas se espalham;
    12

    Os montes perpétuos se curvam; o seu procedimento é como o dos tempos antigos."
    Vejo as tendas de Cusã em angústia;
    As cortinas da terra de Mídia' estão tremendo.
    O Senhor está desgostoso com os rios?
    A tua raiva é contra os rios,
    Ou a tua ira é contra o mar,
    Para que tu montes nos teus cavalos,
    Em teus carros de vitória?
    Tu tiraste o teu arco da bainha e colocaste setas na corda. Selá.
    Tu passaste pela terra com rios;
    As montanhas te vêem e sentem dores aflitivas;
    Os rios espumosos passam impetuosamente.'
    As profundezas levantam a voz e erguem as mãos para o alto.'
    O sol e a lua ficam parados nas suas habitações;"
    Diante da luz das tuas setas que avançam depressa,
    Diante do clarão da tua lança brilhante.
    Tu cavalgas na terra com indignação;
    Tu espancaste as nações na tua ira.
    Tu marchaste para libertar o teu povo,
    Para salvar os teus ungidos.
    Tu demoliste o topo da casa dos descrentes,
    Ao colocar a descoberto a fundação até à pedra mais profunda. Selá.
    Tu perfuraste a cabeça dos seus guerreiros com os seus próprios dardos;"
    Aqueles que vêm como vendaval para me debandar
    Alegrando-se como se devorassem o inocente' em segredo.
    Tu pisaste o mar com os teus cavalos;
    As águas poderosas se amontoam.

    Após narrar esta manifestação aterrorizante do poder divino, Habacuque diz: Es-tremeci (16). "O peito arfa, os dentes batem e ele está a ponto de desfalecer".2° Como devem ter ficado muito mais aterrorizados aqueles que são alvos do poder de Deus! Mais do que instilar medo, a visão confirma a tranqüilidade e paciência do profeta. Ele vai esperar calmamente pelo dia da angústia. Embora o texto seja ambíguo, o significado provável é que a angústia venha a se abater sobre os invasores de Israel (i.e., os caldeus).

    D. A AFIRMAÇÃO DE FÉ, 3:17-19

    Não há como saber com certeza se a descrição no versículo 17 diz respeito aos resultados da invasão ou a uma calamidade natural. Contudo, essa indefinição de modo algum altera a expressão básica de confiança do profeta. Diante de condições adversas, a fé de Habacuque em Jeová permanece inalterada. Estes versículos formam o clímax adequado, não só para o salmo, mas para o livro inteiro. As palavras são expressão bela, em suas ramificações mais amplas, de 2.4: "O justo, pela sua fé, viverá". A descri-ção de Henderson é apropriada: "A passagem contém a mais bonita exibição do poder da verdadeira religião encontrada na Bíblia. A linguagem é pertinente a uma mente desmamada dos prazeres terrenos, e acostumada a ter a mais sublime realização dos seus desejos em Deus"."

    Esta é uma religião "mas-se-não", que não depende de prosperidade ou bem-estar para manter a fé em Deus ou a determinação de lhe ser fiel. Semelhante aos três prínci-pes hebreus que reconheceram a contingência da libertação (Dn 3:17-18), assim Habacuque quer permanecer íntegro a despeito da evolução gradual dos acontecimentos.

    A força deste modo de entender a religião é expressa nas palavras: Deus fará os meus pés como os das cervas (19). As cervas (antílopes) são notáveis pela rapidez com que correm e pela segurança com que se movimentam em terreno acidentado. Di-zem que os galgos ficam sujeitos à morte pelo esforço excessivo com que perseguem os antílopes. Nos penhascos rochosos da tribulação e da incerteza onde pôr os pés, a fé proporciona orientação infalível e estabilidade para trilhar o caminho instável. Estes lugares elevados não são os caminhos habituais, mas são procurados somente em tem-pos de guerra ou perigo, quando o inimigo está em perseguição acirrada. Fará andar sobre as minhas alturas é, talvez, a posse triunfal dos lugares celestiais (as minhas alturas). Portanto, há uma promessa oculta de vitória pelo sofrimento e provação. A fé que suporta é autêntica.

    A frase final é mais ou menos repetição de 3.1. Mostra que este salmo era usado na adoração pública. A palavra "Selá", neste capítulo, é uma pausa musical que também ocorre em outros pontos do livro de Salmos.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Habacuque Capítulo 3 versículo 1
    O livro termina com uma súplica em forma de salmo, que descreve, em um elevado tom poético, a vinda triunfante do SENHOR. Deus avança do Sul, e toda a criação perturba-se à sua passagem (vs. 6,10,11). Como canto de vitória, o poema está à altura de Ex 15:1-18 e de Jz 5:1-31; pelo seu tema, apresenta pontos comuns com Sl 18 e 68.Hc 3:1 O título do poema acrescenta uma expressão de significado incerto. Trata-se, provavelmente, de uma indicação do tom em que devia ser recitado ou cantado o salmo no culto do templo.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Habacuque Capítulo 3 do versículo 1 até o 19
    *

    3.1-19

    Este capítulo registra a oração perseverante de Habacuque. Utilizando-se de um estilo comovente de hino, Habacuque responde (vs. 16-19) à revelação do Senhor (2.2-5) de sua iminente intervenção na História em favor do seu povo (vs. 3-15). Como os babilônios representavam os orgulhosos e perversos em sua trajetória à ruína, Habacuque exemplifica o fiel justo perseverando e já se regozijando na esperança da promessa de vida da parte do Senhor.

    * 3.1 Oração. Aqui talvez seja um sinônimo para hino (Sl 72:20). As observações musicais e litúrgicas no cabeçalho, no texto, e na conclusão desta oração são iguais àquelas que normalmente encontramos nos Salmos. Ver Introdução a Salmos: Características e Temas.

    * 3:2

    A invocação ou prólogo do hino.

    Tenho ouvido, ó SENHOR, as tuas declarações. Ou, “tenho ouvido o relato dos teus feitos.” A paciência de Habacuque em se colocar diante do Senhor (2.1, nota) foi recompensada pela visão baseada nos feitos poderosos de Deus no passado.

    aviva a tua obra. Esteja presente e ativo como tu fostes no passado.

    * 3.3-15

    A oração de Habacuque representa uma teofania, ou manifestação visível de Deus, utilizando figuras que são encontradas nas descrições tradicionais dos aparecimentos de Deus no Êxodo do Egito, na entrega das tábuas da lei no Sinai, e durante a conquista de Canaã (Êx 15:1-18; Dt 33:2, 3; Jz 5:4, 5; Sl 18:10; 68:7, 8, 24; 77.16-20).

    * 3.3 Temã. O nome do neto de Esaú representa a terra de Edom (Am 1:12, nota).

    monte de Parã. Uma montanha no deserto da península do Sinai (Dt 33:2).

    * 3.5 peste, e a pestilência. Habacuque retrata dimensões terríveis de Deus vindo para julgar (Dt 28:21, 22).

    * 3.7 Cusã... Midiã. Esses são possivelmente nomes alternativos para um povo ou área, talvez para nômades da península do Sinai.

    *

    3.8-11 O profeta agora passar a dirigir-se diretamente a Deus. O Senhor que se aproxima é o Guerreiro Divino invencível que demonstra seu senhorio sobre o cosmos. Figura poética semelhante é conhecida das mitologias cananitas entre outras.

    * 3.11 param. Ver Js 10:12, 13.

    * 3.12-15

    O Senhor da natureza também tem poder absoluto sobre as forças da História. Ele vem para libertar seu povo e julgar os ímpios.

    * 3.12 calcas aos pés. Ou, “debulha”. Uma figura agrícola derivada do modo como o cereal era debulhado pelo bater e pisar violentamente (Am 1:3, nota).

    3.13 Tu sais. No passado o Senhor saía do seu santuário para a salvação do seu povo em aflição. Isto é o que Habacuque espera que ele faça novamente.

    para salvar... ungido. Possivelmente um sinônimo para o povo escolhido de Israel (conforme Sl 105:15), mas mais provavelmente uma referência ao reinado davídico em sua expressão final no Messias (Sl 132:10).

    * 3.15 pelo mar. Habacuque refere-se novamente à história do Êxodo na qual Deus demonstrou seu domínio incontestável sobre as forças naturais e históricas.

    * 3:16 Junto com o v. 2, este versículo envolve o hino dos vs. 3-15 com referências autobiográficas no começo e fim.

    tremeram. Habacuque descreve em termos físicos o profundo efeito que a revelação divina teve sobre ele (conforme Jr 4:19). O Senhor respondeu às suas dolorosas questões e atenderá sua oração.

    em silêncio, devo esperar... da angústia. Ou, “espero calmamente pelo dia da angústia.” Admirado com a majestade divina, Habacuque pode descansar na certeza de que o Senhor irá julgar os perversos.

    *

    3.17, 18

    Até mesmo quando as colheitas e os rebanhos são escassos (uma situação terrível no contexto de uma economia agrícola), e a sociedade vive com fome e pobreza, a expectativa confiante de Habacuque não será esmagada. A esperança e a confiança transformam seu medo do futuro em desejo de sempre se regozijar em Deus seu Salvador (Rm 8:35-39).

    *

    3.19 O SENHOR Deus é a minha fortaleza. A dependência total do soberano Senhor da Aliança é a chave de Habacuque para a vida.

    pés como os da corça... me faz andar altaneiramente. Esta figura impressionante representa a força e a confiança que o Senhor concede aos justos (Is 40:29-31).

    Mestre de música. Ver nota no v. 1.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Habacuque Capítulo 3 do versículo 1 até o 19
    3.1ss Habacuc elogiou a Deus por responder a suas perguntas. O mal não triunfará para sempre; Deus está ao leme e podemos confiar plenamente em que O reivindicará aos que lhe são fiéis. Devemos esperar em silêncio que O atue (3.16).

    3:2 Habacuc sabia que Deus ia disciplinar ao Judá, e que não ia ser uma experiência agradável. Entretanto, aceitou a vontade de Deus, e lhe pediu ajuda e misericórdia. Habacuc não pediu escapar da disciplina, mas sim aceitou a verdade: Judá precisava aprender uma lição. Deus segue disciplinando com amor, para que seus filhos retornem ao (Hb_12:5-6). Aceite sua disciplina com agrado e lhe peça que o ajude a trocar.

    3:3 A palavra "selah" aparece setenta e uma vezes em Salmos e três no Habacuc. Embora seu significado preciso se desconhece, muitos o consideram um termo musical. Poderia ser para levantar as mãos, ou um sinal de adoração ou possivelmente uma exclamação como "Amém!" ou "Aleluia!" para corroborar a verdade da passagem.

    3.17-19 O fracasso da colheita e a morte dos rebanhos devastariam ao Judá. Entretanto, Habacuc afirmou que até em meio da fome se regozijaria no Senhor. As circunstâncias não controlavam os sentimentos do Habacuc, a não ser a fé na capacidade de Deus para lhe dar fortaleça. Quando nada tenha sentido para nós e quando os problemas pareçam ser maiores do que podemos suportar, recordemos que Deus nos fortalece. À parte os olhos de suas dificuldades e olhe a Deus.

    3:19 Deus dará a seus seguidores uma confiança plena nos tempos difíceis. Correrão como cervos através de terrenos acidentados e perigosos. Deus exercerá sua justiça e terminará completamente com o mal em ao seu devido tempo. Enquanto isso, o povo de Deus precisa viver na fortaleza de seu Espírito, confiando na vitória final sobre o mal.

    3:19 A nota para o diretor musical se utilizava quando esta passagem se cantasse como salmo na adoração do templo.

    3:19 Habacuc perguntou a Deus por que os maus prosperam enquanto que os justos sofrem. A resposta de Deus foi: Não é assim, à larga não é assim. Habacuc viu suas limitações em contraste com o controle ilimitado de Deus sobre os acontecimentos do mundo. Deus está vivo e tem o controle do mundo e o que nele ocorre. Não podemos ver tudo o que Deus faz nem tudo o que fará. Mas devemos estar seguros de que O é Deus e que fará o que é bom. Saber isto nos dá confiança e esperança em meio de um mundo confuso.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Habacuque Capítulo 3 do versículo 1 até o 19
    III. Habacuque EXULTA RESPOSTA SOBRE JEOVÁ (Hc 3:1)

    1 A oração do profeta Habacuque, definido como Sigionote.

    2 O Senhor, tenho ouvido o relatório de ti, e estou com medo:

    Ó Senhor, revive tua obra no meio dos anos;

    No meio dos anos torná-lo conhecido;

    Na ira lembra-te da misericórdia.

    O profeta, encontrar todas as suas dificuldades resolvidas e silêncio tomar posse de sua alma de Deus, derrama todo o seu ser em um hino emocionante de oração, louvor e confiança em Deus.

    Habacuque designa esta uma oração ... definido para Sigionote. A leitura é marginal "de acordo com músicas de variáveis ​​ou canções" (NVI). Assim, este terceiro capítulo é um poema oração para ser definido como música, música triunfante, na chave principal. Ele cobre uma "ampla gama de emoções profundas e estados de espírito."

    Verso 2 retrata um espírito de temor reverencial. Muitas pessoas têm em grande parte perdido seu poder de admiração e reverência, porque eles são muito apressada e superficial. Eu ouvi o relato de ti, e tenho medo (v. Hc 3:2 ). Se a pessoa realmente ouve, ele ouve. Não são grandes orando ers também grandes ouvintes? Deus fala ao ouvido atento. Habacuque se tornou consciente da santidade, majestade e soberania de Deus. Assim, ele tornou-se incrivelmente cientes do quão terrível é a presença de Deus, que a presença que inspira respeito e reverência em fraco, homem frágil. Foi assim com Jó 1saías, Ezequiel, Paulo e João, o Revelador.

    O profeta então faz um apelo triplo: primeiro para o avivamento, segundo uma revelação, e em terceiro lugar para a lembrança. (1) Revive a tua obra (v. Hc 3:2 ). "Revelar-te agora como o passar dos anos" (Moffatt). (2) No meio dos anos torná-lo conhecido (v. Hc 3:2). (3) Na ira lembra-te misericórdia (v. Hc 3:2 ).

    B. AS ATIVIDADES DA Jeová em história e natureza (3: 3-15)

    Goings 1. de Jeová em Glória, Brilho e Alimentação (3: 3-5)

    3 Deus veio de Temã,

    E o Santo do monte Parã. [Selah

    Sua glória cobriu os céus,

    E a terra estava cheia de seu louvor.

    1 Uma oração para o profeta Habacuque,

    Ele tinha raios surgindo de sua mão;

    E lá estava o esconderijo da sua força.

    5 Antes dele ia a peste, e os parafusos de fogo saiu a seus pés.

    Deus (Eloah) está no singular aqui, não o plural Elohim , ou Jeová. Ele é o Deus da aliança. Este nome para divindade foi registrada pela primeira vez em Dt 32:15 , Dt 32:17 . Ele é usado em contraste com os falsos deuses. Daí Eloah é o "Deus vivo", em oposição aos ídolos inanimados. Temã e Paran abraçou o distrito sul de Judá, incluindo Sinai (conforme Dt 33:2 ). "E todo esse poder oculto se manifesta em prol do próprio povo de Deus (conforme Dt 33:3)

    6 Ele se levantou, e mede a terra;

    Ele viu, e separou as nações;

    E as montanhas eternas foram dispersos;

    Os montes eternos se curvar;

    Os seus passos eram como antigamente.

    7 Vi as tendas de Cusã em aflição;

    As cortinas da terra de Midiã tremeram.

    8 Jeová estava descontente com os rios?

    Foi a tua ira contra os rios,

    Ou a tua ira contra o mar,

    Esse passeio fizeste-te em cavalos,

    Sobre os teus carros de salvação?

    9 Thy curva foi feito completamente nua;

    Os juramentos para as tribos eram uma certeza palavra. [Selah

    Tu clivar a terra com rios.

    10 As montanhas te viram, e estavam com medo;

    A tempestade de águas passa;

    O abismo faz ouvir a sua voz,

    E levantou suas mãos no alto.

    11 O sol ea lua param nas suas moradas,

    Na luz das tuas flechas, quando iam,

    No brilho intenso da tua lança fulgurante.

    Ele ... separou as nações (v. Hc 3:6 ; conforme 37:1)

    12 Tu marchas pela terra de indignação;

    Tu debulhar as nações com raiva.

    13 Tu saíste para salvação do teu povo,

    Para a salvação do teu ungido;

    Tu woundest a cabeça para fora da casa do ímpio,

    Desnudar a fundação até o pescoço.

    14 pierce Tu com suas próprias pautas a cabeça dos seus guerreiros:

    Vieram como um turbilhão para me espalharem;

    Sua alegria era tão para devorar o pobre em segredo.

    15 Tu trilhar o mar com os teus cavalos,

    O montão de grandes águas.

    Tu saíste para salvação do teu povo (v. Hc 3:13 ). Salvação significa principalmente libertação. Jeová é zeloso pelo seu próprio povo (conforme Sl 105:15. ; Is 63:1. ; 1Sm 2:9 ; N1. 1Sm 24:8 ; Sl 18:38. ).

    C. Interlúdio: O PROFETA está com medo, mas confiante (Hc 3:16)

    16 Ouvi, e meu corpo tremia,

    Meus lábios tremeram na voz;

    Podridão entra em meus ossos, e eu tremo em meu lugar;

    Porque devo esperar calmamente para o dia da angústia,

    Para a vinda das pessoas que nos invadeth.

    O profeta é revertido para o sentimento expresso no verso Hc 3:2 : Eu tenho ouvido do relatório de ti, e tenho medo. Habacuque mantém os pés no chão. Ele realista enfrenta as questões do dia. Fé diretamente enfrenta realidade e confia inteiramente em Deus (conforme Abraão: . Rm 4:20 ). Como Habacuque vê os terrores, sua humanidade treme dentro dele. Em seguida, a fé vem, e ele espera calmamente para a libertação final de Deus, como Deus havia prometido (conforme Hc 2:3 ), ele é calmo e tranqüilo em meio a todo o tumulto.

    D. Habacuque se alegra em face da adversidade (3: 17-19)

    17 Porque ainda que a figueira não floresça,

    Nem haja fruto na vide;

    O trabalho da oliveira minta,

    E os campos não produzam mantimento;

    O rebanho será extirpada da malhada

    E não haverá rebanho nas bancas:

    18 Todavia eu me alegrar no Senhor,

    Eu vou alegria no Deus da minha salvação.

    19 Jeová, o Senhor, é a minha força;

    E ele faz os meus pés como das cervas pés ,

    E me fará andar sobre as minhas alturas.

    Duas palavras são dignos de atenção aqui. Eles são embora (v. Hc 3:17) e ainda (v. Hc 3:18 ). Enquanto terra tem uma triste , porém, a fé tem um glorioso ainda. Embora a colheita de figueira, videiras, oliveiras árvores e campos falhar, embora os rebanhos e manadas não está mais na tenda ou campo são, embora nada resta a não ser Deus e Habacuque , mas a fé diz, ainda vou alegrar no Senhor (v. Hc 3:18 ). A fé sempre tem um ainda (conforme Hc 2:3 e Sl 42:5 ). Eu vou alegria no Deus da minha salvação (v. Hc 3:18 ), ou seja, da minha libertação. Aqui é a libertação dos golpes devastadores que esmagam a alma dos homens!

    Deus ainda oferece hoje ! Forrest e Jean Brewer ter sido tradutores Wycliffe Bible no México por vários anos. Jean ficou seriamente doente e teve que passar por uma operação muito crítica. Forrest chamado para a oração e, em seguida, escreveu estas palavras clássicas: "Lembramos a nós mesmos e que a operação será feita sob o sol da Sua presença. Ele vai estar lá primeiro e último, o Grande Médico. Mais uma vez eu digo, seus caminhos são os de triunfo . Seu, sabendo que Ele está próximo, Forrest. "Isso é exemplificado Habacuque hoje!

    O profeta começou lamentando, mas acabou cantando! Ele começou a reclamar, mas acabou contente. Olhando em volta, ele estava distraído, perplexos; mas olhando e ouvindo a Deus, ele está satisfeito e se alegra.

    Experiência de Habacuque pode ser resumido da seguinte forma: (1) vendo circunstâncias, (2) falar com Deus, (3) ouvir a Deus, e (4) que canta em triunfo sobre circunstâncias.

    Alguém sugeriu o seguinte: no capítulo 1 , assistir e ver ; no capítulo 2 , levantar e ver ; no capítulo 3 , ajoelhar-se e ver .

    Bibliografia

    Calkins, Raymond. A Mensagem Modern dos Profetas Menores: Habacuque . New York: Harper, 1947.

    Davidson, AB A Bíblia Cambridge: Habacuque . Cambridge: The University Press, 1905.

    Douglas, George CM Os Seis 1ntermediário Profetas Menores: Habacuque . Edinburgh: T. e T. Clark, nd

    Motorista, SR Bíblia New Century: Habacuque . New York: Frowde de 1906.

    Keil, CF, e F. Delitzsch. Comentário Bíblico do Antigo Testamento: os Profetas Menores . Vol. II. Grand Rapids: Eerdmans, 1951 (Rep.).

    . Orelli, C. von Os Doze Profetas Menores: Habacuque . Edinburgh: T. e T. Clark, 1897.

    Raven, João H. Testamento Introdução antiga: Geral e Especial . Nova Iorque: Revell, 1910.

    Robinson, George L. Os Doze Profetas Menores: Habacuque . New York: Harper, 1926.

    Smith, George Adão. O Livro dos Doze Profetas: Habacuque . Vol. II. New York: Harper, 1928.

    Smith, JMP, Ward e Bewer. Internacional Comentário Crítico: Habacuque . Nova Iorque: Scribner, 1911.

    Taylor, Charles L., Jr. do intérprete da Bíblia: Habacuque . Vol. VI. New York: Abingdon, 1956.

    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Habacuque Capítulo 3 do versículo 1 até o 19
  • A adoração do profeta (3)
  • Habacuque é um homem transfor-mado! Agora, ele louva o Senhor, em vez de reclamar. Deus transfor-mará o suspiro em cântico, se nós (como Habacuque) reservarmos um tempo para esperar diante dele em oração e ouvirmos a sua Palavra.

    Primeiro, o profeta ora (v. 2). Em relação ao texto Dt 1:5, o profe-ta diz: "Tenho ouvido, ó Senhor, as tuas declarações", ou seja, ele sabe que o Senhor está trabalhando neste mundo. "Aviva a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos anos, e, no decurso dos anos, faze-a conhecida." Aqui, a palavra "aviva" não tem nada que ver com as "reuniões de avivamen- to" modernas. Habacuque apenas pede que o Senhor continue seu trabalho. Ele sabe que haverá ira e julgamento, mas pede que o Senhor também se lembre da misericórdia.

    A seguir, o profeta medita (vv. 3-16). Ele revê a história de Israel e as obras magníficas do Senhor. Parece que essa descrição poética do imenso poder de Deus não segue qualquer padrão especial nem abrange todos os eventos principais da história ju-daica. No entanto, Habacuque sabe que o Senhor operou no passado e, por isso, pode confiar em que ele tra-balha no presente e o fará no futuro. A terra treme diante do Senhor — como também tremeríam os caldeus. "O Se-nhor é homem de guerra" (Êx 15:3). Israel é seu povo. Ele cuidaria dele.

    Por fim, o profeta louva o Se-nhor (vv. 17-19). Esses versículos representam uma das maiores con-fissões de fé que encontramos na Bí-blia. "Ainda que a figueira não flo-resça, nem haja fruto na vide; o pro-duto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ove-lhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no Senhor."Essa é a versão do Antigo Testamento de Fi- lipenses 4:11-13. Habacuque sabia que ele mesmo não tinha força, mas que Deus lhe daria a força necessá-ria para passar pelas provações que tinha à frente. "O Senhor [...] faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente."

    Isso deve significar muito mais para nós. Habacuque olhou atra-vés da névoa e da bruma e mara-vilhou-se com o plano de Deus, e em Cristo nós conhecemos o plano do Senhor para esta era (Ef 1:8-49, e cap. 3). Nós temos a Bíblia intei-ra para estudar, e Habacuque não a tinha. Nós temos o registro da vida, morte, ressurreição e ascen-são de Jesus Cristo, como também a promessa de seu retorno. Se al-guém deve caminhar pela fé e re-gozijar-se no Senhor, esse alguém é a igreja cristã de hoje. Todavia, com muita freqüência duvidamos, reclamamos, passamos à frente do Senhor e até criticamos o que ele está fazendo.

    Habacuque mostra-nos como lidar com os problemas da vida: (1) admiti-los com honestidade; (2) conversar com o Senhor a respeito deles; (3) esperar calmamente diante dele em oração e meditar a respei-to da Palavra; (4) escutar e obede-cer quando ele falar. Nunca fuja das dificuldades da vida, porque Deus quer usar essas dificuldades para fortalecer sua fé. "Nunca duvides às escuras do que ouviu em plena luz." O justo viverá pela fé.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Habacuque Capítulo 3 do versículo 1 até o 19
    3:1-19 A oração de triunfo e a visão da obra de Deus, através dos séculos.
    3.2 Aviva a tua obra. Uma petição da parte de Habacuque relativa à restauração do povo de Deus. No NT vemos quão grande é o interesse de Deus pela Igreja, a noiva santificada e purificada "para a apresentar a si mesmo, igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga...” (Ef 5:26-49.

    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Habacuque Capítulo 3 do versículo 1 até o 19
    II. UM SALMO (3:1-19)

    Alega-se que “a maioria dos críticos nega que esse poema seja da pena de Habacuque” (J. B. Hyatt, Peake’s Commentary, p. 639). No entanto, há estudiosos que não vêem nenhuma dificuldade em considerar o título, Oração do profeta Habacuque, como uma expressão literal. Para alguns, o capítulo tem pouca ou nenhuma “conexão direta com a profecia anterior”, e a sua aparência aqui é atribuída a um editor que desejou reunir toda a obra remanescente de Habacuque” (H. L. Ellison, Men Spake from God\ p. 76). Outros, e especialmente Eaton, o consideram o “golpe de misericórdia” de toda a composição (.TC, p. 83,4,108).

    Se por trás da “fidelidade” pela qual o “justo viverá” está a “fé” (2.4 e nr. na NVI), esse capítulo nos apresenta o objeto de tal fé. A teofania é o fundamento da oração (v. 2), o objeto da meditação (v. 3-15) e a fonte da alegria e do tremor (v. 16-19). Embora o salmo seja essencialmente pessoal (“eu” subentendido nos v. 2,16; eu, me, minha e meu nos v. 18,19), as anotações musicais (v. 1,19b, como também um triplo “Selá”) indicam que foi designado para a adoração pública.


    1) O Deus do julgamento e da salvação (3:1-16)

    Hoje se crê que a palavra hebraica traduzida por confissão (também em Sl 7:1) é uma referência ao ritmo desordenado do cântico, correspondendo às emoções profundas que descreve e provavelmente produz.

    O “registro” (RSV) do Senhor e das suas obras, diante das quais o profeta se pronuncia apavorado, sem dúvida cobre tanto a revelação comunicada pela representação da história sagrada (v. 3-15) quanto a que foi dada por transmissão direta de Deus (1.5,6; 2:2-4). Naquela, a forma extraordinária de Deus conduzir Israel no passado é lembrada; nesta, as crises que o futuro reserva são vislumbradas. Mas, quanto ao presente, a pitoresca e conhecida expressão “no meio dos anos”, em nossa época, transmite uma impressão de depressão espiritual. A necessidade de uma renovação evidente da atividade de Deus é aguda; é por esse motivo que Habacuque ora. Mas ao perceber que orar por avivamento é convidar o juízo, ele pede que a ira de Deus (caos presente e disciplina futura) seja mitigada com a misericórdia (conforme Jr 10:24).

    Inicialmente foi a função de Deus na história humana que perturbou o profeta. Ele agora vê os caminhos de Deus na história como prova do seu poder, tanto no âmbito da criação quanto da redenção (v. 3-15). Essa seção do salmo é dominada pela revelação do poder de Deus realizando a libertação dos israelitas no êxodo ao livrá-los da escravidão, conduzindo-os através do deserto e expulsando os inimigos diante deles. Ecos de atribuições anteriores de louvor a Deus por essa obra reverberam em todo esse salmo (e.g., os cânticos de Moisés, Dt 33:2; Débora e Baraque, Jz 5:4,Jz 5:5; Davi, Sl 68:7,Sl 68:8; Asafe, SL 77:1619 e Miriã, Ex 15:21). A poesia é turbulenta, o texto é difícil de ser estabelecido (v. NBC,

    3. ed., acerca do v. 9), e muitas das palavras usadas são obscuras. Os pronomes mudam da terceira pessoa (v. 3-6) para a primeira (v. 7) e depois paraa segunda (v. 8-15). O estilo harmoniza com o tópico que é dramático e esmagador para o próprio Habacuque (v. 16).
    Na sua visão, o profeta vê o Todo-podero-so avançando desde o deserto “marchando na grandeza da sua força”. A palavra traduzida por Deus (v. 3), ’Elõah, é encontrada quase exclusivamente na literatura poética da Bíblia (40 de 52 ocorrências em Jó). Temã, uma região ao norte de Edom, e Parã, que fica além de Temã em direção ao Sinai, representam o território que testemunhou o nascimento de Israel como nação e como o povo de Deus da aliança. (Foi para essa região que o lamuriante Elias foi depois de experimentar uma teofania acompanhada de uma tempestade; 1Rs

    19:8-12). A afirmação no v. 3b encontra uma contraparte no cântico exultante dos exércitos celestiais (Lc 2:14) que celebrou o evento que englobou todas as manifestações anteriores de Deus aos homens.

    A imagem empregada para retratar o progresso do Senhor invencível é de uma tempestade violenta. Raios relampejantes de repente banem a escuridão em volta, e a noite se torna como dia (v. 4a; 4b; conforme 26:14). Ele é acompanhado pelos “cães de guerra” apocalípticos — pragas e doenças terríveis (v. 5). O seu poder é absoluto: ele não precisa sair do seu lugar para fazer a terra tremer, nem precisa fazer outra coisa se não olhar para estremecer as nações; diante da sua eternidade, os montes antigos desaparecem (v. 6). Não é de admirar que as frágeis tendas de Cuchã e as tendas de Midiã (v. 8) fiquem aterrorizadas.

    Os rios se transformam em torrentes espu-mejantes; o mar é levado repentinamente à fúria. Surge a pergunta: não existe aqui algo mais profundo e significativo do que a operação das leis naturais? Não são os elementos servos dele, instrumentos nas suas mãos para a realização do seu propósito glorioso, os teus carros vitoriosos? (v. 8; conforme Sl 104:3,Sl 104:4;

    148.8).
    Terminado o monólogo, a descrição que Habacuque faz da tempestade continua, embora agora esteja mesclada com metáforas de batalha; as nuvens são nuvens de guerra, raios relampejantes e trovões são flechas que voam do arco desembainhado (v. 9). Toda a natureza está em desordem à medida que o Senhor segue em triunfo o seu caminho. Até mesmo o abismo, que algumas mitologias pagãs consideravam um rival ao seu domínio, estrondou em sobressalto e lançou ao alto as “suas mãos” (RSV) em sinal de rendição (v. 10), enquanto O sol e a lua param nos seus cursos à medida que a batalha procede (v. 11a possivelmente é uma alusão a Js 10:12-6). Nem a terra nem as nações podem impedir o seu progresso imperial (v. 12; conforme v. 6).

    De repente, como um relâmpago que ilumina a escuridão (v. 4,11), o objetivo divino no conflito é revelado: Saíste para salvar o teu povo, para libertar o teu ungido (v. 13a). Voluntariedade e determinação, graça e poder, estão por trás das palavras. Além disso, as palavras soam com tom de alegria, gratidão, esperança e confiança. Essa grande declaração também não pode ser confinada aos dias de Habacuque, ou ao destino de Israel. Só é cumprida de verdade quando aplicada ao advento daquele de quem foi dito: “você deverá dar-lhe o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1:21).

    Os v. 13b-15 continuam a retratar em linguagem vívida (cheia de problemas para o tradutor) a derrota de todos que se levantam para lutar “contra o Senhor e o seu ungido”. O pronome nos (v. 14) é inserido quando o profeta lembra o livramento experimentado após o ataque. A visão termina com a completa vitória. Como no êxodo, a agitação das grandes águas simboliza a derrota final do poder alardeado do inimigo.

    Contemplar a glória do Senhor e entrar nos seus propósitos são experiências difíceis (Is 6:1-23; Ez 1:28; Jr 23:9; Ez 10:8; Mt 26:38). Foi o que Habacuque achou. A apreensão que ele sentiu, expressa no início da visão (v. 2), se mostra totalmente justificada, pois, quando a visão termina, ele fica num estado de colapso (v. 16a). Sabendo que é inevitável que a angústia amarga deve preceder o início da libertação, o profeta se prepara resolutamente para esperar o dia da desgraça (v. 16b).


    2) A confiança dos piedosos (3:17-19)

    Não há comentário mais comovente da verdade principal dessa profecia — “o justo viverá pela sua fidelidade” — do que o que está contido nesses versículos. A afirmação é formulada de forma primorosa e nobre.
    A fé que Habacuque professa não é uma fé cega, pois é exercida diante da perspectiva clara da catástrofe completa (v. 17). Por meio do desastre natural ou, o que é mais provável, por meio da ação do inimigo, as colheitas fracassam, o gado é dizimado, a economia do país entra em colapso e o que resulta é a fome. O ainda assim (v. 18) do profeta é digno de ficar lado a lado com o “Mas, se ele não...” de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego (Ez 3:18), e só excedido pelo “contudo” de Jesus (Mt 26:39). E uma fé submissa e determinada; ou melhor, é uma fé exultante — eu exultarei [...] e me alegrarei. O segredo deve ser encontrado no foco da sua fé; o seu objeto é o Senhor. Com base na repetição dos nomes e títulos de Deus, podemos determinar com precisão que o profeta atingiu uma nova apreciação daquele em quem ele confia.

    A salvação descrita no v. 13 agora é experimentada pessoalmente — Deus da minha salvação — tanto na adversidade (v. 17) quanto na prosperidade (v. 19). O caminho da vida pode conduzir através do “vale de profunda escuridão” ou passar sobre os lugares altosr, não importa para aquele que tem certeza de que o Senhor, o Soberano está no controle total, que o alvo dele é a salvação e que ele mesmo é a fonte da força.

    A nota de rodapé (v.
    - 19b) significa que o salmo era cantado nos cultos do templo. Em diversas paráfrases, ainda é cantado hoje. Só isso já testemunha da relevância duradoura dessa profecia.
    BIBLIOGRAFIA
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    Eaton, J. H. Obadiah to Zephaniah. TC. London, 1961.

    Ellison, H. L. Men Spake from God. London, 1952. Eissfeldt, O. The Old Testament. An Introduction. Oxford, 1965.

    Gailey, J. H. Micah to Malachi, Layman’s Bible Commentaries. London, 1962.

    Harrison, R. K. Introduction to the Old Testament. London, 1970.

    Lindblom, J. Prophecy in Ancient Israel. Oxford, 1962. Pusey, E. B. The Minor Prophets with a Commentary. London, reimpr. 1906.

    Rad, G. von. Old Testament Theology, v. 2. Edinburgh e London, 1965 [Teologia do Antigo Testamento, 2 v., ASTE, 1986],

    Rowley, H. H. The Faith of Israel. London, 1956 [A fé cm Israel: aspectos do pensamento do Antigo Testamento, Editora Teológica, 2003].

    -. Worship in Ancient Israel. London, 1967.

    Smith, G. A. The Book of the Twelve Prophets, v. 2. London, ed. rev. 1928.

    Watts, J. D. W. Joel, Obadiah, Jonah, Nahum, Habakkuk and Zephaniah. CBC. Cambridge, 1975.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Habacuque Capítulo 3 do versículo 1 até o 16

    Habacuque 3

    VII. Uma Visão do Juízo Divino. Hc 3:1-16.

    Este capítulo é chamado de oração pelo escritor (tepillâ), embora se concorde universalmente que a maior parte dele é a descrição de uma teofania experimentada pelo profeta. Só o versículo 2 é um pedido. Contudo as atitudes de temor reverente, de respeito, de fé que triunfa em circunstâncias perturbadoras encontram-se tão profundamente enraizadas no espírito da oração que pouca dúvida pode existir que a "oração" inclui todo o capítulo. O capítulo também é chamado de salmo embora não por Habacuque – uma vez que as instruções darias no título se referem ao modo pelo qual devia ser cantado, e a subscrição diz que instrumentos devem acompanhar o cântico. Além disso, o enigmático Selá, que geralmente indica as pausas periódicas, ou talvez mudanças de tempo, aparece três vezes.

    Por diversos motivos, como já foi mencionado na 1ntrodução, pensa-se que este capítulo tenha sido escrito por outra pessoa e não por Habacuque. Isto significaria, naturalmente, que Hc 3:1, que lhe atribui o capítulo, estaria incorreto. O fato do terceiro capítulo não aparecer no Comentário Qumran não constitui objeção real. Nem o argumento de que esta passagem não tem a forma de diálogo das seções anteriores. A própria natureza do capítulo, que é uma oração, impede o estilo de diálogo. Há algumas evidências lingüísticas que confirmam a unidade do livro, além do fato da teodicéia ser incompleta sem este capítulo.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Habacuque Capítulo 3 do versículo 1 até o 19
    VII. VISÃO DE JULGAMENTO Hc 3:1-35; Sl 68:7-19. Raios brilhantes (4), provavelmente uma alusão aos lampejos dos raios. A vinda de Deus é pintada como uma tempestade que rolava partindo do sul, a cair sobre a Palestina e seus vizinhos. Mão (4); isto é, "lado", como em 1Sm 4:13, onde o hebraico diz lit., "pela mão do caminho". Ali (4); isto é, "naquele lugar". Mediu a terra (6). A Septuaginta diz: "a terra estremeceu". A sugestão é de um terremoto que acompanhou a tempestade. Cusã (7); uma tribo midianita ou árabe (cfr. Nu 12:1). Ou poderia ser Cusã-Risataim (Jz 3:8, Jz 3:10) ou o ribeiro de Quisom (Jz 4:7).

    >Hc 3:9

    O versículo 9 é extremamente obscuro. "Cerca de cem traduções diferentes têm sido feitas desse versículo" (Delitzsch). O sol e a lua pararam (11). Uma descrição poética de terem sido ocultos pelas escuras nuvens da tempestade. Tu saíste (13); algumas versões, em suas notas à margem, julgam que se trata aqui da prometida libertação de Israel das mãos do opressor, garantida por Deus, e que Miquéias considerava como já realizada, tão certa ela era, ainda que para ele ainda estivesse no futuro. Até ao pescoço (13) pode ser uma parte de um edifício; cfr. Is 8:8. A cabeça dos seus guerreiros (14). Esta versão, como outras, segue a Vulgata. Há versões que traduzem: "A cabeça de suas vilas". Contudo, o hebraico, é incerto. O versículo 16 é novamente difícil. Quanto a descanse eu, Welhausen sugere: "consolar-me-ei". Essa certeza ou determinação em esperar quietamente que o dia de tribulação sobrevenha contra o agressor provavelmente explica a bela expressão que diz "vivendo pela fé" dada nos versículos 17:18. É o conhecimento que eventualmente, conforme ele diz, me alegrarei no Senhor, que capacitou Habacuque a suportar seu presente descontentamento. Desse modo ele descobre a resposta para sua pergunta inicial.

    >Hc 3:19

    A última frase do versículo 19 aparece, na Septuaginta, como "para que eu possa conquistar por seu cântico". O cantor-mor era mestre da música no templo.

    L. E. H. Stephens-Hodge.


    Profetas Menores

    Justiça e Esperança, Mensagem dos profetas menores por Dionísio Pape, da Aliança Bíblica Universitária
    Profetas Menores - Introdução ao Capítulo 3 do Livro de Habacuque

    O Profeta Canta o Triunfo da Fé (Cap. 3)

    Habacuque chegou a conciliar a razão com a fé. Em seu universo pessoal, não havia mais tensão, não havia mais dicotomia entre a fé e o raciocínio. Por conseguinte, experimentou a liberdade interior, a verdadeira liberdade do espírito, que sobrepuja todas as barreiras do intelecto. E como expressão desta nova liberdade ele compôs um belíssimo poema, um hino de louvor que constitui uma jóia do saltério hebraico.
    O profeta-poeta, agora convencido de que Deus é sempre justo para com todos os homens, apelou para o Senhor dos seus antepassados, o Senhor da aliança com Israel. Pediu-lhe arrojadamente que avivasse novamente a sua obra. O Deus que no passado se manifestara aos israelitas primitivos deveria agir agora na defesa dos seus descendentes. Habacuque se lembrou das gloriosas façanhas do grande Deus de Israel em Temã e Parã (Hc 3:2). Tema era Edom, a leste do Jordão. Parã se situava entre o Sinai e Edom. Os dois lugares recordavam intervenções do Senhor, na época da caminhada do povo de Israel, desde o deserto até Canaã.

    "Deus vem de Temã,
    e do monte de Parã vem o Santo.
    A sua glória cobre os céus ..." (Hc 3:3)

    No Sinai, a glória do Senhor cobrira o monte, e a terra tremera quando Deus entregou a lei a Moisés. O profeta cria que Deus, por ser eterno, não muda. Se se manifestasse da mesma maneira novamente, como antes, Israel não poderia temer. Os inimigos de Israel é que deveriam tremer diante dele, pois

    "... a pestilência segue os seus passos." (Hc 3:5)

    O Deus de Israel destruíra o poderoso Egito, no tempo de Moisés, mediante as pestilências das rãs, dos piolhos, das moscas e dos gafanhotos, antes da praga final da morte dos primogênitos. O desejo estava nos lábios de Habacuque: "Oxalá que se repetissem hoje sobre os caldeus".

    O poeta relembrava também a vitória de Israel contra Midiã, chamado Cusã no tempo de Habacuque (Números 31). E quem podia esquecer o milagre da separação das águas do Mar Vermelho, quando Deus salvou do Egito o seu povo escravizado? (Mc 3:8). Deus não se irou contra as águas mas, sim, contra os inimigos de Israel, quando "os cavalos do Senhor" marcharam pelo mar (Hc 3:15).

    A história de Israel como nação é Heilsgeschichte, a história da salvação, por ser Israel "o ungido do Senhor" (Hc 3:13). E a única maneira por que se pode explicar as vitórias do pequeno Israel contra os seus poderosos inimigos, vitórias essas tipificadas pelo triunfo do jovem Davi na luta contra o gigante Golias, degolado com a sua própria espada. Por isso Habacuque se regozijava:

    "Traspassas a cabeça dos guerreiros do inimigo com as suas próprias lanças." (Hc 3:14)

    Comovia-se o profeta, contemplando a invencibilidade do Senhor. Convenceu-se de que as forças irresistíveis de Deus esmagariam para sempre os invasores caldeus "no seu dia de angústia" (Hc 3:16).
    O hino foi concluído com a mais absoluta afirmação de fé. O profeta confiava cabalmente na soberania do Senhor, a ponto de aceitar quaisquer circunstâncias como sendo dentro da boa e perfeita vontade de Deus para ele.
    No seu contexto agrícola, Habacuque contemplava a possível perda da safra de frutas, e a extinção dos rebanhos como conseqüência de uma nova invasão. No entanto, o profeta reafirmou a sua alegria no Senhor:

    "Ainda que a figueira não floresce . . .
    e nos currais não há gado,
    todavia eu me alegro no Senhor." (Hc 3:17)

    Como Jó, Habacuque estava pronto a perder tudo, menos a sua fé no Senhor. Habacuque fala alto à nossa sociedade de consumo, com os seus exagerados valores materiais, e o seu desprezo aos valores espirituais. A posse de bens materiais não é necessariamente sinal da bênção e da vontade divinas! A fé em Cristo não garante, de maneira nenhuma, a entrada na vida opulenta e luxuosa ... Nos países latino-americanos, com os seus milhões de seres humanos vivendo precariamente, há muitos Habacuques modernos, que passam fome e sede, que não possuem nem casa nem terras, mas que têm fé, e por isso exultam no Deus da sua salvação. No quadro sombrio da tragédia em que vivem nossos povos nesta hora de inquietação espiritual, de confusão religiosa, de decadência moral e de convulsões sociais e políticas, são eles sal da terra, luz do mundo; nada tendo, mas possuindo tudo. Eis a voz profética ao mundo alucinado com o crasso materialismo do século XX: "Ainda que perca tudo, todavia eu me alegro no SENHOR". E quem possui o Senhor tem a única riqueza que perdura para sempre. Isto também se aceita pela fé. Nesta certeza, nascida da fé, o profeta rematou a bela canção com palavras cheias de fé inabalável:

    "O SENHOR Deus é a minha fortaleza e faz os meus pés como os da corça, e me faz andar altaneiramente." (Hc 3:19)

    Sim, o justo viverá pela sua fé. E esta fé no Senhor triunfante, ressuscitado e glorioso, transmite à vida diária uma vitalidade vibrante. Quem pela fé vê Cristo sentado no trono do universo, aguardando o momento supremo da revelação empolgante da sua glória aqui na terra, não se desanima com a situação mundial! Sabe que Cristo voltará para reinar eternamente, "porque convém que ele reine até que haja posto todos os inimigos debaixo dos seus pés" (1Co 15:25). Quem tem esta fé em Cristo já é súdito do reino eterno, vivendo segundo os princípios da justiça, da paz e do amor. O reino chega com o crente, no limitado contexto da sua atuação entre os homens. Ele é sinal e penhor, dado aos homens pelo Santo Espírito, da sociedade a vir. Por isso, "anda com alegria, como corça nas montanhas." A sua plena aceitação pela fé da vontade de Deus, sejam quais forem as circunstâncias externas por ele permitidas, é o segredo, único e perene, duma vida harmoniosa e abundante!


    Dicionário

    Canto

    substantivo masculino Ângulo reentrante ou saliente formado pelo encontro de duas superfícies.
    Sítio retirado, pouco frequentado; recanto.
    O mesmo que junta ou aresta de uma esquadria.
    Figurado Estar a um canto; ser posto a um canto, ser afastado, dispensado, considerado como inútil, desprezado.
    Olhar com o canto dos olhos, olhar de soslaio.

    Forma

    substantivo feminino Aspecto físico próprio dos objetos e seres, como resultado da configuração de suas partes; feitio: a forma de um armário.
    Condição física a partir da qual um corpo se configura; aspecto: forma gasosa.
    Aspecto físico de algo ou alguém; aparência: formas belíssimas.
    Atitude de alguém; maneira, aspecto, jeito.
    Organização de; método: forma de educação.
    Característica de; variedade: a forma de uma doença.
    Que não pode ser percebido com facilidade.
    O modo como alguém se expressa ou sustenta seu trabalho, geralmente, artístico: compõe seu trabalho com formas abstratas.
    Que se baseia num sistema coerente; de acordo com um modelo conhecido.
    Estado ou aspecto físico ou mental: ele engordou e perdeu sua boa forma.
    Fila; disposição alinhada: os clientes não entram em forma.
    Uma das distintas maneiras de ser; ação ou expressão de algo próprio: algumas pessoas se expressam de diferentes formas.
    [Biologia] Caráter distintivo de uma população ou espécie.
    Botânica Classe inferior da listagem taxonômica botânica.
    [Filosofia] Platonismo. Toda realidade que transcende as impressões sensíveis.
    [Filosofia] Aristotelismo. Premissa que define, estrutura e delimita a essência de um ser.
    [Filosofia] Kantismo. Percepção cognitiva intrínseca, ou seja, não dependente da experiência que, instituída pelo pensamento à matéria do conhecimento, procede da experiência.
    Gramática Radical cujo elemento que o segue é uma desinência; flexão.
    [Linguística] Cada um dos múltiplos usos de uma unidade lexical.
    [Linguística] Definição do que pode ser estruturado sem ter em consideração seu conteúdo.
    [Música] Essência estrutural de uma composição.
    [Música] Relação que se estabelece entre as partes de uma composição.
    [Jurídico] Reunião dos procedimentos formais que precisam ser observados no desenvolvimento de uma ação jurídica, para que esta seja considerada válida.
    Etimologia (origem da palavra forma). Do latim forma.ae.

    [...] Uma distinção profunda, inimaginável para vós, separa as formas animadas dos diferentes globos. Essas formas são o resultado dos elementos especiais a cada orbe e das forças que o regem: matéria, densidade, peso, calor, luz, eletricidade, atmosfera, etc., diferem essencialmente de um mundo a outro. [...]
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 4a narrativa

    A forma [de homem ou mulher], numa como noutra área, é oportunidade para aquisição de particulares conquistas de acordo com os padrões éticos que facultam a uma ou à outra. Quando são conseguidos resultados positivos numa expressão do sexo, pode-se avançar, repetindo-se a forma até que, para diferente faixa de aprendizagem, o Espírito tenta o outro gênero. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 6


    Habacuque

    -

    Foi profeta, autor do livro que tem seu nome. Pouco se conhece ao certo a respeito da sua personalidade e do tempo em que viveu e nada se sabe relativamente à sua tribo, ao seu parentesco, e à sua ocupação. Visto que não faz menção da Assíria, mas fala do poder caldaico, que ia crescendo com rapidez espantosa, conclui-se disso que ele profetizou em Judá durante o reinado de Joaquim pouco antes da invasão de Nabucodonosor (1.6; 2.3). E por isso devia ter sido contemporâneo de Jeremias. *veja um exemplo das lendas, que a seu respeito corriam entre os judeus no livro apócrifo, Bel e o Dragão, vers. 33 a 39.

    (Heb. “abraço”). Muito pouco ou nada se sabe explicitamente sobre Habacuque, embora se possa inferir alguns dados. Primeiro, ele não só era profeta, como também um poeta talentoso. Na verdade seu livro compõe-se de uma série de oráculos (Hc 1:2) e uma oração (Hc 3), do tipo que pode ser comparado aos Salmos 4:6-7 (cf. Hc 3:19). Além disso, existem indicações de que ele provavelmente estivesse envolvido em algum ministério no Templo e fosse levita. Além das alusões aos instrumentos musicais e aos diretores de música (Hc 3:19) — ambos elementos centrais na adoração do Templo — o livro fala sobre Yahweh estar no Templo (Hc 2:20) e também emprega o termo litúrgico Selah (Hc 3:13).

    O que se sabe com certeza é que Habacuque viveu e desenvolveu seu ministério nos primórdios do surgimento da Babilônia no poder central do Oriente Próximo. Yahweh diz que está suscitando os caldeus (Hc 1:6), onde o tempo verbal aparece numa forma que sugere algo que já está a caminho. O primeiro sinal inequívoco disto aconteceu em 626 a.C., com a inauguração do reinado de Nabopolassar sobre a Babilônia. Por volta de 605 a.C. ele e seu filho Nabucodonosor já tinham eliminado completamente os assírios da História e estabelecido o poderoso Império Caldeu. Habacuque testemunhou todos esses eventos com seus próprios olhos, aparentemente depois que o poderio babilônio já estava consolidado (Hc 1:711). A possível data de seu ministério está entre 620 a 612 a. C., à luz de todas essas evidências.

    A vinda iminente da Babilônia contra Judá levanta uma das maiores questões teológicas do livro, ou seja, como o ímpio (i.e., os caldeus) pode prosperar e o justo (i.e., Judá) sofrer, se Deus é justo (Hc 1:24). Este mesmo problema ocupa grande parte dos debates no livro de Jó. A resposta para esta questão encontra-se no caráter de Deus, o qual, a seu tempo, vindicará sua justiça. Enquanto isso, o Senhor declara ao profeta que “o justo pela sua fé viverá” (Hc 2:4), uma resolução teológica destacada por Paulo (Rm 1:17; Gl 3:11), a qual constitui o coração e a base da salvação. O que parece injusto à luz do aqui e agora encontra a compensação perfeita no tempo da reconciliação final de Deus. E.M.


    Habacuque [Abraço] - Profeta que viveu no tempo em que os CALDEUS, em 612 a.C., derrotaram os assírios e se tornaram o império mais poderoso do mundo (1.6). Talvez fizesse parte do grupo de músicos do Templo (3.1), que nesse tempo ainda estava de pé (2.20). V. HABACUQUE, LIVRO DE.

    Oração

    substantivo feminino Prece sob forma de meditação; reza.
    Religião Curta prece litúrgica enunciada nas horas canônicas e na missa.
    Discurso com alguma moral; sermão; fala.
    Gramática Conjunto de palavras ordenadas segundo normas gramaticais, com sentido completo; proposição; enunciado de um juízo.
    expressão Oração fúnebre. Discurso público pronunciado em honra do morto.
    Etimologia (origem da palavra oração). Do latim oratio, onis “discurso, prece”.

    A oração cristã baseia-se na convicção de que o Pai Celeste, que tem providencial cuidado sobre nós (Mt 6:26-30 – 10.29,30), que é ‘cheio de terna misericórdia’ (Tg 5:11), ouvirá e responderá às petições dos seus filhos da maneira e no tempo que Ele julgue melhor. A oração deve, então, ser feita com toda a confiança (Fp 4:6), embora Deus saiba de tudo aquilo que necessitamos, antes de Lhe pedirmos (Mt 6:8-32). A Sua resposta pode ser demorada (Lc 11:5-10) – talvez a oração seja importuna (Lc 18:1-8), e repetida, como no caso de Jesus Cristo (Mt 26:44) – pode a resposta não ser bem o que se pediu (2 Co 12.7 a
    9) – mas o crente pode pôr toda a sua ansiedade de lado, descansando na paz de Deus (Fp 4:6-7). Não falando na oração relacionada com o culto, ou na oração em períodos estabelecidos (Sl 55:17Dn 6:10), orava-se quando e onde era preciso: dentro do ‘grande peixe’ (Jn 2:1) – sobre os montes (1 Rs 18.42 – Mt 14:23) – no terraço da casa (At 10:9) – num quarto interior (Mt 6:6) – na prisão (At 16:25) – na praia (At 21:5). o templo era, preeminentemente, a ‘casa de oração’ (Lc 18:10), e todos aqueles que não podiam juntar-se no templo com os outros adoradores, voltavam-se para ele, quando oravam (1 Rs 8.32 – 2 Cr 6.34 – Dn 6:10). Notam-se várias posições na oração, tanto no A. T.como no N. T.: Em pé (1 Sm 1.10,26 – Lc 18:11) – de joelhos (Dn 6:10Lc 22:41) – curvando a cabeça, e inclinando-a à terra (Êx 12:27 – 34,8) – prostrado (Nm 16:22Mt 26:39). Em pé ou de joelhos, na oração, as mãos estavam estendidas (Ed 9:5), ou erguidas (Sl 28:2 – cp.com 1 Tm 2.8). As manifestações de contrição e de dor eram algumas vezes acompanhadas de oração (Ed 9:5 – Lc 18. 13). A oração intercessora (Tg 5:16-18) é prescrita tanto no A.T.como no N.T. (Nm 6:2342:8is 62:6-7Mt 5:44 – 1 Tm 2.1). Exemplos de oração medianeira aparecem nos casos de Moisés (Êx 32:31-32), de Davi (2 Sm 24.17 – 1 Cr 29.18), de Estêvão (At 7:60) – de Paulo (Rm 1:9). Solicitações para oração intercessora se encontram em Êx 8:8, Nm 21:7 – 1 Rs 13.6 – At 8:24, Rm 15:30-32 – e as respostas a essas orações em Êx 8:12-13, e Nm 21:8-9 – 1 Rs 13.6 – At 12:5-8. Cp com 2 Co 12.8. o próprio exemplo de Jesus a respeito da oração é decisivo. Ele indicou o fundamento sobre o qual repousa a crença na oração, e que é o cuidado providencial de um Pai onisciente (Mt 7:7-11) – Ele ensinou aos discípulos como deviam orar (Mt 6:5-15Lc 11:1-13) – assegurou-lhes a certeza da resposta de Deus a uma oração reta (Mt 7:7 – 18.19 – 21.22 – Jo 15:7, e 16.23,24) – associou a oração com a vida de obediência (Mc 14:38Lc 21:36) – também nos anima a sermos persistentes e mesmo importunos na oração (Lc 11:5-8, e 18.1 a
    7) – procurou os lugares retirados para orar (Mt 14:23 – 26.36 a 46 – Mc 1:35Lc 5:16). Ele fez uso da oração intercessora na súplica, conhecida pela designação da Sua alta oração sacerdotal (Jo
    17) – orou durante a agonia da cruz (Mt 27:46Mc 15:34Lc 23:34-46). A oração em nome de Cristo é autorizada pelo próprio Jesus (Jo 14:13-14, e 15,16) e por S. Paulo (Ef 5:20Cl 3:17). o Espírito Santo também intercede por nós (Rm 8:26).

    [...] A oração, a comunhão pelo pensamento com o universo espiritual e divino é o esforço da alma para a beleza e para a verdade eternas; é a entrada, por um instante, nas esferas da vida real e superior, aquela que não tem termo.
    Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 24

    A oração é o exilir de longa vida que nos proporciona os recursos para preservar os valores de edificação, perseverando no trabalho iluminativo. É o Amor indiscriminado, a todos, mesmos aos inimigos – o que não quer dizer anuência com os seus despropósitos –, é impositivo de emergência para lograrmos a Paz.
    Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 17

    [...] O gemido da alma e o sorriso do espírito. Ela é o queixume do aflito e o suspiro do crente! Idioma universal, falado por todos os povos em relação a Deus!
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] Oração não é palavra, é sentimento. Um olhar da alma, fixo no céu, vale mais que mil rosários rezados rotineiramente. [...]
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    A oração [...] é possuidora do elã que conduz a Deus, necessariamente à paz. [...] Deus conhece a todos e a tudo, tendo medida exata do valor de cada qual. Somente a atitude digna, leal, corajosa e elevada do filho que fala ao Pai produz uma ressonância que o alcança, propiciando a resposta que é detectada por aquele que ora. [...] A oração real consiste em abrir-se a boca (os, oris) da alma, a fim de expressar-se o que as palavras não conseguem traduzir, mas que os sentimentos falam de maneira incomum, utilizando a linguagem do amor. No amor, portanto, está a fórmula ideal para comunicar-se com Deus, exteriorizando-se emoções e necessidades, relatando-se aflições e sonhos não tornados realidade, para análise da sua infinita compreensão. No silêncio que se fará inevitável, porque as decisões elevadas dispensam palavrório perturbador, será captada a resposta em forma de harmonia interior, de paz no coração que acalma as ansiedades e refrigera a ardência das paixões. Concomitantemente, inarticulada voz enunciará em resposta como sendo fundamental para a vitória o amor a si mesmo – em forma de autoconfiança, de burilamento moral, de auto-iluminação, de transformação de conduta para melhor. Este auto-amor torna-se vital, porquanto nele está a chave para a decifração de todas as incógnitas da existência. [...] A oração proporciona paz, mas somente quando se acalmam as angústias é que se pode orar, desta forma encontrando-se Deus, identificando-o, dele recebendo a inspiração de forma que a existência adquira o encantamento e a plenitude que lhe são destinados.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Oração e paz

    [...] é o lubrificante da máquina da vida.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

    A oração é sempre o fio invisível e sublime pelo qual a alma ascende a Deus e o Pai penetra o homem.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Tramas do destino• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11

    [...] É um alívio às nossas penas, um desafogo às nossas mágoas, uma esperança na nossa dor.
    Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2

    [...] é um recurso pedagógico que não pode ser desprezado, mas desde que desprovido da conotação sobrenatural, mística ou supersticiosa. [...]
    Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 4

    [...] é o único refúgio do homem nas tremendas lutas da adversidade. [...]
    Referencia: Ó, Fernando do• A dor do meu destino• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 2

    É sempre certo que a prece, por singela e pequenina que se irradie de um coração sincero, adquire potências grandiosas, capazes de se espraiarem pelo infinito até alcançar o seio amantíssimo do Eterno. Uma corrente suntuosa de valores psíquicos se estabelece então entre o ser que ora e as entidades celestes incumbidas da assistência espiritual aos homens terrenos e aos Espíritos vacilantes e inferiores. [...] Afigura-se então a súplica, a oração, a uma visita do ser que ora aos planos espirituais superiores. Pode o infeliz que ora obter em si próprio progresso suficiente para se tornar afim com aqueles planos. Sua personalidade, levada pela força das vibrações que sua mente emite, desenha-se à compreensão da entidade vigilante, a qual o atende, e torna-se por esta contemplada tal como é, seja a oração partida de um ser encarnado ou de um desencarnado. É certo que seus amigos do Invisível Superior conhecem de há muito suas necessidades reais, mas será necessário que a alma, encarnada ou não, que permanece em trabalhos de arrependimento e resgates, testemunhe a Deus o valor da sua fé, da sua perseverança nas provações, da boa disposição para o progresso, da sinceridade dos projetos novos que começa a conceber, da vontade, enfim, de se afinar com a Suprema Vontade! [...]
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Nas voragens do pecado• Pelo Espírito Charles• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• -

    Oração – sintonia com os planos superiores.
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 3, cap• 3

    [...] é ligação com a Espiritualidade Maior, é comunhão com os benfeitores espirituais. [...]
    Referencia: SIMONETTI, Richard• A voz do monte• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - Para não complicar

    A oração, em essência, expressa sentimentos. [...]
    Referencia: SIMONETTI, Richard• A voz do monte• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - Como orar

    A oração é luz na alma refletindo a luz divina.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 4

    A oração, acima de tudo, é sentimento.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 26

    [...] é recurso mais imediato para as criaturas ainda distantes das esferas propriamente celestiais.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Falsas idéias

    [...] a oração sincera estabelece a vigilância e constitui o maior fator de resistência moral, no centro das provações mais escabrosas e mais rudes.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 245

    [...] é uma escada solar, reunindo a Terra ao Céu..
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 40

    A oração é uma fonte em que podemos aliviar a alma opressa.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A oração é o remédio milagroso, que o doente recebe em silêncio.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A oração é o fio misterioso, que nos coloca em comunhão com as esferas divinas.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A oração é o único sistema de intercâmbio positivo entre os servos e o Senhor, através das linhas hierárquicas do Reino Eterno.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A oração é um bálsamo que cura nossas chagas interiores.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A oração é um altar, em que ouvimos a voz divina através da consciência.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A oração é um templo, em cuja doce intimidade encontraremos paz e refúgio.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A oração é a nossa escada de intercâmbio com o Céu.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é prodigioso banho de forças, tal a vigorosa corrente mental que atrai. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    [...] o culto da oração é o meio mais seguro para a nossa influência [dos Espíritos superiores]. A mente que se coloca em prece estabelece um fio de intercâmbio natural conosco...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11

    [...] é o remédio eficaz de nossas moléstias íntimas. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 31

    Não nos esqueçamos de que possuímos na oração a nossa mais alta fonte de poder, em razão de facilitar-nos o acesso ao Poder Maior da Vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 62

    [...] é compromisso da criatura para com Deus, compromisso de testemunhos, esforço e dedicação aos superiores desígnios. Toda prece, entre nós, deve significar, acima de tudo, fidelidade do coração. Quem ora, em nossa condição espiritual, sintoniza a mente com as esferas mais altas e novas luzes lhe abrilhantam os caminhos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 14

    A oração é o meio imediato de nossa comunhão com o Pai Celestial.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Pensamentos

    A oração é divina voz do espírito no grande silêncio. Nem sempre se caracteriza por sons articulados na conceituação verbal, mas, invariavelmente, é prodigioso poder espiritual comunicando emoções e pensamentos, imagens e idéias, desfazendo empecilhos, limpando estradas, reformando concepções e melhorando o quadro mental em que nos cabe cumprir a tarefa a que o Pai nos convoca. [...] a oração tecida de harmonia e confiança é força imprimindo direção à bússola da fé viva, recompondo a paisagem em que vivemos e traçando rumos novos para a vida superior.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 98

    A oração que nasce do amor é uma luz que a alma humana acende no mundo, estendendo irradiações e bênçãos que ninguém pode conhecer, enquanto se demora no corpo de carne terrestre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - Adenda

    Contato com o Infinito, toda oração sincera significa mensagem com endereço exato [...] Oração é diálogo. Quem ora jamais monologa. Até a petição menos feliz tem resposta que lhe cabe, procedente das sombras.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 9

    [...] a oração, qualquer que seja o nosso grau de cultura intelectual, é o mais elevado toque de indução para que nos coloquemos, para logo, em regime de comunhão com as esferas superiores. De essência divina, a prece será sempre o reflexo positivamente sublime do Es640 pírito, em qualquer posição, por obrigá-lo a despedir de si mesmo os elementos mais puros de que possa dispor. No reconhecimento ou na petição, na diligência ou no êxtase, na alegria ou na dor, na tranqüilidade ou na aflição, ei-la exteriorizando a consciência que a formula, em efusões indescritíveis, sobre as quais as ondulações do Céu corrigem o magnetismo torturado da criatura, insulada no sofrimento educativo da Terra, recompondo-lhe as faculdades profundas. A mente centralizada na oração pode ser comparada a uma flor estelar, aberta ante o Infinito, absorvendo-lhe o orvalho nutriente de vida e luz. Aliada à higiene do espírito, a prece representa o comutador das correntes mentais, arrojando-as à sublimação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Mecanismos da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 25


    Oração Uma aproximação da pessoa a Deus por meio de palavras ou do pensamento, em particular ou em público. Inclui confissão (Psa 51), adoração (Sl 95:6-9); (Ap 11:17), comunhão (Sl 103:1-8), gratidão (1Tm 2:1), petição pessoal (2Co 12:8) e intercessão pelos outros (Rm 10:1). Para ser atendida, a oração requer purificação (Sl 66:18), fé (He 11:6), vida em união com Cristo (Jo 15:7), submissão à vontade de Deus (1(Jo 5:14-15); (Mc 14:32-36) , direção do Espírito Santo (Jud 20), espírito de perdão (Mt 6:12) e relacio

    Oração Comunicação verbal ou simplesmente mental com Deus. Nos evangelhos, a oração é considerada como algo espontâneo e o próprio “Pai-nosso” de Mt 6 não parece ter sido concebido como uma fórmula. A oração permite — e também exige — a intercessão de Jesus (Jo 14:13).

    A postura e o tempo não têm especial importância na oração, pois orações são feitas de pé (Mc 11:25), de joelhos (Lc 22:41), prostrado por terra (Mc 14:35), continuamente (Lc 18:1) e nas refeições (Mt 15:36). Jesus não indicou um lugar específico para orar, podendo-se orar ao ar livre (Mc 1:35) ou em casa (Mt 6:6). Evite-se, naturalmente, o exibicionismo (Mt 6:5-15) e a repetição contínua de fórmulas (Mt 6:7). Essa oração — que deve ser estendida aos inimigos (Mt 5:44) — sustentase na fé pela qual Deus provê o necessário para atender todas as necessidades materiais (Mt 6:25-34). Na oração, existe a segurança de ser ouvido (Mt 7:7; Mc 11:23ss.; Jo 14:13; 15,16; 16,23-26) e, especialmente, a relação paterno-filial com Deus (Mt 6:6).

    J. Driver, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeu-cristianismo...; Idem, Diccionario de las tres...


    Profeta

    Porta-voz de Deus, que recebe uma mensagem da parte de Deus e proclama a um grupo específico de ouvintes.

    [...] enviado de Deus com a missão de instruir os homens e de lhes revelar as coisas ocultas e os mistérios da vida espiritual. Pode, pois, um homem ser profeta, sem fazer predições. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 21, it• 4

    O verdadeiro profeta é um homem de bem, inspirado por Deus. Podeis reconhecê-lo pelas suas palavras e pelos seus atos. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 624

    Em sentido restrito, profeta é aquele que adivinha, prevê ou prediz o futuro. No Evangelho, entretanto, esse termo tem significação mais extensa, aplicando-se a todos os enviados de Deus com a missão de edificarem os homens nas coisas espirituais, mesmo que não façam profecias.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pelos seus frutos os conhecereis

    Em linguagem atual, poderíamos definir os profetas como médiuns, indivíduos dotados de faculdades psíquicas avantajadas, que lhes permitem falar e agir sob inspiração espiritual.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• A voz do monte• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - Profetas transviados


    Profeta Pessoa que profetiza, isto é, que anuncia a mensagem de Deus (v. PROFECIA). No AT, os profetas não eram intérpretes, mas sim porta-vozes da mensagem divina (Jr 27:4). No NT, o profeta falava baseado na revelação do AT e no testemunho dos apóstolos, edificando e fortalecendo assim a comunidade cristã (At 13:1; 1Co 12:28-29; 14.3; Fp 4:11). A mensagem anunciada pelo profeta hoje deve estar sempre de acordo com a revelação contida na Bíblia. João Batista (Mt 14:5; Lc 1:76) e Jesus (Mt 21:11-46; Lc 7:16; 24.19; Jo 9:17) também foram chamados de profetas. Havia falsos profetas que mentiam, afirmando que as mensagens deles vinham de Deus (Dt 18:20-22; At 13:6-12; 1Jo 4:1).

    ====================

    O PROFETA

    O novo Moisés, o profeta prometido (Dt 18:15-18). Pode ser aquele que deveria anunciar a vinda do MESSIAS (Mt 11:9-10) ou então o próprio Messias (Mt 21:9-11; Lc 24:19-21; Jo 6:14; 7.40).

    =====================

    OS PROFETAS

    Maneira de os israelitas se referirem à segunda divisão da Bíblia Hebraica (Mt 5:17). Esses livros são os seguintes: Js, Jz 1:2Sm, 1 e 2Rs 1s, Jr, Ez e os doze profetas menores. Embora o nosso AT contenha os mesmos livros que estão na Bíblia Hebraica, a ordem em que eles estão colocados não é a mesma.


    Profeta No judaísmo, o profeta é o escolhido por Deus para proclamar sua palavra em forma de exortação e, outras vezes, como advertência de castigo. A mensagem profética não estava necessariamente ligada ao anúncio de acontecimentos futuros.

    Embora Moisés fosse o maior de todos os profetas (Dt 34:10), o período principal da atividade profética estende-se de Samuel (séc. XI a.C.) até Malaquias (séc. V a.C.). As fontes destacam dois tipos de profetas.

    O primeiro (Samuel, Natã, Elias, Eliseu) não deixou obras escritas e, ocasionalmente, viveu em irmandades proféticas conhecidas como “filhos dos profetas”.

    O segundo (Amós 1saías, Jeremias etc.) deixou obras escritas. A atividade profética estendia-se também às mulheres, como foi o caso de Maria (Ex 15:20), Débora (Jz 4:4) e Hulda (2Rs 2:14) e a não-judeus, como Balaão, Jó etc. Conforme os rabinos, a presença de Deus ou Shejináh abandonou Israel após a morte do último profeta (Yoma 9b), desaparecendo o dom de profecia depois da destruição do Templo (BB 12b).

    Nos evangelhos, Jesus é apresentado como o Profeta; não um profeta melhor, mas o Profeta escatológico anunciado por Moisés em Dt 18:15-16, que surgiria no final dos tempos e que não seria inferior a Moisés, porque significaria o cumprimento das profecias anteriores (Jo 6:14ss.; Mc 13:22 e par.; Mt 13:57 e par.; 21,11; 21,46 e par.; Lc 7:39; 13,33; Jo 4:44). A isso acrescentem-se os textos em que se emprega a expressão Amém (mesmo não as limitando a um cariz profético). A expectativa desse “Profeta” devia ser comum na época de Jesus, como se deduz de Jo 1:21. Essa pessoa tem também um paralelo evidente na doutrina samaritana do “taheb” (o que regressa ou o restaurador), uma espécie de Moisés redivivo (Jo 4:19.25). Também nos deparamos com uma figura semelhante na teologia dos sectários de Qumrán e no Testamento dos Doze patriarcas, embora já apresentando essenciais diferenças.

    L. A. Schökel, o. c.; A. Heschel, o. c.; I. I. Mattuck, El pensamiento de los profetas, 1971; G. von Rad, Teología...; vol. II; J. D. G. Dunn, “Prophetic I-Sayings and the Jesus Tradition: The Importance of Testing Prophetic Utterances within Early Christianity” em NTS, 24, 1978, pp. 175-198; D. Hill, New Testament Prophecy, Atlanta 1979; D. E. Aune, Prophecy in Early Christianity, Grand Rapids 1983; G. f. Hawthorne, The Presence and the Power: The Significance of the Holy Spirit in the Life and Ministry of Jesus, Dallas, 1991; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Resenha Bíblica, n. 1, Los profetas, Estella 1994.


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Habacuque 3: 1 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Oração do profeta Habacuque sobre Sigionote ①.
    Habacuque 3: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    625 a.C.
    H2265
    Chăbaqqûwq
    חֲבַקּוּק
    um profeta de Israel que escreveu o livro com o mesmo nome; provavelmente viveu no
    (Habakkuk)
    Substantivo
    H5030
    nâbîyʼ
    נָבִיא
    porta-voz, orador, profeta
    ([is] a prophet)
    Substantivo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H7692
    shiggâyôwn
    שִׁגָּיֹון
    cântico?
    (Shiggaion)
    Substantivo
    H8605
    tᵉphillâh
    תְּפִלָּה
    oração
    (prayer)
    Substantivo


    חֲבַקּוּק


    (H2265)
    Chăbaqqûwq (khab-ak-kook')

    02265 חבקוק Chabaqquwq

    reduplicação de 2263; n pr m Habacuque = “abraço”

    1. um profeta de Israel que escreveu o livro com o mesmo nome; provavelmente viveu no décimo segundo ou décimo terceiro ano de reinado do rei Josias

    נָבִיא


    (H5030)
    nâbîyʼ (naw-bee')

    05030 נביא nabiy’

    procedente de 5012; DITAT - 1277a; n m

    1. porta-voz, orador, profeta
      1. profeta
      2. falso profeta
      3. profeta pagão

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    שִׁגָּיֹון


    (H7692)
    shiggâyôwn (shig-gaw-yone')

    07692 שגיון shiggayown ou שׂגינה shiggayonah

    procedente de 7686; n. pr. m.

    1. cântico?
      1. empregado no título do Sl 7:1
      2. sentido duvidoso

    תְּפִלָּה


    (H8605)
    tᵉphillâh (tef-il-law')

    08605 תפלה t ephillaĥ

    procedente de 6419; DITAT - 1776a; n. f.

    1. oração
      1. oração

      2. fazer uma oração
      3. casa de oração
      4. ouvir oração
      5. em títulos de Salmos (referindo-se à oração poética ou litúrgica)