Enciclopédia de Mateus 1:11-11

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mt 1: 11

Versão Versículo
ARA Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos, no tempo do exílio na Babilônia.
ARC E Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos na deportação para a Babilônia.
TB e Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos no tempo do exílio em Babilônia.
BGB Ἰωσίας δὲ ἐγέννησεν τὸν Ἰεχονίαν καὶ τοὺς ἀδελφοὺς αὐτοῦ ἐπὶ τῆς μετοικεσίας Βαβυλῶνος.
HD Josias gerou Jekhonias e seus irmãos por ocasião do exílio na Babilônia.
BKJ e Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos aproximadamente no tempo da deportação para a Babilônia.
LTT E Josias gerou Jeconias e os seus irmãos, próximo ao tempo da transportação para a Babilônia;
BJ2 Josias gerou Jeconias e seus irmãos por ocasião do exílio na Babilônia.
VULG Josias autem genuit Jechoniam, et fratres ejus in transmigratione Babylonis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 1:11

II Reis 23:31 Tinha Joacaz vinte e três anos de idade quando começou a reinar e três meses reinou em Jerusalém; e era o nome de sua mãe Hamutal, filha de Jeremias, de Libna.
II Reis 25:11 E o mais do povo que deixaram ficar na cidade, e os rebeldes que se renderam ao rei de Babilônia, e o mais da multidão, Nebuzaradã, o capitão da guarda, levou presos.
I Crônicas 3:15 E os filhos de Josias foram: o primogênito, Joanã; o segundo, Jeoaquim; o terceiro, Zedequias; o quarto, Salum.
II Crônicas 36:1 Então, o povo da terra tomou a Joacaz, filho de Josias, e o fez rei em lugar de seu pai, em Jerusalém.
II Crônicas 36:10 E, no decurso de um ano, o rei Nabucodonosor mandou que o levassem à Babilônia, com também os mais preciosos utensílios da Casa do Senhor, e pôs a Zedequias, seu irmão, rei sobre Judá e Jerusalém.
II Crônicas 36:20 E os que escaparam da espada levou para a Babilônia; e fizeram-se servos dele e de seus filhos, até ao tempo do reino da Pérsia,
Jeremias 2:10 Porquanto, passai às ilhas de Quitim e vede; e enviai a Quedar, e atentai bem, e vede se sucedeu coisa semelhante.
Jeremias 27:20 os quais Nabucodonosor, rei da Babilônia, não levou, quando transportou de Jerusalém para a Babilônia a Jeconias, filho de Jeoaquim, rei de Judá, como também a todos os nobres de Jerusalém.
Jeremias 39:9 E o resto do povo que ficara na cidade, e os rebeldes que se tinham passado para ele, e o resto do povo que ficou levou Nebuzaradã, capitão da guarda, para Babilônia.
Jeremias 52:11 E arrancou os olhos a Zedequias e o atou com duas cadeias de bronze; e o rei da Babilônia o levou para a Babilônia e o conservou na prisão até o dia da sua morte.
Jeremias 52:28 Este é o povo que Nabucodonosor levou cativo no sétimo ano: três mil e vinte e três judeus.
Daniel 1:2 E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da Casa de Deus, e ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mateus 1 : 11
Josias
Josias teve quatro filhos (1Cr3:15):


1)
יוחנן(Yeôhãnãn – Joanan), Ιωανάν  (Iôanan – Joanan);


2)
יהויהקאים 
(Yehôyãqîm – Joaquim), Ιωακίμ  (Iõakim – Joaquim);


3)
צדקיהו  (Tzedeqîyãhú – Zedequia), Ζεδεκία  
(Sedequia – Zedequia);


4)
שלום 
(Shallûm – Salum), Σαλουμ  (Salum – Salum). Para o entendimento deste trecho da genealogia de Mateus, é importante um resumo da qualificação desses monarcas.

1) יוחנן(Yeôhãnãn – Joanan)Ιωανάν  (Iôanan – Joanan); Joanan (primogênito) não é mencionado em nenhum outro lugar, razão pela qual levanta-se a hipótese de que tenha falecido antes do seu pai Josias.

2) יהויהקאים  (Yehôyãqîm – Joaquim)Ιωακίμ  (Iõakim – Joaquim); Joaquim, filho de Josias com Zebida (Ruma), segundo o relato bíblico (2Rs 23:34-2Cr 36:4), se chamava anteriormente אליקסים  (Elyãqîm – Eliaquim), Ελιακίμ  (Eliakim – Eliaquim), mas teve seu nome mudado pelo Faró Necao, que o tornou um rei vassalo. É citado, também, nos livros proféticos (Jer 36:1, 46:2, Ez 19:5-9; Dn 1:1-2). Contava com 25 anos quando subiu ao trono, portanto, era mais velho que seu irmão Salum/Joacaz.

3)  צדקיהו  (Tzedeqîyãhú – Zedequia), Ζεδεκία  (Sedequia – Zedequia); Zedequia, filho de Josias com Hamutal (Lebna). Segundo o relato bíblico (2Rs 24:17), se chamava anteriormente מתניח  (Matanyãh – Matanias), Μαθθανίας  (Maththanias – Matanias), mas teve seu nome mudado por Nabucodonosor. Contava com 21 anos quando subiu ao trono, logo, era o filho mais jovem de Josias. No segundo livro de Crônicas (2Cr 36:9-10) está dito que ele era אח  (ãh – irmão) de יהויהקאים  (Yehôyãqîm – Joaquim)Ιωακίμ  (Iõakim – Joaquim);  (Iekhonias – Jeconias), todavia, a LXX (Septuaginta) traduz o termo por Αδελφόν του ματρός αυτου  (adelphon tou patros autou – lit. irmão do pai dele), versão absolutamente correta, a uma porque o termo “irão”, em hebraico, significa irmão, primo, parente, próximo, além de ser utilizado em composição com outros termos para designar laços específicos de parentesco, como tio paterno (Josué 17:4); a duas porque os textos paralelos da bíblia hebraica (2rs 24:17-18; Jer 37:
1) confirmam que Zedequia/Matanias, filho de Hamutal (Lebna), era o irmão mais novo de Joaquim, portanto, tio de Jeconias/Joaquin.

4)  שלום  (Shallûm – Salum)Σαλουμ  (Salum – Salum); Salum, filho de Josias com Hamutal (Lebna). É também conhecido pelo nome de יהואחז  (Yehôãhãz – Joacaz), Ιωαχάς,  (Iôakhas – Joacaz) (2Rs 23:31-34; 2Cr 36:1-4). No segundo livro de Crônicas, esse último nome é apresentado com uma ligeira variação יואחז  (Yôãhãz – Joacaz), Ιωάχαζ (Iõakhaz – Joacaz). Contava com 23 anos quando subiu ao trono. Considerando-se a idade atribuída aos seus irmãos (2Rs 23:24-2Cr 36), conclui-se que era mais velho que Zedequias, porém mais novo que Joaquim. O texto não revela a idade de seu irmão Joanan. Logo, o fato de figurar em quarto lugar na lista genealógica (1Cr 3:15) talvez represente uma degradação intencional do cronista. Joaquim, por sua vez, teve dois filhos (1Cr 3:16):


1) יכוניח  (
Yekhõnyãh – Jeconias), Ιεχωνιας  (Iekhonias – Jeconias) /  יהויהקאים  (Yehôyãqîm – Joaquim)Ιωακίμ  (Iõakim – Joaquim), יהויכין  (Iôakim – Joaquim);

2) צדקיהו  (Tzedeqîyãhú – Zedequia), Ζεδεκία  (Sedequia – Zedequia);. É necessário um breve comentário sobre os filhos de Joaquim, já que um deles se tornou rei de Judá, são eles:


1) יכוניח  (
Yekhõnyãh – Jeconias), Ιεχονιας (Iekhonias – Jeconias); Jeconias reinou por 3 meses sobre Judá, antes de ser exilado para a Babilônia por Nabucodonosor.

2) צדקיהו  (Tzedeqîyãhú – Zedequia), Ζεδεκία  (Sedequia – Zedequia); Zedequias é mencionado apenas na lista genealógica do Livro de Crônicas (1Cr 3:16).


Mateus 1 : 11
gerou

εγεννιαεν  (egénnesen) – gerar (ser ou tornar-se pai de alguém); dar à luz; causar, produzir – Verb. Indicativo Aoristo Ativo (44-97), conjugação do verbo ?γεννάω  (gennáo – gerar; dar à luz; causar). Neste versículo, o evangelista menciona que Josias gerou Jeconias e seus irmãos, o que causa certa estranheza. Na verdade, Josias gerou Joaquim, pai de Jeconias. No entanto, nunca é demais lembrar que a cultura subjacente ao texto é a da Palestina do primeiro século (semítica do oriente médio). Nesse caso, é imperioso reconhecer que, no pensamento hebraico, um indivíduo, ao gerar uma criança, torna-se pai (ancestral) de todos aqueles que vierem a nascer dessa criança. Assim como Jesus é chamado filho de Davi e filho de Abraão, é perfeitamente possível, nessa cultura, dizer: “Jeconias, filho de Josias” ou seu equivalente “Josias gerou Jeconias”. Alguns estudiosos argumentam que יהויהקאים  (Yehôyãqîm – Joaquim)Ιωακίμ  (Iõakim – Joaquim); era uma grafia alternativa para o nome Ιεχωνιας  (Iekhonias – Jeconias) conforme 2Rs 23:36-2Rs 24:8-16; 2Cr 36:5-10, ambos traduzidos, na LXX (Septuaginta), pelo mesmo vocábulo grego  יהויהקאים  (Yehôyãqîm – Joaquim) Asseveram, também, que além dessa complexa correspondência entre os nomes, tanto Joaqum quanto Jeconias tiveram um irmão chamado Zedequias, o que acrescentaria mais obscuridade ao problema. Desse modo, sugerem que houve um erro do copista que não fez distinção entre Joaquim e Joaquin (Jeconias), já que os dois nomes eram traduzidos do hebraico para o grego, na LXX, por   יהויהקאים  (Yehôyãqîm – Joaquim). Essa interpretação apresenta graves problemas: 1) não considera, seriamente, os aspectos culturais e linguísticos da Palestina do primeiro século, conforme já salientado; 2) não observa as sutis diferenças entre os dois nomes צדקיהו  (Tzedeqîyãhú – Zedequia), Ζεδεκία  (Sedequia – Zedequia), ?????? (Sedekia – Zedequia) – Zedequia, filho de Josias com Hamutal (Lebna), que, segundo o relato bíblico (2Rs 24:17), se chamava anteriormente  מתניח  (Matanyãh – Matanias), Μαθθανίας  (Maththanias – Matanias), e צדקיהו  (Tzedeqîyãhú – Zedequia), Ζεδεκία  (Sedequia – Zedequia), mencionado apenas na lista genealógica do Livro de Crônicas (1 Cr 3:16);
3)
faz uma leitura isolada das passagens da Bíblia Hebraica, sem perceber que, ao serem reunidas e lidas de forma sistêmica (1 e II Reis 1:2 Crônicas, Jeremias), não há razão para se confundir os membros dessa família real; 4) por fim, despreza o aspecto literário-redacional dessa genealogia, pois não é difícil constatar que o evangelista saltou, propositadamente, nomes da sequência genealógica, com a finalidade de ajustar o número de descendentes ao seu quadro esquemático de três grupos de quatorze gerações. Esse procedimento redacional foi adotado mais de uma vez ao longo dessa verdadeira peça literária chamada “genealogia de Mateus”.


Mateus 1 : 11
Jekhonias
Ιεχονιας (Iekhonias) – Jeconias (forma grega e/ou transliteração do nome hebreu Yekhõniãh) Sub (2-2), nome hebraico יכוניח  (Yekhõniãh), composto pelos vocábulos יכון  (Yekhõn – estabebelecer; preparar) e com o sufixo יה  (Yah – abreviatura do Tetragrama). Jeconias, filho de Joaquim e Neusta (Jerusalém), foi o penúltimo rei de Judá (2Rs 24:8-17; 2Cr 36:9-10) antes do exílio da Babilônia (598-597 a.C). Seu reinado durou somente três meses, já que Nabucodonosor cercou e sitiou a cidade de Jerusalém, saqueando as riquezas do Templo, além de levar cativo o Rei e toda sua corte. Há diversos nomes para designar esse monarca na Bíblia Hebraica:

1)  יוחנן(Yeôhãnãn – Joanan), Ιωανάν  (Iôanan – Joanan); – 2Rs 24:6-17;
2) ;

2) יהויהקאים  (Yehôyãqîm – Joaquim), Ιωακίμ  (Iõakim – Joaquim); – 2Cr 26:9-10;

3) יכוניח  (Yekhõnyãh – Jeconias), Ιεχωνιας  (Iekhonias – Jeconias) – 1Cr 3:16; Jr 27:20-28:4, 29:2;

4) יכוניח  (Yekhõnyãh – Jeconias), Ιεχωνιας  (Iekhonias – Jeconias) – Jr 24:1;


5)
כחונהו 
(khônyãhûConia), Ιεχωνιας  (IekhoniasJeconias) – Jr 22:24-28;

6) כחונהו  (khônyãhûConia)Ιωακίμ  (Iõakim – Joaquim); Jr 37:1. É possível perceber a variação de nomes tanto no texto hebraico quanto no texto grego (LXX). No entanto, em nenhum desses textos paira a menor dúvida de que se trata do filho de Joaquim, irmão de Zedequias (1Cr 3:16).


Mateus 1 : 11
irmãos

αδελφός  (adelphós) – irmão (filho do mesmo ou dos mesmos genitores); parente, consanguíneo; homem da mesma nação ou da mesma tribo, compatriota; companheiro, confrade; membro da comunidade cristã; próximo, afim; membro da espécie humana – Sub (38-343), formado pela partícula copulativa α (a – mesmo, co-) + o vocábulo δελφός  (delphús – útero). Originalmente, empregava-se a palavra grega “irmão” no sentido físico, ou seja, alguém que nasceu do mesmo útero. Posteriormente, o termo passou a significar os “parentes próximos” (sobrinho, cunhado, tio) de alguém. O alargamento semântico desse substantivo permitiu a inclusão de outros significados, tais como “próximo”, “vizinho”, “semelhante”, “da mesma opinião ou crença”, “da mesma raça”. Na Bíblia Hebraica, αδελφός  (adelphós – irmão) traduz o termo hebreu אח  (ah – irmão), cuja gama de significados é a mesma da palavra grega, sendo empregado para “irmão físico” mas podendo ser aplicado a outros “parentes”. As genealogias do Primeiro Testamento frequentemente se referem às relações de sangue entre as tribos de Israel, uma vez que os filhos de Jacó eram vistos como ancestrais dessas Tribos. Nesse caso, é imperioso reconhecer que, no pensamento hebraico, um indivíduo, ao gerar uma criança, torna-se pai (ancestral) de todos aqueles que vierem a nascer dessa criança. Oséias (Os 1:10 – 2:
3) emprega os termos “filho” e “irmão” para simbolizar o relacionamento entre Deus e o seu Povo, bem como o relacionamento entre os membros desse mesmo Povo. Assim como Jesus é chamado filho de Davi e filho de Abraão, é perfeitamente possível, nessa cultura, dizer: “Jeconias e seus irmãos” (Mt 1:11), visto que o termo “irmão” está sendo empregado no seu sentido amplo de “parente próximo”, “da mesma raça”, “compatriota”. Nunca é demais lembrar que a cultura subjacente ao texto dos Evangelhos é a da Palestina do primeiro século (semítica do oriente médio).


Mateus 1 : 11
exílio

μετοικεσία  (metoikesía) remover-se alguém de sua própria morada para outra; remoção forçada, decorrente de cativeiro; emigração; exílio, desterro; deportação; cativeiro; - Sub (4-4), formado pela junção da preposição μετά  (metá - para, além, depois) + οίκος  (Oikos - casa, moradia). O vocábulo traduz, na LXX (septuaginta), o termo hebraico גלח  (golah - saída, partida; migração; cativeiro), que remete ao triste episódio do cativeiro do povo hebreu na Babilônia. 


Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A Criação

No PRINCÍPIO

"'No princípio, criou Deus os céus e a terra". Assim começa o livro de Gênesis, o primeiro livro da Bíblia. Em nenhum momento, a Bíblia procura provar a existência de Deus; apenas afirma que ele estava presente "no princípio". Aliás, o nome do primeiro livro bíblico vem de seu título grego que significa "origem". As palavras "os céus e a terra" se referem ao universo. Para os escritores da Bíblia, antes da criação não existia nada (exceto Deus), de modo que Deus criou do nada tudo o que existe no universo.

A Bíblia afirma que Deus criou os céus e a terra, mas não fornece detalhes sobre o modo como ele os criou. A pergunta do Senhor a Jó: "Onde estavas tu, quando' eu lançava os

fundamentos da terra? Dize-mo, se tens entendimento"," se aplica a ser humano moderno com seu conhecimento científico da mesma forma como se aplicava a Jó, talvez cerca de 3.500 anos atrás. O fato é que nenhum ser humano testemunhou a criação. Quer aceitemos isto ou não, Gênesis afirma ser o relato de Deus e é esse relato que dá origem à cosmovisão bíblica, uma perspectiva que devemos procurar entender a fim de compreender a Biblia.

O texto da criação em Gênesis 1:1-2.3 nos permite fazer as

seguintes observações:

1. O relato de Gênesis 1 é estruturado de acordo com um período de seis dias, definidos mais detalhadamente pela expressão repetida "houve tarde e manhã". O padrão de seis dias de trabalho seguido de um dia de descanso serviu de modelo para o princípio do sábado ensinado posteriormente em Êxodo 20:8-11.

2. O relato não foi escrito por uma pessoa com uma visão científica moderna. A luz é criada no primeiro dia? e, no entanto, o sol, a lua e as estrelas que iluminam o nosso planeta só são formados no quarto dia. A lua é chamada de "luzeiro menor". Quase certamente, o autor não sabia que a lua apenas reflete a luz do sol.

3. O relato bíblico da criação gira em torno da terra; a ênfase não é sobre o espaço. A criação das estrelas é descrita em menos de meio versículo em Gênesis 1:16 ("e fez também as estrelas"). Cerca de seis mil estrelas são visíveis a olho nu e, no entanto, dentro do universo observável, calcula-se que há aproximadamente cm bilhões de estrelas apenas em nossa galaxia e cem bilhões de galáxias.

4. O escritor evita mencionar o sol e a lua pelo nome, talvez em vista da adoração a esses corpos celestes, uma prática amplamente difundida entre as nações ao redor de Israel.

5. Deus se agradou de sua criação. A frase "E viu Deus que isso era bom" é repetida seis vezes. Gênesis 1 termina declarando: "Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom"

6. Deus é o Criador. Ele é separado de sua criação, e não parte dela.

7. Os seres humanos são considerados o ápice da criação de Deus. De todas as criaturas, somente os seres humanos são feitos à imagem de Deus, à sua semelhança. Gênesis 2:4-25 fornece mais detalhes da criação direta, especial e pessoal dos primeiros seres humanos. O homem foi feito "do pó da terra" e a mulher foi feita do homem.

O capítulo 3 de Gênesis afirma que a morte entrou no mundo em decorrência do pecado dos primeiros seres humanos.

A imagem que ilustra este texto é o Hélix, uma das nebulosas planetárias mais próximas da Terra, vista aqui pelo telescópio espacial Hubble. Foi apelidada pela NASA de "o olho de Deus".

 

Por Paul Lawrence

Referências:
Jó 38.4
Gênesis 1:3
Gênesis 1:26-27
Gênesis 2:16-17;
Gênesis 3:17;
Romanos 5:12
Mateus 1:1-17
1Crônicas 3:11-12

Helix, uma das nebulosas planetárias mais próximas da Terra, vista aqui pelo telescópio espacial Habble. Foi apelidado pela NASA de "o olho de Deus"
Helix, uma das nebulosas planetárias mais próximas da Terra, vista aqui pelo telescópio espacial Habble. Foi apelidado pela NASA de "o olho de Deus"

JOSIAS E A ASCENSÃO DA BABILÔNIA

639-605 a.C.
JOSIAS
Josias (639. 609 .C.) foi coroado rei de Judá aos oito anos de idade. O escritor de Crônicas observa que, no oitavo ano de seu reinado (632 a.C.), Josias "começou a buscar o Deus de Davi, seu pai" (2Cr 34:3). Entre o décimo segundo e décimo oitavo ano (628-622 a.C.), Josias se dedicou a um programa de reforma radical. Despedaçou ou queimou objetos, altares e ídolos pagãos, erradicou os sacerdotes pagãos e'prostitutos cultuais, profanou os altos e remove elementos pagãos que haviam sido colocados no templo do Senhor. Seu programa abrangeu não apenas Jerusalém, mas também as cidades dos territórios de Manassés, Efraim e Simeão. A reforma chegou até ao território de Naftali que, em outros tempos, havia pertencido ao reino do norte, Israel, mas sobre o qual o rei de Judá pôde exercer influência devido ao enfraquecimento do poder da Assíria. Josias profanou o alto em Betel instituído por Jeroboão, filho de Nabate, ao queimar os ossos dos sacerdotes de deuses estrangeiros em seus altares pagãos.' No décimo oitavo ano do reinado de Josias, o sumo sacerdote Hilquias encontrou uma cópia do Livro da Lei no templo do Senhor? Não se sabe ao certo a natureza desse livro, mas ao ouvir a leitura de suas palavras, Josias rasgou as vestes e exclamou:
"Grande é o furor do Senhor que se acendeu contra nós, porquanto nossos pais não deram ouvidos às palavras deste livro" (2Rs 22:13). A fim de cumprir as prescrições do Livro da Lei, Josias aboliu os médiuns e feiticeiros, os ídolos do lar e todas as outras abominações vistas na terra de Judá e em Jerusalém.
O escritor de Reis afirma que nem mesmo a reforma ampla de Josias foi suficiente para evitar o julgamento iminente do Senhor e cita as palavras da profetisa Hulda: "Eis que trarei males sobre este lugar e sobre os seus moradores, a saber, todas as palavras do livro que leu o rei de Judá. Visto que me deixaram e queimaram incenso a outros deuses, para me provocarem à ira com todas as obras das suas mãos, o meu furor se acendeu contra este lugar e não se apagará" (2Rs 22:16-17). Para seu consolo, Josias recebeu a garantia de que não testemunharia a calamidade vindoura.


A MORTE DE JOSIAS
A queda da Assíria em 612 a.C.havia provocado um desequilíbrio no poder no Oriente Próximo, Preocupado com a força crescente da Babilônia, o faraó Neco (610-595 a.C.) enviou um exército à Síria para ajudar o que restava das forças assírias e conter os babilônios, afirmando ter recebido essa ordem de Deus. Josias não acreditou no discurso do rei egípcio e o confrontou em Megido, no norte de Israel, em 609 .C., onde morreu em combate. Sua morte prematura aturdiu a nação. Jeremias compôs lamentos' e, cento e trinta anos depois, o profeta Zacarias faria referência à morte de Josias como uma ocasião de grande pranto.

HABACUQUE
A morte de Josias interrompeu de forma brusca o programa de reformas em Judá. Deus parecia ter abandonado seu povo e reis subseqüentes não manifestaram nenhum desejo de seguir ao Senhor. Neco não ficou satisfeito com o governo de Jeoacaz, filho de Josias. Por isso, em Ribla, na Síria, ordenou que fosse substituído por seu irmão Jeoaquim (Eliaquim). Consternado com a destruição e violência ao seu redor, o profeta Habacuque clamou ao Senhor e recebeu uma resposta inesperada: "Vede entre as nações, olhai, maravilhai-vos e desvanecei, porque realizo, em vossos dias, obra tal, que vós não crereis, quando vos for contada. Pois eis que suscito os caldeus, nação amarga e impetuosa, que marcham pela largura da terra, para apoderar-se de moradas que não são suas. Eles são pavorosos e terríveis, e criam eles mesmos o seu direito e a sua dignidade. Os seus cavalos são mais ligeiros do que os leopardos, mais ferozes do que os lobos no anoitecer são os seus cavaleiros que se espalham por toda parte; sim, os seus cavaleiros chegam de longe, voam como águia que se precipita a devorar-lhes todos vêm para fazer violência. Habacuque 1:5-90

NABUCODONOSOR ASSUME O PODER
Avançado em anos, Nabopolassar, rei da Babilônia, colocou o exército sob o comando de seu filho e sucessor ao trono, Nabucodonosor. Em 605 a.C, Nabucodonosor derrotou o exército egípcio em Carquemis, junto ao rio Eufrates (próximo à atual fronteira entre a Turquia e a Síria).? Marchando para para o sul, Nabucodonosor invadiu Judá na tentativa de garantir a lealdade de Jeoaquim de Judá, o antigo vassalo e aliado de Neco.
Quando Jeoaquim estava prestes a se render, Nabucodonosor foi informado da morte de seu pai e voltou à Babilônia pelo caminho do deserto, levando consigo alguns objetos do templo do Senhor e vários jovens da família real e da nobreza de Judá. Quatro desses jovens se mostraram conselheiros valiosos para o novo rei: Daniel, Hananias, Misael e Azarias. Essa foi a primeira e menor de quatro deportações que acabariam resultando no exílio dos habitantes de Judá na Babilônia.

Vista da planicie de Jezreel (Esdraelom) do alto do monte de Megido
Vista da planicie de Jezreel (Esdraelom) do alto do monte de Megido
Neco luta contra Josias e Nabucodonasor Entre 609 e 605 a.C., Judá enfrentou ameaças de duas frentes: Neco, rei do Egito, matou Josias, rei de Judá, na batalha de Megido em 609 a.C; Nabucodonosor, príncipe da Babilônia, derrotou o Egito em Carquemis
Neco luta contra Josias e Nabucodonasor Entre 609 e 605 a.C., Judá enfrentou ameaças de duas frentes: Neco, rei do Egito, matou Josias, rei de Judá, na batalha de Megido em 609 a.C; Nabucodonosor, príncipe da Babilônia, derrotou o Egito em Carquemis
Uma reconstituição da porta de Ishtar, da Babilônia, representada em sua forma final, depois de ter sido revestida com tijolos vitrificados mostrando touros e dragões (sirrush).
Uma reconstituição da porta de Ishtar, da Babilônia, representada em sua forma final, depois de ter sido revestida com tijolos vitrificados mostrando touros e dragões (sirrush).

O EXÍLIO DE JUDÁ

604-582 a.C.
JEOAQUIM
A morte do rei Josias em 609 a.C. pôs fim à reforma religiosa em Judá e, durante o reinado de Jeoaquim, filho de Josias, as práticas pagas voltaram a se infiltrar no reino do sul. O profeta Jeremias repreendeu Jeoaquim por explorar o povo e construir um palácio luxuoso com os frutos dessa exploração.' É possível que o palácio em questão seja a construção encontrada em Ramat Rahel, apenas alguns quilômetros ao sul de Jerusalém. Além de ordenar o assassinato do profeta Urias por profetizar contra a cidade e a terra, Jeoaquim se opôs pessoalmente ao profeta Jeremias e queimou um rolo com palavras de Jeremias que leudi havia lido diante do rei.
Jeoaquim se tornou vassalo de Nabucodonosor em 604 a.C. (um ano depois da vitória deste último em Carquemis), mas, incentivado pelo Egito, se rebelou três anos depois. Nabucodonosor só tratou dessa rebelião em 598 a.C., quando ordenou que Jeoaquim fosse preso com cadeias de bronze e levado à Babilônia. Foi nessa ocasião que Jeoaquim morreu, aos 36 anos de idade, não se tendo certeza se ele morreu de causas naturais ou como resultado de uma conspiração. Jeremias profetizou que Jeoaquim não seria sepultado de forma honrosa; seria sepultado como se sepulta um jumento: arrastado e jogado para fora das portas de Jerusalém.

A SEGUNDA DEPORTACÃO
Jeoaquim foi sucedido por Joaquim, seu filho de dezoito anos de idade que reinou por apenas três meses e dez dias.4 Em 597 a.C, Nabucodonosor cercou Jerusalém e Joaquim se rendeu. "Nabucodonosor sitiou a cidade de Judá e, no segundo dia do mês de Adar (15/16 março), tomou a cidade e prendeu seu rei. Nomeou um rei do seu agrado para a cidade e trouxe consigo para a Babilônia um grande tributo" (Crônica Babilônica, Rev. 12-13). Na "segunda deportação", Nabucodonosor levou para a Babilônia o rei Joaquim e sua mãe, esposas, oficiais e governantes da terra, bem como toda a guarda constituída de setecentos homens valentes e mil artífices e ferreiros, num total de dez mil pessoas," entre as quais estava um jovem aprendiz de sacerdote chamado Ezequiel." Também levou consigo os tesouros do palácio real e objetos de ouro que Salomão havia feito para o templo do Senhor. Na Babilônia, Joaquim recebeu uma pensão da corte real. Seu nome (Ya'u-kinu) ocorre em tabletes babilânios datados de c. 595-570 a.C.nos quais se encontram registradas as rações fornecidas a ele e seus filhos: "Meio panu (c. 14 I) para Ya'u- kinu, rei da terra de Judá. Dois sila e meio (c. 2 I) para os cinco filhos do rei da terra de Judá. Vários anos mais tarde, depois da morte de Nabucodonosor em 562 a.C., seu filho e sucessor Amel-Marduque (Evil-Merodaque) libertou Joaquim da prisão e permitiu que comesse à mesa do rei para o resto da vida.

O CERCO A JERUSALÉM
O profeta Jeremias amaldiçoou Joaquim e declarou que nenhum de seus descendentes se assentaria no trono de Davi.& Nabucodonosor escolheu Matanias, tio de Joaquim, para ocupar o trono de Judá e mudou seu nome para Zedequias, convocando-o a apresentar-se diante dele na Babilônia em 593 a.C. para jurar lealdade. Porém, alguns anos depois, Zedequias deu ouvidos aos egípcios e se rebelou. A Babilônia reagiu com violência. Nabucodonosor e seu exército acamparam em torno de Jerusalém e levantaram tranqueiras ao seu redor: De acordo com II Reis 25:1, o cerco se iniciou aos dez dias do décimo mês (15 de janeiro) de 588 a.C. Uma invasão dos egípcios sob o comando do faraó Hofra (589-570a.C.) obrigou Nabucodonosor a levantar temporariamente o cerco a Jerusalém. Porém, conforme Jeremias havia predito, os babilônios voltaram. Jeremias defendeu a rendição e foi lançado numa cisterna, de onde foi transferido posteriormente para o pátio da guarda. A situação tensa é descrita em 22 cartas em óstracos encontrados na cidade de Laquis que fazia parte do reino de Judá. A linguagem usada nessas cartas é semelhante à de Jeremias. Em uma delas, o coman- dante de um posto avançado relata não poder mais ver os sinais (provavelmente feitos com fogo) que Azeca devia enviar: "Esteja o meu senhor informado de que continuamos aguardando os sinais de Laquis, conforme todos os sinais que o meu senhor me deu não conseguimos ver Azeca" (Carta de Laquis 4:10-12). Talvez Azeca já houvesse sido capturada pelos babilônios ou, mais provavelmente, as condições do tempo não permitiram a visualização dos sinais. Outra carta menciona um profeta anônimo como portador de uma mensagem. Até hoje, não foi possível determinar a identidade desse portador. No nono dia do quarto mês (18 de julho de 586 a.C.), a fome em Judá se tornou tão severa que o povo não tinha mais o que comer. O inimigo penetrou o muro da cidade e Zedequias e seu exército fugiram durante a noite, mas foram capturados nas campinas de Jericó. Zedequias foi levado a Ribla, na Síria, onde, depois de testemunhar a morte de seus filhos, foi cegado e deportado para a Babilônia preso em cadeias de bronze.

A TERCEIRA DEPORTAÇÃO
Um mês depois que os babilônios penetraram o muro de Jerusalém, no sétimo dia do quinto mês (14 de agosto de 586 a.C.), Nebuzaradà, comandante da guarda imperial, queimou o templo do Senhor, o palácio real e todas as casas de Jerusalém e derrubou seus muros. Nebuzaradà levou para o exílio o povo da cidade, os que passaram para o lado da Babilônia e o restante da população, deixando apenas o povo mais pobre da terra para cuidar das vinhas e campos. Nessa "terceira deportação" maior parte dos habitantes de Judá foi levada para a Babilônia. Outras calamidades, porém, ainda sobreviriam ao reino do sul.

A QUARTA DEPORTAÇÃO
Os babilônios nomearam Gedalias, um judeu de família nobre, para governar sobre Judá. Um selo com a inscrição pertencente a Gedalias, aquele que governa a casa", foi encontrado em Laquis. Mas, pouco tempo depois de sua nomeação, Gedalias foi assassinado por Ismael, um membro da família real. Vários dos judeus restates, incluindo Jeremias que havia sido liberto da prisão quando Jerusalém foi tomada, fugiram para o Egito, apesar da advertência profética de Jeremias para que permanecessem em Judá. Outro grupo de judeus foi exilado na Babilônia em 582 a.C. O Esta pode ser descrita como a "quarta deportação"

O TRAUMA DO EXÍLIO
Os judeus que sobreviveram à longa jornada para a Babilônia provavelmente foram colocados em assentamentos separados dos babilônios e receberam permissão de se dedicar à agricultura e trabalhar para sobreviver," mas o trauma do exílio é expressado claramente pelo salmista:

"As margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros que lá havia, pendurávamos as nossas harpas, pois aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções, e os nossos opressores, que fôssemos alegres, dizendo: Entoai-nos algum dos cânticos de Sião. Como, porém, haveríamos de entoar o canto do SENHOR em terra estranha?"
Salmo 137:1-4
A deportação de Judá O mapa mostra os locais ligados às deportações do povo de Judá pelos babilônios em 597, 586 e 582 a.C.
A deportação de Judá O mapa mostra os locais ligados às deportações do povo de Judá pelos babilônios em 597, 586 e 582 a.C.
Carta de Laquis n° 2, um óstraco ou carta escrita num fragmento de cerâmica, para Yaosh, governador militar da cidade de Laquis, em Judá, 588 a.C
Carta de Laquis n° 2, um óstraco ou carta escrita num fragmento de cerâmica, para Yaosh, governador militar da cidade de Laquis, em Judá, 588 a.C
Balaustrada de uma janela do palácio de Ramat Rachel, próximo de Jerusalém; possivelmente, uma obra de Jeoaquim, rei de Judá (609-598 a.C.).
Balaustrada de uma janela do palácio de Ramat Rachel, próximo de Jerusalém; possivelmente, uma obra de Jeoaquim, rei de Judá (609-598 a.C.).

DANIEL E NABUCODONOSOR

605-562 a.C.
DANIEL E SEUS AMIGOS
Daniel e seus três amigos, Hanaias, Misael e Azarias, haviam sido deportados para a Babilônia em 605 .C. Assim que chegaram, tiveram de tomar a decisão de não se contaminar com a comida e o vinho do rei, provavelmente pelo fato desses alimentos e bebidas serem oferecidos a ídolos.' Nabucodonosor ficou impressionado com esses quatro novos membros de sua corte. Ao interrogá-los, descobriu que eram dez vezes melhores do que todos os magos e encantadores de seu reino em todas as questões de cultura e sabedoria. No segundo ano de seu reinado (604 a.C.), Nabucodonosor teve um sonho.- Talvez com o intuito de obter uma interpretação divinamente inspirada, o rei perturbado declarou que seus conselheiros teriam de lhe dizer, em primeiro lugar, qual havia sido o sonho e, em seguida, a interpretação. Com a ajuda de Deus, Daniel relatou a Nabucodonosor o sonho no qual o rei viu uma grande estátua dividida em quatro partes e deu uma interpretação referente a cinco reinos, dos quais o primeiro era a Babilônia.
De acordo com Daniel 3:1, Nabucodonosor ordenou a construção de uma estátua revestida de ouro no campo de Dura, talvez Duru-sha-karrabi, nos arredores da cidade da Babilônia. E possível que essa estátua com 27 m de altura incluísse um pedestal ou coluna. Nabucodonosor ordenou que todos se curvassem e adorassem a estátua, mas os três amigos de Daniel, conhecidos por seus nomes babilônicos Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, recusaram obedecer e foram lançados numa fornalha usada para assar tijolos. O Senhor os preservou miraculosamente: um quarto homem, "semelhante a um filho dos deuses como exclamou Nabucodonosor, permaneceu com eles na fornalha.

OUTRO SONHO
Daniel serviu na corte de Nabucodonosor com grande dedicação. O rei teve outro sonho, no qual viu uma grande árvore ser cortada, restando apenas seu toco e raízes.' Daniel interpretou o sonho como uma referência ao rei e o instou a deixar seus caminhos perversos, de modo que, das suas raízes, uma nova vida pudesse crescer. Nabucodonosor recusou dar ouvidos ao seu conselheiro e, doze meses depois, enquanto andava pelo terraço do seu palácio, o rei se gabou: "Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e para a glória da minha majestade" (Dn 4:30).

A BABILÔNIA DE NABUCODONOSOR
Com seus 1.012 hectares de extensão a Babilônia de Nabucodonosor era, sem dúvida, grande; era maior do que as cidades antigas de Alexandria, Antioquia e Constantinopla, porém menor do que Roma. O muro externo que cercava num perímetro de 27 km era largo suficiente para permitir o trânsito de carros em parte superior. Uma ponte foi construída sobre o Eufrates e a cidade se expandiu para a margem ocidental do rio. A ponte possuía plataformas de madeira que podiam ser recolhidas caso um inimigo atacasse. Das cerca de cem portas, a maior era a do norte, dedicada à deusashtar construída originalmente com tijolos esmaltados simples, com relevos de leões dragões e touros. Posteriormente, Nabucodonosor revestiu a porta toda com tijolos esmaltados de azul com esses mesmos despenhos. Dessa porta, estendia-se uma passagem de 920 m de comprimento que o rel percorria todos os anos na comemoração do akitu. o Festival do Ano Novo. A cidade também possuía templos grandiosos: O enorme zigurate de ttemenanku Esagila (templo de Marduque, deus oficial da babllona. sobre o qual ticavam tres estatuas gigantescas de outo. pesando quase 150 toneladas; e pelo menos outros 53 templos muitos deles com pinaculos revestidos de ouro ou prata, tulgurantes como o sol. O palácio de Nabucodonosor era uma construcao ampla na parte norte da cidade. Seu maior cômodo, a sala do trono, media 52 m por 17 m. Um imenso painel de tijolos esmaltados desse local se encontra hoje no Museu do Estado em Berlim. Acredita-se que os "jardins suspensos", uma das sete maravilhas do mundo antigo, ficavam ao norte do palácio, onde havia espaço de sobra para vanos terracos com arcos, arvores, arbustos e plantas floridas de todo tipo para lembrar Amytis, esposa de Nabucodonosor, das montanhas da Média (atual Irã), sua terra natal.

O ORGULHO DE NABUCODONOSOR
Acredita-se que toram necessários 164 milhões de tijolos só para construir o muro de proteção do lado norte da Babilônia. Em vários dos tijolos de sua grande cidade, Nabucodonosor mandou inscrever as seguintes palavras: "Eu sou Nabucodonosor, rei da Babilônia, que provê para Esagila e Ezida (dois templos), filho mais velho de Nabopolassar, rei da Babilônia". Porém, de acordo com o livro de Daniel, Senhor se cansou da arrogância do rei. Nabucodonosor foi expulso do meio do povo e condenado a pastar como um boi. Seu cabelo cresceu como as penas da água e suas unhas.como as garras de uma ave. A sanidade do rei foi restaurada somente depois de ele reconhecer que o domínio do Senhor era eterno e seu reino de geração em geração. Um tato significativo é a existência de pouquíssimas inscrições dos anos finais do reina-do de Nabucodonosor, sobre os quais não remos praticamente nenhuma informação. A loucura, portanto, poderia ser datada desses últimos anos. Daniel 4:32 específica sua duração como "sete tempos", talvez sete anos mas um período menos especifico também e possível e talvez preferível
Planta urbana da Babilônia
Planta urbana da Babilônia
Uma reconstituição da parte norte da cidade da Babilônia depois de ter sido reconstruida por Nabucodonosor. Pode-se ver claramente a Via Processional que levava à porta de Ishtar, o grande zigurate (Etemenanki); o palácio do norte
Uma reconstituição da parte norte da cidade da Babilônia depois de ter sido reconstruida por Nabucodonosor. Pode-se ver claramente a Via Processional que levava à porta de Ishtar, o grande zigurate (Etemenanki); o palácio do norte
Uma reconstituição da parte norte da cidade da Babilônia depois de ter sido reconstruida por Nabucodonosor.
Uma reconstituição da parte norte da cidade da Babilônia depois de ter sido reconstruida por Nabucodonosor.

A QUEDA DA BABILÔNIA E O DECRETO DE CIRO

562-537 a.C.
DEPOIS DE NABUCODONOSOR
Nabucodonosor faleceu em 562 a.C.e foi sucedido por seu filho, Evil-Merodaque (Amel- Marduque), que libertou Joaquim, o rei cativo de Judá. Evil-Merodaque ocupou o trono por apenas dois anos (562-560 a.C.) antes de ser assassinado por seu antigo general e cunhado Neriglissar (560-556 a.C.). Depois de um reinado de quatro anos, Neriglissar morreu e foi sucedido por seu filho, Labashi-Marduque (556 a.C.). Este foi assassinado pouco tempo depois e Nabonido (556-539 a.C.), que talvez tenha se casado com uma filha de Nabucodonosor, tomou o trono.

NABONIDO NA ARÁBIA
Nabonido nomeou seu filho, Bel-shar-usur (o rei Belsazar de Dn 5:1), regente e partiu para Tema, um oásis na região oeste do deserto árabe. Capturou Tema, exterminou a maioria dos habitantes e estabeleceu sua autoridade nesse local onde permaneceu dez anos, de 553 a 543 a.C.O motivo alegado para sua estadia foi a restauração do templo de Sin, o deus-lua, em Tema. Mas o que o levou, de fato, a passar tanto tempo longe da Babilônia? Talvez estivesse protegendo a rota de incenso que saía do lêmen e passava pelo oeste da Arábia, para evitar que caísse nas mãos do rei egípcio Amásis 1l (570-526 a.C.). Talvez sua devoção a Sin, o deus-lua, o tivesse distanciado dos sacerdotes de Marduque na Babilônia e lhe pareceu melhor não voltar para lá. Ou, ainda, talvez o rei babilônio estivesse enfermo. De acordo com a "Oração de Nabonido", dos "Manuscritos do Mar Morto" em Qumran, Nabonido foi afligido por úlceras malignas durante sete anos na cidade de Tema.

A QUEDA DA BABILÔNIA
Os judeus que creram na palavra protética de Jeremias se deram conta de que os setenta anos de exílio (calculados desde a primeira deportação em 605 .C.) preditos por ele estavam chegando ao fim.
Enquanto Nabonido estava na Arábia, uma nova potência mundial começou a surgir. Os medos e persas, sob o governo de Ciro II, se deslocaram para o norte e flanquearam os babilônios. Em 547 a.C., Ciro derrotou Creso de Lídia, no oeste da Turquia, e tomou sua capital, Sardes. Reconhecendo a ameaça crescente da Pérsia, Nabonido voltou para a Babilônia e, no final do verão de 539 a.C., os persas atacaram. Ciro derrotou os exércitos babilônios em Opis, junto ao rio Tigre. No décimo quarto dia de tisri (10 de outubro), Sipar foi capturada sem reagir e Nabonido fugiu. Na Babilônia, Belsazar não se senti ameaçado, pois os muros inexpugnáveis da cidade podiam resistir-a vários anos de cerco. Num gesto desafiador, Belsazar pediu que lhe trouxessem as taças de ouro e prata do templo do Senhor em Jerusalém e, pouco depois, uma inscrição misteriosa apareceu na parede do palácio real: "MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM'". Daniel, então com cerca de oitenta anos de idade e aposentado de suas funções na corte, foi chamado para interpretar a mensagem. As palavras eram relacionadas a três pesos: mina, siclos e meia mina e incluía trocadilhos como PARSIM (singular PERES), uma referência aos persas.
A interpretação de Daniel - "MENE: Contou Deus o teu reino e deu cabo dele. TEQUEL: Pesado foste na balança e achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino e dado aos medos e aos persas" (Dn 5:26-28) - se cumpriu de imediato. "Naquela mesma note, foi morto Belsazar, rei dos caldeus. E Dario, o medo, com cerca de sessenta e dois anos, se apoderou do reino" (D 5:30-31). De acordo com a Crônica de Nabonido, no décimo sexto dia de tisri (12 de outubro), Ugbaru, o governador rebelde de Gútio (Assíria), e os exércitos de Ciro entraram na Babilônia sem travar uma única batalha.

DARIO, O MEDO
O livro de Daniel atribui a captura da Babilônia a "Dario, o medo". Alguns estudiosos O equiparam a Ugbaru, mas a Crônica de Nabonido registra a morte de Ugbaru em 6 de novembro daquele ano. Há quem identifique Dario com outro oficial, chamado Gubaru, que poderia ou não ser Ugbaru. No entanto, não há evidências específicas de que Ugbaru ou Gubaru fosse medo, chamado rei, que seu nome fosse Dario, filho de Xerxes e tivesse 62 anos de idade. Sabe-se, porém, que Ciro, o rei da Pérsia, tinha cerca de 62 anos quando se tornou rei da Babilônia e usava o título "rei dos medos". Assim, Dario, o medo, pode ser apenas outro nome para Ciro da Pérsia, sendo possível, nesse caso, traduzir Daniel 6:28 como: "Daniel, pois, prosperou no reinado de Dario, isto é, no reinado de Ciro, o persa". Apesar de Ciro também não ser filho de Xerxes, mas sim de Cambises, sua mãe, Mandane, era meda.

OS PERSAS TOMAM A BABILÔNIA
De acordo com os historiadores gregos Heródoto e Xenofonte, os persas desviaram o curso do rio Eufrates para Aqarquf, uma depressão próxima da Babilônia, atravessaram o rio com água pela altura das coxas e chegaram à dançando e se divertindo numa festa e Xenofonte afirma que os persas atacaram durante uma festa, quando toda Babilônia costumava beber e se divertir a noite toda". Assim, o banquete de Belsazar foi seu último ato antes de cair nas mãos do exército persa. O fato de Belsazar ser regente de Nabonido explica a oferta feita a Daniel para ser o terceiro no reino.
Ao que parece, Nabonido foi capturado e levado de volta à Babilônia. No terceiro dia de marquesvã (29 de outubro), Ciro entrou na Babilônia.

CIRO PUBLICA SEU DECRETO
Muitos habitantes da Babilônia ficaram satisfeitos com o fim do reinado de Nabonido e podemos acreditar nas palavras de Ciro registradas no "Cilindro de Ciro": "Todos os habitantes da Babilônia, bem como toda a terra da Suméria e Acádia, príncipes e governadores, se curvaram diante dele e beijaram seus pés, exultantes por serem seus súditos. Com o rosto resplandecente e grande alegria, o receberam como senhor, pois, graças ao seu socorro, haviam saído da morte para a vida e sido poupados de danos e calamidades" Ciro tratou bem os babilônios. Na verdade, ele procurou tratar com respeito todos os seus súditos leais, inclusive os judeus. Ciente da profecia de Jeremias, segundo a qual a desolação de Jerusalém duraria setenta anos, Daniel pediu a Deus para intervir? As orações de Daniel foram respondidas prontamente. Em 538 a.C., Ciro fez uma grande proclamação, registrada no final de 2Crônicas, o último livro da Bíblia hebraica: "Assim diz Ciro, rei da Pérsia: O SENHOR, Deus dos céus, me deu todos os reinos da terra e me encarregou de lhe edificar uma casa em Jerusalém, que está em Judá; quem entre vós é de todo o seu povo, que suba, e o SENHOR, seu Deus, seja com ele. 2Crônicas 36.23; Esdras 1:2-3a Cumpriu-se, desse modo, a predição feita pelo profeta Isaías aproximadamente 160 anos antes acerca de Ciro, o ungido do Senhor: "Que digo de Ciro: Ele é meu pastor e cumprirá tudo o que me apraz; que digo também de Jerusalém: Será edificada; e do templo: Será fundado." Isaías 44.28

DANIEL NA COVA DOS LEÕES
No terceiro ano de Ciro como rei da Babilônia (537 a.C.), quando o primeiro grupo de exilados regressou a Jerusalém, Daniel estava com pelo menos oitenta anos de idade e não voltou com eles. Talvez tenha se contentado em descansar nas palavras de Deus no final de sua profecia: "Tu, porém, segue o teu caminho até ao fim; pois descansarás e, ao fim dos dias, te levantarás para receber a tua herança" (Dn 12:13). Dario, o medo, se deixou levar por uma trama urdida por seus conselheiros e foi obrigado a condenar Daniel a ser lançado numa cova de leões. Porém, depois de passar a noite na cova, Daniel disse ao rei angustiado: "O meu Deus enviou seu anjo e fechou a boca aos leões". Do ponto de vista dos escritores bíblicos, da mesma forma como havia desencadeado os acontecimentos que permitiriam ao seu povo exilado deixar a Babilônia, Deus livrou seu servo justo, Daniel.
O relevo em pedra mostra o rei da Assíria caçando leões. Proveniente do palácio do rei Assurbanipal (669. 627 a.C). Nínive.
O relevo em pedra mostra o rei da Assíria caçando leões. Proveniente do palácio do rei Assurbanipal (669. 627 a.C). Nínive.
A estela encontrada na Babilônia mostra o rei babilônio Nabonido (556-539 a.C.) em pé, diante dos emblema das divindades Sin, Shamash e Ishtar.
A estela encontrada na Babilônia mostra o rei babilônio Nabonido (556-539 a.C.) em pé, diante dos emblema das divindades Sin, Shamash e Ishtar.
O Cilindro de Ciro, um relato babilônio da ascensão do rei persa Ciro ao trono da Babilônia em 539 a.C, descreve como Ciro foi bem recebido pelos babilônios.
O Cilindro de Ciro, um relato babilônio da ascensão do rei persa Ciro ao trono da Babilônia em 539 a.C, descreve como Ciro foi bem recebido pelos babilônios.
O Império Babilônio depois de Nabucodonosor Depois da morte de Nabucodonosor em 562 a.C., o Império Babilônio entrou em declínio e, por fim, foi capturado pelos persas sob o comando de Ciro em 539 a.C.
O Império Babilônio depois de Nabucodonosor Depois da morte de Nabucodonosor em 562 a.C., o Império Babilônio entrou em declínio e, por fim, foi capturado pelos persas sob o comando de Ciro em 539 a.C.

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

JARDIM DO ÉDEN

Deus criou, para o primeiro casal, um lugar para morar, um lugar em que havia árvores, rios e animais, um lugar que veio a ser conhecido como "Éden" (Gn 2:4b-15). A dramaticidade desse relato arrebatador tem fascinado leitores de todas as idades, tem levado filósofos e teólogos a reflexões sérias e profundas e tem sido a inspiração para a pena de muitos poetas e para o pincel de muitos pintores. Mas, quando tentamos reconstruir o contexto geográfico desse texto bíblico e localizar o Éden, descobrimos que, em vários níveis, muito permanece envolto na obscuridade.

O verbo do qual deriva a palavra "Éden" sempre aparece com sentido ambíguo no Antigo Testamento. Outros substantivos homônimos de Éden chegam a ocorrer no Antigo Testamento, estando relacionados com: (1) o nome de alguém (2Cr 29:12-31.15); (2) coisas deleitosas/preciosas (2Sm 1:24; SI 36.8; Jr 51:34); (3) uma região ou território na Mesopotâmia (2Rs 19:12; Is 37:12; Ez 27:23; Am 1:5). Apesar disso, continua sendo difícil confirmar a exata nuança de determinado substantivo, a menos que seja possível encontrar um cognato fora da Bíblia, em textos do antigo Oriente Próximo, em contextos bem nítidos e esclarecedores.

No caso de "Éden", um cognato (edinu) aparece em acádico/ sumério, designando uma planície ou estepe presumivelmente situada em algum lugar da Mesopotâmia. Em ugarítico e, mais recentemente, em aramaico, uma palavra semelhante ('dn) parece denotar um lugar fértil e bem irrigado. Felizmente a citação em acádico aparece em um texto léxico ao lado de seu equivalente sumério e a atestação em aramaico se encontra num texto bilíngue aramaico e acádico, em que a palavra correspondente no lado em acádico também denota um sentido de abundância ou profusão. Com isso, a interpretação mais comum desses dados é que eles sugerem que o Éden deveria estar situado numa área relativamente fértil da estepe da Mesopotâmia ou perto dela.

A interpretação costumeira é que o relato bíblico está escrito da perspectiva de Canaã. Desse modo, a localização do Éden para o lado do oriente (Gn 2:8) também aponta na direção da Mesopotâmia. Além disso, o Éden é descrito como um "jardim" (Gn 2:15), onde era possível encontrar um rio (2,10) e ribeiros/fontes para regar o solo (2.6). Tendo em mente o escasso suprimento de água em Canaã, é talvez previsível que o escritor bíblico tivesse tomado um termo acádico emprestado para descrever uma situação inexistente em seu próprio ambiente: a abundância de água. A observação inicial, que situa o Éden numa área fértil em algum lugar da planície mesopotâmica, é reforçada por outros dois fatores: (1) sabe-se que dois dos rios mencionados na narrativa - o Tigre e o Eufrates - atravessavam a Mesopotâmia; (2) o nome bíblico associado a cada um desses dois rios corresponde exatamente ao nome encontrado em textos mesopotâmicos.

Tentativas fantasiosas de situar o Éden na Etiópia, Austrália, Índia, Paquistão, Egito, Alemanha, Suécia, Mongólia, Américas, África, ilhas Seicheles, Extremo Oriente, oceano Índico, linha do equador, Polo Norte ou qualquer outro lugar não merecem atenção. Nem são mais plausíveis aqueles esforços de interpretação segundo a qual a narrativa apresenta quatro rios que, na Antiguidade, acreditava-se que circundavam o globo. Tal hipótese pressupõe que a passagem tem natureza lendária e/ou que o escritor bíblico não conhecia seu mundo. Nossa observação inicial também não concorda com uma interpretação alegórica existente na igreja antiga (e.g., Orígenes) de que o Éden era um paraíso da alma. Essa interpretação associa os quatro rios às virtudes da prudência, coragem, justiça e domínio próprio, criando um paraíso de perfeição divina - mas um paraíso que está além das esferas geográfica e histórica.

Contudo, mesmo depois de aceitar um contexto mesopotâmico para o jardim, a identificação dos dois primeiros rios - Pisom e Giom - continua sendo problemática. Com exceção de umas poucas referências incidentais em escritos judaicos posteriores, esses dois rios não são atestados em nenhum outro texto antigo. Seus nomes não têm nenhuma semelhança com quaisquer nomes pelos quais os rios daquela região são conhecidos hoje em dia, e as próprias palavras sugerem que poderiam ser descrição do movimento do rio e não o seu nome (pisom significa "descer em cascata/jorrar'", e giom significa "borbulhar/permear").

Apesar disso, já desde o primeiro século d.C. tem sido costumeiro identificar o Pisom com o rio Ganges e o Giom com o Nilo, embora correspondências alternativas para o Pisom incluam os rios 1ndo e Danúbio e uma alternativa para o Giom seria a fonte de Giom, em Jerusalém. Jerônimo deve receber o crédito de ter introduzido na tradição cristã a identificação dos quatro rios como o Tigre, o Eufrates, o Ganges e o Nilo. Também são inúteis as tentativas de identificar o Pisom e o Giom com base em suas supostas relações com os descendentes de Havilá e Cuxe (Gn 2:11-13). No caso de Havila, o Antigo Testamento menciona pelo menos dois clãs com esse nome (Gn 10:7-29), não sendo possível demonstrar que qualquer um deles estivesse localizado na Mesopotâmia. De modo análogo, na Bíblia, Cuxe normalmente designa uma área do Sudão, embora em pelo menos um texto (Gn 10:8) o termo possa estar se referindo aos cassitas, uma dinastia de um povo que ocupou uma área da Babilônia durante boa parte do segundo milênio a.C.

A menção a ouro e bdélio em Havilá (Gn 2:12) também não ajuda numa busca geográfica. Na Antiguidade, o ouro era encontrado em lugares longínquos como Índia e Egito, mas também era bem comum em boa parte da Mesopotâmia e não estava limitado a qualquer região específica. Quanto ao bdélio, até mesmo a tradução da palavra continua sendo duvidosa: pode se referir a uma pedra preciosa, como rubi ou cristal de rocha, ou a uma substância medicinal aromática, como algum tipo de goma resinosa.

O mapa mostra uma área setentrional (urartiana) e uma meridional (suméria), nas quais é possível que o jardim estivesse localizado. Pode-se apresentar um argumento bem convincente em favor de cada um desses pontos de vista. O ponto de vista urartiano busca apoio em Gênesis 2:10, que afirma que um rio saía para regar o jardim e então se dividia em quatro braços. Os proponentes desse ponto de vista sustentam que esse texto exige situar o Éden num lugar de onde rios irradiam. Uma parte das nascentes do Tigre, de um lado, e uma das principais fontes do alto Eufrates (Murad Su), de outro, surgem no planalto urartiano, a oeste do lago Van, próximo da moderna cidade de Batman, na Turquia, estando separadas uma da outra por pouco mais de 800 metros.

Aproximadamente na mesma região ficam as nascentes dos rios Araxes e Choruk. Com frequência, defensores de uma hipótese setentrional identificam esses rios com o Pisom e o Giom.

Proponentes do ponto de vista sumério buscam apoio em Gênesis 2:12b (NVI), que associa o rio Pisom ao lugar da "pedra de ônix. Na Bíblia, a palavra "Onix" é regularmente explicitada mediante a anteposição da palavra "pedra" (Ex 25:7-28.9; 35.9,27; 39.6; 1Cr 29:2, NVI), o que, no caso dos demais minerais, é raro no Antigo Testamento. No mundo mesopotâmico, o único mineral que vinha acompanhado da palavra "pedra" é conhecido hoie em dia como lápis-lazúli, uma pedra azul-escura de valor elevado que, em toda a Mesopotâmia e em outras regiões, era geralmente usada em ornamentos régios ou oficiais (observe-se a inclusão do ônix como parte da ornamentação das vestes do sumo sacerdote [Êx 28.20; 39.13]).

Caso a palavra traduzida por "ônix" de fato se referisse ao lápis-lazúli, o ponto de vista sumério ganharia grande reforço, visto que, na Antiguidade, só existia uma fonte conhecida desse mineral - o Afeganistão. O lápis-lazúli era levado para a Mesopotâmia por vias de transporte que começavam no sul, mas aparentemente não pelas que partiam do norte. Textos acádicos mencionam o "rio de lápis-lazúli, que é identificado com o rio Kerkha ou o rio Karun, ou um trecho do baixo Tigre, logo acima de sua confluência com o Eufrates. No entanto, a expressão nunca é empregada para um rio do centro ou do norte da Mesopotâmia. Por esse motivo, alguns estudiosos propõem uma localizacão suméria para o rio Pisom e, nesse cenário, o candidato mais provável ao Giom é ou o rio Karun, ou o rio Kerkha, ou o uádi al-Batin (que, conforme se sabe, foi um rio verdadeiro que atravessava o deserto da Arábia e desaguava no curso de água Shatt el-Arab, logo ao norte do golfo Pérsico). No século 16. João Calvino introduziu, na teologia cristã, uma modificação do ponto de vista sumério, embora em grande parte sua exegese tenha sido emprestada de Agostinho Steuco, estudioso do Antigo Testamento que, à época, também era o bibliotecário do papa.7 Steuco afirmava que "quatro fontes/bracos" (Gn 2:10b) era uma referência tanto ao lugar onde os rios surgiam quanto ao lugar onde desembocavam no mar. Com essa ideia, Calvino sustentou que eles eram, de fato, quatro bracos distintos de um único rio dentro de Éden, com os dois cursos d'água de cima descendo de suas fontes até dentro do jardim e os dois de baixo fluindo do jardim e descendo até o golfo Pérsico. Calvino descreveu o que equivale a um alto Eufrates e um baixo Eufrates, e um alto Tigre e um baixo Tigre, havendo, no meio do mapa, um ponto de confluência onde suas águas se misturavam durante uma curta distância. De acordo com o reformador nesse ponto havia uma ilha onde o Eden estava localizado. Apesar da análise geográfica imprecisa de Calvino e até mesmo de sua exegese forçada, por mais de 200 anos sua localização do Éden teve destaque na história de comentários e de Bíblias protestantes.

Uma advertência extra é necessária. Ao descrever acontecimentos mais antigos da Bíblia, alguns atlas bíblicos20 e outras fontes cartográficas? fazem referência a uma "antiga costa litorânea" que se estendia por cerca de 200 quilômetros para o norte do golfo Pérsico e chegava até Ur, desse modo inundando (e na prática eliminando) a denominada localização suméria do Éden. Com base em investigações científicas publicadas por volta de 1900, mas com ideias talvez já existentes no primeiro século d.C., essa teoria se baseia na hipótese geológica de que o delta avançou pouco a pouco (e sempre nesse sentido) da região de Ur (e Samarra junto ao Tigre) até a atual costa litorânea. o que aconteceu, ao longo do tempo, exclusivamente como resultado da sedimentação depositada pelos rios Tigre e Eufrates. Com essa pressuposição, a teoria fez ainda outras pressuposições uniformitaristas quanto à datação e à distância e afirmou que esta "antiga costa litorânea" devia ser datada de aproximadamente 5000-4000 a.C. Pesquisas mais recentes, tanto geológicas quanto paleoclimatológicas, demonstraram, de forma definitiva, que essas suposições anteriores eram bem prematuras e não são mais defensáveis. Hoje sabemos que, por volta de 5000 a 4000 a.C., os níveis do mar eram mais baixos do que os níveis atuais, em geral em cerca de três metros. Atualmente submersas a pouca distância do litoral, ruínas de habitações daquele período são conhecidas no lado norte do golfo Pérsico, o que indica que, naquela época, a antiga costa litorânea do golfo Pérsico se estendia mais para o sul, e não mais para o norte. Na realidade, a sedimentação provocada pelos rios Tigre e Eufrates, embora seja bem ampla e acentuada a partir das vizinhanças de Samarra (Tigre) e Ramadi (Eufrates) até quase o ponto onde os rios se unem para formar o canal Shatt el-Arab, é praticamente inexistente dali para o sul, nos 160 quilômetros seguintes até chegar à atual costa litorânea do golfo Pérsico. Em função disso, não se pode desconsiderar o ponto de vista sul/sumério sobre o Éden apenas com base nesse tipo de análise geográfica ultrapassada.

O Jardim do Éden
O Jardim do Éden

O REINO DE JUDÁ DESDE MANASSÉS ATÉ À QUEDA DE NÍNIVE

686-612 a.C.
MANASSÉS
Ezequias foi sucedido por seu filho, Manassés (686-641 a.C.), um homem com caráter e estilo de governo absolutamente opostos as de seu pai. O autor de Reis descreve como Manassés fez o que era mau aos olhos do Senhor, seguindo as práticas abomináveis das nações que o Senhor havia expulsado de diante dos israelitas.' Ele reconstruiu os altos, levantou altares a Baal, fez um poste-ídolo, prostrou-se diante dos exércitos dos céus, para os quais erigiu altares no templo do Senhor. Praticou feitiçaria e adivinhação, consultou médiuns, queimou seu filho como sacrifício e lavou Jerusalém com sangue inocente.
O Senhor falou ao povo de Judá por intermédio de um profeta desconhecido e prometeu enviar uma calamidade tão grande sobre Jerusalém e Judá a ponto de fazer tinir os ouvidos de quem ouvisse a respeito do ocorrido. O Senhor estenderia sobre Jerusalém o cordel de Samaria e o prumo usado contra a casa de Acabe e eliminaria jerusalém como quem tira sujeira de um prato. Quando o povo não atentou para a profecia, "o Senhor trouxe sobre eles os príncipes do exército do rei da Assíria, os quais prenderam Manassés com ganchos, amarraram-no com cadeias e o levaram à Babilônia" (2Cr 33:11).
Os reis assírios Esar-Hadom e Assurbanipal fazem referência a Manassés em 676 a.C.e por volta de 666 a.C., respectivamente, como um rei que pagou tributos. E importante observar que Manassés foi levado à Babilônia. Entre 650 a.C.e 648 a.C.
Assurbanipal cercou a Babilônia que, na época, era governada por seu irmão mais velho, Shamash-shum-ukin. Esar-Hadom colocou ganchos no nariz de outros dois reis vassalos, como se pode ver claramente em sua estela de Samal (atual Zincirli, próximo a Islahiye, no sudeste da Turquia). Na Babilônia, Manassés buscou o favor do Senhor, se humilhou e recebeu permissão de voltar à sua terra natal. Remove as imagens de deuses estrangeiros, inclusive uma imagem que havia sido colocada no templo do Senhor, restaurou o altar do Senhor e reinstituiu as ofertas a ele. Instruiu o povo a servir ao Senhor, mas, ao que parece, teve dificuldade em extinguir hábitos profundamente arraigados, pois o povo continuou a sacrificar nos altos, ainda que apenas para o Senhor.

AMOM
Manassés foi sucedido por seu filho Amom (641-639 a.C.) que seguiu o exemplo idólatra de seu pai, mas não se humilhou. Depois de um reinado curto de dois anos, foi assassinado por seus oficiais no palácio. "O povo da terra" (talvez uma expressão equivalente a "pequena nobreza") proclamou rei o filho de Amom, Josias, então com oito anos de idade.

NAUM
É difícil datar com precisão a profecia sucinta do profeta Naum, mas ele sabia da captura da cidade de Tebas no Alto Egito pelos assírios, ocorrida em 663 a.C., no reinado de Assurbanipal. Naum predisse em linguagem vívida um acontecimento aparentemente impossível: a queda de Nínive, a capital assíria que se estendia por uma área de 749 hectares e era cercada por mais de 12 km de muros. "As comportas dos rios se abrem [ou, mais literalmente, "se derretem"], e o palácio é destruído. Está decretado: a cidade-rainha está despida e levada em cativeiro, as suas servas gemem como pombas e batem no peito. Nínive, desde que existe, tem sido como um acude de águas; mas, agora, fogem. Parai! Parai! Clama-se; mas ninguém se volta" (Na 2:6-8).

SOFONIAS
O profeta Sofonias, que escreveu durante o reinado de Tosias (639-609 a.C.), também anteviu a destruição de Nínive: "Ele estenderá também a mão contra o Norte e destruirá a Assíria; e fará de Nínive uma desolação e terra seca como o deserto. No meio desta cidade, repousarão os rebanhos e todos os animais em bandos; alojar-se-ão nos seus capitéis tanto o pelicano como o ourico. Sofonias 2:13-14

A QUEDA DE NÍNIVE
Ao contrário da imagem transmitida pelos reis assírios em suas inscrições, a Assíria não era invencível. Os citas e os cimérios, povos indo-europeus das estepes da Rússia, causaram sérios problemas os assírios durante o reinado de Esar-Hadom (681-669 a.C.). A morte de Assurbanipal em 627 .C. foi seguida de uma revolta contra seu filho, Assur-etil- ilani. Seu irmão, Sin-shar-ishkun (627-612 .C.) também sofreu oposição. Entrementes, um líder tribal caldeu do sul da Mesopotâmia chamado Nabopolassar (pai de Nabucodonosor) tomou o trono da Babilônia em 626 a.C. De acordo com a Crônica da Oueda de Nínive, em 616 a.C.Nabopolassar começou a atacar a Assíria com a ajuda dos medos, governados então por Ciáxares. Assur, uma cidade importante do império, caiu em 614 a.C. e é possível que o mesmo tenha acontecido com Calá (Nimrud). Em 612 a.C., Nínive foi cercada e, como a Crônica da Oueda de Nínive registra: "O rei da Acádia (Nabopolassar] e Ciáxares marcharam pela margem do Tigre e acamparam diante de Nínive. Do mês de sivã [maio/junho] até o mês de abe (julho/agosto), isto é, por três meses, impuseram um sítio rigoroso à cidade" (Crônica da Queda de Nínive 40- 43a). Os historiadores gregos 10enofonte" e Diodoro Sículos mencionam uma tempestade que causou inundação numa área da cidade e rompeu parte do muro. O palácio foi incendiado, talvez a ocasião em que Sin-shar-ishkun cometeu suicídio. A profecia de Naum acerca da destruição do palácio se cumpriu.
O cumprimento das outras predições de Naum sobre o saque dos tesouros de Nínive" e a ruína da cidade" pode ser observado na declaração sucinta da Crônica da Queda de Nínive: "Levaram grande espólio da cidade e do templo transformaram a cidade num montão de escombros" (Crônica da Oueda de Nínive 45).
Assur-uballit, um general assírio, resistiu por mais dois anos em Hara, no sudeste da Turquia. Mas a Assíria havia chegado ao fim e, como Naum predisse na conclusão de sua profecia: "Todos os que ouvirem a tua fama baterão palmas sobre ti; porque sobre quem não passou continuamente a tua maldade?" (Na 3.19b).
A queda da Assíria No começo do século VII a.C.os citas e cimérios, povos da região sul da atual Rússia, pressionaram a Assíria. Em 612 a.C., Ninive, capital da Assíria, foi tomada pelos babilônios, do sul do atual Iraque, e pelos medos, do atual Irá. Um
A queda da Assíria No começo do século VII a.C.os citas e cimérios, povos da região sul da atual Rússia, pressionaram a Assíria. Em 612 a.C., Ninive, capital da Assíria, foi tomada pelos babilônios, do sul do atual Iraque, e pelos medos, do atual Irá. Um
A estela de 3,2 m de altura mostra o rei assírio Esar-Hadom(681-669 a.C.) segurando dois reis clientes minúsculos em cordas amarradas a ganchos presos ao nariz. Proveniente de Zincirli, no sudeste da Turquia.
A estela de 3,2 m de altura mostra o rei assírio Esar-Hadom(681-669 a.C.) segurando dois reis clientes minúsculos em cordas amarradas a ganchos presos ao nariz. Proveniente de Zincirli, no sudeste da Turquia.
Planta urbana de Ninive Com uma área de 749 hectares, Nínive era a maior cidade dos assírios. Escavações arqueológicas concentraram-se nos dois montes principais da cidade, Kuyunjik e Nebi Yunus.
Planta urbana de Ninive Com uma área de 749 hectares, Nínive era a maior cidade dos assírios. Escavações arqueológicas concentraram-se nos dois montes principais da cidade, Kuyunjik e Nebi Yunus.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

Os quatro Evangelhos em ordem cronológica

As tabelas a seguir estão relacionadas aos mapas das viagens de Jesus e seu trabalho de pregação. As setas nos mapas não representam exatamente as rotas usadas, mas indicam principalmente a direção. O símbolo “c.” significa “cerca de” ou “por volta de”.

Acontecimentos que antecederam o ministério de Jesus

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

3 a.C.

Templo em Jerusalém

Anjo Gabriel profetiza a Zacarias o nascimento de João Batista

   

Lc 1:5-25

 

c. 2 a.C.

Nazaré; Judeia

Anjo Gabriel profetiza a Maria o nascimento de Jesus; ela visita Elisabete

   

Lc 1:26-56

 

2 a.C.

Região montanhosa da Judeia

Nasce João Batista e recebe nome; Zacarias profetiza; João vive no deserto

   

Lc 1:57-80

 

2 a.C., c. 1.º de outubro

Belém

Nasce Jesus; “a Palavra se tornou carne”

Mt 1:1-25

 

Lc 2:1-7

Jo 1:1-5, 9-14

Perto de Belém; Belém

Anjo anuncia as boas novas aos pastores; anjos louvam a Deus; pastores visitam o bebê Jesus

   

Lc 2:8-20

 

Belém; Jerusalém

Jesus é circuncidado (8.º dia); seus pais o apresentam no templo (após 40.º dia)

   

Lc 2:21-38

 

1 a.C. ou 1 d.C.

Jerusalém; Belém; Egito; Nazaré

Visita dos astrólogos; família foge para o Egito; Herodes mata meninos de até dois anos; família volta do Egito e vai morar em Nazaré

Mt 2:1-23

 

Lc 2:39-40

 

12 d.C., Páscoa

Jerusalém

Jesus, aos 12 anos, faz perguntas aos instrutores no templo

   

Lc 2:41-50

 
 

Nazaré

Volta a Nazaré; continua sujeito aos pais; aprende carpintaria; Maria cria mais quatro filhos, além de filhas (Mt 13:55-56; Mc 6:3)

   

Lc 2:51-52

 

29 d.C., c. abril

Deserto, rio Jordão

João Batista inicia seu ministério

Mt 3:1-12

Mc 1:1-8

Lc 3:1-18

Jo 1:6-8, 15-28


Potências mundiais preditas por Daniel

A imagem, ou estátua, de Daniel capítulo 2
O leão com asas representando Babilônia

Babilônia

Daniel 2:32-36-38; 7:4

607 a.C. Rei Nabucodonosor destrói Jerusalém

O urso representando a Medo-Pérsia

Medo-Pérsia

Daniel 2:32-39; 7:5

539 a.C. Conquista Babilônia

537 a.C. Ciro decreta a volta dos judeus para Jerusalém

O leopardo com asas representando a Grécia

Grécia

Daniel 2:32-39; 7:6

331 a.C. Alexandre, o Grande, conquista a Pérsia

A fera de dez chifres representando Roma e a potência anglo-americana

Roma

Daniel 2:33-40; 7:7

63 a.C. Início do domínio sobre Israel

70 d.C. Destrói Jerusalém

Grã-Bretanha e Estados Unidos

Daniel 2:33-41-43

1914-1918 d.C. Durante a Primeira Guerra Mundial, passa a existir a Potência Mundial Anglo-Americana


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

mt 1:11
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO
MT 1:1-17

1. Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de David, filho de Abraão.


2. Abraão gerou a Isaac; Isaac gerou a Jacob; Jacob gerou a Judá e seus irmãos;


3. Judá gerou de Tamar a Farés e a Zará; Farés gerou a Esrom; Esrom gerou a Arão;


4. Arão gerou a Aminadab; Aminadab gerou a Naasson; Naasson gerou a Salmon;


5. Salmon gerou de Raab a Booz; Booz gerou de Ruth a Jobed; Jobed gerou a Jessé;


6. e Jessé gerou ao rei David; David gerou a Salomão, daquela que fora mulher de Urias;


7. Salomão gerou a Roboão; Roboão gerou a Abia; Abia gerou a Asá;


8. Asá gerou a Josafá; Josafá gerou a Jorão; Jorão gerou a Ozias;


9. Ozias gerou a Joatão; Joatão gerou a Acaz; Acaz gerou a Ezequias;


10. Ezequias gerou a Manassés; Manassés gerou a Amon ;Amon gerou a Josias,


11. e Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos, no tempo do exílio da Babilônia.


12. Depois do exílio da Babilônia, Jeconias gerou a Salatiel; Salatiel gerou a Zorobabel;


13. Zorobabel gerou a Abiud; Abiud gerou a Eliaquim; Eliaquim gerou a Azor;


14. Azor gerou a Sadoc; Sadoc gerou a Aquim; Aquim gerou a Eliud ;


15. Eliud gerou a Eleazar; Eleazar gerou a Matan; Matan gerou a Jacob,


16. e Jacob gerou a José. esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, o chamado Cristo.


17. Assim todas as gerações desde Abraão até David são catorze; também desde David até o exílio de Babilônia, são quatorze gerações; e desde o exílio em Babilônia até o Cristo, catorze gerações.


LC 3:23-38

23. [Ora. o mesmo Jesus, ao começar seu ministério, tinha cerca de trinta anos] sendo filho, como e pensava, de José, filho de Heli,

dos os principais sacerdotes

24. de Matat, de Levi, de Meiqui, de Janal, de José,


25. de Matatias, de Amos, de Naum, de Esli, de Nagal,


26. de Maath. de Matatias, de Semei, de Josee, de Jodá,


27. de Joanan, de Résa, de Zorobabel, de Salatiel, de Neri,


28. de Melqui, de Adi, de Cosam, de Elmadan, de Er,


29. de Jesus, de Eliezer, de Jorim, de Matat, e Levi,


30. de Simeão. de Judá, de José, de Jonam, de Eliaquim,


31. de Melca, de Mená, de Matata, de Natan, de David,


32. de Jessé, de Jobed, de Booz, de Sala, de Naasson,


33. de Aminadab, de Admim, de Arni, e Esrom, de Farés, de Judá,


34. de Jacób, de Isaac, de Abraão, de Tará, de Nacor,


35. de Seruc, de Ragaú, de Falec, de Eber, de Sala,


36. de Cainam, de Arfaxad, de Sem, de Noé, de Lamec,


37. de Matusalém, de Enoc, de Jared, de Maleleel de Cainam,


38. de Enos, de Seth, de Adão, de Deus.


Conforme observamos, não é só a ordem inversa que faz diferir as duas genealogias. Os nomes variam.


Para termos uma ideia real, vamos alinhar em colunas as genealogias, dando primeiro a de Lucas, e ao lado a de Mateus: Deus, - Mená Abia Adão - Meleá Asá Seth - Eliaquim Josafá Enos - Jonam Jorão Cainam - José Osias Maleleel - Judá Joatão Jared - Simeão Acaz Enoc - Levi Ezequias Matusalém - Matat Manassés Lamec - Jorim Amon Noé - Eliezer Josias Sem - Jesus Jeconias Arfaxad - Er Cainam - Elmadan Sala - Coram Eber - Adi Falec - Melqui Ragaú - Neri Seruc - Salatiel Salatiel Nacor - Zorobabel Zarobabel Tara - Aminadab Aminadab Abrão Abraão Naasson Naasson Isaac Isaac Sala Salmon Jacob Jacob Booz Booz Judá Judá Jobed Jobed Farés Farés Jessé Jessé Ersom Ersom David David Arni Arão Natan Salomão Admim - Matata Roboão Résa Abiud Naum -
Joanan Eliaquim Amós -
Jodâ Azor Matatias -
Josec Sadoc José -
Semei Aquim Janai -
Matatias Eliud Melqui -
Maat Eleazar Levi -
Nagai Mathan Mathat Jacob Esli - Heli José Jesus

Na lista genealógica de Mateus encontramos a divisão em três séries, salientadas pelo próprio autor, de 14 nomes cada uma (embora a terceira só chegue ao número 14 se contarmos na série o nome de Maria).


Isso forma o total de 42 gerações, ou seja, 6 X 7 (Note-se que as letras hebraicas do nome de David somam 4 + 6 + 4 = 14).


Na lista de Lucas (cuja primeira parte do versículo 23 será comentada mais tarde) há grande divergência de nomes, chegando-se a um total de 76 nomes (entre Abraão e Jesus, Lucas nos dá 56 nomes isto é, mais 14 do que Mateus). É verdade que dois desses nomes, Matat e Levi, são repetidos duas vezes na mesma ordem, nos versículos 24 e 29, podendo tratar-se de engano de copista, Tanto assim que Júlio Áfricano (Patrol. Graeca vol. 20 col. 93) Eusébio (Patrol. Graeca, vol. 22 col. 896) e Ambrósio (Patrol. Lat. vol., 15 col. 1594) assim como o manuscrito C, não trazem essa repetição.


Por que essa divergência entre os dois evangelistas? Explicam alguns exegetas que Lucas reproduziu a genealogia de Maria, pois desde o início é dito: "Jesus, filho como se pensava de José, (era) filho de Reli" ... por intermédio de Maria; embora seja, neste caso, estranho que não tivesse o evangelista citado o nome da mãe de Jesus.


É de notar-se que, de Abraão (1921 A. C.) a David (1078 A. C.) passaram-se 843 anos, o que corresponde a cerca de 28 gerações, e não 14; de David (1078 A. C.) ao cativeiro de Babilônia (606 A. C.) passaram-se 472 anos, isto é, cerca de 15 gerações, e não 14; e do cativeiro de Babilônia (606 A. C.) até Jesus passaram-se 600 anos, ou seja, cerca de 20 gerações, e não 14. Qual a razão dessa divisão "cabal ística" de Mateus?


Observamos, ainda, que Mateus suprimiu diversos nomes que constavam das "listas oficiais" dos Rabinos e mesmo do texto bíblico. Por que?


O estudo que acabamos de fazer, e que nos deixa tantas perguntas sem resposta lógica nem histórica, leva-nos a conclusões mais profundas.


Antes de atingir o grau de elevação indispensável ao Grande Encontro Interno, a criatura humana necessita haver passado par numerosas experiências terrenas, em vidas sucessivas sem conta.


De qualquer forma, o número 42, para o qual Mateus chama nossa, atenção, e que nada em de histórico, revela-nos a divisão de 3 séries de 14, ou seja, de 6 séries de 7, divididas de dois em dois. Podemos interpretar como a evolução (depois que atingimos o reino-hominal) dos dois primeiros graus (corpo físico e duplo etérico), em sete períodos cada um; dois dos segundos graus (corpo astral ou de emoções e intelecto), cada um com sete períodos; e dois dos terceiros graus (corpo mental e causal) com sete períodos cada um. Depois que tudo está em ponto, é que pode a criatura atingir o grau supremo, o sétimo, no qual ainda permanecerá por mais sete estágios, completando a série mística de 49

(7 X 7) para passar ao grau superior de libertação final das encarnações no mundo animal de provações evolutivas.


De qualquer modo são numerosas e variadas as vidas que PRECISAM ser vividas.


O mais interessante é o versículo final da série, na qual está resumida a fase final da evolução: Jacob o homem comum gerou a José o intelecto esposo de Maria ligado à intuição da qual nasceu Jesus a Individualidade, o chamado Cristo o Eu Interno Com essa explicação, não queremos dizer, em absoluto, que Jesus tenha encarnado nesses elementos que são citados como seus ascendentes. Nada disso. O que aí está é apenas um simbolismo para nós, a fim de compreendermos que um espírito imaturo, não desenvolvido ainda, não poderá penetrar o pór tico do encontro; antes disso DEVE passar por toda a escala evolutiva humana. Daí o cuidado de todos os mestres, inclusive de Jesus, de "não dar aos cães o que é santo, nem pérolas aos porcos" (

MT 7:6), e de "revelar estas coisas aos pequeninos (humildes) escondendo-as dos "sábios" (MT 11:25). Quem julga saber tudo ou saber muito, está tão inchado de vaidade que não consegue perceber a voz de Deus, o Espelho e Exemplo da Humildade Máxima que possamos conceber.


Nessas vidas que vivemos, experimentamos todas as situações dentro do nosso Raio específico, da riqueza à pobreza, da posição elevada à humildade, da atuação virtuosa às quedas que ensinam a humildade, passando, por vezes, a corpos masculinos e femininos. Por isso, nos ascendentes de Jesus, encontramos todas as castas: reis e mendigos, mulheres virtuosas e meretrizes, senhores e escravos. A experiência tem que ser completa. Seria possível, mas nos alongaríamos demais, aprofundar o estudo, examinando e analisando o significado de cada um dos nomes citados e suas posições históricas.


Vejamos apenas alguns.


Mateus cuidou de sublinhar as divisões com nomes extraídos da história. Assim, dá-nos o ponto de partida, ou seja, os primeiros passos da Centelha Divina no homem, em ABRAHM, primitivo nome que significa "pai da exaltação", mas que posteriormente foi mudado para ABRAHAM, isto é, "pai da multidão". (Observe-se, em A-BRAHM o radical de BRAHMA, no induísmo; e se dividirmos ABRHAM, o significado de PAI RAHM, o conhecido RA dos Egípcios).


Pai da multidão, ou seja, a origem da matéria que se multiplica na separatividade, onde se inicia a evolução, desenvolvendo-se o corpo físico e o duplo etérico (o mineral e o vegetal).


O segundo grupo é iniciado com DAVID, cujo nome significa "o bem-amado": é o princípio e o desenvolvimento do corpo astral (animal), sede das emoções (do amor) e do intelecto (homem), fazendo chegar ao clímax as emoções e o raciocínio. Recordemo-nos do início da vida de David, que foi como PASTOR, amando os animais e vivendo entre eles, e a final de sua vida como REI da criação (Homem intelectualizado), autor lírico dos Salmos, em que canta intelectivamente a glória de Yahweh.


O terceiro período retrata o espírito nos dois últimos passos, quando, desejando libertar-se, ainda se vê preso no "Cativeiro de Babilônia" ... Babel significa "confusão". São os estados de dúvida, de inquietação, de hesitação do intelecto, que sente não ter capacidade de compreender nem de explicar o que é divino, quando descobre que tudo aquilo em que acreditou há milênios como sólida e duradouro na matéria, é, de fato, ilusório e passageiro...


O "cativeiro da Babilônia" só chega no final da "era de David", isto é, quando, estando bem desenvolvidas as emoções e o intelecto, o espírito pode descobrir que se acha "em cativeiro". Até então" adorava" sua gaiola dourada, seu corpo físico, sua intelectualidade... Mas, feita essa descoberta fundamental, passa a "sentir" a prisão e a querer libertar-se dela. O espírito volta, então, a viver na Terra Prometida, e, embora ainda prisioneiro do corpo e das sensações físicas, sabe que pode escapar de seus domínios, abandonando conscientemente os veículos inferiores, e vivendo na luz gloriosa dos veículos da individualidade. Começa, aí, sua preparação mais minuciosa para o Encontro e a Liberta ção Final. Atingido esse grau (a mente e o corpo causal), que é o sexto, já estará a criatura apta para o passo definitivo, para o nascimento de Jesus, o chamado CRISTO, podendo dizer finalmente:

"Eu e o Pai somos Um".


Passemos a Lucas. Dá-nos ele 76 gerações, de Adão a Heli.


Recordemos que a palavra Adão (em hebraico ADAM) tem simplesmente o sentido do substantivo comum HOMEM. Não é nome próprio.


Então, diz-nos Lucas que, assim que a criatura sai do reino-animal para o reino-hominal, atingindo a fase humana (adâmica), ele se encontra na contingência de ter que subir a escala evolutiva, superando sete graus de 11 passos. São os mesmos sete passos de Mateus, apenas fazendo-nos notar que, cada um desses sete passos compreende MUITAS (10) encarnações e mais uma... Inclusive o sétimo grau, que Mateus ensina desenvolver-se após o encontro, e que Lucas diz só se dar após mais dez (muitas) encarnações, com buscas intensivas. De tudo isso, que pode parecer cabalístico, mas que corresponde à realidade interna de nosso complicado microcosmo, deduzimos que o Caminho a seguir é exatamente o que JESUS veio ensinar-nos com Seu exemplo, e que tão bem foi interpretado e ensinado a nós, sob o véu da letra, nos livros sagrados.


Logicamente os caminhos são muitos ("quem pode marcar o caminho da águia no céu"?, PV 30:19), e assim também as lições variam ligeiramente de autor a autor. Isso, porém, não significa contradição a não ser para aqueles que, não conseguindo alçar voo, permanecem agarrados à letra como a tábuas de "salvação". Adverte-nos Paulo que "até o dia de hoje, na leitura do Antigo Testamento, permanece o mesmo véu, não lhes sendo revelado que em Cristo ele é tirado: contudo, até hoje, sempre que lêem a Moisés, está posto um véu sobre o coração deles; mas todas as vezes que algum deles se "converter" ao Senhor, o véu lhe é tirado (2CO 3:14-16). E isso porque somos "ministros não da letra, mas do espírito, pois a letra mata, mas o espírito vivifica" (2CO 3:6). Isto tentamos fazer, agora, para o grande público: levantar uma ponta do véu da letra, que encobre tantas belezas que estavam ocultas sob os hierogramas dos primeiros discípulos de JESUS, o Mestre por excelência, o CRISTO manifestado, o Filho de DEUS em forma humana. E assim esperamos que esse mesmo CRISTO desperte de seu sono milenar em cada um de nós, fazendo-nos Seus instrumentos fiéis, para que O manifestemos entre os homens, quais "cartas de Cristo, escritas nas tábuas de carne de nossos corações" (2CO 3:3).



Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

BABILÔNIA

Atualmente: IRAQUE
Cidade junto ao Rio Eufrates, foi capital do império babilônico da Mesopotâmia meridional. O povoamento da Babilônia na baixa Mesopotâmia, foi formado pelos sumérios e acádios, por volta de 3000 a.C. Foi desta região que emigrou o patriarca Abraão que deu origem ao povo hebreu. Hamurabi foi o fundador do primeiro Império Babilônico. Conseguiu unificar os semitas e sumérios. Durante seu governo (1728 a.C.-1686 a.C.), cercou a capital com muralhas, restaurou templos importantes e outras obras públicas. Implantou um código de leis morais, o mais antigo da história e que ficou conhecido como o Código de Hamurabi no qual estabeleceu regras de vida e determinou penas para as infrações, baseadas na lei do olho por olho, dente por dente. A Babilônia foi um centro religioso e comercial de grande importância na Antigüidade. Suas muralhas tinham cerca de 100 metros de altura, equivalente a um edifício de 34 andares. A largura destas muralhas correspondia a largura de uma rua, com capacidade para que dois carros pudessem andar lado a lado. Os assírios foram gradualmente conquistados pelos babilônicos, que tinham o auxílio dos medas, entre 626 e 612 a.C., ano em que Nínive finalmente foi tomada. A Babilônia tornou-se a nova ameaça e os egípcios, pressentindo o perigo, partiram em socorro à Assíria, mas foram derrotados pelos babilônicos na batalha de Carquemis, em 604. O rei Jeoaquim de Judá, passou a pagar tributo a Nabucodonosor da Babilônia como relata II Reis 24. O império babilônico não teve vida longa. Em menos de um século, já sofria grandes pressões. Em 538 a.C., Quando Belsasar participava, juntamente com sua corte de uma grande festa, os exércitos medo-persas invadiram a Babilônia colocando fim ao domínio babilônico.
Mapa Bíblico de BABILÔNIA



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Mateus Capítulo 1 do versículo 2 até o 25
  1. De Abraão até Davi (1:2- - 6a)

A maioria das versões mais recentes (RSV, NEB, NTLH) e traduções particulares (como, por exemplo, Weymouth, Moffatt, Goodspeed 5erkuyl, Williams) dizem que "Abraão foi pai de Isaque" (que é uma tradução mais atualizada) e assim prossegue mostrando todo o quadro genealógico. Mas a versão grega diz clara e simplesmente: Abraão gerou a Isaque (2).

No primeiro parágrafo da genealogia encontramos os nomes de três mulheres, e uma quarta é mencionada no versículo 6b. É um fenômeno no mínimo estranho, por assim dizer. E duplamente surpreendente é o caráter dessas quatro mulheres. Duas delas eram gentias — Raabe e Rute (5). Embora as outras duas fossem israelitas, os seus nomes estavam manchados. Tamar era culpada de incesto (Gn 38:13-18) e a mu-lher de Urias (6) participou do pecado de adultério com Davi (2 Sm 11:2-5).

A presença de tais pessoas na genealogia de Jesus ressalta a Sua missão de Salva-dor, e fornece uma maravilhosa amostra da graça de Deus. Não somente para os judeus aparentemente justos, mas também para os estrangeiros e os pecadores seria oferecida a entrada ao reino dos Céus. É isso que transforma o evangelho em Boas Novas para toda a humanidade.
Então Jesus deve também ser verdadeiramente humano, assim como divino, para ser o Salvador da humanidade. A encarnação significava que Ele tinha que fazer parte da raça humana, o que inevitavelmente envolvia que Ele tivesse tido antepassados pecadores.

  1. De Davi até o Cativeiro (1.6b-11)

Esse é o período do reino. Seguindo Salomão, são dados os nomes dos reis de Judá, pelo fato de a dinastia de Davi ter governado o reino do sul. Estranhamente, quatro reis foram omitidos da lista, como mostrará a comparação com os livros de Reis do Antigo Testamento. Acazias, Joás e Amazias foram omitidos depois de Jorão (8), e Jeoaquim foi omitido depois de Josias (11). Aparentemente, o único motivo pata isso é que Mateus desejava preservar esse arranjo sistemático da genealogia em três grupos de catorze nomes cada.

  1. Do Cativeiro até Cristo (1:12-16)

Esse é basicamente o período entre o Antigo e o Novo Testamento. Por isso, os nomes não são familiares.
O teor exato do décimo sexto versículo é muito significativo. O autor altera o ativo gerou para o passivo nasceu (16). Desta maneira ele protege o fato do nascimento vir-ginal, que em breve será descrito. José era o pai adotivo de Jesus, mas não o seu pai físico. Mas Maria era realmente a sua mãe.

Quanto ao significado da palavra gerou usada neste capítulo, nNeile diz o seguinte: "A natureza da genealogia mostra que egennesen por toda parte indica a origem legal, mas não necessariamente física", mas que o passivo egennethe, nasceu, "denota o nasci-mento físico".5

  1. Resumo da Genealogia (1,17)

Por que Mateus usa três enumerações de catorze? (17) Taske- diz: "Chegou a ser sugerido, com considerável probabilidade, que a importância do número catorze se deve ao fato do valor numérico das consoantes hebraicas na palavra Davi resultar naquele número".6

Deve ser notado que os três períodos ali assinalados possuem um relevante desta-que. O primeiro foi o dos patriarcas e juízes, o segundo o dos reis, e o terceiro o da domi-nação de gentios (exceto pelo breve período da independência dos Macabeus).

Até Cristo é, literalmente, "até o Cristo". Morison faz a seguinte observação, que é bastante apropriada: "E assim o evangelista passa do emprego da palavra Cristo como um mero nome próprio ao seu emprego como um apelativo, Até o Messias, significando o preeminentemente Ungido, o mais alto de todos os reis, e o mais sacerdotal de todos os sacerdotes, assim como o mais inspirado e inspirador entre todos que alguma vez foram profetas ou porta-vozes de Deus":

B. O NASCIMENTO DE JESUS, 1:18-25

As assim chamadas Narrativas da Infância são encontradas) em Mateus 1:18-2.23 e em Lucas 1:5-2.52. Os dois relatos são quase totalmente diferentes. No en-tanto, um não contradiz o outro. Plummer comenta: "Os dois relatos estão em confor-midade um com o outro, não apenas quanto ao fato principal do nascimento de uma virgem, mas também quanto ao modo como ele ocorreu – por ter sido realizado pela ação do Espírito Santo". Ele prossegue enumerando outros quatro pontos de concor-dância que representam "sinais adicionais de realidade histórica":

1) Quando a von-tade divina foi revelada a José e Maria eles estavam desposados um com o outro;

2) Cristo deveria ser chamado de "Jesus";

3) Ele nasceu em Belém;

4) Ele foi criado em Nazaré.'

A história do nascimento de Jesus é contada com grande beleza e delicadeza. Maria estava desposada com José (18). Possivelmente "prometida em casamento" ou "noiva" poderiam parecer termos e expressões mais atuais. O verbo grego é empregado apenas aqui e em Lucas 1:27-2.5 e significa "prometer em casamento, desposar".9 Arndt e Gingrich dizem que em voz passiva a expressão denota "estar prometida em casamento ou ficar noiva"." Mas deve ser lembrado que entre os judeus a quebra de um noivado exigia um divórcio formal. Edersheim diz que o relacionamento de jovens noivos era tão sagrado que "qualquer violação seria considerada um adultério; o compromisso não poderia ser dissolvido exceto, como depois do casamento, pelo divórcio normal".11

Antes que eles estivessem casados ou tivessem alguma relação conjugal, Maria achou-se ter concebido do Espírito Santo. Assim Mateus confirma o relato mais completo de Lucas (Lc 1:35). Isso representou um problema sério para José. Por ser um homem justo ou "honrado", ele não achava que conseguiria prosseguir com os seus planos de casamento. Mas por ser um homem misericordioso, que amava pro-fundamente a Maria, ele a não queria infamar (19), isto é, expô-la à vergonha. Então ele decidiu divorciar-se dela secretamente, ou seja, em particular. Tudo o que precisava era a presença de duas testemunhas. Não se tratava necessariamente de um caso de justiça.

Pode parecer estranho que José fosse chamado seu marido. Mas M'Neile explica o fato assim: "Depois do noivado, mas antes do casamento, o homem era legalmente o `marido' (cf. Gn 29:21; Dt 22:23ss.) ; conseqüentemente, um cancelamento informal do noivado era impossível: o homem devia dar à mulher um documento por escrito, e pagar uma multa"."

Enquanto José estava considerando o seu problema, um anjo (e não o anjo) lhe apareceu em sonhos. O mensageiro celestial o chamou de José, filho de Davi (20). Foi isso o que deu a Jesus o direito legal ao trono de Davi. José recebeu a garantia de que não precisava temer receber Maria como sua mulher, porque a sua concepção era do Espíri-to Santo. Assim, a anunciação foi feita a José, e também a Maria. Ela precisava disso para ser poupada da terrível perplexidade sobre a sua condição de grávida. Ele precisa-va disso para ser poupado do sentimento de que Maria pudesse ter sido infiel.

José foi informado de que o Filho que ia nascer deveria ser chamado JESUS ("Jeová é a salvação"), pois Ele iria salvar o seu povo dos seus pecados (21). A salvação era, em primeiro lugar, para os judeus (seu povo) e a seguir para todo o mundo (cf. Lc 2:32). A missão do nosso Senhor não era predominantemente social, política nem física, mas sim moral e espiritual. Ele veio para "aniquilar o pecado" (Hb 9:26). Ele veio para salvar do pecado, e não no pecado.

Para os que foram salvos por meio da Sua graça, o seu Nome conserva um encanto e uma doçura especiais. Vincent Taylor adequadamente comenta: "De todos os nomes, nenhum é mais precioso aos ouvidos cristãos do que o nome de 'Jesus' "."
Uma das notáveis características do Evangelho de Mateus, escrito para os judeus, é a sua freqüente citação do Antigo Testamento. A inspiração divina e a autoridade das Escrituras estão enfatizadas na introdução: Tudo isso aconteceu para que se cum-prisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta (22). Então se segue uma citação de Isaías 7:14-0 nome hebraico Emanuel é interpretado como significando Deus conosco (23).

José obedeceu à ordem do anjo. Ele recebeu Maria em sua casa, como sua esposa. Mas ele não teve relações conjugais com ela até depois do nascimento da Criança prome-tida. O significado e a importância da linguagem são bem destacados por Plummer. Ele afirma que o uso do verbo no imperfeito é "contrário à tradição da virgindade perpétua de Maria"; e o uso do aoristo "implica que ela teve filhos com ele posteriormente"; ainda assim "o imperfeito traz esta implicação de maneira ainda mais forte"". Esta é uma visão bastante razoável sobre o tema.

G. Campbell Morgan encontra nesse parágrafo duas palavras proféticas:

1) a espe-rança — ele será chamado pelo nome de Emanuel (que traduzido é: Deus conosco) ; e

2) a realização — lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 1 versículo 11
Jeconias:
Rei de Judá no ano 598 a.C., quando os primeiros israelitas foram levados cativos à Babilônia; chamado também de Joaquim (2Rs 24:8-16; 2Cr 36:9-10; Jr 27:19-21; conforme também Jr 22:24).

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Mateus Capítulo 1 do versículo 1 até o 25
*

1:1

Livro da Genealogia. A mesma frase é usada em Gn 2:4 e 5.1, na Septuaginta, tradução grega do Antigo Testamento, em uso comum, a partir de 150 a.C. Aqui a frase pode referir-se não só à genealogia que se segue, mas ao relato do nascimento de Jesus ou ao Evangelho como um todo também.

Cristo. Este título vem da palavra grega Christos, que significa “ungido”. “Messias” é a palavra hebraica para “ungido” (ver nota sobre 1Sm 2:10). No Antigo Testamento a unção com óleo podia ser realizada para o ofício de profeta, sacerdote e rei (Êx 29:7; 1Sm 16:13; 1Rs 19:16). O Antigo Testamento promete a vinda do justo Servo do Senhor (Is 42:1-9), que será um profeta como Moisés (Dt 18:18,19), um sacerdote como Melquisedeque (Sl 110:4) e um rei como Davi, o ungido do Senhor (Is 55:3-5; Jr 30:9; Ez 34:24; Os 3:5; Zc 12:8). Mateus revela que Jesus é o Cristo, o prometido Rei e Libertador.

* 1:2

As particularidades desta genealogia diferem da que encontramos em Lucas 3:23-38.

* 1.3-6

Mulheres não são comumente nomeadas nas genealogias do Oriente Próximo, mas elas são inerentes aos propósitos de Deus em enviar Cristo. As cinco mulheres nomeadas na genealogia de Jesus nos lembram que Deus, com freqüência, realiza o inesperado e escolhe o improvável. Tamar (v. 3) lembra-nos o fracasso de Judá (Gn 38:6-30); Raabe (v.5), era uma prostituta (Js 2); Rute era uma moabita (Rt 1:4) e, por isso, sujeita a uma maldição especial (Dt 23:3-5); Bateseba, mulher de Urias (v.6), foi a derrocada de Davi (2Sm 11). Maria cumpre Isaías 7:14 (v.23), a mais importante promessa de Gn 3:15 (Gl 4:4).

*

1:17

as gerações... catorze. Mateus organiza a genealogia em três grupos de catorze, para mostrar que Deus tem um propósito na História. A primitiva história conduzindo a Davi, a monarquia conduzindo ao Exílio, a história de Israel pós-exílio, todas conduzem a e apontam para Cristo. Jeconias é incluído no segundo e terceiro grupos de catorze; esta enumeração está em harmonia com a abreviação que Mateus faz da genealogia (v.5 conforme Js 2; v.8 conforme 2Cr 21:4 a 26.13).

* 1:19

José... resolveu deixá-la secretamente. O contrato de casamento ligava quase tanto quanto o próprio casamento, e a infidelidade durante o noivado tornava o divórcio quase obrigatório.

* 1:21

Jesus. É o equivalente grego de “Joshua”, que significa “Yahweh é salvação” ou “Yahweh salva”. Com freqüência, em nomes só a primeira sílaba do nome de Deus é usada (Exemplos: Elijah, Isaiah, Joshua).

* 1:23

virgem. Ver nota sobre Isaías 7:14. A concepção de Jesus por uma virgem é miraculosa, anunciando que Deus logo redimirá o seu povo e está presente com ele. Esta citação é a primeira de várias referências que Mateus usa para mostrar que Jesus cumpre o Antigo Testamento (2.6, 15, 18, 23 e notas). Em todo o Evangelho há doze de tais fórmulas de cumprimento e mais de cinqüenta citações do Antigo Testamento. Ver “O Nascimento Virginal de Jesus”, em Lucas 1:27.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Mateus Capítulo 1 do versículo 1 até o 25
1:1 Esta genealogia foi uma das formas mais interessantes com que Mateus podia iniciar um livro dirigido à audiência judia. Como uma genealogia podia demonstrar a posição da pessoa como escolhida de Deus, Mateus começa mostrando que Jesus era descendente do Abraão, o pai de todos os judeus, e descendente direto do rei Davi, com o que cumpria completamente as profecias do Antigo Testamento que se referiam à linha do Messías. Os dados quanto à descendência eram cuidadosamente preservados. Esta é uma das muitas provas que apresenta Mateus para demonstrar que Jesus é o Messías.

1.1ss mais de quatrocentos anos tinham acontecido desde que se desse a última profecia do Antigo Testamento e os judeus fiéis em todo mundo ainda seguiam esperando ao Messías (Lc 3:15). Mateus escreveu este libero aos judeus, lhes apresentando ao Jesus como Rei e Messías, o prometido descendente do rei Davi que reinaria para sempre (Is 11:1-5). O Evangelho do Mateus une ambos os Testamentos e contém muitas referências mostrando como Jesus cumpriu profecias do Antigo.

1.1ss Jesus entrou na história quando a terra do Israel estava controlada por Roma e era considerada como uma avançada insignificante do vasto e majestoso Império Romano. A presença dos soldados romanos no Israel deu aos militares judeus paz, mas ao preço de opressão, escravidão, injustiça e imoralidade. A esta classe de mundo veio o Messías prometido.

1.1-17 Nos primeiros 17 versículos nos encontramos com quarenta e seis pessoas, no lapso de 2000 anos. Todos foram antepassados do Jesus, mas variam grandemente em espiritualidade, personalidade e experiência. Alguns foram heróis da fé, como Abraão, Isaque, Ruth e Davi. Outros tinham uma reputação sombria, como é o caso do Rahab e Tamar. Muitos deles foram pessoas comuns, como Esrom, Aram, Naasón e Aquim. E outros foram malvados, como é o caso do Manasés e Abías. A obra de Deus na história não está limitada pelos pecados humanos, e O obra por meio de gente comum. Assim como Deus usou toda classe de pessoas para trazer para seu Filho ao mundo, O faz o mesmo hoje para cumprir com sua vontade.

1:11 O exílio ocorreu em 586 a.C. quando Nabucodonosor, rei de Babilônia, conquistou Judá, destruiu Jerusalém e levou cativos a milhares a Babilônia.

1:16 Como María era virgem quando ficou grávida, Mateus inclui o nome do José solo como marido da María, não como pai do Jesus. A genealogia do Mateus mostra a linhagem legal (ou real) do Jesus através do José. A linha ancestral da María se registra em Lc 3:23-38. María e José eram descendentes diretos do rei Davi.

Mateus assinala a genealogia a partir do Abraão enquanto que Lucas o faz a partir do Adão. Mateus está dirigido aos judeus, por isso assinala ao Jesus como descendente do Abraão. Lucas está dirigido aos gentis, por isso enfatiza ao Jesus como Salvador da humanidade.

1:17 Mateus divide a história do Israel em três grupos de quatorze gerações, mas provavelmente houve mais. As genealogias, com freqüência, comprimem a história, dando a entender que não se incluem especificamente cada geração de antepassados. É o caso da frase "pai de" que pode também ser traduzida "antepassado de".

JOSE

A firmeza do que acreditam se mede pelo grau de disposição que tenhamos para sofrer por sortes crenças. José era um homem com crenças definidas. Esteve disposto a fazer o bom sem lhe importar a dor que lhe causasse. Entretanto, José tinha outra característica: não só fazia o bom, mas sim tentava fazê-lo como se devia.

Quando María lhe falou a respeito de seu embaraço, José sabia que não era o pai. Como conhecia bem a María, ao lhe explicar ela o acontecido e ver a atitude que tinha para a criatura que ia nascer, deve lhe haver sido difícil pensar que sua noiva tinha feito algo indevido. Entretanto, alguém era o pai da criatura e lhe era difícil aceitar que esse "alguém" fora Deus.

José decidiu terminar com seu compromisso, mas estava decidido a fazê-lo de maneira que não trouxesse afronta a María. Tentou atuar com justiça e com amor.

Mas Deus lhe enviou um mensageiro para confirmar o que dizia María e abrir um novo caminho de obediência para o José: aceitar a María como sua esposa. José obedeceu a Deus, contraiu matrimônio com a María e respeitou sua virgindade até que a criatura nasceu.

Não sabemos por quanto tempo José viveu como pai terrestre do Jesus. Lhe menciona por última vez quando Jesus tinha doze anos. Mas José treinou a seu filho na arte da carpintaria, assegurou-se que tivesse uma boa educação espiritual no Nazaret, e esteve levando a toda a família na viagem anual a Jerusalém para celebrar a Páscoa, o que Jesus continuou observando durante seus anos de adulto.

José sabia que Jesus era uma pessoa especial do momento em que ouviu as palavras do anjo. Sua crença firme nesse fato, e sua abertura às palavras de Deus, habilitaram-no para ser o pai terrestre do Jesus.

Pontos fortes e lucros:

-- Homem de integridade

-- Descendente do rei Davi

-- Pai legal e terrestre do Jesus

-- Sensível à direção de Deus e disposto a fazer a vontade de Deus sem lhe importar as conseqüências

Lições de sua vida:

-- Deus premia a integridade

-- A posição social tem pouca importância quando Deus escolhe nos usar

-- Se formos obedientes à direção de Deus, O guiará a uma maior obediência

-- Os sentimentos não são medidas adequadas das ações boas ou más

Dados gerais:

-- Onde: Nazaret, Presépio

-- Ocupação: Carpinteiro

-- Familiares: Esposa: María. Filhos: Jesus, Jacóo, José, Judas, Simón

-- Contemporâneos: Herodes o Grande, João o Batista, Simeón, Ana

Versículos chave:

"José seu marido, como era justo, e não queria infamá-la, quis deixá-la secretamente. E pensando ele nisto, hei aqui um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, filho do Davi, não tema receber a María sua mulher, porque o que nela é engendrado, do Espírito Santo é" (Mt 1:19-20).

A história do José se narra no Mateus 1:16-2.23; Lucas 1:26-2.52.

1:18 O matrimônio judeu constava de três passos. Primeiro, as duas famílias ficavam de acordo na união.

Segundo, dava-se a conhecer publicamente. Nesse momento o casal estava comprometido oficialmente. O noivado (chamado no texto "desposorio") era considerado uma união que podia ser disolvida solo pela morte ou o divórcio (também por causa de fornicação). Terceiro, o casal se casava e começava a conviver. Ao estar comprometidos María e José, a aparente infidelidade da María suportava um estigma social severo. De acordo às leis civis feijões, José tinha o direito de divorciar-se e as autoridades judias podiam apedrejar a María até lhe dar morte (Dt 22:23-24).

1:18 por que o nascimento virginal é importante para a fé cristã? Jesucristo, o Filho de Deus, teve que ser liberado da natureza pecaminosa em que nascem todos os seres humanos desde o Adão. Jesus ao nascer de uma mulher se converteu em um ser humano; mas por ser o Filho de Deus nasceu sem o pecado humano. O era totalmente humano e totalmente divino.

Porque foi homem, sabemos que compreende completamente nossas circunstâncias e problemas (Hb_4:15-16). Porque é Deus, tem poder e autoridade para nos liberar do pecado (Cl 2:13-15). Podemos lhe contar todos nossos pensamentos, sentimentos e necessidades. O passou pelo que nos toca acontecer agora e tem a capacidade para nos ajudar.

1.18-25 José enfrentou uma decisão difícil ao descobrir que María estava grávida. Apesar de estar conciente de que tomar a María como esposa podia ser humilhante, escolheu obedecer o mandato de Deus casando-se com ela. Sua ação revelou quatro qualidades admiráveis: (1) princípios inflexíveis (1.19), (2) discrição e sensibilidade (1.19), (3) disponibilidade ante Deus, (1.24), e (4) auto-disciplina (1.25).

1:19 Possivelmente José pensou que tinha somente duas opções: divorciar-se da María silenciosamente ou deixar que a apedrejassem. Mas Deus tinha uma terceira opção: que José se casasse com ela (1.20-23). Ao José não lhe ocorreu. Mas Deus, freqüentemente, mostra-nos que temos mais opções das que pensamos. Apesar de que parecia sensato que José rompesse o noivado, Deus o levou a tomar a melhor decisão. Quando nossas decisões afetam a vida de outros, sempre devemos apelar à sabedoria de Deus.

1:20 A concepção e nascimento do Jesucristo são acontecimentos sobrenaturais que estão além da razão e a lógica humanas. Por isso Deus enviou anjos a ajudar a certas pessoas para que compreendessem o significado do que tinha acontecido (Mt 1:20; Mt 2:13, Mt 2:19; Lc 1:11-12, Lc 1:26; Lc 2:9). Os anjos são seres espirituais que Deus criou que ajudam a levar a cabo sua obra na terra. Levam a mensagem de Deus às pessoas (Lc 1:26), protegem ao povo de Deus (Dn 6:22), oferecem estímulo (Gn 16:7ss), dão direção (Ex 14:19), levam castigo (2Sm 24:16), vigiam a terra (Zc 1:9-14), lutam contra as forças satânicas (2Rs 6:16-18; Ap 20:1-2). Há anjos bons e anjos maus (Ap 12:7), mas pelo fato de que os anjos maus estão aliados com Satanás, possuem menos poder e autoridade. Ao final o papel principal dos anjos será oferecer contínua adoração a Deus (Ap 7:11-12).

1.20-23. O anjo anunciou ao José que o filho da María tinha sido concebido pelo Espírito Santo. Isto revela uma verdade importante a respeito do Jesus: O é Deus e homem.

Deus tomou as limitações humanas para poder viver e morrer e assim obter a salvação de todos aqueles que acreditam no.

1:21 Jesus significa "Salvador". Jesus veio à terra a nos salvar porque nós não podíamos fazê-lo. Não podíamos nos liberar das conseqüências do pecado. Por bons que sejamos, não podemos eliminar a natureza pecaminosa presente em todos nós. Só Deus pode fazer isto. Jesus não veio para que a gente se salvasse a si mesmo. Veio para nos salvar do poder e do castigo do pecado. lhe dê graças a Cristo por ter morrido na cruz por seus pecados, e logo lhe peça que tome o controle de sua vida. Uma nova vida começará para você nesse momento.

1:23 Jesus ia ser chamado Emanuel ("Deus conosco"), como o predisse Isaías o profeta (Is 7:14). Jesus era Deus na carne; em outras palavras: Deus entre nós. Por meio do Espírito Santo, Cristo está presente na vida de cada crente. Possivelmente nem Isaías compreendeu o significado do Emanuel em toda sua magnitude.

1:24 José trocou de planos rapidamente logo depois de descobrir que María não lhe tinha sido infiel (1.19). Obedeceu a Deus e prosseguiu com os planos matrimoniais. Apesar de que muitos possivelmente não o tivessem apoiado em sua decisão, José continuou adiante com o que sabia que era correto. Nós algumas vezes deixamos de fazer o correto pelo que dirão. Como José, devemos obedecer a Deus antes que procurar a aprovação de outros.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 1 do versículo 1 até o 25
O Rei e Seu Reino

I. A APRESENTAÇÃO DO REI (Mt 1:1)

1. Seus títulos (Mt 1:1)

2 Abraão gerou Isaque; e Isaque gerou Jacó; e Jacó gerou Judá e seus irmãos; 3 e Judá gerou Perez e Zera de Tamar; e Perez gerou a Esrom; e Esrom gerou a Ram; 4 e Rão gerou Aminadab; e Aminadabe gerou a Naassom; e Naassom gerou Salmon; 5 e Salmon gerou a Boaz de Raabe; e Boaz gerou a Obede de Rute; e Obed gerou Jessé; 6 e Jessé nasceu o rei Davi.

A Davi nasceu Salomão da que fora mulher de Urias;

Uma das características mais marcantes deste genealogia de Jesus é que ele contém os nomes de quatro mulheres. Isto é surpreendente, para as mulheres geralmente não foram reconhecidos pelos judeus quando se pensa de seus antepassados. Deve ter havido uma razão para este fenômeno estranho. O que era?

A resposta óbvia revela a maravilhosa graça de Deus. Duas destas mulheres eram israelitas, mas ambos são retratados no Velho Testamento como imoral. Tamar (v. Mt 1:3) foi culpado de incesto (Gn 38:13 ). Bate-Seba (v., a mulher de Urias, 6 ), estava envolvido em adultério (2Sm 11:2 ). As outras duas mulheres eram estrangeiros. Raabe (v. Mt 1:5) foi um cananeu. Embora descrita como uma prostituta, ela foi salva na destruição de Jericó porque ela protegia os espiões enviados por Josué (Js 6:25. ; . He 11:31 ). Rute (v. Mt 1:5) foi uma moabita, e, consequentemente, de Deus amaldiçoar porque as mulheres moabitas havia seduzido os 1sraelitas a idolatria e imoralidade (N1. 25: 1-2 ). A moabita foi proibido de entrar na assembléia do Senhor (Dt 23:3. ; Sl 89:35. ). Essa promessa foi cumprida em Jesus o Messias, o Filho de Davi.

3. O prazo Unido (1: 7-11)

7 e Salomão gerou Roboão; e Roboão gerou Abias; e Abias gerou Asa; 8 e Asa gerou Josafat; e Josafá gerou Jorão; e Jorão gerou Uzias; 9 e Uzias gerou a Jotão; e Jotão gerou Acaz; e Acaz gerou Ezequias; 10 e Ezequias gerou Manassés; e Manassés gerou Amon; e Amon gerou Josias; 11 e Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no tempo da deportação para Babilônia.

Esta seção consiste de uma lista dos reis de Judá, depois que o reino foi dividido após a morte de Salomão. Mas há algumas omissões. Depois de Jorão (v. Mt 1:8 ), três nomes são omitidos (Acazias, Joás, Amazias); depois de Josias (v. Mt 1:11) Joaquim é deixado de fora.Este é aparentemente porque Mateus está seguindo um padrão de três vezes quatorze (conforme v. Mt 1:17 ).

4. O Período Pós-Unido (1: 12-16)

12 E, depois da deportação para Babilónia, Jeconias gerou Salatiel; e Salatiel gerou Zorobabel; 13 e Zerubbable gerou Abiud; e Abiud gerou Eliaquim; e Eliaquim gerou a Azor; 14 e Azor gerou Sadoc; e Sadoc gerou Aquim; a Aquim nasceu Eliúde; 15 e Eliud gerou a Eleazar; e Eleazar nasceu Matã; a Matã nasceu Jacó; 16 e Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama Cristo.

Estes são nomes menos familiares para nós, porque eles pertencem em grande parte para o período entre o Antigo eo Novo Testamento. Eles são, no entanto, bons nomes hebraicos, tais como encontramos em outros lugares.

Deve ser dada especial atenção ao versículo 16 . A formulação muito cuidado, exato notavelmente protege a verdade do nascimento virginal, que é contada mais tarde. A mudança radical de "gerou ... gerou" é mais significativo. José não gerou Jesus. Em vez José é identificado como o marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama Cristo . Aqui é indicado implicitamente que José não era o pai verdadeiro de Jesus. Mas Jesus era o verdadeiro filho de Maria.

5. Resumo (Mt 1:17)

17 De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e desde Davi até a deportação para Babilônia, catorze gerações; e desde a deportação para Babilônia até o Cristo, catorze gerações.

Uma das principais características do Evangelho de Mateus é uma sistematização. Isso é muito ilustrado no primeiro capítulo. O autor organiza os antepassados ​​de Jesus, de Abraão em, em três grupos de catorze anos cada. Como já observamos, ele omite vários nomes, a fim de fazer isso. Quatorze foi significativo como sendo o valor numérico das letras hebraicas em nome Davi. Jesus é, portanto, retratado como o Filho de Davi nesta genealogia real.

B. SEU NASCIMENTO (1: 18-25)

18 Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, ela se achou ter concebido do Espírito Santo. 19 E José, seu esposo, sendo um homem justo, e não estão dispostos para torná-la um exemplo público, estava disposto a deixá-la secretamente. 20 Mas, quando ele pensava nestas coisas, eis que um anjo do Senhor apareceu-lhe em sonho, dizendo: José, filho de Davi, não temer tomar a Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. 21 E ela dará à luz um filho; e lhe porás o nome de Jesus; pois é ele que salvará o seu povo dos seus pecados. 22 Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta:

23 Eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho,

E ele será chamado pelo nome de Emanuel;

que é, por interpretação, Deus conosco. 24 E José, despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua mulher; 25 e não a conheceu até que deu à luz um filho; e ele deu o nome de JESUS.

É típico de Mateus em sua experiência como um cobrador de impostos que mantiveram registros e fez relatos-de escrever baseado em abordagem de tipo comercial: . Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim Isso é uma forma de matéria-de-fato de dizer : Agora eu vou lhe contar a história do nascimento de Jesus.

Desposada (v. Mt 1:18) significa algo mais vinculativo do que o moderno "engajados". Entre os judeus era necessário um divórcio formal para romper um noivado. É por isso que José é chamado de "o marido" (v. Mt 1:19) e Maria ", tua mulher" (v. Mt 1:20) e "sua esposa" (v. Mt 1:24 ). A conta indica muito claramente que não tinham vivido juntos como marido e mulher. Afirma-se explicitamente que o anúncio de José da vinda do nascimento de Jesus foi feito antes de se ajuntarem (v. Mt 1:18 ). Mais uma vez, somos informados de que José, em obediência ao anjo, tomou para si a sua esposa (v. Mt 1:24 ). Assim, os termos "marido" e "mulher" não deve ser interpretada com literalidade moderna.

A expressão que ela foi encontrada com a criança (v. Mt 1:18) sugere a surpresa com que José fez a descoberta. É evidente que Maria não tinha revelado a ele o anúncio do anjo a ela (Lc 1:26 ). Pode-se entender muito bem a delicadeza da situação e sua reticência neste momento. Mas foi uma experiência muito chocante para José.

Para ele, não poderia, naturalmente, apenas uma explicação: sua noiva tinha sido infiel a ele. Para um judeu religioso do curso era clara: ele deve se divorciar de sua noiva. Mas José também era um homem amável e profundamente dedicado a Maria. Ele não iria expô-la a vergonha pública (v. Mt 1:19 ). Ao contrário, ele iria divorciar-se dela secretamente, o que poderia ser feito com um mínimo de duas testemunhas legais presentes.

A criança era do Espírito Santo (v. Mt 1:18 ). Assim faz Mateus emprestar muito brevemente apoio à declaração mais completa encontrada no Evangelho de Lucas. Não vemos que o anjo informou Maria que o Espírito Santo viria sobre ela eo poder do Altíssimo iria ofuscar-la, de modo que seu filho iria em um único sentido ser o Filho de Deus (Lc 1:35 ).

Assim como um anjo fez o anúncio a Maria, então agora um anjo apareceu a José em um sonho (v. Mt 1:20 ). O anjo dirigida José como filho de Davi. Esta foi a base sobre a qual esse título poderia ser dado a Jesus. Como filho adotivo de José Ele também foi o filho de Davi . Assim Sua descida legal de Davi veio através de José. O anjo assegurou a José que ele não precisa se ​​divorciar de Maria. Ele poderia tomá-la como sua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo . Assim José recebeu o mesmo anúncio que tinha sido feito a Maria antes. Era absolutamente necessário que ele, assim como ela, deve ter esta revelação divina.

A criança estava para ser nomeado Jesus (v. Mt 1:21 ). Este é o equivalente grego do hebraico "Josué". Significa "Jeová salva". Jesus iria salvar o seu povo dos seus pecados . Só aqui no Novo Testamento é o significado deste nome dado.

A linguagem da primeira parte deste versículo é uma reminiscência de Gn 17:19 . Aí Deus disse a Abraão que Sara teria um filho, que seria nomeado Isaque. O nascimento de Isaque para Sara em sua velhice era um milagre. Mas quanto maior era o milagre do nascimento virginal. Milagres são simplesmente Deus em ação na história.

No versículo 22 , encontramos a primeira de muitas declarações em Mateus que os acontecimentos relacionados com Jesus eram um cumprimento da profecia do Antigo Testamento. Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta . Foi Deus que fala, mas Ele falou por meio de Seu profeta (conforme He 1:1. ). Assim, o Novo Testamento declarar a inspiração divina do Velho. Esta fórmula introdutório para citar o Antigo Testamento ocorre uma dúzia de vezes neste Evangelho, mais freqüentemente do que em qualquer outro livro do Novo Testamento.

O versículo 23 é uma citação de Is 7:14 na Septuaginta (tradução grega do Antigo Testamento, feita cerca de 200 anos antes de Cristo). Há Isaías disse ao rei Acaz que Deus lhe daria um sinal. Uma jovem mulher-que é o significado da palavra hebraicaalmah -seria conceber e terás um filho. Antes que a criança chegou à idade da responsabilidade dos dois reis inimigos de Israel e da Síria seria cortado (Is 7:16 ), para que Judá seria salvo. Tudo isso aconteceu no tempo de Acaz, como um sinal para ele. Mas agora a previsão é pego em seu significado mais amplo, como uma profecia messiânica do nascimento virginal de Jesus. Isto é o que é chamado de telescópica característica da profecia. A maioria das passagens do Antigo Testamento teve um mais perto, cumprimento parcial no período do profeta. Mas eles também olhou para a frente para o seu cumprimento final e completo em Cristo e Seu reino. O reconhecimento deste princípio é absolutamente essencial para a compreensão da relação entre o Antigo eo Novo Testamento.

Nesta profecia ocorre o terceiro título para o que Vem. No primeiro verso Ele é designado como "o filho de Davi", o Messias que iria decidir sobre o trono de Davi e fufill graciosas promessas de Deus para que o bom rei. No versículo 21, Ele é chamado de "Jesus", o salvador do seu povo. Agora Ele é chamado Immanuel , o que significa Deus conosco .

Que nome gracioso para o Filho de Deus que se fez Filho do Homem. Jesus é Deus trouxe próximo. Ele veio à Terra para revelar o Pai celestial, cujo amor quiser salvar a todo ser humano. Ele habitou entre os homens que eles possam ver a Deus (Jo 14:9. ).

Quando José acordou na manhã seguinte, ele fez como o anjo do Senhor lhe ordenara (v. Mt 1:24 ). Sua obediência cumpriu o plano divino e finalidade. A vontade de Deus foi realizada por meio da cooperação do homem. Quantas vezes os homens não tentar frustrar os propósitos de Deus por sua recusa em obedecer? Jesus disse a Jerusalém: "Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos ... e vós não o quisestes" (Lc 13:34 ). A maior tragédia da vida humana é bênçãos divinas perdeu por causa da desobediência.

José tomou para si a sua esposa ; isto é, ele levou Maria para casa dele. Assim, ele aceitou-a publicamente como sua esposa. Ao fazê-lo, ele também aceitou a censura e difamação que seria lançado em seu rosto, como quem teve relações sexuais com a sua noiva antes do casamento. Ambos José e Maria tiveram que pagar um preço sacrificar sua onerosa reputação-in para ser servos de Deus na realização de Sua vontade.

A afirmação de que ele não a conheceu até que deu à luz um filho (v. Mt 1:25) implica que após o nascimento de Jesus, Maria e José tiveram relações conjugais completos. Isso provavelmente é confirmada pelas palavras do povo de Nazaré: "Não se chama sua mãe Maria? e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? "( Mt 13:55 ). A interpretação mais natural é que estes irmãos de Jesus eram filhos de Maria. Essa idéia também é sugerido na afirmação de que "ela deu à luz seu filho primogênito" (Lc 2:7. ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Mateus Capítulo 1 do versículo 1 até o 25
  • A providência fiel de Deus (1:1 -17)
  • A providência é o controle que Deus exerce sobre as circunstâncias a fim de que sua vontade prevaleça e que seus propósitos se cumpram. Pense nos ataques de Satanás contra Israel e em como ele tentou evitar a vinda de Cristo! Por causa da desobediência de Abraão, Sara quase se perdeu, e a semente prometida quase não se con-cretizou (Gn 12:10-20). Outra vez, todas as sementes reais foram mortas, com exceção do pequeno Joás (2Co 11:0); Rute (veja o relato de Rute); e Bate-Seba (v. 6; veja 2Sm 12:0).

    Claro que essa genealogia não está completa. Vários nomes foram deixados de fora. Os judeus adota-vam essa prática de deixar nomes sem importância de fora com a fi-nalidade de tornar mais fácil para a criança a memorização da gene-alogia. Três conjuntos Dt 14:0).

    De acordo com Deuteronô- mio 22:23-24, Maria poderia ter sido apedrejada. As indicações são de que os judeus não obedeciam a essa lei, mas, antes, permitiam que a parte inocente se divorcias-se do cônjuge infiel. José precisou de muita fé para crer na mensagem que Deus lhe enviou por sonho. Seu amor pelo Senhor e por Maria o predispôs a suportar reprovação por causa de Cristo. Imagine como os vi-zinhos devem ter falado! Jo 8:41 sugere que os judeus caluniavam o nascimento de Cristo, insinuando que ele era fruto de fornicação. Sa-tanás sempre atacou a veracidade do nascimento virginal, pois, quan-do faz isso, nega a pessoa e a obra de Cristo e a veracidade da Bíblia.

    O nome de Jesus significa "Sal-vador", a versão grega do nome hebraico Josué. No Antigo Testa-mento, temos dois homens, bastan-te conhecidos, cujo nome é Josué: Josué, o soldado que levou Israel a Canaã (veja o relato de Josué), e o sumo sacerdote Josué citado emZc 3:0. Leia Is 7:0 e a grega de Mt 1:23 só podem sig-nificar virgem.)

    Temos de admirar a obediên-cia imediata de José (v. 24). Ele foi cuidadoso em manter puro seu rela-cionamento com Maria. Na Bíblia, há apenas quatro formas de se obter um corpo: (1) sem homem ou mu-lher — como aconteceu com Adão, feito do pó da terra; (2) com um homem, mas sem mulher — como Eva, feita do lado de Adão; (3) com um homem e uma mulher — como nascem todos os seres humanos; ou (4) com uma mulher, mas sem um homem — como Jesus nasceu, com uma mãe terrena, mas sem pai biológico. Era importante que Jesus nascesse de uma virgem para que tivesse uma natureza humana sem pecado, concebida pelo Espírito Santo (veja Lc 1). Como ele pode-ría nascer de pai e mãe humanos, já que existia antes da criação do mundo? Cada novo bebê é um ser que nunca existiu antes. Os moder-nistas que negam o nascimento vir-ginal de Jesus negam sua divindade e sua deidade eternas. Ele é Deus ou um impostor.

    O verbo favorito de Mateus é "cumprir" (v. 22). Ele o usa mais de uma dezena de vezes, nos mais va-riados tempos verbais, a fim de pro-var que Jesus cumpriu as profecias das Escrituras do Antigo Testamento.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Mateus Capítulo 1 do versículo 1 até o 25
    1:1-17 Considera-se que a genealogia de Mateus cita a linhagem de José (conforme Lc 3:23 ss). Mateus, o evangelho do reino de Deus, mostra Jesus como o herdeira legitimo do trono de Israel; Lucas, o evangelho do Filho do homem, interessa-se pela descendência humana de nosso Senhor. A genealogia, como é o costume oriental, se demora apenas nos nomes mais conhecidos, mencionando 42 gerações num período de c. 2.000 anos. A divisão em três seções de 14 gerações, seria uma ajuda à memória. O primeiro grupo, de Abraão até Davi, c. 1.000 anos. O segundo, de Davi até o exílio na Babilônia, abrange c. 400 anos; o último (com José e Maria, representando a décima quarta geração), abrange c. 600 anos. Cada divisão é separada de acordo com as épocas básicas da história de Israel: a monarquia, o cativeiro, a vinda do Messias. Não se deve, aqui, procurar uma lista completa dos antepassados de Jesus; Esdras, por exemplo, omitiu seis gerações no seu relatório (conforme Ed 7:1-15 1Cr 6:3-13).

    1.18 Jesus foi concebido por obra e graça do Espírito Santo, e nasceu de Maria, sendo está ainda virgem. Sua conceição foi sobrenatural, não de semente humana, mas divina.
    1.21 E lhe porás o nome de Jesus. É a forma grega do heb Josué, yehôshua', que significa "O Senhor (Jeová) é a salvação".


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Mateus Capítulo 1 do versículo 1 até o 25
    A genealogia (1:1-17)

    Conforme Lc 3:23-42. Pode-se tomar como certo que as duas genealogias sejam de José; a de Mateus mostrando sua reivindicação legal ao trono, a de Lucas mostrando a sua real ascendência. O ponto de vista de que Lucas apresenta a genealogia de Maria conflita com a linguagem utilizada, parece ter sido desconhecido na igreja primitiva e atingiu proeminência somente por volta de 1490 d.C. (HDB, v. II, p. 138b). Conforme o NBD acerca da harmonização das genealogias; v. tb. Machen, p. 202-9.

    O objetivo principal da genealogia provavelmente não é tanto provar a reivindicação legal de Jesus ao trono davídico, e, sim, mostrar que ele não era um mero revelador da verdade divina, mas, muito mais, o clímax de um processo histórico conduzido divinamente. A menção das quatro mulheres (v. 3,5,6), todas sem atrativos para os padrões ortodoxos judaicos, deve ter sido incluída para neutralizar rumores infames acerca das circunstâncias do nascimento de Jesus nos círculos judaicos.

    O artifício de dividir a genealogia em três grupos Dt 14:0 e percebermos que Jesus nasceu entre um e dois anos antes da visita deles, não há grandes dificuldades.

    José era cidadão de Belém e, possivelmente, proprietário de um pequeno lote de terra lá; é por isso que ele foi para lá para o recenseamento (Lc 2:4); isso e o seu conhecimento de que o Messias precisaria nascer ali. Após a apresentação no templo, voltaram para Nazaré (Lc 2:39). José, provavelmente, deve ter vendido sua propriedade e voltado para Belém, crendo que o Messias precisava crescer na cidade de Davi. Depois de eles terem se estabelecido, vieram os magos, e então a história se desenrolou como está em Mateus.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 1 do versículo 1 até o 17

    INTRODUÇÃO

    O autor. Abundante testemunho histórico atribui este Evangelho a Mateus, o publicano, também chamado Levi por Marcos e Lucas. Dúvidas recentes quanto à autoria de Mateus são o produto de hipóteses levantadas para explicação do Problema Sinótico. Mas essas hipóteses não podem alterar o testemunho da igreja primitiva, cujos escritores citaram este Evangelho com mais freqüência do que qualquer outro. Considerando que Mateus não era particularmente destacado entre os Doze, e não havendo uma tendência especial para se exigir autoria apostólica dos Sinóticos (isto é, Marcos e Lucas), não existe nenhuma razão a priori para se lhe conferir a autoria do Evangelho se ele realmente não tivesse escrito.

    Na qualidade de ex-cobrador de impostos, Mateus estava bem qualificado para produzir tal evangelho. Seu conhecimento comercial de taquigrafia capacitou-o a registrar totalmente os discursos de Jesus. Sua familiaridade com os números reflete-se na sua freqüente menção de dinheiro, seu interesse em grandes quantias (Mt 18:24; Mt 25:15), e a sua preocupação com estatísticas em geral (Mt 1:17 por exemplo).

    Redação e Data. A grande freqüência de citações e alusões feitas a Mateus encontradas na Didaquê e nas Epístolas de Barnabé, Inácio, Justino Mártir e em outros escritos prova sua antiguidade e seu uso muito difundido. As conexões literárias deste Evangelho devem ser consideradas no que se relacionam aos outros Sinóticos, e também à luz da declaração de Papias que "Mateus escreveu as palavras no dialeto hebreu, e cada um interpretou como pôde" (Eusébio, História Eclesiástica 3.39). Muitos explicaram a declaração de Papias, dizendo que se referia a uma forma original do aramaico do qual se traduziu o nosso Evangelho Grego. Mas o nosso texto grego não tem as marcas de uma tradução, e a ausência de qualquer traço de um original aramaico lança pesadas dúvidas sobre tal hipótese. Goodspeed argumenta detalhadamente que seria contrário à prática grega dar a uma tradução grega o nome do autor do original aramaico, pois os gregos apenas se preocupavam com aquele que passava a obra para o grego. Como exemplos ele cita o Evangelho de Marcos (ele não foi chamado de Evangelho de Pedro) e o Velho Testamento Grego, que foi denominado Septuaginta (Os Setenta) segundo seus tradutores, não segundo seus autores hebreus (E. J. Goodspeed, Matthew. Apostle and Evangelist, pág. 105, 106). Assim, entende-se, segundo Papias, que Mateus registrou (taquigraficamente?) os discursos de Jesus em aramaico, e mais tarde recorreu às anotações quando redigiu seu Evangelho Grego. Ainda que seja certamente possível que Marcos fosse escrito primeiro, e que estivesse à disposição de Mateus, não houve nenhum uso servil desse Evangelho mais curto por parte de Mateus, e muitos têm argumentado pela completa independência desses dois livros.

    A data do Evangelho de Mateus deve ser anterior a 70 A.D., pois não encontramos nele nenhuma indicação de que Jerusalém estivesse em ruínas (sendo claramente proféticas todas as predições de sua destruição). Passagens tais como Mt 27:8 ("até ao dia de hoje") e Mt 28:15 (idem) exigem um intervalo de certa duração, mas quinze ou vinte anos após a Ressurreição seriam suficientes.

    Ênfase Especial. O estudo do seu conteúdo corrobora o testemunho de Irineu e Orígenes que declaram que Mateus foi escrito para os convertidos do judaísmo. Ele usa o Velho Testamento com mais freqüência do que os outros (Harmony of the Gospels de Robertson faz uma lista de 93 citações em Mateus, 49 em Marcos, 80 em Lucas e 33 em João). Muita atenção foi dispensada para demonstrar que Jesus preencheu a profecia messiânica e foi, portanto, o Messias de Israel, que estabeleceria o reino prometido. Este Evangelho se distingue pelos discursos que Mateus registrou em toda a sua extensão, enfatizando os princípios, o alcance e os movimentos do reino messiânico (Mt. 5-7; Mt 13:1; Mt 24:1-25 apresenta outra genealogia, aparentemente a de Maria, para mostrar a verdadeira ascendência consangüínea de Jesus, que também era da família de Davi.)


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 1 do versículo 7 até o 11

    7-11. Estes versículos mencionam reis, os quais todos também foram relacionados em 1Cr 3:10-16. Depois de Jorão, Mateus omite os nomes de Acazias, Joás e Amazias, e depois de Josias ele omite Joaquim. As omissões sem dúvida são devidas à sua intenção arbitrária de encurtar a lista para dar três grupos de quatorze, talvez para facilitar a memorização. Gerou indica descendência direta, mas não necessariamente uma descendência imediata. Jeconias, filho de Joaquim e neto de Josias, era considerado pelos judeus no exílio como seu último rei legítimo; e as profecias de Ezequiel são datadas com o nome dele, ainda que Zedequias, seu tio, fosse o seu sucessor.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
    I. O NASCIMENTO E INFÂNCIA DE JESUS CRISTO Mt 1:1-40; Sl 89:29, Sl 89:36-19). O fato que o texto a descreve nesta maneira sugere uma recordação intencional da sua relação ilícita com Davi.

    >Mt 1:7

    Salomão (7) é provável que esta genealogia não delineia a descendência natural, a qual se encontra em Lc 3:23-42, mas a linha real e legal, em virtude de que Jesus Cristo era herdeiro do trono de Davi. Ozias (8), isto é, Uzias (Is 6:1 e 2Cr 26:1), também chamado Azarias (2Rs 14:21). Três gerações são omitidas aqui (ver 1Cr 3:11-13), a fim de adaptar a genealogia ao plano do evangelista (ver vers. 17). Esta prática com genealogias era aceita, e não se admite por isto inexatidão. É possível que haja omissões também na primeira e terceira seções da genealogia (vers. 2-6,12-16). Jeconias (11), chamado também Joaquim (2Rs 24:8) e Conias (Jr 22:24-24); foi privado de descendência sobre o Trono de Davi (Jr 22:30). Desse modo Jesus Cristo não era descendente natural dele. A deportação para a Babilônia (11), se refere aos setenta anos do cativeiro.

    >Mt 1:16

    José, marido de Maria (16). As palavras são escolhidas com muito cuidado para evitar qualquer impressão de que José fosse o pai natural de Jesus Cristo. Como esposo de Maria, era pai legal, de sorte que o direito ao trono de Davi foi transmitido por ele. O casamento de José e Maria teve lugar depois da conceição, mas antes do nascimento de Jesus Cristo. Catorze gerações... catorze gerações... catorze gerações... (17). A genealogia foi agrupada propositadamente deste modo pelo evangelista, para facilidade de aprendê-la. A palavra grega oun, traduzida "de sorte que", implica uma ordem artificial. O sentido da frase é: "isto completa as gerações... entre as catorze gerações".


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Mateus Capítulo 1 do versículo 2 até o 25

    1. O Rei da Graça (Mateus 1:1-17)

    O livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.
    Para Abraão nasceu Isaque; e Isaque, Jacó; e Jacó, Judá e seus irmãos; e para Judá nasceram Perez e Zera por Tamar; e Perez nasceu Esrom; e Esrom, Ram; e Ram nasceu Aminadabe; e Aminadabe, Naasson; e Naasson, Salmon; e Salmon nasceu Boaz por Raabe; e Boaz nasceu Obede por Rute; e Obed, Jesse; e Jesse nasceu o rei Davi. E a Davi nasceu Salomão da que fora mulher de Urias; e a Salomão nasceu Roboão; e Roboão, Abias; e Abias, Asa; e Asa nasceu Josafá; e Jeosafá, Jorão; e Jorão, Uzias; e Uzias nasceu Jotão; e Jotão, Acaz; e Acaz, Ezequias; e Ezequias nasceu Manassés; e Manassés, Amon; e Amon, Josias; e Josias nasceram Jeconias e seus irmãos, no tempo da deportação para Babilônia.
    E depois da deportação para Babilónia, Jeconias para nasceu Salatiel; e Salatiel, Zorobabel; e Zorobabel nasceu Abiud; e Abiud, Eliaquim; e Eliakim, Azor; e Azor nasceu Sadoc; e Zadok, Achim; e Achim, Eliud; e Eliud nasceu Eleazar; e Eleazar, Matã; e Matã, Jacó; ea Jacó nasceu José, marido de Maria; por quem nasceu Jesus, que se chama Cristo.
    Por isso, todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e desde Davi até a deportação para Babilônia, catorze gerações; e da deportação para Babilônia até o tempo de Cristo, catorze gerações. (1: 1-17)

    Como discutido na introdução, um dos principais propósitos de Mateus, em seu evangelho, e o objetivo principal dos capítulos 1:2, é estabelecer direito de realeza de Israel de Jesus. Para qualquer observador honesto, e, certamente, para os judeus que sabia e cria suas próprias Escrituras, esses dois capítulos justificar a reivindicação de Jesus diante de Pilatos: "Tu dizes que eu sou rei Por isso eu ter nascido, e por isso vim. para o mundo "(Jo 18:37).

    Consistente com essa Proposito de revelar Jesus como o Cristo (Messias) eo Rei dos Judeus, Mateus começa o seu evangelho, mostrando a linhagem de Jesus a partir da linhagem real de Israel. Se Jesus é o de ser anunciado e proclamado rei deve haver prova de que Ele vem da família real reconhecido.

    Linha real do Messias começou com Davi. Por meio do profeta Natã, Deus prometeu que seria descendentes de Davi através de quem ele iria trazer o grande Rei que acabaria por reinar sobre Israel e estabelecer Seu reino eterno (2 Sam 7:12-16.). A promessa não foi cumprida em Salomão, filho de Davi, que o sucedeu, ou em qualquer outro rei que governou em Israel ou Judá; e as pessoas esperaram por outro nascer da linhagem de Davi para cumprir a profecia. No momento Jesus nasceu os judeus ainda estavam antecipando a chegada do monarca prometeu ea glória restaurada do reino.

    Preocupação dos judeus para pedigrees, no entanto, já existia muito antes de terem um rei. Depois que eles entraram em Canaã sob Josué e conquistaram a região Deus havia prometido a eles, a terra foi cuidadosa e precisamente dividido em territórios para cada tribo, exceto a tribo sacerdotal de Levi, para quem cidades especiais foram designados. A fim de saber onde viver, cada família israelita teve de determinar com precisão a tribo a que pertencia (veja Nm 26; 34-35.). E, a fim de se qualificar para a função sacerdotal, levita tinha que provar sua descendência de Levi. Após o retorno do exílio na Babilônia, alguns "filhos dos sacerdotes" não foram autorizados a servir no sacerdócio, porque "o seu registo ancestral ... não pôde ser localizado" (Esdras 2:61-62).

    A transferência de propriedade também necessário conhecimento exato da árvore genealógica (ver, por exemplo, Rute 3:4). Mesmo sob o domínio romano, o censo de judeus na Palestina foi baseada em pode ser visto a partir do fato de que José e Maria foram obrigados a se registrar em "Belém, porque ele [José] era da casa e família de Davi" tribo-as (Lc 2:4; Fp 3:1). Para os judeus, a identificação ea linha de descendência tribal eram o mais importante.

    É ao mesmo tempo interessante e significativo que, desde a destruição do Templo em AD 70 não existem genealogias que pode rastrear a ascendência de qualquer judeu que vive agora. A importância principal desse fato é que, para os judeus que ainda procuram o Messias, nunca poderia ser a sede da sua linhagem para Davi. Jesus Cristo é o último pretendente verificável ao trono de Davi, e, portanto, para a linha messiânica.

    Genealogia de Mateus apresenta uma linha descendente, a partir de Abraão através de Davi , através de José, para Jesus , que se chama Cristo . Genealogia de Lucas apresenta uma linha ascendente, a partir de Jesus e voltar através de Davi, Abraão, e até mesmo para "Adão, o filho de Deus" (Lucas 3:23-38). Registro de Lucas é, aparentemente, traçada a partir do lado de Maria, o Eli de Lc 3:23, provavelmente, ser pai-de-lei de José (muitas vezes referido como um pai) e, portanto, o pai natural de Maria. A intenção de Mateus é validar 'reivindicação real, mostrando Sua descida legal de Davi através de José, que era Jesus "Jesus legal, embora não natural, pai. A intenção de Lucas é traçar ascendência sangue real real de Jesus através de sua mãe, estabelecendo assim a Sua linhagem racial de Davi. Mateus segue a linhagem real através de Davi e Salomão, filho e sucessor do trono de Davi. Lucas segue a linhagem real através de Nathan, um outro filho de Davi. Jesus foi, portanto, o descendente de sangue de Davi através de Maria e o descendente legal de Davi através de José. Genealògica, Jesus era perfeitamente qualificado para assumir o trono de Davi.

    É essencial observar que em seu nascimento virginal de Jesus não só foi divinamente concebido, mas através desse milagre foi protegido da desqualificação régio por causa de José de ser um descendente de Jeconias (v. 12). Por causa da maldade que do rei, Deus havia declarado de Jeconias (também chamado Joaquim ou Jeconias), que, embora fosse na linhagem de Davi, "nenhum homem de seus descendentes irão prosperar, sentado no trono de Davi ou governar novamente em Judá" (Jr 22:30). Essa maldição teria impedido direita de Jesus a realeza tinha Ele foi o filho natural de José, que estava na linha de Jeconias. Descida legal de Jesus a partir de Davi, que sempre foi rastreada através do pai, veio através de Jeconias para José. Mas Sua descida de sangue, e Seu direito humano para governar , veio por meio de Maria, que não estava na linhagem de Jeconias. Assim, a maldição sobre a descendência de Jeconias foi contornada, mantendo ainda o privilégio real.

    O livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. (1: 1)

    Biblos ( livro ) também pode se referir a um registro ou conta, como é o caso aqui. Mateus está dando um breve registro de genealogia ( Gênesis ", início, origem") de Jesus Cristo. Jesus é a partir do equivalente grego de Jesuá, ou Jehoshua, que significa "Jeová (Yahweh) salva". Era o nome que o anjo disse a José para dar ao Filho, que havia sido milagrosamente concebido em sua esposa, Maria, porque este que em breve iria nascer seria de fato "salvará o seu povo dos seus pecados" (Mt 1:21). Christos ( Cristo ) é a forma grega do hebraico Mashiah (Eng., messias), que significa "ungido". Os profetas de Israel, sacerdotes e reis eram ungidos, e Jesus foi ungido como todos os três. Ele era o Ungido, o Messias, a quem os judeus esperavam muito tempo para vir como seu grande libertador e monarca.

    No entanto, por causa de sua incredulidade e incompreensão das Escrituras, muitos judeus se recusaram a reconhecer Jesus como o Cristo, o Messias. Alguns rejeitaram pela simples razão de que seus paiseram conhecidos por eles. Quando voltou para sua cidade natal de Nazaré Ele "começou a ensinar o povo na sinagoga, de modo que eles se tornaram espantará, e disse: 'Onde é que este homem esta sabedoria, e estes poderes milagrosos? Não é este o filho do carpinteiro? Não é ? chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas E suas irmãs, nem todos eles estão com a gente? '"(13 54:40-13:56'>Mat. 13 54:56). Em outra ocasião, outros em Jerusalém diziam de Jesus: "Os governantes realmente não sei que este é o Cristo, que eles No entanto, sabemos que esse homem é de;?, Mas sempre que o Cristo pode vir, ninguém sabe onde ele está a partir de "(João 7:26-27). Um pouco mais tarde, "Alguns dentre o povo, ouvindo estas palavras, estavam dizendo:" Este certamente é o Profeta. " Outros diziam: 'Este é o Cristo ". Outros ainda diziam: 'Certamente o Cristo não virá da Galiléia, é Ele? "(João 7:40-41). Ainda outros, melhor ensinado nas Escrituras, mas desconhecem linhagem e local de nascimento de Jesus, disse: "Não diz a Escritura que o Cristo vem da descendência de Davi, e de Belém, a aldeia de onde era Davi?" (V. 42).

    A genealogia estabelece linhagem real do Messias. A intenção de Mateus não é ter a divagar leitor em um estudo de cada pessoa na lista, mas é mostrar que todas essas pessoas apontam para a realeza de Cristo.

    O Rei da Graça

    Mesmo assim, a partir de genealogia de Mateus aprendemos mais do que a linhagem de Jesus. Vemos também reflexões bonitas da graça de Deus. Jesus foi enviado por um Deus de graça para ser um rei da graça. Ele não seria um rei da lei e da força de ferro, além de um rei da graça. Suas credenciais reais testemunhar da graça real. E o povo que Ele escolheu para serem seus antepassados ​​revelar a maravilha da graça, e dar esperança a todos os pecadores.
    A graciosidade deste Rei e do Deus que o enviou pode ser visto na genealogia em quatro lugares e formas. Vamos olhar para estes em lógica, ao invés de cronológica, ordem.

    A Graça de Deus oe Visto na escolha de Uma Mulher

    E para Jacó nasceu José, marido de Maria; por quem nasceu Jesus, que se chama Cristo. (1:16)

    Deus mostrou a Sua graça a Maria, escolhendo-a para ser a mãe de Jesus. Embora descendentes da linhagem real de Davi, Maria era uma jovem comum, desconhecido. Contrariamente às afirmações de sua própria concepção imaculada (ela sendo concebido milagrosamente no ventre de sua mãe), Maria era tanto um pecador como todos os outros seres humanos já nascidos. Ela era provavelmente muito melhor, moral e espiritualmente, do que a maioria das pessoas de sua época, mas ela não tinha pecado. Ela estava profundamente devoto e fiel ao Senhor, como ela demonstrada por sua resposta humildes e submissos ao anúncio do anjo (Lc 1:38).

    Maria precisava de um Salvador, como ela mesma reconheceu logo no início de sua canção de louvor, muitas vezes chamado de Magnificat: "Minha alma exalta o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador Pois Ele tem tido em conta para o estado humilde. de Seu servo "(Lucas 1:46-48). As noções de seu ser co-redentora e co-mediador com Cristo são totalmente anti-bíblica e nunca foram uma parte da doutrina da igreja primitiva. Essas idéias heréticas entrou na igreja vários séculos mais tarde, por meio de acomodações para os mitos pagãos que se originaram nas religiões de mistério da Babilônia.

    Ninrode, neto de Cão, um dos três filhos de Noé, fundou as grandes cidades de Babel (Babilônia), Erech, Accad, Calneh, e Nínive (Gn 10:10-11). Foi em Babel que o primeiro sistema organizado de idolatria começou com a torre construída lá. A esposa de Nimrod, Semiramis, se tornou o primeiro grande sacerdotisa de idolatria, Babilônia e se tornou a fonte de todos os sistemas do mal da religião. Nos últimos dias, "a grande prostituta" vai ter escrito em sua testa, "a grande Babilônia, a mãe das prostituições e das abominações da terra" (Ap 17:5) e depois a Roma. Pelo século IV AD muito do paganismo politeísta de Roma tinha encontrado o seu caminho para a igreja. Foi a partir dessa fonte que as idéias de Quaresma, da imaculada concepção de Maria, e de ela ser a "rainha do céu" se originou. Nas lendas pagãs, Semiramis foi milagrosamente concebido por um raio de sol, e seu filho, Tamuz, foi morto e ressuscitou dos mortos depois de quarenta dias de jejum por sua mãe (a origem da Quaresma). As mesmas lendas básicos foram encontrados nas religiões de contrapartida em todo o mundo antigo. Semiramis foi conhecida também como Ashtoreth, Isis, Afrodite, Vênus, e Ishtar. Tammuz era conhecido como Baal, Osíris, Eros e Cupido.

    Esses sistemas pagãos havia infectado Israel séculos antes da vinda de Cristo. Foi a Ishtar, a "rainha dos céus" que os israelitas exilados ímpios e rebeldes no Egito insistiu em transformar (Jer. 44: 17-19; conforme Jr 7:18). Enquanto exilado na Babilônia com seus companheiros judeus, Ezequiel teve uma visão do Senhor sobre as "abominações" alguns israelitas estavam cometendo mesmo no templo de Jerusalém práticas que incluíam "chorando por Tamuz" (13 26:8-14'>Ez. 8: 13-14). Aqui vemos algumas das origens do culto da mãe-filho, o que chamou a Maria ao seu alcance.

    A Bíblia não sabe nada da graça de Maria, exceto o que ela recebeu do Senhor. Era o receptor, nunca o distribuidor, de graça. A tradução literal de "um favorecida" (Lc 1:28) é "um dotado de graça."Assim como todo o resto da humanidade caída, Maria precisava de graça e de salvação de Deus. É por isso que ela "alegra em Deus, [ela] Salvador" (Lc 1:47). Ela recebeu uma medida especial de graça do Senhor por ser escolhida para ser a mãe de Jesus; mas ela nunca foi uma fonte de graça. A graça de Deus escolheu uma mulher pecadora ter o privilégio inigualável de dar à luz o Messias.

    A Graça de Deus e Vista por ele ser descendentes de dois homens

    O livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. (1: 1)

    Tanto Davi e Abraão eram pecadores, mas pela graça de Deus eles eram ancestrais do Messias, o Cristo .

    Davi pecou terrivelmente em cometer adultério com Bate-Seba e depois agravado o pecado por ter seu marido, Urias, morto para que ele pudesse se casar com ela. Como um guerreiro que tinha abatido inúmeros homens, e por essa razão não foi autorizado a construir o templo (1Cr 22:8; 20: 1-18). Ao fazê-lo, ele trouxe vergonha para Sara, sobre si mesmo e sobre o Deus em quem ele acreditava, e que ele alegou para servir.

    No entanto, Deus fez a Abraão o pai de seu povo escolhido, Israel, de quem iria surgir o Messias; e Ele fez Davi pai da linhagem real de quem o Messias iria descer. Jesus era o Filho de Davi por descendência real e filho de Abraão por descendência racial.

    A graça de Deus também se estendeu para os descendentes de intervenção desses dois homens. Isaque era o filho da promessa, e um tipo de Salvador sacrificial, sendo ele próprio ofereceu voluntariamente a Deus (Gn 22:1-13). Deus deu o nome do filho de Isaque, Jacó, (mais tarde renomeada Israel) ao Seu povo escolhido. Os filhos de Jacó (Judá e seus irmãos) tornaram-se chefes das tribos de Israel. Todos esses homens eram pecadores e, por vezes, eram fracos e infiel. Mas Deus estava continuamente fiel a eles, e Sua graça estava sempre com eles, mesmo em tempos de repreensão e disciplina.

    Salomão, filho e sucessor de Davi ao trono, foi pacífica e sábio, mas também de muitas maneiras tolo. Ele semeou sementes de tanto a corrupção interna e espiritual ao se casar com centenas de mulheres-a maioria deles de países pagãos em todo o mundo daquela época. Eles transformaram o coração de Salomão, e os corações de muitos outros israelitas, longe do Senhor (I Reis 11:1-8). A unidade de Israel foi quebrado, e logo tornou-se o reino dividido. Mas a linha real permaneceu intacta, e promessa de Deus de Davi, finalmente, foi cumprido. A graça de Deus prevaleceu.

    Um olhar cuidadoso sobre os descendentes tanto de Abraão e de Davi (vv. 2-16) revelam que as pessoas que muitas vezes eram caracterizadas por infidelidade, a imoralidade, idolatria e apostasia. Mas trato de Deus com eles sempre se caracterizou pela graça. Jesus Cristo, o filho de Davi, filho de Abraão , foi enviado para superar as falhas de ambos os homens e de todos os seus descendentes, e para realizar o que nunca poderia ter realizado. O Rei da graça veio através da linha de dois homens pecadores.

    A Graça de Deus visto na história de Três Eras

    Por isso, todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e desde Davi até a deportação para Babilônia, catorze gerações; e da deportação para Babilônia até o tempo de Cristo, catorze gerações. (1:17)

    Do resumo da genealogia de Mateus, vemos a graça de Deus agindo em três períodos ou eras, da história de Israel.
    O primeiro período, desde Abraão até Davi , foi a dos patriarcas, e de Moisés, Josué, e os juízes. Foi um período de peregrinação, de escravidão em uma terra estrangeira, de libertação, de tomada de aliança e lei-doação, e da conquista e da vitória.

    O segundo período, desde Davi até a deportação para Babilônia , foi a da monarquia, quando Israel, depois de ter insistido em ter reis humanos como todas as nações ao redor deles, descobriram que aqueles reis mais vezes levou-os para longe de Deus e em apuros do que para Deus e em paz e prosperidade. Esse foi um período de declínio quase ininterrupta, degenerescência, a apostasia, e tragédia.Houve derrota, conquista, o exílio, e a destruição de Jerusalém e seu Templo. Apenas em Davi, Josafá, Ezequias e Josias vemos muitas provas de piedade.

    O terceiro período, desde a deportação para Babilônia até o tempo de Cristo , foi o de cativeiro, o exílio, a frustração, e do tempo de marcação. A maioria dos homens Mateus menciona neste período de Salatiel para Jacó o pai de José-são desconhecidos para nós para além desta lista. É um período envolta em grande parte nas trevas e caracterizada em grande parte pela inconseqüência. Foi Dark Eras de Israel.

    No entanto, a graça de Deus estava agindo em nome de seu povo através de todos os três períodos. A genealogia nacional de Jesus é um dos glória misturado e pathos, heroísmo e desgraça, notoriedade e obscuridade. Israel sobe, desce, estagna, e, finalmente, rejeita e crucifica o Messias que Deus enviou para eles. Mas Deus, em Sua infinita graça, mas enviou o Seu Messias através deles.

    A Graça de Deus Visto na inclusão de quatro mulheres de outras nações

    e para Judá nasceram Perez e Zera por Tamar; e Perez nasceu Esrom; e Esrom, Ram; e Ram nasceu Aminadabe; e Aminadabe, Naasson; e Naasson, Salmon; e Salmon nasceu Boaz por Raabe; e Boaz nasceu Obede por Rute; e Obed, Jesse; e Jesse nasceu o rei Davi. E a Davi nasceu Salomão da que fora mulher de Urias. (1: 3-6)

    Genealogia de Mateus nos mostra também a obra da graça de Deus em sua escolha quatro ex-párias, cada um deles mulheres (as únicas mulheres listadas até que a menção de Maria), por meio de quem o Messias e Rei grande desceria. Essas mulheres são ilustrações excepcionais da graça de Deus e estão incluídos, por esse motivo na genealogia que o contrário é que todos os homens.
    O primeiro foi proscrito Tamar , filha-de-lei cananeu de Judá . Deus tomou a vida de seu marido, Er, e de seu próximo irmão mais velho, Onan, por causa de sua maldade. Judá, em seguida, prometeu a jovem viúva, sem filhos que seu terceiro filho, Shelab, se tornaria seu marido e suscitar filhos em nome de seu irmão quando ele cresceu. Depois de Judá não conseguiu manter essa promessa, Tamar se disfarçou de prostituta e enganado em ter relações sexuais com ela. Dessa união ilícita nasceram filhos gêmeos, Perez e Zera . A história sórdida se encontra em Gênesis 38. À medida que aprendemos a partir da genealogia, Tamar e Perez se juntou Judah na linha messiânica. Apesar de prostituição e incesto, a graça de Deus caiu em todas as três dessas pessoas que não merecem, incluindo uma prostituta Gentil desesperado e enganoso.

    A segunda pária também era uma mulher e um gentio. Ela, também, era culpado de prostituição, mas para ela, ao contrário de Tamar, que era uma profissão. Raabe , um habitante de Jericó, protegeu os dois homens israelitas Josué tinha enviado a espiar a cidade. Ela mentiu para os mensageiros do rei de Jericó, a fim de salvar os espiões; mas por causa de seu medo de ele e ela ato de bondade para com seu povo, Deus poupou sua vida e as vidas de sua família quando Jericho foi cercada e destruída (Josh. 2: 1-21; 6: 22-25). A graça de Deus não só poupou-lhe a vida, mas trouxe-a para a linha messiânica, como a esposa de Salmon e mãe dos piedosos Boaz , que era o bisavô de Davi.

    O terceiro foi proscrito Rute , a esposa de Boaz . Como Tamar e Raabe, Rute era um gentio. Depois de seu primeiro marido, um israelita, tinha morrido, ela voltou para Israel com a mãe-de-lei, Naomi. Rute era uma mulher temente a Deus, amoroso e sensível, que havia aceitado o Senhor como seu próprio Deus. Seu povo, os moabitas eram pagãos, o produto das relações incestuosas de Ló com suas duas filhas solteiras. A fim de preservar a linhagem da família, porque não tinham maridos ou irmãos, cada uma das filhas tiveram seu pai bêbado e fez com que ele tem, sem saber, relações sexuais com elas. O filho produzido pela união de Ló com sua filha mais velha foi Moab, pai de um povo que se tornou um dos inimigos mais implacáveis ​​de Israel. Mahlon, o homem israelita que se casou com Rute , fê-lo em violação da lei de Moisés (Dt 7:3) e muitos escritores judeus dizem que sua morte precoce, e de seu irmão, era um juízo divino sobre a sua desobediência. Embora ela era uma moabita e ex-pagã, sem direito a se casar com um israelita, a graça de Deus não só trouxe Rute na família de Israel, mas, mais tarde, através de Boaz, na linhagem real. Ela tornou-se a avó de Israel de grande Rei Davi.

    A quarta proscrito foi Bate-Seba. Ela não é identificado na genealogia pelo nome, mas é mencionado apenas como a esposa de Davi e da ex- mulher de Urias . Como já mencionado, Davi cometeu adultério com ela, teve seu marido enviado para a frente de batalha para ser morto, e, em seguida, tomou como sua própria esposa. O filho produzido pelo adultério morreu na infância, mas o próximo filho nascer para eles era Solomon (2 Sam. 11: 1-27; 2Sm 12:14, 2Sm 12:24), sucessor do trono e continuador da linha messiânica de Davi. Pela graça de Deus, Bate-Seba tornou-se a esposa de Davi, a mãe de Salomão, e um antepassado do Messias.

    A genealogia de Jesus Cristo é infinitamente mais do que uma lista de nomes antigos; é ainda mais do que uma lista de antepassados ​​humanos de Jesus. Ele é um belo testemunho da graça de Deus e ao ministério de Seu Filho, Jesus Cristo, o amigo dos pecadores, que "não vim chamar os justos, mas os pecadores" (Mt 9:13). Se Ele chamou os pecadores por graça de sermos Seus antepassados, deveríamos nos surpreender quando Ele os chama pelo graça de sermos Seus descendentes? O Rei apresentado aqui é verdadeiramente o Rei de graça!

     

    2. O nascimento virginal (Mateus 1:18-25)

    Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim. Quando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. E José, seu esposo, sendo um homem justo, e não querendo desonrar ela, desejada para deixá-la secretamente. Mas quando ele tinha considerado isso, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonho, dizendo: "José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que foi nela foi gerado é . do Espírito Santo E ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele é o que salvará o seu povo dos seus pecados ". Ora, tudo isso aconteceu que o que foi dito pelo Senhor por intermédio do profeta que se cumprisse, dizendo "Eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel", que traduzido significa " Deus conosco. " E José, despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua esposa, e manteve virgem até que ela deu à luz um filho; e ele pôs o nome de Jesus. (1: 18-25)

    A história bíblica registra alguns nascimentos incríveis e espetaculares. O nascimento de Isaque a uma mulher que era estéril quase cem anos de idade, que estava rindo com a idéia de ter um filho, era um evento milagroso. O ventre da esposa estéril de Manoá foi aberta e ela deu à luz Sansão, que era transformar um leão dentro para fora, matar mil homens, e puxe para baixo um templo pagão. O nascimento de Samuel, o profeta e Ungidor dos reis, para a Hannah estéril, cujo ventre o Senhor lhe havia cerrado, revelou providencial poder divino. Isabel era estéril, mas através do poder de Deus, ela deu à luz a João Batista, de quem Jesus disse que não tinha ainda sido ninguém maior "entre os nascidos de mulher" (Mt 11:11). Mas o nascimento virginal do Senhor Jesus supera tudo isso.

    Fantasia e mitologia ter falsificado o nascimento virginal de Jesus Cristo com uma proliferação de contas falsas destinadas a minimizar o Seu nascimento absolutamente única.

    Por exemplo, os romanos acreditavam que Zeus impregnado Semele sem contato e que ela concebeu Dioniso, senhor da terra. Os babilônios acreditavam que Tammuz (ver Ez 8:14.) Foi concebida nos Semiramis sacerdotisa por um raio de sol. Em uma história antiga Suméria / Accadian inscrito numa parede, Tukulti II (890-884 AC ) contou como os deuses criou no ventre de sua mãe. Foi ainda alegado que a deusa da procriação supervisionou a concepção do Rei Senaqueribe (705-681 AC ). Na concepção de Buda, sua mãe supostamente viu um grande elefante branco entrar em seu ventre. Hinduísmo afirmou que a Vishnu divina, depois de reencarnações como um peixe, tartaruga, javali, e leão, desceu para o útero de Devaki e nasceu como seu filho Krishna. Há até mesmo uma lenda que Alexandre, o Grande, foi nascido de uma virgem pelo poder de Zeus através de uma cobra que impregnado sua mãe, Olímpia. Satanás criou muitos mais desses mitos para falsificar o nascimento de Cristo, a fim de fazê-lo parecer ou comum ou lendária.

    A ciência moderna ainda fala de partenogênese, que vem de um termo grego que significa "nascimento virginal" No mundo das abelhas, ovos não fertilizados se desenvolvem em drones, ou machos.Partenogênese Artificial tem sido bem sucedido com os ovos não fertilizados de bichos. Os ovos de ouriços do mar e vermes marinhos começaram a desenvolver-se quando colocados em várias soluções salinas. Em 1939 e 1940, os coelhos foram produzidos (todos do sexo feminino), através de químicos e temperatura influências sobre óvulos. Nada disso jamais chegou perto de contabilidade para os seres humanos; todos esses partenogênese é impossível dentro da raça humana. A ciência, como mitologia, não tem explicação para o nascimento virginal de Cristo. Ele não era nem apenas o filho de uma mulher que era estéril, nem uma aberração da natureza. Até o claro testemunho da Escritura, Ele foi concebido por Deus e nascido de uma virgem.

    No entanto, as pesquisas religiosas tomadas ao longo dos últimos várias gerações revelam o impacto da teologia liberal em um declínio acentuado e contínuo na porcentagem de cristãos professos que acreditam no nascimento virgem, e, portanto, na divindade, de Jesus Cristo. É de se perguntar por que eles querem ser identificados com uma pessoa que, se o seu julgamento Dele fosse correta, tinha que ter sido enganado ou enganosa ou-uma vez que todos os quatro evangelhos explicitamente ensinam que Jesus considerava-se mais do que um homem. É evidente a partir do resto do Novo Testamento, bem como a partir de registros históricos, que Jesus, seus discípulos, e todos da igreja primitiva o segurou para ser outro senão o divino Filho de Deus. Mesmo os seus inimigos sabiam que Ele alegou tal identidade (João 5:18-47).

    A personalidade religiosa popular disse em uma entrevista há alguns anos que ele não poderia em forma impressa ou em público negar o nascimento virginal de Cristo, mas que nem ele poderia pregar ou ensinar. "Quando eu tenho algo que eu não consigo entender", ele explicou: "Eu simplesmente não lidar com isso." Mas ignorar o nascimento virginal é ignorar a divindade de Cristo. E ignorar a Sua divindade é o mesmo que negar. Encarnação real exige um nascimento virginal real.

    Mas tal descrença não deveria nos surpreender. A incredulidade tem sido maior problema do homem desde a queda, e sempre foi vista maioria do homem. Mas "E então?" Paulo pergunta. "Se alguns não creram, a incredulidade deles não vai anular a fidelidade de Deus, será que vai Mas longe esteja Em vez disso, seja Deus verdadeiro, e todo homem seja achado mentiroso?!" (Rom. 3: 3-4) . Cada fiel profeta, pregador, ou o professor em algum momento pediu com Isaías e Paulo: "Senhor, quem deu crédito à nossa pregação?" (Rm 10:16; conforme Is 53:1).

    Certamente não é por acaso, portanto, que o início do Evangelho de Mateus, no início do Novo Testamento, é dedicado a estabelecer tanto a humanidade real e da divindade de Jesus Cristo. Além de Jesus "ser humano e divino, não há evangelho. A encarnação de Jesus Cristo é a verdade central do cristianismo. Toda a superestrutura da teologia cristã é construído sobre ele. A essência eo poder do evangelho é que Deus se fez homem e que, por ser ao mesmo tempo totalmente Deus e totalmente homem, Ele era capaz de reconciliar os homens com Deus. Nascimento virginal de Jesus, Sua substitutiva morte expiatória, ressurreição, ascensão e retorno são todos os aspectos essenciais da sua divindade. Eles permanecer ou cair juntos. Se algum desses ensinamentos-todos claramente ensinada no Novo Testamento-for rejeitada, todo o evangelho é rejeitada. Nada faz sentido, ou poderia ter qualquer significado ou poder, para além dos outros. Se essas coisas não eram verdadeiras, mesmo ensinamentos morais de Jesus seria suspeito, porque se Ele deturpou quem Ele era por preposterously reivindicando igualdade com Deus, como pode qualquer coisa que ele disse que é confiável? Ou se os escritores do evangelho deturpado quem Ele era, por que nós confio sua palavra sobre qualquer outra coisa que ele disse ou fez?

    Certa vez, Jesus perguntou aos fariseus uma pergunta sobre si mesmo que os homens têm perguntado em cada geração desde então: "O que você pensa a respeito do Cristo, quem é filho" (Mt 22:42). Essa é a pergunta Mateus responde no primeiro capítulo deste evangelho. Jesus é o Filho humano do homem e do divino Filho de Deus.

    Como vimos, os primeiros dezessete versículos dão linhagem seu humana de Jesus ascendência real de Abraão através de Davi e através de José, seu pai humano legal. Os líderes judeus da época do Novo Testamento reconheceram que o Messias seria da linhagem real de Davi; mas, na maioria das vezes, eles concordaram em pouco mais do que isso a respeito dele.
    A história nos informa que até mesmo os fariseus conservadores não acreditam que o Messias seria divino. Se Jesus não tivesse reivindicado a ser mais do que o filho de Davi, Ele pode ter começado a convencer alguns dos líderes judeus de Sua messianidade. Uma vez que ele afirmou ser Deus, no entanto, eles rejeitaram imediatamente. Muitas pessoas ainda hoje estão dispostos a reconhecê-lo como um grande professor, um modelo de alto caráter moral, e até mesmo um profeta de Deus. Eram Ele não mais do que essas coisas, no entanto, Ele não poderia ter conquistado o pecado, a morte, Satanás. Em suma, ele não poderia ter salvo o mundo. Ele também teria sido culpado de grosseiramente deturpar a Si mesmo.
    É interessante que alguns intérpretes condescendentes do Novo Testamento reconhecem que Mateus e outros escritores acreditavam sinceramente e ensinou que Jesus foi concebido por obra do Espírito Santo, que Ele não tinha pai humano. Mas, segundo eles, aqueles homens eram incultos e cativo para as superstições habituais e mitos de suas épocas. Eles simplesmente pegou nas muitas lendas nascimento virgem que eram comuns no mundo antigo e adaptou-os para a história do evangelho.
    É verdade que as religiões pagãs daquele dia, como os de Semiramis e Tammuz, teve mitos de vários tipos que envolvem concepções milagrosas. Mas o caráter imoral e repulsivo dessas histórias não podem ser comparados com os relatos evangélicos. Essas histórias são falsificações vis de Satanás de pura verdade de Deus. Porque o nascimento virginal de Jesus Cristo é fundamental para o evangelho, é uma verdade que falsos sistemas, satânico da religião vai negar, falsificado, ou deturpar.
    O relato de Mateus da concepção divina de Jesus é fácil e simples. É dado como história, mas a história que só poderia ser conhecido pela revelação de Deus e realizada por milagre divino. É essencial para a encarnação.
    Depois de estabelecer a linhagem humana de Jesus a partir de Davi, Mateus passa a mostrar a Sua divina "linhagem". Esse é o propósito de versículos 18:25, que revelam cinco verdades distintas sobre o nascimento virginal de Cristo. Nós vemos o nascimento virginal concebido, confrontado, esclareceu, conectado, e consumado.

    O nascimento virginal

    Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim. Quando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. (1:18)

    Embora por si só não provar autoria divina, o próprio fato de que a conta da concepção divina de Jesus é dada em apenas um versículo sugere fortemente que a história não era feita pelo homem.Simplesmente não é próprio da natureza humana para tentar descrever algo tão absolutamente importante e maravilhosa em um breve espaço. Nossa inclinação seria expandir, elaborar, e tentar dar todos os detalhes possíveis. Mateus continua a dar informações adicionais relacionadas com o nascimento virginal, mas o fato de que é dada em uma frase-a primeira frase do verso 18 ser meramente introdução.Dezessete versos são dadas à listagem genealogia humana de Jesus; mas apenas parte de um verso de Sua genealogia divina. Em Sua divindade "desceu" de Deus por um ato miraculoso e nunca repetida do Espírito Santo; ainda o Espírito Santo não faz nada mais do que afirmar com autoridade o fato. A fabricação humana chamaria para o material muito mais convincente.

    Nascimento é da mesma raiz grega como "genealogia" no versículo 1, indicando que Mateus está aqui dando um relato paralelo de ascendência-este tempo de Jesus a partir do lado de Seu Pai.

    Temos poucas informações sobre Maria . É provável que ela era natural de Nazaré e que ela veio de uma família relativamente pobre. De Mt 27:56, Mc 15:40 e Jo 19:25 aprendemos que ela tinha uma irmã chamada Salomé, a mãe de Tiago e João (que, portanto, eram primos de Jesus). De Lucas 3 recebermos sua linhagem de Davi. Se, como muitos acreditam, o Eli (ou Heli) de Lc 3:23 era o pai-de-lei de José (Mateus dá o pai de José, como Jacó, 1:16), em seguida, Eli era o pai de Maria. Sabemos que Elisabete, a esposa de Zacarias, era "parente" de Maria (Lc 1:36), provavelmente seu primo.Esses são os únicos parentes, além de seu marido e filhos, de quem o Novo Testamento fala.

    Maria era uma mulher temente a Deus que se mostrou sensível e submisso à vontade do Senhor. Após o anúncio do anjo Gabriel de que ela seria a mãe de "Filho de Deus", disse Maria, "eis que o servo do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra "(Lucas 1:26-38). Maria também estava acreditando. Ela se perguntava como podia conceber: "Como pode ser isso, já que eu sou virgem" (Lc 1:34). Mas ela nunca questionou o anjo foi enviado por Deus ou que o que ele disse era verdade. Elisabete, "cheio do Espírito Santo", testemunhou de Maria, "Bem-aventurada aquela que acreditou que teriam cumprimento do que havia sido falado com ela pelo Senhor" (v. 45). Humilde reverência, gratidão e amor de Maria para Deus é visto em sua magnífica Magnificat, como Lucas 1:46-55 é muitas vezes chamado. Começa: "Minha alma exalta o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador ... porque o Poderoso fez em mim grandes coisas;. E santo é o seu nome" (vv 47, 49.).

    Sabemos ainda menos de José do que de Maria. O nome de seu pai era Jacó (Mt 1:16), e ele era um artesão, um operário da construção civil ( TEKTON ), provavelmente um carpinteiro (Mt 13:55).Mais importante ainda, ele era um "homem justo" (1:19), um santo do Antigo Testamento.

    É possível que tanto José e Maria eram muito jovens quando eles estavam noivos . As raparigas eram muitas vezes prometida tão jovem quanto doze ou treze anos, e os meninos quando eles estavam vários anos mais velhos do que isso.

    Por costume judaico, um noivado significou mais do que um compromisso no sentido moderno. Um casamento hebraico envolveu duas fases, a kiddushin (noivado) eo huppah (cerimônia de casamento). O casamento foi quase sempre arranjado pelas famílias dos noivos, muitas vezes sem consultá-los. Um contrato foi feito e foi selado com o pagamento dos mohar , o preço dote ou noiva, que foi paga pelo noivo ou sua família para o pai da noiva. O mohar serviu para compensar o pai para as despesas do casamento e para fornecer um tipo de seguro para a noiva no caso de o noivo ficou insatisfeito e divorciou-se dela. O contrato foi considerado vinculativo, logo que ele foi feito, e o homem ea mulher foram considerados legalmente casados, embora a cerimônia de casamento ( huppah ) e consumação muitas vezes não ocorreu até o máximo de um ano depois. O período de noivado serviu como um tempo de provação e teste de fidelidade. Durante esse período, a noiva eo noivo normalmente tinha pouca, ou nenhuma, o contato social com o outro.

    José e Maria tinham experimentado nenhum contato sexual com o outro, como a frase antes de se ajuntarem indica. A pureza sexual é altamente considerada nas Escrituras, em ambos os testamentos. Deus dá grande valor à abstinência sexual fora do casamento e da fidelidade sexual dentro do casamento. A virgindade de Maria era uma evidência importante de sua piedade. A razão para questionar D.C sua concepção de Gabriel foi o fato de que ela sabia que ela era virgem (Lc 1:34). Este testemunho protege da acusação de que Jesus nasceu de um outro homem.

    Mas a virgindade de Maria protegido muito mais do que seu próprio caráter moral, reputação e legitimidade do nascimento de Jesus. Ele protegeu a natureza do divino Filho de Deus. A criança nunca é chamado o filho de José; José nunca é chamado o pai de Jesus, e José não é mencionado na canção de louvor de Maria (Lucas 1:46-55). Se Jesus foi concebido pelo ato de um homem, seja José ou qualquer outra pessoa, Ele não poderia ter sido divino e não poderia ter sido o Salvador. Suas próprias reivindicações sobre Ele mesmo teria sido mentiras, e Sua ressurreição e ascensão teria sido hoaxes. E a humanidade permaneceria para sempre Perdido and Damned.

    Obviamente concepção de Jesus pelo Espírito Santo é um grande mistério. Mesmo tinha Ele queria fazê-lo, como Deus poderia ter explicado para nós, em termos poderíamos compreender, como esse tipo de mistura do divino e humano poderia ter sido realizado? Nós não mais poderia imaginar uma coisa dessas do que podemos imaginar Deus de criar o universo a partir do nada, o seu ser um só Deus em três Pessoas, ou Sua dando uma inteiramente nova natureza espiritual para aqueles que confiam em Seu Filho. Entendimento de tais coisas terão que aguardar o céu, quando vemos o nosso "face a face" Senhor e "conhecerei como [que] foram totalmente conhecido" (1Co 13:12). Nós aceitamos pela fé.

    O nascimento virginal não deve ter surpreendido os judeus que conheciam e acreditavam no Antigo Testamento. Por causa de uma má interpretação da frase "Uma mulher deve abranger um homem" em Jr 31:22, muitos rabinos acreditavam que o Messias teria um nascimento incomum. Eles disseram, "Messias é não ter nenhum pai terreno", e "o nascimento do Messias será como o orvalho do Senhor, como gotas sobre a relva sem a ação do homem." Mas, mesmo que a má interpretação de um texto obscuro (uma interpretação também defendida por alguns dos Padres da Igreja) assumiu um nascimento original para o Messias.

    Não só teve Isaías indicava tal nascimento (7:14), mas, mesmo em Gênesis temos um vislumbre dele. Deus falou com a serpente da inimizade que passaria a existir entre "sua descendência ea sua descendência [de Eva]" (Gn 3:15). Em um sentido técnico a semente pertence ao homem, e impregnação de Maria pelo Espírito Santo é o único caso na história da humanidade que uma mulher tinha uma semente dentro dela que não veio de um homem. A promessa feita a Abraão em causa "a sua semente", uma forma comum de se referir à prole. Esta referência única para "sua semente" olha além Adão e Eva a Maria ea Jesus Cristo. As duas sementes de Gn 3:15 pode ser visto em um sentido simples como coletivo; ou seja, eles podem se referir a todos aqueles que fazem parte da descendência de Satanás, e para todos aqueles que a parte de Eve. Essa visão vê a guerra entre os dois como fúria de todos os tempos, com o povo de justiça, eventualmente, obter a vitória sobre o povo do mal. Mas "semente" também pode ser singular, na medida em que se refere a uma grande produto, final, glorioso de uma mulher, que será o próprio Senhor-nascido sem semente masculina. Nesse sentido, a previsão é messiânica. Pode ser que a profecia olha para o colectivo e ambos os significados individuais.

    Paulo é muito claro quando nos diz que "Quando a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher" (Gl 4:4). Não nos é dito o propósito ou o significado do nome de João, mas o de Jesus foi claro, mesmo antes de seu nascimento. Jesus é uma forma de o Josué hebraico, Jesuá, ou Jehoshua, o significado básico de que é "Jeová (Yahweh) vai salvar ". Todos os outros homens que tinham esses nomes testemunhado por seus nomes para a salvação do Senhor. Mas este Aquele que nasceria de Maria não só iria testemunhar da salvação de Deus, mas Ele mesmo seria que a salvação. Por Sua própria obra Eleiria salvar o seu povo dos seus pecados.

     
    O nascimento virginal foi previsto

    Ora, tudo isso aconteceu que o que foi dito pelo Senhor por intermédio do profeta que se cumprisse, dizendo: "Eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel", que traduzido significa, "Deus conosco". (1: 22-23)

    Neste ponto Mateus explica que o nascimento virginal de Jesus foi predito por Deus no Antigo Testamento. O Senhor identifica claramente o nascimento de Cristo como um cumprimento da profecia. Tudo isso refere-se aos fatos sobre o nascimento divino de Jesus Cristo. E o grande milagre de Seu nascimento foi o cumprimento do que foi dito pelo Senhor por intermédio do profeta . Essa frase dá uma definição simples e direta de inspiração bíblica como a Palavra do Senhor que vem através de instrumentos humanos. Deus faz o ditado ; o instrumento humano é apenas um meio de levar a Palavra divina aos homens. Com base nessas palavras do Senhor dada por intermédio de Mateus texto do Antigo Testamento de Isaías deve ser interpretado como prever o nascimento virginal de Jesus Cristo.

    Mateus usa repetidamente a frase poderia ser cumprido (02:15, 17, 23; 08:17; 12:17; 13 35:21-4; 26:54; etc.) para indicar maneiras pelas quais Jesus e eventos relacionados para Seu ministério terreno, foram cumprimentos da profecia do Antigo Testamento. As verdades básicas e acontecimentos do Novo Testamento foram culminations completação, ou realizações da revelação que Deus já tinha feito, embora muitas vezes a revelação tinha sido de forma velada e parcial.

    A cena em Isaías 7 é o reinado do Rei Acaz em Judá. Embora filho do grande Uzias, ele era um rei perverso. Ele encheu a Jerusalém com os ídolos, restabeleceu a adoração de Moloque, e queimou seu próprio filho como um sacrifício para que Deus. Rezin, rei da Síria (Aram), e Peca, rei de Israel (também chamado Samafla naquela época), decidiu retirar Acaz e substituí-lo por um rei que iria fazer o seu lance. Diante de tal ameaça para o povo de Israel e para a linha real de Davi, Acaz, em vez de virar a Deus por ajuda, procurou a ajuda de Tiglate-Pileser, o rei do mal dos assírios. Ele ainda saquearam e enviado para Tiglate-Pileser o ouro ea prata do Templo.

    Isaías chegou a Acaz e relatou que Deus iria libertar o povo dos dois reis inimigos. Quando Acaz recusou-se a ouvir, Isaías respondeu com a notável profecia messiânica Dt 7:14.

    Como é que uma previsão do nascimento virginal do Messias se encaixam nessa cena antiga? Isaías estava dizendo a rei perverso que ninguém iria destruir o povo de Deus ou da linhagem real de Davi.Quando o profeta disse: "O Senhor vos dará um sinal", ele usou um plural você , indicando que Isaías também falava a toda a nação, dizendo-lhes que Deus não permitiria que Rezim e Peca, ou qualquer outra pessoa, para destruí-los e da linhagem de Davi (conforme Gn 49:10; 2Sm 7:132Sm 7:13). Mesmo que as pessoas vieram para as mãos de Tiglate-Pileser, que destruiu o reino do norte e invadiram Judá, em quatro ocasiões, Deus preservou-los apenas como prometeu.

    Isaías também refere-se a uma outra criança que nasceria; e antes que a criança (Maher-Salal-Hás-Baz) seria idade suficiente para "comer manteiga e mel" ou "sabe o suficiente para rejeitar o mal e escolher o bem," as terras de Rezim e Peca seria abandonado (7: 15— 16). Com certeza, antes de a criança nascer com a esposa de Isaías tinha três anos esses dois reis estavam mortos. Assim como a antiga profecia de uma criança veio a acontecer, por isso fez a profecia do nascimento virginal do Senhor Jesus Cristo. Ambos eram sinais de que Deus não acabaria abandonará o seu povo. O maior sinal foi que Emanuel, que traduzido significa, "Deus conosco ", viria.

    Em Is 7:14, o versículo aqui citado por Mateus; o profeta usou a palavra hebraica 'almâ . Uso do Antigo Testamento de 'almâ favorece a tradução "virgem". A palavra aparece pela primeira vez em Gn 24:43, em conexão com Rebeca, a futura noiva de Isaque. A versão Rei Tiago diz: "Eis que estou junto à fonte de água, e ela deve vir a passar, que, quando a donzela que sair para tirar água." No versículo 16 do mesmo capítulo Rebekah é descrita como uma "donzela" ( na'ărâ ) e uma "virgem" ( Betula ). Deve-se concluir que 'almâ nunca é usado para se referir a uma mulher casada. A palavra ocorre outras cinco vezes nas Escrituras (Ex 2:1; Sl 68:25; Pv 30:19; Canção do Ct 1:3; Jl 1:8 (pelos gregos parthenos , "virgens") — várias centenas de anos antes do nascimento de Cristo. O "sinal" de que Isaías falou foi dada especificamente ao Rei Acaz, que temia que a linhagem real de Judá pode ser destruída por Síria e Israel. O profeta garantiu ao rei que Deus proteja essa linha. O nascimento de um filho e a morte dos reis seriam os sinais que garantem a sua protecção e preservação. E, no futuro, haveria um maior nascimento, o nascimento virginal de Deus encarnado, para garantir a aliança com o povo de Deus.

    Mateus não deu o prazo 'almâ um cristão "twist", mas usou-o com o mesmo significado com o qual todos os judeus da época usou. Em qualquer caso, o seu ensinamento do nascimento virginal não depende dessa palavra. É feito incontestavelmente claro pelas declarações anteriores de que a concepção de Jesus foi "pelo Espírito Santo" (vv. 18, 20).

    O nome do Filho, nascido de uma virgem seria Emanuel, que traduzido significa: "Deus conosco". Esse nome foi usado mais como um título ou descrição do que como um bom nome. Em sua encarnação Jesus foi, no sentido mais literal, Deus conosco.
    O fato de que uma virgem será com a criança é maravilhoso, uma virgem grávida! Igualmente maravilhoso é que ela será chamado pelo nome de Emanuel .

    O Antigo Testamento promete repetidamente que Deus está presente com o seu povo, para garantir o seu destino em sua aliança. O Tabernáculo e no Templo se destinavam a ser símbolos de que a presença divina. O prazo para o tabernáculo é Tabernáculo , que vem de Shakan , ou seja, para habitar, descanso, ou obedecer. A partir desse raiz o termo Shekinah também veio, referindo-se a presença da glória de Deus. A criança nasceu era para ser o Shekinah, o verdadeiro Tabernáculo de Deus (conforme Jo 1:14). Isaías foi o instrumento através do qual a Palavra do Senhor anunciou que Deus habitar entre os homens em carne visível e-encarnação mais sangue íntimo e pessoal do que o Tabernáculo ou Templo em que Israel tinha adorado.

    O nascimento virginal foi Consumado

    E José, despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua esposa, e manteve virgem até que ela deu à luz um filho; e ele pôs o nome de Jesus. (1: 24-25)

    Isso José, despertando do sono indica que o sonho revelador tinha chegado a ele, enquanto ele dormia, como única comunicação, direta de Deus foi usado em outras ocasiões para revelar as Escrituras (conforme Gen. 20 (conforme v 20.): 3; 31 : 10-11; Nu 12:1; 1Rs 3:51Rs 3:5). Note-se que todos os seis ocorrências do Novo Testamento de onar ("sonhar") estão em Mateus e preocupação do Senhor Jesus Cristo (ver 1:20; 2: 12-13 19:22-27:19).

    Não sabemos nada sobre a reação de José, exceto que ele imediatamente obedeceu, fazendo como o anjo do Senhor lhe ordenara . Podemos imaginar o quão grande seus sentimentos de espanto, alívio e gratidão deve ter sido. Não só ele seria capaz de levar sua amada Maria como sua esposa com honra e justiça, mas ele seria dado o cuidado do próprio Filho de Deus, enquanto ele estava crescendo.

    Esse fato por si só indica a profundidade da piedade de José. É inconcebível que Deus confiaria seu filho em uma família em que o pai não estava totalmente comprometido e fiel a Ele.

    Nós sabemos mais nada da vida de José exceto sua tomar o Jesus infantil ao Templo para dedicação (Lucas 2:22-33), a sua tomada de Maria e Jesus para o Egito para protegê-lo sangrenta edital de Herodes e do retorno (Mt 2:13. —23), e seu levando sua família para a Páscoa em Jerusalém quando Jesus tinha doze anos (Lucas 2:42-52). Nós não temos nenhuma idéia de quando José morreu, mas poderia ter sido bem antes de Jesus começou Seu ministério público. Obviamente que era antes da crucificação de Jesus, porque a partir da cruz Jesus deu a sua mãe aos cuidados de João (Jo 19:26).

    Aparentemente, a cerimônia de casamento, quando José tomou como sua esposa, foi realizada logo após o anúncio do anjo. Mas ele manteve virgem até que ela deu à luz um Filho. Mateus deixa claro que ela permaneceu virgem até que ela deu à luz, o que implica que as relações conjugais normais começou após esse tempo. O fato de que os irmãos e irmãs de Jesus são mencionados várias vezes nos evangelhos (Mt 12:46; 13:. 13 55:40-13:56'>55-56; Marcos 6:3; etc.) provar que Maria não permanecer virgem perpetuamente, como alguns afirmam .

    Como um último ato de obediência à instrução de Deus através do anjo, José pôs o nome de Jesus, indicando que Ele era para ser o Salvador (conforme v. 21).
    O nascimento sobrenatural de Jesus é o único caminho para dar conta da vida que Ele viveu. Um cético que negou o nascimento virginal vez perguntei a um cristão: "Se eu lhe disse que criança ali nasceu sem um pai humano, você acreditaria em mim?" O crente respondeu: "Sim, se ele viveu como Jesus viveu." A maior prova fora de nascimento e divindade sobrenatural de Jesus é a Sua vida.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Mateus Capítulo 1 do versículo 1 até o 25

    Mateus 1

    A ascendência do Rei — Mat. 1:1-17 As três etapas — Mat. 1:1-17 (cont.)

    A realização dos sonhos humanos — Mat. 1:1-17 (cont.)

    Não justos, e sim pecadores – Mat. 1:1-17 (cont.) A entrada do Salvador no mundo — Mat. 1:18-25 Nascido do Espírito Santo — Mat. 1:18-25 (cont.) Criação e recriação — Mat. 1:18-25 (cont.)

    A ASCENDÊNCIA DO REI

    Mateus 1:1-17

    Pode ser que pareça ao leitor moderno que Mateus escolhe uma forma muito estranha de começar seu evangelho. Pode-se pensar que

    confrontar de entrada ao leitor com uma longa lista de nomes é um procedimento muito pouco afortunado. Mas para um judeu esta genealogia era uma forma natural de começar, interessante e até poderia

    dizer-se essencial tratando-se da história da vida de um homem.

    Os judeus se interessavam muito nas genealogias. Mateus denomina esta seção "livro da genealogia" de Jesus Cristo. Esta frase era bem

    conhecida pelos judeus; significa o registro da ascendência de um homem, com algumas poucas notas explicativas onde estas eram mais necessárias. No Antigo Testamento freqüentemente encontramos listas das gerações de homens famosos (Gn 5:1, Gn 10:1, Gn 11:10, Gn 11:27).

    Quando Josefo, o grande historiador judeu, escreveu sua autobiografia, prefaciou-a com o testemunho de seu próprio "pedigree" que, conforme nos diz, encontrou nos registros públicos. A razão deste interesse nas

    ascendências familiares é que para os judeus a pureza racial era de suma importância. Se alguém possuía mistura de sangue estrangeiro, perdia seu direito de chamar-se judeu e membro do Povo de Deus. Além disso,

    os sacerdotes eram obrigados a apresentar uma linha genealógica íntegra a partir do Arão; no caso de contrair casamento, a esposa devia documentar sua pureza racial pelo menos por cinco gerações. Quando

    Esdras ao Israel voltar do exílio reorganizou o culto a Deus, e estava pondo em funcionamento novamente o sacerdócio, privou do direito sacerdotal os filhos de Habaías, os filhos de Coz, os filhos de Barzilai,

    sob a acusação de impureza, porque “procuraram o seu registro nos livros genealógicos, porém o não acharam” (Esdras 2:61-62). O Sinédrio era o encarregado de conservar os registros genealógicos. Herodes o Grande sempre foi desprezado pelos judeus puro-sangue porque parte de

    sua ascendência era edomita. Podemos nos dar conta de que o próprio

    Herodes considerava importantes as genealogias, porque ordenou que se destruíssem os registros oficiais a fim de que ninguém pudesse demonstrar que possuía uma linha de antepassados mais pura que a sua. Esta passagem poderá nos parecer pouco interessante, mas para o judeu era de suma importância que se pudesse demonstrar a descendência abraâmica de Jesus.

    Além disso, deve notar-se que esta genealogia está cuidadosamente organizada. Forma três grupos de quatorze nomes cada um. Trata-se de

    uma lista mnemotécnica, quer dizer, organizada de maneira a ser fácil memorizá-la. Sempre devemos ter presente que os evangelhos foram escritos muitos séculos antes do primeiro livro impresso. Muito poucas

    pessoas podiam possuir cópias manuscritas, e a única maneira de "ter" um livro para a maioria era memorizá-lo. Os hebreus não possuíam números em seu sistema de escritura, e usavam as letras como numerais,

    cada uma com um valor definido (como se nós representássemos o 1 mediante A, o 2 mediante B, etc.). As consoantes da palavra "Davi" em hebreu são D W D. Em hebreu a D serve como número 4 e a W como 6;

    portanto D W D representa a soma de 4 mais 6 mais 4, ou seja 14. Esta genealogia tem o propósito de demonstrar que Jesus é filho do Davi; está organizada de maneira que fosse fácil memorizá-la e, deste modo, poder

    tê-la sempre "à mão" cada vez que fosse necessário.

    AS TRÊS ETAPAS

    Mateus 1:1-17 (continuação)

    A organização desta genealogia é de caráter simbólico; representa certas características da totalidade da vida humana. Está dividida em três

    seções, que correspondem a três etapas importantes da história judia. A primeira etapa culmina com Davi. Davi foi o homem que fez de Israel uma nação e converteu os judeus em uma potência mundial. A primeira seção leva a história até o momento do maior rei dos judeus. A segunda

    seção vai até o exílio em Babilônia. É a etapa que registra a vergonha,

    tragédia e desastre da nação hebréia. A terceira seção chega até Jesus Cristo. Jesus Cristo foi a pessoa que liberou os homens de sua escravidão e os resgatou de seu desastre, em quem a tragédia se converte em triunfo.

    Estas três seções representam três etapas da história espiritual da humanidade.

    1. O homem nasce para a grandeza. "Deus criou ao homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou" (Gn 1:27). "Disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança"

    (Gn 1:26). O homem foi criado à imagem de Deus. O sonho de Deus para o homem era um sonho de grandeza. O homem foi feito para a comunhão com Deus. Foi criado de tal maneira que pudesse chegar a ser

    "parente" de Deus. Tal como o entendia Cícero, o pensador romano, "A única diferença entre Deus e o homem está no tempo". O homem nasceu essencialmente para ser rei.

    1. O homem perde sua grandeza. Em lugar de ser servo de Deus o homem se converte em escravo do pecado. Como diria G. K. Chesterton: "Seja o que for certo em relação ao homem, não pode sustentar-se que é

    aquilo para o qual foi criado". Usou seu livre-arbítrio para desafiar e desobedecer a Deus, em vez de usá-lo para entrar em comunhão e amizade com Ele. Converteu-se em um rebelde contra Deus, antes que

    em seu amigo. Fazendo uso de seu próprio arbítrio, o homem frustra o intuito e plano de Deus para sua criação.

    1. O homem recupera sua grandeza. Mas até então Deus não abandona o homem, nem o deixa entregue à sua própria sorte. Deus não

    permite que o homem seja destruído por sua própria loucura. Até nessa situação, não se permite que o final da história seja trágico. Deus enviou seu Filho ao mundo, a Jesus Cristo, para resgatar o homem do pântano

    do pecado, no que estava perdido, e libertá-lo das cadeias do pecado, com que ficara aprisionado, para que, através dele, o homem pudesse recuperar a comunhão com Deus que tinha perdido.

    Nesta genealogia Mateus nos mostra como se obtém a grandeza majestática; a tragédia da liberdade perdida; a glória da liberdade

    restaurada. E esta, na misericórdia de Deus, é a história da humanidade e de cada homem individualmente.

    A REALIZAÇÃO DOS SONHOS HUMANOS

    Mateus 1:1-17 (continuação)

    Esta passagem sublinha duas coisas especiais a respeito de Jesus.

    1. Sublinha que era filho de Davi. Em realidade, a genealogia que encontramos no evangelho foi composta principalmente para demonstrá-

    lo. É um fato que o Novo Testamento afirma repetidas vezes. Pedro o faz no primeiro sermão da Igreja Cristã que se registrou (Atos 2:29-36).

    Paulo fala de Jesus como semente de Davi segundo a carne (Rm 1:3). O autor das epístolas pastorais insiste com os homens a recordarem que Jesus Cristo, da semente do Davi, foi ressuscitado dentre os mortos (2Tm 2:82Tm 2:8). O autor do Apocalipse ouve Jesus Cristo dizer: "Eu sou a

    raiz e a linhagem de Davi" (Ap 22:16).

    No relato evangélico Jesus recebe em repetidas ocasiões o título de filho de Davi. Depois da cura do homem que fora cego e surdo, o povo

    exclama: "É este, porventura, o Filho de Davi?" (Mt 12:23). A mulher de Tiro e Sidom que desejava a ajuda de Jesus para sua filha, chama-o: "Senhor, Filho do Davi!" (Mt 15:22). Os cegos clamam a

    Jesus chamando-o Filho de Davi (Mateus 20:30-31). Quando Jesus entrou em Jerusalém pela última vez a multidão o aclamou de Filho de Davi (Mt 21:9, Mt 21:15).

    Temos aqui algo de grande significado. É evidente que eram as multidões, o povo, os homens e mulheres comuns, os que O reconheciam como Filho de Davi. Os judeus eram um povo que esperava. Nunca

    tinham esquecido, nem podiam esquecer, que eram o povo eleito de Deus. Embora sua história tenha sido uma longa série de desastres, embora nesse preciso momento fossem um povo subjugado, nunca esqueceram seu destino. O sonho dos judeus era que viria ao mundo um

    descendente de Davi que os conduziria à glória que lhes pertencia por

    direito próprio. Quer dizer, Jesus é a resposta aos sonhos dos homens. É verdade que com muita freqüência os homens não o entendem assim. Vêem o cumprimento de seus sonhos na riqueza, no poder, na abundância material e na realização das ambições que entesouram. Mas se alguma vez têm que realizar os sonhos humanos de paz e beleza, de grandeza e satisfação, isso será possível somente em Jesus Cristo. Jesus Cristo e a vida que Ele oferece é a resposta aos sonhos seres humanos. Na antiga história de José há um texto que transcende a direta história. Quando José estava preso, junto com ele estavam também no cárcere o mordomo principal e o padeiro de faraó. Estes tiveram sonhos que os perturbaram. Os dois se lamentavam, dizendo: "Sonhamos, e não há quem pode interpretar nossos sonhos" (Gn 40:8). Porque o homem é homem, porque é filho da eternidade, vive acossado por seus sonhos: E o único caminho que conduz a sua realização é Jesus Cristo.

    1. Esta passagem enfatiza também o fato de que Jesus era o cumprimento das profecias. NEle se realiza a mensagem dos profetas. Hoje tendemos a atribuir pouca importância à profecia. Não nos interessa verdadeiramente procurar no Antigo Testamento aquelas palavras que prenunciam o que se cumpre no Novo Testamento. Mas a profecia envolve uma grande verdade eterna, ou seja, que o universo é uma ordem planejada, que um propósito e intuito divino o sustenta, que Deus deseja que ocorram certas coisas e age para que Sua vontade se cumpra.

    Na peça teatral The Black Stranger, de Gerald Healy, há uma cena que ocorre na 1rlanda, nos dias terríveis da grande fome de meados do

    século XIX. Ao não saber o que fazer e carecendo de qualquer outra solução, o governo contrata os desempregados para construírem estradas, embora estas não fossem necessárias nem vão a lugar algum, Michael,

    um dos personagens, descobre esta circunstância e um dia, quando volta pra casa, diz a seu pai em uma expressão de cáustica surpresa: "Estão fazendo estradas que não levam a lugar nenhum." Se crermos na profecia

    jamais poderemos afirmar que isto é o que ocorre com a história. A história nunca é um caminho que não leva a lugar nenhum. É possível

    que não usemos a profecia da mesma maneira como o fizeram nossos pais, mas por trás do fato da profecia está a verdade eterna de que a vida e o mundo não são caminhos sem destino, pelo contrário, se dirigem à meta proposta por Deus.

    NÃO JUSTOS, E SIM PECADORES

    Mateus 1:1-17 (continuação)

    O mais extraordinário desta genealogia são os nomes das mulheres que aparecem nela.

    Não é comum que nas genealogias judias apareçam os nomes das

    mulheres. A mulher não exercia direitos legais: não era considerada como uma pessoa, mas uma coisa. Era simplesmente propriedade de seu pai ou de seu marido, e estava obrigada a fazer o que eles quisessem. Na ação de graças matinal que o judeu proferia todas as manhãs, agradecia a Deus por não tê-lo feito gentio, escravo ou mulher. A simples presença de nomes femininos em uma genealogia é um fato surpreendente e extraordinário. Mas quando nos detemos a considerar quem eram estas mulheres e que coisas fizeram, sua menção se torna ainda mais surpreendente.

    Raabe era uma prostituta de Jericó (Josué 2:1-7).

    Rute nem sequer era judia, era moabita (Rt 1:4). A própria lei estabelece que "Não entrará amonita nem moabita na congregação do Senhor, nem até a décima geração deles; não entrarão na congregação do Senhor para sempre." (Dt 23:3). Rute pertencia a um povo estrangeiro e odiado.

    Tamar seduziu deliberadamente a seu sogro Judá e cometeu adultério com ele (Gên. 38).

    Bate-Seba, a mãe do Salomão, foi a mulher que Davi tomou de Urias, seu marido, valendo-se de uma imperdoável crueldade (2 Samuel 11 e 12).

    Se Mateus tivesse procurado com maior afinco em todo o Antigo Testamento, não poderia ter encontrado quatro personagens mais indignos de ser antepassados de Jesus. Entretanto, há algo muito belo na menção destas mulheres. Aqui, no princípio de seu evangelho, Mateus nos mostra de maneira simbólica qual é a essência do evangelho de Deus em Jesus Cristo, ao nos dar testemunho de como as barreiras são derrubadas.

    1. Em Jesus a barreira que separa o judeu do gentio é derrubada. Raabe, a mulher de Jericó e Rute, a mulher de Moabe, encontram um

    lugar na linha direta dos antepassados de Jesus. Já figura aqui a grande verdade de que em Jesus não há judeu nem grego. Aqui, desde o

    começo, afirma-se o universalismo do evangelho e do amor de Deus.

    1. Em Jesus a barreira que separa o homem da mulher é derrubada. Em nenhuma genealogia comum apareceriam nomes de mulher, mas os

    encontramos na genealogia de Jesus. O antigo desprezo desapareceu: O homem e a mulher estão igualmente perto do amor de Deus e são igualmente importantes em seu plano.

    1. Em Jesus a barreira que separa o santo do pecador é derrubada. De algum modo Deus pode incluir em seus propósitos, e incorporar em seu plano para a História, até aquele que cometeu grandes pecados. Diz

    Jesus: "Porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento" (Mt 9:13). Aqui, ao iniciar o evangelho, nos é dado uma insinuação da amplitude universal do amor de Deus. Deus pode encontrar servos seus em seres humanos diante dos quais o crente

    respeitável tremeria de horror.

    A ENTRADA DO SALVADOR NO MUNDO

    Mateus 1:18-25

    Para nossa forma ocidental de entender os parentescos, as relações que se mencionam nesta passagem são muito confusas. Primeiro, diz-se

    que José está desposado com Maria; e depois encontramos que pensa

    "deixá-la" em segredo (divorciar-se dela); além disso, encontramos que o chama seu "marido". Estes termos são fiéis aos costumes matrimoniais dos judeus daquela época. No casamento judeu havia três passos:

    1. Em primeiro lugar vinha o compromisso. Freqüentemente se combinava quando os interessados eram apenas crianças. Em general os

    pais se encarregavam disto, ou um casamenteiro profissional contratado por estes. Além disso, em geral, os futuros maridos nem sequer se conheciam. Considerava-se que o casamento era um passo muito sério

    para ficar à vontade dos ditames do coração ou da paixão dos homens.

    1. Em segundo lugar vinha o noivado. Este era a ratificação pelos interessados da aliança que se concertou por eles. Até este ponto a

    mulher tinha direito de romper o contrato se não estivesse disposta a levá-lo adiante, mas quando o casal se havia desposado o compromisso se convertia em uma obrigação iniludível. O noivado durava um ano e

    durante este lapso o casal era conhecido como marido e mulher, embora não tinham os direitos dos maridos. A única forma de dissolver esta relação era mediante o divórcio. Na lei judia encontramos

    freqüentemente uma frase que para nós é extremamente estranha. Se uma mulher perde, por motivo de morte, o seu prometido durante o ano do noivado, é chamada "virgem viúva". José e Maria tinham chegado a esta

    etapa. Estavam noivos, e se José queria pôr fim à relação a única maneira legítima de fazê-lo era pedindo um divórcio. E durante esse ano de noivado, Maria era legalmente a esposa de José.

    1. A terceira etapa era o casamento propriamente dito, que tinha

    lugar ao finalizar o ano de noivado.

    Se tivermos em mente os costumes matrimoniais dos judeus, os parentescos e relações que figuram nesta passagem ficam perfeitamente

    normais e claros.

    Neste momento, pois, é dito a José que Maria está grávida, que o filho tinha sido gerado pelo Espírito Santo e que devia lhe pôr o nome de

    Jesus. Jesus é a forma grega do nome hebreu Josué, e Josué significa

    Jeová é a salvação. Muito tempo antes o salmista tinha ouvido Deus

    dizer: "É ele quem redime a Israel de todas as suas iniqüidades" (Sl 130:8). Foi dito a José que o menino que havia de nascer cresceria até tornar-se o Salvador que haveria de liberar o povo de Deus dos pecados deles. Jesus não era apenas o homem nascido para ser Rei como também o homem nascido para ser Salvador. Veio ao mundo não por seu próprio interesse, mas sim por todos nós, os seres humanos, para nossa salvação.

    NASCIDO DO ESPÍRITO SANTO

    Mateus 1:18-25 (continuação)

    Esta passagem nos diz como Jesus nasce por obra do Espírito Santo.

    Seu tema é o que nós denominamos "o nascimento virginal". O nascimento virginal é uma doutrina que nos apresenta muitas dificuldades. No momento não nos interessa discuti-la, e sim descobrir o que significa para nós.

    Se viermos a esta passagem com a mente aberta e a lermos como se a estivéssemos lendo pela primeira vez, descobriremos que não sublinha tanto o fato de que Jesus nascesse de uma mulher virgem como a

    circunstância muito especial de que o nascimento de Jesus foi obra do Espírito Santo. "Achou-se grávida pelo Espírito Santo." "descobriu que o filho gerado no seio da Maria provém do Espírito Santo." É como se

    estas orações estivessem sublinhadas e impressas com letras maiúsculas. É isto o que Mateus deseja nos comunicar nesta passagem. Nesse caso, o que significa dizer que no nascimento de Jesus o Espírito Santo agiu de

    um modo particular? Deixemos de lado no momento todos os aspectos duvidosos e discutíveis deste fato, e nos concentremos em sua grande verdade, tal como Mateus tinha em mente.

    No pensamento judeu o Espírito Santo exercia certas funções bem definidas. Não podemos trazer para a interpretação desta passagem a plenitude da doutrina cristã do Espírito Santo, porque estas idéias seriam completamente entranhas ao pensamento de José. Devemos interpretá-lo

    à luz da doutrina judia do Espírito Santo, porque esta, inevitavelmente, é

    a forma em que José deve ter compreendido a mensagem que recebeu, dado que era tudo o que ele conhecia.

    1. Segundo a concepção judia, o Espírito Santo era a pessoa que trazia a verdade de Deus aos homens. O Espírito Santo era quem

    comunicava aos profetas o que deviam dizer e quem dizia aos homens de Deus o que deviam fazer. Era o Espírito Santo quem, através das eras e das gerações, havia aproximado a verdade de Deus aos homens. De maneira que Jesus, segundo esta concepção, é a pessoa que traz a

    verdade de Deus aos homens.

    Dito de outra maneira, Jesus é a pessoa que pode nos dizer como é Deus e o que Deus quer que nós sejamos. Somente em Jesus vemos

    como é Deus e como deveria ser o homem. Antes que viesse Jesus os homens tinham idéias muito vagas e confusas, com freqüência muito errôneas a respeito de Deus; até no melhor dos casos a única coisa que

    podiam fazer era adivinhar e propor idéias tentativas. Mas Jesus pôde dizer: "Quem me vê a mim vê o Pai" (Jo 14:9). Em Jesus vemos o amor, a compaixão, a misericórdia, a vontade redentora e a pureza de

    Deus como em nenhum outro lugar do mundo. Com a vinda de Jesus termina a época das respostas tentativas, e entramos plenamente na era da certeza. Antes que viesse Jesus ninguém sabia em realidade o que era

    a bondade. Jesus é o único em quem conhecemos a verdadeira humanidade, a autêntica bondade e a verdadeira obediência à vontade de Deus. Jesus veio para nos comunicar a verdade a respeito de Deus e de nós mesmos.

    1. Os judeus creiam que o Espírito Santo não somente trazia a verdade de Deus aos homens, mas também capacitava os homens a reconhecerem essa verdade quando a vissem. De maneira que Jesus é

    quem abre os olhos dos homens à verdade. Eles estão cegados por sua própria ignorância; estão separados do reto atalho por seus próprios preconceitos; seus olhos e suas mentes são entrevadas por seus próprios

    pecados e paixões. Jesus pode nos abrir os olhos até que sejamos capazes de ver a verdade.

    Em uma das novelas de William J. Locke encontramos o retrato de uma mulher que tem qualquer quantidade de dinheiro e que empregou a metade de sua vida em visitar os museus e galerias mais famosos de todo o mundo. Mas estava aborrecida e cansada. Nessa situação encontra a um francês que tinha muito poucas posses materiais mas um grande amor para a beleza e um amplo conhecimento de todas as expressões da arte. Este a acompanhou, e com ele tudo parecia ser diferente. "Nunca soube como eram as coisas", diz-lhe ela, "até que você me ensinou a olhá-las."

    A vida é muito distinta quando Jesus nos ensina a olhá-la. Quando Jesus entra em nosso coração vemos tudo de maneira diferente, porque

    ele nos abre os olhos, para que possamos ver de verdade.

    CRIAÇÃO E RECRIAÇÃO

    Mateus 1:18-25 (continuação)

    1. Os judeus relacionavam o Espírito de Deus particularmente com a obra da criação. Mediante seu Espírito, Deus efetuou sua obra

    criadora. No princípio o Espírito de Deus sobrevoava a face das águas, e o caos se converteu em cosmos (Gn 1:2). "Pela palavra do Senhor foram feitos os céus", disse o salmista, "e todo o exército deles, pelo

    espírito da sua boca" (Sl 33:6). (Tanto em hebreu como em grego a palavra que significa fôlego, sopro, respiração, também significa espírito.) "Envia seu espírito, são criados..." (Sl 104:30), "O Espírito

    de Deus me fez, e o sopro do Onipotente me deu vida" (33:4). O Espírito é o criador do mundo e o doador da vida. De maneira que, em Jesus Cristo, ingressa no mundo o poder de Deus que dá vida e cria.

    Com Jesus entra no mundo a própria vida e poder de Deus. Este poder, que reduziu o caos à ordem, vem para pôr ordem em nossa vida desordenada. Este poder, que infundiu vida no que carecia dela, vem para insuflar vida em nossas debilidades e frustrações. Poderíamos dizê-

    lo da seguinte maneira: Não estamos verdadeiramente vivos até o momento em que Jesus entra em nossas vidas.

    1. Os judeus relacionavam ao Espírito acima de tudo com a obra de recriação. Ezequiel traça sua lúgubre imagem do vale dos ossos

    secos. Mas quando mais triste é o panorama, ouve a Deus dizer: "Porei meu espírito em vós, e vivereis" (Ezequiel 37:1-14). Os rabinos tinham uma afirmação: "Deus disse a Israel: Neste mundo meu Espírito encheu você de sabedoria, mas no mundo futuro meu Espírito fará com que você

    volte a viver." Quando os homens estão mortos em seu pecado e letargia, destruídas suas inteligências, almas e corações, somente o Espírito de Deus pode voltar a despertá-los para a vida. De maneira que, em Jesus,

    entra no mundo o poder que pode refazer e recriar a vida. Pode devolver a vida à alma que está morta no pecado. Pode reavivar os ideais que morreram. Pode voltar a fortalecer o desejo do bem que pereceu. Pode

    renovar e recriar a vida quando os homens perderam tudo o que a vida significa.

    Neste capítulo do evangelho há muito mais que o fato de que Jesus

    tenha nascido de uma mãe virgem. A essência da narração do Mateus é que o Espírito de Deus age no nascimento de Jesus de uma maneira sem precedentes. É o Espírito que traz a verdade de Deus aos homens, é o Espírito que põe os homens em condições de ver essa verdade quando está diante deles, é o Espírito que pode, somente Ele, recriar a alma quando esta perdeu a vida que deveria ter. Jesus nos capacita a ver o que é Deus e o que deveria ser o homem. Jesus abre nossos olhos e mentes de tal maneira que podemos ver a verdade de Deus para nós; Jesus é o poder criador que desceu aos homens; Jesus é o poder recriador que pode liberar as almas dos homens da morte do pecado,


    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 1 versículo 11
    pai: Essa palavra é usada aqui no sentido de “avô”, porque, na verdade, o filho de Josias era Jeoiaquim, e Jeoiaquim era o pai de Jeconias, também chamado de Joaquim e de Conias. — 2Rs 24:6-1Cr 3:15-17; Et 2:6; Jr 22:24.


    Dicionário

    Babilônia

    substantivo feminino Metrópole construída sem planificação: o antigo bairro virou uma babilônia.
    Figurado Babel; ausência de ordem, de regras; grande confusão e desordem.
    História Antiga cidade da região da Mesopotâmia, situada entre os rios Eufrates e Tigre, atualmente constitui o território do Iraque.
    Etimologia (origem da palavra babilônia). Do latim babylonius.a.um.

    Babilônia, Bavêl, em hebraico, está relacionada com a palavra Bilbul, que significa mistura, confusão. Bavêl corresponde ao mundo e suas nações, onde o sagrado, o mundano e o proibido estão todos misturados e é difícil diferenciá-los.

    Babilônia
    1) Nome de uma região e de sua capital (Gn 10:10), NTLH; (2Rs 20:12). A cidade foi construída na margem esquerda do rio Eufrates, onde agora existe o Iraque. (Gn 11:1-9) conta como a construção de uma torre ali não foi terminada porque Deus confundiu a língua falada pelos seus construtores.
    2) Provavelmente Roma (1Pe 5:13); (Ap 14:8); 16.19;

    Deportação

    substantivo feminino Ação de deportar, desterrar para fora de um país; desterro; exílio.

    Deportação V. CATIVEIRO 1, (Mt 1:17), RC).

    Gerar

    verbo transitivo direto Dar origem a; provocar o nascimento de; procriar: gerar descendentes.
    Produzir; causar a produção de: gerar empregos; gerar boleto bancário.
    Por Extensão Ser o motivo de: sua ignorância gera desconforto.
    Brotar; começar a se desenvolver: gerar flores.
    Etimologia (origem da palavra gerar). Do latim generare.

    É hoje Um el-Jerar. Cidade e distrito no pais dos filisteus, ao sul de Gaza (Gn 10:19) e de Berseba. Foi residência de Abimeleque – de Abraão depois da destruição de Sodoma (Gn 20:1-2) – e de isaque quando houve fome em Canaã (Gn 26:1-26). Foi destruída por Asa, quando derrotou e perseguiu os etíopes, que estavam sob o domínio de Zerá (2 Cr 14.13, 14).

    Gerar Dar existência a (Os 5:7).

    Irmãos

    -

    Jeconias

    -

    Deus dê força

    Mencionado em Mateus 1:11-12, Jeconias é uma forma alternativa do nome Jeoiaquim, rei de Judá durante o exílio na Babilônia. É listado como descendente de Josias, na genealogia que estabelece a linhagem real de Jesus.


    Josias

    -

    o Senhor sara. 1. Filho de Amom, a quem sucedeu no trono de Judá, tendo a idade de oito anos (2 Rs 21.26). Já nesta pouca idade ele manifestava a sua piedade (2 Rs 22.2 – 2 Cr 34.3). Quando chegou aos doze anos de idade, aboliu a idolatria no seu reino (2 Cr 34.3 e seguintes), e por toda parte ele destruiu os lugares altos, os postes-ídolos, as imagens, e outros sinais do culto pagão. Pessoalmente ele assistiu a esta purificação religiosa, pois ia percorrendo o país para bem observar tudo, somente voltando quando os seus propósitos estavam realizados. Feito isto, mandou examinar as obras do templo (2 Cr 34.8). Foi durante as reparações que o sumo sacerdote Hilquias achou o perdido Livro da Lei, cuja leitura produziu um notável efeito em Josias e no povo. Este livro pode ter sido uma cópia original da lei de Moisés (2 Cr 34.14), ou então do pacto que com o povo foi renovado nas planícies de Moabe, pois esses manuscritos tinham sido postos ao lado da arca (Dt 31:24-26) – ou, mais provavelmente, era uma cópia da parte central do Deuteronômio. É provável que durante os reinados de Manassés e Amom tivesse sido proibida a leitura da Lei, e geralmente posta de parte. As passagens que foram lidas ao rei impressionaram-no profundamente (2 Rs 22.11). Parecia que Josias nunca tinha ouvido essas palavras, embora muitas cópias da lei tivessem sido feitas sob a direção de Ezequias. Como explicação do fato supõe-se que o povo ficava satisfeito naquele tempo com uma espécie de ritual, observando exteriormente a religião – e por isso ignorava as ameaças e maldições da Lei contra os transgressores. Considerando as causas em relação a si próprio e ao seu povo, mandou Josias emissários à profetisa Hulda, para que esta dissesse se as declarações da Lei haviam de ter sua efetuação no país durante a sua vida. Hulda anunciou que havia de vir a ruína sobre o país, mas que o rei teria um fim pacifico (2 Cr 34.14 e seguintes). Determinou então Josias que se procedesse segundo as direções da lei – e para este fim convocou o povo, e com ele renovou o pacto (2 Cr 34.29 e seguintes). os planos de reforma tiveram da parte dos israelitas uma forte resistência, e por isso os zelosos e perseverantes esforços de Josias não deram resultado, sendo, portanto, o pais visitado por aquelas calamidades que tinham sido preditas (2 Rs 22.20). Faraó Neco andava em guerra com os assírios. Josias, que de algum modo estava ligado ao rei da Assíria, opôs-se com o seu exército ao rei do Egito, quando ele marchava ao longo da costa (2 Cr 35.20). Neco, na sua ansiedade de evitar qualquer conflito com o rei de Judá, desejando alcançar Carquemis (sobre o Eufrates) com as suas forças intatas, procurou afastar Josias da sua frente por meios pacíficos (2 Cr 35.21). Mas Josias estava firme nas suas determinações, e por conseqüência foi mortalmente ferido em Megido (2 Cr 35.23), tendo a idade de trinta e nove anos. Foi sepultado com todas as demonstrações de pompa e afeto nos túmulos dos reis. o profeta Jeremias, que deu começo à sua carreira pública no início do reinado de Josias, compôs uma bela elegia (que se perdeu), a qual durante muito tempo era cantada ou recitada todos os anos (2 Cr 35.25). 2. Filho de Sofonias, em cuja casa em Jerusalém recebeu Zacarias prata e ouro de Heldai e de outros, que tinham vindo da Babilônia com presentes para assistirem à solene coroação do sumo sacerdote Josué (Zc 6:9-15). Supõe-se ter sido tesoureiro do templo.

    1. Veja Josias, rei de Judá.

    2. Um dos judeus que, depois do exílio na Babilônia, contribuíram com ouro e prata para as coroas do sacerdote Josué. Identificado como filho de Sofonias em Zacarias 6:10; provavelmente é o mesmo “Hem, filho de Sofonias”, do
    v. 14.


    Josias [Javé Cura]

    Décimo sexto rei de Judá, que reinou 31 anos (640-609 a.C.) depois de Amom, seu pai (2Rs 21:26). Promoveu uma reforma religiosa, baseada no Livro da Lei (2Rs 22—23). Foi morto na batalha travada com o FARAÓ Neco, em Megido (2Rs 23:28-30).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Ἰωσίας γεννάω ἱλαρότης καί αὐτός ἀδελφός ἐπί μετοικεσία Βαβυλών
    Mateus 1: 11 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    e Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos aproximadamente no tempo da deportação para a Babilônia.
    Mateus 1: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    A genealogia em Mateus é de José e a genealogia em Lucas talvez seja de Maria
    G1080
    gennáō
    γεννάω
    (Pael) gastar, consumir
    (shall wear out)
    Verbo
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1909
    epí
    ἐπί
    sobre, em cima de, em, perto de, perante
    (at [the time])
    Preposição
    G2423
    Iechonías
    Ἰεχονίας
    filho de Jeoaquim, e por três meses e dez dias rei de Judá até Nabucodonosor levá-lo para
    (Jechoniah)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G2502
    Iōsías
    Ἰωσίας
    remover, afastar, tirar, tirar fora, retirar, equipar (para guerra), armar para guerra, resgatar,
    (that they take away)
    Verbo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3350
    metoikesía
    μετοικεσία
    ()
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G80
    adelphós
    ἀδελφός
    O Nifal é o “passivo” do Qal - ver 8851
    (small dust)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G897
    Babylṓn
    Βαβυλών
    uma cidade muito famosa e grande, a residência dos reis da Babilônia, situada em ambas
    (to Babylon)
    Substantivo - Feminino no Singular genitivo


    γεννάω


    (G1080)
    gennáō (ghen-nah'-o)

    1080 γενναω gennao

    de uma variação de 1085; TDNT - 1:665,114; v

    1. de homens que geraram filhos
      1. ser nascido
      2. ser procriado
        1. de mulheres que dão à luz a filhos
    2. metáf.
      1. gerar, fazer nascer, excitar
      2. na tradição judaica, de alguém que traz outros ao seu modo de vida, que converte alguém
      3. de Deus ao fazer Cristo seu filho
      4. de Deus ao transformar pessoas em seus filhos através da fé na obra de Cristo

    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἐπί


    (G1909)
    epí (ep-ee')

    1909 επι epi

    uma raíz; prep

    sobre, em cima de, em, perto de, perante

    de posição, sobre, em, perto de, acima, contra

    para, acima, sobre, em, através de, contra


    Ἰεχονίας


    (G2423)
    Iechonías (ee-ekh-on-ee'-as)

    2423 Ιεχονιας Iechonias

    de origem hebraica 3204 יכניהו; n pr m

    Jeconias = “a quem Jeová estabelece”

    1. filho de Jeoaquim, e por três meses e dez dias rei de Judá até Nabucodonosor levá-lo para o cativeiro (597 a.C.)

    Ἰωσίας


    (G2502)
    Iōsías (ee-o-see'-as)

    2502 Ιωσισας Iosias

    de origem hebraica 2977 יאשיהו; n pr m

    Josias = “a quem Jeová cura”

    1. rei de Judá, que restaurou entre os judeus a adoração ao Deus verdadeiro, e depois de um reinado de trinta e um anos foi assassinado em batalha por volta do ano 611 a.C.

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    μετοικεσία


    (G3350)
    metoikesía (met-oy-kes-ee'-ah)

    3350 μετοικεσια metoikesia

    de um derivado de um composto de 3326 e 3624; n f

    1. remoção de uma residência para outra, esp. uma mudança forçada


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ἀδελφός


    (G80)
    adelphós (ad-el-fos')

    80 αδελφος adelphos

    de 1 (como uma partícula conectiva) e delphus (o ventre);

    TDNT 1:144,22; n m

    1. um irmão, quer nascido dos mesmos pais ou apenas do mesmo pai ou da mesma mãe
    2. tendo o mesmo antepassado nacional, pertencendo ao mesmo povo ou compatriota
    3. qualquer companheiro ou homem
    4. um fiel companheiro, unido ao outro pelo vínculo da afeição
    5. um associado no emprego ou escritório
    6. irmãos em Cristo
      1. seus irmãos pelo sangue
      2. todos os homens
      3. apóstolos
      4. Cristãos, como aqueles que são elevados para o mesmo lugar celestial

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    Βαβυλών


    (G897)
    Babylṓn (bab-oo-lone')

    897 Βαβυλων Babulon

    de origem hebraica 894 בבל; TDNT - 1:514,89; n pr loc

    Babilônia = “confusão”

    1. uma cidade muito famosa e grande, a residência dos reis da Babilônia, situada em ambas margens do rio Eufrates. Foi Ciro quem a capturou, mas Dario Histaspis derrubou seus portões e muros, e Xerxes destruiu o templo de Belis. Finalmente a cidade foi reduzida a um completo deserto; a população, retirada pela vizinha Selêucia, construída junto ao rio Tigre por Seleuco Nicanor.
    2. do território da Babilônia
    3. alegoricamente, de Roma como a sede mais corrupta da idolatria e inimiga da cristandade