Enciclopédia de Lucas 16:27-27

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lc 16: 27

Versão Versículo
ARA Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna,
ARC E disse ele: Rogo-te pois, ó pai, que o mandes a casa de meu pai.
TB Ele replicou: Pai, eu te rogo, então, que o mandes à casa de meu pai,
BGB εἶπεν δέ· Ἐρωτῶ ⸂σε οὖν⸃, πάτερ, ἵνα πέμψῃς αὐτὸν εἰς τὸν οἶκον τοῦ πατρός μου,
HD Disse: Sendo assim, peço a ti, pai, que o envies para a casa de meu pai,
BKJ Então, ele disse: Eu suplico, pois, ó pai, que tu o envies à casa de meu pai;
LTT E disse ele (o rico): 'Rogo-te, pois, ó pai, que o envies à casa- família do meu pai,
BJ2 Ele replicou: "Pai, eu te suplico, envia então Lázaro até à casa de meu pai,
VULG Et ait : Rogo ergo te, pater, ut mittas eum in domum patris mei :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Lucas 16:27

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

Ministério de Jesus ao leste do Jordão

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

32 d.C., após a Festividade da Dedicação

Betânia do outro lado do Jordão

Vai ao local onde João batizava; muitos exercem fé em Jesus

     

Jo 10:40-42

Pereia

Ensina em cidades e aldeias, no caminho para Jerusalém

   

Lc 13:22

 

Aconselha a entrar pela porta estreita; lamenta por Jerusalém

   

Lc 13:23-35

 

Provavelmente Pereia

Ensina humildade; ilustrações: lugar mais destacado e convidados que deram desculpas

   

Lc 14:1-24

 

Calcular o custo de ser discípulo

   

Lc 14:25-35

 

Ilustrações: ovelha perdida, moeda perdida, filho pródigo

   

Lc 15:1-32

 

Ilustrações: administrador injusto; rico e Lázaro

   

Lc 16:1-31

 

Ensina sobre não ser causa para tropeço; perdão e fé

   

Lc 17:1-10

 

Betânia

Lázaro morre e é ressuscitado

     

Jo 11:1-46

Jerusalém; Efraim

Conspiração contra Jesus; ele se retira

     

Jo 11:47-54

Samaria; Galileia

Cura dez leprosos; explica como o Reino de Deus virá

   

Lc 17:11-37

 

Samaria ou Galileia

Ilustrações: viúva persistente, fariseu e cobrador de impostos

   

Lc 18:1-14

 

Pereia

Ensina sobre casamento e divórcio

Mt 19:1-12

Mc 10:1-12

   

Abençoa crianças

Mt 19:13-15

Mc 10:13-16

Lc 18:15-17

 

Pergunta do jovem rico; ilustração dos trabalhadores no vinhedo e mesmo salário

Mt 19:16–20:16

Mc 10:17-31

Lc 18:18-30

 

Provavelmente Pereia

Profetiza sua morte pela terceira vez

Mt 20:17-19

Mc 10:32-34

Lc 18:31-34

 

Pedido de posição no Reino para Tiago e João

Mt 20:20-28

Mc 10:35-45

   

Jericó

No caminho, cura dois cegos; visita Zaqueu; ilustração das dez minas

Mt 20:29-34

Mc 10:46-52

Lc 18:35Lc 19:28

 

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Allan Kardec

lc 16:27
O Evangelho Segundo o Espiritismo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 16
Página: 265
Allan Kardec
Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará a outro, ou se prenderá a um e desprezará o outro. Não podeis servir simultaneamente a Deus e a Mamon. (Lucas 16:13)

Vinícius

lc 16:27
Nas Pegadas do Mestre

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 69
Página: 155
Vinícius

Crer, ou não crer, pouco ou quase nada deve influir no juízo que Deus faz dos homens.


Os motivos, as razões profundas que levam o homem a crer ou a não crer, é que hão-de influir necessariamente no espirito divino. A sinceridade, a convicção, a atitude firme e leal as vozes que partem do âmago insondável de nossa alma, eis os elementos ou dados que pesam na balança da suprema justiça.


Oque não crer por convicção vale mais que aquele que tem crença supersticiosa ou alimentada por motivos egoísticos. Imaginemos dois indivíduos: um deles crê outro não crê. Este, apesar de descrente, é sincero, honesto, justo e amorável; faz o bem que pode ao seu próximo e procura melhorar seu caráter. O outro a despeito de crente, é desleal, sem escrúpulos, injusto e duro de coração. Da dor e do infortúnio alheio, passa de largo como o sacerdote e o levita da parábola. Quem ousará afirmar que o fiel da balança, intérprete da indefectível justiça de Deus, penderá a favor deste crente e não em prol daquele descrente? Que razão equilibrada, que consciência esclarecida teria dúvidas em decidir pelo descrente honesto e sincero, admitindo que lhe fosse dado julgar?


J. Wesley, fundador (a contra-gosto) do Metodismo, cuja historia poucos, em nosso meio, conhecem, teve a seguinte sugestiva expressão considerando o caráter de Marco Aurélio: "Que pagão esquisito. Não duvido que seja dos muitos que virão do Oriente e do Ocidente para se sentarem a mesa com Isaac e Jacob, enquanto os filhos do reino (cristãos nominais) serão expulsos. "
O grande Wesley, portanto, decide francamente pelo piedoso, contra o crente cuja fé não representa uma força viva para o bem. O mesmo Wesley também disse: "acho muito duvidoso que Judas tenha lugar tão quente no inferno quanto Alexandre Magno. "

Segundo seu critério, o traidor do Mestre era menos criminoso que o conquistador cuja vida aventurosa tanta efusão de sangue inocente havia provocado. Judas era também um crente, estava ao lado de Jesus, comungando com ele. Paulo era declaramente contra o Cristianismo, cujos prosélitos perseguia sem dó nem piedade. Na lapidação de Estêvão, o primeiro mártir da nova fé, Paulo toma parte saliente. Não obstante, Judas, crente nominal, vende Jesus por trinta dinheiros, e Saulo, transformado em Paulo, torna-se o maior apóstolo do Cristo.


Donde veio tal metamorfose? De crer ou de não crer em Jesus Cristo? Pois o que não cria deu extraordinário incremento à obra do Cristianismo, enquanto que aquele que cria se tornou anátema da doutrina e da fé cristã.


É que Saulo era sincero, tinha convicções, e Judas dissimulava. Este agia por egoísmo, aquele se batia por um ideal. Que importa que laborasse em erro? O que importa são os motivos, as razões profundas por que Saulo se agitava. A revelação do Céu iluminou-lhe a mente, dulcificou-lhe o coração. Ele fêz jus à voz da redenção, não porque cresse ou deixasse de crer, mas porque era leal, fiel ao seu foro íntimo, altar onde Deus pontifica. Judas não teve uma visão celeste que o desviasse do mau caminho como teve Saulo; e isto simplesmente porque Judas era infiel à consciência própria.


Os inimigos do Senhor achavam-se entre os crentes, entre os que mais se distinguiam na hierarquia eclesiástica da época. Seus acusadores acerbos junto a Pilatos, de quem arrancaram à força o veredictum condenatório, foram pontífices, sacerdotes e exegetas escriturísticos.


"Crer ou não crer" não tem o valor de "ser ou não ser". Este último dilema é positivo, enquanto que aquele outro é nebuloso, dá margem a sentidos ambíguos, pode dizer muita coisa como também pode achar-se vazio de senso e de importância. Há crentes que são exemplos de virtudes como também há outros que se distinguem pela hipocrisia, pelo fanatismo, pela intolerância e pelo desamor.


Jesus — que sondava o íntimo e não se deixava jamais levar pelas aparências e pelas palavras — disse a respeito de tais crentes: "Não importa que me conheçais, nem que me tenhais entoado louvores, nem que houvésseis praticado prodígios em meu nome; não vos conheço, apartai-vos de mim, vós que praticastes iniquidades. "

Cairbar Schutel

lc 16:27
Parábolas e Ensinos de Jesus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 32
Página: -
Cairbar Schutel

“Levantando-se um doutor da Lei experimentou-o, dizendo: Mestre, que farei para herdar a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: Que é o que está escrito na Lei? como lês tu? Respondeu ele: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de toda a tua força e de todo o teu entendimento e ao próximo como a ti mesmo. Replicou-lhe Jesus: Respondeste bem; faze isso e viverás. Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: E quem é o meu próximo? Prosseguindo, Jesus disse: Um homem descia de Jerusalém a Jericó; e caiu nas mãos de salteadores que, depois de o despirem e espancarem, se retiraram, deixando-o meio morto. Por uma coincidência descia por aquele caminho um sacerdote; e quando o viu, passou de largo. Do mesmo modo também um levita, chegando ao lugar e vendo-o, passou de largo. Um samaritano, porém, que ia de viagem, aproximou-se do homem, e, vendo-o, teve compaixão dele;


e chegando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; e pondoo sobre seu animal, levou-o para uma hospedaria e tratou-o. No dia seguinte tirou dois denários, deu-os ao hospedeiro e disse: Trata-o, e quanto gastares de mais, na volta to pagarei. Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? Respondeu o doutor da Lei: Aquele que usou de misericórdia para com ele. Disse-lhe Jesus: Vai e faze tu o mesmo. "


(Lucas, X, 25-37.)


Se examinarmos atentamente a Doutrina de Jesus, veremos em todos os seus princípios a exaltação da humildade e a humilhação do orgulho.


As personalidades mais impressionantes e significativas de suas parábolas são sempre os pequenos, os humildes, os repudiados pelas seitas dominantes, os excomungados pela fúria e ódio sacerdotal, os acusados pelos doutores da Lei, pelos rabinos, pelos fariseus e escribas do povo, em suma, os chamados heréticos e descrentes! Todos estes são os preferidos de Jesus, e julgados mais dignos do Reino dos Céus que os potentados da sua época, que os sacerdotes ministradores da lei, que os grandes, os orgulhosos, os representantes da alta sociedade!


Leiam a passagem da “mulher adúltera", a Parábola do Publicano e do Fariseu, a do Filho Pródigo, a da Ovelha Perdida, a do Administrador Infiel, a do Rico e o lázaro; vejam o encontro de Jesus com Zaqueu, ou com Maria de Betânia, que lhe ungiu os pés; as Parábolas do Grão de Mostarda em contraposição à da frondosa Figueira Sem Frutos, e a do Tesouro Escondido em contraposição à dos tesouros terrenos e das ricas pedrarias que adornavam os sacerdotes!


Esta afirmação se confirma com esta sentença do Mestre aos fariseus e doutores da lei: “Em verdade vos afirmo que as meretrizes e os pecadores vos precederão no Reino dos Céus. " E para que melhor testemunho desta verdade, que aparece aos olhos de todos os que penetram o Evangelho em espíritos, do que esta Parábola do Bom Samaritano?


Os samaritanos eram considerados heréticos aos olhos dos judeus ortodoxos; por isso mesmo eram desprezados, anatematizados e perseguidos.


Pois bem, esse que, segundo a afirmação dos sacerdotes, era um descrente, um condenado, foi justamente o que Jesus escolheu como figura preeminente de sua Parábola. O interessante, ainda, é que a referida parábola foi proposta a um Doutor da lei, a um judeu da alta sociedade que, para tentar o Mestre, foi inquiri-lo a respeito da vida eterna.


O judeu doutor não ignorava os mandamentos, e como os podia ignorar se era doutor! Mas, com certeza, não os praticava! Conhecia a teoria, mas desconhecia a prática. O amor de toda a alma, de todo o coração, de todo o entendimento e de toda a força que o doutor Judeu conhecia, não era ainda bastante para fazê-lo cumprir seus deveres para com Deus e o próximo.


Amava, como amavam os fariseus, como os escribas amavam e como amam os sacerdotes atuais, os padres contemporâneos e os doutores da lei de nossos dias. Era um amor muito diferente e quiçá oposto ao que preconizou o Filho de Deus.


É o amor do sacerdote, que, vendo o pobre ferido, despido e espancado, quase morto, passou de largo; é o amor do levita (padre também da Tribo de Levi), que, vendo caído, ensanguentado, nu e arquejante à beira do caminho, por onde passava, um pobre homem, também se fez ao largo; é o amor dos egoístas, o amor dos que não compreenderam ainda o que é o amor; é o amor do sectário fanático que ama a abstração mas desama a realidade!


Salientando na sua Parábola essas personalidades poderosas da sua época, e cujo exemplo é fielmente imitado pelo sacerdócio atual, quis Jesus fazer ver aos que lessem o seu Evangelho que a santidade dessa gente não chega ao mínimo do Reino dos Céus, ao passo que os excomungados pelas Igrejas, que praticam o bem, se acham no caminho da vida eterna.


De fato, quem é o meu próximo, se não o que necessita de meus serviços, de minha palavra, de meus cuidados, de minha proteção?


Não é preciso ser cristão para se saber isto que o próprio Doutor da Lei afirmou em resposta à interpelação de Jesus: “O próximo do ferido foi aquele que usou de misericórdia para com ele. " Ao que Jesus disse, para lhe ensinar o que precisava fazer a fim de herdar a vida eterna: “Vai, e faze tu a mesma coisa. " O que equivale a dizer: Não basta, nem é preciso ser Doutor da Lei, nem sacerdote, nem fariseu, nem católico, nem protestante, nem assistir a cultos ou cumprir mandamentos desta ou daquela Igreja, para ter a vida eterna; basta ter coração, alma e cérebro, isto é, ter amor, porque o que verdadeiramente tem amor, há de auxiliar o seu próximo com tudo o que lhe for possivel auxiliar: seja com dinheiro, seja moralmente ensinando os que não sabem, espiritualmente prodigalizando afetos e descerrando aos olhos do próximo as cortinas da vida eterna, onde o espírito sobrevive ao corpo, onde a vida sucede à morte, onde a Palavra de Jesus triunfa dos preceitos e preconceitos sacerdotais!


* * *

Finalmente, a Parábola do Bom Samaritano refere-se verdadeiramente a Jesus; o viajante ferido é a Humanidade saqueada de seus bens espirituais e de sua liberdade, pelos poderosos do mundo; o sacerdote e o levita significam os padres das religiões que, em vez de tratarem dos interesses da coletividade, tratam dos interesses dogmáticos e do culto de suas Igrejas; o samaritano que se aproximou e atou as feridas, deitando nelas azeite e vinho, é Jesus Cristo. O azeite é o símbolo da fé, o combustível que deve arder nessa lâmpada que dá claridade para a Vida Eterna — a sua Doutrina; o vinho é o suco da vida, é o espírito da sua Palavra; os dois denários dados ao hospedeiro para tratar do doente, são: a caridade e a sabedoria; o mais, que o “enfermeiro" gastar, resume-se na abnegação, nas vigílias, na paciência, na dedicação, cujos feitos serão todos recompensados. Enfim, o hospedeiro representa os que receberam os seus ensinos e os “denários" para cuidarem do “viajante ferido e saqueado".



André Luiz

lc 16:27
Obreiros da Vida Eterna

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 8
Página: -
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

Completa a comissão de serviço de que Zenóbia se fazia acompanhar, pusemo-nos em marcha, abeirando-nos do vale de treva e sofrimento.

A sombra tornava-se, de novo, muito densa e não se conseguia divisar o recôncavo. Frases comovedoras, porém, subiam até nós. Dolorosos ais, blasfêmias, imprecações. Guardava a ideia de que vastíssimo agrupamento de infelizes se rebolcava no solo, em baixo. Os impropérios infundiam receio; contudo, os gemidos ecoavam-me angustiosamente nalma. Certo, os demais companheiros experimentavam análogas emoções, porque a Irmã Zenóbia tomou a palavra, esclarecendo:

— Os padecimentos que sentimos não se verificam à revelia da Proteção Divina. Incansáveis trabalhadores da verdade e do bem visitam seguidamente estes sítios, convocando os prisioneiros da rebeldia à necessária renovação espiritual; no entanto, retraem-se eles, revoltados e endurecidos no mal. Lamentam-se, suplicam e provocam compaixão. Raramente alguns deles nos ouvem o apelo. Às vezes, intentamos impor-lhes o bem. Entretanto, quando retirados compulsoriamente do vale tenebroso, acusam-nos de violentadores e ingratos, fugindo ao nosso contato e influenciação.

Embora o triste conteúdo da notificação, Zenóbia no-la fornecia, inflamada no espírito de serviço, a julgar pelo bom ânimo que transparecia de seus gestos e palavras.

— A negação deles, — continuou a orientadora, — não é motivo para qualquer negação de nossa parte. Lembremo-nos de que o esforço da Natureza converte o carvão em diamante… Trabalhemos em benefício de todos os necessitados, procurando, para o nosso espírito, o divino dom de refletir os Supremos Desígnios. Façam-se as obras da vida, não como queremos, mas como o Senhor determine. Grande é a beneficência do Pai para conosco. Repartamo-la em serviço de fraternidade e esclarecimento, na harmonia comum.

Em seguida, dez cooperadores, obedecendo-lhe as ordens, acenderam focos de intensa luz.

Contemplamos, então, sensibilizados e surpresos, monstruoso quadro vivo. Vasta legião de sofredores cobria o fundo, um pouco abaixo de nossos pés. A rampa que nos separava não era íngreme, mas compacto e enorme o lamaçal.

Em face da claridade brusca, muitas vozes suplicaram socorro, em frases angustiosas que nos cortavam a alma. Outras, porém, faziam-se ouvir, diferentes: vociferavam blasfêmias, ironias, condenações.

Recomendou Zenóbia, por necessário ao êxito de nossos trabalhos, nos congregássemos todos em grupo exclusivo, de modo a infundir respeito e temor nas perigosas entidades que ali se misturavam aos infelizes, acrescentando:

— Os adeptos da revolta e do desespero encontram-se igualmente aqui, compelindo-nos a severa atividade defensiva. São pobres desequilibrados que tentam induzir todas as situações à desarmonia em que vivem.

Em seguida, solicitou ao padre Hipólito dirigisse apelo geral, em nome do Senhor, às vítimas do infortúnio, para que considerassem a necessidade da transformação íntima.

O ex-sacerdote abriu pequeno manual evangélico que carregava consigo e leu, na relação do Apóstolo Lucas, a parábola do homem rico que se vestia de púrpura, em regalada existência, enquanto o mendigo chaguento lhe batia, debalde, à porta da sensibilidade. Pronunciou, alta e pausadamente, todos os versículos, Lc 16:19. Logo após, enchendo o expressivo silêncio, destacou a sentença “Lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida”, constante do versículo vinte e cinco, e dispunha-se ao comentário, quando certos gritos blasfematórios chegaram até nós, ameaçadores e sarcásticos:

— Fora! Fora! Abaixo as mentiras do altar!

— Ataquemos de vez o padre!

— Estamos bem, somos felizes! Não pedimos auxílio algum, não precisamos de arengas!

— Temos aqui o nosso céu! Vão para os infernos!…

Os adversários gratuitos de nossa atuação não se limitaram ao vozerio perturbador. Bolas de substância negra começaram a cair, ao nosso lado, partindo de vários pontos do abismo de dor.

— As redes! — Exclamou Zenóbia, dirigindo-se a alguns colaboradores, — estendam as redes de defesa, isolando-nos o agrupamento.

As determinações foram cumpridas rapidamente. Redes luminosas desdobraram-se à nossa frente, material esse especializado para o momento, em vista da sua elevada potência magnética, porque as bolas e setas, que nos eram atiradas, detinham-se aí, paralisadas por misteriosa força.


A diretora da Casa Transitória, afeita a ocorrências iguais àquela, fornecia-nos belo exemplo de firmeza e serenidade. Após organizar a defensiva, fez sinal ao pregador para que falasse; e o padre Hipólito, sobrepondo-se aos ruídos e insultos, iniciou o comentário com empolgante acento:

— Irmãos, que vos prepareis para a recepção da Luz Divina, é o nosso desejo fraternal! Reúnem-se aqui várias centenas de infortunados companheiros em precárias condições espirituais. De alma esfrangalhada pela dor, vencidos de aflição, suportando inomináveis padecimentos, entregai-vos, muita vez, ao desalento, à rebeldia e ao desespero. Perturbada e desditosa, vossa mente não sabe senão fabricar pensamentos de angústia destruidora. Alegais que as Forças Divinas vos esqueceram no vale fundo das trevas e, de negação em negação, transformai-vos, gradativa e naturalmente, em perigosos gênios da sombra e do mal, personificando figuras diabólicas e assediando, indistintamente, as obras edificantes dos mensageiros do Pai. Cruéis perversões interiores modificam-vos o aspecto fisionômico. Não vos assemelhais às criaturas humanas que fostes, repletas de dons divinos, e, sim, a imagens vivas das regiões infernais, infundindo compaixão aos bons, receio e pavor aos mais tímidos. Na lastimável posição mental a que vos conduzistes e na qual muitos de vós outros perseverais apaixonadamente, sois tão autênticos demônios da perversidade e do crime, que nem mesmo as vergastadas da dor conseguem modificar a boca disforme. Entretanto, sois nossos irmãos mais infelizes, aleijados do sentimento e do raciocínio, perdidos em dolorosos desertos da ignorância, não por falta de amor da Providência Celeste, mas pela própria imprevidência no descaso com que recebestes na Terra todas as oportunidades de ascensão à Esfera superior do Espírito eterno. Por mais que nos expulseis de vossas congregações de sofrimento, nunca escasseará, para convosco, nossa sincera comiseração. Visitaremos a paisagem sinistra dos abismos, quantas vezes se façam necessárias. Nunca nos cansaremos de proclamar a misericórdia excelsa do Pai e jamais se imobilizará nossa mão fraterna no sublime serviço da semeadura do bem e da verdade!

As palavras injuriosas que ouvíamos antes, desapareceram, pouco a pouco. A franqueza de Hipólito triunfara. O pregador falava com ardorosa eloquência e, possuído de angélicos pensamentos, todo ele irradiava luz. Ante o respeitoso silêncio que o seu verbo inflamado provocara, prosseguiu, comovendo-nos:

— Dominam-vos a inveja e o despeito, a maldade e o sarcasmo, quando não permaneceis aniquilados de supremo terror. Emitis desordenadas paixões, entre coros de ironias e lágrimas… Quase todos, recebeis nosso concurso amoroso, reagindo, impenitentes. Acreditais que somos agraciados por favores indébitos, que somos prediletos dos Céus e afirmais levianamente que privilégios gratuitos nos felicitam a vida. Ó meus amigos! Não vos falará, porventura, a inteligência da justiça indefectível que rege toda a vida? Somos, também, batalhadores a longa distância da última vitória sobre nós mesmos, encontramo-nos, igualmente, no mesmo carreiro de redenção. Trabalhamos, lutamos, choramos e sofremos; apenas diverge de algum modo a nossa posição da vossa, porquanto, nós outros, que vos dirigimos a palavra tranquila e fraterna, já iniciamos o luminoso aprendizado do reconhecimento a Deus, nosso Pai, todo poder, justiça e misericórdia, agradecendo ao Cristo, o Divino Intermediário, o ensejo de trabalho e realização no presente. Também sentimos saudades do lar terrestre e dos brandos elos afetivos que se movimentam agora, muito distantes, experimentando, como vos acontece, o vivo desejo de regressar ao passado, a fim de retificar os caminhos percorridos, e, quase sempre, debalde procuramos aqueles que nos testemunharam amor, com o fim de beijar-lhes as mãos e pedir-lhes esquecimento das nossas fraquezas. Possuímos, todavia, a felicidade de compreender a extensão de nossos débitos e pusemo-nos, desde muito, a caminho do futuro redentor.

Penetrando a interpretação direta da parábola, Hipólito modificou o tom de voz e prosseguiu:

— Qual de nós não terá sido, na Crosta do Mundo, aquele “rico, vestido de púrpura e linho finíssimo”, do ensinamento do Mestre? Exibíamos a roupa vistosa e brilhante do “eu” egoístico, ferindo a observação de nossos semelhantes e vivendo o bendito ensejo de permanência nos Círculos carnais, “regalada e esplendidamente”. Todos nós, que nos associamos nesta paisagem de dor, tivemos, em derredor, mendigos de afeto e socorro espiritual mostrando-nos, em vão, as chagas de suas necessidades. Chamavam-se eles familiares, parentes, companheiros de luta, irmãos remotos de humanidade… Eram filhos famintos de orientação, pais necessitados de carinho, viandantes do caminho evolutivo sequiosos de auxílio, que, improficuamente, se aproximavam de nós, implorando algo de reconforto e alegria. Em geral, lembrávamo-nos sempre tarde de suas feridas interiores, indiferentes ao menosprezo da oportunidade sublime que nos fora concedida para ministrar-lhes o bem. No justo instante a que se recolhiam no leito mortuário, multiplicávamos afetos e carícias, depois de haver gasto o tempo sagrado da vida humana entre a insensibilidade e a exigência. Desejavam, os mais pobres que nós, alguma coisa das migalhas de nosso permanente banquete de conhecimentos e facilidades, frequentavam-nos a companhia, quais crianças necessitadas de iluminação e ternura, e os próprios cães se inclinavam para eles, tomados de natural simpatia… Nós, porém, envaidecidos das próprias conquistas, encarcerados em clamorosa apatia, amontoávamos expressões de bem-estar, crendo-nos superiores a todas as criaturas integrantes do quadro de nossa passagem pela carne. Prisioneiros de nossas criações inferiores, a morte precipitou-nos no despenhadeiro purgatorial, semelhante ao tenebroso inferno da teologia mitológica. Envelhecida e rota a veste rica da oportunidade, ao término do curso de aprimoramento espiritual no educandário terrestre, somos, por vezes, mais pobres que o último dos miseráveis que nos batiam, confiantes, à porta do coração e para os quais poderíamos ter sido beneméritos doadores da felicidade. Viajores, na travessia do rio sagrado da elevação, fugíamos de todos os companheiros necessitados, instituíamos serviços ativos de vigilância contra os náufragos sofredores, estimávamos, acima de tudo, o bom tempo, as ilhas encantadas de prazer, a camaradagem dos mais fortes, para atingir a outra margem, humilhados e pesarosos, em terríveis necessidades do espírito, incapazes de prosseguir a caminho dos continentes divinos da redenção… Sejamos razoáveis, meus irmãos, reconhecendo que esse inferno é construção mental em nós mesmos. O estacionamento, após esforço destrutivo, estabelece clima propício aos fantasmas de toda sorte, fantasmas que torturam a mente que os gerou, levando-a a pesadelos cruéis. Cavamos poços abismais de padecimentos torturantes, pela intensidade do remorso de nossas misérias íntimas; arquitetamos penitenciárias sombrias com a negação voluntária, ante os benefícios da Providência. Desertos calcinantes de ódio e malquerença estendem-se aos nossos pés, seguindo-se a jornadas vazias de tristeza e desconsolo supremo. Semelhamo-nos a duendes vagabundos da inquietação e do desalento, pela amargura do que fomos e pela dificuldade quase invencível na aquisição dos recursos para o que devemos vir a ser. De um lado, a falência gritante; do outro, o desafio da vida eterna. Como o rico infeliz da parábola, todavia, sabemos que muitas de nossas vítimas de outro tempo escalaram altas posições no campo hierárquico da eternidade; que muitos daqueles mendigos de carinho da estrada humana foram conduzidos a fontes da Maravilhosa Sabedoria e do Inesgotável Amor, e, assim, porque não impetrarmos o concurso de suas bênçãos intercessórias? Porque não dobrarmos humildemente a cerviz, considerando os desvios do passado, a fim de recebermos a sublime e indispensável cooperação do presente? Sabemos, amigos, que muitos de vós outros padeceis, atormentados, a devoradora sede da água viva do Espírito imortal, que, aflitos e desanimados, neste vale de sombras, desejaríeis romper todos os obstáculos para a recepção de uma gota apenas do líquido precioso, prometido por Jesus aos sedentos que a Ele se devotassem de boa vontade! Ah! Não basta, porém, a desordenada rogativa de dor, para que o orvalho divino refresque o coração dorido e dilacerado! Urge regenerar o vaso receptivo da alma enferma, alijando a poeira venenosa da Terra, para que permaneça puro e reconfortante o rocio do Céu! Imprescindível o sofrimento de função purificadora. Os desvarios mentais, a que nos entregamos na Crosta Planetária, são energias que presentemente se manifestam com a intensidade das forças libertas, depois de longo represamento, e, daí, a intraduzível angústia da fome, da sede, da aflição e da enfermidade que muitos de vós ainda sentis, pela carência de conformação com as leis estabelecidas pelo Eterno Pai!…

Pelo silêncio do ambiente, parecia-me que o padre Hipólito era ouvido com respeitosa atenção pelas inúmeras fileiras de sofredores ali congregados diante de nós. Após ligeira interrupção, continuou o pregador, bem inspirado:

— Nenhum de nós outros, os que apelamos para a vossa renovação, encontrou até agora a residência dos anjos. Somos companheiros em cujo coração palpita, plena, a humanidade, com os seus defeitos e aspirações. Compreendemos, contudo, vosso tormento consumidor e trazemos a todos o convite de renúncia aos impulsos egoísticos, concitando-vos, ainda, ao reconhecimento devido ao Senhor e à penitência pelos nossos erros voluntários e criminosos do passado. Agradeçamos a Misericórdia Divina e, reunidos, peçamos ao Cristo entendimento de sua vontade sublime e sábia, com a precisa força para executá-la, onde estivermos. Não roguemos, como o rico enganado da narração evangélica, qualquer vantagem para o nosso individualismo ou para o círculo pessoal de nossos interesses particulares, mas, sim, a compreensão, suficiente compreensão dos deveres que nos cabem, na atualidade menos venturosa, de acordo com as suas diretrizes salvadoras. E, cheios de confiança nova, aguardemos o porvir, em que a Terra, nossa grande mãe, nos oferecerá, generosa, outras ocasiões fecundas de aprender e resgatar, santificar e redimir.


Nesse momento, o ex-sacerdote sustou por longos instantes a pregação, possibilitando-nos detido exame do quadro exterior.

Longas filas de sofredores acorriam de todos os recantos, fitando-nos à claridade das tochas, à distância de trinta metros, aproximadamente. Estendiam-se em vasta procissão de duendes silenciosos e tristes, parecendo guardar todas as características das enfermidades físicas trazidas da Crosta, no campo impressivo do corpo astral. Viam-se ali necessitados de todos os tipos: aleijões, feridas, misérias exibiam-se ao nosso olhar, constringindo-nos os corações. Muitos deles, ajoelhados, talvez na suposição de que fôssemos embaixadores do Celeste Poder em visita ao purgatório desditoso, mantinham-se em posição de supremo respeito, embora deixando transparecer, na face angustiada, indescritíveis padecimentos. De olhos ansiosos, falavam sem palavras do intenso e secreto desejo de se unirem a nós; entretanto, algo lhes coibia a realização. Semelhavam-se a prisioneiros, suspirando pela liberdade. Porque não corriam ao nosso encontro? Porque não se ajoelharem, junto de nós, em sinal de reconhecimento sincero a Deus? Desejando penetrar a causa daquela imobilidade compulsória, compreendi, sem maiores esclarecimentos, o que se passava. Entre a multidão compacta e nós outros, cavava-se profundo fosso, e, onde surgiam possibilidades de transposição mais fácil, reuniam-se pequenos grupos de entidades que se revelavam por sinistra expressão fisionômica. Não podia abrigar qualquer dúvida. Aqueles rostos agressivos e duros sustentavam severa vigilância. Que faziam aí semelhantes verdugos? Permaneceriam dirigidos por potências vingadoras, com poderes transitórios na zona das trevas, ou agiriam por sua conta própria, obedientes a desvairadas paixões da mente em desequilíbrio? Recordei antigas lendas do inferno esboçado na teologia católico-romana, para concluir que a fogueira ardente, onde Satã se comprazia em torturar as almas, devia ser mais bela que a paisagem de lama, treva e sofrimento à nossa vista. Recolhi, porém, o fio das considerações desnecessárias ao momento, compreendendo que o minuto não comportava divagações, por exigir contribuição ativa.

Prolongando-se a pausa do pregador, uma criatura de rosto patibular gritou, em meio de gestos odiosos:

— Não pedimos exércitos de salvação! Fujam daqui!

Bastou isolada manifestação para que outras expressões de desagrado explodissem.

— Não desejamos redimir coisa alguma! Nada devemos! Interessam-nos o culto sistemático do ódio, a revolta contra os deuses insensíveis, o movimento de resistência à repugnante aristocracia espiritual!

— Morram os pregoeiros da virtude falsificada! Caiam os oportunistas de além-túmulo! Viva o nosso movimento de destruição contra a velha ordem dos senhores e dos escravos! Depois das ruínas, edificaremos o mundo novo!

Homenzarrão hirsuto, com todas as particularidades dum gigante, avançou até à borda do fosso, no outro lado, fez significativo gesto de provocação e perguntou, bradando:

— Calou-se o realejo do padre?!

Riu-se, diabolicamente, e continuou:

— Perdem tempo! Estão redondamente enganados! Também temos programa e também sabemos querer! Onde está o Deus que nos prometeram?! Têm, porventura, o mapa do céu? Nossos ídolos agora estão quebrados. Somos filhos do desespero, tentando reorganizar a vida no deserto que nos defronta. Voltaremos, acaso, à ingenuidade primitiva, a ponto de acreditar novamente em mentiras religiosas? Em que remota região se compraz a beneficência divina que não se condói de nossas necessidades? Declaram-se felizes e proclamam a compaixão de um pai que não conhecemos. Viram-no alguma vez?

Fria gargalhada pontilhou suas últimas palavras. Revelando-se sob forte impressão, o padre Hipólito respondeu:

— O conhecimento da Divindade e o roteiro celeste serão encontrados dentro de nós mesmos. Por que audácia inominável cometeríamos o absurdo de aguardar plena e pronta identificação da nossa natureza egressa da irracionalidade, em dias tão curtos, com a sublime plenitude de Deus? Como ombrear-se o batráquio com o Sol? Em verdade, as religiões antropomórficas da Crosta envenenaram-nos a mente, instilando falsas concepções de Deus em nossos raciocínios. Não podemos, todavia, culpá-las em sentido absoluto, porquanto a estagnação espiritual caracterizava-nos a todos. Quando os discípulos se integrarem efetivamente, de cérebro e coração renovado, no Evangelho do Mestre, será impossível a negativa interferência sacerdotal. O dogma, considerado imparcialmente, constitui desafio e castigo simultâneos. Desafio à inteligência investigadora e construtiva, para que se dilate no mundo a noção do Universo Infinito, e castigo às mentes ociosas que renunciam levianamente ao dom de pensar e decidir por si mesmas as questões sagradas do destino. Em toda parte encontraremos a Sabedoria Operante e Invisível do Senhor, estendendo-se em todas as minúcias da Natureza. Calai, portanto, a vaidade ferida e o orgulho humilhado que vos ditam observações ingratas e criminosas! Detende-vos no santuário da consciência e não exigireis visões e revelações que não conseguiríeis suportar. Tomados, pois, de compaixão pela vossa rebeldia e infortúnio, rogamos ao Senhor abençoe a esperança de quantos nos ouvem, famintos de suprema redenção, como nós, diante da grandeza inapreciável da vida eterna!

Para outro público, as palavras do ex-sacerdote seriam vivas e convincentes, mas as entidades endurecidas e perversas, para quem foram proferidas, mostraram-se frias e insensíveis.

Fizeram-se ouvir outras vozes, em sinistro coro:

— Basta! Basta!

— Fora! Fora!…

Todavia, entre aqueles que nos seguiam atenciosamente o serviço, contemplamos inúmeros rostos angustiados, revelando o pavor que os companheiros lhes causavam. Aumentara-se-lhes o número. Verifiquei, porém, que não havia ali uma só criança. Apenas adultos, jovens e velhos de todos os aspectos. Notava-se que a dissertação de Hipólito lhes fizera enorme bem. Muitos deles vertiam pranto copioso. Contudo, impropérios e maldições cruzavam o espaço. Os malfeitores impenitentes não nos toleravam a presença e cada qual era mais fértil nas ironias selecionadas, com o fim de despertar humorismo sarcástico e desprezo na desventurada assembleia.

A princípio, impulsos de reação afloraram-me no espírito surpreso. Não seria conveniente que nos organizássemos contra semelhante malta de criminosos? Não seria melhor saltar o óbice visível e arrebatar-lhes as vítimas indefesas? A nosso favor, contávamos com a volitação fácil. E as noções de caridade avivavam-me justificado instinto de reação. Perante nós, a algumas dezenas de metros viam-se mulheres desfiguradas pela dor, velhos e moços esquálidos e abatidos. Ninguém fugia ao doloroso aspecto de supremo infortúnio. Semelhavam-se a cadáveres em retorno inesperado à vida, depois de longa permanência no túmulo.

Pensamentos de revolta cruzavam-se-me no cérebro.

Por que razão o padre Hipólito não respondia à altura? Porque não punir aqueles sicários da sombra, que denunciavam refinada cultura intelectual e vigorosa inteligência? Não possuíamos suficiente poder para a repressão necessária?

O Assistente Jerônimo, percebendo-me o perigoso estado dalma, aproximou-se cautelosamente de mim e falou, discreto:

— André, extingue a vibração da cólera injusta. Ninguém auxilia por intermédio da irritação pessoal. Não assumas papel de crítico. Permanecemos aqui, na qualidade de irmãos mais velhos no conhecimento divino, tentando socorro aos mais jovens, menos felizes que nós. Revistamo-nos de calma e paciência. Responder a insultos descabidos é perder valioso tempo, na obra de confraternização, ante o Eterno Pai. Hipólito não pode duelar verbalmente, nem a Irmã Zenóbia autorizaria qualquer violência a estes infortunados, sob pena de relegarmos ao esquecimento sublime oportunidade de praticar o verdadeiro bem. Modifica a emissão mental para que te não falte a cooperação construtiva e guardemos a voz, não para condenar, e, sim, para informar e edificar cristãmente.

Reajustei o campo emotivo, rogando a Jesus me conferisse forças para olvidar o “homem velho” que gritava dentro de mim.

Com a invocação ao Plano Superior, através da súplica, instantânea compreensão brotou-me na consciência.

Em verdade, como interpretar investidas de criaturas já de si mesmas tão desventuradas? Antes de tudo, necessitavam de amparo e compaixão. Não haviam recebido ainda, como acontecera a nós outros, a bênção da fé viva, da conformação aos desígnios da Lei Eterna, do reconhecimento das próprias necessidades interiores, por incapacidade espiritual. Blasfemavam e riam, sarcásticas. Desprezavam as dádivas da Providência. Injuriavam o Mestre. Esqueciam todas as considerações referentes à ordem divina e ao respeito humano. Quem éramos nós, para convertê-las, inopinadamente, se o próprio Senhor lhes tolerava, paciente e amigo, as palavras torpes, sem represálias individuais? Não lhes bastaria a limitação lamentável a que se entregavam? No círculo estreito do sofrimento e acoimados pelo desespero, não ultrapassavam a esfera de sensações grosseiras e intentavam inutilmente combater o bem. Verdade é que doía vê-los oprimindo míseras entidades que se ajoelhavam, sob nosso olhar, implorando ajuda e libertação; entretanto, razões ponderáveis existiriam, justificando a ligação entre algozes e vítimas, razões que me escapavam, naturalmente, na hora em curso. Modificaram-se-me as apreciações do primeiro instante. Tomado de súbita piedade, notei que, ao serenarem as ironias dos maus e observando talvez que não transpúnhamos o obstáculo em serviço de libertação, pintava-se, na fisionomia dos sofredores confessos, a mais pungente ansiedade.

Pobre velhinha, que me pareceu desassombrada na fé, examinando os terríveis fatores circunstanciais, estendeu-nos os braços esqueléticos e, na sua antiga concepção religiosa, suplicou-nos:

— Santos mensageiros de Deus, nosso Pai, dignai-vos retirar-nos do purgatório! Estamos torturados pelo fogo dos remorsos e pelos demônios que nos cercam. Por piedade, salvai-nos!

Fortes soluços interceptavam-lhe a voz; todavia, a venerável anciã continuou:

— Nossas faltas, mal pagas na Terra, uniram-nos aos Espíritos perversos do abismo! Somos pecadores necessitados da purgação, mas não nos abandoneis à nossa própria sorte! Ajudai-nos, em nome de Jesus, por quem vos suplicamos a graça da salvação! Errei muito, é verdade… Entretanto, meu Espírito arrependido implora proteção… Sei que não mereço o descanso do paraíso, mas, ó emissários do Céu! Por quem sois, concedei-me recursos para resgatar minhas dívidas. Estou pronta! Procurarei aqueles a quem ofendi durante a vida terrestre, a fim de humilhar-me e pedir perdão!…

De mãos postas, a fitar-nos angustiosamente, concluía:

— Não me desampareis! Não me desampareis!…

Mudou-se de algum modo o quadro. A valorosa pedinte encorajou os demais companheiros de infortúnio:

— Pelos méritos de São Geraldo de Majela gritou um infeliz, — revelando sua antiga condição de católico-romano, — libertai-nos daqui! Salvai-nos do torvelinho infernal! Socorrei-nos, por amor de Deus!

Destacando-se umas das outras, as súplicas proferidas evidenciavam a presença de adeptos de variados credos religiosos, conhecidos na Crosta, e os espiritistas não faltavam no triste concerto. Determinada senhora, de porte respeitável, cabelos revoltos e fundas chagas no rosto, deprecou, chorosa:

— Espíritos do Bem, auxiliai-me! Eu conheci Bezerra de Menezes na Terra, aceitei o Espiritismo. No entanto, ai de mim! Minha crença não chegou a ser fé renovadora. Dedicava-me à consolação, mas fugia à responsabilidade! A morte atirou-me aqui, onde tenho sofrido bastante as consequências do meu relaxamento espiritual! Socorrei-me, por Jesus!

De todos os recantos soavam apelos comovedores.

Jamais esquecerei a inflexão das palavras ouvidas. Jovens e velhos, homens e mulheres, em deploráveis condições, prostrados a reduzida distância, respeitosos e confiantes, em virtude das luzes que acendêramos dentro da noite triste, imploravam o socorro divino, tratando-nos com extrema veneração, como se fôramos legítimos expoentes de santidade. Quando os rogos cresceram, partindo de tantas bocas, os verdugos empunharam látegos sinistros, espalhando vergastadas, quase que indiscriminadamente… A maioria dos pobres que se mantinham genuflexos debandou, em passos tão apressados quanto lhes era possível, regressando aos ângulos sombrios do vale fundo. Alguns, porém, suportavam os golpes, heroicamente, prosseguindo de joelhos e contemplando-nos, ansiosos.

Indicando-nos, sarcástico, certo perseguidor vociferou, estentoricamente:

— Estão vendo? São benfeitores de gravata! Não se atiram à luta em favor de ninguém! Ensinam com lábios, mas, no fundo, são mensageiros do inferno, insensíveis e duros, como estátuas de pedra. Nenhum deles ousa atravessar a barreira para prestar-vos assistência e socorro!…

Seguiram-se gargalhadas tão escarnecedoras que todo o meu sentimento de repulsa humana aflorou de súbito. Onde estava que não reprimia o provocador? Porque não puni-lo devidamente? Abeirava-me de pleno desequilíbrio mental, quando a Irmã Zenóbia, temendo talvez pela nossa reação, se voltou, tranquila, e recomendou:

— Amigos, conservemo-nos em calma para o trabalho eficiente. Ninguém se conserva neste abismo de dor, sem razão de ser.

E possivelmente convicta da necessidade de argumentação mais firme para demover-nos, acrescentou:

— Que seria do Cristianismo se Jesus abandonasse o madeiro do testemunho, a meio caminho, a fim de entrar em pugilato com a multidão? Permanecemos aqui em tarefa consoladora e educativa, não o esqueçamos. O serviço de punição dos culpados virá de Mais Alto.

A referência despertou-nos, de pronto, para o caráter elevado da investidura. As almas efetivamente superiores possuem o dom de projetar-nos o espírito em zonas sagradas da vida, reintegrando-nos na corrente inspiracional das Forças Divinas que sustentam o Universo.

A hora não comportava qualquer dissertação mais longa, a respeito das obrigações que deveríamos desempenhar. Sem perda da tempo, a diretora da Casa Transitória entrou em combinação com os auxiliares que havia trazido, desenrolando extenso material socorrista.

Iam as providências em meio, quando vários grupos de infelizes tentaram vencer o obstáculo, ansiosos por se reunirem a nós outros; mas os verdugos, agindo, solertes, golpeavam-nos cruelmente, empenhando-se em luta para precipitá-los ao fundo do fosso tenebroso, do qual fugiam as vítimas, tomadas de visível terror.

Ativa, delicada, Zenóbia determinou que fossem lançadas faixas luminosas de salvação ao outro lado, no propósito de retirarmos o número possível de sofredores de tão amargurosa situação; todavia, a ordem seguiu-se de odiosa represália. Os gênios diabólicos fizeram-se mais duros. Acorreram míseras almas, aos magotes, buscando agarrar-se às extremidades resplandecentes, descidas na margem oposta, como bordos de acolhedora ponte de luz; no entanto, multiplicaram-se golpes e pancadas. Entidades perversas, em grande número, continham os aflitos prisioneiros, impedindo-lhes o salvamento, com manifesto recrudescimento de maldade. Nosso esforço persistiu por longos minutos, ao fim dos quais, observando que redundavam inúteis, apenas favorecendo a dilatação da agressividade dos algozes, a Irmã Zenóbia, mantendo-se em grande serenidade, determinou fosse recolhido o material utilizado para os trabalhos de salvação.


Às rogativas chorosas das vítimas, casavam-se as frases injuriosas dos verdugos, confrangendo-nos o coração.

Após a recomposição do material, improficuamente utilizado, a devotada orientadora acenou para um servidor que lhe trouxe pequenino aparelho, destinado à ampliação da voz, e falou, pausadamente, na direção do abismo:

— Irmãos em humanidade, reine conosco a Paz Divina!

Sua palavra adquirira impressionante poder de repercussão. Ecoava, longe, como se fosse endereçada às almas que, porventura, se mantivessem dormindo a consideráveis distâncias.

Sem qualquer demonstração de impaciência ou desagrado, continuou:

— Regozijai-vos, ó corações de boa vontade! E confiai, sobretudo, na proteção de Nosso Senhor Jesus. Dilaceram-nos vossas dores, tocam-nos, de perto, as incompreensões e sofrimentos a que vos entregastes, apartados da Lei Divina, e se não atravessamos o fosso negro, na tentativa suprema de salvar-vos temporariamente do mal, é que somos igualmente companheiros de luta, sem imunidades angélicas, detentoras de possibilidades limitadas no amparo aos semelhantes! Alegrai-vos, porém, e aguardai, confiantes, porque se manifestará, em vosso benefício, o fogo consumidor, nesta região menos feliz, onde tantas inteligências perversas tripudiam sobre os mandamentos do Pai e menosprezam-Lhe as bênçãos de luz. Amanhã mesmo, demonstrar-se-á o Supremo Poder.

Fez pequena pausa e prosseguiu:

— Faz mais de um lustro que a Casa Transitória de Fabiano persevera nestas zonas de treva e sofrimento, convocando almas perdidas ao aproveitamento da bendita oportunidade do recomeço, através do trabalho dignificador, em cujas bênçãos há sempre recursos de apagar as manchas do pretérito, regenerando-se os caminhos do porvir. Há cerca de dois mil anos ensinamos o bem e a verdade, preparando corações para o futuro redentor. Se é inegável que muitos irmãos se valeram de nosso concurso humilde, aceitando o remédio para a restauração, a maioria de vós outros sempre nos fugiu à influência, desdenhando-nos o socorro, abjurando-nos a colaboração, desprezando-nos os serviços, favorecendo a discórdia e a perseguição e oferecendo-nos obstáculos de toda sorte. Entretanto, meus amigos, o pouso de Fabiano ainda se coloca no vosso dispor, até amanhã, durante as primeiras horas.

Ante a grave inflexão daquela voz e considerando talvez o teor do aviso, calaram-se as bocas pervertidas e desequilibradas. Os mais perversos passaram a contemplar-nos, entre o receio e a interrogação.

Depois de curto intervalo, Zenóbia prosseguiu, fundamente emocionada:

— Não lutamos corpo a corpo com a ignorância audaciosa e infeliz, porque a delegação que o Mestre nos confiou traça-nos deveres de amor e não de porfia. Fomos designados para ministrar o bem e lamentamos que irmãos horrivelmente desventurados nos ofereçam resistência, mergulhando-se no pântano da revolta pessoal. Não temos, porém, qualquer palavra condenatória. Os que tentam escapar às Leis Eternas são bastante infortunados por si mesmos. Amarga ser-lhes-á a colheita da triste semeadura. Gastarão longo tempo extraindo espinhos envenenados, introduzidos por eles próprios no coração. Porque combatê-los se estão vencidos, desde o primeiro repto à Divindade? Porque torturá-los, se permanecem perseguidos pelos fantasmas criados pela própria rebeldia e insensatez? O Poderoso Senhor, porém, que ama os justos e retifica os injustos, fará com que amanhã surja neste céu a tempestade renovadora. O asilo de Fabiano receberá criaturas de boa vontade, dentro das horas próximas; todavia, será inútil procurar-lhe o socorro sem modificação substancial para o bem. Sofredor algum será recolhido tão só porque implore abrigo com os lábios. Nossa casa de paz cristã é igualmente templo de trabalho cristão e a hipocrisia não lhe pode alterar o ministério santificador. Nossas defesas magnéticas funcionarão rigorosas e apenas os corações sinceramente interessados na renovação própria, em Cristo Jesus, serão portadores de senha indispensável ao ingresso. Debalde, rogarão socorro as entidades endurecidas no crime e na indiferença.

Os algozes fixavam as vítimas com expressão odiosa.

A Irmã Zenóbia, contudo, prosseguiu, intrépida, dirigindo-se especialmente aos infortunados:

— Suportai os verdugos cruéis por mais algumas horas e valei-vos da oração para que não vos faltem energias interiores. Não temos necessidade da luta corporal, nem da defensiva destruidora e, sim, da resistência que o Divino Mestre exemplificou. Tolerai os inimigos gratuitos do bem, desesperados e infelizes, que nos perseguem e maltratam, orando por eles, porque o Poder Renovador se manifestará, convidando, por intermédio do sofrimento, a que se arrependam e se convertam.

Em seguida, expressando otimismo e felicidade nos olhos lúcidos, a orientadora ergueu comovente súplica pelos habitantes do abismo, a qual acompanhamos com lágrimas de emoção.

Semblantes angustiados seguiam-nos, atentos, na outra margem, enquanto os impenitentes adversários da luz guardavam silêncio. Entrementes, os encarcerados na dor continuaram implorando auxílio, mas, atendendo as determinações da Irmã Zenóbia, apagamos as luzes, pondo-nos de volta.

De outras vezes, ao término dos incidentes que me surpreendiam, eu conservava uma imensidade de indagações no cérebro ágil e curioso. Agora, todavia, regressava tristemente.

A extensão da luta compungia-me o ser. Os padecimentos da ignorância, de fato, não tinham limites e todo abuso do livre arbítrio individual encontrava punição espontânea nas leis universais. Certo, em diferentes lugares, outros abismos como aquele estariam repletos de vítimas e verdugos.

Ah! Também eu guardava no vaso do coração todos os ressaibos das vicissitudes humanas! Também eu sofrera muito e havia feito sofrer! Reminiscências vigorosas da existência carnal jaziam vivas em mim. De alma voltada em silêncio para o Cristo de Deus, meditei sobre a grandeza do seu sublime sacrifício e, pensando nos cruéis perseguidores e nos pobres perseguidos do vale escuro, perguntava ao Senhor, na intimidade do coração frágil e oprimido, por quem deveria eu chorar mais intensamente.




Amélia Rodrigues

lc 16:27
Mensagem do Amor Imortal (A)

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

Lucas 16:1-34


A incomparável balada rica de esperanças e de alegrias espraiava-se pelas terras distantes umas das outras, anunciando o Reino de Deus que logo mais se instalaria na Terra.


Vivia-se sob a escravidão política de Roma, ultrajante e destrutiva, da Lei judaica, sempre injusta em relação aos desafortunados do mundo, a insidiosa dominação dos rabinos, ambiciosos e insaciáveis, bem como sob o jugo da pobreza, das enfermidades, do abandono dos governantes. . .


O ser humano encontrava-se reduzido à mínima condição de alimária de carga, utilizado apenas quando submetido à sujeição dos poderosos.


Os campos despovoados, as searas abandonadas, as cidades regurgitantes de miseráveis, as praças abarrotadas de desocupados, de enfermos, de mutilados. . .


Os desvios de comportamento emocional e mental avolumavam-se em face da pressão dos sofrimentos diversos, misturando-se com as obsessões crucificadoras, formando uma sinfonia patética, ensurdecedora em todo lugar.


Na região da Galileia, porém, ante a placidez do mar, quebrada somente pelas tormentas periódicas, respirava-se ingenuidade, resignação e alguma fraternidade.


Ocorre que a pobreza desvestida de revolta e sem as angústias decorrentes das ansiedades de poder e de glória une os seus membros em relativa amizade, porque não se tendo o que invejar, nem competir, nem anelar, surge um clima de identificação de necessidades e de compreensão, que a todos atende no mesmo nível de relativa paz.


Foi, nesse cenário de gentes simples e desataviadas, que a sinfonia do Evangelho esplendeu em toda a sua majestade e beleza.


Entre pescadores que amavam a labuta do mar, vinhateiros que se afadigavam pelo cultivo da videira, curtidores de lã animal afeiçoados à fabricação tosca de tecidos, Ele encontrou o coração do povo que abriu a sua acústica para ouvir a melodia da esperança.


Israel estava cansado de rabis e profetas, afinal de contas, mais enfáticos e orgulhosos, guerreiros e presunçosos, que irmãos da plebe e companheiros dos sofredores.


Periodicamente, apareciam tonitruantes, belicosos, ameaçadores, exóticos, conclamando o povo à revolta, ao ódio, ao desforço pela miséria secularmente sofrida, sem oportunidade de dignificação.


Ele, não! Belo como o irradiar da manhã e puro como uma chama ardente, era afável e companheiro, misturando-se com os deserdados e com eles convivendo sem parecer-lhes melhor ou superior.


A Sua voz, embora forte em determinados momentos, era macia e quente aos ouvidos do desespero, apaziguando-o, o que permitia que a Sua palavra penetrasse qual música divina e se fixasse como unguento perfumado nos refolhos das almas.


Assim, conforme seria de esperar-se, a pouco e pouco foi se tornando conhecido e amado - esperança vigorosa daqueles que haviam perdido tudo, menos a identidade com Deus!


Não poucas vezes, contemplando as massas sedentas de paz e necessitadas de pão, Ele as induzia à confiança irrestrita em Deus, que veste de incomparáveis cores as aves dos céus e os lírios do campo, nutrindo de alimentos os primeiros e vitalizando os outros, a fim de que perfumem o ar. E o Seu verbo encorajava-as ao prosseguimento das lutas em que se afadigavam.


Apesar disso, era necessário insculpir nos seus corações os delineamentos do Reino de Deus, de modo que pudessem enfrentar as vicissitudes com fortaleza, superando-as e preparando-se para o futuro após a dissolução das formas orgânicas.


A arte insuperável de narrar história era um dos recursos pedagógicos mais enriquecedores de que se podia dispor, e todos os grandes pensadores utilizaram-se desse admirável mecanismo para expressar o seu pensamento.


Ele também assim o fez.


Ante as inseguranças e problemáticas do entendimento da ética-moral e dos deveres a todos impostos pela vida, Ele recorria às imagens vigorosas do cotidiano para que pudessem entender e vivenciar o mais valioso recurso de dignificação humana.


(. . .) E as parábolas espocavam dos Seus lábios como flores do campo, naturais e formosas.


Uma delas informava que se tratava de um homem rico, que possuía um mordomo, que foi acusado de estar utilizando em benefício próprio bens que não lhe pertenciam.


E porque tudo indicasse a realidade infeliz da sua conduta, o amo chamou-o e pediu-lhe que prestasse contas da sua mordomia, porquanto já não tinha condições de merecer fé nem respeito.


Surpreendido pela atitude severa do amo, o infiel começou a conjecturar a respeito do futuro que lhe estava reservado, constatando não possuir recursos para o exercício de outra função, que lhe exigisse esforço e luta. Então, desonesto como era, convidou um dos devedores do seu patrão e perguntou-lhe:

— Quanto deves ao meu senhor?


Informado que era cem cados de azeite, propôs-lhe que anotasse apenas metade, comprometendo-se a pagá-los.


O mesmo fez em relação a outro devedor, que informou ser cem coros de trigo, indicando-lhe que anotasse apenas oitenta e não deixasse de pagá-los.


Com essa atitude, o sagaz agradou aos devedores, que lhe ficaram amigos, mas também poupou o seu senhor de grandes prejuízos, garantindo-lhe o recebimento de parte das dívidas.


Em face dessa astúcia, o amo também o estimou, porque essa atitude era compatível com aqueles outros desonestos que se comportavam da mesma maneira, muito diferente Aos filhos da luz.


Após silenciar por um pouco, a fim de que os ouvintes pudessem captar o conteúdo do ensinamento, Ele arrematou enfático:

— Granjeai amigos por meio das riquezas da injustiça; para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabemáculos eternos.


Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito; quem é injusto no pouco, também é injusto no muito.


Se, pois, nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeiras?


E se no alheio não fostes fiéis, quem vos dará o que é vosso?


Ele fez uma grande pausa, perpassando o olhar sobre a massa em meditação, logo prosseguindo:

— Nenhum servo pode servir dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar ao outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.


Os fariseus, que eram gananciosos, ouviam todas essas coisas e zombavam dele.


As riquezas da injustiça constituem os recursos que a sagacidade consegue, amealhando para outrem enquanto acumula também para si.


Impossibilitado de ser honrado no cumprimento dos deveres que lhe dizem respeito, o indivíduo utiliza-se dos bens que pode reunir, compensando a própria astúcia com os valores que supõe pertencer-lhe.


Esse comportamento reserva-lhe meios de sobrevivência para o futuro, mas não lhe granjeia a paz de consciência, pelo reconhecer da falibilidade moral e defecção espiritual.


Esse treinamento da honra ao lado dos pequenos valores, de alguma forma prepara-o para as grandes conquistas de que se verá a braços, a serviço do Senhor da Vinha, Aquele que é a Justiça e Soberania.


Torna-se indispensável aprender a servi-lO mediante os bens da avareza, da transitoriedade, do comércio terreno, no qual a maioria se equivoca, dando-Lhe prioridade e significação.


A sua posição enfrenta, então, duas alternativas, a que diz respeito ao mundo imediato e aquela que se refere à transcendência.


Quem deseje a eterna, certamente terá que despojar- -se da ambição enganosa dos valores transitórios, porque em serviço da autoiluminação, necessita despojar-se de toda sombra interior, enquanto caminha pela senda humana.


Mordomos, todos o somos dos haveres divinos, que nos cumpre prestar contas com fidelidade, a fim de sermos credores da confiança em relação aos eternos recursos da Paternidade Celeste.


Paramirim-BA, em 21. 06. 2004.


AMÉLIA RODRIGUES



Referências em Outras Obras


Huberto Rohden

lc 16:27
Nosso Mestre

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 1
Huberto Rohden
Numa pequena cidade serrana, chamada Nazaré, vivia uma jovem por nome Maria. Como ela era muito boa, mandou Deus um dos seus anjos dizer a Maria que a tinha escolhido para ser mãe do Salvador do mundo, Jesus Cristo. São Lucas, que viveu naquele mesmo tempo e, certamente, falou com Maria, conta do seguinte modo este acontecimento:
Foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão, por nome José, da casa de Davi. E o nome da virgem era Maria. Entrou o anjo onde ela estava e disse: "Eu te saúdo, cheia de graça; o Senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres".
A estas palavras se assustou ela e refletiu o que significaria essa saudação.
Disse-lhe o anjo: "Não temas, Maria; pois achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Será grande e chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de seu pai Davi; reinará eternamente sobre a casa de Jacó, e o seu reino não terá fim".
Tornou Maria ao anjo: "Como se fará isto, pois que não conheço varão?" Volveu-lhe o anjo: "O Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te fará sombra. Por isso, o santo que nascerá de ti será chamado Filho de Deus. Também tua parenta Isabel concebeu um filho em sua velhice e já está no sexto mês, ela, que passa por estéril; porque a Deus nada é impossível".
Disse então Maria: "Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra".
E o anjo deixou-a. (Lc. l, 26-38).

CARLOS TORRES PASTORINO

lc 16:27
Sabedoria do Evangelho - Volume 6

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 6
CARLOS TORRES PASTORINO

LC 16:19-31


19. Certo homem era rico e se vestia de púrpura e linho finíssimo, e leviano banqueteavase todos os dias alegremente.

20. Certo mendigo, de nome Lázaro, todo em chagas, fora deitado diante do ádrio dele,

21. desejando saciar-se com o que sobrava da mesa do rico; mas até os cães vinham lamberlhe as úlceras.

22. Aconteceu, porém, morrer o mendigo e ser levado pelos espíritos ao seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado.

23. No hades, estando em provação, levantou seus olhos e viu Abraão ao longe, e Lázaro em seu seio.

24. E ele chamou, dizendo: "Pai Abraão, compadece-te de mim e envia Lázaro, que mergulhe na água a ponta de seu dedo e refrigere minha língua, porque muito sofro nestas chamas".

25. Abraão, porém, respondeu: "Filho, lembra-te de que recebeste teus bens em tua vida, e igualmente Lázaro os males; agora, pois, ele foi aqui consolado, mas tu sofres;

26. e nestas regiões todas, entre nós e vós estabeleceu-se imenso abismo, de tal forma que os que querem passar daqui para vós, não podem, nem os de lá passar para nós".

27. Ele disse: "Peço-te, então, ó Pai, que o envies à casa de meu pai,

28. porque tenho cinco irmãos; de modo que os avise, para que também eles não venham a este lugar de provação".

29. Mas disse Abraão: "Eles têm Moisés e os profetas: que os ouçam".

30. Retrucou ele: "Não, Pai Abraão, mas se alguém dentre os mortos for a eles, mudarão a mente".

31. Respondeu Abraão: "Se não ouvem Moisés e os profetas, mesmo se se levante alguém dentre os mortos, não se persuadirão".



Aqui deparamos outra parábola com ensinos seguros a respeito do plano astral, como consequência imediata da vida neste plano terráqueo. Temos a impressão, por isso, de que as duas foram narradas seguidamente, pois havendo falado nas "casas" (vers. 4) "deste eon" (vers. 8) e nas "tendas do (outro) eon" (vers. 9), era interessante, e até conveniente, que o ensino prosseguisse no esclarecimento das realidades ocorrentes em uma e outra "localização" das criaturas.


Alguns "pais da igreja" julgaram tratar-se de fato verídico, como se depreende da versão copta saídica e de um escólio do grego, que dão o nome de Níneve ao rico, denominado Píneas por Prisciliano ("Tractatus" IX) e pelo pseudo-Cipriano ("De Pascha Comp. ", 17). A dedução é feita em virtude de constar o nome Lázaro, pois não é da técnica parabólica a citação de nomes próprios. No entanto, justificase o aparecimento do nome, já que não poderia mais designar-se por "o mendigo", quando este tivesse chegado à nova situação "no seio de Abraão".


Destaca o ensino, o contraste entre a grande riqueza e a extrema miserabilidade. O manto de púrpura e as túnicas de linho fino (byssos) eram a roupa normal dos grandes ricos da época. E o "banquetear-se alegremente" (euphraínô) confirma o padrão elevado de vida.


Ao lado disso, aparece o pobre, com o nome apropriado de Lázaro (diminutivo de Eleazar, que signific "Deus ajuda"). Descrito como "mendigo" (ptôchós) que, além de nada possuir, se achava coberto de chagas (eílkôménos) e permanecia deitado, sem poder movimentar-se, de tal forma que nem conseguia afastar os cães que lhe vinham lamber as úlceras.


O verbo bállô, no mais que perfeito passivo, de sentido continuativo (ebéblêto) indica que ali "fora deitado" e ali continuava sem de lá sair. E disso deduzimos que, quando ele "desejava saciar-se com a sobra da mesa do rico", ele o conseguia. Não fora assim, teria buscado outro local. Não corresponde, pois, à realidade o acréscimo da Vulgata Clementina: et nemo illi dabat ("e ninguém lho dava"), sem nenhum apoio nos códices gregos. Provavelmente foi para aí trazido da parábola do "filho pródigo" (LC 15:16). Portanto, embora não cuidado com amor, era diariamente alimentado pela criadagem do rico que, por isso, se sente encorajado a pedir de Abraão que permita que Lázaro lhe retribua os pe quenos favores prestados. Preferimos, na tradução, "o que sobrava da mesa do rico" (tõn piptóntôn apò tes trapézês tou plousíou), à precisão "as migalhas" (tõn psichíôn) que caíam, expressão que aparece em numerosos manuscritos. No entanto, os mais antigos e mais seguros omitem-na (papiro 75, Sinaítico, Vaticano, Régio, versões itálicas e coptas saídica e boaídica, e os "pais" Clemente, Adamâncio, Ambrósio e Gaudêncio).


Lázaro, afinal, larga seu corpo chagado e é conduzido pelos espíritos protetores ao "seio de Abraão".


Mais tarde também o rico abandona o corpo nédio, que é sepultado com as honras de praxe. Aqui tamb ém a Vulgata trouxe, por paralelismo, o início do vers. 23 para o final do vers. 22, sublinhando a oposi ção entre "o pobre no seio de Abraão" e "o rico sepultado no inferno". Mas não há justificativa em nenhum original grego. Inclusive o tratamento trocado entre Abraão, que chama o rico de "filho" (tékna) e este que a ele se dirige respeitosamente como "pai", demonstra que o rico não estava no "inferno".


A crença israelita da época dizia que todos os desencarnados se localizavam num só sítio, o cheol (em grego hades, que é o termo aqui empregado), que se dividia em vários planos, pois lá se encontravam bons e maus, santos e criminosos, patriarcas e ladrões e todos se viam e podiam comunicar-se. Não era, portanto, em absoluto, a ideia de "céu" e "inferno" que posteriormente se formou em muitas seitas cristãs. A expressão "seio de Abraão", isto é, "regaço de Abraão" era o plano mais elevado, dirigido pelo patriarca fundador e "pai" de todos os israelitas. Mas não se pense que os espíritos desencarnados eram literalmente "carregados no colo", pelo velho patriarca...


Conforme vemos, a descrição feita por Jesus do mundo astral é muito mais conforme aos ensinos espiritistas que a outras teorias: o plano é o mesmo, só existindo, entre os diversos níveis, uma distância vibratória; elevada e trazendo bem-estar aos que haviam descarregado na vida física, pela catarse, todos os fluidos pesados agregados ao corpo astral; e trazendo sofrimento, por sua vibração baixa e portanto carregada de calor e queimante com o fogo purificador, aos que haviam transcorrido vida viciada no plano físico.


Permanecendo, pois, no hades, em provação (básanos, o lápis Lydius dos latinos, era uma "pedra de toque", com a qual se reconhecia o ouro. Trata-se, portanto, da "experimentação" ou provação a que são submetidos os desencarnados que necessitam purificar-se) sofria a dor da limpeza pelo fogo purificador que queima os agregados do corpo astral. É quando levanta os olhos e vê Abraão e, no círculo por ele governado, o ex-mendigo Lázaro. Lembra-se de que, na Terra, ele o favorecia com os restos de sua mesa e lhe permitia ficar deitado junto ao portão de sua casa. Suplica, então, que Abraão lhe envie Lázaro, após mergulhar o dedo na água, a fim de trazer-lhe um pouco de refrigério, pois o que mais o martiriza é a sede. Pede pouco (uma gota d’água) porque também dera pouco (as sobras apenas).


Responde Abraão a seu "filho" que sofre, explicando-lhe o mecanismo da Lei de causa e efeito. O rico recebera todas as facilidades, e delas se servira abusivamente, não cogitando de, com ela, servir generosamente.


Agora tinha que suportar a dor da limpeza, para purificar-se e evoluir. No entanto, essa fase já fora superada por Lázaro, que fizera sua purificação através da mesma dor na vida terrena. Já pronto, achava-se agora reconfortado. Ambos tinham que sofrer as mesmas operações. Mas enquanto Lázaro as suportara no corpo, o rico preferira aproveitar sua existência em gozos e prazeres, adiando a limpeza para o plano astral - Tivesse, pois, paciência.


Completando a ilustração, explica-lhe que "’em todas aquelas regiões" (en pãsi toútois) há verdadeiros abismos vibratórios entre um plano e outro, tirando qualquer possibilidade de transitar-se de um a outro: o rádio de onda longa não tem possibilidade de sintonizar a onda curta, nem vice-versa; há entre as duas frequências. verdadeiro abismo.


O rico compreende a lição e conforma-se. Mas, possuidor de bons sentimentos, recorda-se de que deixou encarnados no planeta mais cinco irmãos, que moram com seu pai. E preocupa-se com o futuro estado deles. Se a dificuldade de ele receber o alívio reside na distância vibratória imensa, certamente esse empecilho não existirá entre o hades e o plano físico. Lázaro não poderia aparecer na casa de seu pai terreno para avisar a seus irmãos?


Abraão faz-lhe ver que, na Terra, seus irmãos já receberam toda a elucidação possível da parte de Mois és e dos profetas, cujas obras costumam ouvir lidas aos sábados nas sinagogas. Essa orientação é-lhes suficiente para dirigir corretamente suas vidas. Mas o rico, que desencarnara havia pouco, lembra-se bem de que também ele não dera atenção a Moisés e aos profetas: a leitura daqueles textos consistia simplesmente numa rotina tradicional, sem qualquer influência maior na prática da vida. E se algu "defunto" aparecesse causaria tamanha sensação, que certamente eles ficariam alertados e acertariam o rumo de suas existências, pois "mudariam a mente", renovando suas crenças.


Mas Abraão conhece bem a humanidade. E sabe que, mesmo depois de 2. 000 anos. ainda continuará igual: de nada adiantará o aparecimento de "fantasmas", por mais comprovado que seja: todos quase continuarão descrentes, duvidando de tudo. Não será a aparição de espíritos que os persuadirá (como até hoje ocorre). Terão que modificar-se de dentro para fora, e não com acontecimentos exteriores, por mais sensacionais que sejam.


Verificamos, pois, que o rico não é condenado pelo fato de não haver atendido ao pobre - porque, embora minimamente, ele o atendeu - mas é ensinada, apenas, através do contraste chocante de situações na terra e no plano astral, a lei de causa e efeito, que age nos dois planos (físico e astral) que são interligados e interpenetrantes.


A lição é por demais preciosa, sobretudo por vir trazer confirmação de muitas obras espiritualistas (Antonio Borgia, Francisco Cândido Xavier, Yvonne A. Pereira e muitos outros) que são recusadas pelas igrejas ortodoxas.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Lucas Capítulo 16 do versículo 1 até o 31

14. A Parábola do Mordomo Infiel (16:1-9)

Esta parábola foi provavelmente ensinada logo depois daquelas que se encontram no capítulo 15, mas em uma ocasião diferente. Provavelmente mais tarde, no mesmo dia.

E dizia também aos seus discípulos (1). A palavra discípulos é usada em um sentido amplo, incluindo todos os simpatizantes seguidores de Cristo. Embora diri-gisse esta parábola aos seus discípulos, Jesus ainda estava na presença da multidão. Isto fica evidente no versículo 14, onde encontramos os fariseus se opondo à mensa-gem do Senhor.

Havia um certo homem rico, o qual tinha um mordomo; e este foi acusado perante ele de dissipar os seus bens. Este administrador cuidava dos negócios e bens do homem rico, incluindo as suas propriedades. Ele evidentemente havia recebido amplos poderes para administrar e controlar as riquezas do dono e, portanto, tinha vári-as oportunidades de ser desonesto. Ele foi acusado de desperdiçar os bens do seu senhor. A palavra grega traduzida como dissipar significa literalmente "desperdiçar", "espa-lhar", como em uma campanha militar. Parece que o mordomo estava realmente rouban-do os bens, ou administrando-os em seu próprio benefício. O dono evidentemente não vivia na propriedade, mas na cidade, e assim não conhecia os negócios desonestos do administrador.

E ele, chamando-o, disse-lhe: ... Presta contas da tua mordomia, porque já não poderás ser mais meu mordomo (2). Prestar contas significa literalmente "mostrar as contas". Seu patrão exigiu que fosse preparado um relatório financeiro completo. Esta conta não seria para mostrar a inocência ou culpa do administrador. O proprietário já tinha certeza de sua culpa, e o informou: porque já não poderás ser mais meu mordomo.

E o mordomo disse consigo: Que farei... Cavar não posso; de mendigar te-nho vergonha. Eu sei o que hei de fazer, para que, quando for desapossado da mordomia, me recebam em suas casas (3-4). O Dr. J. B. Chapman certa vez escreveu um pequeno artigo no Herald of Holiness sobre esta parábola, e o intitulou "Cavar, Men-digar, ou Roubar". Ele afirma que o mordomo era muito preguiçoso para cavar e tinha vergonha de pedir; então decidiu roubar. O homem decidiu usar as poucas horas que lhe restavam no escritório para ganhar a amizade de alguns devedores do seu patrão, de forma que após a sua demissão tivesse amigos que o acolhessem.

Quanto deves ao meu senhor? (5) Este administrador desonesto e esperto cha-mou cada um dos devedores do seu patrão, e diminuiu a quantia da dívida que cada um tinha. Ele alterou uma conta de cem medidas de azeite (mil galões de azeite) para cinqüenta; reduziu outra conta de cem alqueires de trigo para oitenta.

E louvou aquele senhor o injusto mordomo por haver procedido prudente-mente (8). O senhor que elogiou o mordomo na história era o dono dos bens na história, é claro, e não Jesus. A palavra traduzida como prudentemente pode ser traduzida como "sabiamente" ou "de forma escrupulosa em relação aos seus próprios interesses". Embora o homem rico tivesse sido roubado, ele admirou esta demonstração incomum de prudência, de lidar com o dinheiro para fazer amigos.

Porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz. Ou, "Porque ao lidar com os seus semelhantes, os homens do mundo são mais espertos do que os filhos da luz" (Weymouth). Os cristãos são geralmente menos prudentes ao lidar com o dinheiro do que os homens do mundo.

E eu vos digo: granjeai amigos com as riquezas da injustiça, para que, quan-do estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos (9). Jesus não está de forma alguma aprovando a desonestidade do administrador. Mas, ao contrário, Ele diz: "Usem as riquezas deste mundo para conseguir amigos a fim de que, quando as riquezas faltarem, eles recebam vocês no lar eterno". Este versículo é de difícil interpretação. Riquezas da injustiça, ou mamom, significa, literalmente, "riquezas mundanas". Quando estas vos faltarem é uma expressão que consta nos melhores textos gregos. Jesus está dizendo: "Use a sua riqueza mundana de forma a alcançar valores maiores". Ele também encoraja os seus discípulos a usarem maior diligência e prudência ao se prepararem para o seu futuro eterno, assim como o mordomo infiel usou estas qualidades para se preparar para a seqüência de seus assuntos temporais. Trench escreve: "Estou convencido de que aqui temos simplesmente uma parábola da prudência cris-tã — Cristo nos exortando a usar o mundo e os bens do mundo, por assim dizer, contra o mundo e a favor de Deus"."

Nunca houve um conselho melhor sobre o tema deste versículo, do que aquele que está contido no sermão de John Wesley, intitulado: "O Uso do Dinheiro". Ele faz três considerações simples, porém excelentes:

1) "Ganhe tudo que puder";

2) "Economize tudo que puder";

3) "Dê tudo que puder". Para que seja corretamente entendido, o sermão deve ser lido em sua totalidade.

15. A Fidelidade de Todo o Coração (16:10-13)

A mensagem destes versículos é uma continuação do pensamento e uma aplicação da parábola do mordomo infiel.

Quem é fiel no mínimo também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo também é injusto no muito (10). Esta é uma verdade universal. Fidelidade e infideli-dade não são questões matemáticas. Elas surgem da condição moral e espiritual do ho-mem interior. Assim, a fidelidade ou infidelidade do homem em questões menores é um indicador do seu caráter. Baseado neste indicador alguém pode determinar se pode ser confiável em questões de maior importância.

Pois, se nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verda-deiras? (11). Aqui está um contraste entre riqueza eterna e temporal. A temporal não é mais do que uma sombra quando comparada com aquela que é eternamente real. A infi-delidade em relação à temporal é uma clara indicação da falta de merecimento de confi-ança em relação àquilo que é real e eterno.

E, se no alheio não fostes fiéis, quem vos dará o que é vosso? (12). A falta de confiança como mordomo/administrador faz com que uma pessoa se torne indigna de possuir riquezas. A verdade escondida por trás da imagem é que nesta vida não possuímos nada; Deus é o dono de tudo e nós somos os seus administradores. Neste versículo está implícita a promessa de que no mundo vindouro receberemos a nossa própria riqueza. Mas se formos infiéis em nossa atual condição de administradores de riquezas, Deus não nos confiará a nossa própria riqueza — Ele não nos dará aquela verdadeira riqueza no próximo mundo.

Nenhum servo pode servir a dois senhores (13). A verdadeira lealdade não pode ser dividida em qualquer esfera, e isto é verdade especialmente na esfera celestial. Porque ou há de aborrecer a um e amar ao outro ou se há de chegar a um e desprezar ao outro (veja os comentários sobre Mt 6:24).

16. Autojustificação e Condenação Divina (16:14-15)

E os fariseus, que eram avarentos, ouviam todas essas coisas e zombavam dele (14). O egoísta pervertido passará a ridicularizar quando não tiver argumentos para defender a sua conduta. Visto que os fariseus eram notoriamente ambiciosos, eles sofreram uma dupla "ferroada" através da denúncia de Jesus: ferroada de consciência e ferroada de uma reputação ferida. É natural que sentissem que nestes dois assuntos os ensinos de Jesus eram dirigidos diretamente a eles, como sem dúvida eram — ao menos em parte.

E disse-lhes: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos ho-mens, mas Deus conhece o vosso coração (15). A reputação da qual gozavam os fariseus, obtida pela religiosidade, pelo poder da lei Mosaica, e da lógica, facilitava que eles impusessem sobre as pessoas as suas idéias, e justificassem as suas condutas, quan-do qualquer uma de suas incoerências eram expostas à visão pública. Mas Jesus esclare-ce que embora pudessem convencer os homens da sua piedade e santidade, eles não podiam enganar a Deus. Ele conhece a verdade sobre todos os homens.

Porque o que entre os homens é elevado perante Deus é abominação. Os julgamentos dos homens são confundidos tanto pela ignorância como pela natureza car-nal pervertida. Os homens apreciam as posses temporais mais do que as riquezas celestiais. Eles são enganados para acreditar que a hipocrisia farisaica é a verdadeira religião, e que a verdade sagrada é heresia. Mas Deus não pode ser enganado. Seu co-nhecimento é perfeito, e seus julgamentos são sempre verdadeiros e justos.

  1. Esforçando-se para Entrar no Reino (16:16-17)

A Lei e os Profetas duraram até João; desde então, é anunciado o Reino de Deus, e todo homem emprega força para entrar nele (16). Veja os comentários sobre Mateus 11:12-13.

E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da Lei (17). Veja os comentários sobre Mateus 5:18

  1. Acerca do Divórcio (16,18)

Qualquer que deixa sua mulher e casa com outra adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo marido adultera também (18). Veja os comentários sobre Mateus 5:32-19.9; e Mc 10:11. Mateus acrescenta a frase: "A não ser por causa de prostituição", mas Marcos e Lucas não fazem exceção.

  1. A Parábola do Rico e Lázaro (16:19-31)

Havia um homem rico (19). Nas parábolas do filho pródigo e do mordomo infiel, um homem rico representava Deus. Nesta aqui o rico é visto apenas à luz das suas responsabilidades para com Deus e para com os seus semelhantes.

Muitos afirmam que esta história é o relato de um acontecimento real e não simples-mente uma parábola. Estes entendem que a frase um homem rico, indica uma pessoa histórica. Quer a parábola seja uma história verdadeira ou não, uma coisa é certa: Jesus deu um relato do que poderia acontecer.

E vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. Isto retrata uma vida de luxúria e magnífico esplendor. Este ho-mem tinha em abundância tudo que o mundo podia oferecer para facilitar o conforto, o esplendor ou a felicidade mundana. Suas roupas eram de príncipe; sua casa era um palácio; suas refeições eram banquetes.

Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele. E desejava alimentar-se com ás migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas (20-21). Este mendigo era um completo contraste com o homem rico. Ele era a incorporação da pobreza, doença, e necessidade, assim como o rico o era da riqueza, prazer e saúde. Lázaro era, sem dúvida, colocado à porta do homem rico pelos seus amigos. Ali ele esperava comer as migalhas, ou pedaços de pão que se usavam para limpar os dedos e se atiravam aos cães debaixo da mesa. Mas este conforto lhe era evidentemente negado. O rico não tinha misericórdia nem compaixão. Os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas. Estes provavelmente não eram os cães do homem rico. Eram cachorros selvagens sem donos, que perambulavam pelas ruas e comiam os restos que eram jogados ali.

O mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão (22). Nada se diz sobre seu funeral, mas ele provavelmente recebeu o funeral comum de um miserá-vel. Isto não tinha importância nenhuma, porque a morte marcava o final do sofrimento e da privação, e o início da alegria celestial. A frase o seio de Abraão é uma linguagem figurada, emprestada do costume de se reclinar à mesa. Dizia-se que cada um estava no seio daquele que estivesse atrás de si, porque a sua cabeça estava próxima ao peito do outro. Esta frase era usada como uma referência ao paraíso, ou à morada de Deus. Observe o contexto e a terminologia rabínica do Antigo Testamento nesta parábola. Jesus estava se dirigindo àqueles que eram especialistas neste uso.

Morreu também o rico e foi sepultado. A menção específica deste enterro nos relembra a pompa e a cerimônia associada aos funerais dos ricos nos dias de Jesus. Mas havia um temor e uma trágica ironia ali, quando percebemos onde o homem rico estava — a parte de seu ser que continuava viva — enquanto acontecia esta dispendiosa cerimô-nia fúnebre, acompanhada de grandes prantos e homenagens. O contraste entre as con-dições destes dois homens não termina na morte, mas ocorre uma inversão.

E, no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos (23). Ali não havia ne-nhum sono da alma, nenhum estado intermediário. Ele morreu, e imediatamente estava no inferno, enquanto Lázaro foi levado imediatamente para o céu pelos anjos. Este homem rico sem coração fechou os olhos para as suas riquezas terrenas e abriu os olhos no inferno. A palavra Hades é um termo amplo, equivalente "à terra dos espíritos que partiram" ou "mundo futuro". Portanto nem sempre se refere a um lugar de punição. Mas nesta parábola era inquestionavelmente um local de punição; o rico abriu os olhos em tormentos. Observe que a palavra está no plural. O fogo era apenas uma das muitas causas de sofrimento para o homem perdido. Havia memória, consciência, raciocínio, a capacidade de enxergar o lugar bem-aventurado de Lázaro, e muito mais.

E viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio. E, clamando, disse: Abraão, meu pai, tem misericórdia de mim e manda a Lázaro que molhe na água aponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama (23b-24). Pela primeira vez o homem percebe que está desesperadamente neces-sitado de ajuda, e que ela está muito distante — distante demais para que pudesse lhe fazer algum bem. Ele não está apenas nos tormentos das chamas, mas também está sem ajuda. Ele quer que Lázaro traga uma gota d'água para lhe molhar a língua. Sua desola-ção é enfatizada quando nos lembramos de que na terra ele tinha todo conforto possível.

Agora ele implora por uma gota d'água. Ao fazer esta súplica, ele certamente se lembra de Lázaro, que mendigava pedindo migalhas; e se lembra também de que Lázaro mendi-gava em vão.

Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te... (25). Não foi solicitado que o rico se lembrasse de um crime ou de uma vida de vícios. Era apenas uma vida de indulgência egoísta, uma vida tão cheia de preocupações egocêntricas que não havia espaço nem tempo para os outros, nem para Deus. Agora, este é consolado, e tu, atormentado. Há uma justiça poética aqui, um acerto de contas. Contudo, o rico não estava em tormentos porque havia sido rico, nem Lázaro estava no seio de Abraão porque havia sido pobre. Nas duas parábolas anteriores o rico representava Deus; este não é o caso aqui. Esta parábola deixa claro porque o rico foi para o inferno. No caso de Lázaro, embora os fatos não sejam explicitados, devemos supor que ele era um homem justo.

E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós (26). Deus colocou um abismo entre o céu e o inferno que nenhum homem pode atravessar. Esta vida é o tempo para o arrependimento; este mundo é o lugar onde se prepara a alma para a eternidade. Além daquela linha que demarca a morte, nenhum homem pode mudar o seu estado espiritual, ou o lugar onde morará eternamente.

E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos... (27-28). Ao ter seu pedido de ajuda recusado, o homem pede que Lázaro seja enviado à terra, como um missionário, aos seus cinco irmãos. Estes irmãos estavam evidentemente seguindo o mesmo caminho de egoísmo e pecado que o levaram para o inferno. Como ali não havia ajuda para ele, ao menos queria poupá-los do tormento que estava sofrendo. Mas este espírito missionário, este interesse pela salvação de sua famí-lia, deveria ter vindo mais cedo — quando ele ainda estava com eles.

Eles têm Moisés e os Profetas (29). Eles têm o modo e o meio pelo qual o Senhor Deus planejou e determinou a salvação, e qualquer um que tenha o coração submisso pode encontrar o caminho Deus não abre exceções para aqueles que têm um coração endurecido.

  1. disse ele: Não, Abraão, meu pai; mas, se algum dos mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam... Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco acre-ditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite (30-31). O rico, como o povo de cada geração, achava que toda ocorrência sobrenatural faria com que os homens se vol-tassem a Deus. Ele supôs que o reaparecimento daqueles que morreram — como testemu-nhas oculares dos tormentos do inferno — faria com que os homens se arrependessem. Mas Deus não usa este método. Deus não se propõe a aceitar aqueles que se voltam a Ele apenas por medo do inferno. Um desejo completamente egoísta de escapar do inferno e desfrutar o céu não é o tipo de motivo que leva à salvação. Deus aceita aqueles que o servem porque agora odeiam o pecado, assim como Deus odeia o pecado. Eles querem a Deus pelo que Ele é, ao invés de simplesmente o quererem por aquilo que Ele pode fazer para evitar uma catástrofe eterna na vida deles. O modo e o meio pelo qual o Senhor Deus planejou e determinou a salvação são totalmente suficientes para todos aqueles cujos motivos estejam corretos; e não há outra forma de salvação.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Lucas Capítulo 16 do versículo 1 até o 31
*

16:1

administrador. O homem que dirigia a propriedade, deixando o proprietário livre, sem envolver-se com cada detalhe. Pelo fato de não ser atentamente supervisionado, era fácil para ele ser desonesto ou ocioso.

* 16:6

O administrador pode simplesmente ter sido desonesto, mas os Judeus estavam proibidos de cobrar juros e um modo de contornar a proibição era exagerar no preço. O devedor poderia ter levado quatrocentos galões de óleo e sua conta seria de oitocentos galões (ver referência lateral); os galões extras seriam o equivalente aos juros do negócio. Reduzindo significativamente os juros cobrados do devedor, o administrador teria obrigado o devedor a ajudá-lo pessoalmente (v.4), pelo menos uma vez e isto, sem diminuir o lucro do seu senhor.

* 16:8

Com as contas originais destruídas, o proprietário estava em posição desconfortável. Seria difícil para ele estabelecer a sua reivindicação para o pagamento pleno, que incluísse os juros. Seu elogio à esperteza do seu administrador foi o reconhecimento da maior habilidade de seu subalterno. Jesus usa a parábola para ilustrar que os filhos do mundo, freqüentemente, usam aquilo que têm para favorecer seus próprios fins terrenos, e o fazem mais sabiamente do que fazem os filhos da luz para favorecer os objetivos inteiramente diferentes do reino de Deus.

* 16:9

Os discípulos de Jesus devem usar as suas riquezas não com propósitos egoístas, mas com o objetivo de “fazer amigos” (esmolas aos pobres, provavelmente, são referidas aqui).

vos recebam. O texto não explica explicitamente quem está recebendo. As possibilidades incluem o pobre que foi ajudado nesta vida ou incluem, talvez, o próprio Deus. Em qualquer caso, a salvação por meio das obras não está sendo ensinada aqui (15.29, nota). A ajuda que é dada com amor aos outros, nesta vida, é um sinal de genuíno discipulado e da salvação já alcançada, mais do que um fundamento meritório da salvação.

* 16:11

verdadeira riqueza. Tesouros celestiais.

* 16:12

Se “o que é vosso” é a “verdadeira riqueza” mencionada no v.11, então Jesus está dizendo que a fidelidade, como um administrador nesta vida, determina a recompensa no reino de Deus (Mt 25:34).

* 16:13

servir. Servo é o escravo da casa.

* 16:16

A Lei e os profetas. Uma referência a todo o Antigo Testamento.

vigoraram até João. Lucas aqui indica que o ministério de João Batista assinalou o grande ponto crucial na História da Redenção (Mt 11:11, nota).

e todo homem se esforça por entrar nele. É uma difícil afirmação para traduzir e interpretar. Alguns sugerem que Jesus está exortando seus seguidores e referindo-se à dedicação necessária para entrar no reino (13.24). Outros sugerem que “esforçar-se” tem sentido negativo, que retrata poderes hostis em luta contra o reino (Mt 11:12, nota).

* 16:17

til. É um pequeno sinal sobre algumas letras hebraicas; era a menor parte de uma letra. Toda a lei vem de Deus e é tão certa como seu Autor.

* 16:18

Os judeus, naquele tempo, podiam divorciar-se de suas esposas, facilmente, e pelas razões mais sem importância. Jesus tinha o mais alto conceito do casamento. A provisão de leis para o divórcio (Dt 24:1-4) existia por causa da dureza do coração (Mc 10:5). Ele vê os divórcios triviais como causando adultério (Mt 5:31,32; 19:9) Ver “Casamento e Divórcio”, em Ml 2:16.

* 16:19

certo homem rico. Este homem é, às vezes, chamado “Dives”, uma palavra latina que significa “rico”.

de púrpura e de linho finíssimo. Roupas caras de rico. A púrpura seria usada para vestimentas externas e o linho para roupa de baixo.

* 16:20

Lázaro. O único personagem que recebe nome nas parábolas de Jesus.

* 16:22

Jesus nada diz a respeito da condição religiosa de qualquer dos dois, mas deixa implícito que Lázaro era justo perante Deus, ao passo que o rico, não.

seio de Abraão. A imagem de “seio” significa ser hóspede de honra num banquete (ver Jo 13:23).

* 16:23

inferno. (No grego “Hades”). Hades é o nome grego comum para designar o lugar dos mortos. No Novo Testamento não é usado com referência aos justos. Aqui é claramente lugar de tormento. Ver “Inferno”, em Marcos 9:39.

* 16:24

Mesmo no inferno o rico é arrogante, pensando que pode mandar chamar Lázaro para cumprir sua ordem.

* 16:25

O tratamento “filho” é terno, mas não pode alterar os fatos. Um grande abismo os separa e há toda uma nova ordem numa completa inversão de valores terrenos.

recebeste os teus bens. O rico tinha recebido aquilo que considerava boas coisas. Ele poderia ter escolhido as coisas de Deus, mas preferiu prazeres materiais.

* 16:27-28

Pela primeira vez o rico pensa em alguma outra coisa, ainda que permaneça só no âmbito da na sua própria família. E ele ainda presume que Lázaro possa ser enviado para atender a seu pedido.

* 16:29

Moisés e os profetas. Uma referência ao Antigo Testamento como um todo. O rico presumiu que o aparecimento de Lázaro a seus familiares seria eficaz. Jesus, no entanto, está dizendo que os seus familiares têm o testemunho da Palavra de Deus; rejeitando-o, eles não aceitarão outro.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Lucas Capítulo 16 do versículo 1 até o 31
16.1-8 Nosso uso do dinheiro nos fala do senhorio de Cristo. (1) Usemos nossos recursos com sabedoria porque são de Deus e não de nós. (2) O dinheiro pode usar-se para bem ou para mau; usemos o nosso para bem. (3) O dinheiro tem muito poder, daí que devemos usá-lo com cuidado e seriedade. (4) Devemos usar nossos meios materiais de maneira que fomentem a fé e a obediência (veja-se Lc 12:33-34).

16:9 Andamos pelo caminho da sabedoria quando usamos as oportunidades financeiras, não para ganhar o céu, mas sim para que esse céu ("moradas eternas") seja uma experiência agradável em quem ajudo. Se usarmos nossos recursos para ajudar aos necessitados ou ajudamos a outros a encontrar a Cristo, nosso investimento nos brindará benefícios na eternidade. Quando acatamos a vontade de Deus, usamos desinteresadamente as posses.

16.10, 11 Muitas vezes nossa integridade guarda relação com os assuntos monetários. Deus nos pede que sejamos honestos até em pequenos detalhes. As riquezas no céu são muito mais valiosas que as terrestres. Mas se não sermos confiáveis com nossas riquezas terrestres (sem importar o muito ou pouco que tenhamos), não estamos em condições de nos encarregar das grandes riquezas do Reino de Deus. Não permita que sua integridade se desmorone ante assuntos intrascendentes, solo assim não falhará em decisões cruciais.

16:13 O dinheiro tem o poder de ocupar o lugar de Deus em sua vida. Pode converter-se em seu amo. Como descobrir se for escravo do dinheiro? (1) Está preocupado sempre por ele? (2) Dá por generosidade ou o faz a fim de obter mais dinheiro? (3) Utiliza grande parte de seu tempo preocupando-se com suas posses? (4) É-lhe difícil dar dinheiro? (5) Tem dívidas?

O dinheiro é um amo poderoso e enganador. Promete poder e controle, mas freqüentemente não o pode dar. As grandes fortunas podem obter-se e perder-se da noite para o dia, mas não há riqueza que compre saúde, felicidade nem vida eterna. Não há nada melhor que permitir que Deus seja seu amo. Seus servos têm paz e segurança, agora e sempre.

16:14 devido a que os fariseus amavam o dinheiro, fizeram uma exceção com o ensino do Jesus. Possivelmente também tenhamos paixão por nosso dinheiro. Burlamo-nos das advertências do Jesus contra servir ao dinheiro? Tratamos de lhe dar alguma explicação? Aplicamo-las a outros, os fariseus, por exemplo? A menos que tomemos a sério as declarações do Jesus, possivelmente atuemos igual aos fariseus.

16:15 Os fariseus atuavam piamente para que outros os admirassem, mas Deus sabia o que havia em seus corações. Consideravam que a riqueza mostravam a aprovação de Deus. O Senhor detestou suas posses porque motivaram o abandono de sua verdadeira espiritualidade. Talvez a prosperidade ganhe o favor da gente, mas nunca substituirá a devoção nem o serviço a Deus.

16:16, 17 João o Batista era a linha divisória entre o Antigo e o Novo Testamentos (Jo 1:15-18). Com o Jesus se fizeram realidade todas as esperanças dos profetas. Enfatizou que seu Reino cumpriu a Lei (o Antigo Testamento); não a anulou (Mt 5:17). Não implantou um novo sistema, a não ser consumou o antigo. O mesmo Deus que obrou através do Moisés obrava mediante Jesus.

16:18 A maioria dos líderes religiosos da época do Jesus permitiam que o homem se divorciasse de sua esposa quase por qualquer motivo. O que Jesus ensinou quanto ao divórcio foi além do que Moisés ensinou (Dt 24:1-4). Estritas como qualquer escola de pensamento, os ensinos do Jesus estremeceram a seus ouvintes (veja-se Mt 19:10) como na atualidade o faz a seus leitores. Jesus diz em termos inequívocos que o matrimônio é um compromisso para toda a vida. Possivelmente seja legal que seu cônjuge lhe deixe por outra pessoa, mas é adultério aos olhos de Deus. Ao pensar no matrimônio, recorde que a intenção de Deus é que seja um compromisso permanente.

16.19-31 Os fariseus consideravam a prosperidade como uma prova de retidão. Jesus os alarmou com esta história onde se premia a um mendigo doente e se castiga a um homem rico. O rico não foi ao inferno por suas riquezas, mas sim por egoísmo. Não alimentou ao Lázaro, não lhe permitiu entrar em sua casa, nem cuidou de sua saúde. Apesar de suas muitas bênções, foi um homem duro de coração. A quantidade de dinheiro que tenhamos não é o mais importante, a não ser a forma em que o usamos. Os ricos podem ser generosos ou avaros, o mesmo acontece com os pobres. Qual é sua atitude frente a suas posses? Monopoliza-as egoístico ou as usa para bênção de outros?

16:20 Este Lázaro não deve confundir-se com o que Jesus ressuscitou no João 11.

16.29-31 O rico pensou que seus cinco irmãos sem dúvida acreditariam em um mensageiro que ressuscitasse. Mas Jesus disse que se não acreditaram no Moisés e aos profetas, os que sempre falavam da importância de cuidar dos pobres, nem sequer uma ressurreição os convenceria. Note a ironia na declaração do Jesus em seu caminho a Jerusalém para a morte, estava totalmente seguro de que, se ressuscitava, grande parte dos líderes religiosos não o aceitariam. Estavam obstinados a sua maneira de pensar e nem as Escrituras nem o Filho de Deus mesmo conseguiriam variar sua posição.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Lucas Capítulo 16 do versículo 1 até o 31
9. Manejo (16: 1-31)

1. Parábola do Injusto Steward (16: 1-13)

1 E dizia também aos discípulos: Havia um certo homem rico que tinha um administrador; e este foi acusado perante ele de estar dissipando os seus bens. 2 E chamou-o e disse-lhe: Que é isto que ouço dizer de ti? Presta contas da tua mordomia; pois tu podes deixar de ser mordomo. 3 E o mordomo disse consigo: Que hei de fazer, já que o meu senhor tira o mordomia de mim? Eu não tenho forças para cavar; mendigar tenho vergonha. 4 Agora sei o que fazer, que, quando estou a colocar para fora da mordomia, me recebam em suas casas. 5 E chamando a si cada um dos devedores do seu senhor, disse ao primeiro , Quanto deves ao meu senhor? 6 E ele respondeu: Cem medidas de azeite. E ele disse-lhe: Toma a tua conta, senta-te depressa e escreve cinquenta. 7 Disse depois a outro: E tu, quanto deves? E ele respondeu: Cem medidas de trigo. Disse-lhe: Toma a tua obrigação, e escreve oitenta. 8 E o seu senhor elogiou o administrador injusto, porque ele tinha feito com sabedoria, porque os filhos deste mundo são para sua própria geração mais sábios do que os filhos da luz. 9 E eu digo a vós, façais para vós amigos por meio de riquezas da injustiça; que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos. 10 Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito;. e quem é injusto no pouco, também é injusto no muito 11 Se vós, pois, não fostes fiéis nas riquezas injustas, que se comprometerá a sua confiança as verdadeiras riquezas ? 12 E se não fostes fiéis no que é do outro, quem vos dará o que é vosso? 13 Nenhum servo pode servir a dois senhores : porque ou há de odiar um e amar o outro; ou então ele irá realizar a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus ea Mamom.

Esta é uma das muitas parábolas encontrados somente em Lucas. Assim como os vários que o precedem, é anti-farisaica na ênfase. Assim, ele faz parte do inevitável conflito entre o amor divino e legalismo humano. Das histórias deste capítulo Plummer diz: "Estas duas parábolas, como os três anteriores, são dirigidos contra defeitos especiais dos fariseus. As três primeiras combatida sua exclusividade disco, auto-justiça, e desprezo pelos outros. Estes dois combate a sua auto-indulgência. "

A interpretação desta parábola é reconhecidamente difícil. Farrar escreve: "Não parábola tem sido mais diversa e multitudinously explicou que isso." Mas ele continua a dizer: "Nós não pode estar errado se aproveitarmos como a principal lição da parábola, a que o próprio Cristo ligado a ele (8 -12 ), ou seja, o uso de dádivas terrenas de riqueza e oportunidade para celestial e não terrena para a objetiva. "Em outras palavras, assim como o injusto mordomo fez uso de apresentar oportunidades a fim de prever o futuro, para o seguidor de Cristo deve usar as coisas materiais da vida para ajudar a fornecer para a próxima vida. Não se pode comprar a salvação com dinheiro. Mas o que se faz com o seu dinheiro terá muito a ver com a derradeira salvação de sua alma. Trench coloca a questão de forma muito breve: "Estou convencido de que temos aqui simplesmente uma parábola da prudência cristã, -Cristo nos exortando a usar o mundo e do mundo bom, por assim dizer, contra o mundo, e para Deus. "

O mordomo era uma espécie de gerente de negócios para seu mestre. A palavra significa literalmente "casa-manager." Naqueles dias stewards carregava grande responsabilidade e eram tidos em alta estima.

Este mordomo foi acusado ao seu mestre que ele estava desperdiçando -Mesma palavra como em Lc 15:13 - . seus bens Então o mestre convocado e ordenou-lhe para prestar contas de sua administração, ao mesmo tempo, dispensando-o de sua posição (v. Lc 16:2 ).

O mordomo tinha que fazer alguma raciocínio rápido. Ele estava fraco demais para cavar , orgulhoso demais para pedir (v. Lc 16:3 ). De repente, ele teve uma "brilhante idéia" plano -a por que ele iria fazer muitos devedores do seu senhor obrigado a ele, para que eles iriam recebê-lo em suas casas (v. Lc 16:4 ).

Convocando os que estavam em dívida com seu mestre, ele pediu a cada um o quanto devia. Em seguida, ele passou a descontar uma porcentagem de cada conta e cinquenta por cento a partir de um, vinte por cento a partir de outro, e assim por diante, provavelmente clara para baixo da linha de todos aqueles que ao seu senhor nada. Tem sido sugerido que as contas reduzidas pode ter representado a quantidade correta, que o mordomo pode ter sido "padding"-los para seu próprio lucro. Este tipo de desonestidade era muito Ct 1:1 . Ele salienta a verdade crucial que, em última análise pode-se ter apenas um mestre. Todo mundo tem que escolher entre Deus ea Mamom. Ninguém pode servir a ambos, embora muitos tentar. Uma das maiores maldições do cristianismo popular é o da lealdade dividida.

b. Amantes do dinheiro (16: 14-17)

14 E os fariseus, que eram gananciosos, ouviam todas essas coisas; e zombavam dele. 15 E disse-lhes: Vós sois os que justificam a si mesmos aos olhos dos homens; mas Deus conhece os vossos corações, porque o que é exaltado entre os homens é uma abominação aos olhos de Dt 16:1 ). Ele mostrou um farisaísmo vaidoso que, embora possa ter sido exaltado entre os homens foi uma abominação aos olhos de Deus. A seleção de um lugar de destaque, onde muitos poderiam ver e ouvi-lo, ele procurou justificar -se aos olhos dos homens , recitando suas virtudes para que todos possam ouvir e dizer a Deus o quanto melhor ele era do que outros homens. Este é o orgulho religioso no seu pior, e este é o tipo de coisa que Jesus estava atacando aqui.

O versículo 16 é paralela à Mt 11:13 , Mt 11:12 (ver notas lá). A afirmação de que a lei e os profetas duraram até João é uma clara indicação por parte de Jesus, que a antiga dispensação tinha chegado ao fim, e uma nova foi começando agora. A partir desse momento -o tempo de João Batista- o evangelho do reino de Deus (conforme . Mt 4:23 ; Mc 1:14) é pregado - evangelizetai ", proclamou como alvíssaras" - e todo homem força para entrar nele - "está fazendo forçada entrada para ele. "Farrar diz: "A alusão é a ansiedade com que a mensagem do reino foi aceito pelos publicanos e as pessoas em geral."

Na superfície pode parecer não haver conexão entre os versículos 16:17 . Mas Meyer sugere que "o anúncio do reino, bem como o esforço geral, após o reino que havia começado desde o tempo de João, pode facilmente jogar em cima de Jesus a suspeita de colocar de volta o velho princípio, o da lei, para a sombra." Mas não, não uma coisa da Lei seria um fracasso.

O versículo 17 é paralela à Mt 5:18 (ver notas lá). O til (literalmente, "chifre") refere-se a pequena projeção que distingue letras hebraicas similares do alfabeto. Alguns deles são tão pequenos que é preciso olhar com cuidado para decidir qual carta se destina. Os rabinos declarou que, se um destes pequenos chifres foi alterada em uma carta na Lei, o mundo seria destruído. Isso reflete a veneração indevida os judeus deram ao pé da letra exata da lei, enquanto eles perderam o seu espírito. Mas podemos ser gratos pelo cuidado extremo em copiar as Escrituras do Antigo Testamento, que resultaram desta atitude.

Jesus declarou que não menos importante item na Lei iria cair, ou seja, deixar de realização (conforme Lc 5:18 Matt. - "até que todas estas coisas aconteçam"). O cristão não tem que manter todas as exigências cerimoniais da lei mosaica, porque eles foram cumpridos em Cristo e Sua morte expiatória. Ao aceitar a Ele e viver n'Ele nós cumprimos o verdadeiro propósito da Lei.

c. Divórcio (Lc 16:18)

18 Todo aquele que repudia sua mulher e casa com outra, comete adultério; e aquele que casar com aquele que foi repudiada pelo marido, também comete adultério.

Isso parece não ter ligação com o que precede ou segue, mas sim para ficar como um provérbio isolado. Mas Plummer sugere uma solução: "Talvez isso introduz um exemplo da durabilidade da lei moral, apesar de evasões humanos. O adultério continua sendo o adultério, mesmo quando ele foi legalizado, e legalizada por homens que ciosamente guardados cada fração da letra, enquanto eles flagrantemente violado o espírito da Lei "A exemplo culminante foi a interpretação do rabino Hillel de. Dt 24:1 -e as notas sobre as passagens).

d. O homem rico e Lázaro (16: 19-31)

19 Ora, havia um homem rico, que se vestia de púrpura e linho fino, saindo suntuosamente todos os dias: 20 e um certo mendigo, chamado Lázaro estava deitado em seu portão, coberto de chagas, 21 e desejando ser alimentado com as migalhas que caíam da mesa do rico; sim, até os cães vinham lamber-lhe as chagas. 22 E aconteceu que o mendigo morreu, e que ele foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado. 23 E em Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. 24 E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe a ponta de sua dedo na água, e me refresque a língua; porque estou atormentado nesta chama. 25 Mas Abraão disse: Filho, lembra-te de que em tua vida recebeste os teus bens, e Lázaro de igual modo os males;. mas agora ele aqui é consolado, e tu és na angústia 26 E além de tudo isso, entre nós e vós há um grande abismo, para que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, e que ninguém pode os de lá passar para Nu 27:1 E ele disse: Rogo-te, pois, pai, que o mandes à casa de meu pai, 28 porque tenho cinco irmãos; que ele lhes dê testemunho, para que não venham também para este lugar de tormento.29 Mas diz Abraão: Eles têm Moisés e os profetas; ouçam- Nu 30:1 E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se um vai para eles dos mortos, eles vão se arrepender. 31 E disse-lhe: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão persuadir , se um aumento dos mortos.

Às vezes é debatido sobre se esta história é uma parábola ou não. Algum objeto que tratá-la como tal enfraqueceria a sua força doutrinária. Mas esse é o pensamento ilógico. A parábola tem que ser verdadeiro para a vida, ou é uma fábula, não uma parábola.Este começa com a mesma frase introdutória como a Parábola do Injusto Stewardship havia um homem rico (conforme v. Lc 16:1 ). Quase todos os comentaristas, tanto conservadores e liberais, rotular esta uma parábola. Geldenhuys escreve: "Embora Lucas não indique expressamente que essa é uma parábola e, embora o Salvador deu ao mendigo um nome, ele não é de forma necessário assumir que temos aqui a história de algo que realmente aconteceu e não uma parábola. "

Nesta história Jesus pega novamente Sua ênfase sobre o uso correto do dinheiro. Ele tinha lidado com isso na parábola do Injusto Steward e sua aplicação (vv. Lc 16:1-13 ). Os fariseus são chamados de "amantes do dinheiro" (v. Lc 16:14 ). Agora, o mestre dá a ilustração viva de um homem que usou seu dinheiro para a auto-indulgência.

O homem rico é descrito como vestido de púrpura e linho fino, saindo suntuosamente todos os dias (v. Lc 16:19 ). Este homem é muitas vezes referida como Dives, que é simplesmente a palavra latina para "um homem rico." A palavra grega para roxo foi usado pela primeira vez para o Murex , ou peixe roxo, e, em seguida, para o corante feito a partir do peixe. Era muito caro, porque tão escassos. Lydia é chamado de "vendedora de púrpura" (At 16:14 ), e ela era, evidentemente, uma mulher de negócio próspero, para ela manteve todo o grupo missionário na casa dela. A palavra grega para linho fino foi usado pela primeira vez para o linho egípcio e, em seguida, para o linho caro, feito a partir dele. Isso se refere ao vestuário sob, enquanto roxo indicou o manto externo.

Faring suntuosamente todos os dias é, literalmente, "fazer feliz todos os dias, esplendidamente." Por esta vida do homem era uma longa festa, gay. Que contraste com a vida após a morte!

No portão (alta, pórtico ornamentada) da mansão do homem rico que tinha sido colocado (pluperfect passiva) um mendigo, chamado Lázaro . Talvez o seu nome é dado porque significa "Deus tem ajudado." Ele estava cheio de feridas , (uma expressão somente aqui no Novo Testamento). Era "o termo médico regular para 'para ser ulcerada. "O mendigo foi desejava alimentar-se com as sobras da mesa do homem rico (v. Lc 16:21 ). Como bem o seu desejo foi cumprido não nos é dito. Os únicos que teve pena dele eram os cães, que lamberam suas feridas , talvez por pena.

Por fim, o mendigo morreu (v. Lc 16:22 ). Nada é dito sobre um funeral ou o sepultamento. Mas ele tinha anjos para pallbearers. Eles levaram para o seio de Abraão. Plummer diz: "Lázaro no Sheol repousa com a cabeça sobre o peito de Abraão, como uma criança no colo de seu pai, e compartilha sua felicidade." E acrescenta: "A expressão não é comum nos escritos judaicos; mas Abraão às vezes é representado como acolher o penitente para o paraíso ".

Finalmente chegou a hora quando o homem rico também morreu -como todos os homens deve- e foi sepultado . Com que pompa e cerimônia que foi feito pode bem ser imaginado. Mas nenhuma menção é feita de anjos.

O homem rico se viu em Hades -o equivalente do hebraico Sheol . Arndt e Gingrich dizer de Hades : "(substantivo originalmente adequada, nome do deus do submundo), o submundo .como o lugar dos mortos "Isso não significa sempre um lugar de tormento parece indicado em At 2:27 , At 2:31 e 1Co 15:55 , onde é traduzido "grave" (KJV). Mas Laird Harris faz a seguinte observação: "O Novo Testamento, por vezes, tem o costume judeu Velha de Hades para Sheol", a sepultura ", mas, por vezes, como em Lc 16:23 e, provavelmente, em Mt 11:23 e Lc 10:15 mostra uma terminologia avançada referindo-se ao lugar de punição dos mortos ímpios ".

De qualquer forma, o homem rico estava em Hades e ele estava em tormentos . Vendo ao longe Abraão e Lázaro no seu seio, ele gritou por ajuda. Até mesmo uma gota de água fria em sua língua facilitaria a terrível agonia e angústia .

Em resposta Abraão lembrou o homem rico que, em sua vida, ele gostava de coisas boas, enquanto Lázaro suportou coisas más (v. Lc 16:25 ). Agora as suas posições foram invertidas. A próxima vida vai corrigir os erros desta vida. No final, a justiça triunfará. Esse é o consolo de que todas as pessoas aflitas e oprimidos de Deus têm neste mundo.

Mas havia um grande abismo fixado entre Paraíso e Torment, para que Lázaro não poderia ministrar às necessidades do homem sofrimento (v. Lc 16:26 ). Desesperada de alguma ajuda para si mesmo, o homem pediu que Lázaro ser enviados para avisar seus cinco irmãos, para que eles não iriam vir para este lugar de tormento (v. Lc 16:28 ). Quando Abraão respondeu que eles tinham Moisés e os profetas -o Escrituras, o que lhes daria avisos suficientes, se eles iriam ouvi-los (v. Lc 16:29) -o homem rico argumentou que, se um foi de entre os mortos, eles vão se arrepender (v. Lc 16:30 ). Abraão fez a declaração significativa: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão persuadir, se um aumento dos mortos (v. Lc 16:31 ). Esta verdade é surpreendentemente confirmada e illlustrated pelo caso de Lázaro, que ressuscitou dos mortos. Qual foi a atitude dos líderes judeus em relação a ele? "Mas os principais sacerdotes tomaram conselho que possam colocar Lázaro também para a morte; pois que, por causa dele muitos dos judeus foi embora, e creram em Jesus "( Jo 11:10 , Jo 11:11 ). Esta é ampla evidência de que, se as pessoas não vão ouvir a Palavra de Deus, as Escrituras escritas, não seriam convencidos por qualquer milagre. A incredulidade é primariamente uma moral ao invés de matéria mental. Na maioria dos casos as pessoas não acreditam, porque eles vão não acredito.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Lucas Capítulo 16 do versículo 1 até o 31

Nesse capítulo, Jesus continua com o assunto da riqueza que a parábo-la dos dois filhos trouxe à tona. Os judeus pensavam que a riqueza era um sinal de salvação e do favor de Deus (Mc 10:17-41), mas Jesus en-sinou que ela pode levar à conde-nação. Esse capítulo apresenta três perigos que devemos evitar.

  • O desperdício da riqueza (16:1-12)
  • Esse administrador, como o filho pródigo (gastador), esbanja os bens de seu senhor, da mesma forma que muitas pessoas fazem hoje. Tudo que possuímos veio do Senhor e deve ser usado para o bem dos outros e a glória de Deus. Um dia, teremos de prestar contas do que fizemos com o que o Senhor compartilhou conosco, pois não somos proprietá-rios de nada, apenas administramos as posses dele.

    Jesus elogia o administrador por fazer bom uso da oportunidade que lhe foi dada, não por enganar o seu senhor. As pessoas deste mundo são muito melhores em buscar oportu-nidades e lucrar com elas que os filhos de Deus (Ef 5:15-49). Duran-te nossa breve vida, temos chance de usar nossa riqueza a fim de fazer amigos para Deus, com os quais nos encontraremos no céu.

    A fidelidade é fundamental (vv. 10-12). O iníquo Mamom (dinhei-ro, riquezas) é o mínimo, mas as riquezas eternas são "o máximo". Deus, se usarmos as riquezas dele de acordo com a sua vontade, nos dará riquezas verdadeiras que serão nossas. Jesus não considera que há "um grande abismo" entre o material e o espiritual, já que uma das coisas mais espirituais que podemos fazer é usar as coisas materiais para a glória de Deus na conquista do perdido.

  • O desejo de riqueza (16:13-18)
  • Os fariseus eram piedosos exterior-mente e cheios de cobiça em seu in-terior (Mt 23:14; Tt 1:11). Eles riram de Jesus e de seus ensinamentos, pois acreditavam que a riqueza era um sinal da bênção de Deus. Eles não eram diferentes dos "pregado-res de sucesso" de hoje que equipa-ram a felicidade e a santidade com a prosperidade. Eles tentavam fazer o impossível: servir a dois senhores — a Deus e ao dinheiro. Não pode haver concessões — ou servimos ao Senhor ou às riquezas


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Lucas Capítulo 16 do versículo 1 até o 31
    16.1 Também. Indica uma conexão com a parábola anterior. O administrador astuto "defraudou" (o gr é traduzido como "dissipou", 15,13) os bens do seu senhor. Ao contrário da atitude do filho mais velho, que se irrita com a volta do irmão, o mordomo assegura seu futuro, fazendo amigos. Não apresenta um exemplo para ser seguido, mas é uma história real de um indivíduo mundano que coloca em primeiro lugar a si mesmo e prudentemente consegue a segurança mundana. Os filhos da luz (v. 8; Jo 8:12; Jo 12:36; Ef 5:8). Amigos. Devem ser os discípulos ganhos para Cristo por meio de fidelidade no pouco (10), isto é, utilizando os bens materiais na expressão de amor às almas.

    16.12 Alheio. Tudo o que temos neste mundo pertence ao Senhor (conforme Sl 24:1). Na vida futura receberemos o direito de possuir.

    16.13 Servir. Gr douleuen, "ser escravo"; conforme Rm 1:0; Jo 12:43), mas Deus, que sonda os corações, vê os motivos egoístas que são uma abominação para Ele.

    16.16 Todo homem se esforça com violência (conforme Mt 11:12n). No evangelho, a salvação é dada inteiramente pela graça, de um modo que, mesmo não sendo judeus "zelosos da lei" como os fariseus, muitos estão entrando no reino de Deus seguindo o difícil, e desprezado caminho de Cristo (14.27).

    16.17 Um til. Não passará da lei a menor parte, pois ela se refere à mensagem de Cristo e cumpre-se no reino de Deus (conforme Mt 5:17, Mt 5:18).

    16.20 Lázaro ("Deus ajuda"). Este nome específico talvez indique que Jesus, nesta parábola, conta uma história conhecida. Não deve ser interpretada como fonte de informação sobre a vida do além. Jazia, gr esbebleto, "foi jogado". Esta palavra era usada para exprimir prostração por causa de doença ou feridas.

    16.22 O rico... Provavelmente um saduceu (da seita judaica que não acreditava na vida após a morte, conforme At 23:8, e limitava o cânon aos livros de Moisés). Em contraste com o "administrador astuto" e sua precaução para o futuro (vv. 4-9), este rico, como o "louco" (12.16ss), é indiferente ao sofrimento presente e ao juízo futuro, ilustra o princípio do v. 15b.

    16.23 Inferno. Gr hades, não é geena (conforme Mt 5:22n), mas a habitação dos mortos no mundo inferior, até o juízo final. O paraíso (seio de Abraão, v. 22; conforme 13.28ss) está separado pelo abismo entre o mundo inferior e os "lugares celestiais” (2Co 12:4; Ap 2:7;

    6.9).

    16.24 Tudo fica invertido, na eternidade. O rico, que nunca mendigara na terra, agora implora usando talvez as mesmas palavras com que Lázaro lhe pedira as migalhas. • N. Hom. A Oração Ineficaz:
    1) Se tardia, a petição de misericórdia só poderia ser atendida quando feita antes da morte;
    2) mal endereçada - nem Abraão, nem santo algum, nem mesmo Maria, pode atender às orações (Jo 14:13);
    3) Sem arrependimento e fé - o rico ainda procura alívio, mas não a glória de Deus.

    16.25 Tormentos. O inferno é um lugar de sofrimento, de onde é visto o que jamais se gozará (v. 23), de onde os condenados se lembrarão do passado com saudade insaciável e remorso (v. 25), de sede sem alivio (v. 24) e de condenação irrevogável (v. 26). Jesus elimina, assim, a possibilidade de existência do purgatório ou de salvação após a morte.

    16.31 A parábola ensina a obstinação da incredulidade e a impossibilidade do homem se salvar rejeitando a Bíblia (vv. 29-31; conforme Jo 5:45-43). Nem a ressurreição de Lázaro (de Betânia) nem a de Cristo persuadiram os arrogantes lideres a se arrependerem (cf. Jo 11:47-12.11).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Lucas Capítulo 16 do versículo 1 até o 31
    h) Ensinando os discípulos (16.1—17.10)

    A multidão parece ter se dispersado, embora os fariseus ainda estejam ouvindo (v. 14); Jesus agora dirige os seus ensinos aos discípulos. O ensino dele abrange diversos tópicos e inclui duas das parábolas mais importantes, a do administrador astuto e a do rico e Lázaro.

    (1) A parábola do administrador astuto (16:1-9)

    Na primeira leitura, essa parábola é como um choque, visto que parece defender o perfeito vilão como modelo a ser imitado, o que, sem dúvida, erra completamente o alvo. Jeremias (p.
    182) sugere que “Jesus está aparentemente tratando de um caso real que lhe havia sido relatado”; mas, seja como for, a história está repleta de dificuldades, embora muitas delas tenham surgido em virtude de se tratar a história como uma alegoria e se tentar enxergar um significado em cada detalhe.
    A figura central é chamada de administrador desonesto (v. 8), e há diversas opiniões acerca do que o torna desonesto. Alguns sugerem que sua desonestidade já havia sido detectada antes de a história ser contada e tinha causado a sua demissão. De acordo com esse ponto de vista, a narrativa conta dos seus esforços de corrigir o prejuízo. G. B. Caird (p. 186-7) apresenta um relato interessante dessa forma de ver a história e sugere que a redução da dívida não paga seja apenas o cancelamento dos juros, levando a conduta do administrador a concordar mais com o ensino do AT acerca dos juros abusivos; daí a aprovação. Há pouca probabilidade de acerto na interpretação dispensacionalista de J. N. Darby: “Israel era o administrador de Deus, colocado na vinha de Deus [...] mas, no final, mostrou-se que Israel tinha desperdiçado os bens de Deus” (The Gospel ofLuke, p. 139ss). E igualmente pouco convincente a teoria de que a desonestidade do administrador estivesse nos seus esforços cínicos de se garantir contra o desastre iminente ao comprar a proteção dos devedores do seu patrão à custa do próprio patrão. Provavelmente a chave para essa parábola seja que um proprietário de terras dessa magnitude tenha dado a administração ao homem que lhe prometeu a renda mais elevada e cujo rendimento seria o dinheiro extra que ele obtivesse. A desonestidade do administrador consistia em que ele estava desperdiçando os seus bens [do patrão] ao querer espremer demais das propriedades. O que o administrador riscou das dívidas foi o dinheiro extra que ele esperava obter para si mesmo. Somente assim, ele pode ser considerado como alguém que usou o seu dinheiro de forma sábia; de acordo com esse ponto de vista, somente com base na premissa de que ele estava dando o que era seu, podemos dar algum sentido ao texto. Então, quem foi que elogiou o administrador desonesto (v. 8)? Foi o senhor na parábola, ou o Senhor que contou a parábola? Que foi o homem rico, parece a idéia natural; mas, mesmo que em geral isso seja aceito, às vezes se expressam dúvidas acerca de por que alguém que havia sofrido por causa da desonestidade de seu servo iria elogiá-lo. A solução certamente está nas palavras do v. 8: senhor elo ff ou o administrador desonesto, porque agiu astutamente. Confrontado com a ruína, tomou medidas enérgicas para evitá-la; são sua antevisão do futuro e sua desenvoltura que são elogiadas, e não sua desonestidade. Seu planejamento e os esforços para os seus objetivos pessoais envergonham a percepção e a perseverança de muitos filhos da luz que deveriam reconhecer as coisas que estão adiante deles. “E muito normal vocês ficarem indignados”, Jeremias (p.
    182) parafraseia as palavras de Jesus; “mas vocês deveriam aplicar a lição a si mesmos. Vocês estão na mesma posição desse administrador que viu o desastre iminente que o ameaçava com a ruína, mas a crise que ameaça vocês, na qual, aliás, vocês já estão metidos, é incomparavelmente mais terrível”.

    v. 9. A parábola termina com um conselho para os seus ouvintes: Usem a riqueza deste mundo ímpio para ganhar amigos, de forma que quando ela acabar, estes os recebam nas moradas eternas. O dinheiro, por manchado que seja, deveria ser usado de tal forma que, quando [...] acabar — isto é, na morte, quando não vale mais nada —, o enriquecimento espiritual esteja garantido em contraste com o enriquecimento desta vida transitória. A mensagem está clara; na nossa mordomia das coisas de Deus, sejamos ao menos tão dedicados e eficientes como o administrador na defesa dos seus próprios interesses.

    (2)    Ditos acerca das riquezas e do orgulho (16:10-15)
    Qualquer dúvida que alguém possa ter acerca do significado da parábola deve ser dirimida pelos ditos que seguem, sublinhando a importância suprema da integridade. A honestidade precisa ser vista nas minúcias e detalhes, se é que queremos que seja percebida nas questões mais importantes da vida (v. 10). Se não somos fiéis nas coisas materiais, como confiarão a nós as coisas espirituais (v. 11)? E se não somos confiáveis com as coisas que pertencem aos outros, como podemos esperar que seremos fiéis com relação às nossas coisas (v. 12)? Servir a Deus é um emprego de tempo integral; como no caso de escravos, todo o nosso tempo e todos os nossos esforços pertencem ao nosso Senhor (v. 13). Finalmente, quando os avarentos fariseus zombam dele (v. 14), ele os adverte de que, embora consigam impressionar os homens, não conseguem enganar Deus, que detesta o orgulho deles (v. 15).

    v. 13. Esse versículo tem um paralelo em Mt 6:24, no contexto do Sermão do Monte; o restante é peculiar a Lucas.

    (3)    Ditos acerca da nova ordem (16:16-18)

    Três ditos breves acerca do reino, da lei e do divórcio. Os primeiros dois ocorrem também em Mateus e, assim, provavelmente, pertencem a “Q”; o terceiro é encontrado nos três sinópticos. Acerca do v. 16, conforme comentário de Mt 11:12,Mt 11:13; acerca do v. 17, cf. comentário de Mt 5:18; acerca do v. 18, conforme comentário de Mc 10:4,Mc 10:11,Mc 10:12 e Mt 5:31,Mt 5:32.

    (4) A parábola do rico e Lázaro (16:19-31)
    Um homem rico, desfrutando de todo tipo de luxo de roupa e alimento, morre aproximadamente na mesma época que Lázaro, um pobre coitado que senta à porta do rico para pedir esmola, cuja presença quase não é notada por aquele. No além-mundo, seus papéis são invertidos; o mendigo desfruta da felicidade junto de Abraão, enquanto o rico foi ao Hades, onde estava atormentado. Mesmo nessa condição, ainda quer ordenar que Lázaro faça trabalhos servis para ele, mas Abraão destaca que o rico já teve mais do que a sua parcela justa de coisas boas; e, além disso, o trânsito entre os dois lados é absolutamente impossível. Ao perceber que falhou em conseguir algum tipo de concessão para si, o rico pede que Lázaro seja enviado aos seus cinco irmãos para adverti-los. Mas esse pedido também é negado, visto que eles têm todas as advertências de que precisam nas Escrituras.

    Essa parábola é diferente de todas as outras no aspecto de que a personagem central é mencionada; alguns comentaristas argumentam, por essa razão, que deve ser considerada narrativa histórica, e não parábola. Mas esse ponto de vista, à parte do fato de que todas as parábolas narrativas provavelmente falam de eventos que de fato aconteceram, ignora o elemento de simbolismo que está bem evidente na história. As expressões “junto de Abraão”, “grande abismo” e “este lugar de tormento” não devem ser forçadas demais em seu sentido literal material, e seria muito imprudente tentar descrever a vida após a morte com base nos detalhes descritos aqui. Alan Richardson diz corretamente: “O objetivo da parábola não é nos familiarizar com os detalhes da vida por vir, mas confrontar-nos com nossa tarefa nesta vida” (A Theological Word Book of the Bible, 1950, p. 107).

    Certas verdades concernentes à vida por vir são, no entanto, destacadas inescapavel-mente na parábola. Em primeiro lugar, está o caráter final e decisivo da morte como destino humano; o estado da alma individual depois da morte é determinado irrevogavelmente durante esta vida. Em segundo lugar, seja o que estiver representado na linguagem simbólica, a parábola ensina claramente que o destino dos justos é a infinita felicidade, e o dos ímpios a aflição indescritível. Tanto a felicidade quanto a aflição são conscientes, e, além disso, a memória desta vida com suas oportunidades perdidas subsiste no além. Em terceiro lugar, além da insistência na realidade das diversas condições após a morte, há uma insistência equivalente na verdade de que para todos os homens há orientações suficientes do caminho para o céu nas Escrituras.
    v. 19. Havia um homem rico: O seu nome não é apresentado. Não importa quem era, parece se encaixar na descrição de um sadu-ceu; ele é abastado e veste roupas que são adequadas ao seu elevado nível social. Um materialista de mão cheia cuja filosofia parece ser “comamos e bebamos porque amanhã morreremos”, ele também é um racionalista que não acredita na vida após a morte mais do que os irmãos que ele quer despertar — tarde demais — para a verdade. Mas isso não justifica a pressuposição de T. W. Manson {Sayings, p.
    295) e de outros segundo a qual Lucas está enganado ao mencionar fariseus no v. 14, em que deveria ter escrito saduceus; aliás, apesar do que acaba de ser dito, a parábola é considerada por alguns uma ampliação Dt 16:14,Dt 16:15, e assim o rico seria, afinal de contas, um fariseu, v. 20. Lázaro: A única personagem que tem nome na parábola. Ê a forma grega do nome Eleazar, “Deus é a sua ajuda”, e um nome suficientemente comum nos dias do NT, para tornar improdutiva a especulação em torno da identidade desse Lázaro em particular, v. 22. “A imagem é deduzida do costume de se reclinar em divãs na hora das refeições. ‘O discípulo a quem Jesus amava estava reclinado ao lado dele’ na última ceia (Jo 13:23)” (Balmforth, p. 244). v. 23. Hades: No uso geral em grego, era quase equivalente ao hebraico Sheol, o túmulo, a moradia dos que haviam partido, bons ou maus, mas posteriormente passou a ser usado quase exclusivamente como lugar dos maus que haviam morrido, v. 25. A afirmação de uma circunstância da presente narrativa, e não o enunciado da doutrina de que na vida após a morte há uma simples inversão da sorte desta vida. v. 31. tampouco se deixarão convencer, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos: Um dito que se cumpriu fartamente pouco tempo depois. A maioria dos judeus não se deixou convencer quando o próprio Jesus ressuscitou dos mortos.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Lucas Capítulo 16 do versículo 1 até o 31
    Lc 16:1

    5. DUAS PARÁBOLAS DE ADVERTÊNCIA (Lc 16:1-42) -Estas duas parábolas são também peculiares a Lucas. Têm a ver com o uso das riquezas deste mundo. Uma delas foi dita aos discípulos e a outra aos fariseus.

    Na parábola do mordomo prudente (1-8) Jesus tirou uma lição para os discípulos da previsão humana de providenciar para seu futuro. O mordomo não estava necessariamente atuando com desonestidade ao cortar as dívidas que eram devidas a seu patrão, pois que é possível que ele perfaria a quantia com recursos próprios. Isto está implícito na própria lição da parábola (9). É nossa riqueza que devemos empregar ao fazer amigos e não a riqueza alheia, usada fraudulentamente. O mordomo é denominado injusto com referência ao encargo elementar de desperdiçar os bens de seu patrão, não em relação ao tratamento dado aos devedores de seu patrão. Foi ele elogiado porque se houvera atiladamente (8); usara sua riqueza presente a fim de fazer provisão para o futuro. Jesus estava descrevendo o tipo de sabedoria que o povo deste mundo demonstra em providenciar para seu futuro terreno, para mostrar uma lição para os filhos da luz (8) ao providenciarem para seu futuro eterno. Ele então prossegue, dando ênfase à lição da parábola, com mais alguns comentários (9-13).

    Um administrador (1); ele teria a direção total da propriedade do homem rico. Devedores do seu senhor (5). Eles pagaram suas dívidas em espécie e o administrador, por vezes, havia recebido mais deles do que havia colocado em suas contas, aumentando deste modo a sua própria riqueza. Desta vez ele aceitará menos do que devem, a fim de obter favor da parte deles. Cem cados de azeite (6). Esta medida hebraica continha aproximadamente trinta litros. Cem coros de trigo (7). Esta é uma medida diferente, em hebraico cor, que era igual a cerca de dez alqueires.

    >Lc 16:8

    Elogiou o senhor (8); em outra versão, "seu senhor", isto é, o homem rico, que evidentemente sabia tudo quanto o administrador havia feito. O administrador infiel (8); literalmente, "o administrador da injustiça", descrevendo seu caráter de modo geral. Os filhos do mundo (8); literalmente, "os filhos desta era", o mundo tal como o é atualmente. Os filhos da luz (8); literalmente, aqueles que receberam a luz da nova era. Das riquezas de origem iníqua (9). Dinheiro ou riqueza mundana tende a promover a injustiça, porém os discípulos de Cristo têm que usá-la por causa do reino de Deus. Quando estas vos faltarem (9); isto é, quando chegarem a um fim, tal como seguramente chegarão. Esses amigos vos recebam (9). Provavelmente poderia ser interpretado em um sentido impessoal ou geral, sem ser propriamente amigos. Aplicação do alheio (12); isto é, riquezas terrenas que temos somente em confiança e que não podemos guardar. Quem vos dará o que é vosso (12); isto é, riquezas espirituais-as que possuímos para sempre.

    >Lc 16:14

    Os fariseus zombaram deste ensinamento e Jesus fê-los lembrar que Deus estava vendo através de seu orgulho de autojustiça. A antiga dispensação estava sendo superada pelo reino de Deus em que a lei seria completamente cumprida (14-18). Jesus, então, ilustrou esses princípios com a parábola do homem rico e de Lázaro, na qual Ele pintou as conseqüências que se seguem ao emprego errôneo das riquezas terrenas. A parábola contém duas cenas, uma na terra e outra no outro mundo, as quais são antepostas uma à outra. Na cena aqui na terra (19-22), um contraste aberrante é feito entre o homem rico e o mendigo, primeiramente na vida e depois na morte. A outra cena passa-se no Hades (Seio de Abraão), o mundo para onde vão todos quantos partem deste mundo a fim de aguardarem o julgamento final. Aqui o contraste é completamente no reverso, e entre os dois homens há um grande abismo estabelecido. Das duas entrevistas compondo a cena uma é relacionada à porção do homem rico após a morte (23-26) e a outra a de seus cinco irmãos aqui na terra (27-31). Que eram avarentos (14); ou melhor, "amantes do dinheiro". Os fariseus encaravam suas riquezas como uma recompensa especial por sua observância meticulosa da lei. A lei e os profetas (16); subentendendo que uma nova dispensação começou com ele. Todo o homem se esforça por entrar nele (16). Nosso Senhor percebeu que em toda parte os homens ansiavam por lugares no reino, até mesmo quando não soubessem de tudo quanto estava incluído nisso. Nos vers. 17 e 18, que parecem ter muito pouca conexão com o que precede, Jesus contrasta o ensino da lei com o espírito dos fariseus.

    >Lc 16:20

    Certo mendigo, chamado Lázaro (20). O nome é a forma grega do hebraico Eleazar e significa "Deus ajuda". Provavelmente tinha a tendência de indicar a fé em Deus que esse mendigo tinha. E até os cães vinham (21); agravando sua miséria, pois que os cachorros não eram domesticados e eram mesmo encarados como sendo impuros. Seio de Abraão (22); não um sinônimo de Paraíso, embora significasse estar lá. A expressão é tirada da idéia de um banquete onde cada homem, reclinando em seu divã, está no seio do homem à sua esquerda. Lázaro, assim se imaginava, deveria estar assentado próximo a Abraão (cfr. Jo 13:23). E foi sepultado (22). Os anjos não são mencionados eles não assistiram ao homem rico em sua morte.

    >Lc 16:24

    Estou atormentado nesta chama (24); simbolicamente descrevendo a agonia dos desejos inflamados que agora não mais podiam ser satisfeitos. Filho, lembra-te (25). A memória do passado não é afogada no outro mundo. Agora, porém (25); outra versão diria: "Mas agora, aqui", marcando tanto o contraste de tempo como o de lugar. Está posto um grande abismo (26). A palavra significa uma tremenda brecha. Além de tudo (26); ou antes, "a fim de que". A brecha fora colocada para o propósito de estabelecer uma separação insuperável entre as duas classes no outro mundo.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Lucas Capítulo 16 do versículo 1 até o 31

    92. Investindo as Finanças terrenas com foco no Eterno (Lucas 16:1-13)

    Agora Ele também estava dizendo aos discípulos: "Havia um homem rico que tinha um administrador, e este gerente que lhe foi reportado como esbanjar os seus bens. E chamou-o e disse-lhe: 'O que é isso que eu ouvi sobre você? Dê uma prestação de contas de sua gestão, para que você não pode mais ser gerente. " O gerente disse para si mesmo: 'Que farei, pois o meu senhor está a assumir a gestão longe de mim? Eu não sou forte o suficiente para cavar; Tenho vergonha de mendigar. Eu sei o que hei de fazer, para que, quando eu estou removido das pessoas gestão me recebam em suas casas. " E ele chamou cada um dos devedores do seu senhor, e ele começou a dizer ao primeiro: 'Quanto deves ao meu senhor?' E ele disse: 'Cem medidas de azeite. " E ele disse-lhe: Toma a tua conta, senta-te depressa e escreve cinquenta. Então ele disse a outro: 'E quanto deves?' E ele disse: 'Cem medidas de trigo'. Ele disse-lhe: Toma a tua conta e escreve oitenta. ' E seu mestre elogiou o gerente injusto, porque agiu com astúcia; para os filhos deste mundo são mais astutos em relação ao seu próprio tipo do que os filhos da luz. E eu digo a você, fazer amigos para a vós mesmos por meio da riqueza de injustiça, de modo que quando ele falhar, eles vão recebê-lo nas moradas eternas. Quem é fiel no pouco, coisa que também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco, também é fiel no muito. Portanto, se você não fostes fiéis no uso das riquezas injustas, quem lhes confiará as verdadeiras riquezas? E se não fostes fiéis no uso do que é do outro, que lhe dará o que é vosso? Nenhum servo pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro "(16: 1-13).

    Dos quase quarenta parábolas contadas por Jesus Cristo nos Evangelhos, cerca de um terço delas tratam de alguma forma com o dinheiro. Esse dinheiro desempenhou um papel tão proeminente no ensino de Jesus não é surpreendente, uma vez que tem um papel dominante na sociedade e na vida dos indivíduos. As pessoas gastam muito do seu tempo pensando em dinheiro; como adquiri-lo, gastá-lo, guardá-lo, investi-lo, emprestá-lo, mantenha o controle do mesmo, e às vezes dá-lo afastado. A preocupação generalizada com o dinheiro que dominam os resultados da sociedade de hoje em ansiedade, a cobiça, o egoísmo, a ganância, o descontentamento, a idolatria, e orgulho.
    Escritura tem muito a dizer sobre o dinheiro, incluindo a forma de obtê-lo, como a considerá-lo, e como usá-lo.

    A Bíblia revela ambas as maneiras certas e erradas para obter dinheiro. A forma mais importante para ganhar dinheiro é através do trabalho. Pv 14:23 diz: "Em todo trabalho há proveito, mas só em palavras leva à pobreza" (conforme 6: 6-11; 20: 4; 28:19), e Paulo escreveu que aqueles que se recusam a trabalhar deve não comer (2Ts 3:10).

    Segundo, a moeda pode ser obtido por poupança para o futuro. "Há tesouro precioso e azeite na casa do sábio", escreveu Salomão ", mas o homem insensato os devora" (Pv 21:20; conforme 30: 24-25.).

    Em terceiro lugar, o dinheiro pode ser obtido através de uma avaliação adequada dos próprios recursos e planejamento sábio. Salomão aconselhou: "Conheça bem a condição de seus rebanhos, e prestar atenção aos seus rebanhos; de riquezas não são para sempre, nem uma coroa aguentar a todas as gerações "(Prov. 27: 23-24).

    Por fim, o dinheiro pode ser obtido através de doações (Fm 1:4; Hos 12 [Ex 20:15 Ef 4:28..].:. 7; Am 8:5]), a cobrança de juros exorbitantes sobre empréstimos (Ex 22:25; Lv 25:1; Ag 2:8; conforme 1Tm 6:171Tm 6:17). Amar o dinheiro é destrutivo (1Tm 6:9), Balaão (. Num 22-24), Judas (Mt 26:24; At 1:25) e Ananias e Safira (Atos 5:1-10). Amar o dinheiro leva a uma falta de confiança em Deus (31:24-28; Pv 11:28; 1 ​​Tm 6:17..), Resulta em ingratidão e orgulho (Dt 8:12-17.), E faz com que as pessoas comportar-se estupidamente (Lucas 12:16-21), roubar a Deus (Ml 3:8).

    A Bíblia também estabelece a utilização correcta dos fundos. As pessoas estão a ganhá-lo para se sustentar (2 Ts 3: 10-12.), Suas famílias (1Tm 5:8), bem como para ajudar as pessoas em necessidade (Mt 6:2-3; Tiago 2:15-16.).

    Acima e além dessas coisas, existem alguns pré-requisitos necessários para dar bíblicos para os propósitos do Reino. Em primeiro lugar, aqueles que verdadeiramente honrar a Deus na doação deve transferir a propriedade de suas dinheiro, posses, tempo e talentos para Ele. Em segundo lugar, eles devem fazer exaltar Cristo e proclamar o evangelho o propósito supremo de suas vidas. Finalmente, eles devem colocar-se em posição de usar seu dinheiro para honrar a Deus, tomando medidas para sair da dívida (pagamento de contas, priorizando gastos, eliminando os gastos não essenciais, a venda de itens que perpetuam a dívida, se recusando a emprestar dinheiro para luxos, perseguindo contentamento , etc).
    Vários princípios marcar doação Novo Testamento. Em primeiro lugar, dar Cristão é inteiramente voluntária (conforme 2Co 9:7.), Regular e sistemática (1 Cor. 16: 1-2), e motivado pelo amor, não compulsão legalista (2Co 8:8). Depois de seu mestre levou a gestão longe do que ele enfrentou duas alternativas desagradáveis. Por um lado, ele era não forte o suficiente para cavar . Ele era, em termos contemporâneos, um trabalhador de colarinho branco, e não é capaz de árduo trabalho manual.Além disso, ele sem dúvida viu esse trabalho como abaixo de sua dignidade. A outra alternativa era igualmente inaceitável. Se o trabalho manual era debaixo dele, quanto mais ele teria sido vergonha de mendigar? O futuro parecia sombrio, e ele não via saída de seu dilema.

    Então, ele teve um súbito lampejo de inspiração; um "momento eureka", ou epifania. "Eu sei o que vou fazer", ele exclamou, "de modo que quando eu estou removido das pessoas gestão me recebam em suas casas." As pessoas a quem ele se referia eram devedores do seu senhor , com quem ele havia feito negócios em nome de seu mestre. A solução que ele veio com forneceria todas as coisas que ele precisa: um lugar para viver, renda e status.

    Além de sua má gestão, o gerente lançou um novo esquema para roubar o seu mestre. Ele convocou cada um dos devedores do seu senhor , por sua vez e renegociou seus negócios para reduzir o montante que devia. Desde seu mestre não tinha terminado-lo imediatamente, ele ainda tinha acesso aos seus contratos. Aparentemente, seu mestre ausente ainda não havia rescindido a autoridade do gerente para agir em seu nome, ou palavra de que ainda não havia atingido seus devedores. As dívidas envolvidas mercadorias, e foram devido a ser pago no momento da colheita. Ao reduzir o que eles eram obrigados a pagar seu mestre, ele colocá-los sob a obrigação a ele. Reciprocation era uma parte integrante da sociedade judaica; se alguém fizesse uma pessoa a favor, essa pessoa foi obrigado a fazer um para ele.

    Jesus, então, deu dois exemplos de relações enganosas do gerente. Para o primeiro , ele disse, "Quanto deves ao meu senhor?" E ele disse: "Cem medidas de azeite." E ele disse-lhe: "Tome a seu relato, senta-te depressa e escreve cinquenta. " Uma centena de medidas de oliva óleo era de 875 litros, ou o rendimento de cerca de 150 oliveiras, e valeu a pena cerca de mil denários mais do que salário de seis anos para um trabalhador comum. O novo acordo, que cortou a dívida pela metade, criou uma perda significativa para o seu mestre. O segundo devedor devia cem coros de trigo . O gestor reduziu a sua factura em vinte por cento a oitenta alqueires de trigo, mais uma vez defraudar seu antigo mestre de uma quantidade considerável de dinheiro (cem coros de trigo teria sido equivalente ao salário de oito a dez anos de um trabalhador comum). Estes não foram os casos em que a dívida foi reestruturada devido a circunstâncias atenuantes, tais como danos às culturas de clima ou gafanhotos, ou flutuações de preços. Isso foi feito exclusivamente para beneficiar o gerente, fazendo com que os devedores para os devedores mestre para ele.

    Então veio a chocante, conclusão inesperada para a história: seu mestre elogiou o gerente injustos . Para aqueles escuta do Senhor relacionar esta história, que teria parecia que ele tinha tomado a licença de seus sentidos. Mas o mestre não louvar o gerente, porque ele era um desperdício, irresponsável, ou um ladrão. Ele elogiou-o , porque ele agiu astutamente . phronimos ( astutamente ) significa agir com sabedoria e discernimento. O gerente aproveitou sua oportunidade, que trabalha com cuidado a situação para sua própria vantagem. Uma vez que os devedores foram agora obrigados a ele, seu futuro estava seguro.

    O ponto da parábola é simples. "Os filhos deste mundo" (os pecadores, aqueles que estão fora do reino de Deus), Jesus disse, "são mais astutos em relação ao seu próprio tipo do que os filhos da luz"(crentes; cf . João 0:36; Ef 5:8) estão em obter sua recompensa eterna no mundo vindouro. Os crentes devem ser muito mais astuto na preparação para seus futuros eternas.

    O APLICATIVO

    "E eu digo a você, fazer amigos para a vós mesmos por meio da riqueza de injustiça, de modo que quando ele falhar, eles vão recebê-lo nas moradas eternas. Quem é fiel no pouco, coisa que também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco, também é fiel no muito. Portanto, se você não fostes fiéis no uso das riquezas injustas, quem lhes confiará as verdadeiras riquezas? E se não fostes fiéis no uso do que é do outro, que lhe dará o que é vosso? Nenhum servo pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro "(16: 9-13).

    O Senhor chamou três lições da parábola relativa a atitude dos crentes em relação ao dinheiro: como eles vêem o seu dinheiro em relação aos outros, a si mesmos, e Deus.
    Em relação aos outros, Jesus exortava os seus ouvintes a fazer amigos para si mesmos por meio da riqueza da injustiça , assim chamado porque ele pertence a este injusto, mundo que passa. Os incrédulos, como o gerente injustos, costumam usar o dinheiro para comprar amigos terrestres. Os crentes, por outro lado, são para usar seu dinheiro para evangelizar e, assim, adquirir amigos celestiais. Ariqueza da injustiça , sendo um elemento da experiência da sociedade caída, não pode durar passado vida presente (conforme Lc 12:20). Quando ele falha , os amigos crentes ganharam através do investimento na pregação do evangelho vai recebê-los nas moradas eternas do céu. Aqueles amigos estará esperando para recebê-los quando eles chegam em glória, porque através do seu sacrifício financeiro para alcançar os não convertidos que ouviram e acreditaram no evangelho.

    O Senhor chama os cristãos a usar seu dinheiro para os propósitos eternos para produzir uma recompensa celestial. Nas palavras familiares do Sermão da Montanha, Ele ordenou:

    Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça ea ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça ea ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem roubam; para onde o seu tesouro, aí estará o seu coração também. (Mateus 6:19-21.)

    Onde investir seu dinheiro revela onde o coração das pessoas são. Acumulação pessoal sem fim é pecaminoso, perdulários e rouba aqueles que persegui-lo de bênção eterna.
    Com relação a sua atitude em relação ao dinheiro que se refere a si mesmo, Cristo exortou os crentes a serem fiéis a fazerem investimentos eternos. Sua declaração, Quem é fiel no pouco, coisa que também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco, também é fiel no muito , é axiomático. Alguns afirmam que se tivessem mais dinheiro, eles iriam dar mais. Mas a verdade é que o personagem, não circunstâncias, determina fidelidade. Alguns, como a viúva pobre descrito em Lucas 21:1-4, que não têm nada dar tudo; outros que têm tudo dar nada. A questão não é financeira, mas a integridade e caráter espiritual. Aqueles que são fiéis com o muito pouco que eles têm que ser fiéis se tivessem mais; aqueles que são injustos -selfish, orgulhoso, indulgente-in o uso do que pouco têm que ser assim, se eles tiveram muito. O fator determinante não é o quanto as pessoas possuem, mas o quão forte o seu compromisso com o evangelho da salvação é.

    A perspectiva das pessoas em dinheiro e sua fidelidade ou infidelidade resultante tem implicações para a sua recompensa eterna. Se você não tiver sido fiel no uso das riquezas injustas , Jesus perguntou:quem lhes confiará as verdadeiras riquezas para você? É tolice imaginar que Deus vai recompensar aqueles que pecaminosamente desperdiçar a sua oportunidade de ser fiel no uso das riquezas injustasnesta vida. Aqueles que não conseguem investir sua riqueza na obra da redenção empobrecer-se para sempre. Recompensa eterna vem para aqueles que são fiéis.

    A pergunta do Senhor, ? Se você não fostes fiéis no uso do que é do outro, quem vos dará o que é o seu próprio revela a importância da gestão; reconhecendo que tudo o que temos pertence a Deus, e nós somos responsáveis ​​para gerenciá-lo para Sua glória (conforme Mt 25:1: "Onde riquezas manter o domínio do coração, Deus perdeu a sua autoridade." Demandas conflitantes, inevitavelmente produzir emoções conflitantes e atitudes. Aqueles que amam o dinheiro vai desprezar e se ressente do que Deus exige deles a respeito dele. Mas aqueles que o amam vai escolher para honrá-lo por não fazer riqueza terrena seu mestre. Em vez de usá-lo para satisfazer egoisticamente seus desejos, eles vão procurar gerir o dinheiro que ele confiou a eles, para a salvação das almas para a glória de Deus.

    93. Por que os falsos mestres zombam da Verdade (Lucas 16:14-18)

    Agora, os fariseus, que eram amantes do dinheiro, estavam ouvindo todas essas coisas e zombavam Dele. E Ele lhes disse: "Você é daqueles que se justificam perante os olhos dos homens, mas Deus conhece os vossos corações; pois aquilo que é elevado entre homens é abominação aos olhos de Deus. A Lei e os Profetas foram proclamados até João; Desde então, o evangelho do reino de Deus tem sido pregado, e todo mundo está forçando seu caminho para ele. Mas é mais fácil para o céu ea terra para passar longe do que por um golpe de uma letra da lei a falhar. Todo aquele que repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e quem casa-se com aquele que é repudiada pelo marido, também comete adultério "(16: 14-18).

    É uma verdade paradoxal que aqueles que são os mais perigosos inimigos de Deus não são os únicos que abertamente se opor a ele, mas sim aqueles que por fora realmente parecem os mais dedicados a Ele.Muitos supõem que essas pessoas aparentemente piedosas, especialmente aqueles que se identificam com o Deus das Escrituras, certamente deve ter a sua aprovação, quando, na realidade, as falsas formas de adoração dirigidas ao Deus da Bíblia são odiados por Ele. Apóstata judaísmo e cristianismo falso, junto com todos os seus professores enganadores, são inimigos da verdade divina e de Deus.

    Condenações mais severas de Deus foram reservados para os tolos não sem religião, que negam a sua existência (Sl 14:1 o Senhor condenou aqueles hipócritas judeus que "se aproximam com as suas palavras e me honra com os serviço de bordo, mas eles removem seus corações longe de mim, e sua reverência para mim consiste em tradição aprendida de cor", enquanto em Is 48:1.). "O sacrifício dos ímpios é abominável ao Senhor" (Pv 15:8).

    Coletivamente os fariseus, os líderes religiosos de Israel nos dias de Jesus, se encaixam nessa categoria. Eles foram cuidadosamente dedicado a interpretar e aplicar a lei do Velho Testamento e rituais e cerimônias mosaicas fastidiously observados. Eles deram tudo indica exterior de serem adoradores dedicados do verdadeiro Deus de Israel. No entanto, eles foram ferozmente hostil a e odioso dos encarnados Senhor Jesus Cristo, Deus. Inicialmente, eles haviam sido curioso sobre ele e seu ensinamento, mesmo convidando-O em suas casas para aprender mais sobre Ele (Lucas 7:36-50; 11: 37-54; 14: 1-24), mas mesmo nesses encontros houve uma corrente de animosidade que procurou armadilha e desacreditá-lo. Eventualmente, essa animosidade endurecido na rejeição vicioso que levou a demandas sanguinários para o assassinato de seu Messias.

    A comparação do presente passagem com o capítulo anterior do evangelho de Lucas revela a hostilidade crescente dos fariseus em relação a Cristo. Em Lc 15:2; Jer. 20: 7-8) e do Antigo Testamento tinham predito seria feito para o Messias (Sl. 22: 7-8.; Is 53:3). O adjetivo philarguros deriva de duas palavras:phileo , "Amar", ou "ter afeição por", e arguros , "prata". Caídos, povo pecador avidamente desejo de satisfazer as suas necessidades: assim, muitos são "amantes do dinheiro" em Além de ser "amantes de si mesmos" (2Tm 3:2.), "Gananciosos" (Jr 6:13;. Jr 8:10), e diz deles: "Quando eles têm algo a morder com os dentes, eles choram, 'Paz' Mas contra ele que põe nada em suas bocas eles declaram guerra santa "(Mq 3:5.) , assim como Pedro, que alertou seus leitores que "em sua ganância [falsos mestres] farão de vós negócio com palavras fingidas" (2Pe 2:3), mesmo inclinando-se tão baixo que devoram as casas das viúvas (Lc 20:47). Mesmo suas doações era apenas uma ostentação buscando honra dos homens (Mt 6:2) . Em suma, os fariseus operava a partir de impuros, corruptos, auto-engrandecimento, motivos gananciosos.

    ELES FORAM ANTAGONISTAS EXIGÊNCIAS DE DEUS

    estavam ouvindo todas essas coisas e zombavam Dele. (16: 14b)

    Enquanto os fariseus estavam ouvindo todas estas coisas Jesus estava dizendo, o que desencadeou seu desprezo era o Seu ensinamento relativo ao uso correto do dinheiro (1-13 vv.). O ensinamento do Senhor que as pessoas estão a investir no reino de Deus para colher dividendos espirituais no céu, e servir a Deus, não o dinheiro, indiciou os fariseus dinheiro-loving. E aqueles obcecados com riquezas obtenção respondeu ao ensino de que eles não querem ouvir ridicularizando e zombando Jesus, o professor.

    Sua reação agressiva, hostil significado que eles eram falsos adoradores, sem capacidade para receber e responder à verdade. Eles estavam cegos espiritualmente (2Co 4:4).. "Este é o julgamento", Jesus declarou: "que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más" (Jo 3:19). Eles estão "dispostos a chegar a [Cristo], para que [eles] tenham vida" (Jo 5:40). Essas pessoas podem até chamar Jesus Senhor, mas eles não têm capacidade de obedecê-Lo (Lc 6:46). Como resultado, sua vida espiritual não tem fundamento, e eles serão varridos pela torrente do julgamento divino (v 49; conforme Jo 12:1; conforme Lc 11:28) e, como resultado, têm "vida eterna, e [fazer] não entram em julgamento, mas [ter] passou da morte para a vida "(Jo 5:24). A evidência de que eles "têm vindo a conhecê-Lo" é que "guarda os seus mandamentos" (1Jo 2:3). (. Gl 1:14) Todos os fervor e legalistas esforços religiosos que fez dele uma estrela em ascensão no judaísmo do primeiro século feitos e um perseguidor da Igreja (. 1Co 15:9) ele reconheceu mais tarde a ser lixo sem qualquer valor (Fp 3:8; conforme Rm 1:17; Gl 3:11; He 10:38.). Essa verdade permeia o Novo Testamento, e apenas o deliberAdãoente cego poderia perdê-la: "Pelas obras da lei nenhuma carne será justificada diante dele" (Rm 3:20.); "Sendo justificados como um presente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus" (v 24.);Deus é "justo e justificador daquele que tem fé em Jesus" (v 26.); "Para nós, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei" (28 v.); "Mas, ao que não trabalha, mas crê naquele que justifica o ímpio, sua fé lhe é creditada como justiça" (4: 5); "Portanto, tendo sido justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo" (5: 1); "No entanto, sabendo que o homem não é justificado por obras da lei, mas pela fé em Cristo Jesus, temos também crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não pelas obras da lei; uma vez que pelas obras da lei nenhuma carne será justificada "(Gl 2:16.); "A Escritura, prevendo que Deus havia de justificar pela fé os gentios" (3: 8); "Agora que ninguém é justificado pela Lei perante Deus é evidente; para, "O justo viverá pela fé" (v. 11);"Por isso que a lei se tornou nosso aio para nos conduzir a Cristo, para que fôssemos justificados pela fé" (v 24.); "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não como resultado de obras, para que ninguém se glorie "(Ef. 2: 8-9).

    A trágica realidade foi que os fariseus tinham levado as pessoas na direção do inferno. Eles foram "guias cegos" (Mt 15:14.), Levando o cego espiritualmente "ovelhas perdidas da casa de Israel" (Mt 10:6.). Seu erro fatal foi que "não conhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à justiça de Deus" (Rm 10:3; 19:. Lv 19:2; Lv 20:26; Sl 99:1, Sl 99:9; Is 6:3).

    ELES PROCURARAM APROVAÇÃO HUMANA

    aos olhos dos homens (16: 15b)

    Os fariseus eram como aqueles a quem Paulo advertiu os gálatas, "desejo de fazer uma boa exibição na carne" (Gl 6:12). Eles queriam que a adulação e respeito das pessoas, e tentou parecer nobre e virtuoso. Jesus os repreendeu porque "como [d] para andar com vestes compridas, e como [d] respeitosas saudações nas praças" (Marcos 0:38), e porque "eles [fez] todas as suas obras para ser notado por homens; para eles alargar [va] os seus filactérios e alongam [va] as borlas das suas vestes. Eles adoram [d] o lugar de honra nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas, e respeitosas saudações nas praças, e de ser chamados Rabi pelos homens "(Mateus 23:5-7.). A única recompensa para aqueles que desfilam sua auto-justiça é a honra que recebem dos homens; eles não receberá nada de Deus (Mateus 6:1-2., Mt 6:5, Mt 6:16).

    ELES ERAM MAUS AT HEART

    mas Deus conhece os vossos corações; pois aquilo que é elevado entre homens é abominação aos olhos de Deus. (16: 15c)

    Fachada externa de piedade e santidade dos fariseus podem ter enganado os homens, mas a Deus , em Sua onisciência sabia o que estava em seus corações . "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!" Jesus advertiu: "Porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia. Então, você, também, por fora parecem justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade "(Mateus 23:27-28.). Em 1Sm 16:7; conforme 1Cr 28:91Cr 28:9; 139:.. Sl 139:2; Jr 17:10; Jr 20:12; 08:27 Rom; Ap 2:23) e "vê o que é feito em segredo" (Mt 6:18). Jesus "não precisa de ninguém para testemunhar a respeito do homem, pois ele bem sabia o que havia no homem" (Jo 2:25).

    Deus não só sabia o que estava em seus corações, mas desaprovou-lo, pois o que é muito estimado entre os homens é abominação aos olhos de Deus . Deus encontra todas as formas falsas de religião exaltados entre os homens detestáveis ​​(a palavra grega pode se referir a algo que cheira mal, isto é abominável, repugnante, revoltante); ou seja, não é de todo uma oferta suficiente para satisfazê-lo.Sabedoria religiosa do mundo é mera loucura aos olhos de Deus (conforme Rm 1:22;. 1Co 1:201Co 1:20).

    ELES REJEITARAM O EVANGELHO DO REINO

    A Lei e os Profetas foram proclamados até João; Desde então, o evangelho do reino de Deus tem sido pregado, e todo mundo está forçando seu caminho para ele. (16:16)

    Qualquer um faz-se detestável aos olhos de Deus, rejeitando o evangelho do reino, até mesmo os religiosos mais zelosos. A frase a Lei e os Profetas se refere ao Antigo Testamento (conforme 24:27, 44; Mt 5:17;. Mt 7:12; Mt 22:40; 01:45 João; At 13:15; At 24:14; At 28:23).. O Antigo Testamento era, a era da promessa, celebrado com o Ministério da João O Baptist, o último dos profetas do Antigo Testamento.Além de ser o representante final da era do Antigo Testamento da promessa, João também foi o primeiro representante da era do Novo Testamento de cumprimento; seu ministério em ponte das duas eras.Ele não só previu aparição do Messias, mas também testemunharam. Por causa de sua posição original e seu privilégio de ser precursor do Messias, Jesus declarou João ter sido a melhor pessoa que já viveu até seu dia (Mt 11:11). Em sua manifestação de louvor a Deus, o pai de João, Zacarias, havia observado o cumprimento das promessas do Antigo Testamento na vinda do Messias (Lucas 1:67-79). O ministério de João atingiu o seu clímax quando ele batizou Jesus, o Messias. A transição de João para Jesus, desde a época do Antigo Testamento da promessa para a era do Novo Testamento de cumprimento foi completa. "Ele deve crescer", disse João de Jesus ", que eu diminua" (Jo 3:30). Não muito tempo depois, João foi preso e executado por decapitação (Matt. 14: 3-12).

    A frase desde aquela época e outras frases semelhantes são importantes marcadores de tempo no Evangelho de Lucas, denotando pontos de viragem (conforme 01:48; 05:10; 12:52; 22:18, 69). Após a conclusão do ministério de João, Jesus tornou-se o ponto focal; o cumprimento das promessas do Antigo Testamento (conforme 24:27, 44; Jo 1:45; Jo 5:39; At 4:12; Rom. 1: 1-3).

    Que as pessoas estavam forçando seu caminho para isso é outro lembrete de que entrar no reino é um duro, difícil luta. Enquanto a salvação é de nenhuma maneira um esforço puramente humano, o verdadeiro arrependimento, no entanto, envolve a vontade atuando na abnegação. "Se alguém quer vir após mim," Jesus declarou solenemente, "renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me" (Lc 9:23; conforme 14: 26-27), uma vez que "quem quiser salvar a sua vida a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, ele é o único que vai salvá-lo "(Lc 9:24). Há uma luta monumental na alma humana pecaminosa para esmagar orgulho e auto-vontade e chegar a penitência total.

    ELES NÃO TINHAM NENHUMA CATEGORIA PARA GRAÇA

    Mas é mais fácil para o céu ea terra para passar longe do que por um golpe de uma letra da lei a falhar. Todo aquele que repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e quem casa-se com aquele que é repudiada pelo marido, também comete adultério "(16: 17-18).

    À primeira vista, estes dois versos parecem não ter qualquer ligação com os precedentes. Eles não são afirmações aleatórias pregado aqui, sem motivo aparente, no entanto, mas, na verdade, se encaixam logicamente em fluxo de pensamento do Senhor. Os fariseus ficaram ofendidos por relações de Jesus com cobradores de impostos e outros pecadores desprezados (Lucas 15:1-2). Era um ultraje que ofendeu suas sensibilidades espirituais que Ele iria se misturar com pessoas que eles viram como a escória corruptos da sociedade judaica. Em resposta a essa indignação, Jesus tinha dito três parábolas enfatizando a alegria de Deus quando os pecadores se arrependam e abraçar a salvação (15: 3-32). Não havia lugar no pensamento dos fariseus para a alegria que vem de que tipo de graça e perdão. Pelo contrário, eles acreditavam que, ao pregar a graça e perdão de Jesus foi agredir a lei e prejudicar todo o seu sistema de salvação pela realização humana, fortalecendo ainda mais a sua convicção de que Jesus era de Satanás, e não Deus.

    Esta foi a sua confiança, apesar do fato de que o Senhor tinha dito, em seu ensino no Sermão da Montanha, que, longe de desvalorizar a lei Ele manteve-lo nos mínimos detalhes, na verdade, o aumento do nível muito acima de onde colocou. Os fariseus estavam preocupados apenas com observância externa, mas Ele se concentrou em obediência interna do coração (Mat. 5: 17-48).

    Sua declaração de que é mais fácil para o céu ea terra para passar longe do que por um golpe de uma letra da lei a falhar expressa confirmação absoluta de Cristo da permanência da lei de Deus. A Bíblia revela que o céu ea terra vai realmente passar (Sl 102:25-26; Is 51:1; Mt 24:35; 2 Pedro 3:. 2Pe 3:7, 2Pe 3:10). Mas seria mais fácil para que isso aconteça, para todo o universo criado para sair da existência do que para os mais pequenos, detalhe aparentemente mais insignificantes da lei a falhar. Não só o menor letra da lei (em hebraico a letra yodh , que se parece com um apóstrofo) não passará (Mt 5:18), nem mesmo um golpe de uma letra da lei vai falhar . Um acidente vascular cerebral foi uma marca minúscula que diferenciou duas letras hebraicas, como a pequena marca que distingue um F de capital a partir de um capital de E ou de uma capital de R partir de um capital B em Inglês.

    Esta declaração e os similares em Mt 5:18 e 24:35 são, provavelmente, a mais clara defesa interna da inspiração verbal das Escrituras. Jesus enfatizou que as palavras da Escritura-down para a menor parte de uma carta-se divinamente inspirada (conforme 2 Sam 23:1-2; 1Co 2:131Co 2:13..).

    Apesar de sua devoção professavam a lei, ficou claro que os fariseus depreciou-lo. Se eles realmente acreditavam que todas as promessas de Deus seria cumprida, eles teriam reconhecido a esmagadora evidência de que Jesus era o Messias. Em vez disso, eles rejeitaram. Nem eles manter os padrões morais imutáveis ​​da lei, como Jesus demonstrou ao apontar um comando que eles ignoraram.
    O Antigo Testamento ensinou que todos os que se divorciar de sua mulher e casar com outra comete adultério; e quem casa-se com aquele que é repudiada pelo marido, também comete adultério .Os fariseus não, é claro, tolera abertamente adultério. Em vez disso, eles simplesmente se divorciaram suas esposas e se casou com uma mulher que preferiam. Eles justificaram que a ação interpretando mal o ensino de Moisés, em Deuteronômio 24: (v. 1 NVI) 1-4 como apologia do divórcio por motivos de "impureza". Essa impureza não era uma referência ao adultério, uma vez que a pena de morte por adultério estava em vigor (Dt 22:22), mas sim a algo mais que uma mulher fez que seu marido pode achar vergonhoso. Alguns fariseus, e outros a seguir seu exemplo, aproveitou essa declaração e viram nela uma permissão geral para se divorciar de suas esposas, por qualquer motivo. Escusado será dizer que eles interpretaram impureza nos termos mais amplos possíveis, e no uso prático, passou a significar o que o homem decidiu que ele não gostava de sua mulher. (Algumas das razões no registro foram sendo um pobre cozinheiro, sendo desrespeitoso com a mãe-de-lei, deixando de dar o seu marido um filho, sendo menos bonito do que uma outra mulher, etc.)

    Mas o texto do Antigo Testamento não era nem apologia nem elogiando divórcio, muito menos comandando isso. Foi meramente reconhecendo que o divórcio aconteceu e houve uma necessidade de divinamente regulá-la. O texto era, na verdade, um aviso de Deus que se um homem se divorciou de sua esposa, sem justa causa, e ela se casou de novo, se o segundo marido morreu, ou se divorciou dela, o primeiro não poderia casar-se novamente dela. Como não havia fundamentos bíblicos para o divórcio e, portanto, o novo casamento estava errado, ela e seu segundo marido seria culpada de adultério, e se casar novamente novamente seu primeiro marido faria-o culpado de se casar com uma adúltera. Ilegítimo, divórcio e novo casamento irrestrito resultaria na proliferação de adultério, o que seria "uma abominação diante do Senhor" e "trazer o pecado sobre a terra" (v. 4). O ponto de Deuteronômio 24:1-4 foi o de evitar o divórcio e novo casamento. Os fariseus tinham transformou-o em sua cabeça para dar-lhes liberdade para se divorciar de suas esposas, por qualquer motivo.

    Jesus deixou que o divórcio no caso de, impenitente adultério persistente, de coração duro (Mt 5:31-32.; 19: 1-9). Uma vez que Deus, em Sua graça comum tinha permitido a pena de morte por adultério a desaparecer, essa concessão foi um ato de misericórdia para com as partes inocentes, garantindo que um adúltero pode ser divorciado (ao invés de executado) para que o cônjuge não seria permanente, realizada em o aperto de miserável pecador comportamento de um dos cônjuges, sem castidade. O apóstolo Paulo dá a palavra do Espírito que um crente pode também ser divorciados novamente casados ​​se um incrédulos folhas cônjuge (1Co 7:15).

    As palavras do Senhor a respeito do divórcio são uma ilustração desenhado para expor a hipocrisia descarada dos fariseus. Apesar de sua devoção professavam a lei, eles de fato eram violadores do mesmo. E eles coletivamente repreensível como adúlteros através de sua proliferação dos divórcios.
    O conflito entre aqueles que proclamam fielmente a Palavra de Deus e os falsos mestres não mudou. O líder do conflito, Satanás, não mudou. Seus emissários, tanto humanos como demoníacas, ainda aprovisionar as doutrinas de demônios que têm sido desenvolvidos e propagadas desde a queda.

    A questão é a verdade. A religião falsa condena. Ele não salva, e deve ser exposto para o que é e seus seguidores advertiu da condenação e desafiou a aderir a uma verdadeira compreensão da palavra de Deus. Dizer a verdade sobre mentirosos enganadores é o único misericordioso, compassivo e amoroso coisa que se pode fazer. Jesus confrontou os de Seu dia para que eles pudessem se arrepender, e para que as pessoas que os seguiram iria vê-los para que eles realmente eram. Essa ainda é a responsabilidade daqueles cujos olhos foram abertos para compreender a glória da verdade divina (conforme Lucas 20:45-47).

    94. Surpreso com o inferno (Lucas 16:19-31)

    "Ora, havia um homem rico, e ele habitualmente vestida de púrpura e linho fino, alegremente vivendo em esplendor todos os dias. E um homem pobre chamado Lázaro estava deitado em seu portão, coberto de chagas, e desejando ser alimentado com as migalhas que caíam da mesa do rico; Além disso, mesmo os cães vinham lamber-lhe as chagas e. Ora, o pobre morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado. No Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio. E ele gritou e disse: 'Pai Abraão, tem misericórdia de mim e envia Lázaro para que ele possa molhar a ponta do seu dedo na água e refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. " Mas Abraão disse: 'Filho, lembre-se que durante a sua vida que você recebeste os teus bens, e Lázaro somente coisas ruins; mas agora ele está sendo consolado aqui, e você está em agonia. E além de tudo isso, entre nós e vós há um grande abismo, de modo que aqueles que desejam vir daqui para vós não será capaz, e que ninguém pode passar daí para nós. " E ele disse: 'Então eu te peço, ó pai, que você mandá-lo para casa do meu pai, pois tenho cinco irmãos de modo que ele possa avisá-los, para que eles não venham também para este lugar de tormento'. Mas Abraão disse: 'Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. " Mas ele disse: 'Não, pai Abraão, mas se alguém vai para eles dos mortos, eles vão se arrepender! " Mas ele disse-lhe: 'Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão persuadir ainda que ressuscite alguém dentre os mortos. "(16: 19-31)

    CS Lewis observou certa vez que
    a pessoa mais maçante e mais desinteressante você fala pode um dia ser uma criatura que, se você viu isso agora, você estaria fortemente tentado a adoração, ou então um horror e uma corrupção como agora se encontram, se em tudo, apenas em um pesadelo .... Não há ordinárias pessoas ... É imortais quem brincar com, trabalhar, casar, arrebitado e exploram-imortal horrores ou esplendores eternos. ( O Weight da Gloria [New York: Macmillan, 1949], 15. itálico no original).

    Seu ponto era que todos os caminhos divergentes pessoas viajam na vida estreita para apenas dois no momento da morte, após o que todo mundo quer se torna um ser glorioso no céu, ou um ser miserável no inferno.

    Ninguém que leva a Bíblia a sério duvida da existência do céu. Mas o inferno é negado por muitos, e pregada por alguns. Muitos dos que professam crer na autoridade das Escrituras evitar falar sobre o inferno, expressar dúvidas de que mais do que alguns pecadores colossais vão lá, ou mesmo negar a sua existência totalmente em contradição direta com o ensinamento do Senhor Jesus Cristo. Ele disse mais sobre o inferno do que ninguém, e afirmou solenemente a sua existência como o lugar do eterno tormento consciente para a maioria das pessoas (conforme Mt 5:22, Mt 5:29, Mt 5:30;. Mt 7:19; Mt 8:12; Mt 10:28; Mt 13:40, Mt 13:42, Mt 13:50; 18: 8-9; Mt 22:13; Mt 23:15, Mt 23:33; Mt 24:51; Mt 25:30, Mt 25:41; Mc 9:43, Mc 9:45, Mc 9:47, Mc 9:48; Lc 12:5; Jo 15:6; Mt 25:44; 13 25:42-13:27'>Lucas 13:25-27.). Uma pesquisa recente revelou que praticamente todas as pessoas que acreditam no céu também acredito que eles irão para lá (Gallup pesquisa enquete, 10-13 maio 2007). Tal foi o caso com o homem rico nesta história. Tanto para si mesmo e para os outros, ele teria parecia uma fechadura para o céu. Os judeus acreditavam que as riquezas eram um sinal claro da bênção de Deus. Portanto, quanto mais dinheiro um homem teve a maior bênção de Deus. Quando Jesus disse aos discípulos: "Quão difícil será para aqueles que são ricos entrar no Reino de Deus!" (Mc 10:23), "os discípulos ficaram admirados com as suas palavras" (24 v.). E quando o Senhor ", respondeu novamente e disse-lhes: Filhos, quão difícil é para entrar no reino de Deus! É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus '"(vv. 24-25)", eles foram ainda mais espantado e disse-lhe: "Então, quem pode ser salvo? '"(26 v.), se não os ricos.

    A resposta dos discípulos refletiu a crença comum do povo-especialmente judeus O-money amoroso (Lc 16:14) fariseus a quem Jesus dirigiu esta história. O homem rico simboliza eles, tanto no seu amor ao dinheiro, e em sua suposição de que sua riqueza era um sinal do favor de Deus. Como ele (vv. 27-30), os fariseus exigiam sinais de Jesus antes que eles acreditariam. E como ele, que um dia iria ficar chocado ao encontrar-se no inferno. Eles são exemplos trágicos daqueles que ganhou o mundo, mas perderam suas almas (Mc 8:36).

    A questão é saber se esta história contada por nosso Senhor era um relato de um acontecimento real, ou uma parábola. Aqueles que argumentam que esta é uma história real fazê-lo, porque nenhum dos indivíduos em qualquer das outras parábolas do Senhor são sempre dado um nome. Mas não há nada inerente ao conceito de uma parábola que proíbe nomear um indivíduo, para facilitar a identificação na história (especialmente razoável, já que os nomes de Abraão e de Moisés, também são utilizados). E, como se verá, há uma razão importante pela qual Jesus deu Lazarus seu nome. Por outro lado, as palavras de abertura da história, agora que havia um homem rico , são consistentes com a linguagem com a qual Jesus começou frequentemente Suas parábolas (conforme 10:30; 14:16; 15:11; 19:12). Além disso, as circunstâncias descritas na história não pode ser literalmente verdade. Não há nada na Bíblia que sugere que aqueles no inferno pode ver o céu e conversar com aqueles que estão lá. Nem os anjos 'que leva o corpo do homem pobre para o céu a experiência normal de crentes na hora da morte. É melhor, portanto, para ver isto como uma parábola, uma história criada pelo Senhor para transmitir a verdade espiritual vital.

    A parábola pode ser vista a partir de duas perspectivas: os contrastes entre os dois homens, e as lições que o Senhor pretendia a parábola para ensinar.

    OS CONTRASTES

    "Ora, havia um homem rico, e ele habitualmente vestida de púrpura e linho fino, alegremente vivendo em esplendor todos os dias. E um homem pobre chamado Lázaro estava deitado em seu portão, coberto de chagas, e desejando ser alimentado com as migalhas que caíam da mesa do rico; Além disso, mesmo os cães vinham lamber-lhe as chagas e. Ora, o pobre morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado. No Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio. E ele gritou e disse: 'Pai Abraão, tem misericórdia de mim e envia Lázaro para que ele possa molhar a ponta do seu dedo na água e refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. " Mas Abraão disse: 'Filho, lembre-se que durante a sua vida que você recebeste os teus bens, e Lázaro somente coisas ruins; mas agora ele está sendo consolado aqui, e você está em agonia. E além de tudo isso, entre nós e vós há um grande abismo, de modo que aqueles que desejam vir daqui para vós não será capaz, e que ninguém pode passar daí para nós. " (16: 19-26)

    A história desses dois homens é marcada por contrastes extremos na vida e reversões chocantes após a morte. Na vida, um era imensamente rico, o outro um mendigo empobrecida. O homem rico estava dentro da casa, o pobre homem do lado de fora. O pobre homem não tinha comida, o homem rico tinha toda a comida que ele poderia comer. O pobre homem tinha necessidades, o homem rico não tinha nenhuma. O pobre homem desejado tudo, o homem rico nada desejado. O pobre homem sofrido, o homem rico estava satisfeito. O pobre homem era atormentado, o homem rico estava feliz. O pobre homem foi humilhado, o homem rico foi homenageado. O pobre homem procurado migalhas, o homem rico festejaram. O pobre homem precisava de ajuda, o homem rico lhe deu nenhum. O pobre homem era um ninguém, o homem rico era bem conhecido. O pobre homem não tinha dignidade na morte, nem mesmo um enterro, o homem rico tinha dignidade na morte e um funeral de luxo. O pobre homem possuía nenhuma esperança, o homem rico possuía toda a esperança.
    Após a morte, no entanto, as situações de os dois foram completamente revertidas. O homem rico ficou mais pobre que o pobre homem já tinha sido, enquanto o pobre homem se tornou mais rico do que o homem rico jamais poderia ter imaginado. O pobre homem estava no interior (o céu), enquanto que o homem rico estava do lado de fora (inferno). O pobre homem gostei do grande banquete celestial, enquanto o rico foi totalmente privados. O pobre homem não precisava de nada, enquanto que o homem rico faltava tudo. O pobre homem tinha todos os seus desejos satisfeitos, enquanto que os desejos do homem rico iria eternamente insatisfeito. O pobre homem estava satisfeito, enquanto o homem rico sofrido. O pobre homem estava feliz, enquanto o homem rico era atormentado. O pobre homem foi homenageado, enquanto o rico foi humilhado. O pobre homem teve uma grande festa, enquanto o homem rico ansiava por uma gota de água. O homem rico procurou desesperAdãoente de ajuda, enquanto o pobre homem não foi capaz de fornecê-la. O pobre não tinha um nome, enquanto o homem rico não o fez. O pobre não tinha dignidade, ao passo que o homem rico não tinha nenhuma. Todas as esperanças do pobre homem foram realizados além do que ele poderia ter imaginado, enquanto as esperanças do homem rico desaparecido para sempre.
    O homem rico é o personagem principal da história. O pobre homem nunca fala; a sua função é principalmente a servir como o contraste com o rico. As palavras do homem rico dar o único testemunho do inferno encontrado em qualquer lugar na Bíblia.
    As grandes diferenças entre estes dois homens podem ser agrupadas em três segmentos: vida, morte e vida após a morte.

    Vida

    "Ora, havia um homem rico, e ele habitualmente vestida de púrpura e linho fino, alegremente vivendo em esplendor todos os dias. E um homem pobre chamado Lázaro estava deitado em seu portão, coberto de chagas, e desejando ser alimentado com as migalhas que caíam da mesa do rico; Além disso, mesmo os cães vinham lamber-lhe as chagas e. (16: 19-21)

    Jesus fez o contraste mais evidente nas vidas terrenas dos dois homens a sua situação económica. O homem rico Ele retratado como extremamente rico, aquele que habitualmente (diariamente) vestida de púrpura e linho fino . Que ele estava vestido de púrpura significa que sua roupa exterior tinha sido tingido com um corante púrpura de Tiro, que foi extraído de caracóis do mar. Porque era muito trabalhoso para produzir, o corante roxo foi extremamente caro e só os ricos podiam pagar tecidos ou roupas tingidas com ele. Lydia, a mulher rica em cuja casa os crentes de Filipos conheci (At 16:40), era um comerciante de tais tecidos (v. 14). Que ele usava uma roupa interior de linho fino de algodão egípcio caro demonstra ainda mais a sua riqueza. Como o homem rico em outra das parábolas de Cristo, cujo lema de vida era: "Tome a sua vontade, comer, beber e ser feliz" (Lc 12:19), este homem foi alegremente vivendo em esplendor todos os dias . Seu estilo de vida foi um pródigo de auto-indulgência e ostentação.

    Em contraste com o seu estilo de vida extravagante era a situação desesperada do homem pobre . Ptōchos ( pobre ) descreve uma pessoa no estado de mais extrema pobreza (por exemplo, Marcos 12:42-44). Em Gl 4:9), o homem rico na história de Jesus ignorou alguém que precisava de ajuda urgentemente. Apesar de ser aparentemente religiosa, ele ignorou o segundo mandamento mais importante da lei, "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Lv 19:18; conforme Mt 22:1). Esses mesmos cães foram chegando e lambendo o pobre homemferidas . Cães em tempos bíblicos não foram domesticados animais de estimação, mas os catadores semi-selvagens (conforme Ex 22:31; 1Rs 14:111Rs 14:11; 16:. 1Rs 16:4; 21: 23-24), e são constantemente apresentados na Bíblia em uma luz negativa (por exemplo, 1Sm 17:43; 1Sm 24:14; Sl 22:16; Pv 26:11; Fp 3:1; 2Pe 2:222Pe 2:22; Ap 22:15.).

    Morte

    Ora, o pobre morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado. (16:22)

    O extremo contraste entre os dois homens na vida continuou em morte. Enquanto eles estavam vivos, o homem rico tinha tratado os pobres, o sofrimento, o homem que jazia ao seu portão, como se ele já estivesse morto. Mas então tudo mudou. O pobre homem morreu , doentes, desamparados, e morrendo de fome. Não houve enterro, funeral, ou honra terrena na morte, mas a honra veio do céu como seu corpo foi levado pelos anjos para o seio de Abraão (veja a discussão abaixo). Não teria sido um, em qualquer caso; seu corpo teria sido jogado na lixeira com os do resto de párias da sociedade. O rico também morreu , mas ao contrário do pobre homem, ele foi sepultado e, sem dúvida, um homem teria sido homenageado com um funeral elaborado. Todos os seus recursos, dinheiro, amigos, privilégio e prestígio não podia comprar-lhe mais um dia de vida; suas riquezas não conseguiu impedir a inevitabilidade da morte. E não há anjos chegaram para levá-lo para o céu.

    Vida Depois da Morte

    No Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio. E ele gritou e disse: 'Pai Abraão, tem misericórdia de mim e envia Lázaro para que ele possa molhar a ponta do seu dedo na água e refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. " Mas Abraão disse: 'Filho, lembre-se que durante a sua vida que você recebeste os teus bens, e Lázaro somente coisas ruins; mas agora ele está sendo consolado aqui, e você está em agonia. E além de tudo isso, entre nós e vós há um grande abismo, de modo que aqueles que desejam vir daqui para vós não será capaz, e que ninguém pode passar daí para nós. " (16: 23-26)

    A dissimilaridade entre o homem rico e Lázaro na vida continuou durante a transição da morte e tornou-se ampliado ao extremo na eternidade. Na história do Senhor Ele descreve Lázaro dramaticamente sendo levado para o céu pelos santos anjos quando ele morreu. Isso combina com a história, mas enquanto anjos ministrar aos santos (por exemplo, Mt 18:10;.. He 1:14), não há nenhum precedente bíblico para eles carregando um crente em pessoa ao céu no momento da morte. A frase seio de Abraão só aparece aqui na Bíblia. Não é, como alguns acreditam, um termo técnico para a morada dos santos do Antigo Testamento até depois da morte de Cristo fez expiação pelos seus pecados. Apenas indica que quando o pobre homem morreu, ele foi imediatamente para o lado de Abraão na morada dos justos.

    Que os anjos iria ministrar a uma pessoa os fariseus visto como um pária teria chocado-los. A crença de que a doença ea pobreza significava maldição de Deus sobre a pessoa estava profundamente enraizada em seu pensamento. Três amigos de Jó insistiu que seu sofrimento foi o resultado de seu pecado. Até mesmo os discípulos perguntaram a Jesus a respeito de um homem cego de nascença, "Mestre, quem pecou, ​​este ou seus pais, para que nascesse cego?" (Jo 9:2), o pai da raça judaica e dos fiéis (Gn 15:5:.. Sl 139:8; Is 7:11; 13 66:20-14'>20: 13-14).

    A frase , ergueu os olhos indica que ele estava plenamente consciente de seu entorno e, consciente tormento . Sua alma não estava dormindo, nem ele sair da existência. Assim como Lázaro ilustrado que na morte a remidos ir imediatamente para o gozo consciente da felicidade do céu, para que o homem rico mostra que a não resgatados imediatamente entrar em tormento consciente no inferno. Para o bem do ponto da história ele foi autorizado a ver ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio , embora, como mencionado acima, que não pode acontecer na realidade. Ao vê-los , ele gritou , dirigindo-se Abraão comopai Abraão , baseando seu argumento que se seguiu à sua herança judaica e descendência de Abraão, o pai do povo judeu.

    Seu apelo por misericórdia -algo que ele tinha provavelmente nunca pediu em vida, foi um reconhecimento de sua culpa e que sua punição foi merecida. Ele não protestou a sua inocência, ou questionar a gravidade de sua punição, mas só procurou algum alívio temporário. Seu apelo por Abraão para enviar Lázaro indica que sua visão do mendigo não tinha mudado. Ele ainda viu Lázaro como alguém tão humilde e insignificante que se alguém foram selecionados para deixar o céu e vir para o inferno deve ser ele. Sua atitude inalterada, impenitente ilustra a realidade de que o inferno não é corretiva, mas punitiva. Que o homem rico apelou para Abraão, que mostra nenhum interesse em Deus, o Pai ou o Senhor Jesus Cristo, apoia ainda mais que a verdade. Aqueles que rejeitaram a Deus na vida não vai de repente desejo de amar e servi-Lo quando se encontram no inferno. Uma das razões é o inferno para sempre é que as atitudes pecaminosas continuar para sempre, assim, a punição não pode acabar.

    Buscando misericórdia nas mãos da pessoa a quem ele tinha mostrado nenhuma piedade, o homem rico pediu a Abraão para enviar humilde Lázaro de modo que ele pode molhar a ponta do seu dedo na água e refresque a sua língua , porque ele estava em agonia em o chama (conforme Mt 3:12; Mt 5:22; Mt 7:19; Mt 13:40, Mt 13:42, Mt 13:50; 18:. Mt 18:8, Mt 18:9; Mt 25:41; Mc 9:43; Jo 15:6 descreve-o como um lugar "onde o seu verme não morre" (conforme Is 66:24). O "verme" muito provavelmente simboliza a plenamente informado, acusando-o de consciência e de roer, irritante, culpa implacável pressiona sobre a alma torturada no inferno. Dn 12:2;; Mt 22:13 Mt 22:25:30.) (Conforme 2Ts 1:9, Mt 13:50;. Mt 22:13; Mt 24:51; Mt 25:30; Lc 13:28).

    O pior de tudo, não há nenhuma esperança de alívio para os habitantes do inferno, que "não têm descanso nem de noite" (Ap 14:11; conforme Ap 20:10). Sua sentença é eterna; o castigo que nunca termina. O fogo do inferno é insaciável e nunca deixará de queimar (Mt 3:12; Mc 9:43.), Uma vez que é eterna (Mt 18:1; Mt 25:41; Jd 1:7 indica que os ímpios são aniquilados e sair da existência. Isso, obviamente, estaria em contradição com as passagens citadas acima, que ensinam que os perdidos sofrerão o tormento consciente no inferno. Obviamente, alguém que tem saiu de existência seria incapaz de sofrimento Nem a palavra grega traduzida como "destruir" significa deixar de existir, mas sim para ser inútil, perecer, ou ser perdido [ele seja usado em Mt 9:17;.. Mt 10:6; Mt 12:14; Mc 3:6; Mc 9:22; Lc 13:33; Lc 15:4; Lc 19:10; Lc 6:12 João, 27; Rm 14:15;. 1Co 8:111Co 8:11;. etc.]).

    AS LIÇÕES

    E ele disse: 'Então eu te peço, ó pai, que você mandá-lo para casa do meu pai, pois tenho cinco irmãos de modo que ele possa avisá-los, para que eles não venham também para este lugar de tormento'. Mas Abraão disse: 'Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. " Mas ele disse: 'Não, pai Abraão, mas se alguém vai para eles dos mortos, eles vão se arrepender! "Mas ele disse-lhe: 'Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão persuadir ainda que ressuscite alguém dentre os mortos. "(16: 27-31)

    Várias lições podem ser tiradas a partir do diálogo final desta história convincente e assustador.

    Em primeiro lugar, esta parábola responde à pergunta de por que os pecadores para o inferno. O homem rico parecia certo para fazê-lo para o céu, mas em vez disso se viu no inferno. Ouvintes do Senhor, especialmente os fariseus, teria sido dumfounded, e em uma perda para explicar o porquê. Não era porque ele não era do estoque racial direita. Os judeus erroneamente (conforme Mt 8:11-12; Lc 3:8; João 8:31-58) acredita que o inferno estava reservado para os gentios, enquanto a maioria dos judeus (exceto cobradores de impostos, os judeus não religiosos, e aqueles culpados de pecados graves) iria para o céu. Por isso, um de ascendência abraâmico essencialmente garantido entrada para o céu. Antes de sua salvação, Paulo estava confiante de que ele iria chegar ao céu, porque ele era "circuncidado ao oitavo dia, da nação de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça que há na lei, fui irrepreensível "(Fp. 3: 5-6); depois de sua salvação, ele percebeu que as coisas não eram nada além "lixo" (v. 8).

    Lázaro representava os párias que vieram a Jesus e receberam a salvação. O homem rico é os fariseus e todos os que seguem a sua marca de obras religião. O homem rico era um descendente de Abraão. Ele apelou para Abraão como seu pai, ou ancestral, e Abraão reconheceu que, chamando-o "Criança". Mas a raça não é um fator para determinar o destino eterno de uma pessoa. Ser judeu não garante uma entrada para o céu mais do que ser um Gentil garante um será enviado para o inferno.

    Também não era sua substância que condenou o homem rico para o inferno. É verdade que, como observado anteriormente neste capítulo, a riqueza pode tornar difícil para entrar no reino. Mas a riqueza não é uma barreira absoluta para a salvação, porque Deus tem o poder de salvar quem ele escolher (Mt 19:26). O próprio Abraão era muito rico (Gn 13:2), Jacó (Gn 32:5), Davi (1Cr 29:28), Salomão (2Cr 1:1), e José de Arimatéia (Mt 27:57)..

    O homem rico não foi enviado para o inferno, porque ele era um secular, judeu irreligiosa. Como os fariseus, ele foi para o exterior religiosa pelos padrões da época, tanto que ele pensou que suas riquezas eram uma recompensa de Deus; ele e seus irmãos estavam familiarizados com Moisés e os profetas , e ele mesmo entendeu que eles precisavam se arrepender para que eles se não vêm também para este lugar de tormento em que se encontrava. Seu reconhecimento de que eles precisavam se arrepender também pressupõe uma crença no pecado, a lei, e Deus como o doador lei.

    Embora o pecado condena todos os não-redimidos para o inferno, não há nada que sugira que ele era culpado de quaisquer pecados especialmente odiosos. Como os judeus, ele era religioso e bem respeitado e que defende o fato de que ele não estava no inferno, porque ele era culpado de tais pecados.
    Alguns podem pensar que ele acabou no inferno, porque ele era egoísta, totalmente carente de compaixão, amor e preocupação com os pobres mendigo que jazia ao seu portão. É verdade que o seu pecado enviou-o para o inferno, e que o egoísmo é o cerne de todo o pecado. Mas dizer que o egoísmo condenou o homem rico para o inferno é apenas parcialmente verdadeiro. Mesmo se ele tivesse sido generoso, bondoso e misericordioso para com Lázaro, esses atos de caridade e compaixão não teria expiado seus pecados. Salvação ao longo da história redentora sempre foi unicamente pela graça de Deus por meio da fé (veja a discussão sobre esta verdade abaixo).
    No fim das contas, só há uma razão que o homem rico (e, por extensão, todos os não-redimidos) acabou no inferno: não acreditar e agir de acordo com a verdade das Escrituras. O céu é para aqueles que acreditam no que Deus revelou em Sua Palavra e agir sobre ela. Abraão afirmou suficiência das Escrituras, quando disse em resposta ao pedido do homem rico para enviar Lázaro a seus irmãos: Eles têm Moisés e os profetas; ouçam-nos . Revelando sua falta de crença na suficiência das Escrituras, o homem rico pediu um sinal sobrenatural: Não, pai Abraão, mas se alguém vai para eles dos mortos, eles vão se arrepender! Isso era uma queixa e um pedido. A implicação é que ele e seus irmãos tinham dados insuficientes; que eles não tinham um sinal suficientemente convincente. Os fariseus fizeram exatamente isso: eles repetidamente exigiu um sinal do Senhor (Mt 12:38; 16:. Mt 16:1; Lc 11:16; Jo 2:18), que Ele se recusou a dar-lhes (Mt 12:39; Mt 16:4;. 1Pe 1:231Pe 1:23).

    Esta resposta levanta a questão de que as pessoas antes da Cruz precisava acreditar para escapar do inferno. Primeiro, eles precisavam acreditar que a verdade sobre Deus. O Antigo Testamento revela ser Ele o Criador santo soberano, Régua, e Legislador que sempre julga o pecado. Deus julgou o pecado com a queda, para o qual o refrão repetido na genealogia registrada em Gênesis 5 ", e ele morreu", atesta. O julgamento catastrófico da enchente dá mais uma prova de que Deus julga o pecado. Porque Ele é absolutamente santo (Is 6:3.). Portanto, Ele deve punir o pecado, e como resultado, "a alma que pecar, essa morrerá" (Ez 18:4). Através de Ezequiel, Deus chamou para Israel para se arrepender e se converter dos seus pecados (Ez. 18: 30-32). "Deixe o ímpio o seu caminho", Isaías declarou: "eo homem maligno os seus pensamentos; e deixá-lo voltar para o Senhor, e Ele terá compaixão dele, e para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar "(Is 55:7; 34: 6-7.; Sl 41:4). Assim, os pecadores de todos os tempos foram salvos pela graça, nunca por seu próprio mérito, obras, sacrifícios, ou realização de rituais e cerimônias.

    Em quarto lugar, eles precisavam para acreditar que Deus perdoa o pecador arrependido, porque Ele é, por natureza, um Deus que perdoa. Em Êxodo 34:6-7 Deus descreve a si mesmo como

    o Senhor, o Senhor Deus, misericordioso e piedoso, tardio em irar-se, e grande em benignidade e em verdade; que mantém misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniqüidade, a transgressão eo pecado;Ele ainda não tem por deixar impunes os culpados, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos e nos netos, até a terceira e quarta gerações.

    Davi, não é estranho para o perdão de Deus (conforme Sl 32:1; 51: 1-4.), Escreveu:

    Ele não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui segundo as nossas iniqüidades. Para tão alto como os céus estão acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem.Tanto quanto o oriente está longe do ocidente, tanto tem ele removeu nossas transgressões de nós. (Salmo 103:10-12.)

    Micah exclamou:

    Quem é Deus semelhante a ti, que perdoa a iniqüidade e passa sobre o ato de rebelião do restante da tua herança? Ele não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer no amor imutável. Ele voltará a ter compaixão de nós; Ele pisará nossas iniqüidades sob os pés. Sim, você vai lançar todos os nossos pecados nas profundezas do mar. (Mic 7: 18-19.)

    Os fariseus, que imaginou que Deus era menos justo do que ele é e que eles eram mais justos do que eles eram, viu pouca necessidade de arrependimento genuíno. Eles se aproximaram de Deus só para confessar seus pecados superficialmente, mas mais para comemorar a sua própria justiça:

    [Jesus] disse esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos que eram justos, e viram os outros com desprezo: "Dois homens subiram ao templo para orar: um, fariseu, o outro cobrador de impostos. O fariseu, de pé e estava orando isso para si mesmo: 'Deus, eu te agradeço porque não sou como as outras pessoas:. Roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano "(Lucas 18:9-11)

    Em quinto lugar, eles precisavam acreditar que a salvação graciosa de Deus e do perdão do pecado é apropriada pela fé. Abraão "creu no Senhor; e Ele imputou-lhe isto como justiça "(Gn 15:6.). Habacuque escreveu que "o justo viverá pela sua fé" (Hc 2:4; Gl 3:11; He 10:38...).

    Em sexto lugar, eles precisavam acreditar que a salvação ocorreu pela concessão ou imputação de uma justiça alheia; isto é, a justiça de fora deles (conforme Fm 1:3).

    Em sétimo lugar, eles precisavam acreditar que a justiça de Deus foi satisfeita pela transferência Seu julgamento para um substituto. Os milhões de animais sacrificados ao longo da história de Israel lhes ensinou que "sem derramamento de sangue não há remissão" (He 9:22). Esses inúmeros sacrifícios não poderia, no entanto, tirar os pecados (Heb. 10: 1-4).

    Em oitavo lugar, eles precisavam acreditar que o Messias viria e redimi-los de seus pecados (19:25) através da Sua morte substitionary em seu nome. Ele seria a semente da mulher, que esmagou a cabeça de Satanás (Gn 3:15), o servo sofredor de Isaías 53. Ele seria humano e divino; tanto o descendente de Davi e seu Senhor (Mt 22:42-45.); aquele que viria a ser humilde (Zc 9:9; conforme Gn 49:10.).

    Por fim, eles precisavam acreditar que a recepção da salvação requer o perdão de todo pecado, ou esperança de salvação por todos os meios humanos. No Sl 3:8; 45: 21-22.). Isaías 55:6-7, como mencionado acima, também pede apenas um abandono tão completo de qualquer outra esperança de salvação.

    O Antigo Testamento, então, continha todas as informações necessárias para levar o candidato honesto para a salvação. Paulo exortou Timóteo a lembrar "que desde a infância sabes as sagradas letras [de sua mãe e avó de acreditar; 2Tm 1:5.). Pedro proclamou ao povo de Israel que "as coisas que Deus anunciadas de antemão pela boca de todos os profetas, que o seu Cristo havia de padecer tem, assim, cumprido" (At 3:18). Jesus indiciou os líderes judeus para a compreensão de que o Antigo Testamento ensinou a verdade sobre a vida eterna, mas não estar disposto a crer nEle (João 5:39-40). Paulo escreveu aos Romanos que "agora, sem lei, a justiça de Deus se manifestou, tendo o testemunho da Lei e os Profetas" (Rm 3:21), e testemunhou que o Corinthians, "Por que eu entregue a você como primeiramente o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras "(1 Cor. 15: 3-4).

    Como o homem rico, como mencionado acima, os judeus exigiam sinais do Senhor. Mas eles rejeitaram os indícios convincentes de que eles receberam (Jo 12:37) —incluindo a ressurreição de uma pessoa morta. Depois que o Senhor fez o milagre surpreendente de ressuscitar Lázaro dentre os mortos (João 11:1-44), a resposta dos fariseus era para traçar sua morte e que de Lázaro (João 12:10-11) (vv 47-53). .E quando o próprio Senhor Jesus Cristo ressuscitou dos mortos, os líderes religiosos subornaram os soldados romanos que tinham sido guardando o túmulo a falsa alegação de que os discípulos haviam roubado seu corpo (Mat. 28: 11-15).

    Para o homem rico, Israel, e todos os que chegam no inferno, o problema não é a falta de informação, mas a rejeição da verdade: "Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a Luz, porque as suas obras eram más "(Jo 3:19).


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Lucas Capítulo 16 do versículo 1 até o 31

    Lucas 16

    O bom exemplo de um homem mau — Luc. 16:1-13 A lei que não muda — Luc. 16:14-18

    O castigo do homem que não percebeu nada — Luc. 16:19-31

    O BOM EXEMPLO DE UM HOMEM MAU

    Lucas 16:1-13

    Esta é uma parábola evidentemente muito difícil de interpretar. É uma história a respeito de um grupo de patifes que poderíamos encontrar em qualquer lugar. O mordomo era um patife. Embora fosse um escravo,

    estava a cargo da administração de toda a propriedade de seu amo. Na

    Palestina era freqüente a ausência periódica dos proprietários. Este amo bem pode ter sido um deles, que teria confiado todos os seus bens ao mordomo. Este se havia entregue a uma carreira de desfalques. Os devedores também eram canalhas. Sem dúvida deviam o arrendamento. Na Palestina muitas vezes este era pago não em dinheiro, e sim em espécie. Em geral era uma proporção combinada do produto da parte da propriedade que se alugava.

    O mordomo sabia que tinha perdido seu posto. Portanto, teve uma idéia brilhante. Falsificou os registros nos livros, de modo que os

    devedores devessem muito menos do que em realidade deviam. Isto teria dois efeitos. Primeiro, os devedores lhe estariam agradecidos, e segundo,

    e muito mais efetivo, ele os envolveu em suas próprias maldades, e, se acontecia o pior, estava em boa posição para exercer uma chantagem. O próprio amo era um tanto canalha, porque, em vez de assombrar-se com

    o procedimento, apreciou o engenhoso proceder e elogiou o mordomo pelo que tinha feito.

    A dificuldade em interpretar a parábola procede do fato de que

    Lucas atribui a ele não menos de quatro lições morais.

    1. No versículo 8 a moral é que os filhos deste mundo são mais sábios em sua geração que os filhos da luz. Isto quer dizer que, se os

    cristãos fossem tão ansiosos e engenhosos em seus intentos de obter o bem como o é o homem deste mundo em seu desejo de obter dinheiro e comodidade, seriam muito melhores. Se os homens dessem tanta importância às coisas que têm que ver com suas almas como dão ao que

    concerne a seus negócios, seriam melhores. É muito certo que há os que vez por outra dedicam vinte vezes mais tempo e dinheiro a obter seu prazer, praticar esportes, ou cuidar seu jardim que o que dedicam à

    igreja. Nosso cristianismo só começará a ser real e efetivo quando lhe dedicarmos tanto tempo e esforço como a nossas atividades mundanas.

    1. No versículo 9 é ensinado que as posses materiais deveriam ser

    utilizadas para estreitar as amizades nas quais descansa o valor permanente e real da vida. Isto se poderia fazer de duas maneiras.

    1. No que se relaciona com a eternidade. Os rabinos tinham um dito: "O rico ajuda ao pobre neste mundo, mas o pobre ajuda o rico no mundo vindouro." Ambrósio, comentando sobre o rico insensato que edificou celeiros maiores para guardar os seus bens, disse: "O peito dos pobres, as casas das viúvas, as bocas dos meninos são os celeiros que duram para sempre." Em todo caso, era uma crença judaica que a caridade para com os pobres seria o crédito de um homem no mundo por vir. A verdadeira riqueza de um homem não estava no que guardava e sim no que dava.
      1. No que se relaciona com este mundo. As pessoas podem usar suas riquezas egoisticamente, ou podem usá-las para tornar mais fácil a

    vida, não só para si mesmo, mas também para seus amigos e concidadãos.

    Quantos pobres estudiosos estão para sempre agradecidos ao

    homem rico que deixou dinheiro para outorgar becas que lhe fizeram possível a carreira universitária! Quantos homens estão agradecidos a um amigo em boa posição que os ajudou a sair de um problema em um momento de necessidade na forma mais prática! As posses não são em si mesmos um pecado, mas são uma grande responsabilidade, e o homem que as utiliza para ajudar a seus amigos tem feito muito em cumprir essa responsabilidade.

    1. Nos versículos 10:11 o ensino é que a forma em que alguém realize uma tarefa pequena é a melhor prova de se servirá ou não para uma tarefa maior. Isto está bem claro se considerarmos as coisas

    terrestres. Nenhum homem ascenderá a uma posição mais alta até que tenha provado sua honestidade e habilidade em uma mais baixa. Mas Jesus estende o princípio à eternidade. Diz: "Na Terra estão a cargo de

    coisas que não são realmente suas. Não podem levá-las com vocês ao morrer. Vocês só as têm emprestadas. Não são mais que mordomos delas. Não podem, pela natureza das coisas, ser sempre suas. Por outro

    lado, no céu obterão o que real e eternamente é essencialmente seu. E o que obtenham no céu dependerá de como tenham utilizado as coisas da

    Terra. O que lhes for dado como próprio dependerá da maneira como tenham usado as coisas das quais vocês só foram mordomos."

    1. O versículo 13 estabelece a regra de que nenhum escravo pode servir

      a

      dois

      senhores.

      O

      amo

      possuía

      o

      escravo,

      e

      o

      possuía

    exclusivamente. Em nossos dias, um servo ou um operário pode realizar facilmente dois trabalhos, e trabalhar para duas pessoas. Pode fazer uma tarefa em seu horário de trabalho, e outra em seu tempo livre. Pode ser, por exemplo, empregado de escritório durante o dia e músico de noite.

    Muitos homens aumentam suas entradas ou encontram verdadeiro interesse em suas ocupações durante o tempo livre. Mas um escravo não tinha tempo livre: cada momento de seu dia e cada grama de sua energia

    pertencia a seu amo. Não tinha um momento que fosse dele. De modo que servir a Deus não pode ser nunca uma tarefa para nosso tempo livre. Uma vez que o homem escolheu servir a Deus, cada momento de sua

    vida e cada átomo de sua energia pertencem a Deus. Deus é o amo mais exclusivo. Nós Lhe pertencemos em forma total ou não Lhe pertencemos absolutamente.

    A LEI QUE NÃO MUDA

    Lucas 16:14-18

    Esta passagem se divide em três seções.

    1. Começa com uma resposta aos fariseus. Diz que ridiculizavam a Jesus. A palavra significa literalmente que olhavam a Jesus com desdém.

    Os judeus tendiam a relacionar a prosperidade terrestre com a bondade. A riqueza era um sinal de que uma pessoa era boa. Os fariseus faziam desdobramento de bondade e viam a prosperidade material como um

    prêmio à bondade; mas quanto mais se exaltavam diante dos homens, mais abomináveis eram para Deus. É bastante mau que um homem se creia bom; mas é pior que considere a prosperidade material como uma prova indisputável de sua bondade.

    1. Antes de vir Jesus a Lei e os Profetas tinham sido a última palavra de Deus; mas Jesus veio pregando o Reino. Então as pessoas mais inesperadas – os coletores de impostos e os pecadores – foram em multidão a tomar o caminho ao Reino, embora os escribas e fariseus teriam querido levantar barreiras para mantê-los fora.

    Mas Jesus deu ênfase a uma coisa: o Reino não era o fim da lei. É verdade que se apagavam os pequenos detalhes e regras da lei cerimonial. Mas que ninguém pensasse que o cristianismo oferecia um

    caminho fácil em que não existia nenhuma lei. As grandes leis se mantinham inalteradas e inalteráveis. Algumas letras hebraicas são muito semelhantes entre si; distinguem-se só por um til, que é uma pequena

    linha acima ou abaixo da letra. Nem sequer um til da lei seria abolido.

    1. Como ilustração da lei que nunca desapareceria, Jesus tomou a da castidade. A afirmação bem definida do Jesus deve ser lida com o

    pano de fundo da vida judaica da época. Os judeus glorificavam a fidelidade e a castidade. Os rabinos diziam: "Deus pode passar por cima de qualquer coisa, menos a falta de castidade." "A falta de castidade faz

    com que a glória de Deus se afaste."

    Um judeu devia perder a vida antes de cometer idolatria, assassinato ou adultério. Mas o tragédia era que nessa época o vínculo

    matrimonial estava prestes a ser destruído. Devemos lembrar sempre que diante dos olhos da lei judaica a mulher era um objeto. Uma mulher só se podia divorciar de seu marido se este ficava leproso, ou se era apóstata ou se violava uma virgem. Fora disso, a mulher não tinha nenhum outro

    direito nem reparação, salvo que se devolvia seu dote se se divorciava. A lei dizia: "Um homem pode divorciar-se de sua mulher com ou sem o consentimento desta, mas se ela quer divorciar-se, ele tem que dar seu

    consentimento." A lei mosaica dizia: “Se um homem tomar uma mulher e se casar com ela, e se ela não for agradável aos seus olhos, por ter ele achado coisa indecente nela, e se ele lhe lavrar um termo de divórcio, e

    lho der na mão, e a despedir de casa” (Dt 24:1).

    O contrato de divórcio devia ser assinado por duas testemunhas e dizia: "Que este seja meu escrito de divórcio e carta de demissão e ato de liberação, para que possa te casar com qualquer homem que desejes." Tão simples e fácil era o divórcio. A questão girava em torno da interpretação da frase coisa indecente da lei mosaica.

    Havia duas escolas de pensamento. A escola do Shammai dizia que só significava adultério. A escola do Hillel dizia que podia significar "se arruinava uma comida; se fazia tricô na rua; se falava com um homem

    estranho; se era culpado de falar sem respeito dos parentes de seu marido estando ele presente; se era uma mulher gritona, que se definia como uma mulher cuja voz pudesse ser ouvida da casa vizinha.

    O rabino Akiba chegou a dizer que um homem podia divorciar-se caso encontrasse uma mulher mais bonita que sua esposa. Sendo como é a natureza humana, prevalecia a escola do Hillel, de modo que, na época

    de Jesus, as coisas estavam tão mal que as mulheres se negavam a casar— se, e a vida familiar estava em perigo.

    Jesus estabelece aqui a santidade do laço matrimonial. A declaração

    é repetida em Mt 5:31, Mt 5:32 onde o adultério é a única exceção da regra universal. Algumas vezes pensamos que nossa geração é má, mas Jesus viveu em uma geração em que tudo era tão mau como agora. Se destruirmos a vida familiar, destruímos a própria base da vida cristã; e Jesus estabelece aqui uma lei que só pode ser desobedecida com grande perigo.

    O CASTIGO DO HOMEM QUE NÃO PERCEBEU NADA

    Lucas 16:19-31

    Esta parábola está construída com tal mestria que não tem uma só frase a mais. Consideremos os dois personagens da mesma.

    1. Primeiro, o homem rico, a quem se chama usualmente Dives, ou seja "rico", em latim. Cada frase adiciona algo para descrever o luxo em

    que vivia. Vestia-se de púrpura e linho fino. Esta é a descrição das

    túnicas dos sumos sacerdotes, que podiam custar uma soma equivalente a vários anos de trabalho de um operário, cujo jornal corrente era, como vimos, em torno de uma dracma. Todos os dias dava festas. A palavra que se utiliza para banquete é a usada para um glutão ou gastrônomo que se alimenta com pratos exóticos e custosos.

    Fazia isto todos os dias. Fazendo-o quebrantava definida e positivamente o quarto mandamento, que não só proíbe trabalhar nos sábados, mas também diz seis dias trabalharás (Ex 20:9). Em um

    país onde a pessoa pobre se contava feliz se podia comer carne uma vez por semana e onde trabalhava duramente seis dias por semana, o rico é a figura da indolência e da insensibilidade. Lázaro aguardava que caíssem

    as migalhas da mesa do rico. Na época de Jesus não havia nem faca nem garfos nem guardanapos. Comia-se com as mãos, e em toda casa rica, as mãos se limpavam em pedaços grossos de pão, que logo se jogavam.

    Lázaro estava esperando esse pão. O rico é a imagem do esbanjamento.

    1. Em segundo lugar, Lázaro. Estranhamente, de todas as parábolas Lázaro é o único personagem que tem nome. O nome é a

    forma latina do Eleazar, que significa Deus é minha ajuda. Era um mendigo. Estava coberto de chagas ulceradas. Era tão fraco que nem sequer podia afastar os cães da ruas, animais sujos, que o importunavam.

    Lázaro é a imagem da mais abjeta pobreza.

    Esta é a cena neste mundo, e logo o cenário é abruptamente mudado a outro mundo, e vemos a Lázaro na glória e o rico na tortura. Qual tinha sido o pecado do rico? Não tinha ordenado que Lázaro fosse posto para

    fora. Não tinha objetado a que Lázaro tomasse o pão que se atirava de sua mesa. Não lhe tinha dado de chutes ao passar. Não tinha sido deliberadamente cruel com ele. O pecado do rico tinha sido não prestar

    atenção a Lázaro, tê-lo aceito parte do panorama, ter pensado que era perfeitamente natural e inevitável que Lázaro estivesse tendido na dor e a fome enquanto ele nadava na opulência. Como alguém disse: "Não foi o

    que o rico fez o que o condenou, mas sim o que não fez o levou ao inferno." O pecado do rico era que podia olhar o sofrimento e a

    necessidade do mundo, sem sentir que a espada da dor e a compaixão atravessava seu coração; via outro homem, faminto e dolorido, e não fazia nada por ele. Seu castigo foi o de alguém que nunca se deu conta de nada.

    Parece-nos muito duro que seu pedido de que se advertisse a seus irmãos fosse denegado. Mas a simples realidade é que se os homens possuírem a verdade da Palavra de Deus, e sim, a qualquer lugar que olhem, há tristeza que consolar, necessidade que suprir, dor que remediar, e isso não os move à compaixão e a ação, nada os mudará.

    É uma terrível advertência o recordar que o pecado do rico foi, não que fizesse coisas más, mas sim não ter feito nada.


    O Evangelho em Carne e Osso

    Flávio Gouvêa de Oliveira, Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil
    O Evangelho em Carne e Osso - Comentários de Lucas Capítulo 16 do versículo 19 até o 31

    80  . Lázaro e o rico

    Lc 16:19-31

     

    O rico e o miserável

     

    O texto vem falando da correta aplicação das riquezas; de como elas podem ser tornar um deus; e até da auto justificação que se tenta fazer quanto à sua má utilização. Agora Jesus conta uma parábola muito intensa sobre vida, morte, estilo de vida, recompensa final e alerta aos que vivem. Os fariseus ridicularizaram Jesus quando ele falou que não se pode servir a Deus e às riquezas (Lc 16:14), e esta parábola deixaria o ensino ainda mais dramático e urgente.

    A parábola mostra um homem em extrema riqueza e prazer e outro em extrema pobreza que ansiava, no mínimo, pelas migalhas que caíam da mesa do rico. O miserável é o único personagem das parábolas de Jesus que recebe nome: Lázaro, que significa “Deus socorre”. Na religiosidade comum, tanto naquela época como atualmente, o rico seria facilmente visto como alguém abençoado por Deus, enquanto Lázaro seria visto como um desgraçado (isento de graça). Seria muito difícil imaginar que aquele pobre com cães lambendo suas chagas fosse o que “Deus socorre”, entretanto, a parábola continua e confirma isso.

    Lázaro morre e é levado pelos anjos para junto de Abraão, um modo bem judaico para se falar do que chamamos hoje de céu, enquanto o rico fica em tormentos no “hades”, o mundo dos mortos. Ali a situação se inverte: antes, Lázaro ansiava pelas migalhas que caíam da mesa do rico; agora, é este que pede a Lázaro lhe desse uma gota de água com seu dedo. A resposta vem do pai Abraão, a quem o rico havia clamado e que ainda o chama de filho: o rico teve sua consolação na terra através de suas riquezas, como aquele homem da outra parábola que dizia à própria alma pra descansar em suas posses (Lc 12:16-21); mas Lázaro não tinha nem o consolo das migalhas, apenas o socorro de Deus, que carregava em seu nome.

    Pode parecer estranho que Jesus nem tenha se referido à religiosidade ou à fé de ambos para explicar porque um foi para o céu enquanto outro para o inferno, entretanto, podemos notar no ensino de Jesus que o modo como se lida com as riquezas não é algo neutro, mas está intimamente ligado ao que realmente se crê como base para as atitudes de cada. Também não é uma questão de números no holerite, mas de onde se busca a consolação e a esperança. Como Jesus disse em outra ocasião: “Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”. Vamos lembrar algumas passagens em Lucas:

    Já no cântico de Maria, falando sobre o significado do nascimento do Messias, ela exclama: “encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos” (Lc 1:53). No sermão das bem-aventuranças Jesus afirma: “Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus. Bem-aventurados, os que agora tendes fome, porque serão fartos” (Lc 6:20,21), e ainda: “Mas ai de vós os ricos! Porque tendes a vossa consolação. Ai de vós os que estais agora fartos! Porque vireis a ter fome” (Lc 6:24,25). A parábola do homem avarento mostra sua loucura quando este diz à sua alma para descansar, comer, beber e se alegrar por ter muitos bens armazenados, o que não significaria nada em sua morte (Lc 12:16-21). Aos fariseus ele recomendou que dessem jantares aos que não pudessem lhes retribuir, esperando sua recompensa apenas na ressurreição dos justos (Lc 14:13,14). E, na parábola anterior, sobre o administrador infiel, ensinou que deveriam usar as riquezas para fazerem amigos e, assim, serem recebidos nos tabernáculos eternos quando elas faltassem (Lc16.9). O rico teve toda uma vida para fazer de Lázaro um amigo que não poderia lhe retribuir, e agora chegava o momento do tabernáculo eterno. Na mesma parábola Jesus afirmou ser impossível servir a Deus e às riquezas (v.13), o que levou os fariseus a ridicularizarem-no (v. 14). É nesse contexto que se encontra a mensagem da parábola.

     

    Quem crê em avisos?

     

    Os fariseus que ridicularizavam Jesus ao falar sobre dinheiro poderiam facilmente ser comparados ao rico da parábola. Esse rico só se deu conta daquela realidade quando já não havia mais nada a fazer, e então se lembrou de seus irmãos que, ainda vivos, permaneciam com os mesmos valores que o levaram para aquela situação atormentada. Mais uma vez ele pede a ajuda de Lázaro (por algum motivo ele via alguma relação entre eles). Pede que ele seja enviado aos seus irmãos para contar que o que estava acontecendo com ele era real e que eles deveriam se arrepender, crer e mudar de atitude. Com esse pedido, também parece sugerir que ele mesmo não tivesse sido devidamente avisado enquanto estava vivo, e não queria que isso acontecesse com seus irmãos.

    A resposta que ele recebe é a de que o aviso já estava dado e era acessível a eles, pois conheciam as Escrituras (aqui representada por Moisés e os profetas), bastava ouvir o que ela dizia. Aqui Jesus ressalta, mais uma vez, a autoridade bíblica e reafirma que ela mesma ensina essa questão a respeito de Deus e das riquezas, ou seja, o aviso já estava dado havia muito tempo. Podemos nos lembrar, por exemplo, do Salmo 73, onde se fala a respeito da prosperidade dos ímpios; ou dos profetas quando falam daqueles israelitas que se sentiam tranquilos em suas riquezas mesmo com as acusações vindas de Deus, como em Amós, capítulo 6, e muitos outros textos que os fariseus certamente conheciam muito bem.

    Mas o rico sabia que só o testemunho das Escrituras não era suficiente, essa era a dura realidade mesmo entre os que diziam ser radicais em seu ensino, assim como muitos hoje ainda o fazem. Eles precisavam de mais para crer, precisavam de algum milagre, de alguma comprovação sobrenatural, de algo excepcional como a ressurreição de Lázaro – que provavelmente seus irmãos também conheciam e ignoravam. Apenas Moisés e os profetas não lhes eram suficientes para crer e mudar de atitude, assim como não foram para ele enquanto estava vivo.

    Abraão nega-lhe o pedido fazendo uma afirmação direta e que é um grande ensino para nós atualmente: “Se não ouvem Moisés e os profetas, também não se deixarão convencer, mesmo que alguém ressuscite dos mortos” (v. 31). Este é o ponto quanto à incredulidade: ainda que se vejam sinais maravilhosos, os conceitos internos de cada pessoa vão interpretar esses milagres e usá-los de acordo com a própria vontade, assim, se não aceitam os conceitos das Escrituras, continuarão fazendo isso mesmo que vejam coisas maravilhosas.

    Como já dizia o profeta Isaías a respeito do Evangelho, e bem antes de Jesus nascer: “Quem creu na nossa pregação?...” (Is 53ss).



    Dicionário

    Casa

    substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
    Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
    Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
    Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
    Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
    [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
    Em costura, fenda usada para pregar botões.
    [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
    [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
    Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

    No sentido mais lato da palavra “baytith” emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas vezes, chamado a casa, a residência de Deus. Pouca mudança tem havido no sistema de edificar casas no oriente. As ruas das cidades são geralmente estreitas, tendo, por vezes de um e de outro lado uma carreira de lojas. Por detrás destas estão as habitações. Se entrarmos numa das principais casas, passaremos, primeiramente, por um corredor, onde se vêem bancos de cada lado, e é ali que o senhor da casa recebe qualquer indivíduo, quando quer tratar dos seus negócios, sendo a poucas pessoas permitido passar adiante. Para além desta entrada, o privilegiado visitante é recebido no pátio, ou quadrângulo, que geralmente é pavimentado de mármore ou outra substância dura, e não tem cobertura. Este pátio dá luz e ar a vários compartimentos que têm portas para aquele quadrângulo. Com o fim de receber hóspedes, é o pavimento coberto de esteiras ou tapetes – e visto como estão seguros contra qualquer interrupção de fora, é o lugar mais próprio para recepções e diversões. o pátio é, geralmente, rodeado de um claustro, sobre o qual, quando acontece ter a casa mais de um andar, é levantada uma galeria para cada andar nas mesmas dimensões que o claustro, tendo uma balaustrada para impedir o povo de cair. As janelas que deitam para a rua são pequenas e altamente colocadas, sendo fechadas por meio de um sistema de tábuas furadas e esculpidas em vez de vidro. Deste modo fica oculto o morador, podendo, contudo, obter uma vista do que se passa fora. Todavia, as janelas dos andares superiores são, freqüentemente, de considerável grandeza, e construídas numa saliência para fora da parede da casa. Foi esta a espécie da janela pela qual foi atirada Jezabel por mandado de Jeú. Nas casas dos ricos a parte mais baixa das paredes é adornada de tapeçarias de veludo ou damasco, suspensas em ganchos, podendo esses ornamentos subir ou descer segundo se quer (Et 1:6). A parte superior das paredes é adornada de um modo mais permanente, ao passo que os tetos são, algumas vezes, feitos de madeira preciosa e odorífera (Jr 22:14). os sobrados destes esplêndidos quartos são cobertos de lajes pintadas, ou de pedra mármore. Algumas vezes eram feitos de estuque, coberto de ricos tapetes. Em todos os casos, os quartos de mulheres estão separados, embora a separação não fossem outros tempos tão estrita como é hoje entre os hebreus. Nas casas de certa pretensão havia um quarto para hóspedes. o telhado das casas orientais é quase sempre plano. Compõe-se de vigas de madeira, cobertas de pedra ou argamassa, para proteger os moradores contra o sol e as chuvas, e também, para lhes proporcionar um sítio muito agradável ao ar livre quando está bom o tempo. Em volta deste telhado há um parapeito, não muito alto, para segurança das pessoas (Dt 22:8). Na Palestina o povo dorme nos terraços da casa, durante o tempo de mais calor, em caramanchões feitos de ramos ou de junco (Ne 8:16). o quarto dos hóspedes é, algumas vezes, construído sobre o telhado, e como para este se sobe por uma escada exterior, pode o hóspede entrar ou sair sem comunicar-se com a família. Várias ocupações domésticas são efetuadas nestes lugares altos da casa, como estender a roupa para secar, e espalhar figos, uvas, etc., para se fazer passas. E algumas vezes também foram usados estes lugares para o culto idolátrico (2 Rs 23.12 – Jr 32:29). As tendas, usadas durante a Festa do Tabernáculo, eram levantadas sobre telhados planos, que eram também escolhidos para os moradores se lamentarem em ocasião de grande aflição. os fogões não existem nas casas orientais, mas a família serve-se de braseiros, acontecendo, também, acenderem o lume no pátio aberto. Todavia, a cozinha tinha uma elevação feita de tijolo, com cavidades, em que se fazia a necessária fogueira. Havia os lugares para cozinhar, aos quais se refere Ez 46:23. Além dos caramanchões para uso no verão, havia, também, compartimentos especialmente protegidos, que se usavam no tempo frio. As casas dos pobres no oriente são construções muito fracas, sendo as paredes feitas de barro, canas e junco (*veja 4:19). Pode o ladrão penetrar facilmente dentro destas habitações (24:16Mt 24:43). Algumas vezes estas moradas de barro, e mesmo de tijolo, constavam de uma sala somente, sendo ainda uma parte dela separada para o gado. o exterior de todas as casas, tanto dos ricos como dos pobres, apresenta uma fraca aparência. Nada mais se observa, geralmente, do que uma nua parede branca, com pequenas janelas, gelosias e uma simples porta. (*veja Tenda, Tabernáculo, Cabana.)

    morada, vivenda, palácio, palacete, tugúrio, teto, chalé, lar, fogo, canto, palheiro, palhoça, choupana, casebre, cabana, tenda, barraca, arribana, choça, colmo, habitação, mansarda, pardieiro, biombo, cômodo, prédio, solar, castelo. – Habitação é, de todos os vocábulos deste grupo, o mais genérico. De “ato de habitar”, que é o que significa propriamente esta palavra habitação, passou a designar também a própria casa, que se habita: casa, ou palácio, ou choupana, ou biombo – tudo será habitação. – Casa é “o edifício de certas proporções destinado à habitação do homem”; e por extensão, designa, em linguagem vulgar, toda parte onde se abrigam alguns animais: a casa do escaravelho; a casa dos coelhos, etc. – Morada é “à habitação onde se mora, ou onde se fica por algum tempo, onde alguém se aloja provisoriamente”. – Vivenda é a “habitação onde se vive”, e sugere a ideia da maior ou menor comodidade com que a gente aí se abriga e vive. Por isso, usa-se quase sempre com um adjetivo: bela vivenda; vivenda detestável. – Palácio é “o edifício de proporções acima do normal, grandioso e magnífico”. Palacete é diminutivo de palácio, designando, portanto, “prédio rico e elegante”. – Tugúrio (latim tugurium, de tegere “cobrir”) é “o abrigo onde qualquer vivente se recolhe, ou habitualmente ou por algum tempo”. Este nome dá-se também, por modéstia ou por falsa humildade, à própria habitação magnífica. – Teto (latim tectum, também de tegere) é quase o mesmo que tugúrio: apenas teto não se aplica a um abrigo de animais, e sugere melhor a ideia de conchego, de proteção, de convívio amoroso: “teto paterno”; “era-lhe o céu um teto misericordioso”. – Chalé é palavra da língua francesa, hoje muito em voga, significando “casa de escada exterior, no estilo suíço, ordinariamente revestida de madeira, cujo teto de pouca inclinação é coberto de feltro, asfalto ou ardósia, e forma grande saliência sobre as paredes”. (Aul.). – Lar é a “habitação considerada como abrigo tranquilo e seguro da família”. – Fogos é o nome que se dá, nas estatísticas, às casas habitadas de um distrito, de uma cidade, ou de uma povoação: “a aldeia vizinha não chega a ter cem fogos”. – Canto, aqui, é “o lugar, o sítio, a morada humilde e desolada, onde alguém como que se refugia afastando-se do mundo”. – Palheiro é propriamente o lugar onde se guarda palha: designa, portanto, neste grupo, “abrigo ou habitação muito rústica e grosseira”. – Palhoça é “pequena casa coberta de palha”. – Choupana é – diz Aul. – “casa rústica de madeira, ou de ramos de árvores para habitação de pastores”. – Cabana (do italiano capánna) é “casinha coberta de colmo ou de palha, onde se abrigam à noite os camponeses, junto ou no meio das roças ou lavouras”. – Casebre é “pequena casa velha e arruinada, onde mora gente muito pobre”. – Tenda é “armação coberta para abrigo provisório ou de passagem em caminho ou em campanha”. – Barraca é “tenda ligeira, coberta de tela de lona ordinariamente”. – Arribana é “palheiro que serve mais para guarda de animais e trem de viagem propriamente que para habitação, prestando-se quando muito para pernoite ao abrigo de intempéries”. – Choça é “habitação ainda mais rústica e grosseira que a choupana”. Dizemos que o selvagem procura a sua choça (e não, pelo menos com a mesma propriedade –, a sua choupana). – Colmo, aqui, é “o colmo tomado pela cabana que é dele coberta”. – Mansarda afasta-se um pouco do francês de que a tomamos (mansarde é propriamente água-furtada ou trapeira, isto é – o último andar de uma casa tendo a janela ou janelas já abertas no telhado): tem, no português usual, mais a significação de “habitação 256 Rocha Pombo humilde, incômoda e difícil, onde há pobreza”. – Pardieiro é – diz Aul. – “edifício velho e em ruínas”: “Já me cansam estas perpétuas ruínas, estes pardieiros intermináveis” (Garrett). – Biombo é “um pequeno recinto separado de uma sala por meio de tabique móvel, e que serve de dormitório, de gabinete”, etc. Costuma-se dizer: “vou para o meu biombo” para significar que se vai para casa. – Cômodo, aqui, é “uma parte de prédio que se aluga por baixo preço e por pouco tempo ordinariamente”. – Prédio (latim prœdium, do prœs “garante, penhor, fiador”) é propriamente “bem de raiz, propriedade real”; mas, aqui, designa “a casa que é nossa própria, a propriedade que consta da casa e do terreno onde está construída”. – Solar é “a propriedade (terras e casa) considerada como representando uma tradição de família, tendo passado por herança de pais a filhos desde alguns séculos”. – Castelo era antiga habitação fortificada, fora das cidades, e onde residiam os grandes senhores feudais. Hoje é “habitação nobre, luxuosa, onde se vive com opulência”.

    [...] Aqui [no mundo etéreo], temos o poder de moldar a substância etérea, conforme pensamos. Assim, também as nossas casas são produtos das nossas mentes. Pensamos e construímos. É uma questão de vibração do pensamento e, enquanto mantivermos essas vibra ções, conservaremos o objeto que, du rante todo esse tempo, é objetivo para os nossos sentidos.
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 10


    Casa Construção em que pessoas moram. Na Palestina as casas eram feitas de pedra. Os pobres viviam às vezes em cavernas. As pessoas errantes, que se deslocavam em busca de alimentos e de pastagens para os seus rebanhos, viviam em barracas feitas com peles de cabra ou de camelo (Gn 4:20). No litoral do mar Mediterrâneo construíam-se casas de barro. O teto era feito de palha e barro.

    substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
    Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
    Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
    Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
    Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
    [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
    Em costura, fenda usada para pregar botões.
    [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
    [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
    Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Mandar

    verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Determinar ou exigir que alguém faça alguma coisa: mandar o filho fazer as tarefas; mandar em alguém; em casa, a mãe é quem manda.
    verbo transitivo direto , transitivo indireto, intransitivo e pronominal Usar do poder que tem para; dominar: o chefe manda na empresa; ninguém manda nela; passa a vida mandando; não se manda em quem não se conhece.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Aconselhar o melhor para; preceituar, prescrever: a família mandou o filho para o exterior; sua consciência lhe mandou parar.
    verbo bitransitivo Fazer com que algo chegue a algum lugar; enviar, remeter, expedir: mandar encomendas pelo correio.
    Dar por encargo ou incumbência: mandar o professor corrigir as provas.
    Oferecer como presente; presentear: minha avó mandou doces ao filho.
    Atribuir uma responsabilidade a alguém: mandou o filho em seu nome.
    Designar alguém para algum ofício, tarefa, trabalho: mandou a filha ao açougue.
    Enviar ou encaminhar um assunto, sentido, propósito certo; mandar ao pai os meus sentimentos pelo divórcio.
    Arremessar alguma coisa; atirar: mandou a bola longe.
    [Popular] Aplicar golpes; desferir: o sujeito mandou-lhe um tapa na cara!
    verbo transitivo direto Fazer uma indicação de alguém para que essa pessoa faça alguma coisa, ou represente alguém; delegar: mandar o funcionário como representante da empresa.
    verbo pronominal Partir inesperada e frequentemente; sair de um lugar: mandaram-se dali.
    expressão Mandar em testamento. Deixar em testamento; legar, dispor.
    Mandar bugiar. Despedir com desprezo, fazer retirar.
    Mandar às favas. Ser indiferente; não dar importância: mandei às favas aquele comentário.
    Etimologia (origem da palavra mandar). Do latim mandare.

    O

    substantivo masculino Décima quinta letra que compõe o alfabeto português e sua quarta vogal.
    apositivo Que, numa série, está após o elemento designado pela letra "n": fileira O.
    Gramática Como artigo, refere-se aos nomes masculinos, acompanhando-os: o carro; o caderno.
    Gramática Restringe a referência de um substantivo ao ser, ou coisa, percebido no contexto, situação ou texto: o juiz começará o julgamento.
    pronome demonstrativo Faz com que qualquer palavra ou expressão se torne um substantivo: o nascer do dia.
    Gramática Usa-se como sinônimo de: isso, aquilo, quando se referir a um substantivo não determinado: falou o que não devia e foi embora.
    pronome pessoal De mesmo sentido que "a ele": insultou-o, mas pediu desculpas.
    [Símbolo] Representação do Oxigênio (elemento químico), simbolizado por O.
    Forma abreviada de Oeste (ponto cardeal situado no lado em que o sol se põe), simbolizado por O.
    Etimologia (origem da palavra o). Do pronome arcaico, lo; pelo latim illu.m.

    Pai

    Pai Maneira de falar de Deus e com Deus. No AT Deus tratava o povo de Israel como seu filho (Ex 4:22); (Dt 1:31); 8.5; (Os 11:1). Jesus chamava Deus de “Pai” (Jo 5:17). Ele ensinou que todos aqueles que crêem nele são filhos de Deus (Jo 20:17). Ver também (Mt 6:9) e Rm

    Pai Ver Abba, Deus, Família, Jesus, Trindade.

    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

    Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso P de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 12

    Os pais da Terra não são criadores, são zeladores das almas, que Deus lhes confia, no sagrado instituto da família.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 46

    [...] [Os pais são os] primeiros professores [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 16


    Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn 4:20-21). Também se emprega o termo no sentido de parentesco espiritual bom ou mau – assim, Deus é o Pai da Humanidade. o diabo é cognominado o pai da mentira (Jo 8:44). Abraão é o pai dos crentes. É igualmente chamado ‘o pai de muitas nações’, porque muitos povos tiveram nele a sua origem. Na idade patriarcal a autoridade do pai na família era absoluta, embora não tivesse o poder de dar a morte a seus filhos (Dt 21:18-21).

    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

    substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
    Indivíduo em relação aos seus filhos.
    Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
    Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
    [Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
    Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
    Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
    Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
    Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
    substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
    expressão Pai Eterno. Deus.
    Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
    Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.

    Rogo

    Rogo SÚPLICA (2Co 8:4).

    º

    ò | contr.
    ó | interj.
    ó | s. m.
    o | art. def. m. sing. | pron. pess. | pron. dem.
    o | s. m. | adj. 2 g. | símb.
    ô | s. m.

    ò
    (a + o)
    contracção
    contração

    [Arcaico] Contracção da preposição a com o artigo ou pronome o.

    Confrontar: ó e oh.

    ó 1
    (latim o)
    interjeição

    Palavra usada para chamar ou invocar.

    Confrontar: oh e ò.

    Ver também dúvida linguística: oh/ó.

    ó 2
    nome masculino

    Nome da letra o ou O.

    Confrontar: ò.

    o |u| |u| 2
    (latim ille, illa, illud, aquele)
    artigo definido masculino singular

    1. Quando junto de um nome que determina.

    pronome pessoal

    2. Esse homem.

    3. Essa coisa.

    pronome demonstrativo

    4. Aquilo.

    Confrontar: ó.

    Ver também dúvida linguística: pronome "o" depois de ditongo nasal.

    o |ó| |ó| 1
    (latim o)
    nome masculino

    1. Décima quarta letra do alfabeto da língua portuguesa (ou décima quinta, se incluídos o K, W e Y). [É aberto como em avó, fechado como em avô, átono ou mudo como em mudo, e tem o valor de u em o [artigo], etc.]

    2. [Por extensão] Círculo, anel, elo, redondo.

    3. Quando em forma de expoente de um número, designa que esse número é ordinal, ou significa grau ou graus.

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    4. Décimo quarto, numa série indicada por letras (ou décimo quinto, se incluídos o K, W e Y).

    símbolo

    5. Símbolo de oeste.

    6. [Química] Símbolo químico do oxigénio. (Com maiúscula.)

    Plural: ós ou oo.

    ô
    (latim o)
    nome masculino

    [Brasil] Palavra usada para chamar ou invocar. = Ó

    Confrontar: o.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    δέ ἔπω πατήρ σέ ἐρωτάω ἵνα αὐτός πέμπω εἰς μοῦ οἶκος πατήρ
    Lucas 16: 27 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Então, ele disse: Eu suplico, pois, ó pai, que tu o envies à casa de meu pai;
    Lucas 16: 27 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Janeiro de 30
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G2065
    erōtáō
    ἐρωτάω
    questionar
    (implored)
    Verbo - Indicativo Imperfeito Ativo - 3ª pessoa do plural
    G2443
    hína
    ἵνα
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3624
    oîkos
    οἶκος
    casa
    (house)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G3767
    oûn
    οὖν
    portanto / por isso
    (therefore)
    Conjunção
    G3962
    patḗr
    πατήρ
    um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
    (unto Lasha)
    Substantivo
    G3992
    pémpō
    πέμπω
    enviar
    (having sent)
    Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - nominativo masculino singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἐρωτάω


    (G2065)
    erōtáō (er-o-tah'-o)

    2065 ερωταω erotao

    aparentemente de 2046 cf 2045; TDNT - 2:685,262; v

    1. questionar
    2. pedir
      1. requerer, pedir, rogar, implorar, suplicar

    Sinônimos ver verbete 5802 e 5920


    ἵνα


    (G2443)
    hína (hin'-ah)

    2443 ινα hina

    provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

    1. que, a fim de que, para que

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οἶκος


    (G3624)
    oîkos (oy'-kos)

    3624 οικος oikos

    de afinidade incerta; TDNT - 5:119,674; n m

    1. casa
      1. casa habitada, lar
      2. uma construção qualquer
        1. de um palácio
        2. a casa de Deus, o tabérnaculo
      3. qualquer lugar de habitação
        1. do corpo humano como habitação de demônios que o possuem
        2. de tendas, cabanas, e mais tarde, dos ninhos, estábulos, tocas de animais
        3. o lugar onde alguém fixou sua residência, habitação estabelecida de alguém, domicílio
    2. ocupantes de uma casa, todas as pessoas que formam uma família, um lar
      1. família de Deus, da Igreja Cristã, da igreja do Antigo e do Novo Testamento

        linhagem, família, descendentes de alguém

    Sinônimos ver verbete 5867 e 5944


    οὖν


    (G3767)
    oûn (oon)

    3767 ουν oun

    aparentemente, palavra raiz; partícula

    1. então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim

    πατήρ


    (G3962)
    patḗr (pat-ayr')

    3962 πατηρ pater

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

    1. gerador ou antepassado masculino
      1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
      2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
        1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
      3. alguém avançado em anos, o mais velho
    2. metáf.
      1. o originador e transmissor de algo
        1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
        2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
      2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
      3. um título de honra
        1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
        2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
    3. Deus é chamado o Pai
      1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
      2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
        1. de seres espirituais de todos os homens
      3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
      4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
        1. por Jesus Cristo mesmo
        2. pelos apóstolos

    πέμπω


    (G3992)
    pémpō (pem'-po)

    3992 πεμπω pempo

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 1:398,67; v

    1. enviar
      1. ordenar que algo seja levado a alguém
      2. enviar (empurrar ou inserir) algo para outro

    Sinônimos ver verbete 5813


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo