Enciclopédia de João 4:49-49

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jo 4: 49

Versão Versículo
ARA Rogou-lhe o oficial: Senhor, desce, antes que meu filho morra.
ARC Disse-lhe o régulo: Senhor, desce, antes que meu filho morra.
TB Rogou-lhe o oficial: Desce, Senhor, antes que meu filho morra.
BGB λέγει πρὸς αὐτὸν ὁ βασιλικός· Κύριε, κατάβηθι πρὶν ἀποθανεῖν τὸ παιδίον μου.
HD O oficial {real} diz para ele: Senhor, desce antes que meu filho morra.
BKJ O nobre disse-lhe: Senhor, desce, antes que meu filho morra.
LTT Diz-Lhe o homem- da- corte: "Ó Senhor, desce, antes de morrer o meu filhinho!"
BJ2 O funcionário real lhe disse: "Senhor, desce, antes que meu filho morra!"
VULG Dicit ad eum regulus : Domine, descende priusquam moriatur filius meus.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 4:49

Salmos 40:17 Eu sou pobre e necessitado; mas o Senhor cuida de mim: tu és o meu auxílio e o meu libertador; não te detenhas, ó meu Deus.
Salmos 88:10 Mostrarás tu maravilhas aos mortos, ou os mortos se levantarão e te louvarão? (Selá)
Marcos 5:23 e rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha está moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos para que sare e viva.
Marcos 5:35 Estando ele ainda falando, chegaram alguns do principal da sinagoga, a quem disseram: A tua filha está morta; para que enfadas mais o Mestre?

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

O grande ministério de Jesus na Galileia (Parte 1)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

30

Galileia

Jesus anuncia pela primeira vez que “o Reino dos céus está próximo”

Mt 4:17

Mc 1:14-15

Lc 4:14-15

Jo 4:44-45

Caná; Nazaré; Cafarnaum

Cura filho de funcionário; lê o rolo de Isaías; vai para Cafarnaum

Mt 4:13-16

 

Lc 4:16-31

Jo 4:46-54

Mar da Galileia, perto de Cafarnaum

Chama quatro discípulos: Simão e André, Tiago e João

Mt 4:18-22

Mc 1:16-20

Lc 5:1-11

 

Cafarnaum

Cura sogra de Simão e outros

Mt 8:14-17

Mc 1:21-34

Lc 4:31-41

 

Galileia

Primeira viagem pela Galileia, com os quatro discípulos

Mt 4:23-25

Mc 1:35-39

Lc 4:42-43

 

Cura leproso; multidões o seguem

Mt 8:1-4

Mc 1:40-45

Lc 5:12-16

 

Cafarnaum

Cura paralítico

Mt 9:1-8

Mc 2:1-12

Lc 5:17-26

 

Chama Mateus; come com cobradores de impostos; pergunta sobre jejum

Mt 9:9-17

Mc 2:13-22

Lc 5:27-39

 

Judeia

Prega em sinagogas

   

Lc 4:44

 

31 d.C., Páscoa

Jerusalém

Cura homem em Betezata; judeus tentam matá-lo

     

Jo 5:1-47

Retorno de Jerusalém (?)

Discípulos colhem espigas no sábado; Jesus “Senhor do sábado”

Mt 12:1-8

Mc 2:23-28

Lc 6:1-5

 

Galileia; mar da Galileia

Cura mão de um homem no sábado; multidões o seguem; cura muitos

Mt 12:9-21

Mc 3:1-12

Lc 6:6-11

 

Mte. perto de Cafarnaum

Escolhe os 12 apóstolos

 

Mc 3:13-19

Lc 6:12-16

 

Perto de Cafarnaum

Profere Sermão do Monte

Mt 5:1–7:29

 

Lc 6:17-49

 

Cafarnaum

Cura servo de oficial do exército

Mt 8:5-13

 

Lc 7:1-10

 

Naim

Ressuscita filho de viúva

   

Lc 7:11-17

 

Tiberíades; Galileia (Naim ou proximidades)

João envia discípulos a Jesus; verdade revelada às criancinhas; jugo é suave

Mt 11:2-30

 

Lc 7:18-35

 

Galileia (Naim ou proximidades)

Pecadora derrama óleo nos pés de Jesus; ilustração dos devedores

   

Lc 7:36-50

 

Galileia

Segunda viagem de pregação, com os 12

   

Lc 8:1-3

 

Expulsa demônios; pecado imperdoável

Mt 12:22-37

Mc 3:19-30

   

Não dá sinal, exceto o de Jonas

Mt 12:38-45

     

Sua mãe e seus irmãos chegam; diz que discípulos são seus parentes

Mt 12:46-50

Mc 3:31-35

Lc 8:19-21

 

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Amélia Rodrigues

jo 4:49
Dias Venturosos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 19
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

Ordenar os ditos e os feitos de Jesus, colocando-os em linha cronológica, como se fosse narrar acontecimentos comuns, habituais, torna-se uma tarefa que ultrapassa a capacidade dos estudiosos da Boa Nova.


A autenticidade desses ensinamentos e realizações faz-se natural, exatamente por não obedecer a um critério lógico, apresentado por escritor meticuloso.


Aqueles que anotaram as informações e eventos eram portadores de culturas diferentes e utilizaram-se das próprias, como das reminiscências das personagens envolvidas, elaborando, assim, um todo constituído de partes fragmentárias.


A harmonia que ressuma dos textos comove, ora pela profundidade, ora pelas sutilezas que encerra, biografando um Homem Superior que se deu, a fim de que todos tivéssemos vida.


Sem dúvida, a sua movimentação foi incessante.


Ele percorreu toda a Galileia, visitando Jerusalém, vá- rias vezes, onde morreu; transitou pela Judeia e foi além, à Fenícia, às cidades de Tiro e de Sídor. venceu o Tiberíades e alcançou a Decápole, especialmente a cidade de Gadara; também foi à Batanéia, à Cesareia de Filipe e atravessou a Samaria repetidamente. . .


Não há documentação histórica, nem apoio escriturístico para encontrá-lo na índia, no Egito - na idade adulta - entre os essênios. Se a esses últimos visitou, foi para ensiná-los, desvelar-se-lhes. . .


Ele não conheceu repouso.


Raramente demorava-se no mesmo lugar.


À semelhança de uma aragem perfumada, percorreu as distâncias sem cessar.


Não havia tempo a perder.


As multidões acolhiam-nO, seguiam-nO.


A sua voz arrebatava, a sua lógica perturbava os astu-

tos, que O queriam pegar em equívoco, dúbios e venais. . . . E das suas mãos as energias renovavam, curando, libertando os enfermos e os infelizes.


Nunca a Terra experimentou presença igual. E não voltaria a tê-la, incorporada às demais criaturas.


Ele fazia-se semelhante a todos, e agigantava-se. Buscava apagar-se, e refulgia.


Calava, e o silêncio comovia.


Falava, e alterava o comportamento dos ouvintes. Ninguém que O encontrasse ficava-lhe indiferente, jamais O esqueceria.


Picados pelo despeito da própria inferioridade, ou O detestavam, afastando-se, ou, abrasados pelo Seu amor, se Lhe entregavam.


Indiferença é a morte da emoção, decadência da vida.


Com Jesus, não havia meio termo: aceitação ou recusa, entrega ou distância.


Novamente Jesus visitou Caná da Galileia, onde deixara as evidências do seu ministério, sensibilizando os convidados presentes no casamento.


Antes da sua chegada, vieram as notícias do que realizara em Jerusalém, durante a festa. . . Ali residia um régulo, que O buscara por diferentes lugares, ansioso por encontrá-lO, pois era pai, e o seu filho estava enfermo em Cafarnaum.


Tomado de júbilo e ansiedade, foi procurá-lO, solicitando socorro para o doente, para que Ele descesse à sua casa e curasse o jovem, que estava a morrer.


Penetrando-lhe a alma sofrida, Jesus disse-lhe:

– Se não virdes milagres e prodígios não acreditareis!


O homem angustiado, porém, suplicou:

– Senhor, vem, antes que o meu filho morra.


As lágrimas escorriam-lhe dos olhos em borbotões, e a voz apagava-se nas constrições do sofrimento.


O Mestre penetrou-lhe os sentimentos angustiados. Tomado de compaixão, o Mestre redarguiu-lhe com ternura:

– Vai, o teu filho vive.


Os olhos brilhavam como estrelas divinas na sua face.


O homem, convencido da sua força, retirou-se, e voltou ao lar.


Cantavam na sua alma expectativas de alegria e de ansiedade.


Antes de chegar a casa, acercaram-se alguns servos, que lhe vieram dizer que o filho estava vivo e passava bem.


Recordando-se do diálogo com o Rabi, indagou-lhes a que hora sucedera a sua recuperação, e eles responderam:

– Foi ontem, à hora sétima, que a febre o deixou.


Aquela havia sido, exatamente, a hora em que Jesus lhe afirmara que o seu filho estava vivo. Esse admirável fenômeno de cura a distância foi o segundo que Jesus realizou ao voltar da Judeia para a Galileia.


Há volumosa necessidade de fenômenos no mundo. O homem sensorial quer ver, tocar para crer, quando, em realidade, é imperioso primeiro crer, para depois ver.


Os sentidos físicos, em razão de sua pequena capacidade de percepção, se enganam, perdem detalhes e profundidades, para permanecerem na superfície.


O mais importante é sempre invisível aos olhos nus e, não raro, muito daquilo que se vê, já não existe mais naquela forma.


Certas estrelas vistas hoje fulgurantes, desintegraram-se ou consumiram-se há milênios. . .


O maior fenômeno produzido por Jesus, e mais importante, é o da renovação do ser, da sua transformação moral para melhor.


A integração da criatura harmonizada no equilíbrio cósmico é a sua meta.


As vestes orgânicas decompõem-se, são substituídas ou transformadas, mas o ser que as mantém é imperecível.


A mensagem essencial, profunda, é a que produz o bem eterno, impregnando de paz e de sabedoria. E ela se encontra ínsita no amor, do qual ninguém foge para sempre.


* * *

Agora ele não mais se detém. Já não há silêncio.


Os fenômenos multiplicam-se ali: a cura do morfético, a pesca maravilhosa, a recuperação do paralítico descido pelo telhado. . .


As multidões se avolumavam à sua volta, exigentes, sedentas.


A leviandade aplaudia os feitos e não escutava as palavras, que curavam por dentro, quando assimiladas e vividas. O entusiasmo cercava os seus passos, e a inveja e a malícia preparavam armadilhas.


Conjurações entre fariseus e herodianos faziam-se mais frequentes.


Desejavam matar o Idealista, porque não conseguiam apagar as ideias, deter a marcha do pensamento.


Tal é o recurso dos homens pequenos, dos pigmeus diante do gigantes.


Inimigos entre si, uniam-se contra Jesus, pois que os seus eram interesses comuns - manter a treva, aumentar a ignorância, dividir para governar.


Os acordos políticos interesseiros pareciam ameaçá-lO. . . A astúcia era posta em vigília para vencer a razão.


O ódio crescente surgia para afogar o amor.


vãs tentativas de vitória aparecem como infelizes triunfos da ilusão.


O mundo transitório sonhava esmagar a vida perene. As ideias que Ele espalhava aos ouvidos das multidões vencem as distâncias.


Mercadores e viajantes, pastores e agricultores, prín-

cipes de sinagogas, soldados vulgares e publicanos, fariseus hipócritas e sacerdotes, chegados de todo lugar desejando vê-lO, após ouvirem falar a seu respeito, escutavam os seus conceitos, com reações diferentes.


O Semeador semeava, e a semente era luz.


Jamais se apagaria essa claridade, multiplicando-se na sucessão dos tempos.


O inverno cedia lugar à primavera e esta ao verão, enquanto a Presença prosseguia outono afora, anunciando uma eterna primavera.


O reino dos Céus está dentro de vós.


Vedes o argueiro no olho do vosso próximo e não vedes a trave no vosso.


Nenhuma das ovelhas que o Pai me confiou se perderá.


Ninguém entrará no reino dos Céus sem pagar a dívida ceitil por ceitil.


As virgens prudentes aguardam os noivos e poupam o azeite das suas lâmpadas, enquanto as loucas. . .


Prudência e loucura!


A canção incomparável estava vibrando no ar. Tempos novos surgiam que logo se instalariam. vitória da vida, em forma de ressurreição após a morte. Toda aquela trajetória Ele a planejara antes de mergu-

lhar nos fluidos densos do planeta terrestre.


. . . E antes que Abraão fosse eu já era.


Construtor do mundo, veio, Ele próprio, caminhar e conviver com as pessoas, experimentar suas lutas e estoicismos, suas misérias e grandezas, suas mesquinharias e altruísmos.


A estrela brilhava no charco à noite e o Astro-Rei o beneficiava durante o dia.


Jamais será esquecido o seu ministério!


João 4:43-54



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

jo 4:49
Sabedoria do Evangelho - Volume 2

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 11
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 4:46-54


46. Voltou, então, a Caná da Galileia, onde fizera da água vinho. Ora, ali se achava um oficial do rei, cujo filho estava doente em Cafarnaum.


47. Esse homem, ao saber que Jesus tinha regressado da Judeia para a Galileia, foi ter com ele e rogou-lhe que descesse para curar seu filho, porque estava à morte.


48. Disse-lhe Jesus: "Se não virdes demonstrações e prodígios, de modo algum acreditais".


49. Rogou-lhe o oficial: "Desce, Senhor, antes que meu filho morra".


50. Disse-lhe Jesus: "Vai. Teu filho vive". O homem acreditou na palavra que Jesus lhe dissera e retirou-se.


51. Já descia ele, quando seus servos lhe vieram ao encontro, dizendo que seu filho vivia.


52. Perguntou-lhes, então, a que hora se sentira ele melhor. E eles responderam: "Ontem, à sétima hora, a febre o deixou".


53. Reconheceu, então, o pai ser aquela a mesma hora em que Jesus dissera: "Teu filho vive". E acreditou ele e toda a sua casa.


54. Vindo de novo da Judeia para a Galileia, esta foi a segunda demonstração que fez Jesus.


Chegando a Caná (o evangelista não nos dá a razão dessa visita), só um fato é salientado: uma cura a distância. Examinemos os pormenores.


Oficial do rei (em grego basilikós) exprime o que hoje chamamos um "palaciano", alguém que estava a serviço do tetrarca Herodes, denominado "rei" por adulação.


Os exegetas discutem quem teria sido, e as opiniões, embora sem provas, tendem para identificá-lo com Cusa (Hôzay), intendente de Herodes, cuja esposa Joana, juntamente com outras mulheres (cfr.


LC 8:3 e MC 15:40) acompanhavam Jesus, ajudando o grupo de seus discípulos, quer financeiramente quer sobretudo em serviços próprios ao sexo, como cuidar da alimentação e da roupa.


Habitando em Cafarnaum, e sabendo que Jesus passara para Caná, Cusa sobe até lá (são 33 quilômetros de subida íngreme) até que descobre o Mestre. E, sem rebuços, solicita o favor em benefício do filho à morte.


A resposta de Jesus transparece imbuída de tristeza: não viera para as personalidades, mas para ensinar à individualidade o caminho da libertação, e no entanto todos só se preocupam com seus corpos... Se não vissem demonstrações de poder, não creriam... Mas o oficial estava aflito, e não quer saber de conversa: "vem logo, Mestre, antes que meu filho morra" ! ...


É o grito angustiante de um pai que colocou em Jesus a última esperança, mas julga que só com Sua presença física Lhe seria possível realizar a cura. Calmo e cônscio de Sua Força Cósmica, Jesus lhe assegura que o filho está salvo.


Aqui entra a fé do oficial. Acreditou e aceitou. E imediatamente regressa, descendo de Caná. Ao chegar à beira do planalto, quando começou a descer (a diferença de altitude entre Caná e Cafarnaum é de

700 metros), depara os servos que subiam a seu encontro.


Examinemos uma contradição aparente no horário. Segundo informações, a cura foi realizada "à sétima hora" (13 horas). Logo após o palaciano se retira, empreendendo a viagem de regresso. Essa viagem, na descida a pé, é feita geralmente em sete ou oito horas, quando se anda a bom passo, sendo três horas e meia no plano, através do planalto da Galileia e outro tanto na descida propriamente dita. Saindo, pois, por volta das 13 horas (talvez com ligeira parada para refeição e repouso) o palaciano deveria chegar a casa pelas 21 horas. Ora, os servos devem ter saído bem depois das 13 horas: a admiração, a alegria, a verificação da cura, os raciocínios e ponderações e, finalmente, a resolução de mandar os servos a Caná, para avisar o oficial.


Sendo a descida mais rápida que a subida, o encontro deve ter-se dado, realmente, como diz João, quando "já descia ele", ou seja, a dois terços ou mais da caminhada, o que nos leva às 19 ou 20 horas.


Se assim foi, os servos tiveram razão de dizer: ONTEM, porque às 18 horas havia começado o "dia seguinte". Sabemos, com efeito, que na Palestina os dias eram computados (como ainda hoje os sábados entre os israelitas) das 18 às 18 horas.


O fato comprovado solidificou a crença de Cusa e trouxe a adesão de "toda a casa", ou seja, dos parentes e da criadagem. Daí por diante, sua esposa Joana, sobretudo, jamais se afastaria de Jesus e de seus discípulos.


E (simples hipótese, à qual voltaremos mais tarde), não seria essa Joana outra das "irmãs" de Jesus?


Isso explicaria a intimidade de Cusa, o conhecimento dos passos de Jesus, sua localização em Caná, e a certeza de que Ele, que não era ainda conhecido como "curador", poderia fazer voltar a saúde a seu filho.


E João anota que Jesus veio de novo da Judeia para a Galileia e, então, novamente em Caná, fez a segunda demonstração de Sua doutrina e de Sua Força Crística.


Nos mínimos fatos há ensinamentos de alto valor.


Jesus recolhe-se novamente em prece (Caná), elevando para o Alto suas vibrações, qual um caniço erecto. Mas a personalidade sujeita às aflições e à morte, vai em Sua busca reclamando alívio às ang ústias.


O homem, um "oficial do rei" (ou seja, alguém cujo ofício se prendia às coisas, à matéria) vê seu filho (a personalidade) a morrer, e requer a presença da individualidade.


Jesus ensina que os prodígios e as demonstrações requeridas pelo intelecto de nada valem. Mas a personalidade não se conforma. Dá-se então o inesperado, a revelação de que "o filho vive". Jesus não promete a cura, mas " vida. Não é tanto a cura do corpo físico (coisa secundária para o Espírito), mas a vida do "espírito". E mais uma vez dá-se uma União, revelada pelo evangelista com o número cabalístico: à sétima hora. Quando chega a hora sétima, a febre das paixões e dos equívocos ilusórios abandona as criaturas e elas passam a VIVER.


Através desse fato, que revela o amor paternal a agir, compreendemos também a lição mais profunda: quando aflitos, a "mendigar o espírito", verificamos que nosso quaternário inferior está ainda totalmente envolvido pela FEBRE das paixões, e que se encontra prestes a sucumbir, é então que o Espírito (o PAI da nossa personalidade) se aflige realmente, e sai correndo em busca de auxílio, recorrendo pela prece ao Cristo Interno, nosso Eu Profundo. Mas quase sempre esperamos "milagres" que nos libertem dos atrativos inferiores. Em contato com a Individualidade, vemos que todas as ilusões físicas, sensoriais, emocionais e intelectuais nos abandonam, porque tomamos contato com a realidade absoluta e eterna. Mergulhamos na Consciência Cósmica, no Cristo Interno, e todas as ilusões se mostram tais quais são: ilusões. E novamente a Vida nos vivifica.


Os servos (os sentidos) revelam ao Espírito (pai) que não mais sentem "febre" alguma, e ele reconhece que foi "no momento exato" do contato que a vida nele penetrou. E ele (o espírito) passa a acreditar por experiência própria, e com ele "toda sua casa", isto é, todos os seus corpos (habitação do es pírito). E todo inteiro passa ele a dedicar-se ao serviço do Mestre Incomparável que o conquistou para o resto dos séculos sem fim.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de João Capítulo 4 do versículo 1 até o 54
3. A Nova Adoração (Jo 4:1-30)

Os versículos iniciais desta seção são uma transição cuidadosamente escrita, dando explicações sobre o trabalho e o caminho de Jesus. A seqüência é simples. Os fariseus tinham ouvido o que Jesus fazia e que batizava mais discípulos do que João. Quando o Senhor veio a saber disto, Ele deixou a Judéia e foi para a Galiléia (1,3; ver o mapa 1). Aqui há três pontos de interesse. Em primeiro lugar, são os fariseus que representam os judeus hostis; os saduceus ou herodianos não são mencionados pelo nome no Evangelho de João. Em segundo lugar, não há indicação de que o autor desejasse descrever nenhum conhecimento sobrenatural por parte de Jesus. O Senhor veio a saber (1) indica sim-plesmente que os relatos da sua obra eram amplamente conhecidos. Em terceiro lugar, a observação entre parêntesis ainda que Jesus mesmo não batizava, mas os seus discípulos (2) tinha a finalidade de corrigir os rumores (Jo 3:26-4.1).

E era-lhe necessário passar por Samaria (4). O termo necessário expressa uma obrigação que pode ter uma dupla natureza. A rota mais curta entre a Judéia e a Galiléia era através de Samaria. Entretanto, devido à profunda animosidade entre os judeus e os samaritanos, muitos judeus que iam da Judéia para a Galiléia se encaminha-vam pelo lado leste passando pelo Jordão, pelo norte através da Peréia, e novamente pelo Jordão até a Galiléia. Pode ter ocorrido que, para ganhar tempo, o Senhor Jesus tenha passado por dentro de Samaria. Entretanto, é mais provável que a necessidade expressa aqui esteja relacionada ao propósito e à missão do Senhor. Samaria, e especial-mente a mulher samaritana, precisavam dEle.

Foi, pois, a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, junto da herdade que Jacó tinha dado a seu filho José. E estava ali a fonte de Jacó (5-6). Séculos de história são trazidos ao cenário (cf. Gn 33:19-48.22; Js 24:32). O objetivo evidente é mostrar que os procedimentos antigos, identificados com Jacó e José, e até mesmo a fonte de Jacó, só adquirem significado e só se cumprem em Cristo Jesus. A maioria das autoridades concorda que Sicar é identificada como a atual aldeia de Askar, ao pé do monte Ebal. Ela está situada cerca de 800 metros ao norte da fonte de Jacó (ver o mapa 1).

Jesus, pois, cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte. Era isso quase à hora sexta (6). Da mesma maneira como é cuidadoso para mostrar a divindade de Jesus, João toma cuidado para destacar a sua perfeita humanidade. Jesus estava cansado da viagem e sentou-se (cf. Jo 1:14-19.28; Hb 4:15). A expressão assentou-se con-tém um advérbio que significa "desta maneira", o que já provocou várias interpretações. Uma é que esta história de Jesus e da samaritana foi contada muitas vezes. Quem a conta poderia demonstrar, ao chegar neste ponto, a postura de Jesus. Jesus... assen-tou-se assim — i.e., desta maneira — junto da fonte. Era isso quase à hora sexta — i.e. , era quase meio-dia, sob o calor do dia e à hora do almoço (cf. 4.8).

a. A Água Velha e a Nova (Jo 4:7-15). A hora e o lugar estão claros. No palco, por assim dizer, está a Figura central, completamente Deus e completamente homem, aquele que conhece todos os homens (2.25). Para a fonte, vem uma mulher de Samaria tirar água (7). A mulher mal suspeitava que neste dia, enquanto estivesse envolvida com a cansativa rotina de carregar água, chegaria o maior tesouro da sua vida (cf. Mt 13:44). Ela nem sequer poderia imaginar que se tornaria a "evidência B" no Evangelho de João, exemplificando que Jesus realmente "sabia o que havia no homem" (Jo 2:25).

A palavra água introduz o tema do diálogo que vem a seguir, e no final se eleva para "significar a água da vida eterna" (cf. Jo 1:33-2:6-7; 3.5).27 Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber (7). Neste supremo exemplo de testemunho pessoal, Jesus inicia a conversa em um ponto em que a mulher poderia entender, em alguma coisa em que ela já estivesse pensando.

Como para explicar por que Jesus pediu água somente para si mesmo, o autor inse-riu uma observação explanatória sobre os discípulos que tinham ido à cidade comprar comida (8).

Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos) ? (9). A resposta da mulher a Jesus foi natural, por causa da hostilidade histórica entre os judeus e os samaritanos, e também por causa de um cho-que contra a moralidade de costumes: o fato de Ele, um homem, pedir alguma gentileza a uma mulher estranha. A palavra original para comunicar "sugere as relações famili-ares, e não as de negócios"."

A resposta de Jesus à mulher afirmou a ignorância dela sobre a sua verdadeira natureza e, ao mesmo tempo, despertou nela uma profunda curiosidade. Se tu conhe-ceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva (10). A palavra para dom, dorea, transmite a idéia de "presente gratuito", ou seja, um presente incondicional (cf. 3.16). "Dom aqui é uma palavra régia, usada como uma referência aos favores de um rei ou de um homem rico. Ela é sempre aplicada ao dom do Espírito no livro de Atos".29 O próprio Senhor é como esse Dom! Mas a mulher não sabia disto. Se o soubesse, teria feito o pedido e Ele a atenderia. O que ela e todos os que pedem com fé poderiam receber é a água viva. Com que cuidado Jesus a levou de onde estava — pensando na água da fonte de Jacó — a um conceito mais eleva-do e satisfatório! A Água viva é aquela que é "perene, que jorra de uma fonte inesgotá-vel, sempre fresca".' Isto ele... daria a ela. Assim, a atenção dela é levada da água até Ele — o que o coloca em um contraste imediato com Jacó e com tudo o que está associado a ele. Como conseqüência, ocorre a pergunta dela: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? És tu maior do que Jacó, o nosso pai? (11-12)

O contraste entre a moda antiga, representada pela fonte de Jacó, e a nova, a água que eu lhe der (14), é vívido e claro nas palavras de Jesus à mulher. A moda antiga, da lei, dos profetas e especificamente a ênfase da samaritana no Pentateuco não eram sufi-cientes para satisfazer as necessidades mais profundas dos homens. Qualquer que beber desta água tornará a ter sede (13). A mulher samaritana sabia muito bem que Jesus estava falando a verdade a respeito dela. Não era apenas que ela vinha diariamen-te, durante anos, até a fonte de Jacó para buscar água; o verdadeiro problema era que durante toda a sua vida a sua religião não tinha matado a sede da sua alma enfraquecida. Muitas pessoas fazem tudo o que a sua religião exige, mas, não tendo nunca bebido daquele que é a Água Viva, sua vida não se modifica, e assim continuam secas e infrutí-feras. A promessa que Jesus faz à mulher é universal: Aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna (14). Aqui está! O superlativo da vida oferecido a uma criatura pecadora, necessitada, ignorante. A forma exterior é substituída por uma nova fonte interior. Os tanques estagnados da alma são transformados em um poço que jorra água. A alma enfraquecida e morta do homem passa a participar da "vida eterna". A mulher pouco entendeu sobre a importância dessa promessa. Ainda pensando em ter-mos do seu monótono e morto mundo materialista, ela respondeu: Senhor, dá-me des-sa água, para que não mais tenha sede e não venha aqui tirá-la (15). Ela teve um vislumbre de luz. A expressão para que não tenha mais sede pode ter sido mais do que uma descrição de uma necessidade física de água.

b. A Vida Antiga e a Nova (Jo 4:16-30). De uma forma repentina e abrupta, Jesus muda o rumo da conversa. Ele passa do apelo e da promessa para a inquisição e para a ordem. Não se pode reivindicar os benefícios do evangelho, uma fonte de água e de vida eterna — sem satisfazer as exigências do evangelho, que são a confissão e o arrependimento. Vai, chama o teu marido e vem cá (16). A pergunta era aguda, atingindo o ponto mais profundo do seu ser, investigando a história do seu triste passado. A sua confissão foi simples e mesmo assim evasiva. Senhor, Não tenho marido (17). Refletindo perfeita-mente o conhecimento que Jesus tinha dos homens (2.25), esta solicitação penetrou nela de forma profunda. Disseste bem: Não tenho marido, porque tiveste cinco mari-dos e o que agora tens não é teu marido; isso disseste com verdade (17-18).

Aparentemente, a mulher agora estava vivendo com um amante sem o benefício do rito do casamento, possivelmente sem ter se divorciado do último dos seus cinco maridos.

Todas as evidências apontam para uma mulher de pouca moral cuja forma de religião não tinha sido capaz de libertá-la das cadeias dos maus costumes. Jesus reconheceu a sua admissão não como uma evasão, mas sim como uma confissão. Ele disse literalmente: "O que você disse é verdade". Existe um antigo clichê que afirma que a verdade ma-chuca. Seria melhor dizer "A verdade ajuda!" Nenhum homem jamais perdeu ao enfren-tar as completas evidências da verdade (cf. Jo 1:14-19; 3.21; 4.24; 14.6).

Ela agora aclamava aquele que primeiro considerou ser apenas um judeu (4.9). Se-nhor, vejo que és profeta (19). "Esse tipo de conhecimento, e não meramente uma previsão, é a principal característica dos profetas".31 Neste diálogo existe um excelente exemplo da progressão dos ensinos em estágios — a água (4.7), a água viva (4.10), uma fonte de água (4.14). Eles acompanham uma progressão na compreensão da natureza de Jesus — um judeu (4.9), um profeta (4.19), o Cristo (4,29) (cf. Jo 9:11-17, 38).

Tendo admitido o conhecimento de Jesus a seu respeito, a mulher rapidamente mudou o assunto da conversa para um tema que seria mais seguro para ela, e ao mesmo tempo estaria no âmbito de um profeta. Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar (20). Esta afirmação reflete um apelo à própria religião que ela professava. Nossos pais adoraram neste monte. Isto reflete também uma tentativa de usar as diversidades e as divisões dentro da religião. A expressão e vós dizeis funciona como uma desculpa para os seus próprios fracassos na vida. Este é um antigo padrão que é utilizado até mesmo em tempos modernos.

Neste monte. O Monte Gerizim tinha um papel significativo na tradição dos samaritanos. Aqui "Abraão preparou o sacrifício de Isaque, e aqui também... ele encon-trou Melquisedeque... e no Pentateuco samaritano, Gerizim, e não Ebal, é a montanha onde se erigiu o altar (Dt 28:4) "."

A questão sobre onde adorar foi respondida pela clássica frase de Jesus sobre a natureza da verdadeira adoração, relacionada com a sua missão. A expressão a hora vem (21,23) deve ser interpretada em termos do seu completo sacrifício, que tornaria possível a verdadeira adoração (cf. Jo 2:4-7.30; 8.20; 12.23; 13 1:17-1). A hora vem em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai (21). Esta afirmação também está relacionada com a destruição dos próprios templos dedicados à adoração. O Templo de Jerusalém foi destruído em 70 d.C., e Hircano tinha destruído o templo dos samaritanos em Gerizim em 129 a.C.

Vós adorais o que não sabeis (22). Os samaritanos rejeitavam todo o Antigo Testa-mento, exceto o Pentateuco. A avaliação de Jesus da inferioridade dos seus ritos e adora-ção se reflete no uso do termo neutro o que. O objeto da sua adoração era impessoal, pouco compreendido e vago, não apenas para a mulher, mas também para todos os da sua nação. Não existe uma adoração genuína baseada na ignorância ou no que não se conhe-ce. Tais práticas levam ao fanatismo ou ao legalismo humanístico. Por outro lado, os ju-deus, com quem Jesus se identificava, são reconhecidos como o instrumento da revelação de Deus: Nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus (22).

Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem (23). Agora é o momento para que as antigas formas, limitadas em termos de lugar e de nação, sejam transformadas em uma adoração que é ao mesmo tempo pessoal, em espí-rito, e inteligente, em verdade. "Adorar em espirito significa que nós entregamos as nossas vontades à vontade de Deus, os nossos pensamentos e planos aos que Deus tem para nós e para o mundo... Em verdade significa que não estamos adorando uma "ima-gem" de Deus, feita segundo as nossas próprias idéias... somente Cristo nos apresentou ao Deus 'verdadeiro' ou real"?' A palavra-chave em toda esta idéia é Pai. Ele é o Objeto de adoração e aquele que procura os que o adoram em espírito e em verdade. "Quando Deus se revelar como o Pai universal... as limitações de espaço estarão acabadas e tanto o conhecimento quanto a adoração a Deus serão mediados por meios puramente espiri-tuais"." A natureza do objeto de adoração, Deus é Espírito (24; cf. 1 Jo 1:5-4.8), deter-mina as condições necessárias para a adoração. Importa que os que o adoram o ado-rem em espírito e em verdade (24).

A mulher disse-lhe: Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando ele vier, nos anunciará tudo (25). A expectativa messiânica samaritana não se base-ava na grande riqueza de predições dos profetas, porque eles só aceitavam o Pentateuco. As esperanças deles provavelmente se baseavam em Escrituras como Gênesis 3:15 e Deuteronômio 18:15. A menção que a mulher faz do Messias, "O Ungido", abriu a porta para a grande auto-revelação de Jesus. Eu o sou, eu que falo contigo (26), ou, literal-mente, "Eu sou, este que está falando com você". Esta é a primeira ocorrência da expres-são "Eu sou", que Jesus usa muitas vezes no Evangelho de João para revelar a sua verdadeira natureza. Algumas delas são afirmações diretas como esta (e.g., 6.20; 8.24, 58). Outras aparecem metaforicamente (e.g., 6.35; 8.12; 14.6). A expressão, em uma ou outra forma, aparece 27 vezes no Evangelho de João. A forma em grego é ego eimi, e é a primeira pessoa do singular, no presente do indicativo do verbo eimi, que transmite a idéia da existência essencial ou do ser. A existência pessoal é intensificada pelo uso do pronome pessoal da primeira pessoa do singular, ego. Isto assume um tremendo signifi-cado quando comparado com a auto-revelação de Deus para Moisés como "Eu sou" (Êx 3:14). Jesus estava dizendo para aquela samaritana: "Este que está falando com você é o `Eu sou', o próprio Deus!" Assim terminou a conversa, e adequadamente, porque já não havia nada mais a dizer. O próprio Deus havia falado.

E nisso vieram os seus discípulos e maravilharam-se de que estivesse fa-lando com uma mulher; todavia, nenhum lhe disse: Que perguntas? ou: Por que falas com ela? (27) A surpresa dos discípulos não teve como causa a nacionalidade da mulher nem o seu caráter, porque eles nada sabiam sobre o seu passado. Eles se surpreenderam porque Jesus estava falando com uma mulher. "Um homem não deveria ter uma conversa com uma mulher na rua, nem mesmo com a sua própria esposa, menos ainda com qualquer outra mulher, para que os homens não o caluniassem".' Os discípu-los não fizeram perguntas. Não há necessidade de fazer perguntas a alguém em quem se confia.

A conversa terminara, mas para esta mulher uma nova vida havia começado. A nova vida era marcada por três coisas. A primeira era o abandono da vida antiga, uma religião sem significado, uma sede nunca satisfeita — ela deixou... o seu cântaro (28). Ela já não precisava mais dele, porque agora tinha dentro de si uma inesgotável fonte de água (4.14). A segunda, o seu testemunho era pessoal e produtivo. Ela disse aos homens da cidade: Vinde e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito... Saíram, pois, da cidade e foram ter com ele (29-30; cf. 39,42). Finalmente, a pergunta que ela fez aos seus ouvintes era uma mostra da sua própria surpresa e de sua ligeira dúvida -"Não é este o Cristo?" (4.29). A pergunta também serviu para levantar uma importante questão na mente dos homens da aldeia.

O fato de a mulher ter deixado o seu cântaro na fonte sugere que ela deixou todo o seu antigo modo de vida. Uma mensagem intitulada "Abandonando a vida antiga" pode-ria ser estruturada sobre três idéias: 1. Uma nova fonte de alegria e de vida (14) ; 2. Uma nova testemunha (29-31) ; 3. Da desgraça moral à vida produtiva (18,39-42).

4. Os Novos Campos de Colheita (4:31-42)

A conversa entre Jesus e a samaritana começou com a sede física e terminou com a dádiva da água da vida. Então, aqui o apetite físico — Rabi, come (31) — fornece a oportunidade para ensinar os discípulos sobre a verdadeira satisfação das necessidades mais profundas da vida. Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis.... A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra (32, 34). Para que o Filho cumpra a sua missão, Ele precisa obter força do Pai, que o enviou (cf. Jo 5:19-26; 6.57; 8.29). Esta comida divina, com a qual o Filho vive, tem uma dupla natureza. Primeiramente, é fazer a vontade daquele que... enviou o Filho (cf. Sl 40:8; Hb 10:7-10). É evidente que a vontade de Deus é prover e convocar os homens para uma vida santificada (1 Ts 4.3). Em segundo lugar, é a vontade de Deus que o Filho "realize a sua obra" (34, tradução literal; cf. 17;4). "A sua missão é não somente a de ensinar ou de 'anunciar', mas a de realizar a obra da salvação do homem; i.e.,... de reali-zar a transformação de água em vinho, de erigir o novo templo, de trazer (por meio da sua vinda e ascensão) a possibilidade do nascimento +k pne+matoo, de dar a água viva que jorra para a vida eterna — em uma palavra, de abrir para a humanidade uma vida verdadeiramente espiritual ou divina"."

Realizar a sua obra necessariamente envolve olhar a tarefa de uma forma atenci-osa e realista. Uma mulher samaritana tinha vindo, mas lá fora estão as terras que já estão brancas para a ceifa (35). A nação como um todo estava necessitando da dádiva da vida eterna, e já estava pronta para ela. Postergá-la ou atrasá-la intencionalmente é algo fora da realidade. "Não dizeis vós que ainda há quatro meses até que venha a ceifa?" A hora é agora! Se esta geração deve receber o evangelho, esta geração deve levá-lo até o povo.

Se deve haver uma colheita, também deve haver a semeadura, assim como a ceifa, e ambas envolvem um trabalho árduo. Aquele que semeia vê a promessa do final no come-ço; aquele que ceifa percebe os resultados do começo no final. Então ambos se regozi-jam (36), pois o fruto do seu trabalho mútuo é a vida eterna (36). "Não há necessidade de falar, neste contexto, de um antes e um depois, deste homem ou daquele, pois todo o trabalho parecerá um só" (cf. 17:20-23).' Embora exista uma divisão de trabalho — um é o que semeia, e outro, o que ceifa (37) — há uma unidade, pois o produto final é um só. Eu vos enviei a ceifar onde vós não trabalhastes; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho (38). "Todos, sendo ceifeiros, merecem a recompensa que estão recebendo, a partir do trabalho de outros"?'

O perfeito exemplo da seara é encontrado naquilo que aconteceu em Samaria. A mulher testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito (39), com o resultado de que muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele pela (lit., "por causa da") palavra da mulher (39). A semeadura, um testemunho pessoal, produziu frutos, a fé nele. Tal foi o impacto do testemunho da mulher que os samaritanos vieram ver Jesus, e rogaram-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias (40).

Por mais importante que o testemunho seja quando procuramos trazer as pessoas a Cristo, ele é, em última análise, apenas um meio de se atingir este objetivo. Cada homem tem de chegar a sua própria confrontação final sobre onde se baseia a sua fé, não no que outra pessoa disse, mas em Cristo e na sua Palavra eterna. Assim foi com estes homens. E muitos mais creram nele, por causa da sua palavra. E diziam à mulher: Já não é pelo que disseste que nós cremos, porque nós mesmos o temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo (41-42). O que aconteceu aqui foi, ao mesmo tempo, intensamente pessoal -nós cremos... nós mesmos o temos ouvido... sabemos — e caracterizado pela des-truição das barreiras do nacionalismo e do sectarismo religioso. Eles reconheceram a este em quem creram como sendo o Salvador do mundo (42), não apenas um Messi-as para os samaritanos. O primeiro e o último pensamento daquele que crê em Cristo é a missão com alcance mundial.

5. Um Novo Nível de Fé (4:43-54)

Dois dias depois, partiu dali e foi para a Galiléia (43). Os dois dias se refe-rem a sua estada em Samaria (40), e dali a sua saída de Samaria. Porque Jesus mesmo testificou que um profeta não tem honra na sua própria pátria (44). A sua própria pátria foi interpretada com o seguinte significado: 1. A Galiléia em ge-ral; 2. Nazaré; 3. A baixa Galiléia, não incluindo Cafarnaum; 4. A Judéia. Os três pri-meiros parecem significados improváveis em João, à luz de Jo 1:11 e Jo 7:41-42. A Judéia parece ser o significado mais provável. Westcott escreve: "O Senhor não tinha sido recebido com a devida honra em Jerusalém. A sua reivindicação messiânica não tinha sido bem-vinda. Ele não confiava a si mesmo os judeus dali, e foi forçado a partir. Se muitos o seguiram, podemos estar certos de que não eram os representantes do povo, e a sua fé repousava nos milagres"."

Em contraste com esta resposta artificial e a rejeição final na Judéia, estava a recepção de braços abertos no Norte. Os galileus o receberam, porque viram to-das as coisas que fizera em Jerusalém no dia da festa; porque também eles tinham ido à festa (45).

Ao apresentar o cenário do acontecimento que será descrito, o autor faz menção do primeiro milagre que Jesus realizou em Caná da Galiléia, onde da água fizera vi-nho (46). Isto parece ser um convite para comparar os dois milagres, e eles realmente têm semelhanças intrigantes. Ali (Jo 2:1-11), o relato está centrado na água que se torna vinho; aqui (49) o quase morto volta à vida. Ali é a fé da mãe de Jesus que consegue o milagre; aqui, é a fé do oficial. Os dois acontecimentos passam da tristeza para a alegria, e se tornam a razão para que os outros creiam — ali, os discípulos (2.11), aqui o oficial e toda a sua casa (53).

E havia ali um oficial do rei, cujo filho estava enfermo em Cafarnaum (46). Segundo Arndt e Gingrich, a palavra traduzida como oficial poderia se referir a "um parente da família real (de Herodes) ", mas provavelmente se refere a "um oficial real".'

As narrativas dos milagres de Jesus em Jerusalém (2,23) tinham evidentemente chegado antes dele à Galiléia, e o primeiro milagre em Caná sem dúvida fora o assunto de muitas conversas em Cafarnaum, que ficava a somente 24 quilômetros (ver o mapa 1). Assim, este oficial, ouvindo... que Jesus vinha da Judéia para a Galiléia, foi ter com ele e rogou-lhe que descesse e curasse o seu filho, porque já estava à morte (47). A palavra traduzida como foi significa literalmente "ele se foi", indicando que o pai deixou o filho, doente como estava, para ir fazer o seu pedido a Jesus. O verbo rogou está no imperfeito no texto grego, indicando um pedido repetido e continuado.

A resposta de Jesus, embora aparentemente uma recusa, na realidade era um teste para a fé do oficial. Se não virdes sinais e milagres, não crereis (48). Esta é uma questão inquisitiva. Os sinais e milagres são o motivo ou o resultado da fé? Este aconte-cimento espetacular, o milagre, é a experiência estática de uma coisa a ser buscada por si mesma? É o produto de uma fé dinâmica e devidamente embasada, ou é a porta aberta para ela? Ou seja, a fé nele e na sua Palavra? Em João, a palavra milagres aparece somente aqui. As duas palavras, sinais e milagres, combinadas "assinalam os dois principais aspectos do milagre: o aspecto espiritual, pois sugerem alguma verdade mais profunda do que aquela que o olho vê, para o qual eles são, de alguma maneira, símbolos e garantias; e o aspecto externo, pois a sua estranheza arrebata a atenção"»

O apelo renovado do oficial baseou-se na questão da vida e da morte. Ele não estava preparado para entrar em uma discussão teológica quando a sua necessidade imediata parecia tão grande. Senhor, desce, antes que meu filho morra (49). A resposta de Jesus foi um teste ainda maior à fé do homem. Vai, o teu filho vive (50). O oficial viera buscar Jesus (47,49) ; agora tudo o que ele obtinha era a promessa de vida para o seu filho. Ele poderia crer, não tendo visto? (cf. 20.29). É possível confiar na Palavra de Deus sem hesitação? Este homem fez isso! E o homem creu na palavra que Jesus lhe disse e foi-se (50). A sua fé sem hesitação é enfatizada pelo tempo do verbo ser, foi-se, que poderia ser traduzido literalmente como "ele tomou o seu caminho".

Os versículos 51:53 são uma espécie de epílogo para certificar o que já havia sido realizado. O relato dos servos para o oficial: O teu filho vive (51) aparece nos melho-res manuscritos como um discurso indireto — literalmente "que o seu filho estava vivo". O que Jesus havia prometido se cumprira com exatidão! Assim como o teste para a fé do oficial foi feito uma segunda vez, assim também a certificação foi assegurada, sem quaisquer dúvidas. A pergunta do pai sobre a hora em que o filho se achara melhor (52) revela o fato de que era aquela hora a mesma em que Jesus lhe disse: O teu filho vive (53). O que tinha sido a crença na promessa específica de Jesus (50) agora adquire um aspecto mais profundo e amplo da fé pessoal. E creu ele, e toda a sua casa (53).

Jesus fez este segundo milagre [sinal] quando ia da Judéia para a Galiléia (54). A observação da série de sinais em Caná da Galiléia serve para marcar as visi-tas de Jesus ali, que estão relacionadas e intercaladas com viagens a Jerusalém (cf. Jo 2:11-13; 4.3).

Em Jo 4:46-54, encontramos: 1. O nosso Senhor lamentando uma fé inadequada (46-48) ; 2. O nosso Senhor testando, e conseqüentemente fortalecendo, uma fé crescente (49-50) ; 3. Cristo ausente recompensando uma fé que fora testada (51-53). (Alexander Maclaren)


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de João Capítulo 4 do versículo 1 até o 54
*

4.1-42

O pano de fundo deste incidente é o profundo desprezo que os judeus e os samaritanos sentiam uns pelos outros (v. 9). Não é surpresa que os samaritanos respondessem com inimizade aos judeus. Quando viajavam entre a Galiléia e a Judéia, muitos judeus atravessavam o Jordão, de preferência a passarem por Samaria. Jesus não seguiu esta prática (Lc. 9.52).

* 4:6

Cansado. Jesus sentiu fadiga e mesmo exaustão, por causa de sua natureza humana (Mt 8:24). Ver "A Humanidade de Jesus", em 2Jo 7.

hora sexta. Meio-dia.

* 4:9

os judeus não se dão com os samaritanos. Esta frase poderia ser traduzida também como "os judeus não usam nada em comum com os Samaritanos", referindo-se à legislação que proíbe aos judeus comer ou beber com os samaritanos, que eram mais relaxados na sua maneira de entender o ritual da purificação. A surpresa não foi tanto pelo fato de Jesus estar falando com a samaritana, mas pelo fato de ele beber (água) de um recipiente samaritano.

* 4:10

o dom de Deus. Esta expressão dá ênfase ao fato de que a salvação não é merecida, mas dada (Ef 2:8). O próprio Jesus é o dom de Deus (3.16; Gl 2:20; Ef 5:25).

água viva. No Antigo Testamento, água viva ou corrente era empregada figurativamente como referência à atividade divina (Jr 2:13; Zc 14:8. Ver também v. 14 e 7:37-39).

* 4:11

Como os judeus e Nicodemos antes dela, a mulher samaritana não compreendeu os termos chaves que Jesus usa (v. 15; 2:19-21; 3:3-10).

* 4:13

tornará a ter sede. Jesus contrasta a satisfação transitória com a satisfação eterna, ensinando que todos os prazeres terrenos, mesmo quando legítimos, se desvanecem.

* 4:14

Aqui "eu lhe der" expressa a origem divina da bênção, "uma fonte a jorrar", refere à sua grande abundância; "para a vida eterna" significa duração sem fim.

* 4:18

cinco maridos já tiveste. O conhecimento da vida anterior da mulher samaritana é idêntico ao conhecimento que Jesus revelou a respeito de Natanael (1.48).

* 4:20

Nossos pais adoravam neste monte. Algum tempo depois de o reino do Norte cair sob a Assíria (721 a.C.), uma ruptura surgiu entre os judeus, em Jerusalém, e os israelitas que viviam em Samaria. Estes samaritanos, posteriormente, construíram um templo no Monte Gerizim, que foi destruído cerca de 130 a.C.. Eles continuam a cultuar no Monte Gerizim, mesmo nos tempos modernos.

* 4:23

vem a hora e já chegou. Ver 6.25. Logo virá o tempo em que as divisões entre Judeus e Samaritanos serão removidas (v. 21) e o culto do templo será substituído. O tempo "já chegou" porque Jesus está presente e começou a obra que conduz à presença do Espírito Santo na igreja (7.39; 20.22).

* 4:24

importa que... o adorem em espírito e em verdade. O "verdadeiro" culto é contrastado com o culto regulado pelas disposições temporárias da lei, especialmente a separação entre judeus e gentios e as exigências do culto no templo de Jerusalém. Os aspectos cerimonial e sacrificial da lei não eram falsos; eram temporários e provisórios. O culto "em espírito" é o culto no Espírito Santo. Ele continua a obra começada por Jesus (14.16-18; At 2:33). Marcas proeminentes da era do Espírito são a remoção da barreira entre judeus e gentios, e a capacidade de os cristãos adorarem sem necessidade de templo de qualquer espécie.

* 4:26

Eu sou. Esta é uma ocasião antes do seu julgamento, quando Jesus é citado apresentando-se como o Messias. Talvez insinuações políticas associadas a este título desaconselhassem Jesus a empregá-lo com mais freqüência (conforme 6.14,15).

* 4:27

se admiraram. A atitude dos discípulos reflete tanto o desprezo dos judeus pelos samaritanos como o chauvinismo machista que considerava o ensinar a uma mulher como perda de tempo.

* 4:30

Saíram. O testemunho da mulher foi mais eficiente do que a visita dos doze apóstolos.

* 4:37

Um é o semeador, e outro é o ceifeiro. Jesus torna claro que seus discípulos têm uma responsabilidade diferente da sua. Eles colherão o que Jesus semeou. A frase pode antecipar deliberadamente o que ocorre em 12:23-24.

* 4:42

o Salvador do mundo. Eles reconheceram que Jesus era mais do que um profeta (vs. 19,29,39); ele é o Salvador (1Jo 4:14).

* 4:44

um profeta não tem honras na sua própria terra. "Sua própria terra" é provavelmente a Galiléia mais do que a Judéia (conforme v. 3). A Galiléia é considerada como sendo o lugar de origem de Jesus, neste Evangelho (1.46; 2.1; 7.42,52). Ainda que os galileus o tenham recebido (v. 45) o texto indica que Jesus foi desprezado por eles, porque tinham necessidade de ver “sinais e prodígios", para crer (v. 48; ver Introdução: Dificuldades de Interpretação).

* 4:46

oficial do rei. Um oficial a serviço de Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia (conforme Mt 14:1-12; Lc 23:7).

* 4:50

teu filho vive. Esta foi uma expressão de poder para curar e não meramente uma profecia de que ele se recuperaria.

* 4:52

à hora sétima. Uma hora da tarde.

* 4:54

segundo sinal. Embora Jesus tenha realizado muitos outros sinais (2.23), este é o segundo que teve lugar em Caná da Galiléia (conforme 2.11). A repetição, por três vezes, da expressão "teu filho vive" (vs. 50, 51,
53) mostra o propósito do sinal, que é revelar que Jesus tem poder para dar a vida. Correspondendo a esta repetição é a progressão da fé do oficial (vs. 48,50,53). Este enfoque sobre a vida através do poder da palavra de Jesus prepara o leitor para o discurso seguinte sobre a vida através do Filho (5.19-30).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de João Capítulo 4 do versículo 1 até o 54
4.1-3 Já tinha surto a oposição contra Jesus, em especial de parte dos fariseus. sentiam-se molestos com a popularidade e a mensagem de Cristo que contradizia muitas de seus ensinos. Como Jesus logo que começava seu ministério, não era o momento de enfrentar-se abertamente a aqueles líderes, por isso deixou Jerusalém e viajou ao norte, a Galilea.

4:4 Depois que o reino do norte, com seu capital Samaria, caiu em mão dos assírios, deportaram muitos judeus a Assíria e trouxeram estrangeiros para que se estabelecessem ali e ajudassem a manter a paz (2Rs 17:24). Do matrimônio entre aqueles estrangeiros e quão judeus ficaram surgiu uma raça mista, impura na opinião de quão judeus viviam no Judá, o reino do sul. Os judeus puros odiavam essa raça mista, que eram os samaritanos, porque sentiam que traíram a sua gente e a sua nação. Os samaritanos estabeleceram um lugar alterno de adoração no monte Gerizim (2Rs 4:20) paralelo ao templo de Jerusalém, destruído cento e cinqüenta anos atrás.

Os judeus faziam todo o possível por não viajar através da Samaria. Mas Jesus não tinha motivos para viver com sortes restrições culturais. A rota através da Samaria era mais curta e essa foi a que tomou.

4.5-7 O poço do Jacó estava situado dentro da propriedade que tinha pertencido ao Jacó (Gn 33:18-19). Não era um poço de manancial, mas sim a água se acumulava no fundo quando caía a chuva e o rocio. Os poços principalmente estavam localizados nos subúrbios da cidade, junto aos caminhos principais. Duas vezes ao dia, na manhã e na tarde, as mulheres foram tirar água. Esta mulher foi ao meio dia, possivelmente para não encontrar-se com outras pessoas devido a sua reputação. Aqui Jesus deu a esta mulher uma mensagem extraordinária sobre o água pura e fresca que pode satisfazer a sede espiritual para sempre.

4.7-9 Esta mulher (1) era samaritana, membro da odiada raça mista, (2) tinha uma má reputação, e (3) estava em um lugar público. Nenhum judeu respeitável lhe falava com uma mulher baixo estas circunstâncias. Mas Jesus o fez. O evangelho é para todos, sem importar raça, posição social nem pecados cometidos. Devemos estar preparados para estender seu Reino em todo tempo e em qualquer lugar. Jesus cruzava qualquer barreira por pregar as boas novas e, quem o sigo, não podemos fazer menos.

4:10 O que quis dizer Jesus com "água viva"? No Antigo Testamento muitos versículos se referem à sede de Deus como sede de água (Sl 42:1; Is 55:1; Jr 2:13; Zc 13:1). A Deus lhe chama manancial da vida (Sl 36:9) e manancial de águas vivas (Jr_17:13). Ao dizer que podia dar água viva que saciaria para sempre a sede, Jesus declarava ser o Messías. Solo o Messías poderia dar este presente que satisfaz a necessidade da alma.

4.13-15 Muitas coisas espirituais têm seu paralelo nas físicas. Assim como nosso corpo padece de fome e sede, também nossas almas. Mas nossas almas necessitam água e alimento espirituais. A mulher confundiu as duas classes de água porque é muito possível que ninguém lhe tivesse falado antes da fome e a sede espirituais. Não privamos a nossos corpos de comida e água quando os requerem. por que o fazemos com nossas almas? A Palavra vivente, Jesucristo, e a Palavra escrita, a Bíblia, podem satisfazer a fome e a sede da alma.

4:15 A mulher acreditava erroneamente que se recebia a água que Jesus lhe oferecia, não teria que voltar para poço cada dia. Estava interessada na mensagem do Jesus porque pensava que lhe brindava uma vida fácil. Mas se esse fosse sempre o caso, a gente aceitaria a mensagem de Cristo por razões impróprias. Cristo não deveu tirar as dificuldades, a não ser a trocar nosso interior e a nos dar poder para enfrentá-los da perspectiva de Deus.

4:15 A mulher não entendeu de repente o que Jesus dizia. Costa aceitar algo que modifica a base fundamental de nossa vida. Jesus lhe deu tempo para que fizesse perguntas e que juntasse as peças ela mesma. Pregar o evangelho não sempre significa obter resultados imediatos. Quando convidar às pessoas a que permita que Jesus troque sua vida, conceda tempo para que valore o assunto.

4.16-20 Quando esta mulher se deu conta de que Jesus conhecia sua vida privada, em seguida trocou de tema. Freqüentemente a gente se sente molesta quando se fala de seus pecados ou problemas e procura passar a outro assunto. Se alguém nos fizer isso, devêssemos represar de novo a conversação para Cristo. Sua presença tira a luz o pecado e molesta às pessoas, mas só Deus pode perdoar pecados e dar vida nova.

4.20-24 A mulher pôs em discussão um tópico teológico popular: o melhor lugar para adorar. Mas sua pergunta era uma cortina de fumaça para proteger sua profunda necessidade. Jesus conduziu a conversação para um ponto mais importante: a localização do adorador não é nem remotamente mais importante que a atitude do adorador.

4.21-24 "Deus é Espírito" significa que o espaço físico não o limita. Está presente em todo lugar e pode adorar-se em qualquer lugar, a qualquer hora. Não é onde adoramos o que conta, a não ser como adoramos. É nossa adoração em espírito e na verdade? Tem a ajuda do Espírito Santo? Como nos ajuda o Espírito Santo na adoração? O Espírito Santo intercede por nós (Rm 8:26), ensina-nos as palavras de Cristo (Jo 14:26) e nos ajuda a nos sentir amados (Rm 5:5).

4:22 Quando Jesus disse "a salvação vem dos judeus", manifestava que solo por meio do Messías, um judeu, o mundo acharia salvação. Deus prometeu que através da raça judia todas as nações seriam bentas (Gn 12:3). Os profetas do Antigo Testamento declararam que os judeus seriam luz às nações do mundo ao lhes levar o conhecimento de Deus, e anunciaram a vinda do Messías judeu que deveria salvar à nação e ao mundo. A mulher que estava junto ao poço sabia estas coisas, por isso esperava a vinda do Messías. Mas não lhe ocorreu que falava com O!

4:34 A "comida" a que Jesus se refere é o alimento espiritual. Inclui mais que estudo bíblico, oração ou assistência à igreja. Também nos alimentamos fazendo a vontade de Deus e ajudando a que a obra de salvação se complete. Não só nos alimentamos com o que ingerimos, mas também com o que damos em nome de Deus. Em 17.4, Jesus se refere a acabar o trabalho de Deus na terra.

4:35 Algumas vezes os cristãos se desculpam para não atestar a familiares ou amigos dizendo que estes não estão preparados para acreditar. Jesus, entretanto, esclarece que ao redor de nós há uma colheita contínua que espera a ceifa. Não espere que Jesus o encontre desculpando-se. Olhe a seu redor. Achará gente lista para ouvir a Palavra de Deus.

4.36-38 As recompensas que Jesus oferece são a alegria de trabalhar para O e ver a colheita de crentes. Pelo general, o sembrador não vê a não ser a semente, enquanto que o colhedor vê os grandes resultados da semeia. Mas na obra do Jesus, ambos serão recompensados ao ver novos crentes entrar em Reino de Deus. A frase "outros lavraram" (4,38) possivelmente se refira ao Antigo Testamento e ao João o Batista, que preparou o caminho para o evangelho.

4:39 A mulher samaritana contou imediatamente sua experiência a outros. Sem lhes importar sua reputação, muitos aceitaram seu convite e foram ao encontro do Jesus. Talvez tenha pecado em nosso passado de que estamos envergonhados, mas Cristo nos troca. Quando a gente vê estas mudanças, move-a a curiosidade. Use estas oportunidades para lhes apresentar a Cristo.

4.46-49 Este oficial do rei era possivelmente um oficial ao serviço do Herodes. Caminhou uns trinta e dois quilômetros para ver o Jesus e se referiu ao como "Senhor", ficando sob seu mando embora tinha autoridade legal sobre O.

4:48 Este milagre era mais que um favor a aquele oficial: era um sinal para todo mundo. O Evangelho do João está dirigido a toda a humanidade para que criam no Senhor Jesus Cristo. Aquele funcionário do governo tinha a certeza de que o que Jesus dissesse podia realizar-se. Acreditou, e viu um sinal maravilhoso.

4:50 O oficial não só acreditou que Jesus podia sanar, mas sim lhe obedeceu quando lhe disse que se fora a sua casa, demonstrando assim sua fé. Não é suficiente dizer que acreditam que Jesus pode fazer-se carrego de nossos problemas. Precisamos atuar em conseqüência. Quando orar por uma necessidade ou problema, cria que Jesus pode fazer o prometido.

4:51 Os milagres do Jesus não foram simples iluda produtos do otimismo. Apesar de que o oficial tinha a seu filho a trinta e dois quilômetros de distância, sanou quando Jesus o disse. A distância não era um problema porque Cristo domina o espaço. Nunca poderemos pôr muita distância entre nós e Cristo ao grau que não possa nos ajudar.

4:53 Note como se desenvolveu a fé do oficial. Primeiro, acreditou o suficiente para ir pedir lhe ajuda ao Senhor. Segundo, acreditou na segurança das palavras do Jesus de que seu filho sanaria e atuou em correspondência. Terceiro, ele e toda sua casa acreditaram no Jesus. A fé é um presente que se desenvolve na medida que o usamos.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de João Capítulo 4 do versículo 1 até o 54
F. JESUS ​​ea mulher samaritana (4: 1-26)

1 Quando, pois, o Senhor soube que os fariseus tinham ouvido que Jesus fazia e batizava mais discípulos do que Jo 2:1 (ainda que Jesus mesmo não batizava, mas os seus discípulos), 3 deixou a Judéia, e foi outra vez para a Galiléia. 4 E ele tem que passar por Samaria. 5 Então ele vem para uma cidade de Samaria, chamada Sicar, perto da parte do campo que Jacó dera a seu filho José: 6 e poço de Jacó estava lá. Jesus, pois, cansado da viagem, sentou-se assim junto do poço. Era cerca da hora sexta. 7 Veio uma mulher de Samaria tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber 8 . Pois seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida 9 então a mulher samaritana lhe disse: , Como é que tu, sendo judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (Porque os judeus não se comunicavam com os samaritanos.) 10 Jesus respondeu, e disse-lhe: Se tivesses conhecido o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber; tu lhe terias pedido dele, e ele te daria água viva. 11 A mulher disse-lhe: Senhor, tu não tens com que tirá-la, eo poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? 12 És tu maior ? que o nosso pai Jacó, que nos deu o poço, bebendo ele próprio dele, e seus filhos, e seu gado 13 Jesus respondeu, e disse-lhe: Todo aquele que beber desta água tornará a ter sede; 14 mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorra para a vida eterna. 15 A mulher disse-lhe: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, nem venha aqui tirá-la. 16 Disse-lhe Jesus. Vai, chama o teu marido e vem cá. 17 A mulher respondeu, e disse-lhe: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus: Tu disseste bem, eu não tenho marido: 18 para tiveste cinco maridos; ea quem tu agora tens não é teu marido: isto disseste tu verdadeiramente. 19 A mulher disse-lhe: Senhor, vejo que és profeta. 20 Nossos pais adoraram neste monte; e vós dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar. 21 Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém, vós vos adorar o Pai. 22 Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que conhecemos; porque a salvação vem dos judeus. 23 Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade:. para tal levará o Pai procura para seus adoradores 24 Deus é Espírito, e os que . adoradores o adorem em espírito e em verdade 25 A mulher disse-lhe: Eu sei que vem o Messias (que se chama Cristo.): quando ele vier, ele vai declarar a nós todas as coisas 26 Jesus disse-lhe: I que falar a ti sou ele .

A cidade de Samaria foi fundada por Omri, o sexto rei do Reino de Israel e do chefe de uma dinastia de quatro reis. Ele foi localizado em uma colina de 400 metros nas terras altas centrais palestinos e deu o seu nome ao território circundante. Ele também deu seu nome para as pessoas que habitavam o território. Ele sofreu todas as vicissitudes da terra dos judeus, mas continuou a sobreviver. No tempo de Jesus na terra de Samaria foi anexada à Judéia como um único território sob Tetrarchs do Império Romano. Como resultado da mudança de populações trazidas pelos assírios, com a queda do Reino do Norte, em 721 AC , os samaritanos se tornou de sangue misturado. Em algum momento depois da restauração em 536 AC e à recusa dos judeus para compartilhar com eles a reconstrução do Templo de Jerusalém, um templo rival foi construído no Monte Gerizim, a sudeste da cidade de Samaria curta distância. O Pentateuco serviu como suas Escrituras. Aparentemente, o culto foi realizado lá na época de Cristo.

A mulher de Samaria provavelmente veio do interior de Samaria, em vez de partir da cidade com esse nome. A cidade de Sicar, perto do qual estava o poço de Jacó, onde conversa da mulher com Jesus ocorreu, provavelmente, deve ser identificado com Siquém. Sicar não é mencionado no Antigo Testamento. O campo dada a José por Jacó é, sem dúvida, a parte extra ou "encosta de montanha", que Jacó deu a José acima do que ele deu os outros filhos (Gn 48:22 ).

Diz-se que a rota usual tomada por judeus da Judéia para a Galiléia era a leste do rio Jordão, um desvio ao redor de Samaria. Porque os samaritanos eram de raça mista e adorado em um templo rival, eles eram piores do que os pagãos nas mentes dos judeus e não para ser associado. "Dog" era um nome comum para eles.

Jesus deixou a Judéia, neste momento, aparentemente para evitar mais comparações entre ele e João Batista nas mentes das pessoas. João tinha o registro em frente ao anunciar Jesus como o Messias e se não mais do que uma voz desaparecendo, embora os judeus teria prolongado a discussão sobre os dois batismos. O encontro tinha sido rentável, mas não havia nenhum ponto em Jesus "manter viva a questão, permanecendo em cena. Ele saiu e foi para a Galiléia.

Jesus tomou a rota através de Samaria, porque Ele queria ministrar às pessoas daquela província. Seja por acidente ou por design, ele conheceu uma mulher que veio para o bem da comunidade para obter o abastecimento de água da família. Ela provou ser um bom ouvinte e um propagandista pronto ou testemunha. Este encontro de Jesus com a mulher foi uma das mais bem sucedidas missões gravadas por João, tanto em termos de recepção pronto da mensagem de Cristo e na apreciação com que foi recebido.

Jesus escolheu um momento oportuno para se chegar ao bem, quando as mulheres estariam lá, em vez de os homens com os rebanhos. O dia estava quente, e Ele estava visivelmente quente e cansado. Ele se aproveitou da situação para abrir uma conversa, perguntando a mulher para um copo de água. Os discípulos tinham ido à cidade (Sicar-Siquém) para alimentos; Jesus pode ter enviado eles. Ele ea mulher foram deixados sozinhos. Seu discurso, e talvez até mesmo o Seu vestido, traiu como judeu, e a surpresa da mulher foi imediatamente evidente. Como é que tu, sendo judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? João acrescentou o comentário que os judeus não tinha relações com os samaritanos. Além das barreiras raciais e religiosos, e em parte por causa deles, as mulheres samaritanas eram considerados impuros, e um homem que, tanto quanto falou com um deles foi contaminado por ela. Ao falar com ela Jesus corria o risco de ser considerada impura por aqueles que o conheceram; mas Ele também mostrou que Ele considerou cerimonial religião ineficaz para lidar com sua condição moral e espiritual real. Não é de admirar que Ele era capaz de obter a atenção da mulher ao mesmo tempo. Ela estava muito espantado para obter a água que ele havia pedido.

Jesus logo revelou que a água não era o que ele queria. Ele estava à procura de uma abertura para a Sua mensagem, e ele começou a discursar sobre a água da vida. Ele se ofereceu para dar-lhe água viva, a água da vida eterna. E como Nicodemos, ela era incapaz de compreender mais do que o primeiro significado de suas palavras. No entanto, ela parecia estar tateando em busca de significado oculto. Esse homem tem alguns meios especiais de tirar água de um poço tão profundo? Ou será que ele provar ser um homem maior do que Jacó (que tinha fornecido o bem) e abastecimento de água de alguma outra forma? (V. 11-12 ). Ignorando o possível nota de sarcasmo em seu discurso, Jesus disse-lhe que a água que Ele daria a ela traria para sua vida eterna. Poço de Jacó água pode saciar apenas a sede física e ajudar a sustentar a vida física. A água que Jesus ofereceu iria matar a sede da alma e produzir a vida que seria eterna. O poço de água representou o ceremonialism Velho; Jesus estava trazendo na nova era da graça. Ele ofereceu a sua vida a partir de cima, a vida do Espírito, assim como Ele teve a Nicodemos, a quem Ele falou em termos do novo nascimento.

A vida eterna tem qualidades morais, bem como qualidades de extensão além do tempo. Jesus tentou fazer valer esta verdade sobre a mulher, pois Ele tinha visto seu coração começando a se abrir, a fé começa a tomar conta de suas palavras. Na única língua que ela sabia que ela pediu para a água, não só para si, mas para os outros, para a sua água era para ser compartilhado-as bem servidas todas as pessoas da comunidade e até mesmo viandantes como Jesus. Senhor, dá-me dessa água , que não mais tenha sede, nem venha aqui tirá-la. Jesus não disse, como se poderia esperar, "Eu sou a água da vida." Em outras ocasiões Ele afirmava ser o pão da vida e à luz do mundo. Mas, neste caso, Ele estava se dirigindo a alguém que tinha começado a sondar além da analogia já feita entre o poço de água e a água prometeu. Ela tinha começado a ver o religioso, mesmo espiritual, significado em que Jesus estava dizendo. E a linguagem não precisava ter sido desconhecido para ela, ela pode ter sido lembrado de Moisés trazendo água da rocha, ou de Isaías gritando: "com alegria tirareis águas das fontes da salvação." Sua verdadeira atitude tornou-se evidente quando ela não fez qualquer tentativa para justificar a sua vida amorosa solta quando Jesus revelou que ele sabia sobre isso (sem dúvida por uma visão divina, que é mais evidente no Evangelho de João que no Sinópticos). Por isso, ela sabia que Ele era um profeta e imediatamente virou a conversa para a religião. Nossos pais adoravam neste monte; e vós dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar . Em poucas palavras bem escolhidas Jesus expôs as insuficiências de ambos Samaritano e adoração Jerusalém, que diferiram muito pouco um do outro, ambos pertencentes ao antigo ceremonialism. Não que esse culto não tinha lugar tanto na revelação de Deus ao homem ou ao alcance do homem a Deus. Mas o judaísmo tinha a vantagem de ser o meio especial da revelação de salvação para o mundo de Deus, por meio de que a revelação do Messias havia sido prometido. Quando o Messias veio, tanto samaritanismo eo judaísmo teria que ceder, porque a verdadeira adoração, então, tornar-se espiritual, em vez de permanecer cerimonial.

A mulher estava aparentemente bem versados ​​no Antigo Testamento, mesmo para além do Pentateuco, que era o limite do Samaritano canon. A promessa de um Messias era familiar para ela. Eu sei que o Messias vier, ela disse. A reverência silenciosa vem na narrativa neste ponto. Jesus estava prestes a fazer o mais simples possível declaração de Sua divina origem e que, para uma mulher que não era do povo eleito. Este Jesus declaração não tinha sido eliminados para fazer a Nicodemos, membro do Sinédrio, o Conselho Judaico. A diferença reside na receptividade dos mais abordados. Muitas vezes acontece que aqueles que tiveram a maior oportunidade de ganhar a verdade são mais maçantes de compreensão do que os outros que vêm a ele pela primeira vez. A diferença aqui é entre um oficial religiosa judaica e uma dona de casa Ct 1:1 ).

Deus também é leve, que fala da verdade revelada ou de Deus revelando-se. Cristo veio como a luz do mundo. Tiago diz que não há variação em Deus ", nem sombra de variação" (Jc 1:17 ). No escuro, sem falsidade, sem imperfeições são encontradas nele. Ele é a verdade-verdade revelada. Andar na luz é andar na verdade de Deus em Cristo.

É bom pensar de culto em espírito e em verdade como adoração exercidas no espírito de amor e sobre a base da verdade revelada. Culto, especialmente o culto público, é um louvor reunindo para a comunhão e edificação mútua e para dar e honra a Deus. A sua verdadeira intenção e propósito são perdidas quando o espírito de amor está ausente. Culto cerimonial, como Nicodemos ea Samaritana sabia adoração sob a Antiga Aliança, culto que tinha servido ao seu propósito e não podia mais levar os homens à presença de Deus, poderia ser realizada se os participantes praticaram amor uns pelos outros e para Deus ou não. Mas a adoração sob a Nova Aliança deve estar no espírito de amor, tanto para Deus e para o homem. Jesus ensinou que as diferenças entre irmãos devem ser esclarecidas antes de adoração é aceitável (Mt 5:23. ).

De maneira semelhante culto cristão deve ser realizado de acordo com a verdade de Deus, como foi revelado em Cristo. Além disso, a adoração deve constituir a busca da verdade. As bênçãos do culto são uma sensação de aceitação e garantia de que vem da presença de Deus, mas a adoração deve significar mais do que isso. Adorar em verdade trará uma nova luz em que o adorador vai andar. A verdade pode vir "íntimo e penetrante" e ser mais séria do que alegre como se vê dentro de si atitudes e relacionamentos que são não cristão. Pode "Rock Um nos calcanhares" ou "drive-lo de joelhos", "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes" (He 4:12 ). Culto em espírito e em verdade é solicitado-amor e adoração saturado de amor que traz a luz da verdade de Deus sobre o coração ea vida Dt 1:1)

27 E nisto vieram os seus discípulos; e se admiravam de que estivesse falando com uma mulher; todavia nenhum lhe disse: Que procuras? ? ou: Por que falas com ela 28 Então a mulher deixou o cântaro, e foi à cidade e disse ao povo: 29 Vinde, vede um homem que me disse tudo o que sempre fiz: isso pode ser o Cristo? 30 Saíram da cidade, e foram ter com ele. 31 E entretanto os seus discípulos lhe rogavam, dizendo: Rabi, come. 32 Mas ele lhes disse: Uma comida tenho para comer que vós não conheceis.33 Então os discípulos diziam uns aos outros: Acaso alguém lhe trouxe alguma coisa para comer? 34 Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra. 35 Não dizeis vós que ainda há quatro meses e , em seguida,vem a colheita? Eis que eu vos digo: Levantai os vossos olhos, e vede os campos, que já estão brancas para a ceifa. 36 Aquele que ceifa recebe galardão, e ajunta fruto para a vida eterna; que o que semeia eo que ceifa juntamente se regozijem. 37 Por aqui está a dizer verdade, Um semeia, e outro o que ceifa. 38 Eu vos enviei a ceifar onde não trabalhaste; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho.

39 E desde aquela cidade muitos dos samaritanos creram nele por causa da palavra da mulher, que testificou: Disse-me todas as coisas que fiz. 40 Então, quando os samaritanos vieram a ele, rogaram-lhe que ficasse com eles: . e ficou ali dois dias 41 E muitos mais creram por causa da sua palavra; 42 e diziam à mulher: Já que acreditamos, não por causa da tua palavra para nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo.

Assim que os discípulos voltaram com alimentos a mulher deixou para a cidade. Conversa como ela e Jesus engajados é mimada quando outros estão presentes. Foi-coração-privada para o coração. Algumas verdades não se encaixam discurso público.Problemas de algumas pessoas são mais bem atendidos em entrevistas particulares. A dependência em serviços públicos em detrimento de aconselhamento pessoal por parte do pastor e da igreja não pode deixar de deixar muitos intocado dos problemas mais profundos das pessoas. Jesus foi o Mestre da entrevista pessoal.

Deixando seu pote de água (para ela planejava voltar), a mulher correu para Sicar para dizer a seus amigos do profeta a quem ela metade acreditava que era o Messias judeu. Muitos acreditavam que o que ela disse a eles; mas é duvidoso que sua fé foi mais longe do que a dela em relação a messianidade de Cristo. Outros vieram para o bem e foram persuadidos a acreditar no que o próprio Jesus disse a eles. O que ouvi dele confirmou o que a mulher tinha dito. Talvez o preconceito contra os judeus os impediu de falar de Cristo como o Messias, eles chamaram de o Salvador do mundo (v. Jo 4:42 ). Mas, de maior importância é o fato de que eles acreditavam mais prontamente e de coração do que os judeus.

O segundo resultado desta entrevista com a mulher é vista como Jesus falou com os discípulos após o seu regresso. Pode não ser adequada para dizer que eles eram unappreciative da grandeza da ocasião. Eles não tinha ouvido a conversa, e para o momento em que eles foram totalmente absorvidos com os preparativos para o jantar. Eles não conseguiram pegar qualquer um a atmosfera do que havia acontecido; o próprio ar deve ter sido cobrado como com eletricidade. O registro implica que os discípulos tinham começado a comer antes que a mulher deixou. Quando Jesus se absteve de comer eles insistiram com comida sobre Ele, inconsciente de sua preocupação. Uma comida tenho para comer que vós não conheceis . Eles não sabiam o que ele quis dizer. Os samaritanos tinham vindo a aceitar a Cristo de uma forma não condizente com este primeiro grupo de discípulos. Os discípulos tinham Ele aceita como Rabbi (professor- Jo 1:38 ), e pediu para segui-Lo noviciados como interessadas. Eles não esteve presente para ouvir tanto o ensino sobre o novo nascimento ou sobre a água da vida. Sua resposta à recusa de Jesus para comer- Acaso alguém lhe trouxe de comer -compares bem com a de Nicodemos: "Como pode um homem nascer, sendo velho?" A mulher tinha demonstrado uma visão mais aguçada e percepção espiritual do que qualquer um recorde-se de João para este tempo. Talvez fosse porque ela era uma mulher; ou porque ela não era judia. Ela teria tido alguma compreensão das próximas palavras de Jesus aos seus discípulos: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra (v. Jo 4:34 ). Para os discípulos, isso era algo para ser lembrado e compreendido em uma data posterior.

Deve-se observar, no entanto, que a disponibilidade de compreensão parecia não ser de tão grande importância para Jesus como para nós neste dia de prioridades, QI, e Questionário Kids. A mulher samaritana não é ouvido de novo nos Evangelhos. Foi de grande importância que os discípulos chegar a uma compreensão plena de Jesus e Sua missão no que diz respeito à sua parte nela e sua dedicação a ele. E assim, Jesus apontou para os campos de cereais não amadurecidas e tirou uma lição. Ao contrário do grão, a colheita espiritual já estava maduro para a recolha, como evidenciado pelas pessoas que afluem para fora da cidade. Eles, os discípulos, estavam a ser ceifeiros na seara de Deus, a sua recompensa seria certo, e que iria se alegrar com aqueles que tinham ido antes deles no programa de salvação de Deus. Jesus pensou em ambos semear e colher acontecendo simultaneamente. Cada homem colhe onde outro semeou e por sua vez as porcas para outro para colher. Um homem, as plantas mais águas, e ainda outro o que ceifa, mas é "Deus que dá o crescimento" (1Co 3:7)

43 E, depois de dois dias, saiu dali para a Galiléia. 44 Porque Jesus mesmo testificou que um profeta não tem honra na sua própria pátria. 45 Então, quando ele veio para a Galileia, os galileus o receberam, vistas todas as coisas que ele fez em Jerusalém no dia da festa; pois também eles tinham ido à festa.

46 Foi, então, outra vez a Caná da Galiléia, onde da água fizera vinho. E havia um nobre, cujo filho estava enfermo em Cafarna1. 47 Quando ele soube que Jesus tinha vindo da Judéia para a Galiléia, foi a ele, e rogou -lhe que descesse, e curasse o seu filho; pois ele estava no ponto de morte. 48 , portanto, Jesus lhe disse: Se não virdes sinais e prodígios, ye de nenhuma maneira terá acreditar. 49 O nobre diz-lhe: Senhor, desce, antes que meu filho morra. 50 Jesus disse- lhe: Vai-te; teu filho vive. O homem creu na palavra que Jesus lhe dissera, e ele seguiu o seu caminho. 51 E como ele já ia descendo, os seus servos o conheci, dizendo que seu filho vivia. 52 Perguntou-lhes a hora em que ele começou a alterar. Disseram-lhe, pois Ontem à hora sétima a febre o deixou. 53 Então o pai sabia que era a hora em que Jesus lhe disse: O teu filho vive:. e creu ele e toda a sua casa 54 Esta é novamente o segundo sinal de que Jesus, ao voltar da Judéia para a Galiléia.

Depois de dois dias em Samaria, a pedido do povo de Sicar, Jesus continuou seu caminho para a Galiléia. As palavras de Jesus neste time- um profeta não tem honra na sua própria pátria -foram provavelmente falado em referência a Judéia e como parte de Sua razão para ter saído há poucos dias antes. Eles também indicam a atitude de resistência que Jesus foi encontrando e que iria continuar. Eles também são algo reminiscente da afirmação de João: "Veio para o que suas próprias coisas ou [casa] e os que estavam a sua não o receberam" (Jo 1:11 ). Quando ele chegou na Galileia, os galileus o recebeu, provavelmente, aqueles que tinham observado quando Ele limpou o templo na festa da Páscoa. Foi dito que eles acreditavam nEle então. Jesus, no entanto, não passou entre eles como entre amigos e discípulos por Ele sabia que a superficialidade da sua fé (Jo 2:24 ). Este foi mais de uma visita casual do que uma turnê planejada. Ele cumpriu sua missão na Samaria e foi passar alguns dias em território familiar, antes de retornar a Jerusalém para uma festa "sem nome".

Durante a visita, Jesus curou o filho de um nobre ou um oficial romano em Cana, completando assim seu testemunho inicial para os três grupos principais de representação na Palestina: judeus, samaritanos e gentios (todos os não-judeus eram gentios). O segundo milagre na pequena cidade de Cana dá evidência do grau de fé que Ele encontrou lá como contra a Nazaré, sua casa de infância (Mt 13:53 ). Cada confronto de Jesus com uma pessoa individual teve suas características distintas, embora o objetivo final em cada caso era o mesmo, o desenvolvimento da fé Nele. Jesus nunca se aproximou de duas pessoas exatamente da mesma maneira. Este homem de Cana queria que Jesus curasse o seu filho; Jesus queria que o homem a crer Nele. O homem confessou,curar meu filho . Em essência, Jesus respondeu: "A fé é necessária e você não vai acreditar até ver pela primeira vez um milagre." A resposta do pai mostrou que ele era uma exceção para o comum das pessoas, ele aceitou a promessa de Cristo que seu filho iria viver e ele voltou para sua casa. O resultado foi que a criança foi restaurado para a saúde, a fé do pai foi vindicado, e toda a família se tornaram crentes. O contraste entre este oficial do Tribunal Romano e os galileus que tinham visto Jesus em Jerusalém mostra que a fé com base apenas nas ocorrências (milagres) nem sempre é forte nem genuína. João aqui revelado progressos na apresentação de Cristo da verdade redentora. Milagres têm o seu lugar como um meio de fé, mas em última análise, a fé deve vir através de uma visão sobre a pessoa e obra de Cristo, para os cristãos não podem viver por milagres sozinho. Na verdade, a fé não é realmente fé até que ele tenha ido além da capacidade de ver. No final do ministério de Cristo, após a ressurreição, Ele falou esta verdade para Tomé, que queria um apoio concreto para a sua fé: "Porque me viste, creste; bem-aventurados os que não viram, creram" (Jo 20:29 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de João Capítulo 4 do versículo 1 até o 54
Esse capítulo tem duas seções: (1) o ministério de Cristo para com a mulher samaritana (4:1-42); e (2) o milagre que Cristo fez para o oficial do rei (4:43-54). Em um sentido, as duas experiências envolvem mila-gres, pois a transformação da mu-lher pecadora foi tão maravilhosa quanto a cura a "longa distância" do filho do oficial.

  1. O ministério de Cristo para com a samaritana (4:1 -43)

Os samaritanos eram uma "raça mista", parte judia e parte gentia. Assim, eram considerados proscri- tos, e os judeus os desprezavam. Em Samaria, eles tinham um sistema re-ligioso próprio, que rivalizava com as afirmações dos judeus (4:20-24), e acreditavam na vinda do Messias (4:25). Jesus precisava "atravessar a província de Samaria" (v. 4) porque Deus planejara que essa pecadora se encontrasse com ele e achasse a água da vida em Cristo. No relato da conversa, vemos o caminho que essa mulher percorreu para crer em Jesus Cristo.

  1. "Sendo tu judeu" (vv. 1-9)

Surpreendeu-a o fato de um rabi ju-deu pedir um favor a uma mulher, muito mais a uma samaritana. Ela não sabia nada mais a respeito de

Jesus além do fato de que era um judeu e de que tinha sede. O pe-cador, cego para Cristo, está mais interessado nos assuntos da vida (como pegar água) que nas coisas da eternidade.

  1. "És tuporventura, maior do que Jacó, o nosso pai?" (vv. 10-15)

No versículo 10, Jesus diz-lhe que ela ignora duas coisas: a dádiva de Deus (salvação) e a identidade do Salvador que estava à frente dela. Jesus fala de água viva — a água da vida —, mas ela interpreta isso de forma literal. É típico do pecador confundir o físico com o espiritual! Nicodemos pensou que Jesus falava de nascimento físico (3:4), e, mais adiante, até mesmo os discípulos pensaram que ele falava de alimen-to literal (4:31-34). Jesus diz que as coisas do mundo não satisfazem, e que, sem Cristo, os homens sempre "tornarfão] a ter sede". Lc 16:19-42).

Devemos prestar atenção ao exemplo que Cristo estabelece como ganhador de almas. Ele não permite que preconceitos pessoais ou necessidades físicas o atrapa-lhem nessa tarefa. Ele recebe essa mulher de forma amigável e não a força a tomar uma decisão. Com sabedoria, ele dirige a conversa e permite que a Palavra faça efeito no coração dela. Ele lida com ela em particular e, de forma amorosa, aponta-lhe o caminho da salvação. Ao falar com ela a respeito de algo comum e que estava em pauta — água —, e ao usar isso como uma imagem da vida eterna, ele prende a atenção dela. (Da mesma forma que, no frio da noite, falou com Ni- codemos a respeito de vento.) Ele não evitou falar de pecado, mas a fez encarar suas necessidades.

  1. O milagre de Cristo para o oficial do rei (4:43-54)

Esse é o segundo dos sete sinais que João apresenta. Esses sinais mostram a forma como a pessoa é salva e os efeitos da salvação. (Leia as notas introdutórias a João.) Os dois primeiros sinais acontecem em Caná, na Galiléia. A transfor-mação da água em vinho ilustra que a salvação é por meio da Pala-vra. Nesse capítulo, a cura do filho do oficial mostra que a salvação vem pela fé.

O filho está à morte em Cafar- naum, a cerca Dt 27:0, veja uma reação semelhante de Marta.) Je-sus não foi com o homem; em vez disso, disse-lhe estas palavras: "Vai, [...] teu filho vive". O homem creu na Palavra!

O versículo 52 ("ontem") indi-ca que o homem permaneceu um dia inteiro em Caná, pois o trajeto de volta para sua casa não levaria mais de três ou quatro horas. O me-nino curou-se às 13 horas, e no dia seguinte o pai chegou em casa. Isso prova que teve fé verdadeira na pa-lavra de Cristo, pois não se apressou em ir para casa a fim de ver o que acontecera. Essa é a forma como somos salvos — ao pôr nossa fé na Palavra de Deus. "Cristo diz isso, eu creio nisso, e isso encerra a ques-tão!" Aparentemente, o oficial ficou em Caná, cuidou de alguns negó-cios e foi para casa no dia seguinte. Ele teve "gozo e paz [...] [em seu] crer" (Rm 15:13) porque sua con-fiança repousava apenas na palavra de Cristo. Ele não ficou surpreso quando o servo disse-lhe "que o seu filho vivia". Ele apenas perguntou a que horas isso aconteceu e verificou que foi no momento em que Cristo disse a palavra salvadora. O resulta-do disso: toda a sua família creu em Cristo. "A fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo" (Rm 10:17).

No versículo 48, Jesus apresen-ta a razão por que as pessoas não crêem: elas querem ver sinais e vi- venciar prodígios. Lembre-se que Satanás pode realizar sinais e pro-dígios com a finalidade de enganar as pessoas (2Co 2:9-47). Você está em terreno perigoso se sua salvação fundamentar-se em sentimentos, em sonhos, em visões, em vozes ou em qualquer outra evidência carnal. A única coisa que nos garante a vida eterna é a fé na Palavra. (Veja 1Jo 5:9-62.)


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de João Capítulo 4 do versículo 1 até o 54
4.2 Jesus mesmo não batizava. Os evangelhos frisam que Cristo batizaria com o Espírito Santo não com água (Mt 3:11; Lc 3:16).

4.4 Necessário... A rota normal dos judeus circundava a província de Samaria seguindo o vale do Jordão para o norte. Jesus põe em práticaAt 1:8. Começa Seu ministério em Jerusalém (cap.
3) passa para Judéia (3:22-36); em seguida leva as boas novas a Samaria e depois entra em contato com o mundo gentio (4:46-54).

4.5 Sicar. "Os arqueólogos" a identificam com Siquém Gn 33:19).

4.6 Cansado. A humanidade de Jesus é notável nesta passagem. Ele se cansa, tem sede (7) e fome (8.31). Hora sexta - meio dia

4.7 Jesus se desassocia dos costumes da época:
1) Fala com uma mulher - os fariseus evitavam qualquer contato com mulheres não parentes.
2) Teve contato com uma samaritana - na opinião dos rabinos todos os samaritanos eram ritualmente imundos.
3) Ensinou uma mulher - os fariseus opinaram que seria melhor queimar a Torá (a Lei de Deus) do que entregara a uma mulher. • N. Hom. Jesus Ganhador de Almas
1) Abre o diálogo fazendo um pedido;
2) Suscita curiosidade (9);
3) Provoca interesse profundo (10);
4) Transforma o interesse em convicção de pecado (16-18; conforme Lc 5:8);
5) Revela quem Ele é (19, 26);
6) Cria o desejo de testemunhar (28, 29)

4.10 Água viva. No sentido natural significava água potável que flui de fonte ou dentro de um poço. Espiritualmente significa a salvação ("dom de Deus") em Cristo, fonte de vida eterna a jorrar (14; conforme 19,34) naqueles que vêm para Ele e crêem nele (7; 37, 38). A água simboliza o Espírito Santo em 7; 39.

4.12 Jacó. Conforme 1.47, 48n. O poço dado por Jacó, com cerca Dt 30:0, Cl 1:17).

4.14 Jesus cumpre as promessas messiânicas (conforme Is 12:3; Is 35:7; Is 49:10).

4.15 Como Nicodemos (3.4,
9) a mulher pensa em termos materiais. Uma vez convicta do seu pecado (16-18). O modo de pensar mudou.
4.19 És profeta. Conforme Dt 18:15, Dt 18:18.

4.20 Neste monte. Seria Gerizim, o monte, de bênção (Dt 11:29; Dt 27:12) onde os samaritanos instalaram um templo rival e culto alheio ao de Jerusalém.

4.21,23 A hora vem... e já chegou. Denota a nova era messiânica inaugurada por meio da nova aliança tornada válida no sacrifício de Jesus Cristo (He 9:11-58). • N. Hom. A Verdadeira Adoração,
1) A questão do local é insignificante (21; At 7:48s).
2) O objeto é o Deus que se .revela na história, na Bíblia e sumamente em Cristo.
3) O modo:, a) em espírito (Jo 3:5, Jo 3:6; Jo 16:13); b) em verdade (8.32; 14.6; 17.17).

4.25,26 Messias. Cf.1.41n. Eu o sou... Conforme 52.6.

4.34 A comida ou sustento de Cristo é sua vida entregue totalmente à vontade do Pai (6.55; Mt 4:4; Dt 8:3; Sl 40:6-81- He 10:5-58). Realizar (gr teleiõsõ, "consumar"). Conforme 19.30 com 9.4 e 17.4.

4.35 Campos... branqueiam. Jesus fala dos samaritanos vindos para ouvir a mensagem da salvação (conforme 8.5, 6).

4.36,37 Um é o semeador. Indica o próprio Cristo que semeia Sua vida na morte (para produzir "muito fruto" 12.24).

4.38 Outros trabalharam. Historicamente os patriarcas e profetas do AT prepararam o solo. Presentemente era o Senhor que semeou as boas novas entre os samaritanos. Os discípulos são convocados a ceifar o fruto na hora (conforme At 8:4-44; Jl 9:13).

4.39,42 Contato pessoal com Cristo é essencial para a fé madura. Salvador do mundo. Esta frase rara aparece também em 1Jo 4:14. Ainda que "a salvação vem dos judeus" (22), os samaritanos reconheceram que a salvação de Cristo se estende para toda raça (conforme Is 45:2, Is 45:3). • N. Hom. Três Passos da Fm 1:0, Mt 13:57; Mc 6:1, Mc 6:4, etc.). Não tem honras. Jesus foi para a Galiléia para evitar choques precipitados com Seus inimigos na Judéia.

4.46 Oficial (gr basilikos. Josefo usa este termo para qualquer servo do rei). Talvez fosse gentil (conforme 44n). Teria sido Cuza, procurador de Herodes (Lc 3:3), ou Manaém, seu colaço (At 13:1)?

4.48 Jesus era ciente da fé superficial do oficial e da multidão em volta, fé essa que dependia de vista (20.29).

4.5o Jesus não entra em contato direto.com gentios necessitados (conforme 12.20s; Mc 7:24-41;- Mt 8:5-40; Lc 7:1-42); cura- os a distância.

4.52 Ontem à hora sétima. Se foi a hora romana seria às 19 horas, que explicaria a demora do pai em voltar para casa.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de João Capítulo 4 do versículo 1 até o 54

4) A mulher samaritana (4:1-42)

Os samaritanos são mencionados com certa freqüência nos Evangelhos (conforme Lc 9:5156; Lc 10:29-42). Está no fato de que ambas as curas foram realizadas de certa distância, v. 44. em sua própria terra (patris) deve significar aqui não Nazaré, na Galiléia, como geralmente significa nos Sinópticos (conforme Mc 6:4 etc.), mas, em vista do contexto messiânico, Jerusalém, na Judéia, considerada por todos os judeus seu próprio lar. v. 48. Os sinais que Jesus realiza só têm a intenção de serem indicadores do caminho para a compaixão de Deus. Eles não são suficientes como único fundamento para a fé. v. 50. O homem confiou na palavra de Jesus: Mesmo assim, sua fé ainda não era fé salvífica. Era somente, até então, segurança de que Jesus era genuíno (conforme v. 53). v. 52. à uma da tarde: tradução do grego “sétima hora”, v. 53. Assim, creram ele e todos os de sua casa: Isso agora era fé absoluta que dava valor à sua crença anterior sem que tivesse visto (conforme 20.29). v. 54. o segundo sinal miraculoso: Conforme 2.11.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de João Capítulo 4 do versículo 43 até o 54

F. A Cura do Filho do Nobre. Jo 4:43-54

Este incidente é o único parágrafo do ministério narrado por João que relaciona com esta visita de Jesus à Galiléia. O rapaz, doente em Cafarnaum, foi curado pela palavra de Jesus, quando este se encontrava em Caná, a milhas de distância.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de João Capítulo 4 do versículo 43 até o 54
d) A cura do filho de um nobre da Galiléia (Jo 4:43-43. Jesus testemunhou ao Judaísmo a respeito da nova era. Em Caná da Galiléia, transformou água em vinho, manifestando, desta maneira, sua glória (Jo 2:1-43). Outros sinais em Jerusalém (Jo 2:13) constituem o pano de fundo para o seu discurso com Nicodemos, quando lhe falou sobre o novo nascimento (Jo 2:23-43). Depois de uma permanência de dois dias com os samaritanos, Jesus deixa a sua terra e se dirige à Galiléia. Ele mesmo explica a viagem nos termos seguintes: Porque... um profeta não tem honra, na sua própria terra (44). Esta seria uma razão adequada para não ir. Por isso, certos comentaristas, seguindo Orígenes, identificam "a terra" com a Judéia (Westcott, Plummer, Hoskyns). Bernard, escrevendo no Comentário Crítico Internacional, considera o vers. 44 "como glosa de Mc 6:4, interpolada por João, ou algum redator posterior, que foi atraído pela menção da Galiléia, sem que seja, porém, apropriada ao texto". O próprio contexto dá-nos a entender que a região referida seria a da Judéia. Nesta hipótese, a razão para a ida à Galiléia seria devido à falta de hospitalidade e à hostilidade do povo, na Judéia. É difícil, portanto, chegar a uma conclusão definitiva, quanto ao local mencionado pelo evangelista. Jesus recebe boa acolhida na Galiléia (45). O incidente da cura do filho do nobre é, em muitos pontos, parecido com a cura do servo do centurião mencionado em Lc 7:1-42. Vê-se uma semelhança filológica no uso do mesmo vocabulário em frases como ele estava à morte (47; cfr, Lc 7:2). Ambos os milagres foram realizados à distância e a fé do homem nobre corresponde em muito à do centurião. Contudo, na narrativa joanina a palavra de poder pela qual se efetua a cura é falada em Caná, e não em Cafarnaum. Há, entretanto, evidentes discrepâncias nos detalhes das duas histórias, que não permitem à narrativa joanina ser considerada uma versão livre da sinótica. Plummer apresenta oito diferentes pontos importantes de divergência. Um régulo (ARC) 46; oficial do rei (ARA), da corte de Herodes, que provavelmente ouviu algo acerca do sinal realizado em Caná da Galiléia. Viajou desde Cafarnaum, que distava aproximadamente 30 quilômetros, e pediu a Jesus que descesse à cidade e curasse seu filho (47). Jesus porém repreendeu a fé que se baseia apenas em presenciar sinais e maravilhas (48). Não obstante, o oficial insistiu em seu pedido, a favor do seu filho, certo de que a cura viria pela presença de Jesus (49). Jesus não rejeitou a pouca fé que tinha, e ordenou-lhe que voltasse, dizendo, teu filho vive (50). O oficial aceitou a palavra de Jesus, como fidedigna. Na manhã seguinte, quando voltava para sua casa, encontrou os seus servos, que lhe informaram da cura do seu filho (51). Perguntou, então, a que hora o filho mostrou-se recuperado e verificou que a febre o deixara exatamente no momento em que Jesus lhe havia declarado: teu filho vive (53). A conseqüência da cura foi que creu ele e toda a sua casa (54).

John Gill

Adicionados os Comentário Bíblico de John Gill, Ministro Batista
John Gill - Comentários de João Capítulo 4 do versículo 49 até o 52

4:49 - O homem nobre disse-lhe: Senhor,... Apesar de sua repreensão, e parecendo uma negação, ele insiste de novo, e se dirige a ele da maneira mais cortez e bela, inoportunamente se dirige a ele dizendo:

Desce antes que meu filho morra;... Aqui estava fé misturada com descrença; ele acreditava que Cristo era capaz de curar seu filho, mas ele ainda pensava que sua descida com ele era necessária; de que ele tinha que estar corporeamente presente, e devesse colocar suas mãos sobre ele, ou tocar nele, ou falar, ou ordenar que a doença saísse, ou alguma coisa do tipo, e que devesse ser feito antes dele morrer; porque, caso contrário, ele morreria, e toda esperança se teria ido; tendo ele nenhum idéia de que Cristo tinha poder para levantá-lo entre os mortos.

4:50 - Jesus disse-lhe: ide,... Retorne para casa em paz, não fique assim tão atribulado e entristecido sobre esse assunto; deixe isso comigo, eu tomarei conta; tudo ficará bem: assim a versão Persa lê: “não estejais ansioso, e vai”; não solicite por minha presença, ou me peça para ir contigo; vão sozinho, não há necessidade para mim estar lá:

Teu filho vive;... Ele está agora recuperado de sua doença, e está bem, e em perfeita saúde, e viverá:

O homem acreditou na palavra que Jesus tinha falado para ele;... Tal poder veio junto com as palavras de Cristo, como não apenas curou seu filho à distância, que estava às portas da morte, mas também o pai de sua descrença; e ele não mais insistiu em que ele fosse junto com ele, mas acreditou firmemente que seu filho estava vivo e bem, como Cristo tinha dito que ele estava:

E ele seguiu seu caminho;... Ele deixou Cristo e partiu para Cafarnaum; muito provavelmente não no mesmo dia, sendo agora na tarde do dia, mas na manhã seguinte, como parece evidente do que se segue.

4:51 - E quando ele já ia descendo,... De Caná para Cafarnaum, no dia seguinte que ele tinha estado com Cristo:

Seus servos o encontraram e disseram [a ele], dizendo: teu filho vive;... Assim que essa cura foi realizada, embora não fosse conhecido na família como, e por quem ela tinha sido feita, imediatamente alguns dos seus servos foram enviados para levar as notícias para seu mestre, para que sua dor fosse removida; e para que ele não se preocupasse mais em buscar a cura: esses, ao encontrar com ele na estrada, com um ar de surpresa, de uma vez se dirigiram a ele com a alegre notícia, de que seu filho estava completamente curado de sua doença, e estava vivo e bem; novas essas que ele estava familiarizado e tinha acreditado antes; embora pudesse ter dado a ele uma alegria adicional e prazer por confirmá-la.

4:52 - Então, inquiriu ele deles a hora,... Ele não hesitou sobre a verdade disso, ou ficou supreso por causa disso; mas que ele podia comparar as coisas juntas, ele perguntou o tempo exato.

Quando ele começou a se recuperar;... Ou melhorar; porque ele parecia achar que sua recuperação pudesse ser gradual, e não tudo de uma vez, como foi:

E eles disseram-lhe: ontem, na sétima hora;... Que era uma da tarde:

A febre o deixou;... Inteiramente, de uma só vez, de forma que ele ficou perfeito imediatamente.





Fonte: John Gill's Exposition of the Entire Bible




John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de João Capítulo 4 do versículo 1 até o 54

11. A água viva (João 4:1-26)

Portanto, quando o Senhor soube que os fariseus tinham ouvido que Jesus fazia e batizava mais discípulos do que João (embora o próprio Jesus não batizava, mas os seus discípulos eram), deixou a Judéia e foi outra vez para a Galiléia. E Ele teve que passar por Samaria. Então, Ele veio para a cidade de Samaria, chamada Sicar, perto da parte do campo que Jacó dera a seu filho José; o poço de Jacó estava lá. Então Jesus, cansado da viagem, estava sentado assim junto do poço. Era cerca da hora sexta. Veio uma mulher de Samaria tirar água. Jesus disse-lhe: "Dá-me de beber." Para seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida. Portanto, a mulher samaritana lhe disse: "Como é que Tu, sendo judeu, me pedes de beber desde que eu sou mulher samaritana?" (Porque os judeus não se comunicavam com os samaritanos.) Respondeu Jesus, e disse-lhe: "Se tu conhecesses o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe teria pedido a Ele, e Ele teria lhe dado água viva. " Ela disse-lhe: "Senhor, tu não tens com que tirá-e o poço é fundo;?, Onde, em seguida, você começa a água viva Você não é maior do que o nosso pai Jacó, é você, que nos deu o poço, bebendo de ele próprio e seus filhos e seu gado? " Jesus respondeu, e disse-lhe: "Todo aquele que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de águas vivas para a vida eterna. " A mulher disse-lhe: "Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede nem vir até aqui para desenhar." Ele disse a ela: "Vai, chama o teu marido e vem cá." A mulher respondeu, e disse: "Eu não tenho marido." Jesus disse-lhe: "Você disse corretamente," Eu não tenho marido ', pois tiveste cinco maridos, e aquele que agora tens não é teu marido;. Presente que você disse verdadeiramente " A mulher disse-lhe: "Senhor, vejo que és profeta." Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar. "Jesus disse-lhe:" Mulher, crer em Mim, uma hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; para estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito, e os que o adoram o adorem em espírito e em verdade "A mulher disse-lhe:" Eu sei que vem o Messias (que se chama Cristo.);. quando isso vier, Ele vai declarar todas as coisas para nós "Jesus lhe disse:" Eu, que falo a você sou Ele "(4: 1-26).

A esperança do Messias está no coração do Velho Testamento. A partir do terceiro capítulo do Gênesis (Gn 3:15) para o terceiro capítulo de Malaquias (Ml 3:1, 44-45).

Como as gerações de Israel tornou-se familiarizado com essas passagens, eles levaram as promessas de Deus para o coração. Embora eles esperaram ansiosamente, ano após ano, para a sua vinda do Salvador, o seu sentimento de expectativa só aumentou com o passar dos séculos. Assim, no momento do nascimento de Jesus, a antecipação sobre o Messias havia chegado a um ponto mais alto.
Mas, em seguida, o impensável aconteceu. O Messias veio, e Israel rejeitaram. Sob a influência de seus líderes religiosos, as pessoas se recusaram a abraçar aquele para quem eles estavam esperando e em vez disso o assassinou.
Não era que a prova não era clara. De fato, "o Velho Testamento, escrito ao longo de um período de mil anos, contém quase três centenas de referências à vinda do Messias. Todos estes foram cumpridas em Jesus Cristo, e estabelecer uma sólida confirmação de suas credenciais como o Messias. " (Josh McDowell, A nova evidência de que Exige um Veredito [Nashville: Tomé Nelson, 1999], 164). Em vez disso, era que o estabelecimento religioso de Israel se sentiram ameaçados por Jesus 'ministério Ele desafiou sua autoridade e confrontou a sua hipocrisia.

Em resposta, os fariseus teimosamente se recusou a acreditar que a verdade sobre ele (07:48). Eles abertamente contrariada Seus ensinamentos, e desprezado qualquer que O seguiam. Quando ouviram as multidões atônitos perguntando sobre Jesus: "Este homem não pode ser o Filho de Davi [isto é, o Messias], pode?" (Mt 12:23), os fariseus, indignado declarou: "Este homem expulsa os demônios só por Belzebu o príncipe dos demônios" (v. 24). O próprio fato de que Ele expulsava os demônios era uma poderosa evidência de sua autenticidade. No entanto, os líderes religiosos eram tão obstinado em sua incredulidade que eles tentaram transformar até mesmo que contra Ele.

Eventualmente, no ato mais hediondo e apóstata em sua história, Israel emitiu o seu Messias em "mãos de homens ímpios e colocá-lo à morte" (At 2:23):

Mas os príncipes dos sacerdotes e os anciãos persuadiram a multidão a pedir Barrabás e colocar Jesus à morte. Mas o governador disse-lhes: "Qual dos dois quereis que eu vos solte?" E eles disseram: "Barrabás". Disse-lhes Pilatos: "Então, o que devo fazer com Jesus, chamado Cristo?" Todos disseram: "Crucifica-o!" E ele disse: "Mas que mal fez ele?" Mas eles gritavam ainda mais, dizendo: "Crucifica-o!" Quando Pilatos viu que ele estava realizando nada, mas sim que um tumulto estava começando, tomando água, lavou as mãos diante da multidão, dizendo: "Eu sou inocente do sangue deste homem; ver para que vocês mesmos." E todo o povo disse: "o seu sangue será sobre nós e sobre nossos filhos!" (Mt 27:1), de Jacó (Dt 18:18; conforme Atos 3:22-23.), De Judá (Gn 49:10), de Jesse (Is. 11: 1-2; conforme v 10; Rm 15:12), e de Davi (Jr 23:1 ; 2 Sam 7:12-14; He 1:5.; He 7:14; conforme Lc 1:32; 3:.. 31-33; Rm 1:3). Jeconias seria sem filhos, no sentido de que nenhum de seus descendentes iria sentar-se no trono de Israel. No entanto, Deus prometeu que o Messias reinará como rei de Israel no trono de Davi (2Sm 7:12; Jer. 23: 5-6.; Conforme Lc 1:32). Esse enigma aparente foi resolvida em Jesus Cristo. Ele era descendente de a, linha salomônica real através de sua legal (embora não biológica) pai, José (Mateus 1:11-12.). Mas Sua descendência física de Davi veio através de outro dos filhos de Davi, Nathan, o ancestral de sua mãe, Maria (Lc 3:31). Assim, o nascimento virginal de Jesus lhe permitiu ser tanto o herdeiro legal do trono de Davi e seu descendente biológica (como Deus havia prometido; conforme 13 22:44-13:23'>Atos 13:22-23), ao mesmo tempo, evitando a maldição sobre a linha a família de Jeconias.

A identidade do Messias pode ser ainda mais limitado pelas previsões específicas sobre o Seu nascimento.

Primeiro, ele tinha que ter nascido em um lugar específico: "Mas tu, Belém Efrata, pequena demais para estar entre os clãs de Judá, de ti One sairá para Mim de reinar em Israel, e cujas saídas são. há muito tempo, desde os dias da eternidade "(Mq 5:2..). A Bíblia registra que "Jesus nasceu em Belém da Judéia" (Mt 2:1).

Em segundo lugar, o Messias tinha que ter nascido dentro de um prazo específico. Uma vez que Ele era para ser da tribo de Judá (conforme Gn 49:10), Ele tinha que vir antes das tribos individuais perderam a sua identidade após a destruição do templo romano com todos os seus registros genealógicos. Na verdade, a profecia de Daniel das setenta semanas, na verdade, previu que o Messias seria morto antes que o templo foi destruído (Dn 9:26). Essa incrível profecia também destacou o dia exato, quase cinco séculos no futuro, que o Messias se apresentaria a nação (09:25). Naquele mesmo dia, Jesus entrou em Jerusalém para a adulação das multidões saudando-o como o Messias (Mateus 21:1-11.).

Finalmente, o Messias nasceria em circunstâncias únicas e milagrosas para uma pessoa especial: "Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e ela vai chamará Emanuel" (Is 7:14). Jesus Cristo na história humana nasceu de uma virgem:

Mas quando ele tinha considerado isso, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonho, dizendo: "José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que foi concebido no seu é do Espírito Santo Ela dará à luz um Filho;. e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados ". Ora, tudo isto aconteceu para se cumprir o que foi dito pelo Senhor por intermédio do profeta:

"Eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel", que traduzido significa: "Deus conosco". E José acordou de seu sono e fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu Maria como sua esposa, mas manteve virgem até que ela deu à luz um filho; e ele pôs o nome de Jesus. (Mt 1:1; Mat. 4: 12-16; Mt 9:35).

A morte do Messias também foi predito em grande detalhe, e Jesus cumpriu todas as profecias. O Velho Testamento predisse que o Messias seria traído por alguém próximo a ele. Sl 41:9). Mesmo a quantidade exata Judas foi pago, trinta moedas de prata (Mateus 26:14-15.), Foi prevista no Antigo Testamento (11:12 Zech.).

O Antigo Testamento profetizou que o Messias seria executado com homens ímpios: "Por isso, vou colocar-Lhe uma parte com os grandes, e ele dividirá os despojos com os fortes, porque Ele derramou a sua alma até a morte, e foi contado com o transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e pelos transgressores intercedeu "(Is 53:12.); quando Cristo foi crucificado ", dois ladrões foram crucificados com Ele, um à direita e outro à esquerda" (Mt 27:38). (. Sl 34:20) Apesar de nenhum dos Seus ossos seria quebrado, o Messias seria traspassado (Zc 0:10.), Que foi exatamente o que aconteceu com Jesus (João 19:33-34, 36-37). Finalmente, o Messias havia de ser enterrado no túmulo de um homem rico (Is 53:9).

A prova, então, de forma inequívoca e esmagadoramente aponta para Jesus de Nazaré como o Messias. Só Ele cumpriu essas e todas as outras profecias messiânicas do Antigo Testamento.

O apóstolo João, obviamente entendeu a evidência convincente de que confirmou a autenticidade de Jesus. Na verdade, a razão pela qual ele escreveu seu evangelho era para confirmar a obvious— "que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus" (Jo 20:31). E isso está de acordo com esta Proposito que João relata a história do encontro de Jesus com a mulher samaritana.

A reação da mulher a Jesus, como relatado no relato de João, sugere fortemente que ela abraçou-Lo como seu Senhor e Salvador. Mas sua conversão não é o ponto principal desta passagem. A verdade central desta seção é encontrada na revelação de Jesus de Si mesmo como o Messias (v 26).. Fê-lo aqui pela primeira vez e para uma mais improvável não-judeu.

Mas por que ele decidir não declarar Seu primeiro messiahship às-alvo os líderes religiosos judeus mais politicamente corretos e influentes? Por que escolher para revelar a verdade a um monumental, desprezado, imoral, Samaritana obscuro? A resposta está na verdade arrebatadora que na questão da salvação, "Deus não é um para mostrar parcialidade" (At 10:34; conforme Dt 10:17; 2 Crônicas 19:... 2Cr 19:7; Rm 2:11; Rm 10:12; Gl 2:6; Ef 6:9).

O contraste entre a mulher samaritana e Nicodemos, por exemplo, foi impressionante. Ele era um judeu devoto religioso; ela era uma samaritana imoral. Ele era um teólogo aprendidas; ela era uma mulher camponesa ignorante. Ele reconheceu Jesus como um mestre enviado por Deus; ela não tinha idéia de quem ele era. Ele era rico; ela era pobre. Ele era um membro da elite social de Israel; ela era a escória da sociedade Samaritan-um pária entre os párias, já que os judeus consideravam todos os samaritanos como párias imundos.
Revelação de Jesus de si mesmo a essa mulher demonstrou que o amor salvífico de Deus não conhece limites; ele transcende todas as barreiras de raça, gênero, etnia e tradição religiosa. Em contraste com o amor humano, o amor divino é indiscriminada e abrangente (conforme 3,16). Que Jesus escolheu para fazer-se conhecido primeiro, não só para um samaritano, mas também a uma mulher, era uma dura repreensão aos membros da elite religiosa de Israel, que rejeitaram mesmo quando Ele fez revelar a eles.
A história do encontro do Senhor com a mulher no poço se desdobra em quatro cenas: as circunstâncias, o contato, a convicção, e do Cristo.

As Circunstâncias

Portanto, quando o Senhor soube que os fariseus tinham ouvido que Jesus fazia e batizava mais discípulos do que João (embora o próprio Jesus não batizava, mas os seus discípulos eram), deixou a Judéia e foi outra vez para a Galiléia. E Ele teve que passar por Samaria. Então, Ele veio para a cidade de Samaria, chamada Sicar, perto da parte do campo que Jacó dera a seu filho José; o poço de Jacó estava lá. Então Jesus, cansado da viagem, estava sentado assim junto do poço. Era cerca da hora sexta. (4: 1-6)

Palavra de Jesus 'crescente popularidade atingiu os fariseus, que ouviram que Ele fazia e batizava mais discípulos do que

João. A nota entre parênteses que o próprio Jesus não batizava, mas os seus discípulos, é impossível conciliar com a doutrina da regeneração batismal, o falso ensino de que o batismo é necessário para a salvação. Certamente o Senhor Jesus Cristo, que veio para "buscar e salvar o que estava perdido" (Lc 19:10), Ele mesmo seria ter feito tudo o que era necessário para trazer os pecadores para a salvação.

Tal como tinham feito com João (conforme 1: 19-25), as autoridades judaicas (particularmente os fariseus; conforme 1: 24-25) viram Jesus com desconfiança. Ele também anunciou o Reino de Deus, chamados para o arrependimento (Mt 4:17), e batizou (através de seus discípulos) aqueles que se arrependeram (conforme a discussão Dt 1:26 no capítulo 4 deste volume). Como observado no capítulo anterior deste volume, alguns dos discípulos de João Batista também foram perturbados por Jesus 'crescente popularidade à custa de seu mestre. Embora João confirmou que seu ministério foi dando lugar ao ministério de Jesus (03:30), que ainda não era hora de o precursor a desaparecer completamente da cena. Seu trabalho não foi feito.

Por isso, o Senhor deixou a Judéia e partiu novamente para a Galiléia. Ele não queria que uma rivalidade pública para desenvolver entre seus seguidores e as de João. Ele também sabia que, no plano soberano de seu pai, um confronto público com as autoridades judaicas ainda era prematuro (conforme 07:30; 08:20).

Em seu retorno à Galiléia, Jesus teve que passar por Samaria. Não era necessidade geográfica que o obrigou a fazê-lo, apesar do fato de que ele foi o mais direto de várias rotas. A estrada através Samaria foi menor do que a estrada costeira ou a estrada no lado leste do rio Jordão, que é por isso que muitos judeus viajou com ele, especialmente na época das grandes festas religiosas. Mas tão grande era o seu desdém para os samaritanos que os judeus mais rigorosas evitado viajar através Samaria completamente. Eles preferiram, em vez de ser contaminado por um mal menor, assim eles iriam atravessar o Jordão e viajar até seu banco leste com a região, em grande parte Gentil de Berea. Eles, então, cruzar de volta para a Galiléia ao norte de Samaria. Jesus poderia facilmente ter ido por esse caminho.

Mas o Senhor foi obrigado a passar por Samaria e parar numa certa aldeia, não para poupar tempo e passos, mas porque ele tinha um compromisso divino lá. João freqüentemente usado o verbo dei ( teve que ) para falar de Jesus cumprindo a missão que Lhe foi dado pelo Pai (3:14; 9: 4; 10:16; 12:34; 20: 9). Ele sempre foi consciente de fazer a vontade do Pai, que foi por isso que Ele veio à terra (06:38; conforme 04:34; 05:30; 17: 4; Mt 26:39.).

Como Ele viajou para o norte em direção a Galiléia, Jesus chegou a uma cidade de Samaria, chamada Sicar (provavelmente a vila moderna de Askar), localizada na encosta do Monte Ebal, em frente Mt.Garizim. (Conforme Dt 11:29;.. 08:33 Josh) Samaria era a capital do reino do norte, chamado Israel. A nação dividida em duas após o reinado de Salomão. Rei Omri nomeada a cidade a capital do reino do norte (1Rs 16:24). O nome veio para se referir a toda a região e, por vezes, a todo o reino do norte, que foi para o cativeiro em 722 aC (II Reis 17:1-6). Nas mãos dos assírios Sicar, uma cidade no distrito de Samaria, estava perto da parte do campo que Jacó dera a seu filho José. Quando ele voltou para a terra de Canaã depois de vinte anos em Haran (Gn 27:43; Gn 31:38), Jacó comprou um pedaço de terra perto da cidade do Velho Testamento de Siquém (33: 18-19), não muito longe de Sicar. Então, pouco antes de sua morte, Jacó legou essa propriedade para seu filho José (Gn 48:22; "porção" [Hb.,shechem ] lit. significa "ombro", ou "cume"). Muitos anos depois, José foi enterrado lá depois de Israel conquistou a terra sob Josué (Js 24:32). Era, portanto, um local familiar e importante para os judeus e samaritanos.

De acordo com a antiga tradição bem atestada, o poço de Jacó era cerca de meia milha ao sul de Sicar. A localização exata tem sido bem estabelecida pela tradição, e para o bem fica hoje perto de uma igreja ortodoxa inacabado. Era um poço profundo (aprox. 100 pés), alimentado por uma mola de corrida (a palavra traduzida como "bem" em vv. 11-12 refere-se a uma cisterna ou canoa bem, enquanto a palavra usada aqui denota uma mola ou fonte). A sexta hora, por cômputo judaico, teria sido a sexta hora após o nascer do sol em cerca Dt 6:12; isto é, meio-dia. Jesus, sendo cansado da viagem, estava sentado, assim, pelo bem. Como a Palavra divina encarnada (01:
14) Jesus era sem pecado (8:46;. 2Co 5:21; 1Pe 2:221Pe 2:22; 1Jo 3:51Jo 3:5). ( João 1:11, O New Commentary americano [Nashville: Broadman & Holman, 2002], 201)

O palco estava montado; Jesus estava no lugar certo e na hora certa para um encontro na vontade de Deus. Ele era, na realidade, mantendo um compromisso divino que Ele mesmo tinha feito antes da fundação do mundo.

O Contato

Veio uma mulher de Samaria tirar água. Jesus disse-lhe: "Dá-me de beber." Para seus discípulos tinham ido à cidade comprar comida. Portanto, a mulher samaritana lhe disse: "Como é que Tu, sendo judeu, me pedes de beber desde que eu sou mulher samaritana?" (Porque os judeus não se comunicavam com os samaritanos.) Respondeu Jesus, e disse-lhe: "Se tu conhecesses o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe teria pedido a Ele, e Ele teria lhe dado água viva. " Ela disse-lhe: "Senhor, tu não tens com que tirá-e o poço é fundo;?, Onde, em seguida, você começa a água viva Você não é maior do que o nosso pai Jacó, é você, que nos deu o poço, bebendo de ele próprio e seus filhos e seu gado? " Jesus respondeu, e disse-lhe: "Todo aquele que beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de águas vivas para a vida eterna. " A mulher disse-lhe: "Senhor, dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede nem vir até aqui para desenhar." (4: 7-15)

Como Jesus sentou-se ao lado do bem naquela noite, cansado e com sede de sua viagem, veio uma mulher de Samaria tirar água. O frio da noite foi o tempo em que as mulheres habitualmente efectuados que chore (Gn 24:11). Esta mulher veio ao meio-dia, talvez por causa de seu desejo de evitar a vergonha pública. O que também foi incomum era que esta mulher veio uma longa distância a este bem quando havia outras fontes de água mais próximo da aldeia. Mas ela, por razões que em breve se tornará evidente, era um pária. Ela prefere caminhar a distância extra na hora mais quente do dia de enfrentar a hostilidade e desprezo das outras mulheres na mais estreita bem cedo ou no final do dia.

Simples pedido do Senhor, "Dá-me de beber", estava em que a cultura de uma violação chocante de costume social. Homens não falam com as mulheres em público, nem mesmo suas esposas. Nem associado rabinos com as mulheres imorais (conforme Lc 7:39). O mais significativo de tudo nesta situação, os judeus costumam não queria nada com os samaritanos (conforme a discussão do v. 9 abaixo). Mas Jesus quebrou todas essas barreiras. A nota entre parênteses que os discípulos tinham ido à cidade comprar comida explica por que Jesus estava sentado no poço por si mesmo. Ele também indica que nosso Senhor não prestar atenção aos tabus dos judeus estritos, que não comem alimentos manipulados por samaritanos.

Surpreso que Jesus falou com ela, a mulher samaritana disse com espanto, "Como é que Tu, sendo judeu, me pedes de beber desde que eu sou mulher samaritana?" Como mencionado acima, era culturalmente incorreto para um homem , especialmente um rabino, para falar com qualquer mulher, especialmente um pária imoral. Mas a sua pergunta revela que o que ela achou mais surpreendente foi que Jesus, sendo judeu, iria falar com ela, um

Samaritana uma vez que, como João explicou de um jeito discreto, os judeus não se comunicavam com os samaritanos. Ainda mais surpreendente foi a Sua vontade de se contaminar cerimonialmente por beber de seu pote de água, já que ele havia nenhum navio de Sua própria a partir do qual a beber (v . 11). (A palavra traduzida negociações em nota explicativa de João literalmente significa "usar os mesmos utensílios.") Mas Jesus foi o infinitamente santo Deus em carne humana. Ele não pode ser contaminado por um pote de água Samaritano. O que quer que Ele tocou-mesmo cadáveres (Lucas 7:12-15) ou leprosos (Mateus 8:2-3.) —não Manchar-lo, mas em vez disso tornou-se limpo.

A rivalidade entre os judeus e os samaritanos vinha acontecendo há séculos. Após a queda do reino do norte para os assírios, as dez tribos de

Israel [foram] levados para o exílio de sua terra para a Assíria ... [e] o rei da Assíria trouxe gente de Babilônia e de Cuta e de Awa de Hamate e Sephar-vaim, e estabeleceu-los nas cidades de Samaria no lugar dos filhos de Israel. Então eles tomaram Samaria e viviam em suas cidades. (II Reis 17:23-24).

Os estrangeiros não-judeus casaram-se com a população de judeus que não haviam sido deportados, formando uma raça mista conhecida como os samaritanos (o nome deriva da região e capital de cidade, ambos chamados Samaria). Os novos colonizadores trouxeram sua religião idólatra com eles (II Reis 17:29-31), que tornou-se misturaram com o culto do Senhor (vv 25-28, 32-33, 41).. Com o tempo, no entanto, os samaritanos abandonaram seus ídolos e adoraram ao Senhor sozinho, à sua maneira (por exemplo, eles aceitaram apenas o Pentateuco como Escritura canônica, e adoraram a Deus no monte Garizim, não em Jerusalém).

Quando os exilados judeus voltaram para Jerusalém sob Esdras e Neemias, a sua primeira prioridade era para reconstruir o templo. Professando lealdade para com o Deus de Israel, os samaritanos ofereceram a sua assistência (Esdras 4:1-2). Recusa cega dos judeus (Ed 4:3, Ne 4:7 ss.). Desapontado em sua tentativa de adorar em Jerusalém, os samaritanos construíram seu próprio templo no monte Garizim (c. 400 aC). Os judeus mais tarde destruiu o templo durante o período intertestamental, piorando ainda mais as relações entre os dois grupos.

Depois de séculos de desconfiança, houve uma profunda animosidade entre os judeus e os samaritanos. O escritor do livro apócrifo de Eclesiástico expressa o desprezo e desdém os judeus sentiam para os samaritanos. Afirmar que Deus detestava o povo samaritano, ele ironicamente se refere a eles como "as pessoas estúpidas vivendo em Siquém" (50: 25-26). Os líderes judeus da época de Jesus manifestado este mesmo preconceito. Na verdade, quando eles queriam insultar Jesus, o pior que podia fazer era chamá-lo de um samaritano (08:48). Os samaritanos, claro, retribuiu hostilidade, como os judeus "foi ilustrado quando uma das suas aldeias recusou-se a receber Jesus porque Ele estava a caminho de Jerusalém (Lucas 9:51-53).

Em resposta à consulta da mulher, Jesus respondeu, e disse-lhe: "Se tu conhecesses o dom de Deus, e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe teria pedido a Ele, e Ele teria dado água viva. " A resposta do Senhor virou o jogo em cima dela. Quando a conversa começou, Ele era a sede um, e ela a um com a água. Agora Ele falou como se ela fosse a sede um e Ele o único com a água. A resposta da mulher refletida sua confusão. Ainda pensando em termos de água física, ela perguntou, "Senhor, você não tem nada para tirar, eo poço é fundo (conforme a discussão de v 6 acima.); onde, em seguida, você começa a água viva? " Ela não entendia que Jesus estava falando sobre as realidades espirituais. A água viva que Ele lhe ofereceu foi a salvação em toda a sua plenitude, incluindo o perdão do pecado e da habilidade e desejo de viver uma vida obediente que glorifica a Deus.

O Antigo Testamento usa a metáfora de água viva para descrever a limpeza espiritual e de vida nova que vem a salvação através do poder transformador do Espírito Santo. Desobediente Israel era culpado de ter estupidamente "[Deus], ​​o manancial de águas vivas, e cavaram para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas abandonado" (Jr 2:13). Mais tarde, Jeremias advertiu que "todos os que abandonar [o Senhor] será confundido. Aqueles que se afastam na terra será escrito, porque eles deixaram, o manancial de águas vivas, o Senhor" (17:13). Ambas as passagens enfatizar que Deus é a única fonte de salvação; Só Ele é a "fonte da vida" (Sl 36:9.) . Is 55:1; conforme Is 44:3). Escritura não sabe nada de uma salvação sem arrependimento, e que sempre envolve abandonar o pecado (At. 26: 19-20; 1Ts 1:91Ts 1:9.; Rom 3: 5-8; 6: 1-2.). Pelo contrário, Ele "entregou a si mesmo por nós para nos remir de toda iniqüidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras" (Tt 2:14; conforme At 3:26; Ef. 5: 25-27; Colossenses 1:20-23). Como resultado, aqueles que vêm a Ele e verdadeiramente receber a água viva da salvação eterna "foram libertados do pecado, [e se tornar] escravos da justiça ... e escravizados a Deus" (Rm 6:18, Rm 6:22;. Cf .. Ef 6:6; 1Pe 2:161Pe 2:16). Jesus respondeu ao interesse da mulher, oferecendo-lhe a oportunidade de confessar seus pecados e receber o perdão para ser purificado e entregue-se da iniqüidade para a justiça.

Chocado e envergonhado pela realização enervante que Jesus sabia tudo sobre sua vida moralmente degradada, a mulher respondeu evasivamente, "Eu não tenho marido." Embora ela não estava mentindo, ela não estava contando toda a verdade. Mas sua tentativa desesperada de esconder seu pecado de Jesus foi inútil; Sua resposta devastadora forçou-a a enfrentá-lo: "Você disse corretamente," Eu não tenho marido ', pois tiveste cinco maridos, e aquele que agora tens não é teu marido, o que você disse verdadeiramente. " Embora louvando —la por sua veracidade (na medida em que fui), Jesus, no entanto, desmascarado seu pecado. Também deve-se notar que, recusando-se a chamar o homem que ela estava vivendo com seu marido, Jesus rejeitou a noção de que a simples convivência constitui um casamento.A Bíblia vê o casamento como um formal, legal, aliança público entre um homem e uma mulher (Matt. 19: 5-6).

Abalado pelo conhecimento incrivelmente precisas de Jesus de sua vida pecaminosa, a mulher disse: "Senhor, vejo que és profeta." chamando-o de um profeta, ela afirmou que seu conhecimento de seu estilo de vida sórdida foi preciso. Já não é que ela tenta esconder seu pecado; em vez disso, esta declaração constitui uma confissão de que ela estava voltando do seu pecado, com a esperança de receber a água da vida eterna.

O Cristo

"Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar", Jesus disse-lhe: "Mulher, crê-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém vai você adorarão o Pai Vós adorais o que não conheceis;. nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade;. para tal pessoas que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito, e os que o adoram o adorem em espírito e em verdade ". A mulher disse-lhe: "Eu sei que vem o Messias (que se chama o Cristo); quando isso vier, Ele vai declarar todas as coisas para nós", disse-lhe Jesus: "Eu que falar com você sou Ele." (4: 20-26)

Depois de ter sido condenado por seu pecado e necessidade de perdão, e ter se arrependido e concordou com a acusação de Jesus, a mulher perguntou onde ela deve ir ao encontro de Deus e buscar a Sua graça e salvação. Uma vez que Jesus era, obviamente, um profeta de Deus, ela argumentou que Ele saberia, então ela disse: "Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar." O comentário dela destacou um dos os principais pontos de discórdia entre judeus e samaritanos. Ambos acreditavam que sob a antiga aliança Deus dirigiu Seu povo para adorá-Lo em um local específico (conforme Dt 12:5; Dt 26:2), e foi a partir monte Garizim que os israelitas proclamou as bênçãos da obediência aos mandamentos de Deus (Dt 11:29.). Os judeus, aceitando a completa cânone do Antigo Testamento, reconheceu que Deus tinha escolhido Jerusalém como o lugar onde estava a ser adorado (2Cr 6:6; 78:. 68-69; Sl 132:13; 9: 3-5); e, em segundo, a fonte da salvação, ou seja, o Messias era um judeu (Rm 9:5), "pois um espírito não tem carne nem ossos" (Lc 24:39). Ele é "o Deus invisível" (Cl 1:15; conforme 1Tm 1:171Tm 1:17; He 11:27..), Que "habita em luz inacessível [conforme Sl 104:2;. conforme Ex 33:20;. Jo 1:18; Jo 6:46). Se Ele não tivesse revelado nas Escrituras e em Jesus Cristo, Deus seria absolutamente incompreensível.

Porque Deus é espírito, aqueles que realmente adoram o adorem em espírito e em verdade. A verdadeira adoração não consiste em mera conformidade exterior às normas e deveres religiosos (Is 29:13; 48:.. Is 48:1; Jer 12: 1-2 .; Mateus 15:7-9), mas emana do interior do espírito. Ele também deve ser coerente com a verdade que Deus revelou sobre Si mesmo em Sua Palavra. Os extremos da ortodoxia morta (verdade e nenhum espírito) e heterodoxia zeloso (espírito e nenhuma verdade) devem ser evitados.

Ainda incapaz de compreender plenamente o que Jesus estava dizendo a ela, a mulher disse-lhe: "Eu sei que vem o Messias (que se chama o Cristo); quando isso vier, Ele vai declarar todas as coisas para nós." Ela ainda estava confuso , mas expressou sua esperança de que um dia o Messias (cuja vinda os samaritanos também antecipou, com base em Dt 18:18) seria esclarecer todas essas questões religiosas vexatório.

A história chegou ao seu poderoso clímax dramático na resposta de Jesus, "eu que falo a você sou Ele." Ele evitou uma declaração tão direta ao povo judeu (conforme Mt 16:20), por causa da política e crassly militaristas expectativas que tinham para o Messias; eles esperavam para alguém que levaria uma revolta para se libertar do jugo dos romanos odiados (conforme Jo 6:15). A fé desta mulher samaritana, por outro lado, não foi obstruída por esses equívocos autodenominados (como a sua resposta no v. 29 indica). A palavra Ele não está no texto original. Nosso Senhor, na verdade, disse, "eu que falo a você sou." Aqui é outra das declarações "Eu Sou" que são tão comuns neste evangelho (conforme 8:58). Vinte e três vezes o nosso Senhor diz: "eu sou", e sete vezes acrescenta metáforas ricas (conforme 6:35, 41, 48, 51; 08:12; 10: 7, 9, 11, 14; 11:25; 14: 6; 15: 1, 5).

As palavras de Jesus deve ter balançado a mulher para o núcleo de seu ser. O homem que poucos minutos antes havia feito um simples pedido de um copo de água já afirmou ser o Messias esperado. Ao contrário de Nicodemos, que não sabia nada de quaisquer sinais e milagres que Jesus tinha realizado. Mas apenas por causa do que ele sabia sobre ela a mulher não duvidar da veracidade de sua afirmação.Isso foi ótimo, dado por Deus a confiança. Na verdade, ela foi e proclamou-o em sua vila, fato que sugere fortemente que ela tinha realmente vir a fé salvadora.

Conversa de Jesus com a mulher no poço ilustra três verdades inegociáveis ​​sobre a salvação. Em primeiro lugar, a salvação vem somente para aqueles que reconhecem sua necessidade desesperada de vida espiritual que eles não têm. Água viva será recebida somente por aqueles que percebem que eles são espiritualmente sede. Em segundo lugar, a salvação vem somente para aqueles que confessar e se arrepender de seus pecados e desejo perdão. Antes desta mulher promíscua pudesse abraçar o Salvador, ela teve de reconhecer todo o peso da sua iniqüidade. E, terceiro, a salvação vem somente para aqueles que abraçam a Jesus Cristo como o Messias e do pecado portador. Afinal de contas, a salvação é encontrada em nenhum outro (conforme 14: 6; At 4:12).

12. O Salvador do Mundo (João 4:27-42)

Neste ponto, seus discípulos vieram, e eles ficaram maravilhados que Ele estava falando com uma mulher, mas ninguém disse: "O que você busca?" ou "Por que você fala com ela?"Assim, a mulher deixou o seu cântaro, e foi à cidade e disse aos homens: "Vinde, vede um homem que me disse tudo o que eu tenho feito;? ​​Isso não é o Cristo, que é" Eles saíram da cidade, e foram ter com ele. Enquanto isso, os discípulos estavam incitando-o, dizendo: "Mestre, come." Mas Ele disse-lhes: "Eu tenho um alimento para comer que vós não conheceis".Então os discípulos diziam uns aos outros: "Ninguém lhe trouxe de comer, não é?" Jesus disse-lhes: "Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra. Você não diz, que ainda há quatro meses, e depois que venha a ceifa? Eis que eu vos digo, elevador os vossos olhos e vede os campos, que já estão brancos para a colheita já que ceifa é receber os salários e está recolhendo frutos para a vida eterna;. de modo que o que semeia como o que ceifa juntamente se regozijem Pois neste caso, o ditado. é verdade, 'Um semeia e outro o que ceifa. " Eu vos enviei a ceifar onde não trabalhaste; outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho ". De que cidade muitos dos samaritanos creram nele por causa da palavra da mulher, que testificou: "Ele me disse que todas as coisas que eu fiz." Então, quando os samaritanos foram ter com Jesus, eles estavam pedindo-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias. Muitos mais creram por causa da sua palavra; e eles estavam dizendo para a mulher: "Já não é por causa do que você disse que nós acreditamos que, para nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo." (4: 27-42)

Israel é um país abençoado por Deus com exclusividade. De nenhum outro povo que Ele disse: "Você só tenho escolhido entre todas as famílias da terra" (Am 3:2.; Lv 20:26; Lc 1:54; Jo 4:22; Rm 1:16; 3: 1-2.).

Como povo escolhido de Deus, os israelitas receberam promessas singulares e bênçãos. Por exemplo, Deus assegurou a Abraão que seus descendentes iriam se tornar uma grande nação, e que através deles as outras "famílias da terra serão abençoados" (Gn 12:1-3; conforme At 3:25). Deus também trouxe-os "a uma terra boa e espaçosa, para uma terra que mana leite e mel" (Ex 3:8; 13 14:1-13:17'>Gn 13:14-17; Gn 15:18; Gn 17:8.; Dt 30:5; conforme 20:. 1-4; Dt 23:14; Dt 28:7).

Infelizmente, a desobediência de Israel causaram a nação a ser oprimido por seus inimigos (conforme Lev 26: 15-17; Dt 4:27; 28:.. 64-66; Jz 2:16; Isa. 1: 7-8.; 5: 5-7) e, eventualmente, conquistado e enviado para o exílio (Lev. 26: 33-37; Dt 4:27; 2 Reis 17:. 6-23; 2Rs 18:11; 2Rs 25:21; Sl 44:11;. Jr 9:16; Lm 1:1; Ez 12:15; 20: 23-24; Ez 22:15; Ez 36:19; Am 5:27; Am 7:11, Am 7:17; Zc 7:14).. No entanto, as promessas de Deus para abençoar a nação permaneceu em vigor, assim como o fazem hoje (Jer 33: 20-26; Rm 9:1). Apesar desobediência contínua de Israel e derrota subsequente, a promessa de Deus nunca vacilou:

 

Assim diz o Senhor,
Quem dá o sol para luz do dia
E a ordem fixa da lua e das estrelas para luz da noite,
Quem agita o mar, de modo que suas ondas rujam;
O Senhor dos exércitos é o seu nome:
"Se esta ordem fixa afasta
Desde antes de mim ", diz o Senhor,
"Então os filhos de Israel também cessará
De ser uma nação diante de mim para sempre "
Assim diz o Senhor,
"Se os céus em cima pode ser medido
E os fundamentos da terra cá em baixo,
Então eu também rejeitarei toda a descendência de Israel

Por tudo o que eles têm feito ", diz o Senhor (Jer. 31: 35-37).

 

Como povo escolhido de Deus, Israel tem todas as vantagens. O apóstolo Paulo, escrevendo aos Romanos, diz: "Então, o que a vantagem do judeu Ou qual é o benefício da circuncisão grande em todos os aspectos Em primeiro lugar, porque lhe foram confiados os oráculos de Deus?". (Rom. 3: 1-2). Eles também são os únicos ", a quem pertence a adoção de filhos, ea glória, a aliança ea promulgação da Lei, eo culto, e as promessas, de quem são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente Amém "(Rm. 9: 4-5).. Em Sua bondade gracioso, Deus concedeu a Israel privilégios que nenhuma outra nação já apreciado.

O Senhor Jesus Cristo resumiu o privilégio mais significativo Israel recebeu quando Ele disse à mulher samaritana que "a salvação vem dos judeus" (04:22). Como observado no capítulo anterior deste volume, que a verdade tem um duplo significado: a de que o evangelho foi pregado primeiramente aos judeus (Mateus 10:5-7; Mt 15:24; Lc 24:47; At 1:8; Rm 1:16), e que o Messias veio a nação de Israel (Gn 49:10; Is 11:1), a Bíblia promete salvação para eles também. Is 45:22 registra gracioso convite de Deus, "Vire-se para mim e sejam salvos, todos os confins da terra; porque eu sou Deus, e não há outro." Mais tarde, em Isaías, Deus disse profeticamente ao Messias: "Ele é muito pequeno uma coisa que você deve ser meu servo, para levantar as tribos de Jacó e para restaurar os preservados de Israel; eu também vai fazer você uma luz das nações para que a minha salvação chegue até o fim da terra "(49: 6; conforme 42: 6; Lc 2:32). O apóstolo Paulo citou este versículo em At 13:47 como o seu mandato por pregar o evangelho aos gentios. E o próprio Jesus, após Sua ressurreição, declarou que "o arrependimento para a remissão dos pecados seria proclamado em seu nome a todas as nações, começando por Jerusalém" (Lc 24:47; conforme At 1:8.; Lucas 14:16-24). Foi a incredulidade e impenitência dos judeus que os desligados de bênção divina no tempo de Elias e Eliseu e causadas poder e bênção de Deus para ir para párias (Lucas 4:25-30). Esta mesma incredulidade defini-los contra o seu único Salvador.

A história que se desenrola nesta seção revela cinco sutis, provas ainda inconfundíveis que corroboram a afirmação de Jesus ser o Messias: Seu controle impecável de circunstâncias, o seu impacto sobre a mulher, sua intimidade com o Pai, a sua visão sobre as almas dos homens, e Sua impressão sobre os samaritanos.

Impecável Controle de Circunstâncias de Cristo

Neste ponto, seus discípulos vieram, e eles ficaram maravilhados que Ele estava falando com uma mulher, mas ninguém disse: "O que você busca?" ou "Por que você fala com ela?"(04:27)

O grego frase touto epi ( neste ponto; ou "naquele momento") capta o domínio completo da situação de Jesus. Os discípulos vieram de volta da compra de alimentos em Sicar (v. 8) no exato momento em Jesus revelou Sua messianidade à mulher samaritana. Se tivessem retornado mais cedo, teriam interrompeu a conversa antes de chegar a sua conclusão dramática; teve eles voltaram mais tarde, eles teriam perdido ouvir declaração de Jesus. Divina Providência estava no trabalho.

Os discípulos ficaram espantados ao ver que Jesus estava falando com uma mulher -a violação chocante das normas sociais, como foi observado no capítulo anterior deste volume. No judaísmo, acreditava-se que, para um rabino para falar com uma mulher era no máximo um desperdício de tempo, e, na pior, uma distração de estudar a Torá-o que poderia levar à condenação eterna. Que ela era um samaritano fez a ação do Senhor ainda mais surpreendente. E se soubessem fundo imoral da mulher, os discípulos teria sido completamente atordoado. Como poderia o seu Mestre tem nada a ver com essa pessoa? De todas as pessoas, por que Ele iria escolher para revelar Sua messianidade com ela? No entanto, o seu respeito por Jesus era tal que eles sabiam melhor do que interromper a conversa. Portanto, ainda que estes eram exatamente seus pensamentos, eles não perguntar à mulher, "O que você busca?" ou pedir a Jesus, "Por que você fala com ela?" Eles já tinham conhecimento de que Jesus não estava vinculada por expectativas judaicas, tradições e preconceitos, e que ele tinha boas razões para fazer o que Ele fez.

Houve uma importante lição aqui para os discípulos de aprender. Embora o evangelho seria pregado primeiro a Israel (Matt. 10: 5-6; Mt 15:24), não seria pregado exclusivamente a Israel (Is 59:20-60: 3; Rm 1:16..). Ele iria atravessar todas as barreiras culturais-um conceito que foi difícil para muitos judeus a aceitar. A história inesquecível de recusa dramática de Jonas para obedecer quando Deus o chamou para pregar em Nínive demonstra atitude anti-missionário dos judeus. Na verdade, Jonas correu na direcção oposta. Sua desobediência não resultarem de medo para sua própria segurança, mas a partir de uma falta de vontade de ver seus inimigos (os assírios odiados) misericórdia experiência de Deus. O próprio profeta admitiu que esta foi a sua motivação: "[Jonas] orou ao Senhor e disse:" Por favor, Senhor, não foi isso o que eu disse quando eu ainda estava no meu próprio país Portanto, a fim de evitar esta fugi para Társis? , pois eu sabia que és um Deus clemente e compassivo, lento para a ira e grande em benignidade, e que se arrepende do calamidade "(Jn 4:2;.. Gl 3:28).

Como explicou a verdade a esta mulher, conversa do Senhor não foi forçado, apressado, ou manipuladora. Em vez disso, Jesus soberanamente orquestrado o calendário de eventos para que os discípulos chegaria no momento oportuno. Como Deus em carne humana, controle providencial de Jesus sobre a situação não é nenhuma surpresa, já que Deus soberanamente orquestra todos os eventos.

A história está sob controle absoluto de Deus, pré-escrita na eternidade passada. Paulo disse aos filósofos pagãos em Atenas que Deus determinou os tempos designados de todas as nações (At 17:26; conforme At 1:7; Rm 15:1), proclamando a verdade a um pecador perdido deu o Senhor muito mais satisfação (conforme Lc 15:10; Lc 19:10) do que qualquer alimento físico poderia fornecer (conforme 23:12). Jesus frequentemente referido o Pai como Aquele que enviou Ele (05:24, 30, 36-37; 6: 38-39, 44, 57; 07:16, 28, 29, 33; 08:16, 18, ​​26 , 29, 42; 9: 4; 11:42; 12: 44-45, 49; 13 20:14-24; 15:21; 16: 5; 17: 8, 18, ​​21, 23, 25; 20 .: 21; Mt 10:40; Mc 9:37; Lc 4:18; Lc 9:48; Lc 10:16); Seu objetivo durante Seu ministério terreno foi realizar a sua obra (conforme 05:17, 36; 9: 4; 10:25, 32, 37-38; 14:10; 17:
4) da salvação (6: 38-40 ; Mt 1:21; Lc. 5: 31-32; Lc 19:10; 1Jo 4:91Jo 4:9; 13 3:40-13:8'>13 3:8., 13 24:40-13:32'>24-32; Marcos 4:26-32), Jesus impressionou em os discípulos a urgência de alcançar os perdidos. Não havia necessidade de esperar quatro meses; os espirituais campos já estavam brancos para a ceifa. Os discípulos tinham apenas para levantar os seus olhos e olhe ao samaritanos vindo em direção a eles (v. 30), a sua roupa branca formando um contraste impressionante contra o verde brilhante do grão de amadurecimento e parecendo cabeças brancas nas hastes que indicavam o tempo para a colheita.

Embora os samaritanos ainda não tinha atingido o bem, Jesus conhecia o coração dos homens e cujo estava pronto para a salvação (conforme 1: 47-49; 2: 24-25; 6:64), assim como ele tinha conhecido a história da vida silenciosa de a mulher (vv. 16-18). Tal visão sobrenatural foi uma manifestação de Sua divindade (conforme 1Sm 16:7). Ao contar aos discípulos que aquele que colhe está recebendo salários e está recolhendo frutos para a vida eterna do Senhor destacou a responsabilidade de participar da colheita de almas. Eles receberiam seus salários, a alegria gratificante de recolher frutos para a eternidade (conforme Lc 15:7).

Impression de Cristo na samaritanos

De que cidade muitos dos samaritanos creram nele por causa da palavra da mulher, que testificou: "Ele me disse que todas as coisas que eu fiz." Então, quando os samaritanos foram ter com Jesus, eles estavam pedindo-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias. Muitos mais creram por causa da sua palavra; e eles estavam dizendo para a mulher: "Já não é por causa do que você disse que nós acreditamos que, para nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo." (4: 39-42)

Após o interlúdio de versículos 31:38, os samaritanos reinserir a narrativa como a história constrói a um poderoso conclusão. Muitos dos aldeões creram nele por causa da palavra da mulher, que testificou: "Ele me disse que todas as coisas que eu fiz." Certamente, podemos supor que ela deu os detalhes de seu conhecimento sobrenatural, não apenas este comentário resumo. Esse conhecimento sobrenatural dos detalhes de seu passado liquidado para eles que Ele era de fato o Messias. Portanto, quando eles chegaram perto de Jesus junto ao poço, eles foram continuamente pedindo-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias. Durante esse tempo muitos mais creram por causa da sua palavra. Embora eles foram influenciados pelo testemunho da mulher, ao ouvir do próprio Jesus foi o argumento decisivo. Então eles estavam dizendo a ela, "Já não é por causa do que você disse que nós acreditamos que, para nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo." Essas palavras não tinham a intenção de denegrir o seu testemunho , mas sim para indicar que o seu tempo com Jesus confirmou.

A confissão samaritanos 'de Jesus como o Salvador do mundo (conforme 2Co 5:19; 1 Jo 2:1)

Após os dois dias Ele saiu de lá para a Galiléia. Para Jesus mesmo testificou que um profeta não tem honra na sua própria pátria. Então, quando ele veio para a Galileia, os galileus o receberam, vistas todas as coisas que Ele fez em Jerusalém para a festa; para eles próprios também foi para a festa. Por isso, Ele veio novamente a Caná da Galiléia, onde tinha feito a água em vinho. E havia um oficial do rei, cujo filho estava enfermo em Cafarnaum. Quando ele soube que Jesus tinha vindo da Judéia para a Galiléia, foi ter com ele e estava implorando-lhe que descesse e curasse o seu filho; pois ele estava no ponto de morte. Então Jesus lhe disse: "Se não virdes sinais e prodígios, você simplesmente não vai acreditar." O oficial do rei, disse-lhe: "Senhor, desce, antes que meu filho morra." Jesus disse-lhe: "Vá;. Teu filho vive" O homem creu na palavra que Jesus falou com ele e começou. Como ele já ia descendo, os seus escravos conheci, dizendo que seu filho estava vivo. Então perguntou-lhes a hora em que ele começou a ficar melhor. Então eles disseram-lhe: "Ontem à hora sétima a febre o deixou." Então, o pai sabia que era a hora em que Jesus lhe disse: "Seu filho vive"; e ele mesmo acreditou e toda a sua casa. Este é novamente um segundo sinal de que Jesus realizou quando Ele tinha vindo da Judéia para a Galiléia. (4: 43-54)

O evangelho de João é eminentemente o evangelho de crença. Ele escreveu seu registro inspirado para que seus leitores "creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo [eles], tenhais vida em seu nome" (20:31). O verbo pisteuo ("acreditar") aparece quase 100 vezes neste evangelho, e a esmagadora maioria das suas ocorrências referem-se a acreditar Salvadora no Senhor Jesus Cristo (por exemplo, 1:12; 06:29; 08:30; 12:44 ; 14: 1; 17:20). Através de acreditar nas pessoas a se tornar filhos de Deus (1:12; 12:36), obter a vida eterna (3: 15-16, 36; 06:40, 47), evitar o julgamento (3:18; 5:24), participar da ressurreição da vida (11:25; conforme 5:29), possuem habitação do Espírito Santo (7: 38-39), são entregues a partir de escuridão espiritual (0:46), e encontrar a capacitação para o serviço espiritual (14 : 12).

Além disso, Deus ordena que as pessoas acreditam em seu Filho. Quando perguntado pela multidão, "O que vamos fazer, para que possamos realizar as obras de Deus?" (Jo 6:28), Jesus respondeu: "Esta é a obra de Deus, que creiais naquele que por ele foi enviado" (v 29; conforme 03:18; 14: 1.). Mas a verdade trágico é que a maioria das pessoas se recusam a acreditar em Jesus Cristo. No Sermão da Montanha Ele advertiu, "larga é a porta e o caminho é largo que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela. Porque a porta é pequena e o caminho é estreito que conduz à vida, e não há São poucos os que a encontram "(13 40:7-14'>Mateus 7:13-14; conforme 13 23:42-13:30'>Lc. 13 23:30). Expressando essa mesma verdade do ponto de vista da soberania divina Ele declarou: "Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos" (Mt 22:14;. Conforme Jo 10:26). Apesar de suas boas ações ou zelo religioso, os incrédulos nunca pode agradar a Deus (Rm 8:8). Em João 16:8-9 Jesus disse do Espírito Santo: "Ele, quando Ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo; quanto ao pecado, porque não crêem em mim."

Um "coração do mal, descrente" (He 3:12) caracteriza as pessoas-a unregenerate coração que ama a escuridão do pecado e detesta a luz do Evangelho (João 3:19-20). Incredulidade do coração também é composta por Satanás, "o deus deste mundo [que] cegou os entendimentos dos incrédulos para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo" (2Co 4:4). Por exemplo, o Antigo Testamento registra que, enquanto o Faraó endureceu o seu coração (Ex 8:15, Ex 8:32; Ex 9:34; 1Sm 6:61Sm 6:6; 7:. Ex 7:3; Ex 9:12; Ex 10:1, Ex 10:27; Ex 11:10; Ex 14:4).

Na sua essência, a incredulidade é uma rejeição da verdade salvífica de Deus contida nas Escrituras. Assim, Jesus disse aos judeus incrédulos: "Porque eu falo a verdade, você não acredita em mim. Qual de vocês Me convence de pecado? Se eu falar a verdade, por que você não acredita em mim?" (João 8:45-46). A incredulidade é a rejeição de Jesus Cristo, que é a verdade de Deus encarnado (Jo 14:6; He 3:12.). O povo de Israel rejeitou sinais miraculosos de Jesus, tal como tinham igualmente rejeitados grandes obras de Deus em toda a sua história (Sl 78:32;. Conforme v 22;.. Nu 14:11;. Dt 1:32; Dt 9:23 ; 2Rs 17:142Rs 17:14; Lc 22:67; At 14:1; Hb 3:18-19).

Os relatos evangélicos descrevem vários níveis de incredulidade. Em primeiro lugar, houve incredulidade devido à falta de exposição. Esta foi a incredulidade do coração preparado e pronto, apenas esperando a revelação da verdade de Deus. Este é o nível mais raso de incredulidade, exigindo apenas o conhecimento da glória do esplendor da pessoa de Cristo a ser superado. Por exemplo, quando João Batista apontou para Cristo André e João (1: 35-37), eles imediatamente seguiram-no-mesmo que ele ainda não tinha sequer falado com eles. Seu conhecimento do Antigo Testamento e seu amor a Deus os fez pronto.
Segundo, havia descrença devido à falta de informações. Este tipo de incredulidade necessário mais do que a mera exposição à pessoa de Cristo; aqueles a este nível foram menos preparado e teve de ouvir Suas palavras para ser persuadido. A mulher samaritana no poço não estava impressionado com a aparência de Jesus ou expostos a qualquer um dos seus milagres; Para ela, ele parecia ser apenas mais um rabino judeu. Mas depois ela experimentou Seu conhecimento sobrenatural a respeito de seu pecado (4: 16-19); Sua declaração direta de que Ele era o Messias (4:
26) foi convincente. Suas palavras também convenceu muitos de seus conterrâneos para crer nEle (4: 41-42).

Em terceiro lugar, havia descrença devido a uma percepção de falta de provas. Aqueles que se enquadram nesta categoria tinha ouvido as reivindicações de Cristo, mas a evidência de que essas alegações eram verdadeiras desejado. Os Evangelhos descrevem-nos como aqueles que precisam para ver as obras de Cristo. O próprio Jesus ofereceu Seus milagres como prova de que Ele era o Messias (Lucas 7:20-22; Jo 5:36; Jo 10:25, 37-38; Jo 14:11; conforme At 2:22). Embora os milagres que atestam Cristo realizados não trouxe todos os que os observados para a fé salvadora (2: 23-25; 0:37; Lc 4:23), eles não convencer alguns. Eles foram suficientes para convencer a Nicodemos que Jesus foi enviado por Deus (3: 2), e começar a ele no caminho para a fé salvadora (ver cap 8 deste volume.).

Mas havia um quarto nível de incredulidade encontrada no deliberada de coração endurecido-ness extremamente religiosa e hipócrita, ou seja, devido à incredulidade. Aqueles a este nível se recusou a acreditar em Cristo e do evangelho da graça, e nenhuma quantidade de evidência seria convencê-los de outra forma. Eles sabiam quem era Jesus; eles entenderam Seus ensinamentos; eles estavam cientes da esmagadora evidência; ainda que teimosamente rejeitou suas alegações. Jesus alertou para as consequências dessa obstinada incredulidade, quando disse: "A menos que você acredita que eu sou, morrereis nos vossos pecados" (08:24). Os fariseus exemplificou esse nível final de incredulidade hipócrita quando concluíram de Jesus: "Este homem expulsa os demônios só por Belzebu o príncipe dos demônios" (Mt 12:24). Eles decidiram, exatamente o oposto da verdade, que Jesus era satânico. Essa incredulidade deliberada é o tipo mais mortal. Porque essas pessoas, que pensam ter conseguido justiça, continuamente rejeitam todas as provas para o evangelho de Deus mostra-los e odeiam a realidade que eles são espiritualmente pobres, cegos, escravizados e oprimidos com o pecado (conforme Lc 4:16-30) . Sua incredulidade nunca vai dar lugar ao arrependimento e à fé salvadora (conforme Mt 12:31-32.; Hb 6:4-8.).

Como começar o seu ministério galileu, Jesus encontrou algumas pessoas no terceiro nível da incredulidade. Os galileus não ficaram impressionados com sua pessoa ou suas palavras; Ele cresceu entre eles, e eles pensavam que sabiam quem Ele era (conforme Mt 13:1.; Lucas 7:2-10), as diferenças significativas entre as duas histórias descarta essa possibilidade.Por exemplo, o homem nesta história era um oficial do rei, enquanto o centurião era um soldado; o funcionário pediu a cura para seu filho, enquanto o centurião intercedeu em favor de seu servo; e fé do funcionário não foi elogiado por Jesus (v 48)., enquanto que a fé do centurião era (Lc 7:9; At 3:26; At 13:46; Rm 1:16). O povo judeu eram o principal foco do ministério de Jesus (Mateus 10:5-6; Mt 15:24.).

A declaração proverbial um profeta não tem honra na sua própria pátria (conforme Lc 4:24) contrasta aceitação de Jesus pelos samaritanos com Sua rejeição geral pelo povo judeu (01:11). Ele também explica Seu motivo para o retorno à sua região de origem da Galiléia (como a conjunção gar [para] indica). À primeira vista, parece um tanto desconcertante que Jesus foi para a Galileia, porque, como Elemesmo testificou, Ele receberia nenhuma honra lá. A questão, porém, é que Jesus não foi pego de surpresa quando muitos em sua região natal rejeitaram. Ele foi para lá sabendo que Ele seria dada uma recepção fria, especialmente em Nazaré, onde tinha sido levantada (Lc 4:1ff). Mas alguns na Galiléia iria acreditar e, portanto, honrá-lo.

A declaração de João, por isso, quando Ele veio para a Galileia, os galileus o receberam, não significa que eles acreditavam Salvadora em Jesus como o Messias. Oun ( tão ) remete para a declaração de Jesus no versículo anterior, e confirma que os galileus não fez honrá-lo por quem Ele realmente era. Pelo contrário, depois de ter visto todas as coisas que Ele fez em Jerusalém no dia da festa (conforme 2:23), saudaram-lo apenas como um fazedor de milagres. Eles estavam curiosos, ansiosamente esperando para ver Jesus realizar algumas façanhas mais sensacionais. Assim, o apóstolo João escreve com um senso de ironia; recepção de Jesus os galileus 'não era genuíno, mas superficial e raso.

Incredulidade Confrontado

Por isso, Ele veio novamente a Caná da Galiléia, onde tinha feito a água em vinho. E havia um oficial do rei, cujo filho estava enfermo em Cafarnaum. Quando ele soube que Jesus tinha vindo da Judéia para a Galiléia, foi ter com ele e estava implorando-lhe que descesse e curasse o seu filho; pois ele estava no ponto de morte. Então Jesus lhe disse: "Se não virdes sinais e prodígios, você simplesmente não vai acreditar." O oficial do rei, disse-lhe: "Senhor, desce, antes que meu filho morra." (4: 46-49)

O fato de que Jesus encontrou um oficial do rei, em Caná da Galiléia, onde tinha feito a água em vinho (conforme 2: 1-11) só contribuiu para a ironia da situação. Este foi o lugar onde Jesus tinha realizado seu primeiro milagre. No entanto, em vez de exibir verdadeira crença nele, por causa de seu inegável poder sobrenatural, as pessoas simplesmente exibido um desejo de ver mais milagres. Como este incidente demonstra, a recepção dos galileus, como a da maioria dos judeus (2: 23-25), era curioso, emoção em busca, não-poupança, interesse superficial, baseado em assinar. A conjunção oun ( portanto ) introduz a história do funcionário real e apresenta-o como um exemplo daqueles galileus que viram Jesus não era o Messias, mas apenas como um fazedor de milagres (conforme a discussão do v. 48 abaixo).

oficial do rei ( basilikos ) era mais provável no serviço de Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia, de 4 aC a ad 39. (É improvável que ele estava a serviço do imperador, desde a Galiléia não era parte de uma província imperial.) Antipas era um filho de Herodes, o Grande, que governou a Palestina na época do nascimento de Cristo. Após a morte de seu pai, Antipas foi feito governante da Galiléia. Embora Roma negou-lhe o título real formal, Antipas foi, no entanto, comumente referido como um rei (Mt 14:9). Alguns têm especulado que este oficial do rei foi "Cuza, procurador de Herodes" (Lc 8:3; Mc 6:3) e a mulher siro-fenícia (Marcos 7:24-30), assumiu Jesus tinha que estar fisicamente presente para curar seu filho. Em segundo lugar, ele esperava que Jesus tinha o poder de curar a doença de seu filho, mas não tinha esperança de que ele poderia ressuscitá-lo dentre os mortos. Essas duas hipóteses foram atrás de sua insistência de que Jesus veio de uma vez antes que fosse tarde demais. Ao contrário do jovem rico (Marcos 10:17-22), ele não estava em busca da verdade espiritual, mas em vez disso foi movida por uma necessidade física e emocional esmagadora. Seu objetivo em vir para Jesus não era obter a salvação eterna para si, mas a cura física para o seu filho morrer.

Confrontado com medo, débil, a fé imperfeita do funcionário real e da incredulidade dos galileus em geral, Jesus emitiu uma severa repreensão: "Se não virdes sinais e prodígios, você simplesmente não vai acreditar." O NASB justamente adiciona a palavra em itálico pessoas , já que o verbo traduzido see é plural. Repreensão de Jesus compreendeu o oficial do rei, e todos os galileus, cujo fé falho desconsiderada Sua mensagem e missão de salvação e preferiu se concentrar na milagres sensacionais Ele realizados em seu nome.

O oficial do rei ignorou a avaliação de Jesus dele e de seus colegas galileus. Única e exclusivamente, ele abriu seu coração, exclamando: "Senhor, desce a Cafarnaum antes que meu filho (, um termo carinhoso mais agradável do que "filho" [vv. 46-47]) morre. " Apesar de sua repreensão caule da tipo de fé diante dEle, o Senhor graciosamente realizou o milagre, consequentemente desenho fé do funcionário para um nível superior. Ao curar seu filho fisicamente, o Grande Médico mudou-se para curar o pai espiritualmente.

Incredulidade Conquistada

Jesus disse-lhe: "Vá;. Teu filho vive" O homem creu na palavra que Jesus falou com ele e começou. Como ele já ia descendo, os seus escravos conheci, dizendo que seu filho estava vivo. Então perguntou-lhes a hora em que ele começou a ficar melhor. Então eles disseram-lhe: "Ontem à hora sétima a febre o deixou." Então, o pai sabia que era a hora em que Jesus lhe disse: "Seu filho vive"; e ele mesmo acreditou e toda a sua casa. Este é novamente um segundo sinal de que Jesus realizou quando Ele tinha vindo da Judéia para a Galiléia. (4: 50-54)

Em vez de concordar em voltar a Cafarnaum com ele, como o oficial havia implorado para ele fazer, Jesus apenas disse-lhe: "Vai, teu filho vive." No mesmo instante, o menino foi curado (vv 52-53.).Mesmo que ele não tinha a confirmação de que, o homem , no entanto, acreditava que a palavra que Jesus falou com ele. As palavras do Senhor a ele o tinha deslocado a partir do terceiro nível de descrença (que precisa de milagres) para o segundo (que acredita que a palavra de Cristo). Sem qualquer prova tangível de que seu filho foi curado, tomou Jesus em Sua palavra e partiu para casa.

Deixando de Cana, na região montanhosa de Galileu, o funcionário foi para baixo em direção a Cafarnaum, na costa norte do Mar da Galiléia (cerca de 700 pés abaixo do nível do mar). No caminho, os seus escravos o conheci, já tendo deixado a cidade para encontrá-lo e dizer-lhe a boa notícia de que seu filho estava vivo (ou seja, de que ele havia se recuperado, não apenas que ele ainda não havia morrido).Overjoyed, o homem perguntou-lhes a hora em que ele começou a ficar melhor. Os servos respondeu: "Ontem à hora sétima a febre o deixou." A sétima hora teria sido o início da tarde, em algum momento entre 1 e 3 horas, no mais amplo ajuste de contas. Até o momento ele deixou Cana e chegou nas imediações de Cafarnaum, foi depois da meia-noite ( ontem). É possível que a palavra de Jesus para ele aliviou sua ansiedade sobre seu filho, que lhe permite permanecer em Cana, talvez para ouvir e ver mais do Senhor e entender a Sua mensagem. Isso teria sido crítico, pois o levou a acreditar plenamente em Jesus quando seus servos relatou a cura completa de seu filho, confirmando as afirmações do Senhor (v. 53).

Era o tempo de recuperação de seu filho que o verificado para o pai que um milagre havia acontecido, porque ele sabia que a cura de seu filho tinha acontecido naquele muito hora em que Jesus tinha dito a ele: "Seu filho vive." Quando ele ouviu a notícia, o funcionário real creu ele, juntamente com cada membro de toda a sua família (conforme At 11:14; At 16:15, 31-34; At 18:8; 1Co 16:15.).

João concluiu esta conta com a nota de rodapé, Este é novamente um segundo sinal de que Jesus realizou quando Ele tinha vindo da Judéia para a Galiléia. Este ato de cura foi a segunda das oito principais sinais de que João registra como prova de que Jesus era o Messias. Ele também foi o segundo sinal (o primeiro tenha sido efectuado nas bodas de Cana [2: 1-11]) Ele tinha realizado na Galiléia.Que não foi o segundo milagre de Jesus em geral fica claro a partir 02:23. Neste caso, a verificação impressionante do poder de Jesus levantou o real oficial todo o caminho do sinal de procura de incredulidade a verdadeira fé salvadora.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de João Capítulo 4 do versículo 1 até o 54

João 4

Rompendo barreiras — Jo 4:1-9

Em primeiro lugar, situemo-nos no ambiente desta cena. A região da Palestina só tem 200 quilômetros do Norte ao Sul. Porém, na época de Jesus, dentro desses 200 quilômetros havia três divisões muito claras. No Norte estava Galiléia, no Sul Judéia, e no meio Samaria. Nesta etapa de seu ministério Jesus não queria ver-se envolto em uma controvérsia sobre o batismo, de maneira que decidiu abandonar no momento a Judéia e transladar suas atividades a Galiléia. Entre os judeus e os samaritanos havia uma inimizade de séculos, cujas causas veremos imediatamente. Mas, apesar de tudo, a forma mais rápida de passar da Judéia a Galiléia era atravessar Samaria. A viagem da Judéia a Galiléia se podia fazer em três dias, se se passava por Samaria. A outra possibilidade era cruzar o Jordão, subir pela costa Leste do rio, não entrar em Samaria, voltar a cruzar o Jordão, ao norte de Samaria e então entrar na Galiléia. É obvio que esta rota levava o dobro de tempo. De maneira que Jesus tinha que passar por Samaria se queria ir a Galiléia pelo caminho mais curto.
No caminho chegaram à cidade de Sicar. Perto de Sicar o caminho a Samaria se bifurca. Um dos caminhos se dirige ao Noroeste, a

Scitópolis; o outro vai primeiro para o Oeste, a Nablus e depois para o Norte, a Enganim. Justo na bifurcação do caminho está até o dia de hoje o poço que se conhece pelo nome de poço de Jacó. Tratava-se de uma zona muito rica em lembranças judaicas. Aí havia uma parte de terra que Jacó tinha comprado (Gênesis 33:18-19). Em seu leito de morte, Jacó deixou essa terra a José (Gn 48:52). E, depois da morte de José no Egito, levaram seu corpo a Palestina e o ali o sepultaram (Js 24:32) De maneira que se reuniam muitas lembranças judaicas em torno desta zona. O poço tinha mais de trinta metros de profundidade. Não se trata de uma vertente; é um poço no qual se filtra a água e ali se junta. Mas não resta dúvida de que se tratava de um poço do qual ninguém podia tirar água se não tinha algo com o que fazê-lo.

Quando Jesus e seu pequeno grupo chegaram à bifurcação dos caminhos, Jesus se sentou para descansar pois estava cansado da viagem. Era meio-dia. O dia judaico vai das seis da manhã até as seis da tarde e a hora sexta são as doze do meio-dia. De maneira que o calor chegou a seu grau máximo, e Jesus se sentia fatigado e sedento pela marcha. Seus discípulos foram comprar alguma comida na aldeia samaritana. Algo deve ter começado a acontecer. Antes de encontrar-se com Ele é muito pouco provável que lhes houvesse sequer ocorrido comprar comida em alguma população samaritana. Pouco a pouco, até possivelmente de maneira inconsciente, estavam quebrando as barreiras.
De maneira que, enquanto Jesus estava sentado, uma mulher samaritana se aproximou do poço. Por que teria que vir a esse poço, é algo misterioso, visto que estava a quase um quilômetro de Sicar onde deve ter vivido, e ali havia água. Pode ser que tenha sido um pária moral de tal calibre que até as mulheres da aldeia a expulsavam do poço do lugar e tinha que ir até ali para tirar água? Jesus lhe pediu que lhe desse água para beber. A mulher se voltou surpreendida. "Eu sou samaritana", disse. "Você é judeu. Como é que me pede que te dê água para beber?"
E então João passa a explicar aos gregos, para aqueles que escrevia o Evangelho, que não havia nenhum tipo de intercâmbio entre judeus e samaritanos. Não resta dúvida que o que temos no texto não é mais que o resumo mais breve possível do que deve ter sido uma longa conversação. É evidente que houve muito mais neste encontro do que se registra aqui. Se nos permite usar uma analogia, isto é como a minuta de uma reunião de uma comissão em que só se registram os pontos mais importantes. Creio que a mulher samaritana deve ter aberto sua alma ao estrangeiro. De que outra forma Jesus pode ter-se informado a respeito de seus complicados problemas domésticos? Era uma das contadas vezes em sua vida em que encontrava a alguém em cujo olhar havia amabilidade em lugar de uma superioridade crítica; e lhe abriu seu coração.

Há poucos relatos do Evangelho que mostrem tanto sobre a personalidade de Jesus como este.

  1. Mostra-nos o caráter real de sua humanidade. Jesus se sentia cansado pelo caminho, e se sentou junto ao poço, esgotado.

É muito significativo que João, que sublinha a absoluta deidade do Jesus Cristo mais que qualquer dos outros evangelistas, também sublinhe a fundo sua humanidade. João não nos apresenta um personagem livre do cansaço e esgotamento, o esforço e a luta próprios de nosso caráter humano. Mostra a alguém para quem a vida era um esforço, tal como o é para nós; mostra a alguém que também se sentia cansado e que também devia prosseguir.

  1. Mostra-nos a calidez de sua compaixão. A mulher samaritana teria fugido envergonhada de um líder religioso qualquer, de um dos líderes eclesiásticos ortodoxos da época. Ela o teria evitado. Se por uma casualidade muito pouco provável um deles lhe tivesse dirigido a palavra, ela o teria enfrentado com um silêncio envergonhado e até hostil. Mas para Jesus foi a coisa mais natural do mundo falar com esta mulher. Por fim tinha encontrado alguém que não era um juiz, mas um amigo, alguém que não condenava, mas sim compreendia.
  2. Mostra a Jesus como alguém que rompe barreiras. A luta entre judeus e samaritanos era uma história muito, muito velha. Em 722 A. C. os assírios tinham invadido, capturado e subjugado o reino de Samaria, no Norte. Fizeram o que costumavam fazer os conquistadores naquela época: transladaram quase toda a população a Média (2Rs 17:6). E trouxeram para esse lugar gente de Babilônia, de Cuta, da Ava, de Hamate e de Sefarvaim (2Rs 17:24). Agora, é impossível transladar a todo um povo. Alguns dos habitantes do reino do Norte ficaram nesse mesmo lugar. Como é inevitável, começaram a casar-se com os estrangeiros; e nessa forma cometeram um pecado que é imperdoável para qualquer judeu. Perderam sua pureza racial.

Até o dia de hoje, em uma família judia ortodoxa, se um filho ou uma filha se casa com um gentio, celebra-se seu funeral. Essa pessoa está morta aos olhos do judaísmo ortodoxo. De maneira que a grande maioria dos habitantes de Samaria e do reino do Norte foram a Média. Jamais voltaram; foram assimilados ao lugar onde foram levados e são as dez tribos perdidas. Os que permaneceram no país se casaram com estrangeiros que chegaram e perderam o direito de ser chamados judeus.
Depois de um tempo, o reino do Sul, cuja capital era Jerusalém, sofreu uma invasão e uma derrota semelhantes. Também os seus habitantes foram levados a Babilônia; mas não perderam sua identidade; permaneceram inalteravelmente judeus. Depois vieram os dias de Esdras e Neemias e os exilados voltaram para Jerusalém graças ao rei da Pérsia. Sua tarefa imediata foi reparar e reconstruir o templo, que estava destroçado. Os samaritanos vieram a oferecer sua ajuda para esta tarefa sagrada. Sua ajuda foi orgulhosamente rechaçada. Tinham perdido sua herança judaica e não tinham nenhum direito de compartilhar a reconstrução da casa de Deus. Indignados por este rechaço, voltaram-se com amargura contra os judeus de Jerusalém. Essa briga ocorreu ao redor do ano 450 A. C. e nos dias de Jesus aquela inimizade era tão profunda como sempre.

Agravou-se quando o judeu renegado Manassés se casou com a filha do samaritano Sambalate (Ne 13:28) e se dedicou a construir um templo que rivalizava com o de Jerusalém, no monte Gerizim que estava no centro do território samaritano e que é ao que se refere a mulher samaritana. Mais tarde, na época dos Macabeus, no ano 129 A. C., o general e caudilho judeu João Hircano comandou um ataque contra Samaria e saqueou e destroçou o templo do monte Gerizim.

Havia um profundo ódio entre judeus e samaritanos. Os judeus os chamavam depreciativamente chutitas, que era o nome de um dos povos que tinham instalado os assírios nessa região. Os rabinos judeus diziam: "Nenhum homem deve comer o pão dos chutitas porque quem come de seu pão é como aquele que come carne de porco." O Eclesiástico mostra Deus dizendo: “Há duas nações que minha alma detesta, e uma terceira nem sequer é nação: os habitantes de Seir, os filisteus e o povo estúpido que mora em Siquém” (Eclesiástico 50:25-26, Bíblia de Jerusalém).

Siquém era uma das mais famosas cidades samaritanas. O ódio era devolvido com interesse. Conta-se que o rabino Jocanán passava por Samaria quando ia orar a Jerusalém. Passou pelo monte Gerizim. Viu-o um samaritano e lhe perguntou: "Para onde vai?" "Vou a Jerusalém", disse, "a orar." O samaritano respondeu: "Não seria melhor que orasse nesta montanha Santa (o monte Gerizim) antes que nessa casa maldita?" Os peregrinos que foram da Galiléia a Jerusalém deviam passar por Samaria se, como vimos, viajavam pela rota mais rápida; e os samaritanos sentiam prazer em lhes obstar o caminho.
A desavença entre judeus e samaritanos tinha mais de 400 anos. Mas se desenvolvia com o mesmo ressentimento e amargura de sempre. Não é surpreendente que a mulher samaritana sentisse algo estranho quando Jesus, um judeu, falou com ela, uma samaritana.

  1. Mas havia até outra forma em que Jesus estava derrubando barreiras. A samaritana era uma mulher. Os rabinos estritos proibiam que um rabino saudasse uma mulher em público. Um rabino nem sequer podia falar em público com sua própria mulher, sua filha ou sua irmã. Até havia fariseus ao quais se apelidavam: "Os fariseus machucados e sangrantes" porque fechavam os olhos quando viam uma mulher pela rua e assim batiam a cabeça em paredes e casas! Para um rabino o fato que o vissem falando em público com uma mulher significava o fim de sua reputação, e entretanto, Jesus falou com esta mulher. Não só era mulher; tratava-se de uma mulher cuja personalidade era muito conhecida. Nenhum homem decente, e menos um rabino, deixou-se ver em sua companhia ou falando com ela; mas Jesus sim.

Para um judeu este relato era surpreendente. Aqui estava o Filho de Deus cansado, esgotado e sedento. Aqui estava o mais santo dos homens ouvindo compreensivamente uma triste historia. Aqui estava Jesus rompendo as barreiras do nacionalismo e do costume judaico ortodoxo. Aqui está o começo da universalidade do evangelho; aqui está Deus amando o mundo de tal maneira, não em teoria, mas em ação.

A ÁGUA VIVA

João 4:10-15

Devemos notar que esta conversação com a mulher samaritana segue exatamente o mesmo esquema que a conversação com Nicodemos. Jesus faz uma afirmação. A afirmação não se entende e pe tomada em um sentido incorreto. Jesus repete a afirmação de maneira ainda mais clara. Volta a ser mal compreendida; e então Jesus obriga a pessoa com quem está falando a descobrir e enfrentar a verdade por si mesma. Essa era a forma como Jesus costumava ensinar; e era uma forma muito efetiva, porque, como disse alguém: "Há certas verdades que o homem não pode aceitar; deve descobri-las por si mesmo".

Tal como fez Nicodemos, a mulher tomou as palavras de Jesus em seu sentido literal, quando devia compreendê-las no plano espiritual. Jesus falou de água viva. Agora, na linguagem comum, para o judeu água viva significava água corrente. Tratava-se da água que fluía em um arroio, por oposição à água estancada em uma cisterna ou em um pântano. Como já vimos, este poço não era um lugar onde houvesse águas vivas, mas sim a água se filtrava de uma capa subterrânea. Para o judeu, a água viva, corrente, de um arroio sempre era a melhor. De maneira que o que a mulher disse foi: "Oferece-me água pura de um arroio. De onde a tirará?" e passou a falar de "nosso pai Jacó".

É obvio, os judeus teriam negado com a maior ênfase que Jacó foi o pai dos samaritanos, mas uma das coisas que afirmavam os samaritanos era que descendiam de José, filho de Jacó, por Efraim e Manassés. Em realidade, a mulher diz a Jesus: "Esta é uma conversação blasfema. Nosso grande antepassado Jacó, ao vir a este lugar, teve que cavar este poço para obter água para sua família e seus animais. "Pretende ser capaz de tirar água fresca e corrente de um arroio? Se for assim, pretende ser mais sábio e poderoso que Jacó. Isso é algo que ninguém tem o direito de afirmar".
Quando a pessoa ia viajar costumava levar um balde feito com a pele de algum animal para poder tirar água de qualquer poço junto ao qual se detivessem. Não resta dúvida de que o grupo de Jesus tinha um desses baldes; e tampouco resta dúvida de que os discípulos o tinham levado a aldeia. A mulher viu que Jesus não tinha esse balde de couro dos viajantes e então volta a dizer: "Não precisa falar de tirar água e me dar água. Vejo com meus próprios olhos que você não tem balde com que tirar a água".

H. B. Tristam começa seu livro Eastern Customs in Bible Lands (Costumes orientais nas terras bíblicas) com esta experiência pessoal. Estava sentado junto a um poço na Palestina ao lado do cenário da estalagem que aparece na história do Bom Samaritano.

"Uma mulher árabe desceu da serra para tirar água; desdobrou e abriu sua bolsa de couro de cabra, depois desatou uma corda e a atou a um balde muito pequeno de couro que levava consigo; com este balde encheu o couro muito lentamente, atou-lhe a boca, o pôs sobre o ombro e, com o balde na mão, subiu a costa. Fiquei pensando na mulher de Samaria junto ao poço de Jacó, quando um árabe que viajava a pé, subindo a íngreme ladeira que vem de Jericó, com calor e cansado da viagem, desviou-se até o poço, ajoelhou-se e olhou para baixo com ansiedade. Mas não tinha ‘com o que tirá-la e o poço era fundo’. Passou a boca pela umidade que tinha deixado a água que derramou a mulher que veio antes dele e, desiludido, prosseguiu em seu caminho”.

Isso era exatamente no que estava pensando a mulher quando disse a Jesus que não tinha com o que tirar a água das profundidades do poço.
Mas os judeus empregavam a palavra água em outro sentido. Estavam acostumados a falar da sede de Deus que a alm sentia; e muito freqüentemente falavam de acalmar essa sede com água viva. Jesus não estava usando expressões incompreensíveis. Estava empregando palavras que qualquer que tivesse percepção espiritual deveria ter compreendido.

No Apocalipse a promessa é: “Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida” (Ap 21:6). O Cordeiro os conduzirá a fontes de água da vida (Ap 7:17). A promessa era que o povo escolhido tiraria com alegria águas das fontes da salvação (Is 12:3). O salmista falava de sua alma sedenta do Deus vivo (Sl 42:1). A promessa de Deus era: “Porque derramarei água sobre o sedento” (Is 44:3). O chamado dizia que todo aquele que estivesse sedento devia ir às águas e beber gratuitamente (Is 55:1). Jeremias se queixava de que o povo tinha abandonado a Deus, fonte de água viva, e havia cavado para si cisternas rotas que não podiam conter a água (Jr 2:13). Ezequiel teve sua visão do rio da vida (Ez. 47:1-12). No novo mundo haveria um manancial aberto para a purificação (Zc 13:1). As águas sairiam de Jerusalém (Zc 14:8).

Às vezes os rabinos identificavam esta água viva com a sabedoria da Lei; outras vezes a identificavam nada menos que com o Espírito Santo de Deus. Toda a linguagem pictórica religiosa dos judeus estava cheio desta idéia da sede da alma que só podia satisfazer-se com a água viva que era o dom de Deus. Mas a mulher preferiu entender estas palavras na mais crua forma literal. Era cega porque não queria ver.

Mas Jesus passou a fazer uma afirmação ainda mais surpreendente. Disse que ele podia lhe dar água viva que lhe tiraria a sede para sempre. Mais uma vez mais a mulher tomou ao pé da letra; mas de fato era nada menos que uma afirmação messiânica. Na visão profética da época por vir, da idade de Deus, prometia-se: "Não terão fome nem sede" (Is 49:10). Deus e ninguém mais, possuía a fonte viva da água que saciava toda sede. "Contigo está o manancial da vida", tinha exclamado o salmista (Sl 36:9). O rio da vida sairá do mesmo trono de Deus (Ap 22:1). O Senhor é a bebedouro viva (Jr 17:13). Na época messiânica o lugar seco se converterá em lago e o deserto em mananciais de água (Is 35:7). Quando Jesus dizia que trazia para os homens a água que apaga para sempre toda sede, não fazia mais que afirmar que era o Ungido de Deus que teria que introduzir a nova era.

Mais uma vez a mulher não o viu. E, segundo minha opinião, esta vez falou em brincadeira, como seguindo a onda com alguém que estava um tanto louco. "Dê-me dessa água", disse, "assim não voltarei a ter sede e não precisarei caminhar até o poço todos os dias". Estava zombando com um tipo de sarcástico menosprezo das coisas eternas.
No coração de tudo isto se encontra a verdade fundamental de que no coração humano há uma sede de algo que só Jesus Cristo pode satisfazer.
Em um de seus livros, Sinclair Lewis apresenta um respeitável pequeno comerciante que se anima a expressar esta grande verdade. Está falando com a moça que ama. Ele diz: "Por fora todos parecemos muito diferentes; mas muito no fundo somos todos iguais. Os dois nos sentimos muito infelizes por algo, e não sabemos o que é."
Em todo homem existe esse desejo insatisfeito e sem nome; esse vazio descontente; essa carência; essa frustração; esse desejo que às vezes faz com que alguém encolha os ombros, sem saber por que.
Em Sorrel and Son (Sorrel e filho), Warwick Deeping apresenta um diálogo entre Sorrel e seu filho. O moço está falando sobre a vida. Diz que é como caminhar tateando em uma névoa encantada. A névoa se abre por um momento; a gente vê a Lua ou o rosto de uma garota; a gente pensa que quer a Lua ou o rosto; e depois a névoa volta a baixar, e o deixa a alguém procurando algo que não sabe muito bem o que é.

Agostinho fala de "nossos corações que estão inquietos até que descansam em ti". Um elemento da situação humana é o fato que não podemos encontrar a felicidade nas coisas que essa situação humana nos oferece. Jamais estamos a salvo do desejo de eternidade que Deus pôs na alma do homem. Existe uma sede que só podem aplacar as águas da eternidade, e que só Jesus Cristo pode satisfazer.

CONFRONTANDO A VERDADE

João 4:15-21

Vimos como a mulher, com certa frivolidade e como, em brincadeira, pediu a Jesus que lhe desse a água viva para que não voltasse a ter sede e para ver-se livre de ter que fazer a cansativa caminhada até o poço. E depois, de repente, e com toda crueldade, Jesus a fez voltar à realidade. Tinha passado o momento de brincar com as palavras, o momento das brincadeiras. "Vê", disse Jesus, "procure o seu marido e volte com ele." A mulher ficou paralisado como se tivesse experimentado uma dor repentina; crispou-se como se tivesse recebido um golpe, ficou tão pálida como alguém que vê uma visão; e isso era o que lhe havia acontecido, porque de repente se viu si mesma. Nesse momento se viu obrigada a enfrentar-se a si mesmo e à ligeireza e imoralidade e a absoluta falta de dignidade de sua vida.

No cristianismo há duas revelações: a revelação de Deus e a revelação de nós mesmos. Ninguém se vê realmente a si mesmo até que não vá por si mesmo à presença de Cristo; e então o que vê o deixa aturdido. Para expressá-lo de outro modo: o cristianismo começa com um sentido de pecado. Começa com uma repentina tomada de consciência de que a vida, tal como a estamos vivendo, não nos leva a lugar nenhum. Despertamos a nós mesmos e despertamos a nossa necessidade de Deus.
Alguns têm sustentado, devido a esta menção dos cinco maridos, que este relato não ocorreu em realidade mas se trata de uma alegoria.

Vimos que quando os habitantes primitivos de Samaria foram exilados e transportados a Média, vieram outros cinco povos a esse lugar. Nesse relato lemos que cada um destes povos trouxe consigo seus próprios deuses (2Rs 17:29); e se tem sustentado que a mulher representa Samaria; os cinco maridos representam aos cinco falsos deuses com aqueles que por assim dizer, casaram-se os samaritanos. O sexto marido representaria o Deus verdadeiro; mas, como disse Jesus, adoram-no, não na verdade, mas em ignorância; e portanto não estão casados com Ele. Pode ser que neste relato, haja uma referência à infidelidade dos samaritanos para com Deus; mas a história é muito vívida para que se trate de uma alegoria elaborada. É muito parecida à vida real.

Alguém afirmou que a profecia é a crítica apoiada na esperança. Um profeta assinala a um homem ou a uma nação o que está mal, mas não o faz para provocar o desespero neles e sim para lhes indicar o caminho da emenda e da retidão de vida. Do mesmo modo, Jesus começou por assinalar a esta mulher sua situação pecaminosa; mas passou a falar-lhe da verdadeira adoração em que nossas almas podem encontrar a Deus.
A pergunta da mulher nos soa como algo estranho. Diz, e não há dúvida de que se sente turvada ao dizê-lo: "Nossos pais dizem que devemos adorar aqui, no monte Gerizim; você diz que devemos adorar em Jerusalém; o que devo fazer?"

Os samaritanos adaptavam a história como mais lhes convinha. Ensinavam que tinha sido no monte Gerizim onde Abraão tinha estado disposto a sacrificar a Isaque. Ensinavam que aí era onde Melquisedeque tinha aparecido a Abraão. Afirmavam que Moisés tinha edificado um altar pela primeira vez no monte Gerizim e tinha devotado sacrifícios a Deus quando o povo entrou na terra prometida, o que na verdade tinha acontecido no monte Ebal (Dt 27:4). Manipulavam o texto das Escrituras e a história para dar glória ao monte Gerizim. A mulher tinha sido educada na consideração do monte Gerizim como o mais sagrado dos lugares e no desprezo por Jerusalém.

Agora, o que ela estava pensando era o seguinte. Estava dizendo em seu íntimo: "Sou uma pecadora perante Deus; devo fazer uma oferta a Deus por meu pecado; devo levar essa oferta à casa de Deus para me justificar perante seus olhos; onde tenho que levá-la?" Para ela, como para todos seus contemporâneos, a única forma de apagar o pecado era o sacrifício. Seu grande problema era onde oferecer esse sacrifício. Neste momento não está discutindo os méritos do templo do monte Gerizim e os do templo do monte Sião; tudo o que quer saber é: Onde posso encontrar a Deus?

A resposta de Jesus foi que estava chegando a seu fim a época das velhas rivalidades fabricadas pelos homens; e estava chegando o momento em que o homem encontraria a Deus em todas partes. Sofonias tinha tido a visão de que todos as pessoas adorariam a Deus “cada uma do seu lugar” (Sf 2:11). Malaquias tinha sonhado que em todos os lugares se ofereceria incenso como oferta limpa em nome de Deus (Ml 1:11). A resposta que Jesus deu à mulher foi que não tinha que ir a nenhum lugar especial para encontrar a Deus, nem ao monte Gerizim nem ao monte Sião; que não tinha necessidade de oferecer sacrifício em algum lugar especial. A resposta de Jesus foi que a verdadeira adoração encontra a Deus em todas partes.

A ADORAÇÃO VERDADEIRA

João 4:22-26

Jesus havia dito à mulher samaritana que as velhas rivalidades estavam em vias de desaparecer, que estava chegando o dia em que a controvérsia a respeito dos respectivos méritos do monte Gerizim e do monte Sião seria algo sem pertinência; que aquele que na verdade procurasse a Deus o encontraria em qualquer parte. Mas apesar de tudo isso, Jesus sublinhou o fato de que o povo judeu ocupava um lugar único no plano e na revelação de Deus.

Diz que os samaritanos adoram em ignorância. Em um sentido isso é verdade. Os samaritanos só aceitavam o Pentateuco, os cinco primeiros livros do Antigo Testamento. Rechaçavam todo o resto do Antigo Testamento. Portanto, tinham rechaçado todas as grandes mensagens dos profetas e toda a devoção suprema dos Salmos. De fato, possuíam uma religião truncada, porque sua Bíblia era uma Bíblia truncada; de fato, tinham rechaçado o conhecimento que estava a seu alcance e que poderiam ter possuído. Mais ainda, os rabinos judeus sempre tinham acusado os samaritanos de professar nada mais que uma adoração supersticiosa do Deus verdadeiro. Sempre repetiam que a adoração dos samaritanos não se apoiava no amor e o conhecimento e sim na ignorância e o temor.

Como já vimos, quando estes povos estrangeiros foram viver a Samaria, levaram com eles seus próprios deuses (2Rs 17:19). Diz que um sacerdote do Betel foi dizer-lhes como tinham que temer ao Senhor (2Rs 17:28). Mas, de fato, o mais provável é que se limitaram a agregar Jeová à sua lista de deuses porque sentiam um temor supersticioso de excluí-lo. Depois de tudo, era o Deus da terra onde viviam e podia ser perigoso não incluí-lo na adoração.

Assim, pois, em uma adoração falsa podemos detectar três falhas.

  1. Uma adoração falsa seleciona o que quer saber e entender a respeito de Deus e omite o que não quer. Os samaritanos tomavam o que queriam das Escrituras e não prestavam atenção ao resto. Uma das coisas mais perigosas do mundo é uma religião parcial. É muito fácil aceitar e crer nas verdades de Deus que convêm e não prestar nenhuma atenção ao resto.

Vimos, por exemplo, que há pensadores, homens de igreja e políticos que justifiquem o apartheid e a segregação racial apelando a algumas passagens das Escrituras, enquanto esquecem com toda conveniência as partes muito mais numerosas que o proíbem.

Em uma grande cidade houve um ministro que organizou um petição para ajudar a um homem a quem se condenou por certo delito. Pareceu-lhe que se tratava de uma circunstância na qual devia intervir a misericórdia cristã. Soou o telefone e uma voz de mulher lhe disse: “Sinto-me sobressaltada de que você, um ministro, brinde sua ajuda para esta petição de misericórdia”. “Por que teria que sentir-se surpreendida?” perguntou o ministro. A voz disse: “Suponho que você conhece sua Bíblia espero”, respondeu ele. “Então”, disse a voz, “não sabe que a Bíblia diz ‘Olho por olho e dente por dente’?”
Aqui temos a uma mulher que tomava a parte da Bíblia que lhe convinha nesse momento e se esquecia do grande ensino de misericórdia que Jesus impartiu no Sermão da Montanha. Faríamos bem em recordar que, embora nenhum homem conseguirá chegar jamais à verdade absoluta, devemos tender para ela, e não pegar fragmentos que se encaixam a nossas necessidades e a nossa situação.

  1. Uma adoração falsa é uma adoração ignorante. A adoração deveria ser a aproximação a Deus por parte do homem total. O homem tem uma mente e tem o dever de fazê-la trabalhar. A religião pode começar com uma resposta emocional; mas chega o momento em que terá que pensar essa resposta emocional.

E. F. Scott disse que a religião é muito mais que um mero exercício forçado do intelecto mas que, de todos os modos, uma grande parte do fracasso religioso não se deve a outra coisa que à preguiça intelectual. Deixar de pensar as coisas é um pecado. Em última instância a religião não está a salvo até que o homem possa dizer, não só o que crê, mas também por que crê. A religião é esperança, mas é uma esperança sustentada pela razão (1Pe 3:15).

  1. Uma adoração falsa é uma adoração supersticiosa. É uma adoração que se faz não por um sentimento de necessidade nem por algum desejo autêntico, a não ser, basicamente, porque o homem teme que poderia ser perigoso não oferecer essa adoração. Mais de uma pessoa se negará a passar debaixo de uma escada; muita gente se sentirá satisfeita quando um gato preto lhe cruza o caminho; muitos recolhem um alfinete convencidos de que lhes trará boa sorte; mais de uma pessoa se sentirão incômodas quando houver treze sentados na mesma mesa onde ele está. Não crê nestas superstições mas sente que pode haver algo de verdade nelas e que é melhor estar a salvo. Muita gente apóia sua religião em um vago temor do que poderia acontecer se não prestarem atenção a Deus. Mas a verdadeira religião não se apóia no medo, e sim no amor a Deus em gratidão pelo que tem feito, e no desejo de estar com Deus para poder achar a vida. Há muita religião que é uma espécie de ritual supersticioso para evitar a possível ira dos deuses imprevisíveis.

Assim, Jesus assinalou a verdadeira adoração. Deus — disse — é Espírito. No momento que um homem compreende isto, uma luz potente o invade. Se Deus for Espírito, não está limitado às coisas; e portanto, a adoração de ídolos não só é algo inútil, mas também é um insulto à própria natureza de Deus. Se Deus for Espírito, não está limitado a lugares; de maneira que limitar a adoração de Deus a Jerusalém ou a qualquer outro lugar é pôr limite a algo que por sua própria natureza ultrapassa todo limite. Se Deus for Espírito, os dons que alguém lhe oferece devem provir do espírito. Os sacrifícios animais, as coisas feitas pelos homens resultam insuficientes e inadequadas. Os únicos dons que se ajustam à natureza de Deus são os dons do espírito — o amor, a lealdade, a obediência e a devoção. O espírito do homem é sua parte superior. Isso é o que permanece quando a parte física desapareceu. Essa é a entidade que sonha os sonhos e vê as visões, que, devido à debilidade e às falhas do corpo e da parte física do homem, podem não cumprir-se. O espírito do homem é a fonte e origem de seus sonhos, pensamentos, ideais e desejos. A adoração autêntica, genuína, dá-se quando o homem, através de seu espírito, chega à amizade e intimidade com Deus. A adoração genuína e autêntica não consiste em chegar a um lugar determinado; nem em passar por um ritual ou liturgia determinados; nem sequer significa trazer certos dons. A adoração autêntica se dá quando o espírito, a parte imortal e invisível do homem, encontra-se e fala com Deus, que é imortal e invisível.

Assim, pois, esta passagem termina com a grande declaração. Ante os olhos dessa mulher samaritana se apresentou uma visão que a assustou e a intrigou. Havia coisas que estavam além de sua capacidade de compreensão, coisas cheias de mistério. Tudo o que pôde dizer foi: "Quando vier o Messias, o Cristo, o Ungido de Deus, Ele nos declarará todas as coisas". Jesus lhe disse: "Eu sou, que fala contigo". É como se houvesse dito: não se trata de um sonho da verdade, é a própria verdade.

COMPARTILHANDO O ASSOMBRO

João 4:27-30

Não é estranho que os discípulos se sentissem assombrados e intrigados quando ao voltar de sua tarefa na cidade de Sicar, encontraram a Jesus falando com a mulher samaritana. Já vimos a idéia que tinham os judeus sobre a mulher. O preceito rabínico dizia: "Que ninguém fale com uma mulher na rua, nem sequer com sua própria esposa". Os rabinos desprezavam a mulher e a consideravam incapaz de receber qualquer tipo de ensino, por isso diziam: "É melhor queimar as palavras da lei antes que dá-las às mulheres". Uma de suas frases comuns era: "Cada vez que um homem prolonga sua conversação com uma mulher faz mal a si mesmo, deixa de cumprir a Lei e por último herda o Geena". Segundo as pautas rabínicas, Jesus não poderia fazer algo menos ortodoxo que falar com essa mulher. Aqui vemos Jesus derrubando barreiras.
Depois vem um detalhe curiosamente revelador. É algo que não poderia provir de alguém que não tivesse compartilhado esta cena. Por mais surpreendidos que estivessem os discípulos não tiveram a idéia de perguntar à mulher o que procurava, ou de perguntar a Jesus por que estava falando com ela. Estavam começando a conhecer a Jesus. E já tinham chegado à conclusão de que por surpreendentes que fossem seus atos, se ele os fazia, não tinha que serem questionados. A pessoa deu um grande passo ao discipulado quando aprendeu a dizer: "Quem sou eu para questionar as atitudes e as exigências de Jesus. Meus preconceitos e convenções devem desaparecer ante seus atos e mandamentos".

A esta altura, a mulher já estava a caminho da aldeia sem seu cântaro. O fato de deixar o cântaro demonstra duas coisas. Demonstra que tinha pressa em compartilhar essa experiência extraordinária e que não sonhava em fazer outra coisa senão retornar ao mesmo lugar. Toda a atitude desta mulher samaritana nos diz muito a respeito da experiência cristã autêntica.

  1. Sua experiência começou ao ver-se obrigada a confrontar-se consigo mesma e ver-se tal qual era. O mesmo aconteceu com Pedro. Depois da pesca milagrosa, quando Pedro descobriu algo da majestade de Jesus, tudo o que pôde dizer foi: “Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador” (Lc 5:8). Mais de uma vez nossa experiência cristã começará com uma desagradável sensação de desgosto conosco mesmos. Em geral, a última coisa que vê o homem é a si mesmo. E em geral acontece que o primeiro que Cristo faz para ajudar a um homem é obrigá-lo a fazer o que esse mesmo homem se negou a fazer durante toda sua vida: ver-se a si mesmo.
  2. A mulher samaritana se sentiu esmagada pela capacidade de Cristo para ver em seu coração. Estava assombrada por seu Intimo conhecimento do coração humano, e de seu coração em particular. Ao salmista o espantava o mesmo pensamento: “De longe entendes o meu pensamento... Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó SENHOR, tudo conheces” (Salmo 139:1-4).

Conta-se que uma vez uma garotinha escutou um sermão de C. H. Spurgeon e ao finalizar, sussurrou a sua mãe: "Mamãe, como sabe ele o que acontece em casa?"
Não há nenhum disfarce nem cortina que seja impenetrável ao olhar de Cristo. Ele tem o poder de ver as profundezas do coração humano. Não se trata de que só veja o que tem de mal nesse coração; também vê o herói dormido na alma de cada um dos homens. É como o cirurgião que vê o mal e o doente, mas que também vê a saúde que seguirá quando se tirar a parte má.

  1. O primeiro instinto da mulher samaritana foi compartilhar sua descoberta. Tendo descoberto a essa pessoa assombrosa, sentiu-se compelida a compartilhar com outros sua descoberta. A vida cristã se apóia nos pilares gêmeos da descoberta e da comunicação. Nenhum descobrimento é completo até que nossos corações se encham do desejo de compartilhá-lo, e não podemos comunicar a Cristo a outros até que o temos descoberto para nós mesmos. Os dois grandes passos da vida cristã são, em primeiro lugar, encontrar, e em segundo, dizer.
  2. Esse mesmo desejo de contar sua descoberta a outros, matou o sentimento de vergonha humana que a mulher experimentava. Sem dúvida se tratava de uma perdida; alguém que estava na boca do povo; o mesmo fato de que tirasse a água deste poço tão distante demonstra como evitava a companhia de suas vizinhas e como evitavam elas a sua. Mas agora correu a lhes contar experimentava. Uma pessoa pode ter algum problema que o faz sentir-se envergonhado e que o mantém em segredo, mas uma vez que se cura, freqüentemente se sente tão maravilhada e agradecida que o conta a todo o mundo. Um homem pode esconder seu pecado, mas uma vez que encontra a Jesus Cristo como Salvador, seu primeiro instinto é dizer a outros: "Vejam o que era, e olhem o que sou agora; isto é o que Cristo fez por mim".

A COMIDA QUE MAIS SATISFAZ

João 4:31-34

Mais uma vez, esta passagem segue a estrutura normal das conversações do quarto Evangelho. Jesus diz algo que se entende em um sentido equivocado. Diz algo que tem um significado profundo e espiritual. Em um primeiro momento toma ao pé da letra e logo vai mostrando gradualmente seu significado que por último se compreende.

Isto é o mesmo que fez Jesus quando falou com Nicodemos sobre o novo nascimento, e quando falou com a mulher sobre o água que acalmava a sede para sempre.

A esta altura dos acontecimentos, os discípulos tinham retornado com comida e pediam a Jesus que comesse. Tinham-no deixado tão cansado e exausto que se sentiam preocupados ao ver que não parecia sentir desejos de comer as provisões que tinham trazido. Sempre é surpreendente comprovar que uma tarefa grande pode elevar ao homem além das necessidades corporais.
Durante toda sua vida, Wilberforce, que libertou os escravos, foi um homem pequeno, insignificante e doentio. Quando se levantava para dirigir a palavra à Câmara dos Comuns, em um primeiro momento outros membros se riam perante esta pessoa estranha e pequena; mas quando o fogo e o poder o dominavam, estavam acostumados a alagar o recinto para ouvi-lo falar. Estavam acostumados a dizer: "O pequeno peixe se convertia em um baleia". Sua mensagem, sua tarefa, a chama da verdade, e o dinamismo do poder, conquistavam a sua debilidade física.
Há uma imagem do John Knox pregando quando era ancião. Era um homem acabado; estava tão fraco que quase tinham que levantá-lo até o púlpito e deixá-lo apoiado no suporte de livro. Mas antes de ter passado muito tempo a voz recuperava seu antigo ressonar como de trompetistas e parecia "que ia romper o púlpito em mil pedaços e saltar fora". A mensagem o enchia com uma espécie de força divina e sobrenatural.
A resposta de Jesus a seus discípulos foi que ele tinha uma comida da qual eles não sabiam nada. Em sua simplicidade, perguntaram entre si se alguém teria lhe trazido de comer. Então lhes disse: "Minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou". A chave suprema da vida de Jesus é a submissão à vontade de Deus. O caráter único de Jesus reside no fato de que foi a única pessoa que sempre foi e será perfeitamente obediente à vontade de Deus. Pode-se dizer com exatidão que Jesus foi a única pessoa em todo mundo que jamais fez o que quis, e que sempre fez o que Deus queria . Era o enviado de Deus.
Vez por outra, o quarto Evangelho diz que Jesus foi enviado por Deus. No quarto Evangelho há duas palavras gregas para expressar esta idéia. A palavra apostellein, que aparece dezessete vezes, e pempein, que ocorre vinte e sete vezes. Quer dizer que o quarto Evangelho diz, ou mostra a Jesus dizendo, não menos de quarenta e quatro vezes, que Jesus foi enviado por Deus. Era alguém que obedecia ordens. Era o homem de Deus. Logo, uma vez que veio, falou uma e outra vez, da obra que lhe foi encarregada. Em Jo 5:36 fala das obras que o Pai lhe deu para cumprir. Em Jo 17:4 a única coisa que diz é que acabou a obra que o Pai lhe deu para cumprir. Quando fala de tirar e pôr sua vida, de viver e morrer, diz: "Este mandamento recebi de meu Pai" (Jo 10:18). Sempre fala, como neste caso, da vontade de Deus. “Eu desci do céu,” diz, “não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo 6:38). "Eu faço sempre", diz, "o que lhe agrada" (Jo 8:29). Em Jo 14:23, valendo-se de sua experiência pessoal e de seu próprio exemplo, afirma que a única prova de amor é obedecer os mandamentos dAquele a quem se diz amar. Esta obediência de Jesus não era algo que brilhava em um momento e em outros morria. Não se tratava, como acontece conosco, de uma experiência espasmódica. Era a própria essência e o ser, o cerne e a medula, a dinâmica e a força que movia sua vida.

Seu grande desejo é que nós sejamos como Ele.

  1. Obedecer a vontade de Deus é o único caminho que nos conduzirá à paz. Não pode haver paz quando não estamos de acordo com o Rei do Universo.
  2. A obediência à vontade de Deus é o único caminho que nos conduzirá à felicidade. Não pode haver nenhum tipo de felicidade quando pomos nossa ignorância humana contra a sabedoria de Deus.
  3. A obediência à vontade de Deus é o único caminho que nos permitirá alcançar poder. Quando seguimos nosso próprio caminho não podemos depender mais que de nossas forças, e portanto deprimimos em forma inevitável. Quando seguimos o caminho de Deus, contamos com seu poder, e nessa forma nos asseguramos a vitória.

O SEMEADOR, A COLHEITA E OS CEIFEIROS

João 4:35-38

Tudo o que estava ocorrendo em Samaria tinha sugerido a Jesus a visão de um mundo que era preciso colher para Deus. Quando disse: "Ainda faltam quatro meses para a ceifa", não devemos pensar que se referia à época do ano que passava nesse momento em Samaria. Se fosse assim, teria sido em meados de janeiro. Não teria feito um calor exaustivo, a água não teria sido escassa, não teria havido necessidade de procurar um poço para encontrar água, teria sido a estação das chuvas, e a água teria abundado em todas partes. Jesus está citando um ditado popular. Os judeus dividiam o ano agrícola em seis partes. Cada divisão constava de dois meses: a época da semeadura, o inverno, a primavera, a época da colheita, o verão e a estação mais quente.
O que Jesus está dizendo é: "Vocês têm um ditado popular; se plantarem a semente, devem esperar pelo menos quatro meses para começar a colher". E depois Jesus levantou a vista. Sicar está em meio de uma região que ainda hoje é famosa por seu trigo. A terra apta para a agricultura é muito escassa na Palestina, lugar cheio de pedras e rochas. Quase em nenhum outro lugar do país se podiam ver campos de trigo. De maneira que Jesus passeou seu olhar e seu braço a seu redor. "Olhem", disse, "os campos estão brancos e preparados para a ceifa. Demoraram quatro meses em crescer; mas em Samaria há uma colheita que está pronta para segar agora”. Jesus está pensando no contraste entre a natureza e a graça. Na colheita comum, os homens semeavam e esperavam; em Samaria as coisas tinham acontecido com tão divina celeridade que logo que foi semeada a palavra, a ceifa já estava esperando.

H. V. Morton faz uma sugestão muito interessante a respeito desta passagem sobre os campos brancos preparados para a colheita. Ele mesmo estava sentado neste lugar onde se encontrava o poço. Enquanto estava ali viu sair às pessoas da aldeia e começar a subir a costa. Vinham em pequenos grupos e vestiam túnicas brancas. Essas túnicas se destacavam contra a terra e o céu. Pode ser que justo neste momento do relato, o povo começou a dirigir-se para Jesus, em resposta ao anúncio da mulher. À medida que se moviam através dos campos com suas túnicas brancas, possivelmente Jesus disse: "Olhem os campos! Vejam agora! Estão brancos para a ceifa!" A multidão vestida de branco era a colheita que estava desejando segar para Deus.
De maneira que Jesus prosseguiu para demonstrar que o incrível tinha acontecido. O semeador e o ceifeiro podiam desfrutar ao mesmo tempo. Tratava-se de algo que ninguém podia esperar. Para o judeu, a época da semeadura era um momento duro, de trabalho; a época da alegria era o momento da ceifa.

“Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes” (Salmo 126:5-6). Mas aqui há algo mais que está escondido debaixo da superfície. Os judeus sonhavam com a idade de ouro, a idade por vir, a idade de Deus, quando o mundo seria o mundo de Deus, quando desapareceriam a dor e o pecado, e Deus reinaria supremo. Amós apresenta sua imagem dessa época: “Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que o que lavra segue logo ao que ceifa, e o que pisa as uvas, ao que lança a semente” (Am 9:13). “A debulha se estenderá até à vindima, e a vindima, até à sementeira” (Lv 26:5). Sonhava-se que nessa idade de ouro, a semeadura e a ceifa, a plantação e a colheita ocorreriam muito de perto. Haveria tal fertilidade que terminariam os dias em que era preciso esperar.

Vemos, pois, o que Jesus está fazendo aqui com todo amor. Suas palavras não fazem mais que afirmar que com ele amanheceu a idade de ouro; o tempo de Deus está aqui; o tempo em que terminou a espera, foi dito a palavra, foi semeada a semente e a ceifa aguarda.
Mas havia outro aspecto; e Jesus sabia. "Há outro provérbio", disse, "e também diz a verdade: a gente semeia e outro ceifa". E passou a fazer duas aplicações do mesmo.

  1. Disse a seus discípulos que levantariam uma colheita que não se produziu por seu trabalho. Quis dizer que ele estava semeando a semente, que em sua cruz estava semeada toda a semente do amor e do poder de Deus, e que chegaria o dia em que seus discípulos percorreriam o mundo e recolheriam a ceifa que tinha semeado com sua vida, sua morte e sua cruz.
  2. Disse-lhes que chegaria o dia em que eles semeariam e seriam outros que fariam a ceifa. Chegaria um momento em que a Igreja cristã enviaria seus evangelistas; jamais veriam a colheita; alguns morreriam como mártires, mas o sangue dos mártires seria a semente da Igreja. É como se houvesse dito: "Algum dia vocês trabalharão e não verão o resultado de seu esforço. Algum dia semearão e irão do lugar antes que se levante a colheita. Não temam! Jamais se desanimem! A semeadura não se fará em vão; não se esbanjará a semente! Outros verão a colheita que vocês não verão".

De maneira que nesta passagem se apresentam duas coisas.

  1. Existe a lembrança de uma oportunidade. A colheita espera que a ceifem para Deus. Há momentos na história em que os homens estão curiosa e estranhamente sensíveis a Deus. Que tragédia seria que a Igreja cristã não ceifasse a colheita de Cristo!
  2. Existe a lembrança de um desafio. Muitos homens estão destinados a semear mas não a ceifar. Mais de um ministério tem êxito, não por seu próprio mérito e poder, mas graças a algum santo homem que viveu e pregou, morreu e deixou atrás de si uma influência que foi maior em sua ausência que em sua presença. São muitos os homens que devem trabalhar e jamais vêem os frutos de seus esforços.

Uma vez me levaram a visitar um lugar que era famoso por seus plantações. O dono amava a extensão que tinha plantado e conhecia os nomes de cada planta. Mostrou-me alguns brotos que demorariam vinte e cinco anos em crescer. Ele tinha quase setenta e cinco anos. Jamais veria a beleza dessas plantas, mas alguém a veria.

Nenhuma palavra pronunciada para Cristo, nenhuma tarefa feita em seu nome, fracassam jamais. Se nós não virmos os frutos de nossas obras, outros os verão. Na vida cristã não há lugar para o desespero.

O SALVADOR DO MUNDO

João 4:39-42

Nos eventos que tiveram lugar em Samaria temos o esquema segundo o qual freqüentemente se propaga o evangelho. No desenvolvimento da fé por parte dos samaritanos houve três etapas.

(1) A introdução. A mulher apresentou os samaritanos a Cristo. Aqui vemos bem claro a necessidade que Deus tem de nós. Como disse Paulo: "E como ouvirão sem haver quem pregue?" (Rm 10:14). A palavra de Deus deve transmitir-se de um homem a outro. Deus não pode fazer chegar sua mensagem àqueles que jamais o ouviram se não houver alguém que o transmita.

Nosso dever consiste nesse privilégio especial e nessa terrível responsabilidade de levar os homens a Cristo. Não se pode efetuar a apresentação se não houver um homem que a faça. Mais ainda, essa apresentação se faz sobre a base do testemunho pessoal.
A exclamação da mulher de Samaria foi: "Vejam o que fez comigo e para mim". Não chamou a seus vizinhos a uma teologia e a uma teoria; chamou-os um poder dinâmico, transformador e recriador. A Igreja só se poderá expandir até que os reinos do mundo se convertam nos reino do Senhor quando os homens e mulheres tenham uma experiência pessoal do poder de Cristo, e quando transmitirem essa experiência a outros.

  1. Houve uma intimidade mais estreita e um conhecimento crescente. Uma vez apresentados a Cristo, os samaritanos procuraram sua companhia. Pediram-lhe que ficasse com eles para que pudessem aprender mais sobre Ele e chegassem a conhecê-lo melhor. É certo que se deve apresentar o homem a Cristo, mas também é certo que uma vez que foi apresentado deve continuar vivendo por si mesmo em presença de Cristo. É possível levar um homem à presença de Cristo, mas depois disso o homem deve passar por si mesmo a descobrir a Cristo por seus próprios meios. Ninguém pode viver uma experiência em nome de outro. Outros podem nos situar perante a experiência, mas não podem vivê-la por nós. Outros podem nos conduzir à amizade de Cristo, mas nós devemos procurar e desfrutar dessa amizade por nossa conta.
  2. Produziu-se a descoberta e a entrega. E aqui vemos o que significa essa descoberta. Os samaritanos descobriram em Cristo o Salvador do mundo. Não é muito provável que eles mesmos o tenham expresso nessas palavras. Devemos lembrar que João escreve vários anos depois, e expressa a descoberta dos samaritanos em suas próprias palavras, palavras que encerram a descoberta de toda uma vida vivida com Jesus Cristo e pensando nele. Encontramos este título somente em João. Encontramo-lo nesta passagem e em 1Jo 4:14. Em sua opinião era o título por excelência pelo qual se devia conhecer a Cristo.

João não inventou o título. No Antigo Testamento Deus muitas vezes era chamado o Deus de Salvação, o Salvador, o Deus salvador. A muitos deuses gregos foi atribuído este título de Salvador. No momento em que João escreve, era o título do imperador romano. Os imperadores eram investidos com o título de Salvador do Mundo. É como se João tivesse dito: "Tudo aquilo que sonharam, desejaram e esperaram, fez-se carne em Jesus". Fazemos bem em recordar este título. Jesus não era meramente um profeta, que veio com uma mensagem de Deus. Não veio só com a exortação acesa e a verdade flamejante do profeta. Jesus não era só um psicólogo perito, com uma surpreendente percepção e um grande conhecimento da natureza humana, e com uma faculdade extraordinária para ler a mente humana.

É certo que isso foi o que demonstrou no caso da mulher samaritana, mas demonstrou algo mais. Jesus não era um mero patrão e exemplo. Não veio somente para mostrar aos homens em que forma é preciso viver e a deixar uma demonstração de como fazê-lo. Um grande exemplo pode ser algo que descoroçoa e frustra quando nos vemos incapazes de segui-lo. Jesus era um Salvador. Quer dizer, resgatou os homens da situação má e desesperada em que se encontravam. Rompeu as cadeias que os atavam ao passado e lhes deu um poder e uma presença que os capacitava a enfrentar o futuro.

De fato, a mulher samaritana é o grande exemplo de seu poder salvador. Sem dúvida, a cidade onde vivia a teria catalogado como uma pessoa que estava além de toda possibilidade de reforma. E, não resta dúvida que ela mesma teria reconhecido que jamais poderia viver uma vida respeitável. Mas veio Jesus e a resgatou em duas formas: fez com que pudesse romper com o passado e lhe abriu um novo futuro. Nenhum título é adequado para descrever a Jesus além do título de Salvador do mundo.

O ARGUMENTO INCONTESTÁVEL João 4:43-45

Os três Evangelhos sinóticos consignam a declaração de Jesus a respeito de que nenhum profeta tem honra em sua própria terra (Mc 6:4; Mt 13:57; Lc 4:24). Tratava-se de um antigo provérbio que tinha mais ou menos o mesmo significado que "a familiaridade faz desaparecer o respeito". Mas João o introduz em um momento muito estranho. Os outros evangelhos o apresentam em momentos em que em realidade os compatriotas de Jesus o rechaçavam; João o apresenta em um momento em que de fato o aceitavam. Pode ser que João esteja lendo o pensamento de Jesus.

Já vimos que Jesus tinha abandonado Judéia e se dirigiu a Galiléia para evitar a controvérsia provocada por sua popularidade cada vez maior. Ainda não tinha chegado o momento do conflito (João 4:1-4). Pode ser que o tremendo êxito que obteve em Samaria surpreendesse a Jesus; suas palavras a respeito da colheita assombrosa têm o eco de uma alegre surpresa. Pode ser que Jesus se dirigiu a Galiléia em busca de repouso e solidão porque não esperava que seus compatriotas lhe respondessem. E pode ser que na Galiléia tenha ocorrido exatamente o mesmo que em Samaria, que contra tudo o que se esperava seu ensino teria provocado uma onda de respostas. Devemos escolher entre explicar esta frase nesta forma, ou supor que, de algum modo, deslizou-se em um lugar que não lhe corresponde.

Seja como for, esta passagem e o anterior nos dão o argumento incontestável a favor de Cristo. Os samaritanos creram em Jesus, não pelas palavras de outro, mas sim porque eles mesmos o tinham ouvido falar e jamais tinham ouvido nada parecido às coisas que Ele dizia. Os galileus creram em Jesus, não pelos relatos de outras pessoas, mas sim porque o tinham visto fazer coisas em Jerusalém que jamais haviam sonhado que um homem pudesse fazer. Os samaritanos tinham ouvido Jesus falar; os da Galiléia tinham visto Jesus agir, e as palavras que pronunciou e as coisas que fez foram argumentos diante dos quais não cabia resposta.
Aqui temos uma das grandes verdades da vida cristã. O único argumento em favor do cristianismo é uma experiência cristã. Às vezes pode acontecer que devamos debater com as pessoas até que caiam as barreiras intelectuais que eles construíram e se renda a fortaleza que têm em suas mentes. Pode acontecer que em algumas ocasiões devamos apresentar o cristianismo de maneira tal que a convicção intelectual venha a seguir de tal apresentação. Mas na maioria dos casos, a única possibilidade de convicção que temos é dizer: "Sei como é Jesus e o que pode fazer. Tudo o que posso lhes pedir que façam é que o experimentem por vocês mesmos e vejam o que acontece".

Em última instância, ninguém pode convencer a outra pessoa do que significa uma determinada experiência; tudo o que se pode fazer é convidá-la a dar os passos necessários que lhe permitirão viver a mesma experiência. É certo que às vezes deve existir a compreensão intelectual. Mas a evangelização cristã efetiva começa em realidade quando podemos dizer: "Sei o que Cristo fez por mim", e quando passamos a dizer: "Provem e vejam o que pode fazer por vocês".

Aqui é onde em realidade sentimos sobre nossos ombros a tremenda responsabilidade pessoal. É muito pouco provável que alguém se anime a fazer a experiência a menos que nossas próprias vidas dêem provas do valor de dita experiência. Não serve de muito dizer às pessoas que Cristo lhes trará alegria, paz e poder, se nossas próprias vidas estiverem tristes pelo descontentamento e a insatisfação, ansiosas e preocupadas, frustradas e vencidas. Para que possamos atrair homens a Cristo nossas vidas devem ser tais que em realidade tenha algum sentido dizer: "Vejam o que Jesus Cristo fez comigo". Outros só se convencerão de que vale a pena provar, quando virem que para nós a prova deu como resultado uma experiência indiscutivelmente desejável.

A FÉ DE UM OFICIAL DO REI

João 4:46-54

A maioria dos comentaristas consideram que esta passagem ás outra versão da cura do servo do centurião que aparece em Mateus 8:5-13 e em Lucas 7:1-10. Pode ser que seja assim, mas existem diferenças que justificam o que nós tomamos como uma história distinta. Na conduta deste oficial do rei há certos rasgos que servem de exemplo a todos os homens.

(1) Aqui temos um cortesão que vai a um carpinteiro. Em grego, o homem é chamado basilikos. A palavra pode inclusive significar que era um rei pequeno. Mas a usa para designar a um oficial real, e este homem ocupava uma posição proeminente na corte do Herodes. Por outro lado,

Jesus não tinha maior status que o de ser o filho do carpinteiro da aldeia de Nazaré. Além disso, Jesus estava em Caná e este homem vivia em Capernaum, e Caná está a mais de trinta quilômetros de Cafarnaum. Isso explica por que demorou tanto tempo em voltar para sua casa. De maneira que aqui nos encontramos com um cortesão que viaja mais de trinta quilômetros para pedir a ajuda de um carpinteiro.

Não podia haver uma cena menos provável no mundo que a de um importante oficial do rei fazendo trinta quilômetros para pedir um favor ao carpinteiro de uma aldeia. Primeiro e sobretudo, este cortesão "engoliu" seu orgulho. Necessitava algo, e nem a convenção nem o costume puderam detê-lo quando se propôs expor sua necessidade a Cristo. Não cabe a menor dúvida de que sua ação causaria sensação mas não lhe importava o que as pessoas dissessem se obtinha a ajuda que tanto desejava. Se quisermos a ajuda que Cristo nos pode dar devemos ser o suficientemente humildes para engolir o orgulho e não nos preocupar com o que os outros possam dizer. O mais importante é um sentimento tal de necessidade que faça que o orgulho e as convenções não ocupem nenhum lugar em nossas vidas.
(2) Estamos diante de um cortesão que se negava a sentir-se descoroçoado. Jesus o encarou com a afirmação, que à primeira vista pode parecer muito brusca, a respeito de que o povo gente não creria se não lhe mostrassem sinais e maravilhas. Pode ser que o objetivo de Jesus ao pronunciar essa frase não fosse dirigir-se ao oficial, e sim à multidão que deve ter-se reunido para ver o resultado deste surpreendente evento. Deviam estar de boca aberta e os olhos fixos nos dois personagens para ver o que aconteceria. Possivelmente Jesus estava falando com essa gente ávida de sensacionalismo. Mas Jesus tinha uma forma de assegurar-se de que uma pessoa falava sério. Fez o mesmo com a mulher cananéia (Mateus 15:21-28). Se o homem tivesse dado meia volta irritado e petulante; se tivesse sido muito orgulhoso para aceitar uma correção; se tivesse abandonado a empresa desesperado, nesse mesmo momento. Jesus saberia que sua fé não era autêntica. O homem deve estar seguro antes de receber a ajuda de Cristo.

  1. Estamos diante de um cortesão que tinha fé. Deve ter-lhe sido difícil dar a volta e voltar para sua casa com a segurança que Jesus lhe tinha dado de que seu filhinho viveria. Na atualidade, o povo está começando a aceitar o poder do pensamento e da telepatia de maneira tal que ninguém rechaçaria este milagre simplesmente porque se produziu à distância. Mas deve ter sido difícil para o oficial. Entretanto, teve a fé suficiente para dar meia volta e voltar a andar esse caminho de trinta quilômetros com nada mais que a segurança que Jesus lhe tinha dado para consolar seu coração. É da mesma essência da fé crer que o que Jesus diz é verdade. Ocorre muito freqüentemente que experimentamos como que um desejo vago, nebuloso, de que as promessas de Jesus sejam certas. A única forma de penetrar nelas é crer nelas com a ansiosa intensidade de um homem que se afoga. Se Jesus disser algo, não é questão de que "pode ser certo"; ”deve ser certo".
  2. Estamos diante de um cortesão que se rendeu. Não se trata de um homem que obteve o que quis de Cristo e depois se esqueceu. Ele e toda sua casa creram. Tal coisa não lhe deve ter resultado fácil visto que a idéia de Jesus como o Ungido de Deus deve ter arrasado com todas as suas convicções anteriores. Deve ter sido um fato surpreendente que o carpinteiro de Nazaré fosse o Messias. Tampouco deve ter sido fácil professar a fé em Jesus na corte do Herodes. Teria que suportar as brincadeira e as risadas; e sem dúvida haveria aqueles que pensariam que se tornou um tanto louco.

Mas este oficial era um homem que enfrentava os atos e os aceitava. Tinha visto o que Jesus podia fazer; e a única coisa que restava a fazer era render-se a Ele. Tinha começado com um sentimento desesperado de necessidade, essa necessidade tinha sido satisfeita, e seu sentimento de necessidade se converteu em um amor total e pleno, e assim deve acontecer sempre no progresso da vida cristã.

A maior parte dos estudiosos do Novo Testamento consideram que nesta parte do quarto Evangelho os capítulos não estão na ordem correta e que de algum modo foi mal situado. Sustentam que o capítulo 6 deveria estar antes do capítulo 5. A razão que dão é a seguinte. O capítulo 4 termina com Jesus na Galiléia (Jo 4:54). O capítulo 5 começa com Jesus em Jerusalém. O capítulo 6 nos volta a mostrar a Jesus na Galiléia. O capítulo 7 começa dando a entender que Jesus acaba de chegar a Galiléia em vista da oposição que encontrou em Jerusalém. As mudanças entre Jerusalém e Galiléia se fazem muito difíceis de seguir. Por outro lado, o capítulo 4 termina com estas palavras (Jo 4:54): “Foi este o segundo sinal que fez Jesus, depois de vir da Judéia para a Galiléia”. O capítulo 6 começa assim (Jo 6:1): “Depois disso, partiu Jesus para o outro lado do mar da Galiléia”, o qual é uma seqüência muito natural. O capítulo 5 mostra a Jesus subindo a Jerusalém para uma festa e um encontro que produziu sérios problemas com as autoridades judias. De fato, nos diz que a partir desse momento começaram a persegui-lo (Jo 5:10). Logo o capítulo 7 começa dizendo que Jesus foi a Galiléia e que “não desejava percorrer a Judéia, visto que os judeus procuravam matá— lo” (Jo 7:1). Não cabe dúvida de que a seqüência dos acontecimentos resulta muito mais clara se lermos o sexto capítulo antes do quinto. Em nosso comentário, não alteramos a ordem; mas devemos fazer notar que muitos estudiosos do Novo Testamento consideram que a ordem deveria ser: capítulo 4, capítulo 6 e capítulo 5, e que esta ordem dá uma seqüência mais natural e mais fácil dos acontecimentos.


Dicionário

Antes

antes adv. 1. Em tempo anterior. 2. Em lugar anterior. 3. De preferência. 4. Em realidade, realmente. adj. Contado de então para trás (di-Zse de tempo): Dois anos antes.

Desce

3ª pess. sing. pres. ind. de descer
2ª pess. sing. imp. de descer

des·cer |ê| |ê| -
verbo intransitivo

1. Vir de cima (ou de alto) para baixo.

2. Baixar.

3. Apear-se.

4. Pender.

5. Seguir a corrente (do rio).

6. Diminuir.

7. Decrescer, baixar de nível.

8. Rebaixar-se.

9. [Música] Passar a tom mais grave.

verbo transitivo

10. Vir por.

11. Trazer ou levar para baixo.

12. Abaixar; inclinar.

13. Percorrer (descendo).

14. Apear.

15. [Portugal: Trás-os-Montes] Engolir, embutir.

verbo pronominal

16. Apear-se; baixar-se.


Dissê

1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Filho

substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

[...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...]
Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1

O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

[...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39

Os filhos são doces algemas de nossa alma.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2

[...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135

[...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38


Filho
1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn 4:17)

2) Descendente (Ml 3:6); (Lc 1:16). 3 Morador de um país (Am 9:7) ou de uma cidade (Jl 3:6).

4) Membro de um grupo (2Rs 2:15), RC).

5) Qualidade de uma pessoa (Dt 13:13), RC; (2Sm 3:34); (Mc 3:17); (Lc 10:6); (Jo 12:36).

6) Tratamento carinhoso (1

Morrer

verbo intransitivo Cessar de viver, perder todo o movimento vital, falecer.
Figurado Experimentar uma forte sensação (moral ou física) intensamente desagradável; sofrer muito: ele parece morrer de tristeza.
Cessar, extinguir-se (falando das coisas morais).
Diz-se de um som que pouco se vai esvaecendo até extinguir-se de todo.
Desmerecer, perder o brilho; tornar-se menos vivo (falando de cores).
Aniquilar-se, deixar de ser ou de ter existência.

Oficial

-

adjetivo Relativo a tudo que é anunciado, declarado, ordenado por uma autoridade reconhecida.
Que emana do governo.
Relativo às pessoas que fazem parte do governo ou da administração.
Revestido de formalidades, solene.
Burocrático.
substantivo masculino Operário especializado num ofício; artífice.
Graduação imediatamente superior à de cavaleiro, na maioria das ordens honoríficas.
Militar O que, nas forças armadas, tem posto igual ou superior ao de segundo-tenente (ou seu equivalente, segundo as armas).
Oficial de justiça, aquele a quem compete efetuar citações, intimações ou outras diligências judiciais.

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
λέγω πρός αὐτός βασιλικός κύριος καταβαίνω πρίν μοῦ παιδίον ἀποθνήσκω
João 4: 49 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

O nobre disse-lhe: Senhor, desce, antes que meu filho morra.
João 4: 49 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Maio de 28
G1473
egṓ
ἐγώ
exilados, exílio, cativeiro
(captive)
Substantivo
G2597
katabaínō
καταβαίνω
descer, vir para baixo, abaixar
(descending)
Verbo - particípio atual ativo - neutro acusativo singular
G2962
kýrios
κύριος
antes
(before)
Prepostos
G3004
légō
λέγω
terra seca, solo seco
(the dry land)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3813
paidíon
παιδίον
criancinha, menino pequeno, menina pequena
(child)
Substantivo - neutro genitivo singular
G4250
prín
πρίν
()
G4314
prós
πρός
pai de Matrede e avô de Meetabel, a esposa de Hadade, o último rei mencionado de
(of Mezahab)
Substantivo
G599
apothnḗskō
ἀποθνήσκω
estar irado, estar descontente, respirar de forma ofegante
(was angry)
Verbo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
G937
basilikós
βασιλικός
desprezo
(shamed)
Substantivo


ἐγώ


(G1473)
egṓ (eg-o')

1473 εγω ego

um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

  1. Eu, me, minha, meu

καταβαίνω


(G2597)
katabaínō (kat-ab-ah'-ee-no)

2597 καταβαινω katabaino

de 2596 e a raiz de 939; TDNT - 1:522,90; v

  1. descer, vir para baixo, abaixar
    1. o lugar do qual alguém desceu
    2. descer
      1. como do templo de Jerusalém, da cidade de Jerusalém
      2. dos seres celestiais descendo à terra
    3. ser lançado para baixo
  2. de coisas
    1. vir (i.e. ser enviado) para baixo
    2. vir (i.e. cair) para baixo
      1. das regiões superiores

        metáf. (ir, i.e.) ser lançado ao estágio mais baixo da miséria e vergonha


κύριος


(G2962)
kýrios (koo'-ree-os)

2962 κυριος kurios

de kuros (supremacia); TDNT - 3:1039,486; n m

  1. aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão; mestre, senhor
    1. o que possue e dispõe de algo
      1. proprietário; alguém que tem o controle da pessoa, o mestre
      2. no estado: o soberano, príncipe, chefe, o imperador romano
    2. é um título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores
    3. título dado: a Deus, ao Messias

Sinônimos ver verbete 5830


λέγω


(G3004)
légō (leg'-o)

3004 λεγω lego

palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

  1. dizer, falar
    1. afirmar sobre, manter
    2. ensinar
    3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
    4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
    5. chamar pelo nome, chamar, nomear
    6. gritar, falar de, mencionar


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


παιδίον


(G3813)
paidíon (pahee-dee'-on)

3813 παιδιον paidion

do dimin. de 3816; TDNT - 5:636,759; n n

  1. criancinha, menino pequeno, menina pequena
    1. infantes
    2. crianças, pequeninos
    3. infante
      1. de uma criança (menino) recentemente nascido
    4. de uma criança mais avançada; de uma criança com mais idade;
    5. metáf. crianças (como crianças) no intelecto

Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


πρίν


(G4250)
prín (prin)

4250 πριν prin

de 4253; adv

  1. antes, outrora, antigamente

πρός


(G4314)
prós (pros)

4314 προς pros

forma fortalecida de 4253; TDNT - 6:720,942; prep

em benefício de

em, perto, por

para, em direção a, com, com respeito a


ἀποθνήσκω


(G599)
apothnḗskō (ap-oth-nace'-ko)

599 αποθνησκω apothnesko

de 575 e 2348; TDNT - 3:7,312; v

  1. morrer
    1. de morte natural do ser humano
    2. de morte violenta de seres humanos ou animais
    3. perecer por meio de algo
    4. de árvores que secam, de sementes que apodrecem quando plantadas
    5. de morte eterna, estar sujeito ao sofrimento eterno no inferno

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo

βασιλικός


(G937)
basilikós (bas-il-ee-kos')

937 βασιλικος basilikos

de 935; TDNT - 1:591,97; adj

  1. de ou que pertence a um rei, majestoso, real, régio
    1. de um homem, o oficial ou ministro de um príncipe, um cortesão
  2. sujeito a um rei
    1. de um país
  3. próprio ou digno de um rei, real
  4. metáf. mais alto em importância ou posição, chefe