Enciclopédia de Atos 9:31-31

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

at 9: 31

Versão Versículo
ARA A igreja, na verdade, tinha paz por toda a Judeia, Galileia e Samaria, edificando-se e caminhando no temor do Senhor, e, no conforto do Espírito Santo, crescia em número.
ARC Assim, pois, as igrejas em toda a Judeia, e Galileia e Samaria tinham paz, e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo.
TB Assim, pois, tinha paz a igreja por toda a Judeia, Galileia e Samaria, sendo edificada e caminhando no temor do Senhor, e crescia no conforto do Espírito Santo.
BGB ⸂Ἡ μὲν οὖν ἐκκλησία καθ’ ὅλης τῆς Ἰουδαίας καὶ Γαλιλαίας καὶ Σαμαρείας εἶχεν εἰρήνην οἰκοδομουμένη, καὶ πορευομένη τῷ φόβῳ τοῦ κυρίου καὶ τῇ παρακλήσει τοῦ ἁγίου πνεύματος ἐπληθύνετο⸃.
HD Assim, a igreja tinha paz em toda a Judeia, Galileia e Samaria; edificando-se, caminhando no temor do Senhor e consolando-se no Espírito Santo, {ela} se multiplicava.
BKJ Então as igrejas em toda a Judeia, e Galileia, e Samaria tinham descanso e eram edificadas; e andando no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo, se multiplicavam.
LTT Assim, em verdade, as assembleias (através de toda a Judeia, e Galileia, e Samaria) tinham paz, estando sendo edificadas; e, andando no temor de o Senhor (Jesus) e na consolação de o Espírito Santo, eram multiplicadas.
BJ2 Entretanto, as Igrejas[v] gozavam de paz em toda a Judéia, Galiléia e Samaria. Elas se edificavam e andavam no temor do Senhor, repletas da consolação do Espírito Santo;[x]
VULG Ecclesia quidem per totam Judæam, et Galilæam, et Samariam habebat pacem, et ædificabatur ambulans in timore Domini, et consolatione Sancti Spiritus replebatur.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 9:31

Deuteronômio 12:10 Mas passareis o Jordão e habitareis na terra que vos fará herdar o Senhor, vosso Deus; e vos dará repouso de todos os vossos inimigos em redor, e morareis seguros.
Josué 21:44 E o Senhor lhes deu repouso em redor, conforme tudo quanto jurara a seus pais; e nenhum de todos os seus inimigos ficou em pé diante deles; todos os seus inimigos o Senhor deu na sua mão.
Juízes 3:30 Assim foi subjugado Moabe, naquele dia, debaixo da mão de Israel; e a terra sossegou oitenta anos.
I Crônicas 22:9 Eis que o filho que te nascer será homem de repouso; porque repouso lhe hei de dar de todos os seus inimigos em redor; portanto, Salomão será o seu nome, e paz e descanso darei a Israel nos seus dias.
I Crônicas 22:18 Porventura, não está convosco o Senhor, vosso Deus, e não vos deu repouso em roda? Porque tem entregado na minha mão os moradores da terra; e a terra foi sujeita perante o Senhor e perante o seu povo.
Neemias 5:9 Disse mais: Não é bom o que fazeis: Porventura, não devíeis andar no temor do nosso Deus, por causa do opróbrio dos gentios, os nossos inimigos?
Neemias 5:15 Mas os primeiros governadores, que foram antes de mim, oprimiram o povo e tomaram-lhe pão e vinho e, além disso, quarenta siclos de prata; ainda também os seus moços dominavam sobre o povo; porém eu assim não fiz, por causa do temor de Deus.
Ester 8:16 E para os judeus houve luz, e alegria, e gozo, e honra.
Jó 28:28 Mas disse ao homem: Eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência.
Salmos 86:11 Ensina-me, Senhor, o teu caminho, e andarei na tua verdade; une o meu coração ao temor do teu nome.
Salmos 94:13 para lhe dares descanso dos dias maus, até que se abra a cova para o ímpio.
Salmos 111:10 O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; bom entendimento têm todos os que lhe obedecem; o seu louvor permanece para sempre.
Provérbios 1:7 O temor do Senhor é o princípio da ciência; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.
Provérbios 8:13 O temor do Senhor é aborrecer o mal; a soberba, e a arrogância, e o mau caminho, e a boca perversa aborreço.
Provérbios 14:26 No temor do Senhor, há firme confiança, e ele será um refúgio para seus filhos.
Provérbios 16:6 Pela misericórdia e pela verdade, se purifica a iniquidade; e, pelo temor do Senhor, os homens se desviam do mal.
Provérbios 23:17 Não tenha o teu coração inveja dos pecadores; antes, sê no temor do Senhor todo o dia.
Isaías 11:2 E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, e o Espírito de sabedoria e de inteligência, e o Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor.
Isaías 11:10 E acontecerá, naquele dia, que as nações perguntarão pela raiz de Jessé, posta por pendão dos povos, e o lugar do seu repouso será glorioso.
Isaías 33:6 E haverá estabilidade nos teus tempos, abundância de salvação, sabedoria e ciência; e o temor do Senhor será o seu tesouro.
Zacarias 8:20 Assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda sucederá que virão povos e habitantes de muitas cidades;
João 14:16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,
Atos 6:7 E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.
Atos 8:1 E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judeia e da Samaria, exceto os apóstolos.
Atos 12:24 E a palavra de Deus crescia e se multiplicava.
Atos 16:5 de sorte que as igrejas eram confirmadas na fé e cada dia cresciam em número.
Romanos 5:5 E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado.
Romanos 14:17 porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.
Romanos 14:19 Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros.
Romanos 15:13 Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo.
I Coríntios 3:9 Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus.
I Coríntios 14:4 O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja.
I Coríntios 14:12 Assim, também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação da igreja.
I Coríntios 14:26 Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.
II Coríntios 7:1 Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.
II Coríntios 10:8 Porque, ainda que eu me glorie mais alguma coisa do nosso poder, o qual o Senhor nos deu para edificação e não para vossa destruição, não me envergonharei,
II Coríntios 12:19 Cuidais que ainda nos desculpamos convosco? Falamos em Cristo perante Deus, e tudo isto, ó amados, para vossa edificação.
II Coríntios 13:10 Portanto, escrevo essas coisas estando ausente, para que, estando presente, não use de rigor, segundo o poder que o Senhor me deu para edificação e não para destruição.
Gálatas 5:22 Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Efésios 1:13 em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa;
Efésios 4:12 querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo,
Efésios 4:16 do qual todo o corpo, bem-ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.
Efésios 4:29 Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.
Efésios 5:21 sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus.
Efésios 6:18 orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos
Filipenses 2:1 Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões,
Colossenses 1:10 para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus;
I Tessalonicenses 5:11 Pelo que exortai-vos uns aos outros e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis.
II Tessalonicenses 2:16 E o próprio nosso Senhor Jesus Cristo, e nosso Deus e Pai, que nos amou e em graça nos deu uma eterna consolação e boa esperança,
I Timóteo 1:4 nem se deem a fábulas ou a genealogias intermináveis, que mais produzem questões do que edificação de Deus, que consiste na fé; assim o faço agora.
Hebreus 4:9 Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus.
Judas 1:20 Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo,


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Atos 9 : 31
igreja
ἐκκλησίᾳ - (eclesia) Lit. “assembleia (popular, dos anfitriões em Delfos, de soldados, etc...); lugar da assembleia”, e por extensão: a congregação dos filhos de Israel; a comunidade cristã; o local das reuniões (igreja).

Atos 9 : 31
{ela} se multiplicava
Lit. “no ir ele”. Essa expressão, difícil de ser traduzida em português, faz referência implícita ao fato de que Saulo estava em viagem para Damasco. A ideia é de que “seguiu viagem”.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O NASCIMENTO DA IGREJA

33-49 d.C.
ATOS DOS APÓSTOLOS
O livro do Novo Testamento conhecido como "Atos dos Apóstolos" é considerado, tradicionalmente, de autoria de Lucas, o escritor do Evangelho com o seu nome e o médico mencionado em uma das cartas de Paulo.' Lucas descreve o crescimento da igreja primitiva desde o dia de Pentecostes em 33 .C. até a prisão domiciliar do apóstolo Paulo em Roma, em 60-62 .C. Assim, mostra o cumprimento das últimas palavras de Jesus aos seus discípulos antes de subir ao céu: "E sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra" (At 1:8b).

JERUSALÉM
De acordo com Lucas, o grupo inicial de aproximadamente cento e vinte seguidores de Jesus estava reunido no dia de Pentecostes, a Festa das Semanas, cinquenta dias depois que Jesus havia ressuscitado. Um vento forte encheu toda a casa onde estavam assentados e viu-se algo parecido com línguas de fogo pousar sobre cada um. Todos os presentes ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os capacitava. Judeus tementes a Deus de várias nações que estavam participando da festa em Jerusalém ficaram admirados, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua. Os peregrinos vinham de lugares distantes como Roma a oeste e Pártia (atuais 1rá e Afeganistão) a leste. Também havia visitantes do Ponto (noroeste da Turquia) no norte e árabes do sul.
Aproveitando o espanto dos ouvintes, Pedro declarou que esses acontecimentos eram um cumprimento da profecia de Joel: "E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (At 2:21). Naquele dia, três mil pessoas aceitaram a mensagem proclamada e foram batizados.
À medida que a igreja cresceu, também aumentou a oposição. O sumo sacerdote e outros líderes, membros do partido dos saduceus, mandaram prender os apóstolos, mas, durante a noite, um anjo abriu as portas e os tirou do cárcere Os apóstolos voltaram aos pátios do templo para continuar ensinando o povo e, apesar das advertências do Sinédrio, o conselho superior dos judeus, não cessaram de ensinar e proclamar em público e de casa em casa que Jesus era o Cristo. A oposição culminou com o apedrejamento de Estêvão, o primeiro mártir cristão. Em decorrência dessa perseguição contra a igreja, todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria e, assim, a igreja se expandiu para além dos muros de Jerusalém

SAMARIA
A região ao norte de Jerusalém era conhecida como Samaria e seus habitantes eram odiados pelos judeus de Jerusalém. De acordo com o livro de Atos, depois da dispersão provocada pela perseguição, Filipe pregou sobre Cristo numa cidade em Samaria, onde o povo recebeu sua mensagem com grande alegria. Quando os apóstolos de Jerusalém ficaram sabendo que Samaria havia aceito a palavra de Deus, enviaram a Pedro e João que oraram para os samaritanos também receberem o Espírito Santo. O pedido dos apóstolos foi atendido e eles pregaram c evangelho em várias vilas samaritanas.

CONTATO COM A ÁFRICA
Conforme o registro do livro de Atos, enquanto viajava pela estrada deserta de Jerusalém a Gaza Filipe encontrou com um oficial importante, encarregado do tesouro de Candace, a rainha da região do Alto Nilo, conhecida então como Etiópia mas que corresponde mais precisamente ao norte do atual Sudão. O oficial estava voltando para casa depois de adorar a Deus em Jerusalém e estava lendo sobre o servo sofredor em Isaías 53. Filipe explicou que esse capítulo havia se cumprido ni morte de Cristo e batizou o recém-convertido na mesma hora e lugar em que ele aceitou a mensagem do evangelho. Em seguida, Filipe foi arrebatado pelo Espírito do Senhor, reapareceu perto da costa, na cidade de Azoto, e foi pregando por todas as cidades até chegar a Cesaréia.

A ESTRADA PARA DAMASCO
O principal oponente da igreja primitiva nessa época era um judeu chamado Saulo. Lucas o menciona pela primeira vez no relato do apedrejamento de Estêvão, o primeiro mártir cristão. O relato deixa implícito que Saulo aprovou essa morte, pois os apedrejadores deixaram suas vestes aos pés do jovem fariseu. Saulo era de Tarso, uma cidade na planície da Cilícia, região correspondente ao sul da atual Turquia, e estudou em Jerusalém com Gamaliel, o rabino mais renomado do século I. Saulo obteve cartas de autorização do sumo sacerdote para prender os seguidores de Jesus em Damasco e levá- los a Jerusalém. Como o próprio Saulo, chamado posteriormente de Paulo, reconheceria mais adiante: "Ouvistes qual foi o meu proceder outrora no judaísmo, como sobremaneira perseguia eu a igreja de Deus e a devastava" (Gl 1:13).
Na estrada para Damasco, Saulo teve um encontro com o Senhor Jesus ressurreto que mudou sua vida. Logo depois, começou a pregar nas sinagogas em Damasco que Jesus era o Filho de Deus. Os judeus da cidade conspiraram para matá- lo, mas ele escapou durante a noite: dentro de um grande cesto, alguns amigos o desceram por uma janela da muralha abaixo.5 Voltou a Jerusalém e tentou se aproximar dos discípulos que, obviamente, desconfiaram dele. Porém Barnabé, um levita de Chipre, Ihe deu um voto de confiança. Em seguida, Saulo voltou para a Cilícia, sua terra natal.

OS DISCÍPULOS SÃO CHAMADOS DE CRISTÃOS PELA PRIMEIRA VEZ
Aqueles que haviam sido dispersados pela perseguição_ resultante_ da morte de Estêvão foram até a Fenícia (atual Líbano), Chipre e Antioquia no Orontes (sudeste da Turquia) levando a mensagem de Jesus a outros judeus Alguns homens de Chipre e da cidade de Cirene no norte da África foram a Antioquia começaram a falar também a gregos gentios. Muitos deles creram e passaram a seguir Senhor: Quando essa notícia chegou a Jerusalém, a igreja enviou Barnabé a Antioquia para investigar. Em seguida, ele foi a Tarso procurar Paulo e, juntos, passaram um ano em Antioquia ensinando muitos. Nessa cidade os discípulos foram chamados pela primeira vez de cristãos. A principio, talvez o termo tenha sido usado por seus inimigos de forma pejorativa, mas uma vez que significa "pertencentes a Cristo", Os discípulos acetaram essa designação prontamente Saulo e Barnabé foram incumbidos de levar uma oferta em dinheiro para os irmãos da Judeia missão que realizaram com sucesso.

CONTROVÉRSIAS SORE OS RITUAIS JUDAICOS
Pedro também saiu de Jerusalém. Em Lida. curou um homem paralitico chamado Enéias e em Jope ressuscitou uma mulher chamada Dorcas. Durante sua estadia em Jope, Pedro ficou hospedado na casa de Simão, um curtidor de couro. Uma vez que os curtidores trabalhavam com a dele de animas mortos, eram considerados cerimonialmente impuros pelos judeus. Nessa mesma cidade. Pedro foi ainda mais desafiado a se desapegar da Lei cerimonial quando, numa visão Deus lhe ordenou que consumissem animais cerimonialmente impuros.
"Ao que Deus purificou não consideres comum" (At 10:15). mudança no modo de pensar de Pedro nesse aspecto, encorajada por centurião romano chamado Cornélio, é de suma importância. Ainda assim, algum tempo depois, até mesmo Pedro teve de ser confrontado por Paulo (Saulo) por se recusar a comer com gentios. Uma questão relacionada que gerou grande controvérsia foi: "Os cristãos gentios do sexo masculino devem ser circuncidados?". Por fim, em 49 d.C., um concílio de apóstolos e presbíteros se reuniu em Jerusalém para resolver a questão e chegou ao consenso de que, tendo em vista a salvação se dar pela fé em Cristo, os cristãos gentios não precisavam observar os rituais da lei mosaica. Mais do que qualquer outra coisa, foi esse principio que diferenciou cristianismo primitivo das suas origens no judaísmo, permitindo a cristianismo criar raízes em comunidades gentias. O ministério de Saulo de Tarso, que se tornou Paulo, o "apóstolo dos gentios", exemplifica essa realidade de forma inequívoca.

O ossuário de Tiago
Numa conferência realizada m Washington, capital dos Estados Unidos, em 21 de outubro de 2002, afirmou-se que havia sido encontrada uma caixa funerária (ossuário) de pedra, contendo uma inscrição que seria a mais antiga referência arqueológica a Jesus. Uma vez que a caixa havia sido obtida no mercado de antiguidades, e não de escavações arqueológicas, levantaram-se, de imediato, várias dúvidas sobre sua autenticidade. A inscrição em aramaico diz: "Tiago, filho de José, irmão de Jesus". Supostamente, a caixa havia contido os ossos de Tiago, irmão de Jesus de Nazaré, o mesmo Tiago que se tornou líder da igreja em Jerusalém convocou o concílio de Jerusalém e, provavelmente, escreveu a carta homônima no Novo Testamento. Embora nomes como Tiago e Jesus fossem comuns no século I d.C., o uso de termo "irmão" é bastante incomum em ossuários. Assim, argumentou-se que o termo "irmão de Jesus" gravado no ossuário devia significar que se tratava de ninguém menos do que o irmão de Jesus. Outros argumentaram, porém, se o ossuário fosse autêntico, Tiago teria sido identificado como "irmão do Senhor", coo faz Gálatas 1.19. Muitos concluíram que algumas, senão todas, as palavras do ossuário tinham sinais de que haviam sido gravadas recentemente. Assim, em 18 de junho de 2003 a Autoridade de Antiguidades de Israel declarou que a inscrição havia sido forjada. Uma vez que nem todos os estudiosos concordam, enquanto aguardamos novas investigações, talvez seja mais prudente deixar a questão da autenticidade da inscrição em aberto.

Referências:

Colossenses 4:14

Atos 5:18-19

Atos 8:16

Atos 7:58

Atos 9:25:

2Coríntios 11:32-33

Atos 9:30;

Gálatas 1.21

Atos 11:25-26

Gálatas 2:11-13

Romanos 11:13

O ossuário de Tiago
O ossuário de Tiago
Viagens dos líderes da igreja primitiva O mapa mostra as primeiras viagens de Filipe, Pedro e Paulo.
Viagens dos líderes da igreja primitiva O mapa mostra as primeiras viagens de Filipe, Pedro e Paulo.
Visitantes em Jerusalém na Festa de Pentecostes De acordo com Atos (2.5-11), quando o Espírito Santo foi derramado sobre os cristãos no Dia de Pentecostes, muitas pessoas de regiões distantes como a Pártia (atual Irã e Afeganistão)
Visitantes em Jerusalém na Festa de Pentecostes De acordo com Atos (2.5-11), quando o Espírito Santo foi derramado sobre os cristãos no Dia de Pentecostes, muitas pessoas de regiões distantes como a Pártia (atual Irã e Afeganistão)

A GEOGRAFIA DA PALESTINA

Quando do alto se contempla a Terra Santa, os olhos imediatamente se deslocam para o corredor formado pelo vale do Jordão, que corre toda a extensão da Palestina, no sentido nortesul, do monte Hermom até a Arabá. Apesar da grande sinuosidade em seu curso mais baixo, ao contrário de outros rios, o Jordão é comprimido pelas altas paredes do vale, que fazem parte do vale da Grande Falha. Essa falha pertence a uma falha geológica de 6.500km, que vai da Síria até Moçambique. Milhões de anos atrás, as placas subterrâneas que sustentam os continentes da África e da Ásia avançaram uma contra a outra, fazendo que a crosta terrestre se envergasse e fendesse. Daí os aspectos distintivos da Palestina. A pressão entre as duas placas fez que os sedimentos abaixo da superfície se abaulassem e surgissem no oeste, formando as colinas da Judéia. Na Transjordânia, a placa se inclinou para cima e formou o alto Planalto Oriental. Entre os dois, o sedimento cedeu; daí a superfície do mar Morto estar 400m abaixo do nível do mar, o lugar mais baixo da terra. Para o clima e a vegetação da região, os efeitos desse cataclisma foram enormes. Mesmo com apenas 75km de largura, a Palestina tem altitudes variando entre 1000m (nas montanhas da Judéia) e 400m negativos (no mar Morto). Onde o terreno é baixo, estendendo-se a partir do litoral, prevalecem temperaturas altas e condições desérticas. Nas montanhas, as temperaturas são mais baixas, e as pastagens e cultivos são sustentados por chuvas refrescantes. Visto que o terreno ao norte do mar Morto é montanhoso, os ventos do oeste, vindo do Mediterrâneo, traziam chuvas que sustentavam grandes áreas de floresta. No sul do mar Morto, ventos secos e quentes, vindos da África e da Arábia, formaram os desertos.

O ar quente do Mediterrâneo traz invernos moderados para a zona litorânea, época em que caem 90% das chuvas, mas nas colinas e nas montanhas a temperatura pode chegar a abaixo de zero e pode nevar em lugares como Jerusalém. O verão, de maio a setembro, é quente e seco, passando de 38°C no vale do Jordão e junto ao mar Morto. Entre a região moderada do Mediterrâneo e as condições severas e áridas do deserto, há um clima intermediário de estepe. Nessa região, mais ou menos entre Hebrom e Berseba e na margem ocidental do planalto da Transjordânia, chove todo ano cerca de 20-30 cm, ao passo que as regiões de deserto geralmente recebem menos de 20 cm por ano. Há quem diga que a região passou por mudanças climáticas no decurso do tempo, e isso explicaria a alteração na vegetação nativa. Entretanto, não há indícios arqueológicos para tal. E mais provável que uma sucessão de povos tenha explorado demais os recursos naturais, principalmente a madeira, causando assim a erosão do solo e uma lenta desertificação da área. A necessidade de madeira nas construções e para servir de combustível exauriu o que antes era uma região de carvalhos, de pinheiros e de acácia. (Desde 1948, o governo de Israel tem desenvolvido um enorme programa de reflorestamento, numa tentativa de corrigir a situação.) A utilização descontrolada do terreno por ovelhas e cabras também destruiu o pasto natural, transformando grandes extensões de terra em cerrados. Exceção a esse desmatamento é o centro do vale do Jordão, que permanece uma densa floresta de tamargueiras e de cerrado de espinhos, "a floresta do Jordão" (Jr 12:5). A economia tradicional da Palestina era agrícola. O trabalho de pastores predominava nos terrenos mais pobres e nos mais altos, ao passo que a lavoura se desenvolvia nos vales em que choviam pelo menos 20 cm todos os anos. A rivalidade por causa da terra era muitas vezes fonte de conflito no AT, conforme retratam as histórias de Abraão e de Ló, podendo também explicar o confronto entre Caim e Abel.

 

 

DIAGRAMA DE BLOCOS DA PALESTINA
DIAGRAMA DE BLOCOS DA PALESTINA
MAPA DO RELEVO DA PALESTINA
MAPA DO RELEVO DA PALESTINA
OS DESERTOS EM VOLTA DA PALESTINA E MÉDIA DE CHUVAS ANUAL DA PALESTINA
OS DESERTOS EM VOLTA DA PALESTINA E MÉDIA DE CHUVAS ANUAL DA PALESTINA

PALESTINA - DISTRITOS GEOPOLÍTICOS

Antes de nos envolvermos numa análise mais aprofundada dos aspectos topográficos naturais da Palestina, é necessário definir e, em poucas palavras, delinear certos termos que as Escrituras usam para designar as várias subdivisões geográficas e/ou geopolíticas da terra. Mas, para isso, será proveitoso introduzir, primeiro, dois vocábulos geográficos modernos que, às vezes, são empregados para designar essa terra: Cisjordânia ("deste lado o lado ocidental do rio Jordão") e Transjordânia ("do outro lado [o lado oriental] do rio Jordão"). Já vimos como, em várias épocas, o rio Jordão serviu de fronteira tanto geográfica quanto política. E, antes de prosseguir, é fundamental entender a natureza temporária dessas subdivisões. As fronteiras de um distrito específico podem ter variado ao longo dos séculos, e não é possível estabelecê-las com precisão em cada período. Esse problema é especialmente agravado quando se tenta determinar as fronteiras de um distrito que existiu durante um longo período da história bíblica, talvez durante mais de um milênio. Além do mais, é necessário levar em conta que uma mesma área geográfica frequentemente tinha nomes diferentes em períodos diferentes.

CISJORDÂNIA
De uma perspectiva geopolítica, pode-se dizer que a Cisiordânia esteve dividida em quatro distritos durante a maior parte da história bíblica. Indo do norte para o sul, essas quatro secções foram: Fenícia, Galileia, Samaria e Judá/Judeia.

FENÍCIA
No Antigo Testamento, a Fenícia é em geral definida como uma área litorânea estreita, que se estendia por cerca de 200 quilômetros, desde o rio el-Kabir até o monte Carmelo, e, no lado oriental, era flanqueada pelas montanhas do Líbano e da Galileia. Na época do Novo Testamento, o monte Carmelo já havia caído nas mãos de monarcas de Tiro,62 de sorte que, para o lado sul, a Fenícia chegava até a planície de Dor. A Fenícia foi o cenário de dois milagres da Bíblia: em Sarepta, Eliseu ressuscitou o filho de uma viúva, o qual havia parado de respirar (1Rs 17:8-24), e, na região de Tiro e Sidom, Jesus curou a filha de uma mulher siro-fenícia (Mc 7:24-30). A Fenícia também recebeu várias das primeiras viagens apostólicas.

GALILEIA
Imediatamente a leste da região sul da Fenícia, ficava o distrito da Galileia, o território mais setentrional que o Israel antigo chegou a ocupar. A área central da Galileia se estendia do rio Litani e da região de Dá, no norte, até o vale de Jezreel, no sul, medindo cerca de 80 quilômetros de norte a sul e uns 40 quilômetros de leste a oeste. Em todas as épocas, o distrito esteve dividido por um estreito vale lateral que acompanhava uma falha geológica que saía de Aco/Ptolemaida, rumava para o leste e chegava até a moderna Rosh Pinna (apenas cerca de 16 quilômetros ao norte do mar da Galileia). Esse vale de Beth Kerem divide a Galileia em duas subdivisões: Alta Galileia e Baixa Galileia.3 A distinção é geográfica e não administrativa. O terreno acidentado e praticamente intransponível da Alta Galileia chega a mais de 1.000 metros de altitude, e parte de sua região central é a mais elevada de toda a Cisiordânia (o iebel Jarmuk fica mais de 1.200 metros acima do nível do mar). Na Baixa Galileia, os cumes ficam abaixo de 600 metros de altura. A maioria das referências à Galileia, inclusive todas as do Novo Testamento, é à Baixa Galileia. Por causa de sua localização no norte, a Galileia talvez fosse mais vulnerável à assimilação cultural e ao domínio militar (Is 9:1; Mt 4:15-16; 2Rs 15:29). Embora a Galileia tenha sido habitada pelas tribos de Naftali, Issacar, Zebulom e talvez parte de Aser durante o período da ocupação, a partir do cativeiro babilônico (1Rs 9:10-14) a sua população gentílica passou a ser majoritária. Por isso, o distrito era suspeito tanto do ponto de vista ideológico (Jo 1:46; cp. 7.41,52) quanto do linguístico (Mt 26:73b). Apesar disso, a Galileia se tornou muito importante, igualmente, para judeus e cristãos. Para os judeus, após a destruição de Jerusalém em 70 d.C., a cidade de Tiberíades se converteu, pouco a pouco, no centro da erudição talmúdica; ali o Sinédrio se reuniu pela última vez e a Mishná foi editada; ali se concentraram as famílias de Ben Asher e Ben Naphtali, da tradição massorética; ali também o venerado Códice Aleppo (a mais antiga e mais completa Bíblia hebraica existente) foi criado e é onde se encontram os túmulos dos sábios judeus Maimônides, rabino Akiva e Johanan ben Zekkai. Para os cristãos, a Galileia foi um centro das atividades de Jesus. Ele passou a infância no pacato vilarejo de Nazaré, baseou seu ministério no importante centro de Cafarnaum e, o que talvez seja o mais interessante, ali realizou a maioria de seus milagres públicos.

SAMARIA
Ao sul da Galileia, fica a terceira subdivisão: Samaria. Anteriormente era conhecida como região montanhosa de Efraim (Is 17:15-19.50; Jz 3:27-4.5; 1Sm 1:1-9.4; 1Rs 4:8-2Rs 5,22) e não deve ser confundida com a região montanhosa de Judá (v. a seguir). Por fim, o distrito de Samaria ganhou esse nome devido à terceira e última capital do Reino do Norte (1Rs 16:24). A região central de Samaria se estendia da borda do vale de Jezreel, rumo ao sul, chegando até as proximidades de uma linha topográfica natural que, saindo de Jericó para o oeste, passava pelo uádi Makkuk e ia até Ofra. A partir dali, a fronteira avancava além de Betel e Bete-Horom Superior, onde começava sua descida até Aijalom (cp. ]s 10.11,12) para, então, terminar na planície Costeira, em frente de Gezer. Assim, a Samaria abrangia uma área aproximada de 65 quilômetros de norte a sul e uns 50 quilômetros de leste a oeste (com base na descrição feita por Josefo, infere-se que a Samaria do Novo Testamento foi ligeiramente reduzida em sua área ao sul) 64 O centro geográfico natural de Samaria era a cidade de Siquém, situada no vale entre o monte Ebal e o monte Gerizim, e adjacente à atual cidade de Nablus. Ali a principal estrada rumo ao norte procedente de Jerusalém (estrada da Serra Central) se conectava com uma estrada secundária (estrada lateral de Efraim), que ligava Samaria tanto ao Mediterrâneo quanto ao rio Jordão. Por isso, não é de surpreender que Siquém tenha testemunhado períodos de ocupação prolongada que remontam a 4000 a.C. Durante boa parte do segundo milênio a.C., Siquém competiu com Jerusalém pela supremacia sobre a Palestina central. Esse local foi o primeiro lugar onde Abraão erigiu um altar e adorou ao Senhor em Canaã (Gn 12:6); onde os ossos de José finalmente encontraram descanso (Is 24:32; cp. Gn 50:25-26: Êx 13.19): onde, pela primeira vez 1srael tentou instituir a monarquia (Iz 9); onde aconteceu a divisão da monarquia unida de Israel (1Rs 12:1-16): onde esteve localizada a primeira capital do reino setentrional de Israel (1Rs 12:25) e onde lesus confrontou uma mulher iunto ao poco (Jo 4:5). Embora ofuscada pela cidade de Samaria durante a maior parte do período da monarquia dividida, a ascendência de Siquém foi reafirmada depois que os assírios deram fim ao Reino do Norte, em 722 a.C. Cativos estrangeiros foram estabelecidos em cidades samaritanas (2Rs 17:24-34). Alguns dos refugiados adotaram vários elementos da fé judaica e, com o tempo, passaram a se considerar judeus (e.g., Ed 4:2). Mas sua tentativa de se tornarem membros da comunidade judaica foi em grande medida repudiada pelos judeus pós-exílicos, o que gerou uma hostilidade religiosa que durou todo o restante do período bíblico (Lc 9:52-53; Jo 4:9-8.48). Assim mesmo, o samaritanismo sobreviveu aos séculos. Um relato medieval localizou em Damasco cerca de 400 samaritanos. Estimativas atuais sobre a população samaritana em Israel vão de 550 a 800 pessoas que, todos os anos, continuam a celebrar a Páscoa no alto do monte Gerizim, o monte sagrado deles (Jo 4:20).

JUDÁ
A quarta principal subdivisão geopolítica da Cisiordânia era Judá, que relatos históricos mais antigos chamavam de região montanhosa de Judá (Js 11:21-15.48; 20.7; 21.11; cp. 2C 21.11; 27.4; Lc 1:65). De acordo com II Reis 23:8, Judá ia de Geba, uma cidade estratégica localizada cerca de 8 quilômetros ao norte de Jerusalém, até tão ao sul quanto Berseba (Zc 14:10). Assim, quando compreendido também no contexto do limite norte de Israel na cidade de Da, isso está de acordo com a fórmula recorrente no Antigo Testamento ("de Da até Berseba"), que denota as fronteiras efetivas da região central de Israel (Jz 20:1-1Sm 3.20 2Sm 3:10-17.11; 24.2,15; 1Rs 4:25). Ainda é possível delinear especificamente a região central de Judá a partir de seu eixo lateral, indo para o leste até a descida abrupta para o deserto de Judá (Jesimom [Nm 21:20; cp. 1Sm 26:1 - Haquila, em frente de Jesimom]) e para o oeste até a descida íngreme e rochosa que termina num valado estreito que a separa da Sefelá (v. a seguir). A região central de ludá media não mais de 80 quilômetros de norte a sul e apenas uns 30 quilômetros de leste a oeste. Só raramente Judá atraiu o interesse dos construtores de impérios, pois era um território bem pequeno, em grande parte constituído de amplas áreas de terra incultivável, que ficava bastante isolado das rotas internacionais e nunca experimentou prosperidade material independente. Um estudioso descreveu Judá como uma terra isolada que promovia um estilo de vida pastoril e era o ambiente para fortalezas, altares e vilarejos.

IDUMEIA
Além das quatro principais entidades geopolíticas da Cisjordânia, a província da Idumeia desempenhou um papel secundário na política do período pós-exílico e do Novo Testamento. Idumeia é o nome grego aplicado especificamente a refugiados edomitas que fugiram para o noroeste para evitar a crescente pressão feita por seus vizinhos nabateus. Embora oscilasse bastante, ora separado da Judeia, ora a ela reanexado, o território idumeu chegou a cobrir a região que vai de Bete-Zur, perto de Hebrom, até Berseba, sua extremidade sul, e do mar Morto até os limites da planície da Filístia. Por fim, governantes macabeus subjugaram a Idumeia. Um deles (Alexandre laneu) nomeou Antipatro, um chefe local, para governar a região. É irônico que Herodes, o Grande, no devido tempo descendesse de Antípatro. Na condição de "rei dos judeus" (Mt 2:1), Herodes não se dispôs muito a descentralizar sua autoridade.

TRANSJORDÂNIA
A Transjordânia do Antigo Testamento é constituída de cinco entidades geopolíticas. Do norte para o sul, elas são. Basa, Gileade, Mishor, Moabe e Edom. O termo "Transjordânia" define especificamente a área que vai do monte Hermom até o golfo de Ácaba (cerca de 400 quilômetros de distância) e do vale do Jordão até as margens do deserto Oriental (entre 50 e 130 quilômetros). A natureza geopolítica dessa região é, na realidade, muito mais complicada do que a da vizinha Cisjordánia. Tentar, numa única análise, tratar da Transiordânia tanto do Antigo quanto do Novo Testamento é possível apenas em parte e, com certeza, trata-se de uma tarefa suscetível a imprecisão. Mas também aqui o propósito básico é fornecer a localização aproximada de entidades geopolíticas mencionadas nas Escrituras.

BASÃ
Basà significa "terra frutífera/plana" (Js 9:10-1Rs 4.13; 2Rs 10:33) e é o nome do território que as forças de Israel tomaram do controle de Ogue (Nm 21:33-35). Incluía 60 cidades muradas (Dt 3:4-5) e foi designado para Manassés Oriental (Dt 3:13). Do norte para o sul, Basa se estendia por aproximadamente 55 quilômetros, do monte Hermom (Js 12:45) até o rio Yarmuk,67 e, para o leste, chegava até Quente (Nm 32:42) e Salca (Dt 3:10), cidades situadas no monte Haura. Na época do Novo Testamento, a região ao norte do Yarmuk consistia basicamente nas províncias que formavam a tetrarquia de Herodes Filipe, filho de Herodes, o Grande.

GILEADE
A segunda entidade básica da Transjordânia é Gileade. Embora pareça que a Bíblia às vezes empregue essa palavra num sentido genérico, referindo-se a toda a Transiordânia ocupada (Dt 34:1-4; Js 22:9), a entidade geopolítica Gileade designa especificamente o domo elevado, montanhoso e ovalado que, do ponto de vista topográfico, é uma extensão oriental da elevação de Samaria (Jz 10:4-1Sm 13 7:25m 2.9; 2Rs 10:33). Esse domo começa a se elevar a apenas uns poucos quilômetros ao sul do Yarmuk e se estende na direção sul, chegando aproximadamente até o uádi Husban. que deságua no Jordão em frente a Jericó.
Longitudinalmente, o domo de Gileade era dividido por um desfiladeiro profundo, escavado pelo rio Jaboque, que separou Gileade em duas metades (cp. Js 12:5-13.31, a metade norte; Dt 3:12; Is 12:2, a metade sul). Na fronteira oriental, é possível delimitar Gileade apenas negativamente: não incluía a terra de Amom (Nm 21:23-24; Jz 11:13; cp. 1Sm 11:1-4), de modo que, em seu quadrante sudeste, não alcançava o deserto Oriental.
Em contraste com o significado do nome de seus vizinhos ao norte (Basa significa "terra plana") e ao sul (Mishor significa "planalto/chapada*), o provável significado do nome Gileade (terra acidentada") pode ajudar a esclarecer suas fronteiras.
Assim delineada, a região montanhosa de Gileade (Gn 31:21-23,25; Dt 3:12) cobria uma área de aproximadamente 55 quilômetros de norte a sul e não mais de uns 50 quilômetros de leste a oeste. Quase todo o norte de Gileade se tornou parte da herança de Manassés Oriental, ao passo que o sul foi entregue à tribo de Gade . A totalidade do domo foi de fato colonizada por Israel, provavelmente porque a altitude elevada permitia chover o suficiente para criar condições para um pouco de florestamento, agricultura e criação de animais (2Sm 18:6; Nm 32:1-4, 16,26; Js 22:8). Embora não saibamos sua exata natureza, o "bálsamo de Gileade", que tinha propriedades medicinais, era muito valorizado na Antiguidade (Jr 8:22-46.11; cp. Gn 37:25). Muitas cidades gregas que haviam sido estabelecidas durante o período alexandrino formaram um núcleo transjordaniano de oposição (em grande parte malsucedida) à independência judaica obtida pelos asmoneus. Mas, quando as legiões de Pompeu deram fim ao domínio asmoneu, muitas daquelas cidades foram devolvidas a seus compatriotas helênicos. Em alguns casos, certas cidades consideraram necessário constituir ligas para proteção mútua contra os vizinhos não gregos, assim como também estavam unidas em termos econômicos e sociais. Uma dessas confederações, conhecida como Decápolis ("dez cidades"), era constituída de localidades situadas principalmente ao longo das estradas comerciais do centro e do norte da Transiordânia.
Esse grupo é mencionado tanto na Bíblia (Mt 4:25: Mc 5:20-7.
31) quanto em fontes clássicas. No período do Novo Testamento, as cidades provavelmente incluíam, do norte para o sul, Damasco, Rafana, Canata, Hipos, Gadara, Citópolis, Pela, Diom, Gerasa e Filadélfia? Embora o propósito de uma confederação helenística assim tão pouco estruturada se choque com qualquer tentativa de definir fronteiras geográficas claras, é possível concluir que a região central da Decápolis se estendia transversalmente à região montanhosa de Gileade.

MISHOR
Ao sul da Gileade do Antigo Testamento, ficava o Mishor ("planalto", p. ex., Dt 3:10-4.43; Js 20:8), que se estendia por cerca de 40 quilômetros, desde Hesbom (Is 13:10) e Medeba (Is 13:16), no norte, até as cidades de Aroer (Is 13:9) e Dibom (Jr 48:22), situadas no sul, logo ao norte do cânion do Arnom e perto da Estrada Real. Outras cidades localizadas no Mishor eram Nebo (Ir 48.22). Sitim (onde os israelitas tiveram relações sexuais ilícitas com mulheres moabitas INm 25:1s.|).
Bete-Peor (perto de onde Moisés foi sepultado [Is 13:20; Dt 34:6] e onde Balaão pronunciou suas bêncãos desfavoráveis [Nm 22:41-23.13,141) e Bezer, uma das cidades israelitas de refúgio (Dt 4:43). O Mishor se tornou a heranca da tribo de Rúben. No entanto, como do ponto de vista geográfico o Mishor ficava a meio caminho entre a região central de Israel e a região central de Moabe, a luta para controlá-lo teve início ainda no período dos juízes (Jz 3:12-30, implícito). prosseguindo na época da monarquia unida (1Sm 14:47;25m 8.2,12) e chegando até os dias de Acabe e do rei moabita Messa. Mas, no pensamento dos profetas, o controle israelita da região do Mishor havia sido cedido aos mobitas (Is 15:1-9; 16.8,9; Jr 48:1-5,21-25,34-36,45-47; Ez 25:8-11). E provável que esse vaivém político ajude a explicar por que, apesar de descenderem do primogênito de Jacó (Gn 29:32-49.3,4), os rubenitas aparentemente foram incapazes de desempenhar um papel importante na história posterior de Israel.

MOABE/PEREIA
O planalto mais elevado que, partindo do Arnom, estendia-se para o sul, chegando até o ribeiro de Zerede, era a região mais importante e central do território moabita, tendo como capital a cidade de Quir-Haresete (2Rs 3:25; Is 16:7; cp. Nm 22:36; Is 15:1 ['Quir de Moabe", que é a forma encontrada na ARA, significa "cidade de Moabe"|). Durante o período do Novo Testamento, o distrito da Pereia? ocupava a região ocidental daquilo que havia sido o Mishor e Moabe. O historiador Josefo escreveu que, no norte, o distrito de Pereia chegava até a cidade de Pela e, no sul, até Maqueronte (uma cidade-fortaleza de onde se avistava o mar Morto e onde Herodes Antipas decapitou João Batista). Além disso, Josefo relata que Pereia começava no rio Jordão e ia para o leste, chegando até Filadélfia, e informa que a capital da Pereia era Gadara (T. Gadur, que não se deve confundir com a Gadara da Decápolis [Umm Qeis]) 73 Causam perplexidade as fronteiras norte e leste informadas por Josefo, pois tanto Pela quanto Filadélfia faziam parte da região da Decápolis. Talvez sua descrição signifique que as fronteiras das cidades-estados de Pela e Filadélfia encostavam na Pereia. De qualquer maneira, os geógrafos bíblicos justificadamente seguem critérios arqueológicos e topográficos, estabelecendo a fronteira oriental basicamente numa linha norte-sul que começa no norte, nas vizinhanças do jebel Munif, no alto Arnom. Parece que, dali, a fronteira norte acompanhou os contornos a jusante do uádi Yabis até sua foz no rio Jordão, em frente a Enom.

EDOM
O último distrito transiordaniano a ser listado é Edom, às vezes conhecido como Seir (Gn 32:3; Nm 24:18: Jz. 5.4; Is 21:11) ou monte Seir (Gn 14:6; Dt 1:2-2.5). Edom designa a terra e o reino situados no alto da estreita e longa cadeia de montanhas imponentes que, partindo do ribeiro de Zerede, dirige-se para o sul, quase até o golfo de Ácaba. No entanto, as terras centrais de Edom, saindo do ribeiro de Zerede, estendiam-se para o sul por cerca de 110 quilômetros até um planalto de onde se avista o uádi Hasma, parte de uma enorme dissecação no solo recoberta de areia, a qual se estendia na direção sudeste e era a porta de entrada para o sul da Arábia. A maioria dos cumes de Edom ultrapassa os 1:200 metros acima do nível do mar e, em mais da metade de sua extensão longitudinal, o terreno elevado fica acima dos 1:500 metros. E esse cenário assustador ficava claramente limitado, a oeste, pela Arabá e, a leste, pelas planícies do deserto Oriental. O resultado é que Edom propriamente dito media apenas 16 a 24 quilômetros num eixo leste-oeste, tendo, ao longo da serra altaneira, uma série de fortalezas e cidades que basicamente acompanhavam a Estrada Real. A combinação de fortificações tanto naturais quanto feitas pelo homem tornava Edom uma barreira intransponível para tráfego lateral. Cerca de 40 quilômetros ao sul de Zerede, uma falha geológica criou um cánion que, partindo da A rabá, abre-se em leque para o leste por mais ou menos 14 quilômetros. No fim desse uádi notável, ficava a antiga Punom, um centro importante de mineração de cobre e onde, de acordo com a Biblia (Nm 33:42), os israelitas acamparam durante a viagem de Cades-Barneia para as planícies de Moabe. Moisés solicitou ao rei de Edom permissão para que Israel atravessasse o território edomita para chegar à Estrada Real (Nm 20:14-21). Mas o rei rejeitou o pedido, o que exigiu que o grupo israelita vigiasse cerca de 160 quilômetros a mais por terreno árido e num calor escaldante, apenas para desviar de Edom (Dt2.1-8).
Sem dúvida, essa derrota psicológica foi relacionada com o incidente das "serpentes ardentes" (Nm 21:4-9; 33:42-49), em que Moisés foi forçado a erguer uma serpente de cobre nesse deserto. Com base no contexto geográfico, é possível entender por que a recusa do rei edomita não foi desafiada, apesar de ser improvável que os edomitas fossem numericamente superiores aos israelitas. Os penhascos imensos e as gargantas íngremes de Edom, mesmo nas encostas menos escarpadas do desfiladeiro de Punom, eram um alvo inacessível que, por capricho edomita, continuaria em esplêndido isolamento (Ob3). Situado junto às montanhas edomitas ocidentais e cerca de 32 quilômetros ao sul de Punom, há um cânion que se parece com uma cratera e contém as impressionantes ruínas de Petra, a fabulosa capital do Reino Nabateu, mais tarde ocupada pelos romanos.? Embora não se saiba quais foram seus ancestrais, os nabateus vieram a ocupar Edom no terceiro século a.C. e, já no primeiro século a.C., sua influência era sentida desde Damasco até Gaza e também até o interior da Arábia. Boa parte de seu poder era resultado do controle que exerciam sobre parte de uma lucrativa rede comercial que, àquela época, estendia-se do interior da atual Arábia Saudita até o Mediterrâneo Ocidental Chegava-se a Petra através de um estreito corredor de cerca de 1.600 metros, flanqueado em ambos os lados por elevados penhascos perpendiculares que, em alguns lugares, quase se tocavam. A bacia onde se situava a cidade propriamente dita era cercada de desfiladeiros de arenito, nos quais foram escavados estruturas e túmulos daquilo que, na Antiguidade, foi uma cidade de grande riqueza.
Por cerca de 65 quilômetros para o sul a partir da região central de Edom, descendo do uádi Hasma para o uádi Yutm, próximo ao golfo de Ácaba, fica uma cadeia bem estreita de intransitáveis montanhas de granito. Essas montanhas de Midia elevam-se a alturas que chegam perto de 1.750 metros acima do nível do mar. Nessa região, vestígios arqueológicos revelam uma cultura totalmente distinta de sua contraparte palestina e que é, às vezes, descrita como midianita. É nesta "cultura midianita que alguns estudiosos acreditam que Moisés talvez tenha se refugiado quando fugiu do faraó e ali serviu a seu sogro, um sacerdote de Midia (Ex 2:15-17:3.1).

Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Novo Testamento
Distritos do Novo Testamento

VISÃO PANORÂMICA DA GEOGRAFIA DO TERRITÓRIO HERDADO PELO ISRAEL BÍBLICO

TOPOGRAFIA FÍSICA
UMA TERRA PEQUENA
No estudo da terra de Israel, uma das primeiras descobertas que se faz é o reconhecimento de seu pequeno tamanho.
De acordo com a definição dada acima, a área central da herança do Israel bíblico na Cisjordânia cobre cerca de 17.600 quilômetros quadrados e sua herança na Transjordânia incorpora mais 10:100 quilômetros quadrados, o que perfaz uma área total de aproximadamente 27.700 quilômetros quadrados. Desse modo, a área total do território é quase a mesma do estado de Alagoas, da Bélgica ou de Ruanda, ou ainda do lago Erie, nos Estados Unidos.
Os leitores atuais da Bíblia tendem a pensar em termos de territórios imensos e com frequência ficam bastante surpresos quando percebem, por exemplo, que a distância entre o mar da Galileia e a costa mediterrânea, em linha reta, é de 55 quilômetros. Há uma distância de apenas 148 a 185 quilômetros entre a margem ocidental do deserto Oriental (no leste da Jordânia) e o Mediterrâneo. E a distância entre o mar da Galileia e Jerusalém é só cerca de 120 quilômetros. Conforme dito anteriormente, as extremidades tradicionais norte e sul da região central de Israel são, com frequência, descritas na Bíblia como "desde Da até Berseba" Na verdade, esses dois pontos extremos estão separados por uma distância da ordem de apenas 280 quilômetros. Em termos de Brasil, o equivalente aproximado seria de São Paulo a Poços de Caldas" ou "de Natal a Recife" Nos Estados Unidos, a distância aproximada seria "de Los Angeles a San Diego" e, na Europa, "de Milão a Veneza". O tamanho do território envolvido é surpreendentemente pequeno.

UMA TERRA DE LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA
Apesar do tamanho diminuto, essa terra está estrategicamente situada em um contexto tanto intercontinental quanto interoceânico. Como ponte terrestre intercontinental, na Antiguidade era a única opção para qualquer viagem por terra entre a África, de um lado, e a Ásia ou a Europa, de outro. Como ponte terrestre interoceânica, fica ao lado da única massa de terra que separa o mundo do oceano Índico e o mundo do oceano Atlântico. Neste último aspecto, desde a Antiguidade remota uma vasta rede de comércio e comunicação tem levado para o Crescente Fértil bens provenientes de mundos bem longínquos (cravo vindo da Tailândia; canela, da Malásia; cássia, seda, cálamo, espicanardo, índigo, painço e gergelim, da Índia; lápis-lazúli e estanho, do Afeganistão; prata, da Espanha).
Por ser, na Antiguidade, ponto de contato tanto terrestre quanto marítimo, essa terra também se tornou uma ponte cultural internacional. Sua localização estratégica faz com que seja o lugar em que o Oriente se encontra com o Ocidente e o Norte com o Sul. Desde a Antiguidade remota, grandes potências com aspirações políticas e econômicas internacionais estiveram junto a suas fronteiras. Em termos históricos, o que acontecia nessa terra era quase sempre resultado do que estava ocorrendo ou havia recentemente ocorrido nos domínios de um de seus vizinhos. Foram, de fato, raros os momentos em que cidadãos dessa terra foram donos do próprio destino.
Durante o período bíblico a sorte dessa terra minúscula, mas estratégica, foi em grande parte determinada por gente de fora, fossem egípcios, assírios, babilônios, persas, partos, gregos, selêucidas, ptolomaicos ou romanos. Nesse aspecto, os filisteus e até mesmo os próprios israelitas têm de ser considerados estrangeiros que migraram para ali. A mesma tendência continuou existindo na história pós-bíblica, com os califas muçulmanos, os cruzados cristãos, os mamelucos egípcios, os turcos otomanos e os mandatários britânicos.
Por essa "ponte" marcharam os exércitos de Tutmés III, Amenhotep II, Seti I, Ramsés II, Merneptah, Sisaque I, Neco II, Salmaneser III, Tiglate-Pileser III, Salmaneser V, Sargão II, Senaqueribe, Esar-Hadom, Assurbanipal, Nabucodonosor II, Cambises II, Xerxes 1, Artaxerxes III, Alexandre III (o Grande), Ptolomeu I, Antíoco III, Antíoco IV, Herodes, o Grande, Pompeu, Vespasiano, Tito, Saladino, Ricardo Coração de Leão, Napoleão e Edmund Allenby, além de um número enorme de generais menos conhecidos.
Essa terra continua sendo uma das áreas mais instáveis e estratégicas do mundo.

UMA TERRA VARIADA
Apesar da pequena extensão, essa terra reflete uma variedade surpreendente, quase como a de um mosaico. Do ponto de vista sociológico, a variedade é evidente na menção aos vários "eus" na terra: girgaseus, cananeus, heveus, heteus, amorreus, perizeus, jebuseus, quenezeus, cadmoneus, queneus, refains etc. (Gn 10:16-18; 15:19-21; Ex 3:8-13.5; Nm 13:29; Dt 7:1-20.17; Js 3:10-12.8; 24.11; Jz 3:5-1Rs 9.20; cp. At 13:19). Na perspectiva da história colonialista, a terra foi conhecida por diversos nomes: Canaã, Palestina, Hatti, Djahy, Hurru, Retenu etc. Mas a ideia de variedade apresentada a seguir tem a ver com a topografia multiforme e diversificada da terra. Em seu eixo lateral, ela está dividida em pelo menos quatro zonas fisiográficas distintas.

PLANÍCIE COSTEIRA
A designação "planície Costeira" se refere à faixa marítima longitudinal que começa na extremidade sul da planície filisteia (no uádi el-Arish) e vai para o norte, chegando até a extremidade norte da planície de Aser (perto da atual Rosh HaNigra, que corresponde ao final da "Linha Verde", a fronteira atual entre Israel e Líbano). Essa planície é internamente segmentada por três obstáculos naturais - o monte Carmelo, o rio Crocodilo e o rio larcom - criando quatro planícies distintas. Além do mais, por motivos geográficos que serão explicados adiante, é conveniente subdividir a planície mais ao norte. Assim, a planície Costeira é constituída de cinco partes, que, do norte para o sul, são conhecidas como: (1) a planície de Aser (de Rosh HaNigra até as proximidades de Aco; cp. Is 17:10-11; 19:24-26); (2) a planície de Aco (a baía que tem forma de crescente e se estende ao redor do monte Carmelo; cp. Jz 4:13-16; 5.21); (3) a planície de Dor (uma faixa de terra bem estreita e situada entre o monte Carmelo e o rio Crocodilo; cp. Js 17:15-18); (4) a planície de Sarom (a área de terras baixas que vai do pântano do rio Crocodilo para o sul, até o Jarcom; cp. 1Rs 4:10-1Cr 5.16; 27.29; Is 33:9-35.2; 65.10; Ct 2:1); (5) a planície Filisteia (a região ao sul do larcom).
A planície costeira pode ser caracterizada com três palavras: "baixa" (uma referência à sua altitude relativa), "aberta" (uma referência à topografia plana) e "fértil (uma referência à produtividade agrícola da planície em tempos modernos).
Com exceção de umas poucas elevações situadas mais para dentro do continente, na extremidade oriental da Filístia, que chegam a quase 200 metros acima do nível do mar, a altitude da maior parte da planície Costeira é inferior a 100 metros, e boa parte dela tem uma altitude inferior a 45 metros acima do nível do mar.75 Uma análise do mapa revela que, nessa planície, as cidades bíblicas tendiam a se localizar não no seu centro, mas sim ao longo da costa (Aco, Cesareia, Jope, Asquelom e Gaza) ou em direção à sua margem oriental (Socó, Afeque, Gezer, Ecrom, Gate e Ziclague). De igual maneira, o mapa mostra que a artéria de transporte internacional (a chamada Grande Estrada Principal) corria ao longo da margem oriental dessa planície e não pelo centro. O mais provável é que a baixa altitude e a natureza relativamente nivelada da planície, combinadas com as serras de arenito calcário ao longo de grande parte da costa mediterrânea, que impediam uma drenagem natural, criavam uma área pantanosa bastante grande na planície durante toda a Antiguidade.
Esse obstáculo geográfico é a provável razão para o fato de a planície Costeira ter desempenhado um papel insignificante, quase nulo, na história bíblica. Exceto dois breves relatos sobre Gerar (Gn 20:26), nas narrativas patriarcais não há nenhuma referência a essa planície . Nenhuma das batalhas da ocupação israelita aconteceu ali, nenhuma área da planície foi habitada por Israel no início de sua ocupação , ali não havia cidades de refúgio e quase nenhuma das cidades levíticas, dali nenhum juiz nem profeta de Israel fez convocação ao povo, e nada aconteceu ali referente ao ministério registrado de Jesus.
Além de ser baixa, a planície também é aberta. Ao contrário da Cadeia Montanhosa Central da Galileia-Samaria-Judá, que, do ponto de vista geográfico, tendia a permanecer mais fechada e isolada devido à sua topografia elevada e sinuosa, a planície Costeira oferecia um terreno favorável à circulação, sem nenhum obstáculo Embora a terra, no geral, tenha sido descrita pouco antes neste texto como ponte terrestre internacional, era especialmente a planície Costeira, ao sul do monte Carmelo, que constituía essa ponte. Essa abertura também implicava mobilidade.
Durante o início do período bíblico, conflitos militares envolveram uso de carros de guerra (e.g., Ex 14:6; Dt 20:1; Js 11:4; Jz 1:19-4.3; 2Sm 1:6; observe-se também a proibição em Dt 17:16). Em contraste com as montanhas vizinhas, essa planície oferecia um terreno favorável ao uso de carros, inclusive a ataques-relâmpago, que não seriam barrados por grandes rochas ou terreno montanhoso. Aliás, há uma notável correspondência entre a área em que os cananeus conseguiam rodar seus carros e a área que Israel não conquistou durante o período de ocupação (Js 17:16-18). Ao mesmo tempo, essa abertura pode ajudar a explicar por que, depois do período bíblico, os filisteus não conseguiram sobreviver como entidade política nativa, ao passo que os israelitas, mais isolados, foram capazes de manter um sentimento duradouro de identidade nacional.
Por fim, essa planície é fértil; ou pelo menos se tornou fértil em tempos recentes. Uma olhada num mapa do Israel moderno mostra que a maior parte da região ocidental que o Plano da ONU para partição da Palestina, de 1947, designou para Israel está situada na planície Costeira, que, naquela época, era extremamente pantanosa e até mesmo infestada de malária. Entretanto, depois que a área foi devidamente drenada na década de 1950, houve grande prosperidade agrícola, pois se descobriram camadas profundas de riquíssimo solo arável resultante da erosão das montanhas ao lado e, como consequência, houve um grande e bem-sucedido esforço agrícola.

CADEIA MONTANHOSA CENTRAL
Constituída das regiões montanhosas da Galileia, Samaria, Judá e Neguebe, em sua natureza e topografia a Cadeia Montanhosa Central é exatamente o oposto da planície Costeira. A planície é "baixa, aberta e fértil"; a cadeia montanhosa é "alta, fechada e estéril". Enquanto, em seu ponto mais elevado, a planície chega a apenas uns 200 metros acima do nível do mar, em seu ponto mais baixo a Cadeia Montanhosa Central fica cerca de 450 metros acima do nível do mar, com muitos trechos superando os 900 metros. Onde as duas zonas se encontram, esse contraste de altitude pode ser bem pronunciado. É possível subir cerca de 800 metros viajando apenas de cinco a sete quilômetros do Mediterrâneo para o interior. Além do mais, a cadeia central é fechada. Essa cadeia, que na realidade é uma série de serras sinuosas e conectadas, funciona como barreira natural à circulação lateral.com exceção do ponto onde é interrompida pelo vale de lezreel/ Esdraelom. Em alguns lugares, para ir de um lado para o outro, além de ter de superar a ondulação difícil, era necessário atravessar até quatro ou cinco serras diferentes, separadas umas das outras por leitos profundos de uádis. Devido a seu terreno elevado e revolvido, a cadeia central é mais isolada e menos suscetível a aventureirismo internacional ou a ataques estrangeiros. Só raramente essa zona se revelou atraente para aqueles que construíam impérios. Por fim, a cadeia central é estéril e improdutiva. Constituída de calcário duro, sem minerais preciosos ou outros recursos naturais, e com grandes áreas que sofreram erosão e ficaram apenas com a pedra nua, parece improvável que alguma vez essa área montanhosa estéril, com somente 15 a 50 quilômetros de largura, tenha sido considerada capital político. No entanto, é justamente nessa região montanhosa que se desenrola boa parte da história bíblica. E aí que os patriarcas viveram, construíram altares e se comunicaram com seu Deus. É onde aconteceram as batalhas da conquista , onde Israel ocupou sua terra e foram fundadas muitas de suas instituições nacionais . É também onde, em seu devido momento, estiveram localizadas as capitais do Reino do Norte (Siquém, mais tarde Tirza e finalmente Samaria) e do Reino do Sul (Jerusalém). É aí que o judaísmo pós-exílico se estabeleceu e onde aconteceu boa parte do ministério registrado de Cristo . Galileia. Embora seja uma extensão das montanhas mais altas do Líbano, ainda assim a região elevada da Alta Galileia apresenta uma topografia bem complexa. O jebel Jarmuk (monte Merom) é o ponto mais alto de toda a Cisjordânia, mas é cercado por outros cumes que chegam a alturas superiores a 900 metros. Apesar de a Alta Galileia ter uma precipitação pluviométrica maior, seu terreno elevado e sua topografia fragmentada a tornam menos adequada para ocupação intensa. Na região nunca se estabeleceu aquilo que se pode chamar de cidade grande. No lado leste, a Baixa Galileia mantém o contorno irregular de sua vizinha no norte. Vê-se ali um enorme e alto afloramento de calcário, que, no flanco oriental, despenca no mar da Galileia. Nessa região se incluem o monte Tabor, os penhascos de Arbela e os vulcânicos Cornos de Hattin. Em contraste, as áreas central e oeste da Baixa Galileia apresentam o terreno mais plano de todo a cadeia central. A região é composta de várias serras paralelas que estão num eixo mais ou menos leste-oeste, entre as quais existem bacias relativamente abertas que são quase contíguas no lado ocidental. Vale de Jezreel/Esdraelom. Entre a região montanhosa da Baixa Galileia e a da Samaria, estende-se um vale que, em última instância, liga o vale do Jordão à planície Costeira, em Aco. Esse vale, que tem a forma de uma flecha apontada para o Mediterrâneo, é conhecido no Antigo Testamento hebraico como o vale de lezreel ("Deus semeou" ou "que Deus semeie"; e.g., Js 17:16; Jz 6:33; Os 1:5-2.
22) e, na época do Novo Testamento, por seu equivalente grego, Esdraelom.7 A estreita haste da flecha, em alguns pontos com não mais de três quilômetros de largura, estende-se de Bete-Sea até a cidade de Jezreel, margeada, no norte, pelo monte Moré e, no sul, pelo monte Gilboa, e drenada pelo rio Harode. Perto desse território ocorreu a triunfante vitória de Gideão sobre os midianitas (Jz
7) e a humilhante derrota de Saul nas mãos dos filisteus (1Sm 29:31). A base da ponta da flecha se estende por cerca de 28 quilômetros, a partir dos arredores, ao norte de Jenin, até o monte Tabor e, desses dois pontos, estende-se por cerca de 32 quilômetros até seu vértice, logo a oeste de Jocneão e perto do rio Quisom, em cujo pântano o carro de Sísera ficou atolado (Jz 5:21; cf. SI 83.9). A ponta dessa flecha, às vezes chamada de planície de Megido (2Cr 35:22; Zc 12:11), é baixa e plana. A planície é coberta por uma camada extremamente grossa de terra preta, em alguns lugares com mais de 90 metros de profundidade, e que se formou com a decomposição e erosão de basaltos da Galileia. Enquanto a planície de Jezreel tinha muitos acessos, o acesso para a principal artéria de transporte, conhecida como Grande Estrada Principal era em Megido. Os vinte estratos arqueológicos dessa cidade refletem uma ocupação quase contínua até o início do período romano. Na verdade, a cidade de Megido, uma base militar permanente, teve enorme importância durante cada período de sua história, sem exceção; não é exagero afirmar que, do ponto de vista militar, foi um dos pontos mais estratégicos de todo o sudoeste do Crescente Fértil. A partir do final do quarto milênio a.C. até o próprio século 20, Megido tem sido palco de repetidos confrontos militares. Samaria. Ao sul de Jezreel fica o distrito montanhoso de Samaria - que, em termos de altitude, vegetação e clima, é uma área intermediária e de transição entre a Galileia e Judá. No extremo noroeste, devido à sua beleza (Ct 7:5) e fertilidade (Is 35:2; Jr 50:19), o monte Carmelo ("vinha/jardim de Deus") era proverbial na Bíblia. Nos textos antigos está amplamente atestado que o monte era lugar de um santuário? Foi talvez nesse contexto que o monte Carmelo serviu de cenário para a disputa religiosa de Elias com os profetas de Baal (1Rs 18:17-40) e, em outra ocasião, como lugar de retiro espiritual para Eliseu (2Rs 2:25-4.25). No extremo nordeste, a região montanhosa de Samaria também é conhecida como as montanhas de calcário de Gilboa. Outros montes de Samaria, o monte Ebal e o monte Gerizim, cercam o vale em que Siquém, a principal cidade, está localizada. Samaria é toda montanhosa, e os cumes de j. el-Qurein, j. 'Ayrukabba, j. 'en-'Ena e j. el-'Asur (Baal-Hazor, cp. 2Sm 13:23) dominam o horizonte.
Embora montanhosa, Samaria também é entremeada por várias planícies pequenas e vales abertos, uma das quais está situada perto do ponto em que as encostas do Carmelo e do Gilboa se encontram, nas proximidades da cidade de Dotã . Entre as bacias de Samaria, essa planície de Dota é a maior e a mais intensamente cultivada, e é onde José foi vendido como escravo (Gn 37:12-28). Outra depressão, a planície comprida e estreita de Mikhmetat, vai de Siquém para o sul, até ser interrompida pelo j. Rahwat.
Ela é cortada pelo divisor de águas ao longo do qual a estrada da Serra Central ruma na direção de Jerusalém. Indo de Socó até Siquém e dividindo lateralmente o oeste de Samaria, fica o vale baixo conhecido como u. Shekhem. De modo parecido, indo de Tirza até o vale do Jordão e dividindo o leste de Samaria, encontra-se a fratura acentuada, conhecida como u. Far'ah. Juntos, esses dois vales são o ponto mais baixo de toda Samaria. Constituíam os caminhos mais fáceis e mais utilizados para atravessar a serra central de Samaria, o que ajuda a explicar por que determinados locais foram escolhidos para capitais de Israel durante o período do reino dividido (Siquém, Tirza, Samaria). Judá. Conquanto não haja uma fronteira geológica definida separando Samaria e Judá, existe uma acentuada diferença na topografia das duas regiões. A precipitação maior de chuva em Samaria contribuiu para a ocorrência de muito mais erosão e para a formação de uádis com leitos mais profundos. Judá é mais um planalto, menos seccionado devido a seu clima mais seco. À medida que se caminha para o sul de Judá, o terreno se torna mais adverso, mais irregular e mais estéril. A principal característica da superfície de Judá são rochas nuas e amplas áreas de pedras quebradas e soltas, sem nenhuma terra por causa da ação da chuva. Só ao longo da bacia hidrográfica, nas vizinhanças de Ramá e entre Belém e Hebrom, é que o solo de Judá permite o cultivo. Nas demais áreas, o solo superficial, que sofre erosão nas chuvas torrenciais de inverno, tem impedido em grande parte o cultivo da terra.
A apenas cerca de oito quilômetros a sudeste de Jerusalém, começa o deserto de Judá (Nm 21:20-1Sm 26.1,2; cp. Mc 1:4). Espetáculo assustador de desolação, o deserto de Judá, também conhecido como lesimom, é um deserto verdadeiro E uma terra despovoada, deprimente, selvagem, rochosa e improdutiva, e praticamente sem nenhuma ocorrência de chuva (SI 63.1). Até mesmo os nômades beduínos dos dias de hoje tendem a evitar a aridez e o terreno irregular desse deserto. Em sua margem oriental, o deserto de Judá mergulha quase verticalmente até o vale do Jordão abaixo e em alguns lugares a descida chega a 1.350 metros. Entre Jericó e a ponta sul do mar Morto, existem mais de 20 desfiladeiros profundos que foram cavados por uádis. Contudo, no período bíblico, esses uádis eram estreitos e sinuosos demais para permitirem estradas importantes e, por esse motivo, Judá estava naturalmente isolada no lado oriental. O profeta Isaías anunciou, porém, um tempo em que até a topografia contorcida e acidentada do deserto de Judá será endireitada e nivelada e todos os lugares escarpados serão aplanados (Is 40:3-4; ср. 41:18-20; 51.3).
No lado oeste, o final da cadeia central de Judá é apenas um pouco menos abrupto. Uma vala estreita e rasa (uádi Ghurab, uádi Sar) faz divisão entre a região montanhosa e uma região com topografia distinta, conhecida como Sefelá ("contraforte". cp. Dt 1:7; Js 9:1-10.40; 12.8; Iz 1.9; 1Rs 10:27-1C 27.28; 2Cr 9:27-26.10; 28.18; Jr 17:26-32.44; 33.13; Ob 19).
A Sefelá começa no vale de Aijalom e se estende para o sul por cerca de 55 quilômetros até a área de T. Beit Mirsim. Esses contrafortes cobrem uma área de aproximadamente 13 a 16 quilometros de largura e, o que e importante, estendem-se para o oeste até a vizinhança do que foram as cidades filisteias de Gezer, Ecrom e Gate . Composta principalmente de calcário macio, com uma superfície ondulante inclinando suavemente para o lado oeste, entrecortada por alguns uádis importantes e férteis, a Sefelá era uma zona intermediária entre a cadeia central de Judá (ocupada pelos israelitas) e o sul da planície Costeira (ocupada pelos filisteus).
Não é surpresa que, na Bíblia, a área tenha sido cenário de vários episódios de guerra motivada por razões econômicas entre os israelitas e os filisteus (Jz 15:4-5; 2Sm 23:11-12). Aliás, é possível que as disputas entre filisteus e israelitas fossem provocadas justamente pelo desejo de ambos os povos de dominar e explorar os ricos vales agrícolas da Sefelá.
Inicialmente, o Neguebe ("terra seca"; e.g., Gn 24:62; Nm 13:29; Js 15:19; Jz 1:15) designava o deserto estéril ao sul de Judá (e.g. Is 15:2-4; 18.19; 1Sm 27:10-2Sm 24.7; cp. os leques aluvianos que se estendem de Berseba até Arade). Ao longo do tempo, o sentido da palavra evoluiu e, pelo fato de essa região estéril ficar no sul, passou a ter o sentido de um ponto cardeal e, assim, designar o sul de quase qualquer lugar (Is 11:2; Zc 14:10-1Sm 30.14).
Hoje o Neguebe inclui aquilo que a Bíblia chama de deserto de Zim (Nm 20:1-34.3; Js 15:1) e o deserto de Para (Nm 10:12; Dt 1:1). A região do moderno Neguebe apresenta um ambiente adverso à atividade humana ou à sua povoação por um grande número de pessoas. A área depende totalmente de chuva, sempre escassa e incerta, embora o território tenha alguns poços nas vizinhanças de Berseba (Gn 26:18-22) e Cades-Barneia.
A localização estratégica da Palestina
A localização estratégica da Palestina
As regiões geográficas da Palestina
As regiões geográficas da Palestina
Altitude da Palestina
Altitude da Palestina
Samaria
Samaria
O vale de Jezreel
O vale de Jezreel

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

AS SETE IGREJAS DA ASIA: TIATIRA, SARDES, FILADÉLFIA E LAODICÉIA

Final do século I a.C.
TIATIRA
Passamos agora à cidade onde ficava a quarta igreja: Tiatira, atual Akhisar, na Turquia. De certa forma, é irônico que a mais long das sete cartas seja endereçada à cidade sobre a qual sabemos menos. Na antiguidade, Tiatira era conhecida pela manufatura de tecido de cor púrpura. A tintura, obtida de uma planta chamada garança, ainda era usada em Akhisar no final do século XIX. Em Filipos, no norte da Grécia, Paulo conheceu uma mulher de Tiatira chamada Lídia que era comerciante de tecido púrpura. "Lídia" provavelmente era seu apelido em função de sua região de origem na província da Ásia. Outra atividade econômica importante da cidade era a manufatura de bronze polido, mencionado em Apocalipse 2:18. Com exceção desse versículo de Apocalipse, o termo não ocorre em nenhum outro texto conhecido da literatura grega, mas parece referir-se a uma liga refinada de core ou bronze com uma pequena quantidade de zinco metálico. Várias atividades comerciais eram desenvolvidas a cidade e a filiação a uma associação profissional normalmente implicava a participação em cultos pagãos e seus rituais imorais. O Senhor ressurreto parece tratar dessa questão ao repreender a igreja de Tiatira por tolerar uma mulher perversa chamada Jezabel. Os ensinamentos dessa mulher que se dizia profetisa levaram membros da igreja à imoralidade sexual e ao consumo de alimentos sacrificados a ídolos.
Há poucos vestígios da cidade antiga de Tiatira. As únicas testemunhas de seu passado cristão são as ruínas de uma igreja bizantina.

SARDES
A quinta igreja ficava em Sardes, atual vila turca de Sart, junto à estrada de Izmir a Ankara, perto de Salinli, na província de Manisa. Uma inscrição em lídio e aramaico encontrada em Sardes e datada do século IV .C. traz o nome Sefarade, mencionado em Obadias 20. Esse termo deu origem à designação "sefárdico", usada para os judeus da península Ibérica e norte da África que, como Sardes, eram considerados lugares a noroeste de Jerusalém.
Sardes era a capital do reino antigo de Lídia. Durante o reinado de Giges (c. 680-644 a.C.), um soberano lídio, descobriu-se ouro no rio Pactolus (Sart Cayi) que atravessa Sardes e os lídios foram o primeiro povo do mundo a cunhar moedas de ouro, prata e electro (liga composta de ouro e prata).
João registra as palavras do Senhor ressurreto à igreja em Sardes: "Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti" (Ap 3:3). Talvez se trate de uma alusão à captura inesperada da acrópole supostamente inexpugnável de Sardes pelo rei persa Ciro II em 547 a.C.Os persas subiram à cidadela usando uma trilha quase fechada pela qual tinham visto um soldado lídio descer à procura de um capacete que havia rolado morro abaixo. A "Estrada Real" persa com 2.680 km de extensão começava em Susã, no Irá, e terminava em Sardes, onde uma parte dessa estrada ainda pode ser vista. Nos dois últimos séculos a.C, um número considerável de judeus se assentou nessa região. A sinagoga em Sardes, a maior sinagoga antiga da qual se tem conhecimento, foi restaurada com donativos de judeus dos Estados Unidos. Provavelmente foi fundada c. 166 d.C. e reformada entre 220 e 250 d.C. Uma inscrição na parede de mármore da sinagoga diz: "Eu [nome indecifrável] e minha esposa Regina e meus filhos ofertamos das dádivas generosas do Deus Todo- Poderoso o revestimento de mármore e a pintura".

FILADÉLFIA
A sexta igreja à qual o Senhor se dirige ficava em Filadélfia, atual cidade turca de Alasehir. Filadélfia foi fundada como posto avançado de Pérgamo em 189 a.C.Seu nome significa "amor fraternal", em homenagem ao amor de Eumenes Il (197-159 a.C.) de Pérgamo por seu irmão mais novo, Atalo. Como em Tiatira, as únicas testemunhas de seu passado cristão são as ruínas de uma igreja bizantina.

LAODICÉIA
A última igreja é a de Laodicéia. As ruínas de Laodicéia ficam próximas da vila de Goncali, ao norte de Denizli. O rei selêucida Antíoco II deu esse nome à cidade em homenagem à sua esposa Laodice, da qual ele se divorciou em 253 a.C. As ruínas se encontram em péssimo estado de conservação. O Senhor repreendeu a igreja em Laodicéia, dizendo: "Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca" (Ap 3:15-16).
A repreensão por ser uma igreja morna, nem quente nem fria, pode ser uma referência específica à dificuldade de Laodicéia em obter água potável na antiguidade.
Ao norte de Laodicéia, a uns 10 km da cidade, é possível enxergar os espetaculares: travertinos brancos das fontes termais de Hierápolis. Hoje em dia, a cortina formada por estalactites e as poças rasas são uma atração turística conhecida como o "Castelo de Algodão" de Pamukkale. A referência de Jesus a algo "quente" pode ser associada às fontes termais de Pamukkale onde, atualmente, a água jorra do solo a uma temperatura de 36°C. A sudeste fica o imponente monte Honaz, que fornecia água "fria" à cidade de Colossos. Uma vez que Laodicéia que não possuía abastecimento natural, a água tinha de ser trazida por um aqueduto das fontes termais de Denizli, cerca de 8 km de distância. Quando chegava a Laodicéia, essa água estava "morna" Dentro da cidade, a água era distribuída por canos de pedra quadrados medindo um metro de lado, perfurados no centro longitudinalmente e cimentados uns aos outros. Vários deles ainda podem ser vistos hoje.
Na antiguidade, Laodicéia possuía uma importante escola de farmácia, daí a referência a "colírio para ungires os olhos" em Apocalipse 3:18.


Referências:

Atos 16:14
Apocalipse 2:20
Colossenses 4:13

Termas de Hierapolis (atual Pamukkale) refletem o pôr-do-sol.
Termas de Hierapolis (atual Pamukkale) refletem o pôr-do-sol.
Templo de Artemis em Sardes. Embora sua construção tenha sido iniciada em c. 300 a.C., a maior parte da edificação que foi preservada é romana.
Templo de Artemis em Sardes. Embora sua construção tenha sido iniciada em c. 300 a.C., a maior parte da edificação que foi preservada é romana.
Mosaico do pátio da sinagoga de Sardes, datado do século IV d.C.
Mosaico do pátio da sinagoga de Sardes, datado do século IV d.C.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

GALILÉIA

Atualmente: ISRAEL
Região de colinas áridas e vales férteis, que se estende a leste e norte do Mar da Galiléia
Mapa Bíblico de GALILÉIA


JUDÉIA

Atualmente: ISRAEL
Província romana, localizada a partir de Jerusalém, em direção ao sul. Deserto da Judéia corresponde a faixa de terra despida, pedregosa e de aspecto agreste, que percorre quase toda a costa ocidental do Mar Morto. I Samuel 17:28 e Números 23:28
Mapa Bíblico de JUDÉIA


SAMARIA

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:32.283, Longitude:35.2)
Nome Grego: Σαμάρεια
Atualmente: Palestina
Capital do reino de Israel, no reino dividido. Região em que localizava-se a Galiléia e Nazaré, no início da Era Cristã. Cerca de 48 km distante de Jerusalém. A nova cidade encontra-se próximo às ruinas.

Samaria é o nome histórico e bíblico de uma região montanhosa do Oriente Médio, constituída pelo antigo reino de Israel, situado em torno de sua antiga capital, Samaria, e rival do vizinho reino do sul, o reino de Judá. Atualmente situa-se entre os territórios da Cisjordânia e de Israel.

Samaria é um termo construído pelo hebraico shomron, nome da tribo shemer, que era proprietária do local e o vendeu ao Omri, que teria sido o sexto rei de Israel.

Mapa Bíblico de SAMARIA


Judeia

Judeia (do hebraico יהודה "louvor", Yəhuda ; em hebreu tiberiano Yəhûḏāh), em árabe: يهودية, Yahudia, em grego: Ἰουδαία, Ioudaía; em latim: Iudaea) é a parte montanhosa do sul de Israel, entre a margem oeste do mar Morto e o mar Mediterrâneo. Estende-se, ao norte, até as colinas de Golã e, ao sul, até a Faixa de Gaza, correspondendo aproximadamente à parte sul da Cisjordânia.

Atualmente, a Judeia é considerada parte da Cisjordânia pelos árabes, enquanto para o governo israelense a região é a Judeia e a Samaria, excluindo Jerusalém Oriental. A Organização das Nações Unidas utilizou-os em 1948 para se referir à parte sul da atual Cisjordânia.

No terceiro milénio anterior à Era Cristã começaram a surgir as primeiras cidades, certamente em contacto com as grandes civilizações que se desenvolveram nos vales do Nilo e a Mesopotâmia. Quando os hebreus chegaram à terra de Canaan, a região encontrava-se já ocupada pelos cananeus. O povo hebreu, originalmente um clã semita que se refugiara no Egito devido a uma fome em Canaã, passou a ser escravizado após a morte de seu protetor, José do Egito, o que durou por 430 anos. Sob a liderança de Moisés, deixaram o cativeiro no Egito por volta de 1447 a.C., segundo o Livro do Êxodo. De início, fixaram-se nas regiões localizadas a oeste do mar Morto, mas pouco a pouco, liderados por Yehoshua ben Nun, derrotaram os Cananeus, e ocuparam as margens do Mediterrâneo e as terras do norte de Canaan.

No século XII a.C., os chamados povos do mar, entre eles os filisteus, ocuparam as planícies litorâneas. As constantes lutas entre os dois povos terminaram com a vitória dos hebreus.

No século X a.C., Israel aproveitou o enfraquecimento dos grandes impérios vizinhos para expandir o seu território. O país, que alcançou o seu apogeu ao longo dos reinados de David e Salomão, foi mais tarde dividido em dois reinos: Israel, ao norte, fundada pelo Rei Jeroboão I e que fora invadido pelos Assírios, e Judá, ao sul. Israel foi transformado em tributário da Assíria. Logo após subir ao trono, em 721 a.C., Sargão II conquistou o país e deportou a maior parte de seus habitantes. No sul, o reino de Judá conservou sua precária independência até 587 a.C., quando Nabucodonosor II o arrasou e deportou sua população para a Babilónia. Em 539 a.C., quando o xá aquemênida Ciro, o Grande apoderou-se da Babilônia, este permitiu que muitos hebreus pudessem regressar à sua região. Depois da conquista do Império Aquemênida pelo macedônio Alexandre o Grande, a terra de Canaan ficou submetida à influência helenística.

Após a Conquista da região pelos gregos, a Judeia é invadida pelo Império Romano. Com os romanos é que a região ficará conhecida como Palestina. Segundo Flávio Josefo, o nome Palestina ocorre depois das guerras Judaica-Romana.

Mapa Bíblico de Judeia



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Atos Capítulo 9 do versículo 1 até o 43
C. A CONVERSÃO DA TESTEMUNHA, Atos 9:1-31

Sem dúvida, o acontecimento mais importante do livro de Atos foi a vinda do Espíri-to Santo no dia de Pentecostes. Se isto não tivesse acontecido, o livro nunca teria sido escrito. Alguns sustentam que foi a ressurreição que transformou os discípulos covardes em testemunhas corajosas. Mas não existe evidência disso no Novo Testamento. O que a narrativa sagrada demonstra claramente é que foi o Pentecostes que fez toda a diferença.

Sob alguns aspectos, poderia parecer que o segundo acontecimento mais importante do livro de Atos foi a conversão de Paulo. Mais da metade do livro (cap. 13-28) trata principalmente das suas atividades. Ele escreveu treze dos 27 livros do Novo Testamen-to. É difícil imaginar como teria sido o cristianismo do século I se Saulo não tivesse se convertido. Ele se tornou a testemunha mais importante da Igreja Primitiva.

1. Saulo é Salvo (
Atos 9:1-9)

Até este ponto, Saulo foi mencionado apenas de passagem. Ele estava presente no apedrejamento de Estêvão (7,58) e deu a sua aprovação àquele ato infame (
Atos 8.1), e depois liderou a perseguição à igreja em Jerusalém (8.3).

Agora, chegamos à história da conversão de Saulo, que ocupa a maior parte do capí-tulo 9. A importância deste acontecimento é evidenciada pelo fato de que ele é narrado novamente, com alguns detalhes, nos capítulos 22:26. E o único acontecimento que é descrito três vezes no livro de Atos.

Saulo estava respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor (1). O texto grego diz "inspirando". A frase pode provavelmente ser bem traduzida simplesmente como "respirando". O próprio respirar na vida de Paulo estava quente pela ira que ele sentia contra os crentes.

Com a intenção de perseguir os que tinham fugido da perseguição em Jerusalém, Saulo dirigiu-se ao sumo sacerdote — Caifás, que ocupou esse posto entre 18 e 36 d.C. — e pediu-lhe cartas [epistolas] para as sinagogas de Damasco (2), para que, caso encontrasse ali alguns daquela seita — literalmente "o Caminho", um dos nomes sérios para o cristianismo — ele os conduzisse presos a Jerusalém. O governo romano tinha dado ao sumo sacerdote a autoridade para exigir o retorno dos judeus que tivessem desrespei-tado a lei, para que eles pudessem ser julgados pelo Sinédrio (1 Macabeus 15:15-17).

Damasco é uma das cidades mais antigas do mundo que ainda existe na atualidade. Localizada cerca de 112 quilômetros do Mediterrâneo, sobre os montes Líbano e Anti-Líbano, é um oásis à beira do deserto. A principal rota de caravanas do Egito para a Mesopotâmia passava por ela, de modo que sempre foi um agitado centro comercial.

Muitos milhares de judeus viviam ali nessa época. Uma seita judaica muito rígida, cha-mada "Os do concerto de Damasco", é descrita no fragmento Zadoquita. Muitos estudio-sos da atualidade relacionam este grupo com a comunidade de Qumram, que se tornou famosa por meio dos Rolos do Mar Morto.

O caminho de Jerusalém a Damasco era longo, aproximadamente 320 quilômetros para o norte, junto ao mar da Galiléia (ver o mapa

1) ou para o leste via Filadélfia (a moderna Amã, ver o mapa 1). Percorrer a pé esta distância levaria pelo menos seis dias inteiros entre dois sábados. Saulo tinha tempo suficiente para pensar. Ele pode perfeitamente ter se lembrado do apedrejamento de Estêvão, cujo rosto brilhava como o de um anjo (6.15). Seria possível que Estêvão estivesse certo? Não! Fora com este pensamento! Vamos para Damasco. Esta nova heresia que estava ameaçando a verdadeira religião precisava ser extirpada antes que se espalhasse ainda mais. Aqueles daquela seita (lit., "do caminho") precisavam ser aprisionados.

Mas Deus tinha outros planos para Saulo. Quando ele estava se aproximando de Damasco, algo aconteceu: subitamente o cercou um resplendor de luz do céu (3).

Isto simbolizou a revelação espiritual que iria invadir a alma do jovem e orgulhoso fariseu. Como se tivesse sido atingido por um raio, ele caiu em terra (4). Ele provavelmente estava a pé, e não a cavalo. Os judeus mais tradicionais eram avessos a andar a cavalo, um modo de transporte que era popular entre os romanos.

Lançado ao chão, Saulo ouviu o seu nome: Saulo, Saulo, por que me persegues? Espantado com a acusação, ele perguntou: Quem és, Senhor? (5) A respeito de Senhor, Bruce diz: "'Senhor', 'meu senhor'; um título de respeito, pois Saulo ainda não sabia quem estava falando com ele"." A voz respondeu: Eu sou Jesus, a quem tu perse-gues." Quando Paulo castigava a igreja, ele estava perseguindo o Chefe da igreja, o próprio Senhor Jesus Cristo. Este é um aviso solene não apenas aos de fora que podem atacar a Igreja, mas também aos membros da Igreja, se deliberadamente agirem contra algum companheiro. Ao fazerem isso, estão agindo contra Cristo.

Saulo recebeu a ordem: Levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer (6). Uma nova luz viria, quando ele obedecesse à ordem divina.

Os seus companheiros pararam espantados (7). Isto não está em conflito com a afirmação de Paulo em Atos 26:14, de que "todos" caíram "por terra". Não tardaria para que os outros homens se levantassem novamente. Gloag opina que a melhor solução é que pararam espantados "não se refere à posição mas simplesmente indica que eles esta-vam sem ação, atingidos pelo pânico, dominados pelo que tinham ouvido e visto"." De qualquer forma, o líder do grupo estava cego e continuava prostrado no chão.

O que os seus companheiros não entendiam é que eles estavam ouvindo a voz, mas não vendo ninguém. Existe uma diferença na forma grega para ouvindo a voz (7) e a afirmação anterior de que Saulo "ouviu uma voz" (4). No versículo 4, a palavra "voz" (phone) está no acusativo, e parece indicar uma voz inteligível e enfatizar a audição do conteúdo. Mas aqui voz está no genitivo, e parece claro que isto indica "ouvir um som", sem qualquer compreensão do que está sendo dito.

Isto resolve a aparente contradição entre este versículo e a afirmação de Paulo em 22.9 de que seus companheiros "viram, em verdade, a luz... mas não ouviram a voz [acusativo] daquele que falava comigo". Eles ouviram um som, mas somente Saulo pôde identificar as palavras proferidas pela voz.

Uma situação semelhante parece estar descrita em João 12:28-29. Quando uma voz veio do céu, a multidão dos que não criam "dizia que tinha sido um trovão". Alguns, que tinham maior discernimento espiritual, pensaram que um anjo tinha falado. Mas apa-rentemente, somente Jesus e os seus discípulos compreenderam as palavras.

Quando Saulo finalmente se pôs em pé, descobriu que estava cego. Embora seus olhos estivessem abertos, não via a ninguém (8). O próprio Saulo diz: "eu não via por causa do esplendor daquela luz" (Atos 22:11). Os seus companheiros, guiando-o pela mão, o conduziram a Damasco. Gloag observa acertadamente: "Conseqüentemente, Paulo en-trou em Damasco de uma maneira completamente diferente daquela que ele tinha ima-ginado: ao invés de arrastar homens e mulheres e conduzi-los à prisão, ele mesmo é conduzido, humilhado, afligido e cego, o prisioneiro de Jesus Cristo".46

2. Saulo É Cheio do Espírito (Atos 9:10-19a)

Ananias (10) significa "O Senhor é amoroso" ou "graciosamente dado pelo Senhor" — um nome adequado para este discípulo judeu (cristão) de Damasco, que ministrou a graça ao sentenciado Saulo. O Senhor — Jesus (cf.
17) — falou com ele em visão; uma maneira freqüente de comunicação da vontade divina tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.

Quando Ananias ouviu o seu nome, respondeu: Eis-me aqui, Senhor! (lit., "Eu, Se-nhor"). Assim ele expressou a sua consagração. Ele estava pronto para receber as or-dens.
Mas a ordem que veio foi surpreendente. Ele deveria ir à rua chamada Direita, e perguntar em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo (11). Ainda existe uma rua Direita em Damasco, que passa de leste a oeste pelo principal mercado daquela agitada cidade. Hoje, assume-se que a casa de Judas estivesse próxima à extre-midade oeste.

A voz acrescentou: eis que ele está orando. Isto sugere, o que já podíamos supor, que Saulo passou aqueles três dias sem visão tentando deixar o seu coração e a sua mente em conformidade com a sua experiência estarrecedora na estrada.

O Senhor prosseguiu dizendo a Ananias que Ele já tinha preparado o caminho para a sua visita, dando a Saulo uma visão. Um certo Ananias viria até ele, poria sobre ele a sua mão e faria com que ele tornasse a ver (12) — lit., "visse novamen-te". Este aspecto da orientação divina — preparando o coração do mensageiro e também do destinatário — deveria ser um encorajamento constante para despertar a obediência.
Compreensivelmente, Ananias protestou. Ele tinha ouvido de muitas pessoas um relato da perseguição de Saulo aos santos em Jerusalém (13). Isto significa que Ananias não tinha fugido de Jerusalém, mas residia há tempos em Damasco.
A palavra santos aparece aqui pela primeira vez no livro de Atos como um nome para os cristãos. Ela é encontrada novamente nos versículos 32:41 e em 26.10. Paulo usa-a quarenta vezes como uma designação para aqueles que pertencem à Igreja de Jesus Cristo. A palavra grega é o plural de hagios (sagrado) e, portanto, significa literal-mente "sagrados". Ela enfatiza o fato de que todos os cristãos são separados para Cristo e devem ser purificados da depravação adquirida. A palavra é traduzida como "sagrado" cerca de 165 vezes, e "santos" 61 vezes na versão KJV.

Ananias prosseguiu lembrando ao Senhor que, mesmo em Damasco, Saulo tem poder dos principais dos sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome (14). Orar a Jesus era considerado uma ofensa grave pelos judeus, porque a eles isso parecia negar a sua fé no monoteísmo.

Em resposta às objeções de Ananias, o Senhor ainda disse: Vai (15). As coisas ti-nham mudado para Saulo. Agora este é para mim um vaso escolhido. Como Cristo o tinha escolhido, Ananias não podia rejeitá-lo. Saulo levaria o nome de Cristo diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel. A ordem das palavras aqui pode parecer estra-nha, mas a missão de pregação de Paulo era basicamente para os gentios e não para os judeus. Os reis a quem Paulo testemunhou foram Herodes Agripa II (cap.
26) e provavel-mente Nero (cf. 27.24). Também está indicado que o ministério de Paulo deveria ser um ministério de sofrimento (16).

De forma obediente, Ananias foi (17). Entrando na casa onde Paulo estava orando, impôs-lhe as mãos — para que recebesse a sua visão, ou para que recebesse o Espírito Santo. Bruce sabiamente sugere as duas coisas.'

Ananias saudou o humilhado fariseu como irmão Saulo. Estas palavras, saindo dos lábios de alguém a quem Saulo tinha planejado perseguir, devem ter trazido imenso conforto à sua alma. Ele já estava sendo amado por aqueles a quem odiara.

O cristão mais antigo informou ao seu novo irmão em Cristo que ele tinha sido envi-ado por aquele mesmo que tinha aparecido a Saulo na estrada. A vista do fato de que kyrios (Senhor) é a tradução normal de Jehovah (ou Yahweh) na Septuaginta, a expres-são o Senhor Jesus fornece uma forte afirmação da divindade de Jesus.

Saulo tinha uma necessidade física e, ao mesmo tempo, uma necessidade espiritual ainda mais profunda. Ambas seriam satisfeitas. Ananias vem... para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo.

E logo — agora Saulo estava pronto — alguma coisa como umas escamas lhe caíram dos olhos (18). Com isto, ele recuperou a vista — a mesma palavra usada quando Jesus curou o cego — e foi batizado. Agora ele era oficialmente um membro da nova comunidade de cristãos. Pela primeira vez, em três dias, tendo comido, ficou confortado (19).

Existem notáveis paralelos entre as visões de Ananias e Saulo neste capítulo, e as de Pedro e Cornélio no capítulo seguinte. Assim Howson as descreve: "A preparação simul-tânea dos corações de Ananias e Saulo, e a preparação simultânea dos corações de Pedro e Cornélio; as perguntas e a hesitação de Pedro, e as perguntas e a hesitação de Ananias; um duvidando se seria possível vir a ter amizade com os gentios, o outro duvidando se seria possível aproximar-se do inimigo da igreja; a obediência sem vacilação deles, quan-do a vontade divina se fez claramente conhecida; o estado de espírito no qual tanto o fariseu quanto o centurião se encontravam, cada um deles esperando para ver o que o Senhor iria lhes dizer — esta íntima analogia não será esquecida por aqueles que lerem com reverência os dois capítulos consecutivos".'
A história da conversão de Paulo (1-19) mostra que "o poder divino precisa da cooperação humana". 1. Sob o poder divino, observamos:
a) a luz (3) ; b) a voz (4-7) ; c) a cegueira (8-9). 2. Sob a cooperação humana, vemos, a respeito de Ananias:
a) suas ordens (10-12) ; b) suas objeções (13-16) ; c) sua obediência (17) ; d) seus objetivos realizados (18).

  1. Saulo Pregando a Cristo (Atos 9:19b-22)

Depois da sua conversão, Saulo passou alguns dias com os discípulos que esta-vam em Damasco (19). Evidentemente, Ananias "o afiançou", e assim ele foi completa-mente aceito na comunidade cristã.

E logo (20) — a mesma palavra de 18 — Saulo começou a pregar em Damasco.

Como devemos harmonizar isto com a sua própria afirmação de que depois da sua con-versão ele foi à Arábia (Gl 1:15-17) ? A solução mais simples é supor que ele começou imediatamente a pregar a sua fé recém encontrada. Quando ele descobriu que precisava estudar algumas das implicações teológicas da sua mensagem, foi para a Arábia para um período de meditação e oração. Esta permanência na Arábia parece encaixar-se em algum lugar depois do versículo 21 e antes do 26.

Saulo pregava nas sinagogas. Como um rabino educado em Jerusalém aos pés de Gamaliel, ele seria mais que bem-vindo em qualquer sinagoga judaica e é convidado a falar. Mas agora ele não estava simplesmente dando uma interpretação rabínica da Lei: ele pregava a Jesus — pregava que este era o Filho de Deus. Como os seus ouvintes devem ter ficado atônitos! Era sabido que Saulo perseguira os cristãos em Jerusalém e que viera a Damasco com o objetivo expresso de extirpar esta nova heresia. Ele viera para prender aqueles do "Caminho" e levá-los acorrentados a Jerusalém para julgamen-to perante o Sinédrio (21). Agora, ele mesmo estava pregando esta "heresia"! E difícil imaginar o espanto e a consternação que atingiram essas audiências judaicas quando eles descobriram o que este discípulo de Gamaliel estava lhes pregando. Não é de admi-rar que se diga: Todos os que o ouviam estavam atônitos (21).

Sem dúvida, houve muitas discussões com os escribas nas sinagogas (cf. 6.9). Saulo, porém, esforçava-se muito mais e confundia os judeus que habitavam em Damasco. Provando significa, literalmente, "unindo", e aqui significa "deduzindo" ou "de-monstrando", ou seja, ele colocou as profecias do Antigo Testamento ao lado do seu cum-primento no ministério de Jesus, e assim demonstrou que aquele era o Cristo (22). A principal mensagem de Paulo, como a de Pedro (2.26; 3:13-21) era que Jesus era o Mes-sias. Os judeus não podiam refutar a pregação de Paulo, autorizada pelo Espírito.

  1. Saulo Foge dos Judeus (Atos 9:23-25)

Era inevitável que a vida de Paulo em breve estivesse em perigo. Ele não poderia esperar escapar de ser ameaçado com o mesmo destino do seu Senhor e do mártir Estêvão. Assim, não é surpreendente ler que tendo passado muitos dias — incluindo talvez muitos meses passados na Arábia (G11,18) — os judeus tomaram conselho — o mes-mo verbo usado em Mateus 26:4para o matar (23). Felizmente, as suas ciladas ("tra-mas", a mesma palavra que aparece na Septuaginta em Et 2:22, em relação ao plano para assassinar o rei) vieram ao conhecimento de Saulo. Enquanto isso, os judeus guar-davam as portas, tanto de dia como de noite, para poderem tirar-lhe a vida (24).

Mas Saulo conseguiu fugir. Este feito difícil só foi realizado porque tomando-o de noite os discípulos, o desceram, dentro de um cesto, pelo muro (25). Pelo muro literalmente quer dizer "através do muro". É o próprio Paulo quem nos diz: "fui descido num cesto por uma janela da muralha; e assim escapei das suas mãos" (2 Co 11.33). Hackett diz que logo à esquerda da porta leste de Damasco, ele viu duas ou três janelas no muro, que se abriam para casas na cidade.' Josefo usa a expressão "através do muro" para descrever a fuga dos espias de Jericó." A maneira natural de descer (ou baixar) um homem seria dentro de um cesto atado a uma corda. Este método ainda hoje é usado nas terras bíblicas.

Embora o livro de Atos pareça dizer que os judeus estavam guardando (imperfeito) as portas noite e dia para matar Saulo, ele mesmo escreve: "Em Damasco, o que governa-va sob o rei Aretas pôs guardas às portas da cidade dos damascenos, para me prende-rem" (2 Co 11.32). Até recentemente, os estudiosos afirmavam que Damasco estava sob o domínio romano naquela época. Não se deve interpretar isto como se um etnarca (grego, "governador") como Aretas IV, que tinha sido rei dos árabes nabateus de 9 a.C. até 40 d.C., mantivesse uma guarnição naquela cidade. Mas não foi encontrada em Damasco nenhuma moeda romana do período compreendido entre 34 e 62 d.C. O governo de Da-masco pode ter sido entregue aos nabateus neste período." Ou talvez o etnarca fosse "um xeique ou líder da comunidade árabe naquela cidade mista"." Provavelmente, os judeus e os nabateus trabalharam juntos na tentativa de evitar a fuga de Saulo.

5. Saulo Prega em Jerusalém (Atos 9:26-31)

Quando o fugitivo deixou Damasco, ele retornou a Jerusalém (26). Ao chegar ali, procurava (tentava) ajuntar-se aos discípulos. Parece que a sua razão para voltar a Jeru-salém era que ele queria promover uma reparação pela sua perseguição anterior à igre-ja, dando agora testemunho em Cristo naquela incubadora de oposição.

O generoso Barnabé, "filho da consolação" (4,36) tomando-o consigo, o trouxe aos apóstolos (27). Ele lhes contou da conversão de Saulo e da sua pregação do Evange-lho em Damasco. O resultado do apadrinhamento de Barnabé foi que o novo convertido andava com eles em Jerusalém, entrando e saindo (28). Ele podia mover-se livre-mente nos círculos cristãos dali.

Alguns procuraram encontrar uma contradição entre estes dois versículos e a afir-mação do próprio Paulo: "Depois, passados três anos, fui a Jerusalém para ver a Pedro e fiquei com ele quinze dias. E não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor" (Gl 1:18-19). Mas não há nada no relato do livro de Atos que contradiga a afirmação em Gálatas de que Saulo viu somente dois dos apóstolos. Os outros podem ter estado fora de Jerusalém nesta época.

O antigo adversário dos seguidores cristãos agora falava ousadamente no nome de Jesus... e disputava também contra os gregos (29) — "helenistas", ou judeus de origem grega. Estes eram os mesmos que tinham debatido com Estêvão e finalmente o levaram à morte. Agora eles estavam procurando matar Saulo.

Quando os crentes de Jerusalém souberam disto, eles o acompanharam até Cesaréia — o principal porto da Palestina naquela época — e o enviaram a Tarso (30), a sua terra natal, a cerca de 480 quilômetros ao norte de Cesaréia. A única coisa que sabemos sobre as atividades de Saulo durante os seis ou mais anos seguintes é a sua própria afirmação: "Depois, fui para as partes da Síria e da Cilicia" (Gl 1:21, ver o mapa 3). Com base nisto, parece que ele passou esses anos evangelizando a sua província natal da Sirio-Cilícia. Ramsay refere-se a esses como sendo "dez anos de obras tranqüilas no campo da sinagoga e da sua influência"."

Tarso era a capital da Cilicia. Na época de Paulo, era o terceiro maior centro univer-sitário, depois de Atenas e Alexandria.

O resultado da partida de Paulo de Jerusalém teve dois aspectos. Em primeiro lu-gar, a sua própria vida foi poupada, o que foi uma grande dádiva para o seu próprio século e para todas as gerações futuras. Em segundo lugar, o movimento cristão na Pa-lestina foi aliviado, durante algum tempo, de mais perseguições. Segundo a narrativa, Assim, pois, as igrejas — "igreja" (singular no manuscrito mais antigo) — em toda a Judéia, e Galiléia, e Sarnaria tinham paz (31) — as três principais divisões da Pales-tina naquela época (ver o mapa 1), relacionadas aqui na ordem da sua importância ju-daica. Esta é a única menção à igreja cristã na Galiléia até a época de Eusébio (séc. IV), um fenômeno estranho, em vista do fato de que Jesus dedicou a maior parte do seu ministério público àquela região.

O registro a seguir afirma que as igrejas na Palestina estavam sendo edificadas -lit., "construídas" — e se multiplicavam. Como Saulo tinha partido, os problemas com os judeus helenistas cessaram e a igreja desfrutou um período de paz e prosperidade.

D. TESTEMUNHANDO NA JUDÉIA, Atos 9:32-43

Até agora, todo o capítulo 9 esteve dedicado à conversão de Saulo e a sua carreira subseqüente, talvez por doze anos. Agora a narrativa retorna a Pedro, que é o persona-gem principal em Atos 1:1-12.25. O restante deste capítulo descreve dois incidentes no seu ministério, tendo ambos acontecido na Judéia.

  1. Pedro em Lida (Atos 9:32-35)

E passando Pedro por toda parte — i.e., "viajando por todos os lugares" (Phillips), provavelmente supervisionando a evangelização dos judeus na Judéia — veio também aos santos que habitavam em Lida (32). Esta cidade, mencionada somente aqui (32,35,38) no Novo Testamento, estava situada perto da costa, a uma curta distância de Jope, na direção do interior. Ela ficava a aproximadamente 48 quilômetros de Jerusalém (ver o mapa 1).

Ali Pedro achou certo homem chamado Enéias (33), que tinha sido um paralítico por oito anos. O seu caso era, portanto, considerado irremediável.

Mas nenhum caso é irremediável para Deus. Pedro disse ao homem: Jesus Cristo te dá saúde; levanta-te e faze a tua cama (34). Ele obedeceu imediatamente e foi curado. Todo o povo de Lida e de Sarona, que era próxima — a planície de Sarona, que se estende desde Lida para o norte, até o monte Carmelo — via agora caminhando aquele que fora um paralítico preso a uma cama. O resultado foi que muitos se converteram ao Senhor (35). A igreja continuava a crescer.

  1. Pedro em Jope (Atos 9:36-43)

Jope era o antigo porto marítimo de Jerusalém, embora não tenha uma enseada natural. O seu nome moderno é Jafa, e agora está unida a Tel Aviv — uma cidade judaica nova, construída ao norte.
E havia em Jope uma discípula (no feminino, somente aqui no NT), chamada Tabita (aramaico) ou Dorcas (grego). Dorcas estava cheia de boas obras e esmolas — "abunda-vam as suas obras de bondade e caridade" (NASB).

E aconteceu, naqueles dias, que, enfermando ela, morreu (37). Em obediên-cia aos costumes da época, tendo-a lavado, depositaram-na em um quarto alto. Fora de Jerusalém, era permitido esperar três dias para o sepultamento.'

Como Jope estava a menos de 16 quilômetros de Lida, dois homens foram enviados para pedir a Pedro que viesse sem demora (38). Provavelmente os crentes de Jope ti-nham ouvido sobre a cura de Enéias em Lida.

Levantando-se Pedro prontamente, foi com eles (39). No quarto alto, ele encon-trou muitas viúvas que estavam reunidas, chorando pela morte de Dorcas. Elas mostraram a Pedro as túnicas e vestes (em grego, roupas exteriores e íntimas) que Dorcas "fizera" quando viva. Não fica claro se estas viúvas eram as destinatárias dessas roupas ou se elas trabalhavam na igreja e ajudavam a distribuir as roupas feitas por Dorcas.

Pedro as fez sair do quarto, como o seu Mestre tinha feito na casa de Jairo (Mc 5:40). Ajoelhando-se, ele orou (40). Então disse com muita simplicidade, mas com toda a fé: Tabita, levanta-te. A mulher que estava morta abriu os olhos e assentou-se. Chaman-do os santos e as viúvas — é quase certo que as viúvas eram cristãs — apresentou-lha viva (41). As notícias deste evento se espalharam por toda a Jope (42), e como resultado muitos creram no Senhor. Estes dois milagres de Pedro em Lida e em Jope fizeram aumentar enormemente as adesões à igreja.

Pedro permaneceu em Jope muitos dias, vivendo na casa de Simão, um curtidor (43). Esta profissão era considerada impura pelos judeus, porque ela envolvia a manipu-lação de animais mortos. Aparentemente, Pedro estava se tornando um pouco mais flexí-vel no seu modo de pensar, ou não teria se hospedado em um lugar como este.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Atos Capítulo 9 versículo 31
A Igreja, na verdade, tinha:
Outros manuscritos dizem:
as igrejas tinham.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Atos Capítulo 9 do versículo 1 até o 43
*

9.1 Saulo. Saulo foi apresentado em 7.58 e é o principal personagem de 9:1-31. Um terceiro breve vislumbre de Saulo é encontrado novamente em 11:25-30, antes que Saulo, que logo mais seria chamado de Paulo, se tornasse o principal personagem nos cap 13:28.

respirando ainda ameaças. Embora tivesse ajudado a eliminar Estêvão, Saulo continuava a perseguir a heresia cristã.

* 9.2 Caminho. Outros nomes usados em Atos para os cristãos primitivos são: “cristãos” (usado somente em 11.26; 26.28; 1Pe 4:16), “discípulos” (vs.10, 19), “santos” (v.13), “todos os que invocam o teu nome” (v. 14) e “irmãos” (v. 30). “O Caminho” identifica a causa cristã como composta dos seguidores de Jesus, que é “o caminho” (Jo 14:6). É usada várias vezes em Atos (19.9,23; 22.4; 24.14,22).

*

9.3 uma luz do céu. Uma luz sobrenatural mais brilhante que o sol (26,13) chamou sua atenção.

* 9.4 Saulo, Saulo. A repetição significa um trato íntimo e pessoal (conforme Gn 22:11; 46:2; Êx 3:4; 1Sm 3:10; Lc 10:41; 22:31).

me persegues. Perseguir os discípulos de Jesus era perseguir Jesus (Mt 5:10-12; Jo 15:19,20).

* 9.7 seus companheiros... ouvindo a voz. Em 22.9 Paulo diz que eles “não perceberam o sentido da voz”; a palavra grega pode significar “som” ou “voz”. Os companheiros de Saulo ouviram um som mas não podiam entender o que estava sendo dito.

* 9.15 instrumento escolhido... perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel. Paulo considerava-se um apóstolo para os gentios (13 45:1-14'>Rm 1:13-14) assim como Pedro o era para os judeus (Gl 2:8), mas Paulo pregava muitas vezes para os judeus, particularmente em suas sinagogas (v. 20; Rm 1:16; 1Co 9:20).

*

9.17 Jesus que te apareceu. Saulo não tinha tido um sonho ou uma visão, mas tinha visto o Senhor (conforme Is 6:1,5).

fiques cheio do Espírito Santo. Conforme 2.38. Nada é dito a respeito de quaisquer dons sobrenaturais, mas a ênfase recai sobre a poderosa pregação, a respeito de Jesus como o Filho de Deus (v.20).

* 9.18 como que umas escamas. Lucas freqüentemente chama atenção para as enfermidades físicas (13 11:28-3-8). Ver introdução: Autor.

* 9.26 Tendo chegado a Jerusalém. De acordo com Gl 1:18,19, Paulo viu somente Pedro e Tiago o irmão do Senhor em Jerusalém. Os outros podem ter tido medo de encontrar-se com ele, ou estavam pregando o evangelho em outras áreas.

* 9.35 Sarona. As notícias a respeito da cura do paralítico tiveram dramáticos efeitos; chegaram até a planície de Sarona, que se estende ao norte de Jope em direção à costa, por 72 km.

*

9.36 Jope. Um antigo porto de mar (atualmente Jaffa, ao sul de Tel Aviv), cerca de 60 km a noroeste de Jerusalém, o porto do qual Jonas zarpou (Jn 1:3).

Tabita. Significa "Gazada" em aramaico; assim com Dorcas significa "Gazela" em grego.

* 9.37 a lavarem. Provavelmente antes da unção com especiarias (conforme Jo 19:40). Em Jerusalém, o corpo de Jesus tinha sido enterrado no dia da morte, mas fora da cidade um período mais longo era permitido (até três dias).

*

9.43 um curtidor chamado Simão. Os judeus acreditavam que a curtição de peles era uma profissão imunda, pois envolvia contato com animais mortos (Lv 5:2). Pedro estava disposto a hospedar-se com um curtidor porque a mensagem do evangelho estava começando a romper barreiras entre as pessoas. Isto também antecipa a visão de Pedro em 10:9-23.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Atos Capítulo 9 do versículo 1 até o 43
9:2 Saulo (mais tarde chamado Paulo) era muito ciumento pelas crenças dos judeus e começou uma campanha de perseguição contra qualquer que acreditasse em Cristo (os que eram deste "Caminho"). por que os judeus em Jerusalém queriam perseguir os cristãos em lugares tão distantes como Damasco? Há várias possibilidades: (1) capturar a quão cristãos fugiram, (2) conter e acautelar a difusão do cristianismo a outras cidades importantes, (3) evitar que os cristãos seguissem suscitando problemas a Roma, (4) promover a carreira do Saulo e fortalecer sua reputação como um verdadeiro fariseu ciumento da Lei, (5) unificar as facções do judaísmo lhes dando um inimigo comum.

9.2-5 Quando Paulo viajou a Damasco, perseguindo os cristãos, o Cristo ressuscitado o confrontou e o pôs cara a cara com a verdade do evangelho. Algumas vezes Deus irrompe em uma vida de formas espetaculares e outras vezes a conversão é uma experiência tranqüila. Cuide-se das pessoas que insistem em que você deve ter algum tipo de experiência particular em sua conversão. Devida-a maneira de depositar nossa fé no Jesus é aquela que Deus decide usar.

9:3 Damasco, cidade comercial chave, achava-se a 280 km ao norte de Jerusalém na província romana de Síria. Várias rotas comerciais uniam Damasco com outras cidades através do mundo romano. Talvez Saulo pensou que ao cercar aos cristãos em Damasco, evitaria-se sua dispersão a outras regiões.

9.3-5 Paulo se refere a sua experiência como o início de sua nova vida em Cristo (1Co 9:1; 1Co 15:8; Gl 1:15-16). No centro desta experiência maravilhosa estava Jesus, Paulo não viu uma visão, viu o mesmo Cristo ressuscitado (Gl 9:17). Paulo reconheceu ao Jesus como Senhor, reconheceu seu próprio pecado, rendeu sua vida ao e decidiu lhe obedecer. A verdadeira conversão é o resultado de um encontro pessoal com o Jesus, que guia a uma nova vida em relação com O.

9:5 Paulo pensou que perseguia hereges, mas a quem perseguia era ao mesmo Jesus. Todo aquele que persiga os crentes hoje em dia é também culpado de perseguir o Jesus (veja-se Mt 25:40, Mt 25:45), porque os crentes formam o corpo de Cristo na terra.

9.13, 14 "Não ele, Senhor, isso é impossível. O nunca poderia chegar a ser cristão!" Esta era a essência da resposta do Ananías quando Deus lhe falou da conversão do Saulo. depois de tudo, Saulo perseguia crentes até lhes dar morte. Apesar desta reação compreensível, Ananías obedeceu a Deus e ministró ao Saulo. Não devemos limitar a Deus; O pode fazer algo. Devemos obedecer, seguindo a direção de Deus, embora devamos nos enfrentar a pessoas e lugares difíceis.

SAULO VIAJA A DAMASCO: Muitos cristãos fugiram a Jerusalém quando começou a perseguição depois da morte do Esteban, procurando refúgio em outras cidades e países. Saulo ia atrás de seus rastros viajando inclusive 240 km até Damasco, Síria, para trazer para os cristãos encadeados até Jerusalém. Mas ao aproximar-se da antiga cidade, descobriu que Deus tinha outros planos para ele (9.15).

9:15, 16 O cristianismo não só inclui grandes bênções, mas também grandes sofrimentos. Paulo sofreria pela fé (veja-se 2Co 11:23-27). Deus chama uma entrega, não a uma vida cômoda. Promete estar conosco no meio do sofrimento e as dificuldades, não nos liberar deles.

9:17 Ananías procurou o Saulo, tal como lhe disse, e o saudou como "irmão Saulo". Ananías temia este encontro, depois de todo Paulo ia a Damasco para perseguir os crentes e levá-los encadeados a Jerusalém (9.2). Em obediência ao Espírito Santo, saudou-o fraternalmente. Não sempre é fácil mostrar amor a outros, sobre tudo se os tememos ou duvidamos de seus motivos. Entretanto, devemos seguir o mandato do Jesus (Jo 13:34) e o exemplo do Ananías que nos mostra a aceitação carinhosa a outros crentes.

9.17, 18 Apesar de que não há uma menção de que Saulo recebesse a plenitude do Espírito de uma maneira especial, a mudança em sua vida e seus lucros seguintes indicam um forte testemunho da presença e o poder do Espírito Santo em sua vida.

9:20 Imediatamente, depois de receber a vista e passar um tempo com os crentes em Damasco, Paulo foi à sinagoga para contar aos judeus as novas relacionadas com o Jesus. Alguns cristãos aconselham aos novos crentes a que esperem até que estejam devidamente fundamentados em sua fé antes de que tentem anunciar o evangelho. Paulo dedicou tempo a sós para saber mais a respeito do Jesus antes de iniciar seu ministério mundial, mas não esperou para atestar. Embora é certo que não devêssemos nos apressar em entrar totalmente no ministério sem uma preparação prévia, também é certo que não precisamos esperar para lhe manifestar a outros o que nos aconteceu.

9.21, 22 Os argumentos do Saulo tinham poder porque era um notável erudito. Mas o mais convincente foi a mudança de vida. A gente sabia que falava verdade porque via a evidência da mudança ocorrida em sua vida. É importante conhecer o que a Bíblia ensina e como defende a fé, mas suas palavras as respaldará a mudança de vida.

9:23 De acordo a Gl 1:17-18, Paulo deixou Damasco e se dirigiu a Arábia, região desértica ao sul de Damasco, onde viveu durante três anos. Não está muito claro se estes três anos transcorreram entre os versículos 22:23, ou entre os versículos 25:26. Alguns comentaristas dizem que "passado muitos dias" poderia significar um período prolongado. Sugerem que quando Paulo retornou a Damasco, o governador, súdito do rei Aretas, ordenou sua detenção (2Co 11:32), possivelmente procurando manter a paz com judeus influentes.

A outra possibilidade é que Paulo escapou durante sua primeira visita a Damasco, depois de sua conversão e devido a que os fariseus estavam muito contrariados por sua deserção. Possivelmente fugiu a Arábia para dar tempo a que se acalmassem os líderes religiosos, assim como também para ter um tempo a sós com Deus. Sem importar qual seja a teoria correta, houve um período do menos três anos entre a conversão do Paulo (2Co 9:3-6) e sua viagem a Jerusalém (2Co 9:26).

9:26, 27 É muito difícil trocar de reputação e a do Paulo era terrível entre os cristãos. Mas Bernabé, um dos judeus convertidos (mencionado em 4.36), deveu ser a ponte entre o Paulo e os apóstolos. Os novos cristãos (sobre tudo os que tinham certas manchas em sua vida passada) necessitam auspiciadores, pessoas que os acompanhem, animem, ensinem e pressentem a outros cristãos. Procure parecer-se com o Bernabé para benefício dos novos crentes.

Felipe

As últimas palavras do Jesus a seus seguidores foram uma ordem para que levassem o evangelho a todo mundo, mas ao parecer não gostavam da idéia de deixar Jerusalém. Foi necessária uma perseguição intensa para pulverizar aos crentes, de Jerusalém, a Judea e Samaria, lugares aos que Jesus lhes ordenou ir. Felipe, um dos diáconos encarregados da distribuição de mantimentos, abandonou Jerusalém e, tal como o fez a maioria dos cristãos judeus, difundiu o evangelho por onde ia, mas como quase todos, não limitou sua audiência a outros judeus. Foi diretamente a Samaria, o último lugar ao que escolheria ir um judeu, devido a um prejuízo muito antigo.

Os samaritanos responderam massivamente. Quando as notícias chegaram a Jerusalém, enviaram ao Pedro e João para avaliar o ministério do Felipe. Logo, envolveram-se também, vendo de primeira mão a aceitação de Deus pelos que antes se consideraram inaceitáveis.

Em meio de todo este êxito e entusiasmo, Deus guiou ao Felipe para que fora ao deserto para ter uma entrevista com um eunuco etíope, outro estrangeiro que visitou Jerusalém. Felipe foi imediatamente. Sua eficiência em pregar o evangelho a este homem colocou a um cristão em uma posição significativa em um país distante e pôde ter tido seu efeito em toda a nação. Felipe terminou na Cesarea, onde os acontecimentos lhe permitiram ser anfitrião do Paulo muitos anos depois. Paulo, como líder perseguidor dos cristãos, foi usado como instrumento para tirar o Felipe e a outros de Jerusalém, chegando a ser depois um crente eficiente. A conversão de quão gentis Felipe começou, Paulo a continuou através de todo o Império Romano.

Se você for ou não um seguidor de Cristo, a vida do Felipe representa um desafio. Para quem ainda estão fora do evangelho, é um aviso que o evangelho é para você também. Para os que aceitaram a Cristo, recorda-lhes que não temos a liberdade de lhe tirar o privilégio a alguém de ouvir a respeito do Jesus. Que tão parecido ao Felipe diriam seus vizinhos que é você?

Pontos fortes e lucros:

-- Um dos sete organizadores da distribuição de mantimentos na igreja primitiva

-- Foi um evangelista, um dos primeiros missionários em viajar

-- Um dos primeiros em obedecer o mandato do Jesus de levar o evangelho a todo mundo

-- Um estudante aplicado da Bíblia que pôde explicá-la com sentido e claridade

Lições de sua vida:

-- Deus acha bons e diversos ofícios a quem deseja obedecê-lo com entusiasmo

-- O evangelho é boas novas únicas

-- Toda a Bíblia, não só o Novo Testamento, ajuda-nos a compreender mais a respeito do Jesus

-- A resposta maciça (os samaritanos) e a resposta individual (o etíope) ao evangelho são valiosas

Dados gerais:

-- Ocupações: Diácono, evangelista

-- Familiares: Quatro filhas

-- Contemporâneos: Paulo, Esteban, os apóstolos

Versículo chave:

"Então Felipe, abrindo sua boca, e começando desde esta escritura, anunciou-lhe o evangelho do Jesus" (At 8:35).

A história do Felipe se narra em At 6:1-7; At 8:5-40; At 21:8-10.

9:27 Gl 1:18-19 nos diz que Paulo esteve em Jerusalém quinze dias e que se reuniu sozinho com o Pedro e Jacóo.

9.29, 30 Neste curto parágrafo vemos duas características do Paulo, como os novos crentes em Cristo: teve denodo e causou controvérsia. Estas coisas distinguiriam seu ministério pelo resto de sua vida. Os gregos mencionados falavam o idioma dos judeus.

9:30 A visita do Paulo ao Tarso ajudou a acalmar conflitos com os judeus e lhe permitiu provar sua dedicação. Depois que Paulo, o mais ciumento perseguidor, convertesse-se, a igreja desfrutou de um breve tempo de relativa paz. "Irmãos" se refere à comunidade cristã, membros da família de Deus.

9:36 Jope era uma importante cidade portuária situada a 40 m sobre o nível do mar na costa do Mediterrâneo. A este lugar chegou a madeira do Líbano que se enviou a Jerusalém e se usou na construção do templo (2Cr 2:16; Ed 3:7). O profeta Jonás zarpou do porto do Jope em sua desafortunada viagem (Jo 1:3).

9.36-42 Dorcas causava tremendo impacto em sua comunidade porque "abundava em boas obras e em esmolas", e fazia túnicas e vestidos (9.39). Quando morreu, a sala se encheu de gente dolorida, pessoas às que ajudou. E quando ressuscitou, a notícia se pulverizou pelo povo. Deus usa grandes pregadores como Pedro e Paulo, mas também usa pessoas que têm dons de humanidade como Dorcas. antes de desejar ter outros dons, faça bom uso dos que Deus

Paulo

Nenhuma pessoa além do Jesus, modeló a história do cristianismo como o apóstolo Paulo. Até antes de ser crente, suas ações foram significativas. Sua perseguição frenética dos cristãos, logo depois da morte do Esteban, motivou que a igreja começasse a obedecer o mandato final de Cristo de levar o evangelho a todo mundo. O encontro pessoal do Paulo com Cristo trocou sua vida. Nunca perdeu sua impetuosa intensidade, mas a partir de ali esta se canalizou em favor do evangelho.

Paulo era muito religioso. Sua preparação recebida sob o ensino do Gamaliel era a melhor nesse então. Suas intenções e esforços foram sinceros. Foi um bom fariseu, conhecia a Bíblia e acreditava sinceramente que este movimento cristão era perigoso para o judaísmo. Daí que Paulo odiasse a fé cristã e perseguisse os cristãos sem misericórdia.

Paulo conseguiu permissão para viajar a Damasco com o fim de capturar aos cristãos e trazê-los de novo a Jerusalém. Mas Deus o deteve em sua apressado viagem no caminho a Damasco. Paulo teve um encontro pessoal com Cristo e sua vida nunca mais foi a mesma.

Até a conversão do Paulo, muito pouco se feito para levar o evangelho aos gentis. Felipe pregou na Samaria e a um etíope. Cornelio, um gentil, converteu-se com a ajuda do Pedro; e na Antioquía de Síria, alguns gentis se uniram aos crentes.

Quando Bernabé partiu de Jerusalém comissionado para estudar a situação, foi ao Tarso para procurar o Paulo e levá-lo a Antioquía, e juntos trabalharam em favor dos crentes ali. Logo os enviaram em uma viagem missionária, o primeiro de três que Paulo realizou, que permitiria levar o evangelho através do Império Romano.

O espinhoso assunto, de se os gentis crentes deviam obedecer as leis judias antes de sua conversão, originou muitos problemas na igreja primitiva. Paulo teve que batalhar para convencer aos judeus de que Deus aceitou aos gentis, mas deveu empregar ainda mais tempo para convencer aos gentis de que eram aceptos a Deus. Vista-las com as que Paulo se relacionou trocaram e sentiram o desafio de encontrar-se com Cristo através dele.

Deus não desperdiçou nenhum rasgo do Paulo: trasfondo, preparação, cidadania, mente e inclusive debilidades. Está disposto a deixar que Deus faça o mesmo com você? Nunca saberá tudo o que O pode fazer até que lhe permita ter tudo o que você é!

Pontos fortes e lucros:

-- Transformado Por Deus, de perseguidor de cristãos a pregador de Cristo

-- Pregou por Cristo através de todo o Império Romano em três viagens missionárias

-- Escreveu cartas a várias Iglesias, algumas formam parte do Novo Testamento

-- Nunca temeu enfrentar um assunto crítico nem tratá-lo

-- Foi sensível à direção de Deus e, apesar de sua personalidade impetuosa, sempre atuou como Deus lhe mandou

-- Lhe chama freqüentemente o apóstolo aos gentis

Debilidades e enganos:

-- Foi testemunha e aprovou a morte do Esteban

-- Determinou destruir o cristianismo perseguindo cristãos

Lições de sua vida:

-- As boas novas som que o perdão e a vida eterna formam parte do presente da graça de Deus, recebido por fé em Cristo e ao alcance de todo mundo

-- A obediência é o resultado de uma relação com Deus, mas nunca criará nem ganhará esta relação

-- A verdadeira liberdade não vem até que deixamos de provar nossa liberdade

-- Deus não desperdiça nosso tempo, usará o passado e o presente a fim de lhe servir no futuro

Dados gerais:

-- Onde: Nasceu no Tarso mas chegou a ser um viajante mundial por Cristo

-- Ocupações: Preparação de fariseu, aprendeu o ofício de fazer lojas ou carpas, missionário

-- Contemporâneos: Gamaliel, Esteban, os apóstolos, Lucas, Bernabé, Timoteo

Versículos chave:

"Para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas se o viver na carne resulta para mim em benefício da obra, não sei então o que escolher. Porque de ambas as coisas estou posto em estreito, tendo desejos de partir e estar com Cristo, o qual é muitíssimo melhor; mas ficar na carne é mais necessário por causa de vós" (Fp 1:21-24).

A história do Paulo se narra em Feitos 7:58-28.31 e através de suas cartas que se acham no Novo Testamento.

9:43 No Jope, Pedro se hospedou no lar do Simón, um curtidor. Os curtidores faziam o couro da pele de animais. É significativo que Pedro se alojasse em casa do Simón devido a que o trabalho de curtidor envolve contato com animais mortos e a Lei judia considerava esta tarefa imunda. Pedro começou a romper seus prejuízos contra a gente e dos costumes que não se aderiam às tradições religiosas judias.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Atos Capítulo 9 do versículo 1 até o 43
XI. Perseguidor primeiro convertidos da Igreja (At 9:1)

Qualquer que tenha sido a extensão da perseguição que caiu sobre a igreja após o martírio de Estêvão, é evidente que Saul era o líder dessas atividades viciosas.

1. As atividades do perseguidor (At 9:1 ; At 22:4 , At 24:22 ).

2. Encontro do Perseguidor (9: 3-7)

3 E, indo no caminho, aconteceu que ele desenhou perto de Damasco, subitamente o cercou uma luz do céu; 4 e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, porque me persegues? 5 E ele disse: Quem és tu, Senhor? E ele disse : Eu sou Jesus a quem tu persegues: 6 . Mas a ascensão, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer 7 E os homens que iam com ele, pararam espantados, ouvindo a voz, mas não vendo nenhum homem.

Quem és tu, Senhor? ... Eu sou Jesus, a quem tu persegues (v. At 9:5 ). A visita de Saul para Damasco em busca de cristãos indica que algo do generalizada do cristianismo por esta altura, bem como a sua determinação cega e cruel para prender o seu progresso, ou para eliminá-lo completamente. A luz da glória inefável de Deus de repente brilhou diante, provavelmente em resposta à oração dos cristãos em Damasco que pode ter ouvido falar de sua vinda (At 9:13 , At 9:14 ), e feriu o perseguidor para baixo na estrada perto da cidade. A voz de Deus falou com o inimigo preso e assustado de Cristo, refletindo claramente que a batalha de Saul não era contra os homens, mas contra Deus e Seu Filho, que é o Senhor de todos. O Senhor, em resposta à pergunta de Saul, Quem és tu, Senhor? imediatamente se identificou como o Jesus a quem Saul e os judeus rejeitaram. Identificação de Cristo de Si mesmo com os seus discípulos o sofrimento é também muito claramente a entender. Inevitável capitulação de Saul é sugerido pelas palavras de Cristo, como registrado na ReiTiago 5ersion, embora omitidos da American Standard Version, "é difícil para ti recalcitrar contra os aguilhões" (v. At 9:5-B ; conforme At 26:14-A ). Quando o homem não vai acatar as aberturas da misericórdia de Deus, ele terá que sofrer os juízos do Senhor. Ele, que arrastou os homens e mulheres inocentes longe de suas casas para a prisão em cadeias agora era tão impotente que ele exigia a ser levados pela mão. Assustado, chocado, humilhado, e cegado pelo golpe de Deus, por três dias sem poder fazer nada sobre Saul tateou, comer nada. Ele foi conduzido, um cativo inofensivo de Deus, na própria cidade de que ele tinha como propósito levar impiedosamente cativos os discípulos do Filho de Deus. Ele tinha ido a Damasco para prender os discípulos de Cristo, mas ele tinha sido preso por seu Mestre, e por um tempo foi aprisionado no calabouço sombrio de sightlessness que ele poderia se tornar o discípulo e servo amoroso de Cristo para sempre. Paulo reflete mais tarde essa experiência em suas palavras, como Weymouth traduz-los: "Prossigo, esforçando-se para alcançar aquilo para o qual eu também fui alcançado por Cristo Jesus" (Fp 3:1b ; tradução conforme Williams) .

B. o perseguidor EDIFÍCIO (9: 10-18)

A conversão de Saulo era tão importante que Lucas registra três vezes o evento nos Atos (9: 1-19 ; 22: 5-21 ; 26: 12-20 ). Que contribuem para a conversão de Saulo foi sua disputa vencida provável com Estevão, como membro da sinagoga Cilician (At 6:9 ); a profunda impressão causada na mente dele na defesa de Estêvão, como evidenciado pelas semelhanças em todas as suas mensagens mais tarde gravadas e argumentos para o endereço de Estevão; as demonstrações práticas do cristianismo que ele deve ter presenciado na vida dos discípulos que ele tão obstinadamente perseguidos; e sua crescente sentimento pessoal de insatisfação com a incapacidade da lei para dar a paz com Deus, como Ele mais tarde registros (ver Rm 7:1 , At 22:21 ; 1Co 9:1)

10 Ora, havia um em Damasco certo discípulo chamado Ananias; eo Senhor disse-lhe numa visão: Ananias. E ele disse: Eis que eu estou aqui , Senhor.

Ananias pode ter sido o líder dos discípulos cristãos de Damasco. A tradição diz que ele era um dos Sete, mais tarde consagrado bispo de Damasco por André e Pedro, e que ele finalmente se tornou um mártir. Mais tarde, ele é descrito por Lucas como "um homem piedoso conforme a lei, bom testemunho de todos os judeus que ali habitou" (At 22:12 ). Que estes discípulos Damasco ainda estavam adorando na sinagoga judaica parece evidente (v. At 9:2 ).

2. A Comissão Divine (At 9:11 , 12)

11 E o Senhor disse -lhe: Levanta-te, e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um chamado Saulo, um homem de Tarso; pois eis que ele está orando; 12 e ele tem visto um homem Ananias nomeados nos próximos, e pôs as mãos sobre ele, para que tornasse a ver.

A tarefa atribuída Ananias era de fato um perigoso, quanto humanamente visto, mas era definida e específica. Casa de Judas foi provavelmente o local de hospedagem regular de Saul quando em Damasco. Aqui Lucas registra talvez a notícia mais esperançosos de que os discípulos que eu tinha recebido desde a morte de Estevão. Eis , disse o Senhor a Ananias relativo ao antigo perseguidor, ele está orando . Como Deus preparou Ananias para a sua missão de Saul por uma visão, Ele, ao mesmo tempo preparado Saul para a visita de Ananias.

3. A Objeção Humano (At 9:13 , 14)

13 E respondeu Ananias: Senhor, eu ouvi de muitos deste homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém: 14 e aqui tem poder dos principais dos sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome.

Objeção de Ananias descansado, primeiro , sobre as crueldades de Saul contra os discípulos em Jerusalém, que eram bem conhecidos em Damasco; e segundo , no fato de que Saul foi autorizada pelo sumo sacerdote para prender todos os que invocou o nome de Cristo em conexão com a sinagoga de Damasco. Só um tolo entrar em uma armadilha tão perigosa, Ananias opôs.

4. O Propósito Divino (At 9:15 , 16)

15 Mas o Senhor disse-lhe: Vai-te, porque ele é um vaso escolhido a mim, para levar o meu nome perante os gentios e reis, e os filhos de Israel: 16 para eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo causa do meu nome.

Objeção de Ananias é cumprida através da renovação da comissão de Deus para cumprir sua missão de Saul: Vai-te, porque ele é um vaso escolhido a mim , ou um instrumento de escolha, para levar o evangelho aos gentios, Deus informou Ananias.

Nascimento e educação de Saul, na cidade Gentile de Tarso na Ásia Menor, a sua formação teológica na escola mais liberal de Gamaliel, em Jerusalém, a sua formação provável de pós-graduação na universidade grega em Tarso, e sua participação na sinagoga Cilician, combinado para qualificá-lo para esta grande missão para os gentios, uma missão que deve implicar grande sofrimento.

5. A Transformação Divina (At 9:17 , 18)

17 E Ananias foi, e entrou na casa; e estabelece-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor, até mesmo Jesus, que te apareceu no caminho por onde vieste, me enviou, para que possas receber teus olhos, e ser cheio do Espírito Santo. 18 E logo caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista; e ele se levantou e foi batizado;

Que esta experiência no âmbito do instrumento humano de Ananias culminou com a genuína conversão de Saulo, que havia começado com sua prisão espiritual no caminho de Damasco, é evidente a partir dos seguintes fatos: primeiro , a oração concurso de Ananias e anúncio de sua missão divina para Saul (v. At 9:17 , onde lemos: ". surgir, e ser batizado, e lava os teus pecados, invocando o nome dele" Esta transformação espiritual de Saul marca o ponto de viragem na história da cristianismo primitivo.

C. o perseguidor PREGA (9: 19-30)

19 e ele levou comida e foi reforçada.

E ele estava alguns dias com os discípulos que estavam em Damasco. 20 E logo nas sinagogas pregava a Jesus, que ele é o Filho de Dt 21:1 ; At 22:15 ; At 26:17 ; Rm 1:5) ; e terceiro , ele estava profundamente convencido de que ele era o mensageiro divinamente escolhido para levar esta mensagem do evangelho a todas as nações (At 26:16 ; Rm 1:5. ).

Logo depois de sua conversão, Saulo partiu para a Arábia, possivelmente para o Petra antiga, onde ele se preparou para a sua vida de trabalho, pelo estudo, meditação e oração. Voltando a Damasco, ele começou a pregar Cristo nas sinagogas abertamente. Os judeus foram movidos de inveja e colocou um complô para matá-lo, a partir do qual escapou enredo Saul, com a ajuda dos discípulos, ao longo da muralha da cidade em uma cesta. Ele passou a Jerusalém, onde se encontrou com Barnabé, que ele elogiou aos apóstolos. Sua pregação incitou os judeus helenistas a intenção assassina contra ele, o que ocasionou sua partida para seu país natal na Cilícia, onde viveu e trabalhou por cerca de sete anos, até que chamou a Antioquia para ajudar Barnabas no ministério da igreja lá.

D. A IGREJA prospera (9: 31-43)

31 Assim, a igreja por toda a Judéia, Galiléia e Samaria tinham paz, sendo edificada; e, andando no temor do Senhor e, no conforto do Espírito Santo, foi multiplicado.

32 E aconteceu que, passando Pedro por todas as partes, veio também aos santos que habitavam em Lida. 33 E achou ali certo homem, chamado Enéias, que havia mantido sua cama de oito anos; . pois ele era paralítico 34 E Pedro disse-lhe: Enéias, Jesus Cristo te cura; levanta-te, e faze a tua cama. E logo ele se levantou. 35 E todos os que habitavam em Lida e em Sharon viu, e eles se voltaram para o Senhor.

36 E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que traduzido se diz Dorcas esta mulher estava cheia de boas obras e esmolas que fazia. 37 E aconteceu que, naqueles dias, que ela adoeceu e morreu: e quando tinham lavado ela, a colocaram no cenáculo. 38 E, como Lida era perto de Jope, os discípulos, ouvindo que Pedro estava ali, enviaram dois homens até ele, suplicando-lhe, Delay não em vir ter conosco. 39 E Pedro levantou-se e foi com eles. E, quando chegou, levaram-no ao quarto alto, e todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando as túnicas e vestidos que Dorcas fizera enquanto estava com elas. 40 Mas Pedro colocá-los todos para trás, e se ajoelhou e orou; e voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos; e, vendo a Pedro, sentou-se. 41 E deu-lhe a mão e levantou-a; e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva. 42 E foi isto notório por toda a Jope. e muitos creram no Senhor 43 E sucedeu que, que habitou muitos dias em Jope, com um certo Simão curtidor.

Conversão de Saulo resultou em uma cessação da perseguição sofrida por muito tempo a igreja em suas mãos e permitiu a edificação e aumento rápido do seu ministério (v. At 9:31 ). Lucas segue esta conta com uma notação sobre os discípulos em Lida (v. At 9:32 ). Finalmente, ele se refere a restauração para a vida de Dorcas em Jope através de orações de Pedro (v. At 9:40 ), com o despertar espiritual resultante em Jope (v. At 9:42 ).

É digno de nota que a expressão de Lucas no versículo 31 , Portanto, a igreja em toda a Judéia, Galiléia e Samaria, tinha paz, sendo edificada , contém a única referência ao cristianismo na "Galiléia" em todo o livro de Atos.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Atos Capítulo 9 do versículo 1 até o 43
O grande ponto de virada na con-duta de Deus em relação a Israel foi a conversão de Paulo. Todo o seu programa de evangelização do mundo dependia desse homem in- comum. Devemos lembrar que, no relato de Atos, Paulo e Pedro repre-sentam dois ministérios distintos a fim de dividirmos de forma correta a Palavra da Verdade. Observe es-tes contrastes:

Pedro

  1. Um dos doze apóstolos.
  2. Centrado em Jerusalém.
  3. Ministrou principalmente a Israel.
  4. Cristo chamou-o para o ministé-rio quando estava na terra.
  5. Viu a glória de Cristo na terra.

Paulo

  1. Chamado à parte dos Doze.
  2. Centrado em Antioquia.
  3. Ministrou aos gentios.
  4. Cristo chamou-o para o ministé-rio quando estava no céu.
  5. Viu a glória de Cristo no céu.

Muitos cristãos confundem es-ses dois ministérios e transformam a igreja local em uma miscelânea de "reino verdadeiro" e de "igreja ver-dadeira". Mesmo Pedro admitiu que Paulo era o porta-voz de Deus para a igreja local (2Pe 3:15-61). Deso-bedece à Palavra quem segue as prá-ticas da congregação local expostas em Atos 1:7 e, assim, ignora as ins-truções de Deus para a igreja trans-mitidas por intermédio de Paulo. Até Pedro teve de receber uma instrução adicional para compreender total-mente o novo projeto de Deus reve-lado por Paulo (veja Gl 2:0; At 22:21. A saudação "Saulo, irmão" mostra que Paulo já fora sal-vo antes da chegada de Ananias. At 22:16 relata da seguinte forma a experiência de batismo de Pau-lo: "Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados", o que algu-mas pessoas compreendem de for-ma equivocada. Nessa passagem, o tempo dos verbos gregos é impor-tante: "Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele". Os pecadores são salvos quando invocam o nome de Deus (At 2:21; At 9:14). At 10:0). Isso cobre um período provável de três anos, durante o qual Paulo aprendia as verdades so-bre "o mistério da igreja" de Deus. Ele, quando retornou a Damasco, foi atacado por judeus e teve de fu-gir, à noite, por uma janela (2Co 11:32-47; At 9:23-44).

Isso nos leva de 37 para 39 d.C., época em que foi a Jerusalém e encontrou-se com os apóstolos (At 9:26-44; At 22:15-44). Os apóstolos temiam Paulo, e foi Bar- nabé ("filho de exortação", At 4:36) que o apresentou ao grupo. É im-portante o fato de que Paulo fosse um estranho (e até um inimigo) para os apóstolos, pois prova que ele re-cebeu sua mensagem de Cristo, não de homens. (VejaGl 1:15-48.) Deus tomou todas as precauções para manter os ministérios de Paulo e o dos 12 apóstolos separados. É uma tragédia que as pessoas os confun-dam hoje. Paulo ficou 50 dias com Pedro (Gl 1:18), mas não viu ne-nhum outro apóstolo (Gl 1:19). Ele visitou Tiago, irmão do Senhor (Gl 1:19), que depois assumiu o lugar de Pedro como líder espiritual de Jerusalém (At 15:0 sugere que Paulo pre-gou nessa região, e At 15:23 in-dica que havia igrejas nessa área. Talvez Paulo, durante sua estada de quatro ou cinco anos na região, te-nha pregado o evangelho da graça de Deus e estabelecido igrejas gen-tias. Quando o centro do ministério mudou-se de Jerusalém para Antio- quia (cidade gentia), Barnabé foi para lá, procurou Paulo e levou-o para pregar com ele (At 11:19-44).

  1. Pedro e os santos (9:32-43)

Por que nesse ponto Lucas discute com Pedro? Talvez a resposta diga respeito à cidade de Jope, mencio-nada por ele (vv. 36,43). Essa cidade lembra-nos a vez em que o profeta Jonas desceu a Jope a fim de fugir para Társis (Jn 1:1 -3). Deus chamou Jonas para levar sua mensagem aos gentios e estava para fazer o mes-mo com Pedro (At 10). Pedro viveu em Jope com Simão, um curtidor, o que sugere que deixou de lado alguns de seus preconceitos judai-cos, pois os judeus consideravam os curtidores "impuros". Pedro es-tava para descobrir que nada que Deus santificou é impuro.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Atos Capítulo 9 do versículo 1 até o 43
9.1 Saulo. A conversão de Paulo, narrada três vezes (aqui, 22:1-11 e 26:12-18), é o mais importante acontecimento da história, desde o Pentecostes até ao dia de hoje. Sumo sacerdote. Caifás (Jo 11:49ss). Cartas de autorização do Sinédrio eram válidas entre os judeus por toda a extensão do império romano.

9.2 Caminho. Termo originalmente de uso popular mas agora tornado técnico, usado para denominar o movimento cristão.

9.3 Brilhou. Conforme as referências de Paulo à "luz" e "glória" (2Co 3:18; 2Co 4:4, 2Co 4:6; Ef 5:13; Cl 1:12).

• N. Hom. 9.15 "instrumento (ou vaso) escolhido".
1) Uma vida submissa separada e consagrada ao serviço de Deus (2Tm 2:20, 2Tm 2:21);
2) Um portador do nome (pessoa), de Cristo (1Co 11:1);
3) Um vaso vazio de si mesmo, mas cheio do Espírito (17; Gl 2:20).

9.16 Sofrer. O sofrimento de Paulo (e da Igreja) é essencial para seu avanço (Cl 1:24; 2Co 11:23ss). Ele passa a sofrer pelo Nome que outrora quis apagar da terra.

9.17 Irmão. Paulo é aceito na comunhão dos crentes (conforme 22.13). Me enviou (gr apostellõ). O apóstolo é alguém comissionado por Cristo, Cabeça da Igreja, que dirige os passos dos Seus servos.

9.20 Sinagogas. A grande comunidade judaica de Damasco tinha várias sinagogas. Filho de Deus. Pedro proclamou a Jesus como Cristo e Senhor, Paulo declara abertamente que Ele é o Filho de Deus.

9.22,23 Se fortalecia... Decorridos muitos dias. Gl 11:17 nos informa que Paulo se retirou para o deserto da Arábia (na vizinhança de Damasco) por mais de dois anos, onde se desenvolveu espiritualmente.

9.26 Chegado a Jerusalém. Conforme Gl 1:18s. O temiam. Consideravam que a estratégia de Paulo era fingir-se de crente para se infiltrar na 1greja.

9.27 Aos apóstolos. Paulo apenas teve encontro com Pedro e Tiago, irmão de Jesus (Gl 1:18), nesta visita.

9.29 Crentes helenistas foram os mais zelosos na evangelização. Helenistas judeus os mais incansáveis na perseguição (6.5, 10; 7.58; 9.1; 21.27).
9.30 Tarso onde Barnabé foi buscar Paulo uns dez anos mais tarde (11.25; GI 2.1). Teria viajado de barco; Cesaréia era porto importante.

9.31 Igreja. Só aqui encontramos o singular para significar mais do que uma igreja local, o não ser que refira à Igreja, como o Corpo de Cristo (conforme Gl 1:22; 1Ts 2:14). Galiléia. Primeira vez que Atos menciona a região onde Cristo labutou mais. • N. Hom. A Igreja Ideal:
1) Edifica-se por ensino e amor (Rm 15:1-45);
2) Vive na consciência da presença imediata de Deus (1Pe 1:15-60);
3) Vive impulsionada (gr paraklesis, "exortação", "encorajamento"; é o título do Espírito Santo em Jo 14:16, Jo 14:26, etc.) pelo Espírito;
4) Cresce pela evangelização dos perdidos (8.4),

9.32 Passando Pedro por todo parte. Em Atos refere-se à evangelização (conforme 8.4). Lida. Evangelizada por Filipe quando de sua viagem de Azoto até Cesaréia (8.40).

9.35 Sorona. A planície fértil entre Lida e o Carmelo (Is 33:9).

9.36 Jope. Moderna Jaffa, porto marítimo mais próximo a Jerusalém. Tabita (aramaico) e Dorcas (grego) significam "gazela".

9.38 Lida. Ficava apenas 15 km a sudeste de Jope.

9.39 As viúvas. Como em 6.1, não formam uma organização eclesiástica, mas são simples recebedoras de caridade. Mostrando-lhe. Do grego dá para entender que elas se vestiam de trajes feitos por Dorcas.

9.40 Orou. Pedro cumpre a comissão de Mt 10:38 e segue o exemplo de Cristo emJo 11:41. A ressurreição de Dorcas lembra a da filha de Jairo (Lc 8:49-42; conforme a cura de Enéias com Lc 5:18-42).

9.41 Os santos. Refere-se aos crentes ou à Igreja local.

9.43 Curtidor. Pedro dá um passo adiante no sentido de prática liberal, alojando-se com Simão, executor de trabalho ritualmente imundo.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Atos Capítulo 9 do versículo 1 até o 43

3) A conversão e o chamado de Saulo (9:1-30)
Saulo e seu chamado. A mensagem cristã estava se espalhando por toda a Palestina, e não muito tempo depois Pedro estaria pregando o evangelho na casa de um gentio, abrindo a porta do Reino para os incircun-cisos. Nesse momento, o Senhor põe a mão sobre o inquisidor-mor, que, segundo os desígnios de Deus, seria o apóstolo aos gentios. Anos passariam até que Barnabé e Saulo saíssem para o que foi chamado de “primeira viagem missionária”, mas Deus comissionou o seu servo a tempo para que pudesse ser treinado em segredo antes de ser reconhecido como o apóstolo que completaria a obra dos Doze no mundo gentílico.
Muito tempo depois, Paulo falou da condução providencial de Deus nele já a partir do seu nascimento (G1 1,15) para que, nascido hebreu, filho de pais hebreus, formado na melhor tradição do judaísmo e mesmo assim um cidadão de Tarso e do império, com trânsito completamente livre também com a cultura helenística, estivesse ele idealmente preparado para fazer a ponte entre o Oriente e o Ocidente, carregando a mensagem preparada e nutrida em Israel até os confins da terra. A sua rara dotação intelectual foi ener-gizada por meio de um forte temperamento que não conhecia nada de meias-medidas. Como perseguidor, era terrível, mas, uma vez tendo se entregue a Jesus Cristo, a sua lealdade foi absoluta, e o seu serviço, transbordante. Esse era um vaso escolhido de Deus,

o grande apóstolo mestre, comissionado pelo Senhor glorificado para marcar as linhas da estratégia missionária e para ser o mordomo principal do mistério de Cristo e de sua igreja (Ef 2:0; Cl 1:24-51; At 26:16-20).

Os relatos da conversão. Lucas destaca o apostolado de Paulo ao apresentar a história da sua conversão três vezes em Atos: aqui, como parte da história geral; em 22:3-16, como testemunho de Paulo diante dos judeus; em 26:9-10, como o elemento principal na sua defesa diante de Agripa II. Diferentes propósitos determinam as leves diferenças nos detalhes, principalmente devidas ao grau de condensação.
Uma extensão de perseguição é proposta (v. 1,2). Saulo respirava ameaças contra os nazarenos segundo a suposta maneira de dragões cuspidores de fogo (v. 1) e viu o perigo da propagação da “doença” entre os judeus da Dispersão, onde a influência do Sinédrio era mais fraca. Essa assembléia certamente tinha poderes extraterritoriais sobre as sinagogas no exterior, e a extradição de judeus para julgamento não era desconhecida. Em Damasco, cerca Dt 10:0). A NVI preserva o verdadeiro texto dessa narrativa, mas os detalhes adicionais das narrativas posteriores deveriam ser observados. Os companheiros de Saulo “sentiram” a presença celestial, mas não viram o Senhor; ouviram a voz de Saulo, mas não a do Senhor (v. 7; 22.9).

Ananias e Saulo (v. 7-19). Talvez o descanso de três dias foi necessário para que Saulo pudesse se recuperar do choque e meditar a respeito do significado daquele encontro celestial antes de receber mais mensagens. O fato de que Saulo realmente viu o Senhor (conforme 26,16) é importante do ponto de vista do seu apostolado especial (1Co 9:1; 1Co 15:8).

Por que Ananias de Damasco foi escolhido para transmitir o comissionamento de Saulo (conforme 22:14-16), e não os apóstolos em Jerusalém? (a) Como cristão judeu, que aderiu aos “costumes” do judaísmo, Ananias era uma testemunha incontestável da verdade do chamado e apostolado de Saulo. (b) Era apropriado que Saulo, o principal perseguidor dos discípulos, fosse recebido na comunhão por um dos desprezados nazarenos em Damasco, a quem Saulo tinha vindo prender, (c) Uma razão eclesiástica se torna clara quando lemos G1 1.15—2.10, pois tinha de se tornar muito claro que o apostolado de Paulo não havia sido recebido de homens, mas diretamente do Senhor. A intervenção de Ananias apóia a visão de que na época do NT

não havia idéia alguma de uma sucessão especial de graça fluindo dos apóstolos. Ananias agiu com responsabilidade profética, e sua relutância (v. 13) não é a de um servo obstinado; antes, é sinal de santa familiaridade com o seu Senhor. As orientações foram claras, e ele compreendeu que o ex-perseguidor estava orando, tendo recebido mais uma visão preparatória.
Uma vez que suas dúvidas foram dirimidas, Ananias se identificou totalmente com o propósito do Senhor: Irmão Saulo, ele disse, o Senhor Jesus, que lhe apareceu no caminho [...] enviou-me. Mais uma vez, a imposição de mãos significou a identificação, pois Saulo agora pertencia ao povo que antes havia perseguido. As escamas caíram dos seus olhos — algo que tem importância simbólica —, e ele recebeu a plenitude do Espírito e foi batizado (v.comentário Dt 22:16).

Os termos do comissionamento (v. 15,16). V. mais detalhes do chamado de Saulo em 26:16-18. Mesmo nesse relato abreviado, os pontos fundamentais se destacam claramente: (a) Saulo era um “vaso escolhido”, especialmente separado pelo próprio Senhor (v. 15). (b) Ele deveria ser o porta-bandeira do Senhor entre os gentios (conforme Rm 11:13) — uma “graça” especial finalmente reconhecida por todos (G1 2:7-9). (c) Ele deveria aparecer como testemunha diante de reis (homens em alta posição), o que é o tema dos caps. 21—28. (d) Um ministério ao povo de Israel não estava descartado, embora viesse a ser em grande parte rejeitado (22.18). (e) Aquele que tinha causado o sofrimento de muitos se tornaria um exemplo de sofrimento por causa de Cristo (v. 16).

Testemunho em Damasco (v. 19-25).
Damasco foi o cenário da primeira comunhão de Saulo com cristãos e do seu primeiro serviço para o Senhor, e a profundidade cristoló-gica marcou as suas primeiras mensagens, pois anunciava Jesus como o Cristo e o Filho de Deus (v. 20,22). Os judeus logo perceberam o perigo do testemunho de um teólogo extraordinário que apostatara de sua religião, e a perseguição foi o resultado natural.

A visita à Arábia (G1 1.17). A história que o próprio Paulo conta desses dias (G1 1:13-20) é importante, e ele destacou o fato de que não recebeu a sua autoridade daqueles que eram apóstolos antes dele. A visita à Arábia é mencionada em relação a esse tema, e o seu significado é limitado por ela. “Arábia” (o reino dos nabateus) era uma região grande, mal definida, ao sul da Síria e a oeste da Palestina, que se estendia a partir do golfo de Acaba ao sul até próximo de Damasco; qualquer lugar sossegado em que a meditação fosse possível e as revelações pudessem continuar seria adequado para o seu propósito, embora a hostilidade dos governantes nabateus (2Co 11:32) sugira que ele também se envolveu em testemunho mais intenso ali.

A primeira visita a Jerusalém (v. 26-30; conforme G1 1.18,19). Paulo se refere a essa visita em relação com o propósito já comentado, enquanto Lucas está interessado nela do ponto de vista da difusão do evangelho. Daí as diferenças de detalhes e ênfase. A fuga de Saulo de Damasco foi dramática e humilhante (conforme 2Co 11:32,2Co 11:33), e a sua recepção pelos santos de Jerusalém, mais do que fria. A história de conversão seria verdadeira, ou a sua ação seria de um agente infiltrado para causar subversão? Felizmente Barnabé tinha pleno conhecimento dos fatos e foi capaz de apresentar Saulo como alguém que tinha visto o Senhor e testemunhado em Damasco (v. 27). A esperança de Saulo de que o seu testemunho aos seus antigos companheiros das sinagogas helenísticas fosse eficaz não se concretizou (conforme 22:17-21), e uma conspiração foi logo tramada para dar cabo de sua vida. A jornada a Tarso dá início ao período escondido da vida de Paulo durante o qual, provavelmente, foi deserdado pela sua família e sofreu a perda de “todas as coisas” (Fp 3:8). E altamente provável que ele tenha testemunhado nas sinagogas da Cilicia, e que alguns sofrimentos alistados em 2Co 11:21-47 pertençam a esse período. Não o encontramos de novo até que o seu cooperador Barnabé o buscou em Antioquia (11.25,26).


4) Os esforços apostólicos de Pedro (9:31-43)
Paz e prosperidade (9:31-43). Esse sumário descreve a situação que seguiu a conversão de Saulo, quando os santos na Palestina desfrutavam um período de paz e prosperidade. A corrente principal de perseguição havia sido quebrada, pois os judeus estavam ocupados com outras questões, especialmente quando Calígula insistiu em que a sua imagem fosse colocada no templo. O perigo de rebelião só foi afastado em virtude do assassinato do imperador em 41 d.C. Os crentes, no entanto, caminhando no temor do Senhor, se multiplicaram. A expressão A igreja [...] em toda a Judéia... é muito especial, pois em todo o restante do NT “igreja” no singular é ou toda a companhia dos redimidos, ou, então, certa igreja local — nunca uma federação de igrejas locais. A exceção se deve à sensibilidade de Lucas ao desenvolvimento histórico, pois, naquele momento, os crentes em toda a Palestina ainda se sentiam membros da comunidade original em Jerusalém.

A jornada de Pedro (v. 32). Esse versículo destaca a grande abrangência dos esforços apostólicos de Pedro. O grupo formado por testemunhas anônimas não foi deixado à própria sorte, mas recebeu visitas pastorais e de ensino de Pedro, e, muito provavelmente, de outros apóstolos e missionários também.
A cura de Enéias (v. 33-35). Lida estava situada na estrada de Jerusalém a Jope, onde as colinas se fundem com a planície de Sarom — local provável de ter recebido o testemunho cristão inicial. Mais uma vez, um milagre foi o megafone de Deus, chamando a atenção para uma palavra poderosa e salvadora. A forma em que o apóstolo se dirige ao doente é muito direta: Enéias, Jesus Cristo vai curá-lo. Foi Pedro quem falou, mas o Senhor estava presente com o seu poder de curar, e o homem deu prova da sua fé quando se ergueu e “enrolou” a sua cama. Todos os que viviam em Lida pode ser um termo relativo — todos cujos corações foram abertos pelo sinal para receber a palavra salvadora. Muito provavelmente, no entanto, o propósito é que entendamos com isso um movimento de massas.

A ressurreição de Tabita (v. 36-43).
Essa história nos leva de volta em espírito à simplicidade e ao poder dos relatos de cura nos Evangelhos. Não sabemos exatamente o que os irmãos em Jope esperavam quando mandaram buscar Pedro, mas sabiam que a presença do apóstolo seria uma grande ajuda num momento de tristeza e angústia profundas. Tabita (“gazela”) tinha se embelezado com boas obras, e a sua partida estava sendo muito lamentada (v. 39). Logo após a sua chegada, Pedro precisou ficar sozinho com o “Deus que ressuscita os mortos”, na presença do corpo sem vida, para poder discernir a vontade do Senhor. A sua oração ao ajoelhar-se nos lembra as batalhas espirituais de Elias e Eliseu em circunstâncias semelhantes. Pedro recebeu a certeza de que precisava e se voltou para o corpo com a simples ordem: Tabita, levante-se. Que momento fantástico quando a irmã de coração tão grande pôde ser apresentada aos fiéis novamente — viva! (v. 41). O grande valor do testemunho anterior de Tabita destacou a mensagem poderosa do milagre, e muitos creram no Senhor. Dessa maneira, Pedro havia sido conduzido por Deus ao lugar em que receberia novas e estranhas ordens de marcha, o que se constituiu num dos mais importantes sinais na história da redenção (v. 43).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Atos Capítulo 9 do versículo 1 até o 31

At 9:1), resume-se em At 9:32. Conforme o Evangelho avançava na direção do mundo gentio, Deus preparava um vaso escolhido para ser o principal instrumento nessa missão. Por isso Lucas interrompe a sua narrativa para contar a conversão de Saulo, e também para explicar o fim da perseguição à igreja.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Atos Capítulo 9 do versículo 1 até o 31
e) Conversão de Saulo de Tarso (At 9:1-31)

O cabeça da campanha de repressão ao Cristianismo, a qual se seguiu à morte de Estêvão, era Saulo de Tarso, destinado a tornar-se um dos maiores homens de todos os tempos. Embora nascido cidadão romano, na cidade grega de Tarso, na Ásia Menor, foi criado por pais judeus, não como helenista, senão como "hebreu de hebreus" (Fp 3:5). Fora mandado a Jerusalém para educar-se aos pés de Gamaliel, o grande líder dos fariseus, com quem, na qualidade de conselheiro prudente, já entramos em contato. O discípulo mostrava ter pouco da moderação do mestre. Como judeu da Cilícia, bem que podia ser freqüentador da sinagoga onde se feriram os debates de Estêvão, ali ouvindo os argumentos fadados a minar toda a estrutura religiosa do Judaísmo. A mente de Saulo, tão perspicaz como a de Estêvão, percebeu quanto era inconciliável a velha ordem com a nova, e saiu a campo como vigoroso campeão daquela, resolvido a extinguir o movimento revolucionário.

No martírio de Estêvão parece que ele desempenhou algum papel oficial, e daí por diante, aonde quer que os crentes se dirigissem na sua dispersão, ali Saulo os perseguia, não somente na Palestina, como até em Damasco. Para as sinagogas desta última levou uma carta do Sumo Sacerdote, autorizando-o a capturar e trazer para Jerusalém todo aquele que, fugindo, procurasse refugiar-se na antiga cidade síria. As ordens do Sumo Sacerdote eram acatadas nas sinagogas do Império, e sua autoridade em matéria religiosa era sancionada pelo poder romano. Foi na sua viagem a Damasco que Saulo defrontou com a visão do Cristo ressuscitado, que tão grande revolução operou em sua vida, fazendo dele, dali por diante, o mais valente campeão da fé que até então procurara destruir. "Unicamente a conversão e o apostolado de São Paulo", na opinião do estadista do século dezoito, George, Lord Lyttelton, "devidamente considerados, foram de si mesmos uma demonstração suficiente de que o Cristianismo é uma revelação divina. Quando refletimos nas implicações desse fato, concordamos com essa opinião. Lucas percebeu a importância da conversão de Paulo, visto como, apesar do espaço limitado de que dispõe, narra-a com alguns pormenores três vezes, uma na terceira pessoa (At 9), e duas vezes contada pelo própria apóstolo (At 22:26).

Aparecendo o Senhor a Ananias, preparou desse modo o caminho para a recepção de Paulo pelos cristãos de Damasco. As palavras de Cristo, mencionando-o como "vaso escolhido", nunca mais saíram da memória do apóstolo. Anos mais tarde reconhecia ele que, sem o saber, fora separado por Deus para a obra do evangelho, antes mesmo de nascer (Gl 1:15; Rm 1:1). Judeu de nascimento e formação, era também cidadão romano; os privilégios inerentes a essa cidadania mais de uma vez lhe foram de proveito. Embora muitas vezes se tenha exagerado a influência da atmosfera educacional de Tarso, sua terra natal, não é necessário minimizá-la ao ponto de fazê-la desvanecer-se de todo.

À sua conversão e batismo seguiu-se imediatamente ousada proclamação de Jesus como o Filho de Deus, nas próprias sinagogas de Damasco, junto às quais fora acreditado pelo Sumo Sacerdote para uma finalidade muito diferente. Contudo suas atividades ali e no território vizinho, do nabateu rei Aretas IV (a "Arábia" de Gl 1:17), provocaram tanta oposição que, afinal, ele teve de ser despachado ocultamente da cidade, já bastante agitada para continuar a abrigá-lo. Talvez os judeus dali combinassem com os representantes locais de Aretas a sua captura.

Três anos depois de sua conversão, voltou a Jerusalém onde passou quinze dias com Pedro, avistando-se também com Tiago, o irmão do Senhor (Gl 1:18-48). Seu contato com estes e outros cristãos foi facilitado por Barnabé, que presumivelmente o conhecera antes, podendo testificar sua sinceridade. Quando, porém, começou a fazer nas sinagogas de Jerusalém o que fizera em Damasco, teve outra vez de ser retirado da cidade por medida de segurança, sendo acompanhado até à costa, onde embarcou com destino a Tarso. "Assim, pois", diz Lucas, "a Igreja teve paz" (At 9:31). A primeira onda de perseguição parece que arrefeceu com a conversão do perseguidor chefe.

Sumo Sacerdote (1). Provavelmente ainda é Caifás. Caso achasse alguns que eram do Caminho (2). "O Caminho" era uma expressão idiomática judeu-cristã, pela qual se denominava o Cristianismo (cfr. At 19:9-23; At 22:4; At 24:14-22). Provavelmente iria prender ali os principais refugiados da Judéia, e não propriamente os crentes damascenos, como Ananias. Duro é para ti... E disse-lhe o Senhor (5-6). Estas palavras foram tiradas das passagens paralelas de At 22:10 e At 26:14 e insertas aqui; cfr a ARA. Ouvindo a voz (7), isto é, a voz de Paulo: "mas não ouviram a voz daquele que falava comigo", diz ele em At 22:9. Ananias (10). Seu caráter Paulo descreve-o em At 22:12. Parece que era natural de Damasco, e que só por notícia sabia do desencadeamento da perseguição em Jerusalém (13). Não temos informação de como se estabeleceu o Cristianismo em Damasco; podiam tê-lo levado da Galiléia para lá. A rua que se chama Direita (11). Hoje é chamada Darb al-Mustaqim. Viu em visão (12). Podemos distinguir as três primeiras visões de Paulo: na estrada de Damasco (4 e segs.); na casa de Judas (12); e na sua volta a Jerusalém (At 22:17 e segs.). Dos principais sacerdotes (14). Ver At 4:6, acima. Todos os que invocam o teu nome (14); isto é, os que invocam Jesus como Senhor (cfr. At 2:21). Quanto lhe importa sofrer pelo meu nome (16). Deveria ele aturar muitas vezes mais o que fizera outros sofrer pelo mesmo Nome. Porém no reino de Cristo o sofrimento pelo Rei é um sinal seguro do Seu favor e um penhor de Sua recompensa. Impôs sobre ele as mãos (17); não apenas em sinal de companhia, saudando-o como companheiro cristão (Saulo, irmão), como também porque Ananias, muito embora fosse um cristão comum, ou "particular", agiu nessa ocasião como delegado do Senhor, devidamente designado para aquele serviço. Fiques cheio do Espírito Santo (17). Tal plenitude era necessária para o exercício do ministério profético descrito no vers. 15. Os vers. 20-22 deixam claro que a manifestação particular do Espírito em Saulo foi o poder sobrenatural de sua pregação missionária. Como que umas escamas (18), ou melhor, "uma substância escamosa (ou como flocos)". Levantou-se e foi batizado (18). Provavelmente deve-se inferir daí que (diferentemente dos samaritanos em At 8:16) Saulo recebeu o Espírito Santo antes de ser batizado. Então permaneceu em Damasco alguns dias com os discípulos (19). Se isto se deu antes ou depois de sua visita à Arábia (o reino nabateu), mencionada em Gl 1:17, não se pode dizer ao certo. As indicações cronológicas de Lucas, neste ponto, são vagas; sabemos de Gl 1:18 que os fatos dos vers. 26 e seguintes aconteceram três anos depois da conversão de Paulo. Que este é o Filho de Deus (20). É significativo que a única vez que ocorre este título nos Atos seja no relato da primeira pregação de Saulo. Enquanto a filiação divina do Messias é um corolário do Sl 2:7, o uso que Paulo faz do título aqui provavelmente marca um progresso na designação até aqui feita de Jesus como Senhor e Messias (por ex. At 2:36). Provando (22). O termo grego synbibazo sugere provavelmente que o método dessa prova era colocar as Escrituras proféticas lado a lado com os fatos que lhes davam cumprimento. Os judeus deliberaram entre si tirar-lhe a vida (23). Segundo Paulo conta em 2Co 11:32, "o governador preposto do rei Aretas montou guarda na cidade dos damascenos, para me prender". A situação era provavelmente como foi sugerida em nosso sumário acima. Levou-o aos apóstolos (27). O termo é empregado aqui em sentido mais lato. Conforme Gl 1:18-48, os únicos apóstolos (em sentido restrito) que ele viu foram Pedro e Tiago, o irmão do Senhor. Discutia com os helenistas (29), sem dúvida na mesma ou mesmas sinagogas que testemunharam idêntica atividade de Estêvão. Assim as igrejas tinham paz (31). Os melhores textos têm "igreja" (no singular), estando os verbos que se lhe seguem igualmente no singular.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Atos Capítulo 9 do versículo 1 até o 43

21. A Vida Transformada (Atos 9:1-31)

Agora Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote, e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, se encontrasse alguns pertencentes ao Caminho, homens e mulheres, ele conduzisse presos a Jerusalém. E aconteceu que, indo no caminho, ele se aproximava de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor; e ele caiu no chão, ouviu uma voz que lhe dizia: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" E ele disse: "Quem és tu, Senhor?" E Ele disse: "Eu sou Jesus, a quem tu persegues, mas subir, e entra na cidade, e lá te será dito o que você deve fazer." E os homens que viajavam com ele, pararam espantados, ouvindo a voz, mas não vendo ninguém. E Saulo levantou-se do chão, e, apesar de seus olhos estavam abertos, ele não conseguia ver nada; e conduzindo-o pela mão, levaram-no a Damasco. E esteve três dias sem ver, e não comeu nem bebeu. Ora, havia um em Damasco certo discípulo chamado Ananias; eo Senhor disse a ele em uma visão, "Ananias". E ele disse: "Eis-me aqui, Senhor." E o Senhor lhe disse: "Levanta-te e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando, e ele viu numa visão um homem chamado Ananias entrar e impor-lhe as mãos, para que ele possa recuperar a vista. " Mas Ananias respondeu: "Senhor, eu tenho ouvido de muitos acerca deste homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; e aqui ele tem poder dos principais dos sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome." Mas o Senhor lhe disse: "Vai, porque este é um instrumento escolhido de Minas, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel, pois vou mostrar a ele o quanto ele deve sofrer por causa do meu nome." Partiu Ananias e entrou na casa e, depois de impor as mãos sobre ele, disse: "Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, enviou-me para que você possa recuperar a sua visão, e ser cheio do Espírito Santo. " E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista, e ele se levantou e foi batizado; e ele levou comida e foi reforçada. Agora por vários dias ele estava com os discípulos que estavam em Damasco, e imediatamente começou a proclamar Jesus nas sinagogas, dizendo: "Ele é o Filho de Deus." E todos os que ouviam ele continuou a se surpreender, e diziam: "Não é este o que em Jerusalém perseguia os que invocavam este nome, e que tinha vindo aqui com o propósito de levá-los presos aos principais sacerdotes?" Mas Saul continuou a aumentar em força e confundia os judeus que habitavam em Damasco, provando que este Jesus é o Cristo. E quando muitos dias se passaram, os judeus conspiraram juntos para acabar com ele, mas as suas ciladas vieram ao conhecimento de Saulo. E eles também estavam observando as portas de dia e de noite para que pudessem condená-lo à morte; os discípulos, tomando-o de noite, desceram-no através de uma abertura na parede, reduzindo-o em um grande cesto. E quando ele tinha ido a Jerusalém, ele estava tentando se associar com os discípulos; e todos tinham medo dele, não acreditando que ele fosse discípulo. Mas Barnabé tomou conta dele e levou-o aos apóstolos e descreveu-lhes como ele vira o Senhor no caminho, e que Ele tinha falado com ele, e como em Damasco falara ousAdãoente no nome de Jesus. E ele estava com eles andando livremente por Jerusalém, falando ousAdãoente em nome do Senhor. E ele estava falando e discutindo com os judeus helenistas; mas eles estavam tentando matá-lo. Mas, quando os irmãos souberam disso, levaram-no até Cesaréia e enviado a Tarso. Assim, a igreja por toda a Judéia, Galiléia e Samaria, tinha paz, sendo edificada; e, acontecendo no temor do Senhor e, no conforto do Espírito Santo, ele continuou a aumentar. (9: 1-31)

Em uma idade jovem, João Newton foi para o mar. Como a maioria dos marinheiros de sua época, ele viveu uma vida de rebeldia e deboche. Durante vários anos, ele trabalhou em navios negreiros, capturando escravos à venda para as plantações do Novo Mundo. Tão baixa que ele afunde que em um ponto, tornou-se ele mesmo um escravo, cativo de outro comerciante de escravos. Eventualmente, ele se tornou o capitão do seu próprio navio de escravos. A combinação de uma tempestade assustadora no mar, juntamente com a sua leitura do clássico de Tomé a Kempis Imitação de Cristo, plantou as sementes que resultaram em sua conversão. Ele passou a se tornar um líder no movimento evangélico na 1nglaterra do século XVIII, juntamente com homens como João e Charles Wesley, George Whitefield, e William Wilberforce. Em sua lápide está inscrito o seguinte epitáfio, escrito pelo próprio Newton: "João Newton, escriturário, uma vez um infiel e Libertine, um servo de traficantes de escravos na África, foi, pela misericórdia de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, preservadas, restauradas , perdoado, e nomeado para pregar a fé que ele tinha se esforçado muito para destruir "(Kenneth W. Osbeck,101 Stories Hino [Grand Rapids: Kregel, 1982], 28). Quando ele escreveu o hino amado "Amazing Graça", ele sabia em primeira mão as verdades que ela proclamados.

Mel Trotter era um barbeiro de profissão e um bêbado pela perversão. Assim, ele se tornou devassa teve que quando sua filha morreu, ele roubou os sapatos que ela era para ser enterrado em e penhorou-lhes dinheiro para comprar mais bebidas. Uma noite, ele cambaleou para o jardim da missão Pacífico em Chicago e foi maravilhosamente salvos. Sobrecarregados para os homens de Skid Row, abriu uma missão de resgate em Grand Rapids, Michigan. Ele passou a encontrar mais mais de sessenta missões e tornou-se supervisor de uma cadeia deles alongamento de Boston a San Francisco (Elgin S. Moyer, quem era quem na História da Igreja [New Canaan, Connecticut .: Keats, 1974],
411) .

Um dia, em agosto de 386, um professor de retórica chamado Aurélio Agostinho sentou despondently em seu jardim. Embora o filho de uma mãe cristã, ele havia abandonado a fé de sua mãe, em favor da religião persa conhecido como maniqueísmo. Ele também teve uma amante, com quem viveu por 13 anos. Abandonando o maniqueísmo como insatisfatórios, ele continuou a busca fútil de verdade. Através da pregação da igreja Pai Ambrósio, ele tornou-se intelectualmente convencido da verdade do cristianismo. No entanto, se conteve: "impedido de aceitar a fé pela fraqueza em lidar com a tentação sexual" (RS Pine-Coffin, "Introdução", de Santo Agostinho: Confessions [New York: Penguin, 1978], 11). Agora, em meio a sua confusão, ele ouviu cantando em latim uma voz de criança tolle lege ("levar e ler").Em suas Confissões, ele descreve o que aconteceu a seguir:

I resultou minha torrente de lágrimas e se levantou, dizendo a mim mesmo que isso só poderia ser uma ordem divina para abrir o meu livro das Escrituras e ler a primeira passagem em que meus olhos devem cair ... Então, eu corri de volta para o lugar onde [sua amigo] Alípio estava sentado, para quando eu me levantei para sair eu tinha colocado para baixo o livro contendo epístolas de Paulo. Agarrei-a e abriu-a e, em silêncio, eu li a primeira passagem em que meus olhos caíram: Não em glutonarias e bebedeiras, não em luxúria e dissoluções, não em contendas e rivalidades. Em vez disso, armem-se com o Senhor Jesus Cristo; não gastar mais pensamento sobre a natureza e os apetites da natureza [13 13:45-13:14'>Rom. 13 13:14]. Eu não tinha vontade de ler mais e não há necessidade de fazê-lo. Pois em um instante, como eu vim para o final da frase, era como se a luz de confiança inundou meu coração e toda a escuridão da dúvida foi dissipada. ( Confissões VIII, 12, traduzido por RS Pine-Coffin [New York: Penguin, 1978])

Entregues a partir de uma vida de pecado e da confusão, Agostinho passou a se tornar o maior teólogo da Igreja conhecia desde o apóstolo Paulo.

A história da Igreja está repleta de relatos como esses, que destacam o maravilhoso poder do evangelho para transformar pecadores. Mas nenhuma transformação é tão notável, ou tenha tido tais implicações de longo alcance para a história, como a conversão de Saulo de Tarso. Então, um evento significativo foi a sua conversão que a Escritura registra nada menos do que três vezes (conforme Atos 22:1-16; 26: 4-18).

É justo que um indivíduo tão singular teria uma conversão única. Saul era judeu de nascimento, pela cidadania romano, pela educação um grego, e puramente pela graça de Deus, um cristão (conforme Fl 3. 4-9).Ele era um missionário, teólogo, evangelista, pastor, organizador, líder, pensador, lutador de verdade, e amante das almas. Nunca um homem mais santo viveu, exceto nosso próprio Senhor.

Saul nasceu em Tarso, uma cidade importante (At 21:39) na província romana da Cilícia. Tarso foi localizado perto de onde a Ásia Menor e Síria se encontram, não muito longe de Antioquia. Ele era famoso por sua universidade, que se classificou com os de Atenas e Alexandria como entre os mais honrados no mundo romano. O pai de Saul deve ter sido um cidadão romano, uma vez que Saul era o próprio cidadão de Roma por nascimento (At 22:28). Suas credenciais judaicas foram igualmente impecável. Assim como seu pai antes dele, ele era um fariseu (At 23:6 no capítulo 18, Saul era terrivelmente adepto de perseguir os crentes. A bolsa Jerusalém rompeu sob a força de seus ataques. Muitos dos crentes helenistas, que, aparentemente, suportaram o peso da perseguição, fugiu de Jerusalém. À medida que os acontecimentos deste capítulo se desdobrar, Saul é no encalço daqueles que fugiram de Damasco. Em seu depoimento a Agripa (Atos 26:9-11), ele articulou a ferocidade de seu ataque:

Então, eu pensei para mim mesmo que eu tinha que fazer muitas coisas hostis ao nome de Jesus de Nazaré. E este é apenas o que eu fiz em Jerusalém; Não só eu trancar muitos dos santos nas prisões, havendo recebido autorização dos principais dos sacerdotes, mas também quando eles estavam sendo condenado à morte dei o meu voto contra eles. E como, castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas, eu tentei forçá-los a blasfemar; e sendo furiosamente furioso com eles, eu ficava perseguindo-os até nas cidades estrangeiras.
Depois do interlúdio do capítulo 8, que descreve o ministério de Filipe, a cena muda de volta para Jerusalém. Saul, Lucas observa, ainda respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor.cristãos perseguindo consumiu a ele; tornou-se toda a sua vida. O próprio ar que ele estava respirando foi o de ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor. O termo discípulos refere-se a todos os crentes, e não apenas os doze apóstolos. Todo cristão é um seguidor de aluno e do Senhor Jesus Cristo. Saul queria que cada um que ele poderia colocar em suas mãos.

Audição de um grupo de cristãos em Damasco, Saulo impulsionadas pela ambição mortal e zelo religioso torcida, foi para o sumo sacerdote, e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, se encontrasse alguns pertencentes ao Caminho, tanto homens e as mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém. O sumo sacerdote, na sua qualidade de presidente do Sinédrio, foi visto pelos romanos como chefe do Estado judeu. Ele, portanto, tinha autoridade sobre assuntos internos judeus como esta. Assim, Saul precisava lhe cartas para as sinagogas de Damasco ter autoridade para apreender os cristãos. Ele destina-se, caso encontrasse alguns pertencentes ao Caminho (se homens ou mulheres ), para trazê-los presos a Jerusalém.

Damasco, a antiga capital da Síria, tinha uma grande população judaica. Isso é evidenciado pelo massacre de cerca de 10-20000 judeus em UM . D . 66 (FF Bruce, O Livro dos Atos [Grand Rapids: Eerdmans, 1971], 194). Dado o tamanho da população judaica, não teria havido várias sinagogas.

A descrição do cristianismo como o Caminho aparece várias vezes em Atos (19: 9, 23; 22: 4; 24:14, 22). Ele aparentemente deriva de descrição de Jesus de Si mesmo como "o caminho, ea verdade, ea vida" (Jo 14:6 ), o caminho para o Lugar Santo (Heb. 10: 19-20), e o caminho da verdade (2Pe 2:2).

Confrontado com o aparecimento da glória de ardência de Jesus Cristo, Saulo, o perseguidor dos cristãos endureceu, ficou sem palavras com terror. Outras contas de Lucas do evento (At 22:26), porque as palavras do Senhor fosse apenas para os ouvidos de Saul. Saul realmente viu Jesus em glorioso brilhantismo como testifica repetidamente (At 9:17, At 9:27; At 22:14; At 26:16; 1Co 9:11Co 9:1, Jo 6:44; 10: 27-29; Jo 17:2, Jo 17:9, Jo 17:11, Jo 17:24; 2Co 4:62Co 4:6;. Jc 1:18). Como observado no capítulo 20 deste volume, o Espírito Santo dispostas soberanamente as circunstâncias que levaram à conversão do eunuco etíope. Isso era, e é, necessário, já que os homens incrédulos, mortos em seus delitos e pecados: não pode vir a Deus por conta própria (conforme Rom 3: 10-12; 1 Cor 2 (Ef 2:1; Cl 2:13)..

Que a salvação é iniciado por Deus em nenhum lugar é mais poderosa do que afirmou por Paulo a Tito:

Porque também nós éramos outrora insensatos nós mesmos, desobedientes, extraviados, servindo a várias paixões e deleites, gastando a nossa vida em malícia e inveja, odiosos, odiando um ao outro. Mas quando apareceu a bondade de Deus, nosso Salvador e Seu amor pela humanidade apareceu, Ele nos salvou, e não com base em ações que nós temos feito em justiça, mas de acordo com a Sua misericórdia, pela lavagem da regeneração e renovação pelo Espírito Santo. (Tito 3:3-5)

Convicção

e ele caiu no chão, ouviu uma voz que lhe dizia: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" (9: 4)

Prostrado no chão, Saul ouviu uma voz que lhe dizia: "Saulo, Saulo, por que me persegues" A repetição é enfático, como em outros lugares nos escritos de Lucas (conforme Lc 10:41; Lc 13:34; Lc 22:31 ). Aqui ele marca uma repreensão de Saul, a intenção de trazer angústia da alma, então Saul iria perceber o quão errado ele tinha sido, e culpa iria esmagá-lo. Ele foi um dos que odiava Jesus Cristo sem justa causa (Jo 15:25).

As palavras do Senhor "Por que me persegues?" refletir a ligação indissociável entre a Si mesmo, como cabeça do corpo, e seus membros. No golpe desferido na terra vai unfelt no céu por nosso simpático Sumo Sacerdote. Ao perseguir os cristãos, Saul infligido golpes diretamente em seu Senhor.

Saul, que tinha sido tão violento, foi violentamente colocado face a face com a enormidade de seus crimes, não contra os cristãos, mas contra Cristo. Aqueles que vão para o inferno fazê-lo em última análise, por causa de sua rejeição do Salvador. Mesmo aqueles que não perseguem os crentes, mas simplesmente viver separado de Jesus Cristo, são tão culpados de crimes contra ele, como era Saulo. Como Saul próprio escreveria mais tarde: "Se alguém não ama o Senhor, seja anátema" (1Co 16:22). Jesus disse que o Espírito Santo seria convencer os homens "a respeito do pecado, porque não crêem em mim" (Jo 16:9, o Senhor disse-lhe: "Saulo, Saulo, por que me persegues? É difícil para você chutar os aguilhões [afiada, apontou varas]." A resistência de Saul foi esmagado naquele momento e seu coração, quebrado pelo arrependimento, foi curado pela fé. Filipenses 3:4-11 descreve a mudança mental que ocorreu em sua alma neste momento:

... Embora eu poderia até confiar na carne. Se alguém tem uma mente que confiar na carne, eu muito mais: circuncidado ao oitavo dia, da nação de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça que há na lei, fui irrepreensível. Mas tudo o que para mim era lucro, essas coisas que eu considerei perda por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, tendo em vista o valor de excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas as coisas, e as considero como lixo, a fim de que eu possa ganhar a Cristo, e pode ser encontrado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus com base na fé, para que eu possa conhecê-lo, eo poder da sua ressurreição e à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte; a fim de que eu possa alcançar a ressurreição dentre os mortos.
Alguns têm tolamente tentou explicar a experiência de Saul como o resultado de um ataque epiléptico. Essa explicação é insuficiente, mesmo concedendo a suposição duvidosa que Saul era um epiléptico.No such apreensão poderia ser responsável pela reviravolta completa a vida de Saul tomou. Também não explicar o fato de que companheiros de viagem de Saul viu a luz e ouviu a voz. Para o resto de sua vida Saul ofereceu apenas uma explicação, ele tinha de fato visto o ressuscitado, glorificado Senhor Jesus Cristo.

Esta conversão milagrosa, sem envolvimento humano na sua ocorrência, é um exemplo da extensão e poder de poupança, a graça soberana. Paulo atesta que a graça em 13 54:1-17'>I Timóteo 1:13-17:

... Mesmo que eu era anteriormente um blasfemo, perseguidor e injuriador. E ainda me foi concedida misericórdia, porque o fiz por ignorância, na incredulidade; ea graça de nosso Senhor foi mais do que abundante, com a fé e amor que há em Cristo Jesus. É uma declaração de confiança, aceitação plena merecimento, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais sou eu o principal de todos. E ainda por esta razão que eu encontrei misericórdia, para que em mim, o principal, Jesus Cristo pudesse demonstrar sua paciência perfeito, como um exemplo para aqueles que crêem nEle para a vida eterna. Ora, ao Rei,,, o único Deus invisível imortal eterna, seja honra e glória para todo o sempre. Amém.

Consagração

"Mas subir, e entra na cidade, e lá te será dito o que você deve fazer." E os homens que viajavam com ele, pararam espantados, ouvindo a voz, mas não vendo ninguém. E Saulo levantou-se do chão, e, apesar de seus olhos estavam abertos, ele não conseguia ver nada; e conduzindo-o pela mão, levaram-no a Damasco. (9: 6-8)

A autenticidade da conversão de Saulo tornou-se imediatamente evidente. A partir de At 22:10, ficamos a saber que ele perguntou: "O que devo fazer, Senhor?" Rendição de Saul estava completa, como ele humildemente se submeteu à vontade do Senhor, que ele tinha odiado. Em contraste com o ensino de muitos hoje, Saul não sabia nada de aceitar Cristo como Salvador, em seguida, (espero) fazendo-o Senhor mais tarde. O ensino básico das Escrituras é que Jesus é o Senhor (conforme Rom. 10: 9-10), independentemente de qualquer resposta humana. A questão na salvação não é se Jesus é o Senhor, mas se somos submissos ao Seu senhorio. Saul foi, desde o momento de sua conversão ao fim de sua vida.

Em resposta à pergunta de Saul, Jesus disse-lhe para subir e entrar na cidade de Damasco, e lá te será dito o que você deve fazer. Lucas observa que os homens que viajavam com ele, pararam espantados, ouvindo a voz, mas não vendo ninguém. Este incidente foi nenhuma projeção subjetiva da mente de Saul, mas um acontecimento histórico real. Saulo levantou-se do chão, e, apesar de seus olhos estavam abertos, ele não conseguia ver nada; e conduzindo-o pela mão, levaram-no a Damasco. Sua entrada na cidade era muito diferente do que ele havia previsto. Em vez de intrometendo-se como o herói conquistador, o flagelo dos cristãos, ele entrou impotente cego, guiado pela mão.

Deus esmagado Saul, trazendo-o para o ponto de consagração total. Das cinzas da antiga vida de Saul surgiria a mais nobre e mais útil homem de Deus a igreja já conheceu.

Comunhão

E esteve três dias sem ver, e não comeu nem bebeu. (9: 9)

Tão impressionante e súbita tinha sido sua colocação de fé no Salvador que Saul precisava de tempo para refletir sobre a transformação de todos os aspectos de sua vida. Durante seus três dias sem ver,quando ele não comeu nem bebeu, Deus levou-o através do processo de reconstrução de tudo o que ele foi e fez. Embora a salvação é uma transformação instantânea da morte para a vida, trevas para a luz, é preciso tempo para sondar as profundezas de seu significado e riqueza. Saul começou esse processo.

Fervor na Súplica

Ora, havia um em Damasco certo discípulo chamado Ananias; eo Senhor disse a ele em uma visão, "Ananias". E ele disse: "Eis-me aqui, Senhor." E o Senhor lhe disse: "Levanta-te e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando, e ele viu numa visão um homem chamado Ananias entrar e impor-lhe as mãos, para que ele possa recuperar a vista. " (9: 10-12)

Enquanto Saul esperou, cego e jejum, pensando profundamente sobre o que havia ocorrido, Deus estava lidando com um outro homem. O em Damasco certo discípulo chamado Ananias não era, obviamente, o mesmo Ananias executado por Deus no capítulo 5.At 22:12 o descreve como "devoto" e "bom testemunho de todos os judeus que viviam" em Damasco. Ele era provavelmente um dos líderes espirituais da igreja Damasco. Se assim for, ele também, ironicamente, teria sido um dos principais alvos de Saul. O Senhor disse a ele em uma visão a surgir e vai à rua chamada Direita e procura em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo. Isso foi uma dura prova de fé de Ananias, uma vez temível reputação de Saul era muito conhecido (conforme vv. 13-14). Ananias não teria nenhuma maneira de saber da conversão de Saulo, pois o Senhor não revelou a ele.

A nota de rodapé pois eis que ele está orando nos informa sobre o que Saul fez durante seus três dias sem ver. A oração é a resposta espontânea do coração crente a Deus. Aqueles verdadeiramente transformado por Jesus Cristo encontrar-se perdido na maravilha e alegria da comunhão com Ele. A oração é tão natural para o cristão como respirar. Paulo tornou-se um homem de oração incessante.

Enquanto esperava para Ananias, Deus deu a Saul uma visão que Ananias iria vir e colocar suas mãos sobre ele, para que ele possa recuperar a vista. Deus, em Sua bondade concurso para este perseguidor, não quero que ele seja em qualquer sofrimento desnecessário , então ele deu Saul esperança de receber a vista. Um par de visões estavam prestes a reunir dois homens que estavam em pólos opostos.

Fidelidade em Serviço

Mas Ananias respondeu: "Senhor, eu tenho ouvido de muitos acerca deste homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; e aqui ele tem poder dos principais dos sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome." Mas o Senhor lhe disse: "Vai, porque este é um instrumento escolhido de Minas, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel, pois vou mostrar a ele o quanto ele deve sofrer por causa do meu nome." Partiu Ananias e entrou na casa e, depois de impor as mãos sobre ele, disse: "Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver", (9: 13-17a)

Em resposta à oração de Saul, Deus dirigiu Ananias para ir até ele. Como já mencionado, que comando desde um teste severo para a coragem de Ananias. Compreensivelmente, ele recusou-se a ir, protestando, "Senhor, eu ouvi muitos acerca deste homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; e aqui ele tem poder dos principais dos sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome. " Uma vez que a palavra dos crentes em Jerusalém havia chegado antes de Saul, a igreja em Damasco sabia que ele estava vindo e por quê. Então, Ananias disse em efeito: "Senhor, você sabe que você está pedindo?" O pedido, sem dúvida, apareceu-lhe para ser suicida. Sua vida estava em jogo, e por isso foi o ministério que ele tinha na igreja. Ele estava perguntando se o Senhor realmente quis dizer para acabar com ambos.

O protesto de Ananias foi anulada, como Deus explicou -lhe: "Vai, porque este é um instrumento escolhido de Minas, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel." A chamada para o ministério não é baseada nos caprichos dos homens, mas sobre a escolha soberana de Deus. Ananias entendido que a verdade com clareza, e assim o fez Saul. Em Gl 1:1).. Para a igreja de Colossos, ele disse: "Eu fui feito ministro", e que "pela dispensação de Deus, dado em mim" (01:23, 25). Ele também entendeu que apesar de muitas vezes ele pregava aos judeus primeiro (At 13:14; At 14:1; At 18:4).

Esses ensaios foram apenas uma pequena porção de quanto Saul iria sofrer por Jesus ' causa do nome. Primeiro Coríntios 4:9-13, II Coríntios 11:23-29 e 12: 7-10 catálogo o sofrimento Saul sofreu por causa de Seu Senhor. E seu sofrimento, que nunca parou até um machado cortou sua cabeça devoto fiel de seu corpo, não esperar muito tempo para começar somente alguns dias.

Fortalecidos pela palavra direta do Senhor, e superar seus medos, Ananias partiu e entrou na casa de Judas, e depois pôs as mãos sobre ele, disse: "Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde estavam vindo, enviou-me para que você possa recuperar a sua visão ". Como Atos 22:14-15 revela, esta foi a colocação de Saul para o serviço: "E [Ananias] disse, 'O Deus de nossos pais de antemão te designou para conhecer a Sua vai, e ver o Justo, e ouvir um enunciado de sua boca. Por que você vai ser uma testemunha para com todos os homens do que tens visto e ouvido. "

As histórias de ambos Ananias e Saul ilustram a verdade de que a vida transformada exige serviço a Cristo. Como Saul escreveria mais tarde, "Que os homens nos consideram dessa maneira, como servos de Cristo e administradores dos mistérios de Deus" (1Co 4:1), os samaritanos (Atos 8:14-17), e logo os gentios (Atos 10:44-46), Saul tinha recebido o Espírito e sua colocação ao serviço sem apóstolos presente.Saul era um judeu, por isso não havia necessidade de repetir a vinda inicial do Espírito, que ocorreu no dia de Pentecostes. Além disso, ele era um apóstolo em seu próprio direito e não derivam sua autoridade dos outros apóstolos (Gl 1:11Co 9:1), nem estava sujeito à sua autoridade. Como eles, ele foi escolhido pessoalmente pelo Senhor Jesus Cristo e receberam o Espírito de seu comissionamento e poder diretamente dEle.

O Espírito transformou Saulo de duas maneiras fundamentais. Em primeiro lugar, Ele tomou forças naturais de Saul e refinou-los. Saul era um líder natural dotado, com força de vontade. Ele era um homem de fortes convicções, um self-starter, corajoso, um mestre em usar seu tempo e talentos, um indivíduo motivado, e um pensador profundamente talentoso e alto-falante.
O Espírito Santo também eliminado características indesejáveis ​​e substituiu-os desejáveis. Ele substituiu o ódio cruel de Saulo com amor; seu espírito inquieto, agressivo com a paz; seu áspero tratamento, intransigente das pessoas com Gentilza; seu orgulho com humildade.

Somente o Espírito de Deus pode tão completamente santificar a vida. Saul mais tarde expressou essa verdade aos Coríntios: "Mas todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados na mesma imagem de glória em glória, assim como pelo Senhor, o Espírito" (2Co 3:18).

A comunhão com os santos

E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista, e ele se levantou e foi batizado; e ele levou comida e foi reforçada. Agora por vários dias ele estava com os discípulos que estavam em Damasco, (9: 18-19)

Imediatamente depois das palavras de Ananias, não caiu de de Saul olhos como que umas escamas, e recuperou a vista. Em resposta à exortação de Ananias (conforme At 22:16), Saulo levantou-se e foi batizado. Por esse ato, ele abertamente se uniram com as mesmas pessoas que ele tinha odiados e perseguidos. Seus odiados inimigos se tornaram seus amigos, enquanto seus antigos amigos instantaneamente tornou-se seus inimigos (conforme 23 v.). De acordo com o padrão consistente de testemunhos dos crentes em Atos, o batismo de Saulo seguido de sua conversão.

Saul gostava de seu primeiro gosto da comunhão cristã como ele levou comida e foi fortalecido. Ele permaneceu por vários dias com os discípulos que estavam em Damasco, o que lhes permite celebrar a sua conversão com ele e ministro para suas necessidades. Pode-se imaginar a alegria esmagadora desses dias eo louvor incessante a Deus.

Uma marca de certeza de uma vida transformada é o desejo de estar com outros cristãos. Primeira Jo 3:14 diz: "Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama permanece na morte." Os crentes são aqueles que "não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores" (Sl 1:1). Mas um cristão professo que prefere a companhia dos povos do mundo ainda é provavelmente um deles.

Fervor na Falando

e imediatamente ele começou a anunciar Jesus nas sinagogas, dizendo: "Ele é o Filho de Deus." E todos os que ouviam ele continuou a se surpreender, e diziam: "Não é este o que em Jerusalém perseguia os que invocavam este nome, e que tinha vindo aqui com o propósito de levá-los presos aos principais sacerdotes?" Mas Saul continuou a aumentar em força e confundia os judeus que habitavam em Damasco, provando que este Jesus é o Cristo. (9: 20-22)

Aqueles transformado pela graça salvadora de Deus não pode parar de falar sobre isso (At 4:20), e Saul não foi excepção. Depois de alguns dias de comunhão com os santos, ele imediatamente começou a proclamar Jesus nas sinagogas. Para os cristãos chocado, surpreendido por sua conversão, podem ser adicionados os judeus chocados, que estavam esperando ele tomar cristãos preso, e não pregar Jesus Cristo nas suas sinagogas. Desde o início ele sentiu que a compulsão corajoso que mais tarde o levou a exclamar: "Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho" (1Co 9:16).

Nas próprias sinagogas para a qual ele tinha vindo com mandados de prisão contra os cristãos, Saul agora começou a proclamar Jesus. O conteúdo do que a pregação era de que Jesus é o Filho de Deus, um título para o nosso Senhor que fala de sua divindade (cf . João 10:31-36). (Para uma discussão sobre a questão da filiação de Jesus Cristo, ver Hebreus, MacArthur New Testament Commentary. [Chicago: Moody, 1983], 26ff)

O choque e consternação pregação de Saulo produzido é inconcebível para nós. O defensor mais zeloso do Judaísmo agora se tornou o evangelista mais zeloso para o cristianismo. Não surpreendentemente,todos os que ouviam ele continuou a se surpreender, e diziam: "Não é este o que em Jerusalém perseguia os que invocavam este nome, e que tinha vindo aqui com o propósito de levá-los presos aos principais sacerdotes?" Eles não podiam compreender a mudança drástica na Saul.

Longe de murchando sob a pressão de confusão transformando-se em hostilidade, Saul continuou a aumentar em força e confundia os judeus que habitavam em Damasco, provando que este Jesus é o Cristo. Como Estevão antes dele, ele conheceu os judeus em debate aberto sobre a divindade e messianidade de Jesus. A fé salvadora "vem pelo ouvir, eo ouvir pela palavra de Cristo" (Rm 10:17).

Isso Saul foi confundindo os judeus neste diálogo não deve surpreender ninguém. Ele teve a melhor educação judaísmo do primeiro século poderia oferecer, e eles não podiam esperar para corresponder o seu conhecimento da Escritura. Uma vez que ele entendeu quem era Jesus, ele tinha a chave que abriu todo o Antigo Testamento. Ele então foi capaz de usar seu vasto conhecimento daqueles Escrituras e seu brilho controlado pelo Espírito Santo, assim como a verdade de Jesus 'milagres, palavras, morte e ressurreição, para provar que este Jesus era de fato o Messias esperado.

Destemor no sofrimento

E quando muitos dias se passaram, os judeus conspiraram juntos para acabar com ele, mas as suas ciladas vieram ao conhecimento de Saulo. E eles também estavam observando as portas de dia e de noite para que pudessem condená-lo à morte; os discípulos, tomando-o de noite, desceram-no através de uma abertura na parede, reduzindo-o em um grande cesto.E quando ele tinha ido a Jerusalém, ele estava tentando se associar com os discípulos; e todos tinham medo dele, não acreditando que ele fosse discípulo. Mas Barnabé tomou conta dele e levou-o aos apóstolos e descreveu-lhes como ele vira o Senhor no caminho, e que Ele tinha falado com ele, e como em Damasco falara ousAdãoente no nome de Jesus. E ele estava com eles andando livremente por Jerusalém, falando ousAdãoente em nome do Senhor. E ele estava falando e discutindo com os judeus helenistas; mas eles estavam tentando matá-lo. Mas, quando os irmãos souberam disso, levaram-no até Cesaréia e enviado a Tarso. Assim, a igreja por toda a Judéia, Galiléia e Samaria, tinha paz, sendo edificada; e, acontecendo no temor do Senhor e, no conforto do Espírito Santo, ele continuou a aumentar. (9: 23-31)

A frase de Lucas quando muitos dias se passaram marcado um período de tempo que é mais especificamente definido na instrução de Gálatas 1:17-18: "Nem eu ir a Jerusalém para os que eram apóstolos antes de mim, mas eu fui embora para a Arábia e voltou mais uma vez a Damasco. Então, três anos depois, subi a Jerusalém para conhecer Cefas, e fiquei com ele quinze dias. " Na realidade, três anos decorreu entre os versículos 22:23. Está implícito que Saul passou esses anos aprendendo com o Senhor no reino de Nabatean Saudita. (Esta é uma área não deve ser confundido com o território do moderno Saudita, mas localizado nas proximidades de Damasco ao sul da península do Sinai. Alguns historiadores dizem que uma colônia de Nabateans morava em Damasco.) Ele voltou e começou a pregar em Damasco com mais força do que nunca, completamente exasperante os judeus que conspiraram juntos para acabar com ele. Na providência de Deus, as suas ciladas vieram ao conhecimento de Saulo. Ele observou, em 2Co 11:32 que "em Damasco, o que ethnarch sob o rei Aretas guardava a cidade do damascenos, para me prender. " Aparentemente, os judeus não foram os únicos Saul tinha irritado. Durante os seus três anos de Nabatean Saudita, ele tinha completamente pregou o evangelho e tinha gastado suas boas-vindas com os judeus e os árabes.

Unido em seu desejo de matar Saul, eles estavam assistindo as portas de dia e de noite para que pudessem condená-lo à morte. A cidade foi cercada por um muro, e que a única saída era através dos portões. Os cristãos, porém, encontrou outra saída. Um deles, evidentemente, tinha acesso a uma casa na muralha da cidade, por isso, de Saul discípulos, tomando-o de noite, desceram-no através de uma abertura na parede, reduzindo-o em um grande cesto.

Tendo feito sua fuga, Saul foi imediatamente para Jerusalém, e começou a tentar associar com os discípulos. Eles, compreensivelmente, todos tinham medo dele, não acreditando que ele fosse discípulo. Saul deve ter parecido a eles para ser o lobo por excelência em pele de cordeiro, agora a tentar destruir a partir de dentro o que ele havia tentado destruir a partir de fora.

Quanto tempo durou este impasse é desconhecida, mas o imperfeito do verbo traduzido estava tentando sugere que repetidas tentativas por Saul para juntar a este clube foram repelidos. Finalmente,Barnabas (chamado de "Filho da consolação" em At 4:36segurou-o e levou-o aos apóstolos e descreveu-lhes como ele vira o Senhor no caminho, e que Ele tinha falado com ele, e como em Damasco falara ousAdãoente no nome de Jesus. Com a Barnabé altamente considerado para responder por ele, Saul foi finalmente aceite.

Tendo finalmente ganhou aceitação, Saul começou a mover-se livremente em Jerusalém, falando ousAdãoente em nome do Senhor. Pegando onde Estevão havia parado, ele estava falando e discutindo com os judeus helenistas. Por causa da atitude intolerante que ele mesmo tinha feito tanto para iniciar (conforme At 8:1, a sua estada durou apenas 15 dias. Os irmãos souberam da trama os helenistas ", provavelmente da própria visão de Saulo registrado em Atos 22:17-21:

E sucedeu, quando voltei para Jerusalém e estava orando no templo, que eu caí em um transe, e eu vi aquele que me dizia: "Apressa-te, e sair de Jerusalém rapidamente, porque eles não vão aceitar o seu testemunho sobre Me. " E eu disse: "Senhor, eles entendem que em uma sinagoga após o outro I usada para aprisionar e espancar aqueles que acreditaram em Ti. E quando o sangue de Estêvão, tua testemunha estava sendo derramado, eu também estava presente, aprovando, e olhando para fora para as capas dos que foram matá-lo ". E disse-me: "Vá! Porque eu enviarei para longe, aos gentios."
Para sua própria segurança, eles trouxeram Saul até Cesaréia (o porto no Mediterrâneo) e enviado a Tarso, sua cidade natal na Cilícia.

Assim fez Saul desaparecer da cena por alguns anos. Durante esse período, no entanto, ele estava longe de ocioso. Entre este momento eo momento em que Barnabé encontrou-o em Tarso e trouxe-o para Antioquia (11: 25-26), ele estava fazendo de forma agressiva o que o Senhor lhe havia chamado a fazer. De acordo com Gl 1:21, ele "foi para as regiões da Síria e Cilícia". Pelo menos algumas das igrejas da região mencionadas em At 15:23 deve ter sido fundada por ele naqueles anos.

Com Saul o tição saído de cena, tanto como o perseguidor da igreja eo principal alvo dos inimigos de Cristo, as coisas acalmaram na Palestina. Lucas novamente resume o progresso da igreja, afirmando que a igreja por toda a Judéia, Galiléia e Samaria, tinha paz, sendo edificada; e, acontecendo no temor do Senhor e, no conforto do Espírito Santo, ele continuou a aumentar. Além da saída de Saul, mudanças políticas contribuíram para alívio temporário da igreja. A expulsão dos Pilatos compliant como governador, juntamente com a expansão da autoridade de Herodes Agripa, restringiu a liberdade de ação dos judeus. Eram, portanto, menos capaz de tomar medidas drásticas contra a igreja.

A vida de Saul foi dramaticamente e totalmente transformado naquele dia na estrada perto de Damasco. E a partir desse momento, assim foi a história do mundo, como veremos quando ele retorna ao centro do palco no capítulo 13.


22. As marcas, de um Ministério Pessoal Efetivo ( Atos 9:32-43 )

Ora, aconteceu que, como Pedro estava viajando por todas as partes, veio também aos santos que habitavam em Lida. E achou ali certo homem, chamado Enéias, jazendo numa cama havia oito anos, pois ele estava paralisado. E disse-lhe Pedro: "Enéias, Jesus Cristo te cura;. Surgem, e fazer a sua cama" Então ele se levantou. E todos os que viviam em Lida e Sharon viu, e que eles se converteram ao Senhor. Agora em Jope havia uma discípula chamada Tabita (que em grego se diz Dorcas); esta mulher foi abundante com atos de bondade e caridade, que fazia continuamente. E sucedeu naquele tempo que ela ficou doente e morreu; e quando tinham lavado o corpo dela, a colocaram no cenáculo. E, como Lida era perto de Jope, os discípulos, tendo ouvido que Pedro estava ali, enviaram-lhe dois homens, rogando-lhe: "Não demore para vir até nós." E Pedro levantou-se e foi com eles. E quando chegou, levaram-no a sala de cima; e todas as viúvas estava ao lado dele, chorando e mostrando as túnicas e roupas que Dorcas fizera enquanto estava com elas. Mas Pedro enviou todas elas e se ajoelhou e orou, e voltando-se para o corpo, disse: "Tabita, levanta-te." E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro, sentou-se. E deu-lhe a mão e levantou-a; e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva. E tornou-se conhecido em todo Jope, e muitos creram no Senhor. E aconteceu que ele ficou muitos dias em Jope, com um certo curtidor, Simon.( 9: 32-43 )

Não importa quão grande seus ministérios pode ter sido, mais nobres servos de Deus sempre tido tempo para ministrar a indivíduos. Moisés quase usava-se para fora de fazer isso, até que seu pai-de-lei, repreendia-o para administrar mal o seu tempo e disse-lhe para delegar ( Ex 18:1. ). Estevão haviam sido empenhados no cuidado pessoal das viúvas ( Atos 6:1-6 ). Paulo, no entanto consumido com alcançando cidades e nações, se tornou querido para as pessoas cujos nomes são todos através de suas letras. O grande apóstolo compartilhou de sua vida e de trabalho com eles (cf. Rm 16. ). Os reformadores ocupados Lutero e Calvino não negligenciar seus deveres pastorais. A idéia de um homem de Deus que os ministros apenas para os grandes multidões é estranho à Escritura. Deus espera que todos os cristãos, os líderes incluídos, para derramar as suas vidas em outros ( 2Tm 2:2 ). Esta passagem revela o outro lado do ministério de Pedro, seu serviço pessoal a pessoas físicas. Seis elementos desse serviço estão implícitas, não de ensino direto de Pedro, mas indiretamente de suas ações. Pedro era eficaz com os indivíduos, porque ele estava envolvido, exalta a Cristo, disponível, poderoso, fecundo, e livre de preconceitos.

Pedro estava envolvido

Ora, aconteceu que, como Pedro estava viajando por todas as partes, veio também aos santos que habitavam em Lida. E achou ali certo homem, chamado Enéias, jazendo numa cama havia oito anos, pois ele estava paralisado. ( 9: 32-33 )

A cena muda de Paulo de volta para Pedro, que voltará a ser a figura central na narrativa para os próximos três capítulos. Paulo foi convertido e disse enfaticamente sua nova fé, tanto em Damasco e Jerusalém.Sua pregação tão agravada seus adversários que o primeiro em Damasco, depois em Jerusalém, eles procuravam matá-lo. Ele tem até agora fugiu de Jerusalém para sua cidade natal de Tarso. Vários anos depois, como registrado no capítulo 13 , o ministério de Paulo vai dominar o resto do registro de Atos.

 

A expansão contínua da igreja fora de Jerusalém (assistida pela perseguição observado em Atos 8:1-2 ) movimento necessário da parte de Pedro. A declaração aconteceu que como Pedro estava viajandomostra o caráter itinerante incessante do ministério de Pedro naquele momento. Em uma de suas viagens, ele desceu para visitar os santos que habitavam em Lida. Pedro não foi definido em algum escritório hierárquica, mas estava se movendo, o que tornou mais fácil para Deus para dirigi-lo. Aqueles ativamente envolvido no ministério são geralmente os únicos a quem Deus concede a maioria das oportunidades de ministério. Deus sempre me pareceu confiar Seus ministérios mais ricos aos seus santos mais movimentados. Basta estar sinceramente ativos no ministério coloca um em oportunidades estratégicas.

Lida, conhecido no Antigo Testamento como Lod, foi localizado a cerca de 10 milhas a sudeste da cidade litoral de Jope. Era um lugar importante, uma vez que as estradas do Egito para a Síria e de Jope a Jerusalém passou por isso. Hoje é a localização do aeroporto internacional de Israel. Quando Pedro chegou lá, ele encontrou um certo homem, chamado Enéias, jazendo numa cama havia oito anos, pois ele estava paralisado. O uso do termo um homem para descrevê-lo, quando contrastadas com a descrição de Dorcas como "um certo discípulo, "sugere que ele não era um crente. Não há exemplos no Novo Testamento de crentes sendo curadas (embora Lázaro, Dorcas, e Eutychus foram levantadas dentre os mortos).

Lucas não diz se Aeneas foi paralisado devido a um acidente vascular cerebral, uma doença como a poliomielite, ou uma lesão. Em qualquer caso, sua paralisia foi além das habilidades do conhecimento médico limitado daquele dia. Ele já havia sido acamados de oito anos, e enfrentou essa perspectiva para o resto de sua vida.

Disponibilidade de Pedro porque ele estava envolvido deu-lhe uma porta aberta para o ministério. O milagre, além de seu impacto óbvio na vida de Enéias, era para ser usado por Deus para trazer um grande número de pessoas na região que circunda a fé em Jesus Cristo.

Pedro era de exaltação a Cristo

E disse-lhe Pedro: "Enéias, Jesus Cristo te cura;. Surgem, e fazer a sua cama" Então ele se levantou. E todos os que viviam em Lida e Sharon viu, e que eles se converteram ao Senhor.( 9: 34-35 )

Aqueles que iria ministrar efetivamente para Jesus Cristo deve procurar exaltar Ele, não se promover. Pedro compreendeu o seu papel perfeitamente (cf. Atos 10:25-26 ). Vindo de Enéias, Pedro disse-lhe: "Enéias, Jesus Cristo (e não Pedro) te cura " (cf. At 3:6 , para o coração: "Permanecei em Mim, e Eu em vós Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós, a menos. . permanecerdes em mim Eu sou a videira, vós sois os ramos; quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto;. pois sem mim, nada podeis fazer " Em sua primeira epístola, ele repetiu essas palavras: "Quem fala, deixá-lo falar, por assim dizer, as declarações de Deus; quem serve, deixá-lo fazê-lo como pela força que Deus concede; para que em todas as coisas Deus seja glorificado por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder pelos séculos dos séculos. Amém "( 1Pe 4:11 ).

Paulo também entendeu que o princípio. Aos Efésios ele escreveu: "Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, segundo o poder que opera em nós, a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus por todas as gerações para sempre e sempre Amém "(. Ef. 3: 20-21 ). Do seu ministério, ele escreveu: "Portanto, em Cristo Jesus eu encontrei razão para ostentando nas coisas referentes a Deus. Pois não quero a presunção de falar de qualquer coisa, exceto o que Cristo realizou por meu intermédio, resultando na obediência dos gentios, pela palavra e escritura "( Rom. 15: 17-18 ).

Então Pedro comandando Aeneas para responder à cura disse: levanta-te, e fazer a sua cama. Aeneas imediatamente se levantou, sem paralisia. Desde a cura de Enéias estava completa, e ele deixaria de ser confinado a ele, Pedro ordenou que ele faça sua cama. Como observado na discussão de At 3:8 ; At 11:21 ; At 14:15 ; At 15:19 ; At 26:18 , At 26:20 , e em 2Co 3:16 e . 1Ts 1:9 : "Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas"; e Cl 1:10 : "Isso você pode andar de modo digno do Senhor, para agradá-Lo em todos os aspectos, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus." Ela foi um exemplo do Novo Testamento de um Provérbios 31 mulher, aquele que "estende a mão para o pobre; e ... estende as mãos para os necessitados" ( Pv 31:20. ).

Naturalmente, quando nesse momento ela adoeceu e morreu, foi um duro golpe para os crentes em Jope. Eles lavaram o corpo dela em preparação para o enterro, como era costume. No entanto, em vez de enterrá-la imediatamente, como também era costumeiro (cf. At 5:6 ), eles colocaram o corpo dela em um quarto superior. Evidentemente, eles tinham outra coisa em mente.

 
O que foi que se torna imediatamente aparente. Lida era perto de Jope, e os seus discípulos ouviram que Pedro estava ali. Sem dúvida, eles também tinham ouvido da sua cura de Enéias, o que lhes deu uma idéia. Eles mandaram dois homens para Pedro, suplicando-lhe com urgência, "Não demora a vir até nós."

Apesar de suas funções que consomem entre as massas que confessam Jesus como Senhor, Pedro levantou-se e foi com eles. Ele nunca estava ocupado demais com as multidões para estar disponível para ajudar em tempo de necessidade. Quando ele tinha vindo de Jope, levaram-no a parte superior sala onde tinham colocado o corpo de Dorcas.

Pedro viu em primeira mão como amado Dorcas era eo que a perda de sua morte foi para a igreja em Jope. Todas as viúvas da igreja estava ao lado dele, chorando e mostrando as túnicas e roupas que Dorcas fizera enquanto estava com elas. O responsabilidade da igreja para cuidar das viúvas, embora muitas vezes negligenciado hoje, foi levado a sério na igreja primitiva (cf. At 6:1 ; Lucas 7:11-15 ). A perda de Dorcas, portanto, foi um duro golpe para essas viúvas.

Muitos acreditam que a negar papéis mulheres de liderança na igreja é negar-lhes a oportunidade de ministrar. Nada poderia estar mais longe da verdade. Dorcas nem pregou nem levou a igreja newlyborn, mas seu ministério na 1greja Jope foi tão crucial como a encarecer-la a todos.

Pedro foi Prayerful

Mas Pedro enviou todas elas e se ajoelhou e orou, e voltando-se para o corpo, disse: "Tabita, levanta-te." E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro, sentou-se. E deu-lhe a mão e levantou-a; e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva. ( 9: 40-41 )

Como ele tinha visto o Senhor fazer quando Ele levantou a filha de Jairo ( Mc 5:40 ), Pedro mandou que todos saíssem da sala onde o corpo de Dorcas leigos. Ele não iria colocar em uma tela diante da multidão que gostaria de chamar toda a atenção para ele, e queria um lugar tranquilo para orar.

Alguns podem pensar que Pedro, que tinha sido envolvido em inúmeras curas (cf. Atos 5:12-16 ), deveria ter simplesmente ordenou Dorcas a subir. Ele sabia, no entanto, a fonte de seu poder e nada sobre a vontade de Deus presumido. Assim, ele se ajoelhou e orou.

 

Essencial para todo o ministério bem sucedido, a oração reconhece dependência de Deus. Oração percebe que Deus é "poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, de acordo com a [sua] poder que opera em nós" ( Ef 3:20 ). Pedro tinha aprendido a importância da oração do Seu Senhor, tendo visto e ouvido ele várias vezes em comunhão com o Pai (cf. 14:23 Matt. ; Lc 6:12-13 ).

Muitos anos atrás, cinco estudantes universitários jovens fizeram o seu caminho para Londres para ouvir Charles Haddon Spurgeon pregar. Chegando cedo no Tabernáculo Metropolitano, encontraram as portas ainda bloqueado. Enquanto esperavam nos degraus, um homem aproximou-se deles. "Gostaria de ver o aparelho de aquecimento desta igreja?" ele perguntou. Isso não era o que eles tinham vindo para, mas eles concordaram em ir com ele. Ele os levou para dentro do prédio, por um longo lance de escadas, e em um corredor. No final do corredor, ele abriu uma porta para uma sala grande cheia de setecentas pessoas de joelhos Orando. "Isso", disse seu guia (que não era outro senão o próprio Spurgeon) ", é o aparelho de aquecimento desta igreja."
Tendo acabado de Oração, Pedro virou-se para Dorcas do corpo e disse: "Tabita, levanta-te." E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro, sentou-se. E deu-lhe a mão e levantou-a; e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva. Para aqueles que amava a alegria deve ter sido inexprimível. Que Deus não levantou a apenas em seu benefício, no entanto, logo se tornará evidente.

Pedro foi proveitosa

E tornou-se conhecido em todo Jope, e muitos creram no Senhor. ( 09:42 )

Maior propósito de Deus para levantar Dorcas agora ficou claro como a palavra de seu retorno à vida tornou-se conhecido em todo Jope. Como observado em capítulos 8 e 13 deste volume, Deus usou milagres como uma confirmação de sinais de que o evangelho é verdadeiro. Ele também usou para autenticar os apóstolos como Seus mensageiros. Deus usou as reuniões de Dorcas como a faísca para a salvação por toda a cidade.

Tal como acontece com a cura de Enéias, o ministério de Pedro deu muito fruto. Por causa da ressurreição de Dorcas, muitos em Jope creram no Senhor. Pode-se afirmar que se voltando para o Senhor ( v. 35 ), uma frase comumente usada em Atos, é sinônimo de crer no Senhor (cf. At 11:21 ) . Não há fé salvadora sem conversão, há verdadeira crença sem arrependimento e transformação. Novamente ministério habilitada por Deus de Pedro, tanto em Lida e Jope, causada muitas almas para ser adicionado ao reino.

Pedro estava livre de preconceito

E aconteceu que ele ficou muitos dias em Jope, com um certo curtidor, Simon. ( 09:43 )

Esta nota serve como uma ponte entre esta passagem e o seguinte relato da conversão de Cornélio. Pedro decidiu permanecer em Jope e ficou muitos dias com um certo curtidor chamado Simão. Eles estavam desafiando dias para Pedro, como as paredes de seus preconceitos ao longo da vida caiu para baixo. Primeiro veio a conversão e Espírito-enchimento dos samaritanos, com quem não se preze judeu tinha quaisquer negociações. No entanto, Pedro tinha sido obrigado a recebê-los como irmãos em Cristo. Logo virá um choque ainda maior, como os gentios entrar na igreja.

Nesta nota aparentemente insignificante, mais uma parede cai, como Pedro fica com um curtidor. Tanners foram desprezados na sociedade judaica do primeiro século, uma vez que eles lidavam com as peles de animais mortos. Tanning foi, assim, considerado uma ocupação imundo, e Simon teria sido evitado pela sinagoga local.

Preconceito é devastador para qualquer ministério. Em demasiadas círculos cristãos, aqueles que não se encaixa no molde são rejeitados. Qualquer preconceito é uma chaga sobre a causa de Deus, que "não é um para mostrar parcialidade" ( At 10:34 ). Não há lugar em um ministério pessoal efetivo para o preconceito. O nacionalista judeu zeloso Paulo aprendeu essa lição. Para o Corinthians, ele escreveu:

Por que eu estou livre de todos os homens, eu me fiz escravo de todos, para que eu possa ganhar o mais. E para os judeus tornei-me como um judeu, que eu poderia ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como nos termos da Lei, embora não sendo eu mesmo sob a lei, para que eu possa ganhar os que estão debaixo da lei; para aqueles que estão sem lei, como sem lei, embora não estando sem lei de Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para que eu possa ganhar os que estão sem lei. Para os fracos tornei-me fraco, para que eu possa ganhar o fraco; Tornei-me tudo para todos os homens, para que eu possa por todos os meios chegar a salvar alguns. ( 1 Cor. 9: 19-22 )

Pedro sabia os princípios para um ministério pessoal eficaz, e viveu-los para fora. Por isso, o Senhor abençoou o seu ministério para os indivíduos, tanto quanto o seu ministério antes das multidões. Na verdade, um levou ao outro. E seria através de seu ministério a outro indivíduo, Cornelius, que a barreira final seria derrubado e gentios seriam admitidos para a igreja.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Atos Capítulo 9 do versículo 1 até o 43

Atos 9

Rendição — At 9:1-9

Nesta passagem temos o relato da conversão mais famosa da história. Devemos penetrar na mente de Paulo o quanto pudermos, para então vermos que não se trata de uma conversão repentina, mas de uma rendição repentina. Algo a respeito de Estêvão subsistia na mente de Paulo e não podia apagar-se. Como podia um homem bom morrer assim? Para fazer calar essa insistente duvida Paulo se lançou à ação mais violenta possível.
Muitas vezes acontece que quando um homem se dirige a realizar uma ação de cuja retidão tem certas dúvidas, redobra seus esforços e se esforça para convencer-se a si mesmo de que sua atitude é a correta, para silenciar suas dúvidas. Sua primeira ação foi perseguir os cristãos de Jerusalém. Isto só piorava as coisas porque estava obrigado a perguntar— se a si mesmo que segredo fazia com que essa gente singela enfrentasse o perigo, o sofrimento e a perda de seus bens, serenos e sem medo de ninguém. De modo que, afundando-se ainda mais na ação violenta e com sanha redobrada se apresentou perante o Sinédrio.
As ordens do Sinédrio tinham vigência em qualquer lugar em que houvesse judeus. Paulo ouviu que alguns cristãos escaparam a Damasco e pediu cartas que o creditassem para ir a essa cidade e reclamá-los por extradição. A viagem só piorou as coisas. Entre Jerusalém e Damasco havia cerca de duzentos e trinta quilômetros. A viagem devia fazer-se a pé e levaria em torno de uma semana. Os únicos acompanhantes de Paulo eram os oficiais do Sinédrio, uma sorte de força policial. Sendo fariseu, não podia tratar com eles; de modo que partia sozinho; e ao fazê-lo pensava, porque não tinha outra coisa a fazer. O caminho atravessava Galiléia e esta região trouxe para sua memória mais vividamente aquele Jesus. A tensão em seu interior aumentou. Assim chegou perto de Damasco.
Damasco era uma das cidades mais velhas do mundo. Justo diante dela a rota subia o Monte Hermón, e lá abaixo estava Damasco, uma bela cidade branca em uma planície verde, "um punhado de pérolas em uma taça de esmeraldas", como alguém a chamou. Essa região tinha um fenômeno característico. Quando o ar quente da planície se encontrava com o ar frio da montanha, desatavam-se violentas tormentas elétricas. Nesse momento houve uma tormenta deste tipo e Cristo falou com Paulo através dela. E nesse momento finalizou a batalha e Paulo se rendeu a Cristo. De modo que entrou em Damasco mudado. E que grande mudança houve nele! Aquele que tinha tentado entrar em Damasco como uma fúria vingativa, o fazia guiado pela mão, cego e impotente como um menino.

Todo o cristianismo está presente no que o Cristo ressuscitado disse a Paulo. “Levante-se, entre na cidade; alguém lhe dirá o que você deve fazer” (v. At 9:6, NVI). Até esse momento Paulo esteve fazendo o que ele queria, o que ele considerava apropriado, o que sua vontade opinava. Deste momento em diante alguém lhe diria o que teria que fazer. O cristão é um homem que deixou de fazer o que ele desejava e começou a fazer o que Jesus Cristo quer que faça.

UM ATO CRISTÃO DE BOAS-VINDAS Atos 9:10-19a

Sem dúvida alguma Ananias é um dos heróis esquecidos da Igreja cristã. Se for certo que a Igreja Paulo deve à oração de Estêvão, também é certo que se deve à fraternidade de Ananias. A reputação de Paulo chegou antes dele. Ananias recebeu a mensagem de Deus de que devia ir ajudá-lo. É levado dirige a uma rua chamada Direita. Esta era uma grande rua que corria do leste ao oeste da cidade. Estava dividida em três partes, um meio-fio central por onde se movia o trânsito, e duas calçadas para os pedestres caminharem e onde os mercados, sob toldos de lona, sentavam-se em seus pequenos negócios e ofereciam suas mercadorias.
Quando essa mensagem chegou a Ananias deve ter parecido uma loucura. Deus lhe disse: "Vá e ajude o homem que veio para pôr você numa prisão e que teria amado assassiná-lo." Poderia ter-se aproximado de Paulo com suspeitas, como alguém que está realizando uma tarefa que lhe desgosta; poderia ter começado muito bem com recriminações e o culpando; mas não o fez; suas primeiras palavras foram: "Irmão Saulo". Que boas-vindas havia nessas palavras! É um dos exemplos mais sublimes do amor e perdão cristãos. Isso é o que Cristo pode fazer.

Bryan Green nos conta que depois de uma de suas campanhas nos Estados Unidos pediu na reunião final que o povo ficasse de pé e em poucas palavras lhe dissessem o que ela significou para suas vidas. Levantou-se uma jovem negra. Não era uma boa oradora e disse o seguinte: "Através desta campanha encontrei a Cristo, e Ele me permitiu perdoar ao homem que assassinou a meu pai."

Permitiu-me perdoar... essa é a essência do cristianismo. Em Cristo, Paulo e Ananias, os homem que tinham sido terríveis inimigos, uniram— se como irmãos.

TESTEMUNHANDO PARA CRISTO

Atos 9:19b-22

Este é o relato de Lucas do que aconteceu a Paulo depois de sua conversão. Se queremos ter uma cronologia de todo o período em nossas mentes devemos ler também o relato do mesmo Paulo que encontramos no Gálatas 1:15-24.

Quando comparamos os relatos achamos que os atos aconteceram assim.

  1. Saulo se converte no caminho a Damasco.
  2. Prega em Damasco.
  3. Foge a Arábia (Gl 1:17).
  4. Volta e prega em Damasco por um período de três anos (Gl 1:18).
  5. Vai a Jerusalém.
  6. Foge de Jerusalém para Cesaréia.
  7. Volta para as regiões de Síria e Cilícia (Gl 1:21).

De modo que, ao compararmos a narração de Lucas e a de Paulo encontramos que começou fazendo duas coisas.

  1. Dt imediatamente testemunho nas sinagogas de Damasco. Havia muitos judeus nessa cidade. Haveria nela mais de uma sinagoga, devido a que no mundo antigo as sinagogas abundavam como hoje as igrejas. Foi nessas sinagogas de Damasco onde Paulo pela primeira vez elevou sua voz por Cristo. Era um ato de grande coragem moral. Paulo recebera suas cartas de apresentação perante essas sinagogas como agente oficial da fé judia e do Sinédrio. Teria sido muito mais fácil começar seu testemunho cristão em algum lugar em que não o conhecessem e o seu passado não estivesse contra ele. Paulo neste momento está dizendo: "Mudei e estou decidido que saibam melhor os que me conhecem." Neste momento já está dizendo orgulhosamente: "Não me envergonho do evangelho de Cristo."
  2. Lucas não menciona a segunda coisa que fez. Em Gl 1:17 Paulo diz: "Mas sim fui a Arábia." Paulo tinha experimentado em sua vida esta grande mudança e por um tempo tinha que estar a sós com Deus. Diante dele havia uma vida nova e distinta. De modo que em primeiro lugar, Paulo buscou a Deus. Precisava de duas coisas: ser guiado por um caminho que lhe era totalmente estranho e precisava de forças para uma tarefa quase entristecedora. E se dirigiu a Deus pedindo ambas as coisas. DEle tinha recebido a visão e agora buscava o poder para levá-la a cabo.

FUGA PERIGOSA

Atos 9:23-25

Este é um vívido exemplo de quanto pode implicar uma só oração na narração bíblica. Lucas diz que passados muitos dias em Damasco aconteceram estas coisas. O período encerrado nessa frase não é menor de três anos (Gl 1:18). De modo que por três anos Paulo trabalhou e pregou em Damasco. Os judeus estavam tão decididos a matá-lo, que estabeleceram guardas nas portas da cidade para que não lhes escapasse. Mas as cidades antigas eram muradas e as muralhas eram às vezes o suficientemente largas como para que um carro andasse sobre elas. Nelas havia casas cujas janelas freqüentemente se projetavam para fora. Paulo foi levado em plena noite a uma dessas casas e o baixou com cordas em uma cesta, e assim pôde sair escondido de Damasco e dirigir-se a Jerusalém. Ali Paulo começou sua carreira de aventuras. Está só no início de suas aventuras por Cristo, mas até ali está escapando de perigo de morte e tem sua vida em suas mãos.

Todo este incidente diz duas coisas a respeito de Paulo.

  1. Dá testemunho de sua coragem. Deve ter visto as ameaças contra si nas sinagogas. Sabia o que tinha acontecido a Estêvão e sabia o que era que podia lhe acontecer. Sabia o que tinha tentado fazer aos cristãos e sabia que isso mesmo podia lhe suceder. Evidentemente o cristianismo não lhe seria fácil, mas todo o tom do incidente, para aquele que pode ler as entrelinhas, mostra que Paulo se alegrava nesses perigos. Davam-lhe a oportunidade de demonstrar sua nova fidelidade ao Mestre que tinha açoitado e que se converteu naquele a quem ele amava, e em cujo serviço teria morrido com alegria.
  2. Dá fé da efetividade da pregação e do testemunho de Paulo. Era tão irrebatível que quando os judeus se encontraram desarmados no debate recorriam à violência. Ninguém persegue a alguém que é ineficaz e que obviamente não importa.

George Bernard Shaw disse uma vez que uma das formas em que melhor se pode adular a um autor é queimando seus livros. Alguém disse: "Um lobo jamais atacará a uma ovelha de pintura."

O cristianismo falso está sempre a salvo. O verdadeiro cristianismo está sempre em perigo. Sofrer perseguição é o maior das adulações devido a que se trata de uma prova certa de que os homens pensam que realmente importamos.

REJEITADO EM JERUSALÉM

Atos 9:26-31

Quando Paulo chegou a Jerusalém se encontrou com que o considerava com a mais grave suspicácia e desconfiança. Não podia ser de outra maneira. Nessa mesma cidade tinha feito estragos na 1greja e conduziu homens e mulheres ao cárcere.
Vimos como em momentos cruciais de sua carreira certas pessoas foram os instrumentos que ganharam Paulo para a Igreja. Paulo deve à Igreja, primeiro à oração de Estêvão, depois ao espírito perdoador de Ananias. E agora vemos que ele deve ao coração caridoso de Barnabé. Quando todos os outros evitavam a Paulo e suspeitavam dele o pior, Barnabé o tomou pela mão e o apadrinhou. Por meio desta ação Barnabé demonstrou ser verdadeiramente cristão.

  1. Era um homem que insistia em crer o melhor de outros. Quando outros suspeitavam que Paulo era um espião e um agent provocateur Barnabé insistiu em crer que era genuíno e real. O mundo está principalmente dividido em pessoas que pensam bem de outros e naqueles que pensam sempre o pior; e um dos atos curiosos da vida é que ordinariamente nos vemos em outros, o reflexo de nós mesmos e os pintamos o que cremos que são. Se insistirmos em considerar um homem com suspicácia, terminaremos vendo-o fazer coisas suspeitas. Se insistirmos em crer num homem, terminaremos obrigando-o a justificar essa crença. Como o próprio Paulo disse que o amor “não suspeita mal”.

Ninguém creu nos homens como Jesus o fez e é suficiente para um discípulo ser igual a seu Senhor.

  1. Era um homem que nunca usou o passado de uma pessoa contra ela. Dá-se tantas vezes o caso que porque um homem cometeu um engano uma vez, consideramo-lo condenado para sempre. Uma das grandezas características do coração de Deus é que Ele não utilizou nossos pecados passados contra nós. Nós tampouco devemos condenar o homem que fracassou.

Nesta passagem vemos Paulo em uma ação característica. Discutiu com os judeus de fala grega. Estêvão tinha sido um desses helenistas. E muito provavelmente Paulo se dirigiu às mesmas sinagogas em que uma vez se havia oposto a Estêvão, para dar testemunho do fato de que sua vida tinha mudado. Paulo foi um homem que esteve sempre preparado para olhar de frente ao passado, que é uma das coisas mais difíceis de fazer.

E aqui outra vez vemos Paulo correndo perigo de morte. De agora em diante sua vida será uma série de escapatórias por um fio de cabelo. De Jerusalém foi levado a Cesaréia e dali a Tarso. Mais uma vez está seguindo a política coerente de sua vida, porque retorna a seu povo natal para lhes dizer que trocou e que aquele que o trocou é Jesus Cristo.

OS ATOS DE PEDRO

Atos 9:32-43

Por um momento Paulo foi o centro do relato; mas agora mais uma vez é Pedro quem ocupa o primeiro lugar. Esta passagem realmente é uma continuação de At 8:25. Mostra Pedro em ação. Mostra-nos definidamente a fonte do poder de Pedro. Quando curou a Enéias não disse: "Eu te curo" mas sim: "Jesus Cristo te cura." Antes de falar com a Tabita — que em hebraico significa gazela e cuja tradução grega é Dorcas — Pedro orou, porém não apelou a seu próprio poder, mas ao de Jesus Cristo seu Senhor. Pedro nunca pretendeu ser uma fonte de poder;

era só um instrumento do mesmo. Nós pensamos muito no que podemos fazer e muito pouco no que Cristo pode realizar através de nós.

Há uma palavra muito interessante nesta passagem. Em duas oportunidades se chama santos aos cristãos de Lida (vs. At 9:32 e 41). Esta mesma palavra aparece neste capitulo quando Ananias descreve os cristãos de Jerusalém (versículo 13). Esta é a palavra que Paulo usa sempre para descrever a um membro de igreja, pois sempre dirige suas cartas aos santos que estão em determinado lugar. A palavra que se utiliza é hagios em grego. Trata-se de um termo com muitas conotações. Às vezes é traduzida por santo, mas a raiz dela é diferente. Descreve algo que é distinto das coisas comuns. Portanto, basicamente, o cristão é um homem que é diferente das pessoas que pertencem simplesmente a este mundo.

Mas no que reside essa diferença? Hagios se utiliza para referir-se especialmente ao povo de Israel. É especificamente um povo santo, diferente. Sua distinção descansa em que foi escolhido por Deus entre todas as nações para ser seu povo e realizar sua tarefa. Israel fracassou em seu destino. Foi desobediente e se rebelou contra Deus. Devido a suas ações perdeu seus privilégios e a Igreja se converteu no verdadeiro Israel. Chegou a ser o povo de Deus, diferente. Esta é a razão por que se utiliza esta palavra para descrever a um de seus membros. Israel tinha sido em um momento o único povo diferente; agora os cristãos são o verdadeiro Israel e conformam o povo diferente. E nisto reside sua diferença: foram escolhidos para os propósitos especiais de Deus.

De modo que não somos diferentes de outros porque fomos escolhidos para grandes honras, prestígio e glória na Terra; somos diferentes porque fomos escolhidos para uma grande tarefa e um serviço ainda maior. Somos salvos para servir.


Notas de Estudos jw.org

Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Atos Capítulo 9 versículo 31
temor de Jeová: A expressão “temor de Jeová” ocorre muitas vezes nas Escrituras Hebraicas e é formada pela palavra hebraica para “temor” e o Tetragrama. (Algumas dessas ocorrências estão em 2Cr 19:7-9; Sl 19:9-111:10; Pv 2:5-8:13 9:10-10:27; 19:23 e Is 11:2-3.) Por outro lado, a expressão “temor do Senhor” não aparece nenhuma vez nas Escrituras Hebraicas. Os motivos que levaram a Tradução do Novo Mundo a usar a expressão “temor de Jeová” no texto principal deste versículo, apesar de a maioria dos manuscritos gregos de At 9:31 usarem “temor do Senhor”, são explicados nos Apêndices C1 e C3 (introdução e At 9:31).


Dicionário

Andando

gerúndio de andar

an·dar -
(latim ambulo, -are, caminhar, passear)
verbo intransitivo

1. Mover-se, mudando de lugar.

2. Dar passos (ex.: o menino ainda não anda). = CAMINHAR

3. Estar em actividade ou funcionamento (ex.: o relógio precisa de corda para andar). = FUNCIONAR, TRABALHAR

4. Divagar, percorrer (ex.: vou andar um pouco).

5. Passar, decorrer (ex.: não sentiram o tempo andar).

6. Sentir-se (com prolongação de tempo).

7. Portar-se, proceder, agir.

8. Ter desenvolvimento (ex.: parece que o processo não anda). = DESENVOLVER-SE, PROSSEGUIR

9. [Informal] Desaparecer rapidamente (ex.: o bolo já andou).

verbo transitivo

10. Caminhar durante determinada extensão (ex.: andou um metro e caiu). = PERCORRER

11. Achar-se, encontrar-se (ex.: ele andava no Norte do país, não sei bem onde). = ESTAR

12. Deslocar-se com um meio de transporte (ex.: andar de carro; andar a cavalo).

13. Corresponder aproximadamente a (ex.: o preço anda pelos 2€).

14. Estar ocupado numa actividade (ex.: ele anda na jardinagem).

15. Estar acompanhado por (ex.: não andes com estranhos).

verbo transitivo e intransitivo

16. [Informal] Ter com outrem uma relação amorosa (ex.: ele anda com uma colega; andaram durante uns meses). = NAMORAR

verbo copulativo

17. Apresentar como qualidade ou característica temporária (ex.: tu andas cansada).

verbo auxiliar

18. Usa-se seguido de gerúndio ou da preposição a e infinitivo, para indicar continuidade da acção (ex.: andou correndo, andas a comer pouco). = ESTAR

19. Usa-se seguido da preposição para e infinitivo, para indicar intenção (ex.: ando para te perguntar isso desde ontem). = ESTAR

nome masculino

20. Modo de andar.

21. Acto ou efeito de andar.

22. Cada uma das camadas ou fiadas sobrepostas (ex.: bolo de quatro andares).

23. Figurado Modo de proceder.

24. Pavimento de uma edificação acima do rés-do-chão (ex.: mora no terceiro andar). = PISO

25. Cada uma das moradias de um edifício de habitação (ex.: o prédio tem quatro andares por piso; vende-se andar com vista para o mar). = APARTAMENTO

26. Geologia Estrato que corresponde a uma idade.


andar modelo
Apartamento que se destina a ser mostrado aos futuros compradores.

pôr a andar
Mandar embora.

pôr-se a andar
Ir-se embora.


Assim

advérbio Deste modo, desta forma: assim caminha a humanidade.
Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim.
Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim!
Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim.
conjunção Portanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular.
Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos.
locução adverbial De valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu.
locução interjeição Assim seja. Queira Deus, amém; oxalá.
expressão Assim ou assado. De uma maneira ou de outra.
Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora!
Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças.
Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.

Consolação

substantivo feminino Alívio dado à aflição, à dor de alguém; lenitivo, conforto, consolo.
Pessoa ou coisa que consola: a leitura é a única consolação.
Prêmio de consolação, prêmio de valor menor atribuído às vezes a concorrentes não aquinhoados com os prêmios maiores.

Eram

3ª pess. pl. pret. imperf. ind. de ser

ser |ê| |ê| -
(latim sedeo, -ere, estar sentado)
verbo copulativo

1. Serve para ligar o sujeito ao predicado, por vezes sem significado pleno ou preciso (ex.: o dicionário é útil).

2. Corresponder a determinada identificação ou qualificação (ex.: ele era muito alto; ela é diplomata).

3. Consistir em.

4. Apresentar como qualidade ou característica habitual (ex.: ele é de manias; ela não é de fazer essas coisas).

5. Estar, ficar, tornar-se.

6. Exprime a realidade.

7. Acontecer, ocorrer, suceder.

8. Equivaler a determinado valor, custo ou preço (ex.: este relógio é 60€).

verbo transitivo

9. Pertencer a (ex.: o carro é do pai dele).

10. Ter como proveniência (ex.: o tapete é de Marrocos).

11. Preferir ou defender (ex.: eu sou pela abolição da pena de morte).

verbo intransitivo

12. Exprime a existência.

13. Acontecer, suceder (ex.: não sei o que seria, se vocês se fossem embora).

14. Indica o momento, o dia, a estação, o ano, a época (ex.: já é noite; são 18h00).

verbo auxiliar

15. Usa-se seguido do particípio passado, para formar a voz passiva (ex.: foram ultrapassados, tinha sido comido, fora pensado, será espalhado, seríamos enganados).

nome masculino

16. Aquilo que é, que existe. = ENTE

17. O ente humano.

18. Existência, vida.

19. O organismo, a pessoa física e moral.

20. Forma, figura.


a não ser que
Seguido de conjuntivo, introduz a condição para que algo se verifique (ex.: o atleta não pretende mudar de clube, a não ser que a proposta seja mesmo muito boa).

não poder deixar de ser
Ser necessário; ter forçosamente de ser.

não poder ser
Não ser possível.

não ser para graças
Não gostar de brincadeiras; ser valente.

o Ser dos Seres
Deus.

qual é
[Brasil, Informal] Expresão usada para se dirigir a alguém, geralmente como provocação (ex.: qual é, vai sair da frente ou não?).

ser alguém
Ser pessoa importante e de valia.

ser com
Proteger.

ser dado a
Ter inclinação para.

ser da gema
Ser genuíno.

ser de crer
Ser crível; merecer fé.

ser humano
O homem. = HUMANO

ser pensante
O homem.


Espírito

substantivo masculino Princípio imaterial, alma.
Substância incorpórea e inteligente.
Entidade sobrenatural: os anjos e os demónios.
Ser imaginário: duendes, gnomos, etc.
Pessoa dotada de inteligência superior.
Essência, ideia predominante.
Sentido, significação.
Inteligência.
Humor, graça, engenho: homem de espírito.
Etimologia (origem da palavra espírito). Do latim spiritus.

Ao passo que o termo hebraico nephesh – traduzido como alma – denota individualidade ou personalidade, o termo hebraico ruach, encontrado no Antigo Testamento, e que aparece traduzido como espírito, refere-se à energizante centelha de vida que é essencial à existência de um indivíduo. É um termo que representa a energia divina, ou princípio vital, que anima os seres humanos. O ruach do homem abandona o corpo por ocasião da morte (Sl 146:4) e retorna a Deus (Ec 12:7; cf. 34:14).

O equivalente neotestamentário de ruach é pneuma, ‘espírito’, proveniente de pneo, ‘soprar’ ou ‘respirar’. Tal como ocorre com ruach, pneuma é devolvida ao Senhor por ocasião da morte (Lc 23:46; At 7:59). Não há coisa alguma inerente à palavra pneuma que possa denotar uma entidade capaz de existência consciente separada do corpo.


Veja Espírito Santo.


Pela sua essência espiritual, o Espírito é um ser indefinido, abstrato, que não pode ter ação direta sobre a matéria, sendo-lhe indispensável um intermediário, que é o envoltório fluídico, o qual, de certo modo, faz parte integrante dele. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11, it• 17

O Espírito mais não é do que a alma sobrevivente ao corpo; é o ser principal, pois que não morre, ao passo que o corpo é simples acessório sujeito à destruição. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13, it• 4

[...] Espíritos que povoam o espaço são seus ministros [de Deus], encarregados de atender aos pormenores, dentro de atribuições que correspondem ao grau de adiantamento que tenham alcançado.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18, it• 3

[...] Os Espíritos são os que são e nós não podemos alterar a ordem das coisas. Como nem todos são perfeitos, não aceitamos suas palavras senão com reservas e jamais com a credulidade infantil. Julgamos, comparamos, tiramos conseqüências de nossas observações e os seus próprios erros constituem ensinamentos para nós, pois não renunciamos ao nosso discernimento.
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

Os Espíritos podem dividir-se em duas categorias: os que, chegados ao ponto mais elevado da escala, deixaram definitivamente os mundos materiais, e os que, pela lei da reencarnação, ainda pertencem ao turbilhão da Humanidade terrena. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

[...] um Espírito pode ser muito bom, sem ser um apreciador infalível de todas as coisas. Nem todo bom soldado é, necessariamente, um bom general.
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

O Espírito não é, pois, um ser abstrato, indefinido, só possível de conceber-se pelo pensamento. É um ser real, circunscrito que, em certos casos, se torna apreciável pela vista, pelo ouvido e pelo tato.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

O princípio inteligente do Universo.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 23

[...] Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material. A época e o modo por que essa formação se operou é que são desconhecidos.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 79

[...] os Espíritos são uma das potências da Natureza e os instrumentos de que Deus se serve para execução de seus desígnios providenciais. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 87

[...] alma dos que viveram corporalmente, aos quais a morte arrebatou o grosseiro invólucro visível, deixando-lhes apenas um envoltório etéreo, invisível no seu estado normal. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 9

[...] não é uma abstração, é um ser definido, limitado e circunscrito. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 53

Hão dito que o Espírito é uma chama, uma centelha. Isto se deve entender com relação ao Espírito propriamente dito, como princípio intelectual e moral, a que se não poderia atribuir forma determinada. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 55

Espírito – No sentido especial da Doutrina Espírita, os Espíritos são os seres inteligentes da criação, que povoam o Universo, fora do mundo material, e constituem o mundo invisível. Não são seres oriundos de uma criação especial, porém, as almas dos que viveram na Terra, ou nas outras esferas, e que deixaram o invólucro corporal.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

E E EA alma ou Espírito, princípio inteligente em que residem o pensamento, a vontade e o senso moral [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 10

[...] a alma e o perispírito separados do corpo constituem o ser chamado Espírito.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 14

Os Espíritos não são, portanto, entes abstratos, vagos e indefinidos, mas seres concretos e circunscritos, aos quais só falta serem visíveis para se assemelharem aos humanos; donde se segue que se, em dado momento, pudesse ser levantado o véu que no-los esconde, eles formariam uma população, cercando-nos por toda parte.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 16

Há no homem um princípio inteligente a que se chama alma ou espírito, independente da matéria, e que lhe dá o senso moral e a faculdade de pensar.
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

Os Espíritos são os agentes da potência divina; constituem a força inteligente da Natureza e concorrem para a execução dos desígnios do Criador, tendo em vista a manutenção da harmonia geral do Universo e das leis imutáveis que regem a criação.
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

[...] Uma mônada – um centro de força e de consciência em um grau superior de desenvolvimento, ou então, uma entidade individual dotada de inteligên cia e de vontade – eis a única definição que poderíamos arriscar-nos a dar da concepção de um Espírito. [...]
Referencia: AKSAKOF, Alexandre• Animismo e Espiritismo• Trad• do Dr• C• S• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• 2 v• - v• 2, cap• 4

[...] é o modelador, o artífice do corpo.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Comunicações ou ensinos dos Espíritos

[...] ser livre, dono de vontade própria e que não se submete, como qualquer cobaia inconsciente, aos caprichos e exigências de certos pesquisadores ainda mal qualificados eticamente, embora altamente dotados do ponto de vista cultural e intelectual.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 14

O Espírito, essência divina, imortal, é o princípio intelectual, imaterial, individualizado, que sobrevive à desagregação da matéria. É dotado de razão, consciência, livre-arbítrio e responsabilidade.
Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

[...] causa da consciência, da inteligência e da vontade [...].
Referencia: BODIER, Paul• A granja do silêncio: documentos póstumos de um doutor em Medicina relativos a um caso de reencarnação• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Apêndice

[...] um ser individualizado, revestido de uma substância quintessenciada, que, apesar de imperceptível aos nossos sentidos grosseiros, é passível de, enquanto encarnado, ser afetado pelas enfermidades ou pelos traumatismos orgânicos, mas que, por outro lado, também afeta o indumento (soma) de que se serve durante a existência humana, ocasionando-lhe, com suas emoções, distúrbios funcionais e até mesmo lesões graves, como o atesta a Psiquiatria moderna ao fazer Medicina psicossomática.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - As Leis Divinas

[...] depositário da vida, dos sentimentos e das responsabilidades que Deus lhe outorgou [...].
Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

[...] a alma ou o espírito é alguma coisa que pensa, sente e quer [...].
Referencia: DELANNE, Gabriel• A alma é imortal• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - pt• 1, cap• 1

O estudo do Espírito tem de ser feito, portanto, abrangendo os seus dois aspectos: um, ativo, que é o da alma propriamente dita, ou seja, o que em nós sente, pensa, quer e, sem o qual nada existiria; outro, passivo – o do perispírito, inconsciente, almoxarifado espiritual, guardião inalterável de todos os conhecimentos intelectuais, tanto quanto conservador das leis orgânicas que regem o corpo físico.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

[...] O que caracteriza essencialmente o espírito é a consciência, isto é, o eu, mediante o qual ele se distingue do que não está nele, isto é, da matéria. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

[...] é o ser principal, o ser racional e inteligente [...].
Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4

Chamamos Espírito à alma revestida do seu corpo fluídico. A alma é o centro de vida do perispírito, como este é o centro da vida do organismo físico. Ela que sente, pensa e quer; o corpo físico constitui, com o corpo fluídico, o duplo organismo por cujo intermédio ela [a alma] atua no mundo da matéria.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

[...] O espírito não é, pois, nem um anjo glorificado, nem um duende condenado, mas sim a própria pessoa que daqui se foi, conservando a força ou a fraqueza, a sabedoria ou a loucura, que lhe eram peculiares, exatamente como conserva a aparência corpórea que tinha.
Referencia: DOYLE, Arthur Conan• A nova revelação• Trad• da 6a ed• inglesa por Guillon Ribeiro; traços biográficos do autor por Indalício Mendes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

O Espírito [...] é a causa de todos os fenômenos que se manifestam na existência física, emocional e psíquica. Viajor de incontáveis etapas no carreiro da evolução, armazena informações e experiências que são transferidas para os respectivos equipamentos fisiológicos – em cada reencarnação – produzindo tecidos e mecanismos resistentes ou não a determinados processos degenerativos, por cujo meio repara as condutas que se permitiram na experiência anterior. [...] Da mesma forma que o Espírito é o gerador das doenças, torna-se o criador da saúde, especialmente quando voltado para os compromissos que regem o Cosmo.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

O Espírito, através do cérebro e pelo coração, nos respectivos chakras coronário, cerebral e cardíaco, emite as energias – ondas mentais carregadas ou não de amor e de compaixão – que é registrada pelo corpo intermediário e transformada em partículas que são absorvidas pelo corpo, nele produzindo os resultados compatíveis com a qualidade da emissão.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

O Espírito, em si mesmo, esse agente fecundo da vida e seu experimentador, esE E Etabelece, de forma consciente ou não, o que aspira e como consegui-lo, utilizando-se do conhecimento de si mesmo, único processo realmente válido para os resultados felizes.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

O Espírito, igualmente, é também uma energia universal, que foi gerado por Deus como todas as outras existentes, sendo porém dotado de pensamento, sendo um princípio inteligente, enquanto que todos os demais são extáticos, mecânicos, repetindo-se ininterruptamente desde o primeiro movimento até o jamais derradeiro...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Consciência

Individualidades inteligentes, incorpóreas, que povoam o Universo, criadas por Deus, independentes da matéria. Prescindindo do mundo corporal, agem sobre ele e, corporificando-se através da carne, recebem estímulos, transmitindo impressões, em intercâmbio expressivo e contínuo. São de todos os tempos, desde que a Criação sendo infinita, sempre existiram e jamais cessarão. Constituem os seres que habitam tudo, no Cosmo, tornando-se uma das potências da Natureza e atuam na Obra Divina como coopera-dores, do que resulta a própria evolução e aperfeiçoamento intérmino. [...] Indestrutíveis, jamais terão fim, não obstante possuindo princípio, quando a Excelsa Vontade os criou.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 3

O Espírito é a soma das suas vidas pregressas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 17

[...] Todos somos a soma das experiências adquiridas numa como noutra condição, em países diferentes e grupos sociais nos quais estagiamos ao longo dos milênios que nos pesam sobre os ombros. [...]
Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

[...] O Espírito é tudo aquilo quanto anseia e produz, num somatório de experiências e realizações que lhe constituem a estrutura íntima da evolução.
Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

Herdeiro do passado, o espírito é jornaleiro dos caminhos da redenção impostergável.
Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 8

O Espírito é o engenheiro da maquinaria fisiopsíquica de que se vai utilizar na jornada humana.
Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tendências, aptidões e reminiscências

[...] O ser real e primitivo é o Espírito [...].
Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio sem dor

Porque os Espíritos são as almas dos homens com as suas qualidades e imperfeições [...].
Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Calvário de luz

[...] O Espírito – consciência eterna – traz em si mesmo a recordação indelével das suas encarnações anteriores. [...]
Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - A doutrina do hindu

[...] princípio inteligente que pensa, que quer, que discerne o bem do mal e que, por ser indivisível, imperecível se conserva. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 9a efusão

[...] Só o Espírito constitui a nossa individualidade permanente. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 37a efusão

[...] é o único detentor de todas as potencialidades e arquivos de sua individualidade espiritual [...].
Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

Em verdade, cada espírito é qual complexa usina integrante de vasta rede de outras inúmeras usinas, cujo conjunto se auto-sustenta, como um sistema autônomo, a equilibrar-se no infinito mar da evolução.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] O que vale dizer, ser o Espírito o Élan Vital que se responsabiliza pela onda morfogenética da espécie a que pertence. Entendemos como espírito, ou zona inconsciente, a conjuntura energética que comandaria a arquitetura física através das telas sensíveis dos núcleos celulares. O espírito representaria o campo organizador biológico, encontrando nas estruturas da glândula pineal os seus pontos mais eficientes de manifestações. [...]
Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Forças sexuais da alma• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Introd•

O nosso Espírito será o resultado de um imenso desfile pelos reinos da Natureza, iniciando-se nas experiências mais simples, na escala mineral, adquirindo sensibilidade (irritabilidade celular) no mundo vegetal, desenvolvendo instintos, nas amplas variedades das espécies animais, e a razão, com o despertar da consciência, na família hominal, onde os núcleos instintivos se vão maturando e burilando, de modo a revelar novos potenciais. [...]
Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

[...] A verdadeira etimologia da palavra espírito (spiritus, sopro) representa uma coisa que ocupa espaço, apesar de, pela sua rarefação, tornar-se invisível. Há, porém, ainda uma confusão no emprego dessa palavra, pois que ela é aplicada por diferentes pensadores, não só para exprimir a forma orgânica espiritual com seus elementos constitutivos, como também a sua essência íntima que conhece e pensa, à qual chamamos alma e os franceses espírito.
Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 1

O Espírito, em sua origem, como essência espiritual e princípio de inteligência, se forma da quintessência dos fluidos que no seu conjunto constituem o que chamamos – o todo universal e que as irradiações divinas animam, para lhes dar o ser e compor os germes de toda a criação, da criação de todos os mundos, de todos os reinos da Natureza, de todas as criaturas, assim no estado material, como também no estado fluídico. Tudo se origina desses germes fecundados pela Divindade e progride para a harmonia universal.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] a essência da vida é o espírito [...].
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a mulher

O Espírito humano é a obra-prima, a suprema criação de Deus.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Equação da felicidade

[...] Somos almas, usando a vestimenta da carne, em trânsito para uma vida maior. [...] somos um templo vivo em construção, através de cujos altares se E E Eexpressará no Infinito a grandeza divina. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

Figuradamente, o espírito humano é um pescador dos valores evolutivos, na escola regeneradora da Terra. A posição de cada qual é o barco. Em cada novo dia, o homem se levanta com a sua “rede” de interesses. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 21

Somos uma grande família no Lar do Evangelho e, embora separados nas linhas vibratórias do Espaço, prosseguimos juntos no tempo, buscando a suprema identificação com o Cristo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada espírito é um continente vivo no plano universal.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

[...] o espírito é a obra-prima do Universo, em árduo burilamento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Evolução e livre-arbítrio

[...] Sendo cada um de nós uma força inteligente, detendo faculdades criadoras e atuando no Universo, estaremos sempre engendrando agentes psicológicos, através da energia mental, exteriorizando o pensamento e com ele improvisando causas positivas, cujos efeitos podem ser próximos ou remotos sobre o ponto de origem. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

[...] Cada espírito é um elo importante em extensa região da corrente humana. Quanto mais crescemos em conhecimentos e aptidões, amor e autoridade, maior é o âmbito de nossas ligações na esfera geral. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

Somos, cada qual de nós, um ímã de elevada potência ou um centro de vida inteligente, atraindo forças que se harmonizam com as nossas e delas constituindo nosso domicílio espiritual.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18

[...] Somos diamantes brutos, revestidos pelo duro cascalho de nossas milenárias imperfeições, localizados pela magnanimidade do Senhor na ourivesaria da Terra. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

Cada Espírito é um mundo onde o Cristo deve nascer...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 37

[...] gema preciosa e eterna dos tesouros de Deus [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Nosso “eu”

Cada Espírito é um mundo vivo com movimento próprio, atendendo às causas que criou para si mesmo, no curso do tempo, gravitando em torno da Lei Eterna que rege a vida cósmica.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

O Espírito, encarnado ou desencarnado, na essência, pode ser comparado a um dínamo complexo, em que se verifica a transubstanciação do trabalho psicofísico em forças mentoeletromagnéticas, forças essas que guardam consigo, no laboratório das células em que circulam e se harmonizam, a propriedade de agentes emissores e receptores, conservadores e regeneradores de energia. Para que nos façamos mais simplesmente compreendidos, imaginemo-lo como sendo um dínamo gerador, indutor, transformador e coletor, ao mesmo tem po, com capacidade de assimilar correntes contínuas de força e exteriorizá-las simultaneamente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Mecanismos da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

O espírito é um monumento vivo de Deus – o Criador Amorável. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 12


Espírito
1) A parte não-material, racional e inteligente do ser humano (Gn 45:27; Rm 8:16).


2) A essência da natureza divina (Jo 4:24).


3) Ser não-material maligno que prejudica as pessoas (Mt 12:45).


4) Ser não-material bondoso que ajuda as pessoas (Hc 1:14;
v. ANJO).


5) Princípio que norteia as pessoas (2Co 4:13; Fp 1:17).


6) ESPÍRITO SANTO (Gl 3:5).


Espírito Ver Alma.

Galiléia

Galiléia Região ao norte da Palestina, habitada por um considerável número de povos pagãos após a deportação de Israel para a Assíria, principalmente durante o período dos macabeus. Por isso, era denominada a “Galiléia dos gentios” (Mt 4:15), embora no séc. I a.C., o povo judeu já se encontrasse mais fortalecido. Conquistada por Pompeu, passou, em parte, aos domínios de Hircano II. Herodes, o Grande, reinou sobre ela e, após seu falecimento, fez parte da tetrarquia de Herodes Antipas. Finalmente, seria anexada à província romana da Judéia.

E. Hoare, o. c.; f. Díez, o. c.


Galiléia Uma das PROVÍNCIAS da terra de Israel. Sua parte norte era chamada de “Galiléia dos gentios” porque ali moravam muitos estrangeiros (Is 9:1). Jesus era chamado de “o Galileu” (Mt 26:69) por ter sido criado na Galiléia e por ter ali ensinado as suas doutrinas e escolhido os primeiros apóstolos (Mt 4:18-22). Os galileus tinham fama de culturalmente atrasados. No tempo de Cristo era HERODES Antipas quem governava a Galil

Uma das províncias da Palestina. Compreendia aquele território que foi repartido pelas tribos de issacar, Zebulom, Naftali e Aser, e também uma parte de Dã, e da Peréia além do rio. os seus limites eram: ao norte o Antilíbano – ao ocidente a Fenícia – ao sul ficava a Samaria – e tinha do lado do oriente o mar da Galiléia e o rio Jordão. A Galiléia superior era designada pelo nome de Galiléia dos Gentios, constando a sua população de egípcios, árabes, fenícios, e também de judeus. A Galiléia era bastante povoada, e os seus habitantes laboriosos, sendo, por isso, uma província rica, que pagava de tributo 200 talentos aos governadores romanos. A Cristo chamavam o galileu (Mt 26:29), porque Ele tinha sido educado nessa parte da Palestina, e ali viveu, ensinou as Suas doutrinas, e fez a chamada dos Seus primeiros discípulos (Mt 4:13-23Mc 1:39Lc 4:44 – 8.1 – 23.5 – Jo 7:1). A Galiléia tornou-se um nome de desprezo tanto para os gentios como para os judeus, porque os seus habitantes eram uma raça mista, que usava de um dialeto corrompido, originado no fato de se misturarem os judeus, que depois do cativeiro ali se tinham estabelecido, com os estrangeiros gentios (Jo 1:46 – 7.52 – At 2:7). A maneira como Pedro falava, imediatamente indicava a terra do seu nascimento (Mt 26:69-73Mc 14:70). Durante toda a vida de Cristo foi Herodes Antipas o governador ou tetrarca da Galiléia. Ainda existem em muitas das antigas cidades e vilas as ruínas de magníficas sinagogas, que são uma prova de prosperidade dos israelitas e do seu número naqueles antigos tempos.

Igrejas

fem. pl. de igreja

i·gre·ja |â| ou |ê| ou |âi| |ê|
(latim ecclesia, -ae, do grego ekklesia, -as, assembleia, reunião)
nome feminino

1. Conjunto dos fiéis de uma religião.

2. Congregação de todos os católicos sob a obediência ao seu clero.

3. Catolicismo.

4. Autoridade eclesiástica.

5. Edifício dedicado ao culto de qualquer confissão cristã.


igreja celeste
[Religião católica] O mesmo que igreja triunfante.

igreja gloriosa
[Religião católica] O mesmo que igreja triunfante.

igreja militante
[Religião católica] Congregação dos fiéis na Terra.

igreja padecente
[Religião católica] O mesmo que igreja purgante.

igreja primitiva
Religião Igreja dos primeiros tempos do cristianismo.

igreja purgante
[Religião católica] Conjunto dos fiéis que estão no purgatório.

igreja triunfante
[Religião católica] Conjunto dos fiéis que já estão no céu.

igreja terrena
[Religião católica] O mesmo que igreja militante.


Judeia

-

-

latim: terra dos judeus

Judéia

-

Judéia PROVÍNCIA para onde os judeus voltaram depois do CATIVEIRO. A maioria dos que voltaram era da tribo de Judá, e por isso o território que ocuparam passou a ser chamado de Judéia. No tempo de Cristo, o termo se referia à parte sul das três regiões em que a província romana da Palestina era dividida. As outras duas eram Galiléia e Samaria. A Judéia fazia parte do proconsulado romano da Síria e era governada por um procurador. Media quase 90 km de norte a sul e, aproximadamente, a mesma distância de leste a oeste. Estendia-se do mar Morto ao mar Mediterrâneo e da altura de Jope até o extremo sul do mar Morto. Mesmo assim, até nessa época, o nome Judéia às vezes indicava toda a Palestina (Lc 1:5); 4.44; 7.17; (At 10:37).

Judéia Denominação greco-latina do território que antigamente formava o reino de Judá e foi utilizada somente durante o domínio romano (Lc 5:17; Jo 4:3). A partir de 44, a Galiléia fez parte da Judéia e o termo começou a designar toda a Palestina.

Multiplicar

verbo transitivo Matemática Fazer uma multiplicação.
Aumentar o número, a quantidade, a intensidade.
verbo pronominal Produzir seres semelhantes a si mesmo; reproduzir-se.
Desenvolver extraordinária atividade.

Paz

Paz Tradução do hebraico “SHALOM”, que não significa apenas ausência de guerra, inimizade e brigas, mas inclui também tranqüilidade, segurança, saúde, prosperidade e bem-estar material e espiritual para todos (Sl 29:11; Jo 20:21).

Paz Estado de tranqüilidade e harmonia que não se limita à ausência de guerra (Lc 14:32), mas que procede, fundamentalmente, da ação do messias de Deus (Lc 1:79; 2,14). Precisamente por essas características, a paz de Jesus é muito diferente da oferecida pelo mundo (Mt 10:34; Jo 14:27). Está alicerçada na ressurreição de Jesus (Jo 20:19-23); Senhor e Deus (Jo 20:28) e, por isso, suporta até mesmo a perseguição (Jo 16:33). É essa paz concreta que os filhos de Deus (Mt 5:9) difundem e anunciam ao mundo (Lc 7:50; 10,5).

substantivo feminino Calma; estado de calmaria, de harmonia, de concórdia e de tranquilidade.
Sossego; em que há silêncio e descanso.
Falta de problemas ou de violência; relação tranquila entre pessoas.
[Política] Circunstância em que certos países não estão em guerra ou conflito; anulação das hostilidades entre nações, estabelecida por acordos de amizade.
[Psicologia] Calma interior; estado de espírito de quem não se perturba.
Fazer as pazes. Reconciliar-se com quem se tinha brigado.
Paz armada. Paz sustentada pelo temor que os inimigos têm um do outro.
Etimologia (origem da palavra paz). Do latim pax.pacis.

A suprema paz é fruto do esforço despendido para desenvolver a inteligência e alcançar as culminâncias da bondade.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

A suprema paz [...] é um estado de pureza de consciência e, para chegar a esse estado, o caminho é aquele que a Humanidade terrena, devido ao seu atraso espiritual, ainda não se decidiu a trilhar: o caminho do Amor e da Justiça!
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 50

P [...] a paz não é conquista da inércia, mas sim fruto do equilíbrio entre a fé no Poder Divino e a confiança em nós mesmos, no serviço pela vitória do bem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 3

[...] A paz tem que ser um reflexo de sentimentos generalizados, por efeito de esclarecimento das consciências.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Paz não é indolência do corpo. É saúde e alegria do espírito.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 79

No campo da evolução, a paz é conquista inevitável da criatura.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 10


O conceito bíblico de paz tem na raiz o significado de “totalidade”, de “inteireza” ou de “perfeição”. Entre as importantes gradações de sentido, temos “realização”, “maturidade”, “saúde”, “integridade”, “harmonia”, “segurança”, “bem-estar” e “prosperidade”. Conota, também a ausência de guerra e de perturbação.

Samaria

-

-

Samaria [Torre de Guarda] -

1) Monte situado 12 km a nordeste de Siquém (Am 6:1)

2) Capital do reino do Norte, construída nesse monte por Onri (1Rs 16:24); (Jr 23:13); Ez 23; (Os 7:1-7); 8:5-6; (Am 4:1). Seu nome atual é Sebastieh.
3) Região central da Terra Santa, abrangendo as tribos de Efraim e Manassés do Oeste. Ao norte ficava a Galiléia; a leste, o Jordão; ao sul, a Judéia; e, a oeste, o Mediterrâneo (2Rs 17:24-26;)

Samaria Capital do Reino do Norte de Israel fundada pelo rei Amri em 880 a.C. Com o tempo, o nome estendeu-se à região dos arredores (Lc 17:11; Jo 4:4ss.).

Santo

Santo No Antigo Testamento, considerava-se santo todo aquele que era consagrado ao Senhor (a terra, o sábado, os sacrifícios etc.) e — muito especialmente — Deus é Santo exatamente para contrapor-se a tudo que é pecaminoso (Is 6). O povo de Israel tinha a especial obrigação de ser santo, isto é, consagrado a Deus (Dt 7:6; 14,2; 26,19 etc.). Nos evangelhos, recebem esse atributo os anjos (Mc 8:38), os profetas (Lc 1:70), o Templo (Mt 24:15) e, por antonomásia, Jesus (Mc 1:24; Lc 1:35; Jo 6:69). A chamada para ser santo só pode ser ouvida a partir da perspectiva que Jesus oferece, pois é ele que santifica os homens (Jo 17:17-19).

C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Diccionario de las tres...


Santo
1) Que possui SANTIDADE (Is 6:3-7; Ex 29:29; Lv 11:45; 1Pe 1:16).


2) Título de Deus que ressalta a sua SANTIDADE 1, (Hc 1:12; Is 5:24, Santo de Israel).


[...] bons Espíritos [...] são seus mensageiros e os executores de sua vontade [de Deus].
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A prece

O mais santo [é] [...] aquele que descer da própria grandeza, estendendo mãos fraternas aos miseráveis e sofredores, elevando-lhes a alma dilacerada aos planos da alegria e do entendimento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Jesus no lar• Pelo Espírito Neio Lúcio• Prefácio de Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 24

Santo – atributo dirigido a determinadas pessoas que aparentemente atenderam, na Terra, à execução do próprio dever.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8


hebraico: sagrado, separado; Latim: inocente, sagrado

adjetivo Que se refere à divindade; considerado sagrado.
Relacionado com religião, com ritos sagrados.
Que recebeu canonização, passando a ser cultuado pelos fiéis.
Que vive de acordo com as leis de Deus e da Igreja.
Por Extensão Que é puro em sua essência; perfeito: santo casamento.
Por Extensão Que demonstra inocência; simples: esse aí é um santo!
Por Extensão Cuja conduta serve de exemplo e modelo.
Por Extensão Que não se consegue violar nem corromper: preceito santo.
Por Extensão Que faz bem; que tem utilidade; eficaz: santo motorista.
Religião Diz-se dos dias que antecedem do domingo de Páscoa, em que a igreja não permite o trabalho, sendo consagrados ao culto religioso.
substantivo masculino A imagem da pessoa que foi alvo dessa canonização.
Quem recebeu canonização e é cultuado pelos fiéis.
Aquele que vive de acordo com as regras de Deus e da Igreja.
Pessoa cuja conduta e/ou comportamento servem como exemplo ou modelo.
Por Extensão Indivíduo que se mostra inocente; ingênuo.
Religião Designação atribuída aos orixás, entidades, em cultos afro-brasileiros.
Etimologia (origem da palavra santo). Do latim sanctus.a.um.

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Temor

substantivo masculino Ato ou efeito de temer; receio, susto, medo, pavor, terror: viver no temor da miséria, da velhice, da morte.
Sentimento de respeito profundo ou de reverência por: temor a Deus.
Figurado Algo ou alguém que provoca medo, terror: o pirata era o temor dos mares.
Sensação de instabilidade, de ameaça ou de dúvida: no emprego, vive em temor frequente.
Demonstração de rigor e pontualidade: cumpria com temor suas obrigações.
Etimologia (origem da palavra temor). Do latim timor.oris.

Reverência; respeito; veneração

Temor
1) Medo (Dt 7:18; Lc 1:12).


2) Respeito (Pv 1:7; Fp 5:21;
v. TEMER A DEUS).


3) Modo de se referir a Deus (Gn 31:42).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
ἐκκλησία μέν οὖν ἔχω εἰρήνη κατά ὅλος Ἰουδαία Γαλιλαία καί Σαμάρεια οἰκοδομέω καί πορεύομαι φόβος κύριος καί παράκλησις πνεῦμα ἅγιος πληθύνω
Atos 9: 31 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Então as igrejas em toda a Judeia, e Galileia, e Samaria tinham descanso e eram edificadas; e andando no temor do Senhor e na consolação do Espírito Santo, se multiplicavam.
Atos 9: 31 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

34 d.C.
G1056
Galilaía
Γαλιλαία
da Galiléia
(of Galilee)
Substantivo - Feminino no Singular genitivo
G1515
eirḗnē
εἰρήνη
Paz
(peace)
Substantivo - Feminino no Singular nominativo
G1577
ekklēsía
ἐκκλησία
Igreja
(church)
Substantivo - feminino acusativo singular
G2192
échō
ἔχω
ter, i.e. segurar
(holding)
Verbo - Presente do indicativo ativo - nominina feminino no singular
G2449
Ioudaía
Ἰουδαία
ser sábio
(let us deal wisely)
Verbo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2596
katá
κατά
treinar, dedicar, inaugurar
(do dedicated)
Verbo
G2962
kýrios
κύριος
antes
(before)
Prepostos
G3303
mén
μέν
realmente
(indeed)
Conjunção
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3618
oikodoméō
οἰκοδομέω
noiva, nora
(his daughter-in-law)
Substantivo
G3650
hólos
ὅλος
tudo
(all)
Adjetivo - dativo feminino no singular
G3767
oûn
οὖν
portanto / por isso
(therefore)
Conjunção
G3874
paráklēsis
παράκλησις
enrolar bem ou apertadamente, embrulhar, envolver
([is] wrapped)
Verbo
G40
hágios
ἅγιος
Abimeleque
(Abimelech)
Substantivo
G4129
plēthýnō
πληθύνω
aumentar, multiplicar
(is to be multiplied)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) infinitivo passivo
G4151
pneûma
πνεῦμα
terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
([the] Spirit)
Substantivo - neutro genitivo singular
G4198
poreúomai
πορεύομαι
conduzir, transportar, transferir
(Having gone)
Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - Nominativo Masculino no Plural
G4540
Samáreia
Σαμάρεια
()
G5401
phóbos
φόβος
ajuntar, beijar
(and kiss)
Verbo


Γαλιλαία


(G1056)
Galilaía (gal-il-ah'-yah)

1056 γαλιλαια Galilaia

de origem hebraica 1551 הגליל; n pr loc

Galiléia = “circuito”

  1. nome de uma região do norte da Palestina, cercada ao norte pela Síria, ao oeste por Sidom, Tiro, Ptolemaida e seus territórios e o promontório do Carmelo, ao sul, pela

    Samaria e ao leste, pelo Jordão. Era dividida em alta Galiléia e baixa Galiléia


εἰρήνη


(G1515)
eirḗnē (i-ray'-nay)

1515 ειρηνη eirene

provavelmente do verbo primário eiro (juntar); TDNT - 2:400,207; n f

  1. estado de tranqüilidade nacional
    1. ausência da devastação e destruição da guerra
  2. paz entre os indivíduos, i.e. harmonia, concórdia
  3. segurança, seguridade, prosperidade, felicidade (pois paz e harmonia fazem e mantêm as coisas seguras e prósperas)
  4. da paz do Messias
    1. o caminho que leva à paz (salvação)
  5. do cristianismo, o estado tranqüilo de uma alma que tem certeza da sua salvação através de Cristo, e por esta razão nada temendo de Deus e contente com porção terrena, de qualquer que seja a classe
  6. o estado de bem-aventurança de homens justos e retos depois da morte

ἐκκλησία


(G1577)
ekklēsía (ek-klay-see'-ah)

1577 εκκλησια ekklesia

de um composto de 1537 e um derivado de 2564; TDNT - 3:501,394; n f

  1. reunião de cidadãos chamados para fora de seus lares para algum lugar público, assembléia
    1. assembléia do povo reunida em lugar público com o fim de deliberar
    2. assembléia dos israelitas
    3. qualquer ajuntamento ou multidão de homens reunidos por acaso, tumultuosamente
    4. num sentido cristão
      1. assembléia de Cristãos reunidos para adorar em um encontro religioso
      2. grupo de cristãos, ou daqueles que, na esperança da salvação eterna em Jesus Cristo, observam seus próprios ritos religiosos, mantêm seus próprios encontros espirituais, e administram seus próprios assuntos, de acordo com os regulamentos prescritos para o corpo por amor à ordem
      3. aqueles que em qualquer lugar, numa cidade, vila,etc, constituem um grupo e estão unidos em um só corpo
      4. totalidade dos cristãos dispersos por todo o mundo
      5. assembléia dos cristãos fieis já falecidos e recebidos no céu

Sinônimos ver verbete 5897


ἔχω


(G2192)
échō (ekh'-o)

2192 εχω echo

incluindo uma forma alternativa σχεω scheo, usado apenas em determinados tempos), verbo primário; TDNT - 2:816,286; v

  1. ter, i.e. segurar
    1. ter (segurar) na mão, no sentido de utilizar; ter (controlar) possessão da mente (refere-se a alarme, agitação, emoção, etc.); segurar com firmeza; ter ou incluir ou envolver; considerar ou manter como
  2. ter, i.e., possuir
    1. coisas externas, tal com possuir uma propriedade ou riquezas ou móveis ou utensílios ou bens ou comida, etc.
    2. usado daqueles unidos a alguém pelos laços de sangue ou casamento ou amizade ou dever ou lei etc, de atênção ou companhia
  3. julgar-se ou achar-se o fulano-de-tal, estar em certa situação
  4. segurar mesmo algo, agarrar algo, prender-se ou apegar-se
    1. estar estreitamente unido a uma pessoa ou uma coisa

Ἰουδαία


(G2449)
Ioudaía (ee-oo-dah'-yah)

2449 Ιουδαια Ioudaia

feminino de 2453 (com a implicação de 1093); TDNT - 3:356,372; n pr loc Judéia = “seja louvado”

num sentido restrito, a parte sul da Palestina, localizada ao ocidente do Jordão e do Mar Morto, para distingui-la de Samaria, Galiléia, Peréia, e Iduméia

num sentido amplo, refere-se a toda a Palestina


καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

κατά


(G2596)
katá (kat-ah')

2596 κατα kata

partícula primária; prep

abaixo de, por toda parte

de acordo com, com respeito a, ao longo de


κύριος


(G2962)
kýrios (koo'-ree-os)

2962 κυριος kurios

de kuros (supremacia); TDNT - 3:1039,486; n m

  1. aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão; mestre, senhor
    1. o que possue e dispõe de algo
      1. proprietário; alguém que tem o controle da pessoa, o mestre
      2. no estado: o soberano, príncipe, chefe, o imperador romano
    2. é um título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores
    3. título dado: a Deus, ao Messias

Sinônimos ver verbete 5830


μέν


(G3303)
mén (men)

3303 μεν men

partícula primária; partícula

  1. verdadeiramente, certamente, seguramente, de fato


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


οἰκοδομέω


(G3618)
oikodoméō (oy-kod-om-eh'-o)

3618 οικοδομεω oikodomeo também οικοδομος oikodomos At 4:11

do mesmo que 3619; TDNT - 5:136,674; v

  1. construir uma casa, erigir uma construção
    1. edificar (a partir da fundação)
    2. restaurar pela construção, reconstruir, reparar
  2. metáf.
    1. fundar, estabelecer
    2. promover crescimento em sabedoria cristã, afeição, graça, virtude, santidade, bemaventurança
    3. cresçer em sabedoria e piedade

ὅλος


(G3650)
hólos (hol'-os)

3650 ολος holos

palavra primária; TDNT - 5:174,682; adj

  1. tudo, inteiro, completamente

οὖν


(G3767)
oûn (oon)

3767 ουν oun

aparentemente, palavra raiz; partícula

  1. então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim

παράκλησις


(G3874)
paráklēsis (par-ak'-lay-sis)

3874 παρακλησις paraklesis

de 3870; TDNT - 5:773,778; n f

  1. convocação, aproximação, (esp. para ajuda)
  2. importação, súplica, solicitação
  3. exortação, admoestação, encorajamento
  4. consolação, conforto, solaz; aquilo que proporciona conforto e descanso
    1. portanto, da salvação messiânica (assim os rabinos denominavam o Messias, o consolador, o confortador)
  5. discurso persuasivo, palestra estimulante
    1. instrutivo, repreensivo, conciliatório, discurso exortativo poderoso

ἅγιος


(G40)
hágios (hag'-ee-os)

40 αγιος hagios

de hagos (uma coisa grande, sublime) [cf 53, 2282]; TDNT 1:88,14; adj

  1. algo muito santo; um santo

Sinônimos ver verbete 5878


πληθύνω


(G4129)
plēthýnō (play-thoo'-no)

4129 πληθυνω plethuno

de outra forma de 4128; TDNT - 6:279,866; v

  1. aumentar, multiplicar
    1. ser aumentado, (ser multiplicado) multiplicar

      ser aumentado, multiplicar


πνεῦμα


(G4151)
pneûma (pnyoo'-mah)

4151 πνευμα pneuma

de 4154; TDNT - 6:332,876; n n

  1. terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
    1. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e caráter (o Santo Espírito)
    2. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza seu trabalho e poder (o Espírito da Verdade)
    3. nunca mencionado como um força despersonalizada
  2. o espírito, i.e., o princípio vital pelo qual o corpo é animado
    1. espírito racional, o poder pelo qual o ser humano sente, pensa, decide
    2. alma
  3. um espírito, i.e., simples essência, destituída de tudo ou de pelo menos todo elemento material, e possuído do poder de conhecimento, desejo, decisão e ação
    1. espírito que dá vida
    2. alma humana que partiu do corpo
    3. um espírito superior ao homem, contudo inferior a Deus, i.e., um anjo
      1. usado de demônios, ou maus espíritos, que pensava-se habitavam em corpos humanos
      2. a natureza espiritual de Cristo, superior ao maior dos anjos e igual a Deus, a natureza divina de Cristo
  4. a disposição ou influência que preenche e governa a alma de alguém
    1. a fonte eficiente de todo poder, afeição, emoção, desejo, etc.
  5. um movimento de ar (um sopro suave)
    1. do vento; daí, o vento em si mesmo
    2. respiração pelo nariz ou pela boca

Sinônimos ver verbete 5923


πορεύομαι


(G4198)
poreúomai (por-yoo'-om-ahee)

4198 πορευομαι poreuomai

voz média de um derivado do mesmo que 3984; TDNT - 6:566,915; v

  1. conduzir, transportar, transferir
    1. persistir na jornada iniciada, continuar a própria jornada
    2. partir desta vida
    3. seguir alguém, isto é, tornar-se seu adepto
      1. achar o caminho ou ordenar a própria vida

Sinônimos ver verbete 5818


Σαμάρεια


(G4540)
Samáreia (sam-ar'-i-ah)

4540 σαμαρεια Samareia

de origem hebraica 8111 שמרון; TDNT - 7:88,999; n pr loc

Samaria = “proteção”

  1. território da Palestina, que tinha Samaria com sua capital

φόβος


(G5401)
phóbos (fob'-os)

5401 φοβος phobos

da palavra primária phebomai (amedrontar); TDNT - 9:189,1272; n m

  1. medo, temor, terror
    1. aquilo que espalha medo

      reverência ao próprio marido