Enciclopédia de Romanos 9:9-9

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

rm 9: 9

Versão Versículo
ARA Porque a palavra da promessa é esta: Por esse tempo, virei, e Sara terá um filho.
ARC Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho.
TB A palavra da promessa é esta: Por este tempo, virei, e Sara terá um filho.
BGB ἐπαγγελίας γὰρ ὁ λόγος οὗτος· Κατὰ τὸν καιρὸν τοῦτον ἐλεύσομαι καὶ ἔσται τῇ Σάρρᾳ υἱός.
BKJ Porque esta é a palavra da promessa: Por este tempo eu virei, e Sara terá um filho.
LTT Porque esta é a Palavra da promessa: "Segundo este tempo virei, e haverá para Sara um filho". Gn 18:10
BJ2 Pois os termos da promessa são estes: Por esta época voltarei e Sara terá um filho.
VULG Promissionis enim verbum hoc est : Secundum hoc tempus veniam : et erit Saræ filius.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Romanos 9:9

Gênesis 17:21 O meu concerto, porém, estabelecerei com Isaque, o qual Sara te dará neste tempo determinado, no ano seguinte.
Gênesis 18:10 E disse: Certamente tornarei a ti por este tempo da vida; e eis que Sara, tua mulher, terá um filho. E ouviu-o Sara à porta da tenda, que estava atrás dele.
Gênesis 18:14 Haveria coisa alguma difícil ao Senhor? Ao tempo determinado, tornarei a ti por este tempo da vida, e Sara terá um filho.
Gênesis 21:2 E concebeu Sara e deu a Abraão um filho na sua velhice, ao tempo determinado, que Deus lhe tinha dito.
Hebreus 11:11 Pela fé, também a mesma Sara recebeu a virtude de conceber e deu à luz já fora da idade; porquanto teve por fiel aquele que lho tinha prometido.
Hebreus 11:17 Pela fé, ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado, sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

rm 9:9
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 16:24-28


24. Jesus disse então o seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, neguese a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


25. Porque aquele que quiser preservar sua alma. a perderá; e quem perder sua alma por minha causa, a achará.


26. Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?


27. Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus mensageiros, e então retribuirá a cada um segundo seu comportamento.


28. Em verdade vos digo, que alguns dos aqui presentes absolutamente experimentarão a morte até que o Filho do Homem venha em seu reino. MC 8:34-38 e MC 9:1


34. E chamando a si a multidão, junto com seus discípulos disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


35. Porque quem quiser preservar sua alma, a perderá; e quem perder sua alma por amor de mim e da Boa-Nova, a preservará.


36. Pois que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?


37. E que daria um homem em troca de sua alma?


38. Porque se alguém nesta geração adúltera e errada se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, também dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na glória de seu Pai com seus santos mensageiros". 9:1 E disse-lhes: "Em verdade em verdade vos digo que há alguns dos aqui presentes, os quais absolutamente experimentarão a morte, até que vejam o reino de Deus já chegado em força".


LC 9:23-27


23. Dizia, então, a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.


24. Pois quem quiser preservar sua alma, a perderá; mas quem perder sua alma por amor de mim, esse a preservará.


25. De fato, que aproveita a um homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar-se ou causar dano a si mesmo?


26. Porque aquele que se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, na do Pai e na dos santos mensageiros.


27. Mas eu vos digo verdadeiramente, há alguns dos aqui presentes que não experimentarão a morte até que tenham visto o reino de Deus.


Depois do episódio narrado no último capítulo, novamente Jesus apresenta uma lição teórica, embora bem mais curta que as do Evangelho de João.


Segundo Mateus, a conversa foi mantida com Seus discípulos. Marcos, entretanto, revela que Jesu "chamou a multidão" para ouvi-la, como que salientando que a aula era "para todos"; palavras, aliás, textuais em Lucas.


Achava-se a comitiva no território não-israelita ("pagão") de Cesareia de Filipe, e certamente os moradores locais haviam observado aqueles homens e mulheres que perambulavam em grupo homogêneo.


Natural que ficassem curiosos, a "espiar" por perto. A esses, Jesus convida que se aproximem para ouvir os ensinamentos e as exigências impostas a todos os que ambicionavam o DISCIPULATO, o grau mais elevado dos três citados pelo Mestre: justos (bons), profetas (médiuns) e discípulos (ver vol. 3).


As exigências são apenas três, bem distintas entre si, e citadas em sequência gradativa da menor à maior. Observamos que nenhuma delas se prende a saber, nem a dizer, nem a crer, nem a fazer, mas todas se baseiam em SER. O que vale é a evolução interna, sem necessidade de exteriorizações, nem de confissões, nem de ritos.


No entanto, é bem frisada a vontade livre: "se alguém quiser"; ninguém é obrigado; a espontaneidade deve ser absoluta, sem qualquer coação física nem moral. Analisemos.


Vimos, no episódio anterior, o Mestre ordenar a Pedro que "se colocasse atrás Dele". Agora esclarece: " se alguém QUER ser SEU discípulo, siga atrás Dele". E se tem vontade firme e inabalável, se o QUER, realize estas três condições:

1. ª - negue-se a si mesmo (Lc. arnésasthô; Mat. e Mr. aparnésasthô eautón).


2. ª - tome (carregue) sua cruz (Lc. "cada dia": arátô tòn stáurou autoú kath"hêméran);

3. ª - e siga-me (akoloutheítô moi).


Se excetuarmos a negação de si mesmo, já ouvíramos essas palavras em MT 10:38 (vol. 3).


O verbo "negar-se" ou "renunciar-se" (aparnéomai) é empregado por Isaías (Isaías 31:7) para descrever o gesto dos israelitas infiéis que, esclarecidos pela derrota dos assírios, rejeitaram ou negaram ou renunciaram a seus ídolos. E essa é a atitude pedida pelo Mestre aos que QUEREM ser Seus discípulos: rejeitar o ídolo de carne que é o próprio corpo físico, com sua sequela de sensações, emoções e intelectualismo, o que tudo constitui a personagem transitória a pervagar alguns segundos na crosta do planeta.


Quanto ao "carregar a própria cruz", já vimos (vol. 3), o que significava. E os habitantes da Palestina deviam estar habituados a assistir à cena degradante que se vinha repetindo desde o domínio romano, com muita frequência. Para só nos reportarmos a Flávio Josefo, ele cita-nos quatro casos em que as crucificações foram em massa: Varus que fez crucificar 2. 000 judeus, por ocasião da morte, em 4 A. C., de Herodes o Grande (Ant. Jud. 17. 10-4-10); Quadratus, que mandou crucificar todos os judeus que se haviam rebelado (48-52 A. D.) e que tinham sido aprisionados por Cumarus (Bell. Jud. 2. 12. 6); em 66 A. D. até personagens ilustres foram crucificadas por Gessius Florus (Bell. Jud. 2. 14. 9); e Tito que, no assédio de Jerusalém, fez crucificar todos os prisioneiros, tantos que não havia mais nem madeira para as cruzes, nem lugar para plantá-las (Bell. Jud. 5. 11. 1). Por aí se calcula quantos milhares de crucificações foram feitas antes; e o espetáculo do condenado que carregava às costas o instrumento do próprio suplício era corriqueiro. Não se tratava, portanto, de uma comparação vazia de sentido, embora constituindo uma metáfora. E que o era, Lucas encarrega-se de esclarecê-lo, ao acrescentar "carregue cada dia a própria cruz". Vemos a exigência da estrada de sacrifícios heroicamente suportados na luta do dia a dia, contra os próprios pendores ruins e vícios.


A terceira condição, "segui-Lo", revela-nos a chave final ao discipulato de tal Mestre, que não alicia discípulos prometendo-lhes facilidades nem privilégios: ao contrário. Não basta estudar-Lhe a doutrina, aprofundar-Lhe a teologia, decorar-Lhe as palavras, pregar-Lhe os ensinamentos: é mister SEGUILO, acompanhando-O passo a passo, colocando os pés nas pegadas sangrentas que o Rabi foi deixando ao caminhar pelas ásperas veredas de Sua peregrinação terrena. Ele é nosso exemplo e também nosso modelo vivo, para ser seguido até o topo do calvário.


Aqui chegamos a compreender a significação plena da frase dirigida a Pedro: "ainda és meu adversário (porque caminhas na direção oposta a mim, e tentas impedir-me a senda dolorosa e sacrificial): vai para trás de mim e segue-me; se queres ser meu discípulo, terás que renunciar a ti mesmo (não mais pensando nas coisas humanas); que carregar também tua cruz sem que me percas de vista na dura, laboriosa e dorida ascensão ao Reino". Mas isto, "se o QUERES" ... Valerá a pena trilhar esse áspero caminho cheio de pedras e espinheiros?


O versículo seguinte (repetição, com pequena variante de MT 10:39; cfr. vol. 3) responde a essa pergunta.


As palavras dessa lição são praticamente idênticas nos três sinópticos, demonstrando a impress ão que devem ter causado nos discípulos.


Sim, porque quem quiser preservar sua alma (hós eán thélei tên psychên autòn sõsai) a perderá (apolêsei autên). Ainda aqui encontramos o verbo sôzô, cuja tradução "salvar" (veja vol. 3) dá margem a tanta ambiguidade atualmente. Neste passo, a palavra portuguesa "preservar" (conservar, resguardar) corresponde melhor ao sentido do contexto. O verbo apolesô "perder", só poderia ser dado também com a sinonímia de "arruinar" ou "degradar" (no sentido etimológico de "diminuir o grau").


E o inverso é salientado: "mas quem a perder "hós d"án apolésêi tên psychên autoú), por minha causa (héneken emoú) - e Marcos acrescenta "e da Boa Nova" (kaì toú euaggelíou) - esse a preservará (sósei autén, em Marcos e Lucas) ou a achará (heurêsei autén, em Mateus).


A seguir pergunta, como que explicando a antinomia verbal anterior: "que utilidade terá o homem se lucrar todo o mundo físico (kósmos), mas perder - isto é, não evoluir - sua alma? E qual o tesouro da Terra que poderia ser oferecido em troca (antállagma) da evolução espiritual da criatura? Não há dinheiro nem ouro que consiga fazer um mestre, riem que possa dar-se em troca de uma iniciação real.


Bens espirituais não podem ser comprados nem "trocados" por quantias materiais. A matemática possui o axioma válido também aqui: quantidades heterogêneas não podem somar-se.


O versículo seguinte apresenta variantes.


MATEUS traz a afirmação de que o Filho do Homem virá com a glória de seu Pai, em companhia de Seus Mensageiros (anjos), para retribuir a cada um segundo seus atos. Traduzimos aqui dóxa por "glória" (veja vol. 1 e vol. 3), porque é o melhor sentido dentro do contexto. E entendemos essa glória como sinônimo perfeito da "sintonia vibratória" ou a frequência da tônica do Pai (Verbo, Som). A atribui ção a cada um segundo "seus atos" (tên práxin autoú) ou talvez, bem melhor, de acordo com seu comportamento, com a "prática" da vida diária. Não são realmente os atos, sobretudo isolados (mesmo os heroicos) que atestarão a Evolução de uma criatura, mas seu comportamento constante e diuturno.


MARCOS diz que se alguém, desta geração "adúltera", isto é, que se tornou "infiel" a Deus, traindo-O por amar mais a matéria que o espírito, e "errada" na compreensão das grandes verdades, "se envergonhar" (ou seja "desafinar", não-sintonizar), também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier com a glória do Pai, em companhia de Seus mensageiros (anjos).


LUCAS repete as palavras de Marcos (menos a referência à Boa Nova), salientando, porém, que o Filho do Homem virá com Sua própria glória, com a glória do Pai, e com a glória dos santos mensageiros (anjos).


E finalmente o último versículo, em que só Mateus difere dos outros dois, os quais, no entanto, nos parecem mais conformes às palavras originais.


Afirma o Mestre "alguns dos aqui presentes" (eisin tines tõn hõde hestótõn), os quais não experimentar ão (literalmente: "não saborearão, ou mê geúsôntai) a morte, até que vejam o reino de Deus chegar com poder. Mateus em vez de "o reino de Deus", diz "o Filho do Homem", o que deu margem à expectativa da parusia (ver vol. 3), ainda para os indivíduos daquela geração.


Entretanto, não se trata aqui, de modo algum, de uma parusia escatológica (Paulo avisa aos tessalonicenses que não o aguardem "como se já estivesse perto"; cfr. 1. ª Tess. 2: lss), mas da descoberta e conquista do "reino de Deus DENTRO de cada um" (cfr. LC 17:21), prometido para alguns "dos ali presentes" para essa mesma encarnação.


A má interpretação provocou confusões. Os gnósticos (como Teodósio), João Crisóstomo, Teofilacto e outros - e modernamente o cardeal Billot, S. J. (cfr. "La Parousie", pág. 187), interpretam a "vinda na glória do Filho do Homem" como um prenúncio da Transfiguração; Cajetan diz ser a Ressurreição;


Godet acha que foi Pentecostes; todavia, os próprios discípulos de Jesus, contemporâneos dos fatos, não interpretaram assim, já que após a tudo terem assistido, inclusive ao Pentecostes, continuaram esperando, para aqueles próximos anos, essa vinda espetacular. Outros recuaram mais um pouco no tempo, e viram essa "vinda gloriosa" na destruição de Jerusalém, como "vingança" do Filho do Homem; isso, porém, desdiz o perdão que Ele mesmo pedira ao Pai pela ignorância de Seus algozes (D. Calmet, Knabenbauer, Schanz, Fillion, Prat, Huby, Lagrange); e outros a interpretaram como sendo a difusão do cristianismo entre os pagãos (Gregório Magno, Beda, Jansênio, Lamy).


Penetremos mais a fundo o sentido.


Na vida literária e artística, em geral, distinguimos nitidamente o "aluno" do "discípulo". Aluno é quem aprende com um professor; discípulo é quem segue a trilha antes perlustrada por um mestre. Só denominamos "discípulo" aquele que reproduz em suas obras a técnica, a "escola", o estilo, a interpretação, a vivência do mestre. Aristóteles foi aluno de Platão, mas não seu discípulo. Mas Platão, além de ter sido aluno de Sócrates, foi também seu discípulo. Essa distinção já era feita por Jesus há vinte séculos; ser Seu discípulo é segui-Lo, e não apenas "aprender" Suas lições.


Aqui podemos desdobrar os requisitos em quatro, para melhor explicação.


Primeiro: é necessário QUERER. Sem que o livre-arbítrio espontaneamente escolha e decida, não pode haver discipulato. Daí a importância que assume, no progresso espiritual, o aprendizado e o estudo, que não podem limitar-se a ouvir rápidas palavras, mas precisam ser sérios, contínuos e profundos.


Pois, na realidade, embora seja a intuição que ilumina o intelecto, se este não estiver preparado por meio do conhecimento e da compreensão, não poderá esclarecer a vontade, para que esta escolha e resolva pró ou contra.


O segundo é NEGAR-SE a si mesmo. Hoje, com a distinção que conhecemos entre o Espírito (individualidade) e a personagem terrena transitória (personalidade), a frase mais compreensível será: "negar a personagem", ou seja, renunciar aos desejos terrenos, conforme ensinou Sidarta Gotama, o Buddha.


Cientificamente poderíamos dizer: superar ou abafar a consciência atual, para deixar que prevaleça a super-consciência.


Essa linguagem, entretanto, seria incompreensível àquela época. Todavia, as palavras proferidas pelo Mestre são de meridiana clareza: "renunciar a si mesmo". Observando-se que, pelo atraso da humanidade, se acredita que o verdadeiro eu é a personagem, e que a consciência atual é a única, negar essa personagem e essa consciência exprime, no fundo, negar-se "a si mesmo". Diz, portanto, o Mestre: " esse eu, que vocês julgam ser o verdadeiro eu, precisa ser negado". Nada mais esclarece, já que não teria sido entendido pela humanidade de então. No entanto, aqueles que seguissem fielmente Sua lição, negando seu eu pequeno e transitório, descobririam, por si mesmos, automaticamente, em pouco tempo, o outro Eu, o verdadeiro, coisa que de fato ocorreu com muitos cristãos.


Talvez no início possa parecer, ao experimentado: desavisado, que esse Eu verdadeiro seja algo "externo".


Mas quando, por meio da evolução, for atingido o "Encontro Místico", e o Cristo Interno assumir a supremacia e o comando, ele verificará que esse Divino Amigo não é um TU desconhecido, mas antes constitui o EU REAL. Além disso, o Mestre não se satisfez com a explanação teórica verbal: exemplificou, negando o eu personalístico de "Jesus", até deixá-lo ser perseguido, preso, caluniado, torturado e assassinado. Que Lhe importava o eu pequeno? O Cristo era o verdadeiro Eu Profundo de Jesus (como de todos nós) e o Cristo, com a renúncia e negação do eu de Jesus, pode expandir-se e assumir totalmente o comando da personagem humana de Jesus, sendo, às vezes, difícil distinguir quando falava e agia "Jesus" e quando agia e falava "o Cristo". Por isso em vez de Jesus, temos nele O CRISTO, e a história o reconhece como "Jesus", O CRISTO", considerando-o como homem (Jesus) e Deus (Cristo).


Essa anulação do eu pequeno fez que a própria personagem fosse glorificada pela humildade, e o nome humano negado totalmente se elevasse acima de tudo, de tal forma que "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na Terra e debaixo da terra" (Filp. 2:10).


Tudo isso provocou intermináveis discussões durante séculos, por parte dos que não conseguiram penetrar a realidade dos acontecimentos, caracterizados, então, de "mistério": são duas naturezas ou uma? Como se realizou a união hipostática? Teria a Divindade absorvido a humanidade?


Por que será que uma coisa tão clara terá ficado incompreendida por tantos luminares que trataram deste assunto? O Eu Profundo de todas as criaturas é o Deus Interno, que se manifestará em cada um exatamente na proporção em que este renunciar ao eu pequeno (personagem), para deixar campo livre à expressão do Cristo Interno Divino. Todos somos deuses (cfr. Salmo 81:6 e JO 10:34) se negarmos totalmente nosso eu pequeno (personagem humana), deixando livre expansão à manifestação do Cristo que em todos habita. Isso fez Jesus. Se a negação for absoluta e completa, poderemos dizer com Paulo que, nessa criatura, "habita a plenitude da Divindade" (CL 2:9). E a todos os que o fizerem, ser-lhes-á exaltado o nome acima de toda criação" (cfr. Filp. 2:5-11).


Quando isto tiver sido conseguido, a criatura "tomará sua cruz cada dia" (cada vez que ela se apresentar) e a sustentará galhardamente - quase diríamos triunfalmente - pois não mais será ela fonte de abatimentos e desânimos, mas constituirá o sofrimento-por-amor, a dor-alegria, já que é a "porta estreita" (MT 7:14) que conduzirá à felicidade total e infindável (cfr. Pietro Ubaldi, "Grande Síntese, cap. 81).


No entanto, dado o estágio atual da humanidade, a cruz que temos que carregar ainda é uma preparação para o "negar-se". São as dores físicas, as incompreensões morais, as torturas do resgate de carmas negativos mais ou menos pesados, em vista do emaranhado de situações aflitivas, das "montanhas" de dificuldades que se erguem, atravancando nossos caminhos, do sem-número de moléstias e percalços, do cortejo de calúnias e martírios inomináveis e inenarráveis.


Tudo terá que ser suportado - em qualquer plano - sem malsinar a sorte, sem desesperos, sem angústias, sem desfalecimentos nem revoltas, mas com aceitação plena e resignação ativa, e até com alegria no coração, com a mais sólida, viva e inabalável confiança no Cristo-que-é-nosso-Eu, no Deus-

Imanente, na Força-Universal-Inteligente e Boa, que nos vivifica e prepara, de dentro de nosso âmago mais profundo, a nossa ascensão real, até atingirmos TODOS, a "plena evolução crística" (EF 4:13).


A quarta condição do discipulato é também clara, não permitindo ambiguidade: SEGUI-LO. Observese a palavra escolhida com precisão. Poderia ter sido dito "imitá-Lo". Seria muito mais fraco. A imitação pode ser apenas parcial ou, pior ainda, ser simples macaqueação externa (usar cabelos compridos, barbas respeitáveis, vestes talares, gestos estudados), sem nenhuma ressonância interna.


Não. Não é imitá-Lo apenas, é SEGUI-LO. Segui-Lo passo a passo pela estrada evolutiva até atingir a meta final, o ápice, tal como Ele o FEZ: sem recuos, sem paradas, sem demoras pelo caminho, sem descanso, sem distrações, sem concessões, mas marchando direto ao alvo.


SEGUI-LO no AMOR, na DEDICAÇÃO, no SERVIÇO, no AUTO-SACRIFÍCIO, na HUMILDADE, na RENÚNCIA, para que de nós se possa afirmar como Dele foi feito: "fez bem todas as coisas" (MC 7. 37) e: "passou pela Terra fazendo o bem e curando" (AT 10:38).


Como Mestre de boa didática, não apresenta exigências sem dar as razões. Os versículos seguintes satisfazem a essa condição.


Aqui, como sempre, são empregados os termos filosóficos com absoluta precisão vocabular (elegantia), não deixando margem a qualquer dúvida. A palavra usada é psychê, e não pneuma; é alma e nã "espírito" (em adendo a este capítulo daremos a "constituição do homem" segundo o Novo Testamento).


A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo denso e as sensações do duplo etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.

Aí está, pois, a chave para a interpretação do "negue-se a si mesmo": esse eu, a alma, é a personagem que precisa ser negada, porque, quem não quiser fazê-lo, quem pretender preservar esse eu, essa alma, vai acabar perdendo-a, já que, ao desencarnar, estará com "as mãos vazias". Mas aquele que por causa do Cristo Interno - renunciar e perder essa personagem transitória, esse a encontrará melhorada (Mateus), esse a preservará da ruína (Marcos e Lucas).


E prossegue: que adiantará acumular todas as riquezas materiais do mundo, se a personalidade vai cair no vazio? Nada de material pode ser-lhe comparado. No entanto, se for negada, será exaltada sobre todas as coisas (cfr. o texto acima citado, Filp. 2:5-11).


Todas e qualquer evolução do Espírito é feita exclusivamente durante seu mergulho na carne (veja atrás). Só através das personagens humanas haverá ascensão espiritual, por meio do "ajustamento sintônico". Então, necessidade absoluta de consegui-lo, não "se envergonhando", isto é, não desafinando da tônica do Pai (Som) que tudo cria, governa e mantém. Enfrentar o mundo sem receio, sem" respeitos humanos", e saber recusá-lo também, para poder obter o Encontro Místico com o Cristo Interno. Se a criatura "se envergonha" e se retrai, (não sintoniza) não é possível conseguir o Contato Divino, e o Filho do Homem também a evitará ("se envergonhará" dessa criatura). Só poderá haver a" descida da graça" ou a unificação com o Cristo, "na glória (tônica) do Pai (Som-Verbo), na glória (tônica) do próprio Cristo (Eu Interno), na glória de todos os santos mensageiros", se houver a coragem inquebrantável de romper com tudo o que é material e terreno, apagando as sensações, liquidando as emoções, calando o intelecto, suplantando o próprio "espírito" encarnado, isto é, PERDENDO SUA ALMA: só então "a achará", unificada que estará com o Cristo, Nele mergulhada (batismo), "como a gota no oceano" (Bahá"u"lláh). Realmente, a gota se perde no oceano mas, inegavelmente, ao deixar de ser gota microscópica, ela se infinitiva e se eterniza tornando-se oceano...

Em Mateus é-nos dado outro aviso: ao entrar em contato com a criatura, esta "receberá de acordo com seu comportamento" (pláxin). De modo geral lemos nas traduções correntes "de acordo com suas obras". Mas isso daria muito fortemente a ideia de que o importante seria o que o homem FAZ, quando, na realidade, o que importa é o que o homem É: e a palavra comportamento exprime-o melhor que obras; ora, a palavra do original práxis tem um e outro sentido.


Evidentemente, cada ser só poderá receber de acordo com sua capacidade, embora todos devam ser cheios, replenos, com "medida sacudida e recalcada" (cfr. Lc. 5:38).


Mas há diferença de capacidade entre o cálice, o copo, a garrafa, o litro, o barril, o tonel... De acordo com a própria capacidade, com o nível evolutivo, com o comportamento de cada um, ser-lhe-á dado em abundância, além de toda medida. Figuremos uma corrente imensa, que jorra permanentemente luz e força, energia e calor. O convite é-nos feito para aproximar-nos e recolher quanto quisermos.


Acontece, porém, que cada um só recolherá conforme o tamanho do vasilhame que levar consigo.


Assim o Cristo Imanente e o Verbo Criador e Conservador SE DERRAMAM infinitamente. Mas nós, criaturas finitas, só recolheremos segundo nosso comportamento, segundo a medida de nossa capacidade.


Não há fórmulas mágicas, não há segredos iniciáticos, não peregrinações nem bênçãos de "mestres", não há sacramentos nem sacramentais, que adiantem neste terreno. Poderão, quando muito, servir como incentivo, como animação a progredir, mas por si, nada resolvem, já que não agem ex ópere operantis nem ex opere operatus, mas sim ex opere recipientis: a quantidade de recebimento estará de acordo com a capacidade de quem recebe, não com a grandeza de quem dá, nem com o ato de doação.


E pode obter-se o cálculo de capacidade de cada um, isto é, o degrau evolutivo em que se encontra no discipulato de Cristo, segundo as várias estimativas das condições exigidas:

a) - pela profundidade e sinceridade na renúncia ao eu personalístico, quando tudo é feito sem cogitar de firmar o próprio nome, sem atribuir qualquer êxito ao próprio merecimento (não com palavras, mas interiormente), colaborando com todos os "concorrentes", que estejam em idêntica senda evolutiva, embora nos contrariem as ideias pessoais, mas desde que sigam os ensinos de Cristo;


b) - pela resignação sem queixas, numa aceitação ativa, de todas as cruzes, que exprimam atos e palavras contra nós, maledicências e calúnias, sem respostas nem defesas, nem claras nem veladas (já nem queremos acenar à contra-ataques e vinganças).


c) - pelo acompanhar silencioso dos passos espirituais no caminho do auto-sacrifício por amor aos outros, pela dedicação integral e sem condições; no caminho da humildade real, sem convencimentos nem exterioridades; no caminho do serviço, sem exigências nem distinções; no caminho do amor, sem preferências nem limitações. O grau dessas qualidades, todas juntas, dará uma ideia do grau evolutivo da criatura.


Assim entendemos essas condições: ou tudo, à perfeição; ou pouco a pouco, conquistando uma de cada vez. Mas parado, ninguém ficará. Se não quiser ir espontaneamente, a dor o aguilhoará, empurrandoo para a frente de qualquer forma.


No entanto, uma promessa relativa à possibilidade desse caminho é feita claramente: "alguns dos que aqui estão presentes não experimentarão a morte até conseguirem isso". A promessa tanto vale para aquelas personagens de lá, naquela vida física, quanto para os Espíritos ali presentes, garantindo-selhes que não sofreriam queda espiritual (morte), mas que ascenderiam em linha reta, até atingir a meta final: o Encontro Sublime, na União mística absoluta e total.


Interessante a anotação de Marcos quando acrescenta: O "reino de Deus chegado em poder". Durante séculos se pensou no poder externo, a espetacularidade. Mas a palavra "en dynámei" expressa muito mais a força interna, o "dinamismo" do Espírito, a potencialidade crística a dinamizar a criatura em todos os planos.


O HOMEM NO NOVO TESTAMENTO


O Novo Testamento estabelece, com bastante clareza, a constituição DO HOMEM, dividindo o ser encarnado em seus vários planos vibratórios, concordando com toda a tradição iniciática da Índia e Tibet, da China, da Caldeia e Pérsia, do Egito e da Grécia. Embora não encontremos o assunto didaticamente esquematizado em seus elementos, o sentido filosófico transparece nítido dos vários termos e expressões empregados, ao serem nomeadas as partes constituintes do ser humano, ou seja, os vários níveis em que pode tornar-se consciente.


Algumas das palavras são acolhidas do vocabulário filosófico grego (ainda que, por vezes, com pequenas variações de sentido); outras são trazidas da tradição rabínica e talmúdica, do centro iniciático que era a Palestina, e que já entrevemos usadas no Antigo Testamento, sobretudo em suas obras mais recentes.


A CONCEPÇÃO DA DIVINDADE


Já vimos (vol, 1 e vol. 3 e seguintes), que DEUS, (ho théos) é apresentado, no Novo Testamento, como o ESPÍRITO SANTO (tò pneuma tò hágion), o qual se manifesta através do Pai (patêr) ou Lógos (Som Criador, Verbo), e do Filho Unigênito (ho hyiós monogenês), que é o Cristo Cósmico.


DEUS NO HOMEM


Antes de entrar na descrição da concepção do homem, no Novo Testamento, gostaríamos de deixar tem claro nosso pensamento a respeito da LOCALIZAÇÃO da Centelha Divina ou Mônada NO CORA ÇÃO, expressão que usaremos com frequência.


A Centelha (Partícula ou Mônada) é CONSIDERADA por nós como tal; mas, na realidade, ela não se separa do TODO (cfr. vol. 1); logo, ESTÁ NO TODO, e portanto É O TODO (cfr. JO 1:1).


O "TODO" está TODO em TODAS AS COISAS e em cada átomo de cada coisa (cfr. Agostinho, De Trin. 6, 6 e Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, q. 8, art. 2, ad 3um; veja vol. 3, pág. 145).


Entretanto, os seres e as coisas acham-se limitados pela forma, pelo espaço, pelo tempo e pela massa; e por isso afirmamos que em cada ser há uma "centelha" ou "partícula" do TODO. No entanto, sendo o TODO infinito, não tem extensão; sendo eterno, é atemporal; sendo indivisível, não tem dimensão; sendo O ESPÍRITO, não tem volume; então, consequentemente, não pode repartir-se em centelhas nem em partículas, mas é, concomitantemente, TUDO EM TODAS AS COISAS (cfr. l. ª Cor. 12:6).


Concluindo: quando falamos em "Centelha Divina" e quando afirmamos que ela está localizada no coração, estamos usando expressões didáticas, para melhor compreensão do pensamento, dificílimo (quase impossível) de traduzir-se em palavras.


De fato, porém, a Divindade está TODA em cada célula do corpo, como em cada um dos átomos de todos os planos espirituais, astrais, físicos ou quaisquer outros que existam. Em nossos corpos físicos e astral, o coração é o órgão preparado para servir de ponto de contato com as vibrações divinas, através, no físico, do nó de Kait-Flake e His; então, didaticamente, dizemos que "o coração é a sede da Centelha Divina".


A CONCEPÇÃO DO HOMEM


O ser humano (ánthrôpos) é considerado como integrado por dois planos principais: a INDIVIDUALIDADE (pneuma) e a PERSONAGEM ou PERSONALIDADE; esta subdivide-se em dois: ALMA (psychê) e CORPO (sôma).


Mas, à semelhança da Divindade (cfr. GN 1:27), o Espírito humano (individualidade ou pneuma) possui tríplice manifestação: l. ª - a CENTELHA DIVINA, ou Cristo, partícula do pneuma hágion; essa centelha que é a fonte de todo o Espirito, está localizada e representada quase sempre por kardia (coração), a parte mais íntima e invisível, o âmago, o Eu Interno e Profundo, centro vital do homem;


2. ª - a MENTE ESPIRITUAL, parte integrante e inseparável da própria Centelha Divina. A Mente, em sua função criadora, é expressa por noús, e está também sediada no coração, sendo a emissora de pensamentos e intuições: a voz silenciosa da super-consciência;


3. ª - O ESPÍRITO, ou "individualização do Pensamento Universal". O "Espírito" propriamente dito, o pneuma, surge "simples e ignorante" (sem saber), e percorre toda a gama evolutiva através dos milênios, desde os mais remotos planos no Antissistema, até os mais elevados píncaros do Sistema (Pietro Ubaldi); no entanto, só recebe a designação de pneuma (Espírito) quando atinge o estágio hominal.


Esses três aspectos constituem, englobamente, na "Grande Síntese" de Pietro Ubaldi, o "ALPHA", o" espírito".


Realmente verificamos que, de acordo com GN 1:27, há correspondência perfeita nessa tríplice manifesta ção do homem com a de Deus: A - ao pneuma hágion (Espírito Santo) correspondente a invisível Centelha, habitante de kardía (coração), ponto de partida da existência;


B - ao patêr (Pai Criador, Verbo, Som Incriado), que é a Mente Divina, corresponde noús (a mente espiritual) que gera os pensamentos e cria a individualização de um ser;


C - Ao Filho Unigênito (Cristo Cósmico) corresponde o Espírito humano, ou Espírito Individualizado, filho da Partícula divina, (a qual constitui a essência ou EU PROFUNDO do homem); a individualidade é o EU que percorre toda a escala evolutiva, um Eu permanente através de todas as encarnações, que possui um NOME "escrito no livro da Vida", e que terminará UNIFICANDO-SE com o EU PROFUNDO ou Centelha Divina, novamente mergulhando no TODO. (Não cabe, aqui, discutir se nessa unificação esse EU perde a individualidade ou a conserva: isso é coisa que está tão infinitamente distante de nós no futuro, que se torna impossível perceber o que acontecerá).


No entanto, assim como Pneuma-Hágion, Patêr e Hyiós (Espírito-Santo, Pai e Filho) são apenas trê "aspectos" de UM SÓ SER INDIVISÍVEL, assim também Cristo-kardía, noús e pneuma (CristoSABEDORIA DO EVANGELHO coração, mente espiritual e Espírito) são somente três "aspectos" de UM SÓ SER INDIVÍVEL, de uma criatura humana.


ENCARNAÇÃO


Ao descer suas vibrações, a fim de poder apoiar-se na matéria, para novamente evoluir, o pneuma atinge primeiro o nível da energia (o BETA Ubaldiano), quando então a mente se "concretiza" no intelecto, se materializa no cérebro, se horizontaliza na personagem, começando sua "crucificação". Nesse ponto, o pneuma já passa a denominar-se psychê ou ALMA. Esta pode considerar-se sob dois aspectos primordiais: a diánoia (o intelecto) que é o "reflexo" da mente, e a psychê propriamente dita isto é, o CORPO ASTRAL, sede das emoções.


Num último passo em direção à matéria, na descida que lhe ajudará a posterior subida, atinge-se então o GAMA Ubaldiano, o estágio que o Novo Testamento designa com os vocábulos diábolos (adversário) e satanás (antagonista), que é o grande OPOSITOR do Espírito, porque é seu PÓLO NEGATIVO: a matéria, o Antissistema. Aí, na matéria, aparece o sôma (corpo), que também pode subdividir-se em: haima (sangue) que constitui o sistema vital ou duplo etérico e sárx (carne) que é a carapaça de células sólidas, último degrau da materialização do espírito.


COMPARAÇÃO


Vejamos se com um exemplo grosseiro nos faremos entender, não esquecendo que omnis comparatio claudicat.


Observemos o funcionamento do rádio. Há dois sistemas básicos: o transmissor (UM) e os receptores (milhares, separados uns dos outros).


Consideremos o transmissor sob três aspectos: A - a Força Potencial, capaz de transmitir;


B - a Antena Emissora, que produz as centelas;


C - a Onda Hertziana, produzida pelas centelhas.


Mal comparando, aí teríamos:

a) - o Espirito-Santo, Força e Luz dos Universos, o Potencial Infinito de Amor Concreto;


b) - o Pai, Verbo ou SOM, ação ativa de Amante, que produz a Vida


c) - o Filho, produto da ação (do Som), o Amado, ou seja, o Cristo Cósmico que permeia e impregna tudo.


Não esqueçamos que TUDO: atmosfera, matéria, seres e coisas, no raio de ação do transmissor, ficam permeados e impregnados em todos os seus átomos com as vibrações da onda hertziana, embora seja esta invisível e inaudível e insensível, com os sentidos desarmados; e que os três elementos (Força-
Antena e Onda) formam UM SÓ transmissor o Consideremos, agora, um receptor. Observaremos que a recepção é feita em três estágios:

a) - a captação da onda


b) - sua transformação


c) - sua exteriorização Na captação da onda, podemos distinguir - embora a operação seja uma só - os seguintes elementos: A - a onda hertziana, que permeia e impregna todos os átomos do aparelho receptor, mas que é captada realmente apenas pela antena;


B - o condensador variável, que estabelece a sintonia com a onda emitida pelo transmissor. Esses dois elementos constituem, de fato, C - o sistema RECEPTOR INDIVIDUAL de cada aparelho. Embora a onda hertziana seja UMA, emitida pelo transmissor, e impregne tudo (Cristo Cósmico), nós nos referimos a uma onda que entra no aparelho (Cristo Interno) e que, mesmo sendo perfeita; será recebida de acordo com a perfeição relativa da antena (coração) e do condensador variável (mente). Essa parte representaria, então, a individualidade, o EU PERFECTÍVEL (o Espírito).


Observemos, agora, o circuito interno do aparelho, sem entrar em pormenores, porque, como dissemos, a comparação é grosseira. Em linhas gerais vemos que a onda captada pelo sistema receptor propriamente dito, sofre modificações, quando passa pelo circuito retificador (que transforma a corrente alternada em contínua), e que representaria o intelecto que horizontaliza as ideias chegadas da mente), e o circuito amplificador, que aumenta a intensidade dos sinais (que seria o psiquismo ou emoções, próprias do corpo astral ou alma).


Uma vez assim modificada, a onda atinge, com suas vibrações, o alto-falante que vibra, reproduzindo os sinais que chegam do transmissor isto é, sentindo as pulsações da onda (seria o corpo vital ou duplo etérico, que nos dá as sensações); e finalmente a parte que dá sonoridade maior, ou seja, a caixa acústica ou móvel do aparelho (correspondente ao corpo físico de matéria densa).


Ora, quanto mais todos esses elementos forem perfeitos, tanto mais fiel e perfeito será a reprodução da onda original que penetrou no aparelho. E quanto menos perfeitos ou mais defeituosos os elementos, mais distorções sofrerá a onda, por vezes reproduzindo, em guinchos e roncos, uma melodia suave e delicada.


Cremos que, apesar de suas falhas naturais, esse exemplo dá a entender o funcionamento do homem, tal como conhecemos hoje, e tal como o vemos descrito em todas as doutrinas espiritualistas, inclusive

—veremos agora quiçá pela primeira vez - nos textos do Novo Testamento.


Antes das provas que traremos, o mais completas possível, vejamos um quadro sinóptico:
θεός DEUS
πνεϋµα άγιον Espírito Santo
λόγος Pai, Verbo, Som Criador
υίός - Χριστό CRISTO - Filho Unigênito
άνθρωπος HOMEM
иαρδία - Χριστ

ό CRISTO - coração (Centelha)


πνεϋµα νους mente individualidade
πνεϋµα Espírito
φυΧή διάγοια intelecto alma
φυΧή corpo astral personagem
σώµα αίµα sangue (Duplo) corpo
σάρ

ξ carne (Corpo)


A - O EMPREGO DAS PALAVRAS


Se apresentada pela primeira vez, como esta, uma teoria precisa ser amplamente documentada e comprovada, para que os estudiosos possam aprofundar o assunto, verificando sua realidade objetiva. Por isso, começaremos apresentando o emprego e a frequência dos termos supracitados, em todos os locais do Novo Testamento.


KARDÍA


Kardía expressa, desde Homero (Ilíada, 1. 225) até Platão (Timeu, 70 c) a sede das faculdades espirituais, da inteligência (ou mente) e dos sentimentos profundos e violentos (cfr. Ilíada, 21,441) podendo até, por vezes, confundir-se com as emoções (as quais, na realidade, são movimentos da psychê, e não propriamente de kardía). Jesus, porém, reiteradamente afirma que o coração é a fonte primeira em que nascem os pensamentos (diríamos a sede do Eu Profundo).


Com este último sentido, a palavra kardía aparece 112 vezes, sendo que uma vez (MT 12:40) em sentido figurado.


MT 5:8, MT 5:28; 6:21; 9:4; 11:29; 12:34 13-15(2x),19; 15:8,18,19; 18;35; 22;37; 24:48; MC 2:6, MC 2:8; 3:5;


4:15; 6;52; 7;6,19,21; 8:11; 11. 23; 12:30,33; LC 1:17, LC 1:51, LC 1:66; 2;19,35,51; 3:5; 5:22; 6:45; 8:12,15;


9:47; 10:27; 12:34; 16:15; 21:14,34; 24;25,32,38; JO 12:40(2x); 13:2; 14:1,27; 16:6,22 AT 2:26, AT 2:37, AT 2:46; AT 4:32; 5:3(2x); 7:23,39,51,54; 8;21,22; 11;23. 13:22; 14:17; 15:9; 16;14; 21:13; 28:27(2x);


RM 1:21, RM 1:24; 2:5,15,29; 5:5; 6:17; 8:27; 9:2; 10:1,6,8,9,10; 16:16; 1. ª Cor. 2:9; 4:5; 7:37; 14:25; 2. ª Cor. 1:22; 2:4; 3:2,3,15; 4:6; 5:12; 6:11; 7:3; 8:16; 9:7; GL 4:6; EF 1:18; EF 3:17; EF 4:18; EF 5:19; EF 6:5, EF 6:22;


Filp. 1:7; 4:7; CL 2:2; CL 3:15, CL 3:16, CL 3:22; CL 4:8; 1. ª Tess. 2:4,17; 3:13; 2. ª Tess. 2:17; 3:5; 1. ª Tim. 1:5; 2. ª Tim.


2:22; HB 3:8, HB 3:10, HB 3:12, HB 3:15; HB 4:7, HB 4:12; 8:10; 10:16,22; Tiago, 1:26; 3:14; 4:8; 5:5,8; 1. ª Pe. 1:22; 3:4,15; 2. ª Pe. 1:19; 2:15; 1; 1. ª JO 3;19,20(2x),21; AP 2:23; AP 17:17; AP 18:7.


NOÚS


Noús não é a "fonte", mas sim a faculdade de criar pensamentos, que é parte integrante e indivisível de kardía, onde tem sede. Já Anaxágoras (in Diógenes Laércio, livro 2. º, n. º 3) diz que noús (o Pensamento Universal Criador) é o "’princípio do movimento"; equipara, assim, noús a Lógos (Som, Palavra, Verbo): o primeiro impulsionador dos movimentos de rotação e translação da poeira cósmica, com isso dando origem aos átomos, os quais pelo sucessivo englobamento das unidades coletivas cada vez mais complexas, formaram os sistemas atômicos, moleculares e, daí subindo, os sistemas solares, gal áxicos, e os universos (cfr. vol. 3. º).


Noús é empregado 23 vezes com esse sentido: o produto de noús (mente) do pensamento (nóêma), usado 6 vezes (2. ª Cor. 2:11:3:14; 4:4; 10:5; 11:3; Filp. 4:7), e o verbo daí derivado, noeín, empregado

14 vezes (3), sendo que com absoluta clareza em João (João 12:40) quando escreve "compreender com o coração" (noêsôsin têi kardíai).


LC 24. 45; RM 1:28; RM 7:23, RM 7:25; 11:34; 12:2; 14. 5; l. ª Cor. 1. 10; 2:16:14:14,15,19; EF 4:17, EF 4:23; Filp.


4:7; CL 2:18; 2. ª Tess. 2. 2; 1. ª Tim. 6:5; 2. ª Tim. 3:8; TT 1:15;AP 13:18.


PNEUMA


Pneuma, o sopro ou Espírito, usado 354 vezes no N. T., toma diversos sentidos básicos: MT 15:17; MT 16:9, MT 16:11; 24:15; MC 7:18; MC 8:17; MC 13:14; JO 12:40; RM 1:20; EF 3:4, EF 3:20; 1. ª Tim. 1:7;


2. ª Tim. 2:7; HB 11:13

1. Pode tratar-se do ESPÍRITO, caracterizado como O SANTO, designando o Amor-Concreto, base e essência de tudo o que existe; seria o correspondente de Brahman, o Absoluto. Aparece com esse sentido, indiscutivelmente, 6 vezes (MT 12:31, MT 12:32; MC 3:29; LC 12:10; JO 4:24:1. ª Cor. 2:11).


Os outros aspectos de DEUS aparecem com as seguintes denominações:

a) - O PAI (ho patêr), quando exprime o segundo aspecto, de Criador, salientando-se a relação entre Deus e as criaturas, 223 vezes (1); mas, quando se trata do simples aspecto de Criador e Conservador da matéria, é usado 43 vezes (2) o vocábulo herdado da filosofia grega, ho lógos, ou seja, o Verbo, a Palavra que, ao proferir o Som Inaudível, movimenta a poeira cósmica, os átomos, as galáxias.


(1) MT 5:16, MT 5:45, MT 5:48; MT 6:1, MT 6:4, MT 6:6, MT 6:8,9,14,15,26,32; 7:11,21; 10:20,29,32,33; 11:25,27; 12:50; 13:43; 15:13; 16:17,27; 18:10,14,19,35; 20:23; 23:9; 24:36; 25:34:26:29,39,42,53; MC 8:25; MC 11:25, MC 11:32; MC 11:14:36; LC 2:49; LC 2:6:36;9:26;10:21,22;11:2,13;12:30,32;22:29,42;23:34,46;24:49;JO 1:14, JO 1:18; JO 1:2:16;3:35;4:21,23;5:1 7,18,19,20,21,22,23,26,36,37,43,45,46,27,32,37,40,44,45,46,57,65;8:18,19,27,28,38,41,42,49,54;10:1 5,17,18,19,25,29,30,32,35,38;11:41;12:26,27,28,49,50;13:1,3;14:2,6,7,8,9,10,11,13,16,20,21,24,26,28, 31,15:1,8,9,10,15,16,23,24,26;16:3,10,15,17,25,26,27,28,32;17:1,5,11,21,24,25; 18:11; 20:17,21;AT 1:4, AT 1:7; AT 1:2:33;Rom. 1:7;6:4;8:15;15:6;1. º Cor. 8:6; 13:2; 15:24; 2. º Cor. 1:2,3; 6:18; 11:31; Gól. 1:1,3,4; 4:6; EF 1:2, EF 1:3, EF 1:17; EF 2:18; EF 2:3:14; 4:6; 5:20; FP 1:2; FP 2:11; FP 4:20; CL 1:2, CL 1:3, CL 1:12:3:17; 1. 0 Teõs. 1:1,3; 3:11,13; 2° Tess. 1:1 2; : 2:16; 1. º Tim. 1:2; 2. º Tim. 1:2; TT 1:4; Flm. 3; HB 1:5; HB 12:9; Tiago 1:17, Tiago 1:27:3:9; 1° Pe. 1:2,3,17; 2. º Pe. 1:17, 1. º JO 1:2,3; 2:1,14,15,16, 22,23,24; 3:1; 4:14; 2. º JO 3,4,9; Jud. 9; AP 1:6; AP 2:28; AP 3:5, AP 3:21; 14:1. (2) MT 8:8; LC 7:7; JO 1:1, JO 1:14; 5:33; 8:31,37,43,51,52,55; 14:23,24; 15:20; 17:61417; 1. º Cor. 1:13; 2. º Cor. 5:19; GL 6:6; Filp. 2:6; Cor. 1:25; 3:16; 4:3; 1. º Tess. 1:6; 2. º Tess. 3:1; 2. º Tim. 2:9; Heb. : 12; 6:1; 7:28; 12:9; Tiago, 1:21,22,23; 1. ° Pe. 1:23; 2. º Pe. 3:5,7; 1. º JO 1:1,10; 2:5,7,14; AP 19:13.


b) - O FILHO UNIGÊNITO (ho hyiós monogenês), que caracteriza o CRISTO CÓSMICO, isto é, toda a criação englobadamente, que é, na realidade profunda, um dos aspectos da Divindade. Não se trata, como é claro, de panteísmo, já que a criação NÃO constitui a Divindade; mas, ao invés, há imanência (Monismo), pois a criação é UM DOS ASPECTOS, apenas, em que se transforma a Divindade. Esta, além da imanência no relativo, é transcendente como Absoluto; além da imanência no tempo, é transcendente como Eterno; além da imanência no finito, é transcendente como Infinito.


A expressão "Filho Unigênito" só é usada por João (1:14,18; 13:16,18 e 1. a JO 4:9). Em todos os demais passos é empregado o termo ho Christós, "O Ungido", ou melhor, "O Permeado pela Divindade", que pode exprimir tanto o CRISTO CÓSMICO que impregna tudo, quanto o CRISTO INTERNO, se o olhamos sob o ponto de vista da Centelha Divina no âmago da criatura.


Quando não é feita distinção nos aspectos manifestantes, o N. T. emprega o termo genérico ho theós Deus", precedido do artigo definido.


2. Além desse sentido, encontramos a palavra pneuma exprimindo o Espírito humano individualizado; essa individualização, que tem a classificação de pneuma, encontra-se a percorrer a trajetória de sua longa viagem, a construir sua própria evolução consciente, através da ascensão pelos planos vibratórios (energia e matéria) que ele anima em seu intérmino caminhar. Notemos, porém, que só recebe a denominação de pneuma (Espírito), quando atinge a individualização completa no estado hominal (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 79: "Os Espíritos são a individualização do Princípio Inteligente, isto é, de noús).


Logicamente, portanto, podemos encontrar espíritos em muitos graus evolutivos, desde os mais ignorantes e atrasados (akátharton) e enfermos (ponêrón) até os mais evoluídos e santos (hágion).


Todas essas distinções são encontradas no N. T., sendo de notar-se que esse termo pneuma pode designar tanto o espírito encarnado quanto, ao lado de outros apelativos, o desencarnado.


Eis, na prática, o emprego da palavra pneuma no N. T. :

a) - pneuma como espírito encarnado (individualidade), 193 vezes: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; 4:1; 5:3; 10:20; 26:41; 27:50; MC 1:8; MC 2:8; MC 8:12; MC 14:38; LC 1:47, LC 1:80; 3:16, 22; 8:55; 23:46; 24. 37, 39; JO 1:33; JO 3:5, JO 3:6(2x), 8; 4:23; 6:63; 7:39; 11:33; 13:21; 14:17, 26; 15:26; 16:13; 19-30, 20:22; AT 1:5, AT 1:8; 5:3; 32:7:59; 10:38; 11:12,16; 17:16; 18:25; 19:21; 20:22; RM 1:4, RM 1:9; 5:5; 8:2, 4, 5(2x), 6, 9(3x), 10, 11(2x),13, 14, 15(2x), 16(2x), 27; 9:1; 12:11; 14:17; 15:13, 16, 19, 30; 1° Cor. 2:4, 10(2x), 11, 12; 3:16; 5:3,4, 5; 6:11, 17, 19; 7:34, 40; 12:4, 7, 8(2x), 9(2x), 11, 13(2x); 14:2, 12, 14, 15(2x), 16:32; 15:45; 16:18; 2º Cor. 1:22; 2:13; 3:3, 6, 8, 17(2x), 18; 5:5; 6:6; 7:1, 13; 12:18; 13:13; GL 3:2, GL 3:3, GL 3:5; 4:6, 29; 5:5,16,17(2x), 18, 22, 25(2x1); 6:8(2x),18; EF 1:13, EF 1:17; 2:18, 22; 3:5, 16; 4:3, 4:23; 5:18; 6:17, 18; Philp. 1:19, 27; 2:1; 3:3; 4:23; CL 1:8; CL 2:5; 1º Tess. 1:5, 6; 4:8; 5:23; 2. º Tess. 2:13; 1. º Tim. 3:16; 4:22; 2. º Tim. 1:14; TT 3:5; HB 4:12, HB 6:4; HB 9:14; HB 10:29; HB 12:9; Tiago, 2:26:4:4; 1. º Pe. 1:2, 11, 12; 3:4, 18; 4:6,14; 1. º JO 3:24; JO 4:13; JO 5:6(2x),7; Jud. 19:20; AP 1:10; AP 4:2; AP 11:11.


b) - pneuma como espírito desencarnado:


I - evoluído ou puro, 107 vezes:


MT 3:16; MT 12:18, MT 12:28; 22:43; MC 1:10, MC 1:12; 12:36; 13. 11; LC 1:15, LC 1:16, LC 1:41, LC 1:67; 2:25, 27; 4:1, 14, 18; 10:21; 11:13; 12:12; JO 1:32; JO 3:34; AT 1:2, AT 1:16; 2:4(2x), 17, 18, 33(2x), 38; 4:8; 25, 31; 6:3, 10; 7:51, 55; 8:15, 17, 18, 19, 29, 39; 9:17, 31; 10:19, 44, 45, 47; 11:15, 24, 28; 13:2, 4, 9, 52; 15:8, 28; 16:6, 7; 19:1, 2, 6; 20:22, 28; 21:4, 11; 23:8, 9; 28:25; 1. º Cor. 12:3(2x), 10; 1. º Tess. 5:9; 2. º Tess. 2:2; 1. ° Tim. 4:1; HB 1:7, HB 1:14; 2:4; 3:7; 9:8; 10:15; 12:23; 2. º Pe. 1:21; 1. ° JO 4:1(2x), 2, 3, 6; AP 1:4; AP 2:7, AP 2:11, AP 2:17, AP 2:29; 3:1, 6, 13, 22; 4:5; 5:6; 14:13; 17:3:19. 10; 21. 10; 22:6, 17.


II - involuído ou não-purificado, 39 vezes:


MT 8:16; MT 10:1; MT 12:43, MT 12:45; MC 1:23, MC 1:27; 3:11, 30; 5:2, 8, 13; 6:7; 7:25; 9:19; LC 4:36; LC 6:18; LC 7:21; LC 8:2; LC 10:20; LC 11:24, LC 11:26; 13:11; AT 5:16; AT 8:7; AT 16:16, AT 19:12, AT 19:13, AT 19:15, AT 19:16; RM 11:8:1. ° Cor. 2:12; 2. º Cor. 11:4; EF 2:2; 1. º Pe. 3:19; 1. º JO 4:2, 6; AP 13:15; AP 16:13; AP 18:2.


c) - pneuma como "espírito" no sentido abstrato de "caráter", 7 vezes: (JO 6:63; RM 2:29; 1. ª Cor. 2:12:4:21:2. ª Cor. 4:13; GL 6:1 e GL 6:2. ª Tim. 1:7)


d) - pneuma no sentido de "sopro", 1 vez: 2. ª Tess. 2:8 Todavia, devemos acrescentar que o espírito fora da matéria recebia outros apelativo, conforme vimos (vol. 1) e que não é inútil recordar, citando os locais.


PHÁNTASMA, quando o espírito, corpo astral ou perispírito se torna visível; termo que, embora frequente entre os gregos, só aparece, no N. T., duas vezes (MT 14:26 e MC 6:49).

ÁGGELOS (Anjo), empregado 170 vezes, designa um espírito evoluído (embora nem sempre de categoria acima da humana); essa denominação específica que, no momento em que é citada, tal entidade seja de nível humano ou supra-humano - está executando uma tarefa especial, como encarrega de "dar uma mensagem", de "levar um recado" de seus superiores hierárquicos (geralmente dizendo-se "de Deus"): MT 1:20, MT 1:24; 2:9, 10, 13, 15, 19, 21; 4:6, 11; 8:26; 10:3, 7, 22; 11:10, 13; 12:7, 8, 9, 10, 11, 23; 13:39, 41, 49; 16:27; 18:10; 22:30; 24:31, 36; 25:31, 41; 26:53; 27:23; 28:2, 5; MC 1:2, MC 1:13; 8:38; 12:25; 13:27, 32; LC 1:11, LC 1:13, LC 1:18, LC 1:19, 26, 30, 34, 35, 38; 4:10, 11; 7:24, 27; 9:26, 52; 12:8; 16:22; 22:43; 24:23; JO 1:51; JO 12:29; JO 20:12 AT 5:19; AT 6:15; AT 7:30, AT 7:35, AT 7:38, AT 7:52; 12:15; 23:8, 9; RM 8:38; 1. ° Cor. 4:9; 6:3; 11:10; 13:1; 2. º Cor. 11:14; 12:7; GL 1:8; GL 3:19; GL 4:14; CL 2:18; 2. º Tess. 1:7; 1. ° Tim. 3:16; 5:21; HB 1:4, HB 1:5, HB 1:6, HB 1:7, 13; 2:2, 5, 7, 9, 16; 12:22; 13:2; Tiago 2:25; 1. º Pe. 1:4, 11; Jud. 6; AP 1:1, AP 1:20; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 5, 7, 9, 14; 5:2, 11; 7:1, 11; 8:2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13; 9:1, 11, 13, 14, 15; 10:1, 5, 7, 8, 9, 10; 11:15; 12:7, 9, 17; 14:6, 9, 10, 15, 17, 18, 19; 15:1, 6, 7, 8, 10; 16:1, 5; 17:1, 7; 18:1, 21; 19:17; 20:1; 21:9, 12, 17; 22:6, 8, 16. BEEZEBOUL, usado 7 vezes: (MT 7. 25; 12:24, 27; MC 3:22; LC 11:15, LC 11:18, LC 11:19) só nos Evangelhos, é uma designação de chefe" de falange, "cabeça" de espíritos involuído.


DAIMÔN (uma vez, em MT 8:31) ou DAIMÓNION, 55 vezes, refere-se sempre a um espírito familiar desencarnado, que ainda conserva sua personalidade humana mesmo além túmulo. Entre os gregos, esse termo designava quer o eu interno, quer o "guia". Já no N. T. essa palavra identifica sempre um espírito ainda não-esclarecido, não evoluído, preso à última encarnação terrena, cuja presença prejudica o encarnado ao qual esteja ligado; tanto assim que o termo "demoníaco" é, para Tiago, sinônimo de "personalístico", terreno, psíquico. "não é essa sabedoria que desce do alto, mas a terrena (epígeia), a personalista (psychike), a demoníaca (demoniôdês). (Tiago, 3:15)


MT 7:22; MT 9:33, MT 9:34; 12:24, 27, 28; 10:8; 11:18; 17:18; MC 1:34, MC 1:39; 3:15, 22; 6:13; 7:26, 29, 30; 9:38; 16:9, 17; LC 4:33, LC 4:35, LC 4:41; 7:33; 8:2, 27, 29, 30, 33, 35, 38; 9:1, 42, 49; 10:17; 11:14, 15, 18, 19, 20; 13:32; JO 7:2; JO 8:48, JO 8:49, JO 8:52; 10:20, 21; AT 17:18; 1. ª Cor. 10:20, 21; 1. º Tim. 4:1; Tiago 2:16; Apoc 9:20; 16:24 e 18:2.


Ao falar de desencarnados, aproveitemos para observar como era designado o fenômeno da psicofonia: I - quando se refere a uma obsessão, com o verbo daimonízesthai, que aparece 13 vezes (MT 4:24;


8:16, 28, 33; 9:32; 12:22; 15:22; Marc 1:32; 5:15, 16, 18; LC 8:36; JO 10:21, portanto, só empregado pelos evangelistas).


II - quando se refere a um espírito evoluído, encontramos as expressões:

• "cheio de um espírito (plêrês, LC 4:1; AT 6:3, AT 6:5; 7:55; 11:24 - portanto só empregado por Lucas);


• "encher-se" (pimplánai ou plêthein, LC 1:15, LC 1:41, LC 1:67; AT 2:4; AT 4:8, AT 4:31; 9:17; 13:19 - portanto, só usado por Lucas);


• "conturbar-se" (tarássein), JO 11:33 e JO 13:21).


Já deixamos bem claro (vol 1) que os termos satanás ("antagonista"), diábolos ("adversário") e peirázôn ("tentador") jamais se referem, no N. T., a espíritos desencarnados, mas expressam sempre "a matéria, e por conseguinte também a "personalidade", a personagem humana que, com seu intelecto vaidoso, se opõe, antagoniza e, como adversário natural do espírito, tenta-o (como escreveu Paulo: "a carne (matéria) luta contra o espírito e o espírito contra a carne", GL 5:17).


Esses termos aparecem: satanãs, 33 vezes (MT 4:10; MT 12:26; MT 16:23; MC 1:13; MC 3:23, MC 3:26; 4:15; 8:33; LC 10:18; LC 11:18; LC 13:16; LC 22:3; JO 13:27, JO 13:31; AT 5:3; AT 26:18; RM 16:20; 1. º Cor. 5:5; 7:5; 2. º Cor. 2:11; 11:14; 12:17; 1. ° Tess. 2:18; 2. º Tess. 2:9; 1. º Tim. 1:20; 5:15; AP 2:9, AP 2:13, AP 2:24; 3:9; 12:9; 20:2, 7); diábolos, 35 vezes (MT 4:1, MT 4:5, MT 4:8, MT 4:11; 13:39; 25:41; LC 4:2, LC 4:3, LC 4:6, LC 4:13; 8:12; JO 6:70; JO 8:44; JO 13:2; AT 10:38; AT 13:10; EF 4:27; EF 6:11; 1. º Tim. 3:6, 7, 11; 2. º Tim. 2:26; 3:3 TT 2:3; HB 2:14; Tiago, 4:7; 1. º Pe. 5:8; 1. º JO 3:8, 10; Jud. 9; AP 2:10; AP 12:9, AP 12:12; 20:2,10) e peirázôn, duas vezes (MT 4:3 e MT 4:1. ª Tess. 3:5).


DIÁNOIA


Diánoia exprime a faculdade de refletir (diá+noús), isto é, o raciocínio; é o intelecto que na matéria, reflete a mente espiritual (noús), projetando-se em "várias direções" (diá) no mesmo plano. Usado 12 vezes (MT 22:37; MC 12:30: LC 1:51; LC 10:27: EF 2:3; EF 4:18; CL 1:21; HB 8:10; HB 10:16; 1. ª Pe. 1:13; 2. ª Pe. 3:1; 1. ª JO 5:20) na forma diánoia; e na forma dianóêma (o pensamento) uma vez em LC 11:17. Como sinônimo de diánoia, encontramos, também, synesis (compreensão) 7 vezes (MC 12:33; LC 2:47; 1. ª Cor. 1:19; EF 3:4; CL 1:9 e CL 2:2; e 2. ª Tim. 2:7). Como veremos logo abaixo, diánoia é parte inerente da psychê, (alma).


PSYCHÊ


Psychê é a ALMA, isto é, o "espírito encarnado (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 134: " alma é o espírito encarnado", resposta dada, evidentemente, por um "espírito" afeito à leitura do Novo Testamento).


A psychê era considerada pelos gregos como o atualmente chamado "corpo astral", já que era sede dos desejos e paixões, isto é, das emoções (cfr. Ésquilo, Persas, 841; Teócrito, 16:24; Xenofonte, Ciropedia, 6. 2. 28 e 33; Xen., Memoráveis de Sócrates, 1. 13:14; Píndaro, Olímpicas, 2. 125; Heródoto, 3. 14; Tucídides, 2. 40, etc.) . Mas psychê também incluía, segundo os gregos, a diánoia ou synesis, isto é, o intelecto (cfr. Heródoto, 5. 124; Sófocles, Édipo em Colona, 1207; Xenofonte, Hieron, 7. 12; Plat ão, Crátilo, 400 a).


No sentido de "espírito" (alma de mortos) foi usada por Homero (cfr. Ilíada 1. 3; 23. 65, 72, 100, 104;


Odisseia, 11. 207,213,222; 24. 14 etc.), mas esse sentido foi depressa abandonado, substituído por outros sinônimos (pnenma, eikôn, phántasma, skiá, daimôn, etc.) .


Psychê é empregado quase sempre no sentido de espírito preso à matéria (encarnado) ou seja, como sede da vida, e até como a própria vida humana, isto é, a personagem terrena (sede do intelecto e das emoções) em 92 passos: Mar. 2:20; 6:25; 10:28, 39; 11:29; 12:18; 16:25, 26; 20:28; 22:37; 26:38; MC 3:4; MC 8:35, MC 8:36, MC 8:37; 10:45; 12:30; 14:34; LC 1:46; LC 2:35; LC 6:9; LC 9:24(2x), 56; 10:27; 12:19, 20, 22, 23; 14:26; 17:33; 21:19; JO 10:11, JO 10:15, JO 10:17, JO 10:18, 24; 12:25, 27; 13:37, 38; 15:13; AT 2:27, AT 2:41, AT 2:43; 3:23; 4:32; 7:14; 14:2, 22; 15:24, 26; 20:10, 24; 27:10, 22, 37, 44; RM 2:9; RM 11:3; RM 13:1; RM 16:4; 1. º Cor. 15:45; 2. º Cor. 1:23; 12:15; EF 6:6; CL 3:23; Flp. 1:27; 2:30; 1. º Tess. 2:8; 5:23; HB 4:12; HB 6:19; HB 10:38, HB 10:39; 12:3; 13:17; Tiago 1:21; Tiago 5:20; 1. º Pe. 1:9, 22; 2:11, 25; 4:19; 2. º Pe. 2:8, 14; 1. º JO 3:16; 3. º JO 2; AP 12:11; AP 16:3; AP 18:13, AP 18:14.


Note-se, todavia, que no Apocalipse (6:9:8:9 e 20:4) o termo é aplicado aos desencarnados por morte violenta, por ainda conservarem, no além-túmulo, as características da última personagem terrena.


O adjetivo psychikós é empregado com o mesmo sentido de personalidade (l. ª Cor. 2:14; 15:44, 46; Tiago, 3:15; Jud. 19).


Os outros termos, que entre os gregos eram usados nesse sentido de "espírito desencarnado", o N. T.


não os emprega com essa interpretação, conforme pode ser verificado:

EIDOS (aparência) - LC 3:22; LC 9:29; JO 5:37; 2. ª Cor. 5:7; 1. ª Tess. 5:22.


EIDÔLON (ídolo) - AT 7:41; AT 15:20; RM 2:22; 1. ª Cor. 8:4, 7; 10:19; 12; 2; 2. ª Cor. 6:16; 1. ª Tess.


1:9; 1. ª JO 5:21; AP 9:20.


EIKÔN (imagem) - MT 22:20; MC 12:16; LC 20:24; RM 1:23; 1. ª Cor. 11:7; 15:49 (2x) ; 2. ª Cor. 3:18; 4:4; CL 1:5; CL 3:10; HB 10:11; AP 13:14; AP 14:2, AP 14:11; 15:2; 19 : 20; 20 : 4.


SKIÁ (sombra) - MT 4:16; MC 4:32; LC 1:79; AT 5:15; CL 2:17; HB 8:5; HB 10:1.


Também entre os gregos, desde Homero, havia a palavra thumós, que era tomada no sentido de alma encarnada". Teve ainda sentidos diversos, exprimindo "coração" quer como sede do intelecto, quer como sede das paixões. Fixou-se, entretanto, mais neste último sentido, e toda, as vezes que a deparamos no Novo Testamento é, parece, com o designativo "força". (Cfr. LC 4:28; AT 19:28; RM 2:8; 2. ª Cor. 12:20; GL 5:20; EF 4:31; CL 3:8; HB 11:27; AP 12:12; AP 14:8, AP 14:10, AP 14:19; 15:1, 7; 16:1, 19; 18:3 e 19:15)


SOMA


Soma exprime o corpo, geralmente o físico denso, que é subdividido em carne (sárx) e sangue (haima), ou seja, que compreende o físico denso e o duplo etérico (e aqui retificamos o que saiu publicado no vol. 1, onde dissemos que "sangue" representava o astral).


Já no N. T. encontramos uma antecipação da moderna qualificação de "corpos", atribuída aos planos ou níveis em que o homem pode tornar-se consciente. Paulo, por exemplo, emprega soma para os planos espirituais; ao distinguir os "corpos" celestes (sómata epouránia) dos "corpos" terrestres (sómata epígeia), ele emprega soma para o físico denso (em lugar de sárx), para o corpo astral (sôma psychikôn) e para o corpo espiritual (sôma pneumatikón) em 1. ª Cor. 15:40 e 44.


No N. T. soma é empregado ao todo 123 vezes, sendo 107 vezes no sentido de corpo físico-denso (material, unido ou não à psychê);


MT 5:29, MT 5:30; 6:22, 25; 10:28(2x); 26:12; 27:58, 59; MC 5:29; MC 14:8; MC 15:43; LC 11:34; LC 12:4, LC 12:22, LC 12:23; 17:37; 23:52, 55; 24:3, 23; JO 2:21; JO 19:31, JO 19:38, JO 19:40; 20:12; Aros. 9:40; RM 1:24; RM 4:19; RM 6:6, RM 6:12; 7:4, 24; 8:10, 11, 13, 23; 12:1, 4; 1. º Cor. 5:13; 6:13(2x), 20; 7:4(2x), 34; 9:27; 12:12(3x),14, 15(2x), 16 (2x), 17, 18, 19, 20, 22, 23, 24, 25; 13:3; 15:37, 38(2x) 40). 2. 0 Cor. 4:40; 5:610; 10:10; 12:2(2x); Gól. 6:17; EF 2:16; EF 5:23, EF 5:28; Ft. 3:21; CL 2:11, CL 2:23; 1. º Tess. 5:23; HB 10:5, HB 10:10, HB 10:22; 13:3, 11; Tiago 2:11, Tiago 2:26; 3:2, 3, 6; 1. º Pe. 2:24; Jud. 9; AP 18:13. Três vezes como "corpo astral" (MT 27:42; 1. ª Cor. 15:14, duas vezes); duas vezes como "corpo espiritual" (1. º Cor. 15:41); e onze vezes com sentido simbólico, referindo-se ao pão, tomado como símbolo do corpo de Cristo (MT 26:26; MC 14:22; LC 22:19; RM 12:5; 1. ª Cor. 6:15; 10:16, 17; 11:24; 12:13, 27; EF 1:23; EF 4:4, EF 4:12, EF 4:16; Filp. 1:20; CL 1:18, CL 1:22; 2:17; 3:15).


HAIMA


Haima, o sangue, exprime, como vimos, o corpo vital, isto é, a parte que dá vitalização à carne (sárx), a qual, sem o sangue, é simples cadáver.


O sangue era considerado uma entidade a parte, representando o que hoje chamamos "duplo etérico" ou "corpo vital". Baste-nos, como confirmação, recordar que o Antigo Testamento define o sangue como "a alma de toda carne" (LV 17:11-14). Suma importância, por isso, é atribuída ao derramamento de sangue, que exprime privação da "vida", e representa quer o sacrifício em resgate de erros e crimes, quer o testemunho de uma verdade.


A palavra é assim usada no N. T. :

a) - sangue de vítimas (HB 9:7, HB 9:12, HB 9:13, HB 9:18, 19, 20, 21, 22, 25; 10:4; 11:28; 13:11). Observe-se que só nessa carta há preocupação com esse aspecto;


b) - sangue de Jesus, quer literalmente (MT 27:4, MT 27:6, MT 27:24, MT 27:25; LC 22:20; JO 19:34; AT 5:28; AT 20:28; RM 5:25; RM 5:9; EF 1:7; EF 2:13; CL 1:20; HB 9:14; HB 10:19, HB 10:29; 12:24; 13:12, 20; 1. ª Pe. 1:2,19; 1. ª JO 1:7; 5:6, 8; AP 1:5; AP 5:9; AP 7:14; AP 12:11); quer simbolicamente, quando se refere ao vinho, como símbolo do sangue de Cristo (MT 26:28; MC 14:24; JO 6:53, JO 6:54, JO 6:55, JO 6:56; 1. ª Cor. 10:16; 11:25, 27).


c) - o sangue derramado como testemunho de uma verdade (MT 23:30, MT 23:35; 27:4; LC 13:1; AT 1:9; AT 18:6; AT 20:26; AT 22:20; RM 3:15; HB 12:4; AP 6:10; 14,: 20; 16:6; 17:6; 19:2, 13).


d) - ou em circunstâncias várias (MC 5:25, MC 5:29; 16:7; LC 22:44; JO 1:13; AT 2:19, AT 2:20; 15:20, 29; 17:26; 21:25; 1. ª Cor. 15:50; GL 1:16; EF 6:12; HB 2:14; AP 6:12; AP 8:7; AP 15:3, AP 15:4; 11:6).


SÁRX


Sárx é a carne, expressão do elemento mais grosseiro do homem, embora essa palavra substitua, muitas vezes, o complexo soma, ou seja, se entenda, com esse termo, ao mesmo tempo "carne" e "sangue".


Apesar de ter sido empregada simbolicamente por Jesus (JO 6:51, JO 6:52, JO 6:53, JO 6:54, 55 e 56), seu uso é mais literal em todo o resto do N. T., em 120 outros locais: MT 19:56; MT 24:22; MT 26:41; MC 10:8; MC 13:20; MC 14:38; LC 3:6; LC 24:39; JO 1:14; JO 3:6(2x); 6:63; 8:15; 17:2; AT 2:7, AT 2:26, AT 2:31; RM 1:3; RM 2:28; RM 3:20; RM 4:1; RM 6:19; RM 7:5, RM 7:18, RM 7:25; 8:3, 4(2x), 5(2x), 6, 7, 8, 9, 13(2x); 9:358; 11:14; 13:14; 1. º Cor. 1:2629; 5:5; 6:16; 7:28;10:18; 15:39(2x),50; 2. º Cor. 1:17; 4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3(2x); 1:18; 12:7; GL 2:16, GL 2:20; 3:3; 4:13, 14, 23; 5:13, 16, 17, 19, 24; 6:8(2x), 12, 13; EF 2:3, EF 2:11, EF 2:14; 5:29, 30, 31; 6:5; CL 1:22, CL 1:24; 2:1, 5, 11, 13, 18, 23; 3:22, 24; 3:34; 1. º Tim. 3:6; Flm. 16; HB 5:7; HB 9:10, HB 9:13; 10:20; 12:9; Tiago 5:3; 1. º Pe. 1:24; 3;18, 21; 4:1, 2, 6; 2. º Pe. 2:10, 18; 1. º JO 2:16; 4:2; 2. º JO 7; Jud. 7, 8, 23; AP 17:16; AP 19:21.


B - TEXTOS COMPROBATÓRIOS


Respiguemos, agora, alguns trechos do N. T., a fim de comprovar nossas conclusões a respeito desta nova teoria.


Comecemos pela distinção que fazemos entre individualidade (ou Espírito) e a personagem transitória humana.


INDIVIDUALIDADE- PERSONAGEM


Encontramos essa distinção explicitamente ensinada por Paulo (l. ª Cor. 15:35-50) que classifica a individualidade entre os "corpos celestiais" (sómata epouránia), isto é, de origem espiritual; e a personagem terrena entre os "corpos terrenos" (sómata epígeia), ou seja, que têm sua origem no próprio planeta Terra, de onde tiram seus elementos constitutivos (físicos e químicos). Logo a seguir, Paulo torna mais claro seu pensamento, denominando a individualidade de "corpo espiritual" (sôma pneumatikón) e a personagem humana de "corpo psíquico" (sôma psychikón). Com absoluta nitidez, afirma que a individualidade é o "Espírito vivificante" (pneuma zoopioún), porque dá vida; e que a personagem, no plano já da energia, é a "alma que vive" (psychê zôsan), pois recebe vida do Espírito que lhe constitui a essência profunda.


Entretanto, para evitar dúvidas ou más interpretações quanto ao sentido ascensional da evolução, assevera taxativamente que o desenvolvimento começa com a personalidade (alma vivente) e só depois que esta se desenvolve, é que pode atingir-se o desabrochar da individualidade (Espírito vivificante).


Temos, pois, bem estabelecida a diferença fundamental, ensinada no N. T., entre psychê (alma) e pneuma (Espírito).


Mas há outros passos em que esses dois elementos são claramente distinguidos:

1) No Cântico de Maria (LC 1:46) sentimos a diferença nas palavras "Minha alma (psychê) engrandece o Senhor e meu Espírito (pneuma) se alegra em Deus meu Salvador".


2) Paulo (Filp. 1:27) recomenda que os cristãos tenham "um só Espírito (pneuma) e uma só alma (psychê), distinção desnecessária, se não expressassem essas palavras coisas diferentes.


3) Ainda Paulo (l. ª Tess. 5:23) faz votos que os fiéis "sejam santificados e guardados no Espírito (pneuma) na alma (psychê) e no corpo (sôma)", deixando bem estabelecida a tríade que assinalamos desde o início.


4) Mais claro ainda é o autor da Carta dos Hebreus (quer seja Paulo Apolo ou Clemente Romano), ao


. utilizar-se de uma expressão sintomática, que diz: "o Logos Divino é Vivo, Eficaz; e mais penetrante que qualquer espada, atingindo até a divisão entre o Espirito (pneuma) e a alma (psychê)" (HB 4:12); aí não há discussão: existe realmente uma divisão entre espírito e alma.


5) Comparando, ainda, a personagem (psiquismo) com a individualidade Paulo afirma que "fala não palavras aprendidas pela sabedoria humana, mas aprendidas do Espírito (divino), comparando as coisas espirituais com as espirituais"; e acrescenta, como esclarecimento e razão: "o homem psíquico (ho ánthrôpos psychikós, isto é, a personagem intelectualizada) não percebe as coisas do Espírito Divino: são tolices para ele, e não pode compreender o que é discernido espiritualmente; mas o homem espiritual (ho ánthrôpos pneumatikós, ou, seja, a individualidade) discerne tudo, embora não seja discernido por ninguém" (1. ª Cor. 2:13-15).


Portanto, não há dúvida de que o N. T. aceita os dois aspectos do "homem": a parte espiritual, a tríade superior ou individualidade (ánthrôpos pneumatikós) e a parte psíquica, o quaternário inferior ou personalidade ou personagem (ánthrôpos psychikós).


O CORPO


Penetremos, agora, numa especificação maior, observando o emprego da palavra soma (corpo), em seu complexo carne-sangue, já que, em vários passos, não só o termo sárx é usado em lugar de soma, como também o adjetivo sarkikós (ou sarkínos) se refere, como parte externa visível, a toda a personagem, ou seja, ao espírito encarnado e preso à matéria; e isto sobretudo naqueles que, por seu atraso, ainda acreditam que seu verdadeiro eu é o complexo físico, já que nem percebem sua essência espiritual.


Paulo, por exemplo, justifica-se de não escrever aos coríntios lições mais sublimes, porque não pode falar-lhes como a "espirituais" (pnenmatikoí, criaturas que, mesmo encarnadas, já vivem na individualidade), mas só como a "carnais" (sarkínoi, que vivem só na personagem). Como a crianças em Cristo (isto é, como a principiantes no processo do conhecimento crístico), dando-lhes leite a beber, não comida, pois ainda não na podem suportar; "e nem agora o posso, acrescenta ele, pois ainda sois carnais" (1. ª Cor. 3:1-2).


Dessa forma, todos os que se encontram na fase em que domina a personagem terrena são descritos por Paulo como não percebendo o Espírito: "os que são segundo a carne, pensam segundo a carne", em oposição aos "que são segundo o espírito, que pensam segundo o espírito". Logo a seguir define a "sabedoria da carne como morte, enquanto a sabedoria do Espírito é Vida e Paz" (Rom, 8:5-6).


Essa distinção também foi afirmada por Jesus, quando disse que "o espírito está pronto (no sentido de" disposto"), mas a carne é fraca" (MT 26:41; MC 14:38). Talvez por isso o autor da Carta aos Hebreus escreveu, ao lembrar-se quiçá desse episódio, que Jesus "nos dias de sua carne (quando encarnado), oferecendo preces e súplicas com grande clamor e lágrimas Àquele que podia livrá-lo da morte, foi ouvido por causa de sua devoção e, não obstante ser Filho de Deus (o mais elevado grau do adeptado, cfr. vol. 1), aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu" (Heb, 5:7-8).


Ora, sendo assim fraca e medrosa a personagem humana, sempre tendente para o mal como expoente típico do Antissistema, Paulo tem o cuidado de avisar que "não devemos submeter-nos aos desejos da carne", pois esta antagoniza o Espírito (isto é constitui seu adversário ou diábolos). Aconselha, então que não se faça o que ela deseja, e conforta os "que são do Espírito", assegurando-lhes que, embora vivam na personalidade, "não estão sob a lei" (GL 5:16-18). A razão é dada em outro passo: "O Senhor é Espírito: onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2. ª Cor. 3:17).


Segundo o autor da Carta aos Hebreus, esta foi uma das finalidades da encarnação de Jesus: livrar a personagem humana do medo da morte. E neste trecho confirma as palavras do Mestre a Nicodemos: "o que nasce de carne é carne" (JO 3:6), esclarecendo, ao mesmo tempo, no campo da psicobiologia, (o problema da hereditariedade: dos pais, os filhos só herdam a carne e o sangue (corpo físico e duplo etérico), já que a psychê é herdeira do pneuma ("o que nasce de espírito, é espírito", João, ibidem). Escreve, então: "como os filhos têm a mesma natureza (kekoinônêken) na carne e no sangue, assim ele (Jesus) participou da carne e do sangue para que, por sua morte, destruísse o adversário (diábolos, a matéria), o qual possui o império da morte, a fim de libertá-las (as criaturas), já que durante toda a vida elas estavam sujeitas ao medo da morte" (HB 2:14).


Ainda no setor da morte, Jesus confirma, mais uma vez, a oposição corpo-alma: "não temais os que matam o corpo: temei o que pode matar a alma (psychê) e o corpo (sôma)" (MT 10:28). Note-se, mais uma vez, a precisão (elegantia) vocabular de Jesus, que não fala em pneuma, que é indestrutível, mas em psychê, ou seja, o corpo astral sujeito a estragos e até morte.


Interessante observar que alguns capítulos adiante, o mesmo evangelista (MT 27:52) usa o termo soma para designar o corpo astral ou perispírito: "e muitos corpos dos santos que dormiam, despertaram".


Refere-se ao choque terrível da desencarnação de Jesus, que foi tão violento no plano astral, que despertou os desencarnados que se encontravam adormecidos e talvez ainda presos aos seus cadáveres, na hibernação dos que desencarnam despreparados. E como era natural, ao despertarem, dirigiram-se para suas casas, tendo sido percebidos pelos videntes.


Há um texto de Paulo que nos deixa em suspenso, sem distinguirmos se ele se refere ao corpo físico (carne) ou ao psíquico (astral): "conheço um homem em Cristo (uma individualidade já cristificada) que há catorze anos - se no corpo (en sômai) não sei, se fora do corpo (ektòs sômatos) não sei: Deus

sabe foi raptado ao terceiro céu" (l. ª Cor. 12:2). É uma confissão de êxtase (ou talvez de "encontro"?), em que o próprio experimentador se declara inapto a distinguir se se tratava de um movimento puramente espiritual (fora do corpo), ou se tivera a participação do corpo psíquico (astral); nem pode verificar se todo o processo se realizou com pneuma e psychê dentro ou fora do corpo.


Entretanto, de uma coisa ele tem certeza absoluta: a parte inferior do homem, a carne e o sangue, esses não participaram do processo. Essa certeza é tão forte, que ele pode ensinar taxativamente e sem titubeios, que o físico denso e o duplo etérico não se unificam com a Centelha Divina, não "entram no reino dos céus", sendo esta uma faculdade apenas de pneuma, e, no máximo, de psychê. E ele o diz com ênfase: "isto eu vos digo, irmãos, que a carne (sárx) e o sangue (haima) NÃO PODEM possuir o reino de Deus" (l. ª Cor. 15:50). Note-se que essa afirmativa é uma negação violenta do "dogma" da ressurreição da carne.


ALMA


Num plano mais elevado, vejamos o que nos diz o N. T. a respeito da psychê e da diánoia, isto é, da alma e do intelecto a esta inerente como um de seus aspectos.


Como a carne é, na realidade dos fatos, incapaz de vontades e desejos, que provêm do intelecto, Paulo afirma que "outrora andávamos nos desejos de nossa carne", esclarecendo, porém, que fazíamos "a vontade da carne (sárx) e do intelecto (diánoia)" (EF 2:3). De fato "o afastamento e a inimizade entre Espírito e corpo surgem por meio do intelecto" (CL 1. 21).


A distinção entre intelecto (faculdade de refletir, existente na personagem) e mente (faculdade inerente ao coração, que cria os pensamentos) pode parecer sutil, mas já era feita na antiguidade, e Jerem ías escreveu que YHWH "dá suas leis ao intelecto (diánoia), mas as escreve no coração" (JR 31:33, citado certo em HB 8:10, e com os termos invertidos em HB 10:16). Aí bem se diversificam as funções: o intelecto recebe a dádiva, refletindo-a do coração, onde ela está gravada.


Realmente a psychê corresponde ao corpo astral, sede das emoções. Embora alguns textos no N. T.


atribuam emoções a kardía, Jesus deixou claro que só a psychê é atingível pelas angústias e aflições, asseverando: "minha alma (psychê) está perturbada" (MT 26:38; MC 14:34; JO 12:27). Jesus não fala em kardía nem em pneuma.


A MENTE


Noús é a MENTE ESPIRITUAL, a individualizadora de pneuma, e parte integrante ou aspecto de kardía. E Paulo, ao salientar a necessidade de revestir-nos do Homem Novo (de passar a viver na individualidade) ordena que "nos renovemos no Espírito de nossa Mente" (EF 4:23-24), e não do intelecto, que é personalista e divisionário.


E ao destacar a luta entre a individualidade e a personagem encarnada, sublinha que "vê outra lei em seus membros (corpo) que se opõem à lei de sua mente (noús), e o aprisiona na lei do erro que existe em seus membros" (RM 7:23).


A mente espiritual, e só ela, pode entender a sabedoria do Cristo; e este não se dirige ao intelecto para obter a compreensão dos discípulos: "e então abriu-lhes a mente (noún) para que compreendessem as Escrituras" (LC 24:45). Até então, durante a viagem (bastante longa) ia conversando com os "discípulos de Emaús". falando-lhes ao intelecto e provando-lhes que o Filho do Homem tinha que sofrer; mas eles não O reconheceram. Mas quando lhes abriu a MENTE, imediatamente eles perceberam o Cristo.


Essa mente é, sem dúvida, um aspecto de kardía. Isaías escreveu: "então (YHWH) cegou-lhes os olhos (intelecto) e endureceu-lhes o coração, para que não vissem (intelectualmente) nem compreendessem com o coração" (IS 6:9; citado por JO 12:40).


O CORAÇÃO


Que o coração é a fonte dos pensamentos, nós o encontramos repetido à exaustão; por exemplo: MT 12:34; MT 15:18, MT 15:19; Marc 7:18; 18:23; LC 6:45; LC 9:47; etc.


Ora, se o termo CORAÇÃO exprime, límpida e indiscutivelmente, a fonte primeira do SER, o "quarto fechado" onde o "Pai vê no secreto" MT 6:6), logicamente se deduz que aí reside a Centelha Divina, a Partícula de pneuma, o CRISTO (Filho Unigênito), que é UNO com o Pai, que também, consequentemente, aí reside. E portanto, aí também está o Espírito-Santo, o Espírito-Amor, DEUS, de que nosso Eu é uma partícula não desprendida.


Razão nos assiste, então, quando escrevemos (vol. 1 e vol. 3) que o "reino de Deus" ou "reino dos céus" ou "o céu", exprime exatamente o CORAÇÃO; e entrar no reino dos céus é penetrar, é MERGULHAR (batismo) no âmago de nosso próprio EU. É ser UM com o CRISTO, tal como o CRISTO é UM com o PAI (cfr. JO 10. 30; 17:21,22, 23).


Sendo esta parte a mais importante para a nossa tese, dividamo-la em três seções:

a) - Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;


b) - CRISTO, o Filho (UNO com o Pai) também está DENTRO de nós, constituindo NOSSA ESSÊNCIA PROFUNDA;


c) - o local exato em que se encontra o Cristo é o CORAÇÃO, e nossa meta, durante a encarnação, é CRISTIFICAR-NOS, alcançando a evolução crística e unificando-nos com Ele.


a) -


A expressão "dentro de" pode ser dada em grego pela preposição ENTOS que encontramos clara em LC (LC 17:21), quando afirma que "o reino de Deus está DENTRO DE VÓS" (entòs humin); mas tamb ém a mesma ideia é expressa pela preposição EN (latim in, português em): se a água está na (EM A) garrafa ou no (EM O) copo, é porque está DENTRO desses recipientes. Não pode haver dúvida. Recordese o que escrevemos (vol. 1): "o Logos se fez carne e fez sua residência DENTRO DE NÓS" (JO 1:14).


Paulo é categórico em suas afirmativas: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita dentro de vós" (1. ª Cor. 3:16).


Οΰи οίδατε ότι ναός θεοϋ έστε иαί τό πνεϋµα τοϋ θεοϋ έν ϋµϊν οίиεί;

E mais: "E não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está dentro de vós, o qual recebestes de Deus, e não pertenceis a vós mesmos? Na verdade, fostes comprados por alto preço. Glorificai e TRAZEI DEUS EM VOSSO CORPO" (1. ª Cor. 6:19-20).


Esse Espírito Santo, que é a Centelha do Espírito Universal, é, por isso mesmo, idêntico em todos: "há muitas operações, mas UM só Deus, que OPERA TUDO DENTRO DE TODAS AS COISAS; ... Todas essas coisas opera o único e mesmo Espírito; ... Então, em UM Espírito todos nós fomos MERGULHADOS en: UMA carne, judeus e gentios, livres ou escravos" (1. ª Cor. 12:6, 11, 13).


Καί διαιρέσεις ένεργηµάτων είσιν, ό δέ αύτός θεός ό ένεργών τα πάντα έν πάσιν... Дάντα δέ ταύτα ένεργεί τό έν иαί τό αύτό πνεύµα... Кαί γάρ έν ένί πνεύµατι ήµείς πάντες είς έν σώµα έβαπτίσθηµεν,
είτε ̉Ιουδαίοι εϊτε έλληνες, είτε δούλοι, εϊτε έλεύθεροι.
Mais ainda: "Então já não sois hóspedes e estrangeiros, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus, superedificados sobre o fundamento dos Enviados e dos Profetas, sendo a própria pedra angular máxima Cristo Jesus: em Quem toda edificação cresce no templo santo no Senhor, no Qual tamb ém vós estais edificados como HABITAÇÃO DE DEUS NO ESPÍRITO" (EF 2:19-22). " Αρα ούν ούиέτι έστε ζένοι иαί πάροιиοι, άλλά έστε συµπολίται τών άγίων иαί οίиείοι τού θεού,
έποιиοδοµηθέντες έπί τώ θεµελίω τών άποστόλων иαί προφητών, όντος άиρογωνιαίου αύτού Χριστόύ
#cite Іησού, έν ώ πάσα οίиοδοµή συναρµολογουµένη αύζει είς ναόν άγιον έν иυρίώ, έν ώ иαί ύµείς
συνοιиοδοµείσθε είς иατοιиητήεριον τού θεού έν πνεµατ

ι.


Se Deus habita DENTRO do homem e das coisas quem os despreza, despreza a Deus: "quem despreza estas coisas, não despreza homens, mas a Deus, que também deu seu Espírito Santo em vós" (1. ª Tess. 4:8).


Тοιγαρούν ό άθετών ούи άνθρωπον άθετεί, άλλά τόν θεόν τόν иαί διδόντα τό πνεύµα αύτού τό άγιον είς ύµάς.

E a consciência dessa realidade era soberana em Paulo: "Guardei o bom depósito, pelo Espírito Santo que habita DENTRO DE NÓS" (2. ª Tim. 1:14). (20)


Тήν иαλήν παραθήиην φύλαζον διά πνεύµατος άγίου τού ένοιиούντος έν ήµϊ

ν.


João dá seu testemunho: "Ninguém jamais viu Deus. Se nos amarmos reciprocamente, Deus permanecer á DENTRO DE NÓS, e o Amor Dele, dentro de nós, será perfeito (ou completo). Nisto sabemos que permaneceremos Nele e Ele em nós, porque DE SEU ESPÍRITO deu a nós" (1. ª JO 4:12-13).


θεόν ούδείς πώποτε τεθέαται: έάν άγαπώµεν άλλήλους, ό θεός έν ήµϊν µένει, иαί ή άγάπη αύτοϋ τε-
τελειωµένη έν ήµϊν έστιν. Εν τουτω γινώσиοµεν ότι έν αύτώ µένοµεν иαί αύτός έν ήµϊν, ότι έи τοϋ
πνεύµατος αύτοϋ δέδώиεν ήµϊ

ν.


b) -


Vejamos agora os textos que especificam melhor ser o CRISTO (Filho) que, DENTRO DE NÓS. constitui a essência profunda de nosso ser. Não é mais uma indicação de que TEMOS a Divindade em nós, mas um ensino concreto de que SOMOS uma partícula da Divindade. Escreve Paulo: "Não sabeis que CRISTO (Jesus) está DENTRO DE VÓS"? (2. ª Cor. 13:5). E, passando àquela teoria belíssima de que formamos todos um corpo só, cuja cabeça é Cristo, ensina Paulo: "Vós sois o CORPO de Cristo, e membros de seus membros" (l. ª Cor. 12:27). Esse mesmo Cristo precisa manifestar-se em nós, através de nós: "vossa vida está escondida COM CRISTO em Deus; quando Cristo se manifestar, vós também vos manifestareis em substância" (CL 3:3-4).


E logo adiante insiste: "Despojai-vos do velho homem com seus atos (das personagens terrenas com seus divisionismos egoístas) e vesti o novo, aquele que se renova no conhecimento, segundo a imagem de Quem o criou, onde (na individualidade) não há gentio nem judeu, circuncidado ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre, mas TUDO e EM TODOS, CRISTO" (CL 3:9-11).


A personagem é mortal, vivendo a alma por efeito do Espírito vivificante que nela existe: "Como em Adão (personagem) todos morrem, assim em CRISTO (individualidade, Espírito vivificante) todos são vivificados" (1. ª Cor. 15:22).


A consciência de que Cristo vive nele, faz Paulo traçar linhas imorredouras: "ou procurais uma prova do CRISTO que fala DENTRO DE MIM? o qual (Cristo) DENTRO DE VÓS não é fraco" mas é poderoso DENTRO DE VÓS" (2. ª Cor. 13:3).


E afirma com a ênfase da certeza plena: "já não sou eu (a personagem de Paulo), mas CRISTO QUE VIVE EM MIM" (GL 2:20). Por isso, pode garantir: "Nós temos a mente (noús) de Cristo" (l. ª Cor. 2:16).


Essa convicção traz consequências fortíssimas para quem já vive na individualidade: "não sabeis que vossos CORPOS são membros de Cristo? Tomando, então, os membros de Cristo eu os tornarei corpo de meretriz? Absolutamente. Ou não sabeis que quem adere à meretriz se torna UM CORPO com ela? Está dito: "e serão dois numa carne". Então - conclui Paulo com uma lógica irretorquível - quem adere a Deus é UM ESPÍRITO" com Deus (1. ª Cor. 6:15-17).


Já desde Paulo a união sexual é trazida como o melhor exemplo da unificação do Espírito com a Divindade. Decorrência natural de tudo isso é a instrução dada aos romanos: "vós não estais (não viveis) EM CARNE (na personagem), mas EM ESPÍRITO (na individualidade), se o Espírito de Deus habita DENTRO DE VÓS; se porém não tendes o Espírito de Cristo, não sois Dele. Se CRISTO (está) DENTRO DE VÓS, na verdade o corpo é morte por causa dos erros, mas o Espírito vive pela perfeição. Se o Espírito de Quem despertou Jesus dos mortos HABITA DENTRO DE VÓS, esse, que despertou Jesus dos mortos, vivificará também vossos corpos mortais, por causa do mesmo Espírito EM VÓS" (RM 9:9-11). E logo a seguir prossegue: "O próprio Espírito testifica ao nosso Espírito que somos filhos de Deus; se filhos, (somos) herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo" (RM 8:16). Provém daí a angústia de todos os que atingiram o Eu Interno para libertar-se: "também tendo em nós as primícias do Espírito, gememos dentro de nós, esperando a adoção de Filhos, a libertação de nosso corpo" (RM 8:23).


c) -


Finalmente, estreitando o círculo dos esclarecimentos, verificamos que o Cristo, dentro de nós, reside NO CORAÇÃO, onde constitui nosso EU Profundo. É ensinamento escriturístico.


Ainda é Paulo que nos esclarece: "Porque sois filhos, Deus enviou o ESPÍRITO DE SEU FILHO, em vosso CORAÇÃO, clamando Abba, ó Pai" (GL 4:6). Compreendemos, então, que o Espírito Santo (Deus) que está em nós, refere-se exatamente ao Espírito do FILHO, ao CRISTO Cósmico, o Filho Unigênito. E ficamos sabendo que seu ponto de fixação em nós é o CORAÇÃO.


Lembrando-se, talvez, da frase de Jeremias, acima-citada, Paulo escreveu aos coríntios: "vós sois a nossa carta, escrita em vossos CORAÇÕES, conhecida e lida por todos os homens, sendo manifesto que sois CARTA DE CRISTO, preparada por nós, e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo; não em tábuas de pedra, mas nas tábuas dos CORAÇÕES CARNAIS" (2. ª Cor. 3:2-3). Bastante explícito que realmente se trata dos corações carnais, onde reside o átomo espiritual.


Todavia, ainda mais claro é outro texto, em que se fala no mergulho de nosso eu pequeno, unificandonos ao Grande EU, o CRISTO INTERNO residente no coração: "CRISTO HABITA, pela fé, no VOSSO CORAÇÃO". E assegura com firmeza: "enraizados e fundamentados no AMOR, com todos os santos (os encarnados já espiritualizados na vivência da individualidade) se compreenderá a latitude, a longitude a sublimidade e a profundidade, conhecendo o que está acima do conhecimento, o AMOR DE CRISTO, para que se encham de toda a plenitude de Deus" (EF 3:17).


Кατοιиήσαι τόν Χριστόν διά τής πίστεως έν ταϊς иαρδίαις ύµών, έν άγάπη έρριζωµένοι иαί τεθεµελιωµένοι, ϊνα έζισγύσητε иαταλαβέσθαι σύν πάσιν τοϊςάγίοιςτί τό πλάτος иαί µήиος иαί ύψος
иαί βάθος, γνώσαι τε τήν ύπερβάλλουσαν τής γνώσεως άγάπην τοϋ Χριστοϋ, ίνα πληρωθήτε είς πάν τό πλήρωµα τού θεοϋ.

Quando se dá a unificação, o Espírito se infinitiza e penetra a Sabedoria Cósmica, compreendendo então a amplitude da localização universal do Cristo.


Mas encontramos outro ensino de suma profundidade, quando Paulo nos adverte que temos que CRISTIFICAR-NOS, temos que tornar-nos Cristos, na unificação com Cristo. Para isso, teremos que fazer uma tradução lógica e sensata da frase, em que aparece o verbo CHRIO duas vezes: a primeira, no particípio passado, Christós, o "Ungido", o "permeado da Divindade", particípio que foi transliterado em todas as línguas, com o sentido filosófico e místico de O CRISTO; e a segunda, logo a seguir, no presente do indicativo. Ora, parece de toda evidência que o sentido do verbo tem que ser O MESMO em ambos os empregos. Diz o texto original: ho dè bebaiôn hemãs syn humin eis Christon kaí chrísas hemãs theós (2. ª Cor. 1:21).


#cite Ο δέ βεβαιών ήµάς σύν ύµίν είς Χριστόν иαί χρίσας ήµάς θεό

ς.


Eis a tradução literal: "Deus, fortifica dor nosso e vosso, no Ungido, unge-nos".


E agora a tradução real: "Deus, fortificador nosso e vosso, em CRISTO, CRISTIFICA-NOS".


Essa a chave para compreendermos nossa meta: a cristificação total e absoluta.


Logo após escreve Paulo: "Ele também nos MARCA e nos dá, como penhor, o Espírito em NOSSOS CORAÇÕES" (2. ª Cor. 1:22).


#cite Ο иαί σφραγισάµενος ήµάς иαί δούς τόν άρραβώνα τόν πνεύµατος έν ταϊς иαρδϊαις ήµώ

ν.


Completando, enfim, o ensino - embora ministrado esparsamente - vem o texto mais forte e explícito, informando a finalidade da encarnação, para TÔDAS AS CRIATURAS: "até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, ao Homem Perfeito, à medida da evolução plena de Cristo" (EF 4:13).


Мέρχι иαταντήσωµεν οί πάντες είς τήν ένότητα τής πίστοως. иαί τής έπιγνώσεως τοϋ υίοϋ τοϋ θεοϋ,
είς άνδρα τελειον, είς µέτρον ήλιиίας τοϋ πληρώµατος τοϋ Χριστοϋ.
Por isso Paulo escreveu aos Gálatas: "ó filhinhos, por quem outra vez sofro as dores de parto, até que Cristo SE FORME dentro de vós" (GL 4:19) (Тεиνία µου, ούς πάλιν ώδίνω, µέρχις ού µορφωθή Χριστός έν ύµϊ

ν).


Agostinho (Tract. in Joanne, 21, 8) compreendeu bem isto ao escrever: "agradeçamos e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos", (Christus facti sumus); e Metódio de Olimpo ("Banquete das dez virgens", Patrol. Graeca, vol. 18, col. 150) escreveu: "a ekklêsía está grávida e em trabalho de parto até que o Cristo tome forma em nós, até que Cristo nasça em nós, a fim de que cada um dos santos (encarnados) por sua participação com o Cristo, se torne Cristo". Também Cirilo de Jerusalém ("Catechesis mystagogicae" 1. 3. 1 in Patr. Graeca vol. 33, col. 1. 087) asseverou: " Após terdes mergulhado no Cristo e vos terdes revestido do Cristo, fostes colocados em pé de igualdade com o Filho de Deus... pois que entrastes em comunhão com o Cristo, com razão tendes o nome de cristos, isto é, de ungidos".


Todo o que se une ao Cristo, se torna um cristo, participando do Pneuma e da natureza divina (theías koinônoí physeôs) (2. ª Pe. 1:3), pois "Cristo é o Espírito" (2. ª Cor. 3:17) e quem Lhe está unido, tem em si o selo (sphrágis) de Cristo. Na homilia 24,2, sobre 1. ª Cor. 10:16, João Crisóstomo (Patrol.


Graeca vol. 61, col. 200) escreveu: "O pão que partimos não é uma comunhão (com+união, koinônía) ao corpo de Cristo? Porque não disse "participação" (metoché)? Porque quis revelar algo mais, e mostrar uma associação (synápheia) mais íntima. Realmente, estamos unidos (koinônoúmen) não só pela participação (metéchein) e pela recepção (metalambánein), mas também pela UNIFICAÇÃO (enousthai)".


Por isso justifica-se o fragmento de Aristóteles, supra citado, em Sinésio: "os místicos devem não apenas aprender (mathein) mas experimentar" (pathein).


Essa é a razão por que, desde os primeiros séculos do estabelecimento do povo israelita, YHWH, em sua sabedoria, fazia a distinção dos diversos "corpos" da criatura; e no primeiro mandamento revelado a Moisés dizia: " Amarás a Deus de todo o teu coração (kardía), de toda tua alma (psychê), de todo teu intelecto (diánoia), de todas as tuas forças (dynameis)"; kardía é a individualidade, psychê a personagem, dividida em diánoia (intelecto) e dynameis (veículos físicos). (Cfr. LV 19:18; DT 6:5; MT 22:37; MC 12:13; LC 10:27).


A doutrina é uma só em todos os sistemas religiosos pregados pelos Mestres (Enviados e Profetas), embora com o tempo a imperfeição humana os deturpe, pois a personagem é fundamentalmente divisionista e egoísta. Mas sempre chega a ocasião em que a Verdade se restabelece, e então verificamos que todas as revelações são idênticas entre si, em seu conteúdo básico.


ESCOLA INICIÁTICA


Após essa longa digressão a respeito do estudo do "homem" no Novo Testamento, somos ainda obrigados a aprofundar mais o sentido do trecho em que são estipuladas as condições do discipulato.


Há muito desejaríamos ter penetrado neste setor, a fim de poder dar explicação cabal de certas frases e passagens; mas evitamo-lo ao máximo, para não ferir convicções de leitores desacostumados ao assunto.


Diante desse trecho, porém, somos forçados a romper os tabus e a falar abertamente.


Deve ter chamado a atenção de todos os estudiosos perspicazes dos Evangelhos, que Jesus jamais recebeu, dos evangelistas, qualquer título que normalmente seria atribuído a um fundador de religião: Chefe Espiritual, Sacerdote, Guia Espiritual, Pontífice; assim também, aqueles que O seguiam, nunca foram chamados Sequazes, Adeptos, Adoradores, Filiados, nem Fiéis (a não ser nas Epístolas, mas sempre com o sentido de adjetivo: os que mantinham fidelidade a Seus ensinos). Ao contrário disso, os epítetos dados a Jesus foram os de um chefe de escola: MESTRE (Rabbi, Didáskalos, Epistátês) ou de uma autoridade máxima Kyrios (SENHOR dos mistérios). Seus seguidores eram DISCÍPULOS (mathêtês), tudo de acordo com a terminologia típica dos mistérios iniciáticos de Elêusis, Delfos, Crotona, Tebas ou Heliópolis. Após receberem os primeiros graus, os discípulos passaram a ser denominado "emissários" (apóstolos), encarregados de dar a outros as primeiras iniciações.


Além disso, é evidente a preocupação de Jesus de dividir Seus ensinos em dois graus bem distintos: o que era ministrado de público ("a eles só é dado falar em parábolas") e o que era ensinado privadamente aos "escolhidos" ("mas a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus", cfr. MT 13:10-17 ; MC 4:11-12; LC 8:10).


Verificamos, portanto, que Jesus não criou uma "religião", no sentido moderno dessa palavra (conjunto de ritos, dogmas e cultos com sacerdócio hierarquicamente organizado), mas apenas fundou uma ESCOLA INICIÁTICA, na qual preparou e "iniciou" seus DISCÍPULOS, que Ele enviou ("emissários, apóstolos") com a incumbência de "iniciar" outras criaturas. Estas, por sua vez, foram continuando o processo e quando o mundo abriu os olhos e percebeu, estava em grande parte cristianizado. Quando os "homens" o perceberam e estabeleceram a hierarquia e os dogmas, começou a decadência.


A "Escola iniciática" fundada por Jesus foi modelada pela tradição helênica, que colocava como elemento primordial a transmissão viva dos mistérios: e "essa relação entre a parádosis (transmissão) e o mystérion é essencial ao cristianismo", escreveu o monge beneditino D. Odon CaseI (cfr. "Richesse du Mystere du Christ", Les éditions du Cerf. Paris, 1964, pág. 294). Esse autor chega mesmo a afirmar: " O cristianismo não é uma religião nem uma confissão, segundo a acepção moderna dessas palavras" (cfr. "Le Mystere du Culte", ib., pág. 21).


E J. Ranft ("Der Ursprung des Kathoíischen Traditionsprinzips", 1931, citado por D . O. Casel) escreve: " esse contato íntimo (com Cristo) nasce de uma gnose profunda".


Para bem compreender tudo isso, é indispensável uma incursão pelo campo das iniciações, esclarecendo antes alguns termos especializados. Infelizmente teremos que resumir ao máximo, para não prejudicar o andamento da obra. Mas muitos compreenderão.


TERMOS ESPECIAIS


Aiôn (ou eon) - era, época, idade; ou melhor CICLO; cada um dos ciclos evolutivos.


Akoueíu - "ouvir"; akoueín tòn lógon, ouvir o ensino, isto é, receber a revelação dos segredos iniciáticos.


Gnôse - conhecimento espiritual profundo e experimental dos mistérios.


Deíknymi - mostrar; era a explicação prática ou demonstração de objetos ou expressões, que serviam de símbolos, e revelavam significados ocultos.


Dóxa - doutrina; ou melhor, a essência do conhecimento profundo: o brilho; a luz da gnôse; donde "substância divina", e daí a "glória".


Dynamis - força potencial, potência que capacita para o érgon e para a exousía, infundindo o impulso básico de atividade.


Ekklêsía - a comunidade dos "convocados" ou "chamados" (ékklêtos) aos mistérios, os "mystos" que tinham feito ou estavam fazendo o curso da iniciação.


Energeín - agir por dentro ou de dentro (energia), pela atuação da força (dybamis).


Érgon - atividade ou ação; trabalho espiritual realizado pela força (dynamis) da Divindade que habita dentro de cada um e de cada coisa; energia.


Exêgeísthaí - narrar fatos ocultos, revelar (no sentido de "tirar o véu") (cfr. LC 24:35; JO 1:18; AT 10:8:15:12, 14).


Hágios - santo, o que vive no Espírito ou Individualidade; o iniciado (cfr. teleios).


Kyrios - Senhor; o Mestre dos Mistérios; o Mistagogo (professor de mistérios); o Hierofante (o que fala, fans, fantis, coisas santas, hieros); dava-se esse título ao possuidor da dynamis, da exousía e do érgon, com capacidade para transmiti-los.


Exousía - poder, capacidade de realização, ou melhor, autoridade, mas a que provém de dentro, não "dada" de fora.


Leitourgia - Liturgia, serviço do povo: o exercício do culto crístico, na transmissão dos mistérios.


Legómena - palavras reveladoras, ensino oral proferido pelo Mestre, e que se tornava "ensino ouvido" (lógos akoês) pelos discípulos.


Lógos - o "ensino" iniciático, a "palavra" secreta, que dava a chave da interpretação dos mistérios; a" Palavra" (Energia ou Som), segundo aspecto da Divindade.


Monymenta - "monumentos", ou seja, objetos e lembranças, para manter viva a memória.


Mystagogo – o Mestre dos Mystérios, o Hierofante.


Mystérion - a ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação; donde, o ensino revelado apenas aos perfeitos (teleios) e santos (hágios), mas que devia permanecer oculto aos profanos.


Oikonomía - economia, dispensação; literalmente "lei da casa"; a vida intima de cada iniciado e sua capacidade na transmissão iniciática a outros, (de modo geral encargo recebido do Mestre).


Orgê - a atividade ou ação sagrada; o "orgasmo" experimentado na união mística: donde "exaltação espiritual" pela manifestação da Divindade (erradamente interpretado como "ira").


Parábola - ensino profundo sob forma de narrativa popular, com o verdadeiro sentido oculto por metáforas e símbolos.


Paradídômi - o mesmo que o latim trádere; transmitir, "entregar", passar adiante o ensino secreto.


Parádosis - transmissão, entrega de conhecimentos e experiências dos ensinos ocultos (o mesmo que o latim tradítio).


Paralambánein - "receber" o ensino secreto, a "palavra ouvida", tornando-se conhecedor dos mistérios e das instruções.


Patheín - experimentar, "sofrer" uma experiência iniciática pessoalmente, dando o passo decisivo para receber o grau e passar adiante.


Plêrôma - plenitude da Divindade na criatura, plenitude de Vida, de conhecimento, etc.


Redençãoa libertação do ciclo de encarnações na matéria (kyklos anánkê) pela união total e definitiva com Deus.


Santo - o mesmo que perfeito ou "iniciado".


Sêmeíon - "sinal" físico de uma ação espiritual, demonstração de conhecimento (gnose), de força (dynamis), de poder (exousía) e de atividade ou ação (érgon); o "sinal" é sempre produzido por um iniciado, e serve de prova de seu grau.


Sophía - a sabedoria obtida pela gnose; o conhecimento proveniente de dentro, das experiências vividas (que não deve confundir-se com a cultura ou erudição do intelecto).


Sphrágis - selo, marca indelével espiritual, recebida pelo espírito, embora invisível na matéria, que assinala a criatura como pertencente a um Senhor ou Mestre.


Symbolos - símbolos ou expressões de coisas secretas, incompreensíveis aos profanos e só percebidas pelos iniciados (pão, vinho, etc.) .


Sótería - "salvação", isto é, a unificação total e definitiva com a Divindade, que se obtém pela "redenção" plena.


Teleíos - o "finalista", o que chegou ao fim de um ciclo, iniciando outro; o iniciado nos mistérios, o perfeito ou santo.


Teleisthai - ser iniciado; palavra do mesmo radical que teleutan, que significa "morrer", e que exprime" finalizar" alguma coisa, terminar um ciclo evolutivo.


Tradítio - transmissão "tradição" no sentido etimológico (trans + dare, dar além passar adiante), o mesmo que o grego parádosis.


TRADIÇÃO


D. Odon Casel (o. c., pág. 289) escreve: "Ranft estudou de modo preciso a noção da tradítio, não só como era praticada entre os judeus, mas também em sua forma bem diferente entre os gregos. Especialmente entre os adeptos dos dosis é a transmissão secreta feita aos "mvstos" da misteriosa sôtería; é a inimistérios, a noção de tradítio (parádosis) tinha grande importância. A paraciação e a incorporação no círculo dos eleitos (eleitos ou "escolhidos"; a cada passo sentimos a confirmação de que Jesus fundou uma "Escola Iniciática", quando emprega os termos privativos das iniciações heléntcas; cfr. " muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos" - MT 22. 14), características das religiões grecoorientais. Tradítio ou parádosis são, pois, palavras que exprimem a iniciação aos mistérios. Tratase, portanto, não de uma iniciação científica, mas religiosa, realizada no culto. Para o "mysto", constitui uma revelação formal, a segurança vivida das realidades sagradas e de uma santa esperança. Graças a tradição, a revelação primitiva passa às gerações ulteriores e é comunicada por ato de iniciação. O mesmo princípio fundamental aplica-se ao cristianismo".


Na página seguinte, o mesmo autor prossegue: "Nos mistérios, quando o Pai Mistagogo comunica ao discípulo o que é necessário ao culto, essa transmissão tem o nome de traditio. E o essencial não é a instrução, mas a contemplação, tal como o conta Apuleio (Metamorphoses, 11, 21-23) ao narrar as experiências culturais do "mysto" Lúcius. Sem dúvida, no início há uma instrução, mas sempre para finalizar numa contemplação, pela qual o discípulo, o "mysto", entra em relação direta com a Divindade.


O mesmo ocorre no cristianismo (pág. 290).


Ouçamos agora as palavras de J. Ranft (o. c., pág. 275): "A parádosis designa a origem divina dos mistérios e a transmissão do conteúdo dos mistérios. Esta, à primeira vista, realiza-se pelo ministério dos homens, mas não é obra de homens; é Deus que ensina. O homem é apenas o intermediário, o Instrumento desse ensino divino. Além disso... desperta o homem interior. Logos é realmente uma palavra intraduzível: designa o próprio conteúdo dos mistérios, a palavra, o discurso, o ENSINO. É a palavra viva, dada por Deus, que enche o âmago do homem".


No Evangelho, a parádosis é constituída pelas palavras ou ensinos (lógoi) de Jesus, mas também simbolicamente pelos fatos narrados, que necessitam de interpretação, que inicialmente era dada, verbalmente, pelos "emissários" e pelos inspirados que os escreveram, com um talento superior de muito ao humano, deixando todos os ensinos profundos "velados", para só serem perfeitamente entendidos pelos que tivessem recebido, nos séculos seguintes, a revelação do sentido oculto, transmitida quer por um iniciado encarnado, quer diretamente manifestada pelo Cristo Interno. Os escritores que conceberam a parádosis no sentido helênico foram, sobretudo, João e Paulo; já os sinópticos a interpretam mais no sentido judaico, excetuando-se, por vezes, o grego Lucas, por sua convivência com Paulo, e os outros, quando reproduziam fielmente as palavras de Jesus.


Se recordarmos os mistérios de Elêusis (palavra que significa "advento, chegada", do verbo eléusomai," chegar"), ou de Delfos (e até mesmo os de Tebas, Ábydos ou Heliópolis), veremos que o Novo Testamento concorda seus termos com os deles. O logos transmitido (paradidômi) por Jesus é recebida (paralambánein) pelos DISCÍPULOS (mathêtês). Só que Jesus apresentou um elemento básico a mais: CRISTO. Leia-se Paulo: "recebi (parélabon) do Kyrios o que vos transmiti (parédote)" (l. ª Cor. 11:23).


O mesmo Paulo, que define a parádosis pagã como "de homens, segundo os elementos do mundo e não segundo Cristo" (CL 2:8), utiliza todas as palavras da iniciação pagã, aplicando-as à iniciação cristã: parádosis, sophía, logo", mystérion, dynamis, érgon, gnose, etc., termos que foram empregados também pelo próprio Jesus: "Nessa hora Jesus fremiu no santo pneuma e disse: abençôo-te, Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e hábeis, e as revelaste aos pequenos, Sim, Pai, assim foi de teu agrado. Tudo me foi transmitido (parédote) por meu Pai. E ninguém tem a gnose do que é o Filho senão o Pai, e ninguém tem a gnose do que é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quer revelar (apokalypsai = tirar o véu). E voltando-se para seus discípulos, disse: felizes os olhos que vêem o que vedes. Pois digo-vos que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis, e não ouviram" (LC 10:21-24). Temos a impressão perfeita que se trata de ver e ouvir os mistérios iniciáticos que Jesus transmitia a seus discípulos.


E João afirma: "ninguém jamais viu Deus. O Filho Unigênito que esta no Pai, esse o revelou (exêgêsato, termo específico da língua dos mistérios)" (JO 1:18).


"PALAVRA OUVIDA"


A transmissão dos conhecimentos, da gnose, compreendia a instrução oral e o testemunhar das revelações secretas da Divindade, fazendo que o iniciado participasse de uma vida nova, em nível superior ( "homem novo" de Paulo), conhecendo doutrinas que deveriam ser fielmente guardadas, com a rigorosa observação do silêncio em relação aos não-iniciados (cfr. "não deis as coisas santas aos cães", MT 7:6).


Daí ser a iniciação uma transmissão ORAL - o LOGOS AKOÊS, ou "palavra ouvida" ou "ensino ouvido" - que não podia ser escrito, a não ser sob o véu espesso de metáforas, enigmas, parábolas e símbolos.


Esse logos não deve ser confundido com o Segundo Aspecto da Divindade (veja vol. 1 e vol. 3).


Aqui logos é "o ensino" (vol. 2 e vol. 3).


O Novo Testamento faz-nos conhecer esse modus operandi: Paulo o diz, numa construção toda especial e retorcida (para não falsear a técnica): "eis por que não cessamos de agradecer (eucharistoúmen) a Deus, porque, recebendo (paralabóntes) o ENSINO OUVIDO (lógon akoês) por nosso intermédio, de Deus, vós o recebestes não como ensino de homens (lógon anthrópôn) mas como ele é verdadeiramente: o ensino de Deus (lógon theou), que age (energeítai) em vós que credes" (l. ª Tess. 2:13).


O papel do "mysto" é ouvir, receber pelo ouvido, o ensino (lógos) e depois experimentar, como o diz Aristóteles, já citado por nós: "não apenas aprender (matheín), mas experimentar" (patheín).


Esse trecho mostra como o método cristão, do verdadeiro e primitivo cristianismo de Jesus e de seus emissários, tinha profunda conexão com os mistérios gregos, de cujos termos específicos e característicos Jesus e seus discípulos se aproveitaram, elevando, porém, a técnica da iniciação à perfeição, à plenitude, à realidade máxima do Cristo Cósmico.


Mas continuemos a expor. Usando, como Jesus, a terminologia típica da parádosis grega, Paulo insiste em que temos que assimilá-la interiormente pela gnose, recebendo a parádosis viva, "não mais de um Jesus de Nazaré histórico, mas do Kyrios, do Cristo ressuscitado, o Cristo Pneumatikós, esse mistério que é o Cristo dentro de vós" (CL 1:27).


Esse ensino oral (lógos akoês) constitui a tradição (traditio ou parádosis), que passa de um iniciado a outro ou é recebido diretamente do "Senhor" (Kyrios), como no caso de Paulo (cfr. GL 1:11): "Eu volo afirmo, meus irmãos, que a Boa-Nova que preguei não foi à maneira humana. Pois não na recebi (parélabon) nem a aprendi de homens, mas por uma revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo".


Aos coríntios (l. ª Cor. 2:1-5) escreve Paulo: "Irmãos, quando fui a vós, não fui com o prestígio do lógos nem da sophía, mas vos anunciei o mistério de Deus. Decidi, com efeito, nada saber entre vós sen ão Jesus Cristo, e este crucificado. Fui a vós em fraqueza, em temor, e todo trêmulo, e meu logos e minha pregação não consistiram nos discursos persuasivos da ciência, mas numa manifestação do Esp írito (pneuma) e do poder (dynamis), para que vossa fé não repouse na sabedoria (sophía) dos homens, mas no poder (dynamis) de Deus".


A oposição entre o logos e a sophia profanos - como a entende Aristóteles - era salientada por Paulo, que se referia ao sentido dado a esses termos pelos "mistérios antigos". Salienta que à sophia e ao logos profanos, falta, no dizer dele, a verdadeira dynamis e o pnenma, que constituem o mistério cristão que ele revela: Cristo.


Em vários pontos do Novo Testamento aparece a expressão "ensino ouvido" ou "ouvir o ensino"; por exemplo: MT 7:24, MT 7:26; 10:14; 13:19, 20, 21, 22, 23; 15:12; 19:22; MC 4:14, MC 4:15, MC 4:16, MC 4:17, 18, 19, 20; LC 6:47; LC 8:11, LC 8:12, LC 8:13, LC 8:15; 10:39; 11:28; JO 5:24, JO 5:38; 7:40; 8:43; 14:24; AT 4:4; AT 10:44; AT 13:7; AT 15:7; EF 1:13; 1. ª Tess. 2:13; HB 4:2; 1. ª JO 2:7; Ap. 1:3.


DYNAMIS


Em Paulo, sobretudo, percebemos o sentido exato da palavra dynamis, tão usada nos Evangelhos.


Pneuma, o Espírito (DEUS), é a força Potencial ou Potência Infinita (Dynamis) que, quando age (energeín) se torna o PAI (érgon), a atividade, a ação, a "energia"; e o resultado dessa atividade é o Cristo Cósmico, o Kosmos universal, o Filho, que é Unigênito porque a emissão é única, já que espaço e tempo são criações intelectuais do ser finito: o Infinito é uno, inespacial, atemporal.


Então Dynamis é a essência de Deus o Absoluto, a Força, a Potência Infinita, que tudo permeia, cria e governa, desde os universos incomensuráveis até os sub-átomos infra-microscópicos. Numa palavra: Dynamis é a essência de Deus e, portanto, a essência de tudo.


Ora, o Filho é exatamente o PERMEAADO, ou o UNGIDO (Cristo), por essa Dynamis de Deus e pelo Érgon do Pai. Paulo já o dissera: "Cristo... é a dynamis de Deus e a sophía de Deus (Christòn theou dynamin kaí theou sophían, 1. ª Cor. 1:24). Então, manifesta-se em toda a sua plenitude (cfr. CL 2:9) no homem Jesus, a Dynamis do Pneuma (embora pneuma e dynamis exprimam realmente uma só coisa: Deus): essa dynamis do pneuma, atuando através do Pai (érgon) toma o nome de CRISTO, que se manifestou na pessoa Jesus, para introduzir a humanidade deste planeta no novo eon, já que "ele é a imagem (eikôn) do Deus invisível e o primogênito de toda criação" (CL 1:15).


EON


O novo eon foi inaugurado exatamente pelo Cristo, quando de Sua penetração plena em Jesus. Daí a oposição que tanto aparece no Novo Testamento Entre este eon e o eon futuro (cfr., i. a., MT 12:32;


MC 10:30; LC 16:8; LC 20:34; RM 12:2; 1. ª Cor. 1:20; 2:6-8; 3:18:2. ª Cor. 4:4; EF 2:2-7, etc.) . O eon "atual" e a vida da matéria (personalismo); O eon "vindouro" é a vida do Espírito ó individualidade), mas que começa na Terra, agora (não depois de desencarnados), e que reside no âmago do ser.


Por isso, afirmou Jesus que "o reino dos céus está DENTRO DE VÓS" (LC 17:21), já que reside NO ESPÍRITO. E por isso, zôê aiónios é a VIDA IMANENTE (vol, 2 e vol. 3), porque é a vida ESPIRITUAL, a vida do NOVO EON, que Jesus anunciou que viria no futuro (mas, entenda-se, não no futuro depois da morte, e sim no futuro enquanto encarnados). Nesse novo eon a vida seria a da individualidade, a do Espírito: "o meu reino não é deste mundo" (o físico), lemos em JO 18:36. Mas é NESTE mundo que se manifestará, quando o Espírito superar a matéria, quando a individualidade governar a personagem, quando a mente dirigir o intelecto, quando o DE DENTRO dominar o DE FORA, quando Cristo em nós tiver a supremacia sobre o eu transitório.


A criatura que penetra nesse novo eon recebe o selo (sphrágis) do Cristo do Espírito, selo indelével que o condiciona como ingresso no reino dos céus. Quando fala em eon, o Evangelho quer exprimir um CICLO EVOLUTIVO; na evolução da humanidade, em linhas gerais, podemos considerar o eon do animalismo, o eon da personalidade, o eon da individualidade, etc. O mais elevado eon que conhecemos, o da zôê aiónios (vida imanente) é o da vida espiritual plenamente unificada com Deus (pneuma-dynamis), com o Pai (lógos-érgon), e com o Filho (Cristo-kósmos).


DÓXA


Assim como dynamis é a essência de Deus, assim dóxa (geralmente traduzida por "glória") pode apresentar os sentidos que vimos (vol. 1). Mas observaremos que, na linguagem iniciática dos mistérios, além do sentido de "doutrina" ou de "essência da doutrina", pode assumir o sentido específico de" substância divina". Observe-se esse trecho de Paulo (Filp. 2:11): "Jesus Cristo é o Senhor (Kyrios) na substância (dóxa) de Deus Pai"; e mais (RM 6:4): "o Cristo foi despertado dentre os mortos pela substância (dóxa) do Pai" (isto é, pelo érgon, a energia do Som, a vibração sonora da Palavra).


Nesses passos, traduzir dóxa por glória é ilógico, não faz sentido; também "doutrina" aí não cabe. O sentido é mesmo o de "substância".


Vejamos mais este passo (l. ª Cor. 2:6-16): "Falamos, sim da sabedoria (sophia) entre os perfeitos (teleiois, isto é, iniciados), mas de uma sabedoria que não é deste eon, nem dos príncipes deste eon, que são reduzidos a nada: mas da sabedoria dos mistérios de Deus, que estava oculta, e que antes dos eons Deus destinara como nossa doutrina (dóxa), e que os príncipes deste mundo não reconheceram. De fato, se o tivessem reconhecido, não teriam crucificado o Senhor da Doutrina (Kyrios da dóxa, isto é, o Hierofante ou Mistagogo). Mas como está escrito, (anunciamos) o que o olho não viu e o ouvido não ouviu e o que não subiu sobre o coração do homem, mas o que Deus preparou para os que O amam.


Pois foi a nós que Deus revelou (apekalypsen = tirou o véu) pelo pneuma" (ou seja, pelo Espírito, pelo Cristo Interno).


MISTÉRIO


Mistério é uma palavra que modificou totalmente seu sentido através dos séculos, mesmo dentro de seu próprio campo, o religioso. Chamam hoje "mistério" aquilo que é impossível de compreender, ou o que se ignora irremissivelmente, por ser inacessível à inteligência humana.


Mas originariamente, o mistério apresentava dois sentidos básicos:

1. º - um ensinamento só revelado aos iniciados, e que permanecia secreto para os profanos que não podiam sabê-lo (daí proveio o sentido atual: o que não se pode saber; na antiguidade, não se podia por proibição moral, ao passo que hoje é por incapacidade intelectual);


2. º - a própria ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação completa.


Quando falamos em "mistério", transliterando a palavra usada no Novo Testamento, arriscamo-nos a interpretar mal. Aí, mistério não tem o sentido atual, de "coisa ignorada por incapacidade intelectiva", mas é sempre a "ação divina revelada experimentalmente ao homem" (embora continue inacessível ao não-iniciado ou profano).


O mistério não é uma doutrina: exprime o caráter de revelação direta de Deus a seus buscadores; é uma gnose dos mistérios, que se comunica ao "mysto" (aprendiz de mística). O Hierofante conduz o homem à Divindade (mas apenas o conduz, nada podendo fazer em seu lugar). E se o aprendiz corresponde plenamente e atende a todas as exigências, a Divindade "age" (energeín) internamente, no "Esp írito" (pneuma) do homem. que então desperta (egereín), isto é, "ressurge" para a nova vida (cfr. "eu sou a ressurreição da vida", JO 11:25; e "os que produzirem coisas boas (sairão) para a restauração de vida", isto é, os que conseguirem atingir o ponto desejado serão despertados para a vida do espírito, JO 5-29).


O caminho que leva a esses passos, é o sofrimento, que prepara o homem para uma gnose superior: "por isso - conclui O. Casel - a cruz é para o cristão o caminho que conduz à gnose da glória" (o. c., pág. 300).


Paulo diz francamente que o mistério se resume numa palavra: CRISTO "esse mistério, que é o Cristo", (CL 1:27): e "a fim de que conheçam o mistério de Deus, o Cristo" (CL 2:2).


O mistério opera uma união íntima e física com Deus, a qual realiza uma páscoa (passagem) do atual eon, para o eon espiritual (reino dos céus).


O PROCESSO


O postulante (o que pedia para ser iniciado) devia passar por diversos graus, antes de ser admitido ao pórtico, à "porta" por onde só passavam as ovelhas (símbolo das criaturas mansas; cfr. : "eu sou a porta das ovelhas", JO 10:7). Verificada a aptidão do candidato profano, era ele submetido a um período de "provações", em que se exercitava na ORAÇÃO (ou petição) que dirigia à Divindade, apresentando os desejos ardentes ao coração, "mendigando o Espírito" (cfr. "felizes os mendigos de Espírito" MT 5:3) para a ele unir-se; além disso se preparava com jejuns e alimentação vegetariana para o SACRIF ÍCIO, que consistia em fazer a consagração de si mesmo à Divindade (era a DE + VOTIO, voto a Deus), dispondo-se a desprender-se ao mundo profano.


Chegado a esse ponto, eram iniciados os SETE passos da iniciação. Os três primeiros eram chamado "Mistérios menores"; os quatro últimos, "mistérios maiores". Eram eles:

1 - o MERGULHO e as ABLUÇÕES (em Elêusis havia dois lagos salgados artificiais), que mostravam ao postulante a necessidade primordial e essencial da "catarse" da "psiquê". Os candidatos, desnudos, entravam num desses lagos e mergulhavam, a fim de compreender que era necessário "morrer" às coisas materiais para conseguir a "vida" (cfr. : "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto", JO 12:24). Exprimia a importância do mergulho dentro de si mesmo, superando as dificuldades e vencendo o medo. Ao sair do lago, vestia uma túnica branca e aguardava o segundo passo.


2 - a ACEITAÇÃO de quem havia mergulhado, por parte do Mistagogo, que o confirmava no caminho novo, entre os "capazes". Daí por diante, teria que correr por conta própria todos os riscos inerentes ao curso: só pessoalmente poderia caminhar. Essa confirmação do Mestre simbolizava a "epiphanía" da Divindade, a "descida da graça", e o recem-aceito iniciava nova fase.


3 - a METÂNOIA ou mudança da mente, que vinha após assistir a várias tragédias e dramas de fundo iniciático. Todas ensinavam ao "mysto" novato, que era indispensável, através da dor, modificar seu" modo de pensar" em relação à vida, afastar-se de. todos os vícios e fraquezas do passado, renunciar a prazeres perniciosos e defeitos, tornando-se o mais perfeito (téleios) possível. Era buscada a renovação interna, pelo modo de pensar e de encarar a vida. Grande número dos que começavam a carreira, paravam aí, porque não possuíam a força capaz de operar a transmutação mental. As tentações os empolgavam e novamente se lançavam no mundo profano. No entanto, se dessem provas positivas de modifica ção total, de serem capazes de viver na santidade, resistindo às tentações, podiam continuar a senda.


Havia, então, a "experiência" para provar a realidade da "coragem" do candidato: era introduzido em grutas e câmaras escuras, onde encontrava uma série de engenhos lúgubres e figuras apavorantes, e onde demorava um tempo que parecia interminável. Dali, podia regressar ou prosseguir. Se regressava, saía da fileira; se prosseguia, recebia a recompensa justa: era julgado apto aos "mistérios maiores".


4 - O ENCONTRO e a ILUMINAÇÃO, que ocorria com a volta à luz, no fim da terrível caminhada por entre as trevas. Através de uma porta difícil de ser encontrada, deparava ele campos floridos e perfumados, e neles o Hierofante, em paramentação luxuosa. que os levava a uma refeição simples mas solene constante de pão, mel, castanhas e vinho. Os candidatos eram julgados "transformados", e porSABEDORIA DO EVANGELHO tanto não havia mais as exteriorizações: o segredo era desvelado (apokálypsis), e eles passavam a saber que o mergulho era interno, e que deviam iniciar a meditação e a contemplação diárias para conseguir o "encontro místico" com a Divindade dentro de si. Esses encontros eram de início, raros e breves, mas com o exercício se iam fixando melhor, podendo aspirar ao passo seguinte.


5 - a UNIÃO (não mais apenas o "encontro"), mas união firme e continuada, mesmo durante sua estada entre os profanos. Era simbolizada pelo drama sacro (hierõs gámos) do esponsalício de Zeus e Deméter, do qual nasceria o segundo Dionysos, vencedor da morte. Esse matrimônio simbólico e puro, realizado em exaltação religiosa (orgê) é que foi mal interpretado pelos que não assistiam à sua representação simbólica (os profanos) e que tacharam de "orgias imorais" os mistérios gregos. Essa "união", depois de bem assegurada, quando não mais se arriscava a perdê-la, preparava os melhores para o passo seguinte.


6 - a CONSAGRAÇÃO ou, talvez, a sagração, pela qual era representada a "marcação" do Espírito do iniciado com um "selo" especial da Divindade a quem o "mysto" se consagrava: Apolo, Dyonisos, Isis, Osíris, etc. Era aí que o iniciado obtinha a epoptía, ou "visão direta" da realidade espiritual, a gnose pela vivência da união mística. O epopta era o "vigilante", que o cristianismo denominou "epískopos" ou "inspetor". Realmente epopta é composto de epí ("sobre") e optos ("visível"); e epískopos de epi ("sobre") e skopéô ("ver" ou "observar"). Depois disso, tinha autoridade para ensinar a outros e, achando-se preso à Divindade e às obrigações religiosas, podia dirigir o culto e oficiar a liturgia, e também transmitir as iniciações nos graus menores. Mas faltava o passo decisivo e definitivo, o mais difícil e quase inacessível.


7 - a PLENITUDE da Divindade, quando era conseguida a vivência na "Alma Universal já libertada".


Nos mistérios gregos (em Elêusis) ensinava-se que havia uma Força Absoluta (Deus o "sem nome") que se manifestava através do Logos (a Palavra) Criador, o qual produzia o Filho (Kósmo). Mas o Logos tinha duplo aspecto: o masculino (Zeus) e o feminino (Deméter). Desse casal nascera o Filho, mas também com duplo aspecto: a mente salvadora (Dionysos) e a Alma Universal (Perséfone). Esta, desejando experiências mais fortes, descera à Terra. Mas ao chegar a estes reinos inferiores, tornouse a "Alma Universal" de todas as criaturas, e acabou ficando prisioneira de Plutão (a matéria), que a manteve encarcerada, ministrando-lhe filtros mágicos que a faziam esquecer sua origem divina, embora, no íntimo, sentisse a sede de regressar a seu verdadeiro mundo, mesmo ignorando qual fosse.


Dionysos quis salvá-la, mas foi despedaçado pelos Titãs (a mente fracionada pelo intelecto e estraçalhada pelos desejos). Foi quando surgiu Triptólemo (o tríplice combate das almas que despertam), e com apelos veementes conseguiu despertar Perséfone, revelando lhe sua origem divina, e ao mesmo tempo, com súplicas intensas às Forças Divinas, as comoveu; então Zeus novamente se uniu a Deméter, para fazer renascer Dionysos. Este, assumindo seu papel de "Salvador", desce à Terra, oferecendose em holocausto a Plutão (isto é, encarnando-se na própria matéria) e consegue o resgate de Perséfone, isto é, a libertação da Alma das criaturas do domínio da matéria e sua elevação novamente aos planos divinos. Por esse resumo, verificamos como se tornou fácil a aceitação entre os grego, e romanos da doutrina exposta pelos Emissários de Jesus, um "Filho de Deus" que desceu à Terra para resgatar com sua morte a alma humana.


O iniciado ficava permeado pela Divindade, tornando-se então "adepto" e atingindo o verdadeiro grau de Mestre ou Mistagogo por conhecimento próprio experimental. Já não mais era ele, o homem, que vivia: era "O Senhor", por cujo intermédio operava a Divindade. (Cfr. : "não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim", GL 2:20; e ainda: "para mim, viver é Cristo", Filp. 1:21). A tradição grega conservou os nomes de alguns dos que atingiram esse grau supremo: Orfeu... Pitágoras... Apolônio de Tiana... E bem provavelmente Sócrates (embora Schuré opine que o maior foi Platão).


NO CRISTIANISMO


Todos os termos néo-testamentários e cristãos, dos primórdios, foram tirados dos mistérios gregos: nos mistérios de Elêusis, o iniciado se tornava "membro da família do Deus" (Dionysos), sendo chamado.


então, um "santo" (hágios) ou "perfeito" (téleios). E Paulo escreve: "assim, pois, não sois mais estran geiros nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus. ’ (EF 2:19). Ainda em Elêusis, mostrava-se aos iniciados uma "espiga de trigo", símbolo da vida que eternamente permanece através das encarnações e que, sob a forma de pão, se tornava participante da vida do homem; assim quando o homem se unia a Deus, "se tornava participante da vida divina" (2. ª Pe. 1:4). E Jesus afirmou: " Eu sou o PÃO da Vida" (JO 6. 35).


No entanto ocorreu modificação básica na instituição do Mistério cristão, que Jesus realizou na "última Ceia", na véspera de sua experiência máxima, o páthos ("paixão").


No Cristianismo, a iniciação toma sentido puramente espiritual, no interior da criatura, seguindo mais a Escola de Alexandria. Lendo Filon, compreendemos isso: ele interpreta todo o Antigo Testamento como alegoria da evolução da alma. Cada evangelista expõe a iniciação cristã de acordo com sua própria capacidade evolutiva, sendo que a mais elevada foi, sem dúvida, a de João, saturado da tradição (parádosis) de Alexandria, como pode ver-se não apenas de seu Evangelho, como também de seu Apocalipse.


Além disso, Jesus arrancou a iniciação dos templos, a portas fechadas, e jogou-a dentro dos corações; era a universalização da "salvação" a todos os que QUISESSEM segui-Lo. Qualquer pessoa pode encontrar o caminho (cfr. "Eu sou o Caminho", JO 14:6), porque Ele corporificou os mistérios em Si mesmo, divulgando-lhes os segredos através de Sua vida. Daí em diante, os homens não mais teriam que procurar encontrar um protótipo divino, para a ele conformar-se: todos poderiam descobrir e utir-se diretamente ao Logos que, através do Cristo, em Jesus se manifestara.


Observamos, pois, uma elevação geral de frequência vibratória, de tonus, em todo o processo iniciático dos mistérios.


E os Pais da Igreja - até o século 3. º o cristianismo foi "iniciático", embora depois perdesse o rumo quando se tornou "dogmático" - compreenderam a realidade do mistério cristão, muito superior, espiritualmente, aos anteriores: tornar o homem UM CRISTO, um ungido, um permeado da Divindade.


A ação divina do mistério, por exemplo, é assim descrita por Agostinho: "rendamos graças e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos" (Tract. in Joanne, 21,8); e por Metódio de Olímpio: "a comunidade (a ekklêsía) está grávida e em trabalho de parto, até que o Cristo tenha tomado forma em nós; até que o Cristo nasça em nós, para que cada um dos santos, por sua participação ao Cristo, se torne o cristo" (Patrol. Graeca, vol. 18, ccl. 150).


Temos que tornar-nos cristos, recebendo a última unção, conformando-nos com Ele em nosso próprio ser, já que "a redenção tem que realizar-se EM NÓS" (O. Casel, o. c., pág. 29), porque "o único e verdadeiro holocausto é o que o homem faz de si mesmo".


Cirilo de Jerusalém diz: "Já que entrastes em comunhão com o Cristo com razão sois chamados cristos, isto é, ungidos" (Catechesis Mystagogicae, 3,1; Patrol. Graeca,, 01. 33, col. 1087).


Essa transformação, em que o homem recebe Deus e Nele se transmuda, torna-o membro vivo do Cristo: "aos que O receberam, deu o poder de tornar-se Filhos de Deus" (JO 1:12).


Isso fez que Jesus - ensina-nos o Novo Testamento - que era "sacerdote da ordem de Melquisedec (HB 5:6 e HB 7:17) chegasse, após sua encarnação e todos os passos iniciáticos que QUIS dar, chegasse ao grau máximo de "pontífice da ordem de Melquisedec" (HB 5:10 e HB 6:20), para todo o planeta Terra.


CRISTO, portanto, é o mistério de Deus, o Senhor, o ápice da iniciação a experiência pessoal da Divindade.


através do santo ensino (hierôs lógos), que vem dos "deuses" (Espíritos Superiores), comunicado ao místico. No cristianismo, os emissários ("apóstolos") receberam do Grande Hierofante Jesus (o qual o recebeu do Pai, com Quem era UNO) a iniciação completa. Foi uma verdadeira "transmiss ão" (traditio, parádosis), apoiada na gnose: um despertar do Espírito que vive e experimenta a Verdade, visando ao que diz Paulo: "admoestando todo homem e ensinando todo homem, em toda sabedoria (sophía), para que apresentem todo homem perfeito (téleion, iniciado) em Cristo, para o que eu também me esforço (agõnizómenos) segundo a ação dele (energeían autou), que age (energouménen) em mim, em força (en dynámei)". CL 1:28-29.


Em toda essa iniciação, além disso, precisamos não perder de vista o "enthousiasmós" (como era chamado o "transe" místico entre os gregos) e que foi mesmo sentido pelos hebreus, sobretudo nas" Escolas de Profetas" em que eles se iniciavam (profetas significa "médiuns"); mas há muito se havia perdido esse "entusiasmo", por causa da frieza intelectual da interpretação literal das Escrituras pelos Escribas.


Profeta, em hebraico, é NaVY", de raiz desconhecida, que o Rabino Meyer Sal ("Les Tables de la Loi", éd. La Colombe, Paris, 1962, pág. 216/218) sugere ter sido a sigla das "Escolas de Profetas" (escolas de iniciação, de que havia uma em Belém, de onde saiu David). Cada letra designaria um setor de estudo: N (nun) seriam os sacerdotes (terapeutas do psicossoma), oradores, pensadores, filósofos;

V (beth) os iniciados nos segredos das construções dos templos ("maçons" ou pedreiros), arquitetos, etc. ; Y (yod) os "ativos", isto é, os dirigentes e políticos, os "profetas de ação"; (aleph), que exprime "Planificação", os matemáticos, geômetras, astrônomos, etc.


Isso explica, em grande parte, porque os gregos e romanos aceitaram muito mais facilmente o cristianismo, do que os judeus, que se limitavam a uma tradição que consistia na repetição literal decorada dos ensinos dos professores, num esforço de memória que não chegava ao coração, e que não visavam mais a qualquer experiência mística.


TEXTOS DO N. T.


O termo mystérion aparece várias vezes no Novo Testamento.


A - Nos Evangelhos, apenas num episódio, quando Jesus diz a Seus discípulos: "a vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus" (MT 13:11; MC 4:11; LC 8:10).


B - Por Paulo em diversas epístolas: RM 11:25 - "Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério... o endurecimento de Israel, até que hajam entrado todos os gentios".


Rom. 16:15 - "conforme a revelação do mistério oculto durante os eons temporais (terrenos) e agora manifestados".


1. ª Cor. 2:1 – "quando fui ter convosco... anunciando-vos o mistério de Deus".


1. ª Cor. 2:4-7 - "meu ensino (logos) e minha pregação não foram em palavras persuasivas, mas em demonstração (apodeíxei) do pneúmatos e da dynámeôs, para que vossa fé não se fundamente na sophía dos homens, mas na dynámei de Deus. Mas falamos a sophia nos perfeitos (teleiois, iniciados), porém não a sophia deste eon, que chega ao fim; mas falamos a sophia de Deus em mistério, a que esteve oculta, a qual Deus antes dos eons determinou para nossa doutrina". 1. ª Cor. 4:1 - "assim considerem-nos os homens assistentes (hypêrétas) ecônomos (distribuidores, dispensadores) dos mistérios de Deus".


1. ª Cor. 13:2 - "se eu tiver mediunidade (prophéteía) e conhecer todos os mistérios de toda a gnose, e se tiver toda a fé até para transportar montanhas, mas não tiver amor (agápé), nada sou". l. ª Cor. 14:2 - "quem fala em língua (estranha) não fala a homens, mas a Deus, pois ninguém o ouve, mas em espírito fala mistérios". 1. ª Cor. 15:51 - "Atenção! Eu vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".


EF 1:9 - "tendo-nos feito conhecido o mistério de sua vontade"

EF 3:4 - "segundo me foi manifestado para vós, segundo a revelação que ele me fez conhecer o mistério (como antes vos escrevi brevemente), pelo qual podeis perceber, lendo, minha compreensão no mistério do Cristo".


EF 3:9 - "e iluminar a todos qual a dispensação (oikonomía) do mistério oculto desde os eons, em Deus, que criou tudo".


EF 5:32 - "este mistério é grande: mas eu falo a respeito do Cristo e da ekklésia.


EF 9:19 - "(suplica) por mim, para que me possa ser dado o logos ao abrir minha boca para, em público, fazer conhecer o mistério da boa-nova".


CL 1:24-27 - "agora alegro-me nas experimentações (Pathêmasin) sobre vós e completo o que falta das pressões do Cristo em minha carne, sobre o corpo dele que é a ekklêsía, da qual me tornei servidor, segundo a dispensação (oikonomía) de Deus, que me foi dada para vós, para plenificar o logos de Deus, o mistério oculto nos eons e nas gerações, mas agora manifestado a seus santos (hagioi, iniciados), a quem aprouve a Deus fazer conhecer a riqueza da doutrina (dóxês; ou "da substância") deste mistério nas nações, que é CRISTO EM VÓS, esperança da doutrina (dóxês)".


CL 2:2-3 - "para que sejam consolados seus corações, unificados em amor, para todas as riquezas da plena convicção da compreensão, para a exata gnose (epígnôsin) do mistério de Deus (Cristo), no qual estão ocultos todos os tesouros da sophía e da gnose".


CL 4:3 - "orando ao mesmo tempo também por nós, para que Deus abra a porta do logos para falar o mistério do Cristo, pelo qual estou em cadeias".


2. ª Tess. 2:7 - "pois agora já age o mistério da iniquidade, até que o que o mantém esteja fora do caminho".


1. ª Tim. 3:9 - "(os servidores), conservando o mistério da fé em consciência pura".


1. ª Tim. 2:16 - "sem dúvida é grande o mistério da piedade (eusebeías)".


No Apocalipse (1:20; 10:7 e 17:5, 7) aparece quatro vezes a palavra, quando se revela ao vidente o sentido do que fora dito.


CULTO CRISTÃO


Depois de tudo o que vimos, torna-se evidente que não foi o culto judaico que passou ao cristianismo primitivo. Comparemos: A luxuosa arquitetura suntuosa do Templo grandioso de Jerusalém, com altares maciços a escorrer o sangue quente das vítimas; o cheiro acre da carne queimada dos holocaustos, a misturar-se com o odor do incenso, sombreando com a fumaça espessa o interior repleto; em redor dos altares, em grande número, os sacerdotes a acotovelar-se, munidos cada um de seu machado, que brandiam sem piedade na matança dos animais que berravam, mugiam dolorosamente ou balavam tristemente; o coro a entoar salmos e hinos a todo pulmão, para tentar superar a gritaria do povo e os pregões dos vendedores no ádrio: assim se realizava o culto ao "Deus dos judeus".


Em contraste, no cristianismo nascente, nada disso havia: nem templo, nem altares, nem matanças; modestas reuniões em casas de família, com alguns amigos; todos sentados em torno de mesa simples, sobre a qual se via o pão humilde e copos com o vinho comum. Limitava-se o culto à prece, ao recebimento de mensagens de espíritos, quando havia "profetas" na comunidade, ao ensino dos "emissários", dos "mais velhos" ou dos "inspetores", e à ingestão do pão e do vinho, "em memória da última ceia de Jesus". Era uma ceia que recebera o significativo nome de "amor" (ágape).


Nesse repasto residia a realização do supremo mistério cristão, bem aceito pelos gregos e romanos, acostumados a ver e compreender a transmissão da vida divina, por meio de símbolos religiosos. Os iniciados "pagãos" eram muito mais numerosos do que se possa hoje supor, e todos se sentiam membros do grande Kósmos, pois, como o diz Lucas, acreditavam que "todos os homens eram objeto da benevolência de Deus" (LC 2:14).


Mas, ao difundir-se entre o grande número e com o passar dos tempos, tudo isso se foi enfraquecendo e seguiu o mesmo caminho antes experimentado pelo judaísmo; a força mística, só atingida mais tarde por alguns de seus expoentes, perdeu-se, e o cristianismo "foi incapaz - no dizer de O. Casel - de manterse na continuação, nesse nível pneumático" (o. c. pág. 305). A força da "tradição" humana, embora condenada com veemência por Jesus (cfr. MT 15:1-11 e MT 16:5-12; e MC 7:1-16 e MC 8:14-11; veja atrás), fez-se valer, ameaçando as instituições religiosas que colocam doutrinas humanas ao lado e até acima dos preceitos divinos, dando mais importância às suas vaidosas criações. E D. Odon Casel lamenta: " pode fazer-se a mesma observação na história da liturgia" (o. c., pág. 298). E, entristecido, assevera ainda: "Verificamos igualmente que a concepção cristã mais profunda foi, sob muitos aspectos, preparada muito melhor pelo helenismo que pelo judaísmo. Lamentavelmente a teologia moderna tende a aproximar-se de novo da concepção judaica de tradição, vendo nela, de fato, uma simples transmiss ão de conhecimento, enquanto a verdadeira traditio, apoiada na gnose, é um despertar do espírito que VIVE e EXPERIMENTA a Verdade" (o. c., pág. 299).


OS SACRAMENTOS


O termo latino que traduz a palavra mystérion é sacramentum. Inicialmente conservou o mesmo sentido, mas depois perdeu-os, para transformar-se em "sinal visível de uma ação espiritual invisível".


No entanto, o estabelecimento pelas primeiras comunidades cristãs dos "sacramentos" primitivos, perdura até hoje, embora tendo perdido o sentido simbólico inicial.


Com efeito, a sucessão dos "sacramentos" revela exatamente, no cristianismo, os mesmos passos vividos nos mistérios grego. Vejamos:
1- o MERGULHO (denominado em grego batismo), que era a penetração do catecúmeno em seu eu interno. Simbolizava-se na desnudação ao pretendente, que largava todas as vestes e mergulhava totalmente na água: renunciava de modo absoluto as posses (pompas) exteriores e aos próprios veículos físicos, "vestes" do Espírito, e mergulhava na água, como se tivesse "morrido", para fazer a" catarse" (purificação) de todo o passado. Terminado o mergulho, não era mais o catecúmeno, o profano. Cirilo de Jerusalém escreveu: "no batismo o catecúmeno tinha que ficar totalmente nu, como Deus criou o primeiro Adão, e como morreu o segundo Adão na cruz" (Catechesis Mistagogicae,

2. 2). Ao sair da água, recebia uma túnica branca: ingressava oficialmente na comunidade (ekklêsía), e então passava a receber a segunda parte das instruções. Na vida interna, após o "mergulho" no próprio íntimo, aguardava o segundo passo.


2- a CONFIRMAÇÃO, que interiormente era dada pela descida da "graça" da Força Divina, pela" epifanía" (manifestação), em que o novo membro da ekklêsía se sentia "confirmado" no acerto de sua busca. Entrando em si mesmo a "graça" responde ao apelo: "se alguém me ama, meu Pai o amará, e NÓS viremos a ele e permaneceremos nele" (JO 14:23). O mesmo discípulo escreve em sua epístola: "a Vida manifestou-se, e a vimos, e damos testemunho. e vos anunciamos a Vida Imanente (ou a Vida do Novo Eon), que estava no Pai e nos foi manifestada" (l. ª JO 1:2).


3- a METÁNOIA (modernamente chamada "penitência") era então o terceiro passo. O aprendiz se exercitava na modificação da mentalidade, subsequente ao primeiro contato que tinha tido com a Divindade em si mesmo. Depois de "sentir" em si a força da Vida Divina, há maior compreensão; os pensamentos sobem de nível; torna-se mais fácil e quase automático o discernimento (krísis) entre certo e errado, bem e mal, e portanto a escolha do caminho certo. Essa metánoia é ajudada pelos iniciados de graus mais elevados, que lhe explicam as leis de causa e efeito e outras.


4- a EUCARISTIA é o quarto passo, simbolizando por meio da ingestão do pão e do vinho, a união com o Cristo. Quem mergulhou no íntimo, quem recebeu a confirmação da graça e modificou seu modo de pensar, rapidamenle caminha para o encontro definitivo com o Mestre interno, o Cristo.


Passa a alimentar-se diretamente de seus ensinos, sem mais necessidade de intermediários: alimentase, nutre-se do próprio Cristo, bebe-Lhe as inspirações: "se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis seu sangue, não tendes a vida em vós. Quem saboreia minha carne e bebe meu sangue tem a Vida Imanente, porque minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é

verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (JO 6:53 ss).


5- MATRIMÔNIO é o resultado do encontro realizado no passo anterior: e o casamento, a FUSÃO, a união entre a criatura e o Criador, entre o iniciado e Cristo: "esse mistério é grande, quero dizê-lo em relação ao Cristo e à ekklêsia", escreveu Paulo, quando falava do "matrimônio" (EF 5:32). E aqueles que são profanos, que não têm essa união com o Cristo, mas antes se unem ao mundo e a suas ilusões, são chamados "adúlteros" (cfr. vol. 2). E todos os místicos, unanimemente, comparam a união mística com o Cristo ti uma união dos sexos no casamento.


6- a ORDEM é o passo seguinte. Conseguida a união mística a criatura recebe da Divindade a consagra ção, ou melhor, a "sagração", o "sacerdócio" (sacer "sagrado", dos, dotis, "dote"), o "dote sagrado" na distribuição das graças o quinhão especial de deveres e obrigações para com o "rebanho" que o cerca. No judaísmo, o sacerdote era o homem encarregado de sacrificar ritualmente os animais, de examinar as vítimas, de oferecer os holocaustos e de receber as oferendas dirigindo o culto litúrgico. Mais tarde, entre os profanos sempre, passou a ser considerado o "intemediário" entre o homem e o Deus "externo". Nessa oportunidade, surge no Espírito a "marca" indelével, o selo (sphrágis) do Cristo, que jamais se apaga, por todas as vidas que porventura ainda tenha que viver: a união com essa Força Cósmica, de fato, modifica até o âmago, muda a frequência vibratória, imprime novas características e a leva, quase sempre, ao supremo ponto, à Dor-Sacrifício-Amor.


7- a EXTREMA UNÇÃO ("extrema" porque é o último passo, não porque deva ser dada apenas aos moribundos) é a chave final, o último degrau, no qual o homem se torna "cristificado", totalmente ungido pela Divindade, tornando-se realmente um "cristo".


Que esses sacramentos existiram desde os primeiros tempos do cristianismo, não há dúvida. Mas que não figuram nos Evangelhos, também é certo. A conclusão a tirar-se, é que todos eles foram comunicados oralmente pela traditio ou transmissão de conhecimentos secretos. Depois na continuação, foram permanecendo os ritos externos e a fé num resultado interno espiritual, mas já não com o sentido primitivo da iniciação, que acabamos de ver.


Após este escorço rápido, cremos que a afirmativa inicial se vê fortalecida e comprovada: realmente Jesus fundou uma "ESCOLA INICIÁTICA", e a expressão "logos akoês" (ensino ouvido), como outras que ainda aparecerão, precisam ser explicadas à luz desse conhecimento.


* * *

Neste sentido que acabamos de estudar, compreendemos melhor o alcance profundo que tiveram as palavras do Mestre, ao estabelecer as condições do discipulato.


Não podemos deixar de reconhecer que a interpretação dada a Suas palavras é verdadeira e real.


Mas há "mais alguma coisa" além daquilo.


Trata-se das condições exigidas para que um pretendente possa ser admitido na Escola Iniciática na qualidade de DISCÍPULO. Não basta que seja BOM (justo) nem que possua qualidades psíquicas (PROFETA). Não é suficiente um desejo: é mistér QUERER com vontade férrea, porque as provas a que tem que submeter-se são duras e nem todos as suportam.


Para ingressar no caminho das iniciações (e observamos que Jesus levava para as provas apenas três, dentre os doze: Pedro, Tiago e João) o discípulo terá que ser digno SEGUIDOR dos passos do Mestre.


Seguidor DE FATO, não de palavras. E para isso, precisará RENUNCIAR a tudo: dinheiro, bens, família, parentesco, pais, filhos, cônjuges, empregos, e inclusive a si mesmo: à sua vontade, a seu intelecto, a seus conhecimentos do passado, a sua cultura, a suas emoções.


A mais, devia prontificar-se a passar pelas experiências e provações dolorosas, simbolizadas, nas iniciações, pela CRUZ, a mais árdua de todas elas: o suportar com alegria a encarnação, o mergulho pesado no escafandro da carne.


E, enquanto carregava essa cruz, precisava ACOMPANHAR o Mestre, passo a passo, não apenas nos caminhos do mundo, mas nos caminhos do Espírito, difíceis e cheios de dores, estreitos e ladeados de espinhos, íngremes e calçados de pedras pontiagudas.


Não era só. E o que se acrescenta, de forma enigmática em outros planos, torna-se claro no terreno dos mistérios iniciáticos, que existiam dos discípulos A MORTE À VIDA DO FÍSICO. Então compreendemos: quem tiver medo de arriscar-se, e quiser "preservar" ou "salvar" sua alma (isto é, sua vida na matéria), esse a perderá, não só porque não receberá o grau a que aspira, como ainda porque, na condição concreta de encarnado, talvez chegue a perder a vida física, arriscada na prova. O medo não o deixará RESSUSCITAR, depois da morte aparente mas dolorosa, e seu espírito se verá envolvido na conturbação espessa e dementada do plano astral, dos "infernos" (ou umbral) a que terá que descer.


No entanto, aquele que intimorato e convicto da realidade, perder, sua alma, (isto é, "entregar" sua vida do físico) à morte aparente, embora dolorosa, esse a encontrará ou a salvará, escapando das injunções emotivas do astral, e será declarado APTO a receber o grau seguinte que ardentemente ele deseja.


Que adianta, com efeito, a um homem que busca o Espírito, se ganhar o mundo inteiro, ao invés de atingir a SABEDORIA que é seu ideal? Que existirá no mundo, que possa valer a GNOSE dos mistérios, a SALVAÇÃO da alma, a LIBERTAÇÃO das encarnações tristes e cansativas?


Nos trabalhos iniciáticos, o itinerante ou peregrino encontrará o FILHO DO HOMEM na "glória" do Pai, em sua própria "glória", na "glória" de Seus Santos Mensageiros. Estarão reunidos em Espírito, num mesmo plano vibratório mental (dos sem-forma) os antigos Mestres da Sabedoria, Mensageiros da Palavra Divina, Manifestantes da Luz, Irradiadores da Energia, Distribuidores do Som, Focos do Amor.


Mas, nos "mistérios", há ocasiões em que os "iniciantes", também chamados mystos, precisam dar testemunhos públicos de sua qualidade, sem dizerem que possuem essa qualidade. Então está dado o aviso: se nessas oportunidades de "confissão aberta" o discípulo "se envergonhar" do Mestre, e por causa de "respeitos humanos" não realizar o que deve, não se comportar como é da lei, nesses casos, o Senhor dos Mistérios, o Filho do Homem, também se envergonhará dele, considerá-lo-á inepto, incapaz para receber a consagração; não mais o reconhecerá como discípulo seu. Tudo, portanto, dependerá de seu comportamento diante das provas árduas e cruentas a que terá que submeter-se, em que sua própria vida física correrá risco.


Observe-se o que foi dito: "morrer" (teleutan) e "ser iniciado" (teleusthai) são verbos formados do mesmo radical: tele, que significa FIM. Só quem chegar AO FIM, será considerado APTO ou ADEPTO (formado de AD = "para", e APTUM = "apto").


Nesse mesmo sentido entendemos o último versículo: alguns dos aqui presentes (não todos) conseguirão certamente finalizar o ciclo iniciático, podendo entrar no novo EON, no "reino dos céus", antes de experimentar a morte física. Antes disso, eles descobrirão o Filho do Homem em si mesmos, com toda a sua Dynamis, e então poderão dizer, como Paulo disse: "Combati o bom combate, terminei a carreira, mantive a fidelidade: já me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia - e não só a mim, como a todos os que amaram sua manifestação" (2. ª Tim. 4:7-8).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Romanos Capítulo 9 do versículo 1 até o 33

C. A JUSTIÇA DE DEUS NA HISTÓRIA, Rm 9:1-11.36

Esta seção da Epístola aos Romanos tem sido interpretada de diversas maneiras. Ela tem sido chamada de uma teodicéia, uma justificativa do tratamento que Deus dis-pensa ao homem. Existe alguma verdade nesta opinião, pois Paulo está lutando aqui com o problema do motivo pelo qual Deus aparentemente "colocou de lado" o seu povo Israel. Teriam falhado o chamado e a promessa de Deus? E com isto, Ele teria provado ser injusto? Mas chamar isto de uma teodicéia é imaginar que nós podemos justificar a Deus, quando na verdade Deus não responde aos homens; as coisas funcionam ao con-trário. Os objetivos e os caminhos de Deus transcendem a razão humana (Is 55:9) e, se não fosse assim, Deus não seria Deus. "Um Deus compreendido não é Deus" (Tersteegen).' Ao concluir esta seção, Paulo apropriadamente sobe às alturas da adoração diante do mistério divino (Rm 11:33-36).

Outros chamaram esta seção de a filosofia da história de Paulo. No entanto, não temos aqui nenhuma visão histórica sobre como Deus controla o mundo e o conduz ao seu objetivo final, mas sim "uma disputa devota com o próprio Deus". Ao invés de nos dar um relato minucioso do objetivo revelado de Deus na história, estes capítulos traçam uma "auto-revelação detalhada de Deus pela fé".

Uma terceira corrente interpreta esta seção como sendo a doutrina da predestinação de Paulo. Mas, como destaca Nygren, o tratamento clássico da predestinação é encontra-do em Rm 8:28-30. "Se adotarmos Rm 9:10-11 como ponto de partida para estudarmos a visão da predestinação de Paulo, terminaremos com uma falsa impressão dela".' Brunner diz: "A respeito de uma dupla lei (predestinação), na qual uma parte conduz à vida eterna e a outra à condenação eterna, esta passagem ensina tanto quanto qualquer outra parte das Sagradas Escrituras".4" A chave para a compreensão das afirmações de Paulo sobre a soberania e a escolha divinas é

1) colocá-las dentro dos limites de Rm 8:28-30 (veja os comentários), e

2) entender claramente que nestes capítulos "ele está falando da conversão nacional, e não da salvação individual".478 A questão é: Por que Deus aparente-mente afastou Israel e escolheu a igreja para ser o novo povo de Deus?

Adicionalmente, é um equívoco interpretar estes capítulos como sendo independen-tes ou sem relação com o resto da Epístola. Dodd opina que eles constituem um sermão que o apóstolo pregou e incorporou aqui "para poupar o tempo de um homem ocupado e evitar a dificuldade de escrever novamente sobre o assunto".' É ainda mais difícil en-tender a argumentação de Barth, de que os Rm 9;10; 11 "não podem ser simplesmente uma continuação da discussão de Rm 1:18-8.39".' Antes, eles parecem ser exatamente isto. O tema continua sendo "a justiça de Deus" (como Paulo já desenvolveu anterior-mente, cf. esp. Rm 9:30-10.4), que se torna ainda mais claro e mais seguro com o desdobrar desta argumentação. A visão final da justiça de Deus em Rm 11 é tão gloriosa que Paulo desabafa numa adoração extasiada e em louvor às inescrutáveis "profundidades das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus!" (Rm 11:33).481

Embora estes capítulos integrem a doutrina de Paulo sobre a justiça de Deus, eles constituem uma unidade. "Os três capítulos formam uma trilogia: o primeiro trata da soberania divina, o segundo, da responsabilidade humana e o terceiro, da bênção univer-sal; o primeiro, da 'escolha', o segundo, da 'rejeição' e o terceiro, da 'restauração'; o pri-meiro, do passado, o segundo do presente e o terceiro do futuro".482

Além disto, estes capítulos representam a Palavra de Deus para nós tanto quanto os capítulos anteriores. Israel é representante daqueles que, em todas as épocas, procura-ram a salvação pela lei, ou seja, pelos seus próprios méritos e justiça. A proclamação de que os homens são "justificados pela fé, sem as obras da lei" (Rm 3:28) atinge aqui, de manei-ra coerente, o seu clímax final. O perigo e os apuros de Israel são exatamente os mesmos de todo homem que recusa a salvação gratuitamente oferecida por Cristo. Apesar disto, a maravilhosa misericórdia de Deus se estende a todos os filhos da raça de Adão, pois Ele "encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia" (Rm 11:32).

1. A Questão da Fé (9:1-5)

O apóstolo vai abordar um tema que ele evita anunciar diretamente. A forte afirma-ção que encontramos nos versículos 1:2 indicam tanto a seriedade dos seus próprios sentimentos e da sua convicção, quanto o conhecimento de que os seus companheiros podem duvidar da sua sinceridade. Com muito tato e delicadeza, ele aborda o assunto. Em Cristo (en Christo, "como alguém unido a Cristo"; cf. 2 Co 2.17; 12,19) digo a ver-dade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito San-to) : tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração (1-2).

O grito de alegria de Paulo tornou-se um soluço de compaixão. Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne (3). É um paradoxo da experiência cristã o fato de que "um alto grau de tristeza espiritual e de alegria espiritual possam existir conjuntamente".' Ao declarar a sua tristeza pelos seus parentes sem fé, Paulo iria dissuadir as suas mentes de estar falando com algum preconceito. Ele está sofrendo no Espírito (cf. Rm 8:26-27) pela salvação deles (cf. Mt 9:36). Paulo emprega o enfático eu mesmo (autos ego) para enfatizar a sua disposição para o sacrifício pessoal. Estas palavras adquirem ainda mais força quando nos lembramos de que ele acabou de afirmar que nada no céu ou na terra pode "nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus" (Rm 8:39).

Ele diz: Porque eu mesmo poderia desejar ser separado (anathema, "destina-do à destruição"; cf. 1 Co 16.22; Gl 1:8-9) de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne (kata sarka). Esta oração é similar à de Moisés: "Agora, pois, perdoa o seu pecado; se não, risca-me, peço-te, do teu livro" (Êx 32:32). Esta é a linguagem de agape (cf. Rm 5:8), mas é uma oração impossível de ser respondida a ho-mens finitos. Somente o Infinito e Santo poderia realmente se tornar maldição por nós, e portanto efetivar a nossa salvação (Gl 3:13-14). Mas agape no coração do cristão faz com que ele "cumpra" as aflições de Cristo (cf. 2 Co 5:18-21; Cl 1:24).

Paulo fornece duas razões para a sua profunda compaixão A primeira: estes são os seus parentes segundo a carne. O apóstolo nunca perdeu o seu sentimento de identi-dade com os seus irmãos israelitas. Ele sofria interiormente "o conflito entre a condição espiritual atual de Israel e a sua história divina".484

O segundo motivo para a compaixão de Paulo consiste nos privilégios divinamente concedidos que foram dados ao povo escolhido (cf. Rm 3:1-3). Eles são os israelitas (4), os participantes das promessas feitas a Jacó, a quem foi dado o nome "Israel". Nos capítulos 1:8 Paulo fala dos "judeus"; mas nos capítulos 9:11, ele fala de "Israel". Os israelitas são o povo de Deus, "o povo que fazia parte de sua aliança, e que fora chamado para a salvação de Deus".' "Pois 1srael é uma nação santa para Deus, uma nação de herança do seu Deus, uma nação de sacerdócio e realeza, e uma possessão" (Livro dos Jubileus 33.18; cf. Dt 7:6-9; I Reis 8:51-53).

Deles é a adoção (huiothesia, "a condição de um filho adotado"; cf. 8.15, com comen-tários). Aqui a palavra implica no relacionamento com Deus descrito em Êxodo 4:22; Deuteronômio 32:6; Jeremias 31:9; Oséias 11:1.

Deles é a glória (he doxa), "a presença visível de Deus no meio do seu povo", o Shekinah. "Nenhuma outra nação jamais foi tão favorecida".'

Deles são os concertos (hai diathekai). O plural não se refere aos concertos antigo e novo, mas provavelmente aos concertos com os patriarcas e com Moisés (Gn 6:18-9.9; 15.18; 17.2,7,9; Êx 2:24-19.5; etc.), freqüentemente repetidos e que os unia como o povo de Deus. Alguns manuscritos apresentam a forma singular, "concerto", que neste caso faria referência ao concerto feito no Monte Sinai.

Deles é a lei (he nomothesia), o que significa "a dignidade e a glória de ter uma lei comunicada pela revelação expressa, e em circunstâncias tão cheias de assombro e es-plendor"."'

Deles é o culto a Deus (he latreia, "o serviço no templo", NASB), e também são as promessas (hai epangeliai, as promessas do Messias no Antigo Testamento).

Deles são os pais (5; hoi pateres, "os patriarcas"; cf. Atos 3:13-32), que, como santos ancestrais deixaram uma herança sagrada para Israel.

Finalmente, o supremo privilégio deles é que, através dos seus pais e segundo a carne veio Cristo, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém! O texto grego apresenta: Kai ex hon ho Christos to kata sarka ("de quem é o Cristo segundo a carne"), ho on epi panton ("Aquele que está sobre todos"), theos eulogetos eis tous aionas, amen ("Deus bendito por todos os tempos. Amém"). Sanday e Headlam fornecem um extenso resumo da interpretação do versículo 5, um versículo que "provavelmente foi mais comentado do que qualquer outro do Novo Testamento". Eles vêem quatro possíveis interpretações:488

  1. A colocação de uma vírgula depois de sarka, o que faz de Cristo a referência de toda a passagem (ERV, Phillips, RSV).
  2. A colocação de um ponto final depois de sarka, e a tradução "Aquele que é Deus sobre todos seja bendito para sempre", ou "é bendito para sempre" (ASV, RSV, NEB, Moffatt).
  3. Com a mesma pontuação, traduzir: "Aquele que é sobre todos é Deus bendito para sempre" (ASV, marg.).
  4. A colocação de uma vírgula depois de sarka, e um ponto final depois de panton, "que é sobre todos. Deus seja (ou é) bendito para sempre" (ASV, marg.).

É difícil escolher uma destas possibilidades. Os manuscritos originais não apresen-tam nenhum tipo de pontuação. Pode ser significativo que "uma imensa maioria dos escritores cristãos dos oito primeiros séculos opine que esta passagem se refere a Cris-to"' embora não exista nenhuma evidência de que eles tenham chegado a esta conclu-são com alguma base dogmática; o versículo raramente é citado em controvérsias. A linguagem da passagem aparentemente indicava este significado.

A evidência gramatical parece favorecer a possibilidade (a),' a menos que as pala-vras ho on epi panton theos contenham em si mesmas um contraste muito vivo com a frase anterior. Se adotarmos esta interpretação, a frase to kata sarka contrastada com theos corresponde a um paralelo com o contraste em Rm 1:3-4, entre kata sarka e kata pneuma hagiasunes (veja os comentários). O rumo do discurso de Paulo levou-o a enfatizar o nascimento humano de Cristo como um israelita; esta ênfase unilateral deve ser corrigida. To kata sarka nos leva a esperar uma antítese, e nós encontramos exatamente o que esperamos em ho on epi panton theos. No entanto, embora Paulo considere Cristo como estando sobre toda a criação 1Co 11:3-15.25; Fp 2:5-11; Cl 1:13-20), ele normalmente prefere se referir a Ele como "Senhor", e não como Deus (1 Co 8.6; Ef 4:5-6; 1 Tm 1:1-2; 5.21; Tt 1:4; mas cf. Tt 2:13, NASB, RSV). Não obstante, aqui Paulo pode ter optado por theos porque ele "deseja dizer que Cristo era, em termos humanos, um judeu; mas, na realidade, Ele é Deus".491 Paulo assim estaria dizendo " 'Segundo a carne',kata sarka, Cristo pertence a Israel; mas 'segundo o Espírito', kata pneuma, Ele é 'Deus, o qual é sobre todos, bendito eternamente' 74.92

2. A Primeira Resposta: A Promessa de Deus Somente aos Crentes (Rm 9:6-29)

Nesta seção, o apóstolo dá a sua primeira resposta clara à pergunta implícita no versículo 6: A palavra de Deus fracassou? "Não", diz Paulo; "A palavra de promessa de Deus, desde o princípio, destinava-se somente àqueles que foram eleitos pela livre graça de Deus".493

a) Os filhos da promessa são os filhos de Deus (Rm 9:6-13). No versículo 6, Paulo afirma que Não é que (ouch hoion de hoti, "não é o caso de que") 494 a palavra de Deus (no sentido do objetivo declarado de Deus) haja faltado (ekpeptoken, "caído ao chão", Wesley). Se Israel foi interpretado em um sentido físico ou mecânico, não se pode negar que a maioria de Israel se afastou da Palavra de Deus, que, conseqüentemente, "caiu ao chão". Mas Israel não é um termo como Grécia ou Roma; Israel não foi criado pelo sangue e pelo solo, mas pela promessa de Deus. Deus é livre para declarar quem é Israel, e nem todos os que são de Israel são israelitas. "Ou seja, Deus aceita todos os crentes, e somente eles; e isto não é, de maneira alguma, contrário à sua Palavra. Não, Ele decla-rou na sua Palavra, tanto por tipos quanto por testemunhos expressos, que os crentes são aceitos como os 'filhos da promessa', ao passo que os incrédulos são rejeitados, embo-ra sejam 'filhos segundo a carne' "

No versículo 7, Paulo está negando um ponto de vista universalmente aceito, de que todos os que parecem ou reivindicam ser Israel, na realidade sejam descendência (ou semente) de Abraão (cf. Jo 8:39). Nem por serem descendência de Abraão são todos filhos. É essencial que compreendamos a idéia de Paulo da "descendência de Abraão" (cf. Rm 4:13-16, 18; Gl 3:16-19, 29). As passagens da Epístola aos Gálatas são particularmente importantes, porque elas mostram que "descendência" — ou posteridade — é uma palavra coletiva que se concentra em um Descendente de Abraão, Cristo. Por-tanto, esta passagem é Cristológica. Cristo é a "posteridade" da promessa (Gl 3:16), mas

isto inclui aqueles que, pela fé, estão "em Cristo" (Rm 4:13-16, 18; Gl 3:29). "É em Cristo que as promessas de Deus se cumprem. Assim, a idéia do versículo 4 recebe uma severa qualificação: as promessas realmente pertencem a Israel; mas... a qual Israel?"'

O apóstolo cita Gênesis 21:12 para exemplificar este ponto: Em Isaque será cha-mada a tua descendência. Isto obviamente significa que: não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência (8). Embora Abraão tenha tido muitos filhos além de Isaque (Gn 25:1-4), aqui se faz referência a Ismael (cf. Gl 4:21-31). A palavra contados (logizetai) é uma das palavras importantes da Epístola; a comparação mais proveitosa aqui é com Rm 4:3: "Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado [elogisthe] como justiça" (citado de Gn 15:6). "Isto apon-ta para a liberdade criativa de Deus, que cria a lustica "imputando-a', e anula o pecado não 'imputando-o' (6.6, 8). Ele pode suscitar filhos a Abraão a partir de pedras (Mt 3:9; Lc 3:8) e determinar livremente o que é 'descendência' e o que não é". É evidente que descendência (ou semente) é algo que está ligado à promessa. Ismael era um filho legítimo de Abraão, mas o seu nascimento se deu por geração natural. Isaque, por outro lado, nasceu como resultado da palavra criativa da promessa de Deus (cf. Rm 4:19). Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho (9).

A frase E não somente esta (ou monon de; cf. Rm 5:3, para um uso ainda mais forte desta expressão) tem o seguinte significado: "Você pode encontrar alguma falha no exemplo anterior. Afinal, a mãe de Ismael era a escrava Agar, ao passo que a mãe de Isaque era a princesa Sara (Gl 4:21-31). Você pode até mesmo argumentar que, como descendentes de Isaque, todos os israelitas são os filhos da promessa. O exemplo que eu vou dar agora garantirá a minha argumentação contra estas falsas conclusões". Também Rebeca, quando concebeu de um, de Isaque, nosso pai; porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama), foi-lhe dito a ela: O maior servirá ao menor. Como está escrito: Amei Jacó e aborre-ci Esaú. (10-13). A última sentença é uma expressão idiomática hebraica que significa "eu preferi Jacó a Esaú".

De um (ex henos) é enfático. Jacó e Esaú não somente têm o mesmo pai; eles tam-bém têm a mesma mãe, e a sua origem remonta ao momento da concepção. Assim, as condições imperfeitas que poderiam ser encontradas no exemplo anterior são superadas. A diferença entre Jacó e Esaú é um problema de escolha divina e não de ascendência humana nem mérito. Deus é absolutamente livre; o que quer que aconteça se deve ao seu objetivo soberano, que opera no processo da escolha: para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama. "Chamado" e "fé" são palavras correspondentes: a fé é urna resposta afirmativa ao chamado de Deus, como fica claro a partir do exemplo de Abraão (cf. Gn 12:1-4; Hb 11:8). Obras e "chamado" se relacionam aqui da mesma maneira como obras e fé foram relacionadas anteriormente (cf. Rm 4:4-5, com comentários). "Não são as obras, mas sim a fé, que leva à justificação; não são as obras, mas sim o chamado de Deus, que dá acesso à promessa. Estas são maneiras diferentes de expressar a mesma verdade".' Obviamen-te, Paulo ainda está desenvolvendo a sua doutrina da justificação pela graça (gratuita) de Deus.

Quando ele declara que O maior servirá o menor (12), a sua referência não é aos dois irmãos, mas sim à sua posteridade. Esaú nunca esteve sujeito a Jacó, mas os edomitas (os seus descendentes) sempre estiveram sujeitos a Israel. O profeta Malaquias (Ml 1:2-5) está de acordo com estas palavras de Gênesis 25:23Amei Jacó (Israel) e aborreci (comparativamente) Esaú (Edom). O contexto em Malaquias deixa claro que são as nações de Israel e Edom que são consideradas aqui. Este é um exemplo da oscila-ção comum no pensamento bíblico (e particularmente no Antigo Testamento) entre a personalidade individual e a coletiva (cf. Rm 5:12-21). "Israel era a nação escolhida, e Edom incorreu na ira de Deus por causa da sua conduta não fraternal com relação a Israel no dia da calamidade de Israel".' "Observem", diz Wesley, "
1) Isto não está relacionado com a pessoa de Jacó nem com a de Esaú;

2) isto não está relacionado com o estado eterno de nenhum deles, ou da sua descendência. Até agora o apóstolo estava provando a sua pro-posição, ou seja, de que a exclusão de uma grande parte da descendência de Abraão, e da de Isaque, das promessas especiais de Deus, estava tão longe de ser impossível que, segundo as próprias Escrituras, já tinha verdadeiramente acontecido"."

A essência da argumentação de Paulo é que Deus opera com base no seu propósito de eleição. Ao detalhar a sua argumentação, ele usa descendência (ou semente) de duas maneiras:
a) para definir os descendentes naturais de Abraão (7a), e b) os filhos da promessa (7b). Como vimos, no sentido espiritual a descendência de Abraão se res-tringiu até tornar-se Cristo (Gl 3:16) e posteriormente se expandiu para incluir aqueles que estão em Cristo (Gl 3:29). "Isto quer dizer que a escolha não acontece (como poderia parecer à primeira vista, a partir dos exemplos de Paulo) arbitrariamente nem casual-mente, mas sempre e somente em Cristo. Aqueles que estão nele são os eleitos; aqueles que são os eleitos estão nele"."' Foi a falta de compreensão deste ponto essencial que causou a confusão sobre a doutrina da predestinação e da eleição de Paulo. A seção se-guinte esclarecerá esta idéia.

b) Deus é soberano na misericórdia e na ira (Rm 9:14-29). Paulo acaba de mostrar que tudo depende do propósito e da eleição de Deus, e não das nossas obras (11). O fato de Deus ter escolhido Abraão, Isaque e Jacó não dependeu deles em nada; Jacó nem mesmo tinha nascido quando Deus o escolheu e estabeleceu a sua promessa para ele. A escolha dependeu unicamente da vontade graciosa de Deus. Mas esta é a natureza da graça e da promessa. Se dependesse de qualquer outra coisa, a graça não seria graça, e a promessa não seria promessa.5"

Se tudo depende do propósito de Deus na eleição, uma aparente conclusão poderia ser que Deus é injusto. Que diremos, pois, em vista do argumento anterior... Que há injustiça da parte de Deus? Paulo está tão ansioso quanto nós para negar esta idéia. De maneira nenhuma! Deus é sempre justo, e absolutamente justo! Mas como pode-mos refutar as objeções?"

Paulo começa com uma citação do Antigo Testamento. Pois ele diz a Moisés: Com-padecer-me-ei de quem me compadecer e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia (15; Ex 33:19). Ele simplesmente desqualifica a objeção. Deus é soberano ao conceder a misericórdia."' A misericórdia não é conquistada; ela só pode ser recebida em fé e gratidão. Se um homem merecesse esta graça, ela na verdade não seria misericórdia (cf. Rm 4:2-4). Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece (16). Deus, e não o homem, define os termos nos quais Ele irá nos receber na sua graça. "Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno, os seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar". Imediatamente, o Senhor acrescenta: "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus cami-nhos, diz o Senhor" (Is 55:7-8). Na plenitude dos tempos, aquelas palavras se tornaram fé em Cristo como meios para a justiça de Deus (Rm 3:21-28; cf. Rm 9:30-10.4). Que direito tem aquele que quer (cf. Rm 7:14-25) pensar que pode trazer Deus aos seus próprios termos (cf. vs. 31-32) ? Ou seguimos os termos de Deus, ou não encontraremos misericórdia. Mas isto não é um ato de arbitrariedade divina; a nossa redenção em Cristo é o derramamen-to da sua misericórdia. Pelo fato de Deus ser misericordioso é que nós podemos ser justificados pela fé; e Deus está determinado a nos tratar com base na misericórdia. Na verdade, se Ele nos tratasse de outra maneira, quem sobreviveria? (Cf. Sl 130:3-4)."

Mas Deus também é soberano na ira. Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei, para em ti mostrar o meu poder e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra. Logo, pois, compadece-se de quem quer e endurece a quem quer (17-18). A citação que Paulo faz aqui é uma tradução livre de Êxodo 9:16. Esta citação possibilita dois novos pontos. Faraó foi erguido:

1) como uma oportunidade para a demonstração do poder de Deus, e

2) para que o nome de Deus fosse anunciado em toda a terra. Se não tivesse existido o "Faraó da opressão", não teria existido o Êxodo, com uma demonstração tão grande do poder de Deus."

Barrett faz um comentário apropriado: "Na época atual, Israel (como o Faraó, na dele) existe com um duplo objetivo, (i) o de proporcionar a oportunidade ou o contexto para um ato divino de libertação – no qual os homens são libertados da lei, e, portanto, do pecado e da morte; (ii) o de agir como causa para a propagação do ato de libertação de Deus em todo o mundo – o que ocorreu precisamente porque Israel rejeitou o evangelho (Rm 11:11-15, 19,
25) ".' Desta maneira, Deus anula a vontade própria da humanidade e faz com que a ira dos homens redunde em louvor a Ele.

Existem dois lados para a questão da soberania divina. "Ele se compadece de quem quer" (NASB), é um lado. O outro lado é: "Ele endurece a quem quer". Embora não devamos suavizar esta verdade, "endurecer" não implica numa rejeição final. Nós já encon-tramos este pensamento em Rm 1:24-26, 28, onde está dito que Deus entrega os homens ao pecado. "Quando o homem se volta para o pecado, ele o faz pela sua própria vontade; mas ao mesmo tempo a ira de Deus o obriga a isto"." Existe uma passagem paralela em outra Epístola. Para aqueles que crêem, e que estão sendo salvos, o evangelho é "o cheiro de vida para vida", mas para aqueles que estão morrendo na falta de fé, "o cheiro de morte para morte" (cf. 2 Co 2:15-16). Todos os objetivos de Deus, desde o primeiro até o último, são governados pela misericórdia. Apesar disso, "endurecer" é uma palavra ofen-siva, e Paulo imagina o seu interlocutor levantando outra objeção, a que vem a seguir.

Dir-me-ás, então: Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem resiste à sua vontade? (19) Se Deus trata os homens como Paulo explicou, eles não têm respon-sabilidade moral. Deus não tem o direito de condenar um pecador a quem Ele mesmo endureceu. Mas Paulo levanta esta questão não para respondê-la, mas sim para eliminá-la. Em vão procuramos a resposta de Paulo ao problema da relação entre a soberania divina e a liberdade humana. Ele afirma ambas as verdades ao mesmo tempo, sem ne-nhuma tentativa de fazer especulações teológicas. A base da rejeição de Israel está no objetivo de Deus, mas na próxima resposta ele acusa Israel da responsabilidade de rejei-tar o chamado de Deus. A única resposta que ele dá é que Deus é Deus e que o homem não tem nenhum direito de responsabilizá-lo de nada." Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura, a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? (20-21).

Deus não responde ao homem. Pois a criatura julgar o Criador é um orgulho pecami-noso, uma tentativa de ultrapassar o eterno abismo que separa Deus de toda a existên-cia criada. "Mas Deus merece que se confie nele, como agindo coerentemente com o seu caráter, que foi supremamente revelado em Cristo. Com um Deus assim em quem confi-ar, por que qualquer pessoa do seu povo questionaria os seus métodos?"' Paulo insiste em que, exatamente como um oleiro pode moldar o seu barro na forma do vaso que ele escolher, também Deus tem toda a liberdade para fazer o que Ele quiser com a humani-dade que Ele criou para a sua glória, e o homem não tem mais direito de retrucar, do que tem o barro do oleiro.' "Mas o problema é que o homem não é um vaso; ele vai pergun-tar: "Por que você me fez assim?", e ele não será silenciado".5" "Naturalmente, o homem não é um vaso", completa Barrett, "e perguntas obstinadas surgem na sua mente. É pelo fato de a mente humana fazer tantas perguntas sobre a lei divina relacionada ao univer-so, que obras como a Epístola aos Romanos são escritas. Ressaltar este poder, no entan-to, é enfatizar um detalhe na analogia, ao invés da comparação principal, que é feita entre a responsabilidade final do oleiro pelo que ele produz, e a responsabilidade final de Deus pelo que Ele faz na história. `Tudo depende, não de um homem que realize a sua vontade... mas do Deus misericordioso' (v. 16) ".'

O que Paulo acaba de dizer sobre o Faraó agora se transfere a Israel. E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para perdição, para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios? (20-24). Da mesma maneira como Deus... suportou com muita paciência a maldade de Faraó, Ele também suportou a falta de fé de Israel. Da mesma maneira como a obstinação e a falta de fé de Faraó proporcionaram a oportunidade para uma demonstração do poder de Deus e a propaga-ção do seu Nome por toda a terra, também a obstinação e a desobediência de Israel proporcionaram a oportunidade para uma exibição das riquezas da sua glória ao sal-var aqueles que crêem em Cristo, e para a propagação do evangelho pelo mundo inteiro.

Nos versículos 22:24 temos a seguinte seqüência:
a) Deus... suportou; b) porque ele estava querendo isto; c) Para que. Tudo o que Deus fez, Ele o fez para que desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, isto é, aqueles a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os genti-os. A parte (a) não é muito difícil. A resistência e o sofrimento de Deus se referem ao fato de que Ele ainda não chegou ao seu dia da ira (Rm 2:5) ; ele deseja levar os homens ao arrependimento (Rm 2:4). Entre estas duas, a frase (b) parece querer dizer que Deus desejava revelar tanto a sua ira contra o pecado quanto o seu poder salvador (cf. Rm 3:26). "E se este for o objetivo que está por trás da escolha de Deus? Na glória e na ira, ele está manifes-tando a sua justiça, e todas as suas ações têm raízes na misericórdia, que é tudo o que ele vai usar para lidar com os homens".514

Nos versículos 25:29 aparece uma série de citações do Antigo Testamento para mostrar que, ao chamar a sua Igreja entre os judeus e os gentios, Deus cumpriu a sua palavra de promessa, como tinha sido a intenção desde o princípio. Como também diz em Oséias: Chamarei meu povo ao que não era meu povo; e amada, à que não era amada (25; Os 2:23; cf. 1 Pe 2.10). Paulo a seguir cita um versículo anterior da mesma profecia: E sucederá que no lugar em que lhes foi dito: Vós não sois meu povo, aí serão chamados filhos do Deus vivo (26; Os 1:10). Embora Paulo sem dúvida esteja pensando no chamado dos gentios, é possível que ele também esti-vesse pensando (como foi o caso de Oséias) no lapso temporário de Israel, e na sua subseqüente salvação (cf. Rm 11:25-26).

Seguem-se duas passagens de Isaías. Também Isaías clamava acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo. Porque o Senhor executará a sua palavra sobre a terra, completando-a e abreviando-a (27-28; Is 10:22-23). O remanescente (to hypoleimma) significa Paulo e seus compatriotas (3) que vieram a crer em Cristo. O fato de este remanescente existir testemunha perfeitamente a misericórdia de Deus, pois, Se o Senhor dos Exércitos nos não deixara descendência, teríamos sido feitos como Sodoma e seríamos semelhantes a Gomorra (29; Is 1:9). Uma vez mais, encontramos a pala-vra descendência que aqui foi identificada com o remanescente da graça, ou seja, aqueles que crêem em Cristo.

As citações anteriores testemunham o fato de que Deus cumpriu plenamente a sua promessa. Elas fornecem o suporte do Antigo Testamento para o evangelho da graça de Paulo. A Igreja de Jesus Cristo, composta tanto por judeus quanto por gentios que crêem, foi escolhida pela livre graça de Deus, e constitui o remanescente prometido.'

3. A Segunda Resposta: Israel é Rejeitado Por Causa da Incredulidade (Rm 9:30-10.
21) Tendo considerado o problema da rejeição de Israel do ponto de vista da escolha divina, Paulo agora considera o problema do ponto de vista da responsabilidade humana. O seu objetivo, nesta seção, é de destacar a culpa de Israel. Deus rejeitou Israel porque Israel rejeitou o Messias (Rm 9:30-33). No seu zelo pela justiça sob a lei, eles rejei-taram a justiça de Deus (Rm 10:1-13). A sua culpa parece ser imperdoável. Deus chamou Israel à salvação pela palavra da sua promessa, mas Israel se recusou — para a sua própria culpa (Rm 10:14-21).

a) Por que Israel tropeçou (Rm 9:30-33). Que diremos, pois? Significa: Que podemos concluir de tudo o que já foi dito? A resposta é: Que os gentios (ethne, não todos os gentios, nem os gentios como um todo, como em 11.25, mas sim alguns entre os gentios), que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça? Sim, mas a justiça que é pela fé. Mas Israel, que buscava a lei da justiça, não chegou à lei da justiça. Por quê? Porque não foi pela fé, mas como que pelas obras da lei (30-32).

Da mesma maneira como os coletores de impostos e as prostitutas entraram no Reino de Deus nos dias do ministério terreno de Jesus, também os gentios que criam, os quais nunca tinham mostrado interesse em serem justos diante de Deus, agora estavam sendo perdoados e recebidos na graça de Deus. Mas a nação de Israel, que constante-mente lutava para ser justa, estava sendo julgada como injusta. Por quê? Porque Israel pensava que a justiça podia ser obtida "pelas obras" (ex ergon).' Por mais que Israel lutasse pela justiça, não conseguiria atingi-la porque a justiça que Deus exige e concede é pela fé (ek pisteos). A "exigência justa da lei" não pode ser satisfeita por aqueles que seguem o caminho da justiça legal, mas somente por aqueles que "não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito" (8.4, RSV; cf. Rm 2:25-29, com comentários).

Paulo disse, na sua primeira resposta, que "isto não depende do que quer, nem do que corre,' mas de Deus, que se compadece" (v. 16). Isto está confirmado aqui. "Se dependesse da vontade ou do empenho do homem, o resultado teria sido o oposto. Então, os judeus, que procuravam a justiça, a teriam encontrado; e os gentios, que não a procu-ravam, teriam sido rejeitados. Mas Deus agiu da maneira inversa".' Assim vemos quão intimamente relacionadas estão as duas respostas. Israel, lutando pela justiça, deixou de alcançá-la; os gentios, ouvindo o evangelho, descobriram a fé e conseqüentemente tropeçaram de forma inesperada na justiça divina, assim como o homem na parábola de Jesus sobre o tesouro escondido (Mt 13:44).

Se os crentes gentios tropeçaram inesperadamente no tesouro da justiça de Deus, Israel "tropeçou na PEDRA DE TROPEÇO (Is 8:14, LXX). Tropeçou (prosekopsan) não significa "tropeçar por descuido", mas sim "ficar aborrecido com", "mostrar irritação com".'

Para os judeus, a Cruz do Messias era um escândalo (skandalon, 33), que os irritava e os aborrecia com indignação. "Assim como nós nos zangamos com algum obstáculo no nosso caminho, em que tropeçamos e machucamos os nossos pés... também se diz que os judeus... proskopsai to litho tou proskommatos, ou seja, rejeitaram a Jesus como aquele que deixou de satisfazer os ideais que tinham em relação ao Messias"."'

Deus tinha previsto isto: como está escrito: Eis que eu ponho em Sião uma pedra de tropeço e uma rocha de escândalo; e todo aquele que crer nela não será confundido (33). Isto é uma fusão de Isaías 28:16 com as palavras de Isaías 8:14, ambas da Septuaginta.' Paulo insere ep auto para fazer com que a profecia se aplique pessoalmente ao Messias: "Todo aquele que crer nele não será envergonhado". Em Rm 10:11, ele insere novamente a mesma expressão para enfatizar a referência pessoal à fé. Não serão envergonhados (kataischynthesetai) provavelmente se baseia numa leitura hebraica diferente de Isaías 28:16.' O texto hebraico aceito é: "Aquele que crer não será confun-dido", ou seja, "o homem que permanecer alicerçado em Deus 'conservará a sua cabeça quando todos à sua volta estiverem perdendo a sua'. Ele não se confundirá, mas confiará em Deus, certo de que o seu objetivo será cumprido no seu próprio tempo".'

Barrett distingue aqui três pontos:

(i) É o homem que tem fé que não será confundido. Esta sola fide era, falando histo-ricamente, a fonte original de escândalo para os judeus (cf. 1 Co 1.22ss.). Eles preferiam o método da lei, por meio do qual esperavam estabelecer a sua própria justiça, e evitar se submeterem à de Deus (Rm 10:3). Aqui somos levados de volta ao tema da misericórdia de Deus, pois somente a fé é a resposta adequada para a misericórdia.

  1. A pedra é o próprio Senhor Jesus Cristo, que tem o duplo efeito de criar tanto a ofensa quanto a fé (veja 1 Co 1.18; 2 Co 2.15). Ele mesmo é a "descendência de Abraão"; tanto a escolha quanto a rejeição estão nele, e é impossível para os homens obter uma visão dos objetivos eternos de Deus, exceto por Ele.
  2. Todas estas verdades, como a própria citação mostra, têm a autoridade das Es-crituras. A própria Bíblia dos judeus proclama o Cristo ofensivo, cuja obscuridade e cujo sofrimento escandalizaram o seu próprio povo (v. 5), como também elogia, mesmo atra-vés da lei, o caminho da fé."'

Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Romanos Capítulo 9 versículo 9
Gn 18:10,Gn 18:14.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Romanos Capítulo 9 do versículo 1 até o 33
*

9.1-5

O próprio Paulo agora explica a rejeição da maioria de seus compatriotas judeus ao evangelho.

* 9:1

testemunhando... a minha própria consciência. Em parte alguma as Escrituras definem a "consciência". Aqui, como em 2.15 e 13.5, Paulo pensa claramente sobre a consciência como um autoconhecimento moral, comunicado pela revelação divina. Paulo estava fazendo um juramento legal, acerca de sua sinceridade.

* 9:3

eu mesmo desejaria ser anátema. Embora Paulo seja o apóstolo dos gentios, ele reverbera os sentimentos de Moisés em face da incredulidade dos judeus (Êx 32:30-32). Eles são seus próprios compatriotas, e Paulo agoniza por eles (v. 2). Estar disposto a sofrer a maldição divina, por eles, é uma fortíssima declaração de amor.

* 9:4

Pertence-lhes a adoção. A incredulidade de Israel é destacada pelas inúmeras bênçãos por eles experimentada. Nesses oito privilégios que Paulo alistou nos vs. 4 e 5, ele confirma sua anterior declaração em 3.1,2.

* 9:5

Cristo... Deus bendito para todo o sempre. O texto corretamente traduz as palavras de Paulo como atribuição direta da deidade a Cristo. Ver "Jesus Cristo, Deus e Homem", em Jo 1:26.

* 9:6

a palavra de Deus. A promessa e o plano de Deus de que seria o Deus da descendência de Abraão (Gn 17:7,8), estão aqui em foco. Na era do Antigo Testamento, a descendência natural não garantia automaticamente a herança da promessa. Deus escolhera quem a herdaria. Esse princípio é evidente nas famílias de Abraão e de Isaque.

* 9:11

os gêmeos. O caso de Jacó e Esaú confirma o argumento de três maneiras: (a) Por serem gêmeos e por terem natrurezas tão semelhantes quanto seria possível; (b) porque o propósito de Deus reverteu até a minúscula distinção que existia, levando o irmão mais velho a servir ao mais jovem; (c) porque o propósito de Deus foi declarado antes dos gêmeos terem nascido (e, portanto, não dependia de seus atos). A eleição não se alicerça sobre atos previstos, obras ou fé. Pelo contrário, ela se alicerça sobre a graça predestinadora e soberana de Deus.

* 9:13

Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú. Esse propósito distintivo de Deus na eleição (v. 11) foi também confirmado pelas palavras de Ml 1:2,3, que explica que o amor de Deus por Israel está arraigado em Sua livre escolha de Jacó, e não de Esaú. "Aborreci de", neste caso, não pode ser reduzido a "amou menos", conforme o contexto de Ml 1:3,4 deixa claro. Antes, deve transmitir o sentido de rejeição e antipatia.

* 9:14

Que diremos, pois. Conforme 8.31. Paulo reconhece que a sua declaração prévia não podia ficar sem outro comentário. Poderia o propósito soberano e distinguidor de Deus colocar em jogo o seu atributo de retidão perfeita? A idéia é claramente inconcebível — "De modo nenhum" (6.2,15; 7.7). Paulo explica por quê, ao citar dois textos bíblicos (Êx 33:19; 9:16) nos vs. 15 e 17, de onde ele conclui que Deus é justo ao demonstrar misericórdia para com alguns, ao mesmo tempo em que endurece o coração de outros. Quando Deus usa de misericórdia, isso não aponta para uma pessoa que recebe um galardão adquirido pelos seus próprios esforços, mas é a graça livre e soberana que ele oferece a pessoas moralmente incapazes de qualquer esforço aceitável (1.18—3.20). Deus não deve misericórdia a ninguém, pelo que não há qualquer injustiça quando a misericórdia não é demonstrada. A misericórdia é uma prerrogativa divina; repousa sobre o beneplácito de Deus. Quando Deus "endureceu" o coração de Faraó (v. 18), ele não criou nenhum mal, mas entregou Faraó aos seus maus desejos já existentes, como um ato de julgamento, o que, eventualmente, resultou na manifestação divina de "poder" (v. 22), na destruição do exército de Faraó (Êx 14:17,18,23-28).

* 9:17

a Escritura diz a Faraó. Foi Deus quem assim falou a Faraó, pela boca de Moisés (Êx 9:16); mas para o apóstolo Paulo, as palavras das Escrituras e a voz e a autoridade de Deus são uma só coisa.

* 9:18

de quem quer. Ver a nota teológica "Eleição e Reprovação", índice.

* 9:19

De que se queixa ele ainda. Com que direito Deus pode fazer cair a culpa dos pecados sobre aqueles a quem ele endureceu contra si mesmo? Paulo responde parcialmente em termos da experiência humana (vs. 20,21). É insensato e irreverente alguém questionar a retidão dos caminhos de Deus. Os oleiros têm o direito de fazer o que bem entenderem do barro (Is 64:8). Todos os seres humanos pertencem à "mesma descendência" (conforme vs. 10-13) da humanidade caída em Adão (5.12-14); todos pecam ativamente antes mesmo de Deus endurecê-los no pecado (1.18-28). Que Deus demonstre misericórdia para qualquer um da descendência adâmica, a fim de criar vasos de honra, é a benevolência da graça divina; que outros se tornem vasos menos úteis é uma questão de sua prerrogativa divina, sendo, por si mesma, uma questão de perfeita justiça para com eles.

* 9:23

que para glória preparou de antemão. Ver "O Propósito de Deus: Predestinação e Pré-Conhecimento", em Ml 1:2. Paulo não elabora sobre a preparação em vista. A adição das palavras "de antemão", em conexão com os vasos de misericórdia, pode estar apontando para a misericórdia que se originou no beneplácito de Deus desde a eternidade (8.29,30), ao passo que a ira em vista é uma reação direta à impiedade e à injustiça já existentes (conforme 1:18-32). A distinção entre os eleitos e os réprobos não jaz em qualquer coisa neles existente (todos são merecedores da ira divina), mas exclusivamente, depende da vontade de Deus. Dentro desse contexto, entretanto, os que são destinados para a destruição experimentam a ira que é a única retribuição justa e possível contra o pecado.

* 9:30

Que diremos, pois. Ver o v. 14. Tendo explicado a incredulidade dos judeus em termos da soberania divina, Paulo agora diagnostica essa incredulidade como devida a um anterior e fatal comprometimento com um falso caminho de retidão. A soberania divina e a culpa da voluntariedade humana eram, para Paulo, dois aspectos da realidade. Mediante a graça e a soberania de Deus, os gentios, que não buscavam a retidão de Deus, agora a tinham recebido, mediante a fé em Cristo, mas Israel, como um povo, tinha deixado de recebê-la, porquanto buscavam a retidão de Deus por meios legais, onde ela não poderia jamais ser encontrada. Cristo tinha sido para os judeus como uma pedra de tropeço (a imagem foi extraída de Is 8:14; 28:16), sobre a qual eles tinham caído (vs. 32,33; 1Pe 2:8).

* 9:31

lei de justiça. Mui provavelmente, Paulo tem em mira, uma vez mais, a lei mosaica. O engano no qual os judeus incorriam jazia não no que eles buscavam, mas na maneira como o buscavam ("não decorreu da fé, e, sim, como que das obras", v. 32 e referência lateral).


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Romanos Capítulo 9 do versículo 1 até o 33
V. A VERDADE SOBRE ISRAEL (Rom. 9-11)

Em certo sentido, a principal seção doutrinária de Romanos capítulo terminou com 8 . O evangelho já foi demonstrado que é o poder de Deus para a salvação. A doença do pecado foi claramente exposta e tratada em termos de justificação e santificação, juntamente com todos os benefícios daí resultantes e evidências de acompanhamento de amor e cuidado de Deus.

Mas há uma grande questão que permanece, tal como sugerido nas palavras "primeiro do judeu" no versículo chave (Rm 1:16 ). Em que sentido o judeu pode ainda ser o primeiro? Será que não a salvação, como esta epístola imagens de TI, violar o privilégio de o judeu e fazer promessa vazio de Deus para Seu povo escolhido? Para os judeus a esta pergunta foi grave o suficiente para inclinar-los a rejeitar mais do que Paulo disse na epístola. Eles passaram a acreditar que a sua eleição como uma corrida foi o maior certeza. Se eles devem mostrar os sinais físicos da aliança (circuncisão), era a prova concreta de sua salvação. Se Deus é fiel à Sua aliança, o problema foi resolvido para o judeu, bastante independentemente das doutrinas do pecado, a justificação, santificação e da obra do Espírito. A lei tornava desconfortável às vezes, mas eles racionalizado-lo como um símbolo nacional para provar a sua eleição. Se alguém queria salvação, que ele aplica a eles e tornar-se um prosélito de ganhar uma participação no estouro religiosa da sua situação especial. Seu raciocínio reivindicou o monopólio da salvação para os judeus. Mas, ao contrário, a Epístola insiste que a salvação é apenas de uma forma não viajou pela maioria dos judeus. Por isso a maioria dos judeus são perdidas. Este paradoxo deve ser explicado.

Paulo lida com a rejeição do povo eleito em três etapas. Em 9: 1-29 , ele mostra que a rejeição de Israel é possível e razoável. De lá até o capítulo 10, ele mostra que a culpa pela rejeição pode ser ligada diretamente à responsabilidade humana. Finalmente, o capítulo 11 mostra que o propósito de Deus é um dos misericórdia e salvação. Mesmo depois de tudo o que foi dito, não há filho de Israel precisa de ser perdido.

Em vindicar a justiça de Deus em Seu trato com o povo eleito, Paulo estabelece os princípios com os quais Deus opera a ordem moral em relação a todas as pessoas. Ele expõe as responsabilidades e condições que sempre vão com privilégio espiritual e explode o mito da salvação em nenhum fundamento que não seja a conformidade com a justiça de Deus. Além disso, ele deixa claro que a ignorar a preocupação de Deus para todos os homens é não compreender o Seu amor para qualquer homem. Deus não afastar procedimento moral som para salvar Israel. Ao contrário, Ele faz a salvação de Israel uma exibição do seu caminho de salvação para toda a humanidade.

EQUIDADE A. DEUS PARA ISRAEL (9: 1-29)

1 Digo a verdade em Cristo, não minto, a minha consciência dando testemunho comigo, no Espírito Santo, 2 que tenho grande tristeza e incessante dor no meu coração. 3 Pois eu poderia desejar que eu mesmo separado de Cristo, para o meu amor dos irmãos, que são meus parentes segundo a carne: 4 os quais são israelitas; quem é a adoção, ea glória, e os pactos, ea promulgação da lei, eo serviço de Deus , e as promessas; 5 de quem são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, , Deus bendito eternamente. Amém.

6 Mas ele é e não como se a palavra de Deus haja falhado. Porque nem todo o Israel, que são de Israel: 7 nem por serem descendência de Abraão são todos filhos;. mas: Em Isaque será a tua descendência ser chamado Dt 8:1 Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus; mas os filhos da promessa são contados como descendência. 9 Pois esta é a palavra da promessa, De acordo com este tempo virei, e Sara terá um filho. 10 E não somente isso; mas também Rebeca, que havia concebido de um,até mesmo pelo nosso pai Isaque, 11 para os filhos ainda não ter nascido, nem tendo feito nada de bom ou ruim, que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por obras, mas por aquele que Um abismo chama outro, 12 , foi dito a ela: O maior servirá o menor. 13 Como está escrito: Amei a Jacó, mas rejeitei Esaú.

14 Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? Deus me livre. 15 Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão. 16 Assim, pois, não é do que quer, nem do que corre, mas de Deus que se compadece. 17 Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo fiz eu levanto-te, para que eu possa mostrar meu poder em ti, e que o meu nome seja anunciado em toda a terra. 18 Portanto, tem misericórdia de quem quer, ea quem quer endurece.

19 Dirás então para mim, Por que se queixa ele ainda se queixa? Pois, quem resiste à sua vontade? 20 Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim? 21 Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? 22 O que se Deus, querendo mostrar a sua ira e tornar conhecido o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição: 23 e que ele desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que de antemão preparou para a glória , 24 até mesmo nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios? 25 Como também diz em Oséias:

Chamarei meu povo ao que não era meu povo;

E amada à que não era amada.

26 E será que, que no lugar em que lhes foi dito: Vós não sois meu povo,

Lá eles serão chamados filhos do Deus vivo.

27 Também Isaías exclama acerca de Israel: Se o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo: 28 para o Senhor executará a sua palavra sobre a terra, terminá-lo e cortá-lo curto . 29 E, como Isaías disse antes.

Se o Senhor dos Exércitos não nos tivesse deixado descendência,

Tínhamos nos tornado como Sodoma, e que tinha sido feito semelhante a Gomorra.

Capítulo 9 trata de lidar com a questão central: Como Deus poderia rejeitar Israel depois de ter selecionado uma vez ela? Esta edição dá Paulo grande dor. Os israelitas são seus parentes. Certa vez, ele compartilhou sua visão. Ele tem incessante dor como ele percebe que eles estão perdidos. Não há rancor no que ele diz. Mas ele deve buscar a verdade implacavelmente se ele espera responder à pergunta.

Ele começa por admitir e análise de Israel vantagens (vv. Rm 9:1-5 ). Em seguida, ele discute o princípio da selecção (vv. Rm 9:6-13 ). Ele estabelece claramente a liberdade de Deus para escolher e rever a sua escolha por motivos adequados (vv. Rm 9:14-24 ). Finalmente, ele mostra que a rejeição de Israel foi conhecido e predito nas Escrituras (vv. Rm 9:25-29 ).

1. Vantagens de Israel (9: 1-5 ) . A dor de Paulo é intensificado como ele pensa dos privilégios e vantagens que têm sido derramado sobre seus parentes perdidos. É uma pena que essas pessoas favorecidas deve vir tão mal! Em vista de sua própria ligação emocional com seus parentes e tendo em vista o enorme potencial que estava nos israelitas, Paulo viu-se inclinado (imperfeito tendencial) para desejar que ele poderia aceitar seu destino e dar a eles a sua própria salvação e oportunidade de serviço .

Como descendentes de Israel, o príncipe de Deus, eles tinham seis privilégios de natureza menos pessoal (v. Rm 9:4 ), além das relações pessoais enumerados (v. Rm 9:5 ). Deles foi a adoção -a posição como filhos de Deus. Eles tiveram a glória aparência visível do -Deus como a glória shekinah no meio deles. Os convênios , acordos juramentado especiais -Deus relativas à salvação e bem-estar-se deles. A lei foi dada a eles para orientar e instruir no caminho da vida. Eles haviam divinamente instituído ordens de serviço com o qual a adorar a Deus corretamente. E as promessas de Deus pertencia a eles em um sentido peculiar. Em seguida, a tudo isso foi adicionado um ainda maior privilégio. Os pais -a grandes líderes que Deus tinha dado ao longo dos séculos, foram todos para a sua inspiração e instrução. Mas o mais importante de tudo, Cristo mesmo teve sua origem humana do mesmo estoque de Israel. Todavia, neste último caso, os turnos de construção. O Cristo não é a posse de Israel no sentido de que os outros são. Ele é a partir deles (segundo a carne ), mas Ele está acima de tudo. Na verdade, ele é Deus que é bendito eternamente. Reverently, Paulo acrescenta Amém. Embora seu coração é esmagado com o peso do pecado e da ruína de Israel, Paulo leva profunda satisfação em parte de seu país como o instrumento de trazer o Redentor.

2. O princípio da seleção (9: 6-13 ) . O que é este princípio de seleção pelo qual Deus escolhe seu povo? Será que, como os judeus assumido, para ser dado como certo nos privilégios em circulação, a linha distinta, ea relação racial ao Redentor que Israel alegou? Paulo examina primeiro a questão da hereditariedade (vv. Rm 9:6-8 ), em seguida, discute a questão de promessa (vv. Rm 9:8 , Rm 9:9 ), e finalmente chega a uma conclusão a respeito da habilidade de Deus para escolher (vv. Rm 9:10-13 ).

Primeiro de tudo, Paulo diz claramente que a hereditariedade não é suficiente para garantir a salvação. Falando em termos do espiritual e da salvação, eles não são todos 1srael que saiu dos lombos de Israel. Não é acidente de nascimento que determina a aceitação de Deus. Não é como se a palavra de Deus haja falhado (v. Rm 9:6 ). Em vez disso, o judeu foi à procura de salvação em um princípio errado.

O mesmo argumento é elaborado em relação a Abraão. Não é todos os descendentes físicos de Abraão que são reivindicados como crianças. Não Ishmael nem qualquer um dos seis filhos de Quetura foi contado. Mas em Isaque será chamada a tua descendência. A princípio, então, não era a hereditariedade, filhos da carne, mas os filhos da promessa. O que quer que decepções e problemas que isso pode fazer, a conclusão deve ser aceito. Certamente os judeus não estavam prontos a aceitar seus inimigos, os descendentes de Ismael, como co-herdeiros da salvação sobre o princípio da hereditariedade.

Então exatamente o que há sobre Isaque que é diferente de Ismael? Ismael não era uma criança de amor e promessa. Ele nasceu por um velho arranjo caldeu de conveniência. Hereditariedade e carne desempenharam o seu papel, mas não havia nenhuma união espiritual mais elevado ou a promessa de Deus. O resultado foi contenda, tristeza e decepção. No entanto, ele era da descendência de Abraão. Com Isaque foi diferente. Sua própria existência era uma resposta à oração-a vitória espiritual. Deus interveio com uma promessa e um cumprimento. A palavra da promessa é uma palavra que tinha o caráter livre de uma promessa e não era um reconhecimento de um direito que alguém poderia reivindicar. O princípio da seleção era espiritual-a promessa. Para rejeitar a promessa é, naturalmente, para se tornar novamente carnal (conforme Esaú na próxima geração).

Paulo pressiona para elaborar o funcionamento do princípio espiritual da escolha de Deus (vv. Rm 9:10-13 ). Ele é ilustrado no caso de Jacó e Esaú, os dois filhos de Isaque e Rebeca. Antes que os filhos nasceram, e independentemente de qualquer mérito ou culpa que resultem para os de sua conduta, Deus escolheu entre eles. Assim, a seleção não estava na base das obras, mas com base em Deus, que a chamou. É prerrogativa de Deus para escolher e até mesmo de anunciar antecipadamente sua escolha e preferências. Deus nunca se rendeu essa liberdade. Isso não é afirmar que Deus é caprichosa, egoísta e irracional em suas escolhas. Nem se afirmar que Deus ignora atitudes e respostas do homem. Os versos finais deste capítulo e no capítulo 10 irá revelar o contrário. Mas Paulo faz defender Deus contra as exigências descabidas de judeus para a salvação na base da hereditariedade e privilégios especiais. Deus ainda está livre para prometer e cumprir Suas promessas em princípios espirituais. E ao fazê-lo não é responsável perante os articulados especiais de supostas prerrogativas humanas.

3. Liberdade de Deus para Escolha (9: 14-24 ) . Muito tem sido dito em defesa da liberdade do homem. Paulo aqui defende a liberdade de Deus. Na visão judaica, Deus tinha-se comprometido com o judeu e não era mais livre. Paulo lembra-lhes que Deus é livre para escolher (vv. Rm 9:14-16 ), livre para escolher e, em seguida, rejeitar (vv. Rm 9:17 , Rm 9:18 ), de uso livre para uma finalidade (vv. Rm 9:19-23 ), e livre para incluir os gentios (v. Rm 9:24 ). Tudo isto deve ser assumido sem debate. Mas o judeu tinha racionalizado suas vantagens em uma falsa segurança e irracional.

Primeira Paulo responde a acusação de que Deus é injusto e desleal em deixar o judeu descrente ser perdida. Ele não se inclinar para uma análise das razões para os atos de Deus, mas simplesmente defende o direito de Deus para ter suas próprias razões e agir sobre eles. Depois de uma expressão de horror à idéia de que Deus é injusto, ele cita a Escritura para provar seu ponto. É uma questão de registro que Deus disse a Moisés: Terei misericórdia, de quem eu tiver misericórdia e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão. Essa liberdade de Deus é um fato final. Prerrogativas Humanos suportar menos peso, especialmente desde que o homem é pecador. O homem não pode reivindicar a salvação como um direito. É de Deus que se compadece.

Escritura novamente ilustra a liberdade de Deus pelo caso do grande inimigo de Israel, o Faraó. Embora seja claro que Faraó não foi finalmente salvo, Deus fez exercer sua prerrogativa de mostrar misericórdia e da concessão de bênção, bem como de infligir julgamento. Deus disse: Para isto mesmo te levantei: para, para que eu possa mostrar meu poder em ti, e que o meu nome seja anunciado em toda a terra. Isto foi à direita de Deus. Ele optou por fazê-lo. E ele conseguiu isso sem chamar um conselho de seu povo para decidir o seu decoro. Deus é livre para mostrar misericórdia de quem quer, ea quem quer endurece. Ele ofendeu ninguém. E, presume-se, Ele agiu em princípios morais dignos. Em qualquer caso, ele estava livre para selecionar para benefícios e, em seguida, para rejeitar e destruir. Como ele poderia ser Deus? As bênçãos que Faraó apreciado não corrigiu o seu destino.

Além disso, Deus mostrou-Se a ser livres para usar suas criaturas para um fim (vv. Rm 9:19-23 ). Esta idéia é trazido em resposta à reclamação rasa que se tudo o que foi dito é verdade, o homem é um mero fantoche agitado por vontade de Deus e, portanto, não deve ser punido (v. Rm 9:19 ). Paulo responde primeiro que o homem é insolente e fora do lugar de responder, assim, para o seu Criador. O prato de negar o direito do oleiro para escolher o desenho e finalidade (v. Rm 9:20 )? Deus realmente tem o poder, direito, e compreensão para moldar o padrão humano e de fazer uso da sua criatura. Isso não quer dizer que Deus age sem pé nem cabeça. Ele ainda pode levar em consideração a escolha moral do homem e qualquer reino da liberdade que é própria do homem. Deus é grande o suficiente para adaptar-se a liberdade humana ou Ele nunca teria feito o homem à Sua própria imagem. Mas Deus é soberano. Se um pedaço de barro não é adequado para Haviland china, o oleiro tem a liberdade de fazer um prato pesado do que ele ou um prato de cachorro. Da mesma forma que é errado para o homem para reclamar contra a sabedoria e poder de Deus. Deus realmente fez o melhor que podia com os materiais disponíveis. Mesmo Deus não irá violar os princípios de ordem moral para se certificar ou Suas criaturas. vasos de ira não são transformados em vasos de misericórdia por atos de força. Pelo contrário, Deus suportou com muita paciência os vasos da ira , a fim de que ele desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que de antemão preparou para a glória. Ele de fato tem a liberdade de usar o homem segundo o seu propósito. Mas, na prática, é um propósito gracioso. Ele trata o homem melhor, não pior, do que o homem merece.

Finalmente, Paulo afirma que Deus é livre para incluir em seu chamado gracioso não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios (v. Rm 9:24 ). O que é para dificultar a Deus se Ele assim o desejar? Tem Paulo não mostrado que muitos judeus não se qualificar? E não tem Deus a liberdade de mostrar misericórdia de quem Ele quer? Então é prerrogativa de Deus para escolher gentios se Ele assim o desejar.

Na verdade, essa preocupação mais ampla de Deus para as nações é inerente à própria esboço do livro de Gênesis, como Johannes Blauw nos lembra. Os primeiros capítulos do Gênesis são uma pré-história de Israel como povo de Deus de uma forma que dá sentido à história da própria Israel. Na chamada de Abraão (Gn 12:3 ) . Não só era Deus livre para chamar os gentios e para rejeitar os judeus. Ele realmente tinha declarado em seus profetas Sua intenção de fazer exatamente isso. Paulo primeiro aplica-se a profecia de Oséias para os gentios. Chamarei meu povo ao que não era meu povo; e amada, à que não era amada. E será que, no lugar onde se dizia-lhes: Vós não sois meu povo, aí serão chamados filhos do Deus liivng. Em seguida, com o mesmo vigor, ele cita a previsão de perda de Israel de Isaías. Embora Israel como uma nação que se multiplicam e se tornar inumerável como a areia do mar , apenas o remanescente ia ser salvo. Aqueles que rejeitam a Deus seria rejeitado. O Senhor deseja executar sua palavra sobre a terra, consumando-a e o curto. Apenas como Deus deixou uma semente seriam eles diferem de Sodoma e Gomorra , que foram totalmente destruídos. Não há segurança no pecado. Isto não é porque Deus falhou ou mostrou-se infiel. É porque o homem se recusou a graça.

B. responsabilidade humana e da culpa (9: 30-10: 21)

30 Que diremos, pois? Que os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça, mas a justiça que vem da fé: 31 mas Israel buscando a lei da justiça, não chegou a esse direito. 32 Pelo que? Porque eles buscaram isso não foi pela fé, mas como que pelas obras. Eles tropeçaram na pedra de tropeço; 33 como está escrito:

Eis que eu assentei em Sião uma pedra de tropeço e rocha de escândalo:

E aquele que nele crê não será confundido.

1 Irmãos, o desejo do meu coração ea minha súplica a Deus é para eles, para que possam ser salvos. 2 Para lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, porém não com entendimento. 3 Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à justiça de Dt 4:1 ), a substituição de Israel dos esforços humanos (10: 1-11 ), e negligência de suas amplas oportunidades de Israel (10: 12-21 ).

Rejeição 1. de Israel do Messias (9: 30-33 ) . A declaração mais ampla do tema seria "Por que Israel perdeu a justiça". Deles é um erro triplo: um fracasso para alcançar o propósito da lei, uma rejeição do método de salvação de Deus, e uma rejeição de Salvador de Deus. Ele inclui um paradoxo incompreensível. Os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça, mas a justiça que vem da fé, mas Israel, buscando a lei da justiça, não chegou a isso . legislação A resposta é muito simples. A falha é baseada em duas rejeições fundamentais. Eles recusaram o método de Deus e Redentor de Deus.

Método da justiça de Deus é a fé, como tem sido demonstrado uma e outra vez por Paulo. Israel definir isso de lado e inventou seus próprios abordagem de obras. Mesmo aqui Paulo não reconhece este método alternativo como tendo realidade objetiva. Oshos , traduzidos em dizer, só concede qualidade subjetiva com o método de obras. Com nenhuma base objetiva de pensar assim, eles supuseram que obras da lei poderia salvá-los. Deus nunca tinha assim o declarou por meio dos profetas, nem tinha havido qualquer exemplo nas Escrituras. É puramente uma idéia gratuita por parte de Israel, uma perversão da religião do Antigo Testamento, que foi certamente tão estranha ao Novo. Embora Israel perseguiu a lei, ela nunca poderia chegar a não ser mais do que a lei entrou na pesquisa. Não deve ser a capacitação para cumprir a lei. Isto vem pela fé, não pelo esforço humano nu.

Em abandonando o método que também deixou o Redentor. Eles tropeçaram na pedra de tropeço. Se Jesus tivesse vindo como um líder militar exigindo heroísmo e patriotismo, Israel teria subido para a ocasião. Este teria preservado e fortalecido auto-justiça de Israel e teria dado o orgulho de realização. Quando o Cristo foi definido claramente diante dos israelitas como uma pedra no caminho, eles perderam-Lo. Em vez de construir sobre ele, tropeçaram. Eles acharam mais difícil de crer nEle que se esforçar em suas próprias obras. Mas, para rejeitá-Lo estava a falhar. E a falhar na busca da justiça está a ser perdido. Então, Israel foi perdido por causa da incredulidade.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Romanos Capítulo 9 do versículo 1 até o 33
Os três capítulos seguintes abordam a história espiritual de Israel: passada (cap. 9), presente (cap.
10) e futura (cap. 11). O objetivo de Paulo é ex-plicar por que Deus pôs de lado seu povo escolhido e como, em alguma data futura, restaurará essa nação.

  1. Descrição da eleição de Israel (9:1-13)
  2. A bênção da eleição (vv. 1-5)

Não podemos deixar de admirar a preocupação de Paulo com Israel. Suas palavras lembram-nos Moisés, em Êxodo 32:31-32. Temos esse tipo de preocupação pelas almas perdi-das? Cristo nos amou tanto que se fez maldição por nós.

  1. A adoção — Deus, por cau-sa de seu amor, escolheu seu povo (veja Is 43:20-23).
  2. A glória — a presença de Deus no tabernáculo (Êx 24:16-1 7).
  3. As alianças — Deus, por in-termédio de Moisés e de Davi, deu alianças imutáveis a seu povo, Israel.
  4. A doação da Lei — Deus nunca lidou com os gentios dessa forma. Israel ouviu a voz do Senhor e recebeu dele as leis que deveriam reger a vida da nação.
  5. O serviço de Deus — no tabernáculo, o serviço sacerdotal era um privilégio concedido pelo Senhor.
  6. As promessas — cumpri-ram-se muitas promessas do Antigo Testamento, e ainda há muitas de-las, feitas para os judeus, a serem cumpridas.
  7. Os pais — Abraão, Isaque, Jacó e os doze filhos de Jacó são a fundação da nação.
  8. O Messias — Cristo era ju-deu, da tribo de Judá, e nasceu de acordo com a Lei. No versículo 5, Paulo chama Cristo de "Deus ben-dito para todo o sempre".

Nenhuma outra nação recebeu essas bênçãos magníficas, porém Israel tomou-as como certas e, no fim, rejeitou a justiça de Deus. Os cristãos de hoje também pertencem aos eleitos de Deus e usufruem de bênçãos semelhantes: adoção (Ef 1:5); glória (Ef 1:6-49); a nova aliança no sangue de Cristo (Hb 9—10); a lei escrita no coração (2Co 3:0); e Abraão como pai dos crentes (Gl 3:7) — tudo porque temos Cristo.

  1. O fundamento para a eleição (vv. 6-13)

Por escolha, Deus exerce sua von-tade soberana para realizar seu plano perfeito. Lembre-se que Ro-manos 9:10-11 fala de eleição nacio-nal, não individual. Perderemos to-talmente a mensagem se tentarmos aplicar as verdades desses capítulos à salvação ou à segurança do crente individual. Na verdade, Paulo tem o cuidado de mencionar que se refe-re ao povo judeu e ao gentio, não a pecadores individuais.

  1. Abraão — foi escolhido para ser o pai da nação hebraica, embora Paulo afirme que nem todo israeli-ta seja mesmo filho de Israel. (Veja tambémRm 2:25-45.) Abraão teve mui-tos filhos (Gn 25:1-6), mas apenas um filho escolhido, Isaque, o filho da promessa obtida pela fé.
  2. Isaque — ele era o filho da promessa de fé (veja Gl 4:21-48), e Ismael era filho da carne por meio de obras. Todos os crentes são a ver-dadeira "semente de Abraão", não apenas os que têm sangue judeu.
  3. Jacó — Deus escolheu Jacó, mesmo antes de nascer, em detri-mento de Esaú, o primogênito. Por quê? Para mostrar que se cumpri-ría o propósito de Deus de eleger sua nação. Esaú escolheu rebelar- se contra o Senhor, mas os propó-sitos de Deus não dependem das decisões do homem. Sabemos que tanto a escolha do homem como o propósito de Deus são verdades e ensinados na Palavra, mas não po-demos explicar a relação que há entre eles.
  4. A defesa da eleição de Israel (9:14-33)

A doutrina da eleição nacional de Israel levanta diversas questões teo-lógicas cruciais:

  1. Deus é injusto? (vv. 14-18)

E claro que não! Pois a eleição não diz respeito à justiça, mas, antes, à graça gratuita. Muitas vezes, pesso-as ignorantes afirmam: "Deus é in-justo se escolhe um e deixa outro!". Contudo, o propósito do Senhor vai além da justiça, pois, se fizesse apenas o que é justo, teria de con-denar todos nós! Paulo, ao usar os exemplos de Moisés (Êx 33:19) e do faraó (Êx 9:16), comprova que Deus pode dispensar sua misericórdia e sua graça como quiser. Ninguém merece a misericórdia de Deus ou pode condená-lo por escolher Israel e deixar de lado as outras nações.

  1. Por que Deus se queixa se ninguém pode resistir à sua vontade? (vv. 19-29)

Paulo responde com uma parábola sobre o oleiro, provavelmente em-prestada deJr 18:1-24. Deus é o oleiro, e as nações do mundo (com seus governantes), os vasos. Alguns são de ira, e Deus suporta- os com longanimidade até chegar o momento de destruí-los (Gn 15:16). Os outros são vasos de misericórdia que revelam a glória do Senhor. A seguir, Paulo cita Dn 2:23 e 1:10 a fim de mostrar que Deus prome-teu chamar um "povo" dentre os gentios, um povo para ser chama-do de "filhos do Deus vivo". Esse povo é a igreja (veja 1Pe 2:9-60). Ele, ao citar Is 10:22-23 (veja Is 1:9; Is 28:1 Is 28:6; Mt 21:42;

  1. Cl 1:23 e 1Pe 2:6-60). Eles não podiam crer em um Cristo cruci-ficado, pois queriam um Messias que trouxesse liberdade política e glória para a nação.

Nesse capítulo, Paulo tenta ex-plicar a posição de Israel no plano de Deus. Israel fracassou terrivel-mente em seguir o projeto do Se-nhor de abençoar o mundo, apesar de ser uma nação eleita e ter rece-bido privilégios que nenhuma outra recebeu. O capítulo todo exalta a graça soberana de Deus, mas não minimiza a responsabilidade de ho-mens e de mulheres de tomarem a decisão certa. A palavra do Senhor prevalecerá, apesar da desobediên-cia humana, mas os pecadores de-sobedientes perderão as bênçãos. Nenhuma mente humana consegue sondar ou explicar a sabedoria de Deus (veja Rm 11:33-45), mas sabemos que não há salvação sem a graça so-berana do Senhor.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Romanos Capítulo 9 do versículo 1 até o 33
Caps. 9-11 Ainda que pareçam a nós um parêntese, não eram para o apóstolo Paulo. Era um paradoxo, para não dizer um escândalo, que a descendência de Abraão, aquele que foi justificado pela fé, não tenha aceitado o cumprimento da promessa feita a Abraão o Messias, Jesus o Senhor. É a solução deste problema que agora Paulo nos dirige. Poderíamos chamar esta seção de "A justiça de Deus na História".
9.3 Desejaria ser anátema. É um paralelo da súplica de Moisés depois do pecado do bezerro de ouro (Êx 32:32) É tal tipo de amor que levaria a Igreja a evangelizar o mundo inteiro.

9.4 A glória. Refere-se a glória da presença de Deus no templo e no tabernáculo, chamada shekiná. As alianças. Bons manuscritos apóiam o singular, o que seria uma referência à aliança do monte Sinai (Êx 34:8).

9.7 Seus filhos. Aqui é feita a distinção entre o Israel segundo a carne e o remanescente de israelitas que através da fé são os filhos espirituais de Abraão. No pensamento de Paulo Isaque é um tipo de Cristo, que é, portanto, o verdadeiro filho de Abraão. Através de Cristo somos os filhos da promessa feita a Abraão.

9.12 Esta profecia não se refere aos indivíduos mas às nações que surgiriam deles. Os edomitas estiveram, por longos períodos, sujeitos a Israel (conforme 2Sm 8:14; 1Rs 22:47; etc.).

9.15 Estas palavras citadas de Êx 33:19 têm à força de declarar que a compaixão e a misericórdia de Deus não estão sujeitas a qualquer causa fora de sua livre graça e vontade.

9.17 Cita Êx 9:16, ao passo que 8.15 afirma como Faraó endurecera o seu coração. Êx

7.3 atribui esse endurecimento a Deus. Deus manteve Faraó em circunstâncias que ele próprio criara, as quais mantiveram sua resistência. Todo esforço de fazer o mal é permitido por Deus. Isto não quer dizer que Faraó foi criado para ser endurecido, mas nas circunstâncias que o deveriam ter levado ao arrependimento, ele, por livre vontade se endureceu.
9.22 Muito longanimidade. Ainda que não seja tolerado queixar-se contra o direito que Deus tem de fazer o que Ele bem entender com os Seus, a ênfase desta passagem es na misericórdia de Deus que agüenta a maldade dos homens diferindo Sua ira por muito tempo (conforme 2Pe 3:7-61).

9.25,26 Esta aplicação da profecia de Oséias aos gentios não parece limitar-se a Paulo. É possível que tivesse sido um testimonium de uso geral na 1greja primitiva (conforme 1Pe 2:10).

9.30 Tendo discutido o problema da rejeição de Israel do ponto de vista da eleição divina, Paulo agora o considera no aspecto da responsabilidade humana. Estas duas verdades, a soberania de Deus e a responsabilidade do homem, devem ser firmemente cridas, proclamadas claramente e a nossa vida vivida à luz delas.
9.33 Uma pedra de tropeço. Este verso é uma citação de Is 28:16 combinado corri Is 8:14. Originalmente o profeta falava do remanescente justo, a esperança do futuro, incorporado pessoalmente no Messias da casa de Davi É mais um testimonium (passagens do AT usadas apologeticamente na 1greja primitiva para apoiar a fé no Senhor Jesus Cristo) semelhantemente usado em 1Pe 2:6-60.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Romanos Capítulo 9 do versículo 1 até o 33
IV. O EVANGELHO PARA O MUNDO NO PLANO DE DEUS (9.1—11.36)

A exclamação de triunfo Dt 8:31ss desvaneceu, e no silêncio que se segue outra sombra se projeta sobre a mente de Paulo, exigindo, como tudo mais, que seja dissipada pela luz de Deus em Cristo. Por que os judeus não tinham se juntado a esse rebanho no Reino dele? Por que o próprio povo de Cristo não o tinha recebido quando ele voltara para casa (Jo 1:11)? Por que a missão cristã aos judeus havia declinado de forma tão miserável? No AT, parecia que Israel seria o grande missionário apontado para evangelizar o mundo todo. Na experiência presente, a reação judaica ao seu Messias era uma paródia desprezível do que tinha sido prometido. Era uma frustração amarga, e o que era ainda pior, abria a porta para todo tipo de dúvidas. “A sua infidelidade anulará a fidelidade de Deus?” (3.3). Se Deus abandonou Israel de tal forma, então... “De maneira nenhuma!” (3.4): Paulo não podia aceitar essa premissa, muito menos tirar a conclusão de que Deus abandonaria a igreja.

Mas era um problema que vinha atormentando a mente de Paulo havia anos, especialmente porque surgia diretamente da sua experiência missionária. Ele tinha visto a sinagoga rejeitar o evangelho repetidas vezes. Mas o problema era maior do que isso: visto que tudo estava debaixo do controle de Deus, o próprio Paulo tinha se envolvido pessoalmente em produzir a rejeição de Deus por parte dos judeus. Qual era a estratégia por trás da tática de Deus? Depois de investigar no AT, em que Deus havia revelado parte dos seus planos, Paulo chega às conclusões dos caps. 9—11, convicções baseadas tanto nas reflexões acerca de sua experiência missionária quanto no seu conhecimento do AT. Esses capítulos são o produto não de um teólogo sistemático, mas de um missionário experiente e maduro pensando em voz alta e interpretando os fatos de acordo com princípios bíblicos. Paulo queria que os v. 33,34 do cap. 11 fossem levados a sério. Ele não afirmava saber as respostas todas de A a Z. Mas afirmava ter encontrado indícios importantes que eram suficientes para o homem saber acerca dos desígnios insondáveis de Deus. E importante entender o ponto de vista do qual Paulo está escrevendo. Ele não tinha intenção nenhuma de responder àqueles que estavam questionando ou eram curiosos acerca das verdades da soberania e da eleição divinas, e da responsabilidade e da reação humanas. Antes, ele está interpretando a situação missionária do século I em termos que ele compartilhava tanto com os seus contemporâneos judeus quanto com os cristãos. Junto com eles, Paulo adotou o ponto de vista do AT, e não lhe passou pela cabeça questioná-lo. Os seus críticos judeus só faziam objeções à sua aplicação das doutrinas do AT, e não às doutrinas em si.
Paulo encontrou três diferentes indícios que ajudaram a resolver o seu problema. O primeiro é uma série veterotestamentária de precedentes e promessas do controle divino sobre a história do povo de Deus para os seus propósitos designados. Ele destacou a soberania de Deus com o fim de atacar a noção absolutamente segura dos judeus de que Deus tinha de salvá-los, obrigado pelos vínculos da lei, da circuncisão e das boas obras. Paulo insiste fortemente em que Deus é livre e bondoso. Lado a lado com o primeiro indício, ele coloca o segundo sem tentar harmonizar os dois. Os judeus tinham se negado a trilhar o caminho de Deus e, enquanto não crerem, colocam-se fora do alcance salvífíco de Deus. O terceiro indício, mais uma vez sem harmonizá-lo com os anteriores, é a fidelidade de Deus. Aquele que nunca quebra uma promessa é confiável para levar Israel à salvação. A tática presente de Deus talvez seja pró-gentios e anti-judeus, mas a sua estratégia mais ampla no final é para o benefício dos judeus e vantagem e crescimento da igreja.


1) A trágica rejeição de Cristo por parte dos judeus (9:1-5)
v. 1,2. Paulo está de coração dilacerado porque a maior parte dos seus patrícios judeus ainda está fora do Reino de Deus. Ele expressa de forma solene a sinceridade da sua tristeza, v. 3. Os seus sentimentos são tão fortes que, se fosse possível, ele se tornaria anathema (termo gr. traduzido por amaldiçoado-, conforme Dt 7:26) e teria a sua união com Cristo cortada se o seu povo amado pudesse assim tomar o seu lugar. O servo revela aqui quão profundamente absorveu o espírito de auto-sacrifício do seu Senhor-Servo (conforme ljo

3.16). v. 4,5. Que anticlímax para uma herança tão gloriosa é a presente reação hostil dos judeus aos propósitos de Deus! Compare adoção de filhos com 8.15 e comentário e Ex 4:22. glória-, é a glória shekinah, quando Deus localiza a sua presença de forma singular em Israel (conforme Êx 24:16; 29:43). as alianças: (conforme Ef 2:12) é uma referência às alianças básicas feitas com Abraão e às suas ampliações e confirmações posteriores na história de Israel, a adoração-, é o ritual detalhado do tabernáculo e do templo. Compare as promessas Ct 1:2; Ct 3:2; Ct 4:13. No final do v. 5, o texto é uma versão mais natural do grego do ponto de vista da sintaxe do que a alternativa na nota de rodapé. Em vista da negação geral pelos judeus do fato de que Jesus era o Messias, Paulo é levado, como reação, a declarar francamente o seu próprio reconhecimento de Jesus em termos mais fortes do que ele tende a usar em outros textos. Veja mais a respeito em A. W. Wainwright, The Trinity in the New Testament, 1962, p. 54ss.


2) O plano atual de Deus para judeus e gentios (9.6—10.21)
Os propósitos de Deus foram revelados (9:6-29)
v. 6-23. O AT traz evidências de um afunilamento preliminar nos propósitos de Deus, e é nessa luz que a situação presente deve ser explicada. A rejeição de Jesus por parte da maioria dos judeus não é surpresa para Deus, e, pensando bem, não precisa ser surpresa para a igreja, visto que está alinhada com um princípio divino. Deus está de fato cumprindo a sua palavra. Como no início da história de Israel, o hábito de Deus era escolher apenas um ramo da árvore genealógica para os seus propósitos especiais, assim se projetou que no início a igreja teria somente certo número de judeus. Nem sangue nem comportamento qualificam o judeu para a aceitação divina, v. 6-9. Paulo argumenta novamente (conforme 2.25ss) que a percepção dos judeus de si mesmos como uma nação automaticamente escolhida é uma falácia. O seu slogan de segurança: “Abraão é nosso pai” (Lc 3:8; Jo 8:33,Jo 8:39) é historicamente irreal, visto que a linhagem escolhida não incluiu Ismael, de acordo com Gn 21:12. A escolha de Deus não depende de um processo hereditário, mas da sua promessa, como prova Gn 18:10. Na mente de Paulo, a promessa é a antítese de devotar-se à lei (4.13ss). v. 10

13. Por outro lado, a escolha de Deus também não pode se fundamentar em obras, nem em outra suposta reivindicação com a qual o homem exija arrogantemente um lugar no propósito redentor de Deus. Deus não esperou para ver o que seria de Jacó e Esaú para escolher um deles (Gn 25:23; Ml 1:2,Ml 1:3). O seu próprio chamado foi a questão decisiva, sem levar em consideração méritos ou deméritos individuais. Paulo volta ao ataque contra a justificação pelas obras defendida pelos judeus (caps. 2 e 3).

v. 14-29. O judeu não-cristão não pode dar ordens a Deus acerca dessa questão. Paulo veta a possibilidade de que alguém possa acusar Deus de ser injusto e que consiga convencê-lo a agir de outra forma. Ele dá três razões. (a) As Escrituras revelam o princípio da vontade livre de Deus (v. 15-18). (b) Isso seria equivalente a afirmar ser igual a Deus, em vez de criatura dele (v. 19-24). (c) As Escrituras revelam a promessa de que ocorreriam exatamente as coisas que estão acontecendo — o fato de Deus ter limitado o seu povo a um remanescente dos judeus e de ter ampliado o seu povo para incluir os gentios (v. 25-30). (a) v. 15-18. Deus é livre. v. 15,16. Ex 33:19 implica que a graça de Deus não pode ser forçada a caminhar por um trilho criado pelo homem. Quando Deus se dignou a se revelar a Moisés, não foi nem mesmo porque Moisés tinha algum direito ao favor de Deus em virtude de seu serviço. A intenção era estabelecer um princípio para o futuro (,terei...), como também para Moisés, v. 17. Ex 9.16 mostra que Deus é livre também para empregar os meios que aparentemente se opõem aos seus propósitos, mas cujo uso vai conduzir à glória final dele e à bênção sobre o mundo todo. Como Paulo deixa claro mais tarde (v. 22,23; 11.7), ele enxerga o judaísmo do seu tempo no papel do faraó. O Êxodo foi reencenado na história cristã, sendo que Israel representou a parte do faraó. A oposição e perseguição por parte dos judeus só serviram para promover os propósitos de Deus (cf. 11.12; At 8:1-4). v. 18. Os judeus não podem excluir levianamente os gentios do território de Deus e se considerar possuidores da reivindicação indisputável da graça de Deus. Assim como Deus permitiu que o faraó fosse endurecido em relação à sua palavra (conforme Êx 8:329:12), assim fez com os judeus, (b) v. 19-24. O homem é criatura de Deus. v. 19-21. Ainda está ecoando nos ouvidos de Paulo a conclusão tirada da discussão por um oponente judeu, como por Jó em 9:0, em que “formou” (heb. yãtsur) é a atividade do oleiro (heb. yõtsêr). Há um eco claro de Is 29:16 no v. 20 e de Jr 18:6 no v. 21. O Artífice divino poderia pôr o barro da humanidade para qualquer uso providencial de que houvesse necessidade, sem primeiro ter de pedir a permissão do homem. v. 22-24. Deus havia demonstrado o seu poder ao cortar os judeus incrédulos da sua herança, e havia feito uma declaração de condenação contra eles (cf. Mt 10:14,Mt 10:15; At 13:46-51). querendo mostrar... deve significar “porque ele quis mostrar...”, e não “embora quisesse mostrar...”, em vista da comparação com o faraó (conforme v. 17). Eles haviam se mostrado “adequados apenas para a destruição” (Knox), “maduros e prontos para serem destruídos” (Moffatt), mas Deus não os havia destruído; antes, suportara a sua dureza de coração para que fossem exemplos da sua ira (contraste Ct 2:4,Ct 2:5, em que a sua paciência é atribuída à sua bondade; as duas idéias são complementares). Lado a lado com esse juízo severo, e fortalecida por ele, estava a forma gloriosa de Deus usar a sua graça para com a igreja. 10.1 e o cap. 11 mostram que há algo latente na mente de Paulo, que é a esperança de que os vasos da ira (uma expressão tomada de Jr 50:25 na LXX) algum dia seriam remoldados, quando os propósitos presentes de Deus fossem cumpridos (conforme Jr 18:4,Jr 18:82Tm 2:20,2Tm 2:21). (c) v. 25-29. Isso é profecia cumprida, v. 25,26. Paulo cita Dn 2:23 e 1.10 como prenúncios de que a igreja, o instrumento eleito dos propósitos de Deus, seria constituída em grande parte de gentios, O AT revela o plano de Deus segundo o qual os gentios se tornariam o seu povo, a sua amada, seus filhos. Conforme SI 87; Is 19:25. lugar, significa para Paulo todo o mundo dos gentios, v. 27-29. Em segundo lugar, o ensino de Isaías acerca de um remanescente (Is 10:22,Is 10:23; Is 1:9) sinalizava para a situação da época de Paulo, quando uma minoria judaica formava o núcleo da igreja. Não era que algo tinha dado errado no plano de Deus; o AT nos assegura disso.

A reação dos judeus e dos gentios ao evangelho (9.30—10.21)
O plano de Deus está centralizado no evangelho universal da justificação pela fé (conforme 1.16,17; 3.2lss). Os gentios estão na igreja simplesmente porque aceitaram o evangelho. A maioria dos judeus está fora da igreja simplesmente porque o rejeitou. A referência ao AT prova a validade dessa avaliação. Antes Paulo já havia analisado a situação contemporânea em termos do controle geral de Deus sobre tudo. Agora paradoxalmente, mas de forma resoluta, ele afirma a responsabilidade da escolha do homem quando confrontado com o evangelho. “Se estamos lidando com duas afirmações contrárias categóricas e mensuráveis, ambas no mesmo plano, precisamos rejeitar a contradição, visto que uma afirmação definitiva e a sua negação não podem ambas ser verdadeiras; mas a questão muda quando estamos tratando de mistérios do humano e do divino que se interceptam. A consciência declara a liberdade do homem, e a fé, a liberdade de Deus; as Escrituras asseveram ambas; e Paulo fundamenta a sua argumentação nas Escrituras” (G. O. Griffith). Primeiro, Paulo apresenta brevemente a explicação humana da situação nos v. 30-33; então, no cap. 10, ele desenvolve a sua tese em mais detalhes.
v. 30-33. A posição dos judeus é culpa deles. E tristemente irônico que o alvo que os judeus erraram os gentios tenham acertado sem tentar. Os judeus tinham lidado com essa questão da forma errada. Eles tentaram acertar o seu relacionamento e sua situação com Deus com base nas obras, fundamentando a sua esperança de salvação na lei, que não conseguiam cumprir. Os gentios que agora estavam na igreja não tinham feito essa tentativa, mas tinham aceito a justificação pela fé, já pronta, oferecida por Deus por meio da obra na cruz. Para os judeus, um Messias crucificado era uma pedra de tropeço (1Co 1:23), mas para aqueles que liam o AT com olhos cristãos isso não era surpresa, visto que Is 8:14 vislumbra exatamente essa situação. Cristo é a pedra, como ele mesmo afirmou de si mesmo (Mt 21:42; conforme At 4:11). Is 28:16, citado a partir da LXX, apresenta um ensinamento positivo acerca da pedra: Deus certamente salvará o homem que fizer dele (Cristo) o objeto da sua fé. Paulo está citando de uma coleção de citações do AT de ampla circulação na igreja primitiva (conforme IPe 2.6ss).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Romanos Capítulo 9 do versículo 1 até o 36

III. Israel e os Gentios no Plano de Deus. 9:1 - 11:36.

Paulo considera o plano de Deus em relação às duas divisões da humanidade, que ele via, na qualidade de judeu – Israel ou o povo judeu e os gentios.


Moody - Comentários de Romanos Capítulo 9 do versículo 6 até o 29

B. Deus é Livre, Justo e Soberano no Seu Trato com Israel e com Todos os Homens. Rm 9:6-29) de que somos o povo eleito de Deus. Membros do povo eleito de Deus não perecerão. Portanto, nós não pereceremos". Evidências rabínicas provam que esta era a atitude da maioria dos judeus no tempo de Paulo. Hermann L.Strack e Paul Billerbeck prepararam um Commentary on the New Testament no qual reuniram paralelos do Talmude e do Midrashim que lançam luz sobre o N.T. No Vol. IV, Parte 2, devotaram uma dissertação inteira (nº
31) ao assunto do Sheol, Geena (lugar de castigo) e ao Jardim Celestial do Éden (Paraíso). As citações abaixo incluem títulos de tratados de escritos rabínicos, da qual foram extraídas as idéias sobre esses lugares, como também indicam a localização no Strack Bilerbeck.

O Rabi Levi disse: No futuro (do outro lado – o que os gregos chamam de mundo dos espíritos) Abraão está assentado à entrada do Geena e ele não permite que os israelitas circuncidados entrem ali (isto é, no Geena). [Midrash Rabba Gênesis, 48 (30a,
49) SBK, IV, ii, pág. 1066]

Nesse mesmo contexto faz-se a pergunta: O que acontecerá àqueles que pecam excessivamente? A resposta é: Retornam ao estado da incircuncisão quando entram no Geena. A citação seguinte trata da questão do que acontece depois da morte a um israelita.

Quando um Israelita penetra em sua casa eterna (sepultura), um anjo está assentado do outro lado do jardim do Éden, que recebe cada filho de Israel que está circuncidado, com o propósito de introduzi-lo no jardim celestial do Éden (paraíso). (Midrash Tanchum, Sade, waw, 145a, 35; SBK, IV, Parte ii, pág. 1066)

Novamente surge a pergunta: E os israelitas que adoram ídolos? Tal como acima a resposta é: Retornarão ao estado de incircuncisão no Geena. Eis aqui uma citação que encara os israelitas como um grupo:

Todos os israelitas circuncidados entram no jardim celestial do Éden (paraíso). (Midrash Tanchum, Sade, waw, 145a, 32; SBK, IV, Parte ii, pág,1067)

Está claro destas citações, que a maior parte dos judeus cria e ensinava que todos os israelitas circuncidados, que morreram estão no paraíso e que não há nenhum circuncidado no Geena.

Diante da declaração que o Senhor não poderia rejeitar o Seu povo eleito, Paulo em primeiro lugar replica enfatizando a liberdade divina, Sua justiça e soberania. Deus age livremente, age com justiça, e age soberanamente porque Ele é livre, justo e soberano no Seu ser eterno.


1) Deus Escolheu Isaque em lugar dos Outros Filhos de Abraão. Rm 9:6-9.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Romanos Capítulo 9 do versículo 1 até o 29
V. O PROBLEMA DOS DIREITOS E PRIVILÉGIOS JUDAICOSRm 9:1; Ml 1:2-39). Além disso, "amor" e "aborrecimento" não são fundamentos de eleição, como nós entendemos estes sentimentos subjetivos. Deus não é arbitrário em Sua escolha e não pode ser acusado de favoritismo irracional. Os termos sentimentais indicam antes uma função e um destino nacionais. Judá, e não Edom, foi eleito para revelação progressiva na história. Esta significação pode ser mantida pelo seguinte modo de traduzir: "Amei a Jacó, porém a Esaú amei menos" (cfr. Gn 29:30-33; Mt 10:37; Lc 14:26; Jo 12:25).

>Rm 9:14

3. DEUS NÃO É INJUSTO NO SEU MODO DE TRATAR (Rm 9:14-45) -O judeu impugnador (real ou imaginário) prossegue na acusação dizendo que, se o Evangelho de Paulo é verdadeiro, então Deus tem sido injusto. O apóstolo enfrenta primeiro a insinuação de que Deus é injusto nas escolhas que faz (vers. 14-18). E expressa veemente e categoricamente sua contestação: De modo nenhum (14). Ninguém afirme tal coisa! Misericórdia e compaixão pertencem de todo a Deus. Tanto assim é que não podemos compreender, mas só aceitar a incidência delas como sendo Sua vontade. Não é nova esta doutrina. Foi revelada na antigüidade a Moisés (Êx 33:19, LXX). Nem o propósito nem o esforço humano entra na eleição divina. Não depende de quem quer, ou de quem corre (16). Deus sozinho age sozinho. É isto e ninguém pode impedi-lo! Faraó (17) é apenas um instrumento que dá oportunidade a que Deus manifeste nele Seu poder e publique Seu santo nome em toda a parte. Absolutamente porque quer, Deus mostra misericórdia; e, igualmente porque quer, Ele endurece os homens. Note-se que no vers. 18 o verbo querer é thelo e não boulomai. Este último denota vontade firme, determinação de propósito. Paulo usa-o com parcimônia e prefere a primeira palavra, como aqui, o que permite ver por trás do caráter divino mais do que simples volição (cfr. Ef 1:5-49). E Deus, como nosso Pai em Cristo Jesus que quer de uma forma ou de outra; não se trata de um querer divino rígido, frio. Numa palavra, é Deus e não uma Vontade desconhecida que quer.

>Rm 9:19

Prossegue Paulo e agora enfrenta a acusação de que, se o que ele diz é verdade, então Deus é injusto e merece censura (vers. 19-24). Se Deus é absolutamente livre para eleger no sentido do melhor ou do pior, como Paulo acaba de demonstrar, que é da responsabilidade humana? Visto como ninguém pode resistir a essa vontade divina onipotente, o pecado deixa de ser voluntário (19); decorre daí que o pecador não merece censura. Responde Paulo que tal argumento não procede. A criatura não pode achar falta no Criador, embora que o contrário se dê. Quem é que discute com Deus? A coisa formada simplesmente não pode altercar com Deus sobre como se formou (20). O apóstolo introduz a ilustração do oleiro e do barro (cfr. Is 29:16; Is 45:9-23; Is 64:8; Jr 18:6). É prerrogativa do oleiro fazer do mesmo barro um vaso para honra e outro para desonra (21), uma obra primorosa de arte e outra para uso doméstico. (Cfr. 2Tm 2:20). "Que resposta tens agora a dar?" Paulo desafia o seu opositor. Se Deus quer, por um lado, revelar Sua ira e manifestar Seu poder, a Vontade é Sua e Ele aguarda a Sua oportunidade para revelá-la. Se por outro lado, Deus quer publicar Sua misericórdia em eleger alguns para a salvação, ainda é isso uma questão de Seu bom querer.

>Rm 9:22

O contraste é expresso vividamente com os termos vasos de ira (22) e vasos de misericórdia (23). A vontade soberana de Deus em relação com estes últimos é uma eterna preparação para a glória. Pode-se interpretar igualmente que os primeiros são predestinados, antes de o mundo existir, para a destruição? Os vasos de ira são os desobedientes, com quem Deus está justamente irado e sobre quem desce o castigo por causa do pecado. Foram eles também de antemão preparados para a perdição eterna? Note-se, em primeiro lugar, que os dois verbos são diferentes. Os vasos de misericórdia são preparados de antemão (23), gr. proetoimasen, ao passo que os vasos de ira são adaptados, apropriados (22), gr. katertismena; lit. tornar "adequados" ou "completos", com o particípio perfeito dando o sentido de "equipados", ou "aperfeiçoados". Não se declara que Deus é o agente dessa "adaptação". A condição se declara apenas como fato histórico. Daí vem que alguns prefeririam a tradução "apropriados para a destruição", isto é, "maduros e prontos para a destruição" (Moffatt). Em segundo lugar, note-se que os prefixos dos dois verbos paralelos são diferentes-pro, significando antecipação, e kata, significando intensidade da ação do verbo. É legítimo deduzir do fato que no caso dos desobedientes falta a ênfase do aspecto eterno. O mistério da predestinação deve ser mantido, todavia não parece haver aqui nenhum apoio para se dogmatizar acerca da predestinação para a condenação, enquanto que a pré-ordenação paralela para a glória é declarada sem sombra de dúvida. Em terceiro lugar, parece claro da linguagem e do pensamento de Paulo que, enquanto no caso dos vasos de misericórdia a ação de Deus consistiu em preparar de antemão, no caso dos vasos da ira Ele não empreendeu nenhuma ação, mas suportou com muita longanimidade (22). Ele foi ativo de um lado e passivo do outro. "Deus tem tolerado muito pacientemente os objetos de sua ira" (Moffatt). Paulo deixa deste modo seus oponentes sem poder responder, porquanto nenhum mortal pode replicar ao direito que Deus tem de eleger, ou ao exercício desse direito. Não há réplica, não obstante o caráter de Deus permanece irrepreensível.

>Rm 9:25

4. A ELEIÇÃO DIVINA É CONFIRMADA PELAS ESCRITURAS (Rm 9:25-45) -Em toda esta seção, que trata da questão judaica, é provável que o apóstolo tenha em mira mais particularmente os judeus cristãos de Roma. Por isso, reporta-se naturalmente à lei e ao testemunho, para confirmação do que acaba de declarar. Para corroborar sua conclusão de que a divina vontade é absolutamente livre para incluir gentios e rejeitar judeus (25-26), e para fazer uma eleição dentre os eleitos, Paulo cita livremente, primeiro, Dn 2:23 (LXX) e Dn 1:10 (LXX) e depois Is 10:22-23 (LXX) e Rm 1:9. Aqui se introduz a doutrina do "remanescente", que voltará a ser referida em Rm 11:1-45 (ver as notas respectivas).


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Romanos Capítulo 9 do versículo 1 até o 33

37. A Tragica incredulidade de Israel ( Romanos 9:1-5 )

Eu estou dizendo a verdade em Cristo, não minto, a minha consciência me dá testemunho do Espírito Santo, que tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração. Porque eu poderia desejar que eu mesmo fosse amaldiçoado e separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne, que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, a glória, as alianças ea promulgação da Lei eo culto, e as promessas, quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente.Amém. ( 9: 1-5 )

Romanos 9:11 é uma das passagens mais fascinantes do Novo Testamento, cheio de doutrina essencial e muito prático e focado em Israel, o povo escolhido de Deus.

Ao longo da história da igreja, no entanto, esta passagem tem sido muitas vezes muito mal compreendido. Alguns comentaristas e expositores todos, mas ignorá-la. Outros tratá-lo como um parênteses que tem pouca, se alguma, ligação ao resto da carta. Eles levam isso como um aparte em que Paulo expressa preocupações pessoais e insights sobre seus companheiros judeus. De acordo com esses intérpretes, a mensagem central da justificação pela fé é interrompido no início do capítulo 9 e retoma no início do capítulo 12 . Eles argumentam que belo e culminante hino de Paulo de louvor, esperança e de convicção em 8: 38-39 flui naturalmente em 12: 1 .

É verdade que, se Paulo tivesse deixado de fora capítulos 9:11 , o argumento e o fluxo da carta seria ainda parecem ininterrupta. Mas, como se verá, é também verdade que estes três capítulos são integralmente relacionada com o resto da carta. Paulo não queria continuar a sua doutrina sobre a justificação pela fé até que ele esclareceu algumas verdades relacionados referentes Israel e israelitas. Como parte desse esclarecimento, o apóstolo necessário contradizer algumas falsidades que prevalecem sobre as quais muitos cristãos, especialmente aqueles que eram judeus, foram tropeço.

Paulo, sem dúvida, tinha ensinado as verdades básicas de Romanos 9:11 muitas vezes, e, embora ele ainda tinha que visitar Roma em pessoa ( 01:13 ), numerosos crentes havia conhecido Paulo pessoalmente e tinha ouvido falar essas verdades faladas de seus próprios lábios . É possível que algumas das suas cartas a outras igrejas tinha sido lido por cristãos em Roma. E porque Paulo havia recebido oposição anterior a essas verdades, ele antecipou as perguntas e argumentos que alguns dos membros da igreja romana tinham certeza de levantar e responde-los nas palavras inspiradas desses capítulos. Um olhar inicial para estas questões e uma breve sugestão de suas respostas podem fornecer um começo útil a esta seção.

Primeiro, ele antecipou o argumento de que, se o evangelho de Jesus Cristo ofereceu a salvação a todos os gentios, então Deus deve ter abandonado Seu antigo povo de Israel. Judeus que ouviram o evangelho concluiu que a doutrina da justificação pela fé era uma nova idéia que era válida apenas para os gentios e que os cristãos acreditavam que as cerimônias e que faz a justiça do judaísmo não tinha mérito diante de Deus. Eles tinham certeza do evangelho implícita de que os judeus já não tinha um lugar único ou propósito no plano de redenção de Deus.
Esses judeus foram muito bem, é claro, que o evangelho descontos ritual judeu e que faz a justiça como um meio de salvação. Mas ritualismo e legalismo, mesmo a guarda da lei divinamente revelado de Deus, tinha nunca foi um meio de salvação, só um meio de expressar ou simbolizando a obediência a Deus. Como Paulo deixa claro no início desta carta (ver especialmente caps. 3-5 ), Deus nunca justificou qualquer pessoa, judeu ou gentio, nem mesmo Abraão-em qualquer outra base de Sua graça efetivada pela fé pessoal. Também era verdade que a Nova Aliança no sangue de Cristo tinha substituído a Antiga Aliança e que Deus o estava chamando um novo povo para o Seu nome, de entre todas as nações e povos.

Em sua introdução a esta carta, Paulo afirma inequivocamente que Cristo lhe havia dado um apostolado única para os gentios ( 1: 1-5 ; cf. Gl 1:16. ). Mas o livro de Atos indica claramente que ele também foi chamado para levar o evangelho para "os filhos de Israel" ( 09:15 ). Portanto, não é estranho que, sempre que possível, este apóstolo dos gentios começou um novo ministério pela primeira pregação do evangelho para os judeus, em uma sinagoga ou outro local de encontro (ver, por exemplo, At 9:20 ; At 13:5 ; At 14:1 ; 17: 1-2 ; At 19:8. ; Is 27:9 ). Paulo era, sem dúvida familiarizado com essa declaração através de seu Senhor, e ele garante que os romanos que é inconcebível que Deus poderia rejeitar e esquecer o Seu povo Israel. O verdadeiro cristianismo e anti-semitismo, portanto, são termos contraditórios no sentido mais absoluto.

Paulo antecipou e respondeu a uma segunda pergunta que ele sabia que iria surgir na mente de muitos de seus leitores, ou seja, "Se a salvação é de os judeus e está em primeiro lugar para os judeus, por que Israel, incluindo seus maiores líderes religiosos, rejeitam Jesus como seu Messias, Salvador e Rei? " Se, como Paulo disse: "... o evangelho é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego" ( Rm 1:16 ), e se Deus concede "glória e honra e paz a todo aquele que faz o bem, primeiro do judeu e também do grego "( 2:10 ), por que a maioria dos judeus ainda na incredulidade? Porque é que a nação exclusivamente escolhido e abençoado de Israel, que conhece a lei e os profetas tão bem, não só rejeitando o evangelho de Jesus Cristo, mas zelosamente perseguindo colegas judeus que acreditam que ele? "

Como iremos estudar em detalhe em um capítulo posterior, a resposta de Paulo para tal pensamento foi: "Que diremos, então, que os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça, mas a justiça que é pela fé, mas Israel, que buscava um? lei da justiça, não chegou a essa lei Por Porque não foi pela fé, mas como se fosse por obras e tropeçaram na pedra de tropeço "da salvação pela fé (.?. 9: 30-32 ).Continuando sua explanação, o apóstolo diz: "Irmãos, o desejo do meu coração ea minha súplica a Deus por eles [colegas judeus] é para sua salvação. Para lhes dou testemunho de que eles têm zelo por Deus, mas não de acordo com o conhecimento. Para não conhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à justiça de Deus Pois Cristo é o fim da lei para justiça de todo aquele que crê "(. 10: 1-4 ).

Porque Paulo bem entendido que a maioria de seus compatriotas judeus confiou em sua descendência de Abraão e em suas boas obras, ele afirma em termos inequívocos que "ele não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente na carne. Mas ele é um judeu que é no interior, e circuncisão, a que é do coração, no espírito, não na letra, e seu louvor não provém dos homens, mas de Deus "( Rm 2:28-29. ) . Em outras palavras, o verdadeiro judeu é judeu espiritual, um judeu cujo coração e mente foram limpos e purificado ("circuncidado") pelo Espírito e que, portanto, pertence a Deus pela fé. Nem a circuncisão física nem linhagem física de Abraão pode salvar uma pessoa. Eles podem, de fato, tornar-se facilmente as barreiras para a salvação, dando uma falsa sensação de segurança espiritual. Confiando em tais coisas humanas mantidas judeus de receber Jesus Cristo.

Porque o evangelho é claro que ambos os judeus e gentios são salvos pela fé, os judeus devem se converter da sua confiança em sua própria realização religioso, humilhando-se, rejeitando a pressão intimidante da tradição que viveu. Eles rejeitaram o evangelho e assim rejeitaram o seu Messias.

Esta salvação não era nova. "Além de a lei a justiça de Deus se manifestou", diz Paulo, "tendo o testemunho da lei e dos profetas, mas a justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem; porque não há distinção" ( Rom. 3: 21-22 ). O indivíduo judeu nunca foi salvo de qualquer outra forma que a fé pessoal em Deus, não importa o quão puro e bem documentada a sua descendência física de Abraão. "Afirmamos que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei. Ou Deus é o Deus de apenas judeus? Não é Ele o Deus dos gentios também? Sim, também dos gentios, já que de fato Deus, que vai justificar a circuncisão por fé e os não circuncidados por meio da fé é um "( 3: 28-30 ). Deus cria tanto judeus como gregos, e Ele salva-los da mesma forma, na fé, independentemente das obras e rituais. Os judeus não foram salvas porque as barreiras de cerimônias, tradições e legalismo em geral bloqueado seu caminho.

O apóstolo depois pergunta retoricamente: "Digo, porém: eles [Israel] não tropeçar, de modo a cair, eles De modo nenhum Mas, pela sua salvação transgressão veio aos gentios, para torná-los com ciúmes?!" ( 11: 11 ). Em outras palavras, o fracasso de Israel para vir a Jesus Cristo na fé, trágico como tem sido, não é permanente e irreversível. Na verdade, porque o fracasso de Israel abriu a porta do evangelho aos gentios, o ciúme dos gentios, eventualmente, terá uma parte em levar Israel a voltar-se para o Deus Salvador pela fé em Cristo, para receber finalmente o Messias que eles rejeitaram em Sua primeira vinda.

Não só isso, o apóstolo diz, mas, "se a transgressão deles é a riqueza do mundo e seu fracasso é a riqueza dos gentios, quanto mais a sua realização ser!" ( v. 12 ). Se incredulidade de Israel trouxe tantos gentios ao Senhor, quantas mais serão levados a Ele quando Israel finalmente acredita. João revela que o número será incalculável. "Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações e todas as tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos "( Ap 7:9 , Rm 4:11 )

Em outras palavras, um grande número de judeus rejeitam o evangelho de Cristo, porque eles confiam no rito da circuncisão para fora e, como já mencionado, em sua descendência física de Abraão, e não na fé sem reservas em Deus que trouxe a salvação a Abraão e fez ele "o pai de todos os que acreditam sem ser circuncidado ", Gentil, bem como judeu ( v. 11 , grifo do autor).

Paulo sabia que um terço e intimamente relacionado questão também surgem na mente dos judeus: "É verdade que os judeus individuais devem ser salvos pela fé pessoal, o que dizer da nação ? Será que Deus de Israel descartado Sua nação escolhida antiga? " A resposta de Paulo a essa pergunta é dada no capítulo 9 . São os "israelitas", explica ele, "a quem pertence a adoção de filhos, a glória, as alianças ea entrega da Lei, eo culto, e as promessas, cujas são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente Amém "(. 9: 4-5 ). Ela sempre foi uma bênção única e um privilégio ser um judeu, e da nação de Israel sempre teve "estatuto favorecido" diante de Deus entre as nações do mundo.

Mas essa posição favorecida não tem impedido Deus de disciplinar que nação ou de colocá-lo temporariamente de lado "até que a plenitude dos gentios haja entrado" ( Rm 11:25 ). Uma vez que isso tenha ocorrido, o Senhor "Derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém, o Espírito de graça e de súplicas, para que eles olharão para mim, a quem traspassaram; e eles vão chorar por ele, como quem chora por um filho único, e chorarão amargamente por ele, como o choro amargo ao longo de um primogênito "( Zc 12:10 ). Então, "a soberania, o domínio, ea grandeza de todos os reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão "( Dn 7:27 ).

Nesta seção, Paulo mostra que a nação de Israel foi temporariamente de lado por Deus por causa de sua impenitência continuada e incredulidade, mais especialmente para sua rejeição do Messias. Em Sua soberania gracioso, no entanto, e com certeza divina, Deus vai preservar para si um remanescente de Israel. Essa nação, sob a forma de um remanescente ordenado do seu povo, será trazido pela fé, não só no reino purificada e restaurada de "Filho de Davi maior", mas no reino eterno de Deus.

Paulo também lembra a seus leitores que, assim como Isaías profetizou: "Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo" ( Rm 9:27. ; . Is 10:22 ).Através de Seus profetas que Deus deixou claro que apenas um remanescente da nação acabaria por vir a Ele com fé genuína. Por meio de Isaías Ele havia prometido que "nos últimos dias, então isso vai acontecer no mesmo dia que o Senhor voltará a recuperar o segundo tempo com a mão o restante do seu povo, que permanecerão, da Assíria, Egito, Patros, Cush, Elam, de Sinar, de Hamate, e das ilhas do mar. E ele arvorará um estandarte para as nações, e vai reunir os exilados de Israel, e vai reunir os dispersos de Judá dos quatro cantos da terra "( Isaías 11:11-12. ; cf. v. 16 ). Por meio de Jeremias Ele prometeu: "Então, eu mesmo recolherei o resto das minhas ovelhas, de todos os países onde os tenho lançado e deve trazê-los de volta para seu pasto; e eles serão fecundos e multiplicai-vos" ( Jr 23:3. ; Zc. 8: 11-12 ). E porque "os dons ea vocação de Deus são irrevogáveis" ( Rm 11:29 ), Israel tem a garantia divina que este remanescente, o que representa a nação, vai ser salvo. O plano de Deus desde a eternidade passada tem sido sempre que rejeição dEle de Israel seria ao mesmo tempo parcial e temporária.

Nessas respostas para companheiros judeus, Paulo também respondeu a uma pergunta que ele sabia que surgem na mente de muitos crentes gentios. "Se Deus não cumprir as promessas que o seu povo escolhido de Israel," eles se perguntam: "como podemos esperar que Ele cumprir as promessas que nós, como crentes gentios?" O problema, é claro, é em questão. Deus não falhou em suas promessas de Israel ou para os judeus individuais. Suas promessas foram dadas aos fiéis Israel e aos fiéis, crentes judeus, para aqueles que eram espirituais, não apenas física, descendentes de Abraão. Porque ele era um tal modelo de fidelidade, Abraão não só foi o pai dos fiéis que viviam atrás dele, mas, em certo sentido prevenient, o pai mesmo dos fiéis que viveram antes dele. A fé de Abraão chegou à frente, como o próprio Senhor Jesus Cristo nos diz que: "Abraão exultou por ver o meu dia, e viu-o e ficou feliz" ( Jo 8:56 ).

Como veremos, estas e muitas outras perguntas são respondidas com profunda sabedoria e razão santo.
Então ele é sobrecarregado com o que o Senhor lhe deu para escrever, Paulo termina esta seção três capítulo sobre Israel ( Romanos 9:11 ), com um majestoso doxologia, triunfante de louvor e agradecimento a Deus: "Ó profundidade da riqueza tanto da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis ​​são os seus juízos e inescrutáveis ​​os seus caminhos! Para quem conheceu a mente do Senhor, ou quem se tornou seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele que ele pode ser pago de volta para ele ? novamente Porque dele, e por meio dele e para ele são todas as coisas A ele seja a glória para sempre Amém "(.. Rom. 11: 33-36 ).

No primeiro desses três capítulos, Paulo se concentra em primeiro lugar na tragédia da incredulidade de Israel ( Rm. 9: 1-5 ). Ele, então, declara que este incredulidade faz parte do plano eterno de Deus de redenção ( vv. 6-13 ) e demonstra que este plano divino para a incredulidade de Israel não é caprichoso ou injusto, mas é perfeitamente justo ( vv. 14-29 ).

Ao expressar o seu profundo pesar pela condição espiritual de Israel, o apóstolo declara primeiro o seu amor por seu povo como companheiros judeus.

Conexão pessoal de Paulo com Israel descrente

Eu estou dizendo a verdade em Cristo, não minto, a minha consciência me dá testemunho do Espírito Santo, que tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração. Porque eu poderia desejar que eu anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne, ( 9: 1-3 )

Como acabamos de observar, Paulo começa nesta seção sobre Israel, declarando seu pesar pessoal sobre a incredulidade de seus queridos parentes. Ele acaba de apresentar oito capítulos de verdades divinas que são emocionante para aqueles que acreditam, mas devastador para todos os incrédulos, particularmente para judeus incrédulos, que sentiram totalmente seguros em sua herança racial de Abraão, em seu desempenho legalista de cerimônia, e na sua adesão às tradições rabínicas. Um judeu descrente que levou a sério as palavras de Paulo em capítulos 1:8 provavelmente sentir que o evangelho lhe rendeu um pária total, baixado por Deus.

Paulo já tinha sido o mais zeloso perseguidor de judeus que nomeou o nome de Cristo, incansavelmente "ameaças de respiração e assassinato contra os discípulos do Senhor" ( At 9:1 ).Paulo, um ex-fariseu ( At 23:6 ; 9: 1-2 ), foi agora considerado o traidor de traidores de seu povo, mais desprezado do que um pagão Gentil. Ele foi o grande traidor, o Judas do judaísmo e o arquiinimigo de Israel (ver, por exemplo, At 9:23 ; At 13:50 ; At 20:3. ).

Ainda hoje, os judeus consideram o cristianismo como inerentemente anti-semita. Quando ouvem Jesus proclamado como seu longamente aguardado Messias, o grande Salvador e Libertador de Israel, eles se tornam altamente indignado. Em vez de ver o evangelho como o cumprimento perfeito e conclusão do judaísmo, eles vêem isso como uma ameaça destrutiva. Infelizmente, suas muitas perseguições ao longo da história nas mãos de cristãos professos que exacerba ressentimento.
Paulo teve grande preocupação não apenas para Israel como uma nação, mas um amor incrivelmente profunda para israelitas como indivíduos. E ele sabia que antes de judeus incrédulos iria ouvir qualquer outra coisa que ele tinha a dizer, que primeiro teria de ser convencido de que ele realmente se preocupava com eles e estava longe de liderar uma conspiração anti-judeu. Em sua pregação e os escritos do apóstolo irrefutavelmente neutralizaram os dois pilares básicos do judaísmo popular, descendência física de Abraão e que faz a justiça sob a lei. Como Jesus durante Seu ministério terreno, Paulo despida a farsa hipócrita e legalista do judaísmo rabínico. Também como Jesus, ele sabia que tinha que assegurar judeus incrédulos de seu verdadeiro amor para eles. Ele tinha que convencê-los de que ele proclamou o evangelho como um amigo que queria proteger e resgatá-los, não como um inimigo que procurou condenar e destruí-los. Ele teve que mostrar-lhes o seu coração antes que ele pudesse dar-lhes a sua teologia.
Ele começa por assegurando-lhes a sua honestidade e integridade pessoal, dizendo, eu estou dizendo a verdade em Cristo, não minto. Paulo certificada a sua autenticidade, declarando que esta verdade foi dito em Cristo. Ele chamou o seu Senhor e Salvador, Jesus Cristo , como uma testemunha indiscutível. Ele estava dizendo que tudo o que ele pensou ou fez ou sentiu foi feito para e por meio de Seu Senhor.União de Paulo com Cristo era a órbita dentro do qual suas emoções e se mudou a fonte de onde fluiu. Em outras palavras, Cristo, que foi muito a vida do apóstolo e respiração, que atestam a veracidade do que ele estava prestes a ensinar. Sua onisciente, justo, soberano e gracioso Senhor, que sabia perfeitamente coração e os motivos de Paulo, afirmaria a veracidade do amor sem limites do apóstolo para seus companheiros judeus. Nas palavras do comentarista suíço do século XIX e teólogo Frederic Godet, "aos olhos de Paulo há algo tão santo em Cristo, que na atmosfera pura e luminosa da Sua presença senti nenhuma mentira, e nem mesmo qualquer exagero, é possível "( Comentário sobre a Epístola de São Paulo aos Romanos [New York: Funk & Wagnalls de 1883], p 338.).

Paulo freqüentemente chamado de Deus como sua testemunha. Na abertura desta carta, assegurou a igreja romana que "Deus, a quem sirvo em meu espírito, no pregação do evangelho de seu Filho, é minha testemunha de como incessantemente faço menção de vós, nas minhas orações" ( 1: 9-10 ). Para Paulo, uma promessa feita foi uma promessa cumprida. Em sua segunda carta a Corinto, ele escreveu: "Invoco a Deus como testemunha de minha alma, que para poupá-lo eu vim não mais a Corinto" ( 2Co 1:23 ). Mais tarde, na mesma carta, ele novamente garantiu a seus leitores de sua veracidade, declarando: "O Deus e Pai do Senhor Jesus, Ele que é bendito eternamente, sabe que não estou mentindo" ( 11:31 ).

Dando a mesma garantia em 9: 1 , Paulo insistiu que eu não estou mentindo. O apóstolo não dizer ou fazer nada simplesmente por uma questão de conveniência ou para fazer uma impressão favorável. Ele não estava tentando seduzir seus leitores judeus a aceitar o que ele disse bajulando-os ou fazendo reivindicações insinceros e exageradas para si mesmo. Ele não quis dizer nada que fosse falsa ou hipócrita, a fim de ganhar a sua atenção ou o seu acordo. Suas palavras exatamente expressou sua mente e coração.

Em seguida, ele chama a sua própria consciência como uma testemunha. Enquanto se defender perante o Sinédrio em Jerusalém, "Paulo, olhando fixamente para o Conselho, disse: 'Irmãos, eu vivi minha vida com um perfeitamente boa consciência diante de Deus até o dia de hoje" "( At 23:1 ).

Ao contrário do que o conselho comum, "Deixe sua consciência ser seu guia," a consciência natural do ser humano está longe de ser um guia confiável. Ele pode ser "cauterizada" ( 1Tm 4:2 ). Por negligência de comunhão com Deus e desobediência à Sua Palavra, a consciência mesmo de um crente pode se tornar insensível e não confiável. É por isso que Paulo não permite que os crentes violentar consciência, mesmo em relação a coisas não-morais. Para fazê-lo é o de treinar-se para rejeitar consciência (cf. Rom. 14: 20-23 ). Todos os crentes devem ser capazes de dizer com Martin Luther, "Minha consciência é cativa da Palavra de Deus."

A consciência se rendeu a Palavra de Deus é uma consciência que está sujeita a do Espírito Santo, a quem Paulo próximo invoca como testemunha de sua veracidade e à confiabilidade de sua consciência.

A consciência humana por si só é neutro. É activado e de acordo com a natureza da pessoa a quem pertence. A consciência, um homem não regenerado mal há guarda contra pensamentos e ações pecaminosas. A consciência de um crente fiel, por outro lado, é de confiança, porque ele é ativado pelas verdades e padrões da Palavra de Deus e é energizado pelo poder de habitando de Deus Espírito Santo. Quando vivemos no Espírito, andar no Espírito e obedecer ao Espírito, podemos confiar em nossa consciência, pois está sob controle divino. O Espírito perfeito levando vão quer louvar ou condenar o que estamos fazendo ou estão planejando fazer.

Porque o que ele está prestes a dizer parece tão inacreditável-no melhor dos casos, altamente exagerados-Paulo tem uma razão importante para convocar uma tal variedade de testemunhas.
Sua declaração introdutória é crível o suficiente. Poucos cristãos que conheceram Paulo duvidaria que ele tinha grande tristeza e constante angústia em seu coração para seus companheiros judeus incrédulos. Como mencionado acima, embora ele fosse um apóstolo especialmente designado para os gentios, ele também foi contratado para proclamar o evangelho para "os filhos de Israel" ( At 9:15 ).Como deixa claro no presente passagem, ele teria arrancado seu coração se ele não ter oportunidade de proclamar o caminho da salvação a seus companheiros filhos e filhas de Israel. Mesmo com a oportunidade de testemunha, ele não podia amenizar o grande tristeza e contínua dor que sentia por aqueles judeus que se recusaram a acreditar.

Foi esse mesmo tipo de dor que o profeta Samuel tinha por Saul. Lemos que "Samuel não viu a Saul até ao dia da sua morte, pois Samuel se entristeceu com Saul E o Senhor se arrependeu de haver posto a Saul rei sobre Israel." ( 1Sm 15:35. ). Por sua própria arrogância e desobediência, Saul havia se tornado um pária diante de Deus e seu povo. Mas fora de profundo amor pelo Senhor do ungido, Samuel nunca mais parou de luto em nome do rei. No salmo maciça que tão altamente exalta a Palavra de Deus, o escritor confessa: "Meus olhos derramam rios de água, porque eles [Israel] não manter a tua lei" ( Sl 119:1:. Sl 119:136 ).

Jeremias é chamado profeta chorando por causa do seu profundo pesar pela incredulidade e maldade do seu povo. "Oh, que minha cabeça se tornasse em águas", ele lamentou, "e os meus olhos numa fonte de lágrimas, para que eu chorasse de dia e de noite os mortos da filha do meu povo!" ( Jr 9:1 ).

Rejeição de seu Messias de Israel pesou tão fortemente no coração de Paulo, que ele pediu aos dois membros da Trindade para atestar a sua angústia implacável. E ele sabia disso, mas para a intervenção da graça de Deus no caminho de Damasco, ele não apenas ainda estariam entre os judeus incrédulos, mas ainda estaria conduzindo-os em perseguir aqueles que tinha reconhecido o seu Messias.
A profundidade e autenticidade da dor de Paulo é expresso na sua declaração, quase inacreditável que eu poderia desejar que eu anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne . Como indicado por seu qualificador de abertura, eu poderia desejar, Paulo sabia que não podia rejeitar a sua salvação e voltar a ser amaldiçoada (devotado à destruição no inferno eterno) e, assim, para sempre separado de Cristo.

Foi para a salvação de seus irmãos judeus que Paulo se expressa em uma hipérbole, dizendo que ele estava disposto até mesmo a perder a sua salvação, se, de alguma forma, que poderia salvá-los da condenação de Deus. Ninguém, é claro, sabia melhor do que Paulo que a salvação é o tesouro mais precioso de um crente e que só a morte sacrificial de Cristo tem o poder de salvar. Mas aqui ele estava falando emocionalmente, não teologicamente, e não há nenhuma razão para duvidar de que sua declaração impressionante de auto-sacrifício era a expressão de um coração completamente honesto. Paulo sentiu tanto amor que ele estava disposto a abrir mão de sua própria salvação e passar a eternidade no inferno, se de alguma forma que poderia trazer seus companheiros judeus à fé em Cristo! Ele sabia, é claro, que, mesmo que tal coisa fosse possível, o seu ser separado de Cristo não teria nenhum poder em si mesmo para trazer uma única pessoa a Cristo. O apóstolo também sabia que a impossibilidade óbvia e inutilidade de tal sacrifício causaria alguns de seus críticos a acusá-lo de oferecer segurança a sacrificar aquilo que ele sabia que era impossível perder. Foi, sem dúvida, para combater essas acusações de que ele havia chamado de Cristo e do Espírito Santo para testemunhar sua sinceridade.

Paixão para oferecer um sacrifício tão definitiva de Paulo refletiu o coração misericordioso de Deus, que amou o mundo de desamor e do mal que Ele enviou Seu Filho unigênito para garantir a sua redenção ( Jo 3:16 ). Ele também refletiu o coração igualmente gracioso do Filho, que, em obediência ao Pai, deu a Sua vida para que outros pudessem viver. Paulo tinha acabado de júbilo em toda a segurança do crente em Cristo, da qual "nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem coisas presentes, nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criado coisa "pode" separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor "( Rom. 8: 38-39 ). No entanto, seu amor pelos perdidos em Israel deu-lhe a vontade de entregar essas bênçãos íntimas, inestimáveis, e eternas, se isso traria seus irmãos judeus a Cristo.

Era exatamente o grande amor de Paulo para os perdidos que fez dele um instrumento tão poderoso nas mãos de Deus. Evangelismo tem pouco efeito se o evangelista tem pouco amor pelos perdidos. João Knox refletiu o grande amor de Paulo quando ele orou: "Dê-me a Escócia ou eu morro", Henry Martyn, quando disse: "O que eu fosse uma chama de fogo na mão de Deus", e Davi Brainerd, que rezou para que ele possa queimar a Deus, o que ele fez antes de ele tinha trinta anos.

Moisés amava os israelitas volúveis, ingratos, desobedientes e, da mesma forma que Paulo amava séculos mais tarde. Intercedendo por eles depois que eles construíram e adoraram o bezerro de ouro durante a muito tempo ele estava no Monte Sinai recebendo as tábuas da lei de Deus, Moisés suplicou ao Senhor em seu nome ", Agora, se quiseres, perdoarei os seus pecados e— se não, risca-me do teu livro, que tens escrito! " ( Ex 32:32 ).

Alguns anos atrás, uma jovem mulher em nossa área foi esfaqueado e morto enquanto fazia jogging perto de seu apartamento. Tanto a mulher e seu marido eram cristãos, mas os pais da mulher não eram, e ela teve um grande peso para a sua salvação. Pouco antes de ser morta, ela tinha confiado ao seu marido que ela estaria disposto a morrer se sua morte poderia ser usado por Deus para ganhar seus pais a Si mesmo. Após o serviço memorial, no qual o evangelho foi proclamado, a mãe dela, de fato, receber a Cristo como Senhor e Salvador.
Só próprio amor misericordioso de Cristo nos corações daqueles que pertencem a Ele pode produzir tanta devoção abnegado. Quanto mais obedecer à Sua Palavra e se entregar à Sua vontade, mais vamos amar como Ele ama.

Conexão pessoal de Deus com Israel descrente

os quais são israelitas, a quem pertence a adoção de filhos, a glória, as alianças ea entrega da Lei, eo culto, e as promessas, quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém. ( 9: 4-5 )

Paulo próxima expressa seu profundo pesar pela incredulidade de Israel por causa de sua ligação pessoal com Deus. Ele não só amava os judeus porque eram seus parentes físicos, mas ainda mais porque eles são o povo escolhido de Deus. Ele amava quem Deus ama, e porque Deus ama Israel exclusivamente, Paulo amava Israel de forma exclusiva.
Nestes dois versículos o apóstolo coloca diante nove privilégios maravilhosos que pertencem a Israel, graciosamente concedido a eles por um Deus amoroso.
Primeiro, eles são privilegiados simplesmente para ser israelitas, descendentes de Abraão através de Isaque e, em seguida, através de Jacó, cujo nome foi mudado para Israel ( Gn 32:28 ).

Ao longo da história, os israelitas (ou judeus, uma vez que veio a ser chamado após o exílio na Babilônia) distinguiram-se em praticamente todos os campos do esforço humano em ciência, das artes, música, negócios, educação, liderança política, e inúmeras outras áreas . Eles sempre foram um povo nobre e produziram uma parcela desproporcional dos gênios do mundo. Quando Deus preparou Sua vinha terrena especial: "Ele plantou-a de excelentes vides", ou seja, Israel ( Is 5:2 ). Por intermédio de Oséias, o Senhor declarou que "quando Israel era um jovem que eu o amei, e do Egito chamei o meu filho" ( Os 11:1. ).

Em terceiro lugar, Deus abençoou Israel por revelar a ela sua própria presença na glória Shekinah. Dessa forma única e inexplicável, Deus habitou no meio de Seu povo. No deserto, "a glória do Senhor apareceu [de Israel] na nuvem" ( Ex 16:10 ). Foi em Sua glória que Ele apareceu a Israel no Sinai ( Ex. 24: 16-17 ), e Sua glória estava presente na tenda da congregação, onde Ele falou "com os filhos de Israel" ( Ex. 29: 42— 43 ; . Lv 9:23 ). Sua glória era extremamente presente no Santo dos Santos no Tabernáculo e depois o Templo, que se manifesta na luz entre as asas dos querubins na arca da aliança (veja Ex 25:22. ; Ex 40:34 ; 1Rs 8:111Rs 8:11 ).

Em quarto lugar, Israel teve o privilégio de ter sido dado os convênios. O primeiro pacto foi com Abraão, o pai físico de todos os judeus ( Gn 12:15-17 ) e o pai espiritual de todos os que crêem ( Rm 4:11.). Através de Moisés, Israel foi dado o pacto da lei no Monte Sinai ( Ex 19:31. ; cf. Dt 29:30. ). Através de Davi Israel foi dado o pacto de um reino eterno ( 2 Sam. 7: 8-16 ). Seria mesmo através de Israel que a aliança suprema de redenção de Deus através de Seu Filho viria ( Jer. 31: 31-34 ; . Ez 37:26 ). Nenhuma outra nação tem nem nunca será abençoado com esses convênios. Como disse um comentarista observou, nenhum aspecto da história de Israel apontou sua singularidade como os destinatários de revelação redentora mais do que esses convênios.

Em quinto lugar, Israel foi privilegiado pela promulgação da Lei de Deus a eles através de Moisés. Nesse Lei Israel não só foi ensinado os Dez Mandamentos, mas inúmeros outros princípios e normas, o obediência de que honram a Deus e trazer bênção sobre o povo. Eles mostraram o caminho de bênção e prosperidade, não apenas moral e espiritualmente, mas também materialmente. Desobedecer era para ser amaldiçoado (cf. Deut. 27-28 ).

Como Israel estava acampado nas planícies de Moab, pouco antes de entrar na Terra Prometida, Moisés lembrou ao povo:

Veja, eu tenho ensinado estatutos e juízos Assim como o Senhor meu Deus me ordenou, para que você deve fazer assim na terra onde você está entrando para a possuir. Portanto, manter e fazer-lhes, porque essa é a sua sabedoria e seu entendimento perante os olhos dos povos que ouvirão todos estes estatutos e dizer: "Certamente este grande povo é gente sábia e inteligente." Pois que grande nação há que tenha deuses tão chegados a ele como é o Senhor, nosso Deus, sempre que o invocamos? Ou que grande nação há que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que hoje ponho diante de vocês hoje? (Deut. 4: 5-8 )

Como Paulo já havia dito a seus leitores, Israel teve o privilégio incomparável de ser guardião dos "oráculos de Deus" ( Rm 3:2. ).

Em sétimo lugar, Israel recebeu as promessas de Deus de uma forma distinta e única. Embora Paulo não explica a natureza de promessas, parece provável que ele estava se referindo ao Messias prometido, que iria sair de Israel, e ao Seu reino prometido, bem como para a vida eterna. Essa é a promessa de que Pedro lembrou sua audiência em Jerusalém no dia de Pentecostes, dizendo: "Pois a promessa é para vós e vossos filhos, e para todos os que estão longe, tantos quantos o Senhor nosso Deus chamar para si mesmo" ( At 2:39 ). Mais tarde, no livro de Atos, Lucas relata a mensagem de Paulo aos judeus na Galácia: "Nós pregamos a você a boa notícia da promessa feita aos pais, Deus a cumpriu esta promessa aos nossos filhos em que Ele ressuscitou a Jesus, como ele Também está escrito no Salmo segundo, 'Tu és meu Filho, hoje te gerei ". E quanto ao fato de que Ele ressuscitou dentre os mortos, para nunca mais tornar à decadência, Ele falou assim: 'Eu te darei as santas e fiéis bênçãos de Davi' "( 13 32:44-13:34'>Atos 13:32-34 ; cf. 2 Sam. 7: 8-17 ).

Em oitavo lugar, Paulo lembra seus leitores que era de Israel que Deus levantou os pais, começando com as primeiras grandes patriarcas, Abraão, Isaque e Jacó / Israel. Foi por meio desses homens que as fundações de todas as bênçãos foram definidas.

Em nono lugar, e, finalmente, Israel teve o privilégio de fornecer a linhagem de Cristo segundo a carne. Cristo não foi, aliás, nascido judeu, mas foi predestinado a ser um descendente humano de Abraão e de Davi. É por essa razão que Mateus dá a genealogia de pai adotivo de Jesus, José ( 1: 1-17 ) e que Lucas dá a genealogia de sua mãe natural, Maria ( Lucas 3:23-38 ). Como observado acima, o próprio Jesus disse à mulher samaritana que "a salvação vem dos judeus" e que Ele era o Messias prometido judeu que iria oferecer a salvação a toda a humanidade ( João 4:22-26 ).

Para encerrar este abreviado, mas abrangente conta de bênçãos especiais de Israel, Paulo declara que Jesus Cristo, de longe seu maior bênção, a bênção em quem todos os outros a encontrar a sua plena de significado é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém.

Essas palavras não são tanto uma bênção como uma afirmação de majestade e soberania divina de Cristo. Sem exceção nas Escrituras, tanto em hebraico o Antigo Testamento e Novo Testamento em grego, uma doxologia sempre coloca a palavra "abençoado" antes do nome de Deus. Aqui, Paulo usa a forma inversa, Deus os abençoou, indicando além de qualquer dúvida que o apóstolo equivale intencionalmente Cristo com Deus. O antecedente de Deus é que, e o antecedente de que é Cristo.

Ele foi a bênção suprema, mas eles rejeitaram! Descrença trágico que entristeceu o coração de Paulo e entristece o coração do próprio Deus.

38. A incredulidade de Israel está de acordo com o Plano de Deus — parte 1: É consistente com suas promessas ( Romanos 9:6-13 )

Mas não é como se a palavra de Deus falhou. Porque nem todos os israelitas que são descendentes de Israel; também não são todas as crianças, porque eles são descendentes de Abraão, mas: "através de Isaque seus descendentes serão nomeados." Ou seja, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência. Porque esta é uma palavra de promessa: "Neste momento eu virei, e Sara terá um filho." E não só isso, mas não havia Rebeca também, quando ela tinha concebido gêmeos por um homem, o nosso pai Isaque; pois, embora os gêmeos ainda não nasceram, e não tinha feito nada de bom ou mau, a fim de que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama, foi dito a ela: "O mais velho servirá ao mais jovem. " Assim como está escrito: "Amei a Jacó, mas rejeitei Esaú." ( 9: 6-13 )

Embora o tema principal capítulos 9:11 é tratamento de Deus com o Seu povo eleito, o tema subjacente, especialmente do capítulo 9 , é a soberania de Deus em fazê-lo. Ele exige mais do que uma compreensão superficial. E, no entanto, quando o significado e as implicações desta passagem mais profunda são cuidadosamente considerado, especialmente sua declaração inequívoca do poder soberano absoluto e irrestrito de Deus, mesmo o crente mais devotado fica com alguns mistérios profundos.

Em 1948, os judeus restabeleceu a nação de Israel em parte da antiga terra que Deus lhes havia prometido por meio de Abraão. Na Guerra dos Seis Dias de 1967, adquiriram mais de que a terra, incluindo o controlo total sobre a sua cidade santa de Jerusalém.
Mas o moderno Estado de Israel não é uma teocracia, com Deus como seu Senhor soberano, ou até mesmo uma nação governada por líderes que servem a Deus. Embora contenha grupos religiosos grandes e influentes, que é, como a maioria das nações de hoje, um estado secular.
Alguns israelenses são abertamente ateu. Outros valorizam sua, herança bíblica religiosa e vê-lo como a chave para justificar o seu direito à terra. Alguns até acreditam que o Estado de Israel em si é o Messias falado de figurativamente, no Antigo Testamento, o libertador prometido que iria recuperar os direitos dos judeus e influência em um mundo onde a nação tem sido assim por muito tempo perseguidos e reprimidos.
Um desses grupos ainda traça paralelos entre esse ponto de vista nacional e as reivindicações dos cristãos de que a pessoa histórica de Jesus Cristo é o Messias. Alega-se, por exemplo, que, assim como Jesus Cristo, a nação de Israel foi chamado soberanamente, ou com destino, a existir como o seu próprio messias. Essa nação enfrentou destruição pela fome e era protegido no Egito, assim como o menino Jesus enfrentou a destruição por Herodes e foi levado por José e Maria para o Egito para a proteção. Essa nação / Messias tornou-se desprezada e odiada pelo mundo e foi crucificado, por assim dizer, pelos romanos em UM . D . 70, assim como Jesus havia sido crucificado pelos romanos cerca de quarenta anos antes. Finalmente, assim como Jesus ressuscitou para a vida no terceiro dia, a nação / messias de Israel foi ressuscitado para a vida nacional no terceiro milênio (o calendário geral de 1948-1976).

Por outro lado, muitos judeus religiosos em Israel ainda estão aguardando a primeira vinda de seu rei prometido, o Messias. No entanto, eles olham para a frente a um homem que virá como seu libertador da opressão humana, não do pecado. Eles acreditam que ele um dia vai triunfante entrar no portão oriental de Jerusalém e que ele vai estabelecer o seu trono na cidade, pondo em colocar a supremacia de seu país a partir do qual ele vai dominar o mundo.
Na terra da própria promessa de Deus para eles, alguns judeus reconhecer o verdadeiro Messias. Eles vivem, onde os profetas viveram e caminhar por onde Jesus andou, mas eles realmente não acreditam que os profetas (honrando apenas suas memórias) e, muito pior, eles rejeitam a verdade do sacrifício da própria vida do Messias fez para o pecado.
Muitos israelenses pragmaticamente apreciar os cristãos evangélicos que apoiam fortemente o estado de Israel. Mas gratidão judaica para esse tipo de expediente cristã é baseada principalmente em seu poder para ajudá-los a alcançar seus próprios objetivos econômicos e políticos.
Perguntas que os judeus em todos os lugares possam representar para os cristãos poderiam ser formuladas algo como estes: "Se, como você diz, Deus enviou o Seu Filho ao mundo como o prometido Rei e Salvador para redimir Israel e para o mundo a si mesmo, como poderia Seus antigos povo escolhido possivelmente não ter reconhecido e aceito-Lo? Como poderia judeus-que os cristãos reconhecem como sendo de Deus eleger exclusivamente race-concebivelmente ter rejeitado a sua esperança prometida e tão esperada e até mesmo colocá-Lo à morte? Se os líderes judeus do tempo de Jesus, bem como a grande maioria dos outros judeus daquela época e de todas as idades, já que, não o reconheceu como seu próprio Messias, então é totalmente irracional acreditar que Jesus de Nazaré era, muito menos ainda, que os cristãos afirmam que ele seja. "
Porque eles assumem que aqueles muito dilemas-se refutar que Jesus poderia ter sido o Messias, os judeus concluem que o cristianismo não é nada mais do que uma perversão da verdade dada por Deus religião, do judaísmo.
Duas razões mais que os judeus não aceitam o cristianismo é que ela substitui a Antiga Aliança de Moisés e que abre a porta para os gentios para ir diretamente a Deus nos mesmos termos que os judeus e, assim, tornar-se membros de pleno direito e não qualificados da família de Deus, sem passando pelo vestíbulo do judaísmo. Para aceitar a Nova Aliança em Jesus Cristo foi reconhecer que cumpriu e substituiu a Antiga Aliança, que completamente anulado as cerimônias e todas as tradições rabínicas feitas pelo homem, e que anule Israel como nação escolhida exclusivamente de Deus, a fim de chamar a um novo povo de os gentios, que foram assim oferecidos igualdade de acesso à graça e favor de Deus.

Nas mentes da maioria dos judeus de Jesus 'e dias de Paulo, o cristianismo, já que logo passou a ser chamado (ver At 11:26 ), era nada menos do que um movimento herético que tentou revogar aliança e promessas feitas por meio de Abraão antigo de Deus e reiterou aos outros patriarcas, bem como a aliança e lei que Ele deu através de Moisés e Davi. A maioria dos judeus, portanto, considerado o cristianismo é a difamação total de integridade e fidelidade de Deus.

Porque o judaísmo de sua época foi tão profundamente mergulhado na obras legalistas justiça de tradições rabínicas, e porque o plano de Deus para oferecer a salvação em igualdade de condições para os gentios era um mistério não revelado plenamente no Velho Testamento, Paulo dedica capítulos 9:11 de Romanos para esclarecer o lugar de Israel na presente era da igreja.

Como o apóstolo explicou à igreja de Éfeso,

Por revelação não foi dado a conhecer-me o mistério, como escrevi antes em breve. E referindo-se a isso, quando você lê, você pode entender a minha compreensão do mistério de Cristo, que em outras gerações não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado aos seus santos apóstolos e profetas, no Espírito; para ser mais específico, que os gentios são co-herdeiros, membros do mesmo corpo e co-participantes da promessa em Cristo Jesus por meio do evangelho. ( Ef. 3: 4-6 )

Em Romanos 9:6-33 Paulo dá quatro razões básicas para que o evangelho de Jesus Cristo não é uma heresia blasfema e, em particular, por que a sua rejeição pela maioria dos judeus individuais e por Israel como uma nação não impugna caráter reto e justo de Deus, não pode viciar Sua revelação dada nas Escrituras judaicas (o Antigo Testamento), não altera os meios de salvação, e não abandona o lugar de Israel em seu plano final de redenção.

Primeiro, Paulo declara que a incredulidade de Israel está de acordo com as promessas de Deus ( 9: 6-13 ); segundo, que é consistente com a Sua Pessoa ( vv 14-24. ); terceiro, que é consistente com a revelação profética de Deus ( vv 25-29. ); e em quarto lugar, que é consistente com pré-requisito de salvação de Deus pela fé ( vv. 30-33 ).

Mas não é como se a palavra de Deus falhou. Porque nem todos os israelitas que são descendentes de Israel; também não são todas as crianças, porque eles são descendentes de Abraão, mas: "através de Isaque seus descendentes serão nomeados." Ou seja, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência. Porque esta é uma palavra de promessa: "Neste momento eu virei, e Sara terá um filho." E não só isso, mas não havia Rebeca também, quando ela tinha concebido gêmeos por um homem, o nosso pai Isaque; pois, embora os gêmeos ainda não nasceram, e não tinha feito nada de bom ou mau, a fim de que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama, foi dito a ela: "O mais velho servirá ao mais jovem. " Assim como está escrito: "Amei a Jacó, mas rejeitei Esaú." ( 9: 6-13 )

Conforme discutido no capítulo anterior , Paulo começou sua correção da falsa crença judaica sobre o evangelho de Jesus Cristo, declarando seu amor inequívoca para descrente Israel ( Rm. 9: 1-5 ). Quase inconcebivelmente, chamando o Espírito Santo como testemunha, ele declarou que, por causa de sua "constante angústia" sobre sua alienação eterna de Deus, ele ficaria feliz em sacrificar sua própria salvação, se isso poderia resgatar seus companheiros judeus, seus "irmãos, [ seus] parentes segundo a carne "( vv. 1-3 ). Além de declarações do próprio Jesus durante sua encarnação, há maior testemunho humano de compaixão e sacrifício voluntário para o bem dos outros é registrada em toda a Escritura.

O apóstolo não poderia, é claro, realizar tal coisa, mas ele foi obrigado a assegurar judeus incrédulos de seu grande amor por eles e seu desejo para a sua salvação, antes que ele declarou-lhes a mais do que desagradável notícia de que todo o seu gracioso e exclusivo dadas por Deus vantagens e bênçãos de nada valeram diante Dele se eles rejeitaram o Seu próprio Filho como Salvador e Senhor ( vv. 4-5 ). Por implicação ele estava dizendo que, ao rejeitar Jesus Cristo, Israel rejeitou a Deus e perdeu seu status como favorecido, nação divinamente abençoado de Deus. Ela já não seria a menina dos olhos de Deus, já não ser o povo a quem Deus iria derramar o Seu grandes bênçãos de cuidado e proteção. A pergunta é: "O que não esta rejeição por Deus, constituem uma violação de suas promessas e, assim, sacrificar sua integridade?" Foi com base em tal raciocínio de que os judeus rejeitaram a Jesus como o Messias e sentiu-se justificado em que a rejeição porque concluiu-se com base na defesa som do caráter de Deus. E, eles fundamentado, tal rejeição quase unânime tinha de provar que Jesus não era o Messias.

A primeira das razões mencionadas acima, que Paulo dá para contradizer a idéia judaica prevalente que a rejeição de Jesus de Israel provou que ele não poderia ter sido o verdadeiro Messias é que a incredulidade de Israel como uma nação era perfeitamente consistente com as antigas promessas de Deus.
Ele começa por declarar: Não é como se a palavra de Deus falhou (ou, mais literalmente, "caiu"). Paulo estava se referindo a "adoção de filhos, a glória, as alianças ea entrega da Lei, eo culto, e as promessas" de Israel ( v. 4 ). O Senhor não tinha revogado ou de qualquer forma invalidado o cumprimento final de suas promessas incondicionais para os judeus. Por meio de Jeremias, Ele tinha há muito tempo assegurou o seu povo que, "assim como eu trouxe todo este grande mal sobre este povo, por isso estou indo para trazer-lhes todo o bem que eu estou prometendo-lhes" ( Jr 32:42 ). Por meio de Isaías Ele disse: "Minha palavra ... que sair da minha boca ... não voltará para mim vazia, sem realizar o que eu desejo, e sem conseguir o assunto para que a enviei" ( Is 55:11 no volume do comentário anterior ).

Porque os judeus eram tão familiarizado com eles, Paulo escolhe textos familiares do Antigo Testamento para apoiar seu ponto de vista. O primeiro descendente masculino de Abraão foi Ismael, a quem ele tinha por Hagar, a escrava egípcia de sua esposa Sara. Descrendo a promessa de Deus que Abraão teria um herdeiro através dela, a Sara estéril deu Hagar a Abraão como outra esposa e insistiu em que seu marido seria pai de um herdeiro do sexo masculino através de seu ( Gen. 16: 1-3 ). Assim que Hagar engravidou, porém, Sara tornou-se ressentido e com ciúmes. No devido tempo, Ismael nasceu, e, se ele tivesse sido o único filho de Abraão, teria se tornado o único herdeiro. Sara logo exigiu que Hagar e seu filho recém-desmamados ser expulsos da casa ( vv. 4-6 ).

Embora Ismael era filho de Abraão, e apesar de Sara foi passado da idade de procriar normal, foi através dela, a verdadeira esposa de Abraão, que Deus deu a garantia de que o verdadeiro filho de Sua promessa iria nascer: "Sara, tua mulher, dará dará um filho, e lhe porás o nome de Isaque; e eu estabelecerei a minha aliança com ele para uma aliança perpétua para a sua descendência depois dele ... a minha aliança, estabelecerei com Isaque, o qual Sara te dará à luz nesta estação no próximo ano "( 17:19 , 21 ; cf. 18: 10-14 ).

Foi a essa passagem específica que Paulo se refere quando ele lembrou seus leitores da declaração de Deus a Abraão que através de Isaque seus descendentes serão nomeados. Como filho de Abraão, Ismael receberia suas próprias bênçãos especiais de Deus ( Gn 17:18 ), mas ele não é e nunca foi poderia ter sido o herdeiro da promessa de Deus. Após a morte de Sara, Abraão teve outros seis filhos, por uma nova esposa, Quetura ( 25: 1-2 ); mas, como Ismael, nenhum deles poderia ter sido o herdeiro da promessa.

Não só poderiam os descendentes desses filhos não ser os filhos da promessa de Deus, mas mesmo os descendentes privilegiados de Sara através de Isaque não poderia tornar-se herdeiros de pleno direito da promessa apenas por sua linhagem física.
Deus sempre soube que os judeus seriam mortos espiritualmente e cortado da promessa e da salvação. Nem são todos filhos porque eles são descendentes de Abraão afirma a mesma verdade. Porque alguns judeus rejeitam Jesus não provar que ele não é o Messias, nem denegrir a integridade de Deus. Ele sabia que haveria judeus incrédulos ao longo da história toda de Israel.

Para ilustrar essa realidade, Paulo se volta para Isaque. Porque Isaque era o único filho do divino de Abraão promessa de Gênesis 17:19-21 , Paulo aqui refere-se a crianças de Isaque como descendentes de Abraão (os judeus) e, portanto, os únicos verdadeiros filhos de Deus num sentido racial. Toda a nação de Israel foi eleito e levado para privilégio divino.

Não era os filhos da carne, de Abraão outras crianças por Hagar e Quetura, mas os filhos de Isaque, o filho da promessa, que eram os descendentes da promessa. O ponto é que, não apenas como todos os filhos físicos de Abraão são para herdar a promessa de pertencer ao povo de Deus fisicamente, apenas os de Isaque, de modo que nem todos os filhos de Abraão por meio de Isaque pertencem ao povo de Deus espiritualmente. A incredulidade, o pecado, rejeição e hostilidade de Israel em direção a Cristo não é prova de que ele não é o Messias. Ao contrário, eles se encaixam perfeitamente com a promessa de Deus, que antecipou que nem todos os judeus acreditam em Jesus e será salvo.

Essa verdade foi notavelmente ilustrado durante o tempo de Elias. Devido às constantes ameaças contra a sua vida, não só por parte dos sacerdotes de Baal, mas por também por o rei Acabe e da rainha Jezebel de Israel, Elias tornou-se convencido de que todo o Israel tinha se tornado apóstata. Mais tarde no livro de Romanos, Paulo lembra aos seus leitores da queixa com medo do profeta e de resposta assegurando de Deus: "Senhor, mataram os teus profetas, eles rasgaram os teus altares, e só eu fiquei, e eles estão buscando o meu vida. " Mas qual é a resposta divina para ele "que eu tenho guardado para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos diante de Baal" (? Romanos 11:3-4. ; cf. 1Rs 19:101Rs 19:10 , 1Rs 19:18 ). Em outras palavras, mesmo durante o ministério de que grande profeta que opera milagres, a grande maioria de Israel era completamente e abertamente pagã.

Desde o momento da queda, muito antes de a aliança de Deus com Abraão, Deus estabeleceu que a única maneira que uma pessoa pode se tornar justo diante dEle é pela fé. O escritor de Hebreus explica que, no que diz respeito a suas próprias filhos de Adão, o sacrifício de Abel foi aceito por Deus, porque foi feita com fé e que o sacrifício de Caim foi rejeitada porque não foi feita com fé: "Pela fé, Abel ofereceu a Deus um sacrifício melhor do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho sobre seus dons, e por meio da fé, mesmo depois de morto, ainda fala "( He 11:4 ). "De fato" traduz alēthōs , o que significa genuíno. Em outras palavras, dos milhares multiplicados de judeus em Israel na época, Jesus identificou Nathaniel como um verdadeiro, genuíno israelita-declarar implicitamente que a maioria dos outros judeus não eram, não importa o quão impecável sua genealogia de Abraão. Nathaniel estava espiritualmente sem "dolo", sem dolo ou simulação, um descendente espiritual de Abraão que confiava em Deus e não em sua linhagem humana ou obras.

Em contraste com Nathaniel, os líderes religiosos que enfrentaram Jesus enquanto Ele estava ensinando no tesouro do Templo ( Jo 8:20 ) se irritam por Sua declaração de que eles precisavam para receber a Sua verdade, a fim de ser livre. "Somos descendência de Abraão", responderam eles, "e nunca ter sido ainda escravizados a ninguém;? Como é que você diz, 'Você deve se tornar livre'" Quando Jesus explicou que ele estava falando de liberdade do pecado, do qual só Ele, o Filho de Deus, poderia livrá-los, eles indignado apelou para a justiça presumida com base na sua descendência física de Abraão. Mas Jesus disse-lhes: "Se vocês são filhos de Abraão, fazeis as obras de Abraão, mas como ela é, você está procurando matar-me, um homem que lhe disse a verdade, o que eu ouvi de Deus;. Este Abraão não fez não "(ver vv. 8: 32-40 ). Alguns momentos depois, chamou esses incrédulos líderes judeus filhos de seu "pai o diabo" e denunciou que, por sua rejeição a Ele e Seu evangelho, que eles não eram "de Deus" (ver vv. 43-47 ).

Afirmação de Paulo em Romanos 9 ecoa o que Jesus disse aos judeus incrédulos no templo e que ele mesmo havia enfatizado alguns anos antes em sua carta às igrejas da Galácia: "Assim como Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça Portanto. , certifique-se de que é os que são da fé são filhos de Abraão "( Gal. 3: 6-7 ).

O argumento de Paulo em Romanos 9:6-33 é que a rejeição de Israel de Jesus como o Messias não provou Jesus não é de Deus, mas era, ao contrário, que Israel descrente e israelitas não eram de Deus. Sua rejeição não revogar a promessa de Deus, mas simplesmente deu mais uma prova de que a promessa tinha sido sempre para aqueles que acreditavam como Abraão creu, não para aqueles que eram apenas sua descendência física. No final do capítulo em Gálatas já referido, Paulo reitera que "se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa" ( Gl 3:29 ).

Caráter justo e reto de Deus não permite a possibilidade de Sua falha em qualquer uma das suas promessas. Além dos problemas primários de amor do pecado e da falta de fé, o grande obstáculo para os judeus da época de Paulo, como acontece com a grande maioria dos judeus de hoje, foi incapacidade de compreender o verdadeiro significado das promessas de Deus.

Os profetas repetidamente deixou claro que, assim como só Isaque, filho de Abraão eleito, seria o herdeiro da promessa física, portanto, apenas um remanescente divinamente eleito se qualificaria como os destinatários da promessa de Deus a Abraão. Perto do fim de Romanos 9 , Paulo escreveu que "assim como Isaías profetizou:" Se o Senhor dos exércitos não nos deixara a posteridade [um remanescente], que teria se tornado como Sodoma, e teria se assemelhava Gomorra "( Rm 9:29 ).

Como mencionado acima, a referência de Paulo a de Deus palavra de promessa era a Sua declaração a Abraão que neste momento eu virei, e Sara terá um filho (ver Gn 18:10 , Gn 18:14 ). Como visto anteriormente, em sua declaração anterior de que a promessa, o Senhor disse a Abraão, mesmo que o nome do filho seria Isaque ( 17:19 , 21 ).

Deus sempre levanta, no momento e no lugar certo, aqueles que Ele escolhe para usar em Seu plano divino. O Senhor levou Rute para voltar a Judá com Naomi, sua mãe-de-lei, a fim de que ela poderia tornar-se um ancestral do rei Davi. Mordecai percebeu que a verdade quando disse a sua sobrinha, Esther, "Quem sabe se você não tiver atingido a realeza para um momento como este?" ( Et 4:14 ).

Suprema soerguimento de Deus de a pessoa certa no momento certo foi o envio de seu próprio Filho para trazer a salvação para Israel e para o mundo: "Quando a plenitude do tempo veio", Paulo lembrou aos Gálatas: "Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, a fim de que pudesse resgatar os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a adoção de filhos "( Gl 4:4-5. ).

E não só isso, Paulo continua com uma segunda ilustração desta verdade, mas havia Rebeca também, quando ela tinha concebido gêmeos por um homem, o nosso pai Isaque. Embora ela viveu na terra de Padan-Aram, Deus escolheu especificamente Rebekah não apenas para se tornar a esposa de Isaque, mas para suportar ele filhos gêmeos. No entanto, em vez de permitir que aqueles gêmeos herdeiros iguais de Isaque, o Senhor soberanamente escolheu Jacó acima Esaú, mesmo quando os gêmeos ainda não nasceram, e não tinha feito nada de bom ou mau, a fim de que o propósito de Deus, segundo a Sua escolha pode firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama, foi dito a ela: "O mais velho servirá ao mais novo."

Deus não escolheu os dois filhos para continuar a linha física da promessa, mas soberanamente eleitos Jacó e Esaú passou antes de terem nascido. E assim como Ele os escolheu, sem qualquer consideração para o que eles fariam em suas vidas, mas puramente que o propósito de Deus ... pode ficar sem se importar com qualquer trabalho humano, por isso Deus escolheu alguns judeus, não todos, para a salvação.

Incondicionalmente, e completamente à parte de qualquer consideração de mérito humano, Deus elege aqueles que se tornarão Seus herdeiros da promessa. Jacó e Esaú não só tinham o mesmo pai e mãe, mas nasceram ao mesmo tempo. Tecnicamente, Esaú nasceu um pouco à frente de Jacó, mas Deus propositAdãoente desconsiderado esse fato, dizendo a sua mãe que, ao contrário do costume daqueles dias,o mais velho servirá ao mais novo (cf. Gn 25:23 ).

A própria vida de Esaú e as vidas de seus descendentes dão provas claras de que rejeitaram a Deus. E a afirmação de Deus que Esaú serviria seu irmão mais novo estendido aos seus descendentes também.Não há nenhum registro bíblico de Esaú ser pessoalmente subserviente a Jacó, mas muitas evidências de que a nação de Edom, que descendem de Esaú, foi muitas vezes em subserviência, direta ou indireta para e em conflito com a nação de Israel, que derivou de Jacó, cujo nome mais tarde foi mudado para Israel.

O edomitas logo se tornou idólatra, e séculos mais tarde, o profeta Amós declarou-lhes: "Assim diz o Senhor: 'Por três transgressões de Edom e por quatro, não retirarei o castigo, porque perseguiu a seu irmão à espada, enquanto ele sufocou sua compaixão, sua raiva também rasgou continuamente, e ele manteve sua fúria sempre Então porei fogo a Temã, e ele consumirá os palácios de Bozra [a antiga capital de Edom] '"(. Amos 1:11-12 ). Obadiah avisou que, "por causa da violência para o seu irmão Jacó, você será coberto de vergonha, e você vai ser cortado para sempre" ( Ob 1:10 e parece chocante e completamente ao contrário da opinião de imparcialidade de Deus da maioria das pessoas: Assim como está escrito: "Amei a Jacó, mas rejeitei Esaú. " Mas, assim como a previsão de Deus que o mais velho Esaú serviria o Jacó mais jovem não se aplicam diretamente a esses dois indivíduos, mas sim para os seus descendentes, de modo a declaração do Senhor, aqui, parece aplicar-se da mesma forma. O livro de Gênesis menciona nenhum ódio divina de si mesmo Esau. A declaração de Obadiah que Deus odiou Esaú foi escrito mais de mil anos depois de Esaú viveu, e a interpretação mais razoável da declaração do profeta parece indicar que o ódio do Senhor é contra os descendentes de Esaú idólatras. Da mesma forma, o amor do Senhor de Jacó remete para os descendentes de Jacó, que, apesar de muitas vezes as pessoas eram seus rebeldes e, por vezes, idólatras, soberanamente eleitos por meio do qual o Redentor do mundo viriam.

De forma análoga, através das ilustrações de Isaque e Jacó, Paulo mostra que, dos lombos de Abraão, Isaque e Jacó viria um remanescente eleito de judeus resgatados e que os outros permanecem na incredulidade e, assim, perder as promessas espirituais de Deus .
Mas Paulo já declarou de forma inequívoca que a justificação de Deus para a escolha de Jacó sobre Esaú não foi baseado em suas características pessoais ou obras, mas unicamente na base da sua prerrogativa divina e infalível ( v. 13 ) —a mistério que nossas mentes humanas finitas não conseguem compreender. Fora de seus lombos veio duas nações, um dos quais Deus escolheu para a bênção divina e da protecção e do outro a quem Ele escolheu para o julgamento divino.

Paulo já estabeleceu a necessidade absoluta de fé humana na salvação, Abraão é o pai espiritual de todos aqueles que confiam em Deus ( Rm 4:11 ). Mas o poder da salvação é inteiramente de graça de Deus, eo propósito primário da salvação é dar-Lhe glória.

Homem rebeldes auto-centrado em tal noção, e até mesmo muitos cristãos vão tentar explicar a verdade claro que Deus é Deus e que, por definição, tudo o que Ele faz pode ser nada, mas apenas e justiça. Ele não precisa de justificação para qualquer coisa que Ele faz, inclusive chamando alguns homens para a salvação e não chamar os outros. Ele sempre agiu assim.

Nós só podemos reconhecer com Paulo, com plena convicção, mas com longe de plena compreensão, de que "Deus é fiel, por quem [que] foram chamados à comunhão com seu Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor" ( 1Co 1:9 )

Que diremos, pois? Não há injustiça com Deus, não é? De maneira nenhuma! Pois ele diz a Moisés: "Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia, e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão." Assim, pois, não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus que usa de misericórdia. Porque a Escritura diz ao faraó: "Para isto mesmo te levantei, para demonstrar o meu poder em ti, e que o meu nome seja anunciado em toda a terra." Portanto, tem misericórdia de quem ele quer, e endurece a quem ele deseja. Dir-me então: "Por que se queixa ele ainda? Pois, quem resiste à sua vontade?" Pelo contrário, quem é você, ó homem, para questionar a Deus? A coisa moldada não vou dizer para o modelador: "Por que me fizeste assim", será? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para uso honroso e outro para uso desonroso? E se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a destruição? E fê-lo a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que preparou de antemão para a glória, até mesmo nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios. ( 9: 14-24 )

Segundo o ponto de Paulo em explicar que a incredulidade de Israel não é inconsistente com o plano revelado de Deus é que a sua incredulidade não reflete contra ou avilta a pessoa de Deus, em particular o seu poder soberano e justiça. Nesta passagem, o apóstolo responde a duas questões antecipadas que muitas vezes são levantadas sobre o Deus de eleger algumas pessoas para a salvação enquanto outros são deixados à condenação.

A primeira pergunta respondida Antecipado

Que diremos, pois? Não há injustiça com Deus, não é? De maneira nenhuma! Pois ele diz a Moisés: "Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia, e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão." Assim, pois, não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus que usa de misericórdia. Porque a Escritura diz ao faraó: "Para isto mesmo te levantei, para demonstrar o meu poder em ti, e que o meu nome seja anunciado em toda a terra." Portanto, tem misericórdia de quem ele quer, e endurece a quem ele deseja. ( 9: 14-18)

A questão subjacente a este número é uma questão de justiça de Deus. Se Ele só escolheu alguns para serem herdeiros da promessa, e não outras, as pessoas vão dizer que Ele é injusto. Paulo tinha acabado lembrou seus leitores judeus que Deus soberanamente escolheu Isaque acima Ismael e Jacó acima seu irmão gêmeo Esaú antes de eles nascerem ( Rm. 9: 6-13 ). Eles não foram escolhidos ou rejeitados por causa de quem eles eram ou seriam, ou por causa do que eles tinham feito ou iria fazer ", mas por causa daquele que chama de" ( v. 11 ), ou seja, totalmente em função da vontade soberana de Deus . Isaque e Jacó foram "os filhos da promessa" ( v 8. ); Ismael e Esaú não foram. Assim, no sentido da salvação espiritual, Deus escolheu alguns a acreditar.

A resposta natural do ser humano é afirmar que Deus estava injustamente arbitrária na escolha de um sobre o outro, muito antes que eles teriam oportunidade de confiar ou rejeitá-lo ou ser obediente ou desobediente. Essa resposta natural, no entanto, é o mesmo que dizer que não há injustiça com Deus. Assim, Paulo pergunta retoricamente, se temos o direito de acusar Deus de ser injusto.

Essa acusação foi levantada em toda a história da igreja e ainda é ouvida hoje, quando a eleição e predestinação de Deus são proclamados. Como Deus pode eleger uma pessoa e rejeitar outro antes mesmo que elas nasceram? À luz da sabedoria humana e as normas, especialmente em sociedades democráticas, onde todas as pessoas são consideradas iguais perante a lei, as ideias de eleição e predestinação são repulsivas e inaceitável. Essas doutrinas, alega-se, não poderia caracterizar um Deus que é verdadeiramente justo e reto. Para a mente salvos, mas ignorante ou imaturo, Deus simplesmente não poderia fazer tal coisa, e não salvo para a mente, como um deus que não seria digno de reconhecimento, muito menos culto.

Logo após suas grandes aflições começou, a esposa de Jó aconselhou-o a "Maldição Deus e morre!" ( 2:9 ).

Porque o próprio Deus é a medida de retidão e justiça, Ele não tem capacidade para a injustiça ou a injustiça. É a Sua própria natureza de ser gracioso, compassivo, misericordioso e amoroso. Os salmistas declarou repetidamente que a verdade cardeal. Davi afirmou que "o Deus justo tenta os corações e mentes" ( Sl 7:9 ). Por sua própria natureza, Deus sempre foi e sempre será justo e correto. Como Ele revela através de Malaquias: "Eu, o Senhor, não mudo" ( Ml 3:6 , declarando: Por Ele [Deus] diz a Moisés: "Terei misericórdia de quem eu quiser ter misericórdia, e terei compaixão de quem eu quiser ter compaixão."

Moisés tinha acabado de passar por uma experiência muito dificil. Enquanto ele estava no Monte Sinai recebendo as duas tábuas do testemunho de Deus, o seu irmão Arão, o sumo sacerdote, levou as pessoas impacientes de Israel a derreter suas jóias de ouro para fazer um bezerro para adorar como se representasse o verdadeiro Deus ( Ex. 32: 2-6 ). Em resposta a essa grande apostasia, Deus ordenou que "cerca de três mil homens" ser condenado à morte ( v. 28 ). Ele teria sido perfeitamente justificado em matar todos os israelitas que tinham participado na idolatria, mas Ele soberanamente escolheu para executar apenas aqueles três mil como um aviso para os outros e para preservar Sua nação testemunha.

Horrorizada com que "grande pecado", Moisés intercedeu pelo seu povo, Orando: "Agora, se quiseres, perdoarei os seus pecados, e se não, risca-me do teu livro, que tens escrito!" ( vv. 30-31 ). O Senhor respondeu: "Aquele que tiver pecado contra mim, a este riscarei do meu livro Mas ir agora, levar as pessoas onde eu lhe disse: Eis que o meu anjo irá adiante de ti;.. No entanto, no dia em que eu punir, eu vai puni-los por seus pecados "( vv. 33-34 ).

Apesar da garantia de Deus de que Ele iria levar e proteger o seu povo como eles entraram e conquistou a Terra Prometida ( 33: 1-3 ), e apesar de sua proximidade de Moisés ao Senhor, que falou com ele ", assim como um homem fala com seu amigo "( v. 11 ), este homem leal de Deus sentiu profundamente sua própria inadequação para uma tarefa tão formidável e sua própria necessidade e de seu povo para a contínua presença, orientação e poder do Senhor ( vv. 12-13 ). Em resposta a esta súplica adicional, Deus deu a garantia, temperada pela declaração de Sua prerrogativa divina: "Eu mesmo a passar toda a minha bondade diante de ti, e proclamarei o nome do Senhor diante de ti; e eu serei gracioso para quem eu tiver misericórdia, e vai mostrar compaixão de quem eu quiser mostrar compaixão "( v. 19 ). Em outras palavras, Sua poupando as pessoas e continuar a orientar e protegê-los era puramente reflexo de Sua misericórdia e graça. Ele tinha o direito absoluto de condenar ou para salvar como Ele divinamente bem entendesse. A soberania de Deus e Sua graça, não só são compatíveis, mas são inseparáveis.

Porque todos os homens são pecadores e merecem a condenação de Deus, nenhuma pessoa é injustiçado ou tratado injustamente, se Deus escolhe para condená-lo. Isso é justiça. Sua misericórdia para com qualquer pessoa é puramente por Sua graça.

Misericórdia e compaixão são essencialmente sinônimas, mas misericórdia refere-se principalmente à ação, ao passo que a compaixão se refere mais ao sentimento ou alienação por trás dessa ação.

Continuando simplesmente a declarar a verdade de Deus, ao invés de inutilmente tentando explicar a lógica do que está além da compreensão humana, Paulo continua a dizer, Assim, pois, não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que tem misericórdia. Não é a escolha do homem ou o seu exercício, mas Deus, que dá início a misericórdia para o pecador. Salvação nunca é iniciada pela escolha humana ou merecido pelo esforço humano zeloso. Ele sempre começa na vontade soberana, gracioso, e eterna de Deus. Aqueles que recebem de Deus a misericórdia recebê-lo unicamente por Sua graça. Ishmael desejar a bênção, mas não conseguiu recebê-lo. Esaú correu para a bênção, como se fosse, mas também não conseguiu recebê-lo (veja Gn 27 ).

Como o escritor de Hebreus explica: "Pela fé, Abraão, quando foi provado, ofereceu Isaque; e aquele que recebera as promessas oferecia o seu Filho unigênito, era aquele a quem foi dito:" Em Isaque seus descendentes serão chamados '"( Heb. 11: 17-18 ).

O mesmo autor também deixa claro, no entanto, que a escolha de Deus deve ser confirmada pela fé do homem. "Pela  Isaque abençoou Jacó e Esaú, acerca de coisas para passar por aqui.  Jacó, quando estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de José "( Heb. 11: 20-21 , grifo do autor). Esaú recebeu uma bênção de seu pai, mas não a bênção ele procurou em lágrimas, porque ele era descrente e buscou a bênção sem arrependimento ou fé ( 12: 16-17 ).

Em seguida, Paulo cita outra passagem de apoio a partir de Êxodo, desta vez do capítulo 9 , versículo 16 : Porque a Escritura diz ao faraó: "Para isto mesmo te levantei, para demonstrar o meu poder em ti, e que o meu nome seja anunciado por toda a terra. " Sendo um monarca absoluto, o faraó do princípio de que, certamente, dentro de seu próprio reino, tudo o que ele disse e fez foi por sua própria escolha livre para servir a seus próprios propósitos humanos. Mas o Senhor deixou claro através de Moisés que o faraó foi divinamente levantados para servir a um propósito divino, a fim de que o rei não estava ciente.

Exegeirō ( levantou-se ... ) carrega a idéia de trazer para a frente ou levantar-se e foi usado da ascensão de figuras históricas para posições de destaque. A palavra é usada várias vezes na Septuaginta.Falando do Messias, Balaão declarado Balac, rei de Moab, "Um de Jacó terá domínio, e destruirá os sobreviventes da cidade "( Nu 24:19 ). Por meio do profeta Natã, o Senhor disse a Davi que, por causa de seu assassinato de Urias, e tendo sua mulher, Bate-Seba, para si mesmo: "Eu vou levantar-se contra o mal de sua própria casa "( 2Sm 12:11 ). Um dos "consoladores" de Jó disse acertAdãoente de Deus, que "Ele define em alta aqueles que são humildes, e os que choram são levantados para a segurança "( 5:11 ). Da mesma forma que Ele levantou Faraó, o Senhor também levantou "caldeus" para fazer a Sua vontade ( Hc 1:6 ).

Faraó de quem Moisés e Paulo estavam falando era provavelmente Amenhotep II, a quem o Senhor soberanamente elevado a proeminência e poder. Para este fim, Deus declarou, te levantei, para demonstrar o meu poder em ti, e que o meu nome seja proclamada por toda a terra. " O Senhor de toda a história que o rei colocou em uma posição de grande autoridade, a fim de demonstrar seu poder muito maior autoridade divina e que iria trazer glória ao Seu nome ... por toda a terra.

É que o poder redentor muito divina que os judeus têm celebrado há milênios na Páscoa, lembrando gracioso poder libertador do Senhor, como mostrado por Sua salvá-los da mão opressivo de Faraó. Essa festa é a referência do Antigo Testamento de resgate a libertação física de Israel da escravidão humana, e prenunciou infinitamente maior libertação espiritual de Cristo de homens da escravidão espiritual do pecado.
Usando orgulhosa altivez do Faraó, o Senhor demonstrou que seu poder milagroso era muito maior do que os milagres Satan-habilitadas de magos de Faraó. Ele fez um caminho através do Mar Vermelho para libertar Seu povo e, em seguida, trouxe de volta que mesmo mar que correr mais e afogar todo o exército de Faraó. Comemorando que a libertação gracioso,

Moisés e os filhos de Israel cantaram este cântico ao Senhor, e disse: "Cantarei ao Senhor, porque Ele é exaltado;. O cavalo e seu cavaleiro Ele lançou no mar O Senhor é a minha força e canção, e Ele é a minha salvação; este é o meu Deus, e eu o louvarei;. Deus de meu pai, e eu vou exaltar-lhe o Senhor é um guerreiro; o Senhor é o seu nome carros de Faraó e seu exército Ele já lançado no. mar;. e as mais seletas de seus oficiais foram submersos no Mar Vermelho Os abismos cobri-los;. desceram às profundezas como pedra mão direita Tua, ó Senhor, é majestoso em poder, a tua destra, ó Senhor, estilhaça o inimigo. " ( Ex. 15: 1-6 )

A música continua até o versículo 18 , declarando misericórdia soberana de Deus em favor do seu povo e sua ira divina contra os seus inimigos. Israel cantaram: "Os povos o ouviram e estremeceram; angústia tomou conta dos habitantes de Philistia Então os príncipes de Edom se pasmaram;. Os líderes de Moabe, tremores apertos eles, todos os habitantes de Canaã ter derretido away" ( Ex. 15 : 14-15 ).Assim como o Senhor havia predito, que causou grande livramento Seu nome [para] ser proclamada por toda a terra. Ele ficou conhecido mesmo pelos pagãos como o Deus maravilhoso e com medo que entregou Israel do Egito (cf. Js 9:9 )

Sl 105:1 , 106 e 136 todos celebrar manifestação soberana de Deus de Seu poder e glória, entregando o Seu povo do Egito. Como disse um comentarista observou, Faraó era o adversário aberto de Deus, um inimigo declarado seguindo seus próprios projetos; ainda um propósito divino estava sendo cumprida em sua vida. Só esse fim, e nada mais, pode explicar de Faraó próprio ser.

Esse ato poderoso de Deus demonstrou duas grandes verdades. Ele libertou a Israel para expor Sua soberana misericórdia de [aqueles] quem ele quer, e Ele levantou-se e destruiu o Faraó para expor a verdade corolário de que Ele endurece aqueles a quem ele quer. Só Seu desejo divino determina qual será.

Moisés era um judeu, enquanto o Faraó era um gentio; mas ambos eram pecadores. Ambos eram assassinos, e ambos testemunharam milagres de Deus. No entanto, Moisés foi redimido e Faraó não era. Deus levantou Faraó a fim de revelar a sua própria glória e poder, e Deus teve misericórdia de Moisés, a fim de usá-lo para libertar Seu povo Israel. Faraó era um governante, ao passo que o povo de Moisés eram escravos sob Faraó. Mas Moisés recebeu misericórdia e compaixão de Deus, porque essa era a vontade de Deus. A obra do Senhor é soberano, e Ele age inteiramente de acordo com a sua vontade para alcançar seus próprios objetivos. A questão não era os direitos presumidos de ambos os homens, mas sim a vontade soberana de Deus.

Endurece traduz sklērunō , o que significa, literalmente, fazer duro e metaforicamente significa tornar teimoso e obstinado. O relato do Êxodo do confronto de Moisés com o Faraó fala dez vezes de Deus endurecendo o coração daquele governante (ver, por exemplo, 4:21 ; 7: 3 , 13 ). Essa mesma passagem também nos informa que Faraó endureceu seu próprio coração (ver, por exemplo, 08:32 ; 09:34 ), confirmando o ato de Deus por seu próprio. Tais passagens apontam-se a tensão humanamente irreconciliáveis ​​entre a soberania de Deus e vontade do homem. Esaú foi rejeitado antes de ele nascer, e, ainda antes de ele nascer, Judas foi nomeado para trair Cristo (ver At 1:16 ; João 6:70-71 ). No entanto, ambos os próprios homens escolheram seguir pecado e incredulidade.

Durante Sua encarnação, Jesus revelou claramente que a escolha dos homens de Deus precede sempre a sua escolha Dele. Ele disse a um grupo de judeus incrédulos: "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia" ( Jo 6:44 ). Em uma ocasião posterior, Ele explicou aos seus discípulos: "Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei" ( Jo 15:16 ). Mas ele também disse aos judeus incrédulos: "Você morrereis em vossos pecados, porque se não crerdes que Eu Sou, morrereis nos vossos pecados" ( Jo 8:24 ). Nas palavras familiares de Jo 3:18 , Jesus disse que "aquele que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus." Por causa da incredulidade natural e dispostos dos homens, Deus é justo em condenar aqueles que já merece.

A segunda questão respondida Antecipado

Portanto, tem misericórdia de quem ele quer, e endurece a quem ele deseja. Dir-me então: "Por que se queixa ele ainda? Pois, quem resiste à sua vontade?" Pelo contrário, quem é você, ó homem, para questionar a Deus? A coisa moldada não vou dizer para o modelador: "Por que me fizeste assim", será? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para uso honroso e outro para uso desonroso? E se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a destruição? E fê-lo a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que preparou de antemão para a glória, até mesmo nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios. ( 9: 18-24 )

A segunda questão, ou objeção, que Paulo antecipa e responde a é: Por que Deus, em seguida, ainda nos culpa? Pois, quem resiste à sua vontade? Em outras palavras, se Deus soberanamente tem misericórdia de quem quer e endurece a quem ele quer, como os seres humanos podem ser responsabilizados? Como eles podem ser culpados por sua incredulidade e pecado, quando o seu destino já foi divinamente determinado? Mais uma vez, tal raciocínio desafia justiça e justiça de Deus.

Como Israel foi conquistando Canaã, "Josué travou uma guerra de um longo tempo com todos esses [cananeus] reis Não havia uma cidade que fizesse paz com os filhos de Israel, senão os heveus que vivem em Gibeão. Que os levou a todos na batalha para ele. era do Senhor a endurecer o coração, ao encontro de Israel no campo de batalha, a fim de que ele poderia destruir totalmente, para que recebessem nenhuma piedade, mas que ele pode destruí-los, assim como o Senhor tinha ordenado a Moisés "( Josh 11.: 18-20 ).

Tais ordens de Deus, com o qual o Antigo Testamento abunda, parecem totalmente caprichoso e cruel para, mentes carnais mundanos, que aceitam apenas o que se adapta às suas idéias preconcebidas sobre o certo eo errado, justiça e injustiça. Consequentemente, eles julgam até mesmo Deus por sua própria finito, tendenciosa, e as normas manchada pelo pecado.
Vontade totalmente soberana de Deus é tão claramente ensinada no Novo Testamento. Mais tarde, esta carta para Roma, Paulo diz aos seus leitores: ("O que Israel está buscando, não tenha obtido, mas aqueles que foram escolhidos alcançaram, e os outros foram endurecidos" . Rm 11:7 ). Essa é a escolha da vontade do homem, que Deus aderir graciosamente para para todos os que crêem no Seu Filho.

Continuando simplesmente para proclamar a justiça eo direito soberano de Deus ao invés de tentar explicar, Paulo vira uma questão de volta para aqueles que iria questionar o Senhor. Pelo contrário, ele diz,quem é você, ó homem, para questionar a Deus? Em Ou seja, é uma blasfêmia, mesmo a questionar, para não mencionar negar, o direito de Deus para manter os homens responsáveis ​​quando estão cativos de sua vontade soberana.

É óbvio a partir formulação de Paulo de que os que poderiam ser fazer tais perguntas não estaria buscando a verdade de Deus, mas sim auto-justificação. A tentativa de desculpar a sua própria incredulidade, pecaminosidade, ignorância e rebelião espiritual, eles estariam aptos a acusar Deus de injustiça.
Mas, por causa da compreensão humana é tão limitado, mesmo perguntas sinceras sobre eleição e predestinação soberana de Deus, em última análise deve ficar sem resposta. Como já foi referido, é uma das muitas verdades sobre Deus que devemos aceitar pela fé, simplesmente porque Ele revelou em Sua Palavra.
Mais uma vez tendo o apoio do Antigo Testamento, Paulo continua sua repreensão dos incrédulos presunçosos, mostrando o absurdo de alguém está questionando os direitos de Deus. A coisa moldada não vou dizer para o modelador: "Por que me fizeste assim", será? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para uso honroso e outro para uso desonroso?

Muitos séculos antes, o profeta Isaías tinha usado essa analogia:

Para todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchar como uma folha, e as nossas iniqüidades, como o vento, nos arrebatam. E não há quem invoque o teu nome, que se desperta para tomar posse de ti; Pois tu tens escondido teu rosto de nós, e livraste-nos em poder de nossas iniqüidades. Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai, nós somos o barro, e tu o nosso oleiro; e todos nós obra das tuas mãos. ( Isaías 64:6-8. )

Também usando essa figura, Jeremias escreveu,

Então eu fui até a casa do oleiro, e lá estava ele, fazendo algo no volante. Mas o vaso, que ele fazia de barro, se estragou na mão do oleiro; então ele refez-lo em outro navio, como aprouve ao oleiro fazer.Em seguida, a palavra do Senhor veio a mim, dizendo: "Posso não, ó casa de Israel, tratá-lo como este oleiro faz?" diz o Senhor. "Eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel." ( Jer. 18: 3-16 )

Embora seja a um grau infinitamente maior, Deus é o criador dos homens tanto quanto um oleiro é o criador de seus vasos de barro. E não é mais racional, e muito mais arrogante e tolo é, para os homens a questionar a justiça ea sabedoria de Deus que, se tal fosse possível, para uma tigela de barro para questionar os motivos e propósitos do artesão que o fez.
Para seu amigo humanista Erasmo, Martin Luther disse:
Razão humana Mere jamais poderá compreender como Deus é bom e misericordioso; e, portanto, você faz a si mesmo um deus de sua própria fantasia, que endurece ninguém, condena ninguém, se compadece de todos. Você não pode compreender como um Deus justo pode condenar aqueles que nascem em pecado, e não podem ajudar a si mesmos, mas devem, por uma necessidade de sua constituição natural, continuar no pecado, e continuam a ser filhos da ira. A resposta é, Deus é incompreensível por toda parte, e, portanto, sua justiça, assim como seus outros atributos, deve ser incompreensível. É nesta mesma terra que São Paulo exclama: "Ó profundidade da riqueza, tanto o conhecimento de Deus! Quão insondáveis ​​são os seus juízos, e os seus caminhos insondáveis!" Agora, os seus juízos, não seria passado descobrindo, se pudéssemos sempre percebê-los para ser apenas. (Veja Martin Luther no Cativeiro da Vontade, trans JI Packer e OR Johnston [Westwood, NJ: Revell, 1957].., pp 314-15)

Para entender plenamente a Deus, teria que ser igual a Deus, que nos-a noção ainda mais absurdo do que uma panela de barro de ser igual ao oleiro que moldou-lo feito.

Seja qual for a soberania de Deus pode significar em sua plenitude, isso não significa e não pode significar que Ele escolheu para os homens para se tornar pecaminoso. O Deus perfeitamente santo e justo não é responsável no menor caminho para o pecado de Suas criaturas. Fazendo essa verdade simples, Tiago declara: "Que ninguém diga quando é tentado, 'Estou sendo tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e ele mesmo não tenta ninguém" ( Jc 1:13 ). "Teus olhos são tão puros para aprovar o mal", disse Habacuque do Senhor ", e Tu não podes olhar para maldade com favor" ( Hc 1:13 ).

Como no resto do Romanos 9 -indeed, como no resto da Escritura-o fechamento de três versos desta passagem não tente mostrar a fonte ou origem do mal ou tentar explicar a consistência humanamente inexplicável da justiça de Deus com a Sua justiça . O apóstolo simplesmente faz uma declaração na forma de uma pergunta retórica: E se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a destruição?

Paulo, então, dá duas razões para, embora não seja uma explicação completa de, permitindo que o pecado de Deus para entrar e contaminar o seu universo. O termo grego para trás dispostos é muito mais forte do que esta palavra tem a conotação de Inglês. A palavra grega carrega a idéia de determinada intenção, não é indiferente ou aquiescência impotente.

Em primeiro lugar, diz Paulo, Deus determinou para permitir que o pecado em Sua criação, porque lhe deu a oportunidade de mostrar a sua ira. Deus é glorificado em exibir a sua ira, da mesma forma como na exibição de Sua graça, porque ambos esses atributos, juntamente com todos os outros, compreender sua natureza divina e de caráter, que são perfeitamente e de forma permanente auto-consistente e é digno de adoração e culto. Mesmo raiva, vingança e retribuição de Deus derramado sobre os pecadores são gloriosos, porque eles exibem Sua santidade majestosa.

Em segundo lugar, Deus permitiu que o pecado entrasse no mundo, a fim de fazer conhecer o seu poder. Seu poder se manifesta em seu julgamento e castigo do pecado. Os eventos vivas e sóbrias encontradas nos capítulos finais de Apocalipse descrevem final ira de julgamento de Deus. As pragas, o julgamento de fogo, e todas as outras maldições do apocalipse não deixam dúvida de que o Senhor julgará e remover todo o pecado e os pecadores da terra antes que Ele estabelece o Seu reino milenar. Quando Cristo vem do céu em suas vestes manchadas de sangue, montando um cavalo branco e carregando uma espada, ele vai derrotar o Anticristo e todos os seus seguidores ímpios. De Deus poder, originalmente exibida na criação, será igualmente glorioso em destruição. Será impressionante manifesta na Sua vingativo, mas totalmente justos e justificados, a conquista de todos os inimigos que tentariam conquistá-Lo.

Deus tem todo o direito de agir gloriosamente por tal decisão, mas ele tem, pela Sua misericórdia, suportou com muita paciência um mundo de pecadores. Ele suportou sua incredulidade, a rejeição, o ódio, a blasfêmia, e iniqüidade, enquanto pacientemente dando tempo para o arrependimento (cf. Sl 103:8 ).

O corolário dessa verdade sóbria sobre os incrédulos é a verdade reconfortante sobre os crentes: E Ele fez isso a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que preparou de antemão para a glória, até mesmo nós, a quem também chamou , não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios.

Deus permitiu que o pecado entrasse no mundo, não só para manifestar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, mas também para demonstrar as riquezas da sua glória por conceder Sua graça nos vasos de misericórdia (cf. Ef. 2: 6-7 ). Estas são as pessoas que Ele preparou de antemão para a glória. Neste caso, o verbo grego traduzido preparada na voz ativa, e o assunto fazendo a ação é especificamente Deus ( Ele ). A grande obra que Deus fez para salvar os eleitos coloca a Sua glória em exibição antes de todos os anjos e todos os homens (cf. Ap 5:9-14 ). Ele tem o direito absoluto de revelar e demonstrar Seu caráter em qualquer maneira que Ele escolhe, seja por Sua justa condenação dos incrédulos ou por Sua redenção graciosa de crentes.

As Escrituras deixam claro que nenhuma pessoa é salva sem a fé em Cristo, porque Deus soberanamente requer que a resposta humana à Sua graça. Mas o objetivo principal da salvação não é o benefício que ela traz para aqueles que são salvos, mas sim a honra que ela traz para o Deus que os salva, ao dar a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia. Os crentes são salvos sem qualquer mérito ou trabalho de seus próprios, a fim de que Deus possa ter um meio de mostrar a sua glória, que é visto na graça, a misericórdia, a compaixão e perdão que só Ele concede àqueles que vêm a Cristo.

Paulo encerra essa passagem, identificando -nos , isto é, ele mesmo e todos os outros crentes-tal como predeterminado de Deus vasos de misericórdia. Cada crente está entre aqueles a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios. Esse é o glorioso verdade da oferta universal da graça de Deus.

A verdade insondável que Deus escolhe alguns homens para a salvação e outros para a destruição não é revelado para nos confundir ou perturbar-nos, e certamente não para tentar-nos a questionar o caráter da pessoa de Deus. Essa verdade é dado para demonstrar glória e soberania de Deus a todos os homens. Ele também é dado a fazer crentes grato que Ele nos escolheu, que, em nós mesmos, não foram e não são mais dignos de salvação do que aqueles que continuam perdidos.

Ao mostrar misericórdia e em julgar o pecado, Deus não faz distinções com base na raça, etnia, nacionalidade, inteligência, ou mesmo mérito moral ou religiosa. Ele distingue apenas entre aqueles que Ele escolheu e aqueles a quem não tem. Essa é uma verdade difícil de aceitar, porque contraria directamente inclinações e padrões naturais do homem. Para o homem natural parece manifestamente abusiva, e até mesmo o crente best-ensinado e mais fiel não pode explicá-la totalmente. Mas a verdade é totalmente bíblico e está entre as verdades ensinadas por Paulo que Pedro diz que são "difíceis de entender, que os ignorantes e instáveis ​​distorcem, como eles também fazem o resto das Escrituras, para sua própria perdição" ( 2Pe 3:16. ), e não tem nenhum desejo de que mesmo uma pessoa deve pereça ( 2Pe 3:9 ).

E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, eo cântico do Cordeiro, dizendo: "Grandes e maravilhosas são as tuas obras, ó Senhor Deus, o Todo-Poderoso; justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei das nações. Quem não temerá, ó Senhor, e não glorificará o teu nome para Thou sozinho arte santos, porque todas as nações virão e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos foram revelados (?.Rev. 15: 3-4 )




40. A incredulidade de Israel é consistente com o Plano de Deus — partes 3-4: é coerente com sua Profético Apocalipse e Sua Pré-requisito da Fé ( Romanos 9:25-33 )

Como também diz em Oséias: "Chamarei aqueles que não eram meu povo, meu povo ', e ela que não era amada,' amado '". "E será que, no lugar onde foi dito a eles "Você não é meu povo, aí serão chamados filhos do Deus vivo." E Isaías exclama acerca de Israel: "Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo;. Para o Senhor executará a sua palavra sobre a terra, completamente e rapidamente" E, assim como Isaías profetizou: "Se o Senhor dos exércitos não nos deixara a posteridade, que teria se tornado como Sodoma, e teria se assemelhava Gomorra."
Que diremos, pois? Que os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça, mas a justiça que é pela fé; mas Israel, que buscava a lei da justiça, não chegou a essa lei. Por quê? Porque não foi pela fé, mas como se fosse pelas obras. E tropeçaram na pedra de tropeço, como está escrito: "Eis que eu assentei em Sião uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, e aquele que nele crê não se decepcionarão" ( 
9: 25-33 )

Continuando o seu argumento de que a incredulidade de Israel não é inconsistente com a aliança prometida de Deus de redenção, Paulo passa a dar mais duas características do Antigo Testamento que apoiar a integridade divina. Ele confirma a verdade que a incredulidade de Israel é perfeitamente coerente com a revelação de Deus através dos profetas do Antigo Testamento. Ele, então, confirma que a incredulidade de Israel é consistente com pré-requisito eterno de Deus de fé por parte daqueles que Ele salva.

A incredulidade de Israel é consistente com a revelação profética de Deus

Como também diz em Oséias: "Chamarei aqueles que não eram meu povo, meu povo ', e ela que não era amada,' amado '". "E será que, no lugar onde foi dito a eles "Você não é meu povo, aí serão chamados filhos do Deus vivo." E Isaías exclama acerca de Israel: "Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo;. Para o Senhor executará a sua palavra sobre a terra, completamente e rapidamente" E, assim como Isaías profetizou: "Se o Senhor dos exércitos não nos deixara a posteridade, que teria se tornado como Sodoma, e teria se assemelhava Gomorra." ( 9: 25-29 )

Paulo usa duas citações de Oséias e dois de Isaías para mostrar que a incredulidade de Israel e da rejeição do Messias e Seu evangelho caber o que os profetas haviam predito.
Parafraseando o profeta, Paulo declara que Ele, que é Deus, diz também em Oséias: "Chamarei aqueles que não eram meu povo, meu povo ', e ela que não era amada,' amado '" (ver Os 2:23 ).

Para entender o significado completo de que a verdade é necessário olhar para o primeiro capítulo de Oséias, onde lemos: "O Senhor disse a Oséias: Vai, toma por esposa de prostituição, e têm filhos de prostituição, porque o terra comete prostituição flagrante, abandonando o Senhor '"( Os 1:2 , Os 1:6 , 8-9 )

Infidelidade moral de Gomer a Oséias proporcionou uma profunda analogia a infidelidade espiritual de Israel de Deus. Por Seu projeto soberano e disposição, ela teria Oséias um filho cujo nome significa "Deus semeia" (referindo-se a dispersão de sementes, bem como ao local onde Jeú assassinado filhos de Acabe). Oséias em seguida, teve uma filha, cujo nome significa "não tinha pena" ou "não ter obtido compaixão", e um outro filho, cujo nome significa "não meu povo." Esses três nomes representados atitude de Deus para Israel, o seu povo escolhido, mas desobedientes. Por um período de tempo determinado por Deus, eles seriam espalhados como sementes semeadas, unpitied pelo mundo, e abandonado por Deus.

O Senhor continua a promessa, no entanto, que o seu povo não será permanentemente abandonado. Aplicando a analogia com infiel e espiritualmente adúltera Israel Deus diz: "Eu a atrairei, trazê-la para o deserto, e falar gentilmente com ela", e falando com Israel, Ele acrescenta: "E desposar-te a mim para sempre; Sim , desposar-te a Mim em retidão e em justiça, em benignidade e em compaixão "( Os 2:14 ,Os 2:19 ). Assim como Oséias protegido e apoiado Gomer, mesmo durante as suas prostituições, e um dia comprou-lhe como um escravo no bloco no mercado aberto, nu e cheio de vergonha, assim que Deus um dia vai resgatar Israel.

Até esse momento, Deus não só irá tratar Israel como não sendo Seus filhos, mas vai tratar os gentios, que não eram o seu povo, como o Seu povo. É verdade que converse, encontrado em Os 2:23 , que Paulo paráfrase: "Vou chamar aqueles que não eram meu povo, meu povo ', e ela que não era amada,' amado '. E será que, no lugar onde se dizia-lhes: "Vocês não são meu povo ', lá eles serão chamados filhos do Deus vivo."

Oséias já havia testemunhado a conquista assíria e devastação do reino do norte de Israel, o que ocorreu em 722 B . C ., alguns doze anos antes, o profeta escreveu seu livro. Essa nação pagã tornou-se a vara da ira de Deus (ver Is 10:5 ). Deus promete através de Oséias e através de Paulo que aqueles que tinham se tornado, por um longo tempo, não o meu povo iria, por Seu plano gracioso, um dia tornar-se mais uma vez o meu povo.

Desenho de a mesma passagem em Oséias e referindo-se a essa mesma graça divina, o Senhor diz através de Pedro: "Para você, uma vez não éreis povo, mas agora sois povo de Deus, você não tinha recebido misericórdia, mas agora que você recebeu misericórdia "( 1Pe 2:10 ). Aqui as palavras se referem à igreja, escolhido de Deus as pessoas desta idade atual.

O foco de Paulo, no entanto, é Israel. Quando os judeus rejeitaram a Deus e tornou-se dispersos, unpitied, e não o meu povo, que se tornou assim como os gentios, tanto quanto sua relação com Deus estava em causa, dispersos e não salvo.

Paulo continua a explicar que será que no lugar onde se dizia-lhes: "Você não é meu povo", lá eles serão chamados filhos do Deus vivo. Paulo cita novamente a partir de Oséias, mas desta vez não parafrasear , usando as próprias palavras do profeta quase textualmente (ver Os 1:10 ). O lugar do qual Oséias falou foi todo lugar a que os judeus tinham sido espalhados. Nesses locais foram chamadosnão o meu povo, mas um dia eles vão nos mesmos lugares ser chamados filhos do Deus vivo.

Como Oséias fez com sua esposa, após a dispersão do povo de Deus nos dias de Oséias, Deus finalmente, trouxe-os de volta. E após a sua dispersão presente, Ele voltará a trazê-los de volta, não apenas para sua própria terra, mas o seu verdadeiro Senhor, como filhos do Deus vivo. A redenção de Israel virá.

Mas a ênfase de Paulo nesta passagem não é restauração final de Israel a Deus, mas sua alienação presente de Deus. Como já mencionado, o principal ponto do apóstolo é que a incredulidade de Israel que causou sua alienação e dispersão não era incompatível com o plano soberano de Deus para o Seu povo. Pelo contrário, historicamente e no que diz respeito ao tempo do Messias, Deus previu e previu rejeição judaica e as suas consequências a longo antes que ocorresse.
Paulo próximo cita um outro profeta, um contemporâneo de Oséias, dizendo: Isaías exclama acerca de Israel: "Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo." (ver Is 10:22 ). O termo grego krazō ( grita ) atrás citação de Paulo de Isaías tem o sentido de clamar com grande emoção, a partir de medo ou dor, e foi muitas vezes utilizado de um grito de desespero e agonia. A verdade ele foi divinamente chamados a proclamar cortou o coração do profeta. Quando ele proferiu que a verdade triste, ele sem dúvida chorou por seus irmãos. Do vasto número de descendentes humanos de Abraão através Isaque-a número tão grande quanto a areia do mar -apenas o remanescente, um pequeno remanescente em que, será salvo.

Começando cerca de 760 B . C ., Isaías profetizou para o reino do sul de Judá para alguns 48 anos. Assim como Oséias, ele recebeu a revelação divina que o povo de Deus em Judá, assim como aqueles em Israel, seria conquistada, disperso, e temporariamente abandonado por Deus por causa da incredulidade deles. É provável que Isaías, como Oséias, pessoalmente entendido que a verdade como relativa a um julgamento que viria em sua própria idade, quando a rejeição de Deus de Judá levaria a sua conquista e exílio por Nabucodonosor, rei da Babilônia.

Paulo está dizendo que tão importante e trágico como aqueles dois espalhamentos foram, eles eram apenas previews de incomensuravelmente maior e mais trágico rejeição do Messias de Israel, e da conquista posterior, abate, e espalhamento de judeus que se seguiram.

Citando o seguinte verso em Isaías 10 , Paulo declara: Porque o Senhor executará a sua palavra sobre a terra, completamente e rapidamente (ver Is 10:23 ). Quando Deus usou os babilônios para julgar Israel por sua incredulidade e infidelidade, a Sua justiça foi minuciosa e rápida, e apenas alguns, o remanescente de verdadeiros crentes, escapou. Assim também foi com a destruição de Jerusalém e devastação da Palestina em UM . D . 70.

O profeta Amós, que profetizou em Judá pouco antes de Isaías, declarou: "Assim diz o Senhor Deus: 'Um inimigo, mesmo um em torno do terreno, vai puxar para baixo a sua força a partir de você e suas cidadelas serão saqueadas.' Assim diz o Senhor: "Assim como o pastor arranca da boca do leão um par de pernas ou um pedacinho da orelha, assim será dos filhos de Israel que habitam em Samaria ser arrebatada, com o canto de uma cama e uma capa de couch "(! Amós 3:11-12 ).

Se um pastor não poderia resgatar uma ovelha de um predador, ele faria todos os esforços para arrebatar pelo menos uma parte da carcaça para levar para o proprietário como prova de que a ovelha estava realmente atacado e devorado por um animal selvagem, e não roubado ou vendido pelo pastor.
Assim como um pastor arrebata uma pequena parte de uma ovelha da boca de um leão, Deus vai arrebatar para si mesmo, por assim dizer, apenas uma pequena parte de Israel de incredulidade e condenação.
Para mais press casa a verdade, ele está declarando, Paulo cita novamente a partir de Isaías, que predisse, "Se o Senhor dos Exércitos não nos deixara a posteridade, que teria se tornado como Sodoma, e teria se assemelhava Gomorra" (ver Is 1:9 ). Como Paulo estabelece explicitamente no início desta carta, Abraão, "o pai de todos os que crêem", foi salvo por sua fé, que Deus "contada como justiça" —antes Ele requereu o rito da circuncisão e muito antes que deu o seu direito através de Moisés ( Rom. 4: 1-11 ).

Paulo não está dizendo, é claro, que os gentios pagãos naturalmente procuraram a justiça de Deus mediante a fé. Seja judeu ou gentio, o homem natural não busca a Deus por sua própria escolha independente. "A mentalidade da carne é hostil a Deus, pois ele não sujeitar-se à lei de Deus, pois não é mesmo capaz de fazê-lo, e os que estão na carne não podem agradar a Deus" ( Rom. 8: 7-8 ; cf. Rm 5:10). Apesar de seu ser chamado como povo escolhido de Deus e terem recebido Sua revelação divina por meio de Moisés, os salmistas, os profetas, e outros homens inspirados por Deus, os judeus não mais naturalmente inclinados a procurar ou a obedecer a Deus do que foi o Gentil mais pagã foram .

Na verdade, quando o evangelho veio através de Cristo, muito mais do que os judeus acreditavam gentios. O maior obstáculo para a salvação é a justiça própria. A pessoa que pensa que já é justo e agrada a Deus não verá necessidade de salvação. Como observado acima, porque a maioria dos judeus achavam que tinham Deus satisfeito por seu judaísmo ou suas obras justiça, não sentiam necessidade de o evangelho da graça por meio da fé.
Consequentemente, Israel, que buscava a lei da justiça, não chegou a essa lei. Que comentário trágica em um esforço desperdiçado. A justiça de Deus não pode ser alcançado por obras do homem, porque eles estão sempre manchada pelo pecado e ficam aquém do padrão perfeito e santo de Deus. Por seu próprio esforço, nenhuma pessoa pode chegar a essa lei.

Por que os judeus hipócritas falhar? Porque eles não persegui-lo pela fé, mas como se fosse pelas obras. E tropeçaram na pedra de tropeço. A única coisa que qualquer pessoa, judeu ou gentio, pode fazer para ser salvo é crer que ele não pode fazer nada para merecer a salvação e lançou-se aos pés de Deus pela sua misericórdia por amor de Cristo. Judeus foram irritado com o evangelho da graça efetivada por  porque anulou todas as boas obras por que eles pensaram que poderiam agradar a Deus. Vários anos antes, ele escreveu a carta a Roma, Paulo lembrou a igreja em Corinto que "Porque, na verdade judeus pedem sinais e os gregos procurar a sabedoria; mas nós pregamos Cristo crucificado, para os judeus uma pedra de tropeço, e aos gentios loucura" ( 1 Cor. 1: 22-23 ).

Novamente citando Isaías, Paulo explica que, Assim como está escrito: "Eis que eu assentei em Sião uma pedra de tropeço e rocha de escândalo, e aquele que nele crê não se decepcionarão" (ver Is 28:16 ; cf. Is 8:14 ; 1Pe 2:81Pe 2:8 ).

Mas a boa notícia do evangelho é que, ao contrário daqueles que O rejeitam, aquele que nele crê -a quem tem fé no Senhor Jesus Cristo, a pedra de tropeço e rocha de divino offense- não irá se decepcionar.

A questão sobre o lado humano é a fé, a única que pode trazer a salvação que a graça de Deus provê. O homem é justificado pela graça mediante a fé. Mas a incredulidade de Israel, sua falta de fé, não surpreendeu o Senhor ou anular o Seu plano. Pré-requisito da fé de Deus tem sido sempre o mesmo, e sua escolha de um remanescente de Israel para a salvação estava em perfeita harmonia com a Sua consciência onisciente que poucos acreditariam em Seu Filho, e sereis salvos. Essa é a maneira que Deus sabia que seria e planejado que seja, e isso, é claro, é a forma como acabou por ser.



Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Romanos Capítulo 9 do versículo 1 até o 33

Romanos 9

Introdução — O Problema dos judeus O trágico fracasso — Rm 9:1-6

Com esta passagem Paulo inicia seu intento de explicar o rechaço de Jesus Cristo pelos judeus. Começa, não com ira, mas sim com tristeza. Não há aqui um estalo de ira, nenhuma erupção de colérica condenação; há a aguda tristeza de um coração dolorido. Paulo era como o Deus a quem amava e servia — odiava o pecado, mas amava o pecador. Nunca ninguém tentaria salvar os homens a menos que os amasse primeiro. Paulo vê os judeus, não como um povo que deve ser castigado com ira, mas sim como um povo pelo qual se tem que suspirar com ofegante amor.

Paulo teria posto voluntariamente sua vida se com isso tivesse podido ganhar os judeus para Cristo. Pode ser que seus pensamentos tenham retrocedido a um dos maiores episódios da história judia. Quando Moisés subiu à cúpula da montanha para receber a Lei das mãos de Deus, o povo que tinha ficado embaixo pecou fazendo o bezerro de ouro e o adorando. Deus se irou com eles; e então Moisés pronunciou a grande oração: “Perdoa-lhe o pecado; ou, se não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste.” (Ex 32:32). Paulo diz que por causa de seus irmãos consentiria em ser maldito, se com isso obtivesse algum bem. O termo que ele utiliza é anathema e este é um termo terrível. Uma coisa que era anátema estava sob excomunhão. Era entregue a Deus para sua total destruição. Quando uma cidade pagã era tomada todas as coisas nela eram dedicadas à total destruição porque todas as coisas nela estavam contaminadas (Dt 3:6; Dt 2:34; Js 6:17; 7:1-26). Se alguém tentava induzir a Israel a separar-se do culto ao verdadeiro Deus, então era condenado sem piedade e sem misericórdia à total destruição (13 8:5-13:11'>Deut. 13 8:11).

O mais querido em toda a vida era para Paulo o fato de que nada podia separá-lo do amor de Deus em Cristo Jesus; mas se podia fazer algo para salvar a seus irmãos, teria aceito até ser afastado de Deus. Aqui outra vez está a grande verdade; o homem que quer salvar o pecador deve amá-lo. Quando um filho ou uma filha fez algo mau e incorre em castigo, muitos pais e mães sofreriam prazerosamente o castigo se tão somente pudessem.
Isto é o que sentiu Deus; isto é o que sentiu Paulo: e isto é o que nós devemos sentir.
Paulo não nega nem por um momento o lugar dos judeus no plano de Deus. Enumera seus privilégios.

  1. Em um sentido especial eles eram filhos de Deus, especialmente escolhidos, especialmente adotados na família de Deus. “Filhos sois do SENHOR, vosso Deus” (Dt 14:1). “Não é ele teu pai, que te adquiriu, te fez?” (Dt 32:6)k "Israel é meu filho, meu primogênito" (Ex 4:22). “Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho” (Os 11:1). Toda a Bíblia está cheia desta idéia da especial filiação de Israel e do rechaço de Israel a aceitá-la em seu sentido pleno.

Boreham em algum lugar relata uma visita, quando era jovem, à casa de um amigo. Havia uma peça à qual estava proibido entrar. Um dia estava diante do quarto quando se abriu a porta e viu dentro um jovem da mesma idade que a sua, mas em um espantoso estado de idiotice animal. Viu a mãe do sua aproximar-se dele. Ela devia ter visto o jovem Boreham com toda sua saúde e vigor e ter visto logo a seu próprio filho, e a comparação devia ter feito em pedaços o seu coração. Viu-a ajoelhada junto à cama de seu filho idiota e gritar com certa angústia: "Eu te alimentei e te vesti e te amei, e você nunca me conheceu."
Isto é o que Deus podia ter dito a Israel; só que neste caso era pior, porque o rechaço de Israel tinha sido deliberado e lúcido. É terrível romper o coração de Deus.

  1. Israel tinha a glória. A shekinah ou kaboth aparece várias vezes na história de Israel. Era o divino esplendor luminoso que descia quando Deus visitava seu povo (Ex 16:10; Ex 24:16, Ex 24:17; Ex 29:43; 33:18-22). Israel tinha contemplado a glória de Deus e tinha rechaçado a Deus. Foi-nos dado contemplar a glória do amor de Deus e da misericórdia de Deus no rosto de Jesus Cristo. É algo terrível contemplar a glória de Deus e logo escolher os caminhos da Terra.
  2. Israel tinha as alianças. Uma aliança é uma relação contraída entre duas pessoas. É um convênio para o proveito mútuo; um compromisso de amizade mútua. Na história de Israel várias vezes Deus se aproximou do povo de Israel e entrou numa relação especial com ele. Assim o fez com Abraão, com Isaque, com Jacó e sobre o Monte Sinai quando deu a Lei.

Irineu distingue quatro grandes ocasiões em que Deus entrou neste acordo com os homens. A primeira aliança foi a aliança com Noé depois do dilúvio, e seu sinal foi o arco íris no céu que confirmava a promessa de Deus de que não voltaria a haver outro dilúvio. A segunda aliança foi a aliança com Abraão e seu sinal foi o sinal da circuncisão. A terceira aliança foi a aliança com a nação, lavrado no Monte Sinai e sua base foi a Lei. A quarta aliança é a nova aliança em Jesus Cristo.
É uma coisa maravilhosa pensar que Deus se aproxima dos homens e entra com eles em uma relação jurada. É a simples verdade que Deus nunca deixou os homens sozinhos. Deus não se aproximou dos homens e depois os abandonou. Realizou aproximação após aproximação aos homens; e até realiza aproximação após aproximação à alma humana individual. Ele está à porta e chama; e a tremenda responsabilidade da vontade humana é que o homem pode rechaçar a Deus.

  1. Tinham a Lei. Israel nunca poderia alegar ignorância da vontade de Deus; Deus lhes havia dito o que ele desejava que fizessem. E se eles pecavam, pecavam conscientemente e não por ignorância, e o pecado consciente é o pecado contra a luz, que é o pior de todos.
  2. Tinham o culto do templo. A adoração é em essência a aproximação da alma a Deus; e no culto do templo Deus tinha dado aos judeus um caminho especial para aproximar-se dEle. Se estava fechada a porta a Deus, eles mesmos a tinham fechado.
  3. Tinham as promessas. Israel nunca poderia ter dito que não conhecia seu destino. Deus lhes tinha falado a respeito da tarefa e do privilégio que tinha destinados para eles em seu propósito. Eles sabiam o que no plano de Deus estavam escolhidos para grandes coisas.
  4. Tinham os patriarcas. Tinham uma tradição e uma história; e é um pobre homem aquele que se atreve a falsear suas tradições e afrontar a herança na qual entrou.
  5. Logo vem a culminação. Deles saiu o Ungido de Deus. Todo o resto tinha sido uma preparação para isto. Tudo tinha estado levando a isto; e contudo, quando Ele veio, eles o rechaçaram. A maior aflição que um homem pode ter é dar a seu filho todas as oportunidades de êxito, sacrificar-se e economizar e trabalhar para dar uma oportunidade ao filho, e logo encontrar que este, por sua própria desobediência ou rebeldia ou negligência, fracassou no intento. Nisto há uma tragédia, porque nisto está o desperdício da obra do amor e da destruição dos sonhos do amor. A tragédia de Israel foi que Deus o tinha preparado para o dia da vinda de seu Filho — e toda a preparação foi destruída e frustrada. Não era porque tivesse sido quebrantada a Lei de Deus; era que tinha sido menosprezado o amor de Deus. Não é a ira, mas o coração quebrantado de Deus, o que jaz atrás das palavras de Paulo.

A ELEIÇÃO DE DEUS

Romanos 9:7-13

Se, pois, os judeus rechaçaram e crucificaram a Jesus, o Filho de Deus, significa isto que o propósito de Deus foi frustrado e anulado o plano de Deus? Paulo elabora um estranho argumento para provar que não é assim. De fato nem todos os judeus rechaçaram a Jesus; alguns deles o aceitaram, porque é obvio, todos os primeiros seguidores de Jesus foram judeus, antes que o Evangelho chegasse aos gentios, e Paulo mesmo era judeu. Agora — diz Paulo — se retrocedermos na história de Israel veremos agir várias vezes um processo de seleção. Várias vezes vemos que não foram todos os judeus os que entraram no propósito e desígnio de Deus. Alguns estavam e outros não estavam. A linha da nação através da qual Deus operava, e na qual levava a cabo seu plano, não esteve em nenhum momento integrada por todos aqueles que podiam pretender uma descendência física de Abraão.

No fundo de todo o plano não está meramente a descendência física; há seleção, a eleição de Deus. Para provar seu caso, Paulo cita dois exemplos da história judia e os apóia com textos de prova. Abraão teve dois filhos — Ismael que era filho da serva Agar, e Isaque que era filho de sua esposa Sara. Tanto Ismael como Isaque eram verdadeiros descendentes de sangue de Abraão. Fisicamente ambos eram seus filhos. Sara era muito anciã quando teve a seu filho, tanto que, humanamente falando, era uma impossibilidade. Quando Isaque nasceu e cresceu, chegou um dia em que Ismael escarneceu de Isaque. Sara se ressentiu, e exigiu que Agar e seu filho Ismael fossem expulsos e que só Isaque herdasse. Abraão não tinha muita vontade de expulsar Agar e Ismael, mas Deus lhe disse que o fizesse, seus descendentes preservariam seu nome em Isaque (Gn 21:12).

Agora, Ismael tinha sido o filho de um processo humano natural e normal e de um desejo humano; mas Isaque tinha sido o filho da promessa de Deus, nascido quando, do ponto de vista humano, teria sido impossível que nascesse (Gênesis 18:10-14). O direito de descendência foi dado ao filho da promessa. Aqui está pois, a primeira prova de que nem todo descendente físico de Abraão deve ser considerado como judeu, como escolhido. Dentro da nação a seleção e eleição de Deus tinha continuado

Logo Paulo procede a citar outro exemplo. Quando Rebeca, a esposa de Isaque, esperava um menino, foi dito por Deus que em seu seio levava dois meninos que seriam os pais de duas nações; mas que nos dias por vir o mais velho serviria e estaria sujeito ao mais novo (Gn 25:23). Assim nasceram os gêmeos Esaú e Jacó, e Esaú foi de fato o gêmeo mais velho, e com todo a eleição de Deus recaiu em Jacó, e foi pela linha de Jacó que teria que realizar a vontade de Deus. Para reforçar o argumento Paulo cita Malaquias 1:2-3, onde Deus é representado dizendo ao profeta: “Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú.”

O argumento de Paulo é que o caráter de judeu é mais que a descendência de Abraão, que o povo eleito não era simplesmente a soma total de todos os seus descendentes físicos, que dentro dessa família havia um processo de eleição através de toda a história. Um judeu podia compreender e aceitar totalmente o argumento até aqui. Os árabes eram descendentes de Ismael que era filho de carne e sangue de Abraão, mas nunca teriam sonhado dizer que os árabes pertenciam ao povo eleito. Os edomitas foram os descendentes do Esaú — o que de fato é o que Malaquias quer dar a entender — e Esaú era filho legítimo de Isaque, mais ainda irmão gêmeo de Jacó, mas nenhum judeu jamais teria dito que os edomitas tinham alguma participação no povo eleito.
Do ponto de vista judeu, Paulo demonstrou seu ponto; havia eleição dentro da família dos descendentes físicos de Abraão. Paulo formula o seguinte ponto no sentido de que esta seleção não tem nada que ver com atos e mérito e merecimento humano disso. A prova disto é que Jacó foi eleito e Esaú rechaçado antes de ter nascido. A eleição foi feita enquanto eles eram ainda fetos no seio de sua mãe.

Inevitavelmente nossas mentes vacilam com este argumento. Enfrenta-nos com a figura de um Deus que aparentemente com total arbitrariedade escolhe a uns e rechaça a outros. Para nós não é um argumento válido, porque faz Deus o responsável por uma ação que não nos parece estar eticamente justificada. Mas subsiste o fato de que, embora nos seja estranho e inaceitável, era um argumento familiar para um judeu. E até para nós, no coração deste argumento, permanece uma grande verdade. Tudo é de Deus; atrás de tudo está a ação de Deus; até as coisas que parecem arbitrárias e fortuitas se remetem a Deus. Não há nada neste mundo que se mova sem propósito.

A SOBERANA 5ONTADE DE DEUS

Romanos 9:14-18

Paulo começa agora a refutar os mesmos argumentos e objeções que surgem em nossas próprias mentes. Estabeleceu que em toda a história de Israel o processo de seleção e eleição foi contínuo; além disso acentuou o fato de que esta eleição não estava baseada em mérito ou merecimento algum da pessoa escolhida; dependia nada mais que da vontade do próprio Deus.
O impedimento pergunta: "Mas, é isso razoável? É isso justo? É justo que Deus pratique uma política de seleção totalmente arbitrária, como se fosse totalmente por cima das cabeças dos homens?" A resposta de Paulo, para pô-la simplesmente, é que Deus pode fazer o que quer. Nos dias terríveis do Império Romano, quando ninguém tinha a vida segura, quando qualquer um podia morrer pelo capricho de um imperador irresponsável e malicioso, Galba, um dos imperadores, disse, quando chegou a ser imperador, que agora "ele podia fazer o que queria e a quem queria". Honestamente, isto é o que Paulo está dizendo a respeito de Deus nesta passagem.
Novamente Paulo cita dois exemplos para provar este ponto e o reforça com citações das Escrituras.

O primeiro exemplo é de Ex 33:19. Neste exemplo Moisés pede alguma prova real de que Deus está verdadeiramente com o povo de Israel. A resposta de Deus é que Ele terá misericórdia daqueles de quem quiser ter misericórdia. A seleção da nação e a atitude de amante misericórdia de Deus para com a nação depende só de Deus.

O outro exemplo é da luta de Israel por libertar-se do Egito e do poder de Faraó. Quando Moisés foi pela primeira vez a pedir a libertação, preveniu a Faraó que Deus havia trazido para Faraó o cenário da história simplesmente para demonstrar o poder divino, e tornar claro o que aquele poder divino faria ao homem que se opusesse. Faraó foi introduzido na história para servir de exemplo a todos os homens do que acontece ao homem que se opõe a Deus (Êxodo 9:16).

Mais uma vez, a mente vacila perante este argumento. Certamente, em nenhum sentido se pode dizer que Deus pode fazer qualquer coisa. Deus não pode fazer nada que contradiga sua própria natureza. Não pode ser responsável por qualquer ato que seja injusto e que, de fato, quebrante suas próprias leis. Encontramos difícil, e até impossível, conceber um Deus que irresponsavelmente dá misericórdia a uns e não a outros, e que levanta um rei para ser mero boneco ou manequim por meio do qual possa ser demonstrado o poder reivindicativo de Deus. Outra vez, o argumento seria válido e convincente para um judeu, porque novamente, em essência, significa que Deus está por trás de todas as coisas.

E contudo, quando chegamos à raiz deste argumento, ele conserva uma grande verdade. É impossível pensar a respeito da relação entre Deus e o homem em termos de justiça. O homem não tem direito algum sobre Deus. A criatura não tem direito algum sobre o Criador. Quando seja que entre a justiça, a resposta é que o homem não merece nada de Deus e não pode pretender nada. O argumento esclarece que, na relação de Deus com os homens, o essencial nunca pode ser o direito do homem sobre Deus, senão somente a vontade de Deus e a misericórdia de Deus.

O OLEIRO E O BARRO

Romanos 9:19-29

Nas passagens anteriores Paulo esteve mostrando que através de toda a história de Israel houve um contínuo processo de seleção e eleição por parte de Deus. Surge uma objeção muito natural: Se no fundo de todo processo está a eleição e o rechaço de Deus, como pode Deus condenar os homens que a rejeitaram? A falta não é deles absolutamente; é realmente de Deus. A responsabilidade não recai sobre eles; recai sobre Deus.

A resposta de Paulo é simples, quase próxima da crueldade. Sua resposta é que ninguém tem direito de discutir com Deus. Quando um oleiro faz uma vaso, este não pode replicar ao oleiro; o oleiro tem absoluto poder sobre ele; do mesmo montão de barro pode fazer um vaso para um propósito honroso e outro para um propósito desonroso, e o barro não tem nada que ver com isso e nem sequer tem direito a protestar. Quanto a isto Paulo toma a figura de Jeremias (Jer. 18:1-6).

Terá que dizer duas coisas sobre isto.

  1. É uma má analogia. Um grande comentarista do Novo Testamento disse que esta é uma daquelas poucas passagens que desejaríamos que Paulo não tivesse escrito. Há uma diferença entre um montão de barro e um ser humano. O ser humano é uma pessoa e o montão de barro uma coisa. Pode ser que alguém possa fazer o que quiser com uma coisa, mas não pode fazer o que quiser com uma pessoa. O barro não deseja replicar; o barro não deseja questionar. O barro não pode sentir nem pensar; o barro não pode ser angustiado, nem afligido e torturado. Se alguém padeceu inexplicavelmente alguma tristeza tremenda, que lhe rompe o coração e lhe entristece a alma, não seria de muita ajuda dizer-lhe que não tem direito a lamentar-se, porque Deus pode fazer o que quiser. Este é o sinal de um tirano, não de um Pai amante. É um fato básico do Evangelho que Deus não trata os homens como o oleiro trata o montão de barro; trata-os como um pai amante trata a seu filho.
  2. Mas uma vez dito isto, devemos recordar uma coisa: esta passagem surgiu de um coração angustiado. Paulo estava diante do fato entristecedor de que o próprio povo de Deus, seus próprios parentes, tinham rechaçado e crucificado o próprio filho de Deus. Não era que Paulo queria dizer isto; viu-se forçado a dizê-lo. A única explicação possível que pôde encontrar foi que, para seu próprio propósito, Deus tinha tido que cegar de algum modo a seu próprio povo.

De qualquer maneira, Paulo não deixa o argumento aqui. Continua dizendo que este rechaço dos judeus aconteceu para que pudesse ser aberta a porta aos gentios. Agora, mais uma vez, o argumento de Paulo não é satisfatório. Uma coisa quer dizer que Deus usou uma situação pecaminosa para curar dela algo bom; mas é uma coisa completamente diferente dizer que Deus elaborou uma situação pecaminosa para tirar algo bom dela. De fato quer dizer que Deus fez o mal para que pudesse surgir o bem. O que Paulo está dizendo é que Deus obscureceu deliberadamente as mentes, e cegou os olhos, e endureceu os corações, da massa do povo judeu para que se pudesse abrir o caminho de entrada aos gentios. Novamente, devemos recordar que este não é o argumento de um teólogo tranqüilamente sentado pensando em seu estudo; é o argumento de um homem cujo coração estava desesperado por encontrar alguma razão para uma situação completamente incompreensível. Enfim a única resposta que Paulo pode encontrar é que Deus o fez.

Agora, Paulo estava argüindo com judeus, e sabia que a única maneira em que podia sustentar seu argumento era reforçá-lo com citações de suas próprias Escrituras. Assim, pois, continua citando textos para provar que este rechaço dos judeus e esta aceitação dos gentios tinha sido realmente antecipada pelos profetas. Oséias havia dito que Deus faria seu povo de um povo que não era seu povo (Os 2:23). Disse que um povo que não era o povo de Deus seria chamado filhos de Deus (Os 1:10). Mostra como Isaías tinha previsto uma situação na qual Israel teria sido consumido se não tivesse ficado um remanescente (Isaías 10:22-23, Is 13:10). O argumento de Paulo é que Israel teria previsto sua destruição se só a tivesse compreendido.

É fácil criticar a Paulo nesta passagem; mas a única coisa que terá que lembrar é que Paulo, em sua desesperada angústia por seu próprio povo, aferrava-se ao fato que de algum modo tudo é obra de Deus. Para ele isto era a única coisa que ficava por dizer.

O ERRO DOS JUDEUS

Romanos 9:30-33

Aqui Paulo traça um contraste entre duas maneiras de sentir para com Deus. Havia a maneira judia. O propósito do judeu era ficar ele próprio em correta relação com Deus. Seu ponto de vista era que podia conseguir isso por meio da estrita obediência à Lei. Os judeus consideravam a correta relação com Deus como algo que podia ganhar. Agora, há outra maneira de expressar isto que mostrará o que realmente significa. Fundamentalmente, a idéia judia era que, por meio da estrita obediência à Lei, a pessoa podia finalmente acumular um crédito a seu favor. Uma vez adquirido esse saldo favorável Deus era seu devedor; Deus lhe devia a salvação.
Essencialmente, o judeu considerava a amizade com Deus como algo que podia ser merecido e ganho e conseguido pelo mérito humano. Era obviamente uma batalha perdida, porque a imperfeição do homem nunca pode satisfazer a perfeição de Deus; o pecado do homem nunca pode merecer o direito de satisfazer a santidade de Deus; nada que possa fazer o homem jamais pode nem mesmo começar a recompensar o que Deus tem feito por ele. Este foi precisamente o achado de Paulo. Como ele disse, os judeus passavam a vida na busca de uma lei, a obediência a qual pudesse colocá-los como justos diante de Deus, e nunca a encontraram porque não existe tal lei.
Os gentios nunca se dedicaram a essa busca. Mas quando, repentina e inesperadamente, foram confrontados com o incrível amor de Deus em Jesus Cristo, simplesmente se entregaram a este amor com total confiança. Foi como se os gentios ao ver a cruz de Cristo tivessem dito: "Se Deus me ama desta maneira, posso confiar nEle com toda mim vida e com toda minha alma." Os judeus tentaram fazer de Deus seu devedor; os gentios se contentavam em ser devedores de Deus. O judeu cria que podia ganhar a salvação fazendo coisas para Deus; o gentio se maravilhava perante o que Deus tinha feito por ele. O judeu tentava encontrar o caminho a Deus pelas obras; o gentio chegava pelo caminho da confiança. Paulo estava convencido de que ninguém podia ganhar o favor de Deus.

No final desta passagem temos a referência à pedra. Esta é uma das referências características dos primitivos escritores cristãos. No Antigo Testamento há uma série de referências mas bem misteriosas à pedra. Em Gn 49:24 se descreve a Deus como o pastor e a pedra (rocha) de Israel. Em Is 8:14 se diz que Deus será por pedra de tropeço e por rocha de escândalo para armadilha às casas de Israel. Em Is 28:16 Deus diz que pôs no Sião por fundamento uma pedra, pedra preciosa angular, de alicerce estável. Em Daniel 2:34-35, 44-45 há uma referência a uma misteriosa pedra. No Sl 118:22 o salmista escreve: "Apedra que desprezaram os edificadores veio a ser cabeça de esquina."

Agora, quando os cristãos começaram a buscar no Antigo Testamento prenúncios de Cristo, encontraram-se com essas referências a essa maravilhosa pedra. E nelas identificaram a Jesus. Sua justificação para fazê-lo assim foi que o relato do Evangelho mostra a Jesus mesmo fazendo esta identificação e tomando o versículo do Sl 118:22 para aplicá-lo a si mesmo. O representa fazendo-o assim ao final da parábola dos lavradores maus (Mt 21:42). Os cristãos pensaram a respeito da pedra maravilhosa, que era o fundamento firme, a pedra que era a pedra angular que sustentava unida a totalidade do edifício, a pedra que tinha sido rechaçada e tinha chegado a ser a pedra principal, como a figura de Cristo mesmo.

A entrevista que Paulo usa aqui é uma combinação de Is 8:14 e Is 28:16. Os cristãos, inclusive Paulo, tomaram para significar isto: Deus tem proposto a seu Filho para ser o fundamento da vida de todo homem, mas quando ele veio os judeus o rechaçaram, e porque o rechaçaram este dom de Deus que tinha sido proposto para sua salvação chegou a ser causa de sua condenação. Esta figura da pedra fascinava os cristãos. Encontramo-la várias vezes no Novo Testamento (At 4:11; Ef 2:20; 1 Pedro 2:4-6).

A verdade eterna atrás desta idéia é esta: Jesus Cristo foi enviado a este mundo para ser o Salvador dos homens. Mas Jesus Cristo é também a pedra de toque pela qual todos os homens são julgados. Se o coração do homem transbordar amor e submissão a Jesus, Jesus é para ele salvação. Se o coração de um homem é inteiramente insensível ou totalmente rebelde, Jesus é para ele condenação. Jesus veio ao mundo para nossa salvação, mas por sua atitude para com Jesus um homem pode obter a salvação ou merecer a condenação.


Dicionário

E

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

Filho

substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

Filho
1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn 4:17)

2) Descendente (Ml 3:6); (Lc 1:16). 3 Morador de um país (Am 9:7) ou de uma cidade (Jl 3:6).

4) Membro de um grupo (2Rs 2:15), RC).

5) Qualidade de uma pessoa (Dt 13:13), RC; (2Sm 3:34); (Mc 3:17); (Lc 10:6); (Jo 12:36).

6) Tratamento carinhoso (1

Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

[...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...]
Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1

O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

[...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39

Os filhos são doces algemas de nossa alma.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2

[...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135

[...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38


substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

Palavra

substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

Do latim parabola, que significa “discurso” ou “fala”.

A palavra é um dom divino, quando acompanhada dos atos que a testemunhem [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 124

[...] O verbo é a projeção do pensamento criador.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

[...] a palavra é, sem dúvida, a continuação de nós mesmos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

A palavra é dom sagrado, / É a ciência da expressão / Não deve ser objeto / De mísera exploração.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] O verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

O verbo gasto em serviços do bem é cimento divino para realizações imorredouras. Conversaremos, pois, servindo aos nossos semelhantes de modo substancial, e nosso lucro será crescente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

Veículo magnético, a palavra, dessa maneira, é sempre fator indutivo, na origem de toda realização.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

O verbo é plasma da inteligência, fio da inspiração, óleo do trabalho e base da escritura.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

Em tudo quanto converses, / Toma o bem por tua escolta. / Toda palavra é um ser vivo / Por conta de quem a solta.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

A palavra é o instrumento mágico que Deus nos confia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

[...] a palavra é precioso dom que Deus concede para auxílio ao nosso progresso geral, nossa felicidade e nossa alegria, mas jamais para o insulto e a afronta contra o que quer que seja dentro da Criação, nem mesmo ao mais abjeto verme, e ainda menos contra o Criador de todas as coisas [...].
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• À luz do Consolador• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB• 1997• - Blasfêmia


Palavra
1) Expressão, falada ou escrita, de pensamento (Sl 5:1; Ap 21:5).


2) Mensagem de Deus (Jr 1:4; Rm 3:2, RC).


3) As Escrituras Sagradas do AT, especialmente a LEI 2, (Sl 119).


4) A mensagem do evangelho (Gl 6:6).


5) O VERBO (Jo 1:1, NTLH). Jesus é mais do que expressão falada: ele é Deus em ação, criando (Gn 1:3), se revelando (Jo 10:30) e salvando (Sl 107:19-20; 1Jo 1:1-2).


Palavra Esse conceito tem uma importância fundamental nos evangelhos. Jesus não menciona a palavra de Deus; apenas afirma “porém eu vos digo” (Mt 5:22.28). Essa palavra (logos) é a primeira causa de surpresa e de espanto entre seus contemporâneos (Lc 4:36). Com ela, Jesus faz milagres (Mt 8:8.16), frutos da fé nessa palavra (Jo 4:50-53). É também verbalmente que perdoa os pecados (Mt 9:1-7) e transmite autoridade (Mt 18:18; Jo 20:23). Diante dela, as pessoas devem tomar uma decisão (Mt 7:24-27; 13,23) e isso faz com que se dividam (Mc 8:38). Para João, o evangelista, Jesus é a Palavra (Logos — Memrá) que é Deus (Jo 1:1) e que se fez carne (Jo 1:11.
14) para revelar o Pai e salvar o homem (Jo 1:18; 3,34; 12,50; 17,8.14).

substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

Promessa

substantivo feminino Compromisso que alguém assume de fazer, dar ou dizer alguma coisa: fazia promessas para tirar o povo da pobreza.
Religião Voto feito aos santos ou a Deus para obter alguma graça: foi à Aparecida pagar sua promessa.
Figurado Esperança pautada em aparências, indícios, conjecturas: a promessa de bom tempo.
Ação ou efeito de prometer, de afirmar verbalmente ou por escrito que irá fazer ou dizer alguma coisa.
Etimologia (origem da palavra promessa). Do latim promissa, "prometida".

Promessa
1) Ato de alguém obrigar-se a fazer ou dar alguma coisa (Ne 5:13), RA;
v. VOTO).

2) A afirmação do envio, no futuro, de um Salvador (Gn 3:15); 12.2,7; (At 13:22-23); (Ef 3:6) e de bênçãos incontáveis (Rm 9:4); (2Co 1:18-20); (2Pe 1:4).

Sara

Princesa. A mulher de Abraão (Gn 11:29), e, segundo o Gn 20:12, era também sua meia irmã. A respeito da sua vida, *veja Abraão. Ela morreu na idade de cento e vinte e sete anos, sendo sepultada na caverna de Macpela (Gn 11:29-23.20). É ela (Gl 4:22-31) o tipo da ‘Jerusalém lá de cima’. As suas excelências são recordadas em Hb 11:11 – 1 Pe 3.6.

3ª pess. sing. pres. ind. de sarar
2ª pess. sing. imp. de sarar

sa·rar -
verbo transitivo

1. Dar saúde a (quem está doente).

2. Curar.

verbo intransitivo

3. Curar-se.


Sara [Princesa] - A esposa de Abraão e mãe de Isaque. Até os 90 anos foi chamada de Sarai (Briguenta?). V. (Gn 11:29-31); 12; 16-23; (He 11:11); (1Pe 3:6:)

Sarã

3ª pess. sing. pres. ind. de sarar
2ª pess. sing. imp. de sarar

sa·rar -
verbo transitivo

1. Dar saúde a (quem está doente).

2. Curar.

verbo intransitivo

3. Curar-se.


Tempo

A palavra tempo tem origem no latim. Ela é derivada de tempus e temporis, que significam a divisão da duração em instante, segundo, minuto, hora, dia, mês, ano, etc. Os latinos usavam aevum para designar a maior duração, o tempo. A palavra idade, por exemplo, surgiu de aetatis, uma derivação de aevum.

os dois grandes fatores, empregados pelo homem primitivo para a determinação do tempo, devem ter sido (como ainda hoje acontece) o Sol e a Lua, sendo pelo Sol fixadas as unidades do tempo, o dia e o ano, e sugerindo a Lua a parte anual do mês, e a divisão deste em semanas. os hebreus, nos seus cálculos para regularem o tempo, serviam-se de dois sistemas: solar e lunar. l. o dia. o espaço de 24 horas, de sol a sol. Nos mais remotos tempos era mais natural considerar o nascer do sol como princípio do dia, segundo o costume dos babilônios, ou o pôr do sol, segundo o costume dos hebreus. Este último processo é, talvez, o mais fácil de todos, pela simples razão de que tem sido sempre para os homens coisa mais provável ver o ocaso do que o nascimento do sol. Por isso, na cosmogonia pré-histórica, registrada em Gn 1, lê-se: ‘da tarde e da manhã se fez um dia’. Este método de completar os dias encontra-se em toda a Bíblia, sendo ainda hoje seguido pelos judeus. 2. Divisões do dia. a) A tríplice divisão do dia em manhã, meio-dia, e tarde (*veja Sl 55:17) é evidente por si mesma. b) Em conexão com estas designações estão as vigílias da noite: eram três segundo o cômputo dos hebreus, e quatro segundo o sistema romano. c) outra maneira é a de dividir o dia em horas. A origem da divisão do dia em 12 ou 24 partes parece ter-se perdido na antigüidade, mas chegou até nós por meio da Babilônia. Entre os hebreus, bem como entre os romanos, contavam-se as horas de cada dia desde o nascer do sol até ao seu ocaso. A duração de cada hora não era um espaço certo de tempo, como entre nós, mas a duodécima parte do tempo em que o sol se mostrava acima do horizonte – e essa parte naturalmente variava segundo as estações. d) posterior divisão em minutos e segundos parece não ter sido conhecida dos hebreus (embora se diga ter vindo dos babilônios). 3. o mês. o mês era lunar com pouco mais de 29 dias, havendo, deste modo, em cada ano 12 meses e cerca de 11-1/4 dias. É, talvez, conveniente examinar o quadro que neste artigo apresentamos. (Estão em caracteres mais salientes os meses hebraicos mencionados na Bíblia, os quais constituem assuntos para artigos especiais.) Com o fim de completar aproximadamente o ano solar, eram intercalados, às vezes, alguns dias, ou mesmo duas ou três semanas, segundo o entendimento dos diretores sacerdotais do calendário. Mas é incerto até que ponto ia este sistema nos tempos bíblicos. A adição era feita depois do mês de adar, e chamava-se segundo adar. os doze meses solares parece serem o resultado de uma posterior divisão do ano solar, sendo a sua base os doze meses lunares. 4. o ano. a) Quando é que principia o ano? Entre nós, como também entre os romanos, começa quando o sol atinge aproximadamente o ponto mais baixo. Mas não era assim entre as hebreus. Eles tinham dois sistemas:
i. o sistema sagrado, oriundo da Babilônia, que principiava cerca do equinócio da primavera. Em conformidade com esta instituição eram regulados os tempos das festas sagradas. Também se menciona na Bíblia, com referência a acontecimentos seculares, como ‘Decorrido um ano, no tempo em que os reis costumam sair para a guerra’ (2 Sm 11.1).
ii. o sistema civil principiava com o equinócio do outono, quando se concluíam as colheitas. b) Com respeito aos agrupamentos de sete anos, e de sete vezes sete, *veja Ano. c) Quanto aos métodos de computar uma série de anos, *veja Cronologia. Além das diferentes eras, que ali são dadas, podemos mencionar o modo judaico de calcular o tempo desde a criação do mundo baseado na DATA bíblica. Segundo este cômputo, o ano de 1240 era de 5.000, “anno mundi”. Na fixação desta data, num livro ou num monumento, usa-se omitir a casa dos milhares. E assim, quando se lê num moderno livro judaico a DATA de 674, este número adicionado a 1240, representa 1914 d.C.

O tempo é a sucessão das coisas. Está ligado à eternidade, do mesmo modo que as coisas estão ligadas ao infinito. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 2

O tempo é apenas uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias [...].
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 2

Não podemos dividir o tempo entre passado e presente, entre novo e velho, com a precisão com que balizamos o loteamento de um terreno. O tempo é uno e abstrato, não pode ser configurado entre fronteiras irredutíveis. Justamente por isso, todos os conceitos em função do tempo são relativos. Cada geração recebe frutos da geração anterior, sempre melhorando, do mesmo modo que a geração futura terá de so correr-se muito do acervo do passado. [...]
Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

[...] é a suprema renovação da vida. Estudando a existência humana, temos que o tempo é a redenção da Humanidade, ou melhor – o único patrimônio do homem.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

[...] a noção do tempo é essencialmente relativa e a medida da sua duração nada tem de real, nem de absoluta – separada do globo terrestre [...]. [...] o tempo não é uma realidade absoluta, mas somente uma transitória medida causada pelos movimentos da Terra no sistema solar. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• -

O tempo [...] somente se torna realidade por causa da mente, que se apresenta como o sujeito, o observador, o Eu que se detém a considerar o objeto, o observado, o fenômeno. Esse tempo indimensional é o real, o verdadeiro, existente em todas as épocas, mesmo antes do princípio e depois do fim. Aquele que determina as ocorrências, que mede, estabelecendo metas e dimensões, é o relativo, o ilusório, que define fases e períodos denominados ontem, hoje e amanhã, através dos quais a vida se expressa nos círculos terrenos e na visão lógica – humana – do Universo.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tempo, mente e ação

[...] O advogado da verdade é sempre o tempo.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 54

O tempo é inexorável enxugador de lágrimas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 2, cap• 6

[...] As dimensões tempo e espaço constituem limites para demarcar estágios e situações para a mente, nas faixas experimentais da evolução. [...]
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

Para o Espírito desencarnado o tempo não conta como para nós, e não está separado metodicamente em minutos, horas, dias, anos e séculos ou milênios, e muitos são os que perderam de vista os pontos de referência que permitem avaliar o deslocamento na direção do futuro.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Nas fronteiras do Além• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

[...] o tempo é a matéria-prima de que dispomos, para as construções da fé, no artesanato sublime da obra crística, de que somos humílimos serviçais.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Mensagem de fim de ano

O tempo é uma dimensão física que nasce do movimento, mas quando este supera a velocidade da luz, o tempo não consegue acompanhá-lo, anula-se, extingue-se. [...]
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Tempo e luz

[...] O tempo é, por definição, a trajetória de uma onda eletromagnética, do seu nascimento até a sua morte. Por isso ele é uma das dimensões fixas do nosso Universo, porque estável é, em nosso plano, a velocidade das ondas eletromagnéticas. O tempo, porém, somente pode existir em sistemas isolados, ou fechados, e tem a natureza de cada sistema. [...]
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] O tempo é o maior selecionador do Cristo.
Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Testemunhos de Chico Xavier• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - Só os inúteis não possuem adversários

A Doutrina Espírita nos mostra que tempo e espaço são limites pertinentes à realidade física, o Espírito não precisa se prender a eles. Quando mencionamos o tempo como recurso imprescindível a uma transformação que depende, na verdade, de força de vontade e determinação, estamos adiando o processo e demonstrando que, no fundo, há o desejo de permanecer como estamos. O tempo é necessário para adquirir conhecimentos e informações, não para operar uma transformação psicológica.
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

[...] O tempo é a nossa bênção... Com os dias coagulamos a treva ao redor de nós e, com os dias, convertê-la-emos em sublimada luz [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

[...] O tempo, como patrimônio divino do espírito, renova as inquietações e angústias de cada século, no sentido de aclarar o caminho das experiências humanas. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

Tempo e esforço são as chaves do crescimento da alma.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 26

O tempo é o nosso grande benfeitor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O tempo é um conjunto de leis que nãopodemos ludibriar.O tempo é um empréstimo de Deus. Com ele erramos, com ele retificamos.O tempo é o campo sublime, que nãodevemos menosprezar.O tempo, na Terra, é uma bênçãoemprestada.O tempo é o mais valioso calmante dasprovações.O tempo é o químico milagroso daEterna Sabedoria, que nos governa osdestinos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Sabemos que o tempo é o nosso maisvalioso recurso perante a vida; mas tem-po, sem atividade criadora, tão-somen-te nos revela o descaso perante asconcessões divinas.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

O tempo é o rio da vida cujas águas nosdevolvem o que lhe atiramos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Umdia

Embora a dor, guarda o bem / Por teunobre e santo escudo. / O tempo é omago divino / Que cobre e descobretudo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Gotas de luz• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 36

[...] é o grande tesouro do homem e vin-te séculos, como vinte existências di-versas, podem ser vinte dias de provas,de experiências e de lutas redentoras
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Na intimidade de Emmanuel

[...] O tempo para quem sofre sem es-perança se transforma numa eternida-de de aflição.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

O tempo é a sublimação do santo, abeleza do herói, a grandeza do sábio, a crueldade do malfeitor, a angústia do penitente e a provação do companheiro que preferiu acomodar-se com as trevas.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

[...] O sábio condutor de nossos destinos (...).
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 42

O tempo, contudo, assemelha-se ao professor equilibrado e correto que premia o merecimento, considera o esforço, reconhece a boa vontade e respeita a disciplina, mas não cria privilégio e nem dá cola a ninguém.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Precisamente

[...] O tempo, que é fixador da glória dos valores eternos, é corrosivo de todas as organizações passageiras na Terra e noutros mundos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz acima• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16

[...] é o nosso explicador silencioso e te revelará ao coração a bondade infinita do Pai que nos restaura saúde da alma, por intermédio do espinho da desilusão ou do amargoso elixir do sofrimento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 63

O tempo é o tesouro infinito que o Criador concede às criaturas. [...] [...] é benfeitor carinhoso e credor imparcial simultaneamente. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 50

[...] é o nosso silencioso e inflexível julgador.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Na esfera íntima

O tempo é um empréstimo de Deus. Elixir miraculoso – acalma todas as dores. Invisível bisturi – sana todas as feridas, refazendo os tecidos do corpo e da alma. Com o tempo erramos, com ele retificamos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Carinho e reconhecimento

[...] é um patrimônio sagrado que ninguém malbarata sem graves reparações...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

O tempo é um rio tranqüilo / Que tudo sofre ou consente, / Mas devolve tudo aquilo / Que se lhe atira à corrente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

O tempo não volta atrás, / Dia passado correu; / Tempo é aquilo que se faz / Do tempo que Deus nos deu.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32


Tempo V. ANO; CALENDÁRIO; DIA; HORAS.

substantivo masculino Período sem interrupções no qual os acontecimentos ocorrem: quanto tempo ainda vai demorar esta consulta?
Continuidade que corresponde à duração das coisas (presente, passado e futuro): isso não é do meu tempo.
O que se consegue medir através dos dias, dos meses ou dos anos; duração: esse livro não se estraga com o tempo.
Certo intervalo definido a partir do que nele acontece; época: o tempo dos mitos gregos.
Parte da vida que se difere das demais: o tempo da velhice.
Figurado Ao ar livre: não deixe o menino no tempo!
Período específico que se situa no contexto da pessoa que fala ou sobre quem esta pessoa fala.
Circunstância oportuna para que alguma coisa seja realizada: preciso de tempo para viajar.
Reunião das condições que se relacionam com o clima: previsão do tempo.
Período favorável para o desenvolvimento de determinadas atividades: tempo de colheita.
[Esporte] Numa partida, cada uma das divisões que compõem o jogo: primeiro tempo.
[Esporte] O período total de duração de uma corrida ou prova: o nadador teve um ótimo tempo.
Gramática Flexão que define o exato momento em que ocorre o fato demonstrado pelo verbo; presente, pretérito e futuro são exemplos de tempos verbais.
Gramática As divisões menores em que a categoria do tempo se divide: tempo futuro; tempos do imperativo.
[Música] Unidade que mede o tempo da música, através da qual as relações de ritmo são estabelecidas; pulsação.
[Música] A velocidade em que essas unidades de medidas são executadas num trecho musical; andamento.
Etimologia (origem da palavra tempo). A palavra tempo deriva do latim tempus, oris, fazendo referência ao tempo dos acentos.

Tera

tera | s. m.
tera- | elem. de comp.
Será que queria dizer terá?

te·ra |é| |é|
(redução de terabyte)
nome masculino

[Informática] O mesmo que terabyte.


tera-
(inglês tera-, do grego téttara, tettarákonta, quatro [pois 1012=10004])
elemento de composição

Prefixo do Sistema Internacional que, colocado diante de uma unidade, a multiplica por 1012 (símbolo: T) (ex.: terabyte).



Tera [Andarilho ?] - Pai de Abraão, Naor e Harã. De UR, na Caldéia, emigrou com seus filhos para HARÃ 2, (Gn 11:24-32); (Js 24:2).

Terá

1. Pai de Abraão, Naor e Harã, sendo ele, por meio destes personagens, o tronco dos israelitas, ismaelitas, midianitas, moabitas e amonitas (Gn 11:24-32). Era um idólatra (Js 24:2), e habitava para além do Eufrates, em Ur dos Caldeus (Gn 11:28). Saiu Terá com Abraão, e Sara, e Ló (seu neto), de Ur dos Caldeus, ‘para ir à terra de Canaã – foram até Harã, onde ficaram’ (Gn 11:31). E em Harã ele morreu, à idade de 205 anos (Gn 11:32).

Vivia em Ur dos caldeus e era descendente de Sem (Gn 11:10-26; 1Cr 1:26). Foi pai de Abraão e filho de Naor. Seus outros filhos foram Harã e Naor (Gn 11:26-27). Harã, que morreu ainda jovem em Ur, tinha um filho chamado Ló, o sobrinho de Abraão que tempos depois o acompanhou na viagem para Canaã. Terá reuniu toda sua família, saiu de Ur e dirigiu-se para o Norte, através da região conhecida como “o crescente fértil”, que constitui o leito do rio Eufrates (v. 28). Quando, porém, chegou a um lugar chamado Harã, estabeleceu-se ali. Terá morreu naquele local, com 205 anos de idade (vv. 31,32). Posteriormente, Deus falou com Abraão e deu-lhe instruções para se dirigir a uma terra que no futuro seria dada aos seus descendentes.

Embora a viagem de Abraão para Canaã fosse claramente parte de seu compromisso de fé em Deus e obediência a um chamado divino, não existe indicação de que Terá também tenha recebido tal convocação. De fato, muito tempo mais tarde Josué lembrou ao povo de Israel que Terá vivia do outro lado do rio Eufrates e adorava “outros deuses”. A mudança de Abraão para Canaã certamente foi considerada como uma decisão deliberada, a fim de afastar-se do passado de idolatria (Js 24:2-15). Terá posteriormente foi mencionado na genealogia de Jesus apresentada no evangelho de Lucas (Lc 3:34). P.D.G.


Virar

verbo transitivo direto , intransitivo e pronominal Por-se numa posição diferente daquela em que se estava anteriormente; colocar algo numa posição contrária àquela em que se estava: virar o livro na estante; o livro virou; virou-se para trás.
Desistir de uma direção por outra; fazer com que a direção certa seja tomada: virou-se para esquerda e encontrou o caminho certo!
verbo transitivo direto Vergar; fazer com que alguma coisa se dobre: ela virou as barras do vestido.
Dobrar; estar percorrendo um caminho que muda de direção: o carro virou a esquina.
Colocar do lado avesso: virou o vestido.
Lançar para o exterior de; despejar: virou o refrigerante sobre a mesa.
Beber: virou a garrafa de cerveja inteira!
Revolver; mexer o conteúdo de: virou todo o terreno com a pá.
Esportes. Num jogo quase perdido, acabar por vencê-lo: virou o jogo no final!
verbo transitivo direto e intransitivo Figurado Convencer; fazer com que alguém mude de opinião: o diretor virou a cabeça dos professores para o seu projeto; a opinião dos professores virou; ela era uma pessoa sem personalidade e vira com facilidade.
verbo transitivo direto , transitivo indireto, bitransitivo e pronominal Girar; fazer com que algo se movimente ao redor de seu próprio eixo; fazer com que o corpo se mova ao seu redor.
verbo transitivo indireto e bitransitivo Indicar apontando para; voltar ou voltar-se: o caminhão virou para o norte; virou a cabeça para mãe.
verbo predicativo Transformar-se numa outra coisa; mudar sua essência ou característica por; transformar-se: virou famosa da noite para o dia; virou uma péssima pessoa antes de morrer.
verbo pronominal Esforçar-se; fazer um grande esforço para superar certos infortúnios.
Tivemos de nos virar para arrumar um novo emprego.
[Brasil] Trabalhar com prostituição: algumas pessoas se viram por aí!
verbo transitivo indireto Rebelar-se; não se subordinar a: os filhos viraram contra os pais.
Etimologia (origem da palavra virar). Talvez do francês virer.

virar
v. 1. tr. dir. Volver de um lado para o outro a direção ou posição de; voltar. 2. tr. dir. Voltar para a frente (o lado posterior). 3. tr. dir. Pôr do avesso. 4. pron. Voltar-se completamente para algum lugar. 5. tr. dir. Emborcar. 6. Intr. Agitar-se, dar voltas. 7. tr. dir. Apontar, dirigir. 8. tr. dir. Despejar, entornar. 9. tr. dir. Despejar, bebendo. 10. tr. dir. Dobrar. 11. tr. dir. Fazer mudar de intento, de opinião, de partido. 12. pron. Mudar de opinião, de partido, de sistema.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Romanos 9: 9 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Gn 18:10">Porque esta é a Palavra da promessa: "Segundo este tempo virei, e haverá para Sara um filho". Gn 18:10
Romanos 9: 9 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

57 d.C.
G1063
gár
γάρ
primícias da figueira, figo temporão
(as the earliest)
Substantivo
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G1860
epangelía
ἐπαγγελία
promessa
(promise)
Substantivo - feminino acusativo singular
G2064
érchomai
ἔρχομαι
vir
(are come)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2540
kairós
καιρός
uma cidade em Aser, aparentemente não distante de Sidom-Rabá
(and Hammon)
Substantivo
G2596
katá
κατά
treinar, dedicar, inaugurar
(do dedicated)
Verbo
G3056
lógos
λόγος
do ato de falar
(on account)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3778
hoûtos
οὗτος
um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
(of the Chaldeans)
Substantivo
G4564
Sárrha
Σάῤῥα
()
G5207
huiós
υἱός
filho
(son)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo


γάρ


(G1063)
gár (gar)

1063 γαρ gar

partícula primária; conj

  1. porque, pois, visto que, então

εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

ἐπαγγελία


(G1860)
epangelía (ep-ang-el-ee'-ah)

1860 επαγγελια epaggelia

de 1861; TDNT - 2:576,240; n f

  1. proclamação, anúncio
  2. promessa
    1. o ato de prometer, uma promessa dada ou para ser dada
    2. bem ou bênção prometida

ἔρχομαι


(G2064)
érchomai (er'-khom-ahee)

2064 ερχομαι erchomai

voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

  1. vir
    1. de pessoas
      1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
      2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
  2. metáf.
    1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
    2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
  3. ir, seguir alguém

Sinônimos ver verbete 5818


καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

καιρός


(G2540)
kairós (kahee-ros')

2540 καιρος kairos

de afinidade incerta; TDNT - 3:455,389; n m

  1. medida exata
  2. medida de tempo, maior ou menor porção de tempo, daí:
    1. tempo fixo e definido, tempo em que as coisas são conduzidas à crise, a esperada época decisiva
    2. tempo oportuno ou próprio
    3. tempo certo
    4. período limitado de tempo
    5. para o qual o tempo traz, o estado do tempo, as coisas e eventos do tempo

Sinônimos ver verbete 5853


κατά


(G2596)
katá (kat-ah')

2596 κατα kata

partícula primária; prep

abaixo de, por toda parte

de acordo com, com respeito a, ao longo de


λόγος


(G3056)
lógos (log'-os)

3056 λογος logos

de 3004; TDNT - 4:69,505; n m

  1. do ato de falar
    1. palavra, proferida a viva voz, que expressa uma concepção ou idéia
    2. o que alguém disse
      1. palavra
      2. os ditos de Deus
      3. decreto, mandato ou ordem
      4. dos preceitos morais dados por Deus
      5. profecia do Antigo Testamento dado pelos profetas
      6. o que é declarado, pensamento, declaração, aforismo, dito significativo, sentença, máxima
    3. discurso
      1. o ato de falar, fala
      2. a faculdade da fala, habilidade e prática na fala
      3. tipo ou estilo de fala
      4. discurso oral contínuo - instrução
    4. doutrina, ensino
    5. algo relatado pela fala; narração, narrativa
    6. assunto em discussão, aquilo do qual se fala, questão, assunto em disputa, caso, processo jurídico
    7. algo a respeito do qual se fala; evento, obra
  2. seu uso com respeito a MENTE em si
    1. razão, a faculdade mental do pensamento, meditação, raciocínio, cálculo
    2. conta, i.e., estima, consideração
    3. conta, i.e., cômputo, cálculo
    4. conta, i.e., resposta ou explanação em referência a julgamento
    5. relação, i.e., com quem, como juiz, estamos em relação
      1. razão
    6. razão, causa, motivo

      Em João, denota a essencial Palavra de Deus, Jesus Cristo, a sabedoria e poder pessoais em união com Deus. Denota seu ministro na criação e governo do universo, a causa de toda a vida do mundo, tanto física quanto ética, que para a obtenção da salvação do ser humano, revestiu-se da natureza humana na pessoa de Jesus, o Messias, a segunda pessoa na Trindade, anunciado visivelmente através suas palavras e obras. Este termo era familiar para os judeus e na sua literatura muito antes que um filósofo grego chamado Heráclito fizesse uso do termo Logos, por volta de 600 a.C., para designar a razão ou plano divino que coordena um universo em constante mudança. Era a palavra apropriada para o objetivo de João no capítulo 1 do seu evangelho. Ver Gill ou “Jo 1:1”.



(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


οὗτος


(G3778)
hoûtos (hoo'-tos)

3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

do artigo 3588 e 846; pron

  1. este, estes, etc.

Σάῤῥα


(G4564)
Sárrha (sar'-hrah)

4564 σαρρα Sarrha

de origem hebraica 8283 שרה; n pr f

Sara = “princesa”

  1. esposa de Abraão

υἱός


(G5207)
huiós (hwee-os')

5207 υιος huios

aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m

  1. filho
    1. raramente usado para filhote de animais
    2. generalmente usado de descendente humano
    3. num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
    4. num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
      1. os filhos de Israel
      2. filhos de Abraão
    5. usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
      1. aluno
  2. filho do homem
    1. termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
    2. filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
    3. usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
  3. filho de Deus
    1. usado para descrever Adão (Lc 3:38)
    2. usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
    3. daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
      1. no AT, usado dos judeus
      2. no NT, dos cristãos
      3. aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
    4. aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos

Sinônimos ver verbete 5868 e 5943