Enciclopédia de I Coríntios 14:8-8

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1co 14: 8

Versão Versículo
ARA Pois também se a trombeta der som incerto, quem se preparará para a batalha?
ARC Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha?
TB Porque, se a trombeta der um som incerto, quem se preparará para a batalha?
BGB καὶ γὰρ ἐὰν ἄδηλον ⸂φωνὴν σάλπιγξ⸃ δῷ, τίς παρασκευάσεται εἰς πόλεμον;
BKJ Porque se a trombeta der um som incerto, quem se preparará para a batalha?
LTT Porque, também, se incerto sonido a trombeta der, quem se preparará para a batalha?
BJ2 E, se a trombeta emitir um som confuso, quem se preparará para a guerra?
VULG Etenim si incertam vocem det tuba, quis parabit se ad bellum ?

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Coríntios 14:8

Números 10:9 E, quando na vossa terra sairdes a pelejar contra o inimigo, que vos aperta, também tocareis as trombetas retinindo, e perante o Senhor, vosso Deus, haverá lembrança de vós, e sereis salvos de vossos inimigos.
Josué 6:4 E sete sacerdotes levarão sete buzinas de chifre de carneiro diante da arca, e no sétimo dia rodeareis a cidade sete vezes; e os sacerdotes tocarão as buzinas.
Juízes 7:16 Então, repartiu os trezentos homens em três esquadrões; e deu-lhes a cada um nas suas mãos buzinas e cântaros vazios, com tochas neles acesas.
Neemias 4:18 E os edificadores cada um trazia a sua espada cingida aos lombos, e edificavam; e o que tocava a trombeta estava junto comigo.
Jó 39:24 Sacudindo-se e removendo-se, escarva a terra e não faz caso do som da buzina.
Isaías 27:13 E será, naquele dia, que se tocará uma grande trombeta, e os que andavam perdidos pela terra da Assíria e os que foram desterrados para a terra do Egito tornarão a vir e adorarão ao Senhor no monte santo, em Jerusalém.
Jeremias 4:19 Ah! Entranhas minhas, entranhas minhas! Estou ferido no meu coração! O meu coração ruge; não me posso calar, porque tu, ó minha alma, ouviste o som da trombeta e o alarido da guerra.
Ezequiel 33:3 e, vendo ele que a espada vem sobre a terra, tocar a trombeta e avisar o povo;
Joel 2:1 Tocai a buzina em Sião e clamai em alta voz no monte da minha santidade; perturbem-se todos os moradores da terra, porque o dia do Senhor vem, ele está perto;
Amós 3:6 Tocar-se-á a buzina na cidade, e o povo não estremecerá? Sucederá qualquer mal à cidade, e o Senhor não o terá feito?
Efésios 6:11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo;

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

GUERRAS: ESTRATEGIAS, ARMAS E FORTALEZAS

AS GUERRAS NO ANTIGO TESTAMENTO
Logo em seus primeiros capítulos, a Bíblia registra um ato de violência: "Sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou" (Gn 4:8). A violência dos habitantes da terra antes do dilúvio é citada como uma dos principais motivos pelos quais o Senhor resolve destruir sua criação.' Devido à sua localização geográfica entre o Egito e o Oriente Próximo, a Palestina foi palco de inúmeras guerras. Para os autores bíblicos, porém, a guerra era, com frequência, um sinal da ira de Deus, um castigo pela desobediência dos israelitas: "O Senhor te fará cair diante dos teus inimigos; por um caminho, sairás contra eles, e, por sete caminhos, fugirás diante deles (….] O teu cadáver servirá de pasto a todas as aves dos céus e aos animais da terra; e ninguém haverá que os espante" (Dt 28:250-26).
Certas limitações foram impostos os israelitas com respeito à sua conduta na guerra. Ao cercar uma cidade, por exemplo, um exército não devia derrubar as árvores frutíferas. Porém, as guerras também são vistas sob outra ótica no Antigo Testamento. O Senhor ordenou que os israelitas destruíssem os cananeus, citando como motivo a perversidade desses povos.' Quem não cumpriu à risca as instruções de Deus para travar essa "guerra santa" sofreu consequências terríveis.

O EXÉRCITO ISRAELITA
O serviço militar era obrigação religiosa dos adultos do sexo masculino com mais de vinte anos de idade, mas os recém-casados, os medrosos e os de coração tímido, entre outros, eram dispensados. Saul reuniu homens de grande coragem para formar sua guarda pessoal. Davi tinha os seus "trinta" valentes (na verdade, eram trinta e sete) e um exército com duas partes distintas: uma força permanente constituída de soldados de carreira e uma milicia popular composta de reservistas. O rei também usava os serviços de mercenários estrangeiros: os queretitas (talvez cretenses), os peletitas e os geteus (filisteus).

O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
As guerras da antiguidade promoveram o desenvolvimento de novas armas e, conseqüentemente, de novas medidas defensivas para neutralizá-las, como mostram os três exemplos a seguir.

1. O ARCO COMPOSTO E A ARMADURA DE ESCAMAS
Figuras de arcos aparecem em vários monumentos do Egito e da Mesopotâmia do final do quarto milênio a.C.Mas o arco composto ou reforçado, constituído de quatro materiais diferentes - madeira, chifres e tendões ou nervos de animais e cola - possuía alcance muito mais longo (cerca de 300 a 400 m) e maior poder de penetração. A primeira imagem de um arco composto pode ser vista na estela do rei acádio Naram- Sin (2291-2255 a.C.), encontrada em Susã, no sudoeste do Irã, mas esse tipo de arma só se tornou comum na metade do segundo milênio .C. Seu uso mais amplo levou à criação da armadura de escamas, cujo exemplo mais antigo é proveniente de Nuzi, na Mesopotâmia e datado de 1500 a.C. Outro exemplo de uma armadura de escamas pode ser visto em uma pintura na parede do túmulo de Kenamun em Tebas, no Egito, datado do reinado de Amenófis 2 (1427-1401 a.CJ. E as próprias escamas foram encontradas em Tebas no palácio de Amenófis 3 (1391-1353 a.C.).

2. OS CARROS DE GUERRA E AS PORTAS DAS CIDADES
Existem evidências de carros de duas e quatro rodas puxados por onagros (burros selvagens) na Mesopotâmia desde 2800 a.C.e veículos desse tipo aparecem no Estandarte de Ur (c. 2500 a.C.). Construídos com rodas sólidas, eram lentos e difíceis de manobrar. Carros puxados por cavalos são mencionados em textos de Mari na Síria, datados do século XVIII aC. Consistiam, basicamente, em plataformas móveis para armas que podiam ser direcionadas rapidamente para áreas críticas da batalha. Eram veículos complexos, produzidos apenas por nações ricas com técnicas avançadas e seu uso era limitado a terrenos planos e regulares. Os egípcios e os hititas, as principais potências da metade do segundo milênio a.C., não tardaram em incorporá-los aos seus exércitos. Sua aparência é exemplificada claramente pelo famoso carro da tumba de Tutankamon (1336-1327 a.C.). Até a metade do segundo milênio a.C,, os atacantes se deslocavam na transversal pelas encostas dos montes onde ficavam as torres e se aproximavam da porta da cidade seguindo um percurso paralelo aos muros. A posição de o desenvolvimento dos carros, as portas da cidade podiam ser atacadas de frente, o que tornou obsoletas as portas em forma de "L". As portas foram estendidas de modo a conter várias câmaras, nas quais outras portas podiam ser acrescentadas. As portas duplas centrais tinham de ser largas o suficiente para permitir a passagem de carros, mas eram reforçadas por dentro com ferrolhos enormes. Torres foram acrescentadas aos muros, para que os defensores pudessem atingir os atacantes e fazer frente às rampas de terra que eram encostadas nas muralhas.
Apesar dos cananeus terem adotado os carros de guerra e os introduzido no Egito, os israelitas demoraram a incorporá-los ao seu exército. Sem dúvida, isto se deveu, em parte, ao fato de ocuparem uma região montanhosa. Quando derrotou Hadadezer, rei do estado arameu de Zobá, Davi tomou mil carros dele. Ao que parece, o rei de Israel não percebeu seu potencial militar ou, talvez, não quis ter gastos com forragem e estábulo, pois mandou jarretar ou aleijar quase todos os cavalos, deixando apenas cem intactos." Coube a Salomão desenvolver o uso de carros de guerra em seu reino. Acabe, rei de Israel (873 853 a.C.), forneceu dois mil carros para a coalizão da Síria e Palestina contra a Assíria na batalha de Qargar junto ao rio Orontes, na Síria, em 853 a.C.

3. OS ARÍETES E OS MUROS DAS CIDADES
A representação mais antiga de um ariete provavelmente se encontra nas pinturas de Beni Hasan, no Egito, datadas de c. 1900 a.C., mas apenas no século IX a.C.os assírios começaram a usar os aríetes com eficácia significativa. A extremidade de ferro do aríete podia ser impelida com força contra o muro e, uma vez alojada entre as pedras, podia ser movimentada de um lado para o outro para deslocá-las. O aríete era protegido dos defensores por uma estrutura comprida em forma de caixa e feita de madeira. Posteriormente, o ariete passou a ser suspenso da parte superior dessa estrutura, permitindo que fosse balançado para frente e para trás. No início da monarquia em Israel, as cidades eram protegidas por muros de "casamata". Dois muros paralelos com cerca de um metro e meio de espessura, afastados por um vão de aproximadamente dois metros, eram unidos por muros transversais em intervals regulars. Quando os assírios começaram a usar os aríetes, algumas cidades se cercaram com muros sólidos de 3 a 4 m de espessura. O muro da cidade de Mispa (Tell en-Nasbeh) possuía 600 m de extensão e dez torres com uma altura provável de 12m. Foi construído sobre uma rampa íngreme, o que sem dúvida era uma proteção adicional contra um ataque com aríetes.

A GUERRA NO NOVO TESTAMENTO
Ao contrário do Antigo Testamento, a guerra no Novo Testamento não é vista em termos políticos. A luta do cristão não é contra carne e sangue. E uma luta espiritual contra as forças do mal, travada nas regiões celestes. Os cristãos devem se revestir de toda a armadura de Deus a fim de permanecerem inabaláveis quando vier o dia mau." O exército romano chegou a controlar um império que se estendia desde o muro de Adriano no norte da Inglaterra até o Eufrates, chegando a ter de 25 a 35 legiões, cada uma com um máximo de seis mil soldados de infantaria. Uma legião era dividida em dez coortes, cada uma com cerca de seiscentos homens. A coorte era dividida em seis centúrias, comandadas por um centurião. As legiões eram apoiadas por unidades de cavalaria integradas por quinhentos homens. Alguns soldados desempenhavam funções especiais: escreventes, porta- estandartes, mensageiros, médicos, carrascos e cavalariços. Na primeira metade do século I a.C., havia três mil soldados em Cesaréia, na costa palestina do Mediterrâneo, e uma coorte (seiscentos homens) em Jerusalém, no forte de Antônia e no palácio do governador. Reforços eram enviados de Cesaréia durante as festas ou quando ocorriam agitações populares.
Guerra e fortalezas no Antigo Testamento O mapa mostra lugares de origem de alguns dos principais mercenários: os queretitas, peletitas e geteus (filisteus de Gate).
Guerra e fortalezas no Antigo Testamento O mapa mostra lugares de origem de alguns dos principais mercenários: os queretitas, peletitas e geteus (filisteus de Gate).
O rei egípcio Tutankamon (1336-1327) em seu carro de guerra. Pintura de um baú encontrado na tumba de Tutankamon.
O rei egípcio Tutankamon (1336-1327) em seu carro de guerra. Pintura de um baú encontrado na tumba de Tutankamon.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Emmanuel

1co 14:8
Vinha de Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 124
Página: 261
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha?” — PAULO (1co 14:8)


Ninguém julgue sejam necessários grandes cataclismos para que se efetue a modificação de Planos da criatura.

O homem pode mudar-se de Esfera, sem alarido cósmico, e as zonas superiores e inferiores representam graus de vida, na escala do Infinito.

Elevação e queda, diante da própria consciência, constituem impulso para cima ou para baixo, no campo ilimitado de manifestações do espírito imperecível.

Toda modificação para melhor reclama luta, tanto quanto qualquer ascensão exige esforço. É imprescindível a preparação de cada um para a subida espiritual.

É natural, portanto, que os vanguardeiros sejam porta-vozes a todos aqueles que acompanham o trabalho de melhoria, aglomerados em multidão.

Eis por que, personificando no discípulo do Evangelho a trombeta viva do Cristo, dele devemos esperar avisos seguros.

Em quase todos os lugares, observamos os instrumentos de sons incertos que dão notícia do serviço a fazer, mas não revelam caminhos justos.

Na maioria dos núcleos do Cristianismo renascente, deparam-se-nos trabalhadores altamente dotados de luz espiritual, que duvidam de si mesmos, companheiros valiosos cuja fé somente vibra em descontínuas fulgurações.

É necessário compreender, porém, que o som incerto não atende ao roteiro exato. Serve para despertar, mas não fornece orientação.

Os aprendizes da Boa Nova constituem a instrumentalidade do Senhor. Sabemos que, coletivamente, permanecem todos empenhados em servi-lo, entretanto, ninguém olvide a necessidade de afinar a trombeta dos sentimentos e pensamentos pelo diapasão do Divino Mestre, para que a interferência individual não se faça nota dissonante no sublime concerto do serviço redentor.



1co 14:8
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas de Paulo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 136
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha?” — PAULO (1co 14:8)


Ninguém julgue sejam necessários grandes cataclismos para que se efetue a modificação de Planos da criatura.

O homem pode mudar-se de Esfera, sem alarido cósmico, e as zonas superiores e inferiores representam graus de vida, na escala do Infinito.

Elevação e queda, diante da própria consciência, constituem impulso para cima ou para baixo, no campo ilimitado de manifestações do espírito imperecível.

Toda modificação para melhor reclama luta, tanto quanto qualquer ascensão exige esforço. É imprescindível a preparação de cada um para a subida espiritual.

É natural, portanto, que os vanguardeiros sejam porta-vozes a todos aqueles que acompanham o trabalho de melhoria, aglomerados em multidão.

Eis por que, personificando no discípulo do Evangelho a trombeta viva do Cristo, dele devemos esperar avisos seguros.

Em quase todos os lugares, observamos os instrumentos de sons incertos que dão notícia do serviço a fazer, mas não revelam caminhos justos.

Na maioria dos núcleos do Cristianismo renascente, deparam-se-nos trabalhadores altamente dotados de luz espiritual, que duvidam de si mesmos, companheiros valiosos cuja fé somente vibra em descontínuas fulgurações.

É necessário compreender, porém, que o som incerto não atende ao roteiro exato. Serve para despertar, mas não fornece orientação.

Os aprendizes da Boa Nova constituem a instrumentalidade do Senhor. Sabemos que, coletivamente, permanecem todos empenhados em servi-lo, entretanto, ninguém olvide a necessidade de afinar a trombeta dos sentimentos e pensamentos pelo diapasão do Divino Mestre, para que a interferência individual não se faça nota dissonante no sublime concerto do serviço redentor.




Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

1co 14:8
Sabedoria do Evangelho - Volume 8

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 8
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 17:1-26


1. Jesus falou essas coisas e, levantando seus olhos para o céu, disse: "Pai, chegou a hora: transubstancia teu filho, para que o filho te transubstancie.

2. Do mesmo modo que lhe deste poder sobre toda carne, para que dê vida imanente a todos os que lhe deste.

3. A vida imanente, porém é esta: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e quem enviaste. Jesus Cristo.

4. Eu te transubstanciei sobre a Terra, completando a ação que me deste para fazer.

5. E agora transubstancia-me tu. Pai, em ti mesmo, com a substância que (eu) tinha em ti antes de o mundo ser.

6. Manifestei tua essência aos homens que me deste do mundo. Eram teus e mos deste e realizaram teu Logos.

7. Agora conheceram que todas as coisas que me deste estão em ti.

8. Pois as palavras que me deste, dei a eles, e eles receberam e souberam verdadeiramente que saí de ti, e creram que tu me enviaste.

9. Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.

10. E tudo o que é meu é teu, e o que é teu é meu; e neles sou transbustanciado.

11. Eu já não estou no mundo, mas eles estão no mundo; eu vou para ti. Pai Santo, guardaos em tua essência que me deste, para que sejam um assim como nós.

12. Quando eu estava com eles, eu os guardava em tua essência que me deste e eu os protegi, e nenhum deles se aboliu senão o filho da abolição, para que a Escritura se cumprisse.

13. Agora, porém, vou para ti e falo estas coisas no mundo, para que tenham a minha alegria, que se plenificará neles.

14. Eu dei a eles teu Logos, e o mundo os odiou porque não são do mundo, como eu não sou do mundo.

15. Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do mal.

16. Do mundo não são, com eu não sou do mundo.

17. Santifica-os na verdade: o teu Logos é a Verdade.

18. Como me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.

19. E sobre eles me santifico a mim mesmo, para que sejam também eles santificados verdadeiramente.

20. Não somente por eles rogo, mas também pelos que, por meio do Logos deles, forem fiéis a mim.

21. Para que todos sejam um, como tu, Pai, em mim e eu em ti, para que também eles sejam um em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste.

22. A substância que me deste, eu dei a eles, para que sejam um como nós (somos) um.

23. Eu neles e tu em mim, para que sejam completados em um, a fim de que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, corno amaste a mim.

24. Pai, os que me deste, quero que onde eu estou, estejam também eles comigo, para que vejam a substância que me deste, porque me amaste antes da materialização do mundo.

25. Pai Justo, também o mundo não te conheceu, mas eu te conheci e estes conheceram que tu me enviaste.

26. E eu lhes dei a conhecer tua essência, e darei a conhecer, para que o amor que me amaste esteja neles, e eu (esteja) neles".



Eis-nos chegados a um dos pontos mais sublimes do Evangelho, numa elevação mística ainda não igualada, e cuja sintonia nos alça aos páramos das altitudes indizíveis em que o intelecto tonteia e a mente se infinitiza, mergulhando nas imponderáveis vibrações da Divindade em nós e ofuscando-nos com a Luz Incriada que nos impregna o Espírito.


O capítulo 17 é conhecido, desde o século XVI, como "Oração Sacerdotal", título dado pelo luterano Chytraeus (Kochhafe, 1600), embora Lagrange tenha proposto "Oração pela Unidade". Nela verificamos a expressão das mais íntimas aspirações do Cristo em relação às individualidades humanas. Diz Cirilo de Alexandria (Patrol. Gr. vol. 74, col. 505-508), que transparece neste trecho a figura nítida do Sumo Sacerdote que intercede pelos espíritos sacerdotais que vieram ao mundo.


Façamos uma análise rápida, deixando os comentários para a segunda parte.


A expressão "toda carne" (pãs sárx em grego e KOL BAZAR em hebraico) expressa tudo o que possui corpo físico denso (cfr. GN 7:21).


O nome "Jesus Cristo" ainda não era usado no tempo de Jesus, tendo aparecido pela primeira vez nas epístolas de Paulo, devendo notar-se, entretanto, que o Evangelho de João lhes é posterior em data.


Alguns comentadores (como Huby, ’Le Discours après la Cène", Paris, 1932, pág. 130) julgam, com razão, que se trata de um acréscimo tardio, e que no original devia estar apenas "o Cristo". Na época o Mestre encarnado era denominado Kyrios lêsous, "Senhor Jesus", ou "O Cristo", atributo que se acrescentava a Seu nome como predicativo (cfr. "Todo o que crer que Jesus é o Cristo", 1JO, 5:1 e 2:22).


Traduzimos apóllymi por "abolir", e não "perder". A ideia de "perdição" está hoje, por efeito de uma tradição milenar, dirigida às personagens, muito ligada à ideia de "inferno". E aqui não se trata disso absolutamente. Adotamos o verbo ABOLIR porque é derivado direto de APOLLYMI, através do latim ABOLIRE (cfr. AP+OLLYMI com AB+OLIRE, conforme testemunho de Liddell

& Scott, Greek English Lexicon, 1966, pág. 207; Boisacq, Dictionnaire Etymologique de la Langue Crecque, 1950, pág. 698 e 696; Juret, Dictionnaire Etymologique Grec et Latin, 1942, pág. 195).


A expressão "filho de" já foi bem estudada (vol. 1).


O aceno ao cumprimento da Escritura só é encontrado nos salmos 41 e 109, no Antigo Testamento.


Traduzimos toú poneroú, por "do Mal" (neutro), como em MT 6:13, e como encontramos em outros passos do próprio João (3:19; 7:7; 1JO, 2:14; 3:12 e 5:19). Essa interpretação é aceita por Agostinho, João Crisóstomo, Tomás de Aquino, Zahn, Knabenbauer, Lagrange, Lebreton, Huby e outros. Há quem prefira o masculino ("do mau" ou maligno) como Loisy, Bauer, Tillemann, Durand, Bernard.


De acordo com o que explicamos em nossos comentários do trecho, a seguir, resolvemos traduzir diretament "nome" por "essência", a fim de facilitar desde logo o sentido real da frase.


Procuremos penetrar mais profundamente o significado verdadeiro e místico dessa prece, na qual sentimos patente a alma de Jesus, o ser humano chegado à perfeição concebível na escala da humanidade terrena neste ciclo: é Ele, JESUS, quem ora ao Pai, nos últimos momentos antes de caminhar para o terrível sacrifício que tanto O elevaria na escalada evolutiva. Aqui temos, pois, palavras do Jesus Homem.


Lendo com atenção o texto, verificamos que possui três partes:
1. º - Jesus ora por Si mesmo (vers. 1 a 5)
2. º - Jesus ora por Seus discípulos (vers. 6 a 19)
3. º - Jesus ora pela humanidade toda (vers. 20 a 24).

A isso é acrescentada uma conclusão (vers. 25-26) que resume a prece. Caminhemos devagar.


1. ª PARTE (vers. 1 a. 5)


Sentindo em Si o Cristo e o Pai, mas experimentando também a atuação de Sua consciência "atual" centrada na personagem, dirige Jesus Sua mente para as altas vibrações sonoras do Logos, o que nos é revelado com a expressão "levantando os olhos ao céu" (cfr. JO 11:41). Com esse gesto, demonstra ter entrado em contato sintônico com o Logos e a Ele se dirige, invocando-o, com o Nome de Pai, e a Ele confessando que sabe ter chegado Sua hora de experimentação dolorosa, para total aniquilação de Seu Eu humano, a fim de plenificar Sua absorção na substância do Pai: abandonaria apenas a expressão visível para as criaturas, Sua forma física, mas Se transformaria em Som.


Esse o primeiro pedido: que o Logos transubstancie em Si o Filho, a fim de que este absorva o Logos: que o Filho possa transformar-se em som, para que o Som possa substituir a substância do Filho.


E esse pedido é plenamente justificado por Jesus: é indispensável que essa transubstanciação se efetue Nele, do mesmo modo que Ele recebeu do Pai o poder sobre todas as criaturas, para dar-lhes também a elas todas a Vida Imanente, a vida crística divina.


Aí encontramos, pois, uma gradação: Jesus, o Espírito antiquíssimo (vê-lo-emos) e de evolução plena, recebeu do Pai um grupo de seres, a fim de que se incumbisse de providenciar a evolução deles. A todos esses que Lhe foram dados, Ele devia dar a Vida Imanente, fazendo despertar neles a Centelha Crística adormecida, de forma a que pudesse nascer o Cristo em cada um. Assim como tinha essa missão, do mesmo modo Ele precisa, para realizá-la, estar totalmente transubstanciado no Pai. E aqui, mais uma vez, compreendida a profundidade desse ensino, verificamos a leviandade de traduzir dox ázô por "glorificar": que importa a glória a um Espírito superior?


Logo a seguir, mais para conhecimento dos discípulos ali presentes que como parte da prece, Jesus abre um parênteses e explica: "a vida imanente consiste nisso: que Te conheçam (que tenham a gnose plena) a Ti, que és o único Deus verdadeiro, e que conheçam Jesus, o Cristo que enviaste à Terra".


Mais uma vez aparece a declaração taxativa de Jesus, que afirma que não é Deus. Os intérpretes torcem o sentido, afirmando ter Jesus dito que só YHWH é Deus, e não os ídolos. Mas não é isso que se deduz do contexto, onde não haveria razão para falar de outras crenças. Ao contrário: é feita aqui, com toda a clareza possível, a distinção absoluta entre o Pai e o Filho: só terá a vida imanente quem tiver a gnose de que só há um único Deus verdadeiro para a humanidade: é o Pai; mas que o Filho, Jesus Cristo, que foi enviado pelo Pai, não é Deus nesse sentido estrito e filosófico (embora em sentido metafísico todos sejam Deus, já que a Divindade está imanente em todos e em tudo). Na Terra, o único que verdadeiramente manifesta a plenitude da Divindade em Si - e que portanto merece o título real de Deus - é o Pai, o plenamente transubstanciado pelo SOM, que o Antigo Testamento denomina Melquisedec, expressão absoluta do Logos Planetário.


Essa missão de Jesus, de conceder vida imanente, está condicionada à fidelidade sintônica de cada um (cfr. JO 3:15, JO 3:16, JO 3:36; 5:24, 30; 6:33ss; 7:28 e 20:31), embora aqui não venha citada essa necessidade de "fé" ou seja, de fidelidade.


A seguir, declara o que realizou: "Eu Te transubstanciei sobre a Terra", trazendo fisicamente à alma e ao corpo do planeta e a todos os seus habitantes, a vibração do Som Divino; e "completando a ação" (tò érgon teleiôsas) "que me deste para fazer".


Nesta expressão teleiôsas to érgon entrevemos não apenas a complementação ou aperfeiçoamento da ação, nem tampouco a finalização do trabalho que Lhe fora dado, já que chegara ao fim de Sua tarefa como encarnado entre os homens; mas descobrimos, no sentido espiritual, qual a realidade da encarnação de Jesus, que foi "tornar perfeita, para chegar aos homens, a energia de Deus". Poderíamos ler: "Eu Te transubstanciei sobre a Terra, fazendo ter ação perfeita a energia que me deste para espalhar em todos. " Como tenha sido isso obtido, lemos em Paulo: "Jesus Cristo, sendo rico, tornou-se pobre por amor de vós, para que, por Sua própria pobreza fôsseis enriquecidos" (2CO 8:9); e ainda: "Cristo Jesus, que subsistia em forma de Deus, não julgou dever apegar-Se a isso, mas esvaziou-

Se tomando a forma de escravo, tornando-Se semelhante aos homens" (FP 2:6-7). Tudo isso foi realizado de acordo e para obedecer à Vontade divina (cfr. JO 4:34; JO 5:36; JO 8:29; JO 9:4 e LC 2:49).


Tendo realizado Sua tarefa nada fácil, vem o pedido final para Si mesmo: Agora, transubstancia-me Tu, Pai, em Ti mesmo (parà seautôi), com a substância que (eu) tinha (têi dóxei hêi eichon) em ti (parà soi) antes de o mundo ser (prò toú tòn kósmon eínai).


Em unificação perfeita com o Pai, vivia Jesus, o Espírito humano - de outro planeta do Sistema de Sirius - de onde foi convocado para cuidar carinhosamente da humanidade que um dia habitaria o planeta Terra (cfr. vol. 1).


Conhecendo isso, entendemos plenamente o sentido desse versículo: trata-se do veemente desejo de voltar àquele estado batífico, ao lado de Seu Pai, em Sua mesma substância, tal como ocorria antes que o planeta Terra existisse, Desejo esse que ainda não pôde ser realizado, já que Jesus permanecerá conosco até o fim do eon (cfr, Mat, 28:20), não obstante o sacrifício que isso constitui para Ele (cfr. MT 17:16; MC 9:18; LC 9:41; vol. 4).


2. ª PARTE (vers. 5-19)


Inicia declarando que conseguiu "manifestar-Te a Essência (o nome) aos homens que me deste (tirandoos) do mundo". Essa manifestação foi a revelação da substância do Pai (já vimos o que significa filosoficamente o termo "nome"). Essa substância ou essência foi revelada àqueles que, tendo sido retirados do mundo (extraídos do Antissistema) ingressaram sintonicamente no Sistema, ao serem admitidos na Escola Iniciática Assembleia do Caminho.


Todos esses, que foram dados pelo Pai a Jesus, conseguiram "realizar o Logos" em si mesmos, no Espírito, embora em suas personagens não houvessem conseguido ainda certos graus "iniciáticos" superiores, e por isso ainda fraquejavam na parte emocional e intelectual. A expressão "realizar o Logos", acreditamos, poderia ser traduzida em linguagem científica moderna, em "sintortizar o Som" em si mesmos, captando perfeitamente a onda emitida, em alta fidelidade.


Esses é que teriam que agir, doravante, em lugar de Jesus. Era justo, por isso, orar por eles, por quatro motivos:
1) tinham sido tirados do Antissistema (ek toú kósmou) espiritualmente, mas nele permaneciam com suas personagens;
2) pertenciam ao Pai (soi êsan);
3) foram dados ao Filho (k’amoi autoús édokas); e
4) não reagiram ao chamamento, mas obedeceram prontamente em boa-vontade, dispondo-se aos sacrifícios requeridos pela missão árdua que lhes era cometida, tendo realizado o Logos planetário em seus corações.

Portanto, já SABEM, já tem a gnose, de que tudo o que foi dado ao Filho, "está no Pai" (parà soú eisin). E isso porque receberam (élabon) as palavras (tà rhêmata) que, recebida" do Pai, Jesus lhes revelou (cfr. JO 8:40; JO 12:49; JO 15:15 e JO 17:14), e por isso tiveram conhecimento pleno de que Jesus, o Cristo, era Aquele que saíra do Pai (parà soú exêlthon) e que pelo Pai fora enviado (sú me apésteilas).


Em Sua prece Jesus explica, então, porque roga por eles e não pelo mundo, embora tenha vindo para salvar o mundo (cfr. JO 3:16) e embora ainda esteja preocupado com o mundo (adiante, vers. 21).


São três as razões citadas:
1. ª - porque pertenciam ao Pai, posto que tudo o que é do Cristo é do Pai, e tudo o que é do Pai é do Cristo, já que ambos constituem uma unidade perfeita;
2. ª - porque Ele se transubstanciou neles; portanto, já agora eles constituem um prolongamento de Si mesmo;

3. ª - porque Jesus já não ficará mais no turbilhão negativo do Antissistema, mas eles aí permanecerão em trabalho árduo. Jesus vai deixá-los em Sua forma visível (cfr. JO 13:33-36 e JO 16:16) retirando-Se para a Casa do Pai (Shamballa).


Aparece a invocação "Pai Santo" (Páter hágie). O adjetivo "hágios" exprime uma ideia dupla: a separação do que é profano (sentido negativo) e a consagração a Deus (sentido positivo). A expressão "Pai Santo" é proferida, porque Jesus ora pela santificação de Seus discípulos, a fim de que não sejam envolvidos pelo negativismo nem pela rebeldia do mundo, mas conservem a fidelidade sintônica com Ele e com o Pai, e sejam protegidos contra a contaminação mundana, e sejam consagrados ao Bem na Verdade.


Pede, então, Jesus, que eles sejam guardados na essência do Pai. No original está "em Teu nome".


Mas sendo o nome, como vimos, a manifestação externa da essência íntima, o "nome do Pai" é a "essência do Pai" manifestada externamente.


E a súplica prossegue: "guarda-os na Tua essência, essa essência que me deste, para que eles sejam UM, em natureza (como já são, pois têm em si a Centelha divina que é da mesma natureza que a Fonte Emissora da Centelha) e em essência (aprendendo a sintonizar com o Som do Logos), assim como nós já somos UM. Não há distinção, pois, entre a unidade de natureza e essência que há do Pai com o Filho, e a unidade de natureza e essência que deve haver do homem com o Filho e o Pai.


Há quem não aceite que essa unidade seja tão profunda. Dizem que a unidade entre Pai e Filho é, realmente, de "natureza e essência", ao passo que a unidade dos homens com o Pai é apenas de "adoção pela graça". O texto e o contexto afirmam a primeira interpretação, pois a comparação é total: "Que eles sejam UM, "ASSIM COMO" (do mesmo modo e na mesma profundidade) nós somos UM". Não são feitas distinções nem diferenças entre uma unidade e a outra: uma é igual à outra, tudo é uma só unidade, de essência e de natureza: "em Deus vivemos, nos movemos e existimos e somos gerados por Ele" (AT 17:28). A asserção de sermos "geradas" (não criados externamente, mas gerados, tal como a mulher gera o filho), prova que a natureza é a mesma; então todas as coisas existentes são "homoúsias" da Divindade.


Além de todos os outros que aparecem esparsos, este trecho vem provar à saciedade que a doutrina crística está plenamente dentro do MONISMO mais absoluto, e Paulo confirma que compreendeu bem tudo isso, quando diz: "esforçando-vos por guardar diligentemente a unidade do Espírito no vínculo da paz: há um só corpo e um só Espírito (como também fostes chamados em uma só esperança de vosso chamamento); um só Senhor, uma só fidelidade, um só mergulho, um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, e por todos, e EM (dentro de) todos" (EF 4:3-6).


O pedido para que o Pai os guarde (têrêson) é justificado, já que Jesus - que faz a prece - vai afastar-

Se visivelmente. No entanto, dá testemunho de que os guardava (etêroun) enquanto estava fisicamente presente em corpo. E guardou-se de tal forma que os protegeu (ephylaxa) de modo completo, tanto que nenhum dos que Lhe foram confiados teve que afastar-se. E aqui entra um trecho que merece meditado.


Um só "se aboliu" (apôleto), isto é, se aniquilou, pela renúncia voluntária, riscando seu nome do Colégio Iniciático terreno: era ele o "filho da abolição", ou seja, o "abolido" ou o "aniquilado" voluntário, aquele que renunciou totalmente, durante milênios, a seu personalismo vaidoso.


Mais uma vez verificamos que o sacrifício de Judas, o Iscariotes, foi voluntário, para que se cumprisse a Escritura". Tendo sua posição garantida como sacerdote na Escola Iniciática Assembleia do Caminho, e podendo assegurar-se, com isso, uma posição de relevo entre os seguidores da doutrina nos séculos seguintes, atraindo a si bons pensamentos e amor da parte das criaturas, ele aceitou "abolirse", aniquilar-se ou esvaziar-se (cfr. FP 2:7), atraindo o desprezo e o ódio da humanidade, para que seu Mestre fosse amado e engrandecido, brilhando em Luz diáfana, em contraste com a sombra que sobre Jesus se projetaria partindo desse ato heroico de Seu discípulo, interpretado como "traidor infame". Além de Jesus, nesse drama, foi Judas o único que aceitou aniquilar seu eu personalístico, a fim de que o Mestre fosse exaltado. Agora chegou a hora de fazer justiça e revelar a verdade que ficou tanto tempo oculta na letra, para que a humanidade, no terceiro milênio, compreenda a realidade espiritual do ocorrido.


A Escritura a que Se refere Jesus é o Salmo (41:9) que fora por Ele citado (cfr. vol. 7) e que diz; "Até meu amigo íntimo, em quem confiava, que comia meu pão, levantou contra mim seu calcanhar"; e outro salmo 109:4-3 que prevê, em espírito, o que Judas sofreria durante milênios, como efeito de sua aniquilação ou abolição voluntária:
4. ª - "Em troca de seu amor tornam-se meus adversários, mas eu me dedico à oração
5. ª - Retribuiram-me o mal pelo bem, e o ódio pelo amor que lhes tenho.
6. ª - Coloca sobre ele um homem perverso, e esteja à sua direita um adversário.
7. ª - Quando ele for julgado, saia condenado, e em pecado se lhe torne sua súplica.
8. ª - Sejam poucos os seus dias, e tome outro seu ofício.
9. ª - Fiquem órfãos seus filhos, e viúva sua mulher.
10. ª - Andem errantes seus filhos e mendiguem, e esmolem longe de suas residências arruinadas.
11. ª - Que um credor arme laço a tudo quanto tem, esbulhem-no estranhos do fruto de seu trabalho.
12. ª - Não haja quem lhe estenda benignidade, nem haja quem se compadeça de seusórfãos.
13. ª - Seja extirpada sua posteridade, na próxima geração se apague seu nome.
14. ª - Seja recordada por YHWH a iniquidade de seus pais e não seja apagado o pecado de sua mãe.
15. ª - Estejam eles sempre diante de YHWH, para que ele faça desaparecer da terra a memória deles,
16. ª - porque não se lembrou de usar de benignidade, mas perseguiu o aflito e o necessitado e o desencorajado, para lhes tirar a vida.
17. ª - Amou a maldição, e ela veio ter com ele; não teve prazer na bênção, e ela afastou-se dele.
18. ª - Vestiu-se também de maldição como dum vestido, dentro dele, ela penetrou como água, e nos seus ossos como azeite.
19. ª - Seja-lhe ela como a veste com que se cobre, e como o cinto com que sempre anda cingido".

... Como vemos, a situação que Judas viria a ter, estava descrita com pormenores, e ele bem conhecia o que viria sobre ele. E, apesar de tudo, para que a Lei se cumprisse, e para que seu Mestre amado pudesse arrostar o supremo sacrifício sangrento e infamante que "O tornaria Sumo Sacerdote da ordem de Melquisedec" (Heb 5:7-10), Judas aboliu sua personagem terrena e aceitou a terrível incumbência de funcionar como "sacerdote que oferecia a vítima do holocausto no altar do sacrifício".


Tudo isso é falado, porque Jesus vai retirar-Se em Seu corpo físico; mas antes quer, com Suas palavras, proporcionar conforto espiritual e dar a Seus amados discípulos, "a minha alegria que se plenificará neles".


E diz mais: "a eles dei o Teu Logos", servindo de diapasão. Com Sua presença, elevou-lhes o Eu profundo de forma a perceberem as vibrações sonoras do Logos Planetário, qual música sublime das esferas a renovar-lhes a tônica, alteando-lhes a frequência até o grau máximo da harmonia e da beleza.


Portanto, fê-los penetrar em Espírito no "Sistema", atingindo o pólo positivo do amor. Todavia, o mundo os odiava. O Antissistema, pólo negativo do ódio, não pode suportar a vibração do amor, tal como as trevas repelem a luz que as destrói.


Os discípulos, elevados ao "Sistema" já não mais pertencem ao Antissistema, tal como o próprio Jesus: "não são do mundo, como eu não sou do mundo". No entanto, não pede que sejam tiradas suas personagens do Antissistema, pois aí terão que atuar: o raio de sol tem que mergulhar no pântano para secá-lo e destruir os miasmas. Mas pede e suplica que, embora mergulhadas suas personagens no pólo negativo do Antissistema, sejam eles "guardados" e protegidos contra o mal, pois seus Espíritos, como o de Jesus, não mais pertencem ao mal, isto é, à matéria do mundo.


O mal (ausência do bem, trevas, matéria) é a tônica do Antissistema, é o pólo oposto do Bem, a extremidade negativa da barra imantada e aí são consideradas grandes virtudes o que constitui erro no pólo positivo: ambição, orgulho, convencimento, domínio, materialismo; ao invés, constituem covardia e frouxidão no Antissistema o que é tido como qualidade positiva no Sistema: desprendimento, humildade, autoconhecimento, obediência, espiritualismo. Desgraçadamente, ao aliar-se ao "poder temporar", ao tornar-se "aliada do mundo", no 4. º século, a "igreja" dita de Cristo mudou de pólo, tornando-se anticristã. E embora pregando com os lábios as qualidades do Sistema, passou a praticar sub-repticiamente as "virtudes" do Antissistema.


Pede; então, Jesus, ao "Pai Santo" que os "santifique na Verdade". Já vimos o que significa "santificar": separar do Antissistema e mergulhar no Sistema ou, como dissemos acima, separar do profano e consagrar a Deus.


E aqui, mais uma das grandes afirmativas, que já vimos glosando há muito nesta obra, sobretudo quando afirmamos que a tradução correta da frase de Jesus é "Eu sou o caminho da Verdade e da Vida" (JO 14:6). Aqui encontramos o testemunho de que não andamos por atalhos falsos, pois Jesus declara: "O Teu Logos é a Verdade"! Perfeito: a Divindade, o Absoluto, é a Vida (LUZ); o Logos ou Pai é a Verdade (SOM): o Filho ou Cristo é o caminho que conduz à Verdade (Pai) e à Vida (Espírito).


E Paulo (1CO 14:7-11) ensina a respeito da necessidade absoluta de "Verdade no som", exemplificando assim, para quem compreenda, a lição contida nessa frase: "o Teu Logos é a Verdade". E se não sintonizarmos com esse Som, que é a Verdade, sairemos do reto caminho; e se os que ensinam, não ensinarem a Verdade, como conseguirão ser seguidos pela estrada certa, na luta pela conquista da Verdade? "Se a trombeta der um som incerto, quem se preparará para a batalha"?


Os discípulos já venceram pela adesão total à fidelidade (1JO, 5:4) e já estão limpos (JO 13:10 e 15:3), ou seja, já superaram o aspecto negativo da santidade, já foram tirados do "mundo", já se destacaram do Antissistema. Agora terão que consagrar-se totalmente a Deus, renunciando ao mundo, tal como YHWH já ensinara a Moisés, quando determinou que os que ingressavam no "ofício sacerdotal" deviam vestir-se com túnica (auras) de qualidades elevadas e cores harmoniosas, ter a cabeça mergulhada numa tiara de bons pensamentos e serem ungidos (cristificados), consagrados pela prece e santificados (EX 28:41). Já antes de encarnar era Santo o Espírito de Jesus: "um Espírito santo virá sobre ti" (LC 1:35), tal como havia ocorrido com Jeremias: "antes que eu te formasse no centre te conheci e antes que saísses da madre te santifiquei (JR 1:5).


A santificação dos discípulos virá "na Verdade" ("en têi alêtheíai"), que é um dativo de instrumento; então, "por meio da Verdade". O dominicano François-Marie Braun, professor na Faculdade de Friburgo (in Pirot, o. c., tomo 10 pág. 450) chegou a escrever uma frase preciosa, dizendo que a verdade seria "a atmosfera espiritual da alma". Realmente. Apenas acrescentaríamos que essa atmosfera (ou aura) espiritual atingirá a santificação em seu aspecto positivo, quando atingir a sintonia vibratória perfeita com a tônica da Verdade do Logos (SOM).


Passa Jesus a outro ponto, revelando que da mesma maneira que Ele foi enviado ao mundo, também agora envia ao mundo os discípulos, quais ovelhas em meio a lobos (MT 10:16 e LC 10:3); mas logo a seguir vem a garantia da assistência protetora: "sobre eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados verdadeiramente". Notamos que no vers. 17 está "santificar na Verdade" (en têi alêtheíai), ao passo que aqui falta o artigo (en alêtheíai), o que podemos interpretar como advérbio, talvez: para que sejam verdadeiramente ou realmente santificados. Trata-se da sintonia de Jesus que envolve os cristãos "verdadeiros", a fim de facilitar-lhes a tarefa: uma vez atingida a sintonia com Jesus, será mais fácil, por meio Dele, atingir a sintonia crística e depois a do Logos, como fazia Teresa d’Ávila, que chegou ao Cristo e ao Pai, através da figura humana de Jesus.


3. ª PARTE (vers. 20 a 24)


Agora amplia-se a prece de Jesus em favor de todos os que - nos séculos e milênios posteriores, por meio do ensino dos emissários legado à humanidade, oralmente ou por escrito - conseguirem a fidelidade sintônica com Jesus.


A prece é para que TODOS SEJAM UM.


Não se trata, portanto, da pregação de uma doutrina, mas da criação de uma unidade monística. E lemos conceitos significativos no dominicano Braun, aos quais acrescentamos apenas duas palavras entre parênteses: "A fidelidade (sintônica) aos mistérios (iniciáticos) da Boa-Nova, e o amor que o Pai e o Filho têm em comum, os introduz na sociedade das pessoas divinas" (in Pirot, t. 10 pág. 451).


É a linguagem das Escolas gregas e egípcias: o iniciado passa a fazer parte da família do Deus.


Se houver perfeita e indestrutível união com a Divindade e com os irmãos, esse fato convencerá o mundo separatista e dividido do Anti-sistema, de que existe uma realidade crística superior a tudo. E Paulo pede isso a seus discípulos: "Rogo... que andeis... com toda humildade e mansidão, com longanimidade suportando-vos uns aos outros com amor, esforçando-vos diligentemente para guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz" (EF 4:2-3). E repete os mesmos conceitos, estendendo-os mais, aos fiéis de Colossos: "Vós, portanto, como escolhidos de Deus, SANTOS E AMADOS, revestivos de coração compassivo, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente se alguém tiver queixa contra outro... E acima de tudo isso, revesti-vos do "amor que é o vínculo da perfeição". Reine em vossos corações a paz de Cristo, à qual também fostes chamados "em um só corpo", e sede sempre gratos" (CL 2:12-15).


De que isso ocorria realmente na primeira geração de iniciados cristãos, mesmo após o afastamento físico de Jesus, temos testemunhos: "Todos os que tinham fidelidade, estavam unidos e tinham tudo em comum, e vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, conforme a necessidade de cada um; e diariamente perseveravam unânimes no templo (judaico) e, partindo o pão em suas casas, comiam com alegria e singeleza de coração" (AT 2:43-47). E mais adiante: "Na comunidade dos que eram fiéis, havia um só coração e uma só alma, e nenhum deles dizia que alguma coisa que possuísse era sua própria, mas tudo entre eles era comum" (AT 4:32).


Como explicar essa união total entre os iniciados do primeiro século? Sem dúvida, resultava da transubstanciação do Cristo naqueles discípulos, comunicando-lhes a vida divina que recebera do Pai: "A todos os que O receberam (pela transubstanciação), aos que mantiveram fidelidade (sintônica) com Sua essência, Ele deu o direito de se tornarem Filhos de Deus (pertencentes à família divina) e esses novos seres não nasceram do sangue (etérico), nem da vontade da carne (das sensações), nem da vontade do homem (intelecto, raciocínio) mas sim de Deus (do Espírito)", é o que lemos em João 1:12-3.


O Cristo, sem deixar de estar no Pai, vive em cada um dos Que se unem a Ele, em fidelidade absoluta; nesses casos, o Logos e o Cristo (o Pai e o Filho) vêm juntos habitar permanentemente nessas criaturas, e não mais são eles (personalisticamente) que vivem, mas é o Cristo que vive neles, em sua individualidade.


E mais uma vez alegramo-nos ao ler estas palavras do dominicano F. M. Braun (in Pirot, o. c. T. 10, pág. 451): "Essa união é a meta à qual quer fazer-nos chegar... Não pode conceber-se outra mais perfeita. Já se viu a impressão que isso deve causar no mundo (vers. 21). Já que o Cristo é o princípio vivo e ativo, [essa união] manifestará externamente a potência de Sua força. A esse sinal as almas de boa-vontade reconhecerão que não se trata de um pregador qualquer, mas que Ele vinha da parte do Pai, que O encarregou dessa missão e que ama os homens aos quais O enviou a fim de salvá-los (JO 3:16). No cap. 13:35, o amor recíproco dos apóstolos era o sinal pelo qual se reconheceriam como discípulos de Jesus. Aqui deve a união servir para provar a origem divina de Jesus e o amor do Pai. É o grande sinal exterior do mistério evangélico. " O texto de João, mesmo em sua letra fria, revela mistérios profundos. Vejamos.


Os versículos 21 e 22 trazem a revelação da aspiração de Jesus, o Cristo, e traduz em Suas palavras o pensamento do Cristo, que é a expressão da vontade do Pai: "para que TODOS sejam UM", já que a humanidade toda constitui o corpo visível do Cristo neste planeta.


Paulo o afirma categoricamente, sem ambages: "Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo" (1CO 6:15). E mais adiante: "Ora, vós sois o corpo de Cristo e, individualmente, cada um de Seus membros" (1CO 12:27). Diz ainda o mesmo Paulo que TODOS caminhamos para a unidade absoluta, "tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos (separados, iniciados, em oposição a nãoseparados ou profanos), para edificação do corpo de Cristo, até que cheguemos a Ele, Cristo, que é a cabeça" (EF 4:12, EF 4:15), pois somos "membros do corpo de Cristo" (EF 5:30).


Então é indispensável que o corpo esteja unido em seus membros e com a cabeça, formando um só ser, da mesma natureza e com a mesma essência: "para que TODOS sejam UM, tal como Tu, Pai, és em mim e eu em Ti: assim sejam eles UM em nós. " Para isso, descendo à Terra e vestindo o corpo físico de Jesus, a fim de poder ter um elo também da mesma natureza que nós, Cristo nos deu a substância que recebeu do Pai, a fim de que toda a unidade se constituísse num só ser, sendo Cristo a cabeça, o Pai a alma e nós as cédulas conscientes desse corpo místico, mas REAL: mais real que nosso corpo físico, que é transitório e perecível. Exatamente isso: "Tu em mim, e eu neles, a fim de que sejam completados num TODO único, numa unidade total e completa. Quando isso ocorrer, todos verão a substância que me deste. " Também está declarado o momento em que Cristo recebeu essa substância: "Antes da constituição do mundo. " Os teólogos querem provar, com esta frase que Jesus é um dos três aspectos divinos, uma "pessoa da Trindade absoluta". No entanto, não é isso, absolutamente, o que ressalta do contexto, nem da declaração de Jesus, de que "há uma única Divindade" e, distinto dela, há um Homem, que é Ele, o Filho, que é menor que o Pai (vamos vê-lo a seguir, no próximo capítulo).


Pelo que deduzimos do trecho, está dito que Jesus, o ser humano, a criatura - embora originária de outro planeta muito mais antigo que o nosso (provavelmente do Sistema de sírius) - já havia conquistado e se revestido da substância do Pai muito antes que o "mundo" (isto é, a Terra) "fosse lançada para baixo" (katabolês), isto é, fosse materializada em seus elementos físicos. O Espírito humano de Jesus já estava misticamente unificado com o Pai, quando Dele recebeu a missão de encarregar-Se do trabalho da instrução da humanidade deste globo terráqueo. Aqui encontraria Ele, chegadas ao estágio hominal aquelas células que O ajudaram a evoluir durante o período de Sua evolução (humana em Seu planeta de origem. Confirma-se, assim, com as próprias palavras de Jesus, a hipótese que formulamos no vol. 1).


E é por esse motivo, porque durante milênios vivemos todos formando uma unidade com ele, sendo o corpo Dele que era nossa Alma-Grupo, que tão vivo Lhe aparece o desejo de reconstituir essa unidade, já não mais num corpo físico, mas num corpo místico, em que as antigas células já tenham atingido a evolução suficiente para se unificarem com o Cristo Cósmico, tal como Jesus o fizera; e o corpo se reconstitua em sua unidade primordial e em sua integridade espiritual.


Aqui aparece uma expressão de autoridade inconteste: não é mais "rogo", mas a afirmativa da vontade resoluta e firme: diz "QUERO" (thélô).


Quem poderá contrariar essa vontade? Ele quer sempre o mesmo que o Pai quer (cfr. JO 4:34; JO 5:30 e 6:38-40). Então, também essa é a vontade do Pai.


Para nós, por conseguinte, existe a certeza metafísica de que Sua vontade será realizada, e TODOS, isto é, a humanidade TODA, alcançará essa união plena. Consequentemente, não haverá "perdidos"!


...

No original há uma variante: alguns códices trazem "o que me deste" (hó dédôkas moi, como em 6:37, 39 e em 10:29) e é melhor que a correção posterior para "os que me deste" (hoús dédôkas moi), pois exprime a totalidade coletiva de tudo, o quinhão total do Cristo, recebido do Pai e aceito pelo Cristo. Com essa expressão, vemos que tudo o que está na Terra, inclusive minerais, vegetais, animais, pertence ao Cristo, e não apenas os homens, que não constituem, assim, uma classe privilegiada à parte: TODOS e TUDO somos UM, irmãos reais. E o próprio Jesus já havia dito: "Poderoso é Deus para destas pedras suscitar filhos de Abraão" (Mat, 3:9 e LC 3:8).


Voltando à expressão "antes da constituição do mundo", vemos que a palavra katabolê fora empregada em MT 13:35, em Efésios 1:4 e em Hebrel 11:11. Essa ideia de "lançada para baixo" lembra muito aquilo que Pietro Ubaldi, utilizando velha expressão bíblica, denomina "A Queda".


Há um trecho de Hermes Trismegisto (Corpus Herméticum, 9:6), bem anterior à época de Jesus, que procura explicar o mecanismo desse "lançamento para baixo", como sendo uma semeadura, exataSABEDORIA DO EVANGELHO mente no sentido que estamos dando: "Com efeito, a sensação e a intelecção do mundo constituem um só ato: fazer todas as coisas e desfazê-las em si, como órgão da vontade de Deus. Pois o mundo foi realmente feito como instrumento para que, guardando as sementes que recebeu de Deus (que foram lançadas para baixo) produza em si mesmo todas as coisas pela energia; e depois, diluindo-as, as torne a renovar, tal como um bom semeador de vida. E por seu próprio movimento fornece a todas as coisas um renascimento. O mundo não gera para a vida (não a dá), mas por seu movimento vivifica todos os seres: é, ao mesmo tempo, o lugar e o dispensador da vida".


Aí temos um ensinamento que nos mostra o mundo (a Terra) a receber as sementes que vieram de outros planos e aqui "caíram" ou "foram lançadas para baixo" (katabolê). Mas compreendamos bem, que não é um "baixo" quanto a local ou geográfico, mas um baixo que exprime degradação de vibrações, que da energia passa à matéria. No planeta, realizando-se a vontade de Deus, tudo vai evoluindo pelas transformações constantes e pela Lei de causa e efeito, de vida e morte de desfazimento e renascimento. Mas a sensação e a intelecção são uma coisa só, pois expressa a Mente crística que dirige e governa tudo, CONCLUSÃO (Vers. 25-26).


Aqui novamente aparece um adjetivo ligado à inovação: PAI JUSTO. É salientada a qualidade que o peticionário deseja ver manifestada no assunto de que trata. Sendo justos os pedidos, mister que se faça sentir a Justiça para o atendimento.


A situação real, de fato, é demonstrada nesses dois versículos: "o mundo ainda não Te conheceu, mas eu Te conheci, e estes conheceram que Tu me enviaste".


Neste passo, cremos que não se trata apenas de conhecimento intelectual, mas da gnose mística, pela união de seres. O verbo "conhecer", entre as personagens físicas, nas Escrituras, exprime a união sexual dos corpos físicos. Na Individualidade, exprime o matrimonio espiritual, pelo qual um Espírito se unifica ao outro. No físico, serão "dois corpos num só corpo" por meio da penetração do pênis na vagina, ficando, porém, todo o resto dos corpos exteriorizados, embora abraçados, mas sem penetrarse; no Espírito, entretanto, a penetração é total, de todo o corpo (de todas as vibrações energéticas que se fundem e confundem) e os dois Espíritos passam a constituir real e integralmente UM SÓ ESPÍRITO.


O mundo ainda não fez essa unificação, diz Jesus, mas eu a fiz e estes a fizeram comigo, pois sabem que Tu me enviaste. Com essa união comigo, eu os unifiquei com Tua essência, para que o amor, a vibração divina da união, que comunicaste a mim, esteja neles e portanto eu esteja totalmente dentro deles.


Se o Cristo está dentro de nós com esse amor total da união espiritual completa, "é justo" que minha prece pela unificação de tudo o que me deste seja realizada.


Numa palavra poderia resumir-se a prece de Jesus: "Que se reintegre hoje, na unidade, o meu corpo do passado, sendo eu ainda a Alma-Grupo de todos (psichê), e Tu, Pai, a Cabeça (Noús)".


Feita a união total com um grupo, aos poucos se conseguirá a união com todo o restante, que ainda permanece de fora, mas que virá unificar-se aos poucos até reconstituir-se a unidade perdida pelo separatismo divisionista do Antissistema. Quando isso for conseguido, teremos reconstituído o Sistema, em relação ao nosso mundo e todos seremos UM COM A DIVINDADE.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Coríntios Capítulo 14 do versículo 1 até o 40
E. A PROFECIA É SUPERIOR AO FALAR EM LÍNGUAS (1Co 14:1-40)

Em 1 Co 12, Paulo apresentou uma discussão geral sobre os dons espirituais. Ele não insistiu no problema que a capacidade de falar em línguas representava para a igreja de Corinto. Ele acompanhou a discussão geral sobre os dons espirituais com o hino de amor encontrado no capítulo 13. O amor, como foi apresentado por Paulo, é o maior de todos os valores espirituais. Agora, para que ninguém perdesse sua linha de pensamen-to, Paulo volta ao problema introduzido em 12.1. Ele escolhe a profecia, que também é um dom relacionado à fala, para mostrar que o falar em línguas, não importando o quan-to sejam entendidas, ocupa uma posição inferior. Baseando-se neste raciocínio, alguns entendem que o falar em línguas nunca pode ser considerado a evidência incontestável ou indispensável do batismo no ou com o Espírito Santo.

1. Limitações do Falar em Línguas (14:1-25)

a) A profecia é o dom mais importante (14.1). Em suas palavras iniciais, Paulo usa dois verbos que são significativos: Segui a caridade e procurai com zelo os dons espirituais. O verbo seguir (literalmente, perseguir) "indica uma ação interminável, enquanto 'procurai com zelo' realça a intensidade e não a continuidade da ação".' O amor deve ser buscado com persistência, mas também é correto desejar os dons. Desses dons, Paulo coloca em primeiro lugar a profecia, que está intimamente ligada à pregação. O elemento essencial é a transmissão de uma mensagem diretamente inspirada por Deus. Várias comparações entre falar em línguas e profe-tizar vêm a seguir, e indicam as fraquezas e as limitações da glossolalia da maneira como era praticada em Corinto.

b) A Profecia é Entendida (14:2-3). Paulo tem a intenção de exaltar a profecia, mas procura fazê-lo apontando antes as limitações dos "sons estranhos" (TEV).

  1. Ninguém entende o homem que fala em línguas (14.2). Uma razão pela qual falar em línguas é inferior a profetizar diz respeito ao fato de que as línguas não são compre endidas pelos outros. Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus. Apalavra estranha está em itálico em algumas versões, sugerindo que ela não pertence ao texto original. Entretanto, os tradutores da versão KJV em inglês captaram corretamente o significado das palavras de Paulo; portanto seu uso não distorce o significado da sentença. A frase porque ninguém o entende sugere que o dom discu-tido aqui não é o mesmo que o falar em outras línguas que ocorreu no dia de Pentecostes (Atos 2:4). O homem que pratica esse dom não está falando aos homens, mas está envol-vido em uma expressão pessoal de louvor a Deus.

Em espírito significa provavelmente o espírito da própria pessoa, tomado de exaltação e de emoção." Nessas condições, a pessoa fala de mistérios que nem ela, nem qualquer outra pessoa entendem, exceto alguém que possa interpretar. Como aquilo que é dito por meio do falar em línguas é desconhecido dos homens, esta expressão também é inferior à profecia.

  1. A profecia é compreendida pelos homens (14.3). Em contraste com a natureza desconhecida das expressões proferidas em êxtase, a profecia serve ao propósito de edificar, exortar e consolar. Apalavra edificar (oikodomen) significa "construir como um processo, uma edificação".77 Paulo emprega essa palavra no sentido de edificar o caráter cristão. Exortar significa "avisar, encorajar"." Consolar é a clássica tradução de paramythia, que no grego clássico significa "qualquer pronunciamento feito com o propósito de persuadir, estimular, despertar, acalmar ou consolar"." Dessa forma, a pro-fecia é um inspirado pronunciamento que todos os homens entendem; ela serve para edificar o caráter cristão, encorajar, fortalecer, confortar ou consolar.

c) A profecia edifica a igreja (1Co 14:4-6). Como a profecia é entendida pelos homens, ela edifica a igreja (4). Falar em línguas desconhecidas serve apenas para fortalecer o indivíduo. Entretanto, Paulo não proíbe completamente esta prática: Quero que todos vós faleis línguas estranhas (5). O verbo quero, ou desejo (thelo), "não expressa uma ordem, mas uma concessão sob a forma de um desejo improvável de ser realizado (cf. 1Co 7:7) ".' Quanto a essa declaração, Bruce escreve: "É provável que Paulo receasse ter ido muito longe ao rejeitar as línguas. Portanto, ele deixa claro que não está proibindo as línguas, mas insistindo na superioridade da profecia"." Como era difícil fazer a distinção entre um dom válido de falar em línguas, ou a legítima expressão de um desejo de êxtase espiritual, e uma inválida expressão de alegria pessoal, Paulo preferiu não proibir o falar em línguas. Entretanto ele indica, de forma rápida e distinta, que o dom de profecia é superior: ...mas muito mais que profetizeis.

O critério de avaliação de qualquer dom é o seu valor para a igreja. Mesmo quando Paulo faz a concessão do falar em línguas, ele imediatamente insiste que seu valor é menor que a profecia, a não ser que elas sejam interpretadas para que a igreja receba edificação (5). As palavras a não ser que também interprete "não se referem à particular interpretação de uma mensagem transmitida em línguas, mas ao dom perma-nente da interpretação... Paulo tem em vista uma pessoa que recebeu dois dons, o de falar em línguas e o de ter a sua interpretação".' Dessa forma, o apóstolo indica que qualquer glossolalia deveria ser interpretada para fortalecer a congregação.

Quando Paulo faz alusão à sua futura visita a Corinto, ele novamente faz da edificação da igreja o critério pelo qual se estabelece o valor dos dons do Espírito: Que vos apro-veitaria, se vos não falasse ou por meio da revelação, ou da ciência, ou da pro-fecia, ou da doutrina? (6)

d) Falar em línguas de forma desordenada pode levar à confusão (14.7). Nesta seção Paulo continua a enfatizar a superioridade da profecia sobre o falar em línguas.

  1. A analogia da música (14.7). Primeiro, o apóstolo escolhe um exemplo para mos-trar que sons indistintos levam à confusão. Mesmo coisas inanimadas, como a flauta ou a cítara, devem emitir sons distintos. De outra forma, poderá resultar uma dissonância sem propósito. A flauta (aulos) representava os instrumentos de sopro en-quanto a cítara (kithara) representava os instrumentos de corda. Nenhum deles produz qualquer música compreensível, a não ser que sejam tocados de acordo com alguma forma ou ordem.
  2. A analogia do soldado (14.8). Na antiguidade, a trombeta chamava o povo para se preparar para a guerra, e transmitia a direção da luta. Mas se a trombeta de guerra produzisse apenas um som incerto e não um comando militar reconhecido à distância pelos homens, quem se prepararia para a batalha? Um som ao acaso da trombeta não agruparia o povo para a luta nem daria as diretrizes adequadas da batalha. Se o sinal for incerto, o resultado será a confusão e a desordem.
  3. A analogia da religião (14:9-12). Agora Paulo faz a aplicação ao problema que enfrenta — uma ênfase errada colocada no ato de falar em línguas. Se... não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz?... estareis como que falando ao ar (9), isto é, falando inteiramente em vão.

No versículo 10, Paulo prossegue: Há... tanta espécie de vozes no mundo. "Por vozes, entenda-se línguas"." Todas as diferentes línguas têm significado, pois o seu pro-pósito é a comunicação. Portanto, será necessário conhecer o sentido da voz (11). A palavra sentido (dynamis) indica poder, recursos ou habilidade. A fala que não é enten-dida não tem o poder de comunicar.

De acordo com Paulo, se alguém não entende o que está sendo falado, ele se torna um bárbaro. Esse termo foi provavelmente usado originalmente para aqueles que emi-tiam ruídos guturais e ásperos. Mais tarde, ele foi "aplicado a todos aqueles que não falavam a língua grega"." Assim, essa palavra veio a representar alguém cuja língua não tinha sentido. Portanto, "a linguagem em êxtase, que parecia aos coríntios uma questão de orgulho, transformou-se no meio de torná-los nada mais do que bárbaros".85

No versículo 12, Paulo volta incansavelmente ao seu ponto de maior ênfase: Assim, também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação da igreja. O primeiro objetivo do cristão deve ser a edificação da igreja e o fortalecimento dos seus membros. Se o crente quiser promover o bem-estar da igreja, ele analisará os seus dons de acordo com este critério.

e) Falar em línguas pode se tornar algo de pouco valor prático (1Co 14:13-25). Como o dom de falar em línguas, da maneira como era praticado pelos coríntios, tinha pouco valor prático, Paulo insiste em um curso de ação que será mais benéfico para a igreja.


1) A necessidade do dom de interpretação (14.13). Nesse ponto, Paulo volta a insistir: O que fala língua estranha, ore para que a possa interpretar. Aquele que profere as suas palavras por meio de uma expressão apaixonada, também deve orar para que receba a habilidade de interpretar as suas declarações para a igreja.


2) A importância do entendimento (14:14-15). Um homem que ora em língua estra-nha não está usando seu entendimento (14; nous). Esta palavra significa a mente, ou o pensamento. A vida cristã não depende inteiramente do intelecto, mas o cristão precisa do intelecto para o pleno gozo da experiência cristã. Omitir o intelecto é ser infrutífero. Falar ou orar em outras línguas de nada adianta para os outros. No versículo 15 Paulo afirma: Orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento. Ele louvará a Deus na oração e no canto, tanto com a mente como com o espírito. O homem atinge o ápice da vida espiritual quando tanto as emoções quanto o intelecto são levados aos seus limites no ato da adoração. Orar e can-tar em diversas línguas pode representar uma liberação emocional e fazer com que a pessoa se sinta inspirada, mas nada acrescenta ao entendimento do evangelho.

  1. Línguas desconhecidas não ajudam a congregação (14:16-17). Na congregação cristã haveria os indoutos (16). Esse termo indica os inquiridores que ainda não haviam se comprometido com Cristo, ou os cristãos da igreja que ainda não haviam recebido nenhum dom. Nos dois casos, estas pessoas não seriam capazes de entender as palavras e de confirmar ou dizer Amém nas orações. Seria suficiente dar graças (17), mas mesmo nessas reuniões de louvor é necessário procurar fortalecer a igreja.
  2. Será melhor ouvir palavras claras do que inumeráveis ruídos (1Co 14:18-20). Aqui as advertências de Paulo são gentis. Ele se identifica com aqueles que falam em línguas:

Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos (18). Na obra Notes, Jerônimo diz que Paulo está exultante com sua habilidade de falar em lín-guas.' Parece lógico aceitar a opinião de Jerônimo sobre a habilidade de Paulo de falar diversas línguas, pois seu treinamento e experiência teriam feito dele um excelente lingüista, um mestre de línguas. Entretanto, também é certo que Paulo era rico em experiências emocionais. Se ele tinha ou não a intenção de usar essas línguas no sentido em que foram aplicadas aos coríntios, ou no sentido de serem aplicadas a si mesmo, é uma questão em aberto.

Porém, se for aceito que Paulo estaria se referindo a falar em línguas estranhas, essa admissão significaria muito pouco, porque ele imediatamente faz duas declarações que reduzem a importância de falar em línguas. Primeiro, ele reduz a importância desta prática na adoração em público: Quero falar na igreja cinco palavras na minha própria inteligência... do que dez mil palavras em língua desconhecida (19).

Cinco palavras claras valem mais do que um número infinito de palavras que ninguém entende. Depois, o apóstolo indica que toda essa comoção a respeito das línguas era uma infantilidade, e repreende adequadamente os coríntios: Irmãos, não sejais meninos no entendimento (20). Godet interpreta seu significado dessa maneira: "É, realmente, uma característica da criança preferir o divertido ao útil, o brilhante ao sólido. E isso era o que os coríntios faziam com seu acentuado gosto pela glossolalia"." No entanto, na malícia eles deveriam ser como meninos (nepiazete, infantis). Moffatt traduz o versículo 20 da seguinte forma: "Irmãos... quanto ao mal sejam como simples crianças; mas sejam maduros na sua inteligência".


5) As línguas estranhas já foram um castigo (1Co 14:21-22). Nesse ponto, Paulo introduz uma observação extremamente solene. Embora os coríntios considerassem o ato de falar em línguas alguma coisa a ser desejada, Paulo afirma que isso poderia ser um sinal do desagrado ou de alguma punição de Deus para os infiéis. O apóstolo faz uma paráfrase da advertência existente em Isaías 28:11 quando escreve aos coríntios: Por gente doutras línguas e por outros lábios, falarei a este povo; e ainda assim me não ouvi-rão, diz o Senhor (21). Vincent escreve: "O tema dessa citação é que o ato de falar línguas estranhas foi um castigo pela incredulidade do povo de Deus durante o período do AT. Por esta punição eles foram levados a ouvir a voz de Deus 'falando através das severas ordens dos invasores estrangeiros'.

Quando citou esse versículo de Isaías, Paulo estava lembrando aos coríntios a infantilidade e rebelião deles, e não encorajando o falar em outras línguas. Ele queria lembrar aos coríntios que as simples e inteligíveis boas-novas da revelação divina em Cristo não haviam sido adequadamente recebidas. Com esta advertência em mente, ele declara que as línguas são um sinal... para os infiéis (22). Ele quer dizer que os infiéis ou incrédulos podem entender e, desse modo, serem beneficiados pelo julgamento de Deus. Por outro lado, a profecia não é para os incrédulos, mas para aqueles que crêem, para os fiéis. A profecia traz a verdadeira mensagem de Deus à igreja.


6) Falar em línguas pode não ajudar os incrédulos (1Co 14:23-25). Agora Paulo apresen-ta um caso hipotético para os coríntios. O que acontecerá se toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem línguas estranhas (23). Como esse dom era desejável, conforme indicavam os coríntios, toda a igreja tinha o direito, e até a obrigação, de buscá-lo. Mas o que aconteceria se os incrédulos viessem a essa igreja, onde todos estivessem falando em línguas de forma desordenada? Não dirão, porventura, que estais loucos? Paulo não estava preocupado com as pesquisas de popularidade eclesiástica. Nem estava ajustando a mensagem do evangelho para conformá-la ao molde da opinião pública. O apóstolo entendia que a tarefa da igreja era atrair os incrédulos e conquistá-los para Cristo. Ele estava alarmado com o fato de que, ao invés de ajudar a converter os pecadores, o ato de falar em línguas de forma desordenada poderia despertar somente o escárnio e o desprezo dos descrentes.

O resultado da profecia é diferente. Se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado (24). A palavra convencido (elenchetai) significa convicto ou reprovado pelos seus pecados. Ela é usada em João 16:8 fazendo referência à obra do Espírito Santo de convencer "o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo". Julgado (anakrinetai) implica inquérito ou as profundas afirmações do coração da pessoa que revelam a sua condição de incrédula. Até mesmo as coisas remotas ou há muito tempo escondidas do escrutínio público desfilam perante a sua consciência, pois agora os segredos do seu coração ficarão manifestos (25). Dessa forma a profecia produz os resultados redentores procurados pela igreja de Deus, pois o incrédulo lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus. Para o incrédulo, então, as línguas proferidas em um ambiente desorganizado são um sinal de loucura. Mas a profecia leva os homens a Deus.

2. Restrições na 1greja (1Co 14:26-40)

Ao tratar do excessivo interesse dos coríntios pelo dom de falar em línguas, Paulo não os desafia abertamente nem proíbe essa prática, mas os ensina como utilizá-la de forma saudável.

  1. A regra da edificação (14.26). A primeira diretriz de Paulo era: Faça-se tudo para a edificação. Quando os coríntios se reuniam para adorar a Deus, cada parte do culto deveria contribuir para a edificação da igreja. O Salmo (hino), a doutrina (ensinamento cristão), a língua (alguma expressão em uma linguagem que não era ge-ralmente conhecida), a revelação, a interpretação da língua — tudo deveria ter o propósito de fortalecer a igreja.
  2. Somente dois ou três deveriam ter permissão de falar (14.27a). Paulo coloca um limite no número de pessoas que teriam permissão para falar em línguas estranhas em qualquer reunião pública. Faça-se isso por dois ou, quando muito, três. Tal restri-ção eliminaria a confusão e a frustração que poderiam ocorrer se a maior parte do culto fosse dedicada a tais atividades.
  3. Devem falar um de cada vez (14.27b). Além do limite do número de pessoas que podiam falar em línguas, estas deveriam falar uma de cada vez. Esta restrição iria elimi-nar a confusão gerada por várias pessoas falando ao mesmo tempo em um culto público.
  4. Deve haver um intérprete (14.27c-28a). A terceira regra de Paulo era: E haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja. Tudo aquilo que é dito em línguas estranhas deveria ser acompanhado por uma interpretação. De acordo com Morris, esta restrição "nos mostra que não devemos pensar que as 'línguas' eram o resultado de um irresistível impulso do Espírito Santo que levava os homens a fazer um discurso em êxtase e desorganizado. Se eles preferissem, poderiam manter silêncio, e isso é o que Paulo os instruiu a fazer em certas ocasiões".'
  5. O ato de profetizar estava sujeito a uma regulamentação (14:29-33a). Assim como o falar línguas estranhas estava sujeito a certas regras, o mesmo acontecia com a profe-cia: E falem dois ou três profetas (29). Aqui o apóstolo está novamente preocupado com o fato de nenhum grupo ou dom se tornar dominante. Embora Paulo tivesse deliberadamente classificado a profecia como superior ao falar em línguas, ele não iria permitir uma excessiva exposição de qualquer dom, mesmo que se tratasse de um dom classificado como "superior". Além disso, aquele que profetizasse poderia estar sujeito a cometer erros. Portanto, Paulo diz: e os outros julguem (29b). A palavra julgar (diakrinetosan) significa discernir, discriminar. "Era dever de todos examinar se aquilo que estava sendo declarado estava de acordo com a verdade"."

Uma outra regulamentação eliminava a rivalidade por uma posição mais favorável na seqüência profética. Parece que certos membros da igreja, os profetas, podiam ser indicados como oradores nos cultos de adoração. Mas se alguma outra pessoa, que esti-vesse assentada (30) desejasse falar, o orador indicado poderia ceder a vez para ela. Dessa maneira, todos poderiam contribuir, não haveria confusão, ninguém iria dominar a reunião e todos seriam edificados.

No versículo 32 Paulo afirma novamente que a obra do Espírito Santo não produz incontroláveis manifestações de oratória. O homem nunca é um ser mais verdadeiro do que quando sob a influência do Espírito Santo. Assim, Paulo escreve: E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas (32). A versão TEV interpreta o versículo 32 da seguinte forma: "O dom de transmitir a mensagem de Deus deve estar sob o controle do orador".

Paulo "estabelece o princípio de que, na verdadeira profecia, o controle e a consciên-cia nunca se perdem"." A profecia é um meio de iluminação espiritual, mas o profeta pode ficar em silêncio, se quiser. Embora o Espírito Santo opere diretamente na igreja, Ele não é Deus de confusão, senão de paz (33).

f) As mulheres não devem perturbar o culto de adoração (14.33b-36). A última parte do versículo 33 pertence mais ao versículo 34, como no texto grego (cf. Berk., RSV). Paulo queria que os coríntios observassem o costume que prevalecia em todas as igrejas dos santos (33). Esse costume em particular se referia ao fato de as mulheres se conserva-rem caladas na igreja. As mulheres estejam caladas nas igrejas; pois lhes não é permitido falar (34).

Existem duas possíveis interpretações para essa declaração. Ela pode ser aplicada de forma geral para excluir as mulheres de toda participação oral no culto da igreja. Porém, em uma declaração anterior (1Co 11:5) Paulo havia escrito sobre as mulheres que oravam e profetizavam com suas cabeças descobertas. Naquela ocasião, a preocupação de Paulo era a preservação da modéstia, que na época estava associada à cobertura da cabeça. Aparentemente, o apóstolo havia sancionado a oração em público e a palavra das mulheres, se as suas cabeças estivessem cobertas.

Uma segunda explicação é que as mulheres não deveriam falar em línguas nem fazer perguntas controvertidas na igreja. Essa é a explicação mais provável, pois a proi-bição aparece no centro de uma discussão sobre o valor das línguas e da profecia. Em vez de falar línguas estranhas ou questionar as declarações dos profetas, as mulheres deve-riam fazer perguntas em casa a seus maridos (35). Barnes escreve: "Evidentemente, o sentido é que todas essas coisas que ele havia especificado, em que as mulheres deveri-am ficar caladas e não tomarem parte, pertenciam exclusivamente à porção masculina da congregação"." A última parte do versículo 34 tem sido interpretada da seguinte for-ma: "Elas não têm permissão de discursar; como diz a lei judaica, elas não devem ter essa incumbência" (TEV).

Em seguida, os coríntios foram lembrados de que faziam parte de um organismo chamado igreja; portanto não tinham permissão para elaborar as suas próprias regras. Porventura, saiu dentre vós a palavra de Deus? Ou veio ela somente para vós? (36). Aqui Paulo afirma com muita segurança, por meio de perguntas, que o evangelho não se originou entre os coríntios, nem foi concedido somente a eles. Dessa forma, eles não podiam se considerar um grupo exclusivo que caminhava pelos seus próprios cami-nhos e estabelecia os seus próprios princípios espirituais.

g) Conclusão (1Co 14:37-40). Resumindo toda a questão, Paulo enfaticamente afirma que o que ele escreveu é a verdade divina. Ao fazê-lo, ele posicionou os coríntios na direção correta. Eles haviam professado ser superespirituais e orgulhosos dos seus dons. Por-tanto o apóstolo escreve: Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor (37). Se os coríntios de fato possuíam tais dons, deveriam demonstrá-los por meio do reconhecimento da sua inspiração, quando estivessem frente a frente com eles. Porém, ainda mais drasticamen-te, Paulo afirma: Se alguém não reconhecer isso, também não será reconhecido (38, NASB).

Nos versículos 39:40, Paulo faz uma referência final aos dons espirituais. Em rela-ção à profecia ele é positivo ao afirmar: Procurai, com zelo, profetizar (39). Se um homem deseja falar na igreja, fale sob a direção do Espírito Santo, de maneira a fortale-cer a igreja. Sobre o outro assunto Paulo se mostra cauteloso: Não proibais falar lín-guas. Este dom não deveria ser proibido ou desprezado. Pois, em seu próprio lugar, e em sua própria ocasião, ele é sem dúvida uma valiosa capacitação.

A discussão sobre o lugar da profecia e do falar em línguas termina com um notável princípio. A adoração é essencial para edificar o corpo de Cristo, mas, às vezes, a adora-ção que busca ou enfatiza de forma exagerada a presença e o poder do Espírito Santo pode chegar a ser caótica e confusa. Aqui o princípio de Paulo é importante: Faça-se tudo decentemente e com ordem (40).

A palavra decentemente (euschemonos) significa que "tudo deve ser feito adequa-damente e em boa ordem"." A palavra ordem (taxin) tem um significado semelhante -"de maneira ordenada"." Adam Clarke escreve: "Onde a decência e a ordem não são observadas em cada parte da adoração a Deus, não se pode adorar de uma forma espiri-tual"." Paulo almejava a presença e o poder do Espírito Santo; e o apóstolo sabia que o Espírito Santo trabalha para produzir harmonia, paz, ordem e edificação.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Coríntios Capítulo 14 do versículo 1 até o 40
*

14:1

mas principalmente que profetizeis. Tendo colocado a discussão dentro da moldura apropriada do amor, Paulo agora encoraja os crentes de Corinto a reconhecerem o valor dos dons espirituais. E visto que eles tinham exagerado a importância do dom de línguas, entretanto, a ênfase do cap. 14 recai sobre os dons inteligíveis (v. 19) — primariamente a profecia, mas também a interpretação de línguas (vs. 27 e 28).

* 14:2

não fala a homens, senão a Deus... fala mistérios. Este versículo (conforme o v. 14) descreve o dom de línguas de uma maneira que parece incoerente com o dom de falar em línguas estrangeiras, mencionado em At 2:4-11 (embora alguns creiam que o milagre, no dia de Pentecoste, tenha sido um milagre de audição). Muitos argumentam que aqui Paulo está lidando com algo diferente — uma espécie de fala extática, usada nas orações íntimas (Rm 8:6). Contudo, a palavra aqui traduzida como "língua" é o termo grego normal que significa "linguagem". Em segundo lugar, o uso que Paulo faz do termo "mistério" indica uma verdade divina que ainda não foi desvendada; e não tem o mesmo sentido do vocábulo português "mistério" (2.7, nota). Em terceiro lugar, os vs. 10 e 11, bem como o v. 21, dão sustento à idéia que mesmo aqui Paulo está falando sobre a linguagem humana (12.8-10, nota).

em espírito.

Ou seja, em oposição a falar com a sua mente (vs. 13-15), até aquele que fala não entende o que está dizendo. Mas essa frase provavelmente deveria ser traduzida por "no Espírito", a fim de salientar a inspiração divina envolvida no ato de proferir um mistério.

* 14:4

a si mesmo se edifica. Aqueles que falam em uma língua que não é interpretada, são encorajados e confortados, a despeito de não terem entendido a mensagem.

* 14:6

em que vos aproveitarei. Esse princípio de beneficiar a outros, edificando-os, torna-se o ponto-chave da passagem. Paulo está aplicando o ensino de 12.7, de que Deus concede uma certa variedade de dons "visando a um fim proveitoso".

* 14:7-8

Estes versículos ilustram o princípio mencionado no v. 6. Os instrumentos musicais nada transmitem a seus ouvintes a menos que sejam tocados com um propósito inteligente.

* 14:13

deve orar para que a possa interpretar. Sem minimizar a importância do dom de línguas, Paulo encorajou os crentes coríntios a usar esse dom de uma maneira que o torne valioso para a congregação.

* 14:14

o meu espírito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera. Qualquer que seja o benefício espiritual que ele possa receber dessa experiência, sua compreensão não é edificada. No versículo seguinte, Paulo destaca que ele preferia receber ambos esses benefícios.

* 14:16

como dirá o indouto o amém depois da tua ação de graças. Os membros da congregação, se tiverem de participar da adoração pública, devem ser capazes de concordar com a mensagem dos hinos que forem entoados e das orações que forem oferecidas. O costume de exprimir aprovação com um "Amém" audível ("assim seja") não pode ser seguido se a pessoa não entender o que foi dito.

* 14:18-19

É possível que os crentes de Corinto justificassem a ênfase que davam ao dom de línguas argumentando que Paulo também exercia esse dom. Sem negar esse fato, o apóstolo põe o dom em sua perspectiva apropriada ao salientar que será muito mais valioso fazer alguma coisa que "instrua a outros".

* 14.20-25

Até este ponto, Paulo vinha discutindo o uso das línguas entre os crentes. Mas que dizer sobre os incrédulos que ouvissem as línguas? Os crentes coríntios tinham ignorado os incrédulos, e Paulo admoestou a igreja por essa exibição de imaturidade espiritual. Ele apela para "a lei" (o Antigo Testamento) para mostrar que Deus usa línguas estranhas como sinal de julgamento. O trecho de Isaías 28:11 explica como Deus julgou os israelitas mediante os assírios, que falavam um idioma estrangeiro. Se os incrédulos chegassem à adoração e ouvissem uma língua ininteligível, eles seriam repelidos (v. 23) e rejeitariam o evangelho. Nessa situação, as línguas não-interpretadas servem de sinal de julgamento "para os incrédulos" (v. 22). Mas os crentes de Corinto deveriam ter como alvo levar os incrédulos ao arrependimento e a reconhecerem que Deus está presente (v. 25). Visto que Deus usa as palavras compreensíveis da profecia para realizar esse propósito, a profecia é um "sinal para aqueles que crêem"; e serve de evidência da bondade de Deus para com eles (v. 22).

* 14:26

para edificação. Ver nota no v. 6, "O Modelo de Deus para o Culto", em13 16:29'> 1Cr 16:29.

* 14:27

haja quem interprete. Essa preocupação com o entendimento molda a discussão inteira (v. 1, nota). As instruções de Paulo neste versículo e no seguinte demonstram que aqueles que falam em línguas devem controlar sua elocução, ainda que não as tenham compreendido.

* 14.29-33

Tendo apresentado instruções para o exercício apropriado do dom de línguas, Paulo começa a explorar outras questões que também afetam a ordem da adoração pública. Visto que ele tinha enfatizado a importância da profecia, ele salienta agora que até esse dom deve ser exercido de maneira ordeira — "falem apenas dois ou três" (durante o curso da profecia, ou, talvez, em vários pontos, durante o culto), enquanto que "outros", que também têm o dom da profecia, deveriam avaliar a mensagem para averiguar se a mesma não é falsa. Ao que parece, os coríntios falavam em línguas e profetizavam sem se importarem com outros crentes ou com o conteúdo das mensagens (12.2,3, nota). A desordem por eles provocada era uma ameaça à unidade do corpo, e era incompatível com o Deus "da paz" (v. 33).

* 14:34-35

Estes versículos têm suscitado debates entre os crentes, pelo menos parcialmente, pois não se sabe qual problema, exatamente, Paulo estava procurando corrigir. Tem até mesmo sido proposto que estes versículos não faziam parte da epístola original de Paulo. Tendo por base 11.5 e outras passagens do Novo Testamento, fica claro que Paulo não está proibindo de maneira absoluta, que as mulheres falassem em cada situação na igreja. Paulo podia estar tratando de algum problema particular em Corinto, como o de mulheres que criavam desordem durante o culto de adoração. Ele podia ter em mente uma função específica, tal como a avaliação das profecias (vs. 29 e 32), da qual as mulheres não deveriam participar. Tem sido até sugerido que estes vs. 34 e 35 são uma citação dos próprios crentes coríntios, que Paulo rejeitou no v. 36.

* 14:36

Essas perguntas sarcásticas mostram que Paulo não está dando instruções gerais quanto à adoração. Antes, ele procurava solucionar problemas sérios que se originavam da arrogância jactanciosa dos crentes de Corinto.

* 14:38

o ignorar, será ignorado. Ver nota em 13.12 quanto ao contraste entre conhecer e ser conhecido. Este versículo pode ser uma advertência de que os crentes teimosos seriam disciplinados por Paulo ou pela igreja (2Ts 3:14), mas a linguagem sugere que eles ficariam sujeitos ao julgamento divino direto.

* 14:39-40

Estes dois versículos são um sumário conciso do cap. 14.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Coríntios Capítulo 14 do versículo 1 até o 40
14:1 A profecia pode envolver acontecimentos futuros mas seu propósito central é comunicar a Palavra de Deus às pessoas, provendo discernimento, precaução, correção e estímulo.

14:2 O dom de falar em línguas foi motivo de preocupação da igreja em Corinto porque causava desordem na adoração. O falar em línguas é um dom legítimo do Espírito Santo mas os crentes corintios o estavam usando como um signo de superioridade espiritual antes que como um meio de unidade espiritual. Os dons espirituais são de benefício só quando se usam apropiadamente para ajudar a todos na igreja. Não os exercitamos para nos fazer sentir bem.

14.2ss Paulo dá vários pontos em relação com o falar em línguas: (1) é um dom espiritual de Deus (14.2); (2) é um dom desejável apesar de que não é um requisito de fé (12.28-31); (3) é menos importante que a profecia e o ensino (14.4). Embora Paulo mesmo falava em línguas, dá maior prioridade à profecia (ensino) porque beneficia a toda a congregação, enquanto que o falar em línguas beneficia prioritariamente ao que o pratica. O culto público deve ser compreensível e benéfico a toda a igreja.

14.5-12 Assim como cada nota de um instrumento musical pode ser executado em ordem para que a música seja precisa, de igual maneira Paulo menciona que as palavras pregadas em uma linguagem compreensível são de mais ajuda e claridade. Há muitos idiomas no mundo (14,10) e as pessoas que falam diferentes idiomas raramente podem entender-se entre si. Acontece o mesmo com o falar em línguas. Apesar de que é um dom muito benéfico para gente que adora em forma privada, quão mesmo quando se faz em público e há interpretação, Paulo diz que prefere falar cinco palavras que se entendam e não dez mil que não se entendam (14.19).

14.13-20 Se uma pessoa tiver o dom de falar em línguas, deveria orar pelo dom de conhecer o que está dizendo (interpretação), assim poderá mais tarde proclamá-lo publicamente. Desta maneira toda a igreja se edifica com o dom.

14:15 Há um lugar adequado para o intelecto da cristandade. Tanto na oração como no canto, a mente e o espírito se envolvem. Ao cantar podemos pensar no significado das palavras. Quando derrubamos nossos sentimentos a Deus em oração, não fechamos nossa capacidade de pensar. Os verdadeiros cristãos não são intelectuais estéreis nem emocionalistas irrefletidos. Vejam-se também Ef 1:17-18; Fp 1:9-11; Cl 1:9.

14:22, 25 A forma em que os corintios estavam falando em línguas não ajudava a ninguém porque os crentes não compreendiam o que se estava dizendo e os não crentes pensavam que os que falavam em línguas estavam loucos. O falar em línguas se supunha que devia ser um sinal para os não crentes (como foi em Feitos 2). depois de falar em línguas, os crentes supunham que se explicaria o que se havia dito e que se daria o crédito a Deus. Logo os incrédulos seriam convencidos de uma realidade espiritual e motivados a procurar a fé cristã com um pouco mais de interesse. Embora esta é uma forma de chegar aos incrédulos, Paulo diz que a predicación clara é melhor (14.5).

14.26ss Tudo o que se faça nas reuniões de adoração devem beneficiar aos adoradores. Este princípio se refere a cada aspecto: canto, predicación e o exercício dos dons espirituais. Aqueles que contribuem no serviço (cantores, pregadores, leitores) devem ser motivados principalmente pelo amor, falando palavras que ajudem a fortalecer a fé de outros crentes.

14:33 Na adoração, tudo deve ser feito em harmonia e com ordem. Embora os dons do Espírito Santo se exercitem, não há desculpa para a desordem. Quando há caos, a igreja não permite que Deus obre em favor dos crentes, como quisesse.

14:34, 35 Significa isto que a mulher não pode falar nos serviços religiosos de hoje? É claro, por 11.5, que a mulher orava e profetizava na adoração pública. Também é claro, pelos capítulos 12 aos 14, que a ela lhe dão os dons espirituais e a anima a exercitá-los dentro do corpo de Cristo. As mulheres têm muito com que contribuir para participar dos serviços religiosos.

Na cultura de Corinto não lhe estava permitido à mulher confrontar ao homem em público. Aparentemente algumas mulheres que se converteram pensavam que o cristianismo lhes dava liberdade de fazê-lo. Isto causou divisão na igreja. Mais ainda, as mulheres daquela época não recebiam formação religiosa formal como os homens. Elas podiam formular perguntas no serviço de adoração que poderiam ser respondidas na casa sem necessidade de interromper uma atividade pública. Paulo respondeu que a mulher não podia alardear de sua liberdade em Cristo durante a adoração pública. A exortação do Paulo aponta a promover a unidade, não a ensinar sobre o rol da mulher na igreja.

14:40 A adoração é vital para a vida do indivíduo e para a totalidade da igreja. Os serviços em nosso Iglesias devessem ser conduzidos em uma forma ordenada de modo que possamos adorar, ser ensinados e estar preparados para servir a Deus. Aqueles que têm a responsabilidade de planejar a adoração devessem assegurar da ordem e a direção em vez de caos e confusão.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Coríntios Capítulo 14 do versículo 1 até o 40
V. 3. O exercício dos dons espirituais (14: 1-40)

Paulo até agora tem lidado com a variedade e unidade essencial dos dons espirituais na 1greja, ... o corpo de Cristo. Ele tem, no capítulo 13 , mostraram a superioridade da fé, esperança e amor sobre todos os dons manifestos da Igreja, mas principalmente o amor, que é o metal na alma do crente que responde ao ímã da própria natureza de Deus. No capítulo 14 , o Apóstolo está preocupado em mostrar a seus leitores o valor comparativo eo emprego adequado de profecias e línguas (línguas) na 1greja. Ele trabalha para corrigir os excessos e abusos do Corinthians em seu uso da profecia e línguas (idiomas) e para demonstrar o valor superior de profecias sobre línguas (línguas). O princípio dominante que Paulo estabelece no capítulo 14 para o exercício desses dons é que eles devem ser usados ​​para a edificação, exortação e consolação (v. 1Co 14:3 ). Deve-se, ainda, que ao longo deste capítulo, como em outros lugares em toda a Bíblia, o modificador "desconhecido", em relação às línguas, não é encontrado no grego ou em qualquer uma das melhores traduções. Sua aparição na KJV é em itálico que, é claro, indica que ele foi adicionado pelos tradutores e não é parte do texto.

1. O Valor Instrumental da profecia e línguas Comparado (14: 1-25)

(1) A utilidade comparativa de Profecias e Tongues à Igreja (14: 1-20)

1 Siga depois do amor; e procurai com zelo espirituais presentes , mas sim o de profetizar. 2 Porque o que fala em outra língua não fala aos homens, mas a Deus; que ninguém o entende; mas em espírito fala mistérios. 3 Mas o que profetiza fala aos homens de edificação, exortação e consolação. 4 O que fala em língua edifica a si mesmo; . mas o que profetiza edifica a igreja 5 Agora eu teria que todos falam em línguas, mas sim que vos profetizam: e maior é laço que profetiza do que aquele que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação. 6 Mas agora, irmãos, se eu for ter convosco falando em línguas, que vos aproveitaria, se não falar ou por meio de revelação, ou de ciência, ou de profecia, ou de doutrina? 7 Até mesmo coisas sem vida, dar voz, seja flauta, se eles não dar um sons distintos, como se conhecerá o que é canalizada ou harped? 8 Porque, se a trombeta der voz incerto, quem se preparará para a batalha? 9 Assim também vós, a não ser que vos exterior, pelo discurso língua fácil de ser entendido, como se conhecerá o que é falado? para vos irá falar para o ar. 10 Existem, pode ser, tantas espécies de vozes no mundo, e nenhuma espécie é sem significação. 11 Se, pois, eu não souber o sentido da voz, serei para ele que fala, eo que fala será estrangeiro para mim. 12 Assim também vós, pois vós sois zeloso das espirituais presentes , procurar que abundeis para a edificação da igreja. 13 Pelo que, o que fala em língua ore para que a possa interpretar. 14 Porque, se eu orar em língua, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica infrutífero. 15 O que é então? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento também:. Eu cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento 16 Else se tu te abençoe com o espírito, como dirá o que ocupa o lugar do desaprendido dizer o amém sobre a tua ação de graças, visto que não sabe o que dizes? 17 Pois tu Certamente dás bem as graças, mas o outro não é edificado. 18 Dou graças a Deus, que falo em línguas mais do que todos vocês: 19 howbeit em a igreja eu antes quero falar cinco palavras com o meu entendimento, para que eu possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em língua.

20 Irmãos, não sejais filhos em mente: ainda em malícia E sede criancinhas, mas na mente ser homens.

Claramente profecias e línguas (idiomas) têm uma função dupla, ou seja, em relação à Igreja e ao mundo. Nos versículos 1:20 o apóstolo está preocupado com o primeiro.

No versículo 1 Paulo emite dois comandos. A primeira é dirigida a toda a Igreja, segundo a determinados indivíduos dentro da igreja que têm dons especiais. Siga (diōkete) transmite a idéia de perseguição paciente. Grosheide diz:

"Para seguir após" é muito mais forte do que os dons espirituais sinceramente . "Para seguir depois" indica uma ação nunca encerra, enquanto "desejar ardentemente" salienta a intensidade e não a continuidade da ação ... Desde que o capítulo. 13 falou da universalidade do amor, enquanto que em 1Co 14:2, Paulo se refere a alguns pessoas especiais que possuem o dom da glossolalia ou profecia, a conclusão que ele pode garantido que "a seguir após" é um mandamento de toda a congregação, ao passo que "desejar ardentemente" é intimados sobre aquele que tem dons espirituais.

Grosheide observa ainda que a palavra em vez ("especial", NVI) alude às maiores dons de 00:31 , que os presentes superiores Paulo aqui identifica como profecias, e, assim, ele indica o erro do Corinthians em atribuir o lugar mais alto para glossolalia ou línguas.Assim, podemos concluir a partir do versículo 1 que Paulo quer dizer que o amor é o permanente ou bom universal interminável que pode ser para sempre perseguido pelo crente, sem medo de nunca cansativo ou mesmo totalmente compreendê-lo, e que as profecias são a desejar como o mais alto dos temporais dons espirituais simplesmente porque através deles é dado a conhecer ao homem o dom supremo do amor divino. Esta conclusão indica que enquanto Paulo realizada amor para ser o maior dom de Deus para o homem (o dom da Sua própria auto) e profecia como o segundo maior presente, ele considerava "fé" e "esperança" como reações do homem com Deus de revelou o amor, em vez de presentes de Deus ao homem.

No versículo 2 Paulo vem diretamente ao confronto com o problema da língua que foi tão mal compreendido e mal utilizados na igreja em Corinto, como tem sido por alguns na periferia do cristianismo, às vezes desde então. Hodge diz:

O que é ensinado aqui é, primeiro, que aquele que fala em línguas não fala aos homens, mas a Deus. Em segundo lugar, que isso significa que os homens não entendem ele . Em terceiro lugar, que o motivo de sua não ser compreendido é o meio de comunicação, e não nas coisas comunicado.

O significado da frase, "não fala aos homens, mas a Deus" (ARA), Hodge detém, é que ele não fala para os homens, mas para Deus. Em outras palavras, sua comunicação é com Deus e não com o homem. Ele não é compreendido, ou literalmente, ninguém ouve articular sons, embora ele ouve desarticulados sons. Ele ouve sons, mas não palavras (conforme At 9:7 ). Assim, como Hodge diz a respeito versículo 2 , "O significado é, não que nenhum homem vivo , mas que nenhum homem presente, poderia entender. Não é o uso do dom de línguas que ele estigmatiza, mas o uso do dom [talvez melhor, a sua utilização simulado] quando ninguém estava presente que entendia a linguagem empregada. "As palavras de Paulo:" Em seu espírito (março 'pelo Espírito', Espírito Santo) fala mistérios "(ARA), não significam espírito próprio do falante como distinguido de seu entendimento. Como Hodge diz: "As Escrituras não distinguem entre o nous e pneuma como faculdades distintas da inteligência humana. O último [ pneuma ] não são os mais altos poderes espirituais da nossa natureza, mas o Espírito Santo ... "Hodge dá os quatro seguintes argumentos em favor desta interpretação:. (1) o uso predominante da palavra espírito (pneuma) para a Santa Espírito em toda epístolas de Paulo, mas especialmente no atual contexto; (2) o uso das escrituras comum e estabeleceu a expressão para falar em ou pelo Espírito, ou sob a orientação do Espírito; (3) ", quando o espírito [espírito do homem], deve ser distinguida da compreensão ;designa as afeições; um sentido que não seria de todo adequar essa passagem "; e (4) o significado assim deduzido é a mais natural e apropriado para o contexto. Mistérios, no sentido bíblico, referem-se a verdade divina até então desconhecido para o homem, mas agora revelado pelo Espírito através de profecias proferidas pelos servos de Deus, movidos pelo Espírito (conforme 2: 7-10 ; Ef 3:1. ). Em At 2:11 os estrangeiros em Jerusalém exclamou: "ouvimos-los em nossas próprias línguas [ glossais , línguas] falando dos grandes feitos de Deus "(NVI; conforme At 2:8 ). . Ele fornece força e encorajamento para a sua fé Exortação e consulta parecem ser, mas dois aspectos ligeiramente variantes da mesma idéia (1Co 2:11. ; 1Co 3:2 , Jo 11:31 .

O que mais pode, então, a sua "falar em línguas" ser do que uma prática inútil de rabiscos competitiva que eles conceberam a ser edificante adoração? Na verdade, Paulo considerava-os como crianças imaturas (conforme 1Co 13:11 ; 1Co 14:20 ; conforme Ef 4:14. ), que tornou-se emocionalmente louco em suas tentativas frenéticas, como os profetas de Baal, para superar o outro nas suas tentativas de ganhar A atenção de Deus (1Rs 18:19 ). A própria afinidade do culto pagão de Cybele para o Corinthians provavelmente surgiu a partir da mesma fonte que a do culto a Baal para os israelitas apóstatas, como é expresso por uma autoridade: "A atratividade desse culto para os judeus, sem dúvida, cresceu fora de sua licenciosa personagem. "O objetivo da profecia é, então, para ajudar no desenvolvimento do caráter cristão, para fortalecer os crentes na fé, e para consolar e incentivá-los em tempos de ataque mal, a angústia, ou sofrimento intenso.

No versículo 4 Hodge comenta sabiamente:

Isso decorre do que foi dito, o alto-falante com línguas não edificar a igreja, porque ele não foi compreendido; ele tinha se edificar [desde que ele estava falando uma língua dada por Deus de boa-fé e não as expressões ininteligíveis de culto Cybele], porque ele entendia a si mesmo. Este versículo, portanto, prova que o entendimento não foi suspenso, e que o alto-falante não estava em um estado de êxtase.

O significado do verso 1Co 14:5 não raramente sido seriamente confuso e pervertida. Paulo deixa claro que ele não subestimar o divino dom das línguas (glossais , línguas), quando eles são usados ​​para sua propósito dado por Deus de profetizar ou pregando para aqueles que não poderiam compreender o alto-falante em razão da sua diferença de línguas nativas . Quando esta necessidade para a comunicação eficaz do evangelho está presente, Paulo deseja que todos eles podem ter o dom de línguas para suprir essa necessidade. Ele dá graças a Deus que ele foi divinamente capacitado para atender tais necessidades linguísticas em sua obra missionária (1Co 14:18 ). Aliás, é óbvio das palavras do Apóstolo: "Eu gostaria que todos vocês falaram em línguas" (ARA), que na melhor das hipóteses, havia apenas alguns, se houver, em Corinto, que tinha o dom de línguas de boa fé. O item de importância que Paulo enfatiza aqui, como em outros lugares, é a de fazer passar a mensagem salvadora de Deus aos necessitados. Se é necessário um dom divino especial de línguas para obter a mensagem para as pessoas, então Paulo é tudo para ele. A coisa mais importante é que a mensagem do amor redentor de Deus ser comunicada aos necessitados espiritualmente. "Agora eu desejo ... ainda mais que você iria profetizar "(NVI).

"O homem que profetiza é superior [superior, Moffatt] para aquele que fala em línguas, a não ser quando este interpreta a fim de que a igreja receba edificação" (Weymouth). O homem que profetiza é mais útil, porque a congregação se beneficia com a mensagem de Deus, assim como o próprio falante. Por outro lado, o homem que fala em uma língua de boa-fé que é desconhecido para os auditores podem se beneficiar da mensagem que ele fala, enquanto o público não faz, a não ser que por inspiração divina ou por outra pessoa presente na platéia que sabe ou é inspirado falar a língua, tanto do alto-falante e o público interpreta para ele para sua edificação. Se o orador interpretou sua mensagem dada por Deus ou de outra fez isso por ele, ele profetizou para a edificação da audiência. Isto torna evidente que o que Paulo queria dizer foi dada por Deus revelações inteligíveis da verdade para a edificação espiritual dos crentes, e não alguns ocultos, enigmáticos, expressões desconhecidas como os do culto pagão da deusa Cibele. Hodge aponta, ainda:

Esta passagem também prova que o dom de interpretação, embora distinta da de línguas, pode ser, e muitas vezes, sem dúvida foi, possuído pela mesma pessoa e, consequentemente, que ele entendeu o que ele disse. A ausência do dom de interpretação, não prova que o próprio falante, nesses casos, era ignorante do que ele proferiu.

Outra consideração deve ser observado neste momento. O próprio local de Corinto feito para uma situação extremamente poliglota. Corinto era, talvez, para além de qualquer cidade romana, fora da própria Roma, a cidade mais poliglota do império, especialmente no oeste (ver Introdução ). Povo cristão, apóstolos e profetas, bem como leigos, estaria vindo e indo para Corinto com freqüência. Como estes cristãos de outras nacionalidades e línguas diferentes visitou a igreja em Corinto que seria transferida para testemunhar ou entregar uma mensagem a seus companheiros cristãos. A barreira da língua, no entanto, os impediria de comunicação inteligível de suas mensagens inspiradas pelo Espírito. Assim, a menos que eles foram inspirados pelo Espírito de interpretar para a língua da congregação, ou de outra fizeram por eles, eles seriam beneficiados embora o público não iria.

Em um caso hipotético, como se o apóstolo deve visitá-los em Corinto (v. 1Co 14:6 ), e à luz do argumento exposto, ele deveria falar com eles em línguas (glossais) estranho para eles, afirma, por meio de uma pergunta retórica, que seria de nenhum proveito para os que seja. Paulo então varia a questão de mostrar que seria apenas como a sua mensagem era compreensível para eles que seria beneficiado por ela. Hodge diz:

Não são quatro, mas apenas dois modos de endereço contempladas neste verso. Revelação e profecia pertencer a um; e conhecimento e doutrina para o outro. Aquele que recebeu a revelação era um profeta, ele que teve "a palavra da ciência" era um professor.

Em outras palavras, Paulo significa dizer que, se ele deve vir como um profeta com uma revelação especial de Deus para uma necessidade especial, ou como um professor para instruí-los nas doutrinas da fé cristã, o valor de sua visita dependeria sua capacidade de se comunicar com eles em uma linguagem mutuamente inteligível para o alto-falante e para o público.

No versículo 7 Paulo usa uma ilustração de um instrumento musical discordante inanimado para mostrar a inutilidade de tais sons ininteligíveis e sem sentido. Ele pode ser questionado se Paulo destina qualquer analogia entre as coisas sem vida (instrumentos musicais discordantes) eo espiritualmente falando inanimado em línguas pelo Corinthians. O que Paulo quer dizer com esta ilustração, de acordo com Hodge, e como parece perfeitamente razoável a partir do contexto, é que

como instrumentos musicais emitem um mero jargão dos sons, a menos que se observar os intervalos regulares, para os alto-falantes com línguas proferir um mero jargão. Os sons que eles proferem não são palavras articuladas, mas um ruído confuso ... sem mais significado nele do que vibrando uma harpa.

A partir desta ilustração, bem como toda a argumentação do Apóstolo, é claro que o principal ponto da analogia é que, assim como não podemos saber o que é canalizada ou harped ou receber benefício a partir dos sons, a menos que esses sons que vêm de lhes pode ser discriminado, só assim não há nenhum benefício aos auditores de um idioma que não é inteligível para eles. Assim, o apóstolo condena a utilização abusiva do presente, mas não o dom de línguas de boa fé como tal.

Paulo continua, se intensifica, e conclui sua analogia no versículo 8 . Isso confirma a última cláusula do versículo 7 , mas ele faz mais do que isso. A corneta (salpingx) foi um trompete militar que era muito mais alto e imponente que um cachimbo ou harpa.Mas seu som intensificou não pode compensar a sua falta de sentido. Se isso não soa a chamada batalha de forma inteligível, ninguém vai dar ouvidos. Só assim, Paulo implica, se o orador não se comunica de forma inteligível a mensagem de Deus aos seus ouvintes, por mais importante que seja, é totalmente inútil em sua preparação para o encontro com Deus. Na verdade, tais sons sem sentido pode servir apenas para confundir e jogá-los na armadilha do inimigo atacante.

A posição enfática das palavras pela língua no versículo 9 enfatiza a relação da língua com a inteligibilidade da comunicação. Morris diz: "O Corinthians tinha encantado em vez de conectá-lo com ininteligibilidade. Discurso é ou inteligível ou nada mais do que falando ao ar "diz Robertson:". Falando com o vento. Isso foi antes de os dias da rádio. "Tal é tão sem sentido como o boxeador que bate o ar (1Co 9:26 ). A única "atira a brisa", enquanto o outro "atinge."

Pode haver alguma vez tantas línguas diferentes no mundo, diz Paulo (v. 1Co 14:10 ), mas nenhum deles é sem sentido ou significação-ninguém é burro. Morris diz: "Não é um jogo de palavras com phonon, vozes . Não há nenhuma diferença real entre ininteligibilidade e mudez. Toda a questão da linguagem é que ele é usado para comunicar o significado. "Nas palavras, nenhum tipo sem significação, observações Hodge, "nenhum deles é inarticulado. ... A ilustração contida neste versículo vai provar que o falar em línguas estava a falar em uma língua estrangeira. O mesmo ponto é que, como todas as línguas são importantes, por isso, as línguas utilizadas por aqueles que falavam em línguas foram significativas ".

O verdadeiro significado do verso 1Co 14:11 sugere que o poder ou força da voz , a intenção de que é, como a expressão da linguagem articulada, para transmitir uma mensagem inteligível aos ouvintes. Se isso não for feito, diz Paulo, a voz não tem poder alg1.Nesse caso, eu serei como um bárbaro para o alto-falante e ele como um bárbaro para mim. Os gregos designados como bárbaros todos os que não falam a sua língua; os romanos fizeram o mesmo. A palavra "bárbaro" significava aqueles que proferiu acentos-dura ou rude bar bar . Todas essas eram bárbaros para os gregos. Hodge pensa significado de Paulo aqui é mais forte do que um "estrangeiro pagão", no entanto. "Se o homem profere, sons inarticulados incoerentes, que nenhum homem vivo poderia entender, isso não faria dele um estrangeiro. Pode provar que ele estava a ser perturbado, mas não é um estranho ", ou estrangeiro. Esta situação sugiro fortemente que havia aqueles em Corinto que se tinham dado a uma forma de demência em suas extravagâncias emocionais e experiências ilusórias em que proferidas bar bar sons que eram, mas o murmúrio ininteligível de loucos. Isto é ainda mais enfatizada pelo seguinte versículo.

Paulo diz que, de acordo com a ASV, que eles eram "zeloso de espirituais presentes . "A palavra presentes , no entanto, não está no grego, e a leitura é espíritos e não "espiritual". Assim Robertson observa que eles haviam se tornado "zelotes . para espíritos "Vincent diz:" Paulo trata as diferentes manifestações espirituais como se representassem uma variedade de espíritos. Para um observador da rivalidade indecorosa afigura-se como se não um espírito, mas espíritos diferentes, foram objeto de seu zelo. "Withal, eles parecem ter personificado vários brindes como espíritos diferentes. Uma vez que todos os diferentes "dons de Deus" são as manifestações do "Um Espírito Santo", seus vários espíritos personificada nos presentes para que eles eram tão zelosos não poderia ter sido de Deus. Assim, toda a situação parece altamente suspeito de possessão demoníaca por parte de alguns membros da igreja de Corinto. Paulo anteriormente indicaram fortemente neste exato perigo quando ele disse:

Eu digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos (limões, e não a Deus, e eu não quero que você se tornar partícipes demônios 5ocê não pode beber o cálice do Senhor e do cálice dos demônios;. Você não pode participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios "( 10: 20-21 ., NVI).

Pode ser que alguns dos membros da igreja de Corinto tinha desviado tão longe que eles tinham "sacrifícios aos demônios" e bebido o "cálice dos demônios" nos altares pagãos, e veio, possessos de demônios proferindo o ininteligível bar bar da demons- votaries possuidor de Cybele? A situação toda parece suspeito perigosamente deste eventuação.

É evidente que alguns dos membros da igreja estavam imbuídos de um desejo apaixonado (zelo) para experimentar os efeitos intoxicantes do espírito-possession em transe experiências, a fim de que eles possam excell ou superar o outro em seu êxtase "língua-falando." Esta parece ter dado uma semelhança perto os efeitos da intoxicação alcoólica, e foi falsificada do diabo pela posse do crente pelo Espírito Santo (ver Ef 5:18. ; conforme 2: 13-18 ). Paulo muda a ênfase de seu zelo por espíritos, para que pudessem se destacar, ou levar a palma a um outro, a "edificação da igreja" (v. 1Co 14:12 , NVI) -de rivalidade louco de serviço rentável para Deus. Antídoto de Paulo para o mal é sempre o bem. Para os romanos, ele escreveu: "Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem" (Rm 0:21. , NVI).

No versículo 13 , temos uma inferência de todo o argumento anterior. Se um cristão tem tanto o dom divino de uma língua de boa-fé, ou uma língua nativa que é estranho para a igreja (o último parece mais provável), então deixe-o rezar para que ele tenha o dom da interpretação de que ele pode traduzir sua mensagem para a língua da congregação e, assim, edificá-los, bem como a si mesmo (conforme 1Co 14:22 , 1Co 14:25 , 1Co 14:27 ; At 2:5 ). Robertson diz a frase: " Deixe que ele ore para que a possa interpretar ... Else ele tinha melhor Deixa de falar em uma língua. "

Paulo deixa claro nos versículos 14:17 que a religião cristã é inteligente, bem como emocional e social, bem como pessoal. Se os ora individuais em uma língua (linguagem), seja dada por Deus ou em sua própria língua, que é estranho à congregação, seu próprio espírito ou alma reza com entendimento e para a sua edificação pessoal, mas o pensamento e do sentido de sua oração é totalmente infrutífera para o povo da congregação, porque eles não entendem as palavras de sua oração. Assim, Paulo diz que para fazer essa oração, ou cantar, frutífero para a congregação que ele, dando o exemplo para eles, vai rezar com o entendimento, ou rezar frutuosamente na língua da congregação, e que ele vai cantar mesmo. No lado prático Morris observa: "Muitas vezes as orações são oferecidas em uma espécie de jargão emocional, e hinos são escolhidos com base nas músicas atraentes em vez de teologia som."

Amen é uma afirmação ou confirmação da verdade por parte do ouvinte. Mas, se o ouvinte não tem compreensão inteligente do que é proferida, como ele pode afirmá-lo como verdadeiro? O uso da Amen passado para os cristãos de Hebreus (Ne 8:6)

21 Na lei está escrito, por homens de outras línguas estranhas e pelos lábios de estrangeiros falarei a este povo; . e nem mesmo assim me ouvirão, diz o Senhor 22 línguas Wherefore são um sinal, não para os que crêem, mas para os incrédulos; mas profetizar é um sinal , não para os incrédulos, mas para os que crêem. 23 Se, pois, toda a igreja se reunidos e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão que estais loucos? 24 Mas, se todos profetizarem, e entrar algum incrédulo ou inculto, ele é repreendido por tudo, ele é julgado por todos; 25 os segredos do seu coração se tornam manifestas; e assim, prostrando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, declarando que Deus está verdadeiramente entre vós.

Mais uma vez Paulo renova relacionamento com seus leitores pelo endereço cativantes irmãos (v. 1Co 14:20 ). Mas logo em seguida ele se move a partir do ideal (irmãos) para os reais (crianças ). Considerando que os crentes de Corinto deve ser cristãos maduros, alguns deles eram "velhos" bebês que sofrem de embotamento intelectual (conforme He 5:11 ). Eles foram caracterizados por um desenvolvimento retardado. Eles têm idade, mas eles não têm maturidade. Eles, assim como a maioria das crianças, preferem brinquedos para ferramentas, o divertido ao útil. Eles foram jogar igreja, tentando imitar o dom de boa-fé da linguagem, o significado de que eles não entenderam, por competitivo jargão bucal sem sentido. Essa conduta Paulo chama infantil , e ele faz uma distinção entre a sua infantilidade e da infantilidade que deve caracterizar-los. São infantil em sua compreensão e comportamento, mas eles não são infantil na inocência moral. É este último que o Apóstolo ordena sobre eles, mas ele espera maturidade em seu pensamento.

Nos versículos 21:22, Paulo apela à Escritura para uma analogia. Ele cita livremente Is 28:11 , Is 28:12 . A essência desta citação é que, por causa da desobediência dos israelitas, Deus deixá-los ser espalhados entre um povo de língua estrangeira dura que eles não entendiam, e que era, na realidade, um castigo sobre eles. O Apóstolo desenha a partir deste incidente, a inferência de que, ao invés de seu jargão ininteligível em Corinto ser uma benção, como eles supostamente, era na realidade uma maldição para eles. E essa maldição é o resultado de sua incapacidade de obedecer a Deus e se tornarem filhos maduros.

Hodge explica o versículo 21 do seguinte modo:

A explicação mais satisfatória é levar sinal no sentido geral de qualquer indicação da presença divina. 'Tongues são uma manifestação de Deus, ter referência, não para os crentes, mas para os incrédulos; ea profecia é uma manifestação semelhante, dotada de referência, não para os incrédulos, mas para os crentes. " Por línguas , no entanto, não é para ser entendido o dom de línguas, mas, como v. 1Co 14:21 exige, línguas estrangeiras, ou seja, línguas desconhecidas para os ouvintes. O significado é que, quando um povo é desobediente, Deus lhes envia professores, que eles não podem entender; quando eles são obedientes, ele envia-os profetas falam sua própria língua. Esta é a conclusão natural das premissas contidas no v. 1Co 14:21 . Quando os hebreus eram desobedientes a Deus enviou estrangeiros entre eles; quando obediente, ele enviou-lhes profetas. Portanto, isto é, portanto, segue-se que os professores são ininteligíveis para os incrédulos; aqueles que podem ser entendidos são para o crente. Este ponto de vista também é consistente com o que se segue, que é projetado para mostrar que falar em uma língua que aqueles que ouvem não consigo entender é a causa do mal; Considerando que falar de forma inteligível é a fonte de bem. Deve-se lembrar que não é o dom de línguas do que o apóstolo fala, mas falando com as pessoas em uma linguagem que eles não entendem. E, portanto, essa interpretação não implica qualquer menosprezo de (ele presente em questão.

No versículo 23, o apóstolo parece querer dizer que quando a igreja é montado, e todos os que falam fazê-lo em um ou mais idiomas que são estranhas a qualquer um incrédulo ou um crente presente que não entende a língua deles, então tal pessoa, ou pessoas, vão pensar que os falantes de línguas são loucos. A idéia expressa é que a comunicação inteligível é essencial para o benefício de todos os presentes.

A cena muda nos versículos 24:25 . Se em vez de emitir sons ininteligíveis que convencem os visitantes que os alto-falantes são loucas, os oradores entregar profecias mensagens de divina verdade na língua do visitante descrente ou crente imaturo, eles vão estar convencido da presença de Deus, por isso condenados pela verdade proferiu sob a inspiração do Espírito Santo, e vai cair em seus rostos e adorar a Deus. Assim, as profecias são rentáveis ​​em converter os incrédulos e aprofundar a fé da imaturas, enquanto línguas sem interpretação são apenas confuso, e servem para aprofundar a descrença do incrédulo.

b. O emprego adequado da profecia e línguas na 1greja (14: 26-40)

(1) O emprego adequado de línguas na igreja (14: 26-28)

26 O que é, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. . Que tudo seja feito para edificação 27 Se alguém falar em língua, faça-se isso por dois, ou no máximo três, e que por sua vez; e haja intérprete: 28 mas se não houver intérprete, esteja calado na igreja; e fale consigo mesmo e com Deus.

Na adoração livre e informal da Igreja primitiva, cada membro tinha uma parte dos serviços (v. 1Co 14:26 ). Pode-se levar no canto de um salmo, outro poderia entregar uma instrução, outra uma revelação especial com a qual ele tinha sido inspirado, outro pode querer testemunhar ou exortar na sua própria língua que as outras pessoas presentes não entenderam, e outra pode ser movidos pelo Espírito de interpretar para o último. Como foi tudo isso para ser prevista em um culto de adoração? O Apóstolo estabelece uma regra geral: "Que todas as coisas [todas as atividades acima mencionadas] ser feito de tal forma ordenada a trazer lucro e não trabalhar confusão" (v. 1Co 14:26 ).

Há duas possibilidades na situação anterior. Em primeiro lugar, os cristãos de outras partes do mundo, cuja língua materna pode ter sido diferente do grego, sem dúvida visitar Corinto e da igreja lá. Eles teriam muito naturalmente deseja testemunhar, exortar a congregação, ou rezar na congregação, mas poderia fazê-lo apenas em seus próprios idiomas, o que seria incompreensível para os cristãos de Corinto. Em segundo lugar, haveria aqueles que gostaria de testemunhar ou para entregar uma exortação para que tais estranhos visitantes de outras partes que falavam uma língua estrangeira para eles. Em qualquer caso, a interpretação seria necessário. Para essas situações, Paulo tem um plano ordenado para recomendar. É o melhor para um de cada vez para falar; em qualquer caso, não mais do que dois ou três, talvez em diferentes seções da montagem. Mas em todos os casos as suas línguas estrangeiras devem ser interpretados de modo que todos possam entender e ser beneficiado. Se não há ninguém que possa interpretar para esses estranhos visitantes, no entanto, em seguida, deixá-los ficar em silêncio. Eles podem comungar com Deus silenciosamente em seus próprios idiomas, na oração ou meditação. Não há nenhum ponto em falar, se não é entendido; só confusão pode resultar.

(2) O emprego adequado de Profecia na 1greja (14: 29-40)

29 E falem os profetas, por dois ou três, e os outros julguem. 30 Mas, se a revelação ser feita para outro sentado junto, deixou o silêncio primeira manter. 31 Para vós todos podem profetizar, um por um, para que todos aprendam, e todos sejam consolados; 32 e os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas; 33 porque Deus não é um Deus de confusão, mas de paz.

Como em todas as igrejas dos santos, 34 deixar as mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também ordena a lei. 35 E, se querem aprender alguma coisa, perguntem a seus maridos em casa.: pois é vergonhoso para uma mulher falar na igreja 36 O quê? era do que a palavra de Deus foi adiante? Ou veio ela somente para vós?

37 Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, deixá-lo tomar conhecimento das coisas que vos escrevo, que são mandamentos do Senhor. 38 Mas, se alguém é ignorante, ele é ignorado.

39 Portanto, meus irmãos, procurai com zelo o profetizar, e proíbem a não falar em línguas. 40 Mas deixe-se tudo decentemente e com ordem.

Nos versículos 29:33 Paulo estabelece quatro princípios básicos para o exercício da profecia (pregação) na igreja. Em primeiro lugar, tendo em conta o tipo de serviço informal-igreja primitiva, Paulo limita as mensagens proféticas em um serviço a dois ou três (v.1Co 14:29 ). Isto dará a cada uma oportunidade para uma breve mensagem entregue por sua vez, pelos alto-falantes que o público possa discernir , ou ouvir e assimilar. Em segundo lugar, embora possa haver os presentes que desejam falar, a preferência deve ser dada para o homem que tem uma revelação especial de Deus (v. 1Co 14:30 ). Tal arranjo ordenado fará com que seja possível para todos os que têm mensagens de falar, por sua vez, embora não ao mesmo serviço (v. 1Co 14:29 ), e, consequentemente, todos os presentes poderão aprender e ser consolada. Este é o propósito da profecia. Em terceiro lugar, os profetas têm controle sobre e são responsáveis ​​por seus próprios espíritos. Isto exclui qualquer tipo de espírito-possessão em que o possuído é processado irresponsável de seu discurso ou conduta. Essa posse não é pelo Espírito de Deus. Em quarto lugar, Deus é um Deus de ordem e paz, e nunca de confusão, em todas as Suas atuações e directings. Um estudioso bem afirmou:

O Espírito de Deus nunca priva o indivíduo de sua consciência ou razão (Rm 12:1 ), e agora sua fala ficou-los em apuros. A imaturidade das mulheres em Corinto, sem dúvida, foi a razão imediata por isso que Paulo proibiu de falar na igreja. O princípio de sujeição, no entanto, é aparentemente a razão principal. Paulo também apela à Escritura e sua autoridade apostólica de apoio, bem como para a prática cristã geral do dia, se a última frase do versículo 33 pertence ao versículo 34 , como muitos espera. As mulheres, especialmente as mulheres de Corinto um pouco indisciplinados, vai fazer melhor do que aprender com seus maridos em casa, se há questões a serem discutidas, ao invés de perturbar a reunião da igreja.

Muito evidentemente, a igreja de Corinto tinha vindo a inovar práticas novas e não aprovados em relação às suas mulheres, como o contrário. Assim, Paulo ironicamente pergunta se eles começaram o movimento cristão, ou se veio a eles (v. 1Co 14:36 ).Aparentemente, eles tinham algo a aprender com as outras igrejas. Se, ou em que medida, a proibição de Paulo colocada sobre as mulheres de Corinto é para ser aplicada universalmente ainda é uma questão de debate na 1greja.

Ao concluir esta seção sobre os dons espirituais, Paulo prevê certos princípios fundamentais. Primeiro, ele acredita que ele tenha falado sob a inspiração e direção de Deus sobre o assunto. Em segundo lugar, aqueles na igreja que são profetas, ou pessoas espirituais, deve reconhecer este fato e como tementes a Deus eles devem cumprir o seu mandamento. Em terceiro lugar, se alguém rejeita a mensagem de Deus dada por meio do Apóstolo, que ele seja rejeitado pela igreja, e, possivelmente, por Deus no final.Em quarto lugar, com um endereço cativante final, meus irmãos, ele enfatiza profecia (pregação) mais uma vez como o dom mais alto, e um dos mais desejado no serviço a Deus. O dom de línguas (línguas), enquanto que de menor importância, uma vez que é apenas um veículo para a expressão da mensagem da profecia, não está a ser proibido, desde que, como afirmado anteriormente, não há necessidade para isso e há um intérprete onde for necessário.

Exortação final de Paulo é que o serviço da igreja deve ser aplicado de forma a ser belo, ordenado e adoração e como vai fazer uma impressão favorável em todas as pessoas sinceras e inteligentes. As palavras de Hodge são significativos como observação final para esta seção.

E, a fim ..., não tumultuosa como em uma multidão, mas como em um exército bem-ordenada, onde cada um mantém o seu lugar, e age na hora certa e da maneira adequada. Sempre que as questões externas estão em causa, estes são os dois princípios que devem reger a conduta do culto público. O apóstolo não só condena qualquer igreja agindo independentemente de outras igrejas, mas também qualquer membro de uma igreja em particular na qualidade de seus próprios impulsos, sem levar em conta outros. A igreja como um todo, e em cada congregação separada, deve ser um corpo harmonioso e bem organizada.

Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Coríntios Capítulo 14 do versículo 1 até o 40

O crente deve buscar, pedir, junto a Deus, os dons espirituais com que possa melhor servi-lo. O que Deus venha a lhe conceder pode, aparen-temente, não ter nada que ver, ou pode ter alguma coisa, ou até mui-ta coisa que ver, com suas aptidões "naturais" — somente Deus o co-nhece perfeitamente e sabe, por isso, o que adequadamente lhe compete; e seu Espírito Santo mostrará então ao crente seus dons e ministérios a exercer, capacitando-o, ao mesmo tempo, para que venha a usá-los com sabedoria e amor. Manter o co-ração aberto à resposta e ao influxo do Espírito é básico e essencial, nes-sa busca.

  1. Há superioridade no falar em lín-guas? (14:1-25)

Pelos argumentos de Paulo, deduz-se que os coríntios deviam exagerar a importância do dom de línguas, em detrimento de outros dons. Não le-vavam em conta que todos os dons são igual mente importantes e de real valor para o serviço de Deus. Usavam do dom de línguas errone-amente, talvez por pura vaidade, sem buscarem qualquer interpreta-ção. Paulo procura corrigir esse erro, ressaltando que as línguas que eram estranhas aos presentes no culto, ou seja, línguas estrangeiras e desco-nhecidas, de nada aproveitavam aos ouvintes se não interpretada a men-sagem por elas transmitida.

  1. Falar em línguas pode edifi- car ou não (vv. 1 -19)

Nos versículos 1:19, Paulo ressalta determinadas verdades ne-cessárias, da maior utilidade para os crentes, esclarecendo que:

  1. Mais do que falar em lín-guas sem interpretação é preferível, então, profetizar, pois, pelo menos, todos irão entender o que se está di-zendo; nesse caso, profetizar edifi- ca mais a igreja (vv:1-4). Profetizar, como se sabe, não é somente prever o que irá ocorrer. É proferir a Palavra que o Senhor, mediante seu Santo Espírito, ordena que o crente fale pu-blicamente, geralmente advertindo, embora com amor, alguns ou muitos que estão cometendo, ou prestes a cometer, graves erros e enganos, que poderão prejudicar seriamente a si mesmos e aos outros. Isso envolve, por vezes, também a previsão do que possa acontecer se as pessoas a quem se dirige a profecia agirem dessa ou daquela forma, acatando ou rejeitando a Palavra, obedecendo ou não a Deus.
  2. Falar em línguas com inter-pretação, no entanto, tem o mesmo valor e importância quanto profetizar (v. 5). Sem interpretação é que não beneficia pessoa alguma (vv. 6-12).
  3. Aquele que, entre os corín-tios, falasse em línguas deveria pedir a Deus que lhe desse também o dom de interpretação, para poder, assim, ajudar a edificar a igreja e beneficiar os irmãos (vv:13 1:7).
  4. O apóstolo não rejeita o dom de falar em línguas em si, pois afir-ma, ele mesmo, Paulo, que também fala em línguas e dá graças a Deus até muito mais que alguns dos co-ríntios. Só que prefere pregar, orar e profetizar em uma linguagem que todos entendam a falar em línguas desconhecidas sem interpretação, como fazem irresponsavelmente os coríntios.
  5. Falar em línguas por vaidade é imaturo (v. 20)

Naquilo que pode ser um sinal de maturidade espiritual e vida cristã mais profunda, o falar em línguas, os coríntios, no entanto, por causa de sua vangloria, promoção pessoal e gabolice, mostravam-se infantis e imaturos. Paulo chama a atenção dos crentes para que não sejam crianças quanto ao entendimento das coisas de Deus, mas, sim, quanto à ma-lícia — ou seja, puros como crian-ças e sábios como adultos. Mesmo sendo Deus quem está falando, ou justamente por ser Deus quem fala, a mensagem não será devidamente transmitida se a vaidade de quem é encarregado de comunicá-la se so-brepõe aos interesses de Deus e dos ouvintes, mediante o falar em línguas só por falar ou para se exibir, sem se-quer dar margem a uma interpreta-ção do que o Senhor está dizendo.

  1. Línguas são sinal para o incrédulo e profecia para o crente (vv. 21-25)

Tal como é dito na Palavra, em passagem que Paulo cita, mas sem referir a fonte (Is 28:11-23.) Os pregadores devem edificar a igreja e manter a ordem adequada. O "arrebatamen- to" do pregador prova que o Espírito não fala por seu intermédio, pois há autocontrole quando o Espírito está em operação.

  1. As mulheres na igreja (vv. 34-35)

Relacione esses versículos com 11:5ss e 1Tm 2:12. Pa-rece que as mulheres abusavam de seus dons e os usavam fora de lu-gar. Paulo não diz que as mulheres não têm dons espirituais ou que de-vem ser escravas dos homens. Ele ensina que tanto o homem como a mulher que agem de forma inade-quada na igreja rebaixam-na, em vez de edificá-la. Paulo também transmite aos homens a respon-sabilidade de ensinar as verdades espirituais à esposa em casa, não na igreja. Infelizmente, em muitas famílias a esposa tem de ensinar ao marido!

  1. A obediência à Palavra (vv. 36-40)

Paulo diz: "Se alguém se conside-ra profeta ou espiritual, reconheça ser mandamento do Senhor o que vos escrevo". O Espírito de Deus nunca trabalha à parte da Palavra de Deus ou em contradição a ela, e esse princípio é muito mais ne-cessário na área de dons espirituais que em qualquer outra. A Palavra de Deus, objetiva e imutável, deve nos orientar, não as experiências emocionais subjetivas de qualquer pessoa.

Veja os princípios básicos para a adoração espiritual que Paulo es-tabeleceu para a igreja:

  1. O ensino e a pregação da Palavra têm prioridade sobre tudo o mais.
  2. A igreja deve ser edificada.
  3. Nada deve comprometer o testemunho diante dos descrentes.
  4. Sempre deve haver auto-controle.
  5. Tudo deve ser feito "com de-cência e ordem", e de acordo com a Palavra de Deus.
  6. As mulheres não devem exercer autoridade sobre os ho-mens.
  7. A compreensão é necessá-ria para que haja bênção; e tam-bém deve anteceder qualquer bên-ção. As Escrituras evidenciam que havia informalidade nas reuniões da igreja primitiva. De um lado, devemos evitar a formalidade e, de outro lado, o fanatismo. A linha que separa os dois é muito tênue. Não é possível afirmar que culto planejado seja não-espiritual, pois o mesmo Espírito que orienta o pla-nejamento anterior também dirige o culto. No entanto, devemos dei- Os gregos não acreditavam na res-surreição dos mortos. Em Atenas, al-gumas pessoas riram da doutrina da ressurreição quando Paulo pregou sobre ela (At 17:32). Os filósofos gregos ensinavam que o corpo é a prisão da alma e que, quanto antes a morte libertasse a alma, melhor se-ria para a pessoa. Os gregos viam o corpo humano como uma fonte de fraqueza e de maldade e não con-cebiam um corpo que continuasse a existir depois da morte. Paulo, ao escrever esse capítulo, tinha de lidar com esse tipo de forma de pensar.

Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de I Coríntios Capítulo 14 do versículo 1 até o 40
14.1.2 Sem amor os dons não produzem benefícios reais.
14.3 Edificando. Conforme 8.1; At 20:32. Exortando (gr paraklesin). Animando e aconselhando como um advogado de defesa num processo (1Jo 2:2).

14:4-7 Revelação (gr apocalupsis). Era uma mensagem direta de Deus.

14.10,11 Em Corinto, um porto importante, se escutavam muitas línguas estrangeiras. Seria tolice criar tais barreiras na igreja meramente para ostentação.
14.12 Edificar a igreja é a única motivação legítima para exercer os dons (gr pneumatõn, "sois zelosos por espíritos”, conforme v. 32)

14.13 Maior valor está na compreensão do que no falar.
14.14,15 Orar (gr proseuchomai, inclui louvor e agradecimento) em línguas exclui a razão. A adoração cristã deve ser mais do que um mero exercício intelectual ou emocional. Cantarei. A espontânea improvisação de um cântico sob êxtase espiritual só teria valor se outros pudessem aproveitar a mensagem (Ef 5:19; Cl 3:16).

14.16,17 Os ouvintes podiam indicar com o "amém" (assim seja) que queriam que a oração fosse considerada como deles também. Era costume proceder assim nas sinagogas (Dt 27:15; e 8.6).

14.18,19 Notemos que Paulo recusava empregar o dom de línguas na igreja por ser incompreensível. Amadurecidos. Conforme 2.6n.

14.22 Um sinal. Sinal de condenação de judeus incrédulos que soberbamente achavam que eram o único povo de Deus. A profecia era imprescindível para os cristãos que ainda não tinham o NT.

14:25-25 As línguas não serviam para evangelização (a pregação de Pedro em At 2:0; 1Ts 5:2
- 0s) pelo dom de discernimento (12.10). Funcionando como um só corpo, havia instrução, correção e consolação mútuas e tudo realizado ordeiramente.

14.34,35 Muitos dos abusos na igreja se devem as mulheres, geralmente mais dominadas por experiências psíquicas. Parece que podiam orar e profetizar (11.5; At 2:17; At 21:9) mas não ensinar ou discutir.

14.36 Estas são palavras de ironia. A igreja de Corinto seguia suas próprias práticas. Nenhuma igreja pode viver independentemente das outras porque faz parte do Corpo de Cristo universal.

14.37,38 Usavam suas experiências estáticas como pretexto para fugir da autoridade do apóstolo Paulo (2Co 1:3.2Co 1:3). Em todos os tempos a autenticidade de qualquer mensagem se comprova pela sua submissão à autoridade dos escritos apostólicos do NT.

14.40 As reuniões de adoração devem ser reverentes, ordeiras, cheias de harmonia e poucas inovações.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de I Coríntios Capítulo 14 do versículo 1 até o 40

4) Profecia e línguas (14:1-40)
O apóstolo prossegue agora para a aplicação desses princípios que tão claramente ele expôs. A variedade dos dons espirituais dentro da unidade fundamental do corpo de Cristo (cap.
12) pode ser mantida em perfeito equilíbrio somente pelo exercício do amor, sob cuja luz o verdadeiro valor e função de todos os charismata são facilmente avaliados (cap.

13). Há dons mais elevados que devem ser buscados com dedicação (12.31), não com a avareza e o ciúme tão característicos em Corinto, mas no espírito do amor. O cap. 14 trata desse discernimento. O dom de profecia deve ser desejado mais do que as línguas (v. 1-25), mas o exercício de cada um deles tem o seu lugar apropriado, e ambos devem ser cuidadosamente controlados para evitar o abuso (v. 26-33a). Qualquer participação de mulheres na igreja precisa ser semelhantemente ordenada, para que a sua subordinação fique evidente (v. 33b-36). No resumo das suas instruções, o apóstolo as apresenta como ordens divinas (v. 37-40).
a) A profecia é superior às línguas (14:1-25)
Os crentes em Corinto, arrebatados pelo caráter misterioso e pelo êxtase extremo associados às línguas, davam a essa experiência uma importância em relação aos outros charismata que estava totalmente fora de sintonia com a função que lhe tinha sido dada por Deus. Embora reconheça o lugar das línguas na adoração pessoal (v. 2), Paulo vê a grande necessidade que a igreja tem de pregação inspirada, da palavra profética, por meio da qual pode ser edificada (v. 3,5). Algumas ilustrações reforçam o seu ponto: (1) a própria experiência que eles tiveram com Paulo como mestre (v. 6); (2) os sons significativos de instrumentos inanimados (v. 7,8); (3) os sons da linguagem humana (v. 10,11). Assim como o toque da trombeta estimula o exército à ação, uma linguagem compreendida pelo ouvinte vai produzir resultados positivos. Ao contrário, enquanto alguém pode até adorar em harmonia profunda com o espírito por meio de uma língua estranha, o não-iniciado na igreja, desprovido de dons, não está em condições de concordar com o que está sendo dito (v. 13-19). Finalmente, enquanto as línguas podem ser para o descrente um sinal do castigo iminente, é por meio do dom da profecia que ele vai ser conduzido à salvação (v. 20-25).

v. 1. Sigam o caminho do amor. Literalmente, persigam o amor — um verbo caracteristi-camente paulino para denotar a persistência espiritual; conforme Rm 9:30,Rm 9:31; Rm 12:13; Fp 3:12ss; lTs 5.15; lTm 6.11; 2Tm 2:22. O versículo resume os caps. 12el3edáo tom para o que vem em seguida. Observe a expressão repetida busquem com dedicação (12.31), que em

1 Corindos 14:16
14.39 é seguida de o profetizar, v. 2. uma lín-gua\ Um dos charismata, compreendido somente por Deus, a não ser que seja acompanhado do dom da interpretação. Não é simplesmente uma língua estrangeira, pois ninguém a entende, e é dirigida a Deus. em espírito: Embora interpretada por algumas versões (RSV, Moffatt e NEB: “inspirado”) como uma referência ao Espírito Santo, pode referir-se igualmente ao espírito do homem, como distinto de sua mente, e é traduzido assim pela NVI. mistérios-. V.comentário Dt 13:2. v. 3. quem profetiza: O dom da pregação inspirada, percebendo a vontade de Deus e falando às necessidades específicas da congregação. V. comentário Dt 12:10. edificação'. O desejo principal de Paulo para a igreja de Corinto. Está por trás do cap. 3; conforme 8.1; 10.23; 14.4,5,12,17,26. V. tb. 2Co 12:19; Ef 4:29; Rm 14:19;Rm 15:2. Esse uso metafórico é peculiar a Paulo no NT. v. 4. Temos aí o contraste entre a edificação de um indivíduo por meio de uma língua e a de uma congregação inteira por meio da profecia, v. 5. prefiro que profetizem-. Coloca o equilíbrio onde deve estar sem desaprovar o dom de línguas, a não ser que as interprete-. Traz de volta a possibilidade de o dom de línguas ser usado nos encontros da igreja; conforme os v. 13 26:27. v. 6. se eu for visitá-los [...] em que lhes serei útik O critério ainda é a edificação e o benefício deles. Línguas não interpretadas não trazem nenhum benefício. A revelação [...] conhecimento [...] profecia [...] doutrina-. Esses requerem fala inteligente e edificam. O primeiro par sugere uma capacitação interior; o último, a sua expressão exterior. A revelação precede a profecia, como também ocorre no caso de conhecimento e doutrina. v. 7,8. coisas inanimadas [...] flauta ou cítara [...] trombeta-. Cada um tem a sua função específica, estando os primeiros dois associados a festas, funerais e atividades religiosas, e os últimos, com batalhas. Contudo, em relação ao tom e ritmo do instrumento, o seu chamado precisa ser claro, interpretando a ocasião da festividade ou do luto, a necessidade de atacar ou de bater em retirada,

v. 9. Assim acontece com vocês-. O que se atinge com as coisas inanimadas se exige também da língua humana. Para que haja edificação, a palavra precisa ser expressa de forma inteligente. v. 10,11. há diversos idiomas [...] todavia, nenhum deles é sem sentido-. Nenhum deles tem valor se o desconhecimento da língua impede a comunicação, v. 12. Assim acontece com vocês-. Sejam bem articulados na linguagem que edifica a igreja. Visto que estão ansiosos por terem dons espirituais-, E louvável que tenham esse desejo, mas a motivação é fundamental; não para inflar o ego, mas para edificar a igreja por meio do amor. As palavras de Paulo talvez tenham um toque de ironia. v. 13. para que a possa interpretar. Pode ser concedido à pessoa que já tem o dom de línguas. O fato de os dons serem dados em resposta à oração claramente mostra a possibilidade de um ministério em desenvolvimento de acordo com o crescimento espiritual e as necessidades da situação local. Os charismata não são dados em forma de “pacote”. v. 14. a minha mente fica infrutífera-. Pode significar “a minha mente não é beneficiada” — não recebe fruto algum, como na NEB, ou “a minha mente não produz nada para o benefício de outros”, como Moffatt. v. 15. Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento-. Para Paulo, o entendimento é a inteligência. Por isso, ele usa um meio de comunicação inteligível para a mente e o espírito, tanto dele quanto da congregação. Aqui Moffatt traduz pneuma por “Espírito”, v. 16. Se você estiver louvando a Deus em espírito: I.e., com uma língua estranha. Como expressão de expressão extática, Paulo usa uma diversidade de termos: fala (v. 13), oro (v.14), cantarei (v. 15), louvando (v. 16), ação de graças (v. 16) — todos sendo aspectos do ato coletivo de adoração no qual os crentes participavam à medida que eram conduzidos; cf. o v. 26. No entanto, a presença de um não instruído requer que todas as partes da adoração sejam inteligíveis para ele, seja na linguagem dos adoradores, seja em uma língua estranha por meio da interpretação, os não instruídos (idiõtês):

O termo não sugere leigos, pois essa distinção não existia na época, mas, antes, os crentes inexperientes ou, como sugere a RSV, alguém sem dons. A palavra ocorre em At 4:13 e 2Co 11:6. “Amém”\ Uma expressão coloquial para a pessoa se identificar com as orações ou outros elementos oferecidos na adoração congregacional. A prática da sinagoga foi adotada nas igrejas cristãs. Conforme Sl 106:48; Ne 5:13; Ne 8:6. v. 17. esteja dando graças muito bem: O dom de línguas em si não é desprezado, mas quem não tem o dom não é edificado. Por isso, não passa no teste, v. 18,19. ... por falar em línguas mais do que todos vocês. Todavia, na igreja...'. O dom em que Paulo superava a todos não era ostentado na igreja para impressionar, mas na adoração particular e pessoal expressava de forma desimpedida a alegria profunda do seu espírito redimido, v. 20. deixem de pensar como crianças [...] sejam adultos'. A preferência do dom de línguas à fala inteligente era algo infantil e imaturo. Mas Com respeito ao mal — que compreendia todas as inclinações para o mal —, uma inocência de criança era recomendável. O pensamento maduro, expresso de forma inteligente, é essencial se queremos que os descrentes se convertam; conforme os v. 2325. v. 21,22. Pois está escrito na Ler. Is 28:1 lss é citado aqui. Deus fala com os rebeldes e descrentes em uma língua ininteligível, assim como ele falou aos israelitas escarnece-dores por meio dos inimigos assírios. A ilustração não mostra nada mais do que o fato de que, por espetaculares que as línguas estranhas possam parecer, elas são ineficazes para trazer os descrentes à salvação.

Mesmo assim, são um sinal para os descrentes da sua condenação iminente, como era a língua assíria para os judeus descrentes nos dias de Isaías; não um sinal para salvação, mas um sinal divino de condenação; um sinal a ser rejeitado para que se confirme a sua incredulidade; conforme o v. 23. Parece que em algumas ocasiões o uso que o nosso Senhor fazia das parábolas era um tanto semelhante; conforme Mt 13:10-40. Por outro lado, a profecia [...] épara os que creem, não para os descrentes, pelo fato de que gera os que crêem, ao conduzi-los para a fé. v. 23. toda a igreja-. Sugere um encontro geral para a adoração em contraste com os grupos mais limitados e informais que, provavelmente, se reuniam em diversas partes da cidade, todos falarem em línguas'. I.e., todos os que participarem, como no v. 24. Para fundamentar bem o seu argumento, Paulo, provavelmente, está afirmando um caso extremo. Sem dúvida, alguns participariam de uma língua inteligível, vocês estão loucos'. Uma conclusão a que chegam não somente os descrentes (apistoi), mas também aqueles que ainda não são instruídos. V.comentário do v. 16. v. 24. por todos: Sugere o efeito cumulativo da palavra inspirada que é anunciada por uma seqüência de pessoas que falarem. O gênero pode ser neutro ou masculino; “por tudo” ou “por todos”, convencido'. Tem um significado bastante amplo; conforme “convencerá”, Jo 16:8; “exponham”, Ef 5:11; “ser repreendidos”, lTm 5.20. por todos será julgado (anakrinetai): Usado acerca de averiguação judicial. V.comentário Dt 2:14,Dt 2:15; v. tb. 4.3; 9.3. v. 25. os segredos do seu coração serão expostos-. Sendo o resultado direto da averiguação. Esse verbo e os dois anteriores no v. 24 revelam diversos aspectos de uma experiência que inclui convencer, condenar, expor, peneirar, revelar; o produto da profecia é a invasão da mente do homem efetuada pelo Espírito de Deus. A repreensão interior do Espírito resulta na resposta exterior do pecador: ele se prostrará, rosto em terra, e adorará a Deus, exclamando: “Deus realmente está entre vocês!”. Se para ele as línguas estranhas sugerem que a igreja está louca, a profecia prova que Deus está presente.

b) As línguas e a profecia na igreja local (14:26-33a)
Tendo concluído os seus argumentos acerca dos respectivos méritos das línguas e da profecia, o apóstolo dá as suas orientações e ordens. As suas conclusões resumem os 25 versículos anteriores. (1) De importância fundamental é que todos devem ser usados para a edificação da igreja (v. 26). A igreja precisa ser edificada; conforme os v. 3,4,5,6,12,17,19. (2) Se houver línguas, precisam ser acompanhadas de interpretação (v. 27,28); conforme os v. 2,5.

(3) Os profetas precisam participar (v. 29).

(4) Ordem e decência precisam ser mantidas (v. 30-33).
v. 26. Esse versículo apresenta de forma vívida a composição e a forma da adoração de uma congregação na igreja primitiva, cada um: Não que cada um presente necessariamente teria de participar; antes, indica a distribuição geral de dons por toda a igreja local. tem um salmo, uma palavra de instrução...: O verbo “ter” é repetido com cada dom no texto grego e, provavelmente, sugere a posse individual de dons espirituais. Cada um vem preparado para contribuir, mas também igualmente disposto a permanecer silencioso à medida que a necessidade se tornar evidente; conforme o v. 32. v. 27. Se, porém, alguém falarem língua: Se sugere a possibilidade de não haver ninguém com esse dom presente em determinado encontro. Isso é ainda mais significativo em vista da gramática de Paulo em que, nessa formulação específica, eite (“se”) deveria ser normalmente seguido de mais um eite, assim completando um sentido distributivo. Essa segunda parte poderia ter começado no v. 29, mas a idéia de colocar em dúvida a presença de profetas é tão inaceitável para Paulo que ele abandona a sua formulação inicial e insere um imperativo. Tratando-se de profetas, falem dois ou três...: 

Pouco importa se não estiver ninguém presente com o dom de línguas, mas os profetas precisam estar lá. “cada um por sua vez” (expressão ausente na NVI em português): Isso garantia a preservação da ordem, como faria a orientação e alguém deve interpretar, tornando impossível a situação em que vários irrompessem em expressão extática ao mesmo tempo. v. 28. Se não houver intérprete, fique calado na igreja: Gomo no caso de todos os outros charismata, o exercício do dom de línguas deve estar sob o controle imediato de quem o usa. v. 29. Tratando-se de profetas, falem dois ou três: Como no caso do dom de línguas, o número de pessoas que poderiam ser ouvidas de forma proveitosa em um encontro. e os outros julguem cuidadosamente o que foi dito: Embora possa ter significado a congregação inteira, outros, muito provavelmente, eram os profetas restantes, ou outras pessoas na igreja que tinham o dom do discernimento; conforme 12.10: “discernimento de espíritos”.

A orientação foi sábia, pois já no início os falsos profetas se infiltraram nas igrejas; conforme 2Pe 2:1. v. 35. que perguntem a seus mandos em casa-. Ter de perguntar ao marido na igreja significaria falar em voz alta com o marido que sentava do outro lado na congregação, assim criando desordem. Gomo no cap. 11, Paulo tem em mente aqui mulheres casadas. As não casadas poderiam fazer as perguntas por meio da sua família, é vergonhoso-. Um escândalo; uma palavra forte, encontrada em outros textos do NT somente em 11.6; Ef 5:12; Tt 1:11. Essa é a avaliação de Paulo de alguém que ignora os limites da subordinação e causa distúrbios na ordem da santa adoração, v. 36. Acaso a palavra de Deus originou-se entre vocês?-. Acaso Corinto é a fonte da revelação, o depósito da verdade? Corinto estava evidentemente em discrepância com “todas as congregações” (v. 33); reinava grave desordem (cap. 11), o reflexo da sua auto-es-tima arrogante (4.8,19).

d) Conclusão (14:37-40)
Esses versículos nos lembram 11:16, mas agora a sua fonte de autoridade transcende a decisão dos apóstolos e a prática das igrejas; é a ordem de Cristo. O teste da espiritualidade deles é a sua aceitação dessa afirmação dele. O equilíbrio buscado com tanta dedicação em todo o texto é finalmente resumido: a prioridade da profecia, a legitimidade de línguas e a adoração com ordem e decência.
v. 37. pensa que éprofeta ou espiritual: O segundo termo é o mais amplo, incluindo todos os que têm dons espirituais, embora aqui pudesse se referir especificamente a alguém que falasse em línguas, o dom que os coríntios consideravam conter a marca oficial da espiritualidade, reconheça'. O imperativo presente significa, literalmente, “que sempre reconheça”. O mesmo verbo é usado em 16.18; 2Co 1:13. mandamento do Senhor. A marca do apostolado, a convicção da inspiração. O ponto é que os que têm dons espirituais não podem agir como lei para si mesmos, mas devem se adequar à lei de Cristo revelada por meio das ordens do apóstolo, v. 38. Se ignorar isso: As vezes, como aqui, o verbo (agnoei) sugere ignorância intencional ou desprezo. ele mesmo será ignorado: O versículo todo é expresso de forma criptográfica e concisa em cinco palavras gregas. Essa oposição é rejeitada com a devida brevidade.

Essa implicação de ignorância intencional talvez dê força à formulação variante “que ele seja ignorante” (RV), especialmente porque encontra apoio no papiro 46, o nosso manuscrito paulino mais antigo, v. 39. com dedicação: Conforme 12.31; 14.1. A profecia é de importância suprema na edificação da igreja. Não obstante, as línguas têm uma função dada por Deus (v. 5). não proíbam: Nenhum dom espiritual deve ser desprezado, v. 40. Esse versículo amplia o pensamento do v. 33. com decência (euschêmonõs): Formas cognatas podem ser encontradas em 7.35; 12.23,24 com o conceito subjacente de graça e beleza. A adoração deve ser atraente, e ordem (kata taxin): “Tudo no seu lugar e seqüência adequados”, expressando a precisão com que avança um exército bem organizado.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de I Coríntios Capítulo 12 do versículo 1 até o 40

E. Conselho Referente aos Dons Espirituais. 12:1 - 14:40.

Com o familiar peri de, Paulo menciona outra pergunta feita pelos coríntios. O novo assunto, dons espirituais, liga-se entretanto, com a seção procedente por se tratar do culto público. É importante distinguir dons espirituais de graças espirituais ou ofícios espirituais. Graças espirituais são qualidades do caráter espiritual. Cada crente é responsável pelo desenvolvimento de todas elas (cons. Gl 5:22, Gl 5:23). Ofícios espirituais são posições dentro da igreja para a administração dos seus negócios, quer seja uma administração espiritual do rebanho (anciãos), quer seja uma administração espiritual das coisas temporárias (diáconos; cons. 1Tm 3:1-13). Só alguns crentes têm ofícios espirituais. Os dons espirituais são capacitações divinas relacionadas com o culto na igreja local, oficial e extra-oficial. Cada crente possui um dom espiritual, mas nem todos os crentes possuem o mesmo dom (cons. 1Co 12:4-11). A igreja em Corinto, certamente não era uma igreja mona, estava em perigo de abusar dos seus privilégios com uma super ênfase sobre alguns desses dons espetaculares. O apóstolo apresenta primeiro a unidade e a diversidade dos dons (12:1-31a), depois a primazia do amor na procura dos dons (12:31b - 13:13), e finalmente a avaliação e regulamentação no exercício dos dons de profecia e línguas (1Co 14:1-40).


Moody - Comentários de I Coríntios Capítulo 14 do versículo 6 até o 15

6-15. A inutilidade das línguas sem interpretação, Paulo as ilustra com fatos extraídos da vida. Revelação precede a profecia e a ciência precede a doutrina (lit. ensinamentos).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de I Coríntios Capítulo 14 do versículo 1 até o 40
1Co 14:1

5. FALAR EM OUTRAS LÍNGUAS (1Co 14:1-46) -Essa praxe de falar em outra língua era aparentemente comum em Corinto e obviamente era um dom altamente cobiçado. Outras referências a este assunto só se encontram em Atos, embora não seja certo que o que Lucas descreve, como em At 2:4-11, fosse uma manifestação do Espírito exatamente igual ao dom aqui referido. A ARC inserindo a palavra estranha (que não se encontra no grego), dá a impressão de que o falar era numa linguagem ou linguagens estranhas àquele que falava. Mais provavelmente Paulo está referindo elocuções extáticas, a expressarem sentimentos antes que pensamentos lógicos, o que se tornava completamente ininteligível aos ouvintes (2), a não ser que fosse "interpretado" (5). Com efeito, o que falava podia ele mesmo não saber o significado do que dizia, donde o apóstolo encorajar que orasse pedindo capacidade para interpretar (13). Se nem ele nem outro pudesse interpretar, devia guardar silêncio nas reuniões da igreja, e empregar o dom somente em sua comunhão íntima com Deus (28). Nada há que sugira que esse dom capacitava pregar o evangelho em outras línguas.

>1Co 14:3

O alvo do apóstolo é mostrar que, atribuindo excessiva importância a esse dom, era de esperar que eles (como igreja) perdessem aquela edificação, exortação e consolo (3) que, resultam do exercício do dom da profecia. Não deprecia o dom de línguas, porque ele mesmo o possui em maior medida (18). Mas por motivos muito práticos, urge com eles para que desejem antes aquele dom que habilita seu recipiente a revelar as verdades do evangelho e a ensinar doutrinas sãs. Com isto a igreja lucra (6).

Usa três ilustrações para esclarecer seu ponto de vista. Tratando-se de diferentes instrumentos musicais, cada qual tem som diferente dos outros; do contrário seria impossível distinguir um do outro (7). Demais disto, cada instrumento, a trombeta por exemplo, deve ser tocada inteligivelmente, de outro modo ninguém compreenderá ou apreciará a música (8). Em terceiro lugar, se duas pessoas querem trocar idéias, só podem fazê-lo usando palavras compreendidas por ambas. Todas as palavras têm algum sentido (10), mas se o sentido das palavras empregadas for desconhecido (11), será o mesmo que tentar manter uma conversação com um estrangeiro.

>1Co 14:12

A aplicação disso vem nos vers. 12-19. Paulo põe de lado o contraste do dom de línguas com o de profecia, a fim de dar instruções práticas sobre o seu uso. Seu único interesse é que a igreja seja edificada. Obviamente só se obterá esse resultado se o ministério for compreendido por todos os presentes, inclusive "qualquer um a quem falte o dom" (16, Weymouth).

>1Co 14:20

Faz uma pausa por um momento para lhes lembrar que mesmo neste particular há graus de compreensão. Aliás introduz aqui uma pequena exortação moral, "na malícia sede crianças" (20). Então volta ao primeiro tema e contrasta mais uma vez o profetizar com o falar em línguas. A citação no vers. 21, referida como a constar na lei é de fato tirada de Is 28:11-23. A "Lei e os Profetas" constituíam para os judeus um sistema compacto de revelação, sendo que o termo lei é aqui empregado em sentido amplo. Alude-se aí ao uso que Deus fez dos assírios como sinal para o Seu povo, depois de haver este recusado ouvir a mensagem clara dos profetas. O vers. 22 deve ser interpretado dentro deste contexto limitado. As línguas constituem um sinal... para os incrédulos (22), convencendo-os do poder de Deus, porém não lhes trazendo nenhuma mensagem de esperança. Por outro lado, a profecia... é para os crentes (22). Com os corações preparados, ouvem a voz de Deus e lhe obedecem.

De maneira de todo diferente aborda o assunto nos três versículos seguintes. O incrédulo do vers. 23 é realmente a mesma pessoa crente do vers. 22, porém numa fase anterior. Paulo mostra como chega à fé, não mediante o uso do dom de línguas, mas pelo poder convincente do evangelho pregado com clareza. O pecador endurecido do vers. 22, que é comparado com os filhos de Israel que não queriam ouvir (21), está fora de cogitação nos vers. 23-25.

>1Co 14:26

Que fazer, pois, irmão? (26). "Que lições devemos tirar de tudo isto?". Resumindo, o apóstolo procura estabelecer um pouco de ordem na confusa o costumeira das reuniões deles. Relativamente às línguas, não mais de dois ou três exerçam esse dom numa reunião, e cada qual por sua vez. Ainda assim, deve isto ser feito se houver quem interprete (27-28). Semelhantemente, os profetas devem estar preparados para se submeter ao julgamento dos outros e a dar lugar um ao outro. Dominando seu próprio espírito (32), entretanto, um profeta pode aprender a esperar sua vez de falar. Cfr. o vers. 40 com o vers. 33.

>1Co 14:34

As mulheres conservem-se caladas na igreja (34). Estas palavras devem ser relacionadas à última cláusula do vers. 33. Por cima da confusão descrita no vers. 26, a igreja de Corinto estava permitindo que as mulheres tomassem parte nas reuniões públicas, no que ia de encontro ao costume da Igreja em geral. Com certo sarcasmo o apóstolo pergunta no vers. 36 se eram eles os originadores do evangelho. Estes versos provavelmente se referem às principais reuniões públicas da igreja, e a proibição deve ser compreendida à luz da doutrina já exposta (veja-se o cap.
11) sobre a ordem observada na criação. Também podia estar na mente do apóstolo o perigo de opróbrio e descrédito para a Igreja, ocasionados pelo mau uso da liberdade, contrário ao costume local. Em 1Co 11:5 deu a entender que as mulheres podiam profetizar e orar em público, mas podia tratar-se de reuniões menores e mais informais, como as de oração que se realizavam na casa da mãe de Marcos (At 12:12).

>1Co 14:37

No vers. 37 ele claramente sustenta que é inspirado. A prova do conhecimento espiritual de alguém está em aceitar estes mandamentos. O vers. 38, sugere que se alguém recusa admitir estas instruções, é deliberadamente ignorante por tal forma que Paulo se nega a perder tempo com ele. Uma variante aparece assim: "Se alguém não reconhece isto, esse tal não é reconhecido". Compare-se com 1Co 8:2-46. Os vers. finais voltam à matéria de 1Co 12:31 e 1Co 14:1 e a resumem.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de I Coríntios Capítulo 14 do versículo 1 até o 40

37. A importancia do dom de línguas ( I Coríntios 14:1-19 )

Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar. Para quem fala em outra língua não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende, mas em seu espírito fala mistérios. Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação. Aquele que fala em línguas edifica a si mesmo; mas o que profetiza edifica a igreja. Agora eu gostaria que todos vocês falaram em línguas, mas muito mais que você iria profetizar; e maior é aquele que profetiza do que aquele que fala em línguas, a não ser que as interprete, para que a igreja receba edificação. Mas, agora, irmãos, se eu for ter convosco falando em línguas, de que vos aproveitarei, se eu falar ou por meio de revelação, ou de conhecimento ou de profecia, ou de ensino? No entanto, mesmo sem vida as coisas, seja flauta ou harpa, na produção de um som, se eles não produzem uma distinção nos tons, como é que vai ser conhecido o que se toca na flauta ou na harpa? Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha? Assim também vós, se não total pelo discurso língua que é clara, como será conhecido o que é falado? Para você estará falando para o ar. Há, talvez, um grande número de tipos de línguas no mundo, e nenhum tipo é sem significado. Se, então, eu não sei o significado da linguagem, serei para aquele que fala um bárbaro, e aquele que fala será estrangeiro para mim. Assim também vós, já que você é zeloso de dons espirituais, procurai abundar para a edificação da igreja. Portanto, que o que fala em língua, ore para que a possa interpretar. Porque, se eu orar em língua, o meu espírito ora, mas a minha mente fica infrutífera. Qual é o resultado, então? Vou orar com o espírito e vou orar com a mente também; Vou cantar com o espírito e eu vou cantar com a mente também. Caso contrário, se você abençoa só no espírito, como é que a pessoa que ocupa o lugar do pouco dotados dizer "Amém" a tua ação de graças, uma vez que ele não sabe o que você está dizendo? Por que você está dando graças muito bem, mas o outro não é edificado. Dou graças a Deus, eu falo em línguas mais do que todos vocês; no entanto, na igreja eu desejo falar cinco palavras com o meu entendimento, para que eu possa também instruir os outros, ao invés de dez mil palavras em língua. ( 14: 1-19 )

Depois de apresentar o amor como o "caminho mais excelente" acima de todos os ministérios e dons, Paulo diretamente e com força enfrenta o Corinthians em relação ao seu pecado contra o amor em mal-entendidos e mau uso do dom de línguas. Os crentes não tinha tão abusou do dom que rivalizava com Babel na confusão de falar, eo apóstolo dedica um capítulo inteiro para o problema, que foi tão representativo de sua pecaminosidade.
Como comentou sobre sob 0:10 , a prática de expressões de êxtase era comum em muitas das religiões pagãs greco-romanas da época de Paulo, incluindo os ativos em Corinto. Devotos de um deus iria beber e dançar-se em frenesi, até que entrou em semiconsciência ou mesmo inconsciência-uma experiência que eles consideravam ser a mais elevada forma de comunhão com o divino. Eles acreditavam que, em tal embriaguez seus espíritos deixaram seus corpos e conversava diretamente com o deus ou deuses, uma prática a que Paulo alude em Ef 5:18 . O falar em êxtase que muitas vezes acompanhada tais experiências foi pensado para ser a linguagem dos deuses.

Os termos lalein glossei / glossais (para falar em uma língua / em línguas) que Paulo usa com tanta freqüência no capítulo 14 foram comumente usado em seu dia-a descrever o discurso extático pagã. Os gregos também usou eros para descrever a experiência. Embora comumente usado de amor sexual, Eros também foi utilizado para qualquer sentimento fortemente sensual ou atividade, e frenesis de êxtase pagãos eram muitas vezes acompanhada de orgias sexuais e perversões de todos os tipos.

Na igreja de Corinto muito do falar em línguas tinha assumido a forma e sabor desses êxtases pagãos. Emocionalismo todos, mas neutralizado seus sentidos racionais, e exibicionismo egoísta era comum, com todo mundo querendo fazer e dizer a sua própria coisa ao mesmo tempo ( 26 v. ). Serviços foram tumulto e caos, com pouca adoração e pouco edificação ocorrendo.

Por causa da carnalidade extrema na igreja em Corinto, podemos ter certeza de que grande parte dos falar em línguas havia falsificado. Os crentes não estavam em condição espiritual usar corretamente os verdadeiros dons espirituais ou devidamente manifestar verdadeiro fruto espiritual. Como poderia uma congregação tão mundanos, opinativo, egoísta, cliquish, invejosos, ciumentos, divisionista, argumentativo, arrogante, desordenAdãoente, defraudação, irreverente, guloso, imoral e desecrative da Ceia do Senhor exercitar os dons do Espírito? Para que eles tenham feito isso teria desafiado a cada princípio bíblico da espiritualidade. Você não pode andar no Espírito durante o exercício da carne.
Contra o pano de fundo de tais experiências falsas Paulo ensina três verdades básicas sobre o dom de línguas: a sua posição é secundária a profecia ( vv 1-19. ); o seu objectivo era como um sinal para os incrédulos ( vv 20-25. ); e seu procedimento adequado, ou a utilização, foi sistemático e ordenado ( vv. 26-40 ).

Dentro da primeira seção, o apóstolo dá três razões pelas quais a posição de línguas é secundário ao de profecia: profecia edifica toda a congregação; línguas são ininteligíveis; e os efeitos da língua é mais emocional do que racional.

Profecia edifica a Congregação Whole

Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar. Para quem fala em outra língua não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende, mas em seu espírito fala mistérios. Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação. Aquele que fala em línguas edifica a si mesmo; mas o que profetiza edifica a igreja. Agora eu gostaria que todos vocês falaram em línguas, mas muito mais que você iria profetizar; e maior é aquele que profetiza do que aquele que fala em línguas, a não ser que as interprete, para que a igreja receba edificação. ( 14: 1-5 )

Dioko (a prosseguir ) significa seguir, caçar, ou perseguir com intensidade, e às vezes é traduzida como "perseguir", como em 2Co 4:9 , onde a mesma forma de Theo [Deus] é usado em referência a " um deus desconhecido ").

A tradução aqui de "um deus" é apoiada pelo fato de que a Bíblia registra nenhum caso de crentes falando com Deus em qualquer coisa, mas a linguagem normal, inteligível. Mesmo em grande oração sacerdotal de Jesus ( João 17 ), em que o Filho abriu seu coração ao Pai, quando divindade comungou com a divindade, a linguagem é extremamente simples e clara. Jesus, de fato, advertiu contra o uso de "repetição sem sentido, como os gentios, para eles supõem que elas serão ouvidas por suas muitas palavras" ( Mt 6:7. ; Ef 3:9 pessoas.

Alterar a figura um tanto, Paulo aponta que, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha? Ouvindo uma corneta não significa nada para um soldado se uma chamada militar definida não está sendo jogado. Notas corneta meros são sem sentido, mesmo que jogou pelo corneteiro oficial sobre o melhor instrumento disponível. Um soldado não recebe mensagem de um monte de notas aleatórias. Ele só fica pronto para a batalha quando "Chamado to Arms", "Charge", ou outros tais chamadas são jogados.

Da mesma forma, não podemos nos comunicar a verdade cristã por meio de sons sem sentido. A menos que você proferir pelo discurso língua que é clara, como será conhecido o que é falado? Para você estará falando para o ar.

Os coríntios estavam tão carnalmente egocêntrica que não poderiam se importar menos sobre comunicação. Eles estavam interessados ​​em impressionar os outros, não se comunicar com eles, muito menos edificante eles. Paulo compara os cristãos a instrumentos musicais soprado por alguém que não é um músico ou uma corneta jogado tão mal que o que sai é irreconhecível. A partir de tal incompetência, produzido por orgulho e falta de amor, o conjunto de Corinto não poderia ter sido diferente do que era: confusa, desordenada, e improdutivo ( 11:21 ; 14:23 ; etc.).

Paulo continua a martelar no mesmo ponto. Há, talvez, um grande número de tipos de línguas no mundo, e nenhum tipo é sem significado. Ele simplesmente menciona o óbvio. Uma linguagem sem significado é inútil. Uma linguagem sem significado não é realmente um idioma. O que significa que é que faz da linguagem linguagem. Os muitos tipos de línguas no mundo todos os soar diferente. Mas cada um tem um único objetivo comum: para se comunicar, para transmitir significado entre aqueles que falam.

Não só é preciso uma linguagem legítima ser usado para se comunicar, mas o alto-falante e ouvinte deve entendê-la. Por comunicação definição deve ser de dois lados. Caso contrário, serei estrangeiro para aquele que fala um bárbaro, e aquele que fala será estrangeiro para mim. Barbarian era uma palavra onomatopaica derivada das sílabas gêmeas "bar-bar". Para uma pessoa que não conhece uma língua que muitas vezes soa como se as palavras são todos iguais e tudo sem sentido. Para a maioria dos gregos da época de Paulo, qualquer pessoa que não falava grego era um bárbaro. Sua linguagem era ininteligível.

Se, portanto, até mesmo verdadeiras línguas não têm sentido sem interpretação, Paulo diz que, quanto mais sem sentido é conversa fiada pagan-like que é uma falsificação da verdadeira coisa? Como você é zeloso de dons espirituais, procurai abundar para a edificação da igreja . Em outras palavras, "Se você está tão ansioso para os dons espirituais Ministro, Ministro-los da maneira que Deus planejou.: para o benefício da igreja, em particular, para a edificação da igreja" Mais uma vez a palavra claro é que este dom é para o público, e não privado, uso e benefício. O tempo presente de zēteō ( buscar ) indica, a ação habitual contínua.

O propósito do dom de línguas, assim como o fim de todas as línguas, era de se comunicar. Embora tenha sido um presente do sinal milagroso, ele também foi um presente comunicativa. Desde a sua primeira ocorrência no dia de Pentecostes o Senhor pretendia que fosse um meio de comunicação. O próprio milagre das línguas em Pentecostes estava no fato de que todos os presentes, apesar de muitos países diferentes, ouviram os apóstolos "falar na sua própria língua" ( At 2:6. ). Deus não deu dois tipos de línguas, um inteligível e outro ininteligível. A Bíblia fala de apenas um presente, cujas características e Proposito não se alterou.

Os Efeitos de línguas são mais emocional do que racional

Portanto, que o que fala em língua, ore para que a possa interpretar. Porque, se eu orar em língua, o meu espírito ora, mas a minha mente fica infrutífera. Qual é o resultado, então?Vou orar com o espírito e vou orar com a mente também; Vou cantar com o espírito e eu vou cantar com a mente também. Caso contrário, se você abençoa só no espírito, como é que a pessoa que ocupa o lugar do pouco dotados dizer "Amém" a tua ação de graças, uma vez que ele não sabe o que você está dizendo? Por que você está dando graças muito bem, mas o outro não é edificado. Dou graças a Deus, eu falo em línguas mais do que todos vocês; no entanto, na igreja eu desejo falar cinco palavras com o meu entendimento, para que eu possa também instruir os outros, ao invés de dez mil palavras em língua. ( 14: 13-19 )

Nesta seção Paulo continua a ensinar sobre as línguas falsificados, e, portanto, continua a falar sarcasticamente (cf. 4: 8-10 ). Isto é indicado em primeiro lugar pelo fato de que ele usa o singular da língua(ver discussão acima em vv. 1-5 ), que se refere ao dom falso, exceto no versículo 27 , onde a referência é a um homem que fala em um ocasião. Em segundo lugar, o que ele diz aqui não é, em sua maior parte, aplicam-se o verdadeiro dom de línguas. Se Paulo não estavam falando sarcasticamente de línguas contrafeitos ele estaria pedindo o Corinthians a buscar o verdadeiro dom de interpretação. Mas ele já deixou claro que o Espírito Santo soberanamente distribui presentes "individualmente como quer" ( 12:11 ). Presentes não estão a ser procurado por pessoas, mas só aceito e usados ​​corretamente.

Paulo sarcasticamente reprova crentes carnais por sua imaturidade (cf. v. 20 ), dizendo, na prática, "Enquanto você está tagarelando em suas ininteligíveis pseudo-línguas, você poderia, pelo menos, pedir a Deus para dar-lhe alguns meios de torná-las benéficas para o igreja. Como você já exercê-los eles são tanto pagã e sem sentido. "

Nos ritos pagãos com o qual o Corinthians eram tão familiar, falando em expressões de êxtase foi considerada comunhão com os deuses espírito-de-espírito. A experiência foi destinado a contornar a mente e compreensão normal. Como observado acima, seus mistérios foram feitos para permanecer misterioso. Paulo aqui pode ter usado pneuma (que pode ser traduzida como "espírito", "vento", ou "respiração"), no sentido de ar. Se assim for, Ele estava dizendo: Se eu orar em [auto-fabricados] língua, o meu [suspiro] ora, mas a minha mente fica infrutífera.

Certamente parece impossível que o espírito aqui se refere ao Espírito Santo, como alguns carismáticos acredita-Seu Espírito ser manifestada através de nossos espíritos. Todos os cristãos são habitados pelo Espírito Santo, mas se Paulo estava falando do Espírito Santo em relação ao meu espírito , então gramaticalmente e teologicamente ele também falava do Espírito Santo em relação à minha mente . O Espírito Santo não poderia estar orando por uma pessoa que, ignorando sua mente. E ele certamente não estava dizendo que a mente do Espírito Santo, por vezes, pode ser infrutífera. O apóstolo tem de ser inteiramente falando de si mesmo, e que hipoteticamente. "Se eu, apesar de um apóstolo, fosse falar o jargão que muitos de vocês falam, minha mente não teria nenhuma parte nela. Eu só seria tomada de vento, soprando ar (cf. v. 9 ). O que eu diria que seria ser tão vazia e sem sentido como os êxtases que você usou para testemunhar em seus templos pagãos. "

Qual é o resultado, então? A resposta é que não há lugar para a oração em êxtase sem sentido. Orando e cantando com o espírito deve ser acompanhada por orando e cantando com a mente também . É óbvio que a edificação não pode existir independentemente da mente. Espiritualidade envolve mais do que a mente, mas nunca exclui a mente (cf. Rm 12:1-2. ; Ef 4:23. ; Cl 3:10 ). Nas Escrituras, e, certamente, nos escritos de Paulo, sem prêmio é colocado na ignorância. Citando Dt 6:5 ), o maior número para o qual grega tinha uma palavra específica, era comumente usado para indicar um número inestimável. É o termo de que cheguemos a miríade, como às vezes é traduzida. No livro do Apocalipse, por exemplo, o termo é repetida ("miríades de miríades") e, em seguida, adicionado a "milhares de milhares" ( 05:11 ) para indicar uma figura completamente imensurável.

É nesse sentido geral de que o termo é usado em nosso texto. Para falar uma frase muito curta de cinco palavras com [sua] mente , dando uma mensagem que iria instruir ou incentivar seus ouvintes, era mais valioso para Paulo que um número ilimitado de palavras em língua que era incompreensível para eles.

Porque Paulo sabia que o dom de línguas cessariam em poucos anos, ele não estava dando instruções para governar línguas na igreja hoje. Ele não estava mesmo dando tal instrução para o Corinthians, porque ele estava falando de línguas falsas, que se basearam em emocionalismo auto-centrado e não se originou com o Espírito Santo. Ele estava dando a eles, assim como os cristãos de todas as idades, alertando contra o uso de auto-serviço, mundana, carnal, ineficaz e substitutos Deus desonrando-para os verdadeiros dons espirituais que Deus ordenou a ser ministrado no poder e no fruto do Espírito e para a bênção e edificação de Sua Igreja.

38. O Propósito e Procedimento para o dom de línguas (I Coríntios 14:20-28)

Irmãos, não sejais meninos no seu pensamento; ainda no mal estar babes, mas em seu pensamento ser maduro. Na lei está escrito: 'por homens de línguas estranhas e pelos lábios de estrangeiros falarei a este povo, e mesmo assim eles não vão ouvir-me, diz o Senhor. Assim, pois, as línguas são um sinal, não para os que crêem, mas para os incrédulos; mas a profecia é um sinal, não para os incrédulos, mas para os que crêem. Se, pois, toda a igreja deve montar juntos e todos falarem em línguas, e os homens ou descrentes pouco dotados entrar, eles não vão dizer que você é louco? Mas, se todos profetizarem, e um descrente ou um homem pouco dotados entra, ele é condenado por todos, ele é chamado a prestar contas por todos; os segredos do seu coração sejam comunicados; e assim ele vai cair em seu rosto, adorará a Deus, declarando que Deus está certamente entre si.
Qual é o resultado, pois, irmãos? Quando você montar, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Que tudo seja feito para a edificação. Se alguém fala em outra língua, deve ser por dois ou no máximo três, e cada um por sua vez, e haja intérprete; mas se não houver intérprete, esteja calado na igreja; e fale consigo mesmo e com Deus. (14: 20-28)

Nesta passagem Paulo primeiro analisa o objetivo principal do dom de línguas e, em seguida, dá o procedimento, ou diretrizes, para o seu uso adequado. Este é um ponto extraordinariamente importante, porque dá uma imagem clara do que o dom de línguas foi projetado para fazer e, portanto, dá um outro critério básico para julgar se esse dom é válido hoje.
O apóstolo acaba de salientar que mesmo o verdadeiro presente foi inferior à profecia e de ensino, porque não foi destinado principalmente para edificação da igreja, embora edificação veio quando o que foi dito foi traduzido ou interpretado (14: 5). Foi, portanto, verdade, tecnicamente, que o dom da tradução, um dom distinto de falar em línguas (12:10, 30), foi o presente edificante.

No início da carta, Paulo deixa claro que falar em línguas não era uma evidência ou prova do batismo do Espírito Santo: "Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo" (12:13). Cada cristão é batizado pelo Espírito Santo, mas nem todo cristão é dado o dom de línguas (12:30). Em nenhum momento a cada crente recebeu ou foi prometido o dom de línguas, nem mesmo durante os tempos apostólicos, quando esse dom era ativo. Imediatamente após a primeira e mais dramática ocorrência do milagre da linguagem, quando três mil pessoas acreditavam em Cristo e receberam o dom do Espírito Santo, não há registro de um único deles falar em línguas! Somos informados de que os novos convertidos escutou o ensinamento dos apóstolos, comunhão uns com os outros, comeram e oraram juntos, partilharam as suas posses, adorado no Templo junto, e louvou a Deus (Atos 2:37-47). Mas nenhuma menção é feita de seu falar em línguas.

Um pouco mais tarde, como Pedro e João se reuniu com alguns dos discípulos, o grupo foi "todos cheios do Espírito Santo." O resultado de que o enchimento estava falando "a palavra de Deus com ousadia," não falar em línguas (04:31).

O objetivo das línguas: Um sinal

Irmãos, não sejais meninos no seu pensamento; ainda no mal estar babes, mas em seu pensamento ser maduro. Na lei está escrito: 'por homens de línguas estranhas e pelos lábios de estrangeiros falarei a este povo, e mesmo assim eles não vão ouvir-me, diz o Senhor. Assim, pois, as línguas são um sinal, não para os que crêem, mas para os incrédulos; mas a profecia é um sinal, não para os incrédulos, mas para os que crêem. Se, pois, toda a igreja deve montar juntos e todos falarem em línguas, e os homens ou descrentes pouco dotados entrar, eles não vão dizer que você é louco? Mas, se todos profetizarem, e um descrente ou um homem pouco dotados entra, ele é condenado por todos, ele é chamado a prestar contas por todos; os segredos do seu coração sejam comunicados; e assim ele vai cair em seu rosto, adorará a Deus, declarando que Deus está certamente entre si. (14: 20-25)

Como Paulo começa a explicar o verdadeiro propósito das línguas, ele apela para o Corinthians para ser maduro em seu pensamento . Foi sua imaturidade sem amor e carnalidade que causou suas teológicos, espirituais e problemas morais, incluindo a sua utilização indevida e falsificação dos presentes. Antes que eles pudessem compreender o que o apóstolo estava tentando dizer, eles teriam que deixar de ser crianças em seu pensamento .

Em mal os coríntios eram tudo menos bebês . Eles eram altamente avançados em todo o tipo de pecado. Eles tinham praticamente todas as manifestações da carne e quase nenhum do fruto do Espírito (Gl 5:19-23.). Eles eram "crianças, jogou aqui e ali por ondas e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia enganam fraudulosamente" (Ef 4:14). Por sua egoísta, construindo-ego abuso do dom de línguas que eram, entre outras coisas, ignorando o resto da família de Deus.

Eles não poderiam ser ensinados porque eles não estavam interessados ​​em aprender. Eles estavam interessados ​​apenas no uso de meios espirituais e outros crentes de todas as maneiras que servem os seus próprios fins. Eles não estavam interessados ​​em verdade, mas em experiência, não na doutrina direita ou de estar certo, mas apenas em bons sentimentos. Eles não estavam interessados ​​em agradar ao Senhor ou seus irmãos cristãos, mas apenas a si mesmos. Experiência sempre ganhou ao longo de verdade, as emoções sempre ganhou ao longo de razão, e auto-sempre prevaleceu sobre a vontade de Deus. Ao contrário dos bereanos (At 17:11), o Corinthians não se preocupou em verificar o que eles ouviram contra a Escritura. Eles não se preocuparam em "testar os espíritos para ver se eles [eram] de Deus" (1Jo 4:1).

Espero ter envergonhado o Corinthians em atenção ao confrontar seu abuso dos dons, Paulo explica-lhes o verdadeiro propósito das línguas. Ele começa com uma passagem livremente prestados a partir de Isaías 28:11-12. Centenas de anos antes de Cristo, o Senhor disse a Israel que um dia ele iria falar com este povo por línguas estranhas a partir dos lábios de estranhos . Apesar deste sinal milagroso, no entanto, ela não me escuta.

Essas línguas estranhas , diz Paulo, é o que você já sabe e experiência, como o dom de línguas. Deus deu esse dom como um sinal, não para os que crêem, mas para os incrédulos . Aqui é o coração do capítulo 14, a verdade mais importante sobre esse fenômeno: ela foi dada como um sinal , e como um sinal para os incrédulos , especificamente judeus incrédulos, os incrédulos entre este povo . O dom de línguas foi dado apenas como um sinal para Israel descrente .

O sinal era triplo: um sinal de maldição, um sinal de bênção, e um sinal de autoridade.

Um sinal de maldição

Cerca de 15 anos ou mais antes de Isaías profetizou sobre as línguas estranhas dos lábios de estranhos, o reino do norte de Israel havia sido conquistado e levado cativo pelos assírios (em 722 AC ) por causa da incredulidade e da apostasia. O profeta então advertiu o reino do sul, Judá, que o mesmo acórdão, a aguardava nas mãos dos babilônios. Os líderes religiosos orgulhosos de Judá não quis ouvir a Isaías.Seu ensino era muito simples. Ele conversou com eles, segundo eles, como se fossem bebês, "Aqueles apenas desmamados do leite" e "acabou de tirar do peito". Ele ensinou-lhes como se fossem kindergartners: "Ordem em ordem, a ordem em ordem, linha em linha, linha sobre linha, um pouco aqui, um pouco ali" (Is. 28: 9-10). Deus tinha realmente falado com eles, simplesmente, a fim de que o menos maduro entre eles poderia compreender e para que nenhum israelita teria uma desculpa para não conhecer a vontade e a promessa do Senhor. A essência de Sua promessa era: "Aqui é o descanso, dar descanso ao cansado" e "Aqui é repouso"; Ainda Israel "não quis ouvir" (v. 12).

Cerca de 800 anos antes de Isaías, Deus tinha advertido Israel de que "O Senhor trará uma nação contra você de longe, da extremidade da terra, como a águia desce rapidamente, uma nação cuja língua não entenderás" (Dt 28:49). O sinal de julgamento seria uma língua que não conseguia entender.

Quando os apóstolos falavam em Pentecostes e foram ouvidas em sua própria língua por judeus de vários países (Atos 2:7-11), os judeus deveriam ter sabido que o juízo de Deus era iminente. Seu julgamento tinha caído sobre rebelde Israel e, em seguida, rebelde Judá. Quanto mais ele cairia sobre os de seu povo, que agora tinham crucificado o Filho de Deus? No D.C 70 que grande julgamento caiu, quando Jerusalém foi totalmente destruída pelo general romano Tito (mais tarde imperador). Mais de um milhão de judeus foram massacrados; milhares mais foram levados cativos; o templo foi saqueado, profanado, e, em seguida, totalmente destruído; e no resto da cidade foi queimada até o chão. Um historiador comenta que Jerusalém não tinha história de 60 anos. Assim como Jesus havia predito quando Ele chorou sobre a cidade: "Seus inimigos irá lançar um banco antes de você, e cercá-lo, e hem você de todos os lados, e vai nivelar-lo para o chão e seus filhos dentro de você, e eles não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não conheceste o tempo da tua visitação "(Lc 19:44; conforme 21: 20-24).

Após a destruição de Jerusalém, e, especialmente, do Templo, a razão para línguas deixou de existir. O julgamento de que era um sinal havia chegado. Após a manifestação das línguas em Pentecostes, Pedro, por implicação, lembrou seus ouvintes de que o julgamento: "Portanto, toda a casa de Israel saiba com certeza que Deus o fez Senhor e Cristo-este Jesus, que vós crucificado" (At 2:36)..

Com grande compaixão e tristeza por seus companheiros judeus, Paulo escreveu em Romanos: "Mas, por causa da sua transgressão veio a salvação aos gentios, para torná-los com ciúmes." Mas, com uma nota de grande esperança, continuou ele, "Agora, se a transgressão deles é a riqueza do mundo e seu fracasso é a riqueza dos gentios, quanto mais a sua realização ser!" (11: 11-12). Alguns versos depois, ele explica mais detalhAdãoente: "Porque eu não quero-vos, irmãos, que ignoreis este mistério, para que não sejais sábios em vós mesmos: que o endurecimento parcial que aconteceu com Israel até que a plenitude dos gentios tem entrar, e assim todo o Israel será salvo, como está escrito: "(vv 25-26.). O caminho seria sempre aberto para os judeus individuais para entrar no reino, para o endurecimento foi apenas parcial, e um dia toda a nação de Israel seriam trazidos de volta ao seu Senhor. O sinal de línguas foi repetido quando os gentios foram incluídos na igreja, conforme registrado em Atos 10:44-46.

Um sinal de autoridade

Aqueles que pregou o julgamento e prometeu a benção foram os apóstolos e profetas, cuja autoridade foi validado por "sinais e maravilhas e milagres" (2 Cor 0:12;.. Conforme Rm 15:19). Entre os sinais de autenticação era o dom de línguas, em que Paulo falou "mais do que todos vós" (1Co 14:18).

Como um sinal, a propósito das línguas que terminou quando a que apontou terminou. Uma pessoa dirigindo para Los Angeles podem ver o primeiro quilometragem assinar cerca de 300 quilômetros de distância. Mais tarde, ele vê o que lê "200 quilômetros a Los Angeles," e depois "50 milhas", e depois "de 10 milhas." Depois que ele passa pela cidade, no entanto, os sinais de milhagem para Los Angeles cessar. Eles não têm outra Proposito, porque aquilo a que eles apontaram foi atingido e passou. O dom de línguas foi anexado irremediavelmente a um ponto na história, e esse ponto foi passado por muito tempo.

É interessante, e eu acredito muito significativo, que nenhum registro é dado de uma única palavra falada em línguas ou mesmo interpretadas. Toda a referência a línguas é geral. Eles são sempre mencionados em relação à sua Proposito e significado, nunca em relação ao seu conteúdo específico. As mensagens dadas em línguas não eram novas revelações ou novos conhecimentos, mas, como no dia de Pentecostes, simplesmente expressões únicas de velhas verdades, "os grandes feitos de Deus" (At 2:11). Apesar de línguas poderia edificar quando interpretado, seu objetivo não era ensinar, mas a ponto de, para não revelar a verdade de Deus, mas para validar a verdade de suas porta-vozes designados.

Desde a destruição de Jerusalém em AD 70 não houve propósito do dom sinal de línguas, porque aquilo a que se destacou foi atingido e passou. Israel tem sido posta de lado, os gentios foram trazidos, e os apóstolos deram a fé de uma vez por todas foi entregue aos santos.

Mas a profecia , Paulo continua a dizer, é um sinal, não para os incrédulos, mas para os que crêem . Como indicado por itálico no NASB texto, é um sinal não está no texto grego e era fornecido pelos tradutores. De acordo com a gramática grega tal significado é possível, mas não é necessário. Porque a profecia está em nenhum outro lugar falado como um sinal, eu não acredito que seja o significado de Paulo aqui. Ele não estava dizendo que a profecia é um sinal para os crentes como línguas era um sinal para os incrédulos. Profecia é dada para aqueles que acreditam , e não é dado como um apontador sinal para outra coisa, mas para a edificação em si (vv. 4, 31).

A função limitada do verdadeiro dom de línguas pode ser visto no fato de que, mesmo durante o seu tempo próprio na história, poderia ser mal utilizado e tornar-se um obstáculo para o culto e para o evangelismo. Se todo mundo com o dom falaram ao mesmo tempo, e os homens ou descrentes pouco dotados entrar, eles não vão dizer que você é louco? Como no v. 16, acredito que idiotes ( pouco dotados ) é melhor traduzida em seu significado mais comum de inculto ou ignorante .

Um Gentil incrédulo teria sido desligado se ... toda a igreja deve montar juntos e todos falarem em línguas , porque ele teria visto nenhum significado no sinal. Um judeu descrente teria sido desligado por causa do tumulto e confusão. Mainomai ( louco ) significa estar em uma raiva frenética, estar fora de si de raiva. Um incrédulo, Gentil ou judeu iria longe de tal serviço pensando que era apenas mais um ritual selvagem e sem sentido, muito parecidos com os do paganismo.

Embora eles não foram dadas para edificação, as línguas eram, no entanto, deve ser entendido, para não causar perplexidade. O espanto dos visitantes judeus em Jerusalém no dia de Pentecostes estava no fato de que eles entenderam o que foi falado em línguas, em suas "próprias línguas" (At 2:11).

Por outro lado, se todos profetizarem, e um descrente ou um homem pouco dotados entra, ele é condenado por todos, ele é chamado a prestar contas por todos . Esses verbos judiciais indicam que a pregação da Palavra leva os homens à convicção de que o argumento é verdadeiro, e que eles serão julgados com base em sua resposta. Paulo continua a contrastar línguas com a profecia, mais uma vez mostrando a superioridade da profecia. Profecia é usado aqui no seu sentido mais geral de falar diante da Palavra de Deus. Quando a Palavra é proclamada fala ao coração dos homens e traz a convicção do pecado, o primeiro passo para chegar a fé. O condenado passa a ver a si mesmo como ele realmente é, porque os segredos do seu coração são divulgados . Suas intenções e atos pecaminosos são revelados a ele. Por isso, ele vai cair em seu rosto, adorará a Deus, declarando que Deus está certamente entre você . Mais poderoso testemunho da Igreja não está em seus êxtases, mas na sua proclamação clara da poderosa Palavra de Deus (He 4:12).

Quando línguas foram mal utilizados, só havia confusão, frustração e confusão. Incrédulos foram repelidos e crentes foram unedified. Mas a profecia edifica crentes e descrentes evangeliza. Deus é honrado e os homens são abençoados quando a Sua Palavra é claramente declarada. Nosso desejo deve ser que todos os serviços, cada atividade, tudo o que dizemos ou fazemos em nome do Senhor fará com que as pessoas digam Deus está certamente entre si.

O procedimento para Tongues: Sistemática

Qual é o resultado, pois, irmãos? quando você montar, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Que tudo seja feito para a edificação. Se alguém fala em outra língua, deve ser por dois ou no máximo três, e cada um por sua vez, e haja intérprete; mas se não houver intérprete, esteja calado na igreja; e fale consigo mesmo e com Deus. (14: 26-28)

O Novo Testamento sempre dá uma base doutrinal para o comportamento cristão. Há sempre uma razão teológica para fazer o que somos chamados a fazer. Assim como Paulo usa os primeiros onze capítulos de Romanos para estabelecer as bases doutrinais para as exortações dos capítulos 12:16, então aqui ele usa os primeiros vinte e cinco versículos de 1 Coríntios 14 para estabelecer o fundamento doutrinário para as exortações dos versículos 26— 40.

A ênfase principal dos versos 26:40 é que o procedimento bíblico para a utilização das línguas é ser sistemático e ordenado, de acordo com o padrão divino-contrária à maneira confusa em que os crentes de Corinto parecia fazer tudo. Se eles tinham um salmo , um ensinamento , uma revelação , uma língua, ou uma interpretação , tudo o que eles queriam participar ao mesmo tempo. Eles não estavam interessados ​​em servir, ou aprender, ou edificante, mas apenas em auto-expressão e auto-glória. Todos disputaram a atenção e preeminência.

Um salmo que se refere à leitura, ou talvez cantando, um dos salmos do Velho Testamento. Um ensinamento provavelmente indica uma doutrina ou pet assunto favorito que foi apresentado e exposto.Outros membros tinham o que dizia ser uma nova revelação de Deus. Outros falaram em uma língua , verdadeiro ou falsificado, enquanto outros ainda deu uma interpretação.

Exceto para a possibilidade de línguas contrafeitos, todas essas coisas eram boas e legítimas partes do culto. O problema é que todos eles foram feitos ao mesmo tempo. Ninguém foi deixado de ouvir, exceto para os poucos visitantes perplexos, que, sem dúvida, pensou todo o grupo era louco (veja v 23).. Ninguém pode se beneficiar de tal balbúrdia.
À luz de tal confusão e desordem, Paulo dá uma ordem clara: Que tudo seja feito para a edificação.

Oikodomē ( edificação ) significa literalmente "construção civil", a construção de uma casa. Figurativamente, refere-se a crescer, a melhorar, ou maturação. A vida espiritual dos cristãos precisam ser construídas e melhorado, ampliado para plenitude e completude. A principal responsabilidade dos cristãos para o outro é a construção de um ao outro. Edificação é uma grande responsabilidade dos líderes da igreja (Ef 4:11-12.), Mas também é responsabilidade de todos os outros cristãos. Cada crente é chamado a ser um Edifier. "Por isso, encorajar uns aos outros, e construir um ao outro, assim como você também estão fazendo" (1Ts 5:11). "Que cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação Porque também Cristo não agradou a si mesmo." (Rm 15:2-3). Jesus "não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mt 20:28). Nosso Senhor não procurar o que era benéfico para si mesmo, mas o que era benéfico para aqueles que Ele veio salvar.

Como Paulo aponta repetidamente neste capítulo XIV, uma grande prova de imaturidade sem amor do Corinthians era a preocupação egoísta para si, do outro lado do que foi falta de preocupação com a edificação, a edificação, dos seus irmãos e irmãs em Cristo (vv. 3-5, 12, 17, 26, 31). Não o fizeram, como Paulo ordenou: "perseguir as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns aos outros" (Rm 14:19). Aquilo que constrói outros up é também o que traz harmonia, assim como o que é egoísta também é a que traz desarmonia.

Os cristãos são construídas por uma única coisa, a Palavra de Deus. Essa é a ferramenta com a qual todo edifício espiritual é feito. "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2 Tm 3: 16-17.). Essa é a ferramenta com a qual cada crente deve ser hábil.

Regulamentos para Speaking in Tongues

Nos versículos 27:28 Paulo dá quatro regulamentos para o uso de línguas: (1), apenas duas ou três pessoas devem falar; (2) eles devem falar por sua vez; (3) o que eles dizem deve ser interpretada; e (4) se ninguém está presente para interpretar, eles não devem falar.
Ao contrário do que os êxtases pagãs que muitos dos cristãos de Corinto foram imitando, o Espírito Santo não funciona através de pessoas que estão fora de auto-controle ou "cair no espírito". Ele ministra todos os Seus dons através das mentes conscientes, cientes dos santos.
Em primeiro lugar, se alguém fala em outra língua, deve ser por dois ou no máximo três. Em qualquer um serviço não superior a três pessoas, e de preferência não mais do que dois, foram autorizados a falar em línguas. Embora Paulo tenha utilizado regularmente o singular da língua para se referir ao presente falsificado, parece claro que aqui ele está falando da coisa genuína. Ele dificilmente teria dado regulamentos para o uso de uma falsificação. Aqui, ele usa o singular língua para corresponder ao sujeito singular, qualquer um , desde que uma determinada pessoa num determinado momento se falar em apenas um idioma.

Em segundo lugar, essas duas ou três pessoas não devem falar ao mesmo tempo como eles estavam acostumados a fazer, mas um de cada vez . Orderliness, compreensibilidade, e cortesia todos exigem tal procedimento. Várias pessoas que falam na mesma língua, ao mesmo tempo seria bastante confuso, mas fazê-lo em diferentes idiomas seria tumulto.

Uma das acusações mais fortes do movimento carismático moderno é a prática comum de muitas pessoas falando, orando e cantando ao mesmo tempo, sem ninguém prestar atenção ao que os outros estão fazendo ou dizendo. É cada um por si, assim como era no Corinth, e está em clara violação do mandamento de Paulo de que cada um fala por sua vez.

Em terceiro lugar, haja um que interprete. Tudo falado em uma língua deve ser interpretado, e, aparentemente, por apenas um intérprete. Na construção grego, um está na posição categórico, indicando que uma única pessoa é envolvida. Os intérpretes em Corinto eram como auto-serviço como aqueles que falavam em línguas, e cada um tentava superar o outro. O versículo 26 implica que toda a gente, o que eles estavam fazendo, tentou gritar todos os outros para baixo. Paulo diz-lhes que, enquanto dois ou três foram autorizados a falar por sua vez, apenas um era interpretar .

Em quarto lugar, se não houver intérprete, esteja ele ficar em silêncio na igreja . Apesar de falar em línguas e tradução dessas línguas eram dons distintos, não estavam a ser utilizados separados um do outro. Um intérprete não pôde exercer o seu dom, a menos que houvesse falando, e um alto-falante não deve exercer o seu dom, a menos que houvesse interpretação. Instrução de Paulo pressupunha que a congregação sabia que os crentes tinham o dom da interpretação. Se uma dessas pessoas não estava presente, não haveria falar em línguas. A regra era clara e simples: nenhum intérprete, não falando em voz alta. Uma pessoa que ainda se sentiu compelido a falar foi para meditar e orar, falar silenciosamente para si mesmo e para Deus.

39. O fundamento para Profecia ( I Coríntios 14:29-40 )

E deixar dois ou três profetas, e deixar que os outros julguem. Mas se uma revelação é feita para outro que está sentado, deixe a primeira manter em silêncio. Para vocês todos podem profetizar, um por um, para que todos aprendam e todos sejam consolados; e os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas; Porque Deus não é Deus de confusão, mas de paz, como em todas as igrejas dos santos.
Deixe que as mulheres estejam caladas nas igrejas; para que eles não estão autorizados a falar, mas deixá-los submeter-se, assim como também ordena a lei. E se eles querem aprender alguma coisa, perguntem a seus maridos em casa; pois é impróprio para uma mulher falar na igreja. Foi com você que a palavra de Deus foi o primeiro por diante? Ou será que só vêm para você?
Se alguém pensa que ele é um profeta ou espiritual, que ele reconhece que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor. Mas, se alguém não reconhece isso, ele não é reconhecido.
Portanto, meus irmãos, procurai com zelo o profetizar, e não proibais o falar em línguas. Mas deixe tudo seja feito corretamente e de forma ordenada. ( 
14: 29-40 )

Nesta secção, o apóstolo conclui sua discussão crítica de assuntos relacionados com dons espirituais. Ele reúne algumas exortações restantes para resumir o que tinha sido deixado de dizer nos corretivos anteriores. É certo que, como tem sido óbvio, algumas coisas em toda esta passagem é difícil de entender, porque não podemos reconstruir totalmente a cena em Corinto. Os últimos exortações, no entanto, deixam pouca confusão sobre o seu significado.

E deixar dois ou três profetas, e deixar que os outros julguem. Mas se uma revelação é feita para outro que está sentado, deixe a primeira manter em silêncio. Para vocês todos podem profetizar, um por um, para que todos aprendam e todos sejam consolados; e os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas; Porque Deus não é Deus de confusão, mas de paz. (14: 29-33 um)

Como a dos apóstolos, e ao contrário do que pastores e professores, no entanto, o escritório única de profeta deixou de existir enquanto a Igreja ainda era muito jovem. A julgar pelas epístolas pastorais de Paulo ( 1 e II Timóteo e Tito ), os profetas deixaram de funcionar na igreja mesmo antes do fim da era apostólica. Nessas cartas, ele faz menção considerável de liderança da igreja-presbíteros, diáconos, diaconisas e bispos, mas não faz nenhuma menção de profetas. Junto com os apóstolos, profetas eram uma parte da fundação da igreja ( Ef 2:20 ), e são o primeiro escritório de ter desaparecido da igreja do Novo Testamento.

Mas quando Paulo escreveu esta carta para Corinto, profetas eram ainda muito central para o trabalho daquela igreja. Na verdade, em nenhum lugar esta carta há menção de um pastor, presbítero ou bispo. Os profetas parecem ter sido os principais líderes nos primeiros dias da Igreja (cf. At 13:1. ; . 2Ts 3:162Ts 3:16 ; He 13:20 ). Deus não pode ser honrado onde há desarmonia e confusão, a concorrência e frenesi, egoístas e auto-glorificação. Chaos e discórdia em uma reunião da igreja é certa prova de que o Espírito de Deus não está no controle. Onde Seu Espírito governa há sempre paz (cf. Tiago 3:14-18 ).

Outros Regulamento Geral

Como em todas as igrejas dos santos. Deixe que as mulheres estejam caladas nas igrejas; para que eles não estão autorizados a falar, mas deixá-los submeter-se, assim como também ordena a lei. E se eles querem aprender alguma coisa, perguntem a seus maridos em casa; pois é impróprio para uma mulher falar na igreja. Foi com você que a palavra de Deus foi o primeiro por diante? Ou será que só vêm para você?
Se alguém pensa que ele é um profeta ou espiritual, que ele reconhece que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor. Mas, se alguém não reconhece isso, ele não é reconhecido. ( 
14:33 b-38)

A segunda metade do versículo 33 parece se encaixar melhor com o versículo 34 . A frase como em todas as igrejas dos santos não é logicamente relacionados a Deus não é ser um Deus de confusão. A frase, no entanto, fazer uma introdução lógico Que as mulheres estejam caladas nas igrejas; para que eles não estão autorizados a falar. Paulo estava enfatizando o fato de que o princípio de que as mulheres não está falando nos cultos da igreja não era local, geográfica ou cultural, mas universal, em todas as igrejas dos santos . Embora abraça línguas, o contexto aqui refere-se a profecia. As mulheres não devem exercer esses ministérios.

As mulheres que se juntaram na auto-expressão caótica que Paulo foi condenando não apenas aumentar a confusão, mas não deveria ter falado em primeiro lugar. Em ordem de Deus para a igreja, as mulheres devem submeter-se, assim como também ordena a lei . O princípio foi ensinado pela primeira vez no Antigo Testamento e é reafirmado no Novo. Na reflexão do referido princípio, foram autorizados nenhuma mulher para falar em sinagogas judaicas.

Um dos projetos de criação, bem como uma das principais conseqüências da queda, foi a submissão da mulher ( Gn 3:16 ). Paulo refletiu esse princípio de forma explícita, quando disse: "A mulher em silêncio, com toda a submissão Mas eu não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem, mas para permanecer em silêncio." ( 1 Tm 2: 11-12. ). O argumento de Paulo não foi baseada em padrões culturais, mas em dois fatos históricos e fundamentais: (1) "... Adão foi criado primeiro, e depois Eva" e (2) "Não foi Adão que foi enganado, mas a mulher" ( vv. 13-14 ). Os homens devem levar em amor; as mulheres devem apresentar no amor. Esse é o projeto de Deus.

Não é coincidência que, como Corinto, muitas das igrejas de hoje que praticam o falar em línguas e reivindicam dons de cura também permitir as mulheres a se envolver em falar ministério. Muitos grupos carismáticos, de fato, foram iniciadas por mulheres, assim como muitos dos cultos que surgiram do cristianismo foram fundadas por mulheres. Quando as mulheres usurpar papel ordenada por Deus do homem, que, inevitavelmente, cair em outras práticas anti-bíblicas e delírios.
As mulheres podem ser professores e líderes altamente talentoso, mas esses dons não são para ser exercida sobre os homens nos serviços da igreja. Deus ordenou ordem em Sua criação, uma ordem que reflete sua própria natureza e que, portanto, deve ser refletido em sua igreja. Quando qualquer parte de Sua ordem é ignorada ou rejeitada, Sua igreja está enfraquecido e Ele é desonrado. Assim como o Espírito de Deus não pode estar no controle onde há confusão e caos na igreja, Ele não pode estar no controle, onde as mulheres tomam sobre si papéis que Ele restringiu aos homens. É impróprio [ aischros", vergonhoso, vergonhoso"] para uma mulher falar na igreja. Esta declaração não deixa dúvida quanto ao seu significado.

Se eles querem aprender alguma coisa, perguntem a seus maridos em casa. A implicação está presente nesta declaração de que certas mulheres estavam fora de ordem em fazer perguntas ao serviço da igreja. Se eles desejavam aprender, a igreja havia lugar para eles para expressar as suas perguntas de uma forma perturbadora. Paulo também implica, naturalmente, que os maridos cristãos deve ser bem ensinada na Palavra. Muitas mulheres são tentados a ir além de seus papéis bíblicos por causa da frustração com os homens cristãos, incluindo muitas vezes seus próprios maridos, que não de forma responsável cumprir as atribuições de liderança que Deus lhes deu. Mas Deus estabeleceu a ordem e relação de papéis entre homens e mulheres na igreja propriamente dita, e eles não estão a ser transgredidos por qualquer motivo. Para uma mulher para assumir o papel de um homem porque ele tem negligenciado ele apenas agrava o problema. Não é possível para uma mulher para substituir por um homem em tais coisas. Deus muitas vezes tem levado as mulheres a fazer o trabalho que os homens se recusaram a fazer, mas Ele não levá-los a realizar esse trabalho através de papéis Ele restringiu aos homens.

Há momentos em reuniões informais e estudos bíblicos em que é inteiramente adequado para homens e mulheres para compartilhar igualmente na troca de perguntas e insights. Mas quando a igreja se reúne como um corpo para adorar a Deus, Seus padrões são claros: o papel da liderança é reservado para os homens.
Obviamente, muitos dos crentes de Corinto, os homens como as mulheres, tinha disputavam com Paulo sobre este assunto. Eles estavam determinados a seguir seus próprios princípios e normas, independentemente do que o apóstolo ou de outros líderes maduros disse. No seu orgulho e arrogância a igreja queria ser uma lei em si, decidir sobre o seu próprio o que era certo e adequado. Eles agiam como se tivessem um canto na verdade e ousou outros para questioná-los.
O Corinthians se colocar acima Escritura, ignorando-o ou interpretá-la de formas que se ajustam às suas noções predispostos. Assim, Paulo desafia-los em suas palavras mais mordazes e sarcásticos ainda:Foi de você que a palavra de Deus foi o primeiro por diante? Ou tem que vir só para você? Ele disse que, na verdade, "Se você não escrever Escritura, então obedecê-la. Se não são os únicos receptores da Palavra de Deus, então sujeitai-vos a ele como filhos fiéis de Deus, como Os cristãos em toda a parte são obrigados a fazer. " Nenhum crente tem o direito de ignorar, ignorar, alterar, ou desobedecer a Palavra de Deus. Para fazer isso é colocar-se acima da Palavra de Deus.

Ele continua o desafio: Se alguém pensa que ele é um profeta ou espiritual, ele reconhece que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor. No contexto do que Paulo tem vindo a apostar na em referência aos profetas e línguas, parece que espiritual deve se referir principalmente para aqueles que falavam em línguas, a língua espiritual especial o Corinthians tão altamente valorizada. Seu ponto é este: "Se uma pessoa afirma ser um profeta ou de ter o dom de línguas ou qualquer outro dom espiritual, a marca da sua verdadeira vocação e ministério fiel será o seu reconhecimento de que o que eu ensino como um apóstolo são as verdades de Deus. Se uma pessoa é verdadeiramente chamado ou dotado de Deus e é sinceramente tentando seguir a Deus, ele vai apresentar o exercício da sua vocação e dom para os princípios que Deus me revelou como os Seus mandamentos. " O que o apóstolo ensinou não era opcional.

Por outro lado, Mas, se alguém não reconhece isso, ele não é reconhecido . Este jogo de palavras carrega a idéia de que qualquer um que ignora a Palavra deve-se ser desconsiderada. A marca de um falso profeta ou um falsificador de línguas, ou de uma pessoa que abusa de uma verdadeira vocação ou dom, era a sua rejeição do que Paulo ensinou. Porque essas pessoas rejeitaram o ensino do apóstolo, eles foram rejeitados como servos legítimos de Deus. Porque era a revelação de Deus como a Escritura, o ensinamento de Paulo era absolutamente autoritária (cf. 2 Pe. 3: 15-16 ).

Essa ênfase na autoridade vem em um local apropriado, porque muitos crentes de Corinto queria ignorar as palavras de Paulo sobre as línguas e mulheres. Paulo diz que a igreja deve ignorar tais, que rejeitam autodenominados ignorantes.
Em versos 37:38 Paulo dá, talvez, sua mais forte pretensão de autoridade como apóstolo de Deus. Paulo tinha limitações pessoais e pontos cegos, que ele reconheceu livremente (ver, por exemplo, Phil. 3: 12-14 ). Mas quando Ele falou por Deus, seus pontos de vista não foram manchados pelo viés cultural ou pessoal. Ele não, por exemplo, ensinar a submissão das mulheres na igreja por causa de sua origem judaica ou para se adequar a qualquer machismo pessoal. Ele ensinou que a verdade porque ele próprio tinha sido tão ensinada pelo Senhor. Paulo não reivindicou a onisciência, mas ele afirmou inequivocamente que tudo o que ele ensinou sobre Deus, sobre o Seu evangelho, e sobre a Sua igreja era o próprio ensinamento de Deus, o mandamento do Senhor.

Não importa qual a sua posição, formação, experiência, conhecimentos, ou talentos, os cristãos que rejeitam o ensinamento de Paulo rejeitar o ensinamento de Deus, e são eles próprios a ser rejeitado como professores ou líderes em sua igreja.

Resumo Exortação

Portanto, meus irmãos, procurai com zelo o profetizar, e não proibais o falar em línguas. Mas deixe tudo seja feito corretamente e de forma ordenada. ( 14: 39-40 )

Paulo conclui o capítulo com uma exortação resumo para o Corinthians para segurar profecia na posição superior em seus serviços, mas não desprezar ou rejeitar falar legítimo em línguas. E tudo o que eles fizeram em nome do Senhor deve ser feito da maneira certa.
Em suas assembléias eram coletivamente procurai com zelo [segunda pessoa do plural] para profetizar , porque a profecia é o grande Edifier, o grande instrutor e professor. Profecia é tão importante porque edificação é tão importante. Mais uma vez, como a forma verbal prova, Paulo não está sugerindo que os indivíduos buscam o dom de profecia (ver comentários em chap 37. em 14: 1 ).

Mas, embora secundária a profecia, legítimos línguas que são legitimamente exercida também deve ser reconhecida como do Senhor, e não ridicularizados ou proibidas. Não proíbam também está no plural e não defende a busca individual de línguas, mas refere-se à igreja como um grupo permitindo que os dons próprios de ser exercido. Tongues foi um presente limitado, tanto em propósito e na duração, mas foi o dom do Senhor, e, enquanto ele estava ativo, não era para ser desprezado ou impedido.

Revelação direito deve ser obedecida no caminho certo, e presentes de direito deve ser exercido de maneira correta. O significado básico de euschēmonōs ( corretamente ) é graciosamente, becomingly, harmoniosamente, lindamente. Orderly tem o significado de "por sua vez" ou "um de cada vez" (cf. 27 v. ). Deus é um Deus de beleza e harmonia, do decoro e da ordem, e todas as coisas que seus filhos fizerem, devem reflectir as características divinas.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de I Coríntios Capítulo 14 do versículo 1 até o 40

I Coríntios 14

O culto verdadeiro e o culto falso — 1Co 14:1-19

Paulo ainda está tratando da questão do falar em línguas. Começa com um chamado aos coríntios para que não ajam de maneira infantil. Essa paixão pelo falar em línguas e sua sobrevalorização era em realidade uma sorte de ostentação infantil, o produto do desejo de exibir— se como meninos precoces.
Paulo acha então um argumento no Antigo Testamento. Vimos várias vezes como a exegese rabínica — e Paulo era um rabino — podia encontrar no Antigo Testamento significados escondidos que com segurança não tinham sido previstos originalmente. Paulo se refere a Isaías 28:9-12. Nessa passagem, Deus, através de seu profeta, ameaça ao povo. Isaías lhes pregou em seu próprio idioma hebreu e não o escutaram nem o compreenderam. Devido a sua desobediência os assírios virão sobre eles e os conquistarão e ocuparão suas cidades. Então terão que ouvir um idioma que não poderão compreender. Terão que ouvir a língua estrangeira de seus conquistadores falando coisas ininteligíveis; e nem sequer essa experiência terrível fará com que os que não crêem se voltem a Deus. De modo que Paulo utiliza o argumento de que as línguas foram utilizadas para pessoas de coração duro e incrédulas e que, finalmente, foram ineficazes.
Logo Paulo utiliza um argumento muito prático. Se qualquer estranho, ou qualquer pessoa simples, entrasse numa reunião cristã em que todos emitissem uma corrente de sons ininteligíveis ao falar em línguas, pensaria ter chegado a Babel e encontrar-se num manicômio Mas se a verdade de Deus estivesse sendo proclamada sóbria e compreensivelmente, o resultado seria muito distinto. O homem se encontraria face a face consigo mesmo e com Deus.
Os versículos 24:25 nos dão um vívido resumo dos efeitos da pregação cristã, e do que acontece quando a verdade de Deus se proclama inteligivelmente.

  1. Convence o homem de seu próprio pecado. Pela primeira vez vê o que é e se sentirá consternado. Alcibíades, o preferido malcriado de Atenas, era amigo de Sócrates, e algumas vezes estava acostumado a lhe dizer: "Sócrates, odeio-te, devido ao fato de que cada vez que me encontro contigo me fazes ver o que sou." A mulher de Samaria disse com surpresa envergonhada: “Vinde comigo e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito” (Jo 4:29). O primeiro que faz a mensagem de Deus é fazer com que o homem tome consciência de que é um pecador
  2. Leva o homem a juízo. Pela primeira vez o homem se dá conta de que deve responder pelo que realizou. Até esse momento pode ter vivido sem pensar nas finalidades da vida. Pode ter vivido o dia, seguindo seus impulsos e aproveitando seus prazeres. Mas agora vê que o dia tem um fim, e ali está Deus.
  3. Mostra ao homem os segredos de seu próprio coração. O homem geralmente não se vê a si mesmo. Enfrentamos nossos corações em último lugar. Como diz o provérbio: "Não há ninguém tão cego como aquele que não quer ver." A mensagem cristã obriga o homem a ter essa severa honestidade que humilha, que o faz enfrentar-se a si mesmo.
  4. Faz com que o homem se ajoelhe perante Deus. Todo o cristianismo começa com o homem ajoelhado na presença de Deus. A porta de entrada à sua presença é tão baixa que só podemos atravessá-la sobre nossos joelhos. Quando um homem enfrentou a Deus e a si mesmo, tudo o que fica por fazer é ajoelhar-se e orar: "Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador."

Então o homem sai seguro de que esteve na presença de Deus. A prova de todo ato de adoração é a seguinte: "Faz-nos sentir a presença de Deus?"
Joseph Twitchell nos relata como foi visitar Horácio Bushnell quando este era ancião. De noite Bushnell o levou a caminhar pelas ladeiras. Enquanto caminhavam na escuridão, Bushnell disse de repente. Ajoelhemo-nos e oremos." E ele orou. Twitchell disse ao relatá-lo depois: "Tinha medo de estirar minha mão na escuridão, pois temia tocar em Deus."

Quando nos sentimos assim tão perto de Deus, compartilhamos e experimentamos real e verdadeiramente um ato de adoração.

CONSELHOS PRÁTICOS

I Coríntios 14:26-33

Paulo chega no final desta seção com alguns conselhos muito práticos. Está decidido a que todo aquele que possui um dom receba todas as oportunidades possíveis para exercitá-lo, mas está igualmente decide que os cultos da Igreja não se convertam por isso numa sorte de desordenada competição. Só dois ou três devem exercitar o dom de línguas, e só se houver alguém presente que possa interpretá-los. Todos têm o dom de profetizar a verdade, mas mais uma vez, só dois ou três podem exercê-lo, e se alguém da congregação tem a convicção de que recebeu uma mensagem especial, aquele que dirige deve dar-lhe a oportunidade de expressá-lo. Aquele que dirige pode fazê-lo perfeitamente, e não precisa dizer que se vê miserável pela inspiração e não pode deter-se, porque o pregador pode controlar seu próprio espírito. Deve haver liberdade, mas não desordem. O Deus de paz deve ser adorado em paz.
Não é exagerado dizer que nenhuma seção desta carta é tão interessante como a presente, devido ao fato de que arroja abundante luz sobre o culto tal como era na 1greja primitiva. Obviamente existia nele uma liberdade e uma informalidade completamente estranhas a nossas idéias. Desta passagem surgem duas grandes questões.

  1. Evidentemente, a Igreja primitiva não tinha um ministério profissional. Na verdade, os apóstolos se sobressaíam com uma autoridade muito especial; mas nesta etapa a Igreja não tinha pastores locais profissionais. Estava aberta a todo aquele que tinha um dom para que o utilizasse. Fez bem ou mal a Igreja em instituir um ministério profissional? Em realidade há algo essencial que, em nossa era tão cheia de atividades, quando os homens estão tão preocupados com as coisas materiais, deve-se apartar a um homem para que viva perto de Deus e brinde a seu próximo a verdade, a guia e o fôlego que Deus outorga a ele. Mas por outro lado está o perigo óbvio de que quando um homem se converte em pregador profissional às vezes está obrigado a ter que dizer algo quando em realidade não tem nada que dizer. Seja como for, deve ficar claro que se alguém tiver uma mensagem para dar a seus próximos, nenhuma norma nem regulamento eclesiástico deveria impedi-lo de fazê-lo. É sem dúvida alguma um engano pensar que só o ministro profissional pode transmitir a verdade de Deus aos homens.
  2. Obviamente na 1greja primitiva a ordem de culto tinha uma flexibilidade que atualmente nos falta. Evidentemente não havia uma ordem estabelecida. Tudo era o suficientemente informal para deixar que qualquer pessoa que sentisse que tinha uma mensagem para dar poderia fazê-lo. Pode ser que em nossos dias demos muita importância à ordem e à dignidade. Pode ser que nos tenhamos convertido em escravos das ordens de culto. O realmente notável num culto de uma Igreja primitiva deve ter sido que quase todos chegavam sentindo que tinham tanto o privilégio como a obrigação de contribuir com algo nele. Não se chegava a ele com a única intenção de ser um ouvinte passivo. Não se ia só para receber, mas também para dar.

Obviamente isto apresentava seus perigos, porque é claro que em Corinto havia alguns que estavam apaixonados pelo som de suas vozes; entretanto, nesses dias a Igreja deve ter sido muito mais uma possessão real do cristão comum. Bem pode ser que a Igreja tenha perdido algo quando delegou tanto no ministério profissional e deixou tão pouco em mãos dos membros comuns; e pode ser que a culpa não resida no fato de que os pastores se anexaram esses direitos, mas em que os leigos os abandonaram; porque é muito certo que existem muitos membros de igreja cuja atitude os leva a pensar muito mais no que a igreja pode fazer por eles do que no que eles podem fazer pela igreja, e que estão sempre preparados para criticar o que se faz, mas nunca dispostos a compartilhar o trabalho na mesma.

INOVAÇOES PROIBIDAS

I Coríntios 14:34-40

Na Igreja de Corinto existiam inovações que a ameaçavam e que não eram do agrado de Paulo. Com efeito, exige deles que esclareçam que direitos tinham de fazê-las. Eram acaso eles os criadores da Igreja cristã? Tinham um monopólio da verdade do evangelho e de sua história? Tinham recebido uma tradição e deviam ser obedientes a ela.
Ninguém se livrou jamais por completo das idéias e do pano de fundo da era em que viveu e da sociedade na qual cresceu, e Paulo, em sua concepção do lugar que deviam ocupar as mulheres dentro da Igreja, não podia livrar-se das idéias que tinha conhecido toda sua vida. Já assinalamos que no mundo antigo o lugar das mulheres era baixo.
No mundo grego Sófocles havia dito "O silêncio confere graça a uma mulher." Na Grécia as mulheres, a não ser que fossem muito pobres ou de moral relaxada, levavam uma vida de reclusão. Os judeus tinham uma idéia ainda mais baixa das mulheres. Entre as declarações rabínicos há muitos que diminuem o lugar das mulheres. "Com respeito a ensinar a lei a uma mulher, o mesmo seria ensinar-lhe impiedade." Ensinar a lei a uma mulher era "jogar pérolas aos porcos". O Talmud menciona entre as pragas do mundo "a viúva conversadora e inquisitiva e a virgem que perde seu tempo orando". "Não se deve pedir um favor a uma mulher, nem saudá-la."
Paulo escreveu esta passagem numa sociedade como a descrita. É bem possível que o que acima de tudo estivesse em sua mente fosse a moral relaxada de Corinto e o sentimento de que não devia fazer-se nada, nada absolutamente, que trouxesse sobre a Igreja infante a menor suspeita de falta de modéstia. Com segurança seria muito equivocado tirar estas palavras de Paulo do contexto em que foram escritas e fazer delas uma regra universal para a Igreja.
Paulo continua falando com certa severidade. Estava muito seguro de que, embora as pessoas tenham dons espirituais, isto não lhes dá nenhum direito para rebelar-se contra a autoridade. Paulo é consciente de que os conselhos que deu e as leis que estabeleceu, ele as recebeu diretamente de Jesus Cristo e de seu Espírito, e que se alguém se negar a compreendê-lo deve ser deixado em sua voluntária ignorância.
Assim, pois, Paulo chega no final. Esclarece que não deseja afogar o dom de ninguém, a única coisa que quer fazer possível é que exista uma boa ordem dentro da Igreja. A grande norma que com efeito estabelece é que o homem recebeu de Deus todos os dons que possui, não para seu próprio benefício, mas para o benefício da Igreja, não para sua própria glória, mas para a maior glória de Deus. Quando um homem pode dizer: "Seja Deus glorificado", então e só então utilizará seus dons corretamente dentro e fora da Igreja.


Dicionário

Batalha

substantivo feminino Combate geral entre dois exércitos ou duas armadas.
Qualquer combate; peleja, luta.
Figurado Luta, esforços para vencer dificuldades.
Figurado Controvérsia, contenda.
Jogo de cartas com dois parceiros.
Figurado Cavalo de batalha, assunto predileto, argumento principal; grande dificuldade.

Incerto

incerto adj. 1. Que não é certo. 2. Duvidoso. 3. Hesitante, indeciso. 4. Indeterminado, irresoluto. S. .M O que não é certo.

Preparar

verbo transitivo Aprontar, arranjar, dispor com antecedência.
Predispor favoravelmente.
Estudar, organizar previamente.
Dar preparo a, ensinar.
Química Obter (um corpo qualquer) por meio de composição ou decomposição: preparar o oxigênio.
verbo pronominal Aparelhar-se, apetrechar-se.
Vestir-se convenientemente; enfeitar-se, ataviar-se.

preparar
v. 1. tr. dir. e pron. Aparelhar(-se), aprontar(-se), dispor(-se) antecipadamente. 2. pron. Arranjar-se, ataviar-se. 3. tr. dir. Educar, habilitar. 4. tr. dir. Predispor. 5. tr. dir. Armar, dispor, maquinar. 6. tr. dir. Estudar, meditar, memorizar. 7. tr. dir. Dosar e combinar os ingredientes para um medicamento. 8. tr. dir. Tratar (plantas, animais ou partes do corpo humano) a fim de conservar ao natural para fins de estudo.

Sonido

substantivo masculino Som, rumor, ruído.

Sonido CLANGOR (Ex 28:35).

Trombeta

substantivo feminino Música Instrumento de sopro formado por um tubo de metal mais ou menos comprido e afunilado na extremidade por onde se emboca.
[Brasil] Máscara de couro que se coloca nos cavalos para que não comam ou bebam fora da ração.
substantivo masculino Aquele que toca trombeta; trombeteiro.
[Brasil] Indivíduo que divulga segredos.

Era usualmente o “shophar” ouchifre de carneiro ou de boi (Js 6:4), e muitas vezes, ainda em uso entre os judeus nas ocasiões solenes. Fez-se menção, também, de trombetas de prata, de que se serviam somente os sacerdotes (Nm 10:2, eem outros lugares). (*veja Jubileu.)

Trombeta Instrumento de sopro, feito de chifre (Js 6:4-5), RA; RC, buzina) ou de metal. A de metal tinha um tronco reto, de uns 60 cm, e uma boca em forma de sino (Nu 10:2).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
I Coríntios 14: 8 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Porque, também, se incerto sonido a trombeta der, quem se preparará para a batalha?
I Coríntios 14: 8 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

54 d.C.
G1063
gár
γάρ
primícias da figueira, figo temporão
(as the earliest)
Substantivo
G1325
dídōmi
δίδωμι
bato, uma unidade de medida para líquidos, com cerca de 40 litros, igual ao efa que é a
(baths)
Substantivo
G1437
eán
ἐάν
se
(if)
Conjunção
G1519
eis
εἰς
(A
(disputed)
Verbo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G3903
paraskeuázō
παρασκευάζω
estar pronto, preparar-se
([as] were preparing)
Verbo - particípio presente ativo - Masculino no Plurak genitivo
G4171
pólemos
πόλεμος
mudar, trocar
(change)
Verbo
G4536
sálpinx
σάλπιγξ
mercadoria
(and of the trade)
Substantivo
G5101
tís
τίς
Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
(who)
Pronome interrogativo / indefinido - nominativo masculino singular
G5456
phōnḗ
φωνή
Uma voz
(A voice)
Substantivo - Feminino no Singular nominativo
G82
ádēlos
ἄδηλος
()


γάρ


(G1063)
gár (gar)

1063 γαρ gar

partícula primária; conj

  1. porque, pois, visto que, então

δίδωμι


(G1325)
dídōmi (did'-o-mee)

1325 διδωμι didomi

forma prolongada de um verbo primário (que é usado com uma alternativa em muitos dos tempos); TDNT - 2:166,166; v

  1. dar
  2. dar algo a alguém
    1. dar algo a alguém de livre e espontânea vontade, para sua vantagem
      1. dar um presente
    2. conceder, dar a alguém que pede, deixar com que tenha
    3. suprir, fornecer as coisas necessárias
    4. dar, entregar
      1. estender, oferecer, apresentar
      2. de um escrito
      3. entregar aos cuidados de alguém, confiar
        1. algo para ser administrado
        2. dar ou entregar para alguém algo para ser religiosamente observado
    5. dar o que é dever ou obrigatório, pagar: salários ou recompensa
    6. fornecer, doar
  3. dar
    1. causar, ser profuso, esbanjador, doar-se a si mesmo
      1. dar, distribuir com abundância
    2. designar para um ofício
    3. causar sair, entregar, i.e. como o mar, a morte e o inferno devolvem o morto que foi engolido ou recebido por eles
    4. dar-se a alguém como se pertencesse a ele
      1. como um objeto do seu cuidado salvador
      2. dar-se a alguém, segui-lo como um líder ou mestre
      3. dar-se a alguém para cuidar de seus interesses
      4. dar-se a alguém a quem já se pertencia, retornar
  4. conceder ou permitir a alguém
    1. comissionar

Sinônimos ver verbete 5836


ἐάν


(G1437)
eán (eh-an')

1437 εαν ean

de 1487 e 302; conj

  1. se, no caso de

εἰς


(G1519)
eis (ice)

1519 εις eis

preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

  1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

παρασκευάζω


(G3903)
paraskeuázō (par-ask-yoo-ad'-zo)

3903 παρασκευαζω paraskeuazo

de 3844 e um derivado de 4632; v

estar pronto, preparar-se

ter se preparado, estar preparado ou pronto


πόλεμος


(G4171)
pólemos (pol'-em-os)

4171 πολεμος polemos

de pelomai (alvoroçar-se); TDNT - 6:502,904; n m

guerra

luta, batalha

disputa, contenda, rixa

Sinônimos ver verbete 5938


σάλπιγξ


(G4536)
sálpinx (sal'-pinx)

4536 σαλπιγξ salpigx

talvez de 4535 (da idéia de garganteio ou reverberação); TDNT - 7:71,997; n f

  1. trombeta

τίς


(G5101)
tís (tis)

5101 τις tis

τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

Possui relação com τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

φωνή


(G5456)
phōnḗ (fo-nay')

5456 φωνη phone

provavelmente semelhante a 5316 pela idéia de revelação; TDNT - 9:278,1287; n f

  1. som, tom
    1. de algo inanimado, com instrumentos musicais
  2. voz
    1. do som de palavras expressas
  3. discurso
    1. de uma linguagem, língua

ἄδηλος


(G82)
ádēlos (ad'-ay-los)

82 αδηλος adelos

de 1 (como partícula negativa) e 1212; adj

  1. não manifesto, indistinto, incerto, obscuro