Enciclopédia de Efésios 4:4-4

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ef 4: 4

Versão Versículo
ARA há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação;
ARC Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação;
TB um só corpo há e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação;
BGB ἓν σῶμα καὶ ἓν πνεῦμα, καθὼς καὶ ἐκλήθητε ἐν μιᾷ ἐλπίδι τῆς κλήσεως ὑμῶν·
BKJ Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação;
LTT Há exatamente um corpo ① e exatamente um Espírito (Santo), como também fostes chamados em exatamente uma esperança do vosso chamamento;
BJ2 Há um só Corpo e um só Espírito, assim como é uma só a esperança da vocação a que fostes chamados;
VULG Unum corpus, et unus Spiritus, sicut vocati estis in una spe vocationis vestræ.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Efésios 4:4

Jeremias 14:8 Oh! Esperança de Israel, Redentor seu no tempo da angústia! Por que serias como um estrangeiro na terra e como o viandante que se retira a passar a noite?
Jeremias 17:7 Bendito o varão que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor.
Mateus 28:19 Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
Atos 15:11 Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo, como eles também.
Romanos 12:4 Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação,
I Coríntios 10:17 Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo; porque todos participamos do mesmo pão.
I Coríntios 12:4 Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.
I Coríntios 12:20 Agora, pois, há muitos membros, mas um corpo.
II Coríntios 11:4 Porque, se alguém for pregar-vos outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, com razão o sofrereis.
Efésios 1:18 tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos
Efésios 2:16 e, pela cruz, reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades.
Efésios 2:18 porque, por ele, ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito.
Efésios 2:22 no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito.
Efésios 4:1 Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados,
Efésios 5:30 porque somos membros do seu corpo.
Colossenses 1:5 por causa da esperança que vos está reservada nos céus, da qual já, antes, ouvistes pela palavra da verdade do evangelho,
Colossenses 3:15 E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos.
II Tessalonicenses 2:16 E o próprio nosso Senhor Jesus Cristo, e nosso Deus e Pai, que nos amou e em graça nos deu uma eterna consolação e boa esperança,
I Timóteo 1:1 Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, segundo o mandado de Deus, nosso Salvador, e do Senhor Jesus Cristo, esperança nossa,
Tito 1:2 em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos,
Tito 2:13 aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo,
Tito 3:7 para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.
Hebreus 6:18 para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta;
I Pedro 1:3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos,
I Pedro 1:21 e por ele credes em Deus, que o ressuscitou dos mortos e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em Deus.
I João 3:3 E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

grupo local biblicamente organizado e reunindo-se (regularmente). Nota Mt 16:18.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

ef 4:4
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 26
CARLOS TORRES PASTORINO
MT 4:1-11

1. Então foi levado Jesus pelo espírito ao deserto para ser posto à prova pelo adversário.


2. E tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome.


3. Chegando o tentador disselhe: "se és filho de Deus, dize que estas pedras se tornem em pães".


4. Mas Jesus respondeu: "Está escrito: "Não só de pão viverá o homem, mas de tudo o Que sai da boca de Deus".


5. Então o adversário o levou à cidade santa e o colocou sobre o pináculo do templo,


6. e disse-lhe: "se és filho de Deus, lança-te daqui abaixo, porque está escrito: "a seus anjos ordenará a teu respeito e eles te susterão em suas mãos, para não tropeçares em alguma pedra".


7. Tornou-lhe Jesus: "Também está escrito: não tentarás o Senhor teu Deus",


8. De novo o adversário o levou a um monte muito alto e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e o apreço deles,


9. e disse-lhe: "tudo isto te darei se, prostrado, me adorares".


10. Respondeu-lhe Jesus: "Vai para trás, antagonista, porque está escrito: ao Senhor teu Deus adorarás e só a Ele darás culto".


11. Então o adversário o deixou; e eis que vieram os anjos e o serviam.


LC 4:1-13

1. Cheio de um espírito santo, voltou Jesus do Jordão e foi levado com o espírito ao deserto,


2. durante quarenta dias, sendo experimentado pelo adversário. E nada comeu nesses dias; mas, passados eles, teve fome.


3. Então lhe disse o adversário: "se és Filho de Deus, manda que esta pedra se torne em pão".


4. Respondeu-lhe Jesus: "Está escrito que não só de pão viverá o homem".


5. E levando-o a uma altura, mostrou-lhe num relance de tempo todos os reinos habitados.


6. Disse-lhe o adversário: "dar-te-ei o domínio absoluto e o apreço deles, porque eles me foram entregues e os dou a quem eu quiser;


7. se tu, pois, me adorares, tudo será teu".


8. Respondeu Jesus: "Está escrito: ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele darás culto".


9. Então o levou a Jerusalém e o colocou sobre o pináculo do templo e lhe disse : "se és filho de Deus, lança-te daqui abaixo,


10. porque está escrito: "a os seus anjos ordenará a teu respeito para te guardarem,


11. e "eles te susterão nas mãos para não tropeçares em alguma pedra".


12. Respondendo disse-lhe: "dito esta que não tentarás ao Senhor teu Deus".


13. Tendo o adversário acabado toda sorte de tentação, apartou-se dele até ocasião oportuna.


MC 1:12-13

12. Imediatamente o espírito o imliu para o deserto,


13. e ali ficou quarenta dias tentado pelo antagonista; e estava com as feras e os anjos o serviam.


Estudemos, inicialmente, três palavras que aparecem no texto, uma hebraica e duas gregas. E completaremos logo a seguir o estudo de um assunto que tem sido mal conduzido, por interpretações viciosas.


SATÃ ou SATANÁS - Em hebraico aparece (...) (satan) e em aramaico (...) (sitená), mas também se encontram as duas palavras iniciadas por samech: (...) Essa palavra significa literalmente "o opositor, o antagonista, o adversário, ou seja A PESSOA QUE SE OPÕE.


Foi transliterado em muitos lugares para o grego σατανάς.
No entanto, desde os Setenta até o Novo Testamento, essa palavra aparece também traduzida em grego, por uma equivalente: DIABO - que é o adjetivo διάβολος,ος,ον O verbo grego διαβάλλω - composto da partícula διά (que exprime separação em duas ou mais direções) e o verbo simples βάλλω (que quer dizer "lançar, jogar, impelir") - tem o sentido de "desunir, separar"; daí derivam outros sentidos, como "intrigar", donde: "acusar, caluniar, opor-se".
Esse verbo é usado, nestes trechos que estamos comentando, duas vezes na forma simples: βάλε - lança-te (MT 4:6 e LC 4:9) e uma vez no composto: έиβάλλει - impeliu (MC 1:12).
Desse verbo derivam: a) o substantivo διαβολή, ης (f.), que significa "divisão, desunião", donde "intriga, acusação, calúnia", e b) o adjetivo διάβολος,ος,ον com o sentido "que separa, que divide", donde "adversário, opositor, provocador, acusador, caluniador".
TENTADOR - Em grego é um verbo ζαdιзд (só conjugado no presente e no aoristo), cujo particípio presente é substantivado: o πειραζων . O verbo quer dizer "experimentar, tentar, pôr à prova" e o partic ípio tem o sentido de "o tentador".

Concluímos, pois, que há sinonímia entre os dois primeiros, e sempre os traduziremos assim: "o antagonista" (satanás) ; "o adversário" (diabo) e "o tentador".


Antes de prosseguir, todavia, expliquemos o sentido REAL atribuído pelo Novo Testamento às palavra "antagonista", "adversário" e "tentador".


Todos os três epítetos referem-se à PERSONALIDADE: é o quaternário inferior que, pela encarnação, estabelece a separação, a divisão, a desunião entre as criaturas, e que se opõe à espiritualização;


é o adversário e antagonista da evolução, que tenta o homem para que volte sempre à matéria. O Espírito (Cristo) é um só em todos ("um só Espírito há", EF 4:4), porque o Foco Incriado (Deus) é um só ("há um só Deus e Pai de todos", EF 4:6). Quando as Centelhas se afastam do Foco, se esfriam ou congelam (por estarem distantes vibratoriamente do calor) e se cristalizam na matéria densa opaca (que é "trevas" por distanciamento vibratório do Foco de Luz). Então, as Centelhas ficam separadas umas das outras pelo corpo denso de que se revestiram, seja ele mineral, vegetal ou animal; não obstante, mesmo sendo a personalidade "o antagonista, o adversário", continua sendo "Lúcifer", ou seja, o "portador da luz", porque tem dentro de si a Luz Divina. Divididas e separadas em corpos diferentes, estabelece-se toda a sequência de contrastes, egoísmos, vaidades, ciúmes, ódios, etc.


O trabalho evolutivo consiste na reunificação de todos em UM; em outros termos, no AMOR total entre todos, sem distinções e qualquer espécie. O que se opõe a esse AMOR-UNIÃO e a personalidade, que é o "antagonista" (satanás), o "adversário" (diabo), o "tentador", que atrai o espírito para a separação, querendo sobrepujar os demais.


A personalidade é que, separada como está, distingue o "eu" do "tu", opondo o "eu" a "todo o resto".


Quando conseguirmos reunir, ou melhor, reunificar tudo NUM só Cristo ("para que sejam UM comigo, assim como sou UM contigo, Pai", JO 17:22) teremos alcançado a meta da evolução. E então a personalidade (opositor, diabo, satanás, tentador) e sua consequência inevitável, a morte, estarão dominadas e vencidos: "a morte foi aniquilada pela vitória (cfr. IS 25:8). Onde está ó morte a tua vitória? (cfr. Oséas, 13:14). Onde está ó morte o teu aguilhão (teu estimulante)? O aguilhão da morte é a queda (o erro, a involução na matéria), e a força da queda é a lei (da evolução)", lemos em Paulo (1CO 15:54-55).


No entanto, há outras palavras vulgarmente tidas como sinônimos de diabo e satanás, mas que nada têm que ver com esse sentido. Esclareçamos logo.


DEMÔNIO- Nada autoriza a confundi-lo com os termos acima.


O substantivo grego δαιµων, ονος (masc. e fem.) é simplesmente um espírito desencarnado, de homem ou de mulher, podendo ser bom (guia), regular (familiar) ou perverso (obsessor). A literatura grega é farta de exemplos dos três graus, embora os dois primeiros sejam os mais comuns, ao passo que nos Evangelhos o mais comum é o terceiro. Platão usa o adjetivo δαιµονιος; ao lado do substantivo
σωφια para exprimir "a sabedoria divina" ... (Crat, 396 d) e Herodoto (4, 126 e 7, 48) emprega o mesmo adjetivo ao lado de "homem", no sentido de "homem excelente". O próprio Platão (Ap. 40 a) refere que Sócrates dizia ter um "guia" (δαίµων) que o ajudava em todas as dificuldades da vida, aconselhandoo para o bem.
Os verbos δαιµονίζοµαι e δαιµόνω significam "receber espírito", ou "estar sob a ação de um espírito desencarnado", fosse ele bom ou mau.
Do substantivo, deriva o adjetivo δαιµόνιος, ος (α), ον que significa "maravilhoso, extraordinário"; esse adjetivo é substantivado em το δαιµόνιον, para exprimir "espírito desencarnado", ou seja, o ser que está na escala entre Deus e o homem. Observe-se que em o Novo Testamento só é usada essa forma do adjetivo substantivado, aparecendo o substantivo δαίµων apenas em MT 4:3.
Demônio, pois, é apenas um "espírito desencarnado", com três graus de evolução: bons e regulares (nos autores profanos) e pouco elucidados (nos autores do Novo Testamento), Mas há ainda duas outras espécies de "espíritos" citados: IMPURO - πνεΰµα άиάθαρτον com o sentido exato de "não-purificado" ainda, ou melhor, de "atrasado", de não-evoluído.
MAU - πνεΰµα πονερόν, que preferimos chamar "sofredor". Com efeito, πονερός tem esse sentido: " sofredor, infeliz, defeituoso ", donde passou a "mau"; tanto assim que o substantivo exprime "o sofrimento", e daí "o mal" porque, segundo a concepção terrena, todo sofrimento é um mal. Mas ambos são derivados do substantivo πόνος, que quer dizer "esforço", donde "fadiga", e daí "sofrimento" (compare com o latim poena e o português "pena").
SANTO - Quando, porém, o "espírito" é bom, esclarecido, ou melhor, iluminado, o Novo Testamento o chama "santo" (άγιος), isto é, puro, sadio, são.

Resumindo, temos as seguintes qualificações para os espíritos humanos desencarnados, de acordo com seus graus evolutivos: 1) - santo - sadio, bom, iluminado, superior a nós; 2) - demônio - regular, não-esclarecido, familiar, igual a nós; 3) - sofredor - que está sofrendo, mas esforçando-se por melhorar; 4) - impuro, isto é, atrasado - não evoluído ainda, e que se obstina no erro.


A estes, podemos acrescentar mais um termo: é um espírito humano desencarnado, já iluminado (santo) que tem missão especial: e um mensageiro, um encarregado de tarefa especial junto aos homens; denominado, então, ANJO.


Passemos, agora, aos comentários exegéticos dos trechos, procurando ater-nos à cronologia. das ocorr ências.


(1) Lucas diz que "Jesus voltou do Jordão cheio de um espírito santo" (em grego sem artigo; portanto, é indeterminado, um epíteto comum: um espírito bom, iluminado), e foi com o (com esse) espírito para o deserto. Aí temos mais uma vez a preposição grega en, com valor associativo, que comentamos nas págs. 32 e 80.


(2) Mateus afirma simplesmente que "foi conduzido ao deserto pelo espírito" (agente da passiva, com a preposição "hypó", que literalmente daria o sentido "sob um espírito", podendo entender-se: conduzido sob a influência do espírito, ou ainda "incorporado").


(3) O "deserto" não foi localizado até hoje. Pela tradição seria o "Monte da Quarentena" (Djebel Karantal) a 4 quilômetros a nordeste da moderna Jericó, lugar ermo e cheio de grutas naturais. O deserto, segundo informam as Escrituras, era o local preferido dos espíritos atrasados (cfr. MT 12:43; LC 11:24; IS 13:21 e IS 34:14; Bar. 4:35 e 2CR 8:3).


(4) Temos a notícia do jejum de quarenta dias e quarenta noites. Não se trata de um hebraísmo essa repetição, mas salienta o narrador que Jesus não comeu nem de dia nem de noite; há razão para essa afirmativa, pois no oriente, depois de ocultar-se o sol, os jejuadores podiam alimentar-se, como ainda se usa hoje no Ramadan.


(5) Por que quarenta? É um número simbólico e cabalístico, que vemos repetido no Velho Testamento: o dilúvio dura quarenta dias (GN 7:17); Moisés jejua no Sinai, por duas vezes, durante quarenta dias de cada vez (DT 9:9 e DT 9:18); os israelitas ficam 40 anos a peregrinar pelo deserto (NM 14:33) ; Elias jejua 40 dias (1RS 19:8); David e Salomão reinam quarenta anos cada um

(1RS 2:11 e 1RS 11:42) e outros passos ainda. Na própria vida de Jesus temos esse jejum e mais tarde sua permanência na Terra entre a ressurreição e a ascensão, durante quarenta dias (AT 1:3).


Deve haver algum significado nesse número.


(6) Depois assinalam os evangelistas que Jesus teve fome.


(7) Aparece então o "tentador". Discutem os hermeneutas se Lhe apareceu sob forma humana corpórea, se "pegou" mesmo a pedra com sua mão, ou se a cena se passou em "pensamento". Na primeiSABEDORIA DO EVANGELHO ra hipótese teríamos um fenômeno de materialização, e assim costumam representá-la os pintores.


Na segunda, seria apenas um fato intelectual. Não discutiremos essas minúcias, pois o fato será esclarecido no comentário simbólico, compreendendo-se que se trata de "pensamentos", que, aliás, nem sequer chegaram a tomar consistência, tão rapidamente foram esmagados pelo Espírito de Jesus.


(8) A seguir são enumeradas as "tentações". Parece-nos mais lógica a sequência dada por Mateus: I - de EGOÍSMO - transformar as pedras em pães, para saciar a própria fome. Trata-se do desejo animal de satisfazer à "fome", isto é, aos apetites egoístas do quaternário inferior. A resposta de Jesus, extraída de Deuteronômio 8:3, faz-nos compreender que a alimentação espiritual da tríade superior também pode saciar, essas "fomes".


II - de VAIDADE - lançar-se de grande altura, confiando que Deus mandará "mensageiros" para ajud á-lo. O adversário apresenta-se com uma frase do Salmo 91:11-12, mas Jesus lhe responde com outra do Deuteronômio 6:16. É a tentação de ceder à vaidade de demonstrações taumatúrgicas, onde não haja necessidade delas, confiando em proteções "especiais" superiores.


III - de ORGULHO - usar qualquer meio bajulatório para obter fama e poder de domínio. Volta Jesus com um versículo do Deuteronômio 6:13, mostrando que Deus está acima de tudo e só a Ele podemos e devemos prestar culto, reverência e obediência, não devendo utilizar-nos de meios escusos para adquirir vantagens nem pessoais nem para grupos.


(9) Discute-se também se o "diabo" carregou Jesus em suas mãos, para levá-lo a Jerusalém, colocandoo sobre o pináculo do Templo; e se O transportou carregando-O para o cume da montanha; e pergunta-se qual seria essa montanha, "de onde se viam todos os reinos do mundo" ... As soluções oferecidas por alguns comentadores são lamentáveis do ponto de vista do bom senso. Acreditamos que a explicação não esteja na "letra" e sim no "espírito" ou seja, no sentido global das "tentações".


(10) O sentido de "mostrou os reinos do mundo e o apreço deles" em Mateus; e a expressão: "darteei o domínio absoluto e o apreço deles", podem resumir-se: "o domínio das criaturas, e o apreço ou fama que obteria entre elas". A palavra grega δόζαν, derivada do verbo δοиεω tem vários sentidos: 1) aparência; 2) opinião; crença; 3) doutrina, ensino (por oposição a άληθεια "verdade pura"; a γνώσις "conhecimento adquirido; e a έπιστήµη "ciência"); 4) apreço, reputação, donde 5) glória.
(11) Em Mateus, no final do episódio, Jesus usa uma expressão autoritária: "retira-te, antagonista", que foram as mesmas palavras dirigidas a Pedro, quando este se opunha à revelação do sofrimento de Jesus (MC 8:33). O verbo grego υπαγε tem o sentido exato de "retira-te submetendo-te, capitula, rende-te, subordina-te", porque é composto de υπο (para baixo) e αγω (agir, ir).

(12) A conclusão é que, afastado o adversário, os anjos apresentaram-se para servir a Jesus.


No trecho resumidíssimo de Marcos há um pormenor: Jesus, no deserto, "estava com as feras" e com os anjos, que O serviam. Na Palestina da época, as feras que perambulavam eram chacais, lobos, raposas, gazelas e, menos provavelmente, hienas, panteras e leopardos.


Mais alguns ensinamentos de profundo alcance, nesta lição da Boa Nova.


Após ter a individualidade (Jesus) realizado o Sublime Encontro ou Mergulho no Fogo, Cristo Interior, é ela levada para consolidar essa união no "deserto", onde permanece em oração e meditação.


Realmente, só no isolamento podemos conseguir uma fixação e vibrações em faixas tão delicadas de frequência tão elevada. Qualquer distração faria fugir a sintonia. E o burburinho ocasionaria distra ção. Por isso, quando o Momento Sublime se apresenta, o Discípulo é levado pelo Espírito (individualidade) ao isolamento, onde viverá em oração e meditação. Isso ocorria muito entre eremitas e cenobitas em tempos idos. Hoje ainda é frequente no Oriente. (Índia e Tibet) embora menos comum no Ocidente, onde existe, porém, nos conventos das Trapas.


O "deserto" exprime um lugar "sem habitantes". O planeta Terra é de fato um local em que não são vistos os "espíritos". Nesse sentido, é um deserto de espiritualidade, embora seja densamente habitado por criaturas físicas. Qualquer espírito elevado, que saia de seu "hábitat" natural no mundo dos espíritos e venha à Terra, penetra realmente num deserto e, como diz Marcos, "vive entre as feras", embora "os anjos o sirvam", ou seja, os "espíritos" bons jamais o deixem abandonado.


O número quarenta tem um significado especial: exprime o arcano do plano físico, sublinhando seu caráter material. Representa a esfera da concretização das formas nervosas, isto é, a materialização (encarnação) do astral e do etérico. "Quarenta" significa também a "luta do espírito com o mundo exterior", ou seja, a realização da Mônada ou Centelha divina do lado de fora de si mesma. O discípulo, no Caminho, sabe, porém, que todos os estados materiais (o deserto) são efêmeros e cessarão um dia. E apesar de só haver dificuldades, sabe que essas dificuldades são momentâneas e não impedir ão a ascensão que buscamos (cfr. Serge Marcotoune, "La Science Secrete des Initiés", pág. 203 ss., éd. André Delpeuch, Paris, 1928).


Então, os quarenta dias no deserto, entre feras (mas servido pelos anjos) é a vida da Centelha divina no planeta Terra, entre criaturas involuídas.


E sua passagem pela Terra tem justamente a finalidade de "ser tentada", ou melhor, ser "experimentada" através do "espírito" a que deu nascimento. Assim como em nossas escolas ninguém é promovido de ano sem prestar exames, assim na vida espiritual ninguém ascende de plano sem passar pelos "exames" das provações. E é exatamente por isso que se torna imprescindível a encarnação no plano físico. Com efeito, se a encarnação pudesse ser dispensável, acreditamos que muitos "espíritos"
não viriam ao planeta, e evoluiriam diretamente no mundo espiritual (doutrina aceita por Swedenborg): uma vez abandonada a matéria, nunca mais a ela voltariam. A teoria pode ser sedutora, mas não corresponde aos FATOS comprovados. Ora, contra fatos não há argumentação filosófica que se sustente. E os fatos, cientificamente experimentados e comprovados, demonstram que o "espírito"

vem à Terra a cada novo passo que tenha que conquistar. Como não podemos admitir que a Sabedoria da Vida obrigue a passos inúteis, concluímos que a única via de acesso a novos planos seja atrav és da materialização temporária na Terra, com esquecimento do passado, para que, como nova criatura (nova personalidade), possa assumir a responsabilidade de seus atos, merecendo assim integralmente a melhoria a que fez jus (ou a consequência dolorosa de seus erros).


Uma vez na matéria, o Espírito (individualidade) está preso ao "tentador", que pode chamar-se "diabo" ou "satanás", mas é simplesmente a PERSONALIDADE, o quaternário inferior. E por mais consciente que esteja o Espírito (individualidade), as "tentações" (experimentações ou provas) são inevit áveis, porque são inerentes à própria personalidade, são a condição "sine qua non" da encarnação ou "crucificação" na matéria. O Espírito, com seu mergulho no quaternário, assume novo "eu", um" eu" externo e pequeno, que é porém o "eu" que se manifesta consciente de si e que, por isso, assume a liderança da consciência. Esse "eu" menor (ou "espírito") abafa o Espírito (individualidade) e o Eu Profundo, e passa a agir como se fora o único chefe, comandando o processo evolutivo: o "eu" menor quer agir por si e dirigir tudo, não tomando conhecimento de que exista outro "EU" superior a ele: é, por isso, o verdadeiro adversário ou antagonista do Espírito (individualidade) e do EU REAL, que se vê escondido e sediado no coração (embora em outra dimensão), forcejando por agir - o que nem sempre consegue. Dessa luta titânica entre o "eu" pequeno ou personalidade (o "espírito") e o Espírito, ou individualidade, vai resultar o progresso. Se o "eu" pequeno vence, o Espírito derrotado terá que voltar mais tarde à matéria, com outro "eu" pequeno diferente, para ver se consegue conquistar a palma da vitória. E um dia obterá inevitavelmente o triunfo, embora demore séculos ou milênios nessa árdua batalha interna, tão bem descrita no Bhagavad-Gita. Quando o "eu" pequeno se anula pela humildade, dando ansas à individualidade de dirigi-lo, a vitória do Espírito se afirma, e ele prossegue para o plano superior seguinte.


Dessa luta (tentação) dá-nos conta o relato evangélico.


Depois de "mergulhar" na água (de renascer através do mergulho no líquido amniótico) o Espírito é levado ao "deserto (aos embates da Terra) para ficar em contato com as "feras" (homens atrasados, pequenos "eus" ferozes e egoístas), permanecendo "quarenta" dias e quarenta noites (permanecendo na matéria) em jejum absoluto (em isolamento total do EU REAL). É aí que o Espírito encontra o antagonista personalizado (satanás, nosso próprio "eu" menor) que quer arrastá-lo a seus caprichos.


Surgem então as três "tentações" principais, as mais difíceis de vencer por qualquer pessoa (o arcano 3 representa a "obra completa", e dá o resumo esquemático de um todo). Com efeito, as três provas citadas englobam os três aspectos da personalidade: as sensações (etérico), as emoções (astral) e o intelecto (mental concreto). 1. º TENTAÇÃO - O egoísmo na luta da sobrevivência e do bem estar, da satisfação das necessidades básicas da criatura humana: a fome, o repouso, as ânsias fisiológicas do sexo, as angústias das sensa ções chamadas "físicas", mas na realidade pertencentes ao duplo etérico. Então, o Espírito é instado a ceder aos desejos egoísticos dos sentidos do "eu" menor dando-lhe a "alimentação" que o satisfa ça, simbolizada no "pão" que mata a fome. O ato de "matar a fome" faz bem compreender a índole dessa tentação, muito mais vasta que a simples fome estomacal: trata-se de SACIAR os instintos inferiores do etérico que se manifesta através do corpo denso.


Além disso, outro aspecto transparece: preso no mundo material das formas, o "espírito" (personalidade) tenta transformar as "pedras" (que exprimem os ensinamentos interpretados à letra) em "pão", isto é, em alimento. Explicamos: o "espírito", ao invés de adorar espiritualmente ("em Espírito de verdade", JO 4:23 e 24), pretere a exteriorização material da religião, que lhe possa satisfazer aos sentidos físicos, aos instintos sensoriais, emocionais e intelectuais, e por isso transforma os vãos do espírito em "pães" materiais, visíveis e sensíveis, chegando ao clímax de pretender transformar o próprio Deus em pão. Todo seu espiritualismo reduz-se a liturgias e ritos, a atos externos e poderes ocultos de magia, de vaidade, de vestimentas diferentes e exóticas, de tudo o que satisfaça à "separação", ao luxo, à ostentação da "pompa de satanás" (que é exatamente a vaidade das criaturas humanas), assim, a espiritualização nesse grau visa à elevação do próprio "eu" pequeno, em detrimento de todos os outros "eus", julgados "outras" pessoas. E a criatura cega transforma os preceitos evangélicos, interpretados ao pé da letra (pedras) em satisfações egolátricas de instinto que lhes saciem a fome de vaidade (pães).


O combate a essa tentação é feito pela auto-disciplina, isto é, pela disciplina que o Espírito, guiado pelo EU REAL impõe ao "eu" menor, fazendo-lhe ver que o Homem (integral) vive de tudo o que vem de Deus, desse Deus residente no coração do homem, e não apenas das exterioridades transitórias da personalidade efêmera. 2. ª TENTAÇÃO - A vaidade própria do "eu" personalístico que se julga separado, diferente, e sempre (são raríssimas as exceções!) superior a todos os demais, é outra das mais difíceis provas a ser superada pelo "espírito" mergulhado na Cruz da personalidade ("cruz", quatro pontas, significando o quaternário inferior). " Lançar-se do pináculo do templo" (emoção de grandes efeitos mágicos) na certeza de que Deus o protege em tudo, mesmo nas loucuras insensatas de pretensões vaidosas, por um privilégio a que se julga "com direito". De fato, o desenvolvimento do corpo astral aguça as emoções e as hipertrofia de tal forma, que elas empanam o raciocínio equilibrado, toldam a razão, fazem perder o senso das propor ções" Nas criaturas emocionalmente desequilibradas vemos a ânsia de "operar milagres"; a rebeli ão contra a autoridade da Razão superior, a pretensão egocêntrica de que "ele" sabe e os outros são ignorantes; a ambição de possuir poderes para comandar movimentos religiosos; o desejo de se "chefe" espiritual ou religioso, nem que seja de um pugilo de criaturas que se fascinam por suas palavras, e as acompanham cegamente, tributando-lhes elogios a cada palavra que proferia, e que ele aceita, com gratidão, porque lhe acaricia a vaidade.


Essa a razão de vermos, desde que a história regista os acontecimentos da sociedade humana, essa constante fragmentação religiosa, que se opera logo após o desaparecimento do "Mensageiro" divino que as revelou. Numerosas são as criaturas que se julgam "taumaturgos", com poderes sobre os" anjos " e, rebelando-se contra o meio ambiente, instituem a própria seita. Daí verificarmos que esses homens não defendem ideias novas, divulgando-as em estudos e pesquisas impessoais, mas antes, querem logo iniciar grupos novos e dissidentes, dos quais passam eles ser o chefe, o cabeça. Quantas" heresias " se multiplicaram nos primeiros séculos do cristianismo, quantas seitas pulularam nos meios evangélicos, quantos movimentos teosóficos e rosa-cruzes que se combatem, quantos milhares de" centros" espíritas se fragmentam do pensamento original, criando "inovações", quase nunca com sentido lógico, quase sempre sem razão de ser; mas o móvel subconsciente e o desejo de "chefiar"

alguma coisa, de "separar-se" do grupo, de concorrer demonstrando gozar de proteções especiais do mundo espiritual. Não é esta uma característica apenas das criaturas encarnadas: também os desencarnados que carregam para além do túmulo, no "espírito", seus defeitos personalísticos, também eles gostam muito de criar seus "grupinhos", onde possam pontificar, conseguindo no mundo astral o que não conseguiram na Terra; aproveitam médiuns invigilantes, e aí temos outra "facção" a surgir.


E é típico exigirem "separação", proibirem estudos e leituras, colocando livros no índex particular, e garantindo que a "salvação" (ou pelo menos especiais privilégios) só se dará dentro daquele pugilo.


Como isto se passa no mundo material, que é o mundo da divisão, é natural que arrastem após si todos os que sintonizam com o "separatismo", cedendo à tentação de "atirar-se do pináculo do templo"

da Verdade, para os labirintos barônticos do personalismo satânico.


Outro ângulo dessa tentação é a ambição de poderes mágicos, a crença de que "gestos" e atos físicos criem efeitos espirituais; a pretensão de dominar "espíritos" e elementais, sem pensar nos resultados que daí possam advir. Os poderes "ocultos", que envaidecem e separam as criaturas, é aspecto importante dessa prova de fogo por que todos os que já desenvolveram o corpo emocional (astral) têm que passar.


O combate a essa tentação, isto é, a vitória sobre essa prova, esse "exame" - a que só é submetida certa classe de pessoas mais evoluídas que as da anterior tentação porque já desenvolveram o corpo astral - é realizada com a auto-renúncia do "eu" menor: "não tentarás o Senhor teu Deus" exprime, pois, "não quererás ser superior ao teu EU REAL, não pretenderás exigir dele favores especiais nem quererás impor-te a ele". Renunciar à própria vaidade de querer ser chamado "pai" ou "mestre" ("a ninguém na Terra chameis vosso pai, porque só UM é vosso Pai: aquele que está nos céus; nem queirais ser chamados mestres, porque um só é vosso mestre: o Cristo" MT 23:9-10), esse Cristo Interno que está dentro de TODOS, e não apenas de alguns privilegiados.


Jesus deu-nos o exemplo típico dessa vitória: pregou um IDEAL, mas não chefiou nenhum movimento religioso; atendeu aos judeus, sem afastá-los de Moisés; socorreu à siro-fenícia, sem arrancá-la de seus ídolos; elogiou o centurião romano, sem exigir o seu repúdio a Júpiter; e, no exemplo da "caridade perfeita", citou o samaritano, de religião diferente da Sua. E de tal forma renunciou à Sua personalidade, que o Cristo agiu plenamente através dele ("Nele habitou corporalmente toda a plenitude da Divindade" CL 2:9) de tal maneira, que, durante séculos, foi Ele confundido com o próprio Deus.


E isso foi conseguido com o Seu mergulho humilde nas águas da matéria, na Sua encarnação como ser humano: "aniquilou-se tomando a forma de servo, feito semelhante aos homens e, sendo reconhecido como homem, humilhou-se, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz" (FP 2:7-8). 3. ª TENTAÇÃO - Esta é a experimentação que as criaturas encarnadas (presas à personalidade, crucificadas no quaternário inferior) têm maior dificuldade em superar. Não é mais no duplo etérico, com as sensações; nem no astral, com as emoções, mas no mais terrível de todos os adversários, maior que os prazeres (sensações), maior que a vaidade (emoções): trata-se do INTELECTO, isto é, do ORGULHO de julgar-se melhor que os "outros". Daí parte a oposição máxima, não mais no mesmo plano, de "ser diferente", mas num plano "acima", de ser superior. Todas as criaturas se julgam ACIMA DOS OUTROS. Pode tratar-se de um ignorante: há um ponto em que "não cede", há sempre um aspecto em que "ninguém o iguala". Por ínfima que seja a criatura, embora reconhecendo a superioridade de outrem num ou noutro pormenor, descobre sempre algo em que ninguém lhe é superior.


Daí a crítica e o julgamento que sempre todos nos acreditamos autorizados a fazer.


E a ambição orgulhosa do mando ataca a todos, ao lado da ambição de posses materiais (riquezas) que lhes dê prestígio e superioridade no mundo material, para garantir-lhe a força da superioridade.


Todos querem ter mais e melhor do que o vizinho. Se o não conseguirem, não importa: são "mais educados", "mais generosos", "mais inteligentes", "mais fortes", "mais saudáveis", ou "gozam de amizades mais ilustres", qualquer coisa se arrumará, pela qual eles "não se trocam" pelo fulano...


Comum é que o chefe religioso venha a ambicionar logo a seguir o domínio político, para ampliar sua ascendência sobre as massas e fazer crescer sua autoridade "carismática", outorgada por Deus. Os meios para conseguí-lo não lhe ferem o escrúpulo. E uma vez guindados ao poder, não mais desejam apear. Nem sempre isso ocorrerá visando a uma nação: pode ser apenas pequeno grupo e até uma família reduzida. Isso explica o desgosto dos pais ao verem seus filhos crescerem e se independizarem.


Daí a rebeldia dos filhos, em certa idade, sentindo também a "tentação" do mando, pretendendo derrubar os pais do pedestal em que se encontram.


Provenientes desse "messianismo" do poder, os ditadores, da direita, da esquerda ou do centro cercearem a liberdade dos súditos, certos de que só eles, e os que os aplaudem, são "iluminados", têm sabedoria e compreensão, constituindo "os outros" um rebanho sem espírito. Desconhecem que cada criatura tem Deus dentro de si: para eles, Deus está só com eles, porque eles são os "protegidos", colocados "pela Divindade" acima de todos os mortais.


Não estamos falando de "alguns" homens, mas de TODAS AS CRIATURAS HUMANAS. Sem exceção, somos todos experimentados nesse setor.


Para superar essa "tentação" há um só remédio: o auto-sacrificio, não mais adorando a personalidade (satanás), mas unicamente cultuando a Deus que está DENTRO DE NÓS, como também DENTRO DE TODAS AS CRIATURAS: moços e velhos, homens maduros e crianças, mulheres e homens, brancos.


e negros, ignorantes e sábios, santos e criminosos.


Quando compreendermos e "sentirmos" isso, sacrificaremos nosso personalismo, e ligaremos nosso" espírito " ao EU REAL. Colocaremos a personalidade em seu lugar, submetendo-a, como o fez Jesus: " rende-te, satanás", submete-te à individualidade!


Prestar culto à personalidade (satanás) é IDOLATRIA, e praticara idolatria é, seguindo as Escrituras, pecar por adultério contra Deus. O Espirito tem que estar ligado ao EU REAL e não à personalidade; se ele se afasta do primeiro para ligar-se ao segundo, está cometendo adultério, está separando o que Deus uniu ("O que Deus uniu o homem não separe", MT 19:6 e Mc. 10:9).


Só o sacrifício, com a submissão do "eu" menor, é que pode conferir a vitória sobre o orgulho da personalidade, que desejaria dominar e submeter a si a individualidade, pedindo: "adore-me!"

Quando, porém, o homem vence as três etapas, dominando as sensações, as emoções e o intelecto, ele vê que os anjos de Deus vêm servi-lo, e o "eu menor" (satanás o antagonista), se retira vencido, até o" momento oportuno", porque outras provas ainda virão, todas elas ensinadas nos Evangelhos.


ef 4:4
Sabedoria do Evangelho - Volume 3

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 35
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 6:35-46


35. Falou-lhes Jesus: "Eu sou o Pão da Vida; o que vem a mim, de modo algum terá fome, e o que confia em mim nunca jamais terá sede.


36. Mas eu vos disse que vós até me vistes, e não confiais


37. Todo o que o Pai me dá, virá a mim; e o que vem a mim de modo, algum o lançarei fora


38. porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade de quem me enviou.


39. E esta é a vontade de quem me enviou: que todo o que ele me deu, eu não o separe dele, mas o eleve na etapa final.


40. Porque esta é a vontade do que me enviou: que todo o que contempla o filho e nele confia, tenha a vida imanente, e eu o elevarei na etapa final.


41. Os judeus então murmuravam dele, porque dissera:


42. "Eu sou o pão que desci do céu", e perguntavam: "este não é Jesus, o filho de José, cujos pai e mãe nós conhecemos? Como pois diz isto: "Desci do céu"?


43. Respondeu-lhes Jesus e disse: "Não murmureis uns com os outros",


44. Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não atrair, e eu o elevarei na etapa final.


45. Está escrito nos profetas: "E serão todos instruídos por Deus"; todo o que ouviu do Pai e aprendeu, vem a mim.


#fonte 46. Não que alguém tenha visto o Pai, senão aquele que vem de Deus: esse viu o Pai".

35. "Eu sou o pão da vida", original: egô eimi ho árlos tês zôês, repetido no verso 48


36. "vós me viste", com o pronome objeto direto, segundo os manuscritos B, L, D, W, theta


37. "Todo o que". O sentido exige que se trate de criaturas humanas, especialmente por causa da continuação e do andamento do versículo: "Todo o que o Pai me dá virá a mim, e o (aquele que, no masculino singular, referindo-se pelo sentido a todo o que) vem a mim, não o lançarei fora". Ora, acontece que a primeira parte, pãn hó, está no acusativo neutro, que deveria ser traduzido por "tudo o que". O padre Max Zerwick, jesuíta ("Análysis Philológica Novi Testamenti Graeci", Roma, 1960, pág. 223) escreve: "neutro no lugar de masculino, talvez por influência do aramaico onde kol de, "a totalidade que", não distingue nem o gênero nem o número". A mesma expressão é usada no vers. 39, também no neutro em lugar do masculino. E encontramos a mesma construção de neutro pelo masculino em JO 3:6:5. 39; 17:2,24 e 1 JO 5:4.


38. Aqui é dito "eu desci do céu" (katabébêka ek toú ouranqú) com o mesmo verbo empregado no vers. 33: "o pão de Deus que desce do céu" (ho ártos toú theoú katabainôn ek toú ouranoú). Esse verbo é repetido nos vers. 42, 50. 51 e 58 deste trecho.


39. A expressão mê apolésô ex autoú é mais fielmente traduzida por "eu não separe dele", em vez de" eu não perca dele". Assim também allá anastêsô autó (acusativo neutro) "mas o eleve", ou seja, o levante, o melhore; en têi eschátêi hêmérai, vulgarmente traduzido à letra "no último dia". No entanto, preferimos dar o sentido exato da expressão em linguagem moderna: "na etapa final", "na última etapa", pois sabemos que a palavra "dia" designava qualquer espaço de tempo (cfr. no Gênese, os "dias" da criação), que nós hoje melhor designamos com a palavra "etapa", "ciclo", etc.


Essa expressão volta nos vers. 40, 44, 54.


40. "Contemplar" é o sentido mais preciso de theóréó aqui empregado. Não se trata mais do verbo hor áô (ver), empregado no vers. 36. Enquanto este designa a visão física, o primeiro apresenta também o sentido de visão intelectual (de união contemplativa com aquilo que é contemplado, que é objeto de compreensão).


41. Os "judeus", estamos em Cafarnaum; portanto esses israelitas não eram propriamente "judeus" (da tribo de Judá), mas "galileus", embora obedientes ao judaísmo oficial. "Murmuravam" (egógguzon) não tem sentido pejorativo, exprimindo mais o murmúrio da surpresa.


42. "Filho de José" - é a única vez que aparece, no Evangelho de João, uma referência ao pai carnal de Jesus.


44. "Se o Pai o não atrair", traduz eán mê ho pátêr helkusêi autón. O verbo hélkô (cfr. latim veho) exprime mais propriamente "puxar arrastando", para si um objeto pesado.


45. "Instruídos por Deus", em grego didáktoi theoú, particípio passado com seu agente da passiva em genitivo; "todo o que ouviu (particípio aoristo de akoúô) e aprendeu" (particípio aoristo 2. º de manthánô) exprimem uma ação atemporal. O texto citado é do profeta IS 54:13.


46. O versículo diz, em última análise: só quem vem de Deus é que pode "ver" o Pai.




35. O Mestre não se preocupa, em absoluto, em responder às palavra dos ouvintes. A exposição, aprofundando cada vez mais o tema, prossegue numa lição que, se não for aproveitada pelos presentes, se-lo-á pelos futuros.


Neste ponto, a personalidade humana de Jesus desaparece, aniquila-se: quem toma a palavra através da boca de Jesus é o CRISTO CÓSMICO, que por essa personalidade podia manifestar-se em sua plenitude ("porque Nele habita corporalmente toda a plenitude da Divindade", CL 2:9), já que a personalidade, o Espírito de Jesus, se anulara totalmente pela humildade ("pois Jesus, subsistindo em forma de Deus, não julgou usurpação ser como Deus, mas esvaziou-se, tendo tomado a aparência de escravo, tornando-se semelhante aos homens e achando-se na condição de homem; humilhou-se, tornando-se obediente até a morte, morte de Cruz", FP 2:6-8).


Quando o Cristo Cósmico começa a falar através de Jesus, o tom da aula assume maior profundidade, as verdades tornam-se incisivas, "fala como quem tem autoridade" (MT 7:29), e o discurso passa a ser feito na primeira pessoa: "EU SOU o Pão da Vida". Abramos os ouvidos de nosso coração para aprender a maravilhosa lição que nos é dada diretamente pelo CRISTO, que também em nós habita; mas estamos ainda tão retardados em nossa evolução, que queremos que Seus ensinamentos passem pelo nosso intelecto, e com isso distorcemos Seu ensino. Aproveitemos, então, ao máximo, o que Ele nos diz através de Jesus. EU SOU o Pão da Vida: era a Substância Divina, que existe em todas as coisas, mas que, encontrando um intérprete à altura, podia manifestar-se através Dele, exteriorizandose e revelando-se às personalidades múltiplas ali presentes.


O eco de Sua Voz sublime deveria ressoar em todos, no auditório, como em nós deve ecoar, porque o Cristo Cósmico é o mesmo, é UM SÓ, que em todos e em cada um habita com Sua plenitude ("Há um só Espírito, uma só carne, um só Deus e Pai", EF 4:4-5) e CRISTO está todo inteiro em cada um de nós (sicut ánima est tota in toto córpore et tota in quálibet parte córporis, (Agostinho, De Trinitate, 6:6) ita Deus TOTUS est in ómnibus et IN SÍNGULIS, (Summa Theológica, I, q. 8, art. 2, ad tertium), ou seja: "Assim como a alma está TODA em todo o corpo e em cada parte do corpo, assim Deus TODO está em TODOS e EM CADA UM").


Diz o Cristo: "Eu sou o Pão da Vida", isto é, o sustento da vida, a base da vida, a Centelha da Vida, a substância da vida. E acrescenta "quem vem a mim (quem se liga a mim, ao Cristo Cósmico) jamais voltará a ter fome", porque estará saciado para sempre; e "todo aquele que confia em mim, jamais terá sede". Realmente, uma vez "encontrada a pérola de grande valor", ou "descoberto o tesouro enterrado" nunca mais a criatura buscará ansiosamente (com fome a sede) as "comidas e bebidas" da matéria, os prazeres, a glória, a comodidade, e tantas outras vacuidades que só satisfazem aos sentidos e às personalidades, mas são todos transitórios e perecíveis.


36. Aparece a seguir uma frase que parece interromper a sequência da lição, e que muitos intérpretes comentam como um parênteses. No entanto, compreendêmo-la como mais uma evidência, dirigida àqueles Espíritos que já perceberam alguma coisa da Realidade Espiritual, aos que já tinham conhecimento desse ensino, embora ainda não confiem, na prática, plenamente; e diante de qualquer atropelo da vida, se emocionam, perturbam, descontrolam e preocupam. Diz o Cristo: "mas eu vos disse que até me vistes, e não confiais em mim": ou seja, até mesmo tendo tido rápidos Encontros, percepções da Grande Presença, não obstante ainda não confiam; mesmo depois de alguns "mergulhos" na Consciência Cósmica, assim mesmo ainda temem diante das contingências humanas... Falta de confiança em Cristo que em nós habita!


37. Depois, amplia mais a visão, explicando porque temos todos que unir-nos ao Cristo: pertencemos a Ele. E diz, esclarecendo a origem dessa posse, para que não pairem dúvidas: "todo o que o Pai me dá, vem a mim".


Eis a razão: o Pai nos doou ao Cristo; ou melhor, o Pai (o AMANTE) tornou-se o Filho (o AMADO, o Cristo) e ambos são um só ("Eu e o Pai somos um", JO 10:30) e "tudo quanto o Pai tem, pertence ao Cristo" (cfr. JO 16:15). Com efeito, sendo o Cristo a própria substância mais íntima de todas as coisas, possui tudo o que existe, já que as formas externas apenas revestem a substância íntima; e então tudo o que existe irá fatalmente a Ele no final da evolução. E todos os que a Ele forem, buscando-

O no âmago de seus corações, impulsionados pelo Pai (ou "atraídos" ou "arrastados" pelo Pai), esses jamais serão rejeitados pelo Cristo; todos os que O procuram, serão por Ele acolhidos carinhosamente.


Todos os que, por qualquer meio, Nele confiarem com ardor e se lançarem no "mergulho interno", serão atendidos, sem exceção: a ninguém o Cristo rejeitará, ninguém ficará decepcionado, desde que se voltem para Ele. A questão é usar a técnica correta e os meios certos.


38. E isso porque o Cristo "desceu do céu", ou seja, baixou suas vibrações do Estado de Luz Incriada (Espírito Santo, Brahma) ao plano do SOM (Verbo, Pai) e a seguir baixou mais ao plano das vibra ções individuadas (Mônadas) e desse plano baixou mais ao estado de energia, e daí desceu mais ainda sua frequência ao estado da matéria densa; tudo isso, não para realizar a Sua vontade (do Cristo, do Filho, do Amado, terceiro aspecto da Divindade), mas para obedecer à vontade do Verbo Criador, o Pai, o segundo aspecto trinitário, o SOM da Luz Incriada que é o Deus Único e absoluto, o Foco de Luz inextinguível, que é o Amor.


O AMOR é o absoluto (LUZ), que se manifesta em SOM no AMANTE, o Pai (também chamado Verbo ou Lagos, por ser SOM), o qual quis manifestar-se para produzir o objeto de Seu Amor, o AMADO, que é o Filho ou Cristo Cósmico, terceiro aspecto divino. O Cristo Cósmico espalhou-se e multiplicouse, sem dividir-se, individualizando-se nas coisas criadas. Então Este, o Cristo, não desceu "do céu", de Suas altíssimas vibrações, senão para fazer a vontade do Amante, do Pai.


39. Mas qual será a vontade do Pai, desse Amante, desse Verbo (SOM ou Palavra)? O Cristo a revela claramente: "A vontade de Quem me enviou é que Eu (o Cristo) não separe Dele (do Pai) nenhum daqueles que me foram lados mas, ao contrário novamente os eleve à mesma vibração primitiva na etapa final da evolução".


Evidentemente tudo isso devia ser ensinado naquela época e naquele ambiente com palavras e compara ções materiais, ao alcance de mentalidades ainda cruas (cfr. JO 16:12); palavras que só poderão ser plena e profundamente compreendidas "quando vier o Espírito Verdadeiro que nos guiará à Verdade total" (JO 16:13), ou seja, quando o Espírito contemplar o Pai no Encontro Místico, na Unifica ção total com a Centelha Divina que é nosso Eu Profundo.


Esse, então, o sentido geral da evolução, de que está encarregado o Cristo, o Amado: descer até a matéria ("descer do céu") e, de dentro dela, fazê-la evoluir através dos "reinos" mineral, vegetal, animal, hominal, até chegar ao "reino dos céus" ou "reino de Deus", que é a perfeição primitiva da Fonte de onde emergiu, ao Pai que lhe deu origem, ao Som que a produziu, à Luz de que constitui uma Centelha.


Isto Paulo compreendeu, quando escreveu, narrando a descida da Mônada e Sua subida, sua involução ao "Antissistema" e a nova ascensão ao "Sistema" (Pietro Ubaldi): "A graça foi concedida a cada um de nós (a Centelha Divina habita em cada um) segundo a proporção do dom de Cristo (segundo a própria capacidade de manifestá-Lo). Por isso diz: quando Ele (Cristo) subiu às alturas, levou cativo o cativeiro (levou consigo o Espírito Individualizado e evoluído, que mantinha cativa a Centelha) e concedeu dons aos homens (e gratificou-os com imensas e inesgotáveis oportunidades de evoluir).


Ora, continua o Apóstolo, que quer dizer subiu, senão que também havia descido até as regiões inferiores da Terra (ou seja: se o Cristo se elevou às alturas, é sinal de que havia anteriormente descido até a matéria densa, que constitui a região inferior da Terra)". E então repete, esclarecendo: "Aquele que desceu é também O MESMO que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas" (o Cristo glorificado é a mesma humilde Mônada que percorre todos os degraus evolutivos, e agora, novamente em Sua plena potência, enche todas as coisas). E essa subida evolutiva de cada Mônada tem justamente esse objetivo: "até que todos (todos, sem exceção) cheguemos à unidade da confiança e do total conhecimento do Filho de Deus, ao estado de Homem Perfeito, à medida da evolução plena do Cristo" (EF 4:7-10 e EF 4:13).


40. E, repetindo didaticamente o mesmo conceito, diz com outras palavras: "esta é a vontade de Quem me enviou (do Pai, Verbo ou Som), que todo o que contempla o Filho - ou seja, todo o que, pela contemplação se une ao Filho, (ao Cristo, ao Amado, que é a Centelha divina) - e Nele plenamente confia (e a Ele totalmente se entrega) esse, quem quer que seja, "terá a Vida Imanente", a Vida Divina que, qual Fonte inesgotável de Água Viva (cfr. JO 4:14) jorrará de dentro dele perenemente como Vida Imanente. E essa criatura que tiver conquistado esse grau evolutivo supremo, será elevado ao plano espiritual da vibração da Luz, na etapa final do ciclo de sua evolução.


As afirmativas a respeito da VIA CONTEMPLATIVA começa a desenvolver-se, para chegar à exposição clara da VIA UNITIVA (são termos da Teologia Mística...) que será esplanada logo a seguir, a partir do vers. 47. Então, concluindo o arrazoado, temos que a vontade do Pai é que todos (sem exceção) cheguem à fase da contemplação mística, tendendo para a união completa.


41. Novamente, em vez de dizer "galileus", João emprega o gentílico "Judeus", e com razão: sabemos que "Galileia" significa o Jardim Fechado em que vivem aqueles que já penetraram a Individualidade; ao passo que "judeus" são os "adoradores de Deus" seres já religiosos, mas que ainda não compreendem o "mergulho interno", e toda a devoção deles é externa. Realmente, observamos que a objeção apresentada prende-se à personalidade.


42. Não podem eles entender o Espírito, o Cristo Interno; pois até o próprio Deus, o Absoluto, afirmam ser uma "pessoa" ... Confundem o Cristo (individualidade) com a personalidade exterior de Jesus que eles estão vendo. E perguntam como pode ter essa personalidade "descido do céu", se eles lhe conhecem o pai e a mãe... É total a falta de compreensão; absoluta a ausência de penetra ção da Verdade, tão claramente ensinada.


43. O Cristo não gasta Seu tempo em explicar. Eles não estavam maduros para a lição e o demonstraram cabalmente (vers. 66) logo após a segunda parte da aula, que foi ainda mais profunda (e chocante!) que a primeira. Sempre alguns haveriam de aproveitar (e dos doze, alguns o compreenderam) e aquela oportunidade não seria perdida. Limita-se, então, nosso único Mestre (cfr. MT 23:10) a recomendar: "não murmureis entre vós"!


44. E prossegue no mesmo tom, ainda mais ampliando o ensino sobre a Via Contemplativa: "Só pode vir a mim (ao Cristo Interno que falava pela toca de Jesus) quem for atraído (ou "arrastado") pelo Pai". E a conclusão é a mesma: "eu o elevarei na etapa final".


A respeito dessa "atração" que o Pai exerce, atração do Amante que atrai a Si todos os Amados, de dentro de cada um, arrastando-os a evoluir, Agostinho escreveu bela explicação, demonstrando que não se trata de uma atração "forçada", mas de um "arrastar de amor". Eis suas lindas palavras: Noli te cogitare invítum tráhi: tráhitur ánimus et amore... Porro si poetae âírere licuit "trahit sua quemque voluptas" (Verg. Ecl. 2,65), non necéssitas, sed voluptas; non obligatio, sed delectatio; quanto fortius nos dicere debemus trahi hóminem ad Christum qui delectatur veritate, delectatur beatitudine, delecSABEDORIA DO EVANGELHO tatur justitia, delectatur sempiterna vita, quod totum Christus est? Videte quómodo trahit Páter: docendo delectat, non necessitatem imponendo. Ecce quómodo trahit (Patrol. Latina, vol. 35, col. 1608).


Traduzindo: "Não penses que és arrastado contra a vontade: o espírito é arrastado também por amor

... Por isso pode o poeta escrever "cada um é arrastado por seu prazer"; não a necessidade, mas o prazer; não a obrigação, mas o deleite: quanto mais devemos dizer que o homem é arrastado para o Cristo que se deleita na verdade, que se deleita na felicidade, que se deleita na justiça, que se deleita na vida perene, o que tudo é o Cristo? Observai como o Pai arrasta: deleita ensinando, não impondo a necessidade. Eis como arrasta".


Realmente, se o primeiro passo tem que ser dado pelo livre-arbítrio da criatura, esta todavia só o dará quando for atraída ou arrastada pelo desejo, pela vontade, pela ânsia interior de encontrar a felicidade. E quem desperta na criatura a sede incontrolável de felicidade, inata em todas as criaturas, é precisamente o Pai, o AMANTE, que atrai o AMADO.


Por isso vemos que no início da evolução, sentindo-se atraída por um Amante, a criatura corre atrás de tudo o que lhe cai sob os sentidos, enganada de objetivo, crente de que a felicidade que a atrai e arrasta são as riquezas materiais, são os prazeres físicos, são as sensações exóticas, são as emoções violentas, é a glória dos aplausos, é a cultura que a incha de orgulho, e até é a religião ritual que a eleva pela autoridade aos olhos das multidões e dos "reis". E após errar séculos e séculos em busca dessas ilusões, sente em cada uma delas o travo amargo da decepção, do vazio, da solidão... Até que um dia, depois de lições práticas e de experiências de dor, percebe que a atração não vem de nada que esteja foca dela: é de dentro, é do AMANTE que a chama com "gemidos inenarráveis" (cfr. Rom.


8:26) para Si, para a felicidade total: qual maior felicidade, para o Amado, que unificar-se ao Amante, no Amor?


45. Falando a conhecedores das Escrituras, o Cristo aduz como testemunho de autoridade a palavra de Isaias: "Todos (sem exceção) serão instruídos por Deus". Observemos a profundidade da interpreta ção que é dada à frase pelo Cristo: Deus está dentro de todos, "com Sua essência" (Tomás de Aquino), e daí, do mais íntimo de cada ser, instrui a todos através de Suas manifestações: o Pai (o Amante, o Verbo ou Som) e o Filho (o Amado, o Cristo Interno que, dentro de cada um, constitui o Eu Profundo de cada criatura). Deus instrui a todos, mostrando o caminho certo, por meio das experiências bem sucedidas ou fracassadas, até que descubramos por nós mesmos que todos os caminhos que não levam ao interior, ao Cristo, são falsos, e que o único "caminho da Verdade e da Vida é o Cristo, e só por Ele chegaremos ao Pai" (cfr. JO 14:6). Instruídos todos por Deus, que pacientemente nos espera a volta como o pai esperou o "filho pródigo" (cfr. LC 15:11-32), acabamos atinando com o rumo verdadeiro que é para dentro de nós mesmos, através do "mergulho" no Infinito e Eterno Cristo, o Amado.


46. No final desta primeira parte da aula, vem um esclarecimento indispensável para esta Via Contemplativa.


Não imaginemos que havemos de ver o Pai com os olhos da matéria, nem mesmo com os do astral ou do mental: "Ninguém viu o Pai". Invisível como pessoa, como figura, porque é a Força Mental, é o Amante concreto mas de tão subtil vibração, que não pode ser percebido pela visão, por mais extensa que seja a gama da capacidade visual em qualquer plano; é inaudível pelos ouvidos mais apurados, porque é o SOM (o Verbo) Criador de todas as vibrações altíssimas plasmadoras dos universos, mas está infinitamente acima de qualquer escala de vibrações sonoras que possamos imaginar. Poderíamos compará-la à nossa inteligência que, apesar de pequenina, não pode ser vista, nem ouvida diretamente, mas apenas percebida pela própria inteligência em si mesma, através de seus efeitos. Por isso o Cristo usa aqui o verbo horáô, "ver" (e não theoréô," contemplar"). Daí a conclusão dada: "só aquele que vem de Deus, vê o Pai". Ou seja, o única plano da criatura que pode "ver" o Pai, é o que provém Dele: é a Centelha Divina que veio "de perto de Deus" (òn parà toú theoú), porque é um reflexo Dele, e que constitui exatamente nosso Eu profundo, o Cristo Interno. Só esse pode "ver" o Pai, pode contemplá-lo no Encontro Místico, quando mergulha na Luz Incriada. Só o Cristo Interno, o AMADO, pode unificar-se ao Pai, o AMANTE, mergulhando no Espírito (o Santo), que é o AMOR.


Todos os grandes místicos concordam com este ponto de vista, embora jamais tenha interpretado este trecho evangélico como uma lição a esse respeito. Longa seria a citação. Mas pode ser obtido um bom resumo do que dizem no capítulo 4. º (The Ilumination of the Self, pág. 232 a 265) e no capítulo 7. º("Introversion: Contemplation", pág: 328 a 387 da obra MYSTICISM, da autoria de Evelyn Undershill (The Noonday Press, New York, 1955).


ef 4:4
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 16:24-28


24. Jesus disse então o seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, neguese a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


25. Porque aquele que quiser preservar sua alma. a perderá; e quem perder sua alma por minha causa, a achará.


26. Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?


27. Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus mensageiros, e então retribuirá a cada um segundo seu comportamento.


28. Em verdade vos digo, que alguns dos aqui presentes absolutamente experimentarão a morte até que o Filho do Homem venha em seu reino. MC 8:34-38 e MC 9:1


34. E chamando a si a multidão, junto com seus discípulos disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


35. Porque quem quiser preservar sua alma, a perderá; e quem perder sua alma por amor de mim e da Boa-Nova, a preservará.


36. Pois que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?


37. E que daria um homem em troca de sua alma?


38. Porque se alguém nesta geração adúltera e errada se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, também dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na glória de seu Pai com seus santos mensageiros". 9:1 E disse-lhes: "Em verdade em verdade vos digo que há alguns dos aqui presentes, os quais absolutamente experimentarão a morte, até que vejam o reino de Deus já chegado em força".


LC 9:23-27


23. Dizia, então, a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.


24. Pois quem quiser preservar sua alma, a perderá; mas quem perder sua alma por amor de mim, esse a preservará.


25. De fato, que aproveita a um homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar-se ou causar dano a si mesmo?


26. Porque aquele que se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, na do Pai e na dos santos mensageiros.


27. Mas eu vos digo verdadeiramente, há alguns dos aqui presentes que não experimentarão a morte até que tenham visto o reino de Deus.


Depois do episódio narrado no último capítulo, novamente Jesus apresenta uma lição teórica, embora bem mais curta que as do Evangelho de João.


Segundo Mateus, a conversa foi mantida com Seus discípulos. Marcos, entretanto, revela que Jesu "chamou a multidão" para ouvi-la, como que salientando que a aula era "para todos"; palavras, aliás, textuais em Lucas.


Achava-se a comitiva no território não-israelita ("pagão") de Cesareia de Filipe, e certamente os moradores locais haviam observado aqueles homens e mulheres que perambulavam em grupo homogêneo.


Natural que ficassem curiosos, a "espiar" por perto. A esses, Jesus convida que se aproximem para ouvir os ensinamentos e as exigências impostas a todos os que ambicionavam o DISCIPULATO, o grau mais elevado dos três citados pelo Mestre: justos (bons), profetas (médiuns) e discípulos (ver vol. 3).


As exigências são apenas três, bem distintas entre si, e citadas em sequência gradativa da menor à maior. Observamos que nenhuma delas se prende a saber, nem a dizer, nem a crer, nem a fazer, mas todas se baseiam em SER. O que vale é a evolução interna, sem necessidade de exteriorizações, nem de confissões, nem de ritos.


No entanto, é bem frisada a vontade livre: "se alguém quiser"; ninguém é obrigado; a espontaneidade deve ser absoluta, sem qualquer coação física nem moral. Analisemos.


Vimos, no episódio anterior, o Mestre ordenar a Pedro que "se colocasse atrás Dele". Agora esclarece: " se alguém QUER ser SEU discípulo, siga atrás Dele". E se tem vontade firme e inabalável, se o QUER, realize estas três condições:

1. ª - negue-se a si mesmo (Lc. arnésasthô; Mat. e Mr. aparnésasthô eautón).


2. ª - tome (carregue) sua cruz (Lc. "cada dia": arátô tòn stáurou autoú kath"hêméran);

3. ª - e siga-me (akoloutheítô moi).


Se excetuarmos a negação de si mesmo, já ouvíramos essas palavras em MT 10:38 (vol. 3).


O verbo "negar-se" ou "renunciar-se" (aparnéomai) é empregado por Isaías (Isaías 31:7) para descrever o gesto dos israelitas infiéis que, esclarecidos pela derrota dos assírios, rejeitaram ou negaram ou renunciaram a seus ídolos. E essa é a atitude pedida pelo Mestre aos que QUEREM ser Seus discípulos: rejeitar o ídolo de carne que é o próprio corpo físico, com sua sequela de sensações, emoções e intelectualismo, o que tudo constitui a personagem transitória a pervagar alguns segundos na crosta do planeta.


Quanto ao "carregar a própria cruz", já vimos (vol. 3), o que significava. E os habitantes da Palestina deviam estar habituados a assistir à cena degradante que se vinha repetindo desde o domínio romano, com muita frequência. Para só nos reportarmos a Flávio Josefo, ele cita-nos quatro casos em que as crucificações foram em massa: Varus que fez crucificar 2. 000 judeus, por ocasião da morte, em 4 A. C., de Herodes o Grande (Ant. Jud. 17. 10-4-10); Quadratus, que mandou crucificar todos os judeus que se haviam rebelado (48-52 A. D.) e que tinham sido aprisionados por Cumarus (Bell. Jud. 2. 12. 6); em 66 A. D. até personagens ilustres foram crucificadas por Gessius Florus (Bell. Jud. 2. 14. 9); e Tito que, no assédio de Jerusalém, fez crucificar todos os prisioneiros, tantos que não havia mais nem madeira para as cruzes, nem lugar para plantá-las (Bell. Jud. 5. 11. 1). Por aí se calcula quantos milhares de crucificações foram feitas antes; e o espetáculo do condenado que carregava às costas o instrumento do próprio suplício era corriqueiro. Não se tratava, portanto, de uma comparação vazia de sentido, embora constituindo uma metáfora. E que o era, Lucas encarrega-se de esclarecê-lo, ao acrescentar "carregue cada dia a própria cruz". Vemos a exigência da estrada de sacrifícios heroicamente suportados na luta do dia a dia, contra os próprios pendores ruins e vícios.


A terceira condição, "segui-Lo", revela-nos a chave final ao discipulato de tal Mestre, que não alicia discípulos prometendo-lhes facilidades nem privilégios: ao contrário. Não basta estudar-Lhe a doutrina, aprofundar-Lhe a teologia, decorar-Lhe as palavras, pregar-Lhe os ensinamentos: é mister SEGUILO, acompanhando-O passo a passo, colocando os pés nas pegadas sangrentas que o Rabi foi deixando ao caminhar pelas ásperas veredas de Sua peregrinação terrena. Ele é nosso exemplo e também nosso modelo vivo, para ser seguido até o topo do calvário.


Aqui chegamos a compreender a significação plena da frase dirigida a Pedro: "ainda és meu adversário (porque caminhas na direção oposta a mim, e tentas impedir-me a senda dolorosa e sacrificial): vai para trás de mim e segue-me; se queres ser meu discípulo, terás que renunciar a ti mesmo (não mais pensando nas coisas humanas); que carregar também tua cruz sem que me percas de vista na dura, laboriosa e dorida ascensão ao Reino". Mas isto, "se o QUERES" ... Valerá a pena trilhar esse áspero caminho cheio de pedras e espinheiros?


O versículo seguinte (repetição, com pequena variante de MT 10:39; cfr. vol. 3) responde a essa pergunta.


As palavras dessa lição são praticamente idênticas nos três sinópticos, demonstrando a impress ão que devem ter causado nos discípulos.


Sim, porque quem quiser preservar sua alma (hós eán thélei tên psychên autòn sõsai) a perderá (apolêsei autên). Ainda aqui encontramos o verbo sôzô, cuja tradução "salvar" (veja vol. 3) dá margem a tanta ambiguidade atualmente. Neste passo, a palavra portuguesa "preservar" (conservar, resguardar) corresponde melhor ao sentido do contexto. O verbo apolesô "perder", só poderia ser dado também com a sinonímia de "arruinar" ou "degradar" (no sentido etimológico de "diminuir o grau").


E o inverso é salientado: "mas quem a perder "hós d"án apolésêi tên psychên autoú), por minha causa (héneken emoú) - e Marcos acrescenta "e da Boa Nova" (kaì toú euaggelíou) - esse a preservará (sósei autén, em Marcos e Lucas) ou a achará (heurêsei autén, em Mateus).


A seguir pergunta, como que explicando a antinomia verbal anterior: "que utilidade terá o homem se lucrar todo o mundo físico (kósmos), mas perder - isto é, não evoluir - sua alma? E qual o tesouro da Terra que poderia ser oferecido em troca (antállagma) da evolução espiritual da criatura? Não há dinheiro nem ouro que consiga fazer um mestre, riem que possa dar-se em troca de uma iniciação real.


Bens espirituais não podem ser comprados nem "trocados" por quantias materiais. A matemática possui o axioma válido também aqui: quantidades heterogêneas não podem somar-se.


O versículo seguinte apresenta variantes.


MATEUS traz a afirmação de que o Filho do Homem virá com a glória de seu Pai, em companhia de Seus Mensageiros (anjos), para retribuir a cada um segundo seus atos. Traduzimos aqui dóxa por "glória" (veja vol. 1 e vol. 3), porque é o melhor sentido dentro do contexto. E entendemos essa glória como sinônimo perfeito da "sintonia vibratória" ou a frequência da tônica do Pai (Verbo, Som). A atribui ção a cada um segundo "seus atos" (tên práxin autoú) ou talvez, bem melhor, de acordo com seu comportamento, com a "prática" da vida diária. Não são realmente os atos, sobretudo isolados (mesmo os heroicos) que atestarão a Evolução de uma criatura, mas seu comportamento constante e diuturno.


MARCOS diz que se alguém, desta geração "adúltera", isto é, que se tornou "infiel" a Deus, traindo-O por amar mais a matéria que o espírito, e "errada" na compreensão das grandes verdades, "se envergonhar" (ou seja "desafinar", não-sintonizar), também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier com a glória do Pai, em companhia de Seus mensageiros (anjos).


LUCAS repete as palavras de Marcos (menos a referência à Boa Nova), salientando, porém, que o Filho do Homem virá com Sua própria glória, com a glória do Pai, e com a glória dos santos mensageiros (anjos).


E finalmente o último versículo, em que só Mateus difere dos outros dois, os quais, no entanto, nos parecem mais conformes às palavras originais.


Afirma o Mestre "alguns dos aqui presentes" (eisin tines tõn hõde hestótõn), os quais não experimentar ão (literalmente: "não saborearão, ou mê geúsôntai) a morte, até que vejam o reino de Deus chegar com poder. Mateus em vez de "o reino de Deus", diz "o Filho do Homem", o que deu margem à expectativa da parusia (ver vol. 3), ainda para os indivíduos daquela geração.


Entretanto, não se trata aqui, de modo algum, de uma parusia escatológica (Paulo avisa aos tessalonicenses que não o aguardem "como se já estivesse perto"; cfr. 1. ª Tess. 2: lss), mas da descoberta e conquista do "reino de Deus DENTRO de cada um" (cfr. LC 17:21), prometido para alguns "dos ali presentes" para essa mesma encarnação.


A má interpretação provocou confusões. Os gnósticos (como Teodósio), João Crisóstomo, Teofilacto e outros - e modernamente o cardeal Billot, S. J. (cfr. "La Parousie", pág. 187), interpretam a "vinda na glória do Filho do Homem" como um prenúncio da Transfiguração; Cajetan diz ser a Ressurreição;


Godet acha que foi Pentecostes; todavia, os próprios discípulos de Jesus, contemporâneos dos fatos, não interpretaram assim, já que após a tudo terem assistido, inclusive ao Pentecostes, continuaram esperando, para aqueles próximos anos, essa vinda espetacular. Outros recuaram mais um pouco no tempo, e viram essa "vinda gloriosa" na destruição de Jerusalém, como "vingança" do Filho do Homem; isso, porém, desdiz o perdão que Ele mesmo pedira ao Pai pela ignorância de Seus algozes (D. Calmet, Knabenbauer, Schanz, Fillion, Prat, Huby, Lagrange); e outros a interpretaram como sendo a difusão do cristianismo entre os pagãos (Gregório Magno, Beda, Jansênio, Lamy).


Penetremos mais a fundo o sentido.


Na vida literária e artística, em geral, distinguimos nitidamente o "aluno" do "discípulo". Aluno é quem aprende com um professor; discípulo é quem segue a trilha antes perlustrada por um mestre. Só denominamos "discípulo" aquele que reproduz em suas obras a técnica, a "escola", o estilo, a interpretação, a vivência do mestre. Aristóteles foi aluno de Platão, mas não seu discípulo. Mas Platão, além de ter sido aluno de Sócrates, foi também seu discípulo. Essa distinção já era feita por Jesus há vinte séculos; ser Seu discípulo é segui-Lo, e não apenas "aprender" Suas lições.


Aqui podemos desdobrar os requisitos em quatro, para melhor explicação.


Primeiro: é necessário QUERER. Sem que o livre-arbítrio espontaneamente escolha e decida, não pode haver discipulato. Daí a importância que assume, no progresso espiritual, o aprendizado e o estudo, que não podem limitar-se a ouvir rápidas palavras, mas precisam ser sérios, contínuos e profundos.


Pois, na realidade, embora seja a intuição que ilumina o intelecto, se este não estiver preparado por meio do conhecimento e da compreensão, não poderá esclarecer a vontade, para que esta escolha e resolva pró ou contra.


O segundo é NEGAR-SE a si mesmo. Hoje, com a distinção que conhecemos entre o Espírito (individualidade) e a personagem terrena transitória (personalidade), a frase mais compreensível será: "negar a personagem", ou seja, renunciar aos desejos terrenos, conforme ensinou Sidarta Gotama, o Buddha.


Cientificamente poderíamos dizer: superar ou abafar a consciência atual, para deixar que prevaleça a super-consciência.


Essa linguagem, entretanto, seria incompreensível àquela época. Todavia, as palavras proferidas pelo Mestre são de meridiana clareza: "renunciar a si mesmo". Observando-se que, pelo atraso da humanidade, se acredita que o verdadeiro eu é a personagem, e que a consciência atual é a única, negar essa personagem e essa consciência exprime, no fundo, negar-se "a si mesmo". Diz, portanto, o Mestre: " esse eu, que vocês julgam ser o verdadeiro eu, precisa ser negado". Nada mais esclarece, já que não teria sido entendido pela humanidade de então. No entanto, aqueles que seguissem fielmente Sua lição, negando seu eu pequeno e transitório, descobririam, por si mesmos, automaticamente, em pouco tempo, o outro Eu, o verdadeiro, coisa que de fato ocorreu com muitos cristãos.


Talvez no início possa parecer, ao experimentado: desavisado, que esse Eu verdadeiro seja algo "externo".


Mas quando, por meio da evolução, for atingido o "Encontro Místico", e o Cristo Interno assumir a supremacia e o comando, ele verificará que esse Divino Amigo não é um TU desconhecido, mas antes constitui o EU REAL. Além disso, o Mestre não se satisfez com a explanação teórica verbal: exemplificou, negando o eu personalístico de "Jesus", até deixá-lo ser perseguido, preso, caluniado, torturado e assassinado. Que Lhe importava o eu pequeno? O Cristo era o verdadeiro Eu Profundo de Jesus (como de todos nós) e o Cristo, com a renúncia e negação do eu de Jesus, pode expandir-se e assumir totalmente o comando da personagem humana de Jesus, sendo, às vezes, difícil distinguir quando falava e agia "Jesus" e quando agia e falava "o Cristo". Por isso em vez de Jesus, temos nele O CRISTO, e a história o reconhece como "Jesus", O CRISTO", considerando-o como homem (Jesus) e Deus (Cristo).


Essa anulação do eu pequeno fez que a própria personagem fosse glorificada pela humildade, e o nome humano negado totalmente se elevasse acima de tudo, de tal forma que "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na Terra e debaixo da terra" (Filp. 2:10).


Tudo isso provocou intermináveis discussões durante séculos, por parte dos que não conseguiram penetrar a realidade dos acontecimentos, caracterizados, então, de "mistério": são duas naturezas ou uma? Como se realizou a união hipostática? Teria a Divindade absorvido a humanidade?


Por que será que uma coisa tão clara terá ficado incompreendida por tantos luminares que trataram deste assunto? O Eu Profundo de todas as criaturas é o Deus Interno, que se manifestará em cada um exatamente na proporção em que este renunciar ao eu pequeno (personagem), para deixar campo livre à expressão do Cristo Interno Divino. Todos somos deuses (cfr. Salmo 81:6 e JO 10:34) se negarmos totalmente nosso eu pequeno (personagem humana), deixando livre expansão à manifestação do Cristo que em todos habita. Isso fez Jesus. Se a negação for absoluta e completa, poderemos dizer com Paulo que, nessa criatura, "habita a plenitude da Divindade" (CL 2:9). E a todos os que o fizerem, ser-lhes-á exaltado o nome acima de toda criação" (cfr. Filp. 2:5-11).


Quando isto tiver sido conseguido, a criatura "tomará sua cruz cada dia" (cada vez que ela se apresentar) e a sustentará galhardamente - quase diríamos triunfalmente - pois não mais será ela fonte de abatimentos e desânimos, mas constituirá o sofrimento-por-amor, a dor-alegria, já que é a "porta estreita" (MT 7:14) que conduzirá à felicidade total e infindável (cfr. Pietro Ubaldi, "Grande Síntese, cap. 81).


No entanto, dado o estágio atual da humanidade, a cruz que temos que carregar ainda é uma preparação para o "negar-se". São as dores físicas, as incompreensões morais, as torturas do resgate de carmas negativos mais ou menos pesados, em vista do emaranhado de situações aflitivas, das "montanhas" de dificuldades que se erguem, atravancando nossos caminhos, do sem-número de moléstias e percalços, do cortejo de calúnias e martírios inomináveis e inenarráveis.


Tudo terá que ser suportado - em qualquer plano - sem malsinar a sorte, sem desesperos, sem angústias, sem desfalecimentos nem revoltas, mas com aceitação plena e resignação ativa, e até com alegria no coração, com a mais sólida, viva e inabalável confiança no Cristo-que-é-nosso-Eu, no Deus-

Imanente, na Força-Universal-Inteligente e Boa, que nos vivifica e prepara, de dentro de nosso âmago mais profundo, a nossa ascensão real, até atingirmos TODOS, a "plena evolução crística" (EF 4:13).


A quarta condição do discipulato é também clara, não permitindo ambiguidade: SEGUI-LO. Observese a palavra escolhida com precisão. Poderia ter sido dito "imitá-Lo". Seria muito mais fraco. A imitação pode ser apenas parcial ou, pior ainda, ser simples macaqueação externa (usar cabelos compridos, barbas respeitáveis, vestes talares, gestos estudados), sem nenhuma ressonância interna.


Não. Não é imitá-Lo apenas, é SEGUI-LO. Segui-Lo passo a passo pela estrada evolutiva até atingir a meta final, o ápice, tal como Ele o FEZ: sem recuos, sem paradas, sem demoras pelo caminho, sem descanso, sem distrações, sem concessões, mas marchando direto ao alvo.


SEGUI-LO no AMOR, na DEDICAÇÃO, no SERVIÇO, no AUTO-SACRIFÍCIO, na HUMILDADE, na RENÚNCIA, para que de nós se possa afirmar como Dele foi feito: "fez bem todas as coisas" (MC 7. 37) e: "passou pela Terra fazendo o bem e curando" (AT 10:38).


Como Mestre de boa didática, não apresenta exigências sem dar as razões. Os versículos seguintes satisfazem a essa condição.


Aqui, como sempre, são empregados os termos filosóficos com absoluta precisão vocabular (elegantia), não deixando margem a qualquer dúvida. A palavra usada é psychê, e não pneuma; é alma e nã "espírito" (em adendo a este capítulo daremos a "constituição do homem" segundo o Novo Testamento).


A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo denso e as sensações do duplo etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.

Aí está, pois, a chave para a interpretação do "negue-se a si mesmo": esse eu, a alma, é a personagem que precisa ser negada, porque, quem não quiser fazê-lo, quem pretender preservar esse eu, essa alma, vai acabar perdendo-a, já que, ao desencarnar, estará com "as mãos vazias". Mas aquele que por causa do Cristo Interno - renunciar e perder essa personagem transitória, esse a encontrará melhorada (Mateus), esse a preservará da ruína (Marcos e Lucas).


E prossegue: que adiantará acumular todas as riquezas materiais do mundo, se a personalidade vai cair no vazio? Nada de material pode ser-lhe comparado. No entanto, se for negada, será exaltada sobre todas as coisas (cfr. o texto acima citado, Filp. 2:5-11).


Todas e qualquer evolução do Espírito é feita exclusivamente durante seu mergulho na carne (veja atrás). Só através das personagens humanas haverá ascensão espiritual, por meio do "ajustamento sintônico". Então, necessidade absoluta de consegui-lo, não "se envergonhando", isto é, não desafinando da tônica do Pai (Som) que tudo cria, governa e mantém. Enfrentar o mundo sem receio, sem" respeitos humanos", e saber recusá-lo também, para poder obter o Encontro Místico com o Cristo Interno. Se a criatura "se envergonha" e se retrai, (não sintoniza) não é possível conseguir o Contato Divino, e o Filho do Homem também a evitará ("se envergonhará" dessa criatura). Só poderá haver a" descida da graça" ou a unificação com o Cristo, "na glória (tônica) do Pai (Som-Verbo), na glória (tônica) do próprio Cristo (Eu Interno), na glória de todos os santos mensageiros", se houver a coragem inquebrantável de romper com tudo o que é material e terreno, apagando as sensações, liquidando as emoções, calando o intelecto, suplantando o próprio "espírito" encarnado, isto é, PERDENDO SUA ALMA: só então "a achará", unificada que estará com o Cristo, Nele mergulhada (batismo), "como a gota no oceano" (Bahá"u"lláh). Realmente, a gota se perde no oceano mas, inegavelmente, ao deixar de ser gota microscópica, ela se infinitiva e se eterniza tornando-se oceano...

Em Mateus é-nos dado outro aviso: ao entrar em contato com a criatura, esta "receberá de acordo com seu comportamento" (pláxin). De modo geral lemos nas traduções correntes "de acordo com suas obras". Mas isso daria muito fortemente a ideia de que o importante seria o que o homem FAZ, quando, na realidade, o que importa é o que o homem É: e a palavra comportamento exprime-o melhor que obras; ora, a palavra do original práxis tem um e outro sentido.


Evidentemente, cada ser só poderá receber de acordo com sua capacidade, embora todos devam ser cheios, replenos, com "medida sacudida e recalcada" (cfr. Lc. 5:38).


Mas há diferença de capacidade entre o cálice, o copo, a garrafa, o litro, o barril, o tonel... De acordo com a própria capacidade, com o nível evolutivo, com o comportamento de cada um, ser-lhe-á dado em abundância, além de toda medida. Figuremos uma corrente imensa, que jorra permanentemente luz e força, energia e calor. O convite é-nos feito para aproximar-nos e recolher quanto quisermos.


Acontece, porém, que cada um só recolherá conforme o tamanho do vasilhame que levar consigo.


Assim o Cristo Imanente e o Verbo Criador e Conservador SE DERRAMAM infinitamente. Mas nós, criaturas finitas, só recolheremos segundo nosso comportamento, segundo a medida de nossa capacidade.


Não há fórmulas mágicas, não há segredos iniciáticos, não peregrinações nem bênçãos de "mestres", não há sacramentos nem sacramentais, que adiantem neste terreno. Poderão, quando muito, servir como incentivo, como animação a progredir, mas por si, nada resolvem, já que não agem ex ópere operantis nem ex opere operatus, mas sim ex opere recipientis: a quantidade de recebimento estará de acordo com a capacidade de quem recebe, não com a grandeza de quem dá, nem com o ato de doação.


E pode obter-se o cálculo de capacidade de cada um, isto é, o degrau evolutivo em que se encontra no discipulato de Cristo, segundo as várias estimativas das condições exigidas:

a) - pela profundidade e sinceridade na renúncia ao eu personalístico, quando tudo é feito sem cogitar de firmar o próprio nome, sem atribuir qualquer êxito ao próprio merecimento (não com palavras, mas interiormente), colaborando com todos os "concorrentes", que estejam em idêntica senda evolutiva, embora nos contrariem as ideias pessoais, mas desde que sigam os ensinos de Cristo;


b) - pela resignação sem queixas, numa aceitação ativa, de todas as cruzes, que exprimam atos e palavras contra nós, maledicências e calúnias, sem respostas nem defesas, nem claras nem veladas (já nem queremos acenar à contra-ataques e vinganças).


c) - pelo acompanhar silencioso dos passos espirituais no caminho do auto-sacrifício por amor aos outros, pela dedicação integral e sem condições; no caminho da humildade real, sem convencimentos nem exterioridades; no caminho do serviço, sem exigências nem distinções; no caminho do amor, sem preferências nem limitações. O grau dessas qualidades, todas juntas, dará uma ideia do grau evolutivo da criatura.


Assim entendemos essas condições: ou tudo, à perfeição; ou pouco a pouco, conquistando uma de cada vez. Mas parado, ninguém ficará. Se não quiser ir espontaneamente, a dor o aguilhoará, empurrandoo para a frente de qualquer forma.


No entanto, uma promessa relativa à possibilidade desse caminho é feita claramente: "alguns dos que aqui estão presentes não experimentarão a morte até conseguirem isso". A promessa tanto vale para aquelas personagens de lá, naquela vida física, quanto para os Espíritos ali presentes, garantindo-selhes que não sofreriam queda espiritual (morte), mas que ascenderiam em linha reta, até atingir a meta final: o Encontro Sublime, na União mística absoluta e total.


Interessante a anotação de Marcos quando acrescenta: O "reino de Deus chegado em poder". Durante séculos se pensou no poder externo, a espetacularidade. Mas a palavra "en dynámei" expressa muito mais a força interna, o "dinamismo" do Espírito, a potencialidade crística a dinamizar a criatura em todos os planos.


O HOMEM NO NOVO TESTAMENTO


O Novo Testamento estabelece, com bastante clareza, a constituição DO HOMEM, dividindo o ser encarnado em seus vários planos vibratórios, concordando com toda a tradição iniciática da Índia e Tibet, da China, da Caldeia e Pérsia, do Egito e da Grécia. Embora não encontremos o assunto didaticamente esquematizado em seus elementos, o sentido filosófico transparece nítido dos vários termos e expressões empregados, ao serem nomeadas as partes constituintes do ser humano, ou seja, os vários níveis em que pode tornar-se consciente.


Algumas das palavras são acolhidas do vocabulário filosófico grego (ainda que, por vezes, com pequenas variações de sentido); outras são trazidas da tradição rabínica e talmúdica, do centro iniciático que era a Palestina, e que já entrevemos usadas no Antigo Testamento, sobretudo em suas obras mais recentes.


A CONCEPÇÃO DA DIVINDADE


Já vimos (vol, 1 e vol. 3 e seguintes), que DEUS, (ho théos) é apresentado, no Novo Testamento, como o ESPÍRITO SANTO (tò pneuma tò hágion), o qual se manifesta através do Pai (patêr) ou Lógos (Som Criador, Verbo), e do Filho Unigênito (ho hyiós monogenês), que é o Cristo Cósmico.


DEUS NO HOMEM


Antes de entrar na descrição da concepção do homem, no Novo Testamento, gostaríamos de deixar tem claro nosso pensamento a respeito da LOCALIZAÇÃO da Centelha Divina ou Mônada NO CORA ÇÃO, expressão que usaremos com frequência.


A Centelha (Partícula ou Mônada) é CONSIDERADA por nós como tal; mas, na realidade, ela não se separa do TODO (cfr. vol. 1); logo, ESTÁ NO TODO, e portanto É O TODO (cfr. JO 1:1).


O "TODO" está TODO em TODAS AS COISAS e em cada átomo de cada coisa (cfr. Agostinho, De Trin. 6, 6 e Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, q. 8, art. 2, ad 3um; veja vol. 3, pág. 145).


Entretanto, os seres e as coisas acham-se limitados pela forma, pelo espaço, pelo tempo e pela massa; e por isso afirmamos que em cada ser há uma "centelha" ou "partícula" do TODO. No entanto, sendo o TODO infinito, não tem extensão; sendo eterno, é atemporal; sendo indivisível, não tem dimensão; sendo O ESPÍRITO, não tem volume; então, consequentemente, não pode repartir-se em centelhas nem em partículas, mas é, concomitantemente, TUDO EM TODAS AS COISAS (cfr. l. ª Cor. 12:6).


Concluindo: quando falamos em "Centelha Divina" e quando afirmamos que ela está localizada no coração, estamos usando expressões didáticas, para melhor compreensão do pensamento, dificílimo (quase impossível) de traduzir-se em palavras.


De fato, porém, a Divindade está TODA em cada célula do corpo, como em cada um dos átomos de todos os planos espirituais, astrais, físicos ou quaisquer outros que existam. Em nossos corpos físicos e astral, o coração é o órgão preparado para servir de ponto de contato com as vibrações divinas, através, no físico, do nó de Kait-Flake e His; então, didaticamente, dizemos que "o coração é a sede da Centelha Divina".


A CONCEPÇÃO DO HOMEM


O ser humano (ánthrôpos) é considerado como integrado por dois planos principais: a INDIVIDUALIDADE (pneuma) e a PERSONAGEM ou PERSONALIDADE; esta subdivide-se em dois: ALMA (psychê) e CORPO (sôma).


Mas, à semelhança da Divindade (cfr. GN 1:27), o Espírito humano (individualidade ou pneuma) possui tríplice manifestação: l. ª - a CENTELHA DIVINA, ou Cristo, partícula do pneuma hágion; essa centelha que é a fonte de todo o Espirito, está localizada e representada quase sempre por kardia (coração), a parte mais íntima e invisível, o âmago, o Eu Interno e Profundo, centro vital do homem;


2. ª - a MENTE ESPIRITUAL, parte integrante e inseparável da própria Centelha Divina. A Mente, em sua função criadora, é expressa por noús, e está também sediada no coração, sendo a emissora de pensamentos e intuições: a voz silenciosa da super-consciência;


3. ª - O ESPÍRITO, ou "individualização do Pensamento Universal". O "Espírito" propriamente dito, o pneuma, surge "simples e ignorante" (sem saber), e percorre toda a gama evolutiva através dos milênios, desde os mais remotos planos no Antissistema, até os mais elevados píncaros do Sistema (Pietro Ubaldi); no entanto, só recebe a designação de pneuma (Espírito) quando atinge o estágio hominal.


Esses três aspectos constituem, englobamente, na "Grande Síntese" de Pietro Ubaldi, o "ALPHA", o" espírito".


Realmente verificamos que, de acordo com GN 1:27, há correspondência perfeita nessa tríplice manifesta ção do homem com a de Deus: A - ao pneuma hágion (Espírito Santo) correspondente a invisível Centelha, habitante de kardía (coração), ponto de partida da existência;


B - ao patêr (Pai Criador, Verbo, Som Incriado), que é a Mente Divina, corresponde noús (a mente espiritual) que gera os pensamentos e cria a individualização de um ser;


C - Ao Filho Unigênito (Cristo Cósmico) corresponde o Espírito humano, ou Espírito Individualizado, filho da Partícula divina, (a qual constitui a essência ou EU PROFUNDO do homem); a individualidade é o EU que percorre toda a escala evolutiva, um Eu permanente através de todas as encarnações, que possui um NOME "escrito no livro da Vida", e que terminará UNIFICANDO-SE com o EU PROFUNDO ou Centelha Divina, novamente mergulhando no TODO. (Não cabe, aqui, discutir se nessa unificação esse EU perde a individualidade ou a conserva: isso é coisa que está tão infinitamente distante de nós no futuro, que se torna impossível perceber o que acontecerá).


No entanto, assim como Pneuma-Hágion, Patêr e Hyiós (Espírito-Santo, Pai e Filho) são apenas trê "aspectos" de UM SÓ SER INDIVISÍVEL, assim também Cristo-kardía, noús e pneuma (CristoSABEDORIA DO EVANGELHO coração, mente espiritual e Espírito) são somente três "aspectos" de UM SÓ SER INDIVÍVEL, de uma criatura humana.


ENCARNAÇÃO


Ao descer suas vibrações, a fim de poder apoiar-se na matéria, para novamente evoluir, o pneuma atinge primeiro o nível da energia (o BETA Ubaldiano), quando então a mente se "concretiza" no intelecto, se materializa no cérebro, se horizontaliza na personagem, começando sua "crucificação". Nesse ponto, o pneuma já passa a denominar-se psychê ou ALMA. Esta pode considerar-se sob dois aspectos primordiais: a diánoia (o intelecto) que é o "reflexo" da mente, e a psychê propriamente dita isto é, o CORPO ASTRAL, sede das emoções.


Num último passo em direção à matéria, na descida que lhe ajudará a posterior subida, atinge-se então o GAMA Ubaldiano, o estágio que o Novo Testamento designa com os vocábulos diábolos (adversário) e satanás (antagonista), que é o grande OPOSITOR do Espírito, porque é seu PÓLO NEGATIVO: a matéria, o Antissistema. Aí, na matéria, aparece o sôma (corpo), que também pode subdividir-se em: haima (sangue) que constitui o sistema vital ou duplo etérico e sárx (carne) que é a carapaça de células sólidas, último degrau da materialização do espírito.


COMPARAÇÃO


Vejamos se com um exemplo grosseiro nos faremos entender, não esquecendo que omnis comparatio claudicat.


Observemos o funcionamento do rádio. Há dois sistemas básicos: o transmissor (UM) e os receptores (milhares, separados uns dos outros).


Consideremos o transmissor sob três aspectos: A - a Força Potencial, capaz de transmitir;


B - a Antena Emissora, que produz as centelas;


C - a Onda Hertziana, produzida pelas centelhas.


Mal comparando, aí teríamos:

a) - o Espirito-Santo, Força e Luz dos Universos, o Potencial Infinito de Amor Concreto;


b) - o Pai, Verbo ou SOM, ação ativa de Amante, que produz a Vida


c) - o Filho, produto da ação (do Som), o Amado, ou seja, o Cristo Cósmico que permeia e impregna tudo.


Não esqueçamos que TUDO: atmosfera, matéria, seres e coisas, no raio de ação do transmissor, ficam permeados e impregnados em todos os seus átomos com as vibrações da onda hertziana, embora seja esta invisível e inaudível e insensível, com os sentidos desarmados; e que os três elementos (Força-
Antena e Onda) formam UM SÓ transmissor o Consideremos, agora, um receptor. Observaremos que a recepção é feita em três estágios:

a) - a captação da onda


b) - sua transformação


c) - sua exteriorização Na captação da onda, podemos distinguir - embora a operação seja uma só - os seguintes elementos: A - a onda hertziana, que permeia e impregna todos os átomos do aparelho receptor, mas que é captada realmente apenas pela antena;


B - o condensador variável, que estabelece a sintonia com a onda emitida pelo transmissor. Esses dois elementos constituem, de fato, C - o sistema RECEPTOR INDIVIDUAL de cada aparelho. Embora a onda hertziana seja UMA, emitida pelo transmissor, e impregne tudo (Cristo Cósmico), nós nos referimos a uma onda que entra no aparelho (Cristo Interno) e que, mesmo sendo perfeita; será recebida de acordo com a perfeição relativa da antena (coração) e do condensador variável (mente). Essa parte representaria, então, a individualidade, o EU PERFECTÍVEL (o Espírito).


Observemos, agora, o circuito interno do aparelho, sem entrar em pormenores, porque, como dissemos, a comparação é grosseira. Em linhas gerais vemos que a onda captada pelo sistema receptor propriamente dito, sofre modificações, quando passa pelo circuito retificador (que transforma a corrente alternada em contínua), e que representaria o intelecto que horizontaliza as ideias chegadas da mente), e o circuito amplificador, que aumenta a intensidade dos sinais (que seria o psiquismo ou emoções, próprias do corpo astral ou alma).


Uma vez assim modificada, a onda atinge, com suas vibrações, o alto-falante que vibra, reproduzindo os sinais que chegam do transmissor isto é, sentindo as pulsações da onda (seria o corpo vital ou duplo etérico, que nos dá as sensações); e finalmente a parte que dá sonoridade maior, ou seja, a caixa acústica ou móvel do aparelho (correspondente ao corpo físico de matéria densa).


Ora, quanto mais todos esses elementos forem perfeitos, tanto mais fiel e perfeito será a reprodução da onda original que penetrou no aparelho. E quanto menos perfeitos ou mais defeituosos os elementos, mais distorções sofrerá a onda, por vezes reproduzindo, em guinchos e roncos, uma melodia suave e delicada.


Cremos que, apesar de suas falhas naturais, esse exemplo dá a entender o funcionamento do homem, tal como conhecemos hoje, e tal como o vemos descrito em todas as doutrinas espiritualistas, inclusive

—veremos agora quiçá pela primeira vez - nos textos do Novo Testamento.


Antes das provas que traremos, o mais completas possível, vejamos um quadro sinóptico:
θεός DEUS
πνεϋµα άγιον Espírito Santo
λόγος Pai, Verbo, Som Criador
υίός - Χριστό CRISTO - Filho Unigênito
άνθρωπος HOMEM
иαρδία - Χριστ

ό CRISTO - coração (Centelha)


πνεϋµα νους mente individualidade
πνεϋµα Espírito
φυΧή διάγοια intelecto alma
φυΧή corpo astral personagem
σώµα αίµα sangue (Duplo) corpo
σάρ

ξ carne (Corpo)


A - O EMPREGO DAS PALAVRAS


Se apresentada pela primeira vez, como esta, uma teoria precisa ser amplamente documentada e comprovada, para que os estudiosos possam aprofundar o assunto, verificando sua realidade objetiva. Por isso, começaremos apresentando o emprego e a frequência dos termos supracitados, em todos os locais do Novo Testamento.


KARDÍA


Kardía expressa, desde Homero (Ilíada, 1. 225) até Platão (Timeu, 70 c) a sede das faculdades espirituais, da inteligência (ou mente) e dos sentimentos profundos e violentos (cfr. Ilíada, 21,441) podendo até, por vezes, confundir-se com as emoções (as quais, na realidade, são movimentos da psychê, e não propriamente de kardía). Jesus, porém, reiteradamente afirma que o coração é a fonte primeira em que nascem os pensamentos (diríamos a sede do Eu Profundo).


Com este último sentido, a palavra kardía aparece 112 vezes, sendo que uma vez (MT 12:40) em sentido figurado.


MT 5:8, MT 5:28; 6:21; 9:4; 11:29; 12:34 13-15(2x),19; 15:8,18,19; 18;35; 22;37; 24:48; MC 2:6, MC 2:8; 3:5;


4:15; 6;52; 7;6,19,21; 8:11; 11. 23; 12:30,33; LC 1:17, LC 1:51, LC 1:66; 2;19,35,51; 3:5; 5:22; 6:45; 8:12,15;


9:47; 10:27; 12:34; 16:15; 21:14,34; 24;25,32,38; JO 12:40(2x); 13:2; 14:1,27; 16:6,22 AT 2:26, AT 2:37, AT 2:46; AT 4:32; 5:3(2x); 7:23,39,51,54; 8;21,22; 11;23. 13:22; 14:17; 15:9; 16;14; 21:13; 28:27(2x);


RM 1:21, RM 1:24; 2:5,15,29; 5:5; 6:17; 8:27; 9:2; 10:1,6,8,9,10; 16:16; 1. ª Cor. 2:9; 4:5; 7:37; 14:25; 2. ª Cor. 1:22; 2:4; 3:2,3,15; 4:6; 5:12; 6:11; 7:3; 8:16; 9:7; GL 4:6; EF 1:18; EF 3:17; EF 4:18; EF 5:19; EF 6:5, EF 6:22;


Filp. 1:7; 4:7; CL 2:2; CL 3:15, CL 3:16, CL 3:22; CL 4:8; 1. ª Tess. 2:4,17; 3:13; 2. ª Tess. 2:17; 3:5; 1. ª Tim. 1:5; 2. ª Tim.


2:22; HB 3:8, HB 3:10, HB 3:12, HB 3:15; HB 4:7, HB 4:12; 8:10; 10:16,22; Tiago, 1:26; 3:14; 4:8; 5:5,8; 1. ª Pe. 1:22; 3:4,15; 2. ª Pe. 1:19; 2:15; 1; 1. ª JO 3;19,20(2x),21; AP 2:23; AP 17:17; AP 18:7.


NOÚS


Noús não é a "fonte", mas sim a faculdade de criar pensamentos, que é parte integrante e indivisível de kardía, onde tem sede. Já Anaxágoras (in Diógenes Laércio, livro 2. º, n. º 3) diz que noús (o Pensamento Universal Criador) é o "’princípio do movimento"; equipara, assim, noús a Lógos (Som, Palavra, Verbo): o primeiro impulsionador dos movimentos de rotação e translação da poeira cósmica, com isso dando origem aos átomos, os quais pelo sucessivo englobamento das unidades coletivas cada vez mais complexas, formaram os sistemas atômicos, moleculares e, daí subindo, os sistemas solares, gal áxicos, e os universos (cfr. vol. 3. º).


Noús é empregado 23 vezes com esse sentido: o produto de noús (mente) do pensamento (nóêma), usado 6 vezes (2. ª Cor. 2:11:3:14; 4:4; 10:5; 11:3; Filp. 4:7), e o verbo daí derivado, noeín, empregado

14 vezes (3), sendo que com absoluta clareza em João (João 12:40) quando escreve "compreender com o coração" (noêsôsin têi kardíai).


LC 24. 45; RM 1:28; RM 7:23, RM 7:25; 11:34; 12:2; 14. 5; l. ª Cor. 1. 10; 2:16:14:14,15,19; EF 4:17, EF 4:23; Filp.


4:7; CL 2:18; 2. ª Tess. 2. 2; 1. ª Tim. 6:5; 2. ª Tim. 3:8; TT 1:15;AP 13:18.


PNEUMA


Pneuma, o sopro ou Espírito, usado 354 vezes no N. T., toma diversos sentidos básicos: MT 15:17; MT 16:9, MT 16:11; 24:15; MC 7:18; MC 8:17; MC 13:14; JO 12:40; RM 1:20; EF 3:4, EF 3:20; 1. ª Tim. 1:7;


2. ª Tim. 2:7; HB 11:13

1. Pode tratar-se do ESPÍRITO, caracterizado como O SANTO, designando o Amor-Concreto, base e essência de tudo o que existe; seria o correspondente de Brahman, o Absoluto. Aparece com esse sentido, indiscutivelmente, 6 vezes (MT 12:31, MT 12:32; MC 3:29; LC 12:10; JO 4:24:1. ª Cor. 2:11).


Os outros aspectos de DEUS aparecem com as seguintes denominações:

a) - O PAI (ho patêr), quando exprime o segundo aspecto, de Criador, salientando-se a relação entre Deus e as criaturas, 223 vezes (1); mas, quando se trata do simples aspecto de Criador e Conservador da matéria, é usado 43 vezes (2) o vocábulo herdado da filosofia grega, ho lógos, ou seja, o Verbo, a Palavra que, ao proferir o Som Inaudível, movimenta a poeira cósmica, os átomos, as galáxias.


(1) MT 5:16, MT 5:45, MT 5:48; MT 6:1, MT 6:4, MT 6:6, MT 6:8,9,14,15,26,32; 7:11,21; 10:20,29,32,33; 11:25,27; 12:50; 13:43; 15:13; 16:17,27; 18:10,14,19,35; 20:23; 23:9; 24:36; 25:34:26:29,39,42,53; MC 8:25; MC 11:25, MC 11:32; MC 11:14:36; LC 2:49; LC 2:6:36;9:26;10:21,22;11:2,13;12:30,32;22:29,42;23:34,46;24:49;JO 1:14, JO 1:18; JO 1:2:16;3:35;4:21,23;5:1 7,18,19,20,21,22,23,26,36,37,43,45,46,27,32,37,40,44,45,46,57,65;8:18,19,27,28,38,41,42,49,54;10:1 5,17,18,19,25,29,30,32,35,38;11:41;12:26,27,28,49,50;13:1,3;14:2,6,7,8,9,10,11,13,16,20,21,24,26,28, 31,15:1,8,9,10,15,16,23,24,26;16:3,10,15,17,25,26,27,28,32;17:1,5,11,21,24,25; 18:11; 20:17,21;AT 1:4, AT 1:7; AT 1:2:33;Rom. 1:7;6:4;8:15;15:6;1. º Cor. 8:6; 13:2; 15:24; 2. º Cor. 1:2,3; 6:18; 11:31; Gól. 1:1,3,4; 4:6; EF 1:2, EF 1:3, EF 1:17; EF 2:18; EF 2:3:14; 4:6; 5:20; FP 1:2; FP 2:11; FP 4:20; CL 1:2, CL 1:3, CL 1:12:3:17; 1. 0 Teõs. 1:1,3; 3:11,13; 2° Tess. 1:1 2; : 2:16; 1. º Tim. 1:2; 2. º Tim. 1:2; TT 1:4; Flm. 3; HB 1:5; HB 12:9; Tiago 1:17, Tiago 1:27:3:9; 1° Pe. 1:2,3,17; 2. º Pe. 1:17, 1. º JO 1:2,3; 2:1,14,15,16, 22,23,24; 3:1; 4:14; 2. º JO 3,4,9; Jud. 9; AP 1:6; AP 2:28; AP 3:5, AP 3:21; 14:1. (2) MT 8:8; LC 7:7; JO 1:1, JO 1:14; 5:33; 8:31,37,43,51,52,55; 14:23,24; 15:20; 17:61417; 1. º Cor. 1:13; 2. º Cor. 5:19; GL 6:6; Filp. 2:6; Cor. 1:25; 3:16; 4:3; 1. º Tess. 1:6; 2. º Tess. 3:1; 2. º Tim. 2:9; Heb. : 12; 6:1; 7:28; 12:9; Tiago, 1:21,22,23; 1. ° Pe. 1:23; 2. º Pe. 3:5,7; 1. º JO 1:1,10; 2:5,7,14; AP 19:13.


b) - O FILHO UNIGÊNITO (ho hyiós monogenês), que caracteriza o CRISTO CÓSMICO, isto é, toda a criação englobadamente, que é, na realidade profunda, um dos aspectos da Divindade. Não se trata, como é claro, de panteísmo, já que a criação NÃO constitui a Divindade; mas, ao invés, há imanência (Monismo), pois a criação é UM DOS ASPECTOS, apenas, em que se transforma a Divindade. Esta, além da imanência no relativo, é transcendente como Absoluto; além da imanência no tempo, é transcendente como Eterno; além da imanência no finito, é transcendente como Infinito.


A expressão "Filho Unigênito" só é usada por João (1:14,18; 13:16,18 e 1. a JO 4:9). Em todos os demais passos é empregado o termo ho Christós, "O Ungido", ou melhor, "O Permeado pela Divindade", que pode exprimir tanto o CRISTO CÓSMICO que impregna tudo, quanto o CRISTO INTERNO, se o olhamos sob o ponto de vista da Centelha Divina no âmago da criatura.


Quando não é feita distinção nos aspectos manifestantes, o N. T. emprega o termo genérico ho theós Deus", precedido do artigo definido.


2. Além desse sentido, encontramos a palavra pneuma exprimindo o Espírito humano individualizado; essa individualização, que tem a classificação de pneuma, encontra-se a percorrer a trajetória de sua longa viagem, a construir sua própria evolução consciente, através da ascensão pelos planos vibratórios (energia e matéria) que ele anima em seu intérmino caminhar. Notemos, porém, que só recebe a denominação de pneuma (Espírito), quando atinge a individualização completa no estado hominal (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 79: "Os Espíritos são a individualização do Princípio Inteligente, isto é, de noús).


Logicamente, portanto, podemos encontrar espíritos em muitos graus evolutivos, desde os mais ignorantes e atrasados (akátharton) e enfermos (ponêrón) até os mais evoluídos e santos (hágion).


Todas essas distinções são encontradas no N. T., sendo de notar-se que esse termo pneuma pode designar tanto o espírito encarnado quanto, ao lado de outros apelativos, o desencarnado.


Eis, na prática, o emprego da palavra pneuma no N. T. :

a) - pneuma como espírito encarnado (individualidade), 193 vezes: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; 4:1; 5:3; 10:20; 26:41; 27:50; MC 1:8; MC 2:8; MC 8:12; MC 14:38; LC 1:47, LC 1:80; 3:16, 22; 8:55; 23:46; 24. 37, 39; JO 1:33; JO 3:5, JO 3:6(2x), 8; 4:23; 6:63; 7:39; 11:33; 13:21; 14:17, 26; 15:26; 16:13; 19-30, 20:22; AT 1:5, AT 1:8; 5:3; 32:7:59; 10:38; 11:12,16; 17:16; 18:25; 19:21; 20:22; RM 1:4, RM 1:9; 5:5; 8:2, 4, 5(2x), 6, 9(3x), 10, 11(2x),13, 14, 15(2x), 16(2x), 27; 9:1; 12:11; 14:17; 15:13, 16, 19, 30; 1° Cor. 2:4, 10(2x), 11, 12; 3:16; 5:3,4, 5; 6:11, 17, 19; 7:34, 40; 12:4, 7, 8(2x), 9(2x), 11, 13(2x); 14:2, 12, 14, 15(2x), 16:32; 15:45; 16:18; 2º Cor. 1:22; 2:13; 3:3, 6, 8, 17(2x), 18; 5:5; 6:6; 7:1, 13; 12:18; 13:13; GL 3:2, GL 3:3, GL 3:5; 4:6, 29; 5:5,16,17(2x), 18, 22, 25(2x1); 6:8(2x),18; EF 1:13, EF 1:17; 2:18, 22; 3:5, 16; 4:3, 4:23; 5:18; 6:17, 18; Philp. 1:19, 27; 2:1; 3:3; 4:23; CL 1:8; CL 2:5; 1º Tess. 1:5, 6; 4:8; 5:23; 2. º Tess. 2:13; 1. º Tim. 3:16; 4:22; 2. º Tim. 1:14; TT 3:5; HB 4:12, HB 6:4; HB 9:14; HB 10:29; HB 12:9; Tiago, 2:26:4:4; 1. º Pe. 1:2, 11, 12; 3:4, 18; 4:6,14; 1. º JO 3:24; JO 4:13; JO 5:6(2x),7; Jud. 19:20; AP 1:10; AP 4:2; AP 11:11.


b) - pneuma como espírito desencarnado:


I - evoluído ou puro, 107 vezes:


MT 3:16; MT 12:18, MT 12:28; 22:43; MC 1:10, MC 1:12; 12:36; 13. 11; LC 1:15, LC 1:16, LC 1:41, LC 1:67; 2:25, 27; 4:1, 14, 18; 10:21; 11:13; 12:12; JO 1:32; JO 3:34; AT 1:2, AT 1:16; 2:4(2x), 17, 18, 33(2x), 38; 4:8; 25, 31; 6:3, 10; 7:51, 55; 8:15, 17, 18, 19, 29, 39; 9:17, 31; 10:19, 44, 45, 47; 11:15, 24, 28; 13:2, 4, 9, 52; 15:8, 28; 16:6, 7; 19:1, 2, 6; 20:22, 28; 21:4, 11; 23:8, 9; 28:25; 1. º Cor. 12:3(2x), 10; 1. º Tess. 5:9; 2. º Tess. 2:2; 1. ° Tim. 4:1; HB 1:7, HB 1:14; 2:4; 3:7; 9:8; 10:15; 12:23; 2. º Pe. 1:21; 1. ° JO 4:1(2x), 2, 3, 6; AP 1:4; AP 2:7, AP 2:11, AP 2:17, AP 2:29; 3:1, 6, 13, 22; 4:5; 5:6; 14:13; 17:3:19. 10; 21. 10; 22:6, 17.


II - involuído ou não-purificado, 39 vezes:


MT 8:16; MT 10:1; MT 12:43, MT 12:45; MC 1:23, MC 1:27; 3:11, 30; 5:2, 8, 13; 6:7; 7:25; 9:19; LC 4:36; LC 6:18; LC 7:21; LC 8:2; LC 10:20; LC 11:24, LC 11:26; 13:11; AT 5:16; AT 8:7; AT 16:16, AT 19:12, AT 19:13, AT 19:15, AT 19:16; RM 11:8:1. ° Cor. 2:12; 2. º Cor. 11:4; EF 2:2; 1. º Pe. 3:19; 1. º JO 4:2, 6; AP 13:15; AP 16:13; AP 18:2.


c) - pneuma como "espírito" no sentido abstrato de "caráter", 7 vezes: (JO 6:63; RM 2:29; 1. ª Cor. 2:12:4:21:2. ª Cor. 4:13; GL 6:1 e GL 6:2. ª Tim. 1:7)


d) - pneuma no sentido de "sopro", 1 vez: 2. ª Tess. 2:8 Todavia, devemos acrescentar que o espírito fora da matéria recebia outros apelativo, conforme vimos (vol. 1) e que não é inútil recordar, citando os locais.


PHÁNTASMA, quando o espírito, corpo astral ou perispírito se torna visível; termo que, embora frequente entre os gregos, só aparece, no N. T., duas vezes (MT 14:26 e MC 6:49).

ÁGGELOS (Anjo), empregado 170 vezes, designa um espírito evoluído (embora nem sempre de categoria acima da humana); essa denominação específica que, no momento em que é citada, tal entidade seja de nível humano ou supra-humano - está executando uma tarefa especial, como encarrega de "dar uma mensagem", de "levar um recado" de seus superiores hierárquicos (geralmente dizendo-se "de Deus"): MT 1:20, MT 1:24; 2:9, 10, 13, 15, 19, 21; 4:6, 11; 8:26; 10:3, 7, 22; 11:10, 13; 12:7, 8, 9, 10, 11, 23; 13:39, 41, 49; 16:27; 18:10; 22:30; 24:31, 36; 25:31, 41; 26:53; 27:23; 28:2, 5; MC 1:2, MC 1:13; 8:38; 12:25; 13:27, 32; LC 1:11, LC 1:13, LC 1:18, LC 1:19, 26, 30, 34, 35, 38; 4:10, 11; 7:24, 27; 9:26, 52; 12:8; 16:22; 22:43; 24:23; JO 1:51; JO 12:29; JO 20:12 AT 5:19; AT 6:15; AT 7:30, AT 7:35, AT 7:38, AT 7:52; 12:15; 23:8, 9; RM 8:38; 1. ° Cor. 4:9; 6:3; 11:10; 13:1; 2. º Cor. 11:14; 12:7; GL 1:8; GL 3:19; GL 4:14; CL 2:18; 2. º Tess. 1:7; 1. ° Tim. 3:16; 5:21; HB 1:4, HB 1:5, HB 1:6, HB 1:7, 13; 2:2, 5, 7, 9, 16; 12:22; 13:2; Tiago 2:25; 1. º Pe. 1:4, 11; Jud. 6; AP 1:1, AP 1:20; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 5, 7, 9, 14; 5:2, 11; 7:1, 11; 8:2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13; 9:1, 11, 13, 14, 15; 10:1, 5, 7, 8, 9, 10; 11:15; 12:7, 9, 17; 14:6, 9, 10, 15, 17, 18, 19; 15:1, 6, 7, 8, 10; 16:1, 5; 17:1, 7; 18:1, 21; 19:17; 20:1; 21:9, 12, 17; 22:6, 8, 16. BEEZEBOUL, usado 7 vezes: (MT 7. 25; 12:24, 27; MC 3:22; LC 11:15, LC 11:18, LC 11:19) só nos Evangelhos, é uma designação de chefe" de falange, "cabeça" de espíritos involuído.


DAIMÔN (uma vez, em MT 8:31) ou DAIMÓNION, 55 vezes, refere-se sempre a um espírito familiar desencarnado, que ainda conserva sua personalidade humana mesmo além túmulo. Entre os gregos, esse termo designava quer o eu interno, quer o "guia". Já no N. T. essa palavra identifica sempre um espírito ainda não-esclarecido, não evoluído, preso à última encarnação terrena, cuja presença prejudica o encarnado ao qual esteja ligado; tanto assim que o termo "demoníaco" é, para Tiago, sinônimo de "personalístico", terreno, psíquico. "não é essa sabedoria que desce do alto, mas a terrena (epígeia), a personalista (psychike), a demoníaca (demoniôdês). (Tiago, 3:15)


MT 7:22; MT 9:33, MT 9:34; 12:24, 27, 28; 10:8; 11:18; 17:18; MC 1:34, MC 1:39; 3:15, 22; 6:13; 7:26, 29, 30; 9:38; 16:9, 17; LC 4:33, LC 4:35, LC 4:41; 7:33; 8:2, 27, 29, 30, 33, 35, 38; 9:1, 42, 49; 10:17; 11:14, 15, 18, 19, 20; 13:32; JO 7:2; JO 8:48, JO 8:49, JO 8:52; 10:20, 21; AT 17:18; 1. ª Cor. 10:20, 21; 1. º Tim. 4:1; Tiago 2:16; Apoc 9:20; 16:24 e 18:2.


Ao falar de desencarnados, aproveitemos para observar como era designado o fenômeno da psicofonia: I - quando se refere a uma obsessão, com o verbo daimonízesthai, que aparece 13 vezes (MT 4:24;


8:16, 28, 33; 9:32; 12:22; 15:22; Marc 1:32; 5:15, 16, 18; LC 8:36; JO 10:21, portanto, só empregado pelos evangelistas).


II - quando se refere a um espírito evoluído, encontramos as expressões:

• "cheio de um espírito (plêrês, LC 4:1; AT 6:3, AT 6:5; 7:55; 11:24 - portanto só empregado por Lucas);


• "encher-se" (pimplánai ou plêthein, LC 1:15, LC 1:41, LC 1:67; AT 2:4; AT 4:8, AT 4:31; 9:17; 13:19 - portanto, só usado por Lucas);


• "conturbar-se" (tarássein), JO 11:33 e JO 13:21).


Já deixamos bem claro (vol 1) que os termos satanás ("antagonista"), diábolos ("adversário") e peirázôn ("tentador") jamais se referem, no N. T., a espíritos desencarnados, mas expressam sempre "a matéria, e por conseguinte também a "personalidade", a personagem humana que, com seu intelecto vaidoso, se opõe, antagoniza e, como adversário natural do espírito, tenta-o (como escreveu Paulo: "a carne (matéria) luta contra o espírito e o espírito contra a carne", GL 5:17).


Esses termos aparecem: satanãs, 33 vezes (MT 4:10; MT 12:26; MT 16:23; MC 1:13; MC 3:23, MC 3:26; 4:15; 8:33; LC 10:18; LC 11:18; LC 13:16; LC 22:3; JO 13:27, JO 13:31; AT 5:3; AT 26:18; RM 16:20; 1. º Cor. 5:5; 7:5; 2. º Cor. 2:11; 11:14; 12:17; 1. ° Tess. 2:18; 2. º Tess. 2:9; 1. º Tim. 1:20; 5:15; AP 2:9, AP 2:13, AP 2:24; 3:9; 12:9; 20:2, 7); diábolos, 35 vezes (MT 4:1, MT 4:5, MT 4:8, MT 4:11; 13:39; 25:41; LC 4:2, LC 4:3, LC 4:6, LC 4:13; 8:12; JO 6:70; JO 8:44; JO 13:2; AT 10:38; AT 13:10; EF 4:27; EF 6:11; 1. º Tim. 3:6, 7, 11; 2. º Tim. 2:26; 3:3 TT 2:3; HB 2:14; Tiago, 4:7; 1. º Pe. 5:8; 1. º JO 3:8, 10; Jud. 9; AP 2:10; AP 12:9, AP 12:12; 20:2,10) e peirázôn, duas vezes (MT 4:3 e MT 4:1. ª Tess. 3:5).


DIÁNOIA


Diánoia exprime a faculdade de refletir (diá+noús), isto é, o raciocínio; é o intelecto que na matéria, reflete a mente espiritual (noús), projetando-se em "várias direções" (diá) no mesmo plano. Usado 12 vezes (MT 22:37; MC 12:30: LC 1:51; LC 10:27: EF 2:3; EF 4:18; CL 1:21; HB 8:10; HB 10:16; 1. ª Pe. 1:13; 2. ª Pe. 3:1; 1. ª JO 5:20) na forma diánoia; e na forma dianóêma (o pensamento) uma vez em LC 11:17. Como sinônimo de diánoia, encontramos, também, synesis (compreensão) 7 vezes (MC 12:33; LC 2:47; 1. ª Cor. 1:19; EF 3:4; CL 1:9 e CL 2:2; e 2. ª Tim. 2:7). Como veremos logo abaixo, diánoia é parte inerente da psychê, (alma).


PSYCHÊ


Psychê é a ALMA, isto é, o "espírito encarnado (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 134: " alma é o espírito encarnado", resposta dada, evidentemente, por um "espírito" afeito à leitura do Novo Testamento).


A psychê era considerada pelos gregos como o atualmente chamado "corpo astral", já que era sede dos desejos e paixões, isto é, das emoções (cfr. Ésquilo, Persas, 841; Teócrito, 16:24; Xenofonte, Ciropedia, 6. 2. 28 e 33; Xen., Memoráveis de Sócrates, 1. 13:14; Píndaro, Olímpicas, 2. 125; Heródoto, 3. 14; Tucídides, 2. 40, etc.) . Mas psychê também incluía, segundo os gregos, a diánoia ou synesis, isto é, o intelecto (cfr. Heródoto, 5. 124; Sófocles, Édipo em Colona, 1207; Xenofonte, Hieron, 7. 12; Plat ão, Crátilo, 400 a).


No sentido de "espírito" (alma de mortos) foi usada por Homero (cfr. Ilíada 1. 3; 23. 65, 72, 100, 104;


Odisseia, 11. 207,213,222; 24. 14 etc.), mas esse sentido foi depressa abandonado, substituído por outros sinônimos (pnenma, eikôn, phántasma, skiá, daimôn, etc.) .


Psychê é empregado quase sempre no sentido de espírito preso à matéria (encarnado) ou seja, como sede da vida, e até como a própria vida humana, isto é, a personagem terrena (sede do intelecto e das emoções) em 92 passos: Mar. 2:20; 6:25; 10:28, 39; 11:29; 12:18; 16:25, 26; 20:28; 22:37; 26:38; MC 3:4; MC 8:35, MC 8:36, MC 8:37; 10:45; 12:30; 14:34; LC 1:46; LC 2:35; LC 6:9; LC 9:24(2x), 56; 10:27; 12:19, 20, 22, 23; 14:26; 17:33; 21:19; JO 10:11, JO 10:15, JO 10:17, JO 10:18, 24; 12:25, 27; 13:37, 38; 15:13; AT 2:27, AT 2:41, AT 2:43; 3:23; 4:32; 7:14; 14:2, 22; 15:24, 26; 20:10, 24; 27:10, 22, 37, 44; RM 2:9; RM 11:3; RM 13:1; RM 16:4; 1. º Cor. 15:45; 2. º Cor. 1:23; 12:15; EF 6:6; CL 3:23; Flp. 1:27; 2:30; 1. º Tess. 2:8; 5:23; HB 4:12; HB 6:19; HB 10:38, HB 10:39; 12:3; 13:17; Tiago 1:21; Tiago 5:20; 1. º Pe. 1:9, 22; 2:11, 25; 4:19; 2. º Pe. 2:8, 14; 1. º JO 3:16; 3. º JO 2; AP 12:11; AP 16:3; AP 18:13, AP 18:14.


Note-se, todavia, que no Apocalipse (6:9:8:9 e 20:4) o termo é aplicado aos desencarnados por morte violenta, por ainda conservarem, no além-túmulo, as características da última personagem terrena.


O adjetivo psychikós é empregado com o mesmo sentido de personalidade (l. ª Cor. 2:14; 15:44, 46; Tiago, 3:15; Jud. 19).


Os outros termos, que entre os gregos eram usados nesse sentido de "espírito desencarnado", o N. T.


não os emprega com essa interpretação, conforme pode ser verificado:

EIDOS (aparência) - LC 3:22; LC 9:29; JO 5:37; 2. ª Cor. 5:7; 1. ª Tess. 5:22.


EIDÔLON (ídolo) - AT 7:41; AT 15:20; RM 2:22; 1. ª Cor. 8:4, 7; 10:19; 12; 2; 2. ª Cor. 6:16; 1. ª Tess.


1:9; 1. ª JO 5:21; AP 9:20.


EIKÔN (imagem) - MT 22:20; MC 12:16; LC 20:24; RM 1:23; 1. ª Cor. 11:7; 15:49 (2x) ; 2. ª Cor. 3:18; 4:4; CL 1:5; CL 3:10; HB 10:11; AP 13:14; AP 14:2, AP 14:11; 15:2; 19 : 20; 20 : 4.


SKIÁ (sombra) - MT 4:16; MC 4:32; LC 1:79; AT 5:15; CL 2:17; HB 8:5; HB 10:1.


Também entre os gregos, desde Homero, havia a palavra thumós, que era tomada no sentido de alma encarnada". Teve ainda sentidos diversos, exprimindo "coração" quer como sede do intelecto, quer como sede das paixões. Fixou-se, entretanto, mais neste último sentido, e toda, as vezes que a deparamos no Novo Testamento é, parece, com o designativo "força". (Cfr. LC 4:28; AT 19:28; RM 2:8; 2. ª Cor. 12:20; GL 5:20; EF 4:31; CL 3:8; HB 11:27; AP 12:12; AP 14:8, AP 14:10, AP 14:19; 15:1, 7; 16:1, 19; 18:3 e 19:15)


SOMA


Soma exprime o corpo, geralmente o físico denso, que é subdividido em carne (sárx) e sangue (haima), ou seja, que compreende o físico denso e o duplo etérico (e aqui retificamos o que saiu publicado no vol. 1, onde dissemos que "sangue" representava o astral).


Já no N. T. encontramos uma antecipação da moderna qualificação de "corpos", atribuída aos planos ou níveis em que o homem pode tornar-se consciente. Paulo, por exemplo, emprega soma para os planos espirituais; ao distinguir os "corpos" celestes (sómata epouránia) dos "corpos" terrestres (sómata epígeia), ele emprega soma para o físico denso (em lugar de sárx), para o corpo astral (sôma psychikôn) e para o corpo espiritual (sôma pneumatikón) em 1. ª Cor. 15:40 e 44.


No N. T. soma é empregado ao todo 123 vezes, sendo 107 vezes no sentido de corpo físico-denso (material, unido ou não à psychê);


MT 5:29, MT 5:30; 6:22, 25; 10:28(2x); 26:12; 27:58, 59; MC 5:29; MC 14:8; MC 15:43; LC 11:34; LC 12:4, LC 12:22, LC 12:23; 17:37; 23:52, 55; 24:3, 23; JO 2:21; JO 19:31, JO 19:38, JO 19:40; 20:12; Aros. 9:40; RM 1:24; RM 4:19; RM 6:6, RM 6:12; 7:4, 24; 8:10, 11, 13, 23; 12:1, 4; 1. º Cor. 5:13; 6:13(2x), 20; 7:4(2x), 34; 9:27; 12:12(3x),14, 15(2x), 16 (2x), 17, 18, 19, 20, 22, 23, 24, 25; 13:3; 15:37, 38(2x) 40). 2. 0 Cor. 4:40; 5:610; 10:10; 12:2(2x); Gól. 6:17; EF 2:16; EF 5:23, EF 5:28; Ft. 3:21; CL 2:11, CL 2:23; 1. º Tess. 5:23; HB 10:5, HB 10:10, HB 10:22; 13:3, 11; Tiago 2:11, Tiago 2:26; 3:2, 3, 6; 1. º Pe. 2:24; Jud. 9; AP 18:13. Três vezes como "corpo astral" (MT 27:42; 1. ª Cor. 15:14, duas vezes); duas vezes como "corpo espiritual" (1. º Cor. 15:41); e onze vezes com sentido simbólico, referindo-se ao pão, tomado como símbolo do corpo de Cristo (MT 26:26; MC 14:22; LC 22:19; RM 12:5; 1. ª Cor. 6:15; 10:16, 17; 11:24; 12:13, 27; EF 1:23; EF 4:4, EF 4:12, EF 4:16; Filp. 1:20; CL 1:18, CL 1:22; 2:17; 3:15).


HAIMA


Haima, o sangue, exprime, como vimos, o corpo vital, isto é, a parte que dá vitalização à carne (sárx), a qual, sem o sangue, é simples cadáver.


O sangue era considerado uma entidade a parte, representando o que hoje chamamos "duplo etérico" ou "corpo vital". Baste-nos, como confirmação, recordar que o Antigo Testamento define o sangue como "a alma de toda carne" (LV 17:11-14). Suma importância, por isso, é atribuída ao derramamento de sangue, que exprime privação da "vida", e representa quer o sacrifício em resgate de erros e crimes, quer o testemunho de uma verdade.


A palavra é assim usada no N. T. :

a) - sangue de vítimas (HB 9:7, HB 9:12, HB 9:13, HB 9:18, 19, 20, 21, 22, 25; 10:4; 11:28; 13:11). Observe-se que só nessa carta há preocupação com esse aspecto;


b) - sangue de Jesus, quer literalmente (MT 27:4, MT 27:6, MT 27:24, MT 27:25; LC 22:20; JO 19:34; AT 5:28; AT 20:28; RM 5:25; RM 5:9; EF 1:7; EF 2:13; CL 1:20; HB 9:14; HB 10:19, HB 10:29; 12:24; 13:12, 20; 1. ª Pe. 1:2,19; 1. ª JO 1:7; 5:6, 8; AP 1:5; AP 5:9; AP 7:14; AP 12:11); quer simbolicamente, quando se refere ao vinho, como símbolo do sangue de Cristo (MT 26:28; MC 14:24; JO 6:53, JO 6:54, JO 6:55, JO 6:56; 1. ª Cor. 10:16; 11:25, 27).


c) - o sangue derramado como testemunho de uma verdade (MT 23:30, MT 23:35; 27:4; LC 13:1; AT 1:9; AT 18:6; AT 20:26; AT 22:20; RM 3:15; HB 12:4; AP 6:10; 14,: 20; 16:6; 17:6; 19:2, 13).


d) - ou em circunstâncias várias (MC 5:25, MC 5:29; 16:7; LC 22:44; JO 1:13; AT 2:19, AT 2:20; 15:20, 29; 17:26; 21:25; 1. ª Cor. 15:50; GL 1:16; EF 6:12; HB 2:14; AP 6:12; AP 8:7; AP 15:3, AP 15:4; 11:6).


SÁRX


Sárx é a carne, expressão do elemento mais grosseiro do homem, embora essa palavra substitua, muitas vezes, o complexo soma, ou seja, se entenda, com esse termo, ao mesmo tempo "carne" e "sangue".


Apesar de ter sido empregada simbolicamente por Jesus (JO 6:51, JO 6:52, JO 6:53, JO 6:54, 55 e 56), seu uso é mais literal em todo o resto do N. T., em 120 outros locais: MT 19:56; MT 24:22; MT 26:41; MC 10:8; MC 13:20; MC 14:38; LC 3:6; LC 24:39; JO 1:14; JO 3:6(2x); 6:63; 8:15; 17:2; AT 2:7, AT 2:26, AT 2:31; RM 1:3; RM 2:28; RM 3:20; RM 4:1; RM 6:19; RM 7:5, RM 7:18, RM 7:25; 8:3, 4(2x), 5(2x), 6, 7, 8, 9, 13(2x); 9:358; 11:14; 13:14; 1. º Cor. 1:2629; 5:5; 6:16; 7:28;10:18; 15:39(2x),50; 2. º Cor. 1:17; 4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3(2x); 1:18; 12:7; GL 2:16, GL 2:20; 3:3; 4:13, 14, 23; 5:13, 16, 17, 19, 24; 6:8(2x), 12, 13; EF 2:3, EF 2:11, EF 2:14; 5:29, 30, 31; 6:5; CL 1:22, CL 1:24; 2:1, 5, 11, 13, 18, 23; 3:22, 24; 3:34; 1. º Tim. 3:6; Flm. 16; HB 5:7; HB 9:10, HB 9:13; 10:20; 12:9; Tiago 5:3; 1. º Pe. 1:24; 3;18, 21; 4:1, 2, 6; 2. º Pe. 2:10, 18; 1. º JO 2:16; 4:2; 2. º JO 7; Jud. 7, 8, 23; AP 17:16; AP 19:21.


B - TEXTOS COMPROBATÓRIOS


Respiguemos, agora, alguns trechos do N. T., a fim de comprovar nossas conclusões a respeito desta nova teoria.


Comecemos pela distinção que fazemos entre individualidade (ou Espírito) e a personagem transitória humana.


INDIVIDUALIDADE- PERSONAGEM


Encontramos essa distinção explicitamente ensinada por Paulo (l. ª Cor. 15:35-50) que classifica a individualidade entre os "corpos celestiais" (sómata epouránia), isto é, de origem espiritual; e a personagem terrena entre os "corpos terrenos" (sómata epígeia), ou seja, que têm sua origem no próprio planeta Terra, de onde tiram seus elementos constitutivos (físicos e químicos). Logo a seguir, Paulo torna mais claro seu pensamento, denominando a individualidade de "corpo espiritual" (sôma pneumatikón) e a personagem humana de "corpo psíquico" (sôma psychikón). Com absoluta nitidez, afirma que a individualidade é o "Espírito vivificante" (pneuma zoopioún), porque dá vida; e que a personagem, no plano já da energia, é a "alma que vive" (psychê zôsan), pois recebe vida do Espírito que lhe constitui a essência profunda.


Entretanto, para evitar dúvidas ou más interpretações quanto ao sentido ascensional da evolução, assevera taxativamente que o desenvolvimento começa com a personalidade (alma vivente) e só depois que esta se desenvolve, é que pode atingir-se o desabrochar da individualidade (Espírito vivificante).


Temos, pois, bem estabelecida a diferença fundamental, ensinada no N. T., entre psychê (alma) e pneuma (Espírito).


Mas há outros passos em que esses dois elementos são claramente distinguidos:

1) No Cântico de Maria (LC 1:46) sentimos a diferença nas palavras "Minha alma (psychê) engrandece o Senhor e meu Espírito (pneuma) se alegra em Deus meu Salvador".


2) Paulo (Filp. 1:27) recomenda que os cristãos tenham "um só Espírito (pneuma) e uma só alma (psychê), distinção desnecessária, se não expressassem essas palavras coisas diferentes.


3) Ainda Paulo (l. ª Tess. 5:23) faz votos que os fiéis "sejam santificados e guardados no Espírito (pneuma) na alma (psychê) e no corpo (sôma)", deixando bem estabelecida a tríade que assinalamos desde o início.


4) Mais claro ainda é o autor da Carta dos Hebreus (quer seja Paulo Apolo ou Clemente Romano), ao


. utilizar-se de uma expressão sintomática, que diz: "o Logos Divino é Vivo, Eficaz; e mais penetrante que qualquer espada, atingindo até a divisão entre o Espirito (pneuma) e a alma (psychê)" (HB 4:12); aí não há discussão: existe realmente uma divisão entre espírito e alma.


5) Comparando, ainda, a personagem (psiquismo) com a individualidade Paulo afirma que "fala não palavras aprendidas pela sabedoria humana, mas aprendidas do Espírito (divino), comparando as coisas espirituais com as espirituais"; e acrescenta, como esclarecimento e razão: "o homem psíquico (ho ánthrôpos psychikós, isto é, a personagem intelectualizada) não percebe as coisas do Espírito Divino: são tolices para ele, e não pode compreender o que é discernido espiritualmente; mas o homem espiritual (ho ánthrôpos pneumatikós, ou, seja, a individualidade) discerne tudo, embora não seja discernido por ninguém" (1. ª Cor. 2:13-15).


Portanto, não há dúvida de que o N. T. aceita os dois aspectos do "homem": a parte espiritual, a tríade superior ou individualidade (ánthrôpos pneumatikós) e a parte psíquica, o quaternário inferior ou personalidade ou personagem (ánthrôpos psychikós).


O CORPO


Penetremos, agora, numa especificação maior, observando o emprego da palavra soma (corpo), em seu complexo carne-sangue, já que, em vários passos, não só o termo sárx é usado em lugar de soma, como também o adjetivo sarkikós (ou sarkínos) se refere, como parte externa visível, a toda a personagem, ou seja, ao espírito encarnado e preso à matéria; e isto sobretudo naqueles que, por seu atraso, ainda acreditam que seu verdadeiro eu é o complexo físico, já que nem percebem sua essência espiritual.


Paulo, por exemplo, justifica-se de não escrever aos coríntios lições mais sublimes, porque não pode falar-lhes como a "espirituais" (pnenmatikoí, criaturas que, mesmo encarnadas, já vivem na individualidade), mas só como a "carnais" (sarkínoi, que vivem só na personagem). Como a crianças em Cristo (isto é, como a principiantes no processo do conhecimento crístico), dando-lhes leite a beber, não comida, pois ainda não na podem suportar; "e nem agora o posso, acrescenta ele, pois ainda sois carnais" (1. ª Cor. 3:1-2).


Dessa forma, todos os que se encontram na fase em que domina a personagem terrena são descritos por Paulo como não percebendo o Espírito: "os que são segundo a carne, pensam segundo a carne", em oposição aos "que são segundo o espírito, que pensam segundo o espírito". Logo a seguir define a "sabedoria da carne como morte, enquanto a sabedoria do Espírito é Vida e Paz" (Rom, 8:5-6).


Essa distinção também foi afirmada por Jesus, quando disse que "o espírito está pronto (no sentido de" disposto"), mas a carne é fraca" (MT 26:41; MC 14:38). Talvez por isso o autor da Carta aos Hebreus escreveu, ao lembrar-se quiçá desse episódio, que Jesus "nos dias de sua carne (quando encarnado), oferecendo preces e súplicas com grande clamor e lágrimas Àquele que podia livrá-lo da morte, foi ouvido por causa de sua devoção e, não obstante ser Filho de Deus (o mais elevado grau do adeptado, cfr. vol. 1), aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu" (Heb, 5:7-8).


Ora, sendo assim fraca e medrosa a personagem humana, sempre tendente para o mal como expoente típico do Antissistema, Paulo tem o cuidado de avisar que "não devemos submeter-nos aos desejos da carne", pois esta antagoniza o Espírito (isto é constitui seu adversário ou diábolos). Aconselha, então que não se faça o que ela deseja, e conforta os "que são do Espírito", assegurando-lhes que, embora vivam na personalidade, "não estão sob a lei" (GL 5:16-18). A razão é dada em outro passo: "O Senhor é Espírito: onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2. ª Cor. 3:17).


Segundo o autor da Carta aos Hebreus, esta foi uma das finalidades da encarnação de Jesus: livrar a personagem humana do medo da morte. E neste trecho confirma as palavras do Mestre a Nicodemos: "o que nasce de carne é carne" (JO 3:6), esclarecendo, ao mesmo tempo, no campo da psicobiologia, (o problema da hereditariedade: dos pais, os filhos só herdam a carne e o sangue (corpo físico e duplo etérico), já que a psychê é herdeira do pneuma ("o que nasce de espírito, é espírito", João, ibidem). Escreve, então: "como os filhos têm a mesma natureza (kekoinônêken) na carne e no sangue, assim ele (Jesus) participou da carne e do sangue para que, por sua morte, destruísse o adversário (diábolos, a matéria), o qual possui o império da morte, a fim de libertá-las (as criaturas), já que durante toda a vida elas estavam sujeitas ao medo da morte" (HB 2:14).


Ainda no setor da morte, Jesus confirma, mais uma vez, a oposição corpo-alma: "não temais os que matam o corpo: temei o que pode matar a alma (psychê) e o corpo (sôma)" (MT 10:28). Note-se, mais uma vez, a precisão (elegantia) vocabular de Jesus, que não fala em pneuma, que é indestrutível, mas em psychê, ou seja, o corpo astral sujeito a estragos e até morte.


Interessante observar que alguns capítulos adiante, o mesmo evangelista (MT 27:52) usa o termo soma para designar o corpo astral ou perispírito: "e muitos corpos dos santos que dormiam, despertaram".


Refere-se ao choque terrível da desencarnação de Jesus, que foi tão violento no plano astral, que despertou os desencarnados que se encontravam adormecidos e talvez ainda presos aos seus cadáveres, na hibernação dos que desencarnam despreparados. E como era natural, ao despertarem, dirigiram-se para suas casas, tendo sido percebidos pelos videntes.


Há um texto de Paulo que nos deixa em suspenso, sem distinguirmos se ele se refere ao corpo físico (carne) ou ao psíquico (astral): "conheço um homem em Cristo (uma individualidade já cristificada) que há catorze anos - se no corpo (en sômai) não sei, se fora do corpo (ektòs sômatos) não sei: Deus

sabe foi raptado ao terceiro céu" (l. ª Cor. 12:2). É uma confissão de êxtase (ou talvez de "encontro"?), em que o próprio experimentador se declara inapto a distinguir se se tratava de um movimento puramente espiritual (fora do corpo), ou se tivera a participação do corpo psíquico (astral); nem pode verificar se todo o processo se realizou com pneuma e psychê dentro ou fora do corpo.


Entretanto, de uma coisa ele tem certeza absoluta: a parte inferior do homem, a carne e o sangue, esses não participaram do processo. Essa certeza é tão forte, que ele pode ensinar taxativamente e sem titubeios, que o físico denso e o duplo etérico não se unificam com a Centelha Divina, não "entram no reino dos céus", sendo esta uma faculdade apenas de pneuma, e, no máximo, de psychê. E ele o diz com ênfase: "isto eu vos digo, irmãos, que a carne (sárx) e o sangue (haima) NÃO PODEM possuir o reino de Deus" (l. ª Cor. 15:50). Note-se que essa afirmativa é uma negação violenta do "dogma" da ressurreição da carne.


ALMA


Num plano mais elevado, vejamos o que nos diz o N. T. a respeito da psychê e da diánoia, isto é, da alma e do intelecto a esta inerente como um de seus aspectos.


Como a carne é, na realidade dos fatos, incapaz de vontades e desejos, que provêm do intelecto, Paulo afirma que "outrora andávamos nos desejos de nossa carne", esclarecendo, porém, que fazíamos "a vontade da carne (sárx) e do intelecto (diánoia)" (EF 2:3). De fato "o afastamento e a inimizade entre Espírito e corpo surgem por meio do intelecto" (CL 1. 21).


A distinção entre intelecto (faculdade de refletir, existente na personagem) e mente (faculdade inerente ao coração, que cria os pensamentos) pode parecer sutil, mas já era feita na antiguidade, e Jerem ías escreveu que YHWH "dá suas leis ao intelecto (diánoia), mas as escreve no coração" (JR 31:33, citado certo em HB 8:10, e com os termos invertidos em HB 10:16). Aí bem se diversificam as funções: o intelecto recebe a dádiva, refletindo-a do coração, onde ela está gravada.


Realmente a psychê corresponde ao corpo astral, sede das emoções. Embora alguns textos no N. T.


atribuam emoções a kardía, Jesus deixou claro que só a psychê é atingível pelas angústias e aflições, asseverando: "minha alma (psychê) está perturbada" (MT 26:38; MC 14:34; JO 12:27). Jesus não fala em kardía nem em pneuma.


A MENTE


Noús é a MENTE ESPIRITUAL, a individualizadora de pneuma, e parte integrante ou aspecto de kardía. E Paulo, ao salientar a necessidade de revestir-nos do Homem Novo (de passar a viver na individualidade) ordena que "nos renovemos no Espírito de nossa Mente" (EF 4:23-24), e não do intelecto, que é personalista e divisionário.


E ao destacar a luta entre a individualidade e a personagem encarnada, sublinha que "vê outra lei em seus membros (corpo) que se opõem à lei de sua mente (noús), e o aprisiona na lei do erro que existe em seus membros" (RM 7:23).


A mente espiritual, e só ela, pode entender a sabedoria do Cristo; e este não se dirige ao intelecto para obter a compreensão dos discípulos: "e então abriu-lhes a mente (noún) para que compreendessem as Escrituras" (LC 24:45). Até então, durante a viagem (bastante longa) ia conversando com os "discípulos de Emaús". falando-lhes ao intelecto e provando-lhes que o Filho do Homem tinha que sofrer; mas eles não O reconheceram. Mas quando lhes abriu a MENTE, imediatamente eles perceberam o Cristo.


Essa mente é, sem dúvida, um aspecto de kardía. Isaías escreveu: "então (YHWH) cegou-lhes os olhos (intelecto) e endureceu-lhes o coração, para que não vissem (intelectualmente) nem compreendessem com o coração" (IS 6:9; citado por JO 12:40).


O CORAÇÃO


Que o coração é a fonte dos pensamentos, nós o encontramos repetido à exaustão; por exemplo: MT 12:34; MT 15:18, MT 15:19; Marc 7:18; 18:23; LC 6:45; LC 9:47; etc.


Ora, se o termo CORAÇÃO exprime, límpida e indiscutivelmente, a fonte primeira do SER, o "quarto fechado" onde o "Pai vê no secreto" MT 6:6), logicamente se deduz que aí reside a Centelha Divina, a Partícula de pneuma, o CRISTO (Filho Unigênito), que é UNO com o Pai, que também, consequentemente, aí reside. E portanto, aí também está o Espírito-Santo, o Espírito-Amor, DEUS, de que nosso Eu é uma partícula não desprendida.


Razão nos assiste, então, quando escrevemos (vol. 1 e vol. 3) que o "reino de Deus" ou "reino dos céus" ou "o céu", exprime exatamente o CORAÇÃO; e entrar no reino dos céus é penetrar, é MERGULHAR (batismo) no âmago de nosso próprio EU. É ser UM com o CRISTO, tal como o CRISTO é UM com o PAI (cfr. JO 10. 30; 17:21,22, 23).


Sendo esta parte a mais importante para a nossa tese, dividamo-la em três seções:

a) - Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;


b) - CRISTO, o Filho (UNO com o Pai) também está DENTRO de nós, constituindo NOSSA ESSÊNCIA PROFUNDA;


c) - o local exato em que se encontra o Cristo é o CORAÇÃO, e nossa meta, durante a encarnação, é CRISTIFICAR-NOS, alcançando a evolução crística e unificando-nos com Ele.


a) -


A expressão "dentro de" pode ser dada em grego pela preposição ENTOS que encontramos clara em LC (LC 17:21), quando afirma que "o reino de Deus está DENTRO DE VÓS" (entòs humin); mas tamb ém a mesma ideia é expressa pela preposição EN (latim in, português em): se a água está na (EM A) garrafa ou no (EM O) copo, é porque está DENTRO desses recipientes. Não pode haver dúvida. Recordese o que escrevemos (vol. 1): "o Logos se fez carne e fez sua residência DENTRO DE NÓS" (JO 1:14).


Paulo é categórico em suas afirmativas: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita dentro de vós" (1. ª Cor. 3:16).


Οΰи οίδατε ότι ναός θεοϋ έστε иαί τό πνεϋµα τοϋ θεοϋ έν ϋµϊν οίиεί;

E mais: "E não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está dentro de vós, o qual recebestes de Deus, e não pertenceis a vós mesmos? Na verdade, fostes comprados por alto preço. Glorificai e TRAZEI DEUS EM VOSSO CORPO" (1. ª Cor. 6:19-20).


Esse Espírito Santo, que é a Centelha do Espírito Universal, é, por isso mesmo, idêntico em todos: "há muitas operações, mas UM só Deus, que OPERA TUDO DENTRO DE TODAS AS COISAS; ... Todas essas coisas opera o único e mesmo Espírito; ... Então, em UM Espírito todos nós fomos MERGULHADOS en: UMA carne, judeus e gentios, livres ou escravos" (1. ª Cor. 12:6, 11, 13).


Καί διαιρέσεις ένεργηµάτων είσιν, ό δέ αύτός θεός ό ένεργών τα πάντα έν πάσιν... Дάντα δέ ταύτα ένεργεί τό έν иαί τό αύτό πνεύµα... Кαί γάρ έν ένί πνεύµατι ήµείς πάντες είς έν σώµα έβαπτίσθηµεν,
είτε ̉Ιουδαίοι εϊτε έλληνες, είτε δούλοι, εϊτε έλεύθεροι.
Mais ainda: "Então já não sois hóspedes e estrangeiros, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus, superedificados sobre o fundamento dos Enviados e dos Profetas, sendo a própria pedra angular máxima Cristo Jesus: em Quem toda edificação cresce no templo santo no Senhor, no Qual tamb ém vós estais edificados como HABITAÇÃO DE DEUS NO ESPÍRITO" (EF 2:19-22). " Αρα ούν ούиέτι έστε ζένοι иαί πάροιиοι, άλλά έστε συµπολίται τών άγίων иαί οίиείοι τού θεού,
έποιиοδοµηθέντες έπί τώ θεµελίω τών άποστόλων иαί προφητών, όντος άиρογωνιαίου αύτού Χριστόύ
#cite Іησού, έν ώ πάσα οίиοδοµή συναρµολογουµένη αύζει είς ναόν άγιον έν иυρίώ, έν ώ иαί ύµείς
συνοιиοδοµείσθε είς иατοιиητήεριον τού θεού έν πνεµατ

ι.


Se Deus habita DENTRO do homem e das coisas quem os despreza, despreza a Deus: "quem despreza estas coisas, não despreza homens, mas a Deus, que também deu seu Espírito Santo em vós" (1. ª Tess. 4:8).


Тοιγαρούν ό άθετών ούи άνθρωπον άθετεί, άλλά τόν θεόν τόν иαί διδόντα τό πνεύµα αύτού τό άγιον είς ύµάς.

E a consciência dessa realidade era soberana em Paulo: "Guardei o bom depósito, pelo Espírito Santo que habita DENTRO DE NÓS" (2. ª Tim. 1:14). (20)


Тήν иαλήν παραθήиην φύλαζον διά πνεύµατος άγίου τού ένοιиούντος έν ήµϊ

ν.


João dá seu testemunho: "Ninguém jamais viu Deus. Se nos amarmos reciprocamente, Deus permanecer á DENTRO DE NÓS, e o Amor Dele, dentro de nós, será perfeito (ou completo). Nisto sabemos que permaneceremos Nele e Ele em nós, porque DE SEU ESPÍRITO deu a nós" (1. ª JO 4:12-13).


θεόν ούδείς πώποτε τεθέαται: έάν άγαπώµεν άλλήλους, ό θεός έν ήµϊν µένει, иαί ή άγάπη αύτοϋ τε-
τελειωµένη έν ήµϊν έστιν. Εν τουτω γινώσиοµεν ότι έν αύτώ µένοµεν иαί αύτός έν ήµϊν, ότι έи τοϋ
πνεύµατος αύτοϋ δέδώиεν ήµϊ

ν.


b) -


Vejamos agora os textos que especificam melhor ser o CRISTO (Filho) que, DENTRO DE NÓS. constitui a essência profunda de nosso ser. Não é mais uma indicação de que TEMOS a Divindade em nós, mas um ensino concreto de que SOMOS uma partícula da Divindade. Escreve Paulo: "Não sabeis que CRISTO (Jesus) está DENTRO DE VÓS"? (2. ª Cor. 13:5). E, passando àquela teoria belíssima de que formamos todos um corpo só, cuja cabeça é Cristo, ensina Paulo: "Vós sois o CORPO de Cristo, e membros de seus membros" (l. ª Cor. 12:27). Esse mesmo Cristo precisa manifestar-se em nós, através de nós: "vossa vida está escondida COM CRISTO em Deus; quando Cristo se manifestar, vós também vos manifestareis em substância" (CL 3:3-4).


E logo adiante insiste: "Despojai-vos do velho homem com seus atos (das personagens terrenas com seus divisionismos egoístas) e vesti o novo, aquele que se renova no conhecimento, segundo a imagem de Quem o criou, onde (na individualidade) não há gentio nem judeu, circuncidado ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre, mas TUDO e EM TODOS, CRISTO" (CL 3:9-11).


A personagem é mortal, vivendo a alma por efeito do Espírito vivificante que nela existe: "Como em Adão (personagem) todos morrem, assim em CRISTO (individualidade, Espírito vivificante) todos são vivificados" (1. ª Cor. 15:22).


A consciência de que Cristo vive nele, faz Paulo traçar linhas imorredouras: "ou procurais uma prova do CRISTO que fala DENTRO DE MIM? o qual (Cristo) DENTRO DE VÓS não é fraco" mas é poderoso DENTRO DE VÓS" (2. ª Cor. 13:3).


E afirma com a ênfase da certeza plena: "já não sou eu (a personagem de Paulo), mas CRISTO QUE VIVE EM MIM" (GL 2:20). Por isso, pode garantir: "Nós temos a mente (noús) de Cristo" (l. ª Cor. 2:16).


Essa convicção traz consequências fortíssimas para quem já vive na individualidade: "não sabeis que vossos CORPOS são membros de Cristo? Tomando, então, os membros de Cristo eu os tornarei corpo de meretriz? Absolutamente. Ou não sabeis que quem adere à meretriz se torna UM CORPO com ela? Está dito: "e serão dois numa carne". Então - conclui Paulo com uma lógica irretorquível - quem adere a Deus é UM ESPÍRITO" com Deus (1. ª Cor. 6:15-17).


Já desde Paulo a união sexual é trazida como o melhor exemplo da unificação do Espírito com a Divindade. Decorrência natural de tudo isso é a instrução dada aos romanos: "vós não estais (não viveis) EM CARNE (na personagem), mas EM ESPÍRITO (na individualidade), se o Espírito de Deus habita DENTRO DE VÓS; se porém não tendes o Espírito de Cristo, não sois Dele. Se CRISTO (está) DENTRO DE VÓS, na verdade o corpo é morte por causa dos erros, mas o Espírito vive pela perfeição. Se o Espírito de Quem despertou Jesus dos mortos HABITA DENTRO DE VÓS, esse, que despertou Jesus dos mortos, vivificará também vossos corpos mortais, por causa do mesmo Espírito EM VÓS" (RM 9:9-11). E logo a seguir prossegue: "O próprio Espírito testifica ao nosso Espírito que somos filhos de Deus; se filhos, (somos) herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo" (RM 8:16). Provém daí a angústia de todos os que atingiram o Eu Interno para libertar-se: "também tendo em nós as primícias do Espírito, gememos dentro de nós, esperando a adoção de Filhos, a libertação de nosso corpo" (RM 8:23).


c) -


Finalmente, estreitando o círculo dos esclarecimentos, verificamos que o Cristo, dentro de nós, reside NO CORAÇÃO, onde constitui nosso EU Profundo. É ensinamento escriturístico.


Ainda é Paulo que nos esclarece: "Porque sois filhos, Deus enviou o ESPÍRITO DE SEU FILHO, em vosso CORAÇÃO, clamando Abba, ó Pai" (GL 4:6). Compreendemos, então, que o Espírito Santo (Deus) que está em nós, refere-se exatamente ao Espírito do FILHO, ao CRISTO Cósmico, o Filho Unigênito. E ficamos sabendo que seu ponto de fixação em nós é o CORAÇÃO.


Lembrando-se, talvez, da frase de Jeremias, acima-citada, Paulo escreveu aos coríntios: "vós sois a nossa carta, escrita em vossos CORAÇÕES, conhecida e lida por todos os homens, sendo manifesto que sois CARTA DE CRISTO, preparada por nós, e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo; não em tábuas de pedra, mas nas tábuas dos CORAÇÕES CARNAIS" (2. ª Cor. 3:2-3). Bastante explícito que realmente se trata dos corações carnais, onde reside o átomo espiritual.


Todavia, ainda mais claro é outro texto, em que se fala no mergulho de nosso eu pequeno, unificandonos ao Grande EU, o CRISTO INTERNO residente no coração: "CRISTO HABITA, pela fé, no VOSSO CORAÇÃO". E assegura com firmeza: "enraizados e fundamentados no AMOR, com todos os santos (os encarnados já espiritualizados na vivência da individualidade) se compreenderá a latitude, a longitude a sublimidade e a profundidade, conhecendo o que está acima do conhecimento, o AMOR DE CRISTO, para que se encham de toda a plenitude de Deus" (EF 3:17).


Кατοιиήσαι τόν Χριστόν διά τής πίστεως έν ταϊς иαρδίαις ύµών, έν άγάπη έρριζωµένοι иαί τεθεµελιωµένοι, ϊνα έζισγύσητε иαταλαβέσθαι σύν πάσιν τοϊςάγίοιςτί τό πλάτος иαί µήиος иαί ύψος
иαί βάθος, γνώσαι τε τήν ύπερβάλλουσαν τής γνώσεως άγάπην τοϋ Χριστοϋ, ίνα πληρωθήτε είς πάν τό πλήρωµα τού θεοϋ.

Quando se dá a unificação, o Espírito se infinitiza e penetra a Sabedoria Cósmica, compreendendo então a amplitude da localização universal do Cristo.


Mas encontramos outro ensino de suma profundidade, quando Paulo nos adverte que temos que CRISTIFICAR-NOS, temos que tornar-nos Cristos, na unificação com Cristo. Para isso, teremos que fazer uma tradução lógica e sensata da frase, em que aparece o verbo CHRIO duas vezes: a primeira, no particípio passado, Christós, o "Ungido", o "permeado da Divindade", particípio que foi transliterado em todas as línguas, com o sentido filosófico e místico de O CRISTO; e a segunda, logo a seguir, no presente do indicativo. Ora, parece de toda evidência que o sentido do verbo tem que ser O MESMO em ambos os empregos. Diz o texto original: ho dè bebaiôn hemãs syn humin eis Christon kaí chrísas hemãs theós (2. ª Cor. 1:21).


#cite Ο δέ βεβαιών ήµάς σύν ύµίν είς Χριστόν иαί χρίσας ήµάς θεό

ς.


Eis a tradução literal: "Deus, fortifica dor nosso e vosso, no Ungido, unge-nos".


E agora a tradução real: "Deus, fortificador nosso e vosso, em CRISTO, CRISTIFICA-NOS".


Essa a chave para compreendermos nossa meta: a cristificação total e absoluta.


Logo após escreve Paulo: "Ele também nos MARCA e nos dá, como penhor, o Espírito em NOSSOS CORAÇÕES" (2. ª Cor. 1:22).


#cite Ο иαί σφραγισάµενος ήµάς иαί δούς τόν άρραβώνα τόν πνεύµατος έν ταϊς иαρδϊαις ήµώ

ν.


Completando, enfim, o ensino - embora ministrado esparsamente - vem o texto mais forte e explícito, informando a finalidade da encarnação, para TÔDAS AS CRIATURAS: "até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, ao Homem Perfeito, à medida da evolução plena de Cristo" (EF 4:13).


Мέρχι иαταντήσωµεν οί πάντες είς τήν ένότητα τής πίστοως. иαί τής έπιγνώσεως τοϋ υίοϋ τοϋ θεοϋ,
είς άνδρα τελειον, είς µέτρον ήλιиίας τοϋ πληρώµατος τοϋ Χριστοϋ.
Por isso Paulo escreveu aos Gálatas: "ó filhinhos, por quem outra vez sofro as dores de parto, até que Cristo SE FORME dentro de vós" (GL 4:19) (Тεиνία µου, ούς πάλιν ώδίνω, µέρχις ού µορφωθή Χριστός έν ύµϊ

ν).


Agostinho (Tract. in Joanne, 21, 8) compreendeu bem isto ao escrever: "agradeçamos e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos", (Christus facti sumus); e Metódio de Olimpo ("Banquete das dez virgens", Patrol. Graeca, vol. 18, col. 150) escreveu: "a ekklêsía está grávida e em trabalho de parto até que o Cristo tome forma em nós, até que Cristo nasça em nós, a fim de que cada um dos santos (encarnados) por sua participação com o Cristo, se torne Cristo". Também Cirilo de Jerusalém ("Catechesis mystagogicae" 1. 3. 1 in Patr. Graeca vol. 33, col. 1. 087) asseverou: " Após terdes mergulhado no Cristo e vos terdes revestido do Cristo, fostes colocados em pé de igualdade com o Filho de Deus... pois que entrastes em comunhão com o Cristo, com razão tendes o nome de cristos, isto é, de ungidos".


Todo o que se une ao Cristo, se torna um cristo, participando do Pneuma e da natureza divina (theías koinônoí physeôs) (2. ª Pe. 1:3), pois "Cristo é o Espírito" (2. ª Cor. 3:17) e quem Lhe está unido, tem em si o selo (sphrágis) de Cristo. Na homilia 24,2, sobre 1. ª Cor. 10:16, João Crisóstomo (Patrol.


Graeca vol. 61, col. 200) escreveu: "O pão que partimos não é uma comunhão (com+união, koinônía) ao corpo de Cristo? Porque não disse "participação" (metoché)? Porque quis revelar algo mais, e mostrar uma associação (synápheia) mais íntima. Realmente, estamos unidos (koinônoúmen) não só pela participação (metéchein) e pela recepção (metalambánein), mas também pela UNIFICAÇÃO (enousthai)".


Por isso justifica-se o fragmento de Aristóteles, supra citado, em Sinésio: "os místicos devem não apenas aprender (mathein) mas experimentar" (pathein).


Essa é a razão por que, desde os primeiros séculos do estabelecimento do povo israelita, YHWH, em sua sabedoria, fazia a distinção dos diversos "corpos" da criatura; e no primeiro mandamento revelado a Moisés dizia: " Amarás a Deus de todo o teu coração (kardía), de toda tua alma (psychê), de todo teu intelecto (diánoia), de todas as tuas forças (dynameis)"; kardía é a individualidade, psychê a personagem, dividida em diánoia (intelecto) e dynameis (veículos físicos). (Cfr. LV 19:18; DT 6:5; MT 22:37; MC 12:13; LC 10:27).


A doutrina é uma só em todos os sistemas religiosos pregados pelos Mestres (Enviados e Profetas), embora com o tempo a imperfeição humana os deturpe, pois a personagem é fundamentalmente divisionista e egoísta. Mas sempre chega a ocasião em que a Verdade se restabelece, e então verificamos que todas as revelações são idênticas entre si, em seu conteúdo básico.


ESCOLA INICIÁTICA


Após essa longa digressão a respeito do estudo do "homem" no Novo Testamento, somos ainda obrigados a aprofundar mais o sentido do trecho em que são estipuladas as condições do discipulato.


Há muito desejaríamos ter penetrado neste setor, a fim de poder dar explicação cabal de certas frases e passagens; mas evitamo-lo ao máximo, para não ferir convicções de leitores desacostumados ao assunto.


Diante desse trecho, porém, somos forçados a romper os tabus e a falar abertamente.


Deve ter chamado a atenção de todos os estudiosos perspicazes dos Evangelhos, que Jesus jamais recebeu, dos evangelistas, qualquer título que normalmente seria atribuído a um fundador de religião: Chefe Espiritual, Sacerdote, Guia Espiritual, Pontífice; assim também, aqueles que O seguiam, nunca foram chamados Sequazes, Adeptos, Adoradores, Filiados, nem Fiéis (a não ser nas Epístolas, mas sempre com o sentido de adjetivo: os que mantinham fidelidade a Seus ensinos). Ao contrário disso, os epítetos dados a Jesus foram os de um chefe de escola: MESTRE (Rabbi, Didáskalos, Epistátês) ou de uma autoridade máxima Kyrios (SENHOR dos mistérios). Seus seguidores eram DISCÍPULOS (mathêtês), tudo de acordo com a terminologia típica dos mistérios iniciáticos de Elêusis, Delfos, Crotona, Tebas ou Heliópolis. Após receberem os primeiros graus, os discípulos passaram a ser denominado "emissários" (apóstolos), encarregados de dar a outros as primeiras iniciações.


Além disso, é evidente a preocupação de Jesus de dividir Seus ensinos em dois graus bem distintos: o que era ministrado de público ("a eles só é dado falar em parábolas") e o que era ensinado privadamente aos "escolhidos" ("mas a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus", cfr. MT 13:10-17 ; MC 4:11-12; LC 8:10).


Verificamos, portanto, que Jesus não criou uma "religião", no sentido moderno dessa palavra (conjunto de ritos, dogmas e cultos com sacerdócio hierarquicamente organizado), mas apenas fundou uma ESCOLA INICIÁTICA, na qual preparou e "iniciou" seus DISCÍPULOS, que Ele enviou ("emissários, apóstolos") com a incumbência de "iniciar" outras criaturas. Estas, por sua vez, foram continuando o processo e quando o mundo abriu os olhos e percebeu, estava em grande parte cristianizado. Quando os "homens" o perceberam e estabeleceram a hierarquia e os dogmas, começou a decadência.


A "Escola iniciática" fundada por Jesus foi modelada pela tradição helênica, que colocava como elemento primordial a transmissão viva dos mistérios: e "essa relação entre a parádosis (transmissão) e o mystérion é essencial ao cristianismo", escreveu o monge beneditino D. Odon CaseI (cfr. "Richesse du Mystere du Christ", Les éditions du Cerf. Paris, 1964, pág. 294). Esse autor chega mesmo a afirmar: " O cristianismo não é uma religião nem uma confissão, segundo a acepção moderna dessas palavras" (cfr. "Le Mystere du Culte", ib., pág. 21).


E J. Ranft ("Der Ursprung des Kathoíischen Traditionsprinzips", 1931, citado por D . O. Casel) escreve: " esse contato íntimo (com Cristo) nasce de uma gnose profunda".


Para bem compreender tudo isso, é indispensável uma incursão pelo campo das iniciações, esclarecendo antes alguns termos especializados. Infelizmente teremos que resumir ao máximo, para não prejudicar o andamento da obra. Mas muitos compreenderão.


TERMOS ESPECIAIS


Aiôn (ou eon) - era, época, idade; ou melhor CICLO; cada um dos ciclos evolutivos.


Akoueíu - "ouvir"; akoueín tòn lógon, ouvir o ensino, isto é, receber a revelação dos segredos iniciáticos.


Gnôse - conhecimento espiritual profundo e experimental dos mistérios.


Deíknymi - mostrar; era a explicação prática ou demonstração de objetos ou expressões, que serviam de símbolos, e revelavam significados ocultos.


Dóxa - doutrina; ou melhor, a essência do conhecimento profundo: o brilho; a luz da gnôse; donde "substância divina", e daí a "glória".


Dynamis - força potencial, potência que capacita para o érgon e para a exousía, infundindo o impulso básico de atividade.


Ekklêsía - a comunidade dos "convocados" ou "chamados" (ékklêtos) aos mistérios, os "mystos" que tinham feito ou estavam fazendo o curso da iniciação.


Energeín - agir por dentro ou de dentro (energia), pela atuação da força (dybamis).


Érgon - atividade ou ação; trabalho espiritual realizado pela força (dynamis) da Divindade que habita dentro de cada um e de cada coisa; energia.


Exêgeísthaí - narrar fatos ocultos, revelar (no sentido de "tirar o véu") (cfr. LC 24:35; JO 1:18; AT 10:8:15:12, 14).


Hágios - santo, o que vive no Espírito ou Individualidade; o iniciado (cfr. teleios).


Kyrios - Senhor; o Mestre dos Mistérios; o Mistagogo (professor de mistérios); o Hierofante (o que fala, fans, fantis, coisas santas, hieros); dava-se esse título ao possuidor da dynamis, da exousía e do érgon, com capacidade para transmiti-los.


Exousía - poder, capacidade de realização, ou melhor, autoridade, mas a que provém de dentro, não "dada" de fora.


Leitourgia - Liturgia, serviço do povo: o exercício do culto crístico, na transmissão dos mistérios.


Legómena - palavras reveladoras, ensino oral proferido pelo Mestre, e que se tornava "ensino ouvido" (lógos akoês) pelos discípulos.


Lógos - o "ensino" iniciático, a "palavra" secreta, que dava a chave da interpretação dos mistérios; a" Palavra" (Energia ou Som), segundo aspecto da Divindade.


Monymenta - "monumentos", ou seja, objetos e lembranças, para manter viva a memória.


Mystagogo – o Mestre dos Mystérios, o Hierofante.


Mystérion - a ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação; donde, o ensino revelado apenas aos perfeitos (teleios) e santos (hágios), mas que devia permanecer oculto aos profanos.


Oikonomía - economia, dispensação; literalmente "lei da casa"; a vida intima de cada iniciado e sua capacidade na transmissão iniciática a outros, (de modo geral encargo recebido do Mestre).


Orgê - a atividade ou ação sagrada; o "orgasmo" experimentado na união mística: donde "exaltação espiritual" pela manifestação da Divindade (erradamente interpretado como "ira").


Parábola - ensino profundo sob forma de narrativa popular, com o verdadeiro sentido oculto por metáforas e símbolos.


Paradídômi - o mesmo que o latim trádere; transmitir, "entregar", passar adiante o ensino secreto.


Parádosis - transmissão, entrega de conhecimentos e experiências dos ensinos ocultos (o mesmo que o latim tradítio).


Paralambánein - "receber" o ensino secreto, a "palavra ouvida", tornando-se conhecedor dos mistérios e das instruções.


Patheín - experimentar, "sofrer" uma experiência iniciática pessoalmente, dando o passo decisivo para receber o grau e passar adiante.


Plêrôma - plenitude da Divindade na criatura, plenitude de Vida, de conhecimento, etc.


Redençãoa libertação do ciclo de encarnações na matéria (kyklos anánkê) pela união total e definitiva com Deus.


Santo - o mesmo que perfeito ou "iniciado".


Sêmeíon - "sinal" físico de uma ação espiritual, demonstração de conhecimento (gnose), de força (dynamis), de poder (exousía) e de atividade ou ação (érgon); o "sinal" é sempre produzido por um iniciado, e serve de prova de seu grau.


Sophía - a sabedoria obtida pela gnose; o conhecimento proveniente de dentro, das experiências vividas (que não deve confundir-se com a cultura ou erudição do intelecto).


Sphrágis - selo, marca indelével espiritual, recebida pelo espírito, embora invisível na matéria, que assinala a criatura como pertencente a um Senhor ou Mestre.


Symbolos - símbolos ou expressões de coisas secretas, incompreensíveis aos profanos e só percebidas pelos iniciados (pão, vinho, etc.) .


Sótería - "salvação", isto é, a unificação total e definitiva com a Divindade, que se obtém pela "redenção" plena.


Teleíos - o "finalista", o que chegou ao fim de um ciclo, iniciando outro; o iniciado nos mistérios, o perfeito ou santo.


Teleisthai - ser iniciado; palavra do mesmo radical que teleutan, que significa "morrer", e que exprime" finalizar" alguma coisa, terminar um ciclo evolutivo.


Tradítio - transmissão "tradição" no sentido etimológico (trans + dare, dar além passar adiante), o mesmo que o grego parádosis.


TRADIÇÃO


D. Odon Casel (o. c., pág. 289) escreve: "Ranft estudou de modo preciso a noção da tradítio, não só como era praticada entre os judeus, mas também em sua forma bem diferente entre os gregos. Especialmente entre os adeptos dos dosis é a transmissão secreta feita aos "mvstos" da misteriosa sôtería; é a inimistérios, a noção de tradítio (parádosis) tinha grande importância. A paraciação e a incorporação no círculo dos eleitos (eleitos ou "escolhidos"; a cada passo sentimos a confirmação de que Jesus fundou uma "Escola Iniciática", quando emprega os termos privativos das iniciações heléntcas; cfr. " muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos" - MT 22. 14), características das religiões grecoorientais. Tradítio ou parádosis são, pois, palavras que exprimem a iniciação aos mistérios. Tratase, portanto, não de uma iniciação científica, mas religiosa, realizada no culto. Para o "mysto", constitui uma revelação formal, a segurança vivida das realidades sagradas e de uma santa esperança. Graças a tradição, a revelação primitiva passa às gerações ulteriores e é comunicada por ato de iniciação. O mesmo princípio fundamental aplica-se ao cristianismo".


Na página seguinte, o mesmo autor prossegue: "Nos mistérios, quando o Pai Mistagogo comunica ao discípulo o que é necessário ao culto, essa transmissão tem o nome de traditio. E o essencial não é a instrução, mas a contemplação, tal como o conta Apuleio (Metamorphoses, 11, 21-23) ao narrar as experiências culturais do "mysto" Lúcius. Sem dúvida, no início há uma instrução, mas sempre para finalizar numa contemplação, pela qual o discípulo, o "mysto", entra em relação direta com a Divindade.


O mesmo ocorre no cristianismo (pág. 290).


Ouçamos agora as palavras de J. Ranft (o. c., pág. 275): "A parádosis designa a origem divina dos mistérios e a transmissão do conteúdo dos mistérios. Esta, à primeira vista, realiza-se pelo ministério dos homens, mas não é obra de homens; é Deus que ensina. O homem é apenas o intermediário, o Instrumento desse ensino divino. Além disso... desperta o homem interior. Logos é realmente uma palavra intraduzível: designa o próprio conteúdo dos mistérios, a palavra, o discurso, o ENSINO. É a palavra viva, dada por Deus, que enche o âmago do homem".


No Evangelho, a parádosis é constituída pelas palavras ou ensinos (lógoi) de Jesus, mas também simbolicamente pelos fatos narrados, que necessitam de interpretação, que inicialmente era dada, verbalmente, pelos "emissários" e pelos inspirados que os escreveram, com um talento superior de muito ao humano, deixando todos os ensinos profundos "velados", para só serem perfeitamente entendidos pelos que tivessem recebido, nos séculos seguintes, a revelação do sentido oculto, transmitida quer por um iniciado encarnado, quer diretamente manifestada pelo Cristo Interno. Os escritores que conceberam a parádosis no sentido helênico foram, sobretudo, João e Paulo; já os sinópticos a interpretam mais no sentido judaico, excetuando-se, por vezes, o grego Lucas, por sua convivência com Paulo, e os outros, quando reproduziam fielmente as palavras de Jesus.


Se recordarmos os mistérios de Elêusis (palavra que significa "advento, chegada", do verbo eléusomai," chegar"), ou de Delfos (e até mesmo os de Tebas, Ábydos ou Heliópolis), veremos que o Novo Testamento concorda seus termos com os deles. O logos transmitido (paradidômi) por Jesus é recebida (paralambánein) pelos DISCÍPULOS (mathêtês). Só que Jesus apresentou um elemento básico a mais: CRISTO. Leia-se Paulo: "recebi (parélabon) do Kyrios o que vos transmiti (parédote)" (l. ª Cor. 11:23).


O mesmo Paulo, que define a parádosis pagã como "de homens, segundo os elementos do mundo e não segundo Cristo" (CL 2:8), utiliza todas as palavras da iniciação pagã, aplicando-as à iniciação cristã: parádosis, sophía, logo", mystérion, dynamis, érgon, gnose, etc., termos que foram empregados também pelo próprio Jesus: "Nessa hora Jesus fremiu no santo pneuma e disse: abençôo-te, Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e hábeis, e as revelaste aos pequenos, Sim, Pai, assim foi de teu agrado. Tudo me foi transmitido (parédote) por meu Pai. E ninguém tem a gnose do que é o Filho senão o Pai, e ninguém tem a gnose do que é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quer revelar (apokalypsai = tirar o véu). E voltando-se para seus discípulos, disse: felizes os olhos que vêem o que vedes. Pois digo-vos que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis, e não ouviram" (LC 10:21-24). Temos a impressão perfeita que se trata de ver e ouvir os mistérios iniciáticos que Jesus transmitia a seus discípulos.


E João afirma: "ninguém jamais viu Deus. O Filho Unigênito que esta no Pai, esse o revelou (exêgêsato, termo específico da língua dos mistérios)" (JO 1:18).


"PALAVRA OUVIDA"


A transmissão dos conhecimentos, da gnose, compreendia a instrução oral e o testemunhar das revelações secretas da Divindade, fazendo que o iniciado participasse de uma vida nova, em nível superior ( "homem novo" de Paulo), conhecendo doutrinas que deveriam ser fielmente guardadas, com a rigorosa observação do silêncio em relação aos não-iniciados (cfr. "não deis as coisas santas aos cães", MT 7:6).


Daí ser a iniciação uma transmissão ORAL - o LOGOS AKOÊS, ou "palavra ouvida" ou "ensino ouvido" - que não podia ser escrito, a não ser sob o véu espesso de metáforas, enigmas, parábolas e símbolos.


Esse logos não deve ser confundido com o Segundo Aspecto da Divindade (veja vol. 1 e vol. 3).


Aqui logos é "o ensino" (vol. 2 e vol. 3).


O Novo Testamento faz-nos conhecer esse modus operandi: Paulo o diz, numa construção toda especial e retorcida (para não falsear a técnica): "eis por que não cessamos de agradecer (eucharistoúmen) a Deus, porque, recebendo (paralabóntes) o ENSINO OUVIDO (lógon akoês) por nosso intermédio, de Deus, vós o recebestes não como ensino de homens (lógon anthrópôn) mas como ele é verdadeiramente: o ensino de Deus (lógon theou), que age (energeítai) em vós que credes" (l. ª Tess. 2:13).


O papel do "mysto" é ouvir, receber pelo ouvido, o ensino (lógos) e depois experimentar, como o diz Aristóteles, já citado por nós: "não apenas aprender (matheín), mas experimentar" (patheín).


Esse trecho mostra como o método cristão, do verdadeiro e primitivo cristianismo de Jesus e de seus emissários, tinha profunda conexão com os mistérios gregos, de cujos termos específicos e característicos Jesus e seus discípulos se aproveitaram, elevando, porém, a técnica da iniciação à perfeição, à plenitude, à realidade máxima do Cristo Cósmico.


Mas continuemos a expor. Usando, como Jesus, a terminologia típica da parádosis grega, Paulo insiste em que temos que assimilá-la interiormente pela gnose, recebendo a parádosis viva, "não mais de um Jesus de Nazaré histórico, mas do Kyrios, do Cristo ressuscitado, o Cristo Pneumatikós, esse mistério que é o Cristo dentro de vós" (CL 1:27).


Esse ensino oral (lógos akoês) constitui a tradição (traditio ou parádosis), que passa de um iniciado a outro ou é recebido diretamente do "Senhor" (Kyrios), como no caso de Paulo (cfr. GL 1:11): "Eu volo afirmo, meus irmãos, que a Boa-Nova que preguei não foi à maneira humana. Pois não na recebi (parélabon) nem a aprendi de homens, mas por uma revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo".


Aos coríntios (l. ª Cor. 2:1-5) escreve Paulo: "Irmãos, quando fui a vós, não fui com o prestígio do lógos nem da sophía, mas vos anunciei o mistério de Deus. Decidi, com efeito, nada saber entre vós sen ão Jesus Cristo, e este crucificado. Fui a vós em fraqueza, em temor, e todo trêmulo, e meu logos e minha pregação não consistiram nos discursos persuasivos da ciência, mas numa manifestação do Esp írito (pneuma) e do poder (dynamis), para que vossa fé não repouse na sabedoria (sophía) dos homens, mas no poder (dynamis) de Deus".


A oposição entre o logos e a sophia profanos - como a entende Aristóteles - era salientada por Paulo, que se referia ao sentido dado a esses termos pelos "mistérios antigos". Salienta que à sophia e ao logos profanos, falta, no dizer dele, a verdadeira dynamis e o pnenma, que constituem o mistério cristão que ele revela: Cristo.


Em vários pontos do Novo Testamento aparece a expressão "ensino ouvido" ou "ouvir o ensino"; por exemplo: MT 7:24, MT 7:26; 10:14; 13:19, 20, 21, 22, 23; 15:12; 19:22; MC 4:14, MC 4:15, MC 4:16, MC 4:17, 18, 19, 20; LC 6:47; LC 8:11, LC 8:12, LC 8:13, LC 8:15; 10:39; 11:28; JO 5:24, JO 5:38; 7:40; 8:43; 14:24; AT 4:4; AT 10:44; AT 13:7; AT 15:7; EF 1:13; 1. ª Tess. 2:13; HB 4:2; 1. ª JO 2:7; Ap. 1:3.


DYNAMIS


Em Paulo, sobretudo, percebemos o sentido exato da palavra dynamis, tão usada nos Evangelhos.


Pneuma, o Espírito (DEUS), é a força Potencial ou Potência Infinita (Dynamis) que, quando age (energeín) se torna o PAI (érgon), a atividade, a ação, a "energia"; e o resultado dessa atividade é o Cristo Cósmico, o Kosmos universal, o Filho, que é Unigênito porque a emissão é única, já que espaço e tempo são criações intelectuais do ser finito: o Infinito é uno, inespacial, atemporal.


Então Dynamis é a essência de Deus o Absoluto, a Força, a Potência Infinita, que tudo permeia, cria e governa, desde os universos incomensuráveis até os sub-átomos infra-microscópicos. Numa palavra: Dynamis é a essência de Deus e, portanto, a essência de tudo.


Ora, o Filho é exatamente o PERMEAADO, ou o UNGIDO (Cristo), por essa Dynamis de Deus e pelo Érgon do Pai. Paulo já o dissera: "Cristo... é a dynamis de Deus e a sophía de Deus (Christòn theou dynamin kaí theou sophían, 1. ª Cor. 1:24). Então, manifesta-se em toda a sua plenitude (cfr. CL 2:9) no homem Jesus, a Dynamis do Pneuma (embora pneuma e dynamis exprimam realmente uma só coisa: Deus): essa dynamis do pneuma, atuando através do Pai (érgon) toma o nome de CRISTO, que se manifestou na pessoa Jesus, para introduzir a humanidade deste planeta no novo eon, já que "ele é a imagem (eikôn) do Deus invisível e o primogênito de toda criação" (CL 1:15).


EON


O novo eon foi inaugurado exatamente pelo Cristo, quando de Sua penetração plena em Jesus. Daí a oposição que tanto aparece no Novo Testamento Entre este eon e o eon futuro (cfr., i. a., MT 12:32;


MC 10:30; LC 16:8; LC 20:34; RM 12:2; 1. ª Cor. 1:20; 2:6-8; 3:18:2. ª Cor. 4:4; EF 2:2-7, etc.) . O eon "atual" e a vida da matéria (personalismo); O eon "vindouro" é a vida do Espírito ó individualidade), mas que começa na Terra, agora (não depois de desencarnados), e que reside no âmago do ser.


Por isso, afirmou Jesus que "o reino dos céus está DENTRO DE VÓS" (LC 17:21), já que reside NO ESPÍRITO. E por isso, zôê aiónios é a VIDA IMANENTE (vol, 2 e vol. 3), porque é a vida ESPIRITUAL, a vida do NOVO EON, que Jesus anunciou que viria no futuro (mas, entenda-se, não no futuro depois da morte, e sim no futuro enquanto encarnados). Nesse novo eon a vida seria a da individualidade, a do Espírito: "o meu reino não é deste mundo" (o físico), lemos em JO 18:36. Mas é NESTE mundo que se manifestará, quando o Espírito superar a matéria, quando a individualidade governar a personagem, quando a mente dirigir o intelecto, quando o DE DENTRO dominar o DE FORA, quando Cristo em nós tiver a supremacia sobre o eu transitório.


A criatura que penetra nesse novo eon recebe o selo (sphrágis) do Cristo do Espírito, selo indelével que o condiciona como ingresso no reino dos céus. Quando fala em eon, o Evangelho quer exprimir um CICLO EVOLUTIVO; na evolução da humanidade, em linhas gerais, podemos considerar o eon do animalismo, o eon da personalidade, o eon da individualidade, etc. O mais elevado eon que conhecemos, o da zôê aiónios (vida imanente) é o da vida espiritual plenamente unificada com Deus (pneuma-dynamis), com o Pai (lógos-érgon), e com o Filho (Cristo-kósmos).


DÓXA


Assim como dynamis é a essência de Deus, assim dóxa (geralmente traduzida por "glória") pode apresentar os sentidos que vimos (vol. 1). Mas observaremos que, na linguagem iniciática dos mistérios, além do sentido de "doutrina" ou de "essência da doutrina", pode assumir o sentido específico de" substância divina". Observe-se esse trecho de Paulo (Filp. 2:11): "Jesus Cristo é o Senhor (Kyrios) na substância (dóxa) de Deus Pai"; e mais (RM 6:4): "o Cristo foi despertado dentre os mortos pela substância (dóxa) do Pai" (isto é, pelo érgon, a energia do Som, a vibração sonora da Palavra).


Nesses passos, traduzir dóxa por glória é ilógico, não faz sentido; também "doutrina" aí não cabe. O sentido é mesmo o de "substância".


Vejamos mais este passo (l. ª Cor. 2:6-16): "Falamos, sim da sabedoria (sophia) entre os perfeitos (teleiois, isto é, iniciados), mas de uma sabedoria que não é deste eon, nem dos príncipes deste eon, que são reduzidos a nada: mas da sabedoria dos mistérios de Deus, que estava oculta, e que antes dos eons Deus destinara como nossa doutrina (dóxa), e que os príncipes deste mundo não reconheceram. De fato, se o tivessem reconhecido, não teriam crucificado o Senhor da Doutrina (Kyrios da dóxa, isto é, o Hierofante ou Mistagogo). Mas como está escrito, (anunciamos) o que o olho não viu e o ouvido não ouviu e o que não subiu sobre o coração do homem, mas o que Deus preparou para os que O amam.


Pois foi a nós que Deus revelou (apekalypsen = tirou o véu) pelo pneuma" (ou seja, pelo Espírito, pelo Cristo Interno).


MISTÉRIO


Mistério é uma palavra que modificou totalmente seu sentido através dos séculos, mesmo dentro de seu próprio campo, o religioso. Chamam hoje "mistério" aquilo que é impossível de compreender, ou o que se ignora irremissivelmente, por ser inacessível à inteligência humana.


Mas originariamente, o mistério apresentava dois sentidos básicos:

1. º - um ensinamento só revelado aos iniciados, e que permanecia secreto para os profanos que não podiam sabê-lo (daí proveio o sentido atual: o que não se pode saber; na antiguidade, não se podia por proibição moral, ao passo que hoje é por incapacidade intelectual);


2. º - a própria ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação completa.


Quando falamos em "mistério", transliterando a palavra usada no Novo Testamento, arriscamo-nos a interpretar mal. Aí, mistério não tem o sentido atual, de "coisa ignorada por incapacidade intelectiva", mas é sempre a "ação divina revelada experimentalmente ao homem" (embora continue inacessível ao não-iniciado ou profano).


O mistério não é uma doutrina: exprime o caráter de revelação direta de Deus a seus buscadores; é uma gnose dos mistérios, que se comunica ao "mysto" (aprendiz de mística). O Hierofante conduz o homem à Divindade (mas apenas o conduz, nada podendo fazer em seu lugar). E se o aprendiz corresponde plenamente e atende a todas as exigências, a Divindade "age" (energeín) internamente, no "Esp írito" (pneuma) do homem. que então desperta (egereín), isto é, "ressurge" para a nova vida (cfr. "eu sou a ressurreição da vida", JO 11:25; e "os que produzirem coisas boas (sairão) para a restauração de vida", isto é, os que conseguirem atingir o ponto desejado serão despertados para a vida do espírito, JO 5-29).


O caminho que leva a esses passos, é o sofrimento, que prepara o homem para uma gnose superior: "por isso - conclui O. Casel - a cruz é para o cristão o caminho que conduz à gnose da glória" (o. c., pág. 300).


Paulo diz francamente que o mistério se resume numa palavra: CRISTO "esse mistério, que é o Cristo", (CL 1:27): e "a fim de que conheçam o mistério de Deus, o Cristo" (CL 2:2).


O mistério opera uma união íntima e física com Deus, a qual realiza uma páscoa (passagem) do atual eon, para o eon espiritual (reino dos céus).


O PROCESSO


O postulante (o que pedia para ser iniciado) devia passar por diversos graus, antes de ser admitido ao pórtico, à "porta" por onde só passavam as ovelhas (símbolo das criaturas mansas; cfr. : "eu sou a porta das ovelhas", JO 10:7). Verificada a aptidão do candidato profano, era ele submetido a um período de "provações", em que se exercitava na ORAÇÃO (ou petição) que dirigia à Divindade, apresentando os desejos ardentes ao coração, "mendigando o Espírito" (cfr. "felizes os mendigos de Espírito" MT 5:3) para a ele unir-se; além disso se preparava com jejuns e alimentação vegetariana para o SACRIF ÍCIO, que consistia em fazer a consagração de si mesmo à Divindade (era a DE + VOTIO, voto a Deus), dispondo-se a desprender-se ao mundo profano.


Chegado a esse ponto, eram iniciados os SETE passos da iniciação. Os três primeiros eram chamado "Mistérios menores"; os quatro últimos, "mistérios maiores". Eram eles:

1 - o MERGULHO e as ABLUÇÕES (em Elêusis havia dois lagos salgados artificiais), que mostravam ao postulante a necessidade primordial e essencial da "catarse" da "psiquê". Os candidatos, desnudos, entravam num desses lagos e mergulhavam, a fim de compreender que era necessário "morrer" às coisas materiais para conseguir a "vida" (cfr. : "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto", JO 12:24). Exprimia a importância do mergulho dentro de si mesmo, superando as dificuldades e vencendo o medo. Ao sair do lago, vestia uma túnica branca e aguardava o segundo passo.


2 - a ACEITAÇÃO de quem havia mergulhado, por parte do Mistagogo, que o confirmava no caminho novo, entre os "capazes". Daí por diante, teria que correr por conta própria todos os riscos inerentes ao curso: só pessoalmente poderia caminhar. Essa confirmação do Mestre simbolizava a "epiphanía" da Divindade, a "descida da graça", e o recem-aceito iniciava nova fase.


3 - a METÂNOIA ou mudança da mente, que vinha após assistir a várias tragédias e dramas de fundo iniciático. Todas ensinavam ao "mysto" novato, que era indispensável, através da dor, modificar seu" modo de pensar" em relação à vida, afastar-se de. todos os vícios e fraquezas do passado, renunciar a prazeres perniciosos e defeitos, tornando-se o mais perfeito (téleios) possível. Era buscada a renovação interna, pelo modo de pensar e de encarar a vida. Grande número dos que começavam a carreira, paravam aí, porque não possuíam a força capaz de operar a transmutação mental. As tentações os empolgavam e novamente se lançavam no mundo profano. No entanto, se dessem provas positivas de modifica ção total, de serem capazes de viver na santidade, resistindo às tentações, podiam continuar a senda.


Havia, então, a "experiência" para provar a realidade da "coragem" do candidato: era introduzido em grutas e câmaras escuras, onde encontrava uma série de engenhos lúgubres e figuras apavorantes, e onde demorava um tempo que parecia interminável. Dali, podia regressar ou prosseguir. Se regressava, saía da fileira; se prosseguia, recebia a recompensa justa: era julgado apto aos "mistérios maiores".


4 - O ENCONTRO e a ILUMINAÇÃO, que ocorria com a volta à luz, no fim da terrível caminhada por entre as trevas. Através de uma porta difícil de ser encontrada, deparava ele campos floridos e perfumados, e neles o Hierofante, em paramentação luxuosa. que os levava a uma refeição simples mas solene constante de pão, mel, castanhas e vinho. Os candidatos eram julgados "transformados", e porSABEDORIA DO EVANGELHO tanto não havia mais as exteriorizações: o segredo era desvelado (apokálypsis), e eles passavam a saber que o mergulho era interno, e que deviam iniciar a meditação e a contemplação diárias para conseguir o "encontro místico" com a Divindade dentro de si. Esses encontros eram de início, raros e breves, mas com o exercício se iam fixando melhor, podendo aspirar ao passo seguinte.


5 - a UNIÃO (não mais apenas o "encontro"), mas união firme e continuada, mesmo durante sua estada entre os profanos. Era simbolizada pelo drama sacro (hierõs gámos) do esponsalício de Zeus e Deméter, do qual nasceria o segundo Dionysos, vencedor da morte. Esse matrimônio simbólico e puro, realizado em exaltação religiosa (orgê) é que foi mal interpretado pelos que não assistiam à sua representação simbólica (os profanos) e que tacharam de "orgias imorais" os mistérios gregos. Essa "união", depois de bem assegurada, quando não mais se arriscava a perdê-la, preparava os melhores para o passo seguinte.


6 - a CONSAGRAÇÃO ou, talvez, a sagração, pela qual era representada a "marcação" do Espírito do iniciado com um "selo" especial da Divindade a quem o "mysto" se consagrava: Apolo, Dyonisos, Isis, Osíris, etc. Era aí que o iniciado obtinha a epoptía, ou "visão direta" da realidade espiritual, a gnose pela vivência da união mística. O epopta era o "vigilante", que o cristianismo denominou "epískopos" ou "inspetor". Realmente epopta é composto de epí ("sobre") e optos ("visível"); e epískopos de epi ("sobre") e skopéô ("ver" ou "observar"). Depois disso, tinha autoridade para ensinar a outros e, achando-se preso à Divindade e às obrigações religiosas, podia dirigir o culto e oficiar a liturgia, e também transmitir as iniciações nos graus menores. Mas faltava o passo decisivo e definitivo, o mais difícil e quase inacessível.


7 - a PLENITUDE da Divindade, quando era conseguida a vivência na "Alma Universal já libertada".


Nos mistérios gregos (em Elêusis) ensinava-se que havia uma Força Absoluta (Deus o "sem nome") que se manifestava através do Logos (a Palavra) Criador, o qual produzia o Filho (Kósmo). Mas o Logos tinha duplo aspecto: o masculino (Zeus) e o feminino (Deméter). Desse casal nascera o Filho, mas também com duplo aspecto: a mente salvadora (Dionysos) e a Alma Universal (Perséfone). Esta, desejando experiências mais fortes, descera à Terra. Mas ao chegar a estes reinos inferiores, tornouse a "Alma Universal" de todas as criaturas, e acabou ficando prisioneira de Plutão (a matéria), que a manteve encarcerada, ministrando-lhe filtros mágicos que a faziam esquecer sua origem divina, embora, no íntimo, sentisse a sede de regressar a seu verdadeiro mundo, mesmo ignorando qual fosse.


Dionysos quis salvá-la, mas foi despedaçado pelos Titãs (a mente fracionada pelo intelecto e estraçalhada pelos desejos). Foi quando surgiu Triptólemo (o tríplice combate das almas que despertam), e com apelos veementes conseguiu despertar Perséfone, revelando lhe sua origem divina, e ao mesmo tempo, com súplicas intensas às Forças Divinas, as comoveu; então Zeus novamente se uniu a Deméter, para fazer renascer Dionysos. Este, assumindo seu papel de "Salvador", desce à Terra, oferecendose em holocausto a Plutão (isto é, encarnando-se na própria matéria) e consegue o resgate de Perséfone, isto é, a libertação da Alma das criaturas do domínio da matéria e sua elevação novamente aos planos divinos. Por esse resumo, verificamos como se tornou fácil a aceitação entre os grego, e romanos da doutrina exposta pelos Emissários de Jesus, um "Filho de Deus" que desceu à Terra para resgatar com sua morte a alma humana.


O iniciado ficava permeado pela Divindade, tornando-se então "adepto" e atingindo o verdadeiro grau de Mestre ou Mistagogo por conhecimento próprio experimental. Já não mais era ele, o homem, que vivia: era "O Senhor", por cujo intermédio operava a Divindade. (Cfr. : "não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim", GL 2:20; e ainda: "para mim, viver é Cristo", Filp. 1:21). A tradição grega conservou os nomes de alguns dos que atingiram esse grau supremo: Orfeu... Pitágoras... Apolônio de Tiana... E bem provavelmente Sócrates (embora Schuré opine que o maior foi Platão).


NO CRISTIANISMO


Todos os termos néo-testamentários e cristãos, dos primórdios, foram tirados dos mistérios gregos: nos mistérios de Elêusis, o iniciado se tornava "membro da família do Deus" (Dionysos), sendo chamado.


então, um "santo" (hágios) ou "perfeito" (téleios). E Paulo escreve: "assim, pois, não sois mais estran geiros nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus. ’ (EF 2:19). Ainda em Elêusis, mostrava-se aos iniciados uma "espiga de trigo", símbolo da vida que eternamente permanece através das encarnações e que, sob a forma de pão, se tornava participante da vida do homem; assim quando o homem se unia a Deus, "se tornava participante da vida divina" (2. ª Pe. 1:4). E Jesus afirmou: " Eu sou o PÃO da Vida" (JO 6. 35).


No entanto ocorreu modificação básica na instituição do Mistério cristão, que Jesus realizou na "última Ceia", na véspera de sua experiência máxima, o páthos ("paixão").


No Cristianismo, a iniciação toma sentido puramente espiritual, no interior da criatura, seguindo mais a Escola de Alexandria. Lendo Filon, compreendemos isso: ele interpreta todo o Antigo Testamento como alegoria da evolução da alma. Cada evangelista expõe a iniciação cristã de acordo com sua própria capacidade evolutiva, sendo que a mais elevada foi, sem dúvida, a de João, saturado da tradição (parádosis) de Alexandria, como pode ver-se não apenas de seu Evangelho, como também de seu Apocalipse.


Além disso, Jesus arrancou a iniciação dos templos, a portas fechadas, e jogou-a dentro dos corações; era a universalização da "salvação" a todos os que QUISESSEM segui-Lo. Qualquer pessoa pode encontrar o caminho (cfr. "Eu sou o Caminho", JO 14:6), porque Ele corporificou os mistérios em Si mesmo, divulgando-lhes os segredos através de Sua vida. Daí em diante, os homens não mais teriam que procurar encontrar um protótipo divino, para a ele conformar-se: todos poderiam descobrir e utir-se diretamente ao Logos que, através do Cristo, em Jesus se manifestara.


Observamos, pois, uma elevação geral de frequência vibratória, de tonus, em todo o processo iniciático dos mistérios.


E os Pais da Igreja - até o século 3. º o cristianismo foi "iniciático", embora depois perdesse o rumo quando se tornou "dogmático" - compreenderam a realidade do mistério cristão, muito superior, espiritualmente, aos anteriores: tornar o homem UM CRISTO, um ungido, um permeado da Divindade.


A ação divina do mistério, por exemplo, é assim descrita por Agostinho: "rendamos graças e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos" (Tract. in Joanne, 21,8); e por Metódio de Olímpio: "a comunidade (a ekklêsía) está grávida e em trabalho de parto, até que o Cristo tenha tomado forma em nós; até que o Cristo nasça em nós, para que cada um dos santos, por sua participação ao Cristo, se torne o cristo" (Patrol. Graeca, vol. 18, ccl. 150).


Temos que tornar-nos cristos, recebendo a última unção, conformando-nos com Ele em nosso próprio ser, já que "a redenção tem que realizar-se EM NÓS" (O. Casel, o. c., pág. 29), porque "o único e verdadeiro holocausto é o que o homem faz de si mesmo".


Cirilo de Jerusalém diz: "Já que entrastes em comunhão com o Cristo com razão sois chamados cristos, isto é, ungidos" (Catechesis Mystagogicae, 3,1; Patrol. Graeca,, 01. 33, col. 1087).


Essa transformação, em que o homem recebe Deus e Nele se transmuda, torna-o membro vivo do Cristo: "aos que O receberam, deu o poder de tornar-se Filhos de Deus" (JO 1:12).


Isso fez que Jesus - ensina-nos o Novo Testamento - que era "sacerdote da ordem de Melquisedec (HB 5:6 e HB 7:17) chegasse, após sua encarnação e todos os passos iniciáticos que QUIS dar, chegasse ao grau máximo de "pontífice da ordem de Melquisedec" (HB 5:10 e HB 6:20), para todo o planeta Terra.


CRISTO, portanto, é o mistério de Deus, o Senhor, o ápice da iniciação a experiência pessoal da Divindade.


através do santo ensino (hierôs lógos), que vem dos "deuses" (Espíritos Superiores), comunicado ao místico. No cristianismo, os emissários ("apóstolos") receberam do Grande Hierofante Jesus (o qual o recebeu do Pai, com Quem era UNO) a iniciação completa. Foi uma verdadeira "transmiss ão" (traditio, parádosis), apoiada na gnose: um despertar do Espírito que vive e experimenta a Verdade, visando ao que diz Paulo: "admoestando todo homem e ensinando todo homem, em toda sabedoria (sophía), para que apresentem todo homem perfeito (téleion, iniciado) em Cristo, para o que eu também me esforço (agõnizómenos) segundo a ação dele (energeían autou), que age (energouménen) em mim, em força (en dynámei)". CL 1:28-29.


Em toda essa iniciação, além disso, precisamos não perder de vista o "enthousiasmós" (como era chamado o "transe" místico entre os gregos) e que foi mesmo sentido pelos hebreus, sobretudo nas" Escolas de Profetas" em que eles se iniciavam (profetas significa "médiuns"); mas há muito se havia perdido esse "entusiasmo", por causa da frieza intelectual da interpretação literal das Escrituras pelos Escribas.


Profeta, em hebraico, é NaVY", de raiz desconhecida, que o Rabino Meyer Sal ("Les Tables de la Loi", éd. La Colombe, Paris, 1962, pág. 216/218) sugere ter sido a sigla das "Escolas de Profetas" (escolas de iniciação, de que havia uma em Belém, de onde saiu David). Cada letra designaria um setor de estudo: N (nun) seriam os sacerdotes (terapeutas do psicossoma), oradores, pensadores, filósofos;

V (beth) os iniciados nos segredos das construções dos templos ("maçons" ou pedreiros), arquitetos, etc. ; Y (yod) os "ativos", isto é, os dirigentes e políticos, os "profetas de ação"; (aleph), que exprime "Planificação", os matemáticos, geômetras, astrônomos, etc.


Isso explica, em grande parte, porque os gregos e romanos aceitaram muito mais facilmente o cristianismo, do que os judeus, que se limitavam a uma tradição que consistia na repetição literal decorada dos ensinos dos professores, num esforço de memória que não chegava ao coração, e que não visavam mais a qualquer experiência mística.


TEXTOS DO N. T.


O termo mystérion aparece várias vezes no Novo Testamento.


A - Nos Evangelhos, apenas num episódio, quando Jesus diz a Seus discípulos: "a vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus" (MT 13:11; MC 4:11; LC 8:10).


B - Por Paulo em diversas epístolas: RM 11:25 - "Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério... o endurecimento de Israel, até que hajam entrado todos os gentios".


Rom. 16:15 - "conforme a revelação do mistério oculto durante os eons temporais (terrenos) e agora manifestados".


1. ª Cor. 2:1 – "quando fui ter convosco... anunciando-vos o mistério de Deus".


1. ª Cor. 2:4-7 - "meu ensino (logos) e minha pregação não foram em palavras persuasivas, mas em demonstração (apodeíxei) do pneúmatos e da dynámeôs, para que vossa fé não se fundamente na sophía dos homens, mas na dynámei de Deus. Mas falamos a sophia nos perfeitos (teleiois, iniciados), porém não a sophia deste eon, que chega ao fim; mas falamos a sophia de Deus em mistério, a que esteve oculta, a qual Deus antes dos eons determinou para nossa doutrina". 1. ª Cor. 4:1 - "assim considerem-nos os homens assistentes (hypêrétas) ecônomos (distribuidores, dispensadores) dos mistérios de Deus".


1. ª Cor. 13:2 - "se eu tiver mediunidade (prophéteía) e conhecer todos os mistérios de toda a gnose, e se tiver toda a fé até para transportar montanhas, mas não tiver amor (agápé), nada sou". l. ª Cor. 14:2 - "quem fala em língua (estranha) não fala a homens, mas a Deus, pois ninguém o ouve, mas em espírito fala mistérios". 1. ª Cor. 15:51 - "Atenção! Eu vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".


EF 1:9 - "tendo-nos feito conhecido o mistério de sua vontade"

EF 3:4 - "segundo me foi manifestado para vós, segundo a revelação que ele me fez conhecer o mistério (como antes vos escrevi brevemente), pelo qual podeis perceber, lendo, minha compreensão no mistério do Cristo".


EF 3:9 - "e iluminar a todos qual a dispensação (oikonomía) do mistério oculto desde os eons, em Deus, que criou tudo".


EF 5:32 - "este mistério é grande: mas eu falo a respeito do Cristo e da ekklésia.


EF 9:19 - "(suplica) por mim, para que me possa ser dado o logos ao abrir minha boca para, em público, fazer conhecer o mistério da boa-nova".


CL 1:24-27 - "agora alegro-me nas experimentações (Pathêmasin) sobre vós e completo o que falta das pressões do Cristo em minha carne, sobre o corpo dele que é a ekklêsía, da qual me tornei servidor, segundo a dispensação (oikonomía) de Deus, que me foi dada para vós, para plenificar o logos de Deus, o mistério oculto nos eons e nas gerações, mas agora manifestado a seus santos (hagioi, iniciados), a quem aprouve a Deus fazer conhecer a riqueza da doutrina (dóxês; ou "da substância") deste mistério nas nações, que é CRISTO EM VÓS, esperança da doutrina (dóxês)".


CL 2:2-3 - "para que sejam consolados seus corações, unificados em amor, para todas as riquezas da plena convicção da compreensão, para a exata gnose (epígnôsin) do mistério de Deus (Cristo), no qual estão ocultos todos os tesouros da sophía e da gnose".


CL 4:3 - "orando ao mesmo tempo também por nós, para que Deus abra a porta do logos para falar o mistério do Cristo, pelo qual estou em cadeias".


2. ª Tess. 2:7 - "pois agora já age o mistério da iniquidade, até que o que o mantém esteja fora do caminho".


1. ª Tim. 3:9 - "(os servidores), conservando o mistério da fé em consciência pura".


1. ª Tim. 2:16 - "sem dúvida é grande o mistério da piedade (eusebeías)".


No Apocalipse (1:20; 10:7 e 17:5, 7) aparece quatro vezes a palavra, quando se revela ao vidente o sentido do que fora dito.


CULTO CRISTÃO


Depois de tudo o que vimos, torna-se evidente que não foi o culto judaico que passou ao cristianismo primitivo. Comparemos: A luxuosa arquitetura suntuosa do Templo grandioso de Jerusalém, com altares maciços a escorrer o sangue quente das vítimas; o cheiro acre da carne queimada dos holocaustos, a misturar-se com o odor do incenso, sombreando com a fumaça espessa o interior repleto; em redor dos altares, em grande número, os sacerdotes a acotovelar-se, munidos cada um de seu machado, que brandiam sem piedade na matança dos animais que berravam, mugiam dolorosamente ou balavam tristemente; o coro a entoar salmos e hinos a todo pulmão, para tentar superar a gritaria do povo e os pregões dos vendedores no ádrio: assim se realizava o culto ao "Deus dos judeus".


Em contraste, no cristianismo nascente, nada disso havia: nem templo, nem altares, nem matanças; modestas reuniões em casas de família, com alguns amigos; todos sentados em torno de mesa simples, sobre a qual se via o pão humilde e copos com o vinho comum. Limitava-se o culto à prece, ao recebimento de mensagens de espíritos, quando havia "profetas" na comunidade, ao ensino dos "emissários", dos "mais velhos" ou dos "inspetores", e à ingestão do pão e do vinho, "em memória da última ceia de Jesus". Era uma ceia que recebera o significativo nome de "amor" (ágape).


Nesse repasto residia a realização do supremo mistério cristão, bem aceito pelos gregos e romanos, acostumados a ver e compreender a transmissão da vida divina, por meio de símbolos religiosos. Os iniciados "pagãos" eram muito mais numerosos do que se possa hoje supor, e todos se sentiam membros do grande Kósmos, pois, como o diz Lucas, acreditavam que "todos os homens eram objeto da benevolência de Deus" (LC 2:14).


Mas, ao difundir-se entre o grande número e com o passar dos tempos, tudo isso se foi enfraquecendo e seguiu o mesmo caminho antes experimentado pelo judaísmo; a força mística, só atingida mais tarde por alguns de seus expoentes, perdeu-se, e o cristianismo "foi incapaz - no dizer de O. Casel - de manterse na continuação, nesse nível pneumático" (o. c. pág. 305). A força da "tradição" humana, embora condenada com veemência por Jesus (cfr. MT 15:1-11 e MT 16:5-12; e MC 7:1-16 e MC 8:14-11; veja atrás), fez-se valer, ameaçando as instituições religiosas que colocam doutrinas humanas ao lado e até acima dos preceitos divinos, dando mais importância às suas vaidosas criações. E D. Odon Casel lamenta: " pode fazer-se a mesma observação na história da liturgia" (o. c., pág. 298). E, entristecido, assevera ainda: "Verificamos igualmente que a concepção cristã mais profunda foi, sob muitos aspectos, preparada muito melhor pelo helenismo que pelo judaísmo. Lamentavelmente a teologia moderna tende a aproximar-se de novo da concepção judaica de tradição, vendo nela, de fato, uma simples transmiss ão de conhecimento, enquanto a verdadeira traditio, apoiada na gnose, é um despertar do espírito que VIVE e EXPERIMENTA a Verdade" (o. c., pág. 299).


OS SACRAMENTOS


O termo latino que traduz a palavra mystérion é sacramentum. Inicialmente conservou o mesmo sentido, mas depois perdeu-os, para transformar-se em "sinal visível de uma ação espiritual invisível".


No entanto, o estabelecimento pelas primeiras comunidades cristãs dos "sacramentos" primitivos, perdura até hoje, embora tendo perdido o sentido simbólico inicial.


Com efeito, a sucessão dos "sacramentos" revela exatamente, no cristianismo, os mesmos passos vividos nos mistérios grego. Vejamos:
1- o MERGULHO (denominado em grego batismo), que era a penetração do catecúmeno em seu eu interno. Simbolizava-se na desnudação ao pretendente, que largava todas as vestes e mergulhava totalmente na água: renunciava de modo absoluto as posses (pompas) exteriores e aos próprios veículos físicos, "vestes" do Espírito, e mergulhava na água, como se tivesse "morrido", para fazer a" catarse" (purificação) de todo o passado. Terminado o mergulho, não era mais o catecúmeno, o profano. Cirilo de Jerusalém escreveu: "no batismo o catecúmeno tinha que ficar totalmente nu, como Deus criou o primeiro Adão, e como morreu o segundo Adão na cruz" (Catechesis Mistagogicae,

2. 2). Ao sair da água, recebia uma túnica branca: ingressava oficialmente na comunidade (ekklêsía), e então passava a receber a segunda parte das instruções. Na vida interna, após o "mergulho" no próprio íntimo, aguardava o segundo passo.


2- a CONFIRMAÇÃO, que interiormente era dada pela descida da "graça" da Força Divina, pela" epifanía" (manifestação), em que o novo membro da ekklêsía se sentia "confirmado" no acerto de sua busca. Entrando em si mesmo a "graça" responde ao apelo: "se alguém me ama, meu Pai o amará, e NÓS viremos a ele e permaneceremos nele" (JO 14:23). O mesmo discípulo escreve em sua epístola: "a Vida manifestou-se, e a vimos, e damos testemunho. e vos anunciamos a Vida Imanente (ou a Vida do Novo Eon), que estava no Pai e nos foi manifestada" (l. ª JO 1:2).


3- a METÁNOIA (modernamente chamada "penitência") era então o terceiro passo. O aprendiz se exercitava na modificação da mentalidade, subsequente ao primeiro contato que tinha tido com a Divindade em si mesmo. Depois de "sentir" em si a força da Vida Divina, há maior compreensão; os pensamentos sobem de nível; torna-se mais fácil e quase automático o discernimento (krísis) entre certo e errado, bem e mal, e portanto a escolha do caminho certo. Essa metánoia é ajudada pelos iniciados de graus mais elevados, que lhe explicam as leis de causa e efeito e outras.


4- a EUCARISTIA é o quarto passo, simbolizando por meio da ingestão do pão e do vinho, a união com o Cristo. Quem mergulhou no íntimo, quem recebeu a confirmação da graça e modificou seu modo de pensar, rapidamenle caminha para o encontro definitivo com o Mestre interno, o Cristo.


Passa a alimentar-se diretamente de seus ensinos, sem mais necessidade de intermediários: alimentase, nutre-se do próprio Cristo, bebe-Lhe as inspirações: "se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis seu sangue, não tendes a vida em vós. Quem saboreia minha carne e bebe meu sangue tem a Vida Imanente, porque minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é

verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (JO 6:53 ss).


5- MATRIMÔNIO é o resultado do encontro realizado no passo anterior: e o casamento, a FUSÃO, a união entre a criatura e o Criador, entre o iniciado e Cristo: "esse mistério é grande, quero dizê-lo em relação ao Cristo e à ekklêsia", escreveu Paulo, quando falava do "matrimônio" (EF 5:32). E aqueles que são profanos, que não têm essa união com o Cristo, mas antes se unem ao mundo e a suas ilusões, são chamados "adúlteros" (cfr. vol. 2). E todos os místicos, unanimemente, comparam a união mística com o Cristo ti uma união dos sexos no casamento.


6- a ORDEM é o passo seguinte. Conseguida a união mística a criatura recebe da Divindade a consagra ção, ou melhor, a "sagração", o "sacerdócio" (sacer "sagrado", dos, dotis, "dote"), o "dote sagrado" na distribuição das graças o quinhão especial de deveres e obrigações para com o "rebanho" que o cerca. No judaísmo, o sacerdote era o homem encarregado de sacrificar ritualmente os animais, de examinar as vítimas, de oferecer os holocaustos e de receber as oferendas dirigindo o culto litúrgico. Mais tarde, entre os profanos sempre, passou a ser considerado o "intemediário" entre o homem e o Deus "externo". Nessa oportunidade, surge no Espírito a "marca" indelével, o selo (sphrágis) do Cristo, que jamais se apaga, por todas as vidas que porventura ainda tenha que viver: a união com essa Força Cósmica, de fato, modifica até o âmago, muda a frequência vibratória, imprime novas características e a leva, quase sempre, ao supremo ponto, à Dor-Sacrifício-Amor.


7- a EXTREMA UNÇÃO ("extrema" porque é o último passo, não porque deva ser dada apenas aos moribundos) é a chave final, o último degrau, no qual o homem se torna "cristificado", totalmente ungido pela Divindade, tornando-se realmente um "cristo".


Que esses sacramentos existiram desde os primeiros tempos do cristianismo, não há dúvida. Mas que não figuram nos Evangelhos, também é certo. A conclusão a tirar-se, é que todos eles foram comunicados oralmente pela traditio ou transmissão de conhecimentos secretos. Depois na continuação, foram permanecendo os ritos externos e a fé num resultado interno espiritual, mas já não com o sentido primitivo da iniciação, que acabamos de ver.


Após este escorço rápido, cremos que a afirmativa inicial se vê fortalecida e comprovada: realmente Jesus fundou uma "ESCOLA INICIÁTICA", e a expressão "logos akoês" (ensino ouvido), como outras que ainda aparecerão, precisam ser explicadas à luz desse conhecimento.


* * *

Neste sentido que acabamos de estudar, compreendemos melhor o alcance profundo que tiveram as palavras do Mestre, ao estabelecer as condições do discipulato.


Não podemos deixar de reconhecer que a interpretação dada a Suas palavras é verdadeira e real.


Mas há "mais alguma coisa" além daquilo.


Trata-se das condições exigidas para que um pretendente possa ser admitido na Escola Iniciática na qualidade de DISCÍPULO. Não basta que seja BOM (justo) nem que possua qualidades psíquicas (PROFETA). Não é suficiente um desejo: é mistér QUERER com vontade férrea, porque as provas a que tem que submeter-se são duras e nem todos as suportam.


Para ingressar no caminho das iniciações (e observamos que Jesus levava para as provas apenas três, dentre os doze: Pedro, Tiago e João) o discípulo terá que ser digno SEGUIDOR dos passos do Mestre.


Seguidor DE FATO, não de palavras. E para isso, precisará RENUNCIAR a tudo: dinheiro, bens, família, parentesco, pais, filhos, cônjuges, empregos, e inclusive a si mesmo: à sua vontade, a seu intelecto, a seus conhecimentos do passado, a sua cultura, a suas emoções.


A mais, devia prontificar-se a passar pelas experiências e provações dolorosas, simbolizadas, nas iniciações, pela CRUZ, a mais árdua de todas elas: o suportar com alegria a encarnação, o mergulho pesado no escafandro da carne.


E, enquanto carregava essa cruz, precisava ACOMPANHAR o Mestre, passo a passo, não apenas nos caminhos do mundo, mas nos caminhos do Espírito, difíceis e cheios de dores, estreitos e ladeados de espinhos, íngremes e calçados de pedras pontiagudas.


Não era só. E o que se acrescenta, de forma enigmática em outros planos, torna-se claro no terreno dos mistérios iniciáticos, que existiam dos discípulos A MORTE À VIDA DO FÍSICO. Então compreendemos: quem tiver medo de arriscar-se, e quiser "preservar" ou "salvar" sua alma (isto é, sua vida na matéria), esse a perderá, não só porque não receberá o grau a que aspira, como ainda porque, na condição concreta de encarnado, talvez chegue a perder a vida física, arriscada na prova. O medo não o deixará RESSUSCITAR, depois da morte aparente mas dolorosa, e seu espírito se verá envolvido na conturbação espessa e dementada do plano astral, dos "infernos" (ou umbral) a que terá que descer.


No entanto, aquele que intimorato e convicto da realidade, perder, sua alma, (isto é, "entregar" sua vida do físico) à morte aparente, embora dolorosa, esse a encontrará ou a salvará, escapando das injunções emotivas do astral, e será declarado APTO a receber o grau seguinte que ardentemente ele deseja.


Que adianta, com efeito, a um homem que busca o Espírito, se ganhar o mundo inteiro, ao invés de atingir a SABEDORIA que é seu ideal? Que existirá no mundo, que possa valer a GNOSE dos mistérios, a SALVAÇÃO da alma, a LIBERTAÇÃO das encarnações tristes e cansativas?


Nos trabalhos iniciáticos, o itinerante ou peregrino encontrará o FILHO DO HOMEM na "glória" do Pai, em sua própria "glória", na "glória" de Seus Santos Mensageiros. Estarão reunidos em Espírito, num mesmo plano vibratório mental (dos sem-forma) os antigos Mestres da Sabedoria, Mensageiros da Palavra Divina, Manifestantes da Luz, Irradiadores da Energia, Distribuidores do Som, Focos do Amor.


Mas, nos "mistérios", há ocasiões em que os "iniciantes", também chamados mystos, precisam dar testemunhos públicos de sua qualidade, sem dizerem que possuem essa qualidade. Então está dado o aviso: se nessas oportunidades de "confissão aberta" o discípulo "se envergonhar" do Mestre, e por causa de "respeitos humanos" não realizar o que deve, não se comportar como é da lei, nesses casos, o Senhor dos Mistérios, o Filho do Homem, também se envergonhará dele, considerá-lo-á inepto, incapaz para receber a consagração; não mais o reconhecerá como discípulo seu. Tudo, portanto, dependerá de seu comportamento diante das provas árduas e cruentas a que terá que submeter-se, em que sua própria vida física correrá risco.


Observe-se o que foi dito: "morrer" (teleutan) e "ser iniciado" (teleusthai) são verbos formados do mesmo radical: tele, que significa FIM. Só quem chegar AO FIM, será considerado APTO ou ADEPTO (formado de AD = "para", e APTUM = "apto").


Nesse mesmo sentido entendemos o último versículo: alguns dos aqui presentes (não todos) conseguirão certamente finalizar o ciclo iniciático, podendo entrar no novo EON, no "reino dos céus", antes de experimentar a morte física. Antes disso, eles descobrirão o Filho do Homem em si mesmos, com toda a sua Dynamis, e então poderão dizer, como Paulo disse: "Combati o bom combate, terminei a carreira, mantive a fidelidade: já me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia - e não só a mim, como a todos os que amaram sua manifestação" (2. ª Tim. 4:7-8).


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Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 19
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 10:10-21


10. "O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que elas tenham vida e a tenham abundante.

11. Eu sou o Bom Pastor. O bom pastor aplica sua alma sobre as ovelhas.

12. O mercenário, não sendo pastor, de quem as ovelhas não são próprias, vê vir o lobo e deixa as ovelhas e foge, e o lobo as agarra e dispersa,

13. porque é mercenário e não interessam as ovelhas 14. Eu sou o Bom Pastor, conheço as minhas (ovelhas) e as minhas me conhecem,

15. assim como me conhece o Pai e eu conheço o Pai; e aplico minha alma sobre as ovelhas.

16. E tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; estas devo trazer, e ouvirão minha voz e haverá um rebanho, um pastor.

17. Por isso o Pai me ama, porque aplico minha alma para que de novo a recolha.

18. Ninguém a tira de mim, mas eu de mim mesmo a aplico. Tenho o poder de recolhê-la: esse mandamento recebi de meu Pai".

19. Por causa desses ensinos, houve de novo divergência entre os judeus.

20. Muitos deles diziam: "Ele tem obsessor e tresvaria, por que o escutais?"

21. Outros diziam: "Essas palavras não são de um obsedado; pode acaso um obsessor abrir os olhos aos cegos"?



Sem intervalo, no resumo de João, passa-se à segunda aplicação da parábola, em que Jesus se diz "O Bom Pastor".


A figura de pastor, com aplicação ao guia espiritual, já era comum no Antigo Testamento. É atribuída a YHWH "a rocha de Israel" por Moisés (GN 49:24); e o próprio YHWH verbera os pastores de Israel porque relapsos (Ez. 34:1-10) e diz que ele mesmo será o pastor de seu povo (Ez. 34:11-31), salientando que "suscitará sobre eles um só pastor, que as apascentará, meu servo amado (1). Ele as apascentará e servirá de pastor. Eu YHWH serei seu Elohim, e meu servo amado será príncipe entre eles" (2).


(1) As traduções trazem "meu servo David". Ora, David reinou em Israel de 1055 a 1015 A. C., ao passo que Ezequiel escreveu essa profecia no cativeiro da Babilônia, com Oconias, em 592 A. C., isto é, mais de quatrocentos anos depois de David. A não ser que se queira aceitar que Jesus seio o reencarnação de David, o que parece contradizer os fatos, temos que admitir não se possa falar no futuro de uma personagem passado. Evidente, então, que nesse passo david é um substantivo comum, e como tal temos traduzi-lo: "o amado".


(2) Outros passos do A. T. em que "pastor" tem esse sentido de "guia" espiritual: NM 27:17; 1RS 22:17; 2CR. 18:16; Judit, 11:15; Ecl. 12:11; EC 18:13; Cânt. 1:7; IS 13:20; IS 31:4; IS 38:12; IS 40:11; IS 44:28; (referindo-se a Ciro); 56. 11; 63:11; Jeremias, 2:8; 3:15; 6:3; 10:21; 12:10; 17:16; 22:22; 23:1, 2, 4; 25:34-36; 31;10; 33:12; 43:12; 49:19; 50:6, 44; 51:23; EZ 37:24; Amós, 1:2; Miq. 5:5; Nah. 3:18; ZC 10:2, ZC 10:3; 11:3, 5, 8, 16, 17; 18:17. No Novo Testamento. MT 9. 36; 25:32: Mt 26:31: MC 6. 34:14:27; 1. º Cor. 9; 7; EF 4:11; 1. º Pe. 2:25; 5:2, 4. E em JO 21:15-17, Jesus encarrega Pedro de cuidar de Seu "rebanho".

Nesta segunda interpretação da parábola é dado um passo adiante. Salienta Jesus, de início, que o "ladrão" só vai ao rebanho para "roubar, matar e destruir", ao passo que Ele veio para vitalizá-las mais abundantemente (perissóm). E afirma: "eu sou o bom pastor": caracterizando-o pelo que faz: "aplica sua alma sobre as ovelhas". Aqui afastamo-nos das traduções correntes que trazem: "dá a vida pelas ovelhas". Vejamos o original: ho poimên ho kalos tên psychén autoú títhêsin hypèr tõn probátôn; ora, títhêmi só tem contra si dídômi (dar) no papiro 45, numa emenda posterior do Sinaítico, em D e na versão latina e siríaca sinaítica; e títhêmi significa "depositar, colocar e aplicar" (como prefere o Professor José Oiticica, "Os 7 Eu Sou", 1958, pág. 7): tên psychên é a "alma", o princípio espiritual vivificador; e hypér pode ser "em favor de", sem dúvida, mas o sentido principal é "sobre", e há razões para mantêlo.


Não devemos modificar, na tradução, o significado das palavras, sob pena de escapar-nos o sentido profundo que elas exprimem.


Enquanto o mercenário foge e abandona as ovelhas ao ver o lobo, o pastor a elas se dedica, porque as ovelhas são de sua propriedade e ele as ama e as conhece uma a uma pelo nome. Mas outras há que não são deste aprisco e mister será reuni-las para que haja um só rebanho, um só pastor. Notemos que no original não há a cópula "e". Essa universalidade de "salvação" é assinalada por Paulo: "todos vós sois UM em Cristo" (GL 3:28): "há um só Espírito... até que TODOS cheguemos" à perfeição (EF 4:4, EF 4:13).


O vers. 8, ao invés das traduções vulgares que trazem: "tenho direito de dar minha vida e de reassumila" (coisa sem sentido) diz no original: "tenho o poder de aplicar minha alma e tenho o poder de recolhêla", também aqui concordando com a opinião do Prof. José Oiticica.


Novas discussões (cfr. JO 7:43 e JO 9:16) causaram esse ensino, uns apontando Jesus como obsedado, outros não acreditando que um obsessor pudesse ter aberto os olhos a um cego de nascença.


Examinemos, agora, a parte muito mais importante do ensino, que tem que entender-se penetrando em profundidade as palavras do rápido resumo que João nos legou.


Analisemos segundo a interpretação dada, no capítulo anterior, aos termos utilizados. Estamos no plano a que denominamos "mais amplo". "O ladrão vem apenas para roubar, matar e destruir". Trata-se da personagem (a matéria, com seu peso; as sensações com seus gozos; as emoções com seus descontroles apaixonados; o intelecto com sua rebeldia analista e discursiva), também chamada "antagonista" (satanás) ou adversário (diabo) que pode mesmo considerar-se um "ladrão" da espiritualidade. Realmente a personagem "rouba, mata e destrói" tudo o que é espiritual, pois só vê e percebe as coisas da matéria e dos sentidos. O Cristo Cósmico, entretanto, penetra tudo e todos, dando-lhes Vida, e "age" para que essa Vida seja mais abundante e plena, mais rica e vibrante, do que a simples "vida" psíquica dos veículos inferiores.


Então chega-nos a declaração enfática: "eu sou o BOM PASTOR", o que governa o conjunto das ovelhas, o que vive nelas e por elas, que delas cuida e as ama, que constitui a "alma grupo" de todo o rebanho, "a cabeça de todo o corpo" (cfr. 1. ª Cor. 11:3; EF 4:15 e EF 5:23; CL 1:18 e CL 2:10).


A esta segue-se a frase que foi modificada por não ter sido entendida: "

"o bom pastor aplica sua alma sobre suas ovelhas", ou seja, o Cristo utiliza e aplica toda a Sua alma, a Sua força cristônica, sobre Suas criaturas, para fazê-las evoluir a fim de alcançá-Lo. Isso foi representado ao vivo com o cuspo misturado à terra, para ser colocado sobre os olhos do cego de nascença. O que também exprime que só através da encarnação, do mergulho na matéria, é que o ser pode trabalhar por sua evolução.


Aqui entram mais dois elementos de comparação: o mercenário e o lobo. O "mercenário" é o intelecto, que "faz as vezes" de pastor, isto é, que em nome do pastor (Mente Crística) toma conta dos veículos inferiores. No entanto, sendo mercenário, não cuida como deve do tesouro que lhe foi confiado; é quando aparecem os lobos (as paixões desordenadas vorazes, insaciáveis, trazidas pelos instintos, pelos desejos, pelas necessidades). O mercenário "se retira", deixando campo aberto e livre às paixões, aos lobos. A frase é de sentido usual e corrente: perturbação dos sentidos, obliteração intelectual, a ira cega, e tantas outras expressões que demonstram que realmente nos grandes embates emocionais, os lobos paralisam o intelecto, amordaçam a acuidade de racionar, e o corpo e o psiquismo são estraçalhados pelos paroxismos passionais, agarrados e desorientados pelos rapaces devoradores, que roubam, matam e destroem.


Assim age o intelecto "mercenário", porque as células não lhe pertencem e não lhe interessam, já que é simples coordenador, como governo central, substituto eventual e temporário da Mente. Além disso, julga-se a autoridade máxima e única que tem a capacidade de resolver seus problemas e os da per sonagem, pois chega até a ignorar a existência da Mente abstrata: ele vem "de baixo" (sobe), e a Mente é "de cima"; ele pertence ao Antissistema, a Mente ao sistema; ele representa o polo negativo, a Mente o positivo: ele é o chefe dos veículos inferiores, a Mente é espiritual. Daí, com frequência, recusar o intelecto a espiritualização e confessar-se materialista e ateu, só acreditando no que a ele chega através dos sentidos, e não da PORTA que é o Cristo.


Já com o Cristo o caso difere fundamentalmente. Ele conhece uma a uma cada célula (cfr. MT 10:30; LC 12:7 e LC 21:18), porque de dentro de cada uma, embora também de fora (imanente e transcendente) a impele à evolução, ajudando-lhe a escalada ascensional. As células lhe pertencem, porque são condensação Sua, quando Se sacrificou, baixando Suas vibrações até o Antissistema, a fim de provocarlhes a individuação que lhes forneça a diferenciação do Todo, para o aprendizado. O Cristo Interno, por isso, APLICA SUA ALMA sobre cada uma das células, e por isso as conhece plenamente, tanto quanto conhece o Pai e é conhecido pelo Pai; pois assim como Ele é UM com o Pai e o Pai UM com Ele, assim Ele é UM com as células e as células são UM com Ele.


Como agora estamos considerando as células já evoluídas ao estágio hominal (na acepção do "plano mais amplo"), neste sentido o Cristo afirma também que conhece cada ser humano tanto quanto é conhecido pelo Pai e vice-versa, porque o Cristo é UM com cada uma de Suas criaturas, embora cada criatura ainda não saiba que é UM com Ele. E não o sabe porque se acha dissociada Dele pelo intelecto da personagem que, tendo vindo "de baixo", ainda é cega de nascença: o mercenário ainda não conhece o pastor verdadeiro e chega até ao cúmulo de negar Sua existência...


Acontece, porém, que na evolução do planeta Terra, onde foram reunidas todas as antigas células, hoje seres humanos, houve várias trocas de domicílio. A Terra recebeu, sabemo-lo, pela generosidade de seus Mentores, grande grupo de "espíritos" provenientes de Capela e outros planetas, que não pertencem a evolução terrena, assim como também muitos dos nativos da Terra estão estagiando em outros planetas ("Na casa de meu Pai há muitas moradas", JO 14:2). A quais se refere o Cristo?


Aos que estão em outros planetas e que precisam ser trazidos para cá, a fim de formarem o conjunto com seus antigos companheiros? Os aos que estão aqui, mas "não são deste aprisco", aos quais, porém, é mister unir aos deste, para que formem um todo? De qualquer forma - ou trazendo os de fora para cá, quando o planeta tiver evoluído para recebê-los, ou conquistando os estranhos que aqui estão - o fato é que deverá formar-se um só rebanho, uma só humanidade, um só pastor; da mesma forma que cada corpo possui um só Espírito, assim a humanidade possui uma só "alma grupo". Para reunir a todos, será utilizado o processo científico da sintonização de vibrações ("ouvir a voz", isto é, igualar a frequência vibratória do SOM).


A ação do Cristo, embora constante ("Meu Pai age até agora, eu também ajo") JO 5:17) é sentida por nós intermitentemente, porque Ele tem "o poder de aplicar e o poder de recolher" Sua força cristônica, segundo Sua vontade, sem que por ninguém seja coagido. Realmente, em muitos momentos sentimos o "apelo" que nos ativa o desejo de encontrá-Lo. Daí a teoria da "graça", que não chega quando nós queremos, mas quando a vontade divina o determina, por ser o melhor momento para cada um de nós. Então, podemos interpretar a "graça" como uma atuação mais forte do Cristo Interno dentro de cada um, aplicando a vibração do SOM, "Sua alma", e buscando dar-nos a tônica, para que, de nossa parte, busquemos sintonizar com essa nota básica. A tônica é o AMOR, por isso o Pai vibra como Amante e o Cristo age como Amado (david), constituindo o "príncipe" entre todos. Essa é a ordem do Pai.


O Cristo, portanto, é o bom pastor, o chefe de todo o rebanho que atualmente constitui a humanidade terrestre; conhece todas e cada uma de Suas ovelhas, e aplica Sua força a cada uma delas no momento mais oportuno; e quando elas começam a agir por si, recolhe essa força, a fim de permitir que elas trabalhem pessoalmente por sua própria evolução. Indispensável que aprendam a trabalhar sozinhas, assumindo a responsabilidade plena seus atos.


No campo iniciático, o Cristo é o Bom Pastor, ou seja, o verdadeiro Hierofante e Rei, dentro de nós ("Um só é vosso Mestre, o Cristo", MT 23:10). As criaturas que agem em Seu nome, os intelectos personalísticos que se fazem passar por Mestre, são simples agentes que vêm "de baixo", mercenários e ladrões de almas, que roubam, matam e destroem tudo o que é verdadeiramente espiritual, para seu próprio proveito vaidoso, de terem sequazes que os endeusem. São numerosos e enganam a muitos só não chegando conquistar as ovelhas escolhidas, porque estas conhecem a "voz" do verdadeiro pastor, e não seguem estranhos. Os SONS que produzem são diferentes, fora da tônica do AMOR do Cristo.


Os que são realmente emissários Seus, esses jamais falam em seus próprios nomes, não aceitam sequer o nome de mestres, sabem que nada sabem, e que tudo o que lhes vem, é proveniente do Cristo Interno que neles age. Não fazem seguidores, porque convidam apenas os homens e acompanhá-los no cortejo do Cristo, para onde todos caminham, uns mais à frente, outros mais à retaguarda, uns com "guias" do rebanho, com a campainha ao pescoço, outros colaborando, mas todos simples ovelhas do único rebanho do único pastor.


O evangelista assinala, ainda uma vez, a divergência entre os religiosas ("judeus"): uns julgando obsedado aquele que transmite os ensinos do Cristo, outros, porém, "sentindo" em sua voz a doce tônica do AMOR, que faz os cegos verem, isto é, que ilumina os intelectos, e comove os corações, atraindo-os ao Cristo.


Que a voz do Bom Pastor seja sempre o guia de nossos Espíritos, para que jamais percamos o rumo certo, para que não erremos pelas estradas invias, para que nos libertemos dos lobos vorazes, e só vivamos pelo AMOR e para o AMOR.


ef 4:4
Sabedoria do Evangelho - Volume 6

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 1
CARLOS TORRES PASTORINO

LC 14:25-33


25. Saía com ele grande multidão e, voltando-se disse (Jesus) a eles:

26. "Se alguém vem a mim e não odeia seu pai, e a mãe, e a esposa, e os filhos, e os irmãos, e as irmãs, e até também a própria alma, não pode ser meu discípulo;

27. quem não carrega sua cruz e vem atrás de mim, não pode ser meu discípulo.

28. Quem de vós, pois, querendo edificar uma torre, primeiro não se senta a calcular o gasto, se tem para acabar?

29. Para que não suceda que, pondo o alicerce e não podendo terminar, os que vêem comecem a caçoar dele,

30. dizendo: "este homem começou a edificar e não pode terminar".

31. Ou que rei, saindo a lançar-se em guerra com outro rei, primeiro não senta, deliberando se é forte com dez mil, para enfrentar ao que vem com vinte mil contra ele?

32. Se não, estando ele ainda longe, envia uma legação, pedindo as (condições) para a paz 33. Assim, pois, qualquer de vós que não se destaca de todas as suas posses, não pode ser meu discípulo".



As "multidões" saíam, acompanhando Jesus, correndo atrás de Sua fascinante personalidade humana, maravilhadas com Seus poderes psíquicos, com Suas "palavras de amor" (LC 4:22; vol. 2), de sabedoria e autoridade. O Mestre observa os componentes do grupo: quantos ali estão a Ele se prendem somente por causa dos benefícios recebidos ou a receber... Não. Não é isso o que importa, não é isso que interessa. Não é imitá-Lo externamente, nas palavras e gestos. E algo mais profundo e misterioso.


Volta-Se, então, e mais uma vez fala, repisando temas já versados outras ocasiões, a fim de fixar responsabilidades e alertar contra entusiasmos fáceis e efêmeros. Já expusera longamente, certa feita, as condições essenciais para ser Seu discípulo (cfr. MT 16:24-28; MC 8:34-38; LC 9:23: -27; vol. 4).


Novamente frisa, com outras palavras, as condições indispensáveis para que possa alguém ingressar na senda do discipulado.


1. ª - "odiar" (míseô) os parentes, por mais próximos e queridos que sejam, e cita: "pai, mãe, esposa, filhos (em geral, dos dois sexos, tékna), irmãos, irmãs. Em MT 10:37 (vol. 3), são citados: pai, mãe, filho, nora e filha. E pelas palavras aí registradas por esse evangelista, compreendemos o sentido deste "odiar". Lá encontra-se: ho philôn patéra è mêtéra hyper emé, isto é, "o que ama o pai ou a mãe acima de mim" (mais que a mim). Trata-se, portanto, de dois termos de comparação entre dois amores, levada ao extremo exagero por metáfora, devido à exuberância do linguajar oriental.


2. ª - Não apenas os seres queridos "externos", mas até a própria alma (psyché), ou seja, sua personagem terrena. Em outro passo (MT 16:24; MC 8:34; LC 9:23; vol. 4) essa exigência é dita com a expressão "negue-se a si mesmo". Então, desligamento total de amores personativos externos e internos.


3. ª - Carregar sua cruz, já explicado no vol. 4.


4. ª - Caminhar após Ele (idem, ibidem).


5. ª - Calcular sua capacidade. Exigência que pela vez primeira aparece. Ou seja, fazer o indispensável balanço no que possua de compreensão, de cultura, intelectual, de conhecimento, para ver se tem possibilidade de iniciar e terminar o estudo e a "construção da torre".


6. ª - Calcular suas possibilidades, isto é, as forças de que dispõe para enfrentar um adversário numeroso e ferrenho.


7. ª - E última: destacar-se (o verbo grego apotássô é composto de tásso, "por no lugar devido", e apó, longe de"), ou seja, saber colocar nos devidos lugares, bem longe um do outro, o Espírito e os bens materiais (hypárchousin) ...


Para esclarecer de vez o sentido do vers. 26, vamos reler o Bhagavad-Gita. Arjuna vê, formados no exército que devia combater, "seus avós, sogros, tios, irmãos e primos com seus respectivos filhos e netos, seus camaradas, professores e amigos" (I,26 - por coincidência o mesmo número do artigo!) e assim fala: " Ó Krishna, ao ver estes meus parentes reunidos aqui, desejosos de lutar, meus membros cedem. arde-me a boca, meu corpo tirita, meus cabelos arrepiam-se, o arco me escorrega das mãos, a pele se me abrasa. Ó Krishna, não sou capaz de manter-me, os pensamentos se me confundem, vejo maus presságios. Não aspiro a vitória, nem a reino, nem a prazeres.


Mestres, tios, filhos e netos, avós, sogros, além de outros parentes - que inspiravam o desejo de império, alegria e prazeres - eles próprios estão aí, em ordem de batalha, renunciando à vida e à fortuna. Que valem, pois, reino, alegria, e mesmo a existência, ó Govinda’?


A esses guerreiros não quero matar, embora por eles seja eu morto, nem pelo domínio dos três mundos, quanto mais por causa desta Terra, ó matador de Madhu. ó Janárdana, que prazer pode advir a nós do assassínio dos filhos de Dhritarashtra? Só o erro se apossará de nós, por termos massacrado esses malfeitores. Portanto, não devemos matar esses filhos de Dhritarashtra, que são nossos parentes; como podemos nós, ó Madhava, ter felicidade, destruindo nossos próprios parentes? Embora eles, dominados pela ambição, não vejam mal em destruir a família, nem erro em hostilizar amigos. Mas, ó Janárdana, por que não recuarmos deste erro, já que percebemos claramente o mal em destruir a família"? (I, 28-

39).


No capítulo segundo, Krishna esclarece Arjuna de que todos esses "entes caros" são as exterioridades transitórias e ilusórias, os veículos inferiores da personagem terrena, com seus vícios (e, por isso, destruindo-os, realmente não há prazer em reinos nem em alegrias terrenas) mas que precisamos combater para atingir a essência íntima, o Eu verdadeiro: "esses corpos são perecíveis, (II,18). Mas o Eu é "eterno, onipresente, imutável, permanente, perpétuo" (II, 39), pois é no linguajar evangélico, o" reino dos céus ". A explicação é bastante clara. " O sábio, dotado de conhecimento, abandonando o fruto de suas ações, torna-se livre dos grilhões do berço e alcança o estado que está além de todo mal. Quando teu intelecto houver atravessado o pântano da ilusão, então, e só então atingirás a indiferença em relação às coisas ouvidas e por ouvir. Quando teu intelecto, agindo pelas várias opiniões antagônicas das Escrituras, se firma inabalavelmente no Eu, então atingirás a Yoga (auto-realização ou união com Deus)" (II, 51-53).


E continua: "Ó Partha, quando um homem chega a satisfazer-se apenas com o Eu pelo Eu, e baniu completamente todos os desejos da alma, então se diz que ele possui firme sabedoria.


Aquele cuja alma não se agita em calamidades, e que não aspira ao poder, e que está liberto do apego, do medo e da cólera é em verdade tido como um santo de firme sabedoria.


Aquele que é liberto de todo apego, e que não se rejubila ao receber o bem, nem se perturba ao receber o mal, tem sua sabedoria bem confirmada. Sua sabedoria começou a ficar bem filmada, quando ele retirou inteiramente seus sentidos dos objetos dos sentidos, como a tartaruga renuncia aos membros. O encarnado, pela prática da abstinência (não dando alimento aos sentidos), pode amortecer os sentimentos dos sentidos, mas os anseios ainda permanecem em seu coração; todos os anseios se abatem, quando tiver visto o Supremo. Ó filho de Kunti, os sentidos (parentes) são perigosos, chegam mesmo a arrastar à força o esp írito de um homem sensato que está lutando pela perfeição. O homem de firme sabedoria, tendo-o subjugado a todos eles (os sentidos, seus "parentes" mais caros) fica fixado em Mim, o Supremo, Aquele que tem os sentidos sob controle, tem a sabedoria bem firmada.


Cuidando dos objetos dos sentidos, o homem e torna apegado a eles. Do apego nasce o anseio, e do anseio a cólera. Da cólera nasce o delírio, e este causa a perda de memória. Com esta arruina-se a faculdade de escolha, e com a ruína desta faculdade o homem perece. Mas aquele que se domina alcança a paz e circula por entre os objetos com os sentidos controlados, isento de qualquer anseio ou aversão. Na paz, cessa a infelicidade e o espírito cheio de paz em breve se firma na sabedoria. Não há sabedoria para o instável nem para o que não medita. E como poderá haver ventura para quem não tem paz? O espírito que condescende com os sentidos indisciplinados e errantes, arrasta consigo sua sabedoria, exatamente como um barco na água é arrastado pelo vento. Portanto, ó poderosamente-armado, sabedoria firme é a daquele cujos sentidos estão bem afastados de todos os objetivos dos sentidos".


O ensinamento do Espírito, do Cristo, é um em todas as épocas e em todos os quadrantes, porque "há um só corpo e um só Espírito... um só Senhor, uma só fé, um só mergulho, um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, e é por todos e está em todos" (EF 4:3-6).


Fica, pois definitivamente explicado o sentido profundo e simbólico do verbo "odiar" neste trecho evangélico, tão incompreendido até hoje.


Mas passemos à interpretação do texto no campo iniciático.


Ainda uma vez encontramos preciosas lições de como deve preparar-se aquele que pretende ingressar na "Assembleia do Caminho", essa criação sublime de Mestre e Hierofante Divino, que veio pessoalmente instruir-nos. Vejamos as condições requeridas:

1 - Compreensão absoluta do desligamento total de tudo o que é terreno, como seu corpo, suas sensações, suas emoções, seu intelectualismo humano, com todos os seus agregados "animais", que a ele se colaram durante o percurso evolutivo pelos reinos inferiores: preguiça, sensualismo, paixões, vaidade e orgulho; de tão arraigados, com ele mesmo confundidos, são considerados "parentes consanguíneos: pai, mãe, esposa, filhos, irmãos, irmãs. Tudo o que constitui matéria, duplo etérico (sangue) e astral deve ser abandonado e como que "odiado", voltando-se o candidato na direção oposta: o "Espírito Puro". Como, de modo geral, o ambiente familiar é contrário a qualquer elevação espiritual do iniciado (e Jesus tinha experiência pessoal disso, cfr. MC 3:21 e MC 3:33-35), o candidato deve estar convicto de que, também, seu progresso espiritual está desligado de qualquer laço familiar, se for indispensável cortar os afetos (emoções) para dedicar-se integralmente ao Espírito. Muito mais fortes são as ligações espirituais, que as consanguíneas. A fraternidade espiritual é REAL E ETERNA, já que somos filhos do mesmo PAI ETERNO; ao passo que o parentesco sanguíneo é passageiro, de uma só encarnação, podendo, na seguinte, ser realizado em outro grupo, em outra terra, em outra raça.


2 - Entretanto, não são apenas os apegos externos que precisam ser cortados, mas até o do próprio eu pequeno, da personagem terrena transitória - o filho único tão querido - a própria "alma", com suas idiossincrasias, seus gostos, suas características temperamentais. Esse é o maior apego nosso. E não basta convencer-se disso, mas é preciso realizar (ou seja, páthein) experimentar, "sofrer" destaque total e passar a viver no Eu verdadeiro. Só realizando esses dois desligamentos é que o candidato poderá tornar-se discípulo. E aqui mais uma vez comprovamos o emprego da terminologia técnica das escolas iniciáticas: discípulo o que põe o pé na senda para iniciar a caminhada. Só após perlustrar o discipulado em seus graus primeiros (discípulo em provação e discípulo aceito) é que pode pretender o ingresso na iniciação. E dificilmente se obtém isso numa só existência terrena. Os próprios "Mestres de Sabedoria" continuam até hoje a denominar-se a Si mesmos. "Discípulos". Daí não acreditarmos em quem se chama a si próprio de "iniciado": quem o diz, não o é; porque quem verdadeiramente é iniciado, não o diz 3 - A terceira condição para ser discípulo-aceito, é receber com alegria o peso da própria cruz, que tem vários aspectos. Inicialmente, é a própria encarnação, quando a criatura se torna consciente de que se acha "pregado" na cruz de carne, limitado em suas possibilidades, grudado ao chão de matéria.


Mas, além desse peso, outros podem superpor-se: pobreza, falta de meios e de ambiente, aderentes incompreensivos, exploradores e abusadores, dores e sofrimentos, deficiências físicas humilhações e desprezos, perseguições e até morte. E, não obstante tudo isso, continuar firme o trajeto, sem abaterse nem desanimar.


4 - O passo seguinte é o de palmilhar a estrada que o Mestre exemplificou, com Sua humildade, Seu espírito de sacrifício, Sua dedicação integral ao serviço à humanidade, Sua união com o Pai, Seu amor sem condições a todos. "Vem atrás de mim" ou "segui-Lo", quando são frases proferidas pelo Cristo, significa realmente unir-se a Ele, buscá-lo por todos os meios, "mendigar o Espírito" com lágrimas, procurando "ajustar-se" com a sintonia crística, até unificação final.


5 - Para ingressar no discipulado, faz-se ainda mister capacidade cultural, a fim de bem compreender os ensaios, sem limitações nem distorções. Muitos há que desejam ardentemente ingressar como discípulosaceitos ou, até mesmo, atingir a iniciação. Inegavelmente, são, muitas vezes pessoas ardorosas de amor e ansiosas de perfeição. Mas não possuem as condições essenciais para isso, não têm conhecimento. Para iniciação são essenciais três condições pessoais: amor, amadurecimento e sabedoria (cfr. vol. 5) "Jesus crescia em sabedoria, amadurecimento e amor" (LC 2:5; vol. 1). Então, os que não conquistarem o conhecimento, e ainda precisarem dedicar-se ao estudo, não são cortados do espiritualismo: podem seguir a via devocional ou a via mística. Mas não a senda iniciática. A via devocional e a mística são linhas evolutivas pessoais, ao passo que a senda iniciática é grupal, e prepara a criatura para o magistério sacerdotal. Ora, sem cultura e conhecimento, como se poderá ensinar?


Há enorme perigo não apenas de desviar-se, mas, pior ainda, de afastar do rumo certo aqueles que neles confiam. Daí serem tão rigorosas as escolas que preparam discípulos para a iniciação na admissão de candidatos. Jesus, em diversas ocasiões - como esta agora - alerta quanto às condições indispensáveis para ingressar no discipulado: examine-se se tem capacidade intelectual desenvolvida, para que não inicie uma obra e se veja obrigado a parar na metade do caminho.


6 - Outro requisito para entrar na Escola é saber se conseguiu vitória, ou se está capacitado para obtê-la, contra os inimigos internos e externos. Em outras palavras, se seus instintos inferiores animais não estão mais fortes que sua capacidade de luta. O "rei" (o Espírito) precisa calcular suas forças, a fim de ver se são superiores às do "outro rei" (a personagem). Se forem inferiores as forças do Espírito, este "pede as condições de paz". Isto é (por exemplo) se a sensualidade predominar e o Espírito não tiver condições de sublimá-la, obedeça à força de sua personagem e se dedique à família, sem pensar em desapegar-se; se a violência do temperamento não pode ser dominada, afaste-se da senda nessa vida, e volte quando puder contar com o domínio de suas energias exuberantes. E assim por diante. Então, calcule bem suas possibilidades de luta e de vitória, antes de lançar-se ao combate, a fim de não arriscar-se a derrotas espetaculares que, além de descoroçoá-lo, podem trazer sérios prejuízos à instituição a que se filia. Daí o rigor que os instrutores manifestam, antes de receber alguém, e o longo período probacional a que são submetidos: comprovar que superaram todos os vícios.


Aqueles que ingressam na senda por sua alta recreação, de modo geral caem fragorosamente, quer desviando-se para a magia negra, quer aniquilando-se até na parte humana: corrúptio óptimi, péssima, ou seja, a corrupção do melhor, é a pior.


7 - Finalmente é mister destacar-se de todos os bens materiais, de todas as "posses" para que não seja por elas "possuído". Deverá ser capaz de dar tudo, e passar o resto da existência a mendigar seu sustento.


Ainda que isso não lhe seja exigido, no entanto deve ser capaz de fazê-lo sem sofrimento moral.


Portanto, desapego total...


Essas são as regras para todas as épocas e regiões do globo, sem exceção. Como vemos, encontramos no ensino crístico a orientação completa e integral. A única necessidade é saber interpretar Suas palavras de sabedoria, e não apenas fixar-se na letra fria e morta.


ef 4:4
Sabedoria do Evangelho - Volume 8

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 8
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 17:1-26


1. Jesus falou essas coisas e, levantando seus olhos para o céu, disse: "Pai, chegou a hora: transubstancia teu filho, para que o filho te transubstancie.

2. Do mesmo modo que lhe deste poder sobre toda carne, para que dê vida imanente a todos os que lhe deste.

3. A vida imanente, porém é esta: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e quem enviaste. Jesus Cristo.

4. Eu te transubstanciei sobre a Terra, completando a ação que me deste para fazer.

5. E agora transubstancia-me tu. Pai, em ti mesmo, com a substância que (eu) tinha em ti antes de o mundo ser.

6. Manifestei tua essência aos homens que me deste do mundo. Eram teus e mos deste e realizaram teu Logos.

7. Agora conheceram que todas as coisas que me deste estão em ti.

8. Pois as palavras que me deste, dei a eles, e eles receberam e souberam verdadeiramente que saí de ti, e creram que tu me enviaste.

9. Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.

10. E tudo o que é meu é teu, e o que é teu é meu; e neles sou transbustanciado.

11. Eu já não estou no mundo, mas eles estão no mundo; eu vou para ti. Pai Santo, guardaos em tua essência que me deste, para que sejam um assim como nós.

12. Quando eu estava com eles, eu os guardava em tua essência que me deste e eu os protegi, e nenhum deles se aboliu senão o filho da abolição, para que a Escritura se cumprisse.

13. Agora, porém, vou para ti e falo estas coisas no mundo, para que tenham a minha alegria, que se plenificará neles.

14. Eu dei a eles teu Logos, e o mundo os odiou porque não são do mundo, como eu não sou do mundo.

15. Não rogo que os tires do mundo, mas que os guardes do mal.

16. Do mundo não são, com eu não sou do mundo.

17. Santifica-os na verdade: o teu Logos é a Verdade.

18. Como me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.

19. E sobre eles me santifico a mim mesmo, para que sejam também eles santificados verdadeiramente.

20. Não somente por eles rogo, mas também pelos que, por meio do Logos deles, forem fiéis a mim.

21. Para que todos sejam um, como tu, Pai, em mim e eu em ti, para que também eles sejam um em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste.

22. A substância que me deste, eu dei a eles, para que sejam um como nós (somos) um.

23. Eu neles e tu em mim, para que sejam completados em um, a fim de que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, corno amaste a mim.

24. Pai, os que me deste, quero que onde eu estou, estejam também eles comigo, para que vejam a substância que me deste, porque me amaste antes da materialização do mundo.

25. Pai Justo, também o mundo não te conheceu, mas eu te conheci e estes conheceram que tu me enviaste.

26. E eu lhes dei a conhecer tua essência, e darei a conhecer, para que o amor que me amaste esteja neles, e eu (esteja) neles".



Eis-nos chegados a um dos pontos mais sublimes do Evangelho, numa elevação mística ainda não igualada, e cuja sintonia nos alça aos páramos das altitudes indizíveis em que o intelecto tonteia e a mente se infinitiza, mergulhando nas imponderáveis vibrações da Divindade em nós e ofuscando-nos com a Luz Incriada que nos impregna o Espírito.


O capítulo 17 é conhecido, desde o século XVI, como "Oração Sacerdotal", título dado pelo luterano Chytraeus (Kochhafe, 1600), embora Lagrange tenha proposto "Oração pela Unidade". Nela verificamos a expressão das mais íntimas aspirações do Cristo em relação às individualidades humanas. Diz Cirilo de Alexandria (Patrol. Gr. vol. 74, col. 505-508), que transparece neste trecho a figura nítida do Sumo Sacerdote que intercede pelos espíritos sacerdotais que vieram ao mundo.


Façamos uma análise rápida, deixando os comentários para a segunda parte.


A expressão "toda carne" (pãs sárx em grego e KOL BAZAR em hebraico) expressa tudo o que possui corpo físico denso (cfr. GN 7:21).


O nome "Jesus Cristo" ainda não era usado no tempo de Jesus, tendo aparecido pela primeira vez nas epístolas de Paulo, devendo notar-se, entretanto, que o Evangelho de João lhes é posterior em data.


Alguns comentadores (como Huby, ’Le Discours après la Cène", Paris, 1932, pág. 130) julgam, com razão, que se trata de um acréscimo tardio, e que no original devia estar apenas "o Cristo". Na época o Mestre encarnado era denominado Kyrios lêsous, "Senhor Jesus", ou "O Cristo", atributo que se acrescentava a Seu nome como predicativo (cfr. "Todo o que crer que Jesus é o Cristo", 1JO, 5:1 e 2:22).


Traduzimos apóllymi por "abolir", e não "perder". A ideia de "perdição" está hoje, por efeito de uma tradição milenar, dirigida às personagens, muito ligada à ideia de "inferno". E aqui não se trata disso absolutamente. Adotamos o verbo ABOLIR porque é derivado direto de APOLLYMI, através do latim ABOLIRE (cfr. AP+OLLYMI com AB+OLIRE, conforme testemunho de Liddell

& Scott, Greek English Lexicon, 1966, pág. 207; Boisacq, Dictionnaire Etymologique de la Langue Crecque, 1950, pág. 698 e 696; Juret, Dictionnaire Etymologique Grec et Latin, 1942, pág. 195).


A expressão "filho de" já foi bem estudada (vol. 1).


O aceno ao cumprimento da Escritura só é encontrado nos salmos 41 e 109, no Antigo Testamento.


Traduzimos toú poneroú, por "do Mal" (neutro), como em MT 6:13, e como encontramos em outros passos do próprio João (3:19; 7:7; 1JO, 2:14; 3:12 e 5:19). Essa interpretação é aceita por Agostinho, João Crisóstomo, Tomás de Aquino, Zahn, Knabenbauer, Lagrange, Lebreton, Huby e outros. Há quem prefira o masculino ("do mau" ou maligno) como Loisy, Bauer, Tillemann, Durand, Bernard.


De acordo com o que explicamos em nossos comentários do trecho, a seguir, resolvemos traduzir diretament "nome" por "essência", a fim de facilitar desde logo o sentido real da frase.


Procuremos penetrar mais profundamente o significado verdadeiro e místico dessa prece, na qual sentimos patente a alma de Jesus, o ser humano chegado à perfeição concebível na escala da humanidade terrena neste ciclo: é Ele, JESUS, quem ora ao Pai, nos últimos momentos antes de caminhar para o terrível sacrifício que tanto O elevaria na escalada evolutiva. Aqui temos, pois, palavras do Jesus Homem.


Lendo com atenção o texto, verificamos que possui três partes:
1. º - Jesus ora por Si mesmo (vers. 1 a 5)
2. º - Jesus ora por Seus discípulos (vers. 6 a 19)
3. º - Jesus ora pela humanidade toda (vers. 20 a 24).

A isso é acrescentada uma conclusão (vers. 25-26) que resume a prece. Caminhemos devagar.


1. ª PARTE (vers. 1 a. 5)


Sentindo em Si o Cristo e o Pai, mas experimentando também a atuação de Sua consciência "atual" centrada na personagem, dirige Jesus Sua mente para as altas vibrações sonoras do Logos, o que nos é revelado com a expressão "levantando os olhos ao céu" (cfr. JO 11:41). Com esse gesto, demonstra ter entrado em contato sintônico com o Logos e a Ele se dirige, invocando-o, com o Nome de Pai, e a Ele confessando que sabe ter chegado Sua hora de experimentação dolorosa, para total aniquilação de Seu Eu humano, a fim de plenificar Sua absorção na substância do Pai: abandonaria apenas a expressão visível para as criaturas, Sua forma física, mas Se transformaria em Som.


Esse o primeiro pedido: que o Logos transubstancie em Si o Filho, a fim de que este absorva o Logos: que o Filho possa transformar-se em som, para que o Som possa substituir a substância do Filho.


E esse pedido é plenamente justificado por Jesus: é indispensável que essa transubstanciação se efetue Nele, do mesmo modo que Ele recebeu do Pai o poder sobre todas as criaturas, para dar-lhes também a elas todas a Vida Imanente, a vida crística divina.


Aí encontramos, pois, uma gradação: Jesus, o Espírito antiquíssimo (vê-lo-emos) e de evolução plena, recebeu do Pai um grupo de seres, a fim de que se incumbisse de providenciar a evolução deles. A todos esses que Lhe foram dados, Ele devia dar a Vida Imanente, fazendo despertar neles a Centelha Crística adormecida, de forma a que pudesse nascer o Cristo em cada um. Assim como tinha essa missão, do mesmo modo Ele precisa, para realizá-la, estar totalmente transubstanciado no Pai. E aqui, mais uma vez, compreendida a profundidade desse ensino, verificamos a leviandade de traduzir dox ázô por "glorificar": que importa a glória a um Espírito superior?


Logo a seguir, mais para conhecimento dos discípulos ali presentes que como parte da prece, Jesus abre um parênteses e explica: "a vida imanente consiste nisso: que Te conheçam (que tenham a gnose plena) a Ti, que és o único Deus verdadeiro, e que conheçam Jesus, o Cristo que enviaste à Terra".


Mais uma vez aparece a declaração taxativa de Jesus, que afirma que não é Deus. Os intérpretes torcem o sentido, afirmando ter Jesus dito que só YHWH é Deus, e não os ídolos. Mas não é isso que se deduz do contexto, onde não haveria razão para falar de outras crenças. Ao contrário: é feita aqui, com toda a clareza possível, a distinção absoluta entre o Pai e o Filho: só terá a vida imanente quem tiver a gnose de que só há um único Deus verdadeiro para a humanidade: é o Pai; mas que o Filho, Jesus Cristo, que foi enviado pelo Pai, não é Deus nesse sentido estrito e filosófico (embora em sentido metafísico todos sejam Deus, já que a Divindade está imanente em todos e em tudo). Na Terra, o único que verdadeiramente manifesta a plenitude da Divindade em Si - e que portanto merece o título real de Deus - é o Pai, o plenamente transubstanciado pelo SOM, que o Antigo Testamento denomina Melquisedec, expressão absoluta do Logos Planetário.


Essa missão de Jesus, de conceder vida imanente, está condicionada à fidelidade sintônica de cada um (cfr. JO 3:15, JO 3:16, JO 3:36; 5:24, 30; 6:33ss; 7:28 e 20:31), embora aqui não venha citada essa necessidade de "fé" ou seja, de fidelidade.


A seguir, declara o que realizou: "Eu Te transubstanciei sobre a Terra", trazendo fisicamente à alma e ao corpo do planeta e a todos os seus habitantes, a vibração do Som Divino; e "completando a ação" (tò érgon teleiôsas) "que me deste para fazer".


Nesta expressão teleiôsas to érgon entrevemos não apenas a complementação ou aperfeiçoamento da ação, nem tampouco a finalização do trabalho que Lhe fora dado, já que chegara ao fim de Sua tarefa como encarnado entre os homens; mas descobrimos, no sentido espiritual, qual a realidade da encarnação de Jesus, que foi "tornar perfeita, para chegar aos homens, a energia de Deus". Poderíamos ler: "Eu Te transubstanciei sobre a Terra, fazendo ter ação perfeita a energia que me deste para espalhar em todos. " Como tenha sido isso obtido, lemos em Paulo: "Jesus Cristo, sendo rico, tornou-se pobre por amor de vós, para que, por Sua própria pobreza fôsseis enriquecidos" (2CO 8:9); e ainda: "Cristo Jesus, que subsistia em forma de Deus, não julgou dever apegar-Se a isso, mas esvaziou-

Se tomando a forma de escravo, tornando-Se semelhante aos homens" (FP 2:6-7). Tudo isso foi realizado de acordo e para obedecer à Vontade divina (cfr. JO 4:34; JO 5:36; JO 8:29; JO 9:4 e LC 2:49).


Tendo realizado Sua tarefa nada fácil, vem o pedido final para Si mesmo: Agora, transubstancia-me Tu, Pai, em Ti mesmo (parà seautôi), com a substância que (eu) tinha (têi dóxei hêi eichon) em ti (parà soi) antes de o mundo ser (prò toú tòn kósmon eínai).


Em unificação perfeita com o Pai, vivia Jesus, o Espírito humano - de outro planeta do Sistema de Sirius - de onde foi convocado para cuidar carinhosamente da humanidade que um dia habitaria o planeta Terra (cfr. vol. 1).


Conhecendo isso, entendemos plenamente o sentido desse versículo: trata-se do veemente desejo de voltar àquele estado batífico, ao lado de Seu Pai, em Sua mesma substância, tal como ocorria antes que o planeta Terra existisse, Desejo esse que ainda não pôde ser realizado, já que Jesus permanecerá conosco até o fim do eon (cfr, Mat, 28:20), não obstante o sacrifício que isso constitui para Ele (cfr. MT 17:16; MC 9:18; LC 9:41; vol. 4).


2. ª PARTE (vers. 5-19)


Inicia declarando que conseguiu "manifestar-Te a Essência (o nome) aos homens que me deste (tirandoos) do mundo". Essa manifestação foi a revelação da substância do Pai (já vimos o que significa filosoficamente o termo "nome"). Essa substância ou essência foi revelada àqueles que, tendo sido retirados do mundo (extraídos do Antissistema) ingressaram sintonicamente no Sistema, ao serem admitidos na Escola Iniciática Assembleia do Caminho.


Todos esses, que foram dados pelo Pai a Jesus, conseguiram "realizar o Logos" em si mesmos, no Espírito, embora em suas personagens não houvessem conseguido ainda certos graus "iniciáticos" superiores, e por isso ainda fraquejavam na parte emocional e intelectual. A expressão "realizar o Logos", acreditamos, poderia ser traduzida em linguagem científica moderna, em "sintortizar o Som" em si mesmos, captando perfeitamente a onda emitida, em alta fidelidade.


Esses é que teriam que agir, doravante, em lugar de Jesus. Era justo, por isso, orar por eles, por quatro motivos:
1) tinham sido tirados do Antissistema (ek toú kósmou) espiritualmente, mas nele permaneciam com suas personagens;
2) pertenciam ao Pai (soi êsan);
3) foram dados ao Filho (k’amoi autoús édokas); e
4) não reagiram ao chamamento, mas obedeceram prontamente em boa-vontade, dispondo-se aos sacrifícios requeridos pela missão árdua que lhes era cometida, tendo realizado o Logos planetário em seus corações.

Portanto, já SABEM, já tem a gnose, de que tudo o que foi dado ao Filho, "está no Pai" (parà soú eisin). E isso porque receberam (élabon) as palavras (tà rhêmata) que, recebida" do Pai, Jesus lhes revelou (cfr. JO 8:40; JO 12:49; JO 15:15 e JO 17:14), e por isso tiveram conhecimento pleno de que Jesus, o Cristo, era Aquele que saíra do Pai (parà soú exêlthon) e que pelo Pai fora enviado (sú me apésteilas).


Em Sua prece Jesus explica, então, porque roga por eles e não pelo mundo, embora tenha vindo para salvar o mundo (cfr. JO 3:16) e embora ainda esteja preocupado com o mundo (adiante, vers. 21).


São três as razões citadas:
1. ª - porque pertenciam ao Pai, posto que tudo o que é do Cristo é do Pai, e tudo o que é do Pai é do Cristo, já que ambos constituem uma unidade perfeita;
2. ª - porque Ele se transubstanciou neles; portanto, já agora eles constituem um prolongamento de Si mesmo;

3. ª - porque Jesus já não ficará mais no turbilhão negativo do Antissistema, mas eles aí permanecerão em trabalho árduo. Jesus vai deixá-los em Sua forma visível (cfr. JO 13:33-36 e JO 16:16) retirando-Se para a Casa do Pai (Shamballa).


Aparece a invocação "Pai Santo" (Páter hágie). O adjetivo "hágios" exprime uma ideia dupla: a separação do que é profano (sentido negativo) e a consagração a Deus (sentido positivo). A expressão "Pai Santo" é proferida, porque Jesus ora pela santificação de Seus discípulos, a fim de que não sejam envolvidos pelo negativismo nem pela rebeldia do mundo, mas conservem a fidelidade sintônica com Ele e com o Pai, e sejam protegidos contra a contaminação mundana, e sejam consagrados ao Bem na Verdade.


Pede, então, Jesus, que eles sejam guardados na essência do Pai. No original está "em Teu nome".


Mas sendo o nome, como vimos, a manifestação externa da essência íntima, o "nome do Pai" é a "essência do Pai" manifestada externamente.


E a súplica prossegue: "guarda-os na Tua essência, essa essência que me deste, para que eles sejam UM, em natureza (como já são, pois têm em si a Centelha divina que é da mesma natureza que a Fonte Emissora da Centelha) e em essência (aprendendo a sintonizar com o Som do Logos), assim como nós já somos UM. Não há distinção, pois, entre a unidade de natureza e essência que há do Pai com o Filho, e a unidade de natureza e essência que deve haver do homem com o Filho e o Pai.


Há quem não aceite que essa unidade seja tão profunda. Dizem que a unidade entre Pai e Filho é, realmente, de "natureza e essência", ao passo que a unidade dos homens com o Pai é apenas de "adoção pela graça". O texto e o contexto afirmam a primeira interpretação, pois a comparação é total: "Que eles sejam UM, "ASSIM COMO" (do mesmo modo e na mesma profundidade) nós somos UM". Não são feitas distinções nem diferenças entre uma unidade e a outra: uma é igual à outra, tudo é uma só unidade, de essência e de natureza: "em Deus vivemos, nos movemos e existimos e somos gerados por Ele" (AT 17:28). A asserção de sermos "geradas" (não criados externamente, mas gerados, tal como a mulher gera o filho), prova que a natureza é a mesma; então todas as coisas existentes são "homoúsias" da Divindade.


Além de todos os outros que aparecem esparsos, este trecho vem provar à saciedade que a doutrina crística está plenamente dentro do MONISMO mais absoluto, e Paulo confirma que compreendeu bem tudo isso, quando diz: "esforçando-vos por guardar diligentemente a unidade do Espírito no vínculo da paz: há um só corpo e um só Espírito (como também fostes chamados em uma só esperança de vosso chamamento); um só Senhor, uma só fidelidade, um só mergulho, um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, e por todos, e EM (dentro de) todos" (EF 4:3-6).


O pedido para que o Pai os guarde (têrêson) é justificado, já que Jesus - que faz a prece - vai afastar-

Se visivelmente. No entanto, dá testemunho de que os guardava (etêroun) enquanto estava fisicamente presente em corpo. E guardou-se de tal forma que os protegeu (ephylaxa) de modo completo, tanto que nenhum dos que Lhe foram confiados teve que afastar-se. E aqui entra um trecho que merece meditado.


Um só "se aboliu" (apôleto), isto é, se aniquilou, pela renúncia voluntária, riscando seu nome do Colégio Iniciático terreno: era ele o "filho da abolição", ou seja, o "abolido" ou o "aniquilado" voluntário, aquele que renunciou totalmente, durante milênios, a seu personalismo vaidoso.


Mais uma vez verificamos que o sacrifício de Judas, o Iscariotes, foi voluntário, para que se cumprisse a Escritura". Tendo sua posição garantida como sacerdote na Escola Iniciática Assembleia do Caminho, e podendo assegurar-se, com isso, uma posição de relevo entre os seguidores da doutrina nos séculos seguintes, atraindo a si bons pensamentos e amor da parte das criaturas, ele aceitou "abolirse", aniquilar-se ou esvaziar-se (cfr. FP 2:7), atraindo o desprezo e o ódio da humanidade, para que seu Mestre fosse amado e engrandecido, brilhando em Luz diáfana, em contraste com a sombra que sobre Jesus se projetaria partindo desse ato heroico de Seu discípulo, interpretado como "traidor infame". Além de Jesus, nesse drama, foi Judas o único que aceitou aniquilar seu eu personalístico, a fim de que o Mestre fosse exaltado. Agora chegou a hora de fazer justiça e revelar a verdade que ficou tanto tempo oculta na letra, para que a humanidade, no terceiro milênio, compreenda a realidade espiritual do ocorrido.


A Escritura a que Se refere Jesus é o Salmo (41:9) que fora por Ele citado (cfr. vol. 7) e que diz; "Até meu amigo íntimo, em quem confiava, que comia meu pão, levantou contra mim seu calcanhar"; e outro salmo 109:4-3 que prevê, em espírito, o que Judas sofreria durante milênios, como efeito de sua aniquilação ou abolição voluntária:
4. ª - "Em troca de seu amor tornam-se meus adversários, mas eu me dedico à oração
5. ª - Retribuiram-me o mal pelo bem, e o ódio pelo amor que lhes tenho.
6. ª - Coloca sobre ele um homem perverso, e esteja à sua direita um adversário.
7. ª - Quando ele for julgado, saia condenado, e em pecado se lhe torne sua súplica.
8. ª - Sejam poucos os seus dias, e tome outro seu ofício.
9. ª - Fiquem órfãos seus filhos, e viúva sua mulher.
10. ª - Andem errantes seus filhos e mendiguem, e esmolem longe de suas residências arruinadas.
11. ª - Que um credor arme laço a tudo quanto tem, esbulhem-no estranhos do fruto de seu trabalho.
12. ª - Não haja quem lhe estenda benignidade, nem haja quem se compadeça de seusórfãos.
13. ª - Seja extirpada sua posteridade, na próxima geração se apague seu nome.
14. ª - Seja recordada por YHWH a iniquidade de seus pais e não seja apagado o pecado de sua mãe.
15. ª - Estejam eles sempre diante de YHWH, para que ele faça desaparecer da terra a memória deles,
16. ª - porque não se lembrou de usar de benignidade, mas perseguiu o aflito e o necessitado e o desencorajado, para lhes tirar a vida.
17. ª - Amou a maldição, e ela veio ter com ele; não teve prazer na bênção, e ela afastou-se dele.
18. ª - Vestiu-se também de maldição como dum vestido, dentro dele, ela penetrou como água, e nos seus ossos como azeite.
19. ª - Seja-lhe ela como a veste com que se cobre, e como o cinto com que sempre anda cingido".

... Como vemos, a situação que Judas viria a ter, estava descrita com pormenores, e ele bem conhecia o que viria sobre ele. E, apesar de tudo, para que a Lei se cumprisse, e para que seu Mestre amado pudesse arrostar o supremo sacrifício sangrento e infamante que "O tornaria Sumo Sacerdote da ordem de Melquisedec" (Heb 5:7-10), Judas aboliu sua personagem terrena e aceitou a terrível incumbência de funcionar como "sacerdote que oferecia a vítima do holocausto no altar do sacrifício".


Tudo isso é falado, porque Jesus vai retirar-Se em Seu corpo físico; mas antes quer, com Suas palavras, proporcionar conforto espiritual e dar a Seus amados discípulos, "a minha alegria que se plenificará neles".


E diz mais: "a eles dei o Teu Logos", servindo de diapasão. Com Sua presença, elevou-lhes o Eu profundo de forma a perceberem as vibrações sonoras do Logos Planetário, qual música sublime das esferas a renovar-lhes a tônica, alteando-lhes a frequência até o grau máximo da harmonia e da beleza.


Portanto, fê-los penetrar em Espírito no "Sistema", atingindo o pólo positivo do amor. Todavia, o mundo os odiava. O Antissistema, pólo negativo do ódio, não pode suportar a vibração do amor, tal como as trevas repelem a luz que as destrói.


Os discípulos, elevados ao "Sistema" já não mais pertencem ao Antissistema, tal como o próprio Jesus: "não são do mundo, como eu não sou do mundo". No entanto, não pede que sejam tiradas suas personagens do Antissistema, pois aí terão que atuar: o raio de sol tem que mergulhar no pântano para secá-lo e destruir os miasmas. Mas pede e suplica que, embora mergulhadas suas personagens no pólo negativo do Antissistema, sejam eles "guardados" e protegidos contra o mal, pois seus Espíritos, como o de Jesus, não mais pertencem ao mal, isto é, à matéria do mundo.


O mal (ausência do bem, trevas, matéria) é a tônica do Antissistema, é o pólo oposto do Bem, a extremidade negativa da barra imantada e aí são consideradas grandes virtudes o que constitui erro no pólo positivo: ambição, orgulho, convencimento, domínio, materialismo; ao invés, constituem covardia e frouxidão no Antissistema o que é tido como qualidade positiva no Sistema: desprendimento, humildade, autoconhecimento, obediência, espiritualismo. Desgraçadamente, ao aliar-se ao "poder temporar", ao tornar-se "aliada do mundo", no 4. º século, a "igreja" dita de Cristo mudou de pólo, tornando-se anticristã. E embora pregando com os lábios as qualidades do Sistema, passou a praticar sub-repticiamente as "virtudes" do Antissistema.


Pede; então, Jesus, ao "Pai Santo" que os "santifique na Verdade". Já vimos o que significa "santificar": separar do Antissistema e mergulhar no Sistema ou, como dissemos acima, separar do profano e consagrar a Deus.


E aqui, mais uma das grandes afirmativas, que já vimos glosando há muito nesta obra, sobretudo quando afirmamos que a tradução correta da frase de Jesus é "Eu sou o caminho da Verdade e da Vida" (JO 14:6). Aqui encontramos o testemunho de que não andamos por atalhos falsos, pois Jesus declara: "O Teu Logos é a Verdade"! Perfeito: a Divindade, o Absoluto, é a Vida (LUZ); o Logos ou Pai é a Verdade (SOM): o Filho ou Cristo é o caminho que conduz à Verdade (Pai) e à Vida (Espírito).


E Paulo (1CO 14:7-11) ensina a respeito da necessidade absoluta de "Verdade no som", exemplificando assim, para quem compreenda, a lição contida nessa frase: "o Teu Logos é a Verdade". E se não sintonizarmos com esse Som, que é a Verdade, sairemos do reto caminho; e se os que ensinam, não ensinarem a Verdade, como conseguirão ser seguidos pela estrada certa, na luta pela conquista da Verdade? "Se a trombeta der um som incerto, quem se preparará para a batalha"?


Os discípulos já venceram pela adesão total à fidelidade (1JO, 5:4) e já estão limpos (JO 13:10 e 15:3), ou seja, já superaram o aspecto negativo da santidade, já foram tirados do "mundo", já se destacaram do Antissistema. Agora terão que consagrar-se totalmente a Deus, renunciando ao mundo, tal como YHWH já ensinara a Moisés, quando determinou que os que ingressavam no "ofício sacerdotal" deviam vestir-se com túnica (auras) de qualidades elevadas e cores harmoniosas, ter a cabeça mergulhada numa tiara de bons pensamentos e serem ungidos (cristificados), consagrados pela prece e santificados (EX 28:41). Já antes de encarnar era Santo o Espírito de Jesus: "um Espírito santo virá sobre ti" (LC 1:35), tal como havia ocorrido com Jeremias: "antes que eu te formasse no centre te conheci e antes que saísses da madre te santifiquei (JR 1:5).


A santificação dos discípulos virá "na Verdade" ("en têi alêtheíai"), que é um dativo de instrumento; então, "por meio da Verdade". O dominicano François-Marie Braun, professor na Faculdade de Friburgo (in Pirot, o. c., tomo 10 pág. 450) chegou a escrever uma frase preciosa, dizendo que a verdade seria "a atmosfera espiritual da alma". Realmente. Apenas acrescentaríamos que essa atmosfera (ou aura) espiritual atingirá a santificação em seu aspecto positivo, quando atingir a sintonia vibratória perfeita com a tônica da Verdade do Logos (SOM).


Passa Jesus a outro ponto, revelando que da mesma maneira que Ele foi enviado ao mundo, também agora envia ao mundo os discípulos, quais ovelhas em meio a lobos (MT 10:16 e LC 10:3); mas logo a seguir vem a garantia da assistência protetora: "sobre eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados verdadeiramente". Notamos que no vers. 17 está "santificar na Verdade" (en têi alêtheíai), ao passo que aqui falta o artigo (en alêtheíai), o que podemos interpretar como advérbio, talvez: para que sejam verdadeiramente ou realmente santificados. Trata-se da sintonia de Jesus que envolve os cristãos "verdadeiros", a fim de facilitar-lhes a tarefa: uma vez atingida a sintonia com Jesus, será mais fácil, por meio Dele, atingir a sintonia crística e depois a do Logos, como fazia Teresa d’Ávila, que chegou ao Cristo e ao Pai, através da figura humana de Jesus.


3. ª PARTE (vers. 20 a 24)


Agora amplia-se a prece de Jesus em favor de todos os que - nos séculos e milênios posteriores, por meio do ensino dos emissários legado à humanidade, oralmente ou por escrito - conseguirem a fidelidade sintônica com Jesus.


A prece é para que TODOS SEJAM UM.


Não se trata, portanto, da pregação de uma doutrina, mas da criação de uma unidade monística. E lemos conceitos significativos no dominicano Braun, aos quais acrescentamos apenas duas palavras entre parênteses: "A fidelidade (sintônica) aos mistérios (iniciáticos) da Boa-Nova, e o amor que o Pai e o Filho têm em comum, os introduz na sociedade das pessoas divinas" (in Pirot, t. 10 pág. 451).


É a linguagem das Escolas gregas e egípcias: o iniciado passa a fazer parte da família do Deus.


Se houver perfeita e indestrutível união com a Divindade e com os irmãos, esse fato convencerá o mundo separatista e dividido do Anti-sistema, de que existe uma realidade crística superior a tudo. E Paulo pede isso a seus discípulos: "Rogo... que andeis... com toda humildade e mansidão, com longanimidade suportando-vos uns aos outros com amor, esforçando-vos diligentemente para guardar a unidade do Espírito no vínculo da paz" (EF 4:2-3). E repete os mesmos conceitos, estendendo-os mais, aos fiéis de Colossos: "Vós, portanto, como escolhidos de Deus, SANTOS E AMADOS, revestivos de coração compassivo, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente se alguém tiver queixa contra outro... E acima de tudo isso, revesti-vos do "amor que é o vínculo da perfeição". Reine em vossos corações a paz de Cristo, à qual também fostes chamados "em um só corpo", e sede sempre gratos" (CL 2:12-15).


De que isso ocorria realmente na primeira geração de iniciados cristãos, mesmo após o afastamento físico de Jesus, temos testemunhos: "Todos os que tinham fidelidade, estavam unidos e tinham tudo em comum, e vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, conforme a necessidade de cada um; e diariamente perseveravam unânimes no templo (judaico) e, partindo o pão em suas casas, comiam com alegria e singeleza de coração" (AT 2:43-47). E mais adiante: "Na comunidade dos que eram fiéis, havia um só coração e uma só alma, e nenhum deles dizia que alguma coisa que possuísse era sua própria, mas tudo entre eles era comum" (AT 4:32).


Como explicar essa união total entre os iniciados do primeiro século? Sem dúvida, resultava da transubstanciação do Cristo naqueles discípulos, comunicando-lhes a vida divina que recebera do Pai: "A todos os que O receberam (pela transubstanciação), aos que mantiveram fidelidade (sintônica) com Sua essência, Ele deu o direito de se tornarem Filhos de Deus (pertencentes à família divina) e esses novos seres não nasceram do sangue (etérico), nem da vontade da carne (das sensações), nem da vontade do homem (intelecto, raciocínio) mas sim de Deus (do Espírito)", é o que lemos em João 1:12-3.


O Cristo, sem deixar de estar no Pai, vive em cada um dos Que se unem a Ele, em fidelidade absoluta; nesses casos, o Logos e o Cristo (o Pai e o Filho) vêm juntos habitar permanentemente nessas criaturas, e não mais são eles (personalisticamente) que vivem, mas é o Cristo que vive neles, em sua individualidade.


E mais uma vez alegramo-nos ao ler estas palavras do dominicano F. M. Braun (in Pirot, o. c. T. 10, pág. 451): "Essa união é a meta à qual quer fazer-nos chegar... Não pode conceber-se outra mais perfeita. Já se viu a impressão que isso deve causar no mundo (vers. 21). Já que o Cristo é o princípio vivo e ativo, [essa união] manifestará externamente a potência de Sua força. A esse sinal as almas de boa-vontade reconhecerão que não se trata de um pregador qualquer, mas que Ele vinha da parte do Pai, que O encarregou dessa missão e que ama os homens aos quais O enviou a fim de salvá-los (JO 3:16). No cap. 13:35, o amor recíproco dos apóstolos era o sinal pelo qual se reconheceriam como discípulos de Jesus. Aqui deve a união servir para provar a origem divina de Jesus e o amor do Pai. É o grande sinal exterior do mistério evangélico. " O texto de João, mesmo em sua letra fria, revela mistérios profundos. Vejamos.


Os versículos 21 e 22 trazem a revelação da aspiração de Jesus, o Cristo, e traduz em Suas palavras o pensamento do Cristo, que é a expressão da vontade do Pai: "para que TODOS sejam UM", já que a humanidade toda constitui o corpo visível do Cristo neste planeta.


Paulo o afirma categoricamente, sem ambages: "Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo" (1CO 6:15). E mais adiante: "Ora, vós sois o corpo de Cristo e, individualmente, cada um de Seus membros" (1CO 12:27). Diz ainda o mesmo Paulo que TODOS caminhamos para a unidade absoluta, "tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos (separados, iniciados, em oposição a nãoseparados ou profanos), para edificação do corpo de Cristo, até que cheguemos a Ele, Cristo, que é a cabeça" (EF 4:12, EF 4:15), pois somos "membros do corpo de Cristo" (EF 5:30).


Então é indispensável que o corpo esteja unido em seus membros e com a cabeça, formando um só ser, da mesma natureza e com a mesma essência: "para que TODOS sejam UM, tal como Tu, Pai, és em mim e eu em Ti: assim sejam eles UM em nós. " Para isso, descendo à Terra e vestindo o corpo físico de Jesus, a fim de poder ter um elo também da mesma natureza que nós, Cristo nos deu a substância que recebeu do Pai, a fim de que toda a unidade se constituísse num só ser, sendo Cristo a cabeça, o Pai a alma e nós as cédulas conscientes desse corpo místico, mas REAL: mais real que nosso corpo físico, que é transitório e perecível. Exatamente isso: "Tu em mim, e eu neles, a fim de que sejam completados num TODO único, numa unidade total e completa. Quando isso ocorrer, todos verão a substância que me deste. " Também está declarado o momento em que Cristo recebeu essa substância: "Antes da constituição do mundo. " Os teólogos querem provar, com esta frase que Jesus é um dos três aspectos divinos, uma "pessoa da Trindade absoluta". No entanto, não é isso, absolutamente, o que ressalta do contexto, nem da declaração de Jesus, de que "há uma única Divindade" e, distinto dela, há um Homem, que é Ele, o Filho, que é menor que o Pai (vamos vê-lo a seguir, no próximo capítulo).


Pelo que deduzimos do trecho, está dito que Jesus, o ser humano, a criatura - embora originária de outro planeta muito mais antigo que o nosso (provavelmente do Sistema de sírius) - já havia conquistado e se revestido da substância do Pai muito antes que o "mundo" (isto é, a Terra) "fosse lançada para baixo" (katabolês), isto é, fosse materializada em seus elementos físicos. O Espírito humano de Jesus já estava misticamente unificado com o Pai, quando Dele recebeu a missão de encarregar-Se do trabalho da instrução da humanidade deste globo terráqueo. Aqui encontraria Ele, chegadas ao estágio hominal aquelas células que O ajudaram a evoluir durante o período de Sua evolução (humana em Seu planeta de origem. Confirma-se, assim, com as próprias palavras de Jesus, a hipótese que formulamos no vol. 1).


E é por esse motivo, porque durante milênios vivemos todos formando uma unidade com ele, sendo o corpo Dele que era nossa Alma-Grupo, que tão vivo Lhe aparece o desejo de reconstituir essa unidade, já não mais num corpo físico, mas num corpo místico, em que as antigas células já tenham atingido a evolução suficiente para se unificarem com o Cristo Cósmico, tal como Jesus o fizera; e o corpo se reconstitua em sua unidade primordial e em sua integridade espiritual.


Aqui aparece uma expressão de autoridade inconteste: não é mais "rogo", mas a afirmativa da vontade resoluta e firme: diz "QUERO" (thélô).


Quem poderá contrariar essa vontade? Ele quer sempre o mesmo que o Pai quer (cfr. JO 4:34; JO 5:30 e 6:38-40). Então, também essa é a vontade do Pai.


Para nós, por conseguinte, existe a certeza metafísica de que Sua vontade será realizada, e TODOS, isto é, a humanidade TODA, alcançará essa união plena. Consequentemente, não haverá "perdidos"!


...

No original há uma variante: alguns códices trazem "o que me deste" (hó dédôkas moi, como em 6:37, 39 e em 10:29) e é melhor que a correção posterior para "os que me deste" (hoús dédôkas moi), pois exprime a totalidade coletiva de tudo, o quinhão total do Cristo, recebido do Pai e aceito pelo Cristo. Com essa expressão, vemos que tudo o que está na Terra, inclusive minerais, vegetais, animais, pertence ao Cristo, e não apenas os homens, que não constituem, assim, uma classe privilegiada à parte: TODOS e TUDO somos UM, irmãos reais. E o próprio Jesus já havia dito: "Poderoso é Deus para destas pedras suscitar filhos de Abraão" (Mat, 3:9 e LC 3:8).


Voltando à expressão "antes da constituição do mundo", vemos que a palavra katabolê fora empregada em MT 13:35, em Efésios 1:4 e em Hebrel 11:11. Essa ideia de "lançada para baixo" lembra muito aquilo que Pietro Ubaldi, utilizando velha expressão bíblica, denomina "A Queda".


Há um trecho de Hermes Trismegisto (Corpus Herméticum, 9:6), bem anterior à época de Jesus, que procura explicar o mecanismo desse "lançamento para baixo", como sendo uma semeadura, exataSABEDORIA DO EVANGELHO mente no sentido que estamos dando: "Com efeito, a sensação e a intelecção do mundo constituem um só ato: fazer todas as coisas e desfazê-las em si, como órgão da vontade de Deus. Pois o mundo foi realmente feito como instrumento para que, guardando as sementes que recebeu de Deus (que foram lançadas para baixo) produza em si mesmo todas as coisas pela energia; e depois, diluindo-as, as torne a renovar, tal como um bom semeador de vida. E por seu próprio movimento fornece a todas as coisas um renascimento. O mundo não gera para a vida (não a dá), mas por seu movimento vivifica todos os seres: é, ao mesmo tempo, o lugar e o dispensador da vida".


Aí temos um ensinamento que nos mostra o mundo (a Terra) a receber as sementes que vieram de outros planos e aqui "caíram" ou "foram lançadas para baixo" (katabolê). Mas compreendamos bem, que não é um "baixo" quanto a local ou geográfico, mas um baixo que exprime degradação de vibrações, que da energia passa à matéria. No planeta, realizando-se a vontade de Deus, tudo vai evoluindo pelas transformações constantes e pela Lei de causa e efeito, de vida e morte de desfazimento e renascimento. Mas a sensação e a intelecção são uma coisa só, pois expressa a Mente crística que dirige e governa tudo, CONCLUSÃO (Vers. 25-26).


Aqui novamente aparece um adjetivo ligado à inovação: PAI JUSTO. É salientada a qualidade que o peticionário deseja ver manifestada no assunto de que trata. Sendo justos os pedidos, mister que se faça sentir a Justiça para o atendimento.


A situação real, de fato, é demonstrada nesses dois versículos: "o mundo ainda não Te conheceu, mas eu Te conheci, e estes conheceram que Tu me enviaste".


Neste passo, cremos que não se trata apenas de conhecimento intelectual, mas da gnose mística, pela união de seres. O verbo "conhecer", entre as personagens físicas, nas Escrituras, exprime a união sexual dos corpos físicos. Na Individualidade, exprime o matrimonio espiritual, pelo qual um Espírito se unifica ao outro. No físico, serão "dois corpos num só corpo" por meio da penetração do pênis na vagina, ficando, porém, todo o resto dos corpos exteriorizados, embora abraçados, mas sem penetrarse; no Espírito, entretanto, a penetração é total, de todo o corpo (de todas as vibrações energéticas que se fundem e confundem) e os dois Espíritos passam a constituir real e integralmente UM SÓ ESPÍRITO.


O mundo ainda não fez essa unificação, diz Jesus, mas eu a fiz e estes a fizeram comigo, pois sabem que Tu me enviaste. Com essa união comigo, eu os unifiquei com Tua essência, para que o amor, a vibração divina da união, que comunicaste a mim, esteja neles e portanto eu esteja totalmente dentro deles.


Se o Cristo está dentro de nós com esse amor total da união espiritual completa, "é justo" que minha prece pela unificação de tudo o que me deste seja realizada.


Numa palavra poderia resumir-se a prece de Jesus: "Que se reintegre hoje, na unidade, o meu corpo do passado, sendo eu ainda a Alma-Grupo de todos (psichê), e Tu, Pai, a Cabeça (Noús)".


Feita a união total com um grupo, aos poucos se conseguirá a união com todo o restante, que ainda permanece de fora, mas que virá unificar-se aos poucos até reconstituir-se a unidade perdida pelo separatismo divisionista do Antissistema. Quando isso for conseguido, teremos reconstituído o Sistema, em relação ao nosso mundo e todos seremos UM COM A DIVINDADE.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Efésios Capítulo 4 do versículo 1 até o 32
SEÇÃO VI

A UNIDADE DA IGREJA

Efésios 4:1-16

Efesios 1:2; ; 3 foram dedicados essencialmente à exposição do propósito salvador de Deus no que tange à totalidade da criação e ao papel da igreja em alcançar esse objetivo. Com o capítulo 4, o apóstolo, seguindo o plano de Gálatas, Romanos e Colossenses, depois de analisar as grandes verdades de redenção reveladas por Deus, passa à exorta-ção e instrução ética. Entretanto, esta divisão da epístola não pode ser mantida com muito rigor, pois existem declarações doutrinárias importantíssimas nos capítulos 4:6. O estilo exortativo está entremeado e reforçado pelas referências a estas verdades reve-ladas. Há também a apresentação e explicação de novos aspectos das doutrinas em defe-sa da conduta para a qual Paulo conclama os leitores.

O tema dominante da unidade se expressa com esmero nesta seção do capítulo 4, particularmente no que se relaciona com a igreja. A resposta de Deus para a desarmonia do mundo é Cristo. Todas as pessoas se tornam um, sem barreiras a separá-las, quando recebem o dom de Deus da novidade de vida pela fé. Estes crentes unidos constituem a igreja, criada e sustentada por Cristo. Mas a igreja tem uma função no mundo, qual seja, testemunhar do amor de Deus pela humanidade e proclamar a reconciliação oferecida a todas as pessoas. Markus Barth observa: "A igreja tem seu lugar e opera entre Cristo e o mundo. Ela não é a mediadora da salvação; não é a salvadora do mundo; nem mesmo é uma comunidade redentora. Mas ela conhece e torna conhecido o Salvador e a salva-ção".1A tarefa da igreja é ser a unidade. Para cumprir sua missão no mundo, a igreja tem de exemplificar, pela união entre seus membros, o poder e a glória da graça de Deus.

Quando vive dignamente, a igreja promove mais que mero sentimento bom e respeito mútuo entre as pessoas; ela ministra Cristo aos homens. Em conseqüência disso, as pessoas são transformadas e dotadas do amor divino, o único fundamento seguro da unidade. Cada membro do corpo de Cristo tem de viver fielmente tendo em vista este tremendo resultado.

A. O APELO À UNIDADE, 4:1-3

  1. O Andar Digno (4,1)

Paulo repete o fato de que é o preso do Senhor (cf. 3.1). Sua intenção é provocar nos leitores reflexão séria sobre o modo em que vivem a vida. Ele os exorta a andar como é digno da vocação para a qual foram chamados (cf. Fp 1:27; Cl 1:10-1 Tes 2.12). Andeis (peripateo), no Novo Testamento, significa "conduzir a vida", "conduzir-se", "comportar-se" (cf. BAB, BV, CH). Neste caso, o apelo é para viver de modo condi-zente (axios) à vocação ou "chamado" (CH; cf. BAB). A vocação com que fostes cha-mados não se refere ao chamado divinamente dado para o ministério. Como declara Moody competentemente: "Trata-se de um chamado para todos os cristãos pelo fato exclusivo de serem cristãos".2 "Conversão" se aproxima da idéia que está por trás da palavra "chamado". Porém, como observa Moule, a conversão enfatiza o lado humano na grande mudança, ao passo que o "chamado [...] indica o lado divino, a Voz do poder prevalecente".3 A tônica do versículo é dizer que eles foram graciosamente convidados para ter uma nova relação com Deus e que eles ainda não se apoderaram de todos os seus benefícios. Pesa sobre eles a obrigação de continuar este andar com Deus e de vivenciar esse "chamado" de tal modo a dar honra ao nome daquele a quem eles per-tencem, promovendo a paz entre os homens.

  1. As Quatro Graças da Unidade (4,2)

O andar digno, que fornece a base e o ambiente para a unidade, manifesta-se em pelo menos quatro graças ou virtudes: humildade, mansidão, longanimidade e su-portando-vos uns aos outros em amor. Estas graças não são características do espí-rito humano natural. São dons do Espírito Santo aos seguidores de Cristo (cf. Gl 5:22), e emanam do próprio Redentor. O chamado para um andar digno é um chamado para conduzir a vida em conformidade com a imagem de Cristo, para viver em santidade e justiça entre os homens.

Humildade (tapeinophrosyne) é "um sentimento de gratidão pela dependência a Deus" e é o antônimo de orgulho e vaidade. A postura da humildade é da pessoa que olha para cima. Westcott observa: "O orgulhoso só olha para o que está (ou para ao que pensa que está) debaixo dele; e assim perde a influência elevadora do que está mais alto".4 Mansidão (praotes) significa mais que modéstia ou moderação. É a "disposição de âni-mo submissa e dócil, que nos capacita a suportar sem irritação ou ressentimento as faltas e injúrias dos outros".5 Jesus sempre é o exemplo supremo. Sem contestação de quem quer que fosse, ele afirmou: "[Eu] sou manso e humilde de coração" (Mt 11:29). Em II Coríntios 10:1, o apóstolo fala da "benignidade de Cristo". Já se disse que mansidão é "a disposição de cordeiro".

A terceira graça é a longanimidade (makrothymia). Segundo definição de Moule, é "o 'espírito' resistente e infatigável, que sabe resistir ao sofrimento ou provocação na força aprendida aos pés do Redentor".' O oposto desta virtude é "a irritabilidade, a iras-cibilidade". É notável que a Vulgata, a Bíblia em latim, utilize a palavra longanimitas para traduzir makrothymia. Longanimidade seria a disposição de ânimo de paciente-mente suportar o sofrimento e os maus tratos com a forte esperança de melhoria (cf. Rm 2:4-1 Pe 3.20).

Suportando-vos uns aos outros em amor é o trabalho prático de um espírito paciente, no qual continuamos amando e respeitando os outros, apesar de suas faltas e fraquezas. A intenção principal da análise de Paulo destas virtudes não é apresentar um padrão de comportamento em geral para os homens. Sua preocupação é com as tensões e conflitos inevitáveis que surgem na comunidade cristã. Beare conclui: "A harmonia na irmandade, que é o precursor da harmonia universal, é mantida apenas na medida em que todos os cristãos praticam as virtudes aqui mencionadas".7

3. A Unidade do Espírito (4,3)

Os cristãos têm a responsabilidade de manter a unidade. Paulo ressalta que seus leitores devem andar de modo digno diante do Senhor, procurando guardar a unida-de do Espírito pelo vínculo da paz. A tradução procurando (spoudazontes) é mode-rada; tradução melhor seria "dando diligência em" ou "esforçando-se seriamente por" (cf. BAB, NTLH, NVI, RA). A exortação é para que eles estejam atentos em preservar a unidade da igreja. Espírito, neste caso, não significa o espírito humano ou "concordância de espírito" gerada naturalmente na comunidade cristã, mas refere-se ao Espírito San-to.' Esta unidade é uma criação do Espírito Santo, fato confirmado pela referência de Paulo ao Espírito em I Coríntios 12:13: "Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo". O dom do Espírito Santo gera no coração do crente a unidade de uma personalidade integrada e forma um laço de amor que une toda a comunidade de crentes. A unidade é, ao mesmo tempo, pessoal e social, e o Espírito Santo é a causa originária e sustentadora.

Certos comentaristas entendem que a expressão vínculo da paz é paralela à ex-pressão "em amor" do versículo 2. Mais aceitável, porém, é a opinião que considera da paz (eirenes) como genitivo de equivalência. Isto permite interpretar que a "paz é o vín-culo" que cria unidade. Como observa Salmond: "A unidade [...] será a medida deles, contanto que eles façam da paz a relação que eles mantêm uns com os outros, ou o víncu-lo no qual eles andam juntos".9

B. As GRANDES UNIDADES, 4:4-61°

Paulo faz uma lista de sete coisas que são a essência da unidade da igreja. A repeti-ção da expressão um só denota ênfase (cf. CH), a qual, para Calvino, significa que "Cris-to não pode ser dividido. A não pode ser despedaçada".11 Mackay observa que as sete unidades básicas classificam-se em três grupos.' Em primeiro lugar, há um só corpo, um só Espírito, uma só esperança. Segundo ele, a conexão formal é a seguinte: "O um só corpo é vitalizado pelo um só Espírito e se move progressivamente a uma só esperança"." O segundo grupo é composto de um só Senhor, uma só fé, um só batismo. "A lealdade a um só Senhor gera uma só fé e é evidenciada por um só ato de batismo."' O último grupo é um só Deus e Pai de todos. Todas as outras unidades existem e são sustentadas por causa da ação graciosa de Deus.

  1. "Um só Corpo" (4,4)

Esta é referência à igreja, o corpo de Cristo, previamente mencionado em 1.23 e 2.16. Paulo não tolera dois corpos de Cristo, um formado por judeus e o outro por gentios. Pelo poder da cruz, a reconciliação com Deus foi efetuada para judeus e gentios, criando a possibilidade da relação vertical de paz com Deus e a relação horizontal de paz com todos os homens. Assim nasceu um só corpo de crentes (2.16).

  1. "Um só Espírito" (4,4)

A alusão é ao Espírito Santo. Isto está de acordo com a perspectiva trinitária implícita, pois os versículos seguintes se referem ao Pai e ao Filho. A filiação no corpo de Cristo ocorre pela atração, regeneração e habitação do Espírito (cf. Rm 8:9). Foulkes realça que "este fato impede ver a igreja como mera organização; pois a presença do Espírito constitui a igreja e é a base de sua unidade"." Em termos mais específicos, o Espírito é "o selo especial de Deus nos membros da comunidade. O ato mais desastro-so que os cristãos podem fazer é 'entristecer o Espírito Santo'. Pois assim, desapare-cem 'o amor, a alegria, a paz no Espírito Santo', e, com eles, uma das mais preciosas unidades cristãs"."

  1. "Uma só Esperança" (4,4)

A esperança já figurou na apresentação que Paulo faz do evangelho. Antigamen-te, os crentes efésios eram "estranhos aos concertos da promessa, não tendo esperan-ça" (2.12). Mas agora eles têm uma "herança", cuja "garantia" ou "antegosto" do seu recebimento é a posse do Espírito Santo (1:12-14). Paulo ora para que eles tenham um entendimento mais amplo da esperança (1.18). A esperança de nosso chamado, como também o deles, é aquilo que nos possuiu quando respondemos à proposta da graça. É a esperança de participarmos da glória de nosso Mestre no lar que está sendo prepara-do para nós (cf. 1 Jo 3:2).

  1. "Um só Senhor" (4,5)

Agora passamos para a segunda trilogia da unidade sétuplo da igreja. A referên-cia ao senhorio de Cristo está em concordância com a mais antiga declaração de credo da igreja. Quando as pessoas naqueles dias aceitavam Jesus, a confissão que faziam era que Jesus é Senhor. Paulo escreve aos romanos que, se os homens confessarem com a boca que "Jesus é Senhor" (BAB, BJ, NTLH, NVI; cf. BV, CH, RA), e crerem no coração que Deus o ressuscitou dos mortos, eles serão salvos (Rm 10:9).' Nessa pas-sagem, Paulo também diz que Cristo é o Senhor de judeus e gregos (Rm 10:12). A unidade que ele enfatiza aqui em Efésios é a resultante de uma fidelidade comum ao Senhor ressurreto. Como Mestre, Cristo ordena nossa adoração e serviço da mais elevada qualidade, excluindo assim qualquer outra lealdade, quer a homens quer a deuses fabricados e ilusórios.

  1. "Uma só Fé" (4,5)

(pistis) se refere ao ato de crer ou àquilo em que se crê. Denota subjetivamente a aceitação de Cristo como Salvador pessoal, ou, por outro lado, significa objetivamente a "fé que uma vez foi dada aos santos" (Jd 3). Visto que Paulo havia acabado de mencionar o senhorio de Jesus, talvez tivesse em mente a experiência de crer em Cristo para salva-ção. A alegria comum de perdão e adoção fornece igualmente o fundamento para a unida-de na igreja. A alegria, que é o resultado de uma experiência comum, derruba barreiras entre estranhos e os as une em um único grupo social.

  1. "Um só Batismo" (4,5)

Três pontos de vista prevalecem sobre o que Paulo quis dizer com esta expressão. Primeiro, alguns sustentam veementemente que ele está falando do rito do batismo nas águas que servia de cerimônia iniciadora para admissão na comunidade cristã. Todos os membros entram na igreja por esta experiência de ser batizado no nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.' Segundo, há quem acredita que Paulo está se referindo ao batismo com o Espírito, relacionando-o, então, ao ministério do Espírito no Dia de Pentecostes. Este era o batismo de Cristo, o que quer dizer que ele o supriu enviando o Espírito (cf. Mt 3:11; At 1:5). Esta interpretação não afirma que o batismo nas águas foi anulado, mas enfatiza o fato de que recebeu "uma significação mais valiosa da obra salvífica de Cristo e da concessão do Espírito Santo"."

O ponto de vista que diz que um só batismo é o batismo com o Espírito Santo suprido por Cristo apóia a interpretação metodista. Este terceiro ponto de vista diz que Paulo está falando do "batismo com o Espírito Santo", o que, para certos intérpretes, é uma segunda obra da graça. O argumento central em defesa desta interpretação é o fato de Paulo não se referir à Ceia do Senhor nesta lista de unidades. Ao falar do batismo, ele não tem o ritual ou a cerimônia em mente.' A única verdadeira unidade da igreja é "a unidade do Espírito" (3).

  1. "Um só Deus e Pai de todos" (4,6)

Certos comentaristas vêem nesta lista uma progressão no pensamento, partindo da igreja para Cristo e de Cristo para Deus, "que é o Único no sentido mais alto e mais absoluto".' Deus é a Fonte de tudo. Fazendo um comentário sobre esta unidade, Dale escreve: "Todos nós somos pináculos na igreja por Cristo e pelo Espírito. Ele é sobre todos — é soberano e supremo. Ele é por todos — seu poder impregna a igreja inteira. Ele é em todos — seu Espírito habita na adoração diante do próprio trono eterno e, em Cristo, todos somos filhos do mesmo Pai celestial".22

C. A DIVERSIDADE NA UNIDADE, 4:7-16

1. A Lei da Concessão de Dons (4,7)

A conjunção mas nos leva para outro pensamento Salmond diz que "coloca um con-tra todos, e isto com relação à determinação de manter a unidade do Espírito".' A mu-dança passa da unidade do todo para as partes que compõem o todo, isto é, os membros. O apóstolo reconhece a falta de uniformidade na concessão de dons para o serviço na igreja e esta é a origem da diversidade na distribuição dos dons. Paulo já enfrentara este problema em sua correspondência com os coríntios, a quem escreveu que "há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo" 1Co 12:4).

Cada crente recebe graça... segundo a medida do dom de Cristo. Neste contexto, graça não se refere à graça salvadora, mas ao dom especial conforme ilustra a missão de Paulo aos gentios (3.7). A lei que rege a concessão de dons é a variação na capacidade humana e o prazer do Senhor soberano. "Cada um recebe a graça que Cristo tem para dar, e cada um a recebe na proporção à qual o Doador se agrada em dá-la; um a tem em medida maior e outro em medida menor, mas cada um a obtém da mesma Mão e com o mesmo propósito.' Todas as diferenças estão no plano divino, e relacionam-se com o propósito salvador de Deus ao dar o seu Filho.

2. A Origem dos Dons (4:8-10)

A origem destes dons é o Senhor ascendido. Para expressar esta idéia, o apóstolo cita

  1. Salmo 68:18, o qual, no cenário original, descreve o Senhor voltando triunfalmente ao seu santuário depois de derrotar os inimigos de Israel. Do que tomou como saque, ele distribui ao seu povo. Aqui, a cena é Cristo, o Conquistador, carregado de espólios, con-duzindo uma fileira de prisioneiros — levou cativo o cativeiro — e dando dons para a igreja."

Nos versículos 9:10, Paulo explica parenteticamente o significado da ascensão mencionada no versículo 8. Ora, isto — ele subiu pode ser interpretado por: "Sobre este assunto da ascensão" (cf. NTLH). A ascensão indica uma descida: Tinha descido às partes mais baixas da terra. As partes mais baixas só pode ser o Hades" ou, possi-velmente, a sepultura,' e não uma região mais baixa que os céus. Nestes versículos, o apóstolo trata não só da humilhação, mas também da exaltação de Cristo. O impacto planejado de suas palavras é destacar que o Doador de dons é o Soberano do universo. Desta forma, Cristo é exaltado para cumprir todas as coisas.

Tomando a palavra grega pleroo com o significado de "encher", alguns intérpretes entendem que esta frase indica a onipresença do corpo de Cristo. Outros, tomando-a com o sentido de "cumprir", sugerem que Cristo cumpre todas as profecias da antiga dispensação. E certos expositores traduzem a palavra por "concluir" ou "aperfeiçoar", e relacionam a frase à consumação da obra redentora de Cristo. A interpretação mais razo-ável é que Cristo, agora que desceu e ascendeu, enche todo o universo com sua atividade como Soberano e Senhor. Barclay conclui seus comentários sobre estes versículos com esta declaração convincente: "Para Paulo, a ascensão de Jesus não significava um mun-do deserto de Cristo, mas um mundo cheio de Cristo"." Isto significa, também, que ele enche a igreja com a sua presença. É esta idéia que Wesley percebe na frase e fala que Cristo enche "a igreja inteira, com o seu Espírito, presença e operações"."

3. A Classificação dos Dons (4,11)

Tudo indica que Paulo, quando escreveu estas palavras, tinha em mente a lista dos ministérios relacionados em 1 Coríntios 12:28. A passagem coríntia compreende uma lista mais longa de dons espirituais (charismata). Mas nesta passagem, Paulo está interessado em apresentar os ofícios necessários para a expansão e sustento da igreja. Cristo deu à igreja os apóstolos: os ministros supremos, os doze que haviam visto o Senhor ressurreto e recebido suas tarefas diretamente dele. Os profetas têm posição proximal à dos apóstolos, e o seu dom especial era o de ministério inspirado. Foulkes afirma que a função primária dos profetas era similar à dos profetas do Antigo Testamento: "anunciar" a palavra de Deus. Porém, ocasionalmente prediziam aconte-cimentos futuros, como em Atos 11:28-21.9,11." Os evangelistas eram pregadores itinerantes, que iam de lugar em lugar para ganhar os incrédulos (cf. 2 Tm 4.5), de modo muito semelhante como se faz hoje.

Certos intérpretes sugerem que as primeiras três categorias se aplicam à igreja universal, ao passo que as outras duas se ajustam especificamente à igreja local. Pas-tores são pastores de um rebanho de comunicantes; a palavra grega (poimen) empre-gada aqui significa, literalmente, "pastor de ovelhas". A tarefa dos pastores é alimen-tar o rebanho e protegê-lo dos perigos espirituais. Doutores pode ser uma outra fun-ção do pastor. Bruce afirma que estes dois termos "denotam a mesma e uma única classe de homens"." Contudo, pode ser que os doutores representem uma classe de responsabilidade um tanto quanto menor que os pastores, mas que, mesmo assim, detêm lugar especial na igreja. Os cinco ministérios são concedidos pelo Espírito e dados por Cristo à sua igreja.

4. O Propósito dos Dons (4:12-16)

Falando principalmente da vida interior da comunidade cristã, Paulo descreve o propósito para o qual Cristo deu à igreja estes ministérios. Pelo menos quatro dimensões do propósito divino são distinguíveis.

a) Estes ministérios são dados para edificar ou construir o corpo de Cristo (12). As três frases neste versículo, cada uma separada por uma vírgula (RC), dão a impressão de que o apóstolo expressa um propósito triplo. No idioma original, a ênfase está na última frase: "Ele fez isso para preparar o povo de Deus para o serviço cristão, a fim de construir

  1. corpo de Cristo" (NTLH). O objetivo destes servos especiais é ocasionar um aperfeiço-amento (katartismos, lit., "adaptação" ou "equipamento") para a obra do ministério (diakonias). A expectativa é que haverá um trabalho ativo e frutífero para o Senhor, com resultado de que a igreja será edificada. À medida que as almas são ganhas, a vida da comunidade se aprofunda e se fortalece pelo serviço unificador da igreja.

b) Estes dons ministeriais são dados para promover maturidade. O versículo 13 rememora o anterior e oferece explicação adicional da "edificação" da igreja. Uma vez mais, Paulo usa três frases, cada uma iniciada com a preposição grega eis:

1)
à unidade da fé;

2) a varão perfeito;

3) à medida da estatura completa de Cristo.
Estas não são idéias paralelas. A primeira fala do meio da maturidade, a segunda fala da realidade da maturidade e a terceira fala da medida da maturidade. Uma tradução melhor do versículo seria esta: "Assim, todos finalmente atingiremos a unidade inerente em nossa fé e em nosso conhecimento do Filho de Deus, e chegaremos à maturidade, medida por nada menos que a estatura completa de Cristo" (NEB)."

A unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus constitui o meio do ama-durecimento (cf. RA). A unidade é um dom do Espírito (cf. 3), mas requer-se fé e conheci-mento para recebê-la. Neste texto, a fé é a resposta que damos ao Filho de Deus e a nossa confiança nele — Deus manifestado na carne que morreu no Calvário em nosso benefí-cio. Aqui, conhecimento (epignosis) é semelhante à fé no ponto em que significa "com-preensão, familiaridade, discernimento". Não devemos equipará-lo a conhecimento inte-lectual, mas a relações pessoais. A unidade se origina dessa intimidade com o Filho pro-porcionada pela graça. Paulo não está falando da experiência inicial com Cristo. O após-tolo se preocupa com o crescimento e aumento em entendimento e compreensão dos pro-pósitos e vontade de Deus conforme estão revelados em associação com Cristo. Os mem-bros da igreja podem e devem ter tal crescimento em maior medida enquanto o servem.'

A varão perfeito refere-se ao nível de maturidade coletiva e individual na igreja, no qual o poder de Deus se manifesta inteiramente em santidade e justiça. Tal estado será atingido em seu significado máximo futuramente, quando possuirmos a graça de Cristo na perfeição da ressurreição (cf. Fp 3:7-16).34

A medida da estatura completa de Cristo é o padrão de medida que determina a maturidade cristã. Hodge escreve: "A igreja se torna adulta, homem perfeito, quando alcança a perfeição de Cristo".35 A chave para interpretar o versículo é a expressão esta-tura completa de Cristo. Qual é esta estatura? Salmond diz que é "a soma das quali-dades que fazem o que ele é".' Quando a igreja está à altura da maturidade plena do seu Senhor, ela é perfeita. E à medida que cresce em direção a essa maturidade, ela fica mais próxima de sua meta em Cristo. Precisamos também destacar que não há crescimento na igreja separadamente de nosso crescimento individual como crente. É cada um de nós individualmente que tem de se dirigir com empenho à estatura completa de Cristo.

c) Estes ministérios são dados para garantir a estabilidade na igreja diante de dou-trinas divergentes e do engano de homens (14). Esta é conseqüência natural da maturi-dade, como Paulo indica por sua frase introdutória: Para que não sejamos mais me-ninos. Uma das evidências claras de imaturidade é a incapacidade de resistir, de forma inteligente e espiritual, as declarações das falsas doutrinas. As palavras de Paulo são pitorescas. O termo inconstantes só ocorre aqui no Novo Testamento e é derivado de kludon ("vagalhão" ou "onda"). Por conseguinte, o verbo significa literalmente "ser lan-çado pelas ondas". Cristãos imaturos são como barcos açoitados pela tempestade. Leva-dos em roda vem da palavra grega periphero, que tem a idéia de oscilar violentamente. Boas traduções dos dois termos são: "levados de um lado para outro pelas ondas" e "joga-dos para cá e para lá por toda nova rajada de ensino" (cf. BJ, NVI). A tarefa dos ministros é pôr mão forte no leme da igreja, mantê-la firme e fornecer o lastro doutrinário median-te um ministério fiel de pregação e ensino.

Aqueles que introduzem falsos ensinos, nos quais os crentes instáveis caem vítimas, enganam a si mesmos e também enganam fraudulosamente os outros. Esta fase é mais bem traduzida por "fazem uso de todo tipo de dispositivo inconstante para induzir ao erro" (Weymouth). Eles usam de engano (lit., "jogo de dados"). Metaforicamente, veio a signi-ficar "artimanha" (BJ, RA). Moule declara corretamente o aviso de Paulo: "Há pessoas próximas de vós que não só vos desviam, mas o fazem de propósito, pondo armadilhas premeditadas e organizando métodos bem-elaborados, com o objetivo de afastá-los de Cris-to a quem eles não amam" 37 A única proteção adequada contra a sutileza da heresia é uma fé crescente e um conhecimento progressivo da verdade. Os ministros têm de pro-porcionar a oportunidade de tal maturação para assim garantir a estabilidade na igreja.

d) Estes ministérios são dados para possibilitar o crescimento em Cristo. Seguindo a verdade (15) é derivado do verbo grego aletheuo, geralmente traduzido por "falar a verdade" (cf. CH, NTLH). Mas há mais no pensamento de Paulo do que proferir sons articulados. Ele pensa em termos de viver e agir. Dale comenta: "A verdade tem de ser a vida de todos os cristãos. A revelação de Deus em Cristo tem de influenciar e inspirar todas as atividades dos cristãos. A verdade tinha de se encarnar nos efésios, tinha de se corporificar neles. [...] Não era apenas para falar, mas para vivenciá-la".38 E esta vida era para ser vivida em caridade ("em amor", ACF, AEC, BAB, BJ, CH, NVI, RA), quer dizer, com os motivos e inclinações que o amor evoca. As pessoas confessam e vivem asperamente certa porção de verdade, mas a comunidade cristã sempre tem de se ex-pressar em amor. O resultado será o movimento progressivo em direção à perfeição de Cristo, a cabeça da igreja. Repare que esta idéia é essencialmente idêntica ao pensamen-to do versículo 13. Além disso, esta ação positiva é a melhor defesa contra os efeitos do erro descritos no versículo 14.

No versículo 16, o apóstolo retorna à analogia do corpo e se serve disso para enfatizar a unidade que Cristo, a cabeça, traz para a igreja. Ele visualiza a estrutura maravilhosa e intricada do corpo humano com suas partes unidas de modo bem ajustado e ligado ("bem unido e consolidado", NEB)." Na analogia, juntas referem-se aos ligamentos pe-los quais as partes do corpo se unem. Quando o corpo está funcionando segundo a justa operação de cada parte, quer dizer, quando cada parte é ativada de acordo com o seu propósito, a harmonia prevalece e o crescimento é certo. Cristo é, obviamente, o centro e a origem de toda a vida espiritual. Ele dá "coesão e poder vital para o crescimento".' Este crescimento resulta na edificação ou "construção" (BAB) da igreja em amor (cf. Ef 1:4-3.17; 4.2; 5.2). A estrutura tem a ver principalmente com o desenvolvimento espiri-tual interno, mas quando a igreja é interiormente forte ela aumenta numericamente.

Em suma, Paulo vê a unidade da igreja em termos orgânicos e não organizacionais. A verdadeira unidade é interior e resultado de um organismo saudável. O Espírito cria essa unidade; não é obra de homens, por mais inteligentes ou apessoados que sejam. Quando esta unidade prevalece, compartilhada por cada membro e motivada pela fideli-dade de ministros talentosos, a igreja cresce em simetria e beleza, para espanto do mun-do não-crente.
Nos versículos 4 a 16, o pensamento da medida da estatura completa de Cristo sugere o tema "O Alvo Último do Cristão".

1) O meio para esse fim. Ensinar e pregar a Palavra de Deus, 11,12;

2)
O compêndio do ideal, 4-7,15. A fé incorporada e o corpo incor-porado, 16;

3) A proximidade da meta num caráter estável, 14. Cristo no trono do cora-ção. A igreja unida (G. B. Williamson).

SEÇÃO VII

A VELHA VIDA E A NOVA VIDA

Efésios 4:17-32

O verbo "andar" figura com destaque nos capítulos 4:6, nos quais Paulo dá orienta-ções práticas aos leitores acerca da vida cristã. Note o uso em Ef 4:1-17; 5.2,8,15. Em 4.1, o apóstolo exorta os cristãos a andarem dignamente de acordo com o chamado que recebe-ram. Com 4.17, ele apresenta outro aspecto do andar cristão. Expresso em termos nega-tivos, a determinação é para que eles não andem mais como andam também os outros gentios. Sob todos os aspectos, eles têm de abandonar o estilo de vida gentio e se entregar ao estilo de vida cristão.

Os crentes com quem Paulo está se correspondendo "vinham respirando desde a infância o ar poluído da forma mais corrupta de paganismo; e ainda estavam respiran-do".' É imperativo que, pelo poder de Cristo, eles fujam dessa influência permanente. Ao procurar instigar uma conscientização relativa a este assunto, Paulo descreve a velha vida sem Cristo e a nova vida com ele (4:17-24). Em seguida, oferece diretivas específicas concernentes à nova vida (4:25-32). Em 4:17-24, o apóstolo não só explora mais a fundo o tema já apresentado em Ef 2:1-10, mas aplica-o diretamente aos seus leitores gentios. Na seção anterior, ele se incluiu na descrição, mas nesta passagem ele fala de modo intenci-onal e constante sobre a situação e experiência específicas em que se eles encontram.

A. A VIDA SEM CRISTO, 4:17-19

A conjunção e (17) está retomando o pensamento iniciado nos versículos 1:3. A longa explicação da unidade que o apóstolo expôs nos versículos 4:16 constitui uma divagação da exortação que fez nos primeiros três versículos. A expressão digo isto e testifico é paralela à palavra "rogo-vos" no versículo 1. Os verbos gregos lego e martyromai estão corretamente traduzidos (testifico e digo), mas o significado verdadeiro não é trans-mitido em nosso idioma. Foi a forte convicção pessoal e solene de Paulo que desencadeou seu apelo. Esta tradução é próxima do sentido que Paulo diz: "Assim, eu vou afirmo, e no Senhor insisto" (RSV; cf. NTLH, NVI). A paráfrase de Bruce diz: "É isto o que quero dizer; é sobre isto que eu os exorto no nome do Senhor".2 No Senhor é interpretado de diversas maneiras: "pelo Senhor" (BV), ou "na autoridade do Senhor"' ("em nome do Senhor", NTLH, cf. CH), dando o sentido de "em comunhão com o Senhor".4 Pelo visto, o escritor quer transmitir a idéia de que ele está se identificando com o Salvador, e que sua exortação é precisamente o que Cristo daria.

A determinação é exarada na forma negativa: Não andeis mais como andam também os outros gentios. Conduzam-se de tal modo a mostrar a verdadeira diferen-ça que existe entre vocês e os gentios incrédulos! O apóstolo se enfronha numa descrição concisa do estilo de vida gentio, a vida separada de Cristo (cf. Rm 1:21-32).

  1. "Na Vaidade do seu Sentido" (4.
    - 17d)

Sentido (nous), no pensamento hebraico, é mais que a faculdade cognitiva; inclui também o entendimento, a consciência e os sentimentos. Assim, sentido refere-se a todos os aspectos do ser humano, que o capacitam a reconhecer valores morais e verdade espiritual (cf. Rm 1:28-7.23; 1 Tm 6.5). Vaidade (matalotes) traz o significado de "falta de sentido", "inutilidade" ou "vacuidade". No contexto, a palavra conota "futilidade" (BJ), ilusão e degradação moral absoluta. Sem a iluminação do Espírito de Deus, o caminho do homem só leva ao que frustra, porque em essência ele "acaba se entregando a coisas destituídas de valor ou realidade".5 A experiência pessoal e a história da humanidade confirmam esta avaliação da vida do homem sem o Salvador.

  1. "Entenebrecidos no Entendimento" (4.
    - 18a)

Com esta frase, Paulo explica o que acarreta a "vaidade" do versículo 17. Em primei-ro lugar, inclui o escurecimento do entendimento (dianoia). Esta é "a escuridão interi-or causada pela incredulidade", que deve ser contrastada com a iluminação interior pela qual Paulo ora em 1.18: "Oro [...] para que sejam iluminados os olhos do vosso entendi-mento" (AEC). Falando dos gentios em Romanos 1:21, Paulo afirma que "o seu coração insensato se obscureceu".

  1. "Separados da Vida de Deus" (4.
    - 18b)

Martin vê nesta frase uma referência à queda do homem. O estado atual do homem é "resultado, não só de separar-se de Deus, mas de alienar-se ativamente".6 A vida sem Deus representa uma "divergência [infinitamente trágica] da verdadeira natureza do homem". Alienar-se de Deus significa morte espiritual, porque Deus é a única fonte de vida para o gênero humano. A resposta cristã para esta condição é "reconciliação com Deus" (2 Co 5:17-21; Cl 1:20-21). João apóia Paulo com esta declaração: "Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida" (1 Jo 5:12).

O estado de morte e futilidade, no qual os gentios se acham, não é acidental, mas é resultado de ignorância e dureza de coração. Ignorância (agnoia), às vezes, significa ignorância perdoável, aquilo causado por circunstâncias além do controle (cf. Act 17:30). A ignorância culpável é expressa pelo termo grego agnosia, como em I Pedro 2:15. Mas aqui, agnoia toma esta conotação. Não é intenção de Paulo sugerir que a condição espiri-tual gentia não acarreta culpa. A frase seguinte, corretamente traduzida por dureza ou calosidade do seu coração, indica "a rigidez deliberada da vontade contra todo impulso até que os homens deixam de ter sentimento": Dureza (porosis) é empregado para de-notar o endurecimento da pele ou a criação de um calo pelo contato constante com uma substância estranha. A conseqüência é a insensibilidade à dor. O pecado incessante pro-voca o endurecimento do coração.

4. "Havendo Perdido todo o Sentimento" (4,19)

Insensibilidade moral significa cinismo, descaramento, arrogância diante de Deus e dos homens, e vida sem a restrição da consciência. O resultado final é irresponsabilidade moral, na qual o pecado corre desenfreado pela vida. Paulo diz que os gentios se entrega-ram ou "se abandonaram" (NEB) ao pecado. Em Romanos 1:21-28, ele declara que Deus os abandonou aos seus próprios caminhos pecadores, mas aqui o apóstolo mostra o outro lado. A tragédia é dupla: O homem que abandona Deus para continuar pecando, e o ato último e relutante de Deus quando ele abandona o homem a quem não pode mais ajudar. Agora Paulo passa a descrever o resultado deste abandono à vida pecadora. Lascívia (aselgeia) é sensualidade vergonhosa e libertina, ou simplesmente excesso. Bruce traduz o termo por "vida desenfreada".8 Pelo visto, abrange a idéia de sensualidade e excessividade. Impureza com avidez expressa a maneira na qual se evidencia este descaramento. O substantivo grego ergasia traduzido por cometerem significa "negócio" ou "os ganhos do negócio", de forma que transmite a idéia de fazer um comércio de impureza. Mais razoável é a opinião que entende que cometerem tem o significado de "deliciarem-se" em vez de "comerciarem" Salmond parafraseia o versículo da seguinte forma: "Eles se entregaram de propósito à sensualidade descarada, a fim de praticarem todo tipo de impureza, fazen-do-o com desejo voraz descontrolado"' (cf. NTLH). A prevalência da imoralidade na antiga sociedade pagã era, em muitos casos, aprovada por suas ligações às práticas no templo. Hoje em dia, a sensualidade sofisticada é, não raro, promulgada em nome da liberdade e maturidade cultural. Ambas são anticristãs e degradantes para a sociedade.

B. A VIDA COM CRISTO, 4:20-24

A conjunção mas (20) funciona como apresentação do tipo de vida oposto ao que os leitores de Paulo outrora conheciam e que ainda prevalecia entre os gentios. Esta pala-vra conjuntiva serve de diferenciação nítida na descrição que o apóstolo faz entre a velha vida e a nova.

A declaração vós não aprendestes assim a Cristo é difícil tanto na estrutura gramatical quanto no pensamento. Esta é a única ocasião em que o verbo manthano "aprender" é usado com um objeto pessoal. Aprender a Cristo soa desajeitado até lem-brarmos que as Escrituras falam de pregar a Cristo 1Co 1:23). Hodge afirma que "não significa meramente pregar as doutrinas cristãs, mas pregar o próprio Cristo, a expô-lo como objeto de supremo amor e confiança".10Aprender a Cristo tem de significar conhecê‑lo experimentalmente como o Filho de Deus e o Salvador pessoal. Envolve mais que um conhecimento acadêmico de seus ensinos. Em Filipenses, encontramos um fraseado paulino equivalente deste conceito: "E seja achado nele [...] para conhecê-lo" (Fp 3:9-10). A experiência de aprender a Cristo inclui necessariamente aceitá-lo como Messias e adotar seu estilo de vida." Blaikie comenta: "Aquele que aprende a Cristo apropria-se dele destina na eficácia de sua expiação, no poder de seu Espírito, na força de suas lições e no espírito de sua influência, e descobre que o todo está diametralmente oposto ao mundo sem Deus".12

O versículo 21 é parentético, mas não tem o propósito de introduzir dúvida pelo uso da conjunção condicional se. Como sugere Salmond, o versículo é uma "suposição sutil" de que Cristo era "o tema e a essência da pregação" que eles ouviram.' Além disso, eles não simplesmente o ouviram, mas tinham sido ensinados por ele. Robinson resume o pensamento: "Cristo era a mensagem que lhes fora levada, ele era a escola na qual foram ensinados, ele era a lição que tinham aprendido".' A frase como está a verdade em Jesus apresenta um problema sutil. Por que ocorreu a mudança para o nome Jesus, o qual o apóstolo raramente usa? Talvez seja lembrança de que "a voz de 'Cristo' é ouvida e seu ensinamento recebido no 'Jesus' histórico".15 Durante seu ministério terreno, nosso Senhor disse: "Eu sou [...] a verdade" (Jo 14:6). Pode ser que Paulo, quando adicionou esta frase, tivesse em mente um ataque teológico contra os gnósticos, visto que eles sepa-raram o "Cristo celestial" do homem Jesus.

1. O Despojamento do Velho Homem (4,22)

Paulo continua o pensamento iniciado no versículo 20. A nova plenitude de vida tem de ser concretizada por uma experiência em três partes:

1) Despojar-se do velho homem, 22;

2) Renovar-se na mente, 23;

3) Revestir-se do novo homem, 24.
A estrutura gramatical que une o versículo 20 e os versículos 22:24 apresenta certas incertezas de exegese, particularmente com respeito à interpretação das expres-sões o velho homem (ho palaios anthropos) e o novo homem (ho kainos anthropos). Cada um dos versículos 22:24 é introduzido por um infinitivo, dando variação na tradu-ção. O uso da conjunção que (22) dá caráter declarativo simples à tradução. Falando sobre o infinitivo, Salmond diz que "tem algo da força do imperativo, mas que não deve ser considerado igual ao imperativo".'

Surge importante pergunta em conseqüência deste problema gramatical. O apósto-lo está afirmando que, quando eles conheceram Cristo na graça salvadora, naquele mo-mento eles se despojaram do velho homem e se revestiram do novo? Ou ele está exortan-do-os a se envolverem em atividades espirituais que são subseqüentes à experiência inicial? O despojamento, a renovação e o revestimento são exercícios espirituais aos quais

os crentes recém-nascidos têm de se entregar? A resposta é decidida pelo modo de inter-pretarmos o significado dos infinitivos. Neste caso, a construção gramatical não é decisiva. O intérprete tem de confiar no contexto e no ensino relacionado em todo o Novo Testamento. Os intérpretes projetaram três respostas, sendo que o pensamento funda-mental gira em torno das duas expressões o velho homem e o novo homem.

a) A primeira interpretação entende que a declaração de Paulo se relaciona com a autodisciplina que se segue à conversão. R. W. Dale é expoente desta posição. Fazendo um comentário sobre o despojamento do velho homem, ele escreve: "Mas neles há um `velho homem', uma natureza mais básica, uma moralidade formada por conceitos vigen-tes e hábitos prevalecentes no mundo; e é isso que eles têm de descartar".17 E acrescenta: "Mas esta revolução moral completa não é realizada por esforço supremo da vontade ou por mero choque momentâneo do poder divino. Deve ser implementada em detalhes por longo, laborioso e, às vezes, doloroso processo de autodisciplina".' Esta visão é defendida por Bruce, Foulkes, Robinson, Hodge e outros intérpretes que aceitam a posição teológi-ca de que o princípio do pecado é eliminado gradualmente pelo ministério do Espírito. É importante que estes estudiosos reconheçam e confirmem o ensino bíblico de que há no homem convertido um princípio restante de pecado, o qual precisa ser eliminado — e pode ser eliminado pela obra do Espírito. O argumento mais revelador contra o método gradual proposto é o fato de os verbos vos despojeis (apothesthai) e vos revistais (endusasthai) estarem no aoristo e indicarem, portanto, ação completa e perfeita.

b) A segunda interpretação, que o escritor acredita ter muito a recomendar, depende de aceitarmos os infinitivos como afirmações declarativas simples. Este ponto de vista vê o velho homem como "destituído, depravado, inútil, em estado de miséria' do qual é despojado na hora da conversão. Na ótica de Moule, os infinitivos aoristos não sugerem "um dever, mas um fato. O 'revestimento' e o `despojamento' são [...] assunto encerrado"?' O despojamento do velho homem é "uma expressão figurativa do ato de eles abandona-rem o velho [...] modo de vida que estava de acordo com sua natureza corrupta".' Henry E. Brockett, fazendo um comentário sobre o velho homem e o novo homem, compara o crente a "um tecelão que, nos teares, tece um padrão no tecido. Nos dias em que não era regenerado, ele tecia de acordo com o 'velho' padrão, isto é, 'o velho homem'. Mas agora, ele se despojou do 'velho homem e suas ações', ou seja, ele descartou o 'velho' padrão e tece (sua vida diária) inteiramente de acordo com um novo padrão, qual seja, ele 'se revestiu do novo homem' — de acordo com Cristo. O crente é responsável em fazer a tecelagem"." Ainda que a declaração acima ocorra numa passagem que lida com a vida santificada, identifica o velho homem com a vida não regenerada.

O texto de Colossenses 3:9-10 sugere experiência paralela: "Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos vestistes do novo, que se renova [está sendo renovado, NVI; cf. CH, BV, NTLH] para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou" (cf. a interpretação de Nielson, CBB, nos comen-tários em Cl 3:8-11). Além disso, podemos interpretar assim a declaração de Paulo em Romanos 6:6: "Sabendo isto: que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado". A crucificação do velho homem, o antigo estilo de vida, tem o objetivo de proporcionar a oportunidade de Deus destruir o corpo do pecado, a mente carnal." O conceito de novidade nos escritos paulinos diz respeito à experiência inicial com Cristo. Por exemplo, lemos em II Coríntios 5:17: "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura [criação] é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (ver tb. Gl 6:15; Rm 6:4; Ef 2:10).24

c) A terceira interpretação, geralmente defendida pelos estudiosos da santidade, iden-tifica o velho homem com a mente carnal, que é eliminada na experiência da santificação total. W. T. Purkiser classifica a expressão no grupo geral de termos que sugerem a condição pecaminosa do coração não santificado. Ele comenta: "Ele [o velho homem] 'foi com ele [Cristo] crucificado' (Rm 6:6), e tem de ser 'despojado', 'descartado', 'tirado', 'des-pido' como um traje de roupa velho".25 Falando sobre o caráter hereditário do mal, Harry E. Jessop chama atenção a Romanos 6:6, Efésios 4:22, Colossenses 3:9, e afirma: "Temos aqui, evidentemente, um intruso em nossa natureza. O texto declara que é velho, e com razão. É de longa data. Tratava-se de uma contaminação racial que começou com a que-da e, por conseguinte, foi transmitida como sinal de nascença corruptor para todos que nasceram depois".' Pelo visto, Wesley iguala o velho homem e a natureza carnal, a qual é expurgada numa segunda experiência. Ele fala do velho homem como "o corpo inteiro do pecado" e do novo homem como "a santidade universal".' William Greathouse, de-pois de estipular que o velho homem é "o velho eu egocêntrico, interesseiro e corrupto", afirma que é despojado na morte espiritual da voluntariosidade. Em seguida, ocorre o "processo" de ser renovado no espírito do vosso sentido (4.23; "entendimento", AEC, RA; "mente", BAB, BJ, NTLH). Neste processo, ocorre "um momento de crise quando nos revestimos 'do novo homem'. Este 'novo homem' foi 'criado' definitivamente em Cristo, que é a imagem de Deus restaurada para a raça humana. Mas na crise da santificação total, nós nos revestimos dessa imagem — Cristo é estampado em nós".'

Os expositores que seguem esta interpretação fazem, em geral, duas asseverações:

1) Os infinitivos neste texto têm a força de imperativos. Comentando sobre Ef 4:24, Adam Clarke afirma que Paulo quer dizer: "Recebei uma nova natureza".' As traduções dão apoio grama-tical a esta interpretação, quando empregam o modo imperativo ao traduzir estes infinitivos.

2) Uma distinção é feita entre as frases quanto ao trato passado (conduta), que é consi-derado o estilo de vida não regenerado, e velho homem ou natureza adâmica (cf. as tra-duções de C. B. Williams, Goodspeed, Moffatt, NASB, NEB, RSV, VBB). A conseqüência é que, agora, os leitores que rejeitaram o antigo estilo de vida pecaminoso, na conversão, são exortados a se despojar da natureza carnal numa segunda experiência de crise.

Vos despojeis tanto quanto vos revistais são metáforas do ato de trocar roupas, e aqui indicam uma mudança de caráter. A palavra traduzida por se corrompe (phtheiromenon) está no particípio presente (lit., "está sendo corrompido"), mas pode ser traduzido por corrompido ou "contaminado" (uma condição existente) sem forçar o senti-do do pensamento geral do versículo." Esta corrupção envolve as ilusões de desejos erra-dos (cf. CH). O velho homem está sujeito ao engano, e o tempo todo deseja egoisticamente coisas para si. Mas essa "característica gananciosa, em vez de fortalecê-lo, o arruína: é `enganosa', por isso ele fica mais dependente e deixa de viver sua própria vida".' A velha vida, dominada pelo velho eu, foi vivida em frustração. Embora os desejos pecaminosos do eu não remido prometessem alegria e felicidade, eles não podem cumprir a promessa.

2. A Renovação da Mente (4,23)

Vos renoveis (ananeousthai) está no infinitivo presente e é derivado do adjetivo neos. Sugere a idéia de ser novo no sentido de jovem ou "aquilo que não faz tempo que existe". Quando a criatura se reveste da nova natureza, ocorre uma renovação contínua da vida interior, isto é, do espírito do vosso sentido(24). O caráter dinâmico da nova vida é denotado aqui. Um versículo paulino paralelo é Romanos 12:2: "E continuai sendo trans-formados pela renovação da vossa mente" (lit.; cf. BJ). Esta renovação não é resultado de esforço humano; é obra do Espírito Santo no espírito humano. A transformação ocorre quando o indivíduo se rende à liderança do Espírito. Harrisville, seguindo outros comenta-ristas, observa o fato de que, visto que a mudança se dá no espírito do sentido, Paulo está indicando "a natureza radical e fundamental da renovação, qual seja, aquilo que afeta essa parte da personalidade humana que dirige o pensamento e a vontade"."

3. O Revestimento do Novo Homem (4,24)

Simultâneo ao despojamento do "velho homem" ocorre o revestimento do novo ho-mem (ho kainos anthropos), que, segundo Deus, é criado em verdadeira justiça e santidade. Paulo explica a frase segundo Deus na passagem de Colossenses, onde ele fala que o novo homem é "segundo a imagem daquele que o criou" (Cl 3:10). A semelhan-ça de Deus é revelada em Jesus Cristo e mediada por ele. Quando nos revestimos de Cristo (Rm 13:14; Gl 3:27), que é "o novo homem de todos os homens" (cf. 1 Co 15.45ss.), a natureza divina se torna efetiva em nós. Pedro fala que os homens são "participantes da natureza divina" (2 Pe 1.4). A nova vida que é criada (tempo aoristo) apresenta duas características: justiça (dikaiosyne) e santidade (hosiotes). Estas são qualidades com-plementares do espírito e produtos da graça de Deus em operação no coração. Salmond faz distinção entre essas qualidades: "A primeira expressa a conduta certa do cristão categoricamente em seus procedimentos com seus semelhantes, e a última exprime a mesma conduta categoricamente em sua relação com Deus"." A palavra verdade está relacionada com as duas qualidades, de acordo com o texto grego.

C. REGRAS DE PROCEDIMENTO DA NOVA VIDA, 4:25-32

Nestes oito versículos, o apóstolo apresenta uma seqüência rápida de seis regras de procedimento relacionadas com a nova natureza, a qual os leitores efésios se revestiram, e com a nova vida em Cristo. Estas são implicações e conseqüências de haverem se des-pojado "do homem velho". Pelo que é indicação clara da relação, e pode ser interpretado por "agora que vocês são novos homens", ou, como traduz Westcott, "vendo que Cristo é a vida de vocês".' As diretivas são cinco.

1. Mentira (4,25)

A primeira regra de procedimento é deixai a mentira (cf. Cl 3:9). Tradução melhor é "falsidade" (NASB). A palavra grega é he pseudos, substantivo que denota mais que a palavra falada; abrange todas as formas de engano. O verbo grego traduzido por deixai está no aoristo e denota ação feita definitivamente (lit., "tendo deixado a falsidade, con-tinuem falando a verdade"). O apóstolo oferece exortação positiva: Falai a verdade cada um com o seu próximo (cf. Zc 8:16). Falai, no original, está no presente, dando a entender que falar a verdade deve ser procedimento contínuo. Próximo, neste contex-to, é referência primária aos outros integrantes da comunidade cristã, como sugere a frase final deste versículo. Um dos motivos que Paulo acreditava que devia se evidenciar em todo o comportamento cristão é o empenho em manter a unidade da igreja. Por isso, ele acrescenta as palavras: Porque somos membros uns dos outros. Claro que há o senti-do mais geral no qual todos os homens estão correlacionados — membros uns dos outros. Este fato de nossa condição humana também exige que falemos a verdade.

  1. Ira (4.26,27)

Irai-vos e não pequeis assemelha-se a uma afirmação no Salmo 4:4, segundo tra-dução da Septuaginta (cf. Si 4.4, NVI, RA). De acordo com Hodge, o significado em Sal-mos é: "Não pequeis, irando-vos"." Mas, pelo visto, este não é o significado do apóstolo aqui. Na realidade, sua admoestação é: "Se vós ficardes irados, não pequeis". A ira justa é consistente com a vida semelhante a Cristo, como vemos na experiência de nosso Se-nhor quando purificou o Templo (Mc 3:5; Jo 2:13-17). Foulkes observa: "O crente precisa estar certo de que sua raiva é por justa indignação, e não só expressão de provocação pessoal ou orgulho ferido. Não deve ter motivo pecador, nem ter a permissão de levar a pecar de qualquer forma"." A ira se torna pecado sempre que deseja, ou está inclinada a prejudicar alguém. O pecado é de caráter pessoal e divisor, e, por sua natureza, rompe e quebra relações pessoais. Quando a ira tem esta intenção, ou quando resulta em divisão entre irmãos cristãos, é pecado.

Até a ira justa tem seus perigos. Por isso, Paulo aconselha: Não se ponha o sol sobre a vossa ira (parorgismos, lit., "paroxismo" ou "excitação"). O conselho do apóstolo é "manter essa ira sob rígido controle".' A demora em subjugar os sentimentos dá lugar (typos; "dá oportunidade"; cf. NTLH) para Satanás semear atitudes erradas no espírito, e discórdia séria no corpo de Cristo (cf. Tg 4:7). E Satanás é perito em se aproveitar dessas portas abertas!

  1. Furto (4,28)

Paulo exorta os leitores, alguns dos quais tinham o hábito de surripiar e roubar, a acabarem com toda forma de aquisição desonesta. Uma leitura superficial dá a entender que o roubo ainda era praticado por estas pessoas. Mas Hodge insiste que não se trata disso. A proibição é endereçada a quem tinha a reputação de furtar antes da conversão. Agora eles não se ocupam mais em tal atividade, sendo exortados a não cair na tentação de se apropriar do que pertence aos outros." O apóstolo recomenda medidas positivas e neutralizantes. Antes, trabalhe (kopiato) tem a ênfase de "labuta com forte motivação". Com as mãos é, na interpretação de Moule, "obtendo ganho honesto por esforço hones-to".39 Os motivos para essa árdua labuta não são apenas a recuperação e manutenção do caráter, mas a aquisição de bens para serem distribuídos a quem tiver necessidade, tornando-se membro contribuinte e útil à sociedade. Phillips traduz o versículo da se-guinte forma: "O homem que costumava roubar deve abandonar o roubo e trabalhar honestamente a cada dia com suas próprias mãos, a fim de que tenha condições de dar àqueles que passam por necessidades" (CH).

  1. Linguagem Impura (4,29)

Como é comum hoje em dia, os leitores de Paulo eram entregues à linguagem inde-corosa, hábito que ficara tão arraigado que, possivelmente, ainda restassem vestígios disso. Torpe (sapros) é palavra forte e significa "pútrido, baixo, moralmente nocivo".' Tal linguagem, mesmo que apenas sugerisse estilo anterior, seria extremamente impró-pria para o crente. Há uma determinação positiva. O crente deve cultivar o hábito de falar só a palavra que for boa, definida aqui pelo que são "palavras apropriadas para a ocasião" (CH). Para que dê graça aos que ouvem foi traduzida por (Phillips) "com as quais Deus possa ajudar os outros". Pelo visto, por trás da exortação paulina estão as palavras de Provérbios 15:23: "A palavra, a seu tempo, quão boa é!" Só a pureza e a verdade não bastam para o linguajar cristão. Tem de haver o tipo de bênção e utilidade que caracterizava as palavras de Jesus (cf. Lc 4:22; cf. tb. Cl 3:16-4.6). O linguajar saudável é meio de graça junto com outros sacramentos e atividades cristãos.

  1. Entristecimento do Espírito (4,30)

Não entristeçais o Espírito Santo não deve ser visto separadamente da proibição anterior. Linguagem maldosa, sacrílega ou impura, que prejudica os outros, "causa dor ou sofrimento" (lypeo) à Terceira Pessoa da Trindade Santa. Hodges comenta que os filhos de Deus são o templo de Deus porque o Espírito Santo neles habita 1Co 3:16-17). "Con-taminar, então, a alma dos crentes, sugerindo-lhes pensamentos impuros ou duvidosos, é profanação do templo de Deus e ofensa ao Espírito Santo."' O Espírito Santo, que habita nos crentes e que se dá livremente a eles em amor, fica profundamente ferido sem-pre que ocorre tal linguagem, irreverente e destrutiva. Mas o linguajar impuro não é a única conduta que entristece o Espírito que em nós habita. O crente também o entristece por desatenção e por todas as formas de desobediência. No qual estais selados para o Dia da redenção é repetição do pensamento registrado em 1.13 (ver comentários ali).

  1. Mau Humor (4.31,32)

O agrupamento de características ruins no versículo 31 são descrições da velha na-tureza, e as relacionadas no versículo 32 descrevem a nova natureza. Existe uma relação interna entre as quatro características mencionadas no versículo 31. Amargura (pikria, estado mental altamente irritado) conduz à ira (thymos, fúria, como um sentimento apaixonado instantâneo). Esta, por sua vez, produz cólera (orge, ira como um espírito determinado com desejo de vingança), que provoca gritaria e linguagem ultrajante (krauge e blasphemia). Os sentimentos maus aprofundam-se a ponto de o indivíduo car-nalmente cativo ter de explodir em discussão e linguagem danosa ("palavra pesada e injuriosa", BJ). Malícia (kakia) diz respeito à "fonte das faltas que foram enumera-das".' Kakia é um termo genérico que abrange todos os outros termos mencionados ("sen-timento negativo de qualquer espécie", CH), e que sugere depravação.

No versículo 32, o apóstolo apela para o exemplo de Deus em Cristo Jesus para reforçar a determinação relativa ao perdão. Ele diz que devemos tratar as pessoas da mesma forma que Deus nos trata: com perdão, que envolve benignidade e misericórdia.

É lógico que não é possível o homem natural perdoar as pessoas pronta e livremen-te, nem manter a equanimidade de espírito em meio às experiências agravantes da vida. Ele tem de conhecer a Cristo profundamente, unir-se a ele de forma tão completa a ponto de ter uma nova natureza (24). Ele deve se entregar de modo tão inteiro a Deus que o Espírito Santo, que não está entristecido e que nele habita, tenha pleno controle da sua vida (30). É necessário que o amor divino (agape) habite graciosamente neste mundo, e mantenha a atitude certa em relação aos outros.

Notemos o fato de que Paulo, aqui, fala principalmente das relações na comunidade cristã. O amor e o perdão têm de prevalecer na família da fé para que os homens, que estão longe de nosso Senhor, vejam por si mesmos as possibilidades da graça.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Efésios Capítulo 4 versículo 4
Somente um corpo:
Ef 1:23; Ef 2:16.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Efésios Capítulo 4 do versículo 1 até o 30
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4.1 andeis. Nessa segunda parte da carta, Paulo detalha o “caminho" ou vida de boas obras, mencionado pela primeira vez em 2.10. Essa figura de linguagem para conduta moral é comum nas Escrituras.

vocação. Paulo falou acima de uma esperança para a qual os crentes são chamados (1.18; 4.4); agora, concentra-se sobre a vida para a qual são chamados. Ele já havia indicado claramente qual a forma e o significado dessa vida (1.4; 2.10).

* 4.4-6 um. Essa palavra é repetida sete vezes nos vs. 4-6 — três com referência às Pessoas da Trindade e quatro com relação a aspectos da salvação.

* 4.7 a cada um de nós. Todos os cristãos participam da graça da salvação através da fé (2.5,8). Cada cristão também recebe algum dom da graça em particular para o benefício da igreja (Paulo fala sobre o dom que recebeu em 3.2,8). Ver nota teológica “Dons e Ministérios”, índice.

* 4:8 O Sl 68 celebra a marcha triunfante de Deus do Monte Sinai, no deserto, ao Monte Sião, em Jerusalém, e sua entronização ali. Para o apóstolo, o conteúdo do salmo prefigura a ascensão vitoriosa de Cristo aos céus.

cativo o cativeiro. As forças espirituais das trevas foram derrotadas na cruz (Cl 2:15, nota). Enquanto o Sl 68:18 descreve o Senhor vitorioso recebendo presentes dos homens, Paulo apresenta Cristo distribuindo os tributos de sua vitória aos homens. Paulo pode ter escolhido esse salmo por causa de sua associação com o Pentecostes. Esse foi o dia em que o Cristo exaltado derramou o seu Espírito sobre a Igreja (At 2:32-33).

*

4:9 Cristo foi exaltado à posição que hoje ocupa após o estado de humilhação. Sua encarnação foi seu assumir de uma natureza humana aqui nas "regiões inferiores da terra"; conforme 1:20-23; Fp 2:1-11. Essa forma de servir é modelo a ser imitado pelos crentes.

* 4.11 apóstolos. No uso estrito do termo, aqueles que haviam estado com Jesus e testemunhado sua ressurreição (ou recebido uma revelação especial do Jesus ressurreto) e que haviam sido comissionados por Jesus para serem fundadores da igreja (At 1:21-22; 1Co 15:1-9). A palavra também foi empregada em um sentido mais amplo, para pessoas enviadas como representantes de igrejas particulares (2Co 8:23; Fp 2:25), mas, ao que tudo indica, não são essas as pessoas que Paulo tem em mente nessa passagem. Ver 2Co 1:1, nota.

profetas. Os profetas do Novo Testamento transmitiam revelação especial à igreja primitiva. Suas funções incluiam predição, exortação, encorajamento, advertência e interpretação (At 15:32-21:9-11; 1Co 14:3). A doutrina dos profetas e apóstolos do Novo Testamento lançaram o fundamento da Igreja (2.20), e cessaram os aspectos de sua obra relacionados a essa tarefa ímpar.

evangelistas. Pessoas com dom especial para proclamar o evangelho (At 21:8; 1Co 1:17).

pastores e mestres. As duas palavras são empregadas em conjunto para o mesmo grupo de indivíduos que pastoreiam bem como instruem o rebanho de Deus. Ver “Pastores e Cuidado Pastoral” em 1Pe 5:2.

* 4:12-13 Não se refere, em primeiro lugar, àqueles mencionados no v. 11 e que fazem a obra do ministério mas ao povo que equipam. Mestres eficientes auxiliam cada crente a encontrar seu próprio modo de agir em benefício do restante da igreja.

* 4.16 corpo. Paulo recorre à analogia do corpo humano. Os dons não são dados aos crentes para seu proveito próprio, particular, e ninguém consegue crescer e chegar à maturidade isoladamente. O próprio Paulo busca um conhecimento do Filho de Deus que somente atinge a maturidade quando todos os crentes também o alcançam.

*

4.17-19 O conteúdo dessa passagem corresponde em muito à critica da cultura gentílica feita em Rm 1. Enquanto a carta aos Romanos apresenta Deus como aquele que entrega os gentios a uma vida temerária e devassa (Rm 1:24-31), Efésios apresenta o mesmo desfecho sob a perspectiva da ação humana: os que se desviaram é que "se entregaram" (v. 19). Semelhantemente, em Êxodo diz que Deus endurece o coração do Faraó (p.ex., Êx 4:21; 7:3), mas o Faraó também endurece seu próprio coração (Êx 8:15,32; 9:34).

* 4.21 o tendes ouvido. Isto é, a mensagem proclamada a seu respeito.

segundo é a verdade em Jesus. Deus rompeu o círculo de morte dando-lhes um entendimento acerca de seu Filho e da obra que ele realizou a favor deles (1.13,15).

* 4.22-24 despojeis... renoveis... revistais. Pertencer a Cristo na adoção de uma nova vida em repúdio à antiga. A ilustração é o ato de tirar roupas desgastadas e vestir outras novas.

* 4.25-5.5 Paulo apresenta resumidamente seis maneiras concretas de como os cristãos “despojam” a velha vida e se “revestem” da vida em Cristo: é necessário que se voltem da mentira para falar a verdade (4.25,26); da ira descontrolada para o domínio próprio (4.26,27); do furto para o trabalho honesto (4.28); da linguagem que destrói para a que edifica (4.29,30); da amargura para o amor (4.31-5.2); dos desejos sexuais desenfreados para um reconhecimento agradecido das boas dádivas de Deus (5.3-5). Em cada caso, Paulo oferece uma razão para passar do velho para o novo.

*

4:27 Uma vez que a unidade entre os crentes, em seu aspecto prático, demonstra o poder reconciliador de Deus (vs. 1-10; 2:14-16), o diabo tem interesse especial em destruí-la (2.2; 6.11).

*

4.30 não entristeçais. Isto é, pelo uso destrutivo da linguagem descrita no v. 29. O fato de que o Espírito Santo possa ser entristecido vem indicar que ele é uma Pessoa e não uma força impessoal. A idéia não é nova para o Novo Testamento, como está claro pela citação que Paulo faz do profeta Isaías (Is 63:10).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Efésios Capítulo 4 do versículo 1 até o 32
4:1, 2 Deus nos escolheu para ser os representantes de Cristo na terra. À luz desta verdade, Paulo nos desafia a ter dignas vidas ao chamado que recebemos, o maravilhoso privilégio de ser chamados propriedade de Cristo. Isto inclui ser humilde, gentil, paciente, pormenorizado e pacificador. A gente observa sua vida. Podem ver cristo em você? Que tão bem cumpre como representante?

4.1-6 Paulo diz que somos parte de um só corpo. A unidade não aparece por si só, terá que trabalhar para obtê-la. Muitas vezes as diferenças que existem entre as pessoas, podem conduzir à divisão; isto não necessariamente tem que ser assim na igreja. Em lugar de nos concentrar no que nos divide, devêssemos recordar o que nos une: um corpo, um Espírito, uma mesma esperança, um Senhor, uma fé, um batismo, um Deus! Sabe apreciar as pessoas diferentes a você? É capaz de ver como os dons e pontos de vista distintos podem contribuir a que a igreja cumpra com a obra de Deus? Aprenda a desfrutar como os membros do corpo de Cristo nos complementamos uns aos outros (veja-se 1Co 12:12-13 para ampliar estes pensamentos).

4:2 Ninguém conseguirá ser perfeito aqui na terra, portanto devemos aceitar e amar a outros cristãos apesar de suas faltas. Quando vemos enganos em outros crentes, devêssemos atuar com paciência e amabilidade. Incomoda-lhe as ações de alguém ou sua personalidade? Em lugar de deter-se nas debilidades ou procurar enganos de dita pessoa, ore por ela. Logo faça algo mais, passem tempo juntos e veja se você pode conseguir ser de seu agrado.

4:3 Guardar a unidade é uma das funções importantes do Espírito Santo. O guia, mas devemos estar dispostos a que nos guie. Fazemo-lo ao pôr nosso olhe em Deus e não em nós mesmos. se desejar mais informação a respeito de quem é o Espírito Santo e o que faz, vejam-nas notas a Jo 3:6; At 1:5 e Ef 1:13-14.

4.4-7 Todos os crentes em Cristo pertencem a um só corpo, todos se uniram sob a mesma cabeça, que é Cristo mesmo (veja-se 1Co 12:12-26). Deus outorgou a cada crente habilidades que podem fortalecer todo o corpo. Sua habilidade especial pudesse lhe parecer pequena ou grande, mas está em você para usá-la no serviço de Deus. Peça a Deus que use seus dons para contribuir ao fortalecimento e a saúde do corpo de crentes.

4:6 Deus está sobre todos nós, isto mostra seu cuidado de governante (transcendencia). O está por todos, e em todos, isto mostra sua presença ativa no mundo e nas vidas dos crentes (imanência). Qualquer visão de Deus que viole seu transcendencia ou sua imanência não é uma imagem real do.

4:8 O Sl 68:18, mostra a Deus como um conquistador que marcha e obtém tributos da cidade vencida. Paulo usa essa figura para ensinar que Cristo, em sua crucificação e ressurreição, obteve a vitória sobre Satanás. Quando subiu ao céu, deu dons à Igreja, alguns dos quais detalha em 4:11-13.

4:9 "As partes mais baixas da terra" podem ser: (1) a terra em si mesmo (desce em comparação ao céu), (2) a tumba, ou (3) o Hades (que para muitos crentes é o lugar de descanso das almas entre a morte e a ressurreição). Qualquer que seja a interpretação que você lhe dê, não troca o fato de que Cristo é o Senhor de todo o universo, presente, passado e futuro. Nada nem ninguém está oculto do. O Senhor de tudo veio à terra e aceitou a morte para resgatar a todos. Ninguém está fora de seu alcance.

4.11, 12 Nossa unidade com Cristo não destrói nossa individualidade. O Espírito Santo deu a cada cristão doe especiais para edificar a Igreja. Agora que os temos é crucial usá-los. Tem a maturidade suficiente para exercitar os dons que Deus lhe deu? Se souber quais são seus dons, procure oportunidades para lhe servir. Se não souber, peça a Deus que os mostre, possivelmente mediante seus ministros ou amigos cristãos. Logo, à medida que comece a reconhecer seu campo de serviço especial, use seus dons para fortalecer e respirar à igreja.

4:12 Deus deu a sua Igreja uma enorme responsabilidade: fazer discípulos em todas as nações (Mt 28:18-20). Envolve pregar, ensinar, sanar, nutrir, dar, administrar, edificar e muitas tarefas mais. Se tivéssemos que cumprir este mandato como indivíduos, poderíamos nos render até antes de tentá-lo, seria tarefa impossível. Mas Deus nos chamou a ser membros de seu corpo. Alguns podemos cumprir com uma tarefa, outros farão outra. Juntos podemos lhe obedecer melhor do que o faríamos em forma individual. Trabalhando juntos, como o corpo de Cristo, podemos expressar a plenitude do (veja-a nota em 3.19).

4.14-16 Cristo é a Verdade (Jo 14:6) e o Espírito Santo que guia à Igreja é o Espírito de verdade (Jo 16:13). Satanás, pelo contrário, é o pai de mentira (Jo 8:44). Como seguidores de Cristo, devemos nos dedicar à verdade. Isto significa que nossas palavras serão sinceras como também nossas ações refletirão a integridade de Cristo. Seguir a verdade em amor não sempre é fácil, conveniente nem prazenteiro, mas é necessário se a Igreja for cumprir com a obra de Cristo no mundo.

4:15, 16 Alguns cristãos temem que qualquer engano destrua seu testemunho pelo Senhor. Vêem sua própria debilidade e sabem que muitos incrédulos parecem ter um caráter mais forte do que em realidade têm. Como crescemos em Cristo? A resposta é que O nos forma em um corpo, em um grupo de indivíduos unidos em seu propósito e em seu amor uns por outros e por Cristo. Se um deles cambaleia, o resto está ali para apoiá-lo e lhe ajudar a caminhar com seu Senhor outra vez. Se outro sarda, pode achar restauração mediante a igreja (Gl 6:1), ao mesmo tempo que esta continua atestando a verdade de Deus. Como membro do corpo de Cristo, reflete você parte do caráter de Cristo e leva a cabo sua função especial na obra?

4:17 Viver na vaidade de sua mente" se refere à tendência natural e humana de pensar seus caminhos longe de Deus. O orgulho intelectual, a racionalização e as desculpas afastam às pessoas de Deus. Não se surpreenda se as pessoas não aceitam o evangelho. O evangelho parecerá loucura a quem abandona a fé e se apóiam em seu próprio entendimento.

4.17-24 A gente devesse poder ver uma diferença entre os cristãos e os que não o são pela forma de viver dos primeiros. Agora vivemos como filhos de luz (5.8). Paulo diz aos efesios que devem deixar a vida passada de pecado, agora que são seguidores de Cristo. A vida cristã é um processo. Embora tenhamos uma nova natureza, não adquirimos automaticamente todos os pensamentos e as atitudes boas quando nos convertemos em novas pessoas em Cristo. Mas se nos mantemos atentos a Deus, sempre estaremos trocando. Nota um processo de mudança para melhorar pensamentos, atitudes e ações em comparação com os anos passados? Apesar de que a mudança pode ser lento, ocorrerá de todas maneiras se confiar em que Deus lhe trocará. se desejar mais informação a respeito de nossa nova natureza como crentes, vejam-se Rm 6:6; Rm 8:9; Gl 5:16-26; Cl 3:3-8.

4.22-24 Nossa velha maneira de viver, a que tínhamos antes de que acreditássemos em Cristo, é coisa do passado. Devemos deixá-la atrás como roupa velha que precisa desprezar-se. Isto é tanto uma decisão que fazemos para toda a vida quando decidimos aceitar o presente de salvação que Cristo nos dá (2.8-10), como um compromisso consciente jornal. Não andamos por impulsos nem desejos. Devemos nos localizar em nosso novo papel, apontar na nova direção e nos apropriar da nova linha de pensamento que o Espírito Santo nos dá.

4:25 Lhe mentir a outro quebranta a unidade, cria conflito e destrói a confiança. Rompe as relações e conduz a uma guerra aberta na igreja.

4.26, 27 A Bíblia não nos diz que devemos evitar sentir irritação, mas sim destaca que devemos saber controlá-lo apropiadamente. Se somos descuidados ao falar, a irritação ferirá outros e destruirá as relações. Se as guardarmos, motivará amargura e nos destruirá por dentro. Paulo nos diz que devemos enfrentar nossa irritação imediatamente, de modo que edifique relações antes que as destrua. Se alimentarmos nossa irritação, daremos a Satanás a oportunidade para nos dividir. Está molesto com alguém neste momento? O que pode fazer para resolver as diferenças? Não deixe que termine o dia antes de que comece a fazer algo para solucionar o conflito e salvar sua relação.

4.28-32 Podemos entristecer ao Espírito Santo pela forma em que vivemos. Paulo nos admoesta em contra da linguagem vulgar, sem sentido, uso inapropriado da linguagem, amargura, palavras torpes e atitudes impróprias contra outros. Em troca, devêssemos perdoar, assim como Deus o fez conosco. Machuca ou agrada a Deus com suas atitudes e ações? Atue em amor com seus irmãos em Cristo na forma que Deus o fez ao enviar a seu Filho para morrer por seus pecados.

4:30 O Espírito de Deus em nós é um selo de que lhe pertencemos. se desejar mais informação, veja-a nota a 1.13, 14.

4:32 Esta é lei de Cristo relacionada com o perdão tal como se acostuma nos Evangelhos (Mt 6:14-15; Mt 18:35; Mc 11:25). Também a achamos na oração do Senhor: "nos perdoe nossas dívidas, assim como nós perdoamos a nosso devedores". Deus não perdoa porque perdoamos a outros, mas sim por sua grande misericórdia. Ao entender sua misericórdia, entretanto, desejaremos ser como O. Já que fomos perdoados, atuaremos de igual modo com outros. Os que não estão dispostos a perdoar não chegam a ser um com Cristo. O esteve disposto a perdoar até aos que o crucificaram (Lc 23:34).

A UNIDADE DE TODOS OS CRENTES

Os crentes são um em: Nossa unidade se experimenta em:

Corpo A comunhão dos crentes: a Igreja

Espírito O Espírito Santo que ativa a comunhão

Esperança Esse futuro glorioso ao que somos chamados

Senhor Cristo, ao que todos pertencemos

Fé Nossa entrega única a Cristo

Batismo Batismo: simboliza a entrada à Igreja

Deus Deus, nosso Pai, guarda-nos pela eternidade

Freqüentemente os crentes se dividem devido a diferenças doutrinais mínimas. Mas Paulo aqui mostra os aspectos nos que os cristãos devem estar de acordo para obter a verdadeira unidade. Quando os cristãos têm esta unidade de Espírito, as pequenas diferenças não deverão dissolvê-la.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Efésios Capítulo 4 do versículo 1 até o 32
III. A prática da Igreja (Ef 4:1 ). O autor da letra hebraica chama o caminho cristão um "caminho novo e vivo" (He 10:20 ), ea palavra "Caminho" é capitalizado e usado seis vezes para designar os cristãos no livro de Atos.

No capítulo 4 Paulo trata vocação da Igreja em Cristo, pela primeira vez como uma chamada para a maturidade espiritual (vv. Ef 4:1-16 ); segundo, como uma chamada para os princípios do novo modo de vida, em Cristo (vv. Ef 4:14-24 ); e terceiro, como um chamado para a prática do novo modo de vida, em Cristo (vv. Ef 4:25-32 ).

CALLING A. A IGREJA EM CRISTO (4: 1-32)

Em Ef 1:8)

1 Por isso, o prisioneiro no Senhor, rogo-lhe caminhar digno da vocação com que fostes chamados, 2 com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando uns aos outros em amor, 3 procurando diligentemente guardar a unidade do Espírito no . vínculo da paz 4 um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; 5 um só Senhor, uma só fé, um só batismo, 6 um só Deus e Pai de todos, que está acima de tudo , e por todos e em todos.7 Mas para cada um de nós foi dada a graça conforme a medida do dom de Cristo. 8 Por isso diz:

Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro,

E deu dons aos homens.

9 (Agora isso, ele subiu que é, senão que também desceu às partes mais baixas da terra? 10 Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para que pudesse cumprir todas as coisas.) 11 E ele deu algum para ser apóstolos; e alguns, os profetas; e alguns, evangelistas; e outros para pastores e mestres, 12 para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo: 13 até que todos cheguemos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, a homem fullgrown, à medida da estatura da plenitude de Cristo: 14 para que sejamos mais crianças, atiradas para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia , após as astutas ciladas do erro; 15 mas falando a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, mesmo Cristo; 16 da qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo ao trabalho em devida medida de cada parte, efetua o seu crescimento do corpo para a edificação de si mesmo em amor.

Mais uma vez, Paulo lembra aos seus leitores do propósito divino da sua prisão por causa dos gentios (ver comentários sobre Ef 3:1 ; Ez 6:19 ).

Primeiro, Paulo delineia quatro marcas da maturidade cristã que os Efésios deve cultivar assiduamente para que possam ser considerados dignos da sua vocação (v. Ef 4:2 ). Essas são virtudes cristãs passivos. Eles são as qualidades espirituais dos membros da Igreja. O primeiro é a humildade ou humildade. Humildade é talvez a única virtude da vida cristã mais odiado e desprezado pelo mundo. A antítese de humildade é orgulho e orgulho é a raiz psicológica de todo o pecado, embora a incredulidade pode ser considerado o equivalente teológico. Orgulho foi a queda de Lúcifer e é uma barreira intransponível entre a alma de qualquer homem e Deus. Os pagãos, sofisticados ou não, dos dias de Paulo humildade considerado um vício e orgulho uma virtude, embora o Antigo Testamento entendido algo dessa virtude (Is 57:15. ; Is 66:2. ). Ele se tornou o Um manso e humilde que redimiu em Sua própria pessoa a palavra ea idéia representou e fez uma jóia preciosa na fé cristã. Paulo exorta os cristãos de Éfeso para alcançarmos essa virtude cristã em suas vidas. A mansidão é um irmão gêmeo de humildade. Na verdade humilde e manso está em outros lugares mencionados juntos, como em Mt 11:29 : "Eu sou manso e humilde de coração." Mansidão sugere auto-posse ou auto-controle em circunstâncias exasperantes. Todas estas virtudes são destinados a contribuir para o espírito de unidade para a qual Paulo pensou se move em versos Ef 4:3 e Ef 4:4 . Como humildade emansidão são os principais contribuidores para a unidade , o orgulho é o arqui-inimigo de unidade .

Enquanto mansidão sugere um espírito de serenidade e auto-controle sob ataque persistente de lesão ou insulto, longanimidade é a continuidade desse espírito sob pressões persistentes ou mesmo permanentes de injustiças infligidas. Há algo de uma progressividade manifestada nestes virtudes passivas, de humildade a mansidão para longanimidade para forebearance . Cada um em sua vez, é o produto de seu antecessor, e, portanto, o último, forebearing um ao outro , vem muito facilmente e, naturalmente, como fruto manifesto das três virtudes antecedentes. Juntos, eles produzem o fruto da unidade no corpo de Cristo. Se Paulo não tivesse conhecido pessoalmente essas virtudes antes de suas experiências na prisão, ele teve ampla oportunidade de aprender-los lá. Dois anos de prisão em Cesaréia e dois anos em Roma necessária a graça da paciência e forebearance .

Em segundo lugar, Paulo descreve a unidade como uma característica certeza da maturidade cristã (vv. Ef 4:3-6 ). A unidade do Espírito é mantida no vínculo da paz . Esta é uma condição criada pela presença e operação do Espírito Santo na 1greja, o que só pode ser realizado quando os membros diligentemente para exercer as graças precedentes do versículo 2 . Quando o povo de Deus receber e respeitar a presença do Espírito Santo, eles serão unidos pelo vínculo da paz . Paulo repreendeu os cristãos de Corinto para sua imaturidade carnal que se manifesta em divisões e contendas entre eles (1Co 3:1 ). A purificação e presença unificadora e poder do Espírito Santo é indispensável para a maturidade cristã.

Paulo estabelece uma base de sete vezes para a unidade da Igreja, o que poderia ser chamado de constituição espiritual da Igreja.

um só corpo . Isto é, claro, a igreja, composta por todos os crentes de todas as nações, judeus e gentios, unidos no corpo espiritual de Cristo. Na verdade, o corpo tem muitos membros, cada qual difere dos outros, mas todos são espiritualmente harmonizado em um só corpo (conforme Cl 3:15 ).

Não há um só Espírito , o Espírito Santo de Deus, que foi derramado sobre os crentes cristãos com essas manifestações maravilhosas, no Dia de Pentecostes (At 2:1 ). Mas esse mesmo Espírito foi dado ao crentes gentios em Cesaréia sob o ministério de Pedro (At 10:44 ; At 15:7 ), e para os discípulos em Éfeso sob o ministério de Paulo (At 19:1 ). Paulo expõe a relação entre o um só corpo ea um Espírito em detalhes consideráveis ​​em 1Co 12:11 . O mesmo Espírito Santo é o agente unificador na 1greja de hoje.

A Igreja é chamada em uma só esperança , um único esperança comum de judeus e gentios. Isso é algo mais do que a esperança de salvação presente. É a bem-aventurada esperança de uma eternidade gloriosa em Cristo (conforme 1Jo 3:2. ), e significa um aperto firme sobre aquilo que a fé tem o previsto.

A Igreja dos dias de Paulo reconhecido, mas um só Senhor , no sentido de divindade. Como observado anteriormente, o senhorio universal de Jesus Cristo foi o peso da mensagem do cristianismo do primeiro século. A palavra Senhor é encontrado 110 vezes em Atos. Cristo reivindicou este senhorio universal apenas antes de emitir a Grande Comissão aos Seus discípulos (Mt 28:18. ). É o senhorio de Cristo que dá à Igreja a sua autoridade de existir, expandir e levar a cabo a sua missão evangelizadora no mundo perverso. Foi o reconhecimento da igreja primitiva deste único Senhor que a salvou do culto idólatra dos imperadores, e foi essa convicção que salvou os cristãos do Japão a partir da idolatria do culto ao imperador, durante a Segunda Guerra Mundial, mesmo que isso significasse tanto instâncias que alguns possuem este condenação à custa de suas vidas.

Uma fé caracteriza o corpo de Cristo. Comentaristas divergem sobre o significado de uma só fé . Alguns, incluindo Clarke e Whedon, levá-la para significar um sistema de religião oferecendo os mesmos objetos para que todos possam acreditar. Vincent acha que isso significa apenas o princípio da fé e não a doutrina cristã. Parece melhor, no entanto, considerar a expressão como referindo-se tanto o princípio da fé como caracterizando judeus e gentios crentes, e um corpo comum de verdade revelada sobre Cristo como o objeto de sua fé. Assim, todos os cristãos acreditam que, com a mesma fé a mesma verdade cristã.

Do um só batismo Whedon observa: "Um derrame pelo Espírito, simbolizado pela água, declarando ao mundo a nossa vida uma só fé no único Senhor . "

Como o batismo nas águas, de qualquer modo, é um sinal exterior da obra interior de Deus pelo Seu Espírito no coração do crente, de modo que o batismo com o Espírito é o cumprimento do que é significado. Assim, em cada caso é um só batismo .

Finalmente, Paulo declara que não há um só Deus e Pai de todos . Quaisquer que sejam as implicações de longo alcance destas palavras pode ser em relação à criação e ao governo do universo por Deus no sentido cristão mais rigorosa em que Paulo escreve aqui, Deus é uma para todos os crentes, porque Ele é o único pai do um Senhor Jesus Cristo , em quem todos acreditam para a salvação. Aqui é descrito um conceito de divindade envolvendo um Deus pessoal e Pai, que se manifestou ao mundo em Seu Filho Jesus Cristo e através do bendito Espírito Santo-da Santíssima Trindade, o Deus Trino-Três em 1. Bruce também afirma,

Nestes três versos (4-6) Paulo está muito provavelmente citando e ampliando uma confissão de fé primitiva. O reconhecimento de "um só Espírito, um só Senhor ..., ... só Deus e Pai" ... lembra-nos como apostólico completamente a doutrina da Trindade é ... [ 1Co 12:4 ]. Não nos deixemos enganar pelo argumento tolo que, porque o termo "Trindade" não ocorre nas Escrituras, a doutrina da Trindade é, portanto, anti-bíblica. As formulações clássicas da doutrina são mais tarde do que a era apostólica, mas a doutrina que eles formulam é todo apostólico. É em torno de tal confissão de fé na divindade trino que os credos históricos da Igreja foram construídos.

Algumas das dificuldades encontradas na compreensão das relações pessoais dentro da Trindade pode ser resolvido se o Trinity é pensado de forma análoga como semelhante, em certos aspectos, um trevo de três folhas. Cada uma das três folhas desta planta é diferente e mesmo única, mas considerou, juntos, eles estão unidos em um único e unificado organismo vegetal. Assim, a Trindade divina é um em essência, embora três em manifestações pessoais.

Em terceiro lugar, os dons espirituais são estabelecidos pelo Apóstolo como prova de maturidade espiritual na 1greja (vv. Ef 4:7-12 ). Em seu tratamento dos dons espirituais Paulo procede as qualidades dos crentes cristãos às suas funções na 1greja. Depois de terminar o tratamento da unidade sétuplo como marcas de maturidade dentro da igreja, ele agora se volta para uma reflexão sobre os dons espirituais, como prova da maturidade cristã.

O dom da salvação de Deus a graça para os membros da Igreja forma individualmente a base para todos os outros dons divinos (ver Ef 2:8 ). É o dom que abre a porta para todos os outros tesouros de Deus em Cristo para acreditar homens (conforme Fm 1:4 como uma profecia da ascensão de Cristo, em que se consumou Sua obra redentora vitorioso que abriu os tesouros de riquezas de Deus a todos os que O aceitam como seu Salvador. Bruce observa que estas palavras do Sl 68:18 foram "associado no calendário sinagoga com Pentecostes, mas ... no Targum eles são aplicados a Moisés receber o dom da lei para Israel. Mais tarde tornou-se o Pentecostes aniversário da lawgiving ".

Por meio de Sua ressurreição, Cristo abriu a vitória não só o túmulo que encarcerados seu próprio corpo, mas também a prisão do pecado e da morte que encarcerada as almas dos homens escravizados pelo pecado (conforme Ap 1:18 ), e conduziu-os agora como Seus cativos amor e lhes deu o dom da vida eterna (conforme Jo 10:28 ; Jo 17:2 ).

Os versículos 9:10 são uma explicação mais completa do versículo 8 . Aqui, Paulo parece enfatizar a divindade de Cristo por afirmando explicitamente que Ele, que subiu foi o mesmo que Ele, que desceu às partes mais baixas da terra . Jesus tinha dito que "ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, até mesmo o Filho do homem, que está nos céus "( Jo 3:13 ). Assim, Ele era Deus, porque Ele veio do céu, e como Deus, agora vitorioso sobre a morte, Ele tinha poder e autoridade para voltar ao céu. Sem dúvida, as partes mais baixas da terra se referir à morte e sepultamento de Cristo, que simbolizam a extremidade e completude de sua morte expiatória na cruz pela redenção do homem. Sua ascensão, após Sua ressurreição, que lhe permitiu cumprir todas as coisas , em virtude da remoção de Sua limitação física auto-imposto para o propósito de Sua obra redentora, e, em seguida, o derramamento de Si mesmo na pessoa do Espírito Santo, no Dia da Pentecostes sem restrições de local físico ou espaço. Esta grande verdade levou um estudioso Inglês para falar do Espírito Santo dado em Pentecostes como o "outro auto de Cristo". Assim, Cristo, após Sua ascensão, assumiu novamente a prerrogativa divina de onipresença, que durante o tempo de Sua humilhação para a redenção do homem Ele tinha deixado de lado. Mas, em sua manifestação espiritual Ele podia e ainda pode cumprir todas as coisas com a sua presença; não apenas o universo físico, mas os corações e as vidas de todos os crentes, bem como (conforme At 2:4 ). Assim, os ministros de Cristo, como aqui descrito, são os Seus dons para a Igreja (conforme 1Co 3:5. ; Ef 3:5 ; 2Co 2:1 ), ou uma doutrina, ou uma exortação (v . 1Co 14:4. ; 1Co 16:10 ).

Wesley considerado apóstolos, profetas e evangelistas como sendo o "oficiais extraordinários, enquanto pastores e professores eram os oficiais comuns ".

Pastores cair na quarta categoria dos dons de Cristo à Igreja dos apóstolos. Mas alguns estudiosos sustentam que os pastores e professores formam uma categoria de oficiais da igreja e, portanto, as duas palavras devem ser tomadas em conjunto para designar os dois aspectos ou funções de um escritório. Eadie sustenta que esta dupla office "composta governo e instrução, e da ex-subordinado estar a este último." Ele possui, ainda, que nada certo é conhecido do governo Igreja primitiva, e que muitos dos escritos sobre este assunto é ", mas supor e conjecturas. "o governo da Igreja, ele pensa, variou consideravelmente de uma comunidade cristã para o outro, e tal como existia desconcentrada sobre os professores e os presbíteros da Igreja.

A unidade desses dois escritórios é ainda apoiada pela ausência do artigo grego de professores . Assim, os dois caminham juntos. Nenhum homem é verdadeiramente um pastor que não podem ensinar. Por outro lado, este professor de religião é dependente do conhecimento derivado da experiência pastoral.

Em quarto lugar, o propósito dos dons espirituais em relação à maturidade da Igreja é tratada de uma forma dupla por Paulo (vv. Ef 4:12-16 ). Os presentes são declarados primeiro como pretendido para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério , ou serviço para Cristo. Em segundo lugar, eles são projetados para a edificação do corpo de Cristo . Observaremos estes em sua ordem.

Deus nunca descansa aquém da perfeição de Sua obra. Quando a criação foi concluída e Deus refletida em cima dele e declarou-o perfeito, Ele viu que "era muito bom" (Gn 1:31 ). Ele, então, mas não até então ", descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera" (Gn 2:3 ). Moule observa, "'profeta, evangelista, pastor e mestre," são, na regra da vontade do Mestre, necessária para "os santos" para a sua "obra de serviço"; como, por outro lado são absolutamente indispensáveis ​​para o trabalho completo do ministro cristão 'santos'. "

Em segundo lugar, Paulo move na passagem da Igreja a serviço de Cristo para o caráter da comunidade cristã: para a edificação do corpo de Cristo . Na verdade, o caráter da Igreja é determinada pelo caráter de seus membros individuais. A prevalência de membros individuais maduros e estáveis ​​determina a maturidade e estabilidade da Igreja. Paulo nunca vê a Igreja como uma instituição estática, mas sempre como um crescimento, desenvolvimento, organismo espiritual se movendo em direção ao ideal final de um, estável, perfeição adulto maduro que exclui todos os erros, doutrinal e prático, e que incorpora, em princípio, e praticar a verdade de Deus revelada no evangelho de Jesus Cristo (conforme He 12:22. ). Com efeito, a realização absoluta deste ideal é reservado para o outro mundo, mas a sua realização relativa é a possibilidade presente eo propósito de Deus para o Seu povo. Paulo está aqui em causa, principalmente com o tempo, em vez de eternidade. A Igreja é, actualmente em processo de-a edificação presente masculinidade ou maturidade espiritual atingível a caminho da maturidade final da próxima vida. Este presente maturidade em Cristo é análoga à maturidade humana destinado pelo pai, que diz que, para o incentivo de seu filho em circunstâncias difíceis, "ser umhomem pequeno . "de Paulo ideal é que a Igreja deve ser" pequeno homem maduro de Deus agora, "que pode ser de Deus" grande homem maduro, então, "no outro mundo.

No restante desta passagem Paulo torna Cristo o foco central de tudo o que ele já havia dito a respeito do ministério, santos, do corpo, e da comunidade cristã. Nele, e somente Nele, todos estes podem realizar sua perfeição. O corpo tem seus membros individuais, com suas respectivas funções, mas cada membro existe e funciona em virtude de sua relação com o chefe, que é Cristo (conforme Jo 15:1 ), e sua relação com os outros membros do corpo . Assim, a um requisito de vida espiritual e serviço eficaz é a união com Cristo, a cabeça, e harmonia e coordenação com os outros membros do corpo de Cristo. Só o amor torna tudo isto possível.

2. uma chamada a partir dos princípios e práticas do Caminho Velho da Vida em Pecado (4: 17-24)

17 Portanto digo isto, e testifico no Senhor, para que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade da sua mente, 18 entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus, por causa da ignorância que é neles, por causa da dureza do seu coração; 19 que, sendo sentimento passado se entregaram à dissolução, para trabalhar toda a imundícia com avidez. 20 Mas vós não aprendestes assim a Cristo, 21 se é que tendes ouvido dele, e foram ensinados dentro dele, assim como a verdade está em Jesus: 22 para que vos pôr de lado, quanto ao procedimento anterior modo de vida, o velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; 23 e que vos renovar no espírito da vossa mente, 24 e colocar o novo homem, que segundo Deus foi criado em verdadeira justiça e santidade da verdade.

Das alturas sublimes da sua contemplação da união ideal, místico no corpo de Cristo Paulo desce para as práticas cotidianas, os problemas do pecado e da salvação, o velho eo novo homem da vida presente. Durante o resto do capítulo 4 o apóstolo apresenta em contraste corajosa e vívida as velhas e novas formas de vida, o caminho do pecado e do caminho da salvação em Jesus Cristo. Os versículos 17:24 descrevem a velha vida de pecado e suas conseqüências, sem Cristo, e chamado de Cristo a partir deste caminho para o seu novo modo de vida. Os versículos 25:32 apresentar a chamada para os princípios e práticas da nova forma de vida em Cristo.

Primeiro, Paulo descreve o caráter ea conduta do pagão ou velho modo de vida (vv. Ef 4:17-19 ), após a primeira alusão ao versículo 1 , onde ele advertiu seus leitores "a andar de modo digno da vocação com que fostes chamados." Nenhuma menção Aqui é feita de judeus, simplesmente porque os leitores de Éfeso eram gentios principalmente convertidos. Mas eles não são os gentios já designados. Eles estão agora nem judeus nem gentios. Eles são cristãos-novos ou a uma "terceira corrida." Paulo passa a delinear e distinguir as características e comportamentos dos gentios pagãos dos leitores que foram chamados para Cristo e Seu modo de vida.

(1) Os gentios pagãos eram idólatras: os gentios ... andar, na vaidade da sua mente . Paulo identifica em outros lugares os raciocínios vãos de homens com as mais grosseiras da idolatria (veja Rm 1:18. ; At 4:15 ). Isso é compreensível. Vanity significa vazio ou falta de sentido. A idolatria consiste em uma confusão de valores. Ele atribui valor intrínseco ao que possui apenas um valor instrumental. Confunde meios com fins, e adora o meio e não o fim para o qual parece. A proibição da idolatria constituiu o primeiro mandamento. Idolatria foi o grande pecado dos israelitas. Eles consideravam a lei de Deus como um fim em si mesmo e não como uma directiva para Deus. Assim eles se tornaram legalistas adoradores da lei e não de Deus. A lei, portanto, perdeu o seu significado e eles foram deixados em vaidade ou vazio. O legalismo é também o grande pecado do Islã, como é o pecado de idolatria de muitos grupos cristãos hoje. Mas há muitas outras formas de idolatria que os pagãos antigos e modernos igualmente estão viciadas. Eles consistem de culto do prazer, riqueza, luxo, fama, sexo, o nacionalismo, o cientificismo, e uma série de outros meios que nunca pode ser legitimamente consideradas como fins em si mesmos. Deus é o único objeto legítimo de culto do homem. Todos os outros são ídolos vãos. De toda idolatria vã esses crentes são chamados a Cristo.

(2) As suas mentes foram escurecidos e sua compreensão turva porque tinham fechado o semáforo de Deus, centrando seu olhar espiritual sobre ídolos, como Paulo escreveu aos Romanos, "o seu coração insensato se obscureceu" (Rm 1:21. , Rm 1:28 ), e emitido em o endurecimento de seus corações , por outro. Assim, ao rejeitar a luz da verdade de Deus, eles se isolam de Deus com o resultado que a escuridão espiritual envolvia suas mentes e eles sofreram o endurecimento de seus corações . Tornaram-se insensível às coisas espirituais, assim como uma mão calejada profundamente ou paralisado é insensível a sensação física. Seu coração, que "na literatura clássica e bíblica é visto como a sede da vontade e compreensão, não das emoções", ficou petrificado (Gr. porosis) e, assim, paralisado, uma palavra que, eventualmente, assumiu certos usos médicos. Ele descreve a perda de toda a capacidade para a sensação. O escritor tem visto um especialista leproso testar um suspeito leproso através da punção da pele do paciente com um pino de fora do local afetado na parte de trás, enquanto o paciente contados em cada picada de alfinete. Então, quando o médico passou sobre o rebordo da porção afectada do doente deixou de contar, mesmo que os aguilhões continuou. A razão para a cessação da sua contagem foi óbvia. Como um leproso tinha nenhum sentimento onde a doença tinha feito o seu trabalho mortal. Da mesma forma, Paulo argumenta, o pecado enfraquece as sensibilidades espirituais e torna a sua vítima, um paralítico, moral e espiritual. Este é o efeito terrível do pecado na experiência do homem. E isso não é efeito obtido em um único golpe. É antes o resultado de um processo gradual. O poeta americano e contista Edgar Allen Poe diz desta paralisia progressiva terrível causada pelo pecado em sua própria vida em três das suas obras bem conhecidas. Na primeira, William Wilson , um breve ensaio, ele descreve o início do engano e desonestidade que ele praticou como um pequeno menino de escola. Na segunda, o gato preto , sua obra-prima do horror, ele relata o progresso deste efeito de amortecimento do mal para o ponto onde ele poderia sem remorso arrancar os olhos e matar seu gato de estimação amado e heartlessly assassinar sua esposa e enterrar seu corpo atrás de uma parede do porão. Por fim, em The Raven ele infelizmente assina a desgraça de sua alma destruída nas palavras lamentáveis ​​de seu destino espiritual, "E a minha alma se levantará, por debaixo dessa sombra no chão nunca mais, nunca mais."

(4) Eles foram entregues à impureza, se entregaram à dissolução, para trabalhar toda a imundícia com avidez . Há um duplo sentido em que essas nações foram "desistido" a lascívia . No progresso da sua degenerescência da rejeição voluntária da verdade e da prática da idolatria que finalmente chegou a um ponto em que eles se entregaram às suas cobiças, até mesmo ao ponto de avidamente e avidamente trabalhando tudo , ou todo tipo de impureza . Rm 1:18 é um comentário detalhado mais vívida sobre esta passagem. A descida e degeneração moral destes gentios procede da adoração do homem para as aves, de quadrúpedes, de répteis, às paixões infames, a feminino homossexualidade, ao masculino homossexualidade, ao ateísmo, e para todas as formas imagináveis ​​de maldade que chega para o indivíduo, o lar e da família, da sociedade e do Estado, e que finalmente termina com uma inversão de valores em que a sua má conduta é feita a norma aceita e aprovada de conduta social (v. Ef 4:32 ).

No entanto, em outro sentido "Deus os entregou" a sua pecaminosa auto-abandono. Três vezes Paulo usa esta terrível pronunciamento em Rm 1:1 ; Rm 8:11 ; . 2Co 5:17 ). A vida cristã é mais do que uma aceitação dos ensinamentos de Cristo, ou uma tentativa de avaliação do seu exemplo. É uma aceitação pela fé da Sua pessoa em nossas vidas (conforme Cl 1:27 ). Um escritor contemporâneo tem dito sobre esta nova vida em Cristo,

Não é uma imitação de Cristo. É uma participação de Cristo. "Porque nos tornamos participantes de Cristo" (He 3:14 ). Há coisas boas em Tomé Kempis ' Imitação de Cristo , mas a idéia básica é falsa aos princípios que sublinham a vida cristã. ...

Pois, o que é impossível para mim como um imitador de Cristo, torna-se perfeitamente Nattural como participante de Cristo. ... O Sermão do Monte, longe de cólicas de qualquer forma esta nova vida, é simplesmente uma declaração do seu modo de funcionamento. ... Mt 5:1 , Mt 5:7 , sem Jo 15:1. ; 2Pe 1:4. ).

Da mesma forma, cada decisão positiva em favor de Cristo e da vida nova tem como pré-requisito de uma decisão negativa em negação do antigo modo de vida. A decisão de colocar na envolve a decisão de adiar . Esta é uma situação ética, e uma situação ética envolve sempre uma escolha inteligente entre alternativas de certo e errado. Assim, em alusão ao exortação do Apóstolo neste momento é a escolhas do crente em sua caminhada diária com Cristo, ao invés de sua escolha inicial de Cristo na sua salvação. E como é a experiência de vida cristã. Na verdade, o crente cristão sincero escolhe a Cristo uma vez por todas, quando ele é salvo, mas a praticidade da vida cristã no mundo atual do mal faz escolhas repetida e continuada imperativos de os meios para servir a Cristo de modo aceitável. Esta é uma chamada para a prática na vida cristã diária, o chamado divino para a salvação que eles já aceitaram. O diário despojar do velho homem e revestir-se do novo homem é a comprovação da verdadeira experiência espiritual do crente em Cristo. Paulo lembra-los de que o velho está sob a sentença de morte, que ele está se deteriorando e está condenado à destruição em razão de sua própria natureza , que se corrompe pelas concupiscências do engano . Para colocar on novamente as obras do velho homem descrito anteriormente neste capítulo, é assumir novamente sua natureza, que é corrupto ou em processo de decadência, e deve em razão de que a natureza se auto-destruir. Assim, para ligar de volta para o velho caminho é transformar novamente a certos destruição eterna.

Enquanto as decisões de adiar e colocar em são decisões éticas para a qual o crente é pessoalmente responsável, o poder espiritual para implementar e executar as decisões é dada por Deus: ser renovado no espírito de sua mente (conforme Rm 12:2 ; Cl 3:10 ; . Ef 2:15 ). Esta é a contraparte cristã da dependência israelita antiga sobre o fornecimento diário de maná fresco para seu sustento.

O novo homem na vida do crente é uma criação de Deus, à semelhança de Cristo. Assim, o crente que coloca o novo homem é uma nova criação em semelhança e espírito de Cristo (2Co 5:17 ). O novo homem tem duas características. Eles são justiça e santidade da verdade . A primeira muda sua relação com Cristo, ele é perdoado e reconciliados com Deus em Cristo. O segundo muda sua natureza interior purificando seus desejos e alinhando-os com a vontade de Deus. O primeiro justifica o pecador diante de Deus. A segunda santifica a natureza para dentro do crente.

3. Um Chamado para os princípios e práticas da New Way of Life em Cristo (4: 25-32)

25 Por isso, pondo de lado a falsidade, falai a verdade cada um com o seu próximo. pois somos membros uns dos outros 26 Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira; 27 nem deis lugar ao diabo . 28 Aquele que furtava, não furte mais;. mas antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, que ele pode ter de que se dar a ele que tem necessidade Dt 29:1 ). Assim, os seus filhos usam a sua natureza e fazer a sua vontade enganosa. Uma mentira pode ser definida como uma inverdade contou com vista a enganar com intenção maliciosa. É óbvio que nem todos os mentira é uma mentira, como muitas expressões são factualmente falso quando o propósito e intenção da sentença ou enunciado eram perfeitamente honestos. As pessoas honestas cometem erros honestos, mas pessoas desonestas intencionalmente enganar a partir de um motivo mal e com um propósito maligno. Por outro lado, Jesus declarou-se "a verdade" (Jo 14:6 em que o profeta, em nome de Deus, consagrou o princípio da honestidade sócio-moral para a orientação dos israelitas recentemente restaurados do exílio, em oposição ao sua falsidade que os levou para o cativeiro para o inimigo. Falsidade sempre leva à perda da liberdade e da experiência da escravidão moral, porque coloca o agente sob a condenação da lei moral de justiça. Enquanto engano é sempre ofensivo para o caráter justo de Deus, é, quando praticado socialmente, destrutivo dos próprios fundamentos da sociedade, pois remove a base para a confiança mútua e da cooperação sobre a qual a estrutura social descansa e sem o qual não pode continuar a existir. Em suma, a desonestidade sociais trai a sociedade e, portanto, a destrói. Mas isso é duplamente verdadeiro se a desonestidade é praticada dentro da Igreja, porque destrói a base sobre a qual a Igreja como corpo de Cristo repousa, e ele destrói a confiança do descrente na 1greja e torna impotente para influenciar os homens a se tornarem cristãos , que é a sua função principal no mundo.

Em segundo lugar, o apóstolo considera justa indignação versos ira pecaminosa (vv. Ef 4:26-27 ).

As palavras são textualmente os LXX. versão do Sl 4:4. ). Plutarco é relatado para ter dito dos pitagóricos de que era o seu domínio quando eles tinham sido provocado para revilings irritados para apertar as mãos uns com os outros antes do pôr do sol. Moule sabiamente observa,

E onde não tenha sido falha de paciência, estar pronta para voltar a amar; não se ponha o sol se pôs em cima de sua exasperação , coloque sentimento de todas as queixas aos pés do Senhor absolutamente, antes de você parte para a noite; se atreve a não recusar o seu "vizinho" uma despedida.

Para atrasar o perdão pessoal é a de permitir que a raiva ou ressentimento para apodrecer na mente, e esta é uma das maneiras mais seguras para dar lugar ao diabo . Um coração fechado contra o perdão é uma porta aberta para a entrada do diabo e vantagem na vida do crente.

Em terceiro lugar, o trabalho honesto é colocado contra roubo (v. Ef 4:28 ). Era uma prática comum nos dias de Paulo aos escravos para roubar de seus mestres. Onésimo deu essa culpa diante de seu senhor Filemon, para o qual Paulo, sob cujo ministério Onésimo tinha sido convertido, estava disposto a assumir a responsabilidade (Fm 1:18. ); o amor vai além da necessidade. Wesley aconselhou seus seguidores a ganhar tudo o que podiam; salvar tudo o que podiam; para que tenham a mais para dar. Este é o verdadeiro espírito cristão e princípio (conforme At 20:1f ; 2Co 2:9 ). Este é um princípio que, se aplicada a um capitalismo honrosa, eliminaria nem a necessidade nem possibilidade de socialismo ou comunismo.

Em quarto lugar, Paulo contrasta edificante conversa com corrupto fala (v. Ef 4:29 ). Palavrões e obscenidade, mas são as perversões de idéias e expressões religiosas e sociais legítimos (conforme Jc 3:2 ). Quando se usa o nome de Deus de maneira profana ele está usando esse santo nome em vão, que simplesmente sugere que ele está usando, sem significado. Para fazê-lo é esvaziar nome de conteúdos de Deus no conceito de profanador como também nos conceitos daqueles diante de quem a profanação é proferida.Isso vale para todos os termos religiosos sagrados ou significativas, até o céu eo inferno palavras. Quando as palavras perderam o sentido que eles perdem o seu poder. De acordo com a religião cristã perde a sua influência sobre a vida dos homens. Nem é palavrões confinado à sua aplicação destina-se dos enunciados humanos. Não menos destrutiva do significado é o seu emprego no discurso descuidado ou luz.

Da mesma forma a obscenidade é uma perversão, mas de idéias e palavras legítimas e às vezes humanamente sagrados. Não é de admirar que os psicólogos do sexo hoje são duramente pressionado para descobrir os novos dispositivos e técnicas para a estimulação e prazer da experiência de sexo em face do vazio que resultou da moderna exploração popular do sexo na tela, no sexo revistas e a enxurrada de livros de sexo e romances que foram despejados da imprensa nos últimos tempos. Parece que o poço de estimulação sexual foi apenas sobre bombeado seco (conforme Ec 12:1 ). As palavras são símbolos ou, pelo menos, sinais de idéias, e as idéias são as coisas mais potentes e duradouras no universo. Assim, a linguagem, o que transmite idéias, é a arma do homem mais poderoso e eficaz para influenciar e moldar os pensamentos e as vidas de seus companheiros. Portanto, ele assume uma responsabilidade grave do uso das palavras.

Em quinto lugar, a nova forma de vida, em Cristo pede respeito e reverência para com a pessoa do Espírito Santo (v. Ef 4:30 ). Parece que a admoestação de Paulo para não entristeçais o Espírito Santo de Deus tem uma dupla implicação. Em primeiro lugar, Ele é o Espírito Santo de Deus, e essa pessoa é capaz de ser triste. Os crentes são selados por ele, até o dia da ressurreição do resgate (conforme Ef 1:13. ). Para entristecê-lo é quebrar esse selo e, assim, perder a esperança e benefícios prometidos pela redenção final. Em segundo lugar, essa admoestação parece remontar ao verso anterior, e, assim, ele indica que o Espírito Santo é entristecido por discurso corrupto . Portanto, o pensamento correto e falar em direito são essenciais para a vida cristã, se o Espírito Santo de Deus é para ser reverenciado e honrado e do corpo de Cristo que consiste nele deve ser mantida intacta. Para pesar um companheiro cristão ou levá-lo a tropeçar é entristecer o Espírito Santo e pôr em perigo o seu selo na vida do crente.

Em sexto lugar, e, finalmente, Paulo pinta uma palavra-imagem multifold de vícios pagãos contra o qual fundo preto que ele retrata vividamente os contrastantes virtudes cristãs (vv. Ef 4:31-32 ).

Como a admoestação de Paulo no versículo 30 olha para trás com o versículo 29 , por isso também olha para frente com os versículos 31:32 . Assim, ele parece dizer que para que o Espírito Santo se entristece, e suas vidas espirituais ser prejudicado, se não for destruída, eles, como cristãos, devemos negar e evitar toda amargura, e cólera raiva, clamor, trilhos , e malícia . Tradução Phillips 'deste catálogo de vícios pagãos é vívida e instrutivo.

Que não haja mais ressentimento, não mais raiva ou temperamento, não mais violento auto-afirmação, não mais calúnia e observações não mais maliciosos.

Estas são as características e práticas que não têm lugar na vida cristã, o subsídio de que é certo para perturbar e destruir a Igreja de Cristo.

Contra esses vícios pagãos Paulo define como um antídoto eficaz certas virtudes cristãs. Essas virtudes do versículo 32 caracterizar Cristo, e por meio deles Ele venceu o mundo. Assim, eles são virtudes cristãs. Eles consistem de gentileza mútua ou recíproca, compaixão ou compreensão mútua e de entrar em e sofrendo com o outro, e uma prontidão para perdoar os defeitos um do outro. O perdão é a maior virtude cristã porque era aquilo que Deus pelo amor de Deus para conosco exercido como pecadores e, assim, fez-nos cristãos, e foi a virtude que Cristo exerceu contra os seus inimigos, mesmo na hora da sua morte (conforme Lc 6:35 ; Lc 6:12 Matt. , 14o. ; 18: 21-35 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Efésios Capítulo 4 do versículo 1 até o 32

Agora, iniciamos a segunda meta-de da carta, que enfatiza o andar cristão (4:1,1 7; 5:2,8,1 5). Compara- se a vida cristã a uma caminhada, porque se inicia com um passo de fé, envolve progresso e exige equi-líbrio e força. Se não aprendemos a andar, não podemos correr (He 12:1-58) nem ficar firme na batalha (Ef 6:11 ss).

  1. Andar em união (4:1-16)

A medida que andamos em união, somos dignos do chamamento (vo-cação) de Deus, pois fomos cha-mados para ser um corpo. Nos ca-pítulos 1—3, Paulo descreveu esse chamamento divino e, agora, roga para que vivamos à altura dessa bênção. Vivemos para Cristo porque ele já fez muito por nós, e não para conseguir alguma coisa! Observe que Paulo não nos pede para criar união, mas para que mantenhamos a união que já existe no corpo. Ele fala de união e unidade vivas, orgâ-nicas, não de uniformidade orga-nizacional, de uma "megaigreja". Veja Jo 1:20-43.

Os versículos 4:6 apresentam os fundamentos dessa união. Ob-serve que o item central dessa lista é "um só Senhor". O fato de haver "um corpo" não minimiza a impor-tância dos corpos locais de crentes.

Perceba que, aqui, Paulo lida com as verdades espirituais relacionadas ao plano integral de Deus. Vemos as realizações práticas dessas ver-dades quando lemos as epístolas de Paulo (como Coríntios e as cartas a Timóteo e a Tito). O Novo Testa-mento enfatiza de forma especial a congregação local, no entanto a administração da igreja local deve se fundamentar no que Paulo ensina sobre "um corpo".

Os versículos 7:11 apresentam os dons da união na igreja. Cristo, por intermédio do Espírito Santo, concedeu dons a seu povo quando ascendeu ao céu. Além disso, ele deu essas pessoas dotadas às con-gregações locais. Os versículos 1:6 lidam com o um corpo e seus dons, e os versículos 7:11 falam dos mui-tos corpos locais e da diversidade de dons.

Os versículos 12:16 descrevem os objetivos da igreja. O pastor- mestre deve nutrir os santos com a Palavra de Deus e prepará-los para o serviço; em troca, os santos reali-zam o trabalho do ministério. Todo o corpo cresce em Cristo à medida que cada santo cresce e ganha ou-tras pessoas. O versículo 12 decla-ra: "Com vistas ao aperfeiçoamen-to dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo". Cada santo tem participação no crescimento da igreja. Infelizmente, há alguns cristãos que ainda são "meninos" (v. 14; e veja 1Co 3:1 ss), que são inseguros e fáceis de ser desviados. Satanás e seus ministros (veja 2Co 11:14-47) estão à espera para derru-bar a igreja com suas mentiras. Edi- ficamos (construímos) a igreja por intermédio da Palavra de Deus (At 20:32 e 1Co 14:4). Não se edifica nem se fortalece a igreja por meio de programas, entretenimentos, re-creações ou com a "direção" dos homens. A igreja é um corpo e deve ter alimento espiritual: a Palavra do Senhor. Cristo retornará e levará seu corpo (do qual é o Cabeça; 1:22-23) para casa, para a glória, quando este alcançar sua plenitude.

  1. Andar em pureza (4:17-32)

Na primeira parte desse capítulo, Paulo descreveu o relacionamento do crente com a igreja; agora, mo-ve-se para a relação com o mundo. Sem dúvida, estamos "em Cristo" e somos parte do corpo, todavia tam-bém estamos no mundo em que há tentação e impureza. Não podemos deixar o mundo, porque temos a responsabilidade de testemunhar para ele, mas temos de andar em pureza e não nos deixar corromper pelo mundo.

Paulo inicia com uma negativa: não ande como o pagão não-salvo. Ele explica por que eles andam de forma ímpia: (1) crêem em mentiras e não receberam a verdade, por isso têm a mente obscurecida; (2) estão mortos espiritualmente; (3) entre-garam-se a todo tipo de pecado. Compare essa descrição Ct 2:1-22 e 2Co 4:0 pode preencher e satisfazer as necessidades espiritu-ais deles.

A vida cristã tem de ser radical-mente distinta da velha vida. Paulo espera que os efésios mudem e faz três admoestações: "despojeis" (vv. 22-23); "revistais" (v. 24) e "deixan-do a mentira" (vv. 25ss). Rm 6:0).

Nos versículos 25ss, Páulo enumera os pecados que temos de "deixar" (de uma vez por todas). Observe como Paulo amarra cada mandamento a uma verdade espiri-tual: somos membros uns dos outros (v. 25); estamos selados até o dia da redenção (v. 30); Deus nos perdoou (v. 32). Na Bíblia, doutrina e obriga-ção são bênçãos conjuntas, tanto a riqueza do cristão quanto seu andar em Cristo.

Como podemos aceitar a men-tira se pertencemos à verdade? Sata-nás é o pai da mentira (Jo 8:44), os espíritos dele contam mentiras (1Jo 2:21,1Jo 2:27); um dia, o mundo inteiro crerá na "mentira" (2Co 2:9-47).

Há um tipo de indignação que não é pecaminosa (Mq 3:5). Mante-mos nosso andar santo se nos indig-namos com o pecado e com os prin-cípios pecaminosos, mas pecamos se nos indignamos com a pessoa. É muito fácil o cristão chamar seu destempero de "indignação justa"! "A ira do homem não produz a jus-tiça de Deus" (Jc 1:20).

Dar lugar ao diabo (v. 27) en-volve mentir e sentir raiva, pois Sa-tanás é um mentiroso e um assas-sino. Será que percebemos que a mentira, a hipocrisia e a raiva dão uma posição segura a Satanás em nossa vida? Caim mentiu, e a raiva levou-o a matar (Gn 4).

O versículo 25 liga-se a 1 Tes- salonicenses 4:11 e a 2Tessaloni-Cl 3:6-51. O ladrão não-salvo rouba para agradar a si mesmo, mas a partir do momento em que é salvo deve trabalhar a fim de poder ajudar os outros. A graça é responsável por essa mudança maravilhosa no cora-ção da pessoa.

De nossos lábios devem sair apenas palavras que edifiquem (Cl 4:6; SI 141:3). A depravação dos lá-bios apenas exterioriza a que existe no coração. Não devemos entriste-cer o Espírito, que nos selou (1:13-

  1. , com esses pecados de ações e de atitudes em nossa vida. As Escri-turas retratam o Espírito como pom-ba (Jo 1:32), e a pomba é uma ave limpa que ama a paz. Afastemos toda ira e gritaria por intermédio do perdão e do amor cristão.

Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Efésios Capítulo 4 do versículo 1 até o 32
4.1 Vocação. Somos chamados a viver uma vida de tal modo exemplar que o mundo não possa negar que somos filhos de Deus. As qualidades do v. 2 são imprescindíveis (Fp 2:1-50). Compare 1Jo 5:6-62 onde João afirma a unanimidade dos três elementos, água, sangue e Espírito no batismo de Jesus Cristo.

4.6 Temos aqui uma afirmação da soberania, providência e graça provenientes de Deus. 4:7-16 Cada um. Todo membro da Igreja tem uma função a desempenhar para o bem do Corpo. Toda responsabilidade e poder são recebidos de Cristo que concede os dons à Igreja para o seu aperfeiçoamento que resulta não só em crescimento em número como também em varonilidade, i.e., firmeza na doutrina verdadeira (conforme v. 14, 15).

4.11 Pastores e mestres. São dois aspectos de um só ministério.

4.16 Unidade de estrutura no Corpo inteiro e variedade do função nas suas partes são os requisitos para o crescimento. Isso pode ser dito em duas palavras: amor e responsabilidade

• N. H m. 4:18-24 A. O homem afastado da vida de Deus. O Espírito Santo se afasta do coração que é:
1) ignorante voluntariamente (18), depois
2) é endurecido (18) e finalmente
3) se torna insensível (19; conforme Rm 1:18-45). B. O homem integrado na vida de Deus. O nascimento do Espírito significa:
1) tornar-se discípulo de Cristo (20; gr motheteõ);
2) ser instruído por Ele nos valores reais (21);
3) revestir-se de Cristo na sua perfeição (24; cf.Rm 13:14).

4.21 A verdade em Jesus. Jesus incorpora a verdade (Jo 14:6) e deu testemunho da verdade (Jo 18:37). Ele é a fonte de toda certeza e fonte dos benefícios do evangelho. 4.22,24 Despojeis... revistais. São palavras que lembrem o batismo primitivo. Os velhos trajes imundos são abandonados para se vestir os novos vestidos brancos de santidade (Cl 3:8-51). Os tempos dos verbos indicam que se referem a atos definidos enquanto a "renovação" (23) é um processo. Só pela renovação contínua do Espírito é possível viver a vida cristã.

4.25 A verdade. Como membros uns dos outros (conforme Rm 12:5) temos que evitar a falsidade em palavra (Ct 3:9) e em ação (conforme 4.15 onde o gr aletheontes denota "manter" ou "viver a verdade” em face do erro induzido por astúcia). Tudo é possível àquele que é instruído na verdade em Jesus.

4.30 Entristeçais o Espírito. Ao pecar, quebramos a comunhão com Ele, que é tão santo e não pode contemplar o pecado (Hc 1:13), até que sejamos restaurados depois da confissão e perdão (1Jo 1:9).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Efésios Capítulo 4 do versículo 1 até o 32
IV. UNIDADE E DIVERSIDADE (4:1-16)


1) A manutenção e a base da unidade cristã (4:1-6)

As elevadas doutrinas eclesiásticas das seções anteriores requerem um estilo de vida que expresse a transformação imaginada nelas, e, por causa de sua natureza, isso deve ser mostrado na comunidade cristã (4:1-16), entre os homens em geral (4.17—5,20) e nos relacionamentos particulares entre mulheres e homens cristãos (5.21—6.9).
Os v. 2,3 descrevem a estrutura mental que acompanha as ações da caminhada, sendo esse o novo espírito do v. 23. Virtudes gêmeas da mente renovada são humildade (agora apresentada pela primeira vez como virtude) e mansidão (que não é fraqueza mas a eliminação da afirmação de desejos egoístas). O par seguinte mostra como essa pessoa reage em relação às ações de outras pessoas contra ela. Nessas quatro virtudes, o cristão deve mostrar o seu desejo sincero de forjar um elo feito de paz pelo qual a unidade espiritual é protegida. Os sete “uns” formam uma lista, que é introduzida sem nenhum verbo. Toda expressão de unidade é fundamentada neles. um só corpo: o novo corpo Dt 2:15,Dt 2:16. um só Espírito-, dado tanto a judeus quanto a gentios 1:13. esperança [...] é uma só: como já foi explicado anteriormente, não há cristãos de segunda classe, um só Senhor. Cristo, a fonte de toda unidade, uma só fé: ou a fé comum dada a todos os santos (Jd 1:3), e incluir o batismo na água que é uma base insegura para a unidade (At 8:13-20-23). Nos outros itens dessa lista, “um” parece significar “um só”, e não “um tipo de” (“uma fé” é incerto), e é a melhor forma de interpretar isso aqui. Os sete itens estão dispostos de tal forma que o primeiro é contraposto ao último, o segundo ao sexto, o terceiro ao quinto, assim conectando a esperança com a fé, e o Espírito com o batismo. O um só Senhor está de forma apropriada no centro de tudo. um só Deus: ele é o Pai de todos em Cristo no sentido mais real possível. Ele está acima de todos os membros, e é manifesto a todos porque age em todos. Paulo usa a palavra abstrata para “unidade” tanto aqui no v. 3, como mais tarde no v. 13. Ele está tratando de algo espiritual, e não de uma entidade concreta e organizada, pois as igrejas do NT eram autogovernadas e destituídas de qualquer escritório central de controle.


2) Os dons que desenvolvem essa vida em comunidade (4:7-16)

A unidade é acompanhada da diversidade, como a unidade do corpo natural; e, ao usar essa figura, Paulo mostra que cada um dos diversos membros contribui para o todo até que o organismo alcance a maturidade. No caso do corpo de Cristo, a maturidade é a plenitude dele, como exposto em 3.18,19.

Aqui novamente Paulo está desenvolvendo um conceito encontrado em 1Co 12:0; 1Pe 3:22) e, sem dúvida, todos os redimidos (2Co 2:14,2Co 2:15). Um hino antigo, provavelmente gnóstico, dizia assim:

“e levar cativo um bom cativeiro para a liberdade.
Eu fui fortalecido e feito poderoso e tomei o mundo como cativo...
E os gentios foram reunidos, os que haviam sido espalhados como estrangeiros”
(Odes de Salomão 10:3-5)
Consulte também o comentário adicional sobre as Odes de Salomão de F. F. Bruce em “O evangelho quádruplo” (p. 1485).
(d)    Os dons (v. 11) provêm do Cristo que ascendeu e são parte da promessa do Espírito. Paulo omite alguns dons listados em outros textos e cita os relacionados mais diretamente à edificação da igreja. Em primeiro lugar, apóstolos, no sentido mais restrito Dt 2:20, a autoridade permanente, profetas: homens inspirados que revelaram a verdade de Deus. evangelistas: missionários pregadores, por meio de quem os homens se tornavam seguidores de Cristo, pastores e mestres: em outros trechos, são chamados de anciãos e bispos, que zelavam pelos convertidos e pelo seu crescimento. Todos os pastores numa igreja local deveriam estar aptos para ensinar (alguns em particular e outros em público), como também para pastorear (v. lTm 5.17); mas havia também mestres na igreja que tinham uma missão mais itinerante do que os administradores (Rm 12:7; 1Co 12:27). Os três propósitos desses dons são preparar pessoas que vão fazer o serviço que vai edificar a igreja. O terceiro propósito, que é o propósito final, é o tema recorrente da carta (1.23; 2.21; 3.19; 4:13 16:5-27). Todas essas atividades devem continuar até que a igreja alcance a medida da plenitude de Cristo. E uma unidade a ser alcançada, enquanto a unidade Dt 4:3-5 é uma unidade já existente. A unidade integrada de um bebê é suficientemente real, mas não é a unidade consciente de um homem maduro. A unidade para a qual a igreja caminha é uma unidade de conhecimento pessoal do Filho de Deus. A fé é mais o que comumente queremos dizer com conhecimento; i.e., familiaridade completa com a mente de Cristo,

v. 14. O propósito é que-, esta é a conclusão: à medida que a igreja caminha para essa maturidade final, ela sai da sua infância e instabilidade que existe em virtude da doutrina inadequada e da experiência inadequada de Cristo. O novato espiritual está muito aberto para doutrinas falsas e falsos mestres, astúcia-, sugere o manuseio hábil de dados de um jogo de dados, esperteza-, ocorre novamente em 6.11, identificando aí a sua origem, v. 15. seguindo a verdade em amor. manter a verdadeira doutrina de forma compatível com o estilo de vida, não como arma para a luta, mas para manter o crescimento equilibrado em Cristo (Cl 3:16). Isso produz uma expressão madura da cabeça em cada membro do corpo. v. 16. ajustado-, uma metáfora da arquitetura indicando harmonia. unido-, assim como um corpo é unido por ligamentos e juntas, indicando solidez. Quando as partes funcionam de forma apropriada, a cabeça conduz tudo por meio do controle geral de tal forma que o corpo se desenvolva de forma correta.

V MARCAS DA NOVA VIDA (4.17—6.20)


1) No caráter pessoal (4:17-24)
v. 17-19. Como sempre, Paulo passa do dogmático para o pragmático, pois a plenitude de Cristo no presente pode ser vista em operação somente na igreja nas esferas do caráter e do serviço. Estes são estimulados pela operação da mente, e a ruína moral do mundo dos gentios está arraigada na inutilidade dos seus pensamentos. Eles estão destituídos dos reais valores de Deus e da eternidade. Essa inutilidade, Paulo ensina, se origina numa causa interior, o intelecto obscurecido; e numa causa exterior, o separar-se de Deus. Sem Deus, o homem está na escuridão, porque Deus é a sua verdadeira luz. Essas duas causas surgem da ignorância em relação a Deus em que estão, e essa ignorância, por sua vez, surge da dureza ou obstinação de coração por meio das quais os homens rejeitam a revelação de Deus. Rm 1:18-45 desenvolve isso em mais detalhes, e ambas as seções deveriam ser estudadas em conjunto com Ef 2:2,Ef 2:3 para uma verdadeira compreensão das condições em que se encontra o incrédulo,

v. 19. Tendo perdido toda a sensibilidade-, i.e., já não se importam. A alma, quando destituída de recursos espirituais, volta-se ao corpo na busca de satisfação, e até mesmo as ondas mais altas da cultura filosófica, mais cedo ou mais tarde, rebentam nessa costa estéril, v. 20-24. aprenderam de Cristo-, conhecer Cristo é tanto ouvi-lo (ouvir a respeito dele é insuficiente) quanto ser ensinado e instruído nele. Este último aspecto tem início com a instrução oral do novo convertido. Isso consistia em um esboço da vida e nos ensinos do nosso Senhor que é o cerne dos Evangelhos sinópticos (Lc 1:3,Lc 1:4), e foi ordenado a todos (Mt 28:19); é arriscado ignorar esse ensino (lTm 6.3,4). a verdade que está em Jesus-, verdade absoluta, e não um aspecto dela, como se ele fosse comparado a Confúcio. Cristo é a verdade (Jo 14:6), por isso aprender (de) Cristo é aprender a verdade. Despir-se do velho homem e vestir o novo são duas metades da mesma ação. A repetição momento a momento dessa decisão é o segredo da vida cristã transformada (Rm 6:13,Rm 6:14). Observe o contraste entre enganosos e verdade. A natureza humana não pode ser reformada (Rm 8:7); precisa ser regenerada. A nova (kainos, nova em gênero) criação, que substitui a antiga de Gn 1:27, restaura a semelhança de Deus, e a renovação ocorre no ser interior, no espírito da mente, justiça-, é a conduta correta em relação a Deus, e santidade, aqui, é a conduta correta em relação às outras pessoas.

(a)    4.25 falsidade
(b)    4.26,27 ressentimento
(c)    4.28 roubo
(d)    4.29,30 maledicência
(e) 4.31—5.2 malícia


2) Na comunidade cristã (4.25—5.2)
Nessa seção e na próxima, Paulo trata de oito males e virtudes que são opostos, assim contrastando o andar dos gentios com o andar dos cristãos. E uma exposição adiantada do tema dos Dois Caminhos, proeminente na Didaquê e na Epistola de Barnabé. As seções que seguem são a aplicação que Paulo faz dos v. 22-24.

vs. verdade vs. autocontrole vs. generosidade vs. edificação vs. amor

(f)    5:3-14    impureza    vs. pureza

(g)    5:15-17    imprudência    vs. sabedoria

(h)    5:18-20    libertinagem    vs. alegria

v. 25. abandonar, remover, a mesma palavra que é usada no v. 22 (“despir-se”). A ordem é citada com base em Zc 8:16, e o versículo seguinte vem de Sl 4:4, na LXX. E interessante observar como Paulo cita a segunda parte do versículo do salmo e comparar Mt 5:22-40 com a frase seguinte no v. 27. A ação precipitada recebe a oportunidade das mãos do diabo {diabolos poderia significar caluniador). A ira no v. 26 é o sentimento de provocação, e não somente a expressão dela. v. 29. conforme a necessidade', é importante aproveitar a melhor oportunidade para compartilhar a graça.

v. 30. Acerca do dia da redenção, v. Rm 8:23; o crente vive na expectativa de um corpo ressurreto na criação liberta no retorno de Cristo. Amargura, indignação e ira são três estados de espírito emocional, sendo os outros três aspectos expressões exteriores daqueles elementos.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Efésios Capítulo 4 do versículo 1 até o 16

II. A Conduta do Crente no Mundo. 4:1 - 6:24.

Ef 4:1 Ele nos falou das riquezas da Sua graça e das riquezas da Sua glória por meio de Jesus Cristo. Agora Ele nos exorta a vivermos de maneira digna neste mundo.
1) A Unidade do Espírito. Ef 4:1-6.

Deus realizou uma unidade maravilhosa que os crentes têm a responsabilidade de manter na experiência.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Efésios Capítulo 4 do versículo 1 até o 16
VII. A UNIDADE DO ESPÍRITO Ef 4:1-49; 1Co 12:12-46 n.). Ele não receia usar metáforas misturadas, falando primeiro do templo que "cresce" (Ef 2:21), e aqui, do corpo que é edificado. Do lado divino, já existe uma unidade (4-6); do lado humano, essa unidade deve ser alcançada pela Igreja, por meio do uso correto dos dons mencionados acima. Progresso no conhecimento do Filho de Deus (13) é essencial para a realização dessa unidade. O conceito do "varão perfeito", desenvolve esta idéia de unidade. Nosso progresso espiritual não será determinado por individualismo, como se o propósito de Deus fosse a produção de grandes homens. O individualismo deve dar lugar àquela unidade orgânica, cujos interesses e objetivos estão muito além do alcance do indivíduo e que se definem aqui como a medida da estrutura da plenitude de Cristo. O individualismo é indício da imaturidade da infância. Eis o contraste feito aqui; devemos ser homens "maduros" e não meninos... levados em redor por todo vento de doutrina (14). O pensamento de Paulo focaliza a vacilação e a instabilidade infantil, bem como o individualismo. Os barquinhos estão à mercê do vento e das ondas de um modo desconhecido dos grandes veleiros. Os ventos são uma figura dos homens que ensinam "outro evangelho" (cfr. Gl 1:6-48), e que pervertem a verdade por astúcia. Seguindo a verdade (15): o verbo não se limita ao ato de falar, mas inclui outras formas de testemunhar. Nesta epístola incontroversa Paulo não empreende nenhuma declaração de erros quaisquer, nem uma detalhada refutação dos mesmos. Recomenda uma ação positiva que seria a melhor proteção possível contra a infiltração de todo e qualquer erro. A melhor defesa é o ataque. Outro aspecto da resistência ao erro é a apresentação, ao inimigo, de uma frente de combate comum. Cresçamos (15). O processo não se manifestará em moldes individualistas, mas será sujeito aos interesses da coletividade. Naquele... Cristo (15): uma recapitulação da idéia no vers. 13. Este crescimento abrange não somente a parte essencialmente religiosa da vida, mas todos os seus aspectos. Ele deve ser governado, não pelos interesses diversos dos membros individuais do corpo, mas por Aquele que é o Cabeça, Cristo (15).

>Ef 4:16

No vers. 16 Paulo tem em vista a estrutura, maravilhosa e complicada, do corpo humano, firmemente unido por juntas e ligaduras apropriadas (veja passagem paralela, Cl 2:19, e cfr. 1Co 12:12-46). Nisto ele reconhece o lugar e a influência de cada parte, funcionando "segundo a justa cooperação". Assim, pelo funcionamento correto das partes individuais é edificada uma estrutura coerente e harmoniosa. Novamente o apóstolo utiliza metáforas que indicam tanto a unidade espiritual como orgânica: ambas são necessárias na apresentação desta grande verdade.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Efésios Capítulo 4 do versículo 1 até o 32

10. Andando em Humildade (Efésios 4:1-6)

Eu, portanto, o prisioneiro no Senhor, vos rogo que andar de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com paciência, mostrando paciência um com o outro no amor, ser diligente para preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que está acima de tudo e por todos e em todos. (4: 1-6)

Quando uma pessoa se junta a uma organização, ele se obriga a viver e agir em conformidade com as normas do grupo. Ele aceita as suas metas, objetivos e padrões como o seu próprio. Um cidadão é obrigado a respeitar as leis de seu país. Um funcionário é obrigado a trabalhar de acordo com as normas, padrões e necessidades da sua empresa. Os membros de clubes de serviço comprometem-se a promover os objetivos do clube e de respeitar as suas normas. Quando alguém se junta a uma equipe atlética ele é obrigado a jogar como as ordens do treinador e de acordo com as regras do esporte. A sociedade humana não poderia funcionar sem essa obrigação.

Nós temos um desejo natural de ser aceito e de pertencer, e muitas pessoas vão a quase qualquer comprimentos para se qualificar para a aceitação de uma ordem fraternal, clube social, equipe atlética, ou outro grupo. Muitas pessoas também vão para grandes comprimentos para manter-se de ter sido rejeitado por um grupo. Os pais do cego de nascença tinha medo de dizer aos líderes judeus que Jesus havia curado seu filho, porque eles tinham medo de ser jogado para fora da sinagoga (Jo 9:22). Apesar de terem visto o resultado de um milagre que curou seu próprio filho de sua cegueira ao longo da vida, eles não crédito Jesus com o milagre por medo de ser socialmente condenado ao ostracismo. Pela mesma razão, "muitos, mesmo dos governantes creram nele, mas por causa dos fariseus não estavam confessando-O, para não serem expulsos da sinagoga; porque amaram a aprovação dos homens do que a aprovação de Deus" (12: 42-43).

Às vezes, na igreja tais lealdades a normas e medo do ostracismo não operam com a mesma força. Muitos cristãos estão contentes de ter as espirituais de segurança, bênçãos e promessas do evangelho, mas tem muito pouco sentido de responsabilidade em conformidade com suas normas e obedecer seus comandos.
Nos três primeiros capítulos de Efésios Paulo tem estabelecido a posição do crente com todas as bênçãos, honras e privilégios de ser um filho de Deus. Nos próximos três capítulos ele dá as consequentes obrigações e exigências de ser Seu filho, a fim de viver a salvação, de acordo com a vontade do Pai e para a Sua glória. Os três primeiros capítulos estabelecidos verdade sobre a identidade do crente em Cristo, e os três últimos chamada para a resposta prática.
Quando recebemos a Cristo como Salvador nos tornamos cidadãos de seu reino e os membros de sua família. Junto com essas bênçãos e privilégios também recebemos obrigações. O Senhor espera que agem como as novas pessoas que se tornaram em Jesus Cristo. Ele espera que Seus padrões para se tornar os nossos padrões, Seus propósitos nossos propósitos, seus desejos nossos desejos, Sua natureza nossa natureza. A vida cristã é simplesmente o processo de tornar-se o que você é.

Deus espera conformidade dentro da igreja, o Corpo de Cristo. Não é um acordo forçado legalista às regras e regulamentos externos, mas uma conformidade interior disposto a santidade, amor e vontade de nosso Pai celestial, que quer que Seus filhos honrá-Lo como seu Pai. "Comportar-vos de modo digno do evangelho de Cristo", Paulo admoestou aos filipenses: "a fim de que se eu vir vê-lo ou permanecer ausente, ouça dizer que estais firmes em um só espírito, com uma mente que se esforça juntos pela fé do evangelho "(Fp 1:27).

portanto, de Ef 4:1; Cl 3:1; 1Ts 4:11Ts 4:1). Junto com o seu ministério de anunciar Cristo, Paulo também foi "admoestando a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, para que apresentemos todo homem perfeito em Cristo" (Cl 1:28). Em suas bem conhecidas palavras a Timóteo, Paulo declara que "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2 Tim. 3: 16-17). É impossível fazer boas obras sem o conhecimento da Palavra de Deus.

Em Efésios 4:1-6 Paulo apela aos crentes a andar dignamente de sua elevada posição em Jesus Cristo. Ao descrever essa caminhada ele discute o seu apelo, as suas características, e sua causa.

A chamada para a Valiosa Caminhada

Eu, portanto, o prisioneiro no Senhor, vos rogo que andar de modo digno da vocação a que fostes chamados, (4: 1)

Antes de dar o seu apelo, Paulo mais uma vez se refere a si mesmo como o prisioneiro no Senhor (ver 3: 1). Ao mencionar a sua prisão, ele lembra suavemente seus leitores que ele sabe que a caminhada cristã digna pode ser caro e que pagou um custo considerável a si mesmo por causa de sua obediência ao Senhor. Ele não iria pedir-lhes a andar de uma forma em que ele não tinha se andou ou pagar um preço que ele mesmo não estava disposto a pagar. Sua atual circunstância física parecia extremamente negativo do ponto de vista humano, mas Paulo queria que seus leitores saibam que isso não mudou o seu compromisso com ou sua confiança em que o Senhor .

O apóstolo não estava buscando simpatia ou usando seu confinamento Roman como um meio para envergonhar os Efésios em conformidade com o seu pedido. Ele estava lembrando-lhes de novo de sua própria subserviência total a Cristo, o seu ser o prisioneiro no Senhor se ele estava na cadeia ou não. Ele se tornou o Senhor prisioneiro na estrada para Damasco e nunca procurou ser livre de que a prisão divina.

Paulo tinha a capacidade de ver tudo à luz de como isso afetou Cristo. Ele viu tudo na vertical antes de vê-lo na horizontal Seus motivos eram de Cristo, seus padrões eram de Cristo, seus objetivos eram de Cristo, sua visão era de Cristo, toda a sua orientação era de Cristo. Tudo o que ele pensou, planejado, disse, e fez foi em relação ao seu Senhor. Ele estava no sentido mais completo um cativo do Senhor Jesus Cristo.

A maioria de nós vai admitir que nós tendem a ser tão auto-orientado que vemos muitas coisas em primeiro lugar e, por vezes, apenas em relação a nós mesmos. Mas a pessoa que tem a Palavra de Cristo permanecendo nele ricamente, o que satura sua mente com sabedoria e verdade divina vai perguntar: "Como isso afeta a Deus? Como ele vai refletir sobre ele? O que ele quer que eu faça com este problema ou essa bênção? Como posso mais por favor, e honrá-Lo neste? " Ele tenta ver tudo através da rede divina de Deus. Essa atitude é a base e a marca da maturidade espiritual. Com Davi, o cristão maduro pode dizer que tenho posto o Senhor continuamente diante de mim; Porque ele está à minha mão direita "(Sl 16:8). Ele se declarou fora de um intenso amor pelos outros, salvos e não salvos. Dos companheiros não salvo judeus, ele escreveu: "Eu estou dizendo a verdade em Cristo, não minto, a minha consciência me dá testemunho do Espírito Santo, que tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração. Por que eu poderia desejar que eu anátema, separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne "(Rm 9:1-3.).

Os cristãos não devem se ressentir um pastor de suplicando-los na fé como Paulo fez aqueles a quem ele ministrava. Um pastor que se aproxima de seu ministério com desapego ou indiferença não é digno de seu escritório. Amar a preocupação com o bem-estar espiritual dos outros é caro e, além de força de Deus é frustrante e desmoralizante.

Opiniões de pastores ao longo da última década ou mais têm revelado desânimo generalizado e até mesmo depressão-o que um escritor descreveu como fadiga de batalha. Uma grande porcentagem dos entrevistados disseram que a parte mais deprimente de seu ministério era a sensação de nunca estar completamente, de sempre ter mais o que fazer, e de ver muito de seu "sucesso" vir a ser superficial e temporária. Eles relataram que nunca parece haver tempo suficiente para preparar sermões tão cuidadosamente como deveriam, para visitar e aconselhar pessoas que deles necessitam, para participar de todas as reuniões, ou para cumprir as muitas outras coisas que se esperam de o pastor por sua congregação e por si mesmo. Seu trabalho nunca é feito, e quanto mais ele se importa mais se vê a fazer. Paulo, que se fez o trabalho de um pastor e foi um apóstolo e evangelista, falou dos crentes na Galácia como, "Meus filhos, com quem estou eu de novo em trabalho de parto, até ser Cristo formado em vós" (Gl 4:19) . Ele sofreu dores de parto perpétuos de seu grande desejo para o crescimento e maturidade espiritual daqueles a quem ele ministrava.

Não só os pastores, mas cada crente deve ter uma preocupação amorosa suplicar, implorar, mendigar e implorar com os outros para responder em obediência ao evangelho. Assim como Paulo, eles devem ter uma paixão para rogar seus companheiros crentes a andar de modo digno de sua vocação -para ser tudo o que o Senhor deseja deles.

Caminhada é freqüentemente usada no Novo Testamento para se referir a conduta diária, a vida do dia-a-dia, e é o tema dos três últimos capítulos de Efésios. Nos primeiros dezesseis versículos do capítulo 4, Paulo enfatiza a unidade e no resto do capítulo a singularidade da caminhada cristã. Nos capítulos 5:6, ele destaca a pureza moral, a sabedoria, o controle Espírito, as manifestações da família, e da guerra da caminhada cristã.

Axios ( digno ) tem o significado do radical que equilibra as escalas-o que está de um lado da grelha deve ser igual em peso ao que está no outro lado. Por extensão, a palavra passou a ser aplicado a qualquer coisa que se esperava que correspondem a algo mais. Uma pessoa digna de seu salário era um trabalho cujo dia de correspondeu salários seu dia. O crente que anda de um modo digno da vocação com queele tem sido chamado é aquele cuja vida diária corresponde a sua alta posição como filho de Deus e co-herdeiro com Jesus Cristo. Sua vida prática corresponde a sua posição espiritual.

A vocação a que foram chamados é o soberano poupança chamado de Deus (conforme 1Ts 2:12),. "Ninguém pode vir a mim", disse Jesus, "se o Pai que me enviou não o trouxer" (Jo 6:44;. Conforme v 65). Em outra ocasião, Ele disse: "E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim" (Jo 12:32). Paulo nos diz que aqueles a quem Deus "predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou" (Rm 8:30.). Como o apóstolo mencionado na abertura desta carta, "Ele nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele" (Ef 1:4).

Paulo faz muitas referências ao crente chamado ( klesis ), que, como neste caso, refere-se ao soberano, chamado eficaz de Deus para a salvação (Rm 11:29; 1Co 1:261Co 1:26;. Ef 1:18; Ef 4:1; Fp 3:14; 2Ts 1:112Ts 1:11; 2Tm 1:92Tm 1:9)...

Sem Deus vocação , sem Sua escolha, a nossa escolha Ele seria inútil. Na verdade, se Deus não chamou os homens para si nenhum homem gostaria de vir a Ele, porque o natural, todo homem natural homem-está em inimizade com Deus (Rm 8:7). Deus não se contentou simplesmente para tornar a salvação disponível. Ele chamou os eleitos redimidos a Si mesmo.

É por isso que a nossa vocação é uma vocação, uma "vocação celestial" (He 3:1).

No entanto, a humildade é terrivelmente indescritível, porque se focado em demasia ele vai se transformar em orgulho, seu exato oposto. A humildade é uma virtude a ser muito procurado, mas nunca disse, porque uma vez alegou que é perdido. Só Jesus Cristo, como Filho perfeitamente obediente, poderia afirmar justificAdãoente humildade para si mesmo. "Pegue o meu jugo sobre vós", disse Ele, "porque sou manso e humilde de coração" (Mt 11:29). Ele veio ao mundo como o Filho de Deus, mas nasceu em um estábulo, cresceu em uma família de camponeses, nunca imóvel de propriedade, exceto os artigos de vestuário em suas costas, e foi enterrado em um túmulo emprestado. A qualquer momento ele poderia ter exercido seu divino direitos, prerrogativas, e glória, mas em obediência e humildade Ele se recusou a fazê-lo porque teria sido ir para fora a vontade do Pai. Se o Senhor da glória andou em humildade enquanto Ele estava na terra, quanto mais são os Seus seguidores imperfeitos para fazê-lo? "Aquele que diz que permanece nele, esse deve-se a caminhar na mesma maneira como Ele andou" (1Jo 2:6). Porque ele disse: "Eu sou um deus, 'o Senhor expulsá-lo" da montanha de Deus "(Ez. 28: 11-19) O pecado original de Adão e Eva foi o orgulho, confiando em seu próprio entendimento acima de Deus (. Gênesis 3:6-7.) O escritor de Provérbios adverte: "Quando o orgulho vem, então vem a desonra" (11: 2), "O orgulho vem antes da destruição, e um espírito altivo, antes de tropeço" (16:18), e novamente "Olhar altivo e coração orgulhoso, tal lâmpada dos ímpios é pecado" (21: 4).

Isaías advertiu: "O olhar orgulhoso do homem será humilhado, e a altura do homem será humilhado, e só o Senhor será exaltado naquele dia" (Is 2:11; conforme 3:. 16-26). "Eis que eu sou contra ti, ó arrogante", declarou Deus contra a Babilônia, "Para o seu dia chegou, o momento em que vou puni-lo. E o arrogante vai tropeçar e cair, sem ninguém para ressuscitarei" (Jer. 50: 31-32). O último capítulo do Antigo Testamento começa assim: "Pois eis que o dia está chegando, queimando como uma fornalha, e todo o arrogante e todo malfeitor será joio" (Ml 4:1.); "O galardão da humildade e do temor do Senhor são riquezas, honra e vida" (22: 4); "Louve-te, e não a tua boca; um estranho, e não os teus lábios" (27: 2).

A humildade é um ingrediente de toda a bênção espiritual. Assim como todo pecado tem suas raízes no orgulho, toda a virtude tem suas raízes na humildade. A humildade nos permite ver como somos, porque nos mostra diante de Deus como Ele é. Assim como o orgulho é por trás de cada conflito que temos com outras pessoas e todos os problemas de comunhão que temos com o Senhor, de modo que a humildade é por trás de cada relação harmoniosa humana, todo o sucesso espiritual, e cada momento de comunhão de alegria com o Senhor.
Durante os dias de escravidão nas Índias Ocidentais, um grupo de cristãos da Morávia descobriu que era impossível para testemunhar aos escravos, porque eles foram quase totalmente separada da classe dominante, muitos dos quais sentiram que abaixo deles mesmo para falar com um escravo. Dois jovens missionários, no entanto, estavam determinados a chegar a esses povos oprimidos a qualquer custo. A fim de cumprir o chamado de Deus, eles se juntaram aos escravos. Eles trabalharam e viveram ao lado dos escravos, tornando-se totalmente identificado com eles, compartilhando seu excesso de trabalho, os espancamentos, e seu abuso. Não é estranho que os dois missionários rapidamente conquistou os corações daqueles escravos, muitos dos quais aceites por si mesmos a Deus, que podia mover os homens a tal abnegação amoroso.

Uma pessoa não pode mesmo tornar-se um cristão sem humildade, sem reconhecer a si mesmo como um pecador e digno apenas de justa condenação de Deus. "Em verdade eu vos digo", disse Jesus, "a menos que você está convertam e se tornem como crianças, não entrareis no reino dos céus Todo aquele que se humilha ...." (Mat. 18: 3-4). No auge de sua própria fama e reconhecimento como um profeta, João Batista disse de Jesus: "Eu não sou digno de remover suas sandálias" (Mt 3:11) e "Ele deve crescer, mas eu diminua" (Jo 3:30). Marta estava ocupada fazendo muitas coisas supostamente para Jesus 'causa, mas em três ocasiões diferentes, vemos Maria simplesmente sentado humildemente aos pés de Jesus. Em todos os quatro evangelhos os escritores se esconder e chamar a atenção para Jesus. Como é fácil teria sido para eles incluem sutilmente contas favoráveis ​​para si. Mateus se identifica como um coletor de impostos desprezado, o que nenhum dos outros evangelistas faz. Por outro lado, ele não menciona a festa que ele deu para seus companheiros de coletores de impostos ao encontro de Jesus. Devido a humildade de Mateus, que foi deixado com Lucas para escrever sobre isso.

Marcos provavelmente escreveu sob a tutela de Pedro, e, possivelmente, por causa da influência que do apóstolo, ele não relata duas das coisas mais incríveis que aconteceram com Pedro durante o ministério de Jesus, seu caminhar sobre a água e sua confissão de Jesus como o Cristo, o Filho do Deus vivo. João nunca menciona seu próprio nome, referindo-se a si mesmo simplesmente como "o discípulo a quem Jesus amava".
Em uma compilação de citações de idade é um excelente parágrafo escrito por Tomé Guthrie:
Os edifícios grandiosos, as torres mais altas, as torres mais altas descansar sobre fundações profundas. A própria segurança dos presentes eminentes e graças proeminentes reside na sua associação com profunda humildade. Eles são perigosos sem ele. Grandes homens precisam ser homens bons. Olhe para o navio poderoso. Um leviatã para o mar, com sua imponente mastros e carregando uma nuvem de lona. Como ela estabiliza-se sobre as ondas e caminha ereto sobre as águas rolando como uma coisa com a inerente, a vida de auto-regulação. ... Por que ela não jogou no fim de seu feixe, enviado debatendo ao abismo? Porque invisível sob a superfície um vasto casco bem lastrado dá o equilíbrio e toma conta da água, ela mantém estável sob uma vela pressive e no seio de um mar inchaço. Mesmo que para preservar o santo na posição vertical, para preservar a ereto santo e salvo de cair, Deus lhe dá equilíbrio e lastro concedendo o homem a quem deu dotes elevados, a graça tendant de uma humildade proporcional.

Humildade começa com auto-consciência adequada, "a virtude", disse Bernard de Clairvaux ", pela qual o homem se torna consciente de sua própria indignidade." Ela começa com um, sem adornos, vista unretouched honesto de si mesmo. A primeira coisa que a pessoa honesta vê em si mesmo é o pecado, e, portanto, um dos mais seguros marcas da verdadeira humildade é a confissão diária do pecado. "Se dissermos que não temos pecado, enganamos a nós mesmos, ea verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (I João 1:8-9). "Nós não somos corajosos para classe ou comparar-nos com alguns daqueles que se louvam", diz Paulo; "Mas quando eles medem-se por si mesmos, e se comparam consigo mesmos, estão sem entendimento" (2Co 10:12). Não é só unspiritual mas pouco inteligente para nos julgar por comparação com os outros. Todos nós tendemos a exagerar nossas boas qualidades e minimizar as boas qualidades dos outros. Humildade decola nossos óculos cor-de-rosa e permite-nos ver a nós mesmos como realmente somos. Nós não somos "adequada em nós mesmos para considerar alguma coisa, como de nós mesmos", diz Paulo, "mas a nossa capacidade vem de Deus" (2Co 3:5).

Em terceiro lugar, a humildade envolve-consciência Deus. Ao estudarmos a Sua vida nos evangelhos passamos a ver Jesus mais e mais em sua perfeição, Sua perfeita humildade humana, Sua perfeita submissão ao Pai, o Seu perfeito amor, compaixão e sabedoria. Mas além de sua perfeição humana que também vêm para ver a Sua perfeição, Seu poder ilimitado divina; Sua conhecer os pensamentos e coração de cada pessoa; e Sua autoridade para curar doenças, expulsai os demônios, e até mesmo perdoar os pecados. Nós viemos para ver Jesus Cristo como Isaías viu o Senhor ", sentado em um trono, sublime e exaltado" e queremos gritar com os serafins: "Santo, Santo, Santo, é o Senhor dos exércitos, toda a terra está cheia de Sua glória ", e com o próprio profeta:" Ai de mim, pois eu estou arruinado Porque eu sou um homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de lábios impuros;! e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos "(Is 6:1, Is 6:5).

Quando Paulo olhou-se no auto-conhecimento, ele viu o principal dos pecadores (1Tm 1:15). Quando Pedro olhou-se na consciência de Cristo, ele disse: "Afasta de mim, porque sou um homem pecador, ó Senhor" (Lc 5:8).

Brandura

Humildade sempre produz Gentilza ou mansidão. A mansidão é um dos sinais mais seguros de verdadeira humildade. Você não pode possuir mansidão sem humildade, e você não pode possuir mansidãocom orgulho. Porque orgulho e humildade são mutuamente exclusivas, por isso são orgulho e humildade, ou Gentilza .

Muitos dicionários definem a mansidão em termos tais como "tímida, ou uma deficiência de coragem ou espírito"; mas isso está longe de ser o significado bíblico. Praotēs (aqui traduzida Gentilza ) refere-se ao que é leve de espírito e auto-controlado, o oposto de vingança e vingança. Jesus usou a forma adjetiva em dar a terceira bem-aventurança ("Bem-aventurados os mansos," Mt 5:5A Gentilza é um dos frutos do Espírito (Gl 5:23.) e deve caracterizar cada filho de Deus (Cl 3:12; conforme Fp 4:5). Mesmo em Sua humanidade, Jesus tinha acesso ao poder divino infinito, que Ele poderia, a qualquer momento ter usado em sua própria defesa. No entanto, não uma vez que Ele escolheu para fazê-lo. Sua recusa em se alistar recursos divinos para nada, mas obedecendo a vontade do Pai é a imagem suprema da mansidão de energia sob controle.

Davi exibido tal mansidão quando ele se recusou a matar o rei Saul na caverna perto de En-Gedi, embora ele tivesse oportunidade fácil e justificativa considerável do ponto de vista humano (1 Sam. 24: 1-7). Depois o próprio Davi tornou-se rei, ele novamente mostrou o sistema de retenção de mansidão quando ele se recusou a retaliar contra as provocações maliciosos, maldições e lançamento de pedras de Simei (2 Sam. 16: 5-14).

Moisés é descrito como "muito humilde, mais do que qualquer homem que estava sobre a face da terra" (Nu 12:3.), Raivosamente confrontou Israel com a sua rebeldia e idolatria (32: 19-29), e mesmo com ousadia diante do Senhor para perdoar os pecados do povo (32: 11— 13 30:32). No entanto, a confiança de Moisés não estava em si mesmo, mas no caráter e promessas do Senhor. Quando Deus o chamou, Moisés respondeu: "Por favor, Senhor, eu nunca fui eloqüente, nem recentemente nem no tempo passado, nem depois que falaste a teu servo; porque sou pesado de boca e pesado de língua" (4: 10). Como ele serviu ao Senhor durante toda a sua vida, Moisés teve a vara de Deus para lembrá-lo de que a grande obra para a qual o Senhor o havia chamado poderia ser realizado apenas em próprio poder do Senhor. Que ele próprio era nada e Deus era tudo foram as marcas da mansidão de Moisés. Como observou Martyn Lloyd-Jones, "Ser manso significa que você terminar com você mesmo por completo."

No entanto, a pessoa mansa é também capaz de raiva e ação justa quando o Palavra ou o nome de Deus é difamado, como Jesus foi quando a casa de Seu Pai foi feita na cova de um ladrão e Ele forçosamente expulsou os infratores (Mt 21:13). Como Paulo afirma mais tarde nesta carta, é possível ficar com raiva e não o pecado (Ef 4:26). Como o próprio Senhor, a pessoa humilde não revidava quando ele é vilipendiado (1Pe 2:23). Quando a pessoa mansa fica com raiva, ele é despertado por aquilo que calunia Deus ou é prejudicial para os outros, não pelo que é feito contra si mesmo. E sua raiva é controlada e cuidadosamente dirigida, não a ventilação descuidado e selvagem de emoção que respinga todo mundo que está próximo.

Uma das marcas da verdadeira humildade é auto-controle. As pessoas que estão irritados com todos os incômodo ou inconveniência de se saber nada de mansidão ou Gentilza . "Aquele que é lento para a ira é melhor do que o poderoso, eo que domina o seu espírito, do que aquele que toma uma cidade" (Pv 16:32). Duas outras marcas de mansidão, já citados, estão a raiva em nome de Deus ou trabalho que está sendo difamado e falta de raiva quando nós mesmos sejam prejudicados ou criticado.

A pessoa mansa responde de bom grado a Palavra de Deus, não importa o que as exigências ou consequências, humildemente receber "a palavra implantada" (Jc 1:21). Ele também é um pacificador, que prontamente perdoa e ajuda a restaurar um irmão pecador (Gl 6:1). Não só as mulheres cristãs, mas todos os crentes devem ser adornado "com a qualidade imperecível de um espírito manso e tranqüilo" (1Pe 3:4).Deus havia prometido que os descendentes de Abraão seria uma grande nação (Gn 12:2).

Deus disse a Noé que construísse um navio no deserto, longe de qualquer corpo de água e nunca tinha havido chuva na terra. Por 120 anos Noé trabalhou nessa tarefa, enquanto pregava para os seus vizinhos da vinda do julgamento de Deus.

Na crônica de santos fiéis do Antigo Testamento no livro de Hebreus, paciência de Moisés é mencionado duas vezes. Ele escolheu, em vez "de suportar maus-tratos com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado; considerando o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito;. Porque tinha em vista a recompensa Pela fé deixou o Egito , não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como quem vê aquele que é invisível "(Hebreus 11:25-27.).

Tiago disse: "Como um exemplo, irmãos, de sofrimento e de paciência, tenham os profetas que falaram em nome do Senhor" (Jc 5:10). Quando Deus chamou Jeremias, Ele disse ao profeta que ninguém iria acreditar em sua mensagem e que ele seria odiado, caluniado e perseguido (Jer. 1: 5-19). Contudo, Jeremias serviu ao Senhor com fidelidade e pacientemente até o final de sua vida. Da mesma forma, quando o Senhor chamou Isaías foi-lhe dito que o país não iria ouvi-lo nem converterem dos seus pecados (Isa. 6: 9-12). Como Jeremias, no entanto, ele pregou e ministrou com fidelidade paciente.

Paulo estava disposto a suportar qualquer sofrimento, aflição, o ridículo, ou a perseguição, a fim de servir pacientemente seu Mestre. "O que você está fazendo, chorando e magoando-me o coração?" ele perguntou aos cristãos em Cesaréia após o profeta Ágabo previu detenção e prisão do apóstolo. "Porque eu estou pronto não só a ser ligado, mas ainda a morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus" (At 21:13).

Quando HM Stanley foi para a África, em 1871, para encontrar e informar sobre Davi Livingstone, ele passou vários meses na companhia do missionário, observando atentamente o homem e seu trabalho.Livingstone nunca mais falou com Stanley sobre assuntos espirituais, mas compaixão amorosa e paciente de Livingstone para os povos africanos foi além da compreensão de Stanley. Ele não conseguia entender como o missionário poderia ter tal amor e paciência com as pessoas para trás, pagãos entre os quais ele tinha tanto tempo ministrava. Livingstone literalmente passou-se em serviço incansável por aqueles a quem ele não tinha nenhuma razão para amar, exceto por amor de Cristo. Stanley escreveu em seu diário: "Quando eu vi que a paciência incansável, que o zelo incansável e esses filhos iluminados da África, eu me tornei um cristão ao seu lado, embora ele nunca me falou uma palavra."

Aristóteles disse que a maior virtude grega foi a recusa a tolerar qualquer insulto e prontidão para contra-atacar. Mas esse não é o caminho de Deus para o Seu povo. O santo paciente aceita tudo o que as outras pessoas fazem com ele. Ele é "paciente com todos os homens" (1Ts 5:14), mesmo aqueles que tentam a sua paciência ao limite. Ele é paciente com aqueles que o caluniam e que questionar seus motivos para servir ao Senhor.

O santo paciente aceita o plano de Deus para tudo, sem questionar ou resmungando. Ele não reclama quando sua vocação parece menos glamourosa do que alguma outra pessoa ou quando o Senhor envia-lo para um lugar que é perigoso ou difícil. Ele lembra que o Filho de Deus deixou a sua casa celestial de amor, santidade e glória para vir à terra e ser odiado, rejeitado, cuspido, e crucificado, sem uma vez retribuir o mal com o mal ou reclamando a seu pai.

Amor tolerante

Um quarto elemento característico da caminhada cristã digna é paciência um com o outro no amor . Pedro nos diz que tal "amor cobre uma multidão de pecados" (1Pe 4:8). Amor tolerante toma o abuso de outras pessoas, enquanto continua a amá-los.

Tolerante amor só poderia ser ágape amor, porque só Ágape amor dá de forma contínua e incondicionalmente. Eros amor é essencialmente auto-amor, porque ele se preocupa com os outros só por causa do que ele pode ficar com eles. É o amor que leva e nunca dá. Philia amor é principalmente amor recíproco, o amor que dá, desde que ele recebe. Mas Ágape amor é o amor sem reservas e sem egoísmo, o amor que dá de bom grado se recebe em troca ou não. É benevolência invencível, invencível bondade-amor que vai para fora até mesmo os inimigos e ora por seus perseguidores (Mt 5:1; conforme Fm 1:3; conforme Rm 8:9, 21-23).

A responsabilidade da igreja, através das vidas dos crentes individuais, é de preservar a unidade por fielmente andando de um modo digno do chamado de Deus, manifestando Cristo ao mundo pela unidade n'Ele (conforme Rm 15 (v. 1):. 1— 6; 1 Cor 1: 10-13; 3: 1-3.; Fp 1:27).. O mundo está sempre em busca, mas nunca encontrar a unidade. Todas as leis, conferências, tratados, convênios e acordos deixar de trazer a unidade ou a paz. Alguém informou que ao longo da história todo tratado feito foi quebrado. Não há, nem pode ser, qualquer paz para os ímpios (Is 48:22). Enquanto auto está no centro; enquanto os nossos sentimentos, prestígio, e os direitos são a nossa principal preocupação, nunca haverá unidade.

vínculo que preserva a unidade é a paz , o cinto espiritual que envolve e une o povo santo de Deus juntos. É o vínculo que Paulo descreveu em Filipenses como "ser da mesma mente, mantendo o mesmo amor, unidos em espírito, com a intenção de um propósito" (2: 2). Por trás desse vínculo da paz é o amor, que Cl 3:14 chama de "o perfeito vínculo de união."

Humildade dá à luz a Gentilza, bondade dá à luz a paciência, paciência dá à luz amor sofrer, e todos os quatro dessas características preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz . Estas virtudes e do sobrenatural unidade a que testemunham são, provavelmente, o mais poderoso testemunho da igreja pode ter, porque eles estão em grande contraste com as atitudes e desunião do mundo. Nenhum programa ou método, não importa o quão cuidadosamente planejada e executada, pode abrir a porta para o evangelho da maneira crentes individuais podem fazer quando estão genuinamente humilde, manso, paciente, deixando as no amor, e demonstrar a unidade pacífica no Espírito Santo.

A causa do Valiosa Caminhada

Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que está acima de tudo e por todos e em todos. (4: 4-6)

Tudo o que diz respeito à salvação, a igreja, eo reino de Deus está baseado no conceito de unidade, que se reflectem no uso de Paulo de sete um 's nestes três versos. A causa, ou base, de unidade externa é a unidade interior. Unidade prática é baseada na unidade espiritual. Para enfatizar a unidade do Espírito, Paulo recita as características de unidade que são pertinentes para a nossa doutrina e da vida.

Paulo não desenvolver as áreas específicas de unidade, mas apenas as listam : corpo, espírito, esperança, Senhor, a fé, o batismo, e Deus e Pai . Seu foco é sobre a unicidade desses e todos os outros aspectos da natureza, o plano de Deus, e do trabalho como base para o nosso compromisso de viver como um só. É óbvio que o versículo 4 centros sobre o Espírito Santo, versículo 5 no Filho, e versículo 6 do Pai.

Unidade no Espírito

Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; (4: 4)

Há apenas um corpo de crentes, a Igreja, que é composto por todos os santos que confiou ou vai confiar em Cristo como Salvador e Senhor. Não há corpo denominacional, geográfica, étnica ou racial. Não há Gentil, masculino, feminino, escravo ou homem livre corpo judeu. Há somente de Cristo corpo , e da unidade do corpo é o coração do livro de Efésios.

Obviamente, não existe, mas um só Espírito , o Espírito Santo de Deus, que é possuída por cada crente e que é, portanto, a força unificadora interior no corpo . Os crentes são templos individuais do Espírito Santo (1 Cor. 3: 16-17), que são coletivamente "bem ajustado [e são] crescendo em um templo santo no Senhor, ... que está sendo construído em conjunto em uma habitação de Deus no Espírito "(Ef. 2: 21-22). O Espírito "é dada como penhor da nossa herança, tendo em vista a redenção da possessão de Deus, para o louvor da sua glória" (Ef 1:14). Ele é o anel de noivado divina (penhor), por assim dizer, que garante que todos os crentes estarão na ceia das bodas do Cordeiro (Ap 19:9.), que irá ocorrer quando vemos o Cristo glorificado (1Jo 3:2). Paulo disse aos Gálatas: "Mesmo que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que vos temos pregado a você, seja anátema" (Gl 1:8).

Por conseguinte, só pode haver uma só fé . Paulo não está se referindo aqui ao ato de fé pela qual uma pessoa é salva ou a fé contínua que produz vida correta, mas sim o corpo de doutrina revelada no Novo Testamento. Em verdadeiro cristianismo só existe uma só fé , "a fé que uma vez por todas foi entregue aos santos" e para o qual estamos a lutar (Jd 1:3). Aqueles que por um só Senhor estão em uma só fé testemunhar que a unidade em um só batismo .

Unity no Pai

um só Deus e Pai de todos, que está acima de tudo e por todos e em todos. (4: 6)

A doutrina básica do judaísmo sempre foi: "O Senhor é o nosso Deus, é o único Senhor!" (Dt 6:4; Is 46:9; Ef. 4: 3-6; Jc 2:19). No entanto, também o Novo Testamento revela a verdade mais completa que o único Deus está em três às Pessoas Pai , Filho e Espírito Santo (Mt 28:19; Jo 6:27; Jo 20:28; Atos 5:3-4.).

Deus o Pai é frequentemente usado na Escritura como o título divino mais abrangente e inclusiva, embora seja claro de muitos textos do Novo Testamento que Ele nunca está separado na natureza ou o poder do Filho ou o Espírito Santo. Argumento de Paulo aqui não é o de separar as pessoas da Divindade, mas observar seus papéis originais e ainda se concentrar em sua unidade em relação uns aos outros e em relação ao nos vários aspectos diferentes mencionados nestas três versos manifestou-igreja.

O nosso único Deus e Pai , juntamente com o Filho eo Espírito Santo, é sobre todos, e por todos e em todos . Essa declaração pontos abrangentes para o divino, a unidade glorioso, eterno que o Pai dá aos crentes pelo Seu Espírito e por meio do Filho. Estamos Deus criou, Deus amou, Deus salvou, Deus gerou a Deus controlada, Deus sustentou, Deus encheu, e Deus bendito. Somos um povo com menos de um soberano ( sobre tudo ), onipotente ( por tudo ) e onipresente ( em todos ) Deus.

11. Os presentes de Cristo à sua Igreja (Efésios 4:7-11)

Mas a cada um de nós foi dada a graça conforme a medida do dom de Cristo. Por isso, diz: "Quando Ele ascendeu ao alto, levou cativo cativo o cativeiro, e deu dons aos homens."(Agora, esta expressão, "Ele subiu", o que significa senão que também havia descido às partes mais baixas da terra? Aquele que desceu é Ele mesmo também Aquele que subiu muito acima de todos os céus, para que pudesse cumprir todas as coisas.) E ele deu uns como apóstolos, e outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, (4: 7-11)

A essência do evangelho não está no que os homens devem fazer para Deus, mas em que Ele tem feito para os homens. O Novo Testamento, como o Antigo, contém muitos comandos e exigências, muitas normas a cumprir e obrigações a cumprir. Mas importante quanto essas coisas são, eles não são o coração do cristianismo. Eles são simplesmente o que Deus chama e nos capacita a fazer para a Sua glória em resposta ao que Ele tem feito por nós, por nosso Senhor Jesus Cristo. Cada livro do Novo Testamento ensina que Cristo fez para os crentes, e cada exortação Novo Testamento é construído sobre os alicerces a graciosa provisão de Deus através do Salvador. Deus deu o dom supremo de graça e de Seus filhos estão a responder em obediência fiel (conforme Ef 2:10).

Paulo começa esta passagem, referindo-se o que Deus tem feito por aqueles que confiaram no seu Filho. A caminhada digna Cristão acaba descrito (4: 1-6) é realizada através do ministério do dom que Ele nos deu. Nos versículos 7:11 o apóstolo nos assegura primeiro que todo crente tem sido individualmente talentoso; em seguida, ele nos mostra como Cristo obteve o direito de dar presentes; e, finalmente, ele menciona alguns dos homens especialmente dotadas por meio do qual o Senhor abençoa toda a igreja.

Os presentes de Cristo aos crentes individuais

Mas a cada um de nós foi dada a graça conforme a medida do dom de Cristo. (4: 7)

É importante notar que o termo , mas , com a qual esta verso começa, é utilizado aqui como um adversative em vez de como um conjunto simples. Pode ser traduzido "apesar de que" ou "por outro lado," contrastando o objecto anterior com o que está para ser dito.

Esta interpretação da mas reúne a ênfase da unidade que tem sido o tema de versos ecoando 3-6 com a ênfase paralelo da diversidade, que é o tema de versos 7:11. Ele define o individual ( cada um ), defronte do "all" (v. 6) no que diz respeito à unidade do Corpo de Cristo. A leitura , mas como adversativa é reforçada pelo uso enfático de hekastos ( cada um ). Unidade não é uniformidade e é perfeitamente consistente com a diversidade de dons. Relação da graça de Deus para "todos" é também uma relação pessoal de cada um (conforme 1Co 12:7) e um ministério pessoal através de cada um .Assim, Paulo passa da unidade dos crentes à singularidade dos crentes.

Graça é uma definição de uma única palavra do evangelho. O evangelho é a boa notícia da graça de Deus para a humanidade pecadora. A natureza da graça está dando, e que a Bíblia nos diz muito mais sobre a doação do que ficar, porque a natureza de Deus é dar. Deus é um Deus de graça, porque Ele é um Deus que dá livremente. Não tem nada a ver com qualquer coisa que tenhamos feito ou deixado de fazer; ela só pode ser recebido.

Deus é gracioso por causa de quem Ele é, não por causa de quem ou o que somos. Sua graça é, portanto, imerecido, apropriar, imerecida. Depende inteiramente Aquele que dá-lo, e não sobre aqueles que o recebem. Graça é auto-motivado, auto-gerado, ato soberano de Deus de dar.

De Deus a graça tem outra dimensão que o coloca ainda mais acima de qualquer outro tipo de doação. O maior dom da graça é self. Graça é, portanto, a doação de auto de Deus, Sua doação Self. Ele não só dá bênçãos aos homens, Ele dá a Si mesmo. Infinitamente mais importante e precioso do que qualquer bênção que Deus nos dá é que o dom de Si mesmo. A verdade incompreensível e escalonamento do evangelho é que o santo Deus do universo deu mesmo para a humanidade pecadora! Deus nos concede a Sua salvação, seu reino, sua herança, o Seu Espírito, o seu trono, Sua sabedoria, Seu amor, Seu poder, sua paz, a sua glória, e todos os outros "bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo" (Ef 1:3).

Quando escolhemos um parceiro com o qual pretendemos passar o resto da nossa vida no casamento, temos o cuidado de escolher alguém que é digno dos dom de si que o casamento exige. Essa pessoa é o que está acima de todos os outros a quem vamos dar o nosso amor, o nosso tempo, o nosso pensamento, a nossa devoção, nossa lealdade, e os nossos recursos, em suma, tudo o que temos.

No entanto, quando Deus "nos escolheu nele antes da fundação do mundo" (Ef 1:4). Tudo o que Deus pode ver no mundo é o pecado, mas Ele deu a si mesmo para que o mundo pecaminoso por meio de Seu próprio Filho, a fim de que o mundo pode ser redimido. O Filho também deu a si mesmo, esvaziando-se de sua própria glória que Ele pudesse oferecer glória aos homens mortos, e dando sua própria vida que os homens espiritualmente mortos pudessem viver.

Ao longo de seu ministério terreno Jesus continuamente deu a si mesmo para os outros. Ele se entregou aos seus discípulos, para aqueles que Ele curou, para aqueles que Ele ressuscitou dentre os mortos, lançado a partir de demônios, e perdoou dos pecados. Para a mulher no poço de Sicar Ele ofereceu a água da vida eterna (Jo 4:14), e Ele próprio era que a água (06:35; 07:38). "Você sabe que a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que pela sua pobreza nos tornássemos ricos" (2Co 8:9; Ef 4:13 de Phil; 1Tm 1:12; 2Tm 4:172Tm 4:17....), e que é o sentido do termo aqui. Paulo deixa claro que a graça foi concedida a cada crente. O artigo definido ( ele ) é usado no texto original, indicando que esta é graça , isto é, a graça única de Cristo. O prazo para a graça é charis e significa que o que é dado não é o charismata(dons especiais indicados por esta palavra em Rom. 12: 6-8 e 1 Cor. 12: 4-10), mas a graça subjetiva que trabalha em e mostra-se através da vida de um crente. Esta graça é o poder que permite que faz a função de presentes especiais para a glória de Deus.

Esta distinção é clara para o resto da declaração de Paulo, de acordo com a medida do dom de Cristo . Ativando graça é medida a ser coerente com o que é necessário para o funcionamento do dom de Cristo . O termo Dórea ( dom ) não incide sobre a undeservedness do dom como o faz charismata (os "dons" especiais; conforme Rm 12:1; 1Co 12:41Co 12:4.), nem no fonte espiritual do dom como sepneumatikon ("dons espirituais", lit., as coisas espirituais; conforme 1Co 12:1, 1Co 12:11), prendas deve ser procurada; que, uma vez que são elementos essenciais no plano de Deus (conforme 1Co 12:18, 1Co 12:22, 1Co 12:25.), prendas deve ser não utilizado; (. conforme Rm 12:3).

Em Romanos 12, Paulo dá uma explicação mais detalhada dos dons espirituais, que ele apresenta ao enfatizar, como ele faz em Efésios 4, que "temos diferentes dons segundo a graça que nos foi dada (v. 6). Por definição, presentes são algo que recebemos, e nós recebemos os dons espirituais através do trabalho da graça de Deus. presentes dos crentes não são determinadas por suas preferências, inclinações, habilidades naturais, mérito, ou qualquer outra consideração pessoal, mas unicamente por vontade soberana e graciosa de Deus. Nós são dotados de acordo com o Seu plano, o Seu propósito, e sua medida. Não temos mais a ver com a determinação de nosso presente do que fizemos com a determinação de que cor de pele, cabelo, olhos ou que nasceria com. Deus é a fonte de eleger graça, equipando graça, e permitindo a graça.

Em I Coríntios 12, vemos uma explicação e ênfase similar. "Ora, há diversidade de dons, mas o mesmo Espírito. E há diversidade de ministérios, mas o mesmo Senhor. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a cada um é dado a manifestação do Espírito para o bem comum "(vv. 4-7). Deus é o único doador e determinador de dons espirituais.

As listas de presentes específicos em Romanos 12:6-8, 1 Coríntios 12:8-10, e Ef 4:11 não são delimitações estreitas e rígidas dos dons espirituais. Não há, por exemplo, um único tipo de dom profético, dom de ensino, ou servir de presente. Uma centena de crentes com o dom de ensinar nem todos terão os mesmos graus ou áreas de capacidade de ensino ou ênfase. Pode-se destacar em público de ensino em sala de aula ou na igreja. Outro presente de ensino será para instruir as crianças, de uma outra pessoa para o ensino de um-contra-um, e assim por diante. Cada crente é dado a medida da graça e da fé para operar o seu presente de acordo com o plano de Deus. Adicionar personalidade individual de fundo, a educação, as influências na vida, e as necessidades na área de serviço e torna-se óbvio que cada crente é único.

Também não é que um crente único presente será restrito a apenas uma categoria de superdotação. Um presente indivíduo pode incluir um número de áreas específicas de superdotação, em uma variedade ilimitada de combinações. Alguém com um grande dom de administração também pode ter algo dos dons de ajuda e de ensino. Presentes dos crentes são como flocos de neve e as impressões digitais, cada um é completamente diferente de todos os outros. Alguns professores podem enfatizar conhecimento, alguma instrução, alguma misericórdia, e outros exortação. Na paleta de cores presente o Espírito Santo usa a escova de Seu plano soberano para pintar a mistura de cada crente de modo que não há dois são semelhantes.

Os cristãos não são produções de linha de montagem, com cada unidade a ser exatamente como qualquer outra unidade. Consequentemente, nenhum cristão pode substituir outra no plano de Deus. Ele tem seu próprio plano individualizado para cada um de nós e nos tem presenteado individualmente em conformidade. Nós não somos peças intercambiáveis ​​no corpo de Cristo, mas "individualmente membros uns dos outros" (Rm 12:5), a obra de Deus sofre a esse grau, porque Deus não nos chamou ou dotado outro cristão, exatamente da mesma forma ou com exatamente o mesmo trabalho. É por isso que nenhum cristão é ser um espectador. Todo crente está na equipe e é estratégica no plano de Deus, com as suas próprias habilidades únicas, posição e responsabilidades.

Nos casamentos, aniversários, Natal e outras ocasiões, muitas vezes ficamos presentes para as quais não temos nenhum uso. Nós os colocamos em uma gaveta, armazená-los na garagem, ou mais tarde dá-los a alguém. Mas Deus nunca dá tais presentes. Cada um de seus dons é exatamente o que precisamos para cumprir o nosso trabalho para Ele. Nós nunca receber o presente errado, ou muito ou pouco. Quando o Espírito Santo nos deu o nosso presente, Ele nos presenteou com precisamente a combinação certa de habilidades e capacitação que precisamos para servir a Deus. Não só o nosso superdotação únicas, fazem-nos um membro insubstituível do Corpo de Cristo, mas é uma marca do grande amor de Deus para individualizar cada um de nós para bênção único e ministério para fora.

Não utilizar o nosso presente é uma afronta à sabedoria de Deus, uma rejeição do Seu amor e graça, e uma perda para a Sua Igreja. Nós não determinar o nosso presente, merece, ou ganhá-lo. Mas todos nós temos um dom do Senhor, e se nós não usá-lo, Seu trabalho é enfraquecida e seu coração se entristece. A intenção do texto que nos é revelar a relação equilibrada entre a unidade dos crentes e sua individualidade, que contribui para essa unidade. (Para obter mais explicações sobre os dons espirituais, veja o comentário do autor em I Coríntios, observando o material em 12: 1-31; conforme Rm 12:3-8.).

Como Cristo ganhou o direito de dar presentes

Por isso, diz: "Quando Ele ascendeu ao alto, levou cativo cativo o cativeiro, e deu dons aos homens." (Agora, esta expressão, "Ele subiu", o que significa senão que também havia descido às partes mais baixas da terra? Aquele que desceu é Ele mesmo também Aquele que subiu muito acima de todos os céus, para que pudesse cumprir todas as coisas.) (4: 8-10)

Paulo está definido para delinear alguns dos dons que Cristo deu, mas antes de mencionar dons específicos concedidos a toda a igreja, ele usa o Sl 68:18 como uma passagem de comparação para mostrar como Cristo recebeu o direito de doar esses dons. As diferenças óbvias entre ambos os textos em hebraico e grego (Septuaginta) do Antigo Testamento do Sl 68:18 e citação de Paulo de que sugerem que ele provavelmente está fazendo apenas uma alusão geral à passagem por uma questão de analogia, ao invés de especificamente identificando-o como uma previsão directa de Cristo.

Salmo 68 é um hino de vitória composta por Davi para comemorar a conquista da cidade Jebusite ea ascensão triunfante de Deus (representado pela Arca da Aliança) de Deus até o Monte Sião (conforme 2 Sam 6:7;. 1 Crônicas 13). . Depois de um rei ganhou essa vitória ele iria levar para casa os despojos e prisioneiros inimigos para desfilar diante do seu povo. Um rei israelita levaria sua comitiva pela cidade santa de Jerusalém e ao Monte Sião. Outra característica do desfile da vitória, no entanto, seria a exibição de os próprios soldados do rei, que tinha sido libertado após ser mantido prisioneiro pelo inimigo. Estes foram muitas vezes referida como recapturados cativos-prisioneiros que haviam sido feitos prisioneiros de novo, por assim dizer, por seu próprio rei e dado liberdade.

A frase quando Ele ascendeu ao alto retrata um Cristo triunfante retorno da batalha na terra de volta para a glória da cidade celestial com os troféus de Sua grande vitória.

Em sua crucificação e ressurreição, Jesus Cristo venceu a Satanás, o pecado ea morte (conforme Cl 2:15), e por essa grande vitória Ele levou cativo cativo o cativeiro , que antes eram prisioneiros do inimigo, mas agora são devolvidos ao a Deus e as pessoas com quem eles pertencem. A imagem é nítida em sua demonstração de que Deus tem pessoas ainda-não-salvos que pertencem a Ele, embora eles são naturalmente em garras de Satanás e permaneceria não tivesse Cristo por Sua morte e ressurreição tomou providências para levá-los para o cativeiro de Seu reino em que haviam sido chamados por eleição soberana "antes da fundação do mundo" (Ef 1:4, onde o Senhor diz a Paulo para ficar em Corinto e pregar porque havia pessoas naquela cidade que pertencia a ele, mas ainda não foram salvas da escravidão para o rei das trevas (ver também Jo 10:16; 11: 51-52; Atos 15:14-18).

Ao chegar no céu, Ele deu dons aos homens . Paulo aqui usa ainda um outro termo para presentes ( domata ) para expressar a abrangência desta provisão graciosa. Como um conquistador triunfante distribuir os despojos de seus súditos, assim Cristo leva os troféus Ele venceu e distribui-los em Seu reino. Após Sua ascensão vieram todos os presentes capacitados pelo Espírito Santo (Jo 7:39; Jo 14:12; At 2:33). Quando o Salvador foi exaltado nas alturas, Ele enviou o Espírito (At 1:8). Ele subiu da terra ao céu para reinar para sempre com o Pai.

Paulo é rápido em explicar que a expressão Subiu não pode significar qualquer coisa , exceto que ele ... também desceu . Se, como parece claro, ascendeu se refere ao nosso Senhor que está sendo levado para o céu, em seguida, desceu deve se referir a Sua vinda do céu para a terra. O capitão da nossa salvação foi humilhado em primeiro lugar e, em seguida, exaltado. Desinvestimento vieram antes de investidura, encarnação antes glorificação (ver Phil. 2: 4-11). Esta verdade é repetida em seqüência cronológica correta no versículo 10: Aquele que desceu é Ele mesmo também Aquele que subiu .

A profundidade da descida de Cristo na encarnação está a ser dito para as profundezas da terra . Esta referência é apresentado para fornecer um contraste marcante em termos de Sua ascensão muito acima ail os céus , enfatizando a extrema variedade de condescendência e exaltação de nosso Senhor. Para entender a frase as partes mais baixas da terra precisamos apenas examinar a sua utilização em outros lugares na Escritura. No Sl 63:9 uma frase similar ", o coração da terra", refere-se à barriga de um grande peixe, onde o profeta Jonas foi mantido. Em Is 44:23 a frase se refere à terra criado contendo montanhas, florestas e árvores. Sl 139:15 e Is 44:23.

A intenção da frase nesta carta não é para apontar para um lugar específico, mas para se referir à profundidade da encarnação. É interessante que cada um dos usos da expressão fora Efésios também pode se relacionar com a profundidade da encarnação de Cristo. Ele foi formado no ventre (Sl 139:15.), Que se refere o Seu próprio enterro como um paralelo com o ser de Jonah nos peixes, e Seu (Matt 0:40.) morte é consistente com a utilização da frase em Sl 63:9.). Entre a morte de Jesus no Calvário e Sua ressurreição no túmulo jardim, que estava "morto na carne, mas vivificado no espírito." Ele era fisicamente mortos, mas espiritualmente vivo. Durante os três dias Ele estava naquele estado também desceu "e fez proclamação (dakerusso ) aos espíritos agora na prisão. " Isto não se refere à pregação do evangelho (de euangelizō ), mas para fazer um anúncio, neste caso anúncio triunfante de Cristo de Sua vitória sobre os demônios, mesmo quando eles tentaram segurá-lo na morte.

O Antigo Testamento refere-se ao lugar dos mortos partiu como Sheol (Dt 32:22; 26:1; Sl 16:10; etc.). Parte do Sheol era um lugar de tormento e do mal, ocupado pelo injustos mortos e pelos demônios que haviam sido confinados e vinculados lá por causa de sua coabitação mau com as mulheres durante o período antes do dilúvio (ver Gênesis 6:2-5; 2Pe 2:42Pe 2:4;. conforme 1Pe 3:191Pe 3:19 ). Naquele tempo, veio o anúncio aos demônios, ambos vinculados e soltos (os "anjos, autoridades e poderes"), que todos eles estavam sujeitos a Cristo (1Pe 3:22; Efésios 1:20-21..). Para subir ao céu, Ele também passou pelo território de Satanás e seus demônios no ar (He 4:14 usa dia , através) e, sem dúvida, comemorou seu triunfo sobre eles. Seja ou não Paulo tinha em mente este evento em sua referência aqui é difícil de estabelecer; no entanto, isso demonstra a profundidade da descida de Cristo.

Outra parte do Sheol, embora não claramente distinguido do outro por escritores do Antigo Testamento, foi acreditado para ser um lugar de felicidade e bem-aventurança, habitada pelos justos mortos que haviam crido em Deus. "Seio de Abraão" (Lucas 16:22-23) e "Paraíso" (Lc 23:43), aparentemente, eram denominações comuns para Sheol na época de Cristo. Dogma da igreja primitiva ensinou que os mortos justos do Antigo Testamento não poderiam ser tomadas para a plenitude da presença de Deus, até que Cristo tinha comprado sua redenção na cruz, e que eles haviam esperado neste lugar por sua vitória no mesmo dia. Figurativamente falando, os Padres da Igreja primitiva, disse que, depois de anunciar seu triunfo sobre demônios em uma parte do Sheol, Ele então abriu as portas de uma outra parte do Sheol para libertar os presos piedosos. Como os reis vitoriosos de idade, ele recapturou os cativos e os libertou, e, doravante, eles viveriam no céu como filhos eternamente livres de Deus.

Deve ser sugerido que tal visão parece tenso no contexto de Éfeso, porque as partes mais baixas da terra é uma frase geral e não pode ser provado para se referir a Sheol.

O argumento de Paulo em Efésios 4:8-10 é para explicar que Jesus pagando o preço infinito de vir à terra e sofrendo morte em nosso nome qualificou-o para ser exaltado acima de todos os céus (ou seja, para o trono de Deus), em fim de que ele pode legitimamente ter a autoridade para dar presentes aos seus santos. Por que a vitória Ele ganhou o direito de governar a Sua Igreja e de dar presentes a Sua Igreja, para que pudesse cumprir todas as coisas .

Será que todas as coisas significa que todas as profecias, todas as tarefas atribuídas, toda a soberania universal? Certamente, a resposta é sim, em relação a cada um desses aspectos. Mas o contexto ditaria que Sua preenchendo todas as coisas tem a ver principalmente com a Sua presença divina gloriosa e potência expressa em soberania universal. Ele enche o universo inteiro com a bênção, especialmente a Sua Igreja, como o versículo seguinte ilustra.

Os presentes de Cristo a toda a Igreja

E ele deu uns como apóstolos, e outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, (4:11)

Depois de sua analogia entre parênteses (vv. 9-10) do Sl 68:18, Paulo continua sua explicação sobre os dons espirituais. Cristo não só dá presentes aos crentes individuais mas para o conjunto total. Para cada crente Ele dá dons especiais de capacitação divina, e para a igreja global Ele dá aos homens especialmente dotadas como líderes (veja v 8, "Ele deu dons aos homens".) — como apóstolos, profetas ..., ... evangelistas, e .. . pastores e mestres .

Ele deu enfatiza a escolha soberana e autoridade dada a Cristo por causa de Seu perfeito cumprimento da vontade do Pai. Não só os apóstolos e profetas , mas também evangelistas, pastores e mestres ...são divinamente chamado e colocado.

Apóstolos e profetas

Em 1Co 12:28, Paulo diz: "Deus estabeleceu na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres." Essa declaração aumenta o peso, não só para a idéia de vocação divina, mas também para a importância cronológica ("primeiro, segundo ..., ... terceiro") na doação desses homens dotados para a igreja.

As duas primeiras classes de homens talentosos, apóstolos e profetas , foram dadas três responsabilidades básicas:

(1) para estabelecer as bases da Igreja (Ef 2:20.); (2) para receber e declarar a revelação da Palavra de Deus (At 11:28; 21: 10-11; Ef 3:5).

O primeiro dos homens dotados da igreja do Novo Testamento eram os apóstolos, dos quais o próprio Jesus Cristo é o principal (He 3:1), e de Paulo, que foi criado exclusivamente à parte, como apóstolo dos gentios (Gl. 1 : 15-17; conforme 1 Cor. 15: 7-9; 2Co 11:52Co 11:5; Atos 1:22-24). Paulo foi o último a atender a essas qualificações (Rm 1:1; Fp 2:25).. Os falsos apóstolos falado em 2Co 11:13.), ao passo que os treze eram apóstolos de Jesus Cristo (Gl 1:1), mas nenhum dos dois grupos era auto-perpetuar. Em nenhum sentido é o apóstolo termo usado no livro de Atos Ap 16:4). Nem todos os crentes poderiam ser chamados profetas. Parece que o ofício de profeta era exclusivamente para o trabalho dentro de uma congregação local, enquanto que do apostolado era um ministério muito mais amplo, que não se limita a qualquer área, como implicado na palavra apostolos ("aquele que é enviado em uma missão"). Paulo, por exemplo, é referido como um profeta quando ele ministrou localmente na igreja de Antioquia (At 13:1) e revelação, por vezes, simplesmente expôs já dada (como implicado em At 13:1).Outra distinção entre os dois escritórios pode ter sido que a mensagem apostólica era mais geral e doutrinária, ao passo que o dos profetas era mais pessoal e prático.

Como os apóstolos, no entanto, seu escritório cessou com a conclusão do Novo Testamento, assim como os profetas do Antigo Testamento, que desapareceu quando testamento foi concluída, cerca de 400 anos antes de Cristo. A igreja foi estabelecida "sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a pedra angular (Ef 2:20). Uma vez que a fundação foi colocada, o trabalho dos apóstolos e dos profetas estava acabado. ( I Coríntios , Os MacArthur New Testament Commentary. [Chicago: Moody, 1984], pp 322-24)

Não há menção das duas últimas escritórios dotados substituindo os dois primeiros, porque nos tempos do Novo Testamento, todos foram operatório. Mas o fato é que, como eles continuaram a servir a igreja, os evangelistas e pastores e mestres fez pegar o bastão da primeira geração de apóstolos e profetas .

Desde o seu início no dia de Pentecostes a Igreja tem sido em débito com os apóstolos , por meio do qual Cristo estabeleceu a plenitude da doutrina do Novo Testamento (ver At 2:42). Essas exclusivamente chamados e capacitados homens registrados revelação final de Deus como Ele revelou isso a eles.

Os profetas , embora eles não costumam receber revelação direta de Deus, no entanto, foram muito instrumental na construção e no fortalecimento da igreja primitiva. Ambos os apóstolos e profetas têm saído de cena (Ef 2:20), mas a fundação puseram é aquela em que todos da Igreja de Cristo foi construída.

Evangelistas

Evangelistas e pastores e professores estão agora em vigor no plano de Deus para o avanço do reino. evangelistas ( euangelistēs ) são homens que proclamam uma boa notícia. O evangelista específica termo é usado somente neste texto em Efésios; em At 21:8 para obter detalhes sobre um dos esforços evangelísticos de Filipe); e em II Timóteo 4: ". fazer o trabalho de um evangelista" 5, onde é dito a Timóteo Mas essas referências limitadas descrever um ministério vital, extensivo, e de longo alcance, indicado pelo uso do verbo euangelizō (para anunciar a boa nova) 54 vezes eo substantivo euangelion (boa notícia) 76 vezes. Deus foi o primeiro evangelista, pois Ele "anunciou primeiro o evangelho" (de proeuangelizomai ; Gl 3:8). O próprio Jesus evangelizada em "pregar o evangelho" (Lc 20:1), pastores e mestres são melhor compreendidas como um escritório de liderança na igreja. Muitas vezes a palavra e (kai ) significa "que é" ou "em particular", tornando os professores neste contexto explicativo de pastores . Esse significado não pode ser provado conclusivamente neste texto, mas o texto 1Tm 5:17 coloca claramente as duas funções em conjunto, quando ele diz: "Os presbíteros que governam bem sejam tidos por dignos de dupla honra, especialmente os que labutam na pregação e no ensino "(lit.," trabalho à exaustão na palavra e no ensino "). Essas duas funções definir o pastor de ensino. Para entender completamente este ministério, algumas questões fundamentais precisam ser respondidas sobre a identidade da pessoa idosa no Novo Testamento, e algum detalhe é necessária para a compreensão adequada.

Como é que o pastor-professor relacionada com o bispo e presbítero? Pastores não são distintos dos bispos e presbíteros; os termos são simplesmente diferentes formas de identificar as mesmas pessoas.Como explicado acima, a palavra grega para pastor ( poimen ) tem o significado básico de pastor. A palavra grega para bispo é episkopos , da qual deriva episcopal, e seu significado básico é "supervisor". A palavra grega para ancião é presbuteros , da qual nós temos Presbiteriana, e denota uma pessoa mais velha.

A evidência textual indica que todos os três termos se referem ao mesmo cargo. Das qualificações exigidas para um bispo, listados em 1Tm 3:7, Jesus Cristo é chamado o "O Guardian [ episkopos ] das vossas almas. " Isto é, Ele é o único que tem a visão geral mais clara de nós e que, portanto, nos entende melhor. Os outros quatro usos de epískopos referem-se líderes na igreja.

Episkopos era da cultura grega secular equivalente à idéia hebraica histórico de mais velho. Os superintendentes ou bispos, foram os nomeados pelos imperadores para governar capturado ou recém-fundada cidade-estado. O bispo era responsável perante o imperador, mas a vigilância foi delegada a ele. Ele funcionava como um comissário, regulando os negócios da nova colônia ou aquisição. Episkopos portanto sugeriu duas ideias para a mente grega do primeiro século: a responsabilidade de um poder superior, e introdução a uma nova ordem de coisas. Gentil converte entenderia imediatamente esses conceitos no prazo.

É interessante traçar os usos bíblicos de episkopos . Ele aparece no livro de Atos, apenas uma vez e perto do final (At 20:28). Naquela época, havia relativamente poucos gentios na igreja, e assim o termo não foi utilizado nos círculos cristãos. Mas à medida que mais e mais gentios foram salvos e da Igreja começou a perder sua orientação judaica, a palavra grega episkopos aparentemente foi usado com mais freqüência para descrever aqueles que funcionava como presbíteros (veja 1Tm 3:1). Biblicamente, não há diferença no papel de um ancião e que de um bispo. Os dois termos se referem a um mesmo grupo de líderes, epískopos função enfatizando e presbuterosenfatizando personagem.

Poimen (pastor, ou pastor) é utilizado um número de vezes no Novo Testamento, mas Ef 4:11 é o único lugar na Rei Tiago 5ersion, onde é traduzida como "pastor". Todas as outras vezes ela é traduzida como "pastor".

Duas das três vezes que aparece nas epístolas, poimen refere-se a Cristo. 13 20:58-13:21'>Hebreus 13:20-21 é uma bênção: "Ora, o Deus de paz, que fez subir dentre os mortos o grande Pastor [ poimen ] das ovelhas através do sangue da aliança eterna, mesmo Jesus, nosso Senhor, vos aperfeiçoe em toda boa coisa a fazer a Sua vontade. " Primeira Pedro 2:25 diz: "Porque você estava desviando continuamente como ovelhas, mas agora se converteram ao Pastor [ poimen ] and Guardian [ episkopos ] das vossas almas. "

Em Ef 4:11, pastor ( poimen ) é usado com o professor palavra. A construção grega não indica que os dois termos andam juntos, e nós pode hifenizar-los em Inglês como pastor-professor. A ênfase está no ministério do pastor de ensino.

Poimen , então, enfatiza o papel pastoral de carinho e alimentação, embora o conceito de liderança também é inerente à imagem de um pastor. O foco do termo poimen é sobre a atitude do líder. Para ser qualificado como um pastor, um homem deve ter coração cuidar de um pastor.

A palavra mais velho é de Antigo Testamento origem judaica. A palavra hebraica para presbítero primário ( zāqēn ) é usado, por exemplo, em Nu 11:16 e Dt 27:1 indica que esses homens foram acusados ​​de responsabilidade de julgar as pessoas, e Moisés comunicada através deles ao povo (Ex. 19: 7-9.; Dt 31:9) e, talvez, outros elementos de culto.

Mais tarde, os anciãos de Israel foram envolvidos especificamente na liderança das cidades (1Sm 11:3.), "Anciãos da terra" (1Rs 20:7). Eles serviram como magistrados locais e como governadores sobre as tribos (Dt 16:18; Dt 19:12.; Dt 31:28).

Outra palavra hebraica para presbítero é sab , usado apenas cinco vezes no Antigo Testamento, tudo no livro de Esdras, onde se refere ao grupo de líderes judeus encarregados da reconstrução do templo após o exílio.

A palavra grega para idosos ( presbuteros ) é utilizado cerca de setenta vezes no Novo Testamento. Como zāqēn (que significa "idade", ou "barbudo"), sab (que significa "grisalha") e nossa palavra Inglês mais velho o termo presbuteros refere-se à idade adulta. Em At 2:17, Pedro cita Jl 2:28); e "os governantes e os anciãos do povo" (At 4:8);homens cheios do Espírito Santo:; (Nm 11:16-17.) homens capazes de sabedoria, discernimento e experiência-imparcial e homens corajosos que iria interceder, ensinar e julgar com retidão e justiça (13 5:1-17'>Deut. 1: 13-17). Todas essas características foram envolvidos na compreensão judaica da presbuteros . O uso desse termo para descrever os líderes da igreja da mesma forma enfatiza maturidade da experiência espiritual, mostrado na força e consistência de caráter moral.

Presbuteros é usado quase vinte vezes em Atos e as epístolas em referência a um único grupo de líderes da igreja. Desde os primórdios da igreja, ficou claro que um grupo de líderes espirituais maduros foi designado para ser responsável pela igreja. A igreja de Antioquia, por exemplo, onde os crentes foram chamados cristãos pela primeira vez, enviou Barnabé e Saulo para os anciãos em Jerusalém com um dom a ser distribuído aos irmãos necessitados na Judéia (Atos 11:29-30). Portanto, é evidente, tanto que os idosos existia na igreja em que data muito cedo e que os crentes em Antioquia reconheceu sua autoridade.

Uma vez que a igreja de Antioquia cresceu fora do ministério em Jerusalém, os anciãos provavelmente existia lá também. É provável que o próprio Paulo funcionou como um ancião em Antioquia, antes que ele saiu no papel de apóstolo. Ele está listado em At 13:1, At 15:6, At 15:22, At 15:23; At 16:4).

Quase todas as igrejas que conhecemos no Novo Testamento é especificamente dito ter anciãos. Dizem-nos, por exemplo, que "a partir de Mileto [Paulo] mandou a Éfeso, a chamar os anciãos da igreja" (At 20:17). É significativo que a igreja em Éfeso teve mais velhos, porque todas as igrejas da Ásia Menor, como as listadas em Ap 1:11). Ponto, Galácia, Capadócia, e Bitínia não eram cidades, mas sim territórios. Pedro foi, portanto, a gravação de um número de igrejas espalhadas por toda a Ásia-todos os quais tiveram mais velhos.

Qual é o papel de um pastor-professor? Como a era apostólica chegou ao fim, o ofício de pastor-professor emergiu como o mais alto nível de liderança da igreja local. Assim, ele carregava uma grande quantidade de responsabilidade. Elders foram acusados ​​com o cuidado e alimentação, bem como a orientação espiritual, de toda a igreja. Não houve maior tribunal de recurso, e não há maior recurso para conhecer a mente eo coração de Deus em relação aos problemas na igreja.

Primeira Timóteo 3: 1 diz: "É uma declaração de confiança: se alguém aspira ao cargo de superintendente [ episkopos .], é um belo trabalho que deseja fazer " No versículo 5, Paulo diz que o trabalho de umepiskopos é "cuidar da igreja de Deus." A implicação clara é que a principal responsabilidade de um bispo é a de ser zelador para a igreja.

Essa responsabilidade geral envolve uma série de funções mais específicas, talvez a mais óbvia das quais é supervisionar os assuntos da igreja local. Primeira Timóteo 5:17 diz: "Os presbíteros que governam bem sejam tidos por dignos de dupla honra." A palavra grega traduzida como "regra" ( proistemi ) é usado para falar das responsabilidades dos anciãos quatro vezes em I Timóteo (3: 4, 5, 12; 5,17), uma vez que em 1Ts 5:12 (onde é traduzido "intendentes"), e uma vez em Rm 12:8; conforme Ef 4:1; 01:27 Phil;. 2: 2). Se houver divisão, todos os anciãos devem estudar, orar, e buscar a vontade de Deus em conjunto até que o consenso seja alcançado. Unidade e harmonia na igreja começar com este princípio.

Com anciãos reside a responsabilidade de pregar e ensinar (1Tm 5:17). Eles são para determinar questões doutrinárias para a igreja e ter a responsabilidade de proclamar a verdade para a congregação. Ao listar as qualificações espirituais do superintendente, I Timóteo 3:2-7 dá apenas uma qualificação que se relaciona com uma função específica: ele deve ser "capaz de ensinar." Todos os outros títulos referem-se a caráter pessoal.

Tito 1:7-9 também enfatiza a importância da responsabilidade do idoso como um professor: "Para o superintendente deve ... ser capaz tanto para exortar na sã doutrina e de refutar os que o contradizem." A ameaça de falsos mestres na igreja já era tão grande que uma qualificação chave para a liderança foi a capacidade de compreender e ensinar a sã doutrina. "Exorta" nesse versículo é o grego parakaleo , que literalmente significa "chamar próximo." A partir de seus usos no Novo Testamento, vemos que o ministério de exortação tem vários elementos. Trata-se de persuasão (At 2:14; At 14:22; Tt 1:9.), Confortando, incentivando: e (1Ts 2:11.) (1Ts 4:1).

A partir de At 20:28, aprendemos que uma outra função de presbítero é pastorear: "Cuidem de vocês mesmos e para o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastorear a igreja de Deus." Envolvidos no conceito de pastoreio são as responsabilidades gêmeas de alimentar e proteger o rebanho. Os versículos 29:30 enfatizar o fato de que o ministério proteger do superintendente é essencial para combater a ameaça de falsos mestres.

Os atos idosas, como um carinho e pastor amoroso sobre o rebanho, mas nunca nas Escrituras é uma congregação falado como "seu rebanho" ou "seu rebanho". Os crentes são o "rebanho de Deus" (1Pe 5:2); para supervisionar (At 20:28); para ordenar outros (1Tm 4:14.); para governar, ensinar e pregar (1Tm 5:17); exortar e refutar (Tt 1:9). Essas responsabilidades colocar anciãos no cerne do trabalho da igreja do Novo Testamento.(Para um estudo mais aprofundado sobre os anciãos, ver o livro do autor, respondendo às perguntas-chave sobre Elders [Panorama City, CA: palavra de graça Communications, 1984].)

Todo o crente hoje está em dívida directa ou indirectamente a esses homens especialmente dotadas Deus deu à sua Igreja. Por meio de sua pregação, ensino, escrita, exortação e outros ministérios, eles levam os perdidos para Cristo, enriquecer o nosso conhecimento de Deus e Sua Palavra, e nos encorajar "a andar de modo digno da vocação a que [nós] ter sido chamado "(4: 1). Eles são "dignos de dupla honra, especialmente os que labutam na pregação e ensino" (1Tm 5:17). "Obedeçam aos seus líderes e submeter-se a eles", o escritor de Hebreus nos diz, "pois eles velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta. Que façam isso com alegria e não gemendo, porque isso seria rentável para você "(He 13:17).

Todos os dons que Cristo dá aos indivíduos e à Igreja como um todo são dons que Ele mesmo perfeitamente exemplificados. Se alguma vez houve um pregador era Cristo, se alguma vez houve um professor, régua, administrador, empregado, auxiliar, ou doador que era Cristo. Ele é a perfeita ilustração e exemplo de todos os dons, porque os Seus dons que nos são presentes da graça de si mesmo.



12. A construção do Corpo de Cristo (Efésios 4:12-16)

para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, para um homem maduro, com a medida da estatura que pertence à plenitude de Cristo. Como resultado, já não estamos a ser crianças, jogou aqui e ali por ondas e levados ao redor por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganosa; mas falando a verdade em amor, estamos a crescer em todos os aspectos para ele, que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz com que o crescimento do corpo para a edificação de si mesmo em amor. (4: 12-16)

A última década testemunhou o desenvolvimento do que é chamado o movimento de crescimento da igreja. Seminários, conferências, livros, programas e até mesmo as organizações especiais são dedicados exclusivamente ao ensino e discutir princípios e métodos para o crescimento da igreja. Muitos dos esforços são úteis, mas apenas na medida em que são coerentes com os princípios Paulo ensina em Efésios 4:12-16. Aqui, na sua forma mais sucinta é o plano de Deus, pelo qual Cristo produz o crescimento da igreja. Desde que o Senhor disse: "Eu vai edificarei a minha igreja "(Mt 16:18, grifo do autor), é óbvio que o edifício deve estar de acordo com o Seu plano. A tentativa de construir a igreja por meios humanos só concorre com a obra de Cristo.

Como discutido no capítulo anterior, os dons espirituais de Deus à sua Igreja incluem tanto o gifting individual de cada crente, assim como os homens dotados chamados apóstolos e profetas, que foram dados estritamente para tempos do Novo Testamento e foram seguidos pelos homens dotados chamados evangelistas e pastores e mestres, que são dadas para a continuação do ministério para a igreja (Ef 4:11). É o plano de Deus para os dois últimos grupos de homens dotados-evangelistas e pastores-professores para equipar, construir e desenvolver a sua igreja pelo procedimento operacional geral estabelecido nos versículos 12:16. Nesta passagem nos mostra a progressão, a propósito, e o poder do padrão divino de Deus para a construção e função de sua igreja.

A progressão do padrão de Deus

para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo; (4:12)

Em termos mais simples possíveis Paulo aqui apresenta plano progressivo de Deus para a Sua Igreja: equipando para atender a edificação .

Equipar

A primeira tarefa dentro de projeto de Deus é que os evangelistas e pastores e mestres para ser equipando adequAdãoente os santos (um título usado para todos aqueles consagrado a Deus pela salvação; conforme 1Co 1:2; 1Pe 5:31Pe 5:3, grifo nosso.). O escritor de Hebreus usou o termo em sua oração de encerramento: "Ora, o Deus de paz, que fez subir dentre os mortos o grande Pastor das ovelhas através do sangue da aliança eterna, mesmo Jesus, nosso Senhor, equipá -lo em todas as coisas boas para fazer a Sua vontade, operando em nós o que é agradável à sua vista "(13 20:58-13:21'>Heb. 13 20:21).

Não é só a questão de apetrechamento indivíduo implicado nestes textos, mas também o equipamento coletivo expresso em 1Co 1:10.). Jesus disse: "Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado a vós" (Jo 15:3, grifo do autor).

É essencial observar que este equipamento , completando, ou aperfeiçoamento dos santos é atingível aqui na terra, porque Paulo usa katartizō (a forma verbal de equipar ) para se referir ao que os crentes espiritualmente fortes são o que fazer para outros crentes que caíram em pecado. O texto ensina fortemente que o ministério de equipamento é o trabalho de levar os cristãos do pecado para a obediência.

A terceira ferramenta de equipamento é o teste e uma quarta está sofrendo. Estas são experiências primárias, purgando pela qual o crente é refinado para uma maior santidade. Tiago nos diz a "considerar tudo alegria ... quando [nós] por várias provações, sabendo que a provação da [nossa] fé produz perseverança. E a perseverança tenha a sua obra perfeita", ele continua a dizer ", que você sejais perfeitos e completos, não faltando em coisa alguma "(Tiago 1:2-4). Quando respondemos a testes de Deus em confiança e obediência continuou, músculos espirituais são fortalecidos e serviço eficaz para Ele é alargado.

O sofrimento é também um meio de espiritual apetrechamento . Pedro usa essa palavra perto do fim da sua primeira carta: "E depois de ter sofrido por um pouco de tempo, o Deus de toda graça, que vos chamou à sua eterna glória em Cristo, Ele mesmo vai perfeito , confirmar, fortalecer e estabelecer-lo " (1Pe 5:10, ênfase adicionada). Conhecer e seguir Cristo no sentido mais profundo, não só envolve a ser ressuscitados com Ele, mas também compartilhar na "comunhão dos seus sofrimentos" (Fp 3:10). Paulo se alegrou em seus sofrimentos por amor de Cristo. Deus "nos consola em toda a nossa tribulação", diz ele, "para que possamos ser capazes de consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus. Porque, como as aflições de Cristo são nossas para as abundância, assim também o nosso conforto é abundante por meio de Cristo "(2 Cor. 1: 4-5).

O envio de testes e sofrimento são inteiramente a operação de Deus, e Ele lhes dá a Seus santos de acordo com a Sua amorosa e soberana vontade. Mas os outros dois agentes do espiritual apetrechamento -prayer e conhecimento das Escrituras-são as tarefas dos homens dotados.

Como os apóstolos, em Jerusalém, o pastor-professor é para dedicar-se acima de tudo "à oração e ao ministério da palavra" (At 6:4). Como disse Paulo de Epafras, que deve ser dito de cada pastor-professor que ele trabalha fervorosamente em oração por aqueles dadas em seu atendimento, a fim de que eles "podem ficar perfeito e plenamente seguros em toda a vontade de Deus" (Cl 4:12).

O caminho certo para a estagnação espiritual de uma igreja, ao burnout do pastor, ou a ambos é para o pastor para se tornar tão envolvido em atividades e programas que ele tem muito pouco tempo para a oração e da Palavra. E os programas que "ter sucesso" pode ser ainda mais destrutivo do que aqueles que não conseguem se eles são feitos na carne e para a satisfação humana, e não a glória do Senhor. É falta de conhecimento da Palavra de Deus e obediência a ele (Os 4:6,2Pe 1:15). As grandes verdades da Palavra de Deus nunca pode ser dominado ou overlearned. A batalha com a nossa carne não resgatados exige lembrança constante. Enquanto um pastor tem fôlego ele deveria pregar essas verdades, e desde a sua congregação tem fôlego deve ouvi-los.

Durante a guerra árabe-israelense de 1967 um repórter americano estava sobrevoando o deserto do Sinai com um oficial israelense, e eles avistaram cerca de cinquenta mil soldados egípcios encalhados que obviamente estavam morrendo de sede. Quando a situação foi relatada nos jornais, uma série de líderes e organizações mundiais tentou fazer algo para ajudar. Mas cada vez que um plano foi sugerido, alguns militares, diplomáticas, ou obstáculo burocrático impediu sua realização. No momento em que a ajuda chegou, milhares de soldados tinham morrido.
Como igualmente trágico é para as igrejas para girar as rodas em programas e comitês enquanto milhares ao redor deles estão precisando desesperAdãoente de água espiritual da Palavra.

Serviço

O segundo aspecto do plano de Deus para a operação de Sua igreja é serviço . A linguagem de Paulo indica que não são os homens talentosos que têm a responsabilidade mais direta para fazer o trabalho de serviço . Nenhum pastor, ou até mesmo um grande grupo de pastores, pode fazer tudo de uma igreja precisa fazer. Não importa o quão talentoso, talentoso e dedicado um pastor pode ser, o trabalho a ser feito, onde ele é chamado para ministrar sempre vastamente irá exceder seu tempo e habilidades. Seu propósito no plano de Deus não é para tentar atender todas as necessidades de si mesmo, mas para equipar as pessoas dadas em seu atendimento para satisfazer essas necessidades (16 conforme v., Onde essa idéia é enfatizada). Obviamente, os líderes compartilham em servir, e muitas das partes congregação em equipar, mas o projeto básico de Deus para a igreja é para o equipamento a ser feito para que os santos podem servir uns aos outros de forma eficaz. Toda a Igreja está a ser agressivamente envolvidos na obra do Senhor (conforme 1Co 15:58; 1 Ped. 2:. 1Pe 2:5, 1Pe 2:9; 4: 10-11; e contraste 2Ts 3:11).

Quando os homens dotados são fiéis em oração e em ensinar a Palavra, as pessoas vão estar devidamente equipados e motivados justamente para fazer a obra do ministério . Desde os santos que estão equipados Deus levanta anciãos, diáconos, professores e qualquer outro tipo de trabalhador necessário para que a igreja seja fiel e produtiva. Spiritual serviço é o trabalho de cada cristão, cada santo de Deus. A participação é um substituto pobre para a participação no ministério.

Construindo

O terceiro elemento e o objetivo imediato do plano de Deus para a operação de Sua igreja é o seu que está sendo construída. Adequada apetrechamento pelos evangelistas e professores pastor levando a serviço adequado pelos resultados da congregação, inevitavelmente, na edificação do corpo de Cristo . Oikodomē ( edificação ), literalmente, refere-se à construção de uma casa, e foi usado no sentido figurado de qualquer tipo de construção . É a edificação e desenvolvimento da igreja da qual Paulo está falando aqui espiritual. O corpo é construída externamente, através de evangelismo como mais crentes são adicionados, mas a ênfase aqui é no seu ser construído internamente como todos os crentes são alimentados ao serviço frutífero através da Palavra. A exortação de Paulo aos anciãos de Éfeso enfatiza esse processo: "Confio-vos a Deus e à palavra, ... que é capaz de construir o edifício" (At 20:32). A maturação da igreja está ligada à aprendizagem e de obediência ao Santo revelação das Escrituras. Apenas bebês recém-nascidos como desejam leite física, por isso deve crentes desejam o alimento espiritual da Palavra (1Pe 2:2).

A verdade de Deus não é fragmentado e dividido contra si mesmo, e quando Seu povo é fragmentada e dividida ele simplesmente significa que eles são a esse grau separado da verdade, para além de a fé de conhecimento e entendimento correto. Apenas um biblicamente equipada, servindo fielmente e espiritualmente com vencimento igreja pode cheguemos à unidade da fé . Qualquer outra unidade estará em um nível puramente humano e não será apenas para além de, mas em constante conflito com a unidade da fé . Nunca pode haver unidade na igreja além de integridade doutrinal.

Conhecimento de Cristo

O segundo resultado de seguir o padrão de Deus para a construção de sua igreja é alcançar o conhecimento do Filho de Deus . Paulo não está falando sobre o conhecimento da salvação, mas sobre o conhecimento profundo ( epignosis , pleno conhecimento de que estão corretas e precisas) através de um relacionamento com Cristo que vem somente da oração e do estudo fiel e obediência à Palavra de Deus. Depois de muitos anos de apostolado dedicado Paulo ainda poderia dizer: "Eu considero tudo como perda, tendo em vista o valor de excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas as coisas, e as considero como lixo, a fim que eu possa ganhar a Cristo, e pode ser encontrado nele, ... para que eu possa conhecê-lo, eo poder da sua ressurreição, ea comunhão dos seus sofrimentos. ... Não que eu já tenha alcançado, ou que seja perfeito, mas eu pressionar a fim de que eu possa alcançar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus "(Fm 1:3). Paulo orou para que os Efésios teria que "o conhecimento de Deus" (01:17; conforme Fm 1:4; Cl 2:2). Ele não estava falando de conhecer as suas identidades, mas de conhecê-los intimamente, e essa é a maneira que Ele quer que seu povo também a conhecê-Lo.

Maturidade Espiritual

O terceiro resultado de seguir o padrão de Deus para a Sua Igreja é a maturidade espiritual, um prazo para a medida da estatura que pertence à plenitude de Cristo . O grande desejo de Deus para a Sua Igreja é que cada crente, sem exceção, vêm a ser como Seu Filho (Rm 8:29), manifestando-se as qualidades de caráter d'Aquele que é a única medida do perfeito, adulto, homem maduro . A igreja no mundo é Jesus Cristo no mundo, porque a igreja está agora a plenitude do Seu Corpo encarnado no mundo (conforme 1:23). Estamos a irradiar e refletir perfeições de Cristo. Os cristãos são, portanto, chamados de "andar do mesmo modo como Ele andou" (1Jo 2:6), e Ele andou em comunhão completa e contínua com e obediência ao Pai. Para andar como o nosso Senhor andou fluxos de uma vida de oração e da obediência à Palavra de Deus. "Todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados na mesma imagem de glória em glória, assim como pelo Senhor, o Espírito" (2Co 3:18). À medida que crescemos em comunhão mais profunda com Cristo, o processo de santificação divina através do Seu Espírito Santo nos transforma cada vez mais em sua imagem, de um nível de glória para o próximo. O agente de maturidade espiritual, bem como de todos os outros aspectos da vida piedosa, é o próprio Espírito de Deus para além de quem a oração sincera não tem eficácia (Rm 8:26.) E até mesmo a própria Palavra de Deus não tem poder (Jo 14:26; 1Jo 2:201Jo 2:20).

É óbvio que os crentes, os quais têm a carne não redimida (Rm 7:14;. Rm 8:23), pode não nesta vida plena e perfeitamente atingir a medida da estatura que pertence à plenitude de Cristo . Mas eles devem e podem atingir um grau de maturidade que agrada e glorifica o Senhor. O objetivo do ministério de Paulo aos crentes era sua maturidade, como indicado por seu trabalho de "apresentar todo homem perfeito (teleios , maduros) em Cristo "(Colossenses 1:28-29; conforme Fm 1:3; 1Co 3:191Co 3:19;. 2 Cor 0:
16) é um termo similar, levando a idéia de manipulação inteligente de erro feito para parecer verdade. Methodia ( intrigante ) é usado mais tarde na carta para se referir a "as ciladas do diabo" (6:11). Sem dúvida, ele tem referência ao planejado, sutil erro, sistematizado. O ponto de Paulo é que nem o engano dos homens nem a intrigas enganoso do diabo vai enganar o crente espiritualmente equipado e madura.

É espirituais crianças ( nepios , lit., aquele que não fala), como eram muitos dos crentes de Corinto (1Co 3:1.), que estão em constante perigo de cair presa a cada novo religiosa modismo ou nova interpretação da Escritura que vem. Não tendo nenhum conhecimento profundo da Palavra de Deus, eles são jogados aqui e ali por ondas de sentimento popular e são levados ao redor por todo vento denova doutrina que parece atraente. Porque eles não estão ancorados na verdade de Deus, eles estão sujeitos a todo tipo de contrafacção verdade humanista, cultual, pagão, demoníaco, ou o que quer. O Novo Testamento está repleto de advertências contra este perigo (veja Atos 20:30-31; Rm 16:17-18; 2 Cor. 11: 3-4; Gal. 1: 6-7; 3:. Gl 3:1; Col. 2: 4-8; 1Tm 4:11Tm 4:1; 3: 6-9.; 2Tm 4:3. ; 1Jo 2:191Jo 2:19, 1Jo 2:26).

O cristão imaturo é crédulo; e na história da Igreja nenhum grupo de crentes tem caído em mais loucura em nome do cristianismo do que tem grande parte da igreja de hoje. Apesar da nossa educação sem precedentes, sofisticação, liberdade e acesso à Palavra de Deus e sã doutrina cristã, parece que cada huckster religiosa (conforme 2Co 2:17; 4:. 2Co 4:2; 13 47:11-15'>11: 13-15) pode encontrar uma audiência pronta e apoio financeiro entre o povo de Deus. O número de líderes tolos, extravio, corruptos, e até mesmo heréticas a quem muitos membros da Igreja de boa vontade dar o seu dinheiro e lealdade é surpreendente e comovente.

A causa desta situação espiritual não é difícil de encontrar. Um grande número de evangelistas têm apresentado um evangelho crença fácil e um grande número de pastores têm ensinado uma mensagem quase sem conteúdo. Em muitos lugares, o Corpo de Cristo não tem sido construída na sã doutrina ou em obediência fiel. Consequentemente, há pouca solidariedade doutrinária ("unidade da fé") e pouca maturidade espiritual ("conhecimento do Filho de Deus ... a medida da estatura que pertence à plenitude de Cristo").
Assim como muitas famílias hoje são dominados por seus filhos, por isso são muitas igrejas. É trágico quando a igreja crianças -spiritually crentes imaturos (conforme 13 62:2-14'>I João 2:13-14) que mudam suas opiniões com todo vento de doutrina e continuamente são vítimas de homens malandragem e Satanás de astúcia e intrigas enganoso -são encontrado entre seus mais professores e líderes influentes.

Testemunho Loving Authentic

O quinto e último recurso que é principalmente uma exigência e ainda também um resultado de seguir o padrão de Deus para a Sua Igreja estará em oposição direta ao que está sendo jogado, levado, enganado e iludido pelos esquemas de Satanás, ou seja, falando a verdade em amo , um princípio que se aplica a todos os aspectos da vida cristã e ministério. O verbo traduzido falando a verdade éalētheuō , o que significa dizer, negócio, ou agir com sinceridade. Alguns traduziram como "truthing-lo", enquanto outros dizem que transmite a idéia de caminhar de uma forma verdadeira. O verbo refere-se a ser verdadeiro no sentido mais amplo e é difícil de traduzir para o Inglês. No entanto, em Gl 4:16 parece enfatizar especialmente pregar a verdade do evangelho. Como a referência em Gálatas é o único outro uso do verbo no Novo Testamento, parece seguro dizer que a ênfase em Efésios 4 também está na pregação da verdade (dentro do contexto de uma vida cristã verdadeira e autêntica). Autêntico, crentes maduros cujas vidas são marcadas por amor não serão vítimas de falso ensino (v. 14), mas vai viver autenticamente e proclamando o verdadeiro evangelho a um mundo enganado e enganador. O trabalho da igreja vai pleno andamento, a partir de evangelismo para edificação de evangelismo, e assim por diante, até a volta do Senhor. O evangelizados são edificados, e eles, por sua vez, evangelizar e edificar os outros.

A igreja espiritualmente equipada, cujos membros são sólidos na doutrina e maduro em seu pensar e de viver, é uma igreja que vai alcançar em amor para proclamar o evangelho de salvar. Deus não nos dá o conhecimento, compreensão, presentes, e maturidade para manter, mas para compartilhar. Ele não nos equipar a estagnar, mas para servir. Nós não somos dotados e edificados, a fim de ser complacente e auto-satisfeito, mas, a fim de fazer a obra do Senhor de serviço na construção e expansão do Corpo de Cristo. No amor é a atitude em que evangelizar (conforme 03:17 —19; 4: 2; 5: 1-2). Paulo foi um exemplo para tal amor, como se vê no seguinte depoimento:

Mas provou ser brandos entre vós, como uma mãe que amamenta cuida carinhosamente por seus próprios filhos. Tendo, portanto, um afeto Apaixonado por você, nós estávamos bem o prazer de comunicar-vos não somente o evangelho de Deus, mas também a nossa própria vida, porque vocês se tornaram muito caro para nós. Para você lembrar, irmãos, do nosso trabalho e dificuldades, como a noite eo dia de trabalho para não ser um fardo para qualquer um de vocês, que proclamou a você o evangelho de Deus. Vós sois as testemunhas, e assim é Deus, como devoção e retidão e irrepreensivelmente nos portamos para convosco crentes; assim como você sabe como estávamos exortando e incentivando e implorando cada um de vocês como um pai a seus filhos, de modo que você pode andar de uma maneira digna de Deus, que vos chama para o seu reino e glória (1 Ts. 2 : 7-12; conforme 2 Cor 0:15; Fp 2:17; Cl 1:1; Gl 4:19; Ef 5:1; 1Pe 2:211Pe 2:21;. Cl 1:18), liderança (. Ef 5:23), e aqui, como em Cl 2:19, controlando o poder. Ele não só é a Cabeça soberano e do Chefe decisão, mas também o Chefe orgânica. Ele é a fonte de energia para todas as funções. Os seres humanos são declarados oficialmente mortos quando o ECG é plana, o que significa a morte encefálica. Como o cérebro é o centro de controle da vida física, para que o Senhor Jesus Cristo é a fonte orgânica de vida e poder ao seu corpo, a igreja.

Para crescer à Sua semelhança é estar completamente sujeito a seu poder de controle, obediente ao seu pensamento e cada expressão de vontade. É a personificar orações de Paulo "Para mim, o viver é Cristo" (Fm 1:21) e "Já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim" (Gl 2:20).

O Poder para o padrão de Deus

de quem todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz com que o crescimento do corpo para a edificação de si mesmo em amor. (4:16)

O poder para ser equipada e amadureceu em proclamadores amorosamente autênticos não está na próprios crentes, nos seus líderes, ou na estrutura da igreja. O corpo recebe a sua autoridade, direção e poder à medida que cresce "em todos os aspectos ... em Cristo", de quem todo o corpo [é] ajustado, e ligado . Os dois particípios presentes passivos que essas frases traduzem são sinônimos e são destinadas a expressar que a estreita, apertada correlação, compactada de função no corpo como um organismo é o resultado do poder de Cristo. Isso não nega os esforços dos crentes, como o provam as frases por aquilo que todas as juntas e de acordo com o bom funcionamento de cada parte individual . Cada uma dessas frases é extremamente significativo em transmitir a verdade sobre a função do órgão. Cristo mantém o corpo unido e faz funcionar por aquilo que todas as juntas . Ou seja, as articulações são pontos de contraste, a junção ou união, onde o suprimento espiritual, recursos e dons do Espírito Santo passar de um membro para outro, desde que o fluxo de ministério que produz crescimento.

bom funcionamento de cada parte individual recorda a importância do dom de cada crente (v 7; conforme 1Co 12:1 Paulo dá uma visão de valor inestimável quando ele adverte contra "não retendo a cabeça, da qual todo o corpo, provido e realizada em conjunto pelas articulações e ligamentos, cresce com um crescimento que é de Deus." A idéia-chave em que o verso é para cada membro do Corpo de permanecer próximo e íntimo, segurando firmemente a comunhão com Cristo, Cabeça e, assim, não ser desencaminhado por aquilo que é falso e destrutivo.

A soma de tudo o que essas verdades afirmar é que cada fiel é ficar perto de Jesus Cristo, fidelidade usando seu dom espiritual em estreito contacto com cada crente que ele toca, e que através de tal compromisso e ministério o poder do Senhor fluirá para o edifício —se do corpo no amor .

O substantivo crescimento ( auxēsis , usado somente aqui e em Cl 2:19) está presente no meio de formulário, indicando que o corpo produz o seu próprio crescimento através de dinâmicas residentes. Tal como acontece com todos os organismos vivos, o crescimento espiritual na igreja não vem de forças externas, mas a partir do poder vital dentro que faz com que o crescimento do corpo para a edificação de si mesmo . Tudo isto é no amor , que é sempre ser o espírito da comunhão dos crentes. Acima de todas as coisas, o corpo é a manifestar o amor , e quando ela é construída de acordo com este plano, o mundo saberá que é o Corpo de Cristo (13 34:43-13:35'>João 13:34-35).



13. Fora o velho, bem vindo o novo (Efésios 4:17-24)

Portanto digo isto, e testifico no Senhor, para que você anda não mais apenas como também andam os gentios, na verdade da sua mente, entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus, por causa da ignorância que é neles, por causa da dureza do seu coração; e eles, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à sensualidade, para a prática de todo tipo de impureza com ganância. Mas você não aprendeu Cristo dessa maneira, se é que já a ouviram e foram ensinados Nele, assim como a verdade está em Jesus, que, em referência ao seu antigo modo de vida, você deixar de lado o velho homem, que é sendo corrompido em conformidade com as concupiscências do engano, e vos renovar no espírito da vossa mente, e colocar o novo, o qual, à semelhança de Deus foi criado em verdadeira justiça e santidade da verdade. (4: 17-24)

Quando uma pessoa crê e confessa Jesus Cristo como Senhor e é, assim, nascer de novo, a transformação acontece em sua natureza básica. A mudança é ainda mais fundamental e radical do que a mudança que ocorrerá no momento da morte. Quando um crente morre, ele já foi montado para o céu, já foi feito um cidadão do reino, já se tornou um filho de Deus. Ele simplesmente começa a sentir perfeitamente a natureza divina que ele teve desde o seu nascimento espiritual, pois é a primeira vez que ele está livre da carne não resgatados. O futuro recebimento de seu corpo glorificado (conforme 1 Cor. 15: 42-54) não vai fazê-lo melhor, uma vez que ele já está perfeito; mas vai dar-lhe a capacidade total para tudo que a vida eterna ressurreição envolve.

A salvação não é uma questão de melhoria ou aperfeiçoamento do que já existia anteriormente. É a transformação total. O Novo Testamento fala de crentes que têm uma mente nova, uma nova vontade, um novo coração, uma nova herança, uma nova relação, novo poder, novos conhecimentos e novas sabedoria, nova percepção, compreensão nova, nova justiça, amor novo, novo desejo , nova cidadania, e muitas outras coisas, todos novos, dos quais se resumem em novidade de vida (Rm 6:4). Não é simplesmente que ele recebe algo novo, mas que ele se tornaalguém novo "Já estou crucificado com Cristo", disse Paulo; "E já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim; ea vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim" (Gl 2:20). A nova natureza não é adicionado à velha natureza, mas substitui-lo. A pessoa transformada é um completamente novo "eu" Em contraste com o antigo amor do mal (conforme Jo 3:19-21; Rom. 1: 21-25, 28-32), que a nova auto-o, mais verdadeira parte mais profunda do Cristão, agora ama a lei de Deus , anseia para cumprir suas justas demandas, odeia o pecado, e anseia por libertação da carne não redimido, que é a casa da nova criação eterna até glorificação (conforme Rom. 7: 14-25; 8: 22-24).

Por que, então, que nós continuamos a pecar depois nos tornamos cristãos? Como Paulo explica em Romanos 7, "Já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim Porque eu sei que nada de bom habita em mim, isto é, na minha carne;. Para o que deseja está presente em mim, mas o fazendo do bem não é "(vv 17-18;. conforme 20). O pecado ainda é residente na carne, para que são inibidos e impedido de ser capaz de dar expressão plena e perfeita para a nova natureza. Possuindo a plenitude da natureza divina, sem a corrupção da nossa carne não remido é uma promessa, vamos perceber somente no futuro (conforme Rm 8:23; Fp 3:1). .

Terminologia bíblica, então, não diz que um cristão tem duas naturezas diferentes. Ele tem apenas uma natureza, a nova natureza em Cristo. O velho homem morre e do novo homem vive; eles não coexistem. Não é uma velha natureza remanescente, mas a peça restante da carne do pecado que faz com que os cristãos para o pecado. O cristão é uma única pessoa nova, uma totalmente nova criação, não um esquizofrênico espiritual. É o casaco sujo de humanidade restante em que a nova criação habita que continua a dificultar e contaminar a vida. O crente como uma pessoa total é transformado, mas ainda não totalmente perfeito. Ele residente pecado, mas já não reina o pecado (conforme Rm 6:14). Ele não é mais o velho corrompido, mas agora é o novo homem criado em justiça e santidade, aguardando a plena salvação (conforme Rm 13:11).

Em Efésios 4, Paulo deixa dois recursos com base no fato de que os crentes são novas criações. O primeiro começa o capítulo: "Eu, portanto, ... vos suplico a andar de modo digno da vocação a que fostes chamados" (v. 1). A segunda (v. 17) apresenta o presente texto, em que Paulo contrasta a caminhada do incrédulo ímpios com a caminhada do cristão espiritual. Ele segue que contrastam com mais "portantos" (v 25; 5:. 1, 7, 15), mostrando a própria resposta do cristão a ser uma nova criação. Tudo isso aponta para o fato de que uma natureza alterados demandas mudou o comportamento. É como se o apóstolo está dizendo: "Uma vez que Deus criou uma nova entidade maravilhosa no mundo chamado a igreja, e por isso a criação única, com o seu carácter único da humildade, a sua capacitação único, com os dons espirituais, a sua unidade original como o Corpo de Cristo, e sua necessidade de ser construída no amor, aqui é como cada crente deve viver como um membro dessa igreja. "

Nos versículos 17:24, Paulo passa do geral para o específico, dando a primeira quatro características da caminhada do homem velho e, em seguida, quatro características da caminhada do novo

A caminhada do Ser Velho

Portanto digo isto, e testifico no Senhor, para que você anda não mais apenas como também andam os gentios, na verdade da sua mente, entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus, por causa da ignorância que é neles, por causa da dureza do seu coração; e eles, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à sensualidade, para a prática de todo tipo de impureza com ganância. (4: 17-19)

portanto, remete para o que Paulo tem dito sobre a nossa vocação em Jesus Cristo. Porque nós somos chamados à salvação, unificados no Corpo de Cristo, oferecida pelo Espírito Santo, e edificados pelos homens dotados (vv. 1-16), devemos , portanto, caminhar ... não mais apenas como também andam os gentios . Não podemos realizar o trabalho da glória de Cristo, continuando a viver a maneira como o mundo vive.

Ethnos ( gentios ) não é em todos os textos gregos antigos, e pode ter sido uma adição posterior. Mas a sua presença aqui é perfeitamente coerente com o seu uso em outras partes do Novo Testamento, incluindo outras cartas de Paulo. O termo refere-se basicamente a uma multidão de pessoas em geral, e, em seguida, a um grupo de pessoas de um tipo particular. É esse sentido secundário que vemos em nossa palavra Inglês derivado étnica. Judeus usaram o termo de duas formas comuns, primeiros a distinguir todas as outras pessoas de judeus e segundo para distinguir todas as religiões do judaísmo. gentios, portanto, a que se refere racialmente e etnicamente a todos os não-judeus e religiosamente a todos os pagãos.

Em sua primeira carta aos Tessalonicenses Paulo usa o termo no seu sentido pagão, quando ele se refere a "os gentios que não conhecem a Deus" (1Ts 4:5).

O templo de Artemis continha um dos mais ricos acervos de arte, em seguida, na existência. Também foi usado como um banco, porque a maioria das pessoas temia roubando dentro de seus muros para que não incorrer na ira da deusa ou outras divindades. Um perímetro de todo o quarto de milha serviu como um asilo para criminosos, que estavam a salvo de apreensão e punição, enquanto eles permaneceram dentro dos limites do templo. Por razões óbvias, a presença de centenas de criminosos endurecidos ainda ainda acrescentou à corrupção e do vice-Éfeso. O quinto século AC, o filósofo grego Heráclito, ele mesmo um pagão, que se refere a Éfeso como "a escuridão da vileza. A moral foram menores do que os animais e os habitantes de Éfeso foram caber apenas para ser afogado." Não há nenhuma razão para acreditar que a situação havia mudado muito durante o dia de Paulo. Se qualquer coisa, ele pode ter sido pior.

A igreja de Éfeso era uma pequena ilha do povo desprezado em uma fossa gigante de maldade. A maioria dos crentes haviam sido uma parte do que o paganismo. Eles freqüentemente passou por lugares onde eles uma vez caroused e correu para os amigos com quem uma vez o espectáculo de deboche. Eles enfrentaram tentações contínuas para reverter para as velhas formas, e, portanto, o apóstolo advertiu-os a resistir. Portanto digo isto, e testifico no Senhor, para que você anda não mais apenas como os gentios a pé . Pedro deu uma palavra similar, quando escreveu: "Porque o tempo já passado é suficiente para você ter realizado a vontade dos gentios, tendo prosseguido um curso de sensualidade, concupiscências, embriaguez, bacanais, beber partidos e abomináveis ​​idolatrias. E em tudo isso, eles são surpreendidos que você não correr com eles ao mesmo excesso de devassidão, e eles difamam vós "(1 Ped. 4: 3-4).

Com base no que somos em Cristo e de tudo o que Deus agora fins por nós como seus filhos redimidos e amados, devemos ser absolutamente distinta do resto do mundo, que não sabe ou não segui-Lo.Espiritualmente nós já deixaram o mundo e agora são cidadãos do céu. Estamos, portanto, não a "amar o mundo, nem as coisas do mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos . os olhos ea soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo E o mundo está passando, e também as suas concupiscências; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece eternamente "(I João 2:15-17). Padrões do mundo está errado, seus motivos são errados, os seus objectivos estão errados. Suas formas são pecaminosos, enganador, corrupto, vazio, e destrutiva.

O Paulo aviso dá não se originou a partir de seus próprios gostos ou preferências pessoais. Isso eu digo ... e afirmar, juntamente com o Senhor. A questão do abandono do pecado e seguir a justiça não é o capricho de isoladas, pregadores e professores de mente estreita. É próprio padrão de Deus e Seu único padrão para aqueles que pertencem a Ele. É a própria essência do evangelho e é definido em contraste ousado para os padrões da não resgatados.

Paulo passa a dar quatro características específicas dos ímpios, pagan estilo de vida que os crentes devem abandonar. A vida mundana é intelectualmente fútil, ignorante da verdade de Deus, espiritualmente e moralmente calejada, e depravado em mente.

Intelectualmente Fútil

A primeira característica das pessoas não regenerados é que eles vivem na futilidade de sua mente . É significativo que a questão básica de centros de estilo de vida na mente . Paulo continua a falar de compreensão e ignorância (v. 18), aprendendo e ensinando (vv. 20-21), e da mente e da verdade (23-24 vv.) —todos Que estão relacionados com o intelecto. Porque os incrédulos e os cristãos pensam de forma diferente eles são, portanto, a agir de forma diferente. Na medida em que as questões espirituais e morais estão em causa, um descrente não pode pensar direito. Seus processos racionais nessas áreas estão empenados e inadequada (conforme Rm 1:28; 8:.. Rm 8:7; 1Co 2:141Co 2:14; Cl 2:18; Tt 1:15).

Em seu livro de dois volumes A Personalidade Criminal , Samuel Yochelson e Stanton Samenow sustentam que o comportamento criminoso é o resultado de pensamento distorcido. Três seções inteiras (pp. 251-457) são dedicados a "Os erros de pensamento do criminoso." Ao estudar o que os criminosos pensam, ao invés de tentar sondar seus sentimentos e fundos, estes pesquisadores usam essas seções para partilhar as suas conclusões. "É notável", escrevem eles, "que o criminoso muitas vezes deriva um impacto tão grande de suas atividades durante as fases nonarrestable como ele faz do crime padrões de pensamento do criminosas operam em todos os lugares;.. Que não se restringem ao crime" Essa é uma descrição da mente depravada, réprobos. "Explicações sociológicas têm sido insatisfatória", os autores declaram. "A idéia de que um homem se torna um criminoso, porque ele é corrompido por seu ambiente tem-se revelado muito fraco uma explicação. Temos indicado que os criminosos vêm de um amplo espectro de casas, tanto em desvantagem e privilegiada dentro do mesmo bairro. Alguns são infratores e a maioria não é. Não é o ambiente que transforma um homem em um criminoso, é uma série de escolhas que ele faz a partir de uma idade muito precoce. " Os pesquisadores também concluíram que a mente criminosa, eventualmente, "vai decidir que tudo é inútil." "Seu pensamento é ilógico", afirmam, em resumo.

Porque pecaminosidade do homem flui para fora de sua disposição mental reprovável, a transformação deve começar com a mente (v. 23). O cristianismo é cognitivo, antes que seja experiencial. É nosso pensamento que nos faz considerar o evangelho e nosso pensamento que nos leva a acreditar que os fatos históricos e as verdades espirituais do evangelho e receber a Cristo como Senhor e Salvador. É por isso que o primeiro passo para o arrependimento é uma mudança de mente sobre si mesmo, sobre a condição espiritual de um, e sobre Deus.
Para os gregos a mente era o mais importante. Eles se orgulhavam em sua grande literatura, arte, filosofia, política e ciência. Eles eram tão avançados na sua aprendizagem que os escravos gregos eram apreciados pelos romanos e outros conquistadores como tutores para seus filhos e como gerentes de suas famílias e empresas. Os gregos acreditavam que quase qualquer problema poderia ser fundamentado a uma solução.
No entanto, Paulo diz que espiritualmente o funcionamento da mente natural é inútil e improdutivo. Mataiotēs ( futilidade ) refere-se ao que deixa de produzir o resultado desejado, o que nunca consegue.Foi, portanto, utilizado como sinônimo de vazio, porque isso equivale a nada. O pensamento espiritual e resultando estilo de vida dos gentios -Aqui representando todos os ímpios-é, inevitavelmente, vazio, fútil e vazio de substância. A vida de um incrédulo está ligada a pensar e agir de uma arena de trivia final. Ele consome-se na busca de objetivos que são puramente egoístas, na acumulação de que é temporária, e na procura de satisfação no que é intrinsecamente enganador e decepcionante.

A pessoa não regenerada planeja e resolve tudo com base em seu próprio pensamento. Ele torna-se sua própria autoridade final e ele segue o seu próprio pensamento, para seu resultado final de futilidade, aimlessness, e falta de sentido para o vazio egocêntrico que caracteriza a nossa época (conforme Sl. 94: 8-11; At 14:15; Rom. 1: 21-22).

Depois de uma vida de experimentar todas as vantagens e prazer mundano, o mais sábio, mais rico e mais favorecido homem do mundo antigo concluiu que a vida terrena é "vaidade e desejo de vento" (Ec 2:26; conforme 1:. Ec 1:2, Ec 1:14; Ec 2:11; etc.). No entanto, século após século, milênios depois de milênios, os homens vão em busca dos mesmos objetivos fúteis nas mesmas formas fúteis.

Ignorante da Verdade de Deus

A segunda característica de homens ímpios, é a ignorância da verdade de Deus. Seu pensamento não só é inútil, mas espiritualmente desinformado. Eles estão obscurecidos no entendimento, separados da vida de Deus, por causa da ignorância que há neles, por causa da dureza de seu coração .

Educação geral e ensino superior são mais difundidas hoje do que nunca na história. Colégio diplomados número na casa das dezenas de milhões de pessoas, e nossa sociedade, como a Grécia antiga, orgulha-se de sua ciência, tecnologia, literatura, arte, e outras realizações da mente. Para muitas pessoas, a ser chamado de ignorante é um crime maior do que ser chamado de pecador. No entanto, o ponto de Paulo nesta passagem é que a ignorância e do pecado são inseparáveis. O ímpio pode ser "sempre aprendendo", mas são "nunca podem chegar ao conhecimento da verdade" (2Tm 3:7). Futilidade Intelectual e loucura combinar como parte da penalidade do pecado.

A palavra grega para trás a ser escurecido é um particípio perfeito, indicando uma condição contínua de escuridão espiritual. Esta escuridão implica tanto ignorância e imoralidade. E a escuridão deentendimento é acoplado com exclusão da vida de Deus (conforme Jo 1:5, Rm 1:24).

Por causa da dureza de seu coração , o ímpio não respondem à verdade (conforme Is. 44: 18-20.; 1Ts 4:51Ts 4:5, 39-40). Porque eles não acreditam, não podiam acreditar. Deus um dia diz: "Deixe aquele que faz o mal, ainda fazem errado, e deixa quem está sujo, ainda será imundo" (Ap 22:11).

Quando os homens optam por petrificar seus corações pela rejeição constante da luz (João 12:35-36), eles ficaram obscurecidos no entendimento, separados da vida de Deus, por causa da ignorância que há neles, por causa da dureza de seu coração . Essa é a tragédia indescritível de incredulidade, a tragédia da pessoa que se torna seu próprio deus.

Espiritualmente e moralmente calejadas

A terceira característica da pessoa não regenerada é espiritual e moral callousness- eles ... tornar-se insensível . Quando as pessoas continuam em pecado e transformar-se longe da vida de Deus, tornam-se apático e insensível sobre as coisas morais e espirituais. Rejeitam todos os padrões de justiça e não se preocupam com as conseqüências de seus pensamentos e ações injustas. Mesmo consciência fica com cicatrizes de tecido que não é sensível à errado (1Tm 4:2).

De acordo com uma antiga história grega, um jovem espartano roubou uma raposa, mas, em seguida, inadvertidamente veio sobre o homem de quem ele havia roubado. Para manter seu furto de ser descoberto, o menino preso a raposa dentro de suas roupas e ficou sem mover um músculo enquanto a raposa assustada arrancou seus órgãos vitais. Mesmo com o custo de sua própria morte dolorosa que ele não iria possuir até sua errado.
Nossa sociedade perversa é tão determinado a não ser descoberto por que é que ele está firme como a sua própria vida e vitalidade é dilacerado pelos pecados e corrupção que detém tão querida. Tem -se tornado insensíveis , tanto para a realidade e as conseqüências do pecado, e irá suportar qualquer agonia ao invés de admitir que a sua forma de "viver" é o caminho da morte.

Por outro lado, os pecados que antes eram escondidas ou dispensadas são agora o espectáculo de forma aberta e descarAdãoente. Muitas vezes, nem mesmo a aparência de moralidade é mantida. Quando as regras de auto-desejo, indecência corre solta e começa a cauterizar a consciência, a luz de advertência e dor centro dado por Deus, da alma. Aqueles que estão morrendo são insensíveis ao que é matá-los, porque eles escolhem-lo dessa forma. Mesmo quando realizou-se vergonhosamente em plena vista do mundo, seus pecados não são reconhecidos como pecaminoso ou como a causa do aumento da falta de sentido, desesperança e desespero (conforme Rm 1:32).

Corruptos de entendimento

Fútil, egoísta pensar, a ignorância da verdade, e espiritual e moral chumbo insensibilidade inevitavelmente à sensualidade, para a prática de todo tipo de impureza com ganância .

Aselgeia ( sensualidade ) refere-se dissoluções total, a ausência de qualquer restrição moral, especialmente na área de pecados sexuais. Um comentarista diz que o termo refere-se a "uma disposição da alma incapaz de suportar a dor da disciplina." A idéia é a de desenfreada auto-indulgência e obscenidade indisciplinado.

Sensualidade caracteriza o povo Pedro descreve como "aqueles que se entregam a carne em seus desejos corruptos e desprezam a autoridade. Daring, arrogantes, eles não tremem quando eles insultam majestades angélicas, enquanto que os anjos que são maiores em força e poder, não traga um . injuriando julgamento contra eles diante do Senhor Mas estes, como animais irracionais, como criaturas de instinto de ser capturado e morto, injuriando onde eles não têm conhecimento, vai na destruição dessas criaturas também ser destruídos "(2 Ped. 2: 10-12).

Todas as pessoas inicialmente reconhecer, pelo menos, algum padrão de certo e errado e têm um certo sentimento de vergonha quando agir contra esse padrão. Consequentemente, eles normalmente tentam esconder seus erros. Eles continuamente pode cair de volta para ele, mas ainda reconhecê-lo como errado, como algo que não deveria estar fazendo; e consciência não vai deixá-los permanecer confortável.Mas como eles continuam a ignorar consciência e treinar-se para fazer o mal e para ignorar a culpa, eles eventualmente rejeitar essas normas e determinar a viver unicamente por seus próprios desejos, revelando assim uma consciência já cauterizada. Tendo rejeitado todas as orientações e proteção divinas, eles se tornam corruptos de entendimento, e se entregam à sensualidade. Tal pessoa não se importa com o que as outras pessoas pensam, não para falar sobre o que Deus pensa, mas apenas sobre o que gratifica os desejos de sua própria mente distorcida.
Impiedade e sua imoralidade atendente destruir a mente, bem como a consciência eo espírito. Rejeição de Deus e de Sua verdade e da justiça finalmente resulta em que Paulo se refere em Romanos como uma "mente depravada" (1:
28) —a mente que há mente, que não pode raciocinar, que não consegue pensar com clareza, que não pode reconhecer ou compreender a verdade de Deus, e que perde o contato com a realidade espiritual. Em seu extremo, a mente depravada perde o contato com tudo realidade. Essa é a insensatez da, celebridade perdulários auto-indulgente que perde sua carreira, sua sanidade, e muitas vezes a sua vida por causa da devassa sensualidade . Quando indecência torna-se um modo de vida, cada aspecto da vida está corrompido, distorcido, e eventualmente destruídos.

O rápido aumento na doença mental hoje pode ser colocado em grande medida, aos pés do aumento da sensualidade de cada espécie. O homem foi feito para Deus e projetado de acordo com seus padrões.Quando ele rejeita a Deus e Seus padrões que ele destrói a si mesmo no processo. As corrupções da nossa sociedade atual não são o resultado de circunstâncias psicológicas ou sociológicas, mas o resultado de escolhas pessoais com base em princípios que são especificamente e propositAdãoente contra Deus e Seu caminho. A homossexualidade, a perversão sexual, aborto, mentir, enganar, roubar, assassinato e qualquer outro tipo de degeneração moral tornaram-se formas descarados e calejadas da vida através das escolhas conscientes daqueles que se entregam a eles.

Ergasia ( prática ) pode referir-se a uma empresa, e que a idéia poderia ser aplicado aqui. A pessoa ímpia muitas vezes faz negócio fora de toda espécie de impureza . Um líder cristão comentou há alguns anos que muitos dos livros publicados nos Estados Unidos hoje rival os gotejamentos de um esgoto quebrado. No entanto, a pornografia, a prostituição, os filmes X-rated, programas de televisão sugestivos, etoda espécie de impureza forma, talvez, a maior indústria em nosso país. A grande maioria do que é aberta, sem vergonha, e legalmente protegidas.

Um artigo publicado na Forbes magazine (18 setembro de 1978, pp. 81-92), intitulado "A Economia X-rated", começou por afirmar o óbvio-pornografia não é mais um negócio ilegal. O mercado de pornografia não se limita aos pervertidos ou outros aleijados emocionais. Ao contrário, a maior parte do mercado é de classe média pessoas. Em uma sociedade cada vez mais permissiva quem gosta de pornografia são livres para deleitar-se com ele. A revelação surpreendente foi que, de acordo com uma estimativa oficial, pornógrafos da nação fazer mais de quatro bilhões de dólares em negócios mais um ano do que os rendimentos combinados de indústrias de apoio, muitas vezes de filmes e música! Outras estimativas colocam o total pornográfico um grande segmento do vídeo doméstico em expansão, inclusive de negócios do mercado-em três vezes que muito.

A impureza é inseparável da ganância . pleonexia ( ganância ) é cobiça sem limites, luxúria desinibida por aquilo que é desejado. A imoralidade não tem parte no amor, e qualquer coisa que a pessoa sensual faz sob o pretexto de cuidar e prestimosidade é apenas um ardil para a exploração. O mundo de sensualidade e impureza é o mundo da ganância . A pessoa entregue à impiedade e imoralidade avidamente leva o que puder daqueles ao seu redor. Ele avalia a vida só em termos materiais (Lc 12:15), usa outras pessoas para seu próprio benefício (1Ts 2:1; 2Pe 2:32Pe 2:3). E a sua ganância não é menos do que a idolatria (Cl 3:5). Que algumas pessoas podem não alcançar os extremos Paulo menciona em Efésios 4:17-19 é devido apenas ao escudo protetor da graça comum de Deus que Ele derrama tanto sobre os justos e os injustos (ver Mt 5:45.) E à preservação influência do Espírito Santo (34:14-15) e da igreja (Mt 5:13.).

A caminhada do Novo Auto

Mas você não aprendeu Cristo dessa maneira, se é que já a ouviram e foram ensinados Nele, assim como a verdade está em Jesus, que, em referência ao seu antigo modo de vida, você deixar de lado o velho homem, que é sendo corrompido em conformidade com as concupiscências do engano, e vos renovar no espírito da vossa mente, e colocar o novo, o qual, à semelhança de Deus foi criado em verdadeira justiça e santidade da verdade. (4: 20-24)

A nova caminhada em Cristo é o exato oposto do antigo caminhada da carne. Considerando que a idade é egocêntrica e fútil, o novo é centrada em Cristo e proposital. Considerando que a idade é ignorante da verdade de Deus, a nova conhece e compreende-lo. Considerando que o velho é moralmente e espiritualmente calejada e sem vergonha, o novo é sensível ao pecado de toda espécie. Considerando que a idade é depravado em seu pensamento, o novo é renovada.

Centrado em Cristo

Mas você não aprendeu Cristo dessa maneira, (4:20)

Depois de analisar os males do mundo pagão e, sem propósito maldade egocêntrica, Padrãoless que tanto vem e leva a escuridão espiritual e ignorância, Paulo declarou aos crentes que haviam caído de volta para tal degradação, Mas você não aprendeu Cristo neste maneira . Esse não é o caminho de Cristo ou do seu reino ou da família. "Você não está a ter qualquer parte de tais coisas", insistiu, "seja por participação ou associação."

Você não aprendeu Cristo é uma referência direta à salvação. Para saber Cristo é para ser salvo. Embora seja verdade que o verbo mantano pode ser usado em referência ao processo de aprendizagem de verdade (conforme Rm 16:17; Fp 4:9, onde Jesus falou para aqueles que tinham "aprendeu com o pai" —indicating uma referência ao ato salvador de fé sob a Antiga Aliança, que iria levá-los agora a Ele.

Em Mt 11:29, Jesus ofereceu uma das mais belas de todos os convites de salvação: "Tomai meu jugo sobre vós e aprendei de mim" ( NVI ). Este uso de mantano também está no aoristo, indicando um só ato irrepetível.

Tanto o contexto e o uso do aoristo do verbo "aprender" nessas passagens levar à conclusão de que esta aprendizagem refere-se ao momento de fé salvadora.

"A amizade com o mundo é inimizade contra Deus" (Jc 4:4).

Do lado humano, a salvação começa com o arrependimento, uma mudança de mentalidade e de ação em relação ao pecado, eu e Deus. João Batista (Mt 3:2), e os apóstolos (At 2:38; At 3:19; At 5:31; At 20:21; At 26:20) começou seus ministérios com a pregação do arrependimento. O próprio propósito de receber a Cristo é "ser salvos desta geração perversa" (At 2:40), e ninguém é salvo que não se arrepende e abandonar o pecado. Arrependimento não nos salva, mas Deus não pode salvar-nos do pecado de que não estamos dispostos a deixar ir. Para segurar o pecado é recusar-se a Deus, a desprezar a Sua graça, e para anular a fé. Nenhum cristão é totalmente livre da presença do pecado nesta vida, mas em Cristo, ele é de bom grado libertado de sua orientação para o pecado. Ele escorrega e cai muitas vezes, mas a direção determinada de sua vida é longe do pecado.

Uma das primeiras coisas que um cristão deve aprender é que ele não pode confiar em seu próprio pensamento ou confiar em seu próprio caminho. "Eles que vivem não vivam mais para si, mas para Aquele que morreu e ressuscitou em seu nome" (2Co 5:15). O cristão tem a mente de Cristo (1Co 2:16), e de Cristo é a única mente em que ele pode confiar. O obediente, fiel cristão é aquele por quem Cristo pensa, age, ama, sente, serve, e vive em todos os sentidos. Ele diz com Paulo: "Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim; ea vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que amou me, e se entregou por mim "(Gl 2:20).

Porque nós temos a mente de Cristo, devemos "Tende em [nós] que houve também em Cristo Jesus", que "se humilhou, tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz" (Fm 1:2). Embora Cristo era um com o Pai, enquanto estava na terra Ele fez absolutamente nada, mas a vontade do Pai (Mt 26:39, Mt 26:42;. Jo 4:34; Jo 5:30; Jo 6:38; etc.). Se o Senhor encarnado procurou a mente de Seu Pai celestial em tudo o que Ele fez, quanto mais deveríamos? A marca da vida cristã é pensar como Cristo, agir como Cristo, o amor como Cristo, e em todas as formas possíveis de ser como Cristo, a fim de que "se estamos acordados ou dormindo, vivamos juntamente com Ele" (1Ts 5:10).

Deus tem um plano de destino para o universo, e contanto que Cristo está trabalhando em nós Ele está trabalhando a parte desse plano através de nós. A vida centrada em Cristo é a vida mais intencional e significativa concebível-lo faz parte do plano divino e obra de Deus!

Conhece a verdade de Deus

se é que temos ouvido e foram ensinados Nele, assim como a verdade está em Jesus, (4:21)

Em vez de ser ignorante da verdade de Deus, o cristão tem ouvido Cristo e é ensinado nEle . Ambos os verbos estão no aoristo, novamente apontando para um ato passado de uma só vez, e, neste contexto, referindo-se ao momento em que os leitores foram ensinados e veio a crer no evangelho, aqui chamado de verdade ... em Jesus . Estes termos descrever o momento da salvação-conversão. Quando uma pessoa recebe a Cristo como Salvador e Senhor, ele entra em verdade de Deus.

Se de fato você já ouviu falar Ele e foram ensinados nEle (conforme Mt 17:5; Jo 10:27; Atos 3:22-23; Heb. 3: 7-8). Muitas referências do Novo Testamento falam dessa audiência e sendo ensinado como o chamado de Deus (ver, por exemplo, At 2:39). En autoi ( nele ) significa, em união com Cristo e ainda enfatiza o fato de que a conversão recebemos a verdade encarnada em Cristo, porque nós viemos para ser nEle .

A vida sem Deus leva ao cinismo sobre a verdade. A pessoa ímpia pode perguntar retoricamente com Pilatos: "Que é a verdade?" (Jo 18:38), mas ele não espera resposta satisfatória. O cristão, no entanto, pode-se dizer, "A verdade de Cristo está em mim" (2Co 11:10) e "Nós sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento, para que possamos conhecê-Lo que é verdade, e nós estamos naquele que é verdadeiro, em seu Filho Jesus Cristo "(1Jo 5:20).

verdade que está em Jesus , então, é antes de tudo a verdade sobre a salvação. Esta ideia é paralela à 1:13, onde Paulo diz ouvir a verdade e estando Nele são sinônimo de conversão: "Nele, você também, depois de ouvir a mensagem da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, você foram selados nEle com o Espírito Santo da promessa ". A verdade está em Jesus ... e isso leva à plenitude da verdade sobre Deus, o homem, a criação, a história, o pecado, a justiça, a graça, a fé, a salvação, a vida, a morte, propósito, significado, relacionamentos, céu, inferno, julgamento , eternidade, e tudo o mais de conseqüência final.

João resumiu essa relação com a verdade quando escreveu: "E sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento, para que pudéssemos conhecer o que é verdadeiro, e nós estamos naquele que é verdadeiro, em Seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus ea vida eterna "(1Jo 5:20).

Liberto do ego Velho

que, em referência ao seu antigo modo de vida, você deixar de lado o velho homem, que se corrompe segundo as concupiscências do engano, (04:22)

Para demonstrar a natureza transformadora da regeneração, o apóstolo descreve ainda e define as realidades inerentes à verdade em Jesus que seus leitores ouviram e foram ensinados a conversão. Ele usa três infinitives (no original grego) para resumir o que ouviram na chamada do evangelho: deixar de lado , "ser renovada" (v 23)., e "colocar em" (v 24)..

É importante notar que Paulo não está aqui exortando os crentes a fazer essas coisas. Estes três infinitives descrever a verdade salvadora em Jesus e não são imperativos dirigidas aos cristãos. Eles são feitas no ponto de conversão, e são mencionados aqui apenas como um lembrete da realidade do que a experiência.

Deixe de lado o velho eu está relacionado a "ter ouvido falar ... e foram ensinados" no evangelho (21 v.). Também deve-se notar que, embora seja essencial para afirmar que a salvação é um milagre divino e soberano para além de qualquer contribuição humana, também deve-se afirmar que os homens não ouvir e crer e deixar de lado o velho ao mesmo tempo colocando no novo. O ato salvador de Deus efeitos dessas respostas na alma crente. Estas não são obras humanas necessárias para a salvação divina, mas elementos inerentes ao trabalho divino de salvação. Termos de Paulo aqui são basicamente uma descrição de arrependimento do pecado e da submissão a Deus, tantas vezes ensinou como elementos de regeneração (veja Is 55:6-7; Mateus 19:16-22.; Atos 2:38-40.; At 20:21).

A conclusão inevitável de que Paulo diz em Romanos e Colossenses é que a salvação é uma união espiritual com Jesus Cristo na Sua morte e ressurreição, que também pode ser descrito como a morte do "homem velho" e a ressurreição do "novo eu", que agora caminha em "novidade de vida." Esta união e nova identidade significa claramente que a salvação é a transformação. Não é a adição de uma nova auto a um velho self. Em Cristo, o velho eu já não existe (conforme 2Co 5:17). Isso é o que os Efésios ouvido e foram ensinados de acordo com a verdade em Jesus (4:21). O velho homem é a natureza não convertido, descrito como sendo corrompido em conformidade com as concupiscências do engano . O velho homem do incrédulo não só é corrupto, mas está cada vez mais sendo corrompido(apresentar passiva), porque é a ferramenta para o desejo do mal que é controlado por engano (conforme 2: 1-3). O convite do evangelho é a deixar o antigo auto de lado em arrependimento do pecado, que inclui não apenas tristeza sobre o pecado, mas a viragem do pecado para Deus.

Torne-se do novo homem

e que ser renovados no espírito da vossa mente, e colocar o novo, o qual, à semelhança de Deus foi criado em verdadeira justiça e santidade da verdade. (4: 23-24)

Em contraste com a mente depravada, réprobo da pessoa não regenerada (vv. 17-18), o cristão se renova continuamente no espírito da [sua] mente (conforme Cl 3:10). Ananeoō (a ser renovada ) aparece somente aqui no Novo Testamento. A melhor prestação de presente infinitivo passivo é como um modificador do verbo principal colocar em , para que ele iria ler "e renova-se no espírito da vossa mente,colocar o novo auto . " Isso deixa claro que essa renovação é a consequência da "deixando de lado o velho self" e é o contexto no qual se pode colocar sobre a nova auto . Salvação relaciona-se com a mente, que é o centro do pensamento, compreensão, e de crença, bem como de motivo e ação. O espírito de sua mente é explicada por um comentarista como com a intenção de mostrar que não está na esfera do pensamento humano ou a razão humana, mas na esfera moral, que essa renovação ocorra. João Eadie diz:

A mudança não está na mente psicologicamente, seja em sua essência ou na sua operação; e nem é na mente como se fosse uma mudança superficial de parecer sobre pontos de doutrina ou prática; mas é no espírito da mente; em que dá conta tanto o seu dobrado e seu material de pensamento. Não é simplesmente no espírito como se ali em quietude dim e místico; mas é no espírito da mente; no poder que, quando mudou-se, altera radicalmente toda a esfera e de negócios do mecanismo interno.
Quando uma pessoa se torna um cristão, Deus inicialmente renova sua mente , dando-lhe um completamente novo espiritual e moral capacidade de uma capacidade que a mente mais brilhante e educado Cristo para além de nunca pode alcançar (conforme 1 Cor. 2: 9-16) . Esta renovação continua por toda a vida do crente como ele é obediente à Palavra e da vontade de Deus (conforme Rm 12:1-2.). O processo não é um feito de uma só vez, mas o trabalho contínuo do Espírito no filho de Deus (Tt 3:5; 2Tm 1:72Tm 1:7, Paulo chama os crentes "os escolhidos de Deus, santos e amados."

É essencial para expandir o conceito de auto novo de modo que possa ser compreendido mais completamente. A palavra nova ( kainos ) não significa renovado, mas totalmente novo-novo em espécie ou caráter. A nova auto é novo, pois foi criado à semelhança de Deus . O grego é, literalmente, "de acordo com o que é Deus", uma declaração impressionante expressando a realidade maravilhosa de salvação. Aqueles que confessam Jesus Cristo como Senhor são feitas como Deus! Pedro diz que nos tornamos "participantes da natureza divina" (2Pe 1:4, Paulo declara: "Já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim." A imagem de Deus, perdido em Adão, é mais gloriosamente restaurado no segundo Adão, Aquele que é a imagem do Deus invisível (conforme 2 Cor. 4: 4-6), onde Paulo descreve Cristo como a imagem de Deus , o tesouro que habita em nós.

Se os crentes receberam a sua natureza divina, a vida de Cristo, à semelhança de Deus nesta nova auto por um ato de criação divina (conforme Cl 3:10) —é, obviamente, deve ter sido criado em justiça e santidade da verdade . Em grego, a palavra verdade é colocado última contrastar com o engano, e a melhor prestação é o do (v 22). NVI : ". verdadeira justiça e santidade" Deus poderia criar nada menos (ver Lc 1:75).

A justiça relaciona-se com os nossos semelhantes e reflete a segunda tábua da lei (Ex. 20: 12-17). Santidade ( hosiotēs , o respeito sagrado de todos os deveres para com Deus) refere-se a Deus e reflete a primeira tabela (Ex 20:3 é explícito em colocar a realidade do pecado que não seja no novo self. Ele diz: "Não deixe o pecado reinar em seu corpo mortal "(6:
12) e," Não vá em apresentar os membros do seu corpo ao pecado "(06:13, ênfase adicionada).

Nestas passagens, Paulo coloca o pecado na vida do crente no corpo. No capítulo 7, ele vê-lo na carne. Ele diz: "Já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim" (v. 17), "Nada de bom habita em mim, isto é, na minha carne" (v. 18), "Eu não sou mais quem o faz, mas o pecado que habita em mim "(v. 20), e" ... a lei do pecado que está nos meus membros "(v. 23).
Nesses textos Paulo reconhece que ser um novo homem à imagem de Deus não elimina o pecado. Ele ainda está presente na carne, o corpo, a humanidade não redimida que inclui pensamento e comportamento de toda a pessoa humana. Mas ele não vai permitir que o novo homem interior a ser atribuída a responsabilidade pelo pecado. Os novos "I" amores e anseia pela santidade e justiça para o qual ele foi criado.

Paulo resume a dicotomia com estas palavras: "Assim, pois, por um lado eu me com a minha mente [sinônimo aqui com o novo auto] sou escravo da lei de Deus, mas, por outro, com a minha carne [sinônimo aqui com humanidade não redimida contida em nossos corpos pecaminosos] da lei do pecado "(Rm 7:25). É essa luta que solicita a antecipação para a "redenção do corpo", descrito em Rm 8:23 (conforme Fm 1:3).

As muitas portantos e wherefores no Novo Testamento geralmente interpor recursos para os crentes a viver como as novas criaturas que estão em Cristo. Devido a nossa nova vida, o nosso novo Senhor, nossa nova natureza, e nosso novo poder, estamos , portanto, chamados a viver uma correspondentemente novo estilo de vida.


14. Princípios de uma Vida Nova ( Efésios 4:25-32 )

Portanto, deixando de lado a mentira, e falai a verdade, cada um de vós, com o seu próximo, pois somos membros uns dos outros. Fique com raiva, e ainda não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, e não dar o diabo uma oportunidade. Aquele que rouba, não furte mais; mas antes trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, a fim de que ele pode ter algo a compartilhar com ele que precisa. Que nenhuma palavra torpe de sua boca, mas apenas uma palavra como é bom para edificação de acordo com a necessidade do momento, para que dê graça aos que a ouvem. E não entristecer o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. Toda a amargura, indignação e ira, e gritaria, e blasfêmia sejam tiradas dentre vós, bem como toda a malícia. E ser gentil com o outro, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou. ( 4: 25-32 )

A única prova de confiança do ser de uma pessoa salva não é uma experiência passada de receber a Cristo, mas uma vida presente que reflete Cristo. "Aquele que diz: Eu vim a conhecê-lo", e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, ea verdade não está nele "( 1Jo 2:4 ). Esta é a principal preocupação de Paulo em Romanos 6 , onde ele descreve cuidadosamente "novidade de vida" do crente ( v. 4 ; cf. 7: 6 ).

Paulo acaba de demonstrar ( vv. 17-24 ) que os crentes sabem salvação para ser aparte, que "o homem velho" e colocando "o novo homem" ( Ef 4:22 , Ef 4:24 ). Os cristãos não são robôs que simplesmente reagir automaticamente a impulsos divinos. Embora Deus soberanamente nos faz novas criaturas, Ele também nos ordena na força do Espírito para subjugar nossa humanidade não redimida ( 1Co 9:27 ), que ainda reside em nós, e para viver como novas criaturas em submissão a Cristo, nosso novo Mestre. O paradoxo da vida cristã é que a soberania tanto de Deus e vontade do homem está no trabalho. O crente fiel responde positivamente às declarações e comandos soberanos de Deus.

(Depois de mostrar o que os crentes são e têm posicionalmente em Cristo . caps 1-3 ), Paulo primeiro dá instrução geral de base para a praticidade de viver a vida nova ( 4: 1-24 ) e, em seguida, continua durante todo o resto da carta para dar comandos específicos para a realização de que a vida. Em 4: 25-32 dá comandos refletindo vários contrastes entre a velha ea nova vida. Com base na sua novidade de vida, os crentes devem mudar de mentir para falar a verdade, de ira injusta a ira justa, de roubar a partilha, a partir de palavras prejudiciais para edificante palavras, e dos vícios naturais de virtudes sobrenaturais.

De Mentir para Falando a Verdade

Portanto, deixando de lado a mentira, e falai a verdade, cada um de vós, com o seu próximo, pois somos membros uns dos outros. ( 04:25 )

Esta segunda , portanto, do capítulo (ver v. 17 ) fornece uma resposta antecipada à descrição geral da vida nova em Cristo descrito em versículos 20:24 e introduz o primeiro comando específico para a nova caminhada.

Os mentirosos não herdarão o reino de Deus. "Para os assassinos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, e pessoas imorais e feiticeiros, aos idólatras ea todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, que é a segunda morte" ( Ap 21:81Co 6:9 ). Satanás mentiras sobre Deus, Cristo, a vida, a morte, céu, inferno, a Escritura, bem, o mal, e tudo o mais. Cada sistema religioso para além do cristianismo é construído em torno de vários enganos de Satanás. Mesmo os poucos e limitados verdades que podem ser encontrados nas religiões humanas estão planejando partes de uma rede maior que visa enganar.

Desde a queda, a mentira tem sido uma característica comum da humanidade não regenerada. Nossa sociedade hoje é tão dependente de mentir que, se, de repente, virou-se para dizer a verdade o nosso modo de vida entraria em colapso. Se os líderes mundiais começou a falar somente a verdade, a Terceira Guerra Mundial certamente seguirá. Tantas mentiras são empilhados em outras mentiras, e assim por muitas organizações, as empresas, as economias, as ordens sociais, governos, e tratados são construídos sobre essas mentiras que o sistema mundial se desintegram se deitado de repente cessou. O ressentimento e animosidade não teria limites, ea confusão seria inimaginável.
Mentir inclui mais do que simplesmente dizer falsidades diretos. Ele também inclui exagero, acrescentando falsidade ao que começa como verdadeiro. Alguns anos atrás, um homem cristão tornou-se amplamente conhecido por seu testemunho poderoso e comovente. Mas, depois de vários anos ele parou. Quando perguntado por que, ele respondeu com algum grau de integridade, "Ao longo dos anos eu embelezou a história tanto que eu não sabia mais o que era verdade eo que não era."
Engano na escola e em declarações de imposto de renda é uma forma de mentira. Fazer promessas tolas, traindo a confiança, a lisonja, e dando desculpas são todas as formas de mentir.
O cristão deve ter nenhuma parte de qualquer tipo de mentira. Ele está a ser caracterizada por deixar de lado a falsidade , porque a mentira é incompatível com a sua nova natureza e inaceitável para seu novo Senhor. Apotithēmi , a partir do qual deixando de lado é derivada, tem a ver com devoluções, tirando, fundição de distância, e assim por diante. É a palavra Lucas usou dos líderes judeus em Jerusalém que, apedrejaram a Estêvão, " deixou de lado suas vestes aos pés de um jovem chamado Saulo "( At 7:58 ). Eles colocaram de lado suas vestes exteriores, para que pudessem mais livremente fazer o seu trabalho perverso. O cristão coloca de lado a mentira que ele possa ser livre para fazer o trabalho de justiça do Senhor.

Citando Zc 8:16 , Paulo vai desde a proibição negativo sobre ao comando positivo, falar a verdade, cada um de vós, com o seu próximo . Próprio Cristo é "o caminho, ea verdade, ea vida" ( Jo 14:6 ; Fp 4:12-14. , etc.) é uma coisa; para transmitir relatos detalhados de nosso pecado é outra completamente diferente.

A economia de Deus é baseada na verdade, e Seu povo-quer como crentes individuais ou como o corporativo igreja não pode ser instrumento de ajuste para sua obra, a menos que eles vivem em veracidade.Estamos a falar a verdade, cada um de [nós], com o seu próximo, pois somos membros uns dos outros . A palavra vizinho é definido pela frase membros uns dos outros e meios irmãos cristãos.Estamos a falar a verdade a todos e em todas as situações, mas temos um motivo especial para ser sincero com os outros crentes, porque somos companheiros de membros do Corpo de Cristo, a Igreja, e, portanto, membros uns dos outros .

Nossos corpos físicos não podem não funcionar corretamente ou com segurança se cada membro não se comunicar corretamente com os outros. Se o nosso cérebro de repente começar a dar sinais falsos para os nossos pés, nós tropeçar ou andar na frente de um caminhão em movimento em vez de parar no meio-fio. Se ele noticiou quente e fria, poderíamos congelar até a morte porque sentimos muito quente ou ser escaldados em um chuveiro quente, enquanto sentindo frio. Se os nossos olhos decidiu enviar falsos sinais para o cérebro, uma curva perigosa na estrada pode aparecer em linha reta e seguro, e que deixaria de funcionar. Se os nervos em nossas mãos e pés não conseguiu dizer o nosso cérebro que a lesão estava ocorrendo, o pé pode ser mutilado ou os dedos queimados, sem o nosso conhecimento. É precisamente esse o grande perigo de hanseníase-lesões, doenças e outros males devastar o corpo, porque os nervos não transmitem sinais de perigo de dor.
A igreja não pode funcionar corretamente se a sua membros sombra a verdade com o outro ou deixar de trabalhar em conjunto de forma honesta e com amor. Não podemos efetivamente ministrar uns aos outros ou uns com os outros, se não falar "a verdade em amor" ( Ef 4:15 ), especialmente entre os nossos irmãos.

De ira injusta a ira justa

Fique com raiva, e ainda não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, e não dar o diabo uma oportunidade. ( 4: 26-27 )

Parorgismos ( raiva ) não é momentâneo para fora, fervendo-over raiva ou para dentro, o ressentimento fervilhante, mas sim uma convicção profunda, determinada e resolvida. Como visto nesta passagem, a sua utilização Novo Testamento pode representar uma emoção boa ou ruim, dependendo motivo e Proposito.

Comando de Paulo é ficar com raiva (de orgizō ), com a qualificação e ainda não pequeis . Nesta declaração, ele pode ser legitimatizing justa indignação, raiva mal, em que o que é feito contra a pessoa do Senhor e contra a Sua vontade e propósito. É a ira do povo do Senhor que odeiam o mal ( Sl 69:9. ; Jo 2:15 ). Jesus estava sempre irritado quando o pai foi caluniado ou quando os outros foram maltratados, mas ele nunca foi egoisticamente irritado com o que foi feito contra ele. Esta é a medida de justa ira.

A raiva que é pecado , por outro lado, é a raiva que é auto-defensiva e auto-serviço, que é ressentido com o que é feito contra si mesmo. É a raiva que leva ao assassinato e ao julgamento de Deus ( Mt 5:21-22. ).

A raiva que é egoísta, indisciplinados, e vingativo é pecado e não tem lugar ainda que temporariamente na vida cristã. Mas a raiva que é altruísta e é baseado no amor a Deus e preocupação com os outros, não só é permitido, mas ordenado. O amor genuíno não pode deixar de ficar irritado com o que fere o objeto desse amor.
Mas mesmo ira justa pode facilmente transformar a amargura, ressentimento e auto-justiça. Consequentemente, Paulo continua a dizer, não deixe o sol sobre a vossa ira, e não dar o diabo uma oportunidade . Mesmo o melhor ira motivado pode azedar, e estamos, portanto, para colocá-lo de lado no final do dia. Levado para a cama, é provável que se dê ao diabo uma oportunidade de usá-lo para seus propósitos. Se a raiva for prolongada, pode-se começar a buscar vingança e, assim, violar o princípio ensinado em Romanos 12:17-21 ,

Nunca pague o mal com o mal a ninguém. Respeite o que é correto aos olhos de todos os homens. Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens. Nunca tome sua própria vingança, amados, mas dai lugar à ira de Deus, porque está escrito: "Minha é a vingança, eu retribuirei", diz o Senhor. "Mas se o teu inimigo tiver fome, alimentá-lo, e se ele tiver sede, dá-lhe de beber;. Porque, fazendo isto, amontoarás brasas sobre a cabeça ardente Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem."
Pode ser também que versículos 26 b -27 referir inteiramente a este ira injusta, caso em que Paulo usa o imperativo no sentido de dizer que, porque a raiva pode vir em um momento e ultrapassar um crente, e porque tem como um forte tendência a crescer e apodrecer, ela deve ser tratada de imediato, confessou, desamparada, e dado a Deus para a limpeza antes de terminar o dia.

Em qualquer caso de raiva, seja legítimo ou não, se ela é cortejada ", vantagem [serão] tomadas de nós por Satanás" ( 2Co 2:11 ), e ele irá alimentar a nossa indignação com a auto-piedade, orgulho, auto-justiça, vingança, defesa dos nossos direitos, e todo outro tipo de pecado egoísta e violação da santa vontade de Deus.

De Roubar para Sharing

Aquele que rouba, não furte mais; mas antes trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, a fim de que ele pode ter algo a compartilhar com ele que precisa. ( 04:28 )

O terceiro comando Paulo apresenta exige uma mudança de roubar a partilha. Ninguém é completamente livre da tentação de roubar. Muitas crianças passam por uma fase de pensar que é divertido para roubar, às vezes simplesmente por uma questão de roubar. Há uma certa atração carnal em tomar aquilo que não nos pertence e tentando ficar por isso mesmo. O antigo eu tinha uma inclinação built-in para roubar, e que é uma das muitas características do velho eu que "o novo, o qual [é] à semelhança de Deus" ( v. 24 ) coloca distância. O cristão deve roubar [ cleptomaníaco , de onde vem cleptomaníaca] já não .

No passado várias décadas furtos tem crescido de forma alarmante, uma grande porcentagem de como é feito pelos funcionários. Em algumas grandes lojas de até um terço do preço da mercadoria é usada para cobrir perdas de roubo de vários tipos. Superestimação intencional, derrapagens de custos falsificados, e peculato definitivas são galopante em todo o comércio ea indústria. Preenchimento contas de despesas, relatórios mais horas do que foram trabalhados, deixando de informar a renda para o IRS, e outros tais enganos são aceitas como normais por muitas pessoas. Para eles, roubar é simplesmente um jogo em que ser pego é o único motivo de arrependimento ou vergonha.
Apropriação indébita, furto, levando algum dinheiro do seu pai fora do armário, renegar a dívida, não pagar salários justos, ou embolsando o que um funcionário overpays em mudança estão roubando.Simplesmente não há fim para formas que podem roubar, e quaisquer que sejam as formas são e quaisquer que sejam as chances de ser pego, roubar é pecado e não tem parte na nova caminhada do novo homem em Cristo.
A alternativa para roubar é para trabalho ... em fim ... para compartilhar com quem tem necessidade . É o plano de Deus para que todos possam trabalhar que é capaz de fazê-lo. "Se alguém não quer trabalhar, também não coma Porquanto ouvimos que alguns entre vós estão levando uma vida indisciplinada, fazendo nenhum trabalho em tudo." ( 2 Ts 3: 10-11. ). O cristão que não funciona e "cuidado dos seus, e especialmente dos da sua família, ... tem negado a fé, e é pior que um incrédulo" ( 1Tm 5:8 ). Como ele os visitou em Mileto a caminho de Jerusalém, as últimas palavras de Paulo aos anciãos de Éfeso foram: "Eu tenho cobiçado prata ou ouro ou roupas de ninguém, vós mesmos sabeis que estas mãos proveram as minhas próprias necessidades e para os homens que estavam. .comigo Em tudo o que eu lhe mostrei que, trabalhando duro dessa maneira você deve ajudar os fracos e lembre-se das palavras do Senhor Jesus, que Ele mesmo disse: "Há mais felicidade em dar do que em receber" ( Atos 20:33-35 ).

Das Palavras insalubres para sãs palavras

Que nenhuma palavra torpe de sua boca, mas apenas uma palavra como é bom para edificação de acordo com a necessidade do momento, para que dê graça aos que a ouvem. E não entristecer o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. ( 4: 29-30 )

A quarta mudança na vida do cristão deve ser de falar palavras prejudiciais a falar uns saudáveis. Seu discurso deve ser transformado, juntamente com tudo o resto.

Sapros ( insalubre ) refere-se ao que está corrompido ou falta e foi usado de fruta podre, legumes e outros alimentos estragados. Linguagem chula nunca deve proceder a partir da boca de um cristão, porque é totalmente fora do personagem com sua novidade de vida. insalubres linguagem deve ser tão repulsivo para nós como uma maçã podre ou um pedaço de carne estragada. Piadas de mau gosto, palavrões, histórias sujas, a vulgaridade, entendre dobro, e qualquer outra forma de talk corrupto nunca devem atravessar nossos lábios. "Mas agora você também", escreveu Paulo aos Colossenses, "colocá-los todos de lado: ira, da cólera, da malícia, da maledicência, e linguagem ultrajante de sua boca" ( Cl 3:8 ).

Quanto deve ter afligido Pedro lembrar que ele não só negou o seu Senhor, mas que ele mesmo negou-lhe com xingamentos e palavrões ( Mt 26:74 ). Talvez que a memória causada Pedro para Oração com Davi, "Definir um guarda, Senhor, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios" ( Sl 141:3 ). A boca suja vem de um coração sujo, eo único caminho para o Senhor para purificar a nossa língua é através da Sua Palavra, que enche o coração de "tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é certo, o que é puro, tudo o que é belo , tudo o que é de boa fama, "e tudo o que é excelente e" digno de louvor "( Fp 4:8 admoesta: "Como pendentes de ouro e gargantilhas de ouro fino é o sábio repreensor para um ouvido atento." O pregador de Eclesiastes "procurou achar palavras agradáveis ​​e escrever palavras de verdade corretamente", e tais palavras ditas por um homem sábio "são como aguilhões ... e unhas bem-driven" ( Eccles. 12: 10-11 ).

Em segundo lugar, tudo o que dizer deve ser apropriada, de acordo com a necessidade do momento . Não é que cada palavra que falamos é para ser carregado de um grande significado, mas que o que dizemos sempre deve ser apropriado para a situação, de modo que contribua construtivamente para todos. Obviamente, nunca devemos falar desnecessariamente coisas que possam prejudicar, desencorajar, ou decepcionar alguém. Algumas coisas, embora possam ser absolutamente verdadeiro e perfeitamente saudável, não devem ser ditas. Todos admiram a sabedoria e virtude daqueles que falam com menos frequência, mas costumo dizer algo de benefício. Pv 25:11 ensina: "Como maçãs de ouro em salvas de prata é a palavra falada em circunstâncias certas." Pv 15:23 afirma que " um homem tem alegria em uma resposta apropriada, e como delicioso é uma palavra oportuna! " Na verdade, "Ele beija os lábios que dá uma resposta certa" ( Pv 24:26 ).

Em terceiro lugar, o que dizemos deve ser gracioso, para que dê graça aos que a ouvem . Como Paulo já disse, o cristão maduro não só fala a verdade, mas ele fala em amor ( v. 15 ). Raw verdade raramente é adequado e muitas vezes é destrutivo. Nós fomos salvos na graça e somos mantidos na graça; portanto, estamos a viver e falar em graça. Como a graça suprema caracteriza Deus também deve caracterizar os Seus filhos.

Graciousness sempre caracterizou Jesus. Isaías disse sobre a beleza do discurso de Cristo: "O Senhor Deus me deu a língua dos discípulos, para que eu saiba sustentar o cansado com uma palavra" ( Is 50:4 ). Alguns momentos depois, os que falaram essas palavras tornou-se enfurecido, tomou Jesus para a beira da cidade, e teria jogado a Ele sobre o penhasco à Sua morte se Ele não tivesse desaparecido do seu meio ( vv. 28-30 ). Mas Jesus não tivesse se tornado ungracious. Teve as pessoas admitidas a verdade Ele lembrou-lhes sobre a rebeldia espiritual de Israel, confessou que eles mesmos eram culpados do mesmo pecado, e aceitou o fato de Deus de oferecer a Sua graça para os gentios, eles realmente foram edificados e construída. Mesmo dizendo homens de seus pecados é uma coisa graciosa para fazer, se for feito com o propósito certo e com o espírito certo, porque até que uma pessoa pode pegar até e se arrepende de seu pecado, ele não pode experimentar a graça da salvação.

"A vossa palavra seja sempre com graça," Paulo disse aos Colossenses, "experiente, por assim dizer, com sal" ( Cl 4:6 ) e para a perda de poder e bênção. Note-se também que tais respostas do Espírito Santo indicam Sua personalidade, o que é visto no uso dos pronomes pessoais referentes a Ele (cf. Jo 14:17 ; Jo 16:13 ; etc.). Sua identidade como Consolador, ou Helper ( Jo 14:16 , Jo 14:26 ; Jo 15:26 ; Jo 16:7. ), sentimentos ( Rm 8:27. ; Rm 15:30 ), e vontade ( I Coríntios 0:11. ).Ele trabalha ( 1Co 12:11 ), pesquisas ( 1Co 2:10 ), fala ( At 13:2 ), ensina ( Jo 14:26 ), condenados ( João 16:8-11 ), regenera ( Jo 3:5 ), guias ( Jo 16:13 ), glorifica a Cristo ( Jo 16:14 ), e dirige o serviço de Deus ( Atos 16:6-7 ).

Especificamente, à luz deste texto em Efésios, a personalidade do Espírito Santo é visto no fato de que Ele pode ser tratado como uma pessoa. Ele pode ser testado ( At 5:9 (), insultado . He 10:29 ), e blasfemado ( Mt 12:31-32. ).

Paulo pergunta, com efeito, "Como podemos fazer isso, que é tão desagradável para o One por quem [que] foram selados para o dia da redenção? " (Ver 1: 13-14 ). O Espírito Santo é a marca pessoal de Deus de autenticidade em nós, Seu selo de aprovação divina. Como podemos lamentar Aquele que é o nosso Consolador, Consolador, professor, advogado, residente Divino de nossos corações, e garante da nossa redenção eterna? Como podemos lamentar ungraciously infinitamente misericordioso de Deus Espírito Santo? Ele tem feito tanto por nós que, por gratidão, não devemos lamentar -Lo.

O comando não demonstrar ingratidão para com o Espírito Divino é baseada no fato de que Ele garantiu a nossa salvação. Paulo não está dizendo que devemos evitar o pecado, a fim de manter a nossa salvação, mas sim que devemos ser eternamente grato ao Espírito Santo para a Sua tornando impossível para nós para perdê-lo.

De Vices naturais às virtudes sobrenaturais

Toda a amargura, indignação e ira, e gritaria, e blasfêmia sejam tiradas dentre vós, bem como toda a malícia. E ser gentil com o outro, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou. ( 4: 31-32 )

A última alteração Paulo menciona é de vícios naturais para virtudes sobrenaturais e equivale a um resumo das outras mudanças.
Tendência natural do homem é o pecado, ea tendência natural do pecado é para crescer em maior pecado. E o pecado de um cristão vai crescer como a de um incrédulo. Se não for marcada, os nossos pecados internos de amargura, indignação e ira conduzirá inevitavelmente aos pecados exteriores de clamor , calúnia , e outras manifestações de malícia .

Amargura ( pikria ) reflete um ressentimento latente, uma atitude cheia de rancor ninhada (ver At 8:23 ; Hb. 0:15 ). É o espírito de irritabilidade que mantém uma pessoa em animosidade perpétua, fazendo-o azedo e venemous. Wrath ( thumos ) tem a ver com raiva selvagem, a paixão do momento. Ira ( orge ) é um ardente mais interna, uma sutil e sentimento profundo. Clamor ( kraugē ) é o grito ou clamor de luta e reflete o desabafo público que revela perda de controle. Calúnia ( blasphēmia , da qual nós temos blasfêmia) é a difamação em curso de alguém que se eleva a partir de um coração amargurado. Paulo, então, acrescenta malícia ( Kakia ), o termo geral para o mal que é a raiz de todos os vícios. Tudo isso, diz ele, deve ser colocado longe de você .

Esses pecados particulares envolvem conflito entre pessoa e pessoa crente e não crente e, pior ainda, entre o crente eo crente. Estes são os pecados que quebram comunhão e destruir relacionamentos, que enfraquecem a igreja e mar o seu testemunho perante o mundo. Quando um incrédulo vê os cristãos que agem assim como o resto da sociedade, a igreja está manchada em seus olhos e ele está confirmado ainda mais em resistir às reivindicações do evangelho.
Em lugar desses vícios que são bastante para ser gentil com o outro, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou nós. Estes são graças que Deus tem mostrado a nós e eles são as virtudes de graça devemos mostrar aos outros. Deus não nos ama, nos escolher, e resgata-nos porque estávamos merecendo, mas simplesmente porque Ele é misericordioso. "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós ... quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de Seu Filho." ( Rm 5:8 ). Se Deus é tão agradável para nós, quanto mais, então, devemos ser gentis , ... de coração terno , e perdoando aos seus companheiros pecadores, especialmente um com o outro .

Ser incondicionalmente tipo caracteriza o Senhor, como Lc 6:35 b mostra: ". Pois ele é benigno até para com os ingratos e maus" Paulo fala de "as riquezas da sua bondade ... que o leva ao arrependimento" ( Rm 2:4 a ).

Tender-hearted tem a idéia de ser compassivo, e reflete um sentimento profundo nas entranhas, ou no estômago, uma dor psicossomática roendo devido à empatia por alguém necessidade. Perdoar o outroé tão básico para refletir caráter cristão que precisa de pouca comentário. A ilustração mais gráfico do perdão é na parábola de Mateus 18:21-35 . Quando Pedro perguntou sobre os limites do perdão, o Senhor disse-lhe uma história de um homem com uma dívida impagável que foi perdoado pelo seu credor, o rei. Esta era uma imagem de salvação por Deus perdoar um pecador da dívida impagável de rebelião injusto contra ele.

O homem perdoado depois foi para alguém que lhe devia uma pequena quantidade e mandou prendê-lo por falta de pagamento. Aquele que aceitou prontamente um maciço, perdão abrangente não perdoaria uma dívida pequena, facilmente-pago de outra pessoa. A incongruência de sua ação mostra a hediondez do coração rancoroso de um crente, e o homem foi severamente castigado pelo Senhor para a sua atitude má.
Paulo tem essa mesma relação em mente, como ele chama os crentes a perdoar assim como Deus em Cristo também vos perdoou . Podemos que foram perdoados tanto não perdoar as relativamente pequenas coisas feitas contra nós? Nós, de todas as pessoas, deve estar sempre pronto a perdoar.

O texto paralelo a esta passagem, encontrado em Colossenses 3:1-17 , forma uma soma apropriada para o ensino de Paulo aqui.

Se depois de ter sido levantado com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas coisas que estão na terra. Porque vós morrestes ea vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também será revelado com Ele na glória
Considero, portanto, os membros do seu corpo terreno como morto à imoralidade, impureza; paixão, desejo maligno ea avareza, o que equivale a idolatria: Pois é por causa dessas coisas que a ira de Deus virá, e neles você também andou uma vez, quando você estava vivendo nelas. Mas agora você também, colocá-los todos de lado: ira, da cólera, da malícia, da maledicência, e linguagem ultrajante de sua boca. Não minta para o outro, desde que você deixou de lado o velho homem com suas práticas malignas, e vos vestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou-a renovação em que há há distinção entre judeu e grego circuncidados e não circuncidados, bárbaro, cita, escravo e livre, mas Cristo é tudo em todos.
E assim, como aqueles que foram escolhidos de Deus, santos e amados, colocar em um coração de compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência; suportando uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, quem quer que tenha uma queixa contra alguém, assim como o Senhor vos perdoou, assim também deve. E além de tudo isto, revesti sobre o amor, que é o perfeito vínculo de unidade: E a paz de Cristo o árbitro em vosso coração, à qual, também, fostes chamados em um corpo; e ser grato. Que a palavra de Cristo ricamente habitar dentro de você, com toda a sabedoria e admoestando uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando com gratidão em vossos corações a Deus. E o que você faz em palavra ou ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.




Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Efésios Capítulo 4 do versículo 1 até o 32

Efésios 4

A segunda parte da carta — Ef 4:1-32

As virtudes cristãs — Ef 4:1-3

O cavalheiro cristão - Ef 4:1-3 (cont.)

A paciência invencível - Ef 4:1-3 (cont.) O amor cristão — Ef 4:1-3 (cont.)

A base da unidade — Ef 4:4-6

Os dons da graça — Ef 4:7-10 Os cargos na igreja — Ef 4:11-13

A finalidade dos cargos - Ef 4:11-13 (cont.) O crescimento em Cristo - Ef 4:14-16

O que é preciso abandonar — Ef 4:17-24

O que tem que desaparecer da vida — Ef 4:25-32

O que tem que desaparecer da vida — Ef 4:25-32 (cont.) O que tem que desaparecer da vida — Ef 4:25-32 (cont.)

A SEGUNDA PARTE DA CARTA

Efésios 4:1-32

Com este capítulo começa a segunda parte da Carta. Nos primeiros três capítulos Paulo tratou as verdades enormes e eternas da fé cristã e a

função da Igreja no plano e desígnio divinos. Agora começa a expor o que cada membro da Igreja tem que ser para que esta cumpra sua parte no plano e no propósito de Deus.

Antes de começar a ler este capítulo tenhamos novamente presente o pensamento central de toda a Carta. Neste mundo não há outra coisa senão desacordo, desarmonia e desunião. Nação se levanta contra nação,

homem contra homem e classe contra classe; dentro do próprio homem se trava uma incessante batalha interior entre a parte inferior e a superior de sua natureza. É o desígnio e a vontade de Deus que todas estas

desuniões e desarmonias se transformem em Cristo; que todos os homens e todas as nações sejam uma em Cristo; que em Cristo as diferenças sejam abolidas e os muros divisórios jogados por terra.

Deus quer que em Cristo se introduza no mundo o que H. C. G.

Moule chamava "a sagrada unidade" e que em linguagem moderna poderíamos chamar "uma nova concórdia". Jesus Cristo constitui o único centro ao redor de quem todos podem congregar-se em unidade. Mas se alguma vez deve-se alcançar e obter esta unidade é mister que antes a mensagem de Cristo — o fato de Cristo, o amor e a misericórdia do coração de Deus que nos busca em Cristo – se transmita ao mundo inteiro. E esta é precisamente a função da Igreja: comunicar esta mensagem de amor aos homens. A Igreja deve ser o corpo pelo qual Cristo opera e a voz pela qual Cristo fala; a Igreja deve ser o instrumento de Cristo para levar a cabo no mundo esta unidade divina.

Mas para que a Igreja tenha êxito nesta tarefa enorme os membros que a constituem devem pertencer a uma classe determinada. E agora

Paulo refere-se ao caráter do cristão necessário para que a Igreja cumpra sua grande tarefa de ser o instrumento de Cristo na reconciliação universal entre homem e homem e do homem e Deus no mundo.

AS VIRTUDES CRISTÃS

Efésios 4:1-3

Quando alguém ingressa em uma sociedade ou fraternidade assume a obrigação de viver certa tipo de vida: e se não o faz, obstaculiza os fins da sociedade e traz descrédito ao nome da mesma. Paulo pinta aqui o

quadro da vida que deve que viver o membro da Igreja cristã.

Os três primeiros versículos desta passagem brilham com o fulgor de termos que são quais pedras preciosas. Achamos aqui cinco dos

grandes conceitos da fé cristã. Passemos em revista a cada um deles.

  1. Em primeiro lugar — e antes que nada — vem a palavra

humildade. O termo para humildade é tapeinofrosyne, e é uma palavra que em realidade foi cunhada pela fé cristã. Pode-se afirmar que no

grego não existe nenhuma palavra para humildade que não sugira ao mesmo tempo algo de baixeza. Mais tarde Basílio descreveria a humildade como "o cofre adornado de pedras preciosas de todas as

virtudes". Mas no mundo antigo anterior ao cristianismo a humildade

não se contava absolutamente como virtude. A virtude pagã é a megalopsyquia que significa magnanimidade. O mundo antigo considerava a humildade como algo abjeto e rasteiro que se tem que desprezar antes que desejar. O grego tem um adjetivo para humilde que se relaciona estreitamente com o substantivo: tapeinos.

O significado de uma palavra se conhece sempre pelos outros termos que lhe fazem de contexto, e esta palavra tem uma ignóbil companhia. É usada junto com adjetivos gregos que significam

escravidão (andrapododes, doulikos, douloprepes), ignóbil (agennes), sem reputação (adoxos), rasteiro (hamaizelos), adjetivo para descrever uma planta que se arrasta sobre a terra. Nos dias anteriores a Cristo a

humildade foi considerada sempre como algo baixo, rasteiro, servil e ignóbil. E, entretanto, o cristianismo a colocou justamente em primeiro plano entre todas as virtudes cristãs; é de fato, a virtude da qual

dependem e provêm todas as demais virtudes. Qual é a origem desta humildade cristã? O que é que ela abrange?

  1. A humildade cristã provém do conhecimento da gente mesmo.

Bernardo dizia a respeito que "é a virtude pela qual o homem tem consciência de q própria indignidade, como conseqüência do verdadeiro conhecimento de si mesmo". Enfrentar-se com a gente mesmo é o mais humilhante do mundo. A maioria de nós gosta de dramatizar colocando— nos a nós mesmos como o centro do drama da vida.

Conta-se de um homem que antes de ir dormir sonhava acordado. Via-se como o herói de algum arrepiante resgate no mar ou em algum

incêndio; ou como um orador que tinha pendente de seus lábios a um grande auditório; ou se iludia ocupando seu posto no tênis e marcando o recorde do século ou desempenhando-se em algum partido internacional

de futebol deslumbrando por sua destreza às multidões. Sempre era ele o centro de sua fantasia.

Muitos

de

nós

somos

essencialmente

assim.

A

verdadeira

humildade aparece quando nos enfrentamos conosco mesmos; quando vemos nossa própria fraqueza, nosso próprio orgulho, nosso próprio

fracasso já seja no trabalho, nas relações e realizações pessoais. A humildade depende da honestidade, vale dizer, do valor de vermos a nós mesmos sem os óculos cor-de-rosa da dramatização, da admiração e do amor próprios.

  1. A humildade cristã se origina quando se confronta a própria vida com a vida de Cristo e à luz das exigências de Deus. Deus é a perfeição; satisfazer a perfeição não é difícil; é impossível. O fato de que sejamos homens significa estar sempre empenhados numa tarefa sem esperança. Enquanto nos comparemos com os melhores mas num segundo plano podemos sair garbosos da comparação. Quando nos comparamos com a perfeição é quando comprovamos nosso fracasso.

Uma jovem pode considerar uma pianista muito virtuosa até que escute a Myra Hess ou Eileen Joyce ou Solomon ou Kentner. Um homem pode ter-se por um bom jogador de golfe até que conhece Hogan, Snead ou De Vicenzo. Há quem pode imaginar-se um sábio, até que se topa com os livros dos grandes pensadores antigos com seus conhecimentos enciclopédicos. Outro pode considerar-se um pregador eloqüente, até que chega a ouvir a algum príncipe do púlpito.

A própria satisfação depende da medida com a que nos comparamos. Se nos compararmos com nosso vizinho ou com o homem

ou a mulher do lado provavelmente sairemos muito satisfeitos da comparação. Mas a norma cristã é Jesus Cristo e as exigências da perfeição de Deus — e contra essa norma não há lugar para o orgulho.

  1. Há outra maneira de dizê-lo. R. C. Trench dizia que a humildade

provém do sentimento constante de nossa própria condição de criaturas: somos criaturas de Deus, criação de Deus; dependemos absolutamente de Deus. Por nós mesmos nada somos. Jamais podemos dar; sempre devemos receber. Somos criaturas e como criaturas não nos corresponde mais que humildade na presença do Criador.

A humildade cristã se baseia na visão da gente mesmo, na contemplação de Cristo e na compreensão de Deus.

O CAVALHEIRO CRISTÃO

Efésios 4:1-3 (continuação)

  1. A segunda das grandes virtudes cristã é a mansidão e que nós traduzimos por "doçura". O substantivo grego é praotes e o adjetivo

praus. Estes termos não se podem traduzir com uma só palavra. Vejamos o que esta virtude significa e inclui. O grego praus segue duas linhas principais em seu significado.

  1. O grande pensador e professor grego Aristóteles fala muito sobre a praotes. Ele costumava definir cada virtude como o meio entre dois extremos. Numa extrema havia excesso de alguma qualidade e no

outro extremo havia falta; no meio a qualidade estava em sua proporção justa e devida na vida. Agora, Aristóteles define a praotes como o meio entre a cólera excessiva e a mansidão excessiva; é o centro entre encolerizar-se muito e nunca encolerizar-se. O homem praus se

encoleriza sempre no momento oportuno e nunca fora do mesmo. Dito de outra maneira, o praus é aquele que se indigna pelas injustiças e sofrimentos de outros, mas que jamais se ira pelas injustiças e insultos

que ele mesmo tem que agüentar. Assim, pois, o homem manso se ira sempre no seu devido tempo e nunca fora de tempo.

  1. Mas há outro fato que ilumina o significado desta palavra. Praus

é o termo grego para o animal adestrado a obedecer as rédeas ou a voz de comando, ou para o animal domesticado sob total controle. Por isso o homem manso (praus) é aquele que tem sob perfeito controle cada instinto, cada paixão, cada moção de sua mente, de seu coração, de sua língua e de seus desejos. Não seria justo dizer que tal homem possua um perfeito e completo domínio de si mesmo, porque esse domínio está fora de todo poder humano; mas se poderia dizer com toda justiça que tal homem está dominado por Deus; é o homem no leme de cuja vida está a mão de Deus.

Aqui temos, pois a segunda grande virtude cristã e a segunda característica importante do verdadeiro membro da Igreja. É o homem

tão dominado por Deus que se ira sempre no momento oportuno e jamais fora de tempo; é o homem em quem morreu o eu e para quem toda a vida está dirigida e dominada por Deus; é o cavalheiro de Deus.

A PACIÊNCIA INVENCÍVEL

Efésios 4:1-3 (continuação)

  1. A terceira grande qualidade do cristão é a paciência. O termo

grego é makrothymia; seu significado vai em duas direções principais.

  1. Descreve o espírito que jamais cede e que, porque agüenta até o fim, colhe a promessa e a recompensa. Seu significado pode ver-se

melhor no fato de que um escritor judeu o usou para descrever "a persistência romana que jamais faz a paz na derrota". Nos dias de sua grandeza os romanos eram invencíveis; podiam perder uma batalha ou uma campanha mas não se podia conceber que perdessem a guerra. Nos

maiores desastres e nas piores calamidades jamais tiveram que ceder e admitir uma derrota. A paciência cristã é a têmpera que jamais admite uma derrota, que não é vencido por nenhuma tarefa, que não é

quebrantado por nenhuma desgraça ou sofrimento, que não se detém perante o desengano e o desalento, mas sim persiste e agüenta até o fim.

  1. Mas makrothymia como paciência, resistência tem em grego

um significado muito mais característico. É a palavra grega característica da paciência com os homens. Crisóstomo a define como o espírito que tem o poder de vingar-se, mas nunca o faz. Lightfoot a define como o espírito que recusa a desforra. É o espírito que suporta tudo o que os homens possam fazer-lhe. Para usar uma analogia muito imperfeita, com freqüência pode-se observar juntos um cachorrinho e um perrazo; o cachorrinho ladra, molesta, remói, grunhe e ataca o enorme cão que, podendo desfazer o cachorrinho de uma dentada, agüenta sua rabugice com uma dignidade cheia de gravidade e paciência. Makrothymia como paciência e resistência assinala aquele que agüenta o insulto e a injúria sem amargura nem lamento. É o espírito que suporta toda estultícia

humana sem irritar-se; que suporta as pessoas molesta com cortesia e os néscios sem queixar-se.

O que melhor dá o significado do termo é que no Novo Testamento aplica-se repetidamente a Deus. Paulo interpela o pecador impenitente:

“Ou será que você despreza a grande bondade, a tolerância e a paciência de Deus?” (Rm 2:4, NTLH) e fala da clemência de Jesus para com ele (1Tm 1:161Tm 1:16). Cristo teve paciência com Paulo, o perseguidor. Pedro fala da paciência de Deus ao esperar os dias do Noé (I Pedro

1Pe 3:20); também diz que a paciência de Deus é nossa salvação (2Pe 3:152Pe 3:15). Se Deus fosse homem há muito tempo que em sua irritação teria lançado a pique o mundo desobediente. Mas a paciência de Deus

aguarda e ama. O cristão deve ter para com seu semelhante a paciência que Deus teve com ele.

O AMOR CRISTÃO

Efésios 4:1-3 (continuação)

  1. A quarta qualidade cristã de importância é o amor. Tão novo era

o amor cristão, que os primeiros escritores deveram ensaiar um termo novo ou, pelo menos, viram-se forçados a adotar uma palavra inusitada no mundo grego. Trata-se de ágape. No grego há quatro palavras para amor. O eros é o amor entre o homem e a mulher que é obvio inclui paixão sexual. A filia é a cálida afeição existente entre aqueles que se sentem muito próximos ou ligados pelo afeto. Storge caracteriza o afeto familiar. Também existe a ágape que se traduz algumas vezes por amor e outras por caridade.

O significado real de ágape aponta a uma benevolência invencível. Se tratarmos a uma pessoa com ágape, nada do que esta pessoa possa

ou queira fazer nos fará desistir de buscar só seu maior bem; ainda que nos injurie, machuque-nos e nos insulte jamais sentiremos para com ela outra coisa senão bondade. Isto mostra com clareza meridiana que a

ágape cristã, amor, não é algo emotivo. Falamos de nos apaixonar, e o

amor para com nossos íntimos e familiares é algo do que não podemos prescindir. Mas a ágape cristã não é só emoção, mas também vontade. É uma conquista. É a capacidade de manter essa invencível boa vontade para com os que não são amáveis nem dignos de ser amados, e para com aqueles que não nos amam. Como alguém o expressou ágape é o poder de amar até aqueles que não nos agradam. Ágape é a qualidade da mente e do coração que compele o cristão a não sentir jamais nenhuma amargura, nenhum desejo de vingança, mas sim buscar sempre o maior bem de cada pessoa não importa o que lhe tenham feito.

  1. Assim, pois, estamos perante as quatro grandes virtudes da vida cristã: humildade, mansidão, paciência e amor. E estas quatro derivam

numa quinta que é a paz. Paulo adverte e admoesta com insistência que seus fiéis preservem zelosamente "a sagrada unidade". Isto é o que deve caracterizar a Igreja verdadeira. A paz pode definir-se como as corretas

relações entre os homens.

Esta unidade, esta paz e estas corretas relações só podem preservar— se de um modo. Cada uma das quatro virtudes cristãs depende de uma

coisa: do desaparecimento do eu.

Enquanto o eu esteja no centro das coisas, enquanto nossos sentimentos e nosso prestígio seja a única coisa que nos interesse, a

unidade jamais poderá dar-se em forma plena. Somente existirá quando deixarmos de fazer do eu o centro de todo e quando pensarmos mais em outros que em nós mesmos. O eu mata a paz.

Numa sociedade onde prepondera o eu, os homens não podem ser

mais que um conglomerado desintegrado de unidades individualistas e agressivas. Mas quando morre o eu e Cristo nasce em nossos corações, então também se vive a realidade da paz, a unidade e da concórdia: rasgos que constituem os grandes signos distintivos da verdadeira Igreja.

A BASE DA UNIDADE

Efésios 4:4-6

Paulo continua agora assentando as bases sobre as que tem que fundar-se a unidade cristã.

  1. Há um só corpo. Cristo é a cabeça e a Igreja o corpo. Nenhum cérebro pode agir sobre um corpo desintegrado, desorganizado e desfeito em pedaços. A não ser que o corpo esteja unido coordenadamente, os

pensamentos, planos e desígnios da cabeça e do cérebro ficarão impedidos e frustrados. A unidade da Igreja é essencial para a obra de Cristo. Não é necessário que seja uma unidade mecânica, administrativa

e organizativa, mas sim aquela que se baseia no amor comum a Cristo e no amor de uns aos outros.

  1. Há um Espírito. Em grego pneuma significa tanto espírito como

alento; de fato trata-se da palavra comum e ordinária para alento. Sem alento um corpo está morto. E o alento vivificador do corpo da Igreja é o

Espírito de Cristo. A obra do Espírito é a que dá vida ao corpo e o mantém vivo. Não pode existir a Igreja sem o Espírito e não se pode

receber o Espírito sem uma espera de silêncio e oração.

  1. Há em nossa vocação uma esperança. Todos partimos rumo à mesma meta. Aqui radica o .grande segredo da unidade. Podem ser

diferentes nossos métodos, nossa organização e até algumas crenças; mas estamos lutando para com uma meta: um mundo redimido em Cristo.

  1. Há um Senhor. O que mais se aproximava do credo na 1greja primitiva era a curta sentença: "Jesus Cristo é o Senhor" (Fp 2:11). Segundo Paulo, o sonho de Deus era que chegasse o dia em que

todos os homens confessassem que "Jesus Cristo é o Senhor". Para Senhor usa-se o termo kyrios. Os dois usos do substantivo no grego popular nos mostram algo do pensamento de Paulo. O termo usa-se para amo em contraposição a servo ou escravo; e era a designação regular do

imperador romano. Os cristãos estão todos unidos porque todos são possessão de um amo e rei e estão a seu serviço.

  1. Há uma fé. Paulo não quer dizer que haja um só credo. Efetivamente, é muito estranho que no Novo Testamento a palavra

signifique credo. Para o Novo Testamento a fé é quase sempre a confiança total do cristão em Jesus Cristo e sua entrega a Ele. O que quer dizer Paulo é que todos os cristãos estão ligados em unidade porque todos têm feito um ato comum de entrega total ao amor de Jesus Cristo.

Bem pode ser que descrevam o ato de entrega com termos e credos diferentes; mas seja qual for a maneira de descrevê-lo, esse ato de entrega é a única coisa comum a todos eles.

  1. Há um batismo. Na Igreja cristã só há uma porta de acesso. Antigamente o batismo costumava ser administrado em geral aos adultos já que homens e mulheres procediam diretamente do paganismo. Por esta

razão o batismo constituía antes que nada uma pública profissão de fé. Havia uma só maneira de arrolar-se no exército romano: o juramento de fidelidade ao imperador e ao rei. Assim também há um só caminho para

ingressar na 1greja cristã: a profissão pública de fé em Jesus Cristo.

  1. Há um só Deus. Agora advirtamos o que diz Paulo a respeito de Deus como objeto de nossa Fé. Deus é o Pai de todos. Nesta frase o

amor de Deus fica gravado para sempre. O maior e a única coisa sobre o Deus cristão não é que seja Rei ou Juiz, mas sim Pai. A idéia cristã de Deus começa no amor. Deus está sobre todos; esta frase implica o domínio de Deus. Não importa o que as aparências indiquem, Deus tem

o controle. Pode haver dilúvios mas “o SENHOR preside aos dilúvios” (Sl 29:10). Não há nada que esteja fora do domínio de Deus. Deus está por todos. Nesta frase está implícita a providência de Deus. Deus

não criou o mundo para abandoná-lo à sua própria sorte, como o homem que pode dar corda a um brinquedo e deixá-lo que ande sozinho; Deus está com tudo seu mundo, guiando, dirigindo, sustentando, mantendo e

amando. Em tudo e através de todo a providência de Deus se mostra

ativa, eficaz e poderosa. Ele está em todos; esta frase implica a presença

de Deus.

Pode ser que o germe deste pensamento provenha dos estóicos. Estes pensavam que Deus era um fogo mais puro que o fogo da Terra, o

mais luminoso e puro espírito ígneo; criam que o que dava vida ao homem era uma faísca desse fogo divino que vinha e habitava dentro do corpo. Segundo a fé de Paulo, Deus está em cada coisa: Deus está no homem e em sua mente; no mundo e em tudo o que cresce; na história e

nos acontecimentos; em todas as coisas. A crença cristã é que vivemos num mundo criado, controlado, sustentado e repleto por Deus.

OS DONS DA GRAÇA

Efésios 4:7-10

Paulo considera agora outro aspecto do assunto. Esteve falando

sobre as qualidades dos membros da Igreja de Cristo; agora começa a falar sobre as funções dos mesmos na 1greja. Sobre como podem usar melhor suas capacidades, talentos e dons a serviço da Igreja. E começa estabelecendo o que para ele era uma verdade essencial. De fato todo dom que o homem possui é um dom da graça de Cristo. Pensa em Jesus como o doador de todos os dons que o cristão possui.

"E cada virtude que possuímos, cada vitória que ganhamos, cada pensamento santo,

são somente seus".

Para considerar Cristo como o Doador de dons, Paulo cita o versículo de um Salmo mas com uma diferença muito significativa. Trata-se do Salmo 68 que descreve a volta de um rei depois de uma conquista. O rei conquistador sobe ao alto, quer dizer, sobe os degraus do monte Sião encaminhando-se à santa cidade. Leva consigo uma banda

de prisioneiros. Quer dizer, marcha triunfalmente pelas ruas com os prisioneiros encadeados em detrás de se, para demonstrar seu poder conquistador. E agora vem a diferença. No Salmo o versículo reza: "Subiu ao alto, cativou a cativeiro, tomou dons para os homens, e também para os rebeldes, para que habite entre eles Jah Deus" (Sl 68:18). O conquistador voltou com seus troféus e exige o resgate e o colete que os povos conquistados devem lhe pagar.

Observemos a mudança que Paulo introduz aqui: "Subindo ao alto, levou cativa a cativeiro; e deu dons aos homens". No Antigo Testamento

o rei conquistador exigia e recebia dons dos homens; no Novo Testamento o Cristo conquistador oferece e dá dons aos homens. Esta é a

diferença essencial entre os dois testamentos. No Antigo Testamento Deus é o Deus que exige; no Novo, o Deus que dá. No Antigo Testamento um Deus ciumento pede e exige tributos do homem; no

Novo, o Deus de bondade derrama seu amor sobre os homens e lhes dá tudo o que tem para dar. Esta é de fato a mensagem das boas novas.

Logo, como acontece com freqüência, a mente de Paulo empreende

outro rumo sobre a raiz de uma palavra. Agora usou a palavra subiu, e isso lhe faz pensar em Jesus e expressa algo admirável. Jesus desceu a este mundo quando entrou nele como homem; subiu do mundo quando o deixou para retornar à glória. O grande pensamento de Paulo é que o Cristo que desceu e o Cristo que subiu são a mesma e única pessoa. O que significa este fato? O Cristo da glória é o mesmo Jesus que deixou seus rastros na terra: ainda ama a todos os homens, busca o pecador, cura o sofredor, conforta o triste, é o amigo de homens e mulheres proscritos. O pensamento mais precioso de Paulo é exatamente que Cristo em sua glória não esquece jamais aqueles que ama..

O Cristo que subiu aos céus é ainda aquele que ama as almas dos homens.

Ainda há outro pensamento surpreendente do Apóstolo. Jesus subiu

às alturas mas não para deixar o mundo, senão para enchê-lo com sua presença. Quando estava no mundo mediante sua carne mortal só podia

achar-se ao mesmo tempo num só lugar; estava submetido a todas as limitações do corpo. Mas quando depôs este corpo para voltar para a glória ficou livre de suas limitações e pôde fazer-se presente em qualquer lugar do mundo mediante o seu Espírito. Para Paulo a ascensão de Jesus não significava o abandono do mundo por Cristo, mas sim um mundo repleto de Cristo.

OS CARGOS NA IGREJA

Efésios 4:11-13

Esta passagem tem particular interesse porque oferece um quadro

sobre a organização e administração da Igreja primitiva. Aqui há uma lista dos cargos da Igreja na época de Paulo. Na Igreja primitiva existiam três tipos de acusações. Eram poucos os que possuíam mandato e autoridade sobre toda a Igreja. Muitos tinham um ministério não confinado a um lugar, mas sim desempenhado em forma itinerante, indo aonde o Espírito os impulsionava e aonde Deus os enviava. Outros tinham um ministério local confinado a uma congregação e a um lugar.

  1. Os apóstolos tinham autoridade sobre toda a Igreja. O círculo apostólico excedia os Doze. Barnabé foi apóstolo (At 14:4,At 14:17), também Tiago, o irmão de nosso Senhor (1Co 15:171Co 15:17; Gl 1:19), Silvano (1Ts 2:6), Andrônico e Júnias (Rm 16:7). O apóstolo devia reunir dois grandes requisitos.

Em primeiro lugar tinha que ter sido enviado por Jesus. Quando Paulo reclama seus direitos perante a oposição em Corinto, pergunta:

“Não sou apóstolo? Não vi Jesus, nosso Senhor?” (1Co 9:11Co 9:1). Em segundo lugar o apóstolo tinha que ter sido testemunha da ressurreição,

ou seja do Senhor ressuscitado. Quando os onze se congregaram para escolher o sucessor do traidor Judas deram como condições a pertença aos que tinham acompanhado a Jesus em sua vida terrena e o ter recebido o mandato de ser testemunha da ressurreição (Atos 1:21-22).

De certa forma os apóstolos estavam destinados a desaparecer, porque

apesar de sua longevidade, aqueles que tinham visto Jesus e eram de fato testemunhas da ressurreição, alguma vez teriam que deixar este mundo. Mas em outro sentido — e com um significado ainda maior — as condições subsistem: aquele que tenha que ensinar a Cristo deverá conhecê-lo; aquele que tenha que levar o poder de Cristo a outros deverá ter experimentado o poder do Cristo ressuscitado.

  1. Estavam os profetas. A palavra profeta não designa tanto ao que

prediz quanto aquele que expressa em lugar de. A missão dos profetas mais que predizer o futuro era expressar a vontade de Deus. Ao

expressar a vontade de Deus necessariamente e em certa medida prediziam o futuro já que anunciavam aos homens as conseqüências que

se seguiriam se desobedeciam essa vontade. Os profetas perambulavam pela Igreja. Sua mensagem não se tinha como resultado de reflexão e estudo, mas sim como comunicação direta do Espírito Santo. Não tinham

nem casa, nem família, nem meios de sustento. Iam de uma Igreja a outra proclamando a vontade de Deus, como Deus a tinha revelado. Mas faz já muito tempo que os profetas desapareceram da Igreja. Três são as

razões que explicam este fato.

  1. No tempo de perseguição os profetas eram os primeiros a sofrer; a tarefa que desempenhavam era muito perigosa; não tinham meios de

ocultar-se; eram os primeiros a morrer pela fé.

  1. Os profetas se converteram num problema. Com o crescimento da Igreja se desenvolveu também a organização local. Cada comunidade cresceu numa organização com ministros permanentes e administração

local própria. Não demorou muito em que estes ministros constituídos começassem a ofender-se pela intrusão desses profetas ambulantes que com freqüência eram um fator de inquietação em suas respectivas

comunidades. O ministro local tende sempre a desconfiar dos evangelistas itinerantes. Como resultado inevitável os profetas desapareceram pouco a pouco e prevaleceram os ministros locais.

  1. A missão do profeta se prestava facilmente ao abuso. Os profetas ambulantes possuíam um prestígio considerável. Alguns

abusavam de sua posição para viver uma vida muito cômoda às custas das comunidades que visitavam.

O livro mais antigo sobre administração da Igreja é a Didaquê (A Doutrina dos Doze Apóstolos), que data do ano 100 de nossa era. Nele

pode-se perceber com clareza tanto o prestígio dos profetas como o receio com relação aos mesmos. Ali se estabelecem as normas para os sacramentos; formulam-se as orações que se deverão usar; logo se dá uma instrução que permite ao profeta celebrar como quiser o sacramento.

Não está ligado às formas ordinárias se deseja apartar-se delas. Mas também há outras prescrições. Estabelece-se que um profeta ambulante pode ficar um ou dois dias numa comunidade; se deseja ficar três dias é

um falso profeta. Se um profeta ambulante exigir, num momento de sua pretendida inspiração, dinheiro ou alimento, é um falso profeta. Houve dias, como na época de Paulo, em que os profetas eram os verdadeiros

mensageiros de Deus na 1greja. Mas chegou o momento em que os profetas ambulantes constituíram um anacronismo; muitos atraíram o desprestígio sobre a acusação. E no final desapareceram da cena.

  1. Os evangelistas eram também ambulantes. A eles correspondem na atualidade os que chamamos missionários. Paulo escreve a Timóteo: "Faz obra de evangelista" (2Tm 4:52Tm 4:5). Os evangelistas eram os

portadores das boas novas. Não possuíam o prestígio e a autoridade dos apóstolos enviados diretamente pelo Senhor; tampouco possuíam a influência dos profetas inspirados pelo Espírito; eram os missionários de batalha da Igreja portadores da mensagem das boas novas a um mundo

que jamais o tinha ouvido. No Novo Testamento os evangelistas apenas sim se mencionam; mas deveram ter sido os servidores anônimos que levaram o nome de Cristo a todo mundo.

  1. Os pastores e mestres parecem constituir uma só categoria. Eram mestres. Em certo sentido tinham a tarefa mais importante em toda a Igreja. Não eram ambulantes; possuíam um cargo fixo e

permanente desempenhando o trabalho numa comunidade determinada. A missão que desempenhavam era tripla.

  1. Deve-se lembrar que na 1greja primitiva existiam muito poucos livros. A imprensa foi inventada quase quatorze séculos depois. Cada livro devia ser escrito à mão. Um livro do tamanho do Novo Testamento deveu custar mais de cem dólares. Isto significa que a mensagem de Cristo tinha que ser irradiada verbalmente. Durante muito tempo existiu esta transmissão oral antes que a mesma chegasse a consignar-se por escrito. Os mestres tinham a responsabilidade tremenda de ser os depositários do relato evangélico. Sua missão consistia em conhecer e transmitir o relato da vida de Jesus. A eles devemos o fato de que a história de Jesus se perpetuasse na 1greja.
  2. A pessoa que ingressava na 1greja provinha diretamente do paganismo; não sabiam absolutamente nada do cristianismo, exceto que

Jesus se apropriou de seus corações. Por esta razão os mestres ensinavam e explicavam a fé cristã aos conversos provenientes do paganismo. Os

grandes temas doutrinários da Fé cristã eram o objeto do ensino; dos mestres dependia a pureza da doutrina; a eles devemos que a fé cristã se manteve pura e sem tergiversações ao ser transmitida.

  1. Estes mestres eram também pastores. Naquela época a Igreja cristã não era mais que uma pequena ilha no oceano do paganismo. Os que ingressavam nela só se apartaram da vida pagã: estavam de contínuo

abertos à influência do paganismo; o perigo de recaída era constante. A tarefa do pastor consistia em apascentar o rebanho e guardá-lo em segurança.

O termo pastor é muito antigo e nobre. Nos remotos tempos do

Homero o rei Agamenon era chamado o pastor do povo. Jesus mesmo se chamou o Bom Pastor (Jo 10:14, Jo 10:14). O autor da Carta aos Hebreus chama Jesus o Grande Pastor das ovelhas (He 13:20). Pedro considera Jesus como o Pastor das almas (1Pe 2:25) e o Príncipe dos pastores (1Pe 5:41Pe 5:4). Jesus deu a Pedro o mandato de apascentar suas ovelhas (Jo 21:16). Paulo admoestava aos anciãos de Éfeso que vigiassem sobre o rebanho que Deus lhes tinha encomendado (At 20:28). Também Pedro exortava os anciãos a apascentar o rebanho de

Deus (1Pe 5:21Pe 5:2). Assim a figura do pastor fica estampada no Novo Testamento em forma indelével. O pastor era aquele que cuidava as ovelhas e as conduzia a lugares seguros; buscava as ovelhas desencaminhadas para levá-las de volta ao rebanho; defendia-as contra os inimigos e, em caso necessário, dava sua vida para salvá-las.

O pastor do rebanho de Deus é o homem que leva em seu coração ao povo de Deus, que o alimenta com a verdade, que vai em sua busca quando se extravia, que o defende contra tudo o que pode ferir, destruir

ou tergiversar sua fé. E não se trata precisamente de uma acusação oficial; é um dever que pesa sobre os ombros de todo cristão. Cada cristão deve ser o pastor de todos os seus irmãos.

A FINALIDADE DOS CARGOS

Efésios 4:11-13 (continuação)

Depois de enumerar os diferentes cargos dentro da Igreja, Paulo continua propondo a finalidade dos mesmos. Esta consiste em que os membros da Igreja cheguem a estar inteiramente equipados. A palavra

que usa Paulo para equipado é de sumo interesse. O substantivo katartismon provém do verbo katartizein. O termo usa-se em cirurgia quando se entala um membro quebrado ou fica em seu lugar o membro

deslocado. Em política significa pôr-se de acordo as facções opostas para que o governo possa seguir sua marcha. No Novo Testamento aplica-se à ação de remendar as redes (Mc 1:19) e à emenda ou admoestação do

que cometeu uma falta e não está em condições de ocupar seu lugar como membro da Igreja (Gl 6:1). A idéia fundamental do termo é de pôr nas condições em que devem estar seja uma coisa seja uma

pessoa. A função dos que ocupam cargos na 1greja é empenhar-se para que os membros da mesma sejam formados, ajudados, guiados, cuidados e buscados em caso de extravio, em forma tal que cheguem a ser o que têm que ser. O ministro da Igreja possui este cargo não por razão da

própria honra, mas sim da ajuda que pode brindar a seus irmãos dentro da Igreja.

A finalidade é que o trabalho serviçal siga adiante. A palavra usada para serviço é diakonia e a idéia principal do termo é a de serviço

prático. O trabalho da Igreja não consiste só na pregação e o ensino, mas também no serviço prático. Aquele que ocupa um cargo não só tem a missão de falar e argumentar em matéria de teologia ou direito eclesiástico; tem também a função de fazer com que continue o serviço

prático dos pobres e os desamparados. O objetivo é fazer com que o corpo de Cristo continue edificando-se. O trabalho do ministro é sempre construir e não destruir; edificar a Igreja, não arruiná-la; jamais tem que

causar perturbação mas sim tem que empenhar-se para que os problemas não levantem a cabeça. Seu propósito é fortalecer sempre o edifício da Igreja, nunca debilitá-lo.

Mas aquele que ocupa um cargo na 1greja tem objetivos maiores ainda. Até agora se pensou no mais imediato e que dia a dia deve-se executar. Mas existem além outros objetivos de maior alcance.

Sua finalidade é que os membros da Igreja cheguem a uma unidade perfeita. Não deve permitir que se formem partidos dentro da Igreja; nada deve fazer com que origine diferença. Seu propósito deve ser atrair,

por preceito e pelo exemplo, a uma unidade cada dia mais estreita.

Sua meta é que os membros da Igreja cheguem a alcançar o ideal do homem perfeito. A Igreja impõe a seus membros nada menos que a meta da perfeição. Jamais se contentará com que seus membros vivam uma

vida decente e honorável, mas sim cheguem a ser modelos perfeitos de homens e mulheres cristãos.

Paulo termina assim com uma finalidade que supera a todas. O

propósito da Igreja é que seus membros alcancem uma estatura que possa medir-se com a plenitude de Cristo.

Numa frase ousada A. J. Gossip acostumava a dizer que o propósito

de Cristo era produzir no mundo uma raça de cristos. O propósito da

Igreja é nada menos que o de produzir homens e mulheres que sejam um reflexo do mesmo Jesus Cristo.

Conta-se que durante a guerra de Criméia Florence Nightingale passava uma noite de guarda em certo hospital. Deteve-se para inclinar-

se sobre a cama de um soldado imperfeitamente ferido. Quando o jovem levantou a vista disse: "Você é Cristo para mim." O santo foi definido como "alguém em quem Cristo vive de novo". E isto é o que deveria ser um verdadeiro membro da Igreja.

O CRESCIMENTO EM CRISTO

Efésios 4:14-16

Em toda Igreja há certos membros que necessitam proteção. Existem os que procedem como meninos dominados pelo desejo de novidades; estão sempre à mercê da última moda em religião; sofrem o

influxo da última pessoa com quem falaram; padecem a incapacidade infantil para concentrar-se no essencial da fé. A história nos ensina que as modas populares em religião vêm e passam; mas a Igreja continua

para sempre. A história nos diz que mestres e evangelistas itinerantes surgem e desaparecem; mas a Igreja continua sua marcha. O alimento sólido da religião deve-se encontrar sempre dentro da Igreja.

Em toda Igreja há alguns que precisam ser defendidos. Paulo menciona o hábil engano dos homens. O termo usado (kubeia) significa habilidade para manipular os dados. Sempre existirão aqueles que com

argumentos sagazes e engenhosos tentem seduzir o povo apartando-o da fé. Uma das características de nossa época é que hoje o povo fala mais de religião que durante muito tempo do passado. E os cristãos,

especialmente os jovens, têm que enfrentar com freqüência os hábeis argumentos dos que estão contra Deus e a Igreja.

Existe uma só maneira de não ser arrastados pela última moda religiosa e de evitar a sedução da argumentação capciosa de homens

sagazes, a saber, o crescimento contínuo em Cristo, vivendo cada dia mais perto e em mais estreita relação com ele.

Mas Paulo usa ainda outra imagem. Um corpo só pode ser são, capaz e eficiente quando cada uma de suas partes se integra e coordena

inteiramente; quando cada junta desempenha sua função própria de ligar; quando cada órgão desempenha o papel que tem adjudicado. Paulo diz que assim é a Igreja; e só poderá sê-lo se Cristo for de fato a cabeça e se cada membro se move sob seu controle, assim como as partes de um

corpo são se movem ao comando do cérebro.

A única coisa que pode consolidar a fé do cristão e preservar o de toda sedução, a única coisa que contribui à saúde e eficiência de toda a

Igreja, é a união íntima e indissolúvel com Jesus Cristo, cabeça e mente que dirige todo o corpo.

O QUE É PRECISO ABANDONAR

Efésios 4:17-24

Paulo apela a seus convertidos para que abandonem o estilo anterior

de vida e partam pelo novo caminho da vida cristã. Aqui resume o que considera as características essenciais da vida pagã. Os pagãos se ocupam de coisas vazias e carentes de importância; têm suas mentes obnubiladas pela ignorância. E aqui ocorre o termo mais chamativo: seus corações estão petrificados. A palavra que Paulo usa para a petrificação dos corações é terrível: porosis. Porosis vem de poros, que originariamente designava a uma pedra mais dura que o mármore. Chegou a ter certas aplicações médicas. Era aplicada ao endurecimento das articulações que paralisa inteiramente os movimentos. Também ao calo que se forma na juntura de um osso quebrado, calo que é mais duro que o próprio osso. Finalmente o termo chegou a significar a perda de toda capacidade sensitiva. Descreve algo tão endurecido e petrificado que não tem mais capacidade de sentir. Paulo diz que a vida dos pagãos é

semelhante a isto; é uma vida tão endurecida que perdeu toda capacidade de sentimento.

O horrível do pecado é seu efeito petrificador. O processo do pecado pode-se discernir muito bem. Ninguém faz-se um grande pecador

num momento. Em princípio se olha o pecado com temor e horror; quando se peca o coração é invadido por remorso e pesar. Mas quando se continua

pecando, chega um momento em que desaparece toda sensibilidade: podem-se cometer as coisas mais vergonhosas sem o

mínimo reparo. A consciência chega a petrificar-se. Paulo enuncia a grande acusação de que a vida pagã petrifica de tal forma a consciência do homem que acaba com todos os sentimentos.

Mas Paulo usa além outros dois termos gregos, também terríveis, para descrever a vida no paganismo. Os pagãos se entregam a cometer com avidez toda classe de impureza. E agem desta maneira por lascívia.

Aselgeia equivale a esta última expressão. Platão a define como "impudicícia"; outros autores como "disponibilidade para qualquer prazer". Segundo Basílio é uma "disposição da alma incapaz de agüentar

o rigor da disciplina". Mas a grande característica da aselgeia é esta: o homem mau ordinariamente tenta ocultar seu pecado; mas aquele que tem aselgeia em sua alma não tem do choque cuidado que possa

provocar na opinião pública seu desafio e insulto a toda decência. O que lhe importa é satisfazer seus desejos. Muitos têm a suficiente decência de tentar ocultar seus pecados; o homem que vive a aselgeia não se interessa por quem é espectador de sua vergonha a fim de obter seus

desejos. O pecado pode dominar um homem de tal maneira que lhe faça perder toda decência e vergonha. Chega a ser como o drogado: começa tomando a droga em segredo até chegar a um estado em que a reclama

desavergonhada e abertamente gemendo e rebaixando-se. Um homem pode chegar a ser tão escravo do álcool que não lhe interesse que o vejam ébrio. Alguém pode deixar-se dominar tanto pelos desejos sexuais

que não se inquieta por quem o observe. No teor de vida pagã o pecado

chega a dominar tanto que se perde o sentido natural da vergonha: o homem deixa de ser um homem para rebaixar-se à condição de besta.

O homem sem Cristo realiza tudo isto pela insaciável avidez de seus desejos. A palavra é pleonexia, e é outro dos termos terríveis. Os

gregos a definiam como "avidez arrogante", "execrável amor de possuir", "desejo ilícito de possuir o que pertence ao outro", "espírito pelo qual o homem está sempre disposto a sacrificar a seu próximo em altares de seus interesses". Pleonexia é o desejo irresistível de ter aquilo

ao qual não temos direito algum. Pode derivar em roubo de coisas materiais, em atropelo de outros para impor o próprio pensamento, em pecado sexual. É o espírito do homem que não cuida a quem fere ou que

método usa a fim de obter seus desejos.

No mundo pagão, o mundo sem Cristo, Paulo observava três coisas terríveis. Viam os corações dos homens tão petrificados que não tinham

consciência da situação de pecado; estavam tão dominados pelo pecado que tinham perdido toda vergonha e decência; estavam tão à mercê de seus desejos que já não se preocupavam, a fim de conseguir cumpri-los,

das pessoas ofendidas ou das inocências destruídas. Os pecados do mundo sem Cristo de hoje em dia são exatamente os mesmos: os vê irromper por toda parte e passear-se majestosamente pelas ruas de

qualquer grande cidade.

Paulo urge a seus convertidos a terminar com esse tipo de vida. Diz-lhes graficamente: "Despojem-se da passada maneira de viver assim como despojem-se de um vestido velho; vistam-se de uma maneira nova;

despojem-se de seus pecados e vistam-se da justiça e santidade que Deus lhes pode dar."

São poucas as passagens que mostrem assim a terrível fealdade do

pecado e que insistem com maior insistência a abandonar a vida do mundo para empreender o caminho de Deus.

O QUE TEM QUE DESAPARECER DA VIDA

Efésios 4:25-32

Paulo esteve dizendo que quando alguém faz-se cristão tem que despojar-se de sua vida antiga assim como se despoja de um objeto que

não usará mais adiante. Agora indica o que tem que desaparecer da vida cristã.

  1. Não deve haver mais falsidade. No mundo se usa mais de um

tipo de mentira. Há mentira na conversação e na palavra. Algumas vezes essa mentira é deliberada e outras inconsciente.

O doutor Johnson tem um interessante conselho sobre educação dos

meninos. Diz: "Acostumem constantemente a seus filhos a isto (a dizer a verdade); se uma coisa acontecer junto a uma janela e quando eles a relatam dizem que aconteceu na outra, não o passem por alto, mas sim corrijam no momento; não sabem aonde irá parar a separação da verdade... Se houver tanta falsidade no mundo deve-se mais ao descuido da verdade que à mentira intencional."

O conceito do doutor Johnson era que temos que nos acostumar a tentar resolutamente a dizer sempre a verdade. É fácil fazer interessante

um relato adicionando detalhes; é fácil forjar uma história quando tentamos nos desculpar de uma omissão ou uma ação. É muito certo que

o mundo está cheio de uma falsidade quase inconsciente e que a verdade exige um esforço deliberado. Mas não só existe a mentira na conversação, mas também a do silêncio, que até pode ser que seja mais

comum. André Maurois, numa frase memorável fala da "ameaça de coisas não ditas". Pode dar-se o caso de numa discussão alguém cale quando deveria falar e que pelo silêncio aprove uma ação que sabe ser

injusta. Pode ser que alguém se abstenha da admoestação e da recriminação quando sabe perfeitamente que deveria fazê-lo. O homem pode sufocar a verdade com o silêncio, assim como pode tergiversá-la com as palavras.

Paulo dá a seguir a razão para dizer a verdade: somos todos membros de um mesmo corpo. Só podemos viver em segurança se "pelos sentidos e os nervos passam ao cérebro mensagens verdadeiras. Mas se as mensagens que transmitem são falsas, se, por exemplo, comunicam ao cérebro que algo está frio e pode-se tocar quando de fato está quente e queima, a vida muito em breve chegaria a seu fim. Um corpo só pode funcionar devida e saudavelmente quando cada parte transmite ao cérebro e às demais partes uma mensagem verdadeira. Logo, se todos estamos ligados num corpo, este corpo só pode funcionar quando dizemos a verdade. Todo engano danifica a obra do corpo de Cristo.

  1. Na vida cristã deve haver ira mas uma ira que seja justa. O homem que perdeu a faculdade de irar-se tem falta de algo essencial. A cólera egoísta ou sobre o que si mesmo ocorre é sempre má. A irritação, o mau temperamento e a irritabilidade carecem de defesa. Mas há uma ira sem a qual o mundo se empobreceria.

O mundo teria perdido muito sem a ira acesa do Wilberforce contra o tráfico de escravos e sem a ira do Shaftesbury contra as condições em

que os homens, as mulheres e os meninos trabalhavam no século XIX.

O doutor Johnson tinha certa severa brutalidade: quando pensava que uma coisa ia mal, ele o dizia com toda força e sem rodeios. Estando

por publicar a Viagem às Hébridas, Hannah More pediu-lhe que mitigasse algumas de seus asperezas. Sua resposta, segundo ela, foi que "não cortaria as garras nem faria de seu tigre um gato para agradar a todo

mundo".

Na vida há um lugar para o tigre. Quando o tigre se transforma em gato, algo se perde. Houve momentos em que Jesus se irou em forma

terrível e majestosa. Irou-se quando os escribas e fariseus espiavam para ver se curaria no sábado o homem da mão atrofiada (Mc 3:5). Não se irava pela crítica de que era objeto, mas sim porque a rígida ortodoxia

queria impor a um semelhante sofrimentos desnecessários. Irou-se

quando fez um látego e expulsou os cambistas e vendedores de animais dos átrios do templo (13 43:2-17'>João13 43:2-17'> 13 43:2-17'>2:13-17).

F. W. Boreham nos narra como o grande e piedoso pregador F. W. Robertson, de Brighton, conta numa de suas cartas que se mordeu os

lábios até sangrar ao encontrar na rua a um homem que sabia que queria seduzir e levar à perdição uma jovem pura. O coração de Robertson se avivava de ira. João Wesley dizia: "Dêem-me cem homens que não temam a ninguém senão a Deus, que não odeiem nada senão o pecado e

que não conheçam ninguém senão a Jesus Cristo crucificado, e eu abalarei o mundo." A ira egoísta, apaixonada, indisciplinada e descontrolada é pecaminosa, inútil e prejudicial; deve eliminar-se da

vida cristã. Mas a ira disciplinada a serviço de Cristo e do próximo, e que é totalmente pura e desinteressada, é uma das maiores força dinâmicas do mundo.

O QUE TEM QUE DESAPARECER DA VIDA

Efésios 4:25-32 (continuação)

  1. Paulo continua dizendo que o cristão jamais deve permitir que o Sol se ponha sobre sua ira. Plutarco nos conta que os discípulos do filósofo Pitágoras observavam entre eles uma regra: se durante o dia a ira

os levava a insultar-se mutuamente, deviam, antes do pôr-do-sol, estreitar-se as mãos, beijar-se e reconciliar-se. Um rabino judeu pedia em sua oração que jamais pudesse conciliar o sonho com um pensamento de

amargura contra um irmão. Ninguém pode esperar melhor termo do dia que concluí-lo estando em paz com todo mundo. O conselho de Paulo é sensato porque, quanto mais pospor a emenda de uma contenda ou uma

ruptura, menos provável será que cheguemos alguma vez ao acerto. Quando surgem inconvenientes entre nós e alguém, ou numa Igreja ou numa sociedade onde se encontram os homens, o único caminho a seguir é buscar um acerto imediato. Quanto mais tempo se deixa passar, mais

cresce a amargura e o problema faz-se mais inveterado. Se cometemos

um engano peçamos a Deus a graça de admitir que assim foi; e mesmo quando tivéssemos tido razão imploremos a Deus a graça de poder dar o primeiro passo para resolver as coisas.

Com esta frase Paulo expressa outro mandamento. O grego pode referir-se igualmente a duas coisas. Pode significar: "Não dêem ao diabo

sua oportunidade." Uma cisão não emendada, uma briga que não se transformou em reconciliação são uma oportunidade extraordinária para que o diabo semeie dissensão e inimizade. Com muita freqüência uma

Igreja foi rasgada por seitas e facções devido ao fato de que duas pessoas brigaram e deixaram que o sol se tivesse posto sobre sua ira. Seria muito oportuno lembrar que quando se deterioram as relações pessoais o diabo

tem sua oportunidade e não é lerdo para aproveitá-la. Mas a frase pode ter outro significado. Em grego o termo para diabo é diabolos; agora, diabolos usa-se normalmente para caluniador. Lutero, por exemplo,

interpreta assim: "Não dêem lugar ao caluniador em suas vidas." Pode ser que isto seja o que Paulo realmente quer dizer. Neste mundo ninguém causa mais mal-estar e prejuízo que o fofoqueiro caluniador.

Diariamente se matam reputações enquanto se toma uma taça de chá; e quando a pessoa vê vindo o fofoqueiro, bem faria em fechar-lhe a porta na cara.

  1. Aquele que foi ladrão deve transformar-se num trabalhador honesto. Esta era uma advertência muito necessária para o mundo antigo onde o latrocínio avançava ameaçadoramente. Muito usualmente se roubava em dois lugares: nos cais e nos banheiros públicos. Os banheiros

públicos constituíam os clubes daquela época; e roubar as roupas e pertences dos banhistas era um dos delitos mais comuns nas cidades gregas.

Mas o interessante na afirmação de Paulo é a razão que aduz para ser um trabalhador honesto. Não diz: "Sejam trabalhadores honestos para que possam alcançar a independência e seu honesto sustento", mas sim:

"Sejam trabalhadores honestos para que possam dar algo aos que são

mais pobres que vocês." Aqui há uma nova idéia e um novo ideal: trabalhar a fim de poder dar.

James Agate fala de uma carta do famoso novelista Arnold Bennett a um escritor menos afortunado. Bennett era ambicioso e, em muitos

aspectos, um homem de mundo. Mas nesta carta escreve a um colega a quem logo que conhecia apenas de nome, dizendo-lhe: "Estive olhando minhas contas de banco e percebo de que há cem libras que não necessito; envio anexo um cheque por essa soma."

Todos temos compromissos, e na sociedade moderna ninguém tem muito para dar. Mas lembremos que o ideal cristão do trabalho, nosso ideal ao trabalhar, não é amassar riquezas, mas sim ser capazes das

entregar se for der o caso.

  1. Paulo passa a proibir toda conversação daninha, e logo expressa o mesmo em forma positiva. Diz que o cristão deve falar de tal maneira que

faça bem a outros. O cristão deve caracterizar-se por falar de maneira que

ajude a seus semelhantes. Elifaz o temanita rendeu uma grande homenagem a Jó ao dizer: “Com tuas palavras levantavas o trôpego” (4:4, B.J.). Este é o uso que o cristão tem que fazer de suas palavras.

  1. Paulo insiste em não entristecermos ao Espírito Santo. O Espírito Santo é o guia e o diretor da vida. Quando sendo jovens

contrariamos os avisos, admoestações e conselhos de nossos pais os ofendemos e ferimos. Assim também agir contrariamente à orientação e

direção do Espírito Santo é entristecer ao Espírito e ferir o coração de Deus Pai que nos fala por seu Espírito.

O QUE TEM QUE DESAPARECER DA VIDA

Efésios 4:25-32 (continuação)

Paulo termina este capítulo com uma lista de coisas que têm que

desaparecer progressivamente da vida.

  1. A amargura (pikria). Os gregos definiam este termo como

ressentimento prolongado; é o espírito que rechaça a reconciliação.

Muitos de nós encontramos forma de nutrir nossa cólera, de mantê-la abrigada, de "incubar" os insultos, injúrias e desprezos que sofremos. Quanto mais pensamos nestas coisas, mais profundamente se arraigam. Todo cristão faria bem em pedir a Deus que o ensine a esquecer.

  1. As irritações (thymos) e a ira (orge) inveterada. Os gregos definiam o thymos como uma forma de ira semelhante à chama de palha. Acende-se com rapidez e com a mesma rapidez se apaga. Por outro lado a orge é descrita como uma ira habitual e inveterada. É cristão proibido ao cristão está tanto o estalo de temperamento como a ira inveterada.
    1. A gritaria e maledicência. Certo pregador famoso narrava como seu mulher o advertia sobre sua pregação no púlpito: "Baixe a voz."

Cada vez que notamos que nossa voz aumenta de volume em alguma discussão ou argumento é tempo de deter-nos. Os judeus falavam sobre o que chamavam "o pecado do insulto" e sustentavam que Deus não

considerava sem culpa ao homem que insultava a seu irmão. Neste mundo poderíamos evitar grandemente a aflição e a dor aprendendo simplesmente a falar com suavidade, e discretamente quando não temos

nada bom que dizer do outro. Um argumento que tem que ser sustentado a gritos não é um argumento; uma disputa que se leva a cabo com insultos não é uma discussão, mas sim um alvoroço.

Desta maneira Paulo chega à síntese de seus conselhos. Diz-nos que sejamos benignos (crestos). Os gregos definiam esta qualidade como uma disposição da mente pela que se pensa dos assuntos alheios como se fossem próprios. A benignidade se preocupa com os sentimentos alheios

como se fossem próprios; preocupa-se dos pesares, lutas e problemas de outros como dos próprios. A benignidade aprendeu o segredo de olhar sempre para fora, não para dentro. Faz com que perdoemos a outros

como Deus nos perdoou. Desta maneira e numa só sentença Paulo estabelece a lei de relação pessoal. E esta lei é que devemos tratar a outros como Cristo nos tratou.


Dicionário

Como

assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

Corpo

substantivo masculino Constituição ou estrutura física de uma pessoa ou animal, composta por, além de todas suas estruturas e órgãos interiores, cabeça, tronco e membros.
Qualquer substância material, orgânica ou inorgânica: corpo sólido.
Parte material do animal, especialmente do homem, por oposição ao espírito; materialidade.
Pessoa morta; cadáver: autópsia de um corpo.
Parte principal e central de certos objetos: corpo central de um edifício.
Conjunto de pessoas que exercem a mesma profissão: corpo docente.
Tamanho de; estatura, robustez: corpo de atleta.
[Anatomia] Designação de certos órgãos de constituição especial: corpo cavernoso.
[Tipografia] Medida dos caracteres tipográficos, expressa em pontos: livro composto em corpo 7.
[Militar] Conjunto de militares que compõem um quadro, uma arma, um exército: corpo de infantaria.
expressão Corpo da guarda. Local onde estacionam os soldados que formam a guarda, exceto o sentinela.
Corpo de baile. Conjunto de dançarinos em um teatro.
Corpo de Deus. A festa do Santíssimo Sacramento, que se celebra na quinta-feira imediata ao domingo da Trindade.
Corpo diplomático. Conjunto de funcionários que representam os Estados estrangeiros junto a um governo ou a uma organização internacional (analogamente, diz-se corpo consular).
[Popular] Fechar o corpo. Fazer orações e benzeduras para tornar o corpo invulnerável a facadas, tiros, feitiços etc.; ingerir bebida alcoólica para tornar o corpo imune a doenças.
[Brasil] Tirar o corpo fora. Esquivar-se habilmente de algum encargo.
De corpo e alma. Completamente, inteiramente.
locução adverbial Corpo a corpo. Em luta corporal, sem uso de armas: enfrentaram-se corpo a corpo.
Etimologia (origem da palavra corpo). Do latim corpus.

substantivo masculino Constituição ou estrutura física de uma pessoa ou animal, composta por, além de todas suas estruturas e órgãos interiores, cabeça, tronco e membros.
Qualquer substância material, orgânica ou inorgânica: corpo sólido.
Parte material do animal, especialmente do homem, por oposição ao espírito; materialidade.
Pessoa morta; cadáver: autópsia de um corpo.
Parte principal e central de certos objetos: corpo central de um edifício.
Conjunto de pessoas que exercem a mesma profissão: corpo docente.
Tamanho de; estatura, robustez: corpo de atleta.
[Anatomia] Designação de certos órgãos de constituição especial: corpo cavernoso.
[Tipografia] Medida dos caracteres tipográficos, expressa em pontos: livro composto em corpo 7.
[Militar] Conjunto de militares que compõem um quadro, uma arma, um exército: corpo de infantaria.
expressão Corpo da guarda. Local onde estacionam os soldados que formam a guarda, exceto o sentinela.
Corpo de baile. Conjunto de dançarinos em um teatro.
Corpo de Deus. A festa do Santíssimo Sacramento, que se celebra na quinta-feira imediata ao domingo da Trindade.
Corpo diplomático. Conjunto de funcionários que representam os Estados estrangeiros junto a um governo ou a uma organização internacional (analogamente, diz-se corpo consular).
[Popular] Fechar o corpo. Fazer orações e benzeduras para tornar o corpo invulnerável a facadas, tiros, feitiços etc.; ingerir bebida alcoólica para tornar o corpo imune a doenças.
[Brasil] Tirar o corpo fora. Esquivar-se habilmente de algum encargo.
De corpo e alma. Completamente, inteiramente.
locução adverbial Corpo a corpo. Em luta corporal, sem uso de armas: enfrentaram-se corpo a corpo.
Etimologia (origem da palavra corpo). Do latim corpus.

[...] O corpo é o invólucro material que reveste o Espírito temporariamente, para preenchimento da sua missão na Terra e execução do trabalho necessário ao seu adiantamento. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3, it• 5

[...] O corpo é apenas instrumento da alma para exercício das suas faculdades nas relações com o mundo material [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8, it• 10

[...] os corpos são a individualização do princípio material. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 79

[...] é a máquina que o coração põe em movimento. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 156

[...] O corpo não passa de um acessório seu, de um invólucro, uma veste, que ele [o Espírito] deixa, quando usada. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 3

[...] invólucro material que põe o Espírito em relação com o mundo exterior [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 10

[...] apenas um segundo envoltório mais grosseiro, mais resistente, apropriado aos fenômenos a que tem de prestar-se e do qual o Espírito se despoja por ocasião da morte.
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, it• 10

[...] o corpo não é somente o resultado do jogo das forças químicas, mas, sim, o produto de uma força organizadora, persistente, que pode modelar a matéria à sua vontade.
Referencia: AKSAKOF, Alexandre• Um caso de desmaterialização parcial do corpo dum médium• Trad• de João Lourenço de Souza• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 5

Máquina delicada e complexa é o corpo humano; os tecidos que o formam originam-se de combinações químicas muito instáveis, devido aos seus componentes; e nós não ignoramos que as mesmas leis que regem o mundo inorgânico regem os seres organizados. Assim, sabemos que, num organismo vivo, o trabalho mecânico de um músculo pode traduzir-se em equivalente de calor; que a força despendida não é criada pelo ser, e lhe provém de uma fonte exterior, que o provê de alimentos, inclusive o oxigênio; e que o papel do corpo físico consiste em transformar a energia recebida, albergando-a em combinações instáveis que a emanciparão à menor excitação apropriada, isto é, sob ação volitiva, ou pelo jogo de irritantes especiais dos tecidos, ou de ações reflexas.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

O corpo de um animal superior é organismo complexo, formado por um agregado de células diversamente reunidas no qual as condições vitais de cada elemento são respeitadas, mas cujo funcionamento subordina-se ao conjunto. É como se disséssemos – independência individual, mas obediente à vida total.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

[...] o invólucro corporal é construído mediante as leis invariáveis da fecundação, e a hereditariedade individual dos genitores, transmitida pela força vital, opõe-se ao poder plástico da alma. É ainda por força dessa hereditariedade que uma raça não produz seres doutra raça; que de um cão nasça um coelho, por exemplo, e mesmo, para não irmos mais longe, que uma mulher de [...] raça branca possa gerar um negro, um pele-vermelha, e vice-versa. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] é um todo, cujas partes têm um papel definido, mas subordinadas ao lugar que ocupam no plano geral. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 3

[...] não passa de um vestuário de empréstimo, de uma forma passageira, de um instrumento por meio do qual a alma prossegue neste mundo a sua obra de depuração e progresso. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O porquê da vida: solução racional do problema da existência• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3

[...] O corpo material é apenas o instrumento ao agente desse corpo de essência espiritual [corpo psíquico]. [...]
Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - pt• 2, cap• 1

[...] Nosso corpo é o presente que Deus nos deu para aprendermos enquanto estamos na Terra. Ele é nosso instrumento de trabalho na Terra, por isso devemos cuidar da nossa saúde e segurança física.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

[...] Em o nosso mundo físico, o corpo real, ou duradouro, é um corpo etéreo ou espiritual que, no momento da concepção, entra a cobrir-se de matéria física, cuja vibração é lenta, ou, por outras palavras, se reveste dessa matéria. [...]
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 9

Neste mundo, são duais os nossos corpos: físico um, aquele que vemos e tocamos; etéreo outro, aquele que não podemos perceber com os órgãos físicos. Esses dois corpos se interpenetram, sendo, porém, o etéreo o permanente, o indestrutível [...].
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 14

[...] O corpo físico é apenas a cobertura protetora do corpo etéreo, durante a sua passagem pela vida terrena. [...]
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 14

Esse corpo não é, aliás, uma massa inerte, um autômato; é um organismo vivo. Ora, a organização dum ser, dum homem, dum animal, duma planta, atesta a existência duma força organizadora, dum espírito na Natureza, dum princípio intelectual que rege os átomos e que não é propriedade deles. Se houvesse somente moléculas materiais desprovidas de direção, o mundo não caminharia, um caos qualquer subsistiria indefinidamente, sem leis matemáticas, e a ordem não regularia o Cosmos.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 2

[...] O nosso corpo não é mais do que uma corrente de moléculas, regido, organizado pela força imaterial que nos anima. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 2, cap• 12

[...] complexo de moléculas materiais que se renovam constantemente.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• -

[...] é toda e qualquer quantidade de matéria, limitada, que impressiona os sentidos físicos, expressando-se em volume, peso... Aglutinação de moléculas – orgânicas ou inorgânicas – que modelam formas animadas ou não, ao impulso de princípios vitais, anímicos e espirituais. Estágio físico por onde transita o elemento anímico na longa jornada em que colima a perfeição, na qualidade de espírito puro...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 5

O corpo humano [...] serve de domicílio temporário ao espírito que, através dele, adquire experiências, aprimora aquisições, repara erros, sublima aspirações. Alto empréstimo divino, é o instrumento da evolução espiritual na Terra, cujas condições próprias para as suas necessidades fazem que a pouco e pouco abandone as construções grosseiras e se sutilize [...] serve também de laboratório de experiências, pelas quais os construtores da vida, há milênios, vêm desenvolvendo possibilidades superiores para culminarem em conjunto ainda mais aprimorado e sadio. Formado por trilhões e trilhões de células de variada constituição, apresenta-se como o mais fantástico equipamento de que o homem tem notícia, graças à perfei ção dos seus múltiplos órgãos e engrenagens [...].
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 5

[...] Vasilhame sublime, é o corpo humano o depositário das esperanças e o veículo de bênçãos, que não pode ser desconsiderado levianamente.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 5

O corpo é veículo, portanto, das pro-postas psíquicas, porém, por sua vez,muitas necessidades que dizem respei-to à constituição orgânica refletem-se nocampo mental.[...] o corpo é instrumento da aprendi-zagem do Espírito, que o necessita paraaprimorar as virtudes e também paradesenvolver o Cristo interno, que gover-nará soberano a vida quando superar osimpedimentos colocados pelas paixõesdesgastantes e primitivas. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cor-po e mente

O corpo é sublime instrumento elabo-rado pela Divindade para ensejar odesabrolhar da vida que se encontraadormecida no cerne do ser, necessitan-do dos fatores mesológicos no mundoterrestre, de forma que se converta emsantuário rico de bênçãos.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Culto aosofrimento

[...] Constituído por trilhões de célulasque, por sua vez, são universos minia-turizados [...].[...] Um corpo saudável resulta tambémdo processo respiratório profundo,revitalizador, de nutrição celular.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conquista interna

Abafadouro das lembranças, é também o corpo o veículo pelo qual o espírito se retempera nos embates santificantes, sofrendo-lhe os impositivos restritivos e nele plasmando as peças valiosas para mais plena manifestação.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

[...] é sempre para o espírito devedor [...] sublime refúgio, portador da bênção do olvido momentâneo aos males que praticamos e cuja evocação, se nos viesse à consciência de inopino, nos aniquilaria a esperança da redenção. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

Sobre o corpo físico, o que se pode dizer logo de início é que ele constitui mecanismo extremamente sofisticado, formado de grande número de órgãos, que em geral trabalham em grupo, exercendo funções complementares, visando sempre a atingir objetivos bem determinados. Estes agrupamentos de órgãos são denominados aparelhos ou sistemas que, por sua vez, trabalham harmonicamente, seguindo a diretriz geral de manter e preservar a vida do organismo.
Referencia: GURGEL, Luiz Carlos de M• O passe espírita• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1

O corpo carnal é feito de limo, isto é, compõe-se dos elementos sólidos existentes no planeta que o Espírito tem que habitar provisoriamente. Em se achando gasto, desagrega-se, porque é matéria, e o Espírito se despoja dele, como nós nos desfazemos da roupa que se tornou imprestável. A isso é que chamamos morte. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 9a efusão

[...] o corpo físico é mero ponto de apoio da ação espiritual; simples instrumento grosseiro de que se vale o Espírito para exercer sua atividade física. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Sobrevivência e comunicabilidade dos Espíritos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

[...] O corpo físico nada é senão um instrumento de trabalho; uma vez abandonado pelo Espírito, é matéria que se decompõe e deixa de oferecer condições para abrigar a alma. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Sobrevivência e comunicabilidade dos Espíritos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 16

[...] O nosso corpo – além de ser a vestimenta e o instrumento da alma neste plano da Vida, onde somente nos é possível trabalhar mediante a ferramenta pesada dos órgãos e membros de nosso figurino carnal – é templo sagrado e augusto. [...]
Referencia: Ó, Fernando do• Apenas uma sombra de mulher• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

[...] O corpo é o escafandro, é a veste, é o gibão que tomamos de empréstimo à Vida para realizarmos o nosso giro pelo mundo das formas. [...]
Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3

A bênção de um corpo, ainda que mutilado ou disforme, na Terra [...] é como preciosa oportunidade de aperfeiçoamento espiritual, o maior de todos os dons que o nosso planeta pode oferecer.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 17

[...] o corpo humano é apenas um aparelho delicado, cujas baterias e sistemas condutores de vida são dirigidos pelas forças do perispírito, e este, por sua vez, comandado será pela vontade, isto é, a consciência, a mente.
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Recordações da mediunidade• Obra mediúnica orientada pelo Espírito Adolfo Bezerra de Menezes• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

O corpo carnal, ou corpo material terreno, o único a constituir passageira ilusão, pois é mortal e putrescível, uma vez, que se origina de elementos exclusivamente terrenos. [...]
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap 8

[...] [no corpo] distinguimos duas coisas: a matéria animal (osso, carne, sangue, etc.) e um agente invisível que transmite ao espírito as sensações da carne, e está às ordens daquele.
Referencia: ROCHAS, Albert de• A Levitação• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1980• - Os limites da Física

[...] Tradicionalmente visto pelas religiões instituídas como fonte do pecado, o corpo nos é apresentado pela Doutrina Espírita como precioso instrumento de realizações, por intermédio do qual nos inscrevemos nos cursos especializados que a vida terrena nos oferece, para galgarmos os degraus evolutivos necessários e atingirmos as culminâncias da evolução espiritual. [...]
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Adolescência – tempo de transformações

O corpo é o primeiro empréstimo recebido pelo Espírito trazido à carne.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 34

O corpo físico é apenas envoltório para efeito de trabalho e de escola nos planos da consciência.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Museu de cera

[...] é passageira vestidura de nossa alma que nunca morre. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 2

O veículo orgânico para o espírito reencarnado é a máquina preciosa, capaz de ofertar-lhe às mãos de operário da Vida Imperecível o rendimento da evolução.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

O corpo nada mais é que o instrumento passivo da alma, e da sua condição perfeita depende a perfeita exteriorização das faculdades do espírito. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

[...] O corpo de carne é uma oficina em que nossa alma trabalha, tecendo os fios do próprio destino. Estamos chegando de longe, a revivescer dos séculos mortos, como as plantas a renascerem do solo profundo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 35

O corpo é um batel cujo timoneiro é o espírito. À maneira que os anos se desdobram, a embarcação cada vez mais entra no mar alto da experiência e o timoneiro adquire, com isto, maior responsabilidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

O corpo físico é máquina viva, constituída pela congregação de miríades de corpúsculos ativos, sob o comando do espírito que manobra com a rede biológica dentro das mesmas normas que seguimos ao utilizar a corrente elétrica.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Mentalismo

[...] o corpo físico na crosta planetária representa uma bênção de Nosso Eterno Pai. Constitui primorosa obra da Sabedoria Divina, em cujo aperfeiçoamento incessante temos nós a felicidade de colaborar. [...] [...] O corpo humano não deixa de ser a mais importante moradia para nós outros, quando compelidos à permanência na crosta. Não podemos esquecer que o próprio Divino Mestre classificava-o como templo do Senhor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 12

[...] O corpo carnal é também um edifício delicado e complexo. Urge cuidar dos alicerces com serenidade e conhecimento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 14

[...] o corpo do homem é uma usina de forças vivas, cujos movimentos se repetem no tocante ao conjunto, mas que nunca se reproduzem na esfera dos detalhes. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 29

[...] O corpo humano é campo de forças vivas. Milhões de indivíduos celulares aí se agitam, à moda dos homens nas colônias e cidades tumultuosas. [...] esse laboratório corporal, transformável e provisório, é o templo onde poderás adquirir a saúde eterna do Espírito. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

No corpo humano, temos na Terra o mais sublime dos santuários e uma das supermaravilhas da Obra Divina.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 3

O corpo é para o homem santuário real de manifestação, obra-prima do trabalho seletivo de todos os reinos em que a vida planetária se subdivide.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

O corpo de quem sofre é objeto sagrado.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 53

O corpo é a máquina para a viagem do progresso e todo relaxamento corre por conta do maquinista.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 55


Esperança

substantivo feminino Confiança de que algo bom acontecerá: esperança de se curar.
Crença de que um desejo se torne realidade: esperança de casar.
Figurado Algo ou alguém que é alvo de uma expectativa.
Tudo o que se relaciona com ilusório; utópico: esperança de ficar rico.
Religião Virtude que completa as três virtudes teologais: fé, caridade e esperança.
[Zoologia] Designação atribuída ao inseto cujas antenas são mais longas que seu corpo estreito, geralmente, encontrado em pastos e de coloração verde; esperança-da-cana; esperança-dos-pastos.
Etimologia (origem da palavra esperança). Esperar + ança.

confiança, fé. – Roq.compara as duas primeiras palavras do grupo deste modo: – Muito extensa é a esperança: espera-se tudo que é bom, favorável, grato; a última coisa que o homem perde é a esperança. Mas quantas vezes não passam de puras ilusões as mais lisonjeiras esperanças? Quando, porém, a esperança é bem fundada, firme e quase segura da realidade, chama-se confiança que vem da palavra latina fidutia, fidentia, confidentia, a que os nossos antigos chamavam fiuza. A esperança refere-se a sucessos ou fatos que hão de acontecer, ou que podem acontecer; a confiança, aos meios por que se hão de conseguir ou executar. Confio, ou tenho confiança nas minhas riquezas, por meio das quais espero ou tenho esperança de lograr o que desejo. O homem que tem grande confiança em Deus, e se ajuda de boas obras, espera por elas ganhar a salvação eterna. – É preciso distinguir as frases estar com esperanças, e estar de esperanças. A primeira significa – ter esperança de obter alguma coisa boa, agradável. Só está de esperanças a mulher grávida, que espera ter o seu bom sucesso. – Quando a confiança se funda em crença, em convicção, chama-se fé. A própria fé religiosa não é senão a confiança profunda que se tem numa grande verdade que se nos revelou, ou que nos é inspirada pelo poder de Deus. Temos fé no futuro, num amigo, no trabalho, na virtude, etc.

Irmã gêmea da fé, a esperança, também catalogada como uma das três virtudes teologais, é a faculdade que infunde coragem e impele à conquista do bem. [...] A esperança constitui o plenilúnio dos que sofrem a noite do abandono e da miséria, conseguindo que lobriguem o porvir ditoso, não obstante os intrincados obstáculos do presente. É o cicio caricioso na enxerga da enfermidade e a voz socorrista aos ouvidos da viuvez e da orfandade, consolo junto ao espírito combalido dos que jazem no olvido, exortando: Bom ânimo e coragem! [...] Amparo dos fracos, é a esperança a força dos fortes e a resistência dos heróis. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 15

Esperança é desafio / Sem igual, sem concorrente / Sobe os rios desta vida / Saltando contra a torrente.
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 7

A esperança, irmã da aurora, / É chama de Sol eterno, / Que tanto brilha no inverno, / Quanto fulge no verão! [...]
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Avante!

A esperança, aurora suave, é sempre o conforto de uma alma grande, que, em seu próximo raio, percebe nitidamente a realização mais ou menos longínqua das suas santas aspirações.
Referencia: SURIÑACH, José• Lídia• Memórias de uma alma• Romance real de Adriano de Mendoza• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - pt• 2, Miragens celestes

A esperança não é genuflexório de simples contemplação. É energia para as realizações elevadas que competem ao seu espírito.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

Não suprimas a esperança / De uma alma triste ou ferida, / Que a esperança é a luz eterna / Nas grandes noites da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A esperança fiel não nos fixa no coração através de simples contágio. É fruto de compreensão mais alta.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 43

A esperança é a filha dileta da fé. Ambas estão, uma para outra, como a luz reflexa dos planetas está para a luz central e positiva do Sol.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 257

A esperança é flor virente, / Alva estrela resplendente, / Que ilumina os corações, / Que conduz as criaturas / Às almejadas venturas / Entre célicos clarões.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Supremacia da caridade

A esperança é a luz do cristão. [...] a esperança é um dos cânticos sublimes do seu [de Jesus] Evangelho de Amor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 75

[...] esperança é ideal com serviço.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

A esperança é medicamento no coração.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 53

E E
Referencia:


Esperança Confiança no cumprimento de um desejo ou de uma expectativa. A segunda virtude mencionada em (1Co 13:13) se baseia na confiança em Deus (Rm 15:13). Cristo é a nossa esperança (1Tm 1:1); (Cl 1:27). O símbolo da esperança é a âncora (He 6:18-19).

Espírito

Pela sua essência espiritual, o Espírito é um ser indefinido, abstrato, que não pode ter ação direta sobre a matéria, sendo-lhe indispensável um intermediário, que é o envoltório fluídico, o qual, de certo modo, faz parte integrante dele. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11, it• 17

O Espírito mais não é do que a alma sobrevivente ao corpo; é o ser principal, pois que não morre, ao passo que o corpo é simples acessório sujeito à destruição. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13, it• 4

[...] Espíritos que povoam o espaço são seus ministros [de Deus], encarregados de atender aos pormenores, dentro de atribuições que correspondem ao grau de adiantamento que tenham alcançado.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18, it• 3

[...] Os Espíritos são os que são e nós não podemos alterar a ordem das coisas. Como nem todos são perfeitos, não aceitamos suas palavras senão com reservas e jamais com a credulidade infantil. Julgamos, comparamos, tiramos conseqüências de nossas observações e os seus próprios erros constituem ensinamentos para nós, pois não renunciamos ao nosso discernimento.
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

Os Espíritos podem dividir-se em duas categorias: os que, chegados ao ponto mais elevado da escala, deixaram definitivamente os mundos materiais, e os que, pela lei da reencarnação, ainda pertencem ao turbilhão da Humanidade terrena. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

[...] um Espírito pode ser muito bom, sem ser um apreciador infalível de todas as coisas. Nem todo bom soldado é, necessariamente, um bom general.
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

O Espírito não é, pois, um ser abstrato, indefinido, só possível de conceber-se pelo pensamento. É um ser real, circunscrito que, em certos casos, se torna apreciável pela vista, pelo ouvido e pelo tato.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

O princípio inteligente do Universo.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 23

[...] Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material. A época e o modo por que essa formação se operou é que são desconhecidos.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 79

[...] os Espíritos são uma das potências da Natureza e os instrumentos de que Deus se serve para execução de seus desígnios providenciais. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 87

[...] alma dos que viveram corporalmente, aos quais a morte arrebatou o grosseiro invólucro visível, deixando-lhes apenas um envoltório etéreo, invisível no seu estado normal. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 9

[...] não é uma abstração, é um ser definido, limitado e circunscrito. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 53

Hão dito que o Espírito é uma chama, uma centelha. Isto se deve entender com relação ao Espírito propriamente dito, como princípio intelectual e moral, a que se não poderia atribuir forma determinada. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 55

Espírito – No sentido especial da Doutrina Espírita, os Espíritos são os seres inteligentes da criação, que povoam o Universo, fora do mundo material, e constituem o mundo invisível. Não são seres oriundos de uma criação especial, porém, as almas dos que viveram na Terra, ou nas outras esferas, e que deixaram o invólucro corporal.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

E E EA alma ou Espírito, princípio inteligente em que residem o pensamento, a vontade e o senso moral [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 10

[...] a alma e o perispírito separados do corpo constituem o ser chamado Espírito.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 14

Os Espíritos não são, portanto, entes abstratos, vagos e indefinidos, mas seres concretos e circunscritos, aos quais só falta serem visíveis para se assemelharem aos humanos; donde se segue que se, em dado momento, pudesse ser levantado o véu que no-los esconde, eles formariam uma população, cercando-nos por toda parte.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 16

Há no homem um princípio inteligente a que se chama alma ou espírito, independente da matéria, e que lhe dá o senso moral e a faculdade de pensar.
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

Os Espíritos são os agentes da potência divina; constituem a força inteligente da Natureza e concorrem para a execução dos desígnios do Criador, tendo em vista a manutenção da harmonia geral do Universo e das leis imutáveis que regem a criação.
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

[...] Uma mônada – um centro de força e de consciência em um grau superior de desenvolvimento, ou então, uma entidade individual dotada de inteligên cia e de vontade – eis a única definição que poderíamos arriscar-nos a dar da concepção de um Espírito. [...]
Referencia: AKSAKOF, Alexandre• Animismo e Espiritismo• Trad• do Dr• C• S• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• 2 v• - v• 2, cap• 4

[...] é o modelador, o artífice do corpo.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Comunicações ou ensinos dos Espíritos

[...] ser livre, dono de vontade própria e que não se submete, como qualquer cobaia inconsciente, aos caprichos e exigências de certos pesquisadores ainda mal qualificados eticamente, embora altamente dotados do ponto de vista cultural e intelectual.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 14

O Espírito, essência divina, imortal, é o princípio intelectual, imaterial, individualizado, que sobrevive à desagregação da matéria. É dotado de razão, consciência, livre-arbítrio e responsabilidade.
Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

[...] causa da consciência, da inteligência e da vontade [...].
Referencia: BODIER, Paul• A granja do silêncio: documentos póstumos de um doutor em Medicina relativos a um caso de reencarnação• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Apêndice

[...] um ser individualizado, revestido de uma substância quintessenciada, que, apesar de imperceptível aos nossos sentidos grosseiros, é passível de, enquanto encarnado, ser afetado pelas enfermidades ou pelos traumatismos orgânicos, mas que, por outro lado, também afeta o indumento (soma) de que se serve durante a existência humana, ocasionando-lhe, com suas emoções, distúrbios funcionais e até mesmo lesões graves, como o atesta a Psiquiatria moderna ao fazer Medicina psicossomática.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - As Leis Divinas

[...] depositário da vida, dos sentimentos e das responsabilidades que Deus lhe outorgou [...].
Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

[...] a alma ou o espírito é alguma coisa que pensa, sente e quer [...].
Referencia: DELANNE, Gabriel• A alma é imortal• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - pt• 1, cap• 1

O estudo do Espírito tem de ser feito, portanto, abrangendo os seus dois aspectos: um, ativo, que é o da alma propriamente dita, ou seja, o que em nós sente, pensa, quer e, sem o qual nada existiria; outro, passivo – o do perispírito, inconsciente, almoxarifado espiritual, guardião inalterável de todos os conhecimentos intelectuais, tanto quanto conservador das leis orgânicas que regem o corpo físico.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

[...] O que caracteriza essencialmente o espírito é a consciência, isto é, o eu, mediante o qual ele se distingue do que não está nele, isto é, da matéria. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

[...] é o ser principal, o ser racional e inteligente [...].
Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4

Chamamos Espírito à alma revestida do seu corpo fluídico. A alma é o centro de vida do perispírito, como este é o centro da vida do organismo físico. Ela que sente, pensa e quer; o corpo físico constitui, com o corpo fluídico, o duplo organismo por cujo intermédio ela [a alma] atua no mundo da matéria.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

[...] O espírito não é, pois, nem um anjo glorificado, nem um duende condenado, mas sim a própria pessoa que daqui se foi, conservando a força ou a fraqueza, a sabedoria ou a loucura, que lhe eram peculiares, exatamente como conserva a aparência corpórea que tinha.
Referencia: DOYLE, Arthur Conan• A nova revelação• Trad• da 6a ed• inglesa por Guillon Ribeiro; traços biográficos do autor por Indalício Mendes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

O Espírito [...] é a causa de todos os fenômenos que se manifestam na existência física, emocional e psíquica. Viajor de incontáveis etapas no carreiro da evolução, armazena informações e experiências que são transferidas para os respectivos equipamentos fisiológicos – em cada reencarnação – produzindo tecidos e mecanismos resistentes ou não a determinados processos degenerativos, por cujo meio repara as condutas que se permitiram na experiência anterior. [...] Da mesma forma que o Espírito é o gerador das doenças, torna-se o criador da saúde, especialmente quando voltado para os compromissos que regem o Cosmo.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

O Espírito, através do cérebro e pelo coração, nos respectivos chakras coronário, cerebral e cardíaco, emite as energias – ondas mentais carregadas ou não de amor e de compaixão – que é registrada pelo corpo intermediário e transformada em partículas que são absorvidas pelo corpo, nele produzindo os resultados compatíveis com a qualidade da emissão.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

O Espírito, em si mesmo, esse agente fecundo da vida e seu experimentador, esE E Etabelece, de forma consciente ou não, o que aspira e como consegui-lo, utilizando-se do conhecimento de si mesmo, único processo realmente válido para os resultados felizes.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

O Espírito, igualmente, é também uma energia universal, que foi gerado por Deus como todas as outras existentes, sendo porém dotado de pensamento, sendo um princípio inteligente, enquanto que todos os demais são extáticos, mecânicos, repetindo-se ininterruptamente desde o primeiro movimento até o jamais derradeiro...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Consciência

Individualidades inteligentes, incorpóreas, que povoam o Universo, criadas por Deus, independentes da matéria. Prescindindo do mundo corporal, agem sobre ele e, corporificando-se através da carne, recebem estímulos, transmitindo impressões, em intercâmbio expressivo e contínuo. São de todos os tempos, desde que a Criação sendo infinita, sempre existiram e jamais cessarão. Constituem os seres que habitam tudo, no Cosmo, tornando-se uma das potências da Natureza e atuam na Obra Divina como coopera-dores, do que resulta a própria evolução e aperfeiçoamento intérmino. [...] Indestrutíveis, jamais terão fim, não obstante possuindo princípio, quando a Excelsa Vontade os criou.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 3

O Espírito é a soma das suas vidas pregressas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 17

[...] Todos somos a soma das experiências adquiridas numa como noutra condição, em países diferentes e grupos sociais nos quais estagiamos ao longo dos milênios que nos pesam sobre os ombros. [...]
Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

[...] O Espírito é tudo aquilo quanto anseia e produz, num somatório de experiências e realizações que lhe constituem a estrutura íntima da evolução.
Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

Herdeiro do passado, o espírito é jornaleiro dos caminhos da redenção impostergável.
Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 8

O Espírito é o engenheiro da maquinaria fisiopsíquica de que se vai utilizar na jornada humana.
Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tendências, aptidões e reminiscências

[...] O ser real e primitivo é o Espírito [...].
Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio sem dor

Porque os Espíritos são as almas dos homens com as suas qualidades e imperfeições [...].
Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Calvário de luz

[...] O Espírito – consciência eterna – traz em si mesmo a recordação indelével das suas encarnações anteriores. [...]
Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - A doutrina do hindu

[...] princípio inteligente que pensa, que quer, que discerne o bem do mal e que, por ser indivisível, imperecível se conserva. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 9a efusão

[...] Só o Espírito constitui a nossa individualidade permanente. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 37a efusão

[...] é o único detentor de todas as potencialidades e arquivos de sua individualidade espiritual [...].
Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

Em verdade, cada espírito é qual complexa usina integrante de vasta rede de outras inúmeras usinas, cujo conjunto se auto-sustenta, como um sistema autônomo, a equilibrar-se no infinito mar da evolução.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] O que vale dizer, ser o Espírito o Élan Vital que se responsabiliza pela onda morfogenética da espécie a que pertence. Entendemos como espírito, ou zona inconsciente, a conjuntura energética que comandaria a arquitetura física através das telas sensíveis dos núcleos celulares. O espírito representaria o campo organizador biológico, encontrando nas estruturas da glândula pineal os seus pontos mais eficientes de manifestações. [...]
Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Forças sexuais da alma• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Introd•

O nosso Espírito será o resultado de um imenso desfile pelos reinos da Natureza, iniciando-se nas experiências mais simples, na escala mineral, adquirindo sensibilidade (irritabilidade celular) no mundo vegetal, desenvolvendo instintos, nas amplas variedades das espécies animais, e a razão, com o despertar da consciência, na família hominal, onde os núcleos instintivos se vão maturando e burilando, de modo a revelar novos potenciais. [...]
Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

[...] A verdadeira etimologia da palavra espírito (spiritus, sopro) representa uma coisa que ocupa espaço, apesar de, pela sua rarefação, tornar-se invisível. Há, porém, ainda uma confusão no emprego dessa palavra, pois que ela é aplicada por diferentes pensadores, não só para exprimir a forma orgânica espiritual com seus elementos constitutivos, como também a sua essência íntima que conhece e pensa, à qual chamamos alma e os franceses espírito.
Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 1

O Espírito, em sua origem, como essência espiritual e princípio de inteligência, se forma da quintessência dos fluidos que no seu conjunto constituem o que chamamos – o todo universal e que as irradiações divinas animam, para lhes dar o ser e compor os germes de toda a criação, da criação de todos os mundos, de todos os reinos da Natureza, de todas as criaturas, assim no estado material, como também no estado fluídico. Tudo se origina desses germes fecundados pela Divindade e progride para a harmonia universal.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] a essência da vida é o espírito [...].
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a mulher

O Espírito humano é a obra-prima, a suprema criação de Deus.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Equação da felicidade

[...] Somos almas, usando a vestimenta da carne, em trânsito para uma vida maior. [...] somos um templo vivo em construção, através de cujos altares se E E Eexpressará no Infinito a grandeza divina. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

Figuradamente, o espírito humano é um pescador dos valores evolutivos, na escola regeneradora da Terra. A posição de cada qual é o barco. Em cada novo dia, o homem se levanta com a sua “rede” de interesses. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 21

Somos uma grande família no Lar do Evangelho e, embora separados nas linhas vibratórias do Espaço, prosseguimos juntos no tempo, buscando a suprema identificação com o Cristo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada espírito é um continente vivo no plano universal.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

[...] o espírito é a obra-prima do Universo, em árduo burilamento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Evolução e livre-arbítrio

[...] Sendo cada um de nós uma força inteligente, detendo faculdades criadoras e atuando no Universo, estaremos sempre engendrando agentes psicológicos, através da energia mental, exteriorizando o pensamento e com ele improvisando causas positivas, cujos efeitos podem ser próximos ou remotos sobre o ponto de origem. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

[...] Cada espírito é um elo importante em extensa região da corrente humana. Quanto mais crescemos em conhecimentos e aptidões, amor e autoridade, maior é o âmbito de nossas ligações na esfera geral. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

Somos, cada qual de nós, um ímã de elevada potência ou um centro de vida inteligente, atraindo forças que se harmonizam com as nossas e delas constituindo nosso domicílio espiritual.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18

[...] Somos diamantes brutos, revestidos pelo duro cascalho de nossas milenárias imperfeições, localizados pela magnanimidade do Senhor na ourivesaria da Terra. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

Cada Espírito é um mundo onde o Cristo deve nascer...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 37

[...] gema preciosa e eterna dos tesouros de Deus [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Nosso “eu”

Cada Espírito é um mundo vivo com movimento próprio, atendendo às causas que criou para si mesmo, no curso do tempo, gravitando em torno da Lei Eterna que rege a vida cósmica.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

O Espírito, encarnado ou desencarnado, na essência, pode ser comparado a um dínamo complexo, em que se verifica a transubstanciação do trabalho psicofísico em forças mentoeletromagnéticas, forças essas que guardam consigo, no laboratório das células em que circulam e se harmonizam, a propriedade de agentes emissores e receptores, conservadores e regeneradores de energia. Para que nos façamos mais simplesmente compreendidos, imaginemo-lo como sendo um dínamo gerador, indutor, transformador e coletor, ao mesmo tem po, com capacidade de assimilar correntes contínuas de força e exteriorizá-las simultaneamente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Mecanismos da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

O espírito é um monumento vivo de Deus – o Criador Amorável. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 12


Espírito
1) A parte não-material, racional e inteligente do ser humano (Gn 45:27; Rm 8:16).


2) A essência da natureza divina (Jo 4:24).


3) Ser não-material maligno que prejudica as pessoas (Mt 12:45).


4) Ser não-material bondoso que ajuda as pessoas (Hc 1:14;
v. ANJO).


5) Princípio que norteia as pessoas (2Co 4:13; Fp 1:17).


6) ESPÍRITO SANTO (Gl 3:5).


Espírito Ver Alma.

Veja Espírito Santo.


substantivo masculino Princípio imaterial, alma.
Substância incorpórea e inteligente.
Entidade sobrenatural: os anjos e os demónios.
Ser imaginário: duendes, gnomos, etc.
Pessoa dotada de inteligência superior.
Essência, ideia predominante.
Sentido, significação.
Inteligência.
Humor, graça, engenho: homem de espírito.
Etimologia (origem da palavra espírito). Do latim spiritus.

Ao passo que o termo hebraico nephesh – traduzido como alma – denota individualidade ou personalidade, o termo hebraico ruach, encontrado no Antigo Testamento, e que aparece traduzido como espírito, refere-se à energizante centelha de vida que é essencial à existência de um indivíduo. É um termo que representa a energia divina, ou princípio vital, que anima os seres humanos. O ruach do homem abandona o corpo por ocasião da morte (Sl 146:4) e retorna a Deus (Ec 12:7; cf. 34:14).

O equivalente neotestamentário de ruach é pneuma, ‘espírito’, proveniente de pneo, ‘soprar’ ou ‘respirar’. Tal como ocorre com ruach, pneuma é devolvida ao Senhor por ocasião da morte (Lc 23:46; At 7:59). Não há coisa alguma inerente à palavra pneuma que possa denotar uma entidade capaz de existência consciente separada do corpo.


Ha

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).

hebraico: calor, queimado

Oséias, o último monarca do reino do Norte, tentara escapar da opressão dos assírios, ao recusar-se a pagar os pesados tributos exigidos e ao enviar mensageiros para buscar a ajuda de Sô, faraó do Egito (2Rs 17:4). Essa atitude fez com que Salmaneser, rei da Assíria, mandasse prender Oséias e ordenasse a invasão de Israel. Não se sabe ao certo quem era exatamente esse faraó egípcio. Alguns eruditos sugerem que se tratava de Shabako, que governou o Egito por volta de 716 a.C., mas isso o colocaria numa época muito posterior à dos eventos narrados, desde que Oséias foi rei no período entre 732 a 722 a.C. Sô também é identificado por alguns estudiosos com Osorcom IV, de Tanis (nome da cidade mencionada na Bíblia como Zoã). Essa sugestão é apoiada pela mensagem de Isaías contra o Egito, na qual o profeta destacou que aquela nação não servia para nada e mencionou especificamente “os príncipes de Zoã” (Is 19:11-15). Outras sugestões ainda são apresentadas. P.D.G.


Rei do Egito (2Rs 17:4).

substantivo masculino Senhor; forma informal utilizada para se dirigir à pessoa que tem certa autoridade, poder ou é proprietária de algo: sô advogado; sô Francisco.
Gramática Usado como interlocutório pessoal: anda logo, sô, corre atrás da namorada.
Não confundir com: .
Etimologia (origem da palavra ). Forma Red. de senhor; do latim senior.oris.

Rei egípcio, de descendência etiópica, cujo nome por extenso era Sabaku, pertencendo à vigésima-quinta dinastia. oséias, que desejou livrar-se do jugo da Assíria, procurou para esse fim o auxilio e a aliança de Sô (2 Rs 17.4). A conseqüência desta aliança foi desastrosa, pois oséias foi feito prisioneiro pelos assírios que haviam invadido o reino de israel, tomando Samaria e levando as dez tribos para o cativeiro. Muitos, contudo, pensam que Sô era apenas um vice-rei no Delta. (*veja oséias, israel e Samaria.)

substantivo masculino Senhor; forma informal utilizada para se dirigir à pessoa que tem certa autoridade, poder ou é proprietária de algo: sô advogado; sô Francisco.
Gramática Usado como interlocutório pessoal: anda logo, sô, corre atrás da namorada.
Não confundir com: .
Etimologia (origem da palavra ). Forma Red. de senhor; do latim senior.oris.

Vocação

substantivo feminino Ação ou efeito de chamar, de invocar, de denominar(-se).
Tendência ou inclinação natural que direciona alguém para uma profissão específica, para desempenhar determinada função, para um trabalho etc: vocação literária.
Orientação ou apelo ao sacerdócio ou à vida religiosa.
Capacidade ou interesse natural por quaisquer coisas - talento: vocação para música; vocação para o canto; vocação para a escrita.
Aptidão natural: um médico de vocação.
[Jurídico] Convocação feita à alguém para que esta pessoa tome posse daquilo que lhe pertence por direito.
Vocação hereditária. Convocação feita aos herdeiros legítimos à sucessão, na sequência determinada por lei, de alguém que evidentemente tenha morrido.
plural Vocações.
Etimologia (origem da palavra vocação). Do latim vocatio.onis.

Escolha, chamamento.

A vocação é o impulso natural oriundo da repetição de análogas experiências, através de muitas vidas.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 50

A vocação é a soma dos reflexos da experiência que trazemos de outras vidas.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pensamento e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 16


Vocação Chamada (Ef 4:1);
v. CHAMAR 1).

Vocação Ver Apóstolos, Discípulos, Fé, Salvação.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Efésios 4: 4 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Há exatamente um corpo ① e exatamente um Espírito (Santo), como também fostes chamados em exatamente uma esperança do vosso chamamento;
Efésios 4: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

62 d.C.
G1520
heîs
εἷς
uma
(one)
Adjetivo - nominativo feminino no singular
G1680
elpís
ἐλπίς
mover-se suavemente, deslizar, deslizar sobre
(to speak)
Verbo
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G2531
kathṓs
καθώς
como / tão
(as)
Advérbio
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2564
kaléō
καλέω
chamar
(you will call)
Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
G2821
klēsis
κλῆσις
ser ou tornar-se escuro, tornar obscuro, ser escurecido, ser preto, estar oculto
(so that was darkened)
Verbo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G4151
pneûma
πνεῦμα
terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
([the] Spirit)
Substantivo - neutro genitivo singular
G4771
σύ
de você
(of you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
G4983
sōma
σῶμα
o nome original do último rei de Judá antes do cativeiro; também conhecido como
(Mattaniah)
Substantivo


εἷς


(G1520)
heîs (hice)

1520 εις heis

(incluindo o neutro [etc.] hen); TDNT - 2:434,214; numeral

  1. um

ἐλπίς


(G1680)
elpís (el-pece')

1680 ελπις elpis

de uma palavra primária elpo (antecipar, usualmente com prazer); TDNT - 2:517,229; n f

  1. expectativa do mal, medo
  2. expectativa do bem, esperança
    1. no sentido cristão
      1. regozijo e expectativa confiante da eterna salvação
  3. sob a esperança, em esperança, tendo esperança
    1. o autor da esperança, ou aquele que é o seu fundamento
    2. o que se espera

ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

καθώς


(G2531)
kathṓs (kath-oce')

2531 καθως kathos

de 2596 e 5613; adv

  1. de acordo com
    1. justamente como, exatamente como
    2. na proporção que, na medida que

      desde que, visto que, segundo o fato que

      quando, depois que


καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

καλέω


(G2564)
kaléō (kal-eh'-o)

2564 καλεω kaleo

semelhante a raiz de 2753; TDNT - 3:487,394; v

  1. chamar
    1. chamar em alta voz, proferir em alta voz
    2. convidar
  2. chamar, i.e., chamar pelo nome
    1. dar nome a
      1. receber o nome de
      2. dar um nome a alguém, chamar seu nome
    2. ser chamado, i.e., ostentar um nome ou título (entre homens)
    3. saudar alguém pelo nome

Sinônimos ver verbete 5823


κλῆσις


(G2821)
klēsis (klay'-sis)

2821 κλησις klesis

de uma forma reduzida de 2564; TDNT - 3:491,394; n f

  1. chamado, chamado a
  2. convocação, convite
    1. para uma festa
    2. do convite divino para abraçar a salvação de Deus


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


πνεῦμα


(G4151)
pneûma (pnyoo'-mah)

4151 πνευμα pneuma

de 4154; TDNT - 6:332,876; n n

  1. terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
    1. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e caráter (o Santo Espírito)
    2. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza seu trabalho e poder (o Espírito da Verdade)
    3. nunca mencionado como um força despersonalizada
  2. o espírito, i.e., o princípio vital pelo qual o corpo é animado
    1. espírito racional, o poder pelo qual o ser humano sente, pensa, decide
    2. alma
  3. um espírito, i.e., simples essência, destituída de tudo ou de pelo menos todo elemento material, e possuído do poder de conhecimento, desejo, decisão e ação
    1. espírito que dá vida
    2. alma humana que partiu do corpo
    3. um espírito superior ao homem, contudo inferior a Deus, i.e., um anjo
      1. usado de demônios, ou maus espíritos, que pensava-se habitavam em corpos humanos
      2. a natureza espiritual de Cristo, superior ao maior dos anjos e igual a Deus, a natureza divina de Cristo
  4. a disposição ou influência que preenche e governa a alma de alguém
    1. a fonte eficiente de todo poder, afeição, emoção, desejo, etc.
  5. um movimento de ar (um sopro suave)
    1. do vento; daí, o vento em si mesmo
    2. respiração pelo nariz ou pela boca

Sinônimos ver verbete 5923


σύ


(G4771)
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu

σῶμα


(G4983)
sōma (so'-mah)

4983 σωμα soma

de 4982; TDNT - 7:1024,1140; n n

  1. o corpo tanto de seres humanos como de animais
    1. corpo sem vida ou cadáver
    2. corpo vivo
      1. de animais
  2. conjunto de planetas e de estrelas (corpos celestes)
  3. usado de um (grande ou pequeno) número de homens estreitamente unidos numa sociedade, ou família; corpo social, ético, místico
    1. usado neste sentido no NT para descrever a igreja

      aquilo que projeta uma sombra como distinta da sombra em si