Enciclopédia de Hebreus 11:13-13

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

hb 11: 13

Versão Versículo
ARA Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra.
ARC Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas, mas vendo-as de longe e crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra.
TB Na fé, morreram todos estes, sem terem alcançado as promessas, mas tendo-as visto, e saudado de longe, e confessado que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra.
BGB Κατὰ πίστιν ἀπέθανον οὗτοι πάντες, μὴ ⸀λαβόντες τὰς ἐπαγγελίας, ἀλλὰ πόρρωθεν αὐτὰς ἰδόντες καὶ ἀσπασάμενοι, καὶ ὁμολογήσαντες ὅτι ξένοι καὶ παρεπίδημοί εἰσιν ἐπὶ τῆς γῆς.
BKJ Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, foram persuadidos a respeito delas, e abraçaram-nas, e confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra.
LTT Em ① a fé morreram estes todos, não havendo recebido as promessas, mas de longe as havendo visto, e havendo sido persuadidos delas 1573, e as havendo abraçado, e havendo confessado que estrangeiros e peregrinos são eles sobre a terra.
BJ2 Na fé, todos estes morreram, sem ter obtido a realização da promessa, depois de tê-la visto e saudado de longe, e depois de se reconhecerem estrangeiros e peregrinos nesta terra.
VULG Juxta fidem defuncti sunt omnes isti, non acceptis repromissionibus, sed a longe eas aspicientes, et salutantes, et confitentes quia peregrini et hospites sunt super terram.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Hebreus 11:13

Gênesis 23:4 Estrangeiro e peregrino sou entre vós; dai-me possessão de sepultura convosco, para que eu sepulte o meu morto de diante da minha face.
Gênesis 25:8 E Abraão expirou e morreu em boa velhice, velho e farto de dias; e foi congregado ao seu povo.
Gênesis 27:2 E ele disse: Eis que já agora estou velho e não sei o dia da minha morte.
Gênesis 47:9 E Jacó disse a Faraó: Os dias dos anos das minhas peregrinações são cento e trinta anos; poucos e maus foram os dias dos anos da minha vida e não chegaram aos dias dos anos da vida de meus pais, nos dias das suas peregrinações.
Gênesis 48:21 Depois, disse Israel a José: Eis que eu morro, mas Deus será convosco e vos fará tornar à terra de vossos pais.
Gênesis 49:10 O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos.
Gênesis 49:18 A tua salvação espero, ó Senhor!
Gênesis 49:28 Todas estas são as doze tribos de Israel; e isto é o que lhes falou seu pai quando os abençoou; a cada um deles abençoou segundo a sua bênção.
Gênesis 49:33 Acabando, pois, Jacó de dar mandamentos a seus filhos, encolheu os seus pés na cama, e expirou, e foi congregado ao seu povo.
Gênesis 50:24 E disse José a seus irmãos: Eu morro, mas Deus certamente vos visitará e vos fará subir desta terra para a terra que jurou a Abraão, a Isaque e a Jacó.
Números 24:17 Vê-lo-ei, mas não agora; contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó, e um cetro subirá de Israel, que ferirá os termos dos moabitas e destruirá todos os filhos de Sete.
I Crônicas 29:14 Porque quem sou eu, e quem é o meu povo, que tivéssemos poder para tão voluntariamente dar semelhantes coisas? Porque tudo vem de ti, e da tua mão to damos.
Jó 19:25 Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra.
Salmos 39:12 Ouve, Senhor, a minha oração, e inclina os teus ouvidos ao meu clamor; não te cales perante as minhas lágrimas, porque sou para contigo como um estranho, e peregrino como todos os meus pais.
Salmos 119:19 Sou peregrino na terra; não escondas de mim os teus mandamentos.
Mateus 13:17 Porque em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes e não o viram, e ouvir o que vós ouvis, e não o ouviram.
João 8:56 Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu dia, e viu-o, e alegrou-se.
João 12:41 Isaías disse isso quando viu a sua glória e falou dele.
Romanos 4:21 e estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer.
Romanos 8:24 Porque, em esperança, somos salvos. Ora, a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê, como o esperará?
Efésios 2:19 Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos Santos e da família de Deus;
Hebreus 11:27 Pela fé, deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.
Hebreus 11:39 E todos estes, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa,
I Pedro 1:10 Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada,
I Pedro 1:17 E, se invocais por Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo a obra de cada um, andai em temor, durante o tempo da vossa peregrinação,
I Pedro 2:11 Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que combatem contra a alma,
I João 3:19 E nisto conhecemos que somos da verdade e diante dele asseguraremos nosso coração;

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 1573

Hb 11:13 Mss Alexandrinos/ TC/ bíblias moderninhas aqui extirpam/ destroem (por nota/ [colchetes]) que é "HAVENDO SIDO PERSUADIDOS DELAS", (isto é, das promessas de Deus), que as abraçamos e vivemos como estrangeiros e peregrinos sobre a terra!


 ①

Gr.: "conforme".


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

hb 11:13
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 16:24-28


24. Jesus disse então o seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, neguese a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


25. Porque aquele que quiser preservar sua alma. a perderá; e quem perder sua alma por minha causa, a achará.


26. Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?


27. Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus mensageiros, e então retribuirá a cada um segundo seu comportamento.


28. Em verdade vos digo, que alguns dos aqui presentes absolutamente experimentarão a morte até que o Filho do Homem venha em seu reino. MC 8:34-38 e MC 9:1


34. E chamando a si a multidão, junto com seus discípulos disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


35. Porque quem quiser preservar sua alma, a perderá; e quem perder sua alma por amor de mim e da Boa-Nova, a preservará.


36. Pois que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?


37. E que daria um homem em troca de sua alma?


38. Porque se alguém nesta geração adúltera e errada se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, também dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na glória de seu Pai com seus santos mensageiros". 9:1 E disse-lhes: "Em verdade em verdade vos digo que há alguns dos aqui presentes, os quais absolutamente experimentarão a morte, até que vejam o reino de Deus já chegado em força".


LC 9:23-27


23. Dizia, então, a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.


24. Pois quem quiser preservar sua alma, a perderá; mas quem perder sua alma por amor de mim, esse a preservará.


25. De fato, que aproveita a um homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar-se ou causar dano a si mesmo?


26. Porque aquele que se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, na do Pai e na dos santos mensageiros.


27. Mas eu vos digo verdadeiramente, há alguns dos aqui presentes que não experimentarão a morte até que tenham visto o reino de Deus.


Depois do episódio narrado no último capítulo, novamente Jesus apresenta uma lição teórica, embora bem mais curta que as do Evangelho de João.


Segundo Mateus, a conversa foi mantida com Seus discípulos. Marcos, entretanto, revela que Jesu "chamou a multidão" para ouvi-la, como que salientando que a aula era "para todos"; palavras, aliás, textuais em Lucas.


Achava-se a comitiva no território não-israelita ("pagão") de Cesareia de Filipe, e certamente os moradores locais haviam observado aqueles homens e mulheres que perambulavam em grupo homogêneo.


Natural que ficassem curiosos, a "espiar" por perto. A esses, Jesus convida que se aproximem para ouvir os ensinamentos e as exigências impostas a todos os que ambicionavam o DISCIPULATO, o grau mais elevado dos três citados pelo Mestre: justos (bons), profetas (médiuns) e discípulos (ver vol. 3).


As exigências são apenas três, bem distintas entre si, e citadas em sequência gradativa da menor à maior. Observamos que nenhuma delas se prende a saber, nem a dizer, nem a crer, nem a fazer, mas todas se baseiam em SER. O que vale é a evolução interna, sem necessidade de exteriorizações, nem de confissões, nem de ritos.


No entanto, é bem frisada a vontade livre: "se alguém quiser"; ninguém é obrigado; a espontaneidade deve ser absoluta, sem qualquer coação física nem moral. Analisemos.


Vimos, no episódio anterior, o Mestre ordenar a Pedro que "se colocasse atrás Dele". Agora esclarece: " se alguém QUER ser SEU discípulo, siga atrás Dele". E se tem vontade firme e inabalável, se o QUER, realize estas três condições:

1. ª - negue-se a si mesmo (Lc. arnésasthô; Mat. e Mr. aparnésasthô eautón).


2. ª - tome (carregue) sua cruz (Lc. "cada dia": arátô tòn stáurou autoú kath"hêméran);

3. ª - e siga-me (akoloutheítô moi).


Se excetuarmos a negação de si mesmo, já ouvíramos essas palavras em MT 10:38 (vol. 3).


O verbo "negar-se" ou "renunciar-se" (aparnéomai) é empregado por Isaías (Isaías 31:7) para descrever o gesto dos israelitas infiéis que, esclarecidos pela derrota dos assírios, rejeitaram ou negaram ou renunciaram a seus ídolos. E essa é a atitude pedida pelo Mestre aos que QUEREM ser Seus discípulos: rejeitar o ídolo de carne que é o próprio corpo físico, com sua sequela de sensações, emoções e intelectualismo, o que tudo constitui a personagem transitória a pervagar alguns segundos na crosta do planeta.


Quanto ao "carregar a própria cruz", já vimos (vol. 3), o que significava. E os habitantes da Palestina deviam estar habituados a assistir à cena degradante que se vinha repetindo desde o domínio romano, com muita frequência. Para só nos reportarmos a Flávio Josefo, ele cita-nos quatro casos em que as crucificações foram em massa: Varus que fez crucificar 2. 000 judeus, por ocasião da morte, em 4 A. C., de Herodes o Grande (Ant. Jud. 17. 10-4-10); Quadratus, que mandou crucificar todos os judeus que se haviam rebelado (48-52 A. D.) e que tinham sido aprisionados por Cumarus (Bell. Jud. 2. 12. 6); em 66 A. D. até personagens ilustres foram crucificadas por Gessius Florus (Bell. Jud. 2. 14. 9); e Tito que, no assédio de Jerusalém, fez crucificar todos os prisioneiros, tantos que não havia mais nem madeira para as cruzes, nem lugar para plantá-las (Bell. Jud. 5. 11. 1). Por aí se calcula quantos milhares de crucificações foram feitas antes; e o espetáculo do condenado que carregava às costas o instrumento do próprio suplício era corriqueiro. Não se tratava, portanto, de uma comparação vazia de sentido, embora constituindo uma metáfora. E que o era, Lucas encarrega-se de esclarecê-lo, ao acrescentar "carregue cada dia a própria cruz". Vemos a exigência da estrada de sacrifícios heroicamente suportados na luta do dia a dia, contra os próprios pendores ruins e vícios.


A terceira condição, "segui-Lo", revela-nos a chave final ao discipulato de tal Mestre, que não alicia discípulos prometendo-lhes facilidades nem privilégios: ao contrário. Não basta estudar-Lhe a doutrina, aprofundar-Lhe a teologia, decorar-Lhe as palavras, pregar-Lhe os ensinamentos: é mister SEGUILO, acompanhando-O passo a passo, colocando os pés nas pegadas sangrentas que o Rabi foi deixando ao caminhar pelas ásperas veredas de Sua peregrinação terrena. Ele é nosso exemplo e também nosso modelo vivo, para ser seguido até o topo do calvário.


Aqui chegamos a compreender a significação plena da frase dirigida a Pedro: "ainda és meu adversário (porque caminhas na direção oposta a mim, e tentas impedir-me a senda dolorosa e sacrificial): vai para trás de mim e segue-me; se queres ser meu discípulo, terás que renunciar a ti mesmo (não mais pensando nas coisas humanas); que carregar também tua cruz sem que me percas de vista na dura, laboriosa e dorida ascensão ao Reino". Mas isto, "se o QUERES" ... Valerá a pena trilhar esse áspero caminho cheio de pedras e espinheiros?


O versículo seguinte (repetição, com pequena variante de MT 10:39; cfr. vol. 3) responde a essa pergunta.


As palavras dessa lição são praticamente idênticas nos três sinópticos, demonstrando a impress ão que devem ter causado nos discípulos.


Sim, porque quem quiser preservar sua alma (hós eán thélei tên psychên autòn sõsai) a perderá (apolêsei autên). Ainda aqui encontramos o verbo sôzô, cuja tradução "salvar" (veja vol. 3) dá margem a tanta ambiguidade atualmente. Neste passo, a palavra portuguesa "preservar" (conservar, resguardar) corresponde melhor ao sentido do contexto. O verbo apolesô "perder", só poderia ser dado também com a sinonímia de "arruinar" ou "degradar" (no sentido etimológico de "diminuir o grau").


E o inverso é salientado: "mas quem a perder "hós d"án apolésêi tên psychên autoú), por minha causa (héneken emoú) - e Marcos acrescenta "e da Boa Nova" (kaì toú euaggelíou) - esse a preservará (sósei autén, em Marcos e Lucas) ou a achará (heurêsei autén, em Mateus).


A seguir pergunta, como que explicando a antinomia verbal anterior: "que utilidade terá o homem se lucrar todo o mundo físico (kósmos), mas perder - isto é, não evoluir - sua alma? E qual o tesouro da Terra que poderia ser oferecido em troca (antállagma) da evolução espiritual da criatura? Não há dinheiro nem ouro que consiga fazer um mestre, riem que possa dar-se em troca de uma iniciação real.


Bens espirituais não podem ser comprados nem "trocados" por quantias materiais. A matemática possui o axioma válido também aqui: quantidades heterogêneas não podem somar-se.


O versículo seguinte apresenta variantes.


MATEUS traz a afirmação de que o Filho do Homem virá com a glória de seu Pai, em companhia de Seus Mensageiros (anjos), para retribuir a cada um segundo seus atos. Traduzimos aqui dóxa por "glória" (veja vol. 1 e vol. 3), porque é o melhor sentido dentro do contexto. E entendemos essa glória como sinônimo perfeito da "sintonia vibratória" ou a frequência da tônica do Pai (Verbo, Som). A atribui ção a cada um segundo "seus atos" (tên práxin autoú) ou talvez, bem melhor, de acordo com seu comportamento, com a "prática" da vida diária. Não são realmente os atos, sobretudo isolados (mesmo os heroicos) que atestarão a Evolução de uma criatura, mas seu comportamento constante e diuturno.


MARCOS diz que se alguém, desta geração "adúltera", isto é, que se tornou "infiel" a Deus, traindo-O por amar mais a matéria que o espírito, e "errada" na compreensão das grandes verdades, "se envergonhar" (ou seja "desafinar", não-sintonizar), também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier com a glória do Pai, em companhia de Seus mensageiros (anjos).


LUCAS repete as palavras de Marcos (menos a referência à Boa Nova), salientando, porém, que o Filho do Homem virá com Sua própria glória, com a glória do Pai, e com a glória dos santos mensageiros (anjos).


E finalmente o último versículo, em que só Mateus difere dos outros dois, os quais, no entanto, nos parecem mais conformes às palavras originais.


Afirma o Mestre "alguns dos aqui presentes" (eisin tines tõn hõde hestótõn), os quais não experimentar ão (literalmente: "não saborearão, ou mê geúsôntai) a morte, até que vejam o reino de Deus chegar com poder. Mateus em vez de "o reino de Deus", diz "o Filho do Homem", o que deu margem à expectativa da parusia (ver vol. 3), ainda para os indivíduos daquela geração.


Entretanto, não se trata aqui, de modo algum, de uma parusia escatológica (Paulo avisa aos tessalonicenses que não o aguardem "como se já estivesse perto"; cfr. 1. ª Tess. 2: lss), mas da descoberta e conquista do "reino de Deus DENTRO de cada um" (cfr. LC 17:21), prometido para alguns "dos ali presentes" para essa mesma encarnação.


A má interpretação provocou confusões. Os gnósticos (como Teodósio), João Crisóstomo, Teofilacto e outros - e modernamente o cardeal Billot, S. J. (cfr. "La Parousie", pág. 187), interpretam a "vinda na glória do Filho do Homem" como um prenúncio da Transfiguração; Cajetan diz ser a Ressurreição;


Godet acha que foi Pentecostes; todavia, os próprios discípulos de Jesus, contemporâneos dos fatos, não interpretaram assim, já que após a tudo terem assistido, inclusive ao Pentecostes, continuaram esperando, para aqueles próximos anos, essa vinda espetacular. Outros recuaram mais um pouco no tempo, e viram essa "vinda gloriosa" na destruição de Jerusalém, como "vingança" do Filho do Homem; isso, porém, desdiz o perdão que Ele mesmo pedira ao Pai pela ignorância de Seus algozes (D. Calmet, Knabenbauer, Schanz, Fillion, Prat, Huby, Lagrange); e outros a interpretaram como sendo a difusão do cristianismo entre os pagãos (Gregório Magno, Beda, Jansênio, Lamy).


Penetremos mais a fundo o sentido.


Na vida literária e artística, em geral, distinguimos nitidamente o "aluno" do "discípulo". Aluno é quem aprende com um professor; discípulo é quem segue a trilha antes perlustrada por um mestre. Só denominamos "discípulo" aquele que reproduz em suas obras a técnica, a "escola", o estilo, a interpretação, a vivência do mestre. Aristóteles foi aluno de Platão, mas não seu discípulo. Mas Platão, além de ter sido aluno de Sócrates, foi também seu discípulo. Essa distinção já era feita por Jesus há vinte séculos; ser Seu discípulo é segui-Lo, e não apenas "aprender" Suas lições.


Aqui podemos desdobrar os requisitos em quatro, para melhor explicação.


Primeiro: é necessário QUERER. Sem que o livre-arbítrio espontaneamente escolha e decida, não pode haver discipulato. Daí a importância que assume, no progresso espiritual, o aprendizado e o estudo, que não podem limitar-se a ouvir rápidas palavras, mas precisam ser sérios, contínuos e profundos.


Pois, na realidade, embora seja a intuição que ilumina o intelecto, se este não estiver preparado por meio do conhecimento e da compreensão, não poderá esclarecer a vontade, para que esta escolha e resolva pró ou contra.


O segundo é NEGAR-SE a si mesmo. Hoje, com a distinção que conhecemos entre o Espírito (individualidade) e a personagem terrena transitória (personalidade), a frase mais compreensível será: "negar a personagem", ou seja, renunciar aos desejos terrenos, conforme ensinou Sidarta Gotama, o Buddha.


Cientificamente poderíamos dizer: superar ou abafar a consciência atual, para deixar que prevaleça a super-consciência.


Essa linguagem, entretanto, seria incompreensível àquela época. Todavia, as palavras proferidas pelo Mestre são de meridiana clareza: "renunciar a si mesmo". Observando-se que, pelo atraso da humanidade, se acredita que o verdadeiro eu é a personagem, e que a consciência atual é a única, negar essa personagem e essa consciência exprime, no fundo, negar-se "a si mesmo". Diz, portanto, o Mestre: " esse eu, que vocês julgam ser o verdadeiro eu, precisa ser negado". Nada mais esclarece, já que não teria sido entendido pela humanidade de então. No entanto, aqueles que seguissem fielmente Sua lição, negando seu eu pequeno e transitório, descobririam, por si mesmos, automaticamente, em pouco tempo, o outro Eu, o verdadeiro, coisa que de fato ocorreu com muitos cristãos.


Talvez no início possa parecer, ao experimentado: desavisado, que esse Eu verdadeiro seja algo "externo".


Mas quando, por meio da evolução, for atingido o "Encontro Místico", e o Cristo Interno assumir a supremacia e o comando, ele verificará que esse Divino Amigo não é um TU desconhecido, mas antes constitui o EU REAL. Além disso, o Mestre não se satisfez com a explanação teórica verbal: exemplificou, negando o eu personalístico de "Jesus", até deixá-lo ser perseguido, preso, caluniado, torturado e assassinado. Que Lhe importava o eu pequeno? O Cristo era o verdadeiro Eu Profundo de Jesus (como de todos nós) e o Cristo, com a renúncia e negação do eu de Jesus, pode expandir-se e assumir totalmente o comando da personagem humana de Jesus, sendo, às vezes, difícil distinguir quando falava e agia "Jesus" e quando agia e falava "o Cristo". Por isso em vez de Jesus, temos nele O CRISTO, e a história o reconhece como "Jesus", O CRISTO", considerando-o como homem (Jesus) e Deus (Cristo).


Essa anulação do eu pequeno fez que a própria personagem fosse glorificada pela humildade, e o nome humano negado totalmente se elevasse acima de tudo, de tal forma que "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na Terra e debaixo da terra" (Filp. 2:10).


Tudo isso provocou intermináveis discussões durante séculos, por parte dos que não conseguiram penetrar a realidade dos acontecimentos, caracterizados, então, de "mistério": são duas naturezas ou uma? Como se realizou a união hipostática? Teria a Divindade absorvido a humanidade?


Por que será que uma coisa tão clara terá ficado incompreendida por tantos luminares que trataram deste assunto? O Eu Profundo de todas as criaturas é o Deus Interno, que se manifestará em cada um exatamente na proporção em que este renunciar ao eu pequeno (personagem), para deixar campo livre à expressão do Cristo Interno Divino. Todos somos deuses (cfr. Salmo 81:6 e JO 10:34) se negarmos totalmente nosso eu pequeno (personagem humana), deixando livre expansão à manifestação do Cristo que em todos habita. Isso fez Jesus. Se a negação for absoluta e completa, poderemos dizer com Paulo que, nessa criatura, "habita a plenitude da Divindade" (CL 2:9). E a todos os que o fizerem, ser-lhes-á exaltado o nome acima de toda criação" (cfr. Filp. 2:5-11).


Quando isto tiver sido conseguido, a criatura "tomará sua cruz cada dia" (cada vez que ela se apresentar) e a sustentará galhardamente - quase diríamos triunfalmente - pois não mais será ela fonte de abatimentos e desânimos, mas constituirá o sofrimento-por-amor, a dor-alegria, já que é a "porta estreita" (MT 7:14) que conduzirá à felicidade total e infindável (cfr. Pietro Ubaldi, "Grande Síntese, cap. 81).


No entanto, dado o estágio atual da humanidade, a cruz que temos que carregar ainda é uma preparação para o "negar-se". São as dores físicas, as incompreensões morais, as torturas do resgate de carmas negativos mais ou menos pesados, em vista do emaranhado de situações aflitivas, das "montanhas" de dificuldades que se erguem, atravancando nossos caminhos, do sem-número de moléstias e percalços, do cortejo de calúnias e martírios inomináveis e inenarráveis.


Tudo terá que ser suportado - em qualquer plano - sem malsinar a sorte, sem desesperos, sem angústias, sem desfalecimentos nem revoltas, mas com aceitação plena e resignação ativa, e até com alegria no coração, com a mais sólida, viva e inabalável confiança no Cristo-que-é-nosso-Eu, no Deus-

Imanente, na Força-Universal-Inteligente e Boa, que nos vivifica e prepara, de dentro de nosso âmago mais profundo, a nossa ascensão real, até atingirmos TODOS, a "plena evolução crística" (EF 4:13).


A quarta condição do discipulato é também clara, não permitindo ambiguidade: SEGUI-LO. Observese a palavra escolhida com precisão. Poderia ter sido dito "imitá-Lo". Seria muito mais fraco. A imitação pode ser apenas parcial ou, pior ainda, ser simples macaqueação externa (usar cabelos compridos, barbas respeitáveis, vestes talares, gestos estudados), sem nenhuma ressonância interna.


Não. Não é imitá-Lo apenas, é SEGUI-LO. Segui-Lo passo a passo pela estrada evolutiva até atingir a meta final, o ápice, tal como Ele o FEZ: sem recuos, sem paradas, sem demoras pelo caminho, sem descanso, sem distrações, sem concessões, mas marchando direto ao alvo.


SEGUI-LO no AMOR, na DEDICAÇÃO, no SERVIÇO, no AUTO-SACRIFÍCIO, na HUMILDADE, na RENÚNCIA, para que de nós se possa afirmar como Dele foi feito: "fez bem todas as coisas" (MC 7. 37) e: "passou pela Terra fazendo o bem e curando" (AT 10:38).


Como Mestre de boa didática, não apresenta exigências sem dar as razões. Os versículos seguintes satisfazem a essa condição.


Aqui, como sempre, são empregados os termos filosóficos com absoluta precisão vocabular (elegantia), não deixando margem a qualquer dúvida. A palavra usada é psychê, e não pneuma; é alma e nã "espírito" (em adendo a este capítulo daremos a "constituição do homem" segundo o Novo Testamento).


A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo denso e as sensações do duplo etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.

Aí está, pois, a chave para a interpretação do "negue-se a si mesmo": esse eu, a alma, é a personagem que precisa ser negada, porque, quem não quiser fazê-lo, quem pretender preservar esse eu, essa alma, vai acabar perdendo-a, já que, ao desencarnar, estará com "as mãos vazias". Mas aquele que por causa do Cristo Interno - renunciar e perder essa personagem transitória, esse a encontrará melhorada (Mateus), esse a preservará da ruína (Marcos e Lucas).


E prossegue: que adiantará acumular todas as riquezas materiais do mundo, se a personalidade vai cair no vazio? Nada de material pode ser-lhe comparado. No entanto, se for negada, será exaltada sobre todas as coisas (cfr. o texto acima citado, Filp. 2:5-11).


Todas e qualquer evolução do Espírito é feita exclusivamente durante seu mergulho na carne (veja atrás). Só através das personagens humanas haverá ascensão espiritual, por meio do "ajustamento sintônico". Então, necessidade absoluta de consegui-lo, não "se envergonhando", isto é, não desafinando da tônica do Pai (Som) que tudo cria, governa e mantém. Enfrentar o mundo sem receio, sem" respeitos humanos", e saber recusá-lo também, para poder obter o Encontro Místico com o Cristo Interno. Se a criatura "se envergonha" e se retrai, (não sintoniza) não é possível conseguir o Contato Divino, e o Filho do Homem também a evitará ("se envergonhará" dessa criatura). Só poderá haver a" descida da graça" ou a unificação com o Cristo, "na glória (tônica) do Pai (Som-Verbo), na glória (tônica) do próprio Cristo (Eu Interno), na glória de todos os santos mensageiros", se houver a coragem inquebrantável de romper com tudo o que é material e terreno, apagando as sensações, liquidando as emoções, calando o intelecto, suplantando o próprio "espírito" encarnado, isto é, PERDENDO SUA ALMA: só então "a achará", unificada que estará com o Cristo, Nele mergulhada (batismo), "como a gota no oceano" (Bahá"u"lláh). Realmente, a gota se perde no oceano mas, inegavelmente, ao deixar de ser gota microscópica, ela se infinitiva e se eterniza tornando-se oceano...

Em Mateus é-nos dado outro aviso: ao entrar em contato com a criatura, esta "receberá de acordo com seu comportamento" (pláxin). De modo geral lemos nas traduções correntes "de acordo com suas obras". Mas isso daria muito fortemente a ideia de que o importante seria o que o homem FAZ, quando, na realidade, o que importa é o que o homem É: e a palavra comportamento exprime-o melhor que obras; ora, a palavra do original práxis tem um e outro sentido.


Evidentemente, cada ser só poderá receber de acordo com sua capacidade, embora todos devam ser cheios, replenos, com "medida sacudida e recalcada" (cfr. Lc. 5:38).


Mas há diferença de capacidade entre o cálice, o copo, a garrafa, o litro, o barril, o tonel... De acordo com a própria capacidade, com o nível evolutivo, com o comportamento de cada um, ser-lhe-á dado em abundância, além de toda medida. Figuremos uma corrente imensa, que jorra permanentemente luz e força, energia e calor. O convite é-nos feito para aproximar-nos e recolher quanto quisermos.


Acontece, porém, que cada um só recolherá conforme o tamanho do vasilhame que levar consigo.


Assim o Cristo Imanente e o Verbo Criador e Conservador SE DERRAMAM infinitamente. Mas nós, criaturas finitas, só recolheremos segundo nosso comportamento, segundo a medida de nossa capacidade.


Não há fórmulas mágicas, não há segredos iniciáticos, não peregrinações nem bênçãos de "mestres", não há sacramentos nem sacramentais, que adiantem neste terreno. Poderão, quando muito, servir como incentivo, como animação a progredir, mas por si, nada resolvem, já que não agem ex ópere operantis nem ex opere operatus, mas sim ex opere recipientis: a quantidade de recebimento estará de acordo com a capacidade de quem recebe, não com a grandeza de quem dá, nem com o ato de doação.


E pode obter-se o cálculo de capacidade de cada um, isto é, o degrau evolutivo em que se encontra no discipulato de Cristo, segundo as várias estimativas das condições exigidas:

a) - pela profundidade e sinceridade na renúncia ao eu personalístico, quando tudo é feito sem cogitar de firmar o próprio nome, sem atribuir qualquer êxito ao próprio merecimento (não com palavras, mas interiormente), colaborando com todos os "concorrentes", que estejam em idêntica senda evolutiva, embora nos contrariem as ideias pessoais, mas desde que sigam os ensinos de Cristo;


b) - pela resignação sem queixas, numa aceitação ativa, de todas as cruzes, que exprimam atos e palavras contra nós, maledicências e calúnias, sem respostas nem defesas, nem claras nem veladas (já nem queremos acenar à contra-ataques e vinganças).


c) - pelo acompanhar silencioso dos passos espirituais no caminho do auto-sacrifício por amor aos outros, pela dedicação integral e sem condições; no caminho da humildade real, sem convencimentos nem exterioridades; no caminho do serviço, sem exigências nem distinções; no caminho do amor, sem preferências nem limitações. O grau dessas qualidades, todas juntas, dará uma ideia do grau evolutivo da criatura.


Assim entendemos essas condições: ou tudo, à perfeição; ou pouco a pouco, conquistando uma de cada vez. Mas parado, ninguém ficará. Se não quiser ir espontaneamente, a dor o aguilhoará, empurrandoo para a frente de qualquer forma.


No entanto, uma promessa relativa à possibilidade desse caminho é feita claramente: "alguns dos que aqui estão presentes não experimentarão a morte até conseguirem isso". A promessa tanto vale para aquelas personagens de lá, naquela vida física, quanto para os Espíritos ali presentes, garantindo-selhes que não sofreriam queda espiritual (morte), mas que ascenderiam em linha reta, até atingir a meta final: o Encontro Sublime, na União mística absoluta e total.


Interessante a anotação de Marcos quando acrescenta: O "reino de Deus chegado em poder". Durante séculos se pensou no poder externo, a espetacularidade. Mas a palavra "en dynámei" expressa muito mais a força interna, o "dinamismo" do Espírito, a potencialidade crística a dinamizar a criatura em todos os planos.


O HOMEM NO NOVO TESTAMENTO


O Novo Testamento estabelece, com bastante clareza, a constituição DO HOMEM, dividindo o ser encarnado em seus vários planos vibratórios, concordando com toda a tradição iniciática da Índia e Tibet, da China, da Caldeia e Pérsia, do Egito e da Grécia. Embora não encontremos o assunto didaticamente esquematizado em seus elementos, o sentido filosófico transparece nítido dos vários termos e expressões empregados, ao serem nomeadas as partes constituintes do ser humano, ou seja, os vários níveis em que pode tornar-se consciente.


Algumas das palavras são acolhidas do vocabulário filosófico grego (ainda que, por vezes, com pequenas variações de sentido); outras são trazidas da tradição rabínica e talmúdica, do centro iniciático que era a Palestina, e que já entrevemos usadas no Antigo Testamento, sobretudo em suas obras mais recentes.


A CONCEPÇÃO DA DIVINDADE


Já vimos (vol, 1 e vol. 3 e seguintes), que DEUS, (ho théos) é apresentado, no Novo Testamento, como o ESPÍRITO SANTO (tò pneuma tò hágion), o qual se manifesta através do Pai (patêr) ou Lógos (Som Criador, Verbo), e do Filho Unigênito (ho hyiós monogenês), que é o Cristo Cósmico.


DEUS NO HOMEM


Antes de entrar na descrição da concepção do homem, no Novo Testamento, gostaríamos de deixar tem claro nosso pensamento a respeito da LOCALIZAÇÃO da Centelha Divina ou Mônada NO CORA ÇÃO, expressão que usaremos com frequência.


A Centelha (Partícula ou Mônada) é CONSIDERADA por nós como tal; mas, na realidade, ela não se separa do TODO (cfr. vol. 1); logo, ESTÁ NO TODO, e portanto É O TODO (cfr. JO 1:1).


O "TODO" está TODO em TODAS AS COISAS e em cada átomo de cada coisa (cfr. Agostinho, De Trin. 6, 6 e Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, q. 8, art. 2, ad 3um; veja vol. 3, pág. 145).


Entretanto, os seres e as coisas acham-se limitados pela forma, pelo espaço, pelo tempo e pela massa; e por isso afirmamos que em cada ser há uma "centelha" ou "partícula" do TODO. No entanto, sendo o TODO infinito, não tem extensão; sendo eterno, é atemporal; sendo indivisível, não tem dimensão; sendo O ESPÍRITO, não tem volume; então, consequentemente, não pode repartir-se em centelhas nem em partículas, mas é, concomitantemente, TUDO EM TODAS AS COISAS (cfr. l. ª Cor. 12:6).


Concluindo: quando falamos em "Centelha Divina" e quando afirmamos que ela está localizada no coração, estamos usando expressões didáticas, para melhor compreensão do pensamento, dificílimo (quase impossível) de traduzir-se em palavras.


De fato, porém, a Divindade está TODA em cada célula do corpo, como em cada um dos átomos de todos os planos espirituais, astrais, físicos ou quaisquer outros que existam. Em nossos corpos físicos e astral, o coração é o órgão preparado para servir de ponto de contato com as vibrações divinas, através, no físico, do nó de Kait-Flake e His; então, didaticamente, dizemos que "o coração é a sede da Centelha Divina".


A CONCEPÇÃO DO HOMEM


O ser humano (ánthrôpos) é considerado como integrado por dois planos principais: a INDIVIDUALIDADE (pneuma) e a PERSONAGEM ou PERSONALIDADE; esta subdivide-se em dois: ALMA (psychê) e CORPO (sôma).


Mas, à semelhança da Divindade (cfr. GN 1:27), o Espírito humano (individualidade ou pneuma) possui tríplice manifestação: l. ª - a CENTELHA DIVINA, ou Cristo, partícula do pneuma hágion; essa centelha que é a fonte de todo o Espirito, está localizada e representada quase sempre por kardia (coração), a parte mais íntima e invisível, o âmago, o Eu Interno e Profundo, centro vital do homem;


2. ª - a MENTE ESPIRITUAL, parte integrante e inseparável da própria Centelha Divina. A Mente, em sua função criadora, é expressa por noús, e está também sediada no coração, sendo a emissora de pensamentos e intuições: a voz silenciosa da super-consciência;


3. ª - O ESPÍRITO, ou "individualização do Pensamento Universal". O "Espírito" propriamente dito, o pneuma, surge "simples e ignorante" (sem saber), e percorre toda a gama evolutiva através dos milênios, desde os mais remotos planos no Antissistema, até os mais elevados píncaros do Sistema (Pietro Ubaldi); no entanto, só recebe a designação de pneuma (Espírito) quando atinge o estágio hominal.


Esses três aspectos constituem, englobamente, na "Grande Síntese" de Pietro Ubaldi, o "ALPHA", o" espírito".


Realmente verificamos que, de acordo com GN 1:27, há correspondência perfeita nessa tríplice manifesta ção do homem com a de Deus: A - ao pneuma hágion (Espírito Santo) correspondente a invisível Centelha, habitante de kardía (coração), ponto de partida da existência;


B - ao patêr (Pai Criador, Verbo, Som Incriado), que é a Mente Divina, corresponde noús (a mente espiritual) que gera os pensamentos e cria a individualização de um ser;


C - Ao Filho Unigênito (Cristo Cósmico) corresponde o Espírito humano, ou Espírito Individualizado, filho da Partícula divina, (a qual constitui a essência ou EU PROFUNDO do homem); a individualidade é o EU que percorre toda a escala evolutiva, um Eu permanente através de todas as encarnações, que possui um NOME "escrito no livro da Vida", e que terminará UNIFICANDO-SE com o EU PROFUNDO ou Centelha Divina, novamente mergulhando no TODO. (Não cabe, aqui, discutir se nessa unificação esse EU perde a individualidade ou a conserva: isso é coisa que está tão infinitamente distante de nós no futuro, que se torna impossível perceber o que acontecerá).


No entanto, assim como Pneuma-Hágion, Patêr e Hyiós (Espírito-Santo, Pai e Filho) são apenas trê "aspectos" de UM SÓ SER INDIVISÍVEL, assim também Cristo-kardía, noús e pneuma (CristoSABEDORIA DO EVANGELHO coração, mente espiritual e Espírito) são somente três "aspectos" de UM SÓ SER INDIVÍVEL, de uma criatura humana.


ENCARNAÇÃO


Ao descer suas vibrações, a fim de poder apoiar-se na matéria, para novamente evoluir, o pneuma atinge primeiro o nível da energia (o BETA Ubaldiano), quando então a mente se "concretiza" no intelecto, se materializa no cérebro, se horizontaliza na personagem, começando sua "crucificação". Nesse ponto, o pneuma já passa a denominar-se psychê ou ALMA. Esta pode considerar-se sob dois aspectos primordiais: a diánoia (o intelecto) que é o "reflexo" da mente, e a psychê propriamente dita isto é, o CORPO ASTRAL, sede das emoções.


Num último passo em direção à matéria, na descida que lhe ajudará a posterior subida, atinge-se então o GAMA Ubaldiano, o estágio que o Novo Testamento designa com os vocábulos diábolos (adversário) e satanás (antagonista), que é o grande OPOSITOR do Espírito, porque é seu PÓLO NEGATIVO: a matéria, o Antissistema. Aí, na matéria, aparece o sôma (corpo), que também pode subdividir-se em: haima (sangue) que constitui o sistema vital ou duplo etérico e sárx (carne) que é a carapaça de células sólidas, último degrau da materialização do espírito.


COMPARAÇÃO


Vejamos se com um exemplo grosseiro nos faremos entender, não esquecendo que omnis comparatio claudicat.


Observemos o funcionamento do rádio. Há dois sistemas básicos: o transmissor (UM) e os receptores (milhares, separados uns dos outros).


Consideremos o transmissor sob três aspectos: A - a Força Potencial, capaz de transmitir;


B - a Antena Emissora, que produz as centelas;


C - a Onda Hertziana, produzida pelas centelhas.


Mal comparando, aí teríamos:

a) - o Espirito-Santo, Força e Luz dos Universos, o Potencial Infinito de Amor Concreto;


b) - o Pai, Verbo ou SOM, ação ativa de Amante, que produz a Vida


c) - o Filho, produto da ação (do Som), o Amado, ou seja, o Cristo Cósmico que permeia e impregna tudo.


Não esqueçamos que TUDO: atmosfera, matéria, seres e coisas, no raio de ação do transmissor, ficam permeados e impregnados em todos os seus átomos com as vibrações da onda hertziana, embora seja esta invisível e inaudível e insensível, com os sentidos desarmados; e que os três elementos (Força-
Antena e Onda) formam UM SÓ transmissor o Consideremos, agora, um receptor. Observaremos que a recepção é feita em três estágios:

a) - a captação da onda


b) - sua transformação


c) - sua exteriorização Na captação da onda, podemos distinguir - embora a operação seja uma só - os seguintes elementos: A - a onda hertziana, que permeia e impregna todos os átomos do aparelho receptor, mas que é captada realmente apenas pela antena;


B - o condensador variável, que estabelece a sintonia com a onda emitida pelo transmissor. Esses dois elementos constituem, de fato, C - o sistema RECEPTOR INDIVIDUAL de cada aparelho. Embora a onda hertziana seja UMA, emitida pelo transmissor, e impregne tudo (Cristo Cósmico), nós nos referimos a uma onda que entra no aparelho (Cristo Interno) e que, mesmo sendo perfeita; será recebida de acordo com a perfeição relativa da antena (coração) e do condensador variável (mente). Essa parte representaria, então, a individualidade, o EU PERFECTÍVEL (o Espírito).


Observemos, agora, o circuito interno do aparelho, sem entrar em pormenores, porque, como dissemos, a comparação é grosseira. Em linhas gerais vemos que a onda captada pelo sistema receptor propriamente dito, sofre modificações, quando passa pelo circuito retificador (que transforma a corrente alternada em contínua), e que representaria o intelecto que horizontaliza as ideias chegadas da mente), e o circuito amplificador, que aumenta a intensidade dos sinais (que seria o psiquismo ou emoções, próprias do corpo astral ou alma).


Uma vez assim modificada, a onda atinge, com suas vibrações, o alto-falante que vibra, reproduzindo os sinais que chegam do transmissor isto é, sentindo as pulsações da onda (seria o corpo vital ou duplo etérico, que nos dá as sensações); e finalmente a parte que dá sonoridade maior, ou seja, a caixa acústica ou móvel do aparelho (correspondente ao corpo físico de matéria densa).


Ora, quanto mais todos esses elementos forem perfeitos, tanto mais fiel e perfeito será a reprodução da onda original que penetrou no aparelho. E quanto menos perfeitos ou mais defeituosos os elementos, mais distorções sofrerá a onda, por vezes reproduzindo, em guinchos e roncos, uma melodia suave e delicada.


Cremos que, apesar de suas falhas naturais, esse exemplo dá a entender o funcionamento do homem, tal como conhecemos hoje, e tal como o vemos descrito em todas as doutrinas espiritualistas, inclusive

—veremos agora quiçá pela primeira vez - nos textos do Novo Testamento.


Antes das provas que traremos, o mais completas possível, vejamos um quadro sinóptico:
θεός DEUS
πνεϋµα άγιον Espírito Santo
λόγος Pai, Verbo, Som Criador
υίός - Χριστό CRISTO - Filho Unigênito
άνθρωπος HOMEM
иαρδία - Χριστ

ό CRISTO - coração (Centelha)


πνεϋµα νους mente individualidade
πνεϋµα Espírito
φυΧή διάγοια intelecto alma
φυΧή corpo astral personagem
σώµα αίµα sangue (Duplo) corpo
σάρ

ξ carne (Corpo)


A - O EMPREGO DAS PALAVRAS


Se apresentada pela primeira vez, como esta, uma teoria precisa ser amplamente documentada e comprovada, para que os estudiosos possam aprofundar o assunto, verificando sua realidade objetiva. Por isso, começaremos apresentando o emprego e a frequência dos termos supracitados, em todos os locais do Novo Testamento.


KARDÍA


Kardía expressa, desde Homero (Ilíada, 1. 225) até Platão (Timeu, 70 c) a sede das faculdades espirituais, da inteligência (ou mente) e dos sentimentos profundos e violentos (cfr. Ilíada, 21,441) podendo até, por vezes, confundir-se com as emoções (as quais, na realidade, são movimentos da psychê, e não propriamente de kardía). Jesus, porém, reiteradamente afirma que o coração é a fonte primeira em que nascem os pensamentos (diríamos a sede do Eu Profundo).


Com este último sentido, a palavra kardía aparece 112 vezes, sendo que uma vez (MT 12:40) em sentido figurado.


MT 5:8, MT 5:28; 6:21; 9:4; 11:29; 12:34 13-15(2x),19; 15:8,18,19; 18;35; 22;37; 24:48; MC 2:6, MC 2:8; 3:5;


4:15; 6;52; 7;6,19,21; 8:11; 11. 23; 12:30,33; LC 1:17, LC 1:51, LC 1:66; 2;19,35,51; 3:5; 5:22; 6:45; 8:12,15;


9:47; 10:27; 12:34; 16:15; 21:14,34; 24;25,32,38; JO 12:40(2x); 13:2; 14:1,27; 16:6,22 AT 2:26, AT 2:37, AT 2:46; AT 4:32; 5:3(2x); 7:23,39,51,54; 8;21,22; 11;23. 13:22; 14:17; 15:9; 16;14; 21:13; 28:27(2x);


RM 1:21, RM 1:24; 2:5,15,29; 5:5; 6:17; 8:27; 9:2; 10:1,6,8,9,10; 16:16; 1. ª Cor. 2:9; 4:5; 7:37; 14:25; 2. ª Cor. 1:22; 2:4; 3:2,3,15; 4:6; 5:12; 6:11; 7:3; 8:16; 9:7; GL 4:6; EF 1:18; EF 3:17; EF 4:18; EF 5:19; EF 6:5, EF 6:22;


Filp. 1:7; 4:7; CL 2:2; CL 3:15, CL 3:16, CL 3:22; CL 4:8; 1. ª Tess. 2:4,17; 3:13; 2. ª Tess. 2:17; 3:5; 1. ª Tim. 1:5; 2. ª Tim.


2:22; HB 3:8, HB 3:10, HB 3:12, HB 3:15; HB 4:7, HB 4:12; 8:10; 10:16,22; Tiago, 1:26; 3:14; 4:8; 5:5,8; 1. ª Pe. 1:22; 3:4,15; 2. ª Pe. 1:19; 2:15; 1; 1. ª JO 3;19,20(2x),21; AP 2:23; AP 17:17; AP 18:7.


NOÚS


Noús não é a "fonte", mas sim a faculdade de criar pensamentos, que é parte integrante e indivisível de kardía, onde tem sede. Já Anaxágoras (in Diógenes Laércio, livro 2. º, n. º 3) diz que noús (o Pensamento Universal Criador) é o "’princípio do movimento"; equipara, assim, noús a Lógos (Som, Palavra, Verbo): o primeiro impulsionador dos movimentos de rotação e translação da poeira cósmica, com isso dando origem aos átomos, os quais pelo sucessivo englobamento das unidades coletivas cada vez mais complexas, formaram os sistemas atômicos, moleculares e, daí subindo, os sistemas solares, gal áxicos, e os universos (cfr. vol. 3. º).


Noús é empregado 23 vezes com esse sentido: o produto de noús (mente) do pensamento (nóêma), usado 6 vezes (2. ª Cor. 2:11:3:14; 4:4; 10:5; 11:3; Filp. 4:7), e o verbo daí derivado, noeín, empregado

14 vezes (3), sendo que com absoluta clareza em João (João 12:40) quando escreve "compreender com o coração" (noêsôsin têi kardíai).


LC 24. 45; RM 1:28; RM 7:23, RM 7:25; 11:34; 12:2; 14. 5; l. ª Cor. 1. 10; 2:16:14:14,15,19; EF 4:17, EF 4:23; Filp.


4:7; CL 2:18; 2. ª Tess. 2. 2; 1. ª Tim. 6:5; 2. ª Tim. 3:8; TT 1:15;AP 13:18.


PNEUMA


Pneuma, o sopro ou Espírito, usado 354 vezes no N. T., toma diversos sentidos básicos: MT 15:17; MT 16:9, MT 16:11; 24:15; MC 7:18; MC 8:17; MC 13:14; JO 12:40; RM 1:20; EF 3:4, EF 3:20; 1. ª Tim. 1:7;


2. ª Tim. 2:7; HB 11:13

1. Pode tratar-se do ESPÍRITO, caracterizado como O SANTO, designando o Amor-Concreto, base e essência de tudo o que existe; seria o correspondente de Brahman, o Absoluto. Aparece com esse sentido, indiscutivelmente, 6 vezes (MT 12:31, MT 12:32; MC 3:29; LC 12:10; JO 4:24:1. ª Cor. 2:11).


Os outros aspectos de DEUS aparecem com as seguintes denominações:

a) - O PAI (ho patêr), quando exprime o segundo aspecto, de Criador, salientando-se a relação entre Deus e as criaturas, 223 vezes (1); mas, quando se trata do simples aspecto de Criador e Conservador da matéria, é usado 43 vezes (2) o vocábulo herdado da filosofia grega, ho lógos, ou seja, o Verbo, a Palavra que, ao proferir o Som Inaudível, movimenta a poeira cósmica, os átomos, as galáxias.


(1) MT 5:16, MT 5:45, MT 5:48; MT 6:1, MT 6:4, MT 6:6, MT 6:8,9,14,15,26,32; 7:11,21; 10:20,29,32,33; 11:25,27; 12:50; 13:43; 15:13; 16:17,27; 18:10,14,19,35; 20:23; 23:9; 24:36; 25:34:26:29,39,42,53; MC 8:25; MC 11:25, MC 11:32; MC 11:14:36; LC 2:49; LC 2:6:36;9:26;10:21,22;11:2,13;12:30,32;22:29,42;23:34,46;24:49;JO 1:14, JO 1:18; JO 1:2:16;3:35;4:21,23;5:1 7,18,19,20,21,22,23,26,36,37,43,45,46,27,32,37,40,44,45,46,57,65;8:18,19,27,28,38,41,42,49,54;10:1 5,17,18,19,25,29,30,32,35,38;11:41;12:26,27,28,49,50;13:1,3;14:2,6,7,8,9,10,11,13,16,20,21,24,26,28, 31,15:1,8,9,10,15,16,23,24,26;16:3,10,15,17,25,26,27,28,32;17:1,5,11,21,24,25; 18:11; 20:17,21;AT 1:4, AT 1:7; AT 1:2:33;Rom. 1:7;6:4;8:15;15:6;1. º Cor. 8:6; 13:2; 15:24; 2. º Cor. 1:2,3; 6:18; 11:31; Gól. 1:1,3,4; 4:6; EF 1:2, EF 1:3, EF 1:17; EF 2:18; EF 2:3:14; 4:6; 5:20; FP 1:2; FP 2:11; FP 4:20; CL 1:2, CL 1:3, CL 1:12:3:17; 1. 0 Teõs. 1:1,3; 3:11,13; 2° Tess. 1:1 2; : 2:16; 1. º Tim. 1:2; 2. º Tim. 1:2; TT 1:4; Flm. 3; HB 1:5; HB 12:9; Tiago 1:17, Tiago 1:27:3:9; 1° Pe. 1:2,3,17; 2. º Pe. 1:17, 1. º JO 1:2,3; 2:1,14,15,16, 22,23,24; 3:1; 4:14; 2. º JO 3,4,9; Jud. 9; AP 1:6; AP 2:28; AP 3:5, AP 3:21; 14:1. (2) MT 8:8; LC 7:7; JO 1:1, JO 1:14; 5:33; 8:31,37,43,51,52,55; 14:23,24; 15:20; 17:61417; 1. º Cor. 1:13; 2. º Cor. 5:19; GL 6:6; Filp. 2:6; Cor. 1:25; 3:16; 4:3; 1. º Tess. 1:6; 2. º Tess. 3:1; 2. º Tim. 2:9; Heb. : 12; 6:1; 7:28; 12:9; Tiago, 1:21,22,23; 1. ° Pe. 1:23; 2. º Pe. 3:5,7; 1. º JO 1:1,10; 2:5,7,14; AP 19:13.


b) - O FILHO UNIGÊNITO (ho hyiós monogenês), que caracteriza o CRISTO CÓSMICO, isto é, toda a criação englobadamente, que é, na realidade profunda, um dos aspectos da Divindade. Não se trata, como é claro, de panteísmo, já que a criação NÃO constitui a Divindade; mas, ao invés, há imanência (Monismo), pois a criação é UM DOS ASPECTOS, apenas, em que se transforma a Divindade. Esta, além da imanência no relativo, é transcendente como Absoluto; além da imanência no tempo, é transcendente como Eterno; além da imanência no finito, é transcendente como Infinito.


A expressão "Filho Unigênito" só é usada por João (1:14,18; 13:16,18 e 1. a JO 4:9). Em todos os demais passos é empregado o termo ho Christós, "O Ungido", ou melhor, "O Permeado pela Divindade", que pode exprimir tanto o CRISTO CÓSMICO que impregna tudo, quanto o CRISTO INTERNO, se o olhamos sob o ponto de vista da Centelha Divina no âmago da criatura.


Quando não é feita distinção nos aspectos manifestantes, o N. T. emprega o termo genérico ho theós Deus", precedido do artigo definido.


2. Além desse sentido, encontramos a palavra pneuma exprimindo o Espírito humano individualizado; essa individualização, que tem a classificação de pneuma, encontra-se a percorrer a trajetória de sua longa viagem, a construir sua própria evolução consciente, através da ascensão pelos planos vibratórios (energia e matéria) que ele anima em seu intérmino caminhar. Notemos, porém, que só recebe a denominação de pneuma (Espírito), quando atinge a individualização completa no estado hominal (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 79: "Os Espíritos são a individualização do Princípio Inteligente, isto é, de noús).


Logicamente, portanto, podemos encontrar espíritos em muitos graus evolutivos, desde os mais ignorantes e atrasados (akátharton) e enfermos (ponêrón) até os mais evoluídos e santos (hágion).


Todas essas distinções são encontradas no N. T., sendo de notar-se que esse termo pneuma pode designar tanto o espírito encarnado quanto, ao lado de outros apelativos, o desencarnado.


Eis, na prática, o emprego da palavra pneuma no N. T. :

a) - pneuma como espírito encarnado (individualidade), 193 vezes: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; 4:1; 5:3; 10:20; 26:41; 27:50; MC 1:8; MC 2:8; MC 8:12; MC 14:38; LC 1:47, LC 1:80; 3:16, 22; 8:55; 23:46; 24. 37, 39; JO 1:33; JO 3:5, JO 3:6(2x), 8; 4:23; 6:63; 7:39; 11:33; 13:21; 14:17, 26; 15:26; 16:13; 19-30, 20:22; AT 1:5, AT 1:8; 5:3; 32:7:59; 10:38; 11:12,16; 17:16; 18:25; 19:21; 20:22; RM 1:4, RM 1:9; 5:5; 8:2, 4, 5(2x), 6, 9(3x), 10, 11(2x),13, 14, 15(2x), 16(2x), 27; 9:1; 12:11; 14:17; 15:13, 16, 19, 30; 1° Cor. 2:4, 10(2x), 11, 12; 3:16; 5:3,4, 5; 6:11, 17, 19; 7:34, 40; 12:4, 7, 8(2x), 9(2x), 11, 13(2x); 14:2, 12, 14, 15(2x), 16:32; 15:45; 16:18; 2º Cor. 1:22; 2:13; 3:3, 6, 8, 17(2x), 18; 5:5; 6:6; 7:1, 13; 12:18; 13:13; GL 3:2, GL 3:3, GL 3:5; 4:6, 29; 5:5,16,17(2x), 18, 22, 25(2x1); 6:8(2x),18; EF 1:13, EF 1:17; 2:18, 22; 3:5, 16; 4:3, 4:23; 5:18; 6:17, 18; Philp. 1:19, 27; 2:1; 3:3; 4:23; CL 1:8; CL 2:5; 1º Tess. 1:5, 6; 4:8; 5:23; 2. º Tess. 2:13; 1. º Tim. 3:16; 4:22; 2. º Tim. 1:14; TT 3:5; HB 4:12, HB 6:4; HB 9:14; HB 10:29; HB 12:9; Tiago, 2:26:4:4; 1. º Pe. 1:2, 11, 12; 3:4, 18; 4:6,14; 1. º JO 3:24; JO 4:13; JO 5:6(2x),7; Jud. 19:20; AP 1:10; AP 4:2; AP 11:11.


b) - pneuma como espírito desencarnado:


I - evoluído ou puro, 107 vezes:


MT 3:16; MT 12:18, MT 12:28; 22:43; MC 1:10, MC 1:12; 12:36; 13. 11; LC 1:15, LC 1:16, LC 1:41, LC 1:67; 2:25, 27; 4:1, 14, 18; 10:21; 11:13; 12:12; JO 1:32; JO 3:34; AT 1:2, AT 1:16; 2:4(2x), 17, 18, 33(2x), 38; 4:8; 25, 31; 6:3, 10; 7:51, 55; 8:15, 17, 18, 19, 29, 39; 9:17, 31; 10:19, 44, 45, 47; 11:15, 24, 28; 13:2, 4, 9, 52; 15:8, 28; 16:6, 7; 19:1, 2, 6; 20:22, 28; 21:4, 11; 23:8, 9; 28:25; 1. º Cor. 12:3(2x), 10; 1. º Tess. 5:9; 2. º Tess. 2:2; 1. ° Tim. 4:1; HB 1:7, HB 1:14; 2:4; 3:7; 9:8; 10:15; 12:23; 2. º Pe. 1:21; 1. ° JO 4:1(2x), 2, 3, 6; AP 1:4; AP 2:7, AP 2:11, AP 2:17, AP 2:29; 3:1, 6, 13, 22; 4:5; 5:6; 14:13; 17:3:19. 10; 21. 10; 22:6, 17.


II - involuído ou não-purificado, 39 vezes:


MT 8:16; MT 10:1; MT 12:43, MT 12:45; MC 1:23, MC 1:27; 3:11, 30; 5:2, 8, 13; 6:7; 7:25; 9:19; LC 4:36; LC 6:18; LC 7:21; LC 8:2; LC 10:20; LC 11:24, LC 11:26; 13:11; AT 5:16; AT 8:7; AT 16:16, AT 19:12, AT 19:13, AT 19:15, AT 19:16; RM 11:8:1. ° Cor. 2:12; 2. º Cor. 11:4; EF 2:2; 1. º Pe. 3:19; 1. º JO 4:2, 6; AP 13:15; AP 16:13; AP 18:2.


c) - pneuma como "espírito" no sentido abstrato de "caráter", 7 vezes: (JO 6:63; RM 2:29; 1. ª Cor. 2:12:4:21:2. ª Cor. 4:13; GL 6:1 e GL 6:2. ª Tim. 1:7)


d) - pneuma no sentido de "sopro", 1 vez: 2. ª Tess. 2:8 Todavia, devemos acrescentar que o espírito fora da matéria recebia outros apelativo, conforme vimos (vol. 1) e que não é inútil recordar, citando os locais.


PHÁNTASMA, quando o espírito, corpo astral ou perispírito se torna visível; termo que, embora frequente entre os gregos, só aparece, no N. T., duas vezes (MT 14:26 e MC 6:49).

ÁGGELOS (Anjo), empregado 170 vezes, designa um espírito evoluído (embora nem sempre de categoria acima da humana); essa denominação específica que, no momento em que é citada, tal entidade seja de nível humano ou supra-humano - está executando uma tarefa especial, como encarrega de "dar uma mensagem", de "levar um recado" de seus superiores hierárquicos (geralmente dizendo-se "de Deus"): MT 1:20, MT 1:24; 2:9, 10, 13, 15, 19, 21; 4:6, 11; 8:26; 10:3, 7, 22; 11:10, 13; 12:7, 8, 9, 10, 11, 23; 13:39, 41, 49; 16:27; 18:10; 22:30; 24:31, 36; 25:31, 41; 26:53; 27:23; 28:2, 5; MC 1:2, MC 1:13; 8:38; 12:25; 13:27, 32; LC 1:11, LC 1:13, LC 1:18, LC 1:19, 26, 30, 34, 35, 38; 4:10, 11; 7:24, 27; 9:26, 52; 12:8; 16:22; 22:43; 24:23; JO 1:51; JO 12:29; JO 20:12 AT 5:19; AT 6:15; AT 7:30, AT 7:35, AT 7:38, AT 7:52; 12:15; 23:8, 9; RM 8:38; 1. ° Cor. 4:9; 6:3; 11:10; 13:1; 2. º Cor. 11:14; 12:7; GL 1:8; GL 3:19; GL 4:14; CL 2:18; 2. º Tess. 1:7; 1. ° Tim. 3:16; 5:21; HB 1:4, HB 1:5, HB 1:6, HB 1:7, 13; 2:2, 5, 7, 9, 16; 12:22; 13:2; Tiago 2:25; 1. º Pe. 1:4, 11; Jud. 6; AP 1:1, AP 1:20; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 5, 7, 9, 14; 5:2, 11; 7:1, 11; 8:2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13; 9:1, 11, 13, 14, 15; 10:1, 5, 7, 8, 9, 10; 11:15; 12:7, 9, 17; 14:6, 9, 10, 15, 17, 18, 19; 15:1, 6, 7, 8, 10; 16:1, 5; 17:1, 7; 18:1, 21; 19:17; 20:1; 21:9, 12, 17; 22:6, 8, 16. BEEZEBOUL, usado 7 vezes: (MT 7. 25; 12:24, 27; MC 3:22; LC 11:15, LC 11:18, LC 11:19) só nos Evangelhos, é uma designação de chefe" de falange, "cabeça" de espíritos involuído.


DAIMÔN (uma vez, em MT 8:31) ou DAIMÓNION, 55 vezes, refere-se sempre a um espírito familiar desencarnado, que ainda conserva sua personalidade humana mesmo além túmulo. Entre os gregos, esse termo designava quer o eu interno, quer o "guia". Já no N. T. essa palavra identifica sempre um espírito ainda não-esclarecido, não evoluído, preso à última encarnação terrena, cuja presença prejudica o encarnado ao qual esteja ligado; tanto assim que o termo "demoníaco" é, para Tiago, sinônimo de "personalístico", terreno, psíquico. "não é essa sabedoria que desce do alto, mas a terrena (epígeia), a personalista (psychike), a demoníaca (demoniôdês). (Tiago, 3:15)


MT 7:22; MT 9:33, MT 9:34; 12:24, 27, 28; 10:8; 11:18; 17:18; MC 1:34, MC 1:39; 3:15, 22; 6:13; 7:26, 29, 30; 9:38; 16:9, 17; LC 4:33, LC 4:35, LC 4:41; 7:33; 8:2, 27, 29, 30, 33, 35, 38; 9:1, 42, 49; 10:17; 11:14, 15, 18, 19, 20; 13:32; JO 7:2; JO 8:48, JO 8:49, JO 8:52; 10:20, 21; AT 17:18; 1. ª Cor. 10:20, 21; 1. º Tim. 4:1; Tiago 2:16; Apoc 9:20; 16:24 e 18:2.


Ao falar de desencarnados, aproveitemos para observar como era designado o fenômeno da psicofonia: I - quando se refere a uma obsessão, com o verbo daimonízesthai, que aparece 13 vezes (MT 4:24;


8:16, 28, 33; 9:32; 12:22; 15:22; Marc 1:32; 5:15, 16, 18; LC 8:36; JO 10:21, portanto, só empregado pelos evangelistas).


II - quando se refere a um espírito evoluído, encontramos as expressões:

• "cheio de um espírito (plêrês, LC 4:1; AT 6:3, AT 6:5; 7:55; 11:24 - portanto só empregado por Lucas);


• "encher-se" (pimplánai ou plêthein, LC 1:15, LC 1:41, LC 1:67; AT 2:4; AT 4:8, AT 4:31; 9:17; 13:19 - portanto, só usado por Lucas);


• "conturbar-se" (tarássein), JO 11:33 e JO 13:21).


Já deixamos bem claro (vol 1) que os termos satanás ("antagonista"), diábolos ("adversário") e peirázôn ("tentador") jamais se referem, no N. T., a espíritos desencarnados, mas expressam sempre "a matéria, e por conseguinte também a "personalidade", a personagem humana que, com seu intelecto vaidoso, se opõe, antagoniza e, como adversário natural do espírito, tenta-o (como escreveu Paulo: "a carne (matéria) luta contra o espírito e o espírito contra a carne", GL 5:17).


Esses termos aparecem: satanãs, 33 vezes (MT 4:10; MT 12:26; MT 16:23; MC 1:13; MC 3:23, MC 3:26; 4:15; 8:33; LC 10:18; LC 11:18; LC 13:16; LC 22:3; JO 13:27, JO 13:31; AT 5:3; AT 26:18; RM 16:20; 1. º Cor. 5:5; 7:5; 2. º Cor. 2:11; 11:14; 12:17; 1. ° Tess. 2:18; 2. º Tess. 2:9; 1. º Tim. 1:20; 5:15; AP 2:9, AP 2:13, AP 2:24; 3:9; 12:9; 20:2, 7); diábolos, 35 vezes (MT 4:1, MT 4:5, MT 4:8, MT 4:11; 13:39; 25:41; LC 4:2, LC 4:3, LC 4:6, LC 4:13; 8:12; JO 6:70; JO 8:44; JO 13:2; AT 10:38; AT 13:10; EF 4:27; EF 6:11; 1. º Tim. 3:6, 7, 11; 2. º Tim. 2:26; 3:3 TT 2:3; HB 2:14; Tiago, 4:7; 1. º Pe. 5:8; 1. º JO 3:8, 10; Jud. 9; AP 2:10; AP 12:9, AP 12:12; 20:2,10) e peirázôn, duas vezes (MT 4:3 e MT 4:1. ª Tess. 3:5).


DIÁNOIA


Diánoia exprime a faculdade de refletir (diá+noús), isto é, o raciocínio; é o intelecto que na matéria, reflete a mente espiritual (noús), projetando-se em "várias direções" (diá) no mesmo plano. Usado 12 vezes (MT 22:37; MC 12:30: LC 1:51; LC 10:27: EF 2:3; EF 4:18; CL 1:21; HB 8:10; HB 10:16; 1. ª Pe. 1:13; 2. ª Pe. 3:1; 1. ª JO 5:20) na forma diánoia; e na forma dianóêma (o pensamento) uma vez em LC 11:17. Como sinônimo de diánoia, encontramos, também, synesis (compreensão) 7 vezes (MC 12:33; LC 2:47; 1. ª Cor. 1:19; EF 3:4; CL 1:9 e CL 2:2; e 2. ª Tim. 2:7). Como veremos logo abaixo, diánoia é parte inerente da psychê, (alma).


PSYCHÊ


Psychê é a ALMA, isto é, o "espírito encarnado (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 134: " alma é o espírito encarnado", resposta dada, evidentemente, por um "espírito" afeito à leitura do Novo Testamento).


A psychê era considerada pelos gregos como o atualmente chamado "corpo astral", já que era sede dos desejos e paixões, isto é, das emoções (cfr. Ésquilo, Persas, 841; Teócrito, 16:24; Xenofonte, Ciropedia, 6. 2. 28 e 33; Xen., Memoráveis de Sócrates, 1. 13:14; Píndaro, Olímpicas, 2. 125; Heródoto, 3. 14; Tucídides, 2. 40, etc.) . Mas psychê também incluía, segundo os gregos, a diánoia ou synesis, isto é, o intelecto (cfr. Heródoto, 5. 124; Sófocles, Édipo em Colona, 1207; Xenofonte, Hieron, 7. 12; Plat ão, Crátilo, 400 a).


No sentido de "espírito" (alma de mortos) foi usada por Homero (cfr. Ilíada 1. 3; 23. 65, 72, 100, 104;


Odisseia, 11. 207,213,222; 24. 14 etc.), mas esse sentido foi depressa abandonado, substituído por outros sinônimos (pnenma, eikôn, phántasma, skiá, daimôn, etc.) .


Psychê é empregado quase sempre no sentido de espírito preso à matéria (encarnado) ou seja, como sede da vida, e até como a própria vida humana, isto é, a personagem terrena (sede do intelecto e das emoções) em 92 passos: Mar. 2:20; 6:25; 10:28, 39; 11:29; 12:18; 16:25, 26; 20:28; 22:37; 26:38; MC 3:4; MC 8:35, MC 8:36, MC 8:37; 10:45; 12:30; 14:34; LC 1:46; LC 2:35; LC 6:9; LC 9:24(2x), 56; 10:27; 12:19, 20, 22, 23; 14:26; 17:33; 21:19; JO 10:11, JO 10:15, JO 10:17, JO 10:18, 24; 12:25, 27; 13:37, 38; 15:13; AT 2:27, AT 2:41, AT 2:43; 3:23; 4:32; 7:14; 14:2, 22; 15:24, 26; 20:10, 24; 27:10, 22, 37, 44; RM 2:9; RM 11:3; RM 13:1; RM 16:4; 1. º Cor. 15:45; 2. º Cor. 1:23; 12:15; EF 6:6; CL 3:23; Flp. 1:27; 2:30; 1. º Tess. 2:8; 5:23; HB 4:12; HB 6:19; HB 10:38, HB 10:39; 12:3; 13:17; Tiago 1:21; Tiago 5:20; 1. º Pe. 1:9, 22; 2:11, 25; 4:19; 2. º Pe. 2:8, 14; 1. º JO 3:16; 3. º JO 2; AP 12:11; AP 16:3; AP 18:13, AP 18:14.


Note-se, todavia, que no Apocalipse (6:9:8:9 e 20:4) o termo é aplicado aos desencarnados por morte violenta, por ainda conservarem, no além-túmulo, as características da última personagem terrena.


O adjetivo psychikós é empregado com o mesmo sentido de personalidade (l. ª Cor. 2:14; 15:44, 46; Tiago, 3:15; Jud. 19).


Os outros termos, que entre os gregos eram usados nesse sentido de "espírito desencarnado", o N. T.


não os emprega com essa interpretação, conforme pode ser verificado:

EIDOS (aparência) - LC 3:22; LC 9:29; JO 5:37; 2. ª Cor. 5:7; 1. ª Tess. 5:22.


EIDÔLON (ídolo) - AT 7:41; AT 15:20; RM 2:22; 1. ª Cor. 8:4, 7; 10:19; 12; 2; 2. ª Cor. 6:16; 1. ª Tess.


1:9; 1. ª JO 5:21; AP 9:20.


EIKÔN (imagem) - MT 22:20; MC 12:16; LC 20:24; RM 1:23; 1. ª Cor. 11:7; 15:49 (2x) ; 2. ª Cor. 3:18; 4:4; CL 1:5; CL 3:10; HB 10:11; AP 13:14; AP 14:2, AP 14:11; 15:2; 19 : 20; 20 : 4.


SKIÁ (sombra) - MT 4:16; MC 4:32; LC 1:79; AT 5:15; CL 2:17; HB 8:5; HB 10:1.


Também entre os gregos, desde Homero, havia a palavra thumós, que era tomada no sentido de alma encarnada". Teve ainda sentidos diversos, exprimindo "coração" quer como sede do intelecto, quer como sede das paixões. Fixou-se, entretanto, mais neste último sentido, e toda, as vezes que a deparamos no Novo Testamento é, parece, com o designativo "força". (Cfr. LC 4:28; AT 19:28; RM 2:8; 2. ª Cor. 12:20; GL 5:20; EF 4:31; CL 3:8; HB 11:27; AP 12:12; AP 14:8, AP 14:10, AP 14:19; 15:1, 7; 16:1, 19; 18:3 e 19:15)


SOMA


Soma exprime o corpo, geralmente o físico denso, que é subdividido em carne (sárx) e sangue (haima), ou seja, que compreende o físico denso e o duplo etérico (e aqui retificamos o que saiu publicado no vol. 1, onde dissemos que "sangue" representava o astral).


Já no N. T. encontramos uma antecipação da moderna qualificação de "corpos", atribuída aos planos ou níveis em que o homem pode tornar-se consciente. Paulo, por exemplo, emprega soma para os planos espirituais; ao distinguir os "corpos" celestes (sómata epouránia) dos "corpos" terrestres (sómata epígeia), ele emprega soma para o físico denso (em lugar de sárx), para o corpo astral (sôma psychikôn) e para o corpo espiritual (sôma pneumatikón) em 1. ª Cor. 15:40 e 44.


No N. T. soma é empregado ao todo 123 vezes, sendo 107 vezes no sentido de corpo físico-denso (material, unido ou não à psychê);


MT 5:29, MT 5:30; 6:22, 25; 10:28(2x); 26:12; 27:58, 59; MC 5:29; MC 14:8; MC 15:43; LC 11:34; LC 12:4, LC 12:22, LC 12:23; 17:37; 23:52, 55; 24:3, 23; JO 2:21; JO 19:31, JO 19:38, JO 19:40; 20:12; Aros. 9:40; RM 1:24; RM 4:19; RM 6:6, RM 6:12; 7:4, 24; 8:10, 11, 13, 23; 12:1, 4; 1. º Cor. 5:13; 6:13(2x), 20; 7:4(2x), 34; 9:27; 12:12(3x),14, 15(2x), 16 (2x), 17, 18, 19, 20, 22, 23, 24, 25; 13:3; 15:37, 38(2x) 40). 2. 0 Cor. 4:40; 5:610; 10:10; 12:2(2x); Gól. 6:17; EF 2:16; EF 5:23, EF 5:28; Ft. 3:21; CL 2:11, CL 2:23; 1. º Tess. 5:23; HB 10:5, HB 10:10, HB 10:22; 13:3, 11; Tiago 2:11, Tiago 2:26; 3:2, 3, 6; 1. º Pe. 2:24; Jud. 9; AP 18:13. Três vezes como "corpo astral" (MT 27:42; 1. ª Cor. 15:14, duas vezes); duas vezes como "corpo espiritual" (1. º Cor. 15:41); e onze vezes com sentido simbólico, referindo-se ao pão, tomado como símbolo do corpo de Cristo (MT 26:26; MC 14:22; LC 22:19; RM 12:5; 1. ª Cor. 6:15; 10:16, 17; 11:24; 12:13, 27; EF 1:23; EF 4:4, EF 4:12, EF 4:16; Filp. 1:20; CL 1:18, CL 1:22; 2:17; 3:15).


HAIMA


Haima, o sangue, exprime, como vimos, o corpo vital, isto é, a parte que dá vitalização à carne (sárx), a qual, sem o sangue, é simples cadáver.


O sangue era considerado uma entidade a parte, representando o que hoje chamamos "duplo etérico" ou "corpo vital". Baste-nos, como confirmação, recordar que o Antigo Testamento define o sangue como "a alma de toda carne" (LV 17:11-14). Suma importância, por isso, é atribuída ao derramamento de sangue, que exprime privação da "vida", e representa quer o sacrifício em resgate de erros e crimes, quer o testemunho de uma verdade.


A palavra é assim usada no N. T. :

a) - sangue de vítimas (HB 9:7, HB 9:12, HB 9:13, HB 9:18, 19, 20, 21, 22, 25; 10:4; 11:28; 13:11). Observe-se que só nessa carta há preocupação com esse aspecto;


b) - sangue de Jesus, quer literalmente (MT 27:4, MT 27:6, MT 27:24, MT 27:25; LC 22:20; JO 19:34; AT 5:28; AT 20:28; RM 5:25; RM 5:9; EF 1:7; EF 2:13; CL 1:20; HB 9:14; HB 10:19, HB 10:29; 12:24; 13:12, 20; 1. ª Pe. 1:2,19; 1. ª JO 1:7; 5:6, 8; AP 1:5; AP 5:9; AP 7:14; AP 12:11); quer simbolicamente, quando se refere ao vinho, como símbolo do sangue de Cristo (MT 26:28; MC 14:24; JO 6:53, JO 6:54, JO 6:55, JO 6:56; 1. ª Cor. 10:16; 11:25, 27).


c) - o sangue derramado como testemunho de uma verdade (MT 23:30, MT 23:35; 27:4; LC 13:1; AT 1:9; AT 18:6; AT 20:26; AT 22:20; RM 3:15; HB 12:4; AP 6:10; 14,: 20; 16:6; 17:6; 19:2, 13).


d) - ou em circunstâncias várias (MC 5:25, MC 5:29; 16:7; LC 22:44; JO 1:13; AT 2:19, AT 2:20; 15:20, 29; 17:26; 21:25; 1. ª Cor. 15:50; GL 1:16; EF 6:12; HB 2:14; AP 6:12; AP 8:7; AP 15:3, AP 15:4; 11:6).


SÁRX


Sárx é a carne, expressão do elemento mais grosseiro do homem, embora essa palavra substitua, muitas vezes, o complexo soma, ou seja, se entenda, com esse termo, ao mesmo tempo "carne" e "sangue".


Apesar de ter sido empregada simbolicamente por Jesus (JO 6:51, JO 6:52, JO 6:53, JO 6:54, 55 e 56), seu uso é mais literal em todo o resto do N. T., em 120 outros locais: MT 19:56; MT 24:22; MT 26:41; MC 10:8; MC 13:20; MC 14:38; LC 3:6; LC 24:39; JO 1:14; JO 3:6(2x); 6:63; 8:15; 17:2; AT 2:7, AT 2:26, AT 2:31; RM 1:3; RM 2:28; RM 3:20; RM 4:1; RM 6:19; RM 7:5, RM 7:18, RM 7:25; 8:3, 4(2x), 5(2x), 6, 7, 8, 9, 13(2x); 9:358; 11:14; 13:14; 1. º Cor. 1:2629; 5:5; 6:16; 7:28;10:18; 15:39(2x),50; 2. º Cor. 1:17; 4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3(2x); 1:18; 12:7; GL 2:16, GL 2:20; 3:3; 4:13, 14, 23; 5:13, 16, 17, 19, 24; 6:8(2x), 12, 13; EF 2:3, EF 2:11, EF 2:14; 5:29, 30, 31; 6:5; CL 1:22, CL 1:24; 2:1, 5, 11, 13, 18, 23; 3:22, 24; 3:34; 1. º Tim. 3:6; Flm. 16; HB 5:7; HB 9:10, HB 9:13; 10:20; 12:9; Tiago 5:3; 1. º Pe. 1:24; 3;18, 21; 4:1, 2, 6; 2. º Pe. 2:10, 18; 1. º JO 2:16; 4:2; 2. º JO 7; Jud. 7, 8, 23; AP 17:16; AP 19:21.


B - TEXTOS COMPROBATÓRIOS


Respiguemos, agora, alguns trechos do N. T., a fim de comprovar nossas conclusões a respeito desta nova teoria.


Comecemos pela distinção que fazemos entre individualidade (ou Espírito) e a personagem transitória humana.


INDIVIDUALIDADE- PERSONAGEM


Encontramos essa distinção explicitamente ensinada por Paulo (l. ª Cor. 15:35-50) que classifica a individualidade entre os "corpos celestiais" (sómata epouránia), isto é, de origem espiritual; e a personagem terrena entre os "corpos terrenos" (sómata epígeia), ou seja, que têm sua origem no próprio planeta Terra, de onde tiram seus elementos constitutivos (físicos e químicos). Logo a seguir, Paulo torna mais claro seu pensamento, denominando a individualidade de "corpo espiritual" (sôma pneumatikón) e a personagem humana de "corpo psíquico" (sôma psychikón). Com absoluta nitidez, afirma que a individualidade é o "Espírito vivificante" (pneuma zoopioún), porque dá vida; e que a personagem, no plano já da energia, é a "alma que vive" (psychê zôsan), pois recebe vida do Espírito que lhe constitui a essência profunda.


Entretanto, para evitar dúvidas ou más interpretações quanto ao sentido ascensional da evolução, assevera taxativamente que o desenvolvimento começa com a personalidade (alma vivente) e só depois que esta se desenvolve, é que pode atingir-se o desabrochar da individualidade (Espírito vivificante).


Temos, pois, bem estabelecida a diferença fundamental, ensinada no N. T., entre psychê (alma) e pneuma (Espírito).


Mas há outros passos em que esses dois elementos são claramente distinguidos:

1) No Cântico de Maria (LC 1:46) sentimos a diferença nas palavras "Minha alma (psychê) engrandece o Senhor e meu Espírito (pneuma) se alegra em Deus meu Salvador".


2) Paulo (Filp. 1:27) recomenda que os cristãos tenham "um só Espírito (pneuma) e uma só alma (psychê), distinção desnecessária, se não expressassem essas palavras coisas diferentes.


3) Ainda Paulo (l. ª Tess. 5:23) faz votos que os fiéis "sejam santificados e guardados no Espírito (pneuma) na alma (psychê) e no corpo (sôma)", deixando bem estabelecida a tríade que assinalamos desde o início.


4) Mais claro ainda é o autor da Carta dos Hebreus (quer seja Paulo Apolo ou Clemente Romano), ao


. utilizar-se de uma expressão sintomática, que diz: "o Logos Divino é Vivo, Eficaz; e mais penetrante que qualquer espada, atingindo até a divisão entre o Espirito (pneuma) e a alma (psychê)" (HB 4:12); aí não há discussão: existe realmente uma divisão entre espírito e alma.


5) Comparando, ainda, a personagem (psiquismo) com a individualidade Paulo afirma que "fala não palavras aprendidas pela sabedoria humana, mas aprendidas do Espírito (divino), comparando as coisas espirituais com as espirituais"; e acrescenta, como esclarecimento e razão: "o homem psíquico (ho ánthrôpos psychikós, isto é, a personagem intelectualizada) não percebe as coisas do Espírito Divino: são tolices para ele, e não pode compreender o que é discernido espiritualmente; mas o homem espiritual (ho ánthrôpos pneumatikós, ou, seja, a individualidade) discerne tudo, embora não seja discernido por ninguém" (1. ª Cor. 2:13-15).


Portanto, não há dúvida de que o N. T. aceita os dois aspectos do "homem": a parte espiritual, a tríade superior ou individualidade (ánthrôpos pneumatikós) e a parte psíquica, o quaternário inferior ou personalidade ou personagem (ánthrôpos psychikós).


O CORPO


Penetremos, agora, numa especificação maior, observando o emprego da palavra soma (corpo), em seu complexo carne-sangue, já que, em vários passos, não só o termo sárx é usado em lugar de soma, como também o adjetivo sarkikós (ou sarkínos) se refere, como parte externa visível, a toda a personagem, ou seja, ao espírito encarnado e preso à matéria; e isto sobretudo naqueles que, por seu atraso, ainda acreditam que seu verdadeiro eu é o complexo físico, já que nem percebem sua essência espiritual.


Paulo, por exemplo, justifica-se de não escrever aos coríntios lições mais sublimes, porque não pode falar-lhes como a "espirituais" (pnenmatikoí, criaturas que, mesmo encarnadas, já vivem na individualidade), mas só como a "carnais" (sarkínoi, que vivem só na personagem). Como a crianças em Cristo (isto é, como a principiantes no processo do conhecimento crístico), dando-lhes leite a beber, não comida, pois ainda não na podem suportar; "e nem agora o posso, acrescenta ele, pois ainda sois carnais" (1. ª Cor. 3:1-2).


Dessa forma, todos os que se encontram na fase em que domina a personagem terrena são descritos por Paulo como não percebendo o Espírito: "os que são segundo a carne, pensam segundo a carne", em oposição aos "que são segundo o espírito, que pensam segundo o espírito". Logo a seguir define a "sabedoria da carne como morte, enquanto a sabedoria do Espírito é Vida e Paz" (Rom, 8:5-6).


Essa distinção também foi afirmada por Jesus, quando disse que "o espírito está pronto (no sentido de" disposto"), mas a carne é fraca" (MT 26:41; MC 14:38). Talvez por isso o autor da Carta aos Hebreus escreveu, ao lembrar-se quiçá desse episódio, que Jesus "nos dias de sua carne (quando encarnado), oferecendo preces e súplicas com grande clamor e lágrimas Àquele que podia livrá-lo da morte, foi ouvido por causa de sua devoção e, não obstante ser Filho de Deus (o mais elevado grau do adeptado, cfr. vol. 1), aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu" (Heb, 5:7-8).


Ora, sendo assim fraca e medrosa a personagem humana, sempre tendente para o mal como expoente típico do Antissistema, Paulo tem o cuidado de avisar que "não devemos submeter-nos aos desejos da carne", pois esta antagoniza o Espírito (isto é constitui seu adversário ou diábolos). Aconselha, então que não se faça o que ela deseja, e conforta os "que são do Espírito", assegurando-lhes que, embora vivam na personalidade, "não estão sob a lei" (GL 5:16-18). A razão é dada em outro passo: "O Senhor é Espírito: onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2. ª Cor. 3:17).


Segundo o autor da Carta aos Hebreus, esta foi uma das finalidades da encarnação de Jesus: livrar a personagem humana do medo da morte. E neste trecho confirma as palavras do Mestre a Nicodemos: "o que nasce de carne é carne" (JO 3:6), esclarecendo, ao mesmo tempo, no campo da psicobiologia, (o problema da hereditariedade: dos pais, os filhos só herdam a carne e o sangue (corpo físico e duplo etérico), já que a psychê é herdeira do pneuma ("o que nasce de espírito, é espírito", João, ibidem). Escreve, então: "como os filhos têm a mesma natureza (kekoinônêken) na carne e no sangue, assim ele (Jesus) participou da carne e do sangue para que, por sua morte, destruísse o adversário (diábolos, a matéria), o qual possui o império da morte, a fim de libertá-las (as criaturas), já que durante toda a vida elas estavam sujeitas ao medo da morte" (HB 2:14).


Ainda no setor da morte, Jesus confirma, mais uma vez, a oposição corpo-alma: "não temais os que matam o corpo: temei o que pode matar a alma (psychê) e o corpo (sôma)" (MT 10:28). Note-se, mais uma vez, a precisão (elegantia) vocabular de Jesus, que não fala em pneuma, que é indestrutível, mas em psychê, ou seja, o corpo astral sujeito a estragos e até morte.


Interessante observar que alguns capítulos adiante, o mesmo evangelista (MT 27:52) usa o termo soma para designar o corpo astral ou perispírito: "e muitos corpos dos santos que dormiam, despertaram".


Refere-se ao choque terrível da desencarnação de Jesus, que foi tão violento no plano astral, que despertou os desencarnados que se encontravam adormecidos e talvez ainda presos aos seus cadáveres, na hibernação dos que desencarnam despreparados. E como era natural, ao despertarem, dirigiram-se para suas casas, tendo sido percebidos pelos videntes.


Há um texto de Paulo que nos deixa em suspenso, sem distinguirmos se ele se refere ao corpo físico (carne) ou ao psíquico (astral): "conheço um homem em Cristo (uma individualidade já cristificada) que há catorze anos - se no corpo (en sômai) não sei, se fora do corpo (ektòs sômatos) não sei: Deus

sabe foi raptado ao terceiro céu" (l. ª Cor. 12:2). É uma confissão de êxtase (ou talvez de "encontro"?), em que o próprio experimentador se declara inapto a distinguir se se tratava de um movimento puramente espiritual (fora do corpo), ou se tivera a participação do corpo psíquico (astral); nem pode verificar se todo o processo se realizou com pneuma e psychê dentro ou fora do corpo.


Entretanto, de uma coisa ele tem certeza absoluta: a parte inferior do homem, a carne e o sangue, esses não participaram do processo. Essa certeza é tão forte, que ele pode ensinar taxativamente e sem titubeios, que o físico denso e o duplo etérico não se unificam com a Centelha Divina, não "entram no reino dos céus", sendo esta uma faculdade apenas de pneuma, e, no máximo, de psychê. E ele o diz com ênfase: "isto eu vos digo, irmãos, que a carne (sárx) e o sangue (haima) NÃO PODEM possuir o reino de Deus" (l. ª Cor. 15:50). Note-se que essa afirmativa é uma negação violenta do "dogma" da ressurreição da carne.


ALMA


Num plano mais elevado, vejamos o que nos diz o N. T. a respeito da psychê e da diánoia, isto é, da alma e do intelecto a esta inerente como um de seus aspectos.


Como a carne é, na realidade dos fatos, incapaz de vontades e desejos, que provêm do intelecto, Paulo afirma que "outrora andávamos nos desejos de nossa carne", esclarecendo, porém, que fazíamos "a vontade da carne (sárx) e do intelecto (diánoia)" (EF 2:3). De fato "o afastamento e a inimizade entre Espírito e corpo surgem por meio do intelecto" (CL 1. 21).


A distinção entre intelecto (faculdade de refletir, existente na personagem) e mente (faculdade inerente ao coração, que cria os pensamentos) pode parecer sutil, mas já era feita na antiguidade, e Jerem ías escreveu que YHWH "dá suas leis ao intelecto (diánoia), mas as escreve no coração" (JR 31:33, citado certo em HB 8:10, e com os termos invertidos em HB 10:16). Aí bem se diversificam as funções: o intelecto recebe a dádiva, refletindo-a do coração, onde ela está gravada.


Realmente a psychê corresponde ao corpo astral, sede das emoções. Embora alguns textos no N. T.


atribuam emoções a kardía, Jesus deixou claro que só a psychê é atingível pelas angústias e aflições, asseverando: "minha alma (psychê) está perturbada" (MT 26:38; MC 14:34; JO 12:27). Jesus não fala em kardía nem em pneuma.


A MENTE


Noús é a MENTE ESPIRITUAL, a individualizadora de pneuma, e parte integrante ou aspecto de kardía. E Paulo, ao salientar a necessidade de revestir-nos do Homem Novo (de passar a viver na individualidade) ordena que "nos renovemos no Espírito de nossa Mente" (EF 4:23-24), e não do intelecto, que é personalista e divisionário.


E ao destacar a luta entre a individualidade e a personagem encarnada, sublinha que "vê outra lei em seus membros (corpo) que se opõem à lei de sua mente (noús), e o aprisiona na lei do erro que existe em seus membros" (RM 7:23).


A mente espiritual, e só ela, pode entender a sabedoria do Cristo; e este não se dirige ao intelecto para obter a compreensão dos discípulos: "e então abriu-lhes a mente (noún) para que compreendessem as Escrituras" (LC 24:45). Até então, durante a viagem (bastante longa) ia conversando com os "discípulos de Emaús". falando-lhes ao intelecto e provando-lhes que o Filho do Homem tinha que sofrer; mas eles não O reconheceram. Mas quando lhes abriu a MENTE, imediatamente eles perceberam o Cristo.


Essa mente é, sem dúvida, um aspecto de kardía. Isaías escreveu: "então (YHWH) cegou-lhes os olhos (intelecto) e endureceu-lhes o coração, para que não vissem (intelectualmente) nem compreendessem com o coração" (IS 6:9; citado por JO 12:40).


O CORAÇÃO


Que o coração é a fonte dos pensamentos, nós o encontramos repetido à exaustão; por exemplo: MT 12:34; MT 15:18, MT 15:19; Marc 7:18; 18:23; LC 6:45; LC 9:47; etc.


Ora, se o termo CORAÇÃO exprime, límpida e indiscutivelmente, a fonte primeira do SER, o "quarto fechado" onde o "Pai vê no secreto" MT 6:6), logicamente se deduz que aí reside a Centelha Divina, a Partícula de pneuma, o CRISTO (Filho Unigênito), que é UNO com o Pai, que também, consequentemente, aí reside. E portanto, aí também está o Espírito-Santo, o Espírito-Amor, DEUS, de que nosso Eu é uma partícula não desprendida.


Razão nos assiste, então, quando escrevemos (vol. 1 e vol. 3) que o "reino de Deus" ou "reino dos céus" ou "o céu", exprime exatamente o CORAÇÃO; e entrar no reino dos céus é penetrar, é MERGULHAR (batismo) no âmago de nosso próprio EU. É ser UM com o CRISTO, tal como o CRISTO é UM com o PAI (cfr. JO 10. 30; 17:21,22, 23).


Sendo esta parte a mais importante para a nossa tese, dividamo-la em três seções:

a) - Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;


b) - CRISTO, o Filho (UNO com o Pai) também está DENTRO de nós, constituindo NOSSA ESSÊNCIA PROFUNDA;


c) - o local exato em que se encontra o Cristo é o CORAÇÃO, e nossa meta, durante a encarnação, é CRISTIFICAR-NOS, alcançando a evolução crística e unificando-nos com Ele.


a) -


A expressão "dentro de" pode ser dada em grego pela preposição ENTOS que encontramos clara em LC (LC 17:21), quando afirma que "o reino de Deus está DENTRO DE VÓS" (entòs humin); mas tamb ém a mesma ideia é expressa pela preposição EN (latim in, português em): se a água está na (EM A) garrafa ou no (EM O) copo, é porque está DENTRO desses recipientes. Não pode haver dúvida. Recordese o que escrevemos (vol. 1): "o Logos se fez carne e fez sua residência DENTRO DE NÓS" (JO 1:14).


Paulo é categórico em suas afirmativas: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita dentro de vós" (1. ª Cor. 3:16).


Οΰи οίδατε ότι ναός θεοϋ έστε иαί τό πνεϋµα τοϋ θεοϋ έν ϋµϊν οίиεί;

E mais: "E não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está dentro de vós, o qual recebestes de Deus, e não pertenceis a vós mesmos? Na verdade, fostes comprados por alto preço. Glorificai e TRAZEI DEUS EM VOSSO CORPO" (1. ª Cor. 6:19-20).


Esse Espírito Santo, que é a Centelha do Espírito Universal, é, por isso mesmo, idêntico em todos: "há muitas operações, mas UM só Deus, que OPERA TUDO DENTRO DE TODAS AS COISAS; ... Todas essas coisas opera o único e mesmo Espírito; ... Então, em UM Espírito todos nós fomos MERGULHADOS en: UMA carne, judeus e gentios, livres ou escravos" (1. ª Cor. 12:6, 11, 13).


Καί διαιρέσεις ένεργηµάτων είσιν, ό δέ αύτός θεός ό ένεργών τα πάντα έν πάσιν... Дάντα δέ ταύτα ένεργεί τό έν иαί τό αύτό πνεύµα... Кαί γάρ έν ένί πνεύµατι ήµείς πάντες είς έν σώµα έβαπτίσθηµεν,
είτε ̉Ιουδαίοι εϊτε έλληνες, είτε δούλοι, εϊτε έλεύθεροι.
Mais ainda: "Então já não sois hóspedes e estrangeiros, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus, superedificados sobre o fundamento dos Enviados e dos Profetas, sendo a própria pedra angular máxima Cristo Jesus: em Quem toda edificação cresce no templo santo no Senhor, no Qual tamb ém vós estais edificados como HABITAÇÃO DE DEUS NO ESPÍRITO" (EF 2:19-22). " Αρα ούν ούиέτι έστε ζένοι иαί πάροιиοι, άλλά έστε συµπολίται τών άγίων иαί οίиείοι τού θεού,
έποιиοδοµηθέντες έπί τώ θεµελίω τών άποστόλων иαί προφητών, όντος άиρογωνιαίου αύτού Χριστόύ
#cite Іησού, έν ώ πάσα οίиοδοµή συναρµολογουµένη αύζει είς ναόν άγιον έν иυρίώ, έν ώ иαί ύµείς
συνοιиοδοµείσθε είς иατοιиητήεριον τού θεού έν πνεµατ

ι.


Se Deus habita DENTRO do homem e das coisas quem os despreza, despreza a Deus: "quem despreza estas coisas, não despreza homens, mas a Deus, que também deu seu Espírito Santo em vós" (1. ª Tess. 4:8).


Тοιγαρούν ό άθετών ούи άνθρωπον άθετεί, άλλά τόν θεόν τόν иαί διδόντα τό πνεύµα αύτού τό άγιον είς ύµάς.

E a consciência dessa realidade era soberana em Paulo: "Guardei o bom depósito, pelo Espírito Santo que habita DENTRO DE NÓS" (2. ª Tim. 1:14). (20)


Тήν иαλήν παραθήиην φύλαζον διά πνεύµατος άγίου τού ένοιиούντος έν ήµϊ

ν.


João dá seu testemunho: "Ninguém jamais viu Deus. Se nos amarmos reciprocamente, Deus permanecer á DENTRO DE NÓS, e o Amor Dele, dentro de nós, será perfeito (ou completo). Nisto sabemos que permaneceremos Nele e Ele em nós, porque DE SEU ESPÍRITO deu a nós" (1. ª JO 4:12-13).


θεόν ούδείς πώποτε τεθέαται: έάν άγαπώµεν άλλήλους, ό θεός έν ήµϊν µένει, иαί ή άγάπη αύτοϋ τε-
τελειωµένη έν ήµϊν έστιν. Εν τουτω γινώσиοµεν ότι έν αύτώ µένοµεν иαί αύτός έν ήµϊν, ότι έи τοϋ
πνεύµατος αύτοϋ δέδώиεν ήµϊ

ν.


b) -


Vejamos agora os textos que especificam melhor ser o CRISTO (Filho) que, DENTRO DE NÓS. constitui a essência profunda de nosso ser. Não é mais uma indicação de que TEMOS a Divindade em nós, mas um ensino concreto de que SOMOS uma partícula da Divindade. Escreve Paulo: "Não sabeis que CRISTO (Jesus) está DENTRO DE VÓS"? (2. ª Cor. 13:5). E, passando àquela teoria belíssima de que formamos todos um corpo só, cuja cabeça é Cristo, ensina Paulo: "Vós sois o CORPO de Cristo, e membros de seus membros" (l. ª Cor. 12:27). Esse mesmo Cristo precisa manifestar-se em nós, através de nós: "vossa vida está escondida COM CRISTO em Deus; quando Cristo se manifestar, vós também vos manifestareis em substância" (CL 3:3-4).


E logo adiante insiste: "Despojai-vos do velho homem com seus atos (das personagens terrenas com seus divisionismos egoístas) e vesti o novo, aquele que se renova no conhecimento, segundo a imagem de Quem o criou, onde (na individualidade) não há gentio nem judeu, circuncidado ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre, mas TUDO e EM TODOS, CRISTO" (CL 3:9-11).


A personagem é mortal, vivendo a alma por efeito do Espírito vivificante que nela existe: "Como em Adão (personagem) todos morrem, assim em CRISTO (individualidade, Espírito vivificante) todos são vivificados" (1. ª Cor. 15:22).


A consciência de que Cristo vive nele, faz Paulo traçar linhas imorredouras: "ou procurais uma prova do CRISTO que fala DENTRO DE MIM? o qual (Cristo) DENTRO DE VÓS não é fraco" mas é poderoso DENTRO DE VÓS" (2. ª Cor. 13:3).


E afirma com a ênfase da certeza plena: "já não sou eu (a personagem de Paulo), mas CRISTO QUE VIVE EM MIM" (GL 2:20). Por isso, pode garantir: "Nós temos a mente (noús) de Cristo" (l. ª Cor. 2:16).


Essa convicção traz consequências fortíssimas para quem já vive na individualidade: "não sabeis que vossos CORPOS são membros de Cristo? Tomando, então, os membros de Cristo eu os tornarei corpo de meretriz? Absolutamente. Ou não sabeis que quem adere à meretriz se torna UM CORPO com ela? Está dito: "e serão dois numa carne". Então - conclui Paulo com uma lógica irretorquível - quem adere a Deus é UM ESPÍRITO" com Deus (1. ª Cor. 6:15-17).


Já desde Paulo a união sexual é trazida como o melhor exemplo da unificação do Espírito com a Divindade. Decorrência natural de tudo isso é a instrução dada aos romanos: "vós não estais (não viveis) EM CARNE (na personagem), mas EM ESPÍRITO (na individualidade), se o Espírito de Deus habita DENTRO DE VÓS; se porém não tendes o Espírito de Cristo, não sois Dele. Se CRISTO (está) DENTRO DE VÓS, na verdade o corpo é morte por causa dos erros, mas o Espírito vive pela perfeição. Se o Espírito de Quem despertou Jesus dos mortos HABITA DENTRO DE VÓS, esse, que despertou Jesus dos mortos, vivificará também vossos corpos mortais, por causa do mesmo Espírito EM VÓS" (RM 9:9-11). E logo a seguir prossegue: "O próprio Espírito testifica ao nosso Espírito que somos filhos de Deus; se filhos, (somos) herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo" (RM 8:16). Provém daí a angústia de todos os que atingiram o Eu Interno para libertar-se: "também tendo em nós as primícias do Espírito, gememos dentro de nós, esperando a adoção de Filhos, a libertação de nosso corpo" (RM 8:23).


c) -


Finalmente, estreitando o círculo dos esclarecimentos, verificamos que o Cristo, dentro de nós, reside NO CORAÇÃO, onde constitui nosso EU Profundo. É ensinamento escriturístico.


Ainda é Paulo que nos esclarece: "Porque sois filhos, Deus enviou o ESPÍRITO DE SEU FILHO, em vosso CORAÇÃO, clamando Abba, ó Pai" (GL 4:6). Compreendemos, então, que o Espírito Santo (Deus) que está em nós, refere-se exatamente ao Espírito do FILHO, ao CRISTO Cósmico, o Filho Unigênito. E ficamos sabendo que seu ponto de fixação em nós é o CORAÇÃO.


Lembrando-se, talvez, da frase de Jeremias, acima-citada, Paulo escreveu aos coríntios: "vós sois a nossa carta, escrita em vossos CORAÇÕES, conhecida e lida por todos os homens, sendo manifesto que sois CARTA DE CRISTO, preparada por nós, e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo; não em tábuas de pedra, mas nas tábuas dos CORAÇÕES CARNAIS" (2. ª Cor. 3:2-3). Bastante explícito que realmente se trata dos corações carnais, onde reside o átomo espiritual.


Todavia, ainda mais claro é outro texto, em que se fala no mergulho de nosso eu pequeno, unificandonos ao Grande EU, o CRISTO INTERNO residente no coração: "CRISTO HABITA, pela fé, no VOSSO CORAÇÃO". E assegura com firmeza: "enraizados e fundamentados no AMOR, com todos os santos (os encarnados já espiritualizados na vivência da individualidade) se compreenderá a latitude, a longitude a sublimidade e a profundidade, conhecendo o que está acima do conhecimento, o AMOR DE CRISTO, para que se encham de toda a plenitude de Deus" (EF 3:17).


Кατοιиήσαι τόν Χριστόν διά τής πίστεως έν ταϊς иαρδίαις ύµών, έν άγάπη έρριζωµένοι иαί τεθεµελιωµένοι, ϊνα έζισγύσητε иαταλαβέσθαι σύν πάσιν τοϊςάγίοιςτί τό πλάτος иαί µήиος иαί ύψος
иαί βάθος, γνώσαι τε τήν ύπερβάλλουσαν τής γνώσεως άγάπην τοϋ Χριστοϋ, ίνα πληρωθήτε είς πάν τό πλήρωµα τού θεοϋ.

Quando se dá a unificação, o Espírito se infinitiza e penetra a Sabedoria Cósmica, compreendendo então a amplitude da localização universal do Cristo.


Mas encontramos outro ensino de suma profundidade, quando Paulo nos adverte que temos que CRISTIFICAR-NOS, temos que tornar-nos Cristos, na unificação com Cristo. Para isso, teremos que fazer uma tradução lógica e sensata da frase, em que aparece o verbo CHRIO duas vezes: a primeira, no particípio passado, Christós, o "Ungido", o "permeado da Divindade", particípio que foi transliterado em todas as línguas, com o sentido filosófico e místico de O CRISTO; e a segunda, logo a seguir, no presente do indicativo. Ora, parece de toda evidência que o sentido do verbo tem que ser O MESMO em ambos os empregos. Diz o texto original: ho dè bebaiôn hemãs syn humin eis Christon kaí chrísas hemãs theós (2. ª Cor. 1:21).


#cite Ο δέ βεβαιών ήµάς σύν ύµίν είς Χριστόν иαί χρίσας ήµάς θεό

ς.


Eis a tradução literal: "Deus, fortifica dor nosso e vosso, no Ungido, unge-nos".


E agora a tradução real: "Deus, fortificador nosso e vosso, em CRISTO, CRISTIFICA-NOS".


Essa a chave para compreendermos nossa meta: a cristificação total e absoluta.


Logo após escreve Paulo: "Ele também nos MARCA e nos dá, como penhor, o Espírito em NOSSOS CORAÇÕES" (2. ª Cor. 1:22).


#cite Ο иαί σφραγισάµενος ήµάς иαί δούς τόν άρραβώνα τόν πνεύµατος έν ταϊς иαρδϊαις ήµώ

ν.


Completando, enfim, o ensino - embora ministrado esparsamente - vem o texto mais forte e explícito, informando a finalidade da encarnação, para TÔDAS AS CRIATURAS: "até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, ao Homem Perfeito, à medida da evolução plena de Cristo" (EF 4:13).


Мέρχι иαταντήσωµεν οί πάντες είς τήν ένότητα τής πίστοως. иαί τής έπιγνώσεως τοϋ υίοϋ τοϋ θεοϋ,
είς άνδρα τελειον, είς µέτρον ήλιиίας τοϋ πληρώµατος τοϋ Χριστοϋ.
Por isso Paulo escreveu aos Gálatas: "ó filhinhos, por quem outra vez sofro as dores de parto, até que Cristo SE FORME dentro de vós" (GL 4:19) (Тεиνία µου, ούς πάλιν ώδίνω, µέρχις ού µορφωθή Χριστός έν ύµϊ

ν).


Agostinho (Tract. in Joanne, 21, 8) compreendeu bem isto ao escrever: "agradeçamos e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos", (Christus facti sumus); e Metódio de Olimpo ("Banquete das dez virgens", Patrol. Graeca, vol. 18, col. 150) escreveu: "a ekklêsía está grávida e em trabalho de parto até que o Cristo tome forma em nós, até que Cristo nasça em nós, a fim de que cada um dos santos (encarnados) por sua participação com o Cristo, se torne Cristo". Também Cirilo de Jerusalém ("Catechesis mystagogicae" 1. 3. 1 in Patr. Graeca vol. 33, col. 1. 087) asseverou: " Após terdes mergulhado no Cristo e vos terdes revestido do Cristo, fostes colocados em pé de igualdade com o Filho de Deus... pois que entrastes em comunhão com o Cristo, com razão tendes o nome de cristos, isto é, de ungidos".


Todo o que se une ao Cristo, se torna um cristo, participando do Pneuma e da natureza divina (theías koinônoí physeôs) (2. ª Pe. 1:3), pois "Cristo é o Espírito" (2. ª Cor. 3:17) e quem Lhe está unido, tem em si o selo (sphrágis) de Cristo. Na homilia 24,2, sobre 1. ª Cor. 10:16, João Crisóstomo (Patrol.


Graeca vol. 61, col. 200) escreveu: "O pão que partimos não é uma comunhão (com+união, koinônía) ao corpo de Cristo? Porque não disse "participação" (metoché)? Porque quis revelar algo mais, e mostrar uma associação (synápheia) mais íntima. Realmente, estamos unidos (koinônoúmen) não só pela participação (metéchein) e pela recepção (metalambánein), mas também pela UNIFICAÇÃO (enousthai)".


Por isso justifica-se o fragmento de Aristóteles, supra citado, em Sinésio: "os místicos devem não apenas aprender (mathein) mas experimentar" (pathein).


Essa é a razão por que, desde os primeiros séculos do estabelecimento do povo israelita, YHWH, em sua sabedoria, fazia a distinção dos diversos "corpos" da criatura; e no primeiro mandamento revelado a Moisés dizia: " Amarás a Deus de todo o teu coração (kardía), de toda tua alma (psychê), de todo teu intelecto (diánoia), de todas as tuas forças (dynameis)"; kardía é a individualidade, psychê a personagem, dividida em diánoia (intelecto) e dynameis (veículos físicos). (Cfr. LV 19:18; DT 6:5; MT 22:37; MC 12:13; LC 10:27).


A doutrina é uma só em todos os sistemas religiosos pregados pelos Mestres (Enviados e Profetas), embora com o tempo a imperfeição humana os deturpe, pois a personagem é fundamentalmente divisionista e egoísta. Mas sempre chega a ocasião em que a Verdade se restabelece, e então verificamos que todas as revelações são idênticas entre si, em seu conteúdo básico.


ESCOLA INICIÁTICA


Após essa longa digressão a respeito do estudo do "homem" no Novo Testamento, somos ainda obrigados a aprofundar mais o sentido do trecho em que são estipuladas as condições do discipulato.


Há muito desejaríamos ter penetrado neste setor, a fim de poder dar explicação cabal de certas frases e passagens; mas evitamo-lo ao máximo, para não ferir convicções de leitores desacostumados ao assunto.


Diante desse trecho, porém, somos forçados a romper os tabus e a falar abertamente.


Deve ter chamado a atenção de todos os estudiosos perspicazes dos Evangelhos, que Jesus jamais recebeu, dos evangelistas, qualquer título que normalmente seria atribuído a um fundador de religião: Chefe Espiritual, Sacerdote, Guia Espiritual, Pontífice; assim também, aqueles que O seguiam, nunca foram chamados Sequazes, Adeptos, Adoradores, Filiados, nem Fiéis (a não ser nas Epístolas, mas sempre com o sentido de adjetivo: os que mantinham fidelidade a Seus ensinos). Ao contrário disso, os epítetos dados a Jesus foram os de um chefe de escola: MESTRE (Rabbi, Didáskalos, Epistátês) ou de uma autoridade máxima Kyrios (SENHOR dos mistérios). Seus seguidores eram DISCÍPULOS (mathêtês), tudo de acordo com a terminologia típica dos mistérios iniciáticos de Elêusis, Delfos, Crotona, Tebas ou Heliópolis. Após receberem os primeiros graus, os discípulos passaram a ser denominado "emissários" (apóstolos), encarregados de dar a outros as primeiras iniciações.


Além disso, é evidente a preocupação de Jesus de dividir Seus ensinos em dois graus bem distintos: o que era ministrado de público ("a eles só é dado falar em parábolas") e o que era ensinado privadamente aos "escolhidos" ("mas a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus", cfr. MT 13:10-17 ; MC 4:11-12; LC 8:10).


Verificamos, portanto, que Jesus não criou uma "religião", no sentido moderno dessa palavra (conjunto de ritos, dogmas e cultos com sacerdócio hierarquicamente organizado), mas apenas fundou uma ESCOLA INICIÁTICA, na qual preparou e "iniciou" seus DISCÍPULOS, que Ele enviou ("emissários, apóstolos") com a incumbência de "iniciar" outras criaturas. Estas, por sua vez, foram continuando o processo e quando o mundo abriu os olhos e percebeu, estava em grande parte cristianizado. Quando os "homens" o perceberam e estabeleceram a hierarquia e os dogmas, começou a decadência.


A "Escola iniciática" fundada por Jesus foi modelada pela tradição helênica, que colocava como elemento primordial a transmissão viva dos mistérios: e "essa relação entre a parádosis (transmissão) e o mystérion é essencial ao cristianismo", escreveu o monge beneditino D. Odon CaseI (cfr. "Richesse du Mystere du Christ", Les éditions du Cerf. Paris, 1964, pág. 294). Esse autor chega mesmo a afirmar: " O cristianismo não é uma religião nem uma confissão, segundo a acepção moderna dessas palavras" (cfr. "Le Mystere du Culte", ib., pág. 21).


E J. Ranft ("Der Ursprung des Kathoíischen Traditionsprinzips", 1931, citado por D . O. Casel) escreve: " esse contato íntimo (com Cristo) nasce de uma gnose profunda".


Para bem compreender tudo isso, é indispensável uma incursão pelo campo das iniciações, esclarecendo antes alguns termos especializados. Infelizmente teremos que resumir ao máximo, para não prejudicar o andamento da obra. Mas muitos compreenderão.


TERMOS ESPECIAIS


Aiôn (ou eon) - era, época, idade; ou melhor CICLO; cada um dos ciclos evolutivos.


Akoueíu - "ouvir"; akoueín tòn lógon, ouvir o ensino, isto é, receber a revelação dos segredos iniciáticos.


Gnôse - conhecimento espiritual profundo e experimental dos mistérios.


Deíknymi - mostrar; era a explicação prática ou demonstração de objetos ou expressões, que serviam de símbolos, e revelavam significados ocultos.


Dóxa - doutrina; ou melhor, a essência do conhecimento profundo: o brilho; a luz da gnôse; donde "substância divina", e daí a "glória".


Dynamis - força potencial, potência que capacita para o érgon e para a exousía, infundindo o impulso básico de atividade.


Ekklêsía - a comunidade dos "convocados" ou "chamados" (ékklêtos) aos mistérios, os "mystos" que tinham feito ou estavam fazendo o curso da iniciação.


Energeín - agir por dentro ou de dentro (energia), pela atuação da força (dybamis).


Érgon - atividade ou ação; trabalho espiritual realizado pela força (dynamis) da Divindade que habita dentro de cada um e de cada coisa; energia.


Exêgeísthaí - narrar fatos ocultos, revelar (no sentido de "tirar o véu") (cfr. LC 24:35; JO 1:18; AT 10:8:15:12, 14).


Hágios - santo, o que vive no Espírito ou Individualidade; o iniciado (cfr. teleios).


Kyrios - Senhor; o Mestre dos Mistérios; o Mistagogo (professor de mistérios); o Hierofante (o que fala, fans, fantis, coisas santas, hieros); dava-se esse título ao possuidor da dynamis, da exousía e do érgon, com capacidade para transmiti-los.


Exousía - poder, capacidade de realização, ou melhor, autoridade, mas a que provém de dentro, não "dada" de fora.


Leitourgia - Liturgia, serviço do povo: o exercício do culto crístico, na transmissão dos mistérios.


Legómena - palavras reveladoras, ensino oral proferido pelo Mestre, e que se tornava "ensino ouvido" (lógos akoês) pelos discípulos.


Lógos - o "ensino" iniciático, a "palavra" secreta, que dava a chave da interpretação dos mistérios; a" Palavra" (Energia ou Som), segundo aspecto da Divindade.


Monymenta - "monumentos", ou seja, objetos e lembranças, para manter viva a memória.


Mystagogo – o Mestre dos Mystérios, o Hierofante.


Mystérion - a ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação; donde, o ensino revelado apenas aos perfeitos (teleios) e santos (hágios), mas que devia permanecer oculto aos profanos.


Oikonomía - economia, dispensação; literalmente "lei da casa"; a vida intima de cada iniciado e sua capacidade na transmissão iniciática a outros, (de modo geral encargo recebido do Mestre).


Orgê - a atividade ou ação sagrada; o "orgasmo" experimentado na união mística: donde "exaltação espiritual" pela manifestação da Divindade (erradamente interpretado como "ira").


Parábola - ensino profundo sob forma de narrativa popular, com o verdadeiro sentido oculto por metáforas e símbolos.


Paradídômi - o mesmo que o latim trádere; transmitir, "entregar", passar adiante o ensino secreto.


Parádosis - transmissão, entrega de conhecimentos e experiências dos ensinos ocultos (o mesmo que o latim tradítio).


Paralambánein - "receber" o ensino secreto, a "palavra ouvida", tornando-se conhecedor dos mistérios e das instruções.


Patheín - experimentar, "sofrer" uma experiência iniciática pessoalmente, dando o passo decisivo para receber o grau e passar adiante.


Plêrôma - plenitude da Divindade na criatura, plenitude de Vida, de conhecimento, etc.


Redençãoa libertação do ciclo de encarnações na matéria (kyklos anánkê) pela união total e definitiva com Deus.


Santo - o mesmo que perfeito ou "iniciado".


Sêmeíon - "sinal" físico de uma ação espiritual, demonstração de conhecimento (gnose), de força (dynamis), de poder (exousía) e de atividade ou ação (érgon); o "sinal" é sempre produzido por um iniciado, e serve de prova de seu grau.


Sophía - a sabedoria obtida pela gnose; o conhecimento proveniente de dentro, das experiências vividas (que não deve confundir-se com a cultura ou erudição do intelecto).


Sphrágis - selo, marca indelével espiritual, recebida pelo espírito, embora invisível na matéria, que assinala a criatura como pertencente a um Senhor ou Mestre.


Symbolos - símbolos ou expressões de coisas secretas, incompreensíveis aos profanos e só percebidas pelos iniciados (pão, vinho, etc.) .


Sótería - "salvação", isto é, a unificação total e definitiva com a Divindade, que se obtém pela "redenção" plena.


Teleíos - o "finalista", o que chegou ao fim de um ciclo, iniciando outro; o iniciado nos mistérios, o perfeito ou santo.


Teleisthai - ser iniciado; palavra do mesmo radical que teleutan, que significa "morrer", e que exprime" finalizar" alguma coisa, terminar um ciclo evolutivo.


Tradítio - transmissão "tradição" no sentido etimológico (trans + dare, dar além passar adiante), o mesmo que o grego parádosis.


TRADIÇÃO


D. Odon Casel (o. c., pág. 289) escreve: "Ranft estudou de modo preciso a noção da tradítio, não só como era praticada entre os judeus, mas também em sua forma bem diferente entre os gregos. Especialmente entre os adeptos dos dosis é a transmissão secreta feita aos "mvstos" da misteriosa sôtería; é a inimistérios, a noção de tradítio (parádosis) tinha grande importância. A paraciação e a incorporação no círculo dos eleitos (eleitos ou "escolhidos"; a cada passo sentimos a confirmação de que Jesus fundou uma "Escola Iniciática", quando emprega os termos privativos das iniciações heléntcas; cfr. " muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos" - MT 22. 14), características das religiões grecoorientais. Tradítio ou parádosis são, pois, palavras que exprimem a iniciação aos mistérios. Tratase, portanto, não de uma iniciação científica, mas religiosa, realizada no culto. Para o "mysto", constitui uma revelação formal, a segurança vivida das realidades sagradas e de uma santa esperança. Graças a tradição, a revelação primitiva passa às gerações ulteriores e é comunicada por ato de iniciação. O mesmo princípio fundamental aplica-se ao cristianismo".


Na página seguinte, o mesmo autor prossegue: "Nos mistérios, quando o Pai Mistagogo comunica ao discípulo o que é necessário ao culto, essa transmissão tem o nome de traditio. E o essencial não é a instrução, mas a contemplação, tal como o conta Apuleio (Metamorphoses, 11, 21-23) ao narrar as experiências culturais do "mysto" Lúcius. Sem dúvida, no início há uma instrução, mas sempre para finalizar numa contemplação, pela qual o discípulo, o "mysto", entra em relação direta com a Divindade.


O mesmo ocorre no cristianismo (pág. 290).


Ouçamos agora as palavras de J. Ranft (o. c., pág. 275): "A parádosis designa a origem divina dos mistérios e a transmissão do conteúdo dos mistérios. Esta, à primeira vista, realiza-se pelo ministério dos homens, mas não é obra de homens; é Deus que ensina. O homem é apenas o intermediário, o Instrumento desse ensino divino. Além disso... desperta o homem interior. Logos é realmente uma palavra intraduzível: designa o próprio conteúdo dos mistérios, a palavra, o discurso, o ENSINO. É a palavra viva, dada por Deus, que enche o âmago do homem".


No Evangelho, a parádosis é constituída pelas palavras ou ensinos (lógoi) de Jesus, mas também simbolicamente pelos fatos narrados, que necessitam de interpretação, que inicialmente era dada, verbalmente, pelos "emissários" e pelos inspirados que os escreveram, com um talento superior de muito ao humano, deixando todos os ensinos profundos "velados", para só serem perfeitamente entendidos pelos que tivessem recebido, nos séculos seguintes, a revelação do sentido oculto, transmitida quer por um iniciado encarnado, quer diretamente manifestada pelo Cristo Interno. Os escritores que conceberam a parádosis no sentido helênico foram, sobretudo, João e Paulo; já os sinópticos a interpretam mais no sentido judaico, excetuando-se, por vezes, o grego Lucas, por sua convivência com Paulo, e os outros, quando reproduziam fielmente as palavras de Jesus.


Se recordarmos os mistérios de Elêusis (palavra que significa "advento, chegada", do verbo eléusomai," chegar"), ou de Delfos (e até mesmo os de Tebas, Ábydos ou Heliópolis), veremos que o Novo Testamento concorda seus termos com os deles. O logos transmitido (paradidômi) por Jesus é recebida (paralambánein) pelos DISCÍPULOS (mathêtês). Só que Jesus apresentou um elemento básico a mais: CRISTO. Leia-se Paulo: "recebi (parélabon) do Kyrios o que vos transmiti (parédote)" (l. ª Cor. 11:23).


O mesmo Paulo, que define a parádosis pagã como "de homens, segundo os elementos do mundo e não segundo Cristo" (CL 2:8), utiliza todas as palavras da iniciação pagã, aplicando-as à iniciação cristã: parádosis, sophía, logo", mystérion, dynamis, érgon, gnose, etc., termos que foram empregados também pelo próprio Jesus: "Nessa hora Jesus fremiu no santo pneuma e disse: abençôo-te, Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e hábeis, e as revelaste aos pequenos, Sim, Pai, assim foi de teu agrado. Tudo me foi transmitido (parédote) por meu Pai. E ninguém tem a gnose do que é o Filho senão o Pai, e ninguém tem a gnose do que é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quer revelar (apokalypsai = tirar o véu). E voltando-se para seus discípulos, disse: felizes os olhos que vêem o que vedes. Pois digo-vos que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis, e não ouviram" (LC 10:21-24). Temos a impressão perfeita que se trata de ver e ouvir os mistérios iniciáticos que Jesus transmitia a seus discípulos.


E João afirma: "ninguém jamais viu Deus. O Filho Unigênito que esta no Pai, esse o revelou (exêgêsato, termo específico da língua dos mistérios)" (JO 1:18).


"PALAVRA OUVIDA"


A transmissão dos conhecimentos, da gnose, compreendia a instrução oral e o testemunhar das revelações secretas da Divindade, fazendo que o iniciado participasse de uma vida nova, em nível superior ( "homem novo" de Paulo), conhecendo doutrinas que deveriam ser fielmente guardadas, com a rigorosa observação do silêncio em relação aos não-iniciados (cfr. "não deis as coisas santas aos cães", MT 7:6).


Daí ser a iniciação uma transmissão ORAL - o LOGOS AKOÊS, ou "palavra ouvida" ou "ensino ouvido" - que não podia ser escrito, a não ser sob o véu espesso de metáforas, enigmas, parábolas e símbolos.


Esse logos não deve ser confundido com o Segundo Aspecto da Divindade (veja vol. 1 e vol. 3).


Aqui logos é "o ensino" (vol. 2 e vol. 3).


O Novo Testamento faz-nos conhecer esse modus operandi: Paulo o diz, numa construção toda especial e retorcida (para não falsear a técnica): "eis por que não cessamos de agradecer (eucharistoúmen) a Deus, porque, recebendo (paralabóntes) o ENSINO OUVIDO (lógon akoês) por nosso intermédio, de Deus, vós o recebestes não como ensino de homens (lógon anthrópôn) mas como ele é verdadeiramente: o ensino de Deus (lógon theou), que age (energeítai) em vós que credes" (l. ª Tess. 2:13).


O papel do "mysto" é ouvir, receber pelo ouvido, o ensino (lógos) e depois experimentar, como o diz Aristóteles, já citado por nós: "não apenas aprender (matheín), mas experimentar" (patheín).


Esse trecho mostra como o método cristão, do verdadeiro e primitivo cristianismo de Jesus e de seus emissários, tinha profunda conexão com os mistérios gregos, de cujos termos específicos e característicos Jesus e seus discípulos se aproveitaram, elevando, porém, a técnica da iniciação à perfeição, à plenitude, à realidade máxima do Cristo Cósmico.


Mas continuemos a expor. Usando, como Jesus, a terminologia típica da parádosis grega, Paulo insiste em que temos que assimilá-la interiormente pela gnose, recebendo a parádosis viva, "não mais de um Jesus de Nazaré histórico, mas do Kyrios, do Cristo ressuscitado, o Cristo Pneumatikós, esse mistério que é o Cristo dentro de vós" (CL 1:27).


Esse ensino oral (lógos akoês) constitui a tradição (traditio ou parádosis), que passa de um iniciado a outro ou é recebido diretamente do "Senhor" (Kyrios), como no caso de Paulo (cfr. GL 1:11): "Eu volo afirmo, meus irmãos, que a Boa-Nova que preguei não foi à maneira humana. Pois não na recebi (parélabon) nem a aprendi de homens, mas por uma revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo".


Aos coríntios (l. ª Cor. 2:1-5) escreve Paulo: "Irmãos, quando fui a vós, não fui com o prestígio do lógos nem da sophía, mas vos anunciei o mistério de Deus. Decidi, com efeito, nada saber entre vós sen ão Jesus Cristo, e este crucificado. Fui a vós em fraqueza, em temor, e todo trêmulo, e meu logos e minha pregação não consistiram nos discursos persuasivos da ciência, mas numa manifestação do Esp írito (pneuma) e do poder (dynamis), para que vossa fé não repouse na sabedoria (sophía) dos homens, mas no poder (dynamis) de Deus".


A oposição entre o logos e a sophia profanos - como a entende Aristóteles - era salientada por Paulo, que se referia ao sentido dado a esses termos pelos "mistérios antigos". Salienta que à sophia e ao logos profanos, falta, no dizer dele, a verdadeira dynamis e o pnenma, que constituem o mistério cristão que ele revela: Cristo.


Em vários pontos do Novo Testamento aparece a expressão "ensino ouvido" ou "ouvir o ensino"; por exemplo: MT 7:24, MT 7:26; 10:14; 13:19, 20, 21, 22, 23; 15:12; 19:22; MC 4:14, MC 4:15, MC 4:16, MC 4:17, 18, 19, 20; LC 6:47; LC 8:11, LC 8:12, LC 8:13, LC 8:15; 10:39; 11:28; JO 5:24, JO 5:38; 7:40; 8:43; 14:24; AT 4:4; AT 10:44; AT 13:7; AT 15:7; EF 1:13; 1. ª Tess. 2:13; HB 4:2; 1. ª JO 2:7; Ap. 1:3.


DYNAMIS


Em Paulo, sobretudo, percebemos o sentido exato da palavra dynamis, tão usada nos Evangelhos.


Pneuma, o Espírito (DEUS), é a força Potencial ou Potência Infinita (Dynamis) que, quando age (energeín) se torna o PAI (érgon), a atividade, a ação, a "energia"; e o resultado dessa atividade é o Cristo Cósmico, o Kosmos universal, o Filho, que é Unigênito porque a emissão é única, já que espaço e tempo são criações intelectuais do ser finito: o Infinito é uno, inespacial, atemporal.


Então Dynamis é a essência de Deus o Absoluto, a Força, a Potência Infinita, que tudo permeia, cria e governa, desde os universos incomensuráveis até os sub-átomos infra-microscópicos. Numa palavra: Dynamis é a essência de Deus e, portanto, a essência de tudo.


Ora, o Filho é exatamente o PERMEAADO, ou o UNGIDO (Cristo), por essa Dynamis de Deus e pelo Érgon do Pai. Paulo já o dissera: "Cristo... é a dynamis de Deus e a sophía de Deus (Christòn theou dynamin kaí theou sophían, 1. ª Cor. 1:24). Então, manifesta-se em toda a sua plenitude (cfr. CL 2:9) no homem Jesus, a Dynamis do Pneuma (embora pneuma e dynamis exprimam realmente uma só coisa: Deus): essa dynamis do pneuma, atuando através do Pai (érgon) toma o nome de CRISTO, que se manifestou na pessoa Jesus, para introduzir a humanidade deste planeta no novo eon, já que "ele é a imagem (eikôn) do Deus invisível e o primogênito de toda criação" (CL 1:15).


EON


O novo eon foi inaugurado exatamente pelo Cristo, quando de Sua penetração plena em Jesus. Daí a oposição que tanto aparece no Novo Testamento Entre este eon e o eon futuro (cfr., i. a., MT 12:32;


MC 10:30; LC 16:8; LC 20:34; RM 12:2; 1. ª Cor. 1:20; 2:6-8; 3:18:2. ª Cor. 4:4; EF 2:2-7, etc.) . O eon "atual" e a vida da matéria (personalismo); O eon "vindouro" é a vida do Espírito ó individualidade), mas que começa na Terra, agora (não depois de desencarnados), e que reside no âmago do ser.


Por isso, afirmou Jesus que "o reino dos céus está DENTRO DE VÓS" (LC 17:21), já que reside NO ESPÍRITO. E por isso, zôê aiónios é a VIDA IMANENTE (vol, 2 e vol. 3), porque é a vida ESPIRITUAL, a vida do NOVO EON, que Jesus anunciou que viria no futuro (mas, entenda-se, não no futuro depois da morte, e sim no futuro enquanto encarnados). Nesse novo eon a vida seria a da individualidade, a do Espírito: "o meu reino não é deste mundo" (o físico), lemos em JO 18:36. Mas é NESTE mundo que se manifestará, quando o Espírito superar a matéria, quando a individualidade governar a personagem, quando a mente dirigir o intelecto, quando o DE DENTRO dominar o DE FORA, quando Cristo em nós tiver a supremacia sobre o eu transitório.


A criatura que penetra nesse novo eon recebe o selo (sphrágis) do Cristo do Espírito, selo indelével que o condiciona como ingresso no reino dos céus. Quando fala em eon, o Evangelho quer exprimir um CICLO EVOLUTIVO; na evolução da humanidade, em linhas gerais, podemos considerar o eon do animalismo, o eon da personalidade, o eon da individualidade, etc. O mais elevado eon que conhecemos, o da zôê aiónios (vida imanente) é o da vida espiritual plenamente unificada com Deus (pneuma-dynamis), com o Pai (lógos-érgon), e com o Filho (Cristo-kósmos).


DÓXA


Assim como dynamis é a essência de Deus, assim dóxa (geralmente traduzida por "glória") pode apresentar os sentidos que vimos (vol. 1). Mas observaremos que, na linguagem iniciática dos mistérios, além do sentido de "doutrina" ou de "essência da doutrina", pode assumir o sentido específico de" substância divina". Observe-se esse trecho de Paulo (Filp. 2:11): "Jesus Cristo é o Senhor (Kyrios) na substância (dóxa) de Deus Pai"; e mais (RM 6:4): "o Cristo foi despertado dentre os mortos pela substância (dóxa) do Pai" (isto é, pelo érgon, a energia do Som, a vibração sonora da Palavra).


Nesses passos, traduzir dóxa por glória é ilógico, não faz sentido; também "doutrina" aí não cabe. O sentido é mesmo o de "substância".


Vejamos mais este passo (l. ª Cor. 2:6-16): "Falamos, sim da sabedoria (sophia) entre os perfeitos (teleiois, isto é, iniciados), mas de uma sabedoria que não é deste eon, nem dos príncipes deste eon, que são reduzidos a nada: mas da sabedoria dos mistérios de Deus, que estava oculta, e que antes dos eons Deus destinara como nossa doutrina (dóxa), e que os príncipes deste mundo não reconheceram. De fato, se o tivessem reconhecido, não teriam crucificado o Senhor da Doutrina (Kyrios da dóxa, isto é, o Hierofante ou Mistagogo). Mas como está escrito, (anunciamos) o que o olho não viu e o ouvido não ouviu e o que não subiu sobre o coração do homem, mas o que Deus preparou para os que O amam.


Pois foi a nós que Deus revelou (apekalypsen = tirou o véu) pelo pneuma" (ou seja, pelo Espírito, pelo Cristo Interno).


MISTÉRIO


Mistério é uma palavra que modificou totalmente seu sentido através dos séculos, mesmo dentro de seu próprio campo, o religioso. Chamam hoje "mistério" aquilo que é impossível de compreender, ou o que se ignora irremissivelmente, por ser inacessível à inteligência humana.


Mas originariamente, o mistério apresentava dois sentidos básicos:

1. º - um ensinamento só revelado aos iniciados, e que permanecia secreto para os profanos que não podiam sabê-lo (daí proveio o sentido atual: o que não se pode saber; na antiguidade, não se podia por proibição moral, ao passo que hoje é por incapacidade intelectual);


2. º - a própria ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação completa.


Quando falamos em "mistério", transliterando a palavra usada no Novo Testamento, arriscamo-nos a interpretar mal. Aí, mistério não tem o sentido atual, de "coisa ignorada por incapacidade intelectiva", mas é sempre a "ação divina revelada experimentalmente ao homem" (embora continue inacessível ao não-iniciado ou profano).


O mistério não é uma doutrina: exprime o caráter de revelação direta de Deus a seus buscadores; é uma gnose dos mistérios, que se comunica ao "mysto" (aprendiz de mística). O Hierofante conduz o homem à Divindade (mas apenas o conduz, nada podendo fazer em seu lugar). E se o aprendiz corresponde plenamente e atende a todas as exigências, a Divindade "age" (energeín) internamente, no "Esp írito" (pneuma) do homem. que então desperta (egereín), isto é, "ressurge" para a nova vida (cfr. "eu sou a ressurreição da vida", JO 11:25; e "os que produzirem coisas boas (sairão) para a restauração de vida", isto é, os que conseguirem atingir o ponto desejado serão despertados para a vida do espírito, JO 5-29).


O caminho que leva a esses passos, é o sofrimento, que prepara o homem para uma gnose superior: "por isso - conclui O. Casel - a cruz é para o cristão o caminho que conduz à gnose da glória" (o. c., pág. 300).


Paulo diz francamente que o mistério se resume numa palavra: CRISTO "esse mistério, que é o Cristo", (CL 1:27): e "a fim de que conheçam o mistério de Deus, o Cristo" (CL 2:2).


O mistério opera uma união íntima e física com Deus, a qual realiza uma páscoa (passagem) do atual eon, para o eon espiritual (reino dos céus).


O PROCESSO


O postulante (o que pedia para ser iniciado) devia passar por diversos graus, antes de ser admitido ao pórtico, à "porta" por onde só passavam as ovelhas (símbolo das criaturas mansas; cfr. : "eu sou a porta das ovelhas", JO 10:7). Verificada a aptidão do candidato profano, era ele submetido a um período de "provações", em que se exercitava na ORAÇÃO (ou petição) que dirigia à Divindade, apresentando os desejos ardentes ao coração, "mendigando o Espírito" (cfr. "felizes os mendigos de Espírito" MT 5:3) para a ele unir-se; além disso se preparava com jejuns e alimentação vegetariana para o SACRIF ÍCIO, que consistia em fazer a consagração de si mesmo à Divindade (era a DE + VOTIO, voto a Deus), dispondo-se a desprender-se ao mundo profano.


Chegado a esse ponto, eram iniciados os SETE passos da iniciação. Os três primeiros eram chamado "Mistérios menores"; os quatro últimos, "mistérios maiores". Eram eles:

1 - o MERGULHO e as ABLUÇÕES (em Elêusis havia dois lagos salgados artificiais), que mostravam ao postulante a necessidade primordial e essencial da "catarse" da "psiquê". Os candidatos, desnudos, entravam num desses lagos e mergulhavam, a fim de compreender que era necessário "morrer" às coisas materiais para conseguir a "vida" (cfr. : "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto", JO 12:24). Exprimia a importância do mergulho dentro de si mesmo, superando as dificuldades e vencendo o medo. Ao sair do lago, vestia uma túnica branca e aguardava o segundo passo.


2 - a ACEITAÇÃO de quem havia mergulhado, por parte do Mistagogo, que o confirmava no caminho novo, entre os "capazes". Daí por diante, teria que correr por conta própria todos os riscos inerentes ao curso: só pessoalmente poderia caminhar. Essa confirmação do Mestre simbolizava a "epiphanía" da Divindade, a "descida da graça", e o recem-aceito iniciava nova fase.


3 - a METÂNOIA ou mudança da mente, que vinha após assistir a várias tragédias e dramas de fundo iniciático. Todas ensinavam ao "mysto" novato, que era indispensável, através da dor, modificar seu" modo de pensar" em relação à vida, afastar-se de. todos os vícios e fraquezas do passado, renunciar a prazeres perniciosos e defeitos, tornando-se o mais perfeito (téleios) possível. Era buscada a renovação interna, pelo modo de pensar e de encarar a vida. Grande número dos que começavam a carreira, paravam aí, porque não possuíam a força capaz de operar a transmutação mental. As tentações os empolgavam e novamente se lançavam no mundo profano. No entanto, se dessem provas positivas de modifica ção total, de serem capazes de viver na santidade, resistindo às tentações, podiam continuar a senda.


Havia, então, a "experiência" para provar a realidade da "coragem" do candidato: era introduzido em grutas e câmaras escuras, onde encontrava uma série de engenhos lúgubres e figuras apavorantes, e onde demorava um tempo que parecia interminável. Dali, podia regressar ou prosseguir. Se regressava, saía da fileira; se prosseguia, recebia a recompensa justa: era julgado apto aos "mistérios maiores".


4 - O ENCONTRO e a ILUMINAÇÃO, que ocorria com a volta à luz, no fim da terrível caminhada por entre as trevas. Através de uma porta difícil de ser encontrada, deparava ele campos floridos e perfumados, e neles o Hierofante, em paramentação luxuosa. que os levava a uma refeição simples mas solene constante de pão, mel, castanhas e vinho. Os candidatos eram julgados "transformados", e porSABEDORIA DO EVANGELHO tanto não havia mais as exteriorizações: o segredo era desvelado (apokálypsis), e eles passavam a saber que o mergulho era interno, e que deviam iniciar a meditação e a contemplação diárias para conseguir o "encontro místico" com a Divindade dentro de si. Esses encontros eram de início, raros e breves, mas com o exercício se iam fixando melhor, podendo aspirar ao passo seguinte.


5 - a UNIÃO (não mais apenas o "encontro"), mas união firme e continuada, mesmo durante sua estada entre os profanos. Era simbolizada pelo drama sacro (hierõs gámos) do esponsalício de Zeus e Deméter, do qual nasceria o segundo Dionysos, vencedor da morte. Esse matrimônio simbólico e puro, realizado em exaltação religiosa (orgê) é que foi mal interpretado pelos que não assistiam à sua representação simbólica (os profanos) e que tacharam de "orgias imorais" os mistérios gregos. Essa "união", depois de bem assegurada, quando não mais se arriscava a perdê-la, preparava os melhores para o passo seguinte.


6 - a CONSAGRAÇÃO ou, talvez, a sagração, pela qual era representada a "marcação" do Espírito do iniciado com um "selo" especial da Divindade a quem o "mysto" se consagrava: Apolo, Dyonisos, Isis, Osíris, etc. Era aí que o iniciado obtinha a epoptía, ou "visão direta" da realidade espiritual, a gnose pela vivência da união mística. O epopta era o "vigilante", que o cristianismo denominou "epískopos" ou "inspetor". Realmente epopta é composto de epí ("sobre") e optos ("visível"); e epískopos de epi ("sobre") e skopéô ("ver" ou "observar"). Depois disso, tinha autoridade para ensinar a outros e, achando-se preso à Divindade e às obrigações religiosas, podia dirigir o culto e oficiar a liturgia, e também transmitir as iniciações nos graus menores. Mas faltava o passo decisivo e definitivo, o mais difícil e quase inacessível.


7 - a PLENITUDE da Divindade, quando era conseguida a vivência na "Alma Universal já libertada".


Nos mistérios gregos (em Elêusis) ensinava-se que havia uma Força Absoluta (Deus o "sem nome") que se manifestava através do Logos (a Palavra) Criador, o qual produzia o Filho (Kósmo). Mas o Logos tinha duplo aspecto: o masculino (Zeus) e o feminino (Deméter). Desse casal nascera o Filho, mas também com duplo aspecto: a mente salvadora (Dionysos) e a Alma Universal (Perséfone). Esta, desejando experiências mais fortes, descera à Terra. Mas ao chegar a estes reinos inferiores, tornouse a "Alma Universal" de todas as criaturas, e acabou ficando prisioneira de Plutão (a matéria), que a manteve encarcerada, ministrando-lhe filtros mágicos que a faziam esquecer sua origem divina, embora, no íntimo, sentisse a sede de regressar a seu verdadeiro mundo, mesmo ignorando qual fosse.


Dionysos quis salvá-la, mas foi despedaçado pelos Titãs (a mente fracionada pelo intelecto e estraçalhada pelos desejos). Foi quando surgiu Triptólemo (o tríplice combate das almas que despertam), e com apelos veementes conseguiu despertar Perséfone, revelando lhe sua origem divina, e ao mesmo tempo, com súplicas intensas às Forças Divinas, as comoveu; então Zeus novamente se uniu a Deméter, para fazer renascer Dionysos. Este, assumindo seu papel de "Salvador", desce à Terra, oferecendose em holocausto a Plutão (isto é, encarnando-se na própria matéria) e consegue o resgate de Perséfone, isto é, a libertação da Alma das criaturas do domínio da matéria e sua elevação novamente aos planos divinos. Por esse resumo, verificamos como se tornou fácil a aceitação entre os grego, e romanos da doutrina exposta pelos Emissários de Jesus, um "Filho de Deus" que desceu à Terra para resgatar com sua morte a alma humana.


O iniciado ficava permeado pela Divindade, tornando-se então "adepto" e atingindo o verdadeiro grau de Mestre ou Mistagogo por conhecimento próprio experimental. Já não mais era ele, o homem, que vivia: era "O Senhor", por cujo intermédio operava a Divindade. (Cfr. : "não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim", GL 2:20; e ainda: "para mim, viver é Cristo", Filp. 1:21). A tradição grega conservou os nomes de alguns dos que atingiram esse grau supremo: Orfeu... Pitágoras... Apolônio de Tiana... E bem provavelmente Sócrates (embora Schuré opine que o maior foi Platão).


NO CRISTIANISMO


Todos os termos néo-testamentários e cristãos, dos primórdios, foram tirados dos mistérios gregos: nos mistérios de Elêusis, o iniciado se tornava "membro da família do Deus" (Dionysos), sendo chamado.


então, um "santo" (hágios) ou "perfeito" (téleios). E Paulo escreve: "assim, pois, não sois mais estran geiros nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus. ’ (EF 2:19). Ainda em Elêusis, mostrava-se aos iniciados uma "espiga de trigo", símbolo da vida que eternamente permanece através das encarnações e que, sob a forma de pão, se tornava participante da vida do homem; assim quando o homem se unia a Deus, "se tornava participante da vida divina" (2. ª Pe. 1:4). E Jesus afirmou: " Eu sou o PÃO da Vida" (JO 6. 35).


No entanto ocorreu modificação básica na instituição do Mistério cristão, que Jesus realizou na "última Ceia", na véspera de sua experiência máxima, o páthos ("paixão").


No Cristianismo, a iniciação toma sentido puramente espiritual, no interior da criatura, seguindo mais a Escola de Alexandria. Lendo Filon, compreendemos isso: ele interpreta todo o Antigo Testamento como alegoria da evolução da alma. Cada evangelista expõe a iniciação cristã de acordo com sua própria capacidade evolutiva, sendo que a mais elevada foi, sem dúvida, a de João, saturado da tradição (parádosis) de Alexandria, como pode ver-se não apenas de seu Evangelho, como também de seu Apocalipse.


Além disso, Jesus arrancou a iniciação dos templos, a portas fechadas, e jogou-a dentro dos corações; era a universalização da "salvação" a todos os que QUISESSEM segui-Lo. Qualquer pessoa pode encontrar o caminho (cfr. "Eu sou o Caminho", JO 14:6), porque Ele corporificou os mistérios em Si mesmo, divulgando-lhes os segredos através de Sua vida. Daí em diante, os homens não mais teriam que procurar encontrar um protótipo divino, para a ele conformar-se: todos poderiam descobrir e utir-se diretamente ao Logos que, através do Cristo, em Jesus se manifestara.


Observamos, pois, uma elevação geral de frequência vibratória, de tonus, em todo o processo iniciático dos mistérios.


E os Pais da Igreja - até o século 3. º o cristianismo foi "iniciático", embora depois perdesse o rumo quando se tornou "dogmático" - compreenderam a realidade do mistério cristão, muito superior, espiritualmente, aos anteriores: tornar o homem UM CRISTO, um ungido, um permeado da Divindade.


A ação divina do mistério, por exemplo, é assim descrita por Agostinho: "rendamos graças e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos" (Tract. in Joanne, 21,8); e por Metódio de Olímpio: "a comunidade (a ekklêsía) está grávida e em trabalho de parto, até que o Cristo tenha tomado forma em nós; até que o Cristo nasça em nós, para que cada um dos santos, por sua participação ao Cristo, se torne o cristo" (Patrol. Graeca, vol. 18, ccl. 150).


Temos que tornar-nos cristos, recebendo a última unção, conformando-nos com Ele em nosso próprio ser, já que "a redenção tem que realizar-se EM NÓS" (O. Casel, o. c., pág. 29), porque "o único e verdadeiro holocausto é o que o homem faz de si mesmo".


Cirilo de Jerusalém diz: "Já que entrastes em comunhão com o Cristo com razão sois chamados cristos, isto é, ungidos" (Catechesis Mystagogicae, 3,1; Patrol. Graeca,, 01. 33, col. 1087).


Essa transformação, em que o homem recebe Deus e Nele se transmuda, torna-o membro vivo do Cristo: "aos que O receberam, deu o poder de tornar-se Filhos de Deus" (JO 1:12).


Isso fez que Jesus - ensina-nos o Novo Testamento - que era "sacerdote da ordem de Melquisedec (HB 5:6 e HB 7:17) chegasse, após sua encarnação e todos os passos iniciáticos que QUIS dar, chegasse ao grau máximo de "pontífice da ordem de Melquisedec" (HB 5:10 e HB 6:20), para todo o planeta Terra.


CRISTO, portanto, é o mistério de Deus, o Senhor, o ápice da iniciação a experiência pessoal da Divindade.


através do santo ensino (hierôs lógos), que vem dos "deuses" (Espíritos Superiores), comunicado ao místico. No cristianismo, os emissários ("apóstolos") receberam do Grande Hierofante Jesus (o qual o recebeu do Pai, com Quem era UNO) a iniciação completa. Foi uma verdadeira "transmiss ão" (traditio, parádosis), apoiada na gnose: um despertar do Espírito que vive e experimenta a Verdade, visando ao que diz Paulo: "admoestando todo homem e ensinando todo homem, em toda sabedoria (sophía), para que apresentem todo homem perfeito (téleion, iniciado) em Cristo, para o que eu também me esforço (agõnizómenos) segundo a ação dele (energeían autou), que age (energouménen) em mim, em força (en dynámei)". CL 1:28-29.


Em toda essa iniciação, além disso, precisamos não perder de vista o "enthousiasmós" (como era chamado o "transe" místico entre os gregos) e que foi mesmo sentido pelos hebreus, sobretudo nas" Escolas de Profetas" em que eles se iniciavam (profetas significa "médiuns"); mas há muito se havia perdido esse "entusiasmo", por causa da frieza intelectual da interpretação literal das Escrituras pelos Escribas.


Profeta, em hebraico, é NaVY", de raiz desconhecida, que o Rabino Meyer Sal ("Les Tables de la Loi", éd. La Colombe, Paris, 1962, pág. 216/218) sugere ter sido a sigla das "Escolas de Profetas" (escolas de iniciação, de que havia uma em Belém, de onde saiu David). Cada letra designaria um setor de estudo: N (nun) seriam os sacerdotes (terapeutas do psicossoma), oradores, pensadores, filósofos;

V (beth) os iniciados nos segredos das construções dos templos ("maçons" ou pedreiros), arquitetos, etc. ; Y (yod) os "ativos", isto é, os dirigentes e políticos, os "profetas de ação"; (aleph), que exprime "Planificação", os matemáticos, geômetras, astrônomos, etc.


Isso explica, em grande parte, porque os gregos e romanos aceitaram muito mais facilmente o cristianismo, do que os judeus, que se limitavam a uma tradição que consistia na repetição literal decorada dos ensinos dos professores, num esforço de memória que não chegava ao coração, e que não visavam mais a qualquer experiência mística.


TEXTOS DO N. T.


O termo mystérion aparece várias vezes no Novo Testamento.


A - Nos Evangelhos, apenas num episódio, quando Jesus diz a Seus discípulos: "a vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus" (MT 13:11; MC 4:11; LC 8:10).


B - Por Paulo em diversas epístolas: RM 11:25 - "Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério... o endurecimento de Israel, até que hajam entrado todos os gentios".


Rom. 16:15 - "conforme a revelação do mistério oculto durante os eons temporais (terrenos) e agora manifestados".


1. ª Cor. 2:1 – "quando fui ter convosco... anunciando-vos o mistério de Deus".


1. ª Cor. 2:4-7 - "meu ensino (logos) e minha pregação não foram em palavras persuasivas, mas em demonstração (apodeíxei) do pneúmatos e da dynámeôs, para que vossa fé não se fundamente na sophía dos homens, mas na dynámei de Deus. Mas falamos a sophia nos perfeitos (teleiois, iniciados), porém não a sophia deste eon, que chega ao fim; mas falamos a sophia de Deus em mistério, a que esteve oculta, a qual Deus antes dos eons determinou para nossa doutrina". 1. ª Cor. 4:1 - "assim considerem-nos os homens assistentes (hypêrétas) ecônomos (distribuidores, dispensadores) dos mistérios de Deus".


1. ª Cor. 13:2 - "se eu tiver mediunidade (prophéteía) e conhecer todos os mistérios de toda a gnose, e se tiver toda a fé até para transportar montanhas, mas não tiver amor (agápé), nada sou". l. ª Cor. 14:2 - "quem fala em língua (estranha) não fala a homens, mas a Deus, pois ninguém o ouve, mas em espírito fala mistérios". 1. ª Cor. 15:51 - "Atenção! Eu vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".


EF 1:9 - "tendo-nos feito conhecido o mistério de sua vontade"

EF 3:4 - "segundo me foi manifestado para vós, segundo a revelação que ele me fez conhecer o mistério (como antes vos escrevi brevemente), pelo qual podeis perceber, lendo, minha compreensão no mistério do Cristo".


EF 3:9 - "e iluminar a todos qual a dispensação (oikonomía) do mistério oculto desde os eons, em Deus, que criou tudo".


EF 5:32 - "este mistério é grande: mas eu falo a respeito do Cristo e da ekklésia.


EF 9:19 - "(suplica) por mim, para que me possa ser dado o logos ao abrir minha boca para, em público, fazer conhecer o mistério da boa-nova".


CL 1:24-27 - "agora alegro-me nas experimentações (Pathêmasin) sobre vós e completo o que falta das pressões do Cristo em minha carne, sobre o corpo dele que é a ekklêsía, da qual me tornei servidor, segundo a dispensação (oikonomía) de Deus, que me foi dada para vós, para plenificar o logos de Deus, o mistério oculto nos eons e nas gerações, mas agora manifestado a seus santos (hagioi, iniciados), a quem aprouve a Deus fazer conhecer a riqueza da doutrina (dóxês; ou "da substância") deste mistério nas nações, que é CRISTO EM VÓS, esperança da doutrina (dóxês)".


CL 2:2-3 - "para que sejam consolados seus corações, unificados em amor, para todas as riquezas da plena convicção da compreensão, para a exata gnose (epígnôsin) do mistério de Deus (Cristo), no qual estão ocultos todos os tesouros da sophía e da gnose".


CL 4:3 - "orando ao mesmo tempo também por nós, para que Deus abra a porta do logos para falar o mistério do Cristo, pelo qual estou em cadeias".


2. ª Tess. 2:7 - "pois agora já age o mistério da iniquidade, até que o que o mantém esteja fora do caminho".


1. ª Tim. 3:9 - "(os servidores), conservando o mistério da fé em consciência pura".


1. ª Tim. 2:16 - "sem dúvida é grande o mistério da piedade (eusebeías)".


No Apocalipse (1:20; 10:7 e 17:5, 7) aparece quatro vezes a palavra, quando se revela ao vidente o sentido do que fora dito.


CULTO CRISTÃO


Depois de tudo o que vimos, torna-se evidente que não foi o culto judaico que passou ao cristianismo primitivo. Comparemos: A luxuosa arquitetura suntuosa do Templo grandioso de Jerusalém, com altares maciços a escorrer o sangue quente das vítimas; o cheiro acre da carne queimada dos holocaustos, a misturar-se com o odor do incenso, sombreando com a fumaça espessa o interior repleto; em redor dos altares, em grande número, os sacerdotes a acotovelar-se, munidos cada um de seu machado, que brandiam sem piedade na matança dos animais que berravam, mugiam dolorosamente ou balavam tristemente; o coro a entoar salmos e hinos a todo pulmão, para tentar superar a gritaria do povo e os pregões dos vendedores no ádrio: assim se realizava o culto ao "Deus dos judeus".


Em contraste, no cristianismo nascente, nada disso havia: nem templo, nem altares, nem matanças; modestas reuniões em casas de família, com alguns amigos; todos sentados em torno de mesa simples, sobre a qual se via o pão humilde e copos com o vinho comum. Limitava-se o culto à prece, ao recebimento de mensagens de espíritos, quando havia "profetas" na comunidade, ao ensino dos "emissários", dos "mais velhos" ou dos "inspetores", e à ingestão do pão e do vinho, "em memória da última ceia de Jesus". Era uma ceia que recebera o significativo nome de "amor" (ágape).


Nesse repasto residia a realização do supremo mistério cristão, bem aceito pelos gregos e romanos, acostumados a ver e compreender a transmissão da vida divina, por meio de símbolos religiosos. Os iniciados "pagãos" eram muito mais numerosos do que se possa hoje supor, e todos se sentiam membros do grande Kósmos, pois, como o diz Lucas, acreditavam que "todos os homens eram objeto da benevolência de Deus" (LC 2:14).


Mas, ao difundir-se entre o grande número e com o passar dos tempos, tudo isso se foi enfraquecendo e seguiu o mesmo caminho antes experimentado pelo judaísmo; a força mística, só atingida mais tarde por alguns de seus expoentes, perdeu-se, e o cristianismo "foi incapaz - no dizer de O. Casel - de manterse na continuação, nesse nível pneumático" (o. c. pág. 305). A força da "tradição" humana, embora condenada com veemência por Jesus (cfr. MT 15:1-11 e MT 16:5-12; e MC 7:1-16 e MC 8:14-11; veja atrás), fez-se valer, ameaçando as instituições religiosas que colocam doutrinas humanas ao lado e até acima dos preceitos divinos, dando mais importância às suas vaidosas criações. E D. Odon Casel lamenta: " pode fazer-se a mesma observação na história da liturgia" (o. c., pág. 298). E, entristecido, assevera ainda: "Verificamos igualmente que a concepção cristã mais profunda foi, sob muitos aspectos, preparada muito melhor pelo helenismo que pelo judaísmo. Lamentavelmente a teologia moderna tende a aproximar-se de novo da concepção judaica de tradição, vendo nela, de fato, uma simples transmiss ão de conhecimento, enquanto a verdadeira traditio, apoiada na gnose, é um despertar do espírito que VIVE e EXPERIMENTA a Verdade" (o. c., pág. 299).


OS SACRAMENTOS


O termo latino que traduz a palavra mystérion é sacramentum. Inicialmente conservou o mesmo sentido, mas depois perdeu-os, para transformar-se em "sinal visível de uma ação espiritual invisível".


No entanto, o estabelecimento pelas primeiras comunidades cristãs dos "sacramentos" primitivos, perdura até hoje, embora tendo perdido o sentido simbólico inicial.


Com efeito, a sucessão dos "sacramentos" revela exatamente, no cristianismo, os mesmos passos vividos nos mistérios grego. Vejamos:
1- o MERGULHO (denominado em grego batismo), que era a penetração do catecúmeno em seu eu interno. Simbolizava-se na desnudação ao pretendente, que largava todas as vestes e mergulhava totalmente na água: renunciava de modo absoluto as posses (pompas) exteriores e aos próprios veículos físicos, "vestes" do Espírito, e mergulhava na água, como se tivesse "morrido", para fazer a" catarse" (purificação) de todo o passado. Terminado o mergulho, não era mais o catecúmeno, o profano. Cirilo de Jerusalém escreveu: "no batismo o catecúmeno tinha que ficar totalmente nu, como Deus criou o primeiro Adão, e como morreu o segundo Adão na cruz" (Catechesis Mistagogicae,

2. 2). Ao sair da água, recebia uma túnica branca: ingressava oficialmente na comunidade (ekklêsía), e então passava a receber a segunda parte das instruções. Na vida interna, após o "mergulho" no próprio íntimo, aguardava o segundo passo.


2- a CONFIRMAÇÃO, que interiormente era dada pela descida da "graça" da Força Divina, pela" epifanía" (manifestação), em que o novo membro da ekklêsía se sentia "confirmado" no acerto de sua busca. Entrando em si mesmo a "graça" responde ao apelo: "se alguém me ama, meu Pai o amará, e NÓS viremos a ele e permaneceremos nele" (JO 14:23). O mesmo discípulo escreve em sua epístola: "a Vida manifestou-se, e a vimos, e damos testemunho. e vos anunciamos a Vida Imanente (ou a Vida do Novo Eon), que estava no Pai e nos foi manifestada" (l. ª JO 1:2).


3- a METÁNOIA (modernamente chamada "penitência") era então o terceiro passo. O aprendiz se exercitava na modificação da mentalidade, subsequente ao primeiro contato que tinha tido com a Divindade em si mesmo. Depois de "sentir" em si a força da Vida Divina, há maior compreensão; os pensamentos sobem de nível; torna-se mais fácil e quase automático o discernimento (krísis) entre certo e errado, bem e mal, e portanto a escolha do caminho certo. Essa metánoia é ajudada pelos iniciados de graus mais elevados, que lhe explicam as leis de causa e efeito e outras.


4- a EUCARISTIA é o quarto passo, simbolizando por meio da ingestão do pão e do vinho, a união com o Cristo. Quem mergulhou no íntimo, quem recebeu a confirmação da graça e modificou seu modo de pensar, rapidamenle caminha para o encontro definitivo com o Mestre interno, o Cristo.


Passa a alimentar-se diretamente de seus ensinos, sem mais necessidade de intermediários: alimentase, nutre-se do próprio Cristo, bebe-Lhe as inspirações: "se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis seu sangue, não tendes a vida em vós. Quem saboreia minha carne e bebe meu sangue tem a Vida Imanente, porque minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é

verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (JO 6:53 ss).


5- MATRIMÔNIO é o resultado do encontro realizado no passo anterior: e o casamento, a FUSÃO, a união entre a criatura e o Criador, entre o iniciado e Cristo: "esse mistério é grande, quero dizê-lo em relação ao Cristo e à ekklêsia", escreveu Paulo, quando falava do "matrimônio" (EF 5:32). E aqueles que são profanos, que não têm essa união com o Cristo, mas antes se unem ao mundo e a suas ilusões, são chamados "adúlteros" (cfr. vol. 2). E todos os místicos, unanimemente, comparam a união mística com o Cristo ti uma união dos sexos no casamento.


6- a ORDEM é o passo seguinte. Conseguida a união mística a criatura recebe da Divindade a consagra ção, ou melhor, a "sagração", o "sacerdócio" (sacer "sagrado", dos, dotis, "dote"), o "dote sagrado" na distribuição das graças o quinhão especial de deveres e obrigações para com o "rebanho" que o cerca. No judaísmo, o sacerdote era o homem encarregado de sacrificar ritualmente os animais, de examinar as vítimas, de oferecer os holocaustos e de receber as oferendas dirigindo o culto litúrgico. Mais tarde, entre os profanos sempre, passou a ser considerado o "intemediário" entre o homem e o Deus "externo". Nessa oportunidade, surge no Espírito a "marca" indelével, o selo (sphrágis) do Cristo, que jamais se apaga, por todas as vidas que porventura ainda tenha que viver: a união com essa Força Cósmica, de fato, modifica até o âmago, muda a frequência vibratória, imprime novas características e a leva, quase sempre, ao supremo ponto, à Dor-Sacrifício-Amor.


7- a EXTREMA UNÇÃO ("extrema" porque é o último passo, não porque deva ser dada apenas aos moribundos) é a chave final, o último degrau, no qual o homem se torna "cristificado", totalmente ungido pela Divindade, tornando-se realmente um "cristo".


Que esses sacramentos existiram desde os primeiros tempos do cristianismo, não há dúvida. Mas que não figuram nos Evangelhos, também é certo. A conclusão a tirar-se, é que todos eles foram comunicados oralmente pela traditio ou transmissão de conhecimentos secretos. Depois na continuação, foram permanecendo os ritos externos e a fé num resultado interno espiritual, mas já não com o sentido primitivo da iniciação, que acabamos de ver.


Após este escorço rápido, cremos que a afirmativa inicial se vê fortalecida e comprovada: realmente Jesus fundou uma "ESCOLA INICIÁTICA", e a expressão "logos akoês" (ensino ouvido), como outras que ainda aparecerão, precisam ser explicadas à luz desse conhecimento.


* * *

Neste sentido que acabamos de estudar, compreendemos melhor o alcance profundo que tiveram as palavras do Mestre, ao estabelecer as condições do discipulato.


Não podemos deixar de reconhecer que a interpretação dada a Suas palavras é verdadeira e real.


Mas há "mais alguma coisa" além daquilo.


Trata-se das condições exigidas para que um pretendente possa ser admitido na Escola Iniciática na qualidade de DISCÍPULO. Não basta que seja BOM (justo) nem que possua qualidades psíquicas (PROFETA). Não é suficiente um desejo: é mistér QUERER com vontade férrea, porque as provas a que tem que submeter-se são duras e nem todos as suportam.


Para ingressar no caminho das iniciações (e observamos que Jesus levava para as provas apenas três, dentre os doze: Pedro, Tiago e João) o discípulo terá que ser digno SEGUIDOR dos passos do Mestre.


Seguidor DE FATO, não de palavras. E para isso, precisará RENUNCIAR a tudo: dinheiro, bens, família, parentesco, pais, filhos, cônjuges, empregos, e inclusive a si mesmo: à sua vontade, a seu intelecto, a seus conhecimentos do passado, a sua cultura, a suas emoções.


A mais, devia prontificar-se a passar pelas experiências e provações dolorosas, simbolizadas, nas iniciações, pela CRUZ, a mais árdua de todas elas: o suportar com alegria a encarnação, o mergulho pesado no escafandro da carne.


E, enquanto carregava essa cruz, precisava ACOMPANHAR o Mestre, passo a passo, não apenas nos caminhos do mundo, mas nos caminhos do Espírito, difíceis e cheios de dores, estreitos e ladeados de espinhos, íngremes e calçados de pedras pontiagudas.


Não era só. E o que se acrescenta, de forma enigmática em outros planos, torna-se claro no terreno dos mistérios iniciáticos, que existiam dos discípulos A MORTE À VIDA DO FÍSICO. Então compreendemos: quem tiver medo de arriscar-se, e quiser "preservar" ou "salvar" sua alma (isto é, sua vida na matéria), esse a perderá, não só porque não receberá o grau a que aspira, como ainda porque, na condição concreta de encarnado, talvez chegue a perder a vida física, arriscada na prova. O medo não o deixará RESSUSCITAR, depois da morte aparente mas dolorosa, e seu espírito se verá envolvido na conturbação espessa e dementada do plano astral, dos "infernos" (ou umbral) a que terá que descer.


No entanto, aquele que intimorato e convicto da realidade, perder, sua alma, (isto é, "entregar" sua vida do físico) à morte aparente, embora dolorosa, esse a encontrará ou a salvará, escapando das injunções emotivas do astral, e será declarado APTO a receber o grau seguinte que ardentemente ele deseja.


Que adianta, com efeito, a um homem que busca o Espírito, se ganhar o mundo inteiro, ao invés de atingir a SABEDORIA que é seu ideal? Que existirá no mundo, que possa valer a GNOSE dos mistérios, a SALVAÇÃO da alma, a LIBERTAÇÃO das encarnações tristes e cansativas?


Nos trabalhos iniciáticos, o itinerante ou peregrino encontrará o FILHO DO HOMEM na "glória" do Pai, em sua própria "glória", na "glória" de Seus Santos Mensageiros. Estarão reunidos em Espírito, num mesmo plano vibratório mental (dos sem-forma) os antigos Mestres da Sabedoria, Mensageiros da Palavra Divina, Manifestantes da Luz, Irradiadores da Energia, Distribuidores do Som, Focos do Amor.


Mas, nos "mistérios", há ocasiões em que os "iniciantes", também chamados mystos, precisam dar testemunhos públicos de sua qualidade, sem dizerem que possuem essa qualidade. Então está dado o aviso: se nessas oportunidades de "confissão aberta" o discípulo "se envergonhar" do Mestre, e por causa de "respeitos humanos" não realizar o que deve, não se comportar como é da lei, nesses casos, o Senhor dos Mistérios, o Filho do Homem, também se envergonhará dele, considerá-lo-á inepto, incapaz para receber a consagração; não mais o reconhecerá como discípulo seu. Tudo, portanto, dependerá de seu comportamento diante das provas árduas e cruentas a que terá que submeter-se, em que sua própria vida física correrá risco.


Observe-se o que foi dito: "morrer" (teleutan) e "ser iniciado" (teleusthai) são verbos formados do mesmo radical: tele, que significa FIM. Só quem chegar AO FIM, será considerado APTO ou ADEPTO (formado de AD = "para", e APTUM = "apto").


Nesse mesmo sentido entendemos o último versículo: alguns dos aqui presentes (não todos) conseguirão certamente finalizar o ciclo iniciático, podendo entrar no novo EON, no "reino dos céus", antes de experimentar a morte física. Antes disso, eles descobrirão o Filho do Homem em si mesmos, com toda a sua Dynamis, e então poderão dizer, como Paulo disse: "Combati o bom combate, terminei a carreira, mantive a fidelidade: já me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia - e não só a mim, como a todos os que amaram sua manifestação" (2. ª Tim. 4:7-8).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Hebreus Capítulo 11 do versículo 1 até o 40
B. As CREDENCIAIS DA FÉ, Hb 11:1-40

Seria natural para os cristãos hebreus questionar se o caminho de fé era necessário ou mesmo válido. Suas esperanças judaicas pelo reino messiânico não foram erradicadas pela aceitação de Jesus, mas foram transferidas para Ele. Visto que o conceito materia-lista deles não foi cumprido pela sua primeira vinda, ficou vinculado à sua segunda vinda. Enquanto esperavam que isto pudesse ocorrer muito em breve — certamente durante a vida deles — eles tinham nesta esperança incentivo suficiente para suportar pacientemente perseguição e perda, visto que logo seriam vingados, vindicados e restau-rados ao poder terreno. Mas, à medida que o tempo ia passando e com o agravamento das tribulações, sem qualquer sinal da sua vinda, eles começaram a experimentar apreen-são. Será que Jesus era, de fato, o Messias? Valia a pena todo esse sacrifício? Inevitavel-mente é mais fácil chegar a um acordo com o mundo quando paramos de ter certeza da razão do conflito com o mundo.

Esta esperança para um futuro glorioso, embora perfeitamente válido, estava mis-turada com resquícios do nacionalismo judaico e outras divergências sérias. Jesus, e mais tarde Paulo, tinham tentado tirar da mente dos discípulos esses enganos. Eles ensinaram, primeiro, que as glórias futuras eram essencialmente espirituais, e que a razão real para seguir a Jesus era a salvação eterna da alma, não um desejo egoísta de estar no poder quando o seu governo mundial fosse estabelecido. Segundo, que o retorno de Cristo em poder não deveria ser esperado imediatamente, mas que haveria um perí-odo de duração indefinida Durante esse tempo sua atenção deveria estar voltada, não para a esperança da Segunda Vinda, mas para a evangelização do mundo.

O Pentecostes mudou completamente o entusiasmo da Igreja Primitiva de um go-verno terreno e visível para a pregação do evangelho, de que Cristo habitaria no coração das pessoas pela fé. Eles nunca perderam de vista a "esperança", mas ela se tornou mais espiritualizada e certamente mais subordinada à sua tarefa imediata. O Pentecostes substituiu a visão materialista por um conceito espiritual enérgico e eficaz. Eles viram agora que a arena da sua luta era moral e espiritual, não política ou material; que o pecado e Satanás eram os verdadeiros inimigos, e a santidade (agora) e o céu (mais tarde) eram os verdadeiros objetivos; que o poder não era nem a espada nem o discurso, mas a Palavra, o Sangue e o Espírito.

De alguma forma, essa compreensão mais abrangente não tinha alcançado estes cristãos hebreus. Seu Pentecostes não tinha chegado. Eles continuavam inconstantes.

Neste estado, havia uma forte tentação de desprezar o caminho de fé, que parecia ineficaz. Jesus não era mais visível, e a promessa do seu retorno não havia sido cum-prida. Não seria melhor andar por vista em vez de por fé? Não seria melhor voltar a Moisés e ao Templo? Seria melhor ter alguma coisa concreta e visível do que apegar-se obstinadamente a uma fé no que parecia o país das maravilhas mas de uma certeza e esperança nebulosas. No meio dessas dores de parto, eles estavam em perigo de repetir o erro dos seus pais (Êx 32:1).

A necessidade elementar da fé, como parte integral do plano divino, tem estado implíci-ta em toda a epístola, vindo à tona ocasionalmente. Mas agora o autor se volta a este tema com atenção exclusiva. Ele precisa mostrar que o caminho da fé é superior, não inferior, e que é eficiente, não ineficiente. Para fazê-lo, ele desenvolve no capítulo 11 as credenciais da fé, ao explicar sua natureza e ao mostrar que como uma exigência divina o caminho de fé não é novo, mas tão antigo quanto a história do povo de Deus. Por meio deste caminho de fé, os justos no decurso da revelação especial foram o que foram. Se não tivessem sido homens de Deus, a geração presente não poderia desfrutar da rica herança hebraica.

1. O Significado da Fé (11,1)

O autor inicia com uma proposição geral em relação à natureza da fé. Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem. A palavra (pistis) pode significar crença, confiança, fidelidade, persuasão firme ou convicção firme. Mas na Bíblia ela sempre encontra seu propósito em Deus. Fé bíblica não é crer em si mesmo ou no homem, mas em Deus. O uso constante do dativo de instrumento ("pela fé") neste capítulo não atribui nenhum poder mágico à fé, mas sim-plesmente mostra que a fé é o meio pelo qual recebemos de Deus, a fonte do nosso serviço para Deus e a única base aceitável de um relacionamento satisfatório com Deus.

Portanto, a proposição do versículo 1, embora não defina exatamente, mostra
a) sua relação com a esperança e b) sua relação com o invisível. A palavra fundamento, no grego hypostasis, traz a idéia de "colocar por baixo". Neste caso, esta palavra traz a idéia da confiança de que as nossas esperanças são válidas e o fundamento para que se reali-zem. A fé fica na base das coisas que se esperam e as preserva para nós. Se perdermos a nossa fé, nossas esperanças não se materializarão. Alguém disse: "Fé é o documento de propriedade ou a escritura definitiva". O mero sentimento de segurança, no entanto, pode não ser uma escritura definitiva, mas sim esta segurança plena na promessa de Deus, independentemente do sentimento pessoal.

A proposição também indica a relação entre a fé e a ordem invisível da realidade. Mais uma vez, a tradução da palavra prova pode ser enganosa, porque a fé em si não prova nada. Estritamente, é verdade, a palavra elengchos significa prova. Mas aqui ela é usada no sentido de uma "persuasão completa", tão completa que não é necessária uma prova complementar. Vemos as coisas pela fé e não com os olhos naturais Phillips capta o sentido na sua simplicidade. "Ela [a fé] significa estar certo das coisas que não pode-mos ver". Fé, portanto, é muito mais do que um pensar desejoso ou um esperar anelante.

2. A Certeza da Fé (11:2-3)

Foi com esse tipo de fé que os antigos (os pais antigos) alcançaram testemu-nho, i.e., "obtiveram afirmação" (v. 2). A atestação mais básica recebida pela fé (por eles, mas compartilhada por nós) é nossa compreensão de que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente (3). Está inferido aqui o princípio epistemológico de que a fé é uma forma de alcançar conhecimento. Muito do nosso conhecimento vem pela fé em uma pessoa ou fonte autorizada de informação, em vez de por uma presença e prova pessoal. Estamos certos da criação divina, mas não estávamos lá para vê-la. Ainda mais ligado à defesa da fé do autor está o fato metafísico expresso não somente de que o "universo foi formado pela palavra de Deus" (NVI), mas que neste ato cria-tivo o "o visível foi feito a partir do invisível" (NEB). Portanto, o mundo real, o senti-do máximo de realidade, não está na ordem dos fenômenos, mas na ordem invisível. O que parece real para o nosso sentido físico é, na verdade, somente um produto daquilo que parece irreal em nossos sentidos. A fé, portanto, não é um pensamento ilusório em um mundo imaginário, mas exatamente o oposto; ela penetra através do mundo superficial da aparência para apoderar-se da realidade fundamental e eterna por trás das aparências. A fé, portanto, não é um assentimento da religião no nível de jardim de infância, mas é um integrante da religião madura e está no coração de uma filosofia saudável.'

3. A Justiça da Fé (11.4,5)

a) O caminho da fé da justiça (11.4). Não somente obtemos conhecimento por meio da fé, mas a fé também é o meio de recebermos certeza da aprovação divina. Abel ilustra a obtenção da justiça pela fé e do testemunho de Deus, enquanto Enoque ilustra a pre-servação pela fé deste relacionamento com Deus até o fim da vida. Pela fé, Abel ofere-ceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons (4). O testemunho de Deus para Abel de que ele era justo foi uma evidência (testemunho) da aceitabilidade das suas ofertas. Pelo qual refere-se não à mas ao sacrifício. Era o maior sacrifício que se tornou a base da aceitação. Por este ato, depois de morto, ainda fala; assim somos lembrados que a fé simplesmente na bondade de Deus não justifica ninguém. A fé justi-fica indiretamente, não diretamente. Ela se achega a Deus por meio de um sacrifício. A fé é ativa em sua percepção de Deus e do pecado, e na sua convicção de que Deus está ávido por ser propiciado. A fé está, portanto, depositada no sacrifício como um acesso válido e também na disposição de Deus de aceitar o sacrifício; mas a fé não supõe que Deus é indiferente ao modo de acesso.

A fé do humanismo entende que o sacrifício não é necessário, mas ela não traz a paz. Esta é a fé do orgulho e da presunção. A fé evangélica se aproxima de Deus por meio do Calvário. A superioridade do sacrifício de Abel' estava fundamentada tanto no seu espírito humilde quanto no conteúdo que foi oferecido (Gn 4:3-4). Os "Cains" de hoje também precisam saber que as ofertas sem derramamento de sangue realizadas por homens farisaicos, o trabalho de mãos humanas e as realizações da cultura huma-na não compram o acesso ao Pai. O pecado tornou tudo isto inválido como base para a "unidade" divino-humana. Deve haver sangue, e somente o sangue do Cordeiro santo de Deus é válido. Vamos oferecê-lo pela fé e nós também conheceremos o testemunho interior da justiça.

b) O caminho da fé da justiça (11.5). De Enoque aprendemos que é possível e neces-sário manter este relacionamento de fé ao longo da experiência terrena. Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte.' A palavra trasladado (metetethe) significa literalmente "transpor", de um nível mais baixo para um mais alto (mesma palavra usa-da em 7.12). Em Atos 7:16, esta palavra é usada referindo-se à transferência dos ossos de Jacó do Egito para Siquém, em Canaã. A afirmação de que não foi achado sugere que por dias sua família e amigos procuraram por ele, mas em vão, porque Deus o havia trasladado para uma posição celestial. Mas a transposição exterior foi justificada pela transformação interior. Por trás do "dom das asas" havia um caminhar devoto (Gn 5:24). Este não era o arrebatamento de um pecador, mas de um santo, que, antes da sua trasladação, alcançou testemunho de que agradara a Deus. O Espírito de Deus testemunhou que tudo estava bem; nenhum ajuste de última hora foi necessário. Aqui novamente o papel da fé foi indireto — a fé, em si mesma, não pode transladar ninguém para o céu. Mas o caminhar de Enoque com Deus foi por fé e a trasladação foi a recom-pensa soberana de Deus pela sua fidelidade nessa caminhada.

4. A Essência da Fé (11,6)

Agora um grande princípio da fé está claramente expresso. Primeiramente, vemos este princípio exposto de forma negativa: Ora, sem fé é impossível agradar-lhe. Se Enoque não continuasse crendo, ele não teria recebido a certeza contínua de que estava agradando a Deus. Esta é uma lei simples, mas inescapável do Reino. Deus deve ter súditos que confiam nEle como Deus — e isto inclui sua sabedoria, sua bondade e seu poder. Duvidar é difamar. Confiar é honrar. Todos os outros tributos são insultos se o tributo da fé está faltando. Não somos guardados pelo sentimento, mas pela fé, porque somente ao crermos em Deus podemos agradar-lhe.

O princípio é então ampliado de forma positiva: porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe — este é um ponto de vista intelec-tual do teísmo. É um teísmo personalista — aquele que, não "o ser" que. Mas o homem pode acreditar que Deus existe e não ter comunicação nem comunhão com Ele. Portanto, o teísmo teórico deve tornar-se a confiança humilde de que ele existe e [...] é galardoador dos que o buscam. Aqui está uma confiança dupla: primeiro, na atenção de Deus em buscar o homem, e, segundo, na integridade e benevolência do caráter de Deus. Ele vai galardoar aquele que o busca, e o galardão vai ser de acordo com a necessidade (Lc 11:9-13). Somente esta confiança torna possível um relacionamento significativo e pessoal. Mas esta confiança está vinculada a um bus-ca diligente. Os galardões de Deus da graça divina não são espalhados de maneira promíscua e indiscriminada. O relacionamento deve ser interpessoal — de duas vias. O homem deve querer Deus, não somente seus dons, mas para o seu próprio bem, e querê-lo a ponto de procurá-lo. O homem também deve tomar a iniciativa, como evi-dência de um desejo sincero.

No versículo 6, vemos "Como Obter Algo de Deus":

1) Pureza de motivo: o buscam — sua presença, sua vontade, sua glória.

2) Deve haver sinceridade de propósito. Esta busca deve ser diligente — sincera, aberta e persistente.

3) Deve haver simplicidade de fé: creia que ele existe e que é galardoador — uma fé refletida na busca diligente, uma fé que aposta tudo na integridade de Deus, uma fé que se afirma a si mesma.

  1. A Obra da Fé (11,7)

Pela fé Noé [...] preparou a arca (Gn 6:8-9, 13 22:7-1). No entanto, a iniciativa não foi humana, mas divina: divinamente avisado. O nome de Deus não é citado, mas inferido pelo particípio, kramatistheis, "tendo sido divinamente avisado e advertido" (cf. 8.5). Temeu indica a motivação interior. De que maneira a fé é compatível com o temor? Simplesmente, pelo fato de que o temor foi gerado pela sua confiança implícita na Pala-vra de Deus. Ele creu que uma enchente viria e foi estimulado a agir por causa da pers-pectiva assustadora de ser apanhado despreparado. O resultado da sua fé-ação foi a salvação da sua família. Quando o homem crê em Deus e age de acordo, obtém a salvação, tanto física quanto espiritual, na vida dos outros.

  1. A Obediência da Fé (11,8)

Quando o "pai da fé" foi chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança. Isto também ocorreu pela fé visto que
a) havia um pano de fundo de fé-familiaridade com Deus; b) ele cria que esta impressão (este chamado) era a voz de Deus; c) ele cria que existia este lugar se Deus havia dito; d) ele cria que Deus o protegeria durante a viagem e depois da sua chegada; e) ele cria que Deus identificaria o lugar à sua maneira e a seu tempo e f) ele cria que a promessa de Deus de dar a ele a terra certamente se cumpriria (Gn 12:1-4). Este é o tipo de fé que instiga a obediência e é provada por ela. Atuar pela fé, realizando grandes coisas para Deus, sempre é uma simples questão de obediência, em que Deus toma a iniciativa. Mas a fé deve ser forte o suficiente para obedecer mesmo quando Deus mantém em segredo alguns detalhes que gostaríamos de saber. Abraão não sabia para onde estava indo. Ele conhecia apenas a direção. Nenhum mapa topográfico foi-lhe apresentado, somente a promessa: "Eu te mos-trarei" (Gn 12:1). Algumas pessoas nunca alcançam nada para Deus porque não querem obedecer um passo por vez; elas querem muita informação adiantada. Elas querem eli-minar da obediência todo mistério, incerteza e risco aparente. Mas isto também signifi-caria a eliminação da própria fé.

  1. A Peregrinação da Fé (11.9,10)

Depois que Abraão chegou, habitou na terra da promessa (9) ; literalmente, "ele tornou-se um peregrino". Ele instalou-se na terra, não como dono ou conquista-dor, mas como estrangeiro, como em terra alheia; i.e., não sua própria terra, mas como pertencendo a alguém outro. Ele não brandiu a espada e proclamou o seu gover-no; ele não tomou nada em suas próprias mãos. Este também é o caminho da fé: deixar Deus cumprir suas promessas no seu tempo e à sua maneira. Não precisamos forçar as coisas ou provocar guerras para cumprir a sua vontade. Uma fé fraca sem-pre rói as unhas.

Exigiu-se de Abraão uma confiança calma e paciente por um longo tempo, e não somente dele, mas do seu filho e do neto, Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Três gerações de herdeiros, vivendo em cabanas (tendas), não cidades ou casas, mas como estrangeiros em sua própria terra! Será que eles foram tentados a ques-tionar se não haviam se enganado, ou se Deus tinha esquecido, ou estava demorando demais? Na ordem das coisas de Deus, a verdadeira situação muitas vezes está oculta. Davi era rei na "mente" de Deus muitos anos antes que se tornou rei na mente das pessoas. Mas a fé sabe esperar, porque vê os fatos por trás das circunstâncias. Ela não precisa gritar; também não tem necessidade de abandonar a esperança e entrar no de-sespero. O exemplo de Abraão talvez foi apresentado para envergonhar estes cristãos hebreus que estavam entrando em pânico porque nem todas as promessas de Cristo haviam se concretizado.

Abraão talvez tenha admirado as cidades cananéias, mas não as invejou — Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus (10). "Pois ele esperava a cidade que tem alicerces [de realidade eterna], cujo arquiteto (mestre de obras) e edificador (empreiteiro) é Deus" (NVI). Ele podia esperar; porque muito tempo depois que as cidades cananéias tivessem se transformado em pó, a cidade de Deus permaneceria em pé. Nós também podemos nos dar o luxo de esperar.

  1. A Descendência da Fé (11.11,12)

A fé também era a chave para a concepção miraculosa de Sara: porquanto teve por fiel aquele que lho tinha prometido (11). É verdade, quando ouviu pela primeira vez a predição, "riu-se Sara consigo" (Gn 18:12), porque na sua idade avançada ela sabia que no mundo natural a idéia era absurda. Mas seu riso dócil de deleite se transformou em uma fé firme quando o Senhor a repreendeu e no final tornou-se um riso de alegria santa (Gn 21:6). Sua confiança em Deus capacitou-a a receber uma força sobrenatural para esta experiência.

Por meio da fé de Sara e Abraão, Deus foi capaz de fazer suas promessas, dadas antes de Isaque nascer e então reafirmadas depois que Abraão foi provado no monte Moriá (Gn 15:5-22.17). Pelo que também de um, e esse já amortecido (lit., já impo-tente), descenderam tantos, em multidão, como as estrelas do céu, e como a areia inumerável que está na praia do mar (12). Mas não somente a raça hebraica é a descendência da fé, mas os crentes gentios também, visto que "os que são da fé são filhos de Abraão" (Rm 4:9-25; Gl 3:7-9).

  1. A Confissão de Fé (11:13-16)

A fé bíblica sempre olha para frente bem como para cima, e abrange a eternidade, bem como o tempo. O autor descreveu de maneira sucinta a vida de fé dos patriarcas, a quem as promessas foram dadas. Agora ele nos lembra que eles não abandonaram a fé só porque as promessas não se materializaram da noite para o dia. Todos estes morre-ram na fé, sem terem recebido as promessas (13). Naturalmente, a forma muda de pistei, "pela fé", para trata pistin, "na fé". Eles não morreram pela fé, mas na fé, crendo em Deus até o seu último respirar. Eles receberam as promessas, mas não haviam recebido o cumprimento (a mesma palavra usada em 10.36). A promessa de um filho (Isaque) havia sido cumprida; evidentemente, portanto, as promessas nas quais manti-nham os seus olhos e pelas quais viviam e morriam eram maiores do que esta promessa específica. O nascimento de Isaque era apenas um símbolo da plenitude futura.

Nos versículos 13:16, vemos que "A Confissão de Fé" inclui:

a) A posse da visão — mas, vendo-as de longe. Este era o discernimento do profeta ou vidente em relação ao futuro. Eles sentiam que a visão que Deus tinha dado era para um dia distante. Mas eles eram grandes o suficiente para ver o todo, não apenas as partes e ver adiante, não apenas o presente; eles estavam dispostos em ser pequenas peças no plano maior de Deus. Eles sabiam que o Deus que tinha dado a visão não iria morrer quando eles morressem.

  1. Uma persuasão de valor — e crendo nelas, e abraçando-as. Eles não só esta-vam convencidos de que as promessas eram "boas", mas entregaram-se completamente aos valores superiores que representavam. As duas frases são uma tradução dupla de uma palavra, aspasamenoi, "tendo saudado", e significa neste caso "tendo abraçado men-talmente", tendo recebido "no coração ou no entendimento".
  2. Uma profissão de peregrinação — confessaram que eram estrangeiros e pe-regrinos na terra. Aqui estão reveladas a profundidade e a grandeza da visão dos patriarcas, nem sempre reconhecidas. Sua visão ia além de Canaã. Eles não eram ape-nas viajantes na terra prometida da Palestina, mas estrangeiros e peregrinos na terra. Porque os que isso dizem claramente mostram que buscam uma pátria (14) e, obviamente, eles não têm em mente Canaã ou a terra dos seus ancestrais, a Mesopotâmia, quando se referem a esta verdadeira pátria. Certamente, se lembras-sem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar (15). O signi-ficado do tempo imperfeito nos dois verbos principais não é observado na KJV (a idéia do subjuntivo não faz parte do texto grego). A tradução deveria ser a seguinte: "E se eles realmente tivessem lembrado daquela (terra) de onde tinham saído, eles teriam tido continuamente a oportunidade de voltar"?' O olhar crônico para trás produz também pés voltados para trás. Quando o homem deseja voltar atrás (anakampsai), seus olhos descobrirão uma série de maneiras e razões. Lembrassem significa "fixar os pensamen-tos em algo", referir-se, falar de. Se as pessoas não querem apostatar, é melhor manter o seu passado fora da sua imaginação e conversa. Se Deus está disposto a esquecer, é melhor que também estejamos.

Os santos do AT, no entanto, não tinham nenhum interesse em olhar para trás; eles estavam enamorados demais com o futuro. Mas, agora, desejam uma melhor, isto é, a celestial (16). Literalmente, "eles se esticam", tão intensa é a sua devoção. Que os patriarcas tinham uma idéia do céu — ou pelo menos uma teocracia espiritual — é clara-mente expresso, porque o contraste não é somente com a terra antiga, mas com a pátria onde agora estavam caminhando como nômades. Canaã era agradável, mas não preen-chia a revelação interior que Deus tinha dado a eles. Eles podem ter visto na terra um tipo de Reino, como viram em Isaque um tipo do Messias e uma expectativa da bênção que deveria vir sobre todas as famílias da terra. Possivelmente, esta é a razão por esta-rem dispostos a ser contados como estrangeiros na terra; eles de qualquer maneira nun-ca se sentiram em casa jeito. É triste que seus descendentes perderam a visão (o mesmo perigo que estes cristãos hebreus estavam correndo), e se acomodaram com esse apego intenso a esta terra. Peregrinos não estão demasiadamente preocupados com posses e possuidores avarentos logo deixam de ser peregrinos. Como C. S. Lewis diz: "Muitas pessoas pensam que estão encontrando seu lugar no mundo, quando, na realidade o mundo está encontrando seu lugar nelas".

Por causa da atitude espiritual deles, Deus não se envergonha deles, de se cha-mar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade. Alguns que professam crer em Deus são uma desonra para Ele devido às suas almas miseravelmente presas à terra. Mas este não era o caso de Abraão, Sara, Isaque e Jacó (Ex 3:3-16) ; deles Ele recebia com alegria o título Deus. Ele, em Cristo, preparou a cidade — uma moradia eterna e segura (Jo 14:1-4; Ap 21:2). Visto que olhavam para o futuro com fé, eles são tão favorecidos por Cristo como nós que também olhamos para o futuro com fé, embora nossa fé seja reforça-da com o conhecimento adicional do Calvário, que nos deixa sem desculpa para deixar escapar a Cidade Santa.

  1. O Teste da Fé (11:17-19)

Há uma confiança sublime e ao mesmo tempo pungente na fé perfeita, como é reve-lada em Abraão quando ele, sendo provado (colocado à prova), ofereceu [...] a Isaque (17). O autor deliberadamente ressalta a severidade intensa deste teste: aquele que recebera (acolhera, recebera com alegria) as promessas ofereceu (estava no ato de oferecer) o seu unigênito — de quem foi dito: Em Isaque será chamada a tua des-cendência (18). Para alguém com menos fé, isto poderia parecer um completo despeda-çar de esperanças. Mas o equilíbrio de Abraão tinha uma simples explicação: Conside-rou que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar. E daí também, em figura, ele o recobrou (18-19). Isto é, figuradamente falando, Isaque era um dom da vida a partir da morte; o Deus que fez um milagre quanto ao cumprimento da promes-sa poderia realizar mais um. A expressão era poderoso não atribui a Abraão a certeza de que Deus faria mas que Ele poderia fazer. Esta era a única solução que Abraão conse-guia enxergar; mas a sua confiança era tão grande na integridade de Deus que sentiu-se perfeitamente seguro de obedecer absolutamente e deixar os caminhos e meios para Deus. É importante observar que Abraão venceu esta prova porque Isaque nunca havia se tornado um ídolo.

Nesta passagem vemos "A Fé Testada e Triunfante".

1) A fé é testada (a) quando os sacrifícios exigidos parecem excessivos, (b) quando os mistérios da providência permanecem insolúveis, (c) quando a promessa de Deus parece irrealizável.

2) A fé triunfa porque (a) ela acredita na grandeza de Deus, apesar das dificuldades, (b) confia na bondade de Deus apesar das aparências, (c) obedece às ordens de Deus apesar das conseqüências.

  1. A Confiança da Fé (11:20-22)

A fé dá ao seu possuidor os olhos de um vidente (profeta), e uma confiança no futuro do povo de Deus. Isto é demonstrado em Isaque, que pela fé [...] abençoou Jacó e Esaú, no tocante às coisas futuras (20; cf. Gn 27:27-29, 39,40). Ela também é vista em Jacó que abençoou cada um dos filhos de José no leito da morte (21; cf. Gn 48:11-20).11José amplia este aspecto ainda mais: Pela fé, José, próximo da morte, fez menção da saída dos filhos de Israel e deu ordem acerca de seus ossos (22; cf. Gn 50:24-25). Ele não queria que seus restos mortais ficassem no Egito. Nos três exemplos, a confiança no futuro era baseada na fé acerca da integridade das promessas de Deus. Aqui era a visão que transcendia seu próprio destino e sua própria geração. Eles se enxergavam fazendo parte de um grande plano, como elos da corrente da história divi-na.' Sua fé não foi alterada pelo não cumprimento durante a vida deles. Isto também servia de repreensão para estes cristãos hebreus hesitantes!

  1. A Coragem da Fé (11,23)

Foi a fé que capacitou Anrão e Joquebede a esconder Moisés, já nascido [...] três meses [...] porque viram que era um menino formoso; e não temeram o manda-mento do rei (Ex 2:2ss). A ordem era que cada infante masculino fosse lançado no rio (Êx 1:22). Mas os pais perceberam que este menino era formoso, i.e., bonito. O adjetivo principesco ou magnífico transmite melhor a idéia do original. Todos os pais têm orgulho de seus filhos e acham que são especiais; há uma dica aqui, no entanto, de uma percep-ção profética de que esta criança tinha um destino especial. Esta visão e fé deram aos pais a coragem de crer que Deus os ajudaria a frustrar a ordem do rei. Eles não teme-ram (lit., não estavam apavorados ou intimidados). Quando o bebê se tornou tão baru-lhento aos três meses que se tornou impossível manter a sua presença em segredo, pre-pararam um berço flutuante e designaram sua irmã maior a cuidar do menino. Em vez de lançá-lo no rio, eles o colocaram sobre o rio, crendo que se Deus tinha um plano espe-cial para Moisés, Ele poderia de alguma forma preservá-lo. E Ele o fez, de tal forma que se tornou uma história mais interessante do que as melhores histórias de ficção.

  1. A Escolha da Fé (11:24-26)

Os primeiros anos, normalmente, são mais importantes do que os anos posteriores na vida da criança. Felizmente, a mãe de Moisés esteve com ele quando ele era mais moldável e deve tê-lo educado bem no conhecimento do único e verdadeiro Deus. Como jovem, ele ponderou cuidadosamente a vida do povo simples e temente a Deus da sua mãe e a vida resplandecente, mas corrupta da corte. Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó (24). Foi um repúdio claro e definitivo, como o tempo aoristo sugere. Ele rompeu com a realeza egípcia de uma vez por todas, escolhendo (lit., tendo escolhido), antes, ser maltratado com o povo de Deus (25). A rejeição exterior foi o resultado de uma decisão interior prévia. A habilidade de tomar decisões e de escolher sempre o lado certo é a marca do caráter forte. Outra vez, o autor está envergonhando estes cristãos hebreus em virtude da forma vacilante e indecisa de eles se comportarem.

Moisés conhecia bem a opressão cruel e a privação sofridas por este povo; ele não era ignorante ou ingênuo. Mas ele pesou o sofrimento deles com o gozo do pecado, porque percebeu que aqueles que sofriam eram o povo de Deus, portanto, interiormente supe-riores, e se sairiam melhor no final, porque o gozo do pecado era apenas por um pou-co de tempo. Assim, as vantagens da corte egípcia eram vistas como sendo superficiais e temporárias. Sua escolha, portanto, era inspirada pelo seu modelo de valores: tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo ("o estigma que está sobre o Ungido de Deus", NEB) do que os tesouros do Egito. O estigma continua presente! Muitos estu-diosos modernos tentam de todas as maneiras possíveis desfazer e desacreditar o cami-nho cristão, mas podemos estar certos de que na medida em que tiverem êxito em tornar Cristo palatável ao homem natural, nessa mesma medida moldaram um Cristo falso e imaginário. Que conceito Moisés tinha de Cristo (lit., o Cristo) ? Provavelmente o seu conceito não era claro, mas seu conhecimento de que os hebreus eram o povo de Deus indubitavelmente incluía um conhecimento vago de um Ungido prometido 1Co 10:1-4). Embora sua mente possa ter estado nebulosa quanto a detalhes, sua fé estava segura, tão segura que por causa dela ele estava disposto a arriscar seu presente e seu futuro.

O autor continua mostrando que o sistema de valores de Moisés estava baseado em grande parte na sua habilidade de olhar para o futuro: porque tinha em vista a re-compensa (26). Literalmente, a palavra apeblepen, "ele estava olhando", significa "des-viar o seu olhar de todos os outros objetos e olhar para um único". O tempo imperfeito indica que este não era um interesse romântico ou caprichoso, mas um olhar fixo. Ele continuou olhando com uma atenção fixa e séria; inevitavelmente o resplendor egípcio dissipou-se completamente de sua mente. O segredo de escapar do encanto sedutor do mundo é olhar tão longe para o futuro para perceber duração e conseqüência.

Pela fé, portanto, Moisés foi capaz de perceber os verdadeiros problemas da vida. Na superfície parecia que ele estava escolhendo entre dor e prazer, mas, na realidade, era entre piedade e pecado. Superficialmente, parecia ser uma escolha entre sua mãe e a filha de Faraó, mas, na realidade, era uma escolha entre Cristo e o mundo. Parecia que ele estava escolhendo entre pobreza e os tesouros do Egito; mas, na verdade, era uma escolha entre céu e terra. Parecia uma escolha entre o deserto e o trono; mas, na realida-de, era entre a imortalidade e o esquecimento.

Além disso, pela fé, ele foi capaz de distinguir o passageiro do permanente. O pas-sageiro incluía

1) o sofrimento do povo de Deus,

2) o gozo do pecado,
3) os tesouros do Egito,
4) o vitupério de Cristo. O permanente incluía

1) o povo de Deus,
2) a pessoa de Cristo,
3) o pagamento da recompensa.

Nos versículos 24:26, vemos "As Qualidades da Fé Duradoura".

1) Ela percebe a superioridade dos valores morais e espirituais sobre os prazeres temporais e carnais, vv. 25,26.

2) Ela está certa de que os valores duradouros estão do lado de Cristo e do povo de Deus, vv. 24,26.

3) Ela escolhe renunciar a uma vantagem passageira para obter um ganho permanente, vv. 25,26.

  1. A Persistência da Fé (11,27)

Pela fé, deixou o Egito, não temendo a ira do rei (27). De acordo com Êxodo 2:11-15, o êxodo juvenil de Moisés foi, na verdade, uma fuga, instigada pelo medo. Por-tanto, é mais provável que Hebreus esteja se referindo aqui à saída dignificada e delibe-rada 40 anos mais tarde. A palavra katelipen, deixou, simplesmente significa deixar para trás e não necessariamente sugere fuga. Em sua mocidade, a fé que Moisés tinha era forte o suficiente para fazer a escolha básica e final, mas ela precisava da maturação do deserto e da sarça ardente para tornar-se à prova de pânico. O segredo do seu equilí-brio foi que ele ficou firme, como vendo o invisível. Ele suportou resolutamente as ameaças e a duplicidade de um Faraó colocado contra a parede e foi fortalecido porque a fé vê o invisível; não somente a ordem invisível como tal, mas o "Invisível" (masculino singular). A fé tem um radar espiritual que a descrença não tem (2 Rs 6:16-17; Dn 3:23-25). Mas a grande marca distinta da fé bíblica é que ela está firmada num Deus pessoal, não numa lei ou poder impessoal.

  1. O Êxodo da Fé (11:28-31)

A verdadeira fé sempre sai do Egito. Ela nunca fica. Na verdade, o versículo 27 é tanto um prefácio como uma apresentação prévia desta seção, que consiste em esboçar os pontos altos da migração do Egito para Canaã. A história aqui não é de todo brilhante; uma descrença vergonhosa tornou a história acidentada, com conseqüências trágicas.

Os cristãos hebreus têm sido lembrados deste fato com muita intensidade. Mas a aten-ção agora está no fato de que a nação nunca teria sido liberta da escravidão, e nunca teria entrado em Canaã, se não fosse por aqueles que tiveram fé. Cada passo importante era uma vitória da fé. Mas a dúvida nunca registrou avanços.

  1. A Páscoa (11.28). O primeiro passo preparatório essencial no Êxodo foi a Páscoa. Pela fé, celebrou a Páscoa e a aspersão do sangue. O objetivo era escapar da espa-da do destruidor dos primogênitos. Este ato de julgamento divino não era somente necessário e justificado pela teimosia egípcia, mas foi simbólico da morte eterna que é endêmica do Egito espiritual. Semelhantemente, o cordeiro morto era simbólico do futu-ro Cordeiro de Deus, que tiraria o pecado do mundo (Jo 1:29). Não há escape, quer da escravidão egípcia ou da escuridão ou morte egípcia, sem o aspergir do sangue. Mas note bem, a vida não depende apenas do sangue derramado, mas do sangue aplicado. Somen-te o derramar do sangue não teria protegido ninguém. Havia salvação somente à medida que o sangue era aspergido individualmente na verga da porta e em ambas as ombreiras das casas (Êx 12:23). A verdade aplica-se igualmente ao sangue do Cordeiro de Deus. Somente quando a fé toma posse e o Espírito opera que o Sangue salva.
  2. O mar Vermelho (11.29). Pela fé, passaram o mar Vermelho, como por terra seca. Para maiores detalhes, leia Êxodo 14:22-27. A fé agora é atribuída ao povo, bem como a Moisés. Neste acontecimento, vemos a diferença entre fé e presunção. A fé não depende do que é feito, mas com que autoridade. Israel agiu de acordo com a ordem divina, mas o intentar (lit., tentar) dos egípcios em fazer a mesma coisa causou o seu afogamento. A mesma ação pode ser apropriada e bem-sucedida ou presunçosa, fanática e desastrosa, dependendo da presença ou ausência de Deus. "Com Deus, ando sobre o mar; sem Ele, nem saio pela porta".
  3. Os muros de Jericó (11.30). Moisés está morto; os israelitas já não podem mais depender da fé dele. Mas esta fé foi compartilhada pelo seu "afiliado" Josué e, até certo ponto, por toda a nação. Esta era uma nova geração, que tinha se beneficiado, pelo me-nos em parte, da ruína dos seus pais. Apesar do rio Jordão ter sido atravessado, Jericó bloqueava o caminho para o portão de entrada da Terra Prometida, na realidade mais temível do que os medos de Cades-Barnéia. Mas, pela fé, caíram os muros de Jericó. De que maneira a fé pode derrubar muros? Efeitos psicológicos e subjetivos da fé são explicáveis, mas a fé não envia ondas de pensamentos contendo um poder real e físico. A fé alcança seu objetivo indiretamente, por intermédio da
    1) obediência humana e

    2) do poder de Deus. Os muros, portanto, ruíram somente depois que se marchou em volta deles sete dias." "A fé sem obras é morta" (Tg 2:26). Mas as "obras" devem ser determina-das por Deus, não pelo homem.
  4. A convertida Raabe (11.31). De acordo com o próprio testemunho dos espias envi-ados por Josué (Js 2:1-21), seu povo conhecia a história recente dos israelitas, e por causa disso o seu coração ficou paralisado de medo. O que no seu medo foi transformado em fé?

    1) Ela percebeu o plano de Deus;

    2) ela aceitou o plano de Deus e se ajustou a ele;

    3) ela agiu de acordo com a sua nova lealdade, mesmo arriscando a própria vida;

    4) ela reuniu sua família e amarrou o cordão de fio de escarlate (Js 2:18-6.25). No fio de escar-late que foi dado a Raabe podemos ver um tipo do "fio de escarlate" mais longo que corre desde o Gênesis até o Apocalipse, ou seja, o símbolo do povo de Deus. Tiago cita Raabe como um exemplo de justificação "pelas obras" (Tg 2:25). Não há a menor incongruência aqui. Todo aquele que verificar a verdadeira natureza da fé bíblica chegará a esta conclu-são. O princípio de ação na fé é ilustrado aqui como no versículo 30.
  5. A Conquista da Fé (11:32- - 35a)

E que mais direi? Será que é necessário continuar detalhando os grandes homens da fé para reforçar estes cristãos hebreus? Provavelmente, devido ao espaço desta epís-tola, o autor condensa as façanhas do AT em um resumo compacto. Sem se delongar, ele menciona Gideão [...] Baraque [...] Sansão [...] Jefté [...] Davi [...] Samuel e os pro-fetas (32). Todos eram heróis de Israel. Nem todos foram igualmente dignos de honra, mas todos alcançaram a imortalidade porque na hora da crise se levantaram como ho-mens de fé. Deus pode fazer mais com 300 homens de fé (o bando de Gideão) do que com 32.000 homens cujos corações tremiam de medo e dúvida. Tendo enumerado alguns no-mes famosos, o autor enumera alguns dos atos poderosos praticados pela fé: venceram reinos, praticaram a justiça (elaboraram soluções justas), alcançaram promessas (33). Neste caso, intenta-se o cumprimento das promessas (mesma palavra em 6.15; Rm 11:7). As mulheres receberam, pela ressurreição, os seus mortos (35a). Era a fé triunfando sobre a morte.' Os versículos 33b-34 registram algumas das façanhas mais dramáticas e sensacionais, mas facilmente omitida está a conquista de fé mais impor-tante: da fraqueza tiraram forças ("fortalecidos com poder" — Mueller). Mas o leigo, o pregador, o missionário, a igreja e a nação devem primeiro sentir e reconhecer sua fraqueza, então olhar resolutamente e exclusivamente para Deus. Neste ponto, Ele pode inspirá-los com poder (1 Sm 14.6; Tg 4:6-10), e usar um "bichinho" para esmigalhar os montes (Is 41:14-15). Mas, sem dúvida, a fraqueza mais profunda e a montanha mais elevada estão na área moral. Quando um caráter fraco é transformado em um gigante espiritual e moral pelo poder da fé — esse é o grande milagre.

  1. O Triunfo da Fé (11.35b-38)

No meio do versículo 35, ocorre uma mudança brusca por meio das seguintes pala-vras: uns foram torturados, não aceitando o seu livramento. O autor tem relata-do os feitos heróicos da fé; agora ele se volta aos seus sofrimentos pacientes. Este é um acorde-chave na sinfonia da fé, embora o tom seja silencioso e reverente. A alusão nestes versículos é a homens e mulheres da história do povo de Deus que poderiam ter salvado suas vidas ao renunciar à sua fé. Eles preferiam renunciar a suas próprias vidas, mesmo diante de muita agonia, para alcançarem uma melhor ressurrei-ção. Esta é a marca suprema da fé autêntica: ela está mais preocupada com o que acontece do outro lado do que o que acontece deste lado da morte. A verdadeira fé vai além de toda negação presente e atravessa toda barreira terrena. Sua força não está em provas visíveis e libertações miraculosas, mas é fruto da comunhão com Deus. Por-tanto, ela transcende a necessidade de auxílio sensorial. Porque a fé em Deus por meio de Cristo está segura do resultado final. Somente a fé fraca não crerá a não ser por meio de sinais e milagres (Jo 4:48).

Muitas vezes acabamos falando: "As coisas estão melhorando, minha fé está cres-cendo". A verdadeira fé se apóia na integridade de Deus quando as coisas pioram em vez de melhorar. O teste supremo é o momento de agonia quando sabemos que Deus poderia nos libertar se lhe aprouvesse, mas não o faz; quando o chicote atinge as costas desnu-das, quando as portas da prisão são trancadas, quando a serra dilacera a carne macia -e Deus permite. A fé em tempos prósperos logo desaparece diante do assalto violento das tempestades que abalam a alma. Se a fé é relevante somente para ser feliz e próspera neste mundo, ela não passa de uma muleta débil e inútil de um mundanismo egoísta. A verdadeira fé cristã, por outro lado, encontra seu maior triunfo, não nos feitos visíveis, mas numa confiança e equilíbrio interior quando não existem circunstâncias encorajadoras. A fé mais brilhante é uma fé que é brilhante quando o certo é derrotado e o errado está no trono, quando a vida parece completamente irracional. Certamente, é isto que se pode dizer destes santos do AT: dos quais o mundo não era digno (38).

18. O Testemunho da Fé (11.39,40)

Todos os nobres vitoriosos, tendo tido testemunho pela fé, não alcançaram a promessa (39). O NT Amplificado traduz: "Embora herdassem a aprovação divina pela [ajuda da] sua fé, [eles] não receberam o cumprimento da promessa". A mesma afirma-ção foi feita acerca dos primeiros patriarcas no versículo 13. O motivo para o atraso é então expresso: provendo Deus alguma coisa melhor a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados (40). Esta coisa melhor não pode referir-se ao céu, porque eles vão compartilhá-lo conosco numa base igual.

A coisa melhor pode referir-se somente à provação e privilégio. Nossas vantagens pós-Pentecostes estão no "repouso", "perfeição", "santificação" e acesso ao Santo dos San-tos que o autor descreveu. A epístola é inequivocamente clara no ensino de que um nível e qualidade da salvação pessoal se tornam possíveis pelos acontecimentos da Sexta-Fei-ra Santa, Páscoa e Pentecostes, que não estavam disponíveis antes. A dispensação do Espírito Santo é um avanço real, não somente no método da obtenção da redenção e na revelação da verdade, mas na área do alcance espiritual acessível. Tal profundidade de redenção, obtida no novo concerto, foi predita debaixo do antigo regime, mas agora é desfrutada. Isto foi, evidentemente, o preço da sua fé. Mas, de forma simultânea, com nossas bênçãos espirituais atuais, eles agora nos alcançaram e desfrutam delas no céu. Neste sentido, eles agora são aperfeiçoados; a libertação das suas almas está agora consumada. Mas, enquanto a fé deles buscava obter bênçãos além túmulo, nossa fé deve se apossar pelos menos da seriedade dessas bênçãos agora, ainda em vida. Tem sido o alvo de toda epístola estimular estes cristãos hebreus a fazê-lo.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Hebreus Capítulo 11 versículo 13
Gn 23:4; 1Cr 29:15; Sl 39:12.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Hebreus Capítulo 11 do versículo 1 até o 40
*

11.1-40 Esta famosa exposição sobre os homens e mulheres fiéis do Antigo Testamento começa e termina com um comentário que alerta o leitor para observar o aspecto específico da fé vétero-testamentária sendo projetada — a certeza de receber o que Deus tem prometido, porém, ainda não concedido (vs. 1,2,39,40).

* 11.1 coisas que se esperam... fatos que se não vêem. Para o presente, somente a fé pode enxergar o futuro, na medida em que ela se alimenta das promessas de Deus.

* 11.2 obtiveram bom testemunho. Deus declarou que eles foram justificados pela fé (v. 4, nota) conforme é afirmado especificamente pelo exemplo de Abel e Enoque (vs. 4,5; conforme v. 39).

* 11:3 Embora nenhum ser humano tenha testemunhado a obra da criação, sabemos pelas Escrituras, que Deus criou o mundo através da sua palavra (Sl 33:6,9). Percebemos que o "visível" não é a única e auto-existente realidade.

*

11.4 mais excelente sacrifício. O princípio de que os sacrifícios feitos sem fé foram inúteis tem sido aplicável desde o início (conforme 10.4, nota). Pertencia exclusivamente a Cristo fazer não apenas um melhor, mas um perfeito sacrifício.

obteve testemunho... aprovação. A palavra grega, usada duas vezes neste versículo se encontra também nos vs. 2.5,39. Abel é o primeiro exemplo de alguém que recebeu esta aprovação divina como justo que vivia pela fé (conforme 10.38; Rm 1:17). O capítulo todo oferece exemplos semelhantes.

ainda fala. Como participante daquela “grande nuvem de testemunhas” (12.1).

* 11:5 Como alguém que não viu "a morte" (conforme Gn 5:18-24), Enoque prefigurou a libertação da morte à qual Jesus conduz os fiéis.

agradado a Deus. Agradar a Deus é o critério de um culto apropriado (12.28; 13 16:21; Rm 12:1; Fp 4:18).

* 11:6 A fé é uma necessidade absoluta, tanto para perceber as coisas pelas quais devemos esperar (v. 1), quanto para entender que Deus é o Criador de tudo (v. 3), ou para oferecer um culto aceitável (v. 4). Ver "Agradando a Deus" em 1Ts 2:4.

* 11.7 acontecimentos que ainda não se viam. Embora a fé perceba coisas que são invisíveis, porque elas transcendem o universo físico (11.3,27), nesta seção a ênfase recai sobre a fé referente às coisas que são do futuro, mas certas porque Deus as tem prometido. O iminente dilúvio de juízo ainda não era visível quando a palavra de Deus veio para advertir a Noé. Ele construiu a arca em resposta reverente à advertência divina e, através de sua fé obediente, a sua família recebeu a salvação. O mundo incrédulo foi condenado por causa da sua preocupação com o presente e Noé herdou a justiça que vem pela fé (10.38; Rm 4:13).

*

11.8-10 A fé do patriarca Abraão a respeito de uma pátria foi demonstrada: (a) quando ele obedeceu a voz de Deus, deixou Ur para uma herança ainda no futuro, "sem saber aonde ia" (v. 8); (b) quando ele habitou na terra prometida como estrangeiro (vs. 9,13); (c) e quando ele olhou para além de Canaã, para uma pátria celestial, uma cidade que o próprio Deus preparou e edificou (vs. 10,14-16; 13.14).

* 11:11-12 A fé do patriarca Abraão a respeito da promessa de um descendente foi recompensada pela concepção de Isaque, a qual foi milagrosa, pois Sara era estéril e Abraão estava (quanto à possibilidade da reprodução) já "amortecido" (Rm 4:19). Apesar da alternativa infeliz (Gn 16:1-4) e as dúvidas com questionamento (Gn 17:17,18), em última análise, Abraão e Sara julgaram "fiel aquele que lhe havia feito a promessa (v. 11).

* 11.13-16 A herança sobre a qual o patriarca baseou a sua fé foi invisível por duas razões: era celestial e não terrena; e, ainda no futuro, não no presente. Ver notas em vs. 8-10,20,21,22.

* 11.13 vendo-as, porém, de longe. Abraão viu de longe o dia quando Jesus o Messias viria, e regozijou-se (Jo 8:56).

estrangeiros e peregrinos sobre a terra. Todos os herdeiros da salvação são refugiados e sem lar na terra (v. 38) porque, até a vinda de Cristo, estamos exilados do lar que esperamos herdar (1Pe 1:1,4,5,17; 2:11).

*

11.16 uma pátria superior. Os próprios crentes do Antigo Testamento compreendiam que as esperanças e as promessas que aguardavam pela fé eram celestiais e não meramente físicas.

* 11.17-19 A prova máxima para a fé do patriarca foi a ordem de sacrificar Isaque. Quanto às promessas de Deus (v. 19), Isaque foi o "filho unigênito" (conforme Jo 3:16) — nem Eliézer, o servo de Abraão, e nem Ismael, o seu outro filho, serviriam. Se Isaque tivesse de morrer sem uma descendência, as promessas de Deus falhariam. A prontidão de Abraão em sacrificar o filho da promessa, de acordo com a ordem de Deus, surgiu de uma convicção inabalável de "que Deus era poderoso até para ressuscitá-lo dentre os mortos” (v. 19). A "ressurreição" de Isaque foi apenas figurativa, ao passo que os crentes que têm morrido por causa de sua fé, aguardam uma ressurreição literal (conforme v. 35), da qual Jesus é o precursor (13.20).

* 11.20 coisas... para vir. Que Jacó possuiria uma terra frutífera, e teria domínio sobre outras nações, inclusive os descendentes de Esaú (Gn 27:27-29).

* 11:21 Em sua bênção, Jacó previu que os descendentes do filho mais jovem de José ultrapassariam aqueles do filho mais velho, tanto em número como também em influência (13 1:48-20'>Gn 48:13-20). O próprio Jacó foi o irmão mais novo que foi elevado acima do mais velho.

*

11:22 José lembrou-se da promessa do êxodo que foi ouvida pela primeira vez por Abraão, muito antes do nascimento de Isaque (Gn 15:13,14), e que o seu cumprimento aconteceria depois de quatrocentos anos de opressão. As instruções que José deu para que seus ossos fossem levados para a Terra Prometida expressam a sua fé nas coisas que não se vêem (Êx 13:19).

* 11.23-28 Em Moisés, os aspectos proeminentes associados à sua fé são coragem (vs. 23,27), e disposição para ser maltratado em vez de usufruir prazeres transitórios do pecado (vs. 24-26).

* 11.23 a criança era formosa. A descrição é citada de Êx 2:2 (conforme At 7:20). Ao ver o seu filho, os pais de Moisés entenderam que a criança teria uma parte especial no plano redentor de Deus.

* 11:25-26 A decisão de Moisés de abdicar "os tesouros do Egito" e sofrer "o opróbrio de Cristo" deve encorajar aqueles que perderam bens e sofreram opróbrio por causa de sua fé (10.33,34). Em suas presentes tribulações, quando identificação com Cristo significa exclusão do campo de Israel, eles devem estar prontos para suportar este "vitupério" (13.13). A escolha de Moisés exemplifica certeza quanto à sua esperança (v. 1), "porque contemplava o galardão" (10.35; 11.6,13).

*

11.27 abandonou o Egito, não ficando amedrontado. Muitas vezes, é entendido que essa frase se refere à primeira vez quando Moisés saiu do Egito. Quando ele escolheu identificar-se com o seu próprio povo contra os egípcios (vs. 24,25), Moisés matou um egípcio e tinha de fugir. A respeito desta saída, Êx 2:14 diz que ele "temeu". Se este versículo se refere à sua fuga para Midiã, a frase "nem ficou amedrontado" provavelmente se refere à sua fé inabalável no plano redentor de Deus. Embora Moisés experimentasse uma apreensão perfeitamente natural, em que Faraó lhe faria um mal pessoal se tivesse ficado no Egito, ele não pensou que a sua comissão divina para salvar o povo de Deus estivesse em perigo. Com esta esperança nos propósitos de Deus, ele saiu e "se deteve na terra de Midiã".

Contudo, é possível que este versículo se refira ao êxodo; e nisto, Moisés claramente não tinha medo. Nesse caso, o v. 27 menciona o êxodo em termos gerais, com detalhes tais como a Páscoa e a travessia do mar Vermelho que se seguem nos vs. 28,29.
*

11.28 derramamento do sangue. Moisés ordenou que o sangue fosse derramado sobre as ombreiras das portas de cada casa israelita na expectativa da destruição vindoura dos primogênitos do Egito e da libertação das famílias israelitas deste evento terrível (Ex 12:7,12,13). Este foi mais um ato de confiança nas coisas que não se vêem.

* 11:30 Os 1sraelitas rodearam Jericó sete vezes em obediência à ordem do Senhor. A cidade seria destruída por este ato, e o único conhecimento que motivou esta obediência foi baseado na promessa de Deus: "Entreguei na tua mão a Jericó" (Js 6:2).

* 11:31 Raabe demonstrou a sua lealdade a Deus quando protegeu os espias israelitas. Ela foi justificada (Tg 2:25) e tornou-se uma das ancestrais de Jesus Cristo (Mt 1:5), embora tivesse sido uma meretriz.

* 11.32 que mais direi? A pergunta é retórica. O autor passa a mencionar de passagem muitos outros nomes e atos de heroísmo que revelam o poder da fé (vs. 32-38).

*

11.32-38 A lista de realizações através da fé passa daqueles em quem a vitória da fé foi manifestada na história (vs. 33-35) para aqueles cuja fé envolveu sofrimento e uma aparente derrota (vs. 35-38). Para recapitular os eventos específicos, veja as referências no fim de cada versículo.

* 11.33 obtiveram promessas. Isto é, eles experimentaram o cumprimento de promessas específicas no decorrer do tempo. Quanto à promessa da vinda de Cristo, eles ainda a aguardavam pela fé (v. 39). As promessas feitas a Abraão foram parcialmente cumpridas neste mundo, na medida em que seus descendentes se multiplicaram (v. 12) e habitaram na terra prometida (vs. 9,33). Mas, quanto às promessas que indicaram a realidade celestial, o "descanso de Deus" (4.10), elas não podiam se cumprir até o advento de Cristo.

* 11.35 Mulheres receberam... os seus mortos. Uma referência aos eventos registrados em 1Rs 17:22,23; 2Rs 4:36,37.

Alguns foram torturados. Aparentemente, uma referência aos eventos durante a rebelião dos Macabeus (c.167-157 a.C.), que aconteceram depois do encerramento do Antigo Testamento, porém, registrados no livro apócrifo de 2 Macabeus 6.7.

* 11.37 serrados pelo meio. Segundo a tradição, Isaías morreu desta maneira.

*

11.39 obtiveram bom testemunho. Ver nota no v. 4.

não obtiveram... promessa. Embora algumas das promessas do Antigo Testamento se cumpriram, a sua suprema esperança (a promessa da vinda do Messias) ainda demoraria (v. 33 e nota). Este versículo resume a mensagem de vs. 13-16 e a aplica à segunda metade do capítulo.

*

11.40 coisa superior... sem nós. Este versículo afirma, tanto a diferença histórica-redentora entre os períodos do Antigo Testamento e do Novo Testamento, como também a unidade do povo de Deus em ambas as eras. Embora os crentes do Antigo Testamento vivessem pela fé (10.38), eles não foram privilegiados para testemunhar em suas vidas o cumprimento da grande promessa de Deus. Todavia, eles participam dos benefícios do ministério sumo-sacerdotal de Cristo e, juntamente com os santos da nova aliança, são "aperfeiçoados". Todos juntos, da velha era e da nova, aguardam o aperfeiçoamento que acontecerá somente com a segunda vinda de Cristo (12.26; 13.14; Rm 8:18; Ef 1:9,10).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Hebreus Capítulo 11 do versículo 1 até o 40
11:1 Recorda você o que sentia quando era menino e se aproximava seu aniversário? sentia-se emocionado e ansioso. Tinha a certeza de que receberia presentes e outros obséquios. Mas algumas costure seriam uma surpresa. Os aniversários combinam segurança e espera. Assim é também com a fé! A fé é a convicção apoiada nas experiências passadas de que, com toda segurança, Deus nos dará novas surpresas.

11:1 Duas palavras descrevem nossa fé: confiança e certeza. Estas duas qualidades necessitam um ponto inicial e final seguros. O ponto inicial da fé é acreditar no caráter de Deus: O é quem diz ser que é. O ponto final é acreditar nas promessas de Deus: O fará o que diz. Quando acreditam que Deus cumprirá suas promessas, apesar de que ainda não as vemos feitas realidade, mostramos verdadeira fé (veja-se Jo 20:24-31).

11:3 Deus falou e se criou de um nada o universo; declarou que seria e foi. Nossa fé está posta no Deus que criou o universo com sua palavra. A palavra de Deus tem um poder impressionante. Quando A fala, você ouça e responde? Como pode preparar-se melhor para responder a sua palavra?

11:4 Caím e Abel foram os primeiros filhos do Adão e Eva. Abel ofereceu um sacrifício que agradou a Deus; em troca, o sacrifício do Caím foi inaceitável. O perfil do Abel se acha em Gênese 6. O perfil do Caím se encontra em Gênese 7. O sacrifício do Abel (um animal expiatório) foi mais aceitável a Deus porque foi um sacrifício de sangue e, mais importante até, pela atitude com que Abel a ofereceu.

11:6 Acreditar que Deus existe é só o começo; até os demônios acreditam (Jc 2:19-20). Deus não se conformará com um simples conhecimento de sua existência. O quer uma relação pessoal e dinâmica com você que transformará sua vida. Quem com sinceridade o buscam acharão que são premiados com a presença íntima de Deus.

11:6 Algumas vezes nos perguntamos a respeito de qual será a sorte de quem não tem ouvido de Cristo e que nem sequer tiveram uma Bíblia para lê-la. Deus nos assegura que todo aquele que o busca com sinceridade, que atua com fé apoiado no conhecimento que tem de Deus, será recompensado. Quando você anuncia a outros as boas novas de Deus, anime-os a ser sinceros e diligentes em sua busca da verdade. Os que escutam o evangelho são responsáveis pelo que ouvem (veja-se 2Co 6:1-2).

11:7 Noé sofreu o rechaço porque era diferente de seus vizinhos. Deus lhe encomendou a tarefa de construir um navio enorme em meio de um território seco, e embora o mandato de Deus não parecia ter sentido, Noé obedeceu. Quando Noé obedeceu, voltou-se um estranho para seus vizinhos; tal como as novas crenças dos judeus cristãos, indubitavelmente, fizeram que se sobressaíssem entre os seus. Quando você obedece a Deus, não se surpreenda se outros o consideram "diferente". Sua obediência faz que a desobediência deles se destaque. Recorde que se Deus lhe ordena fazer algo, O lhe dará a força necessária para levar a cabo dita tarefa. Para maiores detalhes relacionados com o Noé, veja-se Gênese 8.

11.8-10 Abraão era um homem de fé. Ao mandato de Deus, deixou seu lar e se foi a outra terra; obedeceu sem discutir (Gn 12:1ss). Acreditou no pacto que fez Deus com O (Gn 12:2-3, Gn 13:14-16; Gn 15:1-6). Em obediência a Deus, Abraão esteve inclusive disposto a sacrificar a seu filho Isaque (Gn 22:1-19). Não se surpreenda se Deus lhe pede que renuncie a seu ambiente conhecido e seguro a fim de cumprir sua vontade. Para maior informação sobre o Abraão, veja-se Gênese 18.

11:11, 12 Sara era a esposa do Abraão. Não puderam ter filhos depois de muitos anos de matrimônio. Deus prometeu um filho ao Abraão, mas Sara duvidou de que pudesse ficar grávida já que era de idade avançada. Ao começo ela riu, mas mais tarde acreditou (Gênese 18). Para maiores detalhes sobre a Sara, veja-se Gênese 19.

11:13 Podemos chegar a nos dar conta de que somos "estrangeira e originais" graças às circunstâncias. Podemos compreendê-lo tarde na vida ou como resultado de tempos difíceis; mas este mundo não é nosso lar. Não podemos viver aqui por sempre (veja-se também 1Pe 1:1). Para poder atuar quando Deus nos fala, é conveniente que não estejamos tão apegados aos desejos e aos bens deste mundo.

11.13-16 As pessoas de fé que se mencionam aqui morreram sem ter recebido tudo o que Deus lhes tinha prometido, mas nunca perderam sua visão do céu (uma pátria "melhor", "celestial"). Muitos cristãos se sentem frustrados e derrotados porque suas necessidades, desejos, expectativas e demandas não são satisfeitas imediatamente quando acreditam em Cristo. Chegam a impacientar-se e querem render-se. sente-se você desalentado porque o lucro de seus objetivos parecessem estar muito longe? Receba valor destes heróis da fé que viveram e morreram sem ver o fruto de sua fé na terra e mesmo assim seguiram acreditando (veja-se 11:36-39).

11.17-19 Abraão esteve disposto a dar a seu filho quando Deus o pediu (Gn 22:1-19). Deus não permitiu que Abraão lhe tirasse a vida a seu filho Isaque porque a ordem era para provar a fé do Abraão. Em lugar de lhe tirar seu filho, Deus deu ao Abraão toda uma nação de descendentes por meio do Isaque. Se está atemorizado com confiar em Deus com seu mais prezado bem, sonho ou pessoa, empreste atenção ao exemplo do Abraão. Como esteve disposto a renunciar a todo Por Deus, recebeu em recompensa mais do que pôde imaginar. O que chegamos a receber, entretanto, não sempre é imediato ou na forma de bens materiais. depois de tudo, os bens tangíveis devem ser as recompensas que menos satisfazem. Nossa melhor e maior retribuição nos espera na eternidade.

11:20 Isaque foi o filho prometido ao Abraão e Sara em sua velhice. Foi por meio do Isaque que Deus cumpriu com sua promessa de dar ao Abraão descendentes que não poderiam contar-se. Isaque teve filhos gêmeos: Jacó e Esaú. Deus escolheu ao Jacó, o menor deles, para continuar, por meio dele, o cumprimento de sua promessa feita ao Abraão. Para maiores detalhes a respeito do Isaque, veja-se Gênese 22.

11:21 Jacó foi filho do Isaque e neto do Abraão. Os filhos do Jacó deveram ser os pais das doze tribos do Israel. Mesmo que Jacó (também chamado "o Israel") estava a ponto de morrer em terra estranha, acreditou a promessa de que os descendentes do Abraão seriam como a areia do mar e que o Israel chegaria a ser uma grande nação (Gn 48:1-22). A verdadeira fé nos permite ver mais à frente do sepulcro. Para maiores detalhes sobre o Jacó e Esaú, vejam-se Gênese 26 e 27.

11:22 José, um dos filhos do Jacó, foi vendido como escravo por seus irmãos ciumentos (Gênese 37). Com o tempo, José foi vendido novamente, esta vez a um oficial do Faraó do Egito. Por sua fidelidade a Deus, José foi posto em um alto posto no Egito. Embora pôde ter aproveitado essa posição para levantar um império pessoal, recordou a promessa de Deus ao Abraão. Depois que se reconciliou com seus irmãos, trouxe para sua família para que estivesse perto dele, e pediu que seus ossos fossem levados a terra prometida quando os judeus ao fim saíssem do Egito (Gn 50:24-25). Fé significa confiar em Deus e cumprir sua vontade, apesar das circunstâncias ou conseqüências. Para maior informação sobre o José, veja-se Gênese 37.

11:23 Os pais do Moisés confiaram a Deus a vida de seu filho. Não eram pais orgulhosos a não ser crentes que tinham fé de que Deus cuidaria dele. Como pai, confia você em que Deus cuidará de seus filhos? Deus tem um plano para cada pessoa e a tarefa de você é orar por seus filhos e prepará-los para que levem a cabo a obra que Deus planejou que realizem. A fé nos permite lhe confiar a Deus incluso a nossos filhos.

11.24-28 Moisés foi um dos grandes líderes do Israel, um profeta e legislador. Mas quando nasceu, seu povo era escravo no Egito e os líderes egípcios tinham ordenado que morrera todo menino hebreu. Moisés foi protegido e a filha do Faraó obteve que Moisés chegasse a ser parte da família real (Exodo 1; 2). Foi necessária a fé para que Moisés renunciasse a seu lugar no palácio, mas pôde fazê-lo porque viu o caráter fugaz da riqueza e do prestígio. É muito fácil ser enganados pelas vantagens temporárias da riqueza, a popularidade, o nível social e os lucros, e não ver as vantagens eternas do reino de Deus. A fé nos ajuda a olhar mais à frente do sistema de valores do mundo para ver os valores eternos do reino de Deus. Para maior informação sobre o Moisés, veja-se Exodo 14.

11:31 Quando Josué planejou a conquista do Jericó, enviou espiões para investigar sobre as fortificações da cidade. Eles acharam ao Rahab, quem tinha duas coisas em seu contrário: era gentil e prostituta. Mas mostrou que tinha fé em Deus ao dar acolhida aos espiões e ao confiar em que Deus protegeria a sua família e a ela quando fora destruída a cidade. A fé nos ajuda a trocar e fazer o que é correto apesar de nosso passado ou da desaprovação de outros. Para maior informação sobre o Rahab, veja-se Josué 3.

11.32-35 O Antigo Testamento apresenta a vida de várias pessoas que tiveram essas grandes vitórias. Josué e Débora conquistaram reino (o livro do Josué, Juizes 4; 5). Nehemías administrou justiça (o livro do Nehemías). Daniel foi protegido da boca dos leões (Daniel
6) Sadrac, Mesac e Abed-nego foram protegidos no forno de fogo (Daniel 3). Elías escapou das espadas dos escudeiros da rainha malvada Jezabel (1Rs 19:2ss). Ezequías chegou a ser forte depois de uma enfermidade (2 Rseis 20). Gedeón foi capitalista na batalha (Juizes 7). Um filho de uma viúva foi ressuscitado pelo profeta Elías (2Rs 4:8-37).

Nós também podemos ter vitória mediante a fé em Cristo. Nossas vitórias podem ser parecidas com as que tiveram os Santos do Antigo Testamento, mas é mais provável que cada uma de nossas vitórias esteja diretamente relacionada com a função que Deus quer que desempenhemos. Apesar de que nosso corpo se deteriora e morre, viveremos por sempre graças a Cristo. Na ressurreição prometida, até a morte física será derrotada e a vitória de Cristo será completa.

11.32-40 Estes versículos resumem a vida de outros grandes homens e mulheres de fé. Alguns tiveram vitórias sobressalentes, até apesar da ameaça da morte. Mas outros foram severamente maltratados, torturados e até assassinados. Ter uma fé inquebrável em Deus não garante uma vida despreocupada e feliz. Pelo contrário, nossa fé quase nos garante certa forma de mau trato do mundo. Enquanto estejamos na terra talvez jamais consigamos ver o propósito de nosso sofrimento. Mas sabemos que Deus cumplira as promessas que nos tem feito. Acredita que Deus cumprirá sua promessa para você?

11.35-38 Muitos pensam que a dor é a exceção na vida cristã. Quando o sofrimento tem lugar dizem: "por que a mim?". Sentem como se Deus os tivesse abandonado ou que possivelmente não era tão confiável como pensavam. Em realidade, vivemos em um mundo malvado, e a vida inclui muito sofrimento, inclusive para os crentes. Mas Deus segue dominando as circunstâncias. O permite que alguns cristãos cheguem a ser mártires pela fé, e permite que outros sobrevivam à perseguição. Em lugar de perguntar-se "por que a mim"?, é melhor dizer "por que não a mim?". Sua fé e os valores morais deste mundo estão em conflito. Se esperarmos dor e sofrimento, não nos esmagarão quando ocorrerem. Também podemos receber consolo ao saber que Jesucristo sofreu de igual modo. O compreende nossos temores, nossas debilidades e nossos desalentos (vejam-se 2:16-18; 4:14-16). prometeu não nos deixar nunca (Mt 28:18-20) e intercede em nosso favor (Mt 7:24-25). Em tempos de dor, perseguição ou sofrimento devemos confiar plenamente em Cristo.

11.39, 40 Chamou a Hebreus a galeria da fama da fé. Não há dúvida de que o autor surpreendeu a seus leitores com esta conclusão: estes heróis judeus admiráveis não receberam o prêmio total de parte de Deus porque morreram antes que Cristo viesse. No plano de Deus, eles e os crentes cristãos (que de igual maneira suportaram muitas provas) serão recompensados juntos. Uma vez mais Hebreus mostra que o cristianismo oferece uma melhor alternativa que o judaísmo.

11:40 Há solidariedade entre os crentes (veja-se 12.23). Os crentes do Antigo e do Novo Testamentos serão glorificados juntos. Não só somos um no corpo de Cristo com todos os que estão vivos, mas também também somos um com todos os que já viveram. Todos somos necessários para ser perfeitos no.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Hebreus Capítulo 11 do versículo 1 até o 40
TERCEIRA PARTE: SUPERIORIDADE DO CRISTIANISMO PRÁTICO (He 11:1 narra o início de tudo- criação ea queda . Sl 51:1 . No primeiro caso, cada item da trilogia é ativada por um qualificativo: " trabalho de fé "-" vós virou a Deus "; " trabalho de amor "-" para servir a um Deus vivo e verdadeiro "; " paciência de esperança "-" para esperar . para seu Filho do céu "Na segunda instância (1Co 13:13 ), os três itens da trilogia são feitas a própria essência e realidade permanente da religião cristã. Tem sido observado por alguém que, pela fé homem antecipa, pela esperança que ele apreende, e pelo amor que ele abraça e goza. É claro que Paulo quer dizer que a fé, esperança e amor são os fundamentos da religião cristã, e que, como tal, são tão indestrutível e permanente como o próprio Deus, uma vez que são do próprio caráter de Deus.

Se esta observação está correta, então com base em declaração de Paulo em 1Co 13:13 , estas são as três características essenciais do cristianismo que o crente vai reter na vida por vir, e eles vão, assim, ser o meio de o crescimento contínuo e desenvolvimento de sua personalidade espiritual.

Agora, o autor trata de o clímax de sua grande obra, apresentando aos seus leitores esta trilogia da verdade divina, talvez contendo em si mesmo uma sugestão do divino Trinity- fé, esperança, amor . Ele tem ordenado repetidamente seus leitores a "aproximar" a Deus. Nesses três capítulos finais de sua epístola ele leva-los para a própria presença de Deus. A trilogia encontra sua expressão na "fé" no capítulo 11 , na "esperança" no capítulo 12 , e em "amor" no capítulo 13 . Aqui reside a superioridade final de Cristo e do cristianismo sobre tudo o mais no universo.

A. Os fundamentos da fé (11: 1-6)

O tratamento que o autor da fé neste capítulo não está fora de contexto. Na verdade, toda a sua argumentação anterior seria deixada incompleta e sem sentido sem isso e os dois capítulos seguintes. No capítulo anterior, ele apresentou três exortações aos seus leitores sobre a "fé", "esperança" e "amor" (He 10:22 ). Essas exortações são expandidas em seus argumentos finais no décimo primeiro, décimo segundo e décimo terceiro capítulos da epístola, respectivamente. Da mesma forma nos versos finais do capítulo 10 , o escritor prepara seus leitores para a introdução de seu grande tratado fé. There (He 10:38 , He 10:39 ), ele fez fé a própria essência da vida cristã: "O justo [o meu justo] viverá pela fé" (v. He 11:38-A , KJV). E ele associa-se com seus leitores em sua identificação com a comunidade cristã da fé: " estamos ... dos que têm fé para a salvação da alma "(v. He 11:39 ). Tomé observa que esses cristãos estavam em perigo, assim como os cristãos de todas as gerações, de tentar viver por vista ou por uma experiência sentido, em vez de pela fé em Deus. Em seguida, ele afirma:

É interessante observar as três ocasiões em que esta passagem do profeta do Antigo Testamento é encontrado no Novo Testamento. Cada um parece ter uma ênfase diferente. Em Rm 1:17 a ênfase está na righteousness- "o justo pela fé, viverá. "Em Gl 3:11)

1 Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem. 2 Porque por ela os antigos alcançaram bom testemunho para eles.

Westcott e certos outros acham que isso não é pretendido pelo escritor como uma definição formal de fé, principalmente por causa da ordem das palavras no grego, mas sim que ele é projetado para revelar certas características de fé e de apoio ao seu argumento geral de que O cristianismo é superior a todos os seus rivais. No entanto, Vincent observa que a palavra "fé" ocorre

sem o artigo indicando que ela é tratada em sua concepção abstrata e não meramente como fé cristã. É importante que o preliminar definição [de fé-v. He 11:1 ] deve ser claramente compreendido, uma vez que os exemplos seguintes ilustram isto. A chave é feita por ver. 27 , como quem vê aquele que é invisível . Fé apreende como um fato real, o que não é revelado aos sentidos. Ela repousa sobre o fato, atua sobre ele e é acolhido por ele em face de tudo o que parece contradizer-lo. A fé é uma visão real.

A questão de saber se deve ou não este versículo é uma definição de fé pode ser resolvido, pelo menos em parte, através da definição de definição. Há, de facto muitas maneiras de definir, entre os quais o etimológico, o real, o conotativo, o análogo, o descritivo, o exemplar, ea analítica. Assim, se se admitir que não era o propósito do autor para apresentar uma definição formal de fé, é preciso reconhecer, ao mesmo tempo que em seu tratamento do assunto que ele deu ao mundo o maior definição de fé que ele tem sempre tinha. Portanto, se considerada como uma definição formal ou de outra forma, esta passagem revela significados mais profundos da fé do que qualquer outra fonte conhecida. Quatro aspectos da fé são apresentados nestes seis primeiros versículos do capítulo. Eles são: (1) a explicação, se não uma definição, de fé, (2) a criatividade da fé, (3) a redemptivity da fé, e (4) a transcendência da fé.

1. Fé como Assurance (He 11:1 ). E o exercício da fé em Deus pelo crente responde à técnica-it é de fato técnica inteligente, espiritual. Muito pretensos fé falhar devido a imperfeição em uma ou outra dessas três áreas. A culpa destrói a auto-confiança no crente, como também a sua confiança em Deus, e, portanto, torna-fé ineficaz. Conceitos errôneos do ser e natureza de Deus, ou da sua vontade e propósito para Seus filhos, decorrente de ignorância ou desinformação, desorientar a fé dos crentes em direção a um deus que não existe, como atirar em uma sombra no escuro. Ambições egoístas ou desejos frequentemente pervertem a fé dos crentes e, assim, sua energia é desperdiçada, uma vez que é dissipada no espaço vazio onde o Deus justo e verdadeiro não existe. Misconcepts de o objeto da fé, como um caprichoso, despótico, impessoal, arbitrária, vindicador, mimos pai celestial ou Deus indiferente borra ou obscurece a forma do verdadeiro Deus e faz fé eficaz impossível de alcançar. Esta muito incapacidade do homem caído para conceber adequadamente de Deus como o verdadeiro objeto da fé exigiu a encarnação divina na pessoa de Jesus Cristo que o homem pudesse saber o que Deus era como (conforme Jo 1:14 ). E então a fé é rendido frequentemente ineficaz, pois é dirigida a objeto de desejo dos crentes, em vez de o próprio Deus. É como se o crente deve ir para a casa do tesouro de Deus para obter seu objeto desejado, em vez de para o guarda-redes e dispensador dos tesouros si mesmo. Na verdade, o crente é cada necessidade será fornecido, mas essa necessidade deve ser verificada pelo Espírito Santo de Deus que

nos assiste em nossa fraqueza; para nós não sabemos orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis por palavras [gemidos inarticulados, NEB]. E aquele que sonda os corações dos homens sabe qual é a mente do Espírito, porque o Espírito intercede pelos santos de acordo com a vontade de Deus (Rm 8:26 , RSV).

Também não são as riquezas de Deus alguma vez disponível para o homem, exceto como sua fé lhe é dirigida a Deus "por Cristo Jesus" (Fp 4:19. ; conforme Rm 6:23 ).

Então não é raro o problema da má técnica no exercício da fé. Isso pode brotar de um equívoco da natureza da própria fé, como, por exemplo, quando a fé é considerado como o "dom de Deus", no sentido de que Deus não só estimula o homem pelo Seu Espírito e promete acreditar, mas, na verdade, faz com que a resposta da fé no próprio homem. Tal equívoco, na verdade, reduz o homem à condição de um canal de material em uma espécie de "U" para o qual e através do qual Deus desce do céu com fé, passa através do canal humano, e retorna para o céu com a fé que ele levou para homem. Na verdade, não é tão grosseiramente expressos como este, mas o significado é o mesmo. Se a fé fosse em si uma "substância", tal processo pode parecer mais concebível. Como, no entanto, é a confiança ativa do homem em Deus, não pode ser assim. Os grandes homens de fé em todas as idades tornaram-se tal pelo exercício e desenvolvimento do paciente e persistente de sua técnica de acreditar, a excelência muito como grandes artistas têm alcançado pela prática persistente e aperfeiçoamento de suas técnicas artísticas.

b. Fé como Conviction (He 11:1. ; 1Jo 3:12 ). Se assim não fosse, a integridade da epístola seria em questão. Assim, a diferença resultante foi a aprovação de Deus e Sua desaprovação. Consequentemente Cain estava com raiva por causa da unacceptableness do seu sacrifício. A inveja moveu a ódio assassino contra seu irmão com o violento derramamento de sangue, o primeiro assassinato resultante. O irmão malvado rejeitado matou seu irmão justo aprovado por Deus (conforme Lc 15:20 ).

Pode ser que o autor de Hebreus está sugerindo aqui que a fé recebe as bênçãos de Deus, enquanto a incredulidade se ressente de rejeição e procura destruir o aprovado por Deus por causa de sua inveja? A fé é sempre uma resposta humana à iniciativa divina na revelação. A oferta de Abel na fé evidencia o fato de que Deus tinha de alguma maneira falado com ele, e isso deve ter sido com referência ao sacrifício e à sua natureza. Possivelmente, foi com referência ao próprio ato de fornecer uma cobertura através do sacrifício de sangue para Adão e Eva (de Deus Gn 3:21 ). Mas não a diferença entre as duas ofertas se encontram na fé obediente por parte de Abel e incredulidade desobedientes por parte de Caim? Que o autor ser insinuando a crucificação de Cristo, o justo, pelos judeus incrédulos? Pode ser que ele está chegando perto de seus leitores com um aviso suave que se eles rejeitarem o maior sacrifício de Jesus, e aceitar o sacrifício infiel do sistema levítico, eles vão estar na posição de Caim? Que ele não ainda tem o perigo de apostasia de seus leitores em seus pensamentos? Quaisquer que sejam as conclusões nesta matéria pode ser, a convicção do autor foi que Deus respeitou o sacrifício de Abel e testemunhou a ele por ele para sua justificação; por causa de sua fé, ele deu testemunho a ele que era justo diante de Deus. Mesmo Cristo suportou este testemunho dele (Mt 23:35 ), como fez o apóstolo João também (1Jo 3:12 ). O resultado foi que ato de fé de Abel levava uma mensagem de esperança para os seus descendentes, e que transmite uma mensagem de esperança para acreditar homem hoje. O Redentor, a quem ele olhou na fé para a salvação através de sua oferta simbólica é o mesmo Redentor, que se ofereceu para a fé dos leitores, e que oferece a Si mesmo à fé de acreditar homem de hoje (conforme He 9:22. ; Rm 10:10 ). Mas o autor também antecipa o fim de seu próximo exemplo, a fé de Enoque. O testemunho contínuo de Abel (depois de morto, ainda fala) reflete a ironia da fé. A justiça da fé (ele tinha testemunho-lhe que era justo) não pode ser morto. Ele não vai morrer. Não está sujeito à lei da morte. É sob a lei maior da vida! "Apesar de Caim o matou, mas pela sua fé que ele ainda fala conosco hoje" (JBP).

4. A Transcendência of Faith (He 11:5 ). O incidente deve ser entendida no contexto do propósito do autor, como também em sua relação com o plano total de redenção.

Em primeiro lugar, o que aconteceu com Enoque foi um resultado de sua fé- Pela fé Enoque . Assim, a sua tradução, o que quer que fosse, tornou-se um fato subjetivo com Enoque, em razão da vida de fé que ele viveu em Deus. Sua união espiritual com Deus através da obediência da fé era tanta que ele compartilhou a vida eterna muito do próprio Deus e, consequentemente, a morte não podia tocá-lo, escondido como estava em Deus.

No entanto, para compreender o sentido eo valor da fé de Enoque, é necessário entender o significado de sua tradução. Só por que o autor apresentar este incidente aqui? Ele falou sobre o significado básico da fé em geral. Ele tratou a fé como base da origem e significado da existência (criação). Ele mostrou redenção e restauração de Deus e da vida espiritual, da morte moral e espiritual, no outono, para ser por meio da fé. Agora, ele procura mostrar que para o crente em Cristo como seu Redentor, a morte, que foi causado pela queda, perdeu o seu significado e poder inteiramente-que a vida nova em Cristo é de fato a qualidade de vida eterna. Aqui reside o maior segredo e a maior verdade da fé cristã.

Duas definições da palavra "traduzir" que incidem sobre o interesse atual são dadas pelo dicionário Inglês. O único significado da palavra é "para exaltar em êxtase espiritual ou êxtase." O outro significado é "para transmitir ou remover para o céu sem morte." No seu conjunto estas definições sugerem um transplante arrebatador de um estado de existência para outra e melhor estado . JB Phillips traduz: "Foi por causa de sua fé que Enoque foi promovido para o mundo eterno, sem experimentar a morte ... e antes que isso acontecesse sua reputação era que" ele agradou a Deus. ' "Outra tradução afirma significativamente," Pela fé Enoque foi levado para uma outra vida, sem passar por morte ... "(NEB). No entanto, outra versão afirma que "ele não tinha sequer um vislumbre de morte" (ANT).

Withal, uma compreensão adequada deste incidente, em relação ao propósito do autor em incluí-la neste capítulo fé, parece claramente que a fé transcende a morte para os justos. Ele sugere a conclusão da obra redentora de fé, de estado perdido do homem através da Queda, como o início da obra redentora que foi exemplificado na fé justificadora de Abel (v. He 11:4 ). A fé de Enoque foi exibido em sua caminhada diária e ininterrupta com Deus através do estágio de tempo para (365) anos (Gn 5:23 ). No fim de que os homens chamam existência temporal, seu noivado com Deus era tal que ele parece não ter ainda tido conhecimento do instante em que ele quebrou a barreira do som das limitações temporais e entrou no limitlessness do espaço exterior espiritual. Tão absortos que ele estava com Deus, que ele parece não ter tido conhecimento do instante em que suas vestes terrenas usado em tempo de carne caiu e ele estava vestido com sua imperecível celestial espaço-suit (conforme 2Co 5:1. ). Não há serviços funerários foram realizados por ocasião do falecimento de Enoque, em razão do fato de que seu corpo não foi encontrado: ele não foi achado, porque Deus o trasladara . Talvez Deus enterrados seus restos mortais em um sepulcro segredo para esperar a ressurreição dos justos, como fez o corpo de Moisés (conforme Dt 34:5 ). No entanto, a vida exemplar que viveu na terra entre os homens nunca foi esquecido. Uma prestação diz que antes de sua morte, ele recebeu um depoimento que ainda está no registro que agradara a Deus (ANT).Enoque experiente e exemplificado pela fé o que é o desejo maior e mais sério de todos os homens em seus momentos sóbrios e reflexivos, como que o desejo é tão bem expressa por JB Phillips, "Queremos que a nossa vida transitória para ser absorvido pela vida que é eterna. "

É a conclusão depois de ser tirada que Enoque nunca morreu, mas que ele subiu ao céu, algo depois da moda de Elias? (2Rs 2:11 ). Tal idéia não parece estar na mente do autor (conforme 1Co 15:50 ). Ele está representando os efeitos da fé do homem em Deus no plano redentor, como tal fé é exemplificada em um único homem que viveu pela fé obediente em Deus (conforme Gn 5:23 ), no início da história da raça humana. No entanto, se é permitido que ele passou imperceptivelmente através da experiência da morte, ou que ele nunca experimentou a morte em tudo, o significado é o mesmo. O autor quer dizer que a fé em Deus, em última instância anula ou destrói o significado da morte (1Co 15:54 ), e que Enoque era um homem de fé. Além disso, ele sugere na fé transcendente de Enoque a certeza final da ressurreição e da imortalidade de todos os verdadeiros crentes.

Em sua conversa com Martha, por ocasião da morte de Lázaro, Jesus especificamente declarou-se "a ressurreição ea vida." E então ele afirmou: "O homem que crê em mim viverá ainda que morra, e quem é vivo e crê em mim, jamais morrerá "(JBP). O salmista percebeu esta grande verdade que Enoque experiente, e exemplificado, e também declarou que a fé transcende a morte. "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum; pois tu és comigo ... E eu habitarei na casa do Senhor para sempre. "( Sl 23:4 ). Isso ficou claro no primeiro versículo do capítulo. Mas a crença na existência de Deus não tem valor prático, a menos que ele se move o crente a uma fé ativa em direção a Deus. Deus existe em vão para o homem até que a fé ativa Nele começa a funcionar.

Aqui, novamente, o autor emprega uma de suas palavras característicos da epistle- vem . Várias vezes ele usa-lo na descrição de adoração do homem de Deus (He 6:7 ). Em segundo lugar, Deus às vezes esconde temporariamente a sua identidade a partir da busca de crente para testar e fortalecer a sua fé. Vincent afirma que "a vontade de Deus benevolente e atitude para com o candidato nem sempre são aparentes na primeira abordagem. . Em tais casos, não há ocasião para a fé, em face da demora, que busca diligente irá encontrar o seu galardão "(Conforme Lc 11:5 ; Lc 18:1 .) A fé em Deus é indispensável para a existência do homem aqui e no futuro.

As seguintes linhas do bem conhecido e muito amado hino de Faber apropriadamente expressar esta verdade.

Ele se esconde tão maravilhosamente

Como se Deus não existisse;

Ele é menos visto quando todos os poderes

De maus são mais no exterior.

Ou ele nos abandona na hora

A luta está quase perdido,

E parece deixar-nos a nós mesmos

No exato momento em que precisamos dele mais.

Não é assim, mas assim que olha;

E nós perder a coragem, em seguida;

E dúvidas virá se Deus tem reservado

Suas promessas aos homens.

B. AS FUNÇÕES EXEMPLARES DE FÉ (11: 7-40)

Nos versos deste capítulo de abertura o autor tem previsto e cuidadosamente explicou os fundamentos da fé, juntamente com o significado de fé em relação à criação, redenção e imortalidade. Ele agora passa a apresentar uma longa lista de exemplos de fé, incluindo muitas pessoas notáveis ​​da história judaica, em apoio da sua tese de que Cristo e do cristianismo é superior a todo o sistema de Mosaic. Que o seu propósito é mostrar que a fé desses heróis olhou para além das sombras mosaico para as realidades em Cristo para suas vitórias é evidente. Inferência do autor é clara. Se esses grandes personagens judeus olhou para além das sombras e encontraram suas vitórias nas realidades em Cristo, então o lucro vai encontrar seus leitores se eles se transformam a partir das realidades em Cristo e olhar para trás para as sombras agora sem sentido do sistema de Mosaic? Seus exemplos são cuidadosamente e sabiamente escolhido para representar as principais áreas de preocupação da vida no presente e para o futuro.

1. A salvação através da fé (He 11:7. , 20 ).

A fé de Noé descansou no revelação direta que ele havia recebido a respeito de coisas que ainda não se viam , que é a vinda destruição do mundo de sua época por causa de sua maldade, e os meios de salvação em que a destruição que Deus havia ordenado.Assim que foi pela fé que ele, também, compreendido ou "percebido" aquelas realidades que se aproximam que não eram evidentes para os sentidos físicos. Seis coisas são ditas acerca da fé de Noé em relação à revelação que veio a ele.

(1) Ele tomou a revelação a sério; ele foi advertido . Há uma grande diferença entre a emissão de um aviso e sua recepção. Seus contemporâneos receberam o mesmo aviso de que veio a ele, mas, como aconteceu com alguns outros personagens do Antigo Testamento, "a mensagem proclamada a eles não lhes fez nenhuma boa, porque eles só ouviram e não acreditava bem" (He 4:2)

8 Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, saindo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde Is 9:1 Pela fé peregrinou na terra da promessa, como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; 10 porque esperava a cidade que tem os fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus.

A obediência da fé encontrado um exemplo apt em Abraão. Com confiança inquestionável, na medida em que o registro revela, ele prontamente e totalmente obedeceu a revelação de Deus, que veio a ele. É importante observar os muitos e variados aspectos em que a fé de Abraão está em evidência. A aceitação de seu chamado era por si só uma questão de fé, uma vez que envolveu um futuro desconhecido e localização. Sua resposta foi um ato de fé em que exigia a dependência momentânea de Deus quanto à direção. Sua antecipação da futura herança prometida é um ato de fé, uma vez que repousa somente em cima de uma promessa divina imaterial. Isso significava a entrega de tais certezas quanto ele conhecia e possuía em sua terra natal, para o que parecia os sentidos físicos como incertezas, baseados como eram apenas nas promessas da Palavra de Deus.

Todos respostas ativas de Abraão para a revelação de Deus refletem sua fé em Deus. No entanto, a maior prova de fé o aguardava na terra da promessa em sua chegada. Aqui ele foi chamado a exercer a fé passiva. Ele herdou a terra da promessa, mas ele foi obrigado a me debruçar sobre a terra em alojamentos temporários como se não era a sua, afinal. Esta situação obtido para seu filho Isaque e seu neto Jacó, depois dele. O real significado desse fato, o autor explica, é encontrada na fé de Abraão nos ainda futuras realidades espiritualmente imperceptíveis. Ele se recusou a trocar a sua fé nas realidades espirituais permanentes e imperecíveis (a cidade que tem os fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus) para as irrealidades temporais perecíveis. Ele preferiu uma tenda temporária aqui com a perspectiva de uma cidade permanente imperecível a seguir para o gozo de uma habitação fixa agora sem qualquer perspectiva de uma realidade permanente no futuro. Mais uma vez, será observado que a fé de Abraão olhou para a frente. Abraão olhou para fora da tenda para a cidade. Os leitores cristãos hebreus estavam dispostos a olhar para trás a partir da cidade de realidade para a tenda de promessa sombria.

3. Continuidade pela Fé (11: 11-12)

11 Pela fé, até a própria Sara recebeu a virtude de conceber um filho, mesmo fora da idade, porquanto teve por fiel aquele que lhe havia prometido: 12 Pelo que também de um, e esse já mortos, tantos quanto as estrelas do céu em multidão , e como a areia, que está perto do mar-shore, inumeráveis.

Aqui está um exemplo de fé que prevalece em face das impossibilidades naturais aparentes. No entanto, Sara, juntamente com Abraão, acreditava que Deus esteja no controle das forças naturais, bem como o espiritual. É uma fé fraca, de fato, que atribui maior poder da natureza do que ele permite que a Deus. Se as chamadas leis naturais são considerados como forma ordinária de Deus de governar a ordem natural, ao passo que os milagres são a Sua maneira extraordinária de trabalho, então os problemas de reordenamento natureza de Deus em alojamento para os Seus propósitos são em grande parte resolvido. A fidelidade de Deus às suas promessas é a explicação da fé de Sara. Não era a sua fé em sua perspectiva, aparentemente sem esperança de ter um filho, nem sua fé em Deus que ela daria à luz um filho, que percebeu que o cumprimento da promessa. Foi bastante sua fé em Deus que a Sua promessa se ​​cumprisse o que prevaleceu. Como isso seria feito não era sua preocupação. Isso seria feito ela estava certa.Parece provável que um misconcept mais cedo neste ponto pode ter sido responsável por tentativa equivocada de Sara para ajudar Deus a cumprir sua promessa, dando Hagar a Abraão que ela, a escrava, pode suportar o filho prometido. Nenhuma situação deu maior motivo de preocupação ansiosa em tempos patriarcais, como é o caso entre os povos primitivos até o presente, que a ameaça de não ter filhos, especialmente um filho nas sociedades patriarcais. Foi o primeiro filho, que tinha o nome de família, herdou os bens da família, e continuou a família após a morte de seu pai. Sem tal filho a linha da família foi quebrada. No caso de Abraão e Sara, o filho prometido não só significou a continuidade da família, mas também a eventual realização messiânica. Tomé observa,

O resultado desta fé por parte de Abraão e Sara era uma semente de uma só vez celestial e terrena. As 'estrelas do céu "pode ​​sugerir a semente celestial, a Igreja de Deus, Corpo de Cristo. O 'areia' pode ilustrar a semente na terra, a nação judaica, o reino de Israel.

Mais uma vez, na pessoa de Sara, a fé olhou do presente esterilidade para o futuro fecundidade, da desesperança da empresa para a esperança do então . Não é este um outro lembrete do autor a seus leitores que sua esperança não está na aridez do sistema levítico, mas a promessa de que ele se parece?

4. A morte através da Fé (11: 13-16)

13 Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as e saudado, de longe, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra. 14 Ora, os que tais coisas dizem, mostram que estão buscando . depois de um país próprio 15 E se realmente eles tinham se lembrado de que país a partir do qual eles saíram, teriam oportunidade de voltar. 16 Mas agora desejam uma melhor país , isto é, a celestial: Pelo que também Deus não se envergonha deles, de ser chamado seu Deus;pois ele lhes preparou uma cidade.

Todos estes morreram na fé . O maior tributo poderia ser pago um seguidor de Deus, do que dizer que ele morreu na fé? Nem todos os crentes têm acabou com a vida tão bem. Como estes patriarcas vivida na fé, para que eles morreram na fé. A ausência de um artigo antes que a fé parece sugerir que, num sentido de sua morte foi um ato de fé, em vez de que eles morreram em uma mera profissão de fé. Isso não quer dizer que eles executaram a morte para si, mas sim que eles se submeteu voluntariamente à morte acreditando que o cumprimento das promessas de Deus era apenas para além da cortina de morte para eles. Eles morreram chegando de seus leitos de morte para com Deus na expectativa de receber a recompensa prometida. Eles viram o cumprimento das promessas de Deus de longe e saudou-os, ou "abraçou-os pela fé", como se fossem à mão.

Estes patriarcas eram livres para ter retornado ao seu antigo modo de vida se eles tivessem escolhido a fazê-lo, o autor afirma. No entanto, depois de ter visto com os olhos da fé algo melhor, eles pressionado, mesmo para e através da própria morte (Sl 23:4 ). A fé que não alcança para além da morte não é uma apólice de seguro de vida confiável. Mais uma vez, o autor reconhece a possibilidade, e até mesmo o perigo, o regresso dos seus leitores para o judaísmo, mas encoraja-os a centrar a sua fé em frente, mesmo que isso deve significar através da própria morte (conforme He 12:3 ).

Plano e propósito do autor continua evidente como este capítulo progride. Tendo começado com o tratamento dos fundamentos e análises de fé, ele passa a um tratamento da garantia, convicção e testemunho de fé. Sobre essa base, ele constrói o seu tratamento do redemptivity, transcendência, e indispensabilidade da fé. Isto é seguido por sua vez, pelas funções de exemplares de fé. Noé é apresentado como seu exemplo de salvação através da fé, Abraão como seu exemplo de herança por meio da fé, e Sara como o exemplo da continuidade da esperança messiânica, mediante a fé, depois do que ele conhece a objeção antecipada de seus leitores que a morte intervém para cortar a esperança. Isso ele faz, mostrando que a fé transcende a morte e agarra a promessa além da cortina de morte. Ele agora passa a mostrar que a fé na ressurreição responde à objeção de morte para o cumprimento das promessas. A morte é apenas um interlúdio, não o fim.

5. Ressurreição através da Fé (11: 17-19 ; conforme Gn 22:1 , KJV). A partir desta perspectiva mudou ele confessa: "Mas é bom para me aproximar a Deus: Eu fiz o Senhor Deus meu refúgio "( Sl 73:1a ). O autor de Hebreus, também, ganhou a vantagem do ponto de vista da fé em Deus que vai além da cortina escura de morte contra o qual as esperanças de muitos são dissipadas e destruídos.

Pela fé Abraão, sendo provado . A fé nunca é sem seus ensaios. Não seria fé na ausência de experimentação. Outro autor, escrevendo também aos cristãos hebreus, declarado do valor das provas de fé:

Isso significa uma enorme alegria para você, eu sei, mesmo que no momento que você está temporariamente assediado por todos os tipos de provações e tentações. Este não é um acidente acontece para provar sua fé, que é infinitamente mais valioso do que o ouro, e ouro como você sabe, mesmo que em última análise é perecível, deve ser purificado pelo fogo (1Pe 1:6. , JBP) .

O julgamento de Abraão, como a de Cristo (He 4:15 ), foi o final. Pv 25:1 ). JB Phillips diz: "Foi pela fé que Abraão, quando posto à prova, fez um sacrifício de Isaque" (v. He 11:17-A ). Assim ato de fé em sacrificar Isaque de Abraão estava completa, tão completa como teria sido se a faca tirado a vida de seu filho. Assim, não foi apenas uma maneira em que sua fé na promessa original de Deus para ele que ele teria um filho poderia permanecer intacta. Aquele caminho era por meio da fé em Deus para a ressurreição de seu filho dentre os mortos. Esta fé que ele teve, considerou que Deus é capaz de levantar [ele] até dentre os mortos(v. He 11:19-A , conforme Rm 4:5 , Gn 22:14 , Gn 22:16 ). Mais uma vez, ele desejava para fortalecê-los com o incentivo à sua fé no meio de seus julgamentos, quando eles podem ter sofrido a perda de seus bens terrenos valorizados (conforme He 10:32 ; He 12:3 ). Mas as grandes lições que carrega para o crente hoje são de que todos os ensaios Deus permite são para o fortalecimento da fé do homem, e que tudo o que Deus pede ao homem para sacrificar-se que ele pode dar espaço para algo melhor e maior na vida do crente. Certamente, ele pretende dar aos seus leitores uma prévia do futuro esperança do crente na vida de ressurreição, onde a temporária e transitória são trocadas para as realidades permanentes e permanentes.

6. bênçãos por meio da fé (11: 20-21 ; conforme Gn 27:27 ).

Bênção de Jacó e Esaú de Isaque foi relacionado para a realização final das promessas de Deus. Aqui, no fim de uma longa vida, como o tempo estava começando a desaparecer na intemporalidade para ele, Isaque foi sustentada e animada pela esperança do futuro, e assim pela fé abençoou seus filhos em parceria permanente com ele na realização do promessas divinas. Esta bênção foi um ato definido de fé da parte de Isaque. Ele acreditava no poder da sua bênção para fazer seus filhos co-participantes das promessas de Deus que havia herdado de seu pai Abraão (conforme Gn 17:1 ).

Como seu pai Isaque, Jacó, como sua vida temporal estava diminuindo, olhou para as futuras realidades e pela bênção da fé transmitida seus benefícios para seus netos, enquanto ele reconheceu a colaboração de Deus com a sua atitude de adoração. Assim como o dia de vida foi o encerramento para estes patriarcas errantes, as portas da realidade estavam abrindo para eles, e eles tiveram seus descendentes entrar com eles por meio da fé expressa em bênçãos. Assim, mais uma vez o autor apresenta estes antepassados ​​de Israel aos seus leitores como exemplos de homens que viveram e morreram pela fé em Deus e Suas promessas para o futuro. Esperanças dos leitores não mentem no passado vazio, mas no futuro promissor pela fé em Cristo.

7. Previsão através da Fé (He 11:22)

22 Pela fé José, quando seu fim estava próximo, fez menção da saída dos filhos de Israel; e deu ordem acerca de seus ossos.

Tal como os seus antepassados, quando sua vida temporal foi desaparecendo com a idade, José estava cheio de as realidades do futuro ainda não realizado.

Duas coisas constituem a profecia de José. Em primeiro lugar , ele sabia bem o propósito eo plano final de Deus para o povo de Israel, que eles eram seus agentes escolhidos para a concretização da esperança messiânica no mundo. Ele sabia que Canaã, e não no Egito, foi local escolhido de Deus para a promulgação deste drama divino. Enquanto ele reconheceu que a estada de Israel no Egito teve seu propósito no plano de Deus para o seu povo, ele sabia que esse plano não ligou para a sua servidão permanente no Egito. Seu olho da fé foi de propósito final de Deus para o seu povo, e que era para ser realizado na Terra Prometida. Assim, ele falou sobre isso em seus dias finais.

Em segundo lugar , mas que sobre os ossos de José? O que tinha que fazer com o retorno de Israel para Canaã? Como um israelita era um com o seu povo na esperança messiânica, porém indistinta sua imagem pode ter sido na época. Ele sabia muito bem que ele não seria privilegiada, em razão da intervenção da morte, para acompanhar os israelitas em seu retorno. No entanto, ele também estava envolvido na esperança da promessa, e, assim, ele emitiu uma profecia-comando que seus ossos devem ser devolvidos com Israel para que, em um sentido simbólico, pelo menos, ele iria dividir o cumprimento da promessa. Então, também, nesta mesma profecia-comando parece ser tanto uma expressão de fé de José que Israel acabaria por chegar a Canaã, e ao mesmo tempo uma dica em sua fé na imortalidade pessoal. Para os leitores que deve ter querido dizer que a fé vai prevalecer e, finalmente, realizar o cumprimento de suas esperanças, seja nesta vida ou pela morte.

8. Libertação com Faith (11: 23-29)

23 Pela fé Moisés, logo ao nascer, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que o menino era formoso; . e eles não temeram o mandamento do rei 24 Pela fé Moisés, quando já homem, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, 25 escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que para desfrutar dos prazeres da pecado por algum tempo; 26 representando o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque olharam para a recompensa. 27 Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o que é invisível. 28 Pela fé celebrou a páscoa ea aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos não lhes tocasse. 29 Pela fé os israelitas atravessaram o Mar Vermelho, como por terra seca; o que intentando os egípcios fazer foram engolidos.

Com poucas palavras bem escolhidas, o autor apresenta uma imagem pen das façanhas da fé do grande libertador e legislador de Israel, Moisés, embora ele não faz nenhuma menção da lei nessa relação, provavelmente porque a lei não era de fé (Gal . He 3:12 ). Moisés também não tem sido o único filho para ser salvo das intenções destrutivas do inimigo cruel pela fé corajosa de pais tementes a Deus.

Própria fé pessoal de Moisés em Deus primeiro se manifestou de forma mais ousada na maioria das circunstâncias incomuns. Tendo sido criado no palácio real egípcia pela própria filha do Faraó, ele tinha aprendido a conhecer e apreciar as vantagens e os luxos que a vida na corte egípcia de seu dia oferecidas. Eventualmente, quando ele atingiu a idade e status que o qualificou para julgamento responsável e da cidadania, foi oferecido adoção legal na família real egípcia. Esta oferta parece ter levado com ele todas as possíveis contingências da sociedade nessa casa, envolvendo mais provável o futuro trono. Considerações de Moisés da oferta foram iluminados por uma fé viva em Deus, através do qual ele pesava reflexiva e em profundidade as questões. Sua decisão, com base em fatores vistos pela fé que não eram aparentes para os sentidos físicos, foi proferida pela negativa. Ele se recusou adoção na família real do Egito, com todas as vantagens que oferecem detidos. Sua recusa foi um ato de fé que era necessário para limpar o caminho para a escolha que viria a seguir. A fé nunca pode dizer "sim" a Deus de uma forma significativa até que tenha dito "não" aos interesses próprios que impediriam o desenrolar do plano de Deus.

No segundo lugar, a fé de Moisés em Deus manifestou-se em uma escolha muito sábia, mas perigoso, humanamente considerado,. Ele pesava bem a questão. Ele fechou a porta à identificação com o Egito, uma vez por todas. Ele agora se manifesta sua fé em Deus por preferindo ser maltratado com o povo de Deus, do que para desfrutar dos prazeres do pecado por algum tempo (v. He 11:25 ). Paulo escreve a Timóteo sobre a "fé que há em Cristo Jesus", trabalhando por meio da palavra de Deus, que é "capaz de tornar-te sábio para a salvação" (2Tm 3:15 ). A fé nas promessas de Deus é a mais alta sabedoria disponível para o homem. Ele leva em consideração as futuras contingências e problemas que só Deus em Sua onisciência é capaz de prever. Assim, com uma visão combinada divinamente iluminada e coragem ousada, Moisés lançou o seu lote com os escravos pessoas menos privilegiadas e espezinhados em Goshen e preparou-se para o que quer que as aflições e sofrimentos que possam estar envolvidos. Isso que ele pudesse fazer só porque o seu juízo de fé previa a libertação de Israel do Egito e do desbotamento e passar dos prazeres sazonais de oferta do Egito. Quão diferentes são os prazeres do povo de Deus (conforme Sl 16:11 ). Sin proporciona prazer temporário, de fato, mas no fundo do copo, enganosamente escondido, encontram-se os sedimentos amargos e venenosos de desilusão triste (conforme He 3:13. ; Ec 12:1 ).

Que o autor não estar insinuando os perigos em que seus leitores ficam de ser enganado em tomar a decisão errada de identificação-judaísmo, em vez de Cristo? Certamente, ele implica que a decisão de Moisés foi por Cristo, em vez de o Egito.

No terceiro lugar, a fé de Moisés revela-se na sua "estimativa" ou contabilidade de reprovações de Cristo como de maior valor do que os tesouros do Egito. Isso ele foi capaz de fazer por sua fé previdente que teve em conta o galardão (v. He 11:26. ; Ap 22:12 ).

Observa-se, no quarto lugar, que a fé de Moisés em Deus é demonstrado em sua resistência: ficou firme, como quem vê aquele que é invisível (v. He 11:27 ; 1Tm 1:17. ). Há uma resistência necessária na vida cristã que é dependente do seu sucesso sobre os olhos da fé que está focada sobre aquele que não se revelar a visão física. Aqui o autor parece antecipar o que ele está prestes a tornar explícita (conforme He 12:2 ). A fé em Deus remove obstáculos impossíveis aparentes e faz com que o crente para se maravilhar que ele nunca duvidara ou hesitou em arriscar. No entanto, o que Moisés e Israel fez pela fé os egípcios não podiam fazer sem fé. O mar que separava em resposta à fé dos israelitas em Deus, permitindo-lhes assim a passagem segura, voltou com violência e morte sobre os egípcios que tentou fazer sem fé que Israel tinha feito por meio da fé (conforme At 19:13 ). As implicações deste evento na vida de fé para os leitores cristãos hebreus Moisés são óbvias. Sua libertação, também, é assegurada através da fé em Cristo. Eles, também, pode passar com segurança através de seus ensaios nesta vida, e, finalmente, através da morte para livramento eterno. Tomé oferece o seguinte resumo tríplice da vida de fé de Moisés:

(A) A visão de fé. Moisés viu através das coisas temporais e penetrou a realidades eternas, porque ele viu Deus (v. He 11:27 ). (B) o valor da Fé. Moisés escolheu, contado, se separou, e determinado a fazer a vontade de Deus. (C) a vitória de Faith. Ele venceu o mundo, representado pelo Egito, a oposição de Faraó, e o poder de suas próprias tendências naturais como ele foi tentado por as glórias do Egito.

9. Vitória através da Fé (He 11:30)

30 Pela fé, os muros de Jericó caíram, depois de terem sido rodeados por sete dias.

O autor seria estimular a fé dos seus leitores através do exemplo da queda de Jericó, mostrando a total incapacidade das forças temporais e fatores para estar diante do poder da fé em Deus. O contraste é atraída para um ponto do absurdo, quanto humanamente considerado. A cidade pagã está bem fortificada contra ataques. Atacantes desarmados tomar a cidade com lâmpadas em jarros e chifres, depois de um cerco cerimonioso da cidade sitiada sete vezes. Mas os caminhos de Deus são mais altos do que os caminhos do homem. Nem os cântaros, as lâmpadas, os chifres, a marcha ou os gritos adquiridos a capitulação de Jericó. Era o poder da fé obediente em Deus que produziu os resultados desejados, como tal, a fé deve sempre fazer.

10. Preservação através da Fé (He 11:31 ; conforme Js 2:9) tão facilmente quanto ele pode perseguidor judeu Saul. Ela tinha um conhecimento do verdadeiro Deus, como fizeram seus concidadãos (conforme Js 2:1)

32 E que mais direi? para o tempo vai me deixar se eu contar de Gideão, de Baraque, de Sansão; Davi, Samuel e os profetas: 33 que pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam a boca dos leões, 34 apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, encerado poderoso em guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros. 35 As mulheres receberam os seus mortos pela ressurreição: uns foram torturados, não aceitando o seu livramento;para alcançarem uma melhor ressurreição: 36 e outros experimentaram escárnios e açoites, e ainda cadeias e prisões: 37 foram apedrejados, serrados, eles foram tentados, eles foram mortos com a espada: eles iam para o de ovelhas e de cabras;desamparados, aflitos e maltratados 38 (dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos e montanhas e cavernas, e os buracos da terra.

Aqui, seguindo suas referências detalhadas, as palavras por um momento parecem falhar o autor. Então, de repente lá jatos diante da memória do escritor uma barragem de testemunhas da fé. Depois de uma lista de sete nomes familiares aos seus leitores e estudantes da Bíblia de todos os tempos, o autor segue com uma sucessão de exemplos variados de fé da história do Antigo Testamento, que vão todo o caminho de conquistas militares a ressurreição dentre os mortos. A importação da passagem é de que a fé em Deus é eficaz para a vitória em todas as circunstâncias da vida e da morte. Deus governa o universo. Coloque fé obediente nEle e triunfo final está assegurada.

12. Recompensas por meio da fé (11: 39-40)

39 E todos estes, tendo tido testemunho por meio de sua fé, não alcançaram a promessa, 40 visto que Deus provera alguma coisa melhor a nosso respeito, que, além de nós, eles não devem ser aperfeiçoados.

Com isso, o autor conclui sua excelente tratamento da fé como um elemento indispensável na vida do homem. Ele começou o capítulo com um tratamento geral de fé. Ele conclui com grandes exemplos da história da fé. Ele finalmente fecha o capítulo com uma declaração sucintas sobre todos os seus testemunhos, no sentido de que Deus os reconheceu e aprovou seus personagens justos, mediante a fé, mas que Ele atrasou a emissão de suas recompensas até que a obra de Cristo na cruz foi completa. O significado é claro. A recompensa da fé na salvação é através de Cristo. Se os leitores retornar ao judaísmo, "já não resta mais sacrifício pelos pecados." A salvação está em Cristo. Abandoná-lo e toda esperança está perdida. Observação Tomé 'sobre esta passagem dá uma conclusão adequada:

Eles tiveram que esperar por nós, e agora, através de Cristo, os santos do Antigo Testamento foram colocados em uma posição melhor, e são capazes de compartilhar as bênçãos espirituais fornecidos por Cristo. Toda a Epístola é ocupada com este pensamento de inferioridade dos privilégios espirituais sob a antiga aliança em comparação com aqueles que são a nossa parte agora. Assim, nos velhos tempos, o pecado foi posto de lado, enquanto agora ele é mandado embora; Nos velhos tempos, os pecados eram constantemente lembrado, agora eles são completamente removidos. Cristo, como retratado na plenitude e glória da Sua obra (ver caps. 1-10 ), tem, na verdade, desde que as "coisas melhores", que Deus o tempo todo tinha previsto para eles e para nós.

Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Hebreus Capítulo 11 do versículo 1 até o 40
Esse capítulo ilustra a lição de 10:32- 39 e mostra que, ao longo da histó-ria, homens e mulheres têm feito o impossível pela fé. O versículo 38 afirma: "O [...] justo viverá pela fé". Esse capítulo mostra que essa fé pode vencer qualquer circunstância.

I. A fé descrita (11:1 -3)

A verdadeira fé bíblica não é um tipo de pensamento emocional an-sioso, mas a convicção interior fun-damentada na Palavra do Senhor (Rm 10:17). No versículo 1, a pala-vra prova (ARC) refere-se à "convic-ção", e fundamento (ARC) significa "certeza". Assim, toda garantia e certeza de que precisamos quando o Espírito Santo nos dá fé, por meio da Palavra, é a presença desta em nosso coração! O dr. J. Oswald San- ders diz: "A fé capacita a alma do crente a tratar o futuro como se fos-se o presente, e a agir como se visse as coisas invisíveis". Pela fé, vemos o que os outros não vêem (observe vv. 1,3,7,13,27). Deus, por intermé-dio do Espírito Santo, testemunha ao coração que tem fé verdadeira (veja vv. 2,4-5,39). Pela fé, Noé viu o julgamento vindouro, Abraão viu a cidade futura, José viu o êxodo do Egito, e Moisés viu a Deus.

A fé realiza coisas porque, conforme ilustrado pela Criação, no versículo 3, a Palavra do Senhor tem poder. Deus falou e tudo se fez! Ele ainda fala conosco. O poder da Palavra realiza coisas em nossa vida quando cremos no que ele diz. A mesma Palavra que agiu na velha criação atua na nova.

II. A fé demonstrada (11:4-40)

  1. Abel (v. 4; Gn 4:3ss)

Deus pediu um sacrifício de sangue (He 9:22), e Abel cria em sua Pâlavra. Porém, Caim não tinha fé e rejeitou-a. Deus testemunhou pela fé de Abel ao aceitar o sacrifício dele, e Abel ainda fala por meio desse testemunho.

  1. Enoque (vv. 5-6; Gn 5:21-24)

Em uma época perversa, Enoque levou uma vida dedicada por crer na Palavra. Veja Jd 1:04ss; Êx 13:19; Js 24:32)

José sabia que, um dia, Israel seria libertado do Egito, pois Deus pro-metera isso a Abraão (Gn 15:13-16). É surpreendente que José tivesse fé tendo passado por tantas provações e depois de viver a maior parte de sua vida em um local pagão, o Egito.

  1. Moisés (vv. 23-29; Êx 1:15)

Os pais de Moisés foram fiéis em escondê-lo, já que Deus lhes dissera (de alguma forma) que ele era uma criança especial (At 7:20). A fé de Moisés levou-o a recusar sua posi-ção no Egito e a identificar-se com Israel. De novo, ele viu a recom-pensa da fé (v. 26) em oposição aos prazeres temporários do pecado. A fé na Palavra levou à libertação da Páscoa (como os egípcios devem ter zombado do sangue nas portas das casas israelitas!) e à travessia do mar Vermelho.

  1. Josué (v. 30; Js 1—6)

Deus prometeu a Josué que liber-taria Jerico, e a fé nessa promessa levou à vitória. Durante sete dias, Is-rael marchou em volta da cidade, e, embora tenham parecido tolos para os cidadãos da cidade, a fé dos ju-deus venceu.

  1. Raabe (v. 31; Js 2; Js 6:22-6. O versículo 40 indica que o plano de Deus para esses santos do Antigo Testamento também inclui os cris-tãos do Novo Testamento que, por intermédio de Cristo, compartilham a nova aliança. Hebreus descreve essa "coisa superior" — o sacerdo-te, o sacrifício, o santuário e a alian-ça melhores. Em um sentido bem real, hoje os cristãos, pela fé em Cristo, são herdeiros da promessa (6:17-18), já que todas nossas bên-çãos espirituais são resultado das promessas que Deus fez a Abraão e Davi (Rm 11:13-45). Claro que es-sas promessas também serão cum-pridas, no sentido literal, em Israel durante a era "que há de vir" (He 2:5-58), embora hoje seja cumprida espiritualmente em Cristo (Gl 3).

    Esse capítulo apresenta-nos muitas lições, mas talvez seja mais útil apresentar apenas algumas: (1) Deus trabalha apenas por meio da fé. O exercício da fé é a única forma de agradar ao Senhor e de receber suas bênçãos. (2) A fé é um dom que Deus nos dá por meio da Pa-lavra e do Espírito. Não é algo que realizamos por nós mesmos. (3) A fé sempre é testada; às vezes, parece que é insensatez crer em Deus, mas, no fim, a fé sempre vence.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Hebreus Capítulo 11 do versículo 1 até o 40
11.1 Fé é a certeza (gr hupostasis, 1.3 "substância", 3.14 "confiança". É a garantia ou, "escritura" das promessas de Deus.

11.2 Os antigos. Os santos do AT exerceram uma fé nas promessas de Deus. Essa fé os sustentou numa perseverança exemplar.

11.3 Pela fé. O crente reconhece que as coisas temporais e materiais (acessíveis aos nossos sentidos) não são mais reais do que Deus e Sua palavra que as criou. A fé substancia a realidade de Deus.

11.4 Pela fé, Abel. Caim não satisfez a Deus porque ofereceu seu sacrifício sem fé (conforme Gn 4:7). Morto, ainda fala (Gn 4:10). O homem de fé fala mesmo após a morte testemunhando a natureza divina.

11.5,6 O AT não diz que Enoque foi justo; sabemos que foi porque "agradou a Deus" (6). Sem a fé toda obra humana fica contaminada pelo pecado e pela rebelião (Is 64:6). O duplo objetivo da fé:
1) confiança absoluta na existência de Deus, Rei eterno, imortal, invisível (1Tm 1:17; Jo 1:18);
2) certeza que Deus galardoa os que O buscam de coração.

11.7 Noé manifestou a fé que a justiça exige (Gn 6:9), i.e., o cumprimento futuro da Palavra de Deus (Gn 6:22). A fé de Noé condenou o mundo, porque os contemporâneos dele se fizeram surdos diante da proclamação da mensagem divina (2Pe 2:5; cf.At 28:2).

11.8 Abraão ouviu e atendeu a chamada (gr kaloumenos) pessoal de Deus (conforme Ne 9:08s). Como Noé, Abraão ganhou a justiça imputada de Deus pela fé (Gn 15:6). Obedeceu porque creu. Sem saber, Deus só prometeu a terra de Canaã após a volta de Abraão do Egito (Gn 13:14s).

11.9 Peregrinou. Conforme Gn 23:4; 1Pe 1:1, 1Pe 1:17. Os cristãos também peregrinam no mundo pela fé. Só renunciando tudo é que o discípulo pode seguir a Cristo (Lc 14:33). Ele torna-se assim cidadão do céu (Fp 3:20).

11.10 Cidade. Pode referir-se à nova Jerusalém, a comunidade dos santos no céu (12.22; Gl 4:26; Ap 21:2).

11.11 O gr original deste v. seria melhor traduzido assim: "Pela fé Abraão, junto com Sara, recebeu poder para procriar.

11.16 Os patriarcas, ainda que mortos, vivem para Deus (conforme Mc 12:26s).

11.17 Posto à prova (gr peirazomenos, "provar", "tentar"). Ainda que é impossível Deus incentivar para o mal (Jc 1:13), toda prova confronta o homem com a escolha de aceitar ou rejeitar a vontade dele. Ofereceu (gr no tempo perfeito). Deus conta com a disposição como se fosse o próprio ato. Unigênito. Além de enfatizar sua exclusividade, denota "amado" (conforme referências a Cristo, Mc 12:6).

• N. Hom. 11.19 Três Épocas Na Fé de Abraão:
1) Na fé da juventude - desafio (8),
2) na fé da maturidade - constância (10);
3) na fé da velhice - triunfo (19). Recobrou. Conforme Gn

22.5 Abraão sabia que Deus tinha que restaurar a Isaque; senão Ele não cumpriria Suas promessas.
11.21 Bordão. Gn 47:31 tem cama. É a mesma palavra na escrita não vocalizada do hebraico antigo, mas com pronúncia diferente.

11.25 Do Pecado tem seu próprio prazer, mas é apenas transitório, incomparavelmente menor do que a glória futura que surge da tribulação.

11.26 Opróbrio de Cristo. Em Êx 4:22, Israel é chamado filho de Deus (Dn 11:1). Cristo como Messias de Israel estava sempre unido com o povo de Deus (1Co 10:4). Como Abraão que viu a Cristo (Jo 8:56), Moisés atuou de forma a preparar o caminho para o Messias (conforme Sl 69:9).

11.29 Distingue-se aqui a fé no mandamento do Senhor que os israelitas seguiram, cruzando o mar, da presunção dos egípcios que se atreveram a fazer a mesma coisa. A presunção só traz condenação.

11.30 Ruíram as muralhas. Conforme 2Co 10:4, 2Co 10:5.

11.31 Roube. Conforme Jc 2:25; Mt 1:5.

11.33,34 Leões. O autor tem Daniel em mente (Ez 6:22). Extinguiram. Refere-se a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Escaparam... espada. Conforme Elias (1Rs 19:0), Jeremias (Jr 36:19, Jr 36:26)., Fraqueza. Veja Gideão (Jz 6:15). Puseram em fuga. Conforme 1Sm 14:6.

11.35 Torturados. A palavra grega significa "esticados e açoitados até à morte". Superior ressurreição. Fica contrastada com a ressuscitação para depois morrer de novo. Nota-se também o contraste entre os que a fé libertou (20-35) e os que a fé matou heroicamente (36-38).

11.36 Escárnios e açoites. Conforme Jr 20:2.

11.37 Mortos Conforme Jr 26:20-24; Mt 23; 29 31. Serrados pelo meio. Foi a sorte de Isaías durante o reinado de Manassés no apócrifo Ascensão de Isaías. Vestidos... cabras (2 Rs 1.8).

11.40 "Deus, na Sua providência, reservou a perfeição messiânica de Jesus Cristo, até que nós pudéssemos compartilhá-la" (J. Moffatt).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Hebreus Capítulo 11 do versículo 1 até o 40

3) A fé definida e ilustrada (11:1-40)

Visto que a fé é um elemento tão importante para a perseverança, como mostra a profecia de Habacuque, tão importante que constitui a dinâmica pela qual o justo deve viver, o autor volta sua atenção agora para a exposição completa do seu significado. Ele começa com uma descrição: fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos (v. 1). Agora, se aceitarmos essa tradução (e não a VA e Westcott, Comm., p. 350, que trazem possibilidades alternativas), então o autor descreveu a fé não como, em si mesma, “a substância das coisas pelas quais se espera” etc., mas como uma atitude da mente em relação ao futuro e o invisível que é determinante para a conduta pessoal no presente. A fé, fundamentada como está na palavra inabalável de Deus, não é de forma nenhuma um “salto no escuro”. Ela nos assegura da realidade do mundo invisível, e de sua superioridade sobre o visível, e por meio disso nos capacita para fazermos as escolhas corretas nos momentos de decisão. A fé, portanto, é fundamental para a perseverança, pois a perseverança não é nada mais do que uma série de escolhas para o futuro e o invisível, em contraste com escolhas para o presente e as coisas transitórias que pertencem ao mundo dos fenômenos. Foi então pela fé que os antigos receberam aprovação divina (v. 2), pois eles, como o autor está para demonstrar com muitas evidências, foram capacitados por ela a “se apegarem ao invisível, apesar das ilusões e tentações deste mundo passageiro” (E. F. Scott, Comm., ad loc.). Assim, pode-se ver novamente uma continuidade entre o passado e o presente — uma continuidade da fé no invisível que liga os dois povos.

E interessante observar que, ao ilustrar essa definição de fé, ele o faz de forma aproximadamente cronológica. Ele começa com a criação do mundo. Pela fé entendemos que o universo foi formado [...] de modo que aquilo que se vê não foi feito do é visível (v. 3). Essa afirmação não tem o propósito de ensinar a criação ex nihilo, nem de dizer coisa alguma a respeito do caráter da substância anterior da qual o mundo foi feito. O único ponto do autor é que “nenhuma explanação puramente física do mundo é possível” (Westcott, Comm., p. 353). A fé busca por respostas nas coisas que estão além do que se pode ver (v. 1).

Em seguida, o autor chama muitos santos do AT para testemunhar do significado da fé. Em primeiro lugar nessa ordem, ele discute aqueles grandes heróis que viveram antes do Dilúvio (v. 4-7). Abel ofereceu a Deus um sacrifício superior ao de Caim (v. 4). O autor não afirma em que forma era “superior”, a não ser ao dizer que foi apresentado por fé e ao sinalizar a possibilidade de ele ser um sacrifício “mais abundante” (gr. pleiond) do que o de Caim, um fato que pode indicar um sentido mais completo do direito de Deus sobre a sua vida do que o evidenciado pelo seu irmão (conforme Westcott, Comm., p. 354). Observe que Deus aprovou as suas ofertas (v. 4), e não a oferta!

A prova da fé que Enoque possuía está no fato de que ele tinha agradado a Deus (v. 5; cf. Gn 5:24, LXX, em que o texto hebraico traz “andou com Deus”), pois uma pessoa não pode agradar a Deus sem uma fé que enxerga claramente a ele, o invisível, como uma realidade viva, e como alguém que pode intervir na história para recompensar aqueles que o buscam (v. 6). A recompensa para a fé que Enoque tinha foi o arrebatamento — Pela fé Enoque foi arrebatado, de modo que não experimentou a morte (v. 5).

O significado de fé como definida pelo autor de Hebreus é mais claramente ilustrada com base na vida de Noé, de quem se diz que Deus o avisou de coisas que ainda não se viam (v. 7). A sua resposta mostrou que, embora o Dilúvio ainda estivesse no futuro e talvez fosse algo inaudito, certamente nunca visto, ele mesmo assim foi convencido de sua realidade em virtude do oráculo divino. Essa convicção determinou o seu curso de ação — ele obedeceu a Deus. Assim, ele tornou-se herdeiro da justiça que ésegundo a fé (v. 7, uma expressão parecida com a linguagem de Paulo; conforme Rm 3:22; Rm 4:13; He 10:38).

Os testemunhos de fé seguintes na ordem foram os patriarcas desde Abraão até José (v. 8-22). Abraão é o primeiro e talvez o maior exemplo de fé no AT. Para o autor de Hebreus, Abraão provou sua fé por sua pronta resposta ao chamado de Deus, embora fosse para ir a um lugar que lhe era totalmente desconhecido (v. 8), e pelo fato de que ele não fez dessa terra prometida (v. 9) um lar permanente, Pois ele esperava a cidade que tem alicerces, cujo arquiteto e edificador é Deus (v. 10). De forma muito semelhante ao que fez nos caps. 3 e 4, o autor mostra que a terra prometida foi para Abraão somente uma terra de promessa temporária. A verdadeira “terra prometida” era a celestial, a que não tinha sido vista, que, quanto tornada visível pela fé, o fez viver como peregrino neste mundo. A fé é “a convicção de coisas que não vimos”. IsaqueeJacó, co-herdeiros da mesma promessa (v. 9), também compartilhavam a perspectiva que ele tinha da vida.

De acordo com o v. 11, a fé que Sara tinha é unida à de Abraão num empreendimento conjunto para produzir um filho. Mas não há registro da sua fé no AT — somente da sua incredulidade diante da promessa do Senhor (Gn 18:12ss). Além disso, a expressão grega traduzida por gerar um filho (katabolê spermatos) é usada regularmente em relação a “semear” a semente, a “gerar” (Arndt e Gingrich, Greek-English Lexicon), e não “conceber”. Por isso, é bem provável que o grego deva ser traduzido por “Pela fé ele (Abraão) recebeu o poder de gerar por meio da própria Sara”. Essa tradução alternativa coincide com Rm 4:19, em que Paulo, também, ignora a fé em Sara.

Em bom estilo literário, o autor divide o seu panorama da história da redenção para que não se torne monótono e faz uma pausa para resumir o que disse até aqui (v. 13-16). Há um cumprimento mais amplo para as promessas de Deus do que pode ser realizado na terra no âmbito do visível — Todos estes viveram pela fé, e morreram sem receber o que tinha sido prometido (v. 13). Assim, embora Abraão chegasse até Canaã — a terra prometida — e embora Isaque lhe nascesse já numa idade avançada, e nesse sentido as promessas de Deus foram cumpridas, e sua fé não ficou totalmente sem recompensa, é verdade também que ele não recebeu o que foi prometido, o que significa que não recebeu as promessas (a tradução literal do grego). As promessas de Deus não podem ser cumpridas aquém daquela pátria melhor [...] a pátria celestial (v. 16). Lembre que, para o autor de Hebreus, o mundo celestial é o mundo real. O mundo dos fenômenos é apenas a sua sombra. Fé, a capacidade de ver essa esfera invisível, estimula o crente a escolher a favor daquele mundo e contra este. Assim foi que a fé fez os patriarcas viverem como estrangeiros e peregrinos na terra (v. 13,14) porque eles estavam buscando uma pátria além dos limites de tempo desta terra (v. 14). Por isso, Deus não se envergonha de ser chamado o Deus deles (v. 16; conforme Mc 12:26,Mc 12:27). O autor chega a essa conclusão com base no fato de que enquanto os patriarcas viviam na terra prometida eles mesmo assim se consideravam “estrangeiros”, “peregrinos” (Gn 23:424:37; 28:4; 47:9). Fé, então, é o contrário de voltar atrás; é um avançar constante em direção a alvos que são reais, embora vistos imperfeitamente. Esse, aliás, é o tema de todo o livro de Hebreus, e está condensado dentro dos limites de um conceito — fé.

O autor agora se volta para a fé do patriarca Abraão, antes de prosseguir para citar a de Isaque, Jacó e José (v. 17-22). O teste supremo da fé em Abraão foi o pedido de Deus para que sacrificasse Isaque (v. 17), de quem se disse: “Por meio de Isaque a sua descendência será considerada" (v. 18). Abraão obedeceu, embora a “ordem de Deus parecesse se chocar com a promessa de Deus”, porque Abraão levou em conta que Deus pode ressuscitar os mortos (v. 19; conforme Gn 22:5; aqui há mais uma das poucas referências à crença do autor na ressurreição). Assim, a “ressurreição” de Isaque foi “por meio de uma parábola” (figuradamente, v. 19) e se tornou um tipo da ressurreição de Cristo. Isaque, Jacó e José se complementam, cada um à sua maneira, para ilustrar novamente que a fé é a certeza de coisas que esperamos, a convicção de coisas que não vemos (v. 20-22). A referência ao bordão de Jacó (v. 21) onde o texto hebraico menciona sua “cama” (Gn 47:31) é mais uma prova de que o autor está usando a LXX.

Em seguida, o autor trata de Moisés e de sua fé (v. 23-28). Sua fé, começando com seus pais que por meio dela obtiveram “um pressentimento do destino de seu filho” (Josefo, Ant. II, 9,3 citado por F. F. Bruce, Peake’s Comm., p. 1.017), o constrangeu a abrir mão do imediato a favor das coisas futuras, do visível a favor do invisível, preferindo ser maltratado pelo povo de Deus a desfrutar os prazeres do pecado (v. 25) por algum tempo. Por amor de Cristo, considerou sua desonra uma riqueza maior do que os tesouros do Egito (v. 26). Essa interpretação dada ao texto grego significa que Moisés tinha “fé no Deus que cumpriria seu propósito e sua promessa, um cumprimento que somente poderia ocorrer com a vinda de Cristo” (A. C. Purdy, Comm., ad loc.; 1Co 10:4). Traduzido literalmente, no entanto, esse versículo diz que Moisés “considerou a desonra do Cristo como sendo riqueza maior” (conforme ARA: “considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas...”, ARA), o que poderia significar que o próprio Moisés se considerou feliz em sofrer aquela desonra que pertence a qualquer ungido de Deus enviado ao mundo que se rebela contra Deus. Em outras palavras, Moisés sofreu como o Cristo de Deus, seu ungido, pois “essa desonra, que foi sofrida de forma mais intensa por Cristo Jesus (Rm 15:3), foi sofrida também por aqueles que de alguma maneira o prefiguraram ou representaram” (Westcott, Comm., p. 372).

Por fim, o autor toca brevemente no tema da fé daqueles desde Exodo até o tempo dos macabeus (v. 29-38), mencionando especificamente a fé que tinha “o povo” ao cruzar o mar Vermelho e na conquista de Jericó (v. 29), e de Raabe, a prostituta (v. 31), mostrando que “fortalezas caem diante da fé, e até os mais mal-afamados são redimidos por ela”. Aí, por falta de tempo, ele resume as proezas de juízes, profetas, reis, exilados e mártires (mas não em ordem estritamente cronológica), cujas façanhas estão gravadas profundamente nos anais da história de Israel. Esse é um dos trechos mais belos do ponto de vista do estilo em Hebreus; é também o mais comovente. Serve de forma magnífica para resumir o conceito de fé do autor. E aquilo que nos impele adiante sempre, nunca se dando ao luxo da retirada. E “ação ousada”. E confiança e certeza. E obediência. E perseverança. A fé é ver o invisível em foco claro, assim que o mundo visível presente perde o seu charme. Por meio dela, a pessoa é capacitada a abrir mão da própria vida, se necessário, a fim de obter aquela vida melhor por vir (v. 35b). E possível que o pano de fundo desse resumo conclusivo venha de 2Macabeus
6.18—7.42. O autor considera os homens e mulheres mencionados aí na mesma estatura de Gideão, Baraque, Sansão, Davi etc., no seu testemunho ao significado da fé. A referência a serem serrados ao meio (v. 37) pode indicar familiaridade com uma obra lendária intitulada 0 Martírio de Isatas, em que Isaías foi supostamente serrado em pedaços com uma serra de madeira porque profetizou a vinda da redenção por meio de Cristo (conforme R. H. Pfeiffer, History ofthe New Testament Times with an Introduction to the Apocrypha, 1949, p. 73-4).

Todos estes receberam bom testemunho [...] no entanto, nenhum deles recebeu o que havia sido prometido (v. 39), isto é, eles não receberam “# promessa”, a promessa messiânica. Toda a história da redenção, com seus múltiplos cumprimentos parciais, avança para o seu clímax no que poderia ser chamado de evento de Cristo. Esse evento foi a pedra fundamental, o teleiõsis da história; portanto, o autor de Hebreus pode dizer que Deus falou de forma definitiva pelo seu Filho, e ele o fez “nestes últimos dias” (1.2). Assim, o cristão está vivendo na era do cumprimento — a promessa de Deus foi cumprida na vinda do Messias. E à luz disso que as palavras Deus havia planejado algo melhor para nós (v. 40) precisam ser compreendidas. Quanto maior deveria ser, portanto, a nossa fé, a nossa lealdade para com Deus, que a dos antigos. E, mesmo assim, a expressão para que conosco fossem eles aperfeiçoados (v. 40) sugere que os homens de fé no AT e os da Era Cristã pertencem juntos a um mesmo povo de Deus, para que juntos sejam aperfeiçoados.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 11 do versículo 1 até o 40

He 11:1 é a resposta do escritor.


Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 11 do versículo 8 até o 13

8-13. Os outros patriarcas também deram o mesmo testemunho. Abraão, Sara, Isaque, Jacó, José e Moisés dão exemplos da vida da fé.

Abraão e Moisés servem como exemplos melhores porque desempenharam um papel tão importante nos propósitos de Deus na terra. Abraão exemplifica a obediência na vida da fé. Quando Deus o chamou de Ur dos Caldeus, ele passou a viver em tendas, como um turista, um peregrino espiritual, com seus olhos fixos sobre a cidade que ainda não estava à vista.

Mais tarde prontamente ofereceu Isaque a Deus, inteiramente persuadido que a semente de Abraão, através de Isaque, predestinada a abençoar o mundo, não ficaria sob nenhum perigo se Isaque morresse. Fiel a Sua promessa feita na aliança de que haveria uma semente, Deus poderia ressuscitá-lo. Até o nascimento de Isaque, o filho da promessa, foi uma evidência de fé da parte de Abraão e Sara. Pois seu filho nasceu quando eles estavam fisicamente velhos demais para tal acontecimento.


Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 11 do versículo 13 até o 16

13-16. Para os crentes verdadeiros, viver pela fé é morrer na fé. A vida da fé é uma peregrinação. O céu é o único lar dos crentes fiéis. É a pátria superior para a qual aqueles que vivem pela fé estão plenamente destinados. E porque se entregaram a Deus, Deus também não se envergonha deles, e Ele o prova providenciando-lhes uma cidade ou lugar para a habitação dos Seus (Jo 14:1, Jo 14:2).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Hebreus Capítulo 11 do versículo 1 até o 40
XV. AS TRIUNFANTES REALIZAÇÕES DA FÉ He 11:1-58 o escritor enunciou o princípio da fé como modo de vida agradável a Deus, e expressou a resolução de persistir na fé até à plena possessão de suas recompensas. Agora ele reforça isso através de muitas ilustrações bíblicas, mostrando que, desde o princípio e pela história adentro, a fé sempre tem sido, à vista de Deus, a grande condição indispensável, dotada de digna realização e de constância esperançosa. A fé, declara ele, trata essencialmente de duas espécies de coisas, coisas futuras (ou que se esperam) e coisas que se não vêem (1). Ela está igualmente convicta sobre o futuro cumprimento da primeira espécie de coisas e sobre a realidade presente da segunda espécie de coisas. Sem tal atitude ativa de consciência e certeza no referente a Deus, é impossível agradar a Deus (6), e, de fato, é impossível ter quaisquer relações pessoais com Ele (isto é, se aproximarem de Deus). Pois o próprio ser de Deus é a suprema realidade invisível com a qual a fé tem de tratar; e Seu fiel cumprimento de Suas promessas (cfr. vers.


11) e Sua recompensa certa para aqueles que o buscam (6) são os grandes bens futuros pelos quais espera a fé. O primeiro requer certeza (gr. elenchos), a fé da atestação verificável e da convicção estabelecida; o outro requer convicção (gr. hypostasis, cujo possível sentido é "documento"), a fé de confiança firme e de firme expectativa (1). Foi por terem manifestado fé dessa espécie (2) que aqueles que viveram no passado viram aprovados por Deus suas vidas e sofrimentos, como dignos de serem registrados nas Escrituras. Foi por causa de sua fé que se reuniram à companhia das testemunhas de Deus (He 12:1) ou "mártires" (grego). Pois Deus testificou a respeito deles (2,4,5), e assim continuam testificando a respeito dEle. A atividade de tal fé como a deles proveu algo para ser registrado, algo dotado de uma mensagem permanente para os homens; e continua a prover encorajamento e exemplos para os outros. Tal testemunho, portanto, sobrevive ao indivíduo que o deu; e, mediante o registro de seus feitos, sua fé continua a falar, mesmo depois de sua morte (4).

As muitas testemunhas do registro do Antigo Testamento são então repassadas em ordem cronológica e com algum detalhe. Mas em cada caso é posta ênfase sobre o fato que tinham consciência das realidades divinas invisíveis e sobre a certeza que tinham a respeito dos cumprimentos divinos vindouros, tanto em notável contraste com as aparências visíveis como com os acontecimentos naturais imediatos, que freqüentemente pareciam contradizer completamente a sua confiança (9,11,17,18). A grande certeza, firme e toda-suficiente, é o Deus vivo e Sua fiel realização. Assim é que, por exemplo, Moisés permaneceu firme como quem vê aquele que é invisível (27); ele considerou os sofrimentos e os opróbrios terrenos como preferíveis ao desfrutamento das riquezas mundanas, visto que olhava para o infalível recebimento da preciosa recompensa de Deus (25-26). A experiência comum de todos aqueles peregrinos foi a de terem visto, à distância, as recompensas prometidas, que nunca usufruíram nesta existência (13). Não obstante, nunca retiraram sua fé nem voltaram para o mundo, que tinham deixado para trás, visto que confiavam em um cumprimento que era celestial, e não em algum cumprimento terreno (14-16). Essas são as pessoas que Deus considera Suas, condescendendo em chamar-se de seu Deus.

A ênfase final recai sobre as recompensas além desta vida. É verdade que muitos atingiram o alvo da fé, nesta existência, em evidente triunfo (29-35a), e tais vitórias têm sido de todas as espécies-material, moral e espiritual. Contudo, as testemunhas mais notáveis da fé são os mártires (35-38), aqueles que, por causa da fé, suportaram grande sofrimento, aqueles que tiveram morte dolorosa e vergonhosa, por não quererem negar sua fé. Nesses a fé se manifestou vitoriosa em constância indômita, recusando-se a aceitar a libertação ao preço da transigência. Sua recompensa, que assim escolheram, está além da morte, numa superior ressurreição (35; isto é, melhor que a restauração à vida neste mundo, tal como foi outorgado aos filhos das mulheres de Sarepta e Suném). De fato, nenhum daqueles antigos heróis da fé, por mais dignos que sejam de seu lugar nas Escrituras, jamais desfrutou do cumprimento completo das promessas de Deus, visto que o Senhor, em Sua providência, havia ordenado que nós, crentes cristãos, deveríamos desfrutar privilégios maiores ainda, compartilhando desses com aqueles, na consumação (39-40).

Em He 11:1 a ordem das palavras no grego põe a ênfase sobre os objetos da fé, isto é, cousas que se esperam e fatos que se não vêem; e a inclusão de um substantivo (gr. pragmata) na segunda frase, torna explícito que essas coisas invisíveis são realidades, o que por si mesmo é prova ou convicção de sua existência. Tal fé é uma condição primária de conhecimento (3), particularmente conhecimento sobre o testemunho bíblico. É essencial para que se compreenda a origem do universo, segundo descrito em Gn 1. É o fundamento de toda reflexão acertada sobre aquele universo que forma o palco e a cena da história humana (3). Pois é impossível prover explicação adequada para isso se simplesmente tirarmos conclusões por aquilo que pode ser observado pelos sentidos. É preciso que reconheçamos a existência anterior e independente do Deus vivo, bem como Sua atividade criadora, como a primeira causa do universo. Comparar a frase pela palavra de Deus com "Disse Deus", empregado por dez vezes em Gn 1; cfr. também Sl 33:6. Foi a fé mediante a qual Abel ofereceu seu sacrifício, que tornou este aceitável (4) como mais excelente que o de Caim. Abel reagiu mais apropriadamente à verdade sobre Deus, da qual tinha consciência. Foi por causa de sua fé, expressada por sua oferta, que foi reputado justo. E é por meio de sua fé que ele continua falando (isto é, mediante as páginas das Escrituras; note-se o tempo verbal presente, ainda fala), testificando aos homens como se pode agradar a Deus. Note-se que, por meio dela são palavras que se referem à sua fé.

>Hb 11:5

Enoque (5) testifica sobre o fato que a fé ativa, no coração de um homem, nesta vida, agrada de tal modo a Deus que Ele finalmente concede ao verdadeiro crente escape da morte e um mais pleno desfrutamento de Sua própria presença e glória. Tais exemplos são suficientes para justificar a generalização do vers. 6, "Sem fé é impossível agradar a Deus". Pois, como pode alguém ter relações com Alguém que é invisível, e cujas principais recompensas aguardam além da vida presente, a não ser que creia tanto que Deus existe como que, sempre que um homem assim resolve devotar-se a Deus de todo o coração, o Senhor nunca deixa de tornar-se seu galardoador, ou seja, aquele que recompensa à oração (cfr. Jc 4:8a)?

>Hb 11:7

Noé (7) é um exemplo peculiarmente significativo para aqueles que têm o privilégio de ouvir o Evangelho. Movido pela reverência por uma palavra da parte de Deus, que falou sobre julgamento iminente e indicou o caminho da salvação, Noé agiu em obediência ao mandado divino, visto que cria que aquilo que Deus disse seria cumprido. Mediante tal fé ele não somente herdou aquela justiça que é presente de Deus aos crentes (note-se que está subentendido que esse é um pensamento familiar para os leitores da epístola; cfr. Rm 1:17); também foi usado como testemunha e obreiro de Deus para a condenação de sua geração e para a salvação dos membros de sua família.

>Hb 11:8

Abraão (8) obedeceu à chamada divina de sair a fim de possuir uma herança, embora não soubesse para que terra estava indo, e muito menos, qual a aparência dessa terra. Sua fé foi, de modo marcante, uma evidência sobre o invisível e uma garantia sobre algo que seria desfrutado no futuro (cfr. vers. 1). Quando ele realmente entrou na terra da promessa divina (9) ali residiu tão somente como um recém-chegado, que vivia numa terra pertencente a outros. Aprendeu, igualmente, a habitar em tendas, como um homem que nunca tinha pouso certo. Seu filho e seu neto entraram na herança da mesma promessa divina, mas não viram seu cumprimento real mais que ele mesmo. Todavia, essa experiência não o levou a desistir da fé. Pelo contrário, ele esperava um cumprimento sobrenatural, uma cidade permanente, edificada segundo o plano (note-se "arquiteto") e pela operação de Deus (10; cfr. He 12:22-58). De um (12), de quem se originou tão vasta descendência, foi Abraão; ver Gn 15:5; Is 51:1-23; Ez 33:24.

>Hb 11:13

Essa experiência de cumprimento adiado, nas vidas dos patriarcas (13-16) capacitaram-nos a triunfar eventualmente sobre a própria morte, mediante a fé. Pois aprenderam a olhar para além da morte, para um cumprimento mais lato que o de sua própria vida e experiência terrena. Assim, eles vieram a perceber que esta vida não é um fim em si mesmo, mas tão somente uma peregrinação (ver Gn 23:4; Gn 47:9) em direção a um alvo melhor (isto é, celestial), além desta vida. Foi com pessoas assim que Deus condescendeu em associar-se abertamente e ser conhecido como seu Deus (16); cfr. Mc 12:26-41, e notar a referência semelhante, ali, à vida que vem após a morte.

A fé de Abraão foi testada mediante a exigência de que ele oferecesse Isaque, não porque ele fosse peculiarmente amado como único filho de Sara (o seu unigênito), mas, acima de tudo, porque a exigência parecia opor-se ao cumprimento, em Isaque, da promessa feita por Deus, e que Abraão já havia abraçado, isto é, que por meio dele a família de Abraão seria continuada e multiplicada (17-18). A fé de Abraão triunfou porque ele se recusou a ver incoerência ou infidelidade da parte de Deus. Ele cria que Deus poderia e certamente resolveria o problema. Nenhuma solução parecia possível a não ser que Deus devolvesse Isaque da morte, a fim de tornar-se pai de filhos. Portanto, Abraão reputou que isso era perfeitamente possível para Deus; sua fé assim triunfou novamente sobre a morte através da esperança da ressurreição (19). Tal fé transformou um caminho de trevas em uma estrada de esperança. Figuradamente (19), pode significar "como que", ou pode sugerir "como lição", isto é, uma lição pela qual Abraão aprendeu a espécie de ação que deveria esperar da parte de Deus como Seu modo de solucionar os problemas mais negros da vida (cfr. Jo 8:56). Alguns pensam que a referência aqui é à lição que já havia sido aprendida através do modo do nascimento de Isaque (cfr. vers. 12).

>Hb 11:20

Isaque (20) expressou sua fé na soberana providência de Deus ao aceitar, contrariamente à sua própria preferência natural e intenção, que Jacó ocupasse o primeiro lugar e Esaú o segundo na bênção (cfr. Gn 27:33) e ao antecipar bênçãos sobre o futuro para seus descendentes. Semelhantemente, Jacó e José (21-22) olharam para além de suas mortes e anteciparam o êxodo (ou "saída") dos israelitas do Egito e seu retorno a Canaã (cfr. Gn 48:21; Gn 50:24). Jacó deu a José, e não a Rúben, o privilégio de primogênito, ou seja, uma dupla porção, dividida entre seus dois filhos. Jacó igualmente se mostrou consciente da realidade e da soberania de Deus pelo modo como, a despeito de sua idade e fraqueza, se prostrou em adoração, apoiado sobre seu bordão (conforme a Septuaginta) ou "cama" (conforme o hebraico) (Gn 47:31). José à semelhança de Jacó movido pela consideração pelo firme propósito de Deus, se preocupou em não ser finalmente sepultado em meio às riquezas do Egito, e, sim, na terra da promessa divina. Ver Êx 13:19; Js 24:32.

>Hb 11:23

Os pais de Moisés (23) aparentemente viram algo em seu filho que os tornou certos de que o propósito de Deus era preservá-lo e usá-lo como Seu instrumento. E assim, em lugar de matar a criança, por receio a Faraó e à sua ordem, salvaram-no mediante a fé em Deus e em Sua providência cooperadora. O que Moisés se recusou a desfrutar (24) foi a posição principesca de filho da filha da casa real. E isso fez porque deliberadamente preferiu ser publicamente conhecido como um dos hebreus, os quais, segundo sua fé, não era uma raça escravizada, mas antes, o povo de Deus (25), isto é, um povo dotado de um destino divinamente ordenado. Inevitavelmente isso significava preferir compartilhar das aflições dos hebreus em lugar de, ao custo de apostatar do Deus dos hebreus, vir a desfrutar do imediato mas breve conforto e luxo da corte egípcia. Note-se, aqui, a significação que teve, para os leitores originais da epístola, a palavra pecado (cfr. He 10:26) e a escolha de Moisés, que preferiu sofrer a cometer tal pecado. Portanto, considerando a recompensa final que a mão de Deus proporcionaria, ele reputou que sofrer opróbrio em tal causa seria um muito maior enriquecimento pessoal do que se viesse a tornar-se possuidor da riqueza dos egípcios, tão obviamente ao seu alcance. Tal opróbrio é o opróbrio de Cristo (26; cfr. He 13:13) porque a porção típica no mundo é esse opróbrio, primariamente no caso do ungido do Senhor ou Messias (Sl 89:50-19; Rm 15:3), mas também é, inevitavelmente, a porção de todos aqueles que se associam com Ele na qualidade de povo eleito de Deus (cfr. 1Pe 4:12-60). Nem ficou amedrontado pela cólera do rei (27). Êx 2:14, parece contradizer isso; mas as duas passagens não são irreconciliáveis. Pois, embora Moisés sentisse alarme natural e a necessidade de fugir, sua consciência espiritual sobre Deus e sobre Seus propósitos relativos tanto aos israelitas como à própria vida de Moisés, tornou-o certo que a inimizade de Faraó jamais poderia prevalecer por permissão de Deus. Além disso, apesar de que as palavras abandonou o Egito podem referir-se à sua fuga para Midiã, é mais provável que elas se referem ao êxodo. Note-se que os dois motivos apresentados pelos quais Moisés escolheu o que preferiu, e persistiu nessa escolha, são sua consciência sobre o Invisível e sua confiante expectação de recompensa futura (cfr. vers. 1).

A fé de Moisés ajudou o povo inteiro a responder às palavras de advertência e promessa proferidas por Deus. Inspirados por sua liderança, creram com antecedência na certeza de um julgamento divino iminente contra os primogênitos, bem como no abrigo suficiente, contra tal julgamento, proporcionado pela provisão divinamente apontada, isto é, o derramamento do sangue. Foi desse modo, mediante julgamento e salvação, que o Senhor demonstrou quais lhe pertenciam (cfr. Êx 8:22). O Mar Vermelho (29) apresentava uma barreira naturalmente intransponível. Era impossível primeiramente conceber um caminho e então aproveitar-se dele senão pela fé. A tentativa feita pelo exército egípcio de "tentá-lo", não possuindo eles a confiança da fé no controle de Deus, resultou tão somente no terem perecido afogados.

>Hb 11:30

A maneira pela qual Jericó foi capturada é outro exemplo notável dessa obediência e constância da fé, a cuja prática o escritor sagrado queria exortar seus leitores (30). Os israelitas agiram, do princípio ao fim desse caso, confiando no invisível, e se mantiveram firmes até ser cumprido o tempo marcado por Deus (sete dias) na expectativa certa de Sua ação infalível; pelo que também não foram desapontados. Raabe (31) agiu impulsionada pelo reconhecimento do poder do Deus de Israel (isto é, coisas invisíveis) e da vitória vindoura certa de Seu povo (isto é, coisas futuras). Ver Js 2:8-6. Sua resposta positiva é significativa porque ela, como mulher, como gentia e como pecadora evidente, reuniu-se ao grupo daqueles que foram salvos pela fé. Em contraste com ela, os demais habitantes de Jericó são descritos como desobedientes (31), isto é, ativamente incrédulos.

>Hb 11:32

Forçado a fazer um sumário (32) o escritor sagrado passa a limitar-se à seleção de nomes típicos e de uma lista de realizações características e notáveis. Entre as últimas parece haver referências óbvias a Daniel (isto é, fecharam bocas de leões; cfr. Dn 6:23-23) e aos três que foram lançados na fornalha de fogo (isto é, extinguiram a violência do fogo; cfr. Ez 3:25-27). Mas, a despeito que muitos desses feitos, que se adaptam às outras frases usadas, possam ser encontrados no Antigo Testamento, parece possível que essa e a pesquisa subseqüente (35-38) também incluem algumas referências tencionais aos feitos de judeus fiéis durante os séculos que mediaram entre os dois Testamentos, particularmente nos tempos dos macabeus. A realização suprema da fé é a vitória sobre a morte, por ocasião da ressurreição. Alguns experimentaram essa recompensa ainda nesta vida; seus mortos lhes foram restaurados (ver 1Rs 17:17-11; 2Rs 4:17-12). (Note-se que, nas Escrituras, as ressurreições de mortos registradas são, em sua maioria, para mulheres; cfr. Lc 7:11-42; Jo 11:1-43). Outros tiveram a fé de se manterem firmes em constância inflexível, ainda que externamente não recompensada, através de aprisionamentos e torturas, ou como fugitivos e exilados. Não aceitaram livramento terreno porque o mesmo só poderia ter sido desfrutado ao preço de renegarem a sua fé. Sua recompensa os aguarda em uma superior (isto é, celestial) ressurreição, na vida futura (35). Dos quais o mundo não era digno (38). Essa é a verdade real, ainda que paradoxal. O mundo de seus dias tratou-os como se dele não fossem dignos; mas, em realidade, o mundo não era digno de tais homens. É para os tais que Deus tem preparado uma cidade (16). O alvo para o qual se dirigiam todos aqueles heróis da fé, em esperança confiante, nunca conseguiram atingir (39). Pois Deus, em Sua providência (40), reservou a nosso respeito (isto é, crentes cristãos) a bênção coroadora e ordenou que aqueles não gozariam de sua consumação enquanto não fôssemos trazidos para dela compartilhar também. Note-se que fica aqui subentendido que os homens de fé, tanto do Antigo Testamento como do Novo Testamento, são chamados para pertencer àquela companhia de salvos segundo o propósito de Deus (cfr. He 12:22-58).


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Hebreus Capítulo 11 do versículo 1 até o 40

25. O que é a fé ? (Hebreus 11:1-3)

Ora, a fé é a certeza das coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem. Porque por ela os homens de idade obteve a aprovação. Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de modo que o que se vê não foi feito do que é aparente. (11: 1-3)

"Salão dos santos da Fame", "Os Heróis da Fé", "A Honra dos santos do Velho Testamento", "A Abadia de Westminster das Escrituras", e "O Capítulo da Fé" são apenas alguns dos títulos que têm sido dado a Hebreus 11. Este capítulo trata da primazia e excelência da fé, e se encaixa perfeitamente no fluxo da epístola, que o novo é melhor do que o antigo.

Judeus do primeiro século viu tudo como uma questão de obras. Mesmo depois de ser mostrado as verdades básicas da Nova Aliança, a tendência era para eles para tentar encaixar esses novos princípios para o molde de obras justiça.
Na época de Cristo, o judaísmo não era mais o sistema de sobrenatural que Deus tinha dado originalmente. Ela havia sido torcido em um sistema de obras, com todos os tipos de exigências legalistas. Era um sistema de auto-esforço, a auto-salvação, e de auto-glorificação. Estava longe de ser o sistema de fé que Deus lhe havia dado. Em muitos aspectos, era um culto religioso construído sobre a ética. (E até mesmo o Judaísmo divinamente ordenado foi falsificada sem o seu cumprimento em Cristo.)

Como todos os sistemas de obras, foi desprezado por Deus, especialmente porque era uma corruptela do verdadeiro sistema Ele tinha dado. Deus nunca redimiu homem pelas obras, mas sempre pela fé (conforme Hc 2:4; Hc 2:4).

Moisés considerado "a reprovação de Cristo [Messias] maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque tinha em vista a recompensa" (He 11:26). Moisés tomou uma posição sobre a esperança messiânica, e deixando todos os bens materiais que ele pudesse tocar e ver um Messias que não viria à Terra para mais de 1400 anos.

Sadraque, Mesaque e Abede-Nego foram confrontados com a escolha de obedecer Nabucodonosor, a quem eles podiam ver muito bem, ou Deus, a quem eles nunca tinham visto. Sem hesitar, eles escolheram para obedecer a Deus. Resposta natural do homem é a confiar em seus sentidos físicos, para colocar a sua fé nas coisas que ele pode ver, ouvir, saborear e sentir. Mas o homem de Deus põe sua confiança em algo mais durável e confiável do que qualquer coisa que ele nunca vai experimentar com seus sentidos. Senses pode mentir; Deus não pode mentir (Tt 1:2). Eles viram o cumprimento da promessa de Deus com os olhos da fé, que, quando se está em Deus, tem incomensuravelmente melhor visão do que o melhor dos olhos físicos. Eles manteve a promessa como a realidade última de suas vidas, como a coisa mais certa de sua existência.

A condenação das coisas não vistas

Prova das coisas que não se vêem carrega a mesma verdade um pouco mais, porque implica uma resposta, uma manifestação externa da segurança interior. A pessoa de fé vive sua crença. Sua vida está comprometida com o que sua mente e seu espírito estão convencidos é verdade.

Noé, por exemplo, realmente acreditava Deus. Ele não poderia ter embarcado na estupenda, exigente e humanamente ridículo tarefa que Deus lhe deu, sem ter tido fé absoluta. Quando Deus previu chuva, Noé não tinha noção do que era a chuva, porque a chuva não existia antes do Dilúvio. É possível que Noé nem sabia como construir um barco, muito menos uma arca gigante. Mas Noé creu em Deus e agiu em suas instruções. Ele tinha tanto a seguros e fé convicção verdadeira. Sua construção fora da arca corroborou sua crença interior que a chuva estava chegando e que o plano de Deus era correto para a construção de um barco que iria flutuar. Sua fé foi baseada na palavra de Deus, e não no que ele podia ver ou sobre o que ele tinha experimentado. Por 120 anos ele pregou na fé, esperava na fé, e construído em fé.

O homem natural não pode compreender que tipo de fé espiritual. Vemos Aquele que é invisível (He 11:27), mas o homem não salvo não faz, porque ele não tem meios de percepção. Porque ele não tem sentidos espirituais, ele não acredita em Deus ou as realidades do reino de Deus. Ele é como um cego que se recusa a acreditar que há tal coisa como a luz, porque ele nunca viu a luz.

No entanto, há um sentido em que todos os homens viver pela fé. Como ilustrado em um capítulo anterior, a sociedade é construída sobre uma base de fé. Nós bebemos água de uma torneira, com perfeita confiança que é seguro. Nós comemos comida em um restaurante, confiante de que não está contaminado. De bom grado receber nosso pagamento sob a forma de um cheque ou dinheiro de papel-nenhuma das quais tem qualquer valor intrínseco em tudo Nós aceitá-los por causa da nossa fé na pessoa ou a empresa ou o governo que os emite. Nós colocamos a nossa fé em um cirurgião, e na ciência médica em geral, embora nós não podemos ter o mínimo de treinamento, competência ou experiência em medicina nós mesmos. Submetemos à faca do cirurgião inteiramente pela fé. A capacidade para a fé é criado em nós.

Fé espiritual opera no reino do que a capacidade. Ele aceita de bom grado e age de muitas coisas que não entendo. Mas a fé espiritual é radicalmente diferente da fé natural, de uma forma importante. Não é natural, como é a nossa confiança na água, dinheiro, ou o médico. "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus" (Ef 2:8). Este vislumbre de seu Senhor vindicado tudo o que ele tinha sofrido por causa do evangelho e tudo o que ele foi, então, prestes a sofrer. Ele tinha algo para viver e para morrer.

A Ilustração da Fé

Pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de modo que o que se vê não foi feito do que é aparente. (11: 3)

O escritor está dizendo aos judeus que ainda não tinha confiado em Cristo, "Você já tem uma certa fé em Deus. Você crê que Ele criou o universo e tudo na mesma." Eles acreditavam que isso sem dúvida alguma, mesmo que eles não estavam lá quando Deus criou. Eles não podiam ver seu ato de criação, mas eles podiam ver a Sua criação e acreditaram no Criador. Eles tiveram um início de fé. Eles sabiam e aceitar essa verdade pela fé, não pela vista. Suas próprias Escrituras ensinou isso e eles acreditaram.
Deus não apenas criou o mundo, mas os mundos ( Aion ), que designa o próprio universo físico e também o seu funcionamento, a sua administração. Ele criou tudo simplesmente por Sua palavra ( rhema ), a Sua Palavra Divina. Ele criou a partir do nada, pelo menos não de qualquer coisa física, ou visível. O escritor faz uma afirmação absolutamente estupenda neste verso curto. A maior reivindicação, eo mais difícil para um incrédulo a aceitar, é que a compreensão da criação vem inteiramente pela fé.

A origem do universo tem sido um problema de longa data para os filósofos e cientistas. Séculos de investigação, a especulação, e comparação de notas e teorias trouxeram-los mais perto de uma solução. Cada vez que um consenso parece estar se desenvolvendo sobre uma teoria particular, alguém aparece com evidência que refuta-lo ou torna menos plausível.
Bertrand Russell passou a maior parte de seus 90 anos como um filósofo. Seu mais certa convicção era de que o cristianismo era o maior inimigo da humanidade, porque ele ensinou de um Deus tirânico que sufocou legítima liberdade do homem. Ele admitiu, no final de sua vida que a filosofia "era um wash-out", que detinha há respostas para nada. Ele havia escrito que "temos de conquistar o mundo pela inteligência", e ainda toda a sua própria grande intelecto e todas as outras inteligências que olharam para si mesmos para obter respostas nunca encontrei uma resposta. Maior fé de Russell estava na ideia de que não há Deus. Ele rejeitou a única fonte de respostas, significado e esperança.

A maioria filosofia é simples rabiscar com palavras, como muitas pessoas fazem com um lápis. Sem revelação, uma fonte da verdade básica, o melhor que pode fazer é fazer rabiscos verbais. Alguns são mais impressionante do que outros, mas nenhum pode reivindicar a verdade ou significado último. Paulo advertiu aos colossenses: "Vede que ninguém vos faça presa por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens" (Cl 2:8).

Um evangelista de muitos anos atrás, disse a bela história de dois meninos, uma vez que ele visitou em um hospital de Londres.
Os berços foram side-by-side. Um menino estava com febre perigosa, o outro tinha sido atingido por um caminhão e seu corpo foi mutilado mal. O segundo disse ao primeiro: "Diga, Willie, eu estava para baixo para a missão da escola dominical e eles me disseram sobre Jesus. Eu acredito que se você perguntar a Jesus, Ele vai te ajudar. Eles disseram que, se cremos em Deus e orar a Deus, então quando morremos Ele virá e nos levar com Ele para o céu ". Willie respondeu: "Mas e se eu estou dormindo quando Ele vier e eu não posso pedir a Ele?" Seu amigo disse: "Basta segurar a sua mão, que é o que nós fizemos na escola dominical eu acho Jesus vê-lo.". Desde Willie estava muito fraca para segurar seu braço, o outro rapaz apoiou-lo para ele com um travesseiro. Durante aquela noite, Willie morreu, mas quando a enfermeira encontrou-o na manhã seguinte, seu braço ainda estava encostado.
Podemos ter certeza de que o Senhor viu seu braço, porque o Senhor vê a fé eo Senhor aceita fé. Pela fé Willie viu o caminho para o céu. Pela fé, ele viu o que o aprendido nunca vai descobrir por conta própria. Maiores verdades de Deus são descobertos pela fé simples. Não é a maneira do mundo para a verdade, mas de mil anos a partir de agora, se o Senhor tardar que longa do mundo ainda será concepção e uma rejeição de suas teorias. A pessoa de fé sabe a verdade agora. A fé é o único caminho para Deus.

26. Abel: Adorando pela Fé (He 11:4). Ou seja, este Aquele que nasceria a partir da semente da mulher iria conquistar e destruir Satanás, e, assim, libertar a humanidade da maldição do pecado. Dentro do muito amaldiçoar si só, um Redentor foi prometido. Embora o julgamento estava sendo executado, a misericórdia estava sendo oferecido.

Apenas uma mulher, a mãe de Jesus, jamais possuiu uma semente, além de ser implantado por um homem. O Espírito Santo colocou a semente nela, e, desta forma, foi a semente da mulher que deu à luz a Jesus, o Salvador prometido. Não só a vinda do Redentor, mas também seu nascimento virginal foi profetizado na primeira parte do primeiro livro da Palavra de Deus.
De seus comentários após o nascimento de Caim, é possível que Eva pensou que seu primogênito seria o libertador prometido. Seu nome provavelmente significa "para obter" ou "para conseguir alguma coisa", e sua declaração ", ter obtido um varão com o auxílio do SENHOR "(Gn 4:1).

Um local de culto

Caim e Abel tinha um local de culto. Porque eles trouxeram ofertas, uma espécie de altar deve ter sido utilizada em que a fazer os sacrifícios. Não há nenhuma menção de seu erguer um altar, neste momento, e pode ser que um altar já existia perto do lado leste do Jardim do Éden, onde Deus colocou os querubins com a espada flamejante para impedir o homem de entrar novamente.
Parece perfeitamente consistente com a graça de Deus que, desde o início, Ele teria fornecido para alguns meios de adoração. Talvez o altar aqui foi um precursor do propiciatório, um lugar onde o homem poderia vir para o perdão e da expiação. Muito cedo na história do homem, Deus prometeu um futuro Libertador, e muito cedo Ele forneceu um meio temporário de adoração e sacrifício.

A Time for Worship

Há também parece ter sido um tempo para a adoração. "No decurso do tempo," significa literalmente, "no final do dia", isto é, no fim de um certo período de tempo. Pode ser, portanto, que Deus havia designado um momento especial para sacrificar. Deus é um Deus de ordem, e nós sabemos que em séculos posteriores Ele fez prescrever vezes definitivas e formas de adoração. O fato de que Caim e Abel veio para sacrificar ao mesmo tempo, também sugere que Deus tinha especificado um determinado momento.

Uma maneira de Adoração

Eu também acredito que Deus havia designado uma maneira de adorar. Caim e Abel não saberia nada sobre a necessidade de culto ou de sacrifício, muito menos o caminho, caso não tivessem sido dito por Deus, talvez através de seus pais. É especialmente significativo que o primeiro ato registrado de culto era sacrifício, como oferta pelo pecado, o supremo ato de adoração em todas as alianças de Deus com o seu povo. Abraão sacrificou a Deus, e por meio de Moisés, vieram os rituais complicados e exigentes de sacrifícios da Antiga Aliança. O coração da Nova Aliança é perfeita, de uma vez por todas o sacrifício de Jesus na cruz. É inconcebível que Caim e Abel tropeçou acidentalmente em sacrifício como uma forma de adorar a Deus. O fato de que Deus aceitou apenas a uma oferta de sacrifício também parece indicar que ele havia estabelecido um padrão para a adoração.

Abel ofereceu seu sacrifício pela fé. Uma vez que "a fé vem pelo ouvir" (Rm 10:17), Abel deve ter tido alguma revelação de Deus em que sua fé se baseia. Ele deve ter conhecido o lugar e tempo e modo em que Deus queria que o sacrifício pelo pecado a ser oferecido.

Não havia nada de intrinsecamente errado com um grão ou fruta ou vegetal oferta. A aliança mosaica incluiu tais ofertas. Mas as ofertas de sangue foram sempre em primeiro lugar, porque apenas as ofertas de sangue tratado com o pecado.
Aqui é onde a vida de fé começa, com um sacrifício pelo pecado. Ela começa com a crer em Deus que somos pecadores, que são dignos de morte, que precisamos de perdão, e que aceitamos Seu plano revelado por nossa libertação. Esse é o início da vida de fé. Foi de tal fé que Abel apresentou seu sacrifício a Deus. E foi por causa dessa fé que seu sacrifício era aceitável a Deus.
Quando Abel fez o que Deus disse, ele revelou sua obediência e reconheceu o seu pecado. Cain, por outro lado, era desobediente e não reconhecer o seu pecado . Abel ofereceu a Deus um sacrifício melhor do que Cain porque Deus tinha prescrito um sangue sacrifício. De alguma forma, Abel e Caim, bem como, sabia o que Deus queria. A diferença entre os dois era de que Abel deu o que Deus queria, enquanto Caim deu o que ele próprio queria. Abel foi obediente e Caim era desobediente. Abel reconheceu o seu pecado. Cain não o fez.

Abel se aproximou de Deus e disse, com efeito, "Senhor, isso é o que você disse que queria. Você prometeu que se eu trouxe, você perdoaria meu pecado. Eu acredito em você, Deus. Eu reconheço meu pecado e eu reconheço seu remédio prescrito . aqui está. " Cain tinha o mesmo conhecimento dos requisitos de Deus, mas decidiu adorar em sua própria maneira. Na tradição de seus pais, ele fez sua própria coisa. Com efeito, ele estava negando o seu pecado.
Cain acreditava em Deus, senão ele não teria lhe apresentaram um sacrifício. Ele reconheceu um ser supremo e mesmo que ele lhe devia algum tipo de adoração. Ele reconheceu Deus, mas ele não obedecer a Deus. Ele acreditava em Deus, mas não acredito que Deus. Ele pensou que poderia se aproximar de Deus em tudo o que ele queria, e esperava que ele fosse impressionado e satisfeito. Ao fazê-lo, Cain se tornou o pai de toda a religião falsa.

A religião falsa está tentando chegar a Deus por qualquer outra forma que não a maneira que Deus lhe prescreveu. Ela diz: "Eu posso chegar a Deus por pensar em mim mesmo Nirvana", ou, "pode ​​agradar a Deus através da meditação", ou, "pode ​​satisfazer a Deus pelas minhas obras ou seguindo os ensinamentos de Maria Baker Eddy, José Smith, ou Charles Taze Russell. " A Palavra de Deus diz: "Não há outro nome debaixo do céu, que tenha sido dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" (At 4:12). A religião falsa diz que não há outro nome, outra maneira. A religião falsa é qualquer caminho para Deus que o próprio Deus não tem ordenado. Pv 14:12 marcas esta verdade: "Há um caminho que parece certo ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte."

A idéia de que uma forma é apenas tão bom quanto outro não parece ser aceito em qualquer área da vida, exceto a religião ea moralidade. Quando uma pessoa vai a um médico com um problema, ele em primeiro lugar, quer saber a verdade. Ninguém gosta de ouvir um diagnóstico de uma doença terrível. Mas a pessoa sensata preferia saber a verdade do que viver na ignorância de algo que poderia arruinar sua saúde ou mesmo tirar sua vida. Depois de conhecer o diagnóstico, então ele quer que o direito cura, não apenas qualquer cura. Ele quer o melhor tratamento que ele pode encontrar e geralmente vai para todos os comprimentos de obtê-lo. Ele seria insultado e enfurecido com um médico que lhe disse simplesmente ir para casa e fazer o que ele achava melhor que a opinião de uma pessoa era apenas tão bom quanto outro. A razão pela qual nós pensamos que esta maneira sobre a medicina é que nós acreditamos que existem médicos verdades . A ciência médica não tem todas as respostas, mas uma grande parte é conhecido e aceito como factual, confiável e seguro. A razão pela qual este mesmo tipo de raciocínio não se aplica a questões espirituais e morais é que as verdades absolutas e padrões que Deus lhe deu, são rejeitadas. Na verdade, a própria noção de absolutos morais e espirituais é rejeitada. Cain rejeitou os padrões de Deus e tornou-se o primeiro apóstata.

Cain não reconheceu o seu pecado e se recusou a obedecer a Deus, trazendo o sacrifício que Deus necessária. Ele não se importava de adorar a Deus, enquanto ele estava em seus próprios termos, à sua própria maneira. E Deus rejeitou seu sacrifício e rejeitou.
Desobediência de Deus e da criação de seus próprios padrões de vida de Caim foram o início do sistema mundial de Satanás. Cain "saiu da presença do SENHOR "(Gn 4:16) e para uma vida de contínuo de auto-vontade, que é o coração do mundanismo e incredulidade. Por sua própria decisão, por vontade própria, ele se afastou do caminho de Deus e Deus para si próprio e sua própria maneira. Não devemos ter pena dele, porque Deus se recusou a honrar seu sacrifício. Ele sabia o que Deus exigia, e ele foi capaz de fazê-lo. Mas ele preferiu fazer o que ele próprio queria.

Há todos os tipos de pessoas ao redor sob o pretexto da religião, até mesmo a religião cristã, que estão negando a Deus. "Ai deles!" Jude diz: "Porque eles têm ido pelo caminho de Caim" (v. 11). Cain é um exemplo do homem natural religioso, que acredita em Deus e até mesmo na religião, mas depois de sua própria vontade e que rejeita a redenção pelo sangue. Paulo diz de tais pessoas que, "eles têm zelo por Deus, mas não de acordo com o conhecimento. Para não conhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à justiça de Deus" (Rom. 10: 2-3).

Além de ser perverso e incrédulo, Caim era um hipócrita. Ele não queria que para adorar a Deus, mas apenas dar a aparência de adoração. Seu propósito era agradar a si mesmo, e não Deus. Seu sacrifício foi simplesmente uma atividade religiosa projetado para atender seus próprios propósitos e cumprir sua própria vontade. Cain era como o fariseu no templo que Jesus disse que estava Orando "para si mesmo" (Lc 18:11). Ele foi paternalista Deus e adorando a si mesmo. Também como o fariseu, Caim foi para casa injustificada; Considerando Abel, como o coletor de impostos arrependido, foi para casa justificado.

Deus não é arbitrário ou caprichoso ou caprichoso. Ele não estava jogando um jogo com Caim e Abel. Ele não responsabilizá-los por aquilo que não poderia ter conhecido ou não poderia ter feito. O sacrifício de Abel foi aceito, porque ele sabia o que Deus queria e obedecida. Caim foi rejeitado porque ele sabia o que Deus queria, mas desobedeceu. Obedecer é justo; desobedecer é mau. Abel era de Deus; Caim era de Satanás (1Jo 3:12).

Abel ofereceu um sacrifício melhor porque representava a obediência da fé. Ele trouxe voluntariamente a Deus o que Ele pediu, e ele fez o melhor que ele tinha. No sacrifício de Abel, o caminho da cruz foi prefigurada em primeiro lugar. O primeiro sacrifício foi cordeiro e um cordeiro de Abel para uma pessoa. Mais tarde veio a Páscoa, com um cordeiro para uma família. Depois veio o Dia da Expiação, com um cordeiro para uma nação. Finalmente chegou sexta-feira santa e um cordeiro para o mundo inteiro.

Justiça Obtida por Abel

Pelo qual alcançou testemunho de que era justo. (11: 4b)

A única coisa que obteve justiça por Abel foi a de que, com fé, Ele fez o que Deus lhe disse para fazer. Essa é a única coisa que muda o relacionamento de um homem com Deus. Não é como nós somos bons, mas se ou não nós confio nele, que conta com Deus. Essa confiança é evidenciado em obediência à Sua Palavra.
Abel era pecaminoso, assim como Caim era. Mas é bem possível, até provável, que Abel era uma pessoa melhor do que Caim. Ele foi, provavelmente, mais moral, mais confiável, mais honesto, e ainda mais agradável do que Caim. Não foi, no entanto, essas qualidades de Abel que fez seu sacrifício aceitável, ou a falta dessas qualidades que fizeram o sacrifício de Caim inaceitável. A diferença foi a forma em que foram efectuadas as sacrifícios. Um deles foi feito em fé obediente; outro feito na incredulidade desobediente.
Abel foi o tipo de fé que permite que Deus se mova em em nosso nome e nos fazer justos. A verdadeira fé é sempre obediente. Jesus disse: "aos judeus que haviam crido nele:" Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos "(Jo 8:31). Essas pessoas acreditavam que Jesus, mas eles ainda não haviam confiado nele, o que Jesus disse que seria marcado pela obediência à Sua palavra. A obediência não leve a fé, mas a fé sempre trará obediência eo desejo de viver dignamente.

Amados, enquanto eu estava fazendo todos os esforços para lhe escrever sobre a nossa comum salvação, senti a necessidade de escrever para você atraente que você batalhar pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos. Para certas pessoas se introduziram com dissimulação, os que por muito tempo foram previamente marcados para este mesmo juízo, homens ímpios, que transformam a graça de nosso Deus em libertinagem e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo. (Judas 3:4)

Não podemos afirmar que ter fé em Deus e em seguida, continuamente desconsiderar a Sua Palavra. Tiago deve ter conhecido algumas pessoas que pensavam dessa maneira, pois ele escreveu: "De que adianta, meus irmãos, a alguém dizer que tem fé, mas não tem obras? Possível que a fé salvá-lo? ... A fé, se não tiver obras, é morta em si mesma por "(Jc 2:14, Jc 2:17). Fé não útil, a fé desobedientes, não é fé salvadora. Não é a fé válida em tudo. Cain acreditava que Deus existe. Até mesmo os demônios crêem isso, Tiago continua a dizer. "Mas você está disposto a reconhecer, você companheiro insensato, que a fé sem obras é inútil?" (2: 19-20).

Tiago, então, faz o ponto em casa, lembrando a seus leitores que a fé de Abraão, para o qual foi considerado justo, foi demonstrada pela sua obediência em oferecer seu filho Isaque como Deus ordenou. "Você vê que a fé cooperou com as suas obras, e, como resultado das obras, a fé foi aperfeiçoada" (2: 21-22).

Tiago não ensina a salvação pelas obras. Ele está dizendo que a nossa fé só é real quando emite em obras. Não podemos trabalhar nosso caminho para Deus, mas tendo vindo a Ele, as obras se tornarão evidentes e provar que a nossa fé é genuína. O cristão, de fato, é "criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Ef 2:10).

Parece-me que de Deus testemunho que o sacrifício de Abel era aceitável e que Ele contou Abel como justo poderia ter sido indicado por Sua causando esta oferta a ser consumida. Em pelo menos cinco ocasiões registradas nas Escrituras, Deus mostrou a sua aceitação de um sacrifício, enviando fogo para consumi-lo (Lv 9:24;.. Jz 6:21; 1Rs 18:381Rs 18:38; 1Cr 21:261Cr 21:26;. 2 Chron . 7: 1). Em qualquer caso, é evidente a partir de Gênesis que Deus fez sua aprovação e reprovação dos sacrifícios conhecidos Caim e Abel. Ele não deixá-los em dúvida quanto à sua posição perante Ele.

Abel foi considerado justo, não porque ele era justo, mas porque ele confiava em Deus. Ele ficou justos diante de Deus, porque Ele tinha fé em Deus. Abel era o mesmo pecador como ele era antes que ele fez o sacrifício. Ele nem sequer receber o Espírito Santo, assim como os crentes de hoje. Afastou-se com os mesmos problemas que ele tinha antes. Mas Ele tinha a aprovação de Deus, ea justiça de Deus creditado na seu relato.

Abel Fala apesar de morto

Deus testemunho sobre seus dons, e por meio da fé, mesmo depois de morto, ainda fala. (11: 4c)

Quando o Senhor confrontou Cain após o assassinato de Abel, Ele disse: "O que você fez? A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra" (Gn 4:10). Abel da primeira "falar" após a morte era a Deus, pedindo para seu assassinato para que seja vingado. Como as almas debaixo do altar "que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus" (Apocalipse 6:9-10), Abel pediu ao Senhor para vingar o seu sangue.

Sua voz também falou com seu irmão. "E agora maldito és tu desde a terra, que abriu a sua boca para receber o sangue de teu irmão de sua mão Quando você cultivar o solo, deve deixar de produzir a sua força;. Você deve ser um fugitivo e errante na terra "(Gn 4:11-12). Cada pedaço de solo em que Caim colocou os pés iria lembrá-lo de seu ato perverso. A terra, com efeito, rejeitou Cain como ele havia rejeitado a Deus e seu irmão. Abel, embora morto, continuou a falar com seu irmão.

. O significado primário de He 11:4)

Pela fé Enoque foi trasladado para que ele não ver a morte; e ele não foi encontrado porque Deus o levou para cima; para ele obteve o testemunho de que antes de seu ser retomado ele era agradável a Deus. E sem fé é impossível agradar a Deus, pois aquele que vem de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que o buscam. (11: 5-6)

O segundo herói da fé é Enoque. Considerando Abel exemplifica adorando pela fé-que deve sempre vir em primeiro lugar exemplifica-Enoque andando pela fé.

Deus nunca pretendeu obras como uma maneira para os homens a virem a Ele. Ele destina-se obras de ser um resultado da salvação, não um caminho de salvação. Em nenhum momento, o homem tem sido capaz de se aproximar de Deus com base em obras. Em vez disso, Deus tem sempre a intenção de que as obras ser um produto da salvação homens recebem quando se aproximam dele com base na fé.

Enoque viveu sessenta e cinco anos, e gerou a Matusalém. Então Enoque andou com Deus 300 anos depois que ele se tornou o pai de Matusalém, e ele teve outros filhos e filhas. Então, todos os dias de Enoque foram 365 anos. Enoque andou com Deus; e ele não era, porque Deus o levou. (Gn 5:21-24)

Aqui vemos um novo conceito no livro de Gênesis. Abel sabia o que era para adorar pela fé, mas ele realmente não entendem o conceito de andar com Deus. Revelação na Bíblia é progressiva. Abel recebeu alguma revelação, e Enoque recebeu mais.
Adão e Eva tinham andava e falava com Deus no Jardim, mas quando eles caíram e foram expulsos do Jardim, que deixou de andar com Ele. O destino final do homem é reinstituído com Enoque, que se destaca como uma ilustração para todos os homens do que é estar em comunhão com Deus. Em Enoque o verdadeiro destino do homem é novamente atingido, como ele experimentou a comunhão com Deus que Adão e Eva tinham perdido.
Creio que a fé de Enoque incluiu tudo de Abel incluído. Enoque tinha de ter oferecido um sacrifício a Deus, símbolo do sacrifício de Cristo, porque o sacrifício é a única forma na presença de Deus. Ele não poderia ter caminhado com Deus a menos que ele tinha chegado primeiro a Deus, e uma pessoa não pode vir a Deus sem o derramamento de sangue. O princípio não mudou desde os dias de Abel e Enoque até hoje.

Hebreus 11:5-6 nos mostra cinco características da vida de Enoque que foram agradável a Deus: ele acreditava que Deus é; ele procurou a recompensa de Deus; ele andou com Deus; ele pregou para Deus; e ele entrou na presença de Deus.

Enoque acreditava que Deus é

E sem fé é impossível agradar a Deus, pois aquele que vem de Deus creia que Ele é. (11: 6-A)

Absolutamente nada de homens pode agradar a Deus sem  . A religião não agradar a Deus, porque é essencialmente um sistema desenvolvido por Satanás para neutralizar a verdade. Nacionalidade e do património não agradar a Deus (conforme Gal 3: 28-29). Os judeus achavam que agradou a Deus só porque eles eram descendentes de Abraão. Mas a maior parte do tempo eles estavam desagradando a Ele. As boas obras em si não agradar a Deus ", porque pelas obras da lei nenhuma carne será justificada diante dele" (Rm 3:20 ). Sem fé é impossível agradar a Deus .

O primeiro passo de fé é simplesmente crer que Ele é. Este Enoque fez. Deus está contente com aqueles que crêem nEle, mesmo com o primeiro passo de acreditar que Ele existe. Essa crença por si só não é certamente o suficiente para salvar uma pessoa, mas se é uma convicção sincera e é seguido, ele vai levar a plena fé.

Em seu livro, seu Deus é muito pequeno , JB Phillips descreve alguns dos deuses comuns que as pessoas fabricam. Um deles é o grande homem de Deus, o Deus de avô, de cabelos brancos, indulgente que sorri para baixo em homens e pisca para sua adultério, roubar, enganar e mentir. Depois, há o deus residente policial, cuja função principal é tornar a vida difícil e desagradável, e do deus em uma caixa, o deus sectária privado e exclusivo. O diretor-gerente deus é o deus dos deístas, o deus que projetou e criou o universo, começou a girar, e agora está ao longe vê-lo correr para baixo. Deus não está satisfeito com a crença em qualquer um desses substitutos idólatras.

Acreditando que o verdadeiro Deus existe é o que é agradável a Ele. Mero reconhecimento de uma deidade de alguma sorte, o "fundamento do ser", o "homem lá de cima", ou qualquer um dos deuses feitos pelo homem só não mencionados-é o objeto da crença em mente aqui.Apenas a crença na existência do Deus verdadeiro, o Deus da Escritura, conta.

Não podemos conhecer a Deus pela visão. "Ninguém jamais viu a Deus a qualquer momento", disse Jesus (Jo 1:18). Também não podemos conhecer a Deus pela razão. Dois capítulos do livro de Jó (38-39) são dedicados a figuras fortes e coloridas de Deus de como o homem não pode sequer imaginar as operações da natureza. Muito menos podemos compreender o próprio Deus por nossas próprias observações e raciocínios.

Deus dá muita evidência de sua existência, mas não é o tipo de evidência que os homens muitas vezes estão procurando. Ele não pode ser provado pela ciência, por exemplo. Na melhor das hipóteses, a evidência científica é circunstancial. Paulo Little, escreveu: "Mas pode-se dizer com igual ênfase que você não pode provar Napoleon pelo método científico, qualquer um. A razão reside na natureza da própria história, e na limitação do método científico. Para que algo a ser comprovado pela ciência, deve ser repetido. Não se pode anunciar uma nova descoberta para o mundo, com base em uma única experiência. Mas a história é, por sua própria natureza, irrepetível. Ninguém pode executar novamente o início do universo. Ou Napoleon trazer de volta. Ou repetir o assassinato de Lincoln ou a crucificação de Jesus Cristo. Mas o fato de que esses eventos não pode ser provado pela repetição não desmente sua realidade. "
O ponto que ele está fazendo é que você não pode aplicar o método científico para tudo. Não funciona. Você não pode colocar o amor ou a justiça ou a raiva em um tubo de ensaio, quer, mas nenhuma pessoa sensata duvida da sua existência. Pelo mesmo raciocínio, a existência de Deus não deve ser posta em dúvida pelo simples facto de que não pode ser comprovado cientificamente.
No entanto, muitas coisas aprendidas com a ciência dar provas de sua existência. A lei de causa e efeito, por exemplo, afirma que por qualquer motivo, deve haver um efeito. Se você continuar a empurrar mais e mais para trás para causas, eventualmente, você vai acabar com uma causa não causada. A única causa sem causa é Deus. Este é o argumento usado anteriormente pelo escritor de Hebreus: "Porque toda casa é edificada por alguém, mas o construtor de todas as coisas é Deus" (3: 4).

Filósofo JH Stirling disse: "Se cada elo da cadeia trava no outro, o conjunto irá travar e só pendurar na eternidade não suportado como uma serpente stark a menos que você encontrar um gancho para ele. Você adiciona fraqueza em fraqueza em qualquer quantidade e você nunca se força ".
De acordo com a lei da entropia, o universo está em execução para baixo. Se ele estiver sendo executado para baixo, então não é auto-sustentável. Se não é auto-sustentável, então ele tinha que ter um começo. Se ele teve um começo, alguém tinha que começar isso, e estamos de volta à causa não causada. Deve haver uma causa primeira, para a qual só Deus qualifica.
A lei do projeto também indica que Deus é. Quando olhamos para as plantas e animais em toda a sua maravilhosa complexidade, vemos centenas, milhares de desenhos incrivelmente complexos que não só funcionam bem, mas se reproduzem perfeitamente. Quando olhamos para as estrelas, os planetas, os asteróides, cometas, meteoros, as constelações, os vemos mantido precisamente em seus cursos por centrífuga, centrípeta, e as forças gravitacionais. Essa enorme, maravilhoso, complexo, e design maravilhosamente operacional exige a existência de um designer.
Nós aprendemos com a ciência de que a água tem um alto calor específico, o que é absolutamente essencial para estabilizar reações químicas dentro do corpo humano. Se a água tinha um baixo calor específico, teríamos transbordar com a menor atividade. Sem essa propriedade da água, humana e da vida animal mais dificilmente seria possível.
O oceano é o termostato do mundo. É preciso um grande perda de calor para a água a passar de líquido de gelo, e um grande consumo de calor para a água para se tornar vapor. Os oceanos são uma proteção contra o calor do sol e as explosões de congelamento de inverno. A menos que as temperaturas da superfície da terra foram moduladas pelo oceano e mantidos dentro de certos limites, ficaremos ou ser cozido à morte ou congelado até a morte. Como poderia tal desenho intrincado, exigente, e absolutamente necessária surgiu por acidente? Ele exige um designer.

Mesmo o tamanho da terra dá provas de cartão. Se fosse muito mais pequena, não haveria atmosfera para sustentar a vida. Terra seria, então, como a nossa Lua ou Marte. Por outro lado, se fosse muito maior, a atmosfera que contêm hidrogénio livre, como fazer Júpiter e Saturn, que também impede a vida. A distância entre a Terra eo Sol é absolutamente certo. Mesmo uma pequena mudança tornaria muito quente ou muito frio. A inclinação do eixo da Terra garante as estações do ano. E assim vai.
A ciência não pode provar que Deus, mas dá provas contundentes de um designer mestre e sustentador, que os papéis só poderia ser preenchido por Deus.
Como a ciência, a razão não pode provar Deus. Mas também como a ciência, que dá uma grande quantidade de evidências para Ele. O próprio homem é pessoal, consciente, racional, criativo, volitivo. É inconcebível que ele poderia ter se tornado tão por acidente ou que o seu Criador poderia ser qualquer coisa menos do que pessoal, consciente, racional, criativo e volitivo. E pensar que pessoal, o pensamento, o homem de tomada de decisão de alguma forma poderia ter desenvolvido a partir de lodo para ameba e sobre a cadeia evolutiva não faz sentido.

Estudos realizados por antropólogos mostrar que o homem é universalmente consciente de Deus. Isso não significa que não há homem que não acredita em algum tipo de deus, e muito menos no Deus verdadeiro, mas que os homens em geral fazem. O fato de que alguns homens não acreditam não desmente a regra, não mais do que um homem de uma perna só prova que os homens não são criaturas de duas pernas.
A própria idéia de Deus dá substância ao fato de que Ele é. O fato de que um homem pode conceber Deus sugere que alguém deu a possibilidade de tal concepção e que há alguém que corresponde a essa concepção.

Mas com todas as muitas evidências naturais, científicos e racionais de Deus, reconhecendo-O ainda é uma questão de fé. A prova vem depois de crença. "Aquele que crê no Filho de Deus tem em si o testemunho" (1Jo 5:10). Mesmo o cientista recebe a prova depois de fé.Quando ele desenvolve uma hipótese, a sua fé se torna cada vez maior como evidência para as montagens hipótese. É o seu compromisso com a hipótese, a sua fé nele, que, eventualmente, leva à prova, se a hipótese é verdadeira. O testemunho do Espírito Santo no coração dos crentes é infinitamente maior prova da existência de Deus do que as conclusões de um experimento de laboratório para a validade de uma teoria científica jamais poderia ser.

Enoque Procurada Recompensa de Deus

Aquele que vem de Deus creia que Ele existe, e que é galardoador dos que o buscam. (11: 6b)

Não basta simplesmente acreditar que Deus existe. A fim de agradar a Deus, também é necessário crer que Ele é moral e justo, que Ele recompensará a fé nEle. Devemos reconhecer a Deus como um, Deus gracioso pessoal de amor para aqueles que o buscam. Enoque acreditava isso dentro da revelação que ele tinha. Ele não acreditava que Deus era apenas uma grande força cósmica impessoal. Ele acreditava e sabia que Deus de uma maneira pessoal, amoroso. Você não pode "andar" com um solo de estar ou um primeiro motor ou uma causa final. Durante trezentos anos, Enoque tinha comunhão com o Deus verdadeiro, um Deus que ele sabia ser justo, misericordioso, que perdoa, carinho e muito pessoal.
Não é suficiente apenas para postular um Deus. Einstein disse: "Certamente há um Deus. Qualquer homem que não acredita em uma força cósmica é um tolo, mas nunca poderia conhecê-Lo." Brilhante como ele era, Einstein estava errado. Nós podemos conhecer a Deus. Na verdade, a fim de agradar a Deus, temos que crer que Ele é pessoal, cognoscível, amor, carinho, moral, e responde graciosamente para aqueles que vêm a Ele. Não é o suficiente até mesmo para acreditar no Deus direita. Muitos judeus a quem a carta de Hebreus foi abordada reconheceu o Deus verdadeiro, o Deus da Escritura. Mas eles não têm fé nele; eles não confiam nele. Enoque sabia o verdadeiro Deus e confiou no Deus verdadeiro.

Ambos os testamentos são preenchidos com os ensinamentos que Deus não só pode ser encontrado, mas que é o seu grande desejo de ser encontrado. Davi disse a seu filho Salomão: "Se você buscá-Lo, Ele vai deixar você encontrá-lo, mas se você abandonarmos, Ele vai rejeitá-lo para sempre" (1Cr 28:9). "Eu amo aqueles que me amam, e os que o buscam me vai me encontrar" (Pv 8:17.). "E você vai procurar-me e encontrar-me, quando você procura por mim de todo o vosso coração" (Jr 29:13). Jesus foi muito explícito: "Porque todo aquele que pede, recebe; o que busca, encontra; e ao que bate, se abrirá" (Lc 11:10). Não basta apenas acreditar que Ele é. Nós também temos que crer que Ele recompensa aqueles que o buscam.

A recompensa que Deus dá para a fé é a salvação. "Quem nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3:16). "Mas buscai primeiro o seu reino ea sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas" (Mt 6:33.). Em outras palavras, todas as coisas boas que Deus tem, incluindo a vida eterna, constitui a recompensa para a crença. Pois a fé que recebemos o perdão, um novo coração, a vida eterna, a alegria, a paz, o amor, o céu-tudo! Quando nós confio em Jesus Cristo, tornamo-nos herdeiros mútuos com Ele. Tudo o que o próprio Filho de Deus tem é nosso também.

Enoque andou com Deus

Acreditar que Deus existe é o primeiro passo em direção a fé. Acreditando que recompensa aqueles que confiam nEle é o primeiro passo de fé. Confiando plenamente em Jesus Cristo como Senhor e Salvador é apenas o começo da vida fiel em Deus. Para continuar a agradar a Deus, temos comunhão com ele, comungar com, "andar" com Ele, exatamente como fez Enoque. Nos quatro versos em Gênesis (5: 21-24) descrevem Enoque, ele é duas vezes mencionado como "andar com Deus". Na Septuaginta (Antigo Testamento grego) esta frase é traduzida como "aprouve a Deus", usando a mesma palavra grega ( euaresteō , "para ser bem agradável"), que é usado duas vezes em Hebreus 11:5-6. Caminhando com Deus está agradando a Deus.

O termo caminhada é usado muitas vezes no Novo Testamento para representar vida fiel. "Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo, ... assim também andemos nós em novidade de vida" (Rm 6:4). "Andai em amor, como Cristo também vos amou, e se entregou por nós" (Ef 5:2), e pela mesma razão, sua natureza é muito diferente da de Deus. Mesmo um descrente é criado à imagem de Deus, mas que a imagem tem sido tão destruída pelo pecado, sua natureza tão corrompido, que a comunhão com o seu Criador não é possível, não existe uma esfera comum, no qual ele e Deus pode ser acordado.

Quando somos salvos, nós nos tornamos cidadãos de um novo domínio. Nós ainda estamos na terra, mas a nossa verdadeira vida, a nossa cidadania real, está no céu (Fm 1:3). As únicas pessoas que Deus caminha com os que são purificados do pecado.Desde Enoque andou com Deus, ele tinha que ter sido perdoado de seu pecado e declarado justo por Deus.

A Will Rendido

Caminhando com Deus implica uma vontade rendeu. Deus não força Sua companhia de ninguém. Ele só oferece a Si mesmo. Deus em primeiro lugar deve se que uma pessoa vir a Ele, mas essa pessoa deve também vai chegar a Deus. A fé é impossível sem vontade de acreditar.Assim como andar com Deus pressupõe a fé que pressupõe também a disposição-a vontade rendeu.

A vontade se rendeu é uma entrega no amor. Rendição Querer não é submissão abjeta, um pedido de demissão determinada a forma e a vontade do Senhor. É o que pode ser chamado de uma vontade deliberada, uma rendição feliz e livre. "E este é o amor, que andamos de acordo com os seus mandamentos" (2Jo 1:6.).

Andar no Espírito é permitir que Ele permeia seus pensamentos. É dizer, quando você se levanta de manhã, "Espírito Santo, é o seu dia, não a minha. Use-o como quiser." Ele está dizendo ao longo do dia: "Espírito Santo, continue a manter-me de pecado, dirigir minhas escolhas e as minhas decisões, me usar para glorificar a Jesus Cristo." É colocar cada decisão, cada oportunidade, cada tentação, cada desejo diante dEle, e pedindo sua direção e seu poder. Andar no Espírito é dinâmico e prático. Não é resignação passiva, mas obediência ativa.

O Novo Testamento descreve a andar com Deus de muitas maneiras. Terceiro João 4 diz que é uma verdade a pé; Rm 8:4).

Enoque creu em Deus, e ele continuou a crer em Deus. Ele não poderia ter caminhado com Deus por 300 anos sem confiar em Deus por trezentos anos. Enoque nunca viu Deus. Ele andava com ele, mas ele não vê-Lo. Ele só acreditou Ele estava lá. Foi assim que Ele agradou a Deus.

Enoque Pregou para Deus

E sobre estes também Enoque, o sétimo depois de Adão, profetizou, dizendo: "Eis que veio o Senhor com milhares de seus santos, para executar juízo sobre todos e convencer a todos os ímpios de todas as obras de impiedade, que fizeram de modo ímpio, e de todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele. " (Judas 14:15)

Isso Enoque pregou por Deus, aprendemos apenas a partir do livro de Judas. Julgando a partir desta conta, a sua mensagem sobre a impiedade foi breve e talvez repetitivo, mas foi inspirado. Nós não temos nenhuma pista de como ela foi eficaz, mas o propósito de Enoque era para ser fiel, não é eficaz. Ele fez o que Deus exigia dele e saiu com Ele os resultados. Uma coisa é certa: por causa da sua pregação fiel e vida fiel, ninguém que ouviu Enoque ou viveu em torno dele tinha alguma desculpa para não acreditar em Deus. Se qualquer uma dessas pessoas acreditavam ou não, a influência Enoque teve sobre eles deve ter sido poderoso.
O relatório de Jude da pregação de Enoque contradiz a noção de que Enoque viveu em uma época fácil para acreditar. Ele estava cercado por falsos mestres e falsos ensinamentos. Nós não sabemos se ele tinha a comunhão de todos os fiéis companheiros, mas sabemos que ele viveu no meio de uma multidão de incrédulos. Ele não poderia ter pregado tão fortemente como ele o fez sem oposição considerável. Ele lutou contra a sua própria geração, da mesma forma que o faria mais tarde Noé batalha contra o seu. Ele deixá-los saber que eles eram ímpios, e ele deixá-los saber que Deus estava indo para julgá-los. Eu creio que Deus ficou satisfeito com Enoque, porque sua fé não era apenas algo que ele sentiu em seu coração. Ele foi ouvido em seus lábios e visto em sua vida. Sua fé era ativo e dinâmico, vocal e destemido.

Enoque Entrou em Presença de Deus

Pela fé Enoque foi trasladado para que ele não ver a morte; e ele não foi encontrado porque Deus o levou para cima; para ele obteve uma testemunha que, antes de seu ser retomado ele era agradável a Deus. (11: 5)

Finalmente, depois de 300 anos de acreditar e andando e pregação, ele foi para estar com o Senhor, de uma forma maravilhosamente único. Deus apenas o levou até sua morte, sem experimentar. Ele agradou tanto a Deus que Deus apenas estendeu a mão e levantou-o para o céu. Um momento em que ele estava lá, e no momento seguinte "ele não era, porque Deus o levou" (Gn 5:24). Pela fé Enoque foi trasladado. Ele andou tão intimamente com Deus por tanto tempo que ele só entrou no céu, como se fosse.

Não sabemos a razão pela qual Deus esperou 300 anos antes de tomar Enoque para estar com Ele mesmo. Talvez fosse para que haja tempo suficiente para ele pregar e testemunhar a geração duro e incrédulo em que ele viveu. Além disso, não sabemos por que Deus levou Enoque dessa forma incomum em tudo. Talvez fosse para poupá-lo ainda mais ridículo e perseguição, que ele foi obrigado a ter experimentado. Talvez fosse porque Deus queria ser ainda mais perto da pessoa que lhe agradava muito. "Preciosa é aos olhos do SENHOR a morte dos seus santos "(Sl 116:15).

28. Noé: Obedecendo na Fé ( He 11:7 ). A verdadeira fé sempre tem ações para apoiar sua alegação. No início do segundo capítulo de sua carta, Tiago condena o homem que diz que tem fé, mas que não tem nada para ajudar um companheiro cristão na necessidade faz. Para que a fé para ser válido, deve visivelmente irradiar-se em boas ações. Se você realmente acredita em Deus, haverá provas disso na maneira como você vive, nas coisas que você diz, e nas coisas que você faz.

Abel ilustra o culto da fé, e Enoque a caminhada de fé. Noé, talvez mais do que qualquer outra pessoa na história, ilustra o trabalho de fé, obediência.
Satanás tem tentado continuamente para confundir e enganar as pessoas, incluindo as pessoas de Deus, sobre a fé e as obras. Se possível, ele vai convencer uma pessoa de que ele pode ser salvo por fazer algumas boas obras. Se essa estratégia funciona, a pessoa vai ser perdido para Deus. Se alguém confia em Deus e é salvo, Satanás, em seguida, tenta convencê-lo de um dos dois extremos, que ele deve fazer boas obras para manter a sua salvação (legalismo) ou que, agora que ele é salvo pela fé, ele pode esquecer boas obras (licença). Do Gênesis ao Apocalipse, no entanto, a Bíblia é clara que uma pessoa é salva somente pela fé, e que quando ele é salvo, as boas obras devem seguir como resultado.

Paulo, que tão fortemente proclamou a justificação pela fé, também proclamou uma vida de boas obras para aqueles que são justificados. "Instruí-los a fazer o bem, sejam ricos em boas obras, para ser generoso e pronto para compartilhar" ( 1Tm 6:18 ). Os crentes são, de fato, "criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" ( Ef 2:10 ). Para todos os santos enumerados no He 11:1 ), Noé largou tudo e começaram a construir. Noé provavelmente viveu na Mesopotâmia, entre os rios Tigre e Eufrates, um longo caminho a partir de qualquer oceano ou lago de tamanho considerável. É difícil imaginar como a mensagem de Deus deve ter soado para Noé. Para a maioria de nós teria sido tão estranha, tão exigente, tão vergonhoso, tão absolutamente esmagadora, que teria feito qualquer coisa para sair dela. Gostaríamos de ter pensado mil desculpas para não fazê-lo. Gostaríamos de ter feito o nosso melhor para falar a Deus por toda a idéia, ou pelo menos convencê-lo a conseguir outra pessoa para o trabalho.

Mas Noé, que teve apenas uma fração da luz divina que temos, não discutiu, tergiversar, dar desculpas, reclamar, ou procrastinar. Ele não questionar a Deus, mas simplesmente começou a obedecê-lo. Ele passou mais de cem anos cumprindo esse único comando. A verdadeira fé não questiona, e Noé não questionou. Entre os inúmeros santos fiéis que sofreram e persistiram em obediência a Deus, Noé é supremo, se por nada mais do que a magnitude de corte e período de tempo de sua atribuição de uma incrível da parte do Senhor.

Noé, sem dúvida, tinha um monte de coisas de sua própria para fazer. Para entregar todo o seu tempo e esforço para construir um barco levou um tipo especial de compromisso. Ele provavelmente tinha pouca idéia sobre o que um navio de oceano era. Certamente ele nunca tinha visto ou ouvido falar, um navio gigante, como a arca era para ser. Ele não tinha experiência na construção naval, sem acesso fácil a materiais de construção, e nenhuma ajuda, exceto o de seus filhos. Mesmo que eles não foram capazes de ajudar por muitos anos após a arca foi iniciada, porque não nascemos até depois de Noé foi de 500 anos ( Gn 5:32 ). Um dos maiores atos práticos da fé em toda a história era Noé cortar a primeira árvore Gopher de madeira para fazer a arca.

Noé foi avisado por Deus sobre as coisas ainda não se viam . Ele nunca tinha visto chuva, porque ele provavelmente não existia antes do Dilúvio. Ele nunca tinha visto uma enchente, uma vez que as inundações não poderia ter ocorrido sem chuva. Noé respondeu a mensagem de Deus pela fé, "a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem" ( He 11:1 milhões de metros cúbicos.Engenheiros navais descobriram que as dimensões ea forma da arca formar o projeto do navio mais estável conhecida. A arca não foi concebido para uma capacidade de manobra, mas a estabilidade, a fim de melhor proteger aqueles dentro dela.

A arca é uma bela imagem da salvação oferecida em Jesus Cristo. A arca foi facilmente grande o suficiente para armazenar todos os animais necessários para assegurar a sobrevivência de cada espécie. Ele tinha muito espaço para cada pessoa que queria vir a Deus para a segurança. O fato de que apenas oito pessoas entraram na arca significa que apenas oito queria ser salvo nos termos de Deus. Deus não quer "que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" ( 2Pe 3:9 ).

Quando Deus chamou Noé para sua tarefa gigantesca, Ele disse a ele sobre a aliança que faria com ele ( Gn 6:18 ). Como o Senhor explicou mais tarde, o pacto também foi com "toda a alma vivente de toda a carne que está sobre a terra" ( 9:16 ), que sobreviveram ao Dilúvio, incluindo, é claro, toda a humanidade. Mas a aliança era, antes de tudo com Noé, o homem que tinha ", achou graça aos olhos do SENHOR "( 6: 8 ).

Ainda que Noé era "irrepreensível no seu tempo" e "andava com Deus" ( 6: 9 ), ele ainda era um pecador. Ele era um filho caído de Adão, como pode ser visto de forma tão clara em sua exibição vergonhosa de embriaguez e falta de modéstia, quando as coisas começaram a correr bem depois do Dilúvio ( 9: 20-21 ). Ele foi salvo por causa de Deus "favor", por causa da graça de Deus, trabalhando através de sua fé. A justiça de Noé, assim como a de todos os crentes antes e depois dele, foi "aos olhos do SENHOR . " Noé foi contado justo, justificado por pura graça de Deus, aplicada por causa da fé. Nem mesmo a fé de Noé em si, incrível como ele foi comparada com a da maioria de nós, o salvou. Deus não seria obrigado a salvar uma única pessoa, mesmo por causa da fé, se Ele não tivesse em Seu amor e misericórdia declarou que a fé seja a condição em que Ele iria salvar. É direito de Deus de salvar quem Ele quer, e Ele quer salvar aqueles que crêem no Seu Filho. Ele toma a nossa fé e, por Sua graça, conta ele como justiça ( Rm 4:5 ). Devido a essa convivência, a raça caída caiu ainda mais. O mal da própria natureza do homem foi agravado, e tornou-se demasiado para o Senhor para suportar. Julgamento tinha que vir. Donald Barnhouse disse: "O inferno é tanto uma parte da história de amor como Deus no céu é." A justiça eo pecado não podem coexistir Deus não pode estabelecer a justiça até que o pecado é destruído.

Como sempre, o julgamento do Senhor foi temperado pela Sua misericórdia. Ele nunca está satisfeito com o julgamento, não importa como merecia. Deus estava "pesou no coração" ( Gn 6:6 ). E então, enquanto que Deus tinha Noé construir a arca-um quadro dramático da vinda Flood-Ele também tinha testemunha Noé ao povo, advertindo-os. "A paciência de Deus ficar esperando nos dias de Noé, durante a construção da arca" ( 1Pe 3:20 ). Em outras palavras, ao mesmo tempo em que Ele estava se preparando julgamento Ele também estava preparando um caminho de escape.

O povo teve amplo aviso do julgamento, e eles também teve amplo conhecimento da verdade. Por um lado, eles tinham o testemunho da natureza. "Desde a criação do mundo os atributos invisíveis, o seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo percebidos por meio do que tem sido feito, de modo que eles fiquem inescusáveis" ( Rm 1:20 ). Eles também tinham o testemunho de Abel sobre a adoração adequada do testemunho de Deus e Enoque sobre comunhão adequada com Deus. Além dessa luz positiva, a punição de Cain de Deus deve ter sido um lembrete constante de que ele achava do pecado. Próprio Espírito de Deus estava se esforçando com homens ( Gn 6:3. ).

Os paralelos dos dias de Noé para o nosso próprio são preocupantes. Nos dias de Noé a mensagem de Deus foi rejeitado, como é hoje. Em sua época, a maldade, a imoralidade, violência, luxúria, vulgaridade, profanidade, encontrando-se, matando, e blasfêmia foram desenfreado, como são hoje. Em seu dia um remanescente achou graça, assim como um remanescente acredita hoje. Nos dias de Noé, ou pouco antes dela, Enoque foi trasladado, imaginando o arrebatamento dos crentes, quando o Senhor voltar, o que poderia ser em nossos dias. Podemos ser tão certo como deveriam ter sido que o julgamento está chegando, porque Deus prometeu que a mesma clareza e os homens merecem, assim como muito. Alguém disse: "Se Deus não destruir o nosso mundo, Ele vai ter que pedir desculpas a Sodoma e Gomorra". A próxima decisão será diferente em duas formas, no entanto. Em primeiro lugar, não vai ser por inundação ( Gn 9:15 ), mas pelo fogo ( 2Pe 3:10 ). Em segundo lugar, será a última. E mais uma vez a única segurança é refúgio na arca de Deus, Jesus Cristo.

Noé recebeu a justiça de Deus

Noé ... tornou-se herdeiro da justiça que é segundo a fé. ( 11: 7 c)

A fé de Noé foi provado por sua receber a justiça de Deus, o que só é concedido a quem confia nEle. "Um homem justo, íntegro em sua época; Noé andava com Deus" ( Gn 6:9 ). O Pai nos vê como Ele vê o Filho, santo e justo, porque pela fé estamos no Filho. Se colocarmos em vidros coloridos, tudo o que olhar para aparecerá essa cor. Deus olha para os crentes através da lente de seu Filho, e Ele nos vê como Ele vê o Filho. Milhares de anos antes de Jesus tornou-se encarnado, Deus olhou para Noé e viu o Filho, porque Noé creu.

29. Abraão: A vida de fé ( Hebreus 11:8-19 )

Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, saindo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Pela fé, ele viveu como um estrangeiro na terra da promessa, como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, co-herdeiros da mesma promessa; pois ele estava olhando para a cidade que tem fundamentos, da qual o arquiteto e construtor é Deus. Pela fé, até a própria Sara recebeu a capacidade de conceber, mesmo para além do bom tempo de vida, uma vez que ela considerou fiel aquele que lhe havia prometido; por isso, também, não nasceu de um homem, e ele tão bom como morto em que, como muitos descendentes como as estrelas do céu, em número, e inumerável como a areia que está à beira-mar.
Todos estes morreram na fé, sem receber as promessas, mas vendo-as e saudando-as de longe, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Para aqueles que dizem tais coisas deixar claro que eles estão buscando uma pátria. E, de fato, se tivessem pensado daquele país a partir do qual eles saíram, teriam oportunidade de voltar. Mas como ele é, desejam uma pátria melhor, isto é a celestial. Por isso, Deus não se envergonha de ser chamado o seu Deus; pois Ele preparou uma cidade para eles.

Pela fé Abraão, quando foi provado, ofereceu Isaque; e aquele que recebera as promessas estava oferecendo o seu filho unigênito; era aquele a quem foi dito: "Em Isaque seus descendentes serão chamados." Ele considerou que Deus é capaz de levantar os homens, mesmo dos mortos; a partir do qual ele também recebeu-o de volta como um tipo. ( 11: 8-19 )

Existem apenas duas maneiras de viver. Uma forma, de longe, o mais comum, é viver pela visão, para basear tudo sobre o que você pode ver. Esta é a maneira empírica. A outra forma, muito menos comum, é viver pela fé, para basear a sua vida, principalmente e, finalmente, sobre o que você não pode ver. O caminho cristão, é claro, é o caminho da fé. Nós nunca viu Deus, ou Jesus Cristo, ou o céu, ou no inferno, ou o Espírito Santo. Nós nunca vimos nenhuma das pessoas que escreveram a Bíblia ou um manuscrito original da Bíblia. Apesar de ver os resultados deles, nós nunca vimos nenhuma das virtudes que Deus ordena ou qualquer uma das graças que Ele nos dá. No entanto, vivemos na condenação de todas estas coisas pela fé. Nós depositar nossas vidas terrenas e nosso destino eterno em coisas que nunca vimos. Esse é o caminho do povo de Deus sempre viveram.
A vida de fé tem alguns ingredientes específicos, que são apontadas neste texto que se reflete na vida de Abraão. Abraão é um composto de padrão de fé de Deus. Ele revela a totalidade da vida verdadeira fé, todos os ingredientes que o constituem. Abraão foi o pai do povo judeu, e ele é, portanto, apresentado aos judeus a quem o livro de Hebreus foi escrito como o exemplo mais estratégica da fé. Eles precisavam perceber que Abraão era mais do que o pai de sua raça; ele também foi, por exemplo, o pai dos fiéis, o pai de todos os que vivem pela fé em Deus.
Os rabinos tinham muito ensinaram que Abraão agradou a Deus por causa de suas obras. Eles acreditavam que Deus olhou ao redor da Terra e finalmente encontrei um homem excepcionalmente justos, Abraão, que por causa de sua bondade foi selecionado para ser o pai do povo escolhido de Deus. Esse falso ensino precisava ser corrigido. Era necessário mostrar, a partir do próprio Antigo Testamento, que Abraão não era justo em si mesmo, mas foi considerado justo por Deus por causa de sua fé.

Quando Estevão estava pregando aos líderes judeus em Jerusalém, ele começou mostrando como Abraão havia obedientemente confiou em Deus, deixando sua terra natal e acreditando nas promessas de Deus da bênção ( Atos 7:2-5 ). Em seu argumento poderoso em Romanos para a justificação pela fé, Paulo usa Abraão como a ilustração central ( Rom. 4 ). Abraão é o exemplo clássico da vida de fé.

Para um judeu a aceitar a verdade de que a salvação é pela fé, ele teria que ser demonstrado que esta verdade aplicada a Abraão. Os judeus tinham razão em olhar a Abraão como um grande exemplo. O problema era que eles olharam para ele no caminho errado. Eles sabiam que ele agradou a Deus, mas eles tiveram que ser demonstrado que Deus estava satisfeito com ele não por causa de qualquer boa obra que ele fez, mas porque ele confiava nele.

O Novo Testamento deixa claro que Abraão foi o primeiro verdadeiro homem de fé. Desde sua época, todos os que confiam em Deus, judeu ou gentio, é espiritualmente um filho de Abraão. "Por isso, certifique-se de que é os que são da fé são filhos de Abraão" ( Gl 3:7 ) e foi cerca de 140 quilômetros de onde a grande cidade da Babilônia, um dia, ser construída.

Isaías se refere a Abraão como "a rocha de que fostes talhados" e "a pedreira de onde foram extraídos" ( Is. 51: 1-2 ), lembrando seus companheiros judeus que Deus soberanamente condescendeu em chamar Abraão fora do paganismo e idolatria a fim de abençoá-lo e o mundo através dele. Ele pode ter tido padrões morais mais elevados do que os amigos e vizinhos, mas este não foi o motivo Deus o escolheu. Deus o escolheu porque Ele queria a escolhê-lo. E quando Deus falou com ele, ele ouviu; quando Deus prometeu, ele confiou; quando Deus ordenou, ele obedeceu.

Quando qualquer pessoa vem a Jesus Cristo, Deus exige dele uma peregrinação de seu antigo padrão de vida em um novo tipo de vida, assim como a fé de Abraão separou de paganismo e incredulidade e começou-o para uma nova terra e um novo tipo de vida . "Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo" ( 2Co 5:17 ). Salvação traz separação do mundo. O Senhor trabalha no coração do total disponibilidade para deixar para trás tudo o que não é agradável a Ele. Ele não pode nos levar a novas formas de viver até que Ele nos leva para fora do velho. Devemos responder: "Eu não sei o que você vai fazer comigo, Senhor, mas eu vou deixar cair todas as coisas velhas. Eu não sei o que você está indo para substituí-los, mas eu vou deixá-los ir. "

Essa é a atitude do peregrino da fé. A vida de fé começa com a vontade de sair do Ur, o próprio lugar de pecado e incredulidade-a sair do sistema do mundo. "Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a vontade de Deus é, o que é bom, agradável e perfeita" ( Rm 12:2 ).Muitas vezes, a reprovação é tudo o que é capaz de ver em primeiro lugar. Estamos ansiosos para a "cidade que está para vir" pela fé.

A força que nos faz querer continuar a segurar a velha vida é às vezes chamado mundanismo . O mundanismo pode ser um ato, mas, sobretudo, é uma atitude. Ele está querendo fazer coisas que são pecaminosas ou egoístas ou nulo, se nós realmente fazê-las ou não. Ela está querendo elogios dos homens se nós nunca recebê-la ou não. É aparentemente segurando a elevados padrões de conduta, mas interiormente desejo de viver como o resto do mundo. O pior tipo de mundanismo é mundanismo religioso, porque ele finge ser piedoso. Ele mantém os padrões de Deus para o exterior (geralmente adicionando alguns de sua própria), mas é motivada por desejos egoístas e mundanos. É pretensioso e hipócrita. Este foi o grande pecado dos fariseus, como Jesus tão frequentemente salientado.

O mundanismo não é tanto o que fazemos como o que queremos fazer. Não é determinado tanto pelo que nossas ações são como por onde nosso coração está Algumas pessoas não cometer certos pecados só porque eles têm medo das consequências, outros por causa do que as pessoas vão pensar, outros de um sentimento de satisfação hipócrita em resistir-todo o tempo que tem um forte desejo por esses pecados. É o desejo de pecado que é a raiz do mundanismo, e do qual o crente deve ser separado. "Não ameis o mundo, nem as coisas do mundo Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele." ( 1Jo 2:15 ; cf. Jc 4:4 ).

Por mais paradoxal que possa parecer à primeira vista, o maior sinal de maturidade espiritual é ser capaz de fazer o que queremos fazer. "Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado; considerando o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque tinha em vista a recompensa "( Hebreus 11:24-26. ). Moisés não abandonou o Egito, porque ele tinha que ou porque se sentia obrigada a, mas porque ele queria. Egito havia perdido sua atração. Ele não poderia comparar com o que Cristo ofereceu. Neste contexto, o cristão espiritualmente maduro é como a pessoa que ele mundano faz o que ele quer fazer. A grande diferença é que o cristão maduro quer o que Deus quer.

A paciência de Fé

Pela fé, ele viveu como um estrangeiro na terra da promessa, como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, co-herdeiros da mesma promessa; pois ele estava olhando para a cidade que tem fundamentos, da qual o arquiteto e construtor é Deus. ( 11: 9-10 )

O segundo padrão de fé mencionado aqui parece ser um pouco em desacordo com o primeiro. Como um peregrino, Abraão foi imediatamente disposto a desistir de sua terra natal, os seus amigos, o seu negócio, a sua religião-tudo. Ele não perdeu tempo colocando todas estas coisas para trás. Mas a fé também tem um tempo de espera e por ser paciente.

Habitando em tendas era a maneira de viajantes e nômades. Mesmo no tempo de Abraão, tendas não foram consideradas residências permanentes. Não só Abraão, mas também seu filho e neto, Isaque e Jacó, viveram suas vidas em tendas. Eles estavam na terra que Deus havia prometido, mas eles não se estabelecer nela. Essas grandes patriarcas, de fato, seria nunca possuir a terra, a não ser pela fé. A terra estava à vista, mas não na mão. Perto de como era, a terra ainda era apenas uma promessa. Abraão não construiu nenhuma casa ou cidades. Ele viveu como um estrangeiro na terra da promessa, como em terra estrangeira .

Como transitória na terra, ele teve que ser paciente. Porque a terra foi prometida a ele, a paciência deve ter sido tudo o mais difícil. Ele pode ter a paciência necessária em Haran, também. Mas ele nunca esperava possuir Haran; ele nunca foi prometido. Todo o resto de sua vida, no entanto, Abraão andava para cima e para baixo a terra que Deus lhe havia prometido, mas nunca teve mais do que um pequeno lote em que para enterrar Sara ( Gen. 23: 9-20 ). Foi prometido, mas nunca possuiu. A fé de Abraão necessária uma grande dose de paciência, a fim de viver sem resmungar, como um estrangeiro em sua própria terra.

Abraão esperou pacientemente para as coisas realmente importantes. Ele nunca viu a promessa de Deus; ele apenas esperou e esperou e esperou. Muitas vezes, os momentos mais difíceis para nós, como crentes são as vezes no meio, os tempos de espera. Somos tentados a dizer, mesmo a Deus ", promete! Promises!" Abraão passou uma grande parte do tempo de espera. Ele esperou longos anos para o filho da promessa, que foi finalmente dado. Ele esperou toda a sua vida para a terra da promessa, que nunca foi dada. No entanto, ele esperou e assistiu e trabalhou na crença do paciente de que Deus é fiel.
Se soubéssemos que Cristo estaria vindo em um mês, que seria dar total atenção ao abandono do pecado, orando, testemunhando, servir, e para todas as outras coisas de negócios do nosso Pai celestial. Para dedicar um mês inteiro inteiramente ao Senhor não seria tão difícil se soubéssemos que tudo seria sobre isso em breve. Mas, para ser sobre a Sua mês negócio após mês, ano após ano, com suas promessas aparentemente sem mais perto sendo cumprida do que quando fomos salvos em primeiro lugar, preciso paciência.

William Carey passou 35 anos na Índia e viu apenas um punhado de conversos. No entanto, cada missionário cristão que tenha ido para a Índia desde aquele tempo tem uma dívida com Carey. Ele plantou para que pudessem colher. Ele traduziu a Palavra de Deus em dialetos indígenas, de modo que praticamente todo o esforço missionário na Índia tem sido baseada em certa medida, pelo seu trabalho pioneiro. A maior parte dos frutos de seu trabalho, ele viu apenas pela fé. Ele teve a paciência de fé e não "cansem de fazer o bem." "Seja paciente, pois, irmãos, até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso produto do solo, sendo paciente sobre ele, até que ele recebe as chuvas precoces e tardias. Você também ser paciente" ( Tiago 5:7 - 8 ).

É desanimador para orar e confiança e trabalhar e não ver nenhum resultado. Uma mãe pode orar durante 15, 20 ou 30 anos para a salvação de seu filho, e nunca vê-lo vir a Cristo. Um ministro pode servir em uma igreja fielmente durante 10 anos e vê pouca evidência de crescimento espiritual. Noé trabalhou por mais de 100 anos sobre a arca, pregando o tempo todo. Progresso na arca era inimaginavelmente lento e sucesso no testemunho foi nulo. No entanto, ele continuou a construir e pregar até que ambos se acabaram. A verdadeira fé é surdo para duvidar, mudo ao desânimo, e longe de impossibilidade. Não importa o que ela experimenta, vê só o sucesso prometido.
O segredo da paciência de Abraão era a sua esperança no cumprimento final da promessa de Deus. Sua última Terra Prometida era o paraíso, tal como o nosso é. Mesmo se tivesse possuído a terra de Canaã em sua vida, ele não teria sido a sua herança final. Ele foi paciente, porque seus olhos estavam voltados para a cidade que tem fundamentos, da qual o arquiteto e edificador é Deus. Tão importante quanto a terra terrestre era para ele e para a promessa de Deus, ele olhou para cima em direção à terra celeste, que ele sabia que iria herdar sem falhar.

Em certo sentido, é possível "ser tão celestial espírito que somos de nenhum bem terrena". Mas, em um sentido muito mais profundo, é impossível de ser de qualquer verdadeiro bem terrestre, a menos que são celeste minded. Somente o espírito celeste terá paciência para continuar fiel na obra de Deus, quando se torna difícil, desvalorizado, e aparentemente interminável. Não há maior cura para o desânimo, fadiga, ou auto-piedade do que pensar em estar na presença do Senhor, um dia e de passar a eternidade com Ele. Nós não deve fazer qualquer pedido de desculpas por ser celestial minded.

É quando nos concentramos em coisas abaixo que vivemos e morremos com cada pequena coisa que acontece de errado ou parece durar muito tempo ou não é bem-sucedida ou apreciado. É por isso que Paulo nos diz para definir nossas mentes "nas coisas do alto, não nas coisas que estão na terra" ( Cl 3:2 ).

A cidade divino é chamado de muitas coisas nas Escrituras, mas talvez o nome mais encorajador é o Ezequiel deu: "O SENHOR está ali "( Ez 48:35. ). De todas as coisas sobre ele que são bonitos e convidativos, de longe o mais bonito e mais convidativo é que o Senhor está lá.

Moisés quarenta anos no deserto, levando Israel para a Terra Prometida foram os anos mais exigentes da sua vida. Mas nos últimos 40 anos pode ter sido o mais difícil na medida em que a paciência estava em causa. Ele tinha sido treinado na corte do faraó, tratado como o filho do faraó, e então forçado a fugir para salvar sua vida no deserto, onde por esta média 40 anos ele tendia ovelhas para o pai-de-lei. Ele deve, muitas vezes têm sido tentados a pensar que o seu talento, habilidades e treinamento foram indo para o lixo. Mas "ficou firme, como quem vê aquele que é invisível" ( He 11:27 ). Como Abraão, olhos de Moisés eram em Deus, e não as suas circunstâncias.

O Poder da Fé

Pela fé, até a própria Sara recebeu a capacidade de conceber, mesmo para além do bom tempo de vida, uma vez que ela considerou fiel aquele que lhe havia prometido; por isso, também, não nasceu de um homem, e ele tão bom como morto em que, como muitos descendentes como as estrelas do céu, em número, e inumerável como a areia que está à beira-mar. ( 11: 11-12 )

A fé é poderosa. A fé vê o invisível, ouve o inaudível, toca o intangível, e realiza o impossível. Infelizmente, alguns fé é toda a conversa e nunca realmente começa para baixo a ação. A verdadeira fé é ativa, poderosamente ativo.

A fé era ativo no milagre do nascimento de Isaque. Do ponto de vista humano, era impossível para Abraão e Sara para ter um filho. Não só tinha Sara sempre foi estéril ( Gn 16:1 ; Gn 18:12 ), mas Sara tinha ainda tomado o assunto em suas próprias mãos, persuadindo Abraão ter um filho por sua empregada, Hagar ( 16: 1-4 ). Ela não confiar na promessa de Deus, e estava determinado a fazer as coisas à sua maneira, o que, ela descobriu logo, não era a maneira ou de obediência ou de felicidade. Sua idéia e aquiescência de Abraão produziu um filho, Ismael, cujos descendentes desde aquele dia até este ter sido uma praga sobre os descendentes do filho da promessa. Ismael se tornou o progenitor dos árabes e todos os judeus desde seu nascimento tem enfrentado o antagonismo do mundo árabe por causa de Abraão e desobediência de Sara. A impaciência de Sara era caro.

Se estudarmos He 11:11 cuidadosamente, eu acredito que nós descobrimos que a fé mencionada aqui não se aplica a Sara, mas sim para ela. recebida capacidade para conceber ( katabolēn spermatos ) literalmente significa "estabelecer semente." A mulher, no entanto, não prevê a semente que produzem concepção. Esta frase, portanto, deve referir-se a Abraão, fazendo dele o sujeito compreendido da sentença. Parece melhor para interpretar a frase Aute Sarra como um dativo de acompanhamento ou da associação. Em outras palavras, o versículo poderia estar dizendo que Abraão, em associação com a Sara, recebeu poder para estabelecer semente. Eu acredito que a fé era a de Abraão, não Sara. Através da fé de Abraão Deus milagrosamente cumpriu sua promessa.

Por isso, também, não nasceu de um homem, e ele tão bom como morto em que, como muitos descendentes como as estrelas do céu, em número, e inumerável como a areia que está à beira-mar. ( 11:12 )

Abraão teve filhos sobre as crianças, todo o povo de Israel. Todo judeu que sempre foi e sempre vai nascer é um resultado da fé de Abraão. Tal é o poder da fé.

A fé de Abraão estava em Deus. Promessa de um filho especial e de inúmeros descendentes de Deus foi a base da fé de Abraão. Jesus disse: "Tudo é possível ao que crê" ( Mc 9:23 ), e "Com Deus tudo é possível" ( Mt 19:26 ). Poder e vontade de Deus estão de um lado e de confiança do homem é, por outro. Tudo o que sabemos ser a vontade de Deus, a fé tem o poder de realizar.

Se Deus não é capaz de atender a qualquer das nossas necessidades, é simplesmente porque nós não confiá-los a Ele. Ele nos dá muitas coisas para as quais nós nunca perguntar e de que somos muitas vezes desconhecem. Mas muitas outras coisas, especialmente as bênçãos espirituais que Ele prometeu, não pode receber, porque não estamos abertos a eles. Paulo afirmou: "Posso todas as coisas naquele que me fortalece" ( Fp 4:13 ), e ele nos faz lembrar de "àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que funciona dentro de nós "( Ef 3:20 ). O poder de Deus é por nós para reivindicar segundo a Sua vontade. Que as coisas reivindicadas parecer impossível não tem qualquer influência sobre o assunto. O único obstáculo para o cumprimento é falta de fé.

Positividade da Fé

Todos estes morreram na fé, sem receber as promessas, mas vendo-as e saudando-as de longe, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Para aqueles que dizem tais coisas deixar claro que eles estão buscando uma pátria. E, de fato, se tivessem pensado daquele país a partir do qual eles saíram, teriam oportunidade de voltar. Mas como ele é, desejam uma pátria melhor, isto é a celestial. Por isso, Deus não se envergonha de ser chamado o seu Deus; pois Ele preparou uma cidade para eles. ( 11: 13-16 )

Não Abraão, Isaque, Jacó ou, jamais possuiu a Terra Prometida. Na verdade, foi quase 500 anos depois que Jacó morreu para que Israel começou a possuir Canaã . Todos estes morreram na fé, sem receber as promessas . Longe de ser um lamento, no entanto, esta afirmação é uma declaração positiva que estes homens morreram em perfeita esperança e garantia de satisfação. Para a pessoa de fé, a promessa de Deus é tão bom quanto a realidade. Sua promessa da glória à frente era tão encorajador e certo aos patriarcas como realmente possuir que poderia ter sido.

Esses homens de fé não sabia o que estava acontecendo. Deus lhes havia dado nenhuma informação privilegiada, nenhuma palavra a respeito de quando ou como as promessas seriam cumpridas. Ele só deu as promessas, e isso era o suficiente. Eles tiveram uma amostra da Terra Prometida. Eles caminharam sobre ele e pastoreava seus rebanhos sobre ele e criaram seus filhos sobre isso, mas eles não estavam impacientes para possuí-la. Foi o suficiente para possuí-la à distância, porque a sua principal preocupação foi para um país melhor, que é celestial.

Enquanto isso, eles foram bastante feliz por estar estrangeiros e peregrinos sobre a terra. No mundo antigo estranhos ( zenoi ) foram muitas vezes considerados de ódio, desconfiança e desprezo. Eles tinham poucos direitos, mesmo para os padrões daquela época. Eles também foram exilados ( parepidēmoi ), os peregrinos ou forasteiros. Eles estavam refugiados em sua própria terra prometida. Mas estes patriarcas fiéis estavam passando por Canaan para um lugar melhor, e eles não se importava.

A coisa mais positiva sobre a nossa fé não é o que podemos ver ou mantenha ou medir, mas a promessa de que um dia estaremos para sempre com o Senhor. Cristãos cuja fé não se estende para o céu terá os seus olhos sobre as coisas deste mundo e vai saber por que eles não são mais felizes no Senhor. Nada nesta vida, incluindo mais abundantes bênçãos terrenas de Deus, vai dar um crente a satisfação e alegria que vêm com garantia absoluta da glória futura.
Davi declarou: "Uma coisa que eu pedi a partir do SENHOR , que eu procuro: que eu possa morar na casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do SENHOR "( Sl 27:4 ). Esta é a esperança ea segurança do crente-a positividade da fé.

É o povo de tal fé que Deus abençoa. Ele não se envergonha de ser chamado seu Deus, para que Ele preparou uma cidade para eles. Independentemente do que somos em nós mesmos, se nós confio Ele, Deus não se envergonha de ser chamado o nosso Deus. "Aqueles que Me honram honrarei", diz Deus ( 1Sm 2:30 ). Os patriarcas honraram a Deus, e Deus honrou-los. Nada é tão honrando a Ele como a vida de fé. Na verdade, nada honre mas a vida de fé.

A Prova de Fé

Pela fé Abraão, quando foi provado, ofereceu Isaque; e aquele que recebera as promessas estava oferecendo o seu filho unigênito; era aquele a quem foi dito: "Em Isaque seus descendentes serão chamados." Ele considerou que Deus é capaz de levantar os homens, mesmo dos mortos; a partir do qual ele também recebeu-o de volta como um tipo. ( 11: 17-19 )

A prova da fé de Abraão era a sua vontade de devolver a Deus tudo o que tinha, incluindo o filho da promessa, que ele havia recebido milagrosamente porque de sua fé. Depois de toda a espera e se perguntando, o filho tinha sido dada por Deus. Então, antes que o filho foi cultivado, Deus pediu para ele de volta, e Abraão obedeceu. Abraão sabia que o pacto, o que só poderia ser cumprida através de Isaque, era incondicional. Ele sabia, portanto, que Deus faria o que fosse necessário, incluindo o aumento Isaque dos mortos, para manter Sua aliança. Ele considerou que Deus é capaz de levantar os homens, mesmo dos mortos . A idéia de sacrificar Isaque deve ter entristecido Abraão terrivelmente, mas ele sabia que teria o filho de volta. Ele sabia que Deus não iria, de fato não poderia, levar seu filho afastado permanentemente, ou então Ele teria que voltar com Sua própria palavra, o que é impossível.

Se Noé ilustra a duração da fé, Abraão mostra a profundidade da fé. Em tremendo, fé monumental Abraão Isaque trouxe para o topo do Monte Moriah e preparada para oferecer a Deus. Ele acreditava na ressurreição dos mortos, mesmo diante de Deus revelou a doutrina. Ele tinha que acreditar na ressurreição, porque, se Deus lhe permitiu realizar o comando de sacrificar Isaque, ressurreição foi a única maneira que Deus poderia manter sua promessa.
Como se viu, porque ele não chegou a morrer, Isaque tornou-se apenas um tipo de ressurreição. Ele foi oferecido, mas ele não foi morto. Deus providenciou um substituto. Foi o fato de que Abraão ofereceu Isaque que provou sua fé. O padrão final da fé, a sua prova real, é a disposição para o sacrifício. "Se alguém quer vir após mim," Comandos de Jesus ", negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me" ( Mt 16:24 ). "Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, para apresentar os vossos corpos em sacrifício vivo e santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional" ( Rm 12:1
 )

Pela fé Isaque abençoou Jacó e Esaú, acerca de coisas futuras. Pela fé Jacó, quando estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de José, e adorou, inclinado sobre a extremidade do seu bordão. Pela fé José, quando estava para morrer, fez menção do êxodo dos filhos de Israel, e deu ordem acerca de seus ossos. ( 11: 20-22 )

Mateus Henry disse: "Ainda que a graça da fé é de uso universal em toda a vida do cristão, mas é especialmente assim quando chegamos a morrer. A fé tem o seu grande trabalho a fazer no último, para ajudar os crentes para terminar bem, para morremos para o Senhor, a fim de honrá-Lo, pela paciência, esperança e alegria, de modo a deixar um testemunho por trás deles da verdade da Palavra de Deus e pela excelência de seus caminhos. "
Deus é glorificado quando Seu povo deixar este mundo com suas bandeiras tremulando no mastro cheio. Se alguém deve morrer triunfalmente que deveria ser crentes. Quando os triunfos Espírito Santo sobre a nossa carne, quando o mundo está consciente e com prazer deixados para trás para o céu, quando há antecipação e glória aos nossos olhos como entramos na presença do Senhor, nosso morrer é agradável ao Senhor. "Preciosa é aos olhos do SENHOR a morte dos seus santos "( Sl 116:15 ilustrar o poder da fé para enfrentar a morte. Esses homens nem sempre tinha vivido com fidelidade. Eles confiaram em Deus de modo imperfeito, assim como nós. Todos os nomes de três homens aparecem com freqüência e favoravelmente nas Escrituras, e estamos inclinados a pensar neles como modelos de uma vida de fé. Em alguns aspectos eles eram. José especialmente se destaca. Embora ele era odiado por seus irmãos e vendido como escravo, ele confiou e obedeceu a Deus em meio a muitas tentações e dificuldades, enquanto completamente separado de sua família em uma terra estrangeira pagã.

A ênfase desta passagem, no entanto, é na fé que Isaque, Jacó e José exibiu nas extremidades das suas vidas. Cada um enfrentou a morte, na íntegra, a fé confiante. Por que eles estão em Hebreus galeria de heróis.
Muitos crentes acham difícil antecipar e enfrentar a morte. No entanto, fielmente, muitas vezes um cristão que, em sua maior parte, andou com Deus considera que as últimas horas de sua vida é o mais doce. Quaisquer que sejam os altos e baixos de suas vidas, Isaque, Jacó e José saiu tomando banho de sol da verdadeira fé.

O que faz a fé morrer destes três homens tão importantes é que, como Abraão, que morreu sem ver o cumprimento das promessas de Deus. Passaram-los a seus filhos pela fé. Eles haviam recebido as promessas de fé e que os repassaram pela fé. Em sua aliança com Abraão, Deus prometeu três coisas-a posse da terra de Canaã, a criação de uma grande nação de seus descendentes, ea bênção do mundo através destes descendentes. Mas Abraão nunca vi nenhuma dessas coisas acontecer. Ele morreu na fé, dizendo: "Isaque, você vai ver o início dessas promessas." Mas Isaque também morreram na fé, dizendo a mesma coisa de Jacó; e assim por Jacó também para José. He 11:13 aplica-se a todos os quatro homens: "Todos estes morreram na fé, sem receber as promessas, mas vendo-as e saudando-as de longe, confessaram que eram estrangeiros e exilados sobre a terra. " No entanto, eles estavam tão confiantes na palavra de Deus que eles passaram as promessas às suas crianças. Eles acreditavam que eles nunca tinha visto, e eles passaram sobre o que eles nunca tinham visto a seus filhos.Essa é a certeza da fé. Eles não tinham nenhuma herança para passar, mas as promessas de Deus, e estes consideravam um grande tesouro de legar seus filhos. Eles não tinham visto a terra possuía, a nação estabelecida, ou o mundo abençoado, mas viram as promessas, e isso era o suficiente.

Estes homens nunca duvidou de que as promessas se tornaria realidade. Eles não morrem no desespero de sonhos não realizados, mas na paz perfeita de promessas não cumpridas, confiante porque eram as promessas de Deus. Eles sabiam que, pela fé que Deus iria cumprir as promessas, porque eles sabiam que Ele era um Deus que guarda o concerto e um Deus de verdade. Eles morreram dizendo: "Eles virão. No tempo de Deus os cumprimentos virão." Eles morreram vencer a morte, sabendo que, mesmo que eles morreram, as promessas de Deus não podia morrer. Isso é um magnífico tipo de fé, o tipo de fé que Deus honras.
Assim como os santos mencionados nos versículos 4:19 , estes três homens são apresentados para mostrar que os princípios da salvação pela fé e de agradar a Deus pela fé não se originou com a Nova Aliança. A fé sempre foi o caminho, nunca funciona. Sem uma única exceção, todos os homens de Deus tem sido um homem de fé. Não Abel, Enoque, Noé, Abraão, Isaque, Jacó, ou José foi salvo pelas obras. Todos foram salvos pela fé. Sem fé, tem sempre sido impossível agradar a Deus ( He 11:6 ). Em outras palavras, as promessas da aliança de Abraão foram passados ​​para Isaque diretamente por Deus. Essas promessas por si só deveria ter mantido Isaque de preocupação e medo, pois Deus não poderia ter cumprido los se Isaque não estavam protegidos. Não só isso, mas o Senhor especificamente lhe disse: "Eu estarei com você e te abençoe."

No entanto, ao primeiro sinal de perigo possível, Isaque provou infiel. Quando os homens de Gerar perguntado sobre Rebeca, ele disse que ela era sua irmã em vez de sua esposa, por medo de que um daqueles filisteus poderia matá-lo, a fim de tê-la ( v. 7 ). Em que, é claro, ele estava apenas seguindo os passos de seu pai, porque Abraão tinha duas vezes mentiu, da mesma forma sobre Sara ( Gn 12:13 ; Gn 20:2 ).

Isaque foi basicamente materialista. Ele viveu principalmente pela visão e pelo gosto. Ele era parcial a Esaú, possivelmente porque este filho era um caçador e desde seu pai com muitas boas refeições. Mesmo quando Isaque era velho e prestes a morrer, ele pediu Esaú para sair e matar "algum jogo e preparar um prato saboroso" para ele antes que ele pronunciou a bênção sobre este filho mais velho ( 27: 7 ). Ele estava pensando mais em seu estômago do que da promessa de Deus. Ele deve ter conhecido a partir de Rebekah que Deus planejou para Jacó para receber a herança, em vez de Esaú ( 25:23 ), e ele deve ter conhecido a partir de seus dois filhos que Esaú tinha vendido seu direito de primogenitura para Jacó ( 25:33 ). No entanto, ele estava determinado a dar a bênção a Esaú. Esta história não é de crédito para Isaque, Esaú, ou Jacó. Isaque insistiu em dar a bênção ao filho que ele sabia que não era a escolha de Deus. Esaú, que havia desprezado e vendeu a sua primogenitura, pensei que ele poderia facilmente comprá-lo de volta. E Jacó, por instigação de sua mãe, tentou conseguir a bênção por engano, em vez de pela fé. Toda a família agiu vergonhosamente. Pai e filho tentou fazer a coisa errada no caminho errado, e mãe e filho tentou realizar a coisa certa, mas de forma errada. Deus produziu o resultado que Rebeca e Jacó queria, mas não para as suas razões ou por seus métodos. Ele não honrar o que eles fizeram mais do que o que Isaque e Esaú fez. Só Deus honra a fé, e nenhum deles tinha agido em fé. O resultado certo foi o resultado de sua fidelidade, não deles.

Não até a irreversibilidade da bênção era óbvio que Isaque começam a evidenciar-fé. Se Jonas foi o profeta relutante, Isaque foi o patriarca relutante. Só quando ele percebeu que a bênção ia ser sobre o homem de Deus, independentemente, ele aquiescer. Ele finalmente disse sim a maneira de Deus. Deus teve de caixa-lo em um canto antes de crer; mas ele acreditava. Como ele enfrentou a morte, abençoou Jacó com a bênção que nem ele nem seu pai possuía e que nem Jacó nem seus filhos possuiria. Isaque abençoou Jacó na fé, sabendo que Deus iria cumprir as promessas em sua própria maneira e em seu próprio tempo.
Em alguns aspectos 1saque era uma mancha no registro do Antigo Testamento. Mas no final, ele era um homem de Deus. Ele apresentou e acreditou e obedeceu.

A fé de Jacó

Pela fé Jacó, quando estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de José, e adorou, inclinado sobre a extremidade do seu bordão. ( 11:21 )

A vida de Jacó era como seu pai de muitas maneiras. Ele foi para cima e para baixo espiritualmente. Às vezes, ele caminhou pela fé e, por vezes, ele tropeçou pela vista. Ele teve momentos de grande fé e momentos de medo e ansiedade. Ele negociou com Deus na ocasião ( Gen. 28: 20-21 ) e em outras ocasiões ele prontamente reconheceu a bênção de Deus ( 31: 5 ). Ele reverentemente louvaram ao Senhor quando ele teve o sonho da escada celestial ( 28: 16-17 ), e uma vez que ele estava tão decidido a receber a bênção de Deus que ele lutou com ele durante toda a noite ( 32: 24-26 ).

Ao contrário de seu pai, Jacó não tentou contornar o plano de Deus para seus herdeiros. José, embora mais jovem do que todos os seus irmãos, exceto Benjamin, era o filho escolhido para abençoar, assim como Jacó, embora mais jovem, foi escolhido acima Esau. Na verdade José recebeu uma bênção dupla, na medida em que seus dois filhos, Efraim e Manassés, foram ambos abençoado ; embora novamente o filho mais novo, Ephraim, recebeu a bênção maior ( 48:19 ). Consequentemente, em vez de apenas uma tribo descendente de José, como com seus irmãos, duas tribos (muitas vezes referido como um meia-tribos) descende dele.

Como ele estava morrendo, Jacó abençoou seu filho através de seus dois netos. "Então, Israel [novo nome de Jacó] disse a José:" Eis que eu estou prestes a morrer, mas Deus estará com você e trazê-lo de volta para a terra de seus pais. E eu dar-lhe uma parte mais do que seus irmãos '" ( 48: 21-22 ). Mais uma vez, o que nunca foi possuída foi passada na fé. Jacó morreu como um homem de fé.

A fé de José

Pela fé José, quando estava para morrer, fez menção do êxodo dos filhos de Israel, e deu ordem acerca de seus ossos. ( 11:22 )

José passou toda a sua vida adulta no Egito. Apesar de ser um herdeiro de quarta geração da promessa, ele não poderia reclamar mesmo ter peregrinou na terra prometida, e muito menos ter herdado isso. Fazia cerca de duzentos anos desde que Deus fez o pacto inicial com Abraão.Duzentos anos de promessa, e não cumprimento à vista. De fato, no momento da morte de José, nenhum dos descendentes de Abraão (ou seja, os descendentes de promessa) viveu na Terra Prometida em tudo. Por causa da fome em Canaã, José tinha trazido seu pai e seus irmãos para o Egito. Jacó foi levado de volta para Canaã depois que ele morreu, e José seria satisfeita se apenas os seus ossos poderiam ser enterrado lá. Se ele não poderia herdar a terra, pelo menos, a terra pode "herdar" a ele. Não foi até o Êxodo que os ossos de José foram efectivamente tomadas para Canaã ( Ex 13:19 ), mas seu coração e sua esperança sempre esteve lá.

Ele tinha que olhar para a frente para ver a promessa, mas ele viu com clareza e confiança. "Estou prestes a morrer, mas Deus certamente irá cuidar de você, e vos fará subir desta terra para a terra que Ele prometeu em juramento a Abraão, de Isaque e de Jacó" ( Gn 50:24 ). Enquanto ele estava fazendo seus irmãos juro para tirar os ossos de volta para Canaã, ele repetiu a garantia palavras de fé: "Deus certamente irá cuidar de você" ( v. 25 ).

Todos esses três homens acreditavam Deus na face da morte. Sua fé, por vezes, tinha vacilado na vida, mas era forte e confiante em morte. A morte é a prova de fogo da fé. Por centenas, talvez milhares, de anos, os tribunais tomaram a palavra de um homem morrer pelo valor de face. A necessidade de a mentira eo engano é longo, e o que é dito em um leito de morte é geralmente se acredita. Assim, com o nosso testemunho de fé. Não é apenas a necessidade de hipocrisia e pretensão acabou, mas é extremamente difícil de falsificar a fé, quando você sabe que você está enfrentando a eternidade. A fé de um homem morrer é crível porque uma farsa não pode suportar este teste.

Um cristão que teme a morte tem uma grave deficiência na sua fé, para morrer em Cristo é simplesmente para ser levados à presença do Senhor. "Para mim, o viver é Cristo", diz Paulo ", e morrer é lucro" ( Fp 1:21 ). Para aqueles que acreditam, "A morte foi tragada pela vitória" ( 1Co 15:54 ).

31. Moisés: As decisões de Fé ( Hebreus 11:23-29 )

Pela fé Moisés, logo ao nascer, foi escondido por três meses por seus pais, porque viram que era uma criança bonita; e não temeram o decreto do rei. Pela fé Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó; preferindo ser maltratado com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado; considerando o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa. Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como quem vê aquele que é invisível. Pela fé celebrou a páscoa ea aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos não lhes tocasse. Pela fé os israelitas atravessaram o Mar Vermelho como se estivessem passando por terra seca; e os egípcios, quando eles tentaram isso, foram afogados. ( 11: 23-29 )

A vida é feita de decisões. Algumas são simples e sem importância, e alguns são complexas e extremamente importante. Muitos são feitos quase inconscientemente, enquanto outros pensamos cuidadosamente por um longo tempo. Algumas decisões são tomadas por padrão. Quando colocamos fora de decidir, a decisão é feita para nós. Mas ainda é a nossa decisão, porque nós decidimos colocá-lo fora. O curso e a qualidade de nossas vidas são determinadas muito mais por nossas decisões do que por nossas circunstâncias.
Vida cristã envolve a tomada de decisões corretas. Você pode observar a maturidade de um cristão pelas decisões que toma. Santidade é tomar decisões certas, carnalidade está fazendo coisas erradas. A nossa vida cristã sobe ou cai em maturidade e santidade com base nas decisões que tomamos. Quando Satanás tenta-nos, nós decidir quer dizer sim ou não. Quando temos oportunidade de testemunhar, que quer tirar proveito dela ou não. Nós decidir se quer ou não ter tempo para ler a Bíblia e orar. Não é uma questão de ter tempo, mas de tomar tempo, e tendo tempo exige uma decisão. No mundo dos negócios, muitas vezes, tem que escolher entre fazer mais dinheiro e ser honesto e ético, ou entre ficando à frente e dando tempo suficiente para as nossas famílias e para a obra do Senhor. Praticamente tudo o que fazemos envolve uma decisão.
Shakespeare disse:
Existe uma maré nos assuntos dos homens,
Que, tomada na inundação, leva à fortuna;
Omitido, toda a viagem da sua vida
É cão de caça em águas rasas e em misérias.
Napoleão acreditava que há uma crise em todas as batalhas, um período de dez a quinze minutos em que o resultado depende. Para aproveitar este período é a vitória, para perdê-lo é a derrota.
Tudo na vida de um crente é uma oportunidade para glorificar a Deus. Os gregos antigos tinham uma estátua chamada Opportunity. A frente da figura tinha o cabelo de fluxo longo, mas a parte de trás de sua cabeça era careca-simbolizando o fato de que podemos agarrar uma oportunidade, uma vez que vem em nossa direção, mas quando ele é passado, não há nada para segurar.
Desde o início dos tempos, Deus deu escolhas homens que determinam suas vidas. O primeiro homem a escolher era Adão. Ele fez a escolha errada, e começou a cadeia trágica de escolhas erradas que tem atormentado os seus descendentes desde então.

Falando a Israel no deserto, Deus disse: "O céu ea terra como testemunhas contra vós hoje, que eu pus diante de ti a vida ea morte, a bênção ea maldição. Então, escolher a vida para que você possa viver, você e seus descendentes "( Dt 30:19 ). Em Siquém, Josué deu ordem ao povo: "Escolham hoje a quem irão servir" ( Js 24:15 ). E em Mt. Carmelo, Elias pediu aos israelitas indecisos, "Quanto tempo você vai hesitar entre duas opiniões Se o? SENHOR é Deus, segui-o; mas se Baal, segui-lo "( 1Rs 18:21 ).

Abel escolheu o caminho de Deus, oferecendo o sacrifício próprio, e foi abençoado. Caim rejeitou o caminho de Deus, oferecendo sua própria espécie de sacrifício, e foi amaldiçoada. Enoque escolheu o caminho de Deus, caminhando com Ele toda a sua vida, e Deus o levou diretamente para o céu. Noé e sua família escolheu o caminho de Deus por obedecê-lo continuamente, e eles foram salvos do Dilúvio. Todo mundo na Terra rejeitou o caminho de Deus e se afogou. Abraão escolheu o caminho de Deus, crendo nele, independentemente de como as coisas pareciam partir de sua própria perspectiva, e ele foi considerado justo. Outros no seu dia rejeitaram o caminho de Deus e morreu em seus pecados. Isaque, Jacó e José escolheu o caminho de Deus, e eles exibiram fé que venceu a morte. Os povos incrédulos ao redor deles escolheu outro caminho e conquistou a morte deles.

Escolhas certas são feitas com base na fé correta. Muitas vezes não podemos ver as consequências de nossas escolhas. Satanás tenta fazer o seu caminho parece atraente e bem e da maneira de Deus parecer difícil e desagradável. Quando conhecemos a vontade de Deus, em questão, optamos pela fé. Sabemos que é a escolha certa porque é a vontade de Deus, mesmo antes de ver os resultados. A vontade de Deus é a única razão que precisamos. Quando escolhemos o caminho de Deus, nós colocamos o escudo da fé, e as tentações e seduções de Satanás são desviados ( Ef 6:16 ).

O oposto de escolher o caminho de Deus é sempre o caminho de Satanás, e não crer em Deus é crer Satanás. Sempre que pecamos, acreditam que Satanás; acreditamos que o seu caminho é melhor do que a de Deus. Nós acreditamos que o pai da mentira acima do Pai de verdade.
Moisés viveu a maior parte de sua vida antes do pacto de Mt. Sinai, com seu sistema de mandamentos e rituais. Mas antes e depois Sinai ele viveu pela fé, não pelas obras. Nenhuma pessoa na Escritura, além de Jesus, ilustra o poder de decisão certa melhor do que Moisés. Suas decisões estavam certos porque sua fé estava certo. Porque Moisés recebeu a aliança de Deus no Sinai, ele estava sempre associada com a lei de Deus. Esta lei, de fato, foi muitas vezes referida como a lei de Moisés. Na mente dos judeus, ele foi associado com mandamentos, rituais e cerimônias, com todas as exigências religiosas e obras da Antiga Aliança. Mas ele era um homem que vivia pela fé.
Devido aos judeus Moisés classifica como uma das figuras mais respeitadas do Antigo Testamento, para mostrar que ele viveu pela fé, não legalismo, é um dos argumentos mais poderosos possíveis para convencer os judeus que o caminho de Deus sempre tem sido o caminho da fé.

A vida de Moisés ilustra decisões positivas e negativas da fé, as coisas que ele aceita e as coisas que ele rejeita. Hebreus 11:23-29 menciona três coisas que a fé aceita e quatro que ele rejeita.

A fé aceita os planos de Deus

Pela fé Moisés, logo ao nascer, foi escondido por três meses por seus pais, porque viram que era uma criança bonita; e não temeram o decreto do rei. ( 11:23 )

Para conter a explosão demográfica entre os escravos hebreus no Egito, o faraó deu um decreto que todos os bebês do sexo masculino eram para ser afogado no Nilo. Para proteger o seu filho recém-nascido, Amram e Joquebede primeira escondeu por três meses, e, em seguida, colocá-lo em uma cesta impermeabilizado e colocou-o no Nilo, perto do local onde a filha de Faraó banhado. Ele foi encontrado pela princesa e levado para ser criado como seu próprio filho. A irmã de Moisés, Miriam, foi assistir e convenceu a princesa para conseguir uma das mulheres hebréias para amamentar o bebê. Miriam, é claro, tem a sua mãe, que era então capaz de levantar seu próprio filho quase como se ele tivesse sido em casa.
Os pais de Moisés, Amram e Joquebede, não temeram o decreto do rei. Eles ignoraram as pressões e ameaças do mundo, quando estes entraram em conflito com a maneira de Deus. Que a sua preocupação era mais do que apenas uma criança bonita , é indicado no sermão de Estêvão perante o Sinédrio. "Moisés ... era lindo aos olhos de Deus" ( At 7:20 ). Não são apenas os pais de Moisés, mas também o próprio Deus, tinha um carinho especial por esta criança. Eu acredito que os pais de Moisés eram de algum modo consciente de especial preocupação de Deus, pois , pela fé em Deus que escondeu e se opuseram a ordem de Faraó. Foi por amor de Deus, bem como para Moisés e seu próprio bem, para que o bebê estava protegida.

Os pais de Moisés estavam dispostos a arriscar a própria vida para seguir o caminho de Deus. Sua decisão foi clara: salvar a criança, sejam quais forem as consequências. Salvando Moisés foi mais do que sua própria vontade, ele também era a vontade de Deus. Nós não temos nenhuma maneira de saber o quanto eles sabiam sobre o plano de Deus para o destino de seu filho, mas foi o suficiente para que eles saibam que ele tinha uma razão especial para a proteção de Moisés.
Demorou fé considerável para colocar Moisés no cesto e confiar que a filha de Faraó, de todas as pessoas, iria ter pena de este bebê, que ela reconheceu imediatamente como um hebreu. Ele também levou fé para acreditar que, se foram adoptadas pela princesa, ele seria levantado no caminho do Senhor e não no paganismo ocultista do Egito. De uma perspectiva humana, seus pais não tinham como saber ainda que a sua vida seria poupada, e muito menos que, para todos os efeitos, ele seria devolvido a eles. No entanto, eles voluntariamente deixá-lo ir, confiando-lhe a Deus.

Joquebede cuidou Moisés e treinou-o e ensinou-lhe promessas de Israel de Deus-que eram para herdar a terra de Canaã e ser uma grande nação, e abençoar o mundo. Ela incutiu nele a promessa de Deus de um grande libertador, a esperança messiânica em que Abraão se alegrou (Jo 8:56 ). Sua mãe ajudou a construir nele a fé que se tornou característica de sua vida. Ela não sabia totalmente por que Deus permitiu que seu filho ser criado na corte do Egito, dentro da própria casa de quem o queria e todos os outros bebês hebreus do sexo masculino mortos.Ela sabia, no entanto, que isso era no plano de Deus e, ao contrário de Sara, não tente ajustar o seu plano para a sua própria.

Tentando melhorar o plano de Deus é mais pretensioso do que tomar uma caneta de ponta de feltro e tentando melhorar a Mona Lisa. Nossa rabiscos não faria nada, mas arruinar a obra-prima. Deus precisa de nossa obediência, não a nossa ajuda, a nossa confiança, não o nosso conselho. Ele faz com que os planos; andamos neles pela fé.

Fé Rejeita Prestige do Mundo

Pela fé Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó. ( 11:24 )

Por quarenta anos Moisés tinha sido um príncipe do Egito, a sociedade mais rica, mais culta, e avançado daquele dia. Ele foi, portanto, altamente qualificados e qualificados, além de ser uma parte da corte real. "E Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios, e ele era um homem de poder em palavras e obras" ( At 7:22 ). Sua educação formal teria incluído a aprender a ler e escrever hieróglifos, hierático e, provavelmente, alguns idiomas cananeus. Ele tinha, naturalmente, aprendeu hebraico de sua mãe. Ele poderia desfrutar de tudo o Egito tinha a oferecer. Mas a sua formação no Egito nunca embotado seu conhecimento da esperança de Israel e das promessas de Deus.

Quando Moisés atingiu a idade de quarenta anos, ele enfrentou uma decisão crucial. Ele teve que decidir entre se tornar um de pleno direito egípcio, com absoluta lealdade e sem reservas, e se juntar ao seu próprio povo, Israel.
O fator decisivo foi a sua fé em Deus. Pela fé Moisés ... recusou ser chamado filho da filha de Faraó. Em todos esses anos ele nunca tinha vacilado em sua devoção ao Senhor. De alguma forma, Deus também indicou-lhe que ele tinha sido escolhido para o serviço especial e que, a partir de então ele seria um primeiro israelita e só. Mais uma vez podemos aprender com Estevão que Moisés sabia que ele tinha uma missão a cumprir para com Deus e para o seu povo. "E ele cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus lhes concedia livramento por meio dele, mas eles não compreenderam" ( At 7:25 ). O povo de Israel não entendeu a sua missão, mas ele fez. Eles eram escravos na terra que outrora altamente honrado por causa de José. Moisés estava agora em uma posição semelhante à de José, mas Deus tinha um trabalho muito diferente para ele fazer. José usou o poder do Egito para o bem do povo escolhido de Deus. Moisés teria se opor o poder do Egito para o mesmo fim.

No mundo, a fama traz sempre uma certa quantidade de honra. Se você nasceu na família certa ou se é um atleta de sucesso ou entertainer, o mundo vai pensar de você tão grande, se você é ou não. Se você tem um monte de dinheiro, independentemente de como você tem isso, o mundo vai prendê-lo em alta estima. Se você tiver graus suficiente para trás o seu nome, algumas pessoas vão pensar que você chegou. O mesmo é verdade no que diz respeito ao poder político e muitos outros tipos de sucesso humano. Moisés teve a maioria dessas coisas, mas ele os entregou.
Do ponto de vista mundano, ele estava sacrificando tudo por nada. Mas do ponto de vista espiritual, ele foi sacrificar nada para tudo. Ele renunciou ao mundo o poder, honra e prestígio para o bem de Deus, e sabia que para fazer isso, ele ganharia infinitamente mais do que ele iria perder, pois ele estava olhando para a recompensa ( 26 v. ).

As coisas que o mundo conta grande não tem nada a ver com o que Deus considera ótimo. Ele homenageia as pessoas sobre uma base totalmente diferente. Ele não está interessado no que a família que veio ou quanto dinheiro temos ou o quanto a educação que temos ou o que as posições que temos. Estes não estão relacionados com suas principais preocupações para nós.

Jesus falou de um homem que era maior do que todos os faraós. Ele foi ainda maior do que Noé, Abraão, Moisés, Davi, ou Elias. Ele era maior do que qualquer pessoa no Antigo Testamento. Seu nascimento foi anunciado por um anjo, que disse a seu pai: "Ele será grande diante do Senhor, ... e ele será cheio do Espírito Santo, enquanto ainda no ventre de sua mãe. E ele vai voltar muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus "( Lucas 1:15-16 ). Jesus disse que ninguém nascido de mulher que nunca tinha vivido, que foi maior do que este homem-João Batista ( Mt 11:11 ).

João nasceu em uma família simples. Seu pai, Zacarias, era sacerdote, mas estava longe de ser famoso ou influente. Sua mãe, Elisabete, era primo de Maria, mãe de Jesus; mas naquele dia o relacionamento não era uma distinção. João pode não ter tido muita instrução. Ele passou seus anos adiantados do adulto no deserto, e "andava vestido de pêlos de camelo, e usava um cinto de couro em torno de sua cintura, e sua dieta era gafanhotos e mel silvestre" ( Mc 1:6 ). Ele passa a falar como eles são bem sucedidos na pecuária, como seus filhos são saudáveis ​​e felizes, e como eles são despreocupado e sempre comemorando. "Eles passam seus dias em prosperidade", e mesmo "dizer a Deus:" Afasta-te de nós! Nós nem sequer desejamos ter conhecimento dos teus caminhos. Quem é o Todo-Poderoso, que devemos servi-Lo, e que iríamos ganhar se suplicar-lhe "(ver? 21:10-15 ).

Queremos pleitear com Jeremias: "Por que o caminho dos ímpios prosperou? Por que são todos aqueles que lidam com a traição à vontade?" ( Jr 12:1. ). Ele estava perguntando: "Por que é que eles são maus e rico e eu sou puro, mas pobre?"

Job responde à pergunta quando ele diz: "E de repente eles descem ao Seol" ( 21:13 ). Eles morrem e está tudo acabado, exceto para julgamento. Eles gostam e conviver com o pecado por um tempo, mas só por um tempo. Sofar, um dos três amigos conselheiro de Jó, estava certo em um ponto: "O triunfo dos ímpios é breve, ea alegria dos ímpios momentânea" ( 20:5 ). Mas ele precede esses comentários com "Eia agora vós, ricos, chorai e uivam por vossas misérias, que estão vindo em cima de você As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes tornaram-se vosso ouro ea vossa prata estão enferrujados comido pelas traças;.. E sua ferrugem será um testemunho contra vós e vai consumir sua carne como fogo. É nos últimos dias que você armazenou o seu tesouro! " ( 5: 1-3 ). Os ímpios vão herdar um "tesouro" do julgamento, eles não esperam. Como Paulo diz em Romanos 2:5-6 , eles estão se acumulando ira que vai cair no dia do julgamento divino.

Davi aprendeu da maneira mais difícil que o prazer pecaminoso é breve e desastroso. Para o prazer de ter a Bate-Seba para si mesmo, ele cometeu adultério primeiro e depois teve o marido morto. Mais tarde em sua vida, ele gritou: "Eu conheço as minhas transgressões, eo meu pecado está sempre diante de mim" ( Sl 51:3. ). O Messias sempre foi identificado com o Seu povo. Em um sentido muito real, quando Israel sofreu, Messias sofreu, e quando Moisés sofreu, Ele sofreu. Em suas aflições em seu nome, Ele foi oprimido. Uma comparação de Mt 2:15 com Os 11:1 ). Todo mundo que já estava com Deus, pela fé, que viveu por Ele e virou as costas para a abundância e ido do mundo o caminho da direção de Deus, recebeu a reprovação de Deus e do seu ungido, seu Cristo. Ela pertence a todos os que sofrem por amor de Deus. A igreja carrega a reprovação de Cristo. Depois de ser açoitado pelo Sinédrio, os apóstolos "seguiram o seu caminho a partir da presença do Conselho, regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse Nome" ( At 5:41 ). Moisés teria concordado com o que Pedro escreveu: "Se você está injuriado para o nome de Cristo, você é abençoado, porque o Espírito da glória e de Deus repousa sobre vós" ( 1Pe 4:14. ). Moisés rejeitou os tesouros do Egito e tomou sua posição com o Ungido de Deus.

Nós não sabemos o quanto Moisés sabia sobre o futuro grande libertador de Deus. Mas ele tinha muito mais leve do que Abraão, Jesus nos diz claramente que Abraão aguarda a época de Jesus e se alegraram ( Jo 8:56 ). Da mesma forma, Moisés olhou para a frente a Jesus.

De Deus recompensa é sempre maior do que o mundo de. "Deus suprirá todas as vossas necessidades segundo as suas riquezas na glória em Cristo Jesus" ( Fp 4:19 ). Ele supre de acordo com suas riquezas, e não apenas de eles. Um milionário que dá dez dólares para ajudar alguém em necessidade é que dá para fora de suas riquezas, mas não de acordo com eles. Se ele deu cem mil dólares, no entanto, ele estaria dando segundo as suas riquezas. Moisés certamente viu a recompensa de uma vida abençoada, mas a ênfase é melhor visto como estando na recompensa eterna.

"Melhor é o pouco do justo do que a abundância de muitos ímpios" ( Sl 37:16 ). Não é um pecado ser rico, mas é um pecado querer ser rico. Se trabalharmos duro e honestamente e para a glória de Deus, e se tornar rico no processo, tudo bem. Mas, se nós ajustamos nossas mentes em ficar rico, temos a motivação errada. Paulo disse a Timóteo: "Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males, e alguns por anseio por ela se desviaram da fé e se atormentaram com muitos uma pontada. Mas foge destas coisas, você homem de Deus e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança e mansidão "( 1 Tm 6: 10-11. ). Em outras palavras, se ao longo do caminho de Deus acontece para nos tornar rico, maravilhoso. Se, na sua sabedoria, ele nos mantém pobre, também maravilhoso. Ele deve nos fazer nenhuma diferença, desde que estamos em Sua vontade. Ele fez Moisés nenhuma diferença. Por quarenta anos, ele gostava da riqueza do Egito. Para o resto de sua vida, ele deixou-los, porque eles interferiram com a sua obediência a Deus e teria impedido os que recebem incomensuravelmente maiores riquezas, quando chegou a hora de recompensas eternas.

Portia, uma herdeira bonita e rica, é a heroína de Shakespeare Mercador de Veneza . Ela tinha muitos pretendentes de origem nobre que queria se casar com ela. Mas a vontade de seu pai decretou que seu marido seria escolhido por um determinado teste. Ela pertenceria a quem escolheu o peito direito para fora dos três que foram preparados. Um peito era feito de ouro. Nela estava escrito: "Quem me escolher deve ganhar o que muitos homens desejam", e dentro havia um crânio. A segunda caixa era de prata, com a inscrição: "Quem me escolher deve obter o máximo que ele merece", e dentro havia a imagem de um tolo. O peito vencedora foi feito de chumbo e segurou o retrato de Portia. No lado de fora foi a inscrição: "Quem me escolher deve dar e arriscar tudo o que ele tem." Todos os seus pretendentes, mas Bassanio escolheu uma das duas primeiras caixas, porque ambos os metais preciosos e as inscrições eram tão atraentes. Bassanio escolhido a pessoa de chumbo e tem a mão de Portia em casamento, porque ele estava disposto a dar tudo o que tinha por causa do que ele amava.

Essa é a atitude cada cristão deve ter a respeito de Cristo. Devemos estar dispostos a abandonar e arriscar tudo o que temos por causa da vontade de Deus, sabendo com Moisés e com Paulo que o nosso "momentânea, leve tribulação produz para nós um peso eterno de glória muito além de toda comparação" ( 2Co 4:17. ).

Fé Rejeita as pressões do mundo

Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como quem vê aquele que é invisível. ( 11:27 )

A primeira vez que ele saiu do Egito, Moisés estava fugindo do faraó, que queria matá-lo para matar o capataz egípcio ( Ex 2:15 ). A segunda vez que ele deixou o Egito, outro faraó queria manter Moisés de tirar os filhos de Israel com ele. Em ambos os casos, ele estava em apuros.

Além de seus problemas com os reis, Moisés enfrentou outras pressões. Por um lado, ele estava sob pressão para manter o prestígio, o prazer, e muitos que já foram discutidos. As perspectivas de deserto vida não poderia ter sido muito atraente. Quando ele fugiu para a sua vida, ele não tinha idéia de que ele se casaria com uma pastora e cuidar das ovelhas de seu pai para os próximos 40 anos em Midiã. Mas na melhor das hipóteses, ele sabia que a vida no deserto não poderia começar a comparar com a vida na corte real do Egito.
A maior pressão Moisés enfrentou, no entanto, foi o medo, por causa da ira do rei . É o mesmo medo, embora talvez de uma espécie e origem diferente, que os crentes podem enfrentar na ocasião. O medo é um dos mais eficiente de Satanás, e, portanto, mais utilizada, armas. Temos medo de ser pensado diferente, ou de perder o nosso trabalho, reputação, ou popularidade. Temos medo de críticas, muitas vezes de pessoas que nem sequer respeitam.

Moisés foi, sem dúvida, tentado a temer, mas não o fez. Ele saiu do Egito com uma firme determinação de seguir um caminho melhor. Neste contexto, a tradução Rei Tiago parece mais appropriate— "Pela fé deixou o Egito." Ele fez mais do que simplesmente sair; ele virou as costas para o Egito e tudo o que ele representava. Renunciou-lo permanentemente. Como Pedro, Tiago e João ( Lc 5:11 ), Moisés abandonou tudo para seguir o Senhor. Ele não foi frustrado ou atrasado ou intimidados pelo medo de Satanás. Ele colocou a mão no arado e não olhe para trás. Ele é acompanhado no Antigo Testamento por um outro homem sem medo de Deus, Daniel. Ele também era intransigente, e ele inspirou seus três amigos para ser o mesmo ( Dan. 1-2 ).

O medo tinha trabalhado em Abraão em várias ocasiões. Ele também tinha medo de ser morto por um rei egípcio, e alguns anos mais tarde por um rei filisteu, por causa de sua bela esposa, Sara. Ele pensou que eles podem querer ela para si e para matá-lo, a fim de tê-la. Em ambos os casos ele mentiu em vez de confiar em Deus ( Gn 12:12 ; Gn 20:2 ). Dez dos doze espiões enviados a Canaã deu um relatório negativo e exagerada sobre os perigos de os habitantes, e os israelitas ficaram com medo ( 13 32:4-13:33'>Num. 13 32:33 ). O exército de Gideão estava com medo e 22.000 receberam alta ( Jz 7:1 ). Os discípulos estavam com medo da tempestade no mar e foram repreendidos por Jesus por sua falta de fé (Marcos 4:38-40 ). Pedro ficou com medo de críticas e parada, e ele negou Jesus três vezes ( Jo 18:17 , Jo 18:25 , Jo 18:27 ).

O medo é uma grande pressão, e todos nós somos tentados, por vezes, a dobrar quando está de pé para que o Senhor nos obriga a dizer ou fazer algo que é impopular ou perigoso. Mas a verdadeira fé não se dobra sob pressão do mundo.
Medo não funcionou em Moisés, pelo menos não quando Deus o chamou para fora do Egito. Ele sabia que tinha um meio invisível, mas forte de apoio, como quem vê aquele que é invisível. Ele sabia que, não importa o que aconteceu, o que ele teve de enfrentar, ele seria realizada e fortalecida e recompensado. Ele acreditava que, com Davi, "O SENHOR é a minha luz ea minha salvação; a quem temerei O? SENHOR é a defesa da minha vida;? quem terei medo " ( Sl 27:1 ). Mas quando o faraó fez coisas piores sobre eles toda vez que Moisés fez uma exigência, eles perderam o ânimo e voltou-se contra a liderança de Moisés ( 6: 9 ; 14: 11-12 ). Agora ele tinha tanto o rei e seu povo contra ele. Mas ele tinha medo de nenhum dos dois. Ele continuou a dizer o que Deus queria que ele diz e faz o que Deus queria que ele fizesse.

Moisés era o tipo de homem que ele era porque ele optou por se concentrar suas atenções para Deus, em vez de um monarca no Egito. No entanto, quantas vezes nós desmoronar ou recuar diante de uma ameaça muito menor. Quando estamos com medo do mundo, quando estamos com medo de que as pessoas vão dizer ou fazer, estamos expondo-nos para desagrado e disciplina de Deus por falta de fé. Fé rejeita pressão do mundo, seja ela qual for.

Fé Aceita Provisão de Deus

Pela fé celebrou a páscoa ea aspersão do sangue, para que ele quem destruiu os primogênitos não lhes tocasse. ( 11:28 )

Aqui é o segundo de três coisas fé aceita. Este é o lado positivo de tomar decisões certas. A verdadeira fé aceita provisão do Senhor, bem como o Seu plano. (Veja a discussão acima em 11:23 .)

A décima e última praga que Deus enviou sobre os egípcios foi a morte de todos os primogênitos ( Ex 11:5 ). Mas tomaram coração novamente quando Moisés lhes disse: "Não tenha medo de ficar parado e ver a salvação do! SENHOR , que Ele vai realizar para você hoje; ... O SENHOR pelejará por vós, enquanto você ficar em silêncio "( . vv 13 —14 ). Por um tempo, pelo menos, eles confiavam em Deus, e pela fé os israelitas atravessaram o Mar Vermelho como se estivessem passando por terra seca .

Eles acreditavam promessa de Moisés de Deus e começou a andar através do fundo do mar, logo que as águas se separaram. Isso levou fé considerável, uma vez que as águas empilhados de cada lado deve ter parecido terrivelmente ameaçador. Se as águas voltaram muito cedo, Israel teria se afogado em vez de os egípcios. As pessoas não tinham garantia exceto a palavra de Deus que Ele não iria mudar a sua mente ou esquecê-los. Mas a Sua palavra era suficiente. Para os fiéis, a palavra de Deus sempre é suficiente.
A fé toma a Deus em Sua palavra e é vitorioso. Presunção nega a palavra de Deus e é destruído. Os egípcios persistentemente endureceram o coração ao Senhor e presume-se que confiam em si mesmos, e eles se afogaram. O teste de fé é confiar em Deus quando tudo o que temos são as Suas promessas. Quando as águas são empilhados ao redor de nós e os problemas e perigos estão prestes a esmagar-nos, isto é, quando a fé é testada e, quando o Senhor tem especial prazer em mostrar-nos a Sua fidelidade, Seu amor e Seu poder. Quando não temos nada, mas sua promessa de confiar em nós, Sua ajuda é o mais próximo e sua presença o mais caro para aqueles que crêem.
Em cada conjuntura em nossas vidas, que quer cumprir a vontade de Deus e são preenchidos com o Seu Espírito, ou nós cumprimos a nossa própria vontade e apagar o Espírito. Quando nós realmente acreditamos que Deus, nós sabemos que em tudo Ele tem o nosso melhor interesse no coração, e sempre vamos decidir por ele.

32. A coragem da fé (Hebreus 11:30-40)

Pela fé, os muros de Jericó caíram, depois de terem sido rodeados por sete dias. Pela fé Raabe, a meretriz, não pereceu com os desobedientes, depois que ela tinha acolhido em paz os espias.

E o que mais direi? Para o tempo vai me deixar se eu contar de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Davi e Samuel e os profetas, que pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam a boca dos leões, apagaram o poder do fogo , escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, tornaram-se poderosos na guerra, puseram em fuga exércitos estrangeiros. As mulheres receberam de volta os seus mortos pela ressurreição; uns foram torturados, não aceitando o seu lançamento, a fim de que eles possam obter uma melhor ressurreição; e outros experimentaram escárnios e açoites, sim, também cadeias e prisões. Eles foram apedrejados, serrados ao meio, eles foram tentados, eles foram condenados à morte com a espada; eles foram em peles de ovelhas, em goatskins, sendo necessitados, aflitos e maltratados (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos e montanhas e cavernas e buracos no chão. E todos estes, tendo ganho a aprovação através de sua fé, não receberam o que foi prometido, porque Deus tinha alguma coisa melhor para nós, de modo que, além de nós, eles não devem ser aperfeiçoados. (11: 30-40)

Fé é confiar completamente na Palavra de Deus. É a confiança incondicional no que ele diz, estritamente na base de que ele tenha dito isso. O fato é que nós, quer confiar no que Deus diz ou nos resta confiar em nossos próprio intelecto, instintos e atitudes. Estas são as nossas duas únicas opções. Nosso próprio caminho é o caminho da descrença; O caminho de Deus é o caminho da fé.

A fé ilustrado em Hebreus 11 é o que leva a palavra de Deus pura e age sobre ele, arriscando tudo. É a fé que não questionar ou pedir sinais ou direção milagrosa. Procurando por sinais e maravilhas e explicações que podemos compreender ou de glória em não é fé. Ele é dúvida olhar ao redor para as provas. Qualquer coisa que exige mais do que a Palavra de Deus é a dúvida, não fé. Deus às vezes dá explicações e razões para a Sua Palavra, mas Ele não é obrigado a dar-lhes, e fé não necessita deles. Como Jesus disse a Tomé: "Bem-aventurados os que não viram e creram" (Jo 20:29). A fé é, portanto, oposto da natureza humana, em frente do sistema mundial. Em geral, requer aceitar de Deus que, para o qual podemos ver nenhuma lógica ou razão.

Para um judeu para se tornar um cristão no primeiro século era quase sempre caro. Muitas vezes lhe custou seus amigos, familiares, os privilégios da sinagoga, de emprego, de status social e respeito da comunidade. Também custou as cerimónias, rituais e tradições que judeus guardamos com tanto carinho, inclusive alguns que tinha sido instituído por Deus para um determinado período de tempo. Os judeus que receberam esta epístola foram tentados a tentar manter um pé em ambos os mundos, a aceitar o cristianismo, mantendo em tanto do judaísmo quanto possível. Alguns estavam tentando tirar a viagem da Nova Aliança, mantendo seus barcos firmemente amarrado à doca do Velho.
Esses judeus relutantes estão sendo mostrados neste capítulo que os seguidores fiéis de Deus no Antigo Testamento não eram como eles. Quando os fiéis do Antigo Testamento decidido por Deus, era tudo por Ele, porque eles tinham a visão correta de quem é Deus. Direito fé é baseada na teologia direita. A fé crê e obedece a Deus, porque a fé sabe que Deus não pode mentir, não pode cometer um erro, não pode fazer de errado, não pode ser derrotado, não pode ser ultrapassado. Um Deus como este pode ser confiável. Na verdade, com um Deus assim, não faz sentido fazer qualquer outra coisa, mas a confiança e obedecê-Lo. A incredulidade, é claro, é cego para esse tipo de Deus e, portanto, vê confiança e obediência tão tolo. Ele caminha pela vista.
Portanto, a fé é baseada na atitude de uma pessoa em relação a Deus. Como JB Phillips observa em seu livro, seu Deus é muito pequeno , se temos um deus pequeno, devemos não confiar nele. Somente o verdadeiro Deus, o grande soberano, Deus amoroso, fiel, onisciente, onipotente, e santo da Escritura, merece confiança. É porque os heróis de Hebreus 11 conhecia esse Deus que eles confiavam nele tão completamente.

Talvez a marca suprema da verdadeira fé é a coragem. Não é tão difícil de acreditar e seguir a Deus quando as coisas estão indo bem, quando a maioria das pessoas ao nosso redor são crentes, e quando nossa fé custa pouco. A fé é provada quando se enfrenta desastre, ensaio, perseguição e ridicularização e ainda permanece inabalável. A fé é a fonte de coragem. Não temos muita fé por ter grande coragem, nós temos muita coragem quando temos grande fé. Certamente Moisés demonstrou esta coragem de enfrentar Faraó. Mas o escritor escolhe outros modelos da coragem da fé.

Hebreus 11:30-40 nos mostra três maneiras em que demonstra coragem fé: conquista na luta, continua no sofrimento, e conta com a salvação.

Conquistando em Lutas

A vida é sempre uma luta para o crente. O caminho de Deus não é a maneira do mundo, e, desde que o crente é no mundo que ele terá de lutar nesse conflito. A única arma eficaz que ele tem nessa luta é a fé. É por causa da fé que muitos de nossas lutas vir, e é somente pela fé que nossas lutas podem ser enfrentados e vencidos.

Josué e os israelitas em Jericó

Pela fé, os muros de Jericó caíram, depois de terem sido rodeados por sete dias. (11:30)

As muralhas de Jericó eram estruturas maciças. Alguns muros da cidade durante esse período foram grande o suficiente no topo para dirigir dois carros no lado-a-lado. Jericó era uma cidade-fortaleza de fronteira, estrategicamente localizado perto da foz do rio Jordão, e suas paredes foram projetadas para protegê-lo contra o mais forte ataque inimigo. Pelos padrões daquela época, era praticamente inexpugnável.

Quarenta anos se passaram desde que Israel tinha atravessado o Mar Vermelho pela fé (29 v.), E que foi o último ato fiéis de qualquer conseqüência que tinha exibido coletivamente. A viagem através do deserto do Sinai, que deveria ter exigido muito menos do que 40 semanas levou 40 anos, porque Deus julgou o pecado da geração mais velha, forçando-os a morrer. Sua incredulidade bruta, que se manifesta em seu descontentamento resmungos e idolatria, fez indigno de entrar na Terra Prometida. Nada em que os 40 anos valeu a pena mencionar em um capítulo sobre a fé. Apenas como Israel chegaram a Jericó fez ela mostrar fé novamente.
Jericho foi o primeiro obstáculo em Canaã, e do ponto de vista humano parecia um obstáculo impossível a multidão desorganizado de ex-escravos que tinham sido vagando em círculos no deserto por tantos anos. Sua localização foi estratégica, suas paredes eram altas e grossas, e seus soldados estavam bem treinados e bem armados.

O relatório negativo dos dez espias que tinham ajudado a espiar a terra não era impreciso. Ele foi um pouco exagerado, mas era basicamente correta: "As pessoas são maiores e mais alto do que nós, as cidades são grandes e fortificadas até o céu" (Dt 1:28.). Moisés não os repreendeu porque o relatório estava errada, mas por causa da maneira incrédula e temerosa em que foi dado e recebido. "Não fique chocado, nem temê-los. O SENHOR , teu Deus, que vai adiante de vós, ele lutar em seu nome, assim como Ele fez por você no Egito, diante de seus olhos "(vv. 29-30). O verdadeiro obstáculo não era Canaã, mas a incredulidade. A única dificuldade para Deus estava recebendo seu próprio povo a ir com ele.

Deus usaria mais tarde o exército de Israel para conquistar a terra, mas seu plano para Jericó era para que as pessoas não fazem nada mais do que alguns atos simbólicos para mostrar-lhes, assim como os cananeus, o quão poderoso ele é todo os israelitas tinham fazer era passeata ao redor da cidade uma vez por dia, durante seis dias, com sete sacerdotes em frente carregando chifres de carneiros adiante da arca. O sétimo dia, estavam a marchar ao redor sete vezes, com os sacerdotes tocarão as buzinas. Quando os sacerdotes finalmente fez uma forte explosão, todas as pessoas estavam a gritar, e então "o muro da cidade cairá flat" (Josh. 6: 3-5). O povo obedeceu na fé, e as paredes caíram como previsto.

Militarmente, os sete dias de marcha exigiu nada. Mas psicologicamente eles exigiram uma grande dose de coragem. O esquema deve ter sido embaraçoso para Israel. Esta não é a forma como as cidades são conquistados. Todo o esforço apareceu totalmente absurda para os habitantes de Jericó, e, provavelmente, até mesmo para muitos dos israelitas. Muitas vezes, é mais fácil lutar do que ter fé. Se lutarmos, nós, pelo menos, vai ter um certo respeito do mundo, mesmo se perdermos. Mas a fé sempre parece tolo aos olhos do mundo.

Uma das coisas mais surpreendentes sobre Josué 6 é que nem uma única palavra de dúvida ou reclamação é registrada. Os israelitas acreditavam relatório de Josué do Senhor, e eles imediatamente começaram a se preparar para a marcha (v. 8). Por uma semana inteira eles cuidadosamente e fielmente marcharam. Foi um marco de fé na vida de Israel.

Deus se deleita em orgulho dos homens matando. Ele matou o orgulho da cidade de Jericó, fazendo suas muralhas colapso da maneira mais tola possível, assim como alguns anos mais tarde, Ele enviaria um menino para matar o gigante Golias e enviar os filisteus em execução. Na derrota de Jericó, Ele também demoliu qualquer orgulho os israelitas poderiam ter tido. Era óbvio que o seu papel era puramente simbólico. Eles poderiam ter absolutamente nenhum crédito para si. Tudo o que Deus queria deles era a fé, e isso eles deram, para pela fé os muros de Jericó caíram .

Alguém já disse que há quatro tipos de fé. Não é a fé que recebe , como quando chegamos de mãos vazias a Cristo para salvação. Não é a fé que avalia , que conta com Deus para realizar para nós. Não é a fé que arrisca , que se move para fora no poder de Deus, a ousadia de fazer o impossível. E não é a fé que rests- do tipo que, no meio da dor e do sofrimento e rejeição, recosta-se na confiança de que Deus vai entregar.

Na queda de Jericó, vemos a fé de que os riscos. O povo de Israel estava disposto a fazer tudo e arriscar tudo, porque eles acreditavam que Deus. No exacto cumprimento de instruções de Deus, eles marcharam, tocaram as buzinas, e gritou. Eles não acrescentar nada ou deixar nada de fora. Eles simplesmente obedeceu.
O grande missionário Robert Moffatt trabalhou durante anos em Bechuanaland na África do Sul sem ver um único convertido. Quando alguns amigos na 1nglaterra escreveu perguntando o que pode mandá-lo como um presente, ele solicitou um conjunto de comunhão. Como não havia outros crentes lá, eles foram surpreendidos, mas cumpriu com seus desejos. Quando o set chegou alguns meses depois, mais de uma dezena de nativos tinham sido ganhos para Cristo e foram servidos sua primeira Ceia do Senhor. Essa é a beleza ea coragem da fé.
Se o obstáculo é a oposição direta, a apatia, o ridículo, ou o que seja, cada cristão é executado em seu Jerichos e sua Bechuanalands. Se nós confio ao Senhor, e demonstrar a nossa confiança, coragem de continuar a fazer o que o Senhor nos chamou para fazer, no tempo de Deus o obstáculo vai cair.

Raabe

Pela fé Raabe, a meretriz, não pereceu com os desobedientes, depois que ela tinha acolhido em paz os espias. (11:31)

Raabe era um candidato improvável para hall da fama dos fiéis. Por um lado, ela era uma prostituta. Por outro lado, ela era um gentio, e um cananeu nisso. Ela era, de fato, um dos amorreus, uma corrida que Deus tinha muito antes marcado para destruição (Gn 15:16). No entanto, é assim que a graça de Deus trabalha. Sua misericórdia está aberto a todos que irão recebê-lo, e sua graça sempre foi mais amplo do que Israel, mesmo nos tempos do Antigo Testamento.

Raabe não tinha mais luz do que qualquer outro habitante de Jericó; ainda acreditava ela, enquanto os outros não acreditavam. Eles eram mais do que simplesmente incrédulo, eles foram rebeldes . A implicação é que eles não só sabia que o verdadeiro Deus estava com Israel, mas que Ele também havia chamado (ou seja, os Jerichoites) de alguma forma. No entanto, eles rejeitaram a palavra de Deus. Eles queriam matar os espiões israelitas, mas Raabe tinha saudou em paz os espias. Eles estavam preparados para lutar contra Israel, quando ela atacou a cidade, mas Raabe novamente saudou o povo de Deus. Por sua fé, ela e sua família foram poupados. Por sua descrença, todos os outros na cidade foram destruídos.

A destruição dos cananeus foi tão grande sociais como foi um ganho espiritual para o bem-estar da humanidade. Eles eram um povo debochados, idólatras e iníquas. Eles eram conhecidos por suas práticas sexuais grosseiramente imorais e pervertidas, bem como para a sua crueldade geral. Entre outras coisas, eles freqüentemente colocar bebês vivos em frascos e construiu-los em suas paredes da cidade como sacrifícios de fundação. Eles estavam implorando para julgamento.
Em meio a este pagão incredulidade, Raabe creu e confessou: "O SENHOR , teu Deus, Ele é Deus em cima no céu e embaixo na terra "(Js 2:11). E no meio da crueldade bárbara, ela foi gentil e bem-vindos em paz os espias. Ela apostou sua vida no fato de que Deus tinha dito que iria salvar e proteger o seu povo, Israel, e ela queria estar do seu lado. Ela teve a coragem de fé.

Para ela fiel coragem Raabe não só foi poupada, mas foi homenageado. Ela se tornou a mãe de Boaz, que se casou com Rute, o grande-bisavó de Davi, e ela, assim, passou a ser um antepassado de Jesus (Mt 1:5.). No entanto, os homens de Gideão foram equipados apenas com trombetas e com jarros com tochas dentro. Com ainda menos homens e menos esforço do que usado para derrotar Jericho, todo o exército inimigo pagão foi encaminhado (7: 16-22). Só um tolo teria tentado uma abordagem tão corajoso para lutar além de direção e poder de Deus. Do ponto de vista da fé, só um tolo não tentar uma coisa dessas quando ele tem direção e poder de Deus.

Barak é desconhecido nas Escrituras fora do breve relato em Juízes 4:5 e a menção de seu nome em He 11:32. Somos informados de nada de seu passado ou de formação. Através de Deborah, o juiz, Deus prometeu que Israel seria entregue a partir de Jabim, o rei cananeu, cujo grande comandante, Sísera, tinha um exército grande e poderoso que ostentava 900 carros de ferro. De acordo com a instrução do Senhor, Deborah perguntou Barak para montar uma força israelita de apenas 10.000 homens, tirado de duas tribos, Naftali e Zebulom. O resto das tribos não foram convidados a participar, aparentemente para mostrar Israel e os cananeus, que Deus poderia ser vitorioso com apenas um exército de token de uma pequena parte de Israel. Barak reuniu seus homens em Mt. Tabor e acusado Sísera como tinha sido ordenado por Deus. "E o SENHOR encaminhado Sísera e todos os seus carros e todo o seu exército, com o fio da espada antes de Barak "(Jz 4:15). Barak e os seus homens estavam envolvidos, e, provavelmente, lutou bravamente, mas o sucesso da campanha foi o Senhor. Sem a sua ajuda, Israel poderia facilmente ter sido abatido. Barak foi informado de antemão que a glória da vitória não seria dele. Não só o Senhor lutar a batalha para o seu povo, mas ele permitiu que uma mulher para matar Sísera, para que Barak teria ainda menos motivos para reivindicar crédito para si mesmo (4: 9).

Barak acreditou na promessa da vitória de Deus e não menos importante foi que uma mulher iria obter crédito para matar Sísera. Na verdade, ele insistiu que Deborah, uma mulher juiz, ir para a batalha com ele (v. 8). Ele queria que ela espiritual, e não ela militar, ajuda. Ela era representante especial do Senhor naqueles dias, e Barak queria pessoa do Senhor com ele. O fato de que ele queria que ela, juntamente foi outra indicação de sua confiança no Senhor. Como profetisa de Deus, ela era de maior valor para ele do que seus 10 mil homens. Barak não estava preocupado com o poder de Sísera, porque ele tinha o poder de Deus. Por tal fé corajosa que conquistaram reinos .

Sansão não é mais lembrado por sua fé, mas por sua força física e credulidade pessoal. De muitas maneiras, ele era imaturo e egocêntrico, incapaz de lidar com o poder milagroso que Deus lhe dera. No entanto, ele era um homem de fé. Ele nunca duvidou de que Deus era a fonte de seu poder, de que seu cabelo era apenas um símbolo.

Sansão era um juiz de Israel e foi dada a tarefa especial de se opor os filisteus, que então dominavam sobre Israel. Motivos próprios de Sansão para lutar contra os filisteus eram muitas vezes misturado, mas ele sabia que estava fazendo a vontade do Senhor no poder do Senhor.Desde sua juventude, o Espírito do Senhor estava com ele, e nos é dito especificamente que foi o Espírito que ele fortaleceu em suas incríveis batalhas one-man (Jz 13:25;. Jz 14:19; Jz 15:14; Jz 16:28), a confiança de Jefté estava no Senhor, e seu poder vinha do Senhor (vv 29, 32.). Mesmo as pessoas de fé cometem erros, e Deus honrou Jefté por sua fé.

Davi se destaca como um dos grandes homens, obviamente, do Antigo Testamento. Sua confiança no Senhor começou quando ele era um menino, cuidando de ovelhas, matando leões e ursos, e enfrentar Golias com um estilingue. Davi enfrentou Golias em absoluta confiança de que o Senhor lhe daria poder para derrotar este gigante. Enquanto o resto de Israel, incluindo o rei e os próprios irmãos de Davi, estavam temendo, Davi calmamente caminhou até Golias e anunciou: "Hoje o SENHOR vos entregarão em minhas mãos, e eu vou te atacar e remover o seu cabeça de vós "(1Sm 17:46). Parece nunca ter ocorrido a Davi para não confiar no Senhor.

Tal como os outros heróis da fé, Davi não era perfeito, mas Deus o chamou de "um homem segundo o meu coração, que fará toda a minha vontade" (At 13:22). Ele agradou a Deus por causa da coragem da sua fé para confiar nele e fazer a Sua vontade.

Samuel é adicionado a esta lista de guerreiros, embora ele não era um guerreiro. Mas ele lutou uma batalha igual a qualquer que os soldados enfrentam. Seus grandes inimigos eram idolatria e imoralidade. Ele tinha que se levantar no meio de uma sociedade poluído e sem medo falar a verdade de Deus. Seus adversários mais severos frequentemente não eram os filisteus, os amorreus, ou amonitas, mas seu próprio povo. Muitas vezes é preciso mais coragem para levantar-se contra os nossos amigos do que contra os nossos inimigos. A pressão social pode ser mais assustador do que o poder militar. Este profeta de Deus, que também foi o último juiz de Israel, começou a "ministrava perante o SENHOR , como um menino vestindo uma estola sacerdotal de linho "(1Sm 2:18) e continuou fiel a Deus durante toda a sua vida. No coragem da fé, ele governou e profetizou.

Os profetas não são nomeados, exceto para Samuel. Como o escritor menciona na abertura do versículo 32, ele não tem tempo para entrar em detalhes sobre as muitas outras pessoas fiéis da Antiga Aliança, ou até mesmo para mencioná-los todos pelo nome. Esses profetas, exatamente como Gideon, Barak, e os outros, arriscou tudo para o Senhor. Eles alegremente, com coragem, confiança e aceito os mandamentos de Deus e tudo o que enfrentou oposição veio junto. Eles não lutaram em campos de batalha, mas tiveram muitas vitórias no Senhor, porque eles acreditavam nEle. Eles, também, conquistado através da coragem da fé.

As façanhas de 11: 33-34 são gerais e se referem coletivamente às pessoas no versículo 32 . As bocas dos leões podem referir-se a Daniel, e apagaram a força do fogo de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. A questão de mencionar essas obras é mostrar que, se a necessidade era de vitória política, ajudando os necessitados, recebendo promessas, superando inimigos naturais, proteção de guerra ou de fraqueza, ou ganhar na guerra, o poder de realizar essas coisas era de Deus eo poder foi recebida pela fé nEle.

Continuando no sofrimento

As mulheres receberam de volta os seus mortos pela ressurreição; uns foram torturados, não aceitando o seu lançamento, a fim de que eles possam obter uma melhor ressurreição; e outros experimentaram escárnios e açoites, sim, também cadeias e prisões. Eles foram apedrejados, serrados ao meio, eles foram tentados, eles foram condenados à morte com a espada; eles foram em peles de ovelhas, em goatskins, sendo necessitados, aflitos e maltratados (homens dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos e montanhas e cavernas e buracos no chão. (11: 35-38)

Elias trouxe de volta à vida o filho da viúva de Sarepta (I Reis 17:8-23), e seu sucessor, Eliseu, fez o mesmo para o filho de uma mulher sunamita (II Reis 4:18-37). Essas mães e esses profetas creu em Deus para a ressurreição, e Ele realizou-lo.

As mulheres sofreram por um tempo, mas a dor foi aliviada quando seus filhos foram restaurados para a vida. Deus nem sempre funciona dessa maneira, no entanto. Muitas das aflições mencionadas em Hebreus 11:35-38 foram de longo prazo, até mesmo vida. Deus deu o poder por meio da fé para ver alguns de Seu povo através destes problemas, não para escapar deles. Assim como é, por vezes, a vontade de Deus para o Seu povo para conquistar em uma luta, é também, por vezes, a sua vontade para o Seu povo para continuar em seu sofrimento. Ele lhes dará a vitória, também, mas ele só pode ser espiritual, o único tipo de vitória, garante. Muitas vezes é preciso mais coragem para segurar do que para lutar, e onde existe a necessidade de mais coragem, há necessidade de mais fé.

Às vezes, a aflição é inevitável; às vezes não é. Para a pessoa de fé, nenhuma aflição é escapable que exige a negação ou o comprometimento da Palavra de Deus. O que é facilmente escapou para a pessoa mundana não é para os fiéis. Quando é sofrido por causa da Palavra de Deus e de pé por Ele, o povo de Deus terá a tortura, não aceitando o seu lançamento, a fim de que eles possam obter uma melhor ressurreição . Aqui está o ápice da fé, vontade de aceitar o pior que o mundo tem para oferecer-morte-por causa da confiança no melhor que Deus tem para oferecer-ressurreição.

Tortured é do grego tumpanizō , a partir da mesma raiz que o tímpano Inglês, um timbale. A tortura especial referido envolveu esticar a vítima sobre um grande instrumento de percussão semelhante e batendo nele com os clubes, muitas vezes até a morte. Fiel de Deus estão dispostos a ser espancado até a morte em vez de comprometer a sua fé Nele. Eles não iriam sacrificar o futuro no altar do imediato. Eles preferiam ser condenado à morte, porque pela fé que eles sabiam que um dia eles seriam ressuscitados.

Eles suportaram tanto angústia mental e física, escárnios , bem como açoites . Jeremias foi abusado como emocionalmente como ele era abusada fisicamente, e isso não é estranho que ele foi chamado o profeta chorando. Ele não chorou tanto para si como para o povo, que rejeitaram a Deus por rejeitá-lo. Ele suportou, e continuou a resistir, todos os tipos de dor por causa da Palavra de Deus.

A tradição diz que Isaías foi serrado ao meio . O povo ficou tão irritado com sua pregação poderosa que cortá-lo ao meio. Como Abel, no entanto (11: 4), ele continua a falar, mesmo após a morte.

Os diversos tipos de sofrimento mencionado nestes versos, assim como as conquistas mencionadas nos versículos anteriores, são geralmente aplicáveis ​​aos santos fiéis. Eles são um resumo dos muitos e variados tipos de aflição o povo de Deus enfrentam e são muitas vezes chamados a suportar por Ele. Se eles foram mortos ou feitos párias, o ponto é o mesmo que com coragem e intransigente sofrido pelo Senhor por causa de sua fé. Seja para conquistar em uma luta ou continuar no sofrimento, que confiou no Senhor.
O mundo é não é digno de ter essas pessoas em seu meio, assim como essas pessoas não merecem os sofrimentos que receberam. Por seu infligir o sofrimento, o mundo vai ser julgados e punidos; por sua suportando a sofrer os santos fiéis serão ressuscitados e recompensado.Eles sabiam com Paulo que "os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória que há de ser revelada a nós" (Rm 8:18), e eles olharam para a frente com Pedro para "uma herança que não se corrompe e imaculada e não vai desaparecer, reservada nos céus "(1Pe 1:4), e que "se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós" (Jo 15:20). Tanto Paulo (Fp 3:10) e Pedro (1Pe 4:13), informe-nos para nos gloriamos nas tribulações por amor de Cristo. Paulo disse aos coríntios: "Estou transbordando de alegria em toda a nossa tribulação" (2Co 7:4.). Mas seu maior fé não foi mostrado em sua certeza de libertação. Eles passaram a dizer: "Mas, mesmo se ele não, deixá-lo ser conhecido a ti, ó rei, que não vai servir os seus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que você configurou" (v. 18). A sua principal preocupação não era com a segurança de suas vidas, mas para a segurança de sua fé. Libertação física ou não, eles não abandonaria a sua confiança em Deus.

Contando com Salvação

E todos estes, tendo ganho a aprovação através de sua fé, não receberam o que foi prometido, porque Deus tinha alguma coisa melhor para nós, de modo que, além de nós, eles não devem ser aperfeiçoados. (11: 39-40)

A verdadeira fé tem a coragem de contar com a salvação. Estes santos fiéis tiveram que viver na esperança. Eles sabiam muito pouco sobre a natureza ou o tempo ou o meio de salvação de Deus. Mas eles sabiam que estava chegando, e esta era a base de sua confiança. Eles haviam cumpridores confiança de que um dia Deus faria a coisa necessária para redimi-los e recompensá-los. O que aconteceu com eles antes que o tempo não foi consequente. Eles não receberam o que foi prometido , mas eles tinham ganhado a aprovação através de sua fé . Sua fé não estava em algum cumprimento imediato, mas o cumprimento final das promessas. Aqui é o lugar onde a fé é mais testado e onde a maioria dos assuntos.

A última promessa era de um redentor, o Messias, e de Sua aliança que traria justiça diante de Deus. "Quanto a esta salvação, os profetas que profetizaram da graça que viria a lhe fez cuidadosa pesquisa e investigação, procurando saber o que pessoa ou tempo o Espírito de Cristo dentro deles estava indicando como Ele predisse os sofrimentos de Cristo e as glórias a siga "(I Pedro 1:10-11.). Tudo isso, a partir de Enoque através dos profetas, que tinha fé corajosa que conta, sem reservas, sobre a salvação final.

Muitos deles nunca receberam a terra. Às vezes, eles tiveram vitória terrena; às vezes, não. Às vezes, a sua fé salvou da morte; às vezes ele trouxe-lhes a morte. Não importa. Eles sabiam que Deus havia providenciado algo melhor .

Deus providenciou esse "algo melhor" para nós, que é para aqueles sob a Nova Aliança, que é por isso que para além de nós eles não devem ser aperfeiçoados. Ou seja, não até o nosso tempo, o tempo do cristianismo, pode ser a sua salvação concluída, se aperfeiçoa. Até que a obra expiatória de Jesus na cruz foi realizada, não há salvação estava completa, não importa quão grande a fé um crente pode ter tido. Sua salvação foi baseado no que Cristo faria; a nossa é com base no que Cristo fez. Sua fé aguarda a promessa; nossa olha para trás para um fato histórico.

No entanto, embora a sua salvação não foi concluída em suas vidas, estes não eram crentes de segunda categoria. Eles eram crentes da mais alta ordem. Eles corajosamente lutou, sofreu, e contou com a salvação. Eles acreditavam que toda a Palavra de Deus que eles tinham, que é o que conta com Ele. Quanto menos fé que muitas vezes temos, apesar de o nosso muito maior de luz. "Bem-aventurados os que não viram e creram" (Jo 20:29).


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Hebreus Capítulo 11 do versículo 1 até o 40

Hebreus 11

A esperança cristã — He 11:1-3. Êxodo 1:15-22 narra como o rei do Egito levado pelo ódio tentou eliminar os israelitas matando-os ao nascer.

A lenda narra como Anrão e Joquebede, os pais de Moisés (Ex 6:20), angustiaram-se pelo decreto do faraó. Como resultado Anrão se despediu de sua mulher, não porque não a amasse, mas sim porque

queria poupá-la da tristeza de ver mortos a seus filhos, se os concebia. Viveram separados, por três anos. Então Miriam profetizou: "Meus pais terão outro filho que livrará a Israel de mãos dos egípcios". A seu pai disse: "O que tem feito? Jogou em sua mulher fora de casa porque não

pôde confiar que o Senhor Deus protegeria ao filho que pudesse te

nascer." De modo que, Anrão, confiando em Deus por vergonha, fez voltar para sua mulher, e a seu devido tempo nasceu Moisés. Era um menino tão bonito que seus pais determinaram escondê-lo em casa. Desta maneira procederam durante três meses.

Então, segundo conta a lenda, os egípcios idearam um plano muito cruel. O rei determinou que se buscasse até os meninos ocultos para matá-los. Agora, quando um menino ouve outro chorar, ele também chora. De modo que mandaram mães egípcias com seus meninos às casas israelitas. Ao entrar, as mães egípcias beliscavam a seus filhos para que chorassem. Então levavam também os meninos escondidos dos israelitas. Assim eram descobertos e lhes davam morte. Diante disso, Anrão e Joquebede decidiram construir uma pequena arca e encomendar, nela o menino às águas do Nilo. Que Moisés nascesse tinha sido um ato de fé; que tivesse sido preservado também tinha sido outro ato de fé. Moisés começou sendo filho da fé. Sem a fé de seus pais jamais teria nascido nem se salvado.

  1. O segundo ato de fé foi a lealdade de Moisés a seu próprio povo. O relato encontra-se em Êxodo 2:11-14. Novamente as lendas

ajudam a iluminar o quadro. Quando Moisés flutuava nas águas do Nilo foi encontrado pela filha do faraó cujo nome era Bitia ou mais

usualmente Termutis. Ela se extasiou perante sua beleza.

Diz a lenda que quando tirou a arca da água, o arcanjo Gabriel bateu nos ouvidos do pequeno para fazê-lo chorar, a fim de que o coração de Termutis se comovesse ao ver a carinha franzida de pesar e

os olhinhos cheios de lágrimas. Termutis, para sua dor, era estéril; de modo que levou o menino para casa e o criou, educou e cuidou como a seu próprio filho. Moisés cresceu e foi tão formoso que as pessoas

davam volta nas ruas e até interrompiam seu trabalho para vê-lo passar. Era tão sábio que avantajava em muito a outros meninos na aprendizagem e conhecimento. Sendo menino ainda, Termutis o levou a

faraó e lhe contou como o tinha encontrado. Ao colocá-lo em seus braços o faraó ficou tão fascinado que o abraçou e a pedido de Termutis

prometeu fazê-lo seu herdeiro. Tomou em brincadeira sua coroa e a colocou na cabeça do menino mas este a arrebatou, jogou-a no chão e a pisoteou. Os sábios conselheiros do faraó foram cheios de pressentimentos de que menino algum dia pisotearia o poder real do faraó. Os sábios queriam por isso matar o menino Moisés. Mas se propôs uma prova: colocariam diante do menino um recipiente com pedras preciosas e outro com carvões acesos. Se o menino estendia suas mãozinhas e tocasse as jóias demonstraria ser tão sábio como perigoso; se pelo contrário estendia suas mãos e tocasse os carvões demonstraria ser tão néscio como inofensivo.

O menino Moisés esteve a ponto de tocar as jóias mas Gabriel tomou sua mão e a pôs sobre os carvões. Queimou um dedo que levou

imediatamente à boca e queimou também a boca. Desta maneira explicavam por que Moisés não era bom orador (Ex 4:10); gaguejou

durante toda sua vida. Assim se salvou Moisés.

Foi criado no luxo, como herdeiro do reino. Chegou a ser um dos maiores generais do Egito conquistando em particular os etíopes, que

ameaçavam o país, e finalmente se casou com uma princesa etíope. Mas jamais esqueceu o seu povo e os de sua nação. Chegou um dia em que decidiu aliar-se aos oprimidos israelitas e dizer adeus ao futuro de

riqueza, tranqüilidade, comodidades e domínio real.

Moisés foi o homem que renunciou a toda glória terrestre por causa do povo de Deus. Cristo, aquele que se despojou de sua glória pelos homens; aquele que foi desprezado e rechaçado; aquele que abandonou a

glória dos céus pelas bofetadas, os açoites e a vergonha infligida pelos homens. Moisés participou de sua época e geração dos sofrimentos de Cristo. Foi o homem que escolheu uma lealdade que o conduziria ao

sofrimento em vez de uma tranqüilidade que o teria levado à glória terrena. Preferiu sofrer com os justos que desfrutar de fausto com os perversos. Sabia que as recompensas terrenas eram desprezíveis em

comparação com a recompensa final de Deus.

  1. Veio o dia em que Moisés, devido a sua intervenção em favor de seu povo, teve que sair do Egito rumo a Midiã (Êxodo 2:14-22). Em razão da ordem que se segue, deve ser a isto que se refere o versículo 27. Alguns acharam aqui uma dificuldade porque segundo Êxodo, Moisés fugiu porque temia o faraó (Ex 2:14). O autor de Hebreus diz, pelo contrário, que saiu não temendo a ira inflamada do rei. Na verdade não há uma verdadeira contradição. Trata-se simplesmente de que o autor da Carta aprofundou-se mais no relato. Para Moisés retirar-se a Midiã não foi um ato de medo, mas sim de coragem. Mostrava a coragem do homem que tinha aprendido a aguardar.

Os estóicos eram sábios: sustentavam que o homem não devia desperdiçar sua vida provocando desnecessariamente a ira do tirano.

Sêneca escreveu: "O sábio jamais provocará a ira dos poderosos; ainda mais, se apartará deles; da mesma maneira que os marinheiros

esquivam o perigo da tormenta".

Nesse momento Moisés teria podido levar adiante seu plano, mas seu povo não estava preparado. Se tivesse procedido desta maneira

temerária simplesmente teria desperdiçado sua vida; a libertação do Egito jamais tivesse tido lugar. Moisés era suficientemente grande e corajoso para saber quando aguardar. Teve a paciência e a coragem de

aguardar até que Deus lhe disse: "Agora é o momento."

Moffatt cita um dito de A. S. Peake: "A coragem de abandonar a obra na qual está empenhado de todo coração e de aceitar com ânimo a ação como vontade de Deus, é de uma índole muito estranha e elevada;

só pode ser criada e sustentada por maior visão espiritual".

Quando nossos instintos combativos dizem: "Continue" terá que ser um homem de grande envergadura e coragem para esperar. É humano

temer perder a oportunidade; é grande esperar o tempo de Deus — mesmo quando se tenha a impressão de desperdiçar a oportunidade.

  1. Chegou o dia em que Moisés teve que organizar no Egito

todos os preparativos da primeira Páscoa. O relato encontra-se em Êxodo 12:12-48. Teve que preparar os pães asmos; o cordeiro pascal teve que

ser imolado; o batente das portas deveu ser orvalhado com o sangue do cordeiro para que o anjo da morte vendo o sangue passasse adiante sem matar aos primogênitos dessa casa. Mas o admirável é que, segundo o relato de Êxodo, Moisés não só estabeleceu estas prescrições para a noite em que os filhos de Israel iam deixar o Egito, mas também as promulgou para que fossem observadas sempre, cada ano. Isto significa que nunca duvidou do êxito de sua empresa, da libertação de seu povo do Egito, que algum dia chegariam à terra prometida. Até sob a fúria do faraó, jamais duvidou da fuga e do futuro triunfo do povo. Os que se deviam mobilizar pelo deserto desconhecido para uma desconhecida terra prometida eram um grupo de miseráveis escravos hebreus, seguido por todo o poder acalorado do Egito. E entretanto, Moisés jamais duvidou de que Deus devia conduzir o seu povo com segurança. Moisés foi preeminentemente o homem de fé: cria que se Deus dava uma ordem ao povo também lhe concederia a força para levá-la a cabo; que se Deus lhe encomendava uma empresa daria também a fortaleza para levá-la a um triunfante final. Moisés sabia que Deus não chamava seu servo a uma grande missão para logo abandoná-lo. Deus os acompanharia a cada passo do caminho.

  1. Finalmente está o grande ato do cruzamento do Mar Vermelho. O relato se acha em Êxodo 14. Ali lemos como os filhos de Israel

atravessaram maravilhosamente o Mar Vermelho e como os egípcios foram inundados em suas ondas quando tentavam fazer o mesmo. Foi neste preciso momento quando a fé de Moisés se transmitiu ao povo e o

empurrou a seguir adiante quando bem teria podido dar as costas. Estamos perante a fé de um caudilho e de um povo dispostos a empreender o impossível por ordem de Deus, que compreende que a

maior barreira do mundo não é nenhum impedimento quando Deus está para ajudar a franqueá-la.

O livro As in Adam tem uma sentença que reza: "O trabalho da vida

e seu caminho consistem em passar por cima das cercas, não em jazer e lamentar-se sem franqueá-las". Para Moisés era questão de fé tentar o

que aparecia como a cerca mais infranqueável, mas com a certeza que Deus ajuda o homem que recusa voltar atrás e insiste em prosseguir.

Finalmente esta passagem não só nos fala de Moisés, mas também da fonte desta fé. O verso He 11:27 nos diz que Moisés era capaz de atacar tudo

como alguém que vê o Invisível. A característica mais extraordinária de Moisés era sua intimidade com Deus. Em Êxodo 33:9-11 lemos como Moisés entrava no tabernáculo: “Falava o SENHOR a Moisés face a face, como qualquer fala a seu amigo”.

Em Números 12:7-8 lemos o veredicto de Deus sobre Moisés quando alguns estavam prontos a rebelar-se contra ele: "Face a face falarei com ele". Para expressá-lo de uma maneira muito simples e

humana, o segredo da fé de Moisés estava em que conhecia pessoalmente a Deus. Empreendia cada obra da presença de Deus.

Diz-se que antes de uma batalha importante Napoleão estava

acostumado a ficar só numa carpa, mandava chamar um por um a seus comandantes em chefe e quando estavam presentes não lhes dizia uma palavra mas sim que os olhava nos olhos e lhes dava um apertão de mãos. Então partiam preparados para a batalha e para a morte pelo general que amavam.

Esta era a atitude de Moisés com relação a Deus. Moisés tinha a fé que tinha pelo conhecimento que obteve de Deus. Quando

empreendemos uma tarefa diretamente da presença de Deus não há empresa que possa nos derrotar. Nosso fracasso e temor se devem com freqüência ao querer fazer as coisas a sós. O segredo de uma vida

triunfante é saber apresentar-se ante Deus antes de enfrentar os homens

A QUE DESAFIA OS FATOS

Hebreus 11:30-31

Até agora o autor citou exemplos de fé das grandes figuras anteriores à entrada de Israel na terra prometida. Agora escolhe duas

figuras do período de luta em que os filhos de Israel combatiam por possuir um lugar próprio dentro da Palestina.

  1. Em primeiro termo está o relato da queda do Jericó. Esta história antiga e estranha se narra em Josué 6:1-20. Jericó era uma cidade

grande e bem fortificada. Tomá-la parecia uma tarefa impossível. Segundo o mandato divino o povo devia rodear uma vez por dia durante seis dias em torno da cidade guiado por sete sacerdotes com a arca à frente e levando trombetas de chifres de carneiros. Durante seis dias a

marcha devia realizar-se em silêncio. Ao sétimo dia os sacerdotes deviam tocar as trombetas depois de ter dado a sétima volta à cidade, o povo devia gritar com todas as suas forças e o muro da cidade seria

derrubado. Segundo o relato, isto aconteceu ao pé da letra. Esta história deixou uma marca indelével na memória de Israel.

Séculos depois, Judas Macabeu e seus homens estavam frente à

cidade de Caspín, tão segura em sua fortificação que seus defensores riam agradados. "Os homens do Judá, depois de invocar ao grande Senhor do mundo, que sem aríetes nem máquinas de guerra tinha ruído a Jericó no tempo de Josué, atacaram ferozmente a muralha. Uma vez donos da cidade por vontade de Deus... (2 Macabeus 12:13-16). O povo jamais esqueceu os grandes eventos que Deus tinha realizado por ele; quando se requeria um grande esforço davam valor, lembrando o que Deus tinha feito no passado.

Isto é justamente o que o autor de Hebreus deseja sublinhar. A tomada de Jericó foi o resultado de um ato de fé. Foi levado a cabo por

homens que pensavam, não no que eles mesmos podiam fazer, mas no que Deus podia fazer por eles. Puseram mãos a obra, não pelo próprio poder, mas com o poder de Deus. Estavam preparados para crer que

Deus podia fazê-los capazes de realizar o impossível, que Deus podia fazer com que a fraqueza evidente fosse capaz de uma tarefa incrível.

Depois da destruição da armada espanhola em Plymouth Hoe,

erigiu-se um monumento com a inscrição: "Deus enviou seus ventos e eles foram dispersados". Em outras palavras, quando o povo da

Inglaterra viu como a tormenta e o vento tinham dispersado a armada espanhola disse: "Isto foi Deus que fez."

Quando estamos frente a alguma tarefa grande e exigente, nosso pensamento deve ser, não o que nós podemos fazer, mas sim o que Deus

pode fazer com nós e por nós. Quando avaliamos nossos recursos, Deus é o único aliado a quem jamais devemos deixar de lado em nossos cálculos. O que é impossível para nós sozinhos é sempre possível com Deus.

  1. O segundo relato que o autor apresenta é a história de Raabe. Esta se narra em Josué 2:1-21 e tem sua conclusão em Js 6:25. Quando Josué mandou espiões para precaver-se da situação de Jericó,

estes se alojaram na casa de Raabe, a rameira, que os protegeu e fez possível a fuga. E em recompensa quando Jericó foi sitiada ela e sua família foram salvos da matança geral. É extraordinário como ficou

impressa Raabe na memória de Israel. Tiago (Jc 2:25) menciona-a como um grande exemplo das boas obras que demonstram a fé. Os rabinos que podiam fazê-lo, se sentiam orgulhosos de poder traçar sua ascendência

até ela. E — o mais chamativo — é um dos nomes que aparecem na mesma genealogia do próprio Jesus (Mt 1:25Jz 13:16. Sansão sempre lutou sozinho. Na solidão de sua fortaleza extraordinária sempre

enfrentou forças muito superiores e saiu triunfante. Como figura única e solitária foi o açoite dos filisteus.

A história de Jefté é narrada em Juízes 11 e 12. Jefté era filho ilegítimo; tinha sido empurrado a uma espécie de exílio e a uma vida

fora da Lei. Mas quando os amonitas atemorizavam a Israel foi chamado o esquecido proscrito. E obteve uma tremenda vitória ainda que seu voto a Deus lhe custou a vida de sua filha.

Figura o rei Davi que tinha sido num tempo um jovem pastor e que,

para sua admiração e dos demais, foi ungido rei com preferência a todos os seus irmãos (I Samuel 16:1-13).

Figura Samuel, nascido quando sua mãe era de idade amadurecida

(1 Samuel 1) e que sempre teve que agir sozinho como o único homem forte e fiel de Deus em meio de um povo facilmente atemorizado, descontente e rebelde.

Figuram os profetas, que um após outro deram um testemunho fiel e solitário de Deus.

Toda a lista abrange a homens que enfrentaram incríveis provas por

Deus. É uma lista de homens que nunca creram que Deus estivesse do lado dos grandes batalhões; homens dispostos a assumir riscos tremendos e terríveis por Deus. É uma lista de homens que de bom ânimo, valorosa e confiantemente aceitaram tarefas encomendadas por Deus que em termos humanos eram impossíveis. Todos eles eram homens que nunca tiveram medo de estar sozinhos e, por lealdade a Deus, de enfrentar as hordas hostis aparentemente invencíveis. O quadro de honra da história é a lista de nomes de homens que escolheram estar, antes que tudo, na minoria de Deus que na maioria terrestre.

Na segunda parte desta passagem, quando o autor narra o que fizeram Homens dessa estatura, ele o faz com uma série de frases que

ressoam como o matraqueio da metralhadora. Pode ser que a maioria de nós tenha perdido muito do impacto dessas frases porque frase após

frase é uma reminiscência. Aqueles que conheciam bem as Escrituras na versão grega evocavam ao ponto o contexto de cada frase.

A frase subjugaram reinos corresponde à mesma que Josefo, o historiador judeu, aplica a Davi.

A frase praticaram a justiça evoca a descrição de Davi 2Sm 8:15.

A expressão fecharam a boca de leões é a mesma que se refere a Daniel em Dn 6:18, Dn 6:23.

A frase extinguiram a violência do fogo retrocede diretamente à história de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego (Daniel 3:19-28).

Dizer escaparam ao fio da espada era dirigir os pensamentos do leitor ao modo em que Elias escapou à ameaça de assassinato em 1Rs 19:1 ss. e Eliseu em 2Rs 6:31 ss.

O toque de trombeta sobre ser poderosos em guerra e pôr em fuga exércitos de estrangeiros trariam imediatamente à memória as glórias inesquecíveis da época dos macabeus, da qual falaremos na próxima

seção.

A frase da fraqueza tiraram força evocaria mais de um quadro: poderia evocar a imagem da cura extraordinária de Ezequias depois de

ter-se voltado à parede para morrer (2 Reis 20:1-7). Possivelmente com mais probabilidade pela época em que o autor escrevia evocasse o incidente épico mas sangrento narrado em um dos apócrifos, o livro do

Judite. Em certa época Israel estava ameaçado pelo exército de Nabucodonosor conduzido por seu general Holofernes. A população judia da Betulia tinha decidido entregar-se no prazo de cinco dias porque as reservas de alimento e água se esgotavam. Na aldeia havia uma viúva

chamada Judite; era rica e bonita, mas tinha vivido em luto solitário pela morte de seu marido Manassés. Vestiu-se com seus melhores ornamentos e conseguiu que a deixasse sair do povo. Dirigiu-se então

diretamente ao campo dos assírios, conseguiu entrar até à presença de Holofernes, persuadiu-o de que estava convencida da derrota de seu povo como castigo por seus pecados e se ofereceu para ensinar o

caminho secreto ao interior de Jerusalém. Havendo ganho assim sua confiança, matou-o com sua própria adaga enquanto dormia embriagado,

cortou-lhe a cabeça e a levou a seu povo. Os traidores dentro do acampamento foram silenciados e a iminente derrota foi transformada numa tumultuosa vitória. A fraqueza de uma mulher se tornou tão forte para salvar a seu povo.

O autor de Hebreus busca inspirar um novo sentido de coragem e responsabilidade, lembrando a seus leitores a história do passado. Não o faz jactanciosamente, mas com uma arte incomparável; não é tanto o fato de dizer-lhes o que têm que lembrar, mas sim, com delicadas insinuações os compele a lembrar por si mesmos.

Quando Oliver Cromwell tomava disposições para a educação de seu filho Richard disse: "Eu o faria aprender um pouco de história".

Quando estamos desanimados olhemos para trás, lembremos e recuperemos o ânimo. O braço de Deus não se encurtou; seu poder não diminuiu. O que Deus fez uma vez, voltará a fazê-lo, porque o Deus da

história é o mesmo Deus a quem hoje rendemos culto.

O DESAFIO DO SOFRIMENTO

Hebreus 11:35-40

Nesta passagem o autor mistura diferentes períodos da história. Algumas vezes tira suas ilustrações do período bíblico, mas mais ainda

do período macabeu que cai entre o Antigo e o Novo Testamento.

Em primeiro termo consideremos o que pode explicar-se à luz do Antigo Testamento. Nas vidas de Elias (1Rs 17:11Rs 17:17ss.) e de Eliseu (2

Reis He 4:8 ss.) lemos como, pelo poder e a fé dos profetas, as mulheres recuperaram seus filhos defuntos. Alguns profetas tinham sido lapidados até morrer. II Crônicas 24:20-22 narra como o profeta Zacarias foi

lapidado por seu próprio povo por haver dito a verdade.

A lenda diz que no sob o Egito Jeremias tinha sido lapidado até morrer por seus compatriotas. A lenda judia narra que Isaías foi serrado em pedaços. Quando morreu Ezequias, o rei bom, foi sucedido no trono

por Manassés que adorou os ídolos e tentou coagir Isaías para que

tomasse parte em sua idolatria e a aprovasse. Isaías se recusou e foi condenado a ser serrado com uma serra de madeira. Enquanto seus amigos tentavam fazê-lo retratar-se de sua fé, ele os desafiava firmemente e profetizava a sua ruína. "E enquanto a serra mordia em sua carne 1saías não proferiu lamento algum nem derramou nenhuma lágrima; não cessava de manter-se em íntima união com o Espírito Santo até que a serra lhe dividiu a metade do corpo".

A mente e a memória do autor retrocedem à história de homens que foram capazes de realizar por Deus obras poderosas e que tiveram a

fortaleza de suportar torturas e agonias por seu nome.

Mas a mente do autor se remonta mais ainda, à história mais terrível da época dos macabeus. Esta foi uma luta da qual todo cristão deve

conhecer algo, porque se naqueles dias terríveis de matança os judeus tivessem claudicado na fé e abandonado a Deus, Jesus não teria vindo.

Porque se aferraram à fé e desafiaram a seus torturadores, o propósito de Deus em Israel pôde levar-se a cabo. A história narra o seguinte.

Em torno do ano 170 A. C. ocupava o trono de Síria um rei

chamado Antíoco Epifânio. Era um bom governante, mas tinha um amor quase anormal por tudo o que era grego e considerava-se a si mesmo como um missionário do estilo de vida e da religião gregos. Tratou de introduzir este estilo de vida na Palestina e teve certo êxito pois havia os que estavam dispostos a adotar a cultura, o teatro e o atletismo gregos. Os atletas gregos eram treinados nus, alguns dos sacerdotes judeus chegavam até o extremo de tentar apagar a marca da circuncisão para ver-se completamente helenizados. Até esse momento, Antíoco só tinha conseguido dividir a nação ainda que a maior parte dos judeus mantinha— se incomovível na fé e irredutível. Até então não se usou da força nem da violência.

Mas em torno do ano 168 A. C, sobrevieram dias em que as coisas chegaram a seu ponto de ebulição. Antíoco tinha interesse no Egito e

organizou um exército e invadiu o país. Para sua profunda humilhação os romanos o fizeram retornar e este caminho de volta piorou a humilhação;

os romanos não enviaram exército alguém contra ele; era tal o poder de Roma que não precisaram fazê-lo. Enviaram o senador Popilio Laena com um pequeno séquito, quase desarmado. Popilio e Antíoco se encontraram na fronteira do Egito. Conversaram como bons conhecedores de Roma onde tinham sido outrora amigos. Logo Popilio disse com toda gentileza a Antíoco que Roma não desejava que prosseguisse sua campanha, mas que empreendesse a volta. Antíoco respondeu que o teria em conta, mas Popilio tomou o fortificação que levava, traçou um circulo em volta de Antíoco e disse com toda tranqüilidade: "Considere-o agora; dê-me sua decisão antes de sair deste círculo". Antíoco pensou por um momento e se deu conta de que era impossível derrotar Roma. "Empreenderei a volta", respondeu. Foi uma humilhação esmagadora para um rei.

Antíoco empreendeu a volta quase louco de raiva, e em sua marcha se desviou em direção de Jerusalém, atacou a cidade e a capturou quase

sem esforço. É declarado que 80.000 judeus foram mortos 10:000 vendidos como escravos. Mas faltava o pior. Saqueou o templo, os

altares de ouro dos pães da proposição e do incenso, o candelabro, os vasos de ouro e até as cortinas e os véus. Foi saqueado o tesouro. Mas ainda havia algo pior. Sobre o altar dos holocaustos ofereceu a Zeus

sacrifícios de carne de porco e transformou os aposentos do templo em lupanares. Não houve sacrilégio que não fizessem.

Mas ainda restava algo pior. Proibiu absolutamente a circuncisão e a posse das Escrituras e da Lei; tentou obrigar aos judeus a comer carnes

impuras e a sacrificar aos deuses gregos. Os inspetores percorriam o país para certificar-se que as ordens fossem cumpridas. Se alguém as desafiava "era submetido a grandes misérias e fortes torturas; eram

açoitados com varas e seus corpos rasgados em pedaços; eram crucificados vivos; também estrangulavam as mulheres com seus filhos que tinham circuncidado, pendurando os seus filhos de acordo com a

indicação do rei, em torno de seus pescoços como se estivessem sobre cruzes. E se fosse achado algum livro sagrado da Lei o destruíam e os

que fossem encontrados também pereciam miseravelmente" (Josefo, Antiguidades 12:5, 4). Jamais em toda a história houve um intento tão sádico e deliberado de eliminar a religião de um povo.

É fácil ver como se podia ler esta passagem frente aos terríveis acontecimentos daqueles dias. O quarto livro dos Macabeus tem duas

histórias famosas que sem dúvida estavam na mente do autor de Hebreus quando escrevia a lista de coisas que o homem de fé tem que sofrer.

A primeira história é a de Eleazar, o ancião sacerdote (4 Macabeus

5-7) levado diante de Antíoco e obrigado a comer carne de porco sob a ameaça dos mais horrendos castigos. Mas se recusou. "Nós, Antíoco — disse — que estamos convencidos de viver sob uma Lei divina, consideramos que nenhuma coação é tão forte como a obediência à nossa Lei". Não esteve disposto a obedecer as ordens do rei: "Não, nem que me arranquem os olhos e consumam minhas vísceras no fogo". Despiram-no e o açoitaram com látegos enquanto um soldado junto a ele lhe dizia: "Obedeça as ordens do rei". Os açoites lhe rasgavam a carne, o sangue jorrava pelo corpo e seus lados se converteram em feridas abertas. Caiu no chão e um dos soldados lhe deu um violento chute no estômago para levantá-lo. No final, assombrados, os próprios guardas se sentiram movidos a compadecer-se dele. Sugeriram oferecer-lhe uma comida de carne que não era de porco para que ele a comesse fingindo que o era. Ele respondeu: "Então nos converteríamos em exemplo de impiedade para a juventude se lhes dermos desculpa para comer o impuro". No final o levaram ao fogo e o jogaram nele "queimando-o com instrumentos cruelmente ideados e derramando líquidos fedidos em seus narizes". Morreu, pois, exclamando: "Morro em terríveis torturas por causa da Lei". Esta era ao menos uma das histórias às quais se refere o autor ao falar dos sofrimentos dos que morreram pela fé.

A segunda história é a dos sete irmãos (4 Macabeus 8-14). A eles também se lhes apresentou a mesma opção e se viram frente às mesmas

ameaças. Tiveram que suportar "rodas e instrumentos de tortura, ganchos de ferro e catapultas, caldeirões e frigideiras, torturas dos dedos e mãos

de ferro, cunhas e cinzas ardentes". O primeiro irmão recusou comer coisa impura. Açoitaram-no com látegos, ataram-no à roda até que deslocaram e fraturaram cada membro. "Fizeram um montão de carvão e lhe prenderam fogo e ainda o estiraram mais sobre a roda. A roda estava toda coberta de sangue e o montão de carvão se extinguia pela destilação desta; as partes de carne voavam ao redor do eixo da maquinaria". Mas resistiu as torturas e morreu fiel. O segundo irmão foi preso às catapultas. E com manoplas de ferro com puas "estas bestas selvagens, ferozes como panteras, rasgaram-lhe todas as carnes e nervos até a mandíbula e lhe arrancaram o couro cabeludo." E também morreu sendo fiel a Deus. Fizeram comparecer o terceiro dos irmãos. "Os funcionários impacientes pela intrepidez do homem, deslocaram-lhe as mãos e os pés com artefatos de tortura desconjuntando-os e lhe arrancando os membros a pedaços. Fraturaram-lhe os dedos, os braços, as pernas e os cotovelos." Finalmente o estiraram sobre a catapulta e o esfolaram vivo. Também ele permaneceu fiel até a morte. Ao quarto irmão lhe arrancaram a língua antes de submetê-lo a torturas semelhantes. Ao quinto o ataram em torno de uma roda. Logo o aferraram com grilhões de ferro à catapulta e o rasgaram em pedaços. Ao sexto o desconjuntaram sobre a roda enquanto um fogo o assava por abaixo. Depois esquentaram punções pontiagudos, os aplicavam nas costas e atravessando seus flancos lhe queimaram as vísceras". Também morreu permanecendo fiel. Ao sétimo irmão o assaram vivo numa frigideira enorme.

Em tudo isto pensa o autor; também nós devemos lembrá-lo. À fé destes homens se deveu que a mesma fé judia não desaparecesse

totalmente. E se esta fé judia tivesse sido destruída, o que teria acontecido com o desígnio de Deus? Como poderia ter nascido Jesus no

mundo se a fé judia tivesse cessado de existir? É um simples fato histórico que nós devemos nosso cristianismo a estes mártires dos tempos de matanças em que Antíoco tentou deliberadamente eliminar a

religião judia.

Mas chegou um dia em que se iniciou a revolta. Os agentes de Antíoco foram a uma aldeia chamada Modin e erigiram ali um altar para que os habitantes oferecessem sacrifícios aos deuses gregos. Os emissários de Antíoco tentaram persuadir a um certo Matatias, que era um homem distinto e de influência, a que desse o exemplo oferecendo o sacrifício. Ele se negou irado, mas outro judeu querendo salvar-se e ganhar o favor inimigo se adiantou e esteve a ponto de sacrificar. Matatias levado de uma ira incontrolável empunhou uma espada, deu um salto para frente, matou a seu compatriota e com ele ao emissário do rei. Levantou-se o estandarte da rebelião. Matatias, seus filhos e os que pensavam da mesma maneira se retiraram às montanhas, e mais uma vez as frases que se usam para descrever suas vidas ressoam na mente do autor de Hebreus. "Então fugiu, ele e seus filhos, para as montanhas, deixando tudo o que possuíam na cidade” (1 Macabeus 2:28, BJ). “Judas, porém, chamado também Macabeu ... retirou-se para o deserto, onde passou a viver como os animais selvagens, nas montanhas, com os seus companheiros” (2 Macabeus 5:27, BJ). “Outros, que tinham acorrido juntos às cavernas vizinhas, a fim de aí celebrarem ocultamente o sétimo dia, sendo denunciados a Filipe, foram juntos entregues às chamas” (2 Macabeus 6:11, BJ). “Estavam obrigados a viver nas montanhas e nas cavernas, à maneira de feras” (2 Macabeus 10:6, BJ). No final, sob Judas Macabeu e seus irmãos, os judeus reconquistaram sua liberdade, o templo foi purificado e a fé voltou a florescer.

Nesta passagem o autor acode sempre ao mesmo recurso. Não menciona explicitamente os fatos, mas sim de uma maneira mais eficaz

move aos leitores a lembrar por si mesmos os acontecimentos por esta ou aquela frase; que, lançando um olhar para trás, eles lembrassem o preço

tremendo da fé que lhes havia custado a religião que tinham.

Finalmente acrescenta algo importante. Todos estes morreram antes que a promessa de Deus chegasse à sua realização última, antes da vinda

do Messias de Deus ao mundo. É como se Deus tivesse que preparar as coisas, como se o resplendor pleno de sua glória e revelação não tivesse que manifestar-se até que, nós e eles, pudéssemos desfrutar junto com eles. "Olhem!" diz o autor, "a glória de Deus veio. Mas pensem quanto custou tornar possível sua vinda! Essa é a fé que deu a vocês sua fé. O que outra coisa podem fazer, mas senão manter-se fiéis a uma herança e uma tradição semelhantes?"


Dicionário

Confessar

verbo regência múltipla Fazer uma declaração ou escutar a revelação de alguém: o bandido confessou seus crimes ao delegado.
Religião Segundo a religião católica, buscar a absolvição dos pecados através de uma declaração de culpa (confissão); contar: confessou ao padre seus pecados; confessou-se com o antigo pároco; para comungar é preciso confessar.
Por Extensão Aceitar como verdadeiro: confessou seus métodos ao professor.
Por Extensão Fazer uma declaração; manifestar ou declarar-se: queria muito confessar-lhe suas intenções; confessou-se cansado.
Figurado Demonstrar alguma coisa; revelar: suas expressões confessavam o medo que tinha.
Acompanhar determinada crença, fé: afirmava confessar a fé cristã.
Etimologia (origem da palavra confessar). Do latim confessus.a.um; confess + ar.

Confessar Declarar o que se crê ou sabe. A pessoa confessa os seus pecados (Sl 32:5) e afirma que crê em Deus poderoso e Salvador (Rm 10:9-10).

Confessar Tradução da palavra grega “homologueo”, que nos evangelhos é empregada com diversos significados.

1. Proclamar algo clara e publicamente (Mt 7:23; 10,32; Jo 1:20).

2. Comprometer-se (Mt 14:7).

3. Louvar a Deus (Mt 11:25; Lc 2:38).

4. Proclamar a fé aberta e publicamente (Mt 10:32; Jo 9:22; 12,42). Neste caso, é condição indispensável para se obter a salvação eterna.

5. Reconhecer os próprios pecados e a insignificância humana diante de Deus (Mt 3:6; Lc 5:8).


Eram

3ª pess. pl. pret. imperf. ind. de ser

ser |ê| |ê| -
(latim sedeo, -ere, estar sentado)
verbo copulativo

1. Serve para ligar o sujeito ao predicado, por vezes sem significado pleno ou preciso (ex.: o dicionário é útil).

2. Corresponder a determinada identificação ou qualificação (ex.: ele era muito alto; ela é diplomata).

3. Consistir em.

4. Apresentar como qualidade ou característica habitual (ex.: ele é de manias; ela não é de fazer essas coisas).

5. Estar, ficar, tornar-se.

6. Exprime a realidade.

7. Acontecer, ocorrer, suceder.

8. Equivaler a determinado valor, custo ou preço (ex.: este relógio é 60€).

verbo transitivo

9. Pertencer a (ex.: o carro é do pai dele).

10. Ter como proveniência (ex.: o tapete é de Marrocos).

11. Preferir ou defender (ex.: eu sou pela abolição da pena de morte).

verbo intransitivo

12. Exprime a existência.

13. Acontecer, suceder (ex.: não sei o que seria, se vocês se fossem embora).

14. Indica o momento, o dia, a estação, o ano, a época (ex.: já é noite; são 18h00).

verbo auxiliar

15. Usa-se seguido do particípio passado, para formar a voz passiva (ex.: foram ultrapassados, tinha sido comido, fora pensado, será espalhado, seríamos enganados).

nome masculino

16. Aquilo que é, que existe. = ENTE

17. O ente humano.

18. Existência, vida.

19. O organismo, a pessoa física e moral.

20. Forma, figura.


a não ser que
Seguido de conjuntivo, introduz a condição para que algo se verifique (ex.: o atleta não pretende mudar de clube, a não ser que a proposta seja mesmo muito boa).

não poder deixar de ser
Ser necessário; ter forçosamente de ser.

não poder ser
Não ser possível.

não ser para graças
Não gostar de brincadeiras; ser valente.

o Ser dos Seres
Deus.

qual é
[Brasil, Informal] Expresão usada para se dirigir a alguém, geralmente como provocação (ex.: qual é, vai sair da frente ou não?).

ser alguém
Ser pessoa importante e de valia.

ser com
Proteger.

ser dado a
Ter inclinação para.

ser da gema
Ser genuíno.

ser de crer
Ser crível; merecer fé.

ser humano
O homem. = HUMANO

ser pensante
O homem.


substantivo feminino Convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença.
Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião.
Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito.
Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade.
Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé.
Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe.
[Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade.
Etimologia (origem da palavra ). Do latim fides.

substantivo feminino Convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença.
Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião.
Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito.
Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade.
Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé.
Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe.
[Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade.
Etimologia (origem da palavra ). Do latim fides.

substantivo feminino Convicção intensa e persistente em algo abstrato que, para a pessoa que acredita, se torna verdade; crença.
Maneira através da qual são organizadas as crenças religiosas; religião.
Excesso de confiança depositado em: uma pessoa merecedora de fé; crédito.
Religião A primeira das três virtudes próprias da teologia: fé, esperança e caridade.
Comprovação de uma situação; afirmação: sua opinião demonstrava sua fé.
Acordo firmado através de palavras em que se deve manter o compromisso feito: quebrou a fé que tinha à chefe.
[Jurídico] Crédito atribuído a um documento, através do qual se firma um acordo, ocasionando com isso a sua própria veracidade.
Etimologia (origem da palavra ). Do latim fides.

1. Definição da Palavra. A simples fé implica uma disposição de alma para confiarem outra pessoa. Difere da credulidade, porque aquilo em que a fé tem confiança é verdadeiro de fato, e, ainda que muitas vezes transcenda a nossa razão, não Lhe é contrário. A credulidade, porém, alimenta-se de coisas imaginárias, e é cultivada pela simples imaginação. A fé difere da crença porque é uma confiança do coração e não apenas uma aquiescência intelectual. A fé religiosa é uma confiança tão forte em determinada pessoa ou princípio estabelecido, que produz influência na atividade mental e espiritual dos homens, devendo, normalmente, dirigir a sua vida. A fé é uma atitude, e deve ser um impulso. A fé cristã é uma completa confiança em Cristo, pela qual se realiza a união com o Seu Espírito, havendo a vontade de viver a vida que Ele aprovaria. Não é uma aceitação cega e desarrazoada, mas um sentimento baseado nos fatos da Sua vida, da Sua obra, do Seu Poder e da Sua Palavra. A revelação é necessariamente uma antecipação da fé. A fé é descrita como ‘uma simples mas profunda confiança Naquele que de tal modo falou e viveu na luz, que instintivamente os Seus verdadeiros adoradores obedecem à Sua vontade, estando mesmo às escuras’. E mais adiante diz o mesmo escritor: ‘o segredo de um belo caráter está no poder de um perpétuo contato com Aquele Senhor em Quem se tem plena confiança’ (Bispo Moule). A mais simples definição de fé é uma confiança que nasce do coração. 2.A fé, no A.T. A atitude para com Deus que no Novo Testamento a fé nos indica, é largamente designada no A.T. pela palavra ‘temor’. o temor está em primeiro lugar que a fé – a reverencia em primeiro lugar que a confiança. Mas é perfeitamente claro que a confiança em Deus é princípio essencial no A.T., sendo isso particularmente entendido naquela parte do A.T., que trata dos princípios que constituem o fundamento das coisas, isto é, nos Salmos e nos Profetas. Não se está longe da verdade, quando se sugere que o ‘temor do Senhor’ contém, pelo menos na sua expressão, o germe da fé no N.T. As palavras ‘confiar’ e ‘confiança’ ocorrem muitas vezes – e o mais famoso exemplo está, certamente, na crença de Abraão (Gn 15:6), que nos escritos tanto judaicos como cristãos é considerada como exemplo típico de fé na prática. 3. A fé, nos Evangelhos. Fé é uma das palavras mais comuns e mais características do N.T. A sua significação varia um pouco, mas todas as variedades se aproximam muito. No seu mais simples emprego mostra a confiança de alguém que, diretamente, ou de outra sorte, está em contato com Jesus por meio da palavra proferida, ou da promessa feita. As palavras ou promessas de Jesus estão sempre, ou quase sempre, em determinada relação com a obra e palavra de Deus. Neste sentido a fé é uma confiança na obra, e na palavra de Deus ou de Cristo. É este o uso comum dos três primeiros Evangelhos (Mt 9:29 – 13.58 – 15.28 – Me 5.34 a 36 – 9.23 – Lc 17:5-6). Esta fé, pelo menos naquele tempo, implicava nos discípulos a confiança de que haviam de realizar a obra para a qual Cristo lhes deu poder – é a fé que obra maravilhas. Na passagem de Mc 11:22-24 a fé em Deus é a designada. Mas a fé tem, no N.T., uma significação muito mais larga e mais importante, um sentido que, na realidade, não está fora dos três primeiros evangelhos (Mt 9:2Lc 7:50): é a fé salvadora que significa Salvação. Mas esta idéia geralmente sobressai no quarto evangelho, embora seja admirável que o nome ‘fé’ não se veja em parte alguma deste livro, sendo muito comum o verbo ‘crer’. Neste Evangelho acha-se representada a fé, como gerada em nós pela obra de Deus (Jo 6:44), como sendo uma determinada confiança na obra e poder de Jesus Cristo, e também um instrumento que, operando em nossos corações, nos leva para a vida e para a luz (Jo 3:15-18 – 4.41 a 53 – 19.35 – 20.31, etc.). Em cada um dos evangelhos, Jesus Cristo proclama-Se a Si mesmo Salvador, e requer a nossa fé, como uma atitude mental que devemos possuir, como instrumento que devemos usar, e por meio do qual possamos alcançar a salvação que Ele nos oferece. A tese é mais clara em S. João do que nos evangelhos sinópticos, mas é bastante clara no último (Mt 18:6Lc 8:12 – 22.32). 4. A fé, nas epístolas de S. Paulo. Nós somos justificados, considerados justos, simplesmente pelos merecimentos de Jesus Cristo. As obras não têm valor, são obras de filhos rebeldes. A fé não é a causa, mas tão somente o instrumento, a estendida mão, com a qual nos apropriamos do dom da justificação, que Jesus, pelos méritos expiatórios, está habilitado a oferecer-nos. Este é o ensino da epístola aos Romanos (3 a 8), e o da epístola aos Gálatas. Nós realmente estamos sendo justificados, somos santificados pela constante operação e influência do Santo Espírito de Deus, esse grande dom concedido à igreja e a nós pelo Pai celestial por meio de Jesus Cristo. E ainda nesta consideração a fé tem uma função a desempenhar, a de meio pelo qual nos submetemos à operação do Espírito Santo (Ef 3:16-19, etc). 5. Fé e obras. Tem-se afirmado que há contradição entre S. Paulo e S. Tiago, com respeito ao lugar que a fé e as obras geralmente tomam, e especialmente em relação a Abraão (Rm 4:2Tg 2:21). Fazendo uma comparação cuidadosa entre os dois autores, acharemos depressa que Tiago, pela palavra fé, quer significar uma estéril e especulativa crença, uma simples ortodoxia, sem sinal de vida espiritual. E pelas obras quer ele dizer as que são provenientes da fé. Nós já vimos o que S. Paulo ensina a respeito da fé. É ela a obra e dom de Deus na sua origem (*veja Mt 16.
17) – a sua sede é no coração, e não meramente na cabeça – é uma profunda convicção de que são verdadeiras as promessas de Deus em Cristo, por uma inteira confiança Nele – e deste modo a fé é uma fonte natural e certa de obras, porque se trata de uma fé viva, uma fé que atua pelo amor (Gl 5:6). Paulo condena aquelas obras que, sem fé, reclamam mérito para si próprias – ao passo que Tiago recomenda aquelas obras que são a conseqüência da fé e justificação, que são, na verdade, uma prova de justificação. Tiago condena uma fé morta – Paulo louva uma fé

Da liberdade de consciência decorre o direito de livre exame em matéria de fé. O Espiritismo combate a fé cega, porque ela impõe ao homem que abdique da sua própria razão; considera sem raiz toda fé imposta, donde o inscrever entre suas máximas: Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

[...] A fé é o remédio seguro do sofrimento; mostra sempre os horizontes do Infinito diante dos quais se esvaem os poucos dias brumosos do presente. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5, it• 19

[...] confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 3

Do ponto de vista religioso, a fé consiste na crença em dogmas especiais, que constituem as diferentes religiões. Todas elas têm seus artigos de fé. Sob esse aspecto, pode a fé ser raciocinada ou cega. Nada examinando, a fé cega aceita, sem verificação, assim o verdadeiro como o falso, e a cada passo se choca com a evidência e a razão. Levada ao excesso, produz o fanatismo. Em assentando no erro, cedo ou tarde desmorona; somente a fé que se baseia na verdade garante o futuro, porque nada tem a temer do progresso das luzes, dado que o que é verdadeiro na obscuridade, também o é à luz meridiana. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 6

[...] Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 7

Inspiração divina, a fé desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem. É a base da regeneração. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 11

No homem, a fé é o sentimento inato de seus destinos futuros; é a consciência que ele tem das faculdades imensas depositadas em gérmen no seu íntimo, a princípio em estado latente, e que lhe cumpre fazer que desabrochem e cresçam pela ação da sua vontade.
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19, it• 12

[...] É uma vivência psíquica complexa, oriunda das camadas profundas do inconsciente, geralmente de feição constitucional, inata, por se tratar mais de um traço de temperamento do que do caráter do indivíduo. No dizer de J. J. Benítez, as pessoas que têm fé fazem parte do pelotão de choque, a vanguarda dos movimentos espiritualistas. Nas fases iniciais ela é de um valor inestimável, mas à medida que a personalidade atinge estados mais diferenciados de consciência, pode ser dispensável, pois a pessoa não apenas crê, mas sabe. [...] Do ponto de vista psicológico, a vivência da fé pode ser considerada mista, pois engloba tanto aspectos cognitivos quanto afetivos. Faz parte mais do temperamento do que do caráter do indivíduo. Por isso é impossível de ser transmitida por meios intelectuais, tal como a persuasão raciocinada. Pode ser induzida pela sugestão, apelo emocional ou experiências excepcionais, bem como pela interação com pessoas individuadas.[...]
Referencia: BALDUINO, Leopoldo• Psiquiatria e mediunismo• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1995• - cap• 1

No sentido comum, corresponde à confiança em si mesmo [...]. Dá-se, igualmente, o nome de fé à crença nos dogmas desta ou daquela religião, caso em que recebe adjetivação específica: fé judaica, fé budista, fé católica, etc. [...] Existe, por fim, uma fé pura, não sectária, que se traduz por uma segurança absoluta no Amor, na Justiça e na Misericórdia de Deus.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 11

A futura fé que já emerge dentre as sombras não será, nem católica, nem protestante; será a crença universal das almas, a que reina em todas as sociedades adiantadas do espaço, e mediante a qual cessará o antagonismo que separa a Ciência atual da Religião. Porque, com ela, a Ciência tornar-se-á religiosa e a Religião se há de tornar científica.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

A fé é a confiança da criatura em seus destinos, é o sentimento que a eleva à infinita potestade, é a certeza de estar no caminho que vai ter à verdade. A fé cega é como farol cujo vermelho clarão não pode traspassar o nevoeiro; a fé esclarecida é foco elétrico que ilumina com brilhante luz a estrada a percorrer.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 44

A fé é uma necessidade espiritual da qual não pode o espírito humano prescindir. [...] Alimento sutil, a fé é o tesouro de inapreciado valor que caracteriza os homens nobres a serviço da coletividade.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

Nesse labor, a fé religiosa exerce sobre ele [o Espírito] uma preponderância que lhe define os rumos existenciais, lâmpada acesa que brilha à frente, apontando os rumos infinitos que lhe cumpre [ao Espírito] percorrer. [...] Respeitável, portanto, toda expressão de fé dignificadora em qualquer campo do comportamento humano. No que tange ao espiritual, o apoio religioso à vida futura, à justiça de Deus, ao amor indiscriminado e atuante, à renovação moral para melhor, é de relevante importância para a felicidade do homem.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 25

O melhor tônico para a alma, nas suas múltiplas e complexas atividades afetivas e mentais, é a fé; não a fé passiva, automática, dogmática, mas a fé ativa, refletida, intelectualizada, radicada no coração, mas florescendo em nossa inteligência, em face de uma consciência esclarecida e independente [...].
Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Carta a um materialista

Essa luz, de inextinguível fulgor, é a fé, a certeza na imortalidade da alma, e a presunção, ou a certeza dos meios de que a Humanidade tem de que servir-se, para conseguir, na sua situação futura, mais apetecível e melhor lugar.
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 23

A fé é, pois, o caminho da justificação, ou seja, da salvação. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

[...] é a garantia do que se espera; a prova das realidades invisíveis. Pela fé, sabemos que o universo foi criado pela palavra de Deus, de maneira que o que se vê resultasse daquilo que não se vê.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Diálogo com as sombras: teoria e prática da doutrinação• 20a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

A fé é divina claridade da certeza.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 16

A fé é alimento espiritual que, fortalecendo a alma, põe-na em condições de suportar os embates da existência, de modo a superá-los convenientemente. A fé é mãe extremosa da prece.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 35

[...] A fé constitui a vossa égide; abrigai-vos nela e caminhai desassombradamente. Contra esse escudo virão embotar-se todos os dardos que vos lançam a inveja e a calúnia. [...]
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

A fé e a esperança não são flores destinadas a enfeitar, com exclusividade, os altares do triunfo, senão também poderosas alavancas para o nosso reerguimento, quando se faz preciso abandonar os vales de sombra, para nova escalada aos píncaros da luz.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Ainda assim

Razão, pois, tinha Jesus para dizer: “Tua fé te salvou”. Compreende-se que a fé a que Ele se referia não é uma virtude mística, qual a entendem muitas pessoas, mas uma verdadeira força atrativa, de sorte que aquele que não a possui opõe à corrente fluídica uma força repulsiva, ou, pelo menos, uma força de inércia, que paralisa a ação. [...]
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 5

Mas a fé traduz também o poder que supera nossas próprias forças físicas e mentais, exteriores e interiores, poder que nos envolve e transforma de maneira extraordinária, fazendo-nos render a ele. A fé em Deus, no Cristo e nas forças espirituais que deles emanam pode conduzir-nos a uma condição interior, a um estado de espírito capaz de superar a tudo, a todos os obstáculos, sofrimentos e aparentes impossibilidades.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 14

A fé no futuro, a que se referem os 1nstrutores Espirituais da Terceira Revelação, deixa de ser apenas esperança vaga para se tornar certeza plena adquirida pelo conhecimento das realidades eternas. [...]
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 28

A fé significa um prêmio da experiência.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 13

Quem não entende não crê, embora aceite como verdade este ou aquele princípio, esta ou aquela doutrina. A fé é filha da convicção.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Res, non verba

[...] constitui o alicerce de todo trabalho, tanto quanto o plano é o início de qualquer construção. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 8

Curiosidade é caminho, / Mas a fé que permanece / É construção luminosa / Que só o trabalho oferece.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 44

[...] A fé está entre o trabalho e a oração. Trabalhar é orar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é emanação divina que o espírito auxilia e absorve.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A fé é a caridade imaterial, porque a caridade que se concretiza é sempre o raio mirífico projetado pela fé.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A fé continuará como patrimônio dos corações que foram tocados pela graça do sofrimento. Tesouro da imortalidade, seria o ideal da felicidade humana, se todos os homens a conquistassem ainda mesmo quando nos desertos mais tristes da terra.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A fé não desabrocha no mundo, é dádiva de Deus aos que a buscam. Simboliza a união da alma com o que é divino, a aliança do coração com a divindade do Senhor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A fé, na essência, é aquele embrião de mostarda do ensinamento de Jesus que, em pleno crescimento, através da elevação pelo trabalho incessante, se converte no Reino Divino, onde a alma do crente passa a viver.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39

Fé representa visão.Visão é conhecimento e capacidade deauxiliar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 69

[...] A fé representa a força que sustenta o espírito na vanguarda do combate pela vitória da luz divina e do amor universal. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

Ter fé é guardar no coração a luminosa certeza em Deus, certeza que ultrapassou o âmbito da crença religiosa, fazendo o coração repousar numa energia constante de realização divina da personalidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 354

A fé sincera é ginástica do Espírito. Quem não a exercitar de algum modo, na Terra, preferindo deliberadamente a negação injustificável, encontrar-se-á mais tarde sem movimento. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

A fé é a força potente / Que desponta na alma crente, / Elevando-a aos altos Céus: / Ela é chama abrasadora, / Reluzente, redentora, / Que nos eleva até Deus. / [...] A fé é um clarão divino, / refulgente, peregrino, / Que irrompe, trazendo a luz [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Supremacia da caridade

É força que nasce com a própria alma, certeza instintiva na Sabedoria de Deus que é a sabedoria da própria vida. Palpita em todos os seres, vibra em todas as coisas. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pensamento e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

A fé é o guia sublime que, desde agora, nos faz pressentir a glória do grande futuro, com a nossa união vitoriosa para o trabalho de sempre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Em plena renovação

A sublime virtude é construção do mundo interior, em cujo desdobramento cada aprendiz funciona como orientador, engenheiro e operário de si mesmo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 40

[...] a fé representa escudo bastante forte para conservar o coração imune das trevas.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 141

Em Doutrina Espírita, fé representa dever de raciocinar com responsabilidade de viver.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 29



1) Confiança em Deus e em Cristo e na sua Palavra (Mt 15:28; Mc 11:22-24; Lc 17:5).


2) Confiança na obra salvadora de Cristo e aceitação dos seus benefícios (Rm 1:16-17;
v. CONVERSÃO).


3) A doutrina revelada por Deus (Tt 1:4).


O consentimento dado a uma crença unido a uma confiança nela. Não pode identificar-se, portanto, com a simples aceitação mental de algumas verdades reveladas. É um princípio ativo, no qual se harmonizam o entendimento e a vontade. É essa fé que levou Abraão a ser considerado justo diante de Deus (Gn 15:6) e que permite que o justo viva (Hc 2:4).

Para o ensinamento de Jesus — e posteriormente dos apóstolos —, o termo é de uma importância radical, porque em torno dele gira toda a sua visão da salvação humana: crer é receber a vida eterna e passar da morte para a vida (Jo 3:16; 5,24 etc.) porque crer é a “obra” que se deve realizar para salvar-se (Jo 6:28-29). De fato, aceitar Jesus com fé é converter-se em filho de Deus (Jo 1:12). A fé, precisamente por isso, vem a ser a resposta lógica à pregação de Jesus (Mt 18:6; Jo 14:1; Lc 11:28). É o meio para receber tanto a salvação como a cura milagrosa (Lc 5:20; 7,50; 8,48) e pode chegar a remover montanhas (Mt 17:20ss.).

A. Cole, o. c.; K. Barth, o. c.; f. f. Bruce, La epístola..., El, II, pp. 474ss.; Hughes, o. c., pp. 204ss.; Wensinck, Creed, pp. 125 e 131ss.


Longe

advérbio A grande distância: 1.º no espaço: arma que atira longe; 2.º no tempo: remontar bem longe na história.
Figurado Ir longe, durar muito tempo; atingir alta posição.
Ver longe, ser dotado de grande capacidade para prever.
locução adverbial Ao longe, a grande distância: via-se o barco ao longe.
De longe, de grande distância: prever o perigo de longe.
De longe em longe, a longos intervalos.
locução prepositiva Longe de, a grande distância: morar longe da capital.

Morrer

verbo intransitivo Cessar de viver, perder todo o movimento vital, falecer.
Figurado Experimentar uma forte sensação (moral ou física) intensamente desagradável; sofrer muito: ele parece morrer de tristeza.
Cessar, extinguir-se (falando das coisas morais).
Diz-se de um som que pouco se vai esvaecendo até extinguir-se de todo.
Desmerecer, perder o brilho; tornar-se menos vivo (falando de cores).
Aniquilar-se, deixar de ser ou de ter existência.

Peregrinos

substantivo masculino plural Indivíduos que andam em romaria ou viajam para um lugar santo, de devoção; romeiros.
Pessoas que realizam grandes viagens; viajantes.
Por Extensão Aqueles que pedem esmolas nas estradas; mendigos.
Algo ou alguém estranho, incomum; estrangeiros.
adjetivo Que está em romaria, peregrinação: passageiros peregrinos.
Que é incomum, estranho; estrangeiros.
Que foge do propósito, do objetivo.
De qualidade excelente; perfeitos.
Etimologia (origem da palavra peregrinos). Plural de peregrino, do latim peregrinum, que viaja para o exterior.

Terra

substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
[Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
[Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
[Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
[Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

os hebreus tinham vários nomes para terra, especialmente Adama e Eretz. Adama, isto é a terra vermelha (Gn 1:25), denota, muitas vezes, terra arável (Gn 4:2). o termo é, também, empregado a respeito de um país, especialmente a Palestina (Gn 47:19Zc 2:12). Quando Naamã pediu uma carga de terra que dois mulos pudessem levar (2 Rs 5.17), ele foi influenciado pela idéia pagã de que o Senhor era um deus local, podendo apenas ser adorado com proveito no seu nativo solo. Eretz é a terra em oposição ao céu, ou a terra seca como distinta do mar (Gn 1:1-10). A palavra é, também, aplicada a toda a terra (Gn 18:18), ou a qualquer divisão dela (Gn 21:32), e mesmo ao chão que uma pessoa pisa (Gn 33:3). A frase ‘profundezas da terra’ (is 44:23) significa literalmente os vales, os profundos recessos, como as cavernas e subterrâneos, e figuradamente a sepultura. No N.T., além do termo vulgar ‘terra’, que corresponde às várias significações já apresentadas, há uma palavra especial que significa ‘ terra habitada’ (Lc 4:5Rm 10:18 – etc.), usando-se esta expressão de um modo especial a respeito do império Romano. Terra, num sentido moral, é oposta ao que é celestial e espiritual (*veja Jo 3:31 – 1 Co 15.47 a 49 – Tg 3:15, etc.).

terreno, solo, campo. – Terra sugere ideia das qualidades, das propriedades da massa natural e sólida que enche ou cobre uma parte qualquer da superfície da terra. – Terreno refere-se, não só à quantidade, ou à extensão da superfície, como ao destino que se lhe vai dar, ou ao uso a que se adapta. – Solo dá ideia geral de assento ou fundamento, e designa a superfície da terra, ou o terreno que se lavra, ou onde se levanta alguma construção. – Campo é solo onde trabalha, terreno de cultura, ou mesmo já lavrado. Naquela província há terras magníficas para o café; dispomos apenas de um estreito terreno onde mal há espaço para algumas leiras e um casebre; construiu o monumento em solo firme, ou lançou a semente em solo ingrato; os campos já florescem; temos aqui as alegrias da vida do campo.

[...] berço de criaturas cuja fraqueza as asas da Divina Providência protege, nova corda colocada na harpa infinita e que, no lugar que ocupa, tem de vibrar no concerto universal dos mundos.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 23

O nosso mundo pode ser considerado, ao mesmo tempo, como escola de Espíritos pouco adiantados e cárcere de Espíritos criminosos. Os males da nossa Humanidade são a conseqüência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos que a formam. Pelo contato de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e punem-se uns aos outros.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3, it• 132

Disse Kardec, alhures, que a Terra é um misto de escola, presídio e hospital, cuja população se constitui, portanto, de homens incipientes, pouco evolvidos, aspirantes ao aprendizado das Leis Naturais; ou inveterados no mal, banidos, para esta colônia correcional, de outros planetas, onde vigem condições sociais mais elevadas; ou enfermos da alma, necessitados de expungirem suas mazelas através de provações mais ou menos dolorosas e aflitivas.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça

[...] é oficina de trabalho, de estudo e de realizações, onde nos cumpre burilar nossas almas. [...]
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Sede perfeitos

[...] é o calvário dos justos, mas é também a escola do heroísmo, da virtude e do gênio; é o vestíbulo dos mundos felizes, onde todas as penas aqui passadas, todos os sacrifícios feitos nos preparam compensadoras alegrias. [...] A Terra é um degrau para subir-se aos céus.
Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 11

O mundo, com os seus múltiplos departamentos educativos, é escola onde o exercício, a repetição, a dor e o contraste são mestres que falam claro a todos aqueles que não temam as surpresas, aflições, feridas e martírios da ascese. [...]
Referencia: EVANGELIZAÇÃO: fundamentos da evangelização espírita da infância e da juventude (O que é?)• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -

[...] A Terra é um mundo de expiações e provas, já em fase de transição para se tornar um mundo de regeneração.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

[...] o Planeta terrestre é o grande barco navegando no cosmo, sacudido, a cada instante, pelas tempestades morais dos seus habitantes, que lhe parecem ameaçar o equilíbrio, a todos arrastando na direção de calamidades inomináveis. Por esta razão, periodicamente missionários e mestres incomuns mergulharam no corpo com a mente alerta, a fim de ensinarem comportamento de calma e de compaixão, de amor e de misericórdia, reunindo os aflitos em sua volta e os orientando para sobreviverem às borrascas sucessivas que prosseguem ameaçadoras.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

Quando o homem ora, anseia partir da Terra, mas compreende, também, que ela é sua mãe generosa, berço do seu progresso e local da sua aprendizagem. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

Assim se compreende porque a Terra é mundo de “provas e expiações”, considerando-se que os Espíritos que nela habitam estagiam na sua grande generalidade em faixas iniciais, inferiores, portanto, da evolução.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pensamento e perispírito

Apesar de ainda se apresentar como planeta de provas e expiações, a Terra é uma escola de bênçãos, onde aprendemos a desenvolver as aptidões e a aprimorar os valores excelentes dos sentimentos; é também oficina de reparos e correções, com recursos hospitalares à disposição dos pacientes que lhes chegam à economia social. Sem dúvida, é também cárcere para os rebeldes e os violentos, que expungem o desequilíbrio em processo de imobilidade, de alucinação, de limites, resgatando as graves ocorrências que fomentaram e praticaram perturbando-lhe a ordem e a paz.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Trilhas da libertação• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cilada perversa

O mundo conturbado é hospital que alberga almas que sofrem anemia de amor, requisitando as vitaminas do entendimento e da compreensão, da paciência e da renúncia, a fim de que entendimento e compreensão, paciência e renúncia sejam os sinais de uma vida nova, a bem de todos.
Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Hospital

[...] É um astro, como Vênus, como seus irmãos, e vagueia nos céus com a velocidade de 651.000 léguas por dia. Assim, estamos atualmente no céu, estivemos sempre e dele jamais poderemos sair. Ninguém mais ousa negar este fato incontestável, mas o receio da destruição de vários preconceitos faz que muitos tomem o partido de não refletir nele. A Terra é velha, muito velha, pois que sua idade se conta por milhões e milhões de anos. Porém, malgrado a tal anciania, está ainda em pleno frescor e, quando lhe sucedesse perecer daqui a quatrocentos ou quinhentos mil anos, o seu desaparecimento não seria, para o conjunto do Universo, mais que insignificante acidente.
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 4a efusão

[...] Por se achar mais distante do sol da perfeição, o nosso mundozinho é mais obscuro e a ignorância nele resiste melhor à luz. As más paixões têm aí maior império e mais vítimas fazem, porque a sua Humanidade ainda se encontra em estado de simples esboço. É um lugar de trabalho, de expiação, onde cada um se desbasta, se purifica, a fim de dar alguns passos para a felicidade. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão

[...] A Terra tem que ser um purgatório, porque a nossa existência, pelo menos para a maioria, tem que ser uma expiação. Se nos vemos metidos neste cárcere, é que somos culpados, pois, do contrário, a ele não teríamos vindo, ou dele já houvéramos saído. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

Nossa morada terrestre é um lugar de trabalho, onde vimos perder um pouco da nossa ignorância original e elevar nossos conhecimentos. [...]
Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -

[...] é a escola onde o espírito aprende as suas lições ao palmilhar o longuíssimo caminho que o leva à perfeição. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

[...] o mundo, para muitos, é uma penitenciária; para outros, um hospital, e, para um número assaz reduzido, uma escola.
Referencia: Ó, Fernando do• Alguém chorou por mim• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

[...] casa de Deus, na específica destinação de Educandário Recuperatório, sem qualquer fator intrínseco a impedir a libertação do homem, ou a desviá-lo de seu roteiro ascensional.
Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

[...] é uma estação de inverno, onde o Espírito vem preparar-se para a primavera do céu!
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pref•

Feito o planeta – Terra – nós vemos nele o paraíso, o inferno e o purgatório.O paraíso para os Espíritos que, emigra-dos de mundos inferiores, encontram naTerra, podemos dizer, o seu oásis.O inferno para os que, já tendo possuí-do mundos superiores ao planeta Terra,pelo seu orgulho, pelas suas rebeldias, pelos seus pecados originais a ele desceram para sofrerem provações, para ressurgirem de novo no paraíso perdido. O purgatório para os Espíritos em transição, aqueles que, tendo atingido um grau de perfectibilidade, tornaram-se aptos para guias da Humanidade.
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Antes de tudo, recorda-se de que o nosso planeta é uma morada muito inferior, o laboratório em que desabrocham as almas ainda novas nas aspirações confusas e paixões desordenadas. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a guerra

O mundo é uma escola de proporções gigantescas, cada professor tem a sua classe, cada um de nós tem a sua assembléia.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Colegas invisíveis

A Terra é o campo de ação onde nosso espírito vem exercer sua atividade. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Por que malsinar o mundo?

[...] é valiosa arena de serviço espiritual, assim como um filtro em que a alma se purifica, pouco a pouco, no curso dos milênios, acendrando qualidades divinas para a ascensão à glória celeste. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 1

A Terra inteira é um templo / Aberto à inspiração / Que verte das Alturas [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia da espiritualidade• Pelo Espírito Maria Dolores• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1985• - cap• 4

A Terra é a escola abençoada, onde aplicamos todos os elevados conhecimentos adquiridos no Infinito. É nesse vasto campo experimental que devemos aprender a ciência do bem e aliá-la à sua divina prática. Nos nevoeiros da carne, todas as trevas serão desfeitas pelos nossos próprios esforços individuais; dentro delas, o nosso espírito andará esquecido de seu passado obscuro, para que todas as nossas iniciativas se valorizem. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

A Terra é uma grande e abençoada escola, em cujas classes e cursos nos matriculamos, solicitando – quando já possuímos a graça do conhecimento – as lições necessárias à nossa sublimação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

O mundo atual é a semente do mundo paradisíaco do futuro. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Crônicas de além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• - cap• 25

Servidores do Cristo, orai de sentinela! / Eis que o mundo sangrando é campo de batalha, / Onde a treva infeliz se distende e trabalha / O coração sem Deus, que em sombra se enregela.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

No macrocosmo, a casa planetária, onde evolvem os homens terrestres, é um simples departamento de nosso sistema solar que, por sua vez, é modesto conjunto de vida no rio de sóis da Via-Láctea.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

No mundo terrestre – bendita escola multimilenária do nosso aperfeiçoamento espiritual – tudo é exercício, experimentação e trabalho intenso.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O orbe inteiro, por enquanto, / Não passa de um hospital, / Onde se instrui cada um, / Onde aprende cada qual.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo, com as suas lutas agigantadas, ásperas, é a sublime lavoura, em que nos compete exercer o dom de compreender e servir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo é uma escola vasta, cujas portas atravessamos, para a colheita de lições necessárias ao nosso aprimoramento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Apesar dos exemplos da humildade / Do teu amor a toda Humanidade / A Terra é o mundo amargo dos gemidos, / De tortura, de treva e impenitência.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é o nosso campo de ação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é a nossa grande casa de ensino. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é uma escola, onde conseguimos recapitular o pretérito mal vivido, repetindo lições necessárias ao nosso reajuste.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra, em si mesma, é asilo de caridade em sua feição material.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é o campo de trabalho, em que Deus situou o berço, o lar, o templo e a escola.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é a Casa Divina, / Onde a luta nos ensina / A progredir e brilhar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo em que estagiamos é casa grande de treinamento espiritual, de lições rudes, de exercícios infindáveis.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é um grande magneto, governado pelas forças positivas do Sol. Toda matéria tangível representa uma condensação de energia dessas forças sobre o planeta e essa condensação se verifica debaixo da influência organizadora do princípio espiritual, preexistindo a todas as combinações químicas e moleculares. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

O mundo é caminho vasto de evolução e aprimoramento, onde transitam, ao teu lado, a ignorância e a fraqueza.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

O mundo não é apenas a escola, mas também o hospital em que sanamos desequilíbrios recidivantes, nas reencarnações regenerativas, através do sofrimento e do suor, a funcionarem por medicação compulsória.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Doenças da alma

O Universo é a projeção da mente divina e a Terra, qual a conheceis em seu conteúdo político e social, é produto da mente humana.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

O mundo é uma ciclópica oficina de labores diversíssimos, onde cada indivíduo tem a sua parcela de trabalho, de acordo com os conhecimentos e aptidões morais adquiridos, trazendo, por isso, para cada tarefa, o cabedal apri morado em uma ou em muitas existências.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Antíteses da personalidade de Humberto de Campos

A Terra é uma vasta oficina. Dentro dela operam os prepostos do Senhor, que podemos considerar como os orientadores técnicos da obra de aperfeiçoamento e redenção. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 39

A Terra é um plano de experiências e resgates por vezes bastante penosos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 338

A Terra deve ser considerada escola de fraternidade para o aperfeiçoamento e regeneração dos Espíritos encarnados.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 347

[...] é o caminho no qual a alma deve provar a experiência, testemunhar a fé, desenvolver as tendências superiores, conhecer o bem, aprender o melhor, enriquecer os dotes individuais.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 403

O mundo em que vivemos é propriedade de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Lembranças

[...] é a vinha de Jesus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

[...] é uma escola de iluminação, poder e triunfo, sempre que buscamos entender-lhe a grandiosa missão.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

[...] abençoada escola de dor que conduz à alegria e de trabalho que encaminha para a felicidade com Jesus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 28

Não olvides que o mundo é um palácio de alegria onde a Bondade do Senhor se expressa jubilosa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alegria

[...] é uma vasta oficina, onde poderemos consertar muita coisa, mas reconhecendo que os primeiros reparos são intrínsecos a nós mesmos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6

A Terra é também a grande universidade. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Do noticiarista desencarnado

Salve planeta celeste, santuário de vida, celeiro das bênçãos de Deus! ...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15

A Terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a pleno céu, nossa viagem evolutiva.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

[...] é um santuário do Senhor, evolutindo em pleno Céu.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12

Agradece, cantando, a Terra que te abriga. / Ela é o seio de amor que te acolheu criança, / O berço que te trouxe a primeira esperança, / O campo, o monte, o vale, o solo e a fonte amiga...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 33

[...] é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, me drar, florir e amadurecer em energia consciente [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 13


Terém

substantivo masculino Bras gír Treco.
Etimologia (origem da palavra terém). De trem.

Vendar

verbo transitivo Cobrir os olhos com uma venda.
Figurado Obscurecer, cegar: o ódio lhe vendava a razão.

Vendar Cobrir com uma tira (Lc 22:64) ou com um pano (Is 29:10).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Hebreus 11: 13 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

TodosG3956 πᾶςG3956 estesG3778 οὗτοςG3778 morreramG599 ἀποθνήσκωG599 G5627 naG2596 κατάG2596G4102 πίστιςG4102, semG3361 μήG3361 ter obtidoG2983 λαμβάνωG2983 G5631 as promessasG1860 ἐπαγγελίαG1860; vendo-asG1492 εἴδωG1492 G5631 G846 αὐτόςG846, porémG235 ἀλλάG235, de longeG4207 πόρῥωθενG4207, eG2532 καίG2532 saudando-asG782 ἀσπάζομαιG782 G5666, eG2532 καίG2532 confessandoG3670 ὁμολογέωG3670 G5660 queG3754 ὅτιG3754 eramG1526 εἰσίG1526 G5748 estrangeirosG3581 ξένοςG3581 eG2532 καίG2532 peregrinosG3927 παρεπίδημοςG3927 sobreG1909 ἐπίG1909 a terraG1093 γῆG1093.
Hebreus 11: 13 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

68 d.C.
G1093
γῆ
terra arável
(land)
Substantivo - vocativo feminino no singular
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G1860
epangelía
ἐπαγγελία
promessa
(promise)
Substantivo - feminino acusativo singular
G1909
epí
ἐπί
sobre, em cima de, em, perto de, perante
(at [the time])
Preposição
G235
allá
ἀλλά
ir, ir embora, ir de uma parte para outra
(is gone)
Verbo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2596
katá
κατά
treinar, dedicar, inaugurar
(do dedicated)
Verbo
G2983
lambánō
λαμβάνω
descendentes do terceiro filho de Canaã que vivia em ou próximo ao local de Jebus, o
(the Jebusites)
Substantivo
G3361
mḗ
μή
não
(not)
Advérbio
G3581
xénos
ξένος
força, poder, vigor
(its strength)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3670
homologéō
ὁμολογέω
(Nifal) ser posto ou impelido num ou para um canto, esconder-se de vista, ser
(do be removed into a corner)
Verbo
G3708
horáō
ὁράω
ira, irritação, provocação, aflição
(of the provocation)
Substantivo
G3754
hóti
ὅτι
para que
(that)
Conjunção
G3778
hoûtos
οὗτος
um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
(of the Chaldeans)
Substantivo
G3927
parepídēmos
παρεπίδημος
o nome de um rei desconhecido a quem sua mãe dedicou as máximas de prudência
(Lemuel)
Substantivo
G3956
pâs
πᾶς
língua
(according to his language)
Substantivo
G4102
pístis
πίστις
(faith)
Substantivo - feminino acusativo singular
G4207
pórrhōthen
πόῤῥωθεν
garfo de três dentes
(and its forks)
Substantivo
G599
apothnḗskō
ἀποθνήσκω
estar irado, estar descontente, respirar de forma ofegante
(was angry)
Verbo
G782
aspázomai
ἀσπάζομαι
aproximar-se
(you greet)
Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) subjuntivo médio - 2ª pessoa do plural
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


γῆ


(G1093)
(ghay)

1093 γη ge

contraído de um palavra raíz; TDNT - 1:677,116; n f

  1. terra arável
  2. o chão, a terra com um lugar estável
  3. continente como oposto ao mar ou água
  4. a terra como um todo
    1. a terra como oposto aos céus
    2. a terra habitada, residência dos homens e dos animais
  5. um país, terra circundada com limites fixos, uma área de terra, território, região

εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

ἐπαγγελία


(G1860)
epangelía (ep-ang-el-ee'-ah)

1860 επαγγελια epaggelia

de 1861; TDNT - 2:576,240; n f

  1. proclamação, anúncio
  2. promessa
    1. o ato de prometer, uma promessa dada ou para ser dada
    2. bem ou bênção prometida

ἐπί


(G1909)
epí (ep-ee')

1909 επι epi

uma raíz; prep

sobre, em cima de, em, perto de, perante

de posição, sobre, em, perto de, acima, contra

para, acima, sobre, em, através de, contra


ἀλλά


(G235)
allá (al-lah')

235 αλλα alla

plural neutro de 243; conj

  1. mas
    1. todavia, contudo, não obstante, apesar de
    2. uma objeção
    3. uma exceção
    4. uma restrição
    5. mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
    6. introduz uma transição para o assunto principal

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

κατά


(G2596)
katá (kat-ah')

2596 κατα kata

partícula primária; prep

abaixo de, por toda parte

de acordo com, com respeito a, ao longo de


λαμβάνω


(G2983)
lambánō (lam-ban'-o)

2983 λαμβανω lambano

forma prolongada de um verbo primário, que é usado apenas como um substituto em certos tempos; TDNT - 4:5,495; v

  1. pegar
    1. pegar com a mão, agarrar, alguma pessoa ou coisa a fim de usá-la
      1. pegar algo para ser carregado
      2. levar sobre si mesmo
    2. pegar a fim de levar
      1. sem a noção de violência, i.e., remover, levar
    3. pegar o que me pertence, levar para mim, tornar próprio
      1. reinvindicar, procurar, para si mesmo
        1. associar consigo mesmo como companhia, auxiliar
      2. daquele que quando pega não larga, confiscar, agarrar, apreender
      3. pegar pelo astúcia (nossa captura, usado de caçadores, pescadores, etc.), lograr alguém pela fraude
      4. pegar para si mesmo, agarrar, tomar posse de, i.e., apropriar-se
      5. capturar, alcançar, lutar para obter
      6. pegar um coisa esperada, coletar, recolher (tributo)
    4. pegar
      1. admitir, receber
      2. receber o que é oferecido
      3. não recusar ou rejeitar
      4. receber uma pessoa, tornar-se acessível a ela
      5. tomar em consideração o poder, nível, ou circunstâncias externas de alguém, e tomando estas coisas em conta fazer alguma injustiça ou negligenciar alguma coisa
    5. pegar, escolher, selecionar
    6. iniciar, provar algo, fazer um julgamento de, experimentar
  2. receber (o que é dado), ganhar, conseguir, obter, ter de volta

Sinônimos ver verbete 5877


μή


(G3361)
mḗ (may)

3361 μη me

partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

  1. não, que... (não)

ξένος


(G3581)
xénos (xen'-os)

3581 ξενος xenos

aparentemente, palavra primária; TDNT - 5:1,661; adj

  1. estrangeiro, estranho
    1. alienígena (de uma pessoa ou um coisa)
    2. sem o conhecimento de, sem uma parte em
    3. novo, desconhecido de
  2. alguém que recebe e distrae outro hospitaleiramente
    1. com quem permanece ou se aloja, um hospedeiro


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὁμολογέω


(G3670)
homologéō (hom-ol-og-eh'-o)

3670 ομολογεω homologeo

de um composto da raiz de 3674 e 3056; TDNT - 5:199,687; v

  1. dizer a mesma coisa que outro, i.e., concordar com, consentir
  2. conceder
    1. não rejeitar, prometer
    2. não negar
      1. confessar
      2. declarar
      3. confessar, i.e., admitir ou declarar-se culpado de uma acusação
  3. professar
    1. declarar abertamente, falar livremente
    2. professar a si mesmo o adorador de alguém

      louvar, celebrar


ὁράω


(G3708)
horáō (hor-ah'-o)

3708 οραω horao

propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

  1. ver com os olhos
  2. ver com a mente, perceber, conhecer
  3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
  4. ver, olhar para
    1. dar atênção a, tomar cuidado
    2. cuidar de, dar atênção a

      Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

Sinônimos ver verbete 5822


ὅτι


(G3754)
hóti (hot'-ee)

3754 οτι hoti

neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

  1. que, porque, desde que

οὗτος


(G3778)
hoûtos (hoo'-tos)

3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

do artigo 3588 e 846; pron

  1. este, estes, etc.

παρεπίδημος


(G3927)
parepídēmos (par-ep-id'-ay-mos)

3927 παρεπιδημος parepidemos

de 3844 e a raiz de 1927; TDNT - 2:64,49; adj

alguém que vem de um país entrangeiro para uma cidade ou região para residir lá junto aos nativos

pessoa estranha, refugiado

que reside por pouco tempo no estrangeiro, forasteiro

no NT, metáf. com referência ao céu como pátria, alguém que reside por pouco tempo na terra


πᾶς


(G3956)
pâs (pas)

3956 πας pas

que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

  1. individualmente
    1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
  2. coletivamente
    1. algo de todos os tipos

      ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


πίστις


(G4102)
pístis (pis'-tis)

4102 πιστις pistis

de 3982; TDNT - 6:174,849; n f

  1. convicção da verdade de algo, fé; no NT, de uma convicção ou crença que diz respeito ao relacionamento do homem com Deus e com as coisas divinas, geralmente com a idéia inclusa de confiança e fervor santo nascido da fé e unido com ela
    1. relativo a Deus
      1. a convicção de que Deus existe e é o criador e governador de todas as coisas, o provedor e doador da salvação eterna em Cristo
    2. relativo a Cristo
      1. convicção ou fé forte e benvinda de que Jesus é o Messias, através do qual nós obtemos a salvação eterna no reino de Deus
    3. a fé religiosa dos cristãos
    4. fé com a idéia predominante de confiança (ou confidência) seja em Deus ou em Cristo, surgindo da fé no mesmo
  2. fidelidade, lealdade
    1. o caráter de alguém em quem se pode confiar

πόῤῥωθεν


(G4207)
pórrhōthen (por'-rho-then)

4207 πορρωθεν porrhothen

de 4206 com enclítico adverbial de fonte; adv

  1. de longe, à distância

ἀποθνήσκω


(G599)
apothnḗskō (ap-oth-nace'-ko)

599 αποθνησκω apothnesko

de 575 e 2348; TDNT - 3:7,312; v

  1. morrer
    1. de morte natural do ser humano
    2. de morte violenta de seres humanos ou animais
    3. perecer por meio de algo
    4. de árvores que secam, de sementes que apodrecem quando plantadas
    5. de morte eterna, estar sujeito ao sofrimento eterno no inferno

ἀσπάζομαι


(G782)
aspázomai (as-pad'-zom-ahee)

782 ασπαζομαι aspazomai

de 1 (como partícula de união) e uma suposta forma de 4685; TDNT - 1:496,84; v

  1. aproximar-se
    1. saudar alguém, cumprimentar, dar cumprimentos de boas vindas, desejar o bem a
    2. receber alegremente, dar boas vindas

      De pessoa que vai ao encontro de outra; daqueles que visitam alguém para vê-lo por um pouco, partindo logo depois; pagar respeitos a um pessoa distinta ao visitá-la; daqueles que cumprimentam alguém que encontram no caminho (apesar de que no Oriente, cristãos e muçulmanos não se cumprimentavam um ao outro); uma saudação era feita não meramente por um pequeno gesto e poucas palavras, mas geralmente por abraços e beijos, uma viagem freqüentemente atrasava por causa das saudações.


αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo