Enciclopédia de Josué 1:12-12

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

js 1: 12

Versão Versículo
ARA Falou Josué aos rubenitas, e aos gaditas, e à meia tribo de Manassés, dizendo:
ARC E falou Josué aos rubenitas, e aos gaditas, e à meia tribo de Manassés, dizendo:
TB Falou Josué aos rubenitas, aos gaditas e à meia tribo de Manassés, dizendo:
HSB וְלָרֽאוּבֵנִי֙ וְלַגָּדִ֔י וְלַחֲצִ֖י שֵׁ֣בֶט הַֽמְנַשֶּׁ֑ה אָמַ֥ר יְהוֹשֻׁ֖עַ לֵאמֹֽר׃
BKJ E falou Josué aos rubenitas, e aos gaditas, e à meia tribo de Manassés, dizendo:
LTT E falou Josué aos rubenitas, e aos gaditas, e à meia tribo de Manassés, dizendo:
BJ2 Aos rubenitas, aos gaditas e à meia tribo de Manassés, Josué disse:
VULG Rubenitis quoque et Gaditis, et dimidiæ tribui Manasse, ait :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Josué 1:12

Números 32:20 Então, Moisés lhes disse: Se isto fizerdes assim, se vos armardes para a guerra perante o Senhor,

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

AS BATALHAS DE JERICO E AI/BETEL

A campanha militar que possibilitou que Israel entrasse na terra e a possuísse é, com frequência, chamada de "conquista bíblica", mas, na realidade, é uma série de quatro batalhas descritas no livro de Josué: (1) Jericó (Js6); (2) Ai/Betel (Is 7:8); (3) Gibeão-Maqueda (Js 9- 10); (4) Hazor (Is 11).
No entanto, a lista de todos os reis e territórios subjugados pelas forças de Josué (Js 11:16-23;
12) indica que houve mais do que apenas quatro batalhas, de maneira que as "narrativas da conquista" são necessariamente de natureza seletiva. Para inclusão no texto, essas quatro batalhas foram escolhidas a partir de uma gama maior de conflitos, porque tanto contêm informação histórica importante quanto servem de fundamento para a estratégia teológica global desenvolvida ao longo do livro de Josué.
O livro de Josué está organizado de uma forma que demonstra a autoridade e o poder de Deus legitimando a sucessão. Tal mensagem era urgentemente necessária, logo após a morte de Moisés. Os capítulos iniciais (1-5) contêm uma fórmula recorrente que é central nessa teologia. Algumas vezes o povo declarou a Josué: "Assim como em tudo obedecemos a Moisés, também obedeceremos a ti" (1.17; 4.14). Outras vezes Deus declarou a Josué: "Como estive com Moisés, assim estarei contigo" (1.5; 3.7; 6.27). E, tal qual seu predecessor, Josué recebeu a ordem: "Tira as sandálias dos pés, porque o lugar em que estás é santo" (5.15; cp. Êx 3.5). Antes de atravessar o rio Jordão para ocupar a terra a oeste, Josué havia preparado o povo emocional (1.10,11), estratégica (2.1-24), doméstica (5.4-7) e espiritualmente (5.2-7). E, de uma maneira que lembra seu mentor, Josué enviou homens para "investigar a terra" (2.1; cp. Nm 13:17).
No momento apropriado, Josué conduziu "em terra seca" uma nova geração pelas águas divididas (Js 3:17-4.18,22; cp. Ex 14:22-29; 15.19). Josué não apenas reproduziu a magnitude do milagre de seu predecessor, como também o fez precisamente na mesma época do ano (Js 4:19-23; cp. Ex 12:3). Tais ações lograram nada menos do que dar o reconhecimento a Josué e ressaltá-lo como o sucessor legítimo de Moisés. A travessia do Jordão aconteceu durante a época da colheita (Js 4:19 - "dia dez do primeiro mês"), quando o rio estava na fase da cheia (Js 3:15-4.18; 1Cr 12:15). Antes da construção de inúmeras barragens no século 20, durante a cheia na primavera, a profundidade do Jordão deve ter sido de aproximadamente 3 a 3,5 metros na altura de lericó e calcula-se que, nesse ponto, sua largura chegasse a 1,6 quilômetro.148 Nesse caso, o texto nos diz que as águas do Jordão foram represadas em Ada (T. ad-Damiyya), situada junto à margem oriental, a cerca de 42 quilômetros do mar Morto. Num local logo abaixo da confluência dos rios lordão e Jaboque, onde há limitação à largura do Ghor, sabe-se da ocorrência de deslizamentos de terra que bloquearam temporariamente a vazão do rio ° [v.comentário no cap. 1, p. 50-1].
Depois de atravessar o rio em segurança, os israelitas passaram a residir temporariamente em Gilgal (Js 5:8-12; 9.6; 10.6), um lugar que devia ficar bem próximo de Jericó (Js 4:19) e dos vaus do Jordão (2Sm 19:15). Qualquer que tenha sido o local do quartel-general temporário de Josué (T. el-Meffir?), não se deve confundi-lo com outra Gilgal, situada na região montanhosa de Samaria, talvez perto de Betel (2Rs 2:1-4).
Partindo de Gilgal, o povo de Israel realizou o primeiro de seus ataques: a conquista de Jericó. Embora a Jericó do Antigo Testamento (T. es-Sultan) cobrisse apenas 2,4 hectares, uma série de fatores fazia do lugar um alvo inicial atraente. A cidade tinha sido construída no maior e mais exuberante oásis de toda Canaa oriental, e a escassez de água naquela terra explica por que o local já estava ocupado em 9000 a.C. Além disso, Jericó estava estrategicamente localizada no cruzamento de pelo menos três estradas , proporcionando acesso latitudinal à região montanhosa de Betel e/ou Jerusalém e longitudinal ao vale de Jezreel e à Galileia. Jericó servia de porta de entrada para o leste, proporcionando controle efetivo sobre os vaus do Jordão e sobre a necessária ligação na retaguarda, com as planícies de Moabe. É possível que nem todos os soldados tenham atravessado o rio junto com Josué. Moisés havia aceitado o pedido das tribos de Rúben, Gade e Manassés do Leste, que desejavam ficar com a herança na Transjordânia, mas estipulou que todos os combatentes dessas tribos deveriam se juntar a seus irmãos nas batalhas que ainda aguardavam 1srael (Nm 32:29). Entretanto, quando Josué atravessou o rio, apenas uns 40 mil homens dessas tribos o acompanharam (Js 4:12-13).
A contagem de combatentes só das tribos de Rúben e Gade era de mais de 90 mil homens (Nm 1:20-21,24,25), mas a ideia de que quebraram a palavra dada a Moisés parece infundada à luz do cordial conselho que, mais tarde, Josué lhes deu (Js 22:1-9). Parece claro que alguns israelitas, em especial mulheres e crianças (Js 1:12-15; Dt 3:18-22), ficaram temporariamente para trás, em segurança. Aquelas pessoas devem ter proporcionado uma linha de suprimentos para as forças israelitas e, junto com seus rebanhos e manadas, devem ter necessitado da proteção militar dada por alguns dos combatentes de cada tribo. Deixar de capturar Jericó ameaçaria cortar essa linha de suprimentos.
Contudo, Josué saiu-se vitorioso em Jericó e, em seguida, voltou o olhar para a região montanhosa central. Ele decidiu empregar uma força menor para capturar a pequena cidade de Ai, que possivelmente era um posto militar avançado temporário de Betel, situado perto do lado leste da cidade (Js 7:2-8.12; cp. Gn 13:3-4). Historicamente, a Ai biblica tem sido situada em et-Tell, principalmente com base na localização mais segura de Betel (Beitin) e na descrição feita por Eusébio em seu Onomasticon 50 Todavia, et-Tell não revela nenhum indício de ocupação humana na época da conquista bíblica, de sorte que alguns estudiosos procuram situar Ai em outro lugar, seja em kh. Nisya, em Aiath ou em kh. el-MagatirIs. Conquanto não se possa rejeitar sem mais nem menos essas alternativas, não existe nenhum motivo convincente para acolher qualquer uma ou atribuir a uma delas uma aura de probabilidade.
Além de Ai, outros sítios mencionados junto com a ocupação israelita de Canaã e da Transjordânia também não apresentam indícios de ocupação humana à época em que Israel se fixou lá.
Em tais circunstâncias, uma abordagem sensata é suspender a decisão a respeito até que a arqueologia recupere mais dados ou até que outros dados mais decisivos estejam disponíveis.
Conforme diz o aforisma citado com frequência e consagrado pelo tempo: "Inexistência de prova não é prova de inexistência".
As forças menores enviadas para capturar Ai sofreram derrota amarga e foram registradas as primeiras baixas israelitas na conquista (Js 7:2-5). Depois da revelação e do tratamento do pecado de Aca (o motivo da derrota), Josué preparou uma estratégia sistemática para atacar Ai/Betel.
Primeiro, uma grande tropa de emboscada foi secretamente colocada entre Ai e Betel (Js 8:3-4). Vinda de Gilgal, é provável que essa força tenha assumido posição seguindo pelo uádi Qilt e pelo uádi Suweinit até o fim, o que os teria deixado imediatamente no sul de Betel, mas numa posição bastante escondida. Então, bem à vista dos moradores de Ai, Josué conduziu sua força principal para bem perto da cidade, passando a noite acampada ao norte de Ai, com uma ravina a separá-la da cidade (Js 8:10-11). Com uma descrição assim tão vívida da topografia, é possível identificar a rota tomada por Josué como o uádi Makkuk. Um dos braços principais desse sistema de uádis flanqueia o norte de et-Tell e, do alto do local, é possível ver, à distância, o uádi Makkuk em sua descida na direção de Jericó.
Na manha seguinte, a tropa de Josué fingiu uma retirada descendo o uádi na direção do vale do Jordão, mas não antes de uma pequena força de emboscada ter sido posicionada ao norte de Ai (Js 8:12-13). Supondo que a manobra fosse uma repetição da escaramuça anterior, o comandante de Ai ordenou a seus homens que perseguissem os israelitas uádi abaixo. Mas, quando Josué deu o sinal previamente combinado, as duas forças de emboscada saíram e atacaram. Betel e Ai, agora desprotegidas, foram forçadas a lutar em todas as frentes (Js 8:14-22). O resultado da manobra foi uma grande vitória para as tropas de Josué, plantando firmemente os pés dos israelitas no alto da Cadeia Montanhosa Central. Em algum momento depois dessa vitória, Josué conduziu o povo de Israel até Siquém, local flanqueado pelo monte Ebal ao norte e pelo monte Gerizim ao sul. De um modo que lembra o que aconteceu no monte Sinai (Ex 19:1-2), Josué construiu ali um altar de pedras brutas (Js 8:30; cp. Ex 20:25; Dt 27:5-6), ofereceu holocaustos e sacrifícios pacíficos (Js 8:31; cp. Ex 20:24) e oficialmente ratificou os termos da aliança mosaica com uma nova geração (Js 8:32-24:1-28; cp. Dt 27:1-26). De novo, Josué foi retratado como o sucessor legítimo de Moisés, o grande legislador. E, do ponto de vista geográfico, esse deslocamento de Betel para Siquém pressupõe outras atividades que devem ter sido inerentes à ocupação, embora a Bíblia não nos dê nenhum detalhe a respeito.
AS BATALHAS DE JERICO E AI/BETEL
AS BATALHAS DE JERICO E AI/BETEL

As doze tribos de Israel

AS DOZE TRIBOS
O povo liderado por Josué em seu território recém- conquistado era constituído de doze trios, segundo os doze filhos de Jacó (também chamado de Israel):

Os filhos de Lia: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom.
Os filhos de Raquel: José e Benjamim.
Os filhos de Bila, serva de Raquel: Dà e Naftali.
Os filhos de Zilpa, serva de Lia: Gade e Aser.
Pouco antes de falecer, Jacó havia pronunciado uma bênção sobre cada uma das tribos, e Moisés, de modo semelhante, havia abençoado todas as tribos, exceto Simeão. Na verdade, havia treze tribos, pois a de José era dividida em duas tribos que levavam o nome de seus filhos, Efraim e Manassés. Conforme Deus havia prometido a Abraão, Jacó e Moisés os descendentes de Jacó haviam tomado posse da terra e poderiam dividi-la entre si.


AS DUAS TRIBOS E MEIA DO LADO LESTE DO JORDÃO
O livro de losué fornece um "mapa verbal" detalhado dos territórios entregues a cada tribo.' Antes dos israelitas atravessarem o rio Jordão para dar início à conquista de Canaã, as tribos de Rúben e Cade e a meia tribo de Manassés pediram e receberam territórios do lado leste do Jordão. As tribos de Rúben e Cade tomaram para si o antigo reino de Seom, rei dos amorreus, enquanto a meia tribo de Manassés ficou com reino de Ogue, rei de Basá, ao norte.

AS TRIBOS DO LADO OESTE DO JORDÃO
Judá recebeu um território amplo na extremidade sul da terra prometida entre o mar Morto e o mar mediterrâneo, e sua fronteira meridional se estendia do ribeiro do Egito (Wadi el-Arish) até a região ao sul de Cades-Barnéia. A tribo de Efraim e a outra metade da tribo de Manassés receberam terras mais ao norte, entre o Jordão e o Mediterrâneo. Outros sete territórios, em geral menores, foram distribuídos entre as sete tribos restantes pelo lançamento de sortes. O território entregue a Benjamim, interposto entre Judá e Efraim e, em algumas partes, com pouco mais de 10 km de largura, incluía um encrave jebuseu, a cidade conquistada posteriormente por Davi e chamada de Jerusalém. O território de Dá dava continuidade a essa faixa interposta e se estendia até o mar mediterrâneo a oeste. O território de Judá foi considerado extenso demais, de modo que a região ao redor de Berseba foi entregue a Simeão, uma tribo que acabou sendo assimilada por Juda. As tribos restastes receberam terras a norte de Manassés. O território de Aser se estendia ao longo da costa do Mediterrâneo até Sidom, o limite setentrional da terra prometida. Porém, os livros de Josué e Juízes mostram que essas tribos não conseguiram tomar posse de toda a sua herança devido à resistência de vários grupos cananeus na região.

OS LEVITAS E AS "CIDADES DE REFÚGIO"
A tribo de Levi já havia sido separada para o serviço sacerdotal e, portanto, ao invés de herdar um território, os levitas receberam 48 cidades espalhadas por toda a terra prometida e os pastos ao redor desses locais. Seis cidades entregues as levitas foram estabelecidas como "cidades de refúgio". Pessoas que tivessem cometido homicídio acidental (não-intencional) podiam fugir para estas cidades e se proteger de parentes da vítima decididos a vingá-la. Numa época em que as vinganças de sangue desse tipo eram comuns, o estabelecimento das cidades de refúgio constituiu uma medida importante. Os fugitivos podiam aguardar seu julgamento nessas cidades ou permanecer ali até a morte do sumo sacerdote, ocasião em que eram anistiados. As três cidades separadas para esse fim do lado leste do Jordão foram: Bezer, Ramote em Gileade e Golá em Basà. Do lado oeste foram separadas Cades, no território de Naftali, ao norte, Siquém, na região montanhosa de Efrain, e Hebrom, em Judá.

ENCRAVES CANANEUS
Os livros de Josué e Juízes sugerem que várias tribos não tomaram posse de todo seu território. Apesar de Gezer ter sido entregue aos efraimitas, eles não conseguiram expulsar us cananeus que viviam ali.' O texto bíblico também registra a presença de cananeus com carros em Bete-Seà, Megido e no vale de Jezreel. Diante da dificuldade de tomar posse de seu território, parte da tribo de Dà migrou para Laís, ao norte, e capturou esta cidade, mudando seu nome para Dá.° Apesar de ter realizado campanhas militares contra as cidades de Gaza, Asquelom e Ecrom, Judá nunca chegou a tomar posse de toda a sua herança que se estendia até o Mediterrâneo, pois, como as evidências arqueológicas mostram, essa região costeira foi ocupada posteriormente pelos filisteus. Depois da morte de Josué, as tribos de Judá e Simão lutaram contra os cananeus dentro de seus territórios. Os homens de Judá se apropriaram da região montanhosa, mas não conseguiram expulsar os cananeus da planície. Jabim, um rei cananeu da cidade de Hazor, se opôs aos israelitas. Ao que parece, os cananeus possuíam equipamentos militares superiores, como os carros de guerra parcialmente reforçados com ferro. Os encraves cananeus se tornaram espinhos nos olhos e ferrões nas costas dos israelitas, conforme Moisés havia predito.

A terra prometida
dividida entre as doze tribos de Israel Embora áreas extensas tenham sido designadas para as doze tribos, a presença continua dos cananeus mostrou que Israel não foi capaz de tomar posse da região em toda sua extensão.

Um dos "lugares altos" (locais de adoração e sacrificio) dos cananeus em Megido, construido no terceiro milênio a.C.
Um dos "lugares altos" (locais de adoração e sacrificio) dos cananeus em Megido, construido no terceiro milênio a.C.
A terra prometida
A terra prometida

O REINO DE JUDÁ DESDE MANASSÉS ATÉ À QUEDA DE NÍNIVE

686-612 a.C.
MANASSÉS
Ezequias foi sucedido por seu filho, Manassés (686-641 a.C.), um homem com caráter e estilo de governo absolutamente opostos as de seu pai. O autor de Reis descreve como Manassés fez o que era mau aos olhos do Senhor, seguindo as práticas abomináveis das nações que o Senhor havia expulsado de diante dos israelitas.' Ele reconstruiu os altos, levantou altares a Baal, fez um poste-ídolo, prostrou-se diante dos exércitos dos céus, para os quais erigiu altares no templo do Senhor. Praticou feitiçaria e adivinhação, consultou médiuns, queimou seu filho como sacrifício e lavou Jerusalém com sangue inocente.
O Senhor falou ao povo de Judá por intermédio de um profeta desconhecido e prometeu enviar uma calamidade tão grande sobre Jerusalém e Judá a ponto de fazer tinir os ouvidos de quem ouvisse a respeito do ocorrido. O Senhor estenderia sobre Jerusalém o cordel de Samaria e o prumo usado contra a casa de Acabe e eliminaria jerusalém como quem tira sujeira de um prato. Quando o povo não atentou para a profecia, "o Senhor trouxe sobre eles os príncipes do exército do rei da Assíria, os quais prenderam Manassés com ganchos, amarraram-no com cadeias e o levaram à Babilônia" (2Cr 33:11).
Os reis assírios Esar-Hadom e Assurbanipal fazem referência a Manassés em 676 a.C.e por volta de 666 a.C., respectivamente, como um rei que pagou tributos. E importante observar que Manassés foi levado à Babilônia. Entre 650 a.C.e 648 a.C.
Assurbanipal cercou a Babilônia que, na época, era governada por seu irmão mais velho, Shamash-shum-ukin. Esar-Hadom colocou ganchos no nariz de outros dois reis vassalos, como se pode ver claramente em sua estela de Samal (atual Zincirli, próximo a Islahiye, no sudeste da Turquia). Na Babilônia, Manassés buscou o favor do Senhor, se humilhou e recebeu permissão de voltar à sua terra natal. Remove as imagens de deuses estrangeiros, inclusive uma imagem que havia sido colocada no templo do Senhor, restaurou o altar do Senhor e reinstituiu as ofertas a ele. Instruiu o povo a servir ao Senhor, mas, ao que parece, teve dificuldade em extinguir hábitos profundamente arraigados, pois o povo continuou a sacrificar nos altos, ainda que apenas para o Senhor.

AMOM
Manassés foi sucedido por seu filho Amom (641-639 a.C.) que seguiu o exemplo idólatra de seu pai, mas não se humilhou. Depois de um reinado curto de dois anos, foi assassinado por seus oficiais no palácio. "O povo da terra" (talvez uma expressão equivalente a "pequena nobreza") proclamou rei o filho de Amom, Josias, então com oito anos de idade.

NAUM
É difícil datar com precisão a profecia sucinta do profeta Naum, mas ele sabia da captura da cidade de Tebas no Alto Egito pelos assírios, ocorrida em 663 a.C., no reinado de Assurbanipal. Naum predisse em linguagem vívida um acontecimento aparentemente impossível: a queda de Nínive, a capital assíria que se estendia por uma área de 749 hectares e era cercada por mais de 12 km de muros. "As comportas dos rios se abrem [ou, mais literalmente, "se derretem"], e o palácio é destruído. Está decretado: a cidade-rainha está despida e levada em cativeiro, as suas servas gemem como pombas e batem no peito. Nínive, desde que existe, tem sido como um acude de águas; mas, agora, fogem. Parai! Parai! Clama-se; mas ninguém se volta" (Na 2:6-8).

SOFONIAS
O profeta Sofonias, que escreveu durante o reinado de Tosias (639-609 a.C.), também anteviu a destruição de Nínive: "Ele estenderá também a mão contra o Norte e destruirá a Assíria; e fará de Nínive uma desolação e terra seca como o deserto. No meio desta cidade, repousarão os rebanhos e todos os animais em bandos; alojar-se-ão nos seus capitéis tanto o pelicano como o ourico. Sofonias 2:13-14

A QUEDA DE NÍNIVE
Ao contrário da imagem transmitida pelos reis assírios em suas inscrições, a Assíria não era invencível. Os citas e os cimérios, povos indo-europeus das estepes da Rússia, causaram sérios problemas os assírios durante o reinado de Esar-Hadom (681-669 a.C.). A morte de Assurbanipal em 627 .C. foi seguida de uma revolta contra seu filho, Assur-etil- ilani. Seu irmão, Sin-shar-ishkun (627-612 .C.) também sofreu oposição. Entrementes, um líder tribal caldeu do sul da Mesopotâmia chamado Nabopolassar (pai de Nabucodonosor) tomou o trono da Babilônia em 626 a.C. De acordo com a Crônica da Oueda de Nínive, em 616 a.C.Nabopolassar começou a atacar a Assíria com a ajuda dos medos, governados então por Ciáxares. Assur, uma cidade importante do império, caiu em 614 a.C. e é possível que o mesmo tenha acontecido com Calá (Nimrud). Em 612 a.C., Nínive foi cercada e, como a Crônica da Oueda de Nínive registra: "O rei da Acádia (Nabopolassar] e Ciáxares marcharam pela margem do Tigre e acamparam diante de Nínive. Do mês de sivã [maio/junho] até o mês de abe (julho/agosto), isto é, por três meses, impuseram um sítio rigoroso à cidade" (Crônica da Queda de Nínive 40- 43a). Os historiadores gregos 10enofonte" e Diodoro Sículos mencionam uma tempestade que causou inundação numa área da cidade e rompeu parte do muro. O palácio foi incendiado, talvez a ocasião em que Sin-shar-ishkun cometeu suicídio. A profecia de Naum acerca da destruição do palácio se cumpriu.
O cumprimento das outras predições de Naum sobre o saque dos tesouros de Nínive" e a ruína da cidade" pode ser observado na declaração sucinta da Crônica da Queda de Nínive: "Levaram grande espólio da cidade e do templo transformaram a cidade num montão de escombros" (Crônica da Oueda de Nínive 45).
Assur-uballit, um general assírio, resistiu por mais dois anos em Hara, no sudeste da Turquia. Mas a Assíria havia chegado ao fim e, como Naum predisse na conclusão de sua profecia: "Todos os que ouvirem a tua fama baterão palmas sobre ti; porque sobre quem não passou continuamente a tua maldade?" (Na 3.19b).
A queda da Assíria No começo do século VII a.C.os citas e cimérios, povos da região sul da atual Rússia, pressionaram a Assíria. Em 612 a.C., Ninive, capital da Assíria, foi tomada pelos babilônios, do sul do atual Iraque, e pelos medos, do atual Irá. Um
A queda da Assíria No começo do século VII a.C.os citas e cimérios, povos da região sul da atual Rússia, pressionaram a Assíria. Em 612 a.C., Ninive, capital da Assíria, foi tomada pelos babilônios, do sul do atual Iraque, e pelos medos, do atual Irá. Um
A estela de 3,2 m de altura mostra o rei assírio Esar-Hadom(681-669 a.C.) segurando dois reis clientes minúsculos em cordas amarradas a ganchos presos ao nariz. Proveniente de Zincirli, no sudeste da Turquia.
A estela de 3,2 m de altura mostra o rei assírio Esar-Hadom(681-669 a.C.) segurando dois reis clientes minúsculos em cordas amarradas a ganchos presos ao nariz. Proveniente de Zincirli, no sudeste da Turquia.
Planta urbana de Ninive Com uma área de 749 hectares, Nínive era a maior cidade dos assírios. Escavações arqueológicas concentraram-se nos dois montes principais da cidade, Kuyunjik e Nebi Yunus.
Planta urbana de Ninive Com uma área de 749 hectares, Nínive era a maior cidade dos assírios. Escavações arqueológicas concentraram-se nos dois montes principais da cidade, Kuyunjik e Nebi Yunus.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Josué Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
SEÇÃO I

JOSUÉ CONQUISTA CANAÃ

Josué 1:1 — 12.24

A. INFORMAÇÕES PARA ENTRAR EM CANAÃ, 1:1-2.24 1. Deus Informa a Josué 1:1-9)

a. Quem era Josué? Os vislumbres que vemos dele antes da morte de Moisés estão associados a importantes eventos da história de Israel. Quando o exército de Israel pre-cisava de um líder, Josué foi comissionado para ser o general (cf. Êx 17:8-9). Quando Deus entregou os Dez Mandamentos a Moisés no monte Sinai, Josué era o seu acompa-nhante (cf. Êx 24:13-32.17). Ainda jovem, foi encarregado do Tabernáculo quando a ido-latria do povo fez com que Moisés o removesse do acampamento (Êx 33:11). Josué mos-trou sua lealdade à liderança quando percebeu que tal fato estava sendo ameaçado (cf. Nm 11:24-29). Em Cades-Barnéia Josué foi escolhido para ser o representante de sua tribo, a de Efraim (cf. Nm 13:8-16).

Josué alcançou o título de "servidor de Moisés (cf. Êx 24:13; Js 1:1). Os termos servi-dor e servo são usados alternadamente em referência a Josué (cf. também Êx 33:11 e Nm 11:28). Enquanto servia como oficial comandante do exército, ele destruiu os inimigos de Israel (cf. Êx 17:13). Nos períodos em que seus irmãos se rebelaram contra Deus, Josué manteve sua fé no plano de Deus.

Depois de muitos anos de trabalho conjunto, Josué perde seu oficial superior, Moisés. Todavia, ele se manteve em contato com o Senhor, que "falou a Josué, filho de Num" (1).

Quando o nome "Josué" é traduzido para o grego, ele se torna "Jesus" (cf. Act 7:45; Hb 4:8). Este nome significa "Salvador". Em muitos aspectos, este "Jesus do Antigo Testa-mento" prefigura características do Jesus do Novo Testamento. Não foi registrado ne-nhum mal contra ele. Ele estava livre de todo desejo de autopromoção ou cobiça; não existe traço de egoísmo que manche a nobreza simples de seu caráter; em todas as cir-cunstâncias ele demonstrou um desejo supremo: conhecer a vontade de Deus. Sua prin-cipal ambição era fazer a vontade divina. Josué foi um homem de coragem inabalável e perseverança invencível que mostrou profunda confiança diante das dificuldades. Suas ações imediatas lhe deram vitórias. As outras pessoas lhe deram grande honra em fun-ção da desconsideração altruísta de seus próprios interesses pessoais. Ele nunca deixou de demonstrar uma profunda preocupação pelos interesses daqueles a quem liderava.

Desse modo, na plenitude dos tempos, quando Deus precisava de um homem bem preparado, Ele escolheu Josué. O Senhor encontrou naquele homem alguém que ouviria suas instruções. Josué era alguém que cumpriria suas tarefas. Estas qualidades de caráter tão associadas à disposição de Josué são sempre aprovadas por Deus.

  1. De que maneira Deus falou com Josué? O autor do livro não faz qualquer esforço para explicar de que maneira Deus falou com este homem. Contudo, com considerável freqüência, ele declara que Deus se comunicava com Josué (cf. Js 1:1-9; 3.7; 4.1; 6:2, para citar apenas alguns exemplos).

Em diferentes ocasiões lemos que Deus falou por meio de Urim e Tumim (cf. Nm 27:21; Dt 33:8-1 Sm 28.6). Mas não existe registro algum o qual indique que Ele falou alguma vez com Josué desta maneira.

É bem possível que Deus tenha falado com ele da mesma maneira que falou com Abraão (cf. Gn 12:1-13.14; 15.1,18) ou com Jacó (Gn 28:13-35.1,10). Essa suposição, porém, não responde à pergunta relativa à maneira como isso foi feito. Uma coisa se torna evidente, a saber: Deus falou de tal maneira que eliminou qualquer dúvida na mente de Josué em relação a quem estava falando e aquilo que era dito.

  1. Deus dá ordem para entrar em Canaã (1.2). Levanta-te, pois, agora, passa este Jordão. A continuidade do programa de Deus para Israel é manifesta nesta ordem. Israel deveria começar a se mover rumo à Terra Prometida de uma vez. A morte de Moisés é tratada na história de Israel apenas como uma virgula, não como um ponto final. As pro-messas feitas a Abraão, Isaque e Jacó serviam agora como um antigo fundamento para os eventos que se cumpriam. A libertação operada por Moisés não deveria ser considerada como um fim em si mesma, mas ser aceita como arauto dos próximos avanços.

Os anos de treinamento de Josué o haviam preparado para esta missão específica. Os planos e os propósitos de Deus teriam seqüência. Fica óbvio aqui que o programa de Deus excede o tempo de vida de qualquer homem.

Existe continuidade não apenas do programa de Deus sendo revelado nesta ordem para entrar em Canaã, mas também existe uma continuidade da manifestação divina. "O que aconteceu sob Josué forma o mais importante capítulo do processo de revelação por meio do qual Deus se tornou conhecido a Israel... Os livros históricos hebraicos são... os registros de uma manifestação divina".1 Assim, Deus influenciara a história humana no passado e continuava a fazer isso nos dias de Josué.' O reconhecimento dessa verdade é de uma ajuda muito importante na descoberta do significado do livro de Josué.

Um dos problemas mais importantes na missão de Josué foi este: como eles poderi-am cruzar o Jordão alagado? 3 O problema destaca-se ainda mais pelo fato de que isso aparentemente não perturbou Josué. Ele estava convencido de que tudo aquilo que Deus desejava seria possível para aqueles que lhe obedecessem com fé verdadeira. Josué dis-sera anteriormente a Israel que "se o Senhor se agradar de nós, então, nos porá nesta terra e no-la dará... Tão-somente não sejais rebeldes contra o Senhor e não temais o povo desta terra, porquanto são eles nosso pão; retirou-se deles o seu amparo, e o Senhor é conosco; não os temais" (Nm 14:8-9). Josué não titubeou diante de tais promessas. Ele sabia que o Senhor abriria um caminho para o seu povo.

  1. Instruções concernentes ao programa humano-divinal (1.3). Todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado. Esta é a mesma promessa que Deus fizera aos patriarcas (Gn 12:1-7; 13 14:17; Êx 23:30ss). Esta promessa foi desacredita-da pelo povo em Cades-Barnéia (Nm 14:1-4). Em conseqüência dessa ação, Israel teve que padecer severamente durante os anos seguintes. Agora, debaixo da liderança de Josué 1srael estava próximo de completar o circuito Deus-homem, de modo que o po-der de Deus pudesse trabalhar a favor deles. A desobediência neste ponto significaria simplesmente a continuação da tragédia. A obediência significava a possessão vitorio-sa da Terra Prometida.

Uma vez que obedeceu a Deus, Israel fez o Senhor conhecido a todos os povos com quem entrou em contato. Naqueles momentos, seus inimigos foram rendidos indefesos. O próprio povo de Israel tornou-se invencível. Israel tornou-se vítima do seu ambiente todas as vezes que rompeu seu relacionamento com Deus.

  1. Instruções relativas às fronteiras (1.4). Deus ofereceu ao povo a terra que se esten-dia do deserto, ao sul, até a faixa do Líbano, ao norte. Esta oferta incluía a terra a leste do rio Eufrates e a oeste do mar Mediterrâneo (veja mapa). Eles também deveriam pos-suir toda a terra dos heteus, que incluía uma grande porção da Ásia Menor.' Esta porção de terra era muito maior do que aquilo que Israel já havia ocupado. Davi e Salomão aplicaram tributos à maior parte dessa extensão de terra, mas em qualquer período da história de Israel as fronteiras foram apenas temporariamente mantidas.

A extensão dessas fronteiras sugere a prodigalidade da provisão de Deus para com seu povo. Deus tinha o propósito de ver todas as terras ocupadas por seus santos seguido-res (cf. Dt 11:22-25). Se tivessem obedecido plenamente a Deus, eles poderiam ter causado um impacto de justiça entre todas as nações da terra. Tal influência era desesperadamente necessária. Deus queria que Israel realizasse esta missão, mas aqueles a quem Ele tanto favorecera romperam a aliança que tinham com Ele (Jz 1:21 — 2.15). Como resultado da infidelidade deles, nações que poderiam ter sido iluminadas foram deixadas nas trevas. Os próprios israelitas deixaram de ser conquistadores para se tornarem escravos. A história de Israel revela que apenas a confiança e a obediência a Deus trouxeram ricas recompen-sas. Sem o Senhor, eles não podiam fazer algo que fosse digno de nota.

  1. O segredo da invencibilidade é revelado (1.5). Deus não apenas colocou diante de Josué uma visão daquilo que poderia ser feito, mas também lhe assegurou da necessária dinâmica de fazer com que a visão se tornasse realidade. Como fui com Moisés, assim serei contigo era toda a segurança que Josué desejava. Josué sabia que Deus tinha tornado Moisés invencível no meio dos perigos e das provações. Ele jamais poderia se esquecer de como Moisés confrontou o mandatário do Egito e como venceu. Ele viu Moisés lidar com um povo apóstata e testemunhou que Deus não o abandonou.

Porque Moisés manteve-se em harmonia com Deus, as águas amargosas tornaram-se doces, as mordidas das serpentes venenosas foram curadas, a lepra foi extirpada, o pão do céu foi dado, e a água fluiu de uma rocha numa terra seca. Josué estava conven-cido de que os recursos de Deus jamais acabariam. Ele sabia que nenhuma crise ou evento inesperado faria com que Deus o deixasse sozinho.

A palavra de Deus — não te deixarei nem te desampararei — fez com que Josué ficasse pronto para cumprir sua missão.

A extensão da assistência divina ao novo líder sugere que os grandes homens de Deus vêm e vão, mas o poder que faz com que eles sejam grandes permanece. Deus quer que seu povo de todas as eras se lembre que Ele não deixará seus filhos quando estive-rem fracos, nem os desamparará quando eles falharem (cf. Dt 31:8).

  1. A importância de uma boa disposição (1.6). Josué deveria preparar uma liderança que fosse caracterizada pelo otimismo genuíno. Ele mesmo deveria se esforçar e ter bom ânimo. Para cumprir esta demanda, deveria estar plenamente convencido de que Deus faria tudo o que prometera. Dúvidas e temores assaltariam Josué, mas ele deveria lutar o combate da fé e esperar pelo triunfo. Deus contava com ele para que o povo herdasse a terra que jurei a seus pais lhes daria. Deus não tomou providência alguma em rela-ção ao fracasso. Josué também deveria ter a mesma atitude mental.

Uma postura negativa trouxe a derrota a Israel por mais de uma geração. Um novo dia havia amanhecido; novas oportunidades foram oferecidas. Sem fé, não seria possível agradar a Deus, e tudo o que Ele lhes dera seria perdido. A fé traria a vitória.

  1. A chave para o sucesso (1.7,8). A eficácia de qualquer coisa que Josué tentasse fazer seria determinada por esta chave: Esforça-te e tem mui bom ânimo para teres o cuidado de fazer conforme toda a lei que meu servo Moisés te orde-nou (7). Aqui e no versículo 8 a palavra lei é usada para identificar os textos que Moisés deixara em relação à vontade de Deus para seu povo. A Torá hebraica signifi-ca mais do que a legislação. Ela sugere a idéia de instrução e orientação. Nenhuma obrigação ou responsabilidade deveria justificar qualquer desvio dessas regras.bási-cas para a vida. Havia perigo à frente se Josué não usasse esta chave com diligência. O medo era um perigo; portanto, ele deveria se esforçar e ter bom ânimo. O compro-metimento era perigoso; assim, ele não deveria se desviar nem para a direita nem para a esquerda. O esquecimento era uma ameaça; ele não deveria permitir que esta palavra ficasse fora de sua boca. A superficialidade também era um perigo, de modo que ele deveria meditar no livro da lei dia e noite (8). Ao discutir o termo "meditar", J. S. McEwen sugere que é o ato de alguém praticar "uma concentração proposital da mente no assunto da meditação e a deliberada expulsão de pensamen-tos e imagens contraditórios."'

Desse modo, toda a força e a coragem de Josué deveriam estar focalizadas na obser-vância do programa de Deus. O Senhor já concedera um código para o sucesso que sobre-viveria ao mais diligente escrutínio. Neste manual estava a certeza de prosperar por onde quer que andares, de fazer prosperar o teu caminho e prudentemente te conduzirás. Aqui estava a chave para o sucesso: quem a usasse viveria de maneira sábia e comportar-se-ia com prudência.

i. A iniciativa é de Deus (1.9). Não to mandei eu? Josué não deveria seguir os gostos pessoais nem as ambições egoístas. Ele deveria realizar as ordens do Senhor. Em nenhum momento ele deveria pensar em Deus apenas como o Ouvinte silencioso de suas conversas. O Senhor era o Iniciador de todo o programa de Josué. Deus colocara em movimento um estilo de vida que exigia atenção total deste servo fiel.

O plano de Deus para o homem não se originou em Josué, nem terminou nele. "[Deus] nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em caridade" (Ef 1:4). Este tipo de programa exige a lealdade total do ho-mem, o qual não deve se desviar nem para a direita nem para a esquerda. O medo, o comprometimento, o esquecimento e a superficialidade devem ser diligentemente evita-dos. O homem deve sempre se lembrar deste retumbante desafio: Não to mandei eu? É o próprio Deus quem precisa estar a cargo de todas as operações.

O Senhor não apenas apresenta um modo de vida, mas também prescreve o estado mental no qual este plano deve ser executado: Esforça-te e tem bom ânimo; não pasmes, nem te espantes. (1) Deus desafia o homem a empregar todo o seu poder na tarefa. (2) O homem também deve fazer a obra do Senhor com grande expectativa. Isaías sugere esta atitude na afirmação que faz de que "os resgatados do Senhor voltarão e virão a Sião com júbilo; e alegria eterna haverá sobre a sua cabeça; gozo e alegria alcan-çarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido" (Is 35:10). Além disso, (3) o homem deve servir destemidamente. Os "tímidos" encabeçam a lista daqueles que terão "a sua parte... no lago que arde com fogo e enxofre" (Ap 21:8). Aqueles que servem ao Senhor corretamente não têm lugar naquela multidão. Finalmente, (4) o servo do Senhor deve ser intrépido. Ele pode ser tentado em todos os aspectos, mas não deve ceder. Ele deve ser como o Josué do Novo Testamento, "o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, despre-zando a afronta" (Hb 12:2). Josué precisava do conselho nem te espantes.

Contudo, o Senhor faz mais do que traçar um plano e prescrever um método. Ele também fornece a dinâmica por meio da qual o plano e o método se tornam possíveis para aqueles que decidem obedecer. Este poder não é outro senão o fato de que o Se-nhor, teu Deus, é contigo, por onde quer que andares.

Esta presença foi de grande significado para Josué. Dali em diante, ele estava qua-lificado a realizar o trabalho para o qual fora chamado. A comunhão com Deus estava mantida, pois Ele estava próximo, à mão. As dificuldades de entrar na terra não signifi-cavam problemas sérios, pois o Senhor podia facilmente abrir caminho para que eles entrassem. Vencer toda a oposição era a coisa certa; Aquele que era por ele era maior do que aqueles que eram contra ele.

O cristão reconhece a importância da presença de Deus. Jesus Cristo prometeu aos seus seguidores: "Eis que eu estou convosco todos os dias" (Mt 28:20). Ele garantiu aos seus seguidores: "Recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós" (Atos 1:8). É por causa da presença de Deus que o cristão enfrenta as vicissitudes da vida de maneira triunfante.

2. Josué 1nstrui seus Oficiais e o Povo (1:10-18)

a. O povo deve se preparar (1.10,11). Parece que este episódio foi colocado aqui fora de sua ordem cronológica, de modo apenas a manter a continuidade do relato principal. É bem provável que o povo tenha recebido esta ordem depois de os espias terem voltado de Jericó (cf. Js 2:22-3.2). Contudo, este relato poderia muito bem se encaixar em ordem cronológica, pois Josué sempre fez bom uso de seu tempo. Ele foi um homem de fé e de ação. Josué certamente queria que as pessoas estivessem em prontidão para se mover. Ele queria que elas estivessem ansiosas pelo mesmo tipo de vitória do qual ele falara. Príncipes do povo (10) – não sabemos exatamente de qual extirpe eles eram. Evidên-cias de organização dentro das tribos são encontradas em Deuteronômio 16:18-20.5,9; 31.28, etc. Josué enviou uma ordem para que o povo providenciasse... víveres (11). Ele sabia que somente depois de terem feito sua parte é que poderiam esperar que Deus agisse em seu favor. A ansiedade pelo sucesso possui em si mesma um vital relaciona-mento com a preparação.

  1. As tribos a leste do Jordão deveriam ajudar (1:12-15). As tribos de Rúben, Gade e a meia tribo de Manassés receberam herança no lado leste do Jordão, ainda durante a administração de Moisés (cf. Nm 32, Dt 3:12-20). O acordo era que aqueles israelitas deveriam deixar seu gado e sua família no lado leste, pois como homens valentes e valorosos (14) deveriam servir como tropas de choque e liderar o avanço sobre a oposi-ção em Canaã. Esses homens deveriam estar livres de qualquer interesse familiar ou materialista durante este período. Além do mais, eles deveriam estar ansiosos por com-pletar as conquistas e voltar para suas casas.

A qualidade da liderança de Josué é revelada aqui. Ele não forçou aquelas pessoas a cumprirem sua promessa. Ele apenas apelou para que elas se lembrassem da palavra que vos mandou Moisés, o servo do Senhor (13). Josué tinha um julgamento sufici-entemente bom para saber que, se eles não respondessem com lealdade àquele por quem eles ainda choravam, então havia pouca esperança de que eles pudessem ser de verda-deira ajuda.

  1. As tribos a oeste do Jordão oferecem sua lealdade (1:16-18). Aqueles israelitas estavam prontos para dizer ao seu novo líder: Tudo quanto nos ordenaste faremos e aonde quer que nos enviares iremos... Todo homem que for rebelde à tua boca... morrerá. Tal obediência e lealdade foram concedidas a Josué, acompanhadas da oração que o Senhor, teu Deus, seja contigo (17) e da palavra de encorajamento tão-so-mente esforça-te e tem bom ânimo (18).

Aqueles homens estavam prontos a sacrificar seus interesses e confortos pessoais e a arriscar suas próprias vidas se houvesse evidência de que o Espírito do Senhor repou-sava sobre seu líder. Eles esperavam que Josué irradiasse confiança e coragem. John Bright observou que "isto reflete uma das mais tenazes características da psicologia israelita. As tribos primitivas de Israel seguiam apenas o líder sobre quem o Espírito do Senhor repousava".


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Josué Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
*

1.1-18

As palavras iniciais indicam tanto o ponto de partida histórico do livro como a necessidade que o povo enfrentou de uma reavaliação de sua comunhão com Deus da qual o livro trata. A morte de Moisés conclui o castigo de Deus sobre a geração que saiu do Egito (5.4-6; Dt 1:35; 32:51). Que se deve dizer quando Moisés tinha morrido e o povo de Israel tinha caído debaixo do julgamento de Deus? Este primeiro capítulo introduz a resposta a esta pergunta, a saber que mesmo "depois da morte de Moisés", o Senhor foi fiel às suas promessas. Ver Introdução: Características e Temas. Essa realidade e suas conseqüências foram descritas por Deus a Josué (vs. 1-9), e então por Josué ao povo de Israel em geral (vs. 10 e 11), e, em particular às duas tribos e meia (vs. 12-15). Finalmente, ficou registrada a reação do povo (vs. 16-18).

* 1:1

servo do SENHOR. Esse título de honra sugere o papel especial de Moisés dentro dos propósitos de Deus (vs. 1, 2, 7, 13, 15; conforme Is 42:1). Esse título também foi dado a Abraão (Gn 26:24), e será aplicado a Josué por ocasião de sua morte (24.29).

Josué. O nome de Josué foi mudado de "Oséias" ("salvação") para "Josué" ("o SENHOR é salvação"), por Moisés (Nm 13:16). Josué aparece como assistente de Moisés desde Êx 17. Ele foi um dos homens enviados de Cades-Barnéia para explorar a Terra Prometida (Nm 13:8), e ele se uniu a Calebe convidando os israelitas a confiarem no Senhor, e não se rebelarem contra ele (Nm 14:6-9). Tal como Calebe (Dt 1:36) ele escapou ao julgamento que caiu sobre aquela geração, por causa de sua recusa em obedecer a Deus em Cades-Barnéia. Josué foi apresentado como sucessor de Moisés, conforme fora antecipado antes da morte de Moisés (Nm 27:12-23; Dt 3:28; 31.1-8). O papel de Josué, porém, continuou a ser subordinado ao papel de Moisés. Isso foi expresso na sua submissão ao "livro da lei" (1.8, nota), bem como em sua obediência aos mandamentos de Moisés, algo repetidamente enfatizado por todo o livro (p.ex., 1.7; 8.31; 11.12,15; 14.2,5 e 20.2). Na transição entre Moisés e Josué há continuidade, porque o propósito de Deus para com Israel persiste, mas também existe descontinuidade, porquanto a era de Moisés foi ímpar e é o padrão de comparação para as gerações futuras. Há, semelhantemente, uma continuidade e também descontinuidade na transição no Novo Testamento, entre os evangelhos e o livro de Atos.

* 1:2

passa este Jordão. O povo de Israel estava no lado leste do rio Jordão (Dt 1:1), que tem um vale profundo e formava uma formidável fronteira entre eles e a terra que Deus lhes havia prometido, ao oeste. Ver também 3.15.

à terra. A Terra Prometida foi uma dádiva de Deus aos israelitas, em fidelidade à sua promessa a Abraão (vs. 3 e 6). Este é o tema dominante do livro: note a elaboração dessa idéia, em 24.13, que ecoa em Dt 6:10,11. A terra é uma expressão daquilo que o Novo Testamento chama de "graça" (Ef 2:8). Ver nota em 21.43.

* 1:3

vosso pé. A palavra "vosso" está no plural, indicando que a promessa foi dirigida a todo o povo de Israel.

* 1:4

A extensão da Terra Prometida aqui excede aquilo que foi, de fato conquistado nos dias de Josué e corresponde às dimensões do reino de Davi e Salomão (1Rs 4:21). A despeito da ênfase sobre o cumprimento nos dias de Josué (21.45, nota), o livro entende a promessa como se ainda apontasse para o futuro (13.1, nota; 23.5,12-13).

* 1.5-9

Estas promessas foram dirigidas a Josué, pessoalmente, como o sucessor de Moisés. Esta seção começa e termina com a promessa de Deus de que estaria com Josué. Em segundo e penúltimo lugar, pela ordem, está a exortação para ele ser forte e corajoso. No meio está o mandamento para guardar a lei juntamente com a promessa de vitória se ele assim procedesse. No cap.23, Josué aplicou essas idéias a todo povo de Israel, à luz da fidelidade de Deus, que o livro de Josué proclama.

* 1:5

serei contigo. Ver Gn 26:3 e notas; Êx 3:12. A presença divina não é um conceito geral aqui, nem uma experiência mística, mas é a presença de Deus para cumprir as suas promessas. Conforme a promessa de Jesus, em Mt 28:20.

* 1:6

Sê forte e corajoso. A confiança, baseada nas promessas de Deus, é a essência da fé bíblica (vs. 9,18; 8.1; 10.8,25 e 11.6).

herdar. A noção de que a terra era uma herança é uma idéia importante neste livro. Uma herança é alguma coisa entregue no passado, como a terra foi dada na promessa feita a Abraão, Isaque e Jacó. Em segundo lugar, o que é herdado demanda responsabilidades. Ver 1Pe 1:4.

* 1:7

fazer. O relacionamento essencial entre a fé e a obediência é ilustrada aqui. A fé é a confiança baseada na promessa de Deus (v. 6), e tal fé resulta na obediência (v. 7).

a lei. A palavra hebraica é mais ampla em seu significado do que "lei" em português. Pode incluir tanto promessas quanto mandamentos, bem como os registros das atividades de Deus. Ver nota teológica, índice, "A Palavra de Deus: a Escritura como Revelação".

bem-sucedido. O sucesso deve ser entendido aqui em termos daquilo que Deus prometeu. Tal sucesso não pode ser compreendido simplesmente como uma recompensa obtida mediante a obediência, porque a promessa foi prometida antes de qualquer ato de obediência. Seria mais exato compreender o sucesso prometido como algo que podia ser perdido devido à desobediência.

* 1:8

livro da lei. Ver 8:34-35; 23.6; 24.26; Dt 31:24-26.

medita. Conforme Sl 1:2. Da meditação no livro da lei fluem todas as conseqüências da promessa já vista nos vs. 6 e 7; a obediência e o sucesso (v. 8), a fé e a presença de Deus (v. 9). Ver nota teológica, índice, "Entendendo a Palavra de Deus".

* 1:11

três dias. A narrativa de Josué não foi disposta em uma ordem cronológica estrita (Introdução: Características e Temas). É possível que o mandamento do v. 11 fosse proferido após 3.1, mas foi registrado aqui para indicar o papel de Josué como o líder do povo por designação divina. É possível que "três dias" não seja uma expressão exata, mas que o seu sentido seja "alguns poucos dias".

possuirdes. A promessa que Deus havia dado (v. 2) requer o ato humano de tomar posse, um ato de fé obediente (vs. 6; 18.3 e notas).

* 1.12-15

Nm 32 mostra-nos como os rubenitas, os gaditas e a meia tribo de Manassés (13.8, nota) já tinham recebido sua porção de terras a leste do rio Jordão. Ficou entendido que eles se ajuntariam ao resto de Israel na conquista da porção ocidental da Terra Prometida (Nm 32:16-32; Dt 3:18-20). Todo o povo de Israel devia participar em tomar posse da Terra Prometida como um todo. Há uma dramática seqüência no cap.22. Ver notas em 12.1 e 13 8:33.

* 1:13

descanso. Ver também o v. 15. O alvo da dádiva divina da Terra Prometida é, com freqüência, referida como "descanso" (11.23; 21.44; 22.4; 23,1) uma condição ou estado que vincula a terra com os propósitos de Deus na criação (Gn 2:2,3). Quanto à extensão neotestamentária da idéia, ver Hb 3:7—4.11.

* 1.16-18

A resposta obediente dos israelitas a Josué, e, portanto, a Deus, será ecoada e elaborada no fim do livro (Js 24:16-24). A conexão essencial entre a fé e a obediência fica implícita aqui: a obediência do povo era uma evidência de que eles acreditavam na promessa. As qualidades necessárias para a liderança de Josué consistiam em Deus estar com ele (v. 5 e nota), e dele ser um homem de fé (v. 6, nota).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Josué Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
1:1 Ao começar o livro do Josué, os israelitas se encontram acampados à borda oriental do Jordão, à mesma entrada da terra prometida e já tinham completado o período de duelo pelo Moisés, que acabava de morrer (Dt 34:7-8). Trinta e nove anos antes (depois de passar um ano no monte Sinaí recebendo a lei de Deus), os israelitas tiveram uma oportunidade de entrar na terra prometida, mas não confiaram em que Deus lhes daria a vitória. portanto, Deus não lhes permitiu entrar na terra, mas sim os fez vagar pelo deserto até que morrera aquela geração desobediente.

Durante sua peregrinação no deserto, os israelitas obedeceram as leis de Deus. Além disso ensinaram à nova geração a obedecer as leis de Deus, a fim de que pudessem entrar na terra prometida (Canaán). À medida que os filhos cresciam, com freqüência lhes recordavam que a fé e a obediência a Deus traziam vitória, enquanto que a incredulidade e a desobediência produziam tragédia. Quando o último da geração maior e os da nova geração foram adultos, os israelitas se prepararam para passar o rio e possuir a terra prometida, desejada portanto tempo.

1.1-5 Josué foi o sucessor do Moisés como líder do Israel. Quais foram suas qualidades para converter-se em líder da nação? (1) Deus o nomeou (Nu 27:18-23). (2) Era um dos únicos duas testemunhas oculares das pragas do Egito e o êxodo que ficavam com vida. (3) Tinha sido ajudante do Moisés por quarenta anos. (4) Dos doze espiões, só ele e Caleb demonstraram uma confiança plena em que Deus lhes ajudaria a conquistar a terra.

1:2 Como Josué tinha ajudado ao Moisés muitos anos, estava bem preparado para ser líder da nação. As mudanças de líderes são comuns em muitas organizações. Nesses casos, é essencial uma transição fluída para estabelecer uma nova administração. Isto não acontece a menos que os novos líderes sejam bem treinados. Se você ocupar atualmente uma posição de líder, comece a preparar a outra pessoa para tomar seu lugar. Assim, quando você se vá ou receba uma promoção, as operações poderão seguir normalmente. Se você deseja ser líder, aprenda de outros líderes para estar preparado para dirigir quando chegar a oportunidade.

1:5 O novo trabalho do Josué consistiu em levar a mais de duas milhões de pessoas a uma nova terra estranha e conquistá-la. Que grande provocação, até para um homem do calibre do Josué! Cada trabalho novo é uma provocação. Sem Deus pode causar temor. Com Deus pode ser uma grande aventura. Assim como Deus esteve com o Josué, O está conosco quando enfrentamos novas provocações. Possivelmente não vamos conquistar nações, mas todos os dias encontram situações complexas, pessoas difíceis e tentações. Entretanto, Deus promete que nunca nos abandonará nem deixará de nos ajudar, não importa como nos sintamos. Se pedirmos a direção de Deus como o fez Josué, também podemos ganhar muitas das batalhas da vida.

1.6-8 Muitas pessoas pensam que a prosperidade e o êxito provêm de ter poder, contatos pessoais e um inexorável desejo de avançar. Mas a estratégia para o êxito que Deus ensinou ao Josué contradiz tais critérios. Disse ao Josué que para prosperar devia (1) ser forte e valente porque a tarefa que lhe esperava não era fácil, (2) obedecer a lei de Deus, (3) constantemente ler e estudar o livro da lei: a Palavra de Deus. Para ter êxito, siga os conselhos que Deus deu ao Josué. É possível que não triunfe segundo as normas do mundo, mas triunfará aos olhos de Deus, e a opinião do Senhor dura para sempre.

1.12-15 Durante no ano anterior, as tribos do Rubén e Gad e a meia tribo do Manasés lhe tinham pedido ao Moisés que os deixasse povoar uma região ao leste da terra prometida. A região tinha excelentes terras para pastorear seus grandes gados. Moisés acessou a lhes dar as terras com uma condição: que ajudassem às demais tribos a entrar na terra prometida e conquistá-la. Só depois de que a terra fora conquistada poderiam retornar a seus lares. Tinha chegado o momento de que estas três tribos cumprissem o que tinham acordado.

1:13 Deus lhe estava dando descanso ao povo. Isto era boas notícias para este povo que tinha estado em movimento toda sua vida. Às pessoas que não possuíam terra lhes daria uma porção, para que pudessem estabelecer-se e ter "repouso".

1:16 Se todos tivessem tratado de conquistar a terra prometida a sua própria maneira, tivesse resultado todo um caos. Para poder completar a tarefa enorme de conquistar a terra, tiveram que estar de acordo com o plano do líder e estar dispostos a apoiá-lo e obedecê-lo. Se formos completar as tarefas que Deus nos encomendou, temos que estar plenamente de acordo com seu plano, prometer obedecê-lo e converter seus princípios em ação. Estar de acordo com o plano de Deus significa conhecê-lo (segundo as Escrituras) e pô-lo em ação em nossa vida diária.

1:18 Quando Deus comissionou ao Josué, disse-lhe três vezes que fora forte e valente (veja-se 1.6, 7, 9). Aqui, Josué recebeu a mesma classe de fôlego por meio do povo. Aparentemente tomou a mensagem de Deus a sério, e encontrou em sua relação com Deus a fortaleza e valentia que necessitava. A próxima vez que tenha medo de fazer o que é correto, recorde que em Deus achará fortaleza e valentia ao seu dispor.

TOMA A TERRA

Deus mandou ao Josué a levar aos israelitas à terra prometida (também chamada Canaán) e conquistá-la. Isto não foi um ato de imperialismo nem agressão, a não ser um ato de castigo. Hei aqui algumas passagens na Bíblia onde Deus prometeu dar esta terra aos judeus e as razões pelas quais o fez.

Gn 12:1-3: Deus prometeu benzer ao Abraão e fazer de seus descendentes uma grande nação

Gn 15:16: Deus escolheria o tempo mais adequado para que o Israel entrasse no Canaán porque as nações que viviam ali nesse então seriam ímpias e estariam listas para o castigo (seu pecado teria chegado ao batente)

Gn 17:7-8: Deus prometeu entregar toda a terra do Canaán aos descendentes do Abraão

Ex 33:1-3: Deus prometeu ajudar aos israelitas a jogar do Canaán a todas as nações ímpias

Dt 4:5-8: Os israelitas deviam dar o exemplo de uma vida Santa a todo mundo. Isto não seria assim se se mesclavam com os ímpios cananeos

Dt 7:1-5: Os israelitas deviam destruir completamente aos cananeos por causa de sua impiedade e do chamado do Israel à pureza

Dt 12:2: Os israelitas deviam destruir completamente os altares cananeos para que nada os distraíra de adorar só a Deus


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Josué Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
I. A PALAVRA DO SENHOR a Josué E RESPOSTA Josué (Js 1:1 ; Ex 6:8)

Enquanto a maneira pela qual o Senhor comunicou a Josué pode parecer ser descrito de forma ambígua, o objetivo é inequivocamente clara, a saber, a comissão Josué para a tarefa de liderar Israel para a terra prometida, assim como a ordenar-lhe que obedecer à lei de o Senhor.

1. Colocação de uma tarefa (1: 1-5)

1 Ora, aconteceu que depois da morte de Moisés, servo do Senhor, que o Senhor falou a Josué, filho de Num, Moisés, dizendo: 2 Moisés, meu servo, é morto; agora, pois, levanta-te, passa este Jordão, tu e todo este povo, para a terra que eu dou a eles, mesmo para os filhos de Israel. 3 Todo lugar que a planta do vosso pé, pisar, para você ter I dado que, como eu disse a Moisés. 4 Desde o deserto e este Líbano, até o grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos hititas, e até o grande mar para o pôr-do-sol, deve ser . a sua fronteira 5 Não nenhum homem deve ser capaz de estar diante de ti todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; Eu não te deixarei, nem te desampararei.

A maneira pela qual o Senhor comunicou a Josué é chamado de "falar". Quando está escrito, o Senhor falou a Josué (v. Js 1:1 ), a dificuldade é entender como Deus falou. Deus usou a voz e falar uma língua a Josué? Se não, então tem linguagem antropomórfica sido empregado para indicar que Deus cruzou a fronteira entre o divino eo humano, a fim de comunicar a Josué? As pessoas que mantêm a fé bíblica em Deus ter sabido o que é ouvir o Senhor falar, mesmo que eles percebem que não tem voz, como usamos o termo, foi ouvido. Sem dúvida, temos dito: "O Senhor disse-me ...". Como resultado, temos facilmente comunicado aos outros o que o Senhor disse, mas nunca achar que é fácil de descrever precisamente como o Senhor o disse.

Uma e outra vez, os escritores bíblicos expressar qualquer dúvida quanto ao fato de que Deus tem falado; no entanto, eles parecem lutar com uma certa ambiguidade em que indicam a maneira pela qual Deus tem falado. Uma visão sobre-tudo da Bíblia indica que as personalidades bíblicas foram capazes de reconhecer através de aspectos do seu ser como intuição ou consciência de que o Senhor estava falando. Tais personalidades foram mais sensibilidade em sintonia com a voz de Deus que é o homem moderno.Enquanto os meios através dos quais Deus falou para Josué permanecem enigmáticos, o objetivo é notavelmente claro, o Senhor falou a Josué ... levantai-vos ... para a terra que eu dou a eles, mesmo para os filhos de Israel (v. Js 1:2 ).

A palavra do Senhor a Josué foi, em primeiro lugar, uma comissão para conduzir o povo de Israel para a terra prometida (v. Js 1:2 ). Os limites ideais desta terra incluída toda a terra delimitada pelo deserto de Zim para o sul, o rio Eufrates, no norte, para o Mar Mediterrâneo, a oeste, e a terra de Gileade, a leste (v. Js 1:4 ; conforme Gn 15:18 ; . Ex 23:31 ; Dt 34:1. ). A terra de Gileade já foi ocupado por Rúben, Gade e metade de Manassés (N1. 32 ).

Como fui com Moisés, assim serei contigo (v. Js 1:5 ). Estas palavras divinas foram particularmente significativo para Josué. Ele nasceu na escravidão, mas desde os tempos do Êxodo ele tinha sido uma testemunha ocular para as grandes obras de Deus vivo forjado por meio de Moisés. Ele tinha visto as águas do Mar Vermelho, como parte Moisés estendeu sua vara sobre eles. Ele tinha visto jorrar água da rocha em Refidim como Moisés bateu-lo. Ele havia visto os amalequitas hostis repelidos quando Moisés ergueu as mãos diante do Senhor. Ele tinha visto Siom e Og completamente derrotado quando Moisés conduziu Israel contra eles. À luz de tudo o que Deus tinha feito por meio de Moisés, a promessa divina de Josué foi poderosamente garantindo.

Josué possuía qualificações admiráveis ​​para ter sucesso Moisés como líder de Israel. Do ponto de vista humano ele apareceria como o candidato excepcional. Por um lado, ele era de uma das principais tribos (Js 19:49. , Js 19:50 ; . 1Cr 7:27 ). Efraim, sendo da casa de José, tinha disputavam com Judá pela supremacia tribal. Para ser da tribo de Efraim era indicativo de um fundo tribal excelente para a liderança.

Além disso, Josué havia se mostrado capaz de excelente generalato. Na batalha contra os amalequitas, ele conseguiu uma vitória decisiva (Ex 17:13 ).

Além disso, ele tinha mostrado fé inquebrantável no Senhor quando ele votou com a minoria para invadir Canaã de Cades-Barnéia (N1. 14: 6-9 ).

Josué tinha sido em estreita associação com Moisés desde a época do Êxodo à chegada à fronteira da terra prometida (Ex 17:9 ; Ex 33:11 ; Dt 31:14. ).

Admirável como foram essas qualificações, eles não foram suficientes para qualificar Josué como sucessor de Moisés. O que era absolutamente essencial foi a presença divina. Assim como notável liderança de Moisés repousava sobre a realidade de que a presença assim o fez Josué. Não nenhum homem deve ser capaz de estar diante de ti todos os dias da tua vida (v. Js 1:5 ). "Foi o chamado de Deus que todas as suas potencialidades foram chamados por diante, e essa chamada trouxe para a liderança de Israel um homem a certeza de sua missão divina."

Eu não te deixarei, nem te desampararei (v. Js 1:5 ). Com a comissão de Josué fortificada pela promessa da presença divina, havia o incentivo para ser corajoso. Esta tarefa envolveu o Senhor. Onde quer que Josué deve ir, a fim de cumprir sua missão divina, a presença do Senhor iria com ele.

A tarefa de possuir Canaã não deve ser visto como uma incursão desesperada de selvagens fanáticos motivados pela agressão e banditismo. Esta não foi uma campanha realizada para fortalecer uma nação ou de uma ideologia em detrimento dos povos conquistados. Em vez disso, este foi o Senhor marchando no curso da história, a fim de que pudesse estabelecer o Seu povo na terra que Ele lhes havia dado e, portanto, que eles podem ser uma bênção para todos os povos.

Há algum tempo que tem sido o padrão de historiadores críticos para desacreditar a ocorrência de uma invasão de Canaã por Israel sob a liderança de Josué. De acordo com este ponto de vista, se Josué eram uma personalidade histórica que ele era um herói tribal insignificante de Efraim cuja fama aumentou como Efraim, sua própria tribo, ganhou destaque. Com o tempo, a história lendária de Josué anunciava o como um herói de Israel.

No entanto, evidências de montagem faz com que tal interpretação da historicidade de Josué inadequada. Achados arqueológicos abundantemente atestar que um grande ataque sobre Canaã teve lugar no século XIII. Este ataque destruiu lugares como Debir e Laquis na parte sul. Hazor, no norte do país, foi destruída no mesmo século. O relato bíblico da conquista traz as marcas de eventos históricos genuínos.

Com base nas evidências arqueológicas João Bright conclui: "Quando chegamos às narrativas da conquista, a evidência externa à nossa disposição é considerável e importante. À luz disso, a historicidade de tal conquista deveria deixar de ser negado. "

2. Comandante obediência (1: 6-9)

6 Esforça-te, e tem bom ânimo; pois tu irás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria. 7 Apenas seja forte e muito corajoso, cuidando de fazer conforme toda a lei que Moisés, meu servo te ordenou; virar nem para a direita nem para a esquerda, para que tenhas um bom sucesso onde quer que fores. 8 Este livro da lei não se aparte da tua boca, mas tu meditar nela dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo que nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido. 9 Ainda não te ordenei? Sê forte e corajoso; não ser atemorizados, nem te espantes; porque o Senhor, teu Deus, é contigo, por onde quer que fores.

Comissão de Josué foi reforçado com uma condição específica para o sucesso: Este livro da lei não se aparte da tua boca, mas tu meditar nela dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido. A condição da qual depende o sucesso foi prometido era a obediência ao mandamento do Senhor. Tal obediência era para ser recompensado com a vitória e sucesso. Apenas seja forte e muito corajoso, ao cuidado de fazer conforme a toda a lei (v. Js 1:7 ).

O mandamento de obediência era um corolário necessário para a colocação de uma tarefa. Se o Senhor atribuiu a tarefa, então o Senhor estava livre para atribuir os meios pelos quais o fim era para ser realizado. Este foi o caso de Josué. O comando era a obediência à vontade de Deus já conhecido. A lei já tinha sido dada, e Josué foi convidado a obedecer o que ele já sabia. Força e coragem eram necessárias para o movimento vindo para a frente, mas eles também eram necessárias para a obediência à lei de Deus.

As recompensas prometidas para a obediência eram importantes e muito animadores. Prosperidade e sucesso eram para vir para o obediente. Deus havia dado o comando e também ele se deu a promessa de recompensa. Em cada caso, a palavra do Senhor realizada a iniciativa e desafiou Josué para responder em fé obediente.

B. A resposta do Josué (1: 10-18)

A resposta de Josué para o Senhor não era tanto em palavras como em atos. Ele começou a fazer os preparativos para Crossing Jordan e convenceu as tribos Trans-Jordânia, para ajudar a invasão.

1. Preparando-se para atravessar o Jordão (Js 1:10 , 11)

10 Então Josué deu ordem aos oficiais do povo, dizendo: 11 Passe pelo meio do arraial, e ordenai ao povo, dizendo: Prepare você víveres; para dentro de três dias, vós sois a atravessar este Jordão, para que entreis a possuir a terra que o Senhor vosso Deus vos dá para possuí-la.

Resposta obediente de Josué para a palavra do Senhor estava implícita em sua carga para os oficiais do povo (v. Js 1:10 ). Esses homens haviam constituído uma parte familiar da organização de Israel desde o tempo da partida do Sinai (Dt 1:15 ). Aqui no lado leste do rio Jordão a sua responsabilidade era executar directiva de Josué e mobilizar Israel para este importante avanço. Todos 1srael foi informado de que o tempo para possuir a herança prometida aos patriarcas havia chegado. O Senhor Deus de Israel vos dá a possuir -lo (v. Js 1:11 ). Israel era atravessar o Jordão, dentro de três dias e receber a herança que o Senhor lhe daria (v. Js 1:11 ). Claro, houve batalhas a serem travadas, mas o Senhor dá a vitória. Dom Divino estava por vir como não havia obediência à ordem divina. Isso é frustrante para aqueles que esperam que a doação divina vai isentá-las de consciente, esforço obediente. Dúvida quanto à fidelidade de Deus para dar pode surgir quando há falta de obediência. A culpa, então não é o fracasso divino para dar, mas falha humana para obedecer a palavra divina.

2. Convencer as Tribos Trans-Jordânia (1: 12-18)

12 E aos rubenitas, e aos gaditas, e à meia tribo de Manassés, disse Josué, dizendo: 13 Lembrai-vos da palavra que Moisés vos ordenou, dizendo: O Senhor vosso Deus vos dá descanso, e vos dá esta terra. 14 Vossas mulheres, vossos meninos e vosso gado, deve permanecer na terra que Moisés vos deu além do Jordão; mas haveis de atravessar antes de seus irmãos armados, todos os homens valorosos, e ajudá-los; 15 até que o Senhor tenha dado descanso a vossos irmãos, como ele deu você, e eles também tenham possuído a terra que o Senhor vosso Deus lhes dá : fareis volta para a terra da vossa herança, e possuí-la, que Moisés, servo do Senhor, vos deu além do Jordão, para o sol nascente. 16 E eles responderam a Josué, dizendo: Tudo o que tens nos mandou que vai fazer e, aonde quer mandes nós iremos. 17 De acordo como ouvimos a Moisés em todas as coisas, assim te ouviremos a ti: só o Senhor teu Deus seja contigo, como foi com Moisés. 18 Quem quer que se se rebelarem contra o teu mandamento, e não ouvir as tuas palavras em tudo quanto lhe mandares, ele deverá ser condenado à morte: apenas ser forte e tem bom ânimo.

Desde a época da conquista das nações Trans-Jordânia, incluindo os moabitas e os amorreus, alguns dos israelitas estavam satisfeitos em aceitar estas áreas conquistadas, como a sua herança. As tribos envolvidas eram Rúben, Gade e metade de Manassés (N1. 32 ). Assim, tanto Moisés e Josué lembrou essas tribos que eram responsáveis ​​para ajudar as outras tribos quando chegou a hora para eles a possuir a sua herança (conforme Nm 32. ; Josh 1. ). Moisés tinha dito que as tribos que desejam heranças Trans-Jordânia seria tão rebelde ao Senhor, se não ajudar seus companheiros de tribos, como foram os israelitas em Cades-Barnéia, que temiam ir para a frente e possuirão a terra.

Chamada de Josué para a assistência e sua lembrança de que o ex-ocasião em Cades-Barnéia causado as tribos duas e meia para responder em obediência completa. Tudo quanto nos ordenaste faremos, e withersoever tu nos sendest iremos (v . 16 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Josué Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
O comissionamento de Josué (Js 1:0). Tudo que precisamos fazer é andar pela fé e desfrutar de nossas posses.

Da mesma forma que Deus es-tava com Moisés, ele estaria com Josué: "Não te deixarei, nem te de-sampararei" (v. 5). Essa promessa foi feita a Salomão (1Cr 28:20) e a nós, emHe 13 5:58. Os líde-res e as épocas mudam, mas Deus não. Observe a coragem que a vida cristã requer (vv. 6-7,9), mas a Pala-vra do Senhor supre-nos com essa coragem (v. 8). Moisés escreveu o "Livro da Lei" (Êx 17:14; 24:4-7; Nu 33:2; Dt 31:9-5), e agora esse Livro é dado a Josué. Ele devia ler o Livro, meditar sobre ele dia e noite e fazer tudo segundo o Livro. Veja Sl 1:1-19), mas haviam prome-tido ajudar a conquistar a terra antes de tomar posse de sua herança. Jo-sué lembrou-os de sua obrigação.

  • O povo fala com Josué (vv. 16-18)
  • Como é maravilhoso quando o povo de Deus honra o Senhor ao respeitar e seguir seus líderes espirituais. VejaDt 34:9. Eles, ao con-trário dos cristãos carnais de Corinto (1 Co 1:11 -17), não se dividiram em grupos, com os seguidores de Moi-sés, já morto, opondo-se aos segui-dores de Josué. Todos eles seguiram o Senhor! No versículo 17, observe a oração que fazem por Josué e, no versículo 18, como o encorajam. Anos antes, Josué vira a divisão e ouvira a murmuração deles. Como ele devia estar grato por esse espíri-to de harmonia!


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Josué Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
    1.1 Morte de Moisés, veja Dt 34:1-5 Falou o Senhor a Josué que, assim, veio a ser o sucessor de Moisés, como líder do antigo povo de Deus, os israelitas. Era da tribo de Efraim (1Cr 7:27) e nasceu no Egito, no tempo da escravatura. A primeira menção do seu nome aparece em Êx 17:9. Escolhido para comandar os exércitos de Israel. Representou sua tribo para espiar a Terra (Nu 13:19), sendo, junto com Calebe, um dos dois únicos animados pela fé, a atacar e possuir tudo o que Deus prometera (Nu 14:6-4). Seu nome significa "Jeová é Salvação” ou "Jeová Salvador”. Jesus é à forma grega de Josué (cf.At 7:45).

    1.2 Moisés foi impedido de entrar na Terra por causa de seu pecado (Nu 20:12; Nu 27:12-4; 13-15). Naamã, da Síria, lavou-se sete vezes nesse rio (2Rs 5:14). Jesus foi batizado no mesmo rio por João Batista (Mt 3:13-40).

    2.2 O rei de Jericó é um exemplo de um chefe de cidade real, entre as várias que dominavam Canaã, antes da conquista de Josué. Uma cidade como Jericó, com seus muros altos e grossos, dava proteção, em caso de ataque, não somente aos habitantes da cidade, mas também a todos que moravam na circunvizinhança. Somente quando atacados por forças poderosas é que aquelas cidades se aliavam para defesa mútua (e.g., Js 10:1-6).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Josué Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
    I. INVASÃO (1.1—11.23)

    1) Josué é comissionado e assume o posto (1:1-18)
    a) Promessa e instruções (1:1-9)
    O manto de Moisés recai sobre Josué; uma herança apavorante, e isso não era menor em retrospectiva, visto que a estatura do legislador não diminuiu com o passar dos anos. O seu título servo é encontrado em Ex 14.31, Nu 12:7,Nu 12:8 (uma passagem-chave), Dt 34:5; ocorre em Reis e em livros posteriores, e com freqüência em Josué. A palavra (‘ebed) significa “escravo”, mas é usada muitas vezes com referência a oficiais do rei, até mesmo dos escalões mais elevados. Josué recebe o título (Js 24:29; Jz 2:8). A continuidade da sua obra com a de Moisés é destacada neste capítulo e ocorre repetidas vezes (esp. 3.7; 4.10,14; 8:30-35; 11.12,15, 20; com freqüência nos caps. 12—22; e, principalmente por alusão, no cap. 23). auxiliar (NTLH: “ajudante”): conforme Êx 24:13; assim também de Eliseu, lRs 19.21; um termo adequado para serviço pessoal doméstico (lRs

    10,5) ou para sacerdotes e outros no templo (Sl 103:21). v. 2. aos israelitas não está na LXX, e alguns comentaristas o tiram do texto; mas serve para destacar a razão da dádiva, v. 4. do deserto: a terra é descrita com base num eixo desde o vale seco debaixo dos pés de Josué até o Líbano, que pode ser visto mentalmente, mas que não é visível de fato; à direita, vai até o Eufrates; à esquerda, até o Mediterrâneo. A RSV não distingue claramente as duas regiões.

    Dt 11:24 é paralelo, porém mais simples; “deserto” lá: Neguebe. Conforme Gn 15:18, de forma mais geral; Nu 34:1-4, mais específico e restrito, a terra dos hititas — especificamente, o norte da Síria; os assírios usavam esse termo para se referir à Síria em geral, e até à Palestina, v. 5. Assim como estive com Moisés (também v. 17; 3.7; 4.14): Moisés era singular e único (Dt 34:10), mas não se pode imaginar que o poder e a boa vontade do Senhor seriam limitados pela destituição de Moisés. com você: essa é a bênção mais preciosa (como o seu contrário é o desastre mais terrível — “não sabia que o Senhor o tinha deixado”; “Deus se afastou de mim”, 1Sm 28:15). Para Isaque (Gn 26:24) e Jacó (Gn 28:20) significou segurança em um contexto hostil; para José (Gn 39:21), sucesso no seu trabalho. Para Moisés (Ex 3:12), e agora para Josué, não era suficiente que fossem enviados com autoridade para fazer o trabalho de Deus se o próprio Deus não estivesse com eles. A medida que se aprofunda a experiência, também se aprofunda o significado e o propósito dessa idéia simples (Ex 33:14-16). A promessa vem a nós em Mt 28:20. Fp 4:12,Fp 4:13 mostra o seu efeito.

    v. 6. Seja forte e corajoso: a lei de Moisés não é somente a lei moral e cerimonial, por mais importante que sejam para a boa ordem e prosperidade das tribos, mas também todas as instruções para o governo, a guerra e a justiça social. Ser fiel a elas vai exigir muita coragem moral e fé. Conforme Dt 11:18-5; Dt 32:47; mas essa exortação é pessoal a Josué. v. 8. Não deixe de falar, no heb.: “que não se afastem da sua boca”; provavelmente porque a leitura silenciosa era quase desconhecida naquela época. Conforme At 8:30.

    b)    O acampamento é colocado de prontidão (1.10,11)
    v. 10. oficiais (sot‘rim) ocupavam posição administrativa (“escribas” na LXX), e não de comando, v. 11. três dias\ é claramente uma expressão idiomática (conforme 2.22; 3.2). tomar posse: yãras sugere tomar o que é de outro, por herança ou por sucessão; v. Gn 15:7nãhal (“herdar”, v. 6) destaca direitos de propriedade (assim a VA: “dividir”).

    c)    Os da Transjordânia prometem dar apoio (1:12-18)

    A ocupação do leste do Jordão foi uma questão litigiosa desde o início (v. Nu 32:0); e, embora os rios não sejam sempre marcas divisórias eficientes, o vale da fenda (do Jordão) é um caso especial, e a terra ao leste é bem diferente da Palestina propriamente falando (D. Baly, Geography of the Bible, 1974, p. 210ss). Havia um risco real de separação (Js 22:08ss (citado aqui). A ordem está fundamentada agora primeiramente na promessa (v. 13) e, em segundo lugar, no apelo ao parentesco e à fraternidade, v. 12. Manasses: com base em Nu 32:0, acerca da margem oriental, e 3.20, acerca da ocidental. Teorias editoriais têm sido formuladas com base na leitura tradicional, mas incorreta, de be'êber significando “do outro lado”; a preposição talvez precise de mais indicações sobre qual lado estava na mente do autor, seja para ênfase (v. 15), seja para clareza, se o contexto não a indicar (e.g., 5.1; 12.1; 12.7, heb.). v. 15. descanso: esse é o grande tema da ocupação e assentamento das tribos na terra prometida (Dt 12:9,Dt 12:10). A palavra é usada também com referência aos lugares de parada (Nu 10:33) e à arca (lCr 6.31; Sl 132:8 etc.). Ela sugere ausência de distúrbios — liberdade para trabalhar de forma construtiva (assim 2Cr 14:62Cr 14:7, “paz”). Ao se referir a isso, He 4:9 prevê um “descanso sabático” do trabalho da peregrinação.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Josué Capítulo 1 do versículo 10 até o 18

    B. A Mobilização de Josué para Travessia do Jordão. Js 1:10-18.

    Descansados depois da dura conquista da Transjordânia, os israelitas estavam muito melhor organizados e disciplinados do que há quarenta anos atrás.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Josué Capítulo 1 do versículo 10 até o 18
    II. A ENTRADA EM CANAÃ Js 1:10-5.12

    a) A mobilização (Js 1:10-18).

    Então deu ordem Josué (10). O exército que aguardava apenas ordens de avançar para dar entrada na Palestina, distinguia-se agora pelo seu aprumo e disciplina, bem diferente do que era quando partiu do Egito. Príncipes do povo (10). Cfr. Dt 1:15n; Dt 16:18; Dt 20:5, Dt 20:9. Estes chefes ou oficiais do exército faziam parte da característica organização de Israel desde o tempo da opressão e agora encarregavam-se de transmitir as ordens ao povo, como esta que se seguia, de se preparar para passar o Jordão dentro de três dias (11). Dá impressão que os espias já tinham sido enviados, embora deles se fale somente mais tarde. Quer dizer que a narração não segue a ordem cronológica dos acontecimentos.

    Passareis armados na frente de vossos irmãos... e ajudá-los-eis (14). Neste momento deveras crítico, felizmente que as tribos formavam uma unidade vital. Os rubenitas, os gaditas e metade da tribo de Manassés, já de posse da herança a oriente do Jordão (Nu 32:0 n.


    Dicionário

    Josué

    -

    Deus é a salvação

    1. Veja Josué, Filho de Num.


    2. Josué, filho de Jeozadaque. Era o sumo sacerdote em Judá depois do exílio na Babilônia; junto com Zorobabel, foi o responsável pelo restabelecimento do Templo e do culto, de 538 a 516 a.C. (Ag 1:14; Ag 2:4; Zc 3:6-8,9; 6:11). Seu nome é dado como Jesua em Esdras 3:2 e Neemias 12:1-8.


    3. Cidadão de Bete-Semes, cidade que tomou conta da Arca da Aliança depois que foi tomada pelos filisteus e posteriormente devolvida, nos dias de Samuel (1Sm 6:14-18).


    4. Prefeito da cidade de Jerusalém. Oficial da corte no tempo das reformas do rei Josias, no final do século VII a.C. (2Rs 23:8). E.M.


    Josué [Javé É Salvação] -

    1) Auxiliar e, depois, sucessor de Moisés (Ex 17:8-13); (Dt 31:1-8). Josué comandou a travessia do rio Jordão (Jos
    3) e tomou Jericó (Js 6). Conquistou a terra de Canaã e a dividiu entre as tribos de Israel (Jos 8—21). Após abençoar o povo e renovar a ALIANÇA com Deus, Josué morreu com a idade de 110 anos (Js 24). V. JOSUÉ,

    Manassés

    2ª pess. sing. pret. imperf. conj. de manar

    ma·nar -
    (latim mano, -are, gotejar, espalhar-se, provir)
    verbo transitivo e intransitivo

    1. Verter ou ser vertido (um líquido) abundantemente. = BROTAR, DERRAMAR, FLUIR, JORRAR, SAIR

    verbo transitivo

    2. Figurado Dar origem a. = CRIAR, ORIGINAR

    3. Figurado Originar-se, provir, emanar.


    Causando esquecimento. l. o filho mais velho de José (Gn 41:51). José apresentou os seus dois filhos a seu pai Jacó, já moribundo, para que os abençoasse. Jacó os adotou: mas o direito de nascimento foi dado a Efraim, embora fosse o mais novo (Gn 48:1-22). A tribo de Manassés saiu do Egito em número de 32.200 homens, compreendendo os de 20 anos para cima, e sendo Gamaliel o seu príncipe, que era filho de Pedazur (Nm 2:20-21). Esta tribo dividiu-se na Terra Prometida. Meia tribo de Manassés estabeleceu-se ao oriente do Jordão, possuindo o país de Basã, desde a ribeira de Jaboque para o norte – e a outra meia tribo de Manassés ficou ao ocidente do Jordão, e tinha as terras que ficavam entre Efraim, ao sul, e issacar, ao norte (Js 17:10). Gideão e Jefté eram manasseitas. À meia tribo do oriente do Jordão se juntaram Rúben e Gade preparando 120.000 homens, com toda a sorte de instrumentos de guerra, a fim de tomarem parte na coroação de Davi em Hebrom (1 Cr 12.37). Mas a prosperidade levou os manasseitas à idolatria, os quais receberam o seu castigo, sendo arrastados ao cativeiro por Pul e Tiglate-Pilneser (1 Cr 5.23 a 26). Houve membros da tribo de Manassés, que exerceram um papel importante nas diversas reformas religiosas (2 Cr 15.9 – 30.1 – 31.1 – 34.6). 2. o décimo-quinto rei de Judá. Era filho de Ezequias e tinha doze anos de idade, quando iniciou o seu reinado, que durou o espaço de cinquenta e cinco anos. Ele prestou culto aos ídolos de Canaã – reedificou os altos que o seu pai tinha destruído – levantou altares a Baal – e fez a construção de poste-ídolo. (*veja Bosques.) Mais ainda: edificou altares a todo o exército dos céus, nos pátios da casa de Deus – fez passar o seu filho pelo fogo em honra de Moloque – dedicava-se à magia, às adivinhações, aos augúrios, e a outras superstições – pôs um ídolo na casa de Deus – e finalmente, envolveu o povo em todas as abominações das nações idólatras, a ponto de os israelitas cometerem mais maldades do que os cananeus, a quem o Senhor tinha expulsado de Canaã. A todos estes crimes adicionou Manassés a crueldade, sendo derramados rios de sangue inocente em Jerusalém. Acrescentam as Crônicas que Deus o castigou por esses pecados, pois foi levado cativo para a Babilônia, onde se humilhou diante de Deus. Voltando a Jerusalém, estabeleceu de novo o culto ao Senhor, e destruiu todos os símbolos da idolatria, à exceção dos altos. ordenou que Jerusalém fosse fortificada, e pôs guarnições em todos os lugares fortes de Judá. Manassés morreu em Jerusalém, e foi sepultado no jardim da sua casa (2 Rs 21 – 2 Cr 33 – Jr 15:4). A oração de Manassés, que está entre os apócrifos, é, sem dúvida, uma composição posterior. 3, 4. Pessoas que, nos dias de Esdras, tinham casado com mulheres estrangeiras (Ed 10:30-33). 5. No livro de Juizes (18,30) se diz que ‘Jônatas, filho de Gérson, o filho de Manassés’ foi um dos sacerdotes consagrados ao culto daquela imagem, que para si os filhos de Deus levantaram. Não há duvida que em vez de Manassés se deve ler Moisés. No tradicional texto hebraico a letra n (suficiente para mudar um nome em outro, pois que somente se escrevem as consoantes), está escrita por cima da linha, sendo essa uma maneira de conservar a fama de Moisés. Pode ser, também, que tal idolatria fosse considerada mais natural num descendente do rei idólatra Manassés do que no ‘filho de Gérson, o filho de Moisés’.

    (Heb. “fazendo esquecer”).


    1. Filho de José, portanto neto de Jacó. Depois de ser honrado com um elevado posto na corte egípcia, José casou-se com Asenate, filha do sacerdote de Om, com quem teve dois filhos (Gn 41:50). Chamou o primogênito de Manassés, pois havia esquecido as trágicas circunstâncias que o levaram ao Egito. Chamou o segundo filho de Efraim, que quer dizer “frutífero”, pois o Senhor não apenas o livrara dos perigos, mas o fizera prosperar além da medida (Gn 41:51-52).

    Quando Jacó estava às portas da morte, José pediu-lhe que compartilhasse com seus dois filhos a bênção patriarcal. Ao apresentá-los ao pai, de acordo com a ordem da primogenitura, José colocou a mão direita de Jacó na cabeça de Manassés e a esquerda, na de Efraim. O patriarca, teimosa e deliberadamente, inverteu a posição das mãos. Desta maneira, concedeu os direitos de primogenitura a Efraim e não a Manassés (Gn 48). Esse ato alinhava-se com um tema comum na Bíblia: Deus, em sua graça, escolhe para a salvação e para seu serviço os que de acordo com a tradição humana são desprezados (cf. Gn 25:23; Rm 9:6-12).

    Efraim, portanto, foi abençoado e tornou-se progenitor de uma tribo que dominou Israel, no reino do norte (veja Efraim). Manassés, entretanto, de maneira alguma foi ignorado. De fato, a tribo que fundou dividiu-se posteriormente em duas partes: uma delas ocupou um vasto território na Transjordânia (Nm 32:33-42; Js 12:1-6) e a outra uma importante região ao norte de Efraim, que se estendia do mar Mediterrâneo até o rio Jordão (Js 17:1-13). Essa prosperidade refletiu a bênção pronunciada por Jacó para as tribos, quando falou sobre Efraim e Manassés na pessoa de José (Gn 49:22-26). Semelhantemente, Moisés descreveu a bênção dos dois em termos de prosperidade e poder (Dt 33:13-17).


    2. Pai de Gérson, é mencionado apenas em Juízes 18:30; provavelmente, trata-se de uma substituição feita posteriormente por um escriba, pois talvez o nome original fosse “Moisés”. O propósito da mudança aparentemente foi salvaguardar Moisés de ser lembrado como avô de Jônatas, o primeiro sacerdote do culto apóstata de Dã.


    3. Filho de Paate-Moabe, foi um dos judeus que retornaram do exílio na Babilônia para Jerusalém e se casaram com mulheres estrangeiras (Ed 10:30).


    4. Descendente de Hasum, foi também um dos judeus que se casaram com mulheres estrangeiras, após o retorno do exílio na Babilônia (Ed 10:33).


    5. Rei de Judá. Governou durante 55 anos (696 a 642 a.C.). Subiu ao trono com 12 anos de idade, após a morte de Ezequias, seu pai. Sua mãe chamava-se Hefzibá. O relato de seu reinado encontra-se em II Reis 21:1-18 e II Crônicas 33:1-20. Lamentavelmente, seu governo não começou da mesma maneira que o reinado do pai, com um grande avivamento. II Reis 21:2 afirma: “Fez o que era mau aos olhos do Senhor”. Essa maldade incluía idolatria e práticas pagãs, aprendidas com outras nações. Manassés não se limitou simplesmente a deixar a nação desviar-se, mas desempenhou um papel ativo na restauração dos cultos pagãos, abolidos no início do reinado de seu pai (2Cr 33:3). Erigiu altares pagãos na área do Templo e chegou a sacrificar um dos filhos no fogo (v. 6). Adorava as estrelas e envolveu-se com a feitiçaria, numa afronta direta às leis de Deus. Recusou-se terminantemente a dar ouvidos aos profetas enviados pelo Senhor, os quais o alertavam de que Deus enviaria uma terrível devastação sobre Jerusalém, por sua causa (vv. 10-15).

    Tanto a Bíblia como as inscrições assírias revelam que, durante a maior parte do tempo de seu reinado, Manassés esteve subjugado ao poder esmagador dos assírios. Finalmente, como juízo sobre ele, Deus permitiu que a Assíria invadisse novamente Judá. “Pelo que o Senhor trouxe sobre eles os comandantes do exército do rei da Assíria, os quais prenderam a Manassés, colocaram um gancho no seu nariz, amarraram-no com cadeias de bronze e o levaram para Babilônia” (2Cr 33:11). A partir deste ponto, o cronista registra que Manassés se arrependeu, o Senhor ouviu seu clamor e o reconduziu a Jerusalém, para o seu reino. “Então conheceu Manassés que o Senhor era Deus” (2Cr 33:12-13). Depois que retornou à cidade santa, destruiu os altares pagãos e os ídolos e insistiu com o povo para adorar somente ao Senhor (vv. 15-17). O relato de Crônicas indica a profundidade da graça de Deus, ao perdoar um homem tão ímpio como Manassés, quando se arrependeu sinceramente de seus pecados.

    A tradição diz que Isaías foi morto no reinado de Manassés. Certamente ele profetizou nos dias de Ezequias; por isso, provavelmente tornou-se mártir por ter protestado contra o paganismo de

    Manassés, no início de seu reinado. Depois de tudo isso, esse rei voltou para os caminhos de Deus e levou o povo consigo. Não sabemos com clareza o que realmente mudou na nação e quanto tempo Manassés viveu após seu retorno do exílio. Provavelmente ele experimentou apenas um arrependimento superficial, pois seu filho Amom também foi um rei ímpio (v. 22) e, quando Josias subiu ao trono, apenas alguns anos mais tarde, havia pouquíssima adoração ao Senhor no país.

    P.D.G.


    Manassés
    1) Primeiro filho de JOSÉ 1, e Asenate (Gn 41:51).


    2) Uma das 12 TRIBOS do povo de Israel, formada pelos descendentes de MANASSÉS 1, (Nu 32:33-42).


    3) Décimo quarto rei de Judá, que reinou de 687 a 642 a.C., depois de Ezequias, seu pai. Por ter apoiado a idolatria, Manassés e o povo de Judá foram castigados, mas ele se arrependeu (2Rs 21:1-18; 2Cr 33:1-20).

    ================

    V. ORAÇÃO DE MANASSÉS.


    Meia

    substantivo feminino Tecido de malha para cobrir o pé e parte da perna.
    Certo ponto de malha: luvas de meia.
    Etimologia (origem da palavra meia). Forma Red. de meia calça.
    numeral Meia dúzia; quantidade expressa pelo número seis (6): -- vai levar a dúzia? Não, só meia.
    No discurso falado, o número seis ou o que possui igual valor: moro na casa três-meia-cinco (365).
    Etimologia (origem da palavra meia). Forma Red. de meia-dúzia.
    substantivo feminino Valor que corresponde a metade de; meia-entrada: estudantes no cinema pagam meia.
    Etimologia (origem da palavra meia). Forma Red. de meia-entrada.
    substantivo masculino e feminino Futebol. Designação reduzida para meia-direita e meia-esquerda; a posição do jogador que atua no meio campo, entre a defesa e o ataque.
    Etimologia (origem da palavra meia). Forma Red. de meia-direita/esquerda.
    substantivo feminino Antiga unidade de medida que se equivalia a seis quartilhos (0,665 litros).
    Etimologia (origem da palavra meia). Feminino de meio.

    substantivo feminino Tecido de malha para cobrir o pé e parte da perna.
    Certo ponto de malha: luvas de meia.
    Etimologia (origem da palavra meia). Forma Red. de meia calça.
    numeral Meia dúzia; quantidade expressa pelo número seis (6): -- vai levar a dúzia? Não, só meia.
    No discurso falado, o número seis ou o que possui igual valor: moro na casa três-meia-cinco (365).
    Etimologia (origem da palavra meia). Forma Red. de meia-dúzia.
    substantivo feminino Valor que corresponde a metade de; meia-entrada: estudantes no cinema pagam meia.
    Etimologia (origem da palavra meia). Forma Red. de meia-entrada.
    substantivo masculino e feminino Futebol. Designação reduzida para meia-direita e meia-esquerda; a posição do jogador que atua no meio campo, entre a defesa e o ataque.
    Etimologia (origem da palavra meia). Forma Red. de meia-direita/esquerda.
    substantivo feminino Antiga unidade de medida que se equivalia a seis quartilhos (0,665 litros).
    Etimologia (origem da palavra meia). Feminino de meio.

    Tribo

    substantivo feminino Sociedade humana rudimentarmente organizada.
    [Antropologia] Grupo das pessoas que descendem do mesmo povo, partilham a mesma língua, têm os mesmos costumes, tradições etc.
    Por Extensão Divisão relativamente grande de uma família.
    Figurado Grupo de pessoas que partilha interesses, gostos, relações de amizade: ele me entende, é da minha tribo!
    História Na Antiguidade, divisão do povo: o povo romano se dividia em tribos.
    História As doze tribos do povo de Israel, as correspondentes a cada um dos descendentes de Jacó.
    [Biologia] Classificação sistemática e menor que a subfamília.
    [Matemática] Agrupamento de subconjuntos cujas operações (complementação e união) são fechadas.
    Etimologia (origem da palavra tribo). Do latim tribus.us, "grupo menor entre os romanos.

    Tribo
    1) Cada um dos grandes grupos dos descendentes dos 12 PATRIARCAS, os filhos de JACÓ, em que se dividia o povo de Israel. A leste do Jordão (TRANSJORDÂNIA) ficaram localizadas as tribos de Rúben, Gade e Manassés do Leste. As outras tribos ficaram do lado oeste do Jordão. A tribo de LEVI não recebeu terras, e a de José se dividiu entre seus filhos Manassés e Efraim (Js 13). V. Mapa AS DOZE TRIBOS.


    2) Povo (Mt 24:30, RC; Ap 1:7).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Josué 1: 12 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E falou Josué aos rubenitas, e aos gaditas, e à meia tribo de Manassés, dizendo:
    Josué 1: 12 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1406 a.C.
    H1425
    Gâdîy
    גָּדִי
    ()
    H2677
    chêtsîy
    חֵצִי
    metade
    (that at mid-)
    Substantivo
    H3091
    Yᵉhôwshûwaʻ
    יְהֹושׁוּעַ
    Josué
    (Joshua)
    Substantivo
    H4519
    Mᵉnashsheh
    מְנַשֶּׁה
    o filho mais velho de José e progenitor da tribo de Manassés
    (Manasseh)
    Substantivo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H7206
    Rᵉʼûwbênîy
    רְאוּבֵנִי
    ()
    H7626
    shêbeṭ
    שֵׁבֶט
    vara, bordão, ramo, galho, clava, cetro, tribo
    (The scepter)
    Substantivo


    גָּדִי


    (H1425)
    Gâdîy (gaw-dee')

    01425 גדי Gadiy

    patronimicamente procedente de 1410; adj

    Gadita = “um invasor; uma tropa: fortuna”

    1. pessoa da tribo descendente de Gade

    חֵצִי


    (H2677)
    chêtsîy (khay-tsee')

    02677 חצי chetsiy

    procedente de 2673; DITAT - 719b; n m

    1. metade
      1. metade
      2. meio

    יְהֹושׁוּעַ


    (H3091)
    Yᵉhôwshûwaʻ (yeh-ho-shoo'-ah)

    03091 יהושוע Y ehowshuwa ̂ ̀ou יהושׂע Y ehowshu ̂ à

    procedente de 3068 e 3467, grego 2424 Ιησους e 919 βαριησους;

    Josué = “Javé é salvação” n pr m

    1. filho de Num, da tribo de Efraim, e sucessor de Moisés como o líder dos filhos de Israel; liderou a conquista de Canaã
    2. um habitante de Bete-Semes em cuja terra a arca de aliança foi parar depois que os filisteus a devolveram
    3. filho de Jeozadaque e sumo sacerdote depois da restauração
    4. governador de Jerusalém sob o rei Josias o qual colocou o seu nome em um portão da cidade de Jerusalém

    מְנַשֶּׁה


    (H4519)
    Mᵉnashsheh (men-ash-sheh')

    04519 מנשה M enashsheĥ

    procedente de 5382, grego 3128 Μανασσης; DITAT - 1217; n pr m

    Manassés = “levando a esquecer”

    1. o filho mais velho de José e progenitor da tribo de Manassés
      1. a tribo descendente de Manassés
      2. o território ocupado pela tribo de Manassés
    2. filho do rei Ezequias, de Judá, e ele próprio, rei de Judá; ele foi a causa direta e imediata para o exílio
    3. um descendente de Paate-Moabe que mandou embora uma esposa estrangeira na época de Esdras
    4. um descendente de Hasum que mandou embora uma esposa estrangeira na época de

      Esdras


    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    רְאוּבֵנִי


    (H7206)
    Rᵉʼûwbênîy (reh-oob-ay-nee')

    07206 ראובני R e’uwbeniŷ

    patronímico procedente de 7205; adj.

    rubenita = ver Rúben “eis um filho”

    1. descendente de Rúben, o filho de Jacó

    שֵׁבֶט


    (H7626)
    shêbeṭ (shay'-bet)

    07626 שבט shebet

    procedente de uma raiz não utilizada com o provável sentido ramificar; DITAT - 2314a; n. m.

    1. vara, bordão, ramo, galho, clava, cetro, tribo
      1. vara, bordão
      2. cabo (referindo-se a espada, dardo)
      3. bordão (apetrecho de um pastor)
      4. bastão, cetro (sinal de autoridade)
      5. clã, tribo