Enciclopédia de Juízes 10:11-11

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jz 10: 11

Versão Versículo
ARA Porém o Senhor disse aos filhos de Israel: Quando os egípcios, e os amorreus, e os filhos de Amom, e os filisteus,
ARC Porém o Senhor disse aos filhos de Israel: Porventura dos egípcios, e dos amorreus, e dos filhos de Amom, e dos filisteus,
TB Respondeu Jeová aos filhos de Israel: Não vos livrei eu dos egípcios, dos amorreus, dos filhos de Amom e dos filisteus?
HSB וַ֥יֹּאמֶר יְהוָ֖ה אֶל־ בְּנֵ֣י יִשְׂרָאֵ֑ל הֲלֹ֤א מִמִּצְרַ֙יִם֙ וּמִן־ הָ֣אֱמֹרִ֔י וּמִן־ בְּנֵ֥י עַמּ֖וֹן וּמִן־ פְּלִשְׁתִּֽים׃
BKJ E o SENHOR disse aos filhos de Israel: Não vos libertei dos egípcios, e dos amorreus, dos filhos de Amom, e dos filisteus?
LTT Porém o SENHOR disse aos filhos de Israel: Porventura dos egípcios, e dos amorreus, e dos filhos de Amom, e dos filisteus,
BJ2 E Iahweh disse aos filhos de Israel: "Quando os egípcios e os amorreus, os amonitas e os filisteus,
VULG Quibus locutus est Dominus : Numquid non Ægyptii et Amorrhæi, filiique Ammon et Philisthiim,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Juízes 10:11

Êxodo 14:30 Assim, o Senhor salvou Israel naquele dia da mão dos egípcios; e Israel viu os egípcios mortos na praia do mar.
Números 21:21 Então, Israel mandou mensageiros a Seom, rei dos amorreus, dizendo:
Números 21:35 E de tal maneira o feriram, a ele, e a seus filhos, e a todo o seu povo, que nenhum deles escapou; e tomaram a sua terra em possessão.
Juízes 2:1 E subiu o Anjo do Senhor de Gilgal a Boquim e disse: Do Egito vos fiz subir, e vos trouxe à terra que a vossos pais tinha jurado, e disse: Nunca invalidarei o meu concerto convosco.
Juízes 3:11 Então, a terra sossegou quarenta anos; e Otniel, filho de Quenaz, faleceu.
Juízes 3:31 Depois dele, foi Sangar, filho de Anate, que feriu seiscentos homens dos filisteus com uma aguilhada de bois; e também ele libertou a Israel.
I Samuel 12:8 Havendo entrado Jacó no Egito, vossos pais clamaram ao Senhor, e o Senhor enviou a Moisés e Arão, que tiraram a vossos pais do Egito e os fizeram habitar neste lugar.
Neemias 9:9 E viste a aflição de nossos pais no Egito e ouviste o seu clamor junto ao mar Vermelho.
Salmos 78:51 E feriu todo primogênito no Egito, primícias da sua força nas tendas de Cam,
Salmos 106:8 Não obstante, ele os salvou por amor do seu nome, para fazer conhecido o seu poder.
Salmos 135:10 que feriu muitas nações e deu morte a poderosos reis:
Hebreus 11:29 Pela fé, passaram o mar Vermelho, como por terra seca; o que intentando os egípcios, se afogaram.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O REINO DE JUDÁ DESDE MANASSÉS ATÉ À QUEDA DE NÍNIVE

686-612 a.C.
MANASSÉS
Ezequias foi sucedido por seu filho, Manassés (686-641 a.C.), um homem com caráter e estilo de governo absolutamente opostos as de seu pai. O autor de Reis descreve como Manassés fez o que era mau aos olhos do Senhor, seguindo as práticas abomináveis das nações que o Senhor havia expulsado de diante dos israelitas.' Ele reconstruiu os altos, levantou altares a Baal, fez um poste-ídolo, prostrou-se diante dos exércitos dos céus, para os quais erigiu altares no templo do Senhor. Praticou feitiçaria e adivinhação, consultou médiuns, queimou seu filho como sacrifício e lavou Jerusalém com sangue inocente.
O Senhor falou ao povo de Judá por intermédio de um profeta desconhecido e prometeu enviar uma calamidade tão grande sobre Jerusalém e Judá a ponto de fazer tinir os ouvidos de quem ouvisse a respeito do ocorrido. O Senhor estenderia sobre Jerusalém o cordel de Samaria e o prumo usado contra a casa de Acabe e eliminaria jerusalém como quem tira sujeira de um prato. Quando o povo não atentou para a profecia, "o Senhor trouxe sobre eles os príncipes do exército do rei da Assíria, os quais prenderam Manassés com ganchos, amarraram-no com cadeias e o levaram à Babilônia" (2Cr 33:11).
Os reis assírios Esar-Hadom e Assurbanipal fazem referência a Manassés em 676 a.C.e por volta de 666 a.C., respectivamente, como um rei que pagou tributos. E importante observar que Manassés foi levado à Babilônia. Entre 650 a.C.e 648 a.C.
Assurbanipal cercou a Babilônia que, na época, era governada por seu irmão mais velho, Shamash-shum-ukin. Esar-Hadom colocou ganchos no nariz de outros dois reis vassalos, como se pode ver claramente em sua estela de Samal (atual Zincirli, próximo a Islahiye, no sudeste da Turquia). Na Babilônia, Manassés buscou o favor do Senhor, se humilhou e recebeu permissão de voltar à sua terra natal. Remove as imagens de deuses estrangeiros, inclusive uma imagem que havia sido colocada no templo do Senhor, restaurou o altar do Senhor e reinstituiu as ofertas a ele. Instruiu o povo a servir ao Senhor, mas, ao que parece, teve dificuldade em extinguir hábitos profundamente arraigados, pois o povo continuou a sacrificar nos altos, ainda que apenas para o Senhor.

AMOM
Manassés foi sucedido por seu filho Amom (641-639 a.C.) que seguiu o exemplo idólatra de seu pai, mas não se humilhou. Depois de um reinado curto de dois anos, foi assassinado por seus oficiais no palácio. "O povo da terra" (talvez uma expressão equivalente a "pequena nobreza") proclamou rei o filho de Amom, Josias, então com oito anos de idade.

NAUM
É difícil datar com precisão a profecia sucinta do profeta Naum, mas ele sabia da captura da cidade de Tebas no Alto Egito pelos assírios, ocorrida em 663 a.C., no reinado de Assurbanipal. Naum predisse em linguagem vívida um acontecimento aparentemente impossível: a queda de Nínive, a capital assíria que se estendia por uma área de 749 hectares e era cercada por mais de 12 km de muros. "As comportas dos rios se abrem [ou, mais literalmente, "se derretem"], e o palácio é destruído. Está decretado: a cidade-rainha está despida e levada em cativeiro, as suas servas gemem como pombas e batem no peito. Nínive, desde que existe, tem sido como um acude de águas; mas, agora, fogem. Parai! Parai! Clama-se; mas ninguém se volta" (Na 2:6-8).

SOFONIAS
O profeta Sofonias, que escreveu durante o reinado de Tosias (639-609 a.C.), também anteviu a destruição de Nínive: "Ele estenderá também a mão contra o Norte e destruirá a Assíria; e fará de Nínive uma desolação e terra seca como o deserto. No meio desta cidade, repousarão os rebanhos e todos os animais em bandos; alojar-se-ão nos seus capitéis tanto o pelicano como o ourico. Sofonias 2:13-14

A QUEDA DE NÍNIVE
Ao contrário da imagem transmitida pelos reis assírios em suas inscrições, a Assíria não era invencível. Os citas e os cimérios, povos indo-europeus das estepes da Rússia, causaram sérios problemas os assírios durante o reinado de Esar-Hadom (681-669 a.C.). A morte de Assurbanipal em 627 .C. foi seguida de uma revolta contra seu filho, Assur-etil- ilani. Seu irmão, Sin-shar-ishkun (627-612 .C.) também sofreu oposição. Entrementes, um líder tribal caldeu do sul da Mesopotâmia chamado Nabopolassar (pai de Nabucodonosor) tomou o trono da Babilônia em 626 a.C. De acordo com a Crônica da Oueda de Nínive, em 616 a.C.Nabopolassar começou a atacar a Assíria com a ajuda dos medos, governados então por Ciáxares. Assur, uma cidade importante do império, caiu em 614 a.C. e é possível que o mesmo tenha acontecido com Calá (Nimrud). Em 612 a.C., Nínive foi cercada e, como a Crônica da Oueda de Nínive registra: "O rei da Acádia (Nabopolassar] e Ciáxares marcharam pela margem do Tigre e acamparam diante de Nínive. Do mês de sivã [maio/junho] até o mês de abe (julho/agosto), isto é, por três meses, impuseram um sítio rigoroso à cidade" (Crônica da Queda de Nínive 40- 43a). Os historiadores gregos 10enofonte" e Diodoro Sículos mencionam uma tempestade que causou inundação numa área da cidade e rompeu parte do muro. O palácio foi incendiado, talvez a ocasião em que Sin-shar-ishkun cometeu suicídio. A profecia de Naum acerca da destruição do palácio se cumpriu.
O cumprimento das outras predições de Naum sobre o saque dos tesouros de Nínive" e a ruína da cidade" pode ser observado na declaração sucinta da Crônica da Queda de Nínive: "Levaram grande espólio da cidade e do templo transformaram a cidade num montão de escombros" (Crônica da Oueda de Nínive 45).
Assur-uballit, um general assírio, resistiu por mais dois anos em Hara, no sudeste da Turquia. Mas a Assíria havia chegado ao fim e, como Naum predisse na conclusão de sua profecia: "Todos os que ouvirem a tua fama baterão palmas sobre ti; porque sobre quem não passou continuamente a tua maldade?" (Na 3.19b).
A queda da Assíria No começo do século VII a.C.os citas e cimérios, povos da região sul da atual Rússia, pressionaram a Assíria. Em 612 a.C., Ninive, capital da Assíria, foi tomada pelos babilônios, do sul do atual Iraque, e pelos medos, do atual Irá. Um
A queda da Assíria No começo do século VII a.C.os citas e cimérios, povos da região sul da atual Rússia, pressionaram a Assíria. Em 612 a.C., Ninive, capital da Assíria, foi tomada pelos babilônios, do sul do atual Iraque, e pelos medos, do atual Irá. Um
A estela de 3,2 m de altura mostra o rei assírio Esar-Hadom(681-669 a.C.) segurando dois reis clientes minúsculos em cordas amarradas a ganchos presos ao nariz. Proveniente de Zincirli, no sudeste da Turquia.
A estela de 3,2 m de altura mostra o rei assírio Esar-Hadom(681-669 a.C.) segurando dois reis clientes minúsculos em cordas amarradas a ganchos presos ao nariz. Proveniente de Zincirli, no sudeste da Turquia.
Planta urbana de Ninive Com uma área de 749 hectares, Nínive era a maior cidade dos assírios. Escavações arqueológicas concentraram-se nos dois montes principais da cidade, Kuyunjik e Nebi Yunus.
Planta urbana de Ninive Com uma área de 749 hectares, Nínive era a maior cidade dos assírios. Escavações arqueológicas concentraram-se nos dois montes principais da cidade, Kuyunjik e Nebi Yunus.

PALESTINA - TERMINOLOGIA HISTÓRICA

Infelizmente, na Antiguidade o sul do Levante não era conhecido por um único nome abrangente, mas por vários, dependendo de onde e de quando se fazia referência ao lugar.
O contrário acontecia: uma gama de termos bíblicos e/ou seculares designava a terra do Israel bíblico, não sendo possível supor que algum deles correspondesse completamente às fronteiras teológicas de Israel (ou um ao outro) nem se podendo aplicar qualquer deles a todo o período da história bíblica sem criar algum anacronismo.
Na Antiguidade, em muitos casos, nomes que antes haviam sido usados para denotar uma divindade ou um grupo populacional importante foram simplesmente emprestados e reaplicados para designar a entidade geopolítica em que aquele grupo estava. Por exemplo, o nome "Canaa" derivou dos cananeus; o nome "Palestina" deve sua existência aos filisteus; e "(a terra de) Hatti" originalmente designava uma série de cidades-estados neo-hititas situadas aproximadamente entre Carquêmis e Damasco, cujos habitantes parecem ser descendentes de Hete (e.g., Gn 10:15-1Cr 1,13) e/ou devotos do deus Hatti.37 O texto bíblico diz que tanto os cananeus quanto os hititas estavam entre os "ocupantes da terra" na época da colonização por Israel (Dt 7:1; Dt 3:10-12.8; cp. Gn 15:18-21; Ex 3:8-17), e sabe-se que os filisteus imigraram para aquela terra por volta de 1200 a.C.


CANAÃ
O termo Canaa/cananeu(s) é bem atestado em boa parte dos textos do segundo milênio a.C.38 A julgar por esse uso, parece que Canaã era o termo convencional para designar o sul da área que o Egito controlava na Ásia, em contraste com Amurru (a terra dos amorreus, ao norte do rio el-Kabir). Canaã se estendia das cidades de Gaza e Ráfia, no sul, até tão ao norte quanto o vale do rio el-Kabir e a localidade de Sumra/Simyra.3 De modo que o quadro geral que surge é que as citações, tanto em textos do Oriente Próximo quanto na Bíblia, revelam uma notável semelhança quando delineiam os limites de Cana (v. acima a análise sobre as fronteiras teológicas de Israel). Essa afirmação pode ter consequências quanto à antiguidade e à essencial historicidade daquelas narrativas que mencionam as fronteiras de Israel.
Antes das descobertas arqueológicas em Nuzi, em geral se acreditava que a palavra "Canaa" derivava de um verbo semítico com o sentido de "curvar/curvar-se/ser baixo", porque os cananeus ocupavam a região baixa perto do mar, em contraste com a região montanhosa dos amorreus (Nm 13:29; Js 5:1; cp. Is 23:11). Uma teoria relacionada é que Canaã era o lugar onde o sol "se curva" (se põe), de maneira que, por definição, um cananeu era alguém do oeste. Mas se descobriu que, em Nuzi, a palavra kinahhu" se refere a uma substância de cor púrpura avermelhada, extraída de conchas de múrex e usada no tingimento de tecidos, especialmente lã.
Os textos antigos estão repletos de referências à grande consideração dada a quem se vestia de púrpura. Por ser natural, ao invés de produzida pelo homem, a tintura de múrex tinha valor elevado, pois nunca desbotava. A lucrativa indústria do múrex se concentrava ao norte de Cesareia, no Mediterrâneo, onde as águas do mar regularmente lançavam na praia uma grande quantidade dessas conchas. No local de uma antiga fábrica de tintura, em Tiro, foi encontrado um grande número de conchas*2 e, em Dor, também se encontraram claros indícios do processo de tingimento.43 Os nomes de certos lugares cananeus nos arredores oferecem ainda outros indícios de que o tingimento de múrex era uma atividade econômica essencial. Por exemplo, o nome "Sarepta" vem de um verbo que tem o sentido de "tingir" e o nome "Zobá" é derivado de um verbo que denota o tingimento de tecido. Às vezes a própria palavra "cananeu" é traduzida por "comerciante/mercador"* Como consequência, parece preferível entender Canaã como "a terra da púrpura" e "cananeus" como "o povo da terra da púrpura" (ideia a partir da qual o conceito de comércio poderia facilmente derivar). Textos gregos nos mostram que, no primeiro milênio a.C., os herdeiros culturais dessa indústria de tintura foram denominados fenícios, nome que deriva da palavra grega phoinix ("púrpura"). Mesmo no Novo Testamento aparentemente "cananeu" e "fenício" ainda eram designativos um tanto quanto equivalentes (Mt 15:22 refere-se a uma mulher cananeia; o relato de Marcos sobre o mesmo acontecimento chama-a de siro-fenícia [Mc 7:26]). Parece, então, que as palavras "Canaa" e "Fenícia" têm apenas duas diferenças básicas: (1) a primeira é vocábulo semítico, ao passo que a segunda é de origem grega; (2) a primeira é empregada no segundo milênio a.C., enquanto a segunda passa a ser normativa no primeiro milênio a.C. Se levarmos esses dados à sua conclusão lógica, parece que a mesma palavra teve, no início, a conotação do processo de tingimento, com o passar do tempo foi estendida às pessoas envolvidas no processo e, por fim, englobou o território/província onde essas pessoas formavam um grupo bastante importante da população.

PALESTINA
Por motivos que ainda não estão claros para nós, por volta de 1200 a.C. boa parte do mundo bíblico experimentou uma séria turbulência política, provocada em grande parte por hordas de invasores a que fontes egípcias se referem como "povos do mar" Há muito os estudiosos vêm cogitando sobre o que provocou esse movimento de cerca de 14 povos na direção sudeste: denyen, lukka, shardanu, masha, arinna, karkisha, pitassa, kashka, akawasha, tursha, sheklesh, peleset (filisteus), tjekker e weshesh (essas grafias são aproximadas). Embora dois ou três desses povos também apareçam em textos mais antigos do Levante ou do Egito, parece que por essa época houve uma migração bem vasta. Esses povos foram desalojados devido a uma mudança climática que causou escassez de alimento, à turbulência política que cercou a batalha de Troia ou à invasão da Grécia pelos dórios, ou a algum outro fator? Qualquer que tenha sido o motivo, é provável que, antes de chegar ao coração do Egito, vários contingentes de povos do mar tenham sido responsáveis pela queda do Império Hitita, cujo centro de poder ficava na Ásia Menor, pela captura da ilha de Chipre e pela devastação e/ou reocupação de muitas cidades em todo o Levante: Ugarit, Alalakh, Carquêmis, T. Sukas, Tiro, Sidom, Hazor, Aco, Dor e um grande número de lugares na planície da Filístia. Mas os egípcios resistiram aos povos do mar, e seus textos indicam que os filisteus foram repelidos do território egípcio na direção nordeste,15 onde mais tarde habitaram o sudoeste de Canaã, que se tornou conhecido como planície da Filístia. O local de onde os filisteus emigraram também continua sendo objeto de debate.1 A tradição bíblica de que procederam de Caftor (Creta) não é decisiva, porque aquele texto declara que os filisteus foram trazidos de Caftor da mesma maneira que os israelitas foram trazidos do Egito (Am 9:7; cp. Gn 10:14-1Cr 1.12; Jr 47:4; Ez. 25.16; SF2.5). Ou seja, é possível que a Biblia não esteja indicando o lugar de origem de nenhum dos dois povos. Levando em conta certos aspectos da cultura material filisteia (caixões de defunto estilizados, cerâmica característica etc.) ou palavras bíblicas encontradas em narrativas sobre os filisteus (guerreiro, senhor, capacete, arca), alguns estudiosos defendem que os filisteus emigraram da Grécia. Outros, com base em épicos gregos e na tradução que a LXX faz de Caftor ("Capadócia") em Deuteronômio 2.23 e Amós 9.7, afirmam que os filisteus tiveram origem ao longo do litoral sudoeste da atual Turquia. Mas tudo isso continua sendo bastante especulativo, em parte devido à escassez de textos indubitavelmente filisteus e em parte porque os filisteus começaram a passar pelo processo de assimilação cultural logo depois de chegarem a Canaã. A única conclusão segura a que se pode chegar é que, como designação de uma entidade geográfica distinta, a palavra Palestina deriva dos filisteus.
Hoje em dia às vezes se diz que, como designação da terra de Israel, o termo "Palestina" surgiu só em meados do segundo século d.C., quando, como castigo político pela revolta de Bar-Kochba, o imperador Adriano deliberadamente adotou o nome dos antigos inimigos de Israel - os filisteus - e apenas o latinizou para criar conotações pejorativas óbvias.
De acordo com esse ponto de vista, o uso mais antigo de "Palestina" foi propaganda feita pelos romanos com fortíssimas implicações políticas antijudaicas. Nesse caso, então, qualquer uso que se faça atualmente da palavra Palestina para se referir à história antes da época de Adriano é, na melhor das hipóteses, perigosamente anacrônico e historicamente errôneo e, na pior, antibíblico e até mesmo antijudaico. Existem, contudo, dados que apontam em outra direção.
Para começar, o nome Palestina aparece 13 vezes em textos neoassírios ainda do reinado de Adade-Nirari III (810-782 a.C.), Tiglate-Pileser III (744-727 a.C.) e Sargão II (721- 705 a.C.)." É improvável que qualquer uma dessas citações vislumbrasse a terra de Israel como um todo (em contraste com a região da Filístia). Na realidade, em um dos textos, Palestina aparece em contraste tanto com Israel (literalmente " terra de Onri") quanto com Edom.5 No entanto, em 11 casos a palavra Palestina é imediatamente precedida pelo indicador semântico para "terra/país", o que é uma indicação inconfundível de que a referência é a uma entidade geográfica distinta. De modo semelhante, uma estatueta egípcia com data presumível da 27. dinastia (945-715 a.C.) traz inscrição que faz referência a um "encarregado de Cana e Palestina" (escrita PIst). Nesse caso, o termo Palestina está sendo usado em contraste com o território de Canaã. Pode-se observar mais uma vez que o termo aparece definitivamente num contexto geográfico/provincial (e não político).
Mais relevantes para essa controvérsia são, porém, os resultados de uma pesquisa por computador que pode ser feita no Thesaurus linguae graecae (TLG; University of California, campus de Irvine). Uma pesquisa de "Palestina" como nome próprio em textos escritos antes do fim do primeiro século da era crista revelou 196 citações completas em textos gregos ou latinos (excluindo-se possíveis atestações parciais da palavra Parte das extensas ruínas arqueológicas do período Palácio Novo (aprox. 1700-1400 a.C.) em Zakros, no litoral sudeste de Creta. Alguns especialistas creem que o lugar de origem dos filisteus pode ter sido Creta.


ISRAEL
O nome Israel deriva, em última instância, do patriarca Jacó, cujo nome foi mudado para Israel (Gn 32:28). Quando os descendentes do patriarca se tornaram escravos no Egito, a expressão "filhos de Israel" passou a ser frequentemente aplicada a eles (Êx 1:9-12; 2.23,25; 3:9-11; etc.). Mais tarde, o nome Israel veio a ser aplicado ao reino nortista de Efraim, em contraste com o reino sulista de Judá (1Rs 12:18-20; 1Cr 5:17; etc.). Posteriormente, após o desaparecimento do Reino do Norte, ocasionalmente "Israel" foi usado para se referir ao reino sulista de Judá (Jr 10:1). Assim mesmo, é difícil identificar uma passagem bíblica que use explicitamente a palavra Israel para denotar uma área geográfica específica. É claro que ocorre a expressão "terra de Israel" (1Sm 13:19-1Cr 22.2; 2Cr 2:17; Ez 40:2-47.18), mas ela sempre está ligada ao terreno ocupado ou a ser ocupado por alguns ou por todos os israelitas e, em consequência, a extensão dessa área sofre variação. Fora da Bíblia, "Israel" (i.e., o Israel da Bíblia) ocorre em três textos antigos. O mais antigo é uma estela de granito do quinto ano de Merneptah (1209 a.C.). Nessa tábua de granito há uma inscrição que menciona 1srael, mas ela está registrada de tal maneira que parece apontar para uma entidade étnica e, por esse motivo, a citação não oferece quase nenhuma ajuda na definição das fronteiras geográficas de Israel. Contudo, a Estela de Merneptah é a única testemunha extrabíblica de Israel antes do nono século a.C., quando o nome aparece em duas inscrições distintas. O Obelisco Negro está escrito em cuneiforme e data do sexto ano do rei assírio Salmaneser III (853 a.C.), quando Acabe forneceu 2 mil carros e 10 mil soldados para uma coalizão que lutou contra as forças de Salmaneser. A inscrição faz referência a Acabe como " rei de Israel" Poucos anos depois (c. 835 a.C.), o rei Messa de Moabe mandou inscrever, em uma estela de basalto, uma dedicatória à sua divindade, Camos; nessa inscrição ele se vangloriou de ter retomado o território que anteriormente havia sido conquistado por Onri, "rei de Israel" De acordo com a Bíblia, Messa de Moabe foi vassalo de Israel durante os dias de Onri e Acabe, mas se rebelou por ocasião da morte deste último (2Rs 3:4-5). Contudo, uma batalha ocorrida em seguida e registrada na Bíblia terminou com uma derrota moabita (2Rs 3:9-27). Numa tentativa de harmonizar a afirmação bíblica com a declaração de vitória registrada na estela de Messa, alguns estudiosos sustentam que a vitória de Messa sobre Israel ocorreu um pouco depois, durante o reinado de Jeoacaz. Nenhuma dessas duas inscrições do nono século a.C. fornece informações geográficas que permitam traçar fronteiras específicas para Israel. No entanto, ambas são bastante úteis, pois cada uma identifica explicitamente pelo nome pessoas que, na Bíblia, também são conhecidas como "rei de Israel. A Inscrição de Messa é ainda muito útil por ser rica em terminologia bíblica.

A AMEAÇA FILISTÉIA

séculos XII a XI a.C.
QUEM ERAM OS FILISTEUS
Sem dúvida, os filisteus representavam a ameaça mais séria à nação de Israel. Em seu quinto ano de reinado - 1180 a.C. Ramsés Ill, rei do Egito, derrotou os "povos do mar" numa batalha naval corrida, provavelmente, na foz do Nilo. Seus atos foram registrados em relevos entalhados nas paredes do templo consagrado a Amon em Medinet Habu, na margem ocidental do Nilo, próximo a Tebas. Esses relevos mostram os povos do mar chegando no Egito em carroções e embarcações .com suas famílias e pertences (parte do povo se deslocou por terra, acompanhando a costa do Levante). Um dos grupos dos povos do mar, chamado de pereset, é retratado usando adornos para a cabeça feitos com penas ou pedaços de junco alinhados perpendicularmente a uma faixa horizontal. Esse grupo corresponde as filisteus do Antign Testamento.
Um dos símbolos pictográficos encontrados num disco de argila em Festo, Creta, datado do século XVII a.C., mostra um adorno para a cabeça bastante parecido com os de Medinet Habu. Esta semelhança e a referência de Amós a Caftor' como local de procedência dos filisteus indicam que eram um grupo de origem cretense. A designação Caftor é equiparada com o nome egípcio Keftyw ("Creta"). E provável que os filisteus tenham sido expulsos de Creta por outros povos do mar, cuja identidade não vem ao caso aqui. Porém, estudos de anéis anuais de árvores europeias e mudanças de nível em turfeiras e lagos sugerem a ocorrência de uma crise no clima da Europa c. 1200 a.C., fato que pode ter desencadeado as migrações.
Os egípcios afirmavam ter conquistado uma grande vitória em sua batalha contra os povos do mar. O Papiro de Harris de Ramsés IV (1153-1147 a.C.) - um papiro com 40 m de comprimento no qual se encontram registrados os acontecimentos do reinado de Ramsés III - declara: "Derrotei todos aqueles que ultrapassaram os fronteiras do Egito, vindos de suas terras. Aniquilei o povo danuna vindo de suas ilhas, os tiekker e os pereset (filisteus)... os sherden e os weshwesh do mar foram exterminados". Os filisteus derrotados se assentaram na planície costeira do sul da Palestina, daí o nome dessa região.

A CULTURA FILISTÉIA
À chegada dos filisteus na Palestina é marcada em termos arqueológicos por suas cerâmicas peculiares (Período Micênico HIC1b), bastante semelhantes a exemplares egeus. Os filisteus foram o primeiro povo a usar o ferro na Palestina e, portanto, arqueologicamente, sua chegada também é marcada pela transição da Idade do Bronze para a Idade do Ferro. Devido ao monopólio desse metal pelos filisteus, os israelitas se tornarem dependentes de seus ferreiros para afar ferramentas. Cinco cidades filistéias importantes foram fundadas na costa do Mediterrâneo ou próximo a esta: Gaza, Asquelom, Asdode, Ecrom e Gate. O governante da cidade era chamado, em hebraico, de seren, um termo usado apenas para governantes filisteus e associado, por meio da língua grega, à palavra "tirano".

SANSÃO
O juiz Sangar libertou Israel dos filisteus, mas quem recebe destaque é Sansão, o juiz com forças sobre-humanas demonstradas quando ele matou mil homens com a queixada de um jumento e carregou a porta da cidade de Gaza até o alto de um monte? que julgou sobre Israel durante doze anos.* Seu ponto fraco, a atração por mulheres estrangeiras, o levou a perder os cabelos, a força e a visão. Apesar de seus atos de heroísmo dramáticos, Sansão não livrou Israel da opressão filistéia.

SAMUEL
Os filisteus representavam uma ameaça inigualável.' Eram soldados disciplinados possuíam armas superiores às dos israelitas. Cansados de invadir e saquear periodicamente o território de Israel, procuraram conquistá-lo em caráter definitivo. Deslocando-se do litoral para o interior, ocuparam grande parte dos montes da região central. Foi nesse contexto que Samuel cresceu na cidade de Siló, na região montanhosa de Efraim. Ali ficava o tabernáculo, ao qual haviam sido acrescentadas algumas construções permanentes," formando um complexo chamado de "templo do Senhor"." Durante sua juventude, Samuel foi instruído pelo sacerdote idoso Eli. Ao atingir a idade adulta, Samuel foi reconhecido como profeta do Senhor em todo o Israel, desde Da até Berseba. Também atuou como juiz, percorrendo um circuito que incluía Betel, Gilgal, Mispa e Ramá, a cidade onde morava.

OS FILISTEUS TOMAM A ARCA
De acordo com o livro de Samuel, depois que os filisteus mataram quatro mil israelitas no campo de batalha em Afeca, o povo pediu que a arca da Aliança fosse trazida de Siló para o acampamento israelita em Ebenézer (possivelmente Izbet Sarteh). Quando os filisteus ouviram os gritos de júbilo dos israelitas, pensaram que um deus havia chegado ao acampamento de Israel. Na batalha subsequente, os israelitas foram massacrados: trinta mil soldados, inclusive os dois filhos rebeldes de Eli, morreram e a arca da aliança foi tomada. Ao receber essa notícia, Eli caiu da cadeira onde estava assentado, quebrou o pescoço e morreu. Sua nora também morreu durante o parto, exclamando: "Foi-se a glória de Israel" (1Sm 4:22).
jarro de cerveja filisteu, com coador embutido para remover as cascas da cevada. Asdode, século XIl a.C
jarro de cerveja filisteu, com coador embutido para remover as cascas da cevada. Asdode, século XIl a.C
O mapa mostra o circuito percorrido por Samuel nos montes ao norte de Jerusalém ao exercer a função de juiz.
O mapa mostra o circuito percorrido por Samuel nos montes ao norte de Jerusalém ao exercer a função de juiz.
A chegada dos filisteus A chegada dos filisteus na costa da Palestina foi parte de uma migração mais ampla de um grupo chamado de Povos do Mar, os quais o rei egipcio Ramsés Ill derrotou numa batalha naval na foz do rio Nilo, em 1180 a.C.
A chegada dos filisteus A chegada dos filisteus na costa da Palestina foi parte de uma migração mais ampla de um grupo chamado de Povos do Mar, os quais o rei egipcio Ramsés Ill derrotou numa batalha naval na foz do rio Nilo, em 1180 a.C.
esquife antropóide feito de argila, encontrado em Bete-Seá; século XIl a XI a.C.
esquife antropóide feito de argila, encontrado em Bete-Seá; século XIl a XI a.C.
batalha naval entre Ramsés Ill e os Povos do Mar (1180 a.C.). Relevo do templo de Amon em Medinet Habu, Egito. Os guerreiros filisteus são representados usando seus ornamentos característicos a cabeça.
batalha naval entre Ramsés Ill e os Povos do Mar (1180 a.C.). Relevo do templo de Amon em Medinet Habu, Egito. Os guerreiros filisteus são representados usando seus ornamentos característicos a cabeça.

OS VIZINHOS DE ISRAEL E JUDÁ

O LEGADO DE DAVI E SALOMÃO
Durante o reinado de Davi, Israel conquistou vários povos vizinhos, mas não todos. Ao norte, Hirão de Tiro e outros reis fenícios governavam uma faixa ao longo da costa do Mediterrâneo correspondente de forma aproximada a atual Líbano. Mais ao sul, também junto ao Mediterrâneo, os filisteus mantiveram sua independência. Do lado leste do rio Jordão e a leste e sul do mar Morto, Davi conquistou Amom, Moabe e Edom. Depois de derrotar Hadadezer de Zobá, Davi parece ter conseguido controlar parte da Síria até o rio Eufrates. Nos anos depois da morte de Salomão, essas regiões readquiriram sua independência.

AMOM
O centro do reino de Amom era a grande cidadela de Rabá- Amom (atual Amã, capital da Jordânia). Os amonitas eram descendentes de Ben-Ami, filho de Ló (sobrinho de Abraão) (com sua filha mais nova) A região a oeste que se estendia até o vale do Jordão entre os ribeiros Jaboque e Arnom era ocupada pelos amorreus.

MOABE
O reino de Moabe se concentrava no planalto entre o ribeiro de Arnom, que corria por um vale de até 500 m de profundidade, e o ribeiro de Zerede, a leste do mar Morto. Sua cidade mais importante era Quir-Haresete, a magnífica fortaleza de Kerak. A região ao norte do rio Arnom era chamada de Misor, ou campinas de Moabe. Os moabitas eram descendentes de Ló com sua filha mais vela. Rute, a bisavó de Davi, era moabita. Moabe era uma região conhecida pela criação de ovinos e, por algum tempo, teve de pagar a Israel um tributo anual de cem mil cordeiros e a lã de cem mil carneiros.

EDOM
Os edomitas eram descendentes de Esaú, o irmão mais velho de Jacó. Ocupavam o território ao sul do mar Morto e a sudeste do ribeiro de Zerede. Essa região montanhosa também era chamada de monte Seir, que significa "peludo", pois era coberta de uma vegetação densa constituída, em sua maior parte, de arbustos. Abrangia a Arabá, ou deserto de Edom, a grande depressão que liga o mar Morto ao mar Vermelho. Sua capital, Sela, pode ser identificada com Petra, a cidade que viria a ser conhecida como a espetacular capital rosada dos árabes nabateus.

A REGIÃO AO SUL DO MAR MORTO
Ao sul de uma linha imaginária entre Gaza e Berseba, estendendo-se para o leste até o sul do mar Morto, fica o deserto de Zim. Essa área extensa que constitui a parte norte do deserto do Sinai apresenta um índice pluviométrico anual inferior a 200 mm e, portanto, não pode ser usada para a agricultura. Judá procurou exercer controle sobre Edom e essa região. Os portos de Eziom-Geber (possivelmente Tell el-Kheleifeh) e Elate no norte do golfo de Ácaba permitiam que Judá tivesse acesso ao mar Vermelho e seu comércio valioso.

OS FILISTEUS
Quatro cidades filistéias, Ecrom, Asdode, Asquelom e Gaza, permaneceram independentes do controle de Israel e Judá. Apenas Gate foi controlada pelo reino de Judá.

O LÍBANO
Os montes da região norte da Galileia são separados das cadeias de montanhas do Líbano ao norte pelo vale profundo do rio Litani que desemboca no Mediterrâneo alguns quilômetros ao norte de Tiro. As montanhas de até 3.088 m de altura que passam cerca da metade do ano cobertas de neve explicam o nome "Líbano", que significa "branco". As coníferas e cedros do Líbano forneciam a madeira de melhor qualidade do Antigo Oriente Próximo, cobiçadas por reis da Mesopotâmia e do Egito, e também por Salomão, que adquiriu dessa região a madeira para o templo do Senhor em Jerusalém. A leste da cadeia de montanhas do Líbano encontra-se o vale de Becá. As montanhas formam uma barreira natural, impedindo que as chuvas cheguem ao vale onde o índice pluviométrico anual não passa de 250 mm. Os rios Orontes e Litani correm, respectivamente, ao longo do norte e do sul do vale para o mar Mediterrâneo. A leste de Becá fica a cadeia de montanhas do Antilíbano, cujo pico mais alto é o do monte Hermom (também chamado de Sirion ou Senir) com 2.814 m de altura. A costa mediterrânea do Libano possui

DO OUTRO LADO DO MAR
Os fenícios da costa do Líbano eram exímios marinheiros. Salomão contratou marujos de Hirão, rei de Tiro, para seus empreendimentos comerciais no mar Vermelho. Os israelitas, por sua vez, eram um povo ligado à terra que mostrava pouco entusiasmo pelo mar, como o salmista deixa claro: "Subiram até aos céus, desceram até aos abismos; no meio destas angústias, desfalecia-lhes a alma. Andaram, e cambalearam como ébrios, e perderam todo tino. Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações" (SI 107:26-28).

A SÍRIA
A leste da cadeia do Antilíbano fica o país chamado hoje de Síria. Este foi o nome que os romanos deram à região, que incluía a Palestina, quando Pompeu a conquistou em 63 .C. e a transformou numa província romana. No tempo do Antigo Testamento, a região ao redor de Damasco e mais ao norte era chamada de Hara. Davi firmou alianças com os reis arameus de Gesur (a leste do mar da Galileia) e Hamate. Conquistou Zoba (ao norte de Damasco), estendendo seu domínio até o rio Eufrates. Damasco recobrou sua independência durante o reinado de Salomão quando um certo Rezom passou a controlar a região. Ben-Hadade II, Hazael e Ben-Hadade IlI, reis posteriores de Damasco, entraram em conflito repetidamente com Israel, o reino do norte.

A LESTE DO JORDÃO
Basã e Gileade, a leste do rio Jordão, faziam parte da terra prometida, e, portanto, não eram vizinhos de Israel. Entretanto, a fim de fornecer uma descrição mais abrangente, devemos tratar dessas terras do outro lado do rio. Nessa região, os ventos frios do deserto que, no inverno, sopram sobre os montes orientais impedem o cultivo de oliveiras e, em alguns lugares, também de vinhas.

Vizinhos de Israel e Judá
Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam. em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.

Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.
Cedros nas montanhas do Líbano.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

AMOM

Atualmente: JORDÂNIA
Região dos amonitas a leste do Mar Morto. Estas terras não pertenciam aos israelitas no tempo da conquista. Os amonitas foram incorporados no império assírio, babilônico e persa. Posteriormente, nos períodos de independência, constituíram ameaça para Israel até o tempo dos Macabeus.
Mapa Bíblico de AMOM


ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Juízes Capítulo 10 do versículo 1 até o 18
SEÇÃO IV

OUTROS SETE JUÍZES

Juízes 10:1 — 16.31

Outros sete líderes são apresentados agora, e os mais importantes dessa lista são Jefté e Sansão. Aos outros são feitas apenas referências rápidas.

  1. TOLA, 10.1,2

Depois da morte de Abimeleque, um homem da tribo de Issacar chamado Tola levan-ta-se para livrar Israel. O sexto juiz de Israel recebeu o nome de um de seus ancestrais, pois 1ssacar teve um filho com este nome (Gn 46:13). Restou-nos pouco mais do que o nome deste juiz.

Tola é identificado como filho de Puá, filho de Dodô (1) ou talvez "um ancestral de Dodô". Dodô significa "seu amado".

Tola viveu e foi sepultado em Samir, na montanha de Efraim, lugar de localização incerta. Pode ser Samaria. Samir também era uma cidade no território de Judá (Js 15:48).

  1. JAIR, 10:3-5

O sétimo juiz de Israel foi Jair, o gileadita que julgou a Israel por um período de vinte e dois anos (3). Dois outros homens do AT tiveram o nome de Jair, que significa "a quem Deus ilumina": um filho de Segube (1 Cron 2,22) e um ancestral de Mardoqueu (Et 2:5). Jair teve trinta filhos, que cavalgavam sobre trinta jumentos, um sinal de riqueza da época.

Também se nota que os filhos de Jair tinham trinta cidades que ainda eram conhe-cidas como Havote-Jair ou "as vilas (acampamentos nômades) de Jair". Provavelmente se tratava de vilas de tendas localizadas na porção noroeste de Basã, distantes entre 15 e 20 quilômetros a sudeste do extremo sul do mar da Galiléia.

Quando morreu Jair, ele foi sepultado em Camom, talvez a moderna Kamm em Gileade.

C. JEFTÉ, Jz 10:6-12.7

  1. Israel mais uma vez se Afasta de Deus (10:6-9)

A maior parte do relato presente no capítulo 10 está na forma de uma introdução geral às histórias de Jefté, em conflito com os amonitas, e de Sansão, que defendeu Israel contra os filisteus (7). Deve-se notar que os falsos deuses a quem serviram os israelitas eram sete: baalins (os baals), Astarote, os deuses da Síria, de Sidom, de Moabe, dos filhos de Amom e os deuses dos filisteus (6). Semelhantemente, existe uma lista de sete nações (totalmente diferentes) das quais o Senhor libertara seu povo (11,12). O resultado dessas apostasias, ocorridas num período de vários anos, foi a derrota e a opressão nas mãos dos filisteus, procedentes do sudoeste, e dos amonitas, provenientes do sudeste. A opressão amonita é a primeira a ser descrita e foi sentida particularmente em Gileade, onde, por dezoito anos (8), os israelitas foram massacrados debaixo dos pés de Amom. Mas os amonitas também cruzaram o Jordão com o objetivo de atacar Judá, Benjamim e Efraim (9). Naquele mesmo ano é provavelmente uma referência ao primeiro ano daquela opres-são dupla que, no caso dos amonitas, continuou por todo o período de 18 anos.

Os israelitas entregaram-se totalmente a um panteão de deuses e violaram a pri-meira e fundamental lei que Deus lhes dera (Dt 6:4; cf. I Reis 11:33 e Si 106.35,36). Além dos baalins e de Astarote, eles adoravam Bel e Saturno, da Síria; Astarte, de Sidom; Quemos, de Moabe; Milcom, de Amom; e Dagom, da Filístia.

  1. Israel finalmente se Arrepende, (10:10-16)

Em desespero, o povo de Israel, profundamente afetado por sua opressão, voltou-se outra vez para o Senhor. Contra ti havemos pecado (10), disseram eles, "porque te deixamos e seguimos os baalins". O Senhor respondeu, provavelmente por meio de seu representante, um dos profetas desconhecidos do passado: "Não libertei vocês repetidas vezes de seus inimigos, os egípcios, os amorreus, os amonitas, os filisteus, os sidônios, os amalequitas e os maonitas?". Os maonitas (12) aparecem como "midianitas" na LXX, embora houvesse uma tribo árabe com este nome que vivia na região próxima a Seir. Nada se sabe de específico sobre um conflito entre Israel e os maonitas.

Deus testou a sinceridade do apelo do povo, ao dizer: "Vocês se afastaram de mim para servirem a outros deuses. Portanto, não os ajudarei mais. Que as divindades que vocês escolheram venham em seu socorro. Peçam-lhes que os salvem na hora de sua dificuldade". O povo insistiu: Pecamos (15). "Faze conosco o que quiseres — tão-somente livra-nos hoje". Desta vez seu arrependimento foi genuíno porque eles renunciaram aos deuses estrangeiros e serviram ao Senhor. Se angustiou a sua alma (16). Deus estava irado com os opressores de seu povo e teve piedade da miséria de Israel.

  1. A Busca por um Líder, (10.17,18)

Pouco depois, os amonitas reuniram-se e mais uma vez se puseram em campo em Gileade, enquanto os israelitas concentravam suas forças em Mispa (17). O local do acampamento de Israel é desconhecido, embora a Mispa citada aqui provavelmente seja a mesma Mispa de Gileade (11,29) e Ramate-Mispa (Js 13:26) e Ramote, em Gileade (Dt 4:43) ou Ramote-Gileade (1 Rs 4.13). Mispa, que significa "uma torre de vigia" ou "lugar alto de onde se pode ver ao longe e em todas as direções", era um nome comum na Pales-tina dos tempos bíblicos. Além do nome deste lugar, também era o nome de uma cidade em Benjamim (20,1) ; um lugar ao pé do monte Hermom (Js 11:3) ; uma vila próxima ou exatamente na planície de Judá (Js 15:38) ; um lugar em Moabe (1 Sm 22,3) e um monte de pedras erigido ao norte do Jaboque (Gn 31:49).

Os líderes de Gileade estavam num dilema, pois não tinham um general para esta emergência. "Onde podemos encontrar um homem que lidere um ataque contra os amonitas?", perguntaram eles. "Ele será o governador sobre toda Gileade".


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Juízes Capítulo 10 versículo 11
Amorreus:
Ver Dt 1:7,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Juízes Capítulo 10 do versículo 1 até o 18
*

10.1-5 Dois juízes, Tola e Jair, são apresentados com poucos pormenores. Quatro outros juízes menores são descritos de modo semelhante (3.31; 12:8-15).

* 10:1

Tola. Tola é mencionado somente aqui nas Escrituras.

* 10.3 Jair. Assim como Tola, Jair não é mencionado em nenhuma outra parte da Bíblia.

* 10:4

que cavalgavam trinta jumentos. Trinta filhos, trinta jumentos, e o controle de trinta cidades indica grandes riquezas e poder (5.10).

* 10.6 – 12.7 Conforme 1Sm 12:11. A lista dos ídolos seguidos (10,6) e o caos interno de Israel, tornaram-se ainda maiores (12.1-7). Jefté introduziu somente seis anos de paz (12,7) ao invés de uma geração inteira de paz (3.11, 30; 5.31; 8.28). Finalmente, de modo precipitado e pecaminoso, Jefté sacrificou sua filha (11.30-40, nota).

Muitos aspectos de Jefté relembram Gideão, Abimeleque, ou Saul. Jefté, assim como Gideão, era “homem valente” (6.12; 11.1). Os dois homens deixaram os efraimitas zangados por não os terem conclamados a participar de uma batalha (8.1-3; 12:1-6). Jefté e Abimeleque eram igualmente filhos marginalizados, sendo que um nasceu de uma concubina, e o outro de uma prostituta. Os dois reuniram para si bandos de aventureiros (9.4; 11.3). Tanto Jefté quanto Saul foram proclamados líderes em Mispa (11.11; 1 Sm 10.17). Os dois enfrentaram os amonitas como seus primeiros adversários (11.12-29; 1Sm 11:1-11). Tanto Jefté quanto Saul fizeram um juramento estulto que tornou-se em uma ameaça para seus primogênitos, e os dois ofereceram um sacrifício ilícito (11.30-40; 13 8:9-13.14'>1 Sm 13 8:14; 14.24-25).

*

10:6

deuses. Nos relatos anteriores, somente os Baalins e Astarote foram mencionados (2.11, 13; 3.7). Essa lista mais longa de deuses indica uma descida em parafuso nas violações da aliança perpetradas por Israel. Ver também os vs. 11-12 e a nota. Os povos mencionados cercavam 1srael nas suas fronteiras.

* 10.10-16

Esse é o único relato no livro de Juízes onde Israel não somente clama a Deus, como também deixa de lado os seus ídolos. Noutras ocasiões eles simplesmente clamaram ao Senhor, e ele os livrou (10.10; 2.19; 3.9). Deus sabia que o arrependimento era superficial, mas mesmo assim escolheu livrar os seus (conforme Dt 32:15-38).

* 10.10 deixamos o nosso Deus e servimos aos baalins. A mesma linguagem é empregada na acusação contra eles no v. 6.

* 10.12 vos oprimiam. A lista de deuses no v. 6 coincide quase identicamente com a lista das nações opressoras. Israel rejeitara o Deus que libertara a nação e, além disso, seguia os deuses incompassivos dos seus opressores.

* 10.13 não vos livrarei mais. Ver Dt 8:19-20; 31.16-17; Nm 33:55-56; Js 23:13; Jz 2:3.

*

10.14 clamai aos deuses que escolhestes. Ver Dt 32:37-38. O mesmo motejo é visto em Jr 2:28; 11:12,13.

* 10.15 livra-nos. O desejo de ser libertado, e não o desejo de servir ao Senhor, foi o verdadeiro motivo do arrependimento de Israel.

*

10:17

Mispa. Ver 11.11; 20.1.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Juízes Capítulo 10 do versículo 1 até o 18
10.1-5 Em cinco versículos lemos sobre dois homens que julgaram ao Israel por um total de quarenta e cinco anos, embora tudo o que conhecemos deles, além da extensão de seu governo, é que alguém teve trinta filhos, os que cavalgavam em trinta asnos. O que está você fazendo para Deus que seja digno de ser famoso? Quando sua vida termine, recordará a gente algo mais que sua conta no banco ou o números de anos que viveu?

10:6 Baal e Astarot se explicam nas notas a 2:11-15 e 3.7. Os deuses do Aram e Sidón são muito similares. Os deuses do Moab e Amón eram Quemos e Moloc. Os deuses filisteus eram Dagón, Astarot, Asera e Baal-zebub.

10:9, 10 Uma vez mais, os israelitas sofreram durante muitos anos antes de que deixassem seus caminhos pecaminosos e clamassem a Deus pedindo ajuda (vejam-se 4:1-3; 6:1-7). Observe que quando os israelitas estiveram ao final da corda não procuraram a ajuda de seus deuses pagãos, a não ser a do único Deus que realmente podia ajudá-los.

É Deus nosso último recurso? Tanto sofrimento desnecessário se deve a que não clamamos a Deus mas sim até que esgotamos todos outros recursos. Em lugar de esperar a que a situação se volte se desesperada, volte seus olhos a Deus em primeiro lugar. O tem os recursos necessários para resolver qualquer tipo de problema.

10.11-16 Estes versículos mostram quão difícil pode ser seguir a Deus até o final. Sempre parecia que quando tudo ia bem, os israelitas se esqueciam de Deus. Mas apesar de ser rechaçado por seu próprio povo, Deus nunca deixou de resgatá-los quando clamavam ao com arrependimento. Deus tampouco deixa de nos resgatar a nós. Atuamos tal como os israelitas quando põem a Deus fora de nossos sucessos cotidianos, em lugar de no centro deles. Da mesma maneira que um pai amoroso se sente rechaçado quando um filho se rebela, assim também Deus sente um grande rechaço quando o ignoramos ou o abandonamos (1Sm 8:4-9; 1Sm 10:17-19; Jo 12:44-50). Devemos lutar para nos manter perto de Deus em lugar de ver quão longe podemos chegar antes de que venha o julgamento.

10:17, 18 O poder da nação amonita estava em seu ponto mais alto durante o período dos juizes. Os amonitas eram descendentes do Amón, concebido quando a filha do Lot dormiu com seu pai ébrio (Gn 19:30-38). A terra do Amón estava localizada justo ao leste do rio Jordão, frente a Jerusalém. Ao sul do Amón se encontra a terra do Moab, a nação concebida quando a outra filha do Lot dormiu com seu pai. Moab e Amón eram geralmente aliados. Era uma tarefa formidável derrotar a essas nações.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Juízes Capítulo 10 do versículo 1 até o 18
B. TOLA e Jair (10: 1-5)

1 Depois de Abimeleque levantou-se para salvar Israel, Tola, filho de Puá, filho de Dodo, homem de Issacar; e habitava em Samir, na região montanhosa de Efraim. 2 E julgou a Israel vinte e três anos, e morreu, e foi sepultado em Samir.

3 E depois dele se levantou Jair, gileadita, e julgou a Israel vinte e dois anos. 4 Ele tinha trinta filhos, que cavalgavam sobre trinta jumentos, e tinham trinta cidades, que são chamados Havote-Jair, até o dia de hoje, que estão na terra de Gileade. 5 E Jair morreu , e foi sepultado em Kamon.

É interessante notar como Tola é introduzida. Depois de Abimeleque, se levantou para salvar Israel Tola ... (v. Jz 10:1 ). Após o esforço egoísta de Abimeleque, que durou três anos, surgiu um libertador de Issacar chamado Tola que, Pv 23:1 ).

Por causa da idolatria de Israel durante este período ocorreu uma opressão arrebatadora cobrindo a maior parte do terreno. Do oeste, vieram os filisteus, e vieram do oriente os amonitas (v. Jz 10:7 ). A agressão Philistinian durou 40 anos, e os desenvolvimentos no âmbito que a opressão são dadas em conexão com Sansão e Samuel. A dominação amonita durou cerca de metade do comprimento e foi efetivamente derrubado por Jefté.

A. Jefté (10: 6-12: 7)

A conta do historiador da história de Jefté é dada na forma cíclica habitual de declinação, disciplina e libertação.

1. Opressão amonita (10: 6-18)

6 E os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau aos olhos do Senhor, e serviram aos baalins, ea Astarote, e os deuses da Síria, e os deuses de Sidon, e os deuses de Moabe, e os deuses do filhos de Amom, e aos deuses dos filisteus; e abandonaram o Senhor, e servi- Lv 7:1 E a ira do Senhor se acendeu contra Israel, e ele os vendeu na mão dos filisteus, e na mão dos filhos de Amom. 8 E oprimiram os filhos de Israel naquele ano: 18 anos oprimidos que todos os filhos de Israel que estavam além do Jordão, na terra dos amorreus, que é em Gileade. 9 E os filhos de Amom passaram o Jordão, para pelejar também contra Judá e contra Benjamin ; para que Israel se viu muito angustiado.

10 E os filhos de Israel clamaram ao Senhor, dizendo: Pecamos contra ti, mesmo porque nós abandonamos o nosso Deus, e servimos aos baalins. 11 E o Senhor disse aos filhos de Israel: Porventura não me poupar dos egípcios ?, e dos amorreus, e dos filhos de Amom, e dos filisteus, 12 Também os sidônios, os amalequitas, e os maonitas vos oprimiram; e vós clamaram a mim, e eu te salvou da sua Mc 13:1 Todavia vós me deixaram, e serviram a outros deuses.: por que eu não vos livrarei mais 14 Go, e clamai aos deuses que escolhestes; que eles vos no tempo da sua angústia. 15 E os filhos de Israel disseram ao Senhor: Pecamos; fazes-nos conforme tudo quanto te parecer bem; só livrai-nos, pedimos-te, neste dia. 16 E tiraram os deuses alheios do meio de si, e serviram ao Senhor; e sua alma estava triste por causa da desgraça de Israel.

17 Então os filhos de Amom se reuniram e acamparam em Gileade. E os filhos de Israel se ajuntaram e acamparam em Mispa. 18 E o povo, os príncipes de Gileade, disseram uns aos outros: Que é o homem que vai começar a lutar contra os amonitas? ele será por cabeça de todos os moradores de Gileade.

Tanto a causa da opressão, idolatria e da opressão em si parece ter sido generalizada. A penetração da idolatria era de todas as direções e na grande maioria das tribos. A combinação de Philistia e Amon fez uma forte ameaça para a segurança de Israel. Os filisteus dominaram a terra a oeste do Jordão, enquanto os amonitas não só controlado Gilead, mas também ameaçou várias tribos no lado oeste do Jordão (vv. Jz 10:8 , Jz 10:9 ).

A crise era grave e levou Israel a reconhecer seu pecado e clamar ao Senhor. A resposta do Senhor foi inesperado, Ide e clamai aos deuses que escolhestes; que eles vos no tempo da sua angústia (v. Jz 10:14 ). Quantas vezes o homem ergue seus deuses humanamente concebidas, mas no dia da adversidade, muitas vezes percebe sua inadequação para libertá-lo. Então, os israelitas estavam cientes da falha dos deuses que tinham escolhido. Em vez de orar para esses deuses, Israel colocou fora os deuses estranhos ... e serviram ao Senhor (v. Jz 10:16 ).

Por causa do grande sofrimento de Israel e por causa do abandono resoluta de deuses estrangeiros, o Senhor se entristeceu por causa da desgraça de Israel (v. Jz 10:16 ). Além disso, os israelitas no Gilead começou uma busca por um líder que iria entregá-los a partir dos amonitas. Sua esperança era não só no que Deus faria, mas também no que eles devem fazer. Suas orações foram acompanhadas por viragem resoluto de sua idolatria e pesquisa definitiva para um homem para levá-los em batalha. Eles aceitaram a responsabilidade pela ação positiva.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Juízes Capítulo 10 do versículo 1 até o 18
10.1 Tola. Surgindo entre os juízes menores, de quem poucos detalhes ficavam preservados. Evidentemente, estes juízes pouco se destacaram na defesa da nação ou na expulsão de opressores. Mais provável seria que tivessem sido líderes civis, que julgavam casos importantes entre as tribos e cidades. Samir. Não se trata de Samaria, situada na terra de Manassés, pois esta última foi fundada no tempo de Onri, rei de Israel (1Rs 16:24).

10.3,4 Jair... Tinha este trinta filhos... Deve-se entender que era homem de riqueza e poder, com filhos vivendo como pequenos príncipes. Havote-Jair, "as vilas de tendas de Jair" (conforme Nu 32:39-4; Dt 3:14). Gileade, c. 18 km ao sudeste do Mar da Galiléia.

10.6 As múltiplas apostasias de Israel são aqui enumeradas em sete, como também as opressões, nos vv. 11, 12. • N. Hom. "Passos no Caminho da Apostasia":
1) Pecado, "tornando a fazer o que era mau";
2) Idolatria, "."servindo aos Baalins"... (conforme Rm 1:23, 1Jo 5:21). Conseqüências:
1) A ira de Deus se acendeu (7;Rm 1:18, Rm 1:2.5);
2) Castigo, entregando a Israel nas mãos dos opressores (8; conforme Rm 1:24, Rm 1:26, Rm 1:28);
3) Clamaram ao Senhor (10; conforme 1Jo 1:9).

10.7 Amom. Descendente de Ló, sobrinho Abraão, e, portanto, aparentado de Israel.

10.14 Ide e clamai aos deuses... Rejeitando, terminantemente, ao convite de Cristo (conforme Mt 11:28-40), o pecador ouvirá, no julgamento final, sentença semelhante. Todo homem que espera abrigar-se da ira de Deus, apelando para qualquer falso deus, precisa saber da inutilidade de seu refúgio, e voltar-se para Cristo (conforme Is 28:14-23).

10.16 Não pôde ele reter a sua compaixão. Quando Israel deixou de falar sobre o arrependimento e passou a demonstrá-lo em ações, Deus não se demorou em acudir a Seu povo. A paciência de Deus não tem limites neste dia de graça (conforme Sl 103:8-19); se, de fato, o pecador se arrepende.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Juízes Capítulo 10 do versículo 1 até o 18
b) Tolá e Jair (10:1-5). V. a introdução, 3 a. Visto que Sangar não se enquadra em descrição alguma, Tolá e Jair se tornam os primeiros dois juízes menores que encontramos. Talvez seja significativo que se encaixem na parte “decadente” do período; possivelmente por meio de uma função administrativa ou legislativa, garantiram o pouco de estabilidade que o período podia oferecer. De cada juiz, é dito que “ele julgou Israel”, mas somente de Tolá há registro de que “libertou” (l‘hôsia‘) o povo. O comentário introdutório (10,1) deixa muito claro que a libertação era necessária após o triste colapso da influência de Gideão e Abimeleque. A origem de Tolá (Issacar) e sua esfera de atividade (Efraim) uniram a região geográfica afetada pelas duas tribos. Gn 46:13;

Nu 26:23 e lCr 7.1 confirmam a ligação de Tolá com Issacar.

Jair, embora fosse de Manassés (Nu 32:41), agiu em Gileade ou em Manassés oriental. A estranha observação que comenta a sua prole, suas cidades e jumentos contém um sutil jogo de palavras (para “jumentos”, é usada a palavra incomum ‘ayãrím\ conforme “cidades”, 'ãrim, embora o TM confunda os dois). O seu lugar de sepultamento é registrado de maneira típica. Pode ser a atual Qamun, a 3 quilômetros a oeste de Irbid, na Jordânia.

c) Jefté: zelo mal direcionado (10.6—12.7). Jz 10:6-7 representa a fórmula da introdução-padrão de uma nova seção. Os baalins e as aserás são considerados parte dos deuses dos sete povos (conforme Jz 3:5 e comentário). Os opressores dessa nova era (v. 7) são os filisteus e os amonitas. Os primeiros aparecem mais tarde no texto do ciclo de Sansão. Jz 10:8,Jz 10:9 prepara o cenário para a ação libertadora de Jefté, um fio retomado novamente no v. 17. Jz 10:10-7 é semelhante a observações editoriais anteriores, mas com um elemento novo. Depois de todos os atos libertadores passados, começando com o êxodo (v. 11), Deus decidiu não intervir mais (v. 13). O drama aumenta sua intensidade com a pergunta sempre repetida: “Acaso Deus rejeitou o seu povo?” (Rm 11:1). Gomo sempre (e nós, leitores, já sabemos qual deve ser a resposta), a resposta é: “De maneira nenhuma!”. A miséria de Israel sempre vai comover o coração de Deus, e o v. 16 nos mostra que ele não pôde mais suportar o sofrimento de Israel. O palco está preparado para o surgimento de outro libertador, e ele não vai demorar.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Juízes Capítulo 3 do versículo 7 até o 31

B. Os Opressores e os Libertadores de Israel. 3 : 7 - 16: 31.

Depois de uma introdução geral que descreve a vida durante o período dos Juizes, temos uma série de episódios específicos. Em cada exemplo lemos sobre a idolatria de Israel, com seu castigo subseqüente.


Moody - Comentários de Juízes Capítulo 10 do versículo 11 até o 12

11, 12. Não vos livrei eu? Sem dúvida um profeta ou qualquer outro porta-voz foi chamado por Deus para fazer Seu povo se lembrar dos livramentos do passado. Além de Deus tirar o Seu povo do Egito, Ele também o livrou dos amorreus (Nu 21:21-35), dos filhos de Amom (Js 3:13), dos filisteus (Jz 3:31), dos sidônios (nenhuma referência específica, provavelmente incluídos na opressão de Jabim, Jz 4:2, Jz 4:3), dos amalequitas (aliados com Eglom, Jz 3:13), e dos maonitas (LXX, midianitas; nenhuma referência específica).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Juízes Capítulo 10 do versículo 6 até o 18
XI. AMOM E JEFTÉ. Jz 10:6-12.7.

a) O opressor amonita (Jz 10:6-18).

Vendeu-os em mão dos filisteus, e em mão dos filhos de Amom (7). Os filisteus invadiram o território israelita a ocidente do Jordão pelo lado da planície costeira onde se estabeleceram um século antes, enquanto os filhos de Amom atacavam a área da Transjordânia. Os israelitas reagiram primeiro contra a ameaça amonita, ganhando a vitória, aliás temporária, visto que, algumas décadas mais tarde encontramos uma recrudescência da ameaça amonita no início do reinado de Saul (1Sm 11:1 e segs.). Os amonitas, como os seus parentes moabitas e, aliás, outros povos da Transjordânia, parece terem se organizado como reino no século XIII a.C. Na presente invasão do território israelita, talvez fossem acompanhados pelos moabitas (cfr. 11.15n, 24n), assim como Eglom teria sido pelos amonitas (Jz 3:13). Porém o Senhor disse aos filhos de Israel (11), provavelmente pela boca dum profeta, como em Jz 6:8 e segs. Porventura dos egípcios e dos amorreus, e dos filhos de Amom e dos filisteus, e dos sidônios, e dos amalequitas e dos maonitas, que vos oprimiam, quando a mim clamastes, não vos livrei? (11-12). Nesta evocação expressiva faz-se alusão ao Êxodo, à derrota de Seom (Jz 11:13 e segs.n), aos libertadores Eúde (Jz 3:13) e Sangar (Jz 3:31). Quanto aos sidônios, não se sabe que gênero de opressão tenham exercido, ao contrário dos amalequitas, cuja ação é referida em Jz 3:13; Jz 6:3. A respeito dos maonitas, os LXX lêem "midianitas", podendo, no entanto, o nome associar-se ao de Ma’an, perto de Petra. Então se angustiou a sua alma (16), literalmente, "encurtou", isto é, "impacientou-se". Os de Israel se congregaram, e se puseram em campo em Mispa (17). O vocábulo Mispa significa "torre de vigia", e talvez se possa identificar com o "montão do testemunho" erguido por Jacó e Labão (Gn 31:46 e segs.), ou com Ramate-Mispa ou Ramote-Gileade (Dt 4:43; Js 13:26; 1Rs 4:13), a cerca de 70 quilômetros ao norte de Amã.


Dicionário

Amom

-

1. Filho de Manassés (2Rs 21:18-19; 2Cr 33:20-21) e décimo quinto rei de Judá, reinou por dois anos. Prosseguiu com as práticas idólatras do pai — a adoração de Moloque e a continuação dos rituais da fertilidade que eram tão abomináveis para o amor zeloso de Deus. O próprio Manassés arrependeu-se tarde demais, num momento de desespero que se seguiu à derrota nas mãos dos assírios (2Cr 33). Evidentemente, sua conversão foi muito demorada, para ter alguma influência sobre o filho Amom, que “não se humilhou perante o Senhor, como Manassés, seu pai, se humilhara” (2Cr 33:22-23). Amom era odiado pelo povo, que já suportara o suficiente da tirania de seu pai; foi assassinado por seus servos, com 24 anos de idade (2Cr 33:24). Em seu lugar, o povo colocou Josias, seu filho, como rei.


2. Deus egípcio, de segunda classe, adorado pelos sacerdotes de Amom, sobre o qual Jeremias pronunciou a destruição (Jr 46:25).


3. Governador de Samaria que colocou Micaías na prisão, a fim de obedecer às ordens de Acabe. O rei não gostara da mensagem do profeta concernente à morte dele (1Rs 22:26-2Cr 18:25).


4. Um dos cativos que retornaram do exílio babilônico no tempo de Neemias (Ne 7:59; Ed 2:57 onde é chamado de Ami). Descendente de um dos servos de Salomão. S.V.


Amom [Compatriota ? Povo ?] -

1) Filho de Ló e pai dos amonitas, também chamado de Ben-Ami (Gn 19:38)

2) Décimo quinto rei de Judá, que reinou 2 anos (642 a 640 a.C.), depois de Manassés, seu pai (2Rs 21:18-26).

3) Prefeito de SAMARIA 2, (1Rs 22:15-28).

4) Deus de NÔ (Jr 46:25).

o nome de um povo (1 Sm 11.11 – Sl83,7) – mais geralmente amonitas, filhos de Amom. Segundo se lê em Gn 19:38, eles descendiam de Ben-Ami, o filho de L6. os amonitas eram uma raça de terríveis salteadores, tão cruéis que chegavam a vazar os olhos aos seus inimigos (1 Sm 11.2), e rasgavam o ventre das mulheres grávidas (Am 1:13). o território amonita ficava ao oriente do Jordão e nordeste do mar Morto, estando o país de Moabe ao sul. A sua principal cidade era Rabá (2 Sm 11.1 – Ez 2L5 – Am 1:14). Eles nunca obtiveram um palmo de terreno do lado ocidental do rio Jordão, apesar das suas incursões. os israelitas não podiam ver os amonitas, porque estes não os auxiliaram, quando do Egito se dirigiam para Canaã (Dt 23:4), e porque tomaram parte no caso de Balaão (Dt 23:4, e Ne 13:1). A animosidade entre os dois povos continuou em numerosas lutas, de que reza a sua história. Todavia, certa mulher amonita, Naamá, foi uma das mulheres de Salomão, e mãe de Roboão (1 Rs 14.21). o deus da tribo era Milcom (uma semelhança do ídolo Moloque), a abominação dos filhos de Amom (1 Rs 11.5).

Amorreus

Habitantes das montanhas, serranos. os amorreus ocupavam um lugar importante entre os povos que possuíam a terra de Canaã antes de ser conquistada pelos israelitas. Parece que, primeiramente, fizeram parte da grande confederação dos descendentes de Canaã (Gn 10:16). Mas no espaço que decorreu entre a ida de Jacó para o Egito e o Êxodo eles tinham-se separado dos cananeus, estabelecendo-se fortemente em Jerusalém, Hebrom, e outros lugares importantes ao sul da Palestina – também atravessaram o Jordão, e fundaram os reinos, governados por Seom e ogue (*veja Am 2:9-10). Seom recusou aos israelitas passagem pelo seu território, e saiu a combatê-los – mas foi o seu exército derrotado inteiramente (Nm 21 – Dt 2). Mais tarde, encontramos os cinco chefes ou reis dos amorreus disputando a Josué o território ao ocidente do rio Jordão (Js 10). o povo amorreu mostrou sempre ser gente audaciosa, revelando caráter de guerreiros montanheses. Nada se sabe da sua história depois da conquista de Canaã pelos israelitas.

Amorreus Povo mau e guerreiro que morava nas montanhas de Canaã e que foi dominado por Josué (Gn 10:16); 15.16; (Jos 10—11).

Dissê

1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Egípcios

-

Filhós

substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).

Filisteus

É desconhecida a significação, talvez querendo dizer imigrantes – os filisteus habitavam as terras baixas de Judá ao longo da costa, desde Jope até ao deserto de Gaza. o território tinha cinco divisões, cada uma das quais com a sua capital – Asdode ou Azoto, Gaza, Ascalom, Gate e Ecrom, sendo as duas últimas cidades situadas no interior. Estes cinco distritos formavam uma confederação de que Asdode era a capital federal (1 Sm 6,17) – e por isso foi para ali levada a arca (1 Sm 5.1). É muito incerta a DATA do estabelecimento deste povo em Canaã, mas eles venceram o Avim, tendo vindo de Caftor (Dt 2:23Jr 47:4Am 9:7). Quando os israelitas entraram no país, bem depressa estiveram em conflito com os filisteus, que obstinadamente resistiram aos invasores, obrigando uma parte da tribo de Dã a emigrar para as proximidades do monte Hermom (Jz 18). o poder dos filisteus aumentou durante o governo dos juizes e de Saul – foi Davi, que depois da morte do seu antecessor, de um modo notável uniu as tribos e os derrotou. (*veja Sansão.) A parte superior do território dos filisteus foi reclamada pelos descendentes de Efraim (1 Rs 15.27 – 16.15), que, contudo, não puderam expulsar os habitantes. A Filístia em nenhum tempo fez parte do Reino de israel (2 Rs 1.3 – 8,2) – jamais o seu povo deixou de atacar os israelitas, praticando terrivelmente a pilhagem, e prendendo os habitantes para vendê-los como escravos (1 Sm 10.5 – 13 3:17 – 14.21 – 23.1 – 28.1 – 29.11 – 31.1 a 12). Esta situação durou até que Tiglate-Pileser (734 a.C.) invadiu todo o país, subjugando os filisteus até Gaza. Alguns anos depois revoltaram-se contra Sargom (is
20) e Senaqueribe. Ezequias foi envolvido na luta, por ter recebido o rei de Ecrom, que antes tinha estado em boas relações com a Assíria. o rei Ezequias havia restabelecido sobre a Filístia, o poder que Salomão tinha adquirido (2 Rs 18.8). Nesta ação foi o rei de Judá auxiliado pelos egípcios que se apoderaram dos lugares baixos do país (is 19:18). Mas Senaqueribe, na guerra com os egípcios, tomou Ascalom. outras cidades se submeteram aos assírios, perdendo Ezequias, também, certas porções do seu território. Por muito tempo os assírios tiveram a cidade de Asdode em seu poder, até que os egípcios, sob Psamético i, a subjugou (Jr 25:20). Neco, o seguinte egípcio, quando voltava da batalha de Megido, conquistou Gaza. Ainda outra vez os filisteus ficaram esmagados entre as duas potências em luta, o Egito e a Caldéia, pois Nabucodonosor, percorrendo o país levou cativa, depois de grande mortandade, quase toda a população (Jr 47). o velho ódio dos filisteus para com os judeus se patenteou durante o cativeiro (Ez 25:15-17). Todavia, desde a volta do cativeiro, a história dos filisteus é absorvida nas lutas dos reinos vizinhos.

Filisteus Povo que habitava a planície da costa do mar Mediterrâneo em Canaã, desde Jope até o Sul de Gaza. Tinham cinco grandes cidades: Asdode, Gaza, Asquelom, Gate e Ecrom (Js 13:3). Os israelitas viviam sempre em luta contra eles.

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MAR DOS FILISTEUS

V. MEDITERRÂNEO, MAR (Ex 23:31).


Israel

Israel [O Que Luta com Deus] -

1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

Porventura

advérbio Demonstra que o falante expressa, no plano hipotético, o teor da oração que pretende modificar; por hipótese, por acaso: se porventura ela aparecer, você me chama?
Em frases interrogativas, geralmente em interrogações retóricas; por casualidade: o professor é porventura o escritor deste livro? Porventura seguiremos unidos até o final?
Etimologia (origem da palavra porventura). Por + ventura.

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Juízes 10: 11 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Porém o SENHOR disse aos filhos de Israel: Porventura dos egípcios, e dos amorreus, e dos filhos de Amom, e dos filisteus,
Juízes 10: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1118 a.C.
H1121
bên
בֵּן
crianças
(children)
Substantivo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3478
Yisrâʼêl
יִשְׂרָאֵל
Israel
(Israel)
Substantivo
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H413
ʼêl
אֵל
até
(unto)
Prepostos
H4480
min
מִן
de / a partir de / de / para
(from)
Prepostos
H4714
Mitsrayim
מִצְרַיִם
um território ao nordeste da África, adjacente à Palestina, no qual flui o Nilo
(and Mizraim)
Substantivo
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H567
ʼĔmôrîy
אֱמֹרִי
um dos povos da Canaã oriental além do Jordão, desalojado pela invasão dos israelitas
(the Amorites)
Substantivo
H5983
ʻAmmôwn
עַמֹּון
de Amon
(of Ammon)
Substantivo
H6430
Pᵉlishtîy
פְּלִשְׁתִּי
habitante da Filístia; descendentes de Mizraim que imigraram de Caftor (Creta?) para a
(Philistim)
Adjetivo


בֵּן


(H1121)
bên (bane)

01121 בן ben

procedente de 1129; DITAT - 254; n m

  1. filho, neto, criança, membro de um grupo
    1. filho, menino
    2. neto
    3. crianças (pl. - masculino e feminino)
    4. mocidade, jovens (pl.)
    5. novo (referindo-se a animais)
    6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
    7. povo (de uma nação) (pl.)
    8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
    9. um membro de uma associação, ordem, classe

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

יִשְׂרָאֵל


(H3478)
Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

03478 ישראל Yisra’el

procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

Israel = “Deus prevalece”

  1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
  2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
    1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
    2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
    3. o nome da nação depois do retorno do exílio

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

אֵל


(H413)
ʼêl (ale)

0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

partícula primitiva; DITAT - 91; prep

  1. para, em direção a, para a (de movimento)
  2. para dentro de (já atravessando o limite)
    1. no meio de
  3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
  4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
  5. em adição a, a
  6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
  7. de acordo com (regra ou padrão)
  8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
  9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

מִן


(H4480)
min (min)

04480 מן min

ou מני minniy ou מני minney (construto pl.) (Is 30:11)

procedente de 4482; DITAT - 1212,1213e prep

  1. de, fora de, por causa de, fora, ao lado de, desde, acima, do que, para que não, mais que
    1. de (expressando separação), fora, ao lado de
    2. fora de
      1. (com verbos de procedência, remoção, expulção)
      2. (referindo-se ao material de qual algo é feito)
      3. (referindo-se à fonte ou origem)
    3. fora de, alguns de, de (partitivo)
    4. de, desde, depois (referindo-se ao tempo)
    5. do que, mais do que (em comparação)
    6. de...até o, ambos...e, ou...ou
    7. do que, mais que, demais para (em comparações)
    8. de, por causa de, através, porque (com infinitivo) conj
  2. que

מִצְרַיִם


(H4714)
Mitsrayim (mits-rah'-yim)

04714 מצרים Mitsrayim

dual de 4693; DITAT - 1235;

Egito ou Mizraim = “terra dos Cópticos” n pr loc

  1. um território ao nordeste da África, adjacente à Palestina, no qual flui o Nilo

    Egípcios = “dificuldades dobradas” adj

  2. os habitantes ou nativos do Egito

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

אֱמֹרִי


(H567)
ʼĔmôrîy (em-o-ree')

0567 אמרי ’Emoriy

provavelmente um patronímico de um nome não usado derivado de 559 no sentido de publicidade, i.e. proeminência; DITAT - 119; n m col

Amorreu = “aquele que fala”

  1. um dos povos da Canaã oriental além do Jordão, desalojado pela invasão dos israelitas procedentes do Egito

עַמֹּון


(H5983)
ʻAmmôwn (am-mone')

05983 עמון Àmmown

procedente de 5971; DITAT - 1642; n pr m Amom = “tribal”

  1. um povo que habitou na Transjordânia descendente de Ló através de Ben-Ami

פְּלִשְׁתִּי


(H6430)
Pᵉlishtîy (pel-ish-tee')

06430 פלשתי P elishtiŷ

gentílico procedente de 6429; adj.

filisteu = “imigrantes”

  1. habitante da Filístia; descendentes de Mizraim que imigraram de Caftor (Creta?) para a costa marítima de Canaã