Enciclopédia de Juízes 19:12-12

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jz 19: 12

Versão Versículo
ARA Porém o seu senhor lhe disse: Não nos retiraremos a nenhuma cidade estranha, que não seja dos filhos de Israel, mas passemos até Gibeá.
ARC Porém disse-lhe seu senhor: Não nos retiraremos a nenhuma cidade estranha, que não seja dos filhos de Israel: mas passaremos até Gibeá.
TB Respondeu-lhe o seu senhor: Não tomaremos o caminho da cidade de gente estrangeira, que não é dos filhos de Israel; mas passaremos até Gibeá.
HSB וַיֹּ֤אמֶר אֵלָיו֙ אֲדֹנָ֔יו לֹ֤א נָסוּר֙ אֶל־ עִ֣יר נָכְרִ֔י אֲשֶׁ֛ר לֹֽא־ מִבְּנֵ֥י יִשְׂרָאֵ֖ל הֵ֑נָּה וְעָבַ֖רְנוּ עַד־ גִּבְעָֽה׃
BKJ E o seu mestre lhe disse: Não nos desviaremos para uma cidade de estrangeiro, que não é dos filhos de Israel; nós atravessaremos para Gibeá.
LTT Porém disse-lhe seu senhor: Não nos retiraremos a nenhuma cidade estrangeira, que não seja dos filhos de Israel; mas passaremos até Gibeá.
BJ2 Seu senhor lhe replicou: "Não nos desviaremos do nosso caminho para ir a uma cidade de estrangeiros, esses que não são israelitas, mas prosseguiremos até Gabaá."
VULG Cui respondit dominus : Non ingrediar oppidum gentis alienæ, quæ non est de filiis 1sraël : sed transibo usque Gabaa,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Juízes 19:12

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

PALESTINA - TERMINOLOGIA HISTÓRICA

Infelizmente, na Antiguidade o sul do Levante não era conhecido por um único nome abrangente, mas por vários, dependendo de onde e de quando se fazia referência ao lugar.
O contrário acontecia: uma gama de termos bíblicos e/ou seculares designava a terra do Israel bíblico, não sendo possível supor que algum deles correspondesse completamente às fronteiras teológicas de Israel (ou um ao outro) nem se podendo aplicar qualquer deles a todo o período da história bíblica sem criar algum anacronismo.
Na Antiguidade, em muitos casos, nomes que antes haviam sido usados para denotar uma divindade ou um grupo populacional importante foram simplesmente emprestados e reaplicados para designar a entidade geopolítica em que aquele grupo estava. Por exemplo, o nome "Canaa" derivou dos cananeus; o nome "Palestina" deve sua existência aos filisteus; e "(a terra de) Hatti" originalmente designava uma série de cidades-estados neo-hititas situadas aproximadamente entre Carquêmis e Damasco, cujos habitantes parecem ser descendentes de Hete (e.g., Gn 10:15-1Cr 1,13) e/ou devotos do deus Hatti.37 O texto bíblico diz que tanto os cananeus quanto os hititas estavam entre os "ocupantes da terra" na época da colonização por Israel (Dt 7:1; Dt 3:10-12.8; cp. Gn 15:18-21; Ex 3:8-17), e sabe-se que os filisteus imigraram para aquela terra por volta de 1200 a.C.


CANAÃ
O termo Canaa/cananeu(s) é bem atestado em boa parte dos textos do segundo milênio a.C.38 A julgar por esse uso, parece que Canaã era o termo convencional para designar o sul da área que o Egito controlava na Ásia, em contraste com Amurru (a terra dos amorreus, ao norte do rio el-Kabir). Canaã se estendia das cidades de Gaza e Ráfia, no sul, até tão ao norte quanto o vale do rio el-Kabir e a localidade de Sumra/Simyra.3 De modo que o quadro geral que surge é que as citações, tanto em textos do Oriente Próximo quanto na Bíblia, revelam uma notável semelhança quando delineiam os limites de Cana (v. acima a análise sobre as fronteiras teológicas de Israel). Essa afirmação pode ter consequências quanto à antiguidade e à essencial historicidade daquelas narrativas que mencionam as fronteiras de Israel.
Antes das descobertas arqueológicas em Nuzi, em geral se acreditava que a palavra "Canaa" derivava de um verbo semítico com o sentido de "curvar/curvar-se/ser baixo", porque os cananeus ocupavam a região baixa perto do mar, em contraste com a região montanhosa dos amorreus (Nm 13:29; Js 5:1; cp. Is 23:11). Uma teoria relacionada é que Canaã era o lugar onde o sol "se curva" (se põe), de maneira que, por definição, um cananeu era alguém do oeste. Mas se descobriu que, em Nuzi, a palavra kinahhu" se refere a uma substância de cor púrpura avermelhada, extraída de conchas de múrex e usada no tingimento de tecidos, especialmente lã.
Os textos antigos estão repletos de referências à grande consideração dada a quem se vestia de púrpura. Por ser natural, ao invés de produzida pelo homem, a tintura de múrex tinha valor elevado, pois nunca desbotava. A lucrativa indústria do múrex se concentrava ao norte de Cesareia, no Mediterrâneo, onde as águas do mar regularmente lançavam na praia uma grande quantidade dessas conchas. No local de uma antiga fábrica de tintura, em Tiro, foi encontrado um grande número de conchas*2 e, em Dor, também se encontraram claros indícios do processo de tingimento.43 Os nomes de certos lugares cananeus nos arredores oferecem ainda outros indícios de que o tingimento de múrex era uma atividade econômica essencial. Por exemplo, o nome "Sarepta" vem de um verbo que tem o sentido de "tingir" e o nome "Zobá" é derivado de um verbo que denota o tingimento de tecido. Às vezes a própria palavra "cananeu" é traduzida por "comerciante/mercador"* Como consequência, parece preferível entender Canaã como "a terra da púrpura" e "cananeus" como "o povo da terra da púrpura" (ideia a partir da qual o conceito de comércio poderia facilmente derivar). Textos gregos nos mostram que, no primeiro milênio a.C., os herdeiros culturais dessa indústria de tintura foram denominados fenícios, nome que deriva da palavra grega phoinix ("púrpura"). Mesmo no Novo Testamento aparentemente "cananeu" e "fenício" ainda eram designativos um tanto quanto equivalentes (Mt 15:22 refere-se a uma mulher cananeia; o relato de Marcos sobre o mesmo acontecimento chama-a de siro-fenícia [Mc 7:26]). Parece, então, que as palavras "Canaa" e "Fenícia" têm apenas duas diferenças básicas: (1) a primeira é vocábulo semítico, ao passo que a segunda é de origem grega; (2) a primeira é empregada no segundo milênio a.C., enquanto a segunda passa a ser normativa no primeiro milênio a.C. Se levarmos esses dados à sua conclusão lógica, parece que a mesma palavra teve, no início, a conotação do processo de tingimento, com o passar do tempo foi estendida às pessoas envolvidas no processo e, por fim, englobou o território/província onde essas pessoas formavam um grupo bastante importante da população.

PALESTINA
Por motivos que ainda não estão claros para nós, por volta de 1200 a.C. boa parte do mundo bíblico experimentou uma séria turbulência política, provocada em grande parte por hordas de invasores a que fontes egípcias se referem como "povos do mar" Há muito os estudiosos vêm cogitando sobre o que provocou esse movimento de cerca de 14 povos na direção sudeste: denyen, lukka, shardanu, masha, arinna, karkisha, pitassa, kashka, akawasha, tursha, sheklesh, peleset (filisteus), tjekker e weshesh (essas grafias são aproximadas). Embora dois ou três desses povos também apareçam em textos mais antigos do Levante ou do Egito, parece que por essa época houve uma migração bem vasta. Esses povos foram desalojados devido a uma mudança climática que causou escassez de alimento, à turbulência política que cercou a batalha de Troia ou à invasão da Grécia pelos dórios, ou a algum outro fator? Qualquer que tenha sido o motivo, é provável que, antes de chegar ao coração do Egito, vários contingentes de povos do mar tenham sido responsáveis pela queda do Império Hitita, cujo centro de poder ficava na Ásia Menor, pela captura da ilha de Chipre e pela devastação e/ou reocupação de muitas cidades em todo o Levante: Ugarit, Alalakh, Carquêmis, T. Sukas, Tiro, Sidom, Hazor, Aco, Dor e um grande número de lugares na planície da Filístia. Mas os egípcios resistiram aos povos do mar, e seus textos indicam que os filisteus foram repelidos do território egípcio na direção nordeste,15 onde mais tarde habitaram o sudoeste de Canaã, que se tornou conhecido como planície da Filístia. O local de onde os filisteus emigraram também continua sendo objeto de debate.1 A tradição bíblica de que procederam de Caftor (Creta) não é decisiva, porque aquele texto declara que os filisteus foram trazidos de Caftor da mesma maneira que os israelitas foram trazidos do Egito (Am 9:7; cp. Gn 10:14-1Cr 1.12; Jr 47:4; Ez. 25.16; SF2.5). Ou seja, é possível que a Biblia não esteja indicando o lugar de origem de nenhum dos dois povos. Levando em conta certos aspectos da cultura material filisteia (caixões de defunto estilizados, cerâmica característica etc.) ou palavras bíblicas encontradas em narrativas sobre os filisteus (guerreiro, senhor, capacete, arca), alguns estudiosos defendem que os filisteus emigraram da Grécia. Outros, com base em épicos gregos e na tradução que a LXX faz de Caftor ("Capadócia") em Deuteronômio 2.23 e Amós 9.7, afirmam que os filisteus tiveram origem ao longo do litoral sudoeste da atual Turquia. Mas tudo isso continua sendo bastante especulativo, em parte devido à escassez de textos indubitavelmente filisteus e em parte porque os filisteus começaram a passar pelo processo de assimilação cultural logo depois de chegarem a Canaã. A única conclusão segura a que se pode chegar é que, como designação de uma entidade geográfica distinta, a palavra Palestina deriva dos filisteus.
Hoje em dia às vezes se diz que, como designação da terra de Israel, o termo "Palestina" surgiu só em meados do segundo século d.C., quando, como castigo político pela revolta de Bar-Kochba, o imperador Adriano deliberadamente adotou o nome dos antigos inimigos de Israel - os filisteus - e apenas o latinizou para criar conotações pejorativas óbvias.
De acordo com esse ponto de vista, o uso mais antigo de "Palestina" foi propaganda feita pelos romanos com fortíssimas implicações políticas antijudaicas. Nesse caso, então, qualquer uso que se faça atualmente da palavra Palestina para se referir à história antes da época de Adriano é, na melhor das hipóteses, perigosamente anacrônico e historicamente errôneo e, na pior, antibíblico e até mesmo antijudaico. Existem, contudo, dados que apontam em outra direção.
Para começar, o nome Palestina aparece 13 vezes em textos neoassírios ainda do reinado de Adade-Nirari III (810-782 a.C.), Tiglate-Pileser III (744-727 a.C.) e Sargão II (721- 705 a.C.)." É improvável que qualquer uma dessas citações vislumbrasse a terra de Israel como um todo (em contraste com a região da Filístia). Na realidade, em um dos textos, Palestina aparece em contraste tanto com Israel (literalmente " terra de Onri") quanto com Edom.5 No entanto, em 11 casos a palavra Palestina é imediatamente precedida pelo indicador semântico para "terra/país", o que é uma indicação inconfundível de que a referência é a uma entidade geográfica distinta. De modo semelhante, uma estatueta egípcia com data presumível da 27. dinastia (945-715 a.C.) traz inscrição que faz referência a um "encarregado de Cana e Palestina" (escrita PIst). Nesse caso, o termo Palestina está sendo usado em contraste com o território de Canaã. Pode-se observar mais uma vez que o termo aparece definitivamente num contexto geográfico/provincial (e não político).
Mais relevantes para essa controvérsia são, porém, os resultados de uma pesquisa por computador que pode ser feita no Thesaurus linguae graecae (TLG; University of California, campus de Irvine). Uma pesquisa de "Palestina" como nome próprio em textos escritos antes do fim do primeiro século da era crista revelou 196 citações completas em textos gregos ou latinos (excluindo-se possíveis atestações parciais da palavra Parte das extensas ruínas arqueológicas do período Palácio Novo (aprox. 1700-1400 a.C.) em Zakros, no litoral sudeste de Creta. Alguns especialistas creem que o lugar de origem dos filisteus pode ter sido Creta.


ISRAEL
O nome Israel deriva, em última instância, do patriarca Jacó, cujo nome foi mudado para Israel (Gn 32:28). Quando os descendentes do patriarca se tornaram escravos no Egito, a expressão "filhos de Israel" passou a ser frequentemente aplicada a eles (Êx 1:9-12; 2.23,25; 3:9-11; etc.). Mais tarde, o nome Israel veio a ser aplicado ao reino nortista de Efraim, em contraste com o reino sulista de Judá (1Rs 12:18-20; 1Cr 5:17; etc.). Posteriormente, após o desaparecimento do Reino do Norte, ocasionalmente "Israel" foi usado para se referir ao reino sulista de Judá (Jr 10:1). Assim mesmo, é difícil identificar uma passagem bíblica que use explicitamente a palavra Israel para denotar uma área geográfica específica. É claro que ocorre a expressão "terra de Israel" (1Sm 13:19-1Cr 22.2; 2Cr 2:17; Ez 40:2-47.18), mas ela sempre está ligada ao terreno ocupado ou a ser ocupado por alguns ou por todos os israelitas e, em consequência, a extensão dessa área sofre variação. Fora da Bíblia, "Israel" (i.e., o Israel da Bíblia) ocorre em três textos antigos. O mais antigo é uma estela de granito do quinto ano de Merneptah (1209 a.C.). Nessa tábua de granito há uma inscrição que menciona 1srael, mas ela está registrada de tal maneira que parece apontar para uma entidade étnica e, por esse motivo, a citação não oferece quase nenhuma ajuda na definição das fronteiras geográficas de Israel. Contudo, a Estela de Merneptah é a única testemunha extrabíblica de Israel antes do nono século a.C., quando o nome aparece em duas inscrições distintas. O Obelisco Negro está escrito em cuneiforme e data do sexto ano do rei assírio Salmaneser III (853 a.C.), quando Acabe forneceu 2 mil carros e 10 mil soldados para uma coalizão que lutou contra as forças de Salmaneser. A inscrição faz referência a Acabe como " rei de Israel" Poucos anos depois (c. 835 a.C.), o rei Messa de Moabe mandou inscrever, em uma estela de basalto, uma dedicatória à sua divindade, Camos; nessa inscrição ele se vangloriou de ter retomado o território que anteriormente havia sido conquistado por Onri, "rei de Israel" De acordo com a Bíblia, Messa de Moabe foi vassalo de Israel durante os dias de Onri e Acabe, mas se rebelou por ocasião da morte deste último (2Rs 3:4-5). Contudo, uma batalha ocorrida em seguida e registrada na Bíblia terminou com uma derrota moabita (2Rs 3:9-27). Numa tentativa de harmonizar a afirmação bíblica com a declaração de vitória registrada na estela de Messa, alguns estudiosos sustentam que a vitória de Messa sobre Israel ocorreu um pouco depois, durante o reinado de Jeoacaz. Nenhuma dessas duas inscrições do nono século a.C. fornece informações geográficas que permitam traçar fronteiras específicas para Israel. No entanto, ambas são bastante úteis, pois cada uma identifica explicitamente pelo nome pessoas que, na Bíblia, também são conhecidas como "rei de Israel. A Inscrição de Messa é ainda muito útil por ser rica em terminologia bíblica.

HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA

HIDROLOGIA
Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12).
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado.
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho.
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente.
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29).
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito.
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos.
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril.
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:


Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:


Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).

Os solos da Palestina
Os solos da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Índice pluviométrico na Palestina
Índice pluviométrico na Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

GIBEÁ

Atualmente: ISRAEL
Mapa Bíblico de GIBEÁ


ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Juízes Capítulo 19 do versículo 1 até o 30
B. OS BENJAMITAS SÃO QUASE ANIQUILADOS 19:1-21.25

  1. Uma Concubina 1nfiel (19:1-9)

Tal como a história do santuário danita em Laís, os três últimos capítulos do livro relatam um evento e suas conseqüências, os quais ilustram vividamente a falta de leis daquele período. Um levita que vivia numa parte remota do território de Efraim tomou para si uma concubina, que significa uma esposa secundária, de Belém de Judá. A pala-vra normalmente se refere a uma escrava que também era uma mulher legal. Ela podia se divorciar mais facilmente do que uma esposa comum (Gn 21:10-14) ; ainda assim, a lei mosaica reconhecia e protegia seus direitos (Êx 21:7-11; Dt 21:10-14).

A sua concubina adulterou contra ele (2), ou seja, ela se tornou prostituta, e voltou a Belém, onde permaneceu por quatro meses. Depois desse período, o levita retornou e encontrou-a na casa de seu pai, para lhe falar conforme o seu coração e para tornar a trazê-la (3). O pai da mulher estava feliz por encorajar a reconciliação, o que removeria o estigma da separação, mas parecia relutante em permitir que o casal desse início a sua viagem de regresso.

  1. O Sol se Põe em Gibeá (19:10-15)

Já perto do final do quinto dia, o levita levantou-se para ir embora. Já perto da noite, eles passaram por Jebus (10), o antigo, mas raramente mencionado nome de Jerusalém. A se julgar pela distância envolvida (veja o mapa), eles provavelmente deixaram Belém cerca de três horas antes do pôr-do-sol. Em vez de permanecerem numa cidade estranha (o local foi ocupado pelos jebuseus até a época de Davi), o levita prosseguiu até Gibeá (12), na esperança de permanecer ali ou nas proximidades de Ramá (13). Gibeá, a cerca de 6 quilômetros ao norte de Jerusalém, é a atual Tell el-Full. Mais tarde ela ficou conhecida como a Gibeá de Saul (1 Sm 10.5,10), provavel-mente pelo fato de este ser o local de nascimento do primeiro rei de Israel. O local já foi escavado e as ruínas dão apoio ao relato bíblico sobre sua violenta destruição e subseqüente reconstrução. 2 Os viajantes não encontraram hospitalidade em Gibeá e prepararam-se para passar a noite na rua.

  1. Um Amigo Verdadeiro (19:16-21)

Os visitantes mal recebidos foram finalmente encontrados por um homem idoso que voltava de seu trabalho no campo. A história destaca-se ainda mais porque o benfeitor não era benjamita, mas pertencia à tribo de Efraim e vivia em Gibeá. O levita viajante explicou sua situação. Embora tivessem provisões para si, eles precisavam de abrigo. O anfitrião levou os viandantes para sua própria casa e deu forragem aos seus animais. Os convidados lavaram seus pés, comeram e beberam (cf. Gn 18:1-8; 24.31,32).

  1. A Concubina do Levita Sofre Abuso (19:22-26)

Enquanto a festa de boas-vindas prosseguia, certos filhos de Belial (22) cerca-ram a casa e pediram que o estrangeiro lhes fosse dado para que pudessem praticar com ele o abominável pecado de sodomia. Existe um notável paralelo aqui com o texto de Gênesis 19 e as ações dos homens de Sodoma para com os visitantes de Ló. Não façais semelhante mal (23), "não tratem meu visitante de maneira tão vil". O resultado da maldade daquela noite foi a morte da concubina, um pecado horrível lembrado com repugnância por séculos (Os 9:9-10.9). Veja o comentário de I Samuel 1:16 sobre filhos de Belial. O nome beli-ya'al tornou-se um termo característico de Satanás ou do demônio.

  1. Um Terrível Chamamento às Armas (19:27-30)

O levita encontrou o corpo da mulher pela manhã, colocou-o em seu jumento e foi para casa. Seu senhor (27) tem o significado tanto de mestre como de marido. Ali ele despedaçou o corpo em doze partes e as enviou a todas as tribos de Israel. Despeda-çou ou cortou como uma vítima de sacrifício (cf. Êx 29:17; Lv 1:6-12; 8.20, onde é usado o mesmo verbo em hebraico). Quando ouviram a explicação para tal atitude, as pessoas ficaram horrorizadas e disseram: Nunca tal se fez, nem se viu desde o dia em que os filhos de Israel subiram da terra do Egito, até ao dia de hoje (30).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Juízes Capítulo 19 versículo 12
Gibeá significa, em hebraico, colina. A cidade também era chamada Gibeá de Benjamim (1Sm 13:2) e Gibeá de Saul (1Sm 11:4) e estava localizada a 6 km ao norte de Jerusalém. Ver o Índice de Mapas.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Juízes Capítulo 19 do versículo 1 até o 30
*

19.1–21.25

A situação em Israel havia se deteriorado tanto que alguns entre o povo de Deus comportavam-se como os habitantes de Sodoma e de Gomorra (Gn 19:1-11). A guerra civil entre as tribos foi o resultado. Essa história final na conclusão de Juízes declara que a desgraça de Israel era resultado da falta de um rei (19.1; 21.25; conforme 17.6; 18.1). Foi Benjamim a tribo que pecou. Ainda mais, foram os homens de Gibeá, cidade natal de Saul, que se comportaram como o povo de Sodoma. A ação de Saul em 1 Sm 11:6-8 forma um paralelo claro com a profanação que o levita fez da sua concubina (19.29, nota). Finalmente, Judá, a tribo de Davi, foi a escolha do Senhor para ser líder contra Benjamim (note a semelhança da linguagem entre 1:1-2 e 20.18). Os benjamitas tinham praticamente se tornado cananeus. Ninguém, porém, estava sem culpa no caso. Cada tribo estava fazendo o que achava certo (21.25). A conclusão a ser tirada era que havia necessidade de um rei, proveniente de Judá e não de Benjamim. Davi, e não Saul, teria as qualificações iniciais. Mas o próprio Davi, sendo um homem, revelaria ser insuficiente para a tarefa, conforme demonstrariam os acontecimentos posteriores (2 Sm 12.10, 11). Somente o Senhor, a quem o povo rejeitara (1Sm 8:7, 8) poderia ser Rei verdadeiro (8.22, 23).

* 19.1 levita. Esse homem provinha da tribo cujos homens serviam ao Senhor como seus sacerdotes.

concubina. Uma concubina era normalmente uma escrava, e tinha uma condição jurídica inferior a de uma esposa (8.31; 9.18).

* 19.2 aborrecendo-se dele. Ou: “prostituindo-se”. A lei exigia que os adúlteros fossem apedrejados (Dt 22:22), mas o povo não estava seguindo a lei (17.6; 21.25).

* 19.10 Jebus... Jerusalém. Ver 1.21 e nota.

*

19.12 Não nos retiraremos a nenhuma cidade estranha. Ironicamente, não querem pernoitar com estrangeiros, mas depois descobrem que seus compatriotas israelitas não são melhores do que Sodoma e Gomorra (19.1–21.25, nota).

Gibeá. Quando o livro dos Juízes foi escrito, Gibeá devia ser bem conhecida como a cidade natal de Saul (19.1–21.25, nota).

* 19.14–20.48 A história do que aconteceu com o levita em Gibeá é semelhante à história de Sodoma e Gomorra (Gn 19:1-13). O pecado de Gibeá foi como o de Sodoma e Gomorra, e os benjamitas foram destruídos pela permissão e ajuda do Senhor (20.18, 28, 35). Saul provinha de Benjamim, e não seria de ajuda para ele, nem para seus descendentes, que esses eventos fossem lembrados.

* 19:15

assentou-se na praça da cidade. Dessa maneira, os viajantes demonstraram que precisavam de hospitalidade (vs. 16-20).

* 19.16 um homem velho... de Efraim. Foi necessário um outro “estrangeiro”, de outra geração para lhes dar hospitalidade.

*

19.18 para a Casa do SENHOR. Isto é, para o tabernáculo em Siló (18.31).

* 19.22 Traze para fora o homem. Ver Gn 19:5.

* 19.23 não façais tal loucura. No mínimo, segundo os costumes da hospitalidade, o hospedeiro não pode contemplar a entrega do seu hóspede à violência. Na Lei, o ato sexual envolvido é descrito como “abominação” (Lv 18:22; 20:13).

* 19.24 Minha filha virgem. Assim como Ló ofereceu as suas filhas para proteger o seu hóspede (Gn 19:8), o hospedeiro oferece a sua filha para proteger o levita. O autor não comenta a moralidade dessa oferta, mas a história inteira é apresentada como uma derradeira ilustração das conseqüências malignas de abandonar o governo de Deus e fazer o que é certo aos seus próprios olhos.

*

19.28 porém ela não respondeu. Já estava morta.

* 19.29 doze partes. Os leitores originais de Juízes deviam estar bem cientes de como Saul, posteriormente, cortou bois em doze partes a fim de conclamar Israel a lutar contra os amonitas (1Sm 11:6-8).

*

19.30 Nunca tal se fez. Trata-se do uso grotesco do cadáver da mulher.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Juízes Capítulo 19 do versículo 1 até o 30
19.1-21.25 Qual é a importância desta trágica história? Quando se arruinou a fé em Deus dos israelitas, também se arruinou sua unidade como nação. Se tivessem obedecido a Deus e crédulo em que cumpriria suas promessas, haveriam poseído toda a terra. Mas quando esqueceram inclui-lo o em suas vidas, perderam seu propósito e muito em breve "cada um fazia o que bem lhe parecia" (21.25). Quando deixaram de ter a direção de Deus, não se voltaram melhores que quão malvados os rodeavam. Quando fizeram suas leis para seu benefício, estabeleceram normas por debaixo das normas de Deus. Quando você deixa a Deus fora de sua vida, surpreenderá-se ao ver o que é capaz de fazer (19.30).

19:1 A sociedade israelita aceitava que se tivesse concubinas, mesmo que isto não era o que Deus queria (Gn 2:24). Uma concubina tinha os deveres mas não os privilégios de uma esposa. Apesar de que estava legalmente atada a um homem, pelo general ela e seus filhos não tinham os direitos de herança que tinham a esposa e os filhos legítimos. Seu propósito principal era lhe dar ao homem agradar sexual, trazer filhos adicionais e contribuir com mais ajuda para a casa e o estado. As concubinas eram quase sempre prisioneiras de guerras com outras nações. Mas também podiam ser israelitas, como possivelmente foi o caso desta história.

19:24 Em nenhum lado é tão forte a lei não escrita da hospitalidade como no Meio Oriente. O amparo a um hóspede a qualquer preço estava no primeiro lugar do código de honra de um homem. Mas aqui o código de hospitalidade se converteu em fanatismo. A violação e o abuso de uma filha e de seu acompanhante era preferível à possibilidade de um conflito entre um hóspede e seu vizinho. Os dois homens eram egoístas (não queriam resultar feridos), faltou-lhes valor (não queriam enfrentar um conflito embora perigassem outras vidas) e desobedeceram a Lei de Deus (permitindo o abuso e o assassinato deliberado). Que conseqüências tão funestas obtemos quando um protocolo social tem mais autoridade que as convicções morais!

19:29, 30 Mesmo que este fato foi terrível, comunicou com eficácia o horror do crime e chamou o povo à ação. Saul utilizou um método similar em 1Sm 11:7. É irônico, mas o homem que alertou ao Israel sobre o assassinato de sua concubina era tão culpado de sua morte como os homens que realmente a mataram.

19:30 O horrível crime descrito neste capítulo não foi a pior ofensa do Israel. Pior foi o fracasso da nação em estabelecer um governo apoiado nos princípios morais de Deus, onde sua Lei fora a lei da terra. Por conseguinte, as leis não se cumpriram e o crime se passou por cima. A perversão moral e a desordem foram o produto da desobediência a Deus. Os israelitas não estavam dispostos a falar até que os fatos foram muito longe.

Cada vez que nos afastamos de Deus ou de sua Palavra podem ocorrer toda classe de coisas más. Nosso isolamento de Deus pode ser lento e quase imperceptível, com resultados finais que afetam uma geração futura. Continuamente devemos chamar a nossa nação a que se volte para Deus e trabalhar para o estabelecimento da moral e o reino espiritual de Deus no coração de cada pessoa.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Juízes Capítulo 19 do versículo 1 até o 30
B. VIOLAÇÃO em Gibeá (Jz 19:21)

1 E aconteceu que naqueles dias, quando não havia rei em Israel, que havia um certo levita, habitante das partes remotas da região montanhosa de Efraim, tomou para si uma concubina, de Belém de Judá . 2 E a sua concubina adulterou contra ele, e foi para longe dele para a casa de seu pai para Belém de Judá, e estava lá no espaço de quatro meses. 3 E seu marido se levantou, e foi atrás dela, para falar gentilmente a ela, para trazê-la de novo, tendo o seu servo com ele, e um par de jumentos: e ela o levou à casa de seu pai; e quando o pai da moça vi, ele alegrou-se para encontrá- Lv 4:1 E seu pai-de-lei, o pai da moça, o deteve consigo; E ficou com ele três dias: para que eles comeram e beberam, e pousaram Ap 5:1 E sucedeu que, no quarto dia, que surgiu no início da manhã, e ele se levantou para partir, e o pai da moça disse a seu filho-de-lei, fortalecer o teu coração com um bocado de pão, e depois haveis de seguir o seu caminho. 6 Então eles se sentaram, e comeram e beberam, os dois juntos, mas o pai da moça disse ao homem , Seja feliz, peço-te, a permanecer durante toda a noite, e se o teu coração alegre. 7 E o homem se levantou para partir; mas o seu pai-de-lei insistiu com ele, e ele deu entrada lá novamente. 8 E levantou-se de manhã cedo no quinto dia para partir; e o pai da moça disse: Fortalecer o teu coração, peço-te, e ficai até o declina o dia; e comeram, os dois. 9 E, quando o homem se levantou para partir, ele, e sua concubina, e seu servo, o pai-de-lei, o pai da moça, disse-lhe: Eis que já o dia declina Para a noite, eu rezo para que você ficasse a noite toda: eis que o dia se torna mais ao fim, lodge aqui, que o teu coração se alegre; e amanhã te cedo em seu caminho, para que possas ir para casa.

10 Mas o homem não quis passar a noite, mas ele se levantou e partiu, e chegou altura de Jebus (que é Jerusalém), e houve com ele um par de jumentos selados; sua concubina também estava com Ec 11:1 Quando estavam perto de Jebus, o dia foi muito;e disse o moço a seu senhor: Vem, peço-te, e vamos desviar a esta cidade dos jebuseus, e se aninham nela. 12 E o seu senhor lhe disse: Não nos retiraremos a nenhuma cidade estrangeira , que não são os filhos de Israel; mas nós passaremos até Gibeá. 13 E ele disse a seu servo, Vinde, e cheguemos a um destes lugares; e iremos apresentar em Gibeá ou em Ramá. 14 Passaram, pois, continuando o seu caminho; eo sol se pôs perto de Gibeá, que pertence a Benjamim. 15 Então se dirigiram para lá, para ir para a noite em Gibeá: e ele entrou e sentou-se na praça da cidade; pois não havia nenhum homem que os levou para sua casa para apresentar.

16 E, eis que veio um homem velho de seu trabalho fora do campo no mesmo: agora o homem era da região montanhosa de Efraim, e peregrinava em Gibeá; mas os homens do lugar eram benjamitas. 17 E ele, levantando os olhos, e viu o viajante na praça da cidade; e o velho disse: Para onde vais? ? e donde vens 18 E disse-lhe: Nós estamos passando de Belém de Judá até o lado mais distante da região montanhosa de Efraim; dali sou eu, e eu fui a Belém de Judá: e eu estou agora indo para a casa do Senhor; e ninguém há que me recolha em casa. 19 Todavia temos palha e forragem para os nossos jumentos; e não há pão e vinho para mim, para a tua serva, e para o moço que vem com os teus servos: não há falta de coisa alguma. 20 E o velho disse: Paz seja contigo; howsoever que todos os teus desejos mentir sobre mim; só não a noite na rua. 21 Assim o fez entrar em sua casa, e deu ração aos jumentos; e lavaram os seus pés, e comeram e beberam.

22 Como eles estavam alegravam o seu coração, eis que os homens daquela cidade, Belial, cercaram a casa sobre, batendo à porta; e disseram ao dono da casa, o velho, dizendo: Trazei o homem que entrou em tua casa, para que possamos conhecê- Lv 23:1 E o homem, o dono da casa saiu a ter com eles, e disse -lhes: Não, irmãos meus, peço-vos, não façais mal; já que este homem entrou em minha casa, não façais essa loucura. 24 Eis, aqui está a minha filha virgem ea concubina do homem; -las trarei para fora agora, e humilde lhes vós, e fazer com eles o que parecer bem aos você: mas a este homem não fazer qualquer loucura. 25 Mas os homens não o quiseram ouvir; então aquele homem pegou da sua concubina , e trouxe-a para fora para eles; e eles sabiam que ela, e abusou dela toda a noite até pela manhã, e quando o dia começava a surgir, eles deixá-la ir. 26 Em seguida, veio a mulher a romper do dia, e caiu à porta da casa do homem onde estava seu senhor, até que se fez luz.

27 E o seu senhor levantou-se pela manhã, e abriu as portas da casa, e ia sair para seguir o seu caminho; . e eis que a mulher, sua concubina, jazia à porta da casa, com as mãos sobre o limiar de 28 E disse-lhe: Up, e vamo-nos; mas ninguém respondeu: então ele a levou até em cima do jumento; e o homem se levantou, e gat-lo ao seu lugar. 29 E, quando chegou em sua casa, tomou um cutelo e, pegando na sua concubina, a dividiu, membro por membro, em doze pedaços, e mandou- . ao longo de todas as fronteiras de Israel 30 E foi assim, que tudo o que viu ele disse: Não houve tal coisa se ​​fez, nem se viu desde o dia em que os filhos de Israel subiram da terra do Egito, até hoje: considerá-la , tomam conselho, e falar.

Desde Gibeah em Benjamin ficava entre Efraim, ao norte e Judá ao sul, é necessário lembrar que o levita de Efraim passou por Benjamin em seu caminho para reconquistar sua concubina infiel que tinha ido a Judá. Ele realizou um reencontro feliz e passou vários dias de festa em Judá.

Em seu retorno a Efraim, o levita e sua concubina apresentado durante a noite em Gibeá. O único homem no lugar que oferece hospitalidade aos estrangeiros não era de Benjamim. Ele era um companheiro de Ephraimite que estava peregrinando em Gibeá (v.Jz 19:16 ). Os Benjamim da cidade não fez nenhum esforço para ser hospitaleiro, para o levita disse: Não há nenhum homem que me recolha em casa (v. Jz 19:18 ). O Ephraimite peregrinando respondeu: Que todos os teus desejos mentir sobre mim (v. Jz 19:20 ).

Enquanto os convidados estavam desfrutando esta hospitalidade, alguns malandros da cidade pediu para ter acesso a eles para a sexualidade base. Quando a situação parecia estar fora de controle, o levita estendeu sua concubina para a sua indulgência.Depois de uma noite de ser vítima de estupro repetido que ela morreu.

No dia seguinte, o levita continuou para casa. Ele levou o corpo de sua concubina para sua casa, dividiu-a em doze pedaços e enviou um pedaço para cada tribo.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Juízes Capítulo 19 do versículo 1 até o 30
19.1 Efraim. Ficou no centro da Palestina, região mais tarde conhecida por Somaria.

19.3 Falar-lhe ao coração. Frase idiomática que no hebraico significa amor, carinho e generosidade no falar.

19.7 Instando com ele. Encontra-se, nestas linhas, uma visão profunda da vida social da Palestina, nos remotos tempos de Hc 3:0 anos passados. A hospitalidade sem restrições, especialmente com relação aos viajantes, era encarada com a mais alta seriedade.

19.9 Vai-se o dia acabando. Lit. "o acampamento do dia" lembrando os anos de peregrinação nômade no deserto.

19:10-12 Jebus... cidade estranha. Antes da conquista de Jerusalém por Davi (2Sm 5:0). Ramá ficava a uns 3 km mais distante. Depois de escurecer era perigoso viajar por aquelas paragens.

19.15 Não houvera quem os recolhesses. Um sinal de trato extremamente grosseiro era o não oferecer abrigo a um viajante, especialmente quando o hospedeiro nada gastaria em provisões. A essa falta, no tocante à hospitalidade, seguiram-se crimes piores.

19.16 Homem velho. Este homem, conterrâneo do viajante, não era benjamita. Isto explica, em parte, as atitudes dos cidadãos de Gibeá para com ele.

19.18 Viagem para a casa do Senhor. A casa do Senhor, a essa altura, encontrava-se em Siló. Até este ponto, nenhuma menção se fez deste propósito adicional. A Septuaginta reza "minha casa", no lugar de "do Senhor", e é possível que o texto original tivesse este sentido.

19.22 Filhos de Belial A origem da palavra é desconhecida. Pensa-se haver, talvez, alguma relação com a deusa babilônica da vegetação, também deusa do Sheol, o túmulo. Conforme Sl 18:4, Sl 18:5, "torrentes de impiedade" (heb belial) corresponde, no paralelismo poético, a "laços de morte” e "cadeias infernais". Batendo à porta. No heb "bater" se acha na forma intensiva deixando subentendida a intenção de arrombar a porta. É de se notar a semelhança do comportamento dos homens de Gibeá com os de Sodoma (Gn 19.9ss).

19.23 Está em minha casa. Os costumes da ética reinante impediram que o homem velho entregasse seu hóspede aos homens de Gibeá. Pior que a lascívia e a perversão, era faltar com a hospitalidade. Loucura. O heb nebalah tem significado ainda mais forte. "Impiedade", "devassidão" (conforme 1Sm 25:25) talvez representem melhor seu sentido.

19.25 Concubina.. entregou. Para se manter uma lei ética, quebra-se outra que, no moderno sistema de valores, seria infinitamente mais importante.

19.28 Levanta-te. A narrativa não demonstra a profunda revolta que aqueles acontecimentos em Gibeá inculcaram, no coração do viajante.

19.29 Despedaçou. O verbo usado no original é o mesmo usado para o ritual dos sacrifícios (Êx 29:17; Lv 1:6; 8:20). As doze partes (conforme o caso de Saul, 1Sm 11:1-9) simbolizavam as doze tribos de Israel, deixando clara integral responsabilidade da nação, diante de Deus, e diante daquela abominação dos benjamitas.

19.30 A importância deste acontecimento revela-se no fato da unificação da nação de Israel, o que não acontecera até então.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Juízes Capítulo 19 do versículo 1 até o 30

3) O ultraje em Gibeá: desintegração social (19:1-30)

A profundidade da degradação é indicada por duas referências. Em 19.30, “todos os que viram isso” (as testemunhas oculares da concubina esquartejada) disseram: “Nunca se viu nem se fez uma coisa dessas desde o dia em que os israelitas saíram do Egito”. E, em torno de 400 anos mais tarde, o profeta Oséias compara a profundidade da corrupção de Efraim aos “dias de Gibeá” (Dn 9:9; Dn 10:9). Esse incidente, que reflete semelhanças com Gn 19, foi o ponto mais baixo da história israelita desde o êxodo até o exílio. Por essa razão, é colocado no final, o ápice vergonhoso de um período marcado pela quebra da aliança e pelo pecado. Os caps. 17 e 18 tratavam de um jovem levita; aqui temos um levita mais velho (heb. ’is lêwt, “um homem, um levita”). Mais uma vez, a região montanhosa de Efraim e de Belém aparece no relato. E, mais uma vez, há uma quebra dos padrões, mas as irregularidades são sociais, e não religiosas. Antigas leis de hospitalidade e de decência são desprezadas exatamente por aqueles cuja lealdade à aliança deveria ter estimulado a conformidade a elas. Embora a história culmine com o terrível mal que se faz ao levita, ele é retratado como parcialmente culpado. O sogro, o servo e o homem idoso são todos vistos de forma mais favorável, enquanto o ato final de crueldade e desprezo do levita por sua infeliz concubina dificilmente tem o propósito de evocar a nossa concordância, mesmo quando todas as considerações culturais tiverem sido pesadas. Mas, acima de tudo, são os homens de Gibeá que demonstram as profundezas do mal na história. O contraste sugerido com os jebuseus pagãos é evidente: até aqueles que estão fora da aliança com Javé dificilmente poderiam ter se afundado tanto. Esse pecado abominável teria de conduzir ao juízo. O capítulo conclui com uma reunião da liga tribal para eliminar a culpa de sangue de Israel.

19.1. região afastada: lit. “lado traseiro”, provavelmente a região montanhosa na margem da principal estrada norte—sul. uma concubina: geralmente a segunda esposa ou mulher de posição mais baixa (v. NBD, “Concubina”). v. 2. foi infiel: heb. “fez o papel da prostituta”. NTLH: “ela brigou com ele”. Esta e outras versões seguem a LXX. O contexto certamente favorece a emenda, visto que ela parece ter sido a parte injustiçada, v. 3. foi convencê-la a voltar, heb. “falar ao seu coração”, uma expressão idiomática comum com conotação carinhosa. A mulher o levou para dentro da casa-, depois disso, a moça não participa da história antes do v. 25. e quando seu pai o viu, alegrou-se. NTLH: “recebeu-o com alegria”. Aparentemente o problema era pequeno, e a volta da moça havia sido algo embaraçoso para a família. Os versículos seguintes mostram a hospitalidade e a ociosidade típicas do Oriente, mas também constituem um contraste com as ações inóspitas de Gibeá. v. 4,5,8. três dias [...] quarto dia [...] quinto dia\ vem à mente a comparação com Jz 14:14,Jz 14:15. Talvez o levita deveria ter cumprido um prazo completo de sete dias de festa. v. 8. Espere. Burney argumenta a favor do indicativo (assim esperaram), pois o v. 9 indica que o cair da tarde não era uma boa hora para partir, mas é possível que haja ironia aí.

v. 10. rumo aJebus: Jerusalém, a 10 quilômetros ao norte de Belém, era uma fortaleza dos jebuseus (v. 11) até que foi tomada por Joabe (2Sm 5:6-10). v. 11. e já se findava o dia\ o hebraico é difícil, mas “o tempo fechou e surgiu uma tempestade” (NEB) é conjectura. v. 12. Iremos para Gibeá-. mais seis quilômetros para o norte. Gibeá, a atual Tell el-FuI, foi destruída c. 1100 a.C., provavelmente na batalha descrita nesses capítulos. Foi a capital de Saul (EAEHL, v. 2, p. 444ss). A sua localização e topografia tomariam fácil a sua defesa, v. 13. Ramá\ provavelmente a atual Er-Ram, Ml 3:0 (grego beliar) reflete escritos posteriores quando Belial é claramente uma entidade pessoal. Esmurrando a porta-. NEB: “lançando-sc” transmite o sentido reflexivo do hitpael hebraico e mostra a fúria dos seus desejos lascivos, para que tenhamos relações com eles\ a proibição do homossexualismo em Israel conflui com as leis de hospitalidade para formar a base da história (conforme v. 23: “essa loucura”). v. 23. essa loucura-, heb. hannebãlãh\ NTLH: “coisa horrível”. Talvez “infâmia” (BJ) reflita melhor o sentido da palavra. Até ter a filha e a concubina do levita violentadas era preferível à violação homossexual de um hóspede. Conforme Gn 19:8. v. 25. Então o levita mandou a sua concubina-, a falta de sensibilidade do levita para com a sua concubina (conforme o v. 28) é mais um subtema do relato, v. 29. em doze partes-, cf 1Sm 11:7 e lRs 11.3039. A expressão “doze partes” é considerada um acréscimo posterior, visto que essa é a primeira vez em Juízes que todas as 12 tribos aparecem juntas. Mas a liga “original” é pressuposta em todo o relato, especialmente se Josué—Juízes for visto como uma narrativa única. Um pedaço para cada tribo pode ter colocado culpa de sangue sobre cada uma delas. v. 30. Todos os que viram isso disseram-, a NEB (seguindo a LXX) acrescenta uma introdução à fala, fazendo os mensageiros dizerem o que segue.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Juízes Capítulo 19 do versículo 1 até o 30
XV. A GUERRA CONTRA BENJAMIM. Jz 19:1-7, aparece Jerusalém com o nome de Jebus, talvez pelo fato de um dos grupos de amorreus (jebuseus) nela se terem fixado. Cfr. 1.21n. Em Gibeá (13). É a moderna Tel-El-Ful, a 7 quilômetros ao norte de Jerusalém. Como cidade de Benjamim, mais tarde foi conhecida apenas por "Gibeá de Saul", por ser cidade capital desse monarca (1Sm 11:4). Escavações recentes descobriram que a primeira fortaleza de Gibeá foi fundada logo a seguir à conquista e destruída no século XII A.C., e a segunda (a de Saul) também foi encontrada. Ou em Ramá (13). Mais ao norte de Gibeá, a caminho de Betel. Cfr. Jz 4:5.

>Jz 19:16

E eis que um homem velho... da montanha de Efraim (16). Era conterrâneo do levita. É de notar que o único homem em Gibeá que ofereceu hospitalidade aos estrangeiros era estrangeiro também. Vou à casa do Senhor (18). Ou melhor, "para minha casa, como afirmam os LXX. O erro foi originado no fato de se tomar o pronome como uma abreviatura de Jeová. Filhos de Belial (22). Belial é vocábulo que em heb. significa "sem valor" (beli ya’al). "Filhos de Belial" seriam, pois, "homens levianos, de baixo caráter". Outros comentadores atribuem-lhe o significado de "mundo dos mortos" (cfr. 2Sm 22:5; Sl 18:4), ou seja, "local donde não se pode voltar", ou ainda "Senhor da noite". Na literatura judaica pós-bíblica Belial (em grego: Beliar) é o nome dum personagem, precisamente o anticristo ou encarnação do mal cfr. 2Co 6:15). O triste acontecimento narrado em 22-24 lembra-nos o caso de Sodoma (Gn 19:4-8). Não façais tal loucura (23). O termo heb. é mais preciso, pois indica "atrevimento", "vilania". As leis da hospitalidade, tal como vimos ao cap. 19 do Gênesis, não têm em consideração o respeito devido ao sexo fraco. Tomou um cutelo... (29). O esquartejamento e distribuição dum corpo como ação de alcance nacional só tem paralelo em 1Sm 11:7. É de frisar, porém, que, neste último caso, a vítima é uma junta de bois, acompanhada da ameaça de o mesmo suceder ao gado de todos os que não se unissem para lutar contra o inimigo. Os doze pedaços, em que foi dividido o corpo da mulher, correspondiam, sem dúvida, ao número de tribos de Israel. Era um sinal macabro, por certo, mas indispensável para convidar à execução dos compromissos relacionados com a aliança nacional. Desde o dia em que os filhos de Israel subiram da terra do Egito (30). O êxodo ficou sempre a marcar o ponto de partida dos grandes acontecimentos de Israel como povo eleito (cfr. 1Rs 6:1). E o episódio de Gibeá, por sua vez, ficará a marcar até onde pode chegar a perversidade dos homens (cfr. Dn 10:9).


Dicionário

Cidade

substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
[Popular] Grande formigueiro de saúvas.
Antigo Estado, nação.
expressão Cidade santa. Jerusalém.
Cidade aberta. Cidade não fortificada.
Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
Cidade dos pés juntos. Cemitério.
Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.

substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
[Popular] Grande formigueiro de saúvas.
Antigo Estado, nação.
expressão Cidade santa. Jerusalém.
Cidade aberta. Cidade não fortificada.
Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
Cidade dos pés juntos. Cemitério.
Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.

Desde o tempo em que a cidade de Jerusalém foi tomada por Davi, tornaram-se os hebreus, em grande parte, um povo habitante de cidades. As cidades eram, no seu maior número, muradas, isto é, possuíam uma muralha com torres e portas. Mas em volta da cidade, especialmente em tempos de paz, viam-se sem defesa os arrabaldes, aos quais se estendiam os privilégios da cidade. Em conformidade ao costume oriental, determinadas cidades deviam abastecer de certos produtos o Estado, para a construção de edifícios, fabricação de carros de guerra, armação de cavaleiros, e provisão da mesa real. Para manutenção dos levitas foram-lhes concedidas quarenta e oito cidades, espalhadas pelo país, juntamente com uma certa porção de terreno suburbano. Antes do cativeiro, o governo interno das cidades judaicas era efetuado por uma junta de anciãos (2 Rs 10.1), juntamente com juizes, devendo estes pertencer à classe sacerdotal. No tempo da monarquia parece que era nomeado, um governador ou presidente, sendo por ele mandados a diversos pontos do distrito os juízes, que, presumivelmente, levavam depois certas questões de dúvida a Jerusalém para serem resolvidas por um conselho de sacerdotes, levitas e anciãos. Depois do cativeiro, disposições semelhantes foram realizadas por Esdras para nomeação de juizes. Em muitas cidades orientais, destina-se grande espaço a jardins, e desta forma torna-se muito maior a extensão da cidade. A notável amplidão das cidades de Nínive e Babilônia pode assim, em parte, ser explicada. As ruas são, em geral, extremamente estreitas, raras vezes permitindo que dois camelos carregados passem um pelo outro. o comércio interno das cidades era sustentado, como hoje acontece, por meio de bazares. o profeta Jeremias fala-nos (37,21) da Rua dos Padeiros. os espaços abertos, junto às portas das cidades, eram, em tempos antigos, como ainda são hoje, usados pelos anciãos para suas assembléias, e pelos reis e juizes para reunião de cortes e constituição de tribunais e pelo povo para tratarem das suas regalias. Também se empregavam para exposição pública, quando era preciso castigar assim os culpados de certos delitos. Havia grandes trabalhos para abastecer de água as cidades, empregando-se reservatórios e cisternas que se enchiam com as águas pluviais, ou trazendo de distantes nascentes o precioso líquido por meio de aquedutos.

Dissê

1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Estranhar

verbo transitivo Achar estranho, fora do comum.
Não se acomodar com: estranhar a cama nova.
Causar espanto ou admiração a: estranhei seu mau comportamento.
Tratar com esquivança, fugir (principalmente falando das crianças em relação às pessoas a que não estão acostumadas).
Achar censurável.
Repreender.

Filhós

substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).

Gibeá

-

Monte. 1. Cidade das montanhas de Judá (Js 15:57). 2. Gibeá de Benjamim. Aqui ocorreu aquele fato narrado nos caps. 19 e 20 do livro dos Juizes, que foi causa de ser quase extirpada a tribo de Benjamim – casa de Saul (1 Sm 10.26 – etc.) – dali mandou Jônatas desalojar de Gibeá os filisteus (1 Sm 13 2:3) – lugar onde foram enforcados sete filhos de Saul (2 Sm 21.1 a
9) – terra de três dos homens valentes de Davi (2 Sm 23.29 – 1 Cr 11.31 – 12,3) – e de Uriel (2 Cr 13,2) – foi ocupada pelo exército assírio, quando marchava para Jerusalém (is 10:29, uma passagem que mostra não serem o mesmo lugar Gibeá e Geba) – um centro de idolatria (os 5:8 – 9.9 – 10.9). Acha-se identificada com a moderna Tell-el-Ful, uma vila sobre a principal estrada que parte de Jerusalém na direção do norte. Em 1 Sm 7.1 se diz que a arca foi levada ‘à casa de Abinadabe, no outeiro’, isto é, em Gibeá (2 Sm 6.3).

Um dos netos de Calebe e sua concubina Maaca; era da tribo de Judá e seu pai chamava-se Seva (1Cr 2:49).


Gibeá Cidade que ficava na região montanhosa de Benjamim (Jdg 19—20).

Israel

Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


Israel [O Que Luta com Deus] -

1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Retirar

retirar
v. 1. tr. dir. Puxar para trás ou para si; tirar. 2. tr. dir. Afastar, tirar. 3. tr. dir. Levantar, recolher, tirar. 4. tr. dir. Fazer sair de onde estava. 5. tr. ind., Intr. e pron. Afastar-se de um lugar; sair de onde estava; ausentar-se. 6. tr. ind., Intr. e pron. Afastar-se para evitar combate; bater em retirada; fugir. 7. pron. Afastar-se do convívio social; partir para algum retiro ou lugar solitário. 8. pron. Sair de uma companhia, empresa ou sociedade. 9. tr. dir. Deixar de conceder; cassar, privar. 10. tr. dir. Auferir, lucrar, obter.

Seja

seja conj. Usa-se repetidamente, como alternativa, e equivale a ou: Seja um seja outro. Interj. Denota consentimento e significa de acordo!, faça-se!, vá!

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Juízes 19: 12 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Porém disse-lhe seu senhor: Não nos retiraremos a nenhuma cidade estrangeira, que não seja dos filhos de Israel; mas passaremos até Gibeá.
Juízes 19: 12 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1375 a.C.
H1121
bên
בֵּן
crianças
(children)
Substantivo
H113
ʼâdôwn
אָדֹון
Meu Senhor
(My lord)
Substantivo
H1390
Gibʻâh
גִּבְעָה
uma cidade no distrito montanhoso de Judá
(Gibeah)
Substantivo
H2008
hênnâh
הֵנָּה
aqui
(here)
Advérbio
H3478
Yisrâʼêl
יִשְׂרָאֵל
Israel
(Israel)
Substantivo
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H413
ʼêl
אֵל
até
(unto)
Prepostos
H5237
nokrîy
נׇכְרִי
estrangeiro, alheio
(foreigners)
Adjetivo
H5493
çûwr
סוּר
desviar-se, afastar-se
(and removed)
Verbo
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H5674
ʻâbar
עָבַר
ultrapassar, passar por, atravessar, alienar, trazer, carregar, desfazer, tomar, levar embora,
(and to pass)
Verbo
H5704
ʻad
עַד
até
(until)
Prepostos
H5892
ʻîyr
עִיר
agitação, angústia
(a city)
Substantivo
H834
ʼăsher
אֲשֶׁר
que
(which)
Partícula


בֵּן


(H1121)
bên (bane)

01121 בן ben

procedente de 1129; DITAT - 254; n m

  1. filho, neto, criança, membro de um grupo
    1. filho, menino
    2. neto
    3. crianças (pl. - masculino e feminino)
    4. mocidade, jovens (pl.)
    5. novo (referindo-se a animais)
    6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
    7. povo (de uma nação) (pl.)
    8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
    9. um membro de uma associação, ordem, classe

אָדֹון


(H113)
ʼâdôwn (aw-done')

0113 אדני ’adown aw-done’ ou (forma contrata) אדן ’adon aw-done’

procedente de uma raiz não usada (significando governar); DITAT - 27b; n m

  1. firme, forte, senhor, chefe
    1. senhor, chefe, mestre
      1. referindo-se aos homens
        1. superintendente dos negócios domésticos
        2. chefe, mestre
        3. rei
      2. referindo-se a Deus
        1. o Senhor Deus
        2. Senhor de toda terra
    2. senhores, reis
      1. referindo-se aos homens
        1. proprietário do monte de Samaria
        2. chefe, mestre
        3. marido
        4. profeta
        5. governador
        6. príncipe
        7. rei
      2. referindo-se a Deus
        1. Senhor dos senhores (provavelmente = “o teu marido, Javé”)
    3. meu senhor, meu chefe, meu mestre
      1. referindo-se aos homens
        1. chefe, mestre
        2. marido
        3. profeta
        4. príncipe
        5. rei
        6. pai
        7. Moisés
        8. sacerdote
        9. anjo teofânico
        10. capitão
        11. reconhecimento geral de superioridade
      2. referindo-se a Deus
        1. meu Senhor, meu Senhor e meu Deus
        2. Adonai (paralelo com Javé)

גִּבְעָה


(H1390)
Gibʻâh (ghib-aw')

01390 גבעה Gib ah̀

o mesmo que 1389; n pr loc Gibeá = “monte”

  1. uma cidade no distrito montanhoso de Judá
  2. uma cidade de Benjamim, terra natal do rei Saul
  3. uma cidade em Quiriate-Jearim de Efraim

הֵנָּה


(H2008)
hênnâh (hane'-naw)

02008 הנה hennah

de 2004; DITAT - 510b; adv

  1. aqui, lá, agora, para cá

יִשְׂרָאֵל


(H3478)
Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

03478 ישראל Yisra’el

procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

Israel = “Deus prevalece”

  1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
  2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
    1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
    2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
    3. o nome da nação depois do retorno do exílio

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

אֵל


(H413)
ʼêl (ale)

0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

partícula primitiva; DITAT - 91; prep

  1. para, em direção a, para a (de movimento)
  2. para dentro de (já atravessando o limite)
    1. no meio de
  3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
  4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
  5. em adição a, a
  6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
  7. de acordo com (regra ou padrão)
  8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
  9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

נׇכְרִי


(H5237)
nokrîy (nok-ree')

05237 נכרי nokriy

procedente de 5235 (segunda forma); DITAT - 1368c; adj

  1. estrangeiro, alheio
    1. estrangeiro
    2. estrangeiro (substantivo)
    3. mulher estrangeira, meretriz
    4. desconhecido, não familiar (fig.)

סוּר


(H5493)
çûwr (soor)

05493 סור cuwr ou שׁור suwr (Os 9:12)

uma raiz primitiva; DITAT - 1480; v

  1. desviar-se, afastar-se
    1. (Qal)
      1. desviar-se do rumo, entrar
      2. partir, afastar-se do caminho, evitar
      3. ser removido
      4. chegar ao fim
    2. (Polel) desviar
    3. (Hifil)
      1. fazer desviar, causar afastamento, remover, tomar, separar, depor
      2. pôr de lado, deixar incompleto, retirar, rejeitar, abolir,
    4. (Hofal) ser levado embora, ser removido

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

עָבַר


(H5674)
ʻâbar (aw-bar')

05674 עבר ̀abar

uma raiz primitiva; DITAT - 1556; v

  1. ultrapassar, passar por, atravessar, alienar, trazer, carregar, desfazer, tomar, levar embora, transgredir
    1. (Qal)
      1. ultrapassar, cruzar, cruzar sobre, passar, marchar sobre, transbordar, passar por cima
      2. ir além de
      3. cruzar, atravessar
        1. os que atravessam (particípio)
        2. passar através (referindo-se às partes da vítima em aliança)
      4. passar ao longo de, passar por, ultrapassar e passar
        1. o que passa por (particípio)
        2. ser passado, estar concluído
      5. passar adiante, seguir, passar antes, ir antes de, passar para frente, viajar, avançar
      6. morrer
        1. emigrar, deixar (o território de alguém)
        2. desaparecer
        3. perecer, cessar de existir
        4. tornar-se inválido, tornar-se obsoleto (referindo-se à lei, decreto)
        5. ser alienado, passar para outras mãos
    2. (Nifal) ser atravessado
    3. (Piel) impregnar, fazer passar
    4. (Hifil)
      1. levar a ultrapassar, fazer trazer, fazer atravessar, transpor, dedicar, devotar
      2. levar a atravessar
      3. fazer passar por ou além de ou sob, deixar passar por
      4. levar a morrer, fazer levar embora
    5. (Hitpael) ultrapassar

עַד


(H5704)
ʻad (ad)

05704 עד ̀ad

propriamente, o mesmo que 5703 (usado como prep, adv ou conj); DITAT - 1565c prep

  1. até onde, até, até que, enquanto, durante
    1. referindo-se a espaço
      1. até onde, até que, mesmo até
    2. em combinação
      1. de...até onde, ambos...e (com ’de’, no sentido de origem)
    3. referindo-se ao tempo
      1. até a, até, durante, fim
    4. referindo-se a grau
      1. mesmo a, ao ponto de, até mesmo como conj
  2. até, enquanto, ao ponto de, mesmo que

עִיר


(H5892)
ʻîyr (eer)

05892 עיר ̀iyr

ou (no plural) ער ̀ar ou עיר ̀ayar (Jz 10:4)

procedente de 5782 uma cidade (um lugar guardado por um vigia ou guarda) no sentido mais amplo (mesmo de um simples acampamento ou posto); DITAT - 1587a,1615; n m

  1. agitação, angústia
    1. referindo-se a terror
  2. cidade (um lugar de vigilância, guardado)
    1. cidade

אֲשֶׁר


(H834)
ʼăsher (ash-er')

0834 אשר ’aher

um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

  1. (part. relativa)
    1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
    2. aquilo que
  2. (conj)
    1. que (em orações objetivas)
    2. quando
    3. desde que
    4. como
    5. se (condicional)