Enciclopédia de Juízes 3:10-10

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jz 3: 10

Versão Versículo
ARA Veio sobre ele o Espírito do Senhor, e ele julgou a Israel; saiu à peleja, e o Senhor lhe entregou nas mãos a Cusã-Risataim, rei da Mesopotâmia, contra o qual ele prevaleceu.
ARC E veio sobre ele o Espírito do Senhor, e julgou a Israel, e saiu à peleja; e o Senhor deu na sua mão a Cusã-Risataim, rei da Síria; e a sua mão prevaleceu contra Cusã-Risataim.
TB O Espírito de Jeová veio sobre ele, e ele julgou a Israel; saiu a pelejar, e Jeová entregou-lhe nas mãos a Cusã-Risataim, rei de Mesopotâmia, contra o qual prevaleceu a sua mão.
HSB וַתְּהִ֨י עָלָ֥יו רֽוּחַ־ יְהוָה֮ וַיִּשְׁפֹּ֣ט אֶת־ יִשְׂרָאֵל֒ וַיֵּצֵא֙ לַמִּלְחָמָ֔ה וַיִּתֵּ֤ן יְהוָה֙ בְּיָד֔וֹ אֶת־ כּוּשַׁ֥ן רִשְׁעָתַ֖יִם מֶ֣לֶךְ אֲרָ֑ם וַתָּ֣עָז יָד֔וֹ עַ֖ל כּוּשַׁ֥ן רִשְׁעָתָֽיִם׃
BKJ E o Espírito do SENHOR veio sobre ele, e ele julgou Israel, e saiu para a guerra; e o SENHOR entregou Cusã-Risataim, rei da Mesopotâmia, em sua mão; e a sua mão prevaleceu contra Cusã-Risataim.
LTT E veio sobre ele o Espírito do SENHOR, e julgou a Israel, e saiu à peleja; e o SENHOR entregou na sua mão a Cusã-Risataim, rei da Mesopotâmia; o a sua mão prevaleceu contra Cusã-Risataim .
BJ2 O espírito de Iahweh esteve sobre ele, e ele julgou Israel e saiu à guerra. Iahweh entregou nas suas mãos Cusã-Rasataim, rei de Edom, e ele triunfou sobre Cusã-Rasataim.
VULG fuitque in eo spiritus Domini, et judicavit Israël. Egressusque est ad pugnam, et tradidit Dominus in manus ejus Chusan Rasathaim regem Syriæ, et oppressit eum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Juízes 3:10

Números 11:17 Então, eu descerei, e ali falarei contigo, e tirarei do Espírito que está sobre ti, e o porei sobre eles; e contigo levarão a carga do povo, para que tu sozinho o não leves.
Números 11:25 Então, o Senhor desceu na nuvem e lhe falou; e, tirando do Espírito que estava sobre ele, o pôs sobre aqueles setenta anciãos; e aconteceu que, quando o Espírito repousou sobre eles, profetizaram; mas, depois, nunca mais.
Números 11:29 Porém Moisés lhe disse: Tens tu ciúmes por mim? Tomara que todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhes desse o seu Espírito!
Números 24:2 E, levantando Balaão os olhos e vendo a Israel que habitava segundo as suas tribos, veio sobre ele o Espírito de Deus.
Números 27:18 Então, disse o Senhor a Moisés: Toma para ti a Josué, filho de Num, homem em quem há o Espírito, e põe a tua mão sobre ele.
Juízes 6:34 Então, o Espírito do Senhor revestiu a Gideão, o qual tocou a buzina, e os abiezritas se ajuntaram após ele.
Juízes 11:29 Então, o Espírito do Senhor veio sobre Jefté, e atravessou ele por Gileade e Manassés; porque passou até Mispa de Gileade e de Mispa de Gileade passou até aos filhos de Amom.
Juízes 13:25 E o Espírito do Senhor o começou a impelir de quando em quando para o campo de Dã, entre Zorá e Estaol.
Juízes 14:6 Então, o Espírito do Senhor se apossou dele tão possantemente, que o fendeu de alto a baixo, como quem fende um cabrito, sem ter nada na sua mão; porém nem a seu pai nem a sua mãe deu a saber o que tinha feito.
Juízes 14:19 Então, o Espírito do Senhor tão possantemente se apossou dele, que desceu aos asquelonitas, e matou deles trinta homens, e tomou as suas vestes, e deu as mudas de vestes aos que declararam o enigma; porém acendeu-se a sua ira, e subiu à casa de seu pai.
I Samuel 10:6 E o Espírito do Senhor se apoderará de ti, e profetizarás com eles e te mudarás em outro homem.
I Samuel 11:6 Então, o Espírito de Deus se apoderou de Saul, ouvindo estas palavras, e acendeu-se em grande maneira a sua ira.
I Samuel 16:13 Então, Samuel tomou o vaso do azeite e ungiu-o no meio dos seus irmãos; e, desde aquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apoderou de Davi. Então, Samuel se levantou e se tornou a Ramá.
II Crônicas 15:1 Então, veio o Espírito de Deus sobre Azarias, filho de Obede.
II Crônicas 20:14 Então, veio o Espírito do Senhor, no meio da congregação, sobre Jaaziel, filho de Zacarias, filho de Benaías, filho de Jeiel, filho de Matanias, levita, dos filhos de Asafe,
Salmos 51:11 Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo.
I Coríntios 12:4 Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.
Hebreus 6:4 Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo,

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

PALESTINA - PARTE DO CRESCENTE FÉRTIL

COMO PARTE DO CRESCENTE FÉRTIL

Cercada pelos mares Mediterrâneo, Negro e Cáspio, existe uma imensa formação geológica de montanhas altas e escarpadas, conhecida pelo nome de Cinturão Alpino do Himalaia . Essa paisagem rochosa e irregular se estende dos montes Pireneus, no norte da Espanha, para o leste, numa linha praticamente ininterrupta de 11 mil quilômetros, que vai até a altaneira cordilheira do Himalaia, na Índia e no Nepal, e o espinhaço Tsinling Shan, no interior da China. Perto do centro dessa longa elevação montanhosa, ficam os imponentes montes Taurus, Pônticos, Urartu e do Curdistão, todos na Turquia, os quais, em alguns lugares, chegam a uma altura de cerca de 5.200 metros, com cumes cobertos de neve o ano inteiro, e as cordilheiras de Zagros e Elburz, situadas no Irá (nas quais uns poucos cumes chegam a mais de 5.450 metros, os mais altos de todo o Oriente Próximo). Quer acádica, egípcia, assíria, babilônica, fenícia, persa ou grega, em seus propósitos imperialistas as civilizações antigas nunca conseguiram superar ou transpor totalmente esse terreno descomunal. Aliás, antes do tempo de Júlio César todos os impérios do Oriente Próximo foram, em grande parte, contidos por essa barreira setentrional. Além do mais, à espreita, nas reentrâncias sombrias daquelas montanhas, sempre houve povos ferozes que periodicamente ameaçavam o domínio semita da fronteira norte. Bem mais ao sul, começando no litoral atlântico do norte da África e indo na direção leste, há uma imensa área de terreno quase sem água. Conhecido como deserto do Saara, esse ambiente estéril e ermo se estende para além do mar Vermelho e cobre toda a península Arábica, onde é conhecido pelo nome de deserto da Arábia. A zona árida atravessa as montanhas do Ira na direção norte e prossegue pelo deserto do Sal (Dasht-e Kavir) e a bacia de Tarim, até alcançar o deserto de Gobi, no sul da Mongólia. Em alguns lugares, chegando a ter mais de 1.600 quilômetros de largura e estendendo-se por quase 8 mil quilômetros ao longo de dois continentes, essa faixa de areia inóspita e sinistra constituiu, na Antiguidade, mais uma barreira intransponível para o imperialismo e a civilização. Cercada por essas duas barreiras naturais de montanha e deserto, encontra-se uma faixa estreita e semicircular de terra relativamente arável que, partindo perto de Gaza (At 8:26), no canto sudeste do Mediterrâneo, vai para o norte formando um arco, atravessando Israel, Líbano e oeste da Síria. Próximo do canto nordeste do Mediterrâneo, essa faixa se encurva para o leste e, então, para o sudeste, basicamente seguindo as planícies inundáveis dos vales dos rios Tigre e Eufrates e chegando até a foz desses rios, no golfo Pérsico. Desde a época do egiptólogo James Breasted,15 essa faixa de terra é conhecida como "Crescente Fértil". Nesse Crescente, a humanidade inventou o arado, a roda, a alavanca, o parafuso e o arco. Ali os seres humanos aprenderam a domesticar animais, cultivar cereais e produzir alimentos, agrupar construções e construir cidades, trabalhar com metal e escrever (primeiro, pictográfica e, mais tarde, alfabeticamente). Foi nesse crescente de civilização que a humanidade desenvolveu o conhecimento, a música, a literatura, as leis, a matemática, a filosofia, a medicina, a astronomia, a cartografia, a química e o calendário. Correndo o risco de simplificar demais, é possível dividir o Crescente Fértil em duas regiões topográficas, conhecidas respectivamente como "Mesopotâmia" e "Levante". A palavra "Mesopotâmia" (termo grego que significa "[a terra] entre os rios") foi aplicada à região oriental já na época dos escritos de Políbio, Estrabão e Josefo (200 a.C. a 100 d.C.).16 Ainda antes, os tradutores da Septuaginta (LXX) empregaram a palavra para designar o distrito de onde o patriarca Abraão havia emigrado (Gn 24:10), designado pelos escribas de língua hebraica como Ara Naaraim ("Ara dos dois rios"). Provavelmente, deve-se entender que essa expressão hebraica delimite apenas a terra entre os rios Eufrates e Balih, também conhecida como Pada-Ara ("o campo de Ara" [e.g., Gn 28:8s; 33.18; 35.9]), e não toda a extensão entre o Tigre e o Eufrates Iv. mapas 2 e 301. Mesmo assim, por convenção, as referências à "Mesopotâmia" denotam atualmente a "ilha" de terra delimitada, ao oeste e ao sul, pelo Eufrates, ao leste, pelo Tigre, e, ao norte, pelos maciços isolados dos montes Taurus e do Curdistão. A planície baixa da Mesopotâmia fica a uma altitude de cerca de 495 metros em algumas regiões no norte e se inclina suavemente na direção do golfo Pérsico. Variações na precipitação atmosférica criam duas estepes distintas na Mesopotâmia, uma úmida e uma seca. A estepe úmida recebe mais de 300 milímetros de chuva anualmente. Caracteriza-se por sedimento de cor marrom-avermelhada, pastagens perenes, capins e arbustos, em especial à medida que se vai do oeste para o leste. Essa área entre os rios Eufrates e Balih está muito associada aos patriarcas bíblicos e consiste em colinas baixas e pedregosas e sem vegetação, exceto quando regadas na primavera. Entre os rios Balih e Habur. a estepe é menos árida e até mesmo relativamente fértil na primavera e no início do verão. A área é bem própria para pastoreio de animais, mas assim mesmo a sobrevivência nessa parte da estepe dependia de inúmeros pocos ali espalhados (Gn 24:11-29.2). Parece que na Antiguidade a área não foi intensamente ocupada ou cultivada O alto rio Habur aparece no mapa na forma de um triângulo invertido, onde o terreno achata consideravelmente. Chuva suficiente e solo bom têm permitido o florescimento da agricultura desde a Antiguidade remota, produzindo com abundância o melhor cereal de toda a Mesopotâmia.


Margeando ambos os lados da extremidade sul desse triângulo, afloramentos montanhosos retêm a terra e os depósitos minerais trazidos do norte pela água. Como consequência, essa região tende a permanecer coberta de grama o ano todo, mesmo nos meses de verão e outono, de modo que propiciava pastagens viçosas para os pastores da Mesopotâmia; era para essa região que eles, vindos das regiões ao sul do Eufrates, migravam durante a primavera e o verão. As montanhas também produzem basicamente toda a madeira nativa disponível na Mesopotâmia: pinheiros, carvalhos, terebintos e pistaceiras. Em tempos modernos álamos têm sido plantados em boa parte de toda a Mesopotâmia, tanto para servir de barreira para o vento quanto para uso na construção. Em contraste, a maior parte da estepe seca se caracteriza por solo desértico de gesso cinzento, pastagens sazonais de raízes superficiais, arbustos esparsos e - onde o solo é suficientemente profundo - uma limitada agricultura de sequeiro com colheitas no inverno. Abaixo do nível de precipitação pluviométrica de 200 mm, só ocorre - e em escala limitada - agricultura com irrigação. A planície de inundação do Médio Eufrates, em particular na área de Deir e7-Zor e no sul, chega a ter 90 metros de profundidade e 13 quilômetros de largura. O solo de humo depositado ali pelo Eufrates e o Habur é ideal para a agricultura, e sabe-se que durante todo o período bíblico existiu em toda essa região uma série de povoados. Em escala bem mais limitada, as mesmas condições existem ao longo de um trecho curto do Médio Tigre, na região em torno de Samarra, onde depósitos trazidos pelo Tigre e o Baixo Zab criaram uma base de ricos sedimentos aluviais. O solo do sul da Mesopotâmia é uniformemente duro e quase impermeável. O cenário exibe dunas e formações criadas pelo vento, resultado de areia transportada do deserto da Arábia. Ao mesmo tempo, o sul da Mesopotâmia sempre teve de enfrentar o problema de um lençol freático mais elevado por causa de irrigação excessiva, o que levou a um aumento crescente da salinização do solo. Aliás, alguns estudiosos sugerem que a decadência da civilização suméria naquela região e a consequente mudança dos centros culturais para o norte poderiam ser atribuídas à lenta salinização do solo. Está longe de haver certeza disso, embora saibamos com segurança que a economia suméria dependia fortemente de colheitas de cereal produzido localmente, uma produção muito maior do que se conseguiu ter mais tarde, quer na Antiguidade, quer em qualquer outra época desde então. A região entre a confluência do Tigre e do Eufrates e o golfo Pérsico é conhecida como canal ou rio Shatt el-Arab. Duas vezes por dia o nível de água nessa área sobe e desce aproximadamente 1,8 metros, o que é motivo de periódicas disputas fronteiriças entre Iraque e Irã. Do ponto de vista geográfico, a flutuação possibilita que a água salina do golfo avance para o interior, criando assim uma área pantanosa que restringe seriamente a habitação humana. Esse panorama geral permite perceber que a expressão "Crescente Fértil" está bastante sujeita a uma interpretação errada. Mais precisamente, pode-se chamar a maior parte da Mesopotâmia de "fértil" apenas para contrastar com seu vizinho árido e deserto e só ao longo das estreitas faixas sinuosas e verdejantes das planícies inundáveis dos rios Tigre e Eufrates, de seus tributários e dos sistemas de canais conectados. A região ocidental do Crescente Fértil é denominada Levante, palavra usada para se referir à visão que tem alguém que está no Mediterrâneo, num navio que vai naquela direção, seja do levantar (i.e., nascer) do sol, seja dos cumes/elevações das montanhas. Essa área geográfica consiste em um alinhamento duplo de cinturões de montanhas que cercam a porção norte da falha geológica afro-árabe. Longitudinalmente segmentados por três "depressões", esses cinturões compreendem uma série de quatro conjuntos paralelos de cordilheiras

1. Começando no norte, perto de Antioquia e da planície de Amuq, fica a cadeia de montanhas de Nusariya, que tecnicamente inclui o monte Cássio Essa cadeia de montanhas domina o horizonte a oeste, enquanto a cadeia Zawiya e seus maciços isolados setentrionais se erguem no leste. No sul, estende-se até a denominada depressão Trípoli-Homs-Palmira - um vale ao longo do qual corre o rio el-Kabir (Elêuteros), que delimita a fronteira atual entre a Síria e o Líbano.

2. No território ao sul desse desfiladeiro lateral, para quem olha para oeste, fica o imponente macico do Líbano. No lado oposto, a oeste, encontra-se a cordilheira do Antilíbano, que atinge seu ponto mais alto no monte Hermom, em sua extremidade sul. Os Líbanos chegam até o profundo desfiladeiro formado pelo rio Litani (logo ao norte de Tiro), desfiladeiro que se estende para o leste, além de Da, até a estepe plana que faz a separação entre as colinas de Damasco e o planalto basáltico de Jebel Druze.

3. Mais ao sul, cobrindo a área entre a assim chamada depressão Litani-Da-Estepe e a depressão Berseba-Zerede, fica a região montanhosa da Galileia, Samaria e Judá ao ocidente. No oriente, são proeminentes as colínas de Gola, o planalto de Gileade e a região montanhosa de Moabe.

4. Ao sul da depressão Berseba-Zerede e indo até o mar Vermelho, o cenário a oeste é formado pelas encostas ermas e adversas do deserto de Zim e o Neguebe moderno. A leste, o horizonte é dominado pela região montanhosa altaneira de arenito de Edom e pelas espetaculares montanhas de granito de Midia (é uma questão ainda em aberto se essa quarta região deve ou não ser tecnicamente incluída no Levante; principalmente porque essa é uma discussão geográfica, a região é mencionada neste ponto, mas não aparecerá no mapa nem na discussão a seguir). Separando essas cadeias paralelas de montanhas, encontra-se o Grande Vale do Rifte (o trecho mais setentrional do Vale do Rifte Afro-Árabe). No norte, os montes Nusariya e Zawiya

despencam mais de 900 metros nessa fenda, conhecida ali como Ghab ("mata fechada" ou "depressão"), que é drenada pelo sinuoso rio Orontes. Ao sul, as montanhas do Líbano e do Antilíbano, que chegam a alturas superiores a 3 mil metros, desabam abruptamente na depressão conhecida naquela região pelo nome de Beqa ("lugar de água estagnada"), drenada basicamente pelos rios Litani e Abana. Prosseguindo rumo ao sul, a região montanhosa da Galileia, Samaria e norte de Judá e as colinas de Gola e de Gileade descem numa inclinação acentuada até a fenda estreita conhecida como Arabá ("terra improdutiva, planície desértica"). Devido ao rio que a drena, essa depressão ao norte do mar Morto também pode ser identificada como o Vale do Rifte do Jordão. E instrutivo analisar o Levante empregando um corte longitudinal. Nessa perspectiva, o próprio Levante tem a forma de uma montanha, mais elevada no centro, com certos aspectos topográficos e fisiográficos espelhados nas Praticamente cercada por estradas modernas, Tel Dan fica junto ao rio Da (n. Qadi), na estepe logo ao sul do monte Hermom. encostas, dos dois lados. A chave para a geografia do Levante é seu cume altaneiro. A imponente altura das montanhas do Líbano e do Antilíbano supera em muito a das serras ao norte ou ao sul. Além disso, elas exibem um aspecto raro de estrutura geológica, inexistente em regiões vizinhas: dentro de sua sublevação há um substrato significativo de rochas impermeáveis e não porosas. Devido a essa camada, a água é forçada a ir para a superfície em enorme quantidade, criando centenas de fontes grandes e abundantes numa altitude elevada e incomum de 1.200 a 1.500 metros acima do nível do mar. Algumas dessas correntes de água têm vazão que chega a mais de 100 metros cúbicos por segundo e surgem nas encostas das montanhas como regatos ou riachos em cascata. Elas formam a nascente de pelo menos quatro rios importantes: o Litani, o Abana, o Orontes e o Jordão. Em vários aspectos básicos, é possível observar certa simetria também nos dois vales fluviais mais afastados (em especial antes do século 20, quando diques foram construídos em cada rio). Tanto o rio Orontes quanto o Jordão tinham declives acentuados, em particular perto de suas nascentes, nas elevadas regiões montanhosas do Líbano, e correntezas tão rápidas que causavam erosão ao invés de deposição. Ao longo da história, nenhum dos dois rios chegou a ser navegável. Na Antiguidade, ambos tiveram de atravessar um dique basáltico, criando assim um lago intermediário (o lago de Homs, no Orontes; o lago Hula, no Jordão). Os dois rios sofrem enchentes sazonais desfavoráveis ao ciclo agrícola, de modo que não tinham quase nenhum valor em termos de irrigação. Os solos em torno do Orontes e do Jordão são de tipos semelhantes: aluviais ao longo das margens, salinos em certos lugares (em especial ao longo do Jordão).


Os coniuntos de montanhas que flanqueiam o norte e o sul da cordilheira do Líbano e do Antilíbano são, eles mesmos, simétricos em certos aspectos. Os dois conjuntos são em sua maior parte constituídos de calcário e apresentam um vale interno transversal (o vale de Ugarit no norte; o vale de Tezreel (Esdraelom] no sul). As duas serras possuem uma forma longitudinal semelhante e uma altitude relativa de 760 a 1.060 metros, com cumes que atingem entre 1.350 e 1.520 metros de altitude. Cada serra recebe chuva em quantidade parecida (c. 500 a 1.000 mm por ano), em padrões sazonais similares. Nos dois casos, a quantidade de chuva aumenta para o lado norte e nos flancos ocidentais, justamente em terreno em que a lavoura é menos produtiva e o valor da irrigação é desprezível. Os solos das duas serras produzem vegetação parecida: arbustos mediterrâneos, tamargueiras e mato cobrem muitas encostas; capim sazonal próprio apenas para pastagem sobrevive nos planaltos; juncos crescem em brejos; e anêmonas, papoulas e flores silvestres abundam. A produção agrícola inclui cereais (trigo, cevada, milho) e, nas planícies costeiras, pode-se cultivar uma ampla gama de vegetais. E possível encontrar árvores cítricas e também muitas figueiras, alfarrobeiras, oliveiras e tamareiras; as poucas florestas com árvores de madeira de lei que não foram pilhadas ao longo da história são extremamente pequenas. Nessas duas terras, a estratificação fornece relativamente poucos recursos minerais, em especial depósitos de betume e fontes minerais. Tanto uma região montanhosa quanto outra são flanqueadas, a oeste, por uma linha costeira bem estreita e plana, constituída basicamente de areia e dunas.

Mesopotâmia da Antiguidade
Mesopotâmia da Antiguidade
Barreiras geográficas do mundo antigo
Barreiras geográficas do mundo antigo

PALESTINA - DISTRITOS GEOPOLÍTICOS

Antes de nos envolvermos numa análise mais aprofundada dos aspectos topográficos naturais da Palestina, é necessário definir e, em poucas palavras, delinear certos termos que as Escrituras usam para designar as várias subdivisões geográficas e/ou geopolíticas da terra. Mas, para isso, será proveitoso introduzir, primeiro, dois vocábulos geográficos modernos que, às vezes, são empregados para designar essa terra: Cisjordânia ("deste lado o lado ocidental do rio Jordão") e Transjordânia ("do outro lado [o lado oriental] do rio Jordão"). Já vimos como, em várias épocas, o rio Jordão serviu de fronteira tanto geográfica quanto política. E, antes de prosseguir, é fundamental entender a natureza temporária dessas subdivisões. As fronteiras de um distrito específico podem ter variado ao longo dos séculos, e não é possível estabelecê-las com precisão em cada período. Esse problema é especialmente agravado quando se tenta determinar as fronteiras de um distrito que existiu durante um longo período da história bíblica, talvez durante mais de um milênio. Além do mais, é necessário levar em conta que uma mesma área geográfica frequentemente tinha nomes diferentes em períodos diferentes.

CISJORDÂNIA
De uma perspectiva geopolítica, pode-se dizer que a Cisiordânia esteve dividida em quatro distritos durante a maior parte da história bíblica. Indo do norte para o sul, essas quatro secções foram: Fenícia, Galileia, Samaria e Judá/Judeia.

FENÍCIA
No Antigo Testamento, a Fenícia é em geral definida como uma área litorânea estreita, que se estendia por cerca de 200 quilômetros, desde o rio el-Kabir até o monte Carmelo, e, no lado oriental, era flanqueada pelas montanhas do Líbano e da Galileia. Na época do Novo Testamento, o monte Carmelo já havia caído nas mãos de monarcas de Tiro,62 de sorte que, para o lado sul, a Fenícia chegava até a planície de Dor. A Fenícia foi o cenário de dois milagres da Bíblia: em Sarepta, Eliseu ressuscitou o filho de uma viúva, o qual havia parado de respirar (1Rs 17:8-24), e, na região de Tiro e Sidom, Jesus curou a filha de uma mulher siro-fenícia (Mc 7:24-30). A Fenícia também recebeu várias das primeiras viagens apostólicas.

GALILEIA
Imediatamente a leste da região sul da Fenícia, ficava o distrito da Galileia, o território mais setentrional que o Israel antigo chegou a ocupar. A área central da Galileia se estendia do rio Litani e da região de Dá, no norte, até o vale de Jezreel, no sul, medindo cerca de 80 quilômetros de norte a sul e uns 40 quilômetros de leste a oeste. Em todas as épocas, o distrito esteve dividido por um estreito vale lateral que acompanhava uma falha geológica que saía de Aco/Ptolemaida, rumava para o leste e chegava até a moderna Rosh Pinna (apenas cerca de 16 quilômetros ao norte do mar da Galileia). Esse vale de Beth Kerem divide a Galileia em duas subdivisões: Alta Galileia e Baixa Galileia.3 A distinção é geográfica e não administrativa. O terreno acidentado e praticamente intransponível da Alta Galileia chega a mais de 1.000 metros de altitude, e parte de sua região central é a mais elevada de toda a Cisiordânia (o iebel Jarmuk fica mais de 1.200 metros acima do nível do mar). Na Baixa Galileia, os cumes ficam abaixo de 600 metros de altura. A maioria das referências à Galileia, inclusive todas as do Novo Testamento, é à Baixa Galileia. Por causa de sua localização no norte, a Galileia talvez fosse mais vulnerável à assimilação cultural e ao domínio militar (Is 9:1; Mt 4:15-16; 2Rs 15:29). Embora a Galileia tenha sido habitada pelas tribos de Naftali, Issacar, Zebulom e talvez parte de Aser durante o período da ocupação, a partir do cativeiro babilônico (1Rs 9:10-14) a sua população gentílica passou a ser majoritária. Por isso, o distrito era suspeito tanto do ponto de vista ideológico (Jo 1:46; cp. 7.41,52) quanto do linguístico (Mt 26:73b). Apesar disso, a Galileia se tornou muito importante, igualmente, para judeus e cristãos. Para os judeus, após a destruição de Jerusalém em 70 d.C., a cidade de Tiberíades se converteu, pouco a pouco, no centro da erudição talmúdica; ali o Sinédrio se reuniu pela última vez e a Mishná foi editada; ali se concentraram as famílias de Ben Asher e Ben Naphtali, da tradição massorética; ali também o venerado Códice Aleppo (a mais antiga e mais completa Bíblia hebraica existente) foi criado e é onde se encontram os túmulos dos sábios judeus Maimônides, rabino Akiva e Johanan ben Zekkai. Para os cristãos, a Galileia foi um centro das atividades de Jesus. Ele passou a infância no pacato vilarejo de Nazaré, baseou seu ministério no importante centro de Cafarnaum e, o que talvez seja o mais interessante, ali realizou a maioria de seus milagres públicos.

SAMARIA
Ao sul da Galileia, fica a terceira subdivisão: Samaria. Anteriormente era conhecida como região montanhosa de Efraim (Is 17:15-19.50; Jz 3:27-4.5; 1Sm 1:1-9.4; 1Rs 4:8-2Rs 5,22) e não deve ser confundida com a região montanhosa de Judá (v. a seguir). Por fim, o distrito de Samaria ganhou esse nome devido à terceira e última capital do Reino do Norte (1Rs 16:24). A região central de Samaria se estendia da borda do vale de Jezreel, rumo ao sul, chegando até as proximidades de uma linha topográfica natural que, saindo de Jericó para o oeste, passava pelo uádi Makkuk e ia até Ofra. A partir dali, a fronteira avancava além de Betel e Bete-Horom Superior, onde começava sua descida até Aijalom (cp. ]s 10.11,12) para, então, terminar na planície Costeira, em frente de Gezer. Assim, a Samaria abrangia uma área aproximada de 65 quilômetros de norte a sul e uns 50 quilômetros de leste a oeste (com base na descrição feita por Josefo, infere-se que a Samaria do Novo Testamento foi ligeiramente reduzida em sua área ao sul) 64 O centro geográfico natural de Samaria era a cidade de Siquém, situada no vale entre o monte Ebal e o monte Gerizim, e adjacente à atual cidade de Nablus. Ali a principal estrada rumo ao norte procedente de Jerusalém (estrada da Serra Central) se conectava com uma estrada secundária (estrada lateral de Efraim), que ligava Samaria tanto ao Mediterrâneo quanto ao rio Jordão. Por isso, não é de surpreender que Siquém tenha testemunhado períodos de ocupação prolongada que remontam a 4000 a.C. Durante boa parte do segundo milênio a.C., Siquém competiu com Jerusalém pela supremacia sobre a Palestina central. Esse local foi o primeiro lugar onde Abraão erigiu um altar e adorou ao Senhor em Canaã (Gn 12:6); onde os ossos de José finalmente encontraram descanso (Is 24:32; cp. Gn 50:25-26: Êx 13.19): onde, pela primeira vez 1srael tentou instituir a monarquia (Iz 9); onde aconteceu a divisão da monarquia unida de Israel (1Rs 12:1-16): onde esteve localizada a primeira capital do reino setentrional de Israel (1Rs 12:25) e onde lesus confrontou uma mulher iunto ao poco (Jo 4:5). Embora ofuscada pela cidade de Samaria durante a maior parte do período da monarquia dividida, a ascendência de Siquém foi reafirmada depois que os assírios deram fim ao Reino do Norte, em 722 a.C. Cativos estrangeiros foram estabelecidos em cidades samaritanas (2Rs 17:24-34). Alguns dos refugiados adotaram vários elementos da fé judaica e, com o tempo, passaram a se considerar judeus (e.g., Ed 4:2). Mas sua tentativa de se tornarem membros da comunidade judaica foi em grande medida repudiada pelos judeus pós-exílicos, o que gerou uma hostilidade religiosa que durou todo o restante do período bíblico (Lc 9:52-53; Jo 4:9-8.48). Assim mesmo, o samaritanismo sobreviveu aos séculos. Um relato medieval localizou em Damasco cerca de 400 samaritanos. Estimativas atuais sobre a população samaritana em Israel vão de 550 a 800 pessoas que, todos os anos, continuam a celebrar a Páscoa no alto do monte Gerizim, o monte sagrado deles (Jo 4:20).

JUDÁ
A quarta principal subdivisão geopolítica da Cisiordânia era Judá, que relatos históricos mais antigos chamavam de região montanhosa de Judá (Js 11:21-15.48; 20.7; 21.11; cp. 2C 21.11; 27.4; Lc 1:65). De acordo com II Reis 23:8, Judá ia de Geba, uma cidade estratégica localizada cerca de 8 quilômetros ao norte de Jerusalém, até tão ao sul quanto Berseba (Zc 14:10). Assim, quando compreendido também no contexto do limite norte de Israel na cidade de Da, isso está de acordo com a fórmula recorrente no Antigo Testamento ("de Da até Berseba"), que denota as fronteiras efetivas da região central de Israel (Jz 20:1-1Sm 3.20 2Sm 3:10-17.11; 24.2,15; 1Rs 4:25). Ainda é possível delinear especificamente a região central de Judá a partir de seu eixo lateral, indo para o leste até a descida abrupta para o deserto de Judá (Jesimom [Nm 21:20; cp. 1Sm 26:1 - Haquila, em frente de Jesimom]) e para o oeste até a descida íngreme e rochosa que termina num valado estreito que a separa da Sefelá (v. a seguir). A região central de ludá media não mais de 80 quilômetros de norte a sul e apenas uns 30 quilômetros de leste a oeste. Só raramente Judá atraiu o interesse dos construtores de impérios, pois era um território bem pequeno, em grande parte constituído de amplas áreas de terra incultivável, que ficava bastante isolado das rotas internacionais e nunca experimentou prosperidade material independente. Um estudioso descreveu Judá como uma terra isolada que promovia um estilo de vida pastoril e era o ambiente para fortalezas, altares e vilarejos.

IDUMEIA
Além das quatro principais entidades geopolíticas da Cisjordânia, a província da Idumeia desempenhou um papel secundário na política do período pós-exílico e do Novo Testamento. Idumeia é o nome grego aplicado especificamente a refugiados edomitas que fugiram para o noroeste para evitar a crescente pressão feita por seus vizinhos nabateus. Embora oscilasse bastante, ora separado da Judeia, ora a ela reanexado, o território idumeu chegou a cobrir a região que vai de Bete-Zur, perto de Hebrom, até Berseba, sua extremidade sul, e do mar Morto até os limites da planície da Filístia. Por fim, governantes macabeus subjugaram a Idumeia. Um deles (Alexandre laneu) nomeou Antipatro, um chefe local, para governar a região. É irônico que Herodes, o Grande, no devido tempo descendesse de Antípatro. Na condição de "rei dos judeus" (Mt 2:1), Herodes não se dispôs muito a descentralizar sua autoridade.

TRANSJORDÂNIA
A Transjordânia do Antigo Testamento é constituída de cinco entidades geopolíticas. Do norte para o sul, elas são. Basa, Gileade, Mishor, Moabe e Edom. O termo "Transjordânia" define especificamente a área que vai do monte Hermom até o golfo de Ácaba (cerca de 400 quilômetros de distância) e do vale do Jordão até as margens do deserto Oriental (entre 50 e 130 quilômetros). A natureza geopolítica dessa região é, na realidade, muito mais complicada do que a da vizinha Cisjordánia. Tentar, numa única análise, tratar da Transiordânia tanto do Antigo quanto do Novo Testamento é possível apenas em parte e, com certeza, trata-se de uma tarefa suscetível a imprecisão. Mas também aqui o propósito básico é fornecer a localização aproximada de entidades geopolíticas mencionadas nas Escrituras.

BASÃ
Basà significa "terra frutífera/plana" (Js 9:10-1Rs 4.13; 2Rs 10:33) e é o nome do território que as forças de Israel tomaram do controle de Ogue (Nm 21:33-35). Incluía 60 cidades muradas (Dt 3:4-5) e foi designado para Manassés Oriental (Dt 3:13). Do norte para o sul, Basa se estendia por aproximadamente 55 quilômetros, do monte Hermom (Js 12:45) até o rio Yarmuk,67 e, para o leste, chegava até Quente (Nm 32:42) e Salca (Dt 3:10), cidades situadas no monte Haura. Na época do Novo Testamento, a região ao norte do Yarmuk consistia basicamente nas províncias que formavam a tetrarquia de Herodes Filipe, filho de Herodes, o Grande.

GILEADE
A segunda entidade básica da Transjordânia é Gileade. Embora pareça que a Bíblia às vezes empregue essa palavra num sentido genérico, referindo-se a toda a Transiordânia ocupada (Dt 34:1-4; Js 22:9), a entidade geopolítica Gileade designa especificamente o domo elevado, montanhoso e ovalado que, do ponto de vista topográfico, é uma extensão oriental da elevação de Samaria (Jz 10:4-1Sm 13 7:25m 2.9; 2Rs 10:33). Esse domo começa a se elevar a apenas uns poucos quilômetros ao sul do Yarmuk e se estende na direção sul, chegando aproximadamente até o uádi Husban. que deságua no Jordão em frente a Jericó.
Longitudinalmente, o domo de Gileade era dividido por um desfiladeiro profundo, escavado pelo rio Jaboque, que separou Gileade em duas metades (cp. Js 12:5-13.31, a metade norte; Dt 3:12; Is 12:2, a metade sul). Na fronteira oriental, é possível delimitar Gileade apenas negativamente: não incluía a terra de Amom (Nm 21:23-24; Jz 11:13; cp. 1Sm 11:1-4), de modo que, em seu quadrante sudeste, não alcançava o deserto Oriental.
Em contraste com o significado do nome de seus vizinhos ao norte (Basa significa "terra plana") e ao sul (Mishor significa "planalto/chapada*), o provável significado do nome Gileade (terra acidentada") pode ajudar a esclarecer suas fronteiras.
Assim delineada, a região montanhosa de Gileade (Gn 31:21-23,25; Dt 3:12) cobria uma área de aproximadamente 55 quilômetros de norte a sul e não mais de uns 50 quilômetros de leste a oeste. Quase todo o norte de Gileade se tornou parte da herança de Manassés Oriental, ao passo que o sul foi entregue à tribo de Gade . A totalidade do domo foi de fato colonizada por Israel, provavelmente porque a altitude elevada permitia chover o suficiente para criar condições para um pouco de florestamento, agricultura e criação de animais (2Sm 18:6; Nm 32:1-4, 16,26; Js 22:8). Embora não saibamos sua exata natureza, o "bálsamo de Gileade", que tinha propriedades medicinais, era muito valorizado na Antiguidade (Jr 8:22-46.11; cp. Gn 37:25). Muitas cidades gregas que haviam sido estabelecidas durante o período alexandrino formaram um núcleo transjordaniano de oposição (em grande parte malsucedida) à independência judaica obtida pelos asmoneus. Mas, quando as legiões de Pompeu deram fim ao domínio asmoneu, muitas daquelas cidades foram devolvidas a seus compatriotas helênicos. Em alguns casos, certas cidades consideraram necessário constituir ligas para proteção mútua contra os vizinhos não gregos, assim como também estavam unidas em termos econômicos e sociais. Uma dessas confederações, conhecida como Decápolis ("dez cidades"), era constituída de localidades situadas principalmente ao longo das estradas comerciais do centro e do norte da Transiordânia.
Esse grupo é mencionado tanto na Bíblia (Mt 4:25: Mc 5:20-7.
31) quanto em fontes clássicas. No período do Novo Testamento, as cidades provavelmente incluíam, do norte para o sul, Damasco, Rafana, Canata, Hipos, Gadara, Citópolis, Pela, Diom, Gerasa e Filadélfia? Embora o propósito de uma confederação helenística assim tão pouco estruturada se choque com qualquer tentativa de definir fronteiras geográficas claras, é possível concluir que a região central da Decápolis se estendia transversalmente à região montanhosa de Gileade.

MISHOR
Ao sul da Gileade do Antigo Testamento, ficava o Mishor ("planalto", p. ex., Dt 3:10-4.43; Js 20:8), que se estendia por cerca de 40 quilômetros, desde Hesbom (Is 13:10) e Medeba (Is 13:16), no norte, até as cidades de Aroer (Is 13:9) e Dibom (Jr 48:22), situadas no sul, logo ao norte do cânion do Arnom e perto da Estrada Real. Outras cidades localizadas no Mishor eram Nebo (Ir 48.22). Sitim (onde os israelitas tiveram relações sexuais ilícitas com mulheres moabitas INm 25:1s.|).
Bete-Peor (perto de onde Moisés foi sepultado [Is 13:20; Dt 34:6] e onde Balaão pronunciou suas bêncãos desfavoráveis [Nm 22:41-23.13,141) e Bezer, uma das cidades israelitas de refúgio (Dt 4:43). O Mishor se tornou a heranca da tribo de Rúben. No entanto, como do ponto de vista geográfico o Mishor ficava a meio caminho entre a região central de Israel e a região central de Moabe, a luta para controlá-lo teve início ainda no período dos juízes (Jz 3:12-30, implícito). prosseguindo na época da monarquia unida (1Sm 14:47;25m 8.2,12) e chegando até os dias de Acabe e do rei moabita Messa. Mas, no pensamento dos profetas, o controle israelita da região do Mishor havia sido cedido aos mobitas (Is 15:1-9; 16.8,9; Jr 48:1-5,21-25,34-36,45-47; Ez 25:8-11). E provável que esse vaivém político ajude a explicar por que, apesar de descenderem do primogênito de Jacó (Gn 29:32-49.3,4), os rubenitas aparentemente foram incapazes de desempenhar um papel importante na história posterior de Israel.

MOABE/PEREIA
O planalto mais elevado que, partindo do Arnom, estendia-se para o sul, chegando até o ribeiro de Zerede, era a região mais importante e central do território moabita, tendo como capital a cidade de Quir-Haresete (2Rs 3:25; Is 16:7; cp. Nm 22:36; Is 15:1 ['Quir de Moabe", que é a forma encontrada na ARA, significa "cidade de Moabe"|). Durante o período do Novo Testamento, o distrito da Pereia? ocupava a região ocidental daquilo que havia sido o Mishor e Moabe. O historiador Josefo escreveu que, no norte, o distrito de Pereia chegava até a cidade de Pela e, no sul, até Maqueronte (uma cidade-fortaleza de onde se avistava o mar Morto e onde Herodes Antipas decapitou João Batista). Além disso, Josefo relata que Pereia começava no rio Jordão e ia para o leste, chegando até Filadélfia, e informa que a capital da Pereia era Gadara (T. Gadur, que não se deve confundir com a Gadara da Decápolis [Umm Qeis]) 73 Causam perplexidade as fronteiras norte e leste informadas por Josefo, pois tanto Pela quanto Filadélfia faziam parte da região da Decápolis. Talvez sua descrição signifique que as fronteiras das cidades-estados de Pela e Filadélfia encostavam na Pereia. De qualquer maneira, os geógrafos bíblicos justificadamente seguem critérios arqueológicos e topográficos, estabelecendo a fronteira oriental basicamente numa linha norte-sul que começa no norte, nas vizinhanças do jebel Munif, no alto Arnom. Parece que, dali, a fronteira norte acompanhou os contornos a jusante do uádi Yabis até sua foz no rio Jordão, em frente a Enom.

EDOM
O último distrito transiordaniano a ser listado é Edom, às vezes conhecido como Seir (Gn 32:3; Nm 24:18: Jz. 5.4; Is 21:11) ou monte Seir (Gn 14:6; Dt 1:2-2.5). Edom designa a terra e o reino situados no alto da estreita e longa cadeia de montanhas imponentes que, partindo do ribeiro de Zerede, dirige-se para o sul, quase até o golfo de Ácaba. No entanto, as terras centrais de Edom, saindo do ribeiro de Zerede, estendiam-se para o sul por cerca de 110 quilômetros até um planalto de onde se avista o uádi Hasma, parte de uma enorme dissecação no solo recoberta de areia, a qual se estendia na direção sudeste e era a porta de entrada para o sul da Arábia. A maioria dos cumes de Edom ultrapassa os 1:200 metros acima do nível do mar e, em mais da metade de sua extensão longitudinal, o terreno elevado fica acima dos 1:500 metros. E esse cenário assustador ficava claramente limitado, a oeste, pela Arabá e, a leste, pelas planícies do deserto Oriental. O resultado é que Edom propriamente dito media apenas 16 a 24 quilômetros num eixo leste-oeste, tendo, ao longo da serra altaneira, uma série de fortalezas e cidades que basicamente acompanhavam a Estrada Real. A combinação de fortificações tanto naturais quanto feitas pelo homem tornava Edom uma barreira intransponível para tráfego lateral. Cerca de 40 quilômetros ao sul de Zerede, uma falha geológica criou um cánion que, partindo da A rabá, abre-se em leque para o leste por mais ou menos 14 quilômetros. No fim desse uádi notável, ficava a antiga Punom, um centro importante de mineração de cobre e onde, de acordo com a Biblia (Nm 33:42), os israelitas acamparam durante a viagem de Cades-Barneia para as planícies de Moabe. Moisés solicitou ao rei de Edom permissão para que Israel atravessasse o território edomita para chegar à Estrada Real (Nm 20:14-21). Mas o rei rejeitou o pedido, o que exigiu que o grupo israelita vigiasse cerca de 160 quilômetros a mais por terreno árido e num calor escaldante, apenas para desviar de Edom (Dt2.1-8).
Sem dúvida, essa derrota psicológica foi relacionada com o incidente das "serpentes ardentes" (Nm 21:4-9; 33:42-49), em que Moisés foi forçado a erguer uma serpente de cobre nesse deserto. Com base no contexto geográfico, é possível entender por que a recusa do rei edomita não foi desafiada, apesar de ser improvável que os edomitas fossem numericamente superiores aos israelitas. Os penhascos imensos e as gargantas íngremes de Edom, mesmo nas encostas menos escarpadas do desfiladeiro de Punom, eram um alvo inacessível que, por capricho edomita, continuaria em esplêndido isolamento (Ob3). Situado junto às montanhas edomitas ocidentais e cerca de 32 quilômetros ao sul de Punom, há um cânion que se parece com uma cratera e contém as impressionantes ruínas de Petra, a fabulosa capital do Reino Nabateu, mais tarde ocupada pelos romanos.? Embora não se saiba quais foram seus ancestrais, os nabateus vieram a ocupar Edom no terceiro século a.C. e, já no primeiro século a.C., sua influência era sentida desde Damasco até Gaza e também até o interior da Arábia. Boa parte de seu poder era resultado do controle que exerciam sobre parte de uma lucrativa rede comercial que, àquela época, estendia-se do interior da atual Arábia Saudita até o Mediterrâneo Ocidental Chegava-se a Petra através de um estreito corredor de cerca de 1.600 metros, flanqueado em ambos os lados por elevados penhascos perpendiculares que, em alguns lugares, quase se tocavam. A bacia onde se situava a cidade propriamente dita era cercada de desfiladeiros de arenito, nos quais foram escavados estruturas e túmulos daquilo que, na Antiguidade, foi uma cidade de grande riqueza.
Por cerca de 65 quilômetros para o sul a partir da região central de Edom, descendo do uádi Hasma para o uádi Yutm, próximo ao golfo de Ácaba, fica uma cadeia bem estreita de intransitáveis montanhas de granito. Essas montanhas de Midia elevam-se a alturas que chegam perto de 1.750 metros acima do nível do mar. Nessa região, vestígios arqueológicos revelam uma cultura totalmente distinta de sua contraparte palestina e que é, às vezes, descrita como midianita. É nesta "cultura midianita que alguns estudiosos acreditam que Moisés talvez tenha se refugiado quando fugiu do faraó e ali serviu a seu sogro, um sacerdote de Midia (Ex 2:15-17:3.1).

Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Novo Testamento
Distritos do Novo Testamento

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

OS VIZINHOS DE ISRAEL E JUDÁ

O LEGADO DE DAVI E SALOMÃO
Durante o reinado de Davi, Israel conquistou vários povos vizinhos, mas não todos. Ao norte, Hirão de Tiro e outros reis fenícios governavam uma faixa ao longo da costa do Mediterrâneo correspondente de forma aproximada a atual Líbano. Mais ao sul, também junto ao Mediterrâneo, os filisteus mantiveram sua independência. Do lado leste do rio Jordão e a leste e sul do mar Morto, Davi conquistou Amom, Moabe e Edom. Depois de derrotar Hadadezer de Zobá, Davi parece ter conseguido controlar parte da Síria até o rio Eufrates. Nos anos depois da morte de Salomão, essas regiões readquiriram sua independência.

AMOM
O centro do reino de Amom era a grande cidadela de Rabá- Amom (atual Amã, capital da Jordânia). Os amonitas eram descendentes de Ben-Ami, filho de Ló (sobrinho de Abraão) (com sua filha mais nova) A região a oeste que se estendia até o vale do Jordão entre os ribeiros Jaboque e Arnom era ocupada pelos amorreus.

MOABE
O reino de Moabe se concentrava no planalto entre o ribeiro de Arnom, que corria por um vale de até 500 m de profundidade, e o ribeiro de Zerede, a leste do mar Morto. Sua cidade mais importante era Quir-Haresete, a magnífica fortaleza de Kerak. A região ao norte do rio Arnom era chamada de Misor, ou campinas de Moabe. Os moabitas eram descendentes de Ló com sua filha mais vela. Rute, a bisavó de Davi, era moabita. Moabe era uma região conhecida pela criação de ovinos e, por algum tempo, teve de pagar a Israel um tributo anual de cem mil cordeiros e a lã de cem mil carneiros.

EDOM
Os edomitas eram descendentes de Esaú, o irmão mais velho de Jacó. Ocupavam o território ao sul do mar Morto e a sudeste do ribeiro de Zerede. Essa região montanhosa também era chamada de monte Seir, que significa "peludo", pois era coberta de uma vegetação densa constituída, em sua maior parte, de arbustos. Abrangia a Arabá, ou deserto de Edom, a grande depressão que liga o mar Morto ao mar Vermelho. Sua capital, Sela, pode ser identificada com Petra, a cidade que viria a ser conhecida como a espetacular capital rosada dos árabes nabateus.

A REGIÃO AO SUL DO MAR MORTO
Ao sul de uma linha imaginária entre Gaza e Berseba, estendendo-se para o leste até o sul do mar Morto, fica o deserto de Zim. Essa área extensa que constitui a parte norte do deserto do Sinai apresenta um índice pluviométrico anual inferior a 200 mm e, portanto, não pode ser usada para a agricultura. Judá procurou exercer controle sobre Edom e essa região. Os portos de Eziom-Geber (possivelmente Tell el-Kheleifeh) e Elate no norte do golfo de Ácaba permitiam que Judá tivesse acesso ao mar Vermelho e seu comércio valioso.

OS FILISTEUS
Quatro cidades filistéias, Ecrom, Asdode, Asquelom e Gaza, permaneceram independentes do controle de Israel e Judá. Apenas Gate foi controlada pelo reino de Judá.

O LÍBANO
Os montes da região norte da Galileia são separados das cadeias de montanhas do Líbano ao norte pelo vale profundo do rio Litani que desemboca no Mediterrâneo alguns quilômetros ao norte de Tiro. As montanhas de até 3.088 m de altura que passam cerca da metade do ano cobertas de neve explicam o nome "Líbano", que significa "branco". As coníferas e cedros do Líbano forneciam a madeira de melhor qualidade do Antigo Oriente Próximo, cobiçadas por reis da Mesopotâmia e do Egito, e também por Salomão, que adquiriu dessa região a madeira para o templo do Senhor em Jerusalém. A leste da cadeia de montanhas do Líbano encontra-se o vale de Becá. As montanhas formam uma barreira natural, impedindo que as chuvas cheguem ao vale onde o índice pluviométrico anual não passa de 250 mm. Os rios Orontes e Litani correm, respectivamente, ao longo do norte e do sul do vale para o mar Mediterrâneo. A leste de Becá fica a cadeia de montanhas do Antilíbano, cujo pico mais alto é o do monte Hermom (também chamado de Sirion ou Senir) com 2.814 m de altura. A costa mediterrânea do Libano possui

DO OUTRO LADO DO MAR
Os fenícios da costa do Líbano eram exímios marinheiros. Salomão contratou marujos de Hirão, rei de Tiro, para seus empreendimentos comerciais no mar Vermelho. Os israelitas, por sua vez, eram um povo ligado à terra que mostrava pouco entusiasmo pelo mar, como o salmista deixa claro: "Subiram até aos céus, desceram até aos abismos; no meio destas angústias, desfalecia-lhes a alma. Andaram, e cambalearam como ébrios, e perderam todo tino. Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações" (SI 107:26-28).

A SÍRIA
A leste da cadeia do Antilíbano fica o país chamado hoje de Síria. Este foi o nome que os romanos deram à região, que incluía a Palestina, quando Pompeu a conquistou em 63 .C. e a transformou numa província romana. No tempo do Antigo Testamento, a região ao redor de Damasco e mais ao norte era chamada de Hara. Davi firmou alianças com os reis arameus de Gesur (a leste do mar da Galileia) e Hamate. Conquistou Zoba (ao norte de Damasco), estendendo seu domínio até o rio Eufrates. Damasco recobrou sua independência durante o reinado de Salomão quando um certo Rezom passou a controlar a região. Ben-Hadade II, Hazael e Ben-Hadade IlI, reis posteriores de Damasco, entraram em conflito repetidamente com Israel, o reino do norte.

A LESTE DO JORDÃO
Basã e Gileade, a leste do rio Jordão, faziam parte da terra prometida, e, portanto, não eram vizinhos de Israel. Entretanto, a fim de fornecer uma descrição mais abrangente, devemos tratar dessas terras do outro lado do rio. Nessa região, os ventos frios do deserto que, no inverno, sopram sobre os montes orientais impedem o cultivo de oliveiras e, em alguns lugares, também de vinhas.

Vizinhos de Israel e Judá
Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam. em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.

Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.
Cedros nas montanhas do Líbano.

GUERRAS: ESTRATEGIAS, ARMAS E FORTALEZAS

AS GUERRAS NO ANTIGO TESTAMENTO
Logo em seus primeiros capítulos, a Bíblia registra um ato de violência: "Sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou" (Gn 4:8). A violência dos habitantes da terra antes do dilúvio é citada como uma dos principais motivos pelos quais o Senhor resolve destruir sua criação.' Devido à sua localização geográfica entre o Egito e o Oriente Próximo, a Palestina foi palco de inúmeras guerras. Para os autores bíblicos, porém, a guerra era, com frequência, um sinal da ira de Deus, um castigo pela desobediência dos israelitas: "O Senhor te fará cair diante dos teus inimigos; por um caminho, sairás contra eles, e, por sete caminhos, fugirás diante deles (….] O teu cadáver servirá de pasto a todas as aves dos céus e aos animais da terra; e ninguém haverá que os espante" (Dt 28:250-26).
Certas limitações foram impostos os israelitas com respeito à sua conduta na guerra. Ao cercar uma cidade, por exemplo, um exército não devia derrubar as árvores frutíferas. Porém, as guerras também são vistas sob outra ótica no Antigo Testamento. O Senhor ordenou que os israelitas destruíssem os cananeus, citando como motivo a perversidade desses povos.' Quem não cumpriu à risca as instruções de Deus para travar essa "guerra santa" sofreu consequências terríveis.

O EXÉRCITO ISRAELITA
O serviço militar era obrigação religiosa dos adultos do sexo masculino com mais de vinte anos de idade, mas os recém-casados, os medrosos e os de coração tímido, entre outros, eram dispensados. Saul reuniu homens de grande coragem para formar sua guarda pessoal. Davi tinha os seus "trinta" valentes (na verdade, eram trinta e sete) e um exército com duas partes distintas: uma força permanente constituída de soldados de carreira e uma milicia popular composta de reservistas. O rei também usava os serviços de mercenários estrangeiros: os queretitas (talvez cretenses), os peletitas e os geteus (filisteus).

O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
As guerras da antiguidade promoveram o desenvolvimento de novas armas e, conseqüentemente, de novas medidas defensivas para neutralizá-las, como mostram os três exemplos a seguir.

1. O ARCO COMPOSTO E A ARMADURA DE ESCAMAS
Figuras de arcos aparecem em vários monumentos do Egito e da Mesopotâmia do final do quarto milênio a.C.Mas o arco composto ou reforçado, constituído de quatro materiais diferentes - madeira, chifres e tendões ou nervos de animais e cola - possuía alcance muito mais longo (cerca de 300 a 400 m) e maior poder de penetração. A primeira imagem de um arco composto pode ser vista na estela do rei acádio Naram- Sin (2291-2255 a.C.), encontrada em Susã, no sudoeste do Irã, mas esse tipo de arma só se tornou comum na metade do segundo milênio .C. Seu uso mais amplo levou à criação da armadura de escamas, cujo exemplo mais antigo é proveniente de Nuzi, na Mesopotâmia e datado de 1500 a.C. Outro exemplo de uma armadura de escamas pode ser visto em uma pintura na parede do túmulo de Kenamun em Tebas, no Egito, datado do reinado de Amenófis 2 (1427-1401 a.CJ. E as próprias escamas foram encontradas em Tebas no palácio de Amenófis 3 (1391-1353 a.C.).

2. OS CARROS DE GUERRA E AS PORTAS DAS CIDADES
Existem evidências de carros de duas e quatro rodas puxados por onagros (burros selvagens) na Mesopotâmia desde 2800 a.C.e veículos desse tipo aparecem no Estandarte de Ur (c. 2500 a.C.). Construídos com rodas sólidas, eram lentos e difíceis de manobrar. Carros puxados por cavalos são mencionados em textos de Mari na Síria, datados do século XVIII aC. Consistiam, basicamente, em plataformas móveis para armas que podiam ser direcionadas rapidamente para áreas críticas da batalha. Eram veículos complexos, produzidos apenas por nações ricas com técnicas avançadas e seu uso era limitado a terrenos planos e regulares. Os egípcios e os hititas, as principais potências da metade do segundo milênio a.C., não tardaram em incorporá-los aos seus exércitos. Sua aparência é exemplificada claramente pelo famoso carro da tumba de Tutankamon (1336-1327 a.C.). Até a metade do segundo milênio a.C,, os atacantes se deslocavam na transversal pelas encostas dos montes onde ficavam as torres e se aproximavam da porta da cidade seguindo um percurso paralelo aos muros. A posição de o desenvolvimento dos carros, as portas da cidade podiam ser atacadas de frente, o que tornou obsoletas as portas em forma de "L". As portas foram estendidas de modo a conter várias câmaras, nas quais outras portas podiam ser acrescentadas. As portas duplas centrais tinham de ser largas o suficiente para permitir a passagem de carros, mas eram reforçadas por dentro com ferrolhos enormes. Torres foram acrescentadas aos muros, para que os defensores pudessem atingir os atacantes e fazer frente às rampas de terra que eram encostadas nas muralhas.
Apesar dos cananeus terem adotado os carros de guerra e os introduzido no Egito, os israelitas demoraram a incorporá-los ao seu exército. Sem dúvida, isto se deveu, em parte, ao fato de ocuparem uma região montanhosa. Quando derrotou Hadadezer, rei do estado arameu de Zobá, Davi tomou mil carros dele. Ao que parece, o rei de Israel não percebeu seu potencial militar ou, talvez, não quis ter gastos com forragem e estábulo, pois mandou jarretar ou aleijar quase todos os cavalos, deixando apenas cem intactos." Coube a Salomão desenvolver o uso de carros de guerra em seu reino. Acabe, rei de Israel (873 853 a.C.), forneceu dois mil carros para a coalizão da Síria e Palestina contra a Assíria na batalha de Qargar junto ao rio Orontes, na Síria, em 853 a.C.

3. OS ARÍETES E OS MUROS DAS CIDADES
A representação mais antiga de um ariete provavelmente se encontra nas pinturas de Beni Hasan, no Egito, datadas de c. 1900 a.C., mas apenas no século IX a.C.os assírios começaram a usar os aríetes com eficácia significativa. A extremidade de ferro do aríete podia ser impelida com força contra o muro e, uma vez alojada entre as pedras, podia ser movimentada de um lado para o outro para deslocá-las. O aríete era protegido dos defensores por uma estrutura comprida em forma de caixa e feita de madeira. Posteriormente, o ariete passou a ser suspenso da parte superior dessa estrutura, permitindo que fosse balançado para frente e para trás. No início da monarquia em Israel, as cidades eram protegidas por muros de "casamata". Dois muros paralelos com cerca de um metro e meio de espessura, afastados por um vão de aproximadamente dois metros, eram unidos por muros transversais em intervals regulars. Quando os assírios começaram a usar os aríetes, algumas cidades se cercaram com muros sólidos de 3 a 4 m de espessura. O muro da cidade de Mispa (Tell en-Nasbeh) possuía 600 m de extensão e dez torres com uma altura provável de 12m. Foi construído sobre uma rampa íngreme, o que sem dúvida era uma proteção adicional contra um ataque com aríetes.

A GUERRA NO NOVO TESTAMENTO
Ao contrário do Antigo Testamento, a guerra no Novo Testamento não é vista em termos políticos. A luta do cristão não é contra carne e sangue. E uma luta espiritual contra as forças do mal, travada nas regiões celestes. Os cristãos devem se revestir de toda a armadura de Deus a fim de permanecerem inabaláveis quando vier o dia mau." O exército romano chegou a controlar um império que se estendia desde o muro de Adriano no norte da Inglaterra até o Eufrates, chegando a ter de 25 a 35 legiões, cada uma com um máximo de seis mil soldados de infantaria. Uma legião era dividida em dez coortes, cada uma com cerca de seiscentos homens. A coorte era dividida em seis centúrias, comandadas por um centurião. As legiões eram apoiadas por unidades de cavalaria integradas por quinhentos homens. Alguns soldados desempenhavam funções especiais: escreventes, porta- estandartes, mensageiros, médicos, carrascos e cavalariços. Na primeira metade do século I a.C., havia três mil soldados em Cesaréia, na costa palestina do Mediterrâneo, e uma coorte (seiscentos homens) em Jerusalém, no forte de Antônia e no palácio do governador. Reforços eram enviados de Cesaréia durante as festas ou quando ocorriam agitações populares.
Guerra e fortalezas no Antigo Testamento O mapa mostra lugares de origem de alguns dos principais mercenários: os queretitas, peletitas e geteus (filisteus de Gate).
Guerra e fortalezas no Antigo Testamento O mapa mostra lugares de origem de alguns dos principais mercenários: os queretitas, peletitas e geteus (filisteus de Gate).
O rei egípcio Tutankamon (1336-1327) em seu carro de guerra. Pintura de um baú encontrado na tumba de Tutankamon.
O rei egípcio Tutankamon (1336-1327) em seu carro de guerra. Pintura de um baú encontrado na tumba de Tutankamon.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

EDOM

Atualmente: JORDÂNIA
Edom – Significa vermelho. Esta região tem este nome devido a coloração de sua formação rochosa. Teve como sua capital durante o império grego, a cidade de Petra. Nesta região viveu um povo chamado nabateu, que controlava as rotas ao sul da Arábia. Nação formada pelos descendendes de Esaú, irmão de Jacó. Localizada a sudeste do Mar Morto.
Mapa Bíblico de EDOM


ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL


MESOPOTÂMIA

Atualmente: IRAQUE
Significa entre rios – é a planície situada entre os leitos dos rios Tigre e Eufrates. Estende-se desde os montes da Armênia ao norte, na atual Turquia, até o Golfo Pérsico ao sul no Kuweit. É a terra dos primeiros dias da história bíblica e o berço da humanidade. De acordo com as características geográficas e as mais recentes conclusões históricas e arqueológicas, o surgimento do homem ocorreu na Mesopotâmia. O Jardim do Éden existiu provavelmente num local próximo às nascentes dos rios Tigre e Eufrates (Gênesis 2:10-14), embora alguns autores, indiquem a possibilidade de localização, próximo à foz desses rios e mesmo na região de Bahrein. A parte norte da Mesopotâmia é conhecida como Assíria e a parte sul como Babilônia ou Caldéia. As descobertas feitas pela arqueologia comprovam a existência de uma civilização com cerca de 5.000 anos. Em 1920 foi descoberto em Ur, móveis, utensílios e construções com características típicas de uma vida urbana com muito conforto.
Mapa Bíblico de MESOPOTÂMIA


SÍRIA

Atualmente: SÍRIA
Em todos os tempos bíblicos, a Siria foi cruzada por rotas que ligavam as civilizações do norte com a do Egito, ao sul. Os sírios ou arameus, descendem de Arã, filho de Sem, neto de Noé. País muçulmano com 86% de sua população islâmica e 8,9% cristã. Por volta do ano 700, com a expansão muçulmana, Damasco transformou-se na capital do Império Árabe. Entre 1516 e 1918, foi dominada pelo Império Turco-Otomano. A Síria reivindicou a devolução das Colinas de Golã, ocupadas por Israel na Guerra dos Seis Dias em 1967. Na Antiguidade, a Síria localizava-se a sudoeste da Armênia, a leste da Ásia Menor e do Mediterrâneo, ao norte da Palestina e a oeste da Assíria e partes da Arábia, cortada na direção norte-sul pela cordilheira do Líbano, a mais ocidental, a Ante-Líbano, a oriental, em cujo extremo sul fica o Monte Hermon. Os sírios ou arameus, descendem de Arã, filho de Sem, neto de Noé. Os arameus eram um povo de língua semítica, estreitamente aparentado com os israelitas segundo Deuteronômio 26:5. Nos dias patriarcais esta região era constituída por pequenos reinos independentes que mantinham o nome da cidade principal. Supõese que Harã de Gênesis 11:31, era centro comercial e militar e ficava no distrito de Padã-Arã, onde Abraão habitou com seu pai e onde deixou sua parentela para sair para Canaã. Ao tempo do patriarca, pertencia ao noroeste da Mesopotâmia, vindo mais tarde incorporar-se à Síria, cuja capital, Damasco continua até hoje, sendo a mais antiga cidade viva da Terra, com cerca de 4:900 anos. A Síria foi conquistada por israelitas, assírios, babilônicos, persas, gregos e romanos. Na época de Salomão já haviam desenvolvido a escrita alfabética e utilizavam papiro, pena e tinta em lugar do barro cozido utilizado nas demais regiões. Isto contribuiu para que o idioma aramaico se estendesse pelo Oriente Médio, substituindo o assírio incorporado durante o cativeiro na Babilônia. O aramaico foi levado para a Palestina durante o retorno do exílio e chegou a ser o idioma corrente no tempo de Jesus. Os selêucidas, reis sírios, dominaram a Síria após a morte de Alexandre. Mas logo depois, as ambições da Síria no sentido de conquistar todo o Oriente Médio e a Grécia colocaram-na em contraste com a potência nascente de Roma, que a derrotou obrigando-a a ceder territórios e a pagar indenizações de guerra. A Síria também foi o primeiro país estrangeiro a receber o cristianismo pelo testemunho dos cristãos perseguidos em Antioquia, conforme Atos 11:26.
Mapa Bíblico de SÍRIA



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Juízes Capítulo 3 do versículo 1 até o 31
4. Deus Prova seu Povo (3:1-6)

A presença do resto das tribos ímpias na terra de Canaã não apenas provou a lealda-de do povo de Deus (1), mas também deu a eles treinamento nas necessárias disciplinas de guerra e defesa (2). São mencionados quatro grupos nacionais: os filisteus, lidera-dos por cinco príncipes (3) — chefes das cinco principais cidades-estado da Filístia, Asdode, Asquelom, Ecrom, Gate e Gaza — os cananeus, e sidônios, e heveus,

O termo "filisteu" é derivado de uma raiz hebraica e significa "rolar, como no pó ou nas cinzas" e, assim, por extensão, "ser um migrante". O termo traduzido como príncipes é uma palavra estranha que significa: "déspotas" ou "chefes supremos". Este povo belicoso de Caftor (provavelmente Creta: Jeremias 47:4; Amós 9:7) já estava na Palestina, lugar cha-mado assim por causa deles no tempo do Êxodo (Êx 13:17). Eles incomodaram 1srael até depois da época dos macabeus, quando aparentemente perderam sua identidade nacional ao se mesclarem com a nação judia. Este povo não é mencionado no Novo Testamento. O Mediterrâneo é mencionado uma vez como o mar dos filisteus (Êx 23:31).

Em relação aos cananeus, veja o comentário de Josué 3:10.

Os sidônios eram fenícios que viviam tanto em Sidom como ao seu redor, desde a costa do Mediterrâneo até o norte e o oeste. Acredita-se que os heveus, que habitavam nas monta-nhas do Líbano, desde o monte de Baal-Hermom até à entrada de Hamate (3) possam ser um povo chamado de horeus. Líbano é uma referência a uma cordilheira de montanhas nevadas que se localiza ao norte da Palestina e estende-se por cerca de 150 quilômetros. Seus dois picos mais altos alcançam a altura de 3.100 metros acima do nível do mar. As monta-nhas são chamadas de Líbano (hebraico: "branco") por causa da cor da pedra calcária encon-trada ali. O monte Hermom marcava o limite nordeste da conquista dos hebreus sob Moisés e Josué. Seu ponto mais alto consiste de três picos, que se elevam a cerca de 2.700 metros e são cobertos de neve o ano todo. Ele foi chamado certa vez de "monte Sião" (Dt 4:48). É a nascente do Jordão, e possivelmente tenha sido o lugar da transfiguração de Jesus (Mt 17:1-13). Baal-Hermom foi talvez um lugar no declive leste. Hamate era uma grande cidade na Síria e o nome do distrito controlado por esta cidade. A entrada de Hamate era normal-mente considerada como a fronteira ao norte ideal da Palestina (Js 13:5; Nm 13:21-34.8). Este lugar não deve ser confundido com Hamate, a cidade murada de Naftali (Js 19:35).

A lista de nações apresentada no versículo 5 é idêntica à de Josué 3:10 com a omis-são dos girgaseus. Veja a explicação naquela passagem.

B. OTNIEL, 3:7-11

Os filhos de Israel pecaram ao se esquecerem do Senhor, seu Deus, e serviram aos baalins e a Astarote. Sobre os baalins, veja o comentário de 2.11. Algumas variantes da ARC trazem Aserote (heb. Asherah) ou bosque. É possível que Aserote também identifique um símbolo de Astarte, uma árvore sagrada ou poste erigido próximo a um altar; talvez originalmente o tronco de uma árvore com todos os ramos cortados (veja Êx 34:13; Dt 16:21; I Reis 16:33; II Reis 13:6-17.16; 18.4; 21.3; 23.6,15).

Desse modo, a ira de Deus se acendeu contra seu povo e ele os vendeu em mão de Cusã-Risataim, rei da Mesopotâmia (8). Durante oito longos anos os israelitas paga-ram tributo a este senhor estrangeiro. O único remédio de Deus para a apostasia é o julga-mento. Cusã-Risataim é o equivalente hebraico para "etíope de grande impiedade". Esta é a única referência a este rei na literatura antiga. A Mesopotâmia era um território que ficava entre os rios Tigre e Eufrates. É o nome grego para esta região, usado depois do tempo de Alexandre, o Grande. Num sentido mais amplo, ela englobava Ur dos caldeus (At 7:2). Alguns habitantes da Mesopotâmia estavam presentes no dia de Pentecostes (At 2:9).

Em arrependimento e oração, o povo se voltou para o Senhor. Em resposta, o Se-nhor levantou... Otniel, filho de Quenaz, irmão de Calebe, mais novo do que ele (9). Veja o comentário de 1.13. Veio sobre ele o Espírito do Senhor (10) e ele governou Israel. Os juízes eram o que se conhece como "líderes carismáticos", ou seja, eles eram inspirados, capacitados e dirigidos pelo Espírito do Senhor. Jacob Myers destaca as prin-cipais características de um "juiz" conforme ilustradas em Otniel. Ele possuía o Espírito de Deus. Agia como árbitro nas decisões de um caso. Tornou-se líder militar nos momen-tos de crise. Também exerceu a supervisão de um general sobre o povo. 3

A vitória de Otniel é descrita de maneira breve: o Senhor deu na sua mão a Cusã-Risataim, rei da Síria; e a sua mão prevaleceu contra Cusã-Risataim (10). Seguiu-se um período de quarenta anos (11) de paz, número que provavelmente deve ser tomado como arredondado, a medida de uma geração bíblica.

C. EÚDE, 3:12-30

  1. Moabe Derrota Israel (3:12-14)

Mais uma vez, os israelitas fizeram o que era mal aos olhos de Deus e, como punição, o Senhor esforçou a Eglom, rei dos moabitas, contra Israel (12). Os moabitas habitavam uma região entre o mar Morto e o rio Arnom, a leste do vale do Jordão. Eglom reuniu os amonitas e os amalequitas para ajudá-lo. Em hebraico Amom significa "apa-rentado", i.e., nascido de incesto. Os amonitas eram descendentes de Bem-Ami (Gn 19:38), um filho de Ló cuja mãe era a filha mais nova deste patriarca. Amaleque significa "labo-rioso". Ele era filho de Esaú (Gn 36:12) e pai da tribo árabe que foi inimiga hereditária dos israelitas (cf. Êx 17:8; Dt 25:17). A coalizão derrotou facilmente Israel e tomou posse de Jericó, a cidade das Palmeiras (13; cf. Dt 34:3). Desse modo, os filhos de Israel serviram aos moabitas por dezoito anos (14).

  1. O Rei Eglom é Assassinado (3:15-23)

Ao se encontrarem mais uma vez em sua dificuldade, os filhos de Israel clama-ram ao Senhor, a fim de pedir ajuda (15). Desta vez, o libertador levantado foi Eúde, filho de Gera, benjamita (também escrito como Eude). Outro benjamita com o mesmo nome é citado em I Crônicas 7:10. Eúde era canhoto, um fato que o ajudou no seu plano para assassinar o rei moabita. Quando os israelitas o enviaram com um presente a Eglom — provavelmente o pagamento anual do tributo aos conquistadores — Eúde levou debaixo de sua roupa uma adaga de cerca de 45 centímetros de comprimento. A informa-ção de que era Eglom homem mui gordo (17) é destacada no texto.

Depois de entregar o tributo, provavelmente, ao analisar a situação naquele momento, Eúde mandou embora seus próprios ajudantes. Eles foram até perto das imagens de es-cultura, ao pé de Gilgal (19), um termo que indica a presença de imagens ou ídolos. Não é possível identificar hoje qual é este local. Ao voltar à presença do rei, ele disse: Tenho uma palavra secreta para ti, ó rei. Quando o rei ordenou que todos os seus servos saíssem do cenáculo fresco (20), uma câmara isolada, Eúde declarou: Tenho para ti uma palavra de Deus. É bem provável que Eglom tenha entendido "eu tenho uma men-sagem dos deuses", uma vez que a expressão hebraica ha-Elohim pode significar tanto Deus como "os deuses", dependendo do contexto. Por ser idólatra, ele se levantou respeitosamente.

Eúde então sacou a adaga escondida e a enfiou completamente no abdome do rei. Se ele tivesse usado a mão direita, o rei poderia ter desconfiado e feito um movimento para se defender. Mas ao usar a mão esquerda, o assassino pegou sua vítima desprevenida. Tão forte foi a punhalada que o cabo foi sugado pelo corpo do rei e saiu-lhe o excremento (22). Eúde deixou sua vítima à morte, saiu apressadamente, e cerrou sobre ele as portas do cenáculo e as fechou (23). O significado exato do termo hebraico traduzido como cenáculo não é claro. É usado apenas nesta passagem em todo o Antigo Testamento.

  1. Uma Descoberta Surpreendente (3.24,25)

Depois de Eúde ter desaparecido, os servos do reino retornaram. Quando percebe-ram que as portas do cenáculo estavam fechadas, eles comentaram: Sem dúvida está cobrindo seus pés na recâmara do cenáculo fresco (24), ou seja, "estava fazendo suas necessidades fisiológicas" (cf 1 Sm 24.3). Eles esperaram até se enfastiarem (25), ou ficarem perplexos e perturbados. Finalmente os servos pegaram uma chave, abriram as portas e encontraram o rei estendido no chão, morto.

  1. Dez Mil Moabitas são Mortos (3:26-30)

Enquanto os súditos reais esperavam, Eúde fugiu. Ele passou pelas imagens de escultura (veja comentário de v. 19) e escapou para Seirá (26), um lugar próximo às montanhas de Efraim (27), localização atualmente desconhecida. Dali, ele determi-nou que o povo se reunisse para a guerra. Na confiança de que o Senhor vos tem dado a vossos inimigos, os moabitas, na vossa mão (28), o povo o seguiu até Moabe, pas-sando pelos vaus do Jordão. Aparentemente em pânico, devido à morte de seu rei, os moabitas fugiram para casa, e uns dez mil homens (29) do inimigo foram mortos. Após esta notável vitória seguiu-se um período de oito anos de paz (30).

D. SANGAR, 3.31

O terceiro juiz de Israel foi Sangar, filho de Anate. Ele feriu seiscentos homens dos filisteus com uma aguilhada de bois, uma longa vara afiada em uma das pontas ou com uma ponta de ferro, usada no lugar de um chicote para manejar os bois. Pouco se sabe sobre Sangar além daquilo que se pode inferir a partir deste versículo e da menção que se faz dele no cântico de Débora (5.6), o que deixaria implícito que seu feito heróico aconteceu bem no início do período dos juízes. Uma vez que Anate aparece em outros textos como o nome de um lugar (Bete-Anote em Js 15:59 e Bete-Anate em Js 19:38 e Jz 1:33), conjectura-se que a expressão filho de tem o sentido de "habitante de". Sangar é um nome estrangeiro, provavelmente vindo do hurriano.

Se Deus pôde usar este humilde israelita para libertar seu povo, o que poderia Ele fazer com qualquer membro de seu povo hoje, nesta era de tanto conhecimento, de trans-portes rápidos, de comunicação de massa, etc.? "Que é isso na tua mão?" (Êx 4:2). Lem-bre-se: todo cristão tem pelo menos um talento (Mt 25:15). Portanto, cada um deve fazer o que pode com aquilo que tem, enquanto possui condições, e deixar os resultados com Deus: "E quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?" (Et 4:14).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Juízes Capítulo 3 versículo 10
Veio sobre ele o Espírito do SENHOR: Esta mesma expressão ou outra semelhante volta a se encontrar a propósito dos juízes Gideão (Jz 6:34), Jefté (Jz 11:29) e Sansão (Jz 14:6,Jz 14:19; Jz 15:14) e dos reis Saul (1Sm 10:10; 1Sm 11:6) e Davi (1Sm 16:13). O Espírito do SENHOR transforma um homem comum em chefe e libertador dos seus irmãos.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Juízes Capítulo 3 do versículo 1 até o 31
*

3:1

não sabiam. Ver 2.10. Mesmo o juízo divino era acompanhado pela sua graça. A provação era uma oportunidade para a geração que não tinha visto o Senhor operar em seu favor exercer a fé e ver com seus próprios olhos o seu poder (v. 2).

* 3:3

filisteus, e todos os cananeus, e sidônios, e heveus. Os cananeus e os heveus deveriam ser totalmente destruídos (1.1). Davi os derrotou ou destruiu.

* 3:5

no meio dos cananeus... jebuseus. Todas essas eram nações condenadas à destruição (1.1). Israel violou a aliança por habitar entre elas ao invés de destruí-las.

* 3:6

tomaram de suas filhas. Isso teve o efeito de levar os israelitas à idolatria. O resultado de fazer alianças com os cananeus ao invés de destruir a sua população é explicado repetidas vezes nos ciclos de narrativas que se seguem (2.2). Fica claro que o povo se importava mais com as alianças com seus vizinhos pagãos do que com sua aliança com Deus.

* 3:7

aos baalins e ao poste-ídolo. Ver 2.11, 13 e notas.

* 3:9

Otniel. Ver 1.13, nota. É ressaltada a posição de destaque da tribo de Judá em Israel, posto que o primeiro juiz provinha dessa tribo, e foi o único juiz sem nenhuma falha explícita em guardar a aliança. O sucesso de Judá promove Davi, que foi descendente dessa tribo.

* 3:10

o Espírito do SENHOR. O Espírito é mencionado também em conexão com Gideão, com Jefté e com Sansão. Pelo dom do Espírito, os juízes eram revestidos de poder para libertar o povo (6.34; 11.29; 13 35:14-6, 19; 15.14).

e ele julgou a Israel. Isso significa que lutou em favor de Israel e libertou o povo. Ver Introdução: Título.

* 3.11 a terra ficou em paz durante quarenta anos. Embora o padrão em 2:11-19 não mencione a duração dos períodos de paz, as próprias narrativas terminam com um comentário a respeito da paz ou da falta dela (v. 30; 5.31; 8.28; 12.7; 15.20; 16.31).

* 3.12-30

A história de Eúde humilha o opressor do povo de Deus.

* 3:12

Ver 2.11, nota.

Eglom, rei dos moabitas. O Senhor fortaleceu o rei pagão para ser usado como seu instrumento de juízo.

* 3:15

canhoto. Lit. “com sua mão direita restringida.” Essa não é a palavra hebraica usual para significar “canhoto.” É empregada de novo somente em 20.16, também no tocante a homens de Benjamim. “Benjamim” pode ser traduzido como “filho da mão direita,” e é possível que o escritor esteja fazendo um jogo de palavras com referência a um filho canhoto da mão direita.

* 3:20

Tenho a dizer-te uma palavra de Deus. A mensagem secreta mencionada no v. 19 revela ser uma mensagem divina. Não se tratava de uma palavra falsa, mas da genuína palavra de Deus operando contra a mesma vara levantada por Deus para castigar o seu povo (v. 12, nota). Eglom tinha sido útil como uma ferramenta da ira de Deus contra Israel, mas agora essa ira volta-se contra o mesmo rei.

* 3:28

o SENHOR entregou. Cada um dos principais juízes, menos Otniel, verbalmente reconhece o controle de Deus na vitória de Israel (4.14; 7.15; 11:21-30; 15.18; 16.28).

* 3:30

em paz oitenta anos. Ver v. 11, nota.

* 3:31

Sangar, filho de Anate. Sangar é mencionado somente aqui e no cântico de Débora (5.6). Tendo em vista que Anate era uma deusa cananéia de guerra, talvez “filho de Anate” tenha sido um apelido de herói de guerra.

seiscentos...com uma aguilhada de bois. Sansão matou mil filisteus com uma queixada de jumento (15.15-17).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Juízes Capítulo 3 do versículo 1 até o 31
3.1-4 Sabemos pelo capítulo 1 que estas nações inimizades permaneciam até na terra porque os israelitas não tinham obedecido a Deus e não as tinham expulso. Agora Deus permitiria que os inimigos permanecessem para "provar" aos israelitas, quer dizer, para lhes dar uma oportunidade de exercitar fé e obediência. Agora a geração mais jovem que não tinha lutado nas grandes batalha de conquista tinha chegado à maioria de idade. Seu trabalho era completar a conquista da terra. Ainda havia muitos obstáculos que superar em sua nova pátria. A maneira em que dirigissem estes obstáculos seria uma prova de sua fé.

Possivelmente Deus tenha deixado obstáculos em sua vida -gente hostil, situações difíceis, problemas desconcertantes- para lhe permitir que desenvolva fé e obediência.

3.5-7 Os israelitas descobriram que as relações afetavam sua fé. Os homens e as mulheres das nações vizinhas eram atrativos para os israelitas. Logo houve matrimônios mistos e os israelitas aceitaram a seus deuses pagãos. Isto estava claramente proibido Por Deus (Ex 34:15-17; Dt 7:1-4). Ao aceitar a estes deuses em suas casas, os israelitas começaram gradualmente a aceitar as práticas imorais associadas com eles. A maioria dos israelitas não tinham a intenção de ser idólatras; solo acrescentaram os ídolos à adoração a Deus. Mas não demoraram muito em absorver o culto pagão.

Um perigo similar nos ameaça. Queremos ser amigos daqueles que não conhecem deus, mas através dessas amizades podemos chegar a nos ver enredados em práticas nocivas. As amizades com os não crentes são importantes, mas devemos aceitar às pessoas sem nos comprometer ou adotar seus patrões de conduta.

3:7 Baal era o deus mais adorado pelos cananeos. Quase sempre o representava em forma de touro, simbolizando força e fertilidade e era considerado o deus da agricultura. Astarot era a consorte feminina do Baal, deusa mãe do mar que era adorada mediante dois pilares de madeira que se colocavam substituindo a árvores sagradas. Em tempos de fome, os cananeos acreditavam que Baal estava zangado com eles e que retinha a chuva como castigo. Os arqueólogos têm descoberto muitos ídolos do Baal no Israel. É difícil imaginar ao povo do Israel trocando a adoração de Deus pela adoração de ídolos de madeira, pedra ou ferro. Mas nós fazemos o mesmo quando deixamos a adoração de Deus por outras atividades, passatempos ou prioridades. Nossos ídolos não são feitos de madeira ou de pedra, mas são igualmente pecaminosos.

3:9 Otoniel foi o primeiro juiz do Israel. Em 1.13 lemos que ele se ofereceu como voluntário para dirigir um ataque contra uma cidade fortificada. Agora teve que dirigir à nação de volta a Deus. Otoniel tinha uma rica herança espiritual. Seu tio era Caleb, um homem de uma fé inconmovible em Deus (Nu 13:30; Nu 14:24). A liderança do Otoniel levou a povo outra vez a Deus e os liberou da opressão do rei do Aram, Naharaim. Mas depois de sua morte, não passou muito tempo para que os israelitas voltassem outra vez ao estilo de vida cômodo mas pecaminoso de seus vizinhos.

3:10 Esta frase: "E o Espírito do Jeová veio sobre ele", diz-se também do Gedeón, do Jefté, do Sansón e de outros juizes do Israel. Expressa um aumento temporário e espontâneo de força física, espiritual e mental. Este foi um acontecimento sobrenatural e extraordinário para a tarefa especial que tinham nesse momento. O Espírito Santo se encontra disponível para todos os crentes hoje em dia, mas O virá sobre os crentes de uma maneira extraordinária para realizar tarefas especiais. Deveríamos lhe pedir ajuda ao Espírito Santo na medida que enfrentamos os problemas cotidianos, assim como os grandes desafios da vida.

3:12, 13 Os moabitas, amonitas e amalecitas eram tribos nômades que viviam perto a uma da outra, ao este e sudeste do Canaán. Estas tribos eram notáveis invasores que possuíam grandes habilidades militares. Esta foi a primeira ocasião em que nações fora do Canaán atacaram aos israelitas em sua própria terra.

3:15 Aod é chamado o libertador. No sentido mais amplo, todos os juizes podem ser vistos como um antecedente do perfeito Libertador, Cristo Jesus. Assim como Aod liberou ao Israel de seus inimigos, Jesus nos liberou do pecado, nosso maior inimigo.

3.15-30 Esta é uma história estranha, mas nos ensina que Deus nos pode utilizar tal como nos criou. O ser canhoto nos dias do Aod era considerado uma desvantagem. Muitos da tribo de Benjamim eram canhotos (veja-se 20.16). Mas Deus usou a notória debilidade do Aod para dar a vitória ao Israel. Permita que Deus o utilize assim tal como é para levar a cabo sua obra.

3:31 O matar a seiscentos filisteus com uma aguilhada de bois foi toda uma façanha. Uma aguilhada era uma pau comprido com um pedaço plano de ferro em um extremo e uma ponta afiada no outro. A parte bicuda se usava para dirigir ao boi nos tempos de lavoura e o extremo plano se utilizava para tirar o lodo do arado. descoberto-se aguilhadas antigas de aproximadamente 2.50 M. Em momentos de crise podiam ser facilmente utilizadas como lanças, como no caso do Samgar. Espetada-las se seguem utilizando no Meio Oriente para dirigir aos bois.

AOD LIBERA O Israel DO MOAB : Quando o rei Eglón do Moab conquistou parte do Israel, estabeleceu seu trono na cidade do Jericó. Aod foi eleito para levar ali o tributo do Israel. depois de fazê-lo, Aod matou ao rei Eglón e escapou à região montanhosa do Efraín. De ali, reuniu um exército para isolar aos moabitas que queriam escapar através do rio Jordão.

POR QUE QUERIA o Israel ADORAR ido-os?

Adoração a Deus vs. Adoração de ídolos

benefícios à larga benefícios imediatos

gratificação posposta - auto gratificação imediata

moralidade requerida - sensualidade passada

exigência de altos padrões éticos alhos padrões éticos tolerados

desaprovação do pecado dos vizinhos - aprovação do pecado dos vizinhos

adoração de um Deus invisível - adoração de deidades visíveis

abnegação esperada - egoísmo tolerado

impedimentos nas relações de negócios incremento nas relações de negócios

manter práticas religiosas estritas - práticas religiosas liberalmente reguladas

requeria-se uma mudança de vida - não se requeria uma mudança de vida

posição ética esperada - compromisso e cooperação praticadas

preocupação por ensinar a outros não se esperava preocupação por outros

Sempre estava presente a tentação de seguir aos deuses falsos pelos benefícios imediatos, pelas sensações agradáveis, as regras fáceis ou a conveniência. Mas os benefícios eram enganosos porque os deuses eram falsos. Adoramos a Deus porque O é o único Deus verdadeiro.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Juízes Capítulo 3 do versículo 1 até o 31
O Deus de Israel não forçou o julgamento sobre Israel através do poder absoluto, soberano. Pelo contrário, esta situação mal foi a ocasião para Deus para testar o seu povo. O processo parece ter a aparência de crueldade, mas isso é porque nos esquecemos de que Deus está usando um desenvolvimento do mal na história de Israel para cumprir a redenção misericordioso. O fato surpreendente e incompreensível é que a atividade redentora de Deus foi forjado nas mesmas circunstâncias que causaram 1srael de transgredir. A própria presença e pressão dos cananeus com sua cultura e religião, sendo uma tentação de Israel a capitular, serviu também como um meio de provar e purificar Israel.

Esta parece ser uma marca da graciosa providência de Deus, que é observável em todo o cosmos. Unidas, bem como os indivíduos desenvolvem dessa maneira. Para ter certeza, este tem a aparência de um risco calculado. Não há nenhuma garantia inerente que o desenvolvimento de uma nação ou de uma vida individual será realizado.

No entanto, apenas os pais como sábios percebem que a criança abrigada que nunca enfrenta a tentação e oposição não está se desenvolvendo como deveria, então Deus conhece a necessidade do desenvolvimento de seus filhos. Como muitos na vida adulta reconhecer sua dívida para com o teste, a oposição, a tribulação, para o autor, olhando para trás, viu a providência de Deus na história de Israel durante os tempos turbulentos dos juízes. Assim o Senhor deixou ficar aquelas nações, e não levá-los fora apressadamente (v. Jz 3:23 ).

III. Otoniel, Eúde, Sangar (Jz 3:7)

7 E os filhos de Israel fizeram o que era mau aos olhos do Senhor, e se esqueceram do Senhor seu Deus e servindo aos baalins e às aserotes. 8 Pelo que a ira do Senhor se acendeu contra Israel, e ele os vendeu na mão de Cusã-Risataim, rei da Mesopotâmia; e os filhos de Israel serviram a Cusã-Risataim oito anos. 9 E quando os filhos de Israel clamaram ao Senhor, o Senhor suscitou-lhes um libertador para os filhos de Israel, que os libertaram, Otniel, filho de . Quenaz, o irmão mais novo de Caleb 10 E o Espírito do Senhor veio sobre ele, e ele julgou a Israel; e ele saiu para a guerra, e Jeová entregou Cusã-Risataim, rei da Mesopotâmia em sua mão ea mão prevaleceu contra Cusã-Risataim. 11 E a terra teve sossego por quarenta anos. Otoniel, filho de Quenaz, morreu.

O primeiro incidente histórica do período dos juízes é a invasão pelo rei da Mesopotâmia, porque Israel serviu a Baal ea aserotes (v. Jz 3:7 ).

De acordo com Garstang,

A opressão nitidamente influenciada principalmente, se não totalmente, as tribos mais ao sul, e não exigem um esforço geral para expulsar os invasores.

É realmente impossível para determinar a extensão territorial da opressão porque o registro é fragmentário. É estranho que um rei da Mesopotâmia deveria ter sido repelido por um libertador da parte sul de Judá. Othniel tinha recebido a sua herança no Neguev, no sul de Judá.

Até que ponto, geograficamente, a terra foi oprimido não é conhecido. O que se sabe é que as pessoas do território oprimidos clamou ao Senhor (v. Jz 3:9 ). As divindades da natureza, Baal e Astarote, eram impotentes quando a realidade histórica da guerra e da servidão diante dos israelitas. A realidade histórica obrigou Israel a humilhação de reconhecer que não Baal, mas o Senhor foi o Senhor da história.

Jeová levantou um salvador ... Otniel (v. Jz 3:9 ). Sem dúvida, este irmão mais novo de Caleb tinha conhecimento de primeira mão do serviço heróico de Caleb para Deus e para Israel. Agora, o Senhor chamou o irmão mais novo para libertar Israel.

O Espírito do Senhor veio sobre ele (v. Jz 3:10 ). Com o Espírito de Deus sobre ele, Othniel saiu de Judá e julgou a Israel; e ele saiu para a guerra (v. Jz 3:10 ). Dirigida pelo Espírito Santo campo generalato de Othniel dominado as forças de ocupação do rei da Mesopotâmia e os atirou para trás das fronteiras das tribos. Aqui estava clara vitória, comparável às vitórias de Josué e de irmão mais velho de Otniel, Caleb. No entanto, o seu objectivo era limitado, por Othniel não estava lutando para completar a conquista da terra. Sua missão era para remover o julgamento opressivo de Deus sobre Israel desobediente. Manteve-se a ser visto se Israel iria provar fiel a Jeová, quando o castigo disciplinar foi removido.

B. ISRAEL deserção E libertação divina por Ehud (3: 12-30)

12 E os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau aos olhos do Senhor, eo Senhor fortaleceu a Eglom, rei de Moabe, contra Israel, por terem feito o que era mau aos olhos do Senhor. 13 E reuniu-lhe o filhos de Amom e os amalequitas; e ele foi e feriu a Israel, e eles tomaram a cidade das palmeiras. 14 E os filhos de Israel serviram a Eglom, rei de Moabe, dezoito anos.

15 Mas quando os filhos de Israel clamaram ao Senhor, o Senhor suscitou-lhes um libertador, Eúde, filho de Gera, benjamita, homem canhoto. E os filhos de Israel enviaram tributo por ele a Eglom, rei de Moab. 16 E Eúde fez para si uma espada de dois gumes, de um côvado de comprimento; e cingiu-a sob suas vestes, à sua coxa direita. 17 E ofereceu o tributo a Eglom, rei de Moab: agora era Eglom homem muito gordo. 18 E quando ele tinha acabado de oferecer a homenagem, ele despedia a multidão que levavam a homenagem. 19 Ele, porém, voltou-se a partir das pedreiras que estavam por Gilgal, e disse: Tenho uma palavra secreta para ti, ó rei. E ele disse: Mantenha o silêncio. E todos os que estavam com ele saía dele. 20 E Ehud vinha ter com ele; e ele estava sentado sozinho na sala superior legal. E Ehud disse, eu tenho uma mensagem de Deus para ti. Então ele se levantou de seu assento. 21 E Ehud estenda a sua mão esquerda, tirou a espada de sobre a coxa direita, e põe-na no seu corpo: 22 e o cabo também entrou após a lâmina; ea gordura encerrou a lâmina, pois ele não tirou a espada do seu corpo; e ele veio por trás. 23 Em seguida, Ehud saíram ao pórtico, cerrou as portas do Cenáculo em cima dele, e as trancou.

24 Agora, quando ele se foi para fora, seus servos; e eles viram, e eis que as portas do quarto estavam trancadas; e eles disseram: Sem dúvida ele está cobrindo seus pés na câmara superior. 25 E eles esperaram até ficarem envergonhados; e eis que ele não abriu as portas do Cenáculo; por isso pegou a chave e abriu -los; e eis que o seu senhor estendido morto em terra.

26 Eúde escapou enquanto eles se demoravam, e passou além das pedreiras, e escapou até Seirah. 27 E sucedeu que, quando chegou, que ele tocou a trombeta na região montanhosa de Efraim; e os filhos de Israel desceram com ele a partir da região montanhosa, e ele antes deles. 28 E disse-lhes: Segui-me; porque o Senhor entregou os teus inimigos, os moabitas nas vossas mãos. E desceram após ele, tomaram os vaus do Jordão contra os moabitas, e não sofreu um homem a passar por cima. 29 E feriram de Moab na época, cerca de dez mil homens, todos robustos, e todos os homens de valor ; e não escapou um homem. 30 Assim foi subjugado Moabe naquele dia debaixo da mão de Israel. E a terra teve sossego por oitenta anos.

A narrativa histórica revela que Israel não poderia resistir à tentação, e novamente fez o que era mau ... (v. Jz 3:12 ). Como resultado, os invasores do leste, passando o Jordão e capturou Jericho. Moabitas, amonitas e amalequitas formaram uma ameaça impressionante para o bem-estar das tribos do sul e central. Durante dezoito anos, esta confederação de forças estrangeiras dominaram o território central.

Finalmente, Israel passou de adoração da natureza e, novamente, invoquei o Senhor da história. Senhor suscitou-lhes um libertador, Ehud ... benjamita (v. Jz 3:15 ).

Território tribal de Ehud tinha sido afetado pela invasão moabita. Ao longo dos anos de ocupação os moabitas exigiu o dinheiro do tributo das tribos centrais. Nesta ocasião especial, Ehud foi selecionado por seu povo para chefiar a delegação tomar o tributo regular para Eglon, rei de Moab. Ele cuidadosamente planejaram um golpe para a liberdade de seu povo.

Depois de a delegação tinha pago o tributo, Ehud solicitou e obteve uma audiência privada com o rei. Canhoto de Ehud Sem dúvida foi um importante elemento de surpresa, uma espécie de arma secreta em seu próprio direito. Rei Eglom não esperaria que a manipulação de um punhal com a mão esquerda.

O elemento surpresa é sempre um fator importante em momentos críticos. Isso se aplica a indivíduos, bem como para as nações. Aplica-se às forças de trabalho para Deus e seu povo, bem como as forças que trabalham para o mal e opressão.

Seguidores do Senhor precisa considerar as suas próprias capacidades e aptidões. Podem possuir apenas a faculdade que vai resultar, sob Deus, de alguma conquista notável. "O pouco é muito, se Deus está nele."

C. libertação divina BY Sangar (Jz 3:31)

31 E depois dele foi Sangar, filho de Anate, que feriu dos seiscentos homens dos filisteus com uma aguilhada de bois e ele também salvou Israel.

Após a vitória notável de Ehud sobre os moabitas, que tinham vindo do lado leste do rio Jordão, veio do sudoeste uma força de filisteus em Judá. Eles foram desafiados por um homem armado com um boi-aguilhão um pau de cabo longo, pontudo. Este challenger solitário feriu seiscentos filisteus da força invasora. FF Bruce permite que este homem, Sangar, filho de Anate, pode ter sido uma cananéia cuja façanha proporcionou o vizinho israelitas algum alívio. Independentemente da sua nacionalidade, Sangartambém salvou Israel (v. Jz 3:31 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Juízes Capítulo 3 do versículo 1 até o 31
  1. As vitórias dos juizes (3—5)

Em Josué, havia um líder, e Deus es-tava com toda a nação; mas, em Jui-zes, há muitos líderes, e Deus está apenas com esses líderes, não com toda a nação (2:18). Aqui, o livro enumera vários juizes menores que podemos apenas estudar de forma breve.

  1. Otniel (3:1-11)

Durante oito anos, o povo da Me- sopotâmia escravizou Israel; depois, Deus suscitou Otniel, genro de Ca- lebe, para libertar a nação. Otniel significa "Deus é força", e ele viveu de acordo com seu nome. Veja Jui-zes 1:9-15 ejoão 15:16-19. É prová-vel que tenha agradado à família de Calebe ter um homem tão corajoso em suas fileiras. Ele libertou a na-ção, e os israelitas tiveram descanso durante 40 anos.

  1. Eúde (3:12-30)

Dessa vez, o Senhor usou os moabitas para castigar Israel, junto com Amom e os amalequitas, inimigos antigos dos judeus! Durante 18 anos, os israelitas serviram como escravos, até que Eúde libertou-os e deu-lhes descanso por 80 anos. Deus usou o fato de ele ser canho-to para derrotar o inimigo, pois o rei não tinha como saber que Eúde tiraria o punhal do lado direito de sua vestimenta (3:21). Ao que tudo indica, os benjamitas eram pródigos em canhotos Qz 20:16; 1Co 12:2). Eúde, depois de matar o rei inimigo, pôde reunir seu exército e expulsar os invasores.

  1. Sangar (3:31)

Provavelmente, Sangar liderou o povo em uma vitória local contra os filisteus. Ele não é chamado de juiz, embora seja citado com eles. Deus é capaz de usar as armas mais loucas, mesmo "uma aguilhada de bois".


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Juízes Capítulo 3 do versículo 1 até o 31
3.2 Ensinar a guerra. Mais um motivo, dentro do plano de Deus, ao deixar os cananeus na Terra. Mesmo sendo Ele a Fortaleza da nação, Deus emprega meios humanos para a obediência à sua vontade na terra.

3.3 Filisteus. Vindos da região do Egeu, criaram seu Estado através de uma coligação de cinco cidades no sudoeste da Palestina. Sidônios eram os fenícios da costa do Líbano, perto de Sidom. Heveus. São comumente identificados com os horeus (conforme Gn 26:2; conforme 20, 29), os quais estabeleceram o importante reino dos Mitanni, no norte da Mesopotâmia, c. 1500 a.C. Penetraram até a entrada de Hamate (norte do vale entre as cordilheiras do Líbano).

3.8 Cusã-Risataim. Lit. "Cusã da maldade dupla". Mesopotâmia quer dizer "entre os dois rios", isto é, o Tigre e o Eufrates. É possível que tivesse havido uma confusão na transmissão, entre as letras d e r no original hebraico, de modo que Edom passou a ser Aram (conforme NCB, p 278). Se Cusã veio de Edom, é mais compreensível que Otniel (sendo de Judá no sul) o tivesse repelido, ao invés de um herói do norte.

3.9 Otniel. "Homem poderoso de Deus", sobrinho de Calebe (conforme também 1,13) que, como ele, era (dotado de coragem contagiante, poder e capacidade de lutar, possuindo toda as qualidades de um bom líder.

3.10 Veio sobre ele o Espírito do Senhor. Os juizes são conhecidos como líderes carismáticos, devido à atuação poderosa do Espírito Santo nas suas vidas.

3.12 O Senhor deu poder... A santidade e a soberania de Deus operam na punição do povo desviado de Seus caminhos, embora seja utilizando-se de um povo pagão como instrumento de castigo (veja Is 10:5 onde a Assíria é chamada de "cetro da minha ira"). O crente sente segurança ao ver que Deus controla o destino das nações nestes dias de predomínio do poder atômico, mesmo daquelas cujos líderes não se inclinam para Ele. Moabitas. Descendentes de Ló, sobrinho de Abraão, mas inimigos constantes e ferozes de Israel (conforme Dt 23:3, Dt 23:4).

3.13 Cidade das Palmeiras. Jericó. Como devemos entender a maldição pronunciada por Josué contra aquele que edificasse a cidade (Js 6:26; 1Rs 16:34)? Os arqueólogos confirmam que Jericó ficou abandonada durante o período que vai da conquista a sua reconstrução nos dias de Acabe, 875 a.C. Possuindo água em abundância, é possível que viesse a ser ocupada esporadicamente por nômades em suas tendas.

3.15 Filho de Gera. Quer dizer "descendente de Gera" (Gn 46:21).

3.19 Imagens de escultura. Heb pesilim, "pedras esculpidas". No v. 26 é evidente que se trata de alguma pedra conhecida; talvez a mesma que Josué levantara para comemorar o cruzamento do Jordão (Js 4:19-6).

3.20 Sala de verão. Um pavimento superior com muitas janelas abertas, dando passagem às brisas da estação quente. Era o lugar indicado para entrevistas privadas. Eúde deu a entender a Eglom que trouxera um oráculo de Deus.

3.30 Oitenta anos. Pode indicar duas gerações.

3.31 Uma aguilhada de bois. • N. Hom. "Deus escolheu... as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes" (1Co 1:27, 1Co 1:28):
1) Uma aguilhada;
2) Uma estaca da tenda (4.21);
3) Trombetas;
4) Cântaros;
5) Tochas (7.20);
6) Uma pedra de moinho (9.53);
7) Uma queixado de jumento (15.15).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Juízes Capítulo 3 do versículo 1 até o 31
d) Os povos que ainda ficaram na terra (3:1-6)
Uma segunda razão para a presença dos não-israelitas é acrescentada, e mais duas listas de povos restantes são apresentadas. Como conclusão natural, observa-se a realização de casamentos mistos, terminando com o comentário breve mas sugestivo: e prestaram culto aos deuses deles.

v. 2. apenas para treinar na guerra: conforme 2.22, 23; 3.4 e Ex 23:24,25. A arte da guerra, embora nem sempre apreciada pelos especialistas da ética cristã, era uma parte necessária da existência no ambiente hostil do mundo antigo, v. 3. os cinco governantes dos filisteus: “senhor” (heb. seren), possivelmente associado ao grego tyrannos, é reflexo da origem tradicional egéia desses grupos de “povos do mar” que se estabeleceram na costa em cinco cidades principais, logo depois de 1200 a.C. A lista no v. 3 continua com povos localizados principalmente no Norte e na costa, enquanto a lista no v. 5 é a tradicional, exceto os girgaseus. V. NBD acerca de nomes específicos. até Lebo-Hamate (heb. Lfbô^H^mãt): algumas versões refletem a posição defendida por diversos eruditos de que esse é um nome próprio (conforme NTLH e BJ), a atual Lebweh, aproximadamente a 100 quilômetros a sudoeste de Hama (antiga Hamate). Esse ponto com freqüência demarca a fronteira norte do Israel ideal ou expandido (Js 13:55ss; Jz 1:12ss), mas a identidade e localização do seu oponente ainda esperam soluções dos estudiosos. Em Otoniel — o primeiro juiz-libertador, levantado pelo Senhor e capacitado de forma característica com o Espírito de Deus para confrontar o opressor —, se estabelece o padrão para todos os juízes subseqüentes. A vinda do Espírito de Deus aqui tem de ser vista como uma capacitação especial de habilidade, e não, necessariamente, como um relacionamento pessoal no sentido de Pentecoste, embora o AT nunca duvide de que os homens e mulheres de fé tivessem um relacionamento pessoal com o Senhor, v. 8. Cuchã-Risatainr. o nome, que significa “Cuchã duplamente mau”, é evidentemente uma paródia israelita de um original desconhecido para o qual se tem dado diversas sugestões. Mesopotâmia (TM: Arã-Naaraim): fundamental para a plausibilidade de qualquer identificação sugerida do governante é alguma idéia acerca de sua origem. Mesopotâmia (NVI, NTLH, ARA e ARG) traz uma conotação errada; deve-se preferir literalmente “Arã-Naaraim”. Não se conhece nenhum reino com exatamente esse nome, mas “Arã”, ou “Síria dos dois rios”, indica algum lugar no norte ou até no centro da Síria, e não na Assíria ou na Babilônia (v. NBD, “Arã, Arameus”, “Mesopotâmia”). As tentativas de mudar “Arã” para “Edom” (v. a BJ, que faz essa mudança e omite “Naaraim”) para concordar com a origem sulina de Otoniel, violentam o texto. Não faltaram soluções criativas que preservam a tradição de alguma penetração da Palestina pelo norte ou no século XIV ou no século XII a.C. V., e.g., A. Malamat, JNES 13 [1954], p. 231. v. 11. quarenta anos\ v. discussão na introdução, 1 a. Mesmo que isso deva ser compreendido de forma literal, não está claro se de fato Otoniel julgou Israel por todo esse tempo. A brevidade do texto acerca dele não faz nada para obscurecer o seu papel como homem de Deus corajoso e exemplar, disposto a desafiar o povo a voltar à fé em Javé e à lealdade da aliança.

b) Eúde e Moabe (3:12-30)
A opressão seguinte surge de uma coalizão de tribos da Transjordânia liderada por Eglom, rei de Moabe. Os efeitos disso foram percebidos principalmente pelos habitantes da região central, Efraim e Benjamim. Rúben e Gade não são mencionados porque estavam impotentes para fazer qualquer coisa. A história, repleta de detalhes épicos clássicos, começa sem algumas das fórmulas-padrão do relato acerca de Otoniel e é uma expressão do que existe de melhor em narração de histórias. Qualidades e proezas da liderança, junto com uma esperteza ou astúcia épica, caracterizam o herói. Embora não se afirme que está cheio do Espírito do Senhor, Eúde é evidentemente o homem de Deus para a tarefa, v. 12. o Senhor deu a Eglom [...]poder. NEB: “incitou a Eglom”. A habilidade de Moabe é aqui considerada claramente como vinda de Javé. Por isso não se sugere nenhuma piedade ou bondade especial (conforme Ez 4:32). v. 13. amonitas e [...] amalequitas-. aqueles tinham se estabelecido na região que hoje é a Jordânia, enquanto estes eram uma tribo nômade do sul (v. NBD). Junto com Moabe, tinham experimentado a força da campanha israelita, derrotou Israel, o verbo é usado novamente no v. 29, aí traduzido por “mataram” . Outras versões trazem a idéia de matar violentamente. O contexto deve determinar a natureza ou a abrangência do prejuízo causado. Cidade das Palmeiras-, conforme 1.16. Evidentemente Jericó, embora a cidade em Sl talvez não fosse habitada nessa época. Conforme NEB, “vale das Palmeiras”. O controle da região baixa do vale do Jordão estava em jogo. v. 15. filho do benjamita Gera\ provavelmente o nome de um clã. Conforme Gn 46:21 e 2Sm 16:5benjamita-. lit. “filho da direita”, em contraste com homem canhoto-, o sentido da ironia no jogo de palavras destaca a característica épica. canhoto-, lit. “suspenso ou restrito na mão direita”. O ser canhoto, uma habilidade heróica em algumas sociedades antigas, é a marca dos benjamitas e está associada à coragem militar (lCr 12.2 e Jz 20:16). o enviaram com o pagamento de tributos-, heb. minhãh, provavelmente bens agrícolas, necessitando de um grupo de carregadores, v. 16. urna espada de dois gumes, de quarenta e cinco centímetros de comprimento-, heb. gõmed (“côvado” nas versões antigas) aparece somente aqui. Uma arma dessas poderia passar despercebida com facilidade, especialmente na cocha direita.

v. 19. ídolos-, ou “imagens” transmite a idéia do hebraico pestlim. Essas pedras devem ter sido um ponto de referência permanente, possivelmente criadas a partir das pedras colocadas por Josué para marcar a travessia do Jordão (Js 4:19-6). v. 20. sala superior do palácio de verão-. NTLH: “sua sala de verão, no terraço” entende o obscuro hebraico nfqêrâh como um “local fresco”, “sala de verão”, uma mensagem de Deus: algumas versões trazem “mensagem secreta”. Observe o sentido duplo, visto que esse oráculo poderia ser uma predição bajuladora ou uma sentença de julgamento. A mensagem de Deus pode ser uma palavra de compreensão ou uma expressão efetiva da sua vontade. Eglom levantou-se do trono em sinal de expectativa, um detalhe fundamental para o seu fim iminente. v. 22. O final desse versículo é de difícil compreensão no hebraico e é traduzido de diversas maneiras nas várias versões. V. a NTLH, que traz “E a ponta do punhal apareceu entre as suas pernas”. Parece que mais exatas são as versões que retratam a espada curta saindo pelas costas de Eglom. A LXX omite a expressão (como faz a NVI). Esses detalhes eram característicos da literatura épica ou heróica, v. 23. saiu para o pórtico-. essa sala aparentemente era um tipo de plataforma com pilares ou colunas, mas a exata rota de escape é desconhecida, v. 24. fazendo suas necessidades-, lit. “cobrindo seus pés” (conforme 1Sm 24:3), um eufemismo, claro no contexto. v. 25. Cansaram-se de esperar, “até ficarem envergonhados” (NEB) preserva o sentido do hebraico bôs. Conforme 2Rs 2:17 e 8.11 (Burney, p. 74). v. 27. tocou a trombeta nos montes de Efraim-, enquanto reinava a confusão em Moabe, Eúde rapidamente deu seqüência ao primeiro golpe. O tempo só permitiu que se avisasse a Benjamim e a Efraim. v. 28. lugar de passagem do Jordão-, tomar o controle pelo lugar de passagem do reino colocava o exército em retirada em posição vulnerável e fechava a fronteira natural a outras incursões. Não se faz nenhum esforço para socorrer as tribos da Transjordânia. v. 30. oitenta anos-, a LXX acrescenta: “E Eúde os julgou até que ele morresse”. O período de descanso é excepcionalmente longo, e por isso precisamos considerar a vitória especialmente importante.

c)    Sangar e a Filístia (3.31)
Essa referência das mais enigmáticas em Juízes há muito tem fascinado tanto estudiosos quanto leigos. Possuidor de um nome não-israelita (possivelmente hurrita), conhecido como filho de Anate, consorte cananéia de Baal (que a NEB entende como “de Bete-Anate”) e lembrado somente por uma conquista militar pouco comum de ter morto seiscentos filisteus, Sangar é uma figura muito estranha. Os estudos atuais tendem a considerar Sangar um mercenário seminômade engajado na luta contra as primeiras invasões dos povos do mar. Ele é lembrado no cântico de Débora (Jz 5:6).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Juízes Capítulo 3 do versículo 7 até o 31

B. Os Opressores e os Libertadores de Israel. 3 : 7 - 16: 31.

Depois de uma introdução geral que descreve a vida durante o período dos Juizes, temos uma série de episódios específicos. Em cada exemplo lemos sobre a idolatria de Israel, com seu castigo subseqüente.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Juízes Capítulo 3 do versículo 7 até o 11
III. CUSÃ-RISATAIM E OTNIEL Jz 3:7-11.

E os filhos de Israel fizeram o que parecia mal aos olhos do Senhor (7). Nestes versículos deparamos com o modelo dos principais episódios do livro dos Juízes; dando-nos em poucos pormenores o nome do opressor, a duração da opressão, o nome do libertador e a duração do subseqüente período de "paz".

E serviram aos baalins e a Astarote (7). Eram respectivamente as divindades masculinas e feminina da vegetação. Astarote é um plural raro da deusa dos cananeus considerada como consorte do deus supremo El, conforme os ladrilhos de Ras-Shamra. Algumas versões, como a dos LXX, tão conceituadas, traduzem o termo por "bosque", mas erradamente. Noutras passagens as deusas correspondentes aos baalins, são Astarote (Conf. Jz 2:13) o que deve estar certo nesta passagem. Cfr. Jz 6:25. Cusã-Risataim, rei da Mesopotâmia (8). Em heb. Aramnaharaim. Documentos egípcios fazem alusão a uma província chamada Cusã-Rom ("alta Cusã") na região de Naarém, ao norte da Síria. Mas é estranho que um monarca do norte tivesse sido repelido por um herói do sul de Judá. Possivelmente aludia-se a um invasor do sul-Cusan ros Teman, "Cusã, governador de Temã" -devendo nesse caso transformar-se Arã em Edom, como tantas vezes sucede no Velho Testamento. Não raro se tem dado àquele nome uma leitura, cujo sentido seria o de "Cusã da dupla maldade". Otniel, filho de Quenaz, irmão de Calebe mais novo do que ele (9), isto é, o conquistador de Quiriate-Sefer e genro de Calebe (cfr. Jz 1:13). E veio sobre ele o Espírito do Senhor (10). Expressão semelhante se emprega no livro dos Juízes a respeito de Gideão (Jz 6:34), de Jefté (Jz 11:29) e de Sansão (Jz 13:25; Jz 14:6, Jz 14:19; Jz 15:14). Nu 1:0; 1Sm 11:6) e de Davi (1Sm 16:13). Por isso se apelidaram estes personagens de "carismáticos", por deverem à graça divina o excepcional privilégio de que foram investidos.


Dicionário

Cusa

Cusa Membro da corte de Herodes Antipas e esposo de Joana, uma das mulheres que serviam Jesus (Lc 8:3).

hebraico: malicioso

Cusã

-

Déu

substantivo masculino Usa-se na locução andar de em: andar à procura de alguma coisa, de casa em casa, de porta em porta.

Espírito

Pela sua essência espiritual, o Espírito é um ser indefinido, abstrato, que não pode ter ação direta sobre a matéria, sendo-lhe indispensável um intermediário, que é o envoltório fluídico, o qual, de certo modo, faz parte integrante dele. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11, it• 17

O Espírito mais não é do que a alma sobrevivente ao corpo; é o ser principal, pois que não morre, ao passo que o corpo é simples acessório sujeito à destruição. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13, it• 4

[...] Espíritos que povoam o espaço são seus ministros [de Deus], encarregados de atender aos pormenores, dentro de atribuições que correspondem ao grau de adiantamento que tenham alcançado.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18, it• 3

[...] Os Espíritos são os que são e nós não podemos alterar a ordem das coisas. Como nem todos são perfeitos, não aceitamos suas palavras senão com reservas e jamais com a credulidade infantil. Julgamos, comparamos, tiramos conseqüências de nossas observações e os seus próprios erros constituem ensinamentos para nós, pois não renunciamos ao nosso discernimento.
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

Os Espíritos podem dividir-se em duas categorias: os que, chegados ao ponto mais elevado da escala, deixaram definitivamente os mundos materiais, e os que, pela lei da reencarnação, ainda pertencem ao turbilhão da Humanidade terrena. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

[...] um Espírito pode ser muito bom, sem ser um apreciador infalível de todas as coisas. Nem todo bom soldado é, necessariamente, um bom general.
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

O Espírito não é, pois, um ser abstrato, indefinido, só possível de conceber-se pelo pensamento. É um ser real, circunscrito que, em certos casos, se torna apreciável pela vista, pelo ouvido e pelo tato.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

O princípio inteligente do Universo.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 23

[...] Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material. A época e o modo por que essa formação se operou é que são desconhecidos.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 79

[...] os Espíritos são uma das potências da Natureza e os instrumentos de que Deus se serve para execução de seus desígnios providenciais. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 87

[...] alma dos que viveram corporalmente, aos quais a morte arrebatou o grosseiro invólucro visível, deixando-lhes apenas um envoltório etéreo, invisível no seu estado normal. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 9

[...] não é uma abstração, é um ser definido, limitado e circunscrito. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 53

Hão dito que o Espírito é uma chama, uma centelha. Isto se deve entender com relação ao Espírito propriamente dito, como princípio intelectual e moral, a que se não poderia atribuir forma determinada. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 55

Espírito – No sentido especial da Doutrina Espírita, os Espíritos são os seres inteligentes da criação, que povoam o Universo, fora do mundo material, e constituem o mundo invisível. Não são seres oriundos de uma criação especial, porém, as almas dos que viveram na Terra, ou nas outras esferas, e que deixaram o invólucro corporal.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

E E EA alma ou Espírito, princípio inteligente em que residem o pensamento, a vontade e o senso moral [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 10

[...] a alma e o perispírito separados do corpo constituem o ser chamado Espírito.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 14

Os Espíritos não são, portanto, entes abstratos, vagos e indefinidos, mas seres concretos e circunscritos, aos quais só falta serem visíveis para se assemelharem aos humanos; donde se segue que se, em dado momento, pudesse ser levantado o véu que no-los esconde, eles formariam uma população, cercando-nos por toda parte.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 16

Há no homem um princípio inteligente a que se chama alma ou espírito, independente da matéria, e que lhe dá o senso moral e a faculdade de pensar.
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

Os Espíritos são os agentes da potência divina; constituem a força inteligente da Natureza e concorrem para a execução dos desígnios do Criador, tendo em vista a manutenção da harmonia geral do Universo e das leis imutáveis que regem a criação.
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

[...] Uma mônada – um centro de força e de consciência em um grau superior de desenvolvimento, ou então, uma entidade individual dotada de inteligên cia e de vontade – eis a única definição que poderíamos arriscar-nos a dar da concepção de um Espírito. [...]
Referencia: AKSAKOF, Alexandre• Animismo e Espiritismo• Trad• do Dr• C• S• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• 2 v• - v• 2, cap• 4

[...] é o modelador, o artífice do corpo.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Comunicações ou ensinos dos Espíritos

[...] ser livre, dono de vontade própria e que não se submete, como qualquer cobaia inconsciente, aos caprichos e exigências de certos pesquisadores ainda mal qualificados eticamente, embora altamente dotados do ponto de vista cultural e intelectual.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 14

O Espírito, essência divina, imortal, é o princípio intelectual, imaterial, individualizado, que sobrevive à desagregação da matéria. É dotado de razão, consciência, livre-arbítrio e responsabilidade.
Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

[...] causa da consciência, da inteligência e da vontade [...].
Referencia: BODIER, Paul• A granja do silêncio: documentos póstumos de um doutor em Medicina relativos a um caso de reencarnação• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Apêndice

[...] um ser individualizado, revestido de uma substância quintessenciada, que, apesar de imperceptível aos nossos sentidos grosseiros, é passível de, enquanto encarnado, ser afetado pelas enfermidades ou pelos traumatismos orgânicos, mas que, por outro lado, também afeta o indumento (soma) de que se serve durante a existência humana, ocasionando-lhe, com suas emoções, distúrbios funcionais e até mesmo lesões graves, como o atesta a Psiquiatria moderna ao fazer Medicina psicossomática.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - As Leis Divinas

[...] depositário da vida, dos sentimentos e das responsabilidades que Deus lhe outorgou [...].
Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

[...] a alma ou o espírito é alguma coisa que pensa, sente e quer [...].
Referencia: DELANNE, Gabriel• A alma é imortal• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - pt• 1, cap• 1

O estudo do Espírito tem de ser feito, portanto, abrangendo os seus dois aspectos: um, ativo, que é o da alma propriamente dita, ou seja, o que em nós sente, pensa, quer e, sem o qual nada existiria; outro, passivo – o do perispírito, inconsciente, almoxarifado espiritual, guardião inalterável de todos os conhecimentos intelectuais, tanto quanto conservador das leis orgânicas que regem o corpo físico.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

[...] O que caracteriza essencialmente o espírito é a consciência, isto é, o eu, mediante o qual ele se distingue do que não está nele, isto é, da matéria. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

[...] é o ser principal, o ser racional e inteligente [...].
Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4

Chamamos Espírito à alma revestida do seu corpo fluídico. A alma é o centro de vida do perispírito, como este é o centro da vida do organismo físico. Ela que sente, pensa e quer; o corpo físico constitui, com o corpo fluídico, o duplo organismo por cujo intermédio ela [a alma] atua no mundo da matéria.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

[...] O espírito não é, pois, nem um anjo glorificado, nem um duende condenado, mas sim a própria pessoa que daqui se foi, conservando a força ou a fraqueza, a sabedoria ou a loucura, que lhe eram peculiares, exatamente como conserva a aparência corpórea que tinha.
Referencia: DOYLE, Arthur Conan• A nova revelação• Trad• da 6a ed• inglesa por Guillon Ribeiro; traços biográficos do autor por Indalício Mendes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

O Espírito [...] é a causa de todos os fenômenos que se manifestam na existência física, emocional e psíquica. Viajor de incontáveis etapas no carreiro da evolução, armazena informações e experiências que são transferidas para os respectivos equipamentos fisiológicos – em cada reencarnação – produzindo tecidos e mecanismos resistentes ou não a determinados processos degenerativos, por cujo meio repara as condutas que se permitiram na experiência anterior. [...] Da mesma forma que o Espírito é o gerador das doenças, torna-se o criador da saúde, especialmente quando voltado para os compromissos que regem o Cosmo.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

O Espírito, através do cérebro e pelo coração, nos respectivos chakras coronário, cerebral e cardíaco, emite as energias – ondas mentais carregadas ou não de amor e de compaixão – que é registrada pelo corpo intermediário e transformada em partículas que são absorvidas pelo corpo, nele produzindo os resultados compatíveis com a qualidade da emissão.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

O Espírito, em si mesmo, esse agente fecundo da vida e seu experimentador, esE E Etabelece, de forma consciente ou não, o que aspira e como consegui-lo, utilizando-se do conhecimento de si mesmo, único processo realmente válido para os resultados felizes.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

O Espírito, igualmente, é também uma energia universal, que foi gerado por Deus como todas as outras existentes, sendo porém dotado de pensamento, sendo um princípio inteligente, enquanto que todos os demais são extáticos, mecânicos, repetindo-se ininterruptamente desde o primeiro movimento até o jamais derradeiro...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Consciência

Individualidades inteligentes, incorpóreas, que povoam o Universo, criadas por Deus, independentes da matéria. Prescindindo do mundo corporal, agem sobre ele e, corporificando-se através da carne, recebem estímulos, transmitindo impressões, em intercâmbio expressivo e contínuo. São de todos os tempos, desde que a Criação sendo infinita, sempre existiram e jamais cessarão. Constituem os seres que habitam tudo, no Cosmo, tornando-se uma das potências da Natureza e atuam na Obra Divina como coopera-dores, do que resulta a própria evolução e aperfeiçoamento intérmino. [...] Indestrutíveis, jamais terão fim, não obstante possuindo princípio, quando a Excelsa Vontade os criou.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 3

O Espírito é a soma das suas vidas pregressas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 17

[...] Todos somos a soma das experiências adquiridas numa como noutra condição, em países diferentes e grupos sociais nos quais estagiamos ao longo dos milênios que nos pesam sobre os ombros. [...]
Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

[...] O Espírito é tudo aquilo quanto anseia e produz, num somatório de experiências e realizações que lhe constituem a estrutura íntima da evolução.
Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

Herdeiro do passado, o espírito é jornaleiro dos caminhos da redenção impostergável.
Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 8

O Espírito é o engenheiro da maquinaria fisiopsíquica de que se vai utilizar na jornada humana.
Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tendências, aptidões e reminiscências

[...] O ser real e primitivo é o Espírito [...].
Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio sem dor

Porque os Espíritos são as almas dos homens com as suas qualidades e imperfeições [...].
Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Calvário de luz

[...] O Espírito – consciência eterna – traz em si mesmo a recordação indelével das suas encarnações anteriores. [...]
Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - A doutrina do hindu

[...] princípio inteligente que pensa, que quer, que discerne o bem do mal e que, por ser indivisível, imperecível se conserva. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 9a efusão

[...] Só o Espírito constitui a nossa individualidade permanente. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 37a efusão

[...] é o único detentor de todas as potencialidades e arquivos de sua individualidade espiritual [...].
Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

Em verdade, cada espírito é qual complexa usina integrante de vasta rede de outras inúmeras usinas, cujo conjunto se auto-sustenta, como um sistema autônomo, a equilibrar-se no infinito mar da evolução.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] O que vale dizer, ser o Espírito o Élan Vital que se responsabiliza pela onda morfogenética da espécie a que pertence. Entendemos como espírito, ou zona inconsciente, a conjuntura energética que comandaria a arquitetura física através das telas sensíveis dos núcleos celulares. O espírito representaria o campo organizador biológico, encontrando nas estruturas da glândula pineal os seus pontos mais eficientes de manifestações. [...]
Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Forças sexuais da alma• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Introd•

O nosso Espírito será o resultado de um imenso desfile pelos reinos da Natureza, iniciando-se nas experiências mais simples, na escala mineral, adquirindo sensibilidade (irritabilidade celular) no mundo vegetal, desenvolvendo instintos, nas amplas variedades das espécies animais, e a razão, com o despertar da consciência, na família hominal, onde os núcleos instintivos se vão maturando e burilando, de modo a revelar novos potenciais. [...]
Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

[...] A verdadeira etimologia da palavra espírito (spiritus, sopro) representa uma coisa que ocupa espaço, apesar de, pela sua rarefação, tornar-se invisível. Há, porém, ainda uma confusão no emprego dessa palavra, pois que ela é aplicada por diferentes pensadores, não só para exprimir a forma orgânica espiritual com seus elementos constitutivos, como também a sua essência íntima que conhece e pensa, à qual chamamos alma e os franceses espírito.
Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 1

O Espírito, em sua origem, como essência espiritual e princípio de inteligência, se forma da quintessência dos fluidos que no seu conjunto constituem o que chamamos – o todo universal e que as irradiações divinas animam, para lhes dar o ser e compor os germes de toda a criação, da criação de todos os mundos, de todos os reinos da Natureza, de todas as criaturas, assim no estado material, como também no estado fluídico. Tudo se origina desses germes fecundados pela Divindade e progride para a harmonia universal.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] a essência da vida é o espírito [...].
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a mulher

O Espírito humano é a obra-prima, a suprema criação de Deus.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Equação da felicidade

[...] Somos almas, usando a vestimenta da carne, em trânsito para uma vida maior. [...] somos um templo vivo em construção, através de cujos altares se E E Eexpressará no Infinito a grandeza divina. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

Figuradamente, o espírito humano é um pescador dos valores evolutivos, na escola regeneradora da Terra. A posição de cada qual é o barco. Em cada novo dia, o homem se levanta com a sua “rede” de interesses. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 21

Somos uma grande família no Lar do Evangelho e, embora separados nas linhas vibratórias do Espaço, prosseguimos juntos no tempo, buscando a suprema identificação com o Cristo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada espírito é um continente vivo no plano universal.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

[...] o espírito é a obra-prima do Universo, em árduo burilamento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Evolução e livre-arbítrio

[...] Sendo cada um de nós uma força inteligente, detendo faculdades criadoras e atuando no Universo, estaremos sempre engendrando agentes psicológicos, através da energia mental, exteriorizando o pensamento e com ele improvisando causas positivas, cujos efeitos podem ser próximos ou remotos sobre o ponto de origem. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

[...] Cada espírito é um elo importante em extensa região da corrente humana. Quanto mais crescemos em conhecimentos e aptidões, amor e autoridade, maior é o âmbito de nossas ligações na esfera geral. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

Somos, cada qual de nós, um ímã de elevada potência ou um centro de vida inteligente, atraindo forças que se harmonizam com as nossas e delas constituindo nosso domicílio espiritual.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18

[...] Somos diamantes brutos, revestidos pelo duro cascalho de nossas milenárias imperfeições, localizados pela magnanimidade do Senhor na ourivesaria da Terra. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

Cada Espírito é um mundo onde o Cristo deve nascer...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 37

[...] gema preciosa e eterna dos tesouros de Deus [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Nosso “eu”

Cada Espírito é um mundo vivo com movimento próprio, atendendo às causas que criou para si mesmo, no curso do tempo, gravitando em torno da Lei Eterna que rege a vida cósmica.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

O Espírito, encarnado ou desencarnado, na essência, pode ser comparado a um dínamo complexo, em que se verifica a transubstanciação do trabalho psicofísico em forças mentoeletromagnéticas, forças essas que guardam consigo, no laboratório das células em que circulam e se harmonizam, a propriedade de agentes emissores e receptores, conservadores e regeneradores de energia. Para que nos façamos mais simplesmente compreendidos, imaginemo-lo como sendo um dínamo gerador, indutor, transformador e coletor, ao mesmo tem po, com capacidade de assimilar correntes contínuas de força e exteriorizá-las simultaneamente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Mecanismos da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

O espírito é um monumento vivo de Deus – o Criador Amorável. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 12


Espírito
1) A parte não-material, racional e inteligente do ser humano (Gn 45:27; Rm 8:16).


2) A essência da natureza divina (Jo 4:24).


3) Ser não-material maligno que prejudica as pessoas (Mt 12:45).


4) Ser não-material bondoso que ajuda as pessoas (Hc 1:14;
v. ANJO).


5) Princípio que norteia as pessoas (2Co 4:13; Fp 1:17).


6) ESPÍRITO SANTO (Gl 3:5).


Espírito Ver Alma.

Veja Espírito Santo.


Ao passo que o termo hebraico nephesh – traduzido como alma – denota individualidade ou personalidade, o termo hebraico ruach, encontrado no Antigo Testamento, e que aparece traduzido como espírito, refere-se à energizante centelha de vida que é essencial à existência de um indivíduo. É um termo que representa a energia divina, ou princípio vital, que anima os seres humanos. O ruach do homem abandona o corpo por ocasião da morte (Sl 146:4) e retorna a Deus (Ec 12:7; cf. 34:14).

O equivalente neotestamentário de ruach é pneuma, ‘espírito’, proveniente de pneo, ‘soprar’ ou ‘respirar’. Tal como ocorre com ruach, pneuma é devolvida ao Senhor por ocasião da morte (Lc 23:46; At 7:59). Não há coisa alguma inerente à palavra pneuma que possa denotar uma entidade capaz de existência consciente separada do corpo.


substantivo masculino Princípio imaterial, alma.
Substância incorpórea e inteligente.
Entidade sobrenatural: os anjos e os demónios.
Ser imaginário: duendes, gnomos, etc.
Pessoa dotada de inteligência superior.
Essência, ideia predominante.
Sentido, significação.
Inteligência.
Humor, graça, engenho: homem de espírito.
Etimologia (origem da palavra espírito). Do latim spiritus.

Israel

substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


Israel [O Que Luta com Deus] -

1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


Julgar

verbo transitivo direto e intransitivo Decidir uma questão na qualidade de juiz ou árbitro: julgar uma ação judicial; sua profissão era julgar.
verbo regência múltipla Proferir uma sentença, condenando ou absolvendo; sentenciar: julgou o bandido; o juiz julgou-o culpado; o juri julgou os empresários à cadeia; não se julga sem provas.
Ter uma opinião sobre; expressar um parecer, um juízo de valor acerca de: julgou o cantor; julgaram do presidente por corrupção; a vida o julgará pelos seus erros; não se pode julgar.
verbo transitivo direto e transitivo direto predicativo Tomar uma decisão em relação a; considerar: julgaram que era razoável continuar; julgaram horrível o seu texto.
verbo transitivo direto e pronominal Imaginar-se numa determinada situação; supor: julgou que lhe dariam um contrato; julga-se menos esperto do que o irmão.
Etimologia (origem da palavra julgar). Do latim judicare.

Julgar
1) Decidir como juiz, dando sentença de condenação ou de absolvição (Ex 18:13); (Dt 1:16)

2) Castigar (Sl 110:6). 3 Censurar; condenar (Mt 7:1); (Jo 12:47); (Rm 14:3).

4) Salvar; defender (Sl 35:24).

5) Supor; imaginar; pensar (Lc 7:43); (At 8:20),

Mão

Mão Símbolo do poder de Deus, digno de confiança (Mt 4:6). O Pai colocou tudo nas mãos de Jesus (Mt 3:12; Lc 3:17; Jo 3:45; 13,3), do qual provém a onipotência do Filho (Jo 10:28ss). Em Jesus, o uso das mãos está ligado à bênção (Mt 19:13-15; Mc 10:16; Lc 24:50) e à cura (Mc 6:5; 8,23-25; Lc 4:40; 13,13); o mesmo pode ser observado em seus discípulos (Mt 9:18; Mc 7:32; 16,18).

Mão Medida de comprimento igual a 7,4 cm. É a medida da palma da mão na base dos dedos. É 1/3 do PALMO e 1/6 do CÔVADO (Ex 37:12), RC; RA, quatro dedos).

As mãos eram empregadas tanto metaforicamente como cerimonialmente.
(a): Beijar a mão de alguém era um ato de adoração (31:26-27): ‘Se olhei para o sol, quando resplandecia,…beijos Lhe atirei com a mão… ‘ *veja também 1 Rs 19.18.
(b): Prestar juramento era acompanhado em todas as nações do ato de levantar a mão.
(c): Dar a mão sempre significou paz, amizade e confiança (2 Rs 10.15).
(d): Sentar-se alguém à mão direita era indicio de alta mercê (Sl 16:11 – 77.10), sendo o Filho de Deus muitas vezes representado como estando sentado à mão direita de Seu Pai (Hb 1:13 – *veja também Sl 110:1). Satanás estava à mão direita do sumo sacerdote Josué como acusador (Zc 3:1) – mas, sob outro ponto de vista, o Salmista diz: ‘o Senhor, tenho-o sempre à minha presença – estando ele à minha direita não serei abalado’ (Sl 16:8).
(e): A imposição das mãos compreende-se de diferentes maneiras no Antigo e Novo Testamento. Muitas vezes se toma no sentido de ordenação e consagração de sacerdotes e ministros entre judeus e cristãos (Nm 8:10At 6:6 – 13.3 – 1 Tm 4.14). Deus designou Moisés para pôr as suas mãos sobre Josué, como seu sucessor (Nm 27:18). Jacó pôs as suas mãos sobre Efraim e Manassés, quando os abençoava (Gn 48:14). Quando o sumo sacerdote proferia a bênção, ele tinha a sua mão levantada sobre o povo (Lv 9:22). Semelhantemente, quando os israelitas apresentavam no tabernáculo ofertas pelos pecados, os sacerdotes punham as suas mãos sobre as vítimas, para expiação (Lv 1:4). Neste testemunho o ofertante reconhecia pelos seus pecados que era digno da morte, sendo compreendido que esses pecados apagavam-se no sacrifício, consagrando-se ele a Deus. A mão das testemunhas se levantava contra o idólatra para executar a sentença de morte (Dt 13:9 – 17.7). o nosso Salvador pôs as mãos sobre as cabeças das crianças, quando as abençoava (Mc 10:16) – e o Espirito Santo era conferido aos que eram batizados, pela imposição das mãos dos apóstolos (At 8:17 – 19.6). Pilatos lavou as mãos em sinal de inocência (Mt 27:24).

Peleja

Peleja
1) Batalha (15:24)

2) Briga (Gl 5:20), RC).

peleja (ê), s. f. 1. Ato de pelejar; combate. 2. Briga, contenda, ralhos. 3. Pop. Luta pela vida, ou por algo.

Prevalecer

verbo transitivo indireto e intransitivo Ter predominância sobre algo; predominar: o amor prevaleceu; a verdade prevalece à mentira.
verbo intransitivo Seguir existindo; persistir: seu talento prevalecia a sua beleza.
verbo pronominal Agir de maneira contrária a; revoltar-se: prevalecer-se contra as novas leis de trânsito.
Tirar vantagem ou proveito de; aproveitar-se de: prevalecer-se de um novo cargo.
Etimologia (origem da palavra prevalecer). Do latim praevalescere.

Ter mais valor; levar vantagem; preponderar, predominar.

Rei

substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
Gramática Feminino: rainha.
Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
Gramática Feminino: rainha.
Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10:16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27:11-37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41:46) e o rei da Pérsia (Ed 1:1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2:2 – cp com Jz 1:7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1:6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (18:14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (41:34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8:22-23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9:6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33:22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25:23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10,15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72:10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).

Rei
1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At 1:2), de um país (1Sm 8:5; Mt 2:1) ou de uma cidade-estado (Gn 14:2). Ocorrendo a morte do rei, um descendente seu o sucede no trono (1Rs 2:11-12).


2) Título de Deus (Ml 1:14) e de Jesus (Mt 21:5; Ap 7:14; 19.16).


3) Rei do Egito,
v. FARAÓ.


Reí

(Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs 1:8). Outro filho do rei, Adonias, tentou usurpar o reino; Salomão, entretanto, seguiu cuidadosamente os conselhos de Natã e de Zadoque e garantiu seu direito à sucessão. Para mais detalhes, veja Natã.


Senhor

Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

Siria

A Síria, também chamada Arã por virtude do nome daquele patriarca, cujos descendentes a povoaram, compreendia o país que ficava entre o rio Eufrates ao oriente, e o Mediterrâneo ao ocidente, com a Cilicia ao norte, e o deserto da Arábia ao sul, excluindo a Palestina. Todavia, os limites da Síria nunca foram bem determinados, e o nome era vagamente usado. A Síria possuía muitas cidades famosas dentro dos seus limites. Entre essas, as principais eram Damasco, Antioquia, Selêucia, Palmira e Laodicéia. Era composta a Síria de uma reunião de pequenos Estados, lutando uns com os outros pela supremacia, mas com resultados indefinidos. o reino de Damasco era o principal – e, depois dos dias de Abraão, aparece pela primeira vez na história da Bíblia, aliado contra Davi com Hadadezer, rei de Zobá (2 Sm 8.5). o resultado da guerra foi a submissão da Síria a Davi – mas no reinado de Salomão houve contra este rei uma revolta de que era chefe Rezom de Zobá, que também se apoderou de Damasco (1 Rs 11.23 a 25). Desde esse tempo ficaram os reinos da Síria independentes de israel, com quem tiveram repetidas guerras sob o governo da dinastia de Hadade, tornando-se notável o cerco de Samaria, tão maravilhosamente malogrado (2 Rs 6 e 7). Depois disto assassinou Hazael o rei da Síria, e usurpou o trono, oprimindo o reino de israel – mas a seu tempo foi vencido por Jeoás, rei de israel (2 Rs 13 22:25). Jeroboão ii alcançou superioridade, e passado algum tempo vê-se o reino da Síria, sendo Rezim o soberano, em aliança com israel contra Acaz, rei de Judá. *veja a notável passagem de isaías (7.1 a 6). E desta luta se derivou o seguinte: o rei Acaz chamou em seu auxilio o monarca assírio, Tiglate-Pileser, seguindo-se uma série de rápidos acontecimentos, de que provieram o revés e a morte de Rezim e o ser a cidade de Damasco absorvida pela Assíria. Desde esse tempo deixaram os estados da Síria de ter qualquer existência independente, tornando-se uma parte do grande império da Assíria, de onde passaram mais tarde para o domínio dos babilônios, depois para o dos persas, e em seguida para o dos generais de Alexandre Magno, que, pela primeira vez, fizeram daqueles pequenos Estados um grande e próspero reino. As inscrições de Tiglate-Pileser comemoram a queda de Damasco, a derrota de Rezim, que pelo seu nome é mencionado, e apresentam o nome de Hadade, como sendo o de uma divindade da Síria. Nos tempos do N.T., a Síria, já província romana, abrangia a Palestina, que não obstante a sua dependência tinha um governador propriamente seu ou procurador. Assim, por ocasião do nascimento de Jesus, era legado da Síria C. Sentio Saturnino (9 a 6 a.C.), a quem sucederam P. Quintílio Varo (6 a 4 a.C.), e P. Sulpício Quirino (3 a 2 a.C.). E quando o Salvador Jesus foi crucificado era, legado L. Aélio Lâmia, e Pôncio Pilatos, o procurador.

Síria

síria | s. f.
Será que queria dizer síria?

sí·ri·a
(origem obscura)
nome feminino

1. [Portugal: Alentejo] Compleição, constituição física.

2. [Portugal: Trás-os-Montes] Consistência ou robustez das pernas.

3. Animação, vivacidade.

5. [Viticultura] Casta de uva branca, cultivada no interior de Portugal. = ALVADURÃO, ROUPEIRO


(as-Souriya) - do nome em antigo grego para a Assíria, embora a área central da Assíria estaeja atualmente localizada no moderno Iraque. Antes dos gregos, a região do moderno estado da Síria era conhecido como Aram, de onde procede o idioma aramaico, uma antiga língua franca do Oriente Médio, ainda falada em alguns vilarejos nos dias atuais.

Síria V. ARÃ 2.

Veio

substantivo masculino Ducto, canal, fresta ou ramificação das mais variadas cores, formas ou tamanhos que são encontradas em pedras, madeiras ou em mármore.
Por Extensão Sinal que se assemelha a uma estria, riscas irregulares; estria.
Corrente de água que provém de rios; riacho.
Mineralogia Camada que pode ser explorada; filão: veio de ouro.
Figurado O que pode ser utilizado como fundamento para; o ponto central de; essência: o veio de uma teoria.
Canal natural de água que se localiza abaixo da terra.
Peça que move uma roda, eixo de ativação manual; manivela.
Etimologia (origem da palavra veio). Veia + o.

Veio
1) Parte da mina onde se encontra o mineral; filão (28:1, RC).


2) Riacho (28:11, RA).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Juízes 3: 10 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E veio sobre ele o Espírito do SENHOR, e julgou a Israel, e saiu à peleja; e o SENHOR entregou na sua mão a Cusã-Risataim, rei da Mesopotâmia; o a sua mão prevaleceu contra Cusã-Risataim .
Juízes 3: 10 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1374 a.C.
H1961
hâyâh
הָיָה
era
(was)
Verbo
H3027
yâd
יָד
a mão dele
(his hand)
Substantivo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3318
yâtsâʼ
יָצָא
ir, vir para fora, sair, avançar
(And brought forth)
Verbo
H3478
Yisrâʼêl
יִשְׂרָאֵל
Israel
(Israel)
Substantivo
H3573
Kûwshan Rishʻâthayim
כּוּשַׁן רִשְׁעָתַיִם
cair no sono, dormir
(they became drowsy)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Ativo - 3ª pessoa do plural
H4421
milchâmâh
מִלְחָמָה
de / da guerra
(of war)
Substantivo
H4428
melek
מֶלֶךְ
rei
(king)
Substantivo
H5414
nâthan
נָתַן
E definir
(And set)
Verbo
H5810
ʻâzaz
עָזַז
ser forte
(and prevailed)
Verbo
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H7307
rûwach
רוּחַ
vento, hálito, mente, espírito
(And the Spirit)
Substantivo
H758
ʼĂrâm
אֲרָם
a nação Arã ou Síria
(and Aram)
Substantivo
H8199
shâphaṭ
שָׁפַט
julgar, governar, vindicar, punir
(judge)
Verbo
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo


הָיָה


(H1961)
hâyâh (haw-yaw)

01961 היה hayah

uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

  1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
    1. (Qal)
      1. ——
        1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
        2. vir a acontecer, acontecer
      2. vir a existir, tornar-se
        1. erguer-se, aparecer, vir
        2. tornar-se
          1. tornar-se
          2. tornar-se como
          3. ser instituído, ser estabelecido
      3. ser, estar
        1. existir, estar em existência
        2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
        3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
        4. acompanhar, estar com
    2. (Nifal)
      1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
      2. estar pronto, estar concluído, ter ido

יָד


(H3027)
yâd (yawd)

03027 יד yad

uma palavra primitiva; DITAT - 844; n f

  1. mão
    1. mão (referindo-se ao homem)
    2. força, poder (fig.)
    3. lado (referindo-se à terra), parte, porção (metáfora) (fig.)
    4. (vários sentidos especiais e técnicos)
      1. sinal, monumento
      2. parte, fração, porção
      3. tempo, repetição
      4. eixo
      5. escora, apoio (para bacia)
      6. encaixes (no tabernáculo)
      7. um pênis, uma mão (significado incerto)
      8. pulsos

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

יָצָא


(H3318)
yâtsâʼ (yaw-tsaw')

03318 יצא yatsa’

uma raiz primitiva; DITAT - 893; v

  1. ir, vir para fora, sair, avançar
    1. (Qal)
      1. ir ou vir para fora ou adiante, ir embora
      2. avançar (para um lugar)
      3. ir adiante, continuar (para ou em direção a alguma coisa)
      4. vir ou ir adiante (com um propósito ou visando resultados)
      5. sair de
    2. (Hifil)
      1. fazer sair ou vir, trazer, liderar
      2. trazer
      3. guiar
      4. libertar
    3. (Hofal) ser trazido para fora ou para frente

יִשְׂרָאֵל


(H3478)
Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

03478 ישראל Yisra’el

procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

Israel = “Deus prevalece”

  1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
  2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
    1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
    2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
    3. o nome da nação depois do retorno do exílio

כּוּשַׁן רִשְׁעָתַיִם


(H3573)
Kûwshan Rishʻâthayim (koo-shan' rish-awthah'-yim)

03573 כושן רשעתים Kuwshan Rish athayim̀

aparentemente procedente de 3572 e o dual de 7564; n pr m Cusã-Risataim = “Cusã duplamente iníquo”

  1. um rei da Mesopotâmia derrotado pelo juiz e genro de Calebe, Otniel

מִלְחָמָה


(H4421)
milchâmâh (mil-khaw-maw')

04421 מלחמה milchamah

procedente de 3898 (no sentido de luta); DITAT - 1104c; n f

  1. batalha, guerra

מֶלֶךְ


(H4428)
melek (meh'-lek)

04428 מלך melek

procedente de 4427, grego 3197 Μελχι; DITAT - 1199a; n m

  1. rei

נָתַן


(H5414)
nâthan (naw-than')

05414 נתן nathan

uma raiz primitiva; DITAT - 1443; v

  1. dar, pôr, estabelecer
    1. (Qal)
      1. dar, conceder, garantir, permitir, atribuir, empregar, devotar, consagrar, dedicar, pagar salários, vender, negociar, emprestar, comprometer, confiar, presentear, entregar, produzir, dar frutos, ocasionar, prover, retribuir a, relatar, mencionar, afirmar, esticar, estender
      2. colocar, estabelecer, fixar, impor, estabelecer, designar, indicar
      3. fazer, constituir
    2. (Nifal)
      1. ser dado, ser concedido, ser providenciado, ser confiado a, ser garantido a, ser permitido, ser emitido, ser publicado, ser afirmado, ser designado
      2. ser estabelecido, ser posto, ser feito, ser imposto
    3. (Hofal)
      1. ser dado, ser concedido, ser abandonado, ser entregue
      2. ser colocado sobre

עָזַז


(H5810)
ʻâzaz (aw-zaz')

05810 עזז ̀azaz

uma raiz primitiva; DITAT - 1596; v

  1. ser forte
    1. (Qal) ser forte, prevalecer
    2. (Hifil) tornar firme, fortalecer

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

רוּחַ


(H7307)
rûwach (roo'-akh)

07307 רוח ruwach

procedente de 7306; DITAT - 2131a; n. f.

  1. vento, hálito, mente, espírito
    1. hálito
    2. vento
      1. dos céus
      2. pontos cardeais ("rosa-dos-ventos”), lado
      3. fôlego de ar
      4. ar, gás
      5. vão, coisa vazia
    3. espírito (quando se respira rapidamente em estado de animação ou agitação)
      1. espírito, entusiasmo, vivacidade, vigor
      2. coragem
      3. temperamento, raiva
      4. impaciência, paciência
      5. espírito, disposição (como, por exemplo, de preocupação, amargura, descontentamento)
      6. disposição (de vários tipos), impulso irresponsável ou incontrolável
      7. espírito profético
    4. espírito (dos seres vivos, a respiração do ser humano e dos animias)
      1. como dom, preservado por Deus, espírito de Deus, que parte na morte, ser desencarnado
    5. espírito (como sede da emoção)
      1. desejo
      2. pesar, preocupação
    6. espírito
      1. como sede ou órgão dos atos mentais
      2. raramente como sede da vontade
      3. como sede especialmente do caráter moral
    7. Espírito de Deus, a terceira pessoa do Deus triúno, o Espírito Santo, igual e coeterno com o Pai e o Filho
      1. que inspira o estado de profecia extático
      2. que impele o profeta a instruir ou admoestar
      3. que concede energia para a guerra e poder executivo e administrativo
      4. que capacita os homens com vários dons
      5. como energia vital
      6. manifestado na glória da sua habitação
      7. jamais referido como força despersonalizada

אֲרָם


(H758)
ʼĂrâm (arawm')

0758 ארם ’Aram

procedente do mesmo que 759; DITAT - 163 Arã ou arameus = “exaltado” n pr m

  1. a nação Arã ou Síria
  2. o povo siro ou arameu Arã = “exaltado” n m
  3. quinto filho de Sem
  4. um neto de Naor
  5. um descendente de Aser

שָׁפַט


(H8199)
shâphaṭ (shaw-fat')

08199 שפט shaphat

uma raiz primitiva; DITAT - 2443; v.

  1. julgar, governar, vindicar, punir
    1. (Qal)
      1. agir como legislador ou juiz ou governador (referindo-se a Deus, homem)
        1. administrar, governar, julgar
      2. decidir controvérsia (referindo-se a Deus, homem)
      3. executar juízo
        1. discriminando (referindo-se ao homem)
        2. vindicando
        3. condenando e punindo
        4. no advento teofânico para juízo final
    2. (Nifal)
      1. entrar em controvérsia, pleitear, manter controvérsia
      2. ser julgado
    3. (Poel) juiz, oponente em juízo (particípio)

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo