Enciclopédia de Juízes 5:16-16

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jz 5: 16

Versão Versículo
ARA Por que ficaste entre os currais para ouvires a flauta? Entre as facções de Rúben houve grande discussão.
ARC Porque ficaste tu entre os currais para ouvires os balidos dos rebanhos? Nas divisões de Rúben tiveram grandes esquadrinhações do coração.
TB Por que te sentaste junto às lareiras,
HSB לָ֣מָּה יָשַׁ֗בְתָּ בֵּ֚ין הַֽמִּשְׁפְּתַ֔יִם לִשְׁמֹ֖עַ שְׁרִק֣וֹת עֲדָרִ֑ים לִפְלַגּ֣וֹת רְאוּבֵ֔ן גְּדוֹלִ֖ים חִקְרֵי־ לֵֽב׃
BKJ Por que habitaste no meio dos apriscos, para ouvir os balidos dos rebanhos? Para as divisões de Rúben houve grandes buscas do coração.
LTT Por que permaneceste tu entre os currais para ouvires os balidos dos rebanhos? Nos rios- divisores de Rubem houve grandes esquadrinhações do coração.
BJ2 Por que ficaste nos currais a escutar o assobio, junto aos rebanhos?[g] (Nos clãs de Rúben demoradamente se deliberava.)
VULG Quare habitas inter duos terminos, ut audias sibilos gregum ? diviso contra se Ruben, magnanimorum reperta est contentio.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Juízes 5:16

Números 32:1 E os filhos de Rúben e os filhos de Gade tinham muito gado em grande multidão; e viram a terra de Jazer e a terra de Gileade, e eis que o lugar era lugar de gado.
Números 32:24 Edificai vós cidades para as vossas crianças e currais para as vossas ovelhas e fazei o que saiu da vossa boca.
Juízes 5:15 Também os principais de Issacar foram com Débora; e, como Issacar, assim também Baraque foi enviado a pé para o vale; nas correntes de Rúben foram grandes as resoluções do coração.
Salmos 4:4 Perturbai-vos e não pequeis; falai com o vosso coração sobre a vossa cama e calai-vos. (Selá)
Salmos 77:6 De noite chamei à lembrança o meu cântico; meditei em meu coração, e o meu espírito investigou:
Lamentações de Jeremias 3:40 Esquadrinhemos os nossos caminhos, experimentemo-los e voltemos para o Senhor.
Filipenses 2:21 porque todos buscam o que é seu e não o que é de Cristo Jesus.
Filipenses 3:19 O fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles é para confusão deles mesmos, que só pensam nas coisas terrenas.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

POVOS E LÍNGUAS

POVOS E LÍNGUAS

 

É possível observar na Bíblia, como em nosso mundo atual, uma mistura de grupos étnicos.

Povos extremamente locais como os jebuseus, os primeiros habitantes de Jerusalém, são listados lado a lado com grupos étnicos muito mais amplos como os cananeus, heteus e amorreus.' Apesar dos reinos de Israel e Judá falarem hebraico, possuíam dialetos distintos? dos quais encontramos vestígios no livro de Reis.

A língua moabita, registrada na Pedra Moabita, é bastante parecida com o hebraico e algumas de suas características se encontram preservadas no livro de Rute.

No entanto, nem sempre é possível simplesmente equiparar povos e línguas como se faz nos dias de hoje.

O texto bíblico se refere a várias línguas locais, como o asdodita no tempo de Neemias e o licaônico, língua com a qual Paulo se deparou em Listra.

Mas também encontramos nos relatos bíblicos algumas das línguas internacionais mais importantes, como o aramaico, o grego, e o latim.

As línguas se desenvolvem e mudam com o passar do tempo e, por vezes, são adotadas em novas regiões geográficas.

Abaixo, um resumo sucinto desse caleidoscópio de línguas no mundo bíblico  

 

LÍNGUAS EM C. 1200 A.C.

 

Dois acontecimentos de relevância internacional ocorreram em c. 1180 a.C.

O Império Hitita na região central da Turquia se desintegrou e o Egito foi atacado pelos "povos do mar", muitos deles vindos do mar Egeu e da região correspondente à atual Turquia.

 

O colapso do Império Hitita se deveu a uma combinação de fatores.

Dentre eles, podemos destacar: problemas econômicos internos, escassez de alimento e pressão dos frígios que haviam sido expulsos de seu território pelos povos do mar.

 

Sem dúvida, a chegada dos povos do mar desencadeou uma série de acontecimentos que provocaram mudanças drásticas no mapa étnico e linguístico do Oriente Próximo.

Em 1200 a.C., as línguas faladas na região correspondente à atual Turquia eram o hitita e outras duas línguas indo-europeias, o palaico e o lúvio.

Nessa época, a Grécia era habitada pelos gregos micênicos, mas logo foi conquistada pelos gregos dóricos.

Naquela época, a língua principal de Canaã era o cananeu, talvez com os primeiros vestígios de hebraico, caso o "Cântico de Débora" seja desse período.' O acádio, falado na Mesopotâmia, era a língua da diplomacia na metade do segundo milênio a.C.

As 382 cartas de Amarna, de Tell el-Amarna, a capital abandonada de Amenófis 4 (Akenaton) (1353-1337 a.C.) no Médio Império Egípcio, foram escritas em acádio, apesar de apresentarem, por vezes, fortes influências de um dialeto cananeu.

 

LÍNGUAS EM C. 800 A.C.

 

O mapa linguístico dessa época reflete claramente as mudanças dos séculos anteriores.

No sudeste da Turquia, o hitita foi substituído por um dialeto lávio da região leste, também chamado de neo-hitita.

O aramaico, uma língua semítica originária da Síria, era falado desde Zincirli (antiga Samal) no sudeste da Turquia até o sul, em Tell Deir Alla na atual Jordânia (Sucote no Antigo Testamento), onde foram encontrados textos aramaicos que mencionam o profeta Balaão.

O hebraico havia se consolidado na Palestina, o fenício era falado ao longo da costa do Líbano, em Chipre e Caratepe, no sudeste da Turquia.

Há registros da presença do amonita e do moabita, duas línguas semíticas, na Transjordânia.

Na região ao redor de Van, no leste da Turquia, falava-se o urartiano, uma língua descendente do hurrita.

 

LÍNGUAS EM C. 400 A.C.

 

Em 400 a.C., o Império Persa havia entrado em declínio; estava perdendo poder no Egito, mas ainda controlava a região que se estendia desde o Egeu até a Pérsia e além.

 

A língua conhecida como persa antigo é atestada em vários lugares, mas seu registro mais famoso é uma inscrição de Dário 1 (522-486 a.C.) encontrada em Behistun (ou Bisitun) a cerca de 30 km a leste de Kermanshan no Irã.

O texto em persa antigo gravado em pedra é acompanhado de versões em babilônio e elamita.

Porém, a linguagem administrativa do Império Persa era o aramaico, usado em trechos dos livros de Esdras e Daniel no Antigo Testamento.° Um texto aramaico de Sardes também apresenta uma versão em lídio.

Numa inscrição em Letoon, perto de Xanthos, no sudeste da Turquia, é usado o aramaico, o grego e o lício.

Num vaso de calcita encontrado em Halicarnasso (atual Bodrum) há inscrições em persa antigo, babilônio, elamita e egípcio.

Sem dúvida, o multilinguismo era uma característica marcante das regiões sob domínio persa, como o livro de Ester deixa claro.

Os armênios indo-europeus aparecem pela primeira vez no Império Persa, sendo mencionados na inscrição de Behistun e pelo historiador grego Heródoto.

O grego clássico possuía cinco dialetos principais com variações regionais consideráveis.

A Grécia chegou a ter 158 cidades estados independentes, mas, ainda assim, os gregos se consideravam um só povo, tendo sua língua como elemento unificador.

Como resultado das conquistas de Alexandre, o grande (336-323 a.C.), o grego tomou o lugar de várias línguas oficiais.

No Egito, passou a ser usado no lugar do egípcio, mas este último sobreviveu numa forma modificada, conhecida como copta.

Na Síria, substituiu o aramaico e, na Mesopotâmia, relegou o uso do acádio ao registro de observações astronômicas.

Assim, quando Cristo nasceu, por volta de 5 a.C., o grego era a língua oficial da metade oriental do Império Romano, enquanto o latim era usado na parte ocidental e no exército.

 

O grego do Novo Testamento é consideravelmente distinto do grego clássico de Atenas do século V a.C.

Depois das conquistas de Alexandre, o Grande, o grego comum ou coiné reuniu vários dos principais dialetos, formando uma língua comum.

Os gálatas do Novo Testamento talvez fossem descendentes dos gauleses que haviam invadido a região no século Ill a.C.

Jerônimo (nascido em 347 d.C.) observa que os gálatas falavam uma língua bastante parecida com a de Trier na Gália, atual França.° Várias línguas semíticas surgiram nos arredores da Palestina nessa época.

O nabateu era falado na região de Petra, na Jordânia, enquanto o palmireno era a língua do oásis sírio de Palmira.

Uma observação em palmireno, acrescentada a uma inscrição em latim encontrada em South Shields, na região nordeste da Inglaterra, dá testemunho eloquente do multilinguismo do Império Romano.

 

Por Paul Lawrence

Referências
Gênesis 11:1
Gênesis 11:7
Gênesis 11:9

As línguas faladas no mundo bíblico e suas mudanças
As línguas faladas no mundo bíblico e suas mudanças
As línguas faladas no mundo bíblico e suas mudanças
As línguas faladas no mundo bíblico e suas mudanças
As línguas faladas no mundo bíblico e suas mudanças
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As línguas faladas no mundo bíblico e suas mudanças
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A OCUPAÇÃO DA TRANSJORDÂNIA PELOS ISRAELITAS

A Transjordânia era relativamente pouco povoada no ponto onde Israel entrou na terra; contudo, parece ter sido ocupada por edomitas, moabitas, amonitas, amorreus e outras tribos. A Bíblia apresenta os três primeiros desses grupos como parentes distantes de Israel (Gn 19:37-38; 36.1,9; Dt2.2-23). Ao que parece, num primeiro momento não houve confronto entre esses grupos e os israelitas. No entanto, os temíveis reinos amorreus de Siom e Ogue representaram um desafio diferente.
A área dominada por Siom se estendia a leste do Jordão, desde o rio Jaboque, no norte, até Hesbom, a capital, no sul, abarcando uma região com muitas cidades grandes e pequenas. Mas, na época do Exodo, Siom havia ampliado seu domínio ainda mais para o sul, até o rio Arnom (Iz 11:18-20), e avancando assim em território moabita. De acordo com a narrativa bíblica, o itinerário dos israelitas os levou até o deserto de Quedemote e o lugar conhecido como Matana (Nm 21:18-19). Ao entrarem no território de Siom.
foi entregue ao monarca amorreu uma mensagem pedindo para passarem com segurança (Nm 21:21-22; Dt 2:26-29). Além de rejeitar firmemente o pedido, Siom reuniu suas tropas e as conduziu até Jaaz. Seguiu-se uma batalha em que suas forças foram totalmente destruídas e o próprio Siom foi morto (Nm 21:23-26; Dt 2:32-36). Como consequência, Israel assumiu o controle do território entre o rio Arnom e a região de Hesbom.
Após essa vitória, um contingente de tropas israelitas foi enviado ao norte para combater os amorreus que viviam em Jazer (Nm 21:32); as tropas conquistaram a cidade e avançaram mais para o norte, na direção de Basã. Essas manobras devem ter preocupado Ogue, rei de Basã, que enviou seu exército até Edrei, uma cidade-fortaleza da fronteira sul de seu reino (Nm 21:33-35; Dt 3:1-11; cp. Is 12:4). Mas de novo o exército israelita prevaleceu, destruindo Ogue e capturando seu território de 60 cidades e muitas aldeias sem muros. Assim, a maior parte do restante da Transjordânia - de Hesbom até o monte Hermom, no norte - foi subjugada pelas forças israelitas, que agora voltaram para acampar na planície de Moabe, em frente de Jericó. As vitórias sobre Siom e Ogue foram de grande importância. Do ponto de vista geográfico, o território transjordaniano conquistado entre o Arnom e o monte Hermom seria entregue às tribos israelitas de Rúben, Gade e Manassés do Leste (Is 13:8-33). Teologicamente, mais tarde as duas vitórias seriam descritas como um lembrete da identidade de aliança de Israel e da fidelidade de Deus em guardar a aliança (Dt 29:7-9; Ne 9:22: SI 135.11: 136.19,20). E, em termos estratégicos, o efeito dessas vitórias foi plantar medo no coração de alguns dos povos que restavam nas proximidades, mesmo antes de qualquer outro combate (Is 2:10-9.10).
Sem dúvida, essa perturbadora sequência de acontecimentos levou Balaque, rei de Moabe, a solicitar o serviço de Balaão, um vidente originário da longínqua Alta Mesopotâmia (Nm 22:1-6; cf. Dt 23:4). O rei queria obter dele um oráculo poderoso que diminuísse significativamente a ameaça israelita. Quando por fim Balaão consentiu, foi levado a vários cumes nas proximidades do monte Nebo (Nm 22:41-23.14.28). De um ponto assim elevado, que dava vista para as planícies de Moabe e os israelitas embaixo, Balaão tentou repetidas vezes pronunciar sua maldição, porém não conseguiu. Ao invés disso, pronunciou uma bênção sobre Israel (Nm 22:24)
A OCUPAÇÃO DA TRANSJORDÂNIA PELOS ISRAELITAS
A OCUPAÇÃO DA TRANSJORDÂNIA PELOS ISRAELITAS

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Juízes Capítulo 5 do versículo 1 até o 31
  1. O Cântico de Débora (5:1-31)

O capítulo 5 é uma descrição poética da batalha entre os israelitas, sob o comando de Débora e Baraque, e os cananeus, comandados por Sísera. Ele nos dá alguns detalhes que são omitidos do relato em prosa, mais curto, feito no capítulo 4. O "Cântico de Débo-ra", como tem sido chamado, é uma obra de arte da poesia hebraica antiga. Tanto a linguagem como a forma mostram que se trata de uma das primeiras obras poéticas do AT, possivelmente preservada numa coleção de cânticos de guerra como o Livro do Reto (ou "Livro de Jaser") ou "no livro das Guerras do Senhor " (Nm 21:14).

  1. O Senhor sai para a guerra (5:1-5). O cântico inicia-se com uma exortação para que se louve ao Senhor em lembrança de suas manifestações anteriores.

Porquanto os chefes se puseram à frente em Israel, porquanto o povo se ofereceu voluntariamente, louvai ao Senhor.

Ouvi, reis; dai ouvidos, príncipes; eu, eu cantarei ao Senhor; salmodiarei ao Senhor, Deus de Israel.

Ó Senhor, saindo tu de Seir, caminhando tu desde o campo de Edom, a terra estremeceu; até os céus gotejaram, até as nuvens gotejaram águas.

Os montes se derreteram diante do Senhor, e até o Sinai diante do Senhor, Deus de Israel. (2-5)

Nos versículos 4:5 a recente libertação dos cananeus é ligada às manifestações divinas no Sinai, onde o Senhor apareceu pela primeira vez a Israel, e à marcha sobre Seir e Edom rumo a Canaã.

  1. O Senhor é esquecido por Israel (5:6-11). As condições de Israel são descritas e ligadas à apostasia passada do povo. Nos dias de Sangar (6) e Jael, as estradas públi-cas não eram seguras. As caravanas não passavam mais pela terra e os viajantes opta-vam por caminhos afastados e menos freqüentados para não serem pilhados por bandos de saqueadores da terra de Canaã. Nem a vida nem as propriedades estavam seguras. As vilas estavam abandonadas; as pessoas viviam juntas em abrigos fortificados para sua própria proteção. A confusão e a anarquia reinavam, até que Débora se levantou por mãe em Israel (7). A razão dessa deplorável condição era o fato de os hebreus terem escolhido deuses novos (8) e, assim, terem sido abandonados pelo Senhor (Is 42:8). Quando veio a guerra, eles ficaram indefesos contra o inimigo porque nem escudo nem lança foram encontrados entre 40 mil soldados.

Mãe em Israel (v.7). Chama a atenção para a importância das mães que são verda-deiramente mães espirituais. (1) Débora tinha responsabilidades em casa (4,4) ; (2) Ela era profetisa, alguém que falava a palavra do Senhor (4,4) ; (3) Ela inspirou fé e heroísmo em Baraque (4.8,9) ; (4) Ela expressou seu louvor a Deus por meio de um cântico (5:1-7).

Quando o povo e seus líderes finalmente se voltaram para o Senhor (4.3), um novo espírito se apossou da nação oprimida. Débora disse: Meu coração é para os legislado-res de Israel, que voluntariamente se ofereceram entre o povo (9). O que ela quis dizer foi: "Tenho simpatia pelos comandantes militares de Israel que se entregaram tão liberalmente em favor do bem público". As pessoas foram convocadas a falar disso (10). Longe do estrondo dos flecheiros (11) nos lugares onde se tiram águas, os homens falarão das justiças do Senhor, das justiças que fez às suas aldeias em Israel.

  1. A convocação das tribos (5:12-18). Estes versículos descrevem o chamado feito por Débora e Baraque para levantar e liderar o povo em sua luta pela liberdade. Então é citada a resposta das tribos.

Desperta, desperta, Débora, desperta, desperta, entoa um cântico; levanta-te, Baraque, e leva presos teus prisioneiros, tu, filho de Abinoão.

Então, o Senhor fez dominar sobre os magníficos, entre o povo ao que ficou de

resto; fez-me o Senhor dominar sobre os valentes (12,13).

De Efraim saiu a sua raiz contra Amaleque (14), ou seja, "um descendente de Efraim derrotou Amaleque" (veja Ex 17:10). A menção de Efraim, Benjamim, Maquir (filho de Manassés — Gn 50:23), Zebulom (14) e Issacar (15) serve para identificar o território objeto da opressão comandada por Jabim e Sísera (veja o mapa). Por outro lado, Rúben (15), os habitantes de Gileade (17) — o país escarpado e montanhoso a leste do Jordão — e Aser não responderam ou não atenderam totalmente ao pedido de ajuda feito por seus compatriotas. Estas tribos estavam na fronteira das áreas mais diretamente envolvidas. As expressões grandes as resoluções do coração e grandes esquadrinhações do coração (vv.15,16) são idênticas no hebraico e provavelmente devem ser entendidas no sentido de terem um coração dividido. 6 Os homens de Dã fica-ram com seus navios e o povo de Aser se assentou nos portos do mar e ficou nas suas ruínas (17) ou "em suas baías" (ARA). Em contraste, os homens de Zebulom e Naftaii arriscaram suas vidas nas alturas do campo (18).

d. O Senhor luta por Israel (5:19-23). O cântico prossegue e fala sobre a batalha em si. O local da disputa, em Taanaque, junto às águas de Megido (19), refere-se mais uma vez ao papel crucial exercido pelo rio na derrota dos cananeus. Os reis cananeus vieram — Jabim acompanhado por outros — e planejaram seu ataque. Os soldados de Israel não tomaram ganho de prata, i.e., não tomaram espólios de guerra, pois a batalha era do Senhor. Desde os céus pelejaram; até as estrelas desde os lugares dos seus cursos pelejaram contra Sísera (20) é uma linguagem poética para a ajuda divina, do mesmo modo como dizemos "que os céus o ajudem". Outra interpretação vê nas estrelas uma alusão a Gênesis 15:5, onde a semente de Abraão é descrita como as estrelas do céu.

O versículo 21 descreve o meio usado por Deus para destruir o exército cananeu. O Quisom cheio varreu os soldados inimigos que tentaram cruzá-lo e o solo se transformou num pântano no qual as carruagens atolaram. Pisaste, ó minha alma, a força (21) -i.e., tu os esmagaste sob teus pés, tal como o grão no tempo da debulha (Jr 51:33) ou as uvas no lagar (9.27; Jr 25:30), os homens de força e poder.

O versículo 22 sugere que os condutores das carruagens lançaram seus cavalos sem ferraduras com tamanha violência sobre o terreno duro que seus cascos foram quebrados e os animais ficaram incapacitados para a batalha, uma possível razão para Sísera ter abandonado sua carruagem e fugido a pé Também é provável que isso descreva a fuga em pânico dos cavalos diante do aumento do nível do rio, abandonados por seus conduto-res mas ainda presos às suas carruagens atoladas.
Um dos grandes trechos desta porção das escrituras é encontrado no versículo 23: a maldição de Meroz, porque seus moradores não vieram... em socorro do Senhor, com os valorosos. Esta comunidade do norte da Palestina pode ser Khirbet Marus, cerca de 12 quilômetros ao sul de Quedes-Naftali. Mas não é conhecida a ocasião em particular do fracasso de seus habitantes. Porém, há aqui uma vívida expressão do des-contentamento divino com aqueles que reconhecem sua obrigação no Reino, mas não fazem algo em relação a ela. Nos dias em que o inimigo é forte, é pecado deixar de sair a serviço do Senhor.

e. A morte de Sísera (5:24-27). Esta estrofe do cântico de Débora é o paralelo poético ao relato em prosa de 4:17-22. Ele cumpre a predição da profetisa que disse que o crédito da destruição de Sísera não iria para Baraque, mas para uma mulher (4,9) : Bendita seja sobre as mulheres Jael, mulher de Héber, o queneu (24). Em taça de príncipes lhe ofereceu manteiga (ou nata —ARA). Já se sabia que o leite e seus derivados contribuíam para o relaxamento e o sono. Uma vez que era costume que as mulheres beduínas montas-sem as tendas, a estaca e o malho eram ferramentas familiares a Jael. Rachou-lhe a cabeça, talvez ao desacordá-lo com um golpe do martelo antes de enfiar-lhe a estaca.

O versículo 27 é interpretado na LXX no sentido de indicar que Sísera possa ter estuprado Jael antes de ter caído no sono e que o assassinato daquele homem foi uma vingança por sua honra. O texto massorético, ao contrário, deixa implícito que se trata de uma descrição poética da morte de Sísera.

f A miséria dos inimigos do Senhor (5:28-31). A patética ansiedade da mãe de Sísera é descrita no versículo 28. Olhando pela janela, ela exclamava pela grade que cobria a abertura: "Por que tarda em vir o seu carro? Por que se demoram os passos dos seus carros?". As mais sábias das suas damas (29) lhe restabeleceram a confiança e, de fato, ela mesma respondeu: "Porventura não achariam e repartiriam despojos? Uma ou duas moças a cada homem? Para Sísera despojos de várias cores bordados de ambas as bandas, para os pescoços daqueles que tomam o despojo?" (30).

O ponto culminante da conclusão do cântico de Débora surge na primeira parte do versículo 31:

Assim, ó Senhor, pereçam todos os teus inimigos! Porém os que o amam sejam como o sol quando sai na sua força.

Outra geração de paz seguiu-se à destruição das forças de Sísera: E sossegou a terra quarenta anos.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Juízes Capítulo 5 do versículo 1 até o 31
*

5.1-32

“O Cântico de Débora” é famoso por sua antigüidade e pela sua notável qualidade literária.

* 5:2

os chefes se puseram à frente em Israel. A liderança é um tema principal em Juízes.

* 5:4

de Seir... desde o campo de Edom. O monte Seir era a cordilheira principal que passava por Edom, o ponto de partida de Israel para as batalhas de conquista (Dt 33:2). Deus é retratado como o grande Guerreiro indo à frente do seu povo.

* 5.4, 5

a terra estremeceu... diante do SENHOR. Deus é retratado como um guerreiro que emprega os elementos criados como armas. O retrato de Deus dominando a tempestade é duplamente apropriado: ao derrotar Sísera mediante um aguaceiro (v. 20) Deus refuta a alegação de Baal de ser este o senhor das tempestades.

* 5.6, 7

cessaram as caravanas. A liderança fracassada de Israel tinha resultado no caos e no domínio por estrangeiros. Não era como nos dias em que Deus tinha sido o guerreiro indo adiante de Israel (vs. 4-5). As caravanas já não passavam pelas estradas, pois essas eram inviáveis por causa dos opressores estrangeiros e dos salteadores. Ninguém oferecia proteção.

* 5:7

mãe em Israel. Os príncipes não queriam assumir a liderança (subentendido no v. 2), mas uma mulher foi suscitada para conduzir Israel. Contrastar esse “mãe em Israel” com a desesperançosa mãe de Sísera (v. 28).

* 5:8

Escolheram-se deuses novos, então a guerra estava às portas. Essa é uma representação poética do ciclo do pecado e do castigo (2.11-19). A idolatria traz sofrimento à cidade.

* 5:9

se ofereceram. Mais adiante no cântico, há uma comparação muito pungente entre os que foram voluntários para a luta e aqueles que, por algum motivo, se recusaram (v. 13-23).

* 5:10

cavalgais jumentas brancas. Jumentas eram cavalgadas pela nobreza; o cântico é dirigido aos chefes mencionados nos vs. 2, 9.

* 5:11

atos de justiça do SENHOR. Esses atos de justica do Senhor são sua intervenção e a derrota dos inimigos do seu povo. São estes os seus julgamentos na terra (conforme Ap 15:4).

* 5:15

grande discussão. A falta da participação de Rúben, Gileade, Dã e Aser (v. 17) demonstra que Israel não estava unido.

* 5:20

pelejaram as estrelas. A participação dos céus significa que Deus estava intervindo, lutando como o Guerreiro divino do céu. Historicamente, esse texto tem sido interpretado como sendo fundamento bíblico para a astrologia, mas isso distorce o significado da passagem.

* 5.23 Meroz. Uma cidade de localização incerta.

* 5.24-27

Essa seção do cântico forma um paralelo estreito com a narrativa de 4:18-22.

* 5:32

em paz quarenta anos. A terminação padronizada liga o cântico de Débora e Baraque com o cap. 4 (conforme 2.19; 3.11).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Juízes Capítulo 5 do versículo 1 até o 31
5.1ss A música e os cantos eram uma parte apreciada da cultura do Israel. O capítulo 5 é uma canção, possivelmente composta pela Débora e Barac. Lhe pôs música à história da grande vitória do Israel registrada no capítulo 4. Este cântico de vitória foi acompanhado por uma grande celebração. Proclamava a grandeza de Deus ao lhe dar o crédito pela vitória. Foi uma maneira excelente de preservar e contar de novo a maravilhosa história de geração em geração. (No quadro do Exodo 15 se dá uma lista de outras canções da Bíblia).

5.1ss Na vitória, Barac e Débora cantaram louvores a Deus. As canções de louvor centram nossa atenção em Deus, dão-nos uma saída para uma celebração espiritual e nos recordam a fidelidade de Deus e seu caráter. Seja que se encontre em meio de uma grande vitória ou em um grande dilema, o cantar louvores a Deus pode ter um efeito positivo em sua atitude.

5:8 A guerra era o resultado inevitável quando o Israel decidia seguir a deuses falsos. Embora Deus tinha dado ao Israel instruções claras, o povo não pôs em prática as palavras de Deus. Sem Deus como centro de sua vida nacional, logo as pressões externas começaram a ser maiores que o poder para resolver e foram presa fácil para seus inimigos. Se você está permitindo que um desejo de reconhecimento, anseia de poder ou amor ao dinheiro governem sua vida, poderá encontrar-se sitiado pelo inimigo: estresse, ansiedade, enfermidade, fadiga. Ponha a Deus no centro de sua vida e receberá o poder que necessita para brigar contra eles e destrui-los.

DEBORA

São estranhos os líderes sábios. Levam a cabo grandes quantidades de trabalho sem envolver-se diretamente porque sabem fazê-lo através de outras pessoas. Têm a capacidade de ver o panorama completo, o que freqüentemente escapa a aqueles diretamente envoltos, assim são bons mediadores, conselheiros e estrategistas. Débora encaixa perfeitamente nesta descrição. Ela tinha todas estas habilidades de líder, e tinha uma notável relação com Deus. O discernimento e a confiança que Deus outorgou a esta mulher a colocou em uma posição única no Antigo Testamento. Débora se encontra entre as mulheres mais sobressalentes da história.

Sua história mostra que não tinha ambição de poder. Ela queria servir a Deus. Ante qualquer reconhecimento, o crédito o dava a Deus. Não negava nem resistia a sua posição na cultura como mulher e como esposa, mas tampouco nunca permitiu que isto a estorvasse. Sua história mostra que Deus pode realizar grandes costure através de pessoas que estão dispostas a ser guiadas pelo.

A vida da Débora nos apresenta uma provocação em várias formas. Recorda-nos a necessidade de estar disponíveis tanto para Deus como para outros. Respira-nos a fazer o máximo esforço no que podemos fazer em lugar de nos preocupar com o que não podemos fazer. Débora nos desafia a ser líderes sábios. Mostra-nos o que uma pessoa pode obter quando Deus tem o controle.

Pontos fortes e lucros:

-- A quarta e a única mulher juiz do Israel

-- Habilidades especiais de mediadora, assessora e conselheira

-- Quando lhe chamou para ser líder, pôde planejar, dirigir e delegar

-- Conhecida por seu poder profético

-- Autora de canções

Lições de sua vida:

-- Deus escolhe aos líderes de acordo com suas normas, não com as nossas

-- Líderes sábios escolhem bons ajudantes

Dados gerais:

-- Onde: Canaán

-- Ocupações: Profetisa e juiz

-- Familiares: Marido: Lapidot

-- Contemporâneos: Barac, Jael, Jabín do Hazor, Sísara

Versículo chave:

"Governava naquele tempo ao Israel uma mulher, Débora, profetisa, mulher do Lapidot"

(Jz 4:4).

Sua história se relata em Juizes 4, 5.

5.15-17 E quatro tribos -Rubén, Galaad (ou Gad ou Manasés), Dão e Aser- foram acusadas de não dar uma mão de ajuda na batalha. Não se dão as razões pelas quais se negaram a ajudar a seus companheiros israelitas, mas possivelmente sejam quão mesmas os deteve o princípio quando deviam expulsar aos cananeos: (1) falta de fé na ajuda de Deus, (2) falta de esforço, (3) temor do inimigo e (4) temor de inimizar-se com aqueles com os que faziam negócios e por quem estava prosperando. Esta desobediência mostrou uma falta de entusiasmo para os planos de Deus.

FUNÇÕES DOS JUIZES

Por sobre o estilo individual de liderança de cada juiz, cada um deles demonstrou que

Os juizes do Israel podiam ser:

Salvadores (libertadores) e redentores (Gedeón) ou mediadores e administradores (Tola)

Fornecedores de descanso e paz (Aod e Jair) ou rudes, pequenos ditadores (Jefté)

Famosos e poderosos (Sansón) ou trabalhadores esquecidos incansáveis (Elón e Abdón)

Líderes da nação (Otoniel e Débora) ou heróis


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Juízes Capítulo 5 do versículo 1 até o 31
B. o poético CANÇÃO (5: 1-31)

Bruce afirma:

A canção de Debora foi preservada do BC do século 12 com sua linguagem praticamente não moderno. ... É evidente que foi composta no dia seguinte da vitória que comemora.

É "o julgamento quase unânime dos estudiosos" que sua origem era "contemporâneo com os eventos que descreve. ... Assim como uma fonte para a história do período, é insuperável."

A canção é arbitrariamente dividido em seis estrofes de comprimento comparável na ASV. Este artificialidade da estruturação equilibrada da canção é rebaixado por alguns, mas não parece ser uma preocupação séria na imagem sobre-tudo retratado pela canção. Este equilíbrio de seis estrofes bastante iguais por estudiosos competentes, embora a crítica não acima, não coloca nenhum problema grave para o nosso estudo.

1. Louvor (5: 1-5)

1 Então cantaram Débora e Baraque, filho de Abinoão, naquele dia, dizendo:

2 Por que os líderes assumiu a liderança em Israel,

Para que o povo se ofereceu voluntariamente,

Bendizei ao Senhor.

3 Ouve, ó reis; dá ouvidos, ó príncipes!

Eu, mesmo eu, Cantarei ao Senhor;

Cantarei louvores ao Senhor, o Deus de Israel.

4 Senhor, quando tu saíste de Seir,

Quando tu caminhaste fora do campo de Edom,

A terra tremeu, os céus também caiu,

Sim, as nuvens caiu água.

5 Os montes se abalaram diante do Senhor,

Mesmo Sinai, da presença do Senhor, o Deus de Israel.

A canção de Debora começa com louvor por causa da vitória que o Senhor realizou por Israel. Essencialmente, esta canção foi dedicada ao Senhor por causa de sua presença ativa com seu povo e sua ordenação dos elementos da natureza contra os inimigos do Seu povo. Há evidente nesta canção um sentimento quase esmagadora de participação divina na cena global, começando com o apelo de Deus para Debora e Barak e culminando na batalha vitoriosa contra Sísera. Do primeiro ao último tinha sido o Senhor.

A espontaneidade de louvor se reflete na origem contemporânea desta canção. Imediatamente Israel, liderado por Debora, irrompeu em louvor jubiloso.

Esta nota de louvor espontâneo, eufórica para a presença de Deus é parte da herança da tradição judaico-cristã. Uma e outra vez, as pessoas dentro desta tradição deram louvor a Deus, porque eles tiveram a oportunidade vital para o fazer. O Senhor vivo ainda está presente ativamente, e consciência de sua grande livramento ainda ocasiões elogiar.

2. A opressão (5: 6-11)

6 Nos dias de Sangar, filho de Anate,

Nos dias de Jael, as estradas estavam desocupadas,

E os viajantes atravessou valados.

7 Cessaram as aldeias em Israel, cessaram,

Até que eu, Débora,

Que eu levantei por mãe em Israel.

8 Escolheram deuses novos;

Em seguida, a guerra estava às portas;

Havia um escudo ou lança

Entre quarenta mil em Israel?

9 Meu coração é para os guias de Israel,

Que se ofereceu voluntariamente entre as pessoas:

Bendizei ao Senhor.

10 Informe dele , vós que montar em burros brancos,

Vós, os que sentam-se em ricos tapetes;

E vós que andais pelo caminho.

11 Longe do barulho de arqueiros, nos lugares onde se tiram águas,

Não deve ensaiam os atos de justiça do Senhor,

Mesmo os atos de justiça de seu governo em Israel.

Então o povo do Senhor desceu para os portões.

A canção se relaciona a evolução da sequência cronológica. A opressão tornou-se crítica. A localidade incluída a planície de Esdrelon e do vale de Jezreel. A tribo de Issacar, que tinham herdado essa área era especialmente em perigo e impotente para afastar o poder de Sísera. No entanto, o controle dessa área não era só opressivo à tribo local, mas as estradas estavam desocupadas (v. Jz 5:6 ). Rotas de viagem normalmente ocupados ligação Mesopotâmia e Egito passou por este território. Estas artérias principais da viagem e comércio eram agora não utilizado, comprometendo, assim, o comércio internacional. Além disso, a unidade da liga tribal de Israel era impossível. As tribos do norte, como Asher, Naftali, Zabulon e Dan foram isolados das tribos do centro e sul. A cena toda é representado graficamente pela referência para viajar tendo trocado a partir das auto-estradas para os subprodutos maneiras. Aqui os viajantes poderiam mover-se com menor probabilidade de detecção pelo poder dominante.

O cenário internacional ofereceu poucas perspectivas de alívio dessa opressão. Egito, assim como a Mesopotâmia, não estava em posição de interferir com ambições de Sísera para um império em expansão. Essas duas nações estavam ocupados com suas próprias preocupações internas.

As tribos de Israel estavam despreparados e mal organizada. Não havia equipamentos insuficientes para colocar o suficiente israelitas armados no campo de batalha para oferecer resistência séria a Sísera.

3. Roll Call (5: 12-18)

12 Desperta, desperta, Débora;

Desperta, desperta, proferem uma canção:

Levanta-te, Baraque, e leva para longe teu cativeiro, filho de Abinoão.

13 Então veio um restante dos nobres e do povo;

Então desceu o Senhor por mim contra os poderosos.

14 De Efraim desceram tinham a sua raiz em Amaleque;

Depois de ti, Benjamim, entre os teus povos;

Fora de Maquir desceram os,

E de Zebulom os que lidar com o pessoal do marechal.

15 E os príncipes de Issacar estavam com Débora;

Como era Issacar, assim era Barak;

Into the vale precipitaram-se a seus pés.

Junto aos ribeiros de Rúben

Havia grandes as resoluções do coração.

16 Porque sattest tu entre os currais,

Para ouvir as tubulações para as ovelhas?

Junto aos ribeiros de Rúben

Havia grandes as resoluções do coração.

17 Gileade ficou além do Jordão:

E Dan, por que se deteve com seus navios?

Aser se assentou no porto dos mares,

E morada junto aos seus portos.

18 Zebulom era um povo que expôs suas vidas até à morte,

E também Naftali, nas alturas do campo.

Primeira chamada para despertar para a ocasião foram Debora e Barak. Eles resolveram libertar seus povos dos cananeus. Assim, as tribos de Israel foram convocados. Aqueles que responderam indicar a localidade ameaçada pela tirania de Sísera. Efraim, Benjamin, Maquir (Manassés), Zabulão e Neftali se reuniram para ajudar Issacar. Especialmente as duas tribos que estavam mais próximos ao sofrimento causado por Sísera foram citados por heroísmo. Zabulon era um povo que expôs suas vidas até à morte, e Naftali, nas alturas do campo (v. Jz 5:18 ).

Quatro tribos receberam castigos severos para a sua falta de resposta ao chamado às armas. Eles foram Reuben, Gilead (Gad), Dan e Asher, todos localizados na periferia da área conturbada. Enquanto Reuben teve grandes as resoluções do coração e grandes as resoluções do coração , não havia nenhuma ação decisiva (vv. Jz 5:15 , Jz 5:16 ). Esta foi a essência da repreensão. Mais do que o sentimento piedoso e pensamentos de compaixão eram necessários. Assistência ostensiva foi chamado para, mas o perigo parecia muito longe. No entanto, o compositor da canção de Debora olhou para Sísera como uma ameaça para toda a Israel.

4. Battle (5: 19-23)

19 Os reis saíram e lutou;

Pelejaram os reis de Canaã,

Em Taanaque junto às águas de Megido:

Eles levaram nenhum ganho de dinheiro.

20 Do céu lutaram as estrelas,

A partir dos seus cursos pelejaram contra Sísera.

21 O rio Quisom os arrastou,

Esse antigo rio, o rio Quisom.

Ó minha alma, marchar com força.

22 Então os horsehoofs estampar

Em razão das galopar, os galopar de seus fortes.

23 Curse Meroz, disse o anjo do Senhor,

Curse acremente destes habitantes,

Porque eles não vieram em socorro do Senhor,

Para a ajuda de Jeová contra os poderosos.

Pela primeira vez, após a liquidação em Canaã a maioria das tribos agiu unidos. É possível colocar Debora a meio caminho no período dos juízes. Grande parte do crédito por trazer sobre este esforço conjunto deve ser atribuída ao gênio ungidos pelo Espírito e coragem desta mulher-profetisa.

Exército móvel de Sísera, movendo-se rapidamente por meio dos carros de ferro, atacaram os exércitos unidos das tribos de Israel no rio Quisom. No entanto, uma grande tempestade inundou a área de batalha, e as inundações Quisom os cocheiros orgulhosos e seus corcéis de distância. Esta vitória excepcional pode ser explicada somente pelo que Deus fez através da implementação de forças naturais. A canção de Debora expressa claramente a fé do antigo Israel no Deus do céu e da terra. Mais do que os fenômenos naturais são aqui os envolvidos. O caráter histórico da atividade de Deus é inerente à fé de Israel.

A referência a Meroz no versículo 23 é altamente incerto. Uma provável explicação é que ele se refere a uma aldeia em Issacar perto da cena da batalha que se recusou a se unir aos israelitas, possivelmente por medo de represálias de Sísera. Se isso for verdade ele ilustra o desprazer de Deus sobre aqueles que por falta de fé considerar a sua própria segurança e bem-estar mais altamente do que o curso do Reino de Deus.

5. Jael (5: 24-27)

24 Bendita mulheres devem ser Jael,

A mulher de Heber, o queneu;

Blessed será ela mulher acima na tenda.

25 Ele pediu água, e ela lhe deu leite;

Ela trouxe a manteiga em um prato nobre.

26 Ela colocou a mão para a tenda-pin,

E sua mão direita para martelo dos trabalhadores;

E com o martelo ela feriu Sísera, ela feriu na cabeça;

Sim, ela perfurou e golpeou através de seus templos.

27 Aos pés dela ele se encurvou, caiu, ficou estirado;

Aos pés dela ele se encurvou, caiu:

Onde ele se encurvou, ali caiu morto.

Algumas das tribos de Israel e Meroz foram apontados com a crítica justificável. Eles foram acusados ​​de omissão em um momento de crise que exigiu coragem resoluta. Sua omissão indicaram a sua falta de fé.

Por outro lado, outras tribos, juntamente com Jael, um queneu, foram citados para a ação corajosa. A tenda de Heber, o queneu, não estava longe de cena de batalha. Após a forte chuva e do rio inundado tinha causado o exército de Sísera a entrar em pânico, Sísera estava correndo para sua própria vida. Em sua fuga, ele veio até a tenda de Heber.

Jael, mulher de Heber, enquanto manifesta ética atrozes, expressa a fé e lealdade que conquistou para ela a aclamação da canção de Debora. O paradoxo parece difícil de resolver. Jael pode ter sido responsável pela conduta errada, mas toda a ponto de a canção de Debora é que uma crise exigiu uma ação contra um agressor. O Deus de Israel espera o seu povo para enfrentar a crise com fé corajosa. Mesmo uma mulher estrangeira expressou sua lealdade. Para isso, ela foi justamente elogiado. A ação de Jael, embora não isento de dificuldades morais a partir do ponto de vista contemporâneo, fica em cores vivas contraste com a indecisão de tribos que estavam na periferia. Esta mulher exatamente no meio da região criticamente oprimidos deu um contributo memorável para a vitória sobre Sísera.

6. A mãe de Sísera (5: 28-31)

28 Através da janela, ela olhou para trás, e gritou:

A mãe de Sísera chorou pela grade:

Por que o seu carro que tarda em vir?

Por que demora o rumor das suas carruagens?

29 Seus senhoras sábias respondeu ela,

Sim, ela respondia a si mesma,

30 Porventura não encontrado, já que não repartem os despojos?

Uma ou duas donzelas a cada homem?

Para Sísera despojos de estofos tintos,

A despojos de estofos tintos bordados,

Roupas bordadas em ambos os lados de tingido, sobre os pescoços os despojos?

31 Então, vamos todos os teus inimigos perecer, ó Senhor:

Mas deixe-os que o amam, como o sol quando se levanta na sua força.

E a terra teve sossego por quarenta anos.

A cena final na canção de Debora é a da mãe de Sísera aguardando ansiosamente o retorno de seu filho, que nunca mais voltará. Ela e seus assistentes judiciais desesperadamente esperança contra a esperança. A cena permanece inacabada, e ficamos a imaginar o impacto que a notícia da morte de seu filho tinha sobre esta mãe de espera.

A canção de Debora fecha com a oração que todos os inimigos do Senhor pode perecer e que os amigos do Senhor pode trazer bênçãos sobre a terra (v. Jz 5:31 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Juízes Capítulo 5 do versículo 1 até o 31
  • Débora e Baraque (caps. 4—5)
  • A nação caíra tão baixo que agora uma mulher a julgava, o que era humilhante para os homens naque-la sociedade predominantemente masculina (veja Is 3:12). Durante 20 anos 1srael oprimiu os cananeus, e Deus suscitou essa profetisa a fim de liderá-lo no caminho para a vi-tória. Primeiro, ela chamou Bara-que para libertar a nação (4:1-7) e até deu-lhe o plano de batalha que recebeu do Senhor. Em geral, o rio Quisom ficava seco, mas Deus esta-va mandando uma grande tempes-tade que inundaria o leito do rio, e os carros de ferro ficariam presos (veja 4:3 e 5:20-22). Embora He- breus 11:32 cite Baraque como um homem de fé, aqui o vemos como um homem que depende de Débo-ra para vencer. Na verdade, Deus usou duas mulheres para libertar os judeus — Débora, a profetisa, e Jael (vv. 18-24). É interessante comparar Baraque e Sansão. Ambos estavam associados a mulheres, mas em um caso esse fato leva à vitória, e no outro, à derrota. Baraque liderou 10 mil homens no monteTabor, crendo na promessa de Deus transmitida por sua serva, Débora. O Senhor, quaisquer que tenham sido as fra-quezas de Baraque, ainda honrou-o por sua fé. Débora, em seu cântico de vitória (cap. 5), bendiz ao Senhor pela disposição do povo em lutar na batalha (vv. 2,9). Entretanto, ela também cita o nome de algumas tri-bos que foram muito covardes para lutar (5:16-17). A batalha aconteceu "junto às águas de Megido", onde o rio Quisom desliza do monte Tabor. Sísera e seu exército pensaram que os carros de ferro os fariam vencer, mas foram os carros que os levaram à derrota! Deus mandou uma gran-de tempestade (5:4-5 e 20-22) que transformou a planície em um char-co, e o inimigo não pôde atacar.

    Nesse dia, Israel obteve uma grande vitória, liderada por Baraque e pla-nejada por Débora.

    Contudo, não é Baraque que mata o general Sísera. Essa tarefa cabe a outra mulher, Jael. Os que- neus eram amigáveis com Israel (Jz 1:16Jz 1:16) por causa da ligação deles com a família de Moisés (Jz 4:11), mas eles também eram amigáveis com Jabim, o rei cananeu. Em ge-ral, na cultura oriental, um homem não entra na tenda de uma mu-lher, mas Jael persuadiu Jabim, o fez sentir-se confortável e, depois, matou-o. A "estaca" provavelmen-te era uma estaca de madeira usa-da nas tendas. Sua obra é bendita no cântico de Débora (5:24-27), embora algumas pessoas achem difícil entender essa obra. Com certeza, quando as tropas de Ba-raque pegassem Sísera, elas o ma-tariam, pois ele era inimigo do Senhor (5:31), não inimigo pesso-al de Jael. Ela estava ajudando Is-rael a lutar as batalhas do Senhor. Duas mulheres regozijam-se em vitória (Débora e Jael), porém uma (a mãe de Sísera) clama em sofri-mento (5:28-30).

    Em 5:6-8, observe a descrição do estado lamentável da sociedade de Is-rael nessa época. O povo estava tão temeroso que se mudava das aldeias para as cidades fortificadas, e era pe-rigoso viajar pelas estradas principais. O declínio na vida social e moral da nação era uma conseqüência inevitá-vel do declínio espiritual dela.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Juízes Capítulo 5 do versículo 1 até o 31
    5.1 O cântico de Débora é reconhecido como um dos melhores exemplos de uma ode de triunfo, preservada na literatura hebraica. Provavelmente fez parte de uma antologia de poesia (cf.Nu 21:14; Js 10:13 e 2Sm 1:18). Foi Débora que compôs o cântico, segundo o v 7. O convite lançado no v 12 não é considerado incoerente com a sua autoria.

    5.2 Os chefes se puseram à frente de Israel, lit., "no quebrantamento dos quebradores em Israel”, ou, ainda, outra possibilidade seria. "Quando mechas de cabelos compridos apareceram em Israel". Neste último caso referir-se-ia à prática de deixar os cabelos crescerem para cumprir com seus votos (cf.Nu 6:5, Nu 6:18; indicando que era uma guerra santa, à qual o povo se dedicara de corpo e alma. • N. Hom. "O Louvor do Senhor no Mundo" está seguro:
    1) Quando Seu povo se oferece voluntariamente à Sua causa (2);
    2) Quando os líderes despertados da apatia e conclamados à ação se oferecem de todo coração (9, 12, 13);
    3) Quando o Senhor Todo-Poderoso vai à frente, na luta (4; conforme He 2:10; 2Co 2:14-47).

    5.4 Os céus gotejaram. Talvez uma referência ao aguaceiro que contribuiu para a derrota dos cananeus (4.15n).

    5.5 Sinai. É o mesmo Deus onipotente da Aliança que guiou o Povo Escolhido na travessia do deserto que, ultimamente, abriu o caminho da vitória para as forças de Israel (conforme 4.15n).

    5:6-8 Descreve a condição desolada da região norte de Israel, sujeita à extorsão dos cananeus. Cessaram as caravanas. Plena anarquia reinava, de modo que a prática do comércio se tornou impossível.

    5.8 Escolheram-se deuses novos. O motivo da miséria é sempre a substituição do único Deus por deuses falsos. Quarenta mil. O número de homens disponíveis para a formação do exército.

    5:15-17 De honra e de glória são coroados os corajosos voluntários de Israel. Denúncia merecida vem sobre as tribos que colocaram sua segurança individual acima do desafio dos seus irmãos. Dã. Aparentemente ainda não havia migrado para o norte. Sua terra logo foi tomada pelos filisteus, forçando seu deslocamento para o norte da Galiléia.

    5.19 Reis. Uma aliança de reis de cidades, com suas forças armadas, juntaram-se a Jabim, rei de Hazor, principal cidade da região norte. Taanaque, junto às águas de Megido. É a opinião dos entendidos que Taanaque e Megido dificilmente poderiam pertencer à mesma época. Há uma indicação aqui de que Megido já não era mais habitada, nesta conjuntura. O nível VII, das escavações desta cidade, foi destruído entre 1150-1125 a.C., indicando a época desta vitória de Israel sobre seus inimigos.

    5.20 Pelejaram as estrelas. No fim, a justiça predominará. A própria natureza flagelará os rebeldes contra Deus.

    5.23 Meroz. Uma cidade desconhecida que deixou de participar da luta; ainda que localizada próxima à área de batalha. Não vieram em socorro do Senhor. É pressuposto que Deus se identifica integralmente com Seu povo, enquanto este for obediente. No NT, o Senhor Jesus Cristo, por meio do Seu Espírito, participa da igreja verdadeira que é Seu Corpo, formando assim a comunhão dos santos (1Co 12:12, 1Co 12:13). Por isso, o prejudicar, a "um destes pequeninos que crêem em mim", é severamente condenado (conforme Mt 18:6), enquanto o socorrer e o apoiar aos filhos de Deus é fazê-lo a Cristo (Mt 25:45).

    5:28-30 A ansiedade no coração provocada pela demora do comandante do exército cananeu é dramatizada pela conversa imaginada da mãe de Sísera, consigo e com as damas. Uma vez que era o costume do capitão supervisionar a distribuição dos despojos, é sugerido que a demora seria devido à vastidão dos despojos. Estofos de várias cores. Os artigos mais finos e valiosos eram reservados para o comandante. No lugar de bordados se vestira de pano de saco e cinzas. Moças, lit. "mulher nova", "rapariga", destaca a miséria das mulheres, ao caírem sob o poder dos invasores.

    5.31 Os que te amam. A conclusão do cântico se torna clara: os que se rebelam contra o Senhor perecem; porém os que o amam e servem-no serão exaltados como o Sol (conforme Dn 12:3).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Juízes Capítulo 5 do versículo 1 até o 31
    O relato poético (5:1-31)
    No cap. 5, não temos somente um segundo relato paralelo da batalha, mas uma das peças mais antigas e mais sofisticadas da poesia hebraica que sobreviveu daquela época. Os eruditos concordam que o cerne do poema é quase contemporâneo aos eventos descritos, e com freqüência é considerado mais confiável do que o cap. 4. Enquanto estivermos apreciando a confiabilidade histórica dessa testemunha, precisamos ter em mente dois fatores muito importantes. Em primeiro lugar, no estilo poético é comum encontrar hipérbole e linguagem figurada. Em segundo lugar, o silêncio acerca de algo no poema (e.g., a respeito de Jabim) tem de ser considerado simplesmente um silêncio — ele não é a negação do evento ou da pessoa que está omitindo. Com essas ressalvas, há pouco nos dois relatos que não possa ser facilmente harmonizado e nada que torne necessária a hipótese de fontes conflitantes.
    O poema (v. NBD, “Poesia”, acerca de comentários sobre o estilo), geralmente conhecido como “cântico de Débora” (embora Baraque esteja incluído no título, mas conforme v. 7 etc.), pode ser chamado também de “hino da vitória” ou “ode do triunfo”. A sugestão popular vê nele a celebração cantada como parte da cerimônia de renovação da aliança (A. Weiser, ZAW 71 [1959] p. 67-97), embora a evidência para esse contexto continue sendo uma conjectura. O cântico dá toda a glória pela vitória a Javé, o Deus da aliança de Israel. O poema pode ser dividido de diversas formas, mas os tópicos complementares da bênção e da maldição parecem proeminentes em todo ele. Confere-se bênção a Javé pelos seus atos (v. 4,5), pelos voluntários que estão dispostos a se levantar (v. 2,9), pela derrota do inimigo (v. 19-22) e pela morte de Sísera (v. 24-27). Bênção é devida especificamente também a Jael (v. 24-27) e Débora, junto com as tribos que aceitaram o chamado de Deus para a batalha (v. 13-18). De modo oposto, a maldição é o destino de Meroz (v. 23), das tribos que não responderam ao chamado (v. 13-18), de Sísera (v. 24-27) e da mãe de Sísera (v. 28,30). Finalmente, todos os inimigos do Senhor são amaldiçoados, enquanto os que o amam são abençoados como o sol quando se levanta na sua força (v. 31).

    Ao longo de todo o poema, um retrato vívido é pintado das condições que prevaleciam antes, durante e depois da grande vitória de Javé contra o seu inimigo mais obstinado. Começando com o sumário da vida nos dias de Sangar (v. 6-8), continuando com o esboço da ordem da batalha à medida que as tribos são chamadas (v. 12-18) e culminando com os detalhes da fuga no Quisom (v. 19-22) e a morte de Sísera (v. 24-27), o poema conclui com o cântico de escárnio acerca da morte deste. Embora com base no poema possamos deduzir alguns detalhes da batalha, o seu propósito não é nos informar mas evocar o nosso louvor. E isso o poema faz de forma profunda, mesmo que simples.
    v. 2. Consagrem-se para a guerra os chefes de Israel', a BJ traz “os guerreiros soltaram a cabeleira”; isso reflete uma leitura possível dessa locução difícil em hebraico, mas faltam evidências para guerreiros com cabeleira em Israel. A locução paralela que segue é clara, louvem o Senhor: a chave para o propósito geral do cântico, v. 3. Ouçam, ó reis! Governantes, escuteml. um bom exemplo de paralelismo sinônimo, em que a segunda linha confirma e reforça a primeira. Na segunda parte do versículo, temos um paralelismo ascendente, ou em forma de degraus, em que cada linha ou locução acrescentada é somada à anterior.

    v. 4. 0 Senhor, quando saíste de Seir. nos v. 4,5, Deus é celebrado num retrato da sua poderosa teofania no Sinai. Esse tipo de narração do poder de Deus mostrado na natureza é comum na litania dos salmos (conforme He 3:3-58) e adequado aqui quando o controle de Deus sobre a natureza é a chave da vitória (v. 20,

    21). Temos aqui o retrato de uma tempestade muito intensa, destacando a tradição de raios e trovões no relato de Êxodo (Êx 19:16). Em Quisom, ao contrário do Sinai, é a chuvarada que é o fator decisivo. Edom: referências a Seir e Edom têm levado alguns estudiosos a buscar o monte Sinai a leste do vale da Arabá. Conforme Dt 33:2; Hc 3:3 e Sl 68:0,Dt 4:10 para incluir Efraim, Benjamim, Maquir (geralmente a metade oriental de Manassés, aqui provavelmente a ocidental — conforme Nu 26:29; Nu 27:1) e Issacar entre os que aceitaram o chamado. Entre os repreendidos, estão Rúben e Gileade (possivelmente Gade), na Transjordânia; Aser, no norte, próximo da costa dos fenícios; e Dã, que aparentemente ainda está na sua localização ao sul, na costa. A referência a Meroz (v. 23) é desconhecida, fazendo faltar somente as tribos de Judá e Simeão, as duas distantes geograficamente.

    v. 14. de Efraim [...] Amaleque-, lit. “de Efraim sua raiz está (em) Amaleque”. Conforme Jz

    12.15, mas alguns eruditos emendam ‘"mãlêq para ‘êmeq (vale). As mudanças de “sua raiz” são conjecturas, vara de oficial, lit. “a pena do escriba (sõpêr)”, provavelmente aqui alguém que contava os voluntários que se apresentavam. v. 15. Issacar. embora a batalha tivesse ocorrido no território deles, é estranho que o cap. 4 omita essa tribo. Com base em

    5.18, vemos que Naftali e Zebulom eram os líderes do conflito. Possivelmente Issacar e outros foram chamados a se juntar em um estágio posterior da batalha, líderes de\ a NEB, ao reordenar as palavras no hebraico, chega a “juntaram-se [...] na rebelião”, muita inquietação.: o texto hebraico da segunda linha incorpora pequenas mudanças da primeira. A AB encontra nessa variação um jogo de palavras que contrasta “comandantes orientados por ordens” com “comandantes covardes”.

    v. 17. Gileade: considerado por muitos, inclusive algumas versões antigas, como Gade. Conforme 10:7-18 e 11.1, em que essa identificação é mais difícil. Dã: talvez seja uma referência a danitas empregados por comerciantes ca-naneus ou filisteus. Conforme o cap. 18, aparentemente a ser datado depois de Débora, v. 19. Os reis de Ganaâ: Sísera e Jabim eram líderes de uma coalizão. Canaã na idade do bronze consistia em pequenas cidades-Estado, cada qual com o seu rei. Taanaque, junto às águas de Megido: Taanaque, uma cidade residencial menor, junto com o grande centro administrativo Megido, a 8 quilômetros a noroeste, estava localizada na beira da cadeia do Car-melo com vista para o Quisom. As duas foram destruídas em aproximadamente 1125 a.C. (P. W. Lapp, BA 30 [1967], p. 8-9), possivelmente em conseqüência da vitória de Débora. As águas, sem dúvida, são uma referência a alguns pântanos do Quisom nas proximidades de Taanaque. (Conforme D.A. Baly, Geography of the Bible, London, 1974, ed. rev., p. 125, 151). v. 20. Desde o céu lutaram as estre-las\ não há necessidade de concluir que os israelitas pensavam que as estrelas produziam a chuva, embora Ugarite forneça alguns paralelos interessantes. A poesia simplesmente indica uma origem celestial para a derrota de Sísera.

    v. 23. ajudar o Senhor: todos os participantes da liga deviam fidelidade primeiramente a Javé, como aquele que havia feito a aliança. Da mesma forma, ajudar irmãos crentes não é uma opção para os cristãos do Novo

    Testamento; é sua responsabilidade de aliança. Conforme 1Co 12:12-46. v. 24. a mais bendita das mulheres'. Jael, apesar da natureza cruel do seu ato violento, manteve a fidelidade da aliança com a nação à qual o seu povo havia sido unido. O fato de Héber ter feito a paz (heb. sãlôm, possivelmente um termo da aliança) com Jabim (4,17) era uma violação do seu compromisso anterior com Javé. v. 26. esmagou e traspassou suas têmporas: v.comentário Dt 4:21. Em um “cântico de escárnio” épico ou num “hino de vitória”, essas descrições vívidas eram esperadas.

    v. 28-30. O tom de ironia e de escárnio prevalece, e não simpatia, como alguns têm sugerido, v. 29. As mais sábias de suas damas: a explicação delas, que é bastante razoável, intensifica ainda mais a ironia. O leitor sabe que Sísera não vai retornar, v. 30. Uma ou duas moças [...] roupas Coloridas: os resultados comuns da vitória.

    v. 31. Assim pereçam todos os seus inimigos... o cântico termina com uma bênção e uma maldição. E a conclusão lógica de um hino que expressa responsabilidades pactuais com Javé e seu povo. O uso desse tipo de hino nas orações da comunidade seria uma extensão natural do seu propósito.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Juízes Capítulo 3 do versículo 7 até o 31

    B. Os Opressores e os Libertadores de Israel. 3 : 7 - 16: 31.

    Depois de uma introdução geral que descreve a vida durante o período dos Juizes, temos uma série de episódios específicos. Em cada exemplo lemos sobre a idolatria de Israel, com seu castigo subseqüente.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Juízes Capítulo 5 do versículo 1 até o 31
    VII. O CÂNTICO DE DÉBORA E BARAQUE. Jz 5:1-7; Jz 12:15). Após de ti vinha Benjamim (14). Quanto ao grito de guerra dos homens daquela tribo cfr. Dn 5:8. De Maquir (14). Geralmente era a parte oriental de Manassés; mas aqui talvez sejam as duas combinadas: a oriental e a ocidental. Passando com o cajado do escriba (14). Em hebraico: shebhet sopher. O cajado era talvez o símbolo ou emblema do ofício de escriba. A referência nesta altura (cerca de 1150 a.C.) a um escriba não é de surpreender, assim como a alusão à "cidade dos livros" em Jz 1:11. A escrita alfabética foi utilizada durante muitos séculos ao longo da costa da Síria, desde o primitivo alfabeto de Serabit, na península do Sinai (uma forma antiga do alfabeto original norte semítico, do qual o da Fenícia e outros alfabetos semíticos foram derivados), ao alfabeto cuneiforme de Ras Shamra (uma adaptação do dito alfabeto norte semítico). Grandes quantidades de papiro foram exportadas do Egito para a Fenícia cerca de 1100 a.C. Veja-se Jz 8:14.

    >Jz 5:17

    Gileade ficou dalém do Jordão (17). Referência à tribo de Gade que, como a de Rúben (16), não tomou parte na batalha. E Dã por que se deteve em navios? (17). Alusão provável à parte norte da tribo de Dã e aos barcos que tinha no lago Hule; mas poderá ser que o texto também se refira à mesma tribo, quando ainda habitava a costa ocidental de Canaã, apesar de já ter começado a emigrar para o norte (cfr. Jz 18:1 e segs.), e é certo alguns terem ficado para trás (cfr. Jz 13:2). Aser se assentou nos portos do mar (17). O território de Aser foi em breve invadido pelos fenícios. Em Taanaque, junto às águas de Megido (19), isto é, perto da torrente de Quisom. Possivelmente a cidade de Megido estava deserta nessa altura. Desde os céus pelejaram: até as estrelas desde os lugares dos seus cursos pelejaram contra Sísera (20). Alude-se à cheia provocada pelas chuvas torrenciais que afundou os carros de Sísera. Cfr. Js 10:12 e segs. Meroz (23). Foi identificada com Kirbet Marus a cerca Dt 13:0. Rachou-lhe a cabeça (26). A palavra hebraica halaph (literalmente: "atravessar") aparece em 20:24.

    >Jz 5:28

    A mãe de Sísera... exclamava pela grade (28). O final do cântico é movimentado e colorido. Repare-se nesta cena da janela de acentuado sabor oriental. E até ela respondia a si mesma (29), como a convencer-se que tudo corria bem. Apesar da confiança tranqüilizadora das damas, não se calarão os seus pressentimentos. Uma ou duas moças a cada homem (30). A palavra moça (heb. raham) encontra-se na pedra moabita de Mesa (cerca de 850 a.C.) no sentido depreciativo de "moça" ou "criada". Despojos de várias cores de bordados (30). Os hebreus eram exímios na arte de tingir, como é fácil depreender-se da descrição das tendas do deserto e das vestes sacerdotais. Talvez que dos egípcios herdassem tal ciência. Escavações revelaram que o tingir as lãs era uma indústria destacada em Debir e Mispa de Benjamim. Para os pescoços do despojo (30). Segundo outra leitura teríamos: "um despojo para o meu pescoço". Assim, ó Senhor, pereçam todos os teus inimigos (31). Invocando uma maldição sobre os inimigos do Senhor e uma bênção para os Seus amigos, a conclusão do cântico assemelha-se grandemente ao Sl 68:1-19.


    Dicionário

    Coração

    substantivo masculino Órgão torácico, oco e muscular, que funciona como o motor central da circulação do sangue.
    Figurado Parte anterior do peito em que se sente as pulsações cardíacas.
    Objeto com a forma estilizada desse órgão: corrente um coração de prata.
    Figurado Conjunto das faculdades emocionais; sede da afetividade; caráter, índole: tem um bom coração.
    Figurado O que se traz na memória: trago seu nome gravado em meu coração.
    Figurado Demonstração de afeição; amor: conquistaste meu coração.
    Figurado Parte central de alguma coisa; objeto situado no centro: sua casa fica no coração da cidade.
    expressão Coração duro. Coração de pedra; pessoa sem sentimentos.
    Coração de leão. Grande coragem.
    Coração mole. Predisposição para se comover ou se emocionar.
    Coração de ouro. Generosidade, grande bondade.
    Abrir o coração. Fazer confidências.
    Cortar o coração. Causar grande dor ou constrangimento.
    Com o coração nas mãos. Com toda a sinceridade.
    De coração ou de todo o coração. Com o máximo de empenho; com toda a boa vontade; com toda a sinceridade.
    Sem coração. Diz-se da pessoa insensível.
    [Medicina] Coração de atleta. Hipertrofia do coração por excesso de exercício.
    [Medicina] Coração artificial. Aparelho destinado a assegurar a circulação do sangue, quando necessário isolar do circuito sanguíneo do coração natural, para uma intervenção cirúrgica.
    Etimologia (origem da palavra coração). Pelo espanhol corazón.

    Do latim cor, cordis, que significa “coração” ou “órgão que bombeia o sangue para o corpo”.

    os hebreus empregavam esta palavra no sentido de ser a sede de toda a vida mental – inteligência, vontade e emoção (Ez 13:2os 7:11Lc 8:15At 16:14).

    [...] O coração, por exemplo, é o recanto por onde flui o calor suave e generoso das boas impressões que ele guarda acerca da vida e das esperanças por tempos melhores. É o espaço interior propício a que se realize sua capacidade de acolher em plenitude a lei do Amor e suas manifestações.
    Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O coração é o meu templo

    [...] O coração é o terreno que mais deveremos cultivar, pois é dele que nascem as forças de nossa vida. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    Espontaneidade do sentimento nos nossos atos, nas idéias e em sua expressão.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mediunidades diversas

    [...] o coração é mais do que a bomba que impulsiona o sangue por todo o organismo. Sendo o órgão fisiológico mais resistente que se conhece no ser pensante, porquanto começa a pulsar a partir do vigésimo quinto dia de vida do feto, continua em ação palpitando cem mil vezes diariamente, no que resultam quarenta milhões de vezes por ano, e quando cessa a vida se desorganiza, advindo a morte dos equipamentos orgânicos com a sua conseqüente degenerescência. A pouco e pouco, alguns cientistas dão-se conta de que ele é portador de uma energia vital, que o mantém e o impulsiona ininterruptamente. Essa energia seria permutável, podendo ser intercambiada com outros indivíduos que se beneficiariam ou não, conforme o teor de que se constitua, positiva ou negativa, cálida ou fria, estimuladora ou indiferente. Seguindo essa linha de raciocínio, estão concluindo que esse órgão é portador da faculdade de pensar, tornando afirmativa a tradicional voz do coração a que se referem poetas, escritores, artistas, amantes e... Jesus.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cérebro e coração

    Nosso coração é um templo que o Senhor edificou, a fim de habitar conosco para sempre.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18


    Coração
    1) Órgão que bombeia o sangue (Ex 28:29).

    2) Em sentido figurado, o coração é a sede do intelecto (Gn 6:5), dos sentimentos (1Sm 1:8) e da vontade (Sl 119:2).

    Coração Nos evangelhos, a palavra tem um conteúdo simbólico, servindo para designar os sentimentos (Jo 16:6.22), o íntimo da personalidade (Mt 15:8; Mc 7:6), a origem do pensamento (Mc 2:6.8; Lc 3:15) e do entendimento (Lc 24:25). Também em sentido figurado, afirma-se que o coração é o lugar das decisões morais (Mt 22:37; Mc 12:30; Lc 10:27) e, por isso, onde se opta pela fé e se acolhe Jesus (Lc 24:32) ou ainda onde acontece a incredulidade (Mc 6:52). Quem decidiu seguir Jesus tem um coração puro (Mt 5:8) e nele reina a paz (Jo 14:1.27).

    Currais

    masc. pl. de curral

    cur·ral
    (origem controversa)
    nome masculino

    1. Área descoberta cercada ou recinto coberto fechado onde se recolhe o gado. = CORTE

    2. [Depreciativo] Casa ou local imundo. = POCILGA

    3. [Portugal: Açores] [Agricultura] Parcela de terreno vinícola demarcado por muros de pedra solta, geralmente basáltica, que protegem as videiras dos ventos marítimos e do mau tempo. = CURRALETA

    4. [Brasil] Cercado (nos rios) para reter o peixe.


    Grandes

    masc. e fem. pl. de grande

    gran·de
    (latim grandis, -e)
    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    1. Que tem dimensões maiores do que o habitual (ex.: saco grande). = AVANTAJADOMIÚDO, PEQUENO, REDUZIDO

    2. Cuja extensão é maior do que a média (ex.: rio grande). = COMPRIDO, EXTENSO, LONGOCURTO, PEQUENO

    3. Que é maior do que aquilo que devia ser (ex.: o chapéu não me serve, é muito grande).PEQUENO

    4. Que é de estatura acima da média (ex.: criança grande).PEQUENO

    5. Que se desenvolveu oui cresceu (ex.: planta grande). = CRESCIDO, DESENVOLVIDO, MEDRADOPEQUENO

    6. Que atingiu a maioridade (ex.: as pessoas grandes podem ser muito complicadas). = ADULTO, CRESCIDO

    7. Que se prolonga no tempo; que dura bastante (ex.: dias grandes; férias grandes). = COMPRIDOBREVE, CURTO, EFÉMERO, FUGAZ

    8. Que apresenta grande quantidade de algo (ex.: família grande). = NUMEROSO, QUANTIOSOPEQUENO

    9. Que tem importância ou influência (ex.: um grande banqueiro). = IMPORTANTE, INFLUENTE, PODEROSO, PRESTIGIOSODESIMPORTANTE, INSIGNIFICANTE, IRRELEVANTE, PEQUENO

    10. Difícil, grave (ex.: um grande problema).INSIGNIFICANTE, IRRELEVANTE, SIMPLES

    11. Que é intenso, forte (ex.: um grande amor).FRACO, LEVE

    12. [Pejorativo] Que é ou existe em elevado grau (ex.: grande mentiroso).

    13. Que se destaca ou sobressai positivamente em relação a outros (ex.: grandes nomes do cinema). = EMINENTE, ILUSTRE, RESPEITÁVELDESCONHECIDO, IGNOTO, MODESTO

    14. Que revela coragem, heroísmo (ex.: foi um grande bombeiro). = CORAJOSO, HERÓICO, VALENTECOBARDE, FRACO

    15. Que mostra bondade ou generosidade (ex.: um grande coração). = BOM, BONDOSO, GENEROSO, MAGNÂNIMOMAU, MESQUINHO, RUIM, TORPE, VIL

    16. Que é excessivo, exagerado (ex.: fugiram a grande velocidade). = ALTOBAIXO, REDUZIDO

    17. Que tem muita qualidade ou muito valor (ex.: um grande filme). = EXCELENTE, EXTRAORDINÁRIO, FABULOSO, MAGNÍFICO, ÓPTIMOMAU, PÉSSIMO, RUIM

    18. Que é considerável, importante (ex.: grande satisfação).

    19. Que é composto por muitos elementos (ex.: grande comunidade de pescadores). = NUMEROSOPEQUENO, REDUZIDO

    20. Que é relativo a uma cidade e às suas zonas periféricas (ex.: mapa da Grande São Paulo; região da Grande Lisboa). [Geralmente com inicial maiúscula.]

    nome de dois géneros

    21. Pessoa alta.

    22. Indivíduo adulto. = CRESCIDOPEQUENO

    23. Indivíduo com poder e influência.


    à grande
    Com largueza.

    à grande e à francesa
    De modo grandioso; com grande ostentação ou esplendor.


    Rebanhos

    masc. pl. de rebanho

    re·ba·nho
    nome masculino

    1. Porção de gado lanígero e, por extensão, de alguns outros animais guardados por um pastor.

    2. Figurado Conjunto dos fiéis de uma religião ou seita com relação ao seu guia espiritual.

    3. Conjunto dos paroquianos ou diocesanos. = GREI

    4. Colectividade de pessoas que se deixam guiar pelo capricho de alguém.

    5. Grei; grémio.

    6. Ornitologia Gavião ou francelho (ave de rapina).


    Ruben

    -

    Rúben

    Eis um filho! o filho mais velhode Jacó e Lia (Gn 29:32). Em resultado do seu mau procedimento perdeu o direito de primogênito e todos os privilégios aderentes à primogenitura (Gn 35:22). Ele livrou José da morte, opondo-se a seus irmãos (Gn 37:22). No Êxodo continha a tribo de Rúben 46.500 homens de mais de 21 anos, e aptos para o serviço (Nm 1:20-21 – 2,11) – e em poder estava em sexto lugar. Alguns morreram na conspiração de Coré (Nm 16:1Dt 11:6). A sua herança foi um território do lado oriental do rio Jordão, limitado ao norte pelo ribeiro de Jazer, ao sul pelo ribeiro de Arnom, ao ocidente pelo Jordão, e ao oriente pelas montanhas de Gileade. Este território, com o nome moderno de Belca, é ‘ainda estimado acima de todos os outros pelos possuidores de gado lanígero. É rico de água, coberto de boa relva, e manifesto aos olhos de todos nestes ilimitáveis terrenos incultos, que sempre foram e sempre hão de ser o favorito recurso das errantes tribos pastoris’. os descendentes de Rúben foram a pouco e pouco perdendo toda a associação de sentimentos e de interesse com as tribos ocidentais, afastando-se, além disso, do culto ao Senhor. E desaparecem da história, quando foram levados para a Mesopotâmia por Tiglate-Pileaer (1 Cr 5.26). Não há indicação alguma de que qualquer juiz, profeta ou herói tivesse pertencido à tribo de Rúben.

    O primogênito de Jacó com sua esposa Lia. É bem provável que seu nome derive de dois vocábulos hebraicos que provavelmente signifiquem “veja, um filho”. Entretanto, o jogo de palavras em Gênesis 29:32 relaciona seu nome à frase traduzida como “o Senhor atendeu à minha aflição”. Lia viu o fim de sua esterilidade como resultado da graça de Deus.

    Sobre a infância de Rúben, só sabemos a respeito do incidente registrado em Gênesis 30:14ss, quando ele encontrou mandrágoras no campo e levou-as para sua mãe. Rúben, contudo, foi um personagem de menor importância no relato da constante rivalidade entre sua mãe e Raquel.

    Embora seja apresentado resumidamente, o caráter de Rúben foi revelado em seu envolvimento com Bila, serva de Raquel e concubina de Jacó (Gn 35:22). Devido a esse fato, seu pai não lhe concedeu a porção dobrada da herança que era direito do primogênito (Gn 49:3-4). Este incidente é mencionado posteriormente como a razão pela qual os rubenitas não foram mencionados como descendentes do primogênito na restauração depois do exílio, como era de se esperar (1Cr 2:1-1Cr 5:1).

    Rúben desempenhou um papel único no tratamento que os dez irmãos mais velhos deram a José. Embora muito provavelmente compartilhasse o sentimento deles de inveja e ciúme, foi ele quem persuadiu os demais a não matá-lo (Gn 37:21). De fato, seu plano era voltar e resgatar o irmão mais tarde (v. 22). Não sabemos se a autoridade dele sobre os irmãos era fraca ou se a determinação deles contra José era muito forte, pois seguiram apenas parcialmente suas instruções, vendendo o irmão como escravo. Rúben ficou genuinamente desgostoso quando soube o que tinham feito (v. 29), embora provavelmente estivesse mais aflito por ter de enfrentar o pai do que com o bem-estar de José. Afinal, deixara o irmão abandonado dentro de uma cisterna sem água. Rúben parecia mais preocupado com as conseqüências de chegar em casa sem o filho favorito de Jacó (v. 30).

    Essa preocupação maior com as conseqüências do que com o reconhecimento do erro refletiu-se mais tarde no Egito. Ele interpretou a situação difícil criada pelo representante do Faraó, o qual não percebeu que era José, como castigo de Deus sobre eles (Gn 42:22). Deve-se mencionar, entretanto, que Rúben era o melhor entre os dez irmãos, pois, embora suas ações não fossem recomendáveis, demonstrava ter mais consciência do que os outros. Talvez como irmão mais velho tenha aprendido mais sobre as fúteis tentativas do próprio pai de enganar a Providência. Demonstrava ser possuídor de uma nova determinação de fazer as coisas da maneira certa, que se refletiu no modo como entregou seus próprios filhos como garantia a Jacó, caso não trouxesse Benjamim de volta do Egito (Gn 42:37).

    Quando Canaã finalmente foi distribuída entre as tribos, a de Rúben recebeu o território no lado oriental do rio Jordão (veja Ogue e Siom). Veja a bênção de Moisés sobre esta tribo em Deuteronômio 33:6. M.J.G.


    Rúben [Vejam, Um Filho!]


    1) Filho mais velho de Jacó e Léia (ou Lia) (Gn 29:32; 30.14; 35.22; 37:19-22; 42.37).


    2) TRIBO de Israel (Nu 1:20-21; 32:1-33; Js 13:15-23).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Juízes 5: 16 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Por que permaneceste tu entre os currais para ouvires os balidos dos rebanhos? Nos rios- divisores de Rubem houve grandes esquadrinhações do coração.
    Juízes 5: 16 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1235 a.C.
    H1419
    gâdôwl
    גָּדֹול
    excelente / grande
    (great)
    Adjetivo
    H2714
    chêqer
    חֵקֶר
    .. .. ..
    (.. .. ..)
    Substantivo
    H3427
    yâshab
    יָשַׁב
    e morava
    (and dwelled)
    Verbo
    H3820
    lêb
    לֵב
    ser interior, mente, vontade, coração, inteligência
    (of his heart)
    Substantivo
    H4100
    mâh
    מָה
    o que / aquilo
    (what)
    Pronome
    H4942
    mishpâth
    מִשְׁפָּת
    fogueiras, montes de cinzas
    (two sheepfolds)
    Substantivo
    H5739
    ʻêder
    עֵדֶר
    rebanho, manada
    (flocks)
    Substantivo
    H6391
    pᵉluggâh
    פְּלֻגָּה
    ()
    H7205
    Rᵉʼûwbên
    רְאוּבֵן
    o filho mais velho de Jacó com Lia
    (Reuben)
    Substantivo
    H8085
    shâmaʻ
    שָׁמַע
    ouvir, escutar, obedecer
    (And they heard)
    Verbo
    H8292
    shᵉrûwqâh
    שְׁרוּקָה
    ()
    H996
    bêyn
    בֵּין
    e entre
    (and between)
    Prepostos


    גָּדֹול


    (H1419)
    gâdôwl (gaw-dole')

    01419 גדול gadowl ou (forma contrata) גדל gadol

    procedente de 1431; DITAT - 315d; adj

    1. grande
      1. grande (em magnitude e extensão)
      2. em número
      3. em intensidade
      4. alto (em som)
      5. mais velho (em idade)
      6. em importância
        1. coisas importantes
        2. grande, distinto (referindo-se aos homens)
        3. o próprio Deus (referindo-se a Deus) subst
      7. coisas grandes
      8. coisas arrogantes
      9. grandeza n pr m
      10. (CLBL) Gedolim, o grande homem?, pai de Zabdiel

    חֵקֶר


    (H2714)
    chêqer (khay'-ker)

    02714 חקר cheqer

    procedente de 2713; DITAT - 729a; n m

    1. uma busca, investigação, procura, indagação, algo a ser procurado

    יָשַׁב


    (H3427)
    yâshab (yaw-shab')

    03427 ישב yashab

    uma raiz primitiva; DITAT - 922; v

    1. habitar, permanecer, assentar, morar
      1. (Qal)
        1. sentar, assentar
        2. ser estabelecido
        3. permanecer, ficar
        4. habitar, ter a residência de alguém
      2. (Nifal) ser habitado
      3. (Piel) estabelecer, pôr
      4. (Hifil)
        1. levar a sentar
        2. levar a residir, estabelecer
        3. fazer habitar
        4. fazer (cidades) serem habitadas
        5. casar (dar uma habitação para)
      5. (Hofal)
        1. ser habitado
        2. fazer habitar

    לֵב


    (H3820)
    lêb (labe)

    03820 לב leb

    uma forma de 3824; DITAT - 1071a; n m

    1. ser interior, mente, vontade, coração, inteligência
      1. parte interior, meio
        1. meio (das coisas)
        2. coração (do homem)
        3. alma, coração (do homem)
        4. mente, conhecimento, razão, reflexão, memória
        5. inclinação, resolução, determinação (da vontade)
        6. consciência
        7. coração (referindo-se ao caráter moral)
        8. como lugar dos desejos
        9. como lugar das emoções e paixões
        10. como lugar da coragem

    מָה


    (H4100)
    mâh (maw)

    04100 מה mah ou מה mah ou ם ma ou ם ma também מה meh

    uma partícula primitiva, grego 2982 λαμα; DITAT - 1149 pron interr

    1. o que, como, de que tipo
      1. (interrogativa)
        1. o que?
        2. de que tipo
        3. que? (retórico)
        4. qualquer um, tudo que, que
      2. (advérbio)
        1. como, como assim
        2. por que
        3. como! (exclamação)
      3. (com prep)
        1. em que?, pelo que?, com que?, de que maneira?
        2. por causa de que?
        3. semelhante a que?
          1. quanto?, quantos?, com qual freqüência?
          2. por quanto tempo?
        4. por qual razão?, por que?, para qual propósito?
        5. até quando?, quanto tempo?, sobre que?, por que? pron indef
    2. nada, o que, aquilo que

    מִשְׁפָּת


    (H4942)
    mishpâth (mish-pawth')

    04942 משפט mishpath

    procedente de 8192; DITAT - 2441c; n m

    1. fogueiras, montes de cinzas
      1. sentido incerto
    2. (CLBL) apriscos de ovelhas, alforges
      1. sentido incerto

    עֵדֶר


    (H5739)
    ʻêder (ay'-der)

    05739 עדר ̀eder

    procedente de 5737; DITAT - 1572a; n m

    1. rebanho, manada
      1. rebanho
      2. manadas, rebanhos e manadas

    פְּלֻגָּה


    (H6391)
    pᵉluggâh (pel-oog-gaw')

    06391 פלגה p eluggaĥ

    procedente de 6385; DITAT - 1769c; n. f.

    1. divisão

    רְאוּבֵן


    (H7205)
    Rᵉʼûwbên (reh-oo-bane')

    07205 ראובן R e’uwben̂

    procedente do imperativo de 7200 e 1121, grego 4502 Ρουβην; n. pr. m. Rúben = “eis um filho”

    1. o filho mais velho de Jacó com Lia
    2. a tribo descendente de Rúben
    3. o território habitado pela tribo de Rúben

    שָׁמַע


    (H8085)
    shâmaʻ (shaw-mah')

    08085 שמע shama ̀

    uma raiz primitiva; DITAT - 2412, 2412a v.

    1. ouvir, escutar, obedecer
      1. (Qal)
        1. ouvir (perceber pelo ouvido)
        2. ouvir a respeito de
        3. ouvir (ter a faculdade da audição)
        4. ouvir com atenção ou interesse, escutar a
        5. compreender (uma língua)
        6. ouvir (referindo-se a casos judiciais)
        7. ouvir, dar atenção
          1. consentir, concordar
          2. atender solicitação
        8. escutar a, conceder a
        9. obedecer, ser obediente
      2. (Nifal)
        1. ser ouvido (referindo-se a voz ou som)
        2. ter ouvido a respeito de
        3. ser considerado, ser obedecido
      3. (Piel) fazer ouvir, chamar para ouvir, convocar
      4. (Hifil)
        1. fazer ouvir, contar, proclamar, emitir um som
        2. soar alto (termo musical)
        3. fazer proclamação, convocar
        4. levar a ser ouvido n. m.
    2. som

    שְׁרוּקָה


    (H8292)
    shᵉrûwqâh (sher-oo-kaw')

    08292 שרוקה sh eruwqaĥ ou (por permuta) שׂריקה sh eriyqaĥ

    part. pass. de 8319; DITAT - 2468b; n. f.

    1. som de flauta, assobio, silvo

    בֵּין


    (H996)
    bêyn (bane)

    0996 בין beyn

    (algumas vezes no pl. masc. ou fem.) de fato, a forma construta de um outro substantivo não utilizada procedente de 995; DITAT - 239a; subst m (sempre usado como prep)

    1. entre, entre vários, no meio de (com outras preps), dentre