Enciclopédia de I Samuel 15:11-11

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1sm 15: 11

Versão Versículo
ARA Arrependo-me de haver constituído Saul rei, porquanto deixou de me seguir e não executou as minhas palavras. Então, Samuel se contristou e toda a noite clamou ao Senhor.
ARC Arrependo-me de haver posto a Saul como rei; porquanto deixou de me seguir, e não executou as minhas palavras. Então Samuel se contristou, e toda a noite clamou ao Senhor.
TB Arrependo-me de ter constituído rei a Saul, porque deixou de me seguir e não cumpriu as minhas ordens. Indignou-se Samuel e clamou a Jeová toda a noite.
HSB נִחַ֗מְתִּי כִּֽי־ הִמְלַ֤כְתִּי אֶת־ שָׁאוּל֙ לְמֶ֔לֶךְ כִּֽי־ שָׁב֙ מֵאַֽחֲרַ֔י וְאֶת־ דְּבָרַ֖י לֹ֣א הֵקִ֑ים וַיִּ֙חַר֙ לִשְׁמוּאֵ֔ל וַיִּזְעַ֥ק אֶל־ יְהוָ֖ה כָּל־ הַלָּֽיְלָה׃
BKJ Arrependi-me de haver estabelecido Saul como rei; pois ele virou as costas para não me seguir, e não tem cumprido os meus mandamentos. E isto consternou Samuel; e ele clamou ao SENHOR toda a noite.
LTT Arrependo-Me de haver posto a Saul como rei; porquanto desviou-se de seguir após Mim, e não cumpriu as Minhas palavras. Então Samuel se contristou, e durante toda aquela noite clamou ao SENHOR.
BJ2 "Arrependo-me de haver dado a realeza a Saul, porque ele se afastou de mim e não executou as minhas ordens". Então Samuel se contristou e clamou a Iahweh a noite toda.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Samuel 15:11

Gênesis 6:6 Então, arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra, e pesou-lhe em seu coração.
Josué 22:16 Assim diz toda a congregação do Senhor: Que transgressão é esta, com que transgredistes contra o Deus de Israel, deixando hoje de seguir ao Senhor, edificando-vos um altar, para vos rebelardes contra o Senhor?
I Samuel 12:23 E, quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o Senhor, deixando de orar por vós; antes, vos ensinarei o caminho bom e direito.
I Samuel 13:13 Então, disse Samuel a Saul: Agiste nesciamente e não guardaste o mandamento que o Senhor, teu Deus, te ordenou; porque, agora, o Senhor teria confirmado o teu reino sobre Israel para sempre.
I Samuel 15:3 Vai, pois, agora, e fere a Amaleque, e destrói totalmente tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas e desde os camelos até aos jumentos.
I Samuel 15:9 E Saul e o povo perdoaram a Agague, e ao melhor das ovelhas e das vacas, e às da segunda sorte, e aos cordeiros, e ao melhor que havia e não os quiseram destruir totalmente; porém a toda coisa vil e desprezível destruíram totalmente.
I Samuel 15:35 E nunca mais viu Samuel a Saul até ao dia da sua morte; porque Samuel teve dó de Saul. E o Senhor se arrependeu de que pusera a Saul rei sobre Israel.
II Samuel 24:16 Estendendo, pois, o Anjo a sua mão sobre Jerusalém, para a destruir, o Senhor se arrependeu daquele mal; e disse ao Anjo que fazia a destruição entre o povo: Basta, agora retira a tua mão. E o Anjo do Senhor estava junto à eira de Araúna, o jebuseu.
I Reis 9:6 Porém, se vós e vossos filhos de qualquer maneira vos apartardes de mim e não guardardes os meus mandamentos e os meus estatutos que vos tenho proposto, mas fordes, e servirdes a outros deuses, e vos curvardes perante eles,
Salmos 36:3 As palavras da sua boca são malícia e engano; deixou de entender e de fazer o bem.
Salmos 78:41 Voltaram atrás, e tentaram a Deus, e duvidaram do Santo de Israel.
Salmos 78:57 Mas tornaram atrás e portaram-se aleivosamente como seus pais; viraram-se como um arco traiçoeiro,
Salmos 109:4 Em paga do meu amor, são meus adversários; mas eu faço oração.
Salmos 110:4 Jurou o Senhor e não se arrependerá: Tu és um sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque.
Salmos 119:136 Rios de águas correm dos meus olhos, porque os homens não guardam a tua lei. Tsadê.
Salmos 125:5 Quanto àqueles que se desviam para os seus caminhos tortuosos, levá-los-á o Senhor com os que praticam a maldade; paz haverá sobre Israel.
Jeremias 9:1 Prouvera a Deus a minha cabeça se tornasse em águas, e os meus olhos, em uma fonte de lágrimas! Então, choraria de dia e de noite os mortos da filha do meu povo.
Jeremias 9:18 E se apressem e levantem o seu lamento sobre nós; e desfaçam-se os nossos olhos em lágrimas, e as nossas pálpebras destilem águas.
Jeremias 13:17 E, se isso não ouvirdes, a minha alma chorará em lugares ocultos, por causa da vossa soberba; e amargamente chorarão os meus olhos e se desfarão em lágrimas, porquanto o rebanho do Senhor foi levado cativo.
Jeremias 18:7 No momento em que eu falar contra uma nação e contra um reino, para arrancar, e para derribar, e para destruir,
Amós 7:3 Então, o Senhor se arrependeu disso. Não acontecerá, disse o Senhor.
Jonas 3:10 E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha dito lhes faria e não o fez.
Jonas 4:2 E orou ao Senhor e disse: Ah! Senhor! Não foi isso o que eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me preveni, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus piedoso e misericordioso, longânimo e grande em benignidade e que te arrependes do mal.
Sofonias 1:6 e os que deixam de andar em seguimento do Senhor, e os que não buscam ao Senhor, nem perguntam por ele.
Mateus 5:44 Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem,
Mateus 24:13 Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.
Lucas 6:12 E aconteceu que, naqueles dias, subiu ao monte a orar e passou a noite em oração a Deus.
Lucas 19:41 E, quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela,
Romanos 9:1 Em Cristo digo a verdade, não minto (dando-me testemunho a minha consciência no Espírito Santo):
Hebreus 10:38 Mas o justo viverá da fé; e, se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A AMEAÇA FILISTÉIA

séculos XII a XI a.C.
QUEM ERAM OS FILISTEUS
Sem dúvida, os filisteus representavam a ameaça mais séria à nação de Israel. Em seu quinto ano de reinado - 1180 a.C. Ramsés Ill, rei do Egito, derrotou os "povos do mar" numa batalha naval corrida, provavelmente, na foz do Nilo. Seus atos foram registrados em relevos entalhados nas paredes do templo consagrado a Amon em Medinet Habu, na margem ocidental do Nilo, próximo a Tebas. Esses relevos mostram os povos do mar chegando no Egito em carroções e embarcações .com suas famílias e pertences (parte do povo se deslocou por terra, acompanhando a costa do Levante). Um dos grupos dos povos do mar, chamado de pereset, é retratado usando adornos para a cabeça feitos com penas ou pedaços de junco alinhados perpendicularmente a uma faixa horizontal. Esse grupo corresponde as filisteus do Antign Testamento.
Um dos símbolos pictográficos encontrados num disco de argila em Festo, Creta, datado do século XVII a.C., mostra um adorno para a cabeça bastante parecido com os de Medinet Habu. Esta semelhança e a referência de Amós a Caftor' como local de procedência dos filisteus indicam que eram um grupo de origem cretense. A designação Caftor é equiparada com o nome egípcio Keftyw ("Creta"). E provável que os filisteus tenham sido expulsos de Creta por outros povos do mar, cuja identidade não vem ao caso aqui. Porém, estudos de anéis anuais de árvores europeias e mudanças de nível em turfeiras e lagos sugerem a ocorrência de uma crise no clima da Europa c. 1200 a.C., fato que pode ter desencadeado as migrações.
Os egípcios afirmavam ter conquistado uma grande vitória em sua batalha contra os povos do mar. O Papiro de Harris de Ramsés IV (1153-1147 a.C.) - um papiro com 40 m de comprimento no qual se encontram registrados os acontecimentos do reinado de Ramsés III - declara: "Derrotei todos aqueles que ultrapassaram os fronteiras do Egito, vindos de suas terras. Aniquilei o povo danuna vindo de suas ilhas, os tiekker e os pereset (filisteus)... os sherden e os weshwesh do mar foram exterminados". Os filisteus derrotados se assentaram na planície costeira do sul da Palestina, daí o nome dessa região.

A CULTURA FILISTÉIA
À chegada dos filisteus na Palestina é marcada em termos arqueológicos por suas cerâmicas peculiares (Período Micênico HIC1b), bastante semelhantes a exemplares egeus. Os filisteus foram o primeiro povo a usar o ferro na Palestina e, portanto, arqueologicamente, sua chegada também é marcada pela transição da Idade do Bronze para a Idade do Ferro. Devido ao monopólio desse metal pelos filisteus, os israelitas se tornarem dependentes de seus ferreiros para afar ferramentas. Cinco cidades filistéias importantes foram fundadas na costa do Mediterrâneo ou próximo a esta: Gaza, Asquelom, Asdode, Ecrom e Gate. O governante da cidade era chamado, em hebraico, de seren, um termo usado apenas para governantes filisteus e associado, por meio da língua grega, à palavra "tirano".

SANSÃO
O juiz Sangar libertou Israel dos filisteus, mas quem recebe destaque é Sansão, o juiz com forças sobre-humanas demonstradas quando ele matou mil homens com a queixada de um jumento e carregou a porta da cidade de Gaza até o alto de um monte? que julgou sobre Israel durante doze anos.* Seu ponto fraco, a atração por mulheres estrangeiras, o levou a perder os cabelos, a força e a visão. Apesar de seus atos de heroísmo dramáticos, Sansão não livrou Israel da opressão filistéia.

SAMUEL
Os filisteus representavam uma ameaça inigualável.' Eram soldados disciplinados possuíam armas superiores às dos israelitas. Cansados de invadir e saquear periodicamente o território de Israel, procuraram conquistá-lo em caráter definitivo. Deslocando-se do litoral para o interior, ocuparam grande parte dos montes da região central. Foi nesse contexto que Samuel cresceu na cidade de Siló, na região montanhosa de Efraim. Ali ficava o tabernáculo, ao qual haviam sido acrescentadas algumas construções permanentes," formando um complexo chamado de "templo do Senhor"." Durante sua juventude, Samuel foi instruído pelo sacerdote idoso Eli. Ao atingir a idade adulta, Samuel foi reconhecido como profeta do Senhor em todo o Israel, desde Da até Berseba. Também atuou como juiz, percorrendo um circuito que incluía Betel, Gilgal, Mispa e Ramá, a cidade onde morava.

OS FILISTEUS TOMAM A ARCA
De acordo com o livro de Samuel, depois que os filisteus mataram quatro mil israelitas no campo de batalha em Afeca, o povo pediu que a arca da Aliança fosse trazida de Siló para o acampamento israelita em Ebenézer (possivelmente Izbet Sarteh). Quando os filisteus ouviram os gritos de júbilo dos israelitas, pensaram que um deus havia chegado ao acampamento de Israel. Na batalha subsequente, os israelitas foram massacrados: trinta mil soldados, inclusive os dois filhos rebeldes de Eli, morreram e a arca da aliança foi tomada. Ao receber essa notícia, Eli caiu da cadeira onde estava assentado, quebrou o pescoço e morreu. Sua nora também morreu durante o parto, exclamando: "Foi-se a glória de Israel" (1Sm 4:22).
jarro de cerveja filisteu, com coador embutido para remover as cascas da cevada. Asdode, século XIl a.C
jarro de cerveja filisteu, com coador embutido para remover as cascas da cevada. Asdode, século XIl a.C
O mapa mostra o circuito percorrido por Samuel nos montes ao norte de Jerusalém ao exercer a função de juiz.
O mapa mostra o circuito percorrido por Samuel nos montes ao norte de Jerusalém ao exercer a função de juiz.
A chegada dos filisteus A chegada dos filisteus na costa da Palestina foi parte de uma migração mais ampla de um grupo chamado de Povos do Mar, os quais o rei egipcio Ramsés Ill derrotou numa batalha naval na foz do rio Nilo, em 1180 a.C.
A chegada dos filisteus A chegada dos filisteus na costa da Palestina foi parte de uma migração mais ampla de um grupo chamado de Povos do Mar, os quais o rei egipcio Ramsés Ill derrotou numa batalha naval na foz do rio Nilo, em 1180 a.C.
esquife antropóide feito de argila, encontrado em Bete-Seá; século XIl a XI a.C.
esquife antropóide feito de argila, encontrado em Bete-Seá; século XIl a XI a.C.
batalha naval entre Ramsés Ill e os Povos do Mar (1180 a.C.). Relevo do templo de Amon em Medinet Habu, Egito. Os guerreiros filisteus são representados usando seus ornamentos característicos a cabeça.
batalha naval entre Ramsés Ill e os Povos do Mar (1180 a.C.). Relevo do templo de Amon em Medinet Habu, Egito. Os guerreiros filisteus são representados usando seus ornamentos característicos a cabeça.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Samuel Capítulo 15 do versículo 1 até o 35
C. A MISSÃO CONTRA AMALEQUE, 1Sm 15:1-35

1. O Compromisso de Saul com a sua Incumbência (15:1-9)

Samuel foi levar uma mensagem do Senhor a Saul. O povo de Amaleque já tinha chega-do aos limites da iniqüidade. Em Levítico 18 encontra-se uma lista dos pecados dos mora-dores da região, que incluía os amalequitas. Esse povo pecador e guerreiro tinha atacado os israelitas pela primeira vez em Refidim (Êx 17:8-13; Dt 25:17-18), onde foram derrota-dos. Mais tarde, eles entraram em Horma (Nm 14:43-45), onde tiveram êxito. Eles uniram forças com Eglom, rei de Moabe, em um ataque contra Israel (Jz 3:13) e com os midianitas nas suas incursões às colheitas e aos rebanhos de Israel (Jz 6:3-5,33; 7.12; 10.12).

A ordem era destruir totalmente (3), uma frase que literalmente significa "banir". A palavra (charam, cherem) em geral é usada com respeito a objetos ou pessoas que estão sob o julgamento de Deus, e que devem ser destruídos ou tornar-se uma propriedade especial do Senhor. A palavra corresponde à extração radical de um câncer, realizada por um cirurgião, para evitar que o mal se espalhe pelo corpo. Para deixar claro o fato de que esta não era uma guerra que tinha simplesmente o objetivo de saquear e roubar, Israel recebeu a ordem de não levar os despojos.Irodas as criaturas vivas deveriam ser levadas à morte, e, no caso de Jericó (Js 6:17-2i — "anátema" significa cherem, "colocado sob anátema"), tudo o que pudesse ser queimado deveria ser destruído pelo fogo, e a prata, o ouro, o metal e o ferro deveriam ser consagrados a Deus.

Saul reuniu o seu exército em Telaim (4), cuja localização é desconhecida. Havia 200 mil homens de onze tribos e 10 mil de Judá, outra evidência da separação entre elas, que no final resultaria em dois reinos. Antes de iniciar o grande ataque, Saul avisou aos queneus (6) que se separassem dos amalequitas, entre os quais habitavam. Os primeiros eram um povo relacionado com os midianitas e os amalequitas. Eram ferreiros por profissão, e ti-nham favorecido os israelitas durante os anos que passaram no deserto. Saul realizou um

ataque esmagador sobre os acampamentos dos amalequitas desde Havilá, no deserto ára-be perto do Sinai, até Sur, a leste do Egito e ligada com as suas fortificações de fronteira (7). Mas o rei e os israelitas permitiram que vivesse o rei Agague e trouxeram o melhor do rebanho (9). Vil e desprezível — de acordo com Moffatt, "comum e sem valor".

2. A Rejeição do Rei (15:10-35)

Saul agora enfrentava a sua prova final. Ele fora avisado em muitas ocasiões, mas tinha fracassado repetidas vezes. O Senhor disse a Samuel: Arrependo-me de haver posto a Saul como rei (11) — a palavra hebraica, nacham, "arrepender", significa "sus-pirar, sentir muito, lamentar", e, quando usada a respeito de Deus, indica uma mudança de planos com relação aos instrumentos ou agentes humanos. O termo mais caracteristi-camente utilizado para o arrependimento humano no sentido evangélico ou do Novo Testamento é shuwb, "virar ou retornar". Embora Samuel, sem dúvida, tivesse visto a chegada da crise, entristeceu-se muito e toda a noite clamou ao Senhor.

Quando Samuel veio a Saul, este atrevidamente disse: Executei a palavra do Se-nhor (13). A resposta clássica de Samuel foi: "Que balido, pois, de ovelhas é este nos meus ouvidos, e o mugido de vacas que ouço?" (14). Uma vez mais Saul culpou o povo que, disse ele, perdoou ao melhor das ovelhas e das vacas, para as oferecer ao Senhor, teu Deus (15). O significado da palavra teu é clara. O Senhor já não era mais o Deus de Saul.

Com pesar, Samuel revelou a Saul o que Deus lhe dissera. Face às repetidas alegações de obediência do rei, Samuel fez uma das maiores afirmações com a natureza da verdadei-ra devoção que se encontra na literatura profética: "Tem, porventura, o Senhor tanto pra-zer em holocaustos e sacrifícios como em que se obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar; e o atender melhor é do que a gordura de carneiros. Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e o porfiar é como iniqüidade e idolatria" (22,23). Após desprezar a Palavra do Senhor, Saul foi rejeitado como o rei do povo de Deus.
Saul imediatamente confessou: Pequei (24) ; uma confissão que não parece sincera, uma vez que ele ainda culpava o povo e estava mais preocupado com a sua reputação do que com o seu caráter (25; cf. também 30). O rasgar acidental da capa de Samuel ilustra dra-maticamente a perda do reino. O julgamento contra Saul era agora definitivo, pois a Força de Israel (29) não mudaria, novamente, os seus propósitos em relação a Saul. A palavra hebraica para Força é netsach, literalmente "o objetivo", como um objeto brilhante em cuja direção alguém daria "a glória, o esplendor". Ela só é usada aqui como um título de Deus.

Samuel rendeu-se à insistência de Saul para que oferecessem sacrifícios juntos. Mas a "adoração" do rei parecia ser somente aparente, e formada por palavras vazias (30,31). O velho profeta executou pessoalmente Agague (32,33). Saul havia demonstrado a sua falta de dignidade para governar. O seu sucessor seria agora escolhido — apesar disso Samuel teve dó de Saul (35). O Senhor se arrependeu — cf.comentário sobre 15.11.

Sobre o significado de animosamente (32), leia-se: "E, animadamente, Agague apro-ximou-se dele, cujo significado é: "Certamente a amargura da morte já passou" (Berk.).

O obedecer é melhor do que o sacrificar, 22, isto é visto no decorrer de toda esta narrativa. Aqui temos (1) uma obediência parcial, 10,11, cf. 3,9; (2) uma fidelidade declarada, 12,13; (3) um fracasso público, 14-19; (4) uma desculpa insatisfatória, 20,21; (5) uma repreensão profética, 22,23; (6) um arrependimento fingido, 24-27; (7) a des-truição predita, 28-31.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de I Samuel Capítulo 15 versículo 11
Arrependo-me... minhas palavras:
O amor de Deus espera ser correspondido e, por isso, ele não permanece indiferente diante das ações dos seres humanos (cf., p. ex., Jr 18:7-10). Se estes não obedecem às suas ordens ou não cumprem devidamente a missão que lhes havia confiado, ele não pode fazer menos do que agir de acordo com isso (conforme Sl 50:16-21; Jr 26:3,Jr 26:13,Jr 26:19). Ver também Am 7:3,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Samuel Capítulo 15 do versículo 1 até o 35
*

15:1

Enviou-me o SENHOR a ungir-te. Samuel menciona seu papel na unção de Saul a fim de estabelecer o contexto da continuação de seu serviço como mediador das ordens de Deus a Saul (10.1, nota).

atenta, pois, agora, às palavras do SENHOR. As palavras hebraicas traduzidas por "atentar" e “palavras”, lit. "voz" são repetidas várias vezes nesse capítulo, ressaltando o tema central da obediência ("atentar," "dar ouvidos," "obedecer," e "voz," e "balido... mugido" nos vs. 1, 14, 19, 20, 22, 24).

* 15:2

Amaleque. Descendentes de Esaú (segundo Gn 36:12, 16), os amalequitas eram um povo nômade do deserto que habitava no sul de Judá e além, na direção do Egito. Lutavam freqüentemente contra os israelitas. Ver referências lateral, e Jz 3:13; 6.3-5, 33; 7:12; 10:12.

* 15:3

destrói totalmente. Lit. "colocá-los sob a maldição." Isso significa devotar pessoas ou objetos completamente ao Senhor. Na guerra, isso usualmente exigia a destruição total das propriedades e a execução das pessoas. A inclusão de animais nesse versículo é algo especialmente notável. Essa maldição era um elemento da "guerra santa" e não podia ser decretada por ninguém a não ser Deus.

homem e mulher, meninos e crianças de peito. Ver 22.19 e nota.

* 15:4

Telaim. Trata-se provavelmente de Telém, alistada em Js 15:24 como uma das cidades de Judá. A Septuaginta (tradução grega primitiva do Antigo Testamento) contém "Gilgal" que, segundo alguns têm sugerido, foi o local onde Samuel deu suas instruções a Saul (vs. 1-3).

* 15:6

porque usastes de misericórdia. Talvez uma alusão à bondade do sogro queneu de Moisés (Jz 1:16) registrada em Êx 18.

* 15:7

desde Havilá até... Sur. Ver Gn 25:18. Sur é mencionada em 27.8 como sendo um local nas fronteiras do território amalequita, perto da fronteira oriental do Egito. A localização de Havilá permanece incerta, mas o sentido geral da referência é que a vitória de Saul foi bastante ampla.

* 15.8 Agague.

Este é um nome pessoal, ou um título, assim como "Faraó"; ver Nm 24:7; "agagita" em Et 3:1.

todo o povo. Não se trata de "todos" sem exceção, mas de todos quantos caíram nas mãos de Saul (há referências posteriores aos amalequitas em 27.8; 30.1, 18). Para este sentido limitado de "todos", conforme 13 7:31-6.

* 15:9

Saul e o povo pouparam. Agiram de modo contrário às ordens do Senhor (v. 3). O desejo de tirar proveito da vitória pode ter sido o motivo da relutância em destruir coisas de valor. Acã apropriou-se de bens que tinham sido condenados à destruição, aparentemente porque era cobiçoso (Js 7:1). Ao leitor não é contado o motivo de Saul ter poupado Agague, quer seja a política, assim como a misericórdia que Acabe teve com Ben-Hadade (1Rs 20:30-34), quer seja o orgulho, o desejo de demonstrar publicamente seus cativos como troféus de guerra. Saul realmente levantou um monumento da vitória, "para si" (v. 12).

* 15:11

"Arrependo-me." Ver nota em v. 29.

deixou de me seguir. Essa é uma grave acusação formal, tendo em vista 12.14, onde a obediência e o seguir ao Senhor são citados como sendo os requisitos essenciais para um reinado bem-sucedido.

Samuel se contristou. Lit. "Samuel irou-se." A mesma expressão hebraica é empregada em 18.8 e 2Sm 6:8.

toda a noite clamou ao SENHOR. Fica claro que Samuel não sente nenhum prazer na rejeição de Saul (v. 35; 16.1).

* 15.12 Carmelo. Cerca de 12 km ao sul de Hebrom (25.2; Js 15:55). Não se trata do monte Carmelo ao norte.

levantou para si um monumento. O paralelo mais próximo acha-se em 2Sm 18:18, onde Absalão "levantara para si uma coluna" a fim de celebrar o seu nome.

* 15.14-23. Esses versículos demonstram as características padronizadas de um discurso de julgamento profético contra um indivíduo (2.27-36, nota), mas nesse caso o acusado, Saul, vigorosamente contesta as acusações.

* 15.15 os trouxeram ... para os sacrificar. Como resposta à acusação de Samuel, Saul oferece duas desculpas: Primeiro, o povo é o culpado, e não ele; segundo, os animais seriam oferecidos como sacrifício. Samuel responderá a essas desculpas.

*

15.17 pequeno aos teus olhos. Sejam quais tenham sido as idéias de Saul a respeito da sua condição como rei, Samuel rejeita sua tentativa de evitar sua responsabilidade pessoal por aquilo que acontecera.

* 15:19

te lançaste ao despojo. Samuel rejeita a alegação de que os animais foram poupados por serem necessários para o sacrifício. Quanto ao verbo traduzido "lançar-se," ver 25.14, nota.

* 15.20,21 Desconsiderando o repúdio de Samuel às suas desculpas, Saul as repete com teimosia.

* 15.22, 23 A forma poética desses dois versículos ressalta sua importância culminante nesse episódio.

* 15.22 holocaustos. Ver nota em 10.8.

o obedecer é melhor do que o sacrificar. Embora Samuel obviamente não acredite na desculpa de Saul (v. 19, nota), mostra que mesmo na hipótese de haver verdade nisso, a lição é que a prática de rituais não tem valor quando não é acompanhada por um espírito sincero e submisso. Ver denúncias semelhantes de rituais sem conteúdo, feitas posteriormente por outros profetas de Israel: Is 1:10-17; Jr 6:19, 20; 7.21-26; Os 6:6; Am 5:21-24; Mq 6:6-8; também Sl 51:16, 17; Pv 15:8; 21:3, 27.

*

15.23 rebelião... feitiçaria... idolatria. A feitiçaria e a idolatria eram pecados especialmente graves.

Visto que rejeitaste... ele também te rejeitou a ti. Quando Samuel chega ao ponto de pronunciar a sentença contra Saul, expressa-a de uma maneira que deixa clara a justiça do veredito divino. O delito e o castigo correspondem entre si (2.27-36, nota). Embora a falha de Saul no cap. 13 resultasse no fim de suas esperanças para sua dinastia (13.14), sua desobediência no contexto presente implica no fim do seu direito pessoal de ser rei. O capítulo seguinte narra como Davi foi ungido e como o Espírito do Senhor afastou-se de Saul (16.13, 14).

* 15.24, 25 Finalmente, Saul começa a aceitar a responsabilidade ("Pequei"), embora continue culpando o povo por ter dado início aos eventos lastimáveis. ("Temi o povo e dei ouvidos à sua voz"). Superficialmente, a confissão de Saul parece adequada, mas levando-se em conta as advertências de Samuel em 12.14, 15, suas confissões parecem não conduzi-los à possibilidade de uma reconciliação, mas à certeza de que "perecerá" (12.25). Saul passará a oferecer uma segunda confissão, mais honesta, no v. 30.

* 15.26 Não tornarei contigo. Samuel, ao recusar-se a voltar com Saul, dá a impressão de não estar satisfeito com a sinceridade da confissão como um todo (v. 30, nota).

* 15.28 rasgou... o reino. Samuel aproveita o incidente do manto como símbolo apropriado de o Senhor ter "rasgado o reino" de Saul (conforme 24.4, 5; 1Rs 11:29-33).

*

15.29 não mente, nem se arrepende. A rejeição de Saul é decisiva, e nenhuma tentativa de mitigar as suas conseqüências surtirá efeito. Não há contradição entre essa declaração e as declarações nos vs. 11 e 35 de que o SENHOR "se arrependeu" de ter constituído Saul rei, embora "arrepender-se" represente a mesma palavra hebraica que "lastimar-se" nesse versículo. Assim como em Nm 23:19, a lição é que quando o Senhor faz um pronunciamento que visa ser definitivo, ele não pode ser persuadido a mudar de idéia.

* 15.30 honra-me. A verdadeira preocupação de Saul torna-se clara na sua segunda confissão (vs. 24, 25 e nota). Conforme Samuel parece já suspeitar (v. 26, nota), Saul se interessa menos por se reconciliar com o Senhor do que ser honrado diante dos anciãos do "meu povo." Em troca dessa honra, Saul se oferece a tratar com reverência o SENHOR "teu" Deus.

* 15.31 Samuel seguiu a Saul. Vários motivos pela mudança da decisão anterior de Samuel (v. 26) podem ser sugeridos: (a) Saul finalmente fez uma confissão sincera; (b) não existe o perigo, depois dos vs. 28, 29, de que Saul interprete a atitude de Samuel como retratação do julgamento que pronunciou; (c) Samuel ainda vai lidar com Agague.

*

15.35 Samuel... tinha pena de Saul. Ver nota no v. 11.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Samuel Capítulo 15 do versículo 1 até o 35
15.2-3 por que ordenou Deus tão tremenda destruição? Os amalecitas eram uma banda de terroristas guerrilheiros. Viviam de atacar a outras nações para apoderar-se de suas riquezas e suas famílias. Foram os primeiros em atacar aos israelitas quando estes entraram na terra prometida, e seguiram atacando os campos israelitas cada vez que tinham a oportunidade. Deus sabia que os israelitas nunca poderiam viver pacificamente na terra prometida enquanto existissem os amalecitas. Também sabia que suas práticas corruptas e idólatras ameaçavam a relação dos israelitas com O. A única forma de proteger a alma e o corpo dos israelitas era destruir completamente a essa nação jaqueta e todas suas posses, incluindo seus ídolos.

15:9 Saul e seus homens não destruíram todo o bota de cano longo de guerra como o ordenou Deus (15.3). A lei de dedicar algo -apartá-lo- inteiramente para a destruição era bem conhecida para os israelitas. Algo que estivesse sob a "proibição" de Deus devia ser completamente destruído (Dt 20:16-18). Deus queria evitar que a idolatria invadisse ao Israel, porque muitas de suas coisas de valor eram ídolos. O violar esta lei era castigado com a morte (Josué 7). Mostrava falta de respeito e total desacato a Deus porque violava diretamente seu mandamento.

Quando encobrimos o pecado para proteger o que temos ou para nos beneficiar materialmente, não estamos sendo preparados, a não ser desobedecendo a lei de Deus. A obediência seletiva não é mais que outra classe de desobediência.

15:11 Quando Deus disse que se lamentava por ter feito rei ao Saul, estava dizendo que tinha cometido um engano? O comentário de Deus foi uma expressão de tristeza, não o reconhecimento de um engano (Gn 6:5-7). Um Deus onisciente não pode cometer enganos; portanto, Deus não trocou de parecer. Entretanto, sim trocou de atitude para o Saul quando Saul trocou. O coração do Saul já não pertencia mais a Deus, a não ser a seus próprios interesses.

15:12 Saul construiu um monumento a si mesmo. Que contraste com o Moisés e Josué, quem lhe deu o reconhecimento a Deus.

15:13, 14 Saul pensou que tinha ganho uma grande vitória sobre os amalecitas, mas Deus o viu tudo como um grande fracasso. Saul o tinha desobedecido e logo tinha mentido ao Samuel a respeito dos resultados da batalha. Possivelmente Saul pensou que sua mentira não seria detectada, ou que o que tinha feito não era mau. Saul se enganava a si mesmo.

A gente que não é veraz chega a acreditar as mentiras que lança a seu redor. Depois deixa de ver a diferença entre o que é verdade e o que é mentira. Ao acreditar suas próprias mentiras, engana-se a si mesmo, se aísla de Deus e perde credibilidade frente a outros. À larga, a verdade triunfa.

15:22, 23 Este é o primeiro dos numerosos lugares na Bíblia onde se repete o tema "obedecer é melhor que os sacrifícios" (Sl 40:6-8; Sl 51:16-17; Pv 21:3; Is 1:11-17; Jr 7:21-23; Os 6:6; Mq 6:6-8; Mt 12:7; Mc 12:33; Hb 10:8-9). Estava dizendo Samuel que o sacrifício não tinha importância? Não, estava exortando ao Saul a que analisasse as razões pelas que fazia o sacrifício e não o sacrifício mesmo. Um sacrifício era um transação ritual entre o homem e Deus que demonstrava fisicamente uma relação entre ambos. Mas se o coração da pessoa não estava completamente arrependido ou se não amava verdadeiramente a Deus, o sacrifício era um ritual vazio. As cerimônias religiosas ou os rituais são vazios a menos que se levem a cabo com uma atitude de amor e obediência. "Ser religioso" (ir à igreja, servir em uma atividade, dar esmola) não basta se não praticarmos nossa devoção nem a obediência a Deus.

15:23 A rebeldia e a obstinação são pecados graves. São algo mais que ser independentes e de caráter forte. As Escrituras as compara com a adivinhação (feitiçaria) e a idolatria, pecados que merecem a morte (Ex 22:18; Lv 20:6; Dt 13:12-15; Dt 13:18-10; Mq 5:10-14).

Saul se voltou rebelde e obstinado, e portanto não nos surpreende que Deus finalmente o tenha rechaçado e destituído de seu trono. A rebeldia contra Deus é possivelmente o mais sério de todos os pecados, porque na medida que uma pessoa se rebela, fecha a porta ao perdão e à restauração ante Deus.

15:26 As desculpas do Saul tinham chegado ao final. Era o momento de ajustar contas. Deus não estava rechaçando ao Saul como pessoa. O rei ainda podia procurar o perdão e restaurar sua relação com Deus, mas já era muito tarde para lhe devolver seu reino. Se você não for responsável com o que Deus lhe confiou, à larga lhe esgotarão as desculpas. Todos nós algum dia daremos conta de nossos atos (Rm 14:12; Ap 22:12).

15:30 Saul estava mais preocupado pelo que dirão que pelo estado de suas relações com Deus (15.24). Rogou ao Samuel que o acompanhasse a adorar como uma demonstração pública de que o profeta ainda o apoiava. Se Samuel lhe houvesse dito que não, provavelmente o povo tivesse perdido toda confiança no Saul.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Samuel Capítulo 15 do versículo 1 até o 35

VIII. "Obedecer é melhor" (1Sm 15:1 ; Nu 14:45 ; Jz 3:13 ; Jz 7:12 ). Pode ser, de acordo 1Sm 15:33 , que Samuel sabia das atrocidades recentes cometidos pelos amalequitas. Contra esse inimigo implacável de Israel havia sido pronunciado o Cherem (Dt 25:17 ).

Samuel, o líder religioso de Israel, veio a Saul, o líder político firmemente estabelecida, com um lembrete de que ele, Samuel, tinha realizado a vontade de Deus para ungir Saul como rei. O lembrete foi acompanhada por uma ordem divina, Agora vá e fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo o que têm ... (v.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Samuel Capítulo 15 do versículo 1 até o 35
  • Desobediência (cap. 15)
  • Deus daria mais uma chance a Saul para testar a si mesmo, dessa vez ao destruir total mente os antigos ini-migos de Israel, os amalequitas (Dt 25:17-5; Êx 17:16). Contudo, Saul não obedeceu ao Senhor; ele reser-vou a melhor parte dos despojos para si mesmo e não matou Agague, o rei dos amalequitas. O Senhor disse a Samuel que Saul estava aca-bado, e o profeta, contristado, orou a noite toda. Quando Samuel abor-dou Saul, o rei mentiu-lhe e disse que obedecera à Palavra de Deus. Quase no mesmo momento em que Saul falou, seus pecados foram des-cobertos, pois os animais começa-ram a fazer barulho. Mais uma vez, Saul recorreu às desculpas: "O povopoupou o melhor das ovelhas e dos bois, para os sacrificar ao Senhor, teu Deus; o resto, porém, [ele e os líderes] destruímos totalmente". Assim, Samuel transmitiu a mensa-gem do Senhor para o rei rejeitado: Saul perdeu sua humildade terrena (9:
    21) e tornou-se orgulhoso e deso-bediente; ele rebelou-se contra a Pa-lavra do Senhor e tentou consertar sua desobediência com sacrifícios (vv. 21-23). Saul substituira o dizer pelo fazer (15:13); desculpas por confissão (15:15 e 21); e o sacrifício pela obediência (v. 22). Ele era rá-pido em criticar e culpar os outros, mas não estava disposto a encarar os próprios pecados.

    Saul, quando Samuel estava para deixá-lo, confessou seus pe-cados, mas sua confissão não im-pressionou o profeta (vv. 24-27). A confissão verdadeira envolve mais que apenas dizer: "Pequei";

    significa arrependimento e verda-deiro pesar pelo pecado. Quando Samuel virou-se, Saul segurou seu manto, e este se rasgou, e Samuel interpretou isso como uma profecia de que o reino seria tirado de Saul e dado a outro homem (Davi). O versículo 30 revela que Saul estava mais preocupado com o que o povo pensava do que com o que Deus pensava. Ele queria ter boa repu-tação, mas não caráter verdadeiro. Samuel adorou com Saul e depois matou Agague como o Senhor or-denara, mas essa foi a última vez que Samuel caminhou com Saul. Este perdeu seu melhor amigo, per-deu a bênção do Senhor, perdeu o reinado. Desse ponto em diante, Saul segue por um caminho obscu-ro e tortuoso, em que, por fim, aca-ba por ser rejeitado e morto por um dos próprios amalequitas que não quis destruir (2Sm 1:13).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Samuel Capítulo 15 do versículo 1 até o 35
    15.2,3 Amaleque. Um povo de origem antiga e incerta (Gn 14:7; Nu 24:20). É provável que seja descendente de Esaú (Gn 36:16). Foi o primeiro a atacar a Israel no deserto, e fê-lo traiçoeiramente, quando este estava desfalecido. Era um foco constante de males, pelo que Deus determinou o seu extermínio. Foi uma espécie de higiene moral e social.

    15.6 Queneus. Era um povo bom e pacífico, que descendia de Jetro, o sacerdote de Midiã. • N. Hom. Recompensa de Deus.
    1) Hobade, filho de Jetro e cunhado de Moisés, ficou com Israel, a pedido, para servir de guia no deserto (Nu 10:29-4);
    2) Por isso, também a graça do Senhor ficou para sempre com ele e habitou na terra prometida (Jz 1:16; Dt 13:16-5; Js 11:12).

    15.23a A resposta de Samuel expressa uma doutrina (Dn 6:6; Mt 9:13; Mt 12:7). Muitos confundem os termos desta frase e acham-nos obscuros porque se esquecem que a passagem está escrita em bonito estilo poético, contendo dois admiráveis paralelos, expressos em três pares de sinônimos: rebelião (meri) com obstinação (haphetser), pecado (hattath) com iniqüidade (aven) e feitiçaria (qesem) com adivinhação (terafim). Uma tradução melhor seria: "Porque a rebelião é como o pecado de feitiçaria; e a obstinação é como a iniqüidade da adivinhação". O texto grego (LXX) diz: "Porque a adivinhação é pecado e a consulta ao terafim causa tristeza e angústia (hipocondria)", o que lança certa luz sobre a doença de Saul (16:14-23). Terafim, é algo mais que simples "ídolos do lar" (ver 19.13). É como o Urim e o Tumim, tanto na forma como na natureza (14.18, 41). É uma espécie de órgão oracular (Dn 3:4; Zc 10:2; Ez 21:21; 2Rs 23:24). 15.23b Visto que rejeitaste... também te rejeitou... As palavras de Saul, "teu Deus" (15.21, 30), indicam que Saul deixou de servir a Deus, pelo que, também o Senhor deixou de servi-lo. Saul é rejeitado definitivamente (28), Em conseqüência, sofre de hipocondria; para outros, de esquizofrenia.

    15.35 Nunca mais viu Samuel a Saul Uma tradução mais correta seria: "Nunca mais procurou Samuel a Saul". Saul, porém, procurou a Samuel, passados 8 anos (ver 19.24).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Samuel Capítulo 15 do versículo 1 até o 35
    d)    A guerra com os amalequitas: Saul é rejeitado como rei (15:1-35)
    Esse resumo é seguido de um epílogo no cap. 15. No cap. 13, Saul já tinha descoberto que Javé tinha a intenção de substituí-lo por um homem segundo o seu coração (13.14); agora parece que Samuel lhe oferece a última oportunidade. Javé exige a derrota e aniquilação total dos amalequitas. Alguns eruditos têm tentando explicar a tolerância de Saul como resultado de humanitarismo, mas isso não é sustentável. A destruição completa dos amalequitas era um exemplo de herem, a “dedicação” a Javé de tudo que foi saqueado (cf. Js 6:18; Js 7:1,Js 7:1 lss). Saul estava completamente consciente disso; ele mesmo tinha invocado isso impetuosamente numa situação anterior e estava disposto a permitir que Jônatas se tornasse vítima desse voto.

    Com duzentos mil soldados de infantaria e dez mil de Judá (uma divisão prevendo eventos futuros), Saul marchou contra Amaleque. Advertiu os queneus, associados de Moisés que viviam entre os amalequitas (Jz 1:16), e então lançou a sua ofensiva. A vitória foi completa, mas Saul poupou Agague (v. 9), o rei amalequita, e o melhor dos animais.

    v. 10-23. Samuel ficou sabendo da obediência incompleta de Saul por meio de revelação direta de Javé: Arrependo-me de ter posto Saul como rei, pois ele me abandonou (v. 11). Samuel, irado e triste, foi a Saul, que, complacente e satisfeito, afirmou que havia obedecido às ordens. Ele até havia erguido um monumento em sua própria honra para celebrar a sua proeza (v. 12). Essa complacência foi logo esmigalhada pela pergunta direta de Samuel: Então que balido de ovelhas é esse que ouço com meus próprios ouvidos? Que mugido de bois é esse que estou ouvindo? (v. 14). As desculpas que Saul começou a gaguejar foram interrompidas por Samuel: Fique quieto! Eu lhe direi o que o Senhor me falou esta noite. Ele lembrou ao homem infeliz tudo que Deus havia feito por ele, tornando-o rei, e como, por sua vez, ele tinha desobedecido às ordens de Deus. Por que se lançou sobre os despojos...? (v. 19), ele bradou. Saul tentou explicar que o povo o havia feito agir daquela maneira e que a intenção era sacrificar os animais vivos ao Senhor seu Deus (v. 21; conforme v. 30).

    A resposta de Samuel foi o eloquente salmo do v. 22: Acaso tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e em sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra? A obediência é melhor do que o sacrifício, e a submissão é melhor do que a gordura de carneiros.

    v. 24-31. Completamente exposto, Saul confessou: Pequei [...] Violei a ordem do Senhor e as instruções que tu me deste. Tive medo dos soldados e os atendi (v. 24). Ele suplicou a Samuel que lhe perdoasse e o acompanhasse na adoração ao Senhor, achando que isso deixaria tudo acertado, falhando em perceber a gravidade da sua ofensa. Samuel recusou-se a atender ao pedido de Saul e reiterou: o Senhor o rejeitou como rei de Israel (v. 26).

    O que exatamente aconteceu depois não está claro; a NVÍ diz: Quando Samuel se virou para sair, Saul agarrou-se à barra do manto dele, e o manto se rasgou (v. 27). A VA e a RV, seguindo o hebraico, traduzem: “Quando Samuel se virou [...] ele segurou...”. A NVI segue a interpretação mais comum (e.g., H. P. Smith, p.
    140) segundo a qual Saul agarrou a barra do manto de Samuel para detê-lo, mas McKane (p. 102-3) argumenta que Samuel, e não Saul, rasgou o manto. Mauchline (p. 125) defende o ponto de vista mais tradicional. Alguns eruditos consideram o ato de rasgar o manto uma parábola representada como a de lRs 11.30,31.

    Samuel foi irredutível; Saul não somente havia sido rejeitado, mas Javé já havia entregue o reino a alguém que é melhor que você (v. 28). O veredicto é irreversível: Aquele que é a Glória de Israel não mente nem se arrepende, pois não é homem para se arrepender (v. 29). O rei rejeitado pediu que Samuel ao menos “salvasse a sua cara” diante do povo; o profeta concordou, mostrando que “a compaixão de Samuel por Saul era genuína” (Mauchline, p. 125).

    v. 32-35. A execução de Agague, da qual Saul havia se esquivado, foi realizada por Samuel, que de forma severa lembrou ao rei amalequita que o castigo de Deus havia caído sobre ele em virtude de sua própria crueldade e pecado. A separação final entre Samuel e Saul está registrada, indo Saul para Gibeá e Samuel para Ramá, e ali se entristeceu por
    Saul; o Senhor arrependeu-se de ter estabelecido Saul como rei de Israel (v. 35).

    O caráter de Saul
    Nesse ponto, é conveniente perguntar que tipo de homem era Saul. Hertzberg (p. 
    123) pergunta: “Será que Saul é o homem segundo o coração de DeusP Esse é o tema das histórias de Saul”. A maioria dos críticos parece disposta a encobrir os seus defeitos; Samuel e até Javé são contra ele. Assim, H. P. Smith (p. 97-8), ao analisar o sacrifício que ele apresentou, diz: “Em nenhum lugar, se afirma expressamente qual foi o pecado de Saul nessa questão, e é difícil encontrar alguma coisa no texto que Samuel pudesse considerar como tal [...] não seria inoportuno perguntar por que Samuel demorou tanto para aparecer”. “Samuel aparece quando tudo terminou”, comenta Hertzberg (p. 105), “acusa Saul de desobediência, declara que o reinado de Saul terminou e que o Senhor escolheu outro, e depois parte. Saul, por outro lado, justifica a sua conduta de forma despretensiosa e irrefutável em todos os aspectos”. Para Mauchline (p. 113), Saul “parece sair-se muito bem no incidente. A réplica de Samuel não nos parece convincente”. O ponto de vista de McKane é expresso de forma ainda mais forte: “Até se pode questionar se 13.7b-15a não deveria ser entendido como propaganda sacerdotal posterior representando um tipo de atitude clerical fechada e corporativa. Se essa é a intenção da seção, é uma tentativa desajeitada e ineficiente, pois o seu efeito é causar empada por Saul, e não por Samuel” (p. 93).
    Esses pontos de vista são compatíveis com as evidências do AT? J. Bright (History of Israel, p.
    170) diz: “Saul foi uma personagem trágica. De aparência esplêndida (1Sm 9:21Sm 10:23), simples (9,21) e generoso, sempre disposto a confessar os seus pecados — aliás, suas melhores características — (11.12,13;

    24:16-18); sempre ferozmente corajoso, havia nele, no entanto, uma instabilidade emocional que se tornaria o seu tropeço para a queda”. Esse é um ponto de vista mais equilibrado. É verdade que os seus delírios, sua alternância entre o desespero descontrolado e momentos de lucidez, tornaram-se mais óbvios mais tarde em sua carreira, mas os seus defeitos de caráter já eram evidentes. Ele muitas vezes agia precipitada e irrefletidamente. A sua impaciência com a demora de Samuel (13 8:9), o fato de ter dispensado o oráculo que tinha invocado (14.19) e a proibição de comida para os seus homens (13,24) foram atitudes e ações dirigidas pelo ímpeto e conduziram a grandes dificuldades. Os críticos talvez justifiquem os seus atos no cap. 13; mas a sua saudação a Samuel (13.11) mostra que ele mesmo sabia que estava errado; no estilo de Eva, culpava todo mundo — os soldados, Samuel e os filisteus.
    O comportamento de Saul inevitavelmente levanta a questão da sua estabilidade mental. “Do ponto de vista médico”, comenta J. K. Howard, “ele representa um caso muito interessante. As descrições são clássicas de uma doença maníaco-depressiva muito séria com traços claros de esquizofrenia. A sua paranóia, falta de previsão e precaução, a dificuldade no discernimento e tomada de decisões etc., são todos sinais clássicos”.
    L. H. Brockington (Peake, 2. ed., p. 323) apresenta um comentário equilibrado e objetivo: “Saul, cansado de esperar por Samuel, despreza o poder espiritual de Samuel e apresenta o sacrifício na ausência dele. Samuel considera isso um ato de rebeldia contra Deus e solenemente repreende Saul dizendo-lhe que ele não será o fundador de uma dinastia agora; Deus vai designar outro para sucedê-lo no trono”. Em resumo, Saul não está desprovido de suas ótimas qualidades, pois como Deus o teria chamado para ser rei? Mas, infelizmente, ele não era o homem segundo o coração de Deus. A sua escolha como rei é difícil de entender. Como Deus podia escolher para ser rei alguém que estava predestinado ao fracasso? O seu chamado é tão incompreensível para a mente humana quanto o de Judas 1scariotes.


    Dúvidas

    Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
    Dúvidas - Comentários de I Samuel Capítulo 15 versículo 11
    1Sm 15:11 - Como Deus pôde dizer que se arrependeu de ter constituído Saul rei sobre Israel?


    PROBLEMA:
    Depois que Saul deixou de cumprir a ordem dada por Deus de destruir totalmente os amalequitas, Deus disse a Samuel: "Arrependo-me de haver constituído rei a Saul" (1Sm 15:11). Entretanto, em 1Sm 15:29, Samuel declara que Deus não é homem, para que se arrependa. Como pôde então Deus dizer que se arrependeu de ter estabelecido Saul como rei, se outras passagens afirmam que Deus não se arrepende nem muda de idéia?

    SOLUÇÃO: A afirmação que Deus fez a Samuel não significa que o Senhor tenha cedido a alguma coisa ou mudado de idéia. Ele estava expressando um profundo e emotivo pesar pelo fracasso de Saul e pelo problema que viria sobre Israel. Deus escolheu Saul como rei de Israel para realizar certas tarefas para as quais ele possuía todas as condições. Lamentar alguma ação que deve ser tomada é uma experiência que todos nós já tivemos. Deus na verdade não muda de idéia (veja os comentários de Ex 32:14), mas sente profunda tristeza pelas coisas erradas que as pessoas fazem.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Samuel Capítulo 15 do versículo 1 até o 35
    c) A destruição dos amalequitas (1Sm 15:1-9). Última prova a que Saul é submetido após os conselhos de 1Sm 13:13, que de resto não o levaram ao arrependimento. Insiste-se de novo na obediência à voz das palavras do Senhor (1), mas sem resultado. Este capítulo é o elo de ligação entre a história de Saul e a de Davi. Amaleque (2). Entre os desertos da Judéia e o Egito, já ha muito tinha o seu destino traçado em virtude das atrocidades cometidas contra Israel (cfr. Nu 24:20; Dt 25:17-5). Vai, pois ser destruída totalmente (lit. "dedicada à destruição". Heb. haram), isto é, separada para Deus, de forma a não ficar qualquer despojo (3). Cfr. Lv 27:28-29; Js 6:17-6. A justiça de Deus precisava ser vingada, para que se salientasse a importância que ocupa na vida o elemento moral. Repare-se na escassez de população em Judá (4) e na lembrança da antiga amizade com os queneus (6). Cfr. Jz 1:16; Jz 4:11, Jz 4:17; 1Sm 30:29.

    >1Sm 15:7

    2. COMO FOI CASTIGADA A DESOBEDIÊNCIA DE SAUL (1Sm 15:7-9). Não obstante a vitória que pôs em fuga os amalequitas, desde o sul da Judéia até à fronteira egípcia, desobedeceu Saul pelo fato de poupar a vida ao Rei Agague e ao melhor dos seus haveres. O Senhor arrependeu-se (11), então, de o ter escolhido para rei. Mas não se veja nesta atitude de Deus qualquer semelhança com o arrependimento humano (cfr. vers. 29). Pense-se apenas numa alteração de instrumentos para cumprir os desígnios do Senhor. E quando o homem se arrepende Deus anula o castigo prometido. Samuel lamentou profundamente a atitude de Saul e entristeceu-se com o sucedido (11). Mas, ao encontrar-se com ele em Gilgal, depois de passar pelo Carmelo, junto do Hebrom, Saul não parecia reconhecer ainda a gravidade da sua falta, alegando ter sido o fervor e o zelo pela religião que o levaram a reservar aqueles animais a fim de os sacrificar ao Senhor (12-14,20,21). O profeta, porém, fez-lhe ver que, sendo pequeno (17), foi no entanto exaltado com o trono. Por que não dava ouvidos então à voz do Senhor? (19). Aos subterfúgios e à argumentação arguciosa de Saul concluiu apenas o profeta: Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender melhor é do que a gordura de carneiros (22). (Cfr. Dn 6:6; Sl 50:8-19; Sl 51:16; Is 1:11; Jr 6:20). Sendo a religião do coração melhor que as cerimônias externas e formais, não é de estranhar que a rebelião (23) contra Deus seja tão perniciosa como a feitiçaria e a obstinação tão nociva, como o culto dos ídolos (heb. ’ awen) e terafim. Cfr. esta referência a terafim com o uso dum ídolo por Mical para ajudar o escape de Davi (1Sm 19:13), e veja-se o Apêndice II.

    >1Sm 15:8

    Saul confessa-se pecador, mas as suas palavras são desprovidas de sinceridade, pois atribui ao povo pelo menos parte da sua culpa (24-25). Não obstante esta pretensa confissão, o Senhor insiste em não admiti-lo novamente como rei de Israel (26), aproveitando Samuel a oportunidade para lhe frisar essa atitude do Senhor, quando Saul, num gesto de desespero, rasgou a capa do profeta (27-28). No vers. 29, veja nota sobre o vers. 11.

    >1Sm 15:32

    3. SAMUEL VAI MATAR AGAGUE (1Sm 15:32-9). Agague veio a ele animosamente (32). O advérbio heb. ma’adhan, que também pode significar "alegremente" ou "delicadamente" é traduzido pelos LXX por "tremendo". As atrocidades de Agague exigiam a pena de morte, que lhe foi dada pelas mãos de Samuel (33). Terminavam assim as relações de intimidade entre Samuel e Saul, um como profeta, outro como rei, enquanto se empenharam ambos na grandiosa missão que lhes fora confiada de dirigir os destinos da nação e o culto do Deus de Israel (34-35). Samuel, no entanto, lamentará para sempre a tragédia do que fora grande rei em Israel (35).


    Dicionário

    Arrepender

    verbo pronominal Sentir-se culpado por ter cometido algum erro ou praticado alguma injustiça com alguém: arrependeu-se do que disse.
    Lamentar-se por comportamentos, atitudes ou decisões já tomadas: arrependi-me de comprar o carro; me arrependi de ter ajudado aquela pessoa.
    Mudar de ideia; voltar atrás em alguma decisão: arrependeu-se da compra que fez.
    Etimologia (origem da palavra arrepender). Do latim repoenitere "provocar pena".

    se – Abandonar conscientemente o pecado e voltar-se para Deus; lastimar-se por atos cometidos e resolver nunca mais repetir o mesmo erro.

    Clamar

    verbo transitivo direto e transitivo indireto Pedir insistentemente; rogar: os fiéis clamavam graças; clamavam aos santos por milagres.
    Fazer exigências urgentes; instar: a multidão clamava por direitos trabalhistas.
    verbo transitivo indireto e intransitivo Exclamar em voz alta; bradar: clamou que deixassem de brigar; o povo clamava por justiça.
    Reclamar com convicção ou em voz alta; protestar: o réu clamou contra a pena.
    Etimologia (origem da palavra clamar). Do latim clamare.

    Clamar
    1) Gritar (Gn 4:10)

    2) Implorar (Sl 130:1). 3 Exigir (Is 59:4).

    Como

    assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

    como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

    Contristar

    verbo transitivo direto , intransitivo e pronominal Entristecer; ficar triste; tornar-se magoado, tristonho; causar tristeza, sofrimento em: o divórcio contristou-o; essa pobreza contrista o povo; contrista-se com a corrupção.
    Etimologia (origem da palavra contristar). Do latim contristare.

    Ficar muito triste; afligir-se

    Contristar Entristecer (1Pe 1:6).

    Então

    advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
    Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
    Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
    interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
    Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
    substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
    Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

    Executar

    verbo transitivo direto Fazer alguma coisa; levar até ao fim; efetuar: executar um projeto.
    [Informática] Fazer o processamento das instruções de um programa; dar início a um programa: executar o Windows.
    Causar a efetivação de; cumprir: executar uma lei, uma dívida.
    [Informal] Tirar a vida de outra pessoa; assassinar: executar bandidos.
    Matar alguém para cumprir uma sentença judicial: executaram o condenado.
    Realizar uma representação, encenação: executar papéis.
    Tocar algum instrumento ou se expressar através do canto: executar a melodia.
    Etimologia (origem da palavra executar). Do latim exsecutare; exsequor.eris.cutus ou quutus sum, exsequi.

    Executar
    1) Realizar; levar a efeito (Dt 33:21; 1Pe 4:3, RA).


    2) Cumprir (Sl 148:8).


    3) Matar (Lc 23:32, RA).


    Haver

    verbo impessoal Ter uma existência real ou abstrata; existir: há livros na sala.
    Passar a existir num certo tempo; ocorrer: não houve aula hoje.
    Ter passado ou ocorrido; decorrer: há dois dias parei de beber.
    Estar presente num local ou circunstância; presenciar: havia uma pessoa na cozinha; havia muitos alunos na sala.
    Ficar de sobra; restar: não havia o que fazer.
    verbo transitivo direto Obter de volta; reaver: não conseguiu haver os discos roubados.
    verbo pronominal Entrar em acordo com: ou paga suas contas ou vai se haver comigo!
    substantivo masculino plural Reunião de bens ou propriedades; posses: os haveres do juiz.
    Etimologia (origem da palavra haver). Do latim habere.

    Noite

    substantivo feminino Espaço de tempo entre o pôr do sol e o amanhecer.
    Escuridão que reina durante esse tempo.
    [Popular] Diversão ou entretenimento noturna; vida noturna: ir para noite.
    Falta de claridade; trevas.
    Condição melancólica; melancolia.
    Ausência de visão; cegueira.
    expressão Noite fechada. Noite completa.
    Ir alta a noite. Ser muito tarde.
    Noite e dia. De maneira continuada; continuamente.
    A noite dos tempos. Os tempos mais recuados da história.
    Etimologia (origem da palavra noite). Do latim nox.ctis.

    Não olvides que a própria noite na Terra é uma pausa de esquecimento para que aprendamos a ciência do recomeço, em cada alvorada nova.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    O dia e a noite constituem, para o homem, uma folha do livro da vida. A maior parte das vezes, a criatura escreve sozinha a página diária, com a tinta dos sentimentos que lhe são próprios, nas palavras, pensamentos, intenções e atos, e no verso, isto é, na reflexão noturna, ajudamo-la a retificar as lições e acertar as experiências, quando o Senhor no-lo permite.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 41

    [...] Qual acontece entre os homens, animais e árvores, há também um movimento de respiração para o mundo. Durante o dia, o hemisfério iluminado absorve as energias positivas e fecundantes do Sol que bombardeia pacificamente as criações da Natureza e do homem, afeiçoando-as ao abençoado trabalho evolutivo, mas, à noite, o hemisfério sombrio, magnetizado pelo influxo absorvente da Lua, expele as vibrações psíquicas retidas no trabalho diurno, envolvendo principalmente os círculos de manifestação da atividade humana. O quadro de emissão dessa substância é, portanto, diferente sobre a cidade, sobre o campo ou sobre o mar. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6


    Noite Dividido em vigílias, o período que se estendia do pôr-do-sol ao amanhecer. Nos evangelhos, aparece como um tempo especialmente propício para a oração (Mc 1:35; Lc 6:12).

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Palavras

    fem. pl. de palavra

    pa·la·vra
    (latim parabola, -ae)
    nome feminino

    1. [Linguística] [Linguística] Unidade linguística com um significado, que pertence a uma classe gramatical, e corresponde na fala a um som ou conjunto de sons e na escrita a um sinal ou conjunto de sinais gráficos. = TERMO, VOCÁBULO

    2. Mensagem oral ou escrita (ex.: tenho que lhe dar uma palavra).

    3. Afirmação ou manifestação verbal.

    4. Permissão de falar (ex.: não me deram a palavra).

    5. Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: confiamos na sua palavra).

    6. Doutrina, ensinamento.

    7. Capacidade para falar ou discursar.

    interjeição

    8. Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso.


    dar a sua palavra
    Prometer, comprometer-se.

    de palavra
    Que cumpre aquilo que promete; em que se pode confiar (ex.: governante de palavra).SEM PALAVRA

    de poucas palavras
    Que fala pouco (ex.: herói de poucas palavras). = CALADOFALADOR

    palavra de ordem
    Palavra ou conjunto de palavras que serve para marcar uma posição para reivindicar algo, geralmente pela repetição.

    palavra de honra
    Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso (ex.: ninguém vende mais barato, palavra de honra!). = PALAVRA

    Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: dou-lhe a minha palavra de honra, não se vai arrepender). = PALAVRA

    palavra gramatical
    Gramática Palavra que não tem valor semântico ou referente externo e expressa uma relação gramatical, como, por exemplo, as preposições ou as conjunções.

    palavra primitiva
    Gramática Palavra que não é formada a partir de outra da mesma língua e que serve de base à formação de outras palavras.

    palavras cruzadas
    Jogo ou passatempo em que se deve preencher uma grelha de palavras que se entrecruzam de forma vertical e horizontal, a partir de pistas.

    passar a palavra
    Dizer a mais pessoas para que se conheça. = DIFUNDIR, DIVULGAR

    retirar a palavra
    Retractar-se.

    Não deixar continuar no uso da palavra, geralmente em assembleia deliberativa.

    sem palavra
    Que não cumpre aquilo que promete; em que não se pode confiar (ex.: homem sem palavra).DE PALAVRA

    tirar a
    (s): palavra
    (s): da boca de alguém
    Anteceder-se à fala de outra pessoa, dizendo o que ela prentendia dizer.

    última palavra
    Decisão definitiva (ex.: nós demos a nossa opinião, mas a última palavra é dele).

    voltar com a palavra atrás
    Negar o que disse anteriormente. = DESDIZER-SE

    Não cumprir o prometido. = DESDIZER-SE


    fem. pl. de palavra

    pa·la·vra
    (latim parabola, -ae)
    nome feminino

    1. [Linguística] [Linguística] Unidade linguística com um significado, que pertence a uma classe gramatical, e corresponde na fala a um som ou conjunto de sons e na escrita a um sinal ou conjunto de sinais gráficos. = TERMO, VOCÁBULO

    2. Mensagem oral ou escrita (ex.: tenho que lhe dar uma palavra).

    3. Afirmação ou manifestação verbal.

    4. Permissão de falar (ex.: não me deram a palavra).

    5. Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: confiamos na sua palavra).

    6. Doutrina, ensinamento.

    7. Capacidade para falar ou discursar.

    interjeição

    8. Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso.


    dar a sua palavra
    Prometer, comprometer-se.

    de palavra
    Que cumpre aquilo que promete; em que se pode confiar (ex.: governante de palavra).SEM PALAVRA

    de poucas palavras
    Que fala pouco (ex.: herói de poucas palavras). = CALADOFALADOR

    palavra de ordem
    Palavra ou conjunto de palavras que serve para marcar uma posição para reivindicar algo, geralmente pela repetição.

    palavra de honra
    Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso (ex.: ninguém vende mais barato, palavra de honra!). = PALAVRA

    Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: dou-lhe a minha palavra de honra, não se vai arrepender). = PALAVRA

    palavra gramatical
    Gramática Palavra que não tem valor semântico ou referente externo e expressa uma relação gramatical, como, por exemplo, as preposições ou as conjunções.

    palavra primitiva
    Gramática Palavra que não é formada a partir de outra da mesma língua e que serve de base à formação de outras palavras.

    palavras cruzadas
    Jogo ou passatempo em que se deve preencher uma grelha de palavras que se entrecruzam de forma vertical e horizontal, a partir de pistas.

    passar a palavra
    Dizer a mais pessoas para que se conheça. = DIFUNDIR, DIVULGAR

    retirar a palavra
    Retractar-se.

    Não deixar continuar no uso da palavra, geralmente em assembleia deliberativa.

    sem palavra
    Que não cumpre aquilo que promete; em que não se pode confiar (ex.: homem sem palavra).DE PALAVRA

    tirar a
    (s): palavra
    (s): da boca de alguém
    Anteceder-se à fala de outra pessoa, dizendo o que ela prentendia dizer.

    última palavra
    Decisão definitiva (ex.: nós demos a nossa opinião, mas a última palavra é dele).

    voltar com a palavra atrás
    Negar o que disse anteriormente. = DESDIZER-SE

    Não cumprir o prometido. = DESDIZER-SE


    Porquanto

    conjunção Porque; visto que: não foi ao casamento, porquanto perdeu o avião.
    Gramática Utilizada para unir orações ou períodos que possuam as mesmas características sintáticas.
    Gramática Tendo em conta o sentido, pode ser utilizada como conjunção explicativa, explicando ou justificando aquilo que havia sido dito ou escrito anteriormente.
    Etimologia (origem da palavra porquanto). Por + quanto.

    Posto

    substantivo masculino Lugar que uma pessoa ou coisa ocupa.
    Qualquer lugar ocupado por um corpo de tropas militares.
    Cargo que alguém ocupa ou exerce; função: posto de frentista.
    Mil. Graduação militar: posto de soldado.
    Lugar destinado a atendimento público: posto de saúde; posto telefônico.
    Que se decidiu, acordou, combinou; combinado, decidido: assunto posto.
    conjunção Posto que. Com o sentido de apesar de, ainda que, embora, ainda: o preço da gasolina não aumentou, posto que o país está em crise.
    expressão Posto de comando. Local onde se estabelece um chefe para exercer seu comando.
    Posto meteorológico. Estabelecimento onde há um conjunto de instrumentos destinados às observações meteorológicas em determinado lugar, em geral afastado da estação central.
    Etimologia (origem da palavra posto). Do latim positus, a, um “que se colocou, colocado” e positus, us “posição”.

    Rei

    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10:16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27:11-37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41:46) e o rei da Pérsia (Ed 1:1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2:2 – cp com Jz 1:7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1:6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (18:14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (41:34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8:22-23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9:6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33:22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25:23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10,15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72:10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).

    Rei
    1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At 1:2), de um país (1Sm 8:5; Mt 2:1) ou de uma cidade-estado (Gn 14:2). Ocorrendo a morte do rei, um descendente seu o sucede no trono (1Rs 2:11-12).


    2) Título de Deus (Ml 1:14) e de Jesus (Mt 21:5; Ap 7:14; 19.16).


    3) Rei do Egito,
    v. FARAÓ.


    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

    Reí

    (Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs 1:8). Outro filho do rei, Adonias, tentou usurpar o reino; Salomão, entretanto, seguiu cuidadosamente os conselhos de Natã e de Zadoque e garantiu seu direito à sucessão. Para mais detalhes, veja Natã.


    Samuel

    -

    -

    Filho de Elcana e Ana. Seu pai era descendente de Levi, embora não da linhagem sacerdotal de Arão (1Cr 6:33-34). Sua mãe era estéril; ela orou ao Senhor e recebeu a promessa, por meio do sacerdote Eli, de que teria um filho. Alegre com a notícia, voltou para casa e fez um voto de dedicar a criança ao Senhor. Colocou nele o nome de Samuel (“o nome de Deus”), a fim de demonstrar sua esperança de que o filho carregaria o nome do Todo-poderoso. A tradução popular de I Samuel 1:20, “Tenho-o pedido ao Senhor”, pode ser ampliada pela adição do significado do nome de Samuel: “Tenho pedido ao Senhor (um nome de Deus) para Ele”. Realmente, Samuel estabeleceu o nome de Deus diante de seu povo, na maneira como lembrava a Israel sobre seus caminhos pecaminosos e a bondade do Todo-poderoso durante todas as crises nacionais e pessoais.

    Samuel foi o elo de ligação entre a época de Moisés/Josué e a de Davi/Salomão. Depois da morte de Moisés, Israel teve a garantia de que o Senhor estava com eles por meio da revelação que passou a Josué (Js 3:7; Js 4:14; Js 6:27). Pouco antes de sua morte Josué exortou os líderes de Israel a permanecer fiéis ao Senhor (Js 23:1-11), porque ele próprio não lideraria o povo na busca de um estado de “descanso” devido à sua idade avançada (Js 13:1).

    No período que se seguiu à morte de Josué 1srael rebelou-se contra o Senhor e muitas vezes experimentou o abandono divino. Moisés (Dt), Josué (Js 23:24) e os servos de Deus (Jz 2:1-5; Jz 6:7-10) exortaram o povo a permanecer perto de Deus, mas eles preferiram fazer o que mais lhes agradava. O Senhor colocara a lealdade de Israel à prova (Jz 2:22—3:1), mas o povo falhou individualmente, como tribo e nação. O período dos juízes foi a época dos fracassos de Israel e da resposta de Deus ao clamor de seu povo. Os israelitas tinham alcançado um ponto extremamente baixo na história da redenção (veja Juízes).

    Deus levantou Samuel nesse período de crise na história de Israel. Ele serviu ao povo como juiz, sacerdote e profeta. Como o último juíz (At 13:20) e o primeiro profeta (At 3:24), foi uma figura de transição entre o tempo dos Juízes e o dos Reis. Samuel foi o instrumento escolhido por Deus, cuja linhagem espiritual está ligada a Josué, Moisés e Abraão.

    O sacerdote Samuel

    Samuel começou seu serviço no Tabernáculo em Silo ainda muito jovem. Mesmo ao lado dos filhos de Eli, cujo comportamento obsceno era bem conhecido (1Sm 2:12-17-22-25), permaneceu firme em seu amor pelo Senhor. Numa noite, recebeu uma revelação especial de Deus concernente ao final da dinastia de Eli (1Sm 3:11-14). Esse oráculo foi o início do seu ministério profético. Samuel fora separado como profeta em Israel e todos começaram a reconhecê-lo como homem de Deus (1Sm 3:19-21).

    A profecia a respeito do juízo de Deus sobre a família de Eli cumpriu-se durante uma campanha militar contra os filisteus. Os filhos deste sacerdote, Hofni e Finéias, levaram a Arca da Aliança para a frente de batalha (1Sm 4). Ambos foram mortos e o objeto sagrado, capturado pelos inimigos. Ao ouvir sobre a morte dos filhos e o que acontecera à Arca, Eli caiu da cadeira onde estava sentado e morreu. A morte de Eli e de seus filhos e a vergonha pelo fato de a Arca da Aliança ter-se transformado em um troféu de guerra causaram o fim de Silo como centro religioso em Israel. A desolação do lugar chocou a nação e a reverberação do evento podia ser bem sentida até no século VI, quando Jeremias disse: “Ide agora ao meu lugar, que estava em Silo, onde, no princípio, fiz habitar o meu nome, e vede o que lhe fiz, por causa da maldade do meu povo Israel” (Jr 7:12).

    Embora não fosse descendente de Arão, Samuel serviu como sacerdote após o término da dinastia de Eli. Este aspecto de sua vida, entretanto, foi obscurecido por sua liderança como profeta e juiz em Israel. As facetas múltiplas de seu ministério foram mostradas juntas na narrativa da assembléia de Mispa. Samuel convocou os israelitas e exortou-os ao arrependimento, orou por eles e ofereceu um sacrifício em seu favor (1Sm 7), pelo que Deus os ajudou no ataque contra os filisteus. A vitória foi celebrada com a colocação de uma pedra memorial em Mispa (1Sm 7:12), que se chamou “Ebenézer” (“pedra da ajuda”).

    Como Moisés, Samuel orou pelo povo (1Sm 7:9; cf.12:17,19,23). No final de seu ministério público, fez uma revisão do passado de Israel, exortou os israelitas a aprender com a história e ameaçou-os com trovões e chuva de granizo (1Sm 12). Ao ouvir suas declarações proféticas e ver a devastação causada pela tempestade, o povo pediu novamente a Samuel que orasse por eles. Ele concordou, mas advertiu-os sobre o juízo iminente de Deus: “Tão-somente temei ao Senhor, e servi-o fielmente de todo o vosso coração; considerai quão grandiosas coisas vos fez. Se, porém, perseverardes em fazer o mal, perecereis, assim vós como o vosso rei” (1Sm 12:24-25).

    O profeta/vidente Samuel

    Samuel é considerado o primeiro profeta (At 3:24). O Senhor o chamou para ser mensageiro (1Sm 3:1-14) e nessa condição ele recebeu o espírito de Moisés (Jr 15:1).

    Foi reconhecido como “servo” de Deus, por meio de quem o Senhor falou com seu povo individualmente (1Sm 9:6) e como nação (1Sm 7:2-4; 1Sm 8:1-22). Seu ministério profético foi tão excelente que todas as tribos ouviram sobre o homem de Deus: “E todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu que Samuel estava confirmado como profeta do Senhor” (1Sm 3:20). Veja Profetas e Profecia.

    O Juiz Samuel

    Samuel foi um juiz fiel, o qual viveu a teocracia ideal, deu forma à vida política de Israel, unificou as tribos e obteve vitória contra os filisteus (1Sm 7:13b-17). A função de juiz era política e religiosa. Como líder político, preservava a unidade das tribos e tratava das questões legais que estavam acima da esfera dos líderes locais. Como líder militar, “livrava” Israel dos inimigos. Durante o ministério de Samuel, o Senhor concedeu a Israel um período de descanso.

    O centro de sua liderança foi seu local de nascimento, Ramá (1Sm 7:17), de onde viajava e fazia um circuito por várias cidades. Pouco se sabe sobre sua vida doméstica, exceto que seus dois filhos (Joel e Abias) eram homens ímpios (1Sm 8:1-3). O fracasso dos dois deu ocasião a que os líderes do povo decidissem por um novo rumo na vida de Israel. Em vez de depender de figuras carismáticas, como os juízes, determinaram que a nação estava pronta a seguir a liderança de uma dinastia real (1Sm 8). O pedido foi recebido com relutância por Samuel, mas recebeu a aprovação de Deus. O profeta submeteu-se à vontade de Deus, ciente de que o novo rumo seria perigo-

    so para Israel. A providência divina trouxe Saul à vida de Samuel. Este jovem chegara a Ramá para perguntar ao profeta sobre o paradeiro das jumentas de seu pai. Apoiado por Deus, Samuel secretamente ungiu Saul como rei de Israel (1Sm 9). O Senhor também colocou-o como figura central da nação, depois que foi escolhido numa assembléia pública em Mispa, onde o rei foi determinado por meio de sorteio (1Sm 10). Deus selou a questão quando Saul demonstrou seu valor na batalha, ao ser bem-sucedido na luta contra os filisteus. Sua ambição pessoal, entretanto, contrastava com o serviço abnegado prestado por Samuel e no final levou-o completamente para longe da vontade de Deus. O Senhor queria a obediência do rei, enquanto Saul tentava agradar a Deus com ofertas. Em certa ocasião, desafiou as instruções de Samuel de exterminar completamente os amalequitas, pois guardou parte dos rebanhos e poupou a vida do próprio rei. Esse incidente ocasionou uma ruptura entre os dois e resultou na rejeição de Saul como rei de Israel: “Tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à sua palavra? Obedecer é melhor do que sacrificar, e atender melhor é do que a gordura de carneiros. Pois a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a iniqüidade de idolatria. Porquanto rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou, para que não sejas rei” (1Sm 15:22-23).

    A remoção da família de Saul de uma dinastia permanente na liderança de Israel abriu a possibilidade para outro rei. Davi foi o homem escolhido por Deus. Tinha um coração voltado para o Senhor e era totalmente diferente de Saul, o qual, com sua estatura e aparência máscula, fazia uma impressionante figura de rei. A escolha de Davi, o pastor/músico, foi a confirmação do Senhor para Samuel, que, ao ter dúvidas sobre a monarquia em Israel e ao advertir previamente o povo sobre o governo autocrático do rei, foi encorajado pela escolha divina de um homem piedoso.

    Samuel passou para o segundo plano, enquanto Saul lutava com Davi para ocupar a cena principal. O rei tinha ciúme do jovem Davi, cujos atos de heroísmo eram comentados por todo o povo. Saul fez todos os esforços para matar o ungido de Deus, na esperança de deixar o trono para Jônatas, seu filho. Samuel não teve o privilégio de viver o bastante para ver Davi subir ao trono. Morreu, foi sepultado e lamentado por toda a nação.

    Samuel é novamente mencionado antes da morte de Saul. O rei, com medo da batalha contra os filisteus, tentou falar com o profeta por meio de uma médium de En-Dor. Esta foi usada pelo diabo, que lhe falou sobre a morte iminente de Saul. Dias depois ele morreu na batalha, juntamente com três de seus filhos (1Sm 31:6).

    Samuel foi um fiel servo do Senhor. Seu nome é mencionado no Novo Testamento entre os heróis da fé (Hb 11:32). Veja também Aliança. W.A.VG.


    (Heb. “ouvido por Deus”).


    1. Veja Samuel.


    2. Filho de Amiúde, indicado pelo Senhor como o representante de Simeão. Após a conquista de Canaã, sua tarefa seria a de organizar a distribuição do território dado ao povo entre os vários clãs e famílias de sua tribo (Nm 34:20).


    Samuel [Nome de Deus ou Deus Ouve]

    Último dos JUÍZES 2, PROFETA e SACERDOTE. Ungiu Saul e Davi como reis (1Sm 1—25).

    =========================

    SAMUEL, PRIMEIRO LIVRO DE

    Livro que descreve a passagem do período dos JUÍZES 2, para o dos reis: SAMUEL foi o último juiz; SAUL e DAVI foram os dois primeiros reis do reino unido de Israel. O livro ensina que a obediência traz bênçãos, enquanto que a desobediência leva à desgraça.

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    SAMUEL, SEGUNDO LIVRO DE

    Livro que é a continuação de 1Sm. Nele se conta a história de DAVI, que foi primeiramente rei de Judá, no Sul (1—4), e depois de toda a nação, incluindo Israel, no Norte (5—24). Davi, homem de profunda fé e dedicação a Deus, venceu os inimigos, firmou-se no poder e estendeu o reino. Mas ele cometeu pecados de crueldade e violência. Todavia, advertido pelo profeta Natã, ele confessou os seus pecados e aceitou o castigo de Deus. Davi marcou presença como rei de Israel, tanto que, mais tarde, em tempos de sofrimento, o povo pedia um rei que fosse “um filho de Davi”, que fosse igual a ele (Jr 23:5; Os 3:5; Mt 21:19).


    Saul

    Saul [Pedido a Deus]

    O primeiro rei do reino unido de Israel. Ele reinou de 1050 a 1010 a.C., tendo derrotado os inimigos de Israel (1Sm 8—14). Desobedeceu a Deus e, por isso, foi rejeitado por ele (1Sm 13:15). Tentou, por inveja, matar Davi (1Sm 16—
    26) e, no final, cometeu suicídio (1Sm 31).


    -

    (Heb. “pedido”).


    1. Saul, filho de Quis e o primeiro rei de Israel, é uma das figuras mais enigmáticas da Bíblia. Sua história, registrada em I Samuel 9:31, fez com que alguns estudiosos levantassem questões sobre a justiça e a bondade de Deus e do seu porta-voz, o profeta Samuel. Além disso, muitos eruditos expressaram dúvidas quanto à coerência lógica e literária das narrativas em que a carreira dele é descrita. Tudo isso criou um desânimo geral para se descobrir a verdade sobre Saul, pois as narrativas, que não foram contadas coerentemente, dificilmente oferecerão uma autêntica base.

    Estudos recentes, contudo, ajudam a resolver algumas dessas questões teológicas, literárias e históricas, conforme veremos a seguir.

    Saul, cujo nome soa como “(aquele) pedido”, é mencionado pela primeira vez em I Samuel 9:1-2, embora alguns comentaristas afirmem que detectaram sua presença velada bem antes disso. Desde que o verbo hebraico “pedir por” aparece repetidamente na história de Samuel (1Sm 1), alguns eruditos supõem que a narrativa do nascimento deste profeta na verdade é uma reconstituição de um registro original da vida de Saul. Um hipótese mais provável, entretanto, é que o escritor bíblico talvez tenha enfatizado a raiz “pedir por” na narrativa do nascimento de Samuel simplesmente para prefigurar o papel significativo que mais tarde Saul desempenharia no livro e talvez para antecipar o fato de que Samuel, aquele que foi “pedido a Deus” por Ana, uma mulher íntegra (1Sm 2:20-27,28), estaria diretamente envolvido na ascensão e queda de Saul, o que foi “pedido” pelos líderes da nação pecadora de Israel (1Sm 8:4-9; 1Sm 10:17-19).

    De qualquer maneira, a apresentação explícita de Saul encontra-se em I Samuel 9:1-2, onde é descrito como um belo exemplar de varão, alto e bonito. Embora freqüentemente se suponha que nesse momento de sua vida ele era apenas um “jovem tímido”, a descrição de que “desde os ombros para cima sobressaía em altura a todo o povo” torna isso muito improvável. Também é bom notar que, apesar de ser positiva, essa primeira descrição de Saul focaliza exclusivamente as qualidades exteriores, em contraste, por exemplo, com a apresentação de Davi (1Sm 16:18), que acrescenta às suas qualidades externas (boa aparência) o fato de que era “valente, sisudo em palavras” e, mais importante, que “o Senhor era com ele”.

    Coerentemente com as omissões em sua apresentação, logo fica claro que Saul, embora tivesse uma aparência física excelente, era carente das qualidades espirituais necessárias para ser um rei bem-sucedido em Israel. O primeiro indicador de sua falta de qualificação foi seu repetido fracasso em obedecer à palavra do Senhor transmitida por Samuel. Freqüentemente é observado que a função profética tornou-se mais específica com a instituição da monarquia em Israel. Quer dizer, de forma distinta da situação no livro de Juízes, quando Gideão, por exemplo, recebeu as instruções divinas e as cumpriu (Jz 6:8), com a monarquia houve uma divisão de responsabilidades, sendo as instruções muitas vezes transmitidas ao rei por um profeta; o governante, então, em obediência ao profeta, cumpria a instrução. Sob tal arranjo, é claro, era extremamente importante que o rei obedecesse ao homem de Deus, para que o governo divino (isto é, a teocracia) fosse mantido. Isso, entretanto, conforme a Bíblia mostra, Saul fracassou em fazer.

    Embora as ocasiões mais conhecidas da desobediência de Saul estejam em I Samuel 13:15, a primeira encontra-se em I Samuel 10. Quando Saul foi ungido por Samuel, três sinais foram dados como confirmação. De acordo com o texto, quando o último se cumprisse, Saul deveria “fazer o que a sua mão achasse para fazer” (de acordo com as palavras de Samuel em 1Sm 10:7), depois do que (de acordo com a instrução adicional de Samuel em 1Sm 10:8) deveria ir a Gilgal e aguardar novas ordens sobre a batalha contra os filisteus, que sua primeira ação certamente provocaria. Se Saul tivesse obedecido, teria demonstrado sua disposição para se submeter a uma “estrutura de autoridade teocrática” e confirmaria assim sua qualificação para ser rei. Também teria estado um passo mais próximo do trono, se seguisse o padrão dos três sinais: designação (por meio da unção), demonstração (por meio de um ato de heroísmo, isto é, “fazer o que sua mão achasse para fazer”, 1Sm 10:7) e finalmente a confirmação pelo povo e o profeta. Infelizmente, ao que parece Saul se desviou da responsabilidade de I Samuel 10:7 e, assim, precipitou o processo de sua ascensão. Embora sua vitória sobre os amonitas (1Sm
    11) fosse suficiente para satisfazer o povo e ocasionar a “renovação” de seu reinado (1Sm 11:14), pelo tom do discurso de Samuel (1Sm 12), é evidente que, pelo menos em sua mente, Saul ainda precisava passar por mais um teste.

    Em I Samuel 13, Jônatas, e não Saul, fez o que o rei deveria ter feito, ao atacar a guarnição dos filisteus. Aparentemente, ao reconhecer que a tarefa de I Samuel 10:7 fora realizada, ainda que por Jônatas, Saul desceu imediatamente a Gilgal, de acordo com I Samuel 10:8, para esperar a chegada de Samuel. Como o profeta demorou muito, em sua ausência Saul tomou a iniciativa de oferecer os sacrifícios em preparação para a batalha, ao julgar que a situação militar não permitiria mais demora. Mal terminou de oficiar a holocausto, Samuel chegou. Depois de ouvir as justificativas de Saul, o profeta anunciou que o rei agira insensatamente, por isso seu reinado não duraria muito. Às vezes os comentaristas justificam ou pelo menos atenuam as ações de Saul e criticam a reação de Samuel como severa demais. Entretanto, à luz do significado da tarefa dada a Saul em I Samuel 10:7-8 como um teste para sua qualificação, tais interpretações são equivocadas. Na ocasião da primeira rejeição de Saul e também na segunda (1Sm 15), suas ações específicas de desobediência eram apenas sintomas da incapacidade fundamental para se submeter aos requisitos necessários para um reinado teocrático. Resumindo, eram sintomas da falta de verdadeira fé em Deus (cf.1Cr 10:13).

    Depois de sua rejeição definitiva em I Samuel 15, Saul já não era mais o rei legítimo aos olhos de Deus (embora ainda permanecesse no trono por alguns anos) e o Senhor voltou sua atenção para outro personagem, ou seja, Davi. I Samuel 16:31 narra a desintegração emocional e psicológica de Saul, agravada pelo seu medo do filho de Jessé (1Sm 18:29), pois pressentia que aquele era o escolhido de Deus para substituí-lo como rei (1Sm 18:8-1Sm 20:31). Depois de falhar em diversas tentativas de ceifar a vida de Davi, Saul finalmente tirou a sua própria (1Sm 31:4). O novo rei em todo o tempo foi dirigido para o trono de forma providencial, às vezes indiretamente.

    Embora não seja possível entrar em mais detalhes num artigo como este, pode-se observar que as narrativas sobre Saul, quando interpretadas dentro das linhas sugeridas anteriormente, fazem um bom sentido literal e teológico; isso, por sua vez, abre a porta para uma avaliação mais positiva de sua veracidade histórica. P.L.


    2. Um dos reis de Edom antes dos israelitas terem conquistado a região. Foi o sucessor de Samlá e era natural de “Reobote do rio”. Baal-Hanã, filho de Acbor, foi rei em seu lugar (Gn 36:37-38; 1Cr 1:48-49).


    3. Sexto filho de Simeão, listado no grupo que desceu com Jacó para o Egito. Foi líder do clã dos saulitas (Gn 46:10; Ex 6:15; Nm 26:13-1Cr 4:24).


    4. Filho de Uzias, era descendente de Coate, da tribo de Levi (1Cr 6:24).


    Pedido. l. o primeiro rei de israel, da tribo de Benjamim, filho de Quia, um lavrador rico (1 Sm 9.1 – 14.51 – 1 Cr 8.33). Como o povo desejava ter um rei, foi Samuel levado a ungir Saul, sendo ele depois eleito por meio da corte (1 Sm 10.21). Habitou em Gibeá (1 Sm 10.26 – 14.2). Como os amonitas, comandados por Naás, a um pedido dos homens de Jabes-Gileade, lhes tivessem oferecido o desprezo e a escravidão, levantou Saul o exército de israel e foi defender os sitiados de Jabes, conseguindo derrotar completamente o inimigo (1 Sm 10.27 – 11.1 a 13). Por instigação de Samuel foi Saul proclamado rei perante o Senhor em Gilgal (1 Sm 11.14,15). Firmou os seus direitos, ganhando a confiança do povo com o resultado das suas campanhas militares contra os inimigos de israel (1 Sm 14.47 a ó2). Todavia, numa guerra com os amalequitas, ele salvou o rei e o melhor do seu despojo, sendo por esse fato censurado por Samuel, que o avisou, então, de que Deus o tinha rejeitado (1 Sm 15). Neste período de tempo tornou-se o caráter de Saul sombrio e melancólico. Foi quando um espírito maligno da parte do Senhor o atormentava (1 Sm 16.14), que ele teve ocasião de, pela primeira vez, ver Davi, um pastor que tocava harpa, e que por isso fora levado para o palácio com o fim de acalmar o rei (1 Sm 16.18). E foi grande o êxito alcançado (1 Sm 16.23). Estimou grandemente o rei a Davi, sendo essa sua afeição maior do que a que dedicava a seu filho Jônatas. Desde este tempo as histórias de Saul e Davi acham-se estreitamente entrelaçadas. o dom profético, que primeiramente se desenvolvera nele, desapareceu, para voltar somente uma ou outra vez, sendo assinalada a maior parte dos quarenta anos do seu reinado por manifestações de uma louca raiva, em que ele mostrava terrível ciúme (1 Sm 19.24 – 22.6 e seg. – 28.3 a 9 – 1 Sm 21.1 e seg.). Noutra disposição do seu espírito procurou ele em certa ocasião uma feiticeira para receber dela conselhos (1 Sm 28.3 e seg.). (*veja Feiticeira.) Após este fato, houve uma invasão de filisteus, sendo Saul vencido, perseguido, e seus filhos mortos. Esta última calamidade fez que o ferido rei procurasse a morte, caindo sobre a sua própria espada (1 Sm 31.1 a 6). A sua cabeça foi colocada no templo de Dagom, sendo pendurado o seu corpo nu e os dos seus três filhos, nos muros de Bete-Seã. No princípio da sua carreira tinha ele salvo o povo de Jabes-Gileade, condenado a morrer. Agora os moradores de Jabes foram de noite buscar os desprezados corpos, dando-lhes respeitosa sepultura (1 Sm 31.11 a 13). (*veja Davi, En-Dor, Samuel.) 2. o sexto rei de Edom (Gn 36:37-38 – 1 Cr 1.48,49). 3. E na forma Saulo a referência é a Paulo antes da sua conversão (At 7:58 – 8.1,3 – 9.1 e seg.). (*veja Paulo.)

    Seguir

    verbo transitivo direto Acompanhar alguém; andar juntamente com outra pessoa; caminhar na mesma direção que alguém ou ir na mesma velocidade que esta pessoa; perseguir: é preciso seguir o professor durante a viagem; ela seguiu os passos de seu pai; os policiais seguiram os bandidos.
    Ter como padrão ou exemplo; imitar: não siga os maus exemplos.
    Possuir a mesma opinião de; aderir: seguiu o movimento cristão.
    Permanecer próximo; estar em continuidade ou sequência com: ao redor do texto, seguem-se correções do revisor.
    Observar: seguir as tendências da moda.
    Possuir como profissão: ela seguirá a carreira de professora.
    verbo transitivo direto , intransitivo e pronominal Estar na posição seguinte a; suceder: a fama seguia seu talento; nunca se perca, siga o caminho certo; ao exame seguiu-se o cansaço.
    verbo transitivo direto e intransitivo Caminhar na direção certa: seguir a estrada do mar.
    verbo intransitivo Prosseguir numa direção; continuar: o técnico pediu para que o time seguisse.
    Não permanecer no mesmo lugar: o anfitrião seguiu antes dos convidados.
    Ter como resultado; resultar: da pobreza seguiu-se a fome.
    Etimologia (origem da palavra seguir). Do latim sequire.

    Seguir Ver Discípulos.

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Samuel 15: 11 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Arrependo-Me de haver posto a Saul como rei; porquanto desviou-se de seguir após Mim, e não cumpriu as Minhas palavras. Então Samuel se contristou, e durante toda aquela noite clamou ao SENHOR.
    I Samuel 15: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1028 a.C.
    H1697
    dâbâr
    דָּבָר
    discurso, palavra, fala, coisa
    (and speech)
    Substantivo
    H2199
    zâʻaq
    זָעַק
    chamar, gritar, clamar, clamar por socorro
    (and they cried)
    Verbo
    H2734
    chârâh
    חָרָה
    estar quente, furioso, queimar, tornar-se irado, inflamar-se
    (And angry)
    Verbo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H310
    ʼachar
    אַחַר
    depois de / após
    (after)
    Advérbio
    H3588
    kîy
    כִּי
    para que
    (that)
    Conjunção
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H3808
    lôʼ
    לֹא
    não
    (not)
    Advérbio
    H3915
    layil
    לַיִל
    Noite
    (Night)
    Substantivo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H4427
    mâlak
    מָלַךְ
    ser ou tornar-se rei ou rainha, reinar
    (reigned)
    Verbo
    H4428
    melek
    מֶלֶךְ
    rei
    (king)
    Substantivo
    H5162
    nâcham
    נָחַם
    estar arrependido, consolar-se, arrepender, sentir remorso, confortar, ser confortado
    (shall comfort us)
    Verbo
    H6965
    qûwm
    קוּם
    levantar, erguer, permanecer de pé, ficar de pé, pôr-se de pé
    (that rose up)
    Verbo
    H7586
    Shâʼûwl
    שָׁאוּל
    Saulo / Saul
    (Saul)
    Substantivo
    H7725
    shûwb
    שׁוּב
    retornar, voltar
    (you return)
    Verbo
    H8050
    Shᵉmûwʼêl
    שְׁמוּאֵל
    filho de Elcana com sua esposa Ana e juiz ou profeta de Israel durante os dias de Saul e
    (Shemuel)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    דָּבָר


    (H1697)
    dâbâr (daw-baw')

    01697 דבר dabar

    procedente de 1696; DITAT - 399a; n m

    1. discurso, palavra, fala, coisa
      1. discurso
      2. dito, declaração
      3. palavra, palavras
      4. negócio, ocupação, atos, assunto, caso, algo, maneira (por extensão)

    זָעַק


    (H2199)
    zâʻaq (zaw-ak')

    02199 זעק za aq̀

    uma raiz primitiva; DITAT - 570; v

    1. chamar, gritar, clamar, clamar por socorro
      1. (Qal)
        1. chamar (para ajuda)
        2. clamar, gritar (em necessidade)
      2. (Nifal) ser juntado, ser chamado, ser reunido
      3. (Hiphil)
        1. chamar, gritar, reunir, convocar
        2. fazer chorar, proclamar
        3. ter uma proclamação feita
        4. gritar por, chamar

    חָרָה


    (H2734)
    chârâh (khaw-raw')

    02734 חרה charah

    uma raiz primitiva [veja 2787]; DITAT - 736; v

    1. estar quente, furioso, queimar, tornar-se irado, inflamar-se
      1. (Qal) queimar, inflamar (ira)
      2. (Nifal) estar com raiva de, estar inflamado
      3. (Hifil) queimar, inflamar
      4. (Hitpael) esquentar-se de irritação

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    אַחַר


    (H310)
    ʼachar (akh-ar')

    0310 אחר ’achar

    procedente de 309; DITAT - 68b, 68c; adv prep conj subst

    1. depois de, atrás (referindo-se a lugar), posterior,

      depois (referindo-se ao tempo)

      1. como um advérbio
        1. atrás (referindo-se a lugar)
        2. depois (referindo-se a tempo)
      2. como uma preposição
        1. atrás, depois (referindo-se a lugar)
        2. depois (referindo-se ao tempo)
        3. além de
      3. como uma conjunção
      4. depois disso
      5. como um substantivo
        1. parte posterior
      6. com outras preposições
        1. detrás
        2. do que segue

    כִּי


    (H3588)
    kîy (kee)

    03588 כי kiy

    uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

    1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
      1. que
        1. sim, verdadeiramente
      2. quando (referindo-se ao tempo)
        1. quando, se, embora (com força concessiva)
      3. porque, desde (conexão causal)
      4. mas (depois da negação)
      5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
      6. mas antes, mas
      7. exceto que
      8. somente, não obstante
      9. certamente
      10. isto é
      11. mas se
      12. embora que
      13. e ainda mais que, entretanto

    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    לֹא


    (H3808)
    lôʼ (lo)

    03808 לא lo’

    ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

    uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

    1. não
      1. não (com verbo - proibição absoluta)
      2. não (com modificador - negação)
      3. nada (substantivo)
      4. sem (com particípio)
      5. antes (de tempo)

    לַיִל


    (H3915)
    layil (lah'-yil)

    03915 ליל layil

    ou (Is 21:11) ליל leyl também לילה lay elaĥ

    procedente da mesma raiz que 3883; DITAT - 1111; n m

    1. noite
      1. noite (em oposição ao dia)
      2. referindo-se à escuridão, sombra protetora (fig.)

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    מָלַךְ


    (H4427)
    mâlak (maw-lak')

    04427 מלך malak

    uma raiz primitiva; DITAT - 1199,1200; v

    1. ser ou tornar-se rei ou rainha, reinar
      1. (Qal) ser ou tornar-se rei ou rainha, reinar
      2. (Hifil) tornar alguém rei ou rainha, fazer reinar
      3. (Hofal) ser feito rei ou rainha
    2. aconselhar, tomar conselho
      1. (Nifal) considerar

    מֶלֶךְ


    (H4428)
    melek (meh'-lek)

    04428 מלך melek

    procedente de 4427, grego 3197 Μελχι; DITAT - 1199a; n m

    1. rei

    נָחַם


    (H5162)
    nâcham (naw-kham')

    05162 נחם nacham

    uma raiz primitiva; DITAT - 1344; v

    1. estar arrependido, consolar-se, arrepender, sentir remorso, confortar, ser confortado
      1. (Nifal)
        1. estar sentido, ter pena, ter compaixão
        2. estar sentido, lamentar, sofrer pesar, arrepender
        3. confortar-se, ser confortado
        4. confortar-se, aliviar-se
      2. (Piel) confortar, consolar
      3. (Pual) ser confortado, ser consolado
      4. (Hitpael)
        1. estar sentido, ter compaixão
        2. lamentar, arrepender-se de
        3. confortar-se, ser confortado
        4. aliviar-se

    קוּם


    (H6965)
    qûwm (koom)

    06965 קום quwm

    uma raiz primitiva; DITAT - 1999; v.

    1. levantar, erguer, permanecer de pé, ficar de pé, pôr-se de pé
      1. (Qal)
        1. levantar
        2. levantar-se (no sentido hostil)
        3. levantar-se, tornar-se poderoso
        4. levantar, entrar em cena
        5. estar de pé
          1. manter-se
          2. ser estabelecido, ser confirmado
          3. permanecer, resistir
          4. estar fixo
          5. ser válido (diz-se de um voto)
          6. ser provado
          7. está cumprido
          8. persistir
          9. estar parado, estar fixo
      2. (Piel)
        1. cumprir
        2. confirmar, ratificar, estabelecer, impor
      3. (Polel) erguer
      4. (Hitpael) levantar-se, erguer-se
      5. (Hifil)
        1. levar a levantar, erguer
        2. levantar, erigir, edificar, construir
        3. levantar, trazer à cena
        4. despertar, provocar, instigar, investigar
        5. levantar, constituir
        6. fazer ficar em pé, pôr, colocar, estabelecer
        7. tornar obrigatório
        8. realizar, levar a efeito
      6. (Hofal) ser levantado

    שָׁאוּל


    (H7586)
    Shâʼûwl (shaw-ool')

    07586 שאול Sha’uwl

    part. pass. de 7592, grego 4549 σαουλ; n. pr. m.

    Saul = “desejado”

    1. um benjamita, filho Quis, e o 1o. rei de Israel
    2. um antigo rei de Edom e sucessor de Samlá
    3. um filho de Simeão
    4. um levita, filho de Uzias

    שׁוּב


    (H7725)
    shûwb (shoob)

    07725 שוב shuwb

    uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.

    1. retornar, voltar
      1. (Qal)
        1. voltar, retornar
          1. voltar
          2. retornar, chegar ou ir de volta
          3. retornar para, ir de volta, voltar
          4. referindo-se à morte
          5. referindo-se às relações humanas (fig.)
          6. referindo-se às relações espirituais (fig.)
            1. voltar as costas (para Deus), apostatar
            2. afastar-se (de Deus)
            3. voltar (para Deus), arrepender
            4. voltar-se (do mal)
          7. referindo-se a coisas inanimadas
          8. em repetição
      2. (Polel)
        1. trazer de volta
        2. restaurar, renovar, reparar (fig.)
        3. desencaminhar (sedutoramente)
        4. demonstrar afastamento, apostatar
      3. (Pual) restaurado (particípio)
      4. (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
        1. trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
        2. trazer de volta, renovar, restaurar
        3. trazer de volta, relatar a, responder
        4. devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
        5. voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
        6. virar (o rosto), voltar-se para
        7. voltar-se contra
        8. trazer de volta à memória
        9. demonstrar afastamento
        10. reverter, revogar
      5. (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
      6. (Pulal) trazido de volta

    שְׁמוּאֵל


    (H8050)
    Shᵉmûwʼêl (sehm-oo-ale')

    08050 שמואל Sh emuw’el̂

    procedente do part. pass. de 8085 e 410, grego 4545 σαμουηλ; n. pr. m. Samuel = “seu nome é El”

    1. filho de Elcana com sua esposa Ana e juiz ou profeta de Israel durante os dias de Saul e Davi
    2. filho de Amiúde e príncipe da tribo de Simeão, escolhido para dividir a terra de Canaã entre as tribos.
    3. filho de Tola e neto de Issacar.

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo