Enciclopédia de I Samuel 17:44-44

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1sm 17: 44

Versão Versículo
ARA Disse mais o filisteu a Davi: Vem a mim, e darei a tua carne às aves do céu e às bestas-feras do campo.
ARC Disse mais o filisteu a Davi: Vem a mim, e darei a tua carne às aves do céu e às bestas do campo.
TB Disse mais o filisteu a Davi: Vem a mim, e darei as tuas carnes às aves do céu e às bestas do campo.
HSB וַיֹּ֥אמֶר הַפְּלִשְׁתִּ֖י אֶל־ דָּוִ֑ד לְכָ֣ה אֵלַ֔י וְאֶתְּנָה֙ אֶת־ בְּשָׂ֣רְךָ֔ לְע֥וֹף הַשָּׁמַ֖יִם וּלְבֶהֱמַ֥ת הַשָּׂדֶֽה׃ ס
BKJ E o filisteu disse a Davi: Vem até mim, e eu darei a tua carne às aves do céu, e aos animais do campo.
LTT Disse mais o filisteu a Davi: Vem a mim, e darei a tua carne às aves do ar e às bestas do campo.
BJ2 Disse o filisteu a Davi: "Vem cá, e darei a tua carne às aves do céu e às alimárias do campo!"

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Samuel 17:44

I Samuel 17:46 Hoje mesmo o Senhor te entregará na minha mão; e ferir-te-ei, e te tirarei a cabeça, e os corpos do arraial dos filisteus darei hoje mesmo às aves do céu e às bestas da terra; e toda a terra saberá que há Deus em Israel.
I Reis 20:10 E Ben-Hadade enviou a ele e disse: Assim me façam os deuses e outro tanto, que o pó de Samaria não bastará para encher as mãos de todo o povo que me segue.
Provérbios 18:12 Antes de ser quebrantado, eleva-se o coração do homem; e, diante da honra, vai a humildade.
Eclesiastes 9:11 Voltei-me e vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos valentes, a peleja, nem tampouco dos sábios, o pão, nem ainda dos prudentes, a riqueza, nem dos inteligentes o favor, mas que o tempo e a sorte pertencem a todos.
Jeremias 9:23 Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas.
Ezequiel 28:2 Filho do homem, dize ao príncipe de Tiro: Assim diz o Senhor Jeová: Visto como se eleva o teu coração, e dizes: Eu sou Deus e sobre a cadeira de Deus me assento no meio dos mares (sendo tu homem e não Deus); e estimas o teu coração como se fora o coração de Deus,
Ezequiel 28:9 Dirás ainda diante daquele que te matar: Eu sou Deus? Mas tu és homem e não Deus na mão do que te traspassa.
Ezequiel 39:17 Tu, pois, ó filho do homem, assim diz o Senhor Jeová: Dize às aves de toda espécie e a todos os animais do campo: Ajuntai-vos, e vinde, vinde de toda parte para o meu sacrifício, que eu sacrifiquei por vós, sacrifício grande nos montes de Israel, e comei carne, e bebei sangue.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

AS CONQUISTAS DE DAVI

1010-970 a.C.
DAVI UNGIDO REI DE JUDÁ
Davi ficou arrasado com a notícia da morte do rei Saul e de seu filho Jônatas no monte Gilboa. Quando um amalequita he contou como havia ajudado o rei Saul a cometer suicídio, Davi ordenou. sua execução. Desse modo, deixou claro que não sentiu nenhuma satisfação com a morte de Saul e que considerou o amalequita responsável pelo assassinato do ungido do Senhor. Em seguida, Davi se dirigiu a Hebrom, onde foi ungido rei de Judá. Ele tinha trinta anos de idade. Em Hebrom, Davi reinou sobre Judá por sete anos e meio.

ISBOSETE É COROADO REI DE ISRAEL
Ao invés de reconhecer Davi, Abner, o comandante do exército de Saul, colocou o único filho sobrevivente de Saul no trono de Israel. (Israel, neste caso, é o território ocupado pelas tribos do norte e por Benjamim. Porém, tendo em vista a vitória dos filisteus, é difícil dizer ao certo quanto desse território estava sob controle israelita.) Em II Samuel, esse filho de Saul é chamado de Isbosete, que significa "homem de vergonha", um nome nada apropriado para um rei. Em 1Crônicas 8.33 aparece seu nome verdadeiro, Esbaal, "homem de Baal", que foi alterado pelos escribas de Samuel. Diz-se que o reinado de Isbosete durou dois anos, durante os quais houve conflitos entre os seus homens e os de Davi. Quando Abner desertou para o lado de Davi, o poder de Isbosete se enfraqueceu e o rei de Israel foi assassinado por dois dos seus oficiais. Mais uma vez, desejoso de se eximir de qualquer cumplicidade, Davi mandou executar os assassinos. As tribos do norte foram a Hebrom e ali ungiram Davi como rei sobre todo o Israel.

DAVI TRATA DA AMEAÇA FILISTÉIA
A existência dos governos rivais de Isbosete e Davi era conveniente aos interesses dos filisteus, ao passo que o poder centralizado em Davi representava uma ameaça mais séria. Assim, um exército filisteu se reuniu no vale de Refaim, perto de Jerusalém, que era ainda um encrave jebuseu e, portanto, sob controle dos cananeus. objetivo era isolar Davi de seus novos aliados do norte em seu ponto mais vulnerável. Davi derrotou os filisteus nesse local não apenas uma, mas duas vezes. Depois da segunda vitória, feriu os filisteus desde Gibeão até Gezer, pondo fim ao seu domínio sobre Israel.

DAVI CONQUISTA JERUSALÉM
O encrave jebuseu chamado posteriormente Jerusalém dividia o território de Davi em duas partes: Israel, ao norte, e Judá, ao sul. Cercada por vales profundos de três lados e provida de boas fontes de água, a cidade contava com um grande potencial defensivo, daí não ter sido conquistada pelos israelitas até então. Tendo em vista sua localização central, também seria uma excelente capital para Davi, aceitável tanto para Israel quanto para Judá.
Davi tomou Jerusalém usando seu exército pessoal, mas o relato bíblico não fornece detalhes.
A referência a um canal subterrâneo sugere que Davi conhecia um túnel secreto, talvez aquele que liga a fonte de Giom, do lado de fora das muralhas, ao interior da cidade.' Davi se mudou para Jerusalém e, como o nome "Cidade de Davi" deixa claro, a cidade passou a ser considerada sua propriedade pessoal.

A ARCA DA ALIANÇA CHEGA EM JERUSALÉM
Depois de capturarem a arca da aliança, os filisteus a haviam levado para as cidades filistéias de Asdode, Gate e Ecrom. Quando a população de Asdode foi afligida com tumores, a arca foi enviada a Bete-Semes, em território israelita, num carro puxado por duas vacas e sem nenhum condutor. De lá, foi transportada para Quiriate- Jcarim. Davi decidiu levar a arca para Jerusalém. Na primeira tentativa, Uzá foi morto quando estendeu a mão para segurar a arca. A segunda tentativa foi bem sucedida e cercada de festividades ao som de harpas, liras, adutes, sistros e cimbalos; Davi dançou com todas as suas forças. Uma tenda foi levantada para receber a arca e foram nomeados sacerdotes para realizar os sacrifícios exigidos pela lei. Assim, Jerusalém se tornou não apenas a capital política do reino de Davi, mas também o seu centro religioso, apesar do Senhor ter revelado por meio do profeta Natâ que não caberia a Davi, mas sim a um de seus filhos, construir um templo permanente para abrigar a arca.

AS GUERRAS DE DAVI
Davi realizou uma série de campanhas militares agressivas contra as nações vizinhas. É difícil determinar a seqüência cronológica exata de suas batalhas, mas, no final, Davi assumiu o controle de um império de tamanho considerável. Quando os amonitas humilharam os embaixadores israelitas raspando metade da barba e rasgando metade da roupa de cada um, Joabe, o comandante do exército de Davi, cercou Rabá (atual Ama), a capital de Amom. Os amonitas contrataram mercenários dos estados arameus de Bete-Reobe, Zobá e Tobe, ao norte. loabe expulsou os arameus, mas eles se reagruparam e voltaram com um novo exército. Davi deslocou suas tropas para Helà (talvez a atual Alma, no sul da Síria) e derrotou os arameus, matando seu comandante, Sobaque. Enquanto Joabe deu continuidade ao cerco a Rabá, Davi voltou a Jerusalém e, por essa época, cometeu adultério com Bate-Seba e ordenou que seu marido, o heteu Urias, fosse morto. Além de ter seu nome denegrido por esses atos, Davi recebeu uma repreensão severa do profeta Natâ. Por fim, Rabá foi tomada, o povo da cidade foi sujeitado a trabalhos forçados e a coroa amonita repleta de jóias, pesando cerca de 34 kg, foi colocada, provavelmente apenas por alguns instantes, sobre a cabeça de Davi. Davi derrotou os moabitas, poupando um terço deles e matando os outros dois terços. Davi talvez, mais precisamente, Joabe e Abisai matou dezoito mil edomitas no vale do Sal, na Arabâ, ao sul do mar Morto e colocou guarnições em todo Edom. Em seguida, o rei de Israel voltou sua atenção para Hadadezer, monarca do reino arameu de Zobá, e tomou dele mil carros. Considerando-se que Davi jarretou ou aleijou todos os cavalos que puxavam os carros, poupando apenas cem animais, ele parecia não considerar os carros importantes para os seus próprios exércitos. Os israelitas ainda travavam a maior parte de suas batalhas à pé. Quando os arameus de Damasco socorreram Hadadezer de Zobá, Davi os derrotou e colocou guarnições em Damasco. O reino de Davi se estendeu do ribeiro do Egito (Wadi el- Arish) até perto do rio Eufrates.

ISRAEL ACUMULA RIQUEZAS
Davi tomou como espólio de Hadadezer escudos de ouro e uma grande quantidade de bronze. Toí, o rei arameu de Hamate, certamente ficou satisfeito com a derrota de Zobá e, ansioso para firmar uma relação amigável com Davi, enviou seu filho Jorão a fim de parabenizá-lo e presenteá-lo com ouro, prata e bronze. Talmai, o rei arameu de Gesur, deu a mão de sua filha Maaca em casamento a Davi. Hirão, o rei da cidade costeira fenícia de Tiro, também Tiro, considerou importante manter relações amigáveis com Davi e, além de toras de cedro, enviou carpinteiros e canteiros, que construíram um palácio para Davi em Jerusalém.

As conquistas de Davi
Depois de subir ao trono, Davi realizou varias campanhas de conquista de território estrangeiro e levou a arca da aliança para Jerusalém, a nova capital do seu reino.
As conquistas de Davi
As conquistas de Davi
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Reino de Davi e de Salomão

Informações no mapa

Tifsa

Rio Eufrates

HAMATE

SÍRIA (ARÃ)

Hamate

Rio Orontes

Ribla

Zedade

ZOBÁ, ARÃ-ZOBÁ

Tadmor (Palmira)

Zifrom

Hazar-Enã

Lebo- Hamate

Gebal

Cobre

Berotai

Deserto da Síria

Sídon

SIDÔNIOS (FENÍCIA)

Cadeia do Líbano

BETE-REOBE

Cadeia do Antilíbano

Damasco

Mte. Hermom

Tiro

Abel

MAACÁ, ARÃ-MAACÁ

Basã

Terra de Cabul?

Hazor

Argobe

GESUR

Dor

Vale de Jezreel

En-Dor

Helão

Megido

Mte. Gilboa

Lo-Debar

Rogelim

Bete-Seã

Jabes-Gileade?

Salcá

Tobe

Sucote

Maanaim

Jope

Silo

Gileade

Ramá

Zereda

Rabá

Gezer

Gilgal

AMOM

Ecrom

Jerusalém

Hesbom

Gate

Belém

Medeba

FILÍSTIA

Gaza

Hebrom

En-Gedi

Aroer

Ziclague

Jatir

Betel

MOABE

Berseba

Ramote

Mispa

Aroer

Vale do Sal?

Torrente do Egito

Neguebe

Tamar

Cobre

Punom

EDOM

Deserto de Parã

Deserto da Arábia

Eziom-Geber

Elote, Elate

Bete-Horom Baixa

Bete-Horom Alta

Gezer

Gibeão

Geba

Quiriate-Jearim

Gibeá

Anatote

Baurim

Nobe

Baal-Perazim

Ecrom

Bete-Semes

Jerusalém

Fonte de Giom

Poço de En-Rogel

Gate

Vale de Elá

Azeca

Socó

Belém

Adulão

Queila

Gilo

Tecoa

Deserto de Judá

Cisterna de Sirá

Hebrom

Jesimom

Zife

Horesa

Estemoa

Carmelo

Maom

Informações no mapa

Reino de Davi

Reino de Salomão

Importações

Exportações

Para os hititas e a Síria: cavalos, carros de guerra

De Társis: ouro, prata, marfim, macacos, pavões

De Tiro: cedro, junípero, ouro

Para Tiro: cevada, trigo, vinho, azeite

Do Egito: cavalos, carros de guerra

De Ofir: ouro, pedras preciosas, madeira

Da Arábia: ouro, prata


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Samuel Capítulo 17 do versículo 1 até o 58
3. Davi e Golias (1Sm 17:1-58)

É evidente que alguns anos se passaram entre o primeiro encontro entre Saul e Davi e os eventos descritos no capítulo 17. Pelo menos houve um intervalo suficientemente longo para que o rei não reconhecesse o jovem que derrotou Golias (17:55-58). Outro ataque trouxe os filisteus ao vale de Elá (ou vale do Carvalho), acerca de 26 quilômetros a sudeste de Jerusalém, e talvez a 16 quilômetros de Belém, nas fronteiras ao sul de Judá. Socó (Js 15:35) e Azeca (1; cf. Js 10:11-15.
35) eram cidades vizinhas na Sefelá, ou a planície sul de Judá, e entre essas cidades os filisteus acamparam-se em Efes-Damim (termo de Damim) (1). Os israelitas, liderados por Saul, estavam em uma colina do outro lado de um vale (3), em hebraico gay, um desfiladeiro ou vale estreito com laterais íngremes; em comparação com o vale de Elá (2; em hebraico, emeq, "um vale ou depres-são larga", "um vale largo").

Um homem de estatura gigantesca, Golias, de Gate (4), apresentou-se como o cam-peão dos filisteus, e desafiou um oponente do exército de Israel — uma prática comum nas antigas táticas de guerra. Ele tinha mais de dois metros e oitenta centímetros de altura, usava uma armadura que pesava cerca de sessenta e oito quilos, e a haste de sua lança era como um eixo de tecelão, cuja ponta pesava cerca de nove quilos. O côvado era a distância desde a ponta do cotovelo até a extremidade do dedo médio, cerca de quaren-ta e cinco centímetros. O palmo era a distância entre a ponta do mindinho até a ponta do polegar, quando os dedos estão esticados, e mede em torno de quinze a vinte centímetros. Grevas (6), perneiras. Escudo, ou seja, dardo. Ouvindo, então, Saul e todo o Isra-el... espantaram-se e temeram muito (11). Os israelitas sabiam que Saul, o homem mais alto e mais forte do exército, deveria ser o campeão de Israel'.

E Davi era filho de um homem, efrateu, de Belém de Judá (12) — como os livros históricos do Antigo Testamento registram, em alguns casos, compilados a partir de documentos mais antigos (por exemplo, 10.25; I Reis 11:41-14.19; 15.7; etc.), existe a ocasional repetição de informações dadas anteriormente. Jessé era um homem idoso nessa época. Os seus três filhos mais velhos estavam no exército com Saul. Davi, po-rém, ia e voltava de Saul, para apascentar as ovelhas de seu pai (15) — uma referência à aparição anterior de Davi na corte de Saul em Gibeá (cf. 1Sm 16:19-23).

Davi foi enviado por seu pai ao acampamento de Israel com provisões para os seus irmãos mais velhos. Um efa (17), aproximadamente um alqueire (cerca de 35 litros). To-marás o seu penhor (18), isto é, alguma lembrança ou recordação deles — Moffatt: "tra-ga-me notícias deles". Ao lugar dos carros (20), ao acampamento. Em ordem de bata-lha, à linha de batalha ou à formação militar. Aparentemente, durante quarenta dias (16) os israelitas procuraram um campeão sem sucesso. A gritos, chamavam à peleja (20), "soltando o seu grito de guerra". Se puseram em ordem (21) "posicionaram suas linhas de batalha" (Berk.). Deixou a carga que trouxera (22), pacote ou pacotes. Guarda da bagagem — ou do armazém de suprimentos. Fará isenta de impostos a casa de seu pai em Israel (25), ou seja, livre do trabalho forçado e dos impostos (1Sm 8:11-18).

Quando Golias lançou o seu desafio costumeiro, Davi perguntou aos homens que estavam ao seu redor o que seria feito ao que matasse o filisteu e, portanto, tirasse a afronta de sobre Israel (26) — em hebraico, cherpah, "desgraça, vergonha", por causa do seu fracasso em enfrentar aquele que desafiava os exércitos do Deus vivo. O Deus vivo está em contraste com as futilidades sem vida adoradas pelos pagãos. A maneira de falar de Davi ofendeu o seu irmão mais velho, Eliabe, que o repreendeu. Não há razão para isso? (29), ou "Não é um problema?"

As palavras corajosas de Davi chamaram a atenção de Saul, que o convocou à sua presença. Quando ele se ofereceu para lutar contra o gigante filisteu, o rei objetou, com base na pouca idade de Davi. Como resposta, o jovem relatou a sua experiência com o leão e o urso que atacavam os rebanhos que estavam sob os seus cuidados. Os leões da Ásia são muito semelhantes aos da África, e com base na freqüência com que são mencionados no Antigo Testamento (130 vezes), eles eram muito comuns na Palestina nos tempos bíblicos. Os ursos eram os da espécie de cor marrom, e até mais temíveis que os leões, por causa da sua força superior e das suas ações imprevisíveis. No inverno, quando não era possível obter frutas silvestres, eles atacavam os rebanhos e levavam as ovelhas e os cordeiros.
Mas a confiança de Davi fundamentava-se em algo mais seguro do que a sua experi-ência como um pastor. A base era uma forte fé religiosa. Golias tinha desafiado o exérci-to do Deus vivo (36) — veja 26, comentário. Era o Senhor quem tinha realmente livrado o seu servo do leão e do urso — e Ele me livrará da mão deste filisteu (37). Foi feita uma tentativa de vestir Davi com as armas de Saul. Ele começou a andar (39), ou seja, tentou andar.

Ao perceber a futilidade de tentar lutar com armas que jamais tinha experimentado nem testado, Davi deixou-as de lado, e, ao invés delas, levou o seu cajado (40), a sua funda de pastor e cinco seixos do ribeiro. O Dr. J. B. Chapman usou isto para ilustrar o significado de ser "mais do que vencedor". Se Davi tivesse usado todas as cinco pedras em sua luta com Golias, ele ainda teria vencido. Mas da maneira como os fatos ocorre-ram, ele matou o gigante com uma, e estaria pronto caso quatro outros tivessem apare-cido no horizonte. O alforje era uma pequena bolsa de dinheiro. A funda — em hebraico, gela' — era uma arma usada principalmente pelos pastores, mas também reconhecida como uma arma de guerra. Normalmente era feita de uma tira de couro, com um bolso no centro onde continha as pedras. As duas extremidades eram seguras na mão, e era gira-da sobre a cabeça até que o soltar de uma das pontas lançava a pedra com tremenda força. Era possível ter uma boa precisão de pontaria; porém, isto requeria grande habili-dade e treinamento (cf. 1 Cron 12.2).

A ira e o desprezo fizeram com que Golias se irasse; então amaldiçoou a Davi pelos seus deuses (43) e ameaçou dá-lo como alimento às aves e aos animais do campo. A nobre resposta do filho de Jessé inspirou a muitos frente a grandes desafios: Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu vou a ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado (45). O Se-nhor dos exércitos é uma designação do Deus de Israel usada pela primeira vez em Samuel, mas encontrada normalmente ao longo dos salmos e dos livros proféticos, especi-almente em Isaías. Esta expressão se refere a Deus como o Senhor de todos os poderes celestiais e terrenos, o invisível líder de Israel que luta pelo seu povo. O conceito apareceu até mesmo antes que a palavra fosse usada — por exemplo, Êx 15:1-3; Js 5:14; Nm 21:14.

Confiante em Deus, Davi previu a vitória: toda a terra saberá que há Deus em Israel (46). O Senhor não se limita à espada e à lança para salvar o seu povo, porque do Senhor é a guerra (47). A pedra de Davi atingiu a testa do gigante, atordoou-o (cf.
51) e quando ele caiu por terra, o jovem pegou a própria espada do filisteu e matou-o, ao cortar-lhe a cabeça. Com a morte de seu campeão, o resto dos filisteus fugiu com terror, perseguido pelos exércitos de Israel com grandes mortes até lugares tão distantes como Gate e Ecrom, duas das principais cidades da Filístia, e passaram por Saaraim (52) nas planícies de Judá, a oeste de Socó e Azeca. Mais tarde, Davi trouxe a cabeça de Golias a Jerusalém, mas manteve as armas do gigante em sua tenda (54). O fato de Saul e Abner não reconhecerem a identidade do jovem indica um lapso de tempo entre a apa-rição de Davi como um músico na corte (16,23) e a expulsão dos filisteus. Jovem (56) -em hebraico, 'dem – pode simplesmente significar "homem moço". A referência de Saul, jovem (58) também enfatiza a aparente juventude de Davi'.

"O nome vitorioso" é corajosamente pronunciado por Davi diante dos eventos im-possíveis: Tu vens a mim com espada, e com lança, e com escudo; porém eu vou a ti em nome do Senhor dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado, 45. No contexto e nos resultados deste episódio, podemos ver: (1) o contraste entre o mundano e o homem de Deus, 32-37; (2) a batalha entre as armas de guerra e a funda de pastor, 38-51; (3) a supremacia do exército do Senhor sobre os poderes do mal, 52.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Samuel Capítulo 17 do versículo 1 até o 58
*

17.1 entre Socó e Azeca, em Efes-Damim. Socó ficava 24 km ao oeste de Belém, perto da fronteira da Filistéia, e Azeca ficava quase 4 km ao noroeste de Socó.

* 17:2

vale de Elá. O vale desce do leste para o oeste, e passa imediatamente ao norte de Socó e Azeca.

* 17.4 guerreiro. É raro no Antigo Testamento, o resultado de uma luta mortal entre dois campeões ser considerado como a vontade dos deuses (compare 2Sm 2:14-16). É bem atestado, porém, entre alguns dos vizinhos de Israel.

seis côvados e um palmo. São quase 3 metros. A Septuaginta (tradução grega primitiva do Antigo Testamento), os Rolos do Mar Morto, e Josefo (Antigüidades 6.9,1) registram quatro côvados ao invés de seis. Assim, Golias teria cerca de dois metros, o que não deixava de ser uma altura notável segundo os padrões da antigüidade.

* 17.5-7

É surpreendente a descrição pormenorizada da armadura e das armas de Golias. Davi, porém, não precisa confiar em equipamentos (vs. 39, 50).

* 17.11

Saul.

O desafio dos filisteus aos "servos de Saul" tinha sido o de "escolher um homem" (v. 8). A escolha lógica teria sido Saul (9.2; 10.23, 24), mas este se encontrava tão aterrorizado quanto os demais.

* 17.12 efrateu. Ver Gn 35:19; 48:7; Rt 1:2; 4:11; 13 4:4'>1Cr 4:4; Mq 5:2.

* 17.15 Davi... ia a Saul e voltava. O tempo de Davi era dividido entre os deveres ao seu rei (16.21-23) e ao seu pai. A família inteira de Davi é apresentada juntamente com ele (vs. 12-14).

*

17:25

lhe dará... a filha. Ver notas em 18:17-19,20-27.

* 17.26 incircunciso filisteu. Ver nota em 14.6.

* 17.28 Ouvindo-lhe Eliabe... acendeu-se-lhe a ira. A ira repentina de Eliabe é a reação de um homem que não tinha a capacidade de enfrentar um desafio e que ressentiu-se ao ser sobrepujado por seu irmão menor. O fato de Davi ter sido ungido só serviria para aumentar o ciúme de Eliabe. Em Gênesis 37, os irmãos mais velhos de José reagem da mesma maneira ao saberem que um dia ele viria a ser superior a eles (Gn 37:2-19).

a quem deixaste aquelas poucas ovelhas. Por mais inquieto que Davi tivesse ficado no tocante à batalha, agiu com responsabilidade para com seus deveres mais corriqueiros (vs. 20, 22).

tua presunção. Ou “teu orgulho”, “tua insolência”.

a tua maldade. Lit.: "a insolência do teu coração." Contrastar o modo de Eliabe julgar Davi com o de Deus, conforme indicam declarações tais como: "um homem que lhe agrada" (13,14) lit.: "um homem segundo seu coração", e "o SENHOR vê o coração" (16.7).

* 17.33-37 A conversa entre Saul e Davi ilustra vividamente a diferença radical entre suas perspectivas. Saul continua pensando naquilo que é humanamente possível ("não poderás," v. 33), ao passo que Davi confia que "O SENHOR... me livrará" (v. 37).

*

17.36 incircunciso filisteu. Ver 14.6, nota.

* 17.37 o SENHOR seja contigo. A ascensão de Davi ao poder continua sendo promovida por Saul, sem ter este a mínima consciência disso. Tendo introduzido Davi na corte real (16.19, nota), Saul passa a enviá-lo para lutar em seu lugar. Mais irônico de tudo, Saul invoca sobre Davi a bênção que faz a distinção mais nítida entre os dois e que explica o sucesso que Davi teve em sua vida – "o SENHOR seja contigo" (16.18 e nota).

* 17.38, 39 A rejeição por Davi da armadura de Saul apóia a lição da narrativa, de que "o SENHOR salva, não com espada, nem com lança; porque do SENHOR é a guerra" (v. 47).

* 17:45

em nome do SENHOR dos Exércitos. Ver nota em 1.3. Davi vem "em nome" de Deus, ou seja: pela autoridade e poder de Deus. Quanto ao significado do nome de Deus como expressão do seu caráter, ver, por exemplo, Êx 34:5-7.

* 17:46

os cadáveres... dos filisteus. Davi sobrepuja as ameaças de Golias (v. 44), pois a sua contra-ameaça abrange a totalidade do exército filisteu.

* 17:47

do SENHOR é a guerra. Ver notas em vs. 38, 39; 14.6.

* 17:50

matou. Ou seja: deu-lhe a ferida mortal (v.51, nota).

não havia espada. Esse versículo assinala o auge da luta entre Golias, que tinha todas as vantagens (do ponto de vista físico), e Davi, que tinha Deus do seu lado, e que conseguiu triunfar até mesmo sem uma espada (conforme vs. 45-47).

* 17:51

matou. Aqui é usada uma forma diferente do verbo hebraico usado no v. 50; o sentido seria "liquidou," assim como também em 14.13.

* 17:52

Gate e... Ecrom. Ver notas em 4.1; 5.8, 10.

* 17:54

e a trouxe a Jerusalém. Posto que Jerusalém ainda estava nas mãos dos jebuseus (2Sm 5:6-9 e notas), essa observação deve ser entendida como uma referência a uma ocasião posterior.

* 17:55

De quem é filho este jovem? A pergunta de Saul e a resposta de Abner parecem estar em conflito com os eventos descritos em 16:18-22. Ao mesmo tempo, parece haver um relacionamento cronológico entre os caps. 16 e 17 (v. 15 e 18.2). A pergunta de Saul pode ter sido inspirada pela preocupação em saber mais a respeito da posição social de quem receberia a promoção prometida em 17.25, inclusive o casamento com sua filha. A intensidade do interesse de Saul talvez reflita, também, seu conhecimento de que seu reino acabaria sendo dado "ao teu próximo, que é melhor do que tu" (15.28). Ver 18.18 e nota.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Samuel Capítulo 17 do versículo 1 até o 58
17.4-7 Nos dias do êxodo, a maioria dos israelitas tinham temido entrar na terra prometida por quão gigantes viviam ali (Nu 13 32:33). O rei Og de Apóiam necessitava uma cama de 4 m de comprimento (Dt 3:11). Agora Goliat, de 2.70 m de alto, ridicularizava aos soldados israelitas, e parecia invencível ante eles. Saul, o mais alto dos israelitas, pôde ter estado preocupado porque ele era obviamente o rival mais adequado para o Goliat. Aos olhos de Deus, entretanto, Goliat não era diferente de outros.

17:9 Às vezes um exército fugia de uma batalha muito custosa ao enfrentar a seu guerreiro mais forte, contra o guerreiro mais forte de seu inimigo. Isto evitava um grande derramamento de sangue, porque o ganhador da briga era considerado o ganhador da batalha. Goliat tinha uma vantagem definitiva sobre o Davi desde do ponto de vista humano. Mas Goliat não se dava conta de que ao brigar com o Davi, também tinha que brigar com Deus.

17:16 por que aconteceria isto de maneira continuada por quarenta dias, sem que um bando atacasse ao outro? Estavam acampados aos lados opostos de um vale de levantadas paredes. Quem quer se apressasse a descender ao vale e subir aos escarpados penhascos estaria em desvantagem ao princípio da batalha e provavelmente sofreria grandes perdas. Cada lado estava esperando que o outro atacasse primeiro.

17:26 O que uma perspectiva diferente pode fazer. Muitos dos que observavam viam um gigante. Entretanto, Davi viu um mortal que desafiava ao Deus todo-poderoso. Sabia que não estaria sozinho quando enfrentasse ao Goliat: Deus brigaria com ele. Viu sua situação do ponto de vista de Deus. Olhar as circunstâncias impossíveis do ponto de vista de Deus nos ajuda a pôr em sua correta perspectiva os problemas gigantes. Uma vez que os identificamos poderemos brigar melhor.

17.28-32 A crítica não pôde deter o Davi. Enquanto que o resto do exército permanecia paralisado, Davi reconheceu a importância de atuar. Com Deus brigando por ele não havia razão para esperar. Pode ser que a gente trate de desalentá-lo com comentários negativos ou brincadeiras, mas você deve continuar fazendo o que sabe que é correto. Ao fazê-lo, estará agradando a Deus, cuja opinião é a que mais importa.

17.55-58 Apesar de que Davi havia meio doido muitas vezes o harpa frente a Saul, pergunta-a que fez Saul ao Abner parece mostrar que não conhecia o Davi muito bem. Talvez, como se tinha pensado que Davi se casasse com a filha do Saul se tinha êxito (17.25), Saul queria conhecer mais a respeito de sua família. Ou possivelmente a instável condição mental do Saul (16,14) pôde ter impedido que reconhecesse ao Davi.

Davi

Quando pensamos no Davi, pensamos: pastor, poeta, matador de gigantes, rei, antepassado do Jesus. Em resumo, um dos homens maiores do Antigo Testamento. Mas junto com esta lista está outra: traidor, mentiroso, adúltero, assassino. A primeira lista dá as qualidades que possivelmente todos queremos ter; a segunda, a que possivelmente todos podemos chegar a ter. A Bíblia não se esforça em esconder os fracassos do Davi. Sem engreno, lhe recorda e respeita por seus sentimentos para Deus. Ao saber que nos parecemos mais ao Davi em seus enganos que em sua grandeza, devemos ter a curiosidade de descobrir o que foi o que fez que Deus se referisse ao Davi como um homem "conforme a meu coração" (At 13:22).

Davi, mais que nada, tinha uma fé inalterável na natureza fiel e misericordiosa de Deus. Foi um homem que viveu com grande prazer. Pecou muitas vezes, mas era rápido para confessar seus pecados. Suas confissões provinham do coração e seu arrependimento era genuíno. Davi nunca tomou à ligeira o perdão de Deus nem deu por feitas suas bênções. Por isso, Deus nunca deixou de lhe dar nem seu perdão nem as conseqüências de seus atos. Davi experimentou o gozo do perdão mesmo que teve que sofrer as conseqüências de seus pecados.

Temos a tendência a investir estas duas coisas. Muito freqüentemente, preferiríamos evitar as conseqüências a experimentar o perdão. A grande diferencia que há entre o Davi e nós é que ele pecou em grande maneira, mas não pecou repetidamente. Aprendeu de seus enganos porque aceitou o sofrimento que traziam consigo. Pelo general parece que não aprendemos de nossos enganos ou das conseqüências que resultam dos mesmos. Que mudanças precisa fazer para que Deus encontre essa classe de obediência em você?

Pontos fortes e lucros:

-- O maior rei do Israel

-- Antepassado do Jesus

-- Renomado na Galeria da Fé de Hebreus 11

-- Deus mesmo o descreveu como um homem conforme a seu coração (1Sm 13:14).

Debilidades e enganos:

-- Cometeu adultério com o Betsabé

-- Urdiu o assassinato do Urías, marido do Betsabé

-- Desobedeceu diretamente a Deus ao tomar um censo do povo

-- Não lutou bem com o pecado de seus filhos

Lições de sua vida:

-- A disposição de reconhecer nossos enganos com sinceridade é o primeiro passo para enfrentá-los

-- O perdão não elimina as conseqüências do pecado

-- Deus deseja em grande maneira nossa confiança e nossa adoração completas

Dados gerais:

-- Onde: Presépio, Jerusalém

-- Ocupações: Pastor, músico, poeta, soldado, rei

-- Familiares: Pai: Isaí. Algemas mencionadas: Mical, Ahinoam, Betsabé, Abigail. Filhos mencionados: Absalón, Amnón, Salomão, Adonías. Filha mencionada: Tamar. Sete irmãos

-- Contemporâneos: Saul, Jonatán, Samuel, Natán

Versículos chave:

"Agora pois, Jeová Deus, você é Deus, e suas palavras são verdade, e você prometeste este bem a seu servo. Tenha agora a bem benzer a casa de seu servo, para que permaneça perpetuamente diante de ti, porque você, Jeová Deus, há-o dito, e com sua bênção será bendita a casa de seu servo para sempre" (2Sm 7:28-29).

Sua história se relata em 1 Smamuel 16-2 Rsseis 2. Além disso lhe menciona em Am 6:5; Mt 1:1, Mt 1:6; Mt 22:43-45; Lc 1:32; At 13:22; Rm 1:3; Hb 11:32.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Samuel Capítulo 17 do versículo 1 até o 58

C. DAVI Recorreu contra Golias (


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Samuel Capítulo 17 do versículo 1 até o 58
  • O soldado vitorioso (17)
  • A história de Davi e Golias é bem conhecida e traz em si muitas lições práticas para a vida cristã. Todos nós enfrentamos gigantes de um tipo ou de outro, mas devemos dominá-los por meio do poder de Deus. Prova-velmente, Golias tinha 3 metros de altura, e sua armadura pesava mais de 68 quilos. Ele era o "filisteu" (17:8), o grande campeão deles, e era tão aterrador que trouxe temor ao exército judeu (v. 11). Se Saul fosse um líder piedoso, ele clama-ria Dt 20:0; Ef 3:20-49.) Saul tentou dar uma armadura para Davi, mas Davi, como nunca usara uma armadura, recusou-a. Imagine Saul dizendo a outra pessoa como deveria fa-zer para vencer! Davi vivenciara o poder de Deus, em particular, nos campos enquanto cuidava das ove-lhas; agora, ele demonstraria esse poder em público para a glória do Senhor. Veja como em todo esse episódio Davi glorifica o Senhor.

    Aqui, a lição prática é que Deus dá-nos vitória em resposta a nossa fé. Deus testara Davi, em particu-lar, com um leão e um urso; agora o testava publicamente com um gi-gante. Se formos fiéis nas batalhas individuais, Deus nos auxilia nas provas públicas. Com freqüência, o povo de Deus desanima nos me-nores testes que cruzam seu cami-nho, não percebe que os "pequenos testes" são uma preparação para as batalhas maiores que, com certeza, surgirão (Jr 12:5). Davi usava armas simples, humildes: uma funda e cin-co pedras (veja 1Co 1:27-46 e 2Co 10:3-47). Davi sabia que Gideão vencera com armas inadequadas e que o Deus de Gideão não morrera. Nem a crítica do irmão nem a des-crença de Saul impediram Davi de crer em Deus para conseguir vitória. A pedra atinge o alvo, o gigante cai, e Davi usa a espada do gigante para cortar sua cabeça! Essa vitória abriu o caminho para Israel atacar os filis- teus e despojar seus acampamentos. "Esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé" (1Jo 5:4). "Somos mais que vencedores"!

    Aqui também há uma lição tí-pica: Davi é uma imagem de Jesus Cristo. O nome de Davi significa "amado", e Cristo é o Filho amado de Deus. Os dois nasceram em Be-lém. Os dois foram rejeitados pelos irmãos. (É claro que quando Davi se tornou rei, seus irmãos o recebe-ram, da mesma forma que os judeus receberão Cristo quando ele voltar a reinar.) Davi foi ungido rei anos antes de ser-lhe permitido reinar, exatamente como Cristo é Rei ago-ra, mas não reinará na terra até que Satanás seja desterrado. O rei Saul tipifica Satanás nesta era presente, pois Saul foi rejeitado e derrotado, contudo pôde reinar até que Davi subisse ao trono. Permite-se que Sa-tanás persiga o povo de Deus até o dia em que será derrotado.

    Da mesma forma como o pai de Davi enviou-o ao campo de batalha, o Pai enviou Cristo a estemundo. Golias retrata o orgulho e o poder de Satanás. Leia com atençãoLc 11:14-42. Satanás é o homem bem armado que guarda seus bens (as pessoas sob seu controle), e Cris-to é o Homem "mais valente" que domina Satanás. Cristo invadiu o reino de Satanás, dominou seu po-der, pegou sua armadura e agora di-vide os despojos ao salvar as almas perdidas e torná-las filhas de Deus. Naquele dia, Davi fez isso: ele do-minou o homem forte e permitiu que Israel dividisse os despojos (vv. 52-54). Nós, cristãos, lutamos por vitória, lutamos de posse da vitó-ria, a vitória conseguida na cruz (Cl 2:15). Jesus disse: "Tende bom âni-mo; eu venci o mundo" (Jo 16:33).

    Não fica claro por que Saul não reconhece Davi, seu escudei-ro. É provável que ele tenha visto Davi quando estava sob influência do espírito maligno. Contudo, outro fator é que Davi era um dos muitos servos da corte e, talvez, não fosse incomum que Saul os confundisse. Com certeza, Saul perguntaria a res-peito da família de Davi, já que pro-metera sua filha ao vencedor.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Samuel Capítulo 17 do versículo 1 até o 58
    17.1 A batalha anterior com os filisteus deu-se em Efraim (14:22-23), onde foram derrotados. Agora, os mesmos atacam pelo lado de Judá. Efes-Damim, "divisa de sangue" (1Cr 11:13). Nome dado por causa da cor vermelha da terra recém-arada.

    17.2 Vale de Elá. Vale dos terebintos ou carvalhos.

    17.4 Golias de Gate. Alguns gigantes ou enaquins, ainda permaneciam em Gate, Gaza e Asdode (Js 11:22). É provável que Golias estivesse como mercenário a serviço dos filisteus, pois o seu nome é de origem edomita. Seis côvados e um palmo, correspondem à altura Dt 2:92m. A LXX dá, "quatro côvados e um palmo", o que representa 2,02 metros.

    17.5 Couraça. A arqueologia descobriu em Nuzi, Mesopotâmia, uma couraça de bronze da época de 1500 a.C. A luta com Golias deu-se em cerca de 1022 a.C. cinco mil siclos são setenta quilos.

    17.10 Dai... um homem. Era costuma resolver-se guerras mediante duelos individuais em que se defrontavam dois guerreiros de fama. Homero menciona, em "Ilíada", um duelo entre Ajax e Heitor que decidiu a sorte de uma guerra; idem, Tito Lívio cita luta semelhante entre Horácios e Curiácios. Nos anais da Suméria encontra-se uma referência de um combate singular entre dois campeões para decidir a questão entre Enmerkar de Uruk e o Senhor de Aratta; isto, antes de 3.200 a.C.

    17.11 Temeram muito. A esperança de todos era que surgisse uma guerra aberta e comum, quando muitos se lançariam sobre Golias e o matariam.

    17.16 Quarenta dias. Espaço de tempo mais do que suficiente para arrasar a moral do exército.

    17.1 Efa, 39 litros. Trigo tostado. Grãos de trigo, tostado, que era a comida do soldado, do pastor, do viajante enfim de quem estivesse fora de casa por um tempo mais prolongado.

    • N. Hom. 17.25 Promessa de político. Para solucionar o problema desse duelo ingrato, e para não acabar por completo com a moral do exército, prometeu:
    1) dar por mulher a filha;
    2) isentar de impostos;
    3) distribuir riquezas. Saul prontificou-se a pagar qualquer preço. Já ia longe o tempo em que Saul dependia do Senhor (11.7, 13); agora colocava a sua esperança no poder do dinheiro e das promessas - que não cumpria.

    17.26 Quem é esse incircunciso... paro afrontar os exércitos do Deus vivo? A pergunta de Davi revela sua coragem e confiança no Deus vivo, como também a sua convicção de que o Senhor Deus estava consigo (14.6).

    17.28 Eliabe... desceste apenas para ver a peleja. Pelas palavras de Eliabe, percebe-se por que Deus não o escolheu para ser rei. Era homem medroso, mesquinho e ciumento. Não podia perdoar a Davi, por ter sido ele o escolhido de Deus (16.7, 12).

    17.29 Fiz somente uma pergunta. Davi corresponde aqui à definição dada em 16.18, "sisudo em palavras”.

    17.30 Desviou-se dele. Demonstra Davi a extraordinária capacidade de dominar-se, que é, realmente, maior vitória do que aquela sobre Golias.

    17.31 Saul mandou chamá-lo. O gesto revela o grande desespero de Saul, pois aproveitava a única oportunidade que se oferecia: um moço inexperiente em guerra (33).

    17.32 No texto grego (LXX) este versículo vem logo após o versículo 11.
    17:34-36 O teu servo matou tanto o leão como o urso. Davi repetiu a façanha de Sansão (Jz 14:5-7), e, além do leão, esquartejou um urso, outro animal forte e perigoso (2Rs 2:24). Somente mais tarde Davi conquistaria a cidadela de Jebus (2Sm 5:6-10). A espada de Golias, posteriormente ficou guardada no Santuário de Nobe (21.9).

    17:55-58 De quem é filho?... Não sei. Tanto Saul como Abner desconheciam a Davi. O texto do evento histórico pela ordem cronológica, passa do v. 58 para o 16:13-24, para depois voltar ao cap. 18 (ver cronologia, 16.1n).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Samuel Capítulo 17 do versículo 1 até o 58
    c) Davi e Golias (17.1—18.5)
    “Os capítulos 17:18 parecem ter existido originariamente em duas formas diferentes: uma mais longa, representada pelo texto hebraico presente e por alguns MSS (especialmente o Códice Alexandrino), e uma mais breve, representada pelo MS Vaticano da LXX. Este último omite 17:12-31,41,50; 17.55—18.5. Cada versão apresenta um relato que é completo em Sl mesmo, embora a mais breve minimize as diferenças entre as duas tradições acerca de Davi” (L. H. Brockington, Peake, 2. ed., p. 326).

    v. 1-11. Esse capítulo, como o cap. 4, começa com os israelitas e filisteus posicionados para a batalha no vale de Elá. A história não precisa ser recapitulada, mas alguns pontos requerem um comentário. Os detalhes acerca de Golias, a sua altura — “seis côvados e um palmo”, dois metros e noventa centímetros — e as especificações de sua armadura parecem

    circunstanciais e podem muito bem ter sido baseadas em testemunhas oculares. Mesmo assim, 2Sm 21:19 diz que “Elanã [...] matou Golias”; a VA diz que Elanã matou o irmão de Golias, harmonizando esse relato com lCr

    20.5 (v. Comentário, ad loc.). Hertzberg (p. 
    - 139n) sugere que talvez o próprio nome Davi seja um nome relacionado ao trono ou título, visto que dawidum nos textos de Mari significa “comandante”, e que o seu nome original tenha se perdido. Mas ele duvida de que tenha sido Elanã.

    v. 12-31. Seção que falta por inteiro na maioria dos MSS da LXX; as versões em português seguem o hebraico. A visita de Davi com provisões para os seus irmãos, como a de José gerações antes disso, é registrada, com a sua primeira vista de Golias, o terror dos israelitas diante desse desafio e a saudação mal-humorada de Eliabe a Davi. Alguns eruditos pensam que é improvável que a observação de Eliabe (v. 28) tenha sido sarcástica, visto que esteve presente no momento em que Davi foi ungido (16.13), mas Hertzberg, (p. 
    139) em vez de traduzir por “ungiu-o no meio dos seus irmãos” (ARC), traduz por “ungiu-o ‘do’ meio dos seus irmãos”, sugerindo um ato um tanto secreto.
    v. 32-49. A armadura de Davi e o seu único combate com o gigante são descritos em detalhes dramáticos. O jovem apresentou-se como voluntário quando homens calejados da guerra estavam se esquivando, assegurando a Saul que a luta não lhe era estranha, pois tinha vencido leões e ursos, e esse filisteu incircunciso será como um deles, pois desafiou os exércitos do Deus vivo (v. 36). Após se recusar a usar a armadura com que não estava habituado, ele escolheu [...] cinco pedras lisas e tinha a sua atiradeira na sua mão (v. 40); o rapaz seguro de Sl lançou-se ao desafio, com sua leveza e rapidez de movimento, contra o escárnio e o orgulho do filisteu, com a seguinte convicção: pois a batalha é do Senhor, e ele entregará todos vocês em nossas mãos (v. 47). O resultado é história.

    v. 50-54. O herói vitorioso desarmou e decapitou o inimigo, os israelitas derrotaram os filisteus, perseguindo-os até Gate e Ecrom, e saquearam o seu acampamento. Davi guardou as armas do filisteu em sua própria tenda (v. 54); mais tarde, a espada de Golias foi colocada na tenda do santuário (conforme 21.9). A cabeça de Golias deve ter sido trazida para Jerusalém depois da captura dessa cidade por parte de Davi (2Sm 5:6-10).

    v. 55-58. A forma em que Saul recebeu Davi nesse texto tem sido criticada com fre-qüência com base no fato de que ele não precisaria ter perguntado quem era o seu próprio escudeiro. Mas a investigação aqui não é acerca da identidade de Davi, mas da do seu pai. Saul havia prometido (v. 25) a sua filha a quem derrotasse Golias; a investigação acerca dos antecedentes do genro em potencial parece totalmente apropriada.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Samuel Capítulo 17 do versículo 1 até o 58
    1Sm 17:1

    4. A INVASÃO DOS FILISTEUS E O DESAFIO DE GOLIAS (1Sm 17:1-9). Isso deve ter sucedido diversos anos depois de terem sido derrotados em Micmás (capítulo 14). Defrontaram-se com o exército israelita entre Socó e Azeca, cerca de vinte e seis quilômetros a sudoeste de Jerusalém, no caminho de Gate, no vale do carvalho (1-2). Os exércitos estavam separados por uma profunda ravina (em heb., gave’) que havia ali (3). No versículo 2 o vale é chamado de ’ emeq, isto é, uma larga extensão entre as colinas. No termo de Damim (o campo de sangue), onde os exércitos se defrontaram, parece que havia uma garganta mais profunda dentro do vale mais largo, isto é, um gaye’ dentro do ’ emeq.

    >1Sm 17:4

    O campeão dos filisteus, Golias, tinha entre 2,75m a 3,05m de altura (4); sua couraça de escamas (lit., "corpete de escamas") para proteção do corpo, pesava cerca de 80 kg. (5); seu escudo (azagaia) era carregado entre os ombros (6); e a haste de sua lança era como o órgão do tecelão, e a ponta de ferro pesava um pouco mais de 8,5kg (7). Ele afirmava ser o filisteu (8), isto é, o bem conhecido campeão dos filisteus; e o Targum de Jônatas o apresenta como aquele que matou Ofni e Finéias. Lutas entre uns poucos representantes selecionados dos exércitos, para decidir as questões, eram comuns nos tempos antigos. O desafio de Golias provocou surpreendente terror entre os israelitas (11,24).

    >1Sm 17:12

    5. DAVI ACEITA O DESAFIO (1Sm 17:12-9). Ver anotação introdutória, acima, sobre os capítulos 17:18, referente às omissões verificadas na Septuaginta.

    >1Sm 17:41

    6. O TRIUNFO DA FÉ (1Sm 17:41-9). Davi fez se envergonharem os mais valentes guerreiros de Israel. Ele estava certo que Deus haveria de defendê-lo dos incircuncisos, por mais fortes e poderosos que pudessem parecer. Sua funda, com a bênção de Deus, era muito mais poderosa que o orgulhoso Golias com sua espada, sua lança e seu escudo (45; em heb., bekhidhon, azagaia). Isso mostra o que a fé real e viva pode fazer.


    Dicionário

    Aves

    As aves achavam-se divididas em animais limpos e imundos na Lei de Moisés. As aves imundas, que por isso mesmo não podiam servir de alimento, eram aquelas que se alimentavam de carne, peixe e animais mortos. As que se alimentavam de insetos, de grãos e de fruta eram ‘animais limpos’. Esta classificação pode, facilmente, concordar com as idéias modernas sobre o assunto. outra cláusula da lei judaica proibia que se tirasse do ninho a ave-mãe, embora os seus filhinhos ou os seus ovos pudessem dali ser levados. Há várias referências aos hábitos das aves. Jeremias (8,7) fala da chegada da cegonha, do grou e da andorinha – e em Cantares de Salomão (2.11,12) o canto das aves e a voz da rola são anunciativos da primavera. Em Ec 12:4 acha-se esta expressão, ‘a voz das aves’: é a do rouxinol, que existe em grande número ao longo das margens do Jordão e na vizinhança do mar Morto. Canta muito bem, e é uma ave que facilmente se domestica. Tais aves são muito procuradas no oriente, e há uma referência a este costume em Jó (41.5): ‘Brincarás com ele, como se fora um passarinho?’ A grande maioria das aves que se encontram na Palestina, pertence à classe das aves de arribação. Nos lugares mais baixos do vale do Jordão acham-se aves subtropicais, que não se vêem nas regiões mais ao norte. Além destas, há umas quinze espécies peculiares à Palestina. As aves eram muito empregadas como alimento pelos habitantes da Terra Santa, e ainda o são hoje. Nos tempos primitivos eram elas apanhadas principalmente por meio de redes e armadilhas (Sl 124:7Pv 7:23) – mas atualmente são caçadas com a espingarda nos arrabaldes de Jerusalém. outro sistema de caçar aves, principalmente perdizes e abetardas, consiste em arremessar uma pequena vara. A uma caça deste gênero faz-se alusão em 1 Sm 26.20. Em uma única passagem menciona Bildade quatro diferentes métodos de apanhar aves (18:8-10). Aves marítimas e aves aquáticas são raras na Palestina – mas aves de presa, como abutres, açores, etc., são numerosas, e há muitas referências a elas na Bíblia. No livro de Deuteronômio (32,11) diz-se que Deus ensinou israel como a águia ensina os filhos. (*veja Águia.)

    fem. pl. de ave

    a·ve 1
    (latim avis, -e)
    nome feminino

    1. [Zoologia] Animal vertebrado, ovíparo, de respiração pulmonar, sangue quente, pele coberta de penas. (Os membros posteriores servem-lhe para andar e os anteriores, ou asas, para voar; tem bico córneo e desdentado.)

    2. Figurado Pessoa que aparece numa terra e tem ali pouca demora.

    3. Vagabundo.


    ave de arribação
    Ornitologia A que muda de região em certas épocas do ano.

    ave de mau agouro
    Ave que, por superstição, se crê ser presságio de desgraça ou fatalidade.

    Figurado Pessoa a cuja presença se associa, por superstição, o prenúncio de desgraça ou fatalidade.

    ave de rapina
    Ornitologia Ave carnívora de bico curto e adunco e garras fortes. = RAPACE

    Pessoa com grande ambição, que não olha a meios para atingir o que quer.

    ave rara
    Pessoa ou coisa com características originais e pouco frequentes.


    ave |àvé| 2
    (palavra latina)
    interjeição

    Expressão designativa de saudação, de cumprimento. = SALVE


    Bestas

    fem. pl. de besta

    bes·ta |é| |é| 2
    (latim balista, -ae, balista)
    nome feminino

    [Armamento] Arma antiga, composta por um arco e por um cabo muito tenso, com que se arremessavam setas e pelouros (ex.: besta de mão). = BALESTA, BALESTRA


    Ver também dúvida linguística: pronúncia de besta.

    bes·ta |ê| |ê| 1
    (latim bestia, -ae, animal, fera)
    nome feminino

    1. Animal que se pode cavalgar. = CAVALGADURA

    2. Animal quadrúpede, híbrido e estéril, filho de burro e égua ou de cavalo e burra. = MACHO, MU, MUAR, MULO

    3. [Informal] Pessoa grande ou muito forte.

    4. [Informal, Depreciativo] Pessoa violenta ou grosseira. = ALIMÁRIA, ANIMAL

    5. O ser humano considerado sob o seu aspecto mais desfavorável ou mais brutal.

    adjectivo de dois géneros e nome feminino
    adjetivo de dois géneros e nome feminino

    6. [Informal, Depreciativo] Que ou quem se considera ter falta de inteligência. = BURRO, ESTÚPIDO, PALERMA, TOLO


    besta de roda
    A que trabalha nas noras, engenhos, etc.

    besta de tiro
    Animal que puxa um carro.

    besta quadrada
    [Informal, Depreciativo] Pessoa muito ignorante ou muito grosseira.

    metido a besta
    [Brasil, Informal] Que é arrogante, pretensioso ou vaidoso.


    Ver também dúvida linguística: pronúncia de besta.

    Campo

    substantivo masculino Território ou área plana; planície, prado.
    Extensão de terra cultivável: campo de trigo, de milho.
    Terreno fora das cidades: morar no campo; ir para o campo.
    Esportes. Área limitada à prática de esportes: campo de futebol.
    Figurado Domínio intelectual ou conjunto do que é próprio a um ofício, profissão, atividade; âmbito, domínio: campo jurídico; campo médico.
    Área a partir da qual algo é desenvolvido; o que se pretende discutir; assunto: trazer a campo.
    [Física] Região influenciada por um agente físico, por uma força: campo eletromagnético.
    [Física] Espaço em que um ímã, um corpo elétrico ou um corpo pesado, está sujeito à determinadas forças: campo de gravitação.
    Fotografia e Cinema. Quantidade de espaço cuja imagem se forma no filme.
    Etimologia (origem da palavra campo). Do latim campum.

    substantivo masculino Território ou área plana; planície, prado.
    Extensão de terra cultivável: campo de trigo, de milho.
    Terreno fora das cidades: morar no campo; ir para o campo.
    Esportes. Área limitada à prática de esportes: campo de futebol.
    Figurado Domínio intelectual ou conjunto do que é próprio a um ofício, profissão, atividade; âmbito, domínio: campo jurídico; campo médico.
    Área a partir da qual algo é desenvolvido; o que se pretende discutir; assunto: trazer a campo.
    [Física] Região influenciada por um agente físico, por uma força: campo eletromagnético.
    [Física] Espaço em que um ímã, um corpo elétrico ou um corpo pesado, está sujeito à determinadas forças: campo de gravitação.
    Fotografia e Cinema. Quantidade de espaço cuja imagem se forma no filme.
    Etimologia (origem da palavra campo). Do latim campum.

    Significa esta palavra, na Bíblia, uma terra meramente cultivada – ou limitada extensão de terreno (Gn 23:13-17is 5:8) ou toda herança de um homem (Lv 27:16Rt 4:5Jr 32:9-25). A ausência de valados tornava os campos expostos ao dano feito pelos animais desgarrados (Êx 22:5). o ‘campo fértil’, em Ez 17:5, significa uma terra para plantação de árvores – muitas vezes, porém, é uma tradução da palavra hebraica Carmel, como em is 10:18. Vilas sem muros, e casas espalhadas eram tidas como campos aos olhos da Lei (Lv 25:31).

    O campo [a que Jesus se refere na parábola do Joio] simboliza o mundo, isto é: o [...] planeta e a humanidade terrena [...].
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    O campo é o celeiro vivo do pão que sustenta a mesa [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19


    Campo Terras usadas para plantação ou para pastagem (Jr 4:3); (Lc 2:8).

    Carne

    substantivo feminino O tecido muscular do homem e dos animais, e principalmente a parte vermelha dos músculos.
    Particularmente, o tecido muscular dos animais terrestres que serve de alimento ao homem.
    Carne viva, o derma ou o tecido muscular posto a descoberto depois de arrancada ou cortada a epiderme.
    Figurado A natureza humana: a carne é fraca.
    O corpo humano: mortificar a carne.
    A polpa das frutas.
    Cor de carne, branco rosado.
    Nem peixe nem carne, diz-se de uma pessoa de caráter indeciso, que não tem opinião definida, ou de uma coisa insípida.
    São unha com carne, ou unha e carne, ou osso e carne, diz-se de duas pessoas que vivem em muita intimidade, que mutuamente comunicam seus pensamentos secretos.

    substantivo feminino O tecido muscular do homem e dos animais, e principalmente a parte vermelha dos músculos.
    Particularmente, o tecido muscular dos animais terrestres que serve de alimento ao homem.
    Carne viva, o derma ou o tecido muscular posto a descoberto depois de arrancada ou cortada a epiderme.
    Figurado A natureza humana: a carne é fraca.
    O corpo humano: mortificar a carne.
    A polpa das frutas.
    Cor de carne, branco rosado.
    Nem peixe nem carne, diz-se de uma pessoa de caráter indeciso, que não tem opinião definida, ou de uma coisa insípida.
    São unha com carne, ou unha e carne, ou osso e carne, diz-se de duas pessoas que vivem em muita intimidade, que mutuamente comunicam seus pensamentos secretos.

    A palavra hebraica do A.T., basar, tem freqüentemente o sentido literal de carne, ou seja do homem ou de animal (Gn 2:21 – 9.4 – Lv 6:10Nm 11:13), e também significa todas as criaturas vivas (Gn 6:13-17) – além disso tem a significação especial de Humanidade, sugerindo algumas vezes quanto é grande a fraqueza do homem, posta em confronto com o poder de Deus (Sl 65:2 – 78.39). No N. T. a palavra sarx é empregada da mesma maneira (Mc 13:20 – 26.41 – Hb 2:14 – 1 Pe 1.24 – Ap 17:16) S. Paulo põe habitualmente em contraste a carne e o espírito – e faz a comparação entre aquela vida de inclinação à natureza carnal e a vida do crente guiado pelo Espírito (Rm 7:5-25, 8.9 – Gl 5:17 – etc.). A frase ‘Carne e sangue’ (Mt 16:17Gl 1:16) é para fazer distinção entre Deus e o homem (*veja Alimento).

    A carne é veículo transitório e abençoado instrumento para o espírito aprender na Academia terrestre através do processo incessante da evolução.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    A carne, de certo modo, em muitas circunstâncias não é apenas um vaso divino para o crescimento de nossas potencialidades, mas também uma espécie de carvão milagroso, absorvendo -nos os tóxicos e resíduos de sombra que trazemos no corpo substancial.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] A carne, em muitos casos, é assim como um filtro que retém as impurezas do corpo perispiritual, liberando-o de certos males nela adquiridos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

    A carne é a sagrada retorta em que nos demoramos nos processos de alquimia santificadora, transubstanciando paixões e sentimentos ao calor das circunstâncias que o tempo gera e desfaz.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Evangelho

    A carne terrestre, onde abusamos, é também o campo bendito onde conseguimos realizar frutuosos labores de cura radical, quando permanecemos atentos ao dever justo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - cap• 5


    Carne
    1) O tecido muscular do corpo dos seres humanos e dos animais (Gn 2:21)

    2) O corpo humano inteiro (Ex 4:7).

    3) O ser humano fraco e mortal (Sl 78:39).

    4) A natureza humana deixada à vontade e dominada pelos seus desejos e impulsos (Gl 5:19); 6.8;
    v. CARNAL).

    Carne O termo carne não tem uma significação unívoca nos evangelhos. A expressão “toda carne” refere-se ao conjunto de todos os seres humanos (Mt 24:22); “carne e sangue” designa o ser humano em suas limitações (Mt 16:17; 26,41) e “carne” também se refere — em contraposição a espírito — ao homem em seu estado de pecado (Jo 3:6). Finalmente “comer a carne e beber o sangue” de Jesus, longe de ser uma referência eucarística, significa identificar-se totalmente com Jesus, custe o que custar, pelo Espírito que dá a vida. A exigência dessa condição explica por que muitos que seguiam Jesus até esse momento abandonaram-no a partir de sua afirmação (Jo 6:53-58:63).

    Céu

    Céu
    1) Uma das grandes divisões do UNIVERSO (Gn 1:1).


    2) Lugar onde moram Deus, os seres celestiais e os salvos que morrem (Is 66:1; Mt 24:36; 2Co 5:1).


    Céu 1. No evangelho de Mateus, no plural, perífrase empregada no lugar de Deus como, por exemplo, o Reino de Deus é descrito como o Reino dos céus (Mt 5:10; 6,20; 21,25; Lc 10:20; 15,18.21; Jo 3:27).

    2. Morada de Deus, de onde envia seus anjos (Mt 24:31; Lc 22:43); faz ouvir sua voz (Mt 3:17; Jo 12:28); e realiza seus juízos (Lc 9:54; 17,29ss.).

    3. Lugar onde Jesus ascendeu após sua ressurreição (Mc 16:19; Lc 24:51).

    4. Destino dos que se salvam. Ver Vida eterna.

    m. Gourgues, El más allá en el Nuevo Testamento, Estella 41993; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    substantivo masculino Espaço infinito no qual se localizam e se movem os astros.
    Parte do espaço que, vista pelo homem, limita o horizonte: o pássaro voa pelo céu.
    Reunião das condições climáticas; tempo: hoje o céu está claro.
    Local ou situação feliz; paraíso: estou vivendo num céu.
    Religião Deus ou a sabedoria ou providência divina: que os céus nos abençoem.
    Religião Local para onde vão as boas almas: o reino dos Céus.
    Religião A reunião dos anjos, dos santos que fazem parte do Reino de Deus.
    Por Extensão Atmosfera ou parte dela situada acima de uma região na superfície terrestre.
    expressão A céu aberto. Ao ar livre: o evento será a céu aberto.
    Mover céus e terras. Fazer todos os esforços para obter alguma coisa.
    Cair do céu. Chegar de imprevisto, mas numa boa hora: o dinheiro caiu do céu.
    Etimologia (origem da palavra céu). Do latim caelum; caelus.i.

    Em geral, a palavra céu designa o espaço indefinido que circunda a Terra, e mais particularmente a parte que está acima do nosso horizonte. Vem do latim coelum, formada do grego coilos, côncavo, porque o céu parece uma imensa concavidade. Os antigos acreditavam na existência de muitos céus superpostos, de matéria sólida e transparente, formando esferas concêntricas e tendo a Terra por centro. [...] Segundo a opinião mais comum, havia sete céus e daí a expressão – estar no sétimo céu – para exprimir perfeita felicidade. [...] A teologia cristã reconhece três céus: o primeiro é o da região do ar e das nuvens; o segundo, o espaço em que giram os astros, e o terceiro, para além deste, é a morada do Altíssimo, a habi-tação dos que o contemplam face a face.[...]As diferentes doutrinas relativamente aoparaíso repousam todas no duplo errode considerar a Terra centro do Uni-verso, e limitada a região dos astros
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3, it• 1 e 2

    [...] é o espaço universal; são os plane-tas, as estrelas e todos os mundos supe-riores, onde os Espíritos gozamplenamente de suas faculdades, sem astribulações da vida material, nem as an-gústias peculiares à inferioridade.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1016

    [...] O Céu é o espaço infinito, a multidão incalculável de mundos [...].
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Deus na Natureza• Trad• de M• Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - t• 4, cap• 1

    [...] o Céu que Deus prometeu aos que o amam é também um livro, livro variado, magnífico, cada uma de cujas páginas deve proporcionar-nos emoções novas e cujas folhas os séculos dos séculos mal nos consentirão voltar até a última.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 6a efusão

    O Céu de Jesus é o reinado do Espírito, é o estado da alma livre, que, emancipando-se do cativeiro animal, ergue altaneiro vôo sem encontrar mais obstáculos ou peias que a restrinjam.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Céu de Jesus

    O Céu representa uma conquista, sem ser uma imposição.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 2

    [...] em essência, é um estado de alma que varia conforme a visão interior de cada um.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu

    [...] o céu começará sempre em nós mesmos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu e inferno

    Toda a região que nomeamos não é mais que uma saída gloriosa com milhões de portas abertas para a celeste ascensão.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 57

    Céu – esferas espirituais santificadas onde habitam Espíritos Superiores que exteriorizam, do próprio íntimo, a atmosfera de paz e felicidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8


    Segundo os judeus, havia pelo menos três céus: o primeiro era a região nublada do ar, onde voam os pássaros, que por isso mesmo são chamados ‘as aves dos céus’ (35:11). É a este que se referem aquelas passagens em que se fala do orvalho do céu, das nuvens do céu, e do vento do céu. o segundo céu era aquela parte do espaço, onde luzem o Sol, a Lua, e as estrelas, e que se chama o ‘firmamento’, ou a expansão do céu (Gn 1:8). o terceiro, segundo pensavam os judeus, achava-se simbolizado pelo Santo dos Santos, e era a Casa de Deus e dos santos anjos. Foi este o céu, donde veio Cristo, e para o qual subiu depois da Sua ressurreição (At 1:11), e donde há de vir outra vez (1 Ts 4.16). A este mesmo céu foi Paulo arrebatado (2 Co 12.2). Não é como os outros céus, perceptíveis à vista humana (Jo 3:12-13Hb 8:1 – e 9.24). Alguns judeus distinguiam sete céus (Testamento dos doze Patriarcas, Levi 2 e 3 – Livro dos Segredos de Enoque, 3.21). Com respeito ao céu, como eterna morada dos remidos, sabemos que é um lugar, que foi para eles preparado por Jesus Cristo (Jo 14:2) – um lugar de felicidade 1Co 2:9), e de glória (2 Tm 2,11) – e é, também, um repouso, em que se está livre de toda inquietação (Hb 4:10-11). Chama-se ‘reino’ (Mt 25:34Tg 2:5 – 2 Pe 1,11) – Paraíso (Lc 23:43Ap 2:7) – uma herança (1 Pe 1,4) – cidade (Hb 11:10). Nesta abençoada morada servem os remidos a Deus, inteiramente livres do mal da alma e do corpo (Ap 7:15-16), em completa alegria e felicidade (Sl 16:11), vida essa acima da nossa compreensão 1Co 2:9).

    Darei

    1ª pess. sing. fut. ind. de dar

    dar -
    (latim do, dare)
    verbo transitivo

    1. Ceder gratuitamente (ex.: dar um cigarro).

    2. Entregar como presente (ex.: não dou mais brinquedos a ninguém). = OFERECER, PRESENTEARRECEBER

    3. Fazer doação de. = DOAR

    4. Fazer esmola de. = ESMOLAR

    5. Passar para a posse ou para as mãos de (ex.: já demos a procuração ao advogado). = CONCEDER, CONFERIR, ENTREGAR, OUTORGARTIRAR

    6. Tornar disponível (ex.: deram mais uma oportunidade ao candidato; dar uma ajuda; dar atenção). = CONCEDER, PROPICIAR, PROPORCIONARRECUSAR

    7. Distribuir (ex.: dar cartas).

    8. Tornar patente ou visível (ex.: quando estiver pronto, dê um sinal; ele já dá mostras de cansaço).

    9. Gerar ou produzir (ex.: a árvore já deu muitas laranjas).

    10. Ser suficiente para algo ou alguém (ex.: uma garrafa dá cerca de 5 copos; a comida não dá para tantos convidados). = BASTAR, CHEGAR

    11. Ter algo como resultado (ex.: isto dá uma bela história; a nota do exame não dá para passar).

    12. Ter determinado resultado aritmético; ser igual a (ex.: dois mais dois dá quatro).

    13. Entregar uma quantia em troca de bem ou serviço (ex.: dei demasiado dinheiro pelo casaco). = PAGARRECEBER

    14. Sacrificar (ex.: dar a vida).

    15. Destinar, consagrar, dedicar (ex.: todas as manhãs dá uma hora ao ioga).

    16. Receber uma quantia em troca de bem ou serviço (ex.: disse à vendedora que lhe desse dois quilos de arroz). = VENDER

    17. Fazer tomar (ex.: já deu o medicamento ao doente?). = ADMINISTRAR, MINISTRAR

    18. Administrar um sacramento (ex.: dar a extrema-unção).

    19. Fazer uma acção sobre alguma coisa para alterar a aparência (ex.: falta dar uma demão na parede; dê uma limpeza a este quarto, por favor). = APLICAR

    20. Fazer sair de si ou de algo que pertence a si (ex.: dar gritos; dar vivas; dar um tiro). = SOLTAR

    21. Provocar o efeito de uma acção física (ex.: dar um abraço; dar uma cabeçada; dar um beijo; dar um pontapé). = APLICAR

    22. Ser a causa de (ex.: este cheirinho dá fome; dar vontade). = ORIGINAR, PROVOCAR

    23. Despertar ideias ou sentimentos (ex.: temos de lhes dar esperança). = IMPRIMIR

    24. Ministrar conhecimentos (ex.: a professora dá português e latim). = ENSINAR

    25. Receber ou abordar conhecimentos (ex.: já demos esta matéria nas aulas).

    26. Aparecer subitamente no seguimento de algo (ex.: deu-lhe um enfarte; os remorsos que lhe deram fizeram-no confessar). = SOBREVIR

    27. Tomar conhecimento na altura em que acontece (ex.: a vítima nem deu pelo furto). = APERCEBER-SE, NOTAR

    28. Achar, descobrir, encontrar (ex.: deu com a fotografia escondida no livro).

    29. Avisar, comunicar, participar (ex.: o chefe vai dar as instruções; dar ordens).

    30. Incidir, bater (ex.: a luz dava nos olhos).

    31. Ir ter a ou terminar em (ex.: os rios vão dar ao mar). = DESEMBOCAR

    32. Ter determinadas qualidades que permitam desempenhar uma actividade (ex.: eu não dava para professor).

    33. Promover ou organizar (ex.: dar uma festa; dar cursos de formação).

    34. Transmitir ou manifestar (ex.: dar parabéns; dar condolências; dar um recado).

    35. Trazer algo de novo a alguém ou a algo (ex.: ele deu algumas ideias muito interessantes).

    36. Ser divulgado ou noticiado, transmitido (ex.: isso deu nas notícias; o falecimento deu na rádio, mas não na televisão). = PASSAR

    37. Atribuir uma designação a algo ou alguém (ex.: ainda não deu nome ao cão).

    38. Fazer cálculo ou estimativa de (ex.: eu dava 40 anos à mulher; deram-lhe poucos meses de vida). = CALCULAR, ESTIMAR

    39. Estar virado em determinada direcção (ex.: a varanda dá para o mar; o quarto dá sobre a rua).

    40. [Brasil, Calão] Ter relações sexuais com (ex.: ela dá para quem ela quiser).

    41. Conseguir ou ser possível (ex.: sei que prometemos, mas não deu para ir). [Verbo impessoal]

    42. Começar a fazer algo (ex.: agora é que me deu para arrumar o quarto).

    43. Permitir a alguém uma acção (ex.: deu a ler a tese ao orientador; não quis dar a conhecer mais pormenores).

    44. É usado como verbo de suporte, quando seguido de certos nomes, sendo equivalente ao verbo correlativo de tais nomes (ex.: dar entrada é equivalente a entrar).

    verbo transitivo e intransitivo

    45. Estar em harmonia para formar um todo esteticamente agradável (ex.: essa cortina não dá com a decoração da sala; a camisa e as calças não dão). = COMBINAR, CONDIZER

    verbo transitivo e pronominal

    46. Ter determinado julgamento sobre algo ou alguém ou sobre si (ex.: deu o trabalho por terminado; antes do julgamento, já a davam como culpada; nunca se dá por vencido). = CONSIDERAR, JULGAR

    verbo intransitivo

    47. Estar em funcionamento (ex.: o televisor não dá). = FUNCIONAR

    48. Acontecer (ex.: há pouco deu uma chuvada). [Verbo unipessoal]

    verbo pronominal

    49. Ter relações sociais ou afectivas (ex.: ele não se dá com ninguém; os vizinhos dão-se bem). = CONVIVER

    50. Viver em harmonia (ex.: não se dá com a irmã; eram amigos, mas agora não se dão).

    51. Fazer algo com dedicação ou muita atenção ou concentração (ex.: acho que nos demos completamente a este projecto; nunca se deu aos estudos). = APLICAR-SE, DEDICAR-SE, EMPENHAR-SE

    52. Ter determinado resultado (ex.: ele vai dar-se mal agindo assim).

    53. Adaptar-se ou ambientar-se (ex.: esta planta não se dá dentro de casa).

    54. Sentir-se (ex.: acho que nos daríamos bem aqui).

    55. Render-se, apresentar-se, entregar-se.

    56. Ter lugar (ex.: os fogos deram-se durante a noite). [Verbo unipessoal] = ACONTECER, OCORRER, SOBREVIR, SUCEDER

    57. Efectuar-se, realizar-se (ex.: o encontro deu-se ao final da tarde). [Verbo unipessoal]

    58. Apresentar-se como ou fazer-se passar por (ex.: dava-se por médico, mas nunca tirou o curso). = INCULCAR-SE

    59. Agir de determinada forma ou ter determinado comportamento ou iniciativa (ex.: o jornalista não se deu ao trabalho de confirmar a informação; dar-se à maçada; dar-se ao desfrute).

    verbo copulativo

    60. Tornar-se (ex.: ela deu uma boa profissional).


    dar certo
    [Informal] Ter bom resultado ou o resultado esperado (ex.: claro que a empresa vai dar certo!). = RESULTARDAR ERRADO

    dar de si
    Abalar, ceder, desmoronar.

    dar em
    Tornar-se, ficar (ex.: se continuar assim, eles vão dar em malucos).

    dar errado
    [Informal] Ser malsucedido; não obter sucesso ou o resultado desejado (ex.: essa história tem tudo para dar errado).DAR CERTO

    dar para trás
    [Informal] Recuar em determinada posição (ex.: ele disse que concordava, mas no último momento, deu para trás).

    dar tudo por tudo
    [Informal] Fazer todos os esforços possíveis para alcançar um objectivo.

    quem dera
    [Informal] Usa-se para exprimir desejo. = OXALÁ, TOMARA

    tanto dá
    [Informal] Expressão para indicar indiferença. = TANTO FAZ


    Ver também dúvida linguística: "provêem" segundo o Acordo Ortográfico de 1990.

    Davi

    Nome Hebraico - Significado: Amado.

    o segundo e o mais ilustre dos reis de israel. Era filho de Jessé, bisneto de Rute, e nasceu em Belém, sendo o mais novo de uma família de dez. Davi, na sua mocidade, foi pastor, ocupação que nos países orientais era geralmente exercida pelos escravos, pelas mulheres, ou pelos íntimos da família. Apesar de tudo isto foi ungido por Samuel para ser rei de israel. Como era hábil tocador de harpa, foi chamado por Saul com o fim de suavizar a melancolia do infeliz monarca (1 Sm 16). o lugar do recontro de Davi com Golias foi Efes-Damim (1 Sm 17), que fica entre os montes da parte ocidental de Judá – e o ribeiro que corria entre dois exércitos era o Elá, ou ‘o Terebinto’, que hoje tem o nome de Wady Es-Sunt. A fama que Davi adquiriu pelo fato de ter vencido o gigante, se por um lado motivou o seu casamento com Mical, filha do rei, foi, também, causa de ter Saul maliciosos ciúmes do jovem guerreiro. Todavia, o rei nomeou Davi capitão da sua real guarda, posição somente inferior à de Abner, o general do exército, e à de Jônatas, o presuntivo herdeiro do trono. Davi e Jônatas vieram a ser dedicados amigos, mas a louca inveja e os maus intentos do rei arrastaram por fim Davi para o exílio. Ele foi ter primeiramente com o sacerdote Aimeleque, mas depois refugiou-se na corte de Aquis, o filisteu monarca de Gate, e dali pôde livrar-se, fingindo-se louco (1 Sm 19 a 21). Retirando-se de Gate, escondeu-se Davi na caverna de Adulão – e foi depois para uma fortaleza perto de En-Gedi – e mais tarde apareceu no bosque de Herete ao sul de Judá. Aqui se juntou a Davi um grupo de homens dedicados, que de boa vontade compartilhavam os seus perigos. É verdade que pertencer ao partido de Davi era uma situação perigosa, e isso se patenteou no assassinato de Aimeleque e dos sacerdotes que Doegue o idumeu, perpetrou por mandado de Saul (1 Sm 22). os amigos de Davi entraram na fortificada cidade de Queila, e esperava Saul apanhá-los ali de surpresa (1 Sm 23). Em contraste com a furiosa perseguição, movida contra Davi, manifesta-se a cavalheiresca atenção do fugitivo para com ‘o ungido do Senhor’, como se mostrou quando ele poupou a vida de Saul no deserto de En-Gedi (1 Sm 24), e no deserto de Zife (1 Sm 26). Foi para esta nobre disposição que Abigail apelou no caso do insensato Nabal (1 Sm 25). Por algum tempo achou Davi abrigo junto de Aquis, rei de Gate, e então Saul não o procurou mais (1 Sm 27.4). Na ausência de Davi, foi tomada Ziclague e incendiada pelos amalequitas – mas Davi perseguiu os invasores, derrotou-os, e assim pôde livrar do cativeiro muitas pessoas, entre as quais estavam as suas próprias mulheres (1 Sm 30). Depois da desastrosa batalha de Gilboa (1 Sm 31), proferiu Davi aquela tocante lamentação a respeito de Saul e Jônatas (2 Sm 1). Davi veio a ser, então, rei de Judá – foi ungido em Hebrom (2 Sm 2), e reinou ali por mais de sete Prolongada guerra houve entre a casa de Saul e a casa de Davi (2 Sm 3.1). Mas, depois do assassinato de is-Bosete, filho de Saul (2 Sm 4), ato que foi fortemente desaprovado por Davi, tornou-se ele rei de todo o povo de israel (2 Sm 5). Pensou, então, em conquistar uma fortaleza, a única que no centro daquela terra tinha resistido às forças do povo escolhido. Por meio de um repentino assalto foi tomada a cidade de Jebus, sendo daí para o futuro conhecida pelo seu antigo nome Jerusalém, e também pelo nome de Sião (2 Sm 5). Esta cidade foi grandemente fortificada, tornando-se a capital do reino. A arca foi transportada com grande solenidade de Quiriate-Jearim sendo construída uma nova tenda ou tabernáculo para recebê-la (2 Sm 6). A prosperidade continuou a bafejar as armas de Davi – mas no meio de tantos triunfos, quando o seu exército estava cercando Rabá, caiu ele nas profundezas do pecado, planejando a morte de Urias, depois de ter cometido adultério com Bate-Seba (2 Sm 11). Convencido da sua grave falta, arrependeu-se, implorando a misericórdia do Senhor, e foi perdoado – mas a parte restante da sua vida foi amargurada com questões de família. Absalão, seu filho muito amado, revoltou-se contra ele, e por algum tempo Davi teve de exilar-se – mas por fim morreu o ingrato e revoltado israelita, que tanto martirizou seu pai (2 Sm 15 a 18). o insensato procedimento do rei, na numeração do povo, enevoou ainda mais a vida de Davi (2 Sm 24). Finalmente, depois de ter Adonias pretendido o trono, abdicou Davi em favor de Salomão, confiando-lhe, além disso, a tarefa de edificar o templo, para o qual ele tinha reunido muitos materiais. E, depois das recomendações finais ao seu sucessor, descansou com seus pais, ‘e foi sepultado na cidade de Davi’ (1 Rs 1 e 2). A vida de Davi acha-se cheia de incidentes românticos e de contrastes surpreendentes. É, realmente, uma história humana, que manifesta tanto a fraqueza como a força de uma alma de extraordinária capacidade. o ter sido qualificado Davi como homem ‘segundo o coração de Deus’ (1 Sm 13.14 e At 13:22) não significa, de forma alguma, que Davi fosse homem perfeito, mas somente que ele era um agente escolhido do Senhor para os Seus profundos desígnios. os pecados de Davi foram causa de graves acontecimentos na sua vida, mas nele se via um homem que se humilhou a si mesmo em grande arrependimento na convicção de haver pecado (2 Sm 12). Sobre o caráter geral de Davi diz o deão Stanley o seguinte: ‘Tendo em vista a complexidade dos elementos que constituem o caráter de Davi, a paixão, a ternura, a generosidade, a altivez, as suas qualidades de soldado, pastor, poeta, estadista, sacerdote, profeta, rei – considerando ainda nesse homem extraordinário o amigo romântico, o guia cavalheiresco, o pai dedicado, não se encontra em todo o A.T. outra pessoa com a qual ele se possa comparar… É ele o tipo e a profecia de Jesus Cristo. Não se chama a Jesus o filho de Abraão, ou o filho de Jacó, ou o filho de Moisés, mas sim o ‘filho de Davi’.

    Dados Gerais

    Davi é o nome do maior rei de Israel e o ancestral humano do Senhor Jesus. Sua história, suas realizações e seus problemas receberam um tratamento extensivo, de I Samuel 16 a II Reis 1 e em I Crônicas 2:29. O significado do nome ainda é incerto. A conexão com a palavra acadiana dawidûm (chefe, comandante) é atraente, embora duvidosa. É mais provável que esteja associado com a raiz hebraica dwd (amor), para dar o significado de “amado”. Alguns sugerem que Davi seja um cognome real e que seu nome é Elanã (Heb. “Deus é gracioso”), o herói que matou Golias (2Sm 21:19). Embora essa solução possa resolver a aparente discrepância entre I Samuel 17, cujo texto relata que Davi matou Golias, e II Samuel 21:19, o qual menciona que foi Elanã quem matou o gigante, cria outro problema: por que então Elanã seria relacionado na lista dos heróis de Davi? Outra sugestão é feita a partir de I Crônicas 20:5, que identifica Elanã como o herói que matou Lami, irmão de Golias. Desde que não se tem certeza se foi em II Samuel 21:19 ou em I Crônicas 20:5 que houve uma corrupção textual, a identificação de Elanã é incerta.

    Antecedentes

    Davi era o mais novo dos oito filhos de Jessé, um efrateu de Belém (1Sm 17:11-12). Jessé era descendente da tribo de Judá e bisneto de Boaz e Rute, a moabita (Rt 4:18-22; cf. 1Cr 2:1-15; Mt 1:2-6; Lc 3:31-38).

    Na juventude, Davi cuidava dos rebanhos da família. Como pastor, aprendeu a cuidar dos animais, bem como a protegê-los dos predadores. Essa experiência o ensinou a depender do Senhor, conforme afirmou para Saul: “O Senhor que me livrou das garras do leão, e das garras do urso, me livrará da mão deste filisteu” (1Sm 17:37).

    Davi era também um bom músico. Quando Saul sofria de depressão e crises de melancolia, seus servos, conhecendo a reputação desse jovem, mandaram chamá-lo (1Sm 16:16). Um deles disse: “Vi um filho de Jessé, o belemita, que sabe tocar bem, e é forte e valente, homem de guerra, sisudo em palavras, e de boa aparência. E o Senhor é com ele” (v. 18). Esse texto relaciona várias características de Davi: seu talento musical, sua bravura, eloquência, boa aparência, mas, acima de tudo, a presença do Senhor em sua vida.

    Davi eleito por Deus para ser rei

    Davi era notável, tanto por seu amor a Deus como por sua aparência física (1Sm 16:12). Depois que Saul foi rejeitado por seus atos de desobediência (1Sm 15:26), o Senhor incumbiu Samuel da tarefa de ungir um dos filhos de Jessé. Os mancebos passaram um por vez diante do profeta, mas nenhum deles foi aprovado por Deus. Depois que os sete mais velhos foram apresentados a Samuel, ele não entendeu por que o Senhor o enviara a ungir um rei naquela casa. O profeta procurava um candidato que se qualificasse por sua estatura física. Afinal, anteriormente tinha dito ao povo que Saul preenchia os requisitos, devido à sua bela aparência: “Vedes o homem que o Senhor escolheu? Não há entre o povo nenhum semelhante a ele” (1Sm 10:24).

    Jessé disse a Samuel que seu filho mais novo, chamado Davi, ainda cuidava dos rebanhos. Depois que foi trazido diante do profeta, ele teve certeza que aquele jovem atendia aos padrões de Deus, pois “o Senhor não vê como vê o homem. O homem olha para o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1Sm 16:7). Davi recebeu duas confirmações de sua eleição: Samuel o ungiu numa cerimônia familiar e o Espírito do Senhor veio sobre ele de maneira poderosa (v.13).

    Davi com Saul

    Os caps. 16 a 31 de I Samuel são uma antologia solta de histórias, que, como coletânea, receberam o título de “A história da exaltação de Davi”. O propósito dessas narrativas é defender Davi das acusações de ter agido de maneira subversiva, usurpando o trono da família de Saul, sendo responsável pelas mortes de Saul, Jônatas, Abner e Is-Bosete. Deus operava claramente em todas as circunstâncias da vida de Davi, que o elevaram da posição de pastor de ovelhas a músico no palácio do rei, de lutar contra animais selvagens até suas vitórias sobre os filisteus e de herói nacional a refugiado político.

    Primeiro, Davi foi convidado para servir ao rei Saul como músico. Saul sofria de melancolia, porque o Espírito do Senhor o abandonara (1Sm 16:14). Na corte, Davi agradou ao rei, o qual o nomeou seu escudeiro (v. 21).

    Segundo, Deus agiu rapidamente, quando os filisteus atacaram 1srael (1Sm 17). O gigante filisteu, chamado Golias, desafiava Saul e todo o Israel várias vezes por dia, por um espaço de 40 dias (1Sm 17:16). Aconteceu de Davi levar suprimentos para seus irmãos que estavam no acampamento de guerra e teve oportunidade de ouvir o desafio do gigante. Movido por seu zelo pelo Senhor, seu amor pelo povo e pela alta recompensa — riqueza, casamento com a filha do rei Saul e a isenção de pagar impostos — Davi apresentou-se como voluntário para enfrentar Golias naquela batalha. O Senhor estava com ele. Davi triunfou sobre o filisteu, ao matá-lo com uma funda e uma pedra (1Sm 17:50).

    Terceiro, Davi foi convidado para morar no palácio real (1Sm 18:2). Os membros da família do rei o amavam. “A alma de Jônatas ligou-se com a de Davi, e Jônatas o amou como à sua própria alma” (v. 1). Este filho de Saul chegou ao ponto de fazer uma “aliança” com Davi (v. 3). Como expressão de seu profundo amor e respeito pelo filho de Jessé, deu-lhe suas roupas e armadura (v. 4). Mical também amava Davi (v. 20).

    Como sempre acontece, quando muitas coisas boas surgem, a fortuna tornou-se em sina. A fama de Davi cresceu rapidamente. Por toda a nação, as mulheres louvavam seu nome e faziam comparações positivas entre o jovem e o rei: “Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares” (1Sm 18:7). Esse contraste suscitou o ciúme do rei (v. 8). Ele sabia que seus dias como monarca estavam contados e tinha de proteger o trono para sua família. Assim começaram as atitudes de hostilidade explícita contra Davi. O narrador de I Samuel escreveu: “Daquele dia em diante, Saul trazia Davi sob suspeita” (v. 9).

    O ciúme de Saul deixou-o cego. Foi extremamente desleal, pois voltou atrás em sua promessa de dar a filha mais velha, Merabe, em casamento a Davi (1Sm 18:17). Exigiu que o jovem enfrentasse os filisteus em batalha, na esperança de que perdesse a vida. Davi, ainda relutante em aceitar casar-se com um membro da família real, procurou imediatamente agradar ao rei. Nesse meio tempo, Merabe foi dada a outro homem (1Sm 18:19). De maneira vil, Saul desafiou-o a demonstrar sua bravura e seu valor novamente, mediante a matança de 100 filisteus, como um tipo de dote. Estava aborrecido por ser obrigado a dar Mical como esposa para Davi, porque sabia que o Senhor estava com ele e via o amor da filha por Davi como traição contra seu reinado (1Sm 18:28).

    Quarto, por meio de sua amizade com o filho do rei, Davi foi avisado com antecedência do profundo ódio de Saul contra ele, bem como de seus planos de matá-lo. Jônatas amava de verdade o filho de Jessé (1Sm 19:1) e não se preocupava com suas proezas militares, nem com sua crescente popularidade. Intercedeu em favor dele e o convidou para voltar ao palácio (v. 7), mas gradualmente percebeu que seu pai realmente estava determinado a matá-lo. O rei fez algumas tentativas para eliminar Davi no palácio (v. 10) e até mesmo na própria casa do genro (v. 11). Davi e Jônatas foram obrigados a se separar. O filho do rei sabia que Davi corria risco de vida; compreendia também que Deus tinha um plano especial para a vida do amigo. Os dois fizeram uma aliança para toda a vida e se separaram (1Sm 20:16-42).

    Saul contra Davi

    Saul fez tudo para livrar-se de Davi. Expulso da corte, o filho de Jessé buscou refúgio junto a Aquis, rei filisteu de Gate. Temeroso de que a boa vontade do anfitrião mudasse a qualquer momento, foi para Adulão (1Sm 22). Ali, liderou um bando de foras-dalei. Trouxe sua família para a segurança de Moabe e retornou, a fim de enfrentar os perigos de sua vida de eLivros. Qualquer um que tentasse colaborar com Davi era morto por Saul, como aconteceu com os sacerdotes de Nobe (1Sm 21:22). Para onde quer que ele fosse, o rei ficava sabendo e o perseguia.

    Enquanto isso, o apoio a Davi crescia cada vez mais. Bandidos, muitos deles guerreiros habilidosos, reuniram-se a ele. Abiatar, um sacerdote que escapou do massacre em Nobe, e o profeta Gade também se uniram a Davi. Este, por suas muitas façanhas, fazia com que as pessoas ficassem em débito para com ele. Reduziu a ameaça dos filisteus, como fez, por exemplo, em Queila (1Sm 23). Ele e seu homens também tornaram-se defensores dos moradores de Judá que eram constantemente ameaçados por saqueadores estrangeiros e viviam da parte que recebiam das colheitas, rebanhos e do gado que ajudavam a proteger. Nem todos os criadores, porém, estavam dispostos a compartilhar com eles alguma coisa. Nabal, um rico fazendeiro, tinha recebido tal proteção de Davi e seus homens, mas era avarento demais para recompensá-los pelo trabalho (1Sm 25). O filho de Jessé ficou furioso, mas Abigail, esposa de Nabal, foi ao seu encontro com vários presentes. Depois da morte do marido, ela se tornou esposa de Davi (1Sm 25:42).

    Por duas vezes Davi teve oportunidade de vingar-se de Saul, mas, ao invés de matá-lo, poupou sua vida. Sua existência tornou-se tão opressiva que foi obrigado a buscar refúgio com Aquis, rei de Gate. Recebeu a cidade de Ziclague para morar com seus homens, de onde ajudava Saul a reduzir as forças dos filisteus (1Sm 27). Aquis tinha tamanha confiança na lealdade de Davi, que o levou consigo como parte de suas tropas numa batalha em Gilboa, contra os israelitas (1Sm 28). Os filisteus não deveriam ficar apreensivos pelo conflito de interesses; Davi lutaria contra seu próprio povo (1Sm 29). No entanto, ele retornou a Ziclague e descobriu que a cidade fora saqueada e incendiada e a população, levada cativa pelos amalequitas. Enquanto os filisteus esmagavam os israelitas no norte, Davi perseguiu os invasores e colocou um fim em suas hostilidades.

    Davi é exaltado ao reino

    Saul e Jônatas foram mortos na batalha em Gilboa (2Sm 1:4). Ao invés de comemorar este acontecimento, Davi chorou pelo rei e por seu amigo (2Sm 1:19-27). As notícias sobre a morte de Saul correram rápido, mas as reações foram bem diferentes em todo país. As tribos do Norte reconheceram 1s-Bosete, filho do rei, como o legítimo representante do trono (2Sm 2:8-9). A tribo de Judá permaneceu leal a Davi e separou-se da união, ao tornar Hebrom a capital do novo reino (2Sm 2:3-4).

    Não demorou muito para que o povo descobrisse a incompetência de Is-Bosete. Abner, seu comandante militar, junto com outros cidadãos importantes, procurou Davi e abriu negociações com ele, as quais foram interrompidas quando Joabe assassinou Abner, em vingança pela morte de seu irmão. O enfraquecimento do Norte encorajou a morte de Is-Bosete e as tribos voltaram à união sob o reino de Davi (2Sm 5:1-3).

    Esse reino, agora unificado, primeiro teve Hebrom como seu centro. Mas, desejoso de ter uma localização melhor e reconhecedor do problema estratégico gerado pela proximidade dos cananeus, Davi determinou a conquista de Jerusalém. A cidade nunca pertencera aos israelitas e localizava-se num ponto estratégico, em um cruzamento entre o leste e o oeste, o norte e o sul. Joabe, o comandante militar, liderou uma campanha bem-sucedida contra aquela localidade e a conquistou para o rei.

    Davi consolidou seu reino, ao fazer de Jerusalém sua capital administrativa. Era uma cidade neutra, pois não tinha qualquer ligação especial nem com as tribos do Norte nem com as do Sul (2Sm 5:9-10). O crescimento do poderio de Davi não passou despercebido. Hirão, rei de Tiro, enviou seus carpinteiros e pedreiros, a fim de construir um palácio para ele (2Sm 5:11). Esse ato firmou o relacionamento entre os dois reis. Por incrível que pareça, o fortalecimento da posição do filho de Jessé ameaçou a paz relativa de que Israel gozava. Os filisteus não perturbaram o país durante os dois primeiros anos do reinado de Davi. Com o crescimento de seu poder, entretanto, decidiram acabar com sua grande popularidade. O rei resistiu a cada ataque com sucesso e finalmente definiu a fronteira do reino na planície costeira (2Sm 5:19-25).

    Jerusalém como centro do reino de Davi

    A paz estabelecida em Israel encorajou Davi a persuadir as tribos a reconhecer Jerusalém como centro religioso, ao levar para lá a Arca da Aliança, o símbolo central do relacionamento e da aliança do povo com Deus (2Sm 6). (Veja o verbete Aliança.) Após encontrar descanso em Jerusalém, Davi buscou a aprovação do Senhor para providenciar um centro definitivo ao culto e à adoração em Israel, por meio da construção de um Templo (2Sm 7). Deus modificou a oferta de Davi, pois concedeu a ele uma “casa” (dinastia) e permitiu que seu filho construísse uma “casa” permanente para o Senhor. A promessa de uma dinastia foi incorporada a uma aliança de concessão. A proposta concedia a Davi um lugar perpétuo no reino de Deus, ao colocar sobre ele o privilégio de ser um “filho” de Deus. O Salmo 2 celebra a condição do filho como o que experimenta uma posição privilegiada e recebe autoridade para estabelecer o reino de Deus (veja Sl 72), submeter as nações, quando necessário pela força, e trazer as bênçãos do Senhor sobre todos os fiéis, em todas as partes da Terra. Essas promessas cumprem a aliança que Deus fez com Davi. O Pacto Davídico é uma administração soberana, feita pela graça, segundo a qual o Senhor ungiu Davi e sua casa para estabelecer seu reino e efetivamente trazer um reinado de paz, glória e bênção. Jesus e os apóstolos afirmaram que essas promessas encontram seu foco e recebem sua confirmação em Cristo (o “Messias”). Ele é o “ungido” que recebeu autoridade e poder (Mt 28:20; At
    2) do alto sobre toda a criação, inclusive a Igreja (Cl 1).

    Encorajado pelas promessas de Deus e feliz pela consolidação do destaque de Israel entre as nações, Davi seguiu adiante. Fortaleceu Jerusalém, desenvolveu uma administração de governo centralizada, expulsou as forças invasoras e foi agressivo no estabelecimento da paz em Israel. Subjugou os filisteus, moabitas, edomitas e amonitas (2Sm 12:29-31). Cobrou impostos dos arameus e das nações que decidiu não subjugar (2Sm 8;10). Depositou a maior parte dos tributos e espólios no fundo para a construção do Templo (2Sm 8:11-12). Embora fosse severo em sua justiça para com as nações, o rei foi generoso no trato com Mefibosete, filho de Jônatas. Providenciou-lhe um lugar e garantiu-lhe um sustento vitalício (2Sm 9). Provavelmente esse período foi marcado por uma severa crise de fome (2Sm 21:1). A dificuldade era tão grande que Davi pediu uma explicação ao Senhor. Foi-lhe revelado que a escassez de alimento era resultado do juízo de Deus, pelo equivocado zelo de Saul, ao tentar aniquilar os gibeonitas (2Sm 21:2), povo que buscara e recebera proteção de Israel, na época de Josué (Js 9:15-18-26). A morte de sete descendentes de Saul, sem incluir Mefibosete, satisfez a exigência de justiça feita pelos gibeonitas. Deus graciosamente removeu a maldição e renovou a terra com chuva abundante. Davi levou os ossos de Saul, Jônatas e dos sete que foram mortos e os enterrou na sepultura de Quis (2Sm 21:14).

    A queda de Davi

    A partir deste ponto, a história de Davi é uma mistura de tragédia e providência divina. Ele se tornou um personagem trágico. Elevado pela graça de Deus a uma posição de imenso poder, desejou ardentemente Bate-Seba, com quem teve relações sexuais; ao saber que estava grávida, tentou encobrir seu pecado, ordenou que Urias, o marido dela, fosse morto no campo de batalha e casou-se com ela legalmente (2Sm 11). O profeta Natã proferiu um testemunho profético, condenando a concupiscência e a cobiça de Davi e seu comportamento vil (2Sm 12). O rei confessou seu pecado e recebeu perdão (2Sm 12:13; cf. Sl 32:51), mas sofreu as conseqüências de sua perfídia pelo resto da vida. O bebê que nasceu da união com Bate-Seba ficou doente e morreu.

    Conseqüentemente, Davi experimentou instabilidade e morte em sua família. Amnom violentou a própria irmã, Tamar, e causou a desgraça dela (2Sm 13); foi assassinado por Absalão, irmão da jovem. Este fugiu para salvar a vida e permaneceu eLivros por dois anos. Davi almejava revê-lo e foi encorajado por Joabe, o qual o enganou, ao forçá-lo a seguiu um conselho que lhe fora dado por uma mulher de Tecoa. Esta, orientada por Joabe, fora ao rei pedindo proteção para o filho que assassinara o irmão. Joabe trouxe Absalão de volta, mas não ao palácio real. Depois de dois anos, o filho do rei voltou ao palácio, conquistou a simpatia do povo e pensou numa maneira de reconquistar o favor do pai (2Sm 14).

    Como resultado, Davi experimentou uma guerra civil dentro do país. Absalão tivera tempo para elaborar planos, a fim de perturbar a ordem. Durante quatro anos, preparara-se cuidadosamente para o momento em que o povo o apoiaria, em detrimento de seu velho pai. Absalão foi coroado rei em Hebrom e rapidamente partiu em direção a Jerusalém (2Sm 15). Davi saiu da capital com um grupo de seguidores e deixou vários conselheiros de confiança para trás (Abiatar, Zadoque e Husai). Husai dava conselhos equivocados a Absalão e enviava mensageiros a Davi, a fim de informar todos os movimentos dele (2Sm 17). A guerra trouxe resultados desastrosos para as forças do filho do rei, o qual morreu pendurado em uma árvore pelos cabelos. A vitória foi clara, mas Davi sofreu mais com a perda de Absalão do que sentiu alegria pela vitória.

    O rei voltou para Jerusalém com o apoio dos habitantes do Sul do país, os quais anteriormente haviam seguido Absalão. As tribos do Norte sentiram-se traídas pela falta de respeito demonstrada pelos moradores do Sul, pois elas também tinham apoiado o rei e dado a extensão de seu território nas mãos dele; por isso, precisavam ser ouvidas. A tribo de Judá alegou que o rei lhes pertencia e ofendeu os habitantes do Norte com a sua insolente arrogância (2Sm 19:40-43).

    Conseqüentemente, a união entre as tribos ficou enfraquecida ao extremo. A dissidência rapidamente cresceu e culminou em outra guerra civil, sob a liderança de Seba, filho de Bicri, da tribo de Benjamim. Davi enviou Amasa para recrutar guerreiros de Judá, a fim de sufocar a rebelião. Como este demorou muito a retornar, o rei comissionou Abisai para perseguir Seba. (Joabe perdera o favor do rei e o cargo, por ter matado Absalão, e agora estava sob as ordens de Abisai.) Quando Amasa, que se aliara a Seba, e Joabe se encontraram, este o matou e reassumiu o comando das tropas. Perseguiu a Seba até Abel-Bete-Maaca e sitiou a cidade. Uma mulher sábia salvou a cidade, ao comprometer-se a atirar a cabeça de Seba por cima do muro. Joabe retornou a Jerusalém como general, com o crédito de ter acabado com a rebelião (2Sm 20:23).

    Os últimos dias de Davi

    No término de sua vida, Davi tinha realizado o objetivo de solidificar Israel contra os filisteus, ao sudoeste; os edomitas, ao sudeste; os moabitas e amonitas, ao leste; e os arameus, ao norte. Havia estendido seu reino por todas as áreas da terra que fora prometida a Abraão (Gn 15:18-19). Desenvolveu uma administração eficiente, pela qual era capaz de governar esse vasto império. Um excelente exército era mantido constantemente de prontidão, para assegurar a paz e a estabilidade dentro do reino. Por causa de seu sucesso, Davi confiou em si mesmo e decidiu fazer um censo.

    Isso desagradou ao Senhor, que enviou uma praga contra o reino. O próprio rei foi o responsável pela morte de muitos inocentes. Por isso, comprou um campo e ofereceu um sacrifício a Deus, que expressava arrependimento por sua presunção. Esse local, a eira de Araúna, no futuro se tornaria o lugar onde Salomão construiria o Templo (2Sm 24:1-25).

    Davi ordenou que Salomão fosse ungido rei, após ouvir que seu filho Adonias fizera uma tentativa de usurpar o trono (1Rs 1:1-2:12). Preveniu o seu sucessor sobre várias pessoas que poderiam comprometer a estabilidade de seu reinado: Joabe, o comandante, e Simei, o rebelde (1Rs 2:8-9). Incumbiu-o de permanecer fiel a Deus, porque no Senhor estava a fonte do poder e a perpetuidade da dinastia.

    Conclusão

    Davi era humano, mas permaneceu fiel ao Senhor durante toda sua vida. Embora tenha pecado tragicamente contra Deus e o próximo, era um homem humilde. A sua força estava no Senhor, desde o princípio até o fim de seus dias. Os salmos atribuídos a ele falam desta verdade. Tal afirmação sobre sua confiança em Deus é também encontrada no final de II Samuel: “O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador. Meu Deus é a minha rocha, em quem me refugio; o meu escudo, e força da minha salvação. Ele é o meu alto retiro, meu refúgio e meu Salvador — dos homens violentos me salvaste” (2Sm 22:2-3). Os cânticos compostos por ele também trazem a correlação entre a humildade, a obediência e a bondade de Deus. Conforme Davi escreveu: “Com o puro te mostras puro, mas com o perverso te mostras sagaz. Livras o povo humilde, mas teus olhos são contra os altivos, e tu os abates” (2Sm 22:27-28). O Senhor não apenas mostrou seu poder para Davi e seus contemporâneos, mas também comprometeu-se a proteger todo o seu povo por meio do ungido, que descenderia do referido rei. Essa é a essência da Aliança Davídica.

    Os escritores do NT testemunham sobre a conexão entre Davi e Cristo. A genealogia de Jesus recua até o filho de Jessé (Mt 1:1). Ele é o governante sobre o trono de Davi, cujo reino se estende até os confins da Terra. É o cabeça da Igreja (Cl 1:18) e trará todas as nações ao conhecimento de sua soberania (1Co 15:25; cf. At 2:35). Ele estabelecerá o reino de Deus sobre a Terra (1Co 15:27-28) e, por esse motivo, cumpre as promessas em benefício de todo o povo do Senhor, tanto judeus como gentios.

    W.A. e V.G.


    Davi [Amado] - O segundo rei do reino unido de Israel. Ele reinou de 1010 a 970 a.C. Tomou Jerusalém e a tornou a capital religiosa do reino. Levou a arca para lá (2Sa
    6) e organizou os serviços de adoração (1Ch 15—16). Ampliou o reino (2Sm 8:10-12) e ajuntou materiais para a construção do TEMPLO (1Ch 22). Foi governador, guerreiro, músico e poeta. E foi um dos antepassados de Jesus (Mt 1:1). V. SAMUEL, SEGUNDO LIVRO DE e o mapa OS REINOS DE SAUL, DAVI E S

    Davi O segundo rei de Israel (final do séc. XI e início do séc. X a.C.). De sua descendência viria o messias — daí ele ser chamado “Filho de Davi” (Mt 9:27; 12,23; 15,22; 20,30ss.; Mc 11:10) — que também deveria nascer em sua cidade natal: Belém (Mq 5:2). Tanto Lucas como Mateus relacionam Jesus com a estirpe messiânica e o fato deve ser reconhecido como histórico, ainda que seja bem provável que não fosse importante o ramo a que pertencia.

    Como outros tantos judeus de sua época, Jesus enfatizou a ascendência davídica do messias, o seu caráter preexistente, baseado em uma leitura peculiar do Salmo 110, que tem paralelos, entre outros, com os essênios de Qumrán (Mt 22:41ss.).


    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Filisteu

    substantivo masculino Indivíduo pertencente a um povo antigo que habitava a Síria.
    Figurado Homem agigantado e desajeitado; brutamontes.
    Figurado Pessoa vulgar de mentalidade estreita.
    substantivo masculino plural Antigos habitantes da Cananéia; palestinos.
    Povo da Antiguidade, que deu seu nome à Palestina, cuja costa sul ocupou. Suas principais cidades eram Gaza e Áscalon. Conseguiram dominar Israel, mas tornaram-se por sua vez tributários dos judeus na época de Saul e Davi (séc. X a.C.). Sua cultura caracteriza-se, sobretudo, pelos trabalhos de cerâmica (II milênio a.C.).

    Maís

    substantivo masculino Variedade de milho graúdo, bem desenvolvido.
    Não confundir com: mais.
    Etimologia (origem da palavra maís). Do espanhol maíz.

    Vem

    3ª pess. sing. pres. ind. de vir
    2ª pess. sing. imp. de vir
    Será que queria dizer vêm?

    vir -
    (latim venio, -ire, vir, chegar, cair sobre, avançar, atacar, aparecer, nascer, mostrar-se)
    verbo transitivo , intransitivo e pronominal

    1. Transportar-se de um lugar para aquele onde estamos ou para aquele onde está a pessoa a quem falamos; deslocar-se de lá para cá (ex.: os turistas vêm a Lisboa; o gato veio para perto dele; o pai chamou e o filho veio).IR

    verbo transitivo

    2. Chegar e permanecer num lugar (ex.: ele veio para o Rio de Janeiro quando ainda era criança).

    3. Derivar (ex.: o tofu vem da soja).

    4. Ser transmitido (ex.: a doença dela vem da parte da mãe).

    5. Ser proveniente; ter origem em (ex.: o tango vem da Argentina). = PROVIR

    6. Ocorrer (ex.: vieram-lhe à mente algumas memórias).

    7. Emanar (ex.: o barulho vem lá de fora).

    8. Deslocar-se com um objectivo (ex.: ele veio à festa pela comida).

    9. Descender, provir (ex.: ela vem de uma família aristocrata).

    10. Bater, chocar, esbarrar (ex.: a bicicleta veio contra o muro).

    11. Expor, apresentar, aduzir (ex.: todos vieram com propostas muito interessantes).

    12. Chegar a, atingir (ex.: o fogo veio até perto da aldeia).

    verbo transitivo e intransitivo

    13. Apresentar-se em determinado local (ex.: os amigos disseram que viriam à festa; a reunião foi breve, mas nem todos vieram). = COMPARECER

    verbo intransitivo

    14. Chegar (ex.: o táxi ainda não veio).

    15. Regressar, voltar (ex.: foram a casa e ainda não vieram).

    16. Seguir, acompanhar (ex.: o cão vem sempre com ela).

    17. Nascer (ex.: os gatinhos vieram mais cedo do que os donos esperavam).

    18. Surgir (ex.: a chuva veio em força).

    19. Começar a sair ou a jorrar (ex.: abriram as comportas e a água veio). = IRROMPER

    20. Acontecer, ocorrer, dar-se (ex.: a fama e o sucesso vieram de repente).

    verbo copulativo

    21. Aparecer, surgir (ex.: a caixa veio aberta).

    verbo pronominal

    22. [Portugal, Informal] Atingir o orgasmo (ex.: estava muito excitado e veio-se depressa). = GOZAR


    vir abaixo
    Desmoronar-se (ex.: o prédio veio abaixo com a explosão). = IR ABAIXO


    Ver também dúvida linguística: vir-se.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Samuel 17: 44 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Disse mais o filisteu a Davi: Vem a mim, e darei a tua carne às aves do ar e às bestas do campo.
    I Samuel 17: 44 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1024 a.C.
    H1320
    bâsâr
    בָּשָׂר
    carne
    (the flesh)
    Substantivo
    H1732
    Dâvid
    דָּוִד
    de Davi
    (of David)
    Substantivo
    H1980
    hâlak
    הָלַךְ
    ir, andar, vir
    (goes)
    Verbo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H5414
    nâthan
    נָתַן
    E definir
    (And set)
    Verbo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H5775
    ʻôwph
    עֹוף
    criaturas voadoras, aves, insetos, pássaros
    (and birds)
    Substantivo
    H6430
    Pᵉlishtîy
    פְּלִשְׁתִּי
    habitante da Filístia; descendentes de Mizraim que imigraram de Caftor (Creta?) para a
    (Philistim)
    Adjetivo
    H7704
    sâdeh
    שָׂדֶה
    do campo
    (of the field)
    Substantivo
    H8064
    shâmayim
    שָׁמַיִם
    os ceús
    (the heavens)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo
    H929
    bᵉhêmâh
    בְּהֵמָה
    fera, gado, animal
    (livestock)
    Substantivo


    בָּשָׂר


    (H1320)
    bâsâr (baw-sawr')

    01320 בשר basar

    procedente de 1319; DITAT - 291a; n m

    1. carne
      1. referindo-se ao corpo
        1. de seres humanos
        2. de animais
      2. o próprio corpo
      3. órgão sexual masculino (eufemismo)
      4. parentesco, relações familiares
      5. carne como algo frágil ou errante (homem em oposição a Deus)
      6. todos os seres viventes
      7. animais
      8. humanidade

    דָּוִד


    (H1732)
    Dâvid (daw-veed')

    01732 דוד David raramente (forma plena) דויד Daviyd

    procedente do mesmo que 1730, grego 1138 δαβιδ; DITAT - 410c; n pr m Davi = “amado”

    1. filho mais novo de Jessé e segundo rei de Israel

    הָלַךְ


    (H1980)
    hâlak (haw-lak')

    01980 הלך halak

    ligado a 3212, uma raiz primitiva; DITAT - 498; v

    1. ir, andar, vir
      1. (Qal)
        1. ir, andar, vir, partir, proceder, mover, ir embora
        2. morrer, viver, modo de vida (fig.)
      2. (Piel)
        1. andar
        2. andar (fig.)
      3. (Hitpael)
        1. percorrer
        2. andar ao redor
      4. (Nifal) liderar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    נָתַן


    (H5414)
    nâthan (naw-than')

    05414 נתן nathan

    uma raiz primitiva; DITAT - 1443; v

    1. dar, pôr, estabelecer
      1. (Qal)
        1. dar, conceder, garantir, permitir, atribuir, empregar, devotar, consagrar, dedicar, pagar salários, vender, negociar, emprestar, comprometer, confiar, presentear, entregar, produzir, dar frutos, ocasionar, prover, retribuir a, relatar, mencionar, afirmar, esticar, estender
        2. colocar, estabelecer, fixar, impor, estabelecer, designar, indicar
        3. fazer, constituir
      2. (Nifal)
        1. ser dado, ser concedido, ser providenciado, ser confiado a, ser garantido a, ser permitido, ser emitido, ser publicado, ser afirmado, ser designado
        2. ser estabelecido, ser posto, ser feito, ser imposto
      3. (Hofal)
        1. ser dado, ser concedido, ser abandonado, ser entregue
        2. ser colocado sobre

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    עֹוף


    (H5775)
    ʻôwph (ofe)

    05775 עוף ̀owph

    procedente de 5774; DITAT - 1582a; n m

    1. criaturas voadoras, aves, insetos, pássaros
      1. aves, pássaros
      2. insetos com asas

    פְּלִשְׁתִּי


    (H6430)
    Pᵉlishtîy (pel-ish-tee')

    06430 פלשתי P elishtiŷ

    gentílico procedente de 6429; adj.

    filisteu = “imigrantes”

    1. habitante da Filístia; descendentes de Mizraim que imigraram de Caftor (Creta?) para a costa marítima de Canaã

    שָׂדֶה


    (H7704)
    sâdeh (saw-deh')

    07704 שדה sadeh ou שׁדי saday

    procedente de uma raiz não utilizada significando estender; DITAT - 2236a,2236b; n. m.

    1. campo, terra
      1. campo cultivado
      2. referindo-se ao habitat de animais selvagens
      3. planície (em oposição à montanha)
      4. terra (em oposição a mar)

    שָׁמַיִם


    (H8064)
    shâmayim (shaw-mah'-yim)

    08064 שמים shamayim dual de um singular não utilizado שׂמה shameh

    procedente de uma raiz não utilizada significando ser alto; DITAT - 2407a; n. m.

    1. céu, céus, firmamento
      1. céus visíveis, firmamento
        1. como a morada das estrelas
        2. como o universo visível, o firmamento, a atmosfera, etc.
      2. Céus (como a morada de Deus)

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo

    בְּהֵמָה


    (H929)
    bᵉhêmâh (be-hay-maw')

    0929 בהמה b ehemaĥ

    procedente de uma raiz não utilizada (provavelmente significando ser mudo); DITAT - 208a; n f

    1. fera, gado, animal
      1. animais (col de todos os animais)
      2. gado, criação (referindo-se a animais domésticos)
      3. animais selvagens