Enciclopédia de Gênesis 32:4-4

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 32: 4

Versão Versículo
ARA e lhes ordenou: Assim falareis a meu senhor Esaú: Teu servo Jacó manda dizer isto: Como peregrino morei com Labão, em cuja companhia fiquei até agora.
ARC E ordenou-lhes, dizendo: Assim direis a meu senhor Esaú: Assim diz Jacó, teu servo: Como peregrino morei com Labão, e me detive lá até agora;
TB ordenou-lhes: Assim falareis a meu senhor Esaú: Teu servo Jacó manda dizer isto: Com Labão morei como peregrino e com ele fiquei até agora.
HSB וַיְצַ֤ו אֹתָם֙ לֵאמֹ֔ר כֹּ֣ה תֹאמְר֔וּן לַֽאדֹנִ֖י לְעֵשָׂ֑ו כֹּ֤ה אָמַר֙ עַבְדְּךָ֣ יַעֲקֹ֔ב עִם־ לָבָ֣ן גַּ֔רְתִּי וָאֵחַ֖ר עַד־ עָֽתָּה׃
BKJ E ele lhes ordenou, dizendo: Assim falareis a meu senhor Esaú: Teu servo Jacó diz assim: Eu habitei como peregrino com Labão, e fiquei lá até agora.
LTT E ordenou-lhes, dizendo: Assim direis a meu senhor Esaú: Assim diz Jacó, teu servo: Como peregrino morei com Labão, e me detive até agora;
BJ2 Jacó enviou adiante dele mensageiros a seu irmão Esaú, na terra de Seir, a estepe de Edom.
VULG præcepitque eis, dicens : Sic loquimini domino meo Esau : Hæc dicit frater tuus Jacob : Apud Laban peregrinatus sum, et fui usque in præsentem diem.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 32:4

Gênesis 4:7 Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás.
Gênesis 23:6 Ouve-nos, meu senhor: príncipe de Deus és no meio de nós; enterra o teu morto na mais escolhida de nossas sepulturas; nenhum de nós te vedará a sua sepultura, para enterrares o teu morto.
Gênesis 27:29 Sirvam-te povos, e nações se encurvem a ti; sê senhor de teus irmãos, e os filhos da tua mãe se encurvem a ti; malditos sejam os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te abençoarem.
Gênesis 27:37 Então, respondeu Isaque e disse a Esaú: Eis que o tenho posto por senhor sobre ti, e todos os seus irmãos lhe tenho dado por servos; e de trigo e de mosto o tenho fortalecido; que te farei, pois, agora a ti, meu filho?
Gênesis 32:5 E tenho bois, e jumentos, e ovelhas, e servos, e servas; e enviei para o anunciar a meu senhor, para que ache graça a teus olhos.
Gênesis 32:18 Então, dirás: São de teu servo Jacó, presente que envia a meu senhor, a Esaú; e eis que ele mesmo vem também atrás de nós.
Gênesis 33:8 E disse Esaú: De que te serve todo este bando que tenho encontrado? E ele disse: Para achar graça aos olhos de meu senhor.
Êxodo 32:22 Então, disse Arão: Não se acenda a ira do meu senhor; tu sabes que este povo é inclinado ao mal;
I Samuel 26:17 Então, conheceu Saul a voz de Davi e disse: Não é esta a tua voz, meu filho Davi? E disse Davi: Minha voz é, ó rei, meu senhor.
I Reis 20:32 Então, cingiram panos de saco aos lombos e cordas às cabeças, e vieram ao rei de Israel, e disseram: Diz o teu servo Ben-Hadade: Deixa-me viver. E disse ele: Pois ainda vive? É meu irmão.
Provérbios 6:3 Faze, pois, isto agora, filho meu, e livra-te, pois já caíste nas mãos do teu companheiro: vai, humilha-te e importuna o teu companheiro;
Provérbios 15:1 A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.
Eclesiastes 10:4 Levantando-se contra ti o espírito do governador, não deixes o teu lugar, porque o acordo é um remédio que aquieta grandes pecados.
Lucas 14:11 Porquanto, qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado, e aquele que a si mesmo se humilhar será exaltado.
I Pedro 3:6 como Sara obedecia a Abraão, chamando-lhe senhor, da qual vós sois filhas, fazendo o bem e não temendo nenhum espanto.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

OS PATRIARCAS: AS EVIDÊNCIAS BÍBLICAS

Início do segundo milênio a.C.

UM CONTEXTO CRONOLÓGICO

Gênesis 12:50 trata da relação de Deus com um homem, Abraão, e seus descendentes: Isaque, Jacó (Israel) e seus doze filhos, dos quais José é o mais destacado. É difícil situar os "patriarcas", como costumam ser chamados, num período histórico exato. Para isso, é preciso considerar, em grande medida, a data fornecida para um acontecimento posterior da história bíblica, a saber, o êxodo, para o qual são definidas duas datas (como veremos em detalhes mais adiante).
Uma das datas para o êxodo é 1447 a.C.' Considerando-se que os israelitas permaneceram no Egito durante 430 anos, pode-se concluir que Jacó e seus filhos chegaram ao Egito em 1877 a.C. Assim, Abraão deve ter nascido na metade do século XXII a.C.
A outra data para o êxodo é c. 1270 a.C. Aceitando-se os mesmos dados mencionados acima, Abraão deve ter nascido por volta de 2000 a.C.
Alguns estudiosos também consideram que a estadia de Israel no Egito foi mais curta e situam os patriarcas num período posterior (mais próximo de nossa época), entre os séculos 20 e XVI a.C., a Média Idade do Bronze II.

ABRÃO VIAJA DE UR PARA HARÀ Tera, o pai de Abrão (como ele era conhecido naquele tempo), deixou "Ur dos caldeus"* e se assentou em Harà, na fronteira norte da Mesopotâmia, 32 km a sudeste da atual cidade turca de Urfa. Para alguns, Ur e Urfa se referem ao mesmo lugar, mas, nesse caso, Abrão teria voltado pelo mesmo caminho de onde veio antes de partir para Canaâ. Na verdade, a designação "Ur dos caldeus" resolve a questão. Os caldeus foram um povo que viveu no sul do Iraque do final do segundo milênio em diante.
Assim, Ur dos caldeus deve ser identificada com a cidade famosa de Ur, no sul do Iraque, conhecida hoje como Tell el- Muqayyar. Ur era um dos centros de uma civilização sofisticada vários séculos antes de Abraão, como indicam o Cemitério Real de Ur e o zigurate (templo em forma de torre) de Ur-Nammu, datados respectivamente de c. 2500 a.C. e 2113-2096 a.C.

ABRÃO VIAJA DE CANAÁ PARA O EGITO

Quando Abrão estava com cerca de 75 anos de idade, ele respondeu ao chamado de Deus para deixar seu país, seu povo e a casa de seu pai e se dirigir à terra que o Senhor lhe mostraria.* Abrão foi para Canaã, a terra prometida, mas uma grave escassez de alimento o levou a buscar refúgio no Egito. Lá, sua esposa Sarai (chamada posteriormente de Sara) chamou a atenção do Faraó.

EM CANAÃ

Ao voltar a Canaã, Abrão se tornou extremamente rico em rebanhos, prata e ouro. Tinha tantos rebanhos que precisou se separar de seu sobrinho, Ló, o qual escolheu armar suas tendas próximo a Sodoma, cujos habitantes eram conhecidos por sua grande perversidade. De acordo com Gênesis 19:24-25, "fez o Senhor chover enxofre e fogo, da parte do Senhor, sobre Sodoma e Gomorra. E subverteu aquelas cidades, e toda a campina". Não há dúvidas que Sodoma e Gomorra ficavam próximas, ou talvez debaixo, do atual mar Morto, mas é impossível determinar a localização exata das duas cidades proporção extraordinária de sal (25 por cento) do mar Morto pode ser evidência dessa calamidade.
Abrão (Pai exaltado) se tornaria Abraão (Pai de muitos)." ¡ Agar, a serva de Sara, lhe deu à luz Ismael e a própria Sara lhe deu à luz Isaque (o filho da promessa).° Quando Sara faleceu em Quiriate-Arba (atual Hebrom), Abraão comprou de Efrom, o heteu, um campo com uma caverna e ali sepultou a esposa. Posteriormente, Abraão, seu filho Isaque, Rebeca, esposa de Isaque, seu filho Jacó e Lia, a esposa de Jacó, também foram sepultados nesse local.
Isaque reabriu os poços que haviam sido cavados por Abraão no vale de Gerar e, de acordo com João 4:5-6, Jacó cavou um poço em Sicar, próximo a Siquém.
Fica evidente que os patriarcas eram homens de grande riqueza e influência em Canaã. Abrão tinha trezentos e dezoito "homens dos mais capazes" à sua disposição.' Aliás, a expressão "homens dos mais capazes" é bastante antiga, pois também aparece em textos egípcios de execração (maldição) do final do século XIX a.C. Os patriarcas se casaram com parentas: Isaque se casou com Rebeca, sobrinha neta de seu pai, e Jacó se casou com suas primas Lia e Raquel. Essas três mulheres eram da região de Harã, também chamada Harâ- Naharaim e Pada-Arã.

 

 

Por Paul Lawrence


Árvore genealógica dos patriarcas
Árvore genealógica dos patriarcas
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.

PALESTINA - DISTRITOS GEOPOLÍTICOS

Antes de nos envolvermos numa análise mais aprofundada dos aspectos topográficos naturais da Palestina, é necessário definir e, em poucas palavras, delinear certos termos que as Escrituras usam para designar as várias subdivisões geográficas e/ou geopolíticas da terra. Mas, para isso, será proveitoso introduzir, primeiro, dois vocábulos geográficos modernos que, às vezes, são empregados para designar essa terra: Cisjordânia ("deste lado o lado ocidental do rio Jordão") e Transjordânia ("do outro lado [o lado oriental] do rio Jordão"). Já vimos como, em várias épocas, o rio Jordão serviu de fronteira tanto geográfica quanto política. E, antes de prosseguir, é fundamental entender a natureza temporária dessas subdivisões. As fronteiras de um distrito específico podem ter variado ao longo dos séculos, e não é possível estabelecê-las com precisão em cada período. Esse problema é especialmente agravado quando se tenta determinar as fronteiras de um distrito que existiu durante um longo período da história bíblica, talvez durante mais de um milênio. Além do mais, é necessário levar em conta que uma mesma área geográfica frequentemente tinha nomes diferentes em períodos diferentes.

CISJORDÂNIA
De uma perspectiva geopolítica, pode-se dizer que a Cisiordânia esteve dividida em quatro distritos durante a maior parte da história bíblica. Indo do norte para o sul, essas quatro secções foram: Fenícia, Galileia, Samaria e Judá/Judeia.

FENÍCIA
No Antigo Testamento, a Fenícia é em geral definida como uma área litorânea estreita, que se estendia por cerca de 200 quilômetros, desde o rio el-Kabir até o monte Carmelo, e, no lado oriental, era flanqueada pelas montanhas do Líbano e da Galileia. Na época do Novo Testamento, o monte Carmelo já havia caído nas mãos de monarcas de Tiro,62 de sorte que, para o lado sul, a Fenícia chegava até a planície de Dor. A Fenícia foi o cenário de dois milagres da Bíblia: em Sarepta, Eliseu ressuscitou o filho de uma viúva, o qual havia parado de respirar (1Rs 17:8-24), e, na região de Tiro e Sidom, Jesus curou a filha de uma mulher siro-fenícia (Mc 7:24-30). A Fenícia também recebeu várias das primeiras viagens apostólicas.

GALILEIA
Imediatamente a leste da região sul da Fenícia, ficava o distrito da Galileia, o território mais setentrional que o Israel antigo chegou a ocupar. A área central da Galileia se estendia do rio Litani e da região de Dá, no norte, até o vale de Jezreel, no sul, medindo cerca de 80 quilômetros de norte a sul e uns 40 quilômetros de leste a oeste. Em todas as épocas, o distrito esteve dividido por um estreito vale lateral que acompanhava uma falha geológica que saía de Aco/Ptolemaida, rumava para o leste e chegava até a moderna Rosh Pinna (apenas cerca de 16 quilômetros ao norte do mar da Galileia). Esse vale de Beth Kerem divide a Galileia em duas subdivisões: Alta Galileia e Baixa Galileia.3 A distinção é geográfica e não administrativa. O terreno acidentado e praticamente intransponível da Alta Galileia chega a mais de 1.000 metros de altitude, e parte de sua região central é a mais elevada de toda a Cisiordânia (o iebel Jarmuk fica mais de 1.200 metros acima do nível do mar). Na Baixa Galileia, os cumes ficam abaixo de 600 metros de altura. A maioria das referências à Galileia, inclusive todas as do Novo Testamento, é à Baixa Galileia. Por causa de sua localização no norte, a Galileia talvez fosse mais vulnerável à assimilação cultural e ao domínio militar (Is 9:1; Mt 4:15-16; 2Rs 15:29). Embora a Galileia tenha sido habitada pelas tribos de Naftali, Issacar, Zebulom e talvez parte de Aser durante o período da ocupação, a partir do cativeiro babilônico (1Rs 9:10-14) a sua população gentílica passou a ser majoritária. Por isso, o distrito era suspeito tanto do ponto de vista ideológico (Jo 1:46; cp. 7.41,52) quanto do linguístico (Mt 26:73b). Apesar disso, a Galileia se tornou muito importante, igualmente, para judeus e cristãos. Para os judeus, após a destruição de Jerusalém em 70 d.C., a cidade de Tiberíades se converteu, pouco a pouco, no centro da erudição talmúdica; ali o Sinédrio se reuniu pela última vez e a Mishná foi editada; ali se concentraram as famílias de Ben Asher e Ben Naphtali, da tradição massorética; ali também o venerado Códice Aleppo (a mais antiga e mais completa Bíblia hebraica existente) foi criado e é onde se encontram os túmulos dos sábios judeus Maimônides, rabino Akiva e Johanan ben Zekkai. Para os cristãos, a Galileia foi um centro das atividades de Jesus. Ele passou a infância no pacato vilarejo de Nazaré, baseou seu ministério no importante centro de Cafarnaum e, o que talvez seja o mais interessante, ali realizou a maioria de seus milagres públicos.

SAMARIA
Ao sul da Galileia, fica a terceira subdivisão: Samaria. Anteriormente era conhecida como região montanhosa de Efraim (Is 17:15-19.50; Jz 3:27-4.5; 1Sm 1:1-9.4; 1Rs 4:8-2Rs 5,22) e não deve ser confundida com a região montanhosa de Judá (v. a seguir). Por fim, o distrito de Samaria ganhou esse nome devido à terceira e última capital do Reino do Norte (1Rs 16:24). A região central de Samaria se estendia da borda do vale de Jezreel, rumo ao sul, chegando até as proximidades de uma linha topográfica natural que, saindo de Jericó para o oeste, passava pelo uádi Makkuk e ia até Ofra. A partir dali, a fronteira avancava além de Betel e Bete-Horom Superior, onde começava sua descida até Aijalom (cp. ]s 10.11,12) para, então, terminar na planície Costeira, em frente de Gezer. Assim, a Samaria abrangia uma área aproximada de 65 quilômetros de norte a sul e uns 50 quilômetros de leste a oeste (com base na descrição feita por Josefo, infere-se que a Samaria do Novo Testamento foi ligeiramente reduzida em sua área ao sul) 64 O centro geográfico natural de Samaria era a cidade de Siquém, situada no vale entre o monte Ebal e o monte Gerizim, e adjacente à atual cidade de Nablus. Ali a principal estrada rumo ao norte procedente de Jerusalém (estrada da Serra Central) se conectava com uma estrada secundária (estrada lateral de Efraim), que ligava Samaria tanto ao Mediterrâneo quanto ao rio Jordão. Por isso, não é de surpreender que Siquém tenha testemunhado períodos de ocupação prolongada que remontam a 4000 a.C. Durante boa parte do segundo milênio a.C., Siquém competiu com Jerusalém pela supremacia sobre a Palestina central. Esse local foi o primeiro lugar onde Abraão erigiu um altar e adorou ao Senhor em Canaã (Gn 12:6); onde os ossos de José finalmente encontraram descanso (Is 24:32; cp. Gn 50:25-26: Êx 13.19): onde, pela primeira vez 1srael tentou instituir a monarquia (Iz 9); onde aconteceu a divisão da monarquia unida de Israel (1Rs 12:1-16): onde esteve localizada a primeira capital do reino setentrional de Israel (1Rs 12:25) e onde lesus confrontou uma mulher iunto ao poco (Jo 4:5). Embora ofuscada pela cidade de Samaria durante a maior parte do período da monarquia dividida, a ascendência de Siquém foi reafirmada depois que os assírios deram fim ao Reino do Norte, em 722 a.C. Cativos estrangeiros foram estabelecidos em cidades samaritanas (2Rs 17:24-34). Alguns dos refugiados adotaram vários elementos da fé judaica e, com o tempo, passaram a se considerar judeus (e.g., Ed 4:2). Mas sua tentativa de se tornarem membros da comunidade judaica foi em grande medida repudiada pelos judeus pós-exílicos, o que gerou uma hostilidade religiosa que durou todo o restante do período bíblico (Lc 9:52-53; Jo 4:9-8.48). Assim mesmo, o samaritanismo sobreviveu aos séculos. Um relato medieval localizou em Damasco cerca de 400 samaritanos. Estimativas atuais sobre a população samaritana em Israel vão de 550 a 800 pessoas que, todos os anos, continuam a celebrar a Páscoa no alto do monte Gerizim, o monte sagrado deles (Jo 4:20).

JUDÁ
A quarta principal subdivisão geopolítica da Cisiordânia era Judá, que relatos históricos mais antigos chamavam de região montanhosa de Judá (Js 11:21-15.48; 20.7; 21.11; cp. 2C 21.11; 27.4; Lc 1:65). De acordo com II Reis 23:8, Judá ia de Geba, uma cidade estratégica localizada cerca de 8 quilômetros ao norte de Jerusalém, até tão ao sul quanto Berseba (Zc 14:10). Assim, quando compreendido também no contexto do limite norte de Israel na cidade de Da, isso está de acordo com a fórmula recorrente no Antigo Testamento ("de Da até Berseba"), que denota as fronteiras efetivas da região central de Israel (Jz 20:1-1Sm 3.20 2Sm 3:10-17.11; 24.2,15; 1Rs 4:25). Ainda é possível delinear especificamente a região central de Judá a partir de seu eixo lateral, indo para o leste até a descida abrupta para o deserto de Judá (Jesimom [Nm 21:20; cp. 1Sm 26:1 - Haquila, em frente de Jesimom]) e para o oeste até a descida íngreme e rochosa que termina num valado estreito que a separa da Sefelá (v. a seguir). A região central de ludá media não mais de 80 quilômetros de norte a sul e apenas uns 30 quilômetros de leste a oeste. Só raramente Judá atraiu o interesse dos construtores de impérios, pois era um território bem pequeno, em grande parte constituído de amplas áreas de terra incultivável, que ficava bastante isolado das rotas internacionais e nunca experimentou prosperidade material independente. Um estudioso descreveu Judá como uma terra isolada que promovia um estilo de vida pastoril e era o ambiente para fortalezas, altares e vilarejos.

IDUMEIA
Além das quatro principais entidades geopolíticas da Cisjordânia, a província da Idumeia desempenhou um papel secundário na política do período pós-exílico e do Novo Testamento. Idumeia é o nome grego aplicado especificamente a refugiados edomitas que fugiram para o noroeste para evitar a crescente pressão feita por seus vizinhos nabateus. Embora oscilasse bastante, ora separado da Judeia, ora a ela reanexado, o território idumeu chegou a cobrir a região que vai de Bete-Zur, perto de Hebrom, até Berseba, sua extremidade sul, e do mar Morto até os limites da planície da Filístia. Por fim, governantes macabeus subjugaram a Idumeia. Um deles (Alexandre laneu) nomeou Antipatro, um chefe local, para governar a região. É irônico que Herodes, o Grande, no devido tempo descendesse de Antípatro. Na condição de "rei dos judeus" (Mt 2:1), Herodes não se dispôs muito a descentralizar sua autoridade.

TRANSJORDÂNIA
A Transjordânia do Antigo Testamento é constituída de cinco entidades geopolíticas. Do norte para o sul, elas são. Basa, Gileade, Mishor, Moabe e Edom. O termo "Transjordânia" define especificamente a área que vai do monte Hermom até o golfo de Ácaba (cerca de 400 quilômetros de distância) e do vale do Jordão até as margens do deserto Oriental (entre 50 e 130 quilômetros). A natureza geopolítica dessa região é, na realidade, muito mais complicada do que a da vizinha Cisjordánia. Tentar, numa única análise, tratar da Transiordânia tanto do Antigo quanto do Novo Testamento é possível apenas em parte e, com certeza, trata-se de uma tarefa suscetível a imprecisão. Mas também aqui o propósito básico é fornecer a localização aproximada de entidades geopolíticas mencionadas nas Escrituras.

BASÃ
Basà significa "terra frutífera/plana" (Js 9:10-1Rs 4.13; 2Rs 10:33) e é o nome do território que as forças de Israel tomaram do controle de Ogue (Nm 21:33-35). Incluía 60 cidades muradas (Dt 3:4-5) e foi designado para Manassés Oriental (Dt 3:13). Do norte para o sul, Basa se estendia por aproximadamente 55 quilômetros, do monte Hermom (Js 12:45) até o rio Yarmuk,67 e, para o leste, chegava até Quente (Nm 32:42) e Salca (Dt 3:10), cidades situadas no monte Haura. Na época do Novo Testamento, a região ao norte do Yarmuk consistia basicamente nas províncias que formavam a tetrarquia de Herodes Filipe, filho de Herodes, o Grande.

GILEADE
A segunda entidade básica da Transjordânia é Gileade. Embora pareça que a Bíblia às vezes empregue essa palavra num sentido genérico, referindo-se a toda a Transiordânia ocupada (Dt 34:1-4; Js 22:9), a entidade geopolítica Gileade designa especificamente o domo elevado, montanhoso e ovalado que, do ponto de vista topográfico, é uma extensão oriental da elevação de Samaria (Jz 10:4-1Sm 13 7:25m 2.9; 2Rs 10:33). Esse domo começa a se elevar a apenas uns poucos quilômetros ao sul do Yarmuk e se estende na direção sul, chegando aproximadamente até o uádi Husban. que deságua no Jordão em frente a Jericó.
Longitudinalmente, o domo de Gileade era dividido por um desfiladeiro profundo, escavado pelo rio Jaboque, que separou Gileade em duas metades (cp. Js 12:5-13.31, a metade norte; Dt 3:12; Is 12:2, a metade sul). Na fronteira oriental, é possível delimitar Gileade apenas negativamente: não incluía a terra de Amom (Nm 21:23-24; Jz 11:13; cp. 1Sm 11:1-4), de modo que, em seu quadrante sudeste, não alcançava o deserto Oriental.
Em contraste com o significado do nome de seus vizinhos ao norte (Basa significa "terra plana") e ao sul (Mishor significa "planalto/chapada*), o provável significado do nome Gileade (terra acidentada") pode ajudar a esclarecer suas fronteiras.
Assim delineada, a região montanhosa de Gileade (Gn 31:21-23,25; Dt 3:12) cobria uma área de aproximadamente 55 quilômetros de norte a sul e não mais de uns 50 quilômetros de leste a oeste. Quase todo o norte de Gileade se tornou parte da herança de Manassés Oriental, ao passo que o sul foi entregue à tribo de Gade . A totalidade do domo foi de fato colonizada por Israel, provavelmente porque a altitude elevada permitia chover o suficiente para criar condições para um pouco de florestamento, agricultura e criação de animais (2Sm 18:6; Nm 32:1-4, 16,26; Js 22:8). Embora não saibamos sua exata natureza, o "bálsamo de Gileade", que tinha propriedades medicinais, era muito valorizado na Antiguidade (Jr 8:22-46.11; cp. Gn 37:25). Muitas cidades gregas que haviam sido estabelecidas durante o período alexandrino formaram um núcleo transjordaniano de oposição (em grande parte malsucedida) à independência judaica obtida pelos asmoneus. Mas, quando as legiões de Pompeu deram fim ao domínio asmoneu, muitas daquelas cidades foram devolvidas a seus compatriotas helênicos. Em alguns casos, certas cidades consideraram necessário constituir ligas para proteção mútua contra os vizinhos não gregos, assim como também estavam unidas em termos econômicos e sociais. Uma dessas confederações, conhecida como Decápolis ("dez cidades"), era constituída de localidades situadas principalmente ao longo das estradas comerciais do centro e do norte da Transiordânia.
Esse grupo é mencionado tanto na Bíblia (Mt 4:25: Mc 5:20-7.
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MISHOR
Ao sul da Gileade do Antigo Testamento, ficava o Mishor ("planalto", p. ex., Dt 3:10-4.43; Js 20:8), que se estendia por cerca de 40 quilômetros, desde Hesbom (Is 13:10) e Medeba (Is 13:16), no norte, até as cidades de Aroer (Is 13:9) e Dibom (Jr 48:22), situadas no sul, logo ao norte do cânion do Arnom e perto da Estrada Real. Outras cidades localizadas no Mishor eram Nebo (Ir 48.22). Sitim (onde os israelitas tiveram relações sexuais ilícitas com mulheres moabitas INm 25:1s.|).
Bete-Peor (perto de onde Moisés foi sepultado [Is 13:20; Dt 34:6] e onde Balaão pronunciou suas bêncãos desfavoráveis [Nm 22:41-23.13,141) e Bezer, uma das cidades israelitas de refúgio (Dt 4:43). O Mishor se tornou a heranca da tribo de Rúben. No entanto, como do ponto de vista geográfico o Mishor ficava a meio caminho entre a região central de Israel e a região central de Moabe, a luta para controlá-lo teve início ainda no período dos juízes (Jz 3:12-30, implícito). prosseguindo na época da monarquia unida (1Sm 14:47;25m 8.2,12) e chegando até os dias de Acabe e do rei moabita Messa. Mas, no pensamento dos profetas, o controle israelita da região do Mishor havia sido cedido aos mobitas (Is 15:1-9; 16.8,9; Jr 48:1-5,21-25,34-36,45-47; Ez 25:8-11). E provável que esse vaivém político ajude a explicar por que, apesar de descenderem do primogênito de Jacó (Gn 29:32-49.3,4), os rubenitas aparentemente foram incapazes de desempenhar um papel importante na história posterior de Israel.

MOABE/PEREIA
O planalto mais elevado que, partindo do Arnom, estendia-se para o sul, chegando até o ribeiro de Zerede, era a região mais importante e central do território moabita, tendo como capital a cidade de Quir-Haresete (2Rs 3:25; Is 16:7; cp. Nm 22:36; Is 15:1 ['Quir de Moabe", que é a forma encontrada na ARA, significa "cidade de Moabe"|). Durante o período do Novo Testamento, o distrito da Pereia? ocupava a região ocidental daquilo que havia sido o Mishor e Moabe. O historiador Josefo escreveu que, no norte, o distrito de Pereia chegava até a cidade de Pela e, no sul, até Maqueronte (uma cidade-fortaleza de onde se avistava o mar Morto e onde Herodes Antipas decapitou João Batista). Além disso, Josefo relata que Pereia começava no rio Jordão e ia para o leste, chegando até Filadélfia, e informa que a capital da Pereia era Gadara (T. Gadur, que não se deve confundir com a Gadara da Decápolis [Umm Qeis]) 73 Causam perplexidade as fronteiras norte e leste informadas por Josefo, pois tanto Pela quanto Filadélfia faziam parte da região da Decápolis. Talvez sua descrição signifique que as fronteiras das cidades-estados de Pela e Filadélfia encostavam na Pereia. De qualquer maneira, os geógrafos bíblicos justificadamente seguem critérios arqueológicos e topográficos, estabelecendo a fronteira oriental basicamente numa linha norte-sul que começa no norte, nas vizinhanças do jebel Munif, no alto Arnom. Parece que, dali, a fronteira norte acompanhou os contornos a jusante do uádi Yabis até sua foz no rio Jordão, em frente a Enom.

EDOM
O último distrito transiordaniano a ser listado é Edom, às vezes conhecido como Seir (Gn 32:3; Nm 24:18: Jz. 5.4; Is 21:11) ou monte Seir (Gn 14:6; Dt 1:2-2.5). Edom designa a terra e o reino situados no alto da estreita e longa cadeia de montanhas imponentes que, partindo do ribeiro de Zerede, dirige-se para o sul, quase até o golfo de Ácaba. No entanto, as terras centrais de Edom, saindo do ribeiro de Zerede, estendiam-se para o sul por cerca de 110 quilômetros até um planalto de onde se avista o uádi Hasma, parte de uma enorme dissecação no solo recoberta de areia, a qual se estendia na direção sudeste e era a porta de entrada para o sul da Arábia. A maioria dos cumes de Edom ultrapassa os 1:200 metros acima do nível do mar e, em mais da metade de sua extensão longitudinal, o terreno elevado fica acima dos 1:500 metros. E esse cenário assustador ficava claramente limitado, a oeste, pela Arabá e, a leste, pelas planícies do deserto Oriental. O resultado é que Edom propriamente dito media apenas 16 a 24 quilômetros num eixo leste-oeste, tendo, ao longo da serra altaneira, uma série de fortalezas e cidades que basicamente acompanhavam a Estrada Real. A combinação de fortificações tanto naturais quanto feitas pelo homem tornava Edom uma barreira intransponível para tráfego lateral. Cerca de 40 quilômetros ao sul de Zerede, uma falha geológica criou um cánion que, partindo da A rabá, abre-se em leque para o leste por mais ou menos 14 quilômetros. No fim desse uádi notável, ficava a antiga Punom, um centro importante de mineração de cobre e onde, de acordo com a Biblia (Nm 33:42), os israelitas acamparam durante a viagem de Cades-Barneia para as planícies de Moabe. Moisés solicitou ao rei de Edom permissão para que Israel atravessasse o território edomita para chegar à Estrada Real (Nm 20:14-21). Mas o rei rejeitou o pedido, o que exigiu que o grupo israelita vigiasse cerca de 160 quilômetros a mais por terreno árido e num calor escaldante, apenas para desviar de Edom (Dt2.1-8).
Sem dúvida, essa derrota psicológica foi relacionada com o incidente das "serpentes ardentes" (Nm 21:4-9; 33:42-49), em que Moisés foi forçado a erguer uma serpente de cobre nesse deserto. Com base no contexto geográfico, é possível entender por que a recusa do rei edomita não foi desafiada, apesar de ser improvável que os edomitas fossem numericamente superiores aos israelitas. Os penhascos imensos e as gargantas íngremes de Edom, mesmo nas encostas menos escarpadas do desfiladeiro de Punom, eram um alvo inacessível que, por capricho edomita, continuaria em esplêndido isolamento (Ob3). Situado junto às montanhas edomitas ocidentais e cerca de 32 quilômetros ao sul de Punom, há um cânion que se parece com uma cratera e contém as impressionantes ruínas de Petra, a fabulosa capital do Reino Nabateu, mais tarde ocupada pelos romanos.? Embora não se saiba quais foram seus ancestrais, os nabateus vieram a ocupar Edom no terceiro século a.C. e, já no primeiro século a.C., sua influência era sentida desde Damasco até Gaza e também até o interior da Arábia. Boa parte de seu poder era resultado do controle que exerciam sobre parte de uma lucrativa rede comercial que, àquela época, estendia-se do interior da atual Arábia Saudita até o Mediterrâneo Ocidental Chegava-se a Petra através de um estreito corredor de cerca de 1.600 metros, flanqueado em ambos os lados por elevados penhascos perpendiculares que, em alguns lugares, quase se tocavam. A bacia onde se situava a cidade propriamente dita era cercada de desfiladeiros de arenito, nos quais foram escavados estruturas e túmulos daquilo que, na Antiguidade, foi uma cidade de grande riqueza.
Por cerca de 65 quilômetros para o sul a partir da região central de Edom, descendo do uádi Hasma para o uádi Yutm, próximo ao golfo de Ácaba, fica uma cadeia bem estreita de intransitáveis montanhas de granito. Essas montanhas de Midia elevam-se a alturas que chegam perto de 1.750 metros acima do nível do mar. Nessa região, vestígios arqueológicos revelam uma cultura totalmente distinta de sua contraparte palestina e que é, às vezes, descrita como midianita. É nesta "cultura midianita que alguns estudiosos acreditam que Moisés talvez tenha se refugiado quando fugiu do faraó e ali serviu a seu sogro, um sacerdote de Midia (Ex 2:15-17:3.1).

Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Novo Testamento
Distritos do Novo Testamento

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

OS PATRIARCAS NA PALESTINA

Os patriarcas de Gênesis passaram a vida na Terra Prometida, dentro da metade sul da Cadeia Montanhosa Central. Só em breves ocasiões suas viagens os levaram temporariamente para fora dessa região - a exceção foi quando Jacó deixou Cana para ficar, por bastante tempo, na terra dos antepassados, no norte da Mesopotâmia (Gn 28:10-33.
20) [v. mapa 30]. Mas, enquanto viveram na terra, a Bíblia diz que estabeleceram residência, construíram altares e adoraram o Senhor em Siquém, Betel, Hebrom/Manre e Berseba. Eles e suas mulheres foram enterrados na mesma região, seja na tumba da família em Manre/Hebrom, em Siquém, seja na sepultura de Raquel. Quando Jacó voltava a Canaã, depois de passar 20 anos na casa de Labão (Gn 31:41), chegou ao rio Jaboque. Ali ficou sabendo que seu irmão, Esaú, estava a caminho para se encontrar com ele, o que o levou a passar uma noite lutando (Gn 32:6-7,22-30). A narração do capítulo 32 (o final do tempo que passou fora) é uma conclusão apropriada para a narração do capítulo 28 (o início do tempo, quando saiu de casa). Os dois textos descrevem lacó sozinho à noite, enfrentando uma crise, encontrando-se com "anjos de Deus" (Gn 28:12-32.
1) e batizando um lugar com um novo nome (Betel, 28.19; Peniel, 32.30).
A localização de Maanaim e Peniel, ambos na Transjordânia, é incerta, exceto que estão situados junto ao desfiladeiro de Jaboque. Maanaim foi dado à tribo de Gade (Is 13:26), mas ficava na fronteira com Manassés (Is 13:30) [v. mapa 40]. A cidade foi uma cidade levítica (Js 21:38-39) [mapa 41], residência régia de Es-Baal (25m 2.8,12) e refúgio temporário para Davi, quando fugiu de Absalão (25m 17.24- 27). No mapa, Maanaim tem sido colocada conjecturalmente no sítio de T. er-Reheil, onde a principal estrada norte-sul, vinda de Damasco, chega perto do rio Jaboque e cruza com uma estrada secundária que vai para o oeste, na direção do Jordão [v. mapa 27]. Peniel deve ter sido próxima, embora ficasse entre Maanaim (Gn 32:1) e Sucote (33.17), possivelmente em T. edh-Dhahab esh-Shargia.
Depois de voltar da Mesopotâmia, Jacó viajou de onde residia, em Betel, para estar com seu pai, Isaque, em Hebrom/ Manre (Gn 35:1-27). Mas, enquanto a caravana viajava pela estrada, chegou a hora de Raquel dar à luz Benjamim. Ela morreu durante o parto e foi enterrada ali (Gn 35:16-20). Desde o século 4 d.C., viajantes e peregrinos têm visitado um "túmulo de Raquel" no extremo norte de Belém, junto à estrada de Jerusalém. Presume-se que o local foi estabelecido com base num comentário editorial em Gênesis 35:19-1% Mas um texto posterior deixa claro que Raquel foi sepultada "em Zelza, na fronteira (da tribo) de Benjamim" (1Sm 10:2). Embora Zelza seja um local desconhecido, sem nenhuma outra atestação, o contexto dessa referência é bastante claro. Procurando as jumentas perdidas de seu pai, Saul viajou de sua casa em Gibeá (T. el-Ful [1Sm 10:26]) para o norte, atravessando a região montanhosa de Efraim, regressou ao território de Benjamim (1Sm 9:4) e finalmente a Ramá, a cidade de Samuel (er-Ram [1Sm 9:5-10]). Ao voltar de Ramá para Gibeá, o texto bíblico diz que passou pelo túmulo de Raquel (1Sm 10:2).
Em ainda outro texto, o profeta Jeremias (31,15) associou o "choro de Raquel" diretamente à cidade de Ramá, também situada dentro do território de Benjamim. De modo que, embora a localização exata do túmulo de Raquel ainda seja um pouco debatida, não há quase nada que favoreça situá-lo em Belém. Nesse aspecto, pode ser relevante lembrar o exato fraseado da narrativa de Gênesis. O texto diz que Raquel foi sepultada "no caminho de Efrata (Belém]" (Gn 35:19; cp. 48.7b), "quando [..) ainda havia uma boa distância (lit. 'uma distância da terra'101 de Efrata" (Gn 35:16; cp. 48.7a).
Em qualquer das hipóteses, enquanto prosseguia sua viagem do túmulo de Raquel para Hebrom/Manre, Jacó chegou à Torre de Éder (Migdal-Éder (Gn 35:211), possivelmente situada nas vizinhanças de Salém ou Belém.
ABRÃO NA PALESTINA
ABRÃO NA PALESTINA
OS PATRIARCAS NA PALESTINA
OS PATRIARCAS NA PALESTINA

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

EDOM

Atualmente: JORDÂNIA
Edom – Significa vermelho. Esta região tem este nome devido a coloração de sua formação rochosa. Teve como sua capital durante o império grego, a cidade de Petra. Nesta região viveu um povo chamado nabateu, que controlava as rotas ao sul da Arábia. Nação formada pelos descendendes de Esaú, irmão de Jacó. Localizada a sudeste do Mar Morto.
Mapa Bíblico de EDOM


SEIR

Atualmente: JORDÂNIA
Região entre o Mar Morto e o Mar Vermelho, limitado por uma região montanhosa. A estrada real, importante rota comercial, passava ao longo da cadeia oriental.

Monte Seir (hebraico:הַר-שֵׂעִיר‎; Har Se'ir) formava a fronteira sul-leste de Edom e Judá, e também pode repercutir a antiga e histórica fronteira do Egito e Canaã . Ele foi a região montanhosa repartida aos descendentes de Esaú, os Edomitas. O Monte Seir é especificamente observado como o lugar em que Esaú construiu sua casa (Gênesis 36:8; Josué 24:4), e onde os israelitas teriam rodeado antes de entrarem na Terra Prometida (Deuteronômio 2:1). Ele foi nomeado para Seir, o horeu, cujos filhos habitavam a terra (Gênesis 36:20). Os filhos de Esaú lutaram contra os horeus e os destruíram (Deuteronômio 2:12).

Monte Seir também é denominado como o local onde os remanescentes "dos amalequitas que haviam escapado" foram aniquilados por quinhentos Simeonitas (I Crônicas 4:42-43).

O Monte Seir também é citado no livro de Ezequiel 35:10 ("Uma Profecia Contra Edom").


Seir (em hebraico: שֵׂעִיר, hebraico moderno: Se'ir tiberiano: Śēʻîr, "áspero, peludo"). Às vezes é usado como um termo alternativo para uma cabra, como em "Seir La'Azazel" (שעיר זאזל - bode expiatório).

Por exemplo, no Zodíaco de Dendera, o símbolo do falcão para Canis Maior é identificada pela expressão "Naz Seir". Este símbolo de falcão representa a estrela Sirius na constelação de Cão Maior. Em egípcio, "Naz" significa "enviado", enquanto "Seir" significa "príncipe" ou "chefe". Portanto, o título de "Naz Seir" pode ​​significar "Príncipe Enviado". Uma vez que tanto "Naz" e "Zar" significam "Príncipe" em hebraico, Naz Seir também pode significar "príncipe dos príncipes", um título apropriado para Jesus Cristo como o Rei dos reis. Isso também pode ser a origem oculta do termo "nazareno" utilizado para identificar Cristo, o Naz, Zar, o Príncipe da paz.

The International Standard Bible Encyclopedia

Mapa Bíblico de SEIR



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 32 do versículo 1 até o 32
E. PROFUNDA CRISE ESPIRITUAL, 32:1-32

A questão com Labão estava resolvida, mas agora havia uma ameaça maior no sul. O iminente encontro com Esaú abalou Jacó até ao fundo de sua alma e preparou o cená-rio para uma das lutas e vitórias espirituais significativas no Livro de Gênesis. Peniel, onde se deu o fato, tornou-se sinônimo de experiência de crise espiritual que radicalmen-te transforma a alma.

  1. Atividades de Nova Consciência Espiritual (32.1,2)

Desde que Labão se tornou hostil a ele, Jacó ficou mais sensível aos procedimentos de Deus e obteve ajuda e orientação. Agora uma visitação dos anjos de Deus (1) o despertou novamente e, em certa medida, o preparou para a luta que viria. Maanaim (2) significa 'dois acampamentos ou dois grupos". Diz respeito ao acampamento de Jacó e ao acampa-mento invisível e circundante dos anjos de Deus que protegiam Jacó e sua família.

De 32.1,2, Alexander Maclaren pregou sobre "Maanaim: os Dois Acampamentos".

1) Anjos de Deus nos encontram na estrada poeirenta da vida comum, 1;

2) Os anjos de Deus nos encontram pontualmente na hora da necessidade, 2;

3) Os anjos de Deus apa-recem na forma que precisamos: O exército de Deus, 2.

  1. Medo Incitado por Culpa (32:3-8)

Jacó sabia que agora tinha de tratar com Esaú, contra quem tão gravemente havia pecado no passado, e que, até onde sabia, ainda queria feri-lo. Mas Jacó estava disposto a buscar paz fazendo o primeiro movimento para estabelecer uma nova relação. Para esse propósito, enviou mensageiros (3) ao sul, ao território de Edom (ver Mapa 2), com a história do sucesso de Jacó e um pedido para encontrar graça (5) aos olhos do irmão. Esta frase é equivalente a pedido de perdão pelos erros passados. Os mensagei-ros (6) voltaram com a notícia de que Esaú se dirigia para o norte com quatrocentos homens, aparentemente com más intenções em relação a Jacó. Logicamente, os mensa-geiros de Jacó não tinham falado com Esaú.

O medo invadiu o coração de Jacó e ele imediatamente tomou medidas defensivas . Com desconsideração pela vida de alguns que o acompanhavam, ele os mandou à frente para receber o ímpeto do ataque esperado. Esta ação permitiria que os outros escapassem.

3. Rogo por Ajuda Divina (32:9-12)

O segundo movimento de Jacó foi orar a Deus em busca de livramento. Ele não advogava o conceito pagão de muitos deuses. Dirigiu suas orações ao Deus de meu pai Abraão e Deus de meu pai Isaque (9). Identificou este Deus com o SENHOR que lhe dera mandamentos e promessas. Era o mesmo Deus que encontrava seus servos a qual-quer hora e em qualquer lugar que quisesse. Era o Deus que tinha o direito e o poder de dizer: "Vai", e: "Volta"; tinha a integridade e o poder de cumprir sua promessa de estar com Jacó e de fazer-lhe bem.

Não havia arrogância hipócrita na oração de Jacó. Prontamente admitiu sua indigni-dade em receber as beneficências (10) divinas, ou seja, ações de bondade. A fidelidade seria as mensagens de mandamento, promessa e instrução. A elevação de Jacó da pobreza para a riqueza era devida inteiramente à ajuda de Deus. Contudo, devido ao natural medo humano, a caravana foi separada em dois grupos por causa do esperado ataque de Esaú.

  1. alvo da oração era obter livramento divino, pois Jacó estava tomado pelo medo. Sua morte e a matança de suas esposas e filhos pareciam iminentes. Terminou a oração pleiteando a validade das promessas divinas e a fidelidade de Deus em cumpri-las me-diante proteção preventiva.
  2. Presentes de Reconciliação (32:13-23)

Depois da oração, Jacó deu nova dimensão ao propósito do acampamento dividido. Os primeiros grupos não receberiam apenas o impacto inicial de um ataque, mas serviri-am como emissários de paz, levando presentes para Esaú. Em vez de dois grupos, agora havia três, cada um com presentes e a mensagem que Jacó estava indo. A esperança de Jacó era aplacar a ira de Esaú (20), de forma que quando ele entrasse em cena Esaú o aceitasse amavelmente.
O verbo aplacarei (20, kipper) significa literalmente "cobrir", mas veio a significar a tristeza do ofertante por ter cometido uma ação errada e seu desejo de pedir perdão, para que uma relação correta e aproveitável fosse estabelecida. Esta é a primeira oca-sião em que a palavra é usada na Bíblia com este significado. Quando esta mensagem simbólica era transmitida ao indivíduo contra quem se havia pecado, esperava-se que a raiva mudasse em misericórdia, com a resposta de franqueza e sinceridade que tornaria a reconciliação uma realidade.

Nesse momento, Jacó e sua família estavam acampados junto ao vau de Jaboque (22), um rio que corta um vale profundo nos planaltos a leste do rio Jordão, mais ou menos a meio caminho entre o mar da Galiléia e o mar Morto (ver Mapa 2).

  1. Crise à Noite (32:24-32)

Jacó tinha enviado todos os outros para a margem sul do vau de Jaboque e passado a noite (24). Pelo menos no começo. Na escuridão, um varão, que no versículo 30 se identifica como Deus, lutou com Jacó. Durante a luta, Jacó teve um quadril deslocado, mas prolongou o combate insistindo que não deixaria de lutar até que o abençoasse (26). Jacó precisava desesperadamente de ajuda, mas antes de obtê-la tinha de confessar o pecado que estava simbolizado pelo seu nome, "agarrador de calcanhar ou enganador".

Em resposta à luta, Deus mudou seu nome para Israel (28), "aquele que luta ou prevalece com Deus". A mudança de nome, como se deu com Abraão e com Sara, indicava mudança de status e mudança do ser interior. Jacó não tinha certeza de quem estava lutando com ele até ao término do combate. Levantou-se e, mostrando sua nova menta-lidade, chamou o lugar Peniel (30), que significa "face a face com Deus". Sua própria inaptidão física lhe seria testemunha constante de que a batalha realmente havia ocor-rido. Seus descendentes também tinham de comemorar o fato abstendo-se de comer a coxa (32), ou o músculo do nervo ciático, de animais que costumavam comer.

Em 32:22-30, vemos como "Jacó se Torna 1srael".

1) Jacó, o suplantador, 27;

2) Jacó, o lutador, 24-26;

3) Jacó, o prevalecedor, 28 (G. B. Williamson).
A luta noturna de Jacó gerou as características básicas das experiências espirituais significativas de homens e mulheres do Antigo e do Novo Testamento. Charles Wesley entendia que o episódio de Peniel era um tipo da experiência cristã em que se baseou para compor seu famoso hino "Vêm, Tu, o Desconhecido".
O fato de o pecado contra os outros também ser um ato que afeta a relação de Deus com o homem é central neste episódio. Jacó não tinha de enfrentar somente Esaú; teve de enfrentar Deus em primeiro lugar. Aliás, Deus o enfrentou na agitação da culpa para levá-lo a um pleno reconhecimento da pecaminosidade do seu ser e da necessidade de mudança radical.
Jacó lidava com um problema difícil. Se ele não conseguisse resolver realisticamen-te sua alienação de Esaú, ou procurasse tratá-la de maneira desonesta e inadequada, ele corria o risco de inflamar ainda mais a raiva de Esaú. Semelhantemente, se ele não confessasse seu pecado a Deus, ele incorreria no desgosto divino.

A princípio, Jacó tendeu a se servir de expedientes impróprios. Ele temia o poder de Esaú e amava a vida e a riqueza que tinha. Estava inclinado a sacrificar parte de seu séqüito a Esaú para escapar com a vida e algumas posses. Resolveu, então, enviar presentes e mediadores entre ele e Esaú. Na oração, reconheceu que era indigno, mas não admitiu que era pecador. Queria a bênção, mas detestava repudiar sua natureza enganosa.

Mas Jacó foi vitorioso, porque se firmou em sólida base espiritual no decorrer da luta. Afirmou o domínio de Deus sobre sua vida e reivindicou as promessas que Deus lhe deu em Betel e em Harã. Apoiou seu futuro na validade e fidelidade de Deus em cumprir o que havia prometido. Declarou suas necessidades, pediu ajuda e, com deter-minação, esperou a bênção, ainda que lhe custasse a confissão do pecado de sua perver-são interior. Testemunhou publicamente acerca da ajuda de Deus dando um nome ao lugar.' Jacó estabeleceu uma máxima evangélica básica: fé é aceitação da misericórdia imerecida de Deus.
Em 32:9-12,24-30, vemos onde "Deus Confronta o Homem pela Segunda Vez".

1) Um homem cujos recursos não bastavam 9:12;

2) Um homem sozinho com Deus, 24;

3) Um homem que não receberia uma negativa como resposta, 26;

4) A confissão que traz a bênção, 27-30 (A. F. Harper).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 32 do versículo 1 até o 32
*

32.1 anjos de Deus. Jacó novamente encontrou-se com os anjos de Deus a quem ele já havia encontrado em Betel (28.12). Estes encontros angélicos na saída e retorno à terra Prometida demarcam experiências de Jacó com Labão (28.10-22, nota) e atestam a promessa de Deus de estar com Jacó e protegê-lo onde quer que fosse (28.15).

Fiel à sua promessa, Deus esteve com Jacó — não apenas protegendo-o, mas também refazendo o seu caráter. O Jacó que não orava e era um enganador se tornara agora em um humilde homem de oração (vs. 9-12).

* 32.2 Maanaim. Ver referência lateral. Jacó podia ter em mente tanto o seu acampamento quanto o acampamento de Deus, um escudo e cobertura celestial. Assim como Betel era a casa de Deus e o portão do céu (28.17), Maanaim era o acampamento de Deus na terra. Maanaim mais tarde serviu como a capital para o filho de Saul, Is-Bosete (2Sm 2:8) e como um refúgio para Davi durante a rebelião de Absalão (2Sm 17:24). Maanaim situava-se ao leste do rio Jordão, nas proximidades do rio Jaboque; no entanto, sua localização precisa é incerta.

* 32.3 Seir. Ver 25.25 e nota.

* 32.4, 5 A maneira humilde com que Jacó falou com seu irmão e rival sugere que a mudança no seu caráter foi real (v. 1, nota). Como fez Abraão com Ló (13 8:9), Jacó não insistiu nos seus direitos pactuais, mas deixou o assunto nas mãos de Deus.

*

32.6 quatrocentos homens. Jacó tinha razão em temer (14.14; 27.40, 41), ainda que tivesse sobrevivido às forças ainda maiores de Labão com a ajuda de Deus (31.29 e nota).

* 32.9 E orou Jacó. A primeira oração registrada de Jacó (vs. 9-12) é colocada exatamente entre os dois presentes a Esaú (vs. 3-8, 13-21). Esta estrutura sugere que ele confiava que Deus haveria de fazer prosperar aqueles dois presentes dados.

* 32.10 sou indigno. Uma transformação espiritual aconteceu com Jacó: ele se submeteu a Esaú e reconheceu a sua indignidade diante de Deus.

misericórdias… fidelidade. Palavras comumente usadas para descrever a lealdade e fidelidade de Deus às suas promessas pactuais (24.27; Êx 15:13, nota; Sl 40:11; 61:7). Jacó agora identifica-se completamente com a aliança de Deus com Abraão e Isaque, e sua fé descansou firmemente nas promessas da aliança de Deus.

* 32.12 dar-te-ei a descendência como a areia. Pela fé Jacó aplicou a si mesmo a linguagem da promessa pactual com Abraão (22.17; conforme 28.14).

*

32.13 um presente. A palavra hebraica conota um tributo, um presente expressando lealdade a um superior. Ver notas em 33.3, 4 e 33.11.

* 32.14, 15 Quinhentos e cinqüenta animais era um presente extravagante.

* 32.20 o aplacarei. Lit., “cobrir a sua face”, uma expressão significando o acobertamento da culpa. Jacó estava dolorosamente consciente de que havia pecado contra seu irmão.

* 32.22-32 Ao lutar com Jacó, Deus apareceu em forma humana e privou a Jacó de sua força natural, porém, Jacó saiu vencedor em agarrar-se a Deus para receber a bênção.

*

32.24 lutava com ele um homem. Este homem misterioso era na verdade uma teofania, uma manifestação visível (e neste caso tangível) de Deus que é intrinsecamente invisível, o Anjo do Senhor (16.7, nota; Os 12:4). O Senhor inesperadamente iniciou a luta.

* 32.25 não podia com ele. Embora Jacó fosse aparentemente um homem de força considerável (29.2, 10), o Anjo do Senhor ajustou sua força à força de Jacó.

tocou-lhe. Ver referência lateral. Deus deslocou a articulação da coxa de Jacó, o pivô da força de um lutador (v. 31). Tendo previamente dependido de sua habilidade e força, as força naturais de Jacó estavam agora enfraquecidas. Cada passo que desse no futuro haveria de lembrá-lo da sua dependência da graça divina.

* 32.27 Como te chamas? Ver nota em 3.9.

* 32.28 te chamarás. Ver nota em 17.6.

Israel. Ver referência lateral. O novo nome indica que o patriarca eleito havia amadurecido na sua fé.

lutaste com Deus. O “homem” é implicitamente identificado com o próprio Deus (v. 30).

*

32.29 Por que perguntas. Nos tempos antigos, acreditava-se que um nome expressava a natureza essencial assim como a identidade de alguém. O nome divino participa da santidade do ser de Deus (Jz 13:18), e deveria ser reverenciado (Êx 20:7). Os pagãos criam que conhecer o nome de uma divindade lhes dava a habilidade de invocar o poder dessa mesma deidade. Aqui, no entanto, o nome de Deus não é dado (conforme 28.13; Os 12:5), mostrando que a revelação do nome do Senhor é um ato da iniciativa graciosa da divindade, e não uma resposta ao esforço humano de invocar e controlar a Deus.

* 32.30 Peniel. Ver referências laterais nos vs. 30, 31. Peniel era situada no rio Jaboque nas proximidades da moderna cidade de Tulul edh-Dhahab. A cidade foi destruída por Gideão (Jz 8:8) e depois fortificada por Jeroboão I (1Rs 12:25).

salva. A preservação da vida de Jacó neste encontro “face-a-face” com o Deus todo poderoso confirmou a sua preservação no encontro eminente com Esaú, um mero ser humano (conforme v. 11).

*

32.32 até hoje. A restrição contra comer o nervo ciático, mencionada somente na literatura judaica extra-bíblica, recorda este evento fundamental na História da nação.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 32 do versículo 1 até o 32
32:1 por que se apresentaram ante o Jacó estes anjos de Deus? Há muitos lugares na Bíblia onde os anjos intervieram em questões humanas. Mesmo que os anjos sempre se apresentavam em forma humana, estes devem ter tido algo diferente, já que Jacó os reconheceu ao momento. por que estes anjos se apresentaram diante do Jacó, não sabe bem; mas como resultado de sua visita, Jacó compreendeu que Deus estava com ele.

32:3 A última vez que Jacó tinha sabido do Esaú, seu irmão queria matá-lo por lhe haver roubado a bênção familiar (25.29-27.42). Esaú estava tão zangado que tinha prometido matar ao Jacó logo que seu pai, Isaque, morrera (27.41). Temeroso de seu encontro, Jacó enviou por diante um mensageiro com pressente, esperando comprar o perdão do Esaú.

32.9-12 Como se sentiria você ao saber que está a ponto de encontrar-se com a pessoa a que você lhe arrebatou sua posse mais apreciada? Jacó se tinha dado procuração da primogenitura do Esaú (25,33) e suas bênções (27.27-40). Estava a ponto de encontrar-se com seu irmão pela primeira vez depois de vinte anos e lhe tinha um medo espantoso. Entretanto, ordenou seus pensamentos e ficou a orar. Quando enfrentamos um grande conflito, podemos correr de um lado a outro desesperadamente ou podemos nos deter orar. O que será o melhor?

32:26 Jacó lutou toda a noite para que o benzeram. Era persistente. Deus nos anima a ser persistentes em todos os aspectos de nossa vida, incluindo o espiritual. Em que aspecto de sua vida espiritual necessita maior persistência? A firmeza de caráter se desenvolve à medida que um luta em meio de condições difíceis.

32.27-29 Deus deu nomes novos a muitos personagens da Bíblia (Abraão, Sara, Pedro). Os novos nomes expressavam como Deus tinha transformado suas vidas. O caráter do Jacó tinha trocado. O enganador ambicioso se converteu no Israel, que lutou com Deus e venceu.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 32 do versículo 1 até o 32
3. Os temores de Jacó (32: 3-33: 17)

1. A retaliação Ameaçadas (32: 3-21)

3 E enviou Jacó mensageiros diante de si a Esaú, seu irmão, à terra de Seir, o campo de Edom. 4 E ordenou-lhes, dizendo: Assim direis a meu senhor Esaú: Assim diz o teu servo Jacó, peregrino morei com Labão e fiquei até agora: 5 e tenho bois e jumentos, e ovelhas, e servos e servas, e enviei para o anunciar a meu senhor, para que ache graça aos teus olhos. 6 E os mensageiros voltaram a Jacó, dizendo: Fomos a teu irmão Esaú, e além disso ele vem para encontrar-te, e quatrocentos homens com Ec 7:1 Jacó teve muito medo e ficou aflito; e repartiu o povo que estava com ele, e o rebanhos e os rebanhos, e os camelos, em duas sociedades; 8 e ele disse: Se Esaú vier a um bando eo ferir, então a empresa que está à esquerda escapará. 9 E Jacó disse, ó Deus de meu pai Abraão, Deus de meu pai Isaque, ó Senhor, que me disseste: Volta para a tua terra e à tua parentela, e eu te farei bem: 10 eu não sou digno da menor de toda a bondade, e de tudo a verdade, o que tu com teu servo; porque com o meu cajado passei este Jordão; e agora volto em duas empresas. 11 Livra-me, peço-te, da mão de meu irmão, da mão de Esaú, porque eu o temo, para que ele não venha, e fira mim, a mãe com os filhos. 12 E tu disseste: Certamente te farei bem, e farei a tua descendência como a areia do mar, que não pode ser contada, por numerosa.

13 E ele ali aquela noite, e tomou do que ele teve com ele um presente para seu irmão Esaú: 14 duzentas cabras e vinte bodes, duzentas ovelhas e vinte carneiros, 15 trinta camelas de leite com suas crias , quarenta vacas e dez touros, vinte jumentas e dez jumentinhos. 16 E ele os entregou na mão dos seus servos, cada rebanho à parte, e disse a seus servos: Passai adiante de mim e ponde espaço entre manada e dirigimos. 17 E ordenou ao primeiro, dizendo: Quando Esaú, meu irmão meeteth ti, e te perguntar, dizendo: De quem és? e para onde vais? e de quem são estes diante de ti? 18 , em seguida, dirás: São de teu servo Jacó; é um presente que envia a meu senhor Esaú:., e eis que ele também está atrás de Nu 19:1 E ele também comandou o segundo, o terceiro, e todos os que vinham atrás das manadas, dizendo: Desta maneira falareis a Esaú quando o achardes; 20 e direis, Além disso, eis que o teu servo Jacó vem atrás de nós. Para ele disse, vou satisfazê-lo com o presente, que vai adiante de mim, e depois verei a sua face; porventura ele me aceitará. 21 Assim, o presente adiante dele; ele, porém, passou aquela noite no arraial.

Retorno de Jacó para Canaã foi resguardado com dificuldades. Um dos mais graves problemas que ele encontrou foi a busca por Laban, com a provável intenção de mantê-lo em Paddanaram. Que agora tinha sido eliminados. Mas Jacó também tem que lidar com seu irmão há muito tempo partiu Esaú, que não só pode querer impedir seu retorno, mas também para vingar-se através da realização de sua antiga promessa de matar Jacó.

Vale ressaltar que Jacó não tentou escorregar em Canaã sem Esaú saber. Ele tinha secretamente fugiu de Laban e anteriores tinham fugido às pressas para que este mesmo Esau perseguir e matá-lo. Mas, aparentemente, Jacó estava aprendendo que engano e esperteza sem princípios não eram as melhores formas de felicidade e sucesso. Agora, ele enviou mensageiros a Esaú, anunciando seu retorno. Esaú estava vivendo em Seir , a terra mais tarde conhecida após seu apelido como Edom ("Red"). Como Jacó sabia para onde enviar os mensageiros não é revelado. Talvez Esaú já tinha tomado os passos iniciais em direção a tornar Seir sua casa antes mesmo de Jacó deixou vinte anos antes. Ou, mais provavelmente, Jacó tinha aprendido da atual residência de seu irmão de algumas das caravanas encontrou em sua jornada.

O Jacó que estava voltando para Canaã não era o mesmo Jacó, que havia deixado Beersheba vinte anos antes. A partir do momento que ele havia se encontrado com Deus em Betel, ele tinha sido diferente. Anteriormente, havia nenhum registro de que ele tivesse qualquer tipo de vida religiosa. Ele dependia inteiramente da sua própria inteligência e conselhos de sua mãe. Ele era intensamente egoísta. Ele não deu nenhuma evidência de ser sobre sua maus tratos de seu irmão gêmeo atingidas pela consciência. Mas depois de Bethel, o nome de Deus foi muitas vezes em cima de lábios de Jacó. Ele freqüentava o lugar de oração e anjos vieram várias vezes para tranquilizar ou dirigi-lo. Ele agora deu a Deus o crédito por seu sucesso, e obedecida a ordem de Deus para retornar à sua terra natal. Seu amor foi agora virados para fora, especialmente para Raquel, mas também a todos os membros de sua família. Ele ainda tentou tirar proveito de Laban, mas apenas em retaliação numa época em que a lei era "olho por olho", e nas circunstâncias em que Deus evidentemente aprovado, pois só Ele poderia ter dado o sucesso dos esforços de Jacó. Agora, o mudou Jacó torna-se mais evidente em sua mensagem ao seu irmão distante. Ele chama Esaú meu senhor e se o teu servo Jacó . Ele diz que ele tem peregrinou ou "residia temporariamente" com Laban , e tem ficado ou "demorou" ou "atrasado" até agora . Ele também enumera as diversas categorias de suas posses: bois, jumentos, ovelhas, servos, servas . E ele fecha, explicando sua comunicação como a intenção de encontrar favor com Esaú. Ele está em vigor renunciando reivindicação de todas as vantagens naturais e materiais que teriam sido seu em virtude do direito de primogenitura ea bênção. Ele não assume qualquer superioridade sobre Esaú, mas sim a posição de submissão humilde. Ele explica sua partida e regresso a uma terra sobre a qual Esaú, por enquanto, tem um certo grau de controle. Ele enumera os seus bens de modo Esaú vai saber que ele precisa nem riquezas de seu pai, nem a caridade do seu irmão.

Mas, quando os mensageiros de Jacó voltaram, trouxeram notícias alarmantes. Eles tinham encontrado Esaú, e ele estava vindo para atender Jacó com quatrocentos homens. Aparentemente Esaú não tinha dito nada em resposta aos mensageiros que indicavam ou sua aceitação ou rejeição do pedido humilde de Jacó por favor. E esse silêncio angustiado Jacó excessivamente. Ele dividiu o seu povo e gado em duas empresas, com a esperança de que, se Esaú atacaram a um, o outro teria uma chance de escapar. Esta parece ter sido um procedimento padrão para caravanas ameaçadas, desde os primórdios. Não está claro se ele tão dividido suas esposas e filhos. Pelo contrário, parece que Jacó e sua família ou ficou com um dos grupos ou defasada um pouco atrás e para além de ambos. Então Jacó foi para a oração. Ele abordou o Elohim de Abraão e Isaque, que também foi o Senhor quem lhe tinha dado uma promessa em Betel esses vinte anos atrás. Ele declarou que ele não era digno da menor das bênçãos divinas, e contrastou sua travessia sobre Jordan naquele dia mais cedo carregando apenas sua equipe, com o seu regresso acompanhado por funcionários e estoque suficiente para fazer duas empresas. Então ele pediu para a libertação de Esaú, porque temia que ele seria atingido completamente-se e tudo o que pertencia a ele, me , a mãe com os filhos . E a referência para as crianças o levou a ainda mais um lembrete da promessa divina, porque o Senhor lhe tinha dito que faria seus descendentes tão inumeráveis ​​como a areia do mar. A ordem da oração é um instrutivo, um padrão para qualquer idade: endereço, promessa de referência, a humildade, a ação de graças, petição, intercessão, promessa de referência. Foi uma oração por um notável mudou Jacó face-a-face com uma situação muito além de sua capacidade de lidar.

Jacó tinha agido de forma rápida e decisiva, e, em seguida, orou. Agora, ele segue a oração com outra ação. Às vezes, a atividade deve preceder a oração; muitas vezes segue-se oração. Oração freqüentemente leva a percepções imediatas, que ajudam a resolver as nossas dificuldades. Talvez tenha sido assim com Jacó. De qualquer forma, ele acampou no local onde seus mensageiros ele tinha encontrado. E mesmo que a noite estava caindo, ele resolveu um presente para Esaú, composta por duzentos e vinte bodes, duzentos e vinte carneiros, trinta camelos de leite com suas crias, cinqüenta gado e trinta jumentos-um total de quinhentos e cinqüenta animais, a esplêndido dom de fato, e uma dica importante com a riqueza de Jacó. Ele organizou-os em cinco massa, cada tipo de animal, por si só, e enviou-os à sua frente, cada manada sendo conduzido por seus servos. Um espaço foi deixado entre rebanho e rebanho. E os servos foram instruídos que, quando Esaú se encontrou com eles e perguntou quem eram, onde estavam indo, e cuja eram os bandos, eles deveriam responder que estes eram de propriedade de seu servo Jacó, enviado como um presente para o seu senhor Esaú, e que Jacó estava seguindo eles. Tudo isso foi feito na esperança de mudar a atitude de Esaú de um de raiva para uma das bem-vindos. Um jogo interessante sobre a palavra "face" aparece nos versículos 20:21 , o que é bastante significativo, à luz da experiência depois de Jacó em Peniel ("o rosto de Deus," 32: 22-32 ), e as suas palavras sobre reunião Esaú (Gn 33:10 ).O hebraico literalmente diz: "Porque ele disse, vou cobrir seu rosto com o presente, que vai adiante de meu rosto , e depois verei a sua cara ; talvez ele vai levantar o meu rosto . E o presente passaram diante do seu rosto . "

b. A renúncia de segundo Glorioso Promise (32: 22-32)

22 E levantou-se aquela noite, e tomou as suas duas mulheres, suas duas servas e seus onze filhos, e passou o vau do. Jaboque 23 E tomou-os e fê-los passar o ribeiro, e fez passar tudo o que ele tinha. 24 E Jacó ficou só; e lutou com ele um homem até o romper do dia. 25 E quando viu que não prevalecia contra ele, tocou a juntura da coxa; e a juntura da coxa de Jacó foi tensa, enquanto lutava com ele. 26 E ele disse: Deixa-me ir, pois já rompeu o dia. E ele disse, eu não te deixarei ir, se me não abençoares. 27 E disse-lhe: Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó. 28 E ele disse: O teu nome será mais Jacó, mas Israel; porque tens lutado com Deus e com os homens e tens prevalecido. 29 E Jacó lhe perguntou, e disse: Diga-me, I peço-te, o teu nome. E ele disse: Por que é que perguntas pelo meu nome? E abençoou-o ali. 30 E chamou Jacó o nome daquele lugar Peniel, porque, disse ele ., tenho visto Deus face a face, e minha vida foi preservada 31 E o sol se levantou em cima dele quando ele passou de Penuel, e coxeava de uma perna. 32 Por isso os filhos de Israel não comem o nervo do quadril, que está sobre a juntura da coxa, até o dia de hoje: porque ele tocou a juntura da coxa de Jacó no nervo do quadril.

Depois de Jacó tinha enviado as multidões longe na escuridão recolhimento, ele aparentemente tentou estabelecer-se para uma noite de descanso. Mas ele não conseguia dormir. Este foi, provavelmente, mais do que uma questão de medo de Esaú, porque o Espírito de Deus já deve ter sido preparando-o para a experiência espiritual profunda que foi logo para ocorrer. Ele se levantou de noite e tomou suas mulheres e crianças em todo o Jaboque , um riacho que deságua no Jordão do leste, cerca Dt 15:1 ), como fez o profeta inspirado Oséias (Dn 12:4 ; Gn 28:13 com Gn 31:11 , Gn 31:13 ; Ex 3:2 , Ex 3:6 , Ex 3:7 ; Jz 6:11. , Jz 6:12 , Jz 6:14 , Jz 6:16 , Jz 6:20 , Jz 6:21 ), e que muitos estudiosos acreditam ter sido o Cristo pré-encarnado. Parece certo que o próprio Deus foi antagonista de Jacó como é evidenciado pela (1) o poder do Seu toque à coxa de Jacó, (2) a insistência de Jacó que Ele abençoe, (3) o novo nome que ele deu a Jacó, (4) a recusa em revelar o Seu próprio nome, (5) a bênção que Ele deu a Jacó, e (6) o nome pelo qual Jacó comemorou o local. Deus tinha assumido a forma de um homem quando Ele queria falar com Abraão (cap. Gn 18:1 ). Naquela ocasião, Abraão intercedeu por Sodoma, e sua oração foi sob a forma de uma conversa. Agora Deus vem para completar a transformação de Jacó em um homem Ele pode usar, eo encontro tem a forma de uma luta intensa.

Como o amanhecer se aproximava, antagonista de Jacó viu que não prevalecia contra este homem, cuja força incomum já foi observado (ver exposição Dt 29:10 ). Então ele tocou a juntura "socket" ou onde o osso da coxa de Jacó conectado com a pelve, jogando-o para fora do soquete. Jacó tinha nenhuma dúvida ficado surpreso que sua meditação solitária tinha sido tão rudemente interrompido. Ele se perguntava desde o primeiro sobre a identidade de seu adversário, provavelmente sentindo que algo incomum sobre Ele. Mas no momento em que o simples toque de Sua mão aleijada Jacó, ele imediatamente sabia quem era quem ele tinha em suas mãos. O Jacó de temperamento forte, forte armada foi mudado em um instante de um lutador que não poderia ser jogado em um que não podia ficar nu. Ele parar de lutar e começou apego. Deus pediu para ser liberado, para o dia era de quebra. Talvez Ele não queria que Jacó para ver seu rosto claramente na luz. Talvez ele estivesse lembrando-lhe que era hora de seguir em frente e enfrentar Esaú. Mas, mais provavelmente, Ele estava testando Jacó para ver se ele iria beneficiar com a experiência da noite, e segurar até que ele tinha recebido do Senhor tudo o que Ele tinha planejado para ele. Espírito rebelde de Jacó foi quebrado; mas ele ainda precisava de uma consciência mais profunda da bênção de Deus e capacitar graça. Ele se encontrou com o teste, pois ele declarou: Eu não te deixarei ir, se me não abençoares . Aqui era uma santa ousadia, uma determinação santo.Aqui estava Jacó em sua melhor forma. Anteriormente ele havia enganado seu pai para obter sua bênção humana. Mas ele tinha sido desde há muito, uma vez convencido da inadequação dessa bênção obtida por esses meios. Agora, ele queria uma bênção de Deus, e ele se recusou a ir, até que foi dado.

A resposta de Deus à insistência de Jacó em uma bênção foi perguntar, Qual é o teu nome? E ele disse: Jacó . Essa troca significaria pouco hoje. Mas nomes hebraicos teve significados definidos. O nome de Jacó veio de uma raiz que como um substantivo significa "calcanhar", e como um verbo significa "overreach", "atacar de forma insidiosa", ou "contornar". Ele tinha sido marcada desde o nascimento como o calcanhar-pinça, o usurpador. Para ele a dizer o nome dele era ao mesmo tempo a confessar sua natureza. Este Deus exigiu que ele fizesse, por mais doloroso que era. Mas uma mudança estava ocorrendo na natureza de Jacó, em seu estado espiritual. E como um sinal dessa mudança, Deus deu-lhe um novo nome, Israel ("wrestler com Deus"): porque tens lutado com Deus e com os homens e tens prevalecido .

Jacó agora pediu para saber o nome do seu antagonista. Ele certamente o havia reconhecido. Mas, como Deus havia pedido para o seu nome, já sabendo que, por isso agora ele pede mais uma auto-revelação da parte de Deus. O seu era um desejo natural de receber do Senhor tudo o que podia, enquanto este maravilhoso encontro ainda era um fato presente. Mas o Senhor considera evidentemente qualquer outra revelação desnecessária e imprudente neste momento. Então Ele contornadas a questão e honrado insistência anterior de Jacó em uma bênção. Sua natureza não está aqui divulgados. Mas, sem dúvida, atualizado e esclareceu as promessas que Deus já tinha dado Jacó, talvez carimbar a aprovação divina sobre a bênção Isaque tinha dado muito antes. Quanto mais feliz foi esta última experiência do que a situação triste quando ele enganou seu pai! Quanto melhor teria sido se Jacó tinha sido a intenção de esta bênção todo.

Jacó também fez algumas nomeação nesta ocasião. Ele nomeou o local de sua experiência culminante Peniel ou Penuel , diferentes formas da mesma palavra hebraica, que significa "a face de Deus." Faces tinha sido muito na mente de Jacó durante seu retorno para casa (conforme comentários sobre versículos 20:21 ). Sem dúvida, a voz da consciência estava segurando antes de Jacó o rosto com raiva de seu irmão injustiçado, especialmente na escuridão depois que sua família tinha sido mandado embora. Mas em vez de Esaú, ele havia encontrado pela primeira vez Deus face a face , e uma vez ter resolvido as questões com ele, ele estava pronto para seu encontro com Esaú. Jacó especialmente notado um resultado de seu encontro com Deus: minha vida foi preservada . Isso pode refletir o medo Antigo Testamento típico de ver Deus e as ações de graças correspondente quando tal ocorre sem consequente morte (conforme Ex 33:20. ; Jz 6:22. ; Jz 13:22 ). Mas pode muito bem ser traduzido, "minha alma é entregue", ou como Luther torna ", a minha alma está curada, salvo". O verbo é usado nos Salmos para falar da libertação da culpa e do pecado. Este segundo significado pode muito bem ter sido incluída na expressão de Jacó já que ele mais tarde se refere ao seu antagonista nesta ocasião como "o anjo que me tem livrado de todo o mal" (Gn 48:16 ).

À medida que o sol se levantou, Jacó foi mancando em seu caminho para se juntar a sua família, um homem mudado fisicamente e espiritualmente. Como um memorial à sua experiência e ao toque paralisante de Deus, seus descendentes se recusam a comer o nervo do quadril , o poderoso músculo ciático, que passa ao longo da coxa. O costume não é mencionado em outras partes do Velho Testamento, mas é encorajada pela Mishná, o arranjo tópica da lei oral judaica, que foi escrito no século II dC


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Gênesis Capítulo 32 do versículo 1 até o 32
  1. Jacó, o lutador (Gn 32)

Esaú estava vindo, e Jacó estava para encontrar-se com seu passado esquecido. Esaú o perdoaria ou lu-taria com ele? Jacó perderia tudo o que conseguira por meio de estrata-gemas? É trágico quando o passado alcança o pecador. A geografia não podia apagar o passado de Jacó, nem vinte anos de história poderiam mudar isso. Contudo, Jacó teve três outros encontros antes de se encon-trar com Esaú:

  1. Ele encontra os anjos de Deus (vv. 1-20)

Primeiro, ele havia visto esses anjos em Betei (cap. 28), e eles deviam lembrá-lo que Deus, estava no con-trole. Ele deu o nome de "Maanaim" (seu próprio campo e o campo ou exército dos anjos), mas fracassou em confiar em Deus, que, anos an-tes, prometera protegê-lo. Os crentes de hoje afirmam He 1:14 e Sal-mos 91:11-13 quando caminham na vontade de Deus. Infelizmente, Jacó começou a confiar em si mesmo e em seus esquemas de novo! Ele ten-tou apaziguar Esaú com presentes. Ele dividiu sua companhia em dois bandos (v. 7) e ignorou a proteção do exército de anjos. Assim, depois de dar esses passos em confiança carnal, ele pediu a ajuda de Deus! Ele esquecera a forma como Deus o protegera de Labão (Gn 31:24)?

  1. Ele encontra o Senhor (vv. 21-26)

Coisas boas começam a aconte-cer quando estamos sozinhos com Deus. Cristo veio para lutar com Jacó, e o combate durou a noite in-teira. Tenha em mente que Jacó não lutava para conseguir a bênção de Deus; antes, ele defendia a si mesmo e recusava-se a capitular. O Senhor queria quebrar Jacó e levá-lo para a atitude em que poderia dizer hones-tamente: "Já não sou eu quem vive, mas Cristo" (Gl 2:20). Durante toda a noite, Jacó defendeu-se e recusou render-se ou mesmo admitir que pe-cara. Assim, Deus enfraqueceu Jacó, e o lutador pôde apenas agarrar-se a ele! Agora, ele, em vez de armar es-quemas para obter a bênção ou de negociar a bênção, pediu a bênção a Deus — e recebeu-a.

  1. Ele encontra a si mesmo (vv. 27-32)

Nós não nos vemos verdadeira-mente até que tenhamos visto o Se-nhor. "Qual é o teu nome?" (v. 27), essa pergunta forçou Jacó a con-fessar seu verdadeiro eu — "Jacó, o usurpador". Ele podia mudar, uma vez que encarara a si mes-mo e confessara seu pecado. Deus deu-lhe um novo nome — "Israel, príncipe com Deus" ou "homem governado por Deus". A forma de ter poder com Deus é ser quebrado por Deus. Deus também lhe deu um novo início e um novo poder quando ele começou a caminhar no Espírito, e não na carne. O novo caminhar de Jacó, pois agora ele mancava, ilustra isso. Deus que-brou-o, mas seu manquejar era um sinal de poder, não de fraqueza. O versículo 31 indica o alvorecer do novo dia, quando o sol se levanta, e Jacó manca ao encontro de Esaú com a ajuda de Deus!


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 32 do versículo 1 até o 32
32.2 Maanaim - "Dois campos". Transparece que Jacó estivesse a contemplar, por um lado, o exército do Senhor e, por outro lado, o ajuntamento indefeso que levava consigo. (Note-se uma semelhante provisão da proteção divina em 2Rs 6:8-12).

32.5 Jacó queria persuadir a Esaú de que o Senhor o tinha abençoado de modo inteiramente à parte daquela bênção que ele havia, tão sutilmente, tornado ao irmão mais velho.
• N. Hom. 32.9 Elementos da verdadeira oração:
1) Reconhecimento da iniciativa divina nas manifestações da graça para com seu pai e para consigo mesmo, quando se aproximava novo momento crítico;
2) Reconhecimento do próprio demérito e de Deus como a fonte de todo bem e do dom perfeito (10);
3) Reconhecimento da necessidade da proteção de Deus (11);
4) Expressão evidenciando a Deus que o suplicante crê ainda na promessa (12).
32.22 O ribeiro de Jaboque ainda permanece como linha divisória na cadeia de montanha de Gileade. Despeja suas águas no Jordão (no lado orienta) a 70 km ao sul do mar da Galiléia e a cerca de 38 km ao norte do mar Morto.
32.24 Pode ser que tal homem tivesse dado à Jacó certa impressão de que se tratasse de espia vindo da parte de Esaú. Entretanto, no decorrer da luta ali travada, Jacó veio a compreender que aquele homem não era um simples mortal, pois se tratava de um emissário da parte de Deus.

32.25 O anjo poderia facilmente prevalecer sobre Jacó na pugna física ali travada. Transparece o fato de que o Senhor desejava que Jacó se lhe rendesse de modo voluntário, corporal e espiritualmente, assim como se demonstrava predisposto a oferecer a Esaú suas riquezas. Mediante um golpe instantâneo, o Senhor o privara de qualquer capacidade de resistir. Assim Deus procede também para conosco. Deus há de elevar-nos até sua pessoa; isto, porém, ele efetua tão somente depois de levar-nos aos extremos de nossas necessidades. Por causa da inveterada resistência que lhe oferecem, bem como da incapacidade que revelamos de sentir sua, mão paternal através da disciplina que nos é imposta, ele tem de "tocar-nos" para reduzir-nos à impotência total, e, assim, fortalecer- nos na sua graça (2Co 12:9, 2Co 12:10).

32.28 Não mais Jacó, "suplantador", mas, Israel, "Campeão com Deus", pois que Jacó lutara (sarah) com Deus e com os homens, obtendo a vitória.

32.29 A revelação do nome de alguém era como um passo avantajado, no sentido de firmar-se uma amizade íntima e de estabelecer-se uma aliança mútua. Conhecer o nome significava, até certo ponto, um controle sobre a pessoa (conforme Ap 2:1 Ap 2:7).

32.30 Peniel significa "face de Deus”. Como em Betel, a "casa de Deus”, onde Jacó tinha obtido certeza quanto à Presença Divina e, em Maanaim, "o exército de Deus", onde ele tinha obtido certeza quanto ao Poder Divino. Também, em Peniel estava obtendo certeza quanto ao favor e à Companhia divina (conforme Êx 33:11-20 e Dt 34:10). • N. Hom.
1) "Ver a Deus" é experiência que transforma os caracteres, (conforme 1Jo 3:2) assim como Jacó teve o nome trocado para Israel.
2) "Ver a Deus" traz-nos a certeza da graça e do poder para enfrentarmos o futuro sem que possíveis surpresas nos aterrorizem.
3) 'Ver a Deus" significa a reiteração das bênçãos divinas; acarretando-nos, entretanto, novas responsabilidades (conforme Is 6:7-23).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 32 do versículo 1 até o 32
i) O encontro com Esaú (32.1—33.20)

O cenário dessa narrativa é a leste do Jordão; Maanaim (32.2), o Jaboque (v. 22), Peniel (v. 31) e Sucote (33,17) são todos locais citados pelo nome, e de fato cada nome é interpretado ou reinterpretado com referência à experiência de Jacó ali. Os primeiros três, além disso, estão associados à experiência de Jacó com Deus; essa região a leste do Jordão formaria parte do território de Israel, mas estaria sob constante pressão e seria atacada por outros povos (especialmente os arameus, amonitas e moabitas), e há conforto e segurança nesse capítulo para os israelitas. Maanaim lembra o lugar em que Deus havia prometido a sua proteção; e no Jaboque e em Peniel Israel venceu e conquistou a bênção de Deus.

A leste do Jordão, porém, não haveria ameaça de Edom; o tema principal dos caps. 32 e 33 é a reconciliação entre Jacó e Esaú, simbolizando os seus descendentes nessa região. E importante observar que, apesar dos seus temores, foi Jacó que tomou a iniciativa de se aproximar de Esaú (32.3ss). Ele foi a ponto de tomar precauções naturais em caso de Esaú querer se vingar (v. 6-12); essas precauções incluíram uma oração sincera, lembrando a Deus as promessas dele (conforme 28.13ss). Jacó então preparou um belo presente (v. 13ss) para apaziguar (v. 20) o irmão ofendido.

32:22-32. O episódio em Peniel (“Penuel” é uma forma alternativa do nome) aparece como surpresa para o leitor, interrompendo a história da reconciliação dos dois irmãos. O nome Peniel significa “a face de Deus”, lembrando a Jacó que ele não tinha necessidade de temer Esaú quando estava no lugar da presença de Deus; assim, a história conta a resposta à oração de Jacó. Já o nome Jaboque está associado ao tema da luta, pois lutou (a palavra hebraica é way-yê’ãbêq) é um jogo de palavras com o nome. A história da luta é contada com muita habilidade, de forma que o leitor não reconhece a identidade do oponente de Jacó antes que este o faça. O desfecho é a concessão de um novo nome a Jacó: a primeira ocorrência do nome Israel na Bíblia. O significado original do nome provavelmente seja “Deus governa”. Sem abandonar a verdade desse fato supremo da história de Israel, Deus se digna a permitir que Jacó seja o que “luta” (derivado do mesmo verbo hebraico) e vence. Assim, o antigo nome “suplantador” (conforme 27,36) é suplantado, e Jacó passa a uma nova fase da sua vida, abençoado e mesmo assim humilhado, mancando por causa da coxa (v. 31). O v. 32 está em forma de nota de rodapé; essa restrição na dieta era um costume, e não uma lei, e não é mencionada em outro lugar no AT.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 12 do versículo 1 até o 26

II. Os Patriarcas. 12:1 - 50:26. A. Abraão. 12:1 - 25:18.

Na segunda principal divisão do livro de Gênesis, está evidente que na nova dispensação os escolhidos de Deus deverão reconhecer a comunicação direta e a liderança direta do Senhor. Nos capítulos Gn 12:1, quatro personagens Se destacam como homens que ouviram a voz de Deus, entenderam Suas diretrizes, e orientaram seus carrinhos de acordo com a vontade dEle. O propósito de Jeová ainda continua sendo o de chamar pessoas que executem a Sua vontade na terra. Com Noé Ele começou tudo de novo. Sem foi o escolhido para transmitir a verdadeira religião. Os semitas (descendentes de Sem) seriam os missionários aos outros povos da terra. No capítulo 12 Abraão começa a aparecer na linhagem de Sem como o representante escolhido de Jeová. Sobre ele Jeová colocaria toda a responsabilidade de receber e passar adiante a Sua revelação para todos. Do cenário pagão de Ur e Harã saiu o homem de Deus para a estratégica hora da primitiva revelação do V.T.


Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 32 do versículo 1 até o 5


4) O Encontro de Jacó com Esaú. 32:1 - 33:17.

Gênesis 32

Gn 32:1-5).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 32 do versículo 1 até o 32
Gn 32:1

8. JACÓ TEME ESAÚ (Gn 32:1-8). Encontraram-no os anjos de Deus (1). Lit., "aproximaram-se". Sempre estiveram ao seu derredor; porém, naquele momento, tornaram sua presença conhecida. Maanaim (2). Este nome significa "duas hostes". Referia-se ou ao grupo do próprio Jacó e ao dos anjos que estavam com ele (conf. 2Rs 6:14-12; Sl 34:7), ou aos "dois bandos" (7) de Jacó. É mais provável que essa palavra dizia respeito à primeira alternativa, particularmente em vista da contexto. Território de Edom (3). Este é o nome posterior da região de Seir. A migração de Esaú não ocorreu senão algum tempo depois (Gn 36:7-8). Quatrocentos varões (6). Esaú, provavelmente, estava ocupado em alguma expedição atacante, quando ouviu falar na volta de seu irmão à terra.

>Gn 32:9

9. A ORAÇÃO E A ESTRATÉGIA DE JACÓ (Gn 32:9-23). Deus... ó Senhor... menor sou eu que todas as beneficências (9-10). Um Jacó muito diferente transparece aqui! Um presente para... Esaú (13). Esse presente, conforme mostra o versículo 20, tinha o propósito de aplacar Esaú e garantir sua boa vontade. Conf. 2Rs 8:9. A arrumação do presente fabuloso, com os intervalos entre os grupos, mostra a percepção psicológica do pensador que foi Jacó. Fê-los passar o ribeiro (23). O vale tinha cerca de seis quilômetros de largura, com algum terreno elevado para as bandas do sul. Jacó parece ter conduzido sua família em segurança por aquele vale, levando-a até os terrenos elevados, e então ter voltado à região do ribeiro a fim de orar. (O aparecimento da repetição, nos versículos 22:23, não requer que postulemos dois documentos: a repetição se deve ao gênio da linguagem hebraica).

>Gn 32:24

10. JACÓ LUTA COM UM HOMEM (Gn 32:24-32). Um varão (24). "O anjo de Jeová" pode ser reconhecido aqui. Ver Dn 12:4. Deixa-me ir (26). Jacó tinha sido enfraquecido por haver sido tocado no nervo da coxa, mas parece ter-se apegado tenazmente ao seu antagonista. No que diz respeito ao aspecto físico da "luta", esse pedido, feito pelo "varão", foi um reconhecimento do sucesso de Jacó (ver versículos 25:28). Se me não abençoares (26). Jacó reivindica o privilégio de vencedor, mas reconhece o caráter divino do "varão" com quem acabara de lutar. Sem dúvida descobrira isso no miraculoso poder que o aleijara. A significação dessa estranha experiência de Deus não é fácil de definir em poucas palavras. É possível que a primeira lição espiritual para Jacó aprender tinha em vista ensinar-lhe sua própria impotência. Uma segunda significação, entretanto, e mais intimamente ligada com o novo título que lhe foi outorgado, talvez tenha sido que, assim como ele tinha prevalecido daquela forma física (e o anjo claramente lhe tinha permitido assim prevalecer), igualmente ele prevaleceria nas coisas espirituais se aprendesse a submeter-se e a orar. Este último aspecto de submissão e oração foi demonstrado na cena final da luta, quando Jacó se apegou a seu divino visitante. Minha alma foi salva (30). Significa que sua vida fora preservada. Ver Gn 16:13.


Dicionário

Agora

advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

Assim

advérbio Deste modo, desta forma: assim caminha a humanidade.
Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim.
Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim!
Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim.
conjunção Portanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular.
Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos.
locução adverbial De valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu.
locução interjeição Assim seja. Queira Deus, amém; oxalá.
expressão Assim ou assado. De uma maneira ou de outra.
Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora!
Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças.
Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.

Como

assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

Deter

verbo transitivo direto Fazer parar; não deixar ir; sustar: deter o avanço dos adversários.
Interromper, suspender, fazer cessar; parar: deter um sofrimento.
Conservar em seu poder; reter: deter o avanço dos direitos.
Prender temporariamente para investigação: deter testemunhas.
Decretar a prisão de; encarcerar: detiveram-na em flagrante.
verbo transitivo direto e pronominal Reter durante um tempo; demorar: o trânsito deteve os motoristas; deteve-se no escritório até mais tarde.
verbo pronominal Não andar, deixar de seguir; parar: os bandidos não se detiveram pelos obstáculos.
Estar ocupado durante um tempo; ocupar-se: deteve-se para analisar o projeto.
Não se expressar; reprimir-se: deteve-se por medo de críticas.
Etimologia (origem da palavra deter). Do latim detinere.

sobrestar, sustar, parar, cessar, interromper. – Todos estes verbos enunciam de comum a ação de impedir que continue o que estava em movimento, ou o que tinha sido começado. – Deter é “obstar com força”. – Sobrestar é “ficar no ponto em que está, não prosseguir, não mover-se”. – Sustar é “fazer que não continue, suspender a ação, o movimento”. – Parar aproxima-se de sobrestar: quer dizer “cessar de agir, de mover-se, de funcionar”... – Cessar é “ter fim, fazer ponto”. – Interromper, como se diz em outra parte, é “fazer cessar sem a ideia de que não venha a prosseguir... ou melhor – sugerindo a ideia de que prosse- 354 Rocha Pombo guirá”. – Detém-se uma bola que desce por um declive; detém-se o braço homicida; detém- -se o veículo descaminhado. Sobresteve o rei na sua cólera; sobrestamos no alto do monte desafiando o inimigo. – Sustou-se o serviço por falta de verba; susta-se a ação, a vingança. – Parou no meio da rua; dizem que para o trabalho. – Cessou de chover; cessará o flagelo; cesse de importuná-lo; o menino cessou de chorar; o pobre velho cessou de sofrer; quando cessará a triste vida? – Interrompeu a viagem para ver-nos; interrompeu o discurso...

Deter
1) Demorar-se (Sl 1:1).


2) Reter (Sl 40:11, RC; Rm 1:18).


3) Impedir de caminhar (Pv 28:17; Jo 20:17).


4) Prender (Lc 22:52, RA).


5) Parar (Ap 12:4, RA).


Diz

3ª pess. sing. pres. ind. de dizer
2ª pess. sing. imp. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Esaú

Esaú [Peludo]

Irmão gêmeo de Jacó (Gn 25:25). Vendeu o direito de PRIMOGENITURA ao seu irmão por um cozido de lentilhas (Gn 25:30-34). Perseguiu Jacó para matá-lo (Gn 27), porém mais tarde fez as pazes com ele (Gn 32:3—33.17).


Cabeludo. Filho de isaque e Rebeca, e irmão gêmeo de Jacó. Atribui-se o seu nome ao fato de ter aparecido no seu nascimento ‘ruivo, todo revestido de pelo’ (Gn 25:2ó). o seu outro nome, Edom (vermelho), usado pelos seus descendentes, foi derivado da sopa de lentilhas, de cor avermelhada, que ele obteve de Jacó, quando, vindo da caça, estava esfomeado (Gn 25:30). Esaú era caçador, homem do campo, ao mesmo tempo impetuoso e valente, contrastando, assim, de modo notável com o pacífico, meigo e prudente Jacó. Ele era generoso e considerado ‘homem do mundo’. o procedimento de Esaú, vendendo o seu direito de primogênito, foi caprichoso e profano. Foi um ato profano porque as bênçãos que acompanhavam a primogenitura eram não só de caráter civil, mas também espirituais: as promessas feitas por Deus a Abraão tinham a sua realização na linha dos primogênitos. Estes altos privilégios foram desprezados por Esaú, que é, por isso, citado pelo autor da epístola aos Hebreus como tipo de todos aqueles que se afastam de Cristo (Hb 12:16-17). Quando tinha quarenta anos de idade, casou Esaú com duas mulheres cananéias, sendo este ato causa de grande desgosto para isaque e Rebeca (Gn 26:34). Esaú, pelo fato da transferência das bênçãos, sendo extraordinariamente lesado por seu irmão Jacó, prometeu vingar-se dele (Gn 27:41). Mas Rebeca tratou de mandar Jacó para a casa de seus parentes, na Mesopotâmia (Gn 27:43). Quando Jacó estava de volta para a terra de Canaã, veio encontrar o seu irmão, próspero na vida e muito rico – e sendo Esaú dotado de caráter generoso, não só perdoou a seu irmão, mas ofereceu-se para escoltá-lo até à sua casa, no monte Seir. Jacó aceitou, mas acusado por sua consciência, evidentemente receava servir-se da oferecida escolta (Gn 32:6-8). o próximo encontro de Esaú e Jacó foi no funeral de isaque, quase 20 anos depois. Desta vez tomou Esaú a sua parte, que tinha na herança, e, afastando quaisquer pensamentos de inimizade que lhe viessem a respeito da bênção, voltou para o monte Seir. E desejando fazer daquela região a sua pátria, expulsou os primitivos habitantes (Gn 36:8). (*veja Jacó e Edom.)

Era o que hoje chamaríamos de uma pessoa “acomodada”. Adorava a liberdade da vida ao ar livre (Gn 25:27) e não levava nada a sério. Suas atitudes rudes e a maneira como fugia das dificuldades da vida foram a causa de sua trágica queda. Era o filho primogênito dos gêmeos de Isaque e Rebeca (Gn 25:25) e tornou-se o favorito do pai (vv. 27,28). A disputa entre os dois ficou mais inflamada quando o patriarca percebeu que estava às portas da morte (Gn 27:1) e, portanto, era a hora de passar a bênção da família para seu filho primogênito; entretanto, Rebeca e Jacó o enganaram, ao aproveitar o fato de que não podia mais enxergar, de maneira que o mais novo recebeu a bênção no lugar do primeiro (vv. 5-19). Esaú teve uma explosão de genuína tristeza e fúria (Gn 27:34-41), mas sua natureza de pessoa “acomodada” não permitiu que sustentasse muito tempo a animosidade. Assim, quando Jacó retornou temeroso de Padã-Arã, o irmão o recebeu como se nada tivesse acontecido (Gn 32:3-7; Gn 33:1-4).

Infelizmente, seus descendentes edomitas mostraram ser muito mais intratáveis, e a pequena pedra que os dois irmãos atiraram no lago da história fez círculos cada vez maiores (Sl 137:7; Am 1:11; Ob 9:14). Esaú, entretanto, nada levava a sério. Quando seus pais reprovaram as esposas que escolhera (Gn 26:34), saiu e casou-se com outra mulher, filha de Ismael (Gn 28:6-9). Para ele, os problemas da vida podiam ser resolvidos facilmente! De fato, só foi capaz de ficar zangado com a fraude de Jacó porque não levou a sério a transação que fizeram anteriormente, na qual vendeu seu direito de primogenitura. Ao voltar de uma caçada, cansado e faminto, Esaú encontrou o irmão ocupado na cozinha. O aroma era tentador demais e, numa atitude típica dele, viu tudo de uma maneira exagerada: qual seria a utilidade do direito de primogenitura se morresse de fome? Essa decisão frívola, entretanto, teve conseqüências irreversíveis. O que Esaú considerava como “ter um ponto de vista complacente”, a Bíblia chama de “devasso” e “profano” (Hb 12:16) — a atitude de viver como se não existisse vida eterna nem valores absolutos. Para ele, não houve oportunidade para arrependimento (Hb 12:17). J.A.M.


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Jaco

substantivo masculino O mesmo que jaque1.

substantivo masculino O mesmo que jaque1.

substantivo masculino O mesmo que jaque1.

Jacó

Suplantador. o filho mais novo deisaque e Rebeca. Na ocasião do seu nascimento ele segurava na mão o calcanhar do seu irmão gêmeo, Esaú, e foi por causa disto que ele recebeu o seu nome (Gn 25:26). Não devemos, porém, supor que este nome era desconhecido antes deste fato, pois ele se encontra gravado em inscrições muito mais antigas. Jacó era dotado de temperamento meigo e pacífico, e gostava de uma vida sossegada e pastoril. E era nisto muito diferente do seu irmão, que amava a caça, e era de caráter altivo e impetuoso! Quanto à predileção que tinha Rebeca por Jacó, e às suas conseqüências, *veja a palavra Esaú. Foi por um ardil que Jacó recebeu do seu pai isaque, já cego, aquela bênção que pertencia a Esaú por direito de nascimento. Este direito de primogênito já tinha sido assunto de permutação entre os irmãos, aproveitando-se Jacó de certa ocasião, em que Esaú estava com fome, a fim de tomar para si os privilégios e direitos de filho mais velho. (*veja Primogênito.) Embora fosse desígnio de Deus que a sua promessa a Abraão havia de realizar-se por meio de Jacó, contudo os pecaminosos meios empregados por mãe e filho foram causa de resultados tristes. Ambos sofreram com a sua fraude, que destruiu a paz da família, e gerou inimizade mortal no coração de Esaú contra seu irmão (Gn 27:36-41). o ano de ausência (Gn 27:42-44), que Rebeca imaginou ser suficiente para abrandar a cólera de Esaú, prolongou-se numa separação de toda a vida entre mãe e filho. Antes da volta de Jacó já Rebeca tinha ido para a sepultura, ferida de muitos desgostos. o ódio de Esaú para com Jacó foi perdurável, e, se Deus não tivesse amaciado o seu coração com o procedimento de Jacó, ele sem dúvida teria matado seu irmão (Gn 27:41). Antes de Jacó fugir da presença de Esaú, foi chamado perante isaque, recebendo novamente a bênção de Abraão (Gn 28:1-4). Ele foi mandado a Padã-Arã, ou Harã, em busca de uma mulher de sua própria família (Gn 28:6). Foi animado na sua jornada por uma visão, recebendo a promessa do apoio divino. (*veja Betel.) Todavia foi forçado a empregar-se num fastidioso serviço de sete anos por amor de Raquel – e, sendo no fim deste tempo enganado por Labão, que, em vez de Raquel, lhe deu Lia, teve Jacó de servir outros sete anos para casar com Raquel, a quem ele na verdade amava. Depois disto, foi ainda Jacó defraudado por Labão numa questão de salários – e foi somente depois de vinte anos de duro serviço, que conseguiu ele retirar-se furtivamente, com sua família e bens (Gn 31). Queria Labão vingar-se de Jacó pela sua retirada, mas Deus o protegeu. o ponto em que principia uma mudança na vida de Jacó foi Penuel – ali foi humilhado pelo anjo, e renunciou aos seus astutos caminhos, aprendendo, por fim, a prevalecer com Deus somente pela oração. (*veja israel.) Ele teve grandes inquietações domésticas: a impaciência da sua favorita mulher Raquel, com os seus queixumes, ‘Dá-me filhos, senão morrerei’ – a morte dela pelo nascimento de Benjamim – o pecado da sua filha Diná (Gn 34:5-26), e a conseqüente tragédia em Siquém – o mau procedimento de Rúben, e o desaparecimento de José, vendido como escravo – todos estes males juntos teriam levado Jacó à sepultura, se Deus não o tivesse fortalecido. Deus foi com ele, sendo calmos, felizes e prósperos os últimos dias do filho de isaque. Quase que as suas últimas palavras foram a predição da vinda do Redentor (Gn 49:10). Doze filhos teve Jacó, sendo somente dois, José e Benjamim, os nascidos de Raquel. (*veja israel, Esaú, Raquel, José, Gileade, etc., a respeito de outros incidentes na vida deste patriarca.) A certos fatos faz referências o profeta oséias (12.2 a 12). *veja também Dt 26:5. 2. o pai de José, casado com Maria (Mt 1:15-16). 3. o nome de Jacó era também empregado figuradamente, para significar os seus descendentes (Nm 23:7, e muitas outras passagens).

Seu nascimento (Gn 25:21-34; Gn 27:1-45) - Jacó nasceu como resposta da oração de sua mãe (Gn 25:21), nas asas de uma promessa (vv. 22,23). Será que Isaque e Rebeca compartilharam os termos da bênção com os filhos gêmeos, enquanto eles cresciam? Contaram logo no início que, de acordo com a vontade de Deus, “o mais velho serviria o mais novo”? Deveriam ter contado, mas as evidências indicam que não o fizeram. De acordo com o que aconteceu, o modo como Jacó nasceu (“agarrado”, Gn 25:26) e o nome que lhe deram (Jacó, “suplantador”), por muito tempo a marca registrada de seu caráter foi o oportunismo, a luta para tirar vantagem a qualquer preço e desonestamente. Além disso, a própria Rebeca, diante da possibilidade de que Esaú alcançasse a preeminência, não apelou para a confiança na promessa divina, e sim para seu próprio oportunismo inescrupuloso (Gn 25:5-17) — ou seja, sendo de “tal mãe, tal filho”.

Esaú era um indivíduo rude e despreocupado, que não levava nada muito a sério e que dava um valor exagerado aos prazeres passageiros. Jacó percebeu que essa era sua chance. Certo dia, Esaú voltou faminto de uma caçada e encontrou a casa imersa no aroma de uma apetitosa refeição preparada por Jacó. Esaú não teve dúvidas em trocar seu direito de primogenitura por um prato de comida e podemos imaginar um sorriso de maliciosa satisfação nos lábios de Jacó pelo negócio bem-sucedido! (Gn 25:27-34).

A família patriarcal era a administradora da bênção do Senhor para o mundo (veja Abraão, Gn 12:2-3), e a experiência traumática de Gênesis 22:1-18 deve ter gravado essa promessa em Isaque. Quando, porém, ele sentiu a aproximação da morte (Gn 27:1-2) — de maneira totalmente equivocada, o que não é raro nos idosos (Gn 35:27-29) —, percebeu que era uma questão de extrema importância assegurar a transmissão da bênção. Quantas tragédias seriam evitadas se vivêssemos plenamente conscientes das promessas e da Palavra de Deus! Rebeca achava que era sua obrigação providenciar o cumprimento da promessa feita no nascimento dos gêmeos; Isaque esqueceu totalmente a mensagem. Uma terrível fraude foi praticada, e Rebeca corrompeu aquela sua característica positiva, que era parte de seu charme durante a juventude (Gn 24:57); e Jacó, por sua vez, temeu ser descoberto, em lugar de arrepender-se do pecado que praticava (Gn 27:12). As conseqüências foram a inimizade entre os irmãos (Gn 27:41), a separação entre Rebeca e seu querido Jacó (Gn 25:28-27 a 45), o qual de fato ela nunca mais viu, e, para Jacó, a troca da segurança do lar por um futuro incerto e desconhecido (Gn 28:10).

Um encontro com Deus (Gn 28:1-22)

Logo depois que Jacó sentiu a desolação que trouxera sobre si mesmo, o Senhor apareceu a ele e concedeu-lhe uma viva esperança. Embora ele desejasse conquistar a promessa de Deus por meio de suas próprias manobras enganadoras, o Senhor não abandonou seu propósito declarado. A maior parte do restante da história gira em torno dessa tensão entre o desejo de Deus em abençoar e a determinação de Jacó de conseguir sucesso por meio da astúcia. Gênesis 28:13, que diz: “Por cima dela estava o Senhor”, tem uma variação de tradução que seria mais apropriada: “Perto dele estava o Senhor”, pois a bênção de Betel foi: “Estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores” (v. 15). Tudo isso sugere que a escada é uma ilustração do Senhor, que desce a fim de estar com o homem a quem faz as promessas (vv. 13,14). Numa atitude típica, Jacó tenta transformar a bênção de Deus numa barganha e literalmente coloca o Senhor à prova (vv. 20-22), ao reter o compromisso pessoal da fé até que Deus tivesse provado que manteria sua palavra. Quão maravilhosa é a graça do Senhor, que permanece em silêncio e busca o cumprimento de suas promessas, mesmo quando são lançadas de volta em sua face! Oportunistas, entretanto, não fazem investimentos sem um retorno garantido do capital! Jacó precisava trilhar um duro caminho, até aprender a confiar.

A história dentro da história (Gn 29:31)

Gênesis 29:31 conta a chegada de Jacó à casa de seus parentes, em Padã-Hadã, no extremo norte, onde Palestina e Mesopotâmia se encontram, separadas pelo rio Eufrates (29:1); registra seu encontro com Raquel e sua apresentação aos familiares da mãe dele (29:2-14); menciona como foi enganado e obrigado a casar-se com Lia e Raquel (29:14-30), formou uma numerosa família (29:31 a 30:24), trabalhou como empregado para o sogro Labão (30:25 a 31:
1) e finalmente voltou para Canaã (31:2-55). É uma história fascinante — o oportunista, suplantador e autoconfiante Jacó e o astuto Labão. Seu tio tramou com sucesso para casar a filha Lia, que não tinha pretendentes (Gn 29:17) — interessante, aquele que alcançou a condição de primogênito por meio do ardil (25:29ss) foi enganado na mesma área, no tocante à primogenitura (29:26)! “Deus não se deixa escarnecer” (Gl 6:7) — mas, depois disso, embora as coisas fossem difíceis (Gn 31:38-41), Jacó sempre foi bem-sucedido. Ele sabia como “passar Labão para trás”. O sogro decidia qual parte do rebanho seria dada a Jacó como pagamento e tomava as medidas para garantir a sua vantagem no acordo (30:34-36), mas o filho de Isaque sempre tinha um ou dois truques “escondidos na manga” — simplesmente tirando a casca de alguns galhos, de acordo com a orientação divina!

Dentro da narrativa dos galhos descascados, havia uma outra história e Jacó começou a aprender e a responder a ela. O Senhor prometera cuidar dele (Gn 28:15) e cumpriu sua palavra. Sem dúvida, Jacó estava satisfeito com o resultado dos galhos, mas uma visão de Deus colocou as coisas às claras (Gn 31:3-10-13). Não foi a eugenia supersticiosa de Jacó, mas o cuidado fiel de Deus que produziu rebanhos para benefício dele. Posteriormente ele reconheceu esse fato, quando Labão o perseguiu furioso por todo a caminho até Mispa, já na fronteira com Canaã (Gn 31:38-42). Ao que parece, entretanto, o aprendizado de Jacó não foi muito além da capacidade de falar a coisa certa.

A oração de Jacó (Gn 32:1-21)

Seria uma crítica injusta dizer que Jacó ainda não havia aprendido a confiar no cuidado divino, em vez de confiar no esforço humano? Duas outras questões indicam que essa avaliação é correta: por que, encontrando-se em companhia dos anjos do Senhor (Gn 32:1), Jacó estava com medo de Esaú e seus 400 homens (vv. 6,7)? E por que, quando fez uma oração tão magnífica (Gn 32:9-12), voltou a confiar nos presentes que enviaria ao irmão (vv. 13-21)? Foi uma oração exemplar, de gratidão pelas promessas divinas (v. 9), reconhecendo que não era digno da bênção (v. 10), específica em seu pedido (v. 11), e retornando ao princípio, para novamente descansar na promessa de Deus (v. 12). Seria difícil encontrar oração como esta na Bíblia. Jacó esperava a resposta de Deus, mas, sabedor de que Esaú já fora comprado uma vez por uma boa refeição (Gn 25:29ss), tratou de negociar novamente com o irmão. Ele ainda se encontrava naquele estado de manter todas as alternativas à disposição: um pouco de oração e um pouco de presentes. Estava, contudo, prestes a encontrar-se consigo mesmo.

Bênção na desesperança (Gn 32:22-31)

Uma cena resume tudo o que Jacó era: enviou toda sua família para o outro lado do ribeiro Jaboque, mas algo o reteve para trás. “Jacó, porém, ficou só, e lutou com ele um homem até o romper do dia” (Gn 32:24). Na verdade sempre foi assim: “Jacó sozinho” — usurpando o direito de primogenitura, apropriando indevidamente da bênção, medindo forças com Labão, fugindo de volta para casa, negociando (Gn 31:44-55) uma esfera segura de influência para si próprio —, entretanto, é claro, ninguém negociaria a posse de Canaã! O Senhor não permitiria isso. Portanto, veio pessoalmente opor-se a Jacó, com uma alternativa implícita muito clara: ou você segue adiante dentro dos meus termos, ou fica aqui sozinho. Jacó não estava disposto a abrir mão facilmente de sua independência, e a disputa seguiu por toda a noite (Gn 32:24). Se ele tivesse se submetido, em qualquer momento da luta, teria terminado a batalha inteiro, mas o seu espírito arrogante e individualista o impeliu adiante até que, com a facilidade consumada de quem é Todo-poderoso, um simples toque de dedo deslocou a coxa de Jacó (v. 25). Que agonia! Que desespero! Que humilhação saber que só conseguia manter-se em pé porque os braços fortes do Senhor o amparavam!

Até mesmo o oportunismo, entretanto, pode ser santificado! O desesperado Jacó clamou: “Não te deixarei ir, se não me abençoares” (v. 26) e o grito do desesperado pela bênção transformou Jacó num novo homem, com um novo nome (v. 28). Ele de fato tinha “prevalecido”, pois essa é a maneira de agir do Deus infinito em misericórdia: ele não pode ser derrotado pela nossa força, mas sempre é vencido pelo nosso clamor. E, assim, o Jacó sem esperança saiu mancando, agora como Israel, pois tinha “visto a face de Deus” (v. 30).

O homem com uma bênção para compartilhar (Gn 33:1-50:13)

Quando, porém, o relato da vida de Jacó prossegue, vemos que as coisas velhas não passaram totalmente, nem todas tornaram-se novas. O mesmo homem que “viu Deus face a face” (Gn 32:30) encontrou Esaú sorrindo para ele e toda a hipocrisia aflorou novamente: “Porque vi o teu rosto, como se tivesse visto o rosto de Deus” (Gn 33:10)! O homem que fora honesto (pelo menos) com Deus (Gn 32:26) ainda era desonesto com as pessoas, pois prometeu seguir Esaú até Edom (33:13,14 Seir) e não cumpriu a promessa; de fato, não planejara fazê-lo (33:17). Por outro lado, estava espiritualmente vivo e cumpriu fielmente a promessa que tinha feito ao declarar o Senhor de Betel (28:20,21) como seu Deus (33:20), ansioso para cumprir seu voto na íntegra (35:1-4) e trazer sua família ao mesmo nível de compromisso espiritual.

Em seu retorno à Canaã, o Senhor lhe apareceu, a fim de dar-lhe esperança e reafirmar as promessas: confirmou seu novo nome (35:9,10) e repetiu a bênção da posteridade e possessão (vv. 11-15). A grande misericórdia de Deus marcou esse novo começo, pois Jacó precisaria de toda essa segurança nos próximos eventos: a morte de Raquel (Gn 35:16-19), a imoralidade e deslealdade de Rúben (v. 21), a morte de Isaque (vv. 27-29) e aquele período de anos perdidos e desolados, piores do que a própria morte, quando José também se foi (Gn 37:45). A disciplina de Deus, porém, educa e santifica (Hb 12:1-11) e Jacó emergiu dela com uma vida gloriosa: a cada vez que o encontramos, é como um homem que tem uma bênção para compartilhar — abençoou o Faraó (Gn 47:7-10), abençoou José e seus dois filhos (Gn 48:15-20) e abençoou toda a família, reunida ao redor do seu leito de morte (Gn 49). Agora, seu testemunho também é sem nenhuma pretensão: foi Deus quem o sustentou, o anjo o livrou (Gn 48:15). O antigo Jacó teria dito: “Estou para morrer e não posso imaginar o que será de vocês, sem a minha ajuda e sem as minhas artimanhas”. “Israel”, porém, o homem para quem Deus dera um novo nome, disse para José: “Eis que eu morro, mas Deus será convosco” (Gn 48:21). Um homem transformado, uma lição aprendida.

J.A.M.


Jacó [Enganador] -

1) Filho de Isaque e Rebeca e irmão gêmeo de Esaú (Gn 25:21-26). A Esaú cabia o direito de PRIMOGENITURA por haver nascido primeiro, mas Jacó comprou esse direito por um cozido (Gn 25:29-34). Jacó enganou Isaque para que este o abençoasse (Gn 27:1-41). Ao fugir de Esaú, Jacó teve a visão da escada que tocava o céu (Gn 27:42—28:) 22). Casou-se com Léia e Raquel, as duas filhas de Labão (Gn 29:1-30). Foi pai de 12 filhos e uma filha. Em Peniel lutou com o Anjo do Senhor, tendo recebido nessa ocasião o nome de ISRAEL (Gn 32). Para fugir da fome, foi morar no Egito, onde morreu (Gn 42—46; 49).

2) Nome do pov

Jacó 1. Patriarca, filho de Isaac (Gn 25:50; Mt 1:2; 8,11; 22,32). 2. Pai de José, o esposo de Maria e pai legal de Jesus.

Labão

Labão Descendente de Naor e irmão de Rebeca (Gn 24:29). Suas filhas, Lia e Raquel, tornaram-se esposas de Jacó (Gn 29:16-30).

branco

Citado várias vezes nas narrativas dos casamentos de Isaque e Jacó (Gn 24:29; Gn 25:5-29). O motivo da inclusão de seu nome na Bíblia é o conflito entre o oportunista e inescrupuloso filho de Isaque (Gn 25:27-34; Gn 27:19) e alguém ainda pior do que ele (29:22-27; 30:31-36). Embora Jacó se iludisse, pois achava que passara o sogro para trás (Gn 30:37-43), descobriu apenas que era o Senhor, sempre vigilante, quem intervinha e guardava seus interesses (31:6-12). Labão fundamentalmente fazia tudo por dinheiro (Gn 24:30-31) e é evidente que sua filha Raquel aprendeu com ele a manter os olhos sempre abertos para as oportunidades (31:19), pois os “ídolos do lar” possivelmente tinham algum significado na questão da herança. O único envolvimento de Labão com a religião foi demonstrado numa aliança que firmou com Jacó, para proteger sua “esfera de interesses” (Gn 31:51-54). J.A.M.


-

substantivo feminino Pelo macio, espesso e longo, que cobre a pele dos carneiros, ovelhas e de outros animais.
Tecido feito com esse pelo: casaco de lã.
Botânica Pelo que recobre a casca de certos frutos, folhas ou plantas.
Etimologia (origem da palavra ). Do latim lana.

substantivo feminino Pelo macio, espesso e longo, que cobre a pele dos carneiros, ovelhas e de outros animais.
Tecido feito com esse pelo: casaco de lã.
Botânica Pelo que recobre a casca de certos frutos, folhas ou plantas.
Etimologia (origem da palavra ). Do latim lana.

substantivo feminino Pelo macio, espesso e longo, que cobre a pele dos carneiros, ovelhas e de outros animais.
Tecido feito com esse pelo: casaco de lã.
Botânica Pelo que recobre a casca de certos frutos, folhas ou plantas.
Etimologia (origem da palavra ). Do latim lana.

substantivo feminino Pelo macio, espesso e longo, que cobre a pele dos carneiros, ovelhas e de outros animais.
Tecido feito com esse pelo: casaco de lã.
Botânica Pelo que recobre a casca de certos frutos, folhas ou plantas.
Etimologia (origem da palavra ). Do latim lana.

Pêlo que cobre o corpo de certos animais, como a ovelha, por exemplo. Com a lã se faziam tecidos para a confecção de roupas (Os 2:9). Por causa de sua brancura, a lã tornou-se símbolo de pureza e de santidade (Is 1:18).

Ordenar

verbo transitivo direto e bitransitivo Arrumar, dispor, colocar em ordem: ordenar os livros nas prateleiras; ordenava aos pares os livros.
Dispor harmoniosamente; organizar: ordenou seus DVDs por cores; ordenava por tamanho os seus sapatos.
verbo transitivo direto , bitransitivo e intransitivo Determinar, dar uma ordem: ordenou castigos; ordenou penas aos condenados; trabalhava ordenando.
verbo transitivo direto e pronominal Religião Segundo o catolicismo, conferir ordens sacras: ordenar os coroinhas; ordenou-se padre.
verbo transitivo indireto Resolver fazer alguma coisa; impor uma determinação.
expressão [Matemática] Ordenar um polinômio. Escrever seus termos numa forma tal que as potências de uma letra particular fiquem numa ordem crescente ou decrescente.
Etimologia (origem da palavra ordenar). Do latim ordinare.

Ordenar
1) Pôr em ordem (Gn 14:8)

2) Dar ordem (Mt 15:4).

Peregrino

Peregrino
1) Que anda por terra estrangeira (Ex 2:22).

2) Figuradamente, o salvo, cuja pátria é o céu (Sl 119:19); (1Pe 2:11).

Do Latim peregrinu < per, através + agru, campo.Que ou aquele que anda em peregrinação; romeiro; excursionista; estrangeiro; transitório; estranho; singular; raro; excelente; precioso.

substantivo masculino Aquele que anda romaria, em peregrinação ou viaja para um lugar santo, de devoção; romeiro.
Indivíduo que faz grandes e longas viagens; viajante.
Por Extensão Pessoa que pede esmolas pelas estradas.
Pessoa estranha, incomum; estranho.
adjetivo Que está em peregrinação, em romaria ou faz longas viagens.
Que é estrangeiro: excursão peregrina.
Que se afasta do objetivo, do assunto em questão.
Que é raro, singular; incomum.
De qualidade excepcional; perfeito, excelente.
Etimologia (origem da palavra peregrino). Do latim peregrinum, que viaja para o exterior.

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Servo

substantivo masculino Quem não é livre; privado de sua liberdade.
Quem age com obediência ou servindo alguém: servo de Deus.
História Numa sociedade feudal, quem pertencia a um senhor sem ser escravo.
Quem oferece ou realiza serviços; criado.
Quem se submete ao poder de um senhor por pressão ou violência.
adjetivo Que não é livre; cuja liberdade foi retirada.
Que está sujeito aos poderes de um senhor; escravo.
Que realiza ou oferece serviços; serviçal.
Etimologia (origem da palavra servo). Do latim servus.i.

substantivo masculino Quem não é livre; privado de sua liberdade.
Quem age com obediência ou servindo alguém: servo de Deus.
História Numa sociedade feudal, quem pertencia a um senhor sem ser escravo.
Quem oferece ou realiza serviços; criado.
Quem se submete ao poder de um senhor por pressão ou violência.
adjetivo Que não é livre; cuja liberdade foi retirada.
Que está sujeito aos poderes de um senhor; escravo.
Que realiza ou oferece serviços; serviçal.
Etimologia (origem da palavra servo). Do latim servus.i.

Por esta palavra se traduzem duas palavras hebraicas, que ocorrem freqüentemente no A.T., e que significam rapaz, pessoa de serviço, ou um escravo. A palavra é, algumas vezes, empregada a respeito de pessoas humildes (Gn 32:18-20), e também com relação a altos oficiais da corte (Gn 40:20 – 2 Sm 10.2,4). Uma terceira palavra implica aquele que está às ordens de alguém para o ajudar (Êx 33:11). Mas, pela maior parte das vezes, no A.T., trata-se de um escravo. De igual modo, no N.T., a palavra ‘servo’ aparece como tradução das indicadas palavras hebraicas, significando criada da casa (como em Lc 16:13), ou um rapaz (como em Mt 8:6), ou ainda um agente (como em Mt 26:58) – mas na maioria dos casos o termo refere-se a um escravo (Mt 8:9, etc.). Esta palavra aplicavam-na os apóstolos a si mesmos, como sendo os servos de Deus (At 4:29Tt 1:1Tg 1:1) e de Jesus Cristo (Rm 1:1Fp 1:1 – Jd 1). (*veja Escravidão.)

Servo
1) Empregado (Mt 25:14, NTLH).


2) ESCRAVO (Gn 9:25, NTLH).


3) Pessoa que presta culto e obedece a Deus (Dn 3:26; Gl 1:10) ou a Jesus Cristo (Gl 1:10). No NT Jesus Cristo é chamado de “o Servo”, por sua vida de perfeita obediência ao Pai, em benefício da humanidade (Mt 12:18; RA: At 3:13; 4.27).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Gênesis 32: 4 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E ordenou-lhes, dizendo: Assim direis a meu senhor Esaú: Assim diz Jacó, teu servo: Como peregrino morei com Labão, e me detive até agora;
Gênesis 32: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H113
ʼâdôwn
אָדֹון
Meu Senhor
(My lord)
Substantivo
H1481
gûwr
גּוּר
residir temporariamente, permanecer, habitar, residir com, ficar, habitar, ser um
(to sojourn)
Verbo
H309
ʼâchar
אָחַר
atrasar, hesitar, demorar, pospor, ficar atrás
(Hinder)
Verbo
H3290
Yaʻăqôb
יַעֲקֹב
Jacó
(Jacob)
Substantivo
H3541
kôh
כֹּה
Então
(So)
Advérbio
H3837
Lâbân
לָבָן
filho de Betuel, irmão de Rebeca e pai de Lia e Raquel n pr loc
([was] Laban)
Substantivo
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H5650
ʻebed
עֶבֶד
escravo, servo
(a servant)
Substantivo
H5704
ʻad
עַד
até
(until)
Prepostos
H5973
ʻim
עִם
com
(with her)
Prepostos
H6215
ʻÊsâv
עֵשָׂו
Esaú
(Esau)
Substantivo
H6258
ʻattâh
עַתָּה
agora / já
(now)
Advérbio
H6680
tsâvâh
צָוָה
mandar, ordenar, dar as ordens, encarregar, incumbir, decretar
(And commanded)
Verbo
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo


אָדֹון


(H113)
ʼâdôwn (aw-done')

0113 אדני ’adown aw-done’ ou (forma contrata) אדן ’adon aw-done’

procedente de uma raiz não usada (significando governar); DITAT - 27b; n m

  1. firme, forte, senhor, chefe
    1. senhor, chefe, mestre
      1. referindo-se aos homens
        1. superintendente dos negócios domésticos
        2. chefe, mestre
        3. rei
      2. referindo-se a Deus
        1. o Senhor Deus
        2. Senhor de toda terra
    2. senhores, reis
      1. referindo-se aos homens
        1. proprietário do monte de Samaria
        2. chefe, mestre
        3. marido
        4. profeta
        5. governador
        6. príncipe
        7. rei
      2. referindo-se a Deus
        1. Senhor dos senhores (provavelmente = “o teu marido, Javé”)
    3. meu senhor, meu chefe, meu mestre
      1. referindo-se aos homens
        1. chefe, mestre
        2. marido
        3. profeta
        4. príncipe
        5. rei
        6. pai
        7. Moisés
        8. sacerdote
        9. anjo teofânico
        10. capitão
        11. reconhecimento geral de superioridade
      2. referindo-se a Deus
        1. meu Senhor, meu Senhor e meu Deus
        2. Adonai (paralelo com Javé)

גּוּר


(H1481)
gûwr (goor)

01481 גור guwr

uma raiz primitiva; DITAT - 330,332; v

  1. residir temporariamente, permanecer, habitar, residir com, ficar, habitar, ser um forasteiro, estar continuamente, certamente
    1. (Qal)
      1. residir temporariamente, habitar por um tempo
      2. permanecer, ficar, habitar temporariamente
    2. (Hitpolel)
      1. buscar hospitalidade com
      2. agrupar-se
  2. incitar problema, lutar, discutir, reunir-se
    1. (Qal)
      1. incitar conflito
      2. discutir
    2. (Hitpolel) excitar-se
  3. ter muito medo, temer, ficar pasmado, estar com medo
    1. (Qal)
      1. temer, estar com medo
      2. estar atônito, ficar pasmado

אָחַר


(H309)
ʼâchar (aw-khar')

0309 אחר ’achar

uma raiz primitiva; DITAT - 68; v

  1. atrasar, hesitar, demorar, pospor, ficar atrás
    1. (Qal)
      1. atrasar, demorar (intensivo)
      2. fazer com que alguém se atrase, impedir, manter atrás
    2. (Piel) atrasar, esperar, ficar para trás

יַעֲקֹב


(H3290)
Yaʻăqôb (yah-ak-obe')

03290 יעקב Ya aqob̀

procedente de 6117, grego 2384 Ιακωβ; n pr m Jacó = “aquele que segura o calcanhar” ou “suplantador”

  1. filho de Isaque, neto de Abraão, e pai dos doze patriarcas das tribos de Israel

כֹּה


(H3541)
kôh (ko)

03541 כה koh

procedente do prefixo k e 1931; DITAT - 955; adv dem

  1. assim, aqui, desta forma
    1. assim, então
    2. aqui, aqui e ali
    3. até agora, até agora...até então, enquanto isso

לָבָן


(H3837)
Lâbân (law-bawn')

03837 לבן Laban

o mesmo que 3836;

Labão = “branco” n pr m

  1. filho de Betuel, irmão de Rebeca e pai de Lia e Raquel n pr loc
  2. um acampamento dos israelitas no deserto

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

עֶבֶד


(H5650)
ʻebed (eh'-bed)

05650 עבד ̀ebed

procedente de 5647; DITAT - 1553a; n m

  1. escravo, servo
    1. escravo, servo, servidor
    2. súditos
    3. servos, adoradores (referindo-se a Deus)
    4. servo (em sentido especial como profetas, levitas, etc.)
    5. servo (referindo-se a Israel)
    6. servo (como forma de dirigir-se entre iguais)

עַד


(H5704)
ʻad (ad)

05704 עד ̀ad

propriamente, o mesmo que 5703 (usado como prep, adv ou conj); DITAT - 1565c prep

  1. até onde, até, até que, enquanto, durante
    1. referindo-se a espaço
      1. até onde, até que, mesmo até
    2. em combinação
      1. de...até onde, ambos...e (com ’de’, no sentido de origem)
    3. referindo-se ao tempo
      1. até a, até, durante, fim
    4. referindo-se a grau
      1. mesmo a, ao ponto de, até mesmo como conj
  2. até, enquanto, ao ponto de, mesmo que

עִם


(H5973)
ʻim (eem)

05973 עם ̀im

procedente de 6004; DITAT - 1640b; prep

  1. com
    1. com
    2. contra
    3. em direção a
    4. enquanto
    5. além de, exceto
    6. apesar de

עֵשָׂו


(H6215)
ʻÊsâv (ay-sawv')

06215 עשו Èsav

aparentemente uma forma do part. pass. de 6213 no sentido original de manipular, grego 2269 Ησαυ; n. pr. m.

Esaú = “peludo”

  1. o filho mais velho de Isaque e Rebeca e irmão gêmeo de Jacó; vendeu o direito de primogenitura por comida quando estava faminto e a bênção divina ficou com Jacó; progenitor dos povos árabes

עַתָּה


(H6258)
ʻattâh (at-taw')

06258 עתה ̀attah

procedente de 6256; DITAT - 1650c; adv.

  1. agora
    1. agora
    2. em expressões

צָוָה


(H6680)
tsâvâh (tsaw-vaw')

06680 צוה tsavah

uma raiz primitiva; DITAT - 1887; v.

  1. mandar, ordenar, dar as ordens, encarregar, incumbir, decretar
    1. (Piel)
      1. incumbir
      2. ordenar, dar ordens
      3. ordernar
      4. designar, nomear
      5. dar ordens, mandar
      6. incumbir, mandar
      7. incumbir, comissionar
      8. mandar, designar, ordenar (referindo-se a atos divinos)
    2. (Pual) ser mandado

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo