Enciclopédia de I Crônicas 6:67-67

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1cr 6: 67

Versão Versículo
ARA Pois lhes deram as cidades de refúgio, Siquém com seus arredores, na região montanhosa de Efraim, como também Gezer com seus arredores,
ARC Porque lhes deram as cidades de refúgio, Siquém e os seus arrabaldes, nas montanhas de Efraim, como também Gezer e os seus arrabaldes,
TB Deram-lhes das cidades de refúgio: Siquém, na região montanhosa de Efraim, com seus arrabaldes, também Gezer e seus arrabaldes;
HSB וַיִּתְּנ֨וּ לָהֶ֜ם אֶת־ עָרֵ֧י הַמִּקְלָ֛ט אֶת־ שְׁכֶ֥ם וְאֶת־ מִגְרָשֶׁ֖יהָ בְּהַ֣ר אֶפְרָ֑יִם וְאֶת־ גֶּ֖זֶר וְאֶת־ מִגְרָשֶֽׁיהָ׃
BKJ E eles lhes deram, das cidades de refúgio: Siquém, no monte Efraim, com os seus arredores; deram também Gezer, com os seus arredores;
LTT Porque lhes deram, das cidades de refúgio, Siquém e os seus arrabaldes, nas montanhas de Efraim, como também Gezer e os seus arrabaldes,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Crônicas 6:67

Gênesis 33:18 E chegou Jacó salvo à cidade de Siquém, que está na terra de Canaã, quando vinha de Padã-Arã; e fez o seu assento diante da cidade.
Gênesis 35:4 Então, deram a Jacó todos os deuses estranhos que tinham em suas mãos e as arrecadas que estavam em suas orelhas; e Jacó os escondeu debaixo do carvalho que está junto a Siquém.
Josué 12:12 o rei de Eglom, outro; o rei de Gezer, outro;
Josué 16:3 e desce da banda do ocidente ao termo de Jaflete, até ao termo de Bete-Horom de baixo e até Gezer, sendo as suas saídas para o mar.
Josué 16:10 E não expeliram os cananeus que habitavam em Gezer; e os cananeus habitaram no meio dos efraimitas até ao dia de hoje; porém serviam-nos, sendo-lhes tributários.
Josué 20:7 Então, apartaram Quedes, na Galileia, na montanha de Naftali, e Siquém, na montanha de Efraim, e Quiriate-Arba (esta é Hebrom), na montanha de Judá.
Josué 21:21 E deram-lhes Siquém, cidade de refúgio do homicida, e os seus arrabaldes, no monte de Efraim, e Gezer e os seus arrabaldes;
I Reis 9:16 Porque Faraó, rei do Egito, subiu, e tomou a Gezer, e a queimou, e matou os cananeus que moravam na cidade, e a deu em dote a sua filha, mulher de Salomão.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

PALESTINA - TERRA PREPARADA POR DEUS

FRONTEIRAS TEOLÓGICAS
Muito embora mais de um texto bíblico trate das fronteiras de Israel, continuam existindo perguntas importantes sobre a localização de três das quatro fronteiras. Talvez um ponto de partida adequado para uma análise dessas fronteiras seja o reconhecimento de que, com frequência, elas eram estabelecidas pelos acidentes topográficos naturais: o mar Morto, o mar da Galileia, o Mediterrâneo, as principais montanhas e rios etc. Isso sugere que, nas descrições de fronteiras, muitos segmentos menos conhecidos também poderiam estar situados em pontos geográficos naturais. A abordagem a seguir incluirá uma descrição de pontos definidos, uma análise de pontos de referência menos conhecidos, embora importantes, e algum exame das questões envolvidas. Cada segmento culminará com um sumário de para onde os dados parecem apontar.

FRONTEIRA OESTE
(Nm 34:6; Js 15:4-16.3,8; 17.9; 19.29; cf. Ez 47:20-48.
1) Felizmente a fronteira oeste não apresenta nenhum problema de identificação. Começando no extremo norte da tribo de Aser (Js 19:29) e indo até o extremo sul da tribo de Judá (s 15.4), ela se estende ao longo do Grande Mar, o Mediterrâneo.

FRONTEIRA NORTE
(Nm 34:7-9; cp. Ez 47:15-17;48.1-7) Vistos como um todo, os textos bíblicos indicam que, partindo do Mediterrâneo, a fronteira bíblica se estendia para o leste numa linha que ia até Zedade, passando pelo monte Hor e Lebo- -Hamate. Continuando por Zifrom, a linha ia até Hazar-Ena, de onde virava rumo à fronteira de Haurá. Desses lugares, é possível identificar apenas dois com segurança, e ambos estão situados na margem do deserto sírio/oriental. Zedade devia se localizar na atual Sadad, cerca de 65 quilômetros a leste do Orontes e 105 quilômetros a nordeste de Damasco, a leste da estrada que hoje liga Damasco a Homs. Sem dúvida, Haura se refere ao planalto que se estende para leste do mar da Galileia e é dominado pelo Jebel Druze (na Antiguidade clássica, o monte Haura era conhecido pelo nome Auranitis). O nome Haura, como designativo dessa região, é atestado com frequência em textos neoassírios já da época de Salmaneser III;° aliás, Haura se tornou o nome de uma província assíria? próxima do território de Damasco, conforme também se vê em textos de Ezequiel. Devido a essas duas identificações, é razoável procurar os locais intermediários de Zifrom e Hazar-Ena ao longo do perímetro da mesma área desértica. Com base no significado do nome hebraico ("aldeia de uma fonte"), o local de Hazar-Ena é com frequência identificado com Qaryatein, um oásis luxuriante e historicamente importante.21 Depois desse ponto, o curso exato da fronteira norte se torna questão incerta. Existem, no entanto, várias indicações que, combinadas, dão a entender que essa fronteira pode ter correspondido a um limite claramente estabelecido na Antiguidade. Primeiro, deve-se identificar o local de Lebo-Hamate22 com a moderna Lebweh, cidade situada na região florestal da bacia hidrográfica que separa os rios Orontes e Litani, cerca de 24 quilômetros a nordeste de Baalbek, junto à estrada Ribla-Baalbek. O local é atestado em textos egípcios, assírios e clássicos23 como uma cidade de certa proeminência. Situada entre Cades do Rio Orontes e Baalbek, Lebo-Hamate ficava num território geralmente reconhecido na Antiguidade como fronteira importante no vale de Bega (1Rs 8:65-1Cr 13 5:2Cr 7.8). Segundo, em vez de Lebo-Hamate, Ezequiel (Ez 47:16) faz referência a Berota, uma cidade que, em outros textos, está situada no centro do vale de Bega' (2Sm 8:8) e, conforme geralmente se pensa, deve ser identificada com a moderna Brital, localizada logo ao sul de Baalbek. Contudo, Ezequiel detalha que Berota fica "entre o território de Damasco e o território de Hamate", i.e., na fronteira entre os dois territórios (2Rs 23:33-25.21 afirmam que Ribla [Rablah] está localizada "na terra de Hamate"). Parece, então, razoável supor que Ezequiel estava descrevendo esse trecho da fronteira norte de Israel de uma maneira que correspondia bem de perto a uma zona tampão, internacionalmente reconhecida em sua época. O livro de Números situa a fronteira norte entre Lebo-Hamate e o Mediterrâneo, especificamente no monte Hor, um acidente geográfico que não é possível identificar definitivamente, mas que deve se referir a um dos montes mais altos do maciço do Líbano ao norte, entre Lebweh e o mar. Vários desses montes elevados, tanto no interior (Akkar, Makmel, Mneitri, Sannin) quanto junto ao litoral (Ras Shakkah), têm sido identificados com o monte Hor mencionado na Biblia. Embora, em última instância, qualquer sugestão seja especulação, é possível desenvolver fortes argumentos em favor da identificação do monte Hor com o moderno monte Akkar. Primeiro, conforme já mencionado, em outros pontos parece que a fronteira norte seguiu a linha de uma antiga divis natural. O trecho ocidental da mesma divisa se estendia de Homs para oeste, ao longo daquilo que é conhecido pelo nom de depressão Trípoli-Homs-Palmira . Correndo ao longo de boa parte dessa depressão, havia também o rio el-Kabir, que deságua no Mediterrâneo logo ao sul da atual Sumra/Simyra. Essa depressão ficava próxima de um limite estabelecido durante vários períodos da Antiguidade, e constitui hoje em dia a fronteira entre os países modernos da Síria e do Líbano.24 Justaposto a esse vale, na extremidade setentrional do maciço do Líbano, fica o altaneiro monte Akkar. Ao contrário de outros candidatos a monte Hor, o monte Akkar se ergue ao lado dessa divisa que existe desde a Antiguidade. Além do mais, chama a atenção que, em vez de relacionar c monte Hor entre o Mediterrâneo e Lebo-Hamate na fronteira norte, Ezequiel (47.15; 48,1) faz referência ao "caminho de Hetlom", localidade desconhecida, mas que talvez se revele no nome da moderna cidade de Heitela, situada cerca de 37 quilômetros a nordeste de Trípoli e a apenas cerca de 3 quilômetros do rio el-Kabir.25 Devido à localização certa de alguns lugares e à repetida sugestão de que outros lugares poderiam ser associados àquilo que foi uma inquestionável fronteira na Antiguidade, parece possível que a fronteira norte de Israel se estendesse ao longo da extremidade norte dos montes Líbano e Antilíbano, seguindo o curso do rio el-Kabir até as proximidades do lago de Homs e, então, rumasse para o sul pelo vale de Bega até as encostas externas da serra do Antilíbano (a região de Lebo-Hamate). Em seguida, margeando aquela serra, fosse na direção leste até o deserto Oriental (as adiacências de Sadad), de onde basicamente seguia as margens do deserto até a região do monte Haura. Numa primeira leitura, outros textos bíblicos parecem indicar que a fronteira de Israel se estendia até "o grande rio Eufrates" (e.g., Gn 15:18; )s 1.4; cp. Dt 11:24). Um dos problemas na decifração dessa expressão tem a ver com sua verdadeira aplicação: pode-se empregá-la para descrever a fronteira norte de Israel (e.g., Gn 15:18; cp. Ex 23:31) ou a fronteira leste de Israel (e.g., Dt 11:24). Essa ambiguidade tem levado alguns escritores a interpretar a terminologia desses textos não como uma descrição de fronteira, e sim como a idealização de limites territoriais, antecipando a grandeza do reino de Davi e Salomão, quando o controle israelita chegou tão longe quanto o Eufrates (1Rs 4:21-1Cr 18.3; 2Cr 9:26). E possível encontrar base para tal ideia na referência mais expansiva e conclusiva ao "rio do Egito (o braço mais oriental do delta do Nilo) no texto de Gênesis 15, ao passo que o texto de Números 34:5, sobre a fronteira territorial, e o texto de Josué 15.4, sobre a fronteira tribal (cp. Ez 47:19-48.28), mais especificamente limitam aquela fronteira sul ao "ribeiro/uádi do Egito" (u. el-Arish). Outros estudiosos consideram que a descrição mais ampliada de Gênesis 15 tem relação geográfica com o nome da província persa (assíria? "Além do Rio", que designava o território da Palestina e da Síria (cp. Ed 4:10-11,16,17,20; 5.3; 6.6,8; 8.36; Ne 2:7-9; 3.7),26 ao passo que os textos de Números 34 e Josué 15 teriam em mente apenas a geografia da terra de Canaã. Ainda outros estudiosos consideram que as palavras "o grande rio" se refere ao rio el-Kabir, mencionado acima, às quais mais tarde se acrescentou uma interpolação ("Eufrates")27 Afinal, o nome árabe moderno desse rio (nahr el-Kabir) significa "o grande rio" - um nome bem merecido, pois o el-Kabir drena a maior parte das águas das serras litorâneas do Líbano. Nesse cenário final, em meio à realidade política da Monarquia Unida, "o grande rio" pode ter assumido um duplo significado, referindo-se tanto à fronteira norte real de Israel no el-Kabir quanto à fronteira idealizada no Eufrates. De qualquer maneira, o nome Eufrates não consta de textos que descrevem as fronteiras específicas do Israel bíblico.

FRONTEIRA LESTE
(Nm 34:10-12; Js 13:8-23; cp. Ez 47:18) A identificação da fronteira leste ou oriental depende de dois assuntos relacionados: (1) a linha estabelecida para a fronteira norte; (2) a relevância atribuída às batalhas contra Siom e Ogue (Nm 21:21-35). Com relação à fronteira oriental, a localização de todos os lugares mencionados é conjectura, exceção feita ao mar da Galileia e ao rio Jordão. Mas é justamente em relação ao rio Jordão que surge uma questão importante: os territórios a leste do Jordão e no final ocupados pelas tribos de Rúben, Gade e Manassés Oriental ficavam fora ou dentro do território dado a Israel? Em outras palavras, Israel começou a ocupar sua terra quando atravessou o Jordão (Is
3) ou quando atravessou o rio Arnom (Nm 21:13; cp. Dt 2:16-37; Jz 11:13-26)? Muitos estudos recentes adotam a primeira opção, com o resultado de que a fronteira oriental de Israel tem sido traçada no rio Jordão, entre o mar da Galileia e o mar Morto. Entretanto, é possível que essa ideia tenha sofrido grande influência da hinologia crista28 e deva inerentemente abraçar a premissa de que a fronteira oriental do Israel bíblico corresponda à fronteira oriental da entidade conhecida como Canaã. Essa ideia conflita com Josué 22 (esp. v. 9-11,13,32), que é um claro pronunciamento de que as três tribos da Transiordânia fazem parte de Israel e de suas 12 tribos, mas assim mesmo lhes foram dados territórios além da fronteira oriental de Canaã (que termina de fato no rio Jordão). Fazendo nítida distinção com "terra de Canaa" (Js 22:9-10,32), aquelas tribos receberam terras em Basã (Is 13:11-12; 17.1; 20.7; 22.7), em Gileade (Is 13:31-17.
1) e no Mishor ("planalto", Is 13:9-20.8).29 O peso de certos dados bíblicos pode sugerir uma hipótese alternativa, de que a fronteira da terra dada a Israel deveria se estender na direção leste até as margens do deserto Oriental, ficando mais ou menos próxima de uma linha que se pode traçar desde a região do monte Haura (o final da fronteira norte) até o deserto de Quedemote (perto do Arnom), o lugar de onde Moisés enviou espias para Siom, rei de Hesbom (Dt 2:24-26), e que, mais tarde, foi dado à tribo de Rúben (Js 13:18). Três linhas de raciocínio dão apoio a essa hipótese.

1. Deuteronômio 2-3 recapitula as vitórias obtidas contra Siom e Ogue e a entrega do território deles às duas tribos e meia de Israel. Essa entrega incluiu terras desde o Arnom até o monte Hermom, abarcando as terras do Mishor, de Gileade e de Basa até Saleca e Edrei (Dt 3:8; cp. 4.48; Js 13:8-12). Ao mesmo tempo, Deuteronômio 2.12 declara que, assim como os edomitas haviam destruído os horeus a fim de possuir uma terra, Israel de igual maneira desapossou outros povos para ganhar sua herança. Aqui a escolha das palavras é inequívoca e logicamente há apenas duas possíveis interpretações para a passagem: ou é uma descrição histórica daquelas vitórias obtidas contra os dois reis amorreus - Siom e Ogue - ou é uma insercão bem posterior no texto, como uma retrospectiva histórica para descrever o que, por fim, ocorreu na conquista bíblica liderada por Josué. Ora, em Deuteronômio 2.12 a questão não é se expressões pós-mosaicas existem no texto bíblico, mas se esse versículo é uma dessas expressões. Parece que a totalidade desse capítulo apresenta uma defesa bem elaborada que gira em torno de uma clara distinção entre aqueles territórios excluídos da herança de Israel (Edom, Moabe, Amom) e aqueles incluídos em sua herança (Basã, Gileade, Mishor). Nesse aspecto, parece que o versículo 12 afirma que tanto Edom quanto Israel receberam seus respectivos territórios devido à prerrogativa soberana, não à habilidade militar. Por causa disso, identifica-se um claro motivo teológico de por que Israel não deve conquistar terras além de seu próprio perímetro (cp. Jz 11:13-28; 2Cr 20:10; v. tb. Dt 2:20-22 - um êxodo amonita e edomita?). Se esse é o caso, então o versículo 12 é parte da estrutura de toda a narrativa e não pode ser facilmente rejeitado sob a alegação de trabalho editorial. Mas, mesmo que o versículo 12 seja interpretado como inserção posterior, ainda continua havendo uma nítida afirmativa semelhante nos versículos 24:31, os quais normalmente não são considerados inserções posteriores.30 Se a interpretação correta desses versículos é que, no desenvolvimento do tema, os acontecimentos históricos em torno da derrota dos reis Siom e Ogue fazem parte integral da narrativa como um todo, então o versículo 12 é uma declaração totalmente lúcida e clara sobre a fronteira oriental de Israel (Js 12:6).

2. Por determinação de Deus, na designação das cidades de refúgio (Nm 35:9-34; Dt 4:41-43; 19:1-10; Js 20:1-9) e das cidades levíticas (Lv 25:32-33; Nm 35:1-8; Js 21:8-42; 1Cr 6:54-81) levou-se devidamente em conta o território a leste do rio Jordão; no caso das cidades levíticas, dez das 48 estavam situadas em território transjordaniano. Enquanto o território da tribo de Manassés foi dividido como consequência do pedido daquela própria tribo, a herança territorial de Levi foi repartida por ordem divina, uma ideia que parece ilógica e até mesmo absurda caso se devam excluir, da herança de Israel, os territórios a leste do Jordão.

3. As atitudes demonstradas por Moisés (Nm
32) e Josué (Is
22) são consistentes com essa tese. Embora no início Moisés tenha feito objeção quando confrontado com o pedido de herança na Transjordânia, é crucial entender a natureza de sua resposta. Ele destacou que havia sido um esforço nacional que levara ao controle israelita dos territórios orientais; qualquer diminuição de esforço poderia enfraquecer a resolução das tribos restantes e conduzir, em última instância, à condenação divina. Como resultado, Moisés estabeleceu uma pré-condição antes de as duas tribos e meia poderem receber a herança transiordaniana: seus homens armados deviam se juntar aos demais na luta para conquistar Canaã! A preocupação de Moisés não era que isso seria irreconciliável com o plano e propósitos de Deus, mas que houvesse justiça e se evitasse o desânimo. Mais tarde, quando as duas tribos e meia cumpriram o voto e a terra de Canaã foi conquistada, Josué, orientado por Deus, despachou aquelas tribos - com a bênção e a instrução do do Senhor - para a herança que tinham por direito.

E possível que se levante a objeção de que essa hipótese não se harmoniza com Números 34:10-12, em que o rio Jordão claramente demarca a fronteira oriental. Pode-se talvez tratar essa objeção tanto geopolítica quanto contextualmente. Por um lado, é possível argumentar que Números 34 está delineando as fronteiras da terra de Canaã (que no lado oriental se estendia até o Jordão) e não a totalidade da terra dada ao Israel bíblico (v. 2,29). Por outro lado, parece que o contexto de Números 34 se refere à terra que, naquela época, continuava não conquistada, mas que, por fim, seria ocupada pelas restantes nove tribos e meia (v. 2,13-15; cp. Dt 1:7-8). Sendo um objetivo territorial que ainda não tinha sido alcançado na narrativa, aquela área delimitada se contrapunha claramente aos territórios já conquistados e anteriormente controlados por Siom e Ogue (Nm 21), mas agora teoricamente dados às tribos de Rúben, Gade e Manassés Oriental (Nm 32). Por isso, parece que Números 34 descreve um território que ainda devia ser conquistado (Canaã), em contraste com a totalidade do território que Deus dividiu e destinou para ser a herança do Israel bíblico. À luz dessas considerações parece, então, que não há necessariamente nenhuma discrepância entre essa narrativa, outros textos bíblicos relacionados à posição da fronteira oriental e uma hipótese que situa a divisa oriental ao longo da fronteira do grande deserto Oriental.

FRONTEIRA SUL
(Nm 34:3-5; Js 15:1-4; cp. Ez 47:19-48.
28) À questão crucial a decidir sobre a fronteira sul de Israel é onde essa fronteira encostava no mar Mediterrâneo. Isso acontecia no "rio" do Egito (o trecho mais a leste do delta do Nilo) ou no "ribeiro/uádi" do Egito (o u. el-Arish)? Todos os quatro textos bíblicos que delineiam a fronteira sul de Israel empregam o lexema nahal ("ribeiro/uádi") e não nahar ("rio").31 A expressão "o uádi [da terra) do Egito" ocorre em textos cuneiformes já da época de Tiglate-Pileser III e Sargão II, textos esses que descrevem ações militares ao sul de Gaza, mas não dentro do Egito.32 Na descrição de como Nabucodonosor tentou formar um exército para guerrear contra os medos, o livro de Judite (1.7-11) fornece uma lista detalhada de lugares: Cilícia, Damasco, as montanhas do Líbano, Carmelo, Gileade, Alta Galileia, Esdraelom, Samaria, Jerusalém... Cades, o uádi do Egito, Tafnes, Ramessés, Goshen, Mênfis e Etiópia. A sequência geográfica desse texto está claramente prosseguindo para o sul, situando então o uádi do Egito entre Cades (ou Cades-Barneia ou Cades de Judá) e Tafnes (T. Defana, um posto militar avançado na principal estrada entre a Palestina e o delta do Nilo) [v. mapa 33]. Também se deve observar que, em Isaías 27.12, a Lxx traduz nahal misrayim ("ribeiro/uádi do Egito") como Rhinocorura, a palavra grega que designa a colônia do período clássico que, hoje em dia, é ocupada pela cidadezinha de El-Arish .33 O vasto sistema do uádi el-Arish é o aspecto geográfico mais proeminente ao sul das áreas povoadas da Palestina. Ele tem um curso de quase 240 quilômetros antes de desaguar no mar Mediterrâneo cerca de 80 quilômetros ao sul de Gaza, drenando a maior parte do norte do Sinai, as regiões ocidentais do moderno Neguebe e parte do sul da Filístia . Às vezes, na descrição feita por geógrafos modernos, o uádi el-Arish está situado numa fronteira geológica natural entre o planalto do Neguebe e o Sinai.3 Todos esses dados favorecem a identificação do "ribeiro/uádi do Egito" que aparece na Biblia com o uádi el-Arish.35 Relacionada a esses dados está a questão da localização de Cades-Barneia. Ao longo da margem ocidental do moderno planalto do Neguebe, existem três fontes importantes que têm sido associadas com esse local: Ain Qadeis, Ain Qudeirat (cerca de 11 quilômetros a noroeste) e Ain Quseima (6 quilômetros ainda mais a noroeste). Todas as três fontes estão localizadas ao longo do limite geológico do u. el-Arish, nenhuma é claramente eliminada com base em restos de artefatos de cerâmica e cada uma oferece dados próprios a considerar quando se procura determinar a localização de Cades-Barneia. A candidatura de Ain Oadeis se fundamenta em três considerações: (1) Cades-Barneia aparece antes de Hazar-Hadar e Azmom nas duas descrições biblicas de fronteira (Nm 34:4: Is 15:3-4) que apresentam uma sequência leste-oeste; (2) esse lugar tem o mesmo nome da cidade bíblica; (3) está localizado junto à margem de uma ampla planície aberta, capaz de acomodar um grande acampamento.
Agin Qudeirat tem a vantagem de um suprimento de água abundante, de longe o maior da região. E Ain Queima está localizada bem perto de um importante cruzamento de duas estradas que ligam o Neguebe ao Sinai e ao Egito . Por esse motivo, não é de surpreender que, num momento ou noutro, cada um dos três locais tenha sido identificado como Cades-Barneia. Com base nos textos bíblicos, infere-se que Israel acampou em Cades-Barneia a maior parte dos 40 anos (Dt 1:46-2.14). Em termos geográficos, toda essa área apresenta um ambiente em geral adverso e desolador para a ocupação humana, de modo que é possível que todos esses três lugares e também todo o território intermediário fossem necessários para acomodar o acampamento de Israel. De qualquer maneira, por razões de praticidade, o mapa situa Cades-Barneia em Ain Oadeis, Hazar-Hadar em Ain Oudeirat e Azmom em Ain Queima, embora essas identificações sejam bastante provisórias. Assim como aconteceu com as demais, é muito provável que a fronteira sul de Israel tenha sido estabelecida basicamente em função de aspectos geográficos naturais. Seguindo uma linha semicircular e saindo do mar Morto, essa fronteira provavelmente se estendia na direção sudoeste, passando pelo Vale do Rifte e por Tamar, e indo até as cercanias do uádi Murra. Daí prosseguia, passando pela serra de Hazera e chegava à subida de Acrabim ("subida dos escorpiões"), que em geral é associada a Negb Safa.3 Ali uma antiga estrada israelense vem de Berseba, atravessa lebel Hathira e chega, numa descida ingreme, até o uádi Murra A partir daí é razoável inferir que a fronteira continuava a seguir o contorno do uádi, num curso para o sudoeste, até que alcançava as proximidades de um corredor estreito e diagonal de calcário turoniano que se estende por cerca de 50 quilômetros, desde o monte Teref até o monte Kharif, e separa o pico de Rimom da área de terra eocena logo ao norte. Depois de atravessar até a outra extremidade desse corredor, fica-se a uma distância de apenas uns oito quilômetros do curso superior do uádi Kadesh (um tributário do sistema de drenagem el-Arish). Seguindo o tributário, passando por Ain Qadeis (Cades-Barneia), então por Ain Qudeirat e Ain Queima, parece que a fronteira meridional seguia ao longo de todo esse "ribeiro/uádi do Egito" até o Mediterrâneo.

PALESTINA - relevo e vegetação
PALESTINA - relevo e vegetação
PALESTINA - Fronteira
PALESTINA - Fronteira

AS CIDADES LEVÍTICAS E AS CIDADES DE REFÚGIO

Como parte do processo de distribuição territorial, membros da tribo de Levi viajaram a Siló, onde a questão de sua herança foi tratada à parte e detalhadamente. Levi não recebeu nenhuma porção determinada e independente de terra tribal (Js 13:14-33; 14.36,4; 18.7; cp. Js 21). Em vez disso, um total de 48 cidades e respectivas pastagens ao redor foram dadas aos levitas mediante sorteio e ocupadas de acordo com suas linhagens (Is 21:41; cp. Nm 35:7). As genealogias bíblicas atribuem três filhos a Levi: Gérson, Coate e Merari (Gn 46:11; Ex 6:16; Nm 3:17-26.57; 1Cr 6:16-23.6). Contudo, como a genealogia de Coate incluía Arão e Moisés, o registro bíblico se aprofundou na denominada "linhagem araônica" e lhe concedeu status sacerdotal mais elevado (1Cr 6:2-15). Como consequência, a narrativa de losué 21 e o texto sinótico de 1 Crônicas 6 dividiram os levitas em quatro famílias identificáveis, em vez de três, e a classificação das cidades foi feita basicamente no sentido horário, começando em Judá:

Uma análise do mapa deixa claro que algumas cidades levíticas estavam situadas em território que ficava fora da área controlada permanentemente por Israel e que só veio a ser dominado pelos israelitas na época de Davi e Salomão (e.g., Gezer, Taanaque, Ibleão, Naalal e Reobe [Jz 1]). Além disso, umas poucas cidades levíticas situadas dentro da área controlada permanentemente por Israel não revelam indícios arqueológicos claros de ocupação antes da época da monarquia israelita (e.g., Gola, Mefaate, Hesbom, Estemoa [?]) 16 Isso talvez indique uma propensão editorial por detalhes e por registro de dados do tipo que se vê claramente no período monárquico. Ou, à semelhança da distribuição territorial encontrada logo antes, nos capítulos 13:19, essa lista de cidades reflita talvez uma perspectiva ideal/ utópica daquilo que, em termos abstratos, foi atribuído às várias tribos e no devido tempo iria ocorrer na nação de Israel.161 Em vista do papel central e influente dos sacerdotes, em particular na história pré-monárquica de Israel, é talvez surpreendente que algumas cidades ligadas a atividades sacerdotais de uma época mais antiga não tenham sido identificadas como cidades levíticas e não tenham sido incluídas nessa lista. Lugares excluídos foram, por exemplo, Betel (Gn 12:8-35.
7) e Berseba (Gn 26:23), que são os primeiros lugares citados nos textos bíblicos em que os patriarcas de Israel erigiram altares em Canaa e adoraram lahweh. Gilgal (Js 4:19), Siló (Js 18:1-19.51; Jz 18:31-1Sm 2.14b; 4,4) e Betel (Jz 20:26), locais em que a arca da alianca esteve abrigada no Israel antigo, estão ausentes da lista. Também faltam Ramá e Mispá de Benjamim (1Sm 7:15-17), locais associados ao vidente Samuel, que ofereceu sacrifícios pelo povo de Israel (1Sm 9:9), ungiu Saul e Davi (1Sm 10:1-16.
13) e desempenhou um papel pioneiro na ordem eclesiástica pré-monárquica de Israel (1Sm 7:9-9.13 10:8-16:1-5). Por fim, seis cidades levíticas também foram separadas para serem "cidades de refúgio/asilo" (Is 20:2; Nm 35:6). Essa era uma terra em que a justiça era, em grande parte, ministrada no nível local. O derramamento de sangue "profanava a terra" e requeria vingança (Nm 35:33-34) - a qual era de responsabilidade do parente mais próximo ou então de um representante dos anciãos de determinada cidade, designado "vingador do sangue" (Nm 35:12; Dt 19:6-12; Js 20:3-5,9). 162 Por isso, era preciso também tratar da questão de proteger quem era realmente inocente. Começando já na legislação sinaítica, Israel mantinha uma clara distinção entre assassínio premeditado (Êx 21.12,14,15) e homicídio inocente (Èx 21.13). Como consequência, nesse aspecto a lei cuidou de criar um "espaço seguro" (Nm 35:6-9- 15; Dt 4:41-43; 19:1-10), que eram essas seis cidades que Josué separou para ministração da justiça no caso de homicídio acidental (bishgaga, "por engano") ou sem intenção (bli-daat, "sem conhecimento"). A pessoa responsável pelo homicídio tinha acesso à justiça. Uma vez que todos esses seis lugares eram cidades levíticas, ocupadas por aqueles incumbidos dos deveres sacerdotais de adoração e instrução na lei (Nm 1:47- 54; 3:5-10; Dt 10:8-33:8-10), é razoável supor que os ensinos da aliança sinaítica a respeito do assunto tenham sido conhecidos e praticados naqueles lugares. Três cidades de refúgio foram escolhidas em ambos os lados do rio Jordão, localizadas em pontos de fácil acesso. Os seis locais, dentro de regiões diferentes sob o controle de Israel (Js 20:7-9), propiciavam acesso razoavelmente igual para todas as tribos (v. a localização de Quedes (T. Qedesh), em Naftali; Siquém (T. el-Balata), em Manassés do Oeste; Hebrom (j. er-Rumeida), em Judá; Gola (Sahm el-Jaulan), em Manassés do Leste; Ramote-Gileade (T. ar-Ramith), em Gade; e Bezer (Umm al-'Amad), em Rúben].

AS CIDADES LEVÍTICAS E AS CIDADES DE REFÚGIO
AS CIDADES LEVÍTICAS E AS CIDADES DE REFÚGIO

CIDADES DO MUNDO BÍBLICO

FATORES QUE INFLUENCIARAM A LOCALIZAÇÃO
Várias condições geográficas influenciaram a localização de assentamentos urbanos no mundo bíblico. Em termos gerais, nesse aspecto, eram cinco os principais fatores que podiam ser determinantes:


(1) acesso à água;
(2) disponibilidade de recursos naturais;
(3) topografia da região;
(4) topografia do lugar;
(5) linhas naturais de comunicação. Esses fatores não eram mutuamente excludentes, de sorte que às vezes era possível que mais de um influenciasse na escolha do lugar exato de uma cidade específica.


O mais importante desses fatores era a ponderação sobre o acesso à água, em especial antes da introdução de aquedutos, sifões e reservatórios. Embora seja correto afirmar que a água era um aspecto central de todos os assentamentos num ambiente normalmente árido, parece que a localização de algumas cidades dependeu exclusivamente disso. Dois exemplos são: Damasco (situada no sopé oriental dos montes Antilíbano, num vasto oásis alimentado pelos caudalosos rios Abana e Farfar (2Rs 5:12) e Tadmor (localizada num oásis luxuriante e fértil no meio do deserto Oriental). Devido à disponibilidade de água doce nesses lugares, aí foram encontrados assentamentos bem anteriores à aurora da história bíblica, e esses dois estão entre alguns dos assentamentos mais antigos ocupados ininterruptamente no mundo bíblico. Outras cidades foram estabelecidas de modo a estarem bem perto de recursos naturais. A localização de Jericó, um dos assentamentos mais velhos da antiga Canaã, é uma excelente ilustração. A Jericó do Antigo Testamento foi construída ao lado de uma fonte excepcionalmente grande, mas também é provável que a cidade tenha sido estabelecida ali porque aquela fonte ficava perto do mar Morto e de seus recursos de betume. O betume era um produto primário de grande valor, com inúmeros usos. Na Antiguidade remota, o mar Morto era uma das poucas fontes conhecidas desse produto, de sorte que o betume dali era recolhido e transportado por todo o Egito e boa parte do Crescente Fértil. Como consequência, uma motivação econômica inicialmente levou à região uma colônia de operários e logo resultou na fundação de uma povoação nas proximidades. De modo análogo, a localização da antiga cidade de Sardes, situada próxima da base do monte Tmolo e junto do ribeiro Pactolo, foi com certeza determinada pela descoberta de ouro naquele lugar, o que criou sua renomada riqueza.
Sabe-se de moedas feitas com uma liga de ouro e prata que foram cunhadas em Sardes já no sétimo século a.C.
A localização de algumas cidades se deveu à topografia da região. Já vimos como a posição de Megido foi determinada para controlar um cruzamento de estradas num desfiladeiro na serra do monte Carmelo. Da mesma maneira, a cidade de Bete-Horom foi posicionada para controlar a principal via de acesso para quem vai do oeste para o interior das montanhas de Judá e Jerusalém. A topografia regional também explica a posição de Corinto, cidade portuária de localizacão estratégica que se estendeu desordenadamente no estreito istmo de 5,5 quilômetros de terra que separa o mar Egeu do mar Adriático e forma a única ligação entre a Grécia continental e a península do Peloponeso.
Outras cidades estavam situadas de acordo com o princípio de topografia local. Com exceção do lado norte, em todos os lados Jerusalém estava rodeada por vales profundos com escarpas superiores a 60 metros. Massada era uma mesa elevada e isolada, cercada por penhascos rochosos e escarpados de mais de 180 metros de altura em alguns lugares.
A cidade de Samaria estava em cima de uma colina isolada de 90 metros de altura e cercada por dois vales com encostas íngremes. Como consequência da topografia local, essas cidades comumente resistiam melhor a ataques ou então eram conquistadas só depois de um longo período de cerco. Por fim, linhas naturais de comunicação podem ter determinado a localização de alguns assentamentos urbanos. Uma ilustracão clássica desse critério é Hazor - uma plataforma bastante fortificada, uma capital de província (Is 11:10) e um tell de 0,8 quilômetros quadrados que era um dos maiores de Canaã. A localização da cidade foi ditada pela posição e trajeto da Grande Estrada Principal. Durante toda a Antiguidade, Hazor serviu de porta de entrada para a Palestina e pontos mais ao sul, e com frequência textos seculares se referem a ela associando-a ao comércio e ao transporte. Da mesma forma, é muito provável que linhas de comunicação tenham sido o fator determinante na escolha do lugar onde as cidades de Gaza e Rabá/Ama vieram a ser estabelecidas.
Também é muito improvável que várias cidades menores iunto à via Inácia, a oeste de Pela (Heracleia, Lychnidos e Clodiana), tivessem se desenvolvido não fosse a existência e a localização dessa artéria de grande importância. E existem localidades ao longo da Estrada Real da Pérsia (tais como Ciyarbekir e Ptéria) cuja proeminência, se não a própria existência, deve-se à localizacão daquela antiga estrada. Como os fatores que determinavam sua localização permaneciam bem constantes. no mundo bíblico cidades tanto pequenas quanto grandes experimentavam, em geral, um grau surpreendente de continuidade de povoação. Mesmo quando um local era destruído ou abandonado por um longo período, ocupantes posteriores eram quase sempre atraídos pelo(s) mesmo(s) fator(es) que havia(m) sido determinante(s) na escolha inicial do lugar. Os colonos subsequentes tinham a satisfação de poder usar baluartes de tijolos cozidos, segmentos de muros ainda de pé, pisos de terra batida, fortificações, silos de armazenagem e poços. À medida que assentamentos sucessivos surgiam e caíam, e com frequência as cidades eram muitas vezes construídas literalmente umas em cima das outras, a colina plataforma (tell) em cima da qual se assentavam (Js 11:13; Jr 30:18-49.
2) ia ficando cada vez mais alta, com encostas mais íngremes em seu perímetro, o que tornava o local gradativamente mais defensável. Quando esse padrão se repetia com frequência, como é o caso de Laquis, Megido, Hazor e Bete-Sea, o entulho de ocupação podia alcançar 20 a 30 metros de altura.

A CORRETA IDENTIFICAÇÃO DE CIDADES ANTIGAS
Isso leva à questão da identificação de locais, o que é crucial para os objetivos de um atlas bíblico. A continuidade de ocupação é útil, mas a identificação segura de lugares bíblicos não é possível em todos os casos devido a dados documentais insuficientes e/ou a um conhecimento limitado da geografia. Muitos nomes não foram preservados e, mesmo quando um topônimo sobreviveu ou, em tempos modernos, foi ressuscitado e aplicado a determinado local, tentativas de identificação podem estar repletas de problemas. Existem casos em que um nome específico experimentou mudança de local. A Jericó do Antigo Testamento não ficava no mesmo lugar da Jericó do Novo Testamento, e nenhum dos dois. lugares corresponde à moderna Jericó. Sabe-se que mudanças semelhantes ocorreram com Siquém, Arade, Berseba, Bete-Sea, Bete-Semes, Tiberíades etc. Mudanças de nomes também acontecem de uma cultura para outra ou de um período para outro. A Rabá do Antigo Testamento se tornou a Filadélfia do Novo Testamento, que, por sua vez, transformou-se na moderna Amã. A Aco do Antigo Testamento se tornou a Ptolemaida do Novo Testamento, que, por sua vez, tornou-se a Acre dos cruzados.
A Siquém do Antigo Testamento se tornou a Neápolis do Novo Testamento, a qual passou a ser a moderna Nablus. E em alguns casos uma mudança de nome aconteceu dentro de um Testamento (e.g., Luz/Betel, Quiriate-Arba/Hebrom, Quiriate-Sefer/Debir e Laís/Dá). Frequentemente a análise desses casos exige uma familiaridade bastante grande com a sucessão cultural e as inter-relações linguísticas entre várias épocas da história da Palestina. Mesmo assim, muitas vezes a identificação do lugar continua difícil. Existe também o problema de homonímia: mais de um lugar pode ter o mesmo nome. As Escrituras falam de Afeque ("fortaleza") 143 no Líbano (Js 13:4), na planície de Sarom (1Sm 4:1), na Galileia (Js 19:30) e em Gola (1Rs 20:26-30). I Existe Socó ("lugar espinhoso") 45 na Sefelá (1Sm 17:1), em Judá (Is 15:48) e na planície de Sarom (1Rs 4:10). 16 Conforme ilustrado aqui, normalmente a homonímia acontece devido ao fato de os nomes dos lugares serem de sentido genérico: Hazor significa "terreno cercado", Belém significa "celeiro", Migdal significa "torre", Abel significa "campina", Gibeá significa "colina'", Cades significa "santuário cultual", Aim significa "fonte", Mispá significa "torre de vigia", Rimom significa "romã/ romázeira" e Carmelo significa "vinha de Deus". Por isso não é surpresa que, na Bíblia, mais de um lugar seja associado com cada um desses nomes. Saber exatamente quando postular outro caso de homonímia sempre pode ser problemático na criação de um atlas bíblico. Outra dimensão da mesma questão complexa acontece quando um mesmo nome pode ser aplicado alternadamente a uma cidade e a uma província ou território ao redor, como no caso de Samaria (1Rs 16:24, mas 1Rs 13:32), Jezreel (1Rs 18:45-46, mas Js 17:16), Damasco (Gn 14:15, mas Ez 27:18) ou Tiro (1Rs 7:13, mas 2Sm 24:7).
A despeito dessas dificuldades, em geral três considerações pautam a identificação científica de lugares bíblicos: atestação arqueológica, tradição ininterrupta e análise literária/ topográfica."7 A primeira delas, que é a mais direta e conclusiva, identifica determinada cidade por meio de uma inscrição desenterrada no lugar. Embora vários exemplos desse tipo ocorram na Síria-Mesopotâmia, são relativamente escassos na Palestina. Documentação assim foi encontrada nas cidades de Gezer, Arade, Bete-Sea, Hazor, Ecrom, Laquis, Taanaque, Gibeão, Dá e Mefaate.


Lamentavelmente a maioria dos topônimos não pode ser identificada mediante provas epigráficas, de modo que é necessário recorrer a uma das outras duas considerações. E possivel utilizar a primeira delas, a saber, a sobrevivência do nome, quando, do ponto de vista léxico, o nome permaneceu o mesmo e nunca se perdeu a identidade do local. Esse critério é suficientemente conclusivo, embora se aplique a bem poucos casos: Jerusalém, Hebrom, Belém e Nazaré. Muitos lugares modernos com nomes bíblicos são incapazes de oferecer esse tipo de apoio de tradição ininterrupta. Como consequência, tendo em vista as mudanças de nome e de lugar, isso suscita a questão óbvia - que continua sendo debatida em vários contextos - de até que ponto essas associações são de fato válidas. Aparentemente essas transferências não aconteceram de forma aleatória e impensada. Mudanças de localização parecem estar confinadas a um raio pequeno. Por exemplo, a Jericó do Antigo Testamento, a Jericó do Novo Testamento e a moderna Jericó estão todas dentro de uma área de apenas 8 quilômetros, e em geral o mesmo se aplica a outras mudanças de localização.
Ocasionalmente, quando acontece uma mudança de nome, o nome original do lugar é preservado num aspecto geográfico das proximidades. O nome Bete-Semes (T. er-Rumeilah) se reflete numa fonte contígua (Ain Shems); da mesma forma, Yabis, o nome moderno do uádi, é provavelmente uma forma que reflete o nome do local bíblico de Jabes(-Gileade], ao lado do qual ficava, na Antiguidade. Quando os dados arqueológicos proporcionam provas irrefutáveis do nome bíblico de um local, é bem comum que aquele nome se reflita em seu nome moderno. Por exemplo, a Gibeão da Bíblia é hoje em dia conhecida pelo nome de el-Jib; o nome Taanaque, que aparece na Bíblia, reflete-se em seu nome moderno de T. Tilinnik; a Gezer bíblica tem o nome refletido no nome moderno T. Jezer. Conquanto a associação de nomes implique alguns riscos, com frequência pode propiciar uma identificação altamente provável.
Um terceiro critério usado na identificação de lugares consiste em análise literária e topográfica. Textos bíblicos frequentemente oferecem uma pista razoavelmente confiável quanto à localização aproximada de determinado lugar. Um exemplo é a localização da Ecrom bíblica, uma das principais cidades da planície filisteia. As Escrituras situam Ecrom junto à fronteira norte da herança de Judá, entre Timna e Siquerom (Is 15:11), embora, na verdade, o local tenha sido designado para a tribo de Da (Is 19:43). Nesse aspecto, a sequência das cidades neste último texto é significativa: Ecrom está situada entre as cidades da Sefelá (Zorá, Estaol, Bete-Semes e Aijalom) e outras situadas nas vizinhanças de Jope, no litoral (Bene-Beraque e Gate-Rimom), o que fortalece a suposição de que se deve procurar Ecrom perto da fronteira ocidental da Sefelá (Js 19:41-42,45). Além do mais, Ecrom era a cidade mais ao norte dentro da área controlada pelos filisteus (Js 13:3) e era fortificada (1Sm 6:17-18). Por fim, Ecrom estava ligada, por uma estrada, diretamente a Bete-Semes e, ao que se presume, separada desta última por uma distância de um dia de viagem ou menos (1Sm 6:12-16). Desse modo, mesmo sem o testemunho posterior de registros neoassírios,149 Ecrom foi procurada na moderna T. Migne, um tell situado onde a planície Filisteia e a Sefelá se encontram, na extremidade do vale de Soreque, no lado oposto a Bete-Semes.
Ali, a descoberta de uma inscrição que menciona o nome do lugar bíblico confirmou a identificação.150 Contudo, existem ocasiões em que a Bíblia não fornece dados suficientes para identificar um lugar. Nesses casos, o geógrafo histórico tem de recorrer a uma análise de fontes literárias extrabíblicas, do antigo Egito, Mesopotâmia, Síria ou Ásia Menor. Alternativamente, a identificação de lugares é com frequência reforçada por comentários encontrados em várias fontes:


De qualquer maneira, mesmo quando todas essas exigências são atendidas, não se deve apresentar como definitiva a identificação de lugares feita apenas com base em análise topográfica. Tais identificações só devem ser aceitas tendo-se em mente que são resultado de uma avaliação probabilística.

Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais sítios arqueológicos no mundo bíblico
Principais sítios arqueológicos no mundo bíblico
Principais sítios arqueológicos da Palestina
Principais sítios arqueológicos da Palestina

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Gênesis e as viagens dos patriarcas

Informações no mapa

Carquemis

Alepo

Ebla

Hamate

Tadmor (Palmira)

Hobá

Sídon

Damasco

GRANDE MAR

Tiro

Asterote-Carnaim

Megido

Dotã

Siquém

Sucote

Penuel

Betel

Gileade

Belém

CANAÃ

Gaza

Hebrom

MOABE

Torrente do Egito

Gerar

Berseba

Poço de Reobote

Bozra

Sur

Poço de Beer-Laai-Roi

Gósen

Ramessés

Om

Mênfis

EGITO

Rio Nilo

Cades, En-Mispate

Deserto de Parã

EDOM, SEIR

Temã

Avite

El-Parã (Elate)

Harã

PADÃ-ARÃ

Rio Eufrates

Mari

ASSÍRIA

Nínive

Calá

Assur

Rio Hídequel (Tigre)

MESOPOTÂMIA

ELÃO

Babel (Babilônia)

SINEAR (BABILÔNIA)

CALDEIA

Ereque

Ur

Siquém

Sucote

Maanaim

Penuel, Peniel

Vale do Jaboque

Rio Jordão

Betel, Luz

Ai

Mte. Moriá

Salém (Jerusalém)

Belém, Efrate

Timná

Aczibe

Manre

Hebrom, Quiriate-Arba

Caverna de Macpela

Mar Salgado

Planície de Savé-Quiriataim

Berseba

Vale de Sidim

Neguebe

Zoar, Bela

?Sodoma

?Gomorra

?Admá

?Zeboim


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

EFRAIM

Atualmente: ISRAEL
Região da Tribo de Israel. João 11:5
Mapa Bíblico de EFRAIM


SIQUÉM

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:32.2, Longitude:35.3)
Atualmente: ISRAEL
Primeiro acampamento israelita dentro dos limites de ISRAEL. José foi a Siquém para ver seus irmãos e os rebanhos. Capital do reino de Israel no reinado de Jeroboão I. Centro da comunidade samaritana no tempo de Alexandre Magno. Cidade citada em Atos 7:16

Deus ordenou que Abraão saísse de Harã e fosse a um lugar onde se tornaria pai de uma grande nação (Gênesis 12:1-2). Então, Abraão, Ló e Sara viajaram para a terra de Canaã e se estabeleceram perto da cidade de Siquém (Gênesis 12:6). Local do tradicional Poço de Jacó, é chamada de Sicar em João 4
Mapa Bíblico de SIQUÉM



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Crônicas Capítulo 6 do versículo 1 até o 81
G. A TRIBO DE LEVI, 1Cron 6:1-81

O texto destes versículos está repetido e expandido nos capítulos 23:26. Aqui há um registro dos descendentes de Levi, a linhagem dos sumos sacerdotes até o cativeiro, e a enumeração das cidades levitas. A abundância de detalhes e a repetição aqui refletem a importância que o cronista dava à adoração daqueles que retornavam.

  • A Linhagem do Sumo Sacerdote (6:1-15)
  • A genealogia começa com os três filhos de Levi (1) e prossegue através do segundo, Coate, a Anrão (2). Em seguida, Arão, Moisés e Miriã (3). A linhagem continua atra-vés de Anrão e de seus quatro filhos. No versículo 3, os descendentes de Nadabe e Abiú são ignorados, como também acontece com a família de Itamar. A genealogia deste está apresentada em Samuel e em Reis (a casa de Eli).

    Nos versículos 4:15, as três omissões óbvias, desde Arão até o cativeiro são: (1) Joiada, II Reis 11:15; II Crônicas 22:11; (2) Urias, II Reiss 16.11,16; (3) o Azarias contemporâneo de Uzias e Ezequias, II Crônicas 26:17-20; 31.10. Jeozadaque é importante (15) por ter sido o último sacerdote antes da nação ter sido levada ao cativeiro em 586 a.C. Os versículos 49:53 são aparentemente paralelos a esta lista.

  • Gérson, Coate e Merari (6:16-30)
  • As três linhagens começam nos versículos 20:22-29, na ordem dada no versículo 16, e incluem todas as famílias dos levitas. Nos versículos 17:19, são citados todos os descendentes dos três filhos de Levi; e nos versículos 20:27-29 a linhagem continua so-mente através do mais velho.

    Aqui fica claro (27,28), ainda mais do que em I Samuel 1:1-8.2, que Samuel era filho de Elcana, um levita, e não de um "efraimita" ou "judeu".

  • Os Antepassados de Hemã, Asafe e Etã (6:31-48)
  • Hemã, Asafe e Etã são três músicos designados por Davi para o serviço do louvor em conexão com a arca do Senhor, em Jerusalém, antes e depois da construção do Templo. Os três filhos de Levi — Gérson, Coate e Merari — tiveram um filho ou um neto ao serviço da música. Nos versículos 33:38, a genealogia de Hemã é apresentada retrocedendo até o se-gundo filho de Coate. Nos versículos 39:43, a linhagem de Asafe é apresentada da mesma forma, até o neto de Gérson; e nos versículos 44:47, a linhagem de Etã retrocede até o segundo filho de Merari. Há diversas variações entre os versículos 20:28-33-38. Nenhu-ma destas listas teria que estar perfeitamente completa para servir aos propósitos do autor.

  • A Linhagem de Arão (6:49-53)
  • Este parágrafo deve ser encarado como um paralelo a 6:1-15, especialmente 4-8. Os nomes são exatamente os mesmos.

  • As Cidades Levitas (6:54-81)
  • Os seus castelos nas suas costas (54) significam "os seus acampamentos nos seus termos [ou limites]". O cronista reordenou e resumiu uma parte das informações encon-tradas em Josué 21:1-42. A variação usual na grafia dos nomes está presente. As cidades levitas, e os seus arrabaldes, (57), terras de pastagens, foram dadas aos três filhos de Arão (Coate, Gérson e Merari) e às suas famílias, lançando a sorte. Dentre as cidades levitas, seis foram designadas como uma classe especial de comunidades chamadas ci-dades de refúgio (67).

    Nos versículos 54:63 estão registradas, como em Josué 21:1ss., treze cidades que foram dadas por sorte aos coatitas (54) de Judá e Benjamim, e dez da meia-tribo de Manassés (cf. Js 21:5). Gérson (62) recebeu treze cidades (cf. Js 21:6) e Merari (63) doze cidades (cf. Js 21:7) — um total de quarenta e oito (Js 21:41).

    O registro dos versículos 54:63 não é uma lista completa. Em 64-81 existem mais detalhes em relação a que família foi entregue qual cidade, e de que tribo ela era originá-ria. De acordo com Números 35:6ss., havia seis cidades de refúgio, três do lado leste e três do lado oeste do Jordão, além de quarenta e duas adicionais de todas as tribos. Em Jusué 20.7,8, as seis cidades são especificamente mencionadas, e também de que tribo e de que região era cada uma delas. Não é fácil obter essas informações somente a partir de Josué 21 ou de I Crônicas 6:54-81. Comparando as duas narrativas, podemos identi-ficar: (1) Quedes ("sagrada") na Galiléia, no monte Naftali (1 Cron 6.72; Js 21:32) ; (2) Siquém ("ombro ou força") nas montanhas de Efraim (1 Cron 6.67; Js 21:21) ; (3) Hebrom ("companheirismo") ou Quiriate-Arba, na montanha de Judá (1 Cron 6.57; Js 21:13) ; (4) Bezer ("fortaleza") no deserto acima da planície da tribo de Rúben (1 Cron 6.78; Js 21:36) ; (5) Ramote ("exaltação") em Gileade, da tribo de Gade (1 Cron 6.73; Js 21:38) ; e (6) Golã ("alegria") em Basã, da meia-tribo de Manassés (1 Cron 6.71; Js 21:27). Mesmo nesta com-paração, é um pouco difícil ter certeza sobre Bezer em Josué 21:36. A passagem em Josué 20 é a que dá a orientação.

    As cidades de refúgio eram designadas àqueles que matassem alguém por acidente. Em uma destas seis cidades o homicida poderia encontrar segurança e proteção dos resultados de seu ato, até a morte do sumo sacerdote. Então ele estaria livre para voltar à sua própria cidade, a sua casa, família, e, ao seu trabalho. As cidades de refúgio são um belo tipo de Cristo. Como elas estavam no alto das montanhas e eram de fácil acesso a todas as tribos, dos dois lados do Jordão, assim também Jesus está acima de todos, mas disponível a todos aqueles que precisem dEle. As cidades eram bem marcadas e os seus nomes sugerem tudo aquilo que Cristo pode ser para o homem que está sujeito à pena de morte. Jesus, o nosso Sumo Sacerdote, por sua morte nos traz liberdade e libertação de todos os pecados. Que glorioso refúgio é o nosso Cristo! Não temos outro!


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de I Crônicas Capítulo 6 do versículo 1 até o 81
    *

    6:1

    Levi. Um longo relato sobre a tribo de Levi provê o pano-de-fundo quanto à disposição dos encarregados do templo na comunidade restaurada, após o exílio na Babilônia. O autor faz uma vinculação da monarquia davídica com a adoração no templo, em sua concepção de um povo restaurado. As considerações abrangem povos e territórios (1.5; 2.3 - 9.1, nota). A atenção dada a Levi revela a importância do templo e do sacerdócio. Se os exilados que voltaram quisessem ter a bênção de Deus, então a família real (Judá) e os encarregados pelo templo (Levi) também deviam continuar suas funções apropriadas (29.22, nota). A narrativa abrange os sacerdotes que descendiam de Arão, uma pesquisa sobre os três clãs de Levi, os músicos do templo designados por Davi (6.31-47) e os deveres dos filhos de Arão e de outras famílias. Essa narrativa provê um argumento racional para o funcionamento da tribo de Levi no período pós-exílio da Babilônia.

    * 6:8

    Zadoque. Ver nota em 15.11.

    * 6:10

    Azarias. Um interesse pelos preparativos do templo de Salomão como um modelo para ser seguido pela comunidade que retornara do exílio explica a relevância de um comentário sobre Azarias (1Rs 4:2 e Introdução: Características e Temas).

    * 6:14-15

    Jeozadaque. A linhagem sumo sacerdotal foi acompanhada até Jeozadaque, pai de Josué, que foi o sumo sacerdote no começo do período que se seguiu ao exílio babilônico (Ed 3:2; 5:2; 10:18; Ag 1:1; 2:2; Zc 3:1; 6:11).

    * 6.16-19

    Baseado em Êx 6:16-19; Nm 3:17-20; 26.57-61.

    * 6:22

    Aminadabe. Provavelmente outro nome para Isar (vs. 2, 37, 38; Êx 6:18,21).

    * 6:22-23

    Assir... Elcana... Ebiasafe. Todos esses homens eram filhos de Coré (Êx 6:24; conforme o v. 37).

    * 6:26-27

    Zofai... Naate... Eliabe. Provavelmente eram nomes alternativos para Zufe, Toá e Eliel (vs. 34,35).

    * 6:27-28

    Elcana... Samuel. 1Sm 1:1 faz Elcana e seus ancestrais remontar a Zofia (Zufe) como efraimitas. Essa designação pode ter indicado a localização onde ele morava, e não a sua tribo (1Sm 1:1, nota).

    * 6:31

    Davi constituiu. Davi nomeou grupos de cada um dos três clãs de Levi como músicos (15.16-26; 2Cr 35:3); a família de Hemã de Coate (vs. 33-38), a família de Asafe de Gérson (vs. 39-43) e a família de Etã, de Merari (vs. 44-47). É salientada a importância da música na adoração a Deus (15.16, nota), e o que é dito também fornece uma base para as funções desses clãs no período que se seguiu ao exílio babilônico.

    * 6:49

    tudo quanto Moisés... tinha ordenado. Ver nota em 16.40.

    * 6:53

    Zadoque. A consideração sobre as famílias dos levitas é concluída observando-se o direito exclusivo dos zadoquitas de oferecerem sacrifícios por serem descendentes diretos de Arão. Talvez tenha havido alguma controvérsia, entre as famílias dos levitas, sobre isso, no tempo em que o livro estava sendo escrito (15.11, nota).

    * 6:60

    arredores. Áreas ao redor das cidades, usadas como pastagem.

    * 6:64

    Neste relato (vs. 54-81), fundamentado em Js 21:4-48, o autor salienta a vasta área que pertencera a Levi. A maior parte dos lugares citados ficava fora das fronteiras da província ocupada depois da volta do exílio, sugerindo a esperança de que a comunidade restaurada se expandisse (2.42, nota).



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de I Crônicas Capítulo 6 do versículo 1 até o 81
    6.1ss A tribo do Leví foi separada para servir a Deus no tabernáculo (Números 3:4) e mais tarde no templo (I Crônicas 23:26). Arão, descendente do Leví (6.3), chegou a ser o primeiro supremo sacerdote do Israel. Deus ordenou que todos os futuros sacerdotes fossem descendentes do Arão. O resto dos levita ajudava aos sacerdotes nos diversos deveres do tabernáculo ou do templo, e ajudava a ensinar a Palavra de Deus às pessoas e lhes respirar a obedecê-la.

    6:3 As pessoas enumeradas aqui tiveram papéis importantes no drama do êxodo. A história do Arão se encontra nos livros do Exodo, Levítico e Números. Seu perfil se encontra no Exodo 32. Moisés foi um dos maiores profetas e líderes da história do Israel. Sua história se encontra nos livros do Exodo, Levítico, Números e Deuteronomio. Seu perfil se encontra no Exodo 14. A história da María, irmã do Moisés e Arão, encontra-se no Exodo 2; Ex 15:20-21; Números 12; Ex 20:1. Seu perfil se encontra em Números 13. Nadab e Abiú morreram por desobedecer a Deus (Levítico 10). Eleazar chegou a ser supremo sacerdote do Israel depois do Arão (Nu 20:24-28), e Itamar jogou um papel muito importante na organização dos serviços de adoração do tabernáculo (Nu 4:28, Nu 4:33; Nu 7:8).

    6:28 Quando Samuel chegou a ser líder e porta-voz de Deus, Israel estava a ponto de um colapso. Os últimos capítulos do livro de Juizes, ilustram-nos vividamente a decadência moral da nação e a queda resultante. Mas com a ajuda de Deus, Samuel quase por sua conta levou a nação da ruína ao avivamiento. Unificou ao povo ao lhes mostrar que Deus era sua único líder e que qualquer nação que enfocasse sua atenção no encontraria e alcançaria seu verdadeiro propósito. Para o resto da história do Samuel, e para saber como estabeleceu regras para governar uma nação apoiada em princípios espirituais, veja o livro 1 Smamuel e seu perfil no capítulo 7.

    6:31 O rei Davi fez muito para trazer a música na adoração. Estabeleceu diretores de canto e coros para elogiar a Deus no templo (capítulo 25). Quando jovem e devido a seu talento, Davi foi contratado como harpista do rei Saul (1Sm 16:15-23). Além disso escreveu muitas das canções que integram o livro de Salmos.

    6.31ss Os construtores e os artesãos tinham terminado o templo, e lhes deu suas responsabilidades para cuidar dele aos sacerdotes e levita. Agora era o momento para outro grupo de pessoas -os músicos- para exercitar seus talentos para Deus. Aqui se registram algumas das pessoas que serviram com a música. Você não tem que ser um ministro ordenado para ter um lugar importante no corpo de crentes. Construtores, artesãos, ajudantes nos serviços, membros do coro, diretores de canto, todos eles podem fazer grandes contribuições. Deus lhe deu uma combinação única de talentos. as use para servi-lo e honrá-lo ao.

    6:49 Arão e seus descendentes seguiram estritamente os detalhes de adoração ordenados Por Deus através do Moisés. Não seguiram só aqueles mandamentos que queriam obedecer. Tome nota do que aconteceu a Uza quando esqueceu detalhes muito importantes sobre o manejo do arca do pacto (1Cr 13:6-10). Não devemos tentar obedecer a Deus em forma seletiva, escolhendo os mandatos que obedeceremos e os que ignoraremos. A Palavra de Deus tem autoridade sobre todos os aspectos de nossa vida, não só em porções selecionadas.

    6:49 Para maior informação a respeito dos sacerdotes, veja-a nota ao Levítico 8:1ss.

    6:54 À tribo do Leví não lhe deu uma área específica de terra como às demais tribos. Em troca, levita-os foram distribuídos ao longo da nação para poder ajudar às pessoas de todas as tribos em sua adoração a Deus. portanto, deu aos levita cidades e terrenos para cultivos dentro das áreas destinadas para as outras tribos (Js 13:14; Js 13:33).

    6.57ss Deus havia dito às tribos que designassem cidades específicas como cidades de refúgio (Números 35). Estas cidades eram para o amparo daquelas pessoas que tinham matado acidentalmente a alguém. Esta instrução pôde parecer intrascendente quando se deu, os israelitas nem sequer tinham entrado na terra prometida. Algumas vezes Deus nos dá instruções que não parecem ser relevantes para nós nesse momento, mas mais tarde podemos ver sua importância. As lições da Bíblia não devem ser descartadas porque alguns detalhes pareçam não ter relevância. Obedeça a Deus agora e no futuro terá um entendimento mais claro a respeito das razões de suas instruções.

    6:61 Os israelitas jogaram sortes a fim de tirar o processo de tomar decisões das mãos dos homens e colocá-lo nas mãos de Deus. Jogar sortes era muito parecido a escolher a pajita maior ou jogar os jogo de dados. As sortes eram jogadas só depois de procurar a guia de Deus em oração. (Para maior informação sobre jogar sortes para a repartição de terras, veja-a nota a Js 18:8.)


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de I Crônicas Capítulo 6 do versículo 1 até o 81
    D. genealogias de LEVI (6: 1-81)

    Este capítulo longo de oitenta e um versos é inteiramente dedicado à tribo sacerdotal. Aqui está uma ilustração vívida da concepção do cronista de quem é importante em sua revisão da história de Israel. Apenas para a tribo real de Judá ele dedicou mais espaço.

    1. Alta Priestly Linha de Arão (6: 1-15)

    1 Os filhos de Levi:. Gérson, Coate e Merari 2 E os filhos de Coate: Anrão, Izar, Hebrom e Uziel. 3 E os filhos de Amram: Arão, Moisés e Miriam. E os filhos de Arão:. Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar 4 Eleazar gerou a Finéias, Finéias gerou Abishua, 5 e Abishua gerou Bukki e Bukki gerou a Uzi, 6 e Uzi gerou Zeraías e Zeraías gerou Meraiote, 7 Meraiot gerou Amarias, e Amarias gerou a Aitube, 8 e Aitube gerou Sadoc, Sadoc gerou Ahimaaz, 9 e Ahimaaz Azarias e Azarias gerou a Joanã, 10 e Joanã de Azarias (esse é o que exerceu o sacerdócio na casa que Salomão construiu em Jerusalém), 11 e Azarias gerou Amarias, e Amarias gerou a Aitube, 12 e Aitube gerou Sadoc, Sadoc gerou a Salum, 13 e Salum gerou a Hilquias, Hilquias de Azarias, 14 e Azarias de Seraías, Seraías foi Jeozadaque; 15 e Jeozadaque fui para o cativeiro , quando Jeová levado Judá e de Jerusalém pela mão de Nabucodonosor.

    Esta lista é obviamente incompleto. Ela começa com Arão e continua a Jeozadaque no momento da destruição do templo de Jerusalém no século VI aC No entanto, não há nenhuma referência aos sacerdotes em Shiloh, incluindo a casa de Eli, nem há a inclusão de Joiada (conforme 2Cr 22:11 ), Urijah (2Rs 16:11) e Azarias (2Cr 26:20 ).

    2. Outros Genealogias de levitas (6: 16-53)

    16 Os filhos de Levi:. Gérson, Coate e Merari 17 E estes são os nomes dos filhos de Gérson:. Libni e Simei 18 E os filhos de Coate: Anrão, Izar, Hebrom e Uziel. 19 Os filhos de Merari: Mali e Musi. E estas são as famílias dos levitas, de acordo com a de seus pais casas . 20 de Gérson: Libni seu filho, Jaate seu filho, Zima seu filho, 21 Joá seu filho, Ido seu filho, Zera seu filho, Jeatherai seu filho. 22 A filhos de Coate: Aminadabe, seu filho, Coré, seu filho, Assir seu filho, 23 Elkanah seu filho, e Abiasaf seu filho, Assir, seu filho, 24 . Tahath seu filho, Uriel seu filho, Uzias, seu filho, e Saul, seu filho Dt 25:1)

    54 Ora, estas são as suas habitações, segundo os seus acampamentos em suas fronteiras: para os filhos de Arão, das famílias dos coatitas (porque deles foi o primeiro lote), 55 deram-lhes Hebrom, na terra de Judá, e os seus arrabaldes em redor dela; 56 , mas os campos da cidade e as suas aldeias, deram a Calebe, filho de Jefoné. 57 E aos filhos de Arão deram as cidades de refúgio, Hebron; Libna e seus arrabaldes, e Jatir, Estemoa e seus arrabaldes, 58 e Hilen e seus arrabaldes, Debir e seus arrabaldes, 59 e Ashan com os seus arrabaldes, Bete-Semes e seus arrabaldes; 60 e, da tribo de Benjamim , Geba e seus arrabaldes, e Allemeth e seus arrabaldes, Anatote e seus subúrbios. Todas as suas cidades, pelas suas famílias, foram treze cidades.

    61 E ao restante dos filhos de Coate foram dadas por sorteio, para fora da família da tribo, da meia-tribo, da metade de Manassés, dez cidades. 62 E aos filhos de Gérson, segundo as suas famílias , da tribo de Issacar, e da tribo de Aser, e da tribo de Naftali, e da tribo de Manassés em Basã, treze cidades. 63 Os filhos de Merari foram dadas por sorteio, de acordo com suas famílias, da tribo de Rúben, e da tribo de Gade, e da tribo de Zebulom, doze cidades. 64 E os filhos de Israel deram aos levitas estas cidades e seus arrabaldes. 65 Deram-lhes por sorte, da tribo dos filhos de Judá e da tribo dos filhos de Simeão, e da tribo dos filhos de Benjamim, estas cidades que são mencionados pelo nome.

    66 E algumas das famílias dos filhos de Coate caíram cidades de suas fronteiras da tribo de Efraim. 67 E deram-lhes as cidades de refúgio, Siquém, na região montanhosa de Efraim e seus arrabaldes; Gezer também com seus subúrbios, 68 e Jocmeão com os seus arrabaldes, Bete-Horom e seus arrabaldes, 69 e Aijalom e seus arrabaldes, e Gate-Rimon e seus arrabaldes; 70 e da meia tribo de Manassés, Aner com a sua subúrbios, e bileam e seus arrabaldes, para o resto da família dos filhos de Coate.

    71 Os filhos de Gérson foram dadas , da família da meia tribo de Manassés, Golã, em Basã, e seus arrabaldes, e Astarote e seus campos; 72 e, da tribo de Issacar, Quedes, e seus arrabaldes, Daberate com seus subúrbios, 73 Ramote e seus subúrbios, e Anem e seus arrabaldes; 74 e da tribo de Aser, Masal e seus arrabaldes, e Abdon e seus arrabaldes, 75 e Hukok e seus arrabaldes, e Reobe e seus arrabaldes; 76 e da tribo de Naftali, Quedes na Galiléia e seus arrabaldes, e Hammon e seus arrabaldes, e Quiriataim com seus subúrbios.

    77 Aos restantes dos levitas , dos filhos de Merari, foram dadas , da tribo de Zebulom, Rimmono e seus arrabaldes, Tabor e seus arrabaldes; 78 e, além do Jordão na altura de Jericó, do lado leste do rio Jordão, foram dado a eles , da tribo de Rúben, Bezer, no deserto com seus arrabaldes, Jaza e seus arrabaldes, 79 e Quedemote e seus subúrbios, Mefaate e seus subúrbios: 80 e da tribo de Gade, Ramote, em Gileade com seus subúrbios, e Maanaim e seus arrabaldes, 81 Hesbom e seus arrabaldes, Jazer e seus arrabaldes.

    Estes versículos se referem a cidades mencionadas em Josué (conforme 21: Josh. 25/09 , 33 , 40 ). As cidades levíticas foram distribuídos ao longo da herança tribal para garantir a distribuição dos levitas entre as várias tribos.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Crônicas Capítulo 6 do versículo 1 até o 81
    6.1 Filhos de Levi. Essa seção expande o registro sobre a família de Levi, segundo o relata em Gn 46:11; Êx 6:16-19; Nu 3:17-4; Nu 26:57-4), que se tornou casta sacerdotal (Dt 33:9-5; Jz 17:9-7; Jz 18:19). Destes, a linhagem de Zadoque (6.8; comp. 2Sm 8:17) produziu os principais sacerdotes que permaneceram até o exílio.

    6.4 Eleazar. A linhagem o acompanha, visto que seus irmãos mais velhos, Nadabe e Abiú, foram mortos pelo Senhor, no deserto, por comportamento irreverente, e não deixaram filhos (Lv 10:1, 2; Nu 3:4). A lista de sumos sacerdotes que se segue (vv. 4-15), acompanha-os durante os 860 anos, entre o Êxodo e a queda de Jerusalém, mas não incluí os descendentes de Itamar, que ocuparam o ofício sob os últimos juízes e o início do reino: Eli, Finéias II, Aitube I, Aimeleque I (Aiza), Abiatar e Aimeleque II (1Sm 14:3; 1Sm 22:20; 2Sm 8:17; nem certos outros sumos sacerdotes mencionados noutros lugares: Amarias II (2Cr 19:11); Joiada (2Rs 11:9); Zacarias (1Cr 16:5; 2Cr 24:20); Urias (2Rs 16:10), e Meraiote (1Cr 9:11).

    6.8 Zadoque. Sumo sacerdote no tempo de Davi e Salomão, 970 a.C.

    6.10 Serviu. Refere-se ao tempo de serviço do sumo sacerdote, talvez aludindo à tentativa. vã de Uzias de tomar essa função sacerdotal em 751 a.C. (2Cr 26:17).

    6.13 Hilquias. Sumo sacerdote que descobriu o livro da lei de Moisés, que provocou a reforma de Josias em 621 a.C. (2Cr 34:14).

    6.14 Seraías. Foi levado para Ribla e ali executado por ordem de Nabucodonosor; ele terminou a sucessão de sumos sacerdotes do primeiro templo, isto é, de Salomão (2Rs 25:18; Nu 11:11; Jr 3:24-27; Zc 6:11).

    6.15 Jeozadaque. Significa "Jeová é justo”, como a cabeça da família sacerdotal que foi levada cativa para a Babilônia; tinha um nome que afirmava a retidão do Senhor ao assim castigar, o que também era expresso no nome do cabeça da família real, Zedequias, que significa "justiça de Deus". Exílio, 587 a.C. O filho de Jeozadaque foi Jesus; o sumo sacerdote que voltou do exílio babilônico (Ed 3:2; Ed 5:2, Ne 12:26; Ag 1:1, Ag 1:12; Zc 6:11). 6:16-48 Outros levitas, não da privilegiada família sacerdotal, realizavam deveres secundários no templo, como o canto (31). Davi teria instituído o culto musicado no templo, conforme existia nos dias do cronista, em caráter definitivo, mais ou menos como Moisés teria transmitido todas as leis do Deuteronômio. Nomes de famílias proeminentes entre os cantores, eram Hemã (33), Corá (37), Asafe (9) e Etã (44); ver os títulos dos salmos 73:83; Sl 88:0 e 89. O próprio autor de Crônicas talvez pertencesse a um desses grupos.

    6.18 Jizar. Aparentemente, Aminadabe era outro nome da mesma pessoa. Ver vv. 22 e 38.

    6.22 Corá. Engolido pela terra por se haver rebelado contra Moisés (Nu 16:0).

    6.33 Hemã. Neto de Samuel, o qual escreveu o Sl 88:0) que nos é conhecido como autor de muitos salmos (50, 73-83) Seus filhos também foram cantores do templo (1Cr 25:1,1Cr 25:2; Ed 2:41). 6:49-53 Para se, sacerdote, no tempo da autor, era necessário ser descendente de Arão; para ser sumo sacerdote era preciso descender de Zadoque.

    6.54- 81 Cidades e território dados aos clãs levíticos (Nu 26:62; Js 21:0). Comparar essa lista com Js 21:3-6. Na divisão das terras em Canaã, os levitas receberam apenas algumas cidades. Dificilmente foi por acidente que o nome de Dã deixou de ser mencionado aqui, pela segunda vez (7.12). Em 6.61; Efraim e Dã não são incluídos, como era de se esperar; algumas traduções acrescentam esses nomes.

    6.57 Cidades de refúgio. Das cidades aqui mencionadas, apenas Hebrom era cidade de refúgio. Duas letras do texto hebraico foram trocadas, as quais, quando invertidas, dão a forma singular que se conforma comJs 21:13, o que explica tal diferença. Havia seis cidades levíticas de refúgio (Êx 21:13; Dt 19:1-5; Js 20:7-6). Hebrom e Siquém (57, 67); Golã (71); Quedes (76), Bezer (78), e Ramote, de Gileade (80) Tinham tal nome porque colocavam sob sua proteção o homicida involuntário que procurasse a qualquer delas, quando perseguido peta vingador. Na cidade de refúgio o criminoso era julgado. Se inocente, gozava do asilo da mesma. A cidade de refúgio é um belo símbolo de Cristo que, na cruz, absolve e perdoa o pecador que nele se refugia, arrependendo-se de seus pecados e confiando nele. "Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo" (Rm 8:1).

    6.60 Treze cidades. Só onze são enumeradas, mas no livro de Josué, cap. 21, há mais duas: Juta e Gibeom. Nenhuma das listas apresenta treze. É possível que duas delas já tivessem sido destruídas quando foi escrito o livro de Crônicas.

    6.72 Quedes. Havia várias localidades com esse nome:
    1) Quedes, no extremo sul de Judá (Js 15:23; Js 19:20, Js 19:21), talvez o mesmo lugar chamado de Cades-Barnéia (Js 15:3);
    2) A Quedes deste versículo, talvez a mesma localidade deJs 12:22, é chamada de Quislom em Js 21:8; Js 3:0) A Quedes do versículo 76, na Galiléia, uma das cidades de refúgio, na tribo de Naftali (Js 19:37; Js 20:7; Js 21:32; Jz 4:6-7).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Crônicas Capítulo 6 do versículo 1 até o 81

    6) Os descendentes de Levi (6:1-81)

    Essa lista extensa e complicada provavelmente tem duas funções principais com relação à época do próprio cronista. Uma, é registrar os diversos aspectos das funções das ordens de levitas e estabelecer a sua posição apropriada. A outra, é registrar a legitimidade do sacerdócio zadoquita. Um elemento essencial na compreensão da legitimidade era a descendência física, e assim as genealogias são usadas como meio de demonstração de continuidade histórica. Parece que toda a seção é uma compilação de uma série de listas separadas e independentes.
    Os v. 1-3 registram os clãs familiares principais da tribo de Levi, e os v. 4-15 registram a linhagem de sacerdotes principais desde Eleazar até o exílio. O texto não leva em consideração os sacerdotes de Itamar nem as ligações interfamiliares, e há algumas evidências de que a intenção era fornecer uma estrutura equilibrada com Salomão no centro de referência, mas os números dados não estão completamente esclarecidos. Os v. 1648 estabelecem as principais genealogias le-víticas e também dão uma lista diagramática dos cantores formulada em torno dos três filhos de Levi. Dois aspectos são importantes aqui. O profeta Samuel (v. 28) está incluído aqui na lista de levitas com base na sua função. Ele fez sacrifícios e assim, do ponto de vista do cronista, precisava ser classificado como levita. Na verdade, ele era efraimita, mas recebe descendência levítica por adoção para salvaguardar a legitimidade da sua posição aos olhos da comunidade pós-exílica. O outro ponto é a referência ao fato de que foi Davi quem organizou os primeiros grupos musicais (v. 31). O cronista chama atenção para isso em diversas ocasiões, e não há razões suficientemente convincentes para descartar isso, especialmente em vista das habilidades e do interesse musical conhecidos de Davi, bem como do que se sabe das corporações musicais cananéias contemporâneas, de quem Davi pode bem ter tomado emprestado uma série de coisas. Os v. 48,49 chamam atenção para a distinção entre funções levíticas e funções sacerdotais, mais aplicáveis à comunidade pós-exílica, e conduzem a mais uma lista associando Zadoque à linhagem sacerdotal de Arão. Dessa maneira, os versículos destacam a importância dos levitas na organização do culto israelita e sublinham a legitimidade do sacerdócio zadoquita. As verdadeiras origens de Zadoque permanecem obscuras (v. mais em H. H. Rowley, JBL, 58, 1939, p. 113 e comentário de Ez 44:15).

    A lista de cidades levíticas (v. 54-81) provavelmente indica as condições no período inicial da monarquia, provavelmente no final do reinado de Davi, época em que as diversas cidades cananéias mencionadas tinham sido tomadas, e antes que a estrutura tribal fosse substituída pelos distritos administrativos de Salomão. A lista inclui também as cidades de refúgio como em Js 21 e indica que os levitas estavam espalhados por todo o país nessa época.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de I Crônicas Capítulo 6 do versículo 1 até o 81

    1Cr 6:1; Ex 6:17-19; Nu 3:17-20; Nu 26:57-62, e inclui a linhagem do sumo sacerdócio (vs. 1Cr 6:3-15, 1Cr 6:49-53), as três clãs de Levi (vv. 16-30), os cantores levitas (vv. 31-48) e os territórios esparsos destinados a Levi (vv. 54-81). Veja também os capítulos 23-26.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Crônicas Capítulo 6 do versículo 1 até o 81
    d) Genealogias de Levi (1Cr 6:1-13). Ver também os versículos 49:53. A lista é evidentemente incompleta: não só omite deliberadamente os nomes dos sumo-sacerdotes silonitas, a casa de Eli, mas também as de Joiada (2Cr 22:11), Urias (2Rs 16:11) e Azarias (2Cr 26:20).

    >1Cr 6:16

    2. AS GENEALOGIAS LEVÍTICAS (1Cr 6:16-13). Primeiro, temos três árvores genealógicas que começam respectivamente nos versículos 1Cr 6:20, 1Cr 6:22, 1Cr 6:29. Seguidamente, vêm as genealogias de Hemã (33-38), Asafe (39-43) e Etã (44-47) por ordem inversa. A de Hemã é a mesma que a que começa no versículo 22, e a de Asafe pode, talvez, ser ligada com a do versículo 20; é impossível estabelecer qualquer relação plausível entre as outras duas. A comparação entre os versículos 22:28 e os versículos 33:38 revelará grandes variantes. Samuel (28); trata-se do profeta do mesmo nome. Comparar com 1Sm 1:1, 1Sm 1:8.2. Mostra que a designação "efrateu" em 1Sm 1:1 deve ser interpretada como a expressão "da tribo de Judá" em Jz 17:7 (ver nota respectiva), e que ele era levita, embora isso não se possa inferir de I Samuel. Se se tratasse de invenção, poderíamos confiantemente esperar que fosse relacionado com a linhagem sacerdotal arônica.

    Os comentadores que situam o Êxodo nos reinados de Meremptá e Ramessés II, cerca de 1225 ou cerca de 1290 A.C. (ver Introdução a "Juízes"), salientam que de Arão a Zadoque (3-8,50-53), de Coré a Hemã (22-28,33-35) e de Mali a Etã (44-47) ocorrem, em cada caso, onze nomes, e de Siméia a Asafe (38-42) doze. Afirmam que não se pode tratar de uma coincidência, e que este número de gerações abrange facilmente dois séculos, mas só dificilmente poderia abranger os quatro séculos exigidos pela datação do Êxodo do 15º século A. C. Este argumento merece respeito, pois mostra que, as genealogias foram encurtadas, o número que se escolheu para figurar na crônica deve ter sido determinado por qualquer princípio. Por outro lado, não se deve esquecer que o citado argumento exige um encurtamento da lista dos versículos 33:35 e ignora as listas que começam nos versículos 20:29, bem como a linhagem direta de Coré a Saul (24). São elas demasiado curtas e, se lhes foram cortados nomes, não podemos ter a certeza de o mesmo não ter sido feito com as outras.

    >1Cr 6:49

    3. OS DESCENDENTES DE ARÃO (1Cr 6:49-13). Comparar com os versículos 4:8 e ver a nota sobre 1Cr 6:1-13.

    >1Cr 6:54

    4. AS CIDADES LEVITAS (1Cr 6:54-13). Com respeito a este passo, ver Js 21:1-6. Crônicas apresenta certo grau de reordenação e encurtamento. Há numerosas variantes dos nomes, principalmente devidas a descuidos de copistas. No versículo 61, o texto vem corrompido. Quanto ao significado, ver Js 21:5.


    Dicionário

    Cidades

    fem. pl. de cidade

    ci·da·de
    (latim civitas, -atis, condição de cidadão, direito de cidadão, conjunto de cidadãos, cidade, estado, pátria)
    nome feminino

    1. Povoação que corresponde a uma categoria administrativa (em Portugal, superior a vila), geralmente caracterizada por um número elevado de habitantes, por elevada densidade populacional e por determinadas infra-estruturas, cuja maioria da população trabalha na indústria ou nos serviços. = URBE

    2. [Por extensão] Conjunto dos habitantes dessa povoação.

    3. Parte dessa povoação, com alguma característica específica ou com um conjunto de edifícios e equipamentos destinados a determinada actividade (ex.: cidade alta; cidade universitária).

    4. Vida urbana, por oposição à vida no campo (ex.: ele nunca gostou da cidade).

    5. História Território independente cujo governo era exercido por cidadãos livres, na Antiguidade grega. = CIDADE-ESTADO, PÓLIS

    6. [Brasil] [Administração] Sede de município brasileiro, independentemente do número de habitantes.

    7. [Brasil, Informal] Entomologia Vasto formigueiro de saúvas dividido em compartimentos a que chamam panelas.


    fem. pl. de cidade

    ci·da·de
    (latim civitas, -atis, condição de cidadão, direito de cidadão, conjunto de cidadãos, cidade, estado, pátria)
    nome feminino

    1. Povoação que corresponde a uma categoria administrativa (em Portugal, superior a vila), geralmente caracterizada por um número elevado de habitantes, por elevada densidade populacional e por determinadas infra-estruturas, cuja maioria da população trabalha na indústria ou nos serviços. = URBE

    2. [Por extensão] Conjunto dos habitantes dessa povoação.

    3. Parte dessa povoação, com alguma característica específica ou com um conjunto de edifícios e equipamentos destinados a determinada actividade (ex.: cidade alta; cidade universitária).

    4. Vida urbana, por oposição à vida no campo (ex.: ele nunca gostou da cidade).

    5. História Território independente cujo governo era exercido por cidadãos livres, na Antiguidade grega. = CIDADE-ESTADO, PÓLIS

    6. [Brasil] [Administração] Sede de município brasileiro, independentemente do número de habitantes.

    7. [Brasil, Informal] Entomologia Vasto formigueiro de saúvas dividido em compartimentos a que chamam panelas.


    Como

    assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

    como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

    Efraim

    Efraim [Fruta em Dobro] -

    1) Filho de José (Gn 41:50-52).

    2) Tribo que ocupava a parte central de Canaã (Js 16:5-10).

    Efraim Local para onde Jesus se retirou (Jo 11:54). É possível que se identifique com Et-Taiyebeh, localidade próxima ao deserto e situada a noroeste de Jerusalém.

    (Heb. “frutífero”). Embora seja o progenitor de uma das tribos de Israel, ele não era filho de Jacó, mas seu neto. José levou seus filhos Manassés e Efraim diante do patriarca, a fim de que fossem abençoados (Gn 48). Posteriormente, isso resultou na subdivisão de José em duas linhagens que compuseram as doze tribos de Israel (Gn 49:22-26; cf. Dt 33:13-17).

    Na narrativa do nascimento dos filhos de José (Gn 41:50-52), o mais velho, Manassés, recebeu esse nome porque, conforme o pai disse, o Senhor fizera com que esquecesse todos os seus problemas. O filho mais novo foi chamado Efraim, porque Deus o tinha feito prosperar na terra do Egito. Mais tarde, quando apresentou seus filhos a Jacó, para a bênção, José esperava que o mais velho recebesse a bênção de filho primogênito (Gn 48:13), mas, irônica e inesperadamente, o patriarca inverteu os braços, colocou a mão direita na cabeça de Efraim e, dessa maneira, assegurou a ele os direitos da primogenitura (vv. 14,19,20).

    Embora Efraim não seja mencionado especificamente na bênção de Gênesis 49, fica claro que Jacó o tinha em mente quando abençoou seu filho amado: “José é um ramo frutífero” (v. 22). “Frutífero” é um jogo de palavras com o próprio nome de Efraim, “o frutífero”. Na bênção de Deuteronômio, a ideia da frutificação é novamente destacada, embora não exista nenhuma forma da palavra, exceto o próprio nome Efraim (Dt 33:17). Essas bênçãos proféticas se cumpriram tanto no tamanho como no poderio da tribo de Efraim e também em sua localização privilegiada na região montanhosa, no centro de Canaã. Sua liderança tornou-se evidente no arranjo do acampamento de Israel na marcha do Egito para a Terra Prometida: ela liderava as três tribos que ficavam no lado oeste (Nm 2:18-24). Josué era dessa tribo (Nm 13:8) e sob seu comando ela recebeu e ocupou uma das maiores porções da terra, depois da conquista de Canaã (Js 16:5-10). O Tabernáculo foi erguido no centro religioso de Silo, cidade localizada em Efraim, onde a Arca da Aliança foi colocada no tempo de Josué (Js 18:1; Js 22:12). O próprio Josué foi sepultado no coração desse território (Js 24:30).

    Depois da divisão do reino, Jeroboão colocou um de seus santuários idólatras na cidade de Betel (1Rs 12:29), em Efraim, e estabeleceu sua capital em Siquém, que, naquela época, estava no distrito administrativo dessa tribo, conforme foi definido por Salomão (v. 25). O próprio Jeroboão, na verdade, era efraimita (1Rs 11:26), e a partir dessa época o centro da vida política e religiosa do reino do Norte foi Efraim. Isso se tornou tão forte que Israel geralmente era chamado de Efraim, até o tempo de sua queda e deportação pelos assírios em 722 a.C. (cf. Is 7:8-9,17; Jr 7:15; Jr 31:9; Os 4:17; Os 5:3-5). E.M.


    Fértil. Segundo filho de José, nascido no Egito (Gn 41. 52). Quando foi levado à presença do patriarca Jacó com Manassés, Jacó pôs a sua mão direita sobre ele. Quis José mudar as posições dos seus dois filhos, mas Jacó recusou (Gn 48:8-20).

    -

    Gezer

    Despenhadeiro. Cidade real dos cananeus, conquistada por Josué (Js 10:33 – 12,12) – no limite meridional de Efraim (Js 16:3 – 1 Cr 7,28) – dada aos coatitas, e dela foi feita uma cidade de refúgio – os seus habitantes não foram expulsos (Js 16:10 – 21.21 – Jz 1:29 – 1 Cr 6,67) – foi o limite da perseguição movida por Davi contra os filisteus (2 Sm 5.25 – 1 Cr 14,16) – tomou-a e incendiou-a o rei Faraó, que a deu a sua filha, mulher de Salomão, sendo por este reedificada (1 Rs 9.15 a 17). Hoje é conhecida pelo nome de Tell-Jezer, distante alguns quilômetros ao sul de Ramlé. Pelas investigações feitas nas suas ruínas se vê que desde o ano 2500 (a.C.) até tempos recentes foi sempre habitada. Entre as coisas achadas se mencionam esqueletos de crianças que tinham sido sacrificadas, uma fileira de grandes pedras levantadas em relação com o culto do Sol, e uma língua de ouro, que lembra o caso de Acã (Js 7:21).

    Gezer Cidade FORTIFICADA 2, que ficava 29 km a oeste de Jerusalém (Js 21:21; 1Rs 9:15-17).

    Montanhas

    fem. pl. de montanha

    mon·ta·nha
    (latim vulgar montanea, feminino de montaneus, -a, -um, do latim montanus, -a, -um, relativo a montanha)
    nome feminino

    1. Monte elevado e de cume extenso.

    2. Figurado Grande altura ou elevação (ex.: aquela montanha de tijolos vai servir para construir a garagem).

    3. Grande volume ou quantidade (ex.: ela tinha uma montanha de coisas para fazer). = MONTÃO


    Refúgio

    substantivo masculino Local tranquilo que oferece paz, tranquilidade, sossego: refúgio ambiental.
    Lugar que alguém procura para fugir ou para se livrar de um perigo; abrigo.
    Lugar onde alguém pode se esconder ou ocultar alguma coisa; esconderijo.
    Aquilo que serve para amparar, para proteger ou confortar; amparo.
    Etimologia (origem da palavra refúgio). Do latim refugium.ii.

    Refúgio ESCONDERIJO (Sl 14:6; Hc 6:18).

    =====================

    V. CIDADES DE REFÚGIO.


    Siquém

    ombro. 1. Cidade que ficava no vale entre Ebal e Gerizim, no espinhaço da Palestina, distante 64km de Jerusalém, no caminho para Nazaré (Gn 33:18) – também se chama Siquém (At 7:16). o nome de Neápolis (de onde ae deriva a moderna Nablus) lhe foi dado pelo imperador Vespasiano. Veio Abraão para este vale (Gn 12:6 e seg.) – e foi ali que ele teve a visão, na qual lhe foi prometida a terra em herança. Aqui também ele edificou um altar ao Senhor. Neste lugar comprou Jacó um campo, levantou um altar, e cavou um poço (Gn 33:18-20,34 – 35.4 – Jo 4:6). Por este mesmo sítio andou José procurando seus irmãos, tomando depois a direção de Dotã, para onde eles tinham passado (Gn 37:12 e seg.) – para ali foram levados os ossos de José, vindos do Egito, sendo sepultados na parte do terreno que Jacó tinha comprado (Js 24:32). Quando se tratou da divisão da terra coube Siquém a Efraim, embora estivesse perto de Manassés (Js 17:7). Passou depois para os levitas, fazendo-se dela uma cidade de refúgio (Js 20:7 – 21.21 – 1 Cr 6.67 – 7.28). Siquém foi teatro de uma notável reunião nacional, edificando Josué, nessa ocasião, um altar no monte Ebal que dominava o vale – e ali inscreveu em pedra as palavras da Lei, a qual ele então leu ao povo que estava em grande ajuntamento nas rampas opostas dos montes Ebal e Gerizim (Js 8:30-35). A partir deste tempo foi aquele sítio o ponto das grandes reuniões do povo israelita (Js 24:1-25 – 1 Rs 12. 1 – 2 Cr 10.1). Siquém era a terra natal de Abimeleque, e foi o lugar da sua insurreição, e da parábola de Jotão (Jz 8:31 -9). Abimeleque foi morto com uma pedra arremessada por uma mulher, depois de ele ter arrasado a povoação, e ter mandado cobrir de sal o seu sítio (Jz 9). Foi reedificada por Jeroboão (1 Rs 12.25). Jeremias diz-nos que alguns dos seus habitantes, que iam no seu caminho para Jerusalém, foram mortos por ismael (41.5,7). Foi em certo lugar, afastado cerca de 3km de Siquém, que Jesus esteve conversando com a mulher de Samaria (Jo 4:1-42). os discípulos, talvez, também exercessem aqui o seu ministério (At 8:25). (*veja Jacó (Poço de.) 2. Filho de Hamor, um heveu, sendo a principal autoridade de Siquém, quando Jacó ali chegou (Gn 33:19Js 24:32Jz 9:28). Pelo seu procedimento para com Diná (*veja a palavra) foi Siquém morto pelos irmãos dela, e a sua cidade assolada (Gn 34:2-26). 3. Filho de Gileade (Nm 26:31Js 17:2). 4. Filho de Siquém 3 (1 Cr 7.19).

    (Heb. “ombro”).


    1. Filho de Hamor, um heveu. Jacó comprou um lote de terra dos filhos de Hamor, onde erigiu um altar ao Senhor (Gn 33:19-20; Js 24:32; Jz 9:28). Tempos mais tarde, Siquém viu a filha de Jacó e Lia, chamada Diná, e apaixonou-se por ela. Ele a agarrou e forçou-a a ter relações sexuais com ele. Mais tarde, pediu ao pai que adquirisse aquela jovem para ser sua esposa (Gn 34:1-4). Quando os filhos de Jacó retornaram dos campos e souberam o que acontecera, ficaram furiosos e planejaram uma vingança (vv. 7,13). Fingiram concordar com o pedido de Siquém, o qual se dispunha a fazer qualquer coisa para casar-se com Diná (v. 11). Os filhos de Jacó exigiram que todos os moradores da cidade do sexo masculino se submetessem ao ritual da circuncisão; todos concordaram (vv. 18,24). “Três dias mais tarde, quando os homens estavam doridos, dois filhos de Jacó, Simeão e Levi, irmãos de Diná, tomaram cada um a sua espada, entraram inesperadamente na cidade, e mataram a todos os homens” (v. 25).

    Quando Jacó, já velho, abençoou seus filhos, lembrou desse evento de extrema violência, ira e vingança. Amaldiçoou a atitude dos dois filhos e profetizou que seriam divididos e espalhados em Israel (Gn 49:7). Na Bíblia, a vingança sempre pertence ao Senhor e nunca deve ser levada a cabo dessa maneira, qualquer que seja a circunstância. Os eventos mencionados concernentes a Hamor e Siquém anteciparam os problemas posteriores que os israelitas enfrentariam com os cananeus.


    2. Descendente de José através de Manassés; foi fundador do clã dos siquenitas (Nm 26:31; Js 17:2). Provavelmente é o mesmo referido no item 3.


    3. Um dos filhos de Semida, da tribo de Manassés, na qual foi líder (1Cr 7:19).

    P.D.G.


    Siquém [Ombro] -

    1) Cidade, hoje chamada de Nablus, situada na SAMARIA 3, entre os montes Gerizim e Ebal, 64 km ao norte de Jerusalém (Gn 12:6); 33:18-20; (Js 24:32); Jz 9; (1Rs 12:25)

    2) Heveu que violentou DINÁ (Gn 33:18—34:) 31).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Crônicas 6: 67 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Porque lhes deram, das cidades de refúgio, Siquém e os seus arrabaldes, nas montanhas de Efraim, como também Gezer e os seus arrabaldes,
    I Crônicas 6: 67 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1003 a.C.
    H1507
    Gezer
    גֶּזֶר
    ()
    H2022
    har
    הַר
    as montanhas
    (the mountains)
    Substantivo
    H4054
    migrâsh
    מִגְרָשׁ
    com o seu pasto
    (with its pasture)
    Substantivo
    H4733
    miqlâṭ
    מִקְלָט
    ()
    H5414
    nâthan
    נָתַן
    E definir
    (And set)
    Verbo
    H5892
    ʻîyr
    עִיר
    agitação, angústia
    (a city)
    Substantivo
    H669
    ʼEphrayim
    אֶפְרַיִם
    Efraim
    (Ephraim)
    Substantivo
    H7927
    Shᵉkem
    שְׁכֶם
    filho de Hamor, o principal dos heveus em Siquém no época da chegada de Jacó n. pr. l.
    (of Sichem)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    גֶּזֶר


    (H1507)
    Gezer (gheh'-zer)

    01507 גזר Gezer

    o mesmo que 1506; n pr loc

    Gezer = “porção”

    1. uma cidade levítica na fronteira de Efraim

    הַר


    (H2022)
    har (har)

    02022 הר har

    uma forma contrata de 2042, grego 717 Αρμαγεδων; DITAT - 517a; n m

    1. outeiro, montanha, território montanhoso, monte

    מִגְרָשׁ


    (H4054)
    migrâsh (mig-rawsh')

    04054 מגרש migrash

    também (no pl.) fem. (Ez 27:28) מגרשה migrashah

    procedente de 1644; DITAT - 388c; n m

    1. comum, terreno público, terreno aberto, subúrbio

    מִקְלָט


    (H4733)
    miqlâṭ (mik-lawt')

    04733 מקלט miqlat

    procedente de 7038 no sentido de alojar; DITAT - 2026a; n m

    1. refúgio, asilo

    נָתַן


    (H5414)
    nâthan (naw-than')

    05414 נתן nathan

    uma raiz primitiva; DITAT - 1443; v

    1. dar, pôr, estabelecer
      1. (Qal)
        1. dar, conceder, garantir, permitir, atribuir, empregar, devotar, consagrar, dedicar, pagar salários, vender, negociar, emprestar, comprometer, confiar, presentear, entregar, produzir, dar frutos, ocasionar, prover, retribuir a, relatar, mencionar, afirmar, esticar, estender
        2. colocar, estabelecer, fixar, impor, estabelecer, designar, indicar
        3. fazer, constituir
      2. (Nifal)
        1. ser dado, ser concedido, ser providenciado, ser confiado a, ser garantido a, ser permitido, ser emitido, ser publicado, ser afirmado, ser designado
        2. ser estabelecido, ser posto, ser feito, ser imposto
      3. (Hofal)
        1. ser dado, ser concedido, ser abandonado, ser entregue
        2. ser colocado sobre

    עִיר


    (H5892)
    ʻîyr (eer)

    05892 עיר ̀iyr

    ou (no plural) ער ̀ar ou עיר ̀ayar (Jz 10:4)

    procedente de 5782 uma cidade (um lugar guardado por um vigia ou guarda) no sentido mais amplo (mesmo de um simples acampamento ou posto); DITAT - 1587a,1615; n m

    1. agitação, angústia
      1. referindo-se a terror
    2. cidade (um lugar de vigilância, guardado)
      1. cidade

    אֶפְרַיִם


    (H669)
    ʼEphrayim (ef-rah'-yim)

    0669 אפרים ’Ephrayim

    dual de 672, grego 2187 Εφραιμ; n pr m

    Efraim = “duplo monte de cinzas: Eu serei duplamente frutífero”

    1. segundo filho de José, abençoado por ele e tendo preferência sobre o primogênito Manassés
    2. a tribo, Efraim
    3. o território montanhoso de Efraim
    4. algumas vezes usado para nomear o reino do norte (Oséias ou Isaías)
    5. uma cidade próxima a Baal-Hazor
    6. uma porta principal de Jerusalém

    שְׁכֶם


    (H7927)
    Shᵉkem (shek-em')

    07927 שכם Sh ekem̂

    o mesmo que 7926, grego 4966 συχεμ; DITAT - 2386b Siquém = “costas” ou “ombro” n. pr. m.

    1. filho de Hamor, o principal dos heveus em Siquém no época da chegada de Jacó n. pr. l.
    2. uma cidade em Manassés; localizada em um vale entre o monte Ebal e monte Gerizim,

      54 km (34 milhas) ao norte de Jerusalém e 10,5 km (7 milhas) a sudeste de Samaria


    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo