Enciclopédia de Jó 32:11-11

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jó 32: 11

Versão Versículo
ARA Eis que aguardei as vossas palavras e dei ouvidos às vossas considerações, enquanto, quem sabe, buscáveis o que dizer.
ARC Eis que aguardei as vossas palavras, e dei ouvidos às vossas considerações, até que buscásseis razões.
TB Eis que aguardei as vossas palavras,
HSB הֵ֤ן הוֹחַ֨לְתִּי לְֽדִבְרֵיכֶ֗ם אָ֭זִין עַד־ תְּב֥וּנֹֽתֵיכֶ֑ם עַֽד־ תַּחְקְר֥וּן מִלִּֽין׃
BKJ Eis que aguardei as vossas palavras; eu dei ouvidos às vossas razões, enquanto buscáveis o que dizer.
LTT Eis que aguardei as vossas palavras, e dei ouvidos aos vossos entendimentos, enquanto buscáveis palavras que dizer.
BJ2 Esperei enquanto faláveis, prestei atenção aos vossos argumentos, enquanto trocáveis palavras.
VULG Expectavi enim sermones vestros ; audivi prudentiam vestram, donec disceptaremini sermonibus ;

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jó 32:11

Jó 5:27 Eis que isto já o havemos inquirido, e assim é; ouve-o e medita nisso para teu bem.
Jó 29:21 Ouvindo-me, esperavam e em silêncio atendiam ao meu conselho.
Jó 29:23 porque me esperavam como à chuva; e abriam a boca como à chuva tardia.
Jó 32:4 Eliú, porém, esperou para falar a Jó, porquanto tinham mais idade do que ele.
Provérbios 18:17 O que primeiro começa o seu pleito justo parece; mas vem o seu companheiro e o examina.
Provérbios 28:11 O homem rico é sábio aos seus próprios olhos; mas o pobre que é sábio o examina.
Eclesiastes 12:9 E, quanto mais sábio foi o Pregador, tanto mais sabedoria ao povo ensinou; e atentou, e esquadrinhou, e compôs muitos provérbios.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Jó Capítulo 32 do versículo 1 até o 22
SEÇÃO III

OS DISCURSOS DE ELIÚ
32:1-37.24

Os discursos de Eliú quebram o padrão do diálogo que caracteriza o livro até este ponto. Ele é introduzido ao leitor, e então quatro discursos são identificados pela fórmu-la: Eliú. [...] disse. Nenhum desses discursos é respondido por Jó ou comentado pelos outros personagens do livro. Assim, os discursos formam uma unidade separada dentro do livro, sem antecedentes literários ou dedicatória final.

Esta parte do livro é considerada pela maioria dos estudiosos como obra de outro escritor, e não do autor e poeta do restante do livro. Entre os argumentos apresentados para apoiar esta opinião estão:
a) a ausência de Eliú em qualquer outra parte do livro,
b) a diferença no estilo poético e de linguagem e
c) o fato de que em alguns lugares Eliú parece ter lido os argumentos dos amigos em vez de tê-los ouvido.'

A. ELIÚ É APRESENTADO, 32:1-5

Como parte da introdução em prosa dos discursos de Eliú, lemos que os três amigos cessaram de responder a Jó (1). Pode ser facilmente subentendido que o silêncio deles foi causado pelo fato de eles terem sido vencidos no debate. O motivo proposto aqui para o silêncio deles sugere frustração pelo fato de Jó parecer que era justo aos seus próprios olhos.

A essa altura, um jovem, que tinha ficado em silêncio, é apresentado. É Eliú (Ele é meu Deus), filho de Baraquel, o buzita, da família de Rão (2). Essa genealogia é mais completa do que de qualquer outro personagem do livro, e o identifica como alguém mais próximo de Jó do que os outros (cf. Gn 22:21 e Jó 1:1, em que o antepassado de Eliú, Buz, é mencionado como o irmão do progenitor de Jó, Huz ou Uz). Baraquel e Rão não são mencionados em outros textos das Escrituras.

Eliú é um homem irado. Sua raiva é causada pela justiça própria de Jó e o completo fracasso dos três amigos em seu esforço de convencer Jó da sua culpa. Ele também está irado porque eles fracassaram em responder às acusações de Jó contra a justiça de Deus. O versículo 4 deveria ser lido da seguinte maneira: "Eliú, porém, esperou para falar a Jó, pois os outros eram mais velhos do que ele" (ARA). Por respeito à idade dos outros ele havia permanecido em silêncio, mas não estava calmo. Sua ira se acendeu (5).

B. Os TRÊS PRIMEIROS DISCURSOS DE ELIÚ, 32:6-33.33

  • Eliú Tem Autoridade Suficiente para Falar (32:6-22)
  • A timidez juvenil de Eliú deu lugar à raiva, mas no processo ele descobriu algumas verdades adicionais. A sabedoria nem sempre acompanha a idade; também é um dom de Deus. A inspiração do Todo-poderoso os faz entendidos (9). Portanto, visto que ele possui o Espírito de Deus, Eliú pede aos homens mais velhos para ouvirem atentamente, mesmo que ele seja mais jovem do que eles. Eliú tem uma opinião que ele se sente compelido a expressar (10).

    Eliú é apologético ao entrar na conversa entre Jó e seus amigos. Ele ressalta que esteve ouvindo cuidadosamente as suas palavras e considerações (11) na tentativa de persuadir Jó acerca da justiça, mas eles foram incapazes de fazê-lo (12). Ele repreende os três amigos:

    Não digam: "Achamos que ele é esperto demais para nós! Deus terá de refutá-lo, não o homem!" (13, Moffatt).

    Eliú discorda. Existe muita coisa que precisa ser dita, mas será diferente das vossas palavras (14). Ele está tão cheio de palavras depois de ter ouvido os argumentos inefica-zes deles que se encontra a ponto de arrebentar (18-19). Ele os adverte que não vai lison-jear nenhum deles (21-22). "Eliú pretende falar como um árbitro (juiz), não como um par-tidário; Jó estava ansiando por um árbitro" (9.33,34; Berkeley, nota de rodapé, ad. loc.).


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Jó Capítulo 32 do versículo 1 até o 22
    *

    32:1 37.24

    Estes capítulos apresentam o segundo monólogo, o do jovem Eliú, o qual, diferentemente dos outros, tinha um nome hebraico. Alguns críticos vêem-no como uma pessoa importante aos seus próprios olhos, supostamente sabedor de tudo. Outros acreditam que estes capítulos são adições ao texto original. Ambas essas opiniões são defeituosas. Eliú não é mencionado no epílogo (cap. 42), mas a razão disso é que ele não se tornou culpado dos mesmos erros dos outros três conselheiros. A crítica de Eliú gira em torno das palavras de Jó proferidas durante a disputa. Ele citou Jó, mas não o acusou de ter vivido uma vida ímpia. Ele salientou uma questão negligenciada pelos três amigos: a natureza disciplinar e redentora dos sofrimentos. Somente Elifaz tinha tocado na questão do sofrimento como uma disciplina (5.17). A abundância das palavras de Eliú, tal como a de Jó e a de seus conselheiros, era considerada prova de eloqüência na cultura deles.

    * 32.1-5 O narrador introduziu os quatro discursos de Eliú na situação de Jó, com uma explicação de por que ele se envolveu no debate.

    * 32:3

    condenavam a Jó. De acordo com as antigas tradições judaicas, o texto original dizia "condenavam a Elohim", o que foi mudado pela convenção piedosa para "condenavam a Jó", para evitar assim um pensamento blasfemo.

    *

    32:633:7 Eliú precisou desta seção inteira para fazer a sua introdução, e dar a sua razão para também falar. Parece que ele tinha uma personalidade mais calorosa do que os conselheiros, os quais nunca chamaram a Jó pelo nome (conforme 33.1,31).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Jó Capítulo 32 do versículo 1 até o 22
    32:1 Se Jó era realmente um bom homem, seus três amigos teriam que renunciar a sua teoria de que o sofrimento sempre é um castigo de Deus pelas más ações. Mas em lugar de considerar outro ponto de vista, interromperam a discussão. Estavam convencidos de que Jó tinha alguma enguiço ou pecado oculto, assim não havia nada mais que falar se ele não confessava seu pecado. Mas Jó sabia que tinha vivido corretamente ante Deus e outros (capítulo
    29) e tinha evitado ter pensamentos e ações maus (capítulo 31). Não pensava inventar um pecado para satisfazer a seus amigos!

    32.2ss Quando Elifaz, Bildad e Zofar não tiveram já nada que dizer, Eliú se converteu na quarta pessoa em falar com o Jó. Foi primeira e única vez que falou. Aparentemente era um espectador e era muito mais jovem que outros (32.6, 7), mas apresentou um novo ponto de vista. Enquanto que os três amigos disseram que Jó estava sofrendo por um pecado passado, Eliú disse que o sofrimento do Jó não se iria mas sim até que se desse conta de seu pecado presente. Segundo Eliú, Jó não estava sofrendo devido ao pecado, mas sim estava pecando devido ao sofrimento. Disse que a atitude do Jó se tinha voltado arrogante ao tratar de defender sua inocência. Também disse que o sofrimento não tenta nos castigar a não ser nos corrigir e nos restaurar para nos manter no bom caminho.

    Há muita verdade no discurso do Eliú. Estava exortando ao Jó para que visse seu sofrimento de uma perspectiva diferente e com um propósito maior em mente. Embora seu discurso tinha um nível muito mais espiritual que os outros, Eliú continuava equivocado ao pensar que uma resposta correta ante o sofrimento sempre levava a sanidade e restauração (33.23-30) e que o sofrimento sempre está conectado de algum jeito ao pecado (34.11).

    32.7-9 "O sopro do Onipotente lhe faz que entenda". Não basta reconhecendo uma grande verdade, deve ser vivida cada dia. Eliú reconheceu a verdade de que Deus era a única fonte de sabedoria real, mas não a utilizou para ajudar ao Jó. Embora reconheceu de onde provinha a sabedoria, não procurou os meios para adquiri-la. Chegar a ser sábio é uma busca progressiva e dura toda a vida. Não se contente com apenas saber a respeito da sabedoria; faça-a parte de sua vida.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Jó Capítulo 32 do versículo 1 até o 22
    Ostentatious mas abortivo Discurso 5. de Elihu (32: 1-37: 24)

    Capítulos 32:37 introduzir um quarto e novo alto-falante, Elihu, que não apareceu antes, e dos quais não houve nenhuma menção anterior tanto no prólogo ou o diálogo poético. Da mesma forma o seu discurso parece ser totalmente ignorado por tanto Jó e Deus. A intrusão deste discurso muito longo de sete capítulos que compreendem 165 versos, o mais longo discurso único no Jó (quatro versos mais longos do que o último discurso de seis capítulo de Jó), tem proporcionado críticos literários sérios problemas. Extensão muito para além dos limites do objectivo da presente comentário seria necessário para dar ainda um tratamento superficial destes problemas. A inclusão desse discurso em Jó é justificação suficiente para o seu valor, se esse valor é considerado positivo ou negativo. Assim, vamos tentar entender o seu significado em breve resumo. Ele é declarado ser o filho de Baraquel, que era um Buz. O nome Elihu aparece em 2Sm 1:1 ), embora estes nomes podem ter sido extra-Israelita também.

    1. A introdução de Eliú (32: 1-22)

    Introdução de Elihu divide logicamente em duas seções, a saber, um prefácio prosa, e uma auto-apresentação poética.

    (1) O Prosa Prefácio ao discurso de Eliú (32: 1-5)

    1 E aqueles três homens cessaram de responder a Jó, porque era justo aos seus próprios olhos. 2 Então se acendeu a ira de Eliú, filho de Baraquel, o buzita, da família de Ram contra Jó foi acesa sua ira, porque se justificava si mesmo, em vez de Dt 3:1)

    6 Eliú, filho de Baraquel, o buzita respondeu e disse:

    Eu sou jovem, e vós sois, idosos;

    Pelo que me segurei e não ousava mostrar-lhe a minha opinião.

    7 Eu disse: Falem os dias,

    Ea multidão dos anos ensine a sabedoria.

    8 Mas há um espírito no homem,

    E o sopro do Todo-Poderoso o faz entendido.

    9 Não é o grande que são sábios.

    Nem a idade que entendem a justiça.

    10 Então disse eu: Ouvi-me;

    Além disso, vou mostrar a minha opinião.

    11 Eis que aguardei as vossas palavras,

    Eu escutei as vossas considerações,

    Enquanto vos procurou o que dizer.

    12 Sim, eu assisti a vós,

    E eis que, não houve quem convencesse a Jó,

    Ou que respondesse às suas palavras, no meio de vós.

    13 Guardai-vos dizer: Achamos a sabedoria;

    Deus pode vencê-lo, não o homem:

    14 Porque ele não dirigiu as suas palavras contra mim;

    Nem lhe responderei com as vossas palavras.

    15 Eles estão maravilhados, eles não respondem mais:

    Eles não têm uma palavra a dizer.

    16 E hei de esperar, porque eles não falam,

    Porque eles ainda estão de pé, e não respondem mais?

    17 Eu também darei a minha resposta,

    Além disso, vou mostrar a minha opinião.

    18 Pois estou cheio de palavras;

    O espírito dentro de mim me constrange.

    19 Eis que o meu peito é como o vinho que não tem ventilação;

    Como novos odres de vinho que está pronto para estourar.

    20 eu vou falar, para que eu possa ser atualizada;

    Abrirei os meus lábios e resposta.

    21 Deixe-me não, peço-vos, respeitar pessoa de qualquer homem;

    Nem eu use de lisonjas para qualquer homem.

    22 Porque não sei usar de lisonjas;

    Else seria meu Criador logo me levar embora.

    ". Pomposo e difundir com muita repetição vazia" Enquanto Maimonides respeita discursos de Eliú como altamente valioso, e de fato o clímax de Jó, Buttenwieser, que considera os discursos de Eliú uma interpolação posterior, pensa neles como Freehof diz:

    O que Elihu apresenta com tanta segurança e finalidade é apenas uma reafirmação rasa da visão ortodoxa do sofrimento que os amigos têm defendido com comparativamente maior habilidade e efeito. ... Há alguns estudiosos modernos que consideram discursos de Eliú valioso, e outros que concordam com o julgamento de Moisés Buttenwieser.

    Freehof vê uma tríplice divisão lógica do discurso de Eliú, que figura Nu 32:6 . First (vv. 32:6-10 ), Elihu relaciona por que ele, embora muito mais jovem do que os outros oradores, não hesita em expor seus pensamentos de idade e sabedoria antes reverenciado.

    Elihu oferece seu pedido de desculpas para a expressão da sua opinião atraso, no sentido de que o costume oriental idade exigida, o que geralmente indicavam sabedoria superior, para ter prioridade sobre a juventude (vv. 32:6-7 ). No entanto, varrendo todas essas considerações tradicionais, ele declara-se a ser dotado de sabedoria divina, e inspirado pelo sopro do Todo-Poderoso para desnudar o coração do caso de Jó (v. 32:8 ). Na verdade, ele parece negar a validade das visões tradicionais, e suplanta-los com a sua pretensão de inspiração direta (v. 32:9 ). Ele não está disposto a dar crédito à abordagem complementar ao conhecimento, mas sim refere inspiração direta como a única fonte válida de conhecimento. Como qualquer outro dogmático que pensa que o seu caminho só é certo, ele logo se torna evidente que ele não é mais certo do que os outros, ele desacreditando. Na verdade, enquanto ele reivindica inspiração direta como fonte de suas declarações, é logo evidente que ele tem o seu informações de seus pares, e não de Deus.

    Segunda (vv. 32:11-16 ), Elihu justifica seu discurso, alegando que ele considera os esforços dos outros para responder a Jó como falhas. Ele tinha ouvido enquanto eles procurado (v. 32:11 , 32:12 ). Em seguida, com uma onda de arrogante autoconfiança Elihu diz: "Não digas: Temos achado ele muito inteligente para nós! Ele deve ser Deus, não o homem, que o coloca para baixo! Ele não me conheceu ainda "(vv. 32:13 , 32:14-A , Moffatt). No mesmo fôlego que ele afirma que Deus vai responder a Jó, ele também implica que ele é capaz de fazê-lo! Como assim como muitos que afirmam que Deus é a sua suficiência, apenas para atuar como se fossem auto-suficientes. Continuando com o mesmo espírito arrogante, Elihu afirma: "Mesmo que ele dirigiu as suas palavras contra você e não a mim, eu lhe responderei; mas não com seus argumentos pobres" (v. 32:14 ). Completamente surpreso e estupefato, os outros competidores deixam o campo para Elihu (vv. 32:15-16 ). Terceiro (vv. 32:17-22 ), Elihu, não é capaz de conter-se, vê-se obrigado a responder a Jó. O que se segue revela que Elihu considera seu discurso a ser essencial (a minha parte , v. 32:17-A ), que a suaopinião (v. 17b) é importante, que seu discurso é formulado (18a ), e que ele é motivado pelo espírito de sua compulsão para dentro. Moffatt lê-se: "Por que estou cheio de coisas para dizer, e minha mente me impele a fala." Faz Tão importante Elihu considerar seu discurso que a auto-relevo parece ser seu principal objetivo, ao invés de uma resposta racional a Jó (vv. 32:19-20 ). Aparentemente, dirigindo-se a seus amigos (vv. 32:21-22 ), Elihu promete não bajulação ou favoritismo como ele francamente fala o que pensa. Assim Elihu com muita fanfarra prepara-se para responder a Jó.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Jó Capítulo 32 do versículo 1 até o 22
    Caps. 32-37 Há várias opiniões sobre esta seção, o discurso de Eliú. Estranha-se que Eliú apareça sem ser mencionado no prólogo, nem no epílogo, e que tenha um estilo diferente dos demais. O conteúdo do discurso, porém, revela que ouvia o debate inteiro, e a diferença de estilo, longe de sugerir uma adição posterior ao livro, seria um reflexo da personalidade de quem fala. O estilo é rápido e nervoso, refletindo a ira do jovem, e os aramaísmos empregados não são estranhos na boca desse membro de uma tribo árabe. Estranha-se que Jó não responde ao discurso, e que a intervenção de Deus se siga sem referência às palavras de Eliú; talvez a própria presunção de Eliú tenha sido a causa dele receber a indiferença como resposta.
    • N. Hom. 32:1-33.7 A palestra do novato Eliú:
    1) O caráter de Eliú, 32:1-6;
    2) A explicação da interferência de Eliú 32:7-10;
    3) A justificativa da sua interferência 32:11-22;
    4) O apelo de Eliú, 33:1-7.
    32.2 Eliú. O nome significa "Meu Deus é Ele”. Buzita. Descendente de Buz, filho de Naor, irmão de Abraão (Gn 22:21), classificado por Jeremias como tribo árabe (Jr 25:23). A maior parte do seu discurso é gasto em anunciar a sua fala, e no conteúdo em si, não se percebe que tenha acrescentado algo de novo aos discursos dos amigos.

    32.6,7 Eliú afirma que à sabedoria não é exclusividade dos velhos e que era justamente a incompetência destes a razão do silenciar de Jó, que o forçara a liderar agora o debate (2-5).
    32.8 Espírito. O Espírito de Deus que faz o homem ser uma alma viva (Gn 2:7), que é a fonte de toda a vida e inteligência (27:3; 33:4). Eliú reconhece que a sabedoria depende da revelação de Deus e não da perspicácia humana, conforme 28.28 e Sl 119:98-19.

    32:14-21 Estas palavras provêm de um homem irado, que tenta ir além dos limites da sensatez e da humildade. O modo bombástico de falar é mais aceitável num discurso oriental e, talvez por ser comum, os ouvintes não tenham tido tamanha impressão de auto-exaltação e orgulho espiritual da parte de Eliú, como os ocidentais poderiam imaginar. Eliú está convicto que falar é seu imperioso dever, comunicando aquilo que acha ser a vontade de Deus, já que, a seu ver, os mais idosos não tinham sido capazes de jogar a sabedoria divina contra as opiniões de Jó, o qual não quis reconhecer que merecia o castigo.
    32.14 Com as vossas palavras. Eliú promete argumentos novos, superiores e loquazes (v. 18); mas nada disto se acha no seu discurso.

    32.15 Pasmados. Eliú é testemunha do motivo da brevidade do discurso de Bildade (cap. 25), e do silêncio de Zofar que nada falou no terceiro ciclo (conforme 27:13-23n); já foram vencidos.

    32.21 Acepção de pessoas. Eliú não se acanhará perante os poderosos.

    33.1 Ouve, pois, Jó. É uma especialidade do estilo de Eliú, o qual muitas vezes chama a Jó pelo nome. Seria, talvez, por intimidade de parentesco, pois ambos eram descendentes de Naor, irmão de Abraão, por meio de Uz e Buz (Gn 22:21 -22), conforme notas de 32:2 ; 1:1.

    33.2 O estilo é pomposo, redundante e puxado.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Jó Capítulo 32 do versículo 1 até o 22

    5) Os discursos de Eliú (32.1—37.24)
    a) O primeiro discurso de Eliú (32.1— 33.33)
    A convicção da maioria dos estudiosos é que os quatro discursos de Eliú são um acréscimo posterior ao livro de Jó. Eliú não é mencionado no prólogo. Embora se pudesse argumentar que isso não é nada extraordinário, visto que foi uma grande vantagem dramática do autor ter um novo interlocutor aparecendo no final dos ciclos de discursos, a ausência de Eliú do epílogo é surpreendente. Os discursos de Eliú também retardam a resposta de Javé a Jó, que poderia ser esperada logo após o cap. 31; quando de fato Javé responde a Jó (caps. 38ss), ele fala com Jó como se nada tivesse interrompido o texto. Os comentaristas sugerem também que os discursos de Eliú, ao continuarem defendendo que o propósito do sofrimento era pedagógico, estão em desacordo com a intenção do poeta de mostrar que não há solução real para o problema do sofrimento. Outros fatores também mencionados às vezes, como as peculiaridades estilísticas dos discursos de Eliú e o pedido de desculpas detalhado de Eliú por se intrometer na conversa, são insignificantes na solução da questão. Em resumo, a conclusão geral é que “os discursos perturbam de forma violenta a estrutura artística do livro” (O. Eissfeldt). Eles devem ser compreendidos, assim se sugere, como a tentativa de um autor piedoso de compensar a falta de capacidade dos amigos de Jó de refutar os seus argumentos e de compensar também a natureza inconclusiva dos discursos divinos.
    Não têm faltado, no entanto, defensores da autenticidade dos discursos de Eliú, mas às vezes eles fazem declarações exageradas, como a de G. Cornhill, segundo a qual os discursos de Eliú são “o ponto culminante do livro de Jó”. R. Gordis foi muito útil ao sugerir que a função desses discursos pode ser mais bem compreendida como um meio caminho entre a posição de Jó e a de seus amigos. Os amigos argumentaram que Deus é justo e que o sofrimento prova, portanto, que Jó pecou e que, por isso, Deus o está castigando. Jó refuta os dois argumentos, ao insistir em que o seu sofrimento não é resultado do pecado e que, por isso, Deus está sendo injusto. Eliú, que anuncia que está se opondo tanto a Jó quanto aos seus amigos (32:6-12; 33.5,12; conforme a narrativa introdutória, 32.2,3), argumenta, ao propor a sua doutrina do sofrimento como disciplina, que o sofrimento não precisa ser a pena por pecados já cometidos, mas pode ser uma advertência, dada com antecedência, para proteger um homem do pecado. Em todo caso, a justiça de Deus não deve ser impugnada, como Jó tem feito.

    (i) Introdução (32:1-5)

    Fica muito evidente por meio da repetição da palavra indignou-se o estado de espírito em que o jovem Eliú entra na conversa. Ele está indignado com Jó porque este “se apresenta como alguém mais justo do que

    Deus” (v. 2, NEB), i.e., a conclusão inevitável do argumento de Jó é que, visto que ele está certo na sua disputa com Deus, Deus deve estar errado. Jó tinha evitado dizer isso; assim, Eliú coloca as palavras na boca de Jó de forma injusta. A NIV torna a razão para a indignação de Eliú menos séria ao traduzir: “Jó [estava] justificando-se a Sl mesmo em vez de justificar a Deus”, o que é bem verdade, mas é algo pouco censurável nas atuais circunstâncias. Eliú também está indignado contra os três amigos, pois não encontraram meios de refutar a Jó (v. 3), i.e., não tinham sido capazes de convencer Jó de que Deus não estava errado. A indignação de Eliú é obviamente a indignação proveniente da frustração pelo fato de que as boas maneiras prescreviam que os jovens não falassem antes dos anciãos.

    (2) O direito de Eliú de falar (32:6-22)
    A idéia central dessa seção não é nada mais do que uma apresentação pessoal e a defesa de sua participação na conversa. Se anteriormente o autor nos tivesse dado condições de analisar as personagens participantes do debate, estaríamos inclinados a encontrar em Eliú um sujeito jovem e pretensioso que promete muito mais do que consegue cumprir. Mas talvez não seja sábio tentar fazer esboços de personagens dos oradores; são os argumentos deles, e não sua personalidade, que chamam a nossa atenção.
    Eliú confessa a sua idade precoce e declara seu respeito pela sabedoria dos idosos (v. 6,7), mas encontra coragem na sua crença de que todos foram criados com a capacidade igual de sabedoria (é o espírito dentro do homem que lhe dá entendimento; o sopro do Todo-pode-roso, v. 8). Por isso, não são necessariamente (presume-se que ele queira dizer isso) só os mais velhos, os sábios (v. 9). Assim, ele não tem medo de declarar o que sei (v. 10). Além disso, ele se encorajou a entrar no debate pela fraqueza, na sua opinião, dos discursos dos amigos (v. 11,12). Ele tem a impressão de que eles crêem ter encontrado sabedoria genuína em Jó e que somente Deus pode refutá-lo, não o homem (v. 13). Eliú está se propondo a contestar essa crença. É verdade que Jó ainda não se dirigiu a ele, mas, se o tivesse feito, Eliú lhe teria respondido de maneira diferente dos amigos (v. 14).

    Ao se voltar agora para Jó (v. 15), ele destaca o óbvio e se diz pronto para falar (v. 16, 17), pois não [lhe] faltam palavras (v. 18), a sua mente está prestes a romper (v. 19) e precisa de alívio de sua frustração (v. 20). Finalmente, Rowley comenta: “Eliú concede a Sl mesmo mais um certificado, dessa vez o da imparcialidade”. Ele não vai tratar ninguém — e é Jó quem mais tem de sofrer em virtude da língua de Eliú — com respeito especial (v. 21); ele reconhece: não sou bom em bajular, por isso, é bom que Jó esteja preparado para uma conversa muito franca (v. 22).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 24

    III. Juízo : O Caminho da Sabedoria Obscurecido e Iluminado. 4:1 - 41:34.

    A. O Veredito dos Homens. 4:1-24.

    Considerando que o diálogo de Jó com seus amigos relacionava-se mais com a lamentação de Jó do que diretamente com suas calamidades, a missão dos amigos assume mais os ares de um julgamento do que de consolo pastoral e continua assim progressivamente em cada sucessivo ciclo de discursos. (Em relação à estrutura cíclica do diálogo, veja o Esboço acima.) Os amigos assentaram-se como em um conselho de anciãos para julgarem o ofensor clamoroso. A avaliação da culpa de Jó envolve discussão dos aspectos mais amplos do problema da teodicéia, mas sempre com o caso particular de Jó e a condenação à vista. Portanto, para Jó o debate não consiste em um estudo imparcial e acadêmico do sofrimento em geral, mas uma nova e dolorosa fase dos seus sofrimentos. Os amigos são enganados por seu apego à tradicional teoria, ajudando e favorecendo a Satanás em sua hostilidade contra Deus, e obscurecendo o caminho da sabedoria para Jó, o servo de Deus. Mas o debate serve para silenciar esta sabedoria do mundo e assim prepara o caminho para a apresentação da via de acesso da aliança para a sabedoria, que são apresentados nos discursos de Eliú e o Senhor. Novamente, no apelo que Jó faz dos vereditos humanos ao supremo tribunal, expresso em seu apaixonado anseio de expor o seu caso diante do Senhor, o debate busca a manifestação visível de Deus.


    Moody - Comentários de Jó Capítulo 32 do versículo 1 até o 24


    4) O Ministério de Eliú. 32:1 - 37:24.

    Eliú, aparentemente alguém do auditório mais amplo assistindo ao debate dos mestres, sai à frente e apresenta sua teodicéia. Introduzi-lo antes desfiguraria os movimentos dramáticos do poema por causa de uma antecipação canhestra do resultado do debate. O mais jovem era tão ignorante quanto os outros no que se refere às transações celestiais relacionadas no Prólogo. Sua interpretação dos sofrimentos de Jó é, portanto, inclusiva. Contudo, Eliú percebeu o significado do princípio importantíssimo da livre graça de Deus, que os outros não consideraram.

    Por isso, a partir deste discurso, a luz do dia começa a despontar no caminho da sabedoria após a longa noite do debate, cortada apenas por algum ocasional raio de luz do entendimento. A arrogância principesca de Jó é subjugada, e assim Eliú serve como alguém enviado diante da face do Senhor para preparar o caminho para a Sua vinda no redemoinho (cap. 38:1 e segs.).

    O discurso de Eliú (32:6 - 37:24), embora cortado por diversas pausas (34:1; 35:1), é uma unidade em sua essência. Seguindo-se à apologia (32:6-22), a teodicéia desenvolve-se em resposta às queixas particulares de Jó (citadas em 33:8-11; 34: 5-9; 35:2, 35:3; cons. 36:17 e segs.) e por meio de uma exposição da graça de Deus (33:12-33), sua justiça (34:10 - 36:25) e poder (36:26 - 37:24).


    Moody - Comentários de Jó Capítulo 32 do versículo 6 até o 22

    6-22. A apologia preliminar de Eliú para solicitar a atenção do auditório foi estendida além do gosto ocidental, mas isto talvez não contrariasse a etiqueta da terra de Uz (cons. Ilíada 14: 122 e segs.). Falem os dias (v. 32:7, 32:7, 32:11). A sabedoria, entretanto, é basicamente uma questão de dom divino, especificamente proveniente do Espírito de Deus sobre o homem: Há um espírito no homem, e o sopro do Todo-poderoso o faz entendido (v. 32:8; cons. Gn 2:7). O desempenho inglório dos conselheiros demonstrara sua falta de sabedoria apesar da idade (32:9, 32:12, 32:15, 32:16), enquanto Eliú proclama compreensão apesar da juventude (v. 32:6). Eliú assume a responsabilidade dela (vs. 32:16,32:17) com nova estratégia (v. 32:14), sob a compulsão de um espírito cheio de conhecimento do mistério que os sábios acharam tão desconcertante (vs. 32:18-20), e com devoção ousada para com a verdade somente (vs. 32:21, 32:22).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Jó Capítulo 32 do versículo 1 até o 22
    V. A ADVERTÊNCIA DE ELIÚ 32:1-37.24

    Muitos especialistas mantêm que esta seção é uma interpolação proveniente doutra pena; fazem-no pelas seguintes razões: não se menciona o nome de Eliú nem no Prólogo nem no Epílogo; há diferenças de ordem lingüística e estilística que isolam a seção do resto do livro; os discursos de Eliú-afirma-se-nada acrescentam ao que foi dito.

    Em contrapartida, muitas são as autoridades que se batem pela originalidade dos discursos. Parece altamente improvável que um autor posterior, escrevendo com conhecimento das atividades satânicas mencionadas no Prólogo ignorasse este por completo.

    Eis alguns traços característicos dos discursos de Eliú: uma profunda atmosfera de reverência a Deus; uma concepção de pecado mais profunda do que a que aparece em qualquer dos discursos anteriores; o aparecimento de Deus como Mestre (35:11 e 36:22) determinado a conduzir o homem através da disciplina do sofrimento a uma vida mais rica de sabedoria. Certo comentador afirma que o supremo objetivo dos discursos é denunciar a mais perigosa das características de Jó-característica potencialmente perigosa -o orgulho espiritual (33:17 e 36:9). O valor sanativo do sofrimento, já referido, embora, noutros discursos, é aqui notavelmente posto em relevo.

    a) A razão da intervenção de Eliú (32:1-22)

    Em todo este capítulo Eliú pretende demonstrar a sua relutância de entrar em cena, a simples e pura necessidade de o fazer. É a incapacidade que os outros mostram de responder às dúvidas e aos temores de Jó que o forçam a entrar na controvérsia. Ao escutar as palavras que haviam sido proferidas, uma dupla ira se lhe acendera no peito-contra Jó, por causa do olhar firme que ele ousava levantar ao céu e contra os amigos pela sua impossibilidade de refutarem os argumentos de Jó. As palavras que ouvimos provêm de um homem irado, ira que o autor não deixa de sublinhar e acentuar. Nos versículos 2:5 quatro são as referências a essa ira. Se nos lembrarmos deste fato, as acusações de auto-exaltação tão freqüentemente feitas a Eliú perderão um pouco a sua razão de ser. Certo comentador, por exemplo, considera-o "um jovem extremamente enfatuado e arrogante". (A auto-exaltação referida baseia-se sobretudo, nos versículos 14:17-18). Mas a ira facilmente arrasta o homem para lá dos limites da sensatez e da humildade. Lembremo-nos também de que as palavras são as dum oriental e se dirigem a ouvintes orientais. Nestas circunstâncias, a auto-exaltação, tão claramente detectada por ouvidos ocidentais, não terá aqui valor especial. Certo comentador vê na introdução ao discurso "pouco mais que um conjunto de fórmulas escolásticas, frases que se empregavam correntemente na polêmica".

    >32:6

    Nos versículos 6:12 Eliú dá as razões do seu silêncio, da sua não intervenção no debate até ao momento presente: fora o respeito natural do jovem pelos cabelos brancos dos amigos de Jó que selara os seus lábios. Mas eis que um respeito mais elevado se sobrepunha a este: o respeito pela vontade de Deus a qual se manifestava tanto a jovens como a homens idosos (8). Aqueles que são superiores em idade nem sempre são superiores na apreciação das coisas do espírito. Ele já não podia manter-se silencioso porque o silêncio, agora, significaria mais respeito pelos homens do que pelo seu Deus. E Eliú não podia ser desleal a si próprio (21-22). Homens mais velhos e mais experientes não tinham podido vencer a resistência de Jó. Não se conclua, por isso, que a fortaleza em que Jó se encerra, é inexpugnável. Não digam os homens: "ele venceu-nos! Só Deus e não o homem o poderá vencer a ele!" (13). Jó ainda terá de suportar o ataque de Eliú.

    Os versículos 17:21 descrevem vividamente o violento sentimento de dever que se apoderara de Eliú, o dever de comunicar o que ele cria ser a vontade de Deus. Cfr. 1Co 9:16. Ele sentia-se constrangido a falar. Só as palavras poderiam aliviá-lo do peso que o oprimia (19-20).


    Dicionário

    Aguardar

    Dicionário Bíblico
    Esperar, Permanecer na expectativa de, Respeitar, Acatar.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Sinônimos
    esperar. – Segundo d. José de Lacerda, “aguardar é estar à espera, dando atenção, olhando se sucede, ou se vem alguma coisa ou pessoa, que deve suceder ou vir, ou que se presume sucederá ou virá. Esperar é ter esperança, aguardar algum bem que se deseja e se julga que há de vir. Espera-se o que é feliz ou agradável; o que se aguarda pode sê-lo ou não”.
    Fonte: Dicio

    Dicionário Comum
    aguardar
    v. 1. tr. dir., tr. ind. e Intr. Esperar por, permanecer na expectativa de. 2. tr. dir. Acatar, respeitar. 3. tr. dir. Guardar, vigiar.
    Fonte: Priberam

    Buscar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto Pesquisar; analisar com minúcia; examinar exaustivamente: buscava as melhores cidades europeias.
    Esforçar-se excessivamente para encontrar algo ou alguém: buscava o conceito num livro; buscava o código postal da cidade.
    Conseguir ou conquistar: buscava o incentivo do pai.
    Empenhar; tentar obter algo com esforço: buscava a aprovação do pai.
    Dirigir-se para; caminhar em direção a: os insetos buscam as plantas.
    Imaginar; tentar encontrar uma saída mental: buscou se apaixonar.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Pegar; colocar as mãos sobre: o pai buscou os filhos; o menino buscou-lhe um copo de água.
    verbo pronominal Utilizar-se de si mesmo para: buscou-se para a vitória.
    Seguir a procura de alguém: buscavam-se na tempestade.
    Etimologia (origem da palavra buscar). De origem controversa.
    Fonte: Priberam

    Dicionário de Sinônimos
    procurar. – Destes dois verbos diz muito judiciosamente Bruns.: “Pretendem alguns que em buscar há mais diligência ou empenho que em procurar: não nos parece que tenha fundamento essa distinção. Buscar inclui sempre a ideia de movimento por parte de quem busca; procurar não inclui nem exclui essa ideia. Busca-se ou procura-se por toda parte aquilo de que se necessita. Procura-se (mas não se busca) uma palavra no dicionário. O que nos parece Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 245 acertado estabelecer é que quem procura sabe que existe o que anda procurando; enquanto que aquele que busca ignora se há o que anda buscando. Um inquilino procura casa para onde mudar-se; um necessitado busca ou procura um emprego”.
    Fonte: Dicio

    Dei

    substantivo masculino Oficial dos janízaros durante a ocupação de Argel e Túnis pelos turcos; chefe do governo de Argel, antes de 1830.

    Eis

    advérbio Aqui está; veja, perceba, olhe: eis o prêmio que tanto esperava.
    Eis que/quando. De maneira inesperada; subitamente: eis que, inesperadamente, o cantor chegou.
    Etimologia (origem da palavra eis). De origem questionável.

    Palavras

    fem. pl. de palavra

    pa·la·vra
    (latim parabola, -ae)
    nome feminino

    1. [Linguística] [Linguística] Unidade linguística com um significado, que pertence a uma classe gramatical, e corresponde na fala a um som ou conjunto de sons e na escrita a um sinal ou conjunto de sinais gráficos. = TERMO, VOCÁBULO

    2. Mensagem oral ou escrita (ex.: tenho que lhe dar uma palavra).

    3. Afirmação ou manifestação verbal.

    4. Permissão de falar (ex.: não me deram a palavra).

    5. Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: confiamos na sua palavra).

    6. Doutrina, ensinamento.

    7. Capacidade para falar ou discursar.

    interjeição

    8. Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso.


    dar a sua palavra
    Prometer, comprometer-se.

    de palavra
    Que cumpre aquilo que promete; em que se pode confiar (ex.: governante de palavra).SEM PALAVRA

    de poucas palavras
    Que fala pouco (ex.: herói de poucas palavras). = CALADOFALADOR

    palavra de ordem
    Palavra ou conjunto de palavras que serve para marcar uma posição para reivindicar algo, geralmente pela repetição.

    palavra de honra
    Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso (ex.: ninguém vende mais barato, palavra de honra!). = PALAVRA

    Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: dou-lhe a minha palavra de honra, não se vai arrepender). = PALAVRA

    palavra gramatical
    Gramática Palavra que não tem valor semântico ou referente externo e expressa uma relação gramatical, como, por exemplo, as preposições ou as conjunções.

    palavra primitiva
    Gramática Palavra que não é formada a partir de outra da mesma língua e que serve de base à formação de outras palavras.

    palavras cruzadas
    Jogo ou passatempo em que se deve preencher uma grelha de palavras que se entrecruzam de forma vertical e horizontal, a partir de pistas.

    passar a palavra
    Dizer a mais pessoas para que se conheça. = DIFUNDIR, DIVULGAR

    retirar a palavra
    Retractar-se.

    Não deixar continuar no uso da palavra, geralmente em assembleia deliberativa.

    sem palavra
    Que não cumpre aquilo que promete; em que não se pode confiar (ex.: homem sem palavra).DE PALAVRA

    tirar a
    (s): palavra
    (s): da boca de alguém
    Anteceder-se à fala de outra pessoa, dizendo o que ela prentendia dizer.

    última palavra
    Decisão definitiva (ex.: nós demos a nossa opinião, mas a última palavra é dele).

    voltar com a palavra atrás
    Negar o que disse anteriormente. = DESDIZER-SE

    Não cumprir o prometido. = DESDIZER-SE


    fem. pl. de palavra

    pa·la·vra
    (latim parabola, -ae)
    nome feminino

    1. [Linguística] [Linguística] Unidade linguística com um significado, que pertence a uma classe gramatical, e corresponde na fala a um som ou conjunto de sons e na escrita a um sinal ou conjunto de sinais gráficos. = TERMO, VOCÁBULO

    2. Mensagem oral ou escrita (ex.: tenho que lhe dar uma palavra).

    3. Afirmação ou manifestação verbal.

    4. Permissão de falar (ex.: não me deram a palavra).

    5. Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: confiamos na sua palavra).

    6. Doutrina, ensinamento.

    7. Capacidade para falar ou discursar.

    interjeição

    8. Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso.


    dar a sua palavra
    Prometer, comprometer-se.

    de palavra
    Que cumpre aquilo que promete; em que se pode confiar (ex.: governante de palavra).SEM PALAVRA

    de poucas palavras
    Que fala pouco (ex.: herói de poucas palavras). = CALADOFALADOR

    palavra de ordem
    Palavra ou conjunto de palavras que serve para marcar uma posição para reivindicar algo, geralmente pela repetição.

    palavra de honra
    Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso (ex.: ninguém vende mais barato, palavra de honra!). = PALAVRA

    Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: dou-lhe a minha palavra de honra, não se vai arrepender). = PALAVRA

    palavra gramatical
    Gramática Palavra que não tem valor semântico ou referente externo e expressa uma relação gramatical, como, por exemplo, as preposições ou as conjunções.

    palavra primitiva
    Gramática Palavra que não é formada a partir de outra da mesma língua e que serve de base à formação de outras palavras.

    palavras cruzadas
    Jogo ou passatempo em que se deve preencher uma grelha de palavras que se entrecruzam de forma vertical e horizontal, a partir de pistas.

    passar a palavra
    Dizer a mais pessoas para que se conheça. = DIFUNDIR, DIVULGAR

    retirar a palavra
    Retractar-se.

    Não deixar continuar no uso da palavra, geralmente em assembleia deliberativa.

    sem palavra
    Que não cumpre aquilo que promete; em que não se pode confiar (ex.: homem sem palavra).DE PALAVRA

    tirar a
    (s): palavra
    (s): da boca de alguém
    Anteceder-se à fala de outra pessoa, dizendo o que ela prentendia dizer.

    última palavra
    Decisão definitiva (ex.: nós demos a nossa opinião, mas a última palavra é dele).

    voltar com a palavra atrás
    Negar o que disse anteriormente. = DESDIZER-SE

    Não cumprir o prometido. = DESDIZER-SE


    Razões

    razão | s. f. | s. m. | s. f. pl.
    2ª pess. sing. pres. conj. de razoar
    Será que queria dizer razões?

    ra·zão
    (latim ratio, -onis, conta, cálculo, consideração, livro de contas, relação, inteligência, raciocínio, motivo)
    nome feminino

    1. O conjunto das faculdades intelectuais. = COMPREENSÃO, INTELIGÊNCIA

    2. Fonte do raciocínio.

    3. Capacidade para decidir, para formar juízos, inferências ou para agir de modo lógico de acordo com um pensamento. = DISCERNIMENTO, JUÍZO, LUCIDEZ

    4. Comportamento ou pensamento que se considera justo, legítimo ou correcto. = LEGITIMIDADE

    5. Justiça, dever, equidade.

    6. Raciocínio que conduz a outro ou a uma conclusão. = ARGUMENTO

    7. Aquilo que explica alguma coisa ou que faz com que algo exista ou aconteça. = CAUSA, MOTIVO

    8. Prova, fundamento.

    9. Firma que adopta uma casa de comércio.

    10. [Matemática] Quantidade que numa progressão opera sempre do mesmo modo.

    nome masculino

    11. [Contabilidade] Livro em que são lançados os créditos e débitos.


    razões
    nome feminino plural

    12. Questões, contendas, alterações, quezílias, zangas.


    à razão de
    Na proporção de; segundo determinado valor, taxa ou percentagem.

    chamar à razão
    Alertar alguém para a falta de bom senso ou de correcção.

    dar razão a
    Concordar com. = APOIAR

    perder a razão
    Enlouquecer.

    razão directa
    Relação entre duas quantidades que aumentam ou diminuem na mesma proporção.

    razão indirecta
    O mesmo que razão inversa.

    razão inversa
    Relação entre duas quantidades tais que uma aumenta na mesma proporção em que a outra diminui.

    ser de razão
    Ser justo.

    trazer à razão
    O mesmo que chamar à razão.

    Confrontar: rasão.

    ra·zo·ar -
    (razão + -oar)
    verbo transitivo e intransitivo

    1. Fazer um raciocínio sobre algo. = ARRAZOAR, RACIOCINAR

    verbo transitivo

    2. Antigo Defender; advogar.


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Jó 32: 11 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Eis que aguardei as vossas palavras, e dei ouvidos aos vossos entendimentos, enquanto buscáveis palavras que dizer.
    Jó 32: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    H1697
    dâbâr
    דָּבָר
    discurso, palavra, fala, coisa
    (and speech)
    Substantivo
    H2005
    hên
    הֵן
    Contemplar
    (Behold)
    Advérbio
    H238
    ʼâzan
    אָזַן
    Ouço
    (Listen)
    Verbo
    H2713
    châqar
    חָקַר
    procurar, buscar, pesquisar, examinar, investigar
    (and make search)
    Verbo
    H3176
    yâchal
    יָחַל
    aguardar, esperar
    (And he stayed)
    Verbo
    H4405
    millâh
    מִלָּה
    palavras
    (words)
    Substantivo
    H5704
    ʻad
    עַד
    até
    (until)
    Prepostos
    H8394
    tâbûwn
    תָּבוּן
    compreensão, inteligência
    (and in understanding)
    Substantivo


    דָּבָר


    (H1697)
    dâbâr (daw-baw')

    01697 דבר dabar

    procedente de 1696; DITAT - 399a; n m

    1. discurso, palavra, fala, coisa
      1. discurso
      2. dito, declaração
      3. palavra, palavras
      4. negócio, ocupação, atos, assunto, caso, algo, maneira (por extensão)

    הֵן


    (H2005)
    hên (hane)

    02005 הן hen

    um artigo primitivo; DITAT - 510 interj

    1. veja!, eis!, embora part hipotética
    2. se

    אָזַן


    (H238)
    ʼâzan (aw-zan')

    0238 אזן ’azan

    uma raiz primitiva; DITAT - 57; v

    1. ouvir, escutar
      1. (Hifil)
        1. ouvir, escutar, dar ouvidos
        2. ser obediente, atento
        3. ouvir ou escutar as orações (referindo-se a Deus)

    חָקַר


    (H2713)
    châqar (khaw-kar')

    02713 חקר chaqar

    uma raiz primitiva; DITAT - 729; v

    1. procurar, buscar, pesquisar, examinar, investigar
      1. (Qal)
        1. procurar (por)
        2. esquadrinhar, explorar
        3. examinar detalhadamente
      2. (Nifal)
        1. ser buscado, ser encontrado, ser averiguado, ser examinado
      3. (Piel) buscar, procurar

    יָחַל


    (H3176)
    yâchal (yaw-chal')

    03176 יחל yachal

    uma raiz primitiva; DITAT - 859; v

    1. aguardar, esperar
      1. (Nifal) aguardar
      2. (Piel)
        1. aguardar, esperar, demorar
        2. aguardar por, esperar por
      3. (Hifil) aguardar, demorar, aguardar por, esperar por

    מִלָּה


    (H4405)
    millâh (mil-law')

    04405 מלה millah pl. masc. como se fosse procedente de מלה milleh

    procedente de 4448; DITAT - 1201a; n f

    1. palavra, discurso, declaração

    עַד


    (H5704)
    ʻad (ad)

    05704 עד ̀ad

    propriamente, o mesmo que 5703 (usado como prep, adv ou conj); DITAT - 1565c prep

    1. até onde, até, até que, enquanto, durante
      1. referindo-se a espaço
        1. até onde, até que, mesmo até
      2. em combinação
        1. de...até onde, ambos...e (com ’de’, no sentido de origem)
      3. referindo-se ao tempo
        1. até a, até, durante, fim
      4. referindo-se a grau
        1. mesmo a, ao ponto de, até mesmo como conj
    2. até, enquanto, ao ponto de, mesmo que

    תָּבוּן


    (H8394)
    tâbûwn (taw-boon')

    08394 תבון tabuwn e (fem.) תבונה t ebuwnaĥ ou תובנה towbunah

    procedente de 995; DITAT - 239c; n. m.

    1. compreensão, inteligência
      1. o ato do entendimento
        1. habilidade
      2. a capacidade do entendimento
        1. inteligência, compreensão, percepção
      3. o objeto do conhecimento
      4. professor (personificação)