Enciclopédia de Jó 4:3-3

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jó 4: 3

Versão Versículo
ARA Eis que tens ensinado a muitos e tens fortalecido mãos fracas.
ARC Eis que ensinaste a muitos, e esforçaste as mãos fracas.
TB Eis que tens ensinado a muitos
HSB הִ֭נֵּה יִסַּ֣רְתָּ רַבִּ֑ים וְיָדַ֖יִם רָפ֣וֹת תְּחַזֵּֽק׃
BKJ Eis que instruíste a muitos, e fortaleceste as mãos fracas.
LTT Eis que ensinaste a muitos, e tens fortalecido as mãos fracas.
BJ2 Tu que a tantos davas lições e fortalecias os braços inertes,
VULG Ecce docuisti multos, et manus lassas roborasti ;

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jó 4:3

Gênesis 18:19 Porque eu o tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para agirem com justiça e juízo; para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que acerca dele tem falado.
Deuteronômio 3:28 Manda, pois, a Josué, e esforça-o, e conforta-o; porque ele passará adiante deste povo e o fará possuir a terra que apenas verás.
Esdras 6:22 E celebraram a Festa dos Pães Asmos os sete dias com alegria, porque o Senhor os tinha alegrado e tinha mudado o coração do rei da Assíria a favor deles, para lhes fortalecer as mãos na obra da Casa de Deus, o Deus de Israel.
Jó 16:5 Antes, vos fortaleceria com a minha boca, e a consolação dos meus lábios abrandaria a vossa dor.
Provérbios 10:21 Os lábios do justo apascentam muitos, mas os tolos, por falta de entendimento, morrem.
Provérbios 15:7 Os lábios dos sábios derramarão o conhecimento, mas o coração dos tolos não fará assim.
Provérbios 16:21 O sábio de coração será chamado prudente, e a doçura dos lábios aumentará o ensino.
Isaías 35:3 Confortai as mãos fracas e fortalecei os joelhos trementes.
Isaías 50:4 O Senhor Jeová me deu uma língua erudita, para que eu saiba dizer, a seu tempo, uma boa palavra ao que está cansado. Ele desperta-me todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que ouça como aqueles que aprendem.
Ezequiel 13:22 Visto que entristecestes o coração do justo com falsidade, não o havendo eu entristecido, e esforçastes as mãos do ímpio, para que não se desviasse do seu mau caminho e vivesse,
Lucas 22:32 Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos.
Lucas 22:43 E apareceu-lhe um anjo do céu, que o confortava.
Efésios 4:29 Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem.
Colossenses 4:6 A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um.
Hebreus 12:12 Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados,

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 21
SEÇÃO II

JÓ DEBATE O SIGNIFICADO DO SEU SOFRIMENTO

4:1-31.40

O argumento principal do livro vem em forma de discursos formais feitos por Jó e seus amigos. Estes discursos são organizados em ciclos. Cada um dos amigos fala e ouve a resposta de Jó. Isso ocorre três vezes, com a exceção do terceiro ciclo que de certa forma é incompleto, seja como indicação de que Jó foi o vitorioso ou de que o texto como o temos hoje não preserva a ordem original.

A. O PRIMEIRO CICLO DE DISCURSOS 4:1-14.22

1. O Primeiro Discurso de Elifaz (4:1-5,27)

Os amigos de Jó, além da cortesia e simpatia orientais, ficaram quietos até que Jó quebrasse o silêncio. Então, depois de sete dias, Elifaz, o temanita, sente-se no dever de falar em resposta ao lamento em que Jó mostrou sua incapacidade de aceitar seu destino com serenidade e paciência. O fato de Elifaz falar primeiro sugere que é o mais velho ou, por algum motivo não declarado, sua sabedoria é considerada mais elevada pelos outros.

a) Elifaz repreende a Jó pelo seu desânimo (4:1-6). Elifaz começa seu discurso de forma gentil e amável. Com cuidado, ele pede que Jó lhe dê ouvidos: Se intentarmos falar-te (2). Ele sabe que qualquer pessoa aflita na situação de Jó deveria estar debaixo de extrema pressão emocional e física. Por isso, ele pede permissão para falar. Enfadar-te-ás? seria melhor traduzido por: "Você ficará ofendido?" (RSV). Existe uma certa im-plicação humorística na tradução de J. M. P. Smith, na qual os personagens da história ficam sentados por sete dias para finalmente Elifaz perguntar: "Se arriscássemos falar a você, você se incomodaria?" O texto hebraico permite essa tradução, mas é bastante improvável que Elifaz tivesse a intenção de ser jocoso.' Mas quem poderá conter as palavras? Algum comentário se faz necessário. Já haviam demonstrado simpatia e pre-ocupação, mas a "explosão" de Jó não podia ficar sem resposta. Jó deveria entender isso, porque ele próprio havia instruído com sucesso a muitos (3). Com tato, Elifaz começa a repreender Jó por sua falta de paciência.

Jó havia confortado a outros — ele tinha fortificado os joelhos desfalecentes (4) — mas agora que a dificuldade estava sobre ele, tinha se esquecido da verdade contida em seu próprio conselho (5). Temor a Deus no pensamento hebraico é a base da sabedoria e da religião (veja 1.9; Êx 14:31; Lv 19:14-32; 25.17; Ec 12:13), e como tal pode ser equiparado com reverência. Por esse motivo, Elifaz pergunta: Porventura, não era o teu temor de Deus a tua confiança? (6). As convicções religiosas fundamentais de Jó deveriam mantê-lo firme nesse período turbulento de sua vida. Não somente isso, mas sinceridade dos teus caminhos —ou melhor, a integridade do caráter — deveria ser a base da esperança de Jó. Essa não é a hora de entregar-se ao desânimo e à melancolia.

  • Os homens colhem aquilo que semeiam (4:7-11). Para provar que a confiança em Deus e a vida reta resultam em benefícios, Elifaz aponta para aquilo que ele acredita ser a verdade evidente. Qual é o inocente que jamais pereceu? (7). A resposta que se espera a essa pergunta é que os justos não são levados à destruição por meio das dificul-dades. Pelo contrário, a destruição é o destino dos ímpios. Contra os ímpios vem o hálito do Senhor [...1 o assopro da sua ira (9), isto é, o vento furioso e destruidor do julga-mento de Deus. Além do mais, existe um princípio divino em ação. É a lei da colheita. Aqueles que semeiam o mal segam isso mesmo (8).
  • A destruição dos ímpios é descrita mais adiante nos versículos 10:11 por meio de uma outra figura vívida —a dissolução de uma cova de leões. Davidson ressalta que existem cinco palavras usadas em relação ao leão nestes versículos: o bramido do leão, o leão feroz, os leõezinhos, o leão velho (forte) e os filhos da leoa. Elifaz traça um paralelo entre o ímpio e o leão em duas situações: em primeiro lugar, a força deles; e em segundo lugar, a sua natureza violenta. Os ímpios experimentarão o que experimenta um forte leão que ruge. A sua presa é tirada subitamente da sua boca e seus dentes [...1 se quebrantam, e ele acaba morrendo por falta de comida. Os filhos [da leoa], então desamparados, andam dispersos porque não têm nenhum provedor de comida. Da mesma maneira, desastre ou julgamento recairão sobre homens perversos cuja natureza violenta é semelhante à do leão (veja 5:2-5).2

  • Já deveria buscar a Deus (4:12-5.16). Em seguida, Elifaz apela à autoridade sobrenatural para provar sua posição: Uma palavra se me disse em segredo (12). Literalmente: "Veio a mim uma palavra secretamente". Isso é diferente da vinda da palavra do Senhor ao profeta (veja Jr 1:4-2.1, 4, etc.). Também não é dessa maneira que os profetas descrevem suas experiências com visões. A experiência de Elifaz aconteceu no meio da noite (13). Sobreveio-lhe o tremor (14). No versículo 15 lemos: Então, um espírito passou. A palavra hebraica ruach é melhor traduzida aqui por "vento" em vez de espírito. Ruach pode significar duas coisas, mas como Terrien ressalta, a forma mas-culina como a usada aqui, sempre se refere ao respirar ou fôlego. Elifaz não está descre-vendo um fantasma ou uma aparição. A palavra ruach nunca é usada dessa forma no
  • Antigo Testamento. Trata-se de uma presença que ele sentiu e ouviu (16).4 Calando-me, ouvi uma voz (16) significa, literalmente: "Houve silêncio, e ouvi uma voz", talvez um sussurro — cf. um sussurro (12) e I Reis 19:12.

    A mensagem é apresentada na forma de duas perguntas: Seria, porventura, o homem mais justo do que Deus? e: Seria, porventura, o varão mais puro do que o seu Criador? (17). Essa construção na ARC é urna tradução aceitável, mas o sentido é estranho e impossível, a não ser que seja uma hipérbole. Também é possível traduzir esse texto, como é o caso quase universalmente, da seguinte maneira: "Poderá um mor-tal ser justo diante de Deus? Poderá um homem ser puro diante do seu Criador?"' Essas perguntas introduzem a situação humana que Elifaz observa por toda parte.

    O homem é incapaz de ser perfeito, constata Elifaz. Nesse ponto ele bondosamente corrige a Jó, que parecia estar próximo de colocar-se no papel do Criador quando recla-mava acerca do seu nascimento e do poder sustentador da vida que pertence a Deus. Jó pode ter sido um homem muito bom de acordo com os padrões humanos, mas comparado a Deus, ninguém pode alegar inocência. Para ilustrar essa grande diferença entre Deus e o homem, Elifaz usa algumas outras criaturas como exemplo. Ele ressalta que os ser-vos finitos de Deus não são confiáveis, e mesmo nos seus anjos encontra loucura (18). A palavra loucura (teholah) é única no Antigo Testamento. Pode ter o sentido de "erro". O poeta não parece ter a intenção de desacreditar os seres celestiais, mas, sim, enaltecer a perfeição de Deus. Se até os seres celestiais são imperfeitos aos olhos de Deus, e não merecem sua total confiança, quanto mais [aqueles] que habitam em casas de lodo? (19). Isso obviamente refere-se a homens mortais, cujos corpos são pó (Gn 2:7-3.19; 2 Co 5:1). A alusão de o homem estar preso à terra é ampliada pela expres-são cujo fundamento. O homem foi feito da terra; ele está preso à terra; ele vai retornar à terra. Não somente isso, mas a vida do homem é passageira; ela é facilmente esmagada como a traça. Existe apenas um breve período de manhã à tarde (entre o alvorecer e o crepúsculo,
    20) que marca a sua existência. E eternamente perecem, sem que dis-so se faça caso. O homem nasce, vive brevemente, morre e é esquecido.

    O versículo 21 é obscuro. O verbo traduzido por passa significa "arrancar". Conse-qüentemente, o texto é com freqüência corrigido da seguinte forma: "As cordas de suas tendas [ou o pino da tenda] são arrancadas" (RSV). No entanto, se excelência e sabe-doria são colocadas lado a lado como termos paralelos, isso pode significar que a exce-lência do homem, independentemente da sua qualidade, pode ser-lhe arrancada e ele morrer sem alcançar sabedoria.'

    O antecedente é a base ampla de convicção que Elifaz tem em relação à natureza da existência do homem sobre a terra. Ele então procura aplicar isso diretamente a Jó.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 21
    *

    4.1—5.27 Elifaz começou o primeiro ciclo de declarações (caps. 4—14), nas quais Jó e seus amigos debateram as razões de sua sorte ingrata.

    * 4.2-6 Elifaz foi o menos cáustico dos três amigos de Jó, pelo menos em sua primeira declaração. Essas palavras iniciais, que supõem que Jó é inocente (v. 7), devem ser comparadas com 22:1-11, onde ele se mostra plenamente convicto de que Jó estava recebendo o que merecia. Jó é elogiado por ser um mestre de sabedoria (vs. 3,4), mas no quinto versículo ele é advertido a não deixar de aplicar a si mesmo o que tinha ensinado a outros.

    * 4:6

    o teu temor de Deus. O temor a Deus é a maneira do Antigo Testamento referir-se à verdadeira adoração.

    * 4:8

    os que... semeiam o mal, isso mesmo eles segam. Essa é uma verdade da sabedoria que não pode ser negada, mas seria Jó culpado disso? Que os inocentes nunca perecem (v. 7) não corresponde à verdade, desde a morte de Abel (conforme Gn 4:8-11).

    * 4:16

    a aparência. Elifaz não sabia o que ou quem era a aparição, mas estava seguro de que era uma revelação sobrenatural.

    * 4:17

    Seria... o mortal justo diante de Deus? A pergunta não era se os seres humanos podem ser mais justos do que Deus, o que era inconcebível naquela cultura, mas se poderiam ser justos aos olhos dele. Os próprios anjos não são puros aos seus olhos (v. 18). É possível que somente o v. 17 seja uma revelação do Espírito, e que os vs. 18-21 sejam o comentário de Elifaz sobre essa revelação.

    * 4:21

    morrem, e não atingem a sabedoria. Ou seja, a morte dos tais ocorre sem propósito, e, portanto, não tem sentido. Eles "perecem para sempre" (v. 20) sem que jamais tenha havido um propósito para as suas vidas.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 21
    4.1ss Elifaz afirmou que lhe tinha sido dado conhecimento secreto por uma revelação especial de Deus (4.12-16), e que tinha aprendido muito de sua experiência pessoal (4.8). Argumentou que o sofrimento era um resultado direto do pecado, e que se tão só Jó confessasse o seu, seu sofrimento terminaria. Elifaz via o sofrimento como um castigo de Deus que deve ser bem recebido para poder conduzir a uma pessoa de volta a Deus. Em alguns casos, é obvio, isto pode ser certo (Gl 6:7-8), mas não era assim com o Jó. Mesmo que Elifaz fez muitos comentários bons e acertados, fez três conjeturas equivocadas: (1) Uma pessoa boa e inocente nunca sofre. (2) Aqueles que sofrem estão sendo castigados por seus pecados passados. (3) devido a que estava sofrendo, Jó teria feito algo mau ante os olhos de Deus. (Para maior informação a respeito do Elifaz, veja o quadro no capítulo 28. Temán era uma cidade comercial no Edom, considerada um lugar de sabedoria, veja-se Jr 49:7.)

    4:7, 8 Parte do que Elifaz disse é verdade, e parte é falso. É certo que aqueles que promovem o pecado e os problemas finalmente serão castigados. É falso que qualquer que seja bom e inocente nunca sofrerá. Todo o material registrado e chamado na Bíblia está aí por decisão de Deus. Alguns são registros do que a gente dizia e fazia, mas não um exemplo que devamos seguir. Os pecados, as derrotas, os pensamentos maus e as idéias equivocadas a respeito de Deus são todos parte da divinamente inspirada Palavra de Deus, mas isso não significa que devamos seguir esses exemplos equivocados só porque estão na Bíblia. A Bíblia nos dá ensinos e exemplos do que devemos fazer assim como do que não devemos fazer. Os comentários do Elifaz são um exemplo do que devemos tratar de evitar: a tendência a fazer falsas conjeturas a respeito de outros, apoiados em nossas próprias experiências.

    4:12, 13 Embora Elifaz afirmou que sua visão tinha sido divinamente inspirada, é duvidoso de que tenha vindo de Deus, dado que Deus mesmo mais tarde o critica por não ter falado a verdade a respeito Do (42.7). Qualquer que for a fonte da visão, esta se resume em 4.17. Na aparência, esta afirmação é completamente certa. Um simples humano não pode comparar-se com Deus nem deve tratar de questionar suas ações e motivos. Entretanto, Elifaz tomou este pensamento e o explicou mais tarde expondo suas próprias opiniões. Sua conclusão (2Rs 5:8) mostra uma compreensão limitada do sofrimento do Jó. É muito fácil para os professores, conselheiros, e amigos bem intencionados começar com uma porção da verdade de Deus e logo ir-se pela tangente. Não limite a Deus com sua perspectiva e compreensão finita da vida.

    4.18, 19 Cometem realmente enganos os anjos? Recorde que era Elifaz o que estava falando, não Deus. Assim devemos tomar cuidado de não construir nosso conhecimento do mundo espiritual sobre as opiniões do Elifaz. Além disso, a palavra traduzida "necedad" tem um significado incerto. Podemos salvar a credibilidade do Elifaz ao dizer que se referia aos anjos cansados; entretanto, esta passagem não tenta ensinar nada a respeito deles. O que Elifaz estava dizendo era que os seres humanos pecadores estão muito por debaixo de Deus e dos anjos. Tinha razão a respeito da grandeza de Deus, mas não entendia os grandes propósitos de Deus respeito ao sufri

    CONSELHO DOS AMIGOS

    Afligido pelo sofrimento, Jó não foi consolado a não ser condenado por seus amigos. Cada um de seus pontos de vista representam uma forma bem conhecida de compreender o sofrimento. Deus prova que cada uma das explicações dadas pelos amigos do Jó são menos que uma resposta completa.

    Elifaz o temanita

    Onde falou 4:5-15, 22

    Como ajudou Sentaram-se em silencio com o Jó durante sete dias (2.11-13)

    Como explicou a dor do Jó Jó está sofrendo porque pecou

    Seu conselho ao Jó Vai a Deus e encomiéndale sua causa (5.8)

    Resposta do Jó Retira suas falsas acusações (6.29)

    Bildad o suhita

    Onde falou 8:18-25

    Como ajudou Sentaram-se em silencio com o Jó durante sete dias (2.11-13)

    Como explicou a dor do Jó Jó não admite que pecou, portanto seguirá sofrendo

    Seu conselho ao Jó Até quando, OH Jó, seguirá assim? (8.2)

    Resposta do Jó "Direi a Deus[...] me faça entender por que disputa comigo" (10.2)

    Resposta de Deus aos amigos Deus repreende aos amigos do Jó (42.7)

    Zofar o naamatita

    Onde falou 11:20

    Como explicou a dor do Jó O pecado do Jó merece mais sofrimento que o experiente

    Seu conselho ao Jó Libra lhe de seus pecados (11.13-14)

    Resposta do Jó Sei que serei reivindicado (13.18)

    Eliú o buzita

    Onde falou 32:37

    Como explicou a dor do Jó Deus está usando o sofrimento para moldar e capacitar ao Jó

    Seu conselho ao Jó "Cala, e te ensinarei sabedoria" (33.33)

    Resposta do Jó Não houve resposta

    Resposta de Deus aos amigos Deus não se dirige diretamente ao Eliú.

    Deus

    Onde falou 38:41

    Como ajudou Confrontou ao Jó a contentar-se sem saber o porquê de seu sofrimento

    Como explicou a dor do Jó Não explicou a razão do sofrimento

    Seu conselho ao Jó Ainda quer seguir discutindo com o Onipotente? (40.2)

    Resposta do Jó Eu falava de coisas que não entendia (42.3-5)


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 21
    II. CONTROVÉRSIAS DE JÓ (4:1 é considerado por alguns a ser repetido por Cristo em Lc 1:52 e citado por Paulo em 1Co 3:19 , embora parece possível que ambos os usos podem ter surgido de uma fonte proverbial comum, oral ou escrita.

    A. O primeiro ciclo de discursos (4: 1-14: 22)

    1. Elifaz primeiro discurso (4: 1-5: 27)

    Elifaz é o primeiro dos amigos de Jó para falar com o seu problema. Sua prioridade é provável por mútuo acordo e por causa de sua idade mais avançada, experiência e maturidade. Todos os três fatores são importantes entre os antigos, assim como entre os modernos, os orientais. Com essa sabedoria pessoas foi associada com a idade e experiência (32:6)

    1 Então respondeu Elifaz, o temanita, e disse:

    2 Se um ensaio para contigo, queres ser triste?

    Mas quem poderá conter as palavras?

    3 Eis que tens ensinado a muitos,

    E tens fortalecido as mãos fracas.

    4 As tuas palavras têm sustentado aos que cambaleavam,

    E fizeste com firma os joelhos enfraquecidos.

    5 Mas agora vem para ti, e tu mais fraco;

    Ele tocar ti, e tu és conturbado.

    6 Não é teu temor de Deus confiança thy,

    E a integridade dos teus caminhos tua esperança?

    7 Lembre-se, peço-te, que morreram, sendo inocente?

    Ou onde foram cortados os retos off?

    8 Conforme tenho visto, os que lavram iniquidade

    E semeiam o mal segam o mesmo.

    9 Pelo sopro de Deus perecem,

    E pela rajada da sua ira são consumidos.

    10 O rugido do leão, ea voz do leão feroz,

    E os dentes dos leõezinhos se quebram.

    11 Perece o leão velho por falta de presa,

    E os filhotes da leoa andam dispersos.

    Huffman afirma que "o primeiro discurso de Elifaz, que abre o ciclo ... estabelece um precedente que foi imitado por outros oradores, e pode-se dizer que a pedra angular de todos os discursos que se seguem." Elifaz é cortês, e ele manifesta uma alto grau de sensibilidade social para com Jó, cujos sentimentos ele evidentemente respeitado com o devido respeito. Isso se deveu em parte, talvez, para o alto parecer em que Jó era conhecido por ter sido realizada, e em parte para suas aflições graves. No entanto, ele é também simplesmente deportá-se de acordo com os costumes sociais do Oriente, que foram obrigados a ele, em tais circunstâncias em sua abordagem de uma pessoa como Jó foi reconhecido ser. Sua abordagem é extremamente discreto e cortês, e sua consideração inicial para Jó parece não deixam nada a desejar. Ele praticamente pede a permissão de Jó para falar com o seu problema, mas ele indica que seria extremamente difícil para ele manter a calma sob as circunstâncias. Dirigindo-se a Jó, ele diz: "Você se ressente, se ousarmos (nasah -assay) para falar? -apesar de que pode manter as palavras? "(Moffatt).

    Os sofrimentos de Jó, mas especialmente sua lamentação expressa no capítulo 3 , parecem ter criado na mente de Elifaz uma má impressão, se não temperar, que ele passa a expressar em um ataque contra o medo professada de Jó de Deus ea sua integridade pessoal. Assim, em sua ignorância humana da verdadeira causa da provação de Jó, ele passa a deduzir algumas conclusões falsas a partir deles.

    Embora, aparentemente, creditando Jó com a verdadeira piedade e devido preocupação social, e até mesmo serviço, que ele expressa em uma comenda quatro vezes (vv. 4:3-4) no início, no entanto, esta é logo revelou-se, mas uma marca de sua abordagem diplomática de seu adversário no debate. Este é um dispositivo bem conhecido empregado em debate para o tempo presente, pelo qual o orador admite certas validades em posição de seu oponente, só para ganhar uma vantagem que ele posteriormente usa para destruir a posição do adversário.

    Com um golpe de mestre de insinuação sutil, Elifaz procura fazer carga original bom Satanás de que a fé de Jó em Deus não é genuína. Na verdade professada integridade de Jó e piedade ter sido manifesto em relação a seus companheiros em necessidade (vv:3-4 ), mas isso foi apenas uma demonstração exterior, Elifaz insinua, que Jó usado para a sua vantagem egoísta. Agora dias que mal têm caído em cima dele, o verdadeiro caráter de Jó foi revelado e sua integridade professo tem sido manifesto como falsa. O próprio testemunho de Deus para o personagem de Jó desde o início (1:1 ; 2:3 ; 2: 4-5 , 2:9 ), agora está insinuado contra por principal antagonista de Jó: não é o teu temor de Deus confiança thy, e a integridade dos teus caminhos tua esperança? (v. 4:6 ). Agora, não observada pelo olho do homem, o Satanás do Prólogo, que parecia ter desaparecido de repente a partir da história, perto do final do capítulo 2 , é sutilmente embora persistentemente dirigindo o ataque, de trás do palco, de encontro de Jó reverencial (adoradores inspiradora) temor de Deus e sua integridade de caráter. Satanás não é menos Satanás quando ele opera através de argumentos plausíveis de um protagonista respeitado e culta do que quando ele se engaja o seu adversário no campo aberto de conflitos violentos. Ele falhou no último; ele agora espera ter sucesso no primeiro. Ele ainda é o príncipe das trevas (Ef 6:10 ), mesmo que ele aparece como um anjo de luz (conforme 2Co 11:14. ).

    Elifaz respeitosamente apela primeiro a experiência madura de Jó e sabedoria reconhecida com uma pergunta capciosa: Lembre-se, peço-te, que jamais pereceu, sendo inocente (naqah -guiltless)? Ou onde foram os retos (yashar) cortada? Elifaz "resposta antecipada é implícito na sua pergunta, como foi na filosofia religiosa atual. Sua participação foi uma a priori argumento. "Nossas doutrinas nos ensinar", ele quer dizer, "que todo o mal eventuates na justiça retributiva, e toda a bondade em recompensas proporcionais aos atos." Esta mesma filosofia religiosa estava implícito no pensamento dos exércitos pagãos de Paulo na ilha de Malta , depois do naufrágio, em sua experiência com a víbora. Eles discorriam entre si: "Sem dúvida, este homem é homicida, pois como, escapando do mar, a justiça não tem sofrido para viver" (At 28:4 ), enquanto que a quebra dos dentes do jovem leão pretende sugerir a força quebrado de Jó ex-perfeito vida. Jó já perdeu o seu antigo auto-suficiência, Elifaz implica no versículo 11 , e como a leoa enfermos que perece da incapacidade para capturar presas, então Jó encontra-se uma vítima indefesa de seu destino. Como os filhotes da leoa andam dispersos e não pode ajudar os pais a encontrar sustento, por isso os filhos de Jó sumiram e ele também só pode rugir na denúncia impotente. Assim faz greve Elifaz uma quebra golpe após o outro contra a fé de seu oponente, ou é Elifaz apenas o porta-voz de um inimigo mais sutil de servo, o justo de Deus?

    b. Visão Elifaz suportando (4: 12-21)

    12 Agora, uma coisa que foi trazida em segredo de mim,

    E meus ouvidos perceberam um sussurro dela.

    13 Entre pensamentos vindos de visões da noite,

    Quando cai sono profundo sobre os homens,

    14 O medo se apoderou de mim, e tremendo,

    Que fez todos os meus ossos estremeceram.

    15 Então um espírito passou por diante de mim;

    O cabelo da minha carne se levantou.

    16 Parou ele, mas eu não podia discernir a aparência dos mesmos;

    Um vulto estava diante dos meus olhos;

    Houve silêncio, e ouvi uma voz, dizendo ,

    17 o homem mortal ser justo diante de Deus?

    Pode um homem ser mais puro do que o seu Criador?

    18 Eis que Deus não confia nos seus servos;

    E seus anjos atribui loucura:

    19 quanto mais aos que habitam em casas de lodo,

    Cujo fundamento está no pó,

    Quem são esmagados pela traça!

    20 Entre a manhã ea tarde são destruídos:

    Perecem para sempre sem que isso.

    21 Não é corda da sua tenda arrancados dentro deles?

    Eles morrem, e que sem sabedoria.

    Um disse que

    Temos aqui uma das passagens mais maravilhosas na literatura. O sigilo, o silêncio, o súbito pânico, a respiração que passa sobre o rosto, o cabelo ereto, com horror, a figura sombria cuja forma ele não pode discernir, o silêncio quebrado pela voz, todos se combinam para produzir a impressão de terror, e terror da não definitivamente conhecido, mas da vaga e misteriosa, deixando a imaginação jogo completo para aumentá-lo.

    Evidentemente, sentindo a necessidade de maior apoio para a eficácia do seu esforço para minar a fé de Jó em Deus e confiança em sua integridade, Elifaz produz a visão misteriosa desta passagem. Ignorando, para o momento, a questão da autenticidade da visão, uma dupla importância da sua introdução aqui serão consideradas. Parece evidente que o uso deste dispositivo visão representa um golpe de mestre da técnica por parte de Elifaz em seu argumento contra Jó.

    Em primeiro lugar, esta visão espiritual, como todas as visões, tem em si, em grande medida, o elemento de mistério. Um mistério é sempre uma parcial, mas nunca completo, revelação de uma coisa ou situação. Onde não há conhecimento revelado em tudo não há mistério somente ignorância em branco. Por outro lado, se a revelação está completa, é igualmente do conhecimento completo e todos mistério desaparece. No entanto, quando apenas o suficiente é revelado para apresentar uma shadowiness indistinto, o interesse é despertado curiosidade e é agravada, e, portanto, uma espécie de grandiosidade reverencial é criado como o ouvinte ou observador expectante aguarda mais completa revelação. Este é um dispositivo bem compreendido e efetivamente utilizado por praticantes religiosos pagãos primitivos e os cultos religiosos. A Bruxa de Endor empregou com o rei Saul (1Sm 28:11 ). Da mesma forma os espíritas modernos empregá-lo em suas sessões. Ele é usado pelos mórmons no mistério-segredo de seu grande templo em Salt Lake City, Utah. É efetivamente empregado pelo ocultismo de quem ensina e prática oral no misterioso "língua desconhecida." Trata-se de um dispositivo que é responsável, em grande medida, para a prosperidade da maioria todos os grupos ocultistas, modernos e antigos, tanto religiosos como secular. Visão espiritual Elifaz, provavelmente relacionado em medidos, tons sussurradas com a devida solenidade, foi projetado para cativar o interesse de Jó e, assim, servir de instrumento para conquistar o argumento do protagonista contra a fé de Jó em Deus e sua integridade pessoal.

    É evidente que é implicado por Elifaz, em segundo lugar, que a sua visão espiritual era uma visitação de Deus, com uma mensagem divinamente autorizada especificamente projetado para Jó. Assim Elifaz tenta por sua visão espiritual para impressionar a Jó a origem sobrenatural e sobre-humana da visão e da mensagem que ele carrega com ele. Note-se que tanto a forma (Temunah -likeness) de sua visão e as idéias que ele transmite são bastante diferentes das visões autênticas recebidos do Senhor pelos profetas hebreus. A admoestação do Apóstolo João teria sido tão pertinente a visão espiritual Elifaz 'como àqueles do dia do Apóstolo. "Amados, não creiais a todo espírito, mas provai os espíritos, se são de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo "( 1Jo 4:1 , Jl 1:9 , Jl 1:11 , . Jl 1:13 e ss ), e os primeiros cristãos, com seus "Assim diz o Espírito" (ver At 21:11 ), produzido impressões profundas sobre seus ouvintes. A Igreja Católica Romana, com a sua doutrina da infalibilidade do Papa, e seu autoritarismo resultante, tem efetivamente utilizado este dispositivo. Não foi sem a sua eficácia no ministério protestante, mas particularmente em tempos de visitações divinas especiais. Embora o princípio em si mesmo é válido, o seu emprego por Elifaz para ganhar o seu ponto de encontro de Jó é altamente suspeito. No entanto, Elifaz espera que sua experiência mística será suficiente para convencer Jó do pecado e da hipocrisia.

    Um breve exame de visão espiritual Elifaz "revela alguns fatos importantes. Primeiro, a palavra ruach , traduzido espírito , provavelmente poderia ser traduzida como "lufada de ar" (conforme 41:16 ; Ex 10:13. ; Ec 1:6 ). Uma vez que esta era uma espécie de experiência de sonho-visão caracterizada por uma "lufada de ar" sem forma que passou pelo rosto Elifaz, e da qual ele recebeu a mensagem reveladora suposta num desmaio, quase indistinta, sussurro (v. 4:12) ou impressão na orelha, há pouca razão para creditá-lo como sendo nada mais do que uma experiência subjetiva sonho, se não uma invenção deliberada da parte de Elifaz, feito sob medida para a ocasião. Delitzsch diz: "Ele é projetado para mostrar o valor de uma comunicação tão solene, e para despertar a curiosidade." Mas, deve-se notar, como diz Delitzsch, "E aconteceu que, enquanto ele estava deitado no sono profundo da noite, no meio à confusão de pensamento decorrente de sonhos todas as noites. "Deus não entregar Suas revelações para o homem de uma maneira tão indistinta sem forma ou símbolo capaz de ser entendida e interpretada pelo receptor. As comunicações divinas na literatura apocalíptica são todos simbolizado.

    Em segundo lugar, a voz que supostamente veio do informe, visão indistinta (v. 4:17) implica mais do que Jó nunca reivindicou para si como homem mortal ('enosh - "homem insignificante ou inferior"), que era mais justo do que Deus. A passagem inteira (v.4:17) é irônico quando se observa que o segundo uso de homem no verso é Gever , que significa "o homem como um ser poderoso" (Girdlestone). O Jó não é a pretensão de ser mais justo ou puro (tsadaq) que o seu Criador . É verdade, como observa Clarke, que nenhum homem, quando consideradas em e de si mesmo, jamais pode ser puro de coração ou santo em conduta diante de Deus. No que diz respeito a dependência espiritual e moral do homem em Deus, Clarke diz:

    Ele deve ser justificada pela misericórdia de Deus, através de um sacrifício expiatório ; ele deve ser santificados pelo Espírito Santo de Deus, e, portanto, ser feito um participante da natureza divina. Então ele é justificado diante de Deus, e puro aos olhos de seu Criador; e esta é uma obra que ele mesmo só Deus pode fazer; de modo que o Jó não é homem de Jó 's, mas de Deus. É falso inferir ... que nenhum homem pode ser justificada, e que nenhum homem pode ser purificado, quando Deus tanto justifica o ímpio, e santifica o profano [ 1Ts 5:22 ]. O significado não pode ser mais do que isto: que nenhum homem pode fazer expiação por seus próprios pecados, nem purificar seu próprio coração. Por isso, toda jactância é sempre excluído.

    No entanto, é este último justiça descrito por Clarke, e não que a aludida por Elifaz visão ', que Deus reivindicada para Seu servo Jó. Portanto argumento Elifaz é irrelevante para a condição de Jó.

    Em terceiro lugar, a evidência implícita contra Jó, no versículo 18 é também pervertido. Se a referência é aos anjos que caíram, ou aqueles que então servia a Deus, é um ponto pacífico entre os intérpretes. No entanto, em todos os homens de eventos, como os anjos, são criaturas contingentes, e são, portanto, constantemente dependente de Deus para a sua conservação espiritual e moral na justiça. No divórcio de Deus, como Elifaz acreditava Jó agora a ser, Deus coloca nenhuma confiança no homem ('enosh -. "homem mortal como insignificantes ou inferior," v 4:17 ), e sabe que ele vai na sua própria tentativa de auto-suficiência vir a fracasso e loucura. (A palavra apenas , v. 4:17 , é tsadaq , o que sugere "straightness ou rigidez.") Humanismo, ou auto-salvação, nunca foi, e nunca será, um sucesso, em última instância. Mas ao contrário das acusações de Elifaz, Jó não se divorciou-se de Deus; ele ainda confia em Deus e vai continuar a fazê-lo, como ele próprio testemunhou Jó (13:15 ).

    Em quarto lugar, as deduções Elifaz nos versículos 19:21 são falsas na sua aplicação a Jó simplesmente porque as premissas em que se baseiam nos versos precedentes são falsas. O que ele diz nestes versos pode ser verdade para os homens que tentam viver suas vidas sem Deus. Mas Jó não está entre o seu número, e, portanto, o que é dito sobre eles não se aplica a ele. Assim, o argumento de Elifaz não vem ao caso. Nada do que ele tem, até agora, disse é suficiente para trazer um veredicto de culpado contra Jó.Assim Jó não precisa temer que ele vai ser "esmagado como é a mariposa" (v. 4:19 ; 20: 7 ; 23: 7 ; 36: 7 ).


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 21
    4:37

    Não podemos examinar cada ca-pítulo em detalhes, pois são muito longos e intrincados. Se você ler es-ses capítulos em uma versão mais moderna da Bíblia, comparando-a com uma versão mais antiga, com-preenderá e seguirá melhor os argu-mentos dos homens.

    1. Os acusadores de Jó

    Os três amigos de Jó procuraram- no a fim de confortá-lo, mas aca-bam por criticá-lo! De uma forma ou de outra, os três usam o mesmo argumento: (1) Deus abençoa o jus-to e aflige o perverso; (2) o Senhor afligiu Jó; (3) portanto, Jó deve ser perverso. É claro que o pensamento deles parece lógico, mas não é es-piritual. Os seres humanos, meros mortais, são muito ignorantes para compreenderem totalmente os ca-minhos do Senhor. Pois ajustarmos o Senhor a nossas pequenas "caixas teológicas" é o mesmo que limitá-lo, tornando-o um Deus menor. Tenha-mos em mente que esses amigos de Jó não tinham a revelação total que temos no Novo Testamento, a qual mostra de forma mais completa que o sofrimento nem sempre é causado pelo pecado e que, por meio da fé em Cristo, podemos transformar o sofrimento em glória. É perigoso o crente tentar explicar os caminhos de Deus a outros crentes se eles não entendem a Palavra nem os cami-nhos do Senhor.

    Elifaz, em sua primeira fala, ar-gumenta que Jó é um pecador (4:7- 11). Ele fundamenta seu pensamen-to em uma visão especial que teve em determinada ocasião (4:12-21), portanto podemos dizer que Elifaz deduz os difíceis fatos da vida a partir de uma experiência pessoal. Em 8:1-7, Bildade apresenta seus argumentos e afirma de forma direta que Deus não faz coisas injustas. Em 8:8-10, Bildade argumenta a partir da tradição e cita uma série de ditos antigos para apoiar sua alegação. No capítulo 11, Zofar repreende Jó e diz que ele precisa se arrepender e se tornar reto com o Senhor! Os três "amigos" cometem o mesmo erro: (1) eles não conseguem pene-trar no sofrimento de Jó e ser soli-dários com ele; (2) eles tinham um conceito rígido a respeito de Deus e suas obras, o qual não era totalmen-te verdadeiro; e (3) eles são muito dogmáticos e orgulhosos para escu-tarem Jó e examinarem com hones-tidade suas crenças.
    O problema do sofrimento do ser humano é muito profundo e complexo para as respostas simples que os amigos fornecem. Jesus nun-ca pecou, contudo ele sofreu mais que qualquer outra pessoa! Nem Jó nem seus amigos tinham conheci-mento da conferência celestial em que o Senhor usava Jó como "pro- va A" diante de Satanás e dos anjos a fim de comprovar que as pesso-as crêem no Senhor mesmo quan-do não entendem o que Deus está fazendo. Os amigos chamam Jó de "ímpio" (8:13 15:34-20:5; 34:30); o Senhor chama-o de "homem ínte-gro e reto" (1:8; 2:3). Jó não regatea-ria com o Senhor apenas para rea-dquirir sua prosperidade material, pois seu maior bem era sua integri-dade pessoal.
    Em 2:3, Deus deixa claro que não tinha motivo para afligir Jó, pois este não era ímpio nem pecador. Por isso, o Senhor rejeita a fala de Eliú (38:1-2) e a dos três homens (42:7).

    Ao mesmo tempo que os três homens argumentam que o so-frimento de Jó era punição para o pecado, Eliú tinha uma idéia dife-rente (caps. 32—37): Deus envia sofrimento a fim de disciplinar-nos e ensinar-nos (33:9-20; 35:10-16). Eliú mostra que tem uma visão mais alta do Senhor e enfatiza belamen-te, em sua fala, o poder e a sabedo-ria do Senhor; leia, em especial, o capítulo 37. Mas ele não consegue ajudar Jó, e Deus censura Eliú por seus conselhos sombrios (38:1-2).

    1. Os argumentos de jó

    Jó responde depois que cada homem fala, exceto no caso de Eliú, em que o próprio Deus lhe responde. Os ar-gumentos de Jó são mais ou menos estes: (1) da mesma forma que você, creio que Deus é justo e poderoso; (2) mas não sou ímpio — não sei de nenhum pecado que me separe do Senhor; (3) eu poderia argumentar a respeito de meu caso com o Senhor, mas não consigo encontrá-lo; (4) to-davia eu creio que ele me vindica- rá nessa vida e na que está por vir. A luz das circunstâncias, Jó precisa ter muita fé para argumentar dessa forma. Não é de admirar que Tia-go 5:11 enfatize a paciência de Jó.

    Os três amigos argumentam que Deus sempre aflige o perver-so, mas Jó menciona a eles que este parece estar prosperando! No ca-pítulo 8, Bi Idade retrata a horroro-sa punição do perverso como a luz que se apaga (vv. 5-6), a ave pega na armadilha (vv. 7-10), o crimino-so caçado (vv. 11-13), a tenda que vem abaixo (vv. 14-15) e árvore que seca (vv. 16-17). No capítulo 20, Zofar argumenta que a aparente prosperidade do perverso é passa-geira. No capítulo 21, Jó rejeita a argumentação deles e cita a óbvia riqueza e saúde do perverso. No capítulo 24, Jó pergunta: "Por que o Todo-Poderoso não designa tem-pos de julgamento?". Ele enumera os pecados do perverso e, no ca-pítulo 31, reconta sua própria vida piedosa. Os três amigos calaram-se porque sabiam que os argumentos de Jó estavam certos. A fala prolixa de Eliú acrescenta pouco à solução do problema.

    1. O apelo de Jó

    Os versículos mais importantes des-sa seção são os que apresentam o apelo do coração de Jó a Deus e aos amigos.

    1. Ele pede solidariedade

    Seus amigos não demonstram amor e compreensão. Para eles, Jó era um problema teológico, não um santo em sofrimento (veja Jo 9:1-43). No capítulo 6, Jó afirma que perdeu o gosto pela vida (vv. 6-7) e quer morrer (vv. 8-13). Ele compara os amigos ao ribeiro que seca exata-mente quando os viajantes seden-tos precisam de água (vv. 14-20). O capítulo 7 apresenta várias ima-gens da vida com suas provações e brevidade: uma luta (vv. 1, "os seus dias" significa "luta"); uma escravidão (vv. 1 -5); a rapidez da lançadeira do tecelão (v. 6); um so-pro (vv. 7-8); uma nuvem (vv. 9-10; veja Jc 4:13). Em 9:25, ele compara a vida com a velocida-de do corredor ("correios", veja Et 8:9-17) e, em 9:26, com barcos de junco.

    1. Ele pede uma oportunidade para confrontar Deus

    No capítulo 9, Jó reclama que não tem como apresentar seu caso diante do Senhor porque não pode encontrá-lo. No versículo 33, ob-serve que ele pede um "árbitro" ou mediador para ficar entre ele e

    Deus. "Como pode o homem ser justo para com Deus?" (9:
    2) signi-fica: "Como um homem pode de-fender seu caso diante de Deus?". Agradecemos ao Senhor o Media-dor Jesus Cristo, que nos represen-ta diante do Senhor. Veja 1 Timó-teo 2:5; I João 2:1 -2; eZc 3:0.

    1. Ele apela para sua integridade básica

    Jó, em cada uma de suas falas, nega que seja um pecador em segredo. Ele conhece o próprio coração e con-fessa que os amigos foram cruéis e julgaram-no mal. No fim do livro, Jó dobra-se no pó e na cinza e confes-sa sua indignidade (40:3-5; 42:1-6) quando Deus se revela a ele, mas não era uma confissão de pecados. Antes, era humilhar-se diante do Senhor quando percebeu a própria ignorância e indignidade na presen-ça do Todo-Poderoso. Deus nunca acusa Jó de pecado. Ele acusa-o de não perceber a grandiosidade do Senhor e de tentar confiná-lo em um argumento pequeno, mas não o julga pelos pecados que os amigos o acusaram de ter cometido. Para conhecer a defesa que Jó faz de sua vida piedosa, leia o capítulo 31.

    1. Ele apela para sua fé em Deus

    Isto deu início ao problema: Jó crê em Deus. O Senhor, no entan-to, parece tê-lo abandonado. Se
    Jó tivesse, alguma vez, negado ou amaldiçoado o Senhor não haveria problema, pois os amigos saberiam que o Senhor estava punindo Jó por sua descrença. Contudo, Jó tinha fé. "Eis que me matará, já não te-nho esperança; contudo, defende-rei o meu procedimento" (13:
    15) "Estou certo de que serei justifica-do [vindicado, comprovado como verdadeiro]" (13:18). A fé de Jó era tão grande que ele afirma que Deus o vindicará na ressurreição na próxima vida, se não nesta vida (19:25-29; 14:1 -14). Jó sabia que o Senhor tinha algum propósito em mente, mas ele pensava que o Se-nhor lhe diria o que estava fazendo (veja cap. 23). É claro que Jó não precisaria ter fé se soubesse a res-peito da conferência celestial entre Deus e Satanás.

    1. Ele pede para morrer

    Desde o início de sua queixa, no capítulo 3, até o final de sua argu-mentação, Jó pede para morrer. Leia 6:8-12 e 7:15-21. Não seja mui-to crítico com Jó por que ele pede para morrer. Ele passava por gran-de sofrimento físico; os amigos e os vizinhos zombavam dele (cap.
    30) e parecia que Deus o abandonara. Moisés, Elias e Jonas cometeram o mesmo erro.

    Os caminhos de Deus estão acima e além da capacidade de ho-mens e de mulheres mortais. Mesmo Bildade admitiu: "Eis que isto são apenas as orlas dos seus caminhos!", que literalmente quer dizer: "Essas são apenas as orlas dos seus cami-nhos, a barra de seu manto". Deus é maior que a teologia do homem. Quando não conseguimos entender, podemos adorá-lo e crer nele.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 21
    4.1 Elifaz. Aqui começa sua primeira palestra. Há um homônimo em Gn 36:10, primogênito de Esaú; Temã é nome de uma tribo edomita, que ocupa uma parte da Arábia perto da Iduméia. Este temanita deve pertencer, portanto, aos edomitas.

    4.2 Elifaz supõe que sua palestra vá ofender a Jó, e, portanto, pede desculpas de antemão. Esta insinuará que o sofrimento de Jó veio por causa de seus pecados, e que ele, que exortara a outros que caíram na desgraça, deve agora aplicar a si mesmo suas exortações.
    4.4 Estas palavras são um testemunho à sensibilidade do coração de Jó às necessidades dos outros, e à simpatia que mostrava a todos, durante suas aflições.
    4.5 Elifaz acha que Jó não tinha gabarito de viver à altura das lições que havia dado a outras pessoas que tinham caído na desgraça.

    4.6,7 Jó estava se considerando um sofredor inocente, mas Elifaz acha que o sofrimento é tão ligado à maldade humana, que a condição de Jó é prova de algum pecado não revelado, algo escondido no íntimo, que Deus está vendo e punindo abertamente,Sl 90:8.

    4:8-11 Elifaz diz que, sem exceção, conformo ele tem observado, aquele que semeia a iniqüidade, ceifa o mal. Estende essa, regra geral ao ponto de fazer dela uma lei universal; era, portanto, um homem de visão limitada, conforme Sl 73:3. Diz que todas as pessoas sofrem aqui na terra em retribuição das suas iniqüidades; Jó, ao desejar uma morte vergonhosa, estaria pedindo o quinhão dos malfeitores.

    4.10,11 O trecho tem cinco palavras hebraicas para dar nome ao leão, simbolizando aqui muitos tipos de malfeitores.
    4:12-21 Aqui, notamos que Elifaz é um místico. No seu debate, depende muito da sua experiência pessoal; fala do que aprendeu em visões e sonhos. O que se imprimiu na sua consciência naquela visão noturna, é a pureza absoluta de Deus, e falibilidades de todas as criaturas. Cita o caso; para levar Jó a reconhecer que deve haver forçosamente uma falha na sua vida, o que teria provocado todas as suas desgraças.
    4.12 Se me disse em segredo. Lit. "foi furtada para mim". A revelação divina não se dá abertamente àqueles que não pertencem ao povo de Deus.

    4:17-21 Jó havia dado a entender que Deus seria cruel, ou injusto, ou incompreensível, ao tolerar o sofrimento humano (3:20-23); Elifaz responde que ninguém se livra dos castigos uma vez provocados por pecados.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 21

    2) O primeiro ciclo de discursos (4.1—14.22)
    a) O primeiro discurso de Elifaz (4.1—
    5.27)

    Elifaz, como todos os amigos, quer fortalecer Jó no seu sofrimento, e ninguém traz uma mensagem mais confortadora do que esse amigo. A essência do primeiro discurso de Jó é: Você é um homem piedoso, como nós bem sabemos; por isso, não há razão para desanimar, porque os inocentes nunca sofrem no final. Os versículos-chave no seu discurso Sl 4:6 (Sua vida piedosa não lhe inspira confiançaF) e 5.8 (apresentaria a ele a minha causa). A sua mensagem para Jó é: Seja paciente.

    (1)    Você é um homem piedoso (4:2-6)
    A preocupação genuína de Elifaz por Jó
    fica evidente nas palavras introdutórias respeitosas e que quase soam como um pedido de desculpas (v. 2a). Enquanto o seu lembrete a Jó de como ele mesmo confortou muitos em situações semelhantes (v. 3,4) poderia ser considerado como zombaria (conforme Mas agora que [voce] se vê em dificuldades; v. 5a), é melhor lê-lo como a mais suave das repreensões. A única falha de Jó, nesse momento, de qualquer maneira, é que ele está desanimado (v. 5). Exatamente o fato de ter encorajado outros, como ato de vida piedosa (lit. “temor a Deus”), já é em Sl razão para crer que Deus vai restaurá-lo em breve. Elifaz não duvida da vida piedosa de Jó (conforme 1.1, em que a mesma raiz para “irrepreensível” é usada) e crê firmemente na justificação pelas obras (Terrien).

    (2)    Os inocentes nunca perecem no final (4:7-11)
    A parte o fato de que tanto Elifaz quanto Jó devem ter conhecido pessoas inocentes que pereceram, i.e., morreram antes da hora — a não ser que todos os casos fossem explicados como resultantes de algum pecado escondido —, o encorajamento de Elifaz a Jó falha no sentido de não se dirigir à situação de Jó. O conforto do v. 7 é ótimo para o homem que tem medo de morrer, mas Jó não faz parte desse grupo; ele já queria estar morto! Os v. 8-11 pintam um retrato tradicional (um topos) do destino dos ímpios. Elifaz não está sugerindo que Jó está entre os ímpios; ao contrário, ele é um dos justos, portanto não vai estar entre os que serão destruídos ou perecem (v. 9). Não há necessidade de criticar as convicções de Elifaz, que afinal são um princípio bíblico (conforme Dn 10:13; G1

    6,7) segundo o qual quem cultiva o mal e semeia maldade, isso também colherá (v. 8); embora sejam fortes como leões (v. 10,11), o sopro de Deus os consumirá.

    (3)    No entanto, nem os piedosos são perfeitos (4:12-21)
    Enquanto para Elifaz há uma distinção clara entre os justos e os ímpios, estando Jó do lado dos justos, ele se sente obrigado a reconhecer que nem mesmo os piedosos são perfeitos, e por isso eles precisam contar com o sofrimento disciplinar de tempos em tempos. Cruciais aqui são os v. 17ss: “Pode o homem mortal ser justo diante de Deus?” (BJ; não é uma questão de ser mais justo do que Deus [v. 17a]). Essa compreensão, que vai além da sabedoria tradicional das escolas que enxergavam a moralidade completamente em termos de preto e branco, Elifaz recebeu por meios sobrenaturais, por um espírito (v. 15) que lhe apareceu num sonho (v. 13) e lhe transmitiu a sua mensagem secreta (v. 12). Nem os servos celestiais de Deus, os seus anjos, são infalivelmente confiáveis (v. 18; não há idéia alguma aqui de anjo “mau”); quanto menos são então os homens mortais, que, ao contrário dos anjos, podem morrer em um dia (v. 20a), sem serem notados (v. 20b; Elifaz não quer dizer sem serem notados por Deus) e sem alcançarem sabedoria completa (v. 21b).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 22


    1) Primeiro Ciclo de Debates. 4:1 - 14:22.

    a) Primeiro Discurso de Elifaz. 4:1 - 5:27.


    Moody - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 24

    III. Juízo : O Caminho da Sabedoria Obscurecido e Iluminado. 4:1 - 41:34.

    A. O Veredito dos Homens. 4:1-24.

    Considerando que o diálogo de Jó com seus amigos relacionava-se mais com a lamentação de Jó do que diretamente com suas calamidades, a missão dos amigos assume mais os ares de um julgamento do que de consolo pastoral e continua assim progressivamente em cada sucessivo ciclo de discursos. (Em relação à estrutura cíclica do diálogo, veja o Esboço acima.) Os amigos assentaram-se como em um conselho de anciãos para julgarem o ofensor clamoroso. A avaliação da culpa de Jó envolve discussão dos aspectos mais amplos do problema da teodicéia, mas sempre com o caso particular de Jó e a condenação à vista. Portanto, para Jó o debate não consiste em um estudo imparcial e acadêmico do sofrimento em geral, mas uma nova e dolorosa fase dos seus sofrimentos. Os amigos são enganados por seu apego à tradicional teoria, ajudando e favorecendo a Satanás em sua hostilidade contra Deus, e obscurecendo o caminho da sabedoria para Jó, o servo de Deus. Mas o debate serve para silenciar esta sabedoria do mundo e assim prepara o caminho para a apresentação da via de acesso da aliança para a sabedoria, que são apresentados nos discursos de Eliú e o Senhor. Novamente, no apelo que Jó faz dos vereditos humanos ao supremo tribunal, expresso em seu apaixonado anseio de expor o seu caso diante do Senhor, o debate busca a manifestação visível de Deus.


    Moody - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 2 até o 11

    2-11. Quem, todavia, poderá conter as palavras? (v. 4:2). A autoridade da teoria de Elifaz está na experiência. Ele esposa o ponto de vista tradicional dos sábios orientais porque é o que tem observado na vida. Por exemplo, suas estatísticas mostram que calamidade extrema segue-se à perversidade extrema (vs. 4:8-11). Só os pecadores arrogantes que passam a vida semeando o mal, colhem a morte entre as calamidades. Perecem como a erva ressequida pelo sopro quente do vento do desejo (v. 4:9) ou como uma ninhada de leões ferozes dispersos por um golpe súbito (vs. 4:10,4:11). Sua observação também confirma o inverso: Acaso já pereceu algum inocente? (v. 7a). Embora os justos experimentem certa medida de sofrimento, jornais são destruídos por meio da aflição. Com estas observações Elifaz deduz sua lei do pecado e sofrimento, e ele presume que essa lei deve governar universalmente a história humana. Infelizmente, u método de Elifaz de arquitetar a doutrina da providência é falível. Pois a verdadeira teologia descansa sobre a autoridade da revelação divina, não sobre limitadas observações humanas e especulações falíveis. Infelizmente também, conforme Jó destaca mais tarde, até as observações e estatísticas de Elifaz são inexatas (cons. 21: 17 e segs.).

    Doutrina vil só pode oferecer conforto vão. Porventura não é o teu temor de Deus aquilo em que confias, e a tua esperança a retidão dos teus olhos? (4: 6). Elifaz não duvida da justiça essencial de Jó. Portanto, esperando arrancá-lo de seu abatimento, ele lhe assegura que por causa de sua piedade, ele não perecerá. Mas esta avaliação favorável de alguém que foi humilhado é inconsistente com a teoria do próprio Elifaz. Para ser consistente ele deveria considerar Jó como o mais desprezível filho de Belial. Pois a agonia do patriarca é tão grande que ele cobiça apaixonadamente a morte da qual Elifaz, declarando ser a pior calamidade que pudesse sobrevir aos incrédulos, diz que ele está imune. Mais tarde, quando Elifaz já elaborou sua posição mais consistentemente, ele acusa Jó de hipocrisia e criminalidade. No seu primeiro discurso, contudo, desprezando a severidade excepcional dos sofrimentos de Jó, ele o classifica entre os pecadores generalizadamente moderados, homens justos moderadamente sofredores e apenas fica perplexo diante de suas lamúrias não imoderadas.

    Jó levantou uma questão sobre a sabedoria da providência divina. Elifaz se opõe com o argumento de que os homens decaídos, piedosos ou incrédulos, estão carentes de sabedoria e justiça e, portanto, incompetentes para criticar a Providência (4:12-21). Eles são, além disso, alvos justos de todos os infortúnios que sobrevêm aos mortais (5:1-7).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 21
    b) Fala Elifaz (4:1-18). JÓ quebrou o silêncio, Elifaz profere então palavras de conforto, de ânimo, de aviso. Espera que, fazendo-o, não ofenda o amigo. Fala movido pelo amor à verdade, constrangido por um sentido de dever para com o seu amigo, as suas convicções e o seu Deus (2).

    >4:3

    Começa por lembrar a Jó a missão que lhe coubera no passado e da qual ele se desempenhara brilhantemente. Jó conhecera o ministério aos abatidos, praticara-o com ardor. Soubera amparar os que trilhavam a via dolorosa. Agora que se encontrava no mesmo caminho, aplicasse a si as palavras de conforto que dirigira aos outros (3-5). Devia refugiar-se na consolação que lhe dava a sua religião e uma consciência tranqüila.

    >4:7

    Depois de se referir ao magnífico ministério de Jó junto dos necessitados, Elifaz dá então expressão aos pensamentos que lhe sugere a lamentação de Jó, esse terrível grito de angústia ainda presente na sua mente e no seu coração. Jó revelara um ardente e apaixonado desejo-o desejo de ser consumido pela morte. Mas, lembra Elifaz a morte repentina e inesperada é a porção dos maus, jamais a porção dos inocentes (7-11). Cfr. 5:26.

    >4:12

    2. RESPOSTA À CRÍTICA DE JÓ (4:12-5.7). Elifaz replica às palavras que Jó proferira e nas quais estava implícita uma crítica a Deus, à forma como Deus procedera para com ele. Como pode o frágil e imperfeito homem mortal atrever-se a criticar as ações do seu Criador? Fortalece o seu argumento narrando, de forma impressiva, a visão que uma vez tivera (13). Aqui surgem divergências de interpretação quanto às circunstâncias em que se deu a visão: não é possível determinar se Elifaz estava adormecido ou acordado. A misteriosa voz demonstrara claramente todo o absurdo da pretensão do homem mortal: ser justo perante o seu Deus. A versão mais justo do que Deus (17) é gramaticalmente possível mas menos fiel à idéia. Jó nunca pretende ser mais justo do que Deus-pretensão absurda da parte de qualquer homem. Apenas lamentara uma miséria da qual pensava não ser merecedor. Mas quando os próprios servos celestiais de Deus são incapazes de O servirem de uma forma absolutamente perfeita, quando até esses falham, como ousa o homem na sua fragilidade e efemeridade, na sua sempre imperfeita busca de sabedoria, como ousa o homem insinuar pela sua conduta e pelas suas atitudes, a sua completa justiça, a sua intocável dignidade?

    >4:19

    Como a traça (19) ou "mais depressa do que a traça". Adote-se, para o versículo 21 a seguinte versão: "Não se arreia, dentro de si, a corda da sua tenda?" A morte é comparada ao levantar de uma tenda.


    Dicionário

    Eis

    advérbio Aqui está; veja, perceba, olhe: eis o prêmio que tanto esperava.
    Eis que/quando. De maneira inesperada; subitamente: eis que, inesperadamente, o cantor chegou.
    Etimologia (origem da palavra eis). De origem questionável.

    Ensinar

    verbo transitivo direto e bitransitivo Transmitir conhecimento sobre alguma coisa a alguém; lecionar: ensinar inglês a brasileiros.
    Por Extensão Dar instruções sobre alguma coisa a alguém; instruir: o pintor deve ensinar sua técnica aos estudantes.
    verbo bitransitivo Indicar de maneira precisa; em que há precisão; orientar: ensinou-lhe o caminho a seguir.
    verbo transitivo direto Dar treinamento a (animal); adestrar: ensinar um cavalo.
    verbo intransitivo Ministrar aulas: vivia para ensinar.
    Etimologia (origem da palavra ensinar). Do latim insignare.

    [...] É orientar o próximo, amorosamente, para o reino da compreensão e da paz.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 28


    Esforçar

    verbo transitivo Dar forças a; animar, estimular.
    verbo pronominal Tornar-se forte, animar-se.
    Empregar todas as forças, toda a diligência para conseguir alguma coisa: esforça-se por agradar a todos.

    Fracas

    fem. pl. de fraco

    fra·co
    adjectivo
    adjetivo

    1. Que não é forte.

    2. Que tem menos força que a regular.

    3. Que não tem as condições necessárias de robustez.

    4. Débil; sem vigor; debilitado, combalido.

    5. Que tem pouca consistência ou pouca solidez; frágil; quebradiço.

    6. Sem forças (para atacar ou defender-se).

    7. Brando, frouxo; insignificante.

    8. Que tem pouco volume.

    9. Pusilânime; falto de energia; cobarde.

    10. Que vai diminuindo ou esmorecendo; que tem pouco alcance.

    11. Mau; reles.

    12. Ineficaz.

    nome masculino

    13. O que há menos forte ou resistente.

    14. Tendência, balda, propensão.

    15. Vício predominante.

    16. Paixão.

    17. No voltarete, parceiro que compra as cartas em último lugar.


    moeda fraca
    A que tem maior valor nominal que intrínseco.

    o lado fraco
    O defeito habitual, a balda.


    Mãos

    substantivo feminino plural Membros superiores do corpo humano que vai dos punhos até à extremidade dos dedos: o ser humano tem duas mãos com cinco dedos cada uma.
    [Zoologia] Extremidade dos membros superiores de alguns animais; patas.
    Figurado Em que há posse, domínio, poder, autoridade: o poder sempre está nas mãos de irresponsáveis.
    Etimologia (origem da palavra mãos). Plural de mão, do latim manu, "mão".

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Jó 4: 3 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Eis que ensinaste a muitos, e tens fortalecido as mãos fracas.
    Jó 4: 3 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Antes de 2100 a.C.
    H2009
    hinnêh
    הִנֵּה
    Contemplar
    (Behold)
    Partícula
    H2388
    châzaq
    חָזַק
    fortalecer, prevalecer, endurecer, ser forte, tornar-se forte, ser corajoso, ser firme, ficar
    (laid hold)
    Verbo
    H3027
    yâd
    יָד
    a mão dele
    (his hand)
    Substantivo
    H3256
    yâçar
    יָסַר
    castigar, disciplinar, instruir, admoestar
    (I will punish)
    Verbo
    H7227
    rab
    רַב
    muito, muitos, grande
    ([was] great)
    Adjetivo
    H7504
    râpheh
    רָפֶה
    ()


    הִנֵּה


    (H2009)
    hinnêh (hin-nay')

    02009 הנה hinneh

    forma alongada para 2005; DITAT - 510a; part demons

    1. veja, eis que, olha, se

    חָזַק


    (H2388)
    châzaq (khaw-zak')

    02388 חזק chazaq

    uma raiz primitiva; DITAT - 636; v

    1. fortalecer, prevalecer, endurecer, ser forte, tornar-se forte, ser corajoso, ser firme, ficar firme, ser resoluto, ser persistente
      1. (Qal)
        1. ser forte, ficar forte
          1. prevalecer, prevalecer sobre
          2. ser firme, ser apanhado rapidamente, ficar seguro
          3. pressionar, ser urgente
          4. crescer robusto, tornar-se rígido, tornar-se duro (mau sentido)
          5. ser severo, ser aflitivo
        2. fortalecer
      2. (Piel)
        1. tornar forte
        2. restaurar a força, dar força
        3. fortalecer, sustentar, encorajar
        4. tornar forte, tornar arrojado, encorajar
        5. tornar firme
        6. tornar rígido, ficar duro
      3. (Hifil)
        1. tornar forte, fortalecer
        2. tornar firme
        3. exibir força
        4. tornar severo
        5. apoiar
        6. reparar
        7. prevalecer, prevalecer sobre
        8. pegar ou apoderar-se de, reter, deter, sustentar, suportar
        9. pegar, conter
      4. (Hitpael)
        1. fortalecer-se
        2. apresentar força, usar a força de alguém
        3. resistir
        4. pegar forte com

    יָד


    (H3027)
    yâd (yawd)

    03027 יד yad

    uma palavra primitiva; DITAT - 844; n f

    1. mão
      1. mão (referindo-se ao homem)
      2. força, poder (fig.)
      3. lado (referindo-se à terra), parte, porção (metáfora) (fig.)
      4. (vários sentidos especiais e técnicos)
        1. sinal, monumento
        2. parte, fração, porção
        3. tempo, repetição
        4. eixo
        5. escora, apoio (para bacia)
        6. encaixes (no tabernáculo)
        7. um pênis, uma mão (significado incerto)
        8. pulsos

    יָסַר


    (H3256)
    yâçar (yaw-sar')

    03256 יסר yacar

    uma raiz primitiva; DITAT - 877; v

    1. castigar, disciplinar, instruir, admoestar
      1. (Qal)
        1. castigar, admoestar
        2. instruir
        3. disciplinar
      2. (Nifal) deixar-se ser castigado ou corrigido ou admoestado
      3. (Piel)
        1. disciplinar, corrigir
        2. castigar, castigar severamente
      4. (Hifil) castigar
      5. (Nitpael) ensinar

    רַב


    (H7227)
    rab (rab)

    07227 רב rab

    forma contrata procedente de 7231, grego 4461 ραββι; DITAT - 2099a,2099b adj.

    1. muito, muitos, grande
      1. muito
      2. muitos
      3. abundante
      4. mais numeroso que
      5. abundante, bastante
      6. grande
      7. forte
      8. maior que adv.
      9. muito, excessivamente n. m.
    2. capitão, chefe

    רָפֶה


    (H7504)
    râpheh (raw-feh')

    07504 רפה rapheh

    procedente de 7503; DITAT - 2198a; adj.

    1. frouxo