Enciclopédia de Lamentações de Jeremias 3:44-44

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lm 3: 44

Versão Versículo
ARA De nuvens te encobriste para que não passe a nossa oração.
ARC Cobriste-te de nuvens, para que não passe a nossa oração.
TB Cobriste-nos de nuvens, para que a nossa oração não passe.
HSB סַכּ֤וֹתָה בֶֽעָנָן֙ לָ֔ךְ מֵעֲב֖וֹר תְּפִלָּֽה׃
BKJ Tu te cobriste com uma nuvem, para que a nossa oração não passasse.
LTT Cobriste-Te de nuvens, para que não passe a nossa oração (através dela).
BJ2 Tu te envolveste com tua nuvem para que não passe a oração.
VULG Opposuisti nubem tibi, ne transeat oratio.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Lamentações de Jeremias 3:44

Salmos 80:4 Ó Senhor, Deus dos Exércitos, até quando te indignarás contra a oração do teu povo?
Salmos 97:2 Nuvens e obscuridade estão ao redor dele; justiça e juízo são a base do seu trono.
Jeremias 14:11 Disse-me mais o Senhor: Não rogues por este povo para bem.
Jeremias 15:1 Disse-me, porém, o Senhor: Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, não seria a minha alma com este povo; lança-os de diante da minha face, e saiam.
Lamentações de Jeremias 3:8 Ainda quando clamo e grito, ele exclui a minha oração.
Zacarias 7:13 E aconteceu que, como ele clamou, e eles não ouviram, assim também eles clamarão, mas eu não ouvirei, diz o Senhor dos Exércitos.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 3 do versículo 1 até o 66
SEÇÃO III

CANÇÃO DE UM PROFETA SOFREDOR

Lamentações 3:1-66

Esse poema se encaixaria perfeitamente em Jr 20 da profecia de Jeremias, ou, melhor ainda, se seguisse o episódio da cisterna do capítulo 38. Esse capítulo tem, na verdade, a mesma extensão dos capítulos 1:2, mas a construção é diferente. Nesse capítulo, os versículos têm somente um terço do tamanho dos versículos dos outros dois capítulos, mas há três vezes mais versículos. Em vez de somente a primeira linha de cada estrofe começar com uma letra subseqüente do alfabeto hebraico, como nos capítu-los 1:2, todas as três linhas de cada estrofe começam com a mesma letra. Assim, as linhas 1, 2 e 3 começam com Álefe, e as linhas 4, 5 e 6 começam com a letra Bete, etc. Diferentemente dos dois primeiros capítulos, cada linha é considerada um versículo, dessa forma, totalizando 66 versículos em vez dos habituais 22.

O poema é escrito do ponto de vista de um indivíduo, e todos os versículos estão na primeira pessoa do singular ("eu", "a mim", "meu"), exceto os versículos 40:47. Esse uso da primeira pessoa não impede o poema de ser usado como um lamento público, visto que o autor se identifica com a comunidade em sua aflição. A dificuldade deles é a dificul-dade do profeta, e a tristeza deles é a sua tristeza. "Ele está organicamente associado com eles e procura levá-los a uma mesma apreensão religiosa da aflição deles, para que possam compartilhar a sua fé".1

A. UM GRITO DE DESESPERO, 3:1-18

O poeta identifica-se como um indivíduo que experimentou em sua própria vida todo o sofrimento que a nação tinha experimentado: Eu sou o homem que viu a aflição (1). Evidentemente ele se julga um exemplo simbólico da nação. Como seu representante diante de Deus, ele tem levado as tristezas e o sofrimento deles. Ele tem sentido a vara do furor divino repetidas vezes. Em sua dor, lamenta que Deus transformou sua luz em trevas (2), semelhantemente às trevas dos que estavam mortos (6; no Sheol). Deus se voltou contra ele e o castiga de contínuo (3). A doença tem enfraquecido o seu corpo a ponto de estar prematuramente velho (4). Fel e trabalho (5; amargura e pesar) fazem parte da sua vida. Não há deleite na vida, e ele precisa lutar para sobreviver.

Circunvalou-me (7), i.e., Deus o colocou dentro de uma cerca e ele perdeu sua liberdade. Ele reclama por precisar carregar os pesados grilhões de um prisioneiro. Embora clame na sua angústia, não há resposta para o seu grito: ele exclui a minha oração (8). Pedras lavradas (firmemente fixadas) bloqueiam o seu caminho e o fazem andar por veredas tortuosas (9). Em qualquer direção que procura ir, encontra dificul-dades. Suas frustrações são quase insuportáveis. Como se isso já não fosse o suficiente, Deus assiduamente se volta contra ele. Como o urso ou o leão (10), Deus o espera em uma emboscada. Ele o persegue implacavelmente com seu arco e flecha (12), a ponto dos seus rins ("coração", NVI) estarem cheios de flechas da vingança de Deus (13).

Fui feito um objeto de escárnio (14), i.e., seu próprio povo zombava dele nas suas canções todo o dia. Ele não encontra descanso para mente ou corpo; seu coração fartou-se de amargura, e ele está embriagado pelo absinto (15; cf. Jr 23:25).2 Deus quebrou seus dentes com pedrinhas (16), i.e., deu a ele pedras em vez de pão. Co-briu-me de cinza significa que ele não passou por alguma dificuldade momentânea, mas, sim, pelas profundezas da desgraça e humilhação. A paz (17) foi tirada do profeta há muito tempo, e ele "esqueceu-se do que é ser feliz" (RSV).

Jeremias está nas profundezas do desespero. Ele clama: Já pereceu a minha for-ça, como também a minha esperança (18). Bloqueado em cada movimento, quebran-tado física e emocionalmente, dilacerado com inúmeras aflições, e sofrendo as dores dos condenados, a força se foi e a esperança o abandonou. Mas o limite do homem é a oportu-nidade de Deus. É precisamente nesse ponto que sua fé encontra uma base sólida.

B. UMA CONFISSÃO DE FÉ, 3:19-39

O profeta externou sua queixa diante do Senhor. Sua força se foi, seu coração está quebrado. Ele está exausto e desamparado. Toda tensão e conflito saíram dele. Ele con-segue desligar-se dos problemas. Humilde e quieto, ele espera diante de Deus. Na quie-tude vem a mudança. Ele começa a orar suavemente: "Lembra-te da minha aflição [...] Minha alma [...] se abate (se curva) dentro de mim (19-20). Discernimento e compreensão começam a tomar conta dele: Disso me recordarei (21) — ele começa a lembrar muitas coisas que havia esquecido durante sua aflição. Deus não despreza al-guém com um coração quebrantado e contrito (51 51,17) !

Certamente aqui está "Uma Mensagem de Fé e Esperança".


1) As misericórdias de Deus nunca cessarão; suas misericórdias não têm fim (22). Mesmo quando falhamos, Ele permanece fiel! Além do mais, suas misericórdias se renovam a cada manhã (23). A continuidade da misericórdia de Deus é uma prova da sua fidelidade,' por isso o profeta clama: Grande é a tua fidelidade' . Esses pensamen-tos provocam uma resposta sincera, e o profeta continua: A minha porção é o SENHOR (i.e., a soma total dos meus desejos) ; portanto, esperarei nele (24). Enquanto o profeta confessa sua fé em Deus, outras coisas tomam conta da sua mente.

  1. 0 caminho de Deus é o melhor caminho.
    a) Ele é favorável para a alma (25) que busca a sua orientação. b) Paciência e esperança (26) abrem os canais da salvação. c) Disciplina na mocidade (27) tornam a idade adulta segura e bem-sucedida.
  2. Bem-aventurado é o homem que suporta a tentação. a) Esse homem entregou-se completamente a Deus. b) Ele "pôs a boca no pó", em humilhação (29). c) Ele entregou os seus direitos e, semelhantemente a Jesus, ofereceu a sua face (30) aos que o queri-am ferir (Is 50:6; Mt 5:39) ; e quando foi afrontado e injuriado, ele não injuriou 1Co 4:12-1 Pe 2.23).
  3. O sofrimento tem um propósito moral.
    a) Deus testa seu povo, mas sua rejei-ção não é permanente. Ele não o rejeitará para sempre (31). b) Embora permita que venha o sofrimento, Ele ama demais a humanidade para abandoná-la ou permi-tir que seja provada além das suas forças (32). c) Ele não tem prazer nas aflições dos homens (33), mas permite que essas aflições ocorram para que algo melhor possa acontecer ao sofredor.
  4. Podemos estar plenamente certos de que Deus vê e desaprova todo mal. a) Ele é contra todo abuso e injustiça feita contra os desamparados (34). b) Qualquer perversão da justiça, quer por motivos religiosos ou políticos, contará com seu desagrado e casti-go (35-36).
  5. Lamentar sem razão das aflições é errado. Nada é feito sem a permissão de Deus. Ele permite que exista tanto o bem como o mal (38) nesse mundo. Como agente livre, o homem não precisa escolher o mal com sua punição resultante (39). Portanto, ele não deveria queixar-se acerca dos sofrimentos resultantes do seu pecado, mas deveria quei-xar-se dos seus pecados, que causam seu sofrimento.

C. UM APELO AO ARREPENDIMENTO, 3:40-47

Visto que a transgressão e rebelião da parte do povo redundaram em sofrimento e castigo, o profeta faz um apelo para que esquadrinhem (examinem) e provem seus caminhos (40; conduta). Ele insiste em que o mínimo que poderiam fazer seria ana-lisar a situação deles de maneira honesta. Em vez de culpar a Deus pelo sofrimento, deveriam averiguar o significado e propósito da dificuldade que veio sobre eles. O objetivo de tudo isso deveria servir para ajustar as contas entre eles e Deus, i.e., para voltarem-se novamente para o SENHOR. No hebraico, voltar ou "retornar" (shub) sig-nifica "arrepender-se".

Visto que a oração é a maneira mais apropriada de aproximar-se de Deus, Jeremias os admoesta a iniciar seu exame com um pedido sincero. Eles deveriam levantar o cora-ção juntamente com as mãos para Deus (41). A ênfase no coração indica que a verda-deira submissão deve ser acompanhada de atos exteriores de súplica, para que a oração seja genuína. No passado, eles haviam orado, mas seus corações não acompanharam suas mãos nesse exercício.

Nos versículos 42:47, o profeta fala as palavras que o povo precisa dizer. Aqui encon-tramos uma lamentação acerca do que a rebelião contra Deus acarretou para o povo.

Deve haver confissão de pecado: Nós prevaricamos e fomos rebeldes (42), e sua confissão deve ser acompanhada pela lamentação (pranto, pesar genuíno). Nesses versículos vemos "Os Resultados de Rejeitar a Deus".

  1. A rebelião corta as misericórdias de Deus; tu não perdoaste (42). De acordo com a sua natureza, Deus não podia perdoar até que ocorresse um arrependimento genuíno.
  2. A rebelião produz um castigo imediato e implacável: Mataste, não perdoaste (43). O pecado é um terrível bumerangue.
  3. A rebelião separa de Deus; uma nuvem fica entre o homem e Deus por causa da transgressão, de tal forma que a nossa oração não chega a Deus (44). Somente quando o povo se afasta da rebelião é que Deus poderá ouvir a oração (Sl 66:18).
  4. A rebelião traz humilhação e pesar: "Tu nos tornaste escória e refugo entre as nações" (45, NVI).
  5. A rebelião traz terror e confusão: Temor e cova vieram sobre nós (46-47). "O caminho dos transgressores é difícil" e o profeta roga para o povo produzir "frutos dignos de arrependimento" (Mt 3:8).

Os versículos 40:47 tratam do seguinte tema: "O que Fazer quando Vem a Condena-ção".

1) Admitir que estamos debaixo da condenação de Deus (42-47) ;

2) Examinar nossa vida de maneira honesta (
- 40a) ;

3) Voltar-nos ao Senhor (
- 40b) ;

4) Ser completamente sinceros em nossa oração (41) — A. F. Harper.

D. A DOR DA INTERCESSÃO, 3:48-54

Quando o profeta considera o que o pecado e a rebelião fizeram com seu povo, ele irrompe em uma oração de intercessão: Torrentes de água derramaram os meus olhos, por causa (em favor) [...] do meu povo (48). O tempo passa, mas ele não para de orar. Ele está determinado a continuar sua intercessão até que o SENHOR atente e veja desde os céus (50). Embora sua intercessão drene suas forças físicas, ele continua oran-do: "O meu olho (seu choro é o labutar da alma) lida severamente com a minha vida" (51, lit.). Em agonia de alma Jeremias enfrenta a morte física. Nesse momento, sua mente parece voltar-se à sua experiência na cisterna antes da queda de Jerusalém (Jr 38:6-13). O versículo 52 parece dizer que ele enfrentou a morte de uma forma semelhan-te naquela oportunidade. Sem motivo, seus inimigos o haviam caçado. Eles planejavam arrancar (53) a sua vida, ao lançá-lo na cova, e a cobriram com uma pedra. Ele afun-dou-se na lama, e as águas da morte (falando figurativamente) correram sobre sua cabeça. Em desespero ele gritou: Estou cortado (54), i.e., "a morte chegou". Essas palavras certamente foram escritas no estilo de Jeremias, cuja vida foi um martírio pro-longado. Elas foram colocadas aqui para que a oração do profeta possa se tornar uma oração de intercessão nos lábios do povo.

A passagem mostra "A Verdadeira Oração de Intercessão".

1) Quando intercedemos por uma pessoa é como se o pecado e a culpa dela fossem nossos.

2) A intercessão envolve um sentido de desespero (48-51) semelhante à da rainha Ester: "Perecendo, pereço" (Et 4:16).

3) Não pode haver intercessão sem sofrimento e humilhação.
4) A intercessão pode, na verdade, significar a morte do intercessor — pelo menos ele deve estar disposto a dar sua vida (Êx 32:32).

E. UMA CANÇÃO DE CONFIANÇA, 3:55-66

Quando o profeta olha para trás e lembra da sua experiência da cisterna e a compa-ra com o momento presente, sua fé começa a crescer. Ele logo irrompe em uma canção de confiança e esperança: Invoquei o teu nome, SENHOR [...] Ouviste a minha voz (55-56). Ele continua a cantar: Tu te aproximaste e disseste: Não temas (57). Ele agora traz todos os seus problemas, passados e presentes, diante do Senhor e clama: Pleiteas-te [...] remiste a minha vida (58). Viste (59-60). Ouviste (61). Tu [...] darás a recom-pensa (64). O hebraico da última parte do versículo 56 não é claro. Pode significar o seguinte: "Não feches os teus ouvidos aos meus suspiros e gritos" (Berkeley). Eu sou a sua canção (63) significa: "Eu sou o tema das suas canções de escárnio" (Berkeley).

Essa passagem expressa a confiança do poeta de que Deus vindicará seu povo, e, no tempo oportuno, sua justiça prevalecerá. Por isso, ele se regozija pela presença do Governante moral no universo que julgará a causa do pobre e necessitado. Ele olha adi-ante para o dia em que o povo de Deus será vingado dos seus inimigos: Perseguirás, e eles serão desfeitos debaixo dos céus do SENHOR (66). Naquele dia, o direito preva-lecerá sobre todo o mundo, e "a terra se encherá do conhecimento do SENHOR, como as águas cobrem o mar" (Is 11:9).

O tom refletido nos versículos 64:66 tem sido chamado de elemento "imprecatório" no Antigo Testamento. Esse aspecto é, às vezes, difícil de entender. As maldições que são invocadas sobre os inimigos parecem anticristãs e muito abaixo do padrão apregoado por Jesus em Mateus 5:43-48. No entanto, não podemos nos esquecer que é difícil distinguir entre as formas hebraicas: "Que isso aconteça" e "Isso acontecerá". Podemos estar certos de que pelo menos algumas das maldições são simples predições do que acontecerá como resultado da rebelião contra Deus (cf. CBB, Vol. III, "O Livro de Salmos", Int.).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 3 do versículo 41 até o 66

A Oração do Pecador (Lm 3:41-66)

Lm 3:41

Levantemos os nossos corações. A oração resulta do exame da vida. Os homens arrepender-se-ão e buscarão o perdão e o consolo de Deus, além de nova direção para a vida. Ver no Dicionário o artigo chamado Oração. O profeta descreveu, mediante termos claros e simples, o que se espera de um homem que foi tocado pelo Espírito de Deus, no que tange a desejar uma vereda melhor. Ele deve reconhecer claramente sua culpa e bLscar reforma. Tem de humilhar-se e deixar a rebeldia. Precisa “limpar a tábua”, mediante o arrependimento. Deve elevar seu coração a Deus, sinceramente. O quadro é de um suplicante sincero. Conforme este versículo com Sl 141:2 e 1Tm 2:8. “O coração deve estar ao lado da oração do homem, ou de nada adiantará. A alma deve ser elevada a Deus” (John Gill, in loc).

Lm 3:42

Nós prevaricamos, e fomos rebeldes. A Confissão. O povo judeu transgrediu a lei mosaica, especialmente quanto à questão da idolatria. Tornou-se culpado de idolatria-adultério-apostasia. Eles foram rebeldes porque tinham luz suficiente para saber que o que faziam era iniquidade e peiversão da fé histórica de Israel. Continuaram rebeldes, e Yahweh não os perdoou. Por isso o juizo divino sobreveio, e o exército babilônico avançou contra Jerusalém. Os babilônios mataram e saquearam, e os poucos sobreviventes foram levados à Babilônia como cativos. Todos esses golpes divinos mudaram a maneira de pensar dos rebeldes, e eles voltaram purificados. Tornaram-se assim instrumentos da restauração, mas não antes da temível remoção da vasta maioria, mediante feroz destruição. Ambos os pronomes usados neste versículo são enfáticos. Os suplicantes pecaram; e Deus ainda não (nos, vos) havia perdoado.

Lm 3:43
Cobriste-nos de ira, e nos perseguiste.
A Figura do Caçador. O feroz caçador, coberto de ira como se fosse uma veste, perseguiu o animal insensato. Ele o alcançou e o matou sem dó. Ou a figura é a de um soldado em perseguição, atrás de uma vítima impotente que tentava escapar, mas que acabou sucumbindo diante do caçador. As vestes do caçador podem aludir à armadura e às armas do soldado sem misericórdia. O Targum faz a cobertura aplicar-se à vítima: “Tu nos cobriste com a Tua ira". A vítima foi perseguida, ao que o Targum adicionou “no cativeiro”.

Lm 3:44

De nuvens te encobriste. A cobertura do vs. Lm 3:43 agora torna-se diferente quanto à sua natureza, a saber, uma nuvem que ocultava Yahweh das orações feitas pela vítima. A nuvem significa que Yahweh se tomou indiferente para com Judá, enquanto a nação estivesse na rebeldia. Quanto à aparente indiferença de Deus, ver Sl 10:1; Sl 28:1; Sl 59:4; Sl 82:1 eSl 43:7. Deus deixou de responder às orações de Seu povo rebelde e apostatado. Isso fazia parte do castigo, o qual era remedial, e não apenas retributivo.

Lm 3:45

Como cisco e refugo nos puseste. As tribulações da nação (estando ela sob a ira de Deus; conforme Lm 2:1,Lm 2:3,Lm 2:6,Lm 2:22; Lm 3:43) incluíam o fato de que suas orações não eram respondidas, e ae que eles se tornaram como o refugo rejeitado pelos outros povos. E, desnecessário é dizer, esse refugo também era rejeitado por Yahweh como indigno de atenção. ‘Tu nos fizeste o refugo e o lixo entre as outras nações” (NCV). “Os apóstolos foram tratados assim (ver 1Co 4:14), mas se regozijavam diante disso, pois eram inocentes” (Fausset, in loc). Judá era culpada de seu pecado e merecia ser humilhada entre as nações, como o mais vil dos povos que tinha abandonado seu Deus e se tinha voltado para deuses de nada, os ídolos.

Refugo. A sujeira tirada de um objeto mediante lavagem; a varrição da sujeira e dos escombros das ruas; a escória dos metais refinados; o lixo tirado dos soalhos de uma casa; as crostas extraídas das panelas de uma cozinha. Eles eram, realmente, o lixo que as pessoas jogavam fora.

Lm 3:46

Todos os nossos inimigos... Para piorar ainda mais as condições, os inimigos de Judá zombavam deles, condenando-os com declarações cortantes. Em outras palavras, eles adicionavam insultos às injúrias. Este versículo é similar a Lm 2:16, onde ofereço outras notas. “Como se fossem leões e outras feras, eles abriram a boca para nos devorar; ou escarneciam e zombavam de nós; derramando suas reprimendas e zombarias... O Targum adiciona: ‘para ordenar contra nós maus decretos'" (John Gill, in loc).

Lm 3:47

Sobre nós vieram o temor e a cova. Caçados como uma fera por um caçador sem misericórdia, o povo se encheu de pânico e terror. Eles caíram nas valetas e foram apanhados pelas armadilhas, e assim acabaram destruídos. Depois de Judá experimentar tais calamidades, eles foram forçados a reexaminar sua vida e buscar reforma da parle de Yahweh. O hebraico literal aqui é “cova e laço”, que também se vê emJr 48:43 e Isa, Is 24:17. O animal que era perseguido fugiu em pânico e terror, mas de súbito foi apanhado por um laço. Judá foi devastado e tornou-se desolado, virtualmente desabitado (Jr 10:25). O terrível trio espada-fome-pestilência reduziu Judá a virtualmente nada. Ver sobre esse trio em Jr 14:12; Jr 24:10; Jr 27:8; Jr 29:17; Jr 42:17 ; Jr 44:13,

Lm 3:48

Dos meus olhos se derramam torrentes de águas. A metáfora dos rios de água, indicando copioso choro devido à calamidade sofrida por Judá, já tinha sido empregada em Lm 1:16 e Lm 2:18. As notas dadas ali também têm aplicação aqui. Ver também Jr 9:1,. onde a mesma metáfora é usada. Conforme Sl 119:136. Esse uso “denota a grandeza de sua tristeza e tribulação diante das aflições do povo, por quem o autor chorava muitas lágrimas” (John Gill, in loc).

Lm 3:49,Lm 3:50
Os meus olhos choram. O fluxo copioso de lágrimas (vs. Lm 3:48) continuava sem cessar, pois as calamidades prosseguiam e o profeta não via fim em suas tristezas; e elas continuariam até que Yahweh, lá nos céus, olhasse para baixo, tivesse piedade e fizesse algo sobre a questão (vs. Lm 3:50). Como é claro, temos aqui uma hipérbole oriental, visto que seria fisicamente impossível para um homem continuar chorando dia após dia. Mas não há como exagerar a descrição da destruição de Jerusalém, que foi terrível “só de contar”, quanto mais na realidade, como Homero costumava dizer quanto a calamidades drásticas. Havia uma promessa de que Israel seria restaurada após os desastres (ver Dt 30:2,Dt 30:3), pelo que o profeta continuava esperando por isso. Ver também Is 63:15. Diz o Targum: “Até que ele olhe e veja a minha injúria”.

Lm 3:51

Os meus olhos entristecem a minha alma. Os olhos de Jeremias causavam-lhe imensa tristeza, quando ele via a sorte das donzelas da cidade. “Filhas”, aqui, pode apontar para a população geral, visto que Jerusalém era representada como uma mulher (ver Lm 1:6,Lm 1:15; Lm 2:1,Lm 2:2,Lm 2:4,Lm 2:5,Lm 2:10; Lm 4:8,Lm 4:10,Lm 4:13 etc.). Alguns eruditos, porém, supõem que o profeta estivesse falando aqui especificamente sobre o que sucedera às jovens da cidade, matanças e violações, bem como transporte 'de mulheres seletas para aumentar os haréns da Babilônia, e das mulheres não tão bonitas para servir como escravas. As mulheres e crianças eram as vítimas que mais dó causavam, no ataque e subsequente cativeiro. Mas alguns pensam que as “filhas” sejam as cidades secundárias de Judá, caso em que Jerusalém seria a mãe, e elas seriam as filhas. O sentido aqui pode ser: “Meu coração foi mais afetado por essas calamidades que atingiram o mais terno sexo feminino, do que as calamidades que atingiram as outras classes”.

Lm 3:52
Caçaram-me como se eu fosse ave. A Metáfora da Pobre Ave. A maior parte das aves é composta de criaturas impotentes que nos excitam a piedade. Judá inteira era como uma ave, quando os caçadores babilônios a perseguiam com redes e desígnios assassinos. O caçador estava resolvido a matar a ave, embora não tivesse razão para fazer isso. Este versículo ignora o raciocínio, comum nas cenas proféticas de condenação, no quai a matança e o saque tinham sido ordenados por Yahweh contra um povo desobediente. Ver o vs. Lm 3:32, onde aprendemos que Be causou a tristeza sofrida por Judá. Para extrair sentido das palavras “sem motivo”, alguns intérpretes pensam que este versículo se refere aos sofrimentos pessoais do profeta, que foi perseguido e ameaçado por seus conterrâneos de Anatote (ver Jer. 11). Em seguida, Jeremias foi perseguido pelo rei e lançado na prisão (cap. 37). Mas ele era homem inocente, odiado por dizer a verdade, pelo que as palavras “sem motivo" se ajustam pessoalmente a ele, ao mesmo tempo que dificilmente se ajustam ao culpado povo de Judá. Alguns queriam sua execução (ver Jer. 26:7-9), embora não houvesse razão alguma para ele ser odiado daquele modo. Nisso, Jeremias foi tipo do Messias (ver Jo 15:25). Ver também Sl 69:4 ; Sl 109:3,Sl 109:4.

Lm 3:53

Para me destruírem, lançaram-me na cova. A alusão, aqui, é à “experiência de Jeremias na masmorra”, quando ele foi aprisionado (Jer. 37), ou à sua permanência nas cisterna (Jer. 38). A referência à pedra que bloqueava o caminho pode ser literal, visto que pedras eram usadas para tapar as saídas das masmorras, embora também possa ser figurada. A Revised Standard Version usa o plural aqui, “pedras”, tal como se vê em nossa versão portuguesa. Isso poderia significar que o profeta, em sua masmorra ou na cisterna, foi apedrejado, não para morrer, pois seus perseguidores somente jogaram pedras contra ele. Mas a experiência toda simbolizava a perseguição sofrida por Judá no cativeiro babilônico (ver a respeito no Dicionário). Conforme com a experiência de Jesus, em Mt 27:60. Os judeus, no cativeiro, foram comparados a cadáveres em seus sepulcros (ver Ez 37:11), e este versículo pode apontar para isso.

Lm 3:54

Águas correram sobre a minha cabeça. Esta poderia ser uma hipérbole oriental para o fundo úmido da cisterna (Jer. 38), ou então uma metáfora para salientar o severo teste que o profeta experimentou, tai como sucedeu a Judá, no ataque e subseqüente cativeiro por parte dos babilônios. “... um emblema de calamidades avassaladoras (ver Sl 69:2; Sl 124:4,Sl 124:5)” (Fausset, in loc.).

Sua graça é grande o bastante para satisfazer grandes coisas As ondas empoladas que avassalam a alma,

Os ventos uivantes que nos deixam tontos,
As tempestades súbitas fora de nosso controle.

(Annie Johnson Flint)

Lm 3:55

Da mais profunda cova, Senhor... Estando na masmorra, o profeta apelou para sua única esperança, a oração. Ele levantou a voz para Yahweh, que aparentemente se mostrava indiferente diante de seus suspiros (ver Sl 10:1; Sl 28:1 ; Sl 59:4). Conforme Sl 88:6."... quando toda a esperança tinha morrido e toda outra ajuda tinha falhado, ainda havia Deus, um Deus a quem orar. Nunca é tarde demais para invocá-Lo” (John Gill, in loc).

Em nossas alegrias e em nossas tristezas,
Dias de labuta e horas de lazer.
Contudo Ele nos dá cuidados e prazeres.

(Sra. Cecil F. Alexander)

Ver Jn 2:2. O profeta Jonas invocou o Senhor quando estava no ventre do grande peixe, em circunstâncias totalmente impossíveis. A resposta de Deus reverteu sua condição de condenação.

Lm 3:56

Ouviste a minha voz. A oração de desespero foi ouvida, e o Espírito de Deus se aproximava da vítima da calamidade. O profeta continuava respirando forte em sua aflição, e a cada tomada de fôlego havia nova oração. Em vez de respiração, alguns dizem suspiros e soluços. A palavra hebraica em questão pode significar ofego. “Ele foi obrigado a sussurrar sua oração a Deus. Foi apenas uma respiração" (Adam Clarke, in loc.).

Eu lhe conto minhas dúvidas, tristezas e temores;
Oh, com quanta paciência Ele escuta!
E minha alma cambaleante è animada.
Quando a alma está desmaiada e sedenta,
Por baixo da sombra de suas asas,
Há frescor e abrigo agradável,
Estando Ele tão próximo.

(Ellen Kakshmi Goreh)

Lm 3:57

De mim te aproximaste no dia em que te invoquei. Deus resolveu pleitear a causa do homem pobre e assim aproximou-se dele e proferiu palavras de ânimo. Disse ao homem para não temer, e assim dissiparam-se os seus temores. “Vieste perto quando eu te invoquei. Disseste: ‘Não temas’” (NCV). “Quando as pessoas se aproximam de Deus... invocando Seu nome, Ele se avizinha e opera a salvação com graça e misericórdia. Diz o Targum: ‘Vieste como um anjo e, ache-gando-te, me livraste, no dia em que orei a Ti’. Ver Is 41:10" (John Gill, in loc.).

Que Amigo temos em Jesus,
Todos os nossos pecados e tristezas Ele leva!
Que privilégio é levar Tudo a Deus em oração.

(Joseph Scriven)

Lm 3:58

Pleiteaste, Senhor, a causa da minha alma. Quando o Senhor se aproxima, Ele o faz como Redentor e Advogado. Ele pleiteou a causa do pobre e então o redimiu de todas as suas dificuldades. Conforme Sl 35:1 e Mq 7:9. “Yahweh apareceu como advogado ou parente próximo protetor do profeta. As perseguições tinham por fim arrebatar-lhe a vida. Temos aqui outras referências pessoais à vida do profeta. Conforme Jer. 26:8-17; Jr 37:14 ; Jr 38:4” (Ellicott, in loc.). Ver no Dicionário o verbete chamado Goel. “Jeremias tornou-se assim um exemplo vivo do amor leal de Deus e de Sua fidelidade (conforme Lam. 3:22-23)" (Charles H. Dyer, in loc). Conforme este versículo com Jr 51:36.

Oh! que paz com frequência perdemos,
Oh! quanta dor desnecessária sofremos,
Tudo porque nós não levamos,
Tudo a Deus em oração.

(Joseph Scriven)

Lm 3:59

Viste, Senhor, a injustiça que me fizeram. Alguém fez uma injustiça contra o profeta, pelo que foi mister Yahweh defender a causa dele. Ninguém estava por perto para ajudar, e quem estava ali só queria prejudicar. Grandes injustiças estavam sendo perpetradas. Jeremias foi o profeta da condenação de Judá, desdizendo as palavras dos falsos profetas, que prometiam paz e prosperidade. Jeremias, porém, advogava a rendição diante dos babilônios, um poder irresistível, para que os judeus salvassem sua vida. Seus conterrâneos o ameaçaram (Jer. 11) e o acusaram de traição. Ele foi ameaçado de morte, mas escapou (Jer. 26). Foi aprisionado (Jer. 37) e lançado em uma cisterna para morrer (Jer. 38). Todas essas coisas foram graves injustiças contra ele, perpetradas por homens ímpios e desvairados. Mas ele foi vindicado quando suas profecias se mostraram verazes; Judá foi aniquilado, e os poucos sobreviventes foram levados para o cativeiro na Babilônia. E então Jeremias foi levado para o Egito pelos judeus que abandonaram a Terra Prometida. Ao que tudo indica, o profeta morreu ali em paz. Ele foi invencível e sua missão se completou, e o Senhor o livrou de todas as crises que lhe ameaçavam a vida. A graça divina foi suficiente para ele.

A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza.

(2Co 12:9)

Lm 3:60

Viste a sua vingança toda. Este versículo reitera a idéia central do vs. Lm 3:59: as perseguições que Jeremias sofreu às mãos de homens ímpios. Sumario, naquele versículo, os piores ataques contra a sua vida. Yahweh tinha plena consciência do que estava ocorrendo, mas, por fim, atacaria os atacantes, endireitando assim as contas. Yahweh viu o “espírito de vingança deles; a sua ira e fúria, e como eles requeimavam com o desejo de prejudicar o profeta. Ele viu seus atos desprezíveis, seu comportamento vil; entendeu a iniqua imaginação deles, a elaboração de seus planos e esquemas” (John Gill, in loc.). ‘Tudo está aberto diante dos olhos de Deus, oh, alma aflita... Ele derrotará infalivelmente todos os planos deles e te salvará” (Adam Clarlte, in loc.). “Todos os seus pensamentos, as mesmas palavras que os planos referidos em Jer.

Jr 11:19 e Jr 18:18, aos quais o autor sacro, como é óbvio, se refere” (Ellicott, in loc.).

Lm 3:61

Ouviste as suas afrontas, Senhor. O profeta repisa a questão, relembrando os escárnios de seus inimigos, as zombarias de homens ímpios que lhe faziam carrancas de ira. Seus atos eram acompanhados pela fala insolente. Eles usaram de linguagem abusiva contra um homem inocente e então prosseguiram com seus planos assassinos de tirar-lhe a vida. Ver no Dicionário o verbete intitulado Linguagem, Uso Apropriado da, bem como notas adicionais sobre o assunto, em Sl 5:9; Sl 15:3 ; Sl 17:3."... a linguagem desprezível deles, seus escárnios, suas zombarias e mofas” (John Gill, in loc.), o que reflete a imaginação de seu coração, por meio da qual eles tinham esperado aniquilar o profeta.

Lm 3:62

As acusações dos meus adversários. Este versículo refaz levemente as coisas que já tinham sido ditas no vs. Lm 3:61. Yahweh tinha consciência do que aqueles homens insolentes estavam dizendo com os lábios, e era conhecedor de seus pensamentos, que inventavam atos destruidores o dia inteiro. Os lábios são paralelos às “afrontas” do vs. Lm 3:61.

Lm 3:63

Observa-os quando se assentam e quando se levantam. “Vede! Em tudo quanto fazem, zombam de mim com cânticos” (NCV). O hebraico diz aqui, líteralmente, sentam-se e levantam-se, atos comuns da vida que representam todas as atividades. Em tudo quanto faziam, não se esqueciam de escarnecer do profeta. Ele se tornou a letra da canção daqueles homens iníquos e embriagados. Conforme Sl 69:12,Gl 6:8). Ver no Dicionário o verbete chamado Lex Talionis (retribuição conforme o crime cometido). A Septuaginta e a Vulgata Latina apresentam as palavras deste versículo como uma profecia. Esses pecadores não escaparão da vingança divina, porquanto a palavra profética predisse a condenação deles, Conforme Jr 50:15,Jr 50:29. Ver Sl 28:4, que é bastante similar a este versículo. Paulo reproduziu esse sentimento em 2Tm 4:14.

Lm 3:65

Tu lhes darás cegueira de coração. A vingança contra aqueles homens Ímpios e desvairados significa que eles sofrerão tremenda tristeza no coração. Eles saberão o que significa ser ferido pelo golpe divino e sofrer ansiedades e temores, como sucedeu às suas vitimas. A maldição de Deus estará sobre eles.

“Os líderes, responsáveis por terem rejeitado e perseguido a Jeremias, foram punidos pela Babilônia (ver Jer. 39. 4-7; 52.7-11,24-27). O paralelo de Jerusalém é óbvio. A cidade também foi perseguida por inimigos (Lm 3:46,Lm 3:47), mas confiava que Deus a víndicaria antes de seus inimigos, se ela se voltasse para Ele" (Charles H. Dyer, in loc). Conforme este versículo com Is 6:10 e 2Co 3:14,2Co 3:15. Aqueles homens tinham o coração coberto pela cegueira e pela rebelião. O coração deles era duro, pelo que eles praticavam o mal que agradava sua mente petversa. Isso não poderia continuar. Eles tinham de ser afastados dali. A Septuaginta substitui “cegueira de coração” por “cobertura de coração”, que é uma tradução possível. Estão em foco a cegueira e a dureza. O coração deles tinha-se tornado insensível a qualquer apelo divino, pelo que eles estavam destinado à ruína. Esses homens sofreram de Cegueira Judicial (ver a respeito na Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia).

Lm 3:66

Na tua ira os perseguirás, Yahweh, em Seu alto céu, envia relâmpagos e fere aqueles homens miseráveis. Da mesma forma que eles haviam perseguido e destruído, serão perseguidos e destruídos, provavelmente por meio de instrumentos humanos, como os babilônios. Ver Jer. 39:4-7 ; 52.7-11,24-27. Assim teria cumprimento a Lei Moral da Colheita segundo a Semeadura (ver a respeito no Dicionário). “Este versículo parece aludir à predição caldaica em Jr 10:11. Por sua conduta, eles atraíram contra si mesmos a maldição denunciada contra seus inimigos” (Adam Clarke, in loc.). “Destrói-os da terra do Senhor" (NCV). Diz o hebraico, líteralmente: “de sob os céus de Yahweh”, referindo-se à terra localizada debaixo dos céus. “A frase é excepcional mas, como é óbvio, equivalente ao mundo inteiro, considerado o reino de Deus” (Ellicott, in loc.).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 3 do versículo 1 até o 66
*

3.1-66 Quando um indivíduo expressava a tristeza da comunidade, a esperança e o consolo eram sustentados pelo conhecimento do amor compassivo de Deus.

* 3:1

Eu sou o homem. Este capítulo é um acróstico com três versículos para cada letra do alfabeto hebraico. Quanto à possível identidade do autor com Jeremias, e à forma de poesia acróstica como um aspecto da poesia dos hebreus, ver a Introdução e mais abaixo. Quanto a retratos do próprio Senhor como aquele que tinha afligido o escritor, ver 19:21; Sl 88:7,15; Jr 15:17,18. Neste poema, um indivíduo exprime a tristeza de sua comunidade (vs. 22,40-47).

* 3:2

em trevas e não na luz. Contrastar com Is 9:2. As trevas são uma metáfora para a aflição experimentada como a ausência de Deus; a luz representa o contrário: salvação e bênção. O dia do Senhor é descrito nesses termos em Am 5:18.

* 3:4

a minha pele... os meus ossos. Essas são características de aflição física, talvez devidas à idade avançada ou à enfermidade (13:28; Is 38:13).

* 3:5

de veneno e de dor. Os efeitos emocionais e físicos da aflição andam de mãos dadas.

* 3:6

como os que estão mortos para sempre. As aflições e as enfermidades da vida diminuem a sua plenitude, culminando na morte. Em sua condição debilitada, o profeta considerava-se ter pouco mais de participação na vida do que se estivesse, realmente, morto. Na perspectiva dos vivos, os mortos nem ao menos existem, ou existiriam como sombras (Pv 2:18; 9:18 e notas). Quanto a outros quadros sobre a morte, no Antigo Testamento, ver 3:11-19; Sl 6:5; 115:17; Is 14:18,19. Contra esse pano-de-fundo, o Antigo Testamento mostra-se eloqüente em seu testemunho em prol da ressurreição além do sepulcro (19:25-27; Sl 16:9-11; 49:15; 73:24).

* 3:8

ele não admite a minha oração. Quanto a orações que não são ouvidas, ver Sl 10:1; 13:1 e 22.1,2.

* 3.10-12 urso... flecha. Alguns dos perigos que poderiam atingir realmente o viajante, são maneiras vívidas de exprimir terror e aflição.

* 3:14

objeto de escárnio. Ver Jr 20:7.

* 3:17

paz... bem. Essas condições, a súmula da bênção, estavam totalmente ausentes.

* 3:18

minha glória... no SENHOR. A expressão de desesperança atinge aqui o seu ponto culminante.

* 3:20

os recorda. A experiência do poeta é um símbolo das experiências do povo; ver a linguagem em 1.7.

* 3:21

Quero trazer à memória. As lembranças que antes desencorajavam, agora encorajam (Sl 77:3-9,10-15). A memória da dedicação de Deus a seu povo faz manar a esperança do desespero.

* 3.22-24 O ponto culminante do poema e do Livro é atingido aqui. A forma de lamentação tem pontos cruciais onde a experiência de rejeição por parte de Deus transforma-se, inesperadamente, em confiança, com base no conhecimento do caráter de Deus e em suas misericórdias passadas. Ver as confissões de confiança e esperança, em Sl 22.

* 3:22-23 Ver "Deus É Amor: A bondade e a Fidelidade Divinas", em Sl 136:1.

* 3:22

As misericórdias. Quanto à palavra hebraica (hesed), ver Sl 36:5, nota. A forma plural, usada aqui, relembra muitos atos, ou, talvez, as riquezas da misericórdia divina.

A dedicação de Deus à aliança está sempre ligada à sua compaixão, um termo que envolve uma profunda emoção. Não somos consumidos porque a compaixão de Deus não se esgota. A ira de Deus contra o seu povo termina porque a sua compaixão não pode terminar (4.22; Os 11:8).

* 3:23

cada manhã. O amor de Deus fará raiar a manhã da salvação (Sl 90:14; Ml 4:2; Lc 1:78).

fidelidade. A confiabilidade ilimitada de Deus, torna-o digno de fé (Hc 2:4).

* 3:24

A minha porção. Esta frase nos relembra as alocações territoriais às tribos de Israel. Os sacerdotes e os levitas, que não receberam porções sob a forma de terras, tinham o Senhor como sua porção (Nm 18:20; conforme Sl 73:26).

* 3:25

Bom é o Senhor... para a alma que o busca. Deus é sempre bom para com aqueles que o buscam, põem nele a sua esperança, e nele aguardam (conforme 13 28:9'>1Cr 28:9). O tríplice "bom" que aparece neste contexto (conforme vs. 26 e
27) enfoca a bondade de Deus.

* 3:27

na sua mocidade. Ao que tudo indica a referência é aos sofrimentos de Jeremias no começo e no meio de sua vida, talvez significando que ele seria aliviado em sua idade avançada. Talvez a comunidade, como se fosse um único indivíduo, deveria ter a esperança que o jugo seria retirado com o decorrer do tempo.

* 3.28-30

porquanto... farte-se da afronta. O profeta exortou os aflitos a suportarem o presente sofrimento, à luz das afirmações existentes nos próximos versículos.

Assente-se solitário. Conforme 1.1.

* 3:30

Dê a face ao que o fere. A humilhação sofrida por Israel serviu de prefiguração da humilhação de Cristo (Is 50:6; Mt 26:67).

* 3.31-33 Visto que Deus é cheio de compaixão, a presente experiência de sua ira tem que ser de breve duração (Sl 30:5; Is 54:7; Os 6:1). Uma vez mais, a compaixão é vinculada ao amor (no hebraico, hesed, 3,22) infalível de Deus. Deus não aflige os homens "de bom grado", isto é, "com alegria" e "de todo o seu coração", nem mesmo por ocasião do Juízo Final.

* 3.34-36 O que fica implícito nestes versículos é que Deus não pode aprovar tais coisas (8:3). Naturalmente, Deus tem aprovado essas mesmas coisas, visto que ele as tem feito acontecer. Esse era o problema de castigo e de aflição que o poeta enfrentava.

* 3:37-38 Tudo quanto acontece é pela palavra de Deus (Gn 1:3), tanto a calamidade quanto o bem (Am 3:6).

*

3:39 Visto que tudo acontece pela palavra do Senhor, nenhum homem vivo pode queixar-se quando Deus manda a calamidade como castigo contra o pecado.

Queixe-se cada um dos seus próprios pecados. O pecado dos indivíduos é uma parte importante da resposta do profeta ao problema da condenação e da aflição (por mais temível que seja o juízo divino, 2:20-22). A frase, no seu original hebraico, implica que o pecado e o conseqüente castigo pertencem, inescapavelmente, um ao outro.

* 3.40-47 Note o leitor que os que falam estão no plural, por toda esta seção.

* 3.40-42

Esquadrinhemos... Nós prevaricamos. Temos aqui uma chamada ao arrependimento, ao reconhecimento do pecado. O impulso para confessar os pecados parece ceder caminho imediato a uma lamentação renovada, após a declaração que diz: "Tu não nos perdoaste" (v.42). A confissão pode ter sido superficial ou hipócrita. Em ambos os casos as penalidades não foram suspensas.

* 3.43-45

Cobriste-nos de ira... no meio dos povos. Aqui o profeta faz uma paródia com as ações de Deus no êxodo. Naquela ocasião a ira de Deus ajudou a Israel; foram os inimigos dos israelitas que foram mortos sem piedade; e a nuvem era um sinal de favor divino. Israel era preciosa entre as nações, e não "cisco e refugo".

* 3.48-66 Aqui o discurso reverte novamente para o singular.

torrentes de águas. Há fortes ecos do livro de Jeremias, nesta íntima associação entre a tristeza do povo e a tristeza do poeta. É sugerida uma ligação entre os sofrimentos do povo e os sofrimentos do poeta.

* 3:49

Os meus olhos choram. Essas palavras refletem uma linguagem familiar de lamentação (Sl 6:6; 42:3; Jr 9:1; 18).

* 3:52

sem motivo são meus inimigos. Sl 35:19; Jo 15:25.

* 3:53

lançaram-me na cova. Sl 28:1; 88:6. A vida de Jeremias pode estar novamente em vista, nestes versículos (Jr 38:6).

* 3:55

cova... invoquei o teu nome. Ver Sl 16:10,11; 30:1; e a experiência de Jonas (Jn 2:2-7). O sofrimento de Cristo como o justo Servo do Senhor leva ao mais alto cumprimento esse tema recorrente dos profetas sofredores e seu livramento pelo Senhor.

* 3:56

Ouviste a minha voz. O ponto crucial da lamentação é atingido quando ao poeta se garante que o Senhor tinha ouvido a sua oração (Sl 6:8-10).

* 3:57

Não temas. Essa é uma exortação comum no Livro de Isaías (p.ex., Is 41:10; conforme Mc 6:50).

* 3.58-66

Esta seção adota o tema bíblico dos sofrimentos inocentes e vicários que atingiram o seu ponto culminante na morte de Cristo em favor daqueles que ele veio salvar.

* 3.58-60

a causa... remiste a minha vida... a minha causa. Em Jeremias 50:34, o Senhor é o Redentor de Judá e pleiteia pela causa dos seus habitantes. Aqui o Senhor pleiteia contra eles, porquanto se tinham voltado contra o seu profeta.

* 3.64-66

Tu lhes darás a paga. A nota de vingança se faz presente em Jr 12:1, tal como em Sl 77:6,7.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 3 do versículo 1 até o 66
3.1ss No momento mais sombrio do Jeremías, sua esperança se fortaleceu com esta segurança: Deus foi fiel e seguiria sendo-o. Jeremías viu o julgamento de Deus assim como seu amor inquebrável. No tempo do julgamento, a misericórdia de Deus seguiu sustentando ao Jeremías, assim como nos tempos de prosperidade profetizou sobre o julgamento de Deus.

3.1ss No hebreu original, os primeiros quatro capítulos do livro de Lamentações são poemas acrósticos. Cada versículo em todos os capítulos começa com cada uma das letras do alfabeto hebreu. O capítulo 3 tem 66 versículos em vez de 22 devido a que é um acróstico triplo: os primeiros três versículos começam com o equivalente da letra A, os três seguintes com a letra B e assim sucessivamente. Esta era uma forma típica da poesia hebréia. Outros exemplos de acrósticos são os Salmos 37:119-145, e Pv 31:10-31.

3.21, 22 Jeremías viu um raio de esperança em todo o pecado e a tristeza que o rodeava: "Pela misericórdia do Jeová não fomos consumidos, porque nunca decaíram suas misericórdias". Deus responde com agrado nos brindando ajuda quando a pedimos. Possivelmente haja algum pecado em sua vida que pensa que Deus não perdoará. O amor inquebrável de Deus e sua misericórdia são maiores que qualquer pecado e O promete nos perdoar.

3:23 Por experiência pessoal, Jeremías conhecia a fidelidade de Deus. Deus prometeu que o castigo seguiria à desobediência e aconteceu assim. Entretanto, O também prometeu restauração e bênções futuras e Jeremías sabia que Deus também cumpriria essa promessa. Acreditar na fidelidade de Deus dia detrás dia nos faz confiar em suas grandes promessas para o futuro.

3.27-33 "Levar o jugo" significa ficar sob a disciplina de Deus voluntariamente e aprender o que O nos quer ensinar. Isto envolve diversos fatores importantes: (1) meditação em silencio sobre o que Deus quer, (2) arrependimento humilde, (3) domínio próprio frente às adversidades, e (4) paciência confiada dependendo do Professor divino para que nos dê lições de amor para a vida. Deus tem diferentes lições tanto a curto como a longo prazo para você agora. Cumpre você sua tarefa?

3:30 "Dê a bochecha ao que lhe fere" significa submeter-se a abuso físico sem defender-se, sem devolver o mal. Jesus ensinou a seus seguidores a pôr a outra bochecha (Mt 5:39) e O foi exemplo disto ao mais alto nível antes de sua crucificação (Mt 27:27-31; Lc 22:64; Jo 18:22; Jo 19:3).

3.39-42 Os pais disciplinam a seus filhos para formar uma boa conduta. Deus disciplinou ao Israel para formar uma vida e uma adoração corretas. Não devemos nos queixar da disciplina a não ser aprender dela, confiando em Deus e estando dispostos a trocar. Devemos permitir que a correção de Deus faça surgir em nossa vida a classe de conduta que ao agrada.

3.52-57 Em um momento de seu ministério, ao Jeremías o lançaram a uma cisterna vazia e o deixaram ali para que morrera no lodo que havia no fundo (Jr_38:6-13). Mas Deus o resgatou. Jeremías utilizou esta experiência para ilustrar como a nação se afundava no pecado. Se se voltavam para Deus, O os resgataria.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 3 do versículo 1 até o 66

III. O indivíduo afetado (Lm 3:1 , e configuração do poema em um livro enfatizando o sofrimento da nação, são argumentos fortes que o formulário de pessoal é parte de um estilo que realmente fala da tristeza da nação. Keil argumenta: "Daí o sofrimento do indivíduo, que é descrito nos versículos


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 3 do versículo 1 até o 66
3:1-66 Este capítulo, com seu acróstica de três em três versículos, encontra-se em torno dos sofrimentos pessoais do escritor, que também fala como representante do povo.
3.1 Vara do furor. Aqui se tratam: da Babilônia. Numa época anterior, a Assíria era "o cetro da ira de Deus" (Is 10:5).

3.13 Coração. Lit.. "Rins", veja 1.20n. Flechas. Os filhos.

3.14 Canção. Zombaria, veja 3.63.

3.16 Pedrinhas. O único outro versículo com esta palavra é o Pv 20:17. Exprime a idéia de tudo quanto é indigerível e desagradável.

3.18 Glória. Esta palavra em heb quer dizer também "seiva", sem a qual a árvore não vive. O escritor sente desespero, aflição, pranto e abatimento.

3.21 Trazer à memória. Lit. "fará voltar ao coração".

3.22 Características de Deus:
1) Misericórdia (heb hesed);
2) Compaixão (aqui traduzido por "Misericórdia" pela segunda vez, mas é outra palavra, racham, que dá a idéia de carinho);
3) Fidelidade, v. 23;
4) Bondade, v. 35;
5) Salvação e o resultado, v. 26.

3:25-27 O que é bom?
1) Deus é bom para os que desejam conhecê-lo (25);
2) Uma fé singela que aguarda a salvação e o bem do homem (26);
3) Bom para o homem é a paciência desde a infância, 27.
3.29 Boca no pó. O modo oriental de se prostrar em submissão total (Mq 7:17; Sl 72:9). O reconhecimento da sua indignidade.

3.30 Dê a face. Os servos de Deus que assim sofreram foram Jeremias (16:10), e o Servo descrito em Is 50:6 que é uma profecia acerca do Senhor Jesus Cristo (Mt 5:39; Mt 27:30; Mc 15:19).

3:31-36 Consolação para o servo sofredor de Deus:
1) Deus

não o rejeitará para sempre (Is 54:8);
2) Deus usará de compaixão;
3) Deus não aflige de bom grado (Jr 32:41), mas é-lhe necessário repreender e castigar seus, filhos. (At 14:22). As injustiças praticadas por vários opressores:
1) Mau tratamento aos prisioneiros, v. 4;
2) Perversão dos direitos humanos, favorecendo os réus, v. 35; perante o Altíssimo quer dizer na presença de juízes com autoridade concedida pelo próprio Deus, Êx 21:6; Sl 82:1,Sl 82:6; Sl 3:0) Subversão no pleito, v. 36.

3.39 O homem não deve queixar-se, se ao menos ficar com vida de simples vivente, já que é pecador, o castigo é para o bem (He 12:6-58).

3:40-42 O verdadeiro arrependimento, se demonstra em voltar para o Senhor, v. 40, orar v. 41, e se confessar pecador, v. 42.
3:46-48 Aqui há uma interrupção da ardem acróstica do hebraico, já que a letra pê, aqui aparece antes da letra ayin, a qual, no alfabeto hebraico, deveria aparecer antes do pê.

3.48 Torrentes. O chora aqui é muito mais intenso do que em 1.16n. Comp. Jr 13:17 e Sl 119:136 e 59.15.

3.54 Águas. Símbolo de um perigo que cerca a pessoa de todas as direções, do qual esta não poderá fugir, pois que invade a tudo.

3.55 Orar a Deus do meio da angústia é o assunto do Si 1,50 e do segundo capítulo de Jonas.

3.58 O Senhor Deus torna-se advogado, para defender n pobre e aflito de injustiça. Também é advogado que defende o crente das conseqüências do seu pecado, quando este se converte e confessa sua malícia. Isto se faz pela obra de Jesus Cristo (1Jo 2:1). 3.63 Assentam... levantam. Durante suas atividades e durante sua hora de descanso; portanto, a toda hora (Sl 139:2; Is 37:28). Objeto da sua canção. Os adversários o ridicularizavam nas suas canções de escárnio (Jo 30:9; Sl 69:12).

3.65 Cegueira de coração. Cegueira espiritual total (conforme 2Co 3:15). O capítulo que acabamos de estudar é uma descrição do sofrimento do profeta que o escreveu; ele sofreu como representante do povo em geral. O que se segue descreve o sofrimento do povo em geral, incluindo-se todas as classes. O último capítulo é uma queixa feita a Deus pela cidade de Jerusalém. O capítulo 1 descreve a situação da cidade de Jerusalém; o segundo capítulo descreve a situação do santuário e da cidadela.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 3 do versículo 1 até o 66
III. TERCEIRO LAMENTO (3:1-66)

A identidade do sofredor (o Eu) nos v. 139 tem sido o foco de muitas discussões e conjecturas, e diversos indivíduos foram sugeridos, principalmente Jeremias, enquanto a idéia de um “Eu” coletivo em que Sião fala sob o disfarce de um indivíduo tem encontrado aceitação. Não está em discussão somente a identidade do sofredor, mas também a relação desse capítulo com o restante do livro. Ao ocupar o ponto central do livro, o terceiro cântico de lamento contém um cerne essencial de esperança de restauração na hora oportuna de Deus. Há uma simetria no livro que destaca esse capítulo, imprensado como está entre dois blocos de material com uma descrição predominante e vívida do desespero. Ao longo de todo o livro, o autor escolheu se expressar em formas tradicionais (v. Introdução), e o elemento mais adequado para continuar o gênero do lamento e ainda assim introduzir um aspecto essencial de esperança é o lamento pessoal com o seu tema freqüente da “certeza de ser ouvido”. Essa é uma característica de salmos de lamento pessoal em que o sujeito inevitavelmente chega à certeza de que o seu grito vai ser ouvido. A forma é muito comum, e.g., nos salmos, mas o autor a modificou, como, aliás, já modificou outras formas tradicionais, para se adaptarem ao seu propósito particular. Não se tem em mente nenhum indivíduo específico, nem é necessário um “Eu” coletivo, mas o tema da “certeza de ser ouvido” é introduzido pela forma literária e então aplicado ao “nós” dos v. 40ss.


1) O homem que viu a aflição (3:1-21)

Grande parte da linguagem usada para descrever o indivíduo aflito é semelhante aos “salmos de lamento”, aliás, o v. 6 é uma citação direta de Sl 143:3, com as duas primeiras palavras transpostas para o acróstico. Ao contrário dos salmos, no entanto, o sofredor desse capítulo está sob castigo executado pelo próprio Javé, daí a sua capacidade de transferir o quadro com a sua lição para a nação, v. 21. Todavia, lembro-me também do que pode me dar esperança representa uma síncope introduzida pelo autor. A estrutura rígida do acróstico tríplice dessa seção impôs uma tensão ao autor e ao leitor. Ela é atenuada pelo autor quando mostra que as divisões de pensamento e a forma literária com freqüência não coincidem. Hillers ressalta a freqüência com que ocorre essa “sincopalidade” no livro, e.g., em 3.3,6,12,18,42,48,60 e 2.8 etc. No presente versículo, o último pensamento da seção dos v. 19-21 (heb. zayiri) é sincopado e forma uma ponte com o que segue para introduzir o elemento da esperança.


2)    O tempo de esperar em Deus (3.22
39)

A emenda do TM para produzir a formulação da NTLH (“O amor do Senhor Deus não se acaba”) é suave e é sugerida pelo Tar-gum e a Peshita. A tensão de desespero em que essa seção é propositadamente colocada faz os sentimentos acerca da fidelidade de Deus se tornarem ainda mais fortes (esse é um artifício comum na poesia hebraica). Aliás, ela destaca-se como uma declaração comovente da certeza dos bons propósitos finais que Deus tem para com os homens (cf. Rm 8:28). A ira de Deus é a fase passageira, a sua misericórdia está sempre disponível. Mas ele é o Soberano Senhor que concede suas bênçãos no tempo determinado por ele. O castigo pode ter a intenção de educar, e isso funciona melhor para um homem enquanto é jovem (v. 27). De qualquer modo, não é do seu agrado (melhor: “não é seu propósito”) trazer aflição e tristeza aos filhos dos homens (v. 33). Javé não age de forma injusta com os homens para lhes negar os seus direitos, mas entre as suas preocupações está tratar dos justos e dos injustos, e por isso dele vêm tanto as desgraças como as bênçãos (v. 38). v. 29. A menção de um homem que é punido por seus pecados conduz à seqüência lógica seguinte.


3)    Um tempo para avaliação (3:40-54)
v. 40-48. A menção do pecado e castigo
no v. 39 é a base para a ligação entre o que aconteceu antes e a experiência de Judá, e assim começam as frases com a primeira pessoa do plural, “nós”. Se tudo o que aconteceu antes é verdade acerca de indivíduos, por que não seria então acerca de comunidades? Isso conduz a uma exortação ao sincero arrependimento — voltemos ao Senhor. Levantemos o coração e as mãos para Deus (v. 40,41) — e abre caminho para a oração comunitária de confissão que segue. v. 48. Temos aqui mais um exemplo da sincopalidade em que desaparece a oração comunitária e reaparece a individual para completar a forma literária do lamento individual nos versículos seguintes, v. 49-54. A forma de lamento individual é retomada em linguagem típica para conduzir à “certeza de ser ouvido” em que Deus vai responder ao indivíduo e assumir a sua causa.


4) Um Deus pronto para responder (3:55-66)
Agora que as experiências paralelas foram estabelecidas entre os citados pelos lamentos individuais e por Sião, o poeta está livre para concluir a forma e esperar que a nação siga o paralelo, até o ponto em que Javé vai certamente responder ao clamor dos penitentes, v. 59. Toma a teu cargo a minha causah introduz a idéia de Deus como um juiz preparado para castigar a parte culpada. Isso põe o poema em harmonia com o pedido de Sião de uma aplicação coerente do juízo de Deus, que ela sente que vai incluir os seus inimigos, uma característica já expressa no final do cap. 1.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 3 do versículo 1 até o 66

Lamentações 3

III. O Sofredor Representante da Sião Ferida. Lm 3:1-66.

Este capítulo é o ponto alto do livro. Aqui Jeremias desnuda o seu coração ao leitor, o que faz freqüentemente na sua profecia. Sua vida foi um longo martírio, no qual serviu de juiz e intercessor do povo empenhado em sua própria destruição. Nenhum profeta jamais argumento u com um povo de maneira mais apaixonada do que ele, convocando uma conversão nacional. Estes fatos estão claramente evidentes nestes sessenta e seis versículos do capítulo 3.


Moody - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 3 do versículo 43 até o 45

43-45. E nos perseguiste. Envolto em Uma nuvem de ira que nenhuma oração pode atravessar, Jeová perseguiu o povo de Judá, matando sem piedade, até que Sião se tornou nada mais que lixo entre os povos.


Moody - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 3 do versículo 43 até o 66

C. O Servo Ora por Vingança. Lm 3:43-66. O poeta e o seu povo falam das calamidades sofridas por causa da ira de Jeová.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 3 do versículo 43 até o 54
d) As tristezas do pecado (Lm 3:43-54)

O senso de culpa que precede cada conversão genuína é descrito em seguida. Desce sobre a alma uma dolorosa apreensão sobre a ira de Deus contra o pecado e sobre a barreira que o pecado erigiu entre si e Ele (44). Os efeitos do pecado são plenamente reconhecidos, e segue-se uma tristeza sincera de coração. Porém, não mais Deus é considerado como inimigo implacável. Suas ternas misericórdias são percebidas e são ansiosamente aguardadas (50) por aquele que antes parecia além do alcance de qualquer auxílio (52-54). Estes últimos comoventes versículos sugerem uma real experiência física da parte do escritor; mas, se assim foi o caso, tratou-se de uma experiência diferente daquela por que passou Jeremias, que foi posto numa cova seca por seu próprio povo (Jr 38:6). As filhas da minha cidade (51) podem ser as vilas fora de Jerusalém, que também foram devastadas.


Dicionário

Cobrir

verbo transitivo direto Ocultar ou proteger, estando ou pondo-se em cima, diante, ou em redor: as nuvens cobrem o sol; cobrir a cama com o cobertor.
Fazer o reforço numa cobertura: cobrir os buracos do telhado com massa.
[Agricultura] Colocar terra na raíz de uma planta: cobrir as raízes do quintal.
Estar envolto por; envolver, vestir: o mendigo estava coberto de farrapos.
Garantir que o pagamento seja efetuado: cobrir o valor do cheque.
Ser o necessário: meu salário cobre metade das minhas despesas.
No jornalismo, estar (o repórter) presente (a um acontecimento); dedicar espaço (o jornal, a revista) a (um acontecimento).
Esporte. Cumprir um trajeto a uma certa distância: cobrir 100 metros rasos.
[Biologia] Ter cópula com (falando-se de animais); fecundar: o touro cobriu a vaca.
verbo transitivo direto e pronominal Defender algo, alguém ou si mesmo; proteger, defender, resguardar-se: cobrir a criança dos tiros; cobriu-se sob o telhado; cobria-se dos golpes com o escudo.
Pôr o chapéu, o barrete ou o capuz na cabeça: cobrir a cabeça; cubra-se, está frio!
Estender-se, alastrar-se por cima de; ocupar inteiramente; encher: os inimigos cobriam os montes e vales.
verbo bitransitivo e pronominal Exceder em quantidade; ultrapassar: a receita cobriu a despesa; cobriu-se de problemas com a falência da empresa.
Etimologia (origem da palavra cobrir). Do latim cooperire.

Nuvens

fem. pl. de nuvem

nu·vem
(latim nubes, -i)
nome feminino

1. Conjunto de pequenas partículas de água suspensas na atmosfera, que pode originar chuva ou neve.

2. Fumo denso.

3. Poeira que se eleva do solo.

4. Porção compacta de pessoas ou de coisas. = AGLOMERAÇÃO

5. Obscuridade, sombra.

6. Aspecto sombrio.

7. Obstáculo que impede de ver.

8. Dificuldade que impede a compreensão.

9. [Informática] Rede de computadores que permite o armazenamento de dados e o acesso a programas e a serviços remotamente através da Internet (ex.: o armazenamento de ficheiros na nuvem permite o seu acesso através de qualquer dispositivo com ligação à Internet).


cair das nuvens
Chegar inesperadamente.

Ficar admiradíssimo.

elevar às nuvens
Elogiar muito.

ir às nuvens
Encolerizar-se.

nas nuvens
Alheio ou distraído em relação à realidade ou ao que está à volta.

tomar a nuvem por Juno
Iludir-se com as aparências.


Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Oração

substantivo feminino Prece sob forma de meditação; reza.
Religião Curta prece litúrgica enunciada nas horas canônicas e na missa.
Discurso com alguma moral; sermão; fala.
Gramática Conjunto de palavras ordenadas segundo normas gramaticais, com sentido completo; proposição; enunciado de um juízo.
expressão Oração fúnebre. Discurso público pronunciado em honra do morto.
Etimologia (origem da palavra oração). Do latim oratio, onis “discurso, prece”.

A oração cristã baseia-se na convicção de que o Pai Celeste, que tem providencial cuidado sobre nós (Mt 6:26-30 – 10.29,30), que é ‘cheio de terna misericórdia’ (Tg 5:11), ouvirá e responderá às petições dos seus filhos da maneira e no tempo que Ele julgue melhor. A oração deve, então, ser feita com toda a confiança (Fp 4:6), embora Deus saiba de tudo aquilo que necessitamos, antes de Lhe pedirmos (Mt 6:8-32). A Sua resposta pode ser demorada (Lc 11:5-10) – talvez a oração seja importuna (Lc 18:1-8), e repetida, como no caso de Jesus Cristo (Mt 26:44) – pode a resposta não ser bem o que se pediu (2 Co 12.7 a
9) – mas o crente pode pôr toda a sua ansiedade de lado, descansando na paz de Deus (Fp 4:6-7). Não falando na oração relacionada com o culto, ou na oração em períodos estabelecidos (Sl 55:17Dn 6:10), orava-se quando e onde era preciso: dentro do ‘grande peixe’ (Jn 2:1) – sobre os montes (1 Rs 18.42 – Mt 14:23) – no terraço da casa (At 10:9) – num quarto interior (Mt 6:6) – na prisão (At 16:25) – na praia (At 21:5). o templo era, preeminentemente, a ‘casa de oração’ (Lc 18:10), e todos aqueles que não podiam juntar-se no templo com os outros adoradores, voltavam-se para ele, quando oravam (1 Rs 8.32 – 2 Cr 6.34 – Dn 6:10). Notam-se várias posições na oração, tanto no A. T.como no N. T.: Em pé (1 Sm 1.10,26 – Lc 18:11) – de joelhos (Dn 6:10Lc 22:41) – curvando a cabeça, e inclinando-a à terra (Êx 12:27 – 34,8) – prostrado (Nm 16:22Mt 26:39). Em pé ou de joelhos, na oração, as mãos estavam estendidas (Ed 9:5), ou erguidas (Sl 28:2 – cp.com 1 Tm 2.8). As manifestações de contrição e de dor eram algumas vezes acompanhadas de oração (Ed 9:5 – Lc 18. 13). A oração intercessora (Tg 5:16-18) é prescrita tanto no A.T.como no N.T. (Nm 6:2342:8is 62:6-7Mt 5:44 – 1 Tm 2.1). Exemplos de oração medianeira aparecem nos casos de Moisés (Êx 32:31-32), de Davi (2 Sm 24.17 – 1 Cr 29.18), de Estêvão (At 7:60) – de Paulo (Rm 1:9). Solicitações para oração intercessora se encontram em Êx 8:8, Nm 21:7 – 1 Rs 13.6 – At 8:24, Rm 15:30-32 – e as respostas a essas orações em Êx 8:12-13, e Nm 21:8-9 – 1 Rs 13.6 – At 12:5-8. Cp com 2 Co 12.8. o próprio exemplo de Jesus a respeito da oração é decisivo. Ele indicou o fundamento sobre o qual repousa a crença na oração, e que é o cuidado providencial de um Pai onisciente (Mt 7:7-11) – Ele ensinou aos discípulos como deviam orar (Mt 6:5-15Lc 11:1-13) – assegurou-lhes a certeza da resposta de Deus a uma oração reta (Mt 7:7 – 18.19 – 21.22 – Jo 15:7, e 16.23,24) – associou a oração com a vida de obediência (Mc 14:38Lc 21:36) – também nos anima a sermos persistentes e mesmo importunos na oração (Lc 11:5-8, e 18.1 a
7) – procurou os lugares retirados para orar (Mt 14:23 – 26.36 a 46 – Mc 1:35Lc 5:16). Ele fez uso da oração intercessora na súplica, conhecida pela designação da Sua alta oração sacerdotal (Jo
17) – orou durante a agonia da cruz (Mt 27:46Mc 15:34Lc 23:34-46). A oração em nome de Cristo é autorizada pelo próprio Jesus (Jo 14:13-14, e 15,16) e por S. Paulo (Ef 5:20Cl 3:17). o Espírito Santo também intercede por nós (Rm 8:26).

[...] A oração, a comunhão pelo pensamento com o universo espiritual e divino é o esforço da alma para a beleza e para a verdade eternas; é a entrada, por um instante, nas esferas da vida real e superior, aquela que não tem termo.
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 24

A oração é o exilir de longa vida que nos proporciona os recursos para preservar os valores de edificação, perseverando no trabalho iluminativo. É o Amor indiscriminado, a todos, mesmos aos inimigos – o que não quer dizer anuência com os seus despropósitos –, é impositivo de emergência para lograrmos a Paz.
Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 17

[...] O gemido da alma e o sorriso do espírito. Ela é o queixume do aflito e o suspiro do crente! Idioma universal, falado por todos os povos em relação a Deus!
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

[...] Oração não é palavra, é sentimento. Um olhar da alma, fixo no céu, vale mais que mil rosários rezados rotineiramente. [...]
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

A oração [...] é possuidora do elã que conduz a Deus, necessariamente à paz. [...] Deus conhece a todos e a tudo, tendo medida exata do valor de cada qual. Somente a atitude digna, leal, corajosa e elevada do filho que fala ao Pai produz uma ressonância que o alcança, propiciando a resposta que é detectada por aquele que ora. [...] A oração real consiste em abrir-se a boca (os, oris) da alma, a fim de expressar-se o que as palavras não conseguem traduzir, mas que os sentimentos falam de maneira incomum, utilizando a linguagem do amor. No amor, portanto, está a fórmula ideal para comunicar-se com Deus, exteriorizando-se emoções e necessidades, relatando-se aflições e sonhos não tornados realidade, para análise da sua infinita compreensão. No silêncio que se fará inevitável, porque as decisões elevadas dispensam palavrório perturbador, será captada a resposta em forma de harmonia interior, de paz no coração que acalma as ansiedades e refrigera a ardência das paixões. Concomitantemente, inarticulada voz enunciará em resposta como sendo fundamental para a vitória o amor a si mesmo – em forma de autoconfiança, de burilamento moral, de auto-iluminação, de transformação de conduta para melhor. Este auto-amor torna-se vital, porquanto nele está a chave para a decifração de todas as incógnitas da existência. [...] A oração proporciona paz, mas somente quando se acalmam as angústias é que se pode orar, desta forma encontrando-se Deus, identificando-o, dele recebendo a inspiração de forma que a existência adquira o encantamento e a plenitude que lhe são destinados.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Oração e paz

[...] é o lubrificante da máquina da vida.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

A oração é sempre o fio invisível e sublime pelo qual a alma ascende a Deus e o Pai penetra o homem.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Tramas do destino• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11

[...] É um alívio às nossas penas, um desafogo às nossas mágoas, uma esperança na nossa dor.
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2

[...] é um recurso pedagógico que não pode ser desprezado, mas desde que desprovido da conotação sobrenatural, mística ou supersticiosa. [...]
Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 4

[...] é o único refúgio do homem nas tremendas lutas da adversidade. [...]
Referencia: Ó, Fernando do• A dor do meu destino• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 2

É sempre certo que a prece, por singela e pequenina que se irradie de um coração sincero, adquire potências grandiosas, capazes de se espraiarem pelo infinito até alcançar o seio amantíssimo do Eterno. Uma corrente suntuosa de valores psíquicos se estabelece então entre o ser que ora e as entidades celestes incumbidas da assistência espiritual aos homens terrenos e aos Espíritos vacilantes e inferiores. [...] Afigura-se então a súplica, a oração, a uma visita do ser que ora aos planos espirituais superiores. Pode o infeliz que ora obter em si próprio progresso suficiente para se tornar afim com aqueles planos. Sua personalidade, levada pela força das vibrações que sua mente emite, desenha-se à compreensão da entidade vigilante, a qual o atende, e torna-se por esta contemplada tal como é, seja a oração partida de um ser encarnado ou de um desencarnado. É certo que seus amigos do Invisível Superior conhecem de há muito suas necessidades reais, mas será necessário que a alma, encarnada ou não, que permanece em trabalhos de arrependimento e resgates, testemunhe a Deus o valor da sua fé, da sua perseverança nas provações, da boa disposição para o progresso, da sinceridade dos projetos novos que começa a conceber, da vontade, enfim, de se afinar com a Suprema Vontade! [...]
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Nas voragens do pecado• Pelo Espírito Charles• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• -

Oração – sintonia com os planos superiores.
Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 3, cap• 3

[...] é ligação com a Espiritualidade Maior, é comunhão com os benfeitores espirituais. [...]
Referencia: SIMONETTI, Richard• A voz do monte• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - Para não complicar

A oração, em essência, expressa sentimentos. [...]
Referencia: SIMONETTI, Richard• A voz do monte• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - Como orar

A oração é luz na alma refletindo a luz divina.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 4

A oração, acima de tudo, é sentimento.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 26

[...] é recurso mais imediato para as criaturas ainda distantes das esferas propriamente celestiais.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Falsas idéias

[...] a oração sincera estabelece a vigilância e constitui o maior fator de resistência moral, no centro das provações mais escabrosas e mais rudes.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 245

[...] é uma escada solar, reunindo a Terra ao Céu..
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 40

A oração é uma fonte em que podemos aliviar a alma opressa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A oração é o remédio milagroso, que o doente recebe em silêncio.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A oração é o fio misterioso, que nos coloca em comunhão com as esferas divinas.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A oração é o único sistema de intercâmbio positivo entre os servos e o Senhor, através das linhas hierárquicas do Reino Eterno.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A oração é um bálsamo que cura nossas chagas interiores.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A oração é um altar, em que ouvimos a voz divina através da consciência.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A oração é um templo, em cuja doce intimidade encontraremos paz e refúgio.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A oração é a nossa escada de intercâmbio com o Céu.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é prodigioso banho de forças, tal a vigorosa corrente mental que atrai. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

[...] o culto da oração é o meio mais seguro para a nossa influência [dos Espíritos superiores]. A mente que se coloca em prece estabelece um fio de intercâmbio natural conosco...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11

[...] é o remédio eficaz de nossas moléstias íntimas. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 31

Não nos esqueçamos de que possuímos na oração a nossa mais alta fonte de poder, em razão de facilitar-nos o acesso ao Poder Maior da Vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 62

[...] é compromisso da criatura para com Deus, compromisso de testemunhos, esforço e dedicação aos superiores desígnios. Toda prece, entre nós, deve significar, acima de tudo, fidelidade do coração. Quem ora, em nossa condição espiritual, sintoniza a mente com as esferas mais altas e novas luzes lhe abrilhantam os caminhos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 14

A oração é o meio imediato de nossa comunhão com o Pai Celestial.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Pensamentos

A oração é divina voz do espírito no grande silêncio. Nem sempre se caracteriza por sons articulados na conceituação verbal, mas, invariavelmente, é prodigioso poder espiritual comunicando emoções e pensamentos, imagens e idéias, desfazendo empecilhos, limpando estradas, reformando concepções e melhorando o quadro mental em que nos cabe cumprir a tarefa a que o Pai nos convoca. [...] a oração tecida de harmonia e confiança é força imprimindo direção à bússola da fé viva, recompondo a paisagem em que vivemos e traçando rumos novos para a vida superior.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 98

A oração que nasce do amor é uma luz que a alma humana acende no mundo, estendendo irradiações e bênçãos que ninguém pode conhecer, enquanto se demora no corpo de carne terrestre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - Adenda

Contato com o Infinito, toda oração sincera significa mensagem com endereço exato [...] Oração é diálogo. Quem ora jamais monologa. Até a petição menos feliz tem resposta que lhe cabe, procedente das sombras.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 9

[...] a oração, qualquer que seja o nosso grau de cultura intelectual, é o mais elevado toque de indução para que nos coloquemos, para logo, em regime de comunhão com as esferas superiores. De essência divina, a prece será sempre o reflexo positivamente sublime do Es640 pírito, em qualquer posição, por obrigá-lo a despedir de si mesmo os elementos mais puros de que possa dispor. No reconhecimento ou na petição, na diligência ou no êxtase, na alegria ou na dor, na tranqüilidade ou na aflição, ei-la exteriorizando a consciência que a formula, em efusões indescritíveis, sobre as quais as ondulações do Céu corrigem o magnetismo torturado da criatura, insulada no sofrimento educativo da Terra, recompondo-lhe as faculdades profundas. A mente centralizada na oração pode ser comparada a uma flor estelar, aberta ante o Infinito, absorvendo-lhe o orvalho nutriente de vida e luz. Aliada à higiene do espírito, a prece representa o comutador das correntes mentais, arrojando-as à sublimação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Mecanismos da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 25


Oração Uma aproximação da pessoa a Deus por meio de palavras ou do pensamento, em particular ou em público. Inclui confissão (Psa 51), adoração (Sl 95:6-9); (Ap 11:17), comunhão (Sl 103:1-8), gratidão (1Tm 2:1), petição pessoal (2Co 12:8) e intercessão pelos outros (Rm 10:1). Para ser atendida, a oração requer purificação (Sl 66:18), fé (He 11:6), vida em união com Cristo (Jo 15:7), submissão à vontade de Deus (1(Jo 5:14-15); (Mc 14:32-36) , direção do Espírito Santo (Jud 20), espírito de perdão (Mt 6:12) e relacio

Oração Comunicação verbal ou simplesmente mental com Deus. Nos evangelhos, a oração é considerada como algo espontâneo e o próprio “Pai-nosso” de Mt 6 não parece ter sido concebido como uma fórmula. A oração permite — e também exige — a intercessão de Jesus (Jo 14:13).

A postura e o tempo não têm especial importância na oração, pois orações são feitas de pé (Mc 11:25), de joelhos (Lc 22:41), prostrado por terra (Mc 14:35), continuamente (Lc 18:1) e nas refeições (Mt 15:36). Jesus não indicou um lugar específico para orar, podendo-se orar ao ar livre (Mc 1:35) ou em casa (Mt 6:6). Evite-se, naturalmente, o exibicionismo (Mt 6:5-15) e a repetição contínua de fórmulas (Mt 6:7). Essa oração — que deve ser estendida aos inimigos (Mt 5:44) — sustentase na fé pela qual Deus provê o necessário para atender todas as necessidades materiais (Mt 6:25-34). Na oração, existe a segurança de ser ouvido (Mt 7:7; Mc 11:23ss.; Jo 14:13; 15,16; 16,23-26) e, especialmente, a relação paterno-filial com Deus (Mt 6:6).

J. Driver, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeu-cristianismo...; Idem, Diccionario de las tres...


Passe

substantivo masculino Autorização para uma pessoa ou coisa passar ou ser passada.
O documento que contém essa autorização.
Bilhete ou assinatura de trânsito em empresa de transporte coletivo.
[Esporte] No futebol e outros esportes, ação pela qual um jogador passa a bola a outro.
Valor estipulado (em dinheiro) para a cessão de um esportista profissional de um clube a outro.
Lance em que se avança sobre o contendor, fazendo passar o pé esquerdo adiante do outro.
Ato de uma pessoa passar as mãos ao longo do corpo de outra, com o propósito de atuar sobre ela com fluidos mediúnicos, magnéticos etc.
Trabalho executado por uma ferramenta sobre uma máquina em um só ciclo mecânico.
Ação de passar o touro à capa.
Passe de mágica, lance de prestidigitação; fig. Ação que parece não ter explicação lógica.

substantivo masculino Autorização para uma pessoa ou coisa passar ou ser passada.
O documento que contém essa autorização.
Bilhete ou assinatura de trânsito em empresa de transporte coletivo.
[Esporte] No futebol e outros esportes, ação pela qual um jogador passa a bola a outro.
Valor estipulado (em dinheiro) para a cessão de um esportista profissional de um clube a outro.
Lance em que se avança sobre o contendor, fazendo passar o pé esquerdo adiante do outro.
Ato de uma pessoa passar as mãos ao longo do corpo de outra, com o propósito de atuar sobre ela com fluidos mediúnicos, magnéticos etc.
Trabalho executado por uma ferramenta sobre uma máquina em um só ciclo mecânico.
Ação de passar o touro à capa.
Passe de mágica, lance de prestidigitação; fig. Ação que parece não ter explicação lógica.

Sob a forma do passe, o magnetismo é, hoje, largamente utilizado, principalmente nas casas espíritas. Na liturgia atual da igreja Católica o passe também pode ser identificado na imposição de mãos dos padrinhos, em certos momentos das cerimônias de casamento e batismo. Vamos encontrá-lo, também, nos exorcismos e nas bênçãos de um modo geral.
Referencia: GURGEL, Luiz Carlos de M• O passe espírita• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 1

O passe é sempre, segundo a visão espírita, um procedimento fluídico-magnético, que tem como principal objetivo auxiliar a restauração do equilíbrio orgânico do paciente. Por orgânico, aqui, entenda-se a estrutura completa do indivíduo – quando desencarnado, Espírito e perispírito; quando encarnado, corpo físico, duplo etérico, perispírito e Espírito. O passe tanto pode ser aplicado por um Espírito encarnado – pessoa viva –, quanto por um Espírito desencarnado, ou ainda, pela ação conjunta de um encarnado e um desencarnado. [...] Conforme veremos adiante, em determinados momentos teremos que proceder à retirada e, em outros, à concentração de fluidos, relativamente ao paciente. Estes dois tipos de ação é que vão caracterizar as duas etapas bem distintas que normalmente precisam ser executadas. Uma é a etapa de retirada de fluidos – geralmente denominada fase de dispersão – e a outra a do fornecimento de fluidos – fase de doação. Devemos começar sempre com a fase de dispersão – limpeza do campo fluídico do paciente – procurando retirar todos os fluidos deletérios que o envolvam e, só depois, iniciar a fase de doação de fluidos. Se essa seqüência for invertida, iremos, com certeza, nos desgastar inutilmente, pois vamos dispersar exatamente os fluidos que doamos. Essa regra básica jamais poderá ser ignorada: primeiro a dispersão e depois a imposição. Ao executarmos a dispersão como fase inicial do passe, estaremos também evi tando que os fluidos a serem doados na fase subseqüente venham a ser repelidos pelo envoltório fluídico do paciente, como decorrência da repulsão entre fluidos de natureza oposta – Lei Fundamental dos Fluidos. Esta fase merece, portanto, a máxima atenção. Após a doação não se deve proceder a quaisquer manobras que favoreçam a dispersão dos fluidos doados. É importante observar que, na fase de doação, os fluidos benéficos são apenas postos à disposição do paciente. Dizemos à disposição porque, de fato, rigorosamente falando, é isto que ocorre, pois a absorção desses fluidos poderá ou não se verificar. A absorção de fluidos depende de muitos fatores – alguns totalmente fora do controle do passista –, sendo que o mais significativo deles é, e sempre será, o estado de receptividade do paciente. Se ele se coloca na condição adequada de receptividade, irá absorver facilmente os fluidos que o passista colocou ao seu dispor. Em caso contrário, a absorção não se processará, ou será muito reduzida.
Referencia: GURGEL, Luiz Carlos de M• O passe espírita• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 3, cap• 1

O passe é uma doação, e só se pode dar o que se possui; portanto, é fundamental que o passista goze de boa saúde, tanto do corpo físico quanto da mente. Verificado qualquer desequilíbrio orgânico ou psíquico, o serviço do passe deve ser interrompido de imediato, principalmente quando se tratar de processo obsessivo de qualquer natureza, ocasião em que o passista deve passar à condição de paciente. P Um outro aspecto que se deve salientar é que, num determinado momento, ou se está na condição de passista ou de paciente, não tendo, pois, sentido o hábito de alguns passistas que, após executada sua tarefa, buscam um colega para, por sua vez, receberem um passe. Se ele se apresenta enfermo ou debilitado após o trabalho, isto é sinal de que, provavelmente, não estava em condições de prestar o serviço, ou de não tê-lo feito de modo adequado. Isso não quer dizer que o passista não possa tomar um passe. Significa, sim, que, se essa necessidade realmente se verifica, é indicativa de que ele não se encontrava capacitado para o trabalho naquela ocasião e nada mais natural que recorra aos colegas de trabalho, em busca de auxílio. De qualquer forma, se essa necessidade se apresenta com freqüência, isso deve ser um alerta para que o passista mantenha-se mais vigilante com respeito às suas atividades físicas e psíquicas do dia-a-dia.
Referencia: GURGEL, Luiz Carlos de M• O passe espírita• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 3, cap• 3

Em termos espíritas, passes tanto pode ser entendido como o conjunto de recursos de transferências fluídicas levadas a efeito com fins fluidoterápicos, como uma das maneiras pela qual se faz tais transferências. No primeiro caso, a imposição das mãos seria um dos recursos; no segundo, uma das maneiras.
Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 1

Passes [...] passagens que se fazem com as mãos por diante dos olhos de pessoa que se pretende magnetizar, ou sobre a parte doente da pessoa que se pretende curar por força mediúnica.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Diálogo com as sombras: teoria e prática da doutrinação• 20a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

O passe é um ato de amor na sua expressão mais sublimada. É uma doação ao paciente daquilo que o médium tem de melhor, enriquecido com os fluidos que o seu guia espiritual traz, e ambos – médium e benfeitor espiritual –, formando uma única vontade e expressando o mesmo sentimento de amor.
Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 10

[...] os passes, como transfusões de forças psíquicas, em que preciosas energias espirituais fluem dos mensageiros do Cristo para os doadores e beneficiários, representam a continuidade do esforço do Mestre para atenuar os sofrimentos do mundo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 153

O passe é uma transfusão de energias, alterando o campo celular. [...] Na assistência magnética, os recursos espirituais se entrosam entre a emissão e a recepção, ajudando a criatura necessitada para que ela ajude a si mesma. A mente reanimada reergue as vidas microscópicas que a servem, no templo do corpo. [...] O passe, como reconhecemos, é importante contribuição para quem saiba recebê-lo, com o respeito e a confiança que o valorizam.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

Assim como a transfusão de sangue representa uma renovação das forças físicas, o passe é uma transfusão de energias psíquicas, com a diferença de que os recursos orgânicos são retirados de um reservatório limitado, e os elementos psíquicos o são do reservatório ilimitado das forças espirituais. [...] é a transmissão de uma força psíquica e espiritual, dispensando qualquer contato físico na sua aplicação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 98 e 99


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
(através dela)
Lamentações de Jeremias 3: 44 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Cobriste-Te de nuvens, para que não passe a nossa oração (através dela).
Lamentações de Jeremias 3: 44 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

586 a.C.
H5526
çâkak
סָכַךְ
(Qal) guardar, cercar, trancar
(covering)
Verbo
H5674
ʻâbar
עָבַר
ultrapassar, passar por, atravessar, alienar, trazer, carregar, desfazer, tomar, levar embora,
(and to pass)
Verbo
H6051
ʻânân
עָנָן
nuvem, nublado, nuvens
(in the cloud)
Substantivo
H8605
tᵉphillâh
תְּפִלָּה
oração
(prayer)
Substantivo


סָכַךְ


(H5526)
çâkak (saw-kak')

05526 סכך cakak ou שׁכך sakak (Ex 33:22)

uma raiz primitiva; DITAT - 1475,1492,2259,2260; v

  1. (Qal) guardar, cercar, trancar
  2. bloquear, obscurecer, proteger, parar a aproximação, fechar, cobrir
    1. (Qal)
      1. proteger, cobrir
      2. cobrir-se
      3. protetor (particípio)
    2. (Hifil)
      1. proteger, cobrir
      2. cobrir, defecar (eufemismo)
  3. (Qal) cobrir, colocar sobre
  4. tecer
    1. (Qal) tecer
    2. (Pilpel) tecer, entrelaçar

עָבַר


(H5674)
ʻâbar (aw-bar')

05674 עבר ̀abar

uma raiz primitiva; DITAT - 1556; v

  1. ultrapassar, passar por, atravessar, alienar, trazer, carregar, desfazer, tomar, levar embora, transgredir
    1. (Qal)
      1. ultrapassar, cruzar, cruzar sobre, passar, marchar sobre, transbordar, passar por cima
      2. ir além de
      3. cruzar, atravessar
        1. os que atravessam (particípio)
        2. passar através (referindo-se às partes da vítima em aliança)
      4. passar ao longo de, passar por, ultrapassar e passar
        1. o que passa por (particípio)
        2. ser passado, estar concluído
      5. passar adiante, seguir, passar antes, ir antes de, passar para frente, viajar, avançar
      6. morrer
        1. emigrar, deixar (o território de alguém)
        2. desaparecer
        3. perecer, cessar de existir
        4. tornar-se inválido, tornar-se obsoleto (referindo-se à lei, decreto)
        5. ser alienado, passar para outras mãos
    2. (Nifal) ser atravessado
    3. (Piel) impregnar, fazer passar
    4. (Hifil)
      1. levar a ultrapassar, fazer trazer, fazer atravessar, transpor, dedicar, devotar
      2. levar a atravessar
      3. fazer passar por ou além de ou sob, deixar passar por
      4. levar a morrer, fazer levar embora
    5. (Hitpael) ultrapassar

עָנָן


(H6051)
ʻânân (aw-nawn')

06051 ענן ̀anan

de 6049; DITAT - 1655a; n m

  1. nuvem, nublado, nuvens
    1. nuvens (referindo-se a nuvem teofânica)
    2. nuvem

תְּפִלָּה


(H8605)
tᵉphillâh (tef-il-law')

08605 תפלה t ephillaĥ

procedente de 6419; DITAT - 1776a; n. f.

  1. oração
    1. oração

    2. fazer uma oração
    3. casa de oração
    4. ouvir oração
    5. em títulos de Salmos (referindo-se à oração poética ou litúrgica)