Enciclopédia de Ezequiel 23:32-32

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ez 23: 32

Versão Versículo
ARA Assim diz o Senhor Deus: Beberás o copo de tua irmã, fundo e largo; servirás de riso e escárnio; pois nele cabe muito.
ARC Assim diz o Senhor Jeová: Beberás o copo de tua irmã, fundo e largo: servirás de riso e escárnio; ele leva muito.
TB Assim diz o Senhor Jeová: Beberás o cálice de tua irmã, o qual é fundo e largo; serás objeto de escárnio e de irrisão; o cálice leva muito.
HSB כֹּ֤ה אָמַר֙ אֲדֹנָ֣י יְהֹוִ֔ה כּ֤וֹס אֲחוֹתֵךְ֙ תִּשְׁתִּ֔י הָעֲמֻקָּ֖ה וְהָרְחָבָ֑ה תִּהְיֶ֥ה לִצְחֹ֛ק וּלְלַ֖עַג מִרְבָּ֥ה לְהָכִֽיל׃
BKJ Assim diz o Senhor DEUS: Tu beberás do cálice de tua irmã, fundo e largo; serás motivo de riso e de desprezo, e tida por escárnio; isto contém muito.
LTT Assim diz o Senhor DEUS: Beberás o cálice de tua irmã, fundo e largo; servirás de riso e escárnio; pois nele cabe muito.
BJ2 Assim diz o Senhor Iahweh: Tu beberás a taça da tua irmã?[q] - taça funda e larga -. Tornar-te-ás objeto de escárnio e zombaria, tão grande será o seu conteúdo.
VULG Hæc dicit Dominus Deus : Calicem sororis tuæ bibes profundum et latum : eris in derisum et in subsannationem quæ est capacissima.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Ezequiel 23:32

Deuteronômio 28:37 E serás por pasmo, por ditado e por fábula entre todos os povos a que o Senhor te levará.
I Reis 9:7 então, destruirei Israel da terra que lhes dei; e a esta casa, que santifiquei a meu nome, lançarei longe da minha presença, e Israel será por ditado e motejo, entre todos os povos.
Salmos 60:3 Fizeste ver ao teu povo duras coisas; fizeste-nos beber o vinho da perturbação.
Salmos 79:3 Derramaram o sangue deles como água ao redor de Jerusalém, e não houve quem os sepultasse.
Isaías 51:17 Desperta, desperta, levanta-te, ó Jerusalém, que bebeste da mão do Senhor o cálice do seu furor, bebeste e sorveste as fezes do cálice da vacilação.
Jeremias 25:9 eis que eu enviarei, e tomarei a todas as gerações do Norte, diz o Senhor, como também a Nabucodonosor, rei da Babilônia, meu servo, e os trarei sobre esta terra, e sobre os seus moradores, e sobre todas estas nações em redor, e os destruirei totalmente, e pô-los-ei em espanto, e em assobio, e em perpétuos desertos.
Jeremias 25:15 Porque assim me disse o Senhor, o Deus de Israel: Toma da minha mão este copo de vinho do furor e darás a beber dele a todas as nações às quais eu te enviar.
Jeremias 48:26 Embriagai-o, porque contra o Senhor se engrandeceu; e Moabe se revolverá no seu vômito e será ele também um objeto de escárnio.
Lamentações de Jeremias 2:15 Todos os que passam pelo caminho batem palmas, assobiam e meneiam a cabeça sobre a filha de Jerusalém, dizendo: É esta a cidade que denominavam perfeita em formosura, gozo de toda a terra? Pê.
Ezequiel 22:4 Pelo teu sangue que derramaste te fizeste culpada, e pelos teus ídolos que fabricaste te contaminaste, e fizeste chegar os teus dias, e vieste ao fim dos teus anos; por isso, eu te fiz o opróbrio das nações e o escárnio de todas as terras.
Ezequiel 25:6 Porque assim diz o Senhor Jeová: Visto como bateste com as mãos, e pateaste com os pés, e te alegraste de coração em toda a tua maldade contra a terra de Israel,
Ezequiel 26:2 Filho do homem, visto como Tiro disse no tocante a Jerusalém: Ah! Ah! Está quebrada a porta dos povos; virou-se para mim; eu me encherei, agora que ela está assolada,
Ezequiel 35:15 Como te alegraste com a herança da casa de Israel, porque foi assolada, assim te farei a ti; assolado serás, ó monte Seir, e todo o Edom, sim, todo; e saberão que eu sou o Senhor.
Ezequiel 36:3 portanto, profetiza e dize: Assim diz o Senhor Jeová: Visto que vos assolaram e devoraram em redor, para que ficásseis feitos herança do resto das nações, e andais em lábios paroleiros e na infâmia do povo,
Miquéias 7:8 Ó inimiga minha, não te alegres a meu respeito; ainda que eu tenha caído, levantar-me-ei; se morar nas trevas, o Senhor será a minha luz.
Mateus 20:22 Jesus, porém, respondendo, disse: Não sabeis o que pedis; podeis vós beber o cálice que eu hei de beber e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado? Dizem-lhe eles: Podemos.
Apocalipse 16:19 E a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram; e da grande Babilônia se lembrou Deus para lhe dar o cálice do vinho da indignação da sua ira.
Apocalipse 18:6 Tornai-lhe a dar como ela vos tem dado e retribuí-lhe em dobro conforme as suas obras; no cálice em que vos deu de beber, dai-lhe a ela em dobro.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

ez 23:32
Sabedoria do Evangelho - Volume 6

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 28
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 20:20-28


20. Então veio a ele a mãe dos filhos de Zebedeu, com os filhos dela, prostrando-se e rogando algo.

21. Ele disse-lhe, pois: "Que queres"? Respondeu-lhe: "Dize que estes meus dois filhos se sentem um à tua direita e outro à tua esquerda em teu reino"

22. Retrucando, Jesus disse: "Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que estou para beber"? Disseram-lhe: "Podemos"! 23. Disse-lhes: "Sem dúvida bebereis o meu cálice; mas sentar à minha direita ou esquerda, não me compete concedê-lo, mas àquele para quem foi preparado por meu Pai".

24. E ouvindo os dez, indignaram-se contra os dois irmãos.

25. Chamando-os, porém, Jesus disse: "Sabeis que os governadores dos povos os tiranizam e os grandes os dominam.

26. Assim não será convosco; mas quem quiser dentre vós tornar-se grande, será vosso servidor,

27. e quem quiser dentre vós ser o primeiro, será vosso servo,

28. assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua alma como meio-de-libertação para muitos".

MC 10:35-45


35. E aproximaram-se dele Tiago e João os filhos de Zebedeu, dizendo-lhe: "Mestre, queremos que, se te pedirmos, nos faças".

36. Ele disse-lhes: "Que quereis que vos faça"?

37. Responderam-lhe eles: "Dá-nos que nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda na tua glória".

38. Mas Jesus disse-lhes: "Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que eu bebo, ou ser mergulhados no mergulho em que sou mergulhado"? 39. Eles retrucaram-lhe: "Podemos"! Então Jesus disse-lhes: "O cálice que eu bebo, bebereis, e sereis mergulhados no mergulho em que sou mergulhado,

40. mas o sentar à minha direita ou esquerda, não me cabe concedê-lo, mas a quem foi dado".

41. E ouvindo isso, os dez começaram a indignarse contra Tiago e João.

42. E chamando-os, disse-lhes Jesus: "Sabeis que os reconhecidos como governadores dos povos os tiranizam e seus grandes os dominam.

43. Não é assim, todavia, convosco: mas o que quiser tornar-se grande dentre vós, será vosso servidor,

44. e o que quiser dentre vós ser o primeiro, será servo de todos.

45. Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua alma como meio de libertação para muitos".



Lucas (Lucas 18:34) salientara que os discípulos "nada haviam entendido e as palavras de Jesus permaneciam ocultas para eles, que não tiveram a gnose do que lhes dizia". Mateus e Marcos trazem, logo depois, a prova concreta da verdade dessa assertiva.


Mateus apresenta o episódio como provocado pela mãe de Tiago e de João, com uma circunlocução típica oriental, que designa a mãe pelos filhos: "veio a mãe dos filhos de Zebedeu com os filhos dela", ao invés do estilo direto: "veio a esposa de Zebedeu com seus filhos". Trata-se de Salomé, como sabemos por Marcos (Marcos 15:40) confrontado com Mateus (Mateus 27:56). Lagrange apresenta num artigo (cfr. "L’Ami du Clergé" de 1931, pág. 844) a hipótese de ser Salomé irmã de Maria mãe de Jesus, portanto sua tia.


Sendo seus primos, o sangue lhe dava o direito de primazia. Em nossa hipótese (vol. 3), demos Salomé como filha de Joana de Cuza, esta sim, irmã de Maria. Então Salomé seria sobrinha de Maria e prima em 1. º grau de Jesus (sua "irmã"), sendo Tiago e João "sobrinhos de Jesus", como filhos de sua "irmã"

Salomé. Então, sendo seus sobrinhos, a razão da consanguinidade continuava valendo. Além disso, Salomé como sua irmã, tinha essa liberdade, e se achava no direito de pedir, pois dera a Jesus seus dois filhos e ainda subvencionava com seu dinheiro as necessidades de Jesus e do Colégio apostólico (cfr. LC 8:3 e MC 15:41).


Como na resposta Jesus se dirige frontalmente aos dois, Marcos suprimiu a intervenção materna: realmente eles estavam de pleno acordo com o pedido, tanto que, a seu lado, aguardavam ansiosos a palavra de Jesus. A interferência materna foi apenas o "pistolão" para algo que eles esperavam obter.


Como pescadores eram humildes; mas elevados à categoria de discípulos e emissários da Boa-Nova, acende-se neles o fogo da ambição, que era justa, segundo eles, pois gozavam da maior intimidade de Jesus, que sempre os distinguia, destacando-os, juntamente com Pedro, dos demais companheiros, nos momentos mais solenes (cfr. Mat, 9:1; 17:1; MC 1:29; MC 5:37; MC 9:12; MC 14:33; LC 8:51). Tinham sido, também, açulados pela promessa de se sentarem todos nos doze "tronos", julgando Israel (MT 19:28), então queriam, como todo ser humano, ocupar os primeiros lugares (MT 23:6 e LC 14:8-10).


A cena é descrita com pormenores. Embora parente de Jesus, Salomé lhe reconhece o valor intrínseco e a grandeza, e prostra-se a Seus pés, permanecendo silenciosa e aguardando que o Mestre lhe dirija a palavra em primeiro lugar: "que queres"?


Em Marcos a resposta é dos dois: "Queremos" (thélomen) o que exprime um pedido categórico, não havendo qualquer dúvida nem hesitação quanto à obtenção daquilo que se pede: não é admitida sequer a hipótese de recusa : "queremos"!


Jesus não os condena, não os expulsa da Escola, não os apresenta à execração pública, não os excomunga; estabelece um diálogo amigável, em que lhes mostra o absurdo espiritual do pedido, valendose do episódio para mais uma lição. Delicadamente, porém, é taxativo na recusa. Sabe dizer um NÃO sem magoar, dando as razões da negativa, explicando o porquê é obrigado a não atender ao pedido: não depende dele. Mas não titubeia nem engana nem deixa no ar uma esperança inane.


Pelas expressões de Jesus, sente-se nas entrelinhas a tristeza de quem percebe não estar sendo entendido: "não sabeis o que pedis" Essa resposta lembra muito aquela frase proferida mais tarde, em outras circunstâncias: "Não sabem o que fazem"! (LC 23:34).


Indaga então diretamente: "podeis beber o cálice que estou para beber ou ser mergulhado no mergulho em que sou mergulhado"? A resposta demonstra toda a presunção dos que não sabem, toda a pretensão dos que que ignoram: "podemos"!


Jesus deve ter sorrido complacente diante dessa mescla de amor e de ambição, de disposição ao sacrif ício como meio de conquistar uma posição de relevo! Bem iguais a nós, esses privilegiados que seguiram Jesus: entusiasmo puro, apesar de nossa incapacidade!


Cálice (em grego potêrion, em hebraico kôs pode exprimir. no Antigo Testamento, por vezes, a alegria (cfr. SL 23:5; SL 116:13; Lament 4:21); mas quase sempre é figura de sofrimento (cfr. SL 75:8; 1s.


51:17,22; EZ 23:31-33).


Baptízein é um verbo que precisa ser bem estudado; as traduções correntes insistem em transliterar a palavra grega, falando em batismo e batizar, que assume novo significado pela evolução semântica, no decorrer dos séculos por influência dos ritos eclesiásticos e da linguagem litúrgica. Batismo tomou um sentido todo especial, atribuído ao Novo Testamento, apesar de ignorado em toda a literatura anterior e contemporânea dos apóstolos. Temos que interpretar o texto segundo a semântica da época, e não pelo sentido que a palavra veio a assumir séculos depois, por influências externas.


Estudemos o vocábulo no mais autorizado e recente dicionário ("A Greek English Lexicon", de Liddell

& Scott, revised by Henry Stuart Jones, Londres, 1966), in verbo (resumindo): "Baptizô, mergulhar, imergir: xíphos eis sphagên, "espada mergulhada na garganta" (Josefo Rell. Jud.


2. 18. 4): snáthion eis tò émbryon "espátula no recém-nascido" Soranus, médico do 2. º séc. A. C. 2. 63); na voz passiva: referindo-se à trepanação Galeno, 10, 447. Ainda: báptison seautòn eis thálassau e báptison Dionyson pros tên thálassan, "mergulhado no mar" (Plutarco 2. 166 a e 914 d); na voz passiva com o sentido de "ser afogado", Epicteto, Gnomologium 47. Baptízô tinà hypnôi, "mergulho algu ém no sono" (Anthologia Graeca, Evenus elegíaco do 5. º séc. A. C.) e hynnôi bebantisméns "mergulhado no sono letárgico" (Archígenes, 2. º séc., apud Aécio 63); baptízô eis anaisthesían kaì hypnon," mergulhado na anestesia e no sono " (Josefo, Ant. JD 10, 9, 4); psychê bebaptisménê lypêi" alma mergulhada na angústia" (Libânio sofista, 4. º séc. A. D., Orationes, 64,115)".


Paulo (Rom, 6:3-4) fala de outra espécie de batismo: "porventura ignorais que todos os que fomos mergulhados em Cristo Jesus, fomos mergulhados em sua morte? Fomos sepultados com ele na morte pelo mergulho, para que, como Cristo despertou dentre os mortos pela substância do Pai, assim nós andemos em vida nova".


Até agora tem sido interpretado este trecho como referente aos sofrimentos físicos de Tiago, decapitado em Jerusalém por Herodes Agripa no ano 44 (cfr. AT 12:2) e de João, que morreu de morte natural, segundo a tradição, mas foi mergulhado numa caldeira de óleo fervente diante da Porta Latina (Tertuliano, De Praescriptione, 36 Patrol. Lat. vol. 2, col, 49) e foi exilado na ilha de Patmos (Jerônimo, Patrol. Lat. vol. 26, col. 143).


As discussões maiores, todavia, se prendem à continuação. Pois Jesus confirma que eles beberão seu cálice e mergulharão no mesmo mergulho, mas NÃO CABE a Ele conceder o lugar à sua direita ou esquerda! Só o Pai! Como? Sendo Jesus DEUS, segundo o credo romano, sendo UM com o Pai, NÃO PODE resolver? Só o Pai; E Ele NÃO SABE? Não tem o poder nem o conhecimento do que se passaria no futuro? Por que confirmaria mais uma vez aqui que o Pai era maior que Ele (JO 14:28)?


Como só o Pai conhecia "o último dia" (MT 24:36). Como só o Pai conhecia "os tempos e os momentos" (AT 1:7). Como resolver essa dificuldade? Como uma "Pessoa" da Trindade poderá não ter conhecimento das coisas? Não são três "pessoas" mas UM SÓ DEUS?


Os comentadores discutem, porque estão certos de que o "lugar à direita e à esquerda" se situa NO CÉU. Knabenbauer escreve: neque Messias in terra versans primas in caelo sedes nunc petentibus quibusque assignare potest, ac si vellet Patris aeterni decretum mutare vel abrogare (Cursus Sacrae Scripturae, Paris, 1894, pág. 281), ou seja: "nem o Messias, estando na Terra, pode dar os primeiros lugares no Céu aos que agora pedem, como se pretendesse mudar ou ab-rogar o decreto do Pai eterno".


Outros seguem a mesma opinião, como Loisy, "Les Évangiles Synoptiques", 1908, tomo 2, página 238; Huby, "Êvangile selon Saint Marc", 1924, pág. 241; Lagrange, "L’Évangile selon Saint Marc", 1929,pág. 280, etc. etc.


Os séculos correram sobre as discussões infindáveis, sem que uma solução tivesse sido dada, até que no dia 5 de junho de 1918, após tão longa perplexidade, o "Santo Ofício" deu uma solução ao caso.


Disse que se tratava do que passaria a chamar-se, por uma "convenção teológica", uma APROPRIAÇÃO, ou seja: "além das operações estritamente trinitárias, todas as obras denominadas ad extra (isto é, "fora de Deus") são comuns às pessoas da Santíssima Trindade; mas a expressão corrente - fiel à iniciativa de Jesus - reserva e apropria a cada uma delas os atos exteriores que tem mais afinidade com suas relações hipostáticas".


Em outras palavras: embora a Trindade seja UM SÓ DEUS, no entanto, ao agir "para fora", ao Pai competem certos atos, outros ao Filho, e outros ao Espírito Santo. Não sabemos, todavia, como será possível a Deus agir "para fora", se Sua infinitude ocupa todo o infinito e mais além!


Os dois irmãos, portanto, pretendem apropriar-se dos dois primeiros lugares, sem pensar em André, que foi o primeiro chamado, nem em Pedro, que recebeu diante de todos as "chaves do reino". Como verificamos, a terrível ambição encontrou terreno propício e tentou levar à ruína a união dos membros do colégio apostólico, e isso ainda na presença física de Jesus! Que não haveria depois da ausência Dele?


Swete anota que os dez se indignaram, mas "pelas costas" dos dois, e não diante deles; e isto porque foi empregada pelo narrador a preposição perí, e não katá, que exprimiria a discussão face a face.


Há aqui outra variante. Nas traduções vulgares diz-se: "não me pertence concedê-lo, mas será dado àqueles para quem está destinado por meu Pai". No entanto, o verbo hetoimózô significa mais rigorosamente" preparar ". Ora, aí encontramos hétoímastai, perfeito passivo, 3. ª pessoa singular; portanto," foi preparado".


Jesus entra com a sublime lição da humildade e do serviço, que, infelizmente, ainda não aprendemos depois de dois mil anos: é a vitória através do serviço prestado aos semelhantes. O exemplo vivo e palpitante é o próprio caso Dele: "Vim" (êlthen) indica missão especial da encarnação (cfr. MC 1:38 e 2:17; e IS 52:13 a 53:12). E essa vinda especial foi para SERVIR (diakonêsai), e não para ser servido (diakonêthênai), fato que foi exaustivamente vivido pelo Mestre diante de Seus discípulos e em relação a eles.


O serviço é para libertação (lytron). Cabe-nos estudar o significado desse vocábulo. "Lytron" é, literalmente" meio-de-libertação", a que também se denomina "resgate". O resgate era a soma de dinheiro dada ao templo, ao juiz ou ao "senhor" para, com ela, libertar o escravo. O termo é empregado vinte vezes na Septuaginta (cfr. Hatche and Redpath, "Concordance to the Septuagint", in verbo) e corresponde a quatro palavras do texto hebraico massorético: a kôfer, seis vezes; a pidion e outros derivados de pâdâh, sete vezes; a ga"al ou ge"ullah, cinco vezes, e a mehhir, uma vez; exprime sempre a compensa ção, em dinheiro, para resgatar um homicídio ou uma ofensa grave, ou o preço pago por um objeto, ou o resgate de um escravo para comprar-lhe a liberdade. E a vigésima vez aparece em Números (Números 3:12) quando o termo lytron exprime a libertação por substituição: os levitas podiam servir de lytron, substituindo os primogênitos de Israel no serviço do Templo.

Temos, portanto, aí, a única vez em que lytron não é dinheiro, mas uma pessoa humana, que substitui outra, para libertá-la de uma obrigação imposta pela lei.


Em vista disso, a igreja romana interpretou a crucificação de Jesus como um resgate de sangue dado por Deus ao Diabo (!?), afim de comprar a liberdade dos homens! Confessemos que deve tratar-se de um deus mesquinho, pequenino, inferior ao "diabo", e de tal modo sujeito a seus caprichos, que foi constrangido a entregar seu próprio filho à morte para, com o derramamento de seu sangue, satisfazerlhe os instintos sanguinários; e o diabo então, ébrio de sangue, abriu a mão e permitiu (!) que Deus pudesse carregar para seu céu algumas das almas que lhe estavam sujeitas... Como foi possível que tantas pessoas inteligentes aceitassem uma teoria tão absurda durante tantos séculos? ... Isso poderia ocorrer com espíritos inferiores em relação a homens encarnados, como ainda hoje vemos em certos" terreiros" de criaturas fanatizadas, e como lemos também em Eusébio (Patrol. Graeca, vol. 21, col. 85) que transcreve uma notícia de Philon de Byblos, segundo o qual os reis fenícios, em caso de calamidade, sacrificavam seus filhos mais queridos para aplacar seu "deus", algum "exu" atrasadíssimo.


Monsenhor Pirot (o. c. vol. 9, pág. 530) diz textualmente: "entregando-se aos sofrimentos e à morte, é que Jesus pagará o resgate de nossa pobre humanidade, e assim a livrará do pecado que a havia escravizado ao demônio"!


Uma palavra ainda a respeito de polloí que, literalmente, significa "’muitos". Pergunta-se: por que resgate" de muitos" e não "de todos"? Alguns aduzem que, em vários pontos do Novo Testamento, o termo grego polloí corresponde ao hebraico rabbim, isto é, "todos" (em grego pántes), como em MT 20:28 e MT 26:28; em MC 14:24; em RM 5:12-19 e em IS 53:11-12).


Sabemos que (MT 1:21) foi dado ao menino o nome de Jesus, que significa "Salvador" porque libertar á "seu povo de seus erros"; e Ele próprio dirá que traz a libertação para os homens (LC 4:18).


Esta lição abrange vários tópicos:

  • a) o exemplo a ser evitado, de aspirar, nem mesmo interior e subconscientemente, aos primeiros postos;

  • b) a necessidade das provas pelas quais devem passar os candidatos à iniciação: "beber o cálice" e "ser mergulhados";

  • c) a decisão, em última instância, cabe ao Pai, que é superior a Jesus (o qual, portanto, não é Deus no sentido absoluto, como pretendem os católicos romanos, ortodoxos e reformados);

  • d) a diferença, mais uma vez sublinhada, entre personagem e individualidade, sendo que esta só evolui através da LEI DO SERVIÇO (5. º plano).


Vejamo-lo em ordem.


I - É próprio da personagem, com seu "eu" vaidoso e ambicioso, querer projetar-se acima dos outros, em emulação de orgulho e egoísmo. São estes os quatro vícios mais difíceis de desarraigar da personagem (cfr. Emmanuel, "Pensamento e Vida", cap. 24), e todos os quatro são produtos do intelecto separatista e antagonista da individualidade.


O pedido de Tiago (Jacó) e de João, utilizando-se do "pistolão" de sua mãe, é típico, e reflete o que se passa com todas as criaturas ainda hoje. Neste ponto, as seitas cristãs que se desligaram recentemente do catolicismo (reformados e espiritistas) fornecem exemplos frisantes.


Entre os primeiros, basta que alguém julgue descobrir nova interpretação de uma palavra da Bíblia, para criar mais uma ramificação, em que ele EVIDENTEMENTE será o primeiro, o "chefe".


O mesmo se dá entre os espiritistas. Pululam "centros" e "tendas" que nascem por impulso vaidoso de elementos que se desligam das sociedades a que pertenciam para fundar o SEU centro ou a SUA tenda: ou foram preteridos dos "primeiros lugares à direita e à esquerda" do ex-chefe; ou se julgam mais capazes de realização que aquele chefe que, segundo eles, não é dinâmico; ou discordam de alguma interpretação da doutrina; ou querem colocar em evidência o SEU "guia", que acham não estar sendo bastante "prestigiado" (quando não é o próprio "guia" (!) que quer aparecer mais, e incita o seu" aparelho" a fundar outro centro PARA Ele!); ou a criatura quer simplesmente colocar-se numa posição de destaque de que não desfrutava (embora jamais confesse essa razão); ou qualquer outro motivo, geralmente fútil e produto da vaidade, do orgulho, do egoísmo e da ambição. Competência? Cultura?


Adiantamento espiritual? Ora, o essencial é conquistar a posição de "chefe"! Há ainda muitos Tiagos e Joões, e também muitas Salomés, que buscam para seus filhos ou companheiros os primeiros lugares, e tanto os atenazam com suas palavras e reclamações, que acabam vencendo. Que se abram os olhos e se examinem as consciências, e os exemplos aparecerão por si mesmos.


Tudo isso é provocado pela ânsia do "eu" personalístico, de destacar-se da multidão anônima; daí as" diretorias" dos centros e associações serem constituídas de uma porção de NOMES, só para satisfazer à vaidade de seus portadores, embora estes nada façam e até, por vezes, atrapalhem os que fazem.


O Antissistema é essencialmente separatista e divisionista, e por isso o dizemos " satânico" (opositor).


II - As "provas" são indispensáveis para que as criaturas sejam aprovadas nos exames. E por isso Jesus salienta a ignorância revelada pelo pedido de quem queria os primeiros postos, sem ter ainda superado a" dificuldades do caminho: "não sabeis o que pedis"!


O cálice que deve beber o candidato é amargo: são as dores físicas, os sofrimentos morais, as angústias provocadas pela aniquilação da personalidade e pela destruição total do "eu" pequeno, que precisa morrer para que a individualidade cresça (cfr. JO 3:30); são as calúnias dos adversários e: , sobretudo, dos companheiros de ideal que o abandonam, com as desculpas mais absurdas, acusandoo de culpas inexistentes, embora possam "parecer" verdadeiras: mas sempre falando pelas costas, sem dar oportunidade ao acusado de defender-se: são os martírios que vêm rijos: as prisões materiais (raramente) mas sobretudo as morais: por laços familiares; as torturas físicas (raras, hoje), mas principalmente as do próprio homem, criadas pelo "eu" personalístico, que o incita a largar tudo e a trocar os sacrifícios por uma vida fácil e tranquila, que lhe é tão simples de obter...


Mas, além disso, há outra prova: o MERGULHO na "morte".


Conforme depreendemos do sentido de baptízô que estudamos, pode o vocábulo significar: mergulhar ou imergir na água; mergulhar uma espada no corpo de alguém; mergulhar uma faca para operar cirurgicamente; mergulhar alguém no sono letárgico, ou mergulhar na morte.


Podemos, pois, interpretar o mergulho a que Jesus se refere como sendo: o mergulho no "coração" para o encontro com o Cristo interno; o mergulho que Ele deu na atmosfera terrena, provindo de mundos muito superiores ao nosso; o mergulho no sono letárgico da "morte", para superação do quinto grau iniciático, do qual deveria regressar à vida, tal como ocorrera havia pouco com Lázaro; ou outro, que talvez ainda desconheçamos. Parece-nos que a referência se fez à iniciação.


Estariam os dois capacitados a realizar esse mergulho e voltar à vida, sem deixar que durante ele se rompesse o "cordão prateado"? Afoitamente responderam eles: "podemos"! Confiavam nas próprias forças. Mas era questão de tempo para preparar-se. João teve tempo, Tiago não... Com efeito, apenas doze anos depois dessa conversa, (em 42 A. D.) Tiago foi decapitado, não conseguindo, pois, evitar o rompimento do "umbigo fluídico". Mas João o conseguiu bem mais tarde, quando pode sair com vida (e Eusébio diz "rejuvenescido") da caldeira de óleo fervente, onde foi literalmente mergulhado.


A esse mergulho, então, parece-nos ter-se referido Jesus: mergulho na morte com regresso à vida, após o "sono letárgico" mais ou menos prolongado, que Ele realizaria pouco mais tarde.


Esse mergulho é essencial para dar ao iniciado o domínio sobre a morte (cfr. "a morte não dominará mais além dele", RM 6:9; "por último, porém, será destruída a morte", 1CO 15:26; "a morte foi absorvida pela vitória; onde está, ó morte, tua vitória? onde está, ó morte, teu estímulo"?, 1CO

15:54-55; "Feliz e santo é o que tem parte na primeira ressurreição: sobre estes a segunda morte não tem poder, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com Ele durante os mil anos": AP 20:6). De fato, a superação do quinto grau faz a criatura passar ao sexto, que é o sacerdócio (cfr. vol. 4).


Modernamente o sacerdócio é conferido por imposição das mãos, com rituais específicos, após longa preparação. No catolicismo, ainda hoje, percebemos muitos resquícios das iniciações antigas, como podemos verificar (e o experimentamos pessoalmente). Em outras organizações que "se" denominam" ordens iniciáticas", o sacerdócio é apenas um título pro forma, simples paródia para lisonjear a vaidade daqueles de quem os "Chefes" querem, em retribuição, receber também adulações, para se construírem fictício prestígio perante si mesmos.


O sacerdócio REAL só pode ser conferido após o mergulho REAL, efetivo e consciente, plenamente vitorioso, no reino da morte. Transe doloroso e arriscado para quem não esteja à altura: "podeis ser mergulhados no mergulho em que sou mergulhado"?


A morte, realizada em seu simulacro, no sono cataléptico era rito insubstituível no Egito, onde se utilizava, por exemplo, a Câmara do Rei, na" pirâmide de Quéops, para o que lá havia (e ainda hoje lá está), o sarcófago vazio, onde se deitavam os candidatos. Modernamente, Paul Brunton narra ter vivido pessoalmente essa experiência (in "Egito Secreto"). Também na Grécia os candidatos passavam por essa prova, sob a proteção de Hades e Proserpina, nos mistérios dionisíacos; assim era realizado em Roma (cfr. Vergílio, Eneida, canto VI e Plotino, Enéadas, sobretudo o canto V); assim se, fazia em todas as escolas antigas, como também, vimo-lo, ocorreu com Lázaro.


Superada essa morte, o vencedor recebia seu novo nome, o hierónymos (ou seja, hierós, "sagrado";


ónymos, "nome"), donde vem o nome "Jerônimo"; esse passava a ser seu nome sacerdotal, o qual, de modo geral, exprimia sua especialidade espiritual, intelectual ou artística; costume que ainda se conserva na igreja romana, sobretudo nas Ordens Monásticas (cfr. vol. 5, nota) (1). O catolicismo prepara para o sacerdócio com cerimônias que lembram e "imitam" a morte, da qual surge o candidato, após a "ordenação", como "homem novo" e muitas vezes com nome diferente.


(1) Veja-se, também, a esse respeito: Ephemerides Archeologicae, 1883, pág. 79; C. I. A., III, 900; Luciano, Lexiphanes, 10; Eunapio, In Maximo, pág. 52; Plutarco, De Sera Numinis Vindicta, 22.


III - Já vimos que Jesus, cônscio de Sua realidade, sempre se colocou em posição subalterna e submissa ao Pai, embora se afirmasse "unido a Ele e UNO com Ele" (JO 10:30, JO 10:38; 14:10, 11, 13;


16:15, etc. etc.) .


Vejamos rapidamente alguns trechos: "esta é a vontade do Pai que me enviou" (JO 6:40), logo vontade superior à Sua, e autoridade superior, pois só o superior pode "enviar" alguém; "falo como o Pai me ensinou" (JO 8:28), portanto, o inferior aprende com o superior, com quem sabe mais que ele; "o Pai me santificou" (JO 10. 36), o mais santo santifica o menos santo; "O Pai que me enviou, me ordenou" (JO 12:49), só um inferior recebe ordens e delegações do superior; "falo como o Pai me disse" (JO 12:50), aprendizado de quem sabe menos com quem sabe mais; "o Pai, em mim, faz ele mesmo as obras" (JO 14:11), logo, a própria força de Jesus provém do Pai, e reconhecidamente não é sua pessoal; "o Pai é maior que eu" (JO 14:28), sem necessidade de esclarecimentos; "como o Pai me ordenou, assim faço" (JO 14:31); "não beberei o cálice que o Pai me deu"? (JO 18:11), qual o inferior que pode dar um sofrimento a um superior? "como o Pai me enviou, assim vos envio" (JO 20:21); e mais: "Quem me julga é meu Pai" (JO 8:54); "meu Pai, que me deu, é maior que tudo" (JO 10:29); "eu sou a videira, meu Pai é o viticultor" (JO 15:1), portanto, o agricultor é superior à planta da qual cuida; "Pai, agradeço-te porque me ouviste" (JO 11:41), jamais um superior ora a um inferior, e se este cumpre uma "ordem" não precisa agradecer-lhe; "Pai, salva-me desta hora" (JO 12:27), um menor não tem autoridade para "salvar" um maior: sempre recorremos a quem está acima de nós; e mais: "Pai, afasta de mim este cálice" (MC 14:36); "Pai, se queres, afasta de mim este cálice" (LC 22:42); "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem" (LC 23:34), e porque, se fora Deus, não diria: "perdoo-lhes eu"? e o último ato de confiança e de entrega total: "Pai, em tuas mãos entrego meu espírito" (LC 23:46), etc.


Por tudo isso, vemos que Jesus sempre colocou o Pai acima Dele: "faça-se a tua vontade, e não a minha" (MT 26:42, LC 22:42). Logo, não se acredita nem quer fazer crer que seja o Deus Absoluto, como pretendeu torná-Lo o Concílio de Nicéia (ano 325), contra os "arianos", que eram, na realidade, os verdadeiros cristãos, e dos quais foram assassinados, em uma semana, só em Roma, mais de 30. 000, na perseguição que contra eles se levantou por parte dos "cristãos" romanos, que passaram a denominar-se "católicos".


Natural que, não sendo a autoridade suprema, nem devendo ocorrer as coisas com a simplicidade suposta pelos discípulos, no restrito cenário palestinense, não podia Jesus garantir coisa alguma quanto ao futuro. Daí não poder NINGUÉM garantir "lugares determinados" no fabuloso "céu", como pretenderam os papas católicos ao vender esses lugares a peso de ouro (o que provocou o protesto veemente de Lutero); nem mesmo ter autoridade para afirmar que A ou B são "santos" no "céu", como ainda hoje pretendem com as "canonizações". Julgam-se eles superiores ao próprio Jesus, que humilde e taxativamente asseverou: "não me compete, mas somente ao Pai"! A pretensão vaidosa dos homens não tem limites! ...


IV - A diferença entre a personagem dominadora e tirânica, representada pelo exemplo dos "governadores de povos" e dos "grandes", e a humildade serviçal da individualidade" é mais uma vez salientada.


Aqueles que seguem o Cristo, têm como essencial SERVIR ATRAVÉS DO AMOR e AMAR ATRAVÉS

DO SERVIÇO.


Essa é a realidade profunda que precisa encarnar em nós. Sem isso, nenhuma evolução é possível.


O próprio Jesus desceu à Terra para servir por amor. E esse amor foi levado aos extremos imagináveis, pois além do serviço que prestou à humanidade, "deu sua alma para libertação de muitos".


Esta é uma das lições mais sublimes que recebemos do Mestre.


Quem não liquidou seu personalismo e passou a "servir", em lugar de "ser servido", está fora da Senda.


DAR SUA ALMA, que as edições vulgares traduzem como "dar sua vida", tem sentido especial. O fato de "dar sua vida" (deixar que matem o corpo físico) é muito comum, é corriqueiro, e não apresenta nenhum significado especial, desde o soldado que "dá sua vida" para defender, muitas vezes, a ambição de seus chefes, até a mãe que "dá sua vida" para colocar mundo mais um filho de Deus; desde o fanático que "dá sua vida" para favorecer a um grupo revolucionário, até o cientista que também "dá sua vida" em benefício do progresso da humanidade; desde o mantenedor da ordem pública que "dá sua vida" para defender os cidadãos dos malfeitores, até o nadador, que "dá sua vida" para salvar um quase náufrago; muitas centenas de pessoas, a cada mês, dão suas vidas pelos mais diversos motivos, reais ou imaginários, bons ou maus, filantrópicos ou egoístas, materiais ou espirituais.


Ora, Jesus não deu apenas sua vida, o que seria pouca coisa, pois com o renascimento pode obter-se outro corpo, até bem melhor que o anterior que foi sacrificado.


Jesus deu SUA ALMA, Sua psychê, toda a Sua sensibilidade amorosa, num sacrifício inaudito, trazendoa de planos elevados, onde só encontrava a felicidade, para "mergulhar" na matéria grosseira de um planeta denso e atrasado, imergindo num oceano revolto de paixões agudas e descontroladas, tendo que manter-se ligado aos planos superiores para não sucumbir aos ataques mortíferos que contra Ele eram assacados. Sua aflição pode comparar-se, embora não dê ainda ideia perfeita, a um mergulhador que descesse até águas profundas do oceano, suportando a pressão incomensurável de muitas toneladas em cada centímetro quadrado do corpo. Pressão tão grande que sufoca, peso tão esmagador que oprime. Nem sempre o físico resiste. E quando essa pressão provém do plano astral, atingindo diretamente a psychê, a angústia é muito mais asfixiante, e só um ser excepcional poderá suportá-la sem fraquejar.


Jesus deu Sua psychê para libertação de muitos. Realmente, muitos aproveitaram o caminho que ele abriu. Todos, não. Quantos se extraviaram e se extraviam pelas estradas largas das ilusões, pelos campos abertos do prazer, aventurando-se no oceano amplo de mâyâ, sem sequer desconfiar que estão passeando às tontas, sem direção segura, e que não alcançarão a pleta neste eon; e quantos, também, despencam ladeira abaixo, aos trambolhões, arrastados pelas paixões que os enceguecem, pelos vícios que os ensurdecem, pela indiferença que os paralisa; e vão de roldão estatelar-se no fundo do abismo, devendo aguardar outras oportunidades: nesta, perderam a partida e não conseguiram a liberdade gloriosa dos Filhos de Deus.


Muitos, entretanto, já se libertaram. São os que se esquecem de si mesmos, os que deixam de existir e se transformam em pão, para alimentar a fome da humanidade: a fome física, a fome intelectual, a fome espiritual; e transubstanciam seu sangue em vinho de sabedoria, em vinho de santidade, em vinho de amor, para inebriar as criaturas com o misticismo puro da plenitude crística, pois apresentam a todos, como Mestre, apenas o Cristo de Deus, e desaparecem do cenário: sua personalidade morre, para surgir o Cristo em seu lugar; seu intelecto cala, para erguer-se a voz diáfana do Cristo; suas emoções apagam-se, para que só brilhe o amor do Cristo. E através deles, os homens comem o Pão Vivo descido do céu, que é o Cristo, e bebem o sangue da Nova Aliança, que é o Cristo, e retemperam suas energias e se alçam às culminâncias da perfeição, porque mergulham nas profundezas da humildade e do amor.


Essa é a libertação, que teve como lytron ("meio-de-libertação") a sublime psychê de Jesus. Para isso, Ele deu Sua psychê puríssima e santa; entregando-a à humanidade que O não entendeu... e quis assassiná-Lo, porque Ele falava uma linguagem incompreensível de liberdade, a linguagem da liberdade, a linguagem da paz, a linguagem da sabedoria e do amor.


Deu sua psychê generosa e amoravelmente, para ajudar a libertar os que eram DELE: células de Seu prístino corpo, que Lhe foram dadas pelo Pai, ao Qual Ele pediu que, onde Ele estivesse, estivessem também aqueles que Lhe foram doados (JO 17:24), para que o Todo se completasse, a cabeça e os membros (cfr. 1CO 12:27). A esse respeito já escrevemos (cfr. vol. 1 e vol. 5).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Ezequiel Capítulo 23 do versículo 1 até o 49
4. Os Pecados de Duas Irmãs (Ez 23:1-49)

Essas profecias, datadas em 590 a.C. (cf. 20.1), são concluídas pela descrição dos pecados de Samaria (Reino do Norte) e Jerusalém (representando toda o povo de Judá). As duas regiões são descritas como duas irmãs: Oolá e Oolibá (4).8 Esse capítulo narra as inclinações e alianças que elas tinham com nações tais como o Egito, a Assíria e a Babilônia. Uma parte significativa da perversidade das alianças era a tendência de Isra-el de aceitar a adoração pagã dos seus aliados.

Essa profecia descreve a aliança em termos de prostituição carnal que não seria apropriada para a leitura pública. Parece que houve um esforço da parte de Ezequiel para descrever o pecado de Israel em uma linguagem tão repugnante quanto possível. Ele talvez tenha tentado criar uma repugnância contra esses pecados.

Os versículos 9:10 claramente se referem à queda de Samaria em 722 a.C. Os versículos 11:21 se referem à aliança de Judá com a Babilônia (II Reis 20:12-21; 24.1). Judá (Oolibá) é avisada que os filhos da Babilônia e seus mercenários arameus (todos os caldeus de Pecode, e de Soa, e de Coa), junto com os associados assírios (23), vão executar o julgamento de Deus contra ela (24-26).

O versículo 27 foi literalmente cumprido. É um fato da história que, depois do exílio na Babilônia, Israel nunca mais caiu no pecado da idolatria. O copo de espanto (33) é "um copo de horror" (RSV). Acerca desse copo o versículo 34 diz:

Você o beberá,

engolindo até a última gota;

Depois o despedaçará e mutilará os próprios seios. Eu o disse (NVI).

Há muitas lições importantes aqui. Não podemos esquecer que o pecado tende a transformar-se em uma bola de neve. As impudicícias (prostituição) aumentaram (14) e se multiplicaram (19).

Uma outra lição acerca do pecado contida aqui é que os aliados se indispuseram uns contra os outros. Deus diz a Oolibá: Eis que eu suscitarei contra ti os teus amantes, dos quais se tinha apartado a tua alma (22). Deus também fala dos amantes dela como aqueles que aborreces (28).

Ainda um outro aspecto é que o pecado simplesmente não compensa. Mesmo aque-les com quem Judá pecou a tratarão com ódio (29), e a deixarão nua e despida, e contarão aos outros os pecados que ela cometeu. As duas irmãs servirão de riso e escár-nio (32). Nos versículos 38:40, Deus mostra até onde alguém pode decair quando a reli-gião é divorciada da retidão. Esses homens violavam quase todos os mandamentos de Deus e então vinham ao meu santuário no mesmo dia (39) para adorar.

Mais cedo ou mais tarde ficará claro o descontentamento do Deus santo e que Ele visitará com julgamento aqueles que não se arrependerem (46-49). Deus está dizendo por meio de Ezequiel que Ele usará o parceiro de pecado de Israel, a Babilônia, para atacar sua cidade e suas cidadelas com fogo e fúria, de uma forma como o mundo jamais tinha visto.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Ezequiel Capítulo 23 versículo 32
Conforme Sl 75:8; Jr 25:15-29; Hc 2:16.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Ezequiel Capítulo 23 do versículo 1 até o 49
*

23.1-49

Ezequiel propôs aqui outra alegoria. As duas irmãs representam uma história de duas cidades: "Oolá" é Samaria, capital do reino do norte, Israel; e "Oolibá" é Jerusalém, capital do reino do sul, Judá.

* 23:3

prostituíram-se. Embora Ezequiel enfatize que cada indivíduo será responsabilizado por seu próprio pecado (18.1-32, nota), ele também descreve a culpa acumulada e um castigo adiado. A acusação contra os dois reinos começa pela sua prostituição no Egito (16.26; 20:5-9).

* 23:4

foram minhas. As duas irmãs tinham um relacionamento de aliança com o Senhor.

* 23:5

seus amantes. O juramento de lealdade exclusiva de Israel diante do Senhor foi quebrado mediante alianças estrangeiras, bem como mediante a idolatria (vs. 5-10; 16.26, nota; conforme Os 8:9). A prostituição não garantiu a admiração ou o afeto dos amantes assírios — bem pelo contrário (vs. 9 e 10). Finalmente, a Assíria destruiu o reino do norte, Israel (2Rs 17:5,6).

* 23:14

Aumentou as suas impudicícias. Judá, por sua vez, entrou em aliança com os babilônios (2Rs 20:12-18; 23:29; Is 39:1). E também houve entendimentos com o Egito (23.19-21).

* 23:23

de Pecode, de Soa, de Coa. Provavelmente tribos aramaicas, a leste do rio Tigre.

* 23:29

nua e despida. Ver 16:35-41.

* 23.31-34

O cálice é uma metáfora comum na Bíblia. Em muitos casos, simboliza as bênçãos de Deus (Sl 16:5; 23:5; 116:13; 1Co 10:16). Mas também pode representar a ira de Deus (Sl 75:7,8; Is 51:17-20; Jr 25:15-29; 49:12; 51:7; Lm 4:21; Hc 2:16; Zc 12:2 e Ap 14:9-11). Esse cálice de ira foi mencionado por Jesus no jardim do Getsêmani (Mt 26:39,42), e aparece no relato de João sobre a morte de Jesus (Jo 18:11; 19.28-30).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Ezequiel Capítulo 23 do versículo 1 até o 49
23.1ss Ezequiel continua sua discussão quanto às razões do julgamento de Deus sobre a nação ao usar outra alegoria. Compara aos reino do norte e do sul com duas irmãs que se entregam à prostituição. Os cidadãos soberbos de Jerusalém se burlaram por muito tempo de sua irmã a cidade da Samaria, pensando que eram superiores. Entretanto, Deus chamou prostitutas a ambas as cidades, isto foi um tremendo impacto para o povo de Jerusalém que pensava que era reto. Assim como a linguagem figurada desta mensagem era estremecedor e desagradável para o povo, também são repugnantes nossos pecados para Deus.

23.4-6 Ahola (que significa "tabernáculo dela"), o reino do norte do Israel, seduziram-na os galhardos assírios a apartar-se de Deus, com suas formosas roupas e postos de poder. O povo cobiçava juventude, força, poder, riqueza e prazer, as mesmas qualidades que a gente de hoje pensa que lhe trarão felicidade. Mas os encantados assírios apartaram ao Israel de Deus.

23.11ss Aholiba (que significa "meu tabernáculo nela") agora mostra ser pior devido a que não aprendeu do julgamento de sua irmã, mas sim continuou cobiçando aos assírios e babilonios. portanto, seu julgamento foi também seguro. Da mesma maneira em que Aholiba foi privilegiada e o deveu ter sabido, assim nós somos privilegiados porque sabemos a respeito de Cristo. Precisamos estar bem seguros de que o seguimos ao.

23:12 "Se apaixonou pelos filhos dos assírios" possivelmente signifique que tratou excessivamente de agradar e talvez se refere ao Acaz quando pagou com dinheiro por amparo ao Tiglat-pileser III (2Rs 16:7-8).

23:16 Um convite a Esquenta (Babilônia) dá-lhe Ezequías aos enviados de Babilônia (2Rs 20:12ss; Isaías 38:39).

23:17 Ao princípio, Judá se aliou a Babilônia (Esquenta), mas logo trocou de opinião. Durante os reinados dos últimos dois reis do Judá, Joaquín e Sedequías, procurou a ajuda do Egito. A infidelidade do Judá (suas alianças com nações pagãs) custou-lhe o único amparo verdadeiro que alguma vez teve: Deus.

23:21 "Luxúria" é promiscuidade (veja-se também 23.27, 49), dar favores sexuais em lugar de ser fiel ao cônjuge ou a Deus. Não nos consideramos promíscuos espirituais, mas muitas vezes investimos mais tempo analisando o conselho das revistas, anúncios comerciais de televisão e os peritos não cristãos que o que fazemos em Deus e sua Palavra.

23.22-26 Este versículo prediz o último ataque sobre Jerusalém que destruiria a cidade e traria para Babilônia a terceira onda de cativos em 586 a.C. (2 Rseis 25; Jeremías 52). O primeiro ataque veio em 605 a.C. e o segundo em 597 a.C. Pecod, Soa e Coa foram aliados de Babilônia.

23:39 Os israelitas foram muito longe ao sacrificar a seus filhos aos ídolos e logo oferecer sacrifício ao Senhor no mesmo dia. Isto fez que a adoração se convertesse em uma brincadeira. Não podemos elogiar a Deus e pecar voluntariamente ao mesmo tempo. Isso seria como celebrar nosso aniversário de bodas e logo ir à cama com o vizinho.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Ezequiel Capítulo 23 do versículo 1 até o 49

3. A Parábola das Duas Irmãs (


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Ezequiel Capítulo 23 do versículo 1 até o 49
23.1 Este capítulo é uma das mais violentas acusações que já foi lançada contra uma nação. Qualquer busca de alianças internacionais com a Assíria, ou Egito, ou Babilônia (vv. 3, 5 e 15), nas quais os israelitas receberiam vantagens carnais em troca da aceitação da idolatria dessas nações pagãs, era adultério contra a fidelidade a Deus.
23.14 Pintados na parede. Tais pinturas seriam o substituto dos jornais internacionais, que não existiam: naquela época.

23.17 Enjoada. Tão acostumada à intriga internacional, à traição; e à rebelião era a nação judaica, que o próprio fato de contrair uma aliança lhe fez odiar os novos aliados.

23.20 A linguagem aqui é a mais brutal na Bíblia inteira: é necessário compreender que uma vida humana sem fé em Deus, sem fidelidade à Sua palavra, é mais horrenda perante Deus do que as mais terríveis brutalidades perante a sociedade humana.
23.23 Pecode... Soa... Coa. Eram cidades entre a Babilônia e o Elão, habitadas por caldeus, mas que não faziam parte da Caldéia.

23.25 O nariz e as orelhas. Os egípcias e os assírios puniam as mulheres adúlteras desta maneira bárbara. Note-se que a linguagem figurada do adultério está misturando com a linguagem política internacional, da qual este capítulo é uma descrição parabólica (v. 24 é uma descrição da invasão).

23.28 Deixaste. A referência imediata é rebelião do rei Zedequias contra os caldeus que, segundo v. 29 e 2Cr 36:10-14, não hesitaram em lhe aplicar uma punição à altura da traição.

23.32 O copo de tua irmã. Beber o copo é uma expressão bíblica que quer dizer "participar plenamente da sorte", Aqui significa sofrer o mesmo fim trágico que coube a Samaria (2Rs 17:3-12).

23.36 Oolá. Heb aholah, significa "tenda dela”. • N. Hom. A tenda é o tabernáculo erguido nos altos para adorar os ídolos e para praticar adultério, que fazia parte deste culto; que é "dela" própria, significando que, desde a separação das dez tribos 1srael deliberadamente escolhera sua própria religião (1Rs 12:25-11) que, aliás, logo se entregou ao paganismo de Tiro, 1Rs 16:29-11. Oolibá. Heb aholibah, significa "minha tenda está nela". É Jerusalém, a cidade onde o tabernáculo de Deus, seguindo as instruções dadas para a tenda no deserto, foi erguido em forma de um templo permanente, o lugar aonde os israelitas fluíram para dirigir suas súplicas à presença divina (1Rs 8:22-11). Há uma grande diferença entre a religião inventada pelo homem e a revelada pela presença do Senhor. Mas ai de quem, tendo aprendido a verdadeira religião, torna-se infiel (Hb 10:2829); ficará como Oolibá, tida como pior do que Oolá (16.52).

23.39 Os costumes pagãos de Canaã eram tão profundamente arraigados na mente dos hebreus os quais nem se reconheceram como infiéis a Deus, devido à observância das liturgias, tradições, costumes e crendices do ambiente em que viviam.
23.42 Bêbados. Até os ferozes habitantes do deserto, os beduínos, quiseram tomar parte na aliança política contra Nabucodonosor.

23.45 Culpa de sangue. Pecado passível de morte (Lv 20:10-17).

23.48 Todos as mulheres. As nações ao derredor, que haveriam de aprender uma lição de retidão, ao contemplar a punição sofrida pelos judeus. Já que os descendentes de Abraão se recusavam a ser uma bênção para as nações (Gn 12:2-3) por meio da pregação da Palavra de Deus e da sua vida exemplar, então sua punição era exemplo que redundava em bênçãos.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Ezequiel Capítulo 23 do versículo 1 até o 49

4) Duas irmãs infames (23:1-49)

O estilo desse capítulo é muito semelhante ao do cap. 16, mas há duas importantes diferenças de conteúdo: não somente Jerusalém, mas Samaria e Jerusalém são retratadas como as que violam os seus votos de casamento (cf. Jr 3:6-24); e o adultério nesse capítulo simboliza não somente a idolatria, mas também alianças estrangeiras (que na verdade incluíam o reconhecimento dos deuses das nações aliadas). Os seus nomes alegóricos Oolá e Oolibá (v. 4) são tradicionalmente interpretados como “Sua (dela) tenda” e “Minha tenda está nela”, mas não são assim vocalizados no TM. Pode parecer estranho que Oolá seja denominada a mais velha (conforme 16.46), visto que Samaria foi fundada por Onri entre 880 e 875 a.C. (lRs

16.24); mas tudo que se quer dizer é que o Reino do Norte é maior e mais poderoso do que o Reino do Sul (conforme 16.46).

a)    Um mau começo (23:1-4). Acerca da sua prostituição no Egito (v. 3), conforme 20.7,8.

b)    A infidelidade de Samaria (23:5-10). A aliança estrangeira que fez desmoronar o Reino do Norte foi aquela feita com a Assíria. Jeú pagou tributos a Salmaneser III em 841 a.C., considerando isso provavelmente uma garantia contra a agressão de Damasco, e Me-naém seguiu o seu exemplo ao pagar tributos a Tiglate-Pileser III um século mais tarde (2Rs 15:19). cavaleiros (v. 6), como algo diferente do uso de carros de batalha, eram uma novidade que impressionou o povo de Samaria, assim como mais tarde também impressionou os habitantes de Jerusalém (v. 12). Mas os assírios reduziram os territórios de Zebu-lom e Naftali a províncias do seu império em 732 a.C. (2Rs 15:29) e trataram o restante do Reino do Norte de forma semelhante nove anos mais tarde, depois de um cerco de três anos (2Rs 17:4-12).

c)    A infidelidade de Jerusalém (23:11-21). Jerusalém observou a depravação de Samaria e decidiu ser pior ainda. Ela também estabeleceu relações de tratado com a Assíria (v. 12), primeiro (assim parece) quando Acaz recrutou a ajuda de Tiglate-Pileser III contra a aliança siro-efraimita (2Rs 16:0,Is 7:20). Depois dos assírios, vieram os caldeus (v. 14). Os caldeus viviam no sul da Babilônia, no golfo Pérsico. Mero-daque-Baladã, que tentou envolver Ezequias numa aliança anti-Assíria (2Rs 20:12ss; Is 39:0). Jerusalém estabeleceu relações de tratado com a Babilônia quando Nabucodonosor II impôs tributos a Jeoaquim (2Rs 24:1); aí ela se entregou aos agrados do Egito (v. 19) e se rebelou contra a Babilônia (conforme 17.15ss).

d)    A condenação de Jerusalém é pronunciada (23:22-35). A violação do tratado por parte de Jerusalém vai ser vingada pelos seus amantes (v. 22), i.e., os babilônios e todos os caldeus (v. 23); o segundo termo é usado aqui no seu sentido original mais restrito: Pecode, Soa e Coa eram todos lugares dentro das terras dos caldeus. todos os assírios: muito do antigo território assírio agora pertencia ao Império Babilónico, v. 24. com armas', o termo no TM, hõ$en, é desconhecido (a BJ e a NTLH trazem “do norte”, seguindo a LXX; a NEB traz “com cavalos de guerra”), v. 25. Cortarão fora o seu nari%...\ como em 16.37ss, a destruição de Jerusalém é comparada ao castigo executado em algumas partes do Oriente Médio contra uma mulher adúltera, v. 28. daqueles que você odeia-, o efeito da revolta e do desgosto do v. 17. O poema de juízo dos v. 32-34 retrata Jerusalém bebendo o copo da ira que havia sido bebido por Samaria anteriormente.

e)    A infidelidade e a condenação delas são repetidas (23:36-49). Ezequiel é convidado a consentir no juízo das duas irmãs (v. 36; cf. 20.4; 22.2).

v. 39. sacrificavam seus filhos', conforme 20.26. v. 41. Você se sentou num belo sofá', conforme 16.24, 25,31- o incenso e o óleo que me pertenciam', cf.

16.18. v. 42. multidão'. NEB: “sabeus” (do sudoeste da Arábia), v. 45. mulheres que [...] derramam sangue', conforme 22.2ss. v. 49. vocês saberão: aqui o pronome “vocês” se refere aos ouvintes de Ezequiel; nas três orações anteriores, é uma referência às mulheres infiéis.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 23 do versículo 1 até o 49

Ezequiel 23


4) Alegoria sobre Oolá e Oolibá. Ez 23:1-49. O capítulo 23 contém uma descrição alegórica da história de Samaria e Jerusalém, as duas irmãs que foram infiéis ao seu divino esposo. Na alegoria do capítulo 16, a infidelidade religiosa de Israel por causa da sedução do culto cananita é comparado ao adultério. O presente capítulo trata das alianças políticas de Israel com as nações pagãs, envolvendo falta de confiança para com o poder do Senhor, na figura da prostituição. Em um poema com detalhes os mais repulsivos (vs. Ez 23:1-35), o profeta descreve
1) a infidelidade de Oolá (Samaria) e o seu castigo (vs. Ez 23:1-10);
2) a infidelidade de Oolibá

(Jerusalém; vs. Ez 23:11-21) e o seu castigo (vs. Ez 23:22-35 ). Um discurso final (vs. Ez 23:36-49) descreve as duas irmãs pecando e recebendo o castigo contemporaneamente. O reino do Senhor deve ser fiel a Ele e não confiar em alianças com os pagãos. "Já tomava conta da mente profética o conceito de que o reino de Deus não era um estado mas o que agora chamamos de uma igreja" (A. B. Davidson, Cambridge Bible, pág. 165).

a) Introdução. Ez 23:1-4.


Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 23 do versículo 32 até o 34

32-34. Terceira ameaça de castigo. Estes versículos formam um poema sobre a taça do juízo.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Ezequiel Capítulo 23 do versículo 1 até o 49
m) Oola e Oóliba (Ez 23:1-49)

Este capítulo se divide em duas partes. Os vers. 1-35 dão a alegoria sobre duas irmãs, Samaria e Jerusalém, mediante o uso de figuras semelhantes às empregadas no capítulo 16 (ver notas ali). Porém, enquanto o poema anterior tinha em mente as más influências da religião dos cananeus, aqui o que é condenado são os pactos com as nações estrangeiras. Os vers. 36-49 formam um apêndice, desenvolvendo essa alegoria de modo diferente, possivelmente com uma situação diferente em mente. Aqui as duas irmãs são vistas juntas, e são acusadas por adorarem a Moloque e por profanarem o santuário e o sábado (37-39); as alianças com nações estrangeiras parecem ter sido feitas com aqueles povos que bordejavam 1srael (42), e não com impérios distantes.

>Ez 23:4

Os dois nomes (4) são idênticos quanto ao seu significado, sendo formas femininas de ohel, uma "tenda". Talvez tenham em vista as tendas associadas com a adoração falsa (ver Ez 16:16). Com todos os seus ídolos se contaminou (7). As alianças políticas usualmente envolviam a adoção dos cultos do poder superior. Samaria havia estabelecido alianças com a Assíria (5 e segs.) e com o Egito (8); Jerusalém foi ainda mais além, e se aproximou também da Babilônia (14-18). A adoração assíria (12) foi popularizada por Manassés e permaneceu na cidade até sua queda (ver 2Rs 21:1-12; Jr 44:15-24). Lhes mandou mensageiros à Caldéia (16). A Ocasião disso é desconhecida, a não ser que seja a que é registrada em 2Rs 24:1. No vers. 20 está em mente a solicitação de ajuda egípcia contra a Babilônia, Jr 37:7 e segs. Pécode, Soa e Coa (23) eram as tribos que ficavam a leste do rio Tigre. Nua e despida (29). Esse tirar as vestes de Oolibá representa a devastação de Jerusalém.

>Ez 23:40

O vers. 40 descreve uma petição feita a um povo distante, rogando auxílio, talvez contra os babilônios. Beberrões do deserto (42); seriam os vizinhos próximos de Israel, árabes, edomitas, moabitas, etc. (cfr. Jr 27:3 e segs.). Os homens justos (45) dificilmente poderão ser os babilônios (cfr. Ez 7:21-24); são os poucos homens de Jerusalém que permaneceram fiéis a Jeová e condenaram a orientação da política nacional. Oola e Oolibá serão julgadas como adúlteras (47; ver Dt 22:23-5).


Dicionário

Assim

advérbio Deste modo, desta forma: assim caminha a humanidade.
Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim.
Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim!
Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim.
conjunção Portanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular.
Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos.
locução adverbial De valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu.
locução interjeição Assim seja. Queira Deus, amém; oxalá.
expressão Assim ou assado. De uma maneira ou de outra.
Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora!
Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças.
Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.

Beberar

verbo intransitivo O mesmo que abeberar.

Copo

substantivo masculino Vaso geralmente cilíndrico, que de ordinário se usa para beber líquidos.
Objeto semelhante, de couro, que se usa para lançar dados.
Conteúdo de um copo: bebeu três copos.

Copo Figuradamente quer dizer ou consolação (Jr 16:7) ou castigo (Ez 23:31-34).

Diz

3ª pess. sing. pres. ind. de dizer
2ª pess. sing. imp. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Escárnio

substantivo masculino Dito ou comportamento que zoa alguém ou alguma coisa, com o intuito de causar risos; zombaria.
Comportamento que demonstra desdém por algo ou alguém; menosprezo: tinha escárnio em relação aos próprios eleitores.
O que pode ser alvo desse comportamento; desdém: não aguentou seu escárnio e preferiu se separar.
Etimologia (origem da palavra escárnio). De origem questionável.

A palavra escárnio vem do verbo escarnir, ou escarnecer, que tem origem no germânico skernjan, que significa gozar, humilhar ou fazer pouco de alguém.

Zombaria; desprezo

Escárnio Caçoada (Sl 79:4; Hc 11:36).

Fundo

adjetivo Profundo, que está abaixo do nível da superfície: um poço fundo.
Cavado, metido para dentro: as faces fundas.
Figurado Firme, arraigado.
Denso, compacto: a funda escuridão.
Que parte de dentro: um fundo suspiro.
Gír. Ignorante, que atua mal, inábil, incompetente.
substantivo masculino A parte mais baixa de uma coisa oca: o fundo de um poço.
A parte sólida sobre a qual repousam as águas: o fundo do mar.
O que resta no fundo: o fundo de uma garrafa.
A parte mais afastada da entrada ou do ponto de onde se olha, a mais retirada, a menos exposta ao olhar: o fundo da sala.
A parte mais baixa de qualquer coisa: o fundo do vale.
Profundidade: a cisterna tem muito fundo.
Campo de um quadro no qual sobressai o objeto: um fundo de paisagem.
Decorações cênicas, que ficam mais distantes do palco.
[Brasil] Diamante de qualidade inferior.
Figurado O que faz a matéria, a essência de uma coisa (por opos. a forma, a aparência): o fundo de um discurso.
O que há de mais recôndito, de mais íntimo: o fundo do coração.
Ir ao fundo, naufragar.
Artigo de fundo, o principal de um jornal.
Fundo sonoro, conjunto dos ruídos, sons e música que põem em relevo um espetáculo.
locução adverbial A fundo, completamente: saber a fundo uma ciência.
locução adverbial No fundo, na realidade, na substância.
substantivo masculino plural Os haveres de um negociante, banqueiro etc.; capital.
Fundos públicos, papéis de crédito emitidos ou garantidos pelo Estado.

Irmã

substantivo feminino Filha dos mesmos pais que outra pessoa; quem possui os mesmos pais que outra pessoa.
Religião Mulher que fez votos religiosos; freira.
Aquela que possui somente o mesmo pai ou a mesma mãe que outra pessoa; meia-irmã, irmã unilateral.
Figurado Diz-se de duas coisas com relações e semelhanças profundas: a poesia e a pintura são irmãs.
Figurado Aquela com quem se tem muita afinidade ou uma relação de amizade; amiga: minha prima é uma irmã para mim.
Gramática Forma feminina de irmão.
Etimologia (origem da palavra irmã). Do latim germana, feminino de germanus, "de mesma raça".

substantivo feminino Filha dos mesmos pais que outra pessoa; quem possui os mesmos pais que outra pessoa.
Religião Mulher que fez votos religiosos; freira.
Aquela que possui somente o mesmo pai ou a mesma mãe que outra pessoa; meia-irmã, irmã unilateral.
Figurado Diz-se de duas coisas com relações e semelhanças profundas: a poesia e a pintura são irmãs.
Figurado Aquela com quem se tem muita afinidade ou uma relação de amizade; amiga: minha prima é uma irmã para mim.
Gramática Forma feminina de irmão.
Etimologia (origem da palavra irmã). Do latim germana, feminino de germanus, "de mesma raça".

Jeová

Jeová V. SENHOR (hebraico ????, YHVH; Is 12:2, RC).

(Para significação, *veja mais abaixo.) o mais antigo exemplo que se conhece do emprego da palavra Jeová, é do ano 1518 d.C., e é devido à má compreensão de um termo hebraico, cujas consoantes são Yhwk. Depois do cativeiro tinham os judeus tão grande respeito a este nome, que, na verdade, somente era usado, segundo algumas autoridades, pelo sumo sacerdote, uma só vez no ano, no dia da expiação. Todavia, Yhwk ocorre muito freqüentemente na Sagrada Escritura – e por isso outra palavra, Adonai (Senhor), a substituiu na leitura em alta voz, e foi adotada pelos tradutores nas diversas línguas estrangeiras (em grego Kyrios – em latim Dominus). E desta maneira se perdeu a verdadeira pronúncia de Yhwk. Quando, porém, foram acrescentadas às consoantes hebraicas (no oitavo e nono século d.C.) as letras vogais, as de Adonai foram dadas a Yhwk em vez das suas próprias. Por esta razão, se o primeiro ‘a’ fosse levemente disfarçado seria possível ler-se Yehowah – e foi isto o que realmente aconteceu. Com estas vogais se pretendeu, tanto quanto possível, designar várias formas do verbo hebraico e sugerir assim, numa só palavra, Jeová, estas idéias: ‘o que será’, ‘o que é’, e ‘Aquele que foi’. Embora isto seja pura imaginação, concorda com a frase que se encontra no Ap 1:4. Primitivamente, sem dúvida, Yhwk representava aquele tempo de um verbo hebraico que implica continuidade (o tempo chamado ‘imperfeito’), e com as suas vogais se lia Yahaweh ou Yahwek. A sua significação era provavelmente ‘Aquele que é’, ou ‘Aquele que será’, sugerindo plena vida com infinitas possibilidades. Para isto há a seguinte explicação: Quando Moisés quis informar-se a respeito do nome de Deus, foi esta a resposta: ‘o Ente “Eu sou o que sou”, “ou Serei o que serei”, me mandou vir ter contigo.’ Este nome significa, então, o Ser que subsiste por Si, o qual proverá a respeito do Seu Povo. Quanto a saber-se até que ponto o nome era conhecido do povo de israel, antes da chamada de Moisés, não é possível aprofundar o assunto. Por um lado, explicitamente diz Deus: ‘Eu sou o Senhor: e eu apareci a Abraão, a isaque, e a Jacó, como Deus, o Todo-poderoso (El-Saddai) – mas pelo meu nome, o Senhor, não lhes fui perfeitamente conhecido.’ Por outro lado, freqüentemente ocorre esse nome no livro de Gênesis, e acham-se vestígios dele, com aplicação a um certo deus, nos primitivos documentos babilônicos. Tudo bem considerado, é provável que o uso da palavra no Gênesis seja devido a escritores ou copistas, posteriores à chamada de Moisés, e que, embora a palavra fosse conhecida antes desse tempo, não estava formalmente identificada com o verdadeiro Deus. Seja como for, a palavra era tão expressiva, tão cheia de promessas para um homem que começa a sua vida, e para uma nação que estava a ponto de entrar numa carreira de proveito para todo o mundo, que a sua escolha não somente revelava a natureza de Deus, mas também assegurava o bom resultado do Seu povo. Era o nome do pacto com Deus, e estava revestido de poder. (*veja Deus.)

substantivo masculino No Antigo Testamento, designação de Deus, ser absoluto e sobrenatural que, segundo o cristianismo, está acima de todas as coisas; Iavé ou Javé.
Gramática Palavra que deve ser grafada com a inicial maiúscula.
Etimologia (origem da palavra jeová). Do hebráico jehovah.

Largo

adjetivo Que tem certa extensão no sentido perpendicular ao comprimento: rio com a largura de trinta metros.
Folgado, não apertado.: roupa larga.
Liberal, pródigo.
Indulgente, sem preconceitos: espírito largo; ideias largas.
Considerável: fazer largas concessões.
Música Trecho musical que se executa em movimento amplo e vagaroso.
Com mãos largas, generosamente.
Largos anos, longo tempo.
Ao largo, em alto-mar.

Leva

substantivo feminino Conjunto de pessoas; grupo, multidão, bando, agrupamento.
Certa quantidade de alguma coisa; lote, grupo, remessa.
Quantidade de coisas, pessoas ou animais que são transportados ao mesmo tempo: a primeira leva do gado chegará amanhã.
[Náutica] Ato de levantar as âncoras do navio.
[Náutica] Cabo fino que, ao passar por um furo na costa do navio, prende os agnanéus das portas.
[Popular] Andadura do cavalo.
Antigo Alistamento militar cujos indivíduos se apresentavam algemados em dupla.
Etimologia (origem da palavra leva). Forma regressiva de levar.

Leva Grupo; multidão (1Rs 5:13).

Riso

substantivo masculino Ação ou efeito de rir; risada; gargalhada.
Escárnio, zombaria.
Figurado Júbilo, alegria, regozijo.
Riso amarelo, riso contrafeito: reagir à decepção com um riso amarelo.

riso s. .M 1. Ato ou efeito de rir; risada. 2. Alegria, satisfação. 3. Coisa ridícula.

Riso A manifestação do Reino de Deus trará o riso aos discípulos tristes e perseguidos (Lc 6:21) e privará dele aqueles que agora riem satisfeitos, ignorantes — ou pejorativamente — ante a urgência de se decidirem a favor de Jesus (Lc 6:25). Realmente, o riso burlesco e depreciativo é uma das características daqueles que recebem com incredulidade a mensagem do Evangelho (Mt 9:24; 27,29-31.41; Mc 15:20.31; Lc 22:63; 23,11.35 ss.).

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Servir

verbo transitivo direto e intransitivo Prestar serviços; cumprir determinados deveres e funções: servir a pátria; passou a vida a servir.
Ter utilidade; dar auxílio; auxiliar, ajudar: servir um colega; dedicou sua vida à caridade, viveu de servir.
verbo bitransitivo Pôr na mesa: servir a sopa; servir o jantar aos filhos.
verbo transitivo direto Causar uma sensação prazerosa; satisfazer: servir as paixões.
Oferecer algo; dar: servir uísque e salgadinhos.
Prover com o necessário; abastecer: bomba que serve o reservatório.
Vender algo; fornecer: esta casa serve os melhores produtos.
verbo transitivo indireto Ocupar o lugar de; desempenhar as funções de; substituir: servir de pai aos desamparados.
verbo intransitivo Ser útil; convir, importar: em tal momento o saber serve muito.
Ter serventia, utilidade: estas coisas não servem mais para nada.
[Esporte] Lançar a bola no início de um jogo de tênis.
verbo pronominal Fazer uso de; usar: servir-se do compasso.
Tomar uma porção (comida ou bebida): servir-se do bom e do melhor.
Tirar vantagens de; aproveitar-se: servir-se dos ingênuos.
Etimologia (origem da palavra servir). Do latim servire.

Servir, no sentido cristão, é esquecer de si mesmo e devotar-se amorosamente ao auxílio do próximo, sem objetivar qualquer recompensa, nem mesmo o simples reconhecimento daqueles a quem se haja beneficiado.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Parábolas evangélicas: à luz do Espiritismo• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Parábola dos primeiros lugares

Serve e passa, esquecendo o mal e a treva, / Porque o dom de servir / É a força luminosa que te eleva / Às bênçãos do porvir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Servir é criar simpatia, fraternidade e luz.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -


Servir Os discípulos de Jesus podem servir somente a Deus, já que qualquer outro serviço faria com que deixassem o Senhor (Mt 6:24; Jo 15:20). Quanto a Jesus, sua situação, sem dúvida, não é a desumana do escravo, mas a do amigo (Jo 15:15) e do filho (Jo 8:33-36). Esse relacionamento especial com Deus deve conduzi-los a servir uns aos outros (Mt 20:27; 25,44; Jo 13:1-19), imitando Jesus, o Servo de YHVH (Mc 10:44-45).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Ezequiel 23: 32 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Assim diz o Senhor DEUS: Beberás o cálice de tua irmã, fundo e largo; servirás de riso e escárnio; pois nele cabe muito.
Ezequiel 23: 32 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

591 a.C.
H136
ʼĂdônây
אֲדֹנָי
senhor
(Lord)
Substantivo
H1961
hâyâh
הָיָה
era
(was)
Verbo
H269
ʼâchôwth
אָחֹות
irmã
(and the sister)
Substantivo
H3069
Yᵉhôvih
יְהֹוִה
Deus
(GOD)
Substantivo
H3541
kôh
כֹּה
Então
(So)
Advérbio
H3557
kûwl
כּוּל
tomar, conter, medir
(and will I nourish)
Verbo
H3563
kôwç
כֹּוס
cálice n m
(And the cup)
Substantivo
H3932
lâʻag
לָעַג
zombar, escarnecer, ridicularizar
(laughed you to scorn)
Verbo
H4767
mirbâh
מִרְבָּה
()
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H6013
ʻâmôq
עָמֹק
profundo, misterioso, profundezas
(deeper)
Adjetivo
H6712
tsᵉchôq
צְחֹק
()
H7342
râchâb
רָחָב
()
H8354
shâthâh
שָׁתָה
beber
(And he drank)
Verbo


אֲדֹנָי


(H136)
ʼĂdônây (ad-o-noy')

0136 אדני ’Adonay

uma forma enfática de 113; DITAT - 27b; n m

  1. meu senhor, senhor
    1. referindo-se aos homens
    2. referindo-se a Deus
  2. Senhor - título, usado para substituir Javé como expressão judaica de reverência

הָיָה


(H1961)
hâyâh (haw-yaw)

01961 היה hayah

uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

  1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
    1. (Qal)
      1. ——
        1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
        2. vir a acontecer, acontecer
      2. vir a existir, tornar-se
        1. erguer-se, aparecer, vir
        2. tornar-se
          1. tornar-se
          2. tornar-se como
          3. ser instituído, ser estabelecido
      3. ser, estar
        1. existir, estar em existência
        2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
        3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
        4. acompanhar, estar com
    2. (Nifal)
      1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
      2. estar pronto, estar concluído, ter ido

אָחֹות


(H269)
ʼâchôwth (aw-khoth')

0269 אחות ’achowth

f irregular de 251; DITAT - 62c; n f

  1. irmã
    1. irmã (mesmos pais)
    2. meia-irmã (mesmo pai)
    3. parente
      1. (metáfora) referindo-se ao relacionamento de Israel e Judá
    4. amada
      1. noiva
    5. (fig.) referindo-se a uma ligação íntima
    6. outra

יְהֹוִה


(H3069)
Yᵉhôvih (yeh-ho-vee')

03069 יהוה Y ehoviĥ

uma variação de 3068 [usado depois de 136, e pronunciado pelos judeus

como 430, para prevenir a repetição do mesmo som, assim como em outros lugares

3068 é pronunciado como 136]; n pr de divindade

  1. Javé - usado basicamente na combinação ‘Senhor Javé’
    1. igual a 3068 mas pontuado com as vogais de 430

כֹּה


(H3541)
kôh (ko)

03541 כה koh

procedente do prefixo k e 1931; DITAT - 955; adv dem

  1. assim, aqui, desta forma
    1. assim, então
    2. aqui, aqui e ali
    3. até agora, até agora...até então, enquanto isso

כּוּל


(H3557)
kûwl (kool)

03557 כול kuwl

uma raiz primitiva; DITAT - 962; v

  1. tomar, conter, medir
    1. (Qal) medir, calcular
    2. (Pilpel) sustentar, manter, conter
      1. sustentar, suportar, nutrir
      2. conter, segurar, restringir
      3. suportar, resistir
    3. (Polpal) ser suprido
    4. (Hilpil) conter, segurar, resistir
      1. conter
      2. sustentar, resistir

כֹּוס


(H3563)
kôwç (koce)

03563 כוס kowc

procedente de uma raiz não utilizada significando segurar junto; DITAT - 965,966 n f

  1. cálice n m
  2. uma espécie de coruja (uma ave impura)

לָעַג


(H3932)
lâʻag (law-ag')

03932 לעג la ag̀

uma raiz primitiva; DITAT - 1118; v

  1. zombar, escarnecer, ridicularizar
    1. (Qal) zombar, escarnecer, ter por ridículo
    2. (Nifal) gaguejar
    3. (Hifil) zombar, escarnecer

מִרְבָּה


(H4767)
mirbâh (meer-baw')

04767 מרבה mirbah

procedente de 7235; DITAT - 2103c; n f

  1. muito

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

עָמֹק


(H6013)
ʻâmôq (aw-moke')

06013 עמק ̀amoq

procedente de 6009; DITAT - 1644d; adj.

  1. profundo, misterioso, profundezas
    1. profundo
    2. insondável

צְחֹק


(H6712)
tsᵉchôq (tsekh-oke')

06712 צחק ts echoq̂

procedente de 6711; DITAT - 1905a; n. m.

  1. risada, motivo de riso

רָחָב


(H7342)
râchâb (raw-khawb')

07342 רחב rachab

procedente de 7337; DITAT - 2143c; adj.

  1. amplo, largo

שָׁתָה


(H8354)
shâthâh (shaw-thaw')

08354 שתה shathah

uma raiz primitiva; DITAT - 2477; v.

  1. beber
    1. (Qal)
      1. beber
        1. referindo-se a beber o cálice da ira de Deus, de massacre, de ações ímpias (fig.)
      2. festejar
    2. (Nifal) ser bebido