Enciclopédia de Daniel 11:32-32

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

dn 11: 32

Versão Versículo
ARA Aos violadores da aliança, ele, com lisonjas, perverterá, mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e ativo.
ARC E aos violadores do concerto ele com lisonjas perverterá, mas o povo que conhece ao seu Deus se esforçará e fará proezas.
TB Com lisonjas, perverterá os que procederem impiamente contra a aliança; mas o povo que conhecer ao seu Deus se tornará forte e fará proezas.
HSB וּמַרְשִׁיעֵ֣י בְרִ֔ית יַחֲנִ֖יף בַּחֲלַקּ֑וֹת וְעַ֛ם יֹדְעֵ֥י אֱלֹהָ֖יו יַחֲזִ֥קוּ וְעָשֽׂוּ׃
BKJ E aqueles que se portam impiamente contra o pacto, ele corromperá por meio de adulações; mas o povo que conhece o seu Deus será forte e fará proezas.
LTT E aos violadores da aliança ele com lisonjas corromperá, mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e fará proezas.
BJ2 Os que transgridem a Aliança, ele os perverterá[d] com suas lisonjas; mas o povo dos que conhecem o seu Deus agirá com firmeza.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Daniel 11:32

I Crônicas 28:9 E tu, meu filho Salomão, conhece o Deus de teu pai e serve-o com um coração perfeito e com uma alma voluntária; porque esquadrinha o Senhor todos os corações e entende todas as imaginações dos pensamentos; se o buscares, será achado de ti; porém, se o deixares, rejeitar-te-á para sempre.
Salmos 9:10 E em ti confiarão os que conhecem o teu nome; porque tu, Senhor, nunca desamparaste os que te buscam.
Provérbios 19:5 A falsa testemunha não ficará inocente; e o que profere mentiras não escapará.
Provérbios 26:28 A língua falsa aborrece aquele a quem ela tem maravilhado, e a boca lisonjeira opera a ruína.
Jeremias 31:34 E não ensinará alguém mais a seu próximo, nem alguém, a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior, diz o Senhor; porque perdoarei a sua maldade e nunca mais me lembrarei dos seus pecados.
Miquéias 5:7 E estará o resto de Jacó no meio de muitos povos, como orvalho do Senhor, como chuvisco sobre a erva, que não espera pelo homem, nem aguarda filhos de homens.
Miquéias 7:15 Eu lhes mostrarei maravilhas, como nos dias da tua saída da terra do Egito.
Zacarias 9:13 Porque curvei Judá para mim, enchi com Efraim o arco; suscitarei a teus filhos, ó Sião, contra os teus filhos, ó Grécia! E pôr-te-ei como a espada de um valente.
Zacarias 10:3 Contra os pastores se acendeu a minha ira, e castigarei os bodes; mas o Senhor dos Exércitos visitará o seu rebanho, a casa de Judá, e os fará como o seu majestoso cavalo na peleja.
Zacarias 10:12 E eu os fortalecerei no Senhor, e andarão no seu nome, diz o Senhor.
Zacarias 12:3 E acontecerá, naquele dia, que farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que carregarem com ela certamente serão despedaçados, e ajuntar-se-ão contra ela todas as nações da terra.
Zacarias 14:1 Eis que vem o dia do Senhor, em que os teus despojos se repartirão no meio de ti.
Malaquias 4:2 Mas para vós que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça e salvação trará debaixo das suas asas; e saireis e crescereis como os bezerros do cevadouro.
João 17:3 E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
II Coríntios 4:3 Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto,
II Tessalonicenses 2:9 a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira,
II Timóteo 2:1 Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus.
Hebreus 10:32 Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições.
I João 2:3 E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos.
I João 5:20 E sabemos que já o Filho de Deus é vindo e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.
Apocalipse 6:11 E a cada um foi dada uma comprida veste branca e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos que haviam de ser mortos como eles foram.
Apocalipse 7:9 Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos;
Apocalipse 12:7 E houve batalha no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão; e batalhavam o dragão e os seus anjos,
Apocalipse 13:12 E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

ANTÍOCO EPÍFANES E A REVOLTA DOS MACABEUS

175-164 a.C.
ANTÍOCO USURPA O TRONO
Em 175 a.C., Seleuco IV foi sucedido por seu irmão mais novo, Antíoco IV (175-164 a.C.). Ele tomou o trono enquanto Demétrio, filho de Seleuco e herdeiro do trono, foi mantido como refém em Roma. Antíoco IV, denominado "Epifanes" (Deus manitesto, ilustre), mas apelidado por seus inimigos de "Epímanes" (louco) é o tema central de Daniel 11:21-35.

O INÍCIO DA HELENIZAÇÃO
Em 169 a.C, ao voltar de uma campanha bem- sucedida contra Ptolomeu VI do Egito (181-146 a.C.J, Antioco IV voltou "seu coração contra a santa aliança" (Dn 11:28). Entrou no templo em Jerusalém, levou embora o altar e o candelabro de ouro com todos os seus acessórios, removeu revestimento de ouro da frente do templo tomou para si os utensílios preciosos de prata e ouro.' É possível que tenha usado um conflito interno entre dois sumo sacerdotes rivais, Jasão e Menelau, como pretexto para intervir em Jerusalém. Entretanto, sem dúvida ficou satisfeito com a oportunidade de se apoderar dos tesouros do templo para amenizar seu crônico déficit de fundos. Contando com o pleno apoio de Antíoco, Jasão deu início a uma agressiva política de helenizacão. Construiu um ginásio em estilo gentio em Jerusalém que ofendeu os judeus pelo fato dos atletas que freqüentavam o local se exercitarem nus. Ademais, a participação nos esportes gregos era inseparável do culto aos deuses gregos.

A CONTINUAÇÃO DA HELENIZAÇÃO
Antíoco IV organizou outra campanha contra o Egito em 168 a.C. Marchou até uma distância de 6 km de Alexandria, onde recebeu um ultimato do Senado romano, entregue pelo emissário Popilius Laenas, ordenando que deixasse o Egito. Antíoco sabia bem do que Roma era capaz e não ousou desobedecer. Seu estado de espírito não melhorou com os relatos da resistência à helenização em Jerusalém. Nas palavras de Daniel 11:30b: "[indignado] contra a santa aliança", Antíoco enviou Apolônio, seu comandante, a Jerusalém para realizar um ataque repentino e implacável. Muitos israelitas foram mortos a cidade foi saqueada incendiada. Casas e muros foram demolidos mulheres, crianças e rebanhos foram capturados. Quanto mais os judeus resistiram, mais Antíoco IV se determinou a erradicar o judaísmo. Os sacrifícios regulares no templo foram suspensos, juntamente com a observância do sábado e das festas tradicionais.
Altares pagãos foram construídos em toda a terra para a oferta de animais impuros. A circuncisão foi proibida. No décimo quinto dia de quisleu, ou seja, em dezembro de 168 a.C., o culto a Zeus, o deus do Olimpo, foi introduzido no templo em Jerusalém. Foi erigido um altar a Zeus e carne de porco foi oferecida em sacrifício sobre o mesmo, num episódio que, em Daniel 11:31, é chamado de "abominação desoladora". Cópias da lei foram destruídas e os judeus foram obrigados a comer carne de porco, correndo risco de morte caso se recusassem. Os judeus helenizados receberam e acataram de bom grado aos éditos reais, enquanto outros, quer de forma deliberada ou por medo, abandonaram a religião de seus antepassados.

A RESISTÊNCIA
"Mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e ativo" (Dn 11:32b). Uma ideia semelhante é expressada em 1Macabeus 1:62-63: "Numerosos foram os israelitas que tomaram a firme resolução de não comer nada que fosse impuro, e preferiram a morte antes que se manchar com alimentos; não quiseram violar a santa lei e foram trucidados." A resistência eclodiu pouco depois de Antíoco IV ter publicado seu decreto infame. Na cidade de Modin, na região montanhosa a leste de Lida, um sacerdote fiel, chamado Matatias, recebeu ordens de um dos oficiais de Antíoco de sacrificar a um deus pagão.
Quando viu um judeu oferecendo sacrifícios no altar pagão, Matatias se irou e matou O judeu. Também assassinou o oficial enviado pelo rei para ordenar o sacrifício e destruiu o altar. Então, bradando: "Que venha comigo quem for dedicado à lei e quiser continuar fiel à aliança", Matatias fugiu para os montes com seus filhos e deu início a uma guerrilha contra Antíoco IV e seus aliados. Poucos meses depois, Matatias faleceu, mas a resistência teve continuidade com seu filho Judas, apelidado de Macabeu, "o martelo".

A VITÓRIA DOS MACABEUS
Tudas foi bem sucedido. Um exército comandado por Apolônio foi derrotado num local não especificado. Os homens de Seron, comandante do exército da Síria, foram derrotados em Bete-Horom em 166 .C. Antíoco IV ordenou a mobilização de todas as tropas do seu império e partiu para a Pérsia a fim de arrecadar tributos devidos, colocando seu parente, Lísias, no comando da campanha para aniquilar Judas, mas este último conquistou outras vitórias em Emaús (Ma'aleh Hahamisha) e Bete-Zur (Khirbet el- lubeiga) em 165 a.C.

A RECONSAGRAÇÃO DO TEMPLO
Lísias recuou para Antioquia, deixando o caminho aberto para Judas entrar em Jerusalém e purificar o templo profanado. No dia 25 de quisleu, ou seja, em dezembro de 165 a.C., três anos e dez dias depois da profanação, o templo foi reconsagrado com festa e grande regozijo. Desde então, os judeus comemoram o chanukah (dedicação) para lembrar esse grande acontecimento. A festa é mencionada no Novo Testamento em João 10.22.

O FIM DE ANTÍOCO
A incursão na Pérsia foi a última campanha de Antíoco IV. Acometido de um tipo de demência, Antíoco morreu em Gabae, perto de Isfahan, no atual Irã, no final de 164 a.C.
Moeda de prata com a efigie de Antíoco IV 'Epífanes', o rei selêucida que causou a revolta dos macabeus a tentar helenizar os judeus.
Moeda de prata com a efigie de Antíoco IV 'Epífanes', o rei selêucida que causou a revolta dos macabeus a tentar helenizar os judeus.
Vila de Modin, localizada nos montes a leste de Lida; aqui teve inicio a resistência contra o governo de Antíoco IV.
Vila de Modin, localizada nos montes a leste de Lida; aqui teve inicio a resistência contra o governo de Antíoco IV.
As guerras de Judas Macabeu contra Antioco IV da Síria, 167-165 a.C. A resistência judaica a Antioco IV foi liderada por Judas Macabeu (martelo).
As guerras de Judas Macabeu contra Antioco IV da Síria, 167-165 a.C. A resistência judaica a Antioco IV foi liderada por Judas Macabeu (martelo).
Estatueta de terracota que mostra um elefante de guerra indiano atacando um soldado gálata. Proveniente de Myrina (Aliaga), Turquia
Estatueta de terracota que mostra um elefante de guerra indiano atacando um soldado gálata. Proveniente de Myrina (Aliaga), Turquia

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Daniel Capítulo 11 do versículo 1 até o 45
2. O Conflito das Eras (Daniel 11:2-12,3)

Essa seção de Daniel tem sido objeto de disputa desde os dias de Porfirio. A descrição detalhada dos eventos que ocorreram nos anos seguintes após a morte de Alexandre, o Grande, tem levado os críticos a especular uma data bem posterior para todo o livro de Daniel, mais precisamente na época dos reis selêucidas (312-64 a.C.), particularmente nos dias de Antíoco Epifânio.

  • As lutas entre a Pérsia e a Grécia (11:2-4). A sucessão de reis brevemente descritas nessa seção da mensagem vai desde o reinado de Ciro, passando pelo ápice e queda do império persa, até Alexandre e o desmoronamento do seu reino.
  • Embora doze reis persas tivessem reinado (incluindo um impostor, Pseudo-Smirdes), três foram escolhidos, antes que se levantasse um quarto rei de grande prosperidade. Esse rei geralmente é identificado como Xerxes I (Assuero, Et 1:1), o marido de Ester e um dos monarcas persas mais prósperos. Foi ele que instigou todos contra o reino da Grécia (2). Ele reuniu uma gigantesca força de infantaria, cavalaria, carros de guerra e navios. Estima-se que cerca de cinco milhões de homens se engajaram nessa guerra. Apesar desse imenso poderio bélico, os valentes gregos os venceram nas batalhas cruciais de Termópilas e Salamina. Embora outras campanhas militares tenham acontecido, ne-nhuma se igualou a essa e o poder da Pérsia declinou até sua derrota final sob Dario III.

    A identificação de Alexandre, o rei valente (3), que se levanta e reina com grande domínio, é bastante clara. Daniel anteviu que seu reino será quebrado e será re-partido para os quatro ventos do céu (4) e ele não deixará posteridade para segui-lo. Os quatro generais de Alexandre dividiram o reino e propagaram a helenização nas terras que governavam, a ponto de a cultura grega prevalecer por toda parte.

    Dessa forma, essa seção da profecia é claramente uma ampliação da visão do capítu-lo 8. Mas nesse ponto o foco muda drasticamente para uma visão precisa do conflito nas terras que circundavam a terra da aliança.

    b) As tribulações de Israel e as nações (Daniel 11:5-35). Aprofecia até aqui tem se concentra-do grandemente nos reinos gentílicos. Nesse ponto, o povo de Deus torna-se o foco prin-cipal em um tempo de intenso sofrimento. As profecias dizem respeito basicamente ao período intertestamentário, entre o retorno do exílio e o nascimento de Jesus. Primeira-mente, Israel é apanhado no meio de duas forças oposicionistas, os reis do Sul e os reis do Norte (5-28). Então, de maneira trágica, o remanescente de Israel torna-se o alvo de um ataque concentrado feito por um rei vil e traiçoeiro (29-35).

    Os reis do Sul (5) eram os ptolomeus, sucessores de Ptolomeu Soter, o general de Alexandre no Egito (veja mapa 1). Desde o colapso do império alexandrino, em 323 a.C., esses reis lutaram pelo poder e territórios com os seus vizinhos mais próximos. Esses eram os reis do Norte (6), os selêucidas, sucessores de Seleuco I, que governou grande parte da Ásia Menor, Síria e os antigos territórios babilônicos e persas (veja mapa 1). Por 125 anos a Palestina e a Fenícia estiveram debaixo do poder dos ptolomeus. O casamen-to de um selêucida, Antíoco II, com a filha do rei do Sul (6; Berenice, filha de um Ptolomeu) levou apenas a mais guerras, ao assassinato de Berenice e seu filho e à vin-gança sangrenta promovida pelo seu irmão (7-9). A subjugação da Palestina pelos selêucidas veio por intermédio de Antíoco III (o Grande) em 198 a.C. (10-19). Mais tarde, um homem vil (21), Antíoco IV, Epifânio, por meio de um subterfúgio, destituiu o her-deiro legítimo do trono e tomou o controle. Acredita-se que os versículos 21:35 se referem às tramas e tirania de Antíoco Epifânio. Com grande energia e astúcia ele rapidamente expandiu seu poder (21-24) e lançou operações militares contra seu vizinho, Ptolomeu VI, Filométor (25-28).

    As perseguições e a tirania insana que Antíoco exerceu sobre os judeus e sua religião (29-35) o tornaram um dos monstros da história. Sua indignação contra o santo concerto (30), tirando o contínuo sacrifício e estabelecendo a abominação desoladora (31; a imagem de Zeus do Olimpo) no Templo são exemplos da sua fúria profana. Ele baniu todas as leis, costumes e cultos judaicos. Antíoco matou à espada as mães e cruci-ficou os pais que circuncidavam seus filhos. Embora tenha queimado uma grande parte de Jerusalém, assassinado boa parte dos homens e escravizado mulheres e crianças, ele não conseguiu destruir a resistência. Embora muitos tenham apostatado e se submetido a Antíoco, outros ousaram resistir (32-35). Um exército de fiéis e corajosos judeus se reuniu sob o comando de Matatias para resistir ao exército de Antíoco.

    Quando Matatias morreu, seu filho Judas ficou à frente do exército rebelde. Suas táticas de guerrilha (de ataques e fugas repentinos) tornaram-se famosas e lhe deram o nome de "Martelo" ou Macabeu. Em três anos os macabeus tinham dividido e derro-tado os exércitos sírios de Antíoco e recapturado Jerusalém. O Templo foi restaurado, o altar purificado e a adoração restituída (em 25 de dezembro de 165 a.C.). Até o dia de hoje a Festa da Dedicação ou Hanukkah é observada pelos judeus, comemorando esse evento. A família dos macabeus, chamada Hasmoneana, tornou-se a reconhecida li-nhagem de governantes até que os romanos conquistaram a Palestina sob o comando de Pompeu, em 63 a.C.'

    Em meio à escuridão do quadro profético amedrontador apresentado nesse capítulo, uma clara luz de fé e heroísmo começa a brilhar. O povo que conhece ao seu Deus se esforçará e fará proezas (32). Aqui é sugerido "Um Programa de Ação para uma Mino-ria Piedosa".

    1) Eles conhecem a Deus.
    2) Eles são fortes.

    3) Eles fazem proezas. Eles agem com um claro sentido de direção.

    4) Sua batalha está no alto nível do espírito, uma batalha de idéias santas. Eles ensinarão a muitos (33).

    5) Sua causa triunfa. Para serem provados, e purificados, e embranquecidos, até ao fim do tempo (35).

    c) O rei obstinado — o Anticristo (Daniel 11:36-45). Jerônimo deu uma dupla interpretação a essa parte (11:21-45) : a primeira, em referência a Antíoco Epifânio, e a segunda, ao Anticristo.18 Mas muitos comentaristas conservadores, incluindo Youne e Seiss,' enten-dem que os versículos 21:35 se referem de maneira apropriada a Antíoco e secundaria-mente ao Anticristo, e os versículos 36:45 devem referir-se a alguém maior, mais profano e ímpio do que Antíoco.

    E esse rei fará conforme a sua vontade, e se levantará, e se engrandecerá sobre todo deus; e contra o Deus dos deuses falará coisas incríveis e será prós-pero (36). Aqui a figura clara de Antíoco começa a desvanecer no meio da escuridão e um aspecto disforme do Anticristo começa a tomar forma nas sombras do pano de fundo. Lembramo-nos das advertências de Paulo acerca do "homem do pecado" (2 Tes 2:3-4) e da visão de João acerca da "besta" (Ap 13:5-8). Vemos claramente refletido o "pequeno chi-fre" de Daniel 7 ; 8 de Daniel. Uma diferença interessante aparece quando compara-mos os dois pequenos chifres com esse rei furioso do capítulo 11. Enquanto o pequeno chifre de Daniel 8 e o rei furioso do capítulo 11 estão relacionados ao terceiro reino da profecia de Daniel, a Grécia, o pequeno chifre do capítulo 7, surge do quarto reino, Roma. Talvez isso nos deve lembrar que o Anticristo vai procurar tomar para si toda a glória e poder do empreendimento humano e combinar a cultura da Grécia e a glória de Roma. Não nos deveria surpreender que o caráter culminante do mal buscará usurpar para si toda a bondade humana bem como a adoração divina.

    Mas virá o seu fim (45). O poder e a fúria impressionantes do Anticristo estão destinados a um fim rápido. "Um tempo, e tempos, e metade de tempos" (Daniel 7.25), a metade da semana (Daniel 9.27), "um tempo, de tempos e metade de um tempo" (Daniel 12,7) correspondem com Apocalipse 12:14 no sentido de que os dias do Anticristo estão contados pelo Todo-poderoso. Paulo declara que "o Senhor desfará pelo assopro de sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda" esse "ímpio" (2 Tes 2.8). Então, embora arme as tendas do seu palácio entre o mar grande e o monte santo, ele verá o seu fim no "ardente lago de fogo e de enxofre" (Ap 19:20). No mesmo lugar onde o Anticristo firma sua posição, ali o Cristo de Deus descerá em sua glória. "E o SENHOR sairá e pelejará contra estas nações, como pelejou no dia da batalha. E, naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém" (Zc 14:3-4; Atos 1:10-12).


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Daniel Capítulo 11 versículo 32

    As Atrocidades de Antíoco Epifânio (Dn 11:21-45)

    Dn 11:21
    Depois se levantará em seu lugar um homem vil.
    Esse homem horrendo era filho de Antíoco III, o Grande. Ele foi o mais poderoso e temido dos selêucidas. Cometeu mais atrocidades que todos os seus antecessores combinados. Esta longa seção foi dedicada a ele por causa de seu relacionamento com Israel. Ele infligiu contra os judeus um prolongado período de sofrimentos e tornou-se assim um tipo do anticristo. Ele é o pequeno chifre de Dn 7:8. Ver no Dicionário o verbete chamado Antíoco Epifânio, quanto a detalhes.

    Antíoco Epifânio não estava na linha da sucessão, mas tornou-se rei por manipulação, traição e lisonjas, isto é, a política usual. Era uma pessoa desprezível. Ele assumiu o nome Epifanes, que significa “o Ilustre”. Esse ato de insolência era típico de seu ego tresloucado. Na realidade, ele foi chamado de Louco, sendo facilmente possível que de fato mentalmente desequilibrado. O trono devería ter acabado nas mãos de Demétrio Soter, filho de Seleuco IV Filopater. Antíoco Epifânio apoderou-se do trono e foi inicialmente favorecido por ter-se mostrado suficientemente forte para fazer recuar um exército invasor, provavelmente os egípcios (vs. Dn 11:22). Ele era pensador hábil e orador habilidoso, cujas guerras com palavras eram tão eficazes como suas guerras com armas. Gostava de valer-se de traições, lisonjas e truques. A palavra hebraica para as lisonjas é halaqlaq, que tem o sentido básico de esperteza suave.

    Dn 11:22

    As forças inundantes serão arrasadas de diante dele. Antíoco Epifânio era alguém que sabia falar, mas também era bom guerreiro, tendo alcançado êxito em sua primeira ação militar, fazendo um exército (provavelmente egípcio) retroceder. Mas alguns intérpretes opinam que o presente versículo se refere ao fato de ele ter derrotado um “exército de candidatos” ao trono real. O “príncipe da aliança” parece ter sido Onias III, o sumo sacerdote dos judeus, deposto por Antíoco e logo executado. Fazia parte de seus planos consolidar seu poder, bem como helenizar eventualmente os judeus. A interpretação crítico-liberal sobre as setenta semanas (ver o gráfico e os comentários em Dn 9:26) repousa parcialmente sobre esse acontecimento, em que o príncipe que foi cortado seria então Onias III, e não o Messias. Ver II Macabeus 4.7-10,33,36. O infeliz Onias foi deposto em 175 A. C. e executado em 170 A. C.

    Dn 11:23
    Apesar da aliança com ele, usará de engano.
    As várias alusões deste versículo deixam os intérpretes perplexos, pelo que o melhor que podemos fazer aqui é tentar adivinhar os significados. Este versículo, ao falar em uma “aliança”, pode estar falando de um acordo estabelecido entre Antioco e Onias, ou com os judeus, ou de um acordo de natureza não-especificada. Ou então devemos pensar no acordo com Jasom, que tomou o lugar de Onias. Ou então, ainda, de uma aliança insincera com Ptolomeu. Antíoco Epifânio também fez aliança com os pergamenes, que o ajudaram a subir ao poder. Porém, sem importar qual(is) tenha(m) sido o(s) pacto(s), ele(s) foi(ram) feito(s) visando vantagem pessoal, mediante o emprego de truques e insinceridade, algo frequentemente muito usado pelos políticos. Numericamente falando, Antíoco não contava com grande apoio, o que significa que ele foi levantado ao poder sem ser uma figura popular e sem contar com o apoio das massas populares. Ele não foi um democrata, mas um déspota espertalhão. Não era do tipo que disputaria uma eleição. Suas manobras por trás do palco eram mais eficazes do que a busca por votos e pela aclamação popular.

    Dn 11:24
    Virá também caladamente aos lugares mais férteis da província. O poder de Antíoco Epifânio foi crescendo, e em breve ele tinha todo o dinheiro da província, o que provavelmente devemos entender como a Palestina. Ele atacou e saqueou as regiões mais ricas, visando obter vantagens pessoais. Foi tão bem-sucedido em suas traições que conseguiu o que seus antepassados não puderam fazer. Também afacou países estrangeiros e levou deles muitos tesouros, distribuindo essas riquezas entre seus apoiadores fiéis. Seu sucesso desconhecia limites, mas perduraria por pouco tempo. De fato, ele se manteve no poder por somente 12 anos, mas foram 12 anos repletos de atrocidades.

    Saques, despojos e bens... Essas palavras nos fazem lembrar das muitas referências às atividades saqueadoras de Antíoco (ver I Macabeus 1.19; 3:31; Políbio, História XXXI.9:1). A generosidade de Antíoco, ao distribuir abundantemente aos que viviam ao seu redor, concorda com a história do período. Josefo (Antiq. Xll.Dn 7:2) também mencionou essas atividades” (Arthur Jeffery, in loc.). O homem ultrapassou seus antepassados no tocante aos saques e à distribuição de riquezas entre seus apoiadores. Ele se tornou um homem distintivo, quanto a seus feitos e excessos.

    Dn 11:25-28

    Suscitará a sua força e o seu ânimo contra o rei do Sul. Tendo consolidado seu poder, Antioco atacou o Egito, porque ali havia mais poder e bens a serem obtidos. O “rei do sul” foi atacado em 170 A. C. Nas fronteiras com o Egito, ele teve de enfrentar o exército egípcio. Isso ocorreu em Pelúsio, que ficava perto do delta do rio Nilo. Embora os egípcios contassem com numeroso exército, foram derrotados. Então Antioco resolveu mostrar-se amigo desse povo, e ambos os lados favoreciam a cessação das hostilidades, mas suas esperanças nunca se cristalizaram, pois ambos se mostravam espertos e enganadores, o que novamente é próprio da política.
    “Em 169 A. C., Antíoco invadiu o Egito e capturou Ptolomeu VI. Mas dificuldades em sua pátria o forçaram a deixar o Egito e, a caminho de volta (levando muito despojo), ele saqueou Jerusalém e o tesouro do templo” (Oxford Annotated Bible, na introdução aos vss. Dn 11:25-28; II Macabeus 5:11-16; Josefo, Guerras, 1.1.1; Antiq. Xll.Dn 5:3). Tendo aprisionado seu sobrinho, Ptolomeu, ele fingiu estar agindo em seu favor, mas o que sucedeu foi que conseguiu submeter larga porção do Egito. Foi forçado a parar em Alexandria. O romano Polílio Laenas estragou os planos de Antíoco. Ele precisou evacuar o Egito, pelo que sua ira se voltou contra os judeus não-helenizados de Jerusalém.

    Antíoco contaminou o templo em 167 A. C. O vs. Dn 11:27 refere-se à falsa barganha de Antíoco no Egito. Os dois reis que figuram naquele versículo são Antíoco e Ptolomeu Filometer, seu sobrinho. Teoricamente, Filometer estava em aliança com seu tio contra o irmão mais novo do usurpador. Foi assim que Antíoco reuniu riquezas e conquistou terras, presumivelmente em favor de Filometer, mas, na realidade, ele não se importava em nada com seu sobrinho. Ele agia em interesse próprio o tempo todo (segundo disse Lívio XLV.Dn 11:1). Todo esse esquema teve um fim nomeado, que alguns estudiosos fazem ser uma referência escatológica, transferindo tudo para o fim dos tempos e elegendo o anticristo como a verdadeira personagem traiçoeira. Ou o fim pode ter sido do poder e da vida de Antíoco, ou então da guerra. Mas alguns insistem em dizer; “O Fim”.

    Então tornará para a sua terra com grande riqueza. Antíoco voltou para sua terra levando muitos despojos, pelo que seu tempo passado no Egito não foi desperdiçado. O grande saque do Egito é referido em I Macabeus 1.19, bem como nos Oráculos Sibilinos 3.614 s. Passando por Jerusalém, ele ainda foi prejudicial. Entre outras coisas, quis reintegrar Menaleu como sumo sacerdote e expulsou Jasom. Talvez seja isso o que está em vista na expressão “santa aliança”, ou seja, fazer Jasom ficar no poder. Outros estudiosos, contudo, mais corretamente, referem-se à fé judaica quando lêem “santa aliança”, pois essa fé se baseava nos pactos, a começar por Abraão. Ver no Dicionário o verbete chamado Pactos. Conforme I Macabeus 1.15,63 quanto à distheke agia, “santa aliança”. Ver também I Macabeus 1:20-24 e 29.36. Antíoco causou muitos danos a Jerusalém, por causa do conflito entre Jasom e Menelau. Ele saqueou o tesouro do templo e estacionou tropas na cidade para manter a ordem. Contaminou o templo ao oferecer uma porca sobre o altar, e então retornou à própria terra.

    “Antíoco lançou um grande exército contra Jerusalém e tomou-a em ataque relâmpago; matou 40.000 pessoas; vendeu muitos judeus como escravos; cozinhou carne de porco e salpicou o caldo sobre o altar; invadiu o Santo dos Santos; pilhou os vasos de ouro e outros itens sagrados do tesouro, que alcançaram o valor de mil talentos; restaurou Menaleu ao ofício sumo sacerdotal e fez de Filipe o governador frígio de dudá (I Macabeus 1.24; II Macabeus 5.21)” (Adam Clarke, in loc., ao descrever os “feitos” de Antíoco Epifânio). A interpretação escatológica vê o anticristo tipificado em tudo isso.

    Dn 11:29
    No tempo determinado tornará a avançar contra o Sul.
    Mais tarde, Antioco Epifânio lançou uma segunda campanha contra o Egito. Embora a primeira campanha tivesse sido estragada por acontecimentos finais, conseguiu realizar muito do que tinha sido planejado, além de ter rendido muito dinheiro para o Louco. A segunda campanha foi um desastre e enviou o pobre Antíoco de volta à sua terra como um cão surrado. Assim disseram Políbio (Hist. XXIX 23-27) e Lívio (XLIV, 19.6-11). A segunda campanha ocorreu apenas dois anos depois da primeira (168 A. C.), pelo que Antioco era homem que sempre tinha pressa em obter mais diversões no jogo da guerra e dos saques. Todo o fingimento de estar agindo em favor de Filometer foi abandonado, pois o Louco revelava seu verdadeiro caráter.

    Dn 11:30,Dn 11:31

    Dele sairão forças que profanarão o santuário. Quando Antíoco invadiu o Egito, sofreu oposição dos romanos, que tinham chegado ao Egito em navios provenientes das cosfas ocidentais (literalmente, “navios de Quitim”, ou seja, Chipre). Popílio Laenas levava uma carta do senado romano para ser entregue pessoalmente a Antioco, proibindo-o de guerrear contra o Egito. Antíoco empregou táticas de adiamento, mas os romanos exigiam resposta imediata. Ele traçou um círculo na areia, em volta de Antíoco, e exigiu que a resposta fosse dada antes que ele saísse de dentro do círculo. Antíoco foi assim forçado a capitular diante das exigências dos romanos, pois, se insistisse em seu caminho, ver-se-ia em guerra contra Roma. Essa foi uma derrota humilhante para o Louco. Ele perdeu a coragem e simplesmente voltou à sua própria terra.

    Mas isso não foi o fim da história, Enraivecido, ele atacou Jerusalém de novo, em 167 A. C. Foi então que fundou sua abominação desoladora. Isso quer dizer que ele estabeleceu um altar pagão no templo de Jerusalém, fazendo os judeus inclinar-se diante dele (vs. Dn 11:31). Paralelamente, descontinuou as práticas religiosas usuais dos judeus, como os sacrifícios diários e o culto de Yahweh. Quanto à santa aliança (vs. Dn 11:30), ver a mesma expressão no vs. Dn 11:28, onde apresento notas expositivas. Ele se manteve em contato com os judeus helenizantes e, juntos, planejaram a helenização do judaísmo, a fim de transformá-lo em apenas mais um culto idólatra oriental. Aqueles judeus renegados haviam abandonado o pacto com Deus (ver I Macabeus 1.15; II Macabeus 4:7-17; Assunção de Moisés 8,1-5). O vs. Dn 11:31 fornece uma pequena lista das excentricidades e atrocidades de Antíoco contra o judaísmo. De modo geral, podemos dizer que ele reduziu o templo de Yahweh a apenas outro santuário pagão. Quanto à abominação que desola, conforme Dn 8:13; Dn 9:27 e Dn 12:11. Em Dn 9:27 dou detalhes sobre a interpretação futurista e escatológica dessa questão, segundo a qual os atos de Antíoco são vistos como típicos do que o anticristo fará nos últimos dias. Certas passagens do livro de Apocalipse encorajam esse tipo de aplicação do livro de Daniel, e eu as menciono naquelas notas expositivas.

    “Antíoco enviou seu general, Apolônio, com 22.000 soldados, alegadamente em missão de paz. Mas eles atacaram Jerusalém em um sábado, mataram a muitos judeus, tomaram mulheres e crianças para serem vendidos como escravos, e saquearam e incendiaram a cidade. Buscando helenizar o judaísmo, ele proibiu os judeus de seguir suas práticas religiosas, incluindo as festividades e a circuncisão, e ordenou que as cópias da lei fossem queimadas. E então estabeleceu a abominação que desola. Ele erigiu sobre o altar dos holocaustos um altar dedicado a Zeus. Em seguida os judeus foram compelidos a fazer uma oferta no dia 25 de cada mês, a fim de celebrar o aniversário natalício de Antíoco” (J. Dwight Pentecost, in loc.). Os judeus helenizados receberam prêmios por terem ajudado o Louco a cumprir seus planos. Taanith 4,6 diz-nos que um altar pagão substituiu o altar dos holocaustos, e uma estátua de Zeus foi erigida sobre esse altar.

    Dele sairão forças que profanarão o santuário, a fortaleza nossa, e tirarão o sacrifício costumado, estabelecendo a abominação desoladora.

    Dn 11:31

    A Segunda Vinda

    Girando e girando em círculos cada vez maiores,
    O falcão não pode ouvir o seu treinador;
    As coisas se despedaçam; o centro não pode manter-se.
    Certamente alguma revelação está próxima,
    Certamente a segunda vinda está às portas.
    A segunda vinda! Nem bem são ditas essas palavras E a vasta imagem do espírito do mundo Atribula minha visão...
    As trevas sobrevêm novamente; mas agora sei
    Que vinte séculos de sono de pedra
    Foram agitados em pesadelo por um berço que balança.
    E que fera violenta, que haverá de surgir É essa que se avizinha de Belém?
    William Butler Yeats



    A CABEÇA DA SERPENTE

    A cabeça da serpente se levantou,
    Com olhos maliciosos e furtivos,
    Com boca nociva a zombar,
    A violentar toda inocência, a espumar seu ódio,
    A desejar vil perservidade.
    A cabeça da serpente se levantou,
    Tão bela, em todo o seu intrincado desenho,
    Encantadores são seus prazeres, ao que todos resignam;
    Nada tão alegre, tão saudável,
    Tão precioso, tão benéfico pode estar errado,
    Correta e justamente a ela o mundo se amontoa.
    A cabeça da serpente se levantou,
    Eis em seus olhos a sabedoria dos séculos,
    Por que não buscar suas vantagens?
    A ela damos alegre lealdade, a ela adoramos,
    Posto que satisfação dá a todos, de seu vasto tesouro.
    A cabeça da serpente se levantou, sua tentadora beleza... é feiúra vil; seu encanto atrativo... é a maldição da raça; sua alegria e seus prazeres... horrenda desgraça; sua sabedoria e gênio depravado... apaga a piedade.
    Russell Champlin

    Dn 11:32

    Aos violadores da aliança ele com lisonjas perverterá. Os judeus favoráveis à helenização foram seduzidos para seguir o programa do Louco. Mas havería um movimento de oposição que buscaria reverter a questão. I Macabeus 1.62 relata sobre essa oposição, que resultou, afinal, na resistência dos macabeus. Houve muitos mártires, muitas matanças e muito sofrimento durante aquele período temível, que alguns pensam ser apenas típico do que acontecerá em Israel, antes do estabelecimento do Reino milenar de Deus. Uma ridícula deificação de

    Antíoco (vs. Dn 11:36) seria o ponto alto da apostasia. Ver 2Ts 2:4, onde se lê que isso foi dito sobre o anticristo.

    I Macabeus 2.18 fala sobre as promessas lisonjeadoras feitas a Matatias, mas por ele rejeitadas, porquanto havia um destino maior do que isso. Ver no Dicionário o verbete chamado Matatias, terceiro ponto. Ele foi o pai dos cinco homens que pegaram em armas e quem, finalmente, livrou os judeus do domínio pagão. Ver no Dicionário o artigo sobre os Harmoneanos, para detalhes sobre a questão.

    “Um pequeno remanescente permaneceu fiel a Deus, recusando-se a engajar-se nessas práticas abomináveis. Antíoco IV Epifânio morreu insano na Pérsia, em 163 A. C. Ver notas sobre isso em Dan. 8:23-25” (J. Dwight Pentecost, in loc.).


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Daniel Capítulo 11 do versículo 1 até o 35
    *

    11:1

    no primeiro ano de Dario, o medo. Dois anos antes (10.1, nota) o anjo que estava falando com Daniel tinha dado assistência a Miguel (10.13, nota), talvez em conexão com o decreto persa de permitir aos judeus retornarem à sua terra natal.

    * 11.2—12.4

    A revelação que foi dada a Daniel em 11.2—12.4 divide-se em três partes: Dn 11:2-20 retrata a história do Oriente Próximo até o tempo de Antíoco IV Epifânio; Dn 11:21-35 descreve o governo de Antíoco IV; e Dn 11:36—12.4, aparentemente descreve o tempo do anticristo.

    * 11:2

    ainda três reis. Esses reis foram: Cambises, 529—523 a.C.; Pseudo-Esmerdis (Gaumata), 523—522 a.C.; e Dario I, 522—486 a.C.

    e o quarto. Xerxes I, 485—464 a.C., conhecido no Antigo Testamento como Assuero.

    grandes riquezas. Ver Et 1:4.

    contra o reino da Grécia. Xerxes encetou uma série de campanhas militares contra a Grécia, começando em 480 a.C.

    * 11:3

    se levantará um rei poderoso. Alexandre, o Grande (336—323 a.C.). Ver notas em 7.6; 8.5,8.

    * 11:4

    o seu reino será quebrado. Ver notas em Dn 7:6; 8:8.

    * 11:5

    O rei do Sul. Ptolomeu I Soter, 322—285 a.C.

    um de seus príncipes. Selêuco I Nicator (312—280 a.C.). Selêuco rompeu com Ptolomeu, tornou-se rei da Babilônia e controlava territórios do rio Indo no leste até à Síria, no ocidente.

    * 11.6-20

    Estes versículos contêm predições detalhadas dos relacionamentos entre o rei do norte (o reino selêucida) e o rei do sul (o reino ptolemaico). Esta seção diz respeito a eventos que envolviam Laodice e Berenice (v. 6-9), a carreira de Antíoco III (vs. 10-19) e o reinado de Selêuco IV (v. 20).

    *

    11:6

    a filha do rei. Berenice, a filha de Ptolomeu II Filadelfo, 285—246 a.C.

    para estabelecer a concórdia. Temos aqui uma aliança por casamento (cerca de 250 a.C.) entre Antíoco II Teós (261—246 a.C.), da Síria, e Ptolomeu II, do Egito.

    ele não permancerá, nem o seu braço. Laodice, a ex-esposa de Antíoco II, liderou uma conspiração que resultou na morte, por envenenamento, de Berenice, de Antíoco II e o pequeno filho deles.

    * 11:7

    de um renovo da linhagem dela. Ptolomeu III Euergetes, 246—221 a.C., irmão de Berenice (v. 6 e nota).

    entrará na sua fortaleza. Ptolomeu III atacou o reino selêucida, executou Laodice (v. 6, nota) e retornou ao Egito com consideráveis despojos.

    *

    11:8

    o rei do Norte. Selêuco II Calínico (246—226 a.C.) filho de Laodice, liderou uma campanha militar sem sucesso contra o reino ptolemaico, em 240 a.C.

    *

    11:10

    Os seus filhos. Selêuco III Cerauno (226—223 a.C.) e Antíoco III, o Grande (223—187 a.C.).

    farão guerra. Antíoco III começou a lutar contra os Ptolomeus em 219 a.C., e, durante algum tempo, obteve o controle sobre a Palestina e a Síria ocidental.

    fortaleza. Provavelmente essa fortaleza era Ráfia, uma fortaleza ptolemaica no sul da Palestina, onde uma grande batalha foi travada em 217 a.C.

    * 11:11

    este. O rei do Sul, Ptolomeu IV Filópater (221—203 a.C.).

    o rei do Norte. Antíoco III. Antíoco sofreu grandes perdas, isto é, mais de catorze mil homens, na batalha de Ráfia, em 217 a.C.

    *

    11:13

    o rei do Norte. Em aliança com Filipe V, da Macedônia, Antíoco III organizou um exército ainda maior para invadir o reino ptolemaico. Ptolomeu IV morreu em circunstâncias misteriosas e foi substituído por Ptolomeu V Epifânio (203—181 a.C.), seu filho de quatro anos.

    *

    11:15

    tomará cidades fortificadas. A vitória de Antíoco III sobre o general egípcio Scopas, em Sidom, em 198 a.C., assinalou o fim do governo ptolemaico na Palestina.

    *

    11:16

    na terra gloriosa. A Palestina. Ver os vs. 41 e 45; 8.9.

    *

    11:17

    não vingará, nem será para a sua vantagem. Depois que Cleópatra foi dada em casamento a Ptolomeu V, pelo pai dela, Antíoco III, ela se bandeou para o lado egípcio, buscando a ajuda dos romanos contra a tentativa do pai dela de tomar as cidades costeiras da Ásia Menor que eram controladas pelo Egito.

    *

    11:18

    um príncipe. Trata-se do general romano Lúcio Cornélio Scipio, que derrotou Antíoco III em várias batalhas e forçou-o a ceder a Ásia Menor ao controle dos romanos (a paz de Apaméia, 188 a.C.). Nesse tempo, o segundo filho de Antíoco III, que se tornou Antíoco IV Epifânio, foi levado como refém para Roma.

    *

    11:20

    em lugar dele. Selêuco IV Filópater, 187—175 a.C. (o filho mais velho de Antíoco III).

    pela terra mais gloriosa do seu reino. Quanto a um relato da tentativa de Heliodoro em cobrar impostos de Selêuco, ver 2Macabeus 3:7-40.

    *

    11:21

    um homem vil. Antíoco IV Epifânio (175—164 a.C.), que não foi o sucessor legítimo de seu irmão, Selêuco IV, visto que Selêuco IV tinha um filho. Ver notas em 8:9-14.

    *

    11:22

    também o príncipe da aliança. Talvez tenhamos aqui uma referência ao assassinato, em 171 a.C., do sumo sacerdote Onias III, por apoiadores de Antíoco IV, baseados em Jerusalém (ver 2Macabeus 4:32-43).

    *

    11:25

    o rei do Sul. Ptolomeu VI Filómeter, 181—146 a.C., filho de Ptolomeu V e Cleópatra, e sobrinho de Antíoco (v. 17, nota).

    não prevalecerá. Antíoco IV derrotou Ptolomeu VI em Pelúsio, na fronteira com o Egito (conforme 1Macabeus 1:16-19).

    *

    11:28

    tornará para a sua terra... o seu coração será contra a santa aliança. Em reação às intrigas em Jerusalém contra seus apoiadores, Antíoco IV saqueou o templo de Jerusalém quando retornava do Egito para a Antioquia da Síria (conforme 1Macabeus 1:20-28).

    *

    11:29

    contra o Sul. Antíoco IV invadiu novamente o Egito em 168 a.C.

    *

    11:30

    virão contra ele navios de Quitim. Exércitos romanos, comandados por Caio Popílio Lenas, forçaram Antíoco IV a retirar-se do Egito.

    se indignará contra a santa aliança. Antíoco IV resolveu exterminar a religião judaica. Ver nota em 8.11.

    *

    11:31

    a abominação desoladora. A profanação do templo ocorreu em dezembro de 168 a.C., por ordem de Antíoco IV (conforme 1Macabeus 1.54,59; 2Macabeus 6.2). Ver as notas em 8.11; 9.27 e 12.11).

    *

    11:32

    o povo que conhece ao seu Deus. Daniel fala aqui sobre aqueles que se opuseram aos helenizantes e estavam prontos para morrer pela sua fé (1Macabeus 1:60-63).

    *

    11:34

    serão ajudados. Provavelmente temos aqui uma referência a Matatias, um sacerdote idoso, e seus cinco filhos: João, Simão, Judas, Eleazar e Jônatas, os quais desfecharam uma batalha de guerrilhas contra a helenização forçada dos judeus. Matatias morreu em 166 a.C. Seus filhos, conhecidos como os Macabeus, levaram avante a luta. A vitória foi obtida por Judas Macabeu, em dezembro de 164 a.C., quando o templo de Jerusalém foi purificado e os sacrifícios diários foram restaurados (1Macabeus 4:36-39).

    *

    11:35

    tempo do fim... no tempo determinado. Ver nota em 8.17.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Daniel Capítulo 11 do versículo 1 até o 45
    11:2 O mensageiro angélico estava revelando o futuro do Israel (veja-se 10.20, 21). Só Deus pode revelar tão claramente o futuro. A obra de Deus não só afeta o panorama geral da história, mas também além se centra nos detalhes intrincados da vida da gente. E seus planos, já sejam para as nações ou para os indivíduos, são inconmovibles.

    11:2 O quarto rei Persa pode ter sido Asuero (486-465 a.C.), quem lançou um ataque contra Grécia em 480 (Et_1:1).

    11.2ss Os medopersas derrotaram a Babilônia. A Grécia do Alejandro Magno derrotou aos medopersas e conquistou a maior parte das terras do Mediterrâneo e do Oriente Médio. depois da morte do Alejandro, o império se dividiu em quatro partes. Os tolemaicos se apoderaram do sul da Palestina, e os seléucidas tomaram a parte norte. Os versículos 1:20 mostram o conflito entre os tolemaicos e o seléucidas pelo controle da Palestina do 300 aos 200 a.C. Os versículos 21:35 descrevem a perseguição do Israel sob o governo do Antíoco IV Epífanes. Dos versículos 36:45 a profecia troca ao fim dos tempos. Antíoco IV sai do quadro e o anticristo dos últimos dias se volta o centro de atenção.

    11:3 Este poderoso rei da Grécia é Alejandro Magno, quem conquistou o império medopersa e construiu um enorme império em só 4 anos.

    11:4, 5 Com o tempo o império do Alejandro Magno se dividiu em quatro nações. Estas quatro nações mais fracos incluíam as seguintes regiões: (1) Egito, (2) Babilônia e Síria, (3) Ásia Menor e (4) Macedônia e Grécia.

    11:6, 7 Estas profecias parecem haver-se completo muitos anos depois nas guerras seléucidas entre o Egito e Síria. No ano 252 a.C., Tolomeo II do Egito ("do sul") deu a sua filha Berenice em matrimônio ao Antíoco II de Síria ("do norte") para concluir um tratado de paz. Entretanto, a primeira esposa do Antíoco II, Laodice assassinou ao Berenice na Antioquía. Tolomeo III, irmão do Berenice, subiu ao trono egípcio e declarou a guerra aos seléucidas para vingar o assassinato de sua irmã.

    11.9-11 O rei de Síria ("do norte") é Seleuco II e o rei do Egito ("do sul") é Tolomeo IV.

    11:13 Este rei do norte é provavelmente Antíoco III (o Grande). Tomou muitas cidades egípcias (11,15) e se estabeleceu no Israel ("a terra gloriosa", 11.16). Os romanos o derrotaram mais tarde em Magnésio (11.18).

    11:17 O invasor, Antíoco III, tratou de fazer as pazes entre o Egito e Síria dando a sua filha em matrimônio ao Tolomeo IV Epífanes do Egito, mas o plano fracassou.

    11:20 Este sucessor é Seleuco IV, sucessor do Antíoco III. Enviou ao Heliodoro para roubar e profanar o templo de Jerusalém.

    11:21 Seleuco IV foi acontecido por seu irmão, Antíoco IV Epífanes, quem se congraçou com os romanos.

    11:27 Estes dois reis traiçoeiros foram provavelmente Antíoco IV de Síria e Tolomeo VI do Egito. A traição e o engano são armas que os que cobiçam poder utilizam para colocar-se por cima de outros. Entretanto, quando dois ambiciosos tratam de fazer-se isto, o jogo se converte em um processo autodestructivo em que se debilitam ambos. Também é fútil, pois Deus tem o poder em suas mãos.

    11:29, 31 Antíoco IV Epífanes invadiria outra vez "o sul", mas as naves inimizades o obrigariam a retirar-se. Em sua retirada saqueou a Jerusalém, profanou o templo, e deteve os sacrifícios. O santuário foi poluído quando Antíoco IV Epífanes sacrificou porcos em um altar ereto para honrar ao Zeus. De acordo com a lei judia, os porcos eram imundos e não deviam tocar-se nem comer-se. Sacrificar um porco no templo era o pior insulto que um inimigo podia fazer aos judeus. Isto ocorreu em 168-167 a.C.

    11:32 A referência pode ser ao Menelao, o supremo sacerdote a quem Antíoco chegou a conquistar e que conspirou com ele contra os judeus leais a Deus. "O povo que conhece seu Deus" pudessem ser os macabeos e seus simpatizantes; entretanto, pode haver outro cumprimento no futuro.

    11.33, 34 Os momentos de prova nos recordam nossa debilidade e incapacidade para enfrentar dificuldades. Nesses momentos procuramos respostas, liderança, direção clara. Quando vem a prova, a Palavra de Deus interessa inclusive a quem em tempos melhores nunca a olhariam. Os crentes devem então nos preparar para aproveitar as oportunidades de falar da Palavra de Deus em tempos de necessidade. Também devemos nos preparar para a perseguição e o rechaço se ensinarmos e pregamos.

    11:35 O mensageiro de Deus descreve um tempo de prova quando inclusive os crentes dotados podem tropeçar. Isto pode significar (1) cair em pecado, (2) voltar-se temeroso e perder a fé, (3) por engano seguir um ensino equivocado, ou (4) experimentar um sofrimento severo e o martírio. Se resistirmos e perseveramos na fé, esta experiência só nos refinará e nos fará mais puros. Esta você passando por tribulações? as reconheça como oportunidades por meio das quais Deus o pode refinar.

    11.36-39 Estes versículos podem referir-se ao Antíoco IV Epífanes, ao Tito 5espaciano ou ao anticristo. Algum destes fatos podem haver-se completo já, e outros se cumprirão no futuro.

    11:38 Se acredita que o "deus da Fortaleza" se refere ao Júpiter ou Zeus. A implicação é que o rei fará da guerra seu deus. Mais que todos seus antepassados, liberará guerras e glorificará seus horrores.

    11:40 A profecia dá uma volta aqui. Antíoco IV se desvanece da vista e o anticristo dos últimos dias se converte no centro de atenção desde este ponto até o final do livro do Daniel.

    11:45 "O monte glorioso e santo" é o Monte do Sion ou a cidade de Jerusalém


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Daniel Capítulo 11 do versículo 1 até o 45
    3. A visão de perplexidade do homem (11: 2-12: 4)

    A primeira parte da visão fez Daniel ciente da pessoa majestoso de Deus. Ele viu e sentiu e ouviu Deus como seu coração estava preparado para receber a palavra da verdade. A segunda parte da visão estabelece a perplexidade do homem como era para continuar com o período persa, para o período grego, e até o fim da história humana, atingindo o seu clímax na regra horrível do anticristo. Além da graça divina os homens e as nações estão em um estado caótico, caracterizada por confusão, conflito e perseguição cruel. A visão de Daniel ensina a transitoriedade do governo humano e a permanência da verdade divina.

    1. Os reis da Pérsia (Dn 11:2)

    3 E um rei poderoso se levantará, que reinará com grande domínio, e fará o que lhe aprouver. 4 E quando ele deve ficar de pé, o seu reino será quebrado, e será repartido para os quatro ventos do céu, mas não à sua posteridade, nem tampouco segundo o poder com que reinou; para o seu reino será arrancado, e até mesmo para outros que não eles.

    O poderoso rei é claramente Alexandre, o Grande, que foi mencionado anteriormente no livro (8: 5-21 ). Este jovem monarca da Macedónia assumiu no lugar de seu pai, Filipe da Macedônia, em 336 AC , e por 327 estava atravessando o Himalaia para a Índia.Poucos cruzaram seu caminho, como fez conforme a sua vontade. Mas sua morte veio de repente, em 323 AC, quando ele tinha apenas 32. Seu reino ainda estava no auge de seu poder.

    Nos vinte anos após a morte de Alexander a luta pelo poder entre seus generais quebrou o seu reino, e foi finalmente dividido para os quatro ventos do céu, uma figura para os quatro generais, entre os quais o reino foi dividido. Embora Alexander teve três filhos, era não para os seus descendentes que seu reino foi deixado, mas para os seus generais. Na partição Cassandro tornou-se rei da Macedônia, Lysimachus governante da Trácia, Seleuco I assumiu a área sírio e da Babilônia, e Ptolomeu I tornou-se governante no Egito.

    c. As Guerras dos Ptolomeus e os Selêucidas (11: 5-20)

    5 E o rei do sul será forte, e um dos seus príncipes; e este será mais forte em cima dele, e ter domínio; seu domínio se um grande domínio. 6 E no final do ano, eles se aliarão; ea filha do rei do sul virá ao rei do norte para fazer um acordo, mas ela não reterá a força do seu braço; nem subsistirá ele, nem o seu braço; mas ela será entregue, e os que a trouxe, e aquele que gerou a ela, e que a fortalecia naqueles tempos.

    7 Mas dum renovo das raízes dela um se levantará em seu lugar, que virá ao exército, e entrará na fortaleza do rei do norte, e operará contra eles, e prevalecerá. 8 E também seus deuses, com suas imagens de fundição, e com os seus vasos preciosos de prata e de ouro, ele os levará cativos para o Egito; e ele deve abster-se alguns anos desde o rei do norte. 9 E ele entrará no reino do rei do sul, mas voltará para a sua terra.

    10 E os seus filhos intervirão, e reunirão uma multidão de grandes forças, que hão de vir, e inundará, e passar por ele; e eles voltarão a guerra até a sua fortaleza. 11 E o rei do sul será abalado com a raiva, e sairá, e apertado com ele, mesmo com o rei do norte; e ele porá em campo grande multidão, ea multidão será entregue na sua Mc 12:1 E a multidão será exaltada, e seu coração se elevará; e que derrubará dezenas de milhares, mas não prevalecerão. 13 E o rei do norte tornará, e porá em campo uma multidão maior do que o primeiro; e virá em no final dos tempos, mesmo de anos, com um grande exército e com muita substância. 14 E, naqueles tempos, muitos se levantarão contra o rei do sul; e os filhos do violento entre as tuas pessoas se levantarão para cumprir a visão; mas eles cairão. 15 Então o rei do norte virá, e levantará baluartes, e tomará uma cidade bem fortificada:. e as forças do sul não poderão resistir, nem haverá qualquer força para ficar 16 Mas aquele que vem contra ele fará segundo a sua própria vontade, e ninguém poderá resistir diante dele; e estará na terra gloriosa, e em sua mão será a destruição. 17 e porá o propósito de vir com a força de todo o seu reino, e com ele as condições equitativas; e ele deve executá-las: e Deus lhe dará uma filha das mulheres, para corrompê-la; mas ela não subsistirá, nem será para ele. 18 Após este virará o seu rosto para as ilhas, e tomará muitas; mas um príncipe fará a reprovação oferecido por ele para cessar; sim, além disso, fará o seu opróbrio para voltar-se contra ele. 19 Então ele virará o seu rosto para as fortalezas da sua própria terra; mas tropeçará e cairá, e não será achado.

    20 Então, se levantará em seu lugar um que deve desencadear um exactor para passar através da glória do reino; mas dentro de poucos dias será quebrantado, e isto sem ira e sem batalha.

    Estes versos não nos dão uma história, mas um esboço, dos reinos do Egito e da Síria como eles se relacionam com o povo de Deus no período 320-175 AC propósito de Daniel é mostrar as atividades instáveis ​​de reinos humanos, em contraste com a permanência do Reino de Deus. Embora se amotinam as nações, Deus está sentado no seu trono vigiando Sua própria.

    O rei do sul é Ptolomeu Soter, um dos generais de Alexandre, que recebeu o reino do Egito e governou 323-285 AC Foi um dos seus príncipes, Seleuco I, que começaram a dinastia da Síria em 312. Ptolomeu capturou Jerusalém em 320 e iniciou um período de dominação egípcia da Palestina, que durou até 197 AC , cumprindo, assim, as palavras, o seu domínio será um grande domínio.

    O versículo 6 continua o contorno após um período de cerca de 50 anos-cerca de 250 BC -e prevê a aliança que foi proposto entre Ptolomeu Filadelfo (285-246 AC) e Antíoco II (Theos). Um acordo centrado em torno de Berenice, a filha do rei do sul, que era para se casar com Antíoco e, portanto, soldar os dois reinos. No entanto, depois de dois anos Antíoco foi envenenado por sua primeira esposa, Laodice, e, em seguida, Berenice e seu filho recém-nascido foram assassinados por Seleuco, o filho de Laodice. Isso fez com que a aliança a desmoronar e os dois reinos para continuar a sua hostilidade.

    Os versículos 7:9 prever a hostilidade e guerra aberta que eclodiu após 246 AC entre Ptolomeu Euergetes (246-222 AC) e Seleuco Callinicus (246-226 AC ). A filmagem de suas raízes, ou seja, a partir de sua ascendência, é, sem dúvida, Ptolomeu Euergetes, o irmão de Berenice, que veio contra a fortaleza, Antioquia, para vingar a morte de sua irmã. Além de colocar a Laodice morte, ele pilharam e saquearam os templos do reino sírio carregando seus deuses com seu ouro e prata ... cativos para o Egito. Jerome diz-nos:

    E então, quando soube que uma rebelião estava em andamento no Egito, ele devastou o reino de Seleuco e levado como despojo quarenta mil talentos de prata, e também vasos preciosos e imagens dos deuses com a quantidade de dois mil e quinhentos.

    Em retaliação Seleuco Callinicus fez uma expedição contra Ptolomeu (v. Dn 11:9 ), mas voltou para a sua terra derrotado e enfraquecido. O conflito deixou a Palestina sob o controle dos egípcios; durante o período do processo helenizante estava acontecendo no reino dos judeus.

    Os versículos 10:12 descrevem o conflito como ocorreu na próxima geração (226 AC e seguintes) como os filhos de Seleuco Callinicus, Seleuco III e Antíoco III (o Grande), montado uma multidão de grandes forças. Seleuco III foi morto em batalha e Antíoco, o Grande (224-187 AC) levou o conflito para o reino do Egito. Para defender seu reino Ptolomeu Philopater (222-205 AC) foi movido de cólera e levantou um enorme exército. Na batalha de Raphia (217 AC) Ptolomeu derrotou Antíoco e expressos para baixo dezenas de milhares. Ele não pressionar sua vantagem, mas voltou para o Egito e sua antiga vida amorosa de luxo, cumprindo, assim, as palavras, ele não deve prevalecer.

    Os versículos 13:15 prever o compromisso de retorno provocada pelo crescente poder de Antíoco, o Grande. Treze anos após a batalha de Raphia (204 AC ), armado com um poderoso exército, e incentivado por alguns revolucionários judeus, os filhos do violento entre o teu povo, Antíoco derrotou as forças de Ptolomeu Epifânio (205-180 AC) na Batalha de Sidon. Ele levantará baluartes e sitiaram a cidade bem fortificada, finalmente, reduzindo as forças egípcias para submissão. Neste vitória Palestina passou de egípcio para o controle da Síria; os judeus eram doravante sujeita à dominação de Antioquia. Esta parece ser a importação de versículo 16 , ele permanecerá na terra gloriosa.

    O versículo 17 continua as atividades e os efeitos do Antíoco. Incentivado por sua vitória militar sobre o Egito, ele determinado a destruir o reino egípcio pela intriga. Ele deu a sua filha, Cleópatra, a Ptolomeu Epifânio em casamento, esperando assim ganhar o controle do trono egípcio. No entanto, ela [literalmente, "it"] não devem ficar de pé, nem será para ele, ou seja, "em vez de se aliar com o pai dela, Cleópatra ficou do lado de Ptolomeu e não houve benefício para Antíoco."

    Os versículos 18:19 falam de últimos dias de Antíoco, o Grande. As ilhas são as ilhas e ilhas da Ásia Menor; um príncipe é o capitão romano, Lucius Scipio Asiaticus, que derrotou os desenhos de Antíoco em uma batalha perto de Magnésia em 190 AC Após este Antíoco voltou para as fortalezas da sua própria terra e morreu em desgraça desanimados. Sua história está previsto em alguns detalhes, porque ele mudou o governo controle da Terra Santa.

    O versículo 20 diz do sucessor de Antíoco, o Grande, Seleuco Philopater (187-176 AC ), o raiser de impostos. Movido pelos altos impostos que ele teve de pagar os romanos, Seleuco causado Heliodoro, um exactor [cobrador de impostos], para passar através da glória do reino. Eliodoro tentou aproveitar os fundos do tesouro do templo, mas de acordo Ct 2:1 Macabeus 3 este foi milagrosamente frustrado. Dentro de alguns dias (anos) Seleuco Philopater foi quebrado e guerra civil seguido.

    d. Perseguição Antíoco Epifânio "( 11: 21-35)

    21 E em seu lugar se levantará uma pessoa vil, ao qual não tinham dado a honra do reino: mas ele virá com o tempo de segurança, e tomará o reino com engano. 22 E as forças esmagadoras serão varridas de antes dele, e será quebrado; sim, também o príncipe da aliança. 23 E, depois do concerto com ele, usará de engano; para ele subirá, e se tornará forte, com pouca gente. 24 em tempo de segurança Virá também sobre os lugares mais férteis da província; e ele fará o que seus pais não fizeram, nem os pais de seus pais; repartirá entre eles a presa, e estragar, e substância: sim, ele deve elaborar seus projetos contra as fortalezas, mas por certo tempo. 25 E suscitará a sua força ea sua coragem contra o rei do sul com um grande exército ; eo rei do sul se a guerra no campo de batalha com um exército grande e mui poderoso; mas ele não subsistirá; para eles devem elaborar projetos contra ele. 26 Sim, os que comem os seus manjares gostosos deve destruí-lo. e seu exército transbordarão; e cairão muitos mortos. 27 E, quanto a estes dois reis terão o coração atento para fazerem o mal, e falarão a mentira em uma mesa, mas isso não prosperará; para ainda virá o fim no tempo determinado.

    28 Então tornará para a sua terra com muitos bens; e seu coração será contra a santa aliança; e fará o seu prazer , e voltar para a sua terra. 29 No tempo determinado voltará, e entrará no sul; mas não será na última vez como foi na primeira. 30 Para os navios de Quitim se levantará contra ele; portanto, ele deve ser triste, e voltará, e se indignará contra a santa aliança, e deve fazer o seu prazer : ele deve mesmo voltar, e ter em conta para os que abandonam a santa aliança. 31 E as forças estarão sobre o seu lado, e profanarão o santuário, mesmo a fortaleza, e levarão o contínuo holocausto , e eles devem criar a abominação desoladora. 32 E, como fazer o mal contra o pacto deve ele perverter com lisonjas; mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte, e fará proezas . 33 E os que são entendidos entre o povo ensinarão a muitos; todavia cairão pela espada e pelo fogo, pelo cativeiro e pelo roubo, por muitos dias. 34 Agora, quando eles cairão, eles devem ser ajudados com um pouco de ajuda; mas muitos se ajuntarão a eles com lisonjas. 35 E alguns dos que são sábios cairão para refiná-los, e para purificar, e embranquecidos, até ao tempo do fim; porque será ainda para o tempo determinado.

    Esta passagem é uma das mais difíceis no livro de Daniel. Comentaristas liberais aplicá-lo apenas a Antíoco Epifânio. O ponto de vista histórico conservador tem sido a herança da Igreja desde os dias de Jerome, que escreveu:

    Aqueles de nossa escola insistir também que uma vez que muitos dos detalhes que são, posteriormente, para ler e explicar são apropriados para a pessoa de Antíoco, ele deve ser considerado como um tipo do Anticristo, e as coisas que aconteceram com ele em uma preliminar forma estão a ser completamente cumprida, no caso do Anticristo. Julgamos que não é o hábito da Sagrada Escritura para estabelecido por meio de tipos a realidade das coisas que estão por vir.

    Esta posição parece ser a interpretação mais coerente à luz da posição que a passagem é profecia preditiva escrito por Daniel no século VI AC

    O movimento do pensamento na passagem sob consideração centros em torno de quatro períodos da vida de Antíoco Epifânio, chamado pelos judeus "Epimanes" O Madman: (1) sua ascensão ao poder (. Vv 21-24 ); (2) a sua segunda campanha egípcia (vv:25-28 ); (3) sua terceira campanha egípcia (. Vv 29-30a ); e (4) sua perseguição do povo judeu (30b-35 ).

    A profecia fala de Antíoco como uma pessoa desprezível , que não era o legítimo herdeiro do trono sírio. Aproveitando o poder de Demetrius Soter, ele obteve o reino com engano, ou seja, "por métodos intriga e desleais." Através do poder do exército ele fortaleceu a mão e muitos foram mortos, incluindo o príncipe da aliança, talvez uma referência à alta padre, Onias III, a quem Antíoco deposto. Aumento de Antíoco ao poder foi fenomenal como pela aliança e engano, ele reuniu um corpo poderoso exército sobre ele, com pouca gente. Em sua primeira campanha do Egito, ele foi capaz de realizar coisas que seus pais [tinha] não fez, ou seja, para espionar a terra para que ele pudesse voltar a qualquer momento e capturá-lo com facilidade: ele deve elaborar projetos contra as fortalezas. Com tais métodos Antíoco foi bem em seu caminho para a captura de toda a região do Mediterrâneo. No entanto, ele não tinha que contar com um fator-Deus poderoso controle de da história.

    A segunda campanha egípcia previsto nos versículos 25:28 foi um sucesso completo para Antíoco. A profecia foi literalmente cumprida quando ele entrou no Egito com um exército grande e mui poderoso, e facilmente derrotado Ptolomeu Philometer, cuja nobreza não apoiá-lo. O versículo 26 descreve a derrota como forças de Ptolomeu abandonou, seu exército foi varrida (estouro ), e muitos foram mortos. Nas negociações que se seguiram, ambos os reis professavam estar ajudando uns aos outros, mas estavam a trabalhar para seus próprios interesses. Eles falaram mentiras em uma mesa, uma figura para o pior tipo de traição. Mas nada das negociações prosperou porque o tempo do programa de Deus não foi totalmente cumprida. Após a conferência, Antíoco voltou à sua terra com muitos bens. Ele conquistou a vitória e enriqueceu a sua tesouraria.

    A terceira campanha egípcia começou bem, mas não correram bem, como previsto nos versos 29-30a . Antíoco começou a entrar no Egito, mas foi confrontado em Alexandria pelo enviado Roman G. Popilius Laenas e forçado a retirar-se. Os navios de Quitimrefere-se aos romanos, que eram um poder crescente no Mediterrâneo oriental. Foi no seu regresso a Antioquia que Antíoco parou e tirou sua vingança sobre Jerusalém como previsto no versículo 30 , e gravado em um Macabeus 1:. 21f e 2 Macabeus 5 .

    Os versículos 30:31 de prever em detalhes claros os eventos que ocorreram 170:168 AC I Macabeus narra a ocorrência desta forma:

    Depois de dominar o Egito, Antíoco retornado na cento e quarenta e três anos. Ele subiu contra Israel e chegou a Jerusalém com uma grande força. Ele arrogantemente entrou no santuário e tomou o altar de ouro, o candelabro para a luz e todos os seus utensílios. ... Levando-los todos, partiu para a sua terra.

    Agora no dia quinze de Chislev, no cento e quarenta e cinco anos, eles ergueram um sacrilégio desolador sobre o altar do holocausto (1 Macc. 1: 20-21 , 24 , 54 ).

    No conflito que se seguiu Antíoco suspendeu o holocausto. Como um último sacrifício que ele ordenou uma porca oferecido sobre o altar. Neste sacrilégio, chamado pelo profeta a abominação desoladora, as forças sírias teve a ajuda dos judeus apóstatas, os que tiverem abandonado a santa aliança. Foi um tempo de perseguição severa. O autor de Macabeus II fala de 80.000 sendo destruído.

    Para os perseguidos, Daniel oferece a conselhos e encorajamento dos versos Dn 11:32-34 . Estes versos contrastam os maus e os sábios. E como fazer o mal são os homens que se opõem a Deus e Seu programa. Este encontra uma realização em que os judeus apóstatas que se aliaram com Antíoco. O sábio, por outro lado, foram os que continuaram a servir a Deus e Sua Palavra, apesar das perseguições dos homens. Isto foi cumprido na banda leal de judeus que se opôs Antíoco e seus caminhos mundanos. 1 Macabeus 1: 62-63 relata: "Mas muitos em Israel manteve-se firme e foram resolvidos em seus corações para não comer alimentos impuros. Eles escolheram morrer em vez de ser contaminado por alimentos ou profanar o santo pacto; e eles morreram. "Daniel previu quealguns dos que são sábios cairão para refiná-los, e para purificar, e torná-los brancos.

    Versículo Dn 11:34 prevê a ajuda que devem surgir nos dias escuros de perseguição. Esta ajuda chegou na forma dos Macabeus-a família patriótica que resistiu às forças sírias e conquistou inúmeras vitórias para o povo de Deus. Suas façanhas estão relacionados em I e II Macabeus, que, embora os livros não inspirados, nos dão muita confiança história da luta judaica no momento em que Antíoco estava tentando apagar o povo judeu. Estes foram dias sombrios para o povo de Deus, e, sem dúvida, o livro de Daniel fez muito para incentivá-los e dar-lhes força para o julgamento.

    e. O Anticristo do Futuro (11: 36-12: 4)

    36 E o rei fará conforme a sua vontade; e ele deve exaltar-se, e se engrandecerá sobre todo deus, e falará coisas espantosas contra o Deus dos deuses; e será próspero, até que a ira se complete; pois aquilo que está determinado será feito. 37 E não terá respeito aos deuses de seus pais, nem ao desejo de mulheres, nem a qualquer deus; para se engrandecerá acima de tudo. 38 Mas em seu lugar honrará o deus das fortalezas; e um deus a quem seus pais não conheceram honrará com ouro, e prata, e com pedras preciosas e com coisas agradáveis. 39 E ele deve lidar com os castelos fortes com o auxílio de um deus estranho: todo aquele que confessa -lhe que ele vai aumentar com a glória ; e os fará reinar sobre muitos, e repartirá a terra por preço.

    40 E no tempo do fim, o rei do sul lutará com ele; eo rei do norte se levantará contra ele como um furacão, com carros, e com cavaleiros, e com muitos navios; e ele entra em países, e os inundará, e passará. 41 Ele entra também na terra gloriosa, e muitospaíses cairão; mas estas devem ser entregues fora de sua banda: Edom e Moabe, e os chefes dos filhos de Amom. 42 E estenderá a sua mão contra os países; e da terra do Egito não escapará. 43 Mas ele terá poder sobre os tesouros de ouro e de prata, e de todas as coisas preciosas do Egito; e os líbios e os etíopes o seguirão. 44 Mas os rumores do oriente e do norte o espantarão; e ele sairá com grande furor, para destruir e extirpar a muitos. 45 E ele plantará as tendas do seu palácio entre o mar ea montanha glorioso santo; contudo virá ao seu fim, e não haverá quem o socorra.

    1 E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo; e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo:. e naquele tempo o teu povo será entregue, todo aquele que for achado escrito no livro 2 E muitos deles que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno. 3 E os que são sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre e eternamente. 4 E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até ao tempo do fim: muitos correrão de uma parte para outra, eo conhecimento se ser aumentada.

    A interpretação liberal típica destes versos é que um escritor de Daniel do século II expressou seu desejo em relação ao futuro. Três argumentos podem ser oferecida contra este ponto de vista: (1) os versos não encontram satisfação na história de Antíoco; (2) há uma distinção clara entre a pensamento e pessoas mencionadas nos versículos 21:35-36-45 ; (3) a passagem está ligada ao tempo do fim (vv. Dn 11:35 , Dn 11:40 ; Dn 12:1 ).

    O anticristo é descrito como o rei , porque ele vai atingir a posição de liderança mundial. Três frases-chave tornar impossível de aplicar esses versos a Antíoco Epifânio: Ele deve ... se engrandecerá sobre todo deus ... e falará coisas espantosas contra o Deus dos deuses; e será próspero, até que a ira ser realizado. Não há nenhuma evidência histórica de que Antíoco considerava-se acima de qualquer outro deus. Seu ódio do povo judeu não pode ser interpretado como falar contra o Deus dos deuses. Mas é a terceira frase que muda claramente a definição para o final da história humana, para a indignação ainda não foi concluída. Israel ainda está enfrentando a ira de Deus, o refino e purificação para o tempo do fim, como mencionado no versículo 35 .

    A impiedade deste terrível rei é ainda mais complicada pelo seu abandono da religião, nem terá respeito aos deuses de seus pais ; sua rejeição da vida familiar, nem o desejo das mulheres ; e seu orgulho desmedido, se engrandecerá acima de tudo. Ele atinge o pleno controle de posse satânica na rejeição de Deus e da entronização do self. Essa pessoa é o anticristo e antigod.

    O programa do anticristo é simplesmente o programa de guerra total. O deus das fortalezas é uma figura para a conquista defensiva e ofensiva. Para atingir tal programa, ele irá acumular ouro e prata ... pedras preciosas e com coisas agradáveis. Ele vai premiar seus subordinados com prestígio e poder, dando-lhes a glória e autoridade, levando-os a reinar sobre muitos. À luz desta descrição geral, é Não estranho que expositores através dos tempos vimos vislumbres desse ditador mundial em Antíoco, Herodes, o Grande, os papas conquistadoras, Mussolini, Hitler, Stalin, et al. Mas nenhum deles tem ajustar a imagem revelada pela Palavra de Deus; resta o dia da manifestação do anticristo.

    Os versículos 40:45 descrevem o conflito final e da derrota do anticristo. Estes versos prover uma introdução a Ap 19:1 , Dn 10:21 , é o representante de Deus. Sua presença será para ajudar o povo de Deus no dia da grande tribulação. A frase teu povo não se refere aos judeus sozinho, mas a todos os santos de Deus, como a frase de qualificação significa: todo aquele que se achar escrito no livro.

    Dois grandes eventos seguirão os dias do anticristo, a ressurreição e do acórdão. O número do versículo 2 enfatiza a idéia numérica da ressurreição e não se opõe a tudo estar presente. É a ressurreição que acompanha o julgamento que divide a humanidade, alguns para a vida eterna e outros para desprezo eterno, que significa "morte espiritual" ou separação de Deus. O Antigo Testamento ensina em diversos lugares da vida após a morte (Gn 25:8 ; 19:25 ; Is 26:19. ). O Novo Testamento dá uma idéia mais completa do reino eterno.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Daniel Capítulo 11 do versículo 1 até o 45
    11.2 Três reis. Cambises, Dario e Smerdis, que recebeu o, título de Artaxerxes. O quarto. Xerxes, que foi derrotado na grande invasão da Grécia.

    11.3 Um rei poderoso. Alexandre Magno reuniu os elementos diferentes que formavam uma conglomeração de estados na Grécia, e invadiu a Pérsia depois de ter dado a liberdade a todos os gregos, Ez 8:21.

    11.4 Passará a outros. Os quatro generais de Alexandre foram os únicos herdeiros não legítimos que restaram, veja a nota a respeito em 7.6.

    11.5 O rei do Sul. Ptolomeu (I), o general que herdou o Egito de entre as conquistas de Alexandre, e formou uma dinastia poderosa. Um de seus príncipes. Seleuco Nicator que, com a ajuda de Ptolomeu, conquistou a Babilônia e foi o maior rei da época.

    11.6 Se aliarão. Os dois grandes poderes que sempre cobiçaram o território israelita, os ptolomeus do Egito e os selêucidas da Síria, chegariam a formar uma breve aliança de casamento. Berenice foi a filha do rei do sul que reinou na Síria, o reino do Norte, até ser traída sendo envenenada por sua rival.

    11.7 Um renovo. Ptolomeu III, Evergeta (247-222 a.C.), irmão de Berenice, invadiu a Síria.

    11.9 Este avançará. Uma invasão do Egito realizada sem sucesso pelo rei Seleuco Calicino, da Síria.

    11.10 Aqui começa uma profecia dás muitas guerras que houveram entre à Síria e o Egito, ambos ambicionando ser a verdadeira continuação do império de Alexandre, e ambos lutando para impor a cultura e filosofia dos gregos sobre os judeus, que viviam em estado de sítio entre os dois poderes. 11.14 Se levantarão para cumprirem a profecia. Até à época destas guerras, o livro de Daniel seria bastante conhecido pelos judeus que quiseram apressar "o tempo do fim" (quando, na verdade, o Filho de Deus é que faria cessar a injustiça humana para prevalecer a justiça eterna). Por isso, estes últimos apressaram-se em tornar armas contra Antíoco o Grande, a fim de obterem independência absoluta para Israel, que passaria a ser uma teocracia messiânica, segundo suas esperanças.

    11.15 O rei do Norte Esta profecia se refere a Antíoco o Grande. Ei-lo agora tomando a cidade de Sidom, do general Ptolomeu.

    11.16 Na terra gloriosa. A conquista completa do território dos judeus, a herança que Deus prometera a Moisés e Abraão. Tudo estará em suas mãos. Mesmo o próprio templo.

    11.17 Uma jovem em casamento. Cleópatra, filha de Antíoco III (o, Grande), haveria de servir como espiã na corte de Ptolomeu V, mas ela ficou fiei ao marido, e deixou os romanos livres para conquistarem a Síria.

    11.18 Terras do mar. Antíoco III, o Grande, aproveitou a invasão da Grécia, pelos romanos, para conquistar muitas ilhas gregas, mas logo depois foi derrotado pelo general romano Lúcio Scípio.

    11.21 Homem vil. Antíoco IV Epifânio, comp. Ez 8:9-27.

    11.24 Fará o que nunca fizeram seus pais. Antíoco Epifânio foi o único rei da Síria que conseguiu levar seus exércitos até a capital do Egito, Alexandria.

    11.25 Maquinarão projetos. A atmosfera de intriga na corte de Alexandria encorajou a invasão realizada pelos sírios.

    11.26 Os que comerem. Fiscon, irmão do rei Ptolomeu VI Filometor, usou estas invasões para usurpar o trono do Egito.

    11.28 Contra a santo aliança. Antíoco Epifânio (ou IV) desprezou a religião dos judeus a ponto de despojar o templo de Jerusalém das suas riquezas.

    11.30 Quitim. Uma frota romana pôs fim à invasão do Egito. Se indignará. Agora se voltara contra o templo com fúria para destruir. Atenderá. O grupo de judeus que abraçaram a cultura grega, em detrimento da religião judaica, e que serviram como agentes do rei dentro do território israelita.

    11.31 Abominação desoladora. Um altar pagão dentro do santuário. No tempo do Novo Testamento, os romanos puseram ali uma imagem do imperador, levando os judeus à fúria (conforme a profanação do templo por Antíoco Epifânio que sacrificou um porco no templo, 8.11).

    11.32 O povo conhece ao seu Deus. Os que não eram fiéis à lei de Deus acharam vantagem em aliarem-se a um pequeno império dos seguidores de Alexandre Magno, mas os fiéis, vendo até que ponto chegaram, rebelaram-se furiosamente.

    11.33 Os sábios. Os fiéis israelitas retiraram-se para o deserto, a fim de poderem viver livremente dentro das tradições de sua religião, mas foram facilmente esmagados pelos soldados sírios.

    11.34 Pequeno socorro. Judas Macabeu juntamente com seus filhos resolveram defender a fé auxiliados por armas, mas isto não surte grande efeito, comparado com o auxílio que vem de Deus em resposta às orações quando feitas com fé. Lisonjas. Muitos, não sabendo ainda se a rebelião iria libertá-los, fizeram jogo duplo: não se comprometeram totalmente.

    11:36-45 Os versículos anteriores concluíram a profecia do opressor sírio. Neste trecho, encontramos um mal e blasfêmias muito piores do que os de Antíoco. Muitos acham que temos aqui um retrato do anticristo, comparando-o com a pessoa de Antíoco. Este déspota do passado não se exaltou, porém, acima dos deuses. Ele considerou-se a si mesmo, um zeloso adorador de Zeus. Esta linguagem só poderia descrever o anticristo (conforme 2Ts 2:4, Ez 7:25).

    11.37 Aqui temos uma indicação de que o anticristo, seria judeu, porque ele rejeitada o Deus de seus pais.
    11.38 Honrará o deus dos fortalezas. O poder e a força militar parecem ser o único deus que ele conhecerá.

    11.41 Entrará no terra gloriosa. A guerra final será na Palestina.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Daniel Capítulo 11 do versículo 1 até o 45
    11.1.    Ele tinha se esforçado a favor de Israel desde a queda da Babilônia, no primeiro ano de Dario, apoiado, por sua vez, pelo interlocutor.


    2) A história dos últimos dias (11.2—12.3)
    a) Pérsia, Alexandre e seus sucessores (11:2-4)
    v. 2. a verdade', como está contida no livro (10.21). A forma de proceder da Pérsia precisa de poucos comentários, pois o seu governo foi principalmente benéfico em relação aos judeus. O que Daniel precisava saber era o elo entre a época persa e a seguinte, que envolvia intensamente o povo de Israel, algo não expresso no cap. 8. Isso começaria com o opulento rei persa que instigaria todos contra o reino da Grécia. A sua identidade inclui outros três reis e depois mais um quarto rei (melhor “o quarto”). Se todos os quatro estão no futuro em relação ao tempo da visão, podem ser Cambises, Smerdis, Dario, o Grande, e Xerxes; se um deles for Ciro, então Smerdis (provavelmente um impostor) pode ser excluído. Concorda-se amplamente que Xerxes foi o quarto rei, pois ele realizou os ataques mais violentos e desastrosos contra a Grécia (derrotado em Termópilas, Salamina, Platea e Mícale, 480—478 a.C.). Montgomery e alguns outros acham que foram Ciro, Xerxes, Artaxerxes e Dario III, “os quatro reis persas citados na Bíblia”, pensando que um autor do século II a.C. não possuía informações confiáveis a respeito da duração do Império Persa, embora Dario III dificilmente se encaixe na descrição do quarto rei. Essa proposta exclui qualquer intervalo antes do v. 3 — Então surgirá um rei guerreiro —, pois Alexandre, que é indubitavelmente retratado aqui, derrotou Dario III. No entanto, um intervalo de quase 150 anos é permitido quando o tempo não é definido (diferentemente Dt 9:24-5); Xerxes era o grande causador dos sentimentos anti-Pérsia dos gregos. O v. 4 descreve a carreira meteórica de Alexandre; conforme 8.7,8. seus descendentes: os dois filhos suplantados no período de uma década após a sua morte por seus ambiciosos generais que dividiram o império entre Sl (conforme 8.22).

    b) Os reis do norte e do sul (11:5-19) Logo depois da morte de Alexandre, Seleuco recebeu a Babilônia como seu domínio, depois a perdeu para Antígono e se refugiou no Egito, onde Ptolomeu fez dele seu general. Quando Antígono avançou contra o Egito em 312 a.C., Seleuco ajudou Ptolomeu a obter a vitória e o controle da Palestina, prosseguindo depois para recuperar a Babilônia. Mais tarde, o seu domínio se estendeu da índia até a Anatólia. Assim, Ptolomeu é o rei do sul no v. 5, o Egito é identificado pela sua relação com a Palestina, e Seleuco, um dos seus príncipes.

    v. 6-9. O primeiro conflito. Depois de alguns anos que testemunharam hostilidade entre as duas potências, eles se tornaram aliados. Antíoco II, neto de Seleuco, e Ptolomeu II, filho de Ptolomeu, selaram esse acordo por meio do casamento de Berenice, filha do egípcio, com o sírio em 252 a.C., tomando o lugar de Laodice, primeira esposa de Antíoco. Após a morte de Ptolomeu II, Berenice foi divorciada, e Laodice, reconduzida à sua posição. Ela envenenou o marido e garantiu o trono para o filho deles, Seleuco II, em 246 a.C. Berenice e seu filho foram assassinados, junto com todo o seu séqüito, como é descrito de forma obscura no v. 6. v. 7. Berenice foi vingada por seu irmão, Ptolomeu III, Alguém da linhagem dela, que sucedeu Ptolomeu II (para tomar-lhe o lugar, observe que o TM traz “o lugar dele”, referindo-se novamente ao “rei do sul” do v. 6). Ele invadiu a Síria, tomou Damasco e Antioquia, sua fortaleza, executou Laodice, continuou a sua campanha e levou muitos despojos para o Egito. Seleuco II realizou um contra-ataque que foi abortado (v. 9) e depois concordou com uma trégua de dez anos. v. 10-19. Vitória e derrotas. Seleuco III e Antíoco III, filhos de Antíoco II, o seguiram; enfrentando inimigos em diversas regiões (seprepararão para a guerra), antes que uma tentativa de arrancar a parte sul da Síria e a Palestina das mãos do Egito conduzisse Antíoco III à fronteira sul, talvez até Gaza ou Ráfia, sua fortaleza. Os exércitos se enfrentaram, e o grande exército de Antíoco perdeu aproximadamente 15 mil homens diante do pacífico Ptolomeu IV (217 a.C.). Se ele se encheu de orgulho em virtude da vitória, não continuou na carreira para garantir a Palestina, e ocorreu o que fora previsto: seu triunfo será breve (conforme NEB). Antíoco confirmou o seu domínio na Pérsia até que depois de alguns anos ele entrou novamente na Palestina (201 a.C.), depois da morte de Ptolomeu IV. Alguns judeus acharam que esse era o momento de se cumprir esta visão, mas eram “transgressores da lei”, homens violentos, e falharam, v. 15. Antíoco derrotou um general egípcio, cercou e capturou Gaza, depois Sidom. v. 16. Com o Egito impotente, Antíoco entrou em Jerusalém com uma acolhida geral de boas-vindas (198 a.C.), com forças para destruí-la. Mas a religião e os privilégios dos judeus foram confirmados, v. 17. Para firmar a sua posição, Antíoco casou a sua filha com Ptolomeu V, esperando que ela trabalhasse a favor dele no Egito a fim de derrubar o reino. Cleópatra I, a filha em casamento (lit. “uma filha de mulheres”, provavelmente um superlativo), mostrou-se leal a seu marido, até após a morte dele, e assim a aliança não serviu a Antíoco em nada. v. 18, 19. Antíoco se mudou para o oeste da Ana-tólia, as regiões costeiras, mas os sucessos iniciais foram neutralizados por um comandante romano, Cipião, em Magnésia, em 190 a.C. Termos de paz muito rígidos voltaram a arrogância de Antíoco contra ele mesmo, e ele foi morto saqueando um templo em Susã para conseguir fundos para a indenização que tinha de pagar (187 a.C.).

    c)    O primeiro opressor (11.20)
    Seleuco teve dificuldades para pagar o que lhe foi imposto por meio de tributos. Uma tentativa de roubar o templo de Jerusalém foi contida de forma miraculosa (2Macabeus 3). O primeiro ministro de Seleuco, o seu cobrador de impostos, o assassinou (175 a.C.), o que talvez se possa deduzir da frase sem necessidade de ira nem de combate.

    d)    Começa o governo do desolador (11:21-24)
    Demétrio, filho mais novo de Seleuco IV, era refém em Roma; o mais velho, Antíoco, era menor; assim, o trono foi cedido a seu tio Antíoco. Ele liquidou o assassino, e mais tarde o menino herdeiro assumiu o trono como Antíoco IV. As informações inadequadas acerca dos seus atos deixam incertezas a respeito dos versículos seguintes (v. a história de Antíoco em Morkholm). O v. 22 poderia ser uma referência à derrota de Ptolomeu V repetida nos v. 25-28, apesar da ausência de um título, ou à deposição do sumo sacerdote Onias III; um príncipe da aliança (ou “o príncipe de uma aliança”) poderia ser Ptolomeu aliado por meio do casamento de Cleópatra, ou o sacerdote, v. 23. Antíoco devia a sua coroa a intrigas e traições, manipulando partidos opostos em seu benefício. Os seus hábitos eram notoriamente pródigos (distribuirá

    despojos), realizando guerras, mas somente no tempo de Deus.

    e)    O primeiro ataque ao Egito (11.25
    28)

    Após a morte de Cleópatra em 176 a.C., os tutores de seu filho Ptolomeu IV planejaram reconquistar a Palestina e o sul da Síria, mas Antíoco foi avisado e esmagou o exército deles (170—169 a.C.). Ele se tornou o protetor de Ptolomeu, mas não se tornou governante do Egito. Os patriotas declararam rei o irmão de Ptolomeu em Alexandria, e Antíoco não conseguiu conquistar a cidade e bateu em retirada. Os irmãos egípcios se reconciliaram. Na sua volta para a Síria, Antíoco entrou em Jerusalém e recebeu muitos tesouros do templo. A sua guerra foi inútil, sem resultado.

    f)    O segundo ataque ao Egito (11.29,30)

    Antíoco atacou novamente em 168 a.C.,
    mas foi frustrado por uma intervenção das regiões da costa ocidental (nota de rodapé da NVI: “Quitim”, um antigo nome de Chipre, Nu 24:24, se estendia ao oeste até Roma). Enquanto estava cercando Alexandria, um enviado romano trouxe uma ordem peremptória do senado ordenando-lhe que se retirasse. Antíoco ficou estupefato (como predito: perderá o ânimo) e cedeu (junho de 168 a.C.). A partir daí, Roma seria a potência dominadora do Mediterrâneo.

    g)    Ataque contra o povo de Deus (11:30-35)

    Surgiram disputas na Judéia diante das notícias desse revés. O sacerdote, que tinha recebido o seu posto de Antíoco, foi atacado e preso na cidadela. Tropas sírias invadiram a cidade, venderam muitas pessoas como escravos e se aquartelaram na cidadela. Os judeus helenistas foram favorecidos, e os ortodoxos, perseguidos (v. 32). O pior de tudo foi que os elementos distintivos do judaísmo foram proscritos, os sacrifícios, interrompidos, e o templo foi dedicado a Zeus Olímpico, o Baal helenizado (dezembro de 167 a.C.). o sacrilégio terrível, heb. siqqús sõmm talvez seja um jogo de palavras depreciador em relação à expressão ba‘al sãmêm, “senhor do céu”. Alguns ainda permaneceram fiéis, o povo que conhece o seu Deus por experiência. Por meio do seu exemplo e ensino, outros foram fortalecidos para perseverar. O alívio veio com os macabeus patriotas e seus seguidores, alguns deles mais prudentes que convictos (v. 34). v. 35. A purificação dos sábios tinha efeitos purgativos, refinando e separando o verdadeiro do falso, afiando os sentidos dos fiéis. Mais uma vez, Daniel foi confortado: foi fixado um limite para esses eventos horríveis.

    h) A arrogância do anti-Deus (11.3639)

    v. 36. O rei pode ser compreendido de forma mais natural como o vilão dos versículos anteriores. No entanto, aquela pessoa cautelosamente não é denominada rei, exceto talvez no v. 27, em contraste com o governante dos v. 5-19. Em concordância com isso, o restante do cap. 11 é com freqüência aplicado a uma figura posterior a Antíoco IV, uma pessoa histórica ou o anticristo. A passagem pode ser lida como uma descrição que surge na primeira e se funde na última. As frases são tão específicas quanto anteriormente, mas menos aplicáveis a Antíoco IV, embora o conhecimento moderno seja deficiente. A conduta do rei segue a do pequeno chifre no cap. 7. Antíoco decretou uniformidade de culto e da lei em todo o seu reino de acordo com 1 Macabeus 1.41; 2Macabeus 6.1,2; sendo as suas ações na Judéia promovidas por judeus apóstatas que lhe davam ouvidos, mas por um preço (v. 39). Entre essa lista de coisas terríveis, vem uma observação de conforto até que o tempo da ira se complete, pois o que foi decidido irá acontecer (conforme 8.19). Os v. 37,38 não se encaixam adequadamente com Antíoco, de acordo com o conhecimento atual. Ele pode ter sido devoto pessoal de Zeus Olímpico, mas também apoiava outras religiões. Ele não terá consideração: é compreensível que seja uma alusão ao saque dos tesouros dos templos, preferido das mulheres', aparentemente, o popular Tamuz ou Adõnis; conforme Ez 8.14. mas se exaltará: pode refletir a arrogância de Antíoco no título “Deus Manifesto” (gr. theos epiphanês) gravado em moedas. Ele foi o primeiro da linhagem a fazer isso. Que ele tenha sido retratado como o deus é contestado. um deus das fortalezas: expressão obscura; o título Zeus Akraios, “das alturas”, pode ser relacionado vagamente à cidadela, Akra, em Jerusalém, tomada pelos sírios em 167 a.C. e mantida até 141 a.C. Poderia também ser uma personificação da guerra. Não sabemos o que significava o deus estrangeiro (v. 39).

    i) O esforço derradeiro e o fim (11:40-45)
    A última campanha de Antíoco IV foi dirigida contra a Pérsia, onde ele morreu perto de Isfahan, no final de 164 a.C. Esses versículos obviamente não descrevem esse fato. Favorecer a data da composição de Daniel no período dos macabeus inclui a aceitação de que esses versículos são uma profecia do fim de Antíoco, escrita um ano ou dois antes do fato, e que se mostrou estar errada, que é a perspectiva comum. Uma profecia que no presente se mostra estar errada, sem ser refutada, seria um fenômeno sem paralelo nas Escrituras, e um que os judeus piedosos que receberam o livro de Daniel como Palavra inspirada teriam rejeitado, por terem diante de Sl os fatos, por exemplo, de IMacabeus 6. Além disso, é difícil imaginar que um contemporâneo de Antíoco IV esperasse que ele fosse fazer um terceiro ataque contra o Egito depois da intervenção refreadora e irreversível de Roma. A alternativa, aberta para proponentes de qualquer data do livro, é ler a passagem como inteiramente voltada para um rei futuro, ou o anticristo. A linguagem não é diferente, para que a imagem não desapareça; o seu referente varia, assim como o uso que Daniel faz de Quitim no v. 30 varia em relação a seu uso anterior, v. 40. No tempo do fim-, combinado com o v. 36 e 8.17, apresenta uma expressão uniforme relacionada facilmente com os eventos de 167—164 a.C., mas não limitada àquele momento, tendo ainda um valor relativo ao futuro, o rei do sul [...] o rei do norte: este último continua sendo o vilão, embora seja ele quem é provocado a um ataque destrutivo engolfando (como uma inundação; conforme 9.26; 11.10 etc.) a Palestina, a Terra Magnífica, e também o Egito, o estado mais ao sul (conforme v. 8). v. 41. Edom etc., antigos inimigos de Israel, “hão de escapar” (BJ) das hostilidades do rei do norte. v. 43. os líbios e os núbios (melhor “cuxitas”, do atual Sudão; conforme BJ) representavam os extremos do Egito, v. 44,45. Enquanto estava vencendo inimigos no sul, problemas em províncias consideradas seguras vão afastá-lo do Egito. A caminho, vai acampar entre o Mediterrâneo e Jerusalém e, provavelmente ali no santo monte de Deus, chegará ao seu fim, como as personagens em 7.11,25; 8.25; 9.27. suas tendas reais-, o hebraico usa uma palavra persa que descreve os grandes auditórios dos reis aquemênidas conhecidos em Persépolis e Susã. entre os mares-, o hebraico tem um plural poético.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Daniel Capítulo 11 do versículo 1 até o 35

    Dn 11:1) foram capazes de manter as cabeças erguidas sem se envergonharem, sendo capacitados por Deus a permanecerem em atividade. Muitos morreram por causa de sua fé (vs. Dn 11:34, Dn 11:35), ensinando a muitos através de sua atitude (v. Dn 11:33). Seus sofrimentos formaram caracteres fora do comum, com a ajuda de Deus (vs. Dn 11:34, Dn 11:35). Foram os separatistas daquele tempo, que se recusaram a partilhar dos vícios pagãos de seus senhores gregos e dos belos aspectos ilusórios de seu ritual e sua religião. Eles constituem o elo principal entre os dois Testamentos, pois seus descendentes espirituais aparecem nos Evangelhos como nome de fariseus (que significa "os separados"). Como é triste saber que seus descendentes afastaram-se de seus verdadeiros princípios! He 11:34-39 comemora os judeus fiéis daquele tempo de tribulação.

    d) A Profecia de Israel em Conflito com "o Rei Voluntarioso" (vs. 36-45). Jerônimo declara que no seu tempo esta porção de Daniel era aplicada ao Anticristo pelos "nossos escritores". E até os dias de hoje esta interpretação é a que prevalece. Damos abaixo as principais razões para defendermos que a profecia passa de Antíoco para o Anticristo precisamente no versículo 36.

    (1) O alcance da profecia (Dn 10:14) exige alguma referência escatológica, tornando assim possível esta divisão.

    (2) Embora toda a profecia de Daniel até Dn 11:35 possa ser facilmente relacionada com os acontecimentos bem conhecidos da antiga história, essa correspondência não pode continuar além desse ponto.

    (3) O versículo 36 menciona um rei cujo período é "a indignação", um termo técnico extraído da literatura profética de Israel, geralmente referindo-as aos acontecimentos escatológicos (por exemplo, Is 26:20).

    (4) As predições inclusas correspondem com bastante precisão às profecias reconhecidas do Anticristo final (cons. 2Ts 2:4 e segs.; Ap.

    13; 17).

    (5) Uma brecha literária natural aparece antes de Dn 11:36.

    (6) O rei voluntarioso é um elemento novo, separado dos outros dois reinos cuja história está sendo examinada até o versículo 35.

    (7) De força decisiva é a ligação com a Grande Tribulação, a ressurreição dos mortos e as recompensas finais, etc. (Dn 12:1-3), fornecida pelas palavras "nesse tempo" (heb. ûbe'et hahî, Dn 12:1). O tempo desses acontecimentos escatológicos é o tempo dos acontecimentos da parte final do capítulo 11.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Daniel Capítulo 11 do versículo 21 até o 45
    XIII. OS TEMPOS DE ANTÍOCO E DO ANTICRISTO Dn 11:21-12.3

    Um homem vil (21). Com essa descrição é apresentado Antíoco Epifânio. Por meio de lisonjas ele se aliou aos reis de Pérgamo, e os sírios cederam a ele. Ele era mestre em astúcia e traição, pelo que seus contemporâneos apelidaram-no de Epimanes (maluco), em lugar do título que ele mesmo se deu, Epifanes (ilustre). O príncipe do concerto (22). A identificação deste príncipe não é certa, mas a linguagem parece referir-se a algum príncipe que mantinha relações de aliança com Antíoco. Subirá (23); uma declaração geral da elevação de Antíoco ao poder. Caladamente (24). Quando todos se julgavam seguros, ele surgiu. Ele tomaria as mais férteis das províncias e as fortalezas da terra do Egito.

    >Dn 11:25

    Os versículos 25:28 descrevem a primeira campanha de Antíoco contra o Egito, uma campanha na qual o Ptolomeu egípcio não pôde resistir em vista da traição daqueles que deveriam tê-lo apoiado. Antíoco (27) demonstrou hospitalidade para com seu inimigo, mas, em realidade violou o costume da hospitalidade oriental proferindo palavras mentirosas. Por ocasião de seu retorno Antíoco voltou o coração contra o santo concerto (28), isto é, a terra da Palestina.

    >Dn 11:29

    O versículo 29 descreve outra campanha contra o Egito, que é a terceira. Aparentemente tinha havido ainda uma segunda campanha, sobre a qual o livro de Daniel faz silêncio. Deve-se notar, incidentalmente, que esse relato inteiro é transcrito no tempo verbal futuro. Segundo o escritor sagrado, esses acontecimentos ainda não se tinham desenrolado, mas deveriam ocorrer no futuro. O relato, por conseguinte, apresenta-se como verdadeira profecia.

    >Dn 11:30

    Navios... lhe causarão tristezas, e voltará e se indignará (30). A presença dos romanos obrigou Antíoco a partir do Egito e assim, tomado de ira voltou sua atenção para a Palestina. Jerusalém foi atacada em um sábado e um altar pagão foi erigido sobre o altar das ofertas queimadas. Certos Judeus apóstatas foram pervertidos (32), e serviram para materializar os desígnios do conquistador, mas muitos entre os judeus, os verdadeiros eleitos, sofreram a morte não querendo ceder a Antíoco (cfr. 1 Mac 1.62). Nessa ocasião homens de verdadeira fé foram capazes de instruir a outros, embora sofressem grandemente (33).

    >Dn 11:34

    O pequeno socorro (34) que ajudou os fiéis se refere aparentemente a Judas Macabeu. Alguns dos sábios que o seguiram tropeçaram por causa da severidade da perseguição. Ao mesmo tempo, a rebelião de Judas Macabeu foi bem sucedida, e, a 25 de dezembro de 165 A. C., foi rededicado o altar do templo.

    >Dn 11:36

    Os vers. 36-45 se revestem de particular interesse. Muitos expositores acreditam que dão prosseguimento à descrição a respeito de Antíoco. Mas, há certa dificuldade nessa posição, entretanto, visto que a morte de Antíoco foi muito diferente da que é aqui descrita. A interpretação que pode ser chamada de tradicional na 1greja Cristã é a que considera esses versículos como referências ao Anticristo. Antíoco Epifânio, que perseguiu a congregação judaica pouco antes do primeiro advento de Cristo, pode ser considerado como tipo do Anticristo, que perseguirá a Igreja pouco antes do segundo advento de Cristo.

    O versículo 36 estabelece que o rei aludido se engrandecerá sobre todo o deus, uma descrição que não pode ser bem aplicada a Antíoco Epifânio. Semelhantemente, é difícil ver em que Antíoco teria demonstrado falta de respeito para com os deuses de seus pais (37). A linguagem dos versículos 40:45 ensina que no fim da era presente o Anticristo ocupar-se-á de um feroz conflito. Ele finalmente tomará posição entre o mar grande (o Mediterrâneo) e o monte santo e glorioso (isto é, Sião) onde virá o seu fim.


    Dicionário

    Concerto

    substantivo masculino Apresentação pública de música; show.
    [Música] Audição de composições musicais que, feita de maneira pública, pode ser representada por cantores: concerto de rock.
    [Música] Obra ou peça musical composta para instrumentos Conformidade harmônica de sons ou vozes; consonância.
    Acordo entre pessoas ou empresas que possuem uma meta em comum.
    Que se apresenta de maneira arrumada; com ordem; arrumação.
    Por Extensão Sons ou ruídos que se combinam: um concerto de pássaros.
    Ação de se reunir ou de participar; reunião: concerto entre culturas.
    Etimologia (origem da palavra concerto). Do italiano concerto.

    Concerto ALIANÇA (He 8:6), RC).

    Deus

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
    Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
    Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
    Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
    Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
    Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
    Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
    Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.

    Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.


    i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
    (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
    (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
    (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
    (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
    (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
    (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
    ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
    (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
    (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
    (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
    (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
    (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
    (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
    iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)

    Introdução

    (O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

    Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

    As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

    A existência do único Deus

    A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

    Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

    No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

    Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

    O Deus criador

    A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

    O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

    No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

    Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

    O Deus pessoal

    O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

    O Deus providencial

    Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

    Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

    A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

    Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

    A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

    O Deus justo

    A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

    O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

    Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
    v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

    Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

    Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

    Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

    Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

    O Deus amoroso

    É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

    Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

    A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

    Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

    A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

    O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

    “Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

    O Deus salvador

    O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

    A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

    Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

    Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

    Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

    Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

    O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

    A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    O Deus Pai

    Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

    Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

    O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

    Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

    Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

    O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

    Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

    Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

    Os nomes de Deus

    Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
    O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

    Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

    Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

    Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

    É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

    Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
    El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

    A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

    O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
    Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
    v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

    Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
    Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
    Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
    Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
    Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


    A Trindade

    O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

    Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

    No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

    Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

    São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

    Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

    As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

    Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

    Conclusão

    O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

    P.D.G.


    Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

    O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

    ==========================

    NOMES DE DEUS

    Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


    1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


    2) DEUS (Gn 1:1);


    3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


    4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


    5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


    6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


    7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


    8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


    9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


    10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


    11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


    12) REDENTOR (19:25);


    13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


    14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


    15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


    16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


    17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


    18) Pastor (Gn 49:24);


    19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


    20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


    21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).


    Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

    Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

    Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

    Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
    18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

    Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

    Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

    Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

    Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

    m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...


    Esforçar

    verbo transitivo Dar forças a; animar, estimular.
    verbo pronominal Tornar-se forte, animar-se.
    Empregar todas as forças, toda a diligência para conseguir alguma coisa: esforça-se por agradar a todos.

    Fara

    hebraico: ramos

    Lisonjas

    fem. pl. de lisonja

    li·son·ja
    nome feminino

    1. Acto ou efeito de lisonjear. = LISONJARIA

    2. Louvor afectado; dito lisonjeiro.

    3. [Geometria] Losango.


    Perverter

    verbo transitivo direto e pronominal Mudar do bem para o mal; tornar-se perverso; contrariar as leis da natureza e da vida moral; depravar: perverter um comportamento; perverteu-se no vício.
    verbo transitivo direto Causar alteração em; mudar, modificar, alterar: perverter hábitos.
    Modificar o teor de algo atribuindo-lhe um sentido ruim, mau; desvirtuar: perverteu a conversa que ouviu.
    Etimologia (origem da palavra perverter). Do latim pervertere.

    Povo

    substantivo masculino Conjunto das pessoas que vivem em sociedade, compartilham a mesma língua, possuem os mesmos hábitos, tradições, e estão sujeitas às mesmas leis.
    Conjunto de indivíduos que constituem uma nação.
    Reunião das pessoas que habitam uma região, cidade, vila ou aldeia.
    Conjunto de pessoas que, embora não habitem o mesmo lugar, possuem características em comum (origem, religião etc.).
    Conjunto dos cidadãos de um país em relação aos governantes.
    Conjunto de pessoas que compõem a classe mais pobre de uma sociedade; plebe.
    Pequena aldeia; lugarejo, aldeia, vila: um povo.
    Público, considerado em seu conjunto.
    Quantidade excessiva de gente; multidão.
    [Popular] Quem faz parte da família ou é considerado dessa forma: cheguei e trouxe meu povo!
    substantivo masculino plural Conjunto de países, falando em relação à maioria deles: os povos sul-americanos sofreram com as invasões europeias.
    Designação da raça humana, de todas as pessoas: esperamos que os povos se juntem para melhorar o planeta.
    Etimologia (origem da palavra povo). Do latim populus, i “povo”.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Daniel 11: 32 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E aos violadores da aliança ele com lisonjas corromperá, mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e fará proezas.
    Daniel 11: 32 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    539 a.C.
    H1285
    bᵉrîyth
    בְּרִית
    Minha aliança
    (my covenant)
    Substantivo
    H2388
    châzaq
    חָזַק
    fortalecer, prevalecer, endurecer, ser forte, tornar-se forte, ser corajoso, ser firme, ficar
    (laid hold)
    Verbo
    H2514
    chălaqqâh
    חֲלַקָּה
    ()
    H2610
    chânêph
    חָנֵף
    ser profanado, ser contaminado, ser poluído, ser corrupto
    (shall you pollute)
    Verbo
    H3045
    yâdaʻ
    יָדַע
    conhecer
    (does know)
    Verbo
    H430
    ʼĕlôhîym
    אֱלֹהִים
    Deus
    (God)
    Substantivo
    H5971
    ʻam
    עַם
    as pessoas
    (the people)
    Substantivo
    H6213
    ʻâsâh
    עָשָׂה
    E feito
    (And made)
    Verbo
    H7561
    râshaʻ
    רָשַׁע
    ser ímpio, agir impiamente
    (shall condemn)
    Verbo


    בְּרִית


    (H1285)
    bᵉrîyth (ber-eeth')

    01285 ברית b eriytĥ

    procedente de 1262 (no sentido de cortar [como 1254]); DITAT - 282a; n f

    1. acordo, aliança, compromisso
      1. entre homens
        1. tratado, aliança, associação (homem a homem)
        2. constituição, ordenança (do monarca para os súditos)
        3. acordo, compromisso (de homem para homem)
        4. aliança (referindo-se à amizade)
        5. aliança (referindo-se ao casamento)
      2. entre Deus e o homem
        1. aliança (referindo-se à amizade)
        2. aliança (ordenação divina com sinais ou promessas)
    2. (expressões)
      1. fazer uma aliança
      2. manter a aliança
      3. violação da aliança

    חָזַק


    (H2388)
    châzaq (khaw-zak')

    02388 חזק chazaq

    uma raiz primitiva; DITAT - 636; v

    1. fortalecer, prevalecer, endurecer, ser forte, tornar-se forte, ser corajoso, ser firme, ficar firme, ser resoluto, ser persistente
      1. (Qal)
        1. ser forte, ficar forte
          1. prevalecer, prevalecer sobre
          2. ser firme, ser apanhado rapidamente, ficar seguro
          3. pressionar, ser urgente
          4. crescer robusto, tornar-se rígido, tornar-se duro (mau sentido)
          5. ser severo, ser aflitivo
        2. fortalecer
      2. (Piel)
        1. tornar forte
        2. restaurar a força, dar força
        3. fortalecer, sustentar, encorajar
        4. tornar forte, tornar arrojado, encorajar
        5. tornar firme
        6. tornar rígido, ficar duro
      3. (Hifil)
        1. tornar forte, fortalecer
        2. tornar firme
        3. exibir força
        4. tornar severo
        5. apoiar
        6. reparar
        7. prevalecer, prevalecer sobre
        8. pegar ou apoderar-se de, reter, deter, sustentar, suportar
        9. pegar, conter
      4. (Hitpael)
        1. fortalecer-se
        2. apresentar força, usar a força de alguém
        3. resistir
        4. pegar forte com

    חֲלַקָּה


    (H2514)
    chălaqqâh (khal-ak-kaw')

    02514 חלקה chalaqqah

    procedente de 2505; DITAT - 670e; n f

    1. lisonja, lisura, promessas agradáveis

    חָנֵף


    (H2610)
    chânêph (khaw-nafe')

    02610 חנף chaneph

    uma raiz primitiva; DITAT - 696; v

    1. ser profanado, ser contaminado, ser poluído, ser corrupto
      1. (Qal)
        1. ser poluído
        2. ser profano, ser ímpio
      2. (Hifil)
        1. poluir
        2. tornar profano, tornar ímpio, levar a ser contaminado

    יָדַע


    (H3045)
    yâdaʻ (yaw-dah')

    03045 ידע yada ̀

    uma raiz primitiva; DITAT - 848; v

    1. conhecer
      1. (Qal)
        1. conhecer
          1. conhecer, aprender a conhecer
          2. perceber
          3. perceber e ver, descobrir e discernir
          4. discriminar, distinguir
          5. saber por experiência
          6. reconhecer, admitir, confessar, compreender
          7. considerar
        2. conhecer, estar familiarizado com
        3. conhecer (uma pessoa de forma carnal)
        4. saber como, ser habilidoso em
        5. ter conhecimento, ser sábio
      2. (Nifal)
        1. tornar conhecido, ser ou tornar-se conhecido, ser revelado
        2. tornar-se conhecido
        3. ser percebido
        4. ser instruído
      3. (Piel) fazer saber
      4. (Poal) fazer conhecer
      5. (Pual)
        1. ser conhecido
        2. conhecido, pessoa conhecida, conhecimento (particípio)
      6. (Hifil) tornar conhecido, declarar
      7. (Hofal) ser anunciado
      8. (Hitpael) tornar-se conhecido, revelar-se

    אֱלֹהִים


    (H430)
    ʼĕlôhîym (el-o-heem')

    0430 אלהים ’elohiym

    plural de 433; DITAT - 93c; n m p

    1. (plural)
      1. governantes, juízes
      2. seres divinos
      3. anjos
      4. deuses
    2. (plural intensivo - sentido singular)
      1. deus, deusa
      2. divino
      3. obras ou possessões especiais de Deus
      4. o (verdadeiro) Deus
      5. Deus

    עַם


    (H5971)
    ʻam (am)

    05971 עם ̀am

    procedente de 6004; DITAT - 1640a,1640e; n m

    1. nação, povo
      1. povo, nação
      2. pessoas, membros de um povo, compatriotas, patrícios
    2. parente, familiar

    עָשָׂה


    (H6213)
    ʻâsâh (aw-saw')

    06213 עשה ̀asah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.

    1. fazer, manufaturar, realizar, fabricar
      1. (Qal)
        1. fazer, trabalhar, fabricar, produzir
          1. fazer
          2. trabalhar
          3. lidar (com)
          4. agir, executar, efetuar
        2. fazer
          1. fazer
          2. produzir
          3. preparar
          4. fazer (uma oferta)
          5. atender a, pôr em ordem
          6. observar, celebrar
          7. adquirir (propriedade)
          8. determinar, ordenar, instituir
          9. efetuar
          10. usar
          11. gastar, passar
      2. (Nifal)
        1. ser feito
        2. ser fabricado
        3. ser produzido
        4. ser oferecido
        5. ser observado
        6. ser usado
      3. (Pual) ser feito
    2. (Piel) pressionar, espremer

    רָשַׁע


    (H7561)
    râshaʻ (raw-shah')

    07561 רשע rasha ̀

    uma raiz primitiva; DITAT - 2222; v.

    1. ser ímpio, agir impiamente
      1. (Qal)
        1. ser ímpio, agir impiamente
        2. ser culpado, ser condenado
      2. (Hifil)
        1. condenar como culpado (em questões civis)
        2. condenar como culpado (em questões éticas ou religiosas)
        3. agir impiamente (na ética ou na religião)