Enciclopédia de Levítico 1:5-5

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lv 1: 5

Versão Versículo
ARA Depois, imolará o novilho perante o Senhor; e os filhos de Arão, os sacerdotes, apresentarão o sangue e o aspergirão ao redor sobre o altar que está diante da porta da tenda da congregação.
ARC Depois degolará o bezerro perante o Senhor; e os filhos de Aarão, os sacerdotes, oferecerão o sangue, e espargirão o sangue à roda sobre o altar que está diante da porta da tenda da congregação.
TB Ele matará o novilho diante de Jeová: os filhos de Arão, os sacerdotes, oferecerão o sangue, e o aspergirão ao redor sobre o altar que está à porta da tenda da revelação.
HSB וְשָׁחַ֛ט אֶת־ בֶּ֥ן הַבָּקָ֖ר לִפְנֵ֣י יְהוָ֑ה וְ֠הִקְרִיבוּ בְּנֵ֨י אַהֲרֹ֤ן הַֽכֹּֽהֲנִים֙ אֶת־ הַדָּ֔ם וְזָרְק֨וּ אֶת־ הַדָּ֤ם עַל־ הַמִּזְבֵּ֙חַ֙ סָבִ֔יב אֲשֶׁר־ פֶּ֖תַח אֹ֥הֶל מוֹעֵֽד׃
BKJ E ele matará o novilho perante o SENHOR; e os sacerdotes, filhos de Arão, trarão o sangue e espargirão o sangue ao redor e sobre o altar que está à porta do tabernáculo da congregação.
LTT Depois degolará o novilho perante o SENHOR; e os filhos de Aarão, os sacerdotes, trarão o sangue, e espargirão o sangue em redor sobre o altar que está diante da porta da tenda da congregação.
BJ2 Em seguida imolará[d] o novilho diante de Iahweh, e os filhos de Aarão, os sacerdotes, oferecerão o sangue.[e] Eles o derramarão ao redor sobre o altar que se encontra à entrada da Tenda da Reunião.
VULG Immolabitque vitulum coram Domino, et offerent filii Aaron sacerdotes sanguinem ejus, fundentes per altaris circuitum, quod est ante ostium tabernaculi :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Levítico 1:5

Êxodo 24:6 E Moisés tomou a metade do sangue e a pôs em bacias; e a outra metade do sangue espargiu sobre o altar.
Êxodo 29:16 e degolarás o carneiro, e tomarás o seu sangue, e o espalharás sobre o altar ao redor;
Levítico 1:11 e a degolará ao lado do altar, para a banda do norte, perante o Senhor; e os filhos de Arão, os sacerdotes, espargirão o seu sangue à roda sobre o altar.
Levítico 1:15 E o sacerdote a oferecerá sobre o altar, e lhe torcerá o pescoço com a sua unha, e a queimará sobre o altar; e o seu sangue será espremido na parede do altar;
Levítico 3:2 E porá a sua mão sobre a cabeça da sua oferta e a degolará diante da porta da tenda da congregação; e os filhos de Arão, os sacerdotes, espargirão o sangue sobre o altar, em roda.
Levítico 3:8 E porá a sua mão sobre a cabeça da sua oferta e a degolará diante da tenda da congregação; e os filhos de Arão espargirão o seu sangue sobre o altar, em redor.
Levítico 3:13 E porá a sua mão sobre a sua cabeça e a degolará diante da tenda da congregação; e os filhos de Arão espargirão o seu sangue sobre o altar em redor.
Levítico 16:15 Depois, degolará o bode da oferta pela expiação, que será para o povo, e trará o seu sangue para dentro do véu; e fará com o seu sangue como fez com o sangue do novilho, e o espargirá sobre o propiciatório e perante a face do propiciatório.
Números 18:17 Mas o primogênito de vaca, ou primogênito de ovelha, ou primogênito de cabra não resgatarás; santos são; o seu sangue espargirás sobre o altar, e a sua gordura queimarás em oferta queimada de cheiro suave ao Senhor.
II Crônicas 29:22 E eles mataram os bois, e os sacerdotes tomaram o sangue e o aspergiram sobre o altar; também mataram os carneiros, e aspergiram o sangue sobre o altar; semelhantemente, mataram os cordeiros e aspergiram o sangue sobre o altar.
II Crônicas 35:11 Então, imolaram a Páscoa; e os sacerdotes aspergiam o sangue recebido nas suas mãos, e os levitas esfolavam as reses.
Isaías 52:15 Assim, borrifará muitas nações, e os reis fecharão a boca por causa dele, porque aquilo que não lhes foi anunciado verão, e aquilo que eles não ouviram entenderão.
Ezequiel 36:25 Então, espalharei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei.
Miquéias 6:6 Com que me apresentarei ao Senhor e me inclinarei ante o Deus Altíssimo? Virei perante ele com holocaustos, com bezerros de um ano?
Hebreus 10:11 E assim todo sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar pecados;
Hebreus 12:24 e a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel.
I Pedro 1:2 eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

O nome divino nas Escrituras Hebraicas

 Tetragrama nas letras hebraicas usadas antes do exílio em Babilônia

O nome divino em letras hebraicas antigas, usadas antes do exílio babilônico

 Tetragrama nas letras hebraicas usadas depois do exílio em Babilônia

O nome divino em letras hebraicas usadas após o exílio babilônico

O nome divino, representado pelas consoantes hebraicas יהוה, ocorre quase 7 mil vezes nas Escrituras Hebraicas. Nesta tradução, essas quatro letras, chamadas de Tetragrama, são vertidas como “Jeová”. Esse é de longe o nome que mais aparece na Bíblia. Embora os escritores inspirados se refiram a Deus usando muitos títulos e termos descritivos, como “Todo-Poderoso”, “Altíssimo” e “Senhor”, o Tetragrama é o único nome pessoal usado por eles para identificar a Deus.

O próprio Jeová Deus orientou os escritores da Bíblia a usarem seu nome. Por exemplo, ele inspirou o profeta Joel a escrever: “Todo aquele que invocar o nome de Jeová será salvo.” (Joel 2:32) Deus também inspirou um salmista a escrever: “Que as pessoas saibam que tu, cujo nome é Jeová, somente tu és o Altíssimo sobre toda a terra.” (Salmo 83:18) Só nos Salmos — um livro de escritos poéticos que eram cantados e recitados pelo povo de Deus —, o nome divino ocorre cerca de 700 vezes. Então, por que o nome de Deus não aparece em muitas traduções da Bíblia? Por que esta tradução usa a forma “Jeová”? E o que significa o nome divino, Jeová?

Várias ocorrências do Tetragrama no livro de Salmos

Trechos dos Salmos num Rolo do Mar Morto, datado da primeira metade do primeiro século d.C. O texto tem o estilo das letras hebraicas usadas após o exílio babilônico, mas o Tetragrama ocorre várias vezes nas letras hebraicas antigas

Por que o nome de Deus não aparece em muitas traduções da Bíblia? Por várias razões. Alguns acham que o Deus Todo-Poderoso não precisa de um nome específico para identificá-lo. Outros provavelmente foram influenciados pela tradição judaica de evitar usar o nome de Deus por medo de profaná-lo. Ainda outros acreditam que, como ninguém pode saber com certeza a pronúncia exata do nome de Deus, é melhor usar um título, como “Senhor” ou “Deus”. No entanto, esses argumentos não têm base sólida pelos seguintes motivos:

Os que afirmam que o Deus Todo-Poderoso não precisa de um nome específico desconsideram o fato de que existem cópias antigas de Sua Palavra que trazem o nome pessoal de Deus; algumas dessas cópias são datadas de antes da época de Cristo. Conforme já mencionado, Deus inspirou os escritores de sua Palavra a incluir nela seu nome cerca de 7 mil vezes. Fica claro que ele quer que conheçamos e usemos o seu nome.

Os tradutores que removem o nome de Deus por respeito à tradição judaica se esquecem de um fato muito importante: embora alguns escribas judeus tenham se recusado a pronunciar o nome de Deus, eles não o removeram de suas cópias da Bíblia. Nos rolos antigos descobertos em Qumran, perto do mar Morto, o nome de Deus ocorre muitas vezes. Alguns tradutores da Bíblia dão uma indicação de onde o nome divino aparecia no texto original colocando em seu lugar o título “SENHOR”, em letras maiúsculas. Mas a questão é: Se esses tradutores reconhecem que o nome ocorre milhares de vezes nos textos originais, o que os faz pensar que podem substituir ou remover da Bíblia o nome de Deus? Quem eles acham que lhes deu autoridade para fazer essas alterações? Somente eles podem responder a essas perguntas.

Os que afirmam que o nome divino não deve ser usado porque não se sabe a pronúncia exata, não se importam em usar o nome Jesus. No entanto, os discípulos de Jesus no primeiro século pronunciavam o nome dele de uma forma bem diferente do modo como a maioria dos cristãos o pronuncia hoje. Entre os cristãos judeus, o nome de Jesus provavelmente era pronunciado Yeshúa‛, e o título “Cristo” era pronunciado Mashíahh, isto é, “Messias”. Os cristãos que falavam grego o chamavam de Iesoús Khristós; e os cristãos que falavam latim, Iésus Chrístus. Sob inspiração, foi registrada na Bíblia a tradução grega desse nome. Isso indica que os cristãos do primeiro século faziam o que era razoável: usavam a forma do nome mais comum em seu idioma. De modo similar, a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia considera razoável usar a forma “Jeová”, mesmo que ela não tenha exatamente a mesma pronúncia que o nome divino tinha no hebraico antigo.

Por que a Tradução do Novo Mundo usa a forma “Jeová”? Em português, as quatro letras do Tetragrama (יהוה) são representadas pelas consoantes YHWH. O Tetragrama não tinha vogais, assim como todas as palavras escritas no hebraico antigo. Na época em que o hebraico antigo era o idioma do dia a dia, era fácil os leitores saberem que vogais deviam ser usadas.

Cerca de mil anos após as Escrituras Hebraicas terem sido completadas, eruditos judeus desenvolveram um sistema de sinais ou pontos que indicavam as vogais que deveriam ser usadas na leitura do idioma hebraico. Mas, naquela época, muitos judeus tinham a ideia supersticiosa de que era errado falar em voz alta o nome de Deus e por isso pronunciavam outras expressões em seu lugar. Assim, ao copiarem o Tetragrama, parece que eles combinavam as vogais dessas expressões com as quatro consoantes que representam o nome divino. É por esse motivo que os manuscritos com esses sinais vocálicos não ajudam a determinar como o nome de Deus era originalmente pronunciado em hebraico. Alguns acham que era pronunciado “Iavé” ou “Javé”, enquanto outros sugerem outras possibilidades. Um Rolo do Mar Morto que contém um trecho, em grego, de Levítico translitera o nome divino como Iao. Além dessa forma, antigos escritores gregos também sugerem a pronúncia Iae, Iabé e Iaoué. Mas não há motivos para sermos dogmáticos. Simplesmente não sabemos como os servos de Deus no passado pronunciavam esse nome em hebraico. (Gênesis 13:4; Êxodo 3:
15) O que sabemos é o seguinte: Deus usou seu nome muitas vezes ao se comunicar com seus servos, eles também o usavam ao se dirigir a ele e esse nome era usado sem restrição quando eles conversavam com outros. — Êxodo 6:2; 1 Reis 8:23; Salmo 99:9.

Então, por que esta tradução usa a forma “Jeová” do nome divino? Porque essa forma tem uma longa história em português.

O nome de Deus, Jeová

O nome de Deus em Gênesis 15:2 na tradução do Pentateuco de William Tyndale, 1530

A primeira edição da Bíblia completa em português em um só volume, a versão Almeida publicada em 1819, empregou milhares de vezes o nome de Deus na forma “JEHOVAH”. A comissão tradutora da Versão Brasileira (1
917) também decidiu usar a forma “Jehovah”, e na sua edição de 2010 a grafia foi atualizada para “Jeová”. A nota de rodapé de Êxodo 6:3 na tradução Matos Soares (oitava edição) declara: “O texto hebreu diz: ‘O meu nome Javé ou Jeová.’”

Formas similares do nome divino também são encontradas em outros idiomas. Por exemplo, a primeira ocorrência, em inglês, do nome pessoal de Deus em uma Bíblia foi em 1530, na tradução do Pentateuco de William Tyndale. Ele usou a forma “Iehouah”. Com o tempo, o idioma sofreu mudanças, e a grafia do nome divino foi modernizada.

Em sua obra Studies in the Psalms (Estudos dos Salmos), publicada em 1911, o respeitado erudito bíblico Joseph Bryant Rotherham usou o nome “Jehovah” em vez de “Yahweh”. Explicando o motivo, ele disse que queria empregar uma “forma do nome que fosse mais conhecida (e perfeitamente aceitável) aos leitores da Bíblia em geral”. Em sua obra Apostilas aos Dicionários Portugueses, de 1906, o filólogo e lexicógrafo português Gonçalves Viana declarou: “A forma Jeová, porém, já está tão usual, que seria pedantismo empregar Iavé, ou Iaué, a não ser em livros de pura filologia semítica ou de exegese bíblica.”

O Tetragrama

O Tetragrama YHWH: “Ele faz com que venha a ser”

 O verbo “vir a ser; tornar-se” em hebraico

O verbo HWH: “vir a ser; tornar-se”

O que significa o nome Jeová? O nome Jeová, em hebraico, é derivado de um verbo que significa “vir a ser; tornar-se”. Muitos eruditos acreditam que esse nome reflete a forma causativa desse verbo hebraico. Assim, a Comissão da Tradução do Novo Mundo da Bíblia entende que o nome de Deus significa “Ele faz com que venha a ser”. Visto que a opinião dos eruditos varia, não podemos ser dogmáticos sobre esse significado. No entanto, essa definição reflete bem o papel de Jeová como o Criador de todas as coisas e o Cumpridor do seu propósito. Ele não só fez com que o Universo e as criaturas inteligentes existissem, mas, com o desenrolar dos acontecimentos, ele também continua fazendo com que a sua vontade e o seu propósito se realizem.

Portanto, o significado do nome Jeová não se limita ao sentido transmitido pelo verbo relacionado encontrado em Êxodo 3:14, que diz: “Eu Me Tornarei O Que Eu Decidir Me Tornar”, ou “Eu Mostrarei Ser O Que Eu Mostrar Ser”. Essas palavras não descrevem o pleno sentido do nome de Deus. Na verdade, elas revelam apenas um aspecto da personalidade dele: o de se tornar o que for necessário, em cada circunstância, para cumprir seu propósito. Então, embora o nome Jeová inclua essa ideia, não está limitado ao que ele decide se tornar. O nome Jeová inclui também a ideia de que ele causa, ou faz acontecer, o que ele decidir em relação à sua criação e ao cumprimento de seu propósito.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Levítico Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
SEÇÃO

UM MANUAL DE ADORAÇÃO

Levítico 1:1-7.38

A relação de Levítico com Êxodo é indicada na frase de abertura do livro. Em Êxodo, Deus fala do monte. Aqui, Ele fala do Tabernáculo. Êxodo encerra com o relato da dedica-ção do Tabernáculo e a vinda da glória de Deus para enchê-lo. Agora, Deus fala com os israelitas do lugar onde Ele escolheu habitar entre eles. A palavra que Ele fala tem a ver com o modo em que o povo, agora resgatado pela mão poderosa do Senhor, adorará e servirá o seu Deus. Levítico é o manual de adoração dos antigos hebreus. Começa com normas de sacrifício.

A. INSTRUÇÕES PARA OS 1SRAELITAS, 1:1-6.7

De imediato, o leitor é informado sobre a origem divina e a conseqüente autoridade da mensagem que está sendo dada. E chamou o SENHOR a Moisés e falou com ele da tenda da congregação (1). Moisés não tem permissão para entrar no Tabernáculo (Êx 40:35), por isso Deus, de dentro, fala com Moisés, de fora. S. R. Hirsch sugere que a intenção é estabelecer o fato de que a palavra de Deus veio a Moisés em vez de surgir em seu interior como produto de sua consciência religiosa.' A palavra falada é de origem sobrenatural.

A expressão tenda da congregação é mais bem traduzida por "Tenda do Encontro" (NVI). A palavra para descrever "tabernáculo" é a mesma palavra hebraica para aludir a "tenda" ('ohel). O termo traduzido por congregação é derivado de um radical hebraico (y'd) que significa "nomear, designar, marcar, estabelecer". Assim, a melhor leitura seria "tenda do encontro marcado". A adoração não é opção para o povo de Deus. É obrigação.

Deus marcou um encontro com o homem em um lugar designado (o Tabernáculo). O encontro marcado objetivava estabelecer comunhão de acordo com os procedimentos no-meados (caps. 1-22) e os tempos certos (Lv 23:24-25). Não são os hebreus que decidem como e quando vão cultuar. Essas decisões são tomadas inicialmente por Deus para os redimidos.

1. A Lei do Holocausto (Lv 1:1-17)

a) O mandamento de Deus (1.1,2). Este manual de adoração começa com a oferta de sacrifícios: Quando algum de vós oferecer oferta ao SENHOR (2). As palavras ofe-recer e oferta são derivadas do mesmo radical primário que significa "chegar perto de, achegar-se, aproximar-se". A questão que Levítico trata é de como os hebreus podem viver em "proximidade" com Deus. E isso envolve ofertas ou sacrifícios. Oferta (qorban) é a noção mais próxima de um termo geral no Antigo Testamento para se referir a "sacri-fício". É o termo usado para aludir a todos os tipos de ofertas apresentadas a Deus. A idéia do radical não é nem "sacrifício" nem "oferta", conforme nosso entendimento destas palavras. Significa "algo levado para perto de". É usado exclusivamente no Antigo Testa-mento com alusão à relação do homem com Deus e revela o propósito desta seção de Levítico; a intenção era instruir os hebreus sobre como se achegar a Deus.

Trata-se de lugar-comum entender que cultuar implica em sacrificar ou ofertar. Mas, de maneira nenhuma os sacrifícios estavam limitados a Israel. Era parte essencial da religião do mundo no qual os israelitas viviam.
Há muito que os estudiosos se empenham em achar a idéia controladora por trás dos sacrifícios religiosos. Alguns sugerem que seja comunhão, ato simbolizado pela refeição comum. Outros enfatizam a propiciação, a substituição ou a gratidão festiva. É óbvio que o sacrifício é algo multifacetado da mesma maneira que é a relação do homem com Deus. Envolve comunhão, mas comunhão com Deus implica em propiciação, gratidão e petição. Assim, nossa atenção é remetida novamente à idéia de proximidade e intimidade com Deus. Tudo que diz respeito a aproximar-se de Deus está implícito no sacrifício. Este conceito explica as cinco variedades de ofertas analisadas nos capítulos a seguir: holocausto, oferta de manjares, oferta de paz, oferta pelo pecado e oferta pela culpa. Cada oferta fala de uma faceta diferente da proximidade com Deus.
Levítico toma por certo que quando os homens se achegam a Deus, eles não devem ir de mãos vazias. Há algo sobre a relação que torna correto e apropriado os homens leva-ram uma oferta. Desde os tempos do Novo Testamento é fácil esquecer esta verdade. Mas sempre temos de nos lembrar de que, embora os crentes possam se aproximar de Deus com ousadia, eles não devem ir de mãos vazias. Sob o antigo concerto, os adoradores iam com dádivas próprias. Hoje, os crentes vão com a própria Dádiva de Deus, seu Filho Jesus, como base de aproximação e intimidade dos adoradores com Deus.
As dádivas do Antigo Testamento eram de tipos diferentes. Podiam ser animais de gado ou rebanho, aves ou cereais. Eram acompanhadas por ingredientes como sal, mel, incenso ou vinho. Verificamos o propósito de tudo isso no versículo 3: Ele oferecerá, de sua própria vontade, perante o SENHOR. O hebraico oferece esta tradução melhor: "Ele o oferecerá para sua aceitação perante o Senhor" (cf. ARA). Todo este sistema é fornecido para que os homens se aproximem e obtenham aceitação. Isto requer sacrifício.

Para a igreja primitiva era óbvio que aqui estavam os fundamentos para o ensino do Novo Testamento sobre a necessidade do sacrifício de Cristo, para que houvesse a verda-deira comunhão entre o homem e Deus. Quando João Batista identificou Jesus como o Cordeiro de Deus, que tiraria o pecado do mundo, o entendimento judaico apoiava-se intensamente neste Livro de Levítico.

Os animais para sacrifício provinham de rebanhos de gado, vacas ou ovelhas. Tratavam-se de animais domesticados. Animais selvagens eram inaceitáveis. A tradi-ção judaica sugere uma razão para esta inaceitabilidade: não custariam nada para o ofertante.

b) A oferta de gado (1:3-9). O termo hebraico traduzido por holocausto ('olah) significa, literalmente, "aquilo que vai para cima". Também se chamava oferta quei-mada (9), porque o 'olah era totalmente queimado no altar (com exceção do couro que ia para o sacerdote). Às vezes, o vocábulo é qualificado pelo adjetivo "todo". Em outros sacrifícios, partes da oferta eram comidas pelos sacerdotes ou até pelos ofertantes. Mas no holocausto, a oferta inteira subia para Deus por cheiro suave. Hirsch supõe que isto indique "a necessidade e a aspiração de 'esforçar-se para subir mais alto'".2 Micklem afirma que "significa auto-oblação total a Deus em louvor e amor".3 Esta auto-entrega e louvor estão impreterivelmente unidos na expiação, pois o versículo 4 diz que é para a expiação do ofertante.

A totalidade da oferta é para Deus. A oferta tem de satisfazer as especificações divi-nas. É Deus quem determina o que e como deve ser dada. Tem de ser um macho sem mancha (3; "sem defeito", NVI). Há quem imagine que Paulo tinha esta oferta em men-te quando exortou os romanos a apresentar os corpos em sacrifício vivo, totalmente acei-tável a Deus (Rm 12:1-2). Só o melhor é suficientemente bom para Deus, e tem de ser oferecido sem reservas para que o homem seja aceito por Deus.

A expressão: Ele porá a sua mão sobre a cabeça do holocausto, identifica o ofertante e a oferta. Esta é prescrição para todos os sacrifícios de animais. Compare a mesma ocorrência na oferta de paz (Lv 3:2), na oferta pelo pecado (Lv 4:4), no oferecimento do carneiro da consagração (Lv 8:22), no ritual do Dia da Expiação (Lv 16:21) e até na apresenta-ção dos levitas como oferta de movimento (Nm 8:10). A prática não é mencionada especi-ficamente com relação à oferta pela culpa, mas considerando que 7.7 afirma que havia um ritual para a oferta pelo pecado e para a oferta pela culpa, inferimos que esta tam-bém fazia parte daquele ritual. A tradição judaica indica que a mão tinha de ser imposta sobre o animal com certa pressão, ao mesmo tempo que o ofertante confessava os peca-dos. O Targum de Jônatas diz: "Ele porá a mão direita com firmeza". Outras fontes judai-cas revelam que ambas as mãos eram usadas. Em outros rituais, este ato poderia ter outra significação, mas aqui caracteriza a separação que o ofertante faz de sua dádiva a Deus e a identificação completa com o que oferece. Keil escreve: "Para tornar perfeito o ato de abnegação, era necessário que o ofertante morresse espiritualmente; que, pelo mediador de sua salvação, ele pusesse a alma em comunhão viva com o Senhor, aprofundando essa comunhão como se estivesse na morte do sacrifício que morrera por ele; e colocasse os membros do corpo sob a vontade das operações do gracioso Espírito de Deus. Desta forma, o adorador era renovado e santificado no corpo e na alma e entrava em união com Deus".4

Esta identificação era para que a oferta fizesse a expiação pelo ofertante (4). A palavra hebraica significa "cobrir em cima de". Há quem interprete que tenha o signifi-cado de "cobrir a face da pessoa que errou". Na Bíblia, quer dizer cobrir o pecado para que Deus, que não pode vê-lo com isenção de ânimo (He 1.13), não o veja. Mais uma vez o propósito está em termos de proximidade e intimidade com Deus; indica "aceitação" ou "boa acolhida". Esta proximidade não é espacial, mas espiritual e pessoal. Tal proximi-dade não pode ocorrer sem sacrifício. Os sacerdotes (5), identificados como filhos de Arão, matavam o animal, escoavam o sangue e o aspergiam à roda sobre o altar para que todos os lados fossem atingidos. Em seguida, cortavam o animal em pedaços (6) e o colocavam sobre o altar para ser queimado.

Todo verdadeiro entendimento desta exigência tem de passar pela análise da função do sangue em sua relação com a vida e a morte. Snaith insiste que a razão primária para dispor do sangue desta maneira, é porque "é tabu, muito sagrado e muito perigoso para o homem comum lidar".5 Como mostra Lv 17:11, o sangue era proibido para o israelita, talvez porque o sangue representasse a vida. Por isso, certos expositores asseveram que aqui representa a vida libertada do corpo e agora apresentada a Deus.' Nesta perspecti-va, o foco não está na morte, mas na vida. Parece injusto à evidência bíblica ignorar o fato de que a maioria das alusões a sangue no Antigo Testamento esteja ligada à morte. Ao falarmos sobre este sistema sacrificatório e sua relação com o sacrifício de Cristo, é necessário enfatizarmos que a base de nossa comunhão com Deus inclui a morte de Cris-to. Paulo diz que "fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho". Esta verdade não nega a liberação de vida. Por isso, Paulo acrescenta: "Muito mais, estando já recon-ciliados, seremos salvos pela sua vida" (Rm 5:10).

Os deveres dos sacerdotes, os filhos de Arão (7), estão claramente definidos. Não devemos nos esquecer de que este arranjo representava um novo processo na vida do povo de Deus. No período patriarcal, cada chefe de família agia como sacerdote. Agora, no concerto mosaico, há o estabelecimento de uma nova ordem que prepararia o modo de entender o ministério de Cristo, o grande Sumo Sacerdote, conforme vemos na Epístola aos Hebreus.

Este sacrifício seria uma oferta queimada, de cheiro suave ao SENHOR (9). Concernente ao cheiro suave, Noth declara que esta frase "origina-se do linguajar cultual e formas de pensamento pertencentes à terra dos dois rios". Ele observa que a narrativa do dilúvio na Epopéia de Gilgamesh conta como "'os deuses cheiraram o cheiro suave' do sacrifício oferecido depois do dilúvio"! Micklem comenta que supor que esta passagem insinua "que o Deus de Israel literalmente apreciava o cheiro seria tão tolo quanto ima-ginar que o incenso é usado nas igrejas católicas porque se acredita que Deus gosta do odor".8 O que está claro é que a atividade religiosa do homem tem de agradar a Deus, e que, quando é feita de acordo com a sua Palavra, o agrada.

O corte do animal em pedaços e a disposição no altar, de forma que o fogo passasse entre eles, pode ser comparado com Gênesis 15:3-10,17,18. Neste registro bíblico, o concer-to de Deus com Abraão é selado pela passagem do fogo divino entre os pedaços da oferta.

c) A oferta de ovelhas, cabras ou aves (1:10-17). Os versículos 10:13 explicam a oferta de carneiros ou cabritos. As instruções dos rituais são curtas, não repetindo o óbvio. A única informação adicional é que o animal era morto ao lado do altar, para a banda do norte (11). A razão, talvez, é que as cinzas ficavam no lado do oriente (16), os recipientes para a lavagem dos sacerdotes situavam-se no ocidente (Êx 30:18) e a rampa, no sul.

A preocupação da antiga lei hebraica pelos pobres é revelada na provisão dos versículos 14:17; podiam-se oferecer pássaros pequenos para o holocausto (cf. 5.7). Com esta informação, vemos mais nitidamente o nível social de Maria, mãe de Jesus, confor-me nos revela Lucas 2:24. Pelo visto, o ato de dar e a atitude por trás da dádiva são mais importantes que o valor da dádiva. Em virtude do tamanho das aves (14), o ritual era naturalmente diferente. Não havia imposição de mãos, e o sangue era espremido (15) e não aspergido. A primeira parte do versículo 17 está mais claro assim: "Seja rasgado nas asas, mas não cortado em dois" (BBE; cf. ARA; NTLH; NVI). Todas as partes do pássaro que poderiam ser úteis ao homem eram oferecidas a Deus.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Levítico Capítulo 1 versículo 5
Os antigos hebreus identificavam o sangue com a vida (ver Gn 9:4,). Oferecê-lo ao SENHOR equivalia a reconhecer em Deus o dono e doador da vida.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Levítico Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
*

1:1-2

Moisés inicia este manual sobre a adoração no tabernáculo registrando as leis do sacrifício. As leis estão subdivididas em seções dirigidas aos leigos (1.1—6,7) e aos sacerdotes (6.8—7.38). Os sacrifícios, em Israel, envolviam a oferta de animais domésticos selecionados, cereais, azeite e vinho. Todos esses produtos simbolizavam o adorador israelita que, através de atos de sacrifício, estava se dando de volta a Deus, de alguma maneira. Em cada sacrifício de um animal, o adorador colocava sua mão sobre a cabeça da vítima, identificando-se desta forma com o animal, como que dizendo: "Este animal me representa". Os sacrifícios de animais envolviam a morte deles, e por isso os sacrifícios revestiam-se de um simbolismo expiatório: o animal que morria no lugar do adorador pecaminoso representava a redenção da morte que este merecia. Portanto, existe um âmago comum de sentido e de relevância compartilhado por todos os sacrifícios. Cada sacrifício, porém, também tinha suas próprias características distintivas e suas ênfases religiosas. Isso é indicado pelos diferentes nomes dos sacrifícios, que algumas vezes realçam a distinção ritual ("holocaustos") e, algumas vezes, a característica teologicamente distintiva ("ofertas pacíficas" e "ofertas pela culpa").

Embora o Senhor, em resposta à intercessão de Moisés (Êx 32), tivesse rescindido o seu veredito de julgar o povo por sua adoração idólatra do bezerro de ouro, a remoção do pecado deles permaneceu um problema sem solução. Esses sacrifícios, pois, proviam uma expiação para eles e para Arão, o sumo sacerdote deles, que os conduzira àquele pecado (cap. 9). Em contraste com Arão, Jesus Cristo, o sumo sacerdote do novo Israel, não tem pecado e nunca tenta o seu povo ao pecado (Hb 9:6-15).

* 1:1

tenda da congregação. A tenda que servia de santuário ou tabernáculo, descrito em Êx 26.

* 1:2

trareis. Israel tinha que obedecer esse manual de instrução sobre como deveria viver condignamente na presença de Deus. Deus, e não os seres humanos, determina a maneira pela qual seu povo deve viver diante dele.

de gado, de rebanho ou de gado miúdo. Somente animais sem defeito algum (v. 3) podiam ser oferecidos. Animais selvagens, que nada custassem aos ofertantes, não podiam ser oferecidos.

* 1.3-17

O holocausto dá início à lista dos sacrifícios porquanto era o sacrifício oferecido com maior freqüência. Sua característica distintiva era que o animal inteiro, exceto o couro, era queimado sobre o altar. Isso simbolizava a total consagração do adorador ao serviço de Deus, e servia para cobrir os pecados do adorador (v. 4 e nota). Os regulamentos começam especificando o tipo mais caro de animal que podia ser oferecido, o touro (v. 2-9), e terminam com o animal mais barato, o pombinho (v. 14-17).

* 1:3

o trará. O leigo que oferecesse o sacrifício (vs. 4-6,9) devia matar, tirar a pele, cortar e lavar o animal, enquanto que o sacerdote o apresentava a Deus, pondo o sangue e a carne do mesmo sobre o altar.

à porta da tenda da congregação. O pátio cercado que circundava a tenda da congregação. O grande altar e um lavatório para lavar o sacrifício estavam no átrio (v. 9).

* 1:4

para a sua expiação. Lit., "para encobrir". A morte do animal em lugar do pecador "encobre" ou protege o adorador da santa ira de Deus.

* 1:9

aroma agradável ao SENHOR. O sentido dessas palavras é visto mais claramente em Gn 8:21. Os sacrifícios afastavam a ira de Deus, levando-o a olhar com benevolência para o adorador. O Novo Testamento fala sobre a morte de Cristo usando uma linguagem semelhante (Ef 5:2).

* 1.10-13

Carneiros e bodes eram sacrificados da mesma maneira que os touros (vs. 3-9).

* 1.14-17

Procedimentos mais simples eram prescritos para os pombos e as rolinhas, sacrifícios esses que os pobres ofereciam. O sacerdote efetuava a cerimônia inteira.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Levítico Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
1:1 O livro do Levítico começa onde termina o livro do Exodo: ao pé do monte Sinaí.completou-se o tabernáculo (Exodo 35-40) e Deus estava preparado para ensinar ao povo como adorá-lo ali.

1:1 O tabernáculo de reunião era a estrutura mais pequena dentro do tabernáculo maior. O tabernáculo de reunião tinha o santuário em uma parte e o Lugar Muito santo com o arca em outra parte. Estas duas seções estavam separadas por uma cortina. Deus se revelou ao Moisés no Lugar Muito santo. Ex 33:7 menciona um "tabernáculo de reunião" onde Moisés se encontrou com Deus antes que se construíra o tabernáculo. Muitos acreditam que cumpriu a mesma função que o que se descreve aqui.

1.1ss Possivelmente estejamos tentados a nos saltar Levítico por considerá-lo um registro de rituais estranhos de uma era diferente. Mas estas práticas tinham sentido para a gente dessa época e agora nos oferecem um quadro importante da natureza e do caráter de Deus. Para muita gente hoje, os sacrifícios de animais parecem obsoletos e repulsivos. Mas os sacrifícios de animais foram praticados em muitas culturas no Meio Oriente. Deus usou o sistema dos sacrifícios para ensinar a seu povo a respeito da fé. Era necessário tomar o pecado com seriedade. Quando a gente via morrer aos animais destinados ao sacrifício se sensibilizava da importância de seu pecado e culpabilidade. Pela forma displicente em que nossa cultura vê o pecado, parecesse ignorar o custo do pecado e a necessidade de arrependimento e restauração. Embora muitos dos rituais do Levítico foram desenhados para a cultura desse dia, seu propósito era revelar a um Deus alto e santo que devia ser amado, obedecido e adorado. As leis e os sacrifícios para Deus tinham o propósito de motivar uma devoção no coração. As cerimônias e rituais eram a melhor forma para que os israelitas enfocassem suas vidas em Deus.

1:2 Havia alguma diferença entre o sacrifício e uma oferenda? No Levítico as palavras são intercambiáveis. Pelo general, a um sacrifício específico lhe chamava uma oferenda (holocausto, oferenda de grão, oferenda de paz). Em geral, às oferendas lhes chama sacrifícios. O ponto é que cada pessoa oferecia um presente a Deus sacrificando-o no altar. No Antigo Testamento, o sacrifício era a única maneira de aproximar-se de Deus e restaurar uma relação com ele. Havia mais que uma classe de oferenda ou sacrifício. A variedade de sacrifícios os fazia mais significativos, já que cada um deles se relacionava com uma situação específica da vida de uma pessoa. ofereciam-se os sacrifícios em louvor, adoração e ação de obrigado, assim como para o perdão e a paz. Os sete primeiros capítulos do Levítico descrevem a variedade de oferendas e a maneira como o povo as utilizava.

1:2 Quando Deus ensinou a seu povo a adorá-lo, pôs grande ênfase nos sacrifícios por que? Era a forma que proporcionava Deus no Antigo Testamento para que o povo pedisse perdão por seus pecados. Da criação, Deus esclareceu que o pecado separava às pessoas do e que aqueles que pecavam mereciam morrer. Por quanto todos pecaram (Rm 3:23), Deus desenhou o sacrifício como um meio para procurar o perdão e restaurar a relação com O. devido a que O é um Deus de amor e misericórdia, decidiu do mesmo princípio que viria a nosso mundo e morreria para pagar o castigo por todos os humanos. Isto o fez em seu Filho, que ainda sendo Deus, tomou a forma humana. Enquanto isso, antes de que Deus fizesse este sacrifício supremo de seu Filho, instruiu ao povo para que matasse animais como sacrifício pelo pecado.

O sacrifício do animal cumpria dois propósitos: (1) simbolicamente, o animal tomava o lugar do pecador e pagava o castigo do pecado, e (2) a morte do animal representava uma vida entregue para que outra pudesse salvar-se. Este método de sacrifício continuou ao longo dos tempos do Novo Testamento. Era eficaz para ensinar, dirigir, e para trazer para o povo de volta a Deus. Mas nos tempos do Novo Testamento, a morte de Cristo foi o último sacrifício requerido. O levou nosso castigo de uma vez e para sempre. Já não se requer o sacrifício de animais. Agora toda pessoa pode ser livre do castigo do pecado por simplesmente acreditar no Jesus e aceitar o perdão que O oferece.

1:3, 4 A primeira oferenda que Deus descreveu foi do holocausto. Uma pessoa que tivesse pecado levava a sacerdote um animal sem defeito. O animal imaculado simbolizava a perfeição moral demandada por um Deus santo e a natureza perfeita do verdadeiro sacrifício que teria que vir: Jesucristo. A pessoa então colocava sua mão na cabeça do animal para simbolizar a total identificação com o animal como seu substituto. Logo matava ao animal e o sacerdote pulverizava o sangue. Simbolicamente transferia seu pecado ao animal, e assim seus pecados lhe eram tirados (expiação). Finalmente o animal, (exceto o sangue e a pele) era queimado no altar, representando a completa dedicação da pessoa a Deus. É obvio, Deus requeria mais que um sacrifício. Além disso lhe pedia ao pecador que tivesse uma atitude de arrependimento. O símbolo exterior (o sacrifício) e a mudança interna (arrependimento) teriam que trabalhar juntos. Mas é importante recordar que nem o sacrifício, nem o arrependimento realmente tiram o pecado. Só Deus perdoa o pecado. Felizmente para nós, o perdão é parte da natureza amorosa de Deus. veio você a Deus para receber perdão?

1.3ss O que ensinavam os sacrifícios ao povo? (1) Ao requerer animais perfeitos e sacerdotes Santos, ensinavam reverência para um Deus santo. (2) Ao demandar obediência exata, ensinavam total submissão às leis de Deus. (3) Ao requerer um animal de grande valor, mostravam o alto custo do pecado e mostravam a sinceridade de seu compromisso com Deus.

1.3-13 por que eram tão detalhadas as regulações para cada oferenda? Deus tinha um propósito ao dar estas ordens. Partindo de zero, estava ensinando a seu povo um estilo de vida totalmente novo, limpando os de todas as práticas pagãs que tinham aprendido no Egito e restaurando a verdadeira adoração para O. Os detalhes estritos evitavam que o Israel caísse outra vez em seu antigo estilo de vida. Além disso, cada lei pinta um quadro gráfico da seriedade do pecado e da grande misericórdia de Deus ao perdoar aos pecadores.

1.4ss o Israel não era a única nação que sacrificava animais. Muitas religiões pagãs o faziam também para tratar de agradar a seus deuses. Algumas culturas incluso incluíam sacrifícios humanos, os quais estavam estritamente proibidos Por Deus. Entretanto, o significado do sacrifício de animais no Israel era claramente diferente daqueles de seus vizinhos pagãos. Os israelitas sacrificavam animais não para apaziguar a ira de Deus, mas sim como um substituto do castigo que mereciam por seus pecados. Um sacrifício mostrava fé em Deus e um compromisso para suas leis. Mais importante ainda, este sistema anunciava o dia quando o Cordeiro de Deus (Cristo Jesus) morreria e derrotaria ao pecado de uma vez e para sempre.

1:13 O "aroma grato para o Jeová" é uma forma de dizer que Deus aceitou o sacrifício pela atitude do povo.

AS OFERENDAS

Aqui se encontram detalhadas as cinco oferendas principais que os israelitas faziam a Deus. Faziam estas oferendas para que seus pecados fossem perdoados e para restabelecer sua relação com Deus. A morte do Jesucristo fez estes sacrifícios desnecessários. Já que devido a sua morte nossos pecados foram perdoados completamente e restaurada nossa relação com Deus.

Oferenda - Propósito - Significado - Cristo a oferenda perfeita

Holocausto (Levítico 1, voluntária)

Para pagar por pecados em geral

Mostrava a devoção a Deus de uma pessoa

A morte de Cristo foi a oferenda perfeita

Oferenda vegetal (Levítico 2, voluntária)

Para mostrar honra e respeito a Deus na adoração

Reconhecia que tudo o que temos pertence a Deus

Cristo foi o homem perfeito, que se deu a si mesmo a Deus e a outros

Oferenda de paz (Levítico 3, voluntária)

Para expressar gratidão a Deus

Simbolizava paz e comunhão com Deus

Cristo é o único meio para ter comunhão com Deus

Oferenda pelo pecado (Levítico 4, requerida)

Para pagar por pecados não intencionais de impureza, negligência ou imprudência, Restaurava ao pecador à comunhão com Deus; mostrava a seriedade do pecado

A morte de Cristo restaura nossa relação com Deus

Oferenda pela culpa (Levítico 5, requerida)

Para pagar por pecados contra Deus e contra outros. Se fazia um sacrifício para Deus e se compensava ou se pagava à pessoa afetada

Compensava às partes afetadas

A morte de Cristo nos libera das conseqüências mortais do pecado


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Levítico Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
I. COMO se aproximar de Deus (Lv 1:1:. Sl 119:155 ; Isa . Is 65:24 ; Jo 3:16 , Jo 3:17 ). Nenhum homem jamais esteve em liberdade para criar seus próprios termos de aproximação a Deus.

A. Legislações referentes a sacrifícios (1: 1-7: 38)

Sacrifique-um sacrifício agradável a Deus-é a base de toda a verdadeira adoração. O homem é, em si mesmo culpados e impuros. Ele precisa de um sacrifício para libertá-lo da culpa e para limpar afastado sua contaminação, (He 9:22 ).

Para mostrar que o pecado é realmente pecaminoso, que a santidade é necessário diante do Senhor, e para indicar a forma como as pessoas poderiam estar livres da condenação, Deus estabeleceu um sistema de sacrifícios e oferendas.

A instituição de sacrifícios a Deus não era nova. Sacrifícios datam da primeira família. Noé sacrificados. Mas aqui no livro de Levítico a instituição é sistematizada. É aqui dispostas de modo a atender as diversas fases da necessidade do homem, e apontar para o fornecimento completo final para essa necessidade no Redentor prometido (Mt 26:26. ; He 10:1. ).

Os primeiros sete capítulos de Levítico são, em certo sentido, um manual de sacrifício, pois aqui estão os regulamentos para a execução através dos cinco principais tipos de ofertas.

1. The Whole holocausto (1: 1-17 ; 6: 8-13)

Esta foi uma expressão individual de devoção, de ação de graças, de adoração. Não era como se o sangue aspergido falado em Êxodo em que as pessoas estavam a ser resgatado do Egito. Esta é uma oferta para atender às necessidades de um povo redimido em sua abordagem para o seu Salvador.

A oferta pode consistir de um touro, um carneiro, um bode, um pombo, ou uma rola, dependendo da capacidade do adorador de fornecer. A palavra hebraica traduzida como "holocausto" significa "aquilo que sobe", e é descritiva do fato de que a oferta era para ser totalmente consumido no altar. Todo o sacrifício ascendeu a Deus em uma chama e fumaça. Por isso o adorador procurado nada da parte de Deus para si mesmo; em vez disso, no símbolo da sua oferta total consumido, ele se entregou completamente ao Senhor. Fala-nos do sacrifício de Cristo por nós, e que nos chama a um compromisso total de nós mesmos a Ele (conforme Rm 12:1 ).

1. Do rebanho (1: 1-9)

1 E o Senhor chamar Moisés, e falou com ele da tenda da congregação, dizendo: 2 Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando algum de vós oferece uma oblação ao Senhor, haveis de oferecer a sua oferta de o gado, até mesmo do rebanho e do rebanho.

3 Se a sua oferta for holocausto de gado, oferecerá ele um macho sem defeito: ele deve oferecê-lo à porta da tenda da congregação, para que possa ser aceito diante do Senhor. 4 E porá a sua mão sobre a cabeça do holocausto; e que seja aceito por ele para fazer expiação por Ec 5:1 E ele deve matar o novilho perante o Senhor; e os filhos de Arão, os sacerdotes, oferecerão o sangue, e polvilhe o sangue em redor sobre o altar que está à porta da na tenda da congregação. 6 E ele deve esfolar o holocausto, e cortá-la em suas partes. 7 E os filhos de Arão, o sacerdote, porão fogo sobre o altar, e madeira estava em ordem sobre o fogo; 8 e os filhos de Arão , os sacerdotes, definirá os pedaços, a cabeça ea gordura, em ordem sobre a lenha que está no fogo que está sobre o altar: 9 , mas a fressura e as suas pernas, ele lavar com água. E o sacerdote queimará tudo isso sobre o altar, para um holocausto, uma oferta feita por fogo, de cheiro suave ao Senhor.

Desta vez (vv. Lv 1:1 , Lv 1:2) Moisés não foi convocado para a montagem de fogo do julgamento, mas para a tenda da congregação, ou tabernáculo para o santuário de sacrifício e adoração, indicativo da misericórdia de Deus. No Sinai, Moisés só se atreveu a aproximar-se de Deus. Mas agora o Senhor faz uma maneira para todos os israelitas para adorar na presença divina. Ele começou a instrução em relação a esta abordagem, apontando o que um homem deve fazer, que pode querer oferecer uma oblação ou fazer uma doação, como a palavra hebraica corban indica (conforme Mc 7:11 ). A raiz do significado deste termo é "aproximar", e sugere o propósito de Deus para o Seu povo aqui. O termo é usado em todo Levítico para vários tipos de ofertas pelo qual o homem se aproximou de Deus, e através do qual Deus, por sua vez, aproximou-se de homens (conforme Jc 4:8 , Lv 1:4) era para ser um espécime perfeito. Foi oferecido à porta da tenda da congregação , ou seja, no altar de bronze no átrio do tabernáculo (Ex 40:6. ; conforme Sl 51:1 ; Sl 103:12 ; Is 44:22 ; Is 7:19 Mic. ; He 10:1 ).

A ser um tipo de Cristo holocausto, a aplicação da presente hoje nos apresenta o fato de que é como nós nos identificamos com Cristo, dá-nos inteiramente a Ele, tornar-se um com Ele, para que possamos encontrar a aceitação de Deus (1Jo 4:17 ; 1Jo 5:20 ; 1Co 6:17. ; Ef 1:6 ; Cl 2:10 ).

Se o próprio ofertante, ou um oficial do tabernáculo, realmente matou o animal não está claro no texto hebraico (vv. Lv 1:5 , Lv 1:6 ), mas é certo que, tendo o sangue e aplicá-lo ao altar era uma função sacerdotal. Colocar este sangue, a sede da vida do animal, contra o altar sagrado simboliza a doação da vida do ofertante a Deus e reconheceu a participação ativa de Deus na cerimônia de expiação; e, apontando para a frente a oferta de Si mesmo de Jesus, foi eficaz no perdão e na conciliação entre o ofertante a Deus (1Pe 1:2 ; Jo 19:36 ).

Os versículos 7:9 descrevem a maior actividade do sacerdote em sacrificar o holocausto. Para uma visão mais completa da situação, no entanto, capítulo 6: 8-13 deve ser lida juntamente com estes versos. Esta oferta queimada era uma fragrância agradável ao Senhor. A aplicação de uma característica humana a Deus aqui é simplesmente uma maneira figurativa e gráfico de dizer que o Senhor tinha prazer em holocaustos-voluntárias do seu povo ofertas pelo qual eles demonstraram a sua aspiração depois dele, o seu propósito de fazer a Sua vontade, e sua auto-entrega a Ele (ver Ef 5:2. ; 1Pe 2:5)

10 E se a sua oferta for de gado miúdo, de ovelhas ou das cabras, para holocausto; o oferecerá um macho sem defeito. 11 E ele deve matá-lo no lado do altar norte, perante o Senhor:. e os filhos de Arão, os sacerdotes, espargirão o sangue sobre o altar em redor 12 E ele deve cortá-la em sua peças, com a cabeça ea gordura; eo sacerdote os porá em ordem sobre a lenha que está no fogo que está sobre o altar: 13 mas a fressura e as pernas, ele lavar com água. E o sacerdote oferecerá o todo, e queimará sobre o altar; é um holocausto, uma oferta feita por fogo, de cheiro suave ao Senhor.

O ritual aqui para oferecer uma ovelha ou uma cabra era o mesmo que na oferta de um touro. Menciona-se, neste contexto, que o animal era para ser morto no lado norte do altar. Isso, no entanto, aplicada a todos os sacrifícios, exceto a oferta de paz.

c. Das Aves (1: 14-17)

14 E se a sua oferta ao Senhor for holocausto de aves, então ele deve oferecer a sua oferta de rolas ou de pombinhos. 15 E o sacerdote trará ao altar, tirar-lhe a cabeça, e queimar sobre o altar; e o seu sangue será drenado para fora do lado do altar; 16 e tirará o papo com a sujeira dos mesmos, e lançá-lo ao lado do altar na parte leste, no lugar das cinzas: 17 e ele deve rasguemos pelas suas asas, mas não a partirá. E o sacerdote queimará isso sobre o altar, em cima da lenha que está no fogo: é um holocausto, uma oferta feita por fogo, de cheiro suave ao Senhor.

Como em alguns outros casos, quando o ofertante era pobre demais para oferecer qualquer um touro, um carneiro, ou uma cabra, ele poderia oferecer um pombo ou uma rola (Lv 5:7 ). Ao fazer tal oferta, o padrão era mais simples, mas, em geral, exatamente o mesmo que que se seguiu nas outras instâncias. O pobre homem culto com uma oferta de apenas um passarinho, que ele pode ter pego em um arbusto, era tão agradável a Deus como o homem rico que trouxe o modelo maior e mais perfeitos do seu vasto rebanho (conforme 2Co 8:12 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Levítico Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
Levítico 1 ;7

He 10:1-58 deixa claro que em Cristo temos o cumprimento total de cada sacrifício do Antigo Testa-mento. Esses cinco sacrifícios espe-ciais ilustram os vários aspectos da pessoa e da obra do Salvador.

  • Oferta queimada — a consagração completa de Cristo (Lv 1)
  • Para esse sacrifício, precisava-se de um macho perfeito Dt 1:0). Veja também

    Jo 10:17 e Rm 5:19. Leví-tico 6:8-13 salienta que a primeira coisa que o sacerdote tinha de fa-zer todas as manhãs era uma oferta queimada. Assim, oferecia-se todos os outros sacrifícios durante o dia sobre o fundamento da oferta quei-mada. Rm 12:1-45 instrui os cristãos a se darem como sacrifício vivo — como oferta queimada viva — totalmente consagrados a Deus. Da mesma forma que os sacerdo-tes deviam manter o fogo ardendo continuamente sobre o altar (Lv 6:12- 13), nós devemos nos consagrar continuamente ao Senhor para a glória dele.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Levítico Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
    1.1 Antes, Deus falara do monte Sinai, não permitindo que ninguém se aproximasse; agora fala da tenda da congregação, da nuvem sobre o propiciatório no Santo dos Santos, deixando o adorador se aproximar dele por intermédio das ofertas.
    1.2 Oferta. Descrevem-se cinco tipos:
    1) O holocausto;
    2) A oferta de manjares;
    3) A oferta pacífica;
    4) Pelo pecado;
    5) Pela culpa. Quem busca a Deus há de começar com a quinta oferta da escala; que é uma oferta compulsória por causa da maldade humana; só depois de se seguir o caminho prescrito para obter a comunhão com Deus, que pode haver ofertas voluntárias e espontâneas, especialmente a primeira da escala, um holocausto "de aroma agradável ao Senhor” (veja 1.17 N. Hom.). Todas as ofertas tinham algo em comum simbolizavam algum aspecto da vida e do sacrifício de Jesus Cristo.

    1.17 Holocausto. Heb 'olah, cujo significado básico é de fazer subir em fumaça, uma oferta total da qual os demais sacrifícios são apenas modificações. Nossa palavra "holocausto" significa "totalmente queimado". Esta oferta significava a dedicação completa a Deus daquele que a oferecia, e tipifica Jesus Cristo, ao se oferecer imaculado a Deus, para fazer Seu inteiro agrado,He 9:14; Fp 2:6-50. Na seleção da vítima, tanto o rico como o pobre podia trazer uma oferta aceitável, fosse um novilho; ou fosse uma rola. O macho sem defeito, v. 3, representa Cristo na sua perfeição (He 9:14; 1Pe 1:19). O sacrifício se oferecia no altar do holocausto, à porta do Tabernáculo, v. 3 com Êx 40:6, depois de o ofertante se identificar com o animal que o substituiria, aceitando sua. posição de pecador pedindo expiação, com o simples gesto de pôr a mão sobre a cabeça do holocausto. Igualmente, o simples ato de estender a mão da fé para a pessoa de nosso substituto Jesus Cristo identifica-nos com o Salvador que levou nossos pecados sobre si (2Co 5:21). A aspersão do sangue sobre o altar sinal de que a vida fora oferecida; vinha então a queima da carne. A remissão dos pecados vincula-se ao derramamento do sangue (He 9:22). • N. Hom. A expressão "Aroma agradável", tão comum neste Livro, significa "de boa aceitação" e se aplica sublimemente à ternura do amor de Cristo, que foi ao ponto de Se oferecer como expiação totalmente satisfatória aos olhos de Deus (Ef 5:2), e às ofertas de bondade, amor e colaboração que os irmãos em Cristo dão em prol dos homens e da Obra (Fp 4:18).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Levítico Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
    I. AS OFERTAS (1.1—7.38)


    1) Regulamentações gerais (1.1—6.7)

    a) Os holocaustos (1:1-17)

    O manual dos sacrifícios (1.1—7,38) está dividido em duas seções. A primeira e maior contém orientações de interesse tanto para sacerdotes quanto para leigos (1.1—6.7). Por outro lado, 6.8—7.36 apresenta muitas informações que eram dirigidas somente aos sacerdotes. Visto que o holocausto era o sacrifício hebreu par excellence, está no topo da lista.

    (1) Do gado (1:1-9). v. 1. A menção da Tenda do Encontro indica que o livro de Levítico é uma continuação de Ex 40:34-38. v. 2. oferta é a palavra que é transliterada como Corbã em Mc 7:11; significa “(aquilo que é) trazido para perto”, rebanho pode ser de ovelhas ou de cabras (conforme v. 10). v. 3. holocausto', o termo hebraico é ‘õlãh, que significa “o que sobe”. Denota um sacrifício que, à parte do seu sangue (v. 5) e pele (7.8), era totalmente consumido no altar. Às vezes o termo kãlíl (também “holocausto”) é usado (e.g., Dt 33:10). O holocausto diário — matutino e vespertino — era de tal maneira uma característica do ritual no tabernáculo (Ex 29:38-42; Nu 28:3-4) que o altar no pátio do tabernáculo era conhecido como o “altar do holocausto” (cp. Ex 27:1 com Ex 38:1). sem defeito só pode ter significado físico nesse contexto; mas há uma conotação moral quando a mesma linguagem é usada acerca do nosso Senhor — o antítipo do holocausto e de todas as ofertas (He 9:14; 1Pe 1:19). para que seja aceito é melhor do que, “de sua própria vontade” da VA (v. esse aspecto já em A. Jukes, The Law of the Offerings, p. 50-1).

    v. 4. e porá a mão\ no Dia da Expiação, a confissão de pecado acompanhava esse ato (16.21), e é difícil não perceber uma alusão à identificação ou representação sempre que ocorre em contextos sacrificiais (conforme 3.2; 4.4; Nu 8:12). como propiciação: embora a idéia de pecado no ofertante não fosse proeminente, no holocausto tinha o efeito de expiar (propiciar) (novamente temos a raiz k-p-r, v. comentário de Ex 25:17) os erros involuntários da pessoa, v. 5. será morto: o sujeito do verbo no hebraico é claramente 3a pessoa do singular masculino (conforme NTLH: “O homem matará o touro”). Isso significa que o israelita comum é que tinha de matar o animal que ele levava ao sacrifício; Ezequiel deseja reservar essa tarefa aos levitas (Ez 44:10,11). Os sacerdotes eram responsáveis pelo sacrifício dos animais apresentados como ofertas pelo povo todo (16.11; 2Cr 29:24). derramarão é preferível a “borrifarão” da NTLH (conforme comentário Dt 4:6), visto que o sangue era recolhido numa bacia e lançado contra os lados do altar (cf. Zc 9:15). As observações de rodapé que fazem referência a He 12:24 e 1Pe 1:2 da VA e da RV são, portanto, inadequadas nesse ponto. v. 6. pele. de acordo Ct 7:8, a pele de animais oferecidos em holocausto era propriedade do sacerdote, v. 7. fogo do altar, o fogo do altar não podia apagar (6.13), mas muitas vezes deve ter apenas fumegado. Agora o ritual se concentra no altar, e são os sacerdotes — os descendentes do sacerdote Arão — que têm primazia, v. 9. As vísceras e as pernas (traseiras?) devem ser primeiramente lavadas das impurezas dos excrementos antes de serem colocadas no altar, queimará traduz a raiz q-t-r, que é o termo para queimar sacrifícios no altar.; da mesma raiz vem a palavra para “incenso”, conforme aqui o aroma agradável que sobe a Deus. Para queimar até consumir no altar, como no caso da oferta pelo pecado (e.g., 4.12; v. também Nu 19:5,Nu 19:8 em conjunção com o novilho sem defeito), usa-se em geral o verbo s-r-p. oferta preparada no fogo: “oferta de alimentos” liga a palavra hebraica com outra raiz que significa “alimento”; melhor seguir a NVI. aroma agradável, essa idéia fortemente antropomórfica já fez um longo caminho na história da religião, desde Babel até o Gólgota. Uma versão mais rude e literal pode ser encontrada no relato babilónico do Dilúvio, segundo o qual os deuses se uniram em enxame como moscas para usufruir do aroma agradável do sacrifício de Utnapishtim. No NT, lemos que “Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus” (Ef 5:2).

    (2)    Do rebanho (1:10-13). v. 11. O lado norte é algumas vezes associado à habitação divina (e.g., 37:22; Sl 48:2). Essa é uma informação nova e não deve ser restrita a essa categoria de ofertas queimadas; holocaustos, ofertas pelo pecado e ofertas pela culpa deveriam ser mortos todos no mesmo lugar (v. 6.25; 7.2; 14.13).

    (3)    De aves (1:14-17). v. 14. O holocausto de aves era adequado às condições econômicas dos membros mais pobres da comunidade (conforme 5.7; 12.8; Lc 2:24). A pobreza em questão era do tipo material e não se presta ao tipo de interpretação que classifica os adoradores de acordo com o desenvolvimento espiritual. Maria, que pertencia à elite espiritual, valeu-se dessa concessão; v. Lc 2:22ss Pombinho’. lit. “filhotes de pombos”, que pode se referir ao gênero, e não à idade, de acordo com uma expressão idiomática semítica conhecida. v. 15. destroncará o pescoço: isso não era feito no caso de uma oferta pelo pecado (5.8). O sacerdote teria de deixar escorrer o sangue ao pressionar o corpo do animal contra a parede do altar, o sangue seria insuficiente para que fosse usado como o de animais de sacrifício de porte maior. v. 16. conteúdo é possível (conforme NEB, e RV “sujeira”); mas a BJ prefere “penas”. cinzas\ a palavra significa com maior freqüência “gordura” e aqui denota as cinzas gordurosas que eram removidas do fogo do altar. v. 17. sem dividi-la: conforme o tratamento que Abraão deu às aves mortas na cerimônia da aliança descrita em Gn 15:9,10.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Levítico Capítulo 1 do versículo 1 até o 17
    I. OS SACRIFÍCIOS Lv 1:1-7.38

    Não é sem razão, que este manual do sacrifício, -assim o poderíamos designar, -se encontra em primeiro lugar no Levítico, mencionando em primeiro lugar as leis dos sacrifícios e só depois a ordenação dos sacerdotes, que a eles presidem. Do mesmo modo em Números o recenseamento das tribos precede a celebração da Páscoa, acontecimento na realidade anterior àquele (Nu 1:1; Nu 9:1).

    Este código do sacrifício apresenta-se, entra sem rodeios diretamente no assunto, e a conjunção "e" que o inicia, liga-o às palavras finais do Êxodo (Êx 40:34 e segs). Antes de falar com Moisés, o Senhor chamou-o, palavra mais forte do que "falar", como se se tratasse do assunto da maior importância para o Seu Povo, como ordens decisivas (cfr. Êx 24:16; Nu 12:5), ou comunicações de vulto (cfr. Êx 3:4). São exemplos a proclamação das festas (Lv 23:2, 4, 21, 37) e do Dia da Expiação (Lv 25:10). A dupla expressão "Chamou... e falou" tem maior ênfase do que o simples verbo "falou" ou "disse". Da tenda da congregação (1). Melhor: "Fora da tenda do encontro". Cfr. Êx 25:9 nota. Uma versão usa o termo "tabernáculo" para o vocábulo hebraico mishkan, significando o conjunto formado pelas tábuas de madeira dourada, cobertas de linho e bordadas com desenhos de serafins (cfr. Êx 26:7), enquanto a palavra "tenda" (’ ohel) se aplica ao conjunto das cortinas que o cobriam, ou em parte, ou na totalidade (cfr. Êx 40:19). Outra versão, porém, confunde os dois termos e emprega-os indistintamente, traduzindo ’ ohel ora por "tenda", ora por "tabernáculo". Seja como for, o certo é que o tabernáculo já se encontrava definitivamente montado, e que o Levítico por isso se coaduna perfeitamente com o último capítulo do Êxodo.

    Antes de prosseguirmos, convém frisar o seguinte: Primeiramente, os sacrifícios são considerados sob dois aspectos, ou seja, a porção do sacrifício que pertencia ao Senhor (Lv 1:2-6.7) e a porção do sacerdote e do oferente (Lv 6:8-7.36). Em seguida, tratam-se independentemente as cinco espécies de ofertas: (os holocaustos, a de manjares, pelo pecado, pela culpa e a oferta de paz), sem se pensar em qualquer ralação que possa existir entre elas. Em terceiro lugar, as descrições não são completas e supõem outras já feitas ou que ainda se seguirão (por exemplo, não se faz qualquer alusão à oferta de bebidas ou ao pão asmo). Finalmente, nem sempre a ordem cronológica é observada rigorosamente.

    >Lv 1:2

    a) A porção do Senhor (Lv 1:2-6.7)

    Fala aos filho de Israel (2). São leis que dizem respeito a todo o povo, pois não só os sacerdotes, mas também os leigos eram obrigados a cumprir com exatidão as suas obrigações. Oferecer oferta (2). A palavra hebraica corban (cfr. Mq 7:11) tanto pode significar "oferta" como "sacrifício" (Nu 7:11). Gado (2). Incluía os animais impuros como cavalos, burros e camelos. Cfr. Êx 9:3, onde se alude ao "gado" do Faraó, que abrangia cavalos, jumentos, camelos, bois e ovelhas. Vacas (2) é o termo genérico para todo o gado bovino, tal como ovelhas designa todo o gado ovino e caprino. Só estes animais e alguns pássaros podiam ser objeto de sacrifício.

    >Lv 1:3

    1. O HOLOCAUSTO (Lv 1:3-17). (Veja-se também Lv 6:8-13). Com este nome se designava toda a carne que se queimava sobre o altar (Dt 33:10; Sl 51:19; Lv 6:22-23). O termo original ’ olah de significado "aquilo que sobe", tanto podia referir-se à oferta que subia ao Senhor como ao cheiro suave (17), ou ainda ao animal inteiro, e não apenas parte dele, que era oferecido, ou erguido sobre o altar. Embora não seja o mais importante, é no entanto este sacrifício o que se menciona em primeiro lugar, talvez por ser o mais grandioso. Note-se que o grande altar de bronze é conhecido por "altar do holocausto" (Êx 30:28; Êx 31:9; Lv 4:7, 10, 18). Em Lv 4:24, 33 afirma-se que o bode será degolado "no lugar onde se degola o holocausto". A "oferta contínua" (tamidh) era também um holocausto (Êx 29:42; Nu 28:0; Lv 2:2 e Lv 4:2; Lv 5:15 leva-nos à conclusão de que o holocausto podia ser um sacrifício voluntário. Mas em Lv 1:3, segundo outra versão, admite-se mais facilmente que seja "para sua aceitação" do que propriamente "de sua própria vontade". O animal devia ser "macho e sem mancha" (3). O mesmo se dava com o sacrifício pelo sacrilégio (cfr. Lv 5:15). Segue-se a descrição pormenorizada do ritual do sacrifício (5-9). O oferente conduzia o animal até à porta da tenda do encontro, sobre o qual punha ambas as mãos, confessando ao mesmo tempo as suas iniqüidade (Lv 16:21; Dt 26:13 e segs.). Em seguida era degolado "perante o Senhor", esfolado e dividido em pedaços, sem se lhe partir os ossos (cfr. Êx 12:46; Nu 9:12; Jo 19:36). Depois da lavadas as entranhas a as pernas, o sacerdote recolhia o sangue da vítima para o aspergir sobre o altar, e queimava logo após toda a carne. Repara-se na frase enfática: Os filhos de Arão, os sacerdotes (Lv 1:5, 8, 11; Lv 2:2; Lv 3:2). A cerimônia do sacrifício é de fato uma missão exclusivamente própria dos sacerdotes, a quem, todavia, não cabe qualquer parte da vítima, a não ser o couro do animal (Lv 7:8). Neste sacrifício, ao contrário do que sucedia com o do pecado e da expiação de culpa, dá-se especial realce à consagração e à dedicação do oferente, como nos dá a entender o apóstolo Paulo que nas palavras "vossos corpos" e "sacrifício vivo" devia ter em mente o holocausto antigo (Rm 12:1). Mas as palavras para que seja aceita por ele para a sua expiação (4) e a aspersão do sangue em torno do altar implicam sem dúvida a confissão e a expiação, que deviam preceder a dedicação (cfr. Lv 17:11). Para a sua expiação (4). Literalmente o termo "expiar" significa "cobrir", admitindo, no caso do pecado, que o Deus de Israel não podia contemplá-lo (Hc 1:13; Sl 51:1, Sl 51:9; Sl 103:12; Is 43:25; Is 44:22; Mq 7:19; He 10:1-58). O sangue da expiação tanto podia referir-se às pessoas (4) (cfr. Lv 4:20), como às coisas (por exemplo, ao altar-cfr. Êx 29:36). O holocausto, de qualquer modo, seria sempre "uma oferta queimada, de cheiro suave ao Senhor" (9). "Oferta de fogo" é o termo que se aplica a todos aqueles sacrifícios, que na totalidade ou em parte deviam ser queimados sobre o altar. De muitos deles se diz que constituiriam um "cheiro suave" mas esta designação aplicava-se provavelmente a todo este gênero da sacrifícios. A expressão é antropomórfica e não deve, portanto, ser tomada à letra, por designar apenas a satisfação com que o Senhor recebe as ofertas do Seu Povo. O mesmo se deve dizer das palavras "pão de Deus" (Lv 21:6 e segs.) e dos sacrifícios da paz (Lv 3:11, 16). Há quem tome tais palavras em sentido literal, vendo nelas o conceito imperfeito e primitivo de sacrifício. Tal conceito é exclusivo pelo contexto. Não é de admitir tal ponto de vista, demasiado materialista e revelador de ignorância crassa, mesmo que haja alguns que assim pensassem. O fato de nessa altura, em que o Povo Israelita se alimentava à custa do Maná caído do Céu, se oferecerem sacrifícios a Deus, não significa que Deus precisasse dos alimentos humanos, mas desejava que Seus filhos Lhe oferecessem parte daqueles bens que o Céu tão generosamente lhes concedia, como sinal de reconhecimento que era Deus quem lhes sustentava a vida e os cumulava de todas as bênçãos. Embora muito posterior, o Sl 1:0), ou então substituía os outros animais no caso de ser pobre o oferente (Lv 5:7-10).


    Dicionário

    Altar

    substantivo masculino Antigamente, mesa para os sacrifícios: ergueu um altar aos deuses.
    Mesa onde é celebrada a missa.
    Espécie de mesa destinada aos sacrifícios em qualquer religião.
    Figurado A religião, a Igreja: o trono e o altar (o poder monárquico e a Igreja ou religião).
    Amor fortíssimo, adoração: aquela mãe tinha um altar no coração do filho.
    Objeto santo, venerável, digno de sacrifícios: o altar da pátria.
    [Astronomia] Constelação austral.
    Sacrifício do altar, a missa.
    Ministro do altar, padre da religião cristã.
    Conduzir ao altar uma pessoa, desposá-la.

    Vem da palavra latina ‘altus’, echamava-se assim por ser coisa construída em elevação, empregando-se para sacrifícios e outros oferecimentos. A significação mais usual da palavra hebraica e grega é ‘lugar de matança’. Duas outras palavras em hebraico (Ez 43:15), e uma em grego (At 17:23), traduzem-se pelo termo ‘altar’, mas pouca luz derramam sobre a significação da palavra. Depois da primeira referência (Gn 8:20), estão relacionados os altares com os patriarcas e com Moisés (Gn 12:7-22.9, 35.1,1 – Êx 17:15-24.4). As primeiras instruções com respeito ao levantamento de um altar, em conexão com a Lei, acham-se em Êx 20:24-25. Devia ser de terra, ou de pedra tosca, e sem degraus. Havia dois altares em relação com o tabernáculo, um no pátio exterior, e outro no Santo Lugar. o primeiro chamava-se altar de bronze, ou do holocausto, e ficava em frente do tabernáculo. Era de forma côncava, feito de madeira de acácia, quadrado, sendo o seu comprimento e a sua largura de sete côvados, e a altura de três côvados – estava coberto de metal, e provido de argolas e varais para o fim de ser transportado nas jornadas do povo israelita pelo deserto. Em cada um dos seus quatro cantos havia uma saliência, a que se dava o nome de ponta. Não havia degrau, mas uma borda em redor para conveniência dos sacerdotes, enquanto estavam realizando o seu trabalho. Pois que os sacrifícios eram oferecidos neste altar, a sua situação à entrada do tabernáculo era para o povo de israel uma significativa lição de que não havia possível aproximação de Deus a não ser por meio do sacrifício (Êx 27:1-8 – 38.1). o altar do incenso ficava no Santo Lugar, mesmo em frente do véu, que estava diante do Santo dos Santos. Era quadrado, sendo o seu comprimento e largura de um côvado, com dois côvados de altura: feito de madeira de acácia, e forrado de ouro puro, tinha pontas em cada canto, e duas argolas de ouro aos dois lados. Ainda que este altar estava colocado no Santo Lugar, tinha ele tal relação com o significado espiritual do Santo dos Santos, que se podia dizer que era pertence deste lugar (Hb 9:3-4). Sobre ele se queimava o incenso de manhã e de tarde, como símbolo da constante adoração do povo (Êx 30:1-10 – 40.5 – 1 Ra 6.22 – Sl 141:2). No templo de Salomão o altar de bronze era muito maior do que o do tabernáculo (1 Rs 8.64), e um novo altar do incenso foi também edificado (1 Rs 7.48). o tabernáculo era o santuário central em que Deus podia ser adorado, segundo a maneira divinamente estabelecida – foi proibido a israel ter mais do que um santuário. Mas havia ambigüidade acerca da palavra ‘santuário’, pois empregava-se este termo tanto para casa, como para altar. A casa ou ‘santuário central’ tinha os seus dois altares, mas não estava cada altar em relação com uma casa. Em toda a parte eram permitidos altares, desde o tempo de Moisés em diante (Êx 20:24-26), mas somente um santuário (Êx 25:8). o requisito necessário, quanto ao levantamento de altares, era que eles não deviam ter ligação alguma com os altares gentílicos ou os lugares altos (Dt 16:21). Pluralidade de altares era coisa consentida, mas não de casas (Êx 20:24-26). A única ocasião em que houve mais de uma casa foi durante as confusões e complicações do tempo de Davi, existindo então dois santuários com dois altares de bronze, um em Gibeom e o outro em Jerusalém (1 Rs 3.2,4,16). Quando o reino se dividiu, estabeleceu Jeroboão os seus próprios santuários em Dã e Betel, a fim de evitar que o povo se dirigisse a Jerusalém, e fosse por isso afastado da submissão ao seu rei. os outros usos do altar eram, ou para memória de algum fato (Js 2L10), ou para servir de asilo em caso de perigo (1 Rs 1,50) – mas isto era excepcional, não destruindo a idéia geral do altar como lugar de sacrifício. No Novo Testamento o emprego do termo altar é muito raro. Em Mt 5:23, a referência é ao altar judaico dos holocaustos. Em 1 Co 9.13 10:18, o altar pagão e a Mesa do Senhor são postos em relação e em contraste.

    Altar Mesa feita de madeira, terra ou pedras, sobre a qual se ofereciam os SACRIFÍCIOS (Ex 27:1); 20.24; (Dt 27:5). Os altares de madeira eram revestidos de algum metal e tinham pontas (chifres) nos quatro cantos (Lv 4:25). Fugitivos ficavam em segurança quando c orriam e se agarravam a essas pontas (1Rs 2:28). Havia também o altar do INCENSO, que ficava no SANTO LUGAR (Ex 30:1-10).

    Altar O lugar diante do qual se apresentavam as oferendas a Deus. Jesus considerava-o digno de respeito (Mt 5:23ss.; 23,18-20) e exigia, por isso, a prévia reconciliação daqueles que se acercavam dele.

    Arão

    substantivo masculino Planta de pequenas flores unissexuadas dispostas em espigas cercadas de uma espata esverdeada. Uma espécie decorativa de espata branca, originária da África, é também chamada cala. (Família das aráceas.).
    [Popular] Copo-de-leite.

    A significação deste nome é incerta. Foi o primeiro Sumo Sacerdote de israel, descendendo de Levi, o terceiro filho de Jacó. Seu pai chamava-se Anrão e sua mãe Joquebede, era irmão de Moisés e de Miriã, três anos mais velho que aquele, e mais novo do que esta. Foi escolhido por Deus para ser cooperador de Moisés em virtude do seu dom de fala (Êx 4:16). Ele foi com Moisés a Faraó, realizando sinais na presença deste rei, e sendo também o instrumento de Deus em outros maravilhosos casos (Êx 7:10). Na batalha contra Amaleque, sustentaram Arão e Hur as mãos de Moisés, para que israel fosse vitorioso (Êx 17:12). Quando Moisés subiu ao monte Sinai, foi Arão persuadido pelo povo a fundir um bezerro de ouro para adoração, e pelo seu procedimento foi severamente censurado. Moisés orou, e obteve o perdão de Deus para o povo e Arão (Dt 9:20). Algum tempo depois foi ele consagrado sumo sacerdote, devendo este alto cargo ser hereditário na família. Coré e os levitas revoltaram-se contra a sua dignidade sacerdotal, sendo o primeiro consumido pelo fogo. ofereceu Arão incenso para suspender a praga, e o Senhor manifestamente aceitou sua intercessão pelo povo. Juntamente com Moisés e os príncipes de israel recebeu ele a missão de fazer a contagem do povo. o murmúrio de Arão e Miriã contra Moisés teve, talvez, a sua origem na má vontade de Miriã, mas não persistiu por muito tempo (Nm 12). Em Meribá pecou ele e Moisés (Nm 20:10 e seg.), e parece que a sua morte se deu pouco depois no monte Hor, sucedendo-lhe no cargo seu filho Eleazar, que, somente com Moisés presente, dirigiu o culto da sepultura (Nm 20:28). Teve Arão de sua mulher Eliseba quatro filhos. Dois deles, Nadabe e Abiú, pereceram pelo fogo do Senhor, ainda em vida de seu pai, pelo fato de terem oferecido um fogo estranho. o sumo sacerdócio continuou na descendência de Nadabe até ao tempo de Eli, que pertencia à casa de itamar. Quando Salomão subiu ao trono, tirou aos filhos de Eli o sumo sacerdócio, e deu-o a Zadoque da casa de Eleazar, cumprindo-se assim a profecia que vem no livro 1º de Samuel 2.30.

    Arão era o típico “irmão do meio”, numa família de três filhos, espremido como sanduíche entre sua irmã Miriã, de personalidade forte, e seu irmão Moisés, competente e firme como uma torre (Ex 6:20; Ex 7:7) — não é de admirar que tenha crescido com a graça da submissão e com o lado inverso dessa virtude: indecisão e fraqueza crônica.História de Arão - Arão nasceu durante a opressão de Israel no Egito, mas evidentemente antes do edito genocida de Êxodo 1:22. Tinha três anos de idade quando Moisés nasceu, ao passo que Miriã já era uma jovem cheia de si (Ex 2:4-8). Desde cedo, portanto, ele se encontrava entre o bebê que exigia total atenção e ainda por cima atraía a admiração dos vizinhos e uma irmã autoconfiante e incisiva. Seria ele a “ovelha negra” da família? Não temos muitos detalhes sobre isso, mas seu posterior desenvolvimento (ou a falta dele) sugere que sim. Ele cresceu, casou com Eliseba e teve quatro filhos (Ex 6:23; Lv 10:1-6): Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. Seria interessante especular se a ação presunçosa de Nadabe e Abiú (Lv 10:1) não foi provocada por acharem que o pai tinha uma atitude subserviente demais para com Moisés e desejavam conquistar uma maior liberdade de ação e pensamento na família sacerdotal — e o silêncio de Arão (Lv 10:3) seria uma tristeza muda, uma fraca aquiescência ou uma impotência que o fazia agitar-se interiormente?

    Durante toda a narrativa do Êxodo, Arão é um auxiliar de Moisés. Ele foi enviado para prover uma voz para as palavras de Moisés (Ex 4:14-29; Ex 7:1-2; Ex 16:9; etc.), quando reivindicaram a liberdade dos israelitas diante do Faraó. Subordinou-se a Moisés em todo o período das pragas (cf. Ex 7:18; Ex 8:5) e compartilhou com ele as reclamações do povo (cf Ex 16:2) —participando também dos momentos de oração (Nm 16:22; etc.) e de alguns privilégios no Sinai (Ex 19:24; Ex 24:1-9). Apenas uma vez o nome de Arão recebe a prioridade de irmão mais velho (Nm 3:1); Deus falou diretamente com ele apenas duas vezes (Ex 4:27; Ex 18:1-20). Em duas ocasiões, entretanto, Arão agiu independentemente de Moisés e em ambas as vezes aconteceram desastres desproporcionais. Primeiro, quando ficou no comando durante a viagem de Moisés ao monte Sinai (Ex 24:14); pressionado pelo povo (Ex 32:22), tomou a iniciativa de fazer um bezerro de ouro e promover sua adoração (Ex 32:2-5). Com isso, atraiu a ira de Deus e só foi salvo pela intercessão do irmão (Dt 9:20). Segundo, quando tomou parte numa insensata rebelião familiar contra Moisés (Nm 12:1 ss), onde ele e Miriã alegavam que mereciam mais reconhecimento como instrumentos da divina revelação. Podese ver claramente (v. 10) que a iniciativa de tudo foi de Miriã — (e a descrição de Zípora como “mulher etíope” indica algumas “alfinetadas” entre as duas cunhadas como um fator que deve ser considerado!) — e Arão, facilmente manipulado, como freqüentemente acontece com pessoas basicamente fracas, foi persuadido a ficar indignado e assumir uma firme posição no lugar errado! Não é notório que no final ele novamente deixou-se arrastar pela explosão de ira de outra pessoa e perdeu o direito de entrar em Canaã (Nm 20:1-13)?

    Arão morreu no monte Hor (Nm 20:22-29) e foi homenageado com um luto que durou trinta dias.O sacerdócio de ArãoA Bíblia, como um todo, fala gentilmente de Arão. Nos Salmos ele é chamado de pastor (Sl 77:20), sacerdote (Sl 99:6), escolhido (Sl 105:26), santo (Sl 106:16) e ungido ((Sl 133:2). No livro de Hebreus, seu sacerdócio prefigurava o Sumo Sacerdote perfeito (Hb 2:17-18; Hb 4:14-16; Hb 5:1-4; Hb 7:11). Tal era a dignidade e a utilidade para a qual Deus levantou esse homem fraco, vacilante, inadequado e excessivamente submisso — com todas as vantagem dessa qualidade e também todos os seus pontos negativos.

    Levítico 10:10 resume o sacerdócio do Antigo Testamento como um trabalho moral e didático. Era educativo no sentido de que o sacerdote era o repositório da revelação divina (Dt 31:9) e instruía o povo a partir dessa verdade revelada (Ml 2:4-7; cf. Nm 25:12-13). Sem dúvida, contudo, o principal foco da vida sacerdotal era lidar com as enfermidades morais do povo e trazê-lo, mediante os sacrifícios determinados, a uma experiência de aceitação diante de Deus (Lv 1:3; etc.), por meio da expiação (Lv 1:4; etc.) e do perdão (Lv 4:31; etc.).

    A ideia básica da “expiação” é aquela de “cobrir”; não simplesmente no sentido de esconder algo das vistas (Mq 7:18-19), mas muito mais no sentido de que um pagamento “cobre” o débito, cancela-o. O método dessa “cobertura” era o “ato de carregar os pecados” ou a transferência do pecado e suas penalidades do culpado e o cumprimento da penalidade (morte) merecida sobre o inocente, pela vontade de Deus. Em todos os sacrifícios, a imposição das mãos do ofertante sobre a cabeça do animal era um importante requisito (Lv 1:4;3:2-13;4:4-25; etc.) e, de acordo com o livro de Levítico, o significado desse ritual é esclarecido como a designação de um substituto e a imposição dos pecados do ofertante sobre o mesmo. Nesses sacrifícios, o ministério dos sacerdotes arâmicos era essencial. Esta era a função deles e ninguém mais ousaria intrometer-se nessa tarefa. Ela atingia seu ápice — e seu exercício mais dramático — no dia da Expiação anual, ocasião em que a misericórdia divina limpava todos os pecados, transgressões e iniqüidades cometidos durante o ano anterior. O sumo sacerdote — o querido e frágil Arão! — era o principal oficiante, o primeiro a carregar o sangue que representava a morte do animal-substituto ao Santíssimo Lugar, para o espargir onde era mais necessário, na presença do Senhor e sobre o propiciatório e as tábuas que continham a Lei de Deus, a qual foi quebrada (Lv 16:11-17). O sacerdócio, contudo, era uma oportunidade de ensino e o povo precisava entender publicamente o que o sacerdote havia feito na privacidade. Portanto, a cerimônia do “bode emissário” foi ordenada por Deus (Lv 16:20-22), na qual, abertamente, diante de todo o povo, Arão impunha as mãos (v 21), confessava todos os pecados (v
    21) e “colocava” todos eles sobre a cabeça do animal. Dessa maneira, o bode era designado para “levar sobre si todos os pecados”. Esse era o momento de glória de Arão, onde ele prefigurava Aquele que seria atingido pela transgressão do seu povo e levaria sobre si o pecado de muitos (Is 53:8-12), Aquele que “pelo Espírito eterno” ofereceria “a si mesmo imaculado a Deus” e tanto seria como faria “um único sacrifício pelos pecados”, “para sempre” (Hb 9:14; Hb 10:12).


    Arão [Iluminado]

    Filho de Anrão e Joquebede e irmão de Moisés (Nu 26:59). Foi auxiliar de Moisés na tarefa de tirar os israelitas do Egito (Ex 4:14-16; 7:1-2) e de levá-los a Canaã. Foi pai de quatro filhos: Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar (Ex 6:23). Arão teve seus momentos de fraqueza (Ex 32:1-29; Nu 12:1-15). Ele e os seus filhos foram consagrados para servirem como sacerdotes (Ex 28:1). Sua morte está descrita em Nu 20:22-29.


    Bezerro

    substantivo masculino Cria da vaca enquanto mama, geralmente até um ano de idade.
    A pele curtida do novilho.

    Bezerro Boi ainda novo, cuja carne era usada como alimento e também nos SACRIFÍCIOS (Lv 9:2; Hb 9:12-19).

    Congregação

    Congregação
    1) Israel considerado como povo ou nação (Ex 12:3).

    2) O povo reunido, especialmente para fins religiosos (1Rs 8:14); (He 10:25,RC).

    Esta palavra é mui freqüentemente aplicada a todo o povo hebreu, como sendo ele uma comunidade religiosa (Êx 12:3, etc – Lv 4:13, etc. – Nm 1:2, etc,). Antes da instituição da monarquia, o parlamento da congregação constava do chefe ou pai de cada casa, família e tribo. os delegados tinham o nome de anciãos ou príncipes – exerciam direitos soberanos – e o povo achava-se ligado aos atos desses magistrados, ainda mesmo quando os desaprovava (Js 9:18). outra palavra hebraica se emprega a respeito de uma assembléia, convocada para qualquer fim especial, como, por exemplo, a que se realizava por ocasião de uma das grandes festividades (1 Rs 8.65 – 2 Cr 7.8 – 30.13). Há, ainda, uma terceira palavra hebraica que aparece várias vezes em certas frases. Assim traduzidas: tenda da congregação, tabernáculo do testemunho etc.

    substantivo feminino Ação de congregar, de reunir em assembléia.
    Confraria formada por pessoas piedosas, sob invocação de um santo.
    Instituição religiosa.
    Assembléia de prelados incumbidos de examinar certos assuntos na Cúria Romana.
    Conjunto dos professores titulares de um estabelecimento de ensino.

    Degolar

    verbo transitivo Cortar o pescoço ou a cabeça de; decapitar.
    Por Extensão Matar, trucidar.
    Figurado Eliminar.

    Degolar Cortar a cabeça (1Sm 25:11).

    Depois

    advérbio Seguidamente; numa circunstância posterior: chegou depois das 21h.
    Atrás; de modo posterior, na parte de trás: saiu depois da banda.
    Ademais; em adição a: o tumulto foi desordeiro e, depois, se opôs ao governo.
    Etimologia (origem da palavra depois). De origem questionável.

    logo. – Segundo Lac. – “ambos estes advérbios indicam tempo que se segue ao atua1; porém logo designa termo mais próximo, e depois termo mais remoto. Logo ao sair da missa montaremos a cavalo; e depois de darmos um bom passeio, iremos jantar com teu tio”.

    Diante

    advérbio Em frente ou à frente; em primeiro lugar: sentou-se diante.
    locução adverbial Em, por ou para diante. Num tempo futuro: de agora em diante tudo vai ser diferente.
    locução prepositiva Diante de. Localizado à frente de: colocou o livro diante do computador.
    Em companhia de: falou a verdade diante do júri.
    Como resultado de: diante das circunstâncias, decidiu pedir demissão.
    Etimologia (origem da palavra diante). De + do latim inante.

    Espargir

    verbo transitivo Derramar água, sangue etc.
    Espalhar em gotas, borrifar.
    Difundir: espargir benefícios.
    verbo pronominal Espalhar-se; difundir-se.

    Espalhar em borrifos um líquido

    Espargir Espalhar (Ex 24:6); (37:11).

    Filhós

    substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).

    Oferecer

    verbo transitivo direto e bitransitivo Presentear; ofertar, dar alguma coisa a alguém: ofereceu chocolate ao namorado.
    Sugerir algo para compensar outra: ofereceu dinheiro para evitar o prejuízo.
    Exibir; fazer a exposição de: ofereceu a teoria aos cientistas.
    Proporcionar; trazer consigo: essa promoção oferece descontos.
    verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Colocar ao dispor de: ofereceu um livro ao filho; ofereceu o carro aos convidados; ofereceu seu emprego à esposa; ofereceu-se para auxiliar o professor.
    verbo bitransitivo Expressar ou realizar alguma coisa por motivos religiosos: ofereceu uma oração ao santo.
    Imolar; fazer um sacrifício para ou pedir a proteção de: oferecia animais às divindades; ofereceu o sobrinho à santa de sua devoção.
    Dedicar; mandar alguma coisa especialmente para alguém: ofereceu uma música ao marido.
    verbo pronominal Mostrar-se; apresentar diante de si: um ótimo emprego se oferecia a ele.
    Entregar-se: não a conhecia, mas se oferecia de bandeja.
    Etimologia (origem da palavra oferecer). Do latim offerescere.

    Porta

    substantivo feminino Abertura através da qual as pessoas entram e saem de um lugar.
    Peça de madeira ou metal, que gira sobre gonzos, destinada a fechar essa abertura.
    Prancha móvel usada em uma abertura desse tipo.
    Essa prancha pode encaixar-se em dobradiças, deslizar em um sulco, girar em torno de um pivô como um eixo vertical, ou dobrar-se como uma sanfona.

    substantivo feminino Abertura através da qual as pessoas entram e saem de um lugar.
    Peça de madeira ou metal, que gira sobre gonzos, destinada a fechar essa abertura.
    Prancha móvel usada em uma abertura desse tipo.
    Essa prancha pode encaixar-se em dobradiças, deslizar em um sulco, girar em torno de um pivô como um eixo vertical, ou dobrar-se como uma sanfona.

    As portas das casas, bem como asdas cidades, eram de madeira, de ferro, ou de cobre (1 Sm 4.18 – At 12:10-13). As portas das cidades eram os lugares de maior afluência do povo para negócios, processos judiciais, conversação, e passatempo na ociosidade (Gn 19:1Dt 17:5-25.7 – Rt 4:1-12 – 2 Sm 15.2 – 2 Rs 7.1 – Ne 8:129:7Pv 31:23Am 5:10-12,15). Como remanescente do velho costume e linguagem oriental, ainda hoje se chama Sublime Porta ao conselho ou governo de Constantinopla. As portas das cidades continham escritórios à entrada. Eram de dois batentes – cerravam-se com fechaduras e ainda se seguravam com barras de ferro. A porta Formosa do templo (At 3:2) era inteiramente feita de cobre de Corinto, sendo necessários vinte homens para a fechar.

    Porta Abertura que permite a entrada em um edifício. Em sentido simbólico, Jesus é a única porta que nos permite entrar na vida eterna (Jo 10:7-9). Os seres humanos devem evitar as portas largas (Mt 7:13-14), que só conduzem à perdição.

    Roda

    substantivo feminino Objeto mais ou menos circular; círculo.
    Qualquer dispositivo mecânico de forma circular; disco, prato.
    Figurado Giro feito por pessoa ou coisa; volta, rodada.
    Grupo de pessoas dispostas em círculo: brincar de roda.
    As pessoas que vivem habitualmente em torno de alguém; grupo de pessoas, círculo: roda de milionários.
    Espaço, duração de um período de tempo: a roda do ano.
    Alta roda, círculo de pessoas da alta burguesia e da aristocracia.
    Roda de água, de pás ou hidráulica, a que é movida pela água e que serve para transmitir movimento a um maquinismo, a um moinho.
    Roda dentada, a que tem filetes em toda a sua circunferência, à semelhança de dentes.
    Roda dos expostos, ou simplesmente roda, espécie de armário gigante que existia nas portarias dos orfanatos e creches, onde se deixavam as crianças abandonadas.
    Meter (ou pôr) na roda, enjeitar uma criança.
    Poética Roda fatal, destino, fado, má sorte.
    Roda de fogo, a que tem buscapés ou foguetes em toda a sua circunferência, nos quais se pega fogo para fazê-la girar.
    Em certos jogos carteados, principalmente no pôquer, últimas rodadas.
    Roda da fortuna, nas antigas loterias, roda que continha os números que designavam por sorte os premiados.
    Roda de vento, roda com pás movidas pelo vento, usada em moinhos.
    locução adverbial De roda, em volta, em círculo.
    locução prepositiva Em roda de, à roda de, em torno de, em volta de: sentar-se em roda da fogueira.

    roda s. f. 1. Mec. Peça circular, de madeira ou metal, que gira em torno de um eixo, fixo ou móvel, destinada a vários fins, como locomoção de veículos, movimento de rotação em máquinas etc. 2. Por ext. Tudo aquilo que tem forma circular. 3. Círculo. 4. Amplidão em torno. 5. Giro. 6. Figura circular; disco. 7. Folguedo infantil, em que crianças, em círculo, de mãos dadas, giram na mesma direção ao compasso de cantigas características. 8. Enfeite de renda em toda a largura dos vestidos. 9. A extensão da barra de uma peça de vestuário: A roda da saia. 10. Grupo de pessoas em forma de círculo. 11. Grupo ou sociedade de pessoas; classe: Alta roda.

    Sacerdotes

    masc. pl. de sacerdote

    sa·cer·do·te
    (latim sacerdos, -otis)
    nome masculino

    1. Religião Pessoa que fazia sacrifícios às divindades.

    2. Religião Pessoa que ministra os sacramentos de uma igreja. = PADRE

    3. Figurado O que exerce profissão muito honrosa e elevada.


    sumo sacerdote
    Religião Pessoa que está no topo da hierarquia de uma igreja.

    Feminino: sacerdotisa.

    Veja Levitas.


    Sangue

    Sangue Símbolo da vida. Os sacrifícios do Antigo Testamento exigiam, na maior parte, o derramamento de sangue (Lv 17:10-14; Dt 12:15-16); também seu aproveitamento — incluindo animais não dessangrados — era proibido aos israelitas, mas não aos gentios que viviam entre eles (Dt 12:16-24; 14,21). A expressão carne e sangue refere-se ao ser humano em sua condição terrena (Mt 16:17). O sangue de Jesus — derramado pela humanidade (Mt 26:28; Mc 14:24; Lc 22:20) — é o fundamento sobre o qual se obtém o perdão dos pecados.

    L. Morris, The Cross...; C. Vidal Manzanares, El judeocristianismo...; Idem, Diccionario de las tres...


    Sangue
    1) Líquido que circula no coração, artérias e veias, contendo em si a vida (Gn 9:4)

    2) Morte violenta (Mt 27:24-25) , na cruz (Rm 5:9); (Cl 1:20);
    v. NTLH).

    3) Morte espiritual (At 18:6); 20.26;
    v. NTLH).

    [...] é, provavelmente, o veículo da vida e, assim sendo, concebe-se que o corpo espiritual carregue consigo elementos vitais. [...]
    Referencia: WYLM, A• O rosário de coral: romance baseado na fenomenologia psíquica• Trad• de Manuel Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - pt• 2


    Aparece pela primeira vez mencionado no caso do assassinato de Abel (Gn 4:10). Comer carne com sangue era coisa proibida (Gn 9:4), e essa proibição foi de um modo especial estabelecida na Lei (Lv 17:10-12), e tratada pela igreja cristã (At 15:20-29). o derramamento de sangue no sacrifício era ato freqüente no ritual hebraico. o uso de sangue na Páscoa (Êx 12:7-13) era o mais significativo destes atos, pondo o fato em relação com a obra de Jesus. Em Hb 9:10 são os antigos sacrifícios contrapostos ao ‘único sacrifício pelos pecados’, oferecidos por Jesus. Noutros lugares trata-se de um modo particular do sangue derramado na cruz do Calvário (e.g. Rm 5:9Ef 1:7Cl 1:20 – 1 Pe 1.19 – 1 Jo 1:7Ap 1:5). o termo sangue tem um certo número de significações secundárias. ‘Carne e sangue’ significa a natureza humana, contrastando com o corpo espiritual dado aos crentes 1Co 15:50) ou quer dizer a humanidade em contraste com Deus (Gl 1:16). A causa ‘entre caso e caso de homicídio’ (Dt 17:8) envolvia pena capital, se o caso estava satisfatoriamente averiguado.

    substantivo masculino Líquido viscoso e vermelho que, através das artérias e das veias, circula pelo organismo animal, coordenado e impulsionado pelo coração.
    Por Extensão Seiva; sumo ou líquido que, num vegetal, circula no interior do seu organismo.
    Figurado Família; quem compartilha a mesma descendência ou hereditariedade.
    Figurado A existência; a ação de permanecer vivo: deram o sangue pela causa!
    Figurado Vigor; energia, força e vitalidade: a empresa contratou sangue novo.
    Figurado Violência; excesso de confrontos físicos; em que há morte: só se via sangue naquele espetáculo.
    Por Extensão Menstruação; eliminação mensal de sangue proveniente do útero.
    [Teologia] A natureza, contrapondo-se à graça.
    Etimologia (origem da palavra sangue). Do latim sanguen.inis.

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Tenda

    substantivo feminino Caixa com tampa de vidro, carregada ao pescoço pelo vendedor ambulante, com suas quinquilharias.
    Lugar onde ficam os tachos, nos engenhos de açúcar.
    Conjunto de copos de folha, usados pelos mangabeiros na extração do látex.
    Local onde se realizam sessões espíritas.
    [Anatomia] Prega ou prolongamento da dura-máter, entre o cérebro e o cerebelo.
    [Medicina] Tenda de oxigênio, dispositivo construído com tecido impermeável ou matéria transparente, destinado a isolar os pacientes da atmosfera exterior, para submetê-los à ação do oxigênio puro. (O oxigênio é fornecido por um botijão de aço, munido de um retentor, de um indicador de pressão e de um umidificador.).


    i. Esta forma de habitação, a tenda, tem sido conservada entre os árabes errantes, desde os primitivos tempos do antigo israel até aos nossos dias. As tendas eram, originariamente, feitas de peles, e mais tarde foram de 1ã ou de pêlo de cabra, e por vezes de pêlo de cavalos. o pano da tenda assentava sobre uma ou várias estacas, conforme a sua grandeza, e estava preso ao chão por meio de pregos especiais, que se espetavam na terra com um maço. A tenda tomava diversas formas, sendo as menores redondas, e as maiores oblongas. Quando a tenda era maior, dividia-se em três espaços por meio de panos suspensos, e tapetes, sendo o espaço da frente reservado para a gente da classe inferior e animais, o segundo para os homens e crianças da família, e a parte que ficava mais atrás era o compartimento das mulheres. Mas, tratando-se de pessoas de mais distinção, havia uma tenda separada para cada mulher casada. Assim, a tenda de Jacó era separada da de Lia e da de Raquel, ao passo que uma simples tenda era suficiente para as suas duas concubinas (Gn 31:33). Semelhantemente, tinha Sara uma tenda propriamente sua (Gn 24:67). As tendas das tribos nômades eram dispostas em acampamentos circulares, no meio dos quais ficava o gado seguro os casados, os que ainda eram noivos, tinham uma tenda especial (Sl 19:5), como é, ainda hoje, o costume entre os árabes. o oficio de S. Paulo era o de fazer tendas, sendo isso, talvez, pela razão de ser famoso para esse fim o pano fabricado na Cilícia com pêlos de cabras (At 18:3).

    Tenda Barraca (Gn 12:8); (At 18:3).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Levítico 1: 5 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Depois degolará o novilho perante o SENHOR; e os filhos de Aarão, os sacerdotes, trarão o sangue, e espargirão o sangue em redor sobre o altar que está diante da porta da tenda da congregação.
    Levítico 1: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1445 a.C.
    H1121
    bên
    בֵּן
    crianças
    (children)
    Substantivo
    H1241
    bâqâr
    בָּקָר
    gado, rebanho, boi
    (and oxen)
    Substantivo
    H168
    ʼôhel
    אֹהֶל
    tenda
    (in tents)
    Substantivo
    H175
    ʼAhărôwn
    אַהֲרֹון
    Aaron
    (Aaron)
    Substantivo
    H1818
    dâm
    דָּם
    sangue
    (of the blood)
    Substantivo
    H2236
    zâraq
    זָרַק
    espalhar, aspergir, atirar, lançar, espalhar abundantemente, salpicar
    (and let sprinkle it)
    Verbo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3548
    kôhên
    כֹּהֵן
    sacerdote, oficiante principal ou governante principal
    ([was] priest)
    Substantivo
    H4150
    môwʻêd
    מֹועֵד
    lugar determinado, tempo determinado, reunião
    (and seasons)
    Substantivo
    H4196
    mizbêach
    מִזְבֵּחַ
    um altar
    (an altar)
    Substantivo
    H5439
    çâbîyb
    סָבִיב
    por aí / em torno
    (around)
    Substantivo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H6440
    pânîym
    פָּנִים
    o rosto
    (the face)
    Substantivo
    H6607
    pethach
    פֶּתַח
    a porta
    (the door)
    Substantivo
    H7126
    qârab
    קָרַב
    chegar perto, aproximar, entrar, vir para perto
    (he had come near)
    Verbo
    H7819
    shâchaṭ
    שָׁחַט
    matar, abater, bater
    (to slay)
    Verbo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    בֵּן


    (H1121)
    bên (bane)

    01121 בן ben

    procedente de 1129; DITAT - 254; n m

    1. filho, neto, criança, membro de um grupo
      1. filho, menino
      2. neto
      3. crianças (pl. - masculino e feminino)
      4. mocidade, jovens (pl.)
      5. novo (referindo-se a animais)
      6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
      7. povo (de uma nação) (pl.)
      8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
      9. um membro de uma associação, ordem, classe

    בָּקָר


    (H1241)
    bâqâr (baw-kawr')

    01241 בקר baqar

    procedente de 1239; DITAT - 274a; n m

    1. gado, rebanho, boi
      1. gado (pl. genérico de forma sing. - col)
      2. rebanho (um em particular)
      3. cabeça de gado (individualmente)

    אֹהֶל


    (H168)
    ʼôhel (o'-hel)

    0168 אהל ’ohel

    procedente de 166; DITAT - 32a; n m

    1. tenda
      1. tenda de nômade, veio a tornar-se símbolo da vida no deserto, transitoriedade
      2. casa, lar, habitação
      3. a tenda sagrada de Javé (o tabernáculo)

    אַהֲרֹון


    (H175)
    ʼAhărôwn (a-har-one')

    0175 אהרן ’Aharown

    de derivação incerta, grego 2 Ααρων; DITAT - 35; n pr m

    Arão = “aquele que traz luz”

    1. irmão de Moisés, um levita e o primeiro sumo-sacerdote

    דָּם


    (H1818)
    dâm (dawm)

    01818 דם dam

    procedente de 1826 (veja 119), grego 184 Ακελδαμα; DITAT - 436; n m

    1. sangue
      1. referindo-se ao vinho (fig.)

    זָרַק


    (H2236)
    zâraq (zaw-rak')

    02236 זרק zaraq

    uma raiz primitiva; DITAT - 585; v

    1. espalhar, aspergir, atirar, lançar, espalhar abundantemente, salpicar
      1. (Qal) espalhar, espargir, atirar
      2. (Pual) ser aspergido

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    כֹּהֵן


    (H3548)
    kôhên (ko-hane')

    03548 כהן kohen

    particípio ativo de 3547; DITAT - 959a; n m

    1. sacerdote, oficiante principal ou governante principal
      1. rei-sacerdote (Melquisedeque, Messias)
      2. sacerdotes pagãos
      3. sacerdotes de Javé
      4. sacerdotes levíticos
      5. sacerdotes aadoquitas
      6. sacerdotes araônicos
      7. o sumo sacerdote

    מֹועֵד


    (H4150)
    môwʻêd (mo-ade')

    04150 דמוע mow ed̀ ou מעד mo ed̀ ou (fem.) מועדה mow adah̀ (2Cr 8:13)

    procedente de 3259; DITAT - 878b; n m

    1. lugar determinado, tempo determinado, reunião
      1. tempo determinado
        1. tempo determinado (em geral)
        2. período sagrado, festa estabelecida, período determinado
      2. reunião determinada
      3. lugar determinado
      4. sinal determinado
      5. tenda do encontro

    מִזְבֵּחַ


    (H4196)
    mizbêach (miz-bay'-akh)

    04196 מזבח mizbeach

    procedente de 2076; DITAT - 525b; n m

    1. altar

    סָבִיב


    (H5439)
    çâbîyb (saw-beeb')

    05439 סביב cabiyb ou (fem.) סביבה c ebiybaĥ

    procedente de 5437; DITAT - 1456b subst

    1. lugares ao redor, circunvizinhanças, cercanias adv
    2. ao redor, derredor, arredor prep
    3. no circuito, de todos os lados

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    פָּנִים


    (H6440)
    pânîym (paw-neem')

    06440 פנים paniym plural (mas sempre como sing.) de um substantivo não utilizado פנה paneh

    procedente de 6437; DITAT - 1782a; n. m.

    1. face
      1. face, faces
      2. presença, pessoa
      3. rosto (de serafim or querubim)
      4. face (de animais)
      5. face, superfície (de terreno)
      6. como adv. de lugar ou tempo
        1. diante de e atrás de, em direção a, em frente de, adiante, anteriormente, desde então, antes de
      7. com prep.
        1. em frente de, antes de, para a frente de, na presença de, à face de, diante de ou na presença de, da presença de, desde então, de diante da face de

    פֶּתַח


    (H6607)
    pethach (peh'-thakh)

    06607 פתח pethach

    procedente de 6605; DITAT - 1854a; n. m.

    1. abertura, porta, entrada

    קָרַב


    (H7126)
    qârab (kaw-rab')

    07126 קרב qarab

    uma raiz primitiva; DITAT - 2065; v.

    1. chegar perto, aproximar, entrar, vir para perto
      1. (Qal) aproximar, vir para perto
      2. (Nifal) ser trazido para perto
      3. (Piel) levar a aproximar, trazer para perto, fazer vir para perto
      4. (Hifil) trazer para perto, trazer, presentear

    שָׁחַט


    (H7819)
    shâchaṭ (shaw-khat')

    07819 שחט shachat

    uma raiz primitiva; DITAT - 2362 v.

    1. matar, abater, bater
      1. (Qal)
        1. abater
          1. animal para alimento
          2. sacrifício
          3. pessoa em sacrifício humano
          4. batido, martelado (referindo-se a siclos)
      2. (Nifal) ser abatido, ser morto (referindo-se ao alimento ou sacrifício) n. f.
    2. (BDB) massacre
      1. palavra incerta

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo