Enciclopédia de Números 26:65-65

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

nm 26: 65

Versão Versículo
ARA Porque o Senhor dissera deles que morreriam no deserto; e nenhum deles ficou, senão Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num.
ARC Porque o Senhor dissera deles que certamente morreriam no deserto: e nenhum deles ficou, senão Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num.
TB Porque deles dissera Jeová: Certamente, morrerão no deserto. Nenhum deles ficou, exceto Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num.
HSB כִּֽי־ אָמַ֤ר יְהוָה֙ לָהֶ֔ם מ֥וֹת יָמֻ֖תוּ בַּמִּדְבָּ֑ר וְלֹא־ נוֹתַ֤ר מֵהֶם֙ אִ֔ישׁ כִּ֚י אִם־ כָּלֵ֣ב בֶּן־ יְפֻנֶּ֔ה וִיהוֹשֻׁ֖עַ בִּן־ נֽוּן׃ ס
BKJ Porque o SENHOR dissera deles: Eles certamente morrerão no deserto. E não restou nenhum homem daqueles, exceto Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num.
LTT Porque o SENHOR dissera deles que certamente morreriam no deserto; e não restou nenhum homem deles senão Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num.
BJ2 pois 1ahweh dissera a respeito deles: todos estes morrerão no deserto e não ficará nenhum, à exceção de Caleb, filho de Jefoné, e de Josué, filho de Nun.
VULG prædixerat enim Dominus quod omnes morerentur in solitudine. Nullusque remansit ex eis, nisi Caleb filius Jephone, et Josue filius Nun.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Números 26:65

Êxodo 12:37 Assim, partiram os filhos de Israel de Ramessés para Sucote, coisa de seiscentos mil de pé, somente de varões, sem contar os meninos.
Números 14:23 não verão a terra de que a seus pais jurei, e até nenhum daqueles que me provocaram a verá.
Números 14:28 Dize-lhes: Assim como eu vivo, diz o Senhor, que, como falastes aos meus ouvidos, assim farei a vós outros.
Números 14:35 Eu, o Senhor, falei. E assim farei a toda esta má congregação, que se levantou contra mim; neste deserto, se consumirão e aí falecerão.
Números 14:38 Mas Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, que eram dos homens que foram espiar a terra, ficaram com vida.
Deuteronômio 2:14 E os dias que caminhamos, desde Cades-Barneia até passarmos o ribeiro de Zerede, foram trinta e oito anos, até que toda aquela geração dos homens de guerra se consumiu do meio do arraial, como o Senhor lhes jurara.
Deuteronômio 32:49 Sobe o monte de Abarim, o monte Nebo, que está na terra de Moabe, defronte de Jericó, e vê a terra de Canaã, que darei aos filhos de Israel por possessão.
Josué 14:6 Então, os filhos de Judá chegaram a Josué em Gilgal; e Calebe, filho de Jefoné, o quenezeu, lhe disse: Tu sabes a palavra que o Senhor falou a Moisés, homem de Deus, em Cades-Barneia, por causa de mim e de ti.
Salmos 90:3 Tu reduzes o homem à destruição; e dizes: Volvei, filhos dos homens.
Romanos 11:22 Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas, para contigo, a benignidade de Deus, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira, também tu serás cortado.
I Coríntios 10:5 Mas Deus não se agradou da maior parte deles, pelo que foram prostrados no deserto.
Hebreus 3:17 Mas com quem se indignou por quarenta anos? Não foi, porventura, com os que pecaram, cujos corpos caíram no deserto?
Judas 1:5 Mas quero lembrar-vos, como a quem já uma vez soube isto, que, havendo o Senhor salvo um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu, depois, os que não creram;

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA

HIDROLOGIA
Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12).
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado.
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho.
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente.
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29).
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito.
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos.
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril.
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:


Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:


Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).

Os solos da Palestina
Os solos da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Índice pluviométrico na Palestina
Índice pluviométrico na Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

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Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Números Capítulo 26 do versículo 1 até o 65
B. OUTRO CENSO, Nm 26:1-65

  1. A Ordem do Censo (26:1-4)

Depois daquela praga (1), Deus ordenou que fosse feita outra numeração dos filhos de Israel (2). Este foi o terceiro censo no registro bíblico até este ponto da histó-ria. O primeiro (Êx 30:12) tinha basicamente a finalidade de organizar a vida religiosa do povo. O segundo (caps. 1-2) era primariamente um censo militar para obter o núme-ro de todos os que podiam sair à guerra (1.28). Este terceiro censo, ainda que em parte militar, era também político. O propósito era preparar as tribos para a ocupação de suas respectivas heranças em Canaã.

  1. O Censo (26:5-51)

Estes versículos narram este censo em detalhes e alistam, tribo por tribo, o total que cada uma continha de homens da idade de vinte anos para cima (4). A.enume-ração começou com a tribo de Rúben (5) e terminou com a tribo de Naftali (48). Os totais somaram 601:730, número ligeiramente menor ao obtido no primeiro censo.' A despeito das diferenças internas secundárias, o total da nova geração não era mensuravelmente diferente da anterior.

  1. Os Planos para a Divisão da Terra (26:52-56)

Logo após o censo (e revelando parte da razão por tê-lo feito) o Senhor deu a Moisés os planos para a partilha da terra, na qual estavam prestes a entrar. Dois princípios foram determinados: Primeiro, a terra seria dividida segundo o número dos nomes (53), ou seja, pelo tamanho das tribos (54). Segundo, a terra tinha de ser repartida por sortes (55). Em vista da ausência de explicação específica da relação destas duas deter-minações, deduzimos que os israelitas receberam seus locais "por sorte". Por outro lado, a quantidade de território que cada tribo recebeu foi estabelecida pelas necessidades daquela tribo' em particular (cf. 33.54). Do ponto de vista hebreu, lançar sorte não era mero acaso, já que Deus "designou" os locais.

  1. O Censo dos Levitas (26:57-62)

Como aconteceu no censo anterior, as famílias da tribo de Levi foram enumeradas separadamente, porquanto lhes não foi dada herança entre os filhos de Israel (62). As principais famílias são alistadas (57) conforme a seqüência dada no primeiro censo e sob as quais foram designados os deveres levíticos (Nm 3:4). Esta lista é por famílias (58) 7 uma geração depois, provavelmente apresentada assim por causa de sua proeminência ou porque as outras, nesta época, tinham desaparecido. Em seguida (59-61), ocorre uma curta genealogia de Moisés e Arão. O total dos levitas enumerados, de todo o varão da idade de um mês para cima (62), foi de 23.000, um aumento de aproximadamente 1.000 indivíduos em relação ao censo feito no Sinai.

  1. Uma Nova Nação (26:63-65)

Os comentários finais do capítulo se voltam novamente ao fato de que se tratava mesmo de uma nova nação. Entre estes nenhum houve dos que foram (64) enume-rados no censo do Sinai, senão Calebe e Josué (65). "O antigo Israel teve de ser refeito antes de entrar na Terra da Promessa, verdade que atinge nova profundidade, quando o próprio Jesus estabelece o Israel de Deus mediante sua vida, morte e ressurreição."'


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Números Capítulo 26 versículo 65
Nu 14:26-35. Ver Nu 26:51,Nu 26:65 Calebe... Josué: Conforme Nu 14:6-9,Nu 14:30.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Números Capítulo 26 do versículo 1 até o 65
*

26.1—36.13

A última seção maior do livro de Números diz respeito aos preparativos para a entrada na Terra Prometida, concedendo atenção particular às questões relevantes para a vida na Terra Prometida.

* 26.1-51

Assim como no censo feito 38 anos antes (cap.1), este segundo recenseamento contou somente os varões, com idade de vinte anos para cima, e capazes de servir no exército (v. 2). Foi registrado somente o número total de cada tribo, embora em cada caso os nomes das subdivisões das tribos tenham sido incluídos. No grande total, houve uma redução de quase dois mil homens no número total dos guerreiros.

* 26.5-11

A tribo do filho mais velho de Jacó, Rúben, foi mencionada em primeiro lugar. Embora tivesse sofrido perdas por causa da rebelião dirigida por Datã e Abirão (vs. 8-10), tinha-se recuperado o suficiente para ser quase tão numerosa quanto fora no primeiro recenseamento. Coré (da tribo de Levi) é mencionado aqui por causa de sua associação com Datã e Abirão, sendo observado que sua linhagem não desapareceu (v. 11).

* 26.12-14

Os números relativos à tribo de Simeão diminuíram mais do que os de qualquer outra tribo (de 60.000 para pouco mais de 22.000), provavelmente indicando que o líder simeonita, morto durante a sedução dos midianitas, pouco antes que este censo tivesse sido feito (25,14) era apenas um dentre milhares de simeonitas envolvidos na sedução dos midianitas (25.1-9). Ver nota em Gn 49:7.

* 26:19

Er e Onã.

Ver Gn 38:1-10 e notas.

* 26:33

Zelofeade.

Ver 27:1-11; 36:1-12.

* 26.52-56

A Terra Prometida deveria ser dividida em proporção às dimensões de cada grupo, cuja localização era decidida pelo lançar de sortes.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Números Capítulo 26 do versículo 1 até o 65
26:64 Um novo censo para uma nova geração. Já tinham acontecido trinta e oito anos do

primeiro grande censo no capítulo um de Números (veja-se 1:1-2.33). Durante esse tempo, cada homem ou mulher israelita major de vinte anos (exceto Caleb, Josué e Moisés) tinham morrido, e ainda as leis de Deus e o caráter espiritual da nação permaneciam intactos. Números registra alguns milagres dramáticos. Este é um milagre tranqüilo mas capitalista que pelo general se passa por cima: uma nação inteira se translada de uma terra a outra, perde completamente sua população adulta, e ainda assim se as acerta para manter-se no caminho espiritual correto. Às vezes nos perguntamos por que Deus não realiza milagres dramáticos em nossas vidas. Mas Deus pelo comum trabalha tranqüilamente para levar a cabo seus propósitos a longo prazo.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Números Capítulo 26 do versículo 1 até o 65
VIII. ISRAEL DO SEGUNDO NUMERAÇÃO (Nu 26:1)

1 E sucedeu que, depois da praga, o que o Senhor disse a Moisés e Eleazar, filho de Arão, o sacerdote, dizendo: 2 Tomai a soma de toda a congregação dos filhos de Israel, da idade de vinte anos para cima, pela sua casas paternas, todos os que são capazes de sair à guerra em Israel. 3 , Moisés e Eleazar, o sacerdote falou com eles, nas planícies de Moab, junto ao Jordão na altura de Jericó, dizendo: 4 Faze a soma das pessoas , a partir Dt 20:1)

5 Rúben, o primogênito de Israel; os filhos de Rúben: de Enoque a família dos hanoquitas; de Palu, a família dos paluítas; 6 de Hezrom, a família dos hezronitas; . de Carmi, a família dos carmitas 7 Estas são as famílias dos rubenitas; e os que foram deles contados, eram quarenta e três mil e setecentos e trinta. 8 E o filho de Palu:. Eliab 9 E os filhos de Eliabe: Nemuel, e Datã e Abirão. Estes são aqueles Datã e Abirão que foram chamados da congregação, que atentou contra Moisés e Arão na companhia de Corá, quando contenderam contra o Senhor, 10 ea terra abriu a boca, e os tragou juntamente com Corá, quando pereceu aquela companhia; quando o fogo devorou ​​duzentos e cinqüenta homens, e eles se tornaram um sinal. 11 Todavia os filhos de Corá não morreram.

12 Os filhos de Simeão, segundo as suas famílias: de Nemuel, a família dos nemuelitas; de Jamim, a família dos jaminitas; de Jaquim, a família dos jaquinitas; 13 de Zerá, a família dos zeraítas; de Saul, a família dos saulitas. 14 Estas são as famílias dos simeonitas, vinte e dois mil e duzentos.

15 Os filhos de Gade, segundo as suas famílias: de Zefom, a família dos zefonitas; de Hagi, a família dos haguitas; de Suni, a família dos sunitas: 16 de Ozni, a família dos oznitas; de Eri, a família dos eritas; 17 de Arod, a família dos aroditas; de Areli, a família dos arelitas. 18 Estas são as famílias dos filhos de Gade, segundo os que foram deles contados, quarenta mil e quinhentos.

19 Os filhos de Judá: Er e Onã; Er e Onã morreram na terra de Canaã. 20 E os filhos de Judá, segundo as suas famílias, eram: de Selá, a família dos selanitas; de Perez, a família dos perezitas; de Zerá, a família dos zeraítas. 21 E os filhos de Perez foram: de Hezrom, a família dos hezronitas; de Hamul, a família dos hamulitas. 22 Estas são as famílias de Judá, segundo os que foram deles contados, setenta e seis mil e quinhentos.

23 Os filhos de Issacar, segundo as suas famílias: de Tola, a família dos tolaítas; de Puva, a família do puvitas; 24 de Jasube, a família dos jasubitas; de Sinrom, a família dos sinronitas. 25 Estas são as famílias de Issacar, segundo os que foram deles contados, sessenta e quatro mil e trezentos.

26 Os filhos de Zebulom, segundo as suas famílias: de Serede, a família dos sereditas; de Elom, a família dos elonitas; de Jaleel, a família dos jaleelitas. 27 Estas são as famílias dos zebulonitas segundo os que foram deles contados, sessenta mil e quinhentos.

28 Os filhos de José, segundo as suas famílias: Manassés e Efraim. 29 Os filhos de Manassés: de Maquir, a família dos maquiritas; e Maquir gerou a Gileade; de Gileade, a família dos gileaditas. 30 Estes são os filhos de Gileade: de Jezer, a família dos iezritas; de Heleque, a família dos helequitas; 31 e de Asriel, a família dos asrielitas; e de Siquém, a família dos siquemitas; 32 e de Semida, a família dos semidaítas; e de Hefer, a família dos heferitas. 33 Ora, Zelofeade, filho de Hefer, não tinha filhos, mas filhas. e os nomes das filhas de Zelofeade foram Macla, Noa, Hogla, Milca e Tirza 34 Estas são as famílias de Manassés; e os que foram deles contados, eram cinqüenta e dois mil e setecentos.

35 Estes são os filhos de Efraim, segundo as suas famílias: de Sutela, a família dos sutelaítas; de Bequer, a família dos bequeritas; . de Tahan, a família dos taanitas 36 E estes são os filhos de Sutela:. de Eran, a família dos eranitas 37 Estas são as famílias dos filhos de Efraim, segundo os que foram deles contados, trinta e dois mil e quinhentos. Estes são os filhos de José, segundo as suas famílias.

38 Os filhos de Benjamim, segundo as suas famílias: de Belá, a família dos belaítas; de Asbel, a família dos asbelitas; de Airão, a família dos airamitas; 39 de Sefufã, a família dos sufamitas; . de Hufão, a família dos hufamitas 40 E os filhos de Belá eram Arde e Naamã: de Arde , a família dos arditas; . de Naamã, a família dos naamitas 41 Estes são os filhos de Benjamim, segundo as suas famílias; e os que foram deles contados, eram quarenta e cinco mil e seiscentos.

42 Estes são os filhos de Dan, segundo as suas famílias: de Suão, a família dos suamitas. Estas são as famílias de Dã, segundo as suas famílias. 43 Todas as famílias dos suamitas, segundo os que foram contados deles, era de sessenta e quatro mil e quatrocentos.

44 Os filhos de Aser, segundo as suas famílias: de Imna, a família dos imnitas; de Isvi, a família dos isvitas; de Berias, a família dos beritas. 45 Dos filhos de Berias: de Heber, a família dos heberitas; de Malquiel, a família do malquielitas. 46 E o nome da filha de Aser chamava-se Sera. 47 Estas são as famílias dos filhos de Aser, segundo os que foram deles contados, cinqüenta e três mil e quatrocentos.

48 Os filhos de Naftali, segundo as suas famílias: de Jazeel, a família dos jazeelitas; de Guni, a família dos gunitas; 49 de Jezer, a família dos jezeritas; . de Silém, a família dos silemitas 50 Estas são as famílias de Naftali, segundo as suas famílias; e os que foram deles contados, eram quarenta e cinco mil e quatrocentos.

51 Estes são os que foram contados dos filhos de Israel, seiscentos e um mil setecentos e trinta.

Referência aos detalhes nesta seção será reservada para o texto bíblico. É de notar que os pecados da nação ter exigido a sua portagem sobre a população (vv. Nu 26:7-51 ). Em vez de mostrar um aumento considerável, a contagem final mostra uma diminuição em comparação com o censo anterior. Para efeito de comparação, listamos o presente, bem como o censo anterior:

Agora Antes

Reuben

43.730

46.500

2.770

diminuir

Simeon

22.200

59.300

37.100

diminuir

Vagabundear

40.500

45.650

5.150

diminuir

Judá

76.500

74.600

1.900

aumentar

Issacar

64.300

54.400

9.900

aumentar

Zabulon

60.500

57.400

3.100

aumentar

Manassés

52.700

32.200

20.500

aumentar

Ephraim

32.500

40.500

8.000

diminuir

Benjamin

45.600

35.400

10.200

aumentar

Dan

64.400

62.700

1.700

aumentar

Asher

53.400

41.500

11.900

aumentar

Naftali

45.400

53.400

8.000

diminuir

Total

601730

603550

1.820

diminuir

em 38 anos

Diminuição de tudo, 61.020 Aumento de tudo, 59.200

C. distribuição da terra (26: 52-56)

52 E o Senhor disse a Moisés, dizendo: 53 A estes a terra será repartida por herança de acordo com o número de nomes. 54 Para mais darás herança maior, e ao menos darás herança menor; a . cada um, segundo os que foram contados por ele deve ser dada a sua herança 55 Não obstante, a terra será repartida por sorteio: de acordo com os nomes das tribos de seus pais eles herdarão. 56 De acordo com o lote deve ser a sua herança divididos entre os mais e os menos.

O tamanho da herança estava a ser determinada pelo número em cada tribo. As tribos com os maiores números eram para obter a maior herança. A divisão estava a ser feita por sorteio. Os lotes ou porções eram tão dispostos ou arranjado para que as tribos maiores não se desenhar uma pequena herança. Dummelow diz:

O vazamento de lotes é da natureza de um apelo a Deus, e foi recorreram a, a fim de detectar um culpado (Js 7:14 , 1Sm 14:42 ), para selecionar um portador de escritório (1Cr 24:4 , At 1:26 ), ou para fazer uma divisão da propriedade como aqui (também Mt 27:35. ). No caso diante de nós, os lotes foram lançados para determinar a localização da herança de cada tribo, mas seu tamanho foi regulamentada pelo número dos nomes; a fertilidade relativa de cada localidade sendo sem dúvida também tomadas em consideração. Os doze lotes, o que seria comprimidos de madeira ou pedra, cada inscrito com o nome de uma tribo, foram, provavelmente, colocar em uma urna; e, como o nome de cada porção de terra foi chamado para fora, o sumo sacerdote ou representante de uma tribo (34: 16-29) atraiu muito, e da tribo cujo nome foi tirado herdou esse território. As fronteiras exactas seriam ajustadas mais tarde, de acordo com a população revelado pelo censo.

D. um censo dos levitas (26: 57-65)

57 E estes são os que foram contados dos levitas, segundo as suas famílias: de Gérson, a família dos gersonitas; de Coate, a família dos coatitas; . de Merari, a família do Merarites 58 Estas são as famílias de Levi: a família dos libnitas, a família dos hebronitas, a família dos malitas, a família dos musitas, a família dos coraítas. E Coate gerou a Amram. 59 E o nome da mulher de Anrão era Joquebede, filha de Levi, a qual nasceu a Levi no Egito. e ela deu a Amram Arão e Moisés, e Miriã, irmã deles 60 E a Arão nasceram Nadabe e . Abiú, Eleazar e Itamar 61 Nadabe e Abiú morreram quando ofereceram fogo estranho perante o Senhor. 62 E os que deles foram contados eram vinte e três mil, todo o homem de um mês para cima; porque não foram contados entre os filhos de Israel, porque não foi dada herança deles entre os filhos de Israel.

63 Estes são os que foram contados por Moisés e Eleazar, o sacerdote, que contaram os filhos de Israel nas planícies de Moabe, junto ao Jordão, na altura de Jericó. 64 Entre esses, porém não era um homem dos que foram contados por Moisés e Arão, o sacerdote, que contaram os filhos de Israel no deserto de Sinai. 65 Pois o Senhor tinha dito a eles, que certamente morreriam no deserto. E não foi deixado um homem deles, salvo Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Nun.

A tribo sacerdotal já aumentou Dt 22:1 para 23.000, um aumento líquido de mil.

Apenas Josué e Calebe permanecem desde a primeira numeração. A sentença de morte para aqueles com mais de vinte anos na primeira numeração já foi realizado.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Números Capítulo 26 do versículo 1 até o 65
26:1-65 O segundo recenseamento do povo. É interessante notar que, a despeito de toda maldade e dureza de coração do povo, Deus o susteve e multiplicou-o no deserto de maneira que a nova geração, mesmo depois da perda Dt 24:0 (25.9), foi tão grande quanto aquela que pereceu no deserto. • N. Hom. O vigésimo sexto capítulo nos ensina:
1) As conseqüências do pecado: o censo descrito no primeiro capítulo seria aplicável à entrada de Canaã, se não fosse o pecado que destruiu o povo que Deus estava para levar à herança prometida;
2) O novo começo. Seja nosso passado como for, devemos começar de novo, vencendo pela graça de Deus;
3) "O Senhor conhece os que lhe pertencem", 2Tm 2:19. É uma consolação e uma alegria saber que nenhum de nós foi esquecido por Deus, cada um sendo registrado na Sua presença,Sl 87:6; Is 43:1; 49.1516;Lc 10:20.

26.11 Mas os filhos de Corá não morreram. Devem ter obedecido a Moisés na última hora, fugindo do tabernáculo que seu pai e os rebeldes tinham construído, 16:26-27, e assim foram salvos, segundo a misericórdia de Deus para com todos os que se arrependem. Os filhos de Corá, apesar de serem excluídos do sacerdócio, entretanto ocuparam um lugar de destaque no santuário. Um deles foi Samuel, um dos maiores profetas e juízes de Israel, 1Cr 6:33-13; outros foram cantores e poetas que nos legaram salmos de grande inspiração, Sl 84:0; Sl 86:0. • N. Hom. Os nomes dos israelitas, normalmente, têm um significado claramente deduzível da própria língua hebraica, embora alguns sejam de difícil interpretação. Os nomes são criados de esperanças religiosas ou de acontecimentos dentro da vida da família, ou de objetos comuns à vida da época. Os nomes dados neste capítulo são de chefes de subfamílias dentro das tribos, e têm os significa os que seguem: V. 5: Enoque quer dizer "Dedicação". Palu, "Destacado". V. 6: Hezrom, "Moradia"; Carmi, "Viticultor". V. 8: Eliabe, "Meu Deus é Pai". V. 9: Abirão "Meu Pai é Exaltado". V. 12: Jamim, "Mão direita"; Jaquim, "Ele estabelecerá". V. 13: Zerá "Aurora"; Saul, "Pedido". V. 15: Zefom, "Atalaia"; Hagi", "Festivo"; Suni, "Quieto". V. 16: Ozni; "Meu Ouvido"; Eri, "Cuidadoso". V. 17: Arodi, "jumento Selvagem"; Areli, "Heróico". V. 20: Selá, "Petição"; Perez, "Rompimento"; Zerá, "Aurora". V. 21 "Hezrom, " "Moradia"" Hamul "Poupado". V. 23: Tola, "Minhoca"; Puva, "Boca". V. "24: Jasube, "Ele voltará"; Sinrom, "Cauteloso". V. 26: Serede, "Temor"; Elom, "Terebinto"; Jaleel, "Espera em Deus". V. 29: Maquir, "Vendido". V. 30: Jezer, "Deus é Socorro"; Heleque, "Porção". V. 31: Asriel, "Fronteira de Deus". V. 32: Semida, "Fama da Sabedoria"; Hefer, "Poço". V. 33: Zelofeade, "Sombra do Medo". V. 35: Sutela, "Plantio"; Bequer, "Camelo jovem"; Taã, "Acampamento". V. 36: Erã, "Observador". V. 38: Bela, "Destruição"; Airã, "Meu Irmão é Exaltado". V. 39: Sufã, "Serpente"; Hufã, "Habitante da Praia". V. 40: Arde, "Corcundo"; Naamã, "Agrado". V. 44: Imna, "Retém"; lsvi, "Pacífico"; Berias, "Proeminente". V. 45: Malquiel, "Meu Deus é Rei". V. 48: Jazeel, "Deus distribui"; Guni, "Colorido". V. 49: Jezer, "Forma"; Silém, "Compensação". O significado dos nomes das próprias tribos consta na nota do capítulo sete.

26.51 Os contados dos filhos de Israel. Esta contagem que se faz dos homens capazes para a guerra, acima de vinte anos de idade, devendo ser multiplicada por quatro para se incluir os velhos, as mulheres e as crianças, dando um número de aproximadamente 2 407 000 pessoas. Não se menciona os doentes e incapacitados, e é provável que a dieta e a maneira de vida ao ar livre fez que a doença não fosse problema. Além disso, Deus se revelou como Aquele que sara Seu povo, Êx 15:26.

26.53 Segundo o censo. A finalidade do censo era a distribuição da Terra Prometida, além da preparação para a invasão.

26.54 A herança haveria de ser de acordo com a necessidade e a capacidade de cada tribo. Assim é que Deus distribui os dons e as responsabilidades dentro da Sua Igreja,Mt 25:15, Lc 19:19; Êx 16:18; 2Co 8:13-47.

26.55 Por sortes. Os israelitas lançavam sortes, no intuito de saber a vontade de Deus por meios que o homem não podia controlar, como se lê em Pv 16:33.

26.61 Nota-se que os rebeldes também constam nesta lista, como herdeiros legítimos que, depois, escolheram o caminho da perdição.
26.62 Um mês para cima. As demais tribos foram contadas de vinte anos para cima; Deus aceita a dedicação das criancinhas.

26.65 Morreriam. Refere-se a toda aquela geração incrédula e perversa que pereceu no deserto, sendo os únicos sobreviventes Josué e Calebe, que confiaram no Senhor. Veja 14.30.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Números Capítulo 26 do versículo 1 até o 65
a) Um novo recenseamento é feito (26:1-4)
Moisés e Eleazar recebem a ordem de realizar um recenseamento depois da praga (i.e., aquela mencionada em 25.8,9), que explicaria o decréscimo de algumas tribos. Devem ser contados os israelitas de vinte anos para cima que possam servir no exército de Israel (v. 2). v. 3. campinas de Moabe: conforme 22.1. v. 4. os israelitas que saíram do Egito\ se alguém faz a objeção de que o povo recenseado nessa ocasião não saiu do Egito, conforme 23.22; 24.8.

b)    As doze tribos (excluindo-se Levi) (26:5-51)
Acerca da rebelião de Corá, Data e Abirão (v. 9,10) conforme caps. 16 e 17. Acerca de Corá e a descendência de Corá (v. 11), conforme comentário de 16:31-35. v. 12. Os descendentes de Simeão-, cf. comentário Dt 25:14. Essa foi a única tribo não abençoada por Moisés em Dt 33:0). Acerca de Er e Onã (v. 19), cf. Gn 38:1-10. Maquir (v. 29) tinha ainda outros filhos (conforme 32.39,40; 36.1; lCr 7:14-19). v. 33. Zelofeade-, conforme 27.1ss; 36.2ss. De Dã, só é mencionado um único clã, o de Suã (v. 42,43). E importante observar a menção de Sera, filha de Aser (v. 46).

c)    A divisão da terra (26:52-56)
A terra será distribuída por sorteio (conforme Pv 16:33), e todos receberão a sua parte de acordo com o nome da tribo dos seus antepassados. O tamanho deve ser proporcional à população. Com base em Js 15:0,2. Cp. os v. 63-65 com 14:28-32; Dt 2:13-5.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Números Capítulo 26 do versículo 1 até o 65
IV PARTE-A PREPARAÇÃO PARA A ENTRADA EM CANAÃ-Nm 26:1-36.13

XVII. PREPARAÇÃO PARA A CONQUISTA E PARTILHAS DA TERRA Nm 26:1-27.23

Em comparação com os acontecimentos tumultuosos até agora descritos, dir-se-ia que os restantes onze capítulos do livro de Números são desprovidos de interesse. Com efeito, nem todos se lêem com a mesma emoção, por serem um tanto monótonas as descrições relacionadas com as disposições e os preparativos para a entrada na Terra Prometida.

a) Novo recenseamento (Nm 26:1-65).

Em virtude dos acontecimentos ocorridos durante a travessia do deserto, alterou o número dos componentes de cada uma das tribos, sobretudo porque fora exterminada uma geração inteira (51; cfr. Nu 1:46). Sendo já grande a mortalidade no deserto, não admira que mais vítimas sucumbissem em flagelos vários e revoltas freqüentes. Agora que tudo passara, convinha saber o número exato dos sobreviventes. Por isso, a ordem do Senhor para se proceder ao recenseamento se verificou apenas depois daquela praga (1-5), e com uma dupla finalidade: primeiramente, para se saber do número exato de homens capazes de pegar em armas; e, em segundo lugar, para se estabelecer uma base no caso de partilhas da Terra Prometida, depois de conquistada (52-56). É essa uma das razões por que se apresentam agora os nomes das divisões das tribos, o que não sucedera no primeiro recenseamento (Nm 1), salientando-se em cada tribo as personagens que mais se distinguiram nos diferentes episódios através do deserto.

>Nm 26:5

Após as tribos, citam-se as divisões e por fim o total de cada tribo (5-51). Como conclusão, fornecem-se várias diretrizes acerca da divisão da Terra Prometida (52-56). A tribo de Levi merece uma referência especial (57-62), começando por enumerar as famílias (57-58), nomeadamente a de Arão (59-61) e terminando com o número total dos levitas (62), contados a partir de um mês de idade e não dos vinte anos, como noutros casos (2). Termina o capítulo com a alusão aos dois únicos sobreviventes de todos aqueles que no Sinai foram recenseados (63-65), atendendo-se mais aos homens recrutados para a guerra do que propriamente aos sacerdotes.


Dicionário

Calebe

-

1. Calebe, da tribo de Judá, era filho de Jefoné, o quenezeu (Nm 32:12). Moisés o escolheu para representar esta tribo no grupo dos doze homens enviados a espiar Canaã (Nm 13:6). A terra que viram era muito fértil; trouxeram grandes cachos de uva e relataram sobre a riqueza e a prosperidade da região; entretanto, descobriram que a área era também ocupada por povos temíveis — principalmente os descendentes do gigante Enaque, que viviam próximos a Hebrom. Dez dos espias voltaram desapontados e convencidos de que jamais conseguiriam vencer uma batalha contra aqueles povos; por causa disso, voltaram-se contra Moisés. Os israelitas, ao ouvir o relatório, argumentaram que melhor seria se tivessem ficado no Egito (Nm 13:26-29; Nm 13:31-14:4).

De todos os espias, somente Calebe e Josué tiveram fé suficiente em Deus para saber que Ele os capacitaria a conquistar Canaã. Primeiro, deram um relatório alternativo a Moisés e então apelaram para o povo. A total confiança deles na soberania do Senhor foi proclamada em voz alta diante de todos, nesse discurso: “A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra muito boa. Se o Senhor se agradar de nós, então nos fará entrar nessa terra, e no-la dará. É uma terra que mana leite e mel. Tão-somente não sejais rebeldes contra o Senhor, e não temais o povo dessa terra, porque como pão os devoraremos. A proteção deles se foi, mas o Senhor está conosco. Não os temais” (Nm 14:7-9).

Como castigo sobre o povo pela falta de fé, toda aquela geração foi impedida de entrar em Canaã; gastaram o resto da vida “vagando” pelo deserto (Nm 14:22-23). Somente Calebe e Josué viveram o tempo suficiente para entrar na terra e ambos tiveram participação significativa nas batalhas de conquista de Canaã, muito tempo depois (Nm 14:24-30). É importante notar que Calebe, o qual dissera anos antes que o Senhor destruiria os anaquins, foi o líder do ataque na região de Hebrom. Ele liderou pessoalmente as forças que derrotaram os gigantes e tempos mais tarde recebeu aquela área como herança (Js 14:6-15; Js 15:13-14). Calebe ofereceu sua filha Acsa em casamento ao homem que conquistasse Quiriate-Sefer (Debir; Jz 1:11) para ele. Seu sobrinho Otniel cumpriu a tarefa e casou-se com Acsa (Js 15:16-18). Seus filhos são citados em I Crônicas 4:15.

A perseverança “em seguir ao Senhor” de Calebe (Js 14:14; Dt 1:36; etc.) tornouse um exemplo para as futuras gerações. Essa fé consistia num descanso calmo e prático em Deus, como o Todo-poderoso que jamais falha em suas promessas. Acreditar é uma coisa, mas agir baseado nisso, em face de adversários tão assustadores — essa foi a essência da verdadeira fé que Calebe demonstrou e com a qual todos nós podemos aprender.

2. Outro Calebe1 foi irmão de Jerameel e filho de Hezrom. Era da tribo de Judá e casou-se com Azuba. Depois que ela morreu, desposou Efrate, com quem gerou Hur. Seus outros filhos foram Messa e Maressa (1Cr 2:9-18, 19,42,50). Bezalel, neto de Hur, foi o artesão que trabalhou na construção do Tabernáculo (1Cr 2:20; Ex 31:1). P.D.G.


Calebe [Arrojado]

Líder da tribo de Judá e um dos 12 ESPIÕES enviados a Canaã (Nu 13:6). Ele e Josué voltaram com boas notícias e por isso entraram na TERRA PROMETIDA (Nu 14:30).


Filho de Jefoné (Nm 13:6). Um dos dozes espias que, um de cada tribo, foram enviados à terra de Canaã para examiná-la acontecendo este fato no segundo ano do Êxodo. Calebe representava a tribo de Judá. Ele e Josué foram os únicos que voltaram com boas notícias acerca do país que iam habitar, e esse seu otimismo desagradou tanto ao povo israelita, com medo de efetuar a conquista de Canaã, que por pouco não foram apedrejados. Deus castigou a rebeldia do povo, determinando que, dos israelitas de vinte anos de idade para cima, apenas Josué e Calebe teriam permissão de entrar na terra prometida. Quando Calebe era de oitenta e cinco anos de idade, ele reclamou a posse da terra dos enaquins, Quiriate-Arba ou Hebrom, e a vizinhança do país montanhoso (Js 14). Ele expulsou de Hebrom os três filhos de Enaque, e deu a sua filha Acsa a seu irmão mais novo otniel, como recompensa por ter tomado Quiriate-Sefer (isto é Debiri (Js 15:14-19Jz 1:11-15). Crê-se que Calebe era cananeu por nascimento, tendo sido a tribo dos quenezeus, à qual ele pertencia, incorporada na de Judá (Js 14:6-14).

Deserto

substantivo masculino Região árida, coberta por um manto de areia, com um índice anual de baixíssima precipitação de água, caracterizada pela escassez de vegetação, dias muito quentes, noites muito frias, e ventos muito fortes.
[Biologia] Bioma com essas características, definido pela falta de diversidade de flora e fauna, baixíssimo índice de precipitação de água, calor exagerado, dias quentes e noites frias etc.
Características dos lugares ermos, desabitados, sem pessoas.
Ausência completa de alguma coisa; solidão: minha vida é um deserto de alegria.
adjetivo Que é desabitado: ilha deserta.
Pouco frequentado; vazio: rua deserta.
De caráter solitário; abandonado.
expressão Pregar no deserto. Falar algo para alguém.
Etimologia (origem da palavra deserto). Do latim desertum.

A simples idéia de deserto, significando uma vasta extensão de areia, sem árvores e água, não se deve ligar à palavra, conforme empregada na Bíblia. os israelitas não tinham conhecimento de semelhante deserto, quer nas viagens, quer na sua existência fixa. Nos livros históricos da Bíblia, a palavra ‘deserto’ significa o vale do Jordão, o do mar Morto, e aquela região que fica ao sul do mar Morto. Nestes sítios, nos dias de prosperidade da Palestina, crescia a palmeira, o bálsamo, a cana-de-açúcar, podendo admirar-se ali uma forte e bela vegetação. Nos livros proféticos e poéticos o deserto tem já a significação de território seco pela ação do excessivo calor, ainda que, no livro de Ez 47:8, se compreende o vale do Jordão. A palavra traduzida por ‘deserto’ em Êx 3:1 – 5.3 – 19.2, e em Nm 33:16, teria melhor versão, dizendo-se ‘terra de pasto’. os israelitas levavam consigo rebanhos e manadas durante todo o tempo da sua passagem para a Terra da Promissão. A mesma significação em 24:5, is 21:1, Jr 25:24.

solitário, despovoado, ermo, desabitado. – Dizemos – paragens desertas – para exprimir que estão como abandonadas; e dizemos – paragens ermas – para significar que, além de abandonadas, são paragens sombrias, onde a quietude e o desolamento nos apertam a alma. – Estância solitária é aquela que não é procurada, ou frequentada pelos homens. Pode admitir-se até no meio da cidade uma habitação solitária ou deserta; não – erma, pois que esta palavra sugere ideia de afastamento, desolação. – Despovoado e desabitado dizem propriamente “sem moradores”, sem mais ideia acessória. Quando muito, dizemos que é ou está despovoado o lugar “onde não há povoação”; e desabitado o lugar “que não é habitualmente frequentado”.

ermo, solidão (soidão, soledade), retiro, isolamento (desolamento), recanto, descampado. – Deserto é “o lugar despovoado, sem cultura, como abandonado da ação ou do bulício humano”. – Ermo acrescenta à noção de deserto a ideia de silêncio, tristeza e desolamento. Uma família, uma multidão pode ir viver no deserto; o anacoreta fica no seu ermo. – Solidão é “o lugar afastado do mundo, e onde se pode ficar só, como separado dos outros homens”. – Soidão é forma sincopada de solidão; mas parece acrescentar a esta a ideia de desamparo, do horror que causa o abismo, a solidão temerosa. Entre solidão e soledade há diferença que se não pode esquecer. Antes de tudo, soledade é mais propriamente a qualidade do que está só, do solitário, do que lugar ermo. Tomando-a, no entanto, como lugar ermo, a soledade sugere ideia da tristeza, da pena, da saudade com que se está na solidão. Dizemos, por exemplo – “a soledade da jovem viúva” – (caso em que não se aplicaria solidão, pelo menos nem sempre). – Retiro é “o lugar afastado onde alguém se recolhe e como se refugia do ruído e agitação do mundo”. – Isolamento é o lugar onde se fica separado da coletividade, fora de relações com os outros homens. A mesma diferença que notamos entre solidão e soledade pode assinalar-se entre isolamento e desolamento. No seu isolamento nem sempre se há de alguém sentir desolado (isto é – só, abandonado em sua mágoa); assim como nem sempre no seu desolamento há de estar de todo isolado (isto é – afastado dos outros homens). – Recanto é “o sítio retirado, fora das vistas de todos, longe do movimento geral da estância de que o recanto é uma parte quase oculta e escusa”. – Descampado significa “paragem, mais ou menos extensa, ampla, aberta, despovoada e inculta”. Propriamente só de deserto, solidão e ermo é que pode ser considerado como sinônimo. 350 Rocha Pombo

Deserto Terras extensas e secas, com poucas árvores e pouco capim, onde não mora ninguém. Nessas terras vivem animais ferozes (24:5); (Mt 3:1). Equivale mais ou menos a “sertão”.

Deserto Local pouco habitado, formado por rochas calcáreas e não por areia (Lc 15:4). Foi nas proximidades do deserto da Judéia que João Batista pregou. Jesus identificou-o como morada dos demônios (Mt 12:43) e nele experimentou as tentações (Mt 4:1ss.). Às vezes, Jesus refugiava-se no deserto em busca de solidão (Mc 1:35.45; Lc 4:42; 5,16; 6,32,35) e nele alimentou as multidões (Mt 14:13-21; Mc 6:32-44; Lc 9:10-17).

Filho

Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

[...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...]
Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1

O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

[...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39

Os filhos são doces algemas de nossa alma.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2

[...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135

[...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38


Filho
1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn 4:17)

2) Descendente (Ml 3:6); (Lc 1:16). 3 Morador de um país (Am 9:7) ou de uma cidade (Jl 3:6).

4) Membro de um grupo (2Rs 2:15), RC).

5) Qualidade de uma pessoa (Dt 13:13), RC; (2Sm 3:34); (Mc 3:17); (Lc 10:6); (Jo 12:36).

6) Tratamento carinhoso (1

substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

Jefoné

Que ele seja visto

1. Mencionado pela primeira vez no livro de Números, como pai de Calebe, o grande guerreiro e homem de fé (Nm 13:6;14:6-38; 26:65; 32:12; Dt 1:36; Js 14:6; etc.). Os netos de Jefoné estão listados em I Crônicas 4:15 e parte de suas terras, próximas a Hebrom, são mencionadas em I Crônicas 6:56. Veja Calebe.

2. Da tribo de Aser, era um dos filhos de Jeter, mencionado como líder na tribo e grande guerreiro (1Cr 7:38-40).


Josué

1. Veja Josué, Filho de Num.


2. Josué, filho de Jeozadaque. Era o sumo sacerdote em Judá depois do exílio na Babilônia; junto com Zorobabel, foi o responsável pelo restabelecimento do Templo e do culto, de 538 a 516 a.C. (Ag 1:14; Ag 2:4; Zc 3:6-8,9; 6:11). Seu nome é dado como Jesua em Esdras 3:2 e Neemias 12:1-8.


3. Cidadão de Bete-Semes, cidade que tomou conta da Arca da Aliança depois que foi tomada pelos filisteus e posteriormente devolvida, nos dias de Samuel (1Sm 6:14-18).


4. Prefeito da cidade de Jerusalém. Oficial da corte no tempo das reformas do rei Josias, no final do século VII a.C. (2Rs 23:8). E.M.


Josué [Javé É Salvação] -

1) Auxiliar e, depois, sucessor de Moisés (Ex 17:8-13); (Dt 31:1-8). Josué comandou a travessia do rio Jordão (Jos
3) e tomou Jericó (Js 6). Conquistou a terra de Canaã e a dividiu entre as tribos de Israel (Jos 8—21). Após abençoar o povo e renovar a ALIANÇA com Deus, Josué morreu com a idade de 110 anos (Js 24). V. JOSUÉ,

Deus é a salvação

-

Morrer

Dicionário Comum
verbo intransitivo Cessar de viver, perder todo o movimento vital, falecer.
Figurado Experimentar uma forte sensação (moral ou física) intensamente desagradável; sofrer muito: ele parece morrer de tristeza.
Cessar, extinguir-se (falando das coisas morais).
Diz-se de um som que pouco se vai esvaecendo até extinguir-se de todo.
Desmerecer, perder o brilho; tornar-se menos vivo (falando de cores).
Aniquilar-se, deixar de ser ou de ter existência.
Fonte: Priberam

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Senão

preposição Com exclusão de; exceto: os professores, senão o novato, chegaram.
conjunção Caso contrário; de outra maneira: use o casaco, senão vai ficar resfriado.
Oposição em relação a; mas: não conseguiu o emprego, senão críticas.
substantivo masculino Pequeno defeito; falha: não há beleza sem senão.
Etimologia (origem da palavra senão). Se + não.

senão conj. Aliás, de outra forma, de outro modo, quando não.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
יְהוָה אָמַר מוּת מוּת מִדְבָּר אִישׁ יָתַר כָּלֵב בֵּן יְפֻנֶּה יְהוֹשׁוּעַ בֵּן נוּן
Números 26: 65 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Porque o SENHORH3068 יְהוָהH3068 disseraH559 אָמַרH559 H8804 deles que morreriamH4191 מוּתH4191 H8800 H4191 מוּתH4191 H8799 no desertoH4057 מִדְבָּרH4057; e nenhumH376 אִישׁH376 deles ficouH3498 יָתַרH3498 H8738, senão CalebeH3612 כָּלֵבH3612, filhoH1121 בֵּןH1121 de JefonéH3312 יְפֻנֶּהH3312, e JosuéH3091 יְהוֹשׁוּעַH3091, filhoH1121 בֵּןH1121 de NumH5126 נוּןH5126.
Números 26: 65 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1407 a.C.
H1121
bên
בֵּן
crianças
(children)
Substantivo
H1992
hêm
הֵם
eles / elas
(they)
Pronome
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3091
Yᵉhôwshûwaʻ
יְהֹושׁוּעַ
Josué
(Joshua)
Substantivo
H3312
Yᵉphunneh
יְפֻנֶּה
um quenezeu e pai de Calebe, o espia da tribo de Judá
(of Jephunneh)
Substantivo
H3498
yâthar
יָתַר
ser deixado, sobrar, restar, deixar
(the remainder)
Verbo
H3588
kîy
כִּי
para que
(that)
Conjunção
H3612
Kâlêb
כָּלֵב
o filho devoto de Jefoné e o espião fiel que relatou favoravelmente a respeito da terra
(Caleb)
Substantivo
H376
ʼîysh
אִישׁ
homem
(out of man)
Substantivo
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H4057
midbâr
מִדְבָּר
deserto
(the wilderness)
Substantivo
H4191
mûwth
מוּת
morrer, matar, executar
(surely)
Verbo
H5126
Nûwn
נוּן
()
H518
ʼim
אִם
se
(If)
Conjunção
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo


בֵּן


(H1121)
bên (bane)

01121 בן ben

procedente de 1129; DITAT - 254; n m

  1. filho, neto, criança, membro de um grupo
    1. filho, menino
    2. neto
    3. crianças (pl. - masculino e feminino)
    4. mocidade, jovens (pl.)
    5. novo (referindo-se a animais)
    6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
    7. povo (de uma nação) (pl.)
    8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
    9. um membro de uma associação, ordem, classe

הֵם


(H1992)
hêm (haym)

01992 הם hem ou (forma alongada) המה hemmah

procedente de 1981; DITAT - 504; pron 3p m pl

  1. eles, estes, os mesmos, quem

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

יְהֹושׁוּעַ


(H3091)
Yᵉhôwshûwaʻ (yeh-ho-shoo'-ah)

03091 יהושוע Y ehowshuwa ̂ ̀ou יהושׂע Y ehowshu ̂ à

procedente de 3068 e 3467, grego 2424 Ιησους e 919 βαριησους;

Josué = “Javé é salvação” n pr m

  1. filho de Num, da tribo de Efraim, e sucessor de Moisés como o líder dos filhos de Israel; liderou a conquista de Canaã
  2. um habitante de Bete-Semes em cuja terra a arca de aliança foi parar depois que os filisteus a devolveram
  3. filho de Jeozadaque e sumo sacerdote depois da restauração
  4. governador de Jerusalém sob o rei Josias o qual colocou o seu nome em um portão da cidade de Jerusalém

יְפֻנֶּה


(H3312)
Yᵉphunneh (yef-oon-neh')

03312 יפנה Y ephunneĥ

procedente de 6437; n pr m

Jefoné = “Ele estará encarando”

  1. um quenezeu e pai de Calebe, o espia da tribo de Judá
  2. filho de Jéter e descendente de Aser

יָתַר


(H3498)
yâthar (yaw-thar')

03498 יתר yathar

uma raiz primitiva; DITAT - 936; v

  1. ser deixado, sobrar, restar, deixar
    1. (Qal) remanescente (particípio)
    2. (Nifal) ser deixado, sobrar, ser deixado para trás
    3. (Hifil)
      1. restar, deixar
      2. guardar, preservar vivo
      3. superar, mostrar pré-eminência
      4. mostrar excesso, ter mais do que o suficiente, ter em excesso

כִּי


(H3588)
kîy (kee)

03588 כי kiy

uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

  1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
    1. que
      1. sim, verdadeiramente
    2. quando (referindo-se ao tempo)
      1. quando, se, embora (com força concessiva)
    3. porque, desde (conexão causal)
    4. mas (depois da negação)
    5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
    6. mas antes, mas
    7. exceto que
    8. somente, não obstante
    9. certamente
    10. isto é
    11. mas se
    12. embora que
    13. e ainda mais que, entretanto

כָּלֵב


(H3612)
Kâlêb (kaw-labe')

03612 כלב Kaleb

talvez uma forma de 3611, ou procedente da mesma raiz no sentido de violento; n pr m Calebe = “cão”

  1. o filho devoto de Jefoné e o espião fiel que relatou favoravelmente a respeito da terra prometida e recomendou a sua captura
  2. filho de Hezrom, neto de Perez, bisneto de Judá, pai de Hur e avô de Calebe, o espião

אִישׁ


(H376)
ʼîysh (eesh)

0376 איש ’iysh

forma contrata para 582 [ou talvez procedente de uma raiz não utilizada significando ser existente]; DITAT - 83a; n m

  1. homem
    1. homem, macho (em contraste com mulher, fêmea)
    2. marido
    3. ser humano, pessoa (em contraste com Deus)
    4. servo
    5. criatura humana
    6. campeão
    7. homem grande
  2. alguém
  3. cada (adjetivo)

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

מִדְבָּר


(H4057)
midbâr (mid-bawr')

04057 מדבר midbar

procedente de 1696 no sentido de conduzir; DITAT - 399k,399L; n m

  1. deserto
    1. pasto
    2. terra inabitada, deserto
    3. grandes regiões desérticas (ao redor de cidades)
    4. deserto (fig.)
  2. boca
    1. boca (como órgão da fala)

מוּת


(H4191)
mûwth (mooth)

04191 מות muwth

uma raiz primitiva; DITAT - 1169; v

  1. morrer, matar, executar
    1. (Qal)
      1. morrer
      2. morrer (como penalidade), ser levado à morte
      3. morrer, perecer (referindo-se a uma nação)
      4. morrer prematuramente (por negligência de conduta moral sábia)
    2. (Polel) matar, executar, despachar
    3. (Hifil) matar, executar
    4. (Hofal)
      1. ser morto, ser levado à morte
        1. morrer prematuramente

נוּן


(H5126)
Nûwn (noon)

05126 נון Nuwn ou נון Nown (1Cr 7:27)

procedente de 5125; n pr m Num = “peixe” ou “posteridade”

  1. pai de Josué, o sucessor de Moisés

אִם


(H518)
ʼim (eem)

0518 אם ’im

uma partícula primitiva; DITAT - 111; part condicional

  1. se
    1. cláusula condicional
      1. referindo-se a situações possíveis
      2. referindo-se a situações impossíveis
    2. em juramentos
      1. não
    3. se...se, se...ou, se..ou...ou
    4. quando, em qualquer tempo
    5. desde
    6. partícula interrogativa
    7. mas antes

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar