Enciclopédia de Mateus 1:22-22

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mt 1: 22

Versão Versículo
ARA Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta:
ARC Tudo isto, aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz:
TB Ora, tudo isto aconteceu, para que se cumprisse o que dissera o Senhor pelo profeta:
BGB τοῦτο δὲ ὅλον γέγονεν ἵνα πληρωθῇ τὸ ῥηθὲν ⸀ὑπὸ κυρίου διὰ τοῦ προφήτου λέγοντος·
HD Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo Senhor através do profeta, que diz:
BKJ Ora, tudo isso aconteceu para que pudesse se cumprir o que foi dito pelo Senhor através do profeta, dizendo:
LTT Ora, isto tudo tem acontecido a fim de que fosse cumprido aquilo havendo sido dito pelo Senhor, através do profeta (Isaías), dizendo:
BJ2 Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor havia dito pelo profeta:[j]
VULG Hoc autem totum factum est, ut adimpleretur quod dictum est a Domino per prophetam dicentem :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 1:22

I Reis 8:15 E disse: Bendito seja o Senhor, o Deus de Israel, que falou pela sua boca a Davi, meu pai, e pela sua mão o cumpriu, dizendo:
I Reis 8:24 que cumpriste com teu servo Davi, meu pai, o que lhe disseras; porque, com a tua boca, o disseste e, com a tua mão, o cumpriste, como neste dia se vê.
Esdras 1:1 No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia (para que se cumprisse a palavra do Senhor, por boca de Jeremias), despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino, como também por escrito, dizendo:
Mateus 2:15 E esteve lá até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz: Do Egito chamei o meu Filho.
Mateus 2:23 E chegou e habitou numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareno.
Mateus 5:17 Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir.
Mateus 8:17 para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças.
Mateus 12:17 para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz:
Mateus 13:21 mas não tem raiz em si mesmo; antes, é de pouca duração; e, chegada a angústia e a perseguição por causa da palavra, logo se ofende;
Mateus 13:35 para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta, que disse: Abrirei em parábolas a boca; publicarei coisas ocultas desde a criação do mundo.
Lucas 21:22 Porque dias de vingança são estes, para que se cumpram todas as coisas que estão escritas.
Lucas 24:44 E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos.
João 10:35 Pois, se a lei chamou deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada),
João 12:38 para que se cumprisse a palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor?
João 15:25 Mas é para que se cumpra a palavra que está escrita na sua lei: Aborreceram-me sem causa.
João 17:12 Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.
João 18:9 para se cumprir a palavra que tinha dito: Dos que me deste nenhum deles perdi.
João 19:36 Porque isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: Nenhum dos seus ossos será quebrado.
Atos 3:18 Mas Deus assim cumpriu o que já dantes pela boca de todos os seus profetas havia anunciado: que o Cristo havia de padecer.
Atos 13:27 Por não terem conhecido a este, os que habitavam em Jerusalém e os seus príncipes, condenaram-no, cumprindo assim as vozes dos profetas que se leem todos os sábados.
Apocalipse 17:17 Porque Deus tem posto em seu coração que cumpram o seu intento, e tenham uma mesma ideia, e que deem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

Os quatro Evangelhos em ordem cronológica

As tabelas a seguir estão relacionadas aos mapas das viagens de Jesus e seu trabalho de pregação. As setas nos mapas não representam exatamente as rotas usadas, mas indicam principalmente a direção. O símbolo “c.” significa “cerca de” ou “por volta de”.

Acontecimentos que antecederam o ministério de Jesus

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

3 a.C.

Templo em Jerusalém

Anjo Gabriel profetiza a Zacarias o nascimento de João Batista

   

Lc 1:5-25

 

c. 2 a.C.

Nazaré; Judeia

Anjo Gabriel profetiza a Maria o nascimento de Jesus; ela visita Elisabete

   

Lc 1:26-56

 

2 a.C.

Região montanhosa da Judeia

Nasce João Batista e recebe nome; Zacarias profetiza; João vive no deserto

   

Lc 1:57-80

 

2 a.C., c. 1.º de outubro

Belém

Nasce Jesus; “a Palavra se tornou carne”

Mt 1:1-25

 

Lc 2:1-7

Jo 1:1-5, 9-14

Perto de Belém; Belém

Anjo anuncia as boas novas aos pastores; anjos louvam a Deus; pastores visitam o bebê Jesus

   

Lc 2:8-20

 

Belém; Jerusalém

Jesus é circuncidado (8.º dia); seus pais o apresentam no templo (após 40.º dia)

   

Lc 2:21-38

 

1 a.C. ou 1 d.C.

Jerusalém; Belém; Egito; Nazaré

Visita dos astrólogos; família foge para o Egito; Herodes mata meninos de até dois anos; família volta do Egito e vai morar em Nazaré

Mt 2:1-23

 

Lc 2:39-40

 

12 d.C., Páscoa

Jerusalém

Jesus, aos 12 anos, faz perguntas aos instrutores no templo

   

Lc 2:41-50

 
 

Nazaré

Volta a Nazaré; continua sujeito aos pais; aprende carpintaria; Maria cria mais quatro filhos, além de filhas (Mt 13:55-56; Mc 6:3)

   

Lc 2:51-52

 

29 d.C., c. abril

Deserto, rio Jordão

João Batista inicia seu ministério

Mt 3:1-12

Mc 1:1-8

Lc 3:1-18

Jo 1:6-8, 15-28


Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 2)

Reis do reino de Judá (continuação)
777 a.C.

Jotão: 16 anos

762

Acaz: 16 anos

746

Ezequias: 29 anos

716

Manassés: 55 anos

661

Amom: 2 anos

659

Josias: 31 anos

628

Jeoacaz: 3 meses

Jeoiaquim: 11 anos

618

Joaquim: 3 meses e 10 dias

617

Zedequias: 11 anos

607

Jerusalém e seu templo são destruídos pelos babilônios durante o reinado de Nabucodonosor. Zedequias, o último rei da linhagem de Davi, é tirado do trono

Reis do reino de Israel (continuação)
c. 803 a.C.

Zacarias: reinado registrado de apenas 6 meses

Em algum sentido, Zacarias começou a reinar, mas pelo visto seu reinado não foi plenamente confirmado até c. 792

c. 791

Salum: 1 mês

Menaém: 10 anos

c. 780

Pecaías: 2 anos

c. 778

Peca: 20 anos

c. 758

Oseias: 9 anos a partir de c. 748

c. 748

Parece que foi somente em c. 748 que o reinado de Oseias foi plenamente estabelecido ou recebeu o apoio do monarca assírio Tiglate-Pileser III

740

A Assíria conquista Samaria e domina 1srael; o reino de Israel de dez tribos, ao norte, chega ao seu fim

Lista de profetas

Isaías

Miqueias

Sofonias

Jeremias

Naum

Habacuque

Daniel

Ezequiel

Obadias

Oseias


Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 1)

Reis do Reino de duas tribos, ao sul Reino de Judá
997 a.C.

Roboão: 17 anos

980

Abias (Abião): 3 anos

978

Asa: 41 anos

937

Jeosafá: 25 anos

913

Jeorão: 8 anos

c. 906

Acazias: 1 ano

c. 905

Rainha Atalia: 6 anos

898

Jeoás: 40 anos

858

Amazias: 29 anos

829

Uzias (Azarias): 52 anos

Reis do Reino de dez tribos, ao norte Reino de Israel
997 a.C.

Jeroboão: 22 anos

c. 976

Nadabe: 2 anos

c. 975

Baasa: 24 anos

c. 952

Elá: 2 anos

Zinri: 7 dias (c. 951)

Onri e Tibni: 4 anos

c. 947

Onri (sozinho): 8 anos

c. 940

Acabe: 22 anos

c. 920

Acazias: 2 anos

c. 917

Jeorão: 12 anos

c. 905

Jeú: 28 anos

876

Jeoacaz: 14 anos

c. 862

Jeoacaz e Jeoás: 3 anos

c. 859

Jeoás (sozinho): 16 anos

c. 844

Jeroboão II: 41 anos

Lista de profetas

Joel

Elias

Eliseu

Jonas

Amós


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Geraldo Lemos Neto Wanda Amorim Joviano

mt 1:22
Deus Conosco

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Geraldo Lemos Neto Wanda Amorim Joviano


Grupo Espírita Emmanuel (GEEM) | São Bernardo do Campo - SP

Dr. Caio Ramacciotti


Instituto de Difusão Espírita (IDE) | Araras - SP

Sr. Wilson Frungilo Júnior

Dr. Hércio Marcos Cintra Arantes


Lar Espírita André Luiz (LEAL) | Petrópolis - RJ

Sra. Suzana Maia Mousinho

Sra. Maria Idê Cassãno Mousinho


Escola Jesus Cristo | Campos - RJ Sra. Hilda Mussa Tavares

Dr. Flávio Mussa Tavares


Casa de Chico Xavier | Pedro Leopoldo - MG

Sr. Hélcio Marques

Sr. Jhon Harley Madureira Marques

Sra. Adanira Deisiré Bergamaschi


Centro Espírita Luiz Gonzaga | Pedro Leopoldo - MG

Sra. Célia Diniz


Grupo Espírita Ephigênio Salles Víctor | Belo Horizonte - MG

Sr. Arnaldo Rocha



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

mt 1:22
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 9
CARLOS TORRES PASTORINO
MT 1:18-25

18. Ora, a. concepção de Jesus Cristo ocorreu desta maneira: sendo Maria, sua mãe, noiva de José, antes que se ajuntassem ela rol achada. grávida de um espírito santo.


19. E José, seu noivo, sendo reto e não querendo infamá-la. resolveu deixá-la secretamente.


20. Tendo, porém, meditado nessas coisas, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos dizendo: "José, filho de David, não temas receber em casa Maria como tua mulher, pois o que nela. foi gerado é de um espírito;


21. ela dará à luz um filho a. quem chamarás JESUS, porque ele salvará seu povo dos pecados deles".


22. Ora. tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que dissera o Senhor pelo profeta:


23. "eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho e ele será chamado Emanuel, que quer, dizer Deus conosco".


24. Tendo José despertado do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara e recebeu sua mulher.


25. e não a conheceu enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de JESUS.


Encontramos duas narrativas a respeito do mesmo fato, em Mateus 1:18-3 e em Lucas 2:1-3.


Havendo diferença entre os dois textos, comentá-los-emos em separado.


Após a genealogia (que estudaremos depois), Mateus inicia: "ora, a concepção (ή γένεσις) de Jesus Cristo Ocorreu desta maneira". E passa a narrar.
Sendo Maria noiva (µνηστευθείσες; particípio aoristo passivo, noiva, prometida em casamento) de José, antes que se ajuntassem, ela se achou grávida de um espírito santo".
Os judeus distinguiam nitidamente o noivado e o casamento (DT 20:7), que o original grego distingue também com os verbos µνηστεύω (noivar), comprometer-se) e παραλαµβάνειν (receber em sua casa), o que tinha como resultado o "coabitar, morar juntos": σνυέρХοµαι.
Então, ainda durante o noivado, José verificou a gravidez (εύ-ρέθη έν γαστρι έХουσα). O fato só pode ter ocorrido depois que Maria regressou da casa de Isabel Ai’n-Karim, para sua aldeia de Nazaré. Mateus silencia a esse respeito, fazendo que o leitor suponha que eles normalmente habitavam em Belém.

Tanto que, mais tarde (2:23) diz que, quando José regressava do Egito para sua casa (Belém), ao saber que Arquelau, filho de Herodes, é que lá reinava, resolveu ir morar na Galileia, a conselho do anjo, na cidade de Nazaré, "para que o menino pudesse realizar a profecia e ser chamado nazareno". Portanto, para Mateus, Nazaré era um lugar ainda desconhecido de José e de Maria, ao passo que, par Lucas, Nazaré era a residência normal dos dois.


Mateus não fala da viagem de Maria. Mas José só podia "descobrir" a gravidez quando desta aparecessem sinais externos, o que só ocorre no 4. . º ou 5. . º mês, isto é, exatamente quando do regresso de Maria da casa de Isabel.


José é dito άνήρ de Maria. Essa palavra (tal como o latim vir) tem o sentido de "varão", em oposição a
γυνη (latim mulier). O termo άνθρωπος, correspondente ao latim homo), exprime genericamente o ser humano, macho ou fêmea indistintamente. José, pois, era o "homem" (que podia ser o noivo ou mari do) de Maria. Aqui trata-se evidentemente de noivo, pois ainda não se tinham casado, já que José não na havia levado para sua casa e não coabitara com ela.

Sendo bom, José não quis infamá-la. Os direitos dos noivos eram equiparados aos dos já casados, tanto que: a) a noiva infiel devia ser apedrejada, como se já fora esposa (DT 22:20-27); b) a noiva podia ser despedida com uma "carta de divórcio"; c) a criança nascida na época do noivado era considerada legítima; e d) se o noivo morria, ela era tratada como viúva, devendo, pela lei do "levirato" coabitar com o irmão do noivo, para que tivesse filhos dele.


Diz Mateus que José, na dúvida entre acusá-la perante o Sinédrio, difamando-a, ou repudiá-la com uma "carta de divórcio", optou pela segunda hipótese, pois para isso bastava uma carta assinada por ele diante de duas testemunhas, o que não provocava escândalo.


Tendo meditado nessas coisas e tomado sua resolução, deitou-se para dormir. Foi quando, em sonhos, recebeu a visita de um "anjo do Senhor" ou, na linguagem moderna, um "espírito bom". Aparece aqui a mediunidade "onírica’ ou de sonhos, confirmada como existente em José, logo a seguir, em mais quatro passos (2:12, 13, 19 e 22) . Parece que José só possuía esse tipo de sensibilidade psíquica. Mateus não revela o nome do espírito, em nenhum dos cinco trechos.


Nossa tradução do versículo 20 difere das traduções correntes, porque seguimos o texto original grego.


Assim: 1) em lugar de "pensava", colocamos "tendo meditado", tradução melhor para o particípio do aoristo ένθυµηθέντος; 2) "receber em casa" que exprime o ato do casamento, traduzindo παραλαβεϊ

ν; 3) "receber Maria como tua mulher", porque se trata da construção de "duplo acusativo" (por exemplo, receber alguém como hóspede); 4) "o que foi gerado nela é de um espírito", porque em grego não há artigo, (logo é indefinido) e nem sequer aparece o adjetivo "santo", que só foi introduzido no texto latino da Vulgata.


FIGURA "Revelação a José" Ao aceitar Maria sua noiva, embora já grávida de vários meses, como sua esposa, José assumia automaticamente a paternidade legal o nascituro.


O espírito que fala a José, no sonho, repete-lhe as palavras que Gabriel dissera a Maria, quanto ao menino, impondo-lhe o mesmo nome. E Mateus traz, em apoio, uma citação do profeta Isaías (Isaías 7:14).


A formula empregada por Mateus: "o que disse o Senhor pelo profeta", ou seja, "o que falou o espírito pelo órgão" (ץם״ך״) do profeta (em grego διά, em latim per) vem confirmar a tese da mediunidade, demonstrando que o "profeta", como intermediário ou médium, apenas serve de aparelho ou órgão de um espírito.

A profecia de Isaías afirma que "uma virgem conceberá e dará à luz um filho". O termo "virgem" merece estudado.


Em hebraico há duas palavras: betulân, que especificava a virgindade como certa; e almâh que exprimia uma oposição, sem garanti-la. Ora, Isaías escreve exatamente almáh. E verificamos que, em DT 22:23, a noiva, e mesmo a esposa recém-casada era chamada ne’arah betulâh.


Em grego a palavra παρθένος exprime o mesmo: virgem, mas em sentido genérico tanto que as moças noivas e também as recém-casadas eram assim chamadas, e isso na própria Bíblia (cfr. DT 22:23; 1 Reis 1:2; Ester 2:3). Em todas essas passagens, a palavra virgem designa a moça que e dada a alguém para deitar-se com ele, supondo-se que se trata de uma virgem, isto é, de moça ainda não ligada pelo casamento a um homem.

A mesma designação é atribuída a Maria, demonstrando que, ao lhe ser dada como noiva, era virgem, o que é natural e normal. No entanto, em nenhum local dos Evangelhos se diz, nem se supõe, que Maria continuou Virgem depois. Ela era virgem quando concebeu, o que de modo geral ocorre com todas as moças.


Esses nossos esclarecimentos não visam a diminuir o respeito e a veneração que todos temos pela Mãe Santíssima de Jesus, pois o fato da virgindade nenhuma importância apresenta diante da espiritualidade.


A IMPOSIÇÃO DIVINA do uso do sexo para manutenção e multiplicação de Sua criação, nos diversos estágios evolutivos (plantas, animais e homens) vem provar que o sexo é SANTO. Não podemos admitir que Deus, Sábio e Bom, tivesse imposto obrigatoriamente as Suas criaturas uma condição que, ao cumpri-la, as tornasse imperfeitas. Se no ato sexual houvesse uma leve imperfeição sequer, ou um sina1 de atraso espiritual, esse Deus seria monstruosamente mau, pois teria obrigado Sua criação a ser imperfeita e atrasada, afim de manter e multiplicar Suas obras. Portanto, compreendendo o ato sexual em si e a maternidade como perfeições altamente espiritualizantes (porque são o cumprimento de uma Lei Divina), achamos que Maria se engrandece perante Deus com a maternidade normal, porque assim dá demonstração de ser fiel e obediente cumpridora da Vontade Divina. Compreendendo bem esse problema, o jesuíta padre Teilhard de Chardin atribui à sexualidade um sentido cósmico e afirma qu "o mundo não se diviniza por supressões, mas por sublimação", e ainda: "que o homem e a mulher tanto mais se unirão a Deus, quanto mais se amarem", não vendo apenas "o objetivo admirável mas transitório da reprodução", mas "o de dar plena expansão à quantidade do amor, liberado do dever da reprodução". E diz claramente, sem subterfúgios: "a mulher é, para o homem, o termo susceptível de impulsionar esse progresso para a frente. Pela mulher, e só pela mulher, pode o homem escapar ao isolamento, no qual sua própria perfeição se arriscaria prendê-lo" (L’énergie humaine", édition Seujl, pág. 93 a 96). Realmente a união sexual dentro do amor é a imagem mais fiel da união do homem com a Divindade, e por isso os místicos denominam essa unificação do homem com Deus de "Esponsalício".


Na profecia de Isaías, o menino seria chamado ץמוד אב . Himmanu-El, que significa "Deus conosco", exprimindo a grande verdade de que Deus ESTA REALMENTE DENTRO DE NÓS, está CONOSCO.
Despertando de seu sono, José recebe Maria em sua casa, na qualidade de sua esposa, mas, atesta o evangelista, "não a conheceu até que ela deu à luz um filho". Nada pode deduzir-se, com segurança, do que ocorreu posteriormente ao nascimento do filho. A frase não no autoriza. As expressões latina donec, grega έώς ού, e hebraica ’ad ki, negam a ação até aquele momento, mas não obrigam a supor-se o contrário daí por diante. Por exemplo: "O corvo não regressou à arca até que as águas secassem" (GN 8:7) não obriga a acreditar que ele aí tenha regressado depois que se secaram. Então, o que ocorre depois não é afirmado.

Sob a figura dos fatos que narra, revela-nos Mateus o que normalmente ocorre com o intelecto (José) quando recebe o impacto da revelação por parte da intuição (Maria;): assusta-se, raciocina, pequire, medita, e não consegue ter outra saída senão a de recusar o que lhe traz a intuição.


Muito bem apresentado o fato, para descrever a luta intelectual das criaturas e sua resolução final: repudiar as "loucuras" da intuição. Na realidade, vemos, pela narrativa dos "fatos", que a intuição recebeu a revelação do espírito (Eu interno), ANTES de unir-se ao intelecto: foi ela a primeira a" conceber" a ideia. E a "concebeu" virginalmente, por obra do Espírito (Eu interno) e não por interm édio de outro qualquer homem.


No entanto, quando há real sinceridade intelectual (sendo "justo"), aparece um auxílio, e por vezes de modo imprevisto. Com José deu-se o fato fora do corpo denso. Quando à noite se achava o intelecto desprendido do cárcere da caixa craniana no cérebro, e portanto estando ampliada sua visão compreensiva, ele intelecto vê, e aceita, porque compreende que a intuição foi iluminada e concebeu "pelo espírito", e não por divagações traiçoeiras. Ao verificar esse fato de suma importância, o intelecto aceita unir-se à intuição, aceitá-la "como esposa" isto é, na maior intimidade e fusão de dois em um, até que possa nascer o fruto anunciado.


Todavia a união não é ainda total e perfeita. Só o será quando aparecer a realidade do filho; por isso diz o evangelista: "não a conheceu enquanto não lhe nasceu o filho". Só aí é que o intelecto se unifica à intuição, para que ambos usufruam da felicidade incomensurável da presença de "DEUS CONOSCO", do Cristo interno manifestado às criaturas.


Não há negar que os segredos revelados pelos Evangelhos, como por todos os livros sagrados da Humanidade, são feitos através de fatos reais e de narrativas maravilhosas. As palavras são escritas de tal forma, os pormenores descritos com tal cuidado, que o leitor desprevenido apenas lê e compreende o que está realmente escrito, e não avança para o sentido profundo e místico que essas palavras querem ensinar. Por isso Jesus ensinava "em parábolas", e seus discípulos lhe seguiram fielmente os ensinamentos, para que a profundidade dos conhecimentos não atordoasse nem atordoasse aqueles que "não podiam suportar" (JO 16:12), e pura que só fossem revelados quando "os tempos fossem chegados" (MT 24:33). Mas é mister não perder de vista que as palavras dele "são espírito e vida" (JO 6:63).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Mateus Capítulo 1 do versículo 2 até o 25
  1. De Abraão até Davi (1:2- - 6a)

A maioria das versões mais recentes (RSV, NEB, NTLH) e traduções particulares (como, por exemplo, Weymouth, Moffatt, Goodspeed 5erkuyl, Williams) dizem que "Abraão foi pai de Isaque" (que é uma tradução mais atualizada) e assim prossegue mostrando todo o quadro genealógico. Mas a versão grega diz clara e simplesmente: Abraão gerou a Isaque (2).

No primeiro parágrafo da genealogia encontramos os nomes de três mulheres, e uma quarta é mencionada no versículo 6b. É um fenômeno no mínimo estranho, por assim dizer. E duplamente surpreendente é o caráter dessas quatro mulheres. Duas delas eram gentias — Raabe e Rute (5). Embora as outras duas fossem israelitas, os seus nomes estavam manchados. Tamar era culpada de incesto (Gn 38:13-18) e a mu-lher de Urias (6) participou do pecado de adultério com Davi (2 Sm 11:2-5).

A presença de tais pessoas na genealogia de Jesus ressalta a Sua missão de Salva-dor, e fornece uma maravilhosa amostra da graça de Deus. Não somente para os judeus aparentemente justos, mas também para os estrangeiros e os pecadores seria oferecida a entrada ao reino dos Céus. É isso que transforma o evangelho em Boas Novas para toda a humanidade.
Então Jesus deve também ser verdadeiramente humano, assim como divino, para ser o Salvador da humanidade. A encarnação significava que Ele tinha que fazer parte da raça humana, o que inevitavelmente envolvia que Ele tivesse tido antepassados pecadores.

  1. De Davi até o Cativeiro (1.6b-11)

Esse é o período do reino. Seguindo Salomão, são dados os nomes dos reis de Judá, pelo fato de a dinastia de Davi ter governado o reino do sul. Estranhamente, quatro reis foram omitidos da lista, como mostrará a comparação com os livros de Reis do Antigo Testamento. Acazias, Joás e Amazias foram omitidos depois de Jorão (8), e Jeoaquim foi omitido depois de Josias (11). Aparentemente, o único motivo pata isso é que Mateus desejava preservar esse arranjo sistemático da genealogia em três grupos de catorze nomes cada.

  1. Do Cativeiro até Cristo (1:12-16)

Esse é basicamente o período entre o Antigo e o Novo Testamento. Por isso, os nomes não são familiares.
O teor exato do décimo sexto versículo é muito significativo. O autor altera o ativo gerou para o passivo nasceu (16). Desta maneira ele protege o fato do nascimento vir-ginal, que em breve será descrito. José era o pai adotivo de Jesus, mas não o seu pai físico. Mas Maria era realmente a sua mãe.

Quanto ao significado da palavra gerou usada neste capítulo, nNeile diz o seguinte: "A natureza da genealogia mostra que egennesen por toda parte indica a origem legal, mas não necessariamente física", mas que o passivo egennethe, nasceu, "denota o nasci-mento físico".5

  1. Resumo da Genealogia (1,17)

Por que Mateus usa três enumerações de catorze? (17) Taske- diz: "Chegou a ser sugerido, com considerável probabilidade, que a importância do número catorze se deve ao fato do valor numérico das consoantes hebraicas na palavra Davi resultar naquele número".6

Deve ser notado que os três períodos ali assinalados possuem um relevante desta-que. O primeiro foi o dos patriarcas e juízes, o segundo o dos reis, e o terceiro o da domi-nação de gentios (exceto pelo breve período da independência dos Macabeus).

Até Cristo é, literalmente, "até o Cristo". Morison faz a seguinte observação, que é bastante apropriada: "E assim o evangelista passa do emprego da palavra Cristo como um mero nome próprio ao seu emprego como um apelativo, Até o Messias, significando o preeminentemente Ungido, o mais alto de todos os reis, e o mais sacerdotal de todos os sacerdotes, assim como o mais inspirado e inspirador entre todos que alguma vez foram profetas ou porta-vozes de Deus":

B. O NASCIMENTO DE JESUS, 1:18-25

As assim chamadas Narrativas da Infância são encontradas) em Mateus 1:18-2.23 e em Lucas 1:5-2.52. Os dois relatos são quase totalmente diferentes. No en-tanto, um não contradiz o outro. Plummer comenta: "Os dois relatos estão em confor-midade um com o outro, não apenas quanto ao fato principal do nascimento de uma virgem, mas também quanto ao modo como ele ocorreu – por ter sido realizado pela ação do Espírito Santo". Ele prossegue enumerando outros quatro pontos de concor-dância que representam "sinais adicionais de realidade histórica":

1) Quando a von-tade divina foi revelada a José e Maria eles estavam desposados um com o outro;

2) Cristo deveria ser chamado de "Jesus";

3) Ele nasceu em Belém;

4) Ele foi criado em Nazaré.'

A história do nascimento de Jesus é contada com grande beleza e delicadeza. Maria estava desposada com José (18). Possivelmente "prometida em casamento" ou "noiva" poderiam parecer termos e expressões mais atuais. O verbo grego é empregado apenas aqui e em Lucas 1:27-2.5 e significa "prometer em casamento, desposar".9 Arndt e Gingrich dizem que em voz passiva a expressão denota "estar prometida em casamento ou ficar noiva"." Mas deve ser lembrado que entre os judeus a quebra de um noivado exigia um divórcio formal. Edersheim diz que o relacionamento de jovens noivos era tão sagrado que "qualquer violação seria considerada um adultério; o compromisso não poderia ser dissolvido exceto, como depois do casamento, pelo divórcio normal".11

Antes que eles estivessem casados ou tivessem alguma relação conjugal, Maria achou-se ter concebido do Espírito Santo. Assim Mateus confirma o relato mais completo de Lucas (Lc 1:35). Isso representou um problema sério para José. Por ser um homem justo ou "honrado", ele não achava que conseguiria prosseguir com os seus planos de casamento. Mas por ser um homem misericordioso, que amava pro-fundamente a Maria, ele a não queria infamar (19), isto é, expô-la à vergonha. Então ele decidiu divorciar-se dela secretamente, ou seja, em particular. Tudo o que precisava era a presença de duas testemunhas. Não se tratava necessariamente de um caso de justiça.

Pode parecer estranho que José fosse chamado seu marido. Mas M'Neile explica o fato assim: "Depois do noivado, mas antes do casamento, o homem era legalmente o `marido' (cf. Gn 29:21; Dt 22:23ss.) ; conseqüentemente, um cancelamento informal do noivado era impossível: o homem devia dar à mulher um documento por escrito, e pagar uma multa"."

Enquanto José estava considerando o seu problema, um anjo (e não o anjo) lhe apareceu em sonhos. O mensageiro celestial o chamou de José, filho de Davi (20). Foi isso o que deu a Jesus o direito legal ao trono de Davi. José recebeu a garantia de que não precisava temer receber Maria como sua mulher, porque a sua concepção era do Espíri-to Santo. Assim, a anunciação foi feita a José, e também a Maria. Ela precisava disso para ser poupada da terrível perplexidade sobre a sua condição de grávida. Ele precisa-va disso para ser poupado do sentimento de que Maria pudesse ter sido infiel.

José foi informado de que o Filho que ia nascer deveria ser chamado JESUS ("Jeová é a salvação"), pois Ele iria salvar o seu povo dos seus pecados (21). A salvação era, em primeiro lugar, para os judeus (seu povo) e a seguir para todo o mundo (cf. Lc 2:32). A missão do nosso Senhor não era predominantemente social, política nem física, mas sim moral e espiritual. Ele veio para "aniquilar o pecado" (Hb 9:26). Ele veio para salvar do pecado, e não no pecado.

Para os que foram salvos por meio da Sua graça, o seu Nome conserva um encanto e uma doçura especiais. Vincent Taylor adequadamente comenta: "De todos os nomes, nenhum é mais precioso aos ouvidos cristãos do que o nome de 'Jesus' "."
Uma das notáveis características do Evangelho de Mateus, escrito para os judeus, é a sua freqüente citação do Antigo Testamento. A inspiração divina e a autoridade das Escrituras estão enfatizadas na introdução: Tudo isso aconteceu para que se cum-prisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta (22). Então se segue uma citação de Isaías 7:14-0 nome hebraico Emanuel é interpretado como significando Deus conosco (23).

José obedeceu à ordem do anjo. Ele recebeu Maria em sua casa, como sua esposa. Mas ele não teve relações conjugais com ela até depois do nascimento da Criança prome-tida. O significado e a importância da linguagem são bem destacados por Plummer. Ele afirma que o uso do verbo no imperfeito é "contrário à tradição da virgindade perpétua de Maria"; e o uso do aoristo "implica que ela teve filhos com ele posteriormente"; ainda assim "o imperfeito traz esta implicação de maneira ainda mais forte"". Esta é uma visão bastante razoável sobre o tema.

G. Campbell Morgan encontra nesse parágrafo duas palavras proféticas:

1) a espe-rança — ele será chamado pelo nome de Emanuel (que traduzido é: Deus conosco) ; e

2) a realização — lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 1 versículo 22
Um dos temas característicos de Mateus é o do cumprimento, na história de Jesus, do que Deus havia anunciado por meio dos profetas. Conforme também Mt 2:15,Mt 2:17,Mt 2:23; Mt 4:14; Mt 8:17; Mt 12:17; Mt 13:14,Mt 13:35; Mt 21:4; Mt 26:54,Mt 26:56; Mt 27:9.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Mateus Capítulo 1 do versículo 1 até o 25
*

1:1

Livro da Genealogia. A mesma frase é usada em Gn 2:4 e 5.1, na Septuaginta, tradução grega do Antigo Testamento, em uso comum, a partir de 150 a.C. Aqui a frase pode referir-se não só à genealogia que se segue, mas ao relato do nascimento de Jesus ou ao Evangelho como um todo também.

Cristo. Este título vem da palavra grega Christos, que significa “ungido”. “Messias” é a palavra hebraica para “ungido” (ver nota sobre 1Sm 2:10). No Antigo Testamento a unção com óleo podia ser realizada para o ofício de profeta, sacerdote e rei (Êx 29:7; 1Sm 16:13; 1Rs 19:16). O Antigo Testamento promete a vinda do justo Servo do Senhor (Is 42:1-9), que será um profeta como Moisés (Dt 18:18,19), um sacerdote como Melquisedeque (Sl 110:4) e um rei como Davi, o ungido do Senhor (Is 55:3-5; Jr 30:9; Ez 34:24; Os 3:5; Zc 12:8). Mateus revela que Jesus é o Cristo, o prometido Rei e Libertador.

* 1:2

As particularidades desta genealogia diferem da que encontramos em Lucas 3:23-38.

* 1.3-6

Mulheres não são comumente nomeadas nas genealogias do Oriente Próximo, mas elas são inerentes aos propósitos de Deus em enviar Cristo. As cinco mulheres nomeadas na genealogia de Jesus nos lembram que Deus, com freqüência, realiza o inesperado e escolhe o improvável. Tamar (v. 3) lembra-nos o fracasso de Judá (Gn 38:6-30); Raabe (v.5), era uma prostituta (Js 2); Rute era uma moabita (Rt 1:4) e, por isso, sujeita a uma maldição especial (Dt 23:3-5); Bateseba, mulher de Urias (v.6), foi a derrocada de Davi (2Sm 11). Maria cumpre Isaías 7:14 (v.23), a mais importante promessa de Gn 3:15 (Gl 4:4).

*

1:17

as gerações... catorze. Mateus organiza a genealogia em três grupos de catorze, para mostrar que Deus tem um propósito na História. A primitiva história conduzindo a Davi, a monarquia conduzindo ao Exílio, a história de Israel pós-exílio, todas conduzem a e apontam para Cristo. Jeconias é incluído no segundo e terceiro grupos de catorze; esta enumeração está em harmonia com a abreviação que Mateus faz da genealogia (v.5 conforme Js 2; v.8 conforme 2Cr 21:4 a 26.13).

* 1:19

José... resolveu deixá-la secretamente. O contrato de casamento ligava quase tanto quanto o próprio casamento, e a infidelidade durante o noivado tornava o divórcio quase obrigatório.

* 1:21

Jesus. É o equivalente grego de “Joshua”, que significa “Yahweh é salvação” ou “Yahweh salva”. Com freqüência, em nomes só a primeira sílaba do nome de Deus é usada (Exemplos: Elijah, Isaiah, Joshua).

* 1:23

virgem. Ver nota sobre Isaías 7:14. A concepção de Jesus por uma virgem é miraculosa, anunciando que Deus logo redimirá o seu povo e está presente com ele. Esta citação é a primeira de várias referências que Mateus usa para mostrar que Jesus cumpre o Antigo Testamento (2.6, 15, 18, 23 e notas). Em todo o Evangelho há doze de tais fórmulas de cumprimento e mais de cinqüenta citações do Antigo Testamento. Ver “O Nascimento Virginal de Jesus”, em Lucas 1:27.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Mateus Capítulo 1 do versículo 1 até o 25
1:1 Esta genealogia foi uma das formas mais interessantes com que Mateus podia iniciar um livro dirigido à audiência judia. Como uma genealogia podia demonstrar a posição da pessoa como escolhida de Deus, Mateus começa mostrando que Jesus era descendente do Abraão, o pai de todos os judeus, e descendente direto do rei Davi, com o que cumpria completamente as profecias do Antigo Testamento que se referiam à linha do Messías. Os dados quanto à descendência eram cuidadosamente preservados. Esta é uma das muitas provas que apresenta Mateus para demonstrar que Jesus é o Messías.

1.1ss mais de quatrocentos anos tinham acontecido desde que se desse a última profecia do Antigo Testamento e os judeus fiéis em todo mundo ainda seguiam esperando ao Messías (Lc 3:15). Mateus escreveu este libero aos judeus, lhes apresentando ao Jesus como Rei e Messías, o prometido descendente do rei Davi que reinaria para sempre (Is 11:1-5). O Evangelho do Mateus une ambos os Testamentos e contém muitas referências mostrando como Jesus cumpriu profecias do Antigo.

1.1ss Jesus entrou na história quando a terra do Israel estava controlada por Roma e era considerada como uma avançada insignificante do vasto e majestoso Império Romano. A presença dos soldados romanos no Israel deu aos militares judeus paz, mas ao preço de opressão, escravidão, injustiça e imoralidade. A esta classe de mundo veio o Messías prometido.

1.1-17 Nos primeiros 17 versículos nos encontramos com quarenta e seis pessoas, no lapso de 2000 anos. Todos foram antepassados do Jesus, mas variam grandemente em espiritualidade, personalidade e experiência. Alguns foram heróis da fé, como Abraão, Isaque, Ruth e Davi. Outros tinham uma reputação sombria, como é o caso do Rahab e Tamar. Muitos deles foram pessoas comuns, como Esrom, Aram, Naasón e Aquim. E outros foram malvados, como é o caso do Manasés e Abías. A obra de Deus na história não está limitada pelos pecados humanos, e O obra por meio de gente comum. Assim como Deus usou toda classe de pessoas para trazer para seu Filho ao mundo, O faz o mesmo hoje para cumprir com sua vontade.

1:11 O exílio ocorreu em 586 a.C. quando Nabucodonosor, rei de Babilônia, conquistou Judá, destruiu Jerusalém e levou cativos a milhares a Babilônia.

1:16 Como María era virgem quando ficou grávida, Mateus inclui o nome do José solo como marido da María, não como pai do Jesus. A genealogia do Mateus mostra a linhagem legal (ou real) do Jesus através do José. A linha ancestral da María se registra em Lc 3:23-38. María e José eram descendentes diretos do rei Davi.

Mateus assinala a genealogia a partir do Abraão enquanto que Lucas o faz a partir do Adão. Mateus está dirigido aos judeus, por isso assinala ao Jesus como descendente do Abraão. Lucas está dirigido aos gentis, por isso enfatiza ao Jesus como Salvador da humanidade.

1:17 Mateus divide a história do Israel em três grupos de quatorze gerações, mas provavelmente houve mais. As genealogias, com freqüência, comprimem a história, dando a entender que não se incluem especificamente cada geração de antepassados. É o caso da frase "pai de" que pode também ser traduzida "antepassado de".

JOSE

A firmeza do que acreditam se mede pelo grau de disposição que tenhamos para sofrer por sortes crenças. José era um homem com crenças definidas. Esteve disposto a fazer o bom sem lhe importar a dor que lhe causasse. Entretanto, José tinha outra característica: não só fazia o bom, mas sim tentava fazê-lo como se devia.

Quando María lhe falou a respeito de seu embaraço, José sabia que não era o pai. Como conhecia bem a María, ao lhe explicar ela o acontecido e ver a atitude que tinha para a criatura que ia nascer, deve lhe haver sido difícil pensar que sua noiva tinha feito algo indevido. Entretanto, alguém era o pai da criatura e lhe era difícil aceitar que esse "alguém" fora Deus.

José decidiu terminar com seu compromisso, mas estava decidido a fazê-lo de maneira que não trouxesse afronta a María. Tentou atuar com justiça e com amor.

Mas Deus lhe enviou um mensageiro para confirmar o que dizia María e abrir um novo caminho de obediência para o José: aceitar a María como sua esposa. José obedeceu a Deus, contraiu matrimônio com a María e respeitou sua virgindade até que a criatura nasceu.

Não sabemos por quanto tempo José viveu como pai terrestre do Jesus. Lhe menciona por última vez quando Jesus tinha doze anos. Mas José treinou a seu filho na arte da carpintaria, assegurou-se que tivesse uma boa educação espiritual no Nazaret, e esteve levando a toda a família na viagem anual a Jerusalém para celebrar a Páscoa, o que Jesus continuou observando durante seus anos de adulto.

José sabia que Jesus era uma pessoa especial do momento em que ouviu as palavras do anjo. Sua crença firme nesse fato, e sua abertura às palavras de Deus, habilitaram-no para ser o pai terrestre do Jesus.

Pontos fortes e lucros:

-- Homem de integridade

-- Descendente do rei Davi

-- Pai legal e terrestre do Jesus

-- Sensível à direção de Deus e disposto a fazer a vontade de Deus sem lhe importar as conseqüências

Lições de sua vida:

-- Deus premia a integridade

-- A posição social tem pouca importância quando Deus escolhe nos usar

-- Se formos obedientes à direção de Deus, O guiará a uma maior obediência

-- Os sentimentos não são medidas adequadas das ações boas ou más

Dados gerais:

-- Onde: Nazaret, Presépio

-- Ocupação: Carpinteiro

-- Familiares: Esposa: María. Filhos: Jesus, Jacóo, José, Judas, Simón

-- Contemporâneos: Herodes o Grande, João o Batista, Simeón, Ana

Versículos chave:

"José seu marido, como era justo, e não queria infamá-la, quis deixá-la secretamente. E pensando ele nisto, hei aqui um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, filho do Davi, não tema receber a María sua mulher, porque o que nela é engendrado, do Espírito Santo é" (Mt 1:19-20).

A história do José se narra no Mateus 1:16-2.23; Lucas 1:26-2.52.

1:18 O matrimônio judeu constava de três passos. Primeiro, as duas famílias ficavam de acordo na união.

Segundo, dava-se a conhecer publicamente. Nesse momento o casal estava comprometido oficialmente. O noivado (chamado no texto "desposorio") era considerado uma união que podia ser disolvida solo pela morte ou o divórcio (também por causa de fornicação). Terceiro, o casal se casava e começava a conviver. Ao estar comprometidos María e José, a aparente infidelidade da María suportava um estigma social severo. De acordo às leis civis feijões, José tinha o direito de divorciar-se e as autoridades judias podiam apedrejar a María até lhe dar morte (Dt 22:23-24).

1:18 por que o nascimento virginal é importante para a fé cristã? Jesucristo, o Filho de Deus, teve que ser liberado da natureza pecaminosa em que nascem todos os seres humanos desde o Adão. Jesus ao nascer de uma mulher se converteu em um ser humano; mas por ser o Filho de Deus nasceu sem o pecado humano. O era totalmente humano e totalmente divino.

Porque foi homem, sabemos que compreende completamente nossas circunstâncias e problemas (Hb_4:15-16). Porque é Deus, tem poder e autoridade para nos liberar do pecado (Cl 2:13-15). Podemos lhe contar todos nossos pensamentos, sentimentos e necessidades. O passou pelo que nos toca acontecer agora e tem a capacidade para nos ajudar.

1.18-25 José enfrentou uma decisão difícil ao descobrir que María estava grávida. Apesar de estar conciente de que tomar a María como esposa podia ser humilhante, escolheu obedecer o mandato de Deus casando-se com ela. Sua ação revelou quatro qualidades admiráveis: (1) princípios inflexíveis (1.19), (2) discrição e sensibilidade (1.19), (3) disponibilidade ante Deus, (1.24), e (4) auto-disciplina (1.25).

1:19 Possivelmente José pensou que tinha somente duas opções: divorciar-se da María silenciosamente ou deixar que a apedrejassem. Mas Deus tinha uma terceira opção: que José se casasse com ela (1.20-23). Ao José não lhe ocorreu. Mas Deus, freqüentemente, mostra-nos que temos mais opções das que pensamos. Apesar de que parecia sensato que José rompesse o noivado, Deus o levou a tomar a melhor decisão. Quando nossas decisões afetam a vida de outros, sempre devemos apelar à sabedoria de Deus.

1:20 A concepção e nascimento do Jesucristo são acontecimentos sobrenaturais que estão além da razão e a lógica humanas. Por isso Deus enviou anjos a ajudar a certas pessoas para que compreendessem o significado do que tinha acontecido (Mt 1:20; Mt 2:13, Mt 2:19; Lc 1:11-12, Lc 1:26; Lc 2:9). Os anjos são seres espirituais que Deus criou que ajudam a levar a cabo sua obra na terra. Levam a mensagem de Deus às pessoas (Lc 1:26), protegem ao povo de Deus (Dn 6:22), oferecem estímulo (Gn 16:7ss), dão direção (Ex 14:19), levam castigo (2Sm 24:16), vigiam a terra (Zc 1:9-14), lutam contra as forças satânicas (2Rs 6:16-18; Ap 20:1-2). Há anjos bons e anjos maus (Ap 12:7), mas pelo fato de que os anjos maus estão aliados com Satanás, possuem menos poder e autoridade. Ao final o papel principal dos anjos será oferecer contínua adoração a Deus (Ap 7:11-12).

1.20-23. O anjo anunciou ao José que o filho da María tinha sido concebido pelo Espírito Santo. Isto revela uma verdade importante a respeito do Jesus: O é Deus e homem.

Deus tomou as limitações humanas para poder viver e morrer e assim obter a salvação de todos aqueles que acreditam no.

1:21 Jesus significa "Salvador". Jesus veio à terra a nos salvar porque nós não podíamos fazê-lo. Não podíamos nos liberar das conseqüências do pecado. Por bons que sejamos, não podemos eliminar a natureza pecaminosa presente em todos nós. Só Deus pode fazer isto. Jesus não veio para que a gente se salvasse a si mesmo. Veio para nos salvar do poder e do castigo do pecado. lhe dê graças a Cristo por ter morrido na cruz por seus pecados, e logo lhe peça que tome o controle de sua vida. Uma nova vida começará para você nesse momento.

1:23 Jesus ia ser chamado Emanuel ("Deus conosco"), como o predisse Isaías o profeta (Is 7:14). Jesus era Deus na carne; em outras palavras: Deus entre nós. Por meio do Espírito Santo, Cristo está presente na vida de cada crente. Possivelmente nem Isaías compreendeu o significado do Emanuel em toda sua magnitude.

1:24 José trocou de planos rapidamente logo depois de descobrir que María não lhe tinha sido infiel (1.19). Obedeceu a Deus e prosseguiu com os planos matrimoniais. Apesar de que muitos possivelmente não o tivessem apoiado em sua decisão, José continuou adiante com o que sabia que era correto. Nós algumas vezes deixamos de fazer o correto pelo que dirão. Como José, devemos obedecer a Deus antes que procurar a aprovação de outros.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 1 do versículo 1 até o 25
O Rei e Seu Reino

I. A APRESENTAÇÃO DO REI (Mt 1:1)

1. Seus títulos (Mt 1:1)

2 Abraão gerou Isaque; e Isaque gerou Jacó; e Jacó gerou Judá e seus irmãos; 3 e Judá gerou Perez e Zera de Tamar; e Perez gerou a Esrom; e Esrom gerou a Ram; 4 e Rão gerou Aminadab; e Aminadabe gerou a Naassom; e Naassom gerou Salmon; 5 e Salmon gerou a Boaz de Raabe; e Boaz gerou a Obede de Rute; e Obed gerou Jessé; 6 e Jessé nasceu o rei Davi.

A Davi nasceu Salomão da que fora mulher de Urias;

Uma das características mais marcantes deste genealogia de Jesus é que ele contém os nomes de quatro mulheres. Isto é surpreendente, para as mulheres geralmente não foram reconhecidos pelos judeus quando se pensa de seus antepassados. Deve ter havido uma razão para este fenômeno estranho. O que era?

A resposta óbvia revela a maravilhosa graça de Deus. Duas destas mulheres eram israelitas, mas ambos são retratados no Velho Testamento como imoral. Tamar (v. Mt 1:3) foi culpado de incesto (Gn 38:13 ). Bate-Seba (v., a mulher de Urias, 6 ), estava envolvido em adultério (2Sm 11:2 ). As outras duas mulheres eram estrangeiros. Raabe (v. Mt 1:5) foi um cananeu. Embora descrita como uma prostituta, ela foi salva na destruição de Jericó porque ela protegia os espiões enviados por Josué (Js 6:25. ; . He 11:31 ). Rute (v. Mt 1:5) foi uma moabita, e, consequentemente, de Deus amaldiçoar porque as mulheres moabitas havia seduzido os 1sraelitas a idolatria e imoralidade (N1. 25: 1-2 ). A moabita foi proibido de entrar na assembléia do Senhor (Dt 23:3. ; Sl 89:35. ). Essa promessa foi cumprida em Jesus o Messias, o Filho de Davi.

3. O prazo Unido (1: 7-11)

7 e Salomão gerou Roboão; e Roboão gerou Abias; e Abias gerou Asa; 8 e Asa gerou Josafat; e Josafá gerou Jorão; e Jorão gerou Uzias; 9 e Uzias gerou a Jotão; e Jotão gerou Acaz; e Acaz gerou Ezequias; 10 e Ezequias gerou Manassés; e Manassés gerou Amon; e Amon gerou Josias; 11 e Josias gerou Jeconias e seus irmãos, no tempo da deportação para Babilônia.

Esta seção consiste de uma lista dos reis de Judá, depois que o reino foi dividido após a morte de Salomão. Mas há algumas omissões. Depois de Jorão (v. Mt 1:8 ), três nomes são omitidos (Acazias, Joás, Amazias); depois de Josias (v. Mt 1:11) Joaquim é deixado de fora.Este é aparentemente porque Mateus está seguindo um padrão de três vezes quatorze (conforme v. Mt 1:17 ).

4. O Período Pós-Unido (1: 12-16)

12 E, depois da deportação para Babilónia, Jeconias gerou Salatiel; e Salatiel gerou Zorobabel; 13 e Zerubbable gerou Abiud; e Abiud gerou Eliaquim; e Eliaquim gerou a Azor; 14 e Azor gerou Sadoc; e Sadoc gerou Aquim; a Aquim nasceu Eliúde; 15 e Eliud gerou a Eleazar; e Eleazar nasceu Matã; a Matã nasceu Jacó; 16 e Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama Cristo.

Estes são nomes menos familiares para nós, porque eles pertencem em grande parte para o período entre o Antigo eo Novo Testamento. Eles são, no entanto, bons nomes hebraicos, tais como encontramos em outros lugares.

Deve ser dada especial atenção ao versículo 16 . A formulação muito cuidado, exato notavelmente protege a verdade do nascimento virginal, que é contada mais tarde. A mudança radical de "gerou ... gerou" é mais significativo. José não gerou Jesus. Em vez José é identificado como o marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama Cristo . Aqui é indicado implicitamente que José não era o pai verdadeiro de Jesus. Mas Jesus era o verdadeiro filho de Maria.

5. Resumo (Mt 1:17)

17 De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e desde Davi até a deportação para Babilônia, catorze gerações; e desde a deportação para Babilônia até o Cristo, catorze gerações.

Uma das principais características do Evangelho de Mateus é uma sistematização. Isso é muito ilustrado no primeiro capítulo. O autor organiza os antepassados ​​de Jesus, de Abraão em, em três grupos de catorze anos cada. Como já observamos, ele omite vários nomes, a fim de fazer isso. Quatorze foi significativo como sendo o valor numérico das letras hebraicas em nome Davi. Jesus é, portanto, retratado como o Filho de Davi nesta genealogia real.

B. SEU NASCIMENTO (1: 18-25)

18 Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, ela se achou ter concebido do Espírito Santo. 19 E José, seu esposo, sendo um homem justo, e não estão dispostos para torná-la um exemplo público, estava disposto a deixá-la secretamente. 20 Mas, quando ele pensava nestas coisas, eis que um anjo do Senhor apareceu-lhe em sonho, dizendo: José, filho de Davi, não temer tomar a Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. 21 E ela dará à luz um filho; e lhe porás o nome de Jesus; pois é ele que salvará o seu povo dos seus pecados. 22 Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta:

23 Eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho,

E ele será chamado pelo nome de Emanuel;

que é, por interpretação, Deus conosco. 24 E José, despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua mulher; 25 e não a conheceu até que deu à luz um filho; e ele deu o nome de JESUS.

É típico de Mateus em sua experiência como um cobrador de impostos que mantiveram registros e fez relatos-de escrever baseado em abordagem de tipo comercial: . Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim Isso é uma forma de matéria-de-fato de dizer : Agora eu vou lhe contar a história do nascimento de Jesus.

Desposada (v. Mt 1:18) significa algo mais vinculativo do que o moderno "engajados". Entre os judeus era necessário um divórcio formal para romper um noivado. É por isso que José é chamado de "o marido" (v. Mt 1:19) e Maria ", tua mulher" (v. Mt 1:20) e "sua esposa" (v. Mt 1:24 ). A conta indica muito claramente que não tinham vivido juntos como marido e mulher. Afirma-se explicitamente que o anúncio de José da vinda do nascimento de Jesus foi feito antes de se ajuntarem (v. Mt 1:18 ). Mais uma vez, somos informados de que José, em obediência ao anjo, tomou para si a sua esposa (v. Mt 1:24 ). Assim, os termos "marido" e "mulher" não deve ser interpretada com literalidade moderna.

A expressão que ela foi encontrada com a criança (v. Mt 1:18) sugere a surpresa com que José fez a descoberta. É evidente que Maria não tinha revelado a ele o anúncio do anjo a ela (Lc 1:26 ). Pode-se entender muito bem a delicadeza da situação e sua reticência neste momento. Mas foi uma experiência muito chocante para José.

Para ele, não poderia, naturalmente, apenas uma explicação: sua noiva tinha sido infiel a ele. Para um judeu religioso do curso era clara: ele deve se divorciar de sua noiva. Mas José também era um homem amável e profundamente dedicado a Maria. Ele não iria expô-la a vergonha pública (v. Mt 1:19 ). Ao contrário, ele iria divorciar-se dela secretamente, o que poderia ser feito com um mínimo de duas testemunhas legais presentes.

A criança era do Espírito Santo (v. Mt 1:18 ). Assim faz Mateus emprestar muito brevemente apoio à declaração mais completa encontrada no Evangelho de Lucas. Não vemos que o anjo informou Maria que o Espírito Santo viria sobre ela eo poder do Altíssimo iria ofuscar-la, de modo que seu filho iria em um único sentido ser o Filho de Deus (Lc 1:35 ).

Assim como um anjo fez o anúncio a Maria, então agora um anjo apareceu a José em um sonho (v. Mt 1:20 ). O anjo dirigida José como filho de Davi. Esta foi a base sobre a qual esse título poderia ser dado a Jesus. Como filho adotivo de José Ele também foi o filho de Davi . Assim Sua descida legal de Davi veio através de José. O anjo assegurou a José que ele não precisa se ​​divorciar de Maria. Ele poderia tomá-la como sua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo . Assim José recebeu o mesmo anúncio que tinha sido feito a Maria antes. Era absolutamente necessário que ele, assim como ela, deve ter esta revelação divina.

A criança estava para ser nomeado Jesus (v. Mt 1:21 ). Este é o equivalente grego do hebraico "Josué". Significa "Jeová salva". Jesus iria salvar o seu povo dos seus pecados . Só aqui no Novo Testamento é o significado deste nome dado.

A linguagem da primeira parte deste versículo é uma reminiscência de Gn 17:19 . Aí Deus disse a Abraão que Sara teria um filho, que seria nomeado Isaque. O nascimento de Isaque para Sara em sua velhice era um milagre. Mas quanto maior era o milagre do nascimento virginal. Milagres são simplesmente Deus em ação na história.

No versículo 22 , encontramos a primeira de muitas declarações em Mateus que os acontecimentos relacionados com Jesus eram um cumprimento da profecia do Antigo Testamento. Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta . Foi Deus que fala, mas Ele falou por meio de Seu profeta (conforme He 1:1. ). Assim, o Novo Testamento declarar a inspiração divina do Velho. Esta fórmula introdutório para citar o Antigo Testamento ocorre uma dúzia de vezes neste Evangelho, mais freqüentemente do que em qualquer outro livro do Novo Testamento.

O versículo 23 é uma citação de Is 7:14 na Septuaginta (tradução grega do Antigo Testamento, feita cerca de 200 anos antes de Cristo). Há Isaías disse ao rei Acaz que Deus lhe daria um sinal. Uma jovem mulher-que é o significado da palavra hebraicaalmah -seria conceber e terás um filho. Antes que a criança chegou à idade da responsabilidade dos dois reis inimigos de Israel e da Síria seria cortado (Is 7:16 ), para que Judá seria salvo. Tudo isso aconteceu no tempo de Acaz, como um sinal para ele. Mas agora a previsão é pego em seu significado mais amplo, como uma profecia messiânica do nascimento virginal de Jesus. Isto é o que é chamado de telescópica característica da profecia. A maioria das passagens do Antigo Testamento teve um mais perto, cumprimento parcial no período do profeta. Mas eles também olhou para a frente para o seu cumprimento final e completo em Cristo e Seu reino. O reconhecimento deste princípio é absolutamente essencial para a compreensão da relação entre o Antigo eo Novo Testamento.

Nesta profecia ocorre o terceiro título para o que Vem. No primeiro verso Ele é designado como "o filho de Davi", o Messias que iria decidir sobre o trono de Davi e fufill graciosas promessas de Deus para que o bom rei. No versículo 21, Ele é chamado de "Jesus", o salvador do seu povo. Agora Ele é chamado Immanuel , o que significa Deus conosco .

Que nome gracioso para o Filho de Deus que se fez Filho do Homem. Jesus é Deus trouxe próximo. Ele veio à Terra para revelar o Pai celestial, cujo amor quiser salvar a todo ser humano. Ele habitou entre os homens que eles possam ver a Deus (Jo 14:9. ).

Quando José acordou na manhã seguinte, ele fez como o anjo do Senhor lhe ordenara (v. Mt 1:24 ). Sua obediência cumpriu o plano divino e finalidade. A vontade de Deus foi realizada por meio da cooperação do homem. Quantas vezes os homens não tentar frustrar os propósitos de Deus por sua recusa em obedecer? Jesus disse a Jerusalém: "Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos ... e vós não o quisestes" (Lc 13:34 ). A maior tragédia da vida humana é bênçãos divinas perdeu por causa da desobediência.

José tomou para si a sua esposa ; isto é, ele levou Maria para casa dele. Assim, ele aceitou-a publicamente como sua esposa. Ao fazê-lo, ele também aceitou a censura e difamação que seria lançado em seu rosto, como quem teve relações sexuais com a sua noiva antes do casamento. Ambos José e Maria tiveram que pagar um preço sacrificar sua onerosa reputação-in para ser servos de Deus na realização de Sua vontade.

A afirmação de que ele não a conheceu até que deu à luz um filho (v. Mt 1:25) implica que após o nascimento de Jesus, Maria e José tiveram relações conjugais completos. Isso provavelmente é confirmada pelas palavras do povo de Nazaré: "Não se chama sua mãe Maria? e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? "( Mt 13:55 ). A interpretação mais natural é que estes irmãos de Jesus eram filhos de Maria. Essa idéia também é sugerido na afirmação de que "ela deu à luz seu filho primogênito" (Lc 2:7. ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Mateus Capítulo 1 do versículo 1 até o 25
  • A providência fiel de Deus (1:1 -17)
  • A providência é o controle que Deus exerce sobre as circunstâncias a fim de que sua vontade prevaleça e que seus propósitos se cumpram. Pense nos ataques de Satanás contra Israel e em como ele tentou evitar a vinda de Cristo! Por causa da desobediência de Abraão, Sara quase se perdeu, e a semente prometida quase não se con-cretizou (Gn 12:10-20). Outra vez, todas as sementes reais foram mortas, com exceção do pequeno Joás (2Co 11:0); Rute (veja o relato de Rute); e Bate-Seba (v. 6; veja 2Sm 12:0).

    Claro que essa genealogia não está completa. Vários nomes foram deixados de fora. Os judeus adota-vam essa prática de deixar nomes sem importância de fora com a fi-nalidade de tornar mais fácil para a criança a memorização da gene-alogia. Três conjuntos Dt 14:0).

    De acordo com Deuteronô- mio 22:23-24, Maria poderia ter sido apedrejada. As indicações são de que os judeus não obedeciam a essa lei, mas, antes, permitiam que a parte inocente se divorcias-se do cônjuge infiel. José precisou de muita fé para crer na mensagem que Deus lhe enviou por sonho. Seu amor pelo Senhor e por Maria o predispôs a suportar reprovação por causa de Cristo. Imagine como os vi-zinhos devem ter falado! Jo 8:41 sugere que os judeus caluniavam o nascimento de Cristo, insinuando que ele era fruto de fornicação. Sa-tanás sempre atacou a veracidade do nascimento virginal, pois, quan-do faz isso, nega a pessoa e a obra de Cristo e a veracidade da Bíblia.

    O nome de Jesus significa "Sal-vador", a versão grega do nome hebraico Josué. No Antigo Testa-mento, temos dois homens, bastan-te conhecidos, cujo nome é Josué: Josué, o soldado que levou Israel a Canaã (veja o relato de Josué), e o sumo sacerdote Josué citado emZc 3:0. Leia Is 7:0 e a grega de Mt 1:23 só podem sig-nificar virgem.)

    Temos de admirar a obediên-cia imediata de José (v. 24). Ele foi cuidadoso em manter puro seu rela-cionamento com Maria. Na Bíblia, há apenas quatro formas de se obter um corpo: (1) sem homem ou mu-lher — como aconteceu com Adão, feito do pó da terra; (2) com um homem, mas sem mulher — como Eva, feita do lado de Adão; (3) com um homem e uma mulher — como nascem todos os seres humanos; ou (4) com uma mulher, mas sem um homem — como Jesus nasceu, com uma mãe terrena, mas sem pai biológico. Era importante que Jesus nascesse de uma virgem para que tivesse uma natureza humana sem pecado, concebida pelo Espírito Santo (veja Lc 1). Como ele pode-ría nascer de pai e mãe humanos, já que existia antes da criação do mundo? Cada novo bebê é um ser que nunca existiu antes. Os moder-nistas que negam o nascimento vir-ginal de Jesus negam sua divindade e sua deidade eternas. Ele é Deus ou um impostor.

    O verbo favorito de Mateus é "cumprir" (v. 22). Ele o usa mais de uma dezena de vezes, nos mais va-riados tempos verbais, a fim de pro-var que Jesus cumpriu as profecias das Escrituras do Antigo Testamento.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Mateus Capítulo 1 do versículo 1 até o 25
    1:1-17 Considera-se que a genealogia de Mateus cita a linhagem de José (conforme Lc 3:23 ss). Mateus, o evangelho do reino de Deus, mostra Jesus como o herdeira legitimo do trono de Israel; Lucas, o evangelho do Filho do homem, interessa-se pela descendência humana de nosso Senhor. A genealogia, como é o costume oriental, se demora apenas nos nomes mais conhecidos, mencionando 42 gerações num período de c. 2.000 anos. A divisão em três seções de 14 gerações, seria uma ajuda à memória. O primeiro grupo, de Abraão até Davi, c. 1.000 anos. O segundo, de Davi até o exílio na Babilônia, abrange c. 400 anos; o último (com José e Maria, representando a décima quarta geração), abrange c. 600 anos. Cada divisão é separada de acordo com as épocas básicas da história de Israel: a monarquia, o cativeiro, a vinda do Messias. Não se deve, aqui, procurar uma lista completa dos antepassados de Jesus; Esdras, por exemplo, omitiu seis gerações no seu relatório (conforme Ed 7:1-15 1Cr 6:3-13).

    1.18 Jesus foi concebido por obra e graça do Espírito Santo, e nasceu de Maria, sendo está ainda virgem. Sua conceição foi sobrenatural, não de semente humana, mas divina.
    1.21 E lhe porás o nome de Jesus. É a forma grega do heb Josué, yehôshua', que significa "O Senhor (Jeová) é a salvação".


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Mateus Capítulo 1 do versículo 1 até o 25
    A genealogia (1:1-17)

    Conforme Lc 3:23-42. Pode-se tomar como certo que as duas genealogias sejam de José; a de Mateus mostrando sua reivindicação legal ao trono, a de Lucas mostrando a sua real ascendência. O ponto de vista de que Lucas apresenta a genealogia de Maria conflita com a linguagem utilizada, parece ter sido desconhecido na igreja primitiva e atingiu proeminência somente por volta de 1490 d.C. (HDB, v. II, p. 138b). Conforme o NBD acerca da harmonização das genealogias; v. tb. Machen, p. 202-9.

    O objetivo principal da genealogia provavelmente não é tanto provar a reivindicação legal de Jesus ao trono davídico, e, sim, mostrar que ele não era um mero revelador da verdade divina, mas, muito mais, o clímax de um processo histórico conduzido divinamente. A menção das quatro mulheres (v. 3,5,6), todas sem atrativos para os padrões ortodoxos judaicos, deve ter sido incluída para neutralizar rumores infames acerca das circunstâncias do nascimento de Jesus nos círculos judaicos.

    O artifício de dividir a genealogia em três grupos Dt 14:0 e percebermos que Jesus nasceu entre um e dois anos antes da visita deles, não há grandes dificuldades.

    José era cidadão de Belém e, possivelmente, proprietário de um pequeno lote de terra lá; é por isso que ele foi para lá para o recenseamento (Lc 2:4); isso e o seu conhecimento de que o Messias precisaria nascer ali. Após a apresentação no templo, voltaram para Nazaré (Lc 2:39). José, provavelmente, deve ter vendido sua propriedade e voltado para Belém, crendo que o Messias precisava crescer na cidade de Davi. Depois de eles terem se estabelecido, vieram os magos, e então a história se desenrolou como está em Mateus.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 1 do versículo 18 até o 25

    B. Nascimento de Cristo Mt 1:18-25.

    As circunstâncias do nascimento são apresentadas do ponto de vista de José, e alguns dos detalhes têm de ser formados a partir dele (vs. Mt 1:19 e 20 por exemplo). Se ele já estivesse morto quando o ministério de Jesus começou, como muitos pretendem por causa da ausência do nome, as informações que Mateus obteve devem ter vindo dos irmãos de Jesus.


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 1 do versículo 22 até o 23

    22,23. A miraculosa concepção seria o cumprimento de Is 7:14. Se houve um outro cumprimento nos dias de Isaías não se discute nem se sugere. Possivelmente essas palavras foram ditas pelo anjo e assim constituíram um reforço para a fé de José. Emanuel não foi usado como nome próprio de Jesus, mas descreve sua pessoa como o Filho de Deus.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 1 do versículo 18 até o 25
    b) O nascimento de Jesus (Mt 1:18-25)

    Desposada (18). Isto quer dizer que já era noiva de José sem ser casada. Infidelidade depois do noivado era considerada adultério. Do Espírito Santo (18). A conceição foi operação miraculosa de Deus, o Espírito Santo, pela qual "o verbo se fez carne". Não queria infamar... intentou deixá-la secretamente (19). Estas duas possibilidades se ofereciam a José, conforme as leis e costumes judaicos. Um homem do caráter de José escolheria naturalmente a segunda. Projetando ele isso (20). Conhecendo o caráter impecável de Maria, naturalmente ficou perplexo, com tal situação. O anjo (20). A intervenção dum anjo não faz a história inverossímil. Foi essencial nas circunstâncias, de vez que nenhum esposo acreditaria na veracidade do fato da conceição duma virgem, se não lhe fosse revelada de modo sobrenatural. Em sonho (20). Até hoje, no oriente, os sonhos são considerados meio importante de revelação divina. Filho de Davi (20). Esta é a forma hebraica para expressar "descendente de Davi". Jesus (21). É a forma grega do nome hebraico Josué, que significa "o Senhor salva". Ele salvará o seu povo dos seus pecados (21), isto é, da culpa e do castigo do pecado, tanto como da sua influência e poder. Eis a grande declaração fundamental do evangelho no início do Novo Testamento.

    >Mt 1:22

    Para que se cumprisse (22). Isto quer dizer que a declaração do profeta fez os acontecimentos inevitáveis. Da parte do Senhor pelo profeta (22). Nota-se que o Senhor é o autor da profecia. O profeta é o porta-voz. Foi assim que os judeus compreenderam a inspiração. A Igreja Cristã aceitou este ponto de vista até o advento do liberalismo do século XIX. Todas as vezes que o texto utiliza a frase "pelo profeta" a tradução mais exata seria "por intermédio do profeta". Eis que a virgem conceberá... Emanuel (23). Esta é uma citação da versão grega dos LXX, de Alexandria, de Is 7:14. No grego, a frase Deus conosco é tirada da versão dos LXX de Is 8:8, onde é a tradução da palavra hebraica Emanuel. Esta é a segunda de duas declarações importantíssimas a respeito do evangelho, todas as duas no espaço de três versículos (ver nota sobre o vers. 21). A segunda revela que Jesus é Deus. Podemos dizer que toda a revelação cristã se baseia nestes três versos.

    >Mt 1:25

    E não a conheceu (25). Esta descrição conserva perfeitamente o fato do nascimento de Cristo pela Virgem. É implícito, entretanto, que, depois do nascimento de Jesus, José e Maria coabitavam normalmente. Seu Filho primogênito (25). Estas palavras não existem nos melhores e mais exatos manuscritos e deviam ser omitidas. Porém, sugerem que Maria tinha outros filhos mais novos e pelo menos é prova de que sua presença no texto não constituiu dificuldade na aceitação deste fato pelos cristãos da Igreja primitiva. Os nomes dos irmãos do Senhor são citados em Mc 6:3.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Mateus Capítulo 1 do versículo 2 até o 25

    1. O Rei da Graça (Mateus 1:1-17)

    O livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.
    Para Abraão nasceu Isaque; e Isaque, Jacó; e Jacó, Judá e seus irmãos; e para Judá nasceram Perez e Zera por Tamar; e Perez nasceu Esrom; e Esrom, Ram; e Ram nasceu Aminadabe; e Aminadabe, Naasson; e Naasson, Salmon; e Salmon nasceu Boaz por Raabe; e Boaz nasceu Obede por Rute; e Obed, Jesse; e Jesse nasceu o rei Davi. E a Davi nasceu Salomão da que fora mulher de Urias; e a Salomão nasceu Roboão; e Roboão, Abias; e Abias, Asa; e Asa nasceu Josafá; e Jeosafá, Jorão; e Jorão, Uzias; e Uzias nasceu Jotão; e Jotão, Acaz; e Acaz, Ezequias; e Ezequias nasceu Manassés; e Manassés, Amon; e Amon, Josias; e Josias nasceram Jeconias e seus irmãos, no tempo da deportação para Babilônia.
    E depois da deportação para Babilónia, Jeconias para nasceu Salatiel; e Salatiel, Zorobabel; e Zorobabel nasceu Abiud; e Abiud, Eliaquim; e Eliakim, Azor; e Azor nasceu Sadoc; e Zadok, Achim; e Achim, Eliud; e Eliud nasceu Eleazar; e Eleazar, Matã; e Matã, Jacó; ea Jacó nasceu José, marido de Maria; por quem nasceu Jesus, que se chama Cristo.
    Por isso, todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e desde Davi até a deportação para Babilônia, catorze gerações; e da deportação para Babilônia até o tempo de Cristo, catorze gerações. (1: 1-17)

    Como discutido na introdução, um dos principais propósitos de Mateus, em seu evangelho, e o objetivo principal dos capítulos 1:2, é estabelecer direito de realeza de Israel de Jesus. Para qualquer observador honesto, e, certamente, para os judeus que sabia e cria suas próprias Escrituras, esses dois capítulos justificar a reivindicação de Jesus diante de Pilatos: "Tu dizes que eu sou rei Por isso eu ter nascido, e por isso vim. para o mundo "(Jo 18:37).

    Consistente com essa Proposito de revelar Jesus como o Cristo (Messias) eo Rei dos Judeus, Mateus começa o seu evangelho, mostrando a linhagem de Jesus a partir da linhagem real de Israel. Se Jesus é o de ser anunciado e proclamado rei deve haver prova de que Ele vem da família real reconhecido.

    Linha real do Messias começou com Davi. Por meio do profeta Natã, Deus prometeu que seria descendentes de Davi através de quem ele iria trazer o grande Rei que acabaria por reinar sobre Israel e estabelecer Seu reino eterno (2 Sam 7:12-16.). A promessa não foi cumprida em Salomão, filho de Davi, que o sucedeu, ou em qualquer outro rei que governou em Israel ou Judá; e as pessoas esperaram por outro nascer da linhagem de Davi para cumprir a profecia. No momento Jesus nasceu os judeus ainda estavam antecipando a chegada do monarca prometeu ea glória restaurada do reino.

    Preocupação dos judeus para pedigrees, no entanto, já existia muito antes de terem um rei. Depois que eles entraram em Canaã sob Josué e conquistaram a região Deus havia prometido a eles, a terra foi cuidadosa e precisamente dividido em territórios para cada tribo, exceto a tribo sacerdotal de Levi, para quem cidades especiais foram designados. A fim de saber onde viver, cada família israelita teve de determinar com precisão a tribo a que pertencia (veja Nm 26; 34-35.). E, a fim de se qualificar para a função sacerdotal, levita tinha que provar sua descendência de Levi. Após o retorno do exílio na Babilônia, alguns "filhos dos sacerdotes" não foram autorizados a servir no sacerdócio, porque "o seu registo ancestral ... não pôde ser localizado" (Esdras 2:61-62).

    A transferência de propriedade também necessário conhecimento exato da árvore genealógica (ver, por exemplo, Rute 3:4). Mesmo sob o domínio romano, o censo de judeus na Palestina foi baseada em pode ser visto a partir do fato de que José e Maria foram obrigados a se registrar em "Belém, porque ele [José] era da casa e família de Davi" tribo-as (Lc 2:4; Fp 3:1). Para os judeus, a identificação ea linha de descendência tribal eram o mais importante.

    É ao mesmo tempo interessante e significativo que, desde a destruição do Templo em AD 70 não existem genealogias que pode rastrear a ascendência de qualquer judeu que vive agora. A importância principal desse fato é que, para os judeus que ainda procuram o Messias, nunca poderia ser a sede da sua linhagem para Davi. Jesus Cristo é o último pretendente verificável ao trono de Davi, e, portanto, para a linha messiânica.

    Genealogia de Mateus apresenta uma linha descendente, a partir de Abraão através de Davi , através de José, para Jesus , que se chama Cristo . Genealogia de Lucas apresenta uma linha ascendente, a partir de Jesus e voltar através de Davi, Abraão, e até mesmo para "Adão, o filho de Deus" (Lucas 3:23-38). Registro de Lucas é, aparentemente, traçada a partir do lado de Maria, o Eli de Lc 3:23, provavelmente, ser pai-de-lei de José (muitas vezes referido como um pai) e, portanto, o pai natural de Maria. A intenção de Mateus é validar 'reivindicação real, mostrando Sua descida legal de Davi através de José, que era Jesus "Jesus legal, embora não natural, pai. A intenção de Lucas é traçar ascendência sangue real real de Jesus através de sua mãe, estabelecendo assim a Sua linhagem racial de Davi. Mateus segue a linhagem real através de Davi e Salomão, filho e sucessor do trono de Davi. Lucas segue a linhagem real através de Nathan, um outro filho de Davi. Jesus foi, portanto, o descendente de sangue de Davi através de Maria e o descendente legal de Davi através de José. Genealògica, Jesus era perfeitamente qualificado para assumir o trono de Davi.

    É essencial observar que em seu nascimento virginal de Jesus não só foi divinamente concebido, mas através desse milagre foi protegido da desqualificação régio por causa de José de ser um descendente de Jeconias (v. 12). Por causa da maldade que do rei, Deus havia declarado de Jeconias (também chamado Joaquim ou Jeconias), que, embora fosse na linhagem de Davi, "nenhum homem de seus descendentes irão prosperar, sentado no trono de Davi ou governar novamente em Judá" (Jr 22:30). Essa maldição teria impedido direita de Jesus a realeza tinha Ele foi o filho natural de José, que estava na linha de Jeconias. Descida legal de Jesus a partir de Davi, que sempre foi rastreada através do pai, veio através de Jeconias para José. Mas Sua descida de sangue, e Seu direito humano para governar , veio por meio de Maria, que não estava na linhagem de Jeconias. Assim, a maldição sobre a descendência de Jeconias foi contornada, mantendo ainda o privilégio real.

    O livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. (1: 1)

    Biblos ( livro ) também pode se referir a um registro ou conta, como é o caso aqui. Mateus está dando um breve registro de genealogia ( Gênesis ", início, origem") de Jesus Cristo. Jesus é a partir do equivalente grego de Jesuá, ou Jehoshua, que significa "Jeová (Yahweh) salva". Era o nome que o anjo disse a José para dar ao Filho, que havia sido milagrosamente concebido em sua esposa, Maria, porque este que em breve iria nascer seria de fato "salvará o seu povo dos seus pecados" (Mt 1:21). Christos ( Cristo ) é a forma grega do hebraico Mashiah (Eng., messias), que significa "ungido". Os profetas de Israel, sacerdotes e reis eram ungidos, e Jesus foi ungido como todos os três. Ele era o Ungido, o Messias, a quem os judeus esperavam muito tempo para vir como seu grande libertador e monarca.

    No entanto, por causa de sua incredulidade e incompreensão das Escrituras, muitos judeus se recusaram a reconhecer Jesus como o Cristo, o Messias. Alguns rejeitaram pela simples razão de que seus paiseram conhecidos por eles. Quando voltou para sua cidade natal de Nazaré Ele "começou a ensinar o povo na sinagoga, de modo que eles se tornaram espantará, e disse: 'Onde é que este homem esta sabedoria, e estes poderes milagrosos? Não é este o filho do carpinteiro? Não é ? chama sua mãe Maria, e seus irmãos, Tiago, José, Simão e Judas E suas irmãs, nem todos eles estão com a gente? '"(13 54:40-13:56'>Mat. 13 54:56). Em outra ocasião, outros em Jerusalém diziam de Jesus: "Os governantes realmente não sei que este é o Cristo, que eles No entanto, sabemos que esse homem é de;?, Mas sempre que o Cristo pode vir, ninguém sabe onde ele está a partir de "(João 7:26-27). Um pouco mais tarde, "Alguns dentre o povo, ouvindo estas palavras, estavam dizendo:" Este certamente é o Profeta. " Outros diziam: 'Este é o Cristo ". Outros ainda diziam: 'Certamente o Cristo não virá da Galiléia, é Ele? "(João 7:40-41). Ainda outros, melhor ensinado nas Escrituras, mas desconhecem linhagem e local de nascimento de Jesus, disse: "Não diz a Escritura que o Cristo vem da descendência de Davi, e de Belém, a aldeia de onde era Davi?" (V. 42).

    A genealogia estabelece linhagem real do Messias. A intenção de Mateus não é ter a divagar leitor em um estudo de cada pessoa na lista, mas é mostrar que todas essas pessoas apontam para a realeza de Cristo.

    O Rei da Graça

    Mesmo assim, a partir de genealogia de Mateus aprendemos mais do que a linhagem de Jesus. Vemos também reflexões bonitas da graça de Deus. Jesus foi enviado por um Deus de graça para ser um rei da graça. Ele não seria um rei da lei e da força de ferro, além de um rei da graça. Suas credenciais reais testemunhar da graça real. E o povo que Ele escolheu para serem seus antepassados ​​revelar a maravilha da graça, e dar esperança a todos os pecadores.
    A graciosidade deste Rei e do Deus que o enviou pode ser visto na genealogia em quatro lugares e formas. Vamos olhar para estes em lógica, ao invés de cronológica, ordem.

    A Graça de Deus oe Visto na escolha de Uma Mulher

    E para Jacó nasceu José, marido de Maria; por quem nasceu Jesus, que se chama Cristo. (1:16)

    Deus mostrou a Sua graça a Maria, escolhendo-a para ser a mãe de Jesus. Embora descendentes da linhagem real de Davi, Maria era uma jovem comum, desconhecido. Contrariamente às afirmações de sua própria concepção imaculada (ela sendo concebido milagrosamente no ventre de sua mãe), Maria era tanto um pecador como todos os outros seres humanos já nascidos. Ela era provavelmente muito melhor, moral e espiritualmente, do que a maioria das pessoas de sua época, mas ela não tinha pecado. Ela estava profundamente devoto e fiel ao Senhor, como ela demonstrada por sua resposta humildes e submissos ao anúncio do anjo (Lc 1:38).

    Maria precisava de um Salvador, como ela mesma reconheceu logo no início de sua canção de louvor, muitas vezes chamado de Magnificat: "Minha alma exalta o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador Pois Ele tem tido em conta para o estado humilde. de Seu servo "(Lucas 1:46-48). As noções de seu ser co-redentora e co-mediador com Cristo são totalmente anti-bíblica e nunca foram uma parte da doutrina da igreja primitiva. Essas idéias heréticas entrou na igreja vários séculos mais tarde, por meio de acomodações para os mitos pagãos que se originaram nas religiões de mistério da Babilônia.

    Ninrode, neto de Cão, um dos três filhos de Noé, fundou as grandes cidades de Babel (Babilônia), Erech, Accad, Calneh, e Nínive (Gn 10:10-11). Foi em Babel que o primeiro sistema organizado de idolatria começou com a torre construída lá. A esposa de Nimrod, Semiramis, se tornou o primeiro grande sacerdotisa de idolatria, Babilônia e se tornou a fonte de todos os sistemas do mal da religião. Nos últimos dias, "a grande prostituta" vai ter escrito em sua testa, "a grande Babilônia, a mãe das prostituições e das abominações da terra" (Ap 17:5) e depois a Roma. Pelo século IV AD muito do paganismo politeísta de Roma tinha encontrado o seu caminho para a igreja. Foi a partir dessa fonte que as idéias de Quaresma, da imaculada concepção de Maria, e de ela ser a "rainha do céu" se originou. Nas lendas pagãs, Semiramis foi milagrosamente concebido por um raio de sol, e seu filho, Tamuz, foi morto e ressuscitou dos mortos depois de quarenta dias de jejum por sua mãe (a origem da Quaresma). As mesmas lendas básicos foram encontrados nas religiões de contrapartida em todo o mundo antigo. Semiramis foi conhecida também como Ashtoreth, Isis, Afrodite, Vênus, e Ishtar. Tammuz era conhecido como Baal, Osíris, Eros e Cupido.

    Esses sistemas pagãos havia infectado Israel séculos antes da vinda de Cristo. Foi a Ishtar, a "rainha dos céus" que os israelitas exilados ímpios e rebeldes no Egito insistiu em transformar (Jer. 44: 17-19; conforme Jr 7:18). Enquanto exilado na Babilônia com seus companheiros judeus, Ezequiel teve uma visão do Senhor sobre as "abominações" alguns israelitas estavam cometendo mesmo no templo de Jerusalém práticas que incluíam "chorando por Tamuz" (13 26:8-14'>Ez. 8: 13-14). Aqui vemos algumas das origens do culto da mãe-filho, o que chamou a Maria ao seu alcance.

    A Bíblia não sabe nada da graça de Maria, exceto o que ela recebeu do Senhor. Era o receptor, nunca o distribuidor, de graça. A tradução literal de "um favorecida" (Lc 1:28) é "um dotado de graça."Assim como todo o resto da humanidade caída, Maria precisava de graça e de salvação de Deus. É por isso que ela "alegra em Deus, [ela] Salvador" (Lc 1:47). Ela recebeu uma medida especial de graça do Senhor por ser escolhida para ser a mãe de Jesus; mas ela nunca foi uma fonte de graça. A graça de Deus escolheu uma mulher pecadora ter o privilégio inigualável de dar à luz o Messias.

    A Graça de Deus e Vista por ele ser descendentes de dois homens

    O livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão. (1: 1)

    Tanto Davi e Abraão eram pecadores, mas pela graça de Deus eles eram ancestrais do Messias, o Cristo .

    Davi pecou terrivelmente em cometer adultério com Bate-Seba e depois agravado o pecado por ter seu marido, Urias, morto para que ele pudesse se casar com ela. Como um guerreiro que tinha abatido inúmeros homens, e por essa razão não foi autorizado a construir o templo (1Cr 22:8; 20: 1-18). Ao fazê-lo, ele trouxe vergonha para Sara, sobre si mesmo e sobre o Deus em quem ele acreditava, e que ele alegou para servir.

    No entanto, Deus fez a Abraão o pai de seu povo escolhido, Israel, de quem iria surgir o Messias; e Ele fez Davi pai da linhagem real de quem o Messias iria descer. Jesus era o Filho de Davi por descendência real e filho de Abraão por descendência racial.

    A graça de Deus também se estendeu para os descendentes de intervenção desses dois homens. Isaque era o filho da promessa, e um tipo de Salvador sacrificial, sendo ele próprio ofereceu voluntariamente a Deus (Gn 22:1-13). Deus deu o nome do filho de Isaque, Jacó, (mais tarde renomeada Israel) ao Seu povo escolhido. Os filhos de Jacó (Judá e seus irmãos) tornaram-se chefes das tribos de Israel. Todos esses homens eram pecadores e, por vezes, eram fracos e infiel. Mas Deus estava continuamente fiel a eles, e Sua graça estava sempre com eles, mesmo em tempos de repreensão e disciplina.

    Salomão, filho e sucessor de Davi ao trono, foi pacífica e sábio, mas também de muitas maneiras tolo. Ele semeou sementes de tanto a corrupção interna e espiritual ao se casar com centenas de mulheres-a maioria deles de países pagãos em todo o mundo daquela época. Eles transformaram o coração de Salomão, e os corações de muitos outros israelitas, longe do Senhor (I Reis 11:1-8). A unidade de Israel foi quebrado, e logo tornou-se o reino dividido. Mas a linha real permaneceu intacta, e promessa de Deus de Davi, finalmente, foi cumprido. A graça de Deus prevaleceu.

    Um olhar cuidadoso sobre os descendentes tanto de Abraão e de Davi (vv. 2-16) revelam que as pessoas que muitas vezes eram caracterizadas por infidelidade, a imoralidade, idolatria e apostasia. Mas trato de Deus com eles sempre se caracterizou pela graça. Jesus Cristo, o filho de Davi, filho de Abraão , foi enviado para superar as falhas de ambos os homens e de todos os seus descendentes, e para realizar o que nunca poderia ter realizado. O Rei da graça veio através da linha de dois homens pecadores.

    A Graça de Deus visto na história de Três Eras

    Por isso, todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e desde Davi até a deportação para Babilônia, catorze gerações; e da deportação para Babilônia até o tempo de Cristo, catorze gerações. (1:17)

    Do resumo da genealogia de Mateus, vemos a graça de Deus agindo em três períodos ou eras, da história de Israel.
    O primeiro período, desde Abraão até Davi , foi a dos patriarcas, e de Moisés, Josué, e os juízes. Foi um período de peregrinação, de escravidão em uma terra estrangeira, de libertação, de tomada de aliança e lei-doação, e da conquista e da vitória.

    O segundo período, desde Davi até a deportação para Babilônia , foi a da monarquia, quando Israel, depois de ter insistido em ter reis humanos como todas as nações ao redor deles, descobriram que aqueles reis mais vezes levou-os para longe de Deus e em apuros do que para Deus e em paz e prosperidade. Esse foi um período de declínio quase ininterrupta, degenerescência, a apostasia, e tragédia.Houve derrota, conquista, o exílio, e a destruição de Jerusalém e seu Templo. Apenas em Davi, Josafá, Ezequias e Josias vemos muitas provas de piedade.

    O terceiro período, desde a deportação para Babilônia até o tempo de Cristo , foi o de cativeiro, o exílio, a frustração, e do tempo de marcação. A maioria dos homens Mateus menciona neste período de Salatiel para Jacó o pai de José-são desconhecidos para nós para além desta lista. É um período envolta em grande parte nas trevas e caracterizada em grande parte pela inconseqüência. Foi Dark Eras de Israel.

    No entanto, a graça de Deus estava agindo em nome de seu povo através de todos os três períodos. A genealogia nacional de Jesus é um dos glória misturado e pathos, heroísmo e desgraça, notoriedade e obscuridade. Israel sobe, desce, estagna, e, finalmente, rejeita e crucifica o Messias que Deus enviou para eles. Mas Deus, em Sua infinita graça, mas enviou o Seu Messias através deles.

    A Graça de Deus Visto na inclusão de quatro mulheres de outras nações

    e para Judá nasceram Perez e Zera por Tamar; e Perez nasceu Esrom; e Esrom, Ram; e Ram nasceu Aminadabe; e Aminadabe, Naasson; e Naasson, Salmon; e Salmon nasceu Boaz por Raabe; e Boaz nasceu Obede por Rute; e Obed, Jesse; e Jesse nasceu o rei Davi. E a Davi nasceu Salomão da que fora mulher de Urias. (1: 3-6)

    Genealogia de Mateus nos mostra também a obra da graça de Deus em sua escolha quatro ex-párias, cada um deles mulheres (as únicas mulheres listadas até que a menção de Maria), por meio de quem o Messias e Rei grande desceria. Essas mulheres são ilustrações excepcionais da graça de Deus e estão incluídos, por esse motivo na genealogia que o contrário é que todos os homens.
    O primeiro foi proscrito Tamar , filha-de-lei cananeu de Judá . Deus tomou a vida de seu marido, Er, e de seu próximo irmão mais velho, Onan, por causa de sua maldade. Judá, em seguida, prometeu a jovem viúva, sem filhos que seu terceiro filho, Shelab, se tornaria seu marido e suscitar filhos em nome de seu irmão quando ele cresceu. Depois de Judá não conseguiu manter essa promessa, Tamar se disfarçou de prostituta e enganado em ter relações sexuais com ela. Dessa união ilícita nasceram filhos gêmeos, Perez e Zera . A história sórdida se encontra em Gênesis 38. À medida que aprendemos a partir da genealogia, Tamar e Perez se juntou Judah na linha messiânica. Apesar de prostituição e incesto, a graça de Deus caiu em todas as três dessas pessoas que não merecem, incluindo uma prostituta Gentil desesperado e enganoso.

    A segunda pária também era uma mulher e um gentio. Ela, também, era culpado de prostituição, mas para ela, ao contrário de Tamar, que era uma profissão. Raabe , um habitante de Jericó, protegeu os dois homens israelitas Josué tinha enviado a espiar a cidade. Ela mentiu para os mensageiros do rei de Jericó, a fim de salvar os espiões; mas por causa de seu medo de ele e ela ato de bondade para com seu povo, Deus poupou sua vida e as vidas de sua família quando Jericho foi cercada e destruída (Josh. 2: 1-21; 6: 22-25). A graça de Deus não só poupou-lhe a vida, mas trouxe-a para a linha messiânica, como a esposa de Salmon e mãe dos piedosos Boaz , que era o bisavô de Davi.

    O terceiro foi proscrito Rute , a esposa de Boaz . Como Tamar e Raabe, Rute era um gentio. Depois de seu primeiro marido, um israelita, tinha morrido, ela voltou para Israel com a mãe-de-lei, Naomi. Rute era uma mulher temente a Deus, amoroso e sensível, que havia aceitado o Senhor como seu próprio Deus. Seu povo, os moabitas eram pagãos, o produto das relações incestuosas de Ló com suas duas filhas solteiras. A fim de preservar a linhagem da família, porque não tinham maridos ou irmãos, cada uma das filhas tiveram seu pai bêbado e fez com que ele tem, sem saber, relações sexuais com elas. O filho produzido pela união de Ló com sua filha mais velha foi Moab, pai de um povo que se tornou um dos inimigos mais implacáveis ​​de Israel. Mahlon, o homem israelita que se casou com Rute , fê-lo em violação da lei de Moisés (Dt 7:3) e muitos escritores judeus dizem que sua morte precoce, e de seu irmão, era um juízo divino sobre a sua desobediência. Embora ela era uma moabita e ex-pagã, sem direito a se casar com um israelita, a graça de Deus não só trouxe Rute na família de Israel, mas, mais tarde, através de Boaz, na linhagem real. Ela tornou-se a avó de Israel de grande Rei Davi.

    A quarta proscrito foi Bate-Seba. Ela não é identificado na genealogia pelo nome, mas é mencionado apenas como a esposa de Davi e da ex- mulher de Urias . Como já mencionado, Davi cometeu adultério com ela, teve seu marido enviado para a frente de batalha para ser morto, e, em seguida, tomou como sua própria esposa. O filho produzido pelo adultério morreu na infância, mas o próximo filho nascer para eles era Solomon (2 Sam. 11: 1-27; 2Sm 12:14, 2Sm 12:24), sucessor do trono e continuador da linha messiânica de Davi. Pela graça de Deus, Bate-Seba tornou-se a esposa de Davi, a mãe de Salomão, e um antepassado do Messias.

    A genealogia de Jesus Cristo é infinitamente mais do que uma lista de nomes antigos; é ainda mais do que uma lista de antepassados ​​humanos de Jesus. Ele é um belo testemunho da graça de Deus e ao ministério de Seu Filho, Jesus Cristo, o amigo dos pecadores, que "não vim chamar os justos, mas os pecadores" (Mt 9:13). Se Ele chamou os pecadores por graça de sermos Seus antepassados, deveríamos nos surpreender quando Ele os chama pelo graça de sermos Seus descendentes? O Rei apresentado aqui é verdadeiramente o Rei de graça!

     

    2. O nascimento virginal (Mateus 1:18-25)

    Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim. Quando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. E José, seu esposo, sendo um homem justo, e não querendo desonrar ela, desejada para deixá-la secretamente. Mas quando ele tinha considerado isso, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonho, dizendo: "José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que foi nela foi gerado é . do Espírito Santo E ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele é o que salvará o seu povo dos seus pecados ". Ora, tudo isso aconteceu que o que foi dito pelo Senhor por intermédio do profeta que se cumprisse, dizendo "Eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel", que traduzido significa " Deus conosco. " E José, despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua esposa, e manteve virgem até que ela deu à luz um filho; e ele pôs o nome de Jesus. (1: 18-25)

    A história bíblica registra alguns nascimentos incríveis e espetaculares. O nascimento de Isaque a uma mulher que era estéril quase cem anos de idade, que estava rindo com a idéia de ter um filho, era um evento milagroso. O ventre da esposa estéril de Manoá foi aberta e ela deu à luz Sansão, que era transformar um leão dentro para fora, matar mil homens, e puxe para baixo um templo pagão. O nascimento de Samuel, o profeta e Ungidor dos reis, para a Hannah estéril, cujo ventre o Senhor lhe havia cerrado, revelou providencial poder divino. Isabel era estéril, mas através do poder de Deus, ela deu à luz a João Batista, de quem Jesus disse que não tinha ainda sido ninguém maior "entre os nascidos de mulher" (Mt 11:11). Mas o nascimento virginal do Senhor Jesus supera tudo isso.

    Fantasia e mitologia ter falsificado o nascimento virginal de Jesus Cristo com uma proliferação de contas falsas destinadas a minimizar o Seu nascimento absolutamente única.

    Por exemplo, os romanos acreditavam que Zeus impregnado Semele sem contato e que ela concebeu Dioniso, senhor da terra. Os babilônios acreditavam que Tammuz (ver Ez 8:14.) Foi concebida nos Semiramis sacerdotisa por um raio de sol. Em uma história antiga Suméria / Accadian inscrito numa parede, Tukulti II (890-884 AC ) contou como os deuses criou no ventre de sua mãe. Foi ainda alegado que a deusa da procriação supervisionou a concepção do Rei Senaqueribe (705-681 AC ). Na concepção de Buda, sua mãe supostamente viu um grande elefante branco entrar em seu ventre. Hinduísmo afirmou que a Vishnu divina, depois de reencarnações como um peixe, tartaruga, javali, e leão, desceu para o útero de Devaki e nasceu como seu filho Krishna. Há até mesmo uma lenda que Alexandre, o Grande, foi nascido de uma virgem pelo poder de Zeus através de uma cobra que impregnado sua mãe, Olímpia. Satanás criou muitos mais desses mitos para falsificar o nascimento de Cristo, a fim de fazê-lo parecer ou comum ou lendária.

    A ciência moderna ainda fala de partenogênese, que vem de um termo grego que significa "nascimento virginal" No mundo das abelhas, ovos não fertilizados se desenvolvem em drones, ou machos.Partenogênese Artificial tem sido bem sucedido com os ovos não fertilizados de bichos. Os ovos de ouriços do mar e vermes marinhos começaram a desenvolver-se quando colocados em várias soluções salinas. Em 1939 e 1940, os coelhos foram produzidos (todos do sexo feminino), através de químicos e temperatura influências sobre óvulos. Nada disso jamais chegou perto de contabilidade para os seres humanos; todos esses partenogênese é impossível dentro da raça humana. A ciência, como mitologia, não tem explicação para o nascimento virginal de Cristo. Ele não era nem apenas o filho de uma mulher que era estéril, nem uma aberração da natureza. Até o claro testemunho da Escritura, Ele foi concebido por Deus e nascido de uma virgem.

    No entanto, as pesquisas religiosas tomadas ao longo dos últimos várias gerações revelam o impacto da teologia liberal em um declínio acentuado e contínuo na porcentagem de cristãos professos que acreditam no nascimento virgem, e, portanto, na divindade, de Jesus Cristo. É de se perguntar por que eles querem ser identificados com uma pessoa que, se o seu julgamento Dele fosse correta, tinha que ter sido enganado ou enganosa ou-uma vez que todos os quatro evangelhos explicitamente ensinam que Jesus considerava-se mais do que um homem. É evidente a partir do resto do Novo Testamento, bem como a partir de registros históricos, que Jesus, seus discípulos, e todos da igreja primitiva o segurou para ser outro senão o divino Filho de Deus. Mesmo os seus inimigos sabiam que Ele alegou tal identidade (João 5:18-47).

    A personalidade religiosa popular disse em uma entrevista há alguns anos que ele não poderia em forma impressa ou em público negar o nascimento virginal de Cristo, mas que nem ele poderia pregar ou ensinar. "Quando eu tenho algo que eu não consigo entender", ele explicou: "Eu simplesmente não lidar com isso." Mas ignorar o nascimento virginal é ignorar a divindade de Cristo. E ignorar a Sua divindade é o mesmo que negar. Encarnação real exige um nascimento virginal real.

    Mas tal descrença não deveria nos surpreender. A incredulidade tem sido maior problema do homem desde a queda, e sempre foi vista maioria do homem. Mas "E então?" Paulo pergunta. "Se alguns não creram, a incredulidade deles não vai anular a fidelidade de Deus, será que vai Mas longe esteja Em vez disso, seja Deus verdadeiro, e todo homem seja achado mentiroso?!" (Rom. 3: 3-4) . Cada fiel profeta, pregador, ou o professor em algum momento pediu com Isaías e Paulo: "Senhor, quem deu crédito à nossa pregação?" (Rm 10:16; conforme Is 53:1).

    Certamente não é por acaso, portanto, que o início do Evangelho de Mateus, no início do Novo Testamento, é dedicado a estabelecer tanto a humanidade real e da divindade de Jesus Cristo. Além de Jesus "ser humano e divino, não há evangelho. A encarnação de Jesus Cristo é a verdade central do cristianismo. Toda a superestrutura da teologia cristã é construído sobre ele. A essência eo poder do evangelho é que Deus se fez homem e que, por ser ao mesmo tempo totalmente Deus e totalmente homem, Ele era capaz de reconciliar os homens com Deus. Nascimento virginal de Jesus, Sua substitutiva morte expiatória, ressurreição, ascensão e retorno são todos os aspectos essenciais da sua divindade. Eles permanecer ou cair juntos. Se algum desses ensinamentos-todos claramente ensinada no Novo Testamento-for rejeitada, todo o evangelho é rejeitada. Nada faz sentido, ou poderia ter qualquer significado ou poder, para além dos outros. Se essas coisas não eram verdadeiras, mesmo ensinamentos morais de Jesus seria suspeito, porque se Ele deturpou quem Ele era por preposterously reivindicando igualdade com Deus, como pode qualquer coisa que ele disse que é confiável? Ou se os escritores do evangelho deturpado quem Ele era, por que nós confio sua palavra sobre qualquer outra coisa que ele disse ou fez?

    Certa vez, Jesus perguntou aos fariseus uma pergunta sobre si mesmo que os homens têm perguntado em cada geração desde então: "O que você pensa a respeito do Cristo, quem é filho" (Mt 22:42). Essa é a pergunta Mateus responde no primeiro capítulo deste evangelho. Jesus é o Filho humano do homem e do divino Filho de Deus.

    Como vimos, os primeiros dezessete versículos dão linhagem seu humana de Jesus ascendência real de Abraão através de Davi e através de José, seu pai humano legal. Os líderes judeus da época do Novo Testamento reconheceram que o Messias seria da linhagem real de Davi; mas, na maioria das vezes, eles concordaram em pouco mais do que isso a respeito dele.
    A história nos informa que até mesmo os fariseus conservadores não acreditam que o Messias seria divino. Se Jesus não tivesse reivindicado a ser mais do que o filho de Davi, Ele pode ter começado a convencer alguns dos líderes judeus de Sua messianidade. Uma vez que ele afirmou ser Deus, no entanto, eles rejeitaram imediatamente. Muitas pessoas ainda hoje estão dispostos a reconhecê-lo como um grande professor, um modelo de alto caráter moral, e até mesmo um profeta de Deus. Eram Ele não mais do que essas coisas, no entanto, Ele não poderia ter conquistado o pecado, a morte, Satanás. Em suma, ele não poderia ter salvo o mundo. Ele também teria sido culpado de grosseiramente deturpar a Si mesmo.
    É interessante que alguns intérpretes condescendentes do Novo Testamento reconhecem que Mateus e outros escritores acreditavam sinceramente e ensinou que Jesus foi concebido por obra do Espírito Santo, que Ele não tinha pai humano. Mas, segundo eles, aqueles homens eram incultos e cativo para as superstições habituais e mitos de suas épocas. Eles simplesmente pegou nas muitas lendas nascimento virgem que eram comuns no mundo antigo e adaptou-os para a história do evangelho.
    É verdade que as religiões pagãs daquele dia, como os de Semiramis e Tammuz, teve mitos de vários tipos que envolvem concepções milagrosas. Mas o caráter imoral e repulsivo dessas histórias não podem ser comparados com os relatos evangélicos. Essas histórias são falsificações vis de Satanás de pura verdade de Deus. Porque o nascimento virginal de Jesus Cristo é fundamental para o evangelho, é uma verdade que falsos sistemas, satânico da religião vai negar, falsificado, ou deturpar.
    O relato de Mateus da concepção divina de Jesus é fácil e simples. É dado como história, mas a história que só poderia ser conhecido pela revelação de Deus e realizada por milagre divino. É essencial para a encarnação.
    Depois de estabelecer a linhagem humana de Jesus a partir de Davi, Mateus passa a mostrar a Sua divina "linhagem". Esse é o propósito de versículos 18:25, que revelam cinco verdades distintas sobre o nascimento virginal de Cristo. Nós vemos o nascimento virginal concebido, confrontado, esclareceu, conectado, e consumado.

    O nascimento virginal

    Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim. Quando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se grávida pelo Espírito Santo. (1:18)

    Embora por si só não provar autoria divina, o próprio fato de que a conta da concepção divina de Jesus é dada em apenas um versículo sugere fortemente que a história não era feita pelo homem.Simplesmente não é próprio da natureza humana para tentar descrever algo tão absolutamente importante e maravilhosa em um breve espaço. Nossa inclinação seria expandir, elaborar, e tentar dar todos os detalhes possíveis. Mateus continua a dar informações adicionais relacionadas com o nascimento virginal, mas o fato de que é dada em uma frase-a primeira frase do verso 18 ser meramente introdução.Dezessete versos são dadas à listagem genealogia humana de Jesus; mas apenas parte de um verso de Sua genealogia divina. Em Sua divindade "desceu" de Deus por um ato miraculoso e nunca repetida do Espírito Santo; ainda o Espírito Santo não faz nada mais do que afirmar com autoridade o fato. A fabricação humana chamaria para o material muito mais convincente.

    Nascimento é da mesma raiz grega como "genealogia" no versículo 1, indicando que Mateus está aqui dando um relato paralelo de ascendência-este tempo de Jesus a partir do lado de Seu Pai.

    Temos poucas informações sobre Maria . É provável que ela era natural de Nazaré e que ela veio de uma família relativamente pobre. De Mt 27:56, Mc 15:40 e Jo 19:25 aprendemos que ela tinha uma irmã chamada Salomé, a mãe de Tiago e João (que, portanto, eram primos de Jesus). De Lucas 3 recebermos sua linhagem de Davi. Se, como muitos acreditam, o Eli (ou Heli) de Lc 3:23 era o pai-de-lei de José (Mateus dá o pai de José, como Jacó, 1:16), em seguida, Eli era o pai de Maria. Sabemos que Elisabete, a esposa de Zacarias, era "parente" de Maria (Lc 1:36), provavelmente seu primo.Esses são os únicos parentes, além de seu marido e filhos, de quem o Novo Testamento fala.

    Maria era uma mulher temente a Deus que se mostrou sensível e submisso à vontade do Senhor. Após o anúncio do anjo Gabriel de que ela seria a mãe de "Filho de Deus", disse Maria, "eis que o servo do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra "(Lucas 1:26-38). Maria também estava acreditando. Ela se perguntava como podia conceber: "Como pode ser isso, já que eu sou virgem" (Lc 1:34). Mas ela nunca questionou o anjo foi enviado por Deus ou que o que ele disse era verdade. Elisabete, "cheio do Espírito Santo", testemunhou de Maria, "Bem-aventurada aquela que acreditou que teriam cumprimento do que havia sido falado com ela pelo Senhor" (v. 45). Humilde reverência, gratidão e amor de Maria para Deus é visto em sua magnífica Magnificat, como Lucas 1:46-55 é muitas vezes chamado. Começa: "Minha alma exalta o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador ... porque o Poderoso fez em mim grandes coisas;. E santo é o seu nome" (vv 47, 49.).

    Sabemos ainda menos de José do que de Maria. O nome de seu pai era Jacó (Mt 1:16), e ele era um artesão, um operário da construção civil ( TEKTON ), provavelmente um carpinteiro (Mt 13:55).Mais importante ainda, ele era um "homem justo" (1:19), um santo do Antigo Testamento.

    É possível que tanto José e Maria eram muito jovens quando eles estavam noivos . As raparigas eram muitas vezes prometida tão jovem quanto doze ou treze anos, e os meninos quando eles estavam vários anos mais velhos do que isso.

    Por costume judaico, um noivado significou mais do que um compromisso no sentido moderno. Um casamento hebraico envolveu duas fases, a kiddushin (noivado) eo huppah (cerimônia de casamento). O casamento foi quase sempre arranjado pelas famílias dos noivos, muitas vezes sem consultá-los. Um contrato foi feito e foi selado com o pagamento dos mohar , o preço dote ou noiva, que foi paga pelo noivo ou sua família para o pai da noiva. O mohar serviu para compensar o pai para as despesas do casamento e para fornecer um tipo de seguro para a noiva no caso de o noivo ficou insatisfeito e divorciou-se dela. O contrato foi considerado vinculativo, logo que ele foi feito, e o homem ea mulher foram considerados legalmente casados, embora a cerimônia de casamento ( huppah ) e consumação muitas vezes não ocorreu até o máximo de um ano depois. O período de noivado serviu como um tempo de provação e teste de fidelidade. Durante esse período, a noiva eo noivo normalmente tinha pouca, ou nenhuma, o contato social com o outro.

    José e Maria tinham experimentado nenhum contato sexual com o outro, como a frase antes de se ajuntarem indica. A pureza sexual é altamente considerada nas Escrituras, em ambos os testamentos. Deus dá grande valor à abstinência sexual fora do casamento e da fidelidade sexual dentro do casamento. A virgindade de Maria era uma evidência importante de sua piedade. A razão para questionar D.C sua concepção de Gabriel foi o fato de que ela sabia que ela era virgem (Lc 1:34). Este testemunho protege da acusação de que Jesus nasceu de um outro homem.

    Mas a virgindade de Maria protegido muito mais do que seu próprio caráter moral, reputação e legitimidade do nascimento de Jesus. Ele protegeu a natureza do divino Filho de Deus. A criança nunca é chamado o filho de José; José nunca é chamado o pai de Jesus, e José não é mencionado na canção de louvor de Maria (Lucas 1:46-55). Se Jesus foi concebido pelo ato de um homem, seja José ou qualquer outra pessoa, Ele não poderia ter sido divino e não poderia ter sido o Salvador. Suas próprias reivindicações sobre Ele mesmo teria sido mentiras, e Sua ressurreição e ascensão teria sido hoaxes. E a humanidade permaneceria para sempre Perdido and Damned.

    Obviamente concepção de Jesus pelo Espírito Santo é um grande mistério. Mesmo tinha Ele queria fazê-lo, como Deus poderia ter explicado para nós, em termos poderíamos compreender, como esse tipo de mistura do divino e humano poderia ter sido realizado? Nós não mais poderia imaginar uma coisa dessas do que podemos imaginar Deus de criar o universo a partir do nada, o seu ser um só Deus em três Pessoas, ou Sua dando uma inteiramente nova natureza espiritual para aqueles que confiam em Seu Filho. Entendimento de tais coisas terão que aguardar o céu, quando vemos o nosso "face a face" Senhor e "conhecerei como [que] foram totalmente conhecido" (1Co 13:12). Nós aceitamos pela fé.

    O nascimento virginal não deve ter surpreendido os judeus que conheciam e acreditavam no Antigo Testamento. Por causa de uma má interpretação da frase "Uma mulher deve abranger um homem" em Jr 31:22, muitos rabinos acreditavam que o Messias teria um nascimento incomum. Eles disseram, "Messias é não ter nenhum pai terreno", e "o nascimento do Messias será como o orvalho do Senhor, como gotas sobre a relva sem a ação do homem." Mas, mesmo que a má interpretação de um texto obscuro (uma interpretação também defendida por alguns dos Padres da Igreja) assumiu um nascimento original para o Messias.

    Não só teve Isaías indicava tal nascimento (7:14), mas, mesmo em Gênesis temos um vislumbre dele. Deus falou com a serpente da inimizade que passaria a existir entre "sua descendência ea sua descendência [de Eva]" (Gn 3:15). Em um sentido técnico a semente pertence ao homem, e impregnação de Maria pelo Espírito Santo é o único caso na história da humanidade que uma mulher tinha uma semente dentro dela que não veio de um homem. A promessa feita a Abraão em causa "a sua semente", uma forma comum de se referir à prole. Esta referência única para "sua semente" olha além Adão e Eva a Maria ea Jesus Cristo. As duas sementes de Gn 3:15 pode ser visto em um sentido simples como coletivo; ou seja, eles podem se referir a todos aqueles que fazem parte da descendência de Satanás, e para todos aqueles que a parte de Eve. Essa visão vê a guerra entre os dois como fúria de todos os tempos, com o povo de justiça, eventualmente, obter a vitória sobre o povo do mal. Mas "semente" também pode ser singular, na medida em que se refere a uma grande produto, final, glorioso de uma mulher, que será o próprio Senhor-nascido sem semente masculina. Nesse sentido, a previsão é messiânica. Pode ser que a profecia olha para o colectivo e ambos os significados individuais.

    Paulo é muito claro quando nos diz que "Quando a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher" (Gl 4:4). Não nos é dito o propósito ou o significado do nome de João, mas o de Jesus foi claro, mesmo antes de seu nascimento. Jesus é uma forma de o Josué hebraico, Jesuá, ou Jehoshua, o significado básico de que é "Jeová (Yahweh) vai salvar ". Todos os outros homens que tinham esses nomes testemunhado por seus nomes para a salvação do Senhor. Mas este Aquele que nasceria de Maria não só iria testemunhar da salvação de Deus, mas Ele mesmo seria que a salvação. Por Sua própria obra Eleiria salvar o seu povo dos seus pecados.

     
    O nascimento virginal foi previsto

    Ora, tudo isso aconteceu que o que foi dito pelo Senhor por intermédio do profeta que se cumprisse, dizendo: "Eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel", que traduzido significa, "Deus conosco". (1: 22-23)

    Neste ponto Mateus explica que o nascimento virginal de Jesus foi predito por Deus no Antigo Testamento. O Senhor identifica claramente o nascimento de Cristo como um cumprimento da profecia. Tudo isso refere-se aos fatos sobre o nascimento divino de Jesus Cristo. E o grande milagre de Seu nascimento foi o cumprimento do que foi dito pelo Senhor por intermédio do profeta . Essa frase dá uma definição simples e direta de inspiração bíblica como a Palavra do Senhor que vem através de instrumentos humanos. Deus faz o ditado ; o instrumento humano é apenas um meio de levar a Palavra divina aos homens. Com base nessas palavras do Senhor dada por intermédio de Mateus texto do Antigo Testamento de Isaías deve ser interpretado como prever o nascimento virginal de Jesus Cristo.

    Mateus usa repetidamente a frase poderia ser cumprido (02:15, 17, 23; 08:17; 12:17; 13 35:21-4; 26:54; etc.) para indicar maneiras pelas quais Jesus e eventos relacionados para Seu ministério terreno, foram cumprimentos da profecia do Antigo Testamento. As verdades básicas e acontecimentos do Novo Testamento foram culminations completação, ou realizações da revelação que Deus já tinha feito, embora muitas vezes a revelação tinha sido de forma velada e parcial.

    A cena em Isaías 7 é o reinado do Rei Acaz em Judá. Embora filho do grande Uzias, ele era um rei perverso. Ele encheu a Jerusalém com os ídolos, restabeleceu a adoração de Moloque, e queimou seu próprio filho como um sacrifício para que Deus. Rezin, rei da Síria (Aram), e Peca, rei de Israel (também chamado Samafla naquela época), decidiu retirar Acaz e substituí-lo por um rei que iria fazer o seu lance. Diante de tal ameaça para o povo de Israel e para a linha real de Davi, Acaz, em vez de virar a Deus por ajuda, procurou a ajuda de Tiglate-Pileser, o rei do mal dos assírios. Ele ainda saquearam e enviado para Tiglate-Pileser o ouro ea prata do Templo.

    Isaías chegou a Acaz e relatou que Deus iria libertar o povo dos dois reis inimigos. Quando Acaz recusou-se a ouvir, Isaías respondeu com a notável profecia messiânica Dt 7:14.

    Como é que uma previsão do nascimento virginal do Messias se encaixam nessa cena antiga? Isaías estava dizendo a rei perverso que ninguém iria destruir o povo de Deus ou da linhagem real de Davi.Quando o profeta disse: "O Senhor vos dará um sinal", ele usou um plural você , indicando que Isaías também falava a toda a nação, dizendo-lhes que Deus não permitiria que Rezim e Peca, ou qualquer outra pessoa, para destruí-los e da linhagem de Davi (conforme Gn 49:10; 2Sm 7:132Sm 7:13). Mesmo que as pessoas vieram para as mãos de Tiglate-Pileser, que destruiu o reino do norte e invadiram Judá, em quatro ocasiões, Deus preservou-los apenas como prometeu.

    Isaías também refere-se a uma outra criança que nasceria; e antes que a criança (Maher-Salal-Hás-Baz) seria idade suficiente para "comer manteiga e mel" ou "sabe o suficiente para rejeitar o mal e escolher o bem," as terras de Rezim e Peca seria abandonado (7: 15— 16). Com certeza, antes de a criança nascer com a esposa de Isaías tinha três anos esses dois reis estavam mortos. Assim como a antiga profecia de uma criança veio a acontecer, por isso fez a profecia do nascimento virginal do Senhor Jesus Cristo. Ambos eram sinais de que Deus não acabaria abandonará o seu povo. O maior sinal foi que Emanuel, que traduzido significa, "Deus conosco ", viria.

    Em Is 7:14, o versículo aqui citado por Mateus; o profeta usou a palavra hebraica 'almâ . Uso do Antigo Testamento de 'almâ favorece a tradução "virgem". A palavra aparece pela primeira vez em Gn 24:43, em conexão com Rebeca, a futura noiva de Isaque. A versão Rei Tiago diz: "Eis que estou junto à fonte de água, e ela deve vir a passar, que, quando a donzela que sair para tirar água." No versículo 16 do mesmo capítulo Rebekah é descrita como uma "donzela" ( na'ărâ ) e uma "virgem" ( Betula ). Deve-se concluir que 'almâ nunca é usado para se referir a uma mulher casada. A palavra ocorre outras cinco vezes nas Escrituras (Ex 2:1; Sl 68:25; Pv 30:19; Canção do Ct 1:3; Jl 1:8 (pelos gregos parthenos , "virgens") — várias centenas de anos antes do nascimento de Cristo. O "sinal" de que Isaías falou foi dada especificamente ao Rei Acaz, que temia que a linhagem real de Judá pode ser destruída por Síria e Israel. O profeta garantiu ao rei que Deus proteja essa linha. O nascimento de um filho e a morte dos reis seriam os sinais que garantem a sua protecção e preservação. E, no futuro, haveria um maior nascimento, o nascimento virginal de Deus encarnado, para garantir a aliança com o povo de Deus.

    Mateus não deu o prazo 'almâ um cristão "twist", mas usou-o com o mesmo significado com o qual todos os judeus da época usou. Em qualquer caso, o seu ensinamento do nascimento virginal não depende dessa palavra. É feito incontestavelmente claro pelas declarações anteriores de que a concepção de Jesus foi "pelo Espírito Santo" (vv. 18, 20).

    O nome do Filho, nascido de uma virgem seria Emanuel, que traduzido significa: "Deus conosco". Esse nome foi usado mais como um título ou descrição do que como um bom nome. Em sua encarnação Jesus foi, no sentido mais literal, Deus conosco.
    O fato de que uma virgem será com a criança é maravilhoso, uma virgem grávida! Igualmente maravilhoso é que ela será chamado pelo nome de Emanuel .

    O Antigo Testamento promete repetidamente que Deus está presente com o seu povo, para garantir o seu destino em sua aliança. O Tabernáculo e no Templo se destinavam a ser símbolos de que a presença divina. O prazo para o tabernáculo é Tabernáculo , que vem de Shakan , ou seja, para habitar, descanso, ou obedecer. A partir desse raiz o termo Shekinah também veio, referindo-se a presença da glória de Deus. A criança nasceu era para ser o Shekinah, o verdadeiro Tabernáculo de Deus (conforme Jo 1:14). Isaías foi o instrumento através do qual a Palavra do Senhor anunciou que Deus habitar entre os homens em carne visível e-encarnação mais sangue íntimo e pessoal do que o Tabernáculo ou Templo em que Israel tinha adorado.

    O nascimento virginal foi Consumado

    E José, despertando do sono, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu sua esposa, e manteve virgem até que ela deu à luz um filho; e ele pôs o nome de Jesus. (1: 24-25)

    Isso José, despertando do sono indica que o sonho revelador tinha chegado a ele, enquanto ele dormia, como única comunicação, direta de Deus foi usado em outras ocasiões para revelar as Escrituras (conforme Gen. 20 (conforme v 20.): 3; 31 : 10-11; Nu 12:1; 1Rs 3:51Rs 3:5). Note-se que todos os seis ocorrências do Novo Testamento de onar ("sonhar") estão em Mateus e preocupação do Senhor Jesus Cristo (ver 1:20; 2: 12-13 19:22-27:19).

    Não sabemos nada sobre a reação de José, exceto que ele imediatamente obedeceu, fazendo como o anjo do Senhor lhe ordenara . Podemos imaginar o quão grande seus sentimentos de espanto, alívio e gratidão deve ter sido. Não só ele seria capaz de levar sua amada Maria como sua esposa com honra e justiça, mas ele seria dado o cuidado do próprio Filho de Deus, enquanto ele estava crescendo.

    Esse fato por si só indica a profundidade da piedade de José. É inconcebível que Deus confiaria seu filho em uma família em que o pai não estava totalmente comprometido e fiel a Ele.

    Nós sabemos mais nada da vida de José exceto sua tomar o Jesus infantil ao Templo para dedicação (Lucas 2:22-33), a sua tomada de Maria e Jesus para o Egito para protegê-lo sangrenta edital de Herodes e do retorno (Mt 2:13. —23), e seu levando sua família para a Páscoa em Jerusalém quando Jesus tinha doze anos (Lucas 2:42-52). Nós não temos nenhuma idéia de quando José morreu, mas poderia ter sido bem antes de Jesus começou Seu ministério público. Obviamente que era antes da crucificação de Jesus, porque a partir da cruz Jesus deu a sua mãe aos cuidados de João (Jo 19:26).

    Aparentemente, a cerimônia de casamento, quando José tomou como sua esposa, foi realizada logo após o anúncio do anjo. Mas ele manteve virgem até que ela deu à luz um Filho. Mateus deixa claro que ela permaneceu virgem até que ela deu à luz, o que implica que as relações conjugais normais começou após esse tempo. O fato de que os irmãos e irmãs de Jesus são mencionados várias vezes nos evangelhos (Mt 12:46; 13:. 13 55:40-13:56'>55-56; Marcos 6:3; etc.) provar que Maria não permanecer virgem perpetuamente, como alguns afirmam .

    Como um último ato de obediência à instrução de Deus através do anjo, José pôs o nome de Jesus, indicando que Ele era para ser o Salvador (conforme v. 21).
    O nascimento sobrenatural de Jesus é o único caminho para dar conta da vida que Ele viveu. Um cético que negou o nascimento virginal vez perguntei a um cristão: "Se eu lhe disse que criança ali nasceu sem um pai humano, você acreditaria em mim?" O crente respondeu: "Sim, se ele viveu como Jesus viveu." A maior prova fora de nascimento e divindade sobrenatural de Jesus é a Sua vida.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Mateus Capítulo 1 do versículo 1 até o 25

    Mateus 1

    A ascendência do Rei — Mat. 1:1-17 As três etapas — Mat. 1:1-17 (cont.)

    A realização dos sonhos humanos — Mat. 1:1-17 (cont.)

    Não justos, e sim pecadores – Mat. 1:1-17 (cont.) A entrada do Salvador no mundo — Mat. 1:18-25 Nascido do Espírito Santo — Mat. 1:18-25 (cont.) Criação e recriação — Mat. 1:18-25 (cont.)

    A ASCENDÊNCIA DO REI

    Mateus 1:1-17

    Pode ser que pareça ao leitor moderno que Mateus escolhe uma forma muito estranha de começar seu evangelho. Pode-se pensar que

    confrontar de entrada ao leitor com uma longa lista de nomes é um procedimento muito pouco afortunado. Mas para um judeu esta genealogia era uma forma natural de começar, interessante e até poderia

    dizer-se essencial tratando-se da história da vida de um homem.

    Os judeus se interessavam muito nas genealogias. Mateus denomina esta seção "livro da genealogia" de Jesus Cristo. Esta frase era bem

    conhecida pelos judeus; significa o registro da ascendência de um homem, com algumas poucas notas explicativas onde estas eram mais necessárias. No Antigo Testamento freqüentemente encontramos listas das gerações de homens famosos (Gn 5:1, Gn 10:1, Gn 11:10, Gn 11:27).

    Quando Josefo, o grande historiador judeu, escreveu sua autobiografia, prefaciou-a com o testemunho de seu próprio "pedigree" que, conforme nos diz, encontrou nos registros públicos. A razão deste interesse nas

    ascendências familiares é que para os judeus a pureza racial era de suma importância. Se alguém possuía mistura de sangue estrangeiro, perdia seu direito de chamar-se judeu e membro do Povo de Deus. Além disso,

    os sacerdotes eram obrigados a apresentar uma linha genealógica íntegra a partir do Arão; no caso de contrair casamento, a esposa devia documentar sua pureza racial pelo menos por cinco gerações. Quando

    Esdras ao Israel voltar do exílio reorganizou o culto a Deus, e estava pondo em funcionamento novamente o sacerdócio, privou do direito sacerdotal os filhos de Habaías, os filhos de Coz, os filhos de Barzilai,

    sob a acusação de impureza, porque “procuraram o seu registro nos livros genealógicos, porém o não acharam” (Esdras 2:61-62). O Sinédrio era o encarregado de conservar os registros genealógicos. Herodes o Grande sempre foi desprezado pelos judeus puro-sangue porque parte de

    sua ascendência era edomita. Podemos nos dar conta de que o próprio

    Herodes considerava importantes as genealogias, porque ordenou que se destruíssem os registros oficiais a fim de que ninguém pudesse demonstrar que possuía uma linha de antepassados mais pura que a sua. Esta passagem poderá nos parecer pouco interessante, mas para o judeu era de suma importância que se pudesse demonstrar a descendência abraâmica de Jesus.

    Além disso, deve notar-se que esta genealogia está cuidadosamente organizada. Forma três grupos de quatorze nomes cada um. Trata-se de

    uma lista mnemotécnica, quer dizer, organizada de maneira a ser fácil memorizá-la. Sempre devemos ter presente que os evangelhos foram escritos muitos séculos antes do primeiro livro impresso. Muito poucas

    pessoas podiam possuir cópias manuscritas, e a única maneira de "ter" um livro para a maioria era memorizá-lo. Os hebreus não possuíam números em seu sistema de escritura, e usavam as letras como numerais,

    cada uma com um valor definido (como se nós representássemos o 1 mediante A, o 2 mediante B, etc.). As consoantes da palavra "Davi" em hebreu são D W D. Em hebreu a D serve como número 4 e a W como 6;

    portanto D W D representa a soma de 4 mais 6 mais 4, ou seja 14. Esta genealogia tem o propósito de demonstrar que Jesus é filho do Davi; está organizada de maneira que fosse fácil memorizá-la e, deste modo, poder

    tê-la sempre "à mão" cada vez que fosse necessário.

    AS TRÊS ETAPAS

    Mateus 1:1-17 (continuação)

    A organização desta genealogia é de caráter simbólico; representa certas características da totalidade da vida humana. Está dividida em três

    seções, que correspondem a três etapas importantes da história judia. A primeira etapa culmina com Davi. Davi foi o homem que fez de Israel uma nação e converteu os judeus em uma potência mundial. A primeira seção leva a história até o momento do maior rei dos judeus. A segunda

    seção vai até o exílio em Babilônia. É a etapa que registra a vergonha,

    tragédia e desastre da nação hebréia. A terceira seção chega até Jesus Cristo. Jesus Cristo foi a pessoa que liberou os homens de sua escravidão e os resgatou de seu desastre, em quem a tragédia se converte em triunfo.

    Estas três seções representam três etapas da história espiritual da humanidade.

    1. O homem nasce para a grandeza. "Deus criou ao homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou" (Gn 1:27). "Disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança"

    (Gn 1:26). O homem foi criado à imagem de Deus. O sonho de Deus para o homem era um sonho de grandeza. O homem foi feito para a comunhão com Deus. Foi criado de tal maneira que pudesse chegar a ser

    "parente" de Deus. Tal como o entendia Cícero, o pensador romano, "A única diferença entre Deus e o homem está no tempo". O homem nasceu essencialmente para ser rei.

    1. O homem perde sua grandeza. Em lugar de ser servo de Deus o homem se converte em escravo do pecado. Como diria G. K. Chesterton: "Seja o que for certo em relação ao homem, não pode sustentar-se que é

    aquilo para o qual foi criado". Usou seu livre-arbítrio para desafiar e desobedecer a Deus, em vez de usá-lo para entrar em comunhão e amizade com Ele. Converteu-se em um rebelde contra Deus, antes que

    em seu amigo. Fazendo uso de seu próprio arbítrio, o homem frustra o intuito e plano de Deus para sua criação.

    1. O homem recupera sua grandeza. Mas até então Deus não abandona o homem, nem o deixa entregue à sua própria sorte. Deus não

    permite que o homem seja destruído por sua própria loucura. Até nessa situação, não se permite que o final da história seja trágico. Deus enviou seu Filho ao mundo, a Jesus Cristo, para resgatar o homem do pântano

    do pecado, no que estava perdido, e libertá-lo das cadeias do pecado, com que ficara aprisionado, para que, através dele, o homem pudesse recuperar a comunhão com Deus que tinha perdido.

    Nesta genealogia Mateus nos mostra como se obtém a grandeza majestática; a tragédia da liberdade perdida; a glória da liberdade

    restaurada. E esta, na misericórdia de Deus, é a história da humanidade e de cada homem individualmente.

    A REALIZAÇÃO DOS SONHOS HUMANOS

    Mateus 1:1-17 (continuação)

    Esta passagem sublinha duas coisas especiais a respeito de Jesus.

    1. Sublinha que era filho de Davi. Em realidade, a genealogia que encontramos no evangelho foi composta principalmente para demonstrá-

    lo. É um fato que o Novo Testamento afirma repetidas vezes. Pedro o faz no primeiro sermão da Igreja Cristã que se registrou (Atos 2:29-36).

    Paulo fala de Jesus como semente de Davi segundo a carne (Rm 1:3). O autor das epístolas pastorais insiste com os homens a recordarem que Jesus Cristo, da semente do Davi, foi ressuscitado dentre os mortos (2Tm 2:82Tm 2:8). O autor do Apocalipse ouve Jesus Cristo dizer: "Eu sou a

    raiz e a linhagem de Davi" (Ap 22:16).

    No relato evangélico Jesus recebe em repetidas ocasiões o título de filho de Davi. Depois da cura do homem que fora cego e surdo, o povo

    exclama: "É este, porventura, o Filho de Davi?" (Mt 12:23). A mulher de Tiro e Sidom que desejava a ajuda de Jesus para sua filha, chama-o: "Senhor, Filho do Davi!" (Mt 15:22). Os cegos clamam a

    Jesus chamando-o Filho de Davi (Mateus 20:30-31). Quando Jesus entrou em Jerusalém pela última vez a multidão o aclamou de Filho de Davi (Mt 21:9, Mt 21:15).

    Temos aqui algo de grande significado. É evidente que eram as multidões, o povo, os homens e mulheres comuns, os que O reconheciam como Filho de Davi. Os judeus eram um povo que esperava. Nunca

    tinham esquecido, nem podiam esquecer, que eram o povo eleito de Deus. Embora sua história tenha sido uma longa série de desastres, embora nesse preciso momento fossem um povo subjugado, nunca esqueceram seu destino. O sonho dos judeus era que viria ao mundo um

    descendente de Davi que os conduziria à glória que lhes pertencia por

    direito próprio. Quer dizer, Jesus é a resposta aos sonhos dos homens. É verdade que com muita freqüência os homens não o entendem assim. Vêem o cumprimento de seus sonhos na riqueza, no poder, na abundância material e na realização das ambições que entesouram. Mas se alguma vez têm que realizar os sonhos humanos de paz e beleza, de grandeza e satisfação, isso será possível somente em Jesus Cristo. Jesus Cristo e a vida que Ele oferece é a resposta aos sonhos seres humanos. Na antiga história de José há um texto que transcende a direta história. Quando José estava preso, junto com ele estavam também no cárcere o mordomo principal e o padeiro de faraó. Estes tiveram sonhos que os perturbaram. Os dois se lamentavam, dizendo: "Sonhamos, e não há quem pode interpretar nossos sonhos" (Gn 40:8). Porque o homem é homem, porque é filho da eternidade, vive acossado por seus sonhos: E o único caminho que conduz a sua realização é Jesus Cristo.

    1. Esta passagem enfatiza também o fato de que Jesus era o cumprimento das profecias. NEle se realiza a mensagem dos profetas. Hoje tendemos a atribuir pouca importância à profecia. Não nos interessa verdadeiramente procurar no Antigo Testamento aquelas palavras que prenunciam o que se cumpre no Novo Testamento. Mas a profecia envolve uma grande verdade eterna, ou seja, que o universo é uma ordem planejada, que um propósito e intuito divino o sustenta, que Deus deseja que ocorram certas coisas e age para que Sua vontade se cumpra.

    Na peça teatral The Black Stranger, de Gerald Healy, há uma cena que ocorre na 1rlanda, nos dias terríveis da grande fome de meados do

    século XIX. Ao não saber o que fazer e carecendo de qualquer outra solução, o governo contrata os desempregados para construírem estradas, embora estas não fossem necessárias nem vão a lugar algum, Michael,

    um dos personagens, descobre esta circunstância e um dia, quando volta pra casa, diz a seu pai em uma expressão de cáustica surpresa: "Estão fazendo estradas que não levam a lugar nenhum." Se crermos na profecia

    jamais poderemos afirmar que isto é o que ocorre com a história. A história nunca é um caminho que não leva a lugar nenhum. É possível

    que não usemos a profecia da mesma maneira como o fizeram nossos pais, mas por trás do fato da profecia está a verdade eterna de que a vida e o mundo não são caminhos sem destino, pelo contrário, se dirigem à meta proposta por Deus.

    NÃO JUSTOS, E SIM PECADORES

    Mateus 1:1-17 (continuação)

    O mais extraordinário desta genealogia são os nomes das mulheres que aparecem nela.

    Não é comum que nas genealogias judias apareçam os nomes das

    mulheres. A mulher não exercia direitos legais: não era considerada como uma pessoa, mas uma coisa. Era simplesmente propriedade de seu pai ou de seu marido, e estava obrigada a fazer o que eles quisessem. Na ação de graças matinal que o judeu proferia todas as manhãs, agradecia a Deus por não tê-lo feito gentio, escravo ou mulher. A simples presença de nomes femininos em uma genealogia é um fato surpreendente e extraordinário. Mas quando nos detemos a considerar quem eram estas mulheres e que coisas fizeram, sua menção se torna ainda mais surpreendente.

    Raabe era uma prostituta de Jericó (Josué 2:1-7).

    Rute nem sequer era judia, era moabita (Rt 1:4). A própria lei estabelece que "Não entrará amonita nem moabita na congregação do Senhor, nem até a décima geração deles; não entrarão na congregação do Senhor para sempre." (Dt 23:3). Rute pertencia a um povo estrangeiro e odiado.

    Tamar seduziu deliberadamente a seu sogro Judá e cometeu adultério com ele (Gên. 38).

    Bate-Seba, a mãe do Salomão, foi a mulher que Davi tomou de Urias, seu marido, valendo-se de uma imperdoável crueldade (2 Samuel 11 e 12).

    Se Mateus tivesse procurado com maior afinco em todo o Antigo Testamento, não poderia ter encontrado quatro personagens mais indignos de ser antepassados de Jesus. Entretanto, há algo muito belo na menção destas mulheres. Aqui, no princípio de seu evangelho, Mateus nos mostra de maneira simbólica qual é a essência do evangelho de Deus em Jesus Cristo, ao nos dar testemunho de como as barreiras são derrubadas.

    1. Em Jesus a barreira que separa o judeu do gentio é derrubada. Raabe, a mulher de Jericó e Rute, a mulher de Moabe, encontram um

    lugar na linha direta dos antepassados de Jesus. Já figura aqui a grande verdade de que em Jesus não há judeu nem grego. Aqui, desde o

    começo, afirma-se o universalismo do evangelho e do amor de Deus.

    1. Em Jesus a barreira que separa o homem da mulher é derrubada. Em nenhuma genealogia comum apareceriam nomes de mulher, mas os

    encontramos na genealogia de Jesus. O antigo desprezo desapareceu: O homem e a mulher estão igualmente perto do amor de Deus e são igualmente importantes em seu plano.

    1. Em Jesus a barreira que separa o santo do pecador é derrubada. De algum modo Deus pode incluir em seus propósitos, e incorporar em seu plano para a História, até aquele que cometeu grandes pecados. Diz

    Jesus: "Porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento" (Mt 9:13). Aqui, ao iniciar o evangelho, nos é dado uma insinuação da amplitude universal do amor de Deus. Deus pode encontrar servos seus em seres humanos diante dos quais o crente

    respeitável tremeria de horror.

    A ENTRADA DO SALVADOR NO MUNDO

    Mateus 1:18-25

    Para nossa forma ocidental de entender os parentescos, as relações que se mencionam nesta passagem são muito confusas. Primeiro, diz-se

    que José está desposado com Maria; e depois encontramos que pensa

    "deixá-la" em segredo (divorciar-se dela); além disso, encontramos que o chama seu "marido". Estes termos são fiéis aos costumes matrimoniais dos judeus daquela época. No casamento judeu havia três passos:

    1. Em primeiro lugar vinha o compromisso. Freqüentemente se combinava quando os interessados eram apenas crianças. Em general os

    pais se encarregavam disto, ou um casamenteiro profissional contratado por estes. Além disso, em geral, os futuros maridos nem sequer se conheciam. Considerava-se que o casamento era um passo muito sério

    para ficar à vontade dos ditames do coração ou da paixão dos homens.

    1. Em segundo lugar vinha o noivado. Este era a ratificação pelos interessados da aliança que se concertou por eles. Até este ponto a

    mulher tinha direito de romper o contrato se não estivesse disposta a levá-lo adiante, mas quando o casal se havia desposado o compromisso se convertia em uma obrigação iniludível. O noivado durava um ano e

    durante este lapso o casal era conhecido como marido e mulher, embora não tinham os direitos dos maridos. A única forma de dissolver esta relação era mediante o divórcio. Na lei judia encontramos

    freqüentemente uma frase que para nós é extremamente estranha. Se uma mulher perde, por motivo de morte, o seu prometido durante o ano do noivado, é chamada "virgem viúva". José e Maria tinham chegado a esta

    etapa. Estavam noivos, e se José queria pôr fim à relação a única maneira legítima de fazê-lo era pedindo um divórcio. E durante esse ano de noivado, Maria era legalmente a esposa de José.

    1. A terceira etapa era o casamento propriamente dito, que tinha

    lugar ao finalizar o ano de noivado.

    Se tivermos em mente os costumes matrimoniais dos judeus, os parentescos e relações que figuram nesta passagem ficam perfeitamente

    normais e claros.

    Neste momento, pois, é dito a José que Maria está grávida, que o filho tinha sido gerado pelo Espírito Santo e que devia lhe pôr o nome de

    Jesus. Jesus é a forma grega do nome hebreu Josué, e Josué significa

    Jeová é a salvação. Muito tempo antes o salmista tinha ouvido Deus

    dizer: "É ele quem redime a Israel de todas as suas iniqüidades" (Sl 130:8). Foi dito a José que o menino que havia de nascer cresceria até tornar-se o Salvador que haveria de liberar o povo de Deus dos pecados deles. Jesus não era apenas o homem nascido para ser Rei como também o homem nascido para ser Salvador. Veio ao mundo não por seu próprio interesse, mas sim por todos nós, os seres humanos, para nossa salvação.

    NASCIDO DO ESPÍRITO SANTO

    Mateus 1:18-25 (continuação)

    Esta passagem nos diz como Jesus nasce por obra do Espírito Santo.

    Seu tema é o que nós denominamos "o nascimento virginal". O nascimento virginal é uma doutrina que nos apresenta muitas dificuldades. No momento não nos interessa discuti-la, e sim descobrir o que significa para nós.

    Se viermos a esta passagem com a mente aberta e a lermos como se a estivéssemos lendo pela primeira vez, descobriremos que não sublinha tanto o fato de que Jesus nascesse de uma mulher virgem como a

    circunstância muito especial de que o nascimento de Jesus foi obra do Espírito Santo. "Achou-se grávida pelo Espírito Santo." "descobriu que o filho gerado no seio da Maria provém do Espírito Santo." É como se

    estas orações estivessem sublinhadas e impressas com letras maiúsculas. É isto o que Mateus deseja nos comunicar nesta passagem. Nesse caso, o que significa dizer que no nascimento de Jesus o Espírito Santo agiu de

    um modo particular? Deixemos de lado no momento todos os aspectos duvidosos e discutíveis deste fato, e nos concentremos em sua grande verdade, tal como Mateus tinha em mente.

    No pensamento judeu o Espírito Santo exercia certas funções bem definidas. Não podemos trazer para a interpretação desta passagem a plenitude da doutrina cristã do Espírito Santo, porque estas idéias seriam completamente entranhas ao pensamento de José. Devemos interpretá-lo

    à luz da doutrina judia do Espírito Santo, porque esta, inevitavelmente, é

    a forma em que José deve ter compreendido a mensagem que recebeu, dado que era tudo o que ele conhecia.

    1. Segundo a concepção judia, o Espírito Santo era a pessoa que trazia a verdade de Deus aos homens. O Espírito Santo era quem

    comunicava aos profetas o que deviam dizer e quem dizia aos homens de Deus o que deviam fazer. Era o Espírito Santo quem, através das eras e das gerações, havia aproximado a verdade de Deus aos homens. De maneira que Jesus, segundo esta concepção, é a pessoa que traz a

    verdade de Deus aos homens.

    Dito de outra maneira, Jesus é a pessoa que pode nos dizer como é Deus e o que Deus quer que nós sejamos. Somente em Jesus vemos

    como é Deus e como deveria ser o homem. Antes que viesse Jesus os homens tinham idéias muito vagas e confusas, com freqüência muito errôneas a respeito de Deus; até no melhor dos casos a única coisa que

    podiam fazer era adivinhar e propor idéias tentativas. Mas Jesus pôde dizer: "Quem me vê a mim vê o Pai" (Jo 14:9). Em Jesus vemos o amor, a compaixão, a misericórdia, a vontade redentora e a pureza de

    Deus como em nenhum outro lugar do mundo. Com a vinda de Jesus termina a época das respostas tentativas, e entramos plenamente na era da certeza. Antes que viesse Jesus ninguém sabia em realidade o que era

    a bondade. Jesus é o único em quem conhecemos a verdadeira humanidade, a autêntica bondade e a verdadeira obediência à vontade de Deus. Jesus veio para nos comunicar a verdade a respeito de Deus e de nós mesmos.

    1. Os judeus creiam que o Espírito Santo não somente trazia a verdade de Deus aos homens, mas também capacitava os homens a reconhecerem essa verdade quando a vissem. De maneira que Jesus é

    quem abre os olhos dos homens à verdade. Eles estão cegados por sua própria ignorância; estão separados do reto atalho por seus próprios preconceitos; seus olhos e suas mentes são entrevadas por seus próprios

    pecados e paixões. Jesus pode nos abrir os olhos até que sejamos capazes de ver a verdade.

    Em uma das novelas de William J. Locke encontramos o retrato de uma mulher que tem qualquer quantidade de dinheiro e que empregou a metade de sua vida em visitar os museus e galerias mais famosos de todo o mundo. Mas estava aborrecida e cansada. Nessa situação encontra a um francês que tinha muito poucas posses materiais mas um grande amor para a beleza e um amplo conhecimento de todas as expressões da arte. Este a acompanhou, e com ele tudo parecia ser diferente. "Nunca soube como eram as coisas", diz-lhe ela, "até que você me ensinou a olhá-las."

    A vida é muito distinta quando Jesus nos ensina a olhá-la. Quando Jesus entra em nosso coração vemos tudo de maneira diferente, porque

    ele nos abre os olhos, para que possamos ver de verdade.

    CRIAÇÃO E RECRIAÇÃO

    Mateus 1:18-25 (continuação)

    1. Os judeus relacionavam o Espírito de Deus particularmente com a obra da criação. Mediante seu Espírito, Deus efetuou sua obra

    criadora. No princípio o Espírito de Deus sobrevoava a face das águas, e o caos se converteu em cosmos (Gn 1:2). "Pela palavra do Senhor foram feitos os céus", disse o salmista, "e todo o exército deles, pelo

    espírito da sua boca" (Sl 33:6). (Tanto em hebreu como em grego a palavra que significa fôlego, sopro, respiração, também significa espírito.) "Envia seu espírito, são criados..." (Sl 104:30), "O Espírito

    de Deus me fez, e o sopro do Onipotente me deu vida" (33:4). O Espírito é o criador do mundo e o doador da vida. De maneira que, em Jesus Cristo, ingressa no mundo o poder de Deus que dá vida e cria.

    Com Jesus entra no mundo a própria vida e poder de Deus. Este poder, que reduziu o caos à ordem, vem para pôr ordem em nossa vida desordenada. Este poder, que infundiu vida no que carecia dela, vem para insuflar vida em nossas debilidades e frustrações. Poderíamos dizê-

    lo da seguinte maneira: Não estamos verdadeiramente vivos até o momento em que Jesus entra em nossas vidas.

    1. Os judeus relacionavam ao Espírito acima de tudo com a obra de recriação. Ezequiel traça sua lúgubre imagem do vale dos ossos

    secos. Mas quando mais triste é o panorama, ouve a Deus dizer: "Porei meu espírito em vós, e vivereis" (Ezequiel 37:1-14). Os rabinos tinham uma afirmação: "Deus disse a Israel: Neste mundo meu Espírito encheu você de sabedoria, mas no mundo futuro meu Espírito fará com que você

    volte a viver." Quando os homens estão mortos em seu pecado e letargia, destruídas suas inteligências, almas e corações, somente o Espírito de Deus pode voltar a despertá-los para a vida. De maneira que, em Jesus,

    entra no mundo o poder que pode refazer e recriar a vida. Pode devolver a vida à alma que está morta no pecado. Pode reavivar os ideais que morreram. Pode voltar a fortalecer o desejo do bem que pereceu. Pode

    renovar e recriar a vida quando os homens perderam tudo o que a vida significa.

    Neste capítulo do evangelho há muito mais que o fato de que Jesus

    tenha nascido de uma mãe virgem. A essência da narração do Mateus é que o Espírito de Deus age no nascimento de Jesus de uma maneira sem precedentes. É o Espírito que traz a verdade de Deus aos homens, é o Espírito que põe os homens em condições de ver essa verdade quando está diante deles, é o Espírito que pode, somente Ele, recriar a alma quando esta perdeu a vida que deveria ter. Jesus nos capacita a ver o que é Deus e o que deveria ser o homem. Jesus abre nossos olhos e mentes de tal maneira que podemos ver a verdade de Deus para nós; Jesus é o poder criador que desceu aos homens; Jesus é o poder recriador que pode liberar as almas dos homens da morte do pecado,


    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 1 versículo 22
    para cumprir o que Jeová tinha dito por meio do seu profeta: Mateus usa muitas vezes essa expressão e outras parecidas. Pelo visto, ele queria deixar claro para os leitores judeus que Jesus era o Messias prometido. — Mt 2:15-23; 4:14; 8:17; 12:17; 13 35:21-4; 26:56; 27:9.

    Jeová: O versículo seguinte, o 23, faz uma citação direta de Is 7:14, que diz que foi Jeová quem deu o sinal. (Veja o Apêndice C3 [introdução e Mt 1:22].) Esta é a primeira citação que Mateus faz das Escrituras Hebraicas.


    Dicionário

    Acontecer

    verbo transitivo indireto e intransitivo Ocorrer; ser ou se tornar real (num tempo ou espaço), casualmente ou como efeito de uma ação, de modo a alterar o sentido e afetar algo ou alguém: o evento acontecia na varanda do prédio; o amor simplesmente aconteceu.
    verbo intransitivo Dar-se uma situação ruim ou imprevisível: vai bebendo deste jeito e nem imagina o que vai te acontecer!
    Figurado Chamar a atenção ou ser alvo da atenção alheia; inspirar admiração ou ter sucesso: ele vivia querendo acontecer, mas não conseguia.
    Etimologia (origem da palavra acontecer). Do latim contigescere; contingere.

    suceder, ocorrer, dar-se, passar-se. – Quanto aos três primeiros, diz Bruns.: “Acontecer é termo genérico, aplicável a qualquer fato, previsto ou imprevisto, importante ou não. Geralmente, acontecer não relaciona o fato com outro anterior nem o atribui a determinada causa; não obstante, como termo genérico, não há dúvida que em tais casos seja bem empregado: aconteceu o que tínhamos previsto; aconteceu um desastre.” – Suceder é o mesmo que acontecer, mas encerra ideia de causa anterior. Dizendo – “aconteceu uma desgraça” – referimo-nos à desgraça em si, sem outra ideia acessória; dizendo “sucedeu uma desgraça” – apresentamos o fato como consequência de tal ou tal existência: “na perfuração dos túneis sucedem desgraças amiúde...” Ocorrer é o mesmo que suceder ou acontecer; emprega-se, porém, quando se quer dar a entender que do que sucede ou acontece se origina alguma consequência... – Dar-se é, aqui, um verbo que em todos os casos poderia substituir a qualquer dos três primeiros, significando o mesmo que acontecer, ou suceder, ou ocorrer. Dão-se às vezes desgraças que surpreendem os mais fortes ânimos. Deram-se acontecimentos extraordinários em Lisboa. Dizem que se deram naquele momento sucessos imprevistos. As ocorrências que se dão diariamente já não impressionam. – Passar-se está quase no mesmo caso: não é, porém, tão extensivo, e é de predicação mais precisa. Decerto que se não poderia dizer: “Passou-se uma catástrofe; passar-se-ia um desastre se não fora a nossa prudência”.

    Cumprir

    verbo transitivo direto Executar; realizar uma determinação ou obrigação previamente estabelecida: cumpriu o aviso prévio.
    verbo pronominal Acontecer; ter existência real: o contrato não se cumpriu.
    verbo transitivo direto , transitivo indireto e pronominal Realizar; efetivar-se de alguma forma: o político não cumpriu as promessas; ele não cumpriu com suas obrigações; o destino se cumpriu.
    verbo transitivo direto e pronominal Preencher; completar o tempo estabelecido para: o presidente cumpriu 4 anos de mandato; cumpriram-se os prazos para a entrega do trabalho.
    verbo intransitivo e transitivo indireto Convir; ser adequado, útil ou necessário: cumpre acabar com a dengue; cumpre aos cidadãos o pagamento dos impostos.
    Etimologia (origem da palavra cumprir). Do latim complere.

    ocorre freqüentes vezes no N.T a frase ‘para se cumprir’, ou ‘para que se cumprisse’ (Mt 2:15-17,23 – 8.17 – 12.17). isto geralmente não quer dizer que aquelas pessoas que tomavam parte no acontecimento soubessem que estavam cumprindo uma profecia. o sentido, na maioria dos casos, deve ser, na realidade, o seguinte: ‘neste acontecimento se verificou o que foi dito pelo profeta…’.

    observar, guardar. – Segundo Bensabat, estes verbos são sinônimos no sentido de fazer ou executar o que está prescrito por uma ordem ou por uma lei ou mesmo por um dever moral. O sentido próprio de observar é ter à vista, prestar atenção a, impor a si mesmo como regra ou como norma. “Se houvéssemos de observar aquela sentença do rei egípcio…” (d. Franc. de Melo). O sentido próprio de guardar é ter sob sua guarda, velar sobre, ter sempre à vista com muito cuidado o objeto para o conservar e defender: “Pouco se poderá acrescentar como novidade guardando-se, como se deve guardar, o preceito crítico que manda julgar os livros pelos princípios.” (Reb. da Silva) O sentido próprio de cumprir é tornar efetivas as prescrições de desempenhar, executar com toda exação e rigor: “Cumprir uma ordem; cumprir a lei”.

    Cumprir
    1) Realizar (Is 44:28); (Mt 3:15); (2Tm 4:5)

    2) Obedecer (Mt 5:19), RC).

    3) Completar; atingir (Mt 5:17-18).

    4) Ser necessá

    Cumprir Levar algo até seu fim e consumação. A vida de Jesus cumpriu as Escrituras na medida em que se ateve às profecias messiânicas do Antigo Testamento (Mt 1:22 etc.). Ele nasceu quando se cumpriu o tempo de Deus para a vinda do Messias (Lc 1:23.57; 2,6.21ss.; Lc 9:51). Foi batizado como cumprimento da justiça de Deus (Mt 3:15). Cumpriu a Lei de Moisés ao lhe dar seu verdadeiro sentido, ao lhe obedecer fielmente e ao declarar consumado seu tempo de aplicação (Mt 5:17). Finalmente, com sua morte, cumpriu sua missão salvífica ao ser executado como sacrifício expiatório em favor da humanidade (Lc 12:50; Jo 19:28-30; Mc 10:45).

    Dito

    adjetivo Que se disse; mencionado, referido.
    substantivo masculino Expressão; frase; sentença; conceito; mexerico.
    Dar o dito por não dito, considerar sem efeito o que se disse.

    Dito
    1) Palavra (Nu 24:4)

    2) PROVÉRBIO (Hc 2:6). 3 Notícia; rumor (Jo 21:23).

    Diz

    3ª pess. sing. pres. ind. de dizer
    2ª pess. sing. imp. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Parte

    substantivo feminino Porção; qualquer parcela de um todo: parte poluída da floresta.
    Quinhão; porção atribuída a cada pessoa na divisão de algo: dividiu a herança em duas partes.
    Local; território não determinado: gosta de caminhar em toda parte.
    Lado; região ou área demarcada: a criminalidade está na parte afastada da cidade.
    Responsabilidade; tarefa a cumprir: a parte do chefe é pagar os salários.
    Cada um dos lados de um acordo ou litígio: não houve acordo entre as partes; as partes formaram uma empresa.
    Aviso; anúncio feito oral ou verbalmente: deram parte da sociedade aos familiares.
    Queixa; delação de um crime ou irregularidade: deram parte da empresa à polícia.
    [Música] Cada elemento que compõe a estrutura de uma composição: parte de uma melodia.
    Não confundir com: aparte.
    Etimologia (origem da palavra parte). Do latim pars.tis.

    Profeta

    Porta-voz de Deus, que recebe uma mensagem da parte de Deus e proclama a um grupo específico de ouvintes.

    [...] enviado de Deus com a missão de instruir os homens e de lhes revelar as coisas ocultas e os mistérios da vida espiritual. Pode, pois, um homem ser profeta, sem fazer predições. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 21, it• 4

    O verdadeiro profeta é um homem de bem, inspirado por Deus. Podeis reconhecê-lo pelas suas palavras e pelos seus atos. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 624

    Em sentido restrito, profeta é aquele que adivinha, prevê ou prediz o futuro. No Evangelho, entretanto, esse termo tem significação mais extensa, aplicando-se a todos os enviados de Deus com a missão de edificarem os homens nas coisas espirituais, mesmo que não façam profecias.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pelos seus frutos os conhecereis

    Em linguagem atual, poderíamos definir os profetas como médiuns, indivíduos dotados de faculdades psíquicas avantajadas, que lhes permitem falar e agir sob inspiração espiritual.
    Referencia: SIMONETTI, Richard• A voz do monte• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - Profetas transviados


    Profeta Pessoa que profetiza, isto é, que anuncia a mensagem de Deus (v. PROFECIA). No AT, os profetas não eram intérpretes, mas sim porta-vozes da mensagem divina (Jr 27:4). No NT, o profeta falava baseado na revelação do AT e no testemunho dos apóstolos, edificando e fortalecendo assim a comunidade cristã (At 13:1; 1Co 12:28-29; 14.3; Fp 4:11). A mensagem anunciada pelo profeta hoje deve estar sempre de acordo com a revelação contida na Bíblia. João Batista (Mt 14:5; Lc 1:76) e Jesus (Mt 21:11-46; Lc 7:16; 24.19; Jo 9:17) também foram chamados de profetas. Havia falsos profetas que mentiam, afirmando que as mensagens deles vinham de Deus (Dt 18:20-22; At 13:6-12; 1Jo 4:1).

    ====================

    O PROFETA

    O novo Moisés, o profeta prometido (Dt 18:15-18). Pode ser aquele que deveria anunciar a vinda do MESSIAS (Mt 11:9-10) ou então o próprio Messias (Mt 21:9-11; Lc 24:19-21; Jo 6:14; 7.40).

    =====================

    OS PROFETAS

    Maneira de os israelitas se referirem à segunda divisão da Bíblia Hebraica (Mt 5:17). Esses livros são os seguintes: Js, Jz 1:2Sm, 1 e 2Rs 1s, Jr, Ez e os doze profetas menores. Embora o nosso AT contenha os mesmos livros que estão na Bíblia Hebraica, a ordem em que eles estão colocados não é a mesma.


    Profeta No judaísmo, o profeta é o escolhido por Deus para proclamar sua palavra em forma de exortação e, outras vezes, como advertência de castigo. A mensagem profética não estava necessariamente ligada ao anúncio de acontecimentos futuros.

    Embora Moisés fosse o maior de todos os profetas (Dt 34:10), o período principal da atividade profética estende-se de Samuel (séc. XI a.C.) até Malaquias (séc. V a.C.). As fontes destacam dois tipos de profetas.

    O primeiro (Samuel, Natã, Elias, Eliseu) não deixou obras escritas e, ocasionalmente, viveu em irmandades proféticas conhecidas como “filhos dos profetas”.

    O segundo (Amós 1saías, Jeremias etc.) deixou obras escritas. A atividade profética estendia-se também às mulheres, como foi o caso de Maria (Ex 15:20), Débora (Jz 4:4) e Hulda (2Rs 2:14) e a não-judeus, como Balaão, Jó etc. Conforme os rabinos, a presença de Deus ou Shejináh abandonou Israel após a morte do último profeta (Yoma 9b), desaparecendo o dom de profecia depois da destruição do Templo (BB 12b).

    Nos evangelhos, Jesus é apresentado como o Profeta; não um profeta melhor, mas o Profeta escatológico anunciado por Moisés em Dt 18:15-16, que surgiria no final dos tempos e que não seria inferior a Moisés, porque significaria o cumprimento das profecias anteriores (Jo 6:14ss.; Mc 13:22 e par.; Mt 13:57 e par.; 21,11; 21,46 e par.; Lc 7:39; 13,33; Jo 4:44). A isso acrescentem-se os textos em que se emprega a expressão Amém (mesmo não as limitando a um cariz profético). A expectativa desse “Profeta” devia ser comum na época de Jesus, como se deduz de Jo 1:21. Essa pessoa tem também um paralelo evidente na doutrina samaritana do “taheb” (o que regressa ou o restaurador), uma espécie de Moisés redivivo (Jo 4:19.25). Também nos deparamos com uma figura semelhante na teologia dos sectários de Qumrán e no Testamento dos Doze patriarcas, embora já apresentando essenciais diferenças.

    L. A. Schökel, o. c.; A. Heschel, o. c.; I. I. Mattuck, El pensamiento de los profetas, 1971; G. von Rad, Teología...; vol. II; J. D. G. Dunn, “Prophetic I-Sayings and the Jesus Tradition: The Importance of Testing Prophetic Utterances within Early Christianity” em NTS, 24, 1978, pp. 175-198; D. Hill, New Testament Prophecy, Atlanta 1979; D. E. Aune, Prophecy in Early Christianity, Grand Rapids 1983; G. f. Hawthorne, The Presence and the Power: The Significance of the Holy Spirit in the Life and Ministry of Jesus, Dallas, 1991; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Resenha Bíblica, n. 1, Los profetas, Estella 1994.


    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    δέ ὅλος τοῦτο γίνομαι ἵνα πληρόω ὁ ῥέω ὑπό κύριος διά προφήτης
    Mateus 1: 22 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Ora, tudo isso aconteceu para que pudesse se cumprir o que foi dito pelo Senhor através do profeta, dizendo:
    Mateus 1: 22 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    5 meses, mais ou menos. Antes do nascimento de Jesus
    G1096
    gínomai
    γίνομαι
    o quarto dos profetas maiores, tomado como refém na primeira deportação para a
    (Belteshazzar)
    Substantivo
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1223
    diá
    διά
    Através dos
    (through)
    Preposição
    G2046
    eréō
    ἐρέω
    ()
    G2443
    hína
    ἵνα
    para que
    (that)
    Conjunção
    G2962
    kýrios
    κύριος
    antes
    (before)
    Prepostos
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3650
    hólos
    ὅλος
    tudo
    (all)
    Adjetivo - dativo feminino no singular
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G4137
    plēróō
    πληρόω
    tornar cheio, completar,i.e., preencher até o máximo
    (might be fulfilled)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Passivo - 3ª pessoa do singular
    G4396
    prophḗtēs
    προφήτης
    nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
    (prophet)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G5259
    hypó
    ὑπό
    por / através / até
    (by)
    Preposição


    γίνομαι


    (G1096)
    gínomai (ghin'-om-ahee)

    1096 γινομαι ginomai

    prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v

    1. tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
    2. tornar-se, i.e. acontecer
      1. de eventos
    3. erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
      1. de homens que se apresentam em público
    4. ser feito, ocorrer
      1. de milagres, acontecer, realizar-se
    5. tornar-se, ser feito

    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    διά


    (G1223)
    diá (dee-ah')

    1223 δια dia

    preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

    1. através de
      1. de lugar
        1. com
        2. em, para
      2. de tempo
        1. por tudo, do começo ao fim
        2. durante
      3. de meios
        1. atrave/s, pelo
        2. por meio de
    2. por causa de
      1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
        1. por razão de
        2. por causa de
        3. por esta razão
        4. consequentemente, portanto
        5. por este motivo

    ἐρέω


    (G2046)
    eréō (er-eh'-o)

    2046 ερεω ereo

    provavelmente um forma mais completa de 4483, uma alternativa para 2036 em determinados tempos; v

    1. expressar, falar, dizer

    ἵνα


    (G2443)
    hína (hin'-ah)

    2443 ινα hina

    provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

    1. que, a fim de que, para que

    κύριος


    (G2962)
    kýrios (koo'-ree-os)

    2962 κυριος kurios

    de kuros (supremacia); TDNT - 3:1039,486; n m

    1. aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão; mestre, senhor
      1. o que possue e dispõe de algo
        1. proprietário; alguém que tem o controle da pessoa, o mestre
        2. no estado: o soberano, príncipe, chefe, o imperador romano
      2. é um título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores
      3. título dado: a Deus, ao Messias

    Sinônimos ver verbete 5830


    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅλος


    (G3650)
    hólos (hol'-os)

    3650 ολος holos

    palavra primária; TDNT - 5:174,682; adj

    1. tudo, inteiro, completamente

    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    πληρόω


    (G4137)
    plēróō (play-ro'-o)

    4137 πληροω pleroo

    de 4134; TDNT - 6:286,867; v

    1. tornar cheio, completar,i.e., preencher até o máximo
      1. fazer abundar, fornecer ou suprir liberalmente
        1. Tenho em abundância, estou plenamente abastecido
    2. tornar pleno, i.e., completar
      1. preencher até o topo: assim que nada faltará para completar a medida, preencher até borda
      2. consumar: um número
        1. fazer completo em cada particular, tornar perfeito
        2. levar até o fim, realizar, levar a cabo, (algum empreendimento)
      3. efetuar, trazer à realização, realizar
        1. relativo a deveres: realizar, executar
        2. de ditos, promessas, profecias, fazer passar, ratificar, realizar
        3. cumprir, i.e., fazer a vontade de Deus (tal como conhecida na lei) ser obedecida como deve ser, e as promessas de Deus (dadas pelos profetas) receber o cumprimento

    προφήτης


    (G4396)
    prophḗtēs (prof-ay'-tace)

    4396 προφητης prophetes

    de um composto de 4253 e 5346; TDNT - 6:781,952; n m

    1. nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
    2. alguém que, movido pelo Espírito de Deus e, por isso, seu instrumento ou porta-voz, solenemente declara aos homens o que recebeu por inspiração, especialmente aquilo que concerne a eventos futuros, e em particular tudo o que se relaciona com a causa e reino de Deus e a salvação humana
      1. os profetas do AT, tendo predito o reino, obras e morte, de Jesus, o Messias.
      2. de João, o Batista, o arauto de Jesus, o Messias
      3. do profeta ilustre que os judeus esperavam antes da vinda do Messias
      4. o Messias
      5. de homens cheios do Espírito de Deus, que pela sua autoridade e comando em palavras de relevância defendem a causa de Deus e estimulam a salvação dos homens
      6. dos profetas que apareceram nos tempos apostólicos entre cristãos
        1. estão associados com os apóstolos
        2. discerniram e fizeram o melhor pela causa cristã e previram determinados eventos futuros. (At 11:27)
        3. nas assembléias religiosas dos cristãos, foram movidos pelo Santo Espírito para falar, tendo capacidade e autoridade para instruir, confortar, encorajar, repreender, sentenciar e motivar seus ouvintes
    3. poeta (porque acreditava-se que os poetas cantavam sob inspiração divina)
      1. de Epimênides (Tt 1:12)

    ὑπό


    (G5259)
    hypó (hoop-o')

    5259 υπο hupo

    preposição primária; prep

    1. por, sob