Enciclopédia de João 13:4-4

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jo 13: 4

Versão Versículo
ARA levantou-se da ceia, tirou a vestimenta de cima e, tomando uma toalha, cingiu-se com ela.
ARC Levantou-se da ceia, tirou os vestidos, e, tomando uma toalha, cingiu-se.
TB levantou-se da mesa, tirou as suas vestes e, tomando uma toalha, cingiu-se;
BGB ἐγείρεται ἐκ τοῦ δείπνου καὶ τίθησιν τὰ ἱμάτια καὶ λαβὼν λέντιον διέζωσεν ἑαυτόν·
HD levanta-se da ceia, depõe a veste e, tomando um pano {de linho}, cingiu-se.
BKJ levantou-se da ceia, colocou de lado as suas vestes e, tomando uma toalha, cingiu-se.
LTT Levanta-Se para- fora- da ceia, e deposita de lado as Suas vestes- mais- exteriores, e (havendo tomado uma toalha) cingiu-Se ao redor (de Si mesmo).
BJ2 levanta-se da mesa, depõe o manto e, tomando uma toalha, cinge-se com ela.
VULG surgit a cœna, et ponit vestimenta sua, et cum accepisset linteum, præcinxit se.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 13:4

Lucas 12:37 Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa, e, chegando-se, os servirá.
Lucas 17:7 E qual de vós terá um servo a lavrar ou a apascentar gado, a quem, voltando ele do campo, diga: Chega-te e assenta-te à mesa?
Lucas 22:27 Pois qual é maior: quem está à mesa ou quem serve? Porventura, não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós, sou como aquele que serve.
II Coríntios 8:9 porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enriquecêsseis.
Filipenses 2:6 que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
João 13 : 4
veste
ιματιον - (himation) Veste externa, manto, peça de vestuário utilizada sobre a peça interna. Pode ser utilizada como sinônimo do vestuário completo de uma pessoa. O termo também aparece em Mt 5:40, traduzido como “manto”.

João 13 : 4
{de linho}
Lit. “linteum (do latim)”, tecido grosseiro (normalmente de linho) com o qual os servos de uma casa se cingiam, toalha, avental.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O MINISTÉRIO DE JESUS: O ÚLTIMO ANO

abril de 32 d.C. a abril de 33 d.C.
JESUS ENTRE OS GENTIOS
A jornada de Jesus até as cidades de Tiro e Sidom o levou a uma região habitada predominantemente por gentios e pagãos. Ali, em resposta à fé nele demonstrada por uma mulher gentia, Jesus libertou a filha dessa mulher da possessão demoníaca. No caminho de volta, Jesus passou por Decápolis, um grupo de dez cidades gregas que, com exceção de Bete- Seã, ficavam a leste do lago da Galileia e do rio Jordão. Nessa região, Jesus curou um homem surdo e gago.

PEDRO DECLARA QUE JESUS É O CRISTO
Perto do lago da Galileia, Jesus alimentou outra grande multidão de quatro mil pessoas, sem contar as mulheres e crianças. Chegou à margem oeste do lago, em Magada (Magdala), e prosseguiu para o norte, chegando a Cesaréia de Filipe (atual Banias), junto ao monte Hermom. Ali, num local onde um rio sai de uma caverna num penhasco, ficava um santuário ao deus grego Pã.
Foi em Cesaréia de Filipe que Jesus perguntou aos seus discípulos: "Vós [.…..] quem dizeis que eu sou?" e Simão Pedro respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16:16). Em seguida, Jesus disse a Pedro que construiria sua igreja sobre a rocha.
O significado exato dessa "rocha" é extremamente controverso. De acordo com as interpretações mais comuns, as palavras de Jesus se referem ao próprio Pedro ou à sua declaração. Na sequência, Jesus explicou aos seus discípulos que teria de ir a Jerusalém e sofrer muitas coisas nas mãos dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos mestres da Lei. Seria morto, mas ressuscitaria no terceiro dia. Quando Pedro tentou repreendê- lo, Jesus lhe disse: "Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens" (Mt 16:23).

A TRANSFIGURAÇÃO
Seis dias depois, Jesus levou Pedro, Tiago e João para o alto de um monte. De acordo com os Evangelhos, lá os três discípulos viram Jesus em seu estado glorificado. Seu rosto resplandecia como o sol e suas roupas se tornaram brancas como a luz. Moisés, representando a lei do Antigo Testamento, e Elias, representando os profetas do Antigo Testamento, também apareceram em esplendor glorioso. Desde o século IV, a tradição identifica esse local como o monte Tabor (588 m) a sudeste do lago da Galileia, apesar do monte Hermom (2.814), consideravelmente mais alto que o Tabor e o monte mais próximo de Cesaréia de Filipe, ser um local bem mais provável.

OPOSIÇÃO CRESCENTE
Jesus e seus discípulos seguiram para Cafarnaum, onde Jesus pagou o seu imposto do templo e o de Pedro com uma moeda encontrada na boca de um peixe. Depois de passar pelo território de Samaria, onde ele e seus discípulos não foram bem recebidos, Jesus chegou a Jerusalém para a Festa dos Tabernáculos. Era início do outono de 32 d.C. No último dia da festa, Jesus se levantou e exclamou: "Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva" (Jo 7:37-38). Daí em diante, Jesus enfrentou oposição cada vez maior dos líderes judeus, mas uma família que vivia em Betânia (atual el-Azariyeh), apenas 3 km a sudeste de Jerusalém, na encosta sul do monte das Oliveiras, o acolheu em seu lar. Maria, Marta e seu irmão, Lázaro, se tornaram parte do círculo de amigos mais íntimos de Jesus.
Jesus curou um homem cego de nascença, mas exasperou os fariseus, pois realizou essa cura no sábado. Em dezembro, na Festa da Dedicação (que comemorava a reconsagração do templo por Judas Macabeu em 165 a.C.), Jesus discutiu com os judeus que o acusaram de blasfêmia por ele afirmar ser o Filho de Deus.

JESUS RESSUSCITA LÁZARO
Diante da oposição crescente em Jerusalém, Jesus atravessou o rio Jordão e foi para a região da Peréia, onde muitos ceram nele.3 Voltou a Betânia quando ficou sabendo da morte de seu amigo Lázaro e o ressuscitou, apesar de Lázaro já estar morto há quatro dias. Assustados com o que Jesus havia feito, os principais sacerdotes e os fariseus convocaram uma reunião do Sinédrio, o conselho superior dos judeus. Impossibilitado de circular publicamente entre os judeus, Jesus se recolheu para uma vila chamada Efraim, perto do deserto, e ali ficou com seus discípulos.

JESUS SE APROXIMA DE JERUSALÉM
Jesus estava cada vez mais concentrado em sua paixão iminente em Jerusalém. Em Jericó, ele curou dois cegos e viu o coletor de impostos Zaqueu renunciar suas práticas fraudulentas e o dinheiro que havia adquirido desonestamente. Em seguida, Jesus percorreu os 23 km de estrada deserta e entrou em Betânia onde foi recebido na casa de Simão, o leproso. Ali, Maria, a irmã de Marta, derramou um perfume caro sobre os pés de Jesus e secou-os com seus cabelos. Esse aparente desperdício irritou um dos discípulos de Jesus, o futuro traidor chamado Judas 1scariotes.

A ENTRADA TRIUNFAL DE JESUS EM JERUSALÉM
No domingo antes da morte de Jesus, multidão ficou sabendo que ele estava a caminho de Jerusalém. Cortou ramos de palmeiras e espalhou suas vestes diante de Jesus, enquanto ele percorria, montado num jumentinho, distância entre Betfagé, no monte das Oliveiras, e Jerusalém, passando pelo vale do Cedrom. A multidão que ia adiante dele e os que o seguiam gritavam: "Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas!" (Mt 21:9; Mc 11:9; Lc 19:38; Jo 12:13). Ao contemplar a cidade, Jesus chorou por ela, pois anteviu o que seria feito dela em 70 d.C., quando os exércitos romanos construiriam trincheiras ao seu redor e a cercariam por todos os lados. Naquela noite e, ao que parece, todas as noites até sua prisão na quinta-feira, Jesus caminhou até Betânia para pernoitar a casa de seus amigos Maria, Marta e Lázaro.

JESUS PURIFICA O TEMPLO
Na segunda-feira, Jesus entrou na área do templo e expulsou os que compravam, vendiam e trocavam dinheiro nos pátios do templo. Ali também curou cegos e coxos. Sua atitude suscitou a ira dos principais sacerdotes e mestres da Lei que começaram a procurar um modo de matá-lo.

DISCUSSÕES COM OS JUDEUS
Nos dois dias seguintes, Jesus tratou de vários assuntos controversos com os líderes judeus no templo. Diversas questões levantadas pelos judeus visavam enredá-lo, mas ele se desviou cuidadosamente de todas as armadilhas. Também contou três parábolas aos judeus, questionando o fato de eles o term rejeitado. Pronunciou sete ais devastadores contra os fariseus e, mais uma vez, lamentou sobre Jerusalém. Ao deixar a cidade e se dirigir ao monte das Oliveiras, falou sobre o fim dos tempos, o julgamento vindouro e sua volta em glória.

JUDAS TRAI JESUS
Provavelmente na quarta-feira, Judas 1scariotes, um dos discípulos de Jesus, procurou os principais sacerdotes e concordou em trair seu Mestre por trinta moedas de prata, o equivalente aproximado ao salário de quatro meses de trabalho. Os judeus desejavam saber com exatidão onde Jesus estaria para poder prendê-lo rapidamente, longe das vistas da multidão.

A ÚLTIMA CEIA
Na noite de quinta-feira, Jesus e seus discípulos se reuniram num cenáculo em Jerusalém. Jesus lavou os pés de seus discípulos e repartiu entre eles um pão e um cálice de vinho. Interpretou o pão como o seu corpo oferecido por eles, e o vinho, como o sangue da nova aliança. Durante essa refeição, Judas saiu sorrateiramente e traiu Jesus. Uma vez que existe uma aparente discrepância entre a cronologia adotada por João e a cronologia dos outros três evangelistas, não há um consenso quanto à natureza dessa refeição, se foi a refeição pascal propriamente dita ou se foi uma refeição semelhante, realizada um dia antes da Páscoa.

O GETSÊMANI
Naquela noite, depois de cantar um hino, Jesus e seus discípulos se dirigiram ao monte das Oliveiras. Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João e entrou no jardim do Getsêmani. Seus três companheiros adormeceram, e Jesus orou sozinho: "Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres" (Mt 26:39). No final, ao perceber que o cálice de sofrimento não seria removido, Jesus se sujeitou à vontade do Pai e foi ao encontro do traidor.

O último ano do ministério de Jesus

Os números referem-se. em ordem cronológica, aos acontecimentos do último ano do ministério de Jesus.

Referências:

Mateus 17:1-8

Marcos 9:2-8

Lucas 9:28-36

João 10:22-39

Mateus 19:1-2

Marcos 10:1

João 10:40-42

Lucas 19:43

Marcos 11:11

Mateus 21:17

Mateus 26:14-16

Marcos 14:10-11

Lucas 22:1-6

Marcos 14:12

Lucas 22:15

João 13.1

O último ano do ministério de Jesus
O último ano do ministério de Jesus
Santuário de Pã, deus pastor grego, em Cesaréia de Filipe.
Santuário de Pã, deus pastor grego, em Cesaréia de Filipe.
O jardim do Getsêmani, onde Jesus foi preso.
O jardim do Getsêmani, onde Jesus foi preso.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus

Últimos dias do ministério de Jesus em Jerusalém (Parte 1)

DATA

LUGAR

ACONTECIMENTO

MATEUS

MARCOS

LUCAS

JOÃO

33 d.C., 8 de nisã

Betânia

Jesus chega seis dias antes da Páscoa

     

Jo 11:55Jo 12:1

9 de nisã

Betânia

Maria derrama óleo na cabeça e nos pés de Jesus

Mt 26:6-13

Mc 14:3-9

 

Jo 12:2-11

Betânia–Betfagé–Jerusalém

Entra em Jerusalém montado num jumento

Mt 21:1-11, Mt 14:17

Mc 11:1-11

Lc 19:29-44

Jo 12:12-19

10 de nisã

Betânia–Jerusalém

Amaldiçoa figueira; purifica o templo novamente

Mt 21:18-19; Mt 21:12-13

Mc 11:12-17

Lc 19:45-46

 

Jerusalém

Principais sacerdotes e escribas tramam matar Jesus

 

Mc 11:18-19

Lc 19:47-48

 

Jeová fala; Jesus profetiza sua morte; descrença de judeus cumpre profecia de Isaías

     

Jo 12:20-50

11 de nisã

Betânia–Jerusalém

Lição sobre figueira que secou

Mt 21:19-22

Mc 11:20-25

   

Templo em Jerusalém

Sua autoridade é questionada; ilustração dos dois filhos

Mt 21:23-32

Mc 11:27-33

Lc 20:1-8

 

Ilustrações: lavradores assassinos, banquete de casamento

Mt 21:33Mt 22:14

Mc 12:1-12

Lc 20:9-19

 

Responde a perguntas sobre Deus e César, ressurreição, maior mandamento

Mt 22:15-40

Mc 12:13-34

Lc 20:20-40

 

Pergunta se Cristo é filho de Davi

Mt 22:41-46

Mc 12:35-37

Lc 20:41-44

 

Ai dos escribas e fariseus

Mt 23:1-39

Mc 12:38-40

Lc 20:45-47

 

Vê a contribuição da viúva

 

Mc 12:41-44

Lc 21:1-4

 

Monte das Oliveiras

Fala sobre o sinal de sua presença

Mt 24:1-51

Mc 13:1-37

Lc 21:5-38

 

Ilustrações: dez virgens, talentos, ovelhas e cabritos

Mt 25:1-46

     

12 de nisã

Jerusalém

Judeus tramam matá-lo

Mt 26:1-5

Mc 14:1-2

Lc 22:1-2

 

Judas combina a traição

Mt 26:14-16

Mc 14:10-11

Lc 22:3-6

 

13 de nisã (tarde de quinta-feira)

Jerusalém e proximidades

Prepara a última Páscoa

Mt 26:17-19

Mc 14:12-16

Lc 22:7-13

 

14 de nisã

Jerusalém

Celebra a Páscoa com os apóstolos

Mt 26:20-21

Mc 14:17-18

Lc 22:14-18

 

Lava os pés dos apóstolos

     

Jo 13:1-20


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Emmanuel

jo 13:4
O Consolador

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Página: 161
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

 — Na reunião de 31 de outubro de 1939, no Grupo Espírita “Luís Gonzaga”, de Pedro Leopoldo, um amigo do Plano Espiritual lembrou aos seus componentes a discussão de temas doutrinários, por meio de perguntas nossas à entidade de Emmanuel, a fim de ampliar-se a esfera dos nossos conhecimentos.


Consultado sobre o assunto, o Espírito Emmanuel estabeleceu um programa de trabalhos a ser executado pelo nosso esforço, que foi iniciado pelas duas questões seguintes:


— Apresentando o Espiritismo, na sua feição de Consolador prometido pelo Cristo, três aspectos diferentes: científico, filosófico, religioso, qual desses aspectos é o maior?

— “Podemos tomar o Espiritismo, simbolizado desse modo, como um triângulo de forças espirituais.

“A Ciência e a Filosofia vinculam à Terra essa figura simbólica, porém, a Religião é o ângulo divino que a liga ao Céu. No seu aspecto científico e filosófico, a doutrina será sempre um campo nobre de investigações humanas, como outros movimentos coletivos, de natureza intelectual que visam o aperfeiçoamento da Humanidade. No aspecto religioso, todavia, repousa a sua grandeza divina, por constituir a restauração do Evangelho de Jesus-Cristo, estabelecendo a renovação definitiva do homem, para a grandeza do seu imenso futuro espiritual.”


— A fim de intensificar os nossos conhecimentos relativamente ao tríplice aspecto do Espiritismo, poderemos continuar com as nossas indagações?

— “Podereis perguntar, sem que possamos nutrir a pretensão de vos responder com as soluções definitivas, embora cooperemos convosco da melhor vontade.

“Aliás, é pelo amparo recíproco que alcançaremos as expressões mais altas dos valores intelectivos e sentimentais.

“Além do túmulo, o Espírito desencarnado não encontra os milagres da sabedoria, e as novas realidades do Plano imortalista transcendem aos quadros do conhecimento contemporâneo, conservando-se numa esfera quase inacessível às cogitações humanas, escapando, pois, às nossas possibilidades de exposição, em face da ausência de comparações analógicas, único meio de impressão na tábua de valores restritos da mente humana.

“Além do mais, ainda nos encontramos num plano evolutivo sem que possamos trazer ao vosso círculo de aprendizado as últimas equações, nesse ou naquele setor de investigação e de análise. É por essa razão que somente poderemos cooperar convosco sem a presunção da palavra derradeira. Considerada a nossa contribuição nesse conceito indispensável de relatividade, buscaremos concorrer com a nossa modesta parcela de experiência, sem nos determos no exame técnico das questões científicas, no objeto das polêmicas da Filosofia e das religiões, sobejamente movimentados nos bastidores da opinião, para considerarmos tão somente a luz espiritual que se irradia de todas as coisas e o ascendente místico de todas as atividades do espírito humano dentro de sua abençoada escola terrestre, sob a proteção misericordiosa Deus.”



As questões apresentadas foram as mais diversas e numerosas. Todos os componentes do Grupo, bem como outros amigos espiritistas de diferentes pontos, cooperaram no acervo das perguntas, ora manifestando as suas necessidades de esclarecimento íntimo, no estudo do Evangelho, ora interessados em assuntos novos que as respostas de Emmanuel suscitavam.

Em seguida, o autor espiritual selecionou as questões, deu-lhes uma ordem, catalogou-as em cada assunto particularizado, e eis aí o novo livro.

Que as palavras sábias e consoladoras de Emmanuel proporcionem a todos os companheiros de doutrina o mesmo bem espiritual que nos fizeram, são os votos dos modestos trabalhadores do Grupo Espírita “Luís Gonzaga”, de Pedro Leopoldo, Minas Gerais.


Pedro Leopoldo, 8 de março de 1940.


jo 13:4
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Mateus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 10
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

— Como compreender a afirmativa de Jesus aos judeus: — “Sois deuses”? (Jo 10:34)

— Em todo homem repousa a partícula da divindade do Criador, com a qual pode a criatura terrestre participar dos poderes sagrados da Criação.

O Espírito encarnado ainda não ponderou devidamente o conjunto de possibilidades divinas guardadas em suas mãos, dons sagrados tantas vezes convertidos em elementos de ruína e destruição.

Entretanto, os poucos que sabem crescer na sua divindade, pela exemplificação e pelo ensinamento, são cognominados na Terra santos e heróis, por afirmarem a sua condição espiritual, sendo justo que todas as criaturas procurem alcançar esses valores, desenvolvendo para o bem e para a luz a sua natureza divina.


— Qual o sentido do ensinamento evangélico: — “Todos os pecados ser-vos-ão perdoados, menos os que cometerdes contra o Espírito Santo”? (Mc 3:28)

— A aquisição do conhecimento espiritual, com a perfeita noção de nossos deveres, desperta em nosso íntimo a centelha do espírito divino, que se encontra no âmago de todas as criaturas.

Nesse instante, descerra-se à nossa visão profunda o santuário da luz de Deus, dentro de nós mesmos, consolidando e orientando as nossas mais legítimas noções de responsabilidade na vida.

Enquanto o homem se desvia ou fraqueja, distante dessa iluminação, seu erro justifica-se, de alguma sorte, pela ignorância ou pela cegueira. Todavia, a falta cometida com a plena consciência do dever, depois da bênção do conhecimento interior, guardada no coração e no raciocínio, essa significa o “pecado contra o Espírito Santo”, porque a alma humana estará, então, contra si mesma, repudiando as suas divinas possibilidades.

É lógico, portanto, que esses erros são os mais graves da vida, porque consistem no desprezo dos homens pela expressão de Deus, que habita neles.


— Qual o espírito destas letras: — “Não cuides que vim trazer paz à Terra; não vim trazer a paz, mas a espada”? (Mt 10:34)

— Todos os símbolos do Evangelho, dado o meio em que desabrocharam, são, quase sempre, fortes e incisivos.

Jesus não vinha trazer ao mundo a palavra de contemporização com as fraquezas do homem, mas a centelha de luz para que a criatura humana se iluminasse para os Planos divinos.

E a lição sublime do Cristo, ainda e sempre, pode ser conhecida como a “espada” renovadora, com a qual deve o homem lutar consigo mesmo, extirpando os velhos inimigos do seu coração, sempre capitaneados pela ignorância e pela vaidade, pelo egoísmo e pelo orgulho.


— A afirmativa do Mestre: — “Porque eu vim pôr em dissensão o filho contra seu pai, a filha contra sua mãe e a nora contra sua sogra” — como deve ser compreendida em espírito e verdade? (Mt 10:35)

— Ainda aqui, temos de considerar a feição antiga do hebraico, com a sua maneira vigorosa de expressão.

Seria absurdo admitir que o Senhor viesse estabelecer a perturbação no sagrado instituto da família humana, nas suas elevadas expressões afetivas, mas, sim, que os seus ensinamentos consoladores seriam o fermento divino das opiniões, estabelecendo os movimentos materiais das ideias renovadoras, fazendo luz no íntimo de cada um, pelo esforço próprio, para felicidade de todos os corações.


— “E tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis” — Esse preceito do Mestre tem aplicação, igualmente, no que se refere aos bens materiais? (Mt 21:22)

— O “seja feita a vossa vontade”, da oração comum, constitui nosso pedido geral a Deus, cuja Providência, através dos seus mensageiros, nos proverá o Espírito ou a condição de vida do mais útil, conveniente e necessário ao nosso progresso espiritual, para a sabedoria e para o amor.

O que o homem não deve esquecer, em todos os sentidos e circunstâncias da vida, é a prece do trabalho e da dedicação, no santuário da existência de lutas purificadoras, porque Jesus abençoará as suas realizações de esforço sincero.


— Por que disse Jesus que “o escândalo é necessário, mas ai daquele por quem o escândalo vier”? (Mt 18:7)

— Num Plano de vida, onde quase todos se encontram pelo escândalo que praticaram no pretérito, é justo que o mesmo “escândalo” seja necessário, como elemento de expiação, de prova ou de aprendizado, porque aos homens falta ainda aquele “amor que cobre a multidão dos pecados”.

As palavras do ensinamento do Mestre ajustam-se, portanto, de maneira perfeita, à situação dos encarnados no mundo, sendo lastimáveis os que não vigiam, por se tornarem, desse modo, instrumentos de tentação nas suas quedas constantes, através dos longos caminhos.


— As palavras de Jesus: — “A luz brilha nas trevas e as trevas não a compreenderam”, tiveram aplicação somente quando da exemplificação do Cristo, há dois mil anos, ou essa aplicação é extensiva à nossa era? (Jo 1:5)

— As palavras do apóstolo referiam-se à sua época; todavia, o simbolismo evangélico do seu enunciado estende-se aos tempos modernos, nos quais a lição do Senhor permanece incompreendida para a maioria dos corações, que persistem em não ver a luz, fugindo à verdade.


— Em que sentido devemos interpretar as sentenças de João Batista: — “A quem pertence a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que com ele está e ouve, muito se regozija por ouvir a voz do esposo. Pois este gozo eu agora experimento; é preciso que ele cresça e que eu diminua”? (Jo 3:29)

— O esposo da Humanidade terrestre é Jesus-Cristo, o mesmo Cordeiro de Deus que arranca as almas humanas dos caminhos escusos da impenitência.

O amigo do esposo é o seu precursor, cuja expressão humana deveria desaparecer a fim de que Jesus resplandecesse para o mundo inteiro, no seu Evangelho de Verdade e Vida.


— A transfiguração do Senhor é também um símbolo para a Humanidade? (Mt 17:1)

— Todas as expressões do Evangelho possuem uma significação divina e, no Tabor, contemplamos a grande lição de que o homem deve viver a sua existência, no mundo, sabendo que pertence ao Céu, por sua sagrada origem, sendo indispensável, desse modo, que se desmaterialize, a todos os instantes, para que se desenvolva em amor e sabedoria, na sagrada exteriorização da virtude celeste, cujos germens lhe dormitam no coração.


— Qual o sentido da afirmativa do texto sagrado, acerca de Jesus: — “Não tendo Deus querido sacrifício, nem oblata, lhe formou um corpo”? (Hb 10:5)

— Para Deus, o mundo não mais deveria persistir no velho costume de sacrificar nos altares materiais, em seu nome, razão por que enviou aos homens a palavra do Cristo, a fim de que a Humanidade aprendesse a sacrificar no altar do coração, na ascensão divina dos sentimentos para o seu amor.


— Como interpretar a afirmativa de João: — “Três são os que fornecem testemunho no Céu; o Pai, o Verbo e o Espírito Santo”? (1Jo 5:7)

— João referia-se ao Criador, a Jesus, que constituía para a Terra a sua mais perfeita personificação, e à legião dos Espíritos redimidos e santificados que cooperam com o Divino Mestre, desde os primeiros dias da organização terrestre, sob a misericórdia de Deus.


— Como entender a bem-aventurança conferida por Jesus aos “pobres de espírito”? (Mt 5:3)

— O ensinamento do Divino Mestre referia-se às almas simples e singelas, despidas do “espírito de ambição e de egoísmo”, que costumam triunfar nas lutas do mundo.

Não costumais até hoje denominar os vitoriosos do século, nas questões puramente materiais, de “homem de espírito”? É por essa razão que, em se dirigindo à massa popular, aludia o Senhor aos corações despretensiosos e humildes, aptos a lhe seguirem os ensinamentos, sem determinadas preocupações rasteiras da existência material.


— Qual a maior lição que a Humanidade recebeu do Mestre, ao lavar ele os pés dos seus discípulos? (Jo 13:1)

— Entregando-se a esse ato, queria o Divino Mestre testemunhar às criaturas humanas a suprema lição da humildade, demonstrando, ainda uma vez, que, na coletividade cristã, o maior para Deus seria sempre aquele que se fizesse o menor de todos.


— Por que razão Jesus, ao lavar os pés dos seus discípulos, cingiu-se com uma toalha? (Jo 13:4)

— O Cristo, que não desdenhou a energia fraternal na eliminação dos erros da criatura humana, afirmando-se como o Filho de Deus nos divinos fundamentos da Verdade, quis proceder desse modo para revelar-se o escravo pelo amor à Humanidade, à qual vinha trazer a luz da vida, na abnegação e no sacrifício supremos.


— Aceitando Jesus o auxílio de Simão, o cireneu, desejava deixar um novo ensinamento às criaturas? (Mt 27:32)

— Essa passagem evangélica encerra o ensinamento do Cristo, concernente à necessidade de cooperação fraternal entre os homens, em todos os trâmites da vida.


— A ressurreição de Lázaro, operada pelo Mestre, tem um sentido oculto, como lição à Humanidade? (Jo 11:1)

— O episódio de Lázaro era um selo divino identificando a passagem do Senhor, mas também foi o símbolo sagrado da ação do Cristo sobre o homem, testemunhando que o seu amor arrancava a Humanidade de seu sepulcro de misérias, Humanidade a favor da qual tem o Senhor dado o sacrifício de suas lágrimas, ressuscitando-a para o sol da vida eterna, nas sagradas lições do seu Evangelho de amor e de redenção.


— Poderemos receber um ensinamento sobre a eucaristia, dado o costume tradicional da Igreja Romana, que recorda a ceia dos discípulos com o vinho e a hóstia? (Mt 26:26)

— A verdadeira eucaristia evangélica não é a do pão e do vinho materiais, como pretende a igreja de Roma, mas, a identificação legítima e total do discípulo com Jesus, de cujo ensino de amor e sabedoria deve haurir a essência profunda, para iluminação dos seus sentimentos e do seu raciocínio, através de todos os caminhos da vida.


— Quem terá recebido maior soma de misericórdia na justiça divina: — Judas, o discípulo infiel, mas iludido e arrependido, ou o sacerdote maldoso e indiferente, que o induziu à defecção? (Mt 27:3)

— Quem há recebido mais misericórdia, por mais necessitado e indigente, é o mau sacerdote de todos os tempos, que, longe de confundir a lição do Cristo uma só vez, vem praticando a defecção espiritual para com o Divino Mestre, desde muitos séculos.


— Que ensinamentos nos oferece a negação de Pedro? (Mt 26:31)

— A negação de Pedro serve para significar a fragilidade das almas humanas, perdidas na invigilância e na despreocupação da realidade espiritual, deixando-se conduzir, indiferentemente, aos torvelinhos mais tenebrosos do sofrimento, sem cogitarem de um esforço legítimo e sincero, na definitiva edificação de si mesmas.


— Qual a edição dos Evangelhos que melhor traduz a fonte original?

— A grafia original dos Evangelhos já representa, em si mesma, a própria tradução do ensino de Jesus, considerando-se que essa tarefa foi delegada aos seus apóstolos.

Sendo razoável estimarmos, em todas as circunstâncias, os esforços sinceros, seja qual for o meio onde se desdobram, apenas consideramos que, em todas as traduções dos ensinamentos do Mestre Divino, se torna imprescindível separar da letra o espírito.

Podereis objetar que a letra deveria ser simples e clara.

Convenhamos que sim, mas importa observar que os Evangelhos são o roteiro das almas, e é com a visão espiritual que devem ser lidos; pois, constituindo a cátedra de Jesus, o discípulo que deles se aproximar com a intenção sincera de aprender encontra, sob todos os símbolos da letra, a palavra persuasiva e doce, simples e enérgica, da inspiração do seu Mestre imortal.



jo 13:4
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Marcos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 11
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

— Como compreender a afirmativa de Jesus aos judeus: — “Sois deuses”? (Jo 10:34)

— Em todo homem repousa a partícula da divindade do Criador, com a qual pode a criatura terrestre participar dos poderes sagrados da Criação.

O Espírito encarnado ainda não ponderou devidamente o conjunto de possibilidades divinas guardadas em suas mãos, dons sagrados tantas vezes convertidos em elementos de ruína e destruição.

Entretanto, os poucos que sabem crescer na sua divindade, pela exemplificação e pelo ensinamento, são cognominados na Terra santos e heróis, por afirmarem a sua condição espiritual, sendo justo que todas as criaturas procurem alcançar esses valores, desenvolvendo para o bem e para a luz a sua natureza divina.


— Qual o sentido do ensinamento evangélico: — “Todos os pecados ser-vos-ão perdoados, menos os que cometerdes contra o Espírito Santo”? (Mc 3:28)

— A aquisição do conhecimento espiritual, com a perfeita noção de nossos deveres, desperta em nosso íntimo a centelha do espírito divino, que se encontra no âmago de todas as criaturas.

Nesse instante, descerra-se à nossa visão profunda o santuário da luz de Deus, dentro de nós mesmos, consolidando e orientando as nossas mais legítimas noções de responsabilidade na vida.

Enquanto o homem se desvia ou fraqueja, distante dessa iluminação, seu erro justifica-se, de alguma sorte, pela ignorância ou pela cegueira. Todavia, a falta cometida com a plena consciência do dever, depois da bênção do conhecimento interior, guardada no coração e no raciocínio, essa significa o “pecado contra o Espírito Santo”, porque a alma humana estará, então, contra si mesma, repudiando as suas divinas possibilidades.

É lógico, portanto, que esses erros são os mais graves da vida, porque consistem no desprezo dos homens pela expressão de Deus, que habita neles.


— Qual o espírito destas letras: — “Não cuides que vim trazer paz à Terra; não vim trazer a paz, mas a espada”? (Mt 10:34)

— Todos os símbolos do Evangelho, dado o meio em que desabrocharam, são, quase sempre, fortes e incisivos.

Jesus não vinha trazer ao mundo a palavra de contemporização com as fraquezas do homem, mas a centelha de luz para que a criatura humana se iluminasse para os Planos divinos.

E a lição sublime do Cristo, ainda e sempre, pode ser conhecida como a “espada” renovadora, com a qual deve o homem lutar consigo mesmo, extirpando os velhos inimigos do seu coração, sempre capitaneados pela ignorância e pela vaidade, pelo egoísmo e pelo orgulho.


— A afirmativa do Mestre: — “Porque eu vim pôr em dissensão o filho contra seu pai, a filha contra sua mãe e a nora contra sua sogra” — como deve ser compreendida em espírito e verdade? (Mt 10:35)

— Ainda aqui, temos de considerar a feição antiga do hebraico, com a sua maneira vigorosa de expressão.

Seria absurdo admitir que o Senhor viesse estabelecer a perturbação no sagrado instituto da família humana, nas suas elevadas expressões afetivas, mas, sim, que os seus ensinamentos consoladores seriam o fermento divino das opiniões, estabelecendo os movimentos materiais das ideias renovadoras, fazendo luz no íntimo de cada um, pelo esforço próprio, para felicidade de todos os corações.


— “E tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis” — Esse preceito do Mestre tem aplicação, igualmente, no que se refere aos bens materiais? (Mt 21:22)

— O “seja feita a vossa vontade”, da oração comum, constitui nosso pedido geral a Deus, cuja Providência, através dos seus mensageiros, nos proverá o Espírito ou a condição de vida do mais útil, conveniente e necessário ao nosso progresso espiritual, para a sabedoria e para o amor.

O que o homem não deve esquecer, em todos os sentidos e circunstâncias da vida, é a prece do trabalho e da dedicação, no santuário da existência de lutas purificadoras, porque Jesus abençoará as suas realizações de esforço sincero.


— Por que disse Jesus que “o escândalo é necessário, mas ai daquele por quem o escândalo vier”? (Mt 18:7)

— Num Plano de vida, onde quase todos se encontram pelo escândalo que praticaram no pretérito, é justo que o mesmo “escândalo” seja necessário, como elemento de expiação, de prova ou de aprendizado, porque aos homens falta ainda aquele “amor que cobre a multidão dos pecados”.

As palavras do ensinamento do Mestre ajustam-se, portanto, de maneira perfeita, à situação dos encarnados no mundo, sendo lastimáveis os que não vigiam, por se tornarem, desse modo, instrumentos de tentação nas suas quedas constantes, através dos longos caminhos.


— As palavras de Jesus: — “A luz brilha nas trevas e as trevas não a compreenderam”, tiveram aplicação somente quando da exemplificação do Cristo, há dois mil anos, ou essa aplicação é extensiva à nossa era? (Jo 1:5)

— As palavras do apóstolo referiam-se à sua época; todavia, o simbolismo evangélico do seu enunciado estende-se aos tempos modernos, nos quais a lição do Senhor permanece incompreendida para a maioria dos corações, que persistem em não ver a luz, fugindo à verdade.


— Em que sentido devemos interpretar as sentenças de João Batista: — “A quem pertence a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que com ele está e ouve, muito se regozija por ouvir a voz do esposo. Pois este gozo eu agora experimento; é preciso que ele cresça e que eu diminua”? (Jo 3:29)

— O esposo da Humanidade terrestre é Jesus-Cristo, o mesmo Cordeiro de Deus que arranca as almas humanas dos caminhos escusos da impenitência.

O amigo do esposo é o seu precursor, cuja expressão humana deveria desaparecer a fim de que Jesus resplandecesse para o mundo inteiro, no seu Evangelho de Verdade e Vida.


— A transfiguração do Senhor é também um símbolo para a Humanidade? (Mt 17:1)

— Todas as expressões do Evangelho possuem uma significação divina e, no Tabor, contemplamos a grande lição de que o homem deve viver a sua existência, no mundo, sabendo que pertence ao Céu, por sua sagrada origem, sendo indispensável, desse modo, que se desmaterialize, a todos os instantes, para que se desenvolva em amor e sabedoria, na sagrada exteriorização da virtude celeste, cujos germens lhe dormitam no coração.


— Qual o sentido da afirmativa do texto sagrado, acerca de Jesus: — “Não tendo Deus querido sacrifício, nem oblata, lhe formou um corpo”? (Hb 10:5)

— Para Deus, o mundo não mais deveria persistir no velho costume de sacrificar nos altares materiais, em seu nome, razão por que enviou aos homens a palavra do Cristo, a fim de que a Humanidade aprendesse a sacrificar no altar do coração, na ascensão divina dos sentimentos para o seu amor.


— Como interpretar a afirmativa de João: — “Três são os que fornecem testemunho no Céu; o Pai, o Verbo e o Espírito Santo”? (1Jo 5:7)

— João referia-se ao Criador, a Jesus, que constituía para a Terra a sua mais perfeita personificação, e à legião dos Espíritos redimidos e santificados que cooperam com o Divino Mestre, desde os primeiros dias da organização terrestre, sob a misericórdia de Deus.


— Como entender a bem-aventurança conferida por Jesus aos “pobres de espírito”? (Mt 5:3)

— O ensinamento do Divino Mestre referia-se às almas simples e singelas, despidas do “espírito de ambição e de egoísmo”, que costumam triunfar nas lutas do mundo.

Não costumais até hoje denominar os vitoriosos do século, nas questões puramente materiais, de “homem de espírito”? É por essa razão que, em se dirigindo à massa popular, aludia o Senhor aos corações despretensiosos e humildes, aptos a lhe seguirem os ensinamentos, sem determinadas preocupações rasteiras da existência material.


— Qual a maior lição que a Humanidade recebeu do Mestre, ao lavar ele os pés dos seus discípulos? (Jo 13:1)

— Entregando-se a esse ato, queria o Divino Mestre testemunhar às criaturas humanas a suprema lição da humildade, demonstrando, ainda uma vez, que, na coletividade cristã, o maior para Deus seria sempre aquele que se fizesse o menor de todos.


— Por que razão Jesus, ao lavar os pés dos seus discípulos, cingiu-se com uma toalha? (Jo 13:4)

— O Cristo, que não desdenhou a energia fraternal na eliminação dos erros da criatura humana, afirmando-se como o Filho de Deus nos divinos fundamentos da Verdade, quis proceder desse modo para revelar-se o escravo pelo amor à Humanidade, à qual vinha trazer a luz da vida, na abnegação e no sacrifício supremos.


— Aceitando Jesus o auxílio de Simão, o cireneu, desejava deixar um novo ensinamento às criaturas? (Mt 27:32)

— Essa passagem evangélica encerra o ensinamento do Cristo, concernente à necessidade de cooperação fraternal entre os homens, em todos os trâmites da vida.


— A ressurreição de Lázaro, operada pelo Mestre, tem um sentido oculto, como lição à Humanidade? (Jo 11:1)

— O episódio de Lázaro era um selo divino identificando a passagem do Senhor, mas também foi o símbolo sagrado da ação do Cristo sobre o homem, testemunhando que o seu amor arrancava a Humanidade de seu sepulcro de misérias, Humanidade a favor da qual tem o Senhor dado o sacrifício de suas lágrimas, ressuscitando-a para o sol da vida eterna, nas sagradas lições do seu Evangelho de amor e de redenção.


— Poderemos receber um ensinamento sobre a eucaristia, dado o costume tradicional da Igreja Romana, que recorda a ceia dos discípulos com o vinho e a hóstia? (Mt 26:26)

— A verdadeira eucaristia evangélica não é a do pão e do vinho materiais, como pretende a igreja de Roma, mas, a identificação legítima e total do discípulo com Jesus, de cujo ensino de amor e sabedoria deve haurir a essência profunda, para iluminação dos seus sentimentos e do seu raciocínio, através de todos os caminhos da vida.


— Quem terá recebido maior soma de misericórdia na justiça divina: — Judas, o discípulo infiel, mas iludido e arrependido, ou o sacerdote maldoso e indiferente, que o induziu à defecção? (Mt 27:3)

— Quem há recebido mais misericórdia, por mais necessitado e indigente, é o mau sacerdote de todos os tempos, que, longe de confundir a lição do Cristo uma só vez, vem praticando a defecção espiritual para com o Divino Mestre, desde muitos séculos.


— Que ensinamentos nos oferece a negação de Pedro? (Mt 26:31)

— A negação de Pedro serve para significar a fragilidade das almas humanas, perdidas na invigilância e na despreocupação da realidade espiritual, deixando-se conduzir, indiferentemente, aos torvelinhos mais tenebrosos do sofrimento, sem cogitarem de um esforço legítimo e sincero, na definitiva edificação de si mesmas.


— Qual a edição dos Evangelhos que melhor traduz a fonte original?

— A grafia original dos Evangelhos já representa, em si mesma, a própria tradução do ensino de Jesus, considerando-se que essa tarefa foi delegada aos seus apóstolos.

Sendo razoável estimarmos, em todas as circunstâncias, os esforços sinceros, seja qual for o meio onde se desdobram, apenas consideramos que, em todas as traduções dos ensinamentos do Mestre Divino, se torna imprescindível separar da letra o espírito.

Podereis objetar que a letra deveria ser simples e clara.

Convenhamos que sim, mas importa observar que os Evangelhos são o roteiro das almas, e é com a visão espiritual que devem ser lidos; pois, constituindo a cátedra de Jesus, o discípulo que deles se aproximar com a intenção sincera de aprender encontra, sob todos os símbolos da letra, a palavra persuasiva e doce, simples e enérgica, da inspiração do seu Mestre imortal.



jo 13:4
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo João

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 5
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

— Como compreender a afirmativa de Jesus aos judeus: — “Sois deuses”? (Jo 10:34)

— Em todo homem repousa a partícula da divindade do Criador, com a qual pode a criatura terrestre participar dos poderes sagrados da Criação.

O Espírito encarnado ainda não ponderou devidamente o conjunto de possibilidades divinas guardadas em suas mãos, dons sagrados tantas vezes convertidos em elementos de ruína e destruição.

Entretanto, os poucos que sabem crescer na sua divindade, pela exemplificação e pelo ensinamento, são cognominados na Terra santos e heróis, por afirmarem a sua condição espiritual, sendo justo que todas as criaturas procurem alcançar esses valores, desenvolvendo para o bem e para a luz a sua natureza divina.


— Qual o sentido do ensinamento evangélico: — “Todos os pecados ser-vos-ão perdoados, menos os que cometerdes contra o Espírito Santo”? (Mc 3:28)

— A aquisição do conhecimento espiritual, com a perfeita noção de nossos deveres, desperta em nosso íntimo a centelha do espírito divino, que se encontra no âmago de todas as criaturas.

Nesse instante, descerra-se à nossa visão profunda o santuário da luz de Deus, dentro de nós mesmos, consolidando e orientando as nossas mais legítimas noções de responsabilidade na vida.

Enquanto o homem se desvia ou fraqueja, distante dessa iluminação, seu erro justifica-se, de alguma sorte, pela ignorância ou pela cegueira. Todavia, a falta cometida com a plena consciência do dever, depois da bênção do conhecimento interior, guardada no coração e no raciocínio, essa significa o “pecado contra o Espírito Santo”, porque a alma humana estará, então, contra si mesma, repudiando as suas divinas possibilidades.

É lógico, portanto, que esses erros são os mais graves da vida, porque consistem no desprezo dos homens pela expressão de Deus, que habita neles.


— Qual o espírito destas letras: — “Não cuides que vim trazer paz à Terra; não vim trazer a paz, mas a espada”? (Mt 10:34)

— Todos os símbolos do Evangelho, dado o meio em que desabrocharam, são, quase sempre, fortes e incisivos.

Jesus não vinha trazer ao mundo a palavra de contemporização com as fraquezas do homem, mas a centelha de luz para que a criatura humana se iluminasse para os Planos divinos.

E a lição sublime do Cristo, ainda e sempre, pode ser conhecida como a “espada” renovadora, com a qual deve o homem lutar consigo mesmo, extirpando os velhos inimigos do seu coração, sempre capitaneados pela ignorância e pela vaidade, pelo egoísmo e pelo orgulho.


— A afirmativa do Mestre: — “Porque eu vim pôr em dissensão o filho contra seu pai, a filha contra sua mãe e a nora contra sua sogra” — como deve ser compreendida em espírito e verdade? (Mt 10:35)

— Ainda aqui, temos de considerar a feição antiga do hebraico, com a sua maneira vigorosa de expressão.

Seria absurdo admitir que o Senhor viesse estabelecer a perturbação no sagrado instituto da família humana, nas suas elevadas expressões afetivas, mas, sim, que os seus ensinamentos consoladores seriam o fermento divino das opiniões, estabelecendo os movimentos materiais das ideias renovadoras, fazendo luz no íntimo de cada um, pelo esforço próprio, para felicidade de todos os corações.


— “E tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis” — Esse preceito do Mestre tem aplicação, igualmente, no que se refere aos bens materiais? (Mt 21:22)

— O “seja feita a vossa vontade”, da oração comum, constitui nosso pedido geral a Deus, cuja Providência, através dos seus mensageiros, nos proverá o Espírito ou a condição de vida do mais útil, conveniente e necessário ao nosso progresso espiritual, para a sabedoria e para o amor.

O que o homem não deve esquecer, em todos os sentidos e circunstâncias da vida, é a prece do trabalho e da dedicação, no santuário da existência de lutas purificadoras, porque Jesus abençoará as suas realizações de esforço sincero.


— Por que disse Jesus que “o escândalo é necessário, mas ai daquele por quem o escândalo vier”? (Mt 18:7)

— Num Plano de vida, onde quase todos se encontram pelo escândalo que praticaram no pretérito, é justo que o mesmo “escândalo” seja necessário, como elemento de expiação, de prova ou de aprendizado, porque aos homens falta ainda aquele “amor que cobre a multidão dos pecados”.

As palavras do ensinamento do Mestre ajustam-se, portanto, de maneira perfeita, à situação dos encarnados no mundo, sendo lastimáveis os que não vigiam, por se tornarem, desse modo, instrumentos de tentação nas suas quedas constantes, através dos longos caminhos.


— As palavras de Jesus: — “A luz brilha nas trevas e as trevas não a compreenderam”, tiveram aplicação somente quando da exemplificação do Cristo, há dois mil anos, ou essa aplicação é extensiva à nossa era? (Jo 1:5)

— As palavras do apóstolo referiam-se à sua época; todavia, o simbolismo evangélico do seu enunciado estende-se aos tempos modernos, nos quais a lição do Senhor permanece incompreendida para a maioria dos corações, que persistem em não ver a luz, fugindo à verdade.


— Em que sentido devemos interpretar as sentenças de João Batista: — “A quem pertence a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que com ele está e ouve, muito se regozija por ouvir a voz do esposo. Pois este gozo eu agora experimento; é preciso que ele cresça e que eu diminua”? (Jo 3:29)

— O esposo da Humanidade terrestre é Jesus-Cristo, o mesmo Cordeiro de Deus que arranca as almas humanas dos caminhos escusos da impenitência.

O amigo do esposo é o seu precursor, cuja expressão humana deveria desaparecer a fim de que Jesus resplandecesse para o mundo inteiro, no seu Evangelho de Verdade e Vida.


— A transfiguração do Senhor é também um símbolo para a Humanidade? (Mt 17:1)

— Todas as expressões do Evangelho possuem uma significação divina e, no Tabor, contemplamos a grande lição de que o homem deve viver a sua existência, no mundo, sabendo que pertence ao Céu, por sua sagrada origem, sendo indispensável, desse modo, que se desmaterialize, a todos os instantes, para que se desenvolva em amor e sabedoria, na sagrada exteriorização da virtude celeste, cujos germens lhe dormitam no coração.


— Qual o sentido da afirmativa do texto sagrado, acerca de Jesus: — “Não tendo Deus querido sacrifício, nem oblata, lhe formou um corpo”? (Hb 10:5)

— Para Deus, o mundo não mais deveria persistir no velho costume de sacrificar nos altares materiais, em seu nome, razão por que enviou aos homens a palavra do Cristo, a fim de que a Humanidade aprendesse a sacrificar no altar do coração, na ascensão divina dos sentimentos para o seu amor.


— Como interpretar a afirmativa de João: — “Três são os que fornecem testemunho no Céu; o Pai, o Verbo e o Espírito Santo”? (1Jo 5:7)

— João referia-se ao Criador, a Jesus, que constituía para a Terra a sua mais perfeita personificação, e à legião dos Espíritos redimidos e santificados que cooperam com o Divino Mestre, desde os primeiros dias da organização terrestre, sob a misericórdia de Deus.


— Como entender a bem-aventurança conferida por Jesus aos “pobres de espírito”? (Mt 5:3)

— O ensinamento do Divino Mestre referia-se às almas simples e singelas, despidas do “espírito de ambição e de egoísmo”, que costumam triunfar nas lutas do mundo.

Não costumais até hoje denominar os vitoriosos do século, nas questões puramente materiais, de “homem de espírito”? É por essa razão que, em se dirigindo à massa popular, aludia o Senhor aos corações despretensiosos e humildes, aptos a lhe seguirem os ensinamentos, sem determinadas preocupações rasteiras da existência material.


— Qual a maior lição que a Humanidade recebeu do Mestre, ao lavar ele os pés dos seus discípulos? (Jo 13:1)

— Entregando-se a esse ato, queria o Divino Mestre testemunhar às criaturas humanas a suprema lição da humildade, demonstrando, ainda uma vez, que, na coletividade cristã, o maior para Deus seria sempre aquele que se fizesse o menor de todos.


— Por que razão Jesus, ao lavar os pés dos seus discípulos, cingiu-se com uma toalha? (Jo 13:4)

— O Cristo, que não desdenhou a energia fraternal na eliminação dos erros da criatura humana, afirmando-se como o Filho de Deus nos divinos fundamentos da Verdade, quis proceder desse modo para revelar-se o escravo pelo amor à Humanidade, à qual vinha trazer a luz da vida, na abnegação e no sacrifício supremos.


— Aceitando Jesus o auxílio de Simão, o cireneu, desejava deixar um novo ensinamento às criaturas? (Mt 27:32)

— Essa passagem evangélica encerra o ensinamento do Cristo, concernente à necessidade de cooperação fraternal entre os homens, em todos os trâmites da vida.


— A ressurreição de Lázaro, operada pelo Mestre, tem um sentido oculto, como lição à Humanidade? (Jo 11:1)

— O episódio de Lázaro era um selo divino identificando a passagem do Senhor, mas também foi o símbolo sagrado da ação do Cristo sobre o homem, testemunhando que o seu amor arrancava a Humanidade de seu sepulcro de misérias, Humanidade a favor da qual tem o Senhor dado o sacrifício de suas lágrimas, ressuscitando-a para o sol da vida eterna, nas sagradas lições do seu Evangelho de amor e de redenção.


— Poderemos receber um ensinamento sobre a eucaristia, dado o costume tradicional da Igreja Romana, que recorda a ceia dos discípulos com o vinho e a hóstia? (Mt 26:26)

— A verdadeira eucaristia evangélica não é a do pão e do vinho materiais, como pretende a igreja de Roma, mas, a identificação legítima e total do discípulo com Jesus, de cujo ensino de amor e sabedoria deve haurir a essência profunda, para iluminação dos seus sentimentos e do seu raciocínio, através de todos os caminhos da vida.


— Quem terá recebido maior soma de misericórdia na justiça divina: — Judas, o discípulo infiel, mas iludido e arrependido, ou o sacerdote maldoso e indiferente, que o induziu à defecção? (Mt 27:3)

— Quem há recebido mais misericórdia, por mais necessitado e indigente, é o mau sacerdote de todos os tempos, que, longe de confundir a lição do Cristo uma só vez, vem praticando a defecção espiritual para com o Divino Mestre, desde muitos séculos.


— Que ensinamentos nos oferece a negação de Pedro? (Mt 26:31)

— A negação de Pedro serve para significar a fragilidade das almas humanas, perdidas na invigilância e na despreocupação da realidade espiritual, deixando-se conduzir, indiferentemente, aos torvelinhos mais tenebrosos do sofrimento, sem cogitarem de um esforço legítimo e sincero, na definitiva edificação de si mesmas.


— Qual a edição dos Evangelhos que melhor traduz a fonte original?

— A grafia original dos Evangelhos já representa, em si mesma, a própria tradução do ensino de Jesus, considerando-se que essa tarefa foi delegada aos seus apóstolos.

Sendo razoável estimarmos, em todas as circunstâncias, os esforços sinceros, seja qual for o meio onde se desdobram, apenas consideramos que, em todas as traduções dos ensinamentos do Mestre Divino, se torna imprescindível separar da letra o espírito.

Podereis objetar que a letra deveria ser simples e clara.

Convenhamos que sim, mas importa observar que os Evangelhos são o roteiro das almas, e é com a visão espiritual que devem ser lidos; pois, constituindo a cátedra de Jesus, o discípulo que deles se aproximar com a intenção sincera de aprender encontra, sob todos os símbolos da letra, a palavra persuasiva e doce, simples e enérgica, da inspiração do seu Mestre imortal.



jo 13:4
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas Universais e ao Apocalipse

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 145
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

— Como compreender a afirmativa de Jesus aos judeus: — “Sois deuses”? (Jo 10:34)

— Em todo homem repousa a partícula da divindade do Criador, com a qual pode a criatura terrestre participar dos poderes sagrados da Criação.

O Espírito encarnado ainda não ponderou devidamente o conjunto de possibilidades divinas guardadas em suas mãos, dons sagrados tantas vezes convertidos em elementos de ruína e destruição.

Entretanto, os poucos que sabem crescer na sua divindade, pela exemplificação e pelo ensinamento, são cognominados na Terra santos e heróis, por afirmarem a sua condição espiritual, sendo justo que todas as criaturas procurem alcançar esses valores, desenvolvendo para o bem e para a luz a sua natureza divina.


— Qual o sentido do ensinamento evangélico: — “Todos os pecados ser-vos-ão perdoados, menos os que cometerdes contra o Espírito Santo”? (Mc 3:28)

— A aquisição do conhecimento espiritual, com a perfeita noção de nossos deveres, desperta em nosso íntimo a centelha do espírito divino, que se encontra no âmago de todas as criaturas.

Nesse instante, descerra-se à nossa visão profunda o santuário da luz de Deus, dentro de nós mesmos, consolidando e orientando as nossas mais legítimas noções de responsabilidade na vida.

Enquanto o homem se desvia ou fraqueja, distante dessa iluminação, seu erro justifica-se, de alguma sorte, pela ignorância ou pela cegueira. Todavia, a falta cometida com a plena consciência do dever, depois da bênção do conhecimento interior, guardada no coração e no raciocínio, essa significa o “pecado contra o Espírito Santo”, porque a alma humana estará, então, contra si mesma, repudiando as suas divinas possibilidades.

É lógico, portanto, que esses erros são os mais graves da vida, porque consistem no desprezo dos homens pela expressão de Deus, que habita neles.


— Qual o espírito destas letras: — “Não cuides que vim trazer paz à Terra; não vim trazer a paz, mas a espada”? (Mt 10:34)

— Todos os símbolos do Evangelho, dado o meio em que desabrocharam, são, quase sempre, fortes e incisivos.

Jesus não vinha trazer ao mundo a palavra de contemporização com as fraquezas do homem, mas a centelha de luz para que a criatura humana se iluminasse para os Planos divinos.

E a lição sublime do Cristo, ainda e sempre, pode ser conhecida como a “espada” renovadora, com a qual deve o homem lutar consigo mesmo, extirpando os velhos inimigos do seu coração, sempre capitaneados pela ignorância e pela vaidade, pelo egoísmo e pelo orgulho.


— A afirmativa do Mestre: — “Porque eu vim pôr em dissensão o filho contra seu pai, a filha contra sua mãe e a nora contra sua sogra” — como deve ser compreendida em espírito e verdade? (Mt 10:35)

— Ainda aqui, temos de considerar a feição antiga do hebraico, com a sua maneira vigorosa de expressão.

Seria absurdo admitir que o Senhor viesse estabelecer a perturbação no sagrado instituto da família humana, nas suas elevadas expressões afetivas, mas, sim, que os seus ensinamentos consoladores seriam o fermento divino das opiniões, estabelecendo os movimentos materiais das ideias renovadoras, fazendo luz no íntimo de cada um, pelo esforço próprio, para felicidade de todos os corações.


— “E tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis” — Esse preceito do Mestre tem aplicação, igualmente, no que se refere aos bens materiais? (Mt 21:22)

— O “seja feita a vossa vontade”, da oração comum, constitui nosso pedido geral a Deus, cuja Providência, através dos seus mensageiros, nos proverá o Espírito ou a condição de vida do mais útil, conveniente e necessário ao nosso progresso espiritual, para a sabedoria e para o amor.

O que o homem não deve esquecer, em todos os sentidos e circunstâncias da vida, é a prece do trabalho e da dedicação, no santuário da existência de lutas purificadoras, porque Jesus abençoará as suas realizações de esforço sincero.


— Por que disse Jesus que “o escândalo é necessário, mas ai daquele por quem o escândalo vier”? (Mt 18:7)

— Num Plano de vida, onde quase todos se encontram pelo escândalo que praticaram no pretérito, é justo que o mesmo “escândalo” seja necessário, como elemento de expiação, de prova ou de aprendizado, porque aos homens falta ainda aquele “amor que cobre a multidão dos pecados”.

As palavras do ensinamento do Mestre ajustam-se, portanto, de maneira perfeita, à situação dos encarnados no mundo, sendo lastimáveis os que não vigiam, por se tornarem, desse modo, instrumentos de tentação nas suas quedas constantes, através dos longos caminhos.


— As palavras de Jesus: — “A luz brilha nas trevas e as trevas não a compreenderam”, tiveram aplicação somente quando da exemplificação do Cristo, há dois mil anos, ou essa aplicação é extensiva à nossa era? (Jo 1:5)

— As palavras do apóstolo referiam-se à sua época; todavia, o simbolismo evangélico do seu enunciado estende-se aos tempos modernos, nos quais a lição do Senhor permanece incompreendida para a maioria dos corações, que persistem em não ver a luz, fugindo à verdade.


— Em que sentido devemos interpretar as sentenças de João Batista: — “A quem pertence a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que com ele está e ouve, muito se regozija por ouvir a voz do esposo. Pois este gozo eu agora experimento; é preciso que ele cresça e que eu diminua”? (Jo 3:29)

— O esposo da Humanidade terrestre é Jesus-Cristo, o mesmo Cordeiro de Deus que arranca as almas humanas dos caminhos escusos da impenitência.

O amigo do esposo é o seu precursor, cuja expressão humana deveria desaparecer a fim de que Jesus resplandecesse para o mundo inteiro, no seu Evangelho de Verdade e Vida.


— A transfiguração do Senhor é também um símbolo para a Humanidade? (Mt 17:1)

— Todas as expressões do Evangelho possuem uma significação divina e, no Tabor, contemplamos a grande lição de que o homem deve viver a sua existência, no mundo, sabendo que pertence ao Céu, por sua sagrada origem, sendo indispensável, desse modo, que se desmaterialize, a todos os instantes, para que se desenvolva em amor e sabedoria, na sagrada exteriorização da virtude celeste, cujos germens lhe dormitam no coração.


— Qual o sentido da afirmativa do texto sagrado, acerca de Jesus: — “Não tendo Deus querido sacrifício, nem oblata, lhe formou um corpo”? (Hb 10:5)

— Para Deus, o mundo não mais deveria persistir no velho costume de sacrificar nos altares materiais, em seu nome, razão por que enviou aos homens a palavra do Cristo, a fim de que a Humanidade aprendesse a sacrificar no altar do coração, na ascensão divina dos sentimentos para o seu amor.


— Como interpretar a afirmativa de João: — “Três são os que fornecem testemunho no Céu; o Pai, o Verbo e o Espírito Santo”? (1Jo 5:7)

— João referia-se ao Criador, a Jesus, que constituía para a Terra a sua mais perfeita personificação, e à legião dos Espíritos redimidos e santificados que cooperam com o Divino Mestre, desde os primeiros dias da organização terrestre, sob a misericórdia de Deus.


— Como entender a bem-aventurança conferida por Jesus aos “pobres de espírito”? (Mt 5:3)

— O ensinamento do Divino Mestre referia-se às almas simples e singelas, despidas do “espírito de ambição e de egoísmo”, que costumam triunfar nas lutas do mundo.

Não costumais até hoje denominar os vitoriosos do século, nas questões puramente materiais, de “homem de espírito”? É por essa razão que, em se dirigindo à massa popular, aludia o Senhor aos corações despretensiosos e humildes, aptos a lhe seguirem os ensinamentos, sem determinadas preocupações rasteiras da existência material.


— Qual a maior lição que a Humanidade recebeu do Mestre, ao lavar ele os pés dos seus discípulos? (Jo 13:1)

— Entregando-se a esse ato, queria o Divino Mestre testemunhar às criaturas humanas a suprema lição da humildade, demonstrando, ainda uma vez, que, na coletividade cristã, o maior para Deus seria sempre aquele que se fizesse o menor de todos.


— Por que razão Jesus, ao lavar os pés dos seus discípulos, cingiu-se com uma toalha? (Jo 13:4)

— O Cristo, que não desdenhou a energia fraternal na eliminação dos erros da criatura humana, afirmando-se como o Filho de Deus nos divinos fundamentos da Verdade, quis proceder desse modo para revelar-se o escravo pelo amor à Humanidade, à qual vinha trazer a luz da vida, na abnegação e no sacrifício supremos.


— Aceitando Jesus o auxílio de Simão, o cireneu, desejava deixar um novo ensinamento às criaturas? (Mt 27:32)

— Essa passagem evangélica encerra o ensinamento do Cristo, concernente à necessidade de cooperação fraternal entre os homens, em todos os trâmites da vida.


— A ressurreição de Lázaro, operada pelo Mestre, tem um sentido oculto, como lição à Humanidade? (Jo 11:1)

— O episódio de Lázaro era um selo divino identificando a passagem do Senhor, mas também foi o símbolo sagrado da ação do Cristo sobre o homem, testemunhando que o seu amor arrancava a Humanidade de seu sepulcro de misérias, Humanidade a favor da qual tem o Senhor dado o sacrifício de suas lágrimas, ressuscitando-a para o sol da vida eterna, nas sagradas lições do seu Evangelho de amor e de redenção.


— Poderemos receber um ensinamento sobre a eucaristia, dado o costume tradicional da Igreja Romana, que recorda a ceia dos discípulos com o vinho e a hóstia? (Mt 26:26)

— A verdadeira eucaristia evangélica não é a do pão e do vinho materiais, como pretende a igreja de Roma, mas, a identificação legítima e total do discípulo com Jesus, de cujo ensino de amor e sabedoria deve haurir a essência profunda, para iluminação dos seus sentimentos e do seu raciocínio, através de todos os caminhos da vida.


— Quem terá recebido maior soma de misericórdia na justiça divina: — Judas, o discípulo infiel, mas iludido e arrependido, ou o sacerdote maldoso e indiferente, que o induziu à defecção? (Mt 27:3)

— Quem há recebido mais misericórdia, por mais necessitado e indigente, é o mau sacerdote de todos os tempos, que, longe de confundir a lição do Cristo uma só vez, vem praticando a defecção espiritual para com o Divino Mestre, desde muitos séculos.


— Que ensinamentos nos oferece a negação de Pedro? (Mt 26:31)

— A negação de Pedro serve para significar a fragilidade das almas humanas, perdidas na invigilância e na despreocupação da realidade espiritual, deixando-se conduzir, indiferentemente, aos torvelinhos mais tenebrosos do sofrimento, sem cogitarem de um esforço legítimo e sincero, na definitiva edificação de si mesmas.


— Qual a edição dos Evangelhos que melhor traduz a fonte original?

— A grafia original dos Evangelhos já representa, em si mesma, a própria tradução do ensino de Jesus, considerando-se que essa tarefa foi delegada aos seus apóstolos.

Sendo razoável estimarmos, em todas as circunstâncias, os esforços sinceros, seja qual for o meio onde se desdobram, apenas consideramos que, em todas as traduções dos ensinamentos do Mestre Divino, se torna imprescindível separar da letra o espírito.

Podereis objetar que a letra deveria ser simples e clara.

Convenhamos que sim, mas importa observar que os Evangelhos são o roteiro das almas, e é com a visão espiritual que devem ser lidos; pois, constituindo a cátedra de Jesus, o discípulo que deles se aproximar com a intenção sincera de aprender encontra, sob todos os símbolos da letra, a palavra persuasiva e doce, simples e enérgica, da inspiração do seu Mestre imortal.




Amélia Rodrigues

jo 13:4
Quando Voltar a Primavera

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 16
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

Os cirros borrascosos já se acumulavam, sombrios...


A odiosa agitação política e a perseguição gratuita da inveja armavam de ódio os partícipes da tragédia que logo mais culminaria no irremediável acumpliciamento que teria seu atro desfecho no Gólgota...


O Mestre se encontrava em Jerusalém. Demoravam-se na sensibilidade da Sua alma, em notas de tristeza, as vibrações da algaravia desconcertante e os gritos entusiastas da multidão que O saudara dias antes...


Todavia, não obstante o rebuliço injustificável, após as emoções desordenadas que transitam dos altiplanos às baixadas dos sentimentos, aqueles mesmos ovacionadores foram sendo consumidos pelos tóxicos daninhos da trivialidade e das questiúnculas frívolas, que abriram as brechas para o crime porvindouro e a anarquia.


César, em Roma, fora assassinado a soldo da insensatez e sob o acumpliciamento do Senado.


Jesus seria crucificado após a infame traição de um amigo sob a inspiração do Sinédrio.


Aqueles eram os dias preparatórios da Páscoa, os dos primeiros pães ázimos...


O símbolo do cordeiro pascal era e continua sendo de grande significação para Israel. Evocava as horas amargas que precederam a saída do Egito, da escravidão, quando Moisés rogou ao Senhor a liberdade total do povo, e as circunstâncias faraônicas dominantes se recusaram concedê-la...


Das festas israelitas, a evocação da partida e os momentos ásperos que precedem a libertação, feitos de amarguras e expectativas, são de elevada significação.


Jamais o olvidarão. Por todos os tempos recordarão a larga messe e a sublime dádiva...


Aquele mês de Nisan seria especial, aquela seria uma páscoa excepcional, a última que Jesus realizaria, preparando a união porvindoura e definitiva, que somente ocorreria nos dias da Imortalidade, nos limites longínquos além das balizas da vida física, no Reino de Deus...


Narram os escritores da Boa-nova (Mateus 26:17-36 Marcos 14:12-31 Lucas 22:7-30 João 13:1-35) que os discípulos se acercaram e perguntaram-Lhe como e onde celebrariam a páscoa, ao que Jesus, destacando Pedro e João, respondeu, afetuoso:

— Ao entrardes na cidade, encontrareis um homem trazendo um cântaro de água; segui-o até a casa em que ele entrar e dizei ao dono da casa: o Mestre manda perguntar-vos: onde é o aposento em que há de comer a Páscoa com os seus discípulos? Ele vos mostrará um espaçoso cenáculo mobiliado; ali fazei os preparativos.


Não seria fácil de identificar uma mulher a carregar água, tarefa, naquele tempo, eminentemente feminina. Um homem, todavia, despertaria atenção, conforme ocorreu.


Seguindo o estranho, consoante a determinação, adentraram-se pela ampla e confortável vivenda, narrando com espontaneidade ao seu proprietário o de que se encontravam incumbidos.


Indubitavelmente, aquele homem era um dos muitos discretos amigos do Mestre, que os havia em quantidade, embora receassem confessá-lo publicamente.


Recebendo a honrosa solicitação, encheu-se de alegria como se se repletasse de indizível, intraduzível felicidade.


Seria o maior dia da sua vida, a luz inundaria sua casa, jamais se apagando.


Ele e os doze, acompanhados pela Mãe Santíssima que se encontrava também em Jerusalém, deram início, ao cair da tarde, à cerimônia que transcorria entre sorrisos e expectativas de crescente felicidade.


A festividade tradicional se fazia complexa, ritualística.


Dever-se-ia partir o pão ázimo e embebê-lo em líquido, igualmente amargo antes de comê-lo.


Evocavam-se as dores transatas que permaneciam vivas no orgulho nacional. Iodas as libações eram previstas, acompanhadas de cantos e exclamações especiais. Desde a preparação do cordeiro, que não deveria ter osso algum quebrado e seria cozido em fogo vivo, preso numa vara de romãzeira; as libações, que se constituíam de dois terços de água para um de vinho; o número de vezes em que se sorveriam as taças; palavras e canções estavam estabelecidas na Torá, e o Talmude nos dá notícias.


Jesus, que estava situado acima dos aparatos e ritos humanos, para que se cumprissem os dispositivos legais e proféticos, permitia-se submeter a tais determinações, porque "não viera para destruir a Lei"...


A alegria se generaliza enquanto a noite tomba sem maior preâmbulo, salpicada de cristais luminosos no alto, em engastes de prata.


O Mestre, que por várias vezes anunciara a paixão e acabara de dar as últimas instruções, desvestiu a indumentária larga e, cingindo-se de uma toalha, tomou de uma bacia com água, acercou-se dos companheiros e começou a lavar-lhes os pés e a enxugá-los com o tecido com que se atava.


A suprema humildade em excelsa lição de amor seria a expressão final da renúncia de si mesmo.


Não se davam conta os amigos daquele ensinamento ímpar.


Chegando a Simão Pedro, perguntou-lhe este:

— Senhor, tu a mim me lavas os pés?


Respondeu-lhe Jesus:

— O que eu faço, tu não o sabes agora, mas entendê-lo-ás mais tarde.


Disse-lhe Pedro: Não me lavarás os pés jamais.


Replicou-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não terás parte comigo.


Há um momento de profundo silêncio cheio de expectação. O discípulo desperta e exclama com emoção incontida:

— Senhor, não somente os meus pés, mas também as mãos, a cabeça.


As lágrimas saltam-lhe dos olhos e ele estua de desconhecida felicidade, sem se aperceber dos momentos que logo advirão.


A inesquecível mensagem do ato singular e único ergue os companheiros ao clímax da ternura, e quando o Rabi volve à mesa, ei-los que, já esquecidos da magnitude do feito, se põem a disputar a primazia de quem, dentre eles, é o mais amado, anelando por estar mais próximo, mais junto ao seu coração...


Perpassa a tristeza pela face afável do Mestre, que não pode sopitar as advertências. São as últimas instruções: a hora chega...


— Qual é o maior: quem está à mesa ou quem serve? Mas eu estou no meio de vós como quem serve. "O que entre vós desejar ser o maior, faça-se o menor, o servo de todos, e aquele que manda seja como o que serve. " Ele fizera isso há pouco: servira-os na condição de humilde fâmulo, dedicado e silencioso.


O repasto, todavia, prossegue. As lâmpadas de cor e luminosidade avermelhada contrastam com o azul-escuro da noite coruscante, agora em exuberância de luar.


Recitam-se os salmos, conforme a tradição.


— Compreendeis o que vos tenho feito? —, interroga-os com dúlcida e dorida voz.


— Vós me chamais de Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou. Se eu, pois, sendo Senhor e Mestre vos lavei os pés, também vós vos deveis lavar os pés uns dos outros, porque vos dei exemplo, a fim de que, como eu fiz, assim façais vós, também.


Sutis aragens penetram o cenáculo. Invisível coral canta uma sublime rapsódia. A sala amplia as suas dimensões ao infinito. Num solo dantes jamais ouvido, Jesus eleva a voz e define:

— Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou.


Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes.


Os tons da musicalidade caem, morrem. Faz-se um demorado silêncio.


Novamente Ele exclama, adverte e sofre. E uma patética.


— Não falo de todos vós - explica, triste. — Eu conheço aqueles que escolhi, mas para que se cumpra a Escritura, aquele que come o meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar. Desde já vos digo, antes que suceda, para que, ao suceder, vós creiais que eu sou.


A perplexidade se estampa em todos os semblantes. "De que falará o Senhor? Quem entre eles se atreveria? " —, indagam, mudos, ao cérebro e ao coração.


— Em verdade, em verdade, vos digo — prossegue em música de balada. — Quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou...


Um de vós me há de trair! ...


Alguém, tocado na sensibilidade e surpresa, pergunta:

— Como conhecê-lo?


João, que apoia a cabeça no seu tórax, reinquire com doçura, a meia-voz.


— E aquele a quem eu der o pedaço de pão molhado.


A lenda e os hábitos ancestrais fizeram que, em Israel, se expressassem, à mesa, afeição ou desrespeito, consideração ou indiferença.


Como e a quem servir, expressam a posição em que é tido o comensal.


Nesse momento, o filho de Simão Iscariotes, afoito, tomou a côdea de pão das mãos de Jesus.


— O que fazes, faze-o depressa - alude o Cordeiro de Deus.


Ninguém, todavia, percebe.


Os momentos máximos da vida não raro passam despercebidos.


O atormentado filho da agonia, sem poder compreender a grandeza e o alcance profundo do instante, segue...


A ceia continua, ritmicamente, os corações se entremostram, a psicosfera se modifica, o ar da noite balsamiza as expectativas.


O Senhor se dilata em carinho e, partindo o pão, exclama:

— Tomai, este é o meu corpo...


Há um infinito de tempo, naquele rápido tempo. Ouve-se a melodia do silêncio, e a canção da saudade agora modula as primeiras notas nos ouvidos dos companheiros que, então, Lhe percebem a palidez da face, a tristeza infinita.


Tomando o cálice, rende graças, dá-o a todos a beberem e elucida:

— Este é o meu sangue, o sangue da aliança que é derramado por muitos... Nunca mais beber ei do fruto da videira, até aquele dia em que hei de beber de novo no Reino de Deus.


Abençoa o momento de alta majestade.


Eles, sem o desejarem, canhestros, revivem pela mente os instantes inapagáveis da Galileia longínqua na distância e próxima na memória... Aquele entardecer de fogo e de beleza servia de moldura para o Pastor chamar, atender e reunir as ovelhas.


Os olhos estão pejados de lágrimas, túmidos os peitos de ansiedade e inquietação.


— Fazei isto em memória de mim.


O canto está culminando. Os últimos acordes da sinfonia que chega ao grande final estrugem em sons elevados...


Levantaram-se e seguiram para o Getsêmani...


* * *

Nunca deverão esquecer a fraternidade, a união, o entendimento.


Tudo que houvesse fora das paredes daquele cenáculo, que jamais os separasse, antes lhes ofertando forças para o prosseguimento.


É certo que Judas não participara da união final, não ouvira as recomendações últimas.


A precipitação arrancara-o para o desespero, para a longa estrada de intérminas e futuras aflições...


Na ampulheta dos tempos, a refeição pascal, sem atavios nem ritualísticas, seria um traço de união entre as criaturas que se amassem à luz do Cristo - todas as criaturas...


Viriam as aflições, as perseguições infamantes, as provações irrecusáveis e cruentas, chamando-os aos sublimes testemunhos de amor. A comunhão pascal, a divisão do pão, significariam doação dos bens pessoais a favor de todos, a distribuição dos excessos para as alegrias gerais e a contribuição de amor para amenizar as dores dos corações sofridos, em memória de Jesus.


A Páscoa é evocação de liberdade.


O cordeiro simboliza a submissão e a renúncia impregnando os corações.


Cingindo-se de uma toalha, Ele lavou os pés dos discípulos a fim de que eles algo tivessem a ver com Ele...


A toalha da cooperação e a água da caridade em que se fundem e se limpam todas as sujidades da alma, e as mãos do amor em união renovadora.


* * *

O cenáculo se erguia em larga vivenda na cidade alta, perto de Tiropéon, donde se via a torre Antônia, vigilante, a observar a cidade com luzes bruxuleantes, naquela noite especial.


A arquitetura irregular do templo e a muralha abaixo, em largas pedras negras acinzentadas, clareadas pelo plenilúnio - são a paisagem da inesquecível noite.


Era abril, quinta-feira, 13 ou 14 (Segundo anotações extraídas do Evangelho de João e pesquisas especializadas, conclui-se que as datas reais são 5 e 6 de abril, respectivamente, para a Ceia e a crucificação), pouco importa a exatidão da data, quando se realizou a comunhão pascal. "Fazei isto em memória de mim. " A Natureza se alonga num hausto de eternidade.


Na treva das sinuosidades humanas há conspiração.


Dentro em pouco, entre os ciprestes do Getsêmani, há o sono dos discípulos invigilantes, o beijo da traição, o arremedo de defesa desnecessária, a prisão, os passos para o julgamento arbitrário, a morte... e a glória da ressurreição!


Tomando de uma toalha, cingiu-se, e, lavando os pés dos discípulos, ergueu-se à glória solar.



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

jo 13:4
Sabedoria do Evangelho - Volume 7

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 31
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 13:1-20


1. Antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que viera sua hora para que passasse deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.

2. E durante a ceia, já tendo o antagonista posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes para que entregasse Jesus.

3. Sabendo este que o Pai lhe dera tudo nas mãos e que saíra de Deus e regressaria para Deus,

4. levantou-se da ceia, despiu seu manto e apanhando uma toalha, cingiu-se.

5. A seguir pôs água na bacia e começou a lavar os pés dos discípulos e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido.

6. Chegou então a Simão Pedro. Disse-lhe: Senhor, tu me lavas ou pés?

7. Respondeu Jesus e disse-lhe: "O que faço tu não sabes agora, mas saberás depois disso".

8. Disse-lhe Pedro: Não me lavarás os pés neste eon. Respondeu-lhe Jesus: "Se não te lavar não terás parte comigo".

9. Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os pés, mas também as mãos e a cabeça!

10. Jesus disse-lhe: "Quem tomou banho não tem necessidade senão de lavar os pés, pois está todo limpo; e vós estais limpos, mas não todos".

11. Pois conhecia quem o entregaria; por isso disse: nem todos estais limpos:

12. Quando então lavou os pés deles e tomou seu manto e de novo se reclinou à mesa, disselhes: "Entendeis o que vos fiz?

13. Vós me chamais O Mestre e O Senhor e dizeis bem, pois eu sou.

14. Se então eu, o Senhor, o Mestre, vos lavei os pés, vós também deveis lavar-vos os pés uns aos outros,

15. pois vos dei um exemplo para que, como eu fiz, vós também o façais.

16. Em verdade, em verdade vos digo, não é o servo maior que seu senhor, nem o emissário maior que quem o enviou.

17. Se sabeis isso, felizes sereis se fizerdes assim.

18. Não falo de todos vós: eu conheço os que escolhi; mas para que se cumpra a Escritura: Quem comigo come o pão, levantou contra mim o calcanhar.

19. Desde já vos digo, antes que aconteça, para que, quando ocorrer, acrediteis que eu sou.

20. Em verdade, em verdade vos digo: quem recebe alguém se eu enviar, recebe a mim, e quem me recebe, recebe quem me enviou".



Depois da motivação da lição, apresentada por Lucas, João dá-nos por extenso a parte prática exemplificativa e o resto dos avisos para a vida cotidiana: "Não é maior o que se reclina à mesa? Pois eis o que faço".


A introdução do evangelista, neste passo, é de maravilhosa sublimidade. Começa dizendo que a ação se passou "antes da festa da páscoa"; realmente, no princípio, quando já estava Jesus reclinado no tapete, e bem assim os discípulos, que acabavam de acomodar-se após as hesitações provocadas pel "emulação".


João prossegue, afirmando que o Mestre sabia que chegara "sua hora", tantas vezes anunciada (cfr. JO 2;4; 7:30; 8:20; 12:23, 27 e 32) de regressar ao Pai. Ia deixá-los fisicamente, porque terminara Sua tarefa e eles já deveriam estar "amadurecidos". Mas a vaidade ainda os atormentava, julgando-se cada um maior e melhor que os outros. Não obstante, não os repreende: sempre os amara e seu amor não diminui: ao contrário, aqui Seu amor chega "ao fim" (eis télos), ou seja, até as últimas consequências, embora, segundo o narrador, já um deles, Judas, tivesse firmado o propósito de "entregar" seu Mestre aos judeus.


Mas Jesus sabia que "o Pai lhe dera tudo nas mãos" (expressão que Lucas traduz: "o Pai me conferiu o reino", ou domínio total) e também sabia "que saíra de Deus, e estava para voltar para Deus".


Então, "durante a ceia", isto é, depois de achar-se recostado no tapete, após haver observado as hesitações dos discípulos em tomarem seus lugares, toma a levantar-se, despe seu manto (tà imatía, que é a sobreveste "de sair"), e apanha uma toalha, cingindo-a à cintura, à maneira dos empregados que servem à mesa e dos que lavam os pés quando seus senhores regressavam da rua (cfr. Suetônio, Calígula,

26) e como ainda hoje costumam fazer os garçons nos bares mais modestos.


Apanhando uma bacia, enche-a de água e começa a circular em torno do triclínio. Estando os discípulos deitados no tapete, com as cabeças voltadas para a mesa, seus pés ficavam do lado de fora, facilitando a operação do "lava-pés" enquanto eles comiam. Embora todos deviam ter parado de comer para observar o que o Mestre estava fazendo.


Ao chegar a Pedro (o primeiro à sua esquerda) este - temperamental como sempre - dá um salto recolhendo os pés; só então percebera o que Jesus pretendia ao levantar-se, cingir-se com a toalha e preparar a bacia com água: e quase gritando protesta; "TU, lavar-me os pés"?!


Pacientemente Jesus elucida que, se bem naquele momento não entenda o que está a fazer, dali a pouco compreenderá. Mas Pedro resiste: "Não me lavarás os pés de modo algum"!. Agostinho (Pat. Lat. vol. 35, col. 1788) comenta com muita graça; cogitanda sunt potius quam dicenda; ne forte quod ex his verbís aliquátenus dignum cóncipít ánima, non éxplicet língua: numquam hoc feram, numquam pátiar, numquam sínam: hoc quippe in aeternum non fít, quod numquam fit, isto é: "suas palavras são mais para sentir que para dizer: a não ser que, dessas palavras a alma conceba até certo ponto algo digno, mas a língua não exprima; jamais o permitirei, jamais o suportarei, jamais o deixarei; porque o que nunca se fez, nunca se fará".


Mas, à violenta resistência amorosa de Pedro, Jesus responde com o intransigente amor que quer servir;


"se não deixares, não poderás ficar comigo"! Caindo em si, Pedro oferece mãos e cabeça, além dos pés. E o Mestre retruca: "Quem tomou banho (verbo loúesthai, "banhar o corpo inteiro") só precisa lavar os pés" (verbo nípsesthai, "lavar uma parte do corpo"). A distinção dos sentidos dos verbos é precisa.


Terminado o giro por todo o triclínio, Jesus tira a toalha e torna a vestir o manto, a fim de manter pelo menos essa tradição, de comer com a roupa de sair. E então pergunta: "Entendestes a lição prática?" E explica: "Vós diz eis que sou O MESTRE e O SENHOR", e a excelência do título é salientada de duas formas: pelo emprego do artigo e pelo caso nominativo, em lugar do vocativo, que seria o natural. E conclui: "E dizeis com acerto, pois EU SOU. Sendo eu, pois, o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés; então deveis fazê-lo também assim entre vós". Os servos (os discípulos) não são maiores que seu senhor (o Mestre) nem os emissários ("apóstolos") maiores que quem os envia (o Cristo). Conhecendo a regra, felizes sereis se a puserdes em prática".


Logicamente, Jesus não se referia ao ato físico, mormente se solenemente realizado uma vez por ano com toda a pompa, para demonstrar uma coisa que na realidade não existe; mas ensinou a humildade no serviço prestado diariamente com amor, uns aos outros, sobretudo os maiores aos menores, para dar o exemplo vivo que Jesus nos deu.


A seguir, acena à escolha: "Conheço quais homens escolhi e sei quem levantou o calcanhar contra mim" (frase do SL 40:10, no qual David se queixa de Aquitofel); "mas é bom saberdes que o sei, antes que aconteça, para que acrediteis que EU SOU".


As últimas palavras repetem velho ensinamento já dado: "Quem vos recebe, me recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou".


A lição prossegue, neste passo, em toda a sua amplitude e profundidade, com um gesto vivo do Mestre, que precisa e quer fixá-la no coração dos discípulos.


Analisemos os diversos tópicos.


Jesus conhecia de antemão "sua hora" de fazer a "passagem" (páscoa) deste mundo para o Pai; conhecendoa, de muito aumentou Seu amor pela humanidade, mas sobretudo por aquele pugilo que O acompanhou amorosamente durante tanto tempo em convivência diária. Nesse momento, preocupado com a vaidade deles, ainda não dominada, cresce seu amor e verifica que falar apenas não adiantaria: era mister um exemplo que chocasse, para que nunca mais fosse olvidada a lição.


E na vida o maior inspirador, o mais eficaz, é sempre o amor: onde existe AMOR, as lições são ensinadas com eficiência absoluta, não tanto pelas palavras, quanto pelos exemplos vividos.


Jesus conhecia "sua hora". Os minutos eram contados. Tendo partido da presença do Pai, da presença do Deus-Da-Terra ou Ancião dos Dias (Melquisedec), sabia que terminara Sua trajetória entre os homens visivelmente na Palestina, e teria que regressar ao Reino do Pai, após Sua passagem pela porta estreita de mais um grau iniciático. Quis ensinar, portanto, ao pequenino grupo dos mais fiéis discípulos, o modo de comportar-se em relação uns com os outros.


Nessa hora, porém, as emoções (Pedro, vol. 1) gritam, sendo reduzidas ao silêncio com argumentação segura: como participar da VIA espiritual, se se apresenta com rebeldia?


A lição é magistral, é divina. Quando ameaçada de não participar da vida espiritual, transformada em sentimento, a emoção sugere ser toda levada. Mas o Mestre anota que os veículos todos já sofreram a catarse essencial (tomaram banho), só sendo mister lavar os pés, ou seja, purificar o veículo mais denso (mais baixo), o corpo físico, que agrega a si a poeira das estradas percorridas na viagem evolutiva, pelos contatos com os companheiros de jornada. A criatura está toda limpa, purificada, mas o físico precisa ainda de rápida purificação externa.


Nesse ponto o Mestre salienta que estão limpos "mas não todos": há entre eles alguém que sofre de terríveis impactos emocionais, lutas homéricas em sua consciência. Estava ele ali, ao lado de seu Mestre, comendo com Ele no mesmo nível de todos os outros, tratado com o mesmo amor. No entanto, sua tarefa dificílima, sua perigosa missão, impunha-lhe o afastamento durante séculos daquele convívio amoroso, pois tinha que entregar seu Amigo para o sacrifício, dando todas as características de uma traição vergonhosa e infamante.


No vale dos espinheiros, tumultuado interiormente, cumprindo sua obrigação com todo o rigor requerido, carregando sua cruz até o fim, não conseguia, entretanto, paz interior: vulcões queimavam-lhe o cérebro e alimentavam a fogueira da dúvida... Deveria mesmo entregar o querido Mestre, ou seria melhor fugir a tudo? Mas, se fugisse, como se daria o indispensável passo iniciático necessário? O

"antagonista" insuflara em seu coração essa hesitação perigosíssima: sua obrigação era cumprir a tarefa de entregar o Mestre; mas suportaria ele, durante séculos, a pecha de "traidor"? E conseguiria ele olhar para seus companheiros que não estavam a par dos meandros da cerimônia? E como o povo beneficiado por Jesus iria tratá-lo?


Dentro dessa tese, perguntam-nos, por vezes, se Jesus conhecia essa missão terrível que fora confiada a Judas; e se, conhecendo-a, não poderia tê-la explicado a seus companheiros do Colégio Iniciático, a fim de aliviar a tensão do discípulo que mais se sacrificaria no Drama do Calvário. Por que, ao contrário, Jesus o acusaria de "levantar contra ele seu calcanhar", fazendo carga junto aos colegas para que alimentassem o maior desprezo por Judas.


Acreditamos que Jesus secretamente deve ter revelado a verdade a Seus discípulos. No entanto, era mister que essa atitude fosse mantida secreta, que a realidade permanecesse oculta, até que soasse a hora de tudo ser revelado. Não teria sido possível justificar a atitude de Judas, senão manifestando aos profanos os segredos iniciáticos. E isso jamais poderia ter ocorrido antes do minuto estabelecido para isso. As aparências tinham que ser salvas. O mistério devia ser guardado a sete chaves. O segredo precisava manter-se oculto. E o foi.


Externamente, para o grande vulgo, Judas sempre apareceu como "o traidor". As palavras de Jesus pareceram duras. A condenação pública dos companheiros foi violenta, foi atroz. Tudo isso fazia parte da missão difícil de Judas, e todo esse sofrimento foi de antemão aceito por seu espírito. Mas tudo tinha que permanecer escondido no cofre sigiloso da "letra" que mata, para que não "fossem dadas pérolas aos porcos nem coisas santas aos cães", isto é, aos profanos que, não podendo alcançar a sublimidade divina das ocorrências, das causas e efeitos, teriam levado sua interpretação para o pólo oposto.


E que o teriam feito, não resta dúvida: com toda a externa e severa condenação da letra escriturística do gesto de Judas, a massa popular e até muitas elites intelectuais e religiosas imitaram e imitam até hoje o papel do "Judas-traidor"! Que não teria havido se seu gesto houvesse recebido pública justificação por parte de Jesus, dos discípulos e dos comentaristas durante esses séculos que nos precederam?


Inegavelmente, o Mestre SABIA, como sempre soube e saberá, a melhor maneira de agir, e nada temos a criticar; antes pelo contrário, ficamos deslumbrados com a sabedoria revelada no modo de apresentar as coisas mais difíceis.


Agora, à distância de quase dois milênios, prestes a soar a hora aprazada para que tudo seja revelado aos que PODEM LER - pois quem "não pode", também "não lê" - compreendemos e admiramos o tato extraordinário e a prudência Daquele que humildemente se ajoelhou diante de Seus discípulos, lavandolhes os pés. Não esqueçamos que os Evangelhos constituem apenas o resumo (cfr. vol. 6) dos ensinos reais de Jesus, escritos para que pudessem ser lidos pelos profanos sem que fossem revelados os" segredos do Reino, que só a vós é revelado" (MC 4:11 e LC 8:10), pois "só os santos podem conhecêlos" (CL 1:26), segundo escreveu Paulo em sua época, quando "santos" exprimia "iniciados".


Hoje, às vésperas das grandes modificações que a Terra e os homens viverão, mister se torna que tudo seja dito, a fim de preparar os fiéis para os passos difíceis que estão chegando.


A frase final revela-nos a veracidade desta interpretação, na frase "digo-vos antes que aconteça para que, quando ocorrer, acrediteis que EU SOU": trata-se da mesma expressão que, em hebraico, se lê YHWH; trata-se do EU PROFUNDO que fala.


Deste passo em diante, a cada novo ensino, sempre mais claro se torna o ensino do EU, manifestação da Divindade em cada um de nós. A conclusão é um exemplo. Mas falaremos mais tarde sobre isso.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de João Capítulo 13 do versículo 1 até o 38
SEÇÃO IV

A ÚLTIMA CEIA E OS ÚLTIMOS DISCURSOS

João 13:1-16.33

A. A CEIA, Jo 13:1-30

1. O Cenário Teológico (13 1:3)

O cenário para a Última Ceia é apresentado por meio de uma terminologia teológica característica do quarto Evangelho. Há menção de que ela ocorreu antes da festa da Páscoa (1), mas não há nenhuma indicação das circunstâncias físicas, ou qualquer alu-são à instituição do sacramento da Ceia do Senhor (cf. Mt 26:17-20; Mc 14:12-16; Lc 22:7-12).1 Antes, os comentários de João são uma revisão das proposições teológicas básicas, em que Jesus é visto estando plenamente ciente do significado de tudo o que aconteceu à luz do que estava prestes a suceder. Jesus sabia que era chegada a sua hora (1; cf. Jo 2:4-7.30; 8.20; 12.23). O tempo para a oferta do sacrifício feito uma vez por todas (Hb 10:10) não foi determinado por homens ardilosos. Ninguém tiraria a sua vida. Ele a entregaria em sacrifício, rigorosamente, por sua própria iniciativa (Jo 10:18).

Houve duas coisas que o levaram a sua hora e tornaram esta possível. Em primeiro lugar, Ele amou os seus. Embora o amor de Deus pelo mundo tenha enviado o Filho (Jo 3:16), é o amor do Filho pelos seus que estavam no mundo o que fez com que o sacrifício de amor se tornasse realidade. Que tipo de amor é este que demandava tal ação? Algu-mas versões têm a seguinte tradução: "[Ele]... amou-os até o fim". Mas isto será errôneo se entendermos que "o fim" é simplesmente a conclusão temporal da encarnação. As palavras traduzidas como "até o fim" (eis telos) indicam grau: "completamente", "plena-mente", "absolutamente", e aqui (Jo 13:1) combina os significados "até o fim" e "até o finar.'

Macgregor traduz: "Até os limites máximos do amor",3 e Hoskyns apresenta: "Ele os amou completa e finalmente, até o final, até a morte" (cf. 1 Tes 2.16).4

Em segundo lugar, a hora de Jesus foi possível por causa de sua profunda consciên-cia do seu relacionamento com o Pai. Logo, Ele iria passar deste mundo para o Pai (1). Ele também sabia que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus, e que ia para Deus (3). Ele estava "consciente da sua missão divina e de seu destino divino".8

O cenário teológico também leva em consideração a oposição. Até então, foram os judeus que se opuseram a Ele e procuraram matá-lo (Jo 7:30-44; 8.59; 9.22; 10.20,39; 11.53,57). Mas, agora, tudo o que é mal, na pessoa do Diabo (2), conspirando com um dos discípulos escolhidos de Jesus (6.70), Judas 1scariotes, constitui o inimigo. A maneira pela qual Jesus enfrentou e venceu esta oposição provê os temas básicos para aquilo que está prestes a ocorrer. Um é o seu "extraordinário ato de auto-humilhação" (4-5) ;8 o ou-tro, uma exibição de um amor abrangente que inclui os inimigos (Jo 13:26-34).

2. A Auto-humilhação de Jesus (13 4:20)

Pelo fato de a declaração de abertura do capítulo 13 ser longa e detalhada, o leitor deve considerar que o início da cena da ceia ocorre na primeira oração do versículo 2: E, acabada a ceia (o texto grego diz "durante a ceia"), e então continua com a primeira oração no versículo 4: levantou-se da ceia. Ao fazê-lo, o Senhor tirou as vestes (4, cf. Jo 10:17; Fp 2:5-8) ; i.e., a túnica externa. Então, tomando uma toalha, cingiu-se, o que "marca a ação de um escravo": Assim preparado, Ele pôs água numa bacia e come-çou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido (5). João não declara por que algum dos discípulos não executou esta tarefa servil, mas evidentemente havia ocorrido alguma "busca de posição" entre os doze (Lc 22:24). Além disso, Jesus era o único naquela sala que poderia executar até mesmo o simbolismo da purificação — pois só Ele estava limpo no sentido teológico e moral da palavra (cf. Jo 17:19; Hb 13:12). Ele veio para dar ao homem a possibilidade de tornar-se puro, moralmente limpo, santo.

Quando Jesus foi lavar os pés de Pedro, este lhe disse: Senhor, tu lavas-me os pés a mim? (6) A resposta de Jesus, não o sabes tu, agora, não só afirmava a ignorância de Pedro em relação às coisas espirituais (e.g., a vinda do Espírito), como também incluía uma promessa: tu o saberás depois (7).8 O que eu faço era a humilhação do Senhor, simbolizada no ato de lavar-lhes os pés; na verdade, porém, Ele estava proporcionando toda a obra redentora de Deus para o homem. Hoskyns comenta que a reação de Pedro não é um contraste entre o orgulho de Pedro e a humildade de Jesus, mas, antes, "entre o conhecimento de Jesus, o qual é a base da ação, e a ignorância de Pedro, que ainda não percebe que a humilhação do Messias é a causa efetiva da salvação cristã" (cf. Jo 2:22-7.39; 12.16; 14:25-26; 15.26; 16.13 20:9).8 Mas o entendimento do futuro estava longe demais para Pedro. Ele só via a incongruência imediata da situação — Jesus lavando os seus pés. Impulsivamente, ele declarou: "Nunca em nenhum momento lavarás os meus pés -para sempre" (tradução literal). Pedro esperava colocar um ponto final em tudo aquilo. Mas Jesus conhecia o caminho para o coração de Pedro — a ameaça de ser excluído da presença de Jesus, a quem Pedro amava. Se eu te não lavar, não tens parte comigo (8; cf. Hb 12:14). "Não há lugar na sociedade dos cristãos para aqueles que não forem purificados pelo próprio Senhor Jesus"?' Se a comunhão só poderia ser adquirida pela purificação (cf. 1 Jo 1:7), então Pedro queria tudo o que pudesse ter — pés, mãos e cabeça (9).11

Jesus fez uma aplicação geral da idéia sobre a qual conversava com Pedro: "Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés.' Ele está todo limpo"." "Vós estais limpos, mas não todos" (10). Hoskyns comenta que, no ato da lavagem dos pés, Jesus "simbolicamente declara a completa purificação deles através da humilhação da morte do Messias. O cristão fiel é purificado pelo sangue de Jesus" (1 Jo 1:7; cf. Rm 6:1-3; 1 Co 10.16).' Se a santidade de coração estiver no coração da Eucaristia (ver o comentário sobre 6.53), a pureza do coração está no coração do Pedilavium (lavagem dos pés). Tudo isto era uma prefiguração simbólica da obra do Espírito que se tornaria possível através da sua vinda (Jo 14:15-17,25-26; 15.26; 16:7-15).

Mas, e quanto a Judas? Ele estava limpo? Jesus sabia, e soube (Jo 6:70-71), quem o haveria de trair; por isso, disse: Nem todos estais limpos (11). Bernard diz: "No que diz respeito à limpeza do corpo, não há dúvida de que ele estava nas mesmas condições dos outros, mas não no sentido espiritual".15

Tendo lavado os pés dos discípulos e vestido a sua túnica, Jesus, estando à mesa, outra vez perguntou aos discípulos: Entendeis o que vos tenho feito? (12) Macgregor comenta: "Quando 'veste a sua túnica', Jesus assume a sua vida novamente (10.17ss.) no poder do Espírito, e assim esclarece todas as coisas" (7).16 Sem esperar por uma resposta, Jesus explicou que isto tinha sido um exemplo (15), ou modelo, "que estimu-la ou deve estimular alguém a imita-10"Y' Da mesma forma que Ele, seu Mestre (lite-ralmente, "Ensinador") e Senhor, lhes tinha feito, assim deveriam fazer uns aos ou-tros (13-14; cf. 34). Hoskyns diz: "Seu ato de lavar os pés dos discípulos expressa a própria essência da autoridade cristã".18 Não parece haver qualquer evidência de que Jesus quisesse que a lavagem dos pés fosse instituída como um sacramento. Mas fica claro que Ele estava ensinando, pelo exemplo básico e axiomático, embora paradoxal, que a única maneira de ser "o maior" (Lc 22:24) ou de ser bem-aventurado (17) é tomar a estrada do serviço amoroso (Jo 13:34) e do sacrifício (Jo 10:15), baseado no conheci-mento da vontade de Deus para nós. A palavra traduzida como bem-aventurado no texto das Beatitudes é makarioi (Mt 5:3-12).

Um dos doze, no entanto, está se excluindo da execução do serviço amoroso, e conse-qüentemente das bem-aventuranças implicadas. Sem dúvida alguma pensando em Judas, o Mestre disse: Não falo de todos vós (18). Então, como para enfatizar o fato de que o próprio Judas escolhera desempenhar o papel do traidor como um cumprimento das Escrituras, Ele acrescentou: eu bem sei os que tenho escolhido. Bernard traduz esta frase com exatidão: "Sei o tipo de homem que escolhi"." A expressão traduzida por: para que se cumpra a Escritura' é um pouco enganosa. O ensino claro das Escrituras é que as escolhas morais do homem são deixadas dentro de seu próprio campo de decisão. Barclay esclarece bem a questão quando comenta: "Toda esta tragédia que está aconte-cendo, de alguma maneira, está dentro do propósito de Deus... Foi como as Escrituras disseram que seria" 21 O trecho das Escrituras que Jesus citou é Salmos 41:9: aquele que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar. Compartilhar o pão era uma promessa de amizade. Levantou... o seu calcanhar descreve um ato de violência brutal, como o coice repentino de um cavalo. Como foi profético! Em poucos momentos, Judas sairia, tendo ainda em sua boca o gosto do bocado da escolha que foi partilhado com Jesus. Ele então retornaria com uma turba de assassinos, perpetrando o ato violen-to e brutal jamais dantes praticado, nem sequer equiparado.

Jesus tinha uma razão especial para expor o problema básico diante dos discípulos. Isto se tornaria para eles mais uma evidência, a fim de que entendessem a sua verdadei-ra natureza. Ele lhes contou o evento da traição antes que acontecesse, e explicou a razão: para que, quando acontecer, acrediteis que eu sou (19). O eu sou (ego eimi) é outra das declarações de Jesus de sua divindade (cf. Jo 16:4-14.29; Ez 24:24; Mt 24:25). Westcott diz a respeito do eu sou: "... em mim está a fonte da vida e luz e força; Eu vos apresento a majestade invisível de Deus; Eu uno a virtude do meu Ser essencial, o que se vê e o que não se vê, o finito e o infinito"."

Embora seja verdade que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou (16), Jesus assegura aos seus discípulos o relacionamento com Ele e com o Pai. Pois se alguém receber o que eu enviar, me recebe a mim, e quem me recebe a mim recebe aquele que me enviou (20).

3. O Amor Abrangente de Jesus (13 21:30)

Ainda à mesa, onde Ele e seus discípulos partilhavam sua última refeição juntos neste mundo, Jesus... turbou-se em espírito (21; cf. Jo 11:33-12.27; 14.1). Quando se aproximou o momento da sua separação de Judas, mesmo estando plenamente ciente de sua própria unidade com Deus (20), Jesus foi verdadeiramente humano em sua reação. Poderia se dizer que a sua mágoa foi mais profunda e intensa do que a de um homem comum, pois Ele sabia melhor que qualquer outro o que realmente significa a separação de Deus.

Jesus precedeu o seu anúncio com as palavras: Em verdade, em verdade... dessa forma chamando a atenção para a gravidade daquilo que se seguiria. O anúncio, um de vós me há de trair (21), trouxe para o círculo íntimo o que depois deve ter parecido apenas uma ameaça distante (cf. 11.8; 13.18). Não é de admirar que os discípulos olhas-sem uns para os outros, sem saberem de quem ele falava (22).

A fim de entender a cena seguinte, é importante imaginar a disposição dos lugares em que os participantes se sentavam à mesa. Na verdade, a postura dos convidados em um banquete era reclinada, de lado, sobre divãs ou sofás. Uma vez que a mesa tinha a mes-ma altura dos sofás, a pessoa colocava o seu cotovelo esquerdo em uma almofada sobre a mesa, e a mão direita ficava livre para pegar a comida. Os pés ficavam estendidos para longe da mesa. A mesa tinha a forma de U e os sofás ficavam em volta do lado externo.

Na disposição dos assentos, "o anfitrião ou a pessoa principal ficava no centro, e o lugar de honra ficava acima dele, i.e., à esquerda. O próximo lugar de honra abaixo deste ficava a sua direita. Portanto, a pessoa à direita do anfitrião se sentaria de forma que a sua cabeça ficasse próxima ao peito do anfitrião, e assim seria fácil dizer-lhe uma pala-vra de forma confidencial".' Assim, quando lemos que um de seus discípulos... estava reclinado no seio de Jesus (23), é fácil entender como isto poderia ser possível.

Este reclinado no seio de Jesus é designado como o discípulo a quem Jesus amava (23). Tal frase é o método indireto utilizado pelo escritor para referir-se a si mesmo (cf. Jo 19:26-20.2; 21.7,20). Tradicionalmente, ele tem sido identificado como João, filho de Zebedeu e autor do quarto Evangelho (ver a Introdução). Isto significa que Jesus estava no centro da mesa, o lugar do anfitrião, tendo João a sua direita. A próxima questão diz respeito à pessoa à esquerda de Jesus, aquele que estava no lugar de honra. Neste ponto as autoridades divergem. Westcott pensa ter sido Pedro, com base no seguinte: estando atrás de Jesus, Pedro não poderia facilmente conversar com Ele, então sinalizava a João para perguntar a Jesus o nome do traidor." Barclay, concordando com Bernard, afirma: "Judas estava em uma posição em que Jesus poderia falar-lhe em particular sem que os outros pudessem ouvir. Há uma espécie de conversa particular ocorrendo aqui entre Jesus e Judas... Ele deve ter se sentado do lado esquerdo de Jesus... O lugar à esquerda do anfitrião era o lugar de mais alta honra, deixado para o amigo mais intimo".' Se Judas ocupou o assento de honra naquela noite decisiva, deve ter sido a convite de Jesus, pois esta era uma prerrogativa do anfitrião. Até a última hora, Jesus estava buscando o perdido (Le 19.10).

Quando Pedro fez sinal (24, lit., "fez sinal com a cabeça") a João, este perguntou: Senhor, quem é? (25) Jesus respondeu: É aquele a quem eu der o bocado molhado (26). Embora esta devesse ser uma resposta à pergunta de João, estava tão velada que nem João nem o outro discípulo captaram seu impacto total. Antes, o fato de Jesus mo-lhar o bocado e dá-lo a Judas indicava para eles a idéia contrária. Quimby comenta: "No oriente era costume quando os convidados estavam presentes, se o anfitrião desejasse honrar especialmente um deles, dobrar um pedaço de pão em forma de colher, mergulhá-lo no prato e, segurando algum pedaço escolhido, entregá-lo ao convidado como um favor especial".' Assim, este não foi um movimento para expor Judas; foi um esforço para protegê-lo, e o Senhor o fez muito bem. Nenhum dos que estavam assentados à mesa compreendeu (28) por que Jesus disse a Judas, que havia pego o bocado: O que fazes, faze-o depressa (27). João comenta que os discípulos pensaram que Jesus dera a Judas, que era o tesoureiro, alguma instrução especial sobre a compra de mantimento para a festa da Páscoa ou que desse alguma coisa aos pobres (29).

A ocultação da hipocrisia de Judas foi quase perfeita. Mas o exterior não era indica-ção do que realmente acontecia com ele. Quando tomou o bocado, professando aceitar a oferta de amor de Jesus, entrou nele Satanás (27). Algo terrível acontece com o homem que rejeita o amor mais sublime (13.1). Judas saiu logo. E era já noite (30; cf. Jo 1:5-3.19; 9.4; 11.10). Quando João escreveu estas palavras, sem dúvida lembrou-se de ver Judas abrir a porta, afastar-se da Luz, e sair pela noite adentro. "É sempre noite quando um homem abandona Cristo para seguir os seus próprios propósitos".'

Aqui podemos ver claramente o amor mais sublime delineado: 1. Amor que encontra uma maneira de servir (4-9) ; 2. Amor que pode saber o pior, e ainda assim amar ao máxi-mo (26-29) ; 3. A vida passa a uma situação de trevas quando este amor é rejeitado (30).

B. Os ÚLTIMOS DISCURSOS, Jo 13:31-16.33

Uma palavra precisa ser dita a respeito da ordem dos últimos discursos. Bernard argumenta que deve ter havido desvios na ordem do texto. Seu plano geral é colocar os capítulos 15:16 imediatamente após Jo 13:31a, então Jo 13:31b-38, seguido pelo capítulo 14. Seu objetivo é fazer o que lhe parece ser uma representação mais próxima da "intenção do escritor originar." Macgregor (que segue Moffatt) simplesmente posiciona Jo 14 após os Jo 15 ; 16, com base na alegoria da videira (Jo 15), que deveria vir após a entrega do novo mandamento (Jo 13:34).29 Pode haver razões para se suspeitar que existiram alguns desvios, mas a maioria das tentativas de reordenar parece não ajudar muito, principalmente por causa dos critérios altamente subjetivos que proporcionam a base para a nova aliança. Na análise final, o melhor procedimento é seguir a evidência textual como encontrada na análise objetiva da crítica textual. Não há evidência textual para a tentativa de "reordenar" mencionada acima.

1. O Discurso à Mesa (Jo 13:31-14.
31)

a. Introdução (13 31:35). Deixado com os onze discípulos fiéis, tendo Judas saído (31)," Jesus falou da "glória" ou da honra "quádrupla".' Primeiro, há a glória da cruz, pois agora é glorificado o Filho do Homem (31). Segundo, "em Jesus, Deus foi glori-ficado" — Deus é glorificado nele (31). Isto se deve à obediência perfeita de Jesus à vontade do Pai, e à identificação com Ele até mesmo a ponto de Jesus poder dizer: "Quem me vê a mim vê o Pai" (Jo 14:9). Terceiro, "em Jesus, Deus glorifica a si mesmo". A suprema glória de Deus é o fato de que Ele veio aos homens como um deles, venceu o pecado e a morte na cruz. Quarto, assim como a encarnação é uma glória a Deus, assim ela o é para Jesus, pois também Deus o glorificará em si mesmo e logo o há de glorificar (32). É por causa disto que "Deus o exaltou soberanamente" (Fp 2:9). No texto grego, o verbo para glorificar está tanto no tempo verbal aoristo (passado) como no futuro, e descreve "a glorificação do Filho do Homem... [como] passado, presente e futuro: qualquer distinção lógica sucumbe, visto que o significado da morte e da vinda do Espírito aos crentes, eventos no tempo como são, não podem ser limitados a este evento"."

Nesta aura de glória, Jesus chamou os discípulos de filhinhos (33). "Ele se dirige a eles carinhosamente, como o cabeça de sua pequena família"." E então prossegue com um tema que foi primeiramente apresentado em 7:33-34, ali falado aos judeus, porém aqui aos onze. A linguagem é quase idêntica. Ainda por um pouco estou convosco. Vós me buscareis, e, como tinha dito aos judeus: para onde eu vou não podeis vós ir, eu vo-lo digo também agora (33). É óbvio que Jesus está falando da proximi-dade de sua morte e da sua volta para aquele que o enviou (Jo 7:33).

Alexander Maclaren destaca "a glória da cruz" em 31-32: 1. O Filho do Homem glo-rificado na cruz (31) ; 2. Deus glorificado no Filho (31) ; 3. O Filho do Homem glorificado no Pai (32).
À luz dos eventos que acabaram de ocorrer, Jesus coloca em um odre o vinho novo de um novo amor: Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis (34). O man-damento de amar o próximo não era novo (Lv 19:18; Lc 10:27). Mas a expressão ameis...como eu vos amei a vós — isto era novo! O amor do nosso Senhor alcançou um Judas (13 5:26), que o trairia, e um Pedro, que o negaria (13 38:18-15-18,27). Na verdade, este tipo de amor foi um evento tão inigualável que um novo vocábulo teve de ser providenci-ado para expressá-lo. O eros (não no NT) dos gregos descrevia apenas um amor egoísta; e philia (no NT apenas em Tg 4:4) descrevia não mais que o amor de amizade que pensa em termos de obter, e também dar. Mas o sacrifício altruísta de Jesus, sua disposição de dar tudo sem qualquer garantia de resposta humana, tinha de ser expresso com uma palavra mais forte. Então ágape," uma rara palavra para amor antes de Paulo, passou a ser usado na literatura cristã primitiva a fim de descrever o tipo de amor que Jesus demonstrou, e a qualidade de amor que deve caracterizar a vida de seus verdadeiros discípulos.

Através de um amor como este, disse Jesus, todos os homens conhecerão que sois meus discípulos— se vos amardes uns aos outros (35). Macgregor diz: "Deve haver um novo círculo de amor, a igreja cristã, dependente de um novo centro de amor, Cristo". Ele então cita Tertuliano, dizendo: "Os pagãos estão habituados a exclamar com admiração: Veja como estes cristãos amam-se uns aos outros"."

b. As Perguntas dos Discípulos (Jo 13:36-14.14). Nesta seção, encontramos duas per-guntas (de Pedro e de Tomé) e um pedido (de Filipe).

(1) A pergunta de Pedro (Jo 13:36-14.4). Não é de admirar que os discípulos estives-sem cheios de perguntas, tanto sobre as coisas que tinham acabado de acontecer (e.g., a lavagem dos pés e a partida de Judas) como sobre o fato de Jesus haver dito que estava prestes a ir onde eles não poderiam ir (33). Pedro, de acordo com sua natureza impulsiva, perguntou: Senhor, para onde vais? (36) A resposta de Jesus: Para onde eu vou não podes, agora, seguir-me, mas, depois, me seguirás (36), tem um significado duplo. O significado óbvio é que Jesus ia para a sua morte e, posteriormen-te, Pedro sofreria por amor a Jesus e morreria em defesa da verdade (cf. 21.8)." O significado mais profundo é visto no uso da palavra "podes". Esta é uma tradução do verbo grego dynamai,37 que significa "eu posso, eu sou capaz". O substantivo cognato é dynamis, e significa "poder, força"."

Este verbo, com o negativo, aparece não menos de oito vezes" no contexto deste tema geral, cada vez expressando ou sugerindo a incapacidade total do homem e sua fraqueza quando está separado do Espírito capacitador de Cristo. Assim, a grande per-gunta é: Como Pedro poderia seguir a Jesus no desempenho total do novo mandamento (34,36) ? Esta pergunta persistente por parte dos discípulos fornece muito do cenário para que Jesus dê a promessa do Espírito, e use a figura da vinha para declarar: "Sem mim nada podereis fazer" (15.5, tradução literal).
Com forte desejo e intento, Pedro estava disposto a tentar. Pensando apenas em termos da crise iminente, ele insistiu em sua pergunta: Por que não posso seguir-te agora? Por ti darei a minha vida (37). Jesus conhecia o seu discípulo (cf. Jo 2:25). Pretender fazer o que é certo é importante. Querer cumprir o novo mandamento é essencial para a vida espiritual. Mas amar até o fim (13,1) não está dentro da capaci-dade da força humana. Para o Pedro pré-Pentecostes, Jesus possuía apenas uma pre-dição: Não cantará o galo, enquanto me não tiveres negado três vezes (38; cf. Mt 26:31ss.; Mac 14.27ss.; Lc 22:31ss.).

Há uma pausa no pensamento entre a conclusão de Jo 13:38 e o início a Jo 14. Jesus acabou de indicar a Pedro a sua futura negação, e não há nenhuma introdução para um novo tema. Por essa razão, alguns comentadores desenvolveram várias teorias de desvios textuais (ver o comentário no início da seção B acima).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de João Capítulo 13 versículo 4
Esta ceia coincide em vários aspectos com a ceia da Páscoa narrada nos sinóticos (Mt 26:17-29 e paralelos).

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de João Capítulo 13 do versículo 1 até o 38
*

13.1—17.26

Estes cinco capítulos relatam o ministério de Jesus aos seus discípulos no cenáculo, acompanhado de uma refeição. Os outros Evangelhos indicam que a Ceia do Senhor foi instituída nesta ocasião, porém João não diz isto, talvez porque ele considerasse a instituição da Ceia suficientemente abordada pelos três Evangelhos Sinóticos: Mateus, Marcos e Lucas. A relação entre a narrativa dos Sinóticos e o Evangelho de João tem sido extensamente discutida por muitos estudiosos. Os Evangelhos Sinóticos, todos, afirmam que a refeição referida em 13.2, era a refeição da Páscoa (Mt 26:17-30; Mc 14:12-26; Lc 22:7-23). João, por outro lado, implica que essa refeição teve lugar na véspera da Páscoa, e que Jesus morreu no tempo exato, quando os cordeiros pascais estavam sendo imolados (13 1:29-18.28; 19.14,31,42). Entre os estudiosos que aceitam a fidedignidade de João e dos Evangelhos Sinóticos, diversos soluções possíveis têm sido propostas. Ver notas em 19.14; Mt 26:17.

* 13:1

amou-os até ao fim. Grande ênfase é dada nos capítulos 13:17 ao amor de Cristo. Este amor é ilustrado na comovente cena do lava-pés, na qual o Filho de Deus não desdenha realizar o mais humilde trabalho de um servo (Fp 2:7-8).

* 13:2

Um contraste vivo entre Judas que se serve a si mesmo e Jesus, que se dá a si mesmo.

* 13:3

sabendo este. A humilde conduta de Jesus não foi porque ele tivesse esquecido a sua condição de Filho encarnado de Deus. Seu ato demonstra que condição superior e privilégio não são razão para a arrogância, porém, são altas credenciais para o serviço.

* 13:5

lavar os pés aos discípulos. O lava-pés era um elemento comum de hospitalidade num país poeirento, onde as pessoas usavam sandálias (conforme Lc 7:44). Esta tarefa era usualmente realizada pelo membro mais humilde da casa.

* 13 6:10

Pedro, com sua habitual impulsividade (Lc 5:8; Mt 16:22; At 10:14) fez objeção à atitude de Jesus de lavar-lhe os pés. Ele não podia entender a humildade de Cristo. Jesus responde que quaisquer que possam ser as expectativas de Pedro, ele precisa aceitar Jesus de acordo com o caminho que Deus traçou para o Messias seguir (Is 55:7-9; Mt 16:23).

* 13:11

ele sabia. João acentua que a traição por Judas não era um conhecimento imprevisível, mas que Jesus estava plenamente consciente dos eventos que se aproximavam e do papel de Judas neles. A ação de Judas foi de sua própria decisão, livre e responsável, contudo foi levada a efeito de acordo com o plano de Deus.

* 13:13

o Mestre e o Senhor. Este título duplo dá especial significação à reivindicação de Cristo sobre a vida dos discípulos. Posteriormente, eles o chamarão Senhor em reconhecimento de sua divindade (20.28).

* 13:15

eu vos dei o exemplo. A humildade de Cristo é um padrão para seus discípulos. Ao invés de aspirar a dominar, eles devem estar ávidos a servir (Mt 20:26-28; Fp 2:5-8; 1Pe 2:21).

* 13:17

se as praticardes. A percepção intelectual não é suficiente, mas precisa estar apoiada por um compromisso de vida. Isto não significa que nossas obras sejam a base da nossa aceitação da parte de Deus, mas significa que elas são a evidência da verdadeira fé. Confiança e obediência são inseparáveis.

* 13:18

Não... todos vós. Jesus escolheu Judas para ser um dos Doze, mas não o conduziu à salvação. Judas não era um dos eleitos (Mt 26:24), contudo de modo algum ele foi coagido a trair.

se cumpra. Jesus destaca o cumprimento das Escrituras em muitos detalhes de sua vida. A citação do Sl 41:9 é uma possível referência à traição por Aitofel (2Sm 15:31).

* 13:19

antes que aconteça. A veracidade de uma predição anterior era a marca de um verdadeiro profeta, e a falsa predição era o caminho seguro para discernir o falso profeta (Dt 18:18-22).

EU SOU. Reivindica divindade, como em Êx 3:14.

* 13:21

angustiou-se Jesus em espírito. Compare 11.33; 12.27. Desde o começo Jesus sabia o que Judas ia fazer, mas sua alma antevia os sofrimentos futuros, à medida que o tempo se aproximava.

* 13:22

sem saber a quem ele se referia. Judas tinha ocultado seu propósito traidor tão cuidadosamente que os outros discípulos nada perceberam. Cada discípulo começou a temer que ele pudesse ser o elo fraco (Mt 26:22). Judas também formulou a pergunta (Mt 26:25), mas os discípulos, aparentemente, não ouviram a resposta de Jesus.

* 13:23

ali estava conchegado a Jesus. Num banquete formal, as pessoas não ficavam sentadas, mas reclinadas à mesa (Lc 22:14, nota). A posição de João não era incomum numa tal ocasião.

aquele a quem ele amava. Esta referência aparece em 19.26; 20.2; 21.7,20, e geralmente tem sido entendida como se referindo a João, o autor do Evangelho. A observação não implica uma falta de amor para com os outros discípulos, mas indica uma especial afinidade com João (19.26-27).

* 13:26

o pedaço de pão. Este era aparentemente um favor reservado ao hóspede de honra.

* 13:27

entrou nele Satanás. A recusa de Judas em responder ao apelo de Jesus abriu o seu coração para o controle de Satanás. Judas era ainda um agente responsável, mas submetera-se ao domínio do mal (conforme 8.34).

faze-o depressa. Jesus continua no controle dos acontecimentos e não faz mais nenhum esforço para refrear Judas no seu propósito fatal.

* 13 31:32

glorificado. O verbo é repetido cinco vezes. Podia-se esperar a palavra oposta ("humilhado"), porque na linguagem de Paulo, Jesus desceu ao último degrau de sua profunda "humilhação", sendo pendurado na cruz sob a maldição divina (Gl 3:13). Porém, João faz o foco de luz incidir sobre a glória de Deus através de Cristo, para mostrar a glória de Deus revelada especialmente na Cruz.

* 13:33

buscar-me-eis. Esta restrição é temporária. No devido tempo, seus discípulos estariam onde Jesus está, depois que for preparar lugar para eles (14.2).

* 13:34

Novo mandamento. Nada há de novo a respeito do mandamento do amor, uma vez que Lv 19:18 ensina a "amar o próximo como a si mesmo". O novo elemento é a mudança de "próximo" para "uns aos outros" e a mudança de "a si mesmo" para "como eu vos amei". O amor cristão tem o amor sacrificial de Cristo como seu modelo e a comunidade de crentes como o primeiro lugar (ainda que certamente não exclusivo) onde esse amor se expressa (conforme 25.40; Gl 6:10; Ef 5:25). Ver "Amor", em 1Co 13:13.

* 13:36

mais tarde, porém, me seguirás. Esta é uma profecia a respeito do martírio de Pedro (21.18,19).

* 13:37

Por ti darei a própria vida. Pedro foi indubitavelmente sincero, mas não se conhecia a si mesmo.

* 13:38

jamais cantará o galo. A expressão "duas vezes", como registrada em Mc 14:30, refere-se à mesma confirmação da negação de Pedro.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de João Capítulo 13 do versículo 1 até o 38
13:1 Jesus sabia que um de seus discípulos o trairia, outro lhe negaria e todos o abandonariam durante um tempo. Mesmo assim, "aos seus que estavam no mundo, amou-os até o fim". Deus nos conhece completamente, assim como Jesus conhecia seus discípulos (2.24, 25; 6.64). Conhece os pecados que cometemos e os que nos faltam por cometer. Apesar disso, ama-nos. Como responde você ante esta classe de amor?

13.1ss Os capítulos 13:17 nos contam o que disse Jesus a seus discípulos a noite antes de sua morte. Todas estas palavras as expressou uma noite em que, contando unicamente com a presença dos discípulos, deu-lhes as últimas instruções a fim de prepará-los para sua morte e ressurreição, sucessos que trocariam suas vidas para sempre.

13 1:3 se desejar mais informação a respeito do Judas 1scariote, veja-se seu perfil no Marcos 14.

13 1:17 Jesus foi o servo modelo e mostrou sua disposição de serviço a seus discípulos. Lavar os pés dos hóspedes era uma tarefa que devia levar a cabo um servente da casa quando chegavam os convidados. Mas Jesus se colocou uma toalha à cintura, do modo que o faria o mais humilde dos escravos, para logo lavar e secar os pés de seus discípulos. Se inclusive O, Deus feito carne, está disposto a servir, nós seus seguidores também devemos ser servos, dispostos a servir de qualquer modo que glorifique a Deus. Está você disposto a seguir o exemplo de serviço de Cristo? A quem pode servir hoje? Há uma bênção especial para os que não só estão de acordo em que o serviço humilde é característico de Cristo, mas sim também vão mais à frente e o cumprem (13.17).

13 6:7 Imagine que você é Pedro que observa ao Jesus lavar os pés de outros, e que este vai aproximando-se o cada vez mais. Ao Pedro deve lhe haver confundido que seu Professor estivesse realizando tarefas de escravo. Ainda não compreendia o ensino do Jesus de que para ser um líder, devia ser um servo. Esta não é uma passagem agradável para os líderes aos que os costa servir aos que estão sob sua direção. Como trata aos que trabalham sob suas ordens, sejam estes filhos, empregados ou voluntários?

13.12ss Jesus não lavou os pés de seus discípulos com o único fim de promover a amabilidade entre eles. Tinha uma meta muito maior que era estender sua missão sobre a terra depois que O partisse. Estes homens teriam a seu cargo a tarefa de ir pelo mundo servindo a Deus, servindo-os uns aos outros e a todas as pessoas às que levassem a mensagem de salvação.

13:22 Judas não era um traidor óbvio. Ao fim e ao cabo, era a quem os discípulos lhe confiavam o dinheiro (12.6; 13.29).

13:26 Freqüentemente se destacava desta maneira ao que era o convidado de honra em uma comida.

13:27 A parte que tocou a Satanás na traição ao Jesus não elimina a responsabilidade do Judas. Desiludido porque Jesus falava de morrer e não de estabelecer seu Reino, é possível que Judas tenha tido a intenção de obrigar ao Jesus a usar seu poder para provar que era o Messías. Ou possivelmente Judas, ao não entender a missão do Jesus, já não acreditava que este fosse o escolhido de Deus. Seja qual for o pensamento do Judas, Satanás imaginou que a morte do Jesus acabaria com sua missão e obstaculizaria o plano de Deus. Ao igual a Judas, não sabia que a morte do Jesus, de um princípio, era a parte mais importante do plano de Deus.

13 27:38 João descreve estes poucos momentos de maneira clara e detalhada. Vemos que Jesus sabia com exatidão o que aconteceria. Sabia o que aconteceria Judas e com o Pedro, mas não trocou a situação, nem deixou de amá-los. Do mesmo modo, Jesus sabe muito bem o que fará você com o fim de machucá-lo. Mas mesmo assim o ama incondicionalmente e lhe perdoará quando você o peça. Judas não entendeu isto e sua vida acabou de maneira trágica. Pedro o compreendeu e, apesar de suas faltas, sua vida acabou de maneira vitoriosa porque nunca diminuiu sua fé naquele que o amava.

13 34:35 Jesus diz que se nosso amor for semelhante ao sua será uma demonstração de que somos seus discípulos. Vê a gente disputar por pequenezes, ciúmes e divisão em sua igreja? Ou sabe que são seguidores do Jesus ao ver o amor que se têm?

13:34 Amar a outros não era um mandamento novo (veja-se Lv 19:18), mas amar a outros da mesma maneira que Cristo amou a outros era revolucionário. Agora devemos amar a outros nos apoiando no amor sacrificial do Jesus por nós. Tal amor não só levará aos inconversos a Cristo, mas também manterá aos crentes fortes e unidos em um mundo hostil a Deus. Jesus foi um exemplo vivente do amor de Deus, do mesmo modo que devemos nós ser exemplos do amor do Jesus.

João

Ser amado é a motivação mais capitalista no mundo. Nossa capacidade de amar, com freqüência, a modelo nossa experiência de amar. Pelo general amamos a outros na medida em que nos amam.

Algumas das maiores declarações a respeito da natureza do amor de Deus as escreveu um homem que experimentou o amor de Deus em uma forma muito particular. João, discípulo do Jesus, expressou sua relação com o Filho de Deus autodenominándose "o discípulo a quem amava Jesus" (Jo 21:20). Apesar de que o amor do Jesus se expressa com claridade em todos os Evangelhos, no do João é o tema central. devido a que em sua própria experiência o amor do Jesus foi intenso e pessoal, João se manteve sensível às palavras e ações do Jesus que ilustram como Aquele, que é amor, ama a outros.

Jesus conhecia o João de maneira total e o amou de igual forma. Tanto a ele como a seu irmão Jacóo os apelidou "Filhos do trovão", possivelmente a partir da ocasião quando ambos pediram permissão ao Jesus para mandar a que descendesse fogo do céu (Lc 9:54) sobre uma aldeia que não quis receber ao Jesus e aos discípulos. Neste Evangelho e em suas cartas vemos o grande amor de Deus, enquanto que o trovão da justiça de Deus emerge das páginas do Apocalipse.

Jesus confronta a cada um de nós assim como o fez com o João. Não podemos conhecer a profundidade do amor de Deus a menos que estejamos dispostos a enfrentar o fato de que O nos conhece completamente. De outra maneira somos néscios ao acreditar que O deve amar às pessoas pelo que fingem ser, não a quão pecadores em realidade o são. João e outros discípulos nos convencem de que Deus quer e está disposto a nos aceitar tal como somos. Acreditar em seu amor é uma grande motivação para a mudança. Seu amor não nos dá em troca de nossos esforços, seu amor nos libera para viver realmente. aceitou você esse amor?

Pontos fortes e lucros:

-- antes de seguir a Cristo, foi um dos discípulos do João o Batista

-- Um dos doze discípulos e, com o Pedro e Jacóo, integra um círculo íntimo, o mais próximo ao Jesus

-- Escreveu cinco livros do Novo Testamento: o Evangelho do João 1:2, e 3 do João; e Apocalipse

Debilidades e enganos:

-- Com o Jacóo, tinha a tendência de desatar cólera e egoísmo

-- Pediu um lugar privilegiado no reino do Jesus

Lições de sua vida:

-- Os que descobrem o muito que som amados estão na capacidade de amar muito

-- Quando Deus troca uma vida, não joga a um lado as características pessoais, mas sim lhes dá um uso eficaz em seu serviço

Dados gerais:

-- Ocupação: Pescador, discípulo

-- Familiares: Pai: Zebedeo. Mãe: Salomé. Irmão: Jacóo

-- Contemporâneos: Jesus, Pilato, Herodes

Versículos chave:

"Irmãos, não lhes escrevo mandamento novo, a não ser o mandamento antigo que tivestes desde o começo; este mandamento antigo é a palavra que ouvistes desde o começo. Entretanto, escrevo-lhes um mandamento novo, que é verdadeiro no e em vós, porque as trevas vão passando, e a luz verdadeira já ilumina" (Jo 2:7-8).

A história do João se narra através dos Evangelhos, Feitos e Apocalipse.

13:35 O amor é mais que uma simples sensação de afeto: é uma atitude que se revela em nossas ações. Como podemos amar a outros da maneira que Jesus nos ama ?Ajudando quando não resulta conveniente, nos sacrificando quando dói, dedicando energia ao bem-estar de outros em lugar do próprio, recebendo feridas de outros sem nos queixar nem contra-atacar. É difícil amar assim. Daí que a gente nota quando você o faz e sabe que recebeu poder de uma fonte sobrenatural. A Bíblia oferece uma formosa descrição do amor em 1 Corintios 13.

13:37, 38 Pedro disse com orgulho ao Jesus que estava disposto a morrer pelo. Mas Jesus lhe retificou. Sabia que essa mesma noite Pedro negaria conhecer o Jesus a fim de proteger-se (18.25-27). Em nosso entusiasmo, é fácil fazer promessas, mas Deus sabe até onde chega nosso compromisso. Paulo nos diz que não tenhamos um conceito mais elevado de nós que o que devemos ter (Rm 12:3). Em lugar de gabar-se, demonstre seu compromisso passo a passo ao crescer em conhecimento da Palavra de Deus e em sua fé.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de João Capítulo 13 do versículo 1 até o 38
III. O MINISTÉRIO PRIVATE (Jo 13:17)

1 Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que sua hora havia chegado, que partisse deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o Fm 1:2 E, durante o jantar, tendo já o Diabo posto no coração de Judas 1scariotes, de Simão filho , que o traísse, 3 Jesus , sabendo que o Pai lhe entregara tudo nas mãos dele, e que ele veio de Deus, e vai para Deus, 4 levantou-se da ceia , e que lançou de lado as suas vestes; e ele tomou uma toalha, cingiu-se. 5 Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos discípulos, ea enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. 6 Assim, ele foi ter com Simão Pedro. Disse-lhe: Senhor, tu lavas-me os pés? 7 Jesus respondeu, e disse-lhe: O que eu faço, tu não o sabes agora; mas tu entender a seguir. 8 Pedro disse-lhe: Nunca me lavarás os meus pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não tens parte comigo. 9 diz Simão Pedro: Senhor, não somente os meus pés, mas também as mãos ea cabeça. 10 Disse-lhe Jesus: Aquele que é banhada needeth não de lavar senão os pés, mas está todo limpo; e vós estais limpos, mas não todos. 11 Pois ele sabia ele que o havia de trair; por isso disse: Nem todos estais limpos.

12 Assim, quando lhes ter lavado os pés, e tomou as suas vestes, e sentou-se de novo, ele lhes disse: Não sabeis o que eu fiz para você? 13 5ós me chamais Mestre, e, Senhor, e dizeis bem; porque eu o sou. 14 , se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. 15 Porque eu vos dei o exemplo, para que vós também deve fazer como eu fiz para você . 16 Em verdade, em verdade eu vos digo: Não é o servo maior do que o seu senhor; . nem uma coisa que o enviado maior do que aquele que o enviou 17 Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes. 18 Não falo de todos vós; eu conheço aqueles que escolhi; mas para que a escritura podem ser cumpridas, Quem come do meu pão levantou contra mim o calcanhar.19 A partir de agora eu digo, antes que aconteça, para que, quando for acontecer, creiais que eu sou ele . 20 Em verdade, em verdade vos digo: , Quem receber aquele que eu enviar a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou.

21 Quando Jesus dito isto, turbou-se em espírito, e testemunhou, e disse: Em verdade, em verdade, eu vos digo que um de vós me há de trair. 22 Os discípulos olhavam uns para os outros, duvidando de quem ele falava . 23 Não estava à mesa reclinado no seio de Jesus um de seus discípulos a quem Jesus amava. 24 Então Simão Pedro beckoneth para ele, e disse-lhe: Diga -nos quem é de quem ele fala. 25 Ele inclina-se para trás, como ele foi, em Jesus disse 'peito-lhe: Senhor, quem é? 26 Jesus, portanto, responde com, Ele é, para quem vou mergulhar o sop, e dar-lhe ele. Então, quando ele tinha molhando o bocado, ele toma e dá-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. 27 E, após o bocado, entrou então Satanás nele. Portanto, Jesus disse-lhe: O que fazes, faze-o depressa. 28 E nenhum dos que estavam à mesa percebeu a que propósito lhe dissera isto. 29 Para alguns pensamento, como Judas tinha a bolsa, que Jesus disse-lhe: Comprar o que as coisas temos necessidade para a festa; ou, que desse alguma coisa aos pobres. 30 Então ele, tendo recebido o bocado saiu logo: E era noite.

31 Quando, pois, saído, disse Jesus: Agora é o Filho do homem glorificado, e Deus é glorificado nele; 32 e Deus o glorificará em si mesmo, e logo ele deve glorificá-lo. 33 Filhinhos, ainda por um pouco de tempo Estou com você. Vocês vão me procurar, e como eu disse aos judeus: Para onde eu vou, vós não podeis vir; então agora eu vos digo. 34 Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. 35 Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.

36 Simão Pedro disse-lhe: Senhor, para onde vais? Jesus respondeu: Para onde eu vou, não podes agora seguir-me; mas tu seguindo depois. 37 Disse-lhe Pedro: Senhor, por que não posso seguir-te agora mesmo? Darei a minha vida por ti. 38 Respondeu Jesus: Queres colocar a tua vida por mim? Em verdade, em verdade te digo que, o galo não cantará, até que me tenhas negado três vezes.

De acordo com os Evangelhos Sinópticos a Última Ceia foi a Festa da Páscoa. O Evangelho de João coloca-lo na noite anterior à Páscoa. João sozinho registros 'lavagem dos pés dos discípulos de Jesus. João registra certos acontecimentos que tiveram lugar no momento da ceia, em vez de os detalhes da própria ceia. Tais detalhes não teria sido de acordo com o humor ou pensamento padrão de João, e muito menos o propósito para o qual ele escreveu. Para ele, Jesus era o Pão da Vida, o doador e sustentador da vida.Ele não podia ser coerente e dizer que o pão das famílias representava o corpo de Jesus. Uma coisa é dizer que Jesus é o pão, mas é completamente outra coisa a dizer, não importa o que significado se destina, que o pão é o corpo de Jesus. A ênfase de João não estava no corpo partido de Cristo da cruz, mas no sempre-viva, encarnada, agora glorificado, Cristo de Deus. E a imagem de Jesus dado por João por ocasião da Última Ceia é maravilhoso, de fato.

Jesus tinha acabado de chegar com a experiência traumática de ser rejeitado pelas autoridades judaicas e pela maioria de seus amigos e seguidores. Um preço foi sobre a sua cabeça; Ele havia sido condenado à morte, inexperiente e não condenada, pelo Sinédrio. Ele estava experimentando a plena consciência da morte iminente, ao mesmo tempo, profundamente consciente de seu estado encarnado. Sendo homem, embora também Deus, Ele não poderia escapar da morte. Ele enfrentou a sua abordagem inevitável com grande preocupação, não para si mesmo, mas para os seus discípulos.

Primeiro de tudo Jesus vestiu-se como um escravo doméstico, usando apenas a toalha de sua labuta para se cobrir. Ele também fez o trabalho de um escravo de lavar os pés dos discípulos. Ele procurou, assim, para impor uma lição: se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros (v. Jo 13:14 ). Foi uma lição sobre humildade e amor cristão. Nos dias seguintes, os discípulos precisam lembrar este grande arma contra a dissensão, este poderoso adesivo para a comunhão cristã. Logo Ele veio para Pedro, o problema discípulo, que poderia fazer uma questão de menos material do que qualquer um dos outros, Pedro, que sempre quis estar à frente de outras pessoas e, por isso era muito frequentemente sozinho em o que ele fez. Não é habitual para os comentadores a ser simpática para com impetuosidade de Pedro, mas é preciso lembrar que ele era parte do que ele um líder entre os discípulos fizeram. A maioria dos líderes, civis ou eclesiásticos, são individualistas fortes, se não egoístas. Parecia haver pouca razão para que Pedro se recusar Jesus o direito de lavar seus pés. Talvez ele sentiu que Jesus era humilhar-se desnecessariamente. Mais provavelmente ele estava envergonhado, porque ele não tinha conseguido fazer a preparação para este necessário cortesia, pois ele e João haviam compreendido a comissão que preparou para a ceia. Por causa das estradas poeirentas da Palestina, e as sandálias abertas comumente usados ​​naquele tempo, era costume para o acolhimento de abastecimento de água, toalha, e até mesmo um escravo se ele fosse capaz, para limpar a poeira dos pés de família e convidados .

Jesus explicou que parte de trás do ato físico que Ele estava realizando, houve uma lição espiritual a ser aprendida. Se eu não te lavar, não tens parte comigo (v. Jo 13:8 ). Pedro, que tinha acabado de dizer, Nunca me lavarás os meus pés , rapidamente inverteu a sua demanda: Nem meus únicos pés, mas também as mãos ea cabeça . Pacientemente Jesus explicou a Pedro que Ele quis dizer. Uma paráfrase prolongado das poucas palavras registradas (v. Jo 13:10) vai trazer o significado. "Pedro, você provavelmente tinha uma casa de banho completa, pouco antes de sair de casa para este jantar. No caminho de seus pés se tornou empoeirados; então você precisa de lavar senão os pés agora. De maneira semelhante, meus discípulos, se pode dizer que tenham sido limpos de sua antiga vida; você acreditou em mim, você tem sido meus seguidores-estas são as suas credenciais para estar aqui. Mas no caminho para esta hora, ao longo dos três anos, temos estado juntos, no meio da tensão e stress, as brigas e os mal-entendidos, o traçado e as conspirações, você tem acumulado alguns poeira da estrada. Dúvida se misturou com a sua fé, a desconfiança com o seu amor. Os seus mais puros pensamentos de mim tornaram-se adulterado com perguntas. Eu compreendo-how que poderia ter sido de outra forma, dadas as circunstâncias? Mas, Pedro, cuidado! "

Pedro aparentemente era incapaz de compreender o impacto total desta lição. Ele não estava plenamente consciente de suas próprias fraquezas. Ele estava hesitante em admitir que ele tinha acumulado qualquer poeira da estrada. Mais tarde, naquela mesma noite, ele se gabou de Jesus, eu vou dar a minha vida por ti (v. Jo 13:37 ); a que Jesus respondeu: O galo não cantará, até que tu me negar três vezes . Antes de muitas horas se passaram, Pedro tinha negado seu Senhor em público.

Jesus também disse que um em particular a limpeza necessária. Lembrou-se da atitude de Judas 1scariotes, durante o banquete em Betânia, quando Maria tinha untou os pés de seu senhor. Ele também sabia que Judas já tinha visitado os principais sacerdotes em um esforço para aprender os termos estabelecidos para transformar Jesus para eles. Jesus, pelo ato simbólico do lava-pés, pode ter sido fazendo um apelo ainda mais forte do que ele tinha feito a Pedro. Ele foi ainda mais significativo porque Judas tinha permitido Jesus para lavar seus pés. Pense nisso! Jesus de joelhos como um escravo lavar os pés de Judas, que, mesmo assim, estava tramando para traí-lo às autoridades. "Judas", Jesus estava dizendo: "deixe-me lavar esse mal de sua mente e coração. Você tem sido um dos meus discípulos, e eu te amo, apesar de seus planos. Eu sei sobre eles, e eu compreendo-for eu também sei o que é, para ser tentado. Nossa irmandade tem sido boa. Isto não tem de ser o fim. Você não vai começar a resistir à ideia de traição antes que se torne muito forte para você? "

É claro que os outros discípulos não sabiam o que estava a transpirar tanto na mente de Jesus ou o de Judas. Talvez tivessem sido tentado com pensamentos semelhantes aos de Judas. Eles haviam sido abalada pela recente onda de eventos. Perguntas havia surgido. Alternativas para a ação tinha chegado a suas mentes. Talvez fosse tolice ficar contra a oposição crescente. Assim, tudo o que eles podem ter compartilhado em pensamentos de deserção ou negação. Quando Jesus falou de um a quem Ele sabia que iria traí-lo, todos os olhos se voltaram para Pedro provavelmente, ele teria sido o principal suspeito por causa de sua repreensão a Jesus durante o lava-pés. Por esta altura todos estavam sentados ou deitados no jantar, e Pedro, para cobrir sua vergonha, virou-se para o discípulo que foi, provavelmente, menos sob suspeita-João, o Amado, e disse: Diga-nos quem é de quem ele fala (v. Jo 13:24 ). Pedro não estava recuperado o suficiente de seu ex-desgosto para pedir o próprio Jesus e, talvez, ele não tinha certeza, mas que Jesus quis dizer ele. Jesus foi muito franco quando João perguntou-lhe quem foi feito: Ele é, para quem vou mergulhar o sop, e dar para ele . Então, Ele deliberadamente deu-o a Judas. Na superfície este ato parece cruel. Mas foi feito em amor, como o bisturi de um cirurgião deve ser usado às vezes, a fim de salvar uma vida. A luta estava acontecendo dentro de Judas. O Diabo teve seu pé na porta de sua mente. Quanto tempo um tempo transcorrido durante a Jesus e Judas sustentou silenciosamente uns contra os outros, Jesus por amor e Judas por dinheiro, não nos é dito. Mas quanto mais tempo Judas debateram a questão, o mais fraco tornou-se sua vontade de resistir e se tornou o mais fraco o que quer que o amor que ele pode ter tido para seu Mestre. Ele gradualmente deixar as barreiras internas de sua alma; ele unbarred a porta do seu coração, e Satanás entrou.

Muitos têm procurado entender como e por que Judas poderia ter traído Jesus. Como pode qualquer homem, porém o mal, viver com o Filho de Deus, em associação íntima para três ou mais anos sem ter a sua vida mudou drasticamente e de forma permanente? Motivo diria que a traição em tais condições seria impossível. Mas o pecado não funciona por princípios razoáveis. O pecado é irracional, a coisa mais irracional do mundo. Judas traiu Jesus com os olhos bem abertos. Homens roubam e assassinato e adicionar pecados para o catálogo de crime, sabendo muito bem as consequências prováveis. Mas o pecado faz com que todo homem acha-se uma exceção à lei de causa e efeito. Leva razão cativo enquanto ele derruba as defesas morais. Ao mesmo tempo, no entanto, algumas razões pode ser deduzida a partir do registo para o comportamento de Judas. Ele era o único judeu entre os Doze, e ele pode ter sentido, depois do edito de Caifás que Jesus tem de morrer, que ele seria um traidor para tanto a sua nação e sua religião se ele continuasse a apoiar Jesus. E se ele deve ser preso em uma revolta para o qual ele não tinha coração! Vimos anteriormente que ambos os fariseus e os saduceus se opunham a Jesus, e um judeu de fortes sentimentos nacionalistas, este fato levaria grande peso. Judas pode ter entretido fortes esperanças messiânicas e, quando Jesus não conseguiu suportar as suas expectativas, ele pode ter ficado desiludido. Talvez o retiro de Jesus para o deserto, um pouco antes do banquete em Betânia convenceu de que Jesus e ele não estava perseguindo o mesmo fim. Enquanto o grupo de discípulos estava na estrada e Judas ouviu Jesus repetir suas exortações mais e mais, tudo parecia muito plausível. Mas quando ele estava no território de origem, em Jerusalém e do Templo, observando-se a glória que era Israel, as coisas tomaram um tom diferente. O pão e água de um novo reino espiritual, e até mesmo a promessa da vida eterna, desvanecido muito facilmente antes das realidades tangíveis da lei mosaica e ritual. Não há dúvida de outras coisas, como o dinheiro recebido, fizeram sua parte. Mas em pouco tempo, e sob o olhar chocado de seus companheiros discípulos, Judas tinha feito a sua mente. Este deve ser o fim. Ele se levantou e foi saída e era noite (v. Jo 13:30 ). Ele experimentou não só a escuridão da culpa e da escuridão do pecado, era a escuridão que somente aqueles saber quem se separaram Aquele que é a luz do mundo -a única luz pela qual o homem pode ser iluminado.

Jesus tinha tomado a iniciativa de revelar Judas como o traidor. É evidente que Jesus significava para precipitar a demissão e retirada de Judas do grupo, porque ele já não era um discípulo de coração. Dizem-nos que, depois de ter saído Jesus disse: Agora é o Filho do homem glorificado, e Deus é glorificado nele (v. Jo 13:31 ). Não era para a glória de Deus ou Jesus que Judas o havia de trair, mas toda a situação na companhia dos discípulos mudou quando Judas partiu. Paz e harmonia foi restaurado para o grupo. Judas teria sido um prejuízo para qualquer coisa Jesus procurou fazer se tivesse permanecido, desde que ele continuou a abrigar pensamentos de sedição. Melhor ser um discípulo silencioso como Nicodemos, ou um crente esquecido como a mulher de Samaria, em seguida, para ser um traidor no acampamento como Judas. Sua saída foi uma bênção. Era necessário que ele deixar o grupo, porque Jesus tinha muito a dizer aos do círculo interno, tanto que só ouvidos leais deve ouvir e corações fiéis entender.

Pedro logo se tornou mais parecido com seu velho falador auto após Judas tinha ido. Jesus começou a falar de Sua ter que deixá-los em breve, e do mandamento novo do amor por que os discípulos devem aprender a governar todos os seus relacionamentos.Em seguida, Pedro interrompeu: Por que não posso seguir-te agora mesmo? Darei a minha vida por ti . Mas quão pouco Pedro sabia que seu próprio coração! Pela segunda vez naquela noite, Jesus repreendeu-o por sua impetuosidade e falta de estabilidade. Eu te digo , disse Jesus, O galo não cantará, até que me tenhas negado três vezes (v. Jo 13:38 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de João Capítulo 13 do versículo 1 até o 38
Contraste 1:11-12 e 12:36 com 13:1 e perceberá que nos movemos para uma nova seção do evangelho de João. Ele veio para o "que era seu [mundo], e os seus [o povo de Israel] não o receberam". Agora, ele deixa o ministério público para as nações e reúne-se em particular com "os seus" — os discípulos. Os capítulos 13:16 registram Cristo no "cenáculo", onde ministrou a seus discípulos a fim de prepará-los para sua morte e para o trabalho que fariam após sua ascensão. O capítulo 13 apresenta três lições importantes para todos os cristãos.

  1. Lição sobre a humildade (13 1:5)

Jesus deu o exemplo da humildade e do serviço ao lavar os pés dos discí-pulos (v. 15). Nos países do Oriente Médio, o servo era quem lavava os pés dos convidados, mas, nessa pas-sagem, Cristo assume o lugar do ser-vo. Nos versículos 13:16, ele deixa isso claro para os discípulos, ao de-clarar que se aquele a quem chamam de Senhor e Mestre lavou os pés de-les, eles também deviam lavar os pés e servir uns aos outros com humilda-de. Essa foi uma reprimenda incrível para os Doze, pois naquela noite es-tiveram debatendo sobre quem era o maior! (VejaLc 22:24-42.)

Nos versículos 1:5, os atos de Cristo representam sua saída do céu para vir à terra. Ele levantou-se de seu trono, deixou de lado a manifes-tação exterior de sua glória, tornou- se um servo e humilhou-se ao mor-rer na cruz. Fp 2:5-50 traça esses passos com muita beleza. De-pois de completar sua obra redento-ra, ele põe suas vestes e senta-se (v. 12), prenunciando sua ressurreição, sua ascensão para a glória e sua en- tronização à direita do Pai.

Anos mais tarde, Pedro deve ter se lembrado dessa lição de humilda-de quando escreveu 1Pe 5:5-60. Leia esses versículos com atenção. Eloje, muitos cristãos lutam para con-seguir reconhecimento e posição, mas deveríam se lembrar dessa lição de humildade. Deus repele o orgu-lhoso, mas dá graças ao humilde.

  1. Lição sobre a santidade (13 6:17)

No versículo 8, as palavras de Cristo a Pedro são importantes: "Se eu não te lavar, não tens parte [comunhão] comigo". Há uma diferença entre união e comunhão. Pedro estava em união com Cristo como um "[d]os seus" pela fé, mas o pecado rompe nossa comunhão com o Senhor. Há uma diferença entre filiação e rela-cionamento. Temos relacionamento com Cristo e desfrutamos da presen-ça e do poder dele apenas quando permitimos que ele nos limpe de todo pecado.

No versículo 10, Cristo faz uma importante distinção entre lavar e limpar. Literalmente, o versículo afirma: "Quem já se banhou [de uma vez por todas] não necessita de lavar senão os pés". No Oriente, as pessoas usavam o banho público, e, como andavam em ruas poeirentas, os pés ficavam sujos. Elas não pre-cisavam tomar outro banho quando chegavam em casa, mas apenas la-var os pés. A mesma coisa aconte-ce com o crente. Somos lavados de uma vez por todas quando somos salvos (1Co 6:9-46; Tt 3:5-56), mas lavamos nossos pés e [impamos nos-so "caminhar" quando confessamos nossos pecados diários ao Senhor (1Jo 1:7-62).

Os sacerdotes judeus eram la-vados por inteiro na ordenação (Êx 29:4), o que retrata a nossa limpe-za de uma vez por todas, contudo Deus também providenciou a bacia (Êx 30:17-21) para que usassem na lavagem diária dos pés e das mãos. Hoje, Cristo purifica sua igreja com a lavagem da água da Palavra (Ef 5:25-49; Jo 15:3). A leitura diária da Palavra permite que o Espírito sonde nosso coração (He 4:12), e, depois, mantemos nosso pés limpos e caminhamos na luz ao confessar nossos pecados. (Veja SI 119:9.) Essa limpeza diária é que mantém o crente em comunhão com Cristo. A lição aqui não diz respeito a "con-seguir" ou a "perder" a salvação. É um assunto restrito à comunhão, ao relacionamento com Cristo. Muitos crentes cometem o mesmo erro de Pedro (v. 9); querem ser salvos (ba-nhados) de novo quando tudo que precisam fazer é lavar os pés.

  1. Lição sobre a hipocrisia (13 18:38)

Judas estava no cenáculo e fingia ser um dos de Cristo. Nos versículos 10:11, Cristo deixa claro que um deles não fora salvo. A fraude de Judas foi tão bem-sucedida que nem os ou-tros apóstolos perceberam a falsida-de dele.

Primeiro, Cristo citou Sal-mos 41:9 (v. 1
8) para dizer que seria traído. Ele acabara de lavar os pés de Judas, e este seria cruel com ele! Judas foi o instrumento de Satanás (vv. 2,27), contudo a morte de Cristo na cruz derrotaria Satanás. Primeiro, o diabo planta a idéia no coração da pessoa, depois entra nela para controlar sua vida. Cristo cita esse versículo para os Doze a fim de evi-tar que tropecem na descrença (v.

  1. . As frustrações que acontecem ao longo do dia não desencorajam com facilidade os cristãos que co-nhecem a Palavra.

No versículo 21, Cristo anun-cia claramente aos discípulos que um deles o trairia. Na verdade, essa declaração foi o último avi-so para Judas. Cristo lavou os pés dele, citou a Palavra para ele e, no fim, avisou-o abertamente, dan-do, assim, todas as oportunidades para que Judas mudasse de idéia.

João, aconchegado ao peito de Je-sus, descobre o mistério e transmi-te-o a Pedro, mas aparentemente nenhum dos homens entendeu claramente o significado das pala-vras do Senhor (v. 28). É interes-sante observar que o cristão que descobre os segredos de Cristo é o que está mais próximo do co-ração dele. Judas entrega-se, por fim, a Satanás ao aceitar o pedaço de pão molhado, e este entra nele e o transforma em filho do diabo. (Veja Jo 8:44.) Satanás, como o Es-pírito Santo, opera no corpo e na vontade humanas, e a pessoa, por intermédio deles, se entrega a ele . "E era noite" (v. 30) — mostra tan-to as trevas no coração de Judas como que aquela era a hora do poder das trevas (Lc 22:53).

É perigoso ser como Judas. EmMc 14:21, Jesus declarou: "Me-lhor lhe fora não haver nascido!". Judas fingiu ser cristão, brincou com o pecado e jogou fora a salvação; qualquer pessoa que faça isso pode terminar desejando não ter nascido. Há alguns mistérios em torno de Ju-das, mas uma coisa está clara: ele fez uma escolha deliberada quando traiu Cristo. Em Jo 6:66-43, Cristo advertiu-o e chamou-o de "diabo". Pedro pensava que Judas fora sal-vo, pois disse: "Nós cremos". Jesus sabia que Judas nunca crera e, por isso, não fora salvo.

Depois que Judas saiu da sala, Jesus advertiu Pedro a respeito do teste pelo qual passaria em breve e do seu fracasso nesse teste. Agora, Pedro tinha de enfrentar os próprios pecados quando, antes, estivera an-sioso para descobrir o pecado dos outros (v. 24). "Não julgueis, para que não sejais julgados" (Mt 7:1). A ostentação de Pedro mostra como ele não conhecia o próprio cora-ção. A autoconfiança representa um perigo para a vida cristã. E provável que a declaração "Mais tarde, po-rém, me seguirás" (v. 36) refira-se à morte de Pedro por causa de Cristo (Jo 21:18-43; 2Pe 1:14).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de João Capítulo 13 do versículo 1 até o 38
13.1 Nos caps. 1-12, o plano de Jesus foi de agir, operando o, "sinal" (milagre) dando em seguida a interpretação do sinal. Em caps. 13-17 a interpretação vem primeiro sobre o sinal culminante que é a paixão e ressurreição de Jesus (caps. 18-20).
13 3:4 O Pai tudo confiara. Conforme 17.2 com Ef 1:9-49, Ef 1:20ss; Ct 1:16; 1Co 15:25-46. A soberania de Cristo se revelou supremamente no serviço de um escravo (4). Seus discípulos devem seguir Seu exemplo servindo uns aos outros (15.1; Sm 25.41; Lc 22:2; Rm 6:1-45; Tt 3:5; He 10:22; 1Pe 3:18ss). Lavar senão os pés. Representa a necessidade da confissão diária dos pecados para manter a comunhão com Cristo (conforme v 8, "Se eu não te lavar, não tens parte comigo"). Ainda que o crente peque após o batismo, não deve ser rebatizado, mas pela confissão e arrependimento ser restaurado à comunhão com Deus e a Igreja (1Jo 1:3-62; Jc 5:16).

13 12:20 O significado da ação humilde de Jesus:
1) a igreja deve seguir o exemplo do

Senhor, perdoando e restaurando os membros que tropeçam no pecado (Gl 6:1; Mt 18:15ss).
2) Os membros mais importantes da igreja devem servir os humildes irmãos com o mesmo espírito de abnegação de Jesus.

13.16 Servo (gr doulos, "escravo"). Jesus exemplifica a "escravatura" em serviço do Pai. Seus servos não devem ser mais altivos do que Ele. Enviado (gr apostolos). A comissão apostólica ("enviado") se revela na relação com Cristo, o escravo-mestre. Note como Paulo chama a si próprio de escravo e apóstolo (Rm 1:1; Tt 1:1, etc.).

13 18:19 Desde já. Os planos do diabo não pegaram Jesus de surpresa. Não devemos estranhar que supostos "crentes" venham a comer da "mesa do Senhor" sem serem percebidos (conforme 2Pe 2:13; Jd 1:12).

13.26 Eu der o pedaço. No médio oriente, ainda hoje, receber primeiro um bocado da mão do hospedeiro significa uma grande honra. Judas continuou como o alvo da graça de Cristo até que "saiu" (30).

13.27 Entrou nele Satanás. • N. Hom. O Caráter determina o caminho e o Fm 1:0).

13.32 Foi glorificado. O primeiro passo na glorificação pelo meio da morte se depara na traição; o curso dos acontecimentos não pararia mais até Jesus ser exaltado à mão direita do Pai (At 2:33),

13.34 Novo mandamento. A essência de todos os "velhos"

mandamentos da lei (conforme Rm 13:0 ensina que a "lei régia" expressa concretamente o amor no modelo de Cristo, amando como Ele nos amou.

13.35 O amor sobrenatural dos cristãos seria um dos principais atrativos entre os mundanos para levá-los a Cristo. Amar é evangelizar.
13 36:37 Me seguirás. O martírio dos discípulos (conforme 21.19,
22) glorificará o Filho como Ele glorifica agora ao Pai na cruz (12.24ss).

13.38 Ninguém está preparado a dar sua vida até aprender a viver na humilde dependência de Cristo. Pedro estava em falta neste campo.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de João Capítulo 13 do versículo 1 até o 38
Parte trêsDiscursos e eventos finais (13.121.25)

I. O MINISTÉRIO DA SALA DO ANDAR SUPERIOR (13.1—17.26)


1) Prática e prescrição da humildade (13 1:17)
João não registra detalhes da ceia em si. Mas ele preserva algumas ações e palavras que eram símbolos duradouros da natureza de Cristo, que ele queria que os discípulos sempre lembrassem, v. 1. antes da festa da Páscoa: Alguns eruditos argumentam que a cronologia de João difere da dos Sinópticos ao colocar a última ceia mais cedo na semana da Paixão, antes da Páscoa, enquanto os Sinópticos a representam como a refeição da Páscoa (conforme Mc 14:1-41). Mas a aparente discrepância de um dia pode ser resolvida se se puder mostrar claramente que os fariseus e outros grupos em Israel comemoravam a Páscoa um dia antes do que os saduceus. Certo apoio para a observância de dois calendários distintos tem sido provido pelos manuscritos do mar Morto. R. V. G. Tasker sugeriu que todo esse versículo pode ser separado do trecho contíguo e compreendido como uma introdução a ele. (Acerca de mais indicações de tempo, conforme 18.28; 19.14,31,42.) v. 2. Estava sendo servido o jantar (gr. deipnou ginomenou): Para ginomenou (presente), há uma variante bem documentada, genomenou (aoristo), daí a ARC: “acabada a ceia”. C. H. Dodd {lnterpre-tation oftheFourth Gospel, 1953, p.
401) destaca o significado dessa frase, indicando que a ação seguinte está situada no contexto da ceia do Senhor com o seu tema da memória. Se isso fosse a refeição da Páscoa, deveríamos esperar que João fosse muito mais explícito. Além disso, o desse versículo, referindo-se a Judas, sugere que o momento da sua deserção durante a Páscoa ainda não havia chegado de fato. v. 4. tirou a sua capa: Com esse ato, Jesus retrata a humilhação que, na sua expressão mais plena, significava para ele a entrega da sua vida.

Não pode haver significado alegórico além disso, e procurar algo assim é negligenciar o v. 15, que afirma de forma clara que o ato era principalmente para servir de exemplo. Jesus assumiu a posição de um escravo, quando tomou a toalha, posição que ele de fato adotou de forma soberana como o Servo do Senhor, v. 8. Se eu não os lavar, você não terá parte comigo-. As versões tradicionais (ARA e ARG) também trazem “comigo”, que está, na verdade, muito mais próximo do que Jesus disse realmente. As palavras de Jesus novamente destacam o ponto de que o que ele está fazendo é uma parábola encenada. Se Pedro, portanto, quer estar associado ao seu Senhor, precisa permitir que faça o que ele quer. Os homens precisam ter não somente o desejo de servir a Cristo, mas também aceitar o serviço dele por eles. E que alguma purificação esteja tipificada aqui, parece razoável, embora não devamos forçar a figura além dos limites, v. 10. precisa apenas lavar os pés-, C. K. Barrett sugere, corretamente, que o problema textual dessas palavras, independentemente de se devem ser omitidas ou não (como fazem alguns manuscritos), não pode ser decidido somente com base em considerações textuais, mas também na interpretação, pois a versão mais breve torna impossível supor que o que Jesus tinha feito não era de enorme importância, v. 14. vocês também devem lavar os pés uns dos outros-, Jesus já falou acerca daquela purificação fundamental que ele trouxe por meio da sua vida e morte. Agora os que foram purificados por ele precisam expressar a sua purificação no serviço humilde uns aos outros, v. 17 .felizes serão se as pratica-rem\ A lição precisa ser atrativa para a vontade deles, como também para o seu intelecto. E aquele que colocar em prática o que sabe encontra a verdadeira felicidade.


2) O traidor (13 18:35) v. 18. conheço os queescolhr. Apesar de Judas, Jesus pode dizer que o seu conhecimento de todos eles era completo desde o início. Mas a ação de Judas somente mostra quão plenamente as Escrituras (e.g., Sl 41:9) se cumprem em Jesus (conforme 17.12). voltou-se contra mim (“levantou contra mim o seu calcanhar”, ARA): E por compaixão que Jesus não revela os detalhes da ação do traidor. “Calcanhar” (gr. pternd) é um hapax legomenon do NT (ocorre apenas uma vez no NT). E. F. Bishop conta como esse ditado, especialmente entre árabes (e o heb. “calcanhar”, ‘aqeb [conforme Jacó], é cognato do termo árabe), sugere um insulto covarde por parte de um amigo íntimo, v. 23. Um deles, o discípulo a quem Jesus amava-. Alguns estudiosos chegaram a pensar que esse era o discípulo “ideal” que não existia na vida real, aquele que reage com perfeição aos ensinos de Jesus. No entanto, isso pode ser descartado. De acordo com 21.24, ele foi “a testemunha” em cuja evidência esse evangelho foi fundado e por quem foi escrito (conforme tb. 19.26; 20.2). Essa testemunha era conhecida das autoridades em Jerusalém e dava testemunho de primeira mão da crucificação (conforme 18.15; 19.35). V. uma discussão mais detalhada na 1ntrodução,

v. 25. Senhor, quem é?\ Essa pergunta, colocada por João, está em concordância com a impressão geral que temos dele em todo o NT. Em outros textos (conforme Mc 14:17ss; Mt 26:20ss), cada um dos discípulos pergunta, assustado, se ele mesmo é o traidor. Mas esse homem, com consciência mais clara, pede a Jesus a indicação direta, v. 26. Aquele a quem eu der este pedaço de pão\ Nas refeições no Oriente, era um gesto comum de amizade especial por parte do anfitrião oferecer um bocado a um dos hóspedes. A ação de Jesus, então, parece dizer a Judas que, apesar da sua intenção, o amor do Salvador permanece o mesmo. v. 30. Judas saiu-, A intenção de Judas agora se torna um propósito definido. Ele sai da luz e da companhia de Jesus e de seus amigos para a noite (conforme 6.64). A lição aqui para todos os tempos certamente é que, mesmo com o amor de Deus sobre ele, o homem está livre para preferir o mal ao bem. v. 31. Agora o Filho do homem églorificado-, Cf. 17.1. Jesus, na perfeição do caráter humano, aceita a decisão de Judas. Mas isso não passa despercebido, v. 32. Deus também glorificará o Filho nele mesmo\ A dignidade com que Jesus como Homem aceita a resolução perigosa de Judas é correspondente à dignidade com que Deus vai revesti-lo durante a obra em que ele se envolve agora. v. 34. Amem-se uns aos outros: Não podemos contar a emoção com que foram pronunciadas essas palavras. Judas tinha exposto o mal resultante do egocentrismo. Jesus estava prestes a mostrar a eles seu amor completo pelo Pai em obediência à sua vontade. Ele vai deixá-los fisicamente — eles não podem segui-lo agora —, e o único vínculo que vai mantê-los unidos é o amor, nutrido neles pelo Espírito (cf. 14.15ss).


3) Consolo para os discípulos em aflição (13.36—14.31)
v. 36. Para onde vou, vocês [...] me seguirão mais tarde: E aqui que a verdade severa do que Jesus diz começa a clarear para Pedro. Mas ele não se intimida. Ele tem mais consideração pela amizade com Cristo do que pela sua própria vida, não importam os fracassos que vá experimentar mais tarde na história. Mas ele não entende ainda que Jesus lhe promete que ele vai, de fato, segui-lo. Vai ser para a morte e, depois da morte, para a vin-dicação. A idéia da separação já é suficientemente dura. Mas a idéia do fracasso no momento da separação é muito pior. Assim, Jesus conforta os discípulos e os encoraja a olharem para a alegria futura do reencontro. 


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de João Capítulo 13 do versículo 1 até o 17

III. O Ministério de Cristo aos Seus. 13 1:17-26'>13 1:17-26.

João 13

A. O Lava-Pés. Jo 13:1-17).


Moody - Comentários de João Capítulo 13 do versículo 4 até o 5

4, 5. O material necessário para o lava-pés estava ali (cons. (Lc 22:10), mas não havia servo (Jesus solicitara completo isolamento). Um dos discípulos poderia ter-se oferecido para fazê-lo, mas todos eram orgulhosos demais. A esta altura estavam discutindo qual deles seria o maior (Lc. 22: 24).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de João Capítulo 13 do versículo 1 até o 38
IX. DISCURSOS FINAIS E A ORAÇÃO SACERDOTAL Jo 13:1-43) -O evento realiza-se no cenáculo onde Jesus participa duma refeição com os seus discípulos. Jesus sabe que a hora da Sua paixão está próxima. João não descreve a instituição da Ceia do Senhor (ver Mt 26:20-40; Mc 14:17-41; Lc 22:14-42).

Em vez disto, João pinta o gesto do Mestre que realmente interpreta o valor da Sua morte. A lavagem dos pés dos discípulos deve significar mais do que uma lição em condescendência divina, pois o incidente se enquadra no discurso de Jesus relativo à Sua hora, que se aproxima, e à traição de Judas. Note-se que a traição é atribuída ao diabo (2; cfr. vers. 27; Gn 3:15).

>Jo 13:4

Jesus levanta-se da ceia, tira a vestimenta de cima, e tomando uma toalha, cinge-se com ela. Tirou a vestimenta (4; gr. tithemi, se usa em Jo 10:11, com referência ao dar a vida pelas ovelhas). Então, começa a lavar os pés dos discípulos, ato humilde normalmente praticado por um escravo, e que um deles bem podia ter feito na hora da sua chegada. Quando Pedro protesta contra o gesto (6), Cristo lhe responde que saberá só depois o que significa (7). Pedro faz protesto de novo (8) e mais uma vez Jesus lhe responde. Logo Pedro pede, não somente os pés mas também as mãos e cabeça (9). Nisto Pedro confunde o símbolo com a realidade. O vers. 10 parece significar que a lavagem dos pés é adequada em expressar purificação completa.

>Jo 13:10

Quem toma banho em casa, antes de sair não precisa mais do que a lavagem dos pés, quando chega à casa do hóspede. Vós estais limpos, mas não todos (10). Apesar de tomar parte na lavagem, Judas não está limpo no sentido espiritual.

>Jo 13:14

Jesus agora explica o simbolismo do seu ato. Os discípulos o chamam de Mestre e Senhor. Contudo, praticou o serviço de um escravo assim manifestando sua humildade absoluta. A humilhação de Cristo foi uma condição da redenção do homem. O Mestre os exorta a assumirem a mesma atitude de humilhação voluntária (14-15), e, em seguida, revela a verdadeira natureza de autoridade. O escravo não é maior do que seu Mestre, nem o enviado maior do que Aquele que enviou. A pura felicidade é reservada para quem seguir o seu exemplo. Então, Jesus fala de Judas, que O há de trair brevemente (18), "para que se cumpra a Escritura". Nesta hora Jesus fala das coisas que lembrarão depois e a lembrança das Suas palavras servirá de confirmar sua confiança do apostolado (19). Eles são os seus arautos e quem os recebe, recebe também ao Filho e ao Pai (20).

>Jo 13:21

2. JUDAS DESMASCARADO (Jo 13:21-43) -Jesus, perturbado pela presença de Judas, revela que um dos doze haveria de traí-lo (21). Na consternação geral que se segue, Pedro faz sinal ao discípulo a quem Ele amava, o qual se reclina sobre o peito de Jesus (23), para saber se conhece o traidor. Ao amado discípulo sobre o Seu peito Jesus responde que revelará o traidor, dando-lhe um pedaço de pão (26). Alude Jesus ao costume dos orientais de tomarem um pedaço de pão molhado no prato, como sinal de especial favor, o que constitui, no caso, o último apelo à consciência de Judas. Deu-o a Judas, dizendo, O que pretendes fazer, faze-o depressa (27). No coração de Judas, já foi perpetrado o crime. Os demais discípulos não entendem as palavras que Jesus lhe profere e pensam que o Mestre lhe ordena que desse alguma coisa aos pobres (29). Judas se retira nas trevas da noite. E banido da esfera de luz, lança-se nas trevas exteriores.

>Jo 13:31

3. O NOVO MANDAMENTO (Jo 13:31-43) -Na noite da sua traição, Jesus dá Sua mensagem de despedida. Muitos comentaristas pensam que as palavras "Levantai-vos, vamo-nos daqui" (Jo 14:31) marcam uma definida mudança de cenário. Realmente, a mudança ocorre somente no cap. 18, de modo que uma transposição do texto é sugerida. Entretanto, os manuscritos antigos não parecem justificar a teoria.

As palavras marcam uma pausa no discurso, a não ser que haja uma mudança intermediária de cenário, entre o incidente no cenáculo e o no pátio do templo, mencionado no fim do cap. 14. Neste caso, a figura da videira, no cap. 15, seria sugerida pela videira de ouro que ornava a entrada do templo.

Após a saída de Judas, volta a dirigir-se aos seus discípulos e declara-lhes que a hora da Sua glorificação está próxima. Deus será glorificado na morte do Seu Filho. A glorificação do Filho do homem tem sua realização não somente no presente, mas também no futuro, após o cumprimento da Sua missão divina (32). "Da mesma maneira em que Deus é glorificado no Filho, assim também o Filho será glorificado na beatitude perene do Pai" (Cambridge Bible). Jesus emprega um termo de carinho filhinhos (33), quando-lhes fala da Sua iminente partida. Eles, porém, não estarão permanentemente separados da Sua presença, como será o caso dos judeus. Jesus dá aos seus discípulos um novo mandamento, cujo cumprimento se explica na frase "assim como eu vos amei" (34). A característica mais notável do discipulado, que é, portanto, a prova da sua genuinidade, seria o amor uns aos outros (35). Quando Pedro pergunta, Senhor, para onde vais? (36), Jesus lhe responde que não pode segui-lo agora, somente mais tarde. A segunda pergunta de Pedro, que mostra seu irrefletido entusiasmo, provocam palavras de advertência profética (38).


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de João Capítulo 13 do versículo 1 até o 38

47. A humildade do amor (13 1:43-13:17'>João 13:1-17)

Ora, antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora que Ele iria sair fora deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.Durante a ceia, tendo já o Diabo posto no coração de Judas 1scariotes, filho de Simão, que o traísse, Jesus, sabendo que o Pai lhe entregara tudo nas mãos, e que Ele havia saído de Deus e ia voltar para Deus, levantou-se da ceia, e pôs de lado suas vestes; e tomando uma toalha, cingiu-Si mesmo. Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés dos discípulos ea enxugá-los com a toalha com que estava cingido. Então, Ele veio para Simão Pedro. Ele disse-lhe: "Senhor, não te lavar os meus pés?" Jesus respondeu, e disse-lhe: "O que eu você não percebe agora, mas você vai entender daqui por diante." Pedro disse-lhe: "Nunca deve Você lavar os meus pés!" Jesus respondeu-lhe: "Se eu não te lavar, não terás parte comigo". Simão Pedro disse-lhe: "Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos ea cabeça." Jesus disse-lhe: "Aquele que se banhou não necessita de lavar os pés, pois está todo limpo;. E vós estais limpos, mas não todos vocês" Pois ele sabia quem o traía; Por isso, ele disse: "Nem todos estais limpos." Então, quando ele tinha lavado os pés, tomou o manto e reclinou-se à mesa novamente, Ele lhes disse: "Você sabe o que eu fiz para você Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o am., se eu, o Senhor e Mestre, lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo de que você também deve fazer o que eu fiz com você. Em verdade, eu vos digo: , um escravo não é maior que seu senhor, nem é aquele que é enviado maior do que aquele que o enviou Se você sabe essas coisas, você é abençoado, se você fazê-las (13 1:17)..

A sociedade contemporânea está obcecado com amor. A partir de filmes românticos para canções populares romances baratos, romance é um tema principal em entretenimento e em conversas cotidianas. Ele também é um grande negócio, como colunistas de jornais, apresentadores de talk show, e sites da internet oferecem conselhos pertinentes ao apaixonado. Mas, apesar de toda a conversa do mundo sobre o amor, muito poucas pessoas realmente compreendem a coisa real.
A versão do mundo moderno do amor é descarAdãoente narcisista, totalmente auto-centrada, e descarAdãoente manipuladora. Ele vê os outros apenas como um meio de auto-gratificação. Não surpreendentemente, as relações entre as pessoas egoístas não costumam durar. Se um parceiro atual não correspondeu às expectativas (ou eles encontrar alguém mais emocionante), eles se movem. Pessoas são tomadores, não doadores; humildade é considerado uma fraqueza; egoísmo uma virtude.

Em nítido contraste com esse tipo de auto-centrado de amor, a Bíblia ensina que a essência do amor é auto-sacrifício. Em vez de rasgar os outros para baixo, o amor bíblico pretende construí-las (1Co 8:1.); em vez de procurar a ter suas necessidades atendidas, visa atender as necessidades dos outros (Gl 5:13; He 6:10.).

O ensinamento da Bíblia sobre o amor atinge o seu auge em 13 4:46-13:8'>I Coríntios 13:4-8, a descrição mais magnífico de amor jamais escrita:

O amor é paciente, o amor é bondoso e não é ciumento; o amor não se vangloria, não é arrogante, não age unbecomingly; ele não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não leva em conta um errado sofrido, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; Suporta todas as coisas, acredita todas as coisas, espera todas as coisas, tudo suporta. O amor nunca falha.

Para amar assim requer, acima de tudo humildade, pois só pessoas humildes pode colocar os interesses dos outros à frente de seu próprio (Filipenses 2:3-4.). Assim, Paulo exortou os Efésios para agir "com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando uns aos outros em amor" (Ef 4:2; Lc 18:14;) promover; humildade, não orgulho, é a marca da verdadeira grandeza (Mt 18:4; Mt 23:11) e traz a bênção de Deus (Sl 25:9 [.. NVI ]; 22: 4; Is 57:15; 66:. Is 66:2; 1Pe 5:51Pe 5:5). Paulo lembrou aos Efésios: "Cristo ... te amei e se entregou por nós, como oferta e sacrifício a Deus como um aroma perfumado ... também Cristo amou a igreja ea si mesmo se entregou por ela" (Ef 5:2). "Nós conhecemos o amor", escreveu João ", que Cristo deu a sua vida por nós" (1Jo 3:16).

Porque Ele é, por natureza, "manso e humilde de coração" (Mt 11:29; conforme Zc 9:9) que Jesus aqui virou nas horas finais de Seu ministério terreno Como o capítulo 13 abre, ministério público de Jesus a Israel foi encerrada. Depois de emitir um convite final para crer nEle, Jesus "retirou-se e escondeu-se deles" (12:36; conforme a exposição deste versículo no capítulo anterior deste volume). Nos capítulos 13:17, Jesus virou-se para o ministério público para aqueles que rejeitaram o ministério particular para aqueles que o receberam. Ele deu uma demonstração prática do Seu amor continuada para os discípulos (13 1:17), assegurou-lhes a esperança do céu (14: 1-3), garantido-lhes poder para o ministério (14:
12) e provisão para as suas necessidades (14: 13-14), e prometeu-lhes o Espírito Santo (14: 16-17; 15:26; 16: 7), a verdade divina na Palavra de Deus (14:26; 16:13), paz (14 : 27), e da alegria (15:11; 16:22). O tema comum que corre ao longo destes cinco capítulos é o amor de Cristo para a Sua própria. Como o seu ministério terrestre chegou ao fim na noite antes da Sua crucificação, Jesus procurou tranquilizá-los de que o amor duradouro Ele tinha para eles.

A conta da primeira expressão do Seu amor, a lavagem dos pés dos discípulos, poderão ser discutidas em quatro categorias. Vemos as riquezas sublime do amor de Cristo, a rejeição satânico do seu amor, a revelação chocante de seu amor, e a resposta adequada ao Seu amor.

As riquezas sublime do amor de Cristo

Ora, antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora que Ele iria sair fora deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.(13: 1)

festa da Páscoa foi o festival anual judaica que comemora a libertação de Israel de Deus da escravidão do Egito. O nome deriva do anjo da morte de morte sobre as casas dos hebreus quando matou os primogênitos dos egípcios (Ex 12:7).. A Última Ceia celebrada pelo Senhor com seus discípulos lhe deu oportunidade de usar os elementos da ceia da Páscoa para formar uma transição da Páscoa antiga aliança com a nova aliança Ceia do Senhor (1 Cor. 11: 23-26).

Uma aparente discrepância existe neste momento entre a cronologia de João e que dos Evangelhos sinópticos. O último afirmar claramente que a Última Ceia foi uma refeição pascal (Mt 26:17-19; Marcos 14:12-16.; Lucas 22:7-15). Jo 18:28, no entanto, registra que os líderes judeus "levou Jesus da casa de Caifás para o pretório, e era cedo [Sexta-feira de manhã, o dia da crucificação], e eles mesmos não entraram no pretório, para que não faria se contaminarem, mas poderem comer a Páscoa ". Além disso, de acordo com o julgamento e crucificação Jo 19:14 Jesus ocorreu no "dia de preparação para a Páscoa," não é o dia depois de comer a refeição da Páscoa. Assim, o Senhor foi crucificado, ao mesmo tempo em que os cordeiros pascais eram mortos (conforme 19:36; Ex 12:46;. Nu 9:12). O desafio, então, é explicar como Jesus e os discípulos poderia ter comido a refeição da Páscoa na quinta-feira à noite, se os líderes judeus ainda não tinha comido na sexta-feira de manhã.

A resposta está na compreensão de que os judeus tinham dois métodos diferentes de dias ajuste de contas. Fontes judaicas antigas sugerem que os judeus da parte norte de Israel (incluindo Galiléia, onde Jesus ea maioria dos Doze eram de) dias contados a partir do nascer do sol ao nascer do sol. A maioria dos fariseus, aparentemente, também usou esse método. Por outro lado, os judeus da região sul de Israel contados dias de sol a sol. Isso incluiria os saduceus (que necessariamente viviam nas proximidades de Jerusalém por causa de sua ligação com o templo). Embora, sem dúvida, confuso, por vezes, que a dupla método de dias cômputo teriam benefícios práticos na Páscoa, permitindo que a festa a ser comemorado em dois dias consecutivos. Isso teria facilitado as condições de superlotação em Jerusalém, especialmente no templo, onde todos os cordeiros não teria de ser morto no mesmo dia Assim, não há contradição entre João e os Sinópticos. Sendo galileus, Jesus e os doze teria visto o dia da Páscoa como correr a partir do amanhecer na quinta-feira ao nascer do sol na sexta-feira que eles iriam comer a sua refeição da Páscoa na quinta-feira à noite. Os líderes judeus (os saduceus), no entanto, teria visto isso como início ao pôr do sol na quinta-feira e termina ao pôr do sol na sexta-feira. Eles teriam comido a refeição da Páscoa na sexta-feira à noite. (Para uma discussão mais aprofundada desta questão, ver Harold W. Hoehner, Aspectos Cronológico da Vida de Cristo [Grand Rapids: Zondervan, 1977], 74-90; Robert L. Tomé e Stanley N. Gundry, A Harmonia dos Evangelhos [Chicago: Moody 1979], 321-22).

João repetida declaração de Jesus que Sua hora tinha chegado (12:23); já não era futuro como em 2: 4; 07:30; e 8:20 (conforme 7: 6,8). O Senhor sabia que tinha chegado o momento para que Ele partem deste mundo para o Pai. Ele estava em total controle de tudo o que estava acontecendo, e nunca foi uma vítima das circunstâncias, ou de esquemas mal dos homens.

Embora Ele desejava retornar a Sua glória na presença do Pai (conforme 17: 5), Jesus nunca vacilou em seu foco em amar o Seu próprio (conforme 10:29) que estavam no mundo. O Senhor amou-os até o fim. Telos(final) significa "perfeição", ou "completude", e significa que Jesus ama a Sua própria com a mais plena medida do amor. Há um sentimento geral em que Deus ama o mundo (Jo 3:16) dos pecadores perdidos (Mt 5:44-45.; Tt 3:4). As palavras do escritor hino capturar maravilhoso amor do Senhor para os crentes:

 

Amei com amor eterno,
Liderados pela graça que gostam de saber;
Espírito Graça de cima,
Tu me ensinou é assim!
O, essa paz plena e perfeita!
O, este tipo de transporte todos divina!
Em um amor que não pode cessar,
Eu sou dele, e ele é meu.

 

Em Romanos 8:35-39 Paulo exultou:

Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Assim como está escrito: "Por amor de ti estamos sendo condenado à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro." Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Até mesmo a chegada iminente de sua própria morte não podia separar os Seus discípulos de Seu amor. Essa realidade se torna ainda mais maravilhosamente claro em sua oração no capítulo XVII.

A rejeição satânica do Amor de Cristo

Durante a ceia, tendo já o Diabo posto no coração de Judas 1scariotes, filho de Simão, que o traísse, (13: 2)

A atenção se desloca de forma abrupta a partir da luz brilhante do amor de Cristo para a escuridão satânico do coração de Judas. Mesmo antes desta última ceia começou, o diabo tinha já posto no coração de Judas 1scariotes, filho de Simão, que o traísse. O contraste entre o amor de Cristo e ódio de Judas é forte; este último fornece o pano de fundo preto contra o qual o antigo parece tanto mais glorioso.

Ao lavar com humildade os pés de Judas, que Ele iria fazer em breve, Jesus encontrou o maior prejuízo e insulto imaginável com amor humilde. Coerente com seu comando para mostrar o amor aos inimigos (Mt 5:44), ele fez exatamente isso. Mas, tragicamente, Judas não se comoveu com manifestação de amor por ele do Senhor; o mesmo ato que atraiu os outros discípulos de Cristo repeliu.

Ganância e ambição de Judas há muito havia aberto a porta para a influência do Diabo (conforme 12: 4-6). Embora Satanás inspirou sua traição a Jesus Cristo, Judas era totalmente responsável por seu ato hediondo.Seu próprio coração mal desejado a mesma coisa Satanás fez-Jesus morte ". Satanás e Judas estavam em completo acordo; eles eram conspiradores na trama para matar Jesus Cristo. Logo, Judas estaria sob o controle completo de Satanás (27 v.) E iria realizar seu plano para trair o Filho de Deus (v 30;.. Conforme Mt 26:24). (Para mais informações sobre Judas, consulte o capítulo 7 deste volume.)

A chocante revelação do Amor de Cristo

Jesus, sabendo que o Pai lhe entregara tudo nas mãos, e que Ele havia saído de Deus e ia para Deus, levantou-se da ceia, e pôs de lado suas vestes; e tomando uma toalha, cingiu-Si mesmo. Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés dos discípulos ea enxugá-los com a toalha com que estava cingido. Então, Ele veio para Simão Pedro. Ele disse-lhe: "Senhor, não te lavar os meus pés?" Jesus respondeu, e disse-lhe: "O que eu você não percebe agora, mas você vai entender daqui por diante." Pedro disse-lhe: "Nunca deve Você lavar os meus pés!" Jesus respondeu-lhe: "Se eu não te lavar, não terás parte comigo". Simão Pedro disse-lhe: "Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos ea cabeça." Jesus disse-lhe: "Aquele que se banhou não necessita de lavar os pés, pois está todo limpo;. E vós estais limpos, mas não todos vocês" Pois ele sabia quem o traía; Por isso, ele disse: "Nem todos estais limpos." (13 3:11)

Declaração de João que Jesus sabia que o Pai lhe entregara tudo nas mãos dele (conforme 03:35; 17: 2; Mt 11:27; Mt 28:18.), e que Ele tinha vindo da parte de Deus (conforme 3: 13 5:37-6: 46,57; 07:29; 8: 18,42; 12:49; 16: 27-28; 17: 8) e estava voltando para Deus (conforme 6:62; 7 : 33; 14:12, 28; 16: 5, 10, 17, 28; 17:11,
13) reitera e amplifica do apóstolo anterior declaração de que Jesus estava prestes a voltar para o Pai (v 1).. Ao enfatizar a exaltação de Jesus, João revelou a profundidade de sua humildade. Incrivelmente, incompreensivelmente, o Criador glorioso e Governador do Universo estava para lavar com humildade sujo pés-a tarefa servil dos discípulos reservada para o último dos escravos (até mesmo os escravos judeus não eram obrigados a realizá-la, só gentios). "Com tal poder e status à sua disposição, poderíamos ter esperado ele para derrotar o diabo em um confronto imediato e chamativo, e de devastar Judas com uma explosão incontrolável de ira divina. Em vez disso, ele lava os pés dos discípulos, incluindo os pés do traidor "(DA Carson, O Evangelho Segundo João, O Pillar New Testament Commentary (Grand Rapids: Eerdmans, 1991), 462).

Ter andado pelas ruas de terra de Jerusalém para a sala de cima, os pés dos discípulos, protegidas apenas por sandálias, seria naturalmente sujo, e enquanto eles estavam reclináveis ​​para uma longa refeição, ofensivo. Como não havia nenhum servo lá para fazê-lo, um dos Doze deve se voluntariaram para lavar os pés dos outros. Mas a admoestação do Senhor ", o maior dentre vós será vosso servo" (Mt 23:11) tinha caído em ouvidos surdos. Em vez de humilhar-se, os discípulos continuavam a sua debate em curso sobre qual deles era o maior (Lc 22:24; cf.

Mc 9:34), e dobrar para os cargos de destaque no reino (Matt. 20: 20-24). Sendo esse o caso, a última coisa que qualquer um deles fez foi para executar a tarefa de o menor de escravos (que eles, sem dúvida, teria sido feliz para lavar os pés do Senhor).

E assim ceia começou com os pés de todos ainda sem lavar, como cada um dos doze esperou por alguém para tomar medidas. Finalmente, em uma impressionante exibição de humildade que também era uma repreensão pontas de ambição arrogante dos discípulos, o Filho de Deus encarnado levantou-se da ceia, e pôs de lado suas vestes; e tomando uma toalha, cingiu-Si mesmo. Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés dos discípulos ea enxugá-los com a toalha com que estava cingido. Os discípulos repreenderam, embaraçado, e castigado assistiram em inábil, silêncio doloroso como o Senhor, vestidos como um escravo, ajoelhou-se diante de cada um deles, por sua vez e lavou os pés sujos.

Não é de surpreender Simão Pedro, nunca em uma perda de palavras, foi o primeiro a protestar. Quando Jesus veio a ele, Pedro, exibindo o constrangimento de todos eles, perguntou, incrédulo, "Senhor, você lava os pés" Os discípulos estavam ainda fervorosamente esperando a inauguração do reino (conforme At 1:6). Muitos anos depois, Pedro iria escrever,

Você não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro da vossa vã maneira de vida herdado de seus antepassados, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo. (I Pedro 1:18-19)

Ele mesmo os nossos pecados em Seu corpo na cruz, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas fostes sarados. (1Pe 2:24)

Porque também Cristo morreu pelos pecados de uma vez por todas, o justo pelos injustos, para que Ele possa nos levar a Deus, tendo sido condenado à morte na carne, mas vivificado no espírito. (1Pe 3:18)

Como tinha feito uma vez antes (Mt 16:22), Pedro presumir com rapidez para dizer ao Senhor o que fazer, declarando enfaticamente (há uma dupla negativa no texto grego), "Never deve Você lavar os meus pés!" Embora Pedro modéstia pode parecer louvável, o Senhor deseja obediência acima de tudo (conforme 1Sm 15:22). Mais uma vez o Senhor pacientemente respondeu-lhe: "Se eu não te lavar, não terás parte comigo". A resposta de Jesus serviu a dois propósitos. Primeiro, ele corrigiu Pedro (eo resto do da Doze) incompreensão de sua missão messiânica. Em sua primeira vinda, Jesus não veio como o rei conquistador, mas como o sacrifício altruísta pelos pecados de Seu povo (Is 53:1; He 10:12; Sl 51:1; Is 4:4.; Zc 13:1; At 22:16 ; 1Co 6:111Co 6:11; Ef 5:26; Fm 1:3; He 10:22), e apenas aqueles que depositam sua fé em Jesus Cristo como Senhor e confessam seus pecados são purificados por Ele (Jo 15:3) e são unidos a Ele na vida eterna.

De acordo com sua natureza impulsiva, Pedro imediatamente pulou para o extremo oposto (conforme Mt 14:28 com 14:30; 16:16 com 16:22; 26:33, 35 com 26:. 69-75), exclamando: "Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos ea cabeça." Embora ele pode ter perdido o ponto do Senhor e pensavam que Ele estava se referindo a uma lavagem físico, o que quer que Jesus estava oferecendo, Pedro queria tudo isso. Continuando sua aplicação espiritual do princípio da lavagem, Jesus disse a Pedro: "Aquele que se banhou precisa de lavar senão os pés." Em termos físicos, aqueles que já tomou banho não precisa de tomar outro banho toda vez que seus pés ficar sujo Eles precisam apenas para lavar seus pés , porque eles são completamente limpo. Da mesma forma a limpeza completa do resgatadas a salvação nunca precisa ser repetido. Deus tem graciosamente justificada e imputada a justiça de Cristo aos crentes (2Co 5:21; Fp 3:8-9..), E sua morte expiatória fornece completo perdão de todos os seus pecados (Cl 2:13; Tt 2:14; 1Jo 1:71Jo 1:7). Mas eles ainda precisam da limpeza diária para a santificação da contaminação do pecado que permanece neles (Fp 2:12; 3: 12-14.).

Jesus, então, assegurou aos discípulos: "Vós estais limpos", uma vez que eles tinham experimentado a limpeza da redenção. Mas que foi não acontece com todos eles, houve uma notável exceção. Desde que o Senhor sabia o que o traía (embora os discípulos não o fez neste ponto; conforme 13 21:22), por esta razão Ele disse: "Nem todos estais limpos." O único que não estava limpo era, naturalmente, Judas 1scariotes, aquele que o traía. As palavras do Senhor foram também um último apelo e alerta para Judas que estava à beira da execução de seu plano maligno. Mas Judas não seria dissuadido.

Jesus não foi pego de surpresa pela traição de Judas Muito antes dessa noite Ele havia dito a respeito dele: "Será que eu mesmo não escolhi a vós os doze anos, e ainda um de vós é um diabo?" (Jo 6:70).Todos os aspectos de Cristo-morte inclusive de Judas traição, eram parte de um plano pré-determinado de Deus (At 2:23). Como observado anteriormente, no entanto, isso não é desculpa Judas de responsabilidade pessoal por seu ato perverso (Mt 26:24).

A resposta adequada ao Amor de Cristo

Então, quando ele tinha lavado os pés, tomou o manto e reclinou-se à mesa novamente, Ele lhes disse: "Você sabe o que eu fiz para você Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o am., se eu, o Senhor e Mestre, lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo de que você também deve fazer o que eu fiz com você. Em verdade, eu vos digo: , um escravo não é maior que seu senhor, nem é aquele que é enviado maior do que aquele que o enviou Se você sabe essas coisas, você é abençoado, se você fazê-las (13 12:17)..

Após ter lavado os pés aos discípulos, e tomou as suas vestes e reclinou-se à mesa de novo, Jesus ensinou-lhes a lição Ele queria que eles aprendem. As verdades teológicas retratados nos versículos 7:11 (humilhação de Jesus na Sua primeira vinda e de uma vez por todas a limpeza da justificação versus a limpeza diária de santificação), embora de grande importância, não são as principais verdades que o Senhor procurou para se comunicar . O princípio primário Jesus queria que os discípulos de aprender foi a importância de serviço humilde e amorosa. Isso se torna claro porque Ele lhes disse: "Você sabe o que eu fiz para você Vós me chamais Mestre e Senhor,?. e você está certo, porque eu o sou, se eu, o Senhor e Mestre, lavei os pés , também vós deveis lavar os pés uns aos outros. " Esta foi uma lição crucial para os discípulos, constantemente brigando sobre quem era o maior, para aprender. Se o Senhor da Glória estava disposto a humilhar-se e assumir o papel de o menor de escravos, como poderiam os discípulos fazer menos? Jesus certa vez perguntou: "Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?" (Lc 6:46); aqui Ele estava na verdade dizendo: "Por que me chamais Senhor, Senhor ', e não seguir o meu exemplo?"

Alguns argumentam a partir desta passagem que o lava-pés é uma ordenança para a igreja, juntamente com o batismo e da Ceia do Senhor (comunhão). Mas Jesus disse: "Eu lhe dei um exemplo que você também deve fazer como eu fiz com você, " não ", o que eu fiz com você." Além disso, "os teólogos e os expositores sábios sempre foram relutantes em aumentar o nível de algo rito universal que aparece apenas uma vez nas Escrituras" (Carson, João, 468). (A única outra referência ao lava-pés, 1Tm 5:10, não é, no contexto de um rito igreja, mas de boas ações realizadas por indivíduos.)

Para elevar o ato externo do lava-pés para o status de uma ordenança é minimizar a importante lição de Jesus estava ensinando. O Senhor deu um exemplo de humildade, não do lava-pés; Sua preocupação era com a atitude interior, e não o rito exterior. Este último é sem sentido para além da primeira.
Recusar-se a seguir o exemplo de serviço humilde de Jesus é elevar-se orgulhosamente acima dele, uma vez que um escravo não é maior que seu senhor, nem é aquele que é enviado maior do que aquele que o enviou (conforme dizeres semelhantes em 15:20 ; Mt 10:24;. Lc 6:40; Lc 22:27). Nenhum servo se atreve a considerar qualquer tarefa como debaixo dele se seu mestre realizou-lo.

Conclusiva do Senhor pensei, "Se você sabe essas coisas, você é abençoado, se você fazê-las", reflete a verdade bíblica de que a bênção fluxos de obediência. As palavras dos salmos abertura de enfatizar que a verdade:

 

Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios,
Nem se detém no caminho dos pecadores,
Também não se sentar no banco dos escarnecedores!
Mas o seu prazer está na lei do Senhor,
E na sua lei medita de dia e de noite.
Ele será como uma árvore plantada junto a ribeiros de águas,
Qual dá o seu fruto na estação própria
E sua folhagem não murcha;

E em tudo o que ele faz é bem sucedido. (Sl 1:1-3.)

 

Sl 119:1 Salomão declarou: "Aquele que dá atenção à palavra vai encontrar bom, e bendito é aquele que confia no Senhor." "Minha mãe e meus irmãos", Jesus declarou: "são aqueles que ouvem a palavra de Deus e fazê-lo" (Lc 8:21). Mais tarde, no evangelho de Lucas, afirmou, "Bem-aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e observá-lo" (Lc 11:28).

Esta passagem revela uma forma essencial que os crentes podem obedecer a Deus e receber sua bênção: seguindo o exemplo de seu Filho. "Aquele que diz que permanece nele", escreveu João em sua primeira epístola, "deve-se a caminhar na mesma maneira como Ele andou" (1Jo 2:6)

. "Eu não falo de todos vocês que eu sei o que eu ter escolhido, mas é que a Escritura pode ser cumprida," Quem come a minha pão, levantou contra mim o calcanhar. " . De agora em diante eu estou lhe dizendo antes que venha a acontecer, para que, quando acontecer, você pode acreditar que eu sou Ele verdade, em verdade vos digo que, quem recebe aquele que eu enviar a mim me recebe; e quem recebe Me recebe aquele que me enviou ". Quando Jesus disse isso, Ele tornou-se problemático em espírito, e declarou: "Em verdade, em verdade vos digo que, que um de vós me há de trair." Os discípulos começaram a olhar um para o outro, em uma perda de saber de qual Ele estava falando. Não estava reclinado no seio de Jesus um de seus discípulos, a quem Jesus amava. Então Simão Pedro fez um gesto para ele, e disse-lhe: "Diga-nos quem é de quem ele está falando." Ele, recostando-se, portanto, sobre o peito de Jesus, disse-lhe: "Senhor, quem é?" Jesus, então, respondeu: "Esse é o único para quem eu molhará o bocado e dar-lhe a ele." Então, quando ele tinha mergulhado o bocado, Ele tomou e deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. Após o bocado, Satanás entrou então para ele. Por isso Jesus disse-lhe: "O que você faz, fá-lo depressa." Agora ninguém dos que estavam à mesa percebeu a que propósito que Ele tinha dito isso a ele. Para alguns estavam supondo, como Judas tinha a bolsa, que Jesus estava dizendo a ele: "Compre as coisas que temos necessidade para a festa"; ou então, que desse alguma coisa aos pobres. Então, depois de ter recebido o bocado saiu logo; E era noite. (13 18:30)

A palavra "traidor" é uma palavra feia em qualquer idioma. Há poucas pessoas mais desprezado do que aqueles que trair seu país, causa, ou de confiança. Unidas têm geralmente reservada a mais severa pena-de punição, muitas vezes a morte aqueles que cometem atos de traição.
A história conheceu muitos traidores notórios. Durante a Guerra do Peloponeso, o ateniense Alcibíades geral, sobrinho do famoso estadista grego Péricles e um amigo de infância de Sócrates, traiu os planos de Atenas a rival da cidade, o Sparta. Como resultado, os atenienses foram derrotados na batalha pelos espartanos. O soldado ateniense e historiador Xenofonte, um discípulo de Sócrates, também virou traidor e lutou por Sparta contra sua cidade natal. Rei Leônidas de Esparta e sua força em número bem menor realizada a passagem das Termópilas contra os persas até um traidor mostrou os persas uma maneira de flanquear-los. Atacada por trás, Leônidas e seus homens lutou bravamente até o último homem em uma das mais famosas últimos estandes da história.
Durante a Revolução Americana, Simon Girty um desertor do exército continental, levou grupos de ataque de nativos americanos contra os colonos. Girty foi muito temida por sua brutalidade, tanto que ele foi apelidado de "Great Renegade". Mas o traidor mais infame da guerra revolucionária (e mesmo de toda a história dos Estados Unidos) foi Benedict Arnold. Irritado por ter sido preterido para promoção e busca de dinheiro para financiar seu estilo de vida extravagante, Arnold ofereceu-se para entregar a chave forte em West Point para os britânicos. Quando a British Major João Andre, a ligação entre Arnold e general britânico Sir Henry Clinton, foi capturado com documentos incriminatórios, a trama de Arnold foi exposto. Ele desertou para os britânicos, e lutou contra seus próprios compatriotas. Ele morreu no exílio na 1nglaterra, desprezado por americanos e britânicos igualmente.
O general francês Henri Pétain foi aclamado como o salvador de Verdun na Primeira Guerra Mundial, mas depois que a França caiu para os alemães na Segunda Guerra Mundial, tornou-se o chefe do governo de Vichy, que colaborou com os nazistas. Vidkun Quisling, cujo nome se tornou sinônimo de "traidor", dirigiu o regime fantoche criado pelos nazistas na Noruega, o Inglês traidor William Joyce ("Lord Haw Haw"), e os traidores americanos 1va Ikuko Toguri D'Aquino ("Tokyo Rose ") e Mildred Elisabete Gillars (" Axis Sally ") emprestaram suas vozes para Nazi e transmissões de propaganda japonesas.

A Bíblia também registra a sua quota de traidores, incluindo Absalão, que procurou usurpar o trono de seu pai, Davi:, (2 Sam 15:10-13.) Aitofel, conselheiro antigo de Davi que se juntou a rebelião de Absalão (2Sm 15:31.); Sheba, que liderou uma revolta das tribos do norte logo após a revolta de Absalão foi esmagado:, (2 Sam 20:1-2.) Jeroboão, cuja rebelião contra Salomão resultou na divisão de Israel em dois reinos 1srael e Judá:, (1Rs 11:26ff.) Baasa, que assassinou o filho de Jeroboão Nadab e reinou em seu lugar (I Reis 15:25-28); Zinri, que matou o filho de Baasa, Elá e tomou seu lugar (I Reis 16:8-20); Atalia, apenas a rainha de Israel, que tomou o poder após a morte de seu filho, o rei Acazias (II Reis 11:1-16); os servos de Joás, que conspiraram contra ele, matando-o (II Reis 12:20-21); os conspiradores não identificadas que assassinaram o rei Amazias (II Reis 14:18-20); Salum, cuja conspiração terminou o breve reinado de D. Zacarias (II Reis 15:8-10); Menahem, que da mesma forma assassinado e substituído Salum (2Rs 15:14); Peca, que derrubou e assassinou o filho de Menahem Pecaías (II Reis 15:23-25); Oséias, que matou Peca e tornou-se o último rei do reino do norte (2Rs 15:30); Servos de Amon, que conspiraram contra ele e assassinou-o (2Rs 21:23); e Bigthan e Teresh, cujo enredo contra o rei Assuero foi descoberto por Mordecai (Est.2: 21-23).

Mas o mais notório traidor, tanto na Bíblia e em toda a história humana, foi Judas 1scariotes. Judas tinha a incrível privilégio de ser um dos doze seguidores mais próximos do Senhor Jesus Cristo durante Seu ministério terreno Ainda inconcebivelmente após mais de três anos vivendo constantemente com o Jesus incomparavelmente perfeito, observando-se os milagres que realizou, e ouvir seus ensinamentos, Judas traiu a sua morte. O escuro, trágica história de Judas revela as profundezas do mal para que o coração humano é capaz de afundar, mesmo na melhor das circunstâncias.

A igreja primitiva universalmente detestados e desprezado Judas. Por exemplo, seu nome aparece em todas as listas última Novo Testamento dos apóstolos, exceto aquele em Atos 1-onde ele não aparece em tudo. Além disso, sempre que os escritores dos evangelhos mencionar Judas, eles sempre identificá-lo como o traidor que traiu Jesus (conforme Mt 10:4,Mt 26:48; Mt 27:3; Mc 14:44; Lc 6:16; Jo 12:4; Jo 13:2). Seu sobrenome deriva de duas palavras hebraicas que significam "homem de Kerioth." Isso sugere que Judas era da aldeia de Kerioth, seja aquele em Moab (48:24 Jer., 41), ou, mais provavelmente a única na Judéia, ao sul de Hebron (Js 15:25). Assim, Judas teria sido o único dos Doze, que não era galileu, embora não haja nenhuma evidência de que os outros apóstolos excluída ou olhou para ele como um resultado. No entanto, ser um estranho, sem dúvida, tornou mais fácil para Judas para justificar sua traição em sua própria mente. Ele também tornou mais fácil para ele se esconder sua hipocrisia, já que os outros onze teria conhecido pouco sobre ele ou por sua origem. No entanto, os outros discípulos de confiança Judas implicitamente, mesmo fazendo-o tesoureiro deles (Jo 12:6). Nenhum deles sequer suspeita de Judas quando Jesus anunciou no cenáculo: "Em verdade, em verdade vos digo que, que um de vós me trairá" (Jo 13:21).

A Bíblia não revelar quando e onde Judas se conheceram Jesus. Ele pode ter sido entre os judeus que se reuniram para ouvir João Batista (Mat. 3: 1-5) testemunho de Cristo. Ou ele pode primeiro encontraram o Senhor, no início do seu ministério, quando "Jesus e seus discípulos vieram para a terra da Judéia, e lá ele foi passar um tempo com eles e batizava" (Jo 3:22). Quando o Senhor em primeiro lugar chamado Judas para segui-Lo também não está registrado nas Escrituras. Com os outros onze, foi nomeado um apóstolo por Jesus depois que o Senhor havia passado uma noite em oração (Lucas 6:12-16). Nesse ponto (se ele não tivesse feito isso), Judas deixou a sua ocupação anterior e tornou-se um seguidor de tempo integral de Cristo. Ele até ficou com ele quando muitos outros discípulos falsos abandonado Ele (João 6:66-71). Mas, apesar de Judas acompanhou de perto Jesus, ele nunca lhe deu a sua alma.

Desde Judas, obviamente, não se sentia atraído por Cristo em um nível espiritual, por que ele segui-Lo? Por um lado, Judas, como muitos de seus compatriotas judeus, fervorosamente esperava que Jesus iria derrotar os romanos e restaurar a soberania política de Israel Mas Judas também foi motivado pela ganância, o desejo de poder e ambição mundana. Como um do círculo interno dos seguidores de Jesus, ele sem dúvida esperava uma posição importante no reino restaurado (como fizeram os outros discípulos a princípio; conforme Mt 20:20-24.). Judas não estava interessado no reino pelo amor de salvação, mas para o que ele esperava sair dela; ou seja, a riqueza, poder e prestígio.

Conforme o tempo passava, Judas tornou-se cada vez mais desiludidos. Jesus não mostrou sinais de se tornar o messias político e militar conquistando ele fervorosamente esperava. De fato, Cristo tinha rejeitado a tentativa do povo para fazê-lo rei (João 6:14-15). O Senhor salientou a dimensão espiritual do reino, enquanto Judas ansiosamente aguardado uma terrena, político e econômico. Mas ele escondeu o desencanto crescente por trás de uma fachada de hipocrisia.

Apenas alguns dias antes da Última Ceia, no entanto, ocorreu um incidente que, aparentemente, foi a gota d'água para Judas. Em um jantar em Betânia, dado em homenagem de Jesus, Maria, irmã de Marta e Lázaro ungiu a Jesus com uma grande quantidade de perfume caro. Chocado e indignado, Judas protestou, indignada: "Por que este perfume não foi vendido por trezentos denários e não se deu aos pobres?"(Jo 12:5).

Descontentamento crescente de Judas, em seguida, fervendo, ele imediatamente depois deste incidente "foi para os sumos sacerdotes e disse: 'O que você está disposto a me dar a traí-lo com você?' E eles pesaram trinta moedas de prata para ele A partir de então, ele começou a procurar uma boa oportunidade para trair Jesus. "(Mateus 26:14-16.). Isso veio para dizer aos líderes onde seria à noite, longe das multidões. Judas já não podia conter sua amargura e desilusão, que derramou por diante em traição segredo Mas a traição de Judas não permanecem escondidos por muito tempo, porque Jesus iria expô-la. A definição que o Senhor escolheu para desmascarar o traidor foi a sua última refeição com os discípulos na noite antes de sua morte. Jesus lhes havia ensinado a importância do serviço humilde através de Seu exemplo de lavar seus pés (13 1:43-13:17'>João 13:1-17). Então Ele concluiu a lição, proclamando: "Se você sabe essas coisas, você é abençoado, se você fazê-las" (v. 17). Agora, nos versículos 18:30, o diálogo se volta para o traidor. Jesus contrasta os onze discípulos fiéis eternamente abençoada com o traidor eternamente miserável, Judas. A passagem pode ser dividido em quatro seções: a traição antecipado (pelo Antigo Testamento), a traição anunciada (por Cristo), os Doze surpreendeu (com a notícia), e o traidor dirigida (pelo Senhor).

A Traição antecipada

". Eu não falo de todos vocês que eu sei o que eu ter escolhido, mas é que a Escritura pode ser cumprida," Quem come a minha pão, levantou contra mim o calcanhar. "(13:18)

Jesus queria ter certeza de que o resto dos discípulos entenderam quando a traição e prisão ocorreu que Ele não era uma vítima surpresa da traição de Judas. Eles podem se perguntar por que ele escolheu Judas, e como Ele poderia ter julgado mal tão completamente seu caráter. Portanto, o Senhor esclareceu Sua declaração anterior de que os discípulos estavam espiritualmente limpo (13.10). No entanto, ele fez não falar de todos eles; em Sua onisciência (conforme 2: 24-25) "Ele sabia o que o traía, por esta razão Ele disse: 'Nem todos estais limpos'" (v. 11) serão exigidos apenas os que Ele havia escolhido (conforme 15,16).

Jesus não foi pego de surpresa; "Ele não foi o enganado e vítima indefesa de traição insuspeita, mas foi enviado por Deus para realizar o propósito de Deus vai para a frente com calma e sem medo, para fazer o que Deus tinha planejado para ele fazer" (Leon Morris, O Evangelho Segundo João, O Novo Comentário Internacional sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1979], 623). O Senhor escolheu deliberAdãoente Judas assim que a Escritura pode ser cumprida (conforme 17:12). A Escritura o Senhor especificamente citado como sendo cumprida na traição de Judas, "Quem come a minha pão, levantou contra mim o calcanhar" (ou, em vernáculo moderno ", me chutou quando eu estava para baixo") é o Sl 41:9), como fontes rabínicas sugerir. Outro salmo que pode se referir a traição de Davi durante os dias negros da revolta de Absalão é o Salmo 55. Nos versículos 12:14 Davi escreveu,

 

Pois não é um inimigo que me afronta,
Então eu poderia suportá-lo;
Também não é aquele que me odeia quem se exaltou contra mim,
Então eu poderia me esconder dele.
Mas é você, um homem meu igual,
O meu companheiro e meu amigo íntimo;
Nós, que teve a doce comunhão juntos
Entramos na casa de Deus no meio da multidão.

 

Em ambos os salmos experiência de Davi aponta para a traição de Messias. Zacarias 11:12-13 também prevê a traição de Judas, mesmo dando a quantidade exata de dinheiro que ele iria receber e o que ele iria fazer com ele depois (conforme Mt 27:1) —embora não, é claro, para a salvação. A traição de Judas foi pré-determinado, mas que em nada contradiz a verdade de que ele agiu por vontade própria. Jesus afirmou ambas as verdades quando Ele disse em Lc 22:22: "Porque, na verdade, o Filho do homem vai, como foi determinado [a soberania de Deus], ​​mas ai daquele homem por quem é traído [responsabilidade de Judas]!" O Deus soberano ", que faz todas as coisas segundo o conselho da sua vontade" (. Ef 1:11), usou os planos malignos de coração mau de Judas para trazer o bem de redenção (conforme Gn 50:20; Sl 76:10).

Judas teve todas as oportunidades para se converter do seu pecado. Grande parte do ensinamento de Cristo aplicada diretamente a ele, como as parábolas do injusto mordomo (Lucas 16:1-13) e a veste nupcial (Mt 22:11-14.); e pregação de Jesus contra o amor ao dinheiro (Mt 6:1), e orgulho (Matt. 23: 1-12). Judas também ouviu declaração sincera do Senhor aos Doze: "Será que eu mesmo não escolhi a vós os doze anos, e ainda um de vós é um diabo?" (Jo 6:70), e sua advertência do julgamento terrível que aguardava o traidor: "ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído Teria sido bom para esse homem se não houvera nascido" (Mt . 26:24). E ele tinha acabado de ouvir Jesus declarar que nem todos os discípulos ficaram limpos espiritualmente (v. 10). Mas tudo isso deixou Judas impassível. Ele resolutamente endureceu o seu coração e se recusou a se arrepender.

A Traição Anunciado

. "A partir de agora eu estou lhe dizendo antes que venha a acontecer, para que, quando acontecer, você pode acreditar que eu sou Ele verdade, em verdade vos digo que, quem recebe aquele que eu enviar a mim me recebe; e quem a mim me recebe, recebe aquele que me enviou ". Quando Jesus disse isso, Ele tornou-se problemático em espírito, e declarou: "Em verdade, em verdade vos digo que, que um de vós me há de trair." (13 19:21)

Como observado no ponto anterior, Jesus queria ter certeza de que a traição de Judas não iria abalar a fé dos outros discípulos nEle. Ao contar a eles sobre isso antes que veio a acontecer, Ele assegurou que no futuro eles poderiam olhar para trás e saber que Ele sabia tudo o que ia acontecer. Assim, quando fez a traição ocorrer, os discípulos, embora dispersa e medrosa, reconheceria sua presciência onisciente (conforme 2,25) e crer na Sua divindade. Como tinha feito antes no Evangelho de João (por exemplo, 8: 24,28,58), Jesus tomou para si o nome divino de Deus em 13 2:3-14'>Êxodo 3:13-14I am (a palavra Ele não aparece no texto grego ).

À primeira vista, a declaração de Jesus, verdade, em verdade vos digo que, quem recebe aquele que eu enviar a mim me recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou (conforme Mt 10:40;. Mc 9:37; Lc 10:16) parece estar desconectado do contexto. No entanto, após uma reflexão mais aprofundada a ligação se torna evidente. Os discípulos (a onze) ficaria chocado por predição de Jesus que um deles o trairia. Eles podem pensar que ter um traidor no meio deles iria destruir a sua credibilidade como um grupo e acabar com a sua missão. Além disso, se o Senhor foi traído a sua morte, a sua esperança para o estabelecimento imediato do reino messiânico terrena iria morrer com Ele.

Mas o Senhor, deixando cair esta declaração para o meio de referências a Judas, tranquilizou os onze apóstolos que a traição de Judas não anularia sua comissão; Ele ainda estava indo para enviar -los como Seus representantes do mundo. O próprio título que Cristo deu a eles (Lc 6:13) enfatiza que a verdade; a palavra grega traduzida "apóstolo" ( apostolos ) refere-se a um mandado de ter a plena autoridade da pessoa que o enviou, muito parecido com um embaixador hoje. Mas, ainda que os apóstolos tinham uma autoridade única e intransferível (conforme Ef 2:20), todos os crentes representam Jesus Cristo no mundo. Como Paulo lembrou aos Coríntios: "Nós somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus estivesse fazendo um apelo através de nós"; implorando pecadores "em nome de Cristo [a] se reconciliar com Deus" (2Co 5:20;. conforme Ef 6:20). Como cidadãos do céu (Fp 3:20), os crentes representam seu Rei a um mundo de pecadores perdidos, entre os quais elas vivem ", como peregrinos e forasteiros" (1Pe 2:11).

Depois de preparar os discípulos por garantindo-lhes que eles continuariam a ser Seus representantes, Jesus tornou-se problemático em espírito, e declarou: "Em verdade, em verdade vos digo que, que um de vós me há de trair." Troubled traduz uma forma do verbo tarasso , uma forte palavra usada figurativamente para falar de turbulência mental ou espiritual grave. Ele descreve 'terror ao ver o Senhor andando sobre as águas (Mt 14:26), o medo de Zacharias quando o anjo Gabriel apareceu para ele no templo (Lc 1:12), os discípulos dos discípulos medo quando Jesus apareceu para eles depois da ressurreição (Lc 24:38), a profunda angústia da alma de Jesus no túmulo de Lázaro (Jo 11:33), e Sua angústia com a perspectiva de enfrentar a cruz (Jo 12:27).

Várias coisas incomodado o Senhor; Seu amor não correspondido por Judas, a ingratidão de Judas para toda a bondade, Ele lhe havia mostrado, a presença maléfica de Satanás, que em breve possuir Judas (v. 27), o destino terrível que aguardava Judas no inferno, e o conhecimento de que a traição faria levá-Lo para a cruz, com o seu pecado de rolamento (2Co 5:21) e separação do Pai (Mt 27:46). "No presente passagem, as emoções de Jesus mostram-se em um estado de agitação, todo o seu eu interior em convulsão com o pensamento de um dos seus seguidores mais próximos traí-lo aos seus inimigos" (Andreas J. Köstenberger, João, Baker Exegetical Comentário no Novo Testamento [Grand Rapids: Baker, 2004], 413). Tal seriam as conseqüências terríveis da traição Jesus agora abertamente declarado.

A Surpresa dos doze

Os discípulos começaram a olhar um para o outro, em uma perda de saber de qual Ele estava falando. Não estava reclinado no seio de Jesus um de seus discípulos, a quem Jesus amava. Então Simão Pedro fez um gesto para ele, e disse-lhe: "Diga-nos quem é de quem ele está falando." Ele, recostando-se, portanto, sobre o peito de Jesus, disse-lhe: "Senhor, quem é?" (13 22:25)

Atordoado pelo D.C Jesus, os discípulos (com exceção de Judas, é claro) foram lançadas em confusão, como DACarson sugere:
O Doze já estavam um pouco desorientado por alusões de Jesus a seu sofrimento e morte, as categorias que ainda não conseguia conciliar com a sua convicção de que ele era o Messias prometido.Referências Sem dúvida, a traição e infidelidade parecia semelhante obscura. Talvez alguns se perguntou se Jesus estivesse se referindo aos discípulos de apenas fora do ringue dos Doze; outros podem ter se perguntado se a traição seria acidental. Talvez a noção de traição não parecia muito ameaçador para eles, uma vez que o seu Mestre poderia acalmar tempestades, ressuscitai os mortos, alimentar os famintos, curar os enfermos. Que possível desastre poderia acontecer a ele que ele não poderia retificar? ( O Evangelho Segundo João, O Pillar New Testament Commentary (Grand Rapids: Eerdmans, 1991), 472)

Obviamente, uma vez que estavam sozinhos no quarto com Jesus (conforme Mt 26:20; Mc 14:1, 14-15), eles sabiam que um deles e um daqueles com quem tinham vivido e ministrado por mais de três anos, um daqueles cujos pés Jesus tinha lavado, um dos escolhidos para sermos Seus embaixadores-ia fazer o impensável e traí-lo. Mas qual? É uma homenagem à eficácia da hipocrisia de Judas (e Jesus gentilmente a tratá-lo de forma diferente das outras onze discípulos) que ninguém suspeitava dele. Em vez de imediatamente acusando Judas, os discípulos começaram a olhar um para o outro, em uma perda de saber de qual Ele estava falando. Marcos registra que "eles começaram a entristecer-se e dizer a Ele, um por um: 'Certamente não eu?" "(Mc 14:19) —mesmo" Judas, que o traía, disse: "Com certeza não sou eu, Rabi?" (Mt 26:25), mantendo assim sua hipocrisia enganosa até o fim. Lucas acrescenta que " eles começaram a discutir entre si qual deles pode ser que ia fazer essa coisa "(Lc 22:23). Pode-se apenas de saber o que Judas disse.

Uma vez que os discípulos não tinham idéia de quem o traidor poderia ser, para demonstrar a competência de hipocrisia de Judas, Pedro longamente tomou a iniciativa de descobrir. Mas ao invés de pedir ao Senhor diretamente, ele virou-se para o discípulo que estava reclinado no seio de Jesus (deitada ao lado dele na mesa da ceia) a quem Jesus amava. Isso foi discípulo amado João, que nunca nomes-se em seu evangelho. Seu profundo amor por Jesus está em contraste gritante com intenso ódio de Judas. (Para provas de que o discípulo amado foi o apóstolo João, ver João 1:11, A Commentary MacArthur Novo Testamento. [Chicago: Moody 2006], 6-7) Supondo que João sabia quem era o traidor, Simão Pedro fez um gesto para ele para atrair sua atenção e lhe disse: "Diga-nos quem é de quem ele está falando." Mas João não sabia, então ele se inclinou para trás, portanto, sobre o peito de Jesus e sussurrou -lhe: "Senhor, quem é?"

O Traitor Endereçada

Jesus, então, respondeu: "Esse é o único para quem eu molhará o bocado e dar-lhe a ele." Então, quando ele tinha mergulhado o bocado, Ele tomou e deu-o a Judas, filho de Simão Iscariotes. Após o bocado, Satanás entrou então para ele. Por isso Jesus disse-lhe: "O que você faz, fá-lo depressa." Agora ninguém dos que estavam à mesa percebeu a que propósito que Ele tinha dito isso a ele. Para alguns estavam supondo, como Judas tinha a bolsa, que Jesus estava dizendo a ele: "Compre as coisas que temos necessidade para a festa"; ou então, que desse alguma coisa aos pobres. Então, depois de ter recebido o bocado saiu logo; E era noite. (13 26:30)

Evidentemente Jesus falou tão baixinho que só João ouviu quando Ele respondeu: "Essa é a única para quem vou mergulhar o pedaço e dar a ele" (veja a discussão de vv. 28-29 abaixo). O pedaço foi um pedaço de pão sem fermento, que foi mergulhado em uma mistura de ervas amargas, vinagre, água, sal, datas esmagados, figos e passas. Para ser dada a bocado pelo anfitrião era para ser escolhido para honra especial. Jesus, portanto, fez um gesto de honra para com Judas, mostrando bondade até o amargo fim (conforme Rm 2:4..). Ele havia rejeitado o amor de Cristo pela última vez, e sua condenação eterna foi selado. FF Bruce escreve:

A ação de Jesus, em singularização Judas para uma marca de favor especial, pode ter sido concebido como um apelo final para ele a abandonar seu plano traiçoeiro e desempenhar o papel de um verdadeiro discípulo. Até aquele momento, a sorte não tinha sido irrevogavelmente elenco. Se Judas hesitou por um segundo, que era apenas para o aço-se a exercer a sua resolução fatal, para se tornar o instrumento dispostos de Satanás enquanto que ele poderia ter sido o seguidor livre e mensageiro de seu Mestre. Satanás não poderia ter entrado nele se ele não lhe concedeu a admissão. Se ele tivesse sido capaz de dizer "não" ao adversário, todo o poder de intercessão de seu Mestre estava disponível para ele lá e, em seguida, para fortalecê-lo. Mas, quando a vontade de um discípulo se torna traidor, quando o auxílio espiritual de Cristo é recusada, a condição da pessoa está desesperada, de fato. ( O Evangelho de João [Grand Rapids: Eerdmans, 1983], 290)

Uma vez que Judas tinha irrevogavelmente cruzou essa linha, Jesus o despediu, dizendo-lhe: "O que você faz, fá-lo depressa" (conforme Mt 26:50). Jesus controlado todos os detalhes da sua morte, provar a verdade da sua declaração, "Ninguém ma tira de mim, mas eu a dou por mim mesmo. Eu tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade para tomá-lo —se novamente. Este mandamento recebi de meu Pai "(Jo 10:18). Cristo estava prestes a instituir a Ceia do Senhor e Ele não estava indo para tê-lo marcado por Judas (e de Satanás) presença. Como observado acima, evidentemente, apenas João ouviu Jesus dizer como Ele chama a atenção para o traidor (e mesmo que ele não pode ter percebido que a traição era iminente). Daí ninguém dos que estavam à mesa percebeu a que propósito que Ele tinha dito isso para Judas. Eles só poderia especular que como Judas tinha a bolsa, que Jesus estava dizendo a ele: "Compre as coisas que temos necessidade para a festa"; ou então, que desse alguma coisa aos pobres (o que foi feito tradicionalmente na Páscoa).

Depois de receber o pedaço e ouvir palavras de demissão de Jesus, Judas saiu imediatamente. Agora que ele tinha sido exposto como o traidor, ele sabia que tinha que agir rapidamente, antes que toda a trama entrou em colapso. Ele, evidentemente, foi direto para o Sinédrio e disse-lhes que o "momento oportuno" (Mc 14:11), quando eles poderiam prender Jesus "para além da multidão" (Lc 22:6), teria cabeça para o Monte das Oliveiras. Ele sabia a localização exata do Getsêmani, "para Jesus muitas vezes se reunira ali com os seus discípulos" (Jo 18:2; At 26:18; 2 Cor. 6: 14-15; Ef 6:12; Cl 1:13.). A próxima vez que Judas aparece na narrativa está na cabeça (Lc 22:47) de quem vem para prender Jesus (João 18:3-5).

Várias lições emergem da trágica história da traição de Judas. Primeiro, Judas é o maior exemplo da história de oportunidades perdidas e privilégio desperdiçado. Ele ouviu Jesus ensinar dia sim, dia não.Além disso, ele teve a oportunidade de interagir pessoalmente com Ele. Ele testemunhou em primeira mão os milagres realizados por Jesus que provou que ele era Deus em carne humana. No entanto, Judas recusou o convite de Cristo para trocar a carga opressiva do pecado para o jugo suave de submissão a Deus (Mt 11:28-30.).

Em segundo lugar, Judas é a ilustração acima de tudo para o perigo de dinheiro (1Tm 6:10) amorosa. Dinheiro significava mais para ele do que a salvação eterna.

Em terceiro lugar, Judas tipifica a vileza de traição espiritual. Em todas as épocas houve Judas, que professavam a seguir a Cristo, mas se voltou contra ele. A vida de Judas também é um lembrete da necessidade de auto-exame (2Co 13:5).

Em quinto lugar, o exemplo de Judas mostra que o diabo sempre vai estar no trabalho entre o povo de Deus. Jesus ilustrou que a verdade na parábola do joio e do trigo (13 24:40-13:30'>Mat. 13 24:30, 13 36:40-13:43'>36-43).

Em sexto lugar, Judas comprova a letalidade da hipocrisia. Ele era um ramo infrutífero, lançado no fogo eterno do inferno (Jo 15:6; 1Jo 3:81Jo 3:8). Deus usou a traição de Judas para a Sua própria glória (conforme Gn 50:20).

Quando Judas vendeu Jesus aos Seus inimigos que ele estava em vigor a vender sua alma ao diabo. Nas palavras do poeta,

 

Ainda como antigamente
Homens por si só são fixados o preço
Por trinta moedas Judas vendeu
Ele mesmo, não Cristo

 

49. O Padrão Supremo de amor sacrificial (13 31:43-13:38'>João 13:31-38)

Portanto, quando ele tinha saído, Jesus disse: "Agora é o Filho do Homem glorificado, e Deus é glorificado nele;. Se Deus é glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e glorificá-lo imediatamente Filhinhos, Eu estou com vocês um pouco mais de tempo Você vai buscar-me;. e como eu disse aos judeus, agora eu também digo a você: 'Para onde eu vou, vós não podeis ir.' Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros. " Simão Pedro disse-lhe: "Senhor, para onde vais?" Jesus respondeu: "Para onde eu vou, você não pode seguir-me agora, mas você vai seguir mais tarde." Pedro disse-lhe: "Senhor, por que não posso seguir-te agora? Darei a minha vida por você." Jesus respondeu: "Darás a tua vida por mim? Em verdade, em verdade vos digo que, um galo não cantará antes que você me negará três vezes." (13 31:38)

Ao longo da história as pessoas se identificaram como seguidores de Jesus Cristo por várias marcas externas, tais como roupas especiais ou mesmo cortes de cabelo distintas. Em tempos mais recentes têm usado alguns alfinetes de lapela, cruzes ou outras jóias, vestiu a roupa com um tema cristão, afixada no vidro traseiro cristãos adesivos em seus carros, ou bebeu o seu café fora de canecas estampadas com um logotipo Cristão.

Estes monitores externos de lealdade a Cristo não são necessariamente errado, e, por vezes, pode ser útil para chamar a atenção para um de testemunho cristão Mas não é tão superficial, para fora símbolos que, finalmente, marcam um verdadeiro seguidor de Jesus Cristo; é as atitudes internas do coração (Mt 5:8; At 15:9; Rm 2:29; 10: 9-10.; 2Co 4:62Co 4:6).Somente aqueles cujos corações foram transformados pela graça redentora de Deus são Seus filhos (João 3:3-8.; 2Co 5:172Co 5:17; Tt 3:5Ef 5:9 (conforme Lc 6:43-45), mas, em seu nível mais básico, esta fruta pode ser resumida em uma palavra: amar. Porque os cristãos foram regenerados pelo poder do Espírito Santo (Tito 3:5-7), são aqueles que realmente amam a Deus e amar os outros (conforme Rm 12:9-21; 13 3:46-13:8'>113 3:46-13:8'> Cor. 13 3:8; 1 Pedro 1: 22-25.; 1 João 4:7 —11). Eles são aqueles que estão habilitados a obedecer os maiores mandamentos — "Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, e de toda a tua alma e com toda tua mente, e com toda a tua força." O segundo é este: 'Amarás o teu próximo como a ti mesmo "(Marcos 12:30-31). Ao contrário do não redimido, que odeiam a Deus e amar a si mesmos (conforme Ef. 2: 1-3), os cristãos amam ao Senhor (conforme Jo 8:42) e também amar os outros (conforme Fm 1:2), e, posteriormente, lhes disse: "Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando" (Jo 15:14) . Para uma multidão de judeus que supostamente tinha acreditado nele, Jesus disse: "Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, ea verdade vos libertará." A obediência é a demonstração visível do amor genuíno por Cristo.Assim, como João escreveu em sua primeira epístola,

Nisto conhecemos o que temos vindo a conhecê-Lo, se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: "Eu vim a conhecê-lo", e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, ea verdade não está nele, mas qualquer que guarda a sua palavra, nele o amor de Deus tem realmente sido aperfeiçoado. Nisto conhecemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve-se a caminhar na mesma maneira como Ele andou. (I João 2:3-6)

A Bíblia adverte repetidamente daqueles que alegam ser discípulos de Cristo, mas não são (conforme Jo 2:23-24; 6: 60-66; 12: 25-26).

Jesus retratado discípulos falsos como sementes que caíram à beira do caminho, em solo rochoso, ou entre espinhos (13 3:40-13:7'>Mat. 13 3:7), joio crescem ao longo de trigo (13 24:40-13:30'>Mat. 13 24:30), peixe ruim que são jogados fora (13 47:40-13:48'>Mat. 13 47:48), cabras condenados à punição eterna (Mt 25:1,Mt 25:41), virgens loucas excluídos do banquete de casamento (Mt 25:1-12.), servos inúteis que enterram o talento de seu mestre em o chão (Mt 25:24-30; conforme Lc 19:1). O escritor de Hebreus refere a eles como os que manifestam um perverso coração de incredulidade pelo afastamento de Deus (He 3:12), que continuam a pecar deliberAdãoente depois de receber o conhecimento da verdade (He 10:26), e que caem longe da verdade para a condenação eterna (He 10:39). Em sua primeira epístola João descreveu-os como apóstatas que deixam a comunhão dos crentes (1Jo 2:19). Como Demas, que professam amar a Cristo, mas na realidade eles amam o mundo presente (2Tm 4:10; conforme 1 Jo. 2: 16-17).

O que faz falsos discípulos tão difícil de detectar é que muitas vezes eles têm os indicadores externos de discípulos genuínos, tais como moralidade visível, um conhecimento intelectual da Bíblia, e até mesmo um nível de envolvimento na vida fora da igreja.

Mas essas coisas são neutras; eles nem comprovar nem refutar a autenticidade da fé de uma pessoa. O jovem rico foi para o exterior moral (Matt. 19: 16-21), mas passou longe de seu encontro com Cristo de luto e não salvo (v 22).. Jesus denunciou os fariseus como "sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia" (Mt 23:27)."Então, você, também," Ele continuou: "por fora parecem justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade" (28 v.). Paulo apontou que ambos os gentios (Rm 1:21.) E judeus (Rm 2:17ss) pode ter um conhecimento intelectual da verdade de Deus e ainda ser salvos. Nem é o envolvimento ativo no ministério um indicador confiável da fé salvadora. Em Mateus 7:22-23 Jesus advertiu: "Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres? E então eu lhes direi: 'Nunca vos conheci; afastar mim, vós que praticais a iniqüidade "." Tanto Judas (Mt 27:3) convicção experiente do pecado, mas manteve-se não salvo . Tomar a decisão de seguir a Cristo não é necessariamente um sinal de genuína, a fé salvadora quer. O solo rochoso na parábola dos solos imagens "aqueles que, ao ouvirem, recebem a palavra com alegria; e estes não têm raiz firme, pois eles acreditam por algum tempo, e no tempo da tentação se desviam" (Lc 8:13 ). Da mesma forma, "a semente que caiu entre os espinhos, esses são os que ouviram e, como eles entram em seu caminho, são sufocados com preocupações e riquezas e deleites da vida, e não dão fruto com a maturidade" (v. 14 ).

João Batista desafiou seus ouvintes a "frutos dignos de arrependimento" (Mt 3:8) —demonstrating um amor por Deus (Lc 10:27), que se evidencia em abandonar o pecado (Pv 28:13; 2Co 7:102Co 7:10), retratando humildade genuína (Sl 51:17; Mt 5:1), que está sendo cometido à oração (Lc 18:1; 1Ts 5:171Ts 5:17), exibindo abnegação (I João 2:9-10; 3: 14-18), separando-se do mundo (Jc 4:4; João 15:1-2), sendo obediente (Mt 7:21; 1 João 2:3-5.), e cultivar o desejo pela Palavra de Deus (I Pedro 2:1-3).

A partir de 13:31 e funcionando até o final do capítulo 16, Jesus deu um discurso de despedida para os onze apóstolos (Judas ter sido demitido [13 27:30]). Carga final do Senhor para os homens que exercem a Seu trabalho incluiu instruções, promessas, avisos e mandamentos. Nesta seção do que discurso de abertura, o Senhor destaca a marca premier daqueles que são seus verdadeiros discípulos, ou seja, sincero, amor altruísta.
Esta passagem enfatiza o padrão supremo de amor que, incidindo sobre a pessoa e obra do próprio Cristo. A expressão profunda, o exemplo mais proeminente, e poderosa extensão do amor sacrificial de Cristo são cada um exibido nesses versículos. Eles ilustram a qualidade do amor que é caracterizar aqueles que se dizem seus discípulos.

A profunda expressão do amor de Cristo

Portanto, quando ele tinha saído, Jesus disse: "Agora é o Filho do Homem glorificado, e Deus é glorificado nele;. Se Deus é glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e glorificá-lo imediatamente Filhinhos, Eu estou com vocês um pouco mais de tempo Você vai buscar-me; e, como eu disse aos judeus, agora eu também digo que, "(13 31:33)." Para onde eu vou, vós não podeis ir. '

Mais alta expressão do amor é auto-sacrifício. Como o Senhor diria mais tarde a seus discípulos: "Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos" (Jo 15:13; conforme Jo 10:11).Nessa mesma linha, o apóstolo João escreveu em sua primeira epístola: "Nós conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e nós devemos dar a nossa vida pelos irmãos" (1Jo 3:16). Jesus, portanto, apontou para sua crucificação iminente, a fim de sublinhar o que Ele estava prestes a ensinar os discípulos a respeito do amor.

Nesta passagem, Jesus viu a sua morte em termos de glorificação que dela resultam. Embora a crucificação foi o ponto de sua maior humilhação (. Fp 2:8; Fp 2:9-11.). Todo o seu ministério apontou para a cruz (Mc 10:45), tornando-se o clímax glorioso da vida que ele viveu em perfeita consonância com a vontade do Pai.

Com Judas irrevogavelmente empenhada em traí-Lo, Jesus despediu-o (v. 30). Só então, quando ele saiu, o Senhor começar seu discurso de despedida para os onze apóstolos restantes. Com a cruz apenas algumas horas de distância, os pensamentos de Jesus virou-se para a plenitude da glória que aguardava na presença do Pai (Jo 17:5), refere-se a Sua morte na cruz, no dia seguinte. A cruz parecia ser uma derrota vergonhosa, desastroso para Jesus. No entanto, foi por meio da cruz, onde Ele deu a vida pelos pecadores, que a glória de Cristo foi exibido mais claramente. Em At 3:13 Pedro declarou que as mesmas pessoas que tinham crucificado Jesus, "O Deus de Abraão, Isaque e Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou seu servo Jesus, a quem vós entregastes e rejeitado na presença de Pilatos , quando ele havia decidido soltá-lo. "

Jesus foi glorificado através da cruz de várias maneiras. Em primeiro lugar, a Sua morte comprou a salvação ao satisfazer as exigências da justiça de Deus para todos os que crêem nEle. Paulo escreveu aos Colossenses que Deus, "tendo cancelado o escrito de dívida que consiste em decretos contra nós, que era hostil a nós ... tomou-o para fora do caminho, cravando-o na cruz" (Cl 2:14; Rm 3:25; 5:... 8-9; Ef 2:16; He 2:17; 1Jo 2:21Jo 2:2). A morte de Jesus Cristo também destruiu o poder do pecado; por "enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado e como oferta pelo pecado, [Deus] condenou o pecado na carne" (Rm 8:3; conforme 1Co 15:8.... : 54-57; 2Tm 1:102Tm 1:10; 1Jo 3:81Jo 3:8; At 4:10; At 13:30; Rm 10:9; 1Pe 1:211Pe 1:21), assim destruir o poder de Satanás, o pecado ea morte.

Em segundo lugar, a morte de Cristo declarou a justiça de Deus. A pena por violação de Sua santa lei "pecadores tinha que ser pago, e uma vez que" o salário do pecado é a morte "(Rm 6:23), alguém tinha que morrer. Portanto, "o Senhor fez com que a iniqüidade de nós todos a cair sobre [Cristo]" (Is 53:1; conforme v 11; He 9:28; 1 ​​Pedro 2:24). Foi somente através do sacrifício de Seu Filho que Deus poderia "ser justo e justificador daquele que tem fé em Jesus" (Rm 3:26).

Em terceiro lugar, a morte de Cristo revelou a santidade de Deus. Nunca Deus manifestar claramente a Sua santa ódio ao pecado do que no sofrimento e na morte de Seu Filho. O Pai ama o Filho com um amor infinito. No entanto, quando Jesus se tornou uma maldição para os crentes na cruz (Gl 3:13), o Pai, cujo "Os olhos são tão puros para aprovar o mal, e ... não pode olhar na maldade com favor" (Hc 1:13 ), se afastaram Dele. Isso fez com que Jesus a gritar em agonia, "Meu Deus, Meu Deus, por que me desamparaste?" (Mt 27:46).

Em quarto lugar, a morte de Cristo expressa a fidelidade de Deus. A partir do momento da desobediência de Adão e Eva mergulhou a raça humana em pecado, Deus prometeu um Redentor (Gn 3:15; conforme 13 23:53-12'>Is 52:13-53: 12.; Mt 1:21.). Mesmo que lhe custou o Filho único, Ele cumpriu a promessa.

Finalmente, em sintonia com o tema geral desta passagem, a morte de Cristo foi a mais poderosa demonstração do amor de Deus em toda a história Aos Romanos Paulo escreveu: "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós "(Rm 5:8; conforme vv 9,14;. Gal . 4: 4-5).

A última declaração de Cristo fez a respeito de Sua glorificação, se Deus é glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, olha para além da cruz à Sua exaltação à mão direita do Pai (Mt 26:64; At 2:33; At 5:31; Rm 8:34; Ef 1:20; Cl 3:1; He 1:3; He 8:1; He 12:2; At 7:55; Rm 8:34; Cl 3:1; He 1:3). Foi a esta glória que Jesus desejava voltar (Jo 17:5; Atos 1:9-11 ). Poucos dias antes o tinham ouvido advertir os judeus, "Por um pouco mais de tempo a luz está entre vós Andai enquanto tendes a luz, para que as trevas não vos apanhem;. Ele quem anda nas trevas não sabe para onde ele . Enquanto você vai ter a luz, crede na luz, para que vos torneis filhos da luz "(12: 35-36). Agora delicAdãoente usando o termo carinhoso TEKNIA (crianças pequenas), o Senhor lembrou os discípulos de que a realidade, dizendo-lhes, "Eu estou com vocês um pouco mais." Depois ele foi embora, que seria longa para a Sua presença visível, mas como Ele disse aos judeus (cf. 07:34; 08:21), Ele agora ... também disse a eles, "Para onde eu vou, vós não podeis ir."

Não só foi o Senhor deixando os discípulos, Ele também foi indo para onde eles não seriam capazes de segui-lo imediatamente. Ao contrário dos judeus incrédulos (07:34), no entanto, os discípulos um dia iria ver Jesus novamente (v 36;. 16:16).

Os discípulos de Cristo amou profundamente e dependia Dele totalmente. Sabendo que Ele logo estaria deixando eles era doloroso e assustador. Sua morte iminente certamente não era o que eles teriam escolhido. E, no entanto, que era ao mesmo tempo o mais necessário e o ato mais amoroso Cristo poderia realizar em seu nome. Como o Senhor lhes havia ensinado antes, "Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas" (Jo 10:11). Ele veio para morrer por eles, e para todos os que crêem nEle.

Na cruz, o amor de Deus por meio de Cristo foi colocado em exposição de forma irrepreensível e eternamente único (conforme Jo 3:16). No início deste capítulo, o Senhor tinha ilustrado Seu humilde, amor sacrificial, lavando os pés dos discípulos (13 5:15). Agora Ele apontou para o bem maior demonstração de Seu amor: o sacrifício cruz. É esta expressão infinita de amor que sustenta comando subsequente do Senhor.

O exemplo mais proeminente do amor de Cristo

"Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros." (13 34:35)

Incumbência do Senhor para os onze apóstolos em certo sentido não era nova. O Antigo Testamento amor prescrito para Deus (Dt 6:5) e as pessoas, como o próprio Jesus afirmou (Matt. 22: 34-40). Mas foi um novo mandamento (conforme I João 2:7-8; 1Jo 3:11; 2Jo 1:52Jo 1:5). É só "porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5:1; conforme Gl 5:22) que os crentes podem amar como Jesus ordenou.

O exemplo de Cristo do amor altruísta e sacrificial define o padrão supremo para os crentes a seguir. DA Carson escreve:
novo comando é simples o suficiente para uma criança a memorizar e apreciar, profundo o suficiente para que os crentes mais maduros são repetidamente constrangido com o quão mal eles compreendê-lo e colocá-lo em prática ... Quanto mais reconhecemos a profundidade de nosso próprio pecado, o mais reconhecemos o amor do Salvador; quanto mais nós apreciamos o amor do Salvador, o maior seu padrão aparece; quanto maior o seu padrão aparece, mais reconhecemos em nosso egoísmo, nossa selfcentredness inata, a profundidade do nosso próprio pecado. Com um padrão como este, nenhum crente pensativo pode nunca dizer, deste lado da parusia, "Eu estou mantendo perfeitamente a estipulação de base da nova aliança." ( O Evangelho Segundo João, O Pillar New Testament Commentary [Grand Rapids: Eerdmans, 1991]., 484. Os itálicos no original)

Em Ef 5:2.). Se a igreja já consistentemente amou assim, teria um forte impacto sobre o mundo.

Em seu livro O Marcos da O Cristão, Francis Schaeffer listado duas maneiras práticas cristãos podem se manifestar amor um pelo outro. Eles podem fazê-lo pela primeira vez por estar disposto a se desculpar e pedir perdão daqueles a quem ofenderam. O que faz com que os mais afiados, disputas mais amargas no corpo de Cristo não são as diferenças doutrinárias, mas a maneira sem amor em que essas diferenças são tratadas. Estar disposto a pedir desculpas àqueles a quem temos ofendido é crucial para preservar a unidade do corpo de Cristo. No Sermão da Montanha, Jesus ensinou que a reconciliação com outras pessoas é um pré-requisito para adorar a Deus: "Portanto, se você estiver apresentando sua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a sua oferta ali, diante da altar e vai primeiro reconciliar-se com o seu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta "(Mt 5:23-24.).

Uma segunda forma prática de demonstrar o amor é a concessão de perdão. À luz do perdão eterno que vem através da cruz, os cristãos devem estar ansioso para perdoar as ofensas temporais cometidos contra eles (Matt. 18: 21-35; conforme Mt 6:12, 14-15). Porque o amor de Deus tem transformado coração dos crentes, eles são capazes de estender esse amor aos outros em perdão. "Nisto consiste o amor", escreveu João em sua primeira epístola: "não fomos nós que amamos a Deus, mas que Ele nos amou e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos ameis uns aos outros "(I João 4:10-11). Em Lucas 17:3-4. Jesus ordenou: "Tenha em seu guarda Se teu irmão pecar, repreende-o; e se ele se arrepender, perdoa-lhe E se pecar contra ti sete vezes no dia, e retorna a você sete vezes, dizendo: 'Estou arrependido', perdoa-lhe. " Em Ef 4:32 Paulo escreveu: "Seja gentil com o outro, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou" (conforme Cl 3:13).

O mandamento do Senhor de amor se estende para além da igreja para abraçar todas as pessoas. A oração de Paulo aos Tessalonicenses era que "crescer e abundar em amor uns pelos outros, e para todas as pessoas" (1Ts 3:12). Ele exortou os gálatas a "fazer o bem a todas as pessoas, e especialmente para aqueles que são da família da fé" (Gl 6:10). O escritor de Hebreus cobrado seus leitores: "Não vos esqueçais da hospitalidade, pela presente alguns hospedaram anjos sem o saber" (He 13:2; conforme 1Jo 2:10; 1Jo 4:12).

A extensão poderosa do Amor de Cristo

Simão Pedro disse-lhe: "Senhor, para onde vais?" Jesus respondeu: "Para onde eu vou, você não pode seguir-me agora, mas você vai seguir mais tarde." Pedro disse-lhe: "Senhor, por que não posso seguir-te agora? Darei a minha vida por você." Jesus respondeu: "Darás a tua vida por mim? Em verdade, em verdade vos digo que, um galo não cantará antes que você me negará três vezes." (13 36:38)

O diálogo de Jesus com Pedro ilustra duplamente a extensão do amor de Cristo, tornada possível por meio de Seu sacrifício na cruz. Por um lado, a conversa demonstrou a importância eterna do amor de Cristo, porque Ele garantiu a vida eterna de Seus discípulos. Por outro lado, também evidenciou a força do amor de Cristo, uma vez que iria revelar maior do que a covardia desleal de Pedro (e os outros discípulos).
Perturbado com a declaração do Senhor que Ele estava deixando-os (conforme a discussão do v. 33, supra), Pedro perguntou: "Senhor, para onde vais?" Sua pergunta ansiosa reflecte a incapacidade e falta de vontade contínua dos discípulos a aceitar que Jesus era deixá-los. Não muito tempo depois de sua magnífica confissão de que Jesus é "o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16:16), Pedro precipitAdãoente ", tomando-o à parte, começou a repreendê-lo, dizendo: 'Deus não permita isto, Senhor This! [Sua morte;. 21 v] nunca deve acontecer com você '"(v 22).. Os discípulos não foram capazes de harmonizar as repetidas declarações de Jesus que ele ia morrer (por exemplo, Mt 16:21; 17: 22-23.; 20: 17-19; Marcos 9:31-32; Lucas 18:31-34 ; 24: 6-7, Lc 24:26) com seu conceito preconcebido do estabelecimento do reino e do cumprimento dos convênios do Antigo Testamento e promessas do Messias.

Jesus disse aos judeus incrédulos: "Eu vou embora, e você vai buscar-me, e morrereis no vosso pecado; para onde vou, vós não podeis ir" (08:21; conforme 07:34). Em contraste, a sua resposta a Pedro, "Onde eu vou, você não pode seguir-me agora, mas você vai seguir mais tarde", oferecido a esperança discípulos. Ainda não era o tempo no plano eterno de Deus para Pedro (e, por implicação, o resto do onze) para seguir Jesus ao céu; que viria mais tarde (conforme 21: 18-19).

Embora Pedro não estava satisfeito com a resposta do Senhor (como sua resposta apressada indica), o poder do amor de Cristo é apresentado na resposta de Jesus. Porque Ele tinha preparado o seu amor sobre eles, escolhendo-os como Seus discípulos (conforme Jo 15:16), e amá-los o suficiente para morrer por eles (conforme Jo 13:1: "Pois estou convencido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra coisa criada, será capaz de nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor. "

Recusando-se a deixar que a questão vá, Pedro impulsivamente exigiu, "Senhor, por que não posso seguir-te agora?" Então, muito superestimar sua força, ele acrescentou: "Eu darei a minha vida por você." As contas paralelas no Evangelhos Sinópticos revelam quão veemente a jactância de Pedro realmente era:; "Mas disse-lhe Pedro" Mesmo que todos podem cair por causa de você, eu nunca vou cair '. "(Mt 26:33). "Mas Pedro não parava de dizer insistentemente:" Mesmo se eu tiver que morrer com você, eu não vou negar você! '"(Mc 14:31); "Mas ele disse-lhe: 'Senhor, com você eu estou pronto para ir tanto para a prisão como para a morte!" (Lc 22:33). Seguindo o exemplo de Pedro, o resto dos discípulos "todos estavam dizendo a mesma coisa também" (Mc 14:31). Eventos provaria que todos sejam drasticamente superestimando a si mesmos (Mt 26:56, 69-75.); tragicamente, previsão solene de Jesus, "Você vai dar a vida por Mim (uma declaração irônica, foi o Senhor que daria sua vida por Pedro)? Em verdade, em verdade vos digo que, um galo não cantará antes Nega-me três vezes ", seria cumprida. "Infelizmente as boas intenções em uma sala segura após boa comida são muito menos atraente em um jardim escurecido com uma multidão hostil. Neste ponto da sua peregrinação, as intenções de Pedro e de auto-avaliação vastamente ultrapassar a sua força" (Carson, João , 486).Evidentemente as palavras de Cristo subjugado Pedro, que permaneceram estranhamente silenciosa pelo resto do discurso de despedida do Senhor (Pedro não reaparecer na narrativa até 18:10).

Tolo vangloriar de Pedro, embora bem intencionada foi a primeira a tua que levou à sua falhando no teste de lealdade para com Cristo. Outro fator que contribuiu foi a sua incapacidade de "continuar assistindo e Orando para que [ele poderia] não entreis em tentação" (Mt 26:41). Essas duas manifestações de seu orgulho e excesso de confiança mergulhou Pedro para as profundezas da covardia e do desespero arrependido (Lucas 22:61-62).

Mas isso não foi o fim da história de Pedro. O amor de Cristo por ele não iria deixar escapar Pedro (conforme Jo 6:37, Jo 6:39; 10: 28-29). Depois de ser restaurado por Jesus (João 21:15-17-notar a ênfase no amor, na restauração de Pedro de Cristo) e cheios do Espírito Santo (Atos 2:1-4), Pedro se tornou o líder da igreja primitiva. Ele destemidamente pregou o evangelho (Atos 2:14-36; 3: 12-26), e escreveu duas epístolas em que ele destiladas algumas das lições dolorosas que tinha aprendido (conforme 1Pe 4:7), uma vez que tinha sido resgatado "pelo precioso sangue, como de um cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo "(1:19). Eles eram aqueles que tinham "provado a bondade do Senhor" (2: 3), e que teve a Cristo como "um exemplo para [os] para seguir seus passos" (2:21). Assim, eles foram para "acima de tudo, manter a sede fervorosos no [seu] amor uns aos outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados" (4: 8).

Por meio de Sua morte na cruz, Cristo não só exemplificou o amor perfeito, Ele também tornou possível para aqueles que já foram pecadores a ser feita reto diante de Deus. Somente aqueles que foram regenerados e dado o Espírito Santo pode amar como Ele amou (conforme I Pedro 1:22-23; 1 João 2:7-9; 4: 7-11). Para aqueles que são crentes, o amor sacrificial de Cristo é a norma suprema do que genuínos looks amor gosta. Ele marca Seus verdadeiros discípulos, e garante tanto a sua salvação futura e presente santificação. O amor de Cristo é de fato uma verdade gloriosa. Como o escritor hino apropriAdãoente escreveu:

 

O profundo amor profundo de Jesus, vasto, imensurável, sem limites, livre,!
Rolando como um poderoso oceano em sua plenitude em cima de mim!
Debaixo de mim, tudo em volta de mim, é a corrente de Teu amor
Liderando a frente, levando para casa a Tua resto gloriosa acima!

 

O profundo amor profundo de Jesus,, espalhe o seu louvor de praia em praia!
Como é que Ele ama, ama sempre, muda nunca, nunca mais!
Como Ele observa o'er Seus amados, morreu de chamá-los todos os Seus;
Como para eles Ele intercedeth, vigia o'er-los do trono!

 

O profundo amor profundo de Jesus, o amor de cada amor o melhor!
'Tis um oceano cheio de bênção,' tis um paraíso dando descanso!
O profundo amor profundo, de Jesus, 'tis um céu dos céus para mim;
E isso me levanta para a glória, pois me levanta para Ti!


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de João Capítulo 13 do versículo 1 até o 38

João 13

A realeza do serviço — Jo 13:1-17

Teremos que analisar esta passagem em mais de um aspecto mas, em primeiro lugar, devemos lê-la como um todo.
Há poucos incidentes no relato evangélico que põem tão clara a personalidade de Jesus e que mostram seu amor de maneira tão perfeita. Quando pensamos o que poderia ter sido e o que poderia ter feito Jesus nos damos conta da maravilha suprema que foi.

  1. Jesus sabia que todas as coisas estavam em suas mãos. Sabia que a hora de sua humilhação estava perto mas também sabia que se aproximava a hora de sua glória. Sabia que não faltava muito tempo para que chegasse a sentar-se no próprio trono de Deus. Esse pensamento e perspectiva o poderiam ter enchido de orgulho. Entretanto, sabendo qual era seu poder e sua glória, lavou os pés de seus discípulos. Nesse momento, quando poderia ter experimentado um orgulho supremo, demonstrou a maior humildade.

O amor é sempre assim. Quando alguém adoece, por exemplo, a pessoa que o ama fará as tarefas mais desagradáveis e se alegrará nelas porque assim é o amor. Às vezes os homens consideram que são muito distinguidos para fazer coisas modestas, consideram-se muito importantes; Jesus não era assim. Sabia que era Senhor de tudo o que era criado e, apesar disso, tomou uma toalha, a atou à cintura e lavou os pés de seus discípulos.

  1. Jesus sabia que tinha vindo de Deus e que voltaria para Ele. Podia haver sentido algum menosprezo pelos homens e as coisas deste mundo. Poderia ter considerado que tinha terminado sua tarefa no mundo porque estava em seu caminho para com Deus. No momento quando Deus estava mais perto dEle, Jesus desceu às profundidades e os limites de seu serviço aos homens. Lavar os pés dos convidados a uma festa era o trabalho dos escravos. Esperava-se que os discípulos de um rabino o atendessem em suas necessidades pessoais, mas jamais se sonhou em um serviço como este. O maravilhoso a respeito de Jesus é que sua aproximação a Deus, longe de separar o dos homens, aproximava-o mais que nunca. Sempre é certo que ninguém está mais perto dos homens que aquele que está perto de Deus.

T. R. Glover, ao falar de certos intelectuais brilhantes, dizia: "Criam que eram religiosos quando, em realidade, só eram enfadonhos."
Existe uma lenda sobre São Francisco de Assis. Durante sua juventude era muito rico, nada era o suficientemente bom para ele; era um aristocrata entre os aristocratas. Mas se sentia mal e sua alma não conhecia a paz. Um dia cavalgava a sós fora da cidade e viu um leproso, um conjunto de chagas: era repulsivo olhar para ele. Em geral, o suscetível Francisco teria rechaçado este horror humano. Mas houve algo nele que fez que desmontasse e abraçasse o leproso: este adquiriu a imagem de Jesus ao ser abraçado. Não nos aproximamos a Deus quando nos afastamos dos homens. Quanto mais perto estamos da humanidade sofredor, mais nos aproximamos a Deus.

  1. Jesus sabia outra coisa. Jesus sabia muito bem que ia ser traído muito em breve. O saber algo assim poderia tê-lo mergulhado na amargura, o ressentimento e o ódio para com os homens. Pelo contrário, inflamou mais amor que nunca em seu coração. O surpreendente a respeito de Jesus era que quanto mais o feriam os homens, mais os amava. E era tão fácil e tão natural sentir o mal e amargurar-se diante do insulto e a ofensa. Pelo contrário Jesus enfrentou o maior insulto, a traição suprema, com o maior amor e a mais profunda humildade.

A REALEZA DO SERVIÇO

13 1:43-13:17'>João 13:1-17 (continuação)

Não obstante, no pano de fundo desta passagem há inclusive mais coisas que as que João nos relata. Se nos remetermos à versão da Última Ceia juntos que Lucas nos dá encontramos a frase trágica: “Suscitaram também entre si uma discussão sobre qual deles parecia ser o maior.” (Lc 22:24). Até na última comida que celebraram juntos, com a cruz diante de seus olhos, os discípulos continuavam discutindo questões de precedência e prestígio.

Pode ser que tenha sido esta mesma discussão a que produziu a situação que levou Jesus a agir como o fez. Os caminhos da Palestina eram bastante desnivelados e poeirentos. Quando o tempo estava seco eram colchões de pó e quando chovia se convertiam em um barro liquido. O povo simples não usava sapatos e sim sandálias. Estas não eram mais que solas atadas ao pé mediante algumas correias. Por essa razão sempre havia grandes talhas de água em frente de cada casa e um servo permanecia na porta com um cântaro e uma toalha para lavar os pés sujos dos convidados à medida que chegavam.
Agora, o pequeno grupo de Jesus não tinha servos. As tarefas que nas casas mais enriquecidas faziam os servos, deviam ser compartilhadas por todos. E pode ser que a noite dessa última refeição se inundaram em um estado tal de orgulho competitivo que ninguém tenha querido aceitar o dever de ocupar-se de que houvesse água e uma toalha para lavar os pés daqueles que fosse chegando. Jesus o percebeu e solucionou a omissão da maneira mais eloqüente e dramática.
Ele mesmo fez o que nenhum estava disposto a fazer. E logo lhes disse: "Vêem o que acabo de fazer. Vocês me chamam mestre e Senhor e têm razão porque isso é o que sou. Não obstante, eu estou disposto a fazer isto por vós e sem dúvida não crêem que o discípulo merece mais honra que o mestre ou um servo mais que seu amo. Se eu fizer isto, vocês deveriam estar preparados para fazê-lo também. Dou-lhes este exemplo para que vejam como deveriam se comportar entre vocês."
Uma coisa assim deve nos fazer pensar. Acontece com muita freqüência, até nas Igrejas, que se apresentam problemas porque alguém não obtém a posição que deseja. Pode acontecer que freqüentemente até os dignitários eclesiásticos se sintam ofendidos porque não receberam a deferência que merecem seus cargos. Aqui nos ensina e nos demonstra que a única grandeza é a que outorga o serviço. O mundo está cheio de gente que está de pé sobre sua dignidade quando deveria estar ajoelhada aos pés de seus irmãos.
Em todas as esferas da vida esta desejo de figurar no primeiro lugar e esta falta de disposição para ocupar um posto secundário faz fracassar muitos planos. Se se deixar fora a um jogador durante um só dia, ele se negará a voltar a jogar para essa equipe. O aspirante a algum cargo política que crê merecer e não o recebe, nega-se a aceitar qualquer outro cargo secundário. O integrante de um coro não pode interpretar um solo e não volta a cantar. Em qualquer sociedade pode acontecer que se deixa de lado a alguém sem má intenção e estala em cólera ou se encerra em seu ressentimento durante vários dias. Quando nos sentirmos tentados a pensar em nossa dignidade, nosso prestígio, nosso lugar, nossos direitos, voltemos a observar a imagem do Filho de Deus, apertado com uma toalha e ajoelhado aos pés de seus discípulos.
O homem que é realmente grande e amado é aquele que tem esta humildade autêntica que o torna de uma vez em servo e rei dos homens.
Em seu livro, The Beloved Captain, Donald Hankey inclui uma passagem que descreve a forma em que o capitão amado por seus súditos se ocupava de seus homens depois de uma marcha.

"Todos sabíamos por instinto que era nosso chefe; um homem de fibra mais forte que nós, um chefe por direito próprio. Suponho que essa era a razão pela qual podia ser tão humilde sem perder a dignidade. Porque também era humilde, se essa for a palavra correta, e creio que o é. Nenhum problema nossa era insignificante para ele. Quando empreendíamos marchas, por exemplo, e tínhamos os pés machucados e doloridos, como estavam acostumados a estar no princípio, teria dito que eram seus próprios pés pelo trabalho que se tomava. É obvio que depois de cada marcha havia uma inspeção de pés. Isso é rotineiro. Mas para ele não era uma simples rotina. Entrava em nossa habitação e se alguém tinha um pé machucado se ajoelhava e o olhava com o mesmo cuidado com que o teria feito um médico. Depois disso indicava algum remédio que sempre estava disponível nas mãos de um sargento. Se era preciso furar uma chaga o mais provável era que o fizesse pessoalmente para estar seguro de que se empregava uma agulha limpa e que não se deixava entrar nenhuma sujeira. Não havia nada artificial em sua atitude; não pretendia causar nenhuma impressão. Só sentia que nossos pés eram muito importantes e sabia que nós fomos bastante descuidados. Por isso pensava que o melhor era ocupar-se ele próprio deles. Entretanto, para nós havia algo quase religioso nesse cuidado de nossos pés. Parecia haver nele um pouco de Cristo e por isso o apreciávamos e o respeitávamos mais.”

O estranho é que o homem que se inclina diante de outros, como Cristo, é a quem a fim de contas os homens honram como a um rei e sua lembrança não se perde com o tempo.

A LAVAGEM ESSENCIAL

13 1:43-13:17'>João 13:1-17 (continuação)

Já vimos que sempre devemos buscar dois significados em João. Aquele que está na superfície e aquele que jaz por baixo dela. Não há dúvida de que nesta passagem há um segundo sentido. Na superfície, é uma lição suprema, dramática e inesquecível de humildade. Mas isso não é tudo.
Inclui uma passagem muito difícil. A princípio, Pedro quer negar-se a aceitar que Jesus lave os seus pés. Então Jesus lhe diz que a menos que aceite essa lavagem não terá parte com Ele. Em face dessa resposta, Pedro roga que não lhe lave só os pés mas também as mãos e a cabeça. Mas Jesus responde que lavar os pés é suficiente. A frase difícil, importante e com um significado interior é a seguinte: “Quem já se banhou não necessita de lavar senão os pés.”
Sem dúvida, isto implica uma referência ao batismo cristão. “Se eu não te lavar, não tens parte comigo.” Isso é uma forma de dizer o seguinte: "Se você não passar pela porta do batismo, não forma parte da Igreja".
O importante sobre o lavagem de pés é o seguinte. Na Palestina as pessoas costumavam banhar-se antes de assistir a uma festa. Quando chegavam à casa de seu anfitrião não precisavam tomar outro banho, bastava lavarem os pés. A lavagem de pés era a cerimônia que precedia a entrada à casa a qual eram convidadas. Era o que poderíamos chamar a lavagem de entrada à casa. De maneira que Jesus diz a Pedro: "O que necessita não é o banho de seu corpo; isso você pode fazer sozinho. O que lhe falta é a lavagem que indica o acesso à casa da fé." Isto explica outro elemento mais. Em primeiro lugar, Pedro se dispõe a não permitir que Jesus lave os seus pés. Jesus lhe diz que se se negar, não terá parte, nele. É como se lhe dissesse: "Pedro, será você tão orgulhoso como para não permitir que eu faça isto por você? Se o fizer, perderá tudo."

Na Igreja primitiva e até na atualidade, a entrada à Igreja passava pelo caminho do batismo. Poderíamos dizer que é a lavagem de entrada. Isso não significa que não pode haver salvação se a gente não está batizado. Pode ser que seja impossível a alguém ser batizado. O que quer dizer é que se alguém pode ser batizado e é muito orgulhoso para passar por essa porta, seu orgulho o isola da família da fé.
Agora as coisas são diferentes. Nos primeiros dias da Igreja aqueles que se aproximavam para ser batizados eram homens e mulheres adultos porque foram do paganismo à fé.
Agora também levamos a nossos filhos, a muitas Igrejas. Mas nesta passagem Jesus mostra a lavagem que abre a porta da Igreja e diz aos homens que não devem ser muito orgulhosos como para não submeter-se a Ele.

A VERGONHA DA DESLEALDADE
E A GLÓRIA DA FIDELIDADE

13 18:43-13:20'>João 13:18-20

Nesta passagem se destacam três elementos.

  1. Descreve-se com rasgos eloqüentes a absoluta crueldade da traição de Judas. A descrição se faz de uma maneira que resultaria especialmente aguda para a mentalidade oriental. Para fazê-lo, Jesus empregou uma citação do Sl 41:9. A citação completa é: “Até o meu amigo íntimo, em quem eu confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o calcanhar.”

No mundo oriental, comer pão com alguém era um sinal de amizade e um ato de lealdade. 2Sm 7:13 relata como Davi permitiu a Mefibosete comer pão em sua mesa quando poderia tê-lo eliminado por ser descendente de Saul. 1Rs 18:19 conta que os profetas de Baal comiam pão na mesa de Jezabel. Que uma pessoa que comeu pão na mesa de outra se voltasse contra esta última, a quem jurou amizade por essa mesma ação, era algo amargo. Esta traição dos amigos é a mais dolorosa das feridas. “Com efeito, não é inimigo que me afronta; se o fosse, eu o suportaria; nem é o que me odeia quem se exalta contra mim, pois dele eu me esconderia; mas és tu, homem meu igual, meu companheiro e meu íntimo amigo. Juntos andávamos, juntos nos entretínhamos e íamos com a multidão à Casa de Deus.” (Sal. 55:12-14).

Significa uma dor muito profunda quando um amigo é culpado de uma traição assim, que destroça o coração. Por outro lado, a mesma frase que se emprega está carregada de crueldade. “Levantou contra mim o calcanhar.” No hebreu literal a frase é: "Usou o calcanhar com força", e se refere a uma "violência brutal". Nesta passagem não há nenhum sinal de irritação, só se percebe dor. Jesus, com um último chamado, revela a Judas a ferida de seu coração.

  1. Mas a passagem também assinala o fato de que toda esta tragédia, de algum modo, também forma parte dos intuitos de Deus. E, por outro lado, que Jesus o aceitava por completo e sem reticências. Acontecia o que haviam dito as Escrituras. Jamais se duvidou de que o fato de ganhar e redimir o mundo se obteria às custas do coração destroçado de Deus. Jesus sabia o que acontecia. Não era a vítima e sim o dono das circunstâncias. Sabia qual era o preço e estava disposto a pagá-lo. Não queria que os discípulos cressem que estava apanhado em uma combinação cega de circunstâncias da qual não podia escapar. Não iam matá-lo; escolheria morrer. Nesse momento não o viram assim, e depois tampouco mas queria estar seguro de que chegaria o dia quando olhariam para trás e então recordariam e compreenderiam o que tinha acontecido.
  2. Se esta passagem assinala a amargura da traição, também destaca a glória da lealdade. Um dia estes mesmos discípulos disseminariam a mensagem de Jesus por todo mundo. Quando o fizessem não seriam nada menos que os representantes de Deus. Quando um embaixador sai de seu país para ir a outro não o faz como um cidadão individual, não vai por suas próprias qualidades somente. Vai com toda a glória e a honra de seu país. Pode acontecer que em um país estrangeiro nem sequer saibam como se chama: a única coisa que sabem é que representa a um país determinado que sim conhecem. Escutá-lo significa escutar a seu país: dar-lhe as boas-vindas significa saudar o governo que o enviou. A grande honra e a imensa responsabilidade de ser cristão radica em que estamos no mundo representando a Jesus Cristo. Falamos e agimos em seu nome. A honra do Eterno está nas mãos dos homens.

O ÚLTIMO CHAMADO DO AMOR 13 21:43-13:30'>João 13:21-30

Quando visualizamos esta cena surgem certas coisas de um profundo dramatismo.

Vemos em seu pior aspecto a traição de Judas. Deve ter sido um ator e um perfeito hipócrita. Há algo indubitável: se outros discípulos soubessem o que estava fazendo Judas, se tivessem estado inteirados de seu plano traidor, não teria saído vivo desse aposento. Eles o teriam matado antes de ele poder levar a cabo seu plano sanguinário. Judas deve ter-se comportado como um santo com um coração demoníaco. Durante todo o tempo deve ter agido com amor, lealdade e piedade que enganaram a todos salvo a Jesus. Judas não era só um vilão descarado; também era um profundo hipócrita. Aqui nos deparamos com uma advertência. Podemos enganar os homens com nossa atitude exterior, mas não podemos ocultar nada aos olhos de Cristo.
Não obstante, há algo mais. Quando compreendemos bem o que acontece vemos que Jesus faz a Judas um chamado após outro. Em primeiro lugar, temos a localização dos comensais. Os judeus não se sentavam à mesa, reclinavam-se nela. A mesa era um bloco sólido e baixo com poltronas em volta. Tinha forma de U e o lugar de honra, o lugar do anfitrião, estava no meio. Os comensais se reclinavam do lado esquerdo sobre o cotovelo e assim tinham a mão direita livre para tomar a refeição. Ao sentar-se assim a cabeça de cada um estava, literalmente, apoiada sobre o ombro da pessoa reclinada à sua esquerda. Jesus estaria sentado no lugar do anfitrião, no centro do único lado da mesa. O discípulo a quem Jesus amava deve ter estado sentado à sua direita porque ao apoiar-se sobre o cotovelo na mesa tinha a cabeça sobre o peito de Jesus.

Nunca se nomeia o discípulo a quem Jesus amava. Alguns pensaram que se tratava de Lázaro porque se diz que Jesus amava a Lázaro (Jo 11:36). Outros supuseram que se tratava do jovem rico. Diz-se que Jesus o amava (Mc 10:21); supõe-se que por último o jovem decidiu abandonar tudo por Jesus. Outros pensam que se busca um discípulo jovem desconhecido a quem Jesus amava de maneira especial. Outros consideraram que não se busca uma pessoa real, de carne e osso, mas só de uma imagem ideal do que devia ser o discípulo perfeito. Entretanto, ao longo dos anos a opinião geral sempre afirmou que o discípulo amado era o próprio João e podemos crer que esta é a versão correta.

Não obstante, o que forma um interesse particular é o lugar de Judas. É evidente que Judas estava em uma posição que permitia que Jesus lhe falasse em particular sem ser ouvido pelos outros. Aqui vemos o desenvolvimento de uma espécie de conversação particular entre Jesus e Judas. Agora, se isto for assim Judas só podia estar sentado em um lugar. Deve ter estado à esquerda de Jesus de maneira que, assim como a cabeça de João estava reclinada sobre o peito de Jesus, a cabeça de Jesus se reclinava sobre o peito de Judas. E o que resulta esclarecedor é que o lugar à esquerda do anfitrião era o lugar de maior honra, reservado para o amigo mais intimo. Quando começou a refeição, Jesus deve ter dito a Judas: "Judas, venha sentar-se a meu lado esta noite; quero falar com você de maneira especial". O mesmo fato de convidar a Judas a ocupar esse lugar era um chamado.

Mas há algo mais. Se o anfitrião oferecia ao convidado um bocado especial, uma parte de refeição da fonte, demonstrava-lhe uma amizade especial. Quando Boaz quis demonstrar quanto honrava a Rute, convidou-a a molhar seu bocado no vinho (Rt 2:14).

T. E. Lawrence, o escritor, relata que quando se sentava com os árabes em suas tendas, às vezes o chefe arrancava uma parte especial do cordeiro gordurento que tinham diante e o alcançava. Acrescenta que era um favor muito embaraçoso para o paladar ocidental porque era preciso comê-lo. De maneira que quando Jesus alcançou o bocado a Judas era uma amostra especial de afeto. E vemos que inclusive quando Jesus fez isto os discípulos não compreenderam a importância de suas palavras. Sem dúvida isso indica que Jesus o fazia com tanta freqüência que os discípulos não viram nada estranho nisso. Judas sempre foi tratado com deferência.

Há algo trágico aqui. Jesus chamava uma e outra vez ao coração escuro e Judas não se comovia. Que Deus não permita que permaneçamos indiferentes ao chamado do amor.

O ÚLTIMO CHAMADO DO AMOR

13 21:43-13:30'>João 13:21-30 (continuação)

Assim esta tragédia chega a seu fim. Jesus mostrou seu amor a Judas várias vezes. Buscava salvar, não sua própria vida, mas a Judas, para evitar que levasse a cabo seu projeto.
E, de maneira repentina, chegou o momento crucial. Esta é a derrota mais terrível da história: quando o amor de Jesus reconheceu seu derrota. E Jesus disse aJudas: “O que pretendes fazer, faze-o depressa.” Não tinha sentido atrasá-lo. Por que perder o tempo? Por que reiterar os chamados vãos nessa tensão crescente? Se era preciso fazê-lo, era melhor fazê-lo logo.
E os discípulos não o percebiam. Criam que Jesus mandava Judas fazer os acertos para a festa. Na páscoa era habitual que aqueles que possuíam bens os compartilhassem com aqueles que não tinham nada. Era o momento quando as pessoas davam aos pobres. Inclusive em nossa época, em algumas Igrejas é costume levar uma oferenda especial para os carentes nos cultos onde se celebra a Santa Ceia. De maneira que alguns discípulos pensaram que Jesus enviava Judas a dar a oferenda habitual aos pobres para que eles também pudessem celebrar a páscoa.
Quando Judas recebeu o bocado, Satanás entrou nele. É terrível comprovar que o que ocorreu como último chamado do amor se converteu no móbil do ódio. Isso é o que o demônio pode fazer. Pode tomar as coisas mais bonitas e torcê-las e deformá-las até que se convertem nos agentes do inferno. Pode tomar o amor e convertê-lo em luxúria; pode tomar a santidade e convertê-la em orgulho; pode tomar a disciplina e convertê-la em uma crueldade sádica; pode tomar o afeto e convertê-lo em uma complacência superficial. Devemos estar atentos para que o demônio não fique a cargo das coisas belas de nossa vida e as use para seus próprios fins.

De maneira que Judas saiu e era de noite. João tem uma forma de usar as palavras que as faz aparecer prenhes de sentido. Era de noite pelo avançado da hora mas também havia outra noite. Sempre é de noite quando alguém se separa de Jesus para seguir seus próprios fins. Sempre é de noite quando o homem escuta o chamado do mal antes que o do bem, quando dá as costas a Jesus Cristo.

Se nos entregarmos a Cristo, caminhamos na luz; se lhe dermos as costas, saímos às trevas. Diante de nós aparece o caminho do amor e o das trevas. Que Deus nos dê sabedoria para fazer a escolha correta, porque o homem sempre se perde nas trevas.

A QUÁDRUPLA GLÓRIA

13 31:43-13:32'>João 13:31-32

Esta passagem nos fala da quádrupla glória.

  1. Chegou a glória de Jesus: a cruz. Já desapareceu a tensão; dissiparam-se todas as dúvidas. Judas saiu e a cruz é uma certeza. A glória de Jesus era a cruz. Aqui nos encontramos com algo que constitui a própria essência da vida. A maior glória da vida é a que vem do sacrifício. Em qualquer luta, a glória suprema não pertence aos sobreviventes mas àqueles que entregaram suas vidas e não voltarão jamais. Como escrevesse Binyon:

Não envelhecerão como nós;
A idade não os cansará nem os condenarão os anos,

Quando o Sol se pôr e à manhã Nós os recordaremos.

Não é aos médicos que construíram fortunas que a história da medicina recorda mas sim àqueles que entregaram sua vida para curar e aliviar a dor dos homens. A história ensina uma lição muito simples: aqueles que fizeram grandes sacrifícios entraram na glória. A humanidade esquece o homem que teve êxito na vida mas nunca esquece o que fez sacrifícios.

  1. Em Jesus, Deus foi glorificado. A obediência de Jesus deu glória a Deus. Só há uma forma de demonstrar que se aprecia, admira-se e se confia em um líder: obedecendo-o, até o final amargo, se for necessário. A única maneira em que um exército pode honrar a um líder é obedecendo sua autoridade sem reticências. A única forma de honrar os pais é obedecendo-os. Jesus deu a glória e a honra supremas a Deus porque lhe deu a obediência suprema, uma obediência que chegou até a cruz.
  2. Em Jesus, Deus se glorifica a si mesmo. É uma noção estranha pensar que a glória suprema de Deus radica na Encarnação e na cruz. Não há glória comparável a de ser amado. Se Deus tivesse permanecido distante e majestoso, sereno e incomovível, se não se tivesse sentido afetado por nenhuma dor nem ferido por nenhuma tristeza, os homens poderiam tê-lo temido ou admirado, mas jamais o teriam amado. A lei do sacrifício não é só uma lei da Terra, é do céu e da Terra. A glória suprema de Deus se manifesta na Encarnação e na cruz.
  3. Deus glorificará a Jesus. Aqui está o outro lado desta questão. Nesse momento, a cruz era a glória de Jesus; mas havia algo mais: a ressurreição, a ascensão; o triunfo completo e final de Cristo que é o que o Novo Testamento evoca ao falar da Segunda Vinda de Cristo. Na cruz, Jesus encontrou sua própria glória: mas chegou o dia e ainda chegará quando essa glória se manifestará a todo mundo e ao universo inteiro. A reivindicação de Cristo deve seguir à humilhação de Cristo; sua entronização deve ser a contrapartida de sua crucificação; a coroa de espinhos deve converter-se em uma coroa de glória. A campanha é a da cruz mas o Rei entrará em um triunfo que todo mundo poderá ver.

A ORDEM DA DESPEDIDA

13 33:43-13:35'>João 13:33-35

Aqui Jesus estabelece o mandamento da despedida para seus discípulos. O tempo estava escasso, se tinham que escutar sua voz deviam fazê-lo agora. Partia em uma viagem no qual ninguém podia acompanhá-lo. Tomava um caminho que devia transitar a sós. E antes de partir lhes deu a ordem de que deviam amar-se uns aos outros como Ele os amou.

O que significa isto para nós e quanto a nossa relação com nosso próximo? Como amou Jesus a seus discípulos?

  1. Jesus amou a seus discípulos sem egoísmo. Até no mais nobre dos amores humanos há um resquício de egoísmo. É comum que pensemos, embora seja de maneira inconsciente, no que obteremos do amor. Pensamos na felicidade, a emoção que receberemos ou o vazio e a solidão que experimentaremos se o amor não recebe resposta ou fracassa. Pensamos com freqüência, ou possivelmente sempre: O que significará este amor para mim? Acontece com muita freqüência que o que buscamos por trás de todas as coisas é nossa própria felicidade. Jesus, pelo contrário, nunca pensava em si mesmo. Seu único desejo era dar-se a si mesmo e tudo o que tinha àqueles a quem amava. Seu único desejo era fazer algo por eles, algo que sabia que era o único que o podia fazer.
  2. Jesus amava a seus discípulos com um amor sacrificial. O que podia dar seu amor e as distâncias que podia percorrer não tinham limite. Nada do que lhe era pedido podia ser muito. Se o amor significava a cruz, Jesus estava disposto a enfrentá-la. Nós estamos acostumados a cometer um engano. Cremos que o amor deve nos proporcionar felicidade. Em última instância acontece assim, mas pode ser que nos acarrete dor e que implique uma cruz.
  3. Jesus amava a seus discípulos com um amor pormenorizado. Conhecia a fundo a seus homens. Conhecia todas as suas debilidades e, apesar delas, Ele os amava. Aqueles que nos amam em realidade são aqueles que conhecem nossos aspectos menos favoráveis e entretanto nos amam igualmente. Nunca chegamos a conhecer a fundo a uma pessoa até que não vivemos com ela. Quando só a vemos de maneira esporádica, não conhecemos mais que seus melhores aspectos. Só quando vivemos com alguém descobrimos suas manias, seu mau humor e seus pontos fracos. O mesmo acontece a outros conosco.

Jesus tinha vivido dia após dia com seus discípulos durante muitos meses. Conhecia tudo o que podia conhecer-se deles e continuava amando-os. Às vezes dizemos que o amor é cego. Mas isso não é certo, porque o amor cego só pode terminar em uma desilusão total e lamentável. O verdadeiro amor tem os olhos bem abertos. Não ama o que imagina sobre o outro mas o que este é realmente. Não ama uma parte da pessoa mas à pessoa em sua totalidade. Não toma o outro só nas boas mas também nas más. O coração de Jesus é o suficientemente grande para nos amar tal qual somos.

  1. Jesus amava a seus discípulos com espírito de perdão. O líder do grupo o trairia; todos o abandonariam e se afastariam dele quando os necessitasse. Durante o tempo que viveu na Terra como homem nunca o chegaram a entender totalmente Eram cegos, insensíveis, lentos para aprender e incapazes de entender. No final, foram uns covardes. Mas não experimentou nenhum rancor para com eles. Não havia fracasso que não pudesse perdoar. O amor que não aprendeu a perdoar não pode fazer nada, exceto debilitar-se e morrer. Somos criaturas débeis e existe uma espécie de lei da natureza pela qual machucamos mais a quem mais amamos. E é por essa razão que qualquer amor verdadeiro deve construir-se sobre o sentimento de perdão porque se não existir o perdão está condenado à morte.

A LEALDADE VACILANTE

13 36:43-13:38'>João 13:36-38

Qual era a diferença entre Pedro e Judas? Judas traiu a Jesus, e Pedro, no momento de necessidade, negou-o até com juramentos e maldições. Entretanto, enquanto o nome de Judas está carregado de um sentimento inconfessável, em Pedro há algo imensamente amoroso. A diferença é a seguinte: A traição de Judas foi absolutamente deliberada. Levou-a a cabo a sangue frio; deve ter sido o resultado de um plano e um esquema cuidadosos. No final, rechaçou com plena consciência e sem nenhum reparo o chamado mais penetrante. Pelo contrário, por parte de Pedro jamais houve algo menos premeditado que a negação de Jesus. Jamais se propôs fazer algo semelhante. Viu-se impulsionado por um instante de debilidade. Por um momento, sua vontade foi muito fraco, mas o coração sempre apontava rumo à direção correta. A diferença entre Judas e Pedro é que o pecado do primeiro foi algo premeditado enquanto que o do segundo foi o resultado de um momento de debilidade e provocou um arrependimento que durou toda a vida.
Sempre há uma diferença entre um pecado que se calcula com frieza e premeditação e aquele que se apropria do homem contra sua vontade em um momento de debilidade ou paixão. Sempre existe uma diferença entre o pecado que sabe o que faz e aquele que se comete quando o homem está tão debilitado ou tão possuído pela paixão que não é consciente de seus atos. Que Deus nos proteja de ferir com premeditação a Ele ou àquelas pessoas que nos amam!
Há algo muito bonito na relação entre Jesus e Pedro. Ninguém conheceu melhor outra pessoa do que Jesus conheceu Pedro.

  1. Conhecia-o em todos os seus pontos débeis. Conhecia sua precipitação; sua instabilidade. Sabia que Pedro tinha o costume de falar com o coração antes de pensar o que ia dizer. Conhecia muito bem a força da lealdade de Pedro e a debilidade de suas resoluções. Jesus conhecia Pedro tal qual era.
  2. Conhecia todo o amor de Pedro. Sabia que, fizesse o que fizesse, Pedro o amava. Se só pudéssemos entender isso! Às vezes as pessoas nos machucam, falha-nos, fere-nos ou nos desilude. Se pudéssemos entender que quando alguém age desse modo está fora de si. A pessoa autêntica não é a que nos fere ou falha conosco, mas a que nos ama. O essencial não é sua falha mas o seu amor. Jesus sabia isso a respeito de Pedro. Evitaríamos muitos desgostos e muitos abismos trágicos se pudéssemos recordar o amor essencial e esquecer o fracasso momentâneo.
  3. Jesus não só sabia como era Pedro mas também como podia chegar a ser. Sabia que nesse momento, Pedro não o podia seguir, mas estava seguro de que chegaria o dia quando Pedro também empreenderia o caminho vermelho rumo ao martírio. A grandeza de Jesus consiste em que vê o lado heróico até no mais covarde. Não vê em nós somente aquilo que somos mas aquilo no qual nos pode converter. Jesus possui o amor que lhe permite ver o que podemos ser e o poder que lhe permite nos impulsionar a sê-lo.

Notas de Estudos jw.org

Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 13 versículo 4
a amarrou na cintura: Ou: “cingiu-se”. Lavar e secar os pés de alguém era um serviço humilde, geralmente feito por um escravo. (Jo 13:12-17) Ao fazer isso, Jesus ensinou de forma marcante aos seus discípulos qual é a atitude que Jeová espera de seus servos. Pedro, que estava presente nessa ocasião, pode ter se lembrado desse dia quando mais tarde aconselhou seus irmãos: “Todos vocês, porém, revistam-se [ou: “cinjam-se”] de humildade.” — 1Pe 5:5, nota de rodapé.


Dicionário

Ceia

substantivo feminino Ação ou efeito de cear.
A última refeição que se faz antes de dormir; refeição da noite; jantar.
Religião Numa celebração religiosa, o rito da comunhão.
Religião Última Ceia. A última refeição que Jesus fez com os seus apóstolos; Santa Ceia ou Ceia do Senhor.
Etimologia (origem da palavra ceia). Do latim cena.ae.

Havia apenas duas refeições por dia na vida de um oriental. A primeira era ao meio-dia, pouco mais ou menos (Gn 43:16 – 1 Rs 20.16 – Rt 2:14Lc 11:37 – 14.12). A segunda, chamada a ceia, constituía a principal refeição, e era a certa hora da tarde (Jz 19:21). A festa do cordeiro pascal era, também, celebrada a essa hora (Êx 16:12).

Ceia A segunda refeição maior do dia, tomada no fim da tarde ou no começo da noite (1Co 11:21).

Cingir

verbo transitivo direto e bitransitivo Fazer parte de algo ou permanecer em seu interior: os professores cingiram o prédio da escola em busca de melhorias.
Cercar, circundar ou limitar: cingiram o pasto com cercas de arame.
Colocar algo em si próprio: cingiu o revolver ao cinto.
Apertar com uma correia, com um cinto, pôr à cinta.
verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Agarrar-se em alguma coisa: cingiu-se ao poste para não ser levado.
Estar envolto a; envolver alguma coisa, ornar: cingiu-se de roupas extravagantes.
Figurado Unir ou estar muito próximo de: cingiu seu coração ao dela.
verbo transitivo direto e pronominal Pôr alguma coisa sobre ou na cabeça, coroar.
verbo bitransitivo e pronominal Limitar-se, restringir-se: cingiu o comentário para evitar problemas.
Etimologia (origem da palavra cingir). Do latim cingere.

Cercar; ligar; unir

rodear, cercar, apertar, circular, abraçar, circundar, abarcar. – Sobre os três primeiros escreve Bruns.: – Cingir (do latim cingere) significa propriamente pôr alguma coisa à roda de uma parte do corpo, principalmente da cintura ou da cabeça, sobrepondo o cinto em voltas sucessivas para melhor defender ou abrigar a parte que se cinge. Por extensão se diz que os aros cingem as aduelas, para evitar que o líquido na vasilha se derrame. Em sentido metafórico se diz que – as muralhas cingem as povoações fortificadas para as proteger e defender; e, sempre sugerindo essa ideia de proteção e de defesa, dizemos que – o rei cinge o diadema ou a coroa; e que – o papa cinge a tiara; pois tais emblemas tornavam antigamente sagradas as pessoas do rei e do papa. – Rodear diferença-se de cingir principalmente em este último verbo expressar que o objeto que cinge fica em contato com a parte que é cingida: ideia que não apresenta rodear, pois pode-se rodear a certa distância. Uma povoação rodeada de montes é raro que não tenha grandes tratos de planície entre si e a base desses montes. – Cercar diferença-se de cingir também pelo fato de não indicar que o que cerca esteja unido ao que é cercado; diferença-se de rodear em sugerir este apenas a ideia de não haver solução de continuidade no que rodeia; incluindo cercar, não 272 Rocha Pombo só essa mesma ideia, mas ainda a de que o cerco (ou cerca) pretende impedir que se entre ou que se saia do recinto cercado. O que cinge rodeia e protege de perto; o que rodeia ou cerca protege ou envolve de mais ou menos longe. O que rodeia está posto mediata ou imediatamente em roda do objeto rodeado com um fim qualquer. O que cerca rodeia exclusivamente para defender, ou para impedir a entrada ou a saída. – Apertar é “cingir de perto, muito unido, com esforço mesmo”. Distingue-se de cingir em não dar necessariamente a ideia de que se aperta em volta ou por todos os lados. – Circular é “fazer correr ou estender alguma coisa em torno de outra coisa”; e como verbo intransitivo é “dirigir-se, mover-se circularmente de modo que volte ao ponto de partida”. (Aul.). – Abraçar, como já vimos em outro grupo, é “cingir com os braços”, ou figuradamente “rodear, compreender, cingir como com os braços”. – Circundar é “pôr, estender à roda ou em torno; ficar em volta de...” – Abarcar é quase o mesmo que abraçar, diferençando-se deste apenas em sugerir a ideia de que “se quer abranger tudo ou o mais que é possível abarcando”.

Cingir
1) Amarrar ao redor da cintura (Ex 29:5); (Jo 13:4)

2) Prender no cinto (Sl 45:3). 3 Conceder (Sl 18:39).

4) Cercar (Sl 30:11).

5) Ter sempre consigo (Ef 6:14).

6) Aprontar-se para o trabalho ou para

Levantar

verbo transitivo direto e pronominal Pôr ao alto; erguer: levantar uma mesa; levantou-se do sofá.
verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Erguer do chão; dar mais altura a; apanhar, hastear: levantar uma casa, uma bandeira; levantou um muro na sala; o carro não se levanta sozinho!
verbo transitivo direto e intransitivo Aumentar a intensidade de; reforçar: levantou a voz; sua voz levantou.
verbo bitransitivo Levar na direção mais alta; elevar: levantar a cabeça para ver melhor.
verbo transitivo direto Expor como uma ideia; sugerir: levantar questões.
Espalhar em várias direções; dispersar: o carro levantou muita poeira.
Incentivar uma rebelião; revoltar: discursos inflamados levantaram o povo.
Reunir em grande quantidade; arrecadar: levantar recursos para a igreja.
Passar a possuir; receber: foi ao banco e levantou vultosa soma.
Dar por findo; encerrar: levantar a sessão.
Elogiar muito algo ou alguém; enaltecer: levantou seus feitos no livro.
Elevar-se nos ares (o avião); voar: levantar voo.
verbo intransitivo Deixar de chover: o tempo levantou.
verbo pronominal Pôr-se de pé; erguer-se; acordar: levanto-me cedo.
Voltar a ter boa saúde: levantei-me depois daquela doença.
Exaltar-se; manifestar-se: a opinião pública facilmente se levanta.
Levantar-se contra alguém; insultar: meu filho se levantou contra mim.
Erguer-se no horizonte: o Sol ainda não se levantou.
verbo transitivo direto predicativo Eleger uma pessoa em detrimento dos demais: Canudos levantou Antônio Conselheiro seu líder.
Etimologia (origem da palavra levantar). Do latim levantare, "erguer".

Tirar

verbo transitivo direto e bitransitivo Extrair algo de algum lugar; extirpar: tirou as amígdalas; tirou as plantas do vaso.
Puxar com muita força: os bois tiram o arado; tirou a cobertura do telhado.
Diminuir do valor da conta corrente; ver o extrato bancário: tirar dinheiro do banco; tirar o extrato.
Retirar algo de alguém; privar, perder: os problemas tiravam-lhe o sossego.
Direcionar para outro caminho: tirar o carro da frente do caminhão.
Comer alguma coisa: tirar um pedaço da torta.
verbo transitivo direto Tirar a roupa, o sapato etc.; despir, descalçar: tirou a roupa e os sapatos.
Arrancar algo do lugar onde estava; sacar, arrancar: tirou a espada.
Alcançar como efeito; receber, colher: tirar os frutos do seu trabalho.
Deixar como estava antes: tirar as manchas do tecido.
Finalizar um curso: tirar o mestrado, o doutorado.
Passar a possuir algo que não lhe pertence; roubar: tirar doces de crianças.
Fazer a captação de fotos, imagens; fotografar: tirar fotos.
Realizar a cópia de algo ou reproduzir algo a partir do original: tirar cópias de documentos.
Fazer um convite de dança para alguém: tirar alguém para dançar.
Deixar de ter um costume, hábito ou vício: tirar o álcool da sua vida.
Estar sujeito a torturas, punições, castigos etc.: tirou a vida inteira pelo assassinato.
Passar para o papel; transcrever: tirar uma letra de música.
verbo bitransitivo Retirar, fazer sair de um lugar: tirou o objeto daquela mesa.
Ser capaz de usar, de usufruir de algo: tirar proveito de uma situação.
Fazer sair intensa e violentamente: o vento tirou as roupas do varal.
Privar de; espoliar, usurpar: tirou-lhe a casa e tudo que tinha.
Fazer desaparecer por completo; limpar, eliminar: tirar a sujeira do chão.
Medir alguma coisa: tirar a temperatura da água.
Entender por dedução, pelo raciocínio: tirar conclusões dos testemunhos.
verbo bitransitivo e pronominal Mandar para longe: tirar alguém de uma festa; o policial me tirou do casamento.
verbo transitivo indireto Assemelhar-se a; ter o mesmo aspecto, aparência: o sapato tira para o castanho.
Ter uma tendência para; ser direcionado para: minha filha tira para as artes.
verbo pronominal Sair-se de; livrar-se: tirou-se daquele lugar terrível.
Desviar-se do caminho: a bicicleta tirou-se da estrada.
Etimologia (origem da palavra tirar). Do latim tirare.

Toalha

substantivo feminino Peça de algodão ou de linho usada para enxugar as mãos, ou o corpo após o banho.
Peça do mesmo material ou de plástico, que se estende sobre a mesa às refeições.
Peça análoga, com folhos, para cobrir o altar.

toalha s. f. 1. Peça, ordinariamente de linho ou algodão, que se estende sobre a mesa às refeições. 2. Pano com que se enxuga o rosto, as mãos ou qualquer outra parte do corpo, que se lavou ou molhou. 3. Camada extensa.

Toalha Peça de tecido utilizada como toalha de mesa ou de banho (Jo 13:4ss.).

Vestes

Do Lat. vestes
Vestuário; fato; vestido; véstia; vestidura sacerdotal.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
ἐγείρω ἐκ δεῖπνον τίθημι αὐτός ἱμάτιον καί λαμβάνω λέντιον διαζώννυμι ἑαυτού
João 13: 4 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

levantou-se da ceia, colocou de lado as suas vestes e, tomando uma toalha, cingiu-se.
João 13: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

6 de Abril de 30
G1173
deîpnon
δεῖπνον
outro nome para Quiriate-Jearim ou Quiriate-Baal; atual Kuriet el Enab
(to Baalah)
Substantivo
G1241
diazṓnnymi
διαζώννυμι
gado, rebanho, boi
(and oxen)
Substantivo
G1438
heautoû
ἑαυτοῦ
cortar, talhar, picar, derrubar, separar, cortar em dois, raspar
(cut down)
Verbo
G1453
egeírō
ἐγείρω
despertar, fazer levantar
(having been awoken)
Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - nominativo masculino Singular
G1537
ek
ἐκ
o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
(Gilgal)
Substantivo
G2440
himátion
ἱμάτιον
vestimenta (de qualquer tipo)
(cloak)
Substantivo - neutro acusativo singular
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2983
lambánō
λαμβάνω
descendentes do terceiro filho de Canaã que vivia em ou próximo ao local de Jebus, o
(the Jebusites)
Substantivo
G3012
léntion
λέντιον
toalha, tecido de linho
(a towel)
Substantivo - neutro acusativo singular
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G5087
títhēmi
τίθημι
fazer um voto
(And vowed)
Verbo


δεῖπνον


(G1173)
deîpnon (dipe'-non)

1173 δειπνον deipnon

do mesmo que 1160; TDNT - 2:34,143; n n

  1. ceia, especialmente uma refeição formal geralmente realizada à noite
    1. usado em referência à festa do Messias, simbolizando salvação no reino
  2. comida tomada à noite

διαζώννυμι


(G1241)
diazṓnnymi (dee-az-own'-noo-mee)

1241 διαζωννυμι diazonnumi

de 1223 e 2224; TDNT - 5:302,702; v

  1. atar, por ao redor da cintura
  2. cingir-se com algo, envolver algo ao redor de si mesmo

ἑαυτοῦ


(G1438)
heautoû (heh-ow-too')

1438 εαυτου heautou

(incluindo todos os outros casos)

de um pronome reflexivo que caiu em desuso e o caso genitivo (caso dativo ou acusativo) de 846; pron

  1. ele mesmo, ela mesma, a si mesmo, eles ou elas mesmos, a si próprios

ἐγείρω


(G1453)
egeírō (eg-i'-ro)

1453 εγειρω egeiro

provavelmente semelhante a raíz de 58 (pela idéia de estar em controle das próprias faculdades); TDNT - 2:333,195; v

  1. despertar, fazer levantar
    1. despertar do sono, acordar
    2. despertar do sono da morte, chamar de volta da morte para a vida
    3. fazer levantar de um assento ou cama etc.
    4. levantar, produzir, fazer aparecer
      1. fazer aparecer, trazer diante do público
      2. levantar-se, insurgir-se contra alguém,
      3. levantar i.e. fazer nascer
      4. de construções, levantar, construir, erigir

ἐκ


(G1537)
ek (ek)

1537 εκ ek ou εξ ex

preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

  1. de dentro de, de, por, fora de

ἱμάτιον


(G2440)
himátion (him-at'-ee-on)

2440 ιματιον himation

de um suposto derivado de ennumi (vestir); n n

  1. vestimenta (de qualquer tipo)
    1. vestimentas, i.e. a capa ou o manto e a túnica

      vestimenta exterior, capa ou o manto

Sinônimos ver verbete 5934


καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

λαμβάνω


(G2983)
lambánō (lam-ban'-o)

2983 λαμβανω lambano

forma prolongada de um verbo primário, que é usado apenas como um substituto em certos tempos; TDNT - 4:5,495; v

  1. pegar
    1. pegar com a mão, agarrar, alguma pessoa ou coisa a fim de usá-la
      1. pegar algo para ser carregado
      2. levar sobre si mesmo
    2. pegar a fim de levar
      1. sem a noção de violência, i.e., remover, levar
    3. pegar o que me pertence, levar para mim, tornar próprio
      1. reinvindicar, procurar, para si mesmo
        1. associar consigo mesmo como companhia, auxiliar
      2. daquele que quando pega não larga, confiscar, agarrar, apreender
      3. pegar pelo astúcia (nossa captura, usado de caçadores, pescadores, etc.), lograr alguém pela fraude
      4. pegar para si mesmo, agarrar, tomar posse de, i.e., apropriar-se
      5. capturar, alcançar, lutar para obter
      6. pegar um coisa esperada, coletar, recolher (tributo)
    4. pegar
      1. admitir, receber
      2. receber o que é oferecido
      3. não recusar ou rejeitar
      4. receber uma pessoa, tornar-se acessível a ela
      5. tomar em consideração o poder, nível, ou circunstâncias externas de alguém, e tomando estas coisas em conta fazer alguma injustiça ou negligenciar alguma coisa
    5. pegar, escolher, selecionar
    6. iniciar, provar algo, fazer um julgamento de, experimentar
  2. receber (o que é dado), ganhar, conseguir, obter, ter de volta

Sinônimos ver verbete 5877


λέντιον


(G3012)
léntion (len'-tee-on)

3012 λεντιον lention

de origem latina; n n

  1. toalha, tecido de linho
    1. da toalha ou avental com a qual os servos se vestem quando vão trabalhar


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


τίθημι


(G5087)
títhēmi (tith'-ay-mee)

5087 τιθημι tithemi

forma prolongada de uma palavra primária θεω theo (que é usada somente como substituto em determinados tempos); TDNT - 8:152,1176; v

  1. colocar, pôr, estabelecer
    1. estabelecer ou colocar
    2. pôr em, deitar
      1. curvar
      2. dispensar ou colocar de lado, não usar ou levar mais
      3. guardar, economizar dinheiro
    3. servir algo para comer ou beber
    4. apresentar algo para ser explicado pelo discurso
  2. tornar
    1. fazer (ou colocar) para si mesmo ou para o uso de alguém
  3. colocar, fixar, estabelecer
    1. apresentar
    2. estabelecer, ordenar