Enciclopédia de Atos 14:4-4

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

at 14: 4

Versão Versículo
ARA Mas dividiu-se o povo da cidade: uns eram pelos judeus; outros, pelos apóstolos.
ARC E dividiu-se a multidão da cidade; e uns eram pelos judeus, e outros pelos apóstolos.
TB Mas dividiu-se o povo da cidade: uns eram pelos judeus, e outros, pelos apóstolos.
BGB ἐσχίσθη δὲ τὸ πλῆθος τῆς πόλεως, καὶ οἱ μὲν ἦσαν σὺν τοῖς Ἰουδαίοις οἱ δὲ σὺν τοῖς ἀποστόλοις.
HD Dividiu-se a multidão da cidade: os que estavam com os judeus e os que {estavam} com os apóstolos.
BKJ Mas a multidão da cidade estava dividida: uma parte estava com os judeus, e outra parte com os apóstolos.
LTT Foi dividida, porém, a multidão da cidade; e, em verdade, alguns estavam juntamente- com os judeus, e outros juntamente- com os apóstolos.
BJ2 Dividiu-se,[s] porém, a população da cidade: uns estavam com os judeus; outros, com os apóstolos.
VULG Divisa est autem multitudo civitatis : et quidam quidem erant cum Judæis, quidam vero cum Apostolis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 14:4

Miquéias 7:6 Porque o filho despreza o pai, a filha se levanta contra sua mãe, a nora, contra sua sogra, os inimigos do homem são os da sua própria casa.
Mateus 10:34 Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada;
Lucas 2:34 E Simeão os abençoou e disse à Maria, sua mãe: Eis que este é posto para queda e elevação de muitos em Israel e para sinal que é contraditado
Lucas 11:21 Quando o valente guarda, armado, a sua casa, em segurança está tudo quanto tem.
Lucas 12:51 Cuidais vós que vim trazer paz à terra? Não, vos digo, mas, antes, dissensão.
João 7:43 Assim, entre o povo havia dissensão por causa dele.
Atos 13:2 E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
Atos 14:14 Ouvindo, porém, isto os apóstolos Barnabé e Paulo, rasgaram as suas vestes e saltaram para o meio da multidão, clamando
Atos 17:4 E alguns deles creram e ajuntaram-se com Paulo e Silas; e também uma grande multidão de gregos religiosos e não poucas mulheres distintas.
Atos 19:9 Mas, como alguns deles se endurecessem e não obedecessem, falando mal do Caminho perante a multidão, retirou-se deles e separou os discípulos, disputando todos os dias na escola de um certo Tirano.
Atos 28:24 E alguns criam no que se dizia, mas outros não criam.
I Coríntios 9:5 Não temos nós direito de levar conosco uma mulher irmã, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Atos Capítulo 14 do versículo 1 até o 28
2. Icônio (Atos 14:1-7)

Em Icônio (ver o mapa 3), os dois missionários praticaram a mesma política de Antioquia da Pisídia. Entraram juntos na sinagoga (1) significa "da mesma forma" ou "da mesma maneira" (cf. Phillips — "Muitas coisas semelhantes aconteceram em Icônio"). A expressão sinagoga dos judeus mostra que Lucas está escrevendo para os gentios. Ali, Paulo e Barnabé falaram de tal modo, que creu uma grande multidão, não só de judeus, mas também de gregos. Aparentemente, mais judeus foram salvos em Icônio do que em Antioquia da Pisídia.

Aqui, novamente, a oposição partiu dos judeus incrédulos (2). Esta palavra pode ser traduzida mais adequadamente como "desobedientes" (ASV). Lumby diz: "Esta pala-vra é mais forte do que 'incrédulo', pois expressa a descrença que se transforma em rebelião; portanto, ela descreve exatamente o caráter destes judeus que estavam perse-guindo Paulo e Barnabé"." Ele ainda acrescenta: "É notável através do livro de Atos que a perseguição pareça ter se originado, em cada caso, entre os judeus".55 Os adversários judeus incitaram e irritaram, contra os irmãos, os ânimos dos gentios; eles "en-venenaram os seus pensamentos" (NEB).

A fim de combater essa oposição dos judeus (ou apesar dela), os missionários "detiveram-se"" muito tempo em Icônio, falando ousadamente acerca do Se-nhor [ou no Senhor] (3). O termo no, que consta em algumas versões, significa lite-ralmente "sobre" (epi), no sentido de fundamentado em. Uma boa tradução seria "con-fiando no Senhor" (NEB). Alexander comenta: "No Senhor, ou com Ele, i.e., na confi-ança dele e pela sua autoridade, sendo que as duas idéias são sugeridas pela frase seguinte".'

O Senhor dava testemunho à palavra da sua graça. Provavelmente, isto quer dizer que o Espírito Santo testemunhava ao coração dos ouvintes que aquilo que os missionários estavam pregando era a verdade. Ele permitiu também que por suas mãos se fizessem sinais e prodígios. Os milagres deveriam convencer aqueles que "pediam um sinal" 1Co 1:22).

O resultado da pregação foi que dividiu-se a multidão da cidade (4). Este é o resultado inevitável da proclamação do Evangelho. A apresentação de Cristo provoca uma crise: os homens o aceitam ou o rejeitam. Esta é a explicação das estranhas pala-vras de Jesus: "Cuidais vós que vim trazer paz à terra? Não, vos digo, mas, antes, dissensão" (Lc 12:51).

Portanto, em Icônio uns eram pelos judeus, rejeitando o Evangelho, e outros, pelos apóstolos. Tanto Paulo como Barnabé são mencionados aqui como apóstolos. No início, este termo era aplicado somente aos doze. Mas o próprio Paulo se intitula apóstolo no início de suas treze epístolas. Somente aqui Barnabé também tem esse nome. Alexander sugere: "Paulo e Barnabé são ambos chamados aqui de apóstolos, não em um sentido de diferenciação técnica, mas no sentido principal e mais amplo de missionários, de minis-tros que foram enviados para realizar um trabalho especial".'

Finalmente, o conflito atingiu um clímax. Um motim (5) foi organizado tanto pelos judeus como pelos gentios. Provavelmente, esta é uma tradução muito forte deste substantivo, que significa "um impulso violento" ou "um movimento hostil". Lumby comenta: "Esta palavra se refere mais à agitação, insistência, instigação que os judeus estavam aplicando em seus companheiros pagãos, e que provavelmente iria terminar em violência"." No próximo versículo, fica implícito que os apóstolos perceberam essa crescente oposição e deixaram a cidade antes que uma verdadeira agressão lhes fosse dirigida.

A intenção dos gentios, dos judeus e dos seus principais era insultá-los — "ultra-jar, insultar, tratar com insolência"' e apedrejá-los. Isto mostra que a oposição era instigada pelos judeus, pois esta era a forma que os judeus usavam para castigar. Eles provavelmente consideravam estes missionários culpados de blasfêmia em suas prega-ções a respeito de Jesus.

Quando os apóstolos perceberam o que estava sendo planejado, eles fugiram' para Listra e Derbe (ver o mapa 3), cidades da Licaônia (6) — uma região da província da Galácia. Isto implica que, nesta época, Icônio não pertencia a Licaônia, mas à Frigia. Ramsay destaca o fato de que isto realmente aconteceu apenas entre os anos 37:72 d.C.," quando Paulo e Barnabé estiveram nesta área. Mais uma vez, foi provado que Lucas estava historicamente certo.

De Icônio a Listra, a distância era de aproximadamente 32 quilômetros, ou cerca de um dia de viagem à pé. A localização de Listra foi identificada em 1885 através de uma inscrição onde está declarado que Augusto tinha transformado este local em uma colônia de Roma. Ali eles pregavam o evangelho (7) — literalmente "estavam evangelizando".

3. Listra (Atos 14:8-19)

Nesta cidade, os missionários encontraram um homem que tinha sido coxo desde o seu nascimento (8), e que nunca tinha andado. Ele era leso dos pés. Este adjetivo é geralmente traduzido como "impossível" no Novo Testamento. Somente aqui ele tem a conotação de "fisicamente impotente", um sentido freqüentemente encontrado nos escri-tos médicos.' Do ponto de vista humano, o problema deste homem não tinha cura.

O coxo ouviu Paulo falar (9) — lit., "estava ouvindo Paulo quando ele falou". Evi-dentemente, o homem estava ouvindo cuidadosamente. O pregador, fixando nele os olhos — atenisas, a mesma forma usada por Pedro quando olhou para o coxo em Atos 3:4 ‑ vendo que ele "tinha" (lit.) fé para ser curado, ordenou em voz alta: Levanta-te direito — orthos, "reto" — sobre teus pés (10). Isto era pedir o impossível. Mas quando o homem se dispôs a obedecer, Deus enviou o poder. O indefeso coxo repentinamente saltou sobre os pés (tempo aoristo) e "andou", no sentido de andar continuamente (tem-po imperfeito do verbo). Como em muitos outros casos nos Evangelhos e em Atos, a fé foi demonstrada em obediência a uma ordem e recompensada com o poder divino.

A costumeira reação popular veio em seguida. Paulo tinha estado falando em grego, língua habitualmente usada em todo o Império Romano. Mas, quando o povo de Listra se agitou, as pessoas passaram a gritar em língua licaônica (11), que era a sua língua de origem. Aparentemente, este ponto foi mencionado para explicar por que os apóstolos não perceberam imediatamente o que a multidão estava dizendo ou falando.

A conclusão que o povo tirou deste milagre foi: "Os deuses estão se tornando como homens, e descendo a nós" (trad. literal). Alexander escreve: "Essa linguagem concorda perfeitamente, não só com a crença geral em tais epifanias ou teofanias — as aparições divinas sob forma humana, encontradas em Homero e nos últimos clássicos — mas tam-bém com a superstição local e com as tradições do próprio país onde as palavras foram pronunciadas, Licaônia, assim chamada por causa de Licáon (ou Licaão), cuja recepção fatal de Júpiter está em uma das fábulas de Ovídio, no primeiro livro de suas Metamor-foses. No oitavo, ele conta a interessante, mas fabulosa, história da visita feita a Filemon Báucis, na adjacente província da Frigia, por Júpiter e Mercúrio, os mesmos deuses mencionados no versículo seguinte".' De acordo com estes supersticiosos licaônios, Barnabé (12) era chamado de Júpiter

  • Paulo foi identificado com Mercúrio, nomes romanos para os deuses gregos Zeus e Hermes. Paulo foi chamado de Mercúrio, porque este era o que falava — lit., "era o que tinha a voz principal" (ou discurso). A crença daquela época era que Hermes era o porta-voz de Zeus. De acordo com um modelo tipicamente oriental, acreditavam que o deus principal só iria se comunicar através de um subordinado. A distinção feita aqui não indica necessariamente qualquer diferença nas aparências. Significa simplesmente que Paulo era o que falava, o principal portador da palavra.
  • O sacerdote de Júpiter (Zeus), cujo templo estava em frente à cidade (13; ASV; cf. RSV, Phillips, NEB), trouxe para a entrada da porta touros e grinaldas. As grinaldas eram "às vezes colocadas sobre a cabeça das vítimas, e às vezes usadas pelos religiosos para suas decorações nos ritos da religião"." Ele trouxe touros e grinaldas para a entra-da [um lugar público] e queria com a multidão sacrificar-lhes. Em relação ao culto a Zeus e Hermes, Bruce escreve: "Das duas inscrições de Sedasa, perto de Listra, que datam aproximadamente do ano 250 d.C., descobertas pelo Prof. W. M. Calder, uma registra a dedicação de uma estátua de Hermes a Zeus junto com um relógio de sol, por homens com nomes licaônicos, enquanto a outra menciona "sacerdotes de Zeus".'

    Quando Barnabé e Paulo souberam o que estava acontecendo, eles rasgaram as suas vestes (14), horrorizados com a blasfêmia dessa tentativa de adorá-los como deu-ses — e saltaram — o melhor texto grego diz "pularam" — para o meio da multidão. Lumby pensa que "saltaram" torna impossível aceitar "portas" (13) como uma referência às portas da cidade, e sim à entrada da casa onde os apóstolos estavam hospedados".' Provavelmente, a idéia é que eles correram através dos portões da cidade até o espaço entre eles e o templo de Zeus.

    O discurso dos apóstolos aos licaônios (15-17) tem uma notável semelhança com o discurso de Paulo perante o Areópago em Atenas (Atos 17:22-31). Em nenhum dos casos foi feita qualquer referência à divina revelação das Escrituras — que a audiência pagã des-conhecia —, mas o apelo era à revelação de Deus na natureza. Esta é a primeira ocorrên-cia, em Atos, da pregação do Evangelho a uma audiência totalmente pagã.

    De forma cortês, os missionários gritaram: "Varões (em grego, "homens") por que fazeis essas coisas?" (15) Nós também somos homens como vós, sujeitos às mes-mas paixões; ou: "Somos apenas seres humanos com sentimentos iguais aos vossos" (Phillips). A principal ênfase para essa audiência pagã era que eles deveriam converter-se dessas vaidades (ídolos, lit. "coisas inúteis") ao Deus vivo. Ele é o Único que fez o céu, e a terra, e o mar, e tudo quanto há neles — uma citação de Êxodo 20:11 (exatamente a mesma de Atos 4:24).

    Em sua grande misericórdia e demência, Deus não destrói os pagãos por causa de suas falsas crenças, mas nos tempos passados — lit., "em gerações passadas" (ASV) -deixou andar todos os povos em seus próprios caminhos (16). Esta frase tem uma grande semelhança com a afirmação de Paulo em Atos 17:30 — "Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância..." (i.e., "ignorou").

    Mas Deus não se deixou a si mesmo sem testemunho (17). Sua bondade provi-dencial para com todos os homens — chuvas e tempos frutíferos — é uma lembran-ça constante de seu amor e poder. Os deuses pagãos eram impotentes para trazer a chuva — "Haverá porventura entre as vaidades [cf. vaidades, 15] dos gentios alguma que faça chover?" (Jr 14:22).

    Mesmo com estes argumentos, eles "com dificuldade" impediram — "fizeram ces-sar" — que as multidões lhes sacrificassem (18). Fica difícil controlar o fervor religi-oso quando este é provocado. Muitas vezes, as pessoas não gostam de ser esclarecidas quando a verdade é conflitante com os seus propósitos e desejos.

    Enquanto o povo de Listra estava talvez sofrendo sob o desapontamento de Barnabé e Paulo não serem realmente Zeus e Hermes, sobrevieram... uns judeus de Antioquia (19) — há mais de 160 quilômetros de distância — e de Icônio. Estes invejosos judeus (cf. Atos 13:45-50; 14.2), mostrando um ódio extremo pelos apóstolos, seguiram os dois à pé por toda aquela distância. Eles convenceram o povo de Listra — talvez atribuindo o milagre da cura a um poder demoníaco (cf. Mt 12:24) — e apedrejaram a Paulo (cf. II Coríntios 11:25). Depois, arrastaram o apóstolo para fora da cidade, cuidando que estava morto.

    Parece que os fanáticos opositores do cristianismo tinham alcançado o seu objetivo. O maior ressentimento estava evidentemente dirigido contra Paulo, porque ele era o principal orador.

    4. Derbe e o Retorno (Atos 14:20-28)

    a. Organizando Igrejas (14:20-23). No plano divino, a obra da vida de Paulo ainda não havia terminado. Um grupo de discípulos o rodeou (20) — "circundaram-no" (cyclosanton). No curto período em que esteve em Listra, ele havia conquistado alguns convertidos e, sem dúvida, entre eles estava o jovem Timóteo (cf. Atos 16:1; I Timóteo 1:2).

    Eles estavam arriscando a vida ao se colocarem em volta do corpo de Paulo. De repente, para alegria e admiração destes discípulos, Paulo se levantou. Sobre a importância deste verbo, Lumby escreve: "A palavra anastas transmite a impressão de que se tratava de uma ressurreição dos mortos e que a recuperação do apóstolo, e sua imediata exibição de vigor e de coragem para entrar novamente na cidade, fossem o resultado de um milagre".' E acrescenta: "O fato de alguém que fora apedrejado e abandonado como morto por uma multidão selvagem conseguir reviver e caminhar como se nada tivesse aconteci-do deve ter sido uma prova ainda mais assustadora do supremo poder de Deus, presente entre esses mestres, do que aquele que fora presenciado pelo povo na cura do coxo".69

    No dia seguinte — talvez depois de ter passado a noite na casa de Timóteo, onde teve a oportunidade de observar a profunda devoção da mãe e da avó do jovem (2 Tm 1,5)

    — Paulo saiu, com Barnabé, para Derbe. O fato de ter sido capaz de caminhar uma distância de cerca de 100 quilômetros mostra que estava totalmente recuperado dos efeitos do apedrejamento. Anos mais tarde, pouco antes de sua morte, Paulo lembrou a Timóteo das "perseguições (e) aflições tais quais me aconteceram emAntioquia, em Icônio e em Listra; quantas perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou" (2 Tm 3.11).

    Há alguns anos (1933), Lake e Cadbury puderam dizer que a localização de Derbe "ainda não tinha sido completamente identificada"." Porém, descobertas recentes fixaram sua localização, com grande certeza, cerca de 100 quilômetros a sudeste de Listra.'

    A evangelização de Derbe está descrita em apenas duas frases: E, tendo anuncia-do o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos (21) — ou "... conquistado muitos adeptos" (ASV). O verbo matheteuo vem de mathetes, "discípulo", e seu significa-do mais adequado é "fazer um discípulo". Esta tradução (cf. NEB — "ganhou muitos convertidos") enfatiza o sucesso da missão apostólica em Derbe.

    Tendo terminado seu trabalho em Derbe, os missionários voltaram para as cida-des de Listra, Icônio e Antioquia. Fazendo uma leitura superficial, é possível que não percebamos a tremenda implicação desta frase. Adam Clarke diz muito bem: "Ob-serve a coragem destes homens! Ignorando a vida que lhes era tão cara, retornaram ao trabalho do Mestre nos mesmos lugares onde haviam sido perseguidos de maneira atroz, e onde, aparentemente, um deles havia sido apedrejado até à morte!"'

    Tarso, a cidade natal de Paulo, estava a aproximadamente 250 quilômetros de distância, e exatamente no caminho de volta para Antioquia da Síria, de onde haviam sido enviados. Teria sido muito mais simples e seguro tomar a direção oeste para Tarso, gozar ali de um breve repouso e depois retornar a Antioquia da Síria, levando o relató-rio de sua missão. Eles haviam conquistado muitos convertidos para Cristo e certamente tinham toda razão de voltar para casa. Mas, ao invés disso, Barnabé e Paulo tomaram a direção norte e oeste, encaminhando-se para as garras do ódio e da morte. Por quê? Os dois versículos seguintes nos dão a resposta: eles deviam cuidar dos con-vertidos que haviam conquistado.
    Dois principais ministérios foram descritos aqui. O primeiro (22) era consolar e en-corajar. O segundo (23) era organizar — e ambos eram necessários.

    Eles começaram confirmando — "fortalecendo, estabelecendo" — o ânimo dos discípulos (22). Estes novos convertidos deveriam se tornar "firmes e estabelecidos" -o principal significado das palavras — no Senhor. Esse propósito foi alcançado, exortando-os a permanecer na fé, o que "parece claramente significar permanecer no `cristia-nismo"'.' A expressão pois que também foi traduzida como "e, dizendo", em que hoti equivale às aspas que introduzem uma citação direta. A própria vida de Paulo foi um exemplo do fato de que devemos passar por muitas tribulações — "lit., por grandes tribulações, o que expressa não só uma quantidade ou número, mas também uma varie-dade"" — para entrar no Reino de Deus. Bruce comenta: "O Reino de Deus deve ser entendido aqui no sentido de uma consumação ainda futura (cf. 2 Tm 4.18; 2 Pe 1.11), e não como alguma coisa já realizada".' A palavra tribulação significa literalmente "pres-são". O plural aqui sugere as pressões que todos os cristãos devem suportar.

    O versículo 22 trata de "Como Conservar os Convertidos": 1. Fortalecendo a alma; 2. Exortando à firmeza; 3. Prevenindo sobre as tribulações.
    Uma certa dose de organização sempre é necessária para preservar a continuidade de qualquer movimento. Esses primeiros missionários adotaram uma estrutura sim-ples, que lhes era familiar nos círculos judeus, de nomear um grupo de anciãos (23) em cada congregação.

    A palavra "ordenar" já provocou infindáveis discussões. Uma boa tradução seria "nomeado" (ASV, NEB, etc.). O verbo grego é cheirotoneo, que vem de cheir, "mão", e teino, "esticar"; i.e., "esticar a mão". Seu significado original era "votar esticando a mão"," como era feito na ecclesia de Atenas, ou assembléia livre de cidadãos eleitores. Aparente-mente, esta é a conotação da palavra na única passagem onde ocorre no Novo Testamento (2 Co 8.19). Este termo também foi usado com um sentido mais genérico de "nomear".77

    Ramsay acredita que as congregações dessas cidades da Galácia tinham voz na escolha dos anciãos.' A Primeira Epístola de Clemente — escrita aproximadamente no ano 95 d.C. — diz que os apóstolos nomeavam os anciãos. Depois de discutir mais longamente este assunto, Alexander expressa a sua preferência pelo que ele chama de "o verdadeiro significado entre extremos opostos".' Ele escreve: "O fato de este verbo expressar tão claramente o que Paulo e Barnabé fizeram significa apenas que eles nomearam ou ordenaram esses anciãos sem determinar a forma da eleição ou a forma da ordenação. No entanto, o uso particular dessa expressão, que originalmente significava o voto de uma assembléia, é suficiente para justificar a nossa suposição de que o método de escolha era o mesmo que foi registrado... em Atos 6:1-6, onde consta explicitamente que o povo escolheu os sete anciãos que foram depois ordenados pelos doze".' Parece que esta é a melhor conclusão a que podemos chegar.

    Sobre a nomeação dos anciãos, eles oraram com jejuns, significando provavelmen-te um período de jejum em cada igreja. Esta era uma característica idêntica à da separação de Barnabé e Paulo para o desempenho de seu trabalho missionário (Atos 13:3). Mais tarde, a nomeação dos anciãos também era sempre acompanhada pelo jejum. Tais ocasi-ões de espera no Senhor são certamente apropriadas para a tomada de importantes decisões na igreja.

    Como ato final, os apóstolos os encomendaram — o verbo significa "depositar" ou "colocar sob a responsabilidade de" — ao Senhor (cf. 20,32) em quem haviam crido (mais que perfeito), quando os missionários pregaram ali pela primeira vez.

    b. Reportando-se à Base Principal (Atos 14:24-28). Passando...por — dielthontes, "pre-gando em seu caminho" (cf. Atos 13:6) — Pisídia, dirigiram-se a Panfília (24), na costa do Mediterrâneo. Bruce escreve: "Pisídia estava localizada na 'região' mais ao sul da provín-cia da Galácia, em frente- da fronteira que estava ao norte da Panfília"' (ver o mapa 3).

    Eles anunciaram a palavra em Perge (25). Já tinham visitado esta cidade anteri-ormente (cf. Atos 13:13-14), mas a enfermidade de Paulo impediu-os de pregar ali. Depois de evangelizar Perge, desceram a Atália — "porto principal da Panfília, agora chamado de Adalia, na foz do rio Catarractes".' De lá eles navegaram — lit., "partiram por mar" — para Antioquia (26). Essa era a Antioquia da Síria, onde tinham sido recomen-dados (ou "confiados") à graça de Deus para a obra que já haviam cumprido. Eles podiam dizer honestamente: "Missão cumprida".

    Evidentemente, solicitaram uma reunião especial da igreja (27). Eles relataram à congregação — este verbo significa propriamente "levaram notícia, reportaram' — quão grandes coisas Deus fizera por eles e como abrira aos gentios a porta da fé. Isto é, Deus tinha feito com que os gentios também pudessem ser salvos exclusivamente através da fé em Jesus Cristo.

    Ali (28), em Antioquia da Síria, eles ficaram... não pouco tempo — lit., "passa-ram um tempo" (ver os comentários sobre
    3) — com os discípulos. Não existe nenhuma indicação sobre a duração deste período, mas a linguagem implica alguns meses, talvez aproximadamente um ano.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Atos Capítulo 14 do versículo 1 até o 28
    *

    14.1 Em Icônio. Paulo e Barnabé viajaram 128 km em direção a sudoeste, de Antioquia da Pisídia para Icônio, uma antiga cidade frígia. Os gregos fizeram dela uma cidade-estado, e sob o governo de Augusto ela tornou-se uma cidade da província da Galácia.

    * 14.4 apóstolos. Pela primeira vez em Atos, o tema tem um sentido mais amplo, que inclui Barnabé junto com os apóstolos escolhidos por Jesus (1.24-26; Mt 10:1-4; 2Co 1:1 nota).

    * 14.5 os... apedrejar. Apedrejamento era a maneira como os judeus executavam a pena de morte por blasfêmia religiosa (7.58,59).

    * 14.6 Listra e Derbe. Estas duas cidades, junto com Icônio, pertenciam estritamente à província romana da Galácia, embora fizessem parte do subdistrito chamado Licaônia. De 37 a 72 d.C., Icônio esteve linguisticamente e politicamente no lado frígio da fronteira.

    *

    14.8 Listra. Em 6 a.C. Augusto fortificou este povoado e fez dele uma colônia romana da província da Galácia. Ele também povoou a colônia com veteranos do exército romano.

    * 14.10 Ele saltou e andava. Ver “Milagres” em 1Rs 17:22.

    * 14:12-13 Uma antiga lenda circulava em Listra que os deuses gregos Zeus e Hermes disfarçaram-se como homens e vieram às colinas rurais da Frígia buscando hospitalidade. Somente um casal os acolheu e, em troca, sua cabana foi transformada num templo com teto de ouro e colunas de mármore. As casas daqueles que rejeitaram os deuses foram destruídas. As pessoas de Listra poderia ter tido isto em mente quando acolheram Barnabé e Paulo e se prepararam para sacrificar touros.

    * 14.14 rasgando as suas vestes. Um sinal convencional de tristeza e sofrimento.

    *

    14.15-17 O conteúdo do sermão de Paulo é semelhante ao seu posterior sermão em Atenas (17.22-31). Ambos os sermões são endereçados às multidões pagãs, que não entenderiam citações e explicações das Escrituras do Antigo Testamento. Paulo destacava que o poder criador e providencial de Deus se estendia a todo lugar. Ver “Revelação Geral” em Sl 19:1.

    * 14.16 permitiu que todos os povos. Ver “Conhecimento e Culpa” em Rm 1:19.

    *

    14.20 Derbe. Uma cidade da fronteira licaônica, na parte sudeste da Galácia, 120 km a sudeste de Derbe.



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Atos Capítulo 14 do versículo 1 até o 28
    14.3, 4 Poderíamos desejar levar a cabo um ato milagroso que convencesse a todos, de uma vez e para sempre, que Jesus é o Senhor. Mas aqui vemos que embora acontecesse um milagre, não convenceria a ninguém. Deus capacitou a estes homens para fazer grandes milagres em confirmação de sua mensagem de graça, mas a gente permaneceu a distância. Não perca seu tempo e energias esperando milagres. Semeie a semente das boas novas no melhor terreno que encontre e da melhor forma possível e deixe que o Espírito Santo convença.

    14:6 Iconio (14.1), Listra e Derbe foram três cidades que Paulo visitou o sul da região da Galacia. Talvez Paulo escreveu uma carta a estas Iglesias, a dos Gálatas, porque muitos judeus cristãos diziam que os gentis cristãos não podiam ser salvos a menos que seguissem as leis e costumes judias. A carta do Paulo refutou este argumento e levou aos crentes à verdadeira compreensão da fé no Jesus (veja-se Gl 3:3, Gl 3:5). Paulo possivelmente escreveu esta carta assim que deixou a região (veja-a nota a 14.28).

    14:11 "Língua licaónica" era um dialeto local.

    14.11, 12 Zeus e Hermes (também conhecidos como Júpiter e Mercúrio) eram dois deuses populares no mundo romano. Pessoas da Listra afirmavam que estes deuses visitaram sua cidade uma vez. De acordo à lenda, ninguém com exceção de um casal de anciões, ofereceu-lhes hospitalidade, de maneira que Zeus e Hermes mataram ao resto das pessoas e premiaram ao casal de anciões. Quando os cidadãos da Listra viram os milagres do Paulo e Bernabé, pensaram que os deuses os visitavam. Tomando em conta o acontecido antes, imediatamente honraram ao Paulo e Bernabé e lhes trouxeram pressentem.

    14.15-18 Em resposta às pessoas da Listra, Paulo e Bernabé lhes recordou que Deus nunca "se deixou a si mesmo sem testemunho". A chuva e a colheita, por exemplo, mostram sua bondade. Mais tarde Paulo escreveu que este sinal na natureza deixa ao homem sem desculpa para sua incredulidade (Rm 1:20). Quando duvidar a respeito de Deus, olhe a seu redor e verá evidências abundantes de que O segue atuando no mundo.

    14:18, 19 Poucos dias depois os da Listra pensaram que Paulo e Bernabé eram deuses e desejaram lhe oferecer sacrifícios; logo apedrejaram ao Paulo e o abandonaram para que morrera. Assim é a natureza humana. Jesus entendeu quão inconstante pode ser a multidão (Jo 2:24-25). Sentimo-nos bem quando a gente nos passa, mas isto nunca deveria afetar nossos pensamentos nem afetos. Não devemos viver para agradar às multidões, sobre tudo em nossa vida espiritual. Seja como Jesus. Conheça a natureza das multidões e não ponha sua confiança nela. Deposite sua confiança só em Deus.

    14.18-20 Paulo e Bernabé persistiram na predicación das boas novas. Consideravam que o custo não era nada em comparação com a obediência a Cristo. Acabavam de escapar de ser apedrejados no Iconio (14.1-7). Entretanto, os judeus da Antioquía e Iconio seguiam procurando a oportunidade para apedrejar ao Paulo. Seguiram-no até a Listra e o fizeram. Pensaram que estava morto. Paulo se levantou e voltou para a cidade para pregar as boas novas. Isto é verdadeira entrega! Somos discípulos de Cristo chamados para uma total rendição. Como cristãos já não nos pertencemos mais a nós mesmos, a não ser a nosso Senhor, por quem fomos chamados a sofrer.

    14.21, 22 Paulo e Bernabé voltaram a visitar os crentes em todas as cidades nas que pouco antes os ameaçaram e atacaram fisicamente. Sabiam os perigos que enfrentavam, entretanto acreditavam que tinham a responsabilidade de animar aos novos crentes. Não importa quão inconveniente e incômoda resulte a tarefa, não devemos descuidar o apoio que necessitam os novos crentes, a quem faz falta nossa ajuda e nosso estímulo. Para o Jesus não foi conveniente nem cômodo ir à cruz em nosso lugar!

    14:23 Parte da razão pela que Paulo e Bernabé arriscaram suas vidas para voltar para estas cidades foi organizar a liderança das Iglesias. Não cuidavam de um grupo unido de negligentes; procuravam que se chegassem a organizar com líderes guiados pelo Espírito, que lhes ajudassem a crescer. As Iglesias crescem quando têm líderes, laicos e pastores dirigidos pelo Espírito. Ore pelos pastores ou líderes de sua igreja e cubra-os. E se Deus o chama, aceite com humildade a responsabilidade de um papel de liderança em sua igreja.

    14:28 Paulo possivelmente escreveu sua carta aos Gálatas enquanto se achava na Antioquía (48 ou 49 D.C.) depois de finalizar sua primeira viagem missionária. Há várias teorias quanto a que região da Galacia Paulo dirigiu sua carta, a maioria está de acordo em que Iconio, Listra e Derbe formavam parte de dita região. É provável que Gálatas se escrevesse antes do concílio de Jerusalém (Feitos 15), porque na carta o assunto de se os gentis crentes deviam submeter-se à Lei judia ainda não estava resolvido. O concílio se reuniu para elucidar dito problema.

    FIM DA PRIMEIRA VIAGEM: Da Antioquía da Pisidia, Paulo e Bernabé descenderam com rumo à costa da Panfilia. detiveram-se primeiro no Perge, onde desembarcaram, logo foram ao oeste em direção a Atalia, porto principal que enviava mercadorias desde Assíria a Síria e Egito. Ali encontraram uma nave que os levaria a Seleucia, porto da Antioquía de Síria. Assim terminou sua primeira viagem missionária.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Atos Capítulo 14 do versículo 1 até o 28
    E. A MISSÃO retomada (14: 1-7)

    Sentindo que seu trabalho em Antioquia foi concluída e nada assustados com a perseguição, Paulo e Barnabé seguiu os preceitos do Senhor (Mt 10:23) e mudou-se para a próxima cidade importante de Icônio. Esta distância de 60 milhas southeastward eles atravessada pela estrada romana que se seguiu à antiga rota de Alexandria para o leste para um patamar verdejante e frutífera regada por Pisídia córregos da montanha. Aqui Icônio, uma florescente cidade de importância estratégica localizado em uma encruzilhada em Pisídia, e honrado com o título Caludiconium mas mais tarde nomeado uma colônia romana por Adriano, reuniu-se a visão e desafiou os espíritos destes embaixadores cristãos. A cidade turca moderna de 47.000 pessoas, com o nome de Konia, situa-se no local da antiga Icônio.

    1. Os métodos empregados (14: 1-3a)

    1 E sucedeu que em Icônio que eles entraram juntos na sinagoga dos judeus, e assim falou que uma grande multidão tanto de judeus como de gregos. 2 Mas os judeus incrédulos incitaram as almas dos gentios, e os fez mal afetada contra os irmãos. 3 Há muito tempo, portanto, eles permaneceram falando ousadamente acerca do Senhor,

    Lucas emprega três frases que sutilmente sugerem os métodos bem sucedidos dos apóstolos em Icônio: ou seja, entraram juntos na sinagoga ... assim falou ... Há muito tempo, portanto, ficaram ali falando ousadamente acerca do Senhor. (vv. At 14:1 , At 14:3-A ).Aqui, como sempre, os missionários escolheu a pequena sinagoga para o início do evangelho entre os 1conians. A experiência adquirida eo sucesso alcançado em Antioquia lhes oferecia vantagens concretas aqui.

    As palavras tão falou caracterizar o ministério de Paulo e Barnabé como provavelmente tato na abordagem, compreensão do eleitorado e as atitudes mentais de seu público, mas com tanta fé e ousadia santa como permitiu que o Espírito de Deus para ser demonstrado com grande poder (conforme 1Ts 1:5-A ), só pode ser devidamente entendida à luz da perseguição contra Paulo e Barnabé em Icônio. A primeira perseguição provável consistiu em uma tentativa legal de que os judeus têm os apóstolos oficialmente expulsos. Este parece ser o sentido das palavras, Mas os judeus ... incitaram as almas dos gentios [provavelmente os oficiais romanos como eles não são chamados gregos], e fez-lhes mal afetada contra os irmãos (v. At 14:2 ). Se considerados como perturbadores da paz, ou caluniosa cobradas, a tentativa aparentemente falhou. No entanto, é evidentemente necessário um tempo no meio deste povo estranhos para os apóstolos de "viver para baixo" as falsas acusações e preconceitos e provar ao povo a verdade do evangelho. Como quando Deus procurou libertar Israel do Egito, pela mão de Moisés, Ele demonstrou seu poder como superior à dos magos egípcios e divindades, assim Deus aqui se manifestou através de Paulo e Barnabé em sinais e maravilhas ... feito por suas mãos (v . 3b ). Assim, o ministério da Palavra, sua perseverança, e poder manifesto de Deus combinadas para realizar o sucesso em Icônio.

    2. Os resultados obtidos (At 14:3 Mas a multidão da cidade foi dividida; e parte realizada com os judeus, e outros pelos apóstolos. 5 E quando há um motim tanto dos gentios como dos judeus, com seus governantes, para tratá-los vergonhosamente e apedrejarem, 6 eles se tornaram conscientes disso, e fugiu para as cidades de Licaônia, Listra e Derbe, e em redor região: 7 e ali pregavam o evangelho.

    A afirmação de Lucas no versículo 1 , que uma grande multidão tanto de judeus como de gregos (judeus e gregos tementes a Deus ou prosélitos da fé judaica), indica o sucesso inicial do ministério evangélico em Icônio.

    No entanto, o grande sucesso de seu ministério teve o efeito adicional de precipitar uma segunda perseguição em que a cidade foi dividida; e eram pelos judeus, e com os apóstolos (v. At 14:4 ). Sem dúvida, era a espada da verdade que nitidamente divididos a acreditar desde o descrente (Mt 10:34. ), mas foram os judeus que instigaram o ataque real contra os apóstolos, dos quais Lucas diz: não foi um motim tanto dos gentios e dos judeus com seus governantes, para tratá-los vergonhosamente e apedrejarem(v. At 14:5 ). Procedimento legal ter, evidentemente, falhou na primeira tentativa (v. At 14:2 ), os judeus recorreram a violência da multidão, como em Tessalônica (veja At 17:5 ), para fugir mais problemas por partida para as cidades de Licaônia, Listra e Derbe, e em redor região: [onde] pregavam o evangelho (vv. At 14:6 ).

    Três itens de interesse acompanhar a introdução do evangelho em Icônio. No primeiro lugar, é aqui que Paulo e Barnabé são chamados de primeira "apóstolos" por Lucas, embora eles foram evidentemente ordenado ou consagrado para esse cargo em Antioquia da Síria (At 13:1 ). O segundo ponto diz respeito a uma lenda registrada por Dummelow:

    O curioso o romance do século II, "Os Atos de Paulo e Tecla, 'dá muitas indicações complementares do processo de São Paulo em Icônio, alguns dos quais, talvez, são autênticos. Thecla, que pertencia a uma das principais famílias de Icônio, ouviu de uma janela a pregação do apóstolo. Ela estava naquele momento noiva de um jovem chamado Thamyris, mas ao ouvir as palavras de Paulo, ela se tornou tão enamorado da virgindade que ela rompeu seu noivado. Para esse tipo de interferência com a vida familiar, e por impiedade, São Paulo foi açoitado e expulsos da cidade, e Tecla foi condenado a ser queimado vivo. A queda de chuva apagou o fogo, e ela escapou e seguiu Paulo para Antioquia. Aqui, novamente, ela foi perseguida, mas foi resgatado por Tryphaena, uma senhora de grande influência. O presbítero que compôs este o romance (embora provavelmente foi fundada sobre um fato) foi deposto do cargo.

    O terceiro item de interesse associados com Icônio é uma famosa descrição de Paulo, como as contidas nos apócrifos Atos de Paulo e gravado por Finegan. A conta do seguinte teor:

    Um homem de pouca estatura, cabelos fina sobre a cabeça, curvado nas pernas, de bom estado do corpo, com as sobrancelhas se juntar, e nariz um pouco viciado, cheia de graça; para algumas vezes ele apareceu como um homem, e às vezes ele tinha o rosto de um anjo.

    F. APÓSTOLOS idolatrado (14: 8-20)

    Para entender a tentativa de culto dos apóstolos em Listra, é necessário compreender, pelo menos em certa medida, esses povos licaônica de Listra e Derbe, e a região circunvizinha (v. At 14:6 ), embora o latim era a língua oficial. Listra, como Antioquia, era uma colônia romana. Derbe foi localizado a cerca Dt 20:1 , At 14:12 ). Vale ressaltar que dos quinze obras da carne listadas em Gl 5:20 , Gl 5:21 , cinco são pecados da contenda. Essas foram as pessoas a quem os apóstolos pregaram o evangelho em Listra e Derbe (conforme At 5:42 ; At 13:32 ; At 14:15 ).

    1. A ocasião da idolatria (14: 8-10)

    8 Em Listra estava sentado um homem impotente em seus pés, coxo desde o ventre de sua mãe, que nunca tinha andado. 9 Este ouviu falar Paulo: que, fitando os olhos nele, e vendo que tinha fé para ser curado , 10 , disse em alta voz: Levanta-te direito sobre os teus pés. E ele saltou e andou.

    Como semelhante é esse incidente para a cura do aleijado na porta bonita em At 3:1 ! Aqui se sentou, ou provavelmente melhor-esparramado, um infeliz miserável da humanidade que provavelmente havia nascido com pés tortos que foram totalmente inútil para a locomoção, um espetáculo diário familiar para os cidadãos da cidade, um objeto de caridade a quem ocasionalmente jogou esmolas. Como é comum entre esses pagãos primitivos, sua deformidade foi provavelmente considerado como uma maldição dos deuses ou destino, por algum pecado cometido por seus ancestrais, uma visão fatalista (Karma) embebidas também por alguns dos judeus (ver Jo 9:1 ), um fato Paulo foi rápido para detectar: ​​vendo que tinha fé para ser curado (v. At 14:9)

    11 E as multidões, vendo o que Paulo fizera, levantaram a sua voz, dizendo em língua de Licaônia, Os deuses desceram até nós em semelhança de homens. 12 E Barnabé chamavam Júpiter; e Paulo, Mercúrio, porque ele era o orador principal. 13 E o sacerdote de Júpiter, cujo templo estava em frente da cidade, trouxe touros e grinaldas e até as portas, e teria feito sacrifício com as multidões.

    Então profundamente superado pelo milagre evidente da cura divina eram esses povos impressionáveis ​​que a uma só voz, deram expressão em seu vernáculo licaônica ao seu natural, pagan, conceitos religiosos: Os deuses estão vindo até nós em semelhança de homens . (v At 14:11)

    14 Mas, quando os apóstolos, Barnabé e Paulo ouviram isto, rasgaram as suas vestes, e saltaram para o meio da multidão, clamando 15 e dizendo: Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós, e vos anunciamos o evangelho que vos convertais dessas coisas vãs vos um Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há: 16 que no tempos passados ​​permitiu que todas as nações andassem nos seus próprios caminhos. 17 E ainda assim ele não deixou a si mesmo sem testemunho, em que ele fez um bom trabalho e deu-lhe de chuvas céu e estações frutíferas, enchendo o vosso coração de fartura e de alegria. 18 E com estas palavras dificuldade impediram as multidões de lhes oferecerem sacrifícios.

    19 porém, judeus de Antioquia e de Icônio:. e tendo convencido a multidão, apedrejaram a Paulo, e arrastaram-no para fora da cidade, cuidando que estava morto 20 Mas quando os discípulos o rodearam, ele se levantou, e entraram na cidade, e no dia seguinte saiu com Barnabé para Derbe.

    Os apóstolos rasgaram as vestes em um símbolo familiar de horror com o pensamento de modo blasfemo uma consideração como a sua deificação (ver Mt 26:65 ).

    Os apóstolos parecem ter executado no meio dos povos, possivelmente agitando os braços em protesto violento, em uma tentativa de impedir que o abate de sacrifício dos bois. Enquanto a barreira do idioma teria impedido que os apóstolos de compreender o discurso licaônica, habitantes da Licaónia evidentemente compreendido e falou o grego usado pelos apóstolos.

    O discurso que se segue, provavelmente um endereço por Paulo, difere radicalmente da sermões na sinagoga de Paulo, em que se trata de um discurso sobre a "religião natural", como esses Lycaonians pagãos podia entender, em vez de "religião revelada", projetado para a mente judaica. Há semelhanças entre esse endereço e Areópago sermão de Paulo, da mesma forma entregue a ouvintes pagãos (conforme At 17:22 ).

    Mesmo sob a extremidade das circunstâncias, os apóstolos manteve seu equilíbrio e manteve uma maneira cortês para com o povo, como testemunhou o endereço: ? Senhores, por que fazeis essas coisas (v. At 14:15-A ); não uma condenação de sua conduta, mas uma questão de travagem. Nem os apóstolos fazer um discurso inflamado de ataques em cima de suas divindades pagãs, mas sim de forma positiva e simpatia se identificaram com a humanidade dos habitantes da Licaónia e, assim, negou qualquer suspeita de sua divindade pessoal: nós também somos homens como vós (v. At 14:15 ). Aqui deve-se observar que as palavras, às mesmas paixões , devem ser entendidas como a identificação de sua natureza humana, e não uma alusão à base ou a natureza perversa do homem pecador, como alguns erroneamente suposto.

    Nas palavras dos apóstolos, [que] lhe trazer boas notícias (v. At 14:15 ), o evangelho cristão parece tão natural e tão fresco como a água que flui da fonte de montanha nas proximidades para irrigar o planalto árido em que Listra estava. Este é o evangelho do Deus vivo que vitaliza tudo o que Ele toca. Como diferente das coisas vãs , objetos sem valor e sem sentido da sua adoração pagã, a partir do qual eles são exortados a transformar em verdadeiro arrependimento.

    O breve discurso sobre a "religião natural", contida nos versos At 14:15 através de 17 , provavelmente entregues por Paulo, embora não primariamente um sermão cristão é, no entanto, fundamental para o Cristianismo para o pensamento de habitantes da Licaónia.Este endereço pode ser analisada como segue:

    . 1 A vitalidade de Deus ; um Deus vivo (v. At 14:15 ).

    . 2 A de Criador de Deus : que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há (v. At 14:15 ).

    4. A Revelação de Deus : e mesmo assim ele não se deixou sem testemunho (v. At 14:17-A ).

    5. A Providência de Deus : ele fez o bem, dando-vos do céu (v. At 14:17 ).

    Em primeiro lugar , a carta de Paulo aos Tessalonicenses proporciona um comentário esclarecedor sobre o contraste entre a idolatria pagã e teísmo cristão: "e como vos convertestes a Deus dos ídolos para servir a um Deus vivo e verdadeiro" (1Ts 1:9 ). Como muitos dos habitantes da Licaónia entrou nesta experiência gracioso, não sabemos, mas que alguns fizeram sabemos da vida posterior de Timóteo (ver At 16:1 ).

    Em segundo lugar , a fé na existência e criadora de Deus é absolutamente essencial para a fé evangélica ou de poupança (ver He 11:1 ). Naturalista Evolução ataca o próprio fundamento da esperança do homem de salvação ", a criadora de Deus." Este esquema humanista procura roubar a Deus de Sua posse legítima de todas as coisas e, assim, tornar impossível a sua redenção por, e para, Deus.

    Em terceiro lugar , o pensamento da misericórdia de Deus em permitir que os gentios pagãos não iluminados para caminhar em suas próprias maneiras (v. At 14:16 , At 17:30 ).

    Quarta , a revelação do próprio Deus para habitantes da Licaónia através da natureza torna-os responsáveis ​​pela fé em Sua natureza unitária, criadora divina, e bondade providencial. Na carta Roman Paulo argumenta a revelação quatro vezes maior de Deus ao homem, nos capítulos um e dois, e em seguida faz dele moralmente responsável para cada uma dessas revelações. No primeiro lugar, ele apresenta a revelação de Deus na própria constituição moral do homem, que é criado à imagem pessoal e espiritual de Deus (Rm 1:19. e Rm 2:14 , Rm 2:15 ); segundo , ele representa a Deus como revelado em natureza, seus trabalhos manuais (Rm 1:20. ); terceiro , Deus revela-se na Lei de Moisés (Rm 2:12. ); e , finalmente , Deus se revela em Cristo e de Seu evangelho (Rm 2:16 ). Para essas duas primeiras revelações de Deus habitantes da Licaónia tinha sido responsável. Até que ponto eles tinham sido iluminados pela lei de Moisés, por meio da religião judaica, não podemos dizer, mas que agora tinha uma responsabilidade muito maior, porque o evangelho de Cristo havia sido entregue a eles pelos apóstolos é evidente.

    Em quinto lugar , a revelação do próprio Deus através de Sua bondade providencial na direcionando as estações e os elementos como para dar frutos da terra para o fornecimento de suas necessidades temporais é apresentado no versículo 17 . Esta última citação é especialmente concebido para impressionar sobre os ouvintes a bondade eo amor de Deus, com vista à produção de arrependimento e aceitação de Sua bondade espiritual através de Jesus Cristo.

    Quanto mais foi contido na mensagem do apóstolo Lucas não nos diz, mas o pouco que eles ficaram impressionados com o que foi dito é sugerido por palavras do autor: E com estas palavras dificuldade impediram as multidões de lhes oferecerem sacrifícios. (v At 14:18 ).

    Como cães de caça persistentes na fuga de um criminoso, o Antioquia e inimigos judeus Iconian do evangelho de Cristo arrastou Paulo e Barnabé para Listra, onde eles aproveitaram a meia-civilizado, Lycaonians inconstante (veja Gl 1:6 ), cujas mentes eles envenenado e pervertido e cujas emoções que inflamou a ação violenta contra os apóstolos do Senhor. Assim, sob a sua influência essas mesmas pessoas que tinham, mas até recentemente procurou a adorar os apóstolos como deuses, agora procuraram destruí-los como demônios: apedrejaram a Paulo, e arrastaram-no para fora da cidade, cuidando que estava morto (v. At 14:19 ), mas outro dia não muito distante clamaram por Seu sangue (Lc 23:21 ). Primeiro Paulo é Mercúrio do céu; agora ele é um impostor digno de morte por apedrejamento.

    A violência praticada contra Paulo, mas a partir do qual Barnabé e os novos discípulos eram evidentemente isento, é possivelmente devido ao fato de que Paulo era considerado pelos judeus, alguns dos quais podem estar presentes para incitar os pagãos a violência da multidão, como a mais prejudicial para a sua causa, em razão da sua coragem, sabedoria, lógica e convincente eloqüência na pregação do evangelho de Cristo. Foram essas qualidades em que Estevão tão enfurecido seus inimigos e precipitou o seu martírio por apedrejamento nas mãos do Sinédrio (ver At 6:10 ).

    Se os judeus participaram do apedrejamento real, ou se Paulo estava realmente morto, Lucas não diz. Desde apedrejamento foi o método judaico de castigo, enquanto flagelação e crucificação eram métodos principalmente romanos, este é, evidentemente, uma multidão de judeus-incitado, e provavelmente eles participaram da violência. O fato de que ele foi arrastado para fora da cidade pode indicar o seu absoluto desprezo por ele e sua finalidade que seu sangue não deve poluir a sua cidade. Como se parece com a rejeição e execução do Cristo, a quem Paulo pregou (He 13:12 )! Como lembra da ocasião em que Paulo tinha lançado sua sorte com os perseguidores de Estevão! (At 7:58 e At 8:1 , At 7:50 ).

    Se Paulo estava realmente morto, ou se a vida ainda estava em seu corpo e seus perseguidores apenas "suposto que ele estava morto", que era a sua plena intenção de tê-lo matado, e em ambos os casos a sua recuperação é milagrosa (conforme At 20:9 e Rm 8:11. ). Notação de Lucas de que os discípulos o rodearam (v. At 14:20-A) é provável que pretende significar que suas simpatias estavam profundamente agitada e seus corações foram levantadas em oração apaixonado e fiel para a sua recuperação. Que parte dessas orações jogado em sua restauração à vida e serviço só o céu irá revelar. O retorno de Paulo à cidade depois de sua restauração provavelmente deveu-se ao fato de que seus inimigos pensou morto e cuidava que seus amigos tinham eliminado de seu corpo. Por outro lado, o que é um incentivo à fé desses jovens cristãos para ver Paulo tão milagrosamente restaurado pelo poder do Deus vivo , ele pregou, e que um exemplo de coragem cristã que ele deveria voltar para a própria cidade a partir do qual ele tinha sido arrastado para sua suposta morte! Provavelmente a casa de Timóteo, um novo discípulo cristão (2Tm 1:3 ), foi a residência de Paulo e Barnabé em Listra enquanto.

    A extensão do início da recuperação de Paulo a partir desta provação é sugerido pelas palavras de Lucas: E no dia seguinte partiu com Barnabé para Derbe (v. At 14:20 ). Entre os muitos discípulos feitas em Derbe foi um Gaius, que mais tarde tornou-se um dos assistentes de confiança de Paulo no ministério do evangelho (At 20:4)

    21 E, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra, e Icônio e Antioquia, 22 Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a perseverarem na fé, dizendo que por muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Dt 23:1 , Mc 10:30 ), os exemplos da história do Antigo Testamento, e as recentes experiências pessoais vívidas dos próprios apóstolos, sem dúvida serviu como dados relativos a estas exortações entregues com vista a encorajar e fortalecendo esses novos crentes no meio de ambiente pagão imoral e oposição judaica violento. Para tê-los deixado sem advertência teria sido para deixá-los desarmado contra poderosos inimigos ímpios (ver At 20:31 ).

    Em terceiro lugar , para a conservação do seu trabalho evangelístico, os apóstolos efectuada uma simples forma de organização para cada igreja, nomeando para eles anciãos em cada igreja (v. At 14:23a ). Neste Paulo estava praticando o que ele mais tarde recomendou aos Timóteo (1Tm 5:18 ). Ele parece ser uma inferência válida a partir deste incidente que onde quer que Paulo estabeleceu igrejas, ele forneceu um ministério para eles. O método de seleção e elegendo estes (sub-pastores mais velhos) para seu escritório é adequadamente tratada por Clarke assim:

    Eu acredito que a verdade simples de ser esta, que nos tempos antigos as pessoas optaram pela cheirotonia (levantando as mãos) seu pastor espiritual; e os governantes da Igreja, sejam apóstolos ou outros, designou essa pessoa ao seu escritório pelacheirothesia , ou imposição de mãos ; e, talvez, cada um deles foi pensado para ser igualmente necessário: a Igreja concordando na eleição da pessoa; e os governantes da Igreja de nomeação, por imposição das mãos , a pessoa assim eleito.

    O jejum e oração que acompanha eram habituais para determinar a vontade de Deus e garantir a aprovação e as bênçãos de Deus sobre o ministério da igreja (At 13:2 ). Aqui está um precedente apostólica do primeiro século e modelo de governo da igreja congregacional democrática.

    O ato final dos apóstolos em relação a estes jovens igrejas foi realizada quando os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido (v. At 14:23)

    26 E dali navegaram para Antioquia, de onde tinham sido encomendados à graça de Deus para a obra que já haviam cumprido. 27 E, quando chegaram e reuniram a igreja, relataram tudo o que Deus tinha feito com -los, e que ele tinha aberto a porta da fé aos gentios. 28 E ficaram ali não pouco tempo com os discípulos.

    Em rápida sucessão, Lucas carrega os apóstolos para casa através Pisídia e Panfília a Perge, onde se diz ter falado a palavra (v. At 14:25 ), a partir daí eles passaram a Atália, o porto de Perge, e navegaram para Antioquia da Síria.

    Lucas tem o cuidado de observar que após o seu regresso aos apóstolos poderia relatar que o trabalho para o qual tinham sido encomendados pela igreja haviam cumprido (v. At 14:26 ). Em terceiro lugar , jogaram fora um desafio novo e maior para as igrejas em seu relatório, que Deus tinha aberto a porta da fé aos os gentios (v. 27b ).

    Foi o último item do seu relatório que desafiou a igreja de Antioquia para lançar uma segunda e terceira empresa missionária com Paulo como o principal organizador e líder. Esforço bem sucedido para Deus sempre inspira e desafios para mais e mais empresas heróicas.

    A viagem inteira coberta de cerca de 1400 milhas, eo tempo total podem ter ocupado cerca de dezoito meses ou mais.

    O tempo de licença passado em Antioquia, entre um e dois anos, foi para o descanso, recuperação, reposição, recrutamento e reorganização para uma segunda missão.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Atos Capítulo 14 do versículo 1 até o 28
    Esse capítulo registra a conclusão da primeira viagem missionária de Paulo. Pegue um mapa e trace-a por si mesmo.

    1. Os missionários sofrem por Cris-to (14:1-20)

    Sempre encontramos divisão e agita-ção onde quer que se pregue o evan-gelho. Veja Jo 7:43, Jo 9:1 Jo 9:6 e 10:19 e também Lc 12:49-42. Mesmo hoje, muitos cristãos sofrem porque os entes queridos rejeitam a Cristo. Todavia, a oposição não deteve Pau-lo e Barnabé; ao contrário, eles fica-ram na cidade e continuaram a pre-gar. Deus honrou a fidelidade deles concedendo-lhes sinais e prodígios. Esses sinais provavam que Paulo era um apóstolo de Deus (2Co 12:12) e fizeram efeito sobre os judeus (veja 1Co 1:22) e os gentios (Rm 1:5:1 Rm 1:8-45). Anos mais tarde, Paulo lembra esses sofrimentos a Timóteo (2Tm 3:11). Provavelmente, foi nesse ponto que Timóteo se converteu a Cristo (veja At 14:6 paralelo a At 16:1).

    1. Os missionários confirmam as igrejas (14:21-24)

    Não basta haver evangelismo; é pre-ciso também haver o ensino da Pa-lavra e o encorajamento proveniente dela. Por essa razão, Paulo estabele-ceu igrejas locais em todos os luga-res em que Deus o guiou. A igreja lo-cal é o lugar em que o crente recebe alimento espiritual de confiança, co-munhão cristã e oportunidades para o serviço cristão. Embora agradeça-mos a Deus os muitos programas e organizações evangelísticos excelen-tes que ganham almas hoje, nenhum deles substitui a igreja local.

    Os missionários, de forma co-rajosa, voltaram às mesmas cidades em que correram risco de vida. Não causa espanto que, mais tarde, te-nham ganhado a reputação de "ho-mens que têm exposto a vida pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo" (At 15:26). Paulo e Barnabé pensa-vam na necessidade de ajuda e de orientação espirituais dos novos cristãos, não em si mesmos. A essa altura, eles estavam a apenas 257 quilômetros de Tarso, cidade natal de Paulo, e talvez ele gostasse de visitar sua casa; no entanto, deixou seus desejos de lado para servir ao Senhor. Eles também passaram por Chipre, cidade de Barnabé, no ca-minho de volta a Antioquia.

    Paulo e Barnabé promoveram a eleição dos presbíteros nas igrejas. A palavra grega traduzida por "eleição" tem significado duplo: significa "de-signar" e também "eleger pelo voto popular". Aparentemente, os após-tolos selecionaram os melhores can-didatos (veja 1Tm 3:0,Tt 1:7 e At 20:1 At 20:7,At 20:28, constatamos que os termos "presbí-teros" e "bispos" referem-se ao mes-mo cargo: o de pastor. Paulo orde-nou os líderes apenas em sua viagem de retorno às igrejas a fim de que os homens fossem testados. Ele adverte: "A ninguém imponhas precipitada-mente as mãos" (1Tm 5:22).

    1. Os missionários fazem relatório à igreja-mãe (14:25-28)

    A responsabilidade final do envio de missionários recai sobre a igreja local, embora agências e denomi-nações possam ajudar nos aspectos legais e técnicos. Por isso, Paulo e Barnabé reportam-se aos crentes de Antioquia, de onde foram envia-dos para "a obra" (veja 13 2:14-26 e 15:38). Essa reunião para o rela-to desses missionários pioneiros, à medida que contavam o que Deus fizera por intermédio deles, deve ter sido abençoada! Lembre-se que Atos registra o que Jesus continuou "a fazer e a ensinar" depois de seu retorno ao céu (At 1:2), portanto o trabalho era realmente dele.

    Você vê os princípios básicos que Paulo seguiu ao tentar levar o evangelho para o mundo quando revê essa sua primeira jornada mis-sionária. O Espírito guiou Paulo em seu trabalho, eé importante que hoje sigamos os mesmos princípios.

    1. Ele trabalhou em cidades-chave

    Em sua maioria, os locais em que Paulo trabalhou eram cidades impor-tantes das diversas províncias. Paulo atacou os grandes centros popula-cionais, em vez de ficar em alguma região isolada. Esse era o ponto ini-cial de sua estratégia evangelística. A seguir, as pessoas convertidas por sua instrumentalidade alcançavam as cidades menores da região.

    1. Ele estabeleceu igrejas locais

    O ministério dele não era uma obra para apenas um homem nem tinha um quartel-general que dis-tribuía tarefas para os outros. Ele ganhava almas para Cristo e, a se-guir, organizava-as em igrejas locais que tinham seus líderes. Claro que isso incluía ensinar-lhes a Palavra e edificá-las na fé. Eloje, temos mui-tos "ministérios de apoio" que são vitais (escolas, hospitais, programas de rádio e televisão, etc.), mas todos eles têm de ajudar a ganhar almas e a edificar igrejas.

    1. Ele ensinou aos crentes como fazer o trabalho

    Paulo sabia que, no fim, os missio-nários têm de se tornar dispensáveis. Eles têm de treinar os novos converti-dos para levar o ministério por conta própria. Afinal, cem pessoas de uma igreja local podem fazer cem vezes mais o trabalho de qualquer missio-nário, além de conhecerem a língua e a cultura de seu povo. Dez anos depois, Paulo, ao escrever aos Roma-nos (15:19,23), pôde dizer que toda a região fora evangelizada! Como ele fez isso? Ele foi instrumento para a conversão de pessoas, estabeleceu igrejas e treinou os cristãos para fa-zer o serviço. Veja outro exemplo em I Tessalonicenses 1—2.

    Nosso objetivo é evangelizar, o que significa apenas dar às pessoas, pelo menos, uma oportunidade de ouvir o evangelho. Sabemos que nem todos serão salvos, mas demos a todos, pelo menos, uma chance de ouvir sobre Cristo e a cruz. Paulo evangelizou o mundo romano sem nenhuma das facilidades modernas que temos hoje à nossa disposição, como material impresso, rádio, te-levisão, avião, etc. Nesta época de maravilhas científicas, temos de ser capazes de fazer muito mais. "Àque-le a quem muito foi dado, muito lhe será exigido" (Lc 12:48).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Atos Capítulo 14 do versículo 1 até o 28
    14.1 Juntos. Seria melhor traduzir "da mesma maneira" (conforme 13.14).
    14.2 A estratégia de envenenar a reputação dos evangelistas às vezes dá mais resultado que refutar sua mensagem. Incrédulos (gr apeithesantes "de obedientes"). Ambas, incredulidade e desobediência, cooperam na rejeição do evangelho.

    14.3 Ousadamente. O segredo do avanço é confrontar oposição com ousadia. A história, no livro apócrifo "Atos de Paulo e Tecla" originado em Icônio (c. 150 d.C.), descreve Paulo como homem baixo, com pouco cabelo, de pernas tortas, fisicamente bem conservado, sobrancelhas espessas, nariz alongado, cheio da graça, às vezes parecendo homem, outras, apresentando face de anjo.

    14.4 Apóstolos. Em Atos normalmente a termo é reservado para os Doze.

    14.8 Listra. Colônia romana, a 30 km ao sudeste de Icônio, cidade de Timóteo (16.1, 2). Aleijado. Dentro do plano de Lucas é mostrar que Paulo não é em nada inferior a Pedro:
    1) Encontros com mágicos (conforme 8.18ss com 13.6ss);
    2) Cura de aleijados (conforme 3.2 com 14.8);
    3) Curas por meio de lenços e sombra (5.15 com 19,12)
    4) Demônios expulsos (5.16 com 16.18);
    5) Ressuscitam mortos (9.36, 37 com 20.9ss);
    6) Ambos escapam de prisões (12.1ss e 16.27ss).

    14.9 Curado (gr sõthenai "ser salvo") cf.Mc 2:9-41. Fé como condição de ser curado não é comum no NT.

    14.12 Júpiter (Zeus), deus principal do panteão grego. Mercúrio (Hermes) o deus mensageiro e porta-voz dos deuses, filho de Júpiter.

    14.14 Rasgando. Sinal do horror em face da blasfêmia (conforme Mc 14:63).

    14.15 Esta é a primeira vez que se representa a pregação aos pagãos. O apelo à revelação natural se baseia no fato de Deus ser o Criador e, portanto, o Deus vivo que beneficia toda a humanidade (para o conteúdo da pregação aos pagãos conforme 1Ts 1:9, 1Ts 1:10; Gl 4:9; At 15:19; At 26:18ss)

    14.16 Deus deixo de aplicar a justa punição dos pecados dos gentias por causa de sua ignorância (conforme 17.30). Em Rm 1:18ss Deus abandona os pagãos às suas práticas porque desprezaram a luz oferecida.

    14.19 Antioquia da Pisídia, a 150 km de Listra. A arqueologia confirma o convívio entre as duas cidades. Apedrejando apenas a Paulo (o mais perigoso?): veja 2Co 11:25 A inconstância dos Gálatas é notada em Gl 1:6 (talvez, recebeu a stigmata, "marcas de Cristo", aqui. Gl 6:17). Em 2Tm 3:11 Paulo relembra esta dura experiência.

    14.22 O missionário deve cuidar da Igreja nova até que amadureça.
    14.23 A organização das Igrejas seguiu o modela das sinagogas. De presbíteros (chamados bispos ou lit. "supervisares" em 20.28 (conforme 17), ou "guias" em He 13:17) lideraram as congregações que se reuniam em casas. Presidiam sobre o culto, administração e disciplina. Eleição. A palavra original passou de "eleger pela mão" a significar "apontar".

    14.24,25 Na volta a Panfília (talvez em época mais saudável) os missionários evangelizaram o litoral (conforme 13.13n).
    14.27 Relataram. Um princípio do trabalho era dar relatório à Igreja.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Atos Capítulo 14 do versículo 1 até o 28

    6) O testemunho na Frigia e Licaônia (14:1-20)
    O trabalho em Icônio (v. 1-5). Essa cidade ficava situada a leste de Antioquia e era também um centro de comunicações e cidade-quartel de tropas romanas. As experiências missionárias de Antioquia se repetiram em grande parte no centro seguinte de testemunho. Não amedrontados pelos sofrimentos anteriores, foram juntos para a sinagoga, e veio a crer grande multidão de judeus e gentios. Aí logo veio uma primeira reação contra a mensagem e os mensageiros (v. 2), o que não impediu uma longa estada na cidade, durante a qual Paulo e Barnabé exibiram as suas credenciais apostólicas de sinais e maravilhas. Os bons efeitos causados pelos milagres, sem dúvida, os capacitaram a resistir à pressão durante mais tempo do que em Antioquia, mas possíveis influências exteriores (conforme v. 19) finalmente provocaram uma perseguição violenta apoiada pelos governantes. Falou-se em apedrejamento, e os servos do Senhor mais uma vez seguiram a estratégia indicada por Deus em tais casos (v. 6; Mt 10:14,Mt 10:23). Podemos supor na recém-formada igreja a mesma alegria e o mesmo poder que se evidenciaram em Antioquia. Icônio fica na divisa com a Frigia e a Licaônia, e a rota de escape levava a Listra, ao sul, no coração da Licaônia.

    Ministério e milagre (v. 8-13). A cura do homem aleijado não foi o primeiro acontecimento em Listra. Os missionários já haviam pregado na região vizinha e, sem dúvida, tinham dado o seu testemunho usual na sinagoga, e podemos concluir que Timóteo se converteu nessa época (v. 6,7; conforme 16.1,2). Lucas não tem necessidade de detalhar um tipo de trabalho que já era bem conhecido e prossegue para algo que revela os métodos de Paulo numa região à margem do mundo he-lenístico. A história do milagre é semelhante à da cura do aleijado por Pedro na porta do templo (3:1-8), embora as reações de uma multidão de gentios seja muito diferente. Paulo, sem dúvida, tinha pregado ao ar livre de tal maneira que o aleijado foi atraído para a mensagem e teve fé para ser curado. A ordem é simples e direta, e o salto e o caminhar são instantâneos (v. 9,10). A multidão não instruída ficou impressionada, mas Paulo não pôde falar a eles do poder do Deus de Abraão, como Pedro havia feito com os judeus. Os gritos excitados continuaram na língua dos licaônios, não em grego, e assim os apóstolos parecem não ter percebido que os sacerdotes de Zeus estavam tirando proveito do milagre para preparar sacrifícios e grinaldas. Que os deuses tivessem descido para realizar obras de misericórdia parece ainda mais provável em Listra, visto que uma lenda local preservava a história da hospitalidade que um casal piedoso havia dispensado a Zeus e Hermes, inconscientes da natureza dos seus hóspedes. Que um milagre possa ser algo enviado por um deus a um santuário local tem sido evidente ao longo da história das religiões do mundo.

    A mensagem proclamada a pagãos não instruídos (v. 17,18). O grande interesse dessa seção está na maneira de Paulo buscar compreender ao menos um pouco os pagãos incultos; a sua abordagem fundamental é análoga à que usou com os pagãos eruditos no Areópago, embora os termos sejam tão diferentes. Primeiro os missionários usaram “linguagem de sinais” ao evitarem qualquer plataforma e correrem entre o povo, rasgando as suas roupas em sinal de aversão ao que o povo estava fazendo. Paulo, provavelmente, era o porta-voz e anunciou que eram simples homens, mesmo que “homens com uma mensagem”, que estava dirigida exatamente a resgatar seres humanos enganados da sua adoração a futilidades vazias (coisas vãs) e conduzi-los à adoração do Deus vivo e Criador, cujas obras todos podiam ver. Gerações haviam passado sem revelação especial alguma em terras pagãs, embora a bondade de Deus ao prover colheitas no tempo certo para a satisfação e alegria dos homens tivesse sido um testemunho constante do seu ser e da sua providência (v. 15-17). Isso, sem dúvida, tinha a intenção de ser uma introdução para uma apresentação mais concreta de Cristo e da sua obra salvífica, e supomos que alguns, sem dúvida, foram levados a buscar luz mais completa. Os outros, no entanto, ficaram desapontados com os “deuses” que se recusaram a exercer sua função, e a sua desilusão os tornou ainda mais dispostos a aceitar uma impressão muito diferente quando os judeus de Antioquia chegaram.

    “Entregues à morte por amor a Jesus” (v. 19,20; conforme 2Co 4:11). Não há necessidade de Lucas destacar a leviandade, crueldade e violência de homens vivendo em sistemas de idolatria controlados por demônios. As simples declarações de dois versículos revelam tanto o ódio dos religiosos inimigos do evangelho quanto as reações enlouquecidas da turba em Listra, que apedrejou o “deus” de ontem e o arrastou para fora da cidade, considerando-o morto. Mas Paulo se considerava sob constante sentença de morte e confiava no Deus que ressuscita os mortos (Rm 4:17; 2Co 1:9,2Co 1:10; 2Co 4:7-47).


    7) A viagem de volta a Antioquia da Síria (14:21-28)
    Derbe, o final da jornada de ida (v. 20,21). Em Derbe, a sudeste de Listra, próximo da divisa da província da Galácia, foi fundada uma igreja forte. Do outro lado da cordilheira dos montes Taurus, estava a cidade natal de Paulo, Tarso, mas ele e seus companheiros voltaram de Derbe seguindo a sua rota de triunfos e sofrimentos.

    Confirmando as igrejas (v. 22,23). A perigosa viagem de retorno ilustra bem o propósito de Paulo de fortalecer as igrejas que ele havia deixado tão rapidamente após a sua organização. Embora as igrejas na Licaônia e na Frigia não mostrassem sinal algum de instabilidade espiritual, Paulo as exortou à constância nas inevitáveis tribulações. Ele também foi capaz de discernir o que o Espírito Santo havia feito na sua ausência, pois uma série de irmãos em cada igreja tinha dado prova de ter recebido o dom pastoral, e esses foram designados como anciãos. A oração especial e o jejum do v. 23 parecem estar relacionados ao ato de recomendar esses líderes ao Senhor, pois muito dependeria da sua fidelidade e zelo. At 20:17-44 ilustra de forma bela o relacionamento que havia entre os apóstolos e os anciãos das diversas igrejas, como também entre estes e os rebanhos que eles pastoreavam. Concorda-se amplamente que durante a época apostólica havia uma equivalência entre ancião, bispo (supervisor) e pastor (conforme 20.17,28), e que havia uma pluralidade deles na igreja local, formando o presbitério (lTm 4.14).

    A recepção em Antioquia da Síria (v. 24-28). Após pregar em Perge, Paulo e seus companheiros navegaram de Atália para Antioquia da Síria. Toda a igreja da sua base natal está mais em evidência depois do retorno dos missionários do que na sua partida, e eles puderam relatar de uma obra realizada, visto que Deus havia aberto amplamente a porta da fé aos gentios. A cronologia da primeira viagem e da estada subseqüente em Antioquia na Síria é complicada pelas frases vagas de Lucas: “bastante tempo”, “muito tempo” etc. Dois anos seria uma suposição razoável para a primeira viagem, de 45/46 a 47/48.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Atos Capítulo 13 do versículo 1 até o 17

    IV. Expansão da Igreja na Ásia Menor e Europa. 13 1:21-17'>13 1:21-17.

    O capítulo 13 leva-nos à segunda metade do livro de Atos. Na primeira metade, Jerusalém é o centro da narrativa, e o tema principal é a expansão da igreja de Jerusalém por toda a Palestina. Agora Jerusalém passa para segundo plano, e Antioquia se torna o centro da narrativa porque patrocinou a expansão da igreja na Ásia e Europa. Esta expansão realizou-se por meio de três missões de Paulo, cada uma começando e terminando em Antioquia.


    Moody - Comentários de Atos Capítulo 14 do versículo 4 até o 5

    4, 5. Os judeus hostis finalmente tiveram êxito em incitar um tumulto e instigar os governantes. E assim Paulo e Barnabé tiveram de abandonar Icônio.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Atos Capítulo 14 do versículo 1 até o 28
    d) Icônio, Listra e Derbe (At 14:1-28)

    A cidade seguinte a ser visitada foi Icônio, em cuja sinagoga, de igual modo, os apóstolos entraram, e como resultado de sua pregação grande número, tanto de judeus como de gentios, creu. Contudo não tardaram em ser forçados a deixar essa cidade, do mesmo modo como acontecera em Antioquia. Perseguidos todavia em uma cidade, fugiam para outra. Dirigiram-se a Listra, outra colônia romana, onde a cura de um aleijado, efetuada por Paulo, provocou uma explosão de entusiasmo religioso no meio da população nativa da Anatólia. Imaginando que a sua cidade fora outra vez favorecida com a visita do deus supremo e seu principal arauto, como constava na mitologia, prepararam-se para prestar honras divinas aos missionários. Pesquisas arqueológicas recentes revelaram que naquela região Hermes (Mercúrio) associava-se ao culto de Zeus (Júpiter).

    Quando os apóstolos descobriram o que ia acontecer (o uso da língua licaônica impediu que eles se apercebessem logo da situação), com muita dificuldade conseguiram dissuadi-los daquilo, e Paulo aproveitou a ocasião para instruí-los na verdade acerca do único e verdadeiro Criador, que Se revelara na criação e na providência. Este curto sumário de seu discurso lembra a narrativa mais extensa de sua alocução em Atenas (At 17:22-31); e se no cap. 13 temos uma amostra dos sermões que Paulo pregava nas sinagogas, aqui temos uma amostra dos que ele pregava aos pagãos, a qual posta lado a lado do discurso de Atenas, como vem no cap. 17, e dos argumentos de Rm 1:18-2.16, mostra-nos a função própria da "revelação natural" como praeparatio evangelica.

    A visita a Listra foi abreviada inesperadamente pela chegada de judeus de Antioquia da Pisídia e de Icônio, os quais insuflaram um tumulto, no qual Paulo, que fazia pouco havia sido aclamado como mensageiro dos 1mortais, foi tratado brutalmente e expulso da cidade como morto. Quando reviveu (isto é narrado de tal modo que sugere uma intervenção miraculosa), dirigiram-se a Derbe, cidade vizinha. Depois de repetirem ali o seu programa e fundarem outra igreja, voltaram por Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia, encorajando os novos discípulos e consolidando as jovens igrejas com a designação de presbíteros em cada uma delas. Alguns missionários de hoje haveriam de considerar pouco prudente ordenar presbíteros, crentes "nativos", recentemente convertidos do paganismo! Não devemos, porém, olvidar a coragem dos apóstolos em tornar a visitar cidades das quais não fazia muito haviam sido expulsos em circunstâncias tão afrontosas e com tamanha brutalidade. Daí rumaram ao litoral, pregando o evangelho no percurso, até que alcançaram Atália, onde embarcaram com destino ao rio Orontes e Antioquia da Síria.

    Icônio (1). É o atual entroncamento ferroviário de Cônia, naquela época a cidade mais oriental da região frígia da província da Galacia. Juntos (1), melhor dito "de igual modo" (como em Antioquia da Pisídia). O vers. 2 recebeu nova redação no texto "ocidental", ficando da seguinte forma: "Mas os líderes e os chefes da sinagoga dos judeus insuflaram perseguição contra os justos, e indispuseram os gentios com os irmãos. Contudo o Senhor logo concedeu paz". Esta nova redação sem dúvida teve o intuito de abrandar a transição do vers. 2 para o vers. 3, mas envolve uma perseguição dupla. O vers. 2 é de fato parentético, preparando o caminho para o vers. 5; a conjunção entretanto com que se inicia o vers. 3 retoma o fio da narração, devendo traduzir-se "de modo que". Pelos apóstolos (4). Barnabé não pertencia ao número dos doze mais do que Paulo, contudo, como este, era provavelmente uma testemunha da ressurreição, sendo eles ambos, em qualquer caso, comissionados (gr. apostoloi) da igreja de Antioquia da Síria. Fugiram para Listra e Derbe, cidades da Licaônia (6); isto é, cruzaram a fronteira regional, da Frigia para a Licaônia, outra região da Galácia romana. A Barnabé chamavam Júpiter, e a Paulo, Mercúrio (12). Os nomes dos deuses, dados por Lucas, são "Zeus" e "Hermes", formas gregas; na língua licaônica (11) empregaram sem dúvida nomes naturais da Anatólia. Um altar perto de Listra regista a consagração a Zeus de uma estátua de Hermes com nomes licaônicos; outro altar nas proximidades é dedicado ao "Ouvidor de orações" (presumivelmente Zeus) e a Hermes. A narrativa de Ovídio, de como ambos estes deuses foram recebidos hospitaleiramente e não reconhecidos por Filemom e Báucis, também tem por cenário estas localidades. O principal portador da palavra (12). Hermes tinha um título semelhante a este nos mistérios egípcios. O sacerdote de Júpiter, cujo templo estava em frente da cidade (13) (o templo de Zeus Própolis). Para que destas coisas vãs vos convertais ao Deus vivo (15). Cfr. 1Ts 1:9, onde há linguagem muito parecida. O qual nas gerações passadas... (16). Cfr. a referência aos "tempos da ignorância" em At 17:30. De Antioquia (19); isto é, Antioquia da Pisídia. Apedrejando a Paulo (19); cfr. 2Co 11:25, "uma vez fui apedrejado". Derbe (20); de uma palavra licaônica que significa "junípero". Através de muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus (22); transição do discurso indireto para o direto. Traduzamos: "dizendo, Através de muitas tribulações...". Aqui "o reino de Deus" é algo a ser ainda realizado. Atália (25); é a atual Antália, na foz das Cataratas; era o principal porto da Panfília. Quantas coisas fizera Deus com eles (27); expressão enfática de serem os apóstolos simples agentes de Deus, ou mesmo seus instrumentos. Não pouco tempo (28) (expressão idiomática característica de Lucas); provavelmente coisa de um ano.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Atos Capítulo 14 do versículo 1 até o 28

    29. Qualidades de um servo efetivo de Jesus Cristo ( Atos 14:1-28 )

    E sucedeu que, em Icônio, entraram na sinagoga dos judeus juntos, e falaram de tal maneira que uma grande multidão acreditava, tanto de judeus como de gregos. Mas os judeus incrédulos incitaram as mentes dos gentios, e irritaram-los contra os irmãos. Por isso, eles passaram muito tempo lá falando ousAdãoente com confiança no Senhor, que dava testemunho à palavra da sua graça, concedendo que os sinais e maravilhas ser feito por suas mãos. Mas a multidão da cidade foi dividida; e alguns do lado dos judeus, e outros pelos apóstolos. E quando uma tentativa foi feita por ambos os gentios e os judeus com seus governantes, maltratar e apedrejarem, eles se tornaram conscientes disso e fugiram para as cidades de Licaônia, Listra e Derbe, e da região envolvente; e lá eles continuaram a pregar o evangelho. Em Listra estava sentado um homem, sem força em seus pés, coxo desde o ventre de sua mãe, que nunca tinha andado. Este homem estava ouvindo Paulo enquanto ele falava, que, quando ele fixou seu olhar sobre ele, e tinha visto que tinha fé para ser curado, disse em alta voz: "Fique em pé em seus pés." E ele saltou e começou a andar. E as multidões, vendo o que Paulo fizera, levantaram a sua voz, dizendo em língua licaônica, "Os deuses tornaram-se como homens e chegaram até nós." E eles começaram a chamar Barnabé, Zeus, e Paulo, Hermes, porque ele era o principal orador. E o sacerdote de Júpiter, cujo templo estava fora da cidade, trouxe bois e guirlandas para os portões, e queria oferecer sacrifício com as multidões. Mas, quando os apóstolos, Barnabé e Paulo ouviram isto, rasgaram as suas vestes e saiu correndo no meio da multidão, clamando e dizendo: "Homens, por que você está fazendo essas coisas? Nós também somos homens da mesma natureza, como você, e pregai o evangelho, a vós, a fim de que você deve virar a partir dessas vaidades ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há. E em tempos passados ​​Ele permitiu que todas as nações a seguir seus próprios caminhos, e ainda Ele não deixou a si mesmo sem testemunho, em que Ele o bem, dando-vos chuvas do céu e estações frutíferas, que satisfaçam os seus corações com alimento e alegria ". E mesmo dizendo essas coisas, eles com dificuldade conteve as multidões de lhes oferecerem sacrifícios. Mas judeus de Antioquia e Icônio, e tendo ganho sobre as multidões, apedrejaram a Paulo eo arrastaram para fora da cidade, cuidando que estava morto. Mas quando os discípulos o rodearam, ele se levantou e entrou na cidade. E no dia seguinte partiu com Barnabé para Derbe. E depois, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra e Icônio e Antioquia, fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a perseverarem na fé, e dizendo: "Através de muitas tribulações nos deve entrar no reino de Deus ". E quando eles tinham nomeado anciãos para eles em cada igreja, orando com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido. E eles passaram por Pisídia e entrou em Panfília. E quando eles tinham anunciado a palavra em Perge, desceram a Atália; e dali navegaram para Antioquia, de onde tinham sido encomendados à graça de Deus para a obra que tinha feito. E quando chegaram e reuniram a igreja, eles começaram a relatar todas as coisas que Deus tinha feito com eles e como abrira a porta da fé aos gentios. E eles passaram muito tempo com os discípulos. ( 14: 1-28 )

    É certo que esta passagem narrativa longa não contém ensino explícito sobre os requisitos de Deus para o serviço eficaz. Ele faz, no entanto, apresentam dois funcionários altamente qualificados e eficazes que modelaram as qualificações necessárias para todos os que proclamam a boa notícia através do Senhor Jesus Cristo. As muitas características diversas e originais deste registro inspirado da nova prorrogação do evangelho para o mundo gentio pode ser amarrados juntos, concentrando-se nas duas constantes na diversidade, Paulo e Barnabé. Através do fluxo desta narrativa, esses dois servos de Deus exemplos manifestos de sete qualidades que fazem de efetivo ministério espiritual: Espirito-superdotação, ousadia, humildade, persistência, carinho, compromisso e reverência.

    Espírito-Superdotação

    A característica do Espírito-superdotação é evidente em todo o capítulo. Como Paulo e Barnabé ministrou, empregaram os dons que o Espírito lhes tinha dado.

    Um dom espiritual não é uma capacidade humana natural ou talento, mas um bestowment pela graça de Deus sobre os crentes que fornece um canal através do qual o poder do Espírito Santo flui no ministério ( 1Co 12:7 ), a capacidade dada pelo Espírito Santo de anunciar a Palavra de Deus com clareza e poder. O versículo 1 notas que sucedeu que em Icônio entraram na sinagoga dos judeus juntos, e falou de tal maneira que uma grande multidão acreditava, tanto de judeus como de gregos. O versículo 21 diz que , depois de terem pregado o evangelho em Derbe e feito muitos discípulos, voltaram para Listra e Icônio e Antioquia. O versículo 25 relata que quando Paulo e Barnabé tinha falado a palavra em Perge, desceram a Atália.

    Um segundo dom graça exibida pelos missionários estava ensinando ( Rm 12:7 ).

    Paulo e Barnabé também manifestou o dom de exortação ( Rm 12:8. ). Essa confirmação sobrenatural é desnecessário hoje. Se um homem fala a Deus pode e deve agora ser determinada pelo fato de sua mensagem está em conformidade com o único padrão, que é a Escritura.

    Desde o ministério eficaz exige o funcionamento coletivo dos dons espirituais, em Romanos 12:6-8 Paulo exorta a igreja:

    Uma vez que temos diferentes dons segundo a graça que nos foi dada, que cada um exercê-las de acordo: se é profecia, de acordo com a medida da fé; se o serviço, seja em ministrar; ou aquele que ensina, em seu ensino; ou que exorta, use esse dom em exortar; aquele que dá, com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.

    Pedro também escreveu sobre a necessidade urgente de cada indivíduo para ministrar o seu dom especial: "À medida que cada um recebeu um dom especial, empregá-lo em servir uns aos outros, como bons administradores da multiforme graça de Deus" ( 1Pe 4:10. ). A singularidade do termo dom não exclui o fato de que o único dom que possuímos pode ser uma combinação das diversas categorias de sobredotação, misturado exclusivamente para cada crente.

    Foi porque Paulo e Barnabé haviam ministrado seus dons de forma eficaz em sua igreja local (cf. 13 1:44-13:3'>Atos 13:1-3 ) que Deus os escolheu para o desafio de serviço missionário. Eles haviam provado sua fidelidade e estavam prontos para um âmbito mais alargado do ministério.

    Ousadia

    E sucedeu que, em Icônio, entraram na sinagoga dos judeus juntos, e falaram de tal maneira que uma grande multidão acreditava, tanto de judeus como de gregos. Mas os judeus incrédulos incitaram as mentes dos gentios, e irritaram-los contra os irmãos. Por isso, eles passaram muito tempo lá falando ousAdãoente com confiança no Senhor, que dava testemunho à palavra da sua graça, concedendo que os sinais e maravilhas ser feito por suas mãos. Mas a multidão da cidade foi dividida; e alguns do lado dos judeus, e outros pelos apóstolos. E quando uma tentativa foi feita por ambos os gentios e os judeus com seus governantes, maltratar e apedrejarem, eles se tornaram conscientes disso e fugiram para as cidades de Licaônia, Listra e Derbe, e da região envolvente; e lá eles continuaram a pregar o evangelho. ( 14: 1-7 )

    Tendo sido expulsos de Antioquia da Pisídia ( At 13:50 ), Paulo e Barnabé foram a Icônio, cerca de 80 milhas a sudeste. Icônio era uma fusão cultural pot-nativa Phrygians cujos antepassados ​​tinham ocupado a área desde os tempos antigos, gregos e judeus que remonta ao período selêucida (312-65 AC), e colonos romanos que tinham chegado mais recentemente.

    Quando Paulo e Barnabé chegaram em Icônio que, como era seu costume na evangelização uma nova cidade, imediatamente entrou na sinagoga dos judeus. Se eles foram para os gentios em primeiro lugar, eles não seriam capazes de ir à sinagoga. Lá, eles falaram de tal maneira que uma grande multidão acreditava, tanto de judeus como de gregos. pregação dos missionários havia dúvida premissa o Antigo Testamento e que visa provar que Jesus era o Cristo. Ele deu muito fruto porque foi feito no poder do Espírito Santo.

    Em Antioquia da Pisídia, no entanto, o ciúme apareceu rapidamente em toda a sua feiúra. Esses judeus incrédulos incitaram as mentes dos incrédulos gentios, e amargurada-los contra os irmãos.Descreu é de apeitheō e poderia ser traduzido como "desobedeceu". O Novo Testamento equivale a descrença no evangelho com desobediência ( Jo 3:36 ; Rm 2:8 ; Ef 2:2 ). Aqueles que se recusam a fazê-lo são desobedientes à ordem de Deus.

    Amargurado traduz Kakoo , o que pode significar "veneno". Enquanto Paulo e Barnabé passou um longo tempo em Icônio falando ousAdãoente com confiança no Senhor , seus inimigos envenenado lentamente a opinião pública contra eles. Como ele tinha a Antioquia da Pisídia, os missionários 'pregação gradualmente polarizou a população de Icônio. Esse é o resultado esperado quando o evangelho é devidamente apresentados (conforme a discussão de 13 42:44-13:52'>Atos 13:42-52 no capítulo 3 deste volume).

    Uso de Lucas do termo , portanto, para começar versículo 3 parece intrigante à primeira vista. A palavra implica uma conexão lógica com o que o precede, mas a conexão com o versículo 2 não é imediatamente aparente. Por causa disso, alguns têm argumentado que o versículo 2 não fazia parte do texto original de Atos, ou que ele pertence a outro local. Na sua opinião, ele interrompe o fluxo lógico do texto a partir de versículos Dt 1:3 ; At 13:46 ; At 19:8. ; Fp 1:19-20. ).

    Ousadia também marcou os outros pregadores iniciais. Severamente advertido pelo Sinédrio para parar de pregar em nome de Jesus ", Pedro e João, respondendo, disse-lhes:" Se é justo, diante de Deus, para dar atenção a vós do que a Deus, você é o juiz, porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido "( Atos 4:19-20 ). Pedro e João, em seguida, relatou as ameaças do Sinédrio para o resto da igreja. A resposta da Igreja foi a orar por ainda maior ousadia: "Agora, Senhor, tomar nota de suas ameaças, e concede que os teus servos pode falar a tua palavra com toda a confiança" ( At 4:29 ). Tal ousadia tem sido fundamental para o serviço cristão eficaz ao longo dos séculos.

    Como os missionários continuaram a corajosa e fielmente proclamar o evangelho, o Senhor estava dando testemunho à palavra da sua graça, permitindo que os sinais e maravilhas ser feito por suas mãos. Estes atos surpreendentes do poder divino através deles afirmaram que falava por Deus. A designação a palavra de Sua graça é adequado, uma vez que a mensagem do evangelho é sobre a graça de Deus concedida aos pecadores indignos para que eles possam ser reconciliados com Ele. Essa graça é o coração do evangelho. Milagrosas sinais e maravilhas eram a confirmação de que a mensagem da graça para os pecadores que Paulo e Barnabé, falando era verdadeiramente de Deus.

    Como maravilhosa como a mensagem era, e tão poderoso a confirmação, não havia oposição novamente dos judeus incrédulos. Como resultado, a multidão da cidade foi dividida; e alguns do lado dos judeus, e outros pelos apóstolos. Como Antioquia da Pisídia, Icônio havia se tornado um polarizado, fumegante caldeirão. Não demorou muito para que a cidade entrou em erupção em resposta à pregação de confronto dos dois homens.

    Lucas refere-se a Paulo e Barnabé como apóstolos. Em que sentido era Barnabé apóstolo? Ele, obviamente, não era um apóstolo no mesmo sentido que os doze e Paulo. Eles foram testemunhas oculares do Cristo ressuscitado e foram pessoalmente chamados por Ele. Barnabas qualificou-se nem contar. Ele não foi encomendado por Jesus Cristo diretamente, mas pela Igreja (cf. 2Co 8:19 ​​). Ele era, portanto, um apóstolo apenas no sentido geral da palavra. Por causa disso, é melhor para traduzir apóstolos aqui não como um título oficial, mas como "mensageiros" (cf. 2Co 8:23. ; Fp 2:25. ). O verbo apostello , a partir do qual apostolos ("apóstolo") deriva, significa "enviar". Paulo e Barnabé eram ambos os apóstolos, ou aqueles enviados, da igreja de Antioquia. Além disso, Paulo era oficialmente um apóstolo de Jesus Cristo ( Rm 1:1 ; 1Co 1:1 , onde ele descreve o assalto a companheiros de Paulo pela multidão em Éfeso. Sem dúvida, uma cena de violência semelhante mob aconteceu em Icônio, enquanto a multidão incontrolável procurou a maltratar e apedrejar os dois missionários. A tentativa de pedra Paulo e Barnabé prova que seus oponentes judeus foram os instigadores. Apedrejamento era uma forma judaica de execução, geralmente por blasfêmia.

    Paulo e Barnabé foram ousados, mas não tolo. Quando eles se tornaram conscientes do que estava acontecendo, na auto-preservação sensata eles fugiram para as cidades de Licaônia, Listra e Derbe, e da região envolvente. Seu vôo foi um ato de prudência, não covardia (cf. Mt 10:23 ) . Houve, obviamente, nada mais do que poderíamos realizar restante em Icônio, então era hora de seguir em frente para um novo território onde era necessário o evangelho. Como já havia feito anteriormente em Atos ( 8: 1-4 ), a perseguição apenas empurrou a boa notícia do perdão e da salvação em novas regiões.

    Paulo causou uma profunda impressão durante a sua estada em Icônio. Essa impressão
    reflecte-se na descrição dele preservada no segundo século- Atos de Paulo -uma descrição tão vigorosas e não convencionais que certamente deve repousar sobre uma boa tradição local do que Paulo parecia.Um Onesíforo, residente em Icônio, se propõe a atender Paulo, que está em seu caminho para a cidade. "E ele viu Paulo se aproximando, um homem pequeno em tamanho, com as sobrancelhas de reuniões, com um grande nariz, calvo, pernas arqueadas, fortemente construído, cheia de graça, pois às vezes ele parecia um homem, e às vezes ele tinha o rosto de um anjo "(FF Bruce, O Livro dos Atos , A Commentary New International sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1971], 288).

    Como esta tradição mostra, os crentes em Icônio não acho que qualquer um menos dele para seu vôo.
    As cidades de região de Licaônia , Listra e Derbe, a que Paulo e Barnabé fugiram, foram tranquilos, cidades do interior, bem fora do caminho batido. . Ambos foram localizados na província romana da Galácia Listra era de cerca de 18 milhas de Icônio e foi a casa de Lois, Eunice, e Timóteo ( At 16:1. ; . 1Pe 4:11 ). O poder "para fazer infinitamente mais além daquilo que pedimos ou pensamos" ( Ef 3:20 ) trata de todos os crentes na salvação. O poder do Espírito Santo é liberado na vida dos crentes como andam a cada momento, em obediência à verdade. Isso permite que eles sejam utilizados como agentes através dos quais não ocorre a cura física, mas sim a transformação da alma na salvação e santificação.

    Junto com o poder e os resultados em serviço a Cristo vem a tentação do orgulho. Muitas vezes, é difícil reconhecer que os resultados decorrem do poder de Deus, não a engenhosidade humana e habilidade.

    Pedro escreveu sobre a centralidade da humildade em I Pedro 5:5-6 :

    Vocês, homens mais jovens, da mesma forma, ser sujeitos aos mais velhos; e todos vocês, revesti-vos de humildade para com o outro, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que Ele vos exalte no tempo devido.

    Tiago ecoou os pensamentos em Jc 4:6 : "Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes ... Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará." A humildade é a virtude espiritual supremo, porque dá a Deus o Seu lugar de direito. Entendimento de Paulo da realidade da humildade é melhor visto em suas palavras aos Coríntios:

    E Ele me disse: "A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza." Muito contente, então, eu gloriarei nas minhas fraquezas, para que o poder de Cristo habite em mim. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas angústias, nas perseguições, nas dificuldades, por amor de Cristo; Porque, quando sou fraco, então é que sou forte. ( 2 Cor. 12: 9-10 )

    Depois de Deus realizada através de Paulo espetacular milagre de curar o homem aleijado, uma reação bizarra se seguiu. Quando as multidões, vendo o que Paulo fizera, levantaram a sua voz, dizendo em língua licaônica, "Os deuses tornaram-se como homens e desci para nós ". Este por sua vez, estranho e surpreendente de eventos teve suas raízes no folclore local. Havia uma tradição em Listra (gravado pelo poeta romano Ovídio, que morreu em AD 
    17) que os deuses Zeus e Hermes, uma vez veio à terra incógnita. Quando chegaram em Listra e pediu comida e alojamento, todos eles se recusaram. Por fim, um velho camponês chamado Filemon e sua esposa, Baucis, tomou-los. Seus vizinhos inóspitas se afogaram em uma enchente enviada pelos deuses vingativos. Filemon e Baucis, no entanto, viu a sua humilde casa de campo transformada em um magnífico templo, onde serviu como sacerdote e sacerdotisa. Depois de sua morte, eles foram transformados em duas árvores imponentes.

    Determinado a não repetir o erro dos seus antepassados, o povo de Listra começou a chamar Barnabé, Zeus, e Paulo, Hermes, porque ele era o orador principal. As identificações são intrigantes. Que eles identificaram Barnabas com Zeus sugere que ele apresentou uma aparência mais distinta e imponente do que Paulo. Identificação de Paulo com Hermes , o mensageiro dos deuses, é perfeitamente lógico, uma vez que ele foi o orador principal. Porque as multidões falou na língua licaônica, nem Paulo nem Barnabas conseguia compreender o que estava acontecendo.

    Para não ficar atrás, o sacerdote de Zeus, cujo templo estava fora da cidade, trouxe touros e grinaldas para os portões, e queria oferecer sacrifício com as multidões. Se Zeus tinha realmente descer à terra na forma de este pregador, ele tinha que levar o povo em oferecer-lhe culto.

    Lucas então descreve a reação de Paulo e Barnabé quando eles finalmente se deu conta de que estava transpirando: quando os apóstolos, Barnabé e Paulo ouviram isto, rasgaram as suas vestes (uma expressão judaica de horror e repulsa blasfêmia; cf. Mt 26:65 ) e saiu correndo no meio da multidão. Decidido a pôr um fim à exaltação indesejada, os missionários começaram a gritar e dizer: "Homens, por que você está fazendo essas coisas? Nós também somos homens da mesma natureza, como você, e pregai o evangelho, a vós, a fim de que você deve virar a partir destas coisas vãs. "Eles não eram deuses, Paulo e Barnabé insistiu, mas os homens da mesma natureza como o Lyconians. Longe de procurar o seu culto, os missionários vieram para Listra para pregar o evangelho paraeles , a fim de que eles devem virar a partir destas coisas vãs. Essa última frase descreve bem não só a idolatria de Listra, mas também toda a religião falsa. Todas as religiões além da adoração do único Deus verdadeiro é inútil, sem esperança, e em vão .

    A multidão em Listra era uma multidão pagã, não versado nas Escrituras do Antigo Testamento. Assim, a mensagem de Paulo era muito diferente dos que pregava nas sinagogas judaicas em Icônio e Antioquia da Pisídia. Em vez de anunciar o Deus de Abraão, Isaque e Jacó a partir das Escrituras, ele proclamou o Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há. Uma vez que eles não sabiam o Antigo Testamento, ele apelou para o conhecimento universal, racional do Criador, a primeira causa em um mundo de causa e efeito. Como ele escreveria mais tarde aos Romanos:

    A ira de Deus se revela do céu contra toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça, porque o que se sabe sobre Deus é evidente dentro deles; pois Deus tornou evidente para eles. Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis, o seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo percebidos por meio do que tem sido feito, de modo que eles fiquem inescusáveis. ( Rom 1: 18-20. ; cf. Sl 19:1-6. )

    Mais tarde, Paulo evangelizou os pagãos no Areópago de Atenas a partir do mesmo ponto de partida, a necessidade de explicar a causa final para o mundo e tudo que nele (conforme a discussão de 17: 22-31 nocapítulo 10 deste volume).

    Embora Ele revelou na revelação geral através da razão e de consciência, Deus nos tempos passados ​​permitiu que todas as nações seguir seus próprios caminhos. Houve uma tolerância da parte de Deus para com os pecadores que não tinham a plena revelação da Sua santa vontade.

    É importante perceber nesse ponto que nada tem devastado a pregação do evangelho ao mundo untaught mais do que a teoria da evolução. Porque constitui uma explicação da existência de tudo sem um Criador ou legislador moral, as pessoas que aceitam isso não conseguem vê qualquer necessidade de Deus ou uma causa primeira. Assim, eles se isolam de tudo o que a criação, razão, consciência, e providência são projetados para fazer, ou seja levá-los a Deus. (Para uma discussão mais aprofundada da teoria da evolução, ver o capítulo 10 deste volume.)

    Especial revelação veio apenas no Escrituras do Antigo Testamento, confiada a Israel. As nações pagãs, em sua ignorância, foram deixados para seguir seus próprios caminhos, tendo apenas a revelação geral. Como comentarista Albert Barnes explica, isso significava que Deus permitiu que eles

    conduzir-se sem as restrições e instruções de uma lei escrita. Eles foram autorizados a seguir a sua própria razão e paixões, e seu próprio sistema de religião. Deus lhes deu leis não escritas, e enviado para eles não há mensageiros. ( Notas sobre o Novo Testamento: At-romanos [reimpressão da edição de 1884-1885; Grand Rapids: Baker], 219-20)

    Esses tempos terminou com a vinda de Cristo (cf. At 4:12 ). Desde então, embora "tendo em conta os tempos da ignorância, Deus está agora declarando aos homens que todos em toda parte se arrependam" (At 17:30 ), e o evangelho deve ser pregado a toda criatura ( Mc 16:15 ; Lc 24:47 ). Por causa de tais disposições, os que O rejeitam estão sem desculpa ( Rm 1:20 ).

    Assim, a intenção era a multidão pagã em homenagem aos dois "deuses" que mesmo dizendo essas coisas, era só com dificuldade que Paulo e Barnabé conteve as multidões de lhes oferecerem sacrifícios. Por fim, eles conseguiram fazer-se entender, ea cerimônia veio a um impasse.

    Este incidente revela a humildade de Paulo e Barnabé. Para ser aclamado um deus era a maior honra que se possa imaginar no mundo greco-romano, e foi muito procurado (cf. Atos 0:22 ). No entanto, eles desmentiram tais noções sobre si mesmos e, em vez apontou a multidão pagã ao Deus Criador. Eles trataram com sucesso à tentação de sucumbir ao orgulho. Se Paulo e Barnabé rendeu a essa tentação, ele teria destruído a sua utilidade. Aqueles que buscam a glória para si mesmos estão no caminho para a fraqueza espiritual e impotência.

    Persistência

    Mas judeus de Antioquia e Icônio, e tendo ganho sobre as multidões, apedrejaram a Paulo eo arrastaram para fora da cidade, cuidando que estava morto. Mas quando os discípulos o rodearam, ele se levantou e entrou na cidade. E no dia seguinte partiu com Barnabé para Derbe. E depois, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra e Icônio e Antioquia, ( 14: 19-21 )

    Se os judeus que vieram para Listra de Antioquia e de Icônio à caça de Paulo e Barnabé, ou simplesmente foram em viagem de negócios, é desconhecido. Em qualquer caso, eles ficaram indignados ao encontrar os dois missionários novamente proclamação do evangelho. Eles tomaram medidas imediatas e, depois de ter ganho sobre as multidões, apedrejaram a Paulo eo arrastaram para fora da cidade, cuidando que estava morto. Lucas não registrar o que esses judeus argumentos usados ​​para transformar a multidão pagã contra Paulo e Barnabé, mas eles eram, obviamente, eficaz. Algumas das mesmas pessoas que queriam adorar Paulo como um deus agora virou violentamente nele. Sua inconstância é uma reminiscência do povo de Jerusalém que saudaram Jesus como o Messias na entrada triunfal, em seguida, alguns dias mais tarde chamado para sua execução. Em um ato de violência da multidão a multidão apedrejado Paulo-um ato ao qual ele se refere em 2Co 11:25 (cf. Gl 6:17 ). Lucas não gravar porque Barnabé também não foi atacado. Talvez ele conseguiu escapar, ou a multidão concentrou sua fúria sobre Paulo porque ele era o principal porta-voz ( v. 12 ).

    A questão é saber se Paulo morreu de apedrejamento e ressuscitou. Alguns argumentam que ele era, e eles ligam este incidente com a sua experiência no terceiro céu gravado em II Coríntios 12 . Essa visão é pouco provável, no entanto, por várias razões.

    Supondo que é de nomizō , o que normalmente significa "supor algo que não é verdade." Nomizō aparece em At 7:25 , onde Moisés indevidamente supostas os israelitas entenderiam que Deus o havia enviado para entregá-los. Em At 8:20 , descreve falsa suposição de Simon que ele poderia comprar o poder do Espírito Santo. Nomizō é usada em At 16:27 para descrever suposição quase fatal do carcereiro de Filipos que os presos tivessem fugido (cf. At 17:29 ; At 21:29 ; Mt 10:34 ; Mt 20:10 ; Lc 2:44 ; 1Tm 6:5 ) e Êutico ( Atos 20:9-12 ) são claramente e sem ambiguidade apresentada como a criação de uma pessoa morta para a vida. Se Paulo tivesse morrido e ressuscitado, por relacionar o incidente de maneira tão vago, incerto? Ao longo de Atos, os milagres são sinais sobrenaturais apontando os homens para a verdade. Um sinal confuso, no entanto, aponta a lugar nenhum.

    Finalmente, em 2Co 12:2 ).

    Cuidado

    E depois, tendo anunciado o evangelho naquela cidade e feito muitos discípulos, voltaram para Listra e Icônio e Antioquia, fortalecendo a alma dos discípulos, exortando-os a perseverarem na fé, e dizendo: "Através de muitas tribulações nos deve entrar no reino de Deus ". E quando eles tinham nomeado anciãos para eles em cada igreja, orando com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido. ( 14: 21-23 )

    Paulo e Barnabé manifestaram o seu cuidado e preocupação com os novos crentes. Um funcionário efetivo de Deus sabe a Grande Comissão não é apenas para ganhar profissões de fé, mas para nutrir a fé até o vencimento. Depois de os missionários havia pregado o evangelho em Derbe e feito muitos discípulos, voltaram para Listra e Icônio e Antioquia . Depois de terem concluído o trabalho em Derbe, Paulo e Barnabé revisitado as três cidades que tinham acabado de chegar de. Essas visitas foram cheia de perigos. Alguns têm especulado que a essa altura novos magistrados romanos estavam no escritório.Mesmo que isso fosse verdade, as comunidades judaicas em todas as três cidades permaneceram implacavelmente oposto ao evangelho. Paulo e Barnabé sabia, no entanto, que era muito mais perigoso para a causa do evangelho para esses novos rebanhos não ser reforçado.

    De Paulo e Barnabé cuidar dos filhos na fé envolveu pelo menos quatro elementos. Sua primeira tarefa foi fortalecendo a alma dos discípulos. Reforço é de epistērizō , uma palavra usada em outros lugares em Atos falar de crentes fortalecimento ( 15:32 , 41 ; 18:23 ). Esse deve ser o objetivo de cada pastor (cf. Ef 4:11-16. ; Col. 4: 12-13 ), e é feito pelo ensino da Palavra ( Atos 20:31-32 ; 1Jo 2:14 ).

    Além de seu ensino, Paulo e Barnabé foram encorajadores, ou vinda ao lado, os discípulos para exortá-los à obediência. Os crentes não devem apenas ser ensinadas verdades bíblicas de som, mas também exortou a praticá-los. Paulo lembrou aos Tessalonicenses que "fomos exortando e incentivando e implorando cada um de vocês como um pai a seus filhos" ( 1Ts 2:11 ). Exortação é companheiro inseparável de ensino.

    De Paulo e Barnabé exortação era duplo. Primeiro, eles exortou os crentes a perseverarem na fé. A perseverança é uma marca essencial da fé salvadora (cf. Jo 8:31 ; Colossenses 1:21-23 ; He 3:6 b no capítulo 3 deste volume). Esse aspecto de exortação foi especialmente importante considerando que através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus (cf.Mt 11:12. ; 13 20:40-13:21'>13 20:21 ; 16: 24-25 ; 19: 27-29 ; Marcos 04:16 —17 ; Lucas 14:26-35 ). A perseverança na vida cristã é uma guerra incessante contra as forças do reino das trevas (cf. Ef 6:10 ). "Sofre comigo como bom soldado de Cristo Jesus", Paulo exortou a Timóteo, uma vez que "todos os que querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos" ( 2Tm 2:3 ). Tiago deu a boa notícia de que tal tribulação produz perseverança espiritual ( Tiago 1:2-4 ), e Pedro confirma que a verdade em 1Pe 5:10 .

    Outra chave para um acompanhamento eficaz é a organização. Conhecendo o seu tempo com os crentes nessas cidades seria breve, Paulo e Barnabé fez arranjos de longo prazo para o seu crescimento contínuo. Eles fizeram isso com a nomeação de anciãos para eles em cada igreja. Essas subpastores do Grande Pastor foram para liderar e cuidar do rebanho fielmente muito tempo depois de Paulo e Barnabé foram embora (cf. 1Ts 5:12. ; . 1Tm 5:17 ; He 13:17. ; I Pedro 5:1-3. ). Que alguns tinham atingido o nível de maturidade espiritual necessária de anciãos em tão curto espaço de tempo mostra a intensidade da de Paulo e Barnabé ensino e exortação. Que os anciãos foram escolhidos apenas depois de terem orado e jejuado mostra a seriedade com que o processo de seleção deve ser abordada.

    Tendo feito tudo o que era humanamente possível para seus convertidos, os missionários encomendaram-nos ao Senhor, em quem haviam crido (cf. At 20:32 ). Tal atitude reconhece o Senhor Jesus Cristo como o cabeça da igreja e a fonte de toda a verdade e poder.

    Compromisso

    E eles passaram por Pisídia e entrou em Panfília. E quando eles tinham anunciado a palavra em Perge, desceram a Atália; ( 14: 24-25 )

    Exausto por suas viagens e trabalho duro na proclamação do evangelho, os dois missionários foi para casa. Tendo passado através Pisídia, eles entraram em Panfília, para a cidade de Perge. Outros podem ter descansado antes de ir para baixo para o porto de Atália e reservar passagem para casa, mas não a Paulo e Barnabé. Tal era o seu compromisso com a sua evangelística chamando que eles não deixe até que haviam anunciado a palavra em Perge. Como observado na discussão de At 13:14 no capítulo 2 deste volume, Paulo e Barnabé, aparentemente, não havia pregado em Perge o primeiro tempo eles estavam lá. Deixando de fazer coisa alguma, eles passaram a fazê-lo. Eles foram cometidos, não importa o que as suas circunstâncias, a cumprir seu chamado.

    Reverência

    e dali navegaram para Antioquia, de onde tinham sido encomendados à graça de Deus para a obra que tinha feito. E quando chegaram e reuniram a igreja, eles começaram a relatar todas as coisas que Deus tinha feito com eles e como abrira a porta da fé aos gentios. E eles passaram muito tempo com os discípulos. ( 14: 26-28 )

    Sua longa e árdua jornada finalmente acabou, Paulo e Barnabé deixou Atália e dali navegaram para Antioquia, de onde tinham sido encomendados à graça de Deus para a obra que tinha feito. A igreja em Antioquia havia dúvida muito feliz no retorno de seus dois pastores amados. O seu trabalho, elogiado no início para a graça de Deus (cf. 9: 15-16 ; 13 2:4 ), tinha sido muito bem sucedida, como os missionários começaram a relatar.

    Alguns podem ter se gabava de tudo o que tinham feito, das igrejas que haviam plantado, o número de convertidos que tinham feito, e os milagres que havia realizado, mas não a Paulo e Barnabé. Eles mantiveram todas as suas realizações na perspectiva correta, observando que Deus havia feito todas aquelas coisas através deles e que . Ele tinha aberto a porta da fé aos gentios Viam-se como instrumentos através do qual Deus havia realizado seus propósitos; e toda a glória foi para Ele. Essa é uma perspectiva essencial para um servo do Senhor.

    Através de seu Espírito-superdotação, ousadia, poder, humildade, persistência, carinho, compromisso e reverência a Deus, Paulo e Barnabé tinham sido usados ​​para conseguir muito mais para o reino. Essas qualidades ainda marcam aqueles que trilham o caminho para o serviço cristão eficaz.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Atos Capítulo 14 do versículo 1 até o 28

    Atos 14

    Rumo a Icônio — At 14:1-7

    Paulo e Barnabé se dirigiram a Icônio, cidade localizada a uns cento e cinqüenta quilômetros de Antioquía. Era uma cidade antiga, tão antiga que se dizia sê-lo mais que Damasco. Em seu longínquo passado houve um rei que se chamava Nanacus, e se utilizava a frase "desde os dias de Nanacus" querendo significar "no começo da história...". Como sempre começaram na sinagoga e como sempre tiveram êxito; mas os judeus,

    ciumentos, agitaram o povo e mais uma vez Paulo e Barnabé tiveram que ir embora.

    Devemos notar que suas vidas estavam cada vez mais em perigo. Em Icônio se propuseram nada menos que linchá-los. À medida que avançavam mais se afastavam da civilização. Nas cidades mais civilizadas suas vidas ao menos estavam a salvo, porque os romanos cuidavam a ordem e um linchamento teria sido rapidamente reprimido; mas agora, longe da civilização, suas vidas estão sempre sob a ameaça da violência popular das multidões frigias agitadas pelos judeus. Qualquer outra coisa que fossem, o certo é que eram dois valentes. Sempre se necessita coragem para ser cristão, porque se deve tomar um caminho que é distinto ao da multidão.

    CONFUNDIDOS POR DEUSES EM LISTRA

    Atos 14:8-18

    Paulo e Barnabé se dirigiram de Icônio a Listra e ali se viram envoltos em um estranho incidente.
    A explicação de que foram confundidos com deuses reside na legendária história de Licaônia. Na região da Listra se contava que uma vez Zeus e Hermes tinham baixado à Terra incógnitos e disfarçados. Ninguém em todo o território quis lhes brindar hospitalidade. Finalmente dois velhos camponeses, Filemom e sua esposa Baucis, acolheram-nos e foram gentis com eles. O resultado foi que os deuses destruíram a toda a população com exceção do matrimônio ao que fizeram guardião de um templo esplêndido. Ao morrer, marido e mulher se converteram em duas grandes árvores. De modo que quando Paulo curou o aleijado o povo de Listra decidiu não cometer o mesmo engano e voltar a ignorar aos deuses, Barnabé deve ter sido um homem de aparência nobre, já que o tomaram por Zeus, o rei dos deuses. Hermes era o deus da dissertação e mensageiro dos deuses e, como Paulo era aquele que falava, chamaram— no Hermes.
    Mas esta passagem é de especial interesse porque nos dá a conhecer como se aproximava Paulo aos que eram completamente pagãos e que não tinham um passado judeu ao qual podia recorrer. Quando falava com esta gente, começava referindo-se à natureza para chegar a Deus. Todos sabiam a respeito da chuva, do Sol, das épocas de semeadura e colheita; e dali Paulo dirigia as mentes dos homens rumo a Deus que estava por trás de tudo isto. Como grande mestre que era fez o que todo mestre deve fazer — começar de coisas tangíveis e próximas para chegar ao intangível e longínquo. Faríamos bem em recordar que o mundo é a roupagem do Deus vivente.

    Conta-se que uma vez, cruzando o Mediterrâneo, o cortejo de Napoleão estava discutindo a respeito de Deus. Na conversa o eliminavam totalmente. Napoleão tinha permanecido calado mas ao final da conversação elevou sua mão e apontou o mar e o céu. Disse: "Senhores, quem fez tudo isto?" Algumas vezes faríamos muito bem em olhar ao mundo e recordar a Deus que criou tudo isso.

    A CORAGEM DE PAULO

    Atos 14:19-20

    Em meio de toda essa excitação na Listra chegaram certos judeus à cidade. Pode ser que o fizeram por uma destas duas razões. Ou estavam seguindo deliberadamente a Paulo e Barnabé para destruir a tarefa que realizavam, ou se tratava de comerciantes em cereais. A região que rodeava Listra era uma grande zona produtora de cereais e pode ser que tivessem ido comprar trigo para as cidades de Icônio e Antioquia. Se assim foi, ficaram muito zangados ao encontrar Paulo ainda pregando e naturalmente levantaram as pessoas contra eles.
    É certo que Listra era uma colônia romana; mas se tratava de um posto de avançada militar. Entretanto, quando o povo viu o que tinha feito se assustaram. Por isso arrastaram fora da cidade o que criam ser o cadáver de Paulo. Tinham medo da dura mão da justiça romana e tentaram desfazer-se do corpo de Paulo para escapar às conseqüências de seu motim.
    Mas o fato que sobressai de toda a história é a total intrepidez de Paulo. Quando recuperou sua lucidez novamente, o primeiro que fez foi retornar à cidade onde foi apedrejado. Nunca pensou em fugir.

    João Wesley aconselhava: "Olhem sempre a multidão de frente". Paulo nunca fez nada mais corajoso que retornar diretamente à cidade em que tinham tentado matá-lo. É evidente que um fato como este deve ter tido mais efeito que cem sermões. Os homens se viam obrigados a perguntar-se de onde provinha a coragem que permitia a este homem agir dessa maneira.

    CONFIRMANDO A IGREJA

    Atos 14:21-28

    Nesta passagem encontramos três grandes aspectos do pensamento de Paulo.

  • Sua total honradez com o povo que decidiu converter-se ao cristianismo. Dizia-lhes francamente que teriam que entrar no Reino de Deus atravessando muitas aflições. Não lhes oferecia um caminho fácil. Agia baseando-se no princípio de que Jesus veio "não para fazer a vida fácil, mas para engrandecer os homens".
  • Na viagem de volta Paulo designou anciãos em todos esses pequenos grupos de novos cristãos. Demonstrou que sua convicção era que do começo o cristianismo devia ser vivido em comunidade. As pessoas não ficavam deixadas somente à sua vida individual. Como o disse um dos grandes pais da Igreja: "Ninguém pode ter a Deus por Pai se não ter a Igreja como mãe".
  • Como disse João Wesley: "Ninguém foi nunca ao céu sozinho; deve encontrar-se com amigos ou fazer-se amigos deles". Desde um começo o desejo de Paulo não foi somente converter indivíduos, mas formar com esses indivíduos uma congregação cristã.

  • Paulo e Barnabé nunca pensaram que seu força ou seu poder conseguiram algo. Falavam do que Deus fez com eles. Consideravam-se colaboradores de Deus. Começaremos a ter uma idéia correta do serviço cristão quando trabalharmos não para nossa própria honra ou prestígio, mas sim com a convicção de que somos instrumentos nas mãos de Deus.
  • O problema crucial

    A pregação aos gentios e a afluência destes à Igreja produziram um problema que tinha que resolver. Toda a formação dos judeus se fundava no fato de que eram o povo escolhido. Em realidade o que criam era não só que eles eram a posse especial de Deus, mas também que Deus era posse especial deles.
    O problema era o seguinte. Era necessário que um gentio se circuncidasse e aceitasse a Lei de Moisés ao converter-se ao cristianismo e tornar-se membro da Igreja? Em outras palavras: deviam os gentios tornar-se judeus antes de converter-se ao cristianismo? Ou se podia receber na 1greja a um gentio tal qual era? Devia ser aceito pelo simples fato de ser um homem? Mas mesmo que resolvesse este problema ficava outro de importância. Os judeus estritos não podiam ter trato com os gentios. Não pediam recebê-los como hóspedes nem ser hospedados por eles. Dentro do possível tampouco podiam negociar com eles.
    De modo que surgiu outra pergunta: Se os gentios eram aceitos na 1greja, até que ponto poderiam associar-se com os judeus na vida social da Igreja e do mundo? Se os gentios fossem aceitos continuariam as linhas de demarcação até dentro da Igreja? Ou se consideraria os gentios e os judeus num mesmo nível, sem nenhuma diferenciação absolutamente?

    Estes são os problemas que deviam resolver. A solução não era fácil. Mas no final a Igreja tomou a decisão de que não houvesse diferença entre judeus e gentios. Atos15 nos fala do concilio de Jerusalém que tomou esta decisão. Suas decisões foram a proclamação de liberdade dos gentios.


    Dicionário

    Apóstolos

    O vocábulo “apóstolo” (do grego apostolos, que significa “mensageiro” ou “enviado”) é o nome dado a alguém enviado para uma missão por outrem. No NT esse termo é usado para identificar os primeiros líderes do movimento que se formou em torno de Jesus de Nazaré. Com o tempo, este termo tornou-se mais amplo e abrangeu também outros cristãos que cumpriram tarefas de destaque na área de evangelização e missões.

    A escolha dos Doze

    Os primeiros apóstolos foram escolhidos diretamente por Jesus (Mc 3:14-15; Jo 15:16) e indicados depois de uma noite de oração, em busca da direção divina (Lc 6:12). Os quatro evangelistas mencionam que havia doze líderes (Mt 10:5; Mt 11:1; Mt 20:17; Mc 4:10-6,7; 9:35; Lc 6:13; Lc 8:1; Lc 22:3; Jo 6:71; Jo 20:24).

    Os nomes dos apóstolos são relacionados quatro vezes, em Mateus 10:2-4, Marcos 3:16-19, Lucas 6:14-16 e Atos 1:13, onde Matias foi nomeado como substituto de Judas 1scariotes (At 1:12-26). Um estudo dessas listas e dos nomes apostólicos no evangelho de João revela fatos interessantes. Primeiro, quatro dos apóstolos eram pescadores — Pedro, André, Tiago e João. Desses, Pedro, Tiago e João formavam um círculo de amizade mais próximo e estavam presentes com Cristo em várias ocasiões memoráveis, como a ressurreição da filha de Jairo (Mc 5:37; Lc 8:51), a Transfiguração (Mc 9:2; Lc 9:28) e a agonia no Getsêmani (Mc 14:32). Às vezes, André era também incluído, como na ocasião em que os discípulos perguntaram a Jesus sobre quando o Templo seria destruído (Mc 13:3-4). Segundo, dois discípulos, Tiago e João, foram chamados Boanerges, que significa, “filhos do trovão”, provavelmente referindose ao “temperamento esquentado” deles (Mc 3:17). Terceiro, Mateus ou Levi possivelmente tinha bom nível de instrução, um cobrador de impostos e considerado colaboracionista das autoridades romanas que dominavam a Palestina naquela época. Quarto, Tomé era chamado Dídimo, “o gêmeo” (Jo 11:16; Jo 20:24). Quinto, provavelmente Judas 1scariotes era o único judeu (não galileu) e Simão, chamado “o zelote” ou “o cananeu”, possivelmente era um revolucionário político. Eles formavam um grupo heterogêneo e somente a lealdade comum a Jesus os mantinha juntos. Eles o conheciam e amavam e queriam ser seus seguidores, embora freqüentemente falhassem muito (Mt 8:26; Mt 14:31; Mt 16:8; Mt 22:40-45; Mc 4:40; Lc 8:25; Lc 12:28; Jo 20:24-28).

    A relação única dos doze com Jesus

    Havia muitas pessoas que desejavam seguir a Jesus (Mt 8:18-22; Lc 9:57-62) e desse grande grupo Ele selecionou os setenta (Lc 10:1-20; alguns manuscritos trazem “setenta e dois” nos vv. 1,17), bem como os doze (Lc 9:1-6). A escolha destes últimos tinha um propósito duplo. Foram escolhidos “para que estivessem com ele, e os mandasse a pregar” e a fim de participarem do ministério de Jesus (Mc 3:14-15). Essa seria uma tarefa cheia de desafios e que exigiria muito deles; mas o Senhor prometeu estar com eles e ajudá-los, mesmo após seu retorno ao Pai (Jo 14:18). Ele enviaria o Espírito Santo, a fim de ensiná-los e capacitá-los para o testemunho cristão (Jo 14:26; Jo 15:26-27). Eles então seriam capazes de sair pelo mundo, a fim de compartilhar o Evangelho com outros. No livro de João, após a ressurreição de Cristo, o Senhor lembra aos discípulos qual é a comissão deles: “Assim como o Pai me enviou, eu vos envio” (Jo 20:21). Essa comissão é citada repetidas vezes (Mt 28:16-20; Lc 24:46-49; cf. Mc 16:15-16; At 1:8).

    Devido ao grau de aproximação com Jesus, algum reconhecimento favorável deve ser dado ao “discípulo amado”, citado apenas no evangelho de João e nunca identificado pelo nome. A tradição cristã geralmente assume que se tratava do próprio autor do quarto evangelho, embora haja discussão quanto a isso. De qualquer maneira, o escritor deste livro notou que esse discípulo estava próximo a Jesus e foi quem lhe perguntou, durante a última Ceia, sobre a identidade do traidor (Jo 13:23-25). O discípulo amado também estava presente durante a crucificação, quando foi-lhe dada a responsabilidade de cuidar da mãe de Cristo (Jo 19:25-27). Posteriormente, esteve presente com Pedro na cena do túmulo vazio e na pesca milagrosa no mar de Tiberíades (Jo 21:20). Aparentemente, era uma figura bem conhecida nos círculos de amizade de João e gozava da total confiança de Jesus.

    Dois outros discípulos devem ser mencionados, pelo seu grau de amizade com Jesus. Em todas as listas com os nomes dos apóstolos, Pedro é sempre mencionado em primeiro lugar e Judas 1scariotes em último. Evidentemente Pedro era o líder do grupo e claramente serviu como porta-voz deles em várias situações (Mt 16:13-16; Mc 8:27-29; Lc 9:18-20; Jo 6:68-69). No outro extremo da escala está a trágica figura de Judas, cujo ato de traição contra Jesus resultou em ser colocado sempre como último nome nas listas. Passou a ser visto como traidor de “sangue inocente” e confessou seu pecado antes de se matar (Mt 27:3-10; cf. At 1:16-19).

    A dedicação dos doze

    Alguns dos apóstolos de Jesus eram provenientes de uma associação prévia com João Batista (Jo 1:35-42). Haviam participado de um movimento nacional da volta para Deus, por parte do povo da aliança (cf. Mc 1:5; Mt 3:5). Estavam conscientes da importância do arrependimento e tinham dado os primeiros passos para reafirmar o relacionamento com o Senhor (Mt 3:1-3; Lc 3:7-14). Por isso prepararam-se a fim de receber a Jesus como o Libertador de Israel, há muito prometido.

    Jesus também insistiu para que o povo se arrependesse, voltasse as costas para os pecados do passado e abrisse seus corações, a fim de crer nas boas novas de salvação (Mc 1:15; cf. Mt 3:2). Para os doze, o chamado ao discipulado envolveria o abandono da cena da vida familiar, a fim de exercer um ministério itinerante com Jesus. Assim, Pedro e André foram convocados por Cristo para se tornarem pescadores de homens, e eles imediatamente, “deixando as redes, o seguiram” (Mc 1:16-18; Mt 4:18-20). O chamado para o discipulado implicava exigências radicais e envolveu um compromisso total.

    Numa ocasião Pedro lembrou a Jesus os sacrifícios que ele e os outros discípulos fizeram: “Nós deixamos tudo, e te seguimos! O que, então, haverá para nós?” (Mt 19:27; cf. Mc 10:28; Lc 18:28). Era totalmente natural que tal questão fosse levantada quando o custo do compromisso parecia tão elevado. Em outra ocasião, Tomé disse estoicamente aos demais discípulos: “Vamos nós também para morrer com ele” (Jo 11:16). O próprio Jesus reconhecera a lealdade deles em meio a tempos difíceis e prometeu-lhes grandes bênçãos em seu reino, onde se sentariam em tronos e julgariam as doze tribos de Israel (Lc 22:28-30). As alegrias da vida no reino de Deus seriam mais do que compensadoras por todos os sofrimentos e provações que passassem por sua causa (Mt 19:28-29; Mc 10:29-30; Lc 18:29-30).

    O treinamento dos doze

    O Senhor sabia que sua missão seria depositada nas mãos dos que a terminariam, depois que Ele deixasse a Terra. Por essa razão, dedicou grande parte de seu tempo e atenção ao treinamento dos discípulos, especialmente dos doze. Em público, Ele geralmente ensinava por meio de parábolas, mas, em particular, explicava tudo claramente aos discípulos (Mt 13:10-13,36; Mc 4:10-20,34; Lc 8:9-15). Jesus falou-lhes a respeito da natureza de sua vida e seu trabalho, da necessidade de sua morte, da certeza de sua ressurreição e de seu retorno final em poder e grande glória (Mt 16:21; Mc 8:31; Mc 9:31; Mc 10:33-34; Mc 14:62; Lc 9:26; cf. Jo 5:25-30). Foram excelentemente ensinados por Jesus, o Mestre dos mestres, que era também o Senhor (Jo 13:13). De fato, o título de “Mestre” foi usado com referência a Cristo mais freqüentemente do que qualquer outro título nos evangelhos (Mt 8:19; Mt 12:38; Mt 17:24; Mc 4:38;12:14-32; Lc 7:40; Lc 10:25; Jo 3:2; Jo 20:16); certamente Ele dirigiu a maior parte de sua instrução para os que estavam mais próximos, para os quais confiou o futuro de sua Igreja.

    A qualificação dos doze

    Havia qualificações bem definidas para o apostolado, e Pedro as relacionou resumidamente em seu discurso em Atos 1:12-22. Vários aspectos estão relacionados nessa declaração.

    Primeiro, para ser apóstolo, era preciso que a pessoa tivesse testemunhado todo o ministério público de Jesus, desde seu batismo até a ressurreição. Assim, o propósito do testemunho ocular dos apóstolos foi enfatizado. Lucas, na introdução de seu evangelho, destacou a importância dos apóstolos como “testemunhas oculares”, bem como “ministros da palavra” (Lc 1:2). Assim, a maior ênfase possível era colocada nos fundamentos históricos da vida e obra de Jesus. Seus milagres, ensinamentos, morte e ressurreição não eram fábulas, mas fatos solidamente comprovados, os quais os apóstolos podiam confirmar como testemunhas oculares. Esse mesmo testemunho foi fortemente firmado nas palavras iniciais de I João (1:1-4).

    Segundo, o testemunho apostólico realçava a importância da cruz e da ressurreição. Era do conhecimento público no primeiro século, em Jerusalém, que Jesus de Nazaré fora morto por meio de crucificação, e a inscrição informava isso a todos “em aramaico, latim e grego” (Jo 19:20). Enquanto a execução foi atestada por muitas pessoas, os apóstolos corajosamente testemunharam sobre a veracidade da ressurreição de Cristo, e isso é repetidamente destacado na pregação deles (At 2:24-32; At 4:10; At 5:30-32; At 13:30). Os apóstolos declaravam solenemente que podiam testemunhar com certeza que Jesus estava vivo (At 3:15; At 10:39-42; At 13:31). O testemunho deles, associado ao ensino das Escrituras (At 2:25-32; At 3:17-26; At 13:32-39), servia para confirmar a mensagem cristã. Esse critério estava em harmonia com a bem conhecida lei judaica da evidência, a qual exigia que toda verdade fosse estabelecida pelo testemunho de duas ou três testemunhas — um princípio que é ensinado repetidamente na Bíblia (Nm 35:30; Dt 17:6; Dt 19:15; Mt 18:16-2Co 13 1:1Tm 5:19; Hb 10:28). A fé cristã foi assim apresentada de maneira tal que honrou o princípio das múltiplas testemunhas.

    A autoridade dos apóstolos

    O fato de que os apóstolos foram as testemunhas oculares de Jesus deu à mensagem deles uma autoridade exclusiva. Foram escolhidos pelo Pai e pelo Filho como os comunicadores da mensagem cristã (Lc 6:12-13; Jo 13:18; Jo 15:16-19; At 1:2; At 10:41). Além do mais, foram divinamente apontados como “ministros da Palavra” (Lc 1:2), e o Cristo ressurrecto disse a eles: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (At 1:8).

    O papel do apóstolo Paulo

    A mais excelente figura no cumprimento da missão apostólica foi a do apóstolo Paulo, cuja conversão é narrada três vezes no livro de Atos (At 9:1-19; At 22:3-16; At 26:9-18). Aos olhos de Lucas, foi um evento de grande significado na história do cristianismo, pois Paulo, assim como os doze, foi comissionado divinamente (At 9:15-16; At 22:14-15; At 26:15-18). Assim, Lucas ampliou seu uso do termo “apóstolo”, para incluir Paulo e Barnabé, dois dos principais missionários entre os gentios (At 14:4-14).

    Paulo tinha convicções muito fortes quanto ao seu apostolado (1Co 1:1-1Co 15:9; 2Co 1:1; Cl 1:1). Em várias ocasiões, insistiu em afirmar que era apóstolo, quando suas credenciais foram questionadas (1Co 9:1-2; Gl 1:1; Gl 1:15-2:10). Embora houvesse “falsos apóstolos” na 1greja primitiva (2Co 11:13; Ap 2:2), o papel de Paulo foi desempenhado por indicação divina. Ele viu o Senhor ressuscitado e foi chamado para a obra pelo próprio Cristo.

    Paulo afirmou o papel dos doze (1Co 15:7; Gl 1:17), mas também reconhecia os “apóstolos” num sentido mais amplo, que incluía Tiago, irmão de Jesus (Gl 1:19), Silas e Timóteo (1Ts 2:6-7), Andrônico e Júnia (Rm 16:7) e os “apóstolos da igreja” (2Co 8:23).

    Sumário

    Em resumo, os apóstolos tiveram a responsabilidade primária da proclamação do Evangelho e do cumprimento da Grande Comissão. Foram as testemunhas oculares e os ministros da Palavra; a Igreja certamente foi edificada “sobre o fundamento dos apóstolos...” (Ef 2:20). Estes foram seguidos por outros, como Estêvão e Filipe, que participaram juntamente com eles no labor evangelístico e missionário. O apóstolo Paulo foi um excepcional líder na tarefa de levar o Evangelho ao mundo daquela época. Os apóstolos claramente tinham um lugar especial na missão de Deus. (Para mais detalhes, veja os verbetes dos nomes individuais.) A.A.T.


    Apóstolos São os discípulos mais próximos de Jesus, escolhidos para expulsar demônios, curar enfermidades, anunciar o evangelho (Mt 10:2-4; Mc 3:16-9; Lc 6:14-16; At 1:13) e julgar as doze tribos de Israel (Mt 19:28). Conhecemos seus nomes através das listas que aparecem nos Sinóticos e nos Atos (Mt 10:2-4; Mc 3:16-19; Lc 6:14-16; At 1:13), omitindo-se, nesse último caso, o nome de Judas 1scariotes. João não apresenta nenhuma lista, porém menciona os “Doze” como grupo (Jo 6:67; 20,24) e no mesmo sentido escreve Paulo (1Co 15:5). A lista costuma ser dividida, de maneira convencional, em três grupos de quatro. No primeiro, o apóstolo mencionado em primeiro lugar é sempre Simão, cujo nome foi substituído pelo cognome Pedro (“Petrós” [pedra], seguramente uma tradução do aramaico “Kefas”). Sempre associado a Pedro, vem seu irmão André (Jo 1:40-41; Mc 1:16) e, logo em seguida, são mencionados Tiago e João, que eram, como os dois irmãos citados anteriormente, pescadores na Galiléia (Mc 1:19). Se sua mãe (Mt 27:56) era Salomé, irmã de Maria, a Mãe de Jesus (Mc 15:40; Jo 19:25), seriam então primos deste. Entretanto, a hipótese não é de todo segura. No segundo grupo de quatro, encontram-se Filipe de Betsaida (Jo 1:44; 6,5-8; 12,22), Bartolomeu, geralmente identificado com Natanael (Jo 1:45-46; 21,2), Tomé, chamado “Dídimo” (o gêmeo) (Jo 11:16; 20.24), e Mateus, que deve ser identificado com o Levi de outras listas. Finalmente, no terceiro grupo de quatro estão Judas 1scariotes (supostamente morto logo após a execução de Jesus), Simão, o Zelote, Tiago, filho de Alfeu e — situado em décimo lugar em Mateus e Marcos e em décimo primeiro em Lucas e Atos — Lebeu, Tadeu e Judas. Essa última discrepância tem sido explicada por diversas maneiras. Alguns apontam a falta de escritos sobre esse personagem (R. E. Brown, “The Twelve and the Apostolate” em NJBC, Englewood Cliffs 1990, p. 1.379); outros identificam Tadeu com Judas, o irmão de Tiago, considerando Lebeu apenas uma variante textual (A.T. Robertson, “Uma armonía de los cuatro Evangelios, El Paso 1975, pp. 224-226. No mesmo sentido, m. J. Wilkins, “Disciples” em DJG, p. 181, alegando, principalmente, a existência de uma coincidência total no restante dos nomes), uma tese conciliadora que, possivelmente, corresponda à realidade histórica. f. Schleiermacher e f. C. Baur negaram que o grupo dos Doze foi estabelecido por Jesus. De início, é impossível negar que ele era bem primitivo, já que Paulo o menciona em 1Co 15:5. Além disso, em vista da análise das fontes, o mais adequado é fixar seu estabelecimento durante a vida de Jesus (E. P. Sanders, m. Hengel, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.). Isso explicaria também circunstâncias como a premência em completar seu número após a morte de Judas (At 1:15-26). Tem-se discutido bastante desde os finais do século passado o significado exato do apostolado. O ponto inicial dessa análise foi, sem dúvida, a obra de Lightfoot sobre a Epístola aos Gálatas (J. B. Lightfoot, Saint Paul’s Epistle to the Galatians, Londres 1865). É evidente que o termo deriva do infinitivo grego “apostellein” (enviar), cujo uso não era muito comum nessa língua. Na Septuaginta, só aparece uma vez (1Rs 14:6) como tradução do particípio passado “shaluaj” de “shlj” (enviar). Tomando como ponto de partida essa circunstância, H. Vogelstein e K. Rengstorf relacionaram a instituição dos apóstolos aos “sheluhim” ou comissões rabínicas enviadas pelas autoridades palestinas para representá-las com plenos poderes. Os “sheluhim” recebiam um mandato simbolizado pela imposição das mãos, e seus deveres — que, muitas vezes, eram simplesmente civis — incluíam ocasionalmente a autoridade religiosa e a proclamação de verdades religiosas.

    Por não possuirmos referências aos “sheluhim” cronologicamente paralelas aos primeiros tempos do cristianismo, a interpretação citada já recebeu fortes ataques a partir da metade deste século. Atualmente, existe uma tendência de relacionar novamente a figura do apóstolo com a raiz verbal “shlj”, que foi traduzida na Septuaginta umas setecentas vezes por “apostollein” ou “exapostollein”. O termo era bastante amplo — como já destacou Lightfoot — indo, posteriormente, além do grupo dos Doze. São consideradas importantes as contribuições de H. Riesenfeld (The Gospel Traditions and Its Beginnings, Londres 1
    957) e de B. Gerhardsson (Memory and Manuscript: Oral Tradition and Written Transmission in the Rabbinic Judaism and Early Christianity, Uppsala 1961), que estudavam a possibilidade de os Doze serem o receptáculo de um ensinamento de Jesus, conforme uma metodologia de ensinamento semelhante ao rabínico e que, a partir deles, foi-se formando um depósito de tradições relacionadas com a pregação de Jesus. Essa tese, embora não seja indiscutível, possui certo grau de probabilidade.

    C. K. Barrett, The Signs of an Apostle, Filadélfia 1972; f. Hahn, “Der Apostolat in Urchristentum” em KD, 20, 1974, pp. 56-77; R. D. Culver, “Apostles and Apostolate in the New Testament” em BSac, 134, 1977, pp. 131-143; R. W. Herron, “The Origin of the New Testament Apostolate” em WJT, 45, 1983, pp. 101-131; K. Giles, “Apostles before and after Paul” em Churchman, 99, 1985, pp. 241-256; f. H. Agnew, “On the origin of the term Apostolos” em CBQ, 38, 1976, pp. 49-53; Idem, “The origin of the NT Apostle- Concept” em JBL, 105, 1986, pp. 75-96; B. Villegas, “Peter Philip and James of Alphaeus” em NTS, 33, 1987, pp. 294; César Vidal Manzanares, Diccionario de las Tres Religiones, Madri 1993; Idem, El judeo-cristianismo...


    Cidade

    substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
    Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
    A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
    Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
    Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
    Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
    Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
    [Popular] Grande formigueiro de saúvas.
    Antigo Estado, nação.
    expressão Cidade santa. Jerusalém.
    Cidade aberta. Cidade não fortificada.
    Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
    Cidade dos pés juntos. Cemitério.
    Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
    Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
    Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.

    substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
    Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
    A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
    Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
    Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
    Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
    Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
    [Popular] Grande formigueiro de saúvas.
    Antigo Estado, nação.
    expressão Cidade santa. Jerusalém.
    Cidade aberta. Cidade não fortificada.
    Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
    Cidade dos pés juntos. Cemitério.
    Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
    Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
    Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.

    Desde o tempo em que a cidade de Jerusalém foi tomada por Davi, tornaram-se os hebreus, em grande parte, um povo habitante de cidades. As cidades eram, no seu maior número, muradas, isto é, possuíam uma muralha com torres e portas. Mas em volta da cidade, especialmente em tempos de paz, viam-se sem defesa os arrabaldes, aos quais se estendiam os privilégios da cidade. Em conformidade ao costume oriental, determinadas cidades deviam abastecer de certos produtos o Estado, para a construção de edifícios, fabricação de carros de guerra, armação de cavaleiros, e provisão da mesa real. Para manutenção dos levitas foram-lhes concedidas quarenta e oito cidades, espalhadas pelo país, juntamente com uma certa porção de terreno suburbano. Antes do cativeiro, o governo interno das cidades judaicas era efetuado por uma junta de anciãos (2 Rs 10.1), juntamente com juizes, devendo estes pertencer à classe sacerdotal. No tempo da monarquia parece que era nomeado, um governador ou presidente, sendo por ele mandados a diversos pontos do distrito os juízes, que, presumivelmente, levavam depois certas questões de dúvida a Jerusalém para serem resolvidas por um conselho de sacerdotes, levitas e anciãos. Depois do cativeiro, disposições semelhantes foram realizadas por Esdras para nomeação de juizes. Em muitas cidades orientais, destina-se grande espaço a jardins, e desta forma torna-se muito maior a extensão da cidade. A notável amplidão das cidades de Nínive e Babilônia pode assim, em parte, ser explicada. As ruas são, em geral, extremamente estreitas, raras vezes permitindo que dois camelos carregados passem um pelo outro. o comércio interno das cidades era sustentado, como hoje acontece, por meio de bazares. o profeta Jeremias fala-nos (37,21) da Rua dos Padeiros. os espaços abertos, junto às portas das cidades, eram, em tempos antigos, como ainda são hoje, usados pelos anciãos para suas assembléias, e pelos reis e juizes para reunião de cortes e constituição de tribunais e pelo povo para tratarem das suas regalias. Também se empregavam para exposição pública, quando era preciso castigar assim os culpados de certos delitos. Havia grandes trabalhos para abastecer de água as cidades, empregando-se reservatórios e cisternas que se enchiam com as águas pluviais, ou trazendo de distantes nascentes o precioso líquido por meio de aquedutos.

    Eram

    3ª pess. pl. pret. imperf. ind. de ser

    ser |ê| |ê| -
    (latim sedeo, -ere, estar sentado)
    verbo copulativo

    1. Serve para ligar o sujeito ao predicado, por vezes sem significado pleno ou preciso (ex.: o dicionário é útil).

    2. Corresponder a determinada identificação ou qualificação (ex.: ele era muito alto; ela é diplomata).

    3. Consistir em.

    4. Apresentar como qualidade ou característica habitual (ex.: ele é de manias; ela não é de fazer essas coisas).

    5. Estar, ficar, tornar-se.

    6. Exprime a realidade.

    7. Acontecer, ocorrer, suceder.

    8. Equivaler a determinado valor, custo ou preço (ex.: este relógio é 60€).

    verbo transitivo

    9. Pertencer a (ex.: o carro é do pai dele).

    10. Ter como proveniência (ex.: o tapete é de Marrocos).

    11. Preferir ou defender (ex.: eu sou pela abolição da pena de morte).

    verbo intransitivo

    12. Exprime a existência.

    13. Acontecer, suceder (ex.: não sei o que seria, se vocês se fossem embora).

    14. Indica o momento, o dia, a estação, o ano, a época (ex.: já é noite; são 18h00).

    verbo auxiliar

    15. Usa-se seguido do particípio passado, para formar a voz passiva (ex.: foram ultrapassados, tinha sido comido, fora pensado, será espalhado, seríamos enganados).

    nome masculino

    16. Aquilo que é, que existe. = ENTE

    17. O ente humano.

    18. Existência, vida.

    19. O organismo, a pessoa física e moral.

    20. Forma, figura.


    a não ser que
    Seguido de conjuntivo, introduz a condição para que algo se verifique (ex.: o atleta não pretende mudar de clube, a não ser que a proposta seja mesmo muito boa).

    não poder deixar de ser
    Ser necessário; ter forçosamente de ser.

    não poder ser
    Não ser possível.

    não ser para graças
    Não gostar de brincadeiras; ser valente.

    o Ser dos Seres
    Deus.

    qual é
    [Brasil, Informal] Expresão usada para se dirigir a alguém, geralmente como provocação (ex.: qual é, vai sair da frente ou não?).

    ser alguém
    Ser pessoa importante e de valia.

    ser com
    Proteger.

    ser dado a
    Ter inclinação para.

    ser da gema
    Ser genuíno.

    ser de crer
    Ser crível; merecer fé.

    ser humano
    O homem. = HUMANO

    ser pensante
    O homem.


    Judeus

    masc. pl. de judeu

    ju·deu
    (latim judaeus, -a, -um)
    adjectivo e nome masculino
    adjetivo e nome masculino

    1. Que ou quem professa a religião judaica. = HEBREU

    2. O mesmo que israelita.

    adjectivo
    adjetivo

    3. Relativo à Judeia, região da Palestina.

    4. Relativo à tribo ou ao reino de Judá ou a Judá, nome de duas personagens bíblicas.

    5. Relativo à religião judaica. = HEBRAICO, HEBREU

    6. [Informal, Depreciativo] Muito travesso.

    7. [Informal, Depreciativo] Que gosta de fazer judiarias. = PERVERSO

    nome masculino

    8. [Informal, Depreciativo] Agiota, usurário.

    9. [Popular] Enxergão.

    10. Ictiologia Peixe pelágico (Auxis rochei) da família dos escombrídeos, de corpo alongado, coloração azulada com bandas escuras no dorso e ventre prateado. = SERRA

    11. [Brasil] Feixe de capim com pedras, para a formação de tapumes, em trabalhos de mineração.


    judeu errante
    Personagem lendária condenada a vagar pelo mundo até ao fim dos tempos.

    Indivíduo que viaja com muita frequência, que não se fixa num lugar.


    Ver também dúvida linguística: sentido depreciativo de cigano e outras palavras.

    A palavra judeu significava, primitivamente, um membro do reino de Judá (2 Rs 16.6 – 25.25 – Jr 34:9). Durante o cativeiro, e depois da volta para a Palestina, os israelitas que formaram o novo Estado eram, geralmente, conhecidos pelo nome de judeus. os outros membros da raça israelita, espalhados por todo o mundo, foram, no decorrer do tempo, chamados judeus, e a si próprios eles também davam esse nome (Et 3 – Dn 3:8-12). (*veja Dispersão, Hebreu, israelitas.) Entre as nações, onde fixaram a sua residência, foram eles principalmente notáveis pelo seu extremo exclusivismo. Crendo estar sob a especial proteção do Senhor, eles depressa recuperavam as suas forças, que perdiam nas diversas calamidades causadas pela sua desobediência aos preceitos divinos, retomando a sua antiga satisfação como povo escolhido. Com a queda da cidade de Jerusalém, e a destruição do templo, terminou a existência nacional dos judeus. Daí para o futuro eram eles estrangeiros entre outros povos. Mesmo muito antes da conquista, realizada por Tito, tinham-se espalhado por outras terras, onde formaram grandes e poderosas comunidades. Um certo número deles tinha ficado na Babilônia, depois da volta do cativeiro. No Egito e em Cirene habitavam quase em igual quantidade, e em Roma e em outras grandes cidades formavam grandes colônias. Quão largamente eles estavam dispersos, pode deduzir-se da lista dada por Lucas na sua narrativa a propósito dos acontecimentos no dia de Pentecoste (At 2:1-11). Com qualquer outro povo o resultado da sua dispersão teria sido o desaparecimento das suas particularidades nacionais, se não raciais, e também o serem absorvidos pelas nações nas quais foram habitar. Todavia, já se vão 2.000 anos, e nota-se que eles continuam em vida separada, obedecendo, porém, às leis dos diferentes povos, conformando-se com os seus costumes, e falando a sua língua. Conquanto tenham percorrido todas as nações, é ainda o hebraico a sua língua nacional, e a sua religião é ainda o antigo culto de israel. Através de todas as dificuldades, embora súditos de muitos Estados, a verdade é que um judeu permanece sempre judeu, e somente judeu. Foi este poder de resistência às influências exteriores que os habilitou a restaurar o Sinédrio, passados alguns anos depois da total destruição de Jerusalém. Em duas gerações, com a maravilhosa vitalidade”, que sempre os distinguiu, puderam os judeus ‘recuperar em grande extensão os seus números, a sua riqueza, e o seu espírito indomável’. E é-nos fácil agora compreender como o tesouro do templo, tantas vezes arrebatado, era tão depressa substituído. Quando chegava às comunidades estrangeiras dos judeus a notícia de qualquer nova desgraça, eram por eles mandado dinheiro e homens a Jerusalém para o serviço do templo, e também para ser restabelecido o saqueado tesouro. As calamidades e misérias, que os judeus têm suportado, não podem talvez, comparar-se com os infortúnios de qualquer outra nação. o nosso Salvador chorou quando previu a rapina, o assassinato, o fogo, a pestilência, e outros horrores, que estavam para atormentar o povo escolhido. Quase todos os judeus modernos são fariseus na doutrina, embora eles não se chamem assim – e acham-se tão ligados à lei tradicional (isto é, oral), como o eram os seus antepassados. Eles nutrem um ódio implacável aos caraítas (uma seita dos Escrituristas), que aderem ao texto de Moisés, rejeitando as interpretações dos rabinos. Não há saduceus declarados, mas as doutrinas de muitos judeus ‘reformados’ não são dessemelhantes. Quanto aos samaritanos ainda restam cerca de 200, principalmente em Nablus.

    Judeus 1. Súdito do reino de Judá formado pelas tribos de Judá e Levi.

    2. O nascido de pais judeus (especificamente de mãe judia), o que aceita o judaísmo através da conversão (guiur), conforme a Torá escrita e oral. Não é considerado judeu o nascido de matrimônio misto, em que só o pai é judeu.


    Multidão

    substantivo feminino Agrupamento de pessoas, de animais ou de coisas.
    Grande número de; montão: multidão de roupa para passar!
    Reunião das pessoas que habitam o mesmo lugar.
    Parte mais numerosa de gente que compõe um país; povo, populacho.
    Etimologia (origem da palavra multidão). Do latim multitudo.inis.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    δέ σχίζω πλήθος πόλις καί μέν ἦν σύν Ἰουδαῖος δέ σύν ἀπόστολος
    Atos 14: 4 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Mas a multidão da cidade estava dividida: uma parte estava com os judeus, e outra parte com os apóstolos.
    Atos 14: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    48 d.C.
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2453
    Ioudaîos
    Ἰουδαῖος
    pai de um dos soldados das tropas de elite de Davi
    (a hachmonite)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3303
    mén
    μέν
    realmente
    (indeed)
    Conjunção
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4128
    plēthos
    πλῆθος
    multidão
    (multitude)
    Substantivo - neutro neutro no Singular
    G4172
    pólis
    πόλις
    medo, reverência, terror
    (and the fear)
    Substantivo
    G4862
    sýn
    σύν
    com / de / em
    (with)
    Preposição
    G4977
    schízō
    σχίζω
    um sacerdote de Baal em Jerusalém na época de Atalia
    (Mattan)
    Substantivo
    G652
    apóstolos
    ἀπόστολος
    escuridão, trevas
    (let darkness)
    Substantivo


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    Ἰουδαῖος


    (G2453)
    Ioudaîos (ee-oo-dah'-yos)

    2453 ιουδαιος Ioudaios

    de 2448 (no sentido de 2455 como um país); TDNT - 3:356,372; adj

    judeu, que pertence à nação dos judeus

    judeu de nascimento, origem, religião


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    μέν


    (G3303)
    mén (men)

    3303 μεν men

    partícula primária; partícula

    1. verdadeiramente, certamente, seguramente, de fato


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    πλῆθος


    (G4128)
    plēthos (play'-thos)

    4128 πληθος plethos

    de 4130; TDNT - 6:274,866; n n

    1. multidão
      1. grande número, de homens ou coisas
      2. o número inteiro, multidão inteira, assembléia
        1. multidão de pessoas

    πόλις


    (G4172)
    pólis (pol'-is)

    4172 πολις polis

    provavelmente do mesmo que 4171, ou talvez de 4183; TDNT - 6:516,906; n f

    1. cidade
      1. cidade nativa de alguém, cidade na qual alguém vive
      2. a Jerusalém celestial
        1. a habitação dos benaventurados no céu
        2. da capital visível no reino celestial, que descerá à terra depois da renovação do mundo pelo fogo
      3. habitantes de uma cidade

    σύν


    (G4862)
    sýn (soon)

    4862 συν sun

    preposição primária que denota união; TDNT - 7:766,1102; prep

    1. com

    σχίζω


    (G4977)
    schízō (skhid'-zo)

    4977 σχιζω schizo

    aparentemente, verbo primário; TDNT - 7:959,1130; v

    partir, rachar em partes, rasgar

    dividir ao rasgar

    dividir em pedaços, ser dividido


    ἀπόστολος


    (G652)
    apóstolos (ap-os'-tol-os)

    652 αποστολος apostolos

    de 649; TDNT - 1:407,67; n m

    1. um delegado, mensageiro, alguém enviado com ordens
      1. especificamente aplicado aos doze apóstolos de Cristo
      2. num sentido mais amplo aplicado a outros mestres cristãos eminentes
        1. Barnabé
        2. Timóteo e Silvano