Enciclopédia de Atos 28:26-26

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

at 28: 26

Versão Versículo
ARA Vai a este povo e dize-lhe: De ouvido, ouvireis e não entendereis; vendo, vereis e não percebereis.
ARC Dizendo: Vai a este povo, e dize: De ouvido ouvireis, e de maneira nenhuma entendereis; e, vendo, vereis, e de maneira nenhuma percebereis.
TB Vai a este povo e dize:
BGB ⸀λέγων· Πορεύθητι πρὸς τὸν λαὸν τοῦτον καὶ εἰπόν· Ἀκοῇ ἀκούσετε καὶ οὐ μὴ συνῆτε, καὶ βλέποντες βλέψετε καὶ οὐ μὴ ἴδητε·
HD dizendo: Vai a este povo e lhe diz: Ouvireis com os ouvidos , e não compreendereis; vendo, vereis e não enxergareis,
BKJ dizendo: Vai a este povo e dize: Ouvindo, ouvirão, mas não entenderão. E vendo, verão, mas não perceberão;
LTT Dizendo: 'Vai tu até este povo, e dize: ‹De ouvido, ouvireis, mas que de maneira nenhuma entendais; e, vendo, vereis, mas que de maneira nenhuma percebais;›
BJ2 "Vai ter com este povo e dize-lhe: em vão escutareis, pois não compreendereis; em vão olhareis, pois não vereis.
VULG dicens : Vade ad populum istum, et dic ad eos : Aure audietis, et non intelligetis, et videntes videbitis, et non perspicietis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 28:26

Deuteronômio 29:4 porém não vos tem dado o Senhor um coração para entender, nem olhos para ver, nem ouvidos para ouvir, até ao dia de hoje.
Salmos 81:11 Mas o meu povo não quis ouvir a minha voz, e Israel não me quis.
Isaías 6:9 Então, disse ele: Vai e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis.
Isaías 29:10 Porque o Senhor derramou sobre vós um espírito de profundo sono e fechou os vossos olhos, os profetas; e vendou os vossos líderes, os videntes.
Isaías 29:14 eis que continuarei a fazer uma obra maravilhosa no meio deste povo; uma obra maravilhosa e um assombro, porque a sabedoria dos seus sábios perecerá, e o entendimento dos seus prudentes se esconderá.
Isaías 42:19 Quem é cego, senão o meu servo ou surdo como o meu mensageiro, a quem envio? E quem é cego como o galardoado e cego, como o servo do Senhor?
Isaías 66:4 Também eu quererei as suas ilusões, farei vir sobre eles os seus temores, porquanto clamei, e ninguém respondeu; falei, e não escutaram, mas fizeram o que é mal aos meus olhos e escolheram aquilo em que eu não tinha prazer.
Jeremias 5:21 Ouvi, agora, isto, ó povo louco e sem coração, que tendes olhos e não vedes, que tendes ouvidos e não ouvis.
Ezequiel 3:6 nem a muitos povos de estranha fala e de língua difícil, cujas palavras não possas entender; se eu aos tais te enviara, certamente te dariam ouvidos.
Ezequiel 12:2 Filho do homem, tu habitas no meio da casa rebelde, que tem olhos para ver e não vê, e tem ouvidos para ouvir e não ouve; porque é casa rebelde.
Mateus 13:14 E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis e, vendo, vereis, mas não percebereis.
Marcos 4:12 para que, vendo, vejam e não percebam; e, ouvindo, ouçam e não entendam, para que se não convertam, e lhes sejam perdoados os pecados.
Marcos 8:17 E Jesus, conhecendo isso, disse-lhes: Para que arrazoais, que não tendes pão? Não considerastes, nem compreendestes ainda? Tendes ainda o vosso coração endurecido?
Lucas 8:10 E ele disse: A vós vos é dado conhecer os mistérios do Reino de Deus, mas aos outros, por parábolas, para que, vendo, não vejam e, ouvindo, não entendam.
Lucas 24:25 E ele lhes disse: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!
Lucas 24:45 Então, abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras.
João 12:38 para que se cumprisse a palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor?
Romanos 11:8 Como está escrito: Deus lhes deu espírito de profundo sono: olhos para não verem e ouvidos para não ouvirem, até ao dia de hoje.
II Coríntios 4:4 nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Atos 28 : 26
ouvidos
Lit. “audição, faculdade de ouvir”, pode ser utilizado também como sinônimo do órgão da audição, ou seja, os ouvidos.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

ROMA

56 d.C.
PAULO E PEDRO EM ROMA
Em 57 d.C., durante sua estadia em Corinto, Paulo escreveu aos cristãos de Roma. Passaram-se mais três anos até que ele pudesse visitá-los. O apóstolo permaneceu dois anos em Roma (60-62 d.C.) sob prisão domiciliar' e é provável que tenha ficado preso novamente durante o governo do imperador Nero (66-67 d.C.), quando escreveu II Timóteo, sua última carta. De acordo com a tradição, Paulo foi decapitado em Roma, junto à Via Ostia. A Igreja das Três Fontes, próxima ao terceiro marco miliário, indica o local de sua execução, e a Basílica de São Paulo fora dos Muros, cerca de 1,5 km mais próxima da cidade, marca o local de seu sepultamento. A tradição também afirma que Pedro teve um fim semelhante, mas foi crucificado.° A Basílica de São Pedro, igreja mundialmente famosa no monte do Vaticano, marca o lugar tradicional de seu sepultamento.

ROMA NO TEMPO DE PAULO
Roma se desenvolveu nas imediações do primeiro ponto de travessia do rio Tibre, a cerca de 20 km do mar. Sete colinas - Capitolina, Palatina, Quirinal, Viminal, Esquilina, Celia e Aventina- foram circundadas pelo "muro de Sérvio", datado do século IV a.C., encerrando uma área de 426 hectares. Apesar de um incêndio ter destruído metade do centro de Roma em 64 d.C., vários monumentos existentes no tempo de Paulo sobreviveram, ainda que nem sempre em sua forma original.
O foro de Roma, antigo mercado da cidade, com cerca de 175 m de comprimento por 60 m de largura, ficava num vale entre cinco das sete colinas. A medida que a cidade foi crescendo, as lojas foram transferidas para outros lugares e o foro adquiriu um papel cerimonial. Foi ornamentado com estátuas e colunas comemorativas de vitórias e cercado de pórticos e colunatas. O primeiro foro foi expandido com o acréscimo dos foros de César e Augusto. Ruínas de vários templos ainda podem ser vistas. O mausoléu de Augusto, um cilindro de pedra gigantesco com 88 m de diâmetro e 44 m de altura, com árvores ao redor e uma estátua de bronze de Augusto no alto, se encontra parcialmente preservado junto ao rio Tibre, no norte da cidade. Augusto se gabou de ter encontrado Roma construída com tijolos e tê-la deixado construída com mármore.
O teatro de Marcelo, datado de 23-13 a.C. tinha capacidade para cerca de onze mil espectadores. Dois de seus três andares ainda se encontram parcialmente preservados. O Circus Maximus ocupava o espaço entre as colinas Palatina e Aventina. Construído por Júlio César em 46 a.C., recebeu ampliações posteriores e chegou a ter mais de 600 m de comprimento, mais de 200 m de largura e capacidade para duzentas e cinquenta e cinco mil pessoas. No final da pista de corrida ficava a spin ao redor da qual quatro quadrigas percorriam sete voltas (8,4 km). No século IV, o centro da spina recebeu o obelisco de granito vermelho de Ramsés II (1279-1213 a.C.), um monumento com 32 m de altura, hoje na Piazza del Popolo. Algumas pontes romanas construídas sobre o rio Tibre, como Sublicius, Fabricius e Mulvius, ainda estão em uso hoje em dia.
Catorze aquedutos traziam para a cidade diariamente cerca de um bilhão de litros de água. O grande Aqua Claudia, iniciado em 38 d. C., trazia para Roma água de Subiaco, a 72 km da cidade. Alguns dos arcos que ainda restam dessa construção têm mais de 30 m de altura. Um enorme alojamento de tijolos foi construído para a guarda pretoriana na parte nordeste da cidade. De acordo com registros do início do século IV, Roma possuía 1.797 casas particulares e 46.602 conjuntos habitacionais ou insulae. Partes de vários deles ainda podem ser vistos hoe em dia. Os prédios desses conjuntos eram construídos com cinco ou mais andares, até que Augusto limitou sua altura em 20 m e Nero baixou essa altura máxima para 18 m.° Construídos em concreto revestido com tijolos, muitos dos prédios tinham sacadas em todo o seu redor. Várias janelas grandes se abriam para a rua e para um átrio ou abertura central que permitia a entrada de luz. Uma vez que o vidro era um material raro, é provável que as janelas fossem fechadas com venezianas de madeira. Os moradores dos andares superiores não tinham água e os banhos e latrinas eram comunitários. Em geral, o nível térreo era ocupado por lojas e, como não é de surpreender, os incêndios não eram uma ocorrência rara. Vários túmulos fora da cidade foram preservados. Talvez o mais notável seja a pirâmide de Gaio Céstio, datado de 12 a.C., uma estrutura de concreto revestida de mármore branco.

ROMA DEPOIS DE PAULO
Muitas das construções mais importantes de Roma, como os balneários de Caracala, Diocleciano e Constantino, o mausoléu de Adriano (Castelo de Santo Ângelo), as colunas de Trajano e Marco Aurélio e os arcos de Tito, Septímio Severo e Constantino, são posteriores à visita de Paulo à cidade. Três dessas construções são dignas de comentários mais detalhados. O Coliseu, um enorme anfiteatro elíptico medindo 189 m por 156 m no vale entre as colinas Esquilina e Celia, foi construído entre 70 e 80 d.C. e podia abrigar mais de cinquenta mil pessoas. O anfiteatro possuía 76 entradas e foi inaugurado com cem dias de jogos, nos quais, em apenas um dia, foram usados cinco mil animais para entreter os espectadores. Também era palco de competições de gladiadores e simulações de batalhas navais. O fato de muitos cristãos term sido martirizados nesse local garantiu sua preservação pela igreja católica. O Panteão, datado de 120-124 d.C., era um templo circular dedicado a todos os deuses, construído em concreto revestido de tijolos, com 43 m de altura e diâmetro. O ambiente é iluminado pela luz natural que entra por uma abertura circular com 8 m de diâmetro no meio da cúpula. Durante o império, Roma se expandiu muito além dos muros de 10 km de extensão construídos no século IV a.C. Mas foi só em 271 .C., depois de uma incursão de tribos germânicas no vale do Pó, que o imperador Aureliano ordenou a construção de muros novos. Com 3,5 m de espessura e construídos em concreto revestido com tijolos, esses muros levaram dez anos para serem concluídos. Com uma extensão total de 19 km, possuíam dezoito portas principais e uma torre quadrada a cada 30 m. Esses muros cercavam uma área de 1.372 hectares.

A CAPITAL DO IMPÉRIO
Roma era a capital de um império que, no século II d.C., se estendia da muralha de Adriano, no norte da Inglaterra, até o rio Eufrates, no leste da Turquia, e do rio Danúbio ao deserto do Saara. Calcula-se que o império possuía 50 a 60 milhões de habitantes, talvez um quinto ou um sexto da população do mundo na época. Em seu auge, a população de Roma pode ter chegado a um milhão, dos quais quatrocentos mil eram escravos. Em 20 a.C., Augusto colocou um marco de miliário dourado no foro romano. Na realidade, o marco era uma coluna de pedra decorada com placas de bronze banhado a ouro com inscrições
registrando a distância entre Roma e as principais cidades do império. Roma era o centro de um sistema viário cont mais de 85.000 km de estradas. Produtos de todas as partes do império e de outros lugares podiam ser encontrados em Roma. Silos gigantescos foram construídos a região sul da cidade, junto ao rio Tibre, para armazenar cereais do Egito. Calcula-se que Roma consumia, por ano, cerca de 150.000 toneladas de cereais, 75 milhões de litros de vinho e 20 milhões de litros de azeite que era usado para fins alimentares e para iluminação. Perto do Tibre, uma oitava colina (Monte Testaccio) com 30 m de altura e 800 m de diâmetro foi criada com ânforas (recipientes de azeite) quebradas. Calcula-se que a colina é formada por 53 milhões de ânforas despedaças, com capacidade total para 2 bilhões de litros de azeite.

ALÉM DE ROMA: A NOVA JERUSALÉM
O apóstolo João foi exilado na ilha grega de Patmos, provavelmente durante o governo do imperador romano Domiciano (81-96 d.C.). No livro de Apocalipse, João fornece uma descrição detalhada de produtos comercializados em Roma: "Mercadoria de ouro, de prata, de pedras preciosas, de pérolas, de linho finíssimo, de púrpura, de seda, de escarlata; e toda espécie de madeira odorífera, todo gênero de objeto de marfim, toda qualidade de móvel de madeira preciosíssima, de bronze, de ferro e de mármore; e canela de cheiro, especiarias, incenso, unguento, bálsamo, vinho, azeite, flor de farinha, trigo, gado e ovelhas; e de cavalos, de carros, de escravos e até almas humanas" (Ap 18:12-13).
A cidade em sua descrição é chamada de "Babilônia", da qual o juízo vem em uma só hora. Não se sabe ao certo se João estava se referindo especificamente a Roma, porém uma referência às sete colinas (ou "montes") em Apocalipse 17:9 dá espaço para esta suposição. Pode ser mais provável que, em última análise, o apóstolo esteja antevendo a queda de todo o sistema mundial. Não há dúvida que João olha além de Roma e vislumbra a substituta da Babilônia, a Nova Jerusalém. "Nela, não vi santuário, porque o seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro. A cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua lâmpada" (Ap 21:22-23).

 

Referências:

Atos 28:16-30

Apocalipse 18:10

Planta urbana de Roma Capital do império, Roma tinha cerca de um milhão de habitantes.
Planta urbana de Roma Capital do império, Roma tinha cerca de um milhão de habitantes.
O fórum romano; ao fundo, o Coliseu.
O fórum romano; ao fundo, o Coliseu.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Atos Capítulo 28 do versículo 1 até o 31
2. O Inverno em Malta (Atos 28:1-10)

Depois dos horrores de duas semanas no mar tempestuoso, a terra firme deve ter parecido muito confortante para os que sobreviveram ao navio. Não haveria mais nave-gação durante diversos meses, porque a prática era proibida no inverno.

a. O Milagre da Preservação (28:1-6). Havendo escapado (1) — lit., "tendo chega-do em segurança" — eles (o melhor texto grego diz "nós") — então, souberam que a ilha se chamava Malta (ver o mapa 3), que nessa época pertencia à província da Sicília.

Os bárbaros (2) — esta é literalmente a mesma expressão traduzida como "bárba-ros" no versículo 4. Como eram um povo civilizado, talvez "os nativos" (Phillips) seja uma tradução mais adequada. Lucas, por ser grego, reflete o ponto de vista grego. Assim como os judeus chamavam de "gentios" todos os estrangeiros, também os gregos aplicavam o epíteto "bárbaros" a todos aqueles que não falavam grego. Alford diz que este "é um termo que tem o significado muito próximo da nossa palavra nativos, quando em refe-rência a qualquer lugar novo ou pouco conhecido"."50s habitantes de Malta falavam um dialeto fenício.

Os nativos trataram os sobreviventes do naufrágio com não pouca humanidade, lit. "com humanidade incomum" (philanthropia, somente aqui e em Tt 3:4). Acendendo uma grande fogueira, receberam junto a ela os refugiados, por causa da chuva e do frio. Isto implica que o vento nordeste ainda estava soprando.

Paulo juntou-se às pessoas reunidas ao redor da fogueira. Quando ele colocou um punhado de vides, (um feixe de gravetos) no fogo, repentinamente uma víbo-ra... lhe acometeu a mão (3). Alguns fizeram objeções, dizendo que agora não existem mais víboras em Malta. Smith faz um comentário bastante sensato: "Sobre esta questão, simplesmente observo que ninguém que tenha estudado as mudanças que as operações do homem produzem na fauna de qualquer país, ficaria surpreso por saber que uma espécie particular de répteis tenha desaparecido, como aquela de Malta".'"

Com base em informações do grande Professor Agassiz, de Cambridge, Hackett diz que as víboras ficam apáticas no clima frio, e que esta evidentemente estava despertada pelo calor (grego, therme), criado através da madeira na fogueira. As víboras espreitam em regiões rochosas, como parece ser esta região. Hackett prossegue: "Elas também es-tão acostumadas a se arremessar aos seus inimigos, algumas vezes se deslocando por vários metros com um único salto. E assim, esta que aqui é mencionada poderia ter alcançado a mão de Paulo, porque ele estava próximo ao fogo".667 Lake e Cadbury dizem que acometeu-lhe a mão significa que a serpente o picou.' O verbo acometer "era empregado por todos os escritores médicos".'

Os nativos observaram a víbora (therion) — lit., "animal selvagem" — pendurada na mão de Paulo (4). Hobart escreve: "Lucas usa esta palavra exatamente da mesma maneira que os autores médicos, que a empregavam para se referir às serpentes veneno-sas, e em particular às víboras (echidna) ".'

Os habitantes da ilha consideraram que Paulo deveria ser um homicida, pois em-bora tivesse escapado do mar, ele finalmente fôra pego pela Justiça — lit., vingado pela justiça. Provavelmente julgavam que fosse uma deusa, a "Justiça" (NASB).

Naturalmente, os presentes esperavam ver Paulo cair morto (6). Mas depois de passado um considerável tempo, e vendo que ele obviamente estava incólume, mudan-do de parecer, diziam que era um deus. Lake e Cadbury chamam a atenção para a alternância entre os tempos aoristo e imperfeito neste versículo, e assim o traduzem: "Mas esperaram, antecipando que ele fosse inchar ou cair de repente; mas quando já tinham esperado um longo tempo e viram que nada errado acontecia com ele, mudaram de idéia e começaram a dizer que Paulo era um deus".' Lembramo-nos da mesma reação por parte do povo de Listra (Atos 14:11).

Uma característica intrigante deste parágrafo é o uso abundante de termos médi-cos, pois a cena é narrada através dos olhos de Lucas, o médico. Harnack diz: "Toda a seção, Atos 28:3-6, tem o colorido dos matizes médicos"."

b. Milagres de Cura (28:7-10). Próximo daquele mesmo lugar (7) — melhor "nas proximidades daquele lugar" — havia umas herdades — "terras" ou "propriedades" -que pertenciam ao principal da ilha. A palavra grega para principal é protos, "pri-meiro". Lake e Cadbury escrevem: "A descoberta de duas inscrições que usam a palavra para denotar um oficial de Malta dá cor à sugestão de que este é o nome de um represen-tante do governo romano na ilha (que pertencia à província da Sicília), ou algum oficial nativo".' Eles acrescentam: "Sendo assim, a palavra no livro de Atos é outro exemplo da nomenclatura local correta comparável aos politarcos em Tessalônica".'

O nome do oficial era Públio. Ele nos recebeu — "nos deu as boas-vindas" — e hospedou — "acolheu" — benignamente — grego, philophronos, que significa "gentil-mente, com amizade" — por três dias. "Talvez a sugestão seja que depois destes três dias eles foram para a cidade no interior da ilha"."

O pai de Públio estava acamado com febres (8) — plural em grego, talvez sugerin-do "ataques intermitentes de febre76'6 — e disenteria (em grego, dysenterion). Paulo... havendo orado, pôs as mãos sobre ele e o curou.

O resultado foi que vieram — "estavam vindo" (imperfeito) — também ter com ele os demais — lit., "o resto das pessoas da ilha" — que na ilha (9) tinham enfermi-dades — lit., "fraquezas" ou "debilidades", e portanto "doenças" — e sararam — "fo-ram curados" (NASB). Esta é uma palavra diferente para sarar no versículo 8. Aqui é therapeuo, a base de muitos termos médicos e psicológicos.

Barclay faz uma observação apropriada neste ponto. Ele observa que, embora Paulo tivesse o dom de curar, ele mesmo teve de suportar "o espinho na carne". Barclay diz: "ele curava outras pessoas, embora não pudesse curar a si mesmo. Como o seu Mestre em outro sentido, "salvou outros quando não pôde salvar-se a si mesmo".' Ele também dá um exemplo interessante: "Beethoven, por exemplo, deu ao mundo uma música imortal, enquanto ele mesmo, sendo surdo, nunca ouviu"." Isto é criatividade sem egoísmo.

Como um agradecimento pelo ministério de cura de Paulo, as pessoas de Malta, diz Lucas, nos distinguiram também com muitas honras (10). Lumby comenta: "Sem dúvida, estavam incluídos presentes como dinheiro e coisas que seriam necessá-rias para os viajantes que tinham perdido tudo no naufrágio".679 Quando o grupo partiu, nos proveram das coisas necessárias, ou seja, forneceram ao grupo amplas provisões para o restante da viagem até à Itália. As quase trezentas pessoas no grupo tinham uma dívida muito grande para com Paulo, que, sob a orientação de Deus, tinha tornado tudo isto possível — a sua própria sobrevivência e agora as provisões para as suas necessidades.

3. De Malta a Roma (Atos 28:11-16)

O tempo passado na ilha de Malta foi três meses (11), provavelmente novembro, dezembro e janeiro. Durante esta época, não havia navegação no Mediterrâneo. Plínio, em seu livro Natural History (ii. 47), diz que a navegação começou no dia 7 de fevereiro, com a chegada da primavera.'" Outro autor romano, Vegécio, declara que os mares esta-vam fechados de 11 de novembro até 5 de março, e eram perigosos desde 14 de setem-bro.' É óbvio que havia alguma divergência de opinião sobre a duração exata da estação de navegação. Mas todos concordam que durante novembro, dezembro e janeiro não era seguro aventurar-se no Mediterrâneo. Josefo fala de mensageiros enviados de Roma à Palestina que "foram surpreendidos por uma tempestade e ficaram detidos no mar du-rante três meses".682

Ao final de três meses em Malta, Lucas diz: partimos — "embarcamos num navio" (NASB) — num navio de Alexandria — outro navio que levava trigo do Egito à Itália, como aquele que tinha naufragado (cf. Atos 27:6) — que invernara na ilha — provavelmen-te no porto principal de Valetta. O qual tinha por insígnia Castor e Pólux. Estas são somente duas palavras em grego. A primeira é um adjetivo que significa "marcado com um sinal", aqui usado como um substantivo", "figura de proa".683 A segunda é Dioskouroi, que significa "Os irmãos gêmeos". Assim, uma possível tradução é: "Que tinha os irmãos gêmeos como sua figura de proa" (NASB). A referência é aos dois filhos de Zeus, Castor e Pólux. Estes deuses gêmeos "eram objeto favorito de adoração dos marinheiros, que a eles pediam ajuda em ocasiões de tempestade".684 Aparentemente, as imagens eram es-culpidas de cada lado da proa do navio; Castor de um lado e Pólux do outro.

Aparentemente, o navio partiu de Malta em fevereiro. Ramsay sugere: "Como o outono era normalmente tempestuoso, é provável que o tempo mais agradável tivesse começado mais cedo".' Evidentemente, um constante vento sul começou a soprar, pois eles navegaram quase que diretamente para o norte até Siracusa (ver o mapa

3) -"Há não mais de um dia de viagem de Malta"' (cerca de oitenta milhas náuticas). Siracusa (12), na costa leste da Sicília, era o principal porto e a principal cidade da-quela ilha. Ali eles permaneceram durante três dias, supostamente porque o vento favorável tinha cessado.

De Siracusa, eles prosseguiram costeando (13) — "fizeram uma curva" (RSV) ou "deram a volta" (Phillips) — e chegaram a Régio. Esta era uma cidade na extremidade sul da Itália, cerca de onze quilômetros do outro lado do estreito de Messina, na Sicília. Parece que, depois de esperar em vão durante três dias em Siracusa, que o vento sul soprasse novamente, finalmente partiram e tomaram um vento nordeste, fazendo uma viagem mais longa até Régio.

Mas ali foram favorecidos. Soprando, um dia depois — de um atraso adicional em Régio — um vento do sul, chegamos no segundo dia a Putéoli, "tendo percorri-do uma distância de cerca de quase 180 milhas náuticas em menos de dois dias"." Navegando a favor do vento, desfrutavam um tempo excelente. Smith escreve: "Putéoli era então, como é agora, a parte mais abrigada da baía de Nápoles. Era o principal porto do sul da Itália e... um grande empório para os navios de trigo de Alexandria"."

Em Putéoli... achando alguns irmãos (14). Isto foi provavelmente um grande con-forto para Paulo, Lucas e Aristarco, que provavelmente não tinham visto outros cristãos em seis meses. O centurião graciosamente permitiu que Paulo passasse uma semana com esses crentes. Em lugar de nos rogaram — lit., "imploraram" (a palavra também pode significar "confortaram") — alguns manuscritos apresentam: "Estavam conforta-dos, porque ficamos".

E depois nos dirigimos a Roma é literalmente "e assim chegamos a Roma" (NASB). O texto parece um pouco estranho, quando comparado a "logo que chegamos a Roma" (16). Ramsay opina que Roma significa todo o distrito em 14, mas a cidade propriamen-te dita em 16.6" Mas Lake e Cadbury rejeitam esta teoria por causa da expressão de lá (de Roma), no versículo 15. Eles sugerem uma interpretação mais simples e satisfatória: "Portanto o provável significado é simplesmente: 'E de Putéoli fomos diretamente a Roma'".' E acrescentam: "Depois desta afirmação geral, na qual houtos [depois] enfatiza o cumprimento da profecia, o autor prossegue dando detalhes deste último estágio da viagem".692

Sobre a frase "Logo que chegamos a Roma", Knowling faz esta pertinente observa-ção: "Existe um tipo de triunfo nas palavras. Como um imperador que lutou e venceu uma batalha naval, Paulo entrou naquela cidade imperial; ele nunca tinha estado mais perto da sua coroa; Roma o recebeu atado 'e viu-o coroado e proclamado vencedor"."
As palavras e depois nos dirigimos a Roma poderiam ser a base de um sermão sobre "o preço da obediência", onde poderíamos observar: 1. O panorama (19-21; cf. Rm 1:15) ; 2. A promessa (23,11) ; 3. O preço (em Jerusalém, em Cesaréia e no mar). Mas finalmente chegamos a Roma (16). Definitivamente, independentemente dos proble-mas no caminho, todas as almas obedientes atingem o destino indicado por Deus. Isto se aplica tanto aos objetivos nesta vida como em relação à nossa morada eterna.

A distância entre Putéoli e Roma era de aproximadamente 224 quilômetros, uma jornada razoavelmente longa para aqueles dias. Mas alguns dos irmãos (15) em Roma, tendo sabido da chegada de Paulo à Itália, lhes saíram ao encontro à Praça de Ápio, a 69 quilômetros de Roma na antiga via Ápia. Outros cristãos juntaram-se ao grupo em Três Vendas, a 53 quilômetros de Roma.

A respeito de encontro — lit., "para um encontro" — Bruce escreve: "Apantesis parece ser um tipo de termo técnico para a recepção oficial de um dignitário recém-chegado por uma delegação que saía da cidade para encontrá-lo e escoltá-lo; portanto, existe um profundo significado no uso desta palavra para descrever a recepção oferecida a Paulo pela igreja romana".694

Paulo, vendo os cristãos que tinham vindo encontrá-lo, deu graças a Deus e tomou ânimo. O apóstolo pode ter imaginado que tipo de recepção ele teria por parte da igreja romana. Se ele tivesse alimentado quaisquer dúvidas ou medos, teriam sido rapi-damente dissipados pela calorosa recepção que lhe foi dada. A presença destes crentes amistosos deve ter trazido grande conforto para o apóstolo.

Logo que chegamos a Roma (16) — mais apropriadamente "quando entramos em Roma" (NASB) — o centurião entregou os presos ao general dos exércitos. Provavelmente era o comandante da guarda pretoriana. Como um favor especial para o seu extraordinário prisioneiro, a Paulo se lhe permitiu morar por sua conta, com o soldado que o guardava. Podemos ter certeza de que o centurião tinha recomendações sobre Paulo. A carta que Festo enviou também indicaria que Paulo não era um criminoso perigoso.

O último nós (subentendido aqui) do livro aparece aqui. Lake e Cadbury observam: "O versículo 16 encerra as 'seções — nós', e o autor adiciona um parágrafo de conclusão, resumindo os dois anos seguintes, que Paulo passou em Roma".

L. ROMA, Atos 28:17-31

  1. A Reunião com os Líderes Judeus (28:17-22)

Três dias depois (17) — provavelmente passados em visitas dos cristãos que ti-nham vindo para vê-lo — Paulo convocou os principais dos judeus. Cláudio tinha decretado o desterro de todos os judeus de Roma (18.2), mas está claro que muitos ti-nham retornado. O apóstolo estava dando continuidade, mesmo em Roma, a sua política de ministrar primeiramente aos judeus.

A estes líderes judeus locais, ele disse que embora não tivesse feito nada contra o povo ou contra os ritos paternos, ainda assim acabou sendo... entregue nas mãos dos romanos. Quando examinado por eles, ele poderia ter sido libertado (18), mas quando os judeus pareciam determinados a vê-lo morto, ele tinha apelado a César (19). Então ele acrescentou: não tendo, contudo, de que acusar a minha nação. O que ele evidentemente quer dizer é que estava completamente na defensiva nos seus julga-mentos perante Félix e Festo; ele não trouxe acusações contra aqueles que o tinham acusado. Os judeus ainda eram o seu povo.

Paulo então anunciou a razão pela qual tinha desejado falar com eles: porque pela esperança de Israel estou com esta cadeia (20). Esta era a esperança messiânica e a fé na ressurreição (cf. Atos 23:6-26:6-8).

Em resposta, os líderes judeus de Roma disseram que eles não tinham recebido nenhuma carta de Jerusalém a respeito dele, nem alguma informação de alguém da Judéia contra ele (21). Isto parece um pouco surpreendente, devido aos dois anos que Paulo passou na prisão em Cesaréia. Bruce faz 'uma sugestão útil: "A lei romana era severa contra os acusadores malsucedidos; é provável, portanto, que eles tenham abafa-do o caso" 696

Os judeus queriam ouvir Paulo falar por si mesmo (22). Tudo o que eles sabiam era que quanto a esta seita (hairesis; cf. Atos 5:17-15.5; 24.5,
14) notório nos é que em toda parte se fala contra ela.

  1. A Rejeição de Jesus (Atos 28:23-29)

Foi definido um dia em que Paulo pudesse explicar a sua posição religiosa (23). No dia indicado, muitos foram ter com ele à pousada, ou "como seus convidados" (NEB). A eles, declarava — "explicava" — com bom testemunho — lit., "confirmava com o seu testemunho"' — o Reino de Deus. Ele tinha um conhecimento original do Reino em seu próprio coração.

Desde pela manhã até à tarde, Paulo discursou e procurou persuadi-los à fé de Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas. Esta deve ter sido uma expo-sição magnífica, superada apenas por aquela que o próprio Senhor Jesus fez aos discípu-los a caminho de Emaús (Lc 24:27).

Como sempre, a resposta foi mesclada: alguns criam — lit., "foram persuadidos"—no que se dizia, mas outros não criam (24). Mesmo na atualidade, o pregador do Evangelho passa pela mesma reação dupla por parte dos seus ouvintes. Maclaren nos lembra que "cada um de nós pertence a uma ou a outra dessas duas classes",'" e prosse-gue: "O mesmo fogo derrete a cera e endurece a argila; a mesma luz é alegria para os olhos sadios e agonia para os enfermos; a mesma palavra tem sabor de vida para a vida, e sabor de morte para a morte; o mesmo Cristo existe para a queda e para a ressurreição dos homens, e é para alguns a fundação segura sobre a qual eles constroem com seguran-ça — mas para outros a pedra sobre a qual eles tropeçam e se machucam, e que, quando cai sobre eles, os reduz a pó"."

Quando os judeus começaram a discutir entre si, Paulo lhes disse esta palavra: Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías (25). Este é um dos muitos testemunhos que o Novo Testamento dá sobre a inspiração e autoridade divinas do Antigo Testamento.

A citação dos versículos 26:27 é de Isaías 6:9-10. Paulo já a tinha usado em Roma-nos 11:8. De maneira semelhante, Jesus aplicou-a aos judeus que o rejeitaram (Mt 13:13-15; ver BBC, VI, 132-33).

A seguir, Paulo repetiu uma declaração que ele tinha feito, em essência, em duas ocasiões anteriores (cf. 13 46:18-6). Ele disse: Seja-vos, pois, notório que esta salva-ção de Deus é enviada aos gentios, e eles a ouvirão (28). Bruce comenta: "Assim, enquanto o livro de Atos registra a expansão do Evangelho entre os gentios, também registra progressivamente a rejeição dele pela maior parte da nação judaica".'

O versículo 29 não está presente nos manuscritos gregos mais antigos. Por essa razão, ele também tem sido omitido por várias versões atuais (ERV, ASV, RSV, NEB, NASB).

3. Dois Anos em Roma (Atos 28:30-31)

Por que o livro de Atos termina com a menção de Paulo passando dois anos na prisão em Roma? A dedução mais natural é que ele foi libertado no final dos dois anos inteiros (30). Alguns pensam que ele pode ter sido absolvido. Por exemplo, Ramsay escreve: "O fato de que ele foi absolvido é uma exigência, tanto por parte das evidências em Atos... quanto por outras razões bem fundamentadas e propostas por outros".' No entanto, em um artigo posterior, Ramsay adotou a opinião de Lake,'" fornecida a seguir. Lake sugere que os acusadores judeus deixaram de aparecer, e assim Paulo foi libertado. Ele especula — não há um conhecimento seguro sobre este ponto — que dois anos pudessem ser o limite legal para manter um prisioneiro à espera de julgamento.'" Bruce conclui: "De-pois de dois anos, o caso provavelmente prescrevia".'" De acordo com isto, Winn diz: "Não é improvável que o caso tenha prescrito por falta de acusação".'"

Durante estes dois anos, Paulo ficou na sua própria habitação que alugara. Lake e Cadbury preferem a expressão "às suas próprias custas" (cf. RSV, NEB). Eles dizem: "Não existem evidências de que misthoma signifique 'uma casa alugada' (AV) ".

Paulo recebia todos quantos vinham vê-lo, pregando (30-31) — "proclamando" — o Reino de Deus e ensinando as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo. Assim, o seu ministério era uma combinação de pregação e de ensino. Ele fazia isto com toda a liberdade. O substantivo grego parresia é uma palavra interessante (cf. Atos 4:13-29,31), e significa: "1. Falar abertamente, franqueza, objetividade no falar, que não esconde nada e não ignora nada... 2. 'Abertura' algumas vezes leva à abertura ao público, diante de quem ocorre o falar e o agir... 3. Coragem, confiança, ousadia, destemor, espe-cialmente na presença de pessoas de nível elevado".'

Sem impedimento algum é uma única palavra em grego, um advérbio que signi-fica "sem nenhum obstáculo".708 Arndt e Gingrich traduziram as duas últimas frases como "bastante abertamente e sem obstáculos".709 Este foi o triunfo final de Paulo no livro de Atos. Ele tinha se erguido corajosamente diante de Félix, de Festo e de Agripa, testemunhando destemidamente a favor de seu Senhor. Agora, como um prisioneiro ro-mano, ainda pregava o Evangelho eterno. Ele não tinha a liberdade de sair, mas minis-trava a todos aqueles que vinham a ele.

Desta cena final do livro de Atos, dois pontos significativos são sugeridos por Alexander Maclaren: 1. Os caminhos inesperados e nem sempre bem-vindos de Deus para realizar os nossos desejos, e os seus propósitos. Paulo desejou durante um longo tempo pregar em Roma (Rm 15:23), mas ele não teria escolhido esta maneira de ir até lá — como um prisioneiro acorrentado. "A fúria judaica, os ardis do estado e a permanência da lei roma-na, dois anos em uma prisão, uma viagem em meio a uma tempestade, um naufrágio, acabaram por conduzi-lo ao seu objetivo tão desejado, por tanto tempo". 2. A equivocada estimativa de grandeza do mundo. Maclaren escreve: "Quem era o maior homem em Roma naquela época? Não o César, mas o pobre prisioneiro judeu".71°

Como o propósito de Lucas era descrever a divulgação do Evangelho, desde Jerusa-lém até Roma, ele termina com um breve resumo do ministério de Paulo nesta cidade imperial. Não conhecemos o motivo por que ele interrompe o livro aqui. Qualquer respos-ta seria somente especulação.
Alguns opinam que Lucas pretendia escrever um terceiro volume. Mas isto é duvi-doso. Outros opinam que Paulo foi executado. Mas isto não combina facilmente com o silêncio de Lucas a esse respeito. A conclusão mais natural é que Paulo foi libertado e Lucas simplesmente terminou a história.

APARIÇÕES DE JESUS

APÓS A RESSURREIÇÃO

  1. A MARIA MADALENA

(Marcos 16:9-11; João 20:11-18)

  1. A OUTRAS MULHERES

(Mateus 28:9-10; Lucas 24:9-11)

  1. A DOIS DISCÍPULOS no CAMINHO DE EMAÚS

(Marcos 16:12-13; Lucas 24:13-35)

  1. A SIMÃO PEDRO

(Lucas 24:33-35; I Coríntios 15:5)

  1. Aos DISCÍPULOS (na ausência de Tomé)

(Marcos 16:14; Lucas 24:36-48; João 20:19-25)

  1. A TOMÉ e OUTROS DISCÍPULOS

(João 20:26-31; I Coríntios 15:5)

  1. A SETE DISCÍPULOS no MAR DA GALILÉIA

(João 21:1-23)

  1. A MAIS DE QUINHENTAS PESSOAS

(1 Corintios 15:6)

  1. A TIAGO

(I Coríntios 15:7)

  1. Aos ONZE (A Grande Comissão)

(Mateus 28:16-20; Marcos 16:15-18)

  1. Aos DISCÍPULOS no MONTE DAS OLIVEIRAS (Marcos 16:19-20; Lucas 24:50-53; Atos 1:9-12)
  2. Ao APÓSTOLO PAULO

(I Coríntios 15:8)


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Atos Capítulo 28 do versículo 1 até o 31
*

28.1 Malta. A antiga Malta (o nome significa “um lugar de refúgio”) foi povoada pelos fenícios que chegaram ali cerca de 1000 a.C. Malta mede 13 por 29 km e está 96 km ao sul da Sicília e 256 km a nordeste de Cirene, no norte da África.

* 28.3-5 Por terem sangue frio, as cobras podem tornar-se rígidas e sem movimento no clima frio, e Paulo deve ter pego a serpente junto com os gravetos. Alguns sugerem que a serpente não era venenosa, mas a palavra grega traduzida por “víbora” no v.4, é usada para designar animais perigosos e cobras venenosas, e há pouca razão para duvidar da identificação pelos ilhéus da cobra como sendo venenosa.

* 28.6 mudando de parecer. Existe alguma ironia na reavaliação que os ilhéus fizeram do caráter de Paulo — de um assassino destinado à morte para o de um deus. Isto relembra os eventos de Listra, onde primeiro o povo aclamou Paulo e Barnabé como deuses, e então apedrejaram Paulo quase até à morte (14.11-20).

* 28.7 homem principal... Públio. Otávio Augusto instalou um governador romano em Malta que, de acordo com as inscrições, era o “principal homem sobre toda a municipalidade de Malta”. Isto encaixa bem na descrição que Lucas faz de Públio como sendo “o homem principal da ilha”. Públio mostrou aos visitantes hospitalidade em sua propriedade na ilha.

*

28.8 enfermo de disenteria... febre. A palavra grega sugere repetidos ataques febris. A doença tem sido diagnosticada em tempos modernos como sendo febre de Malta, causada pelo leite das cabras maltesas.

* 28.16 morar por sua conta... guardava. Sob prisão domiciliar, Paulo morava em sua própria casa alugada. Ali ele podia receber seus amigos e ministrar para grupos tais como os judeus romanos.

* 28.30,31 De 60 a 62 d.C., Paulo esteve sob prisão domiciliar pregando e ensinando a qualquer um que quisesse ouvir. Seu assunto pode ser resumido como o reino de Deus e Jesus Cristo. No final de Atos, Paulo ainda não tinha sido julgado perante Nero, como o Senhor disse que iria acontecer (27.24). Parece que Paulo esperava ser inocentado e solto (Fp 1:25; 2:24; Fm 22). Isto deve ter ocorrido antes de 64 d.C., quando Nero incendiou Roma e acusou os cristãos desse crime. Quando solto, Paulo parece ter retomado seu ministério, indo até a Grécia (Nicópolis, Tt 3:12; Tessalônica, 2Tm 4.10), Creta (Tt 1:5), e Ásia Menor (Éfeso, 2Tm 1.18; 4:12; Trôade, 2Tm 4.13; Mileto, 2Tm 4.20). Possivelmente ele foi até a Espanha (Rm 15:23,24,28) como o escrito do século I que 1 Clemente parece indicar. Em cerca de 67 d.C. Paulo foi preso novamente por Nero e executado. Em 2Tm 4:6-8, Paulo preve o fim de sua vida.

*

28.31 com toda a intrepidez, sem impedimento algum. Para Paulo, Lucas e todos que vieram depois, a mensagem sobre Jesus e o glorioso reino de Deus devia ir em frente em triunfo.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Atos Capítulo 28 do versículo 1 até o 31
28:1 A ilha de Malte se achava a cem quilômetros ao sul da Sicilia. Tinha portos excelentes e estava se localizada em forma ideal para o comércio.

28:2 Os ancestros dos ilhéus em Malte eram fenícios.

A VIAGEM NO DIRECCION A Roma: Paulo iniciou na Cesarea sua viagem de três mil e duzentos quilômetros para Roma. Para evitar os mares abertos, seguiam a linha costeira. Em Olhe tomou uma embarcação rumo à Itália. Chegou com dificuldade ao Gnido, logo passou a Giz, para desembarcar em Bons Portos. A próxima parada foi Fenece, mas fortes ventos desviaram a nave que se dirigiu ao sul costeando a ilha da Clauda, logo andaram duas semanas à deriva até que naufragaram na ilha de Malte.

28:3 Deus prometeu ao Paulo uma travessia segura (27.23-25) e não permitiria que nada detivera seu servo. A víbora venenosa que mordeu ao Paulo não pôde lhe causar danifico. Nossas vidas estão nas mãos de Deus, seja para continuar ou terminar no tempo de Deus. Paulo tinha ainda tarefas que Deus queria que as levasse a cabo.

28:6 Estas pessoas eram muito supersticiosas e acreditavam em muitos deuses. Quando viram que ao Paulo não afetou o veneno da víbora, pensaram que estavam diante de um deus. Uma situação similar se narra em At 14:11-18.

28.7, 8 Paulo continuou ministrando a outros, até como náufrago e prisioneiro. Somente nesta viagem, o centurião, o principal de Malte e muitos outros receberam sua influência. Não é de assombrar-se que o evangelho se pulverizasse como fogo desenfreado.

28:15 De onde vieram os irmãos de Roma? A mensagem do evangelho se pulverizou por Roma em formas diversas. Muitos judeus que viviam em Roma visitaram Jerusalém durante as festas religiosas. Alguns possivelmente assistiram no Pentecostés (2.10), acreditaram no Jesus e levaram a mensagem a sua volta a Roma. Também, Paulo escreveu sua carta aos romanos antes de visitá-los.

28:15 O Foro de Aipo era um povo situado a 70 km ao sul de Roma; Três Botequins estava localizado a 55 km ao sul de Roma. Um botequim era um lugar onde se vendiam mantimentos e se oferecia alojamento aos viajantes. Os cristãos publicamente foram para receber ao Paulo e animá-lo.

28:17 O decreto do Claudio de expulsar aos judeus de Roma (18,2) deveu ter sido temporal porque os líderes judeus retornaram a Roma.

28.17-20 Paulo queria pregar o evangelho em Roma e, finalmente chegou ali encadeado, através de naufrágios e depois de muitas provas. A pesar que pôde ter desejado uma travessia mais fácil, sabia que Deus o tinha bento muito ao lhe permitir reunir-se com os crentes em Roma e pregar a mensagem a judeus e a gentis nessa grande cidade. Deus fez que todas as coisas redundassem para o bem do Paulo (Rm 8:28). Pode confiar em que O fará o mesmo por você. Deus possivelmente não lhe fará as coisas cômodas nem seguras, mas lhe dará a oportunidade de fazer sua obra.

28:22 Os romanos denunciavam aos cristãos em todas partes porque os viam como uma ameaça para o sistema romano. Os cristãos acreditavam em um Deus, em troca os romanos tinham muitos deuses, incluindo o César. Os cristãos estavam comprometidos a uma autoridade de maior fila que o César.

28:23 Paulo usou o Antigo Testamento para ensinar a quão judeus Jesus era o Messías, o cumprimento das promessas de Deus. A epístola aos Romanos escrita dez anos antes, revela o diálogo que sustentou Paulo com os judeus em Roma.

28:30 Enquanto Paulo viveu sob arresto domiciliário, fez mais que falar com os judeus. Escreveu cartas, chamadas usualmente suas epístolas da prisão: Efesios, Colosenses e Filipenses, deste modo cartas pessoais, como a dirigida ao Filemón. Lucas estava com ele em Roma (2Tm 4:11). Timoteo o visitou freqüentemente (Fp 1:1; Colosenses l.l; Fm 1:1), como o fizesse Tíquico (Ef 6:21), Epafrodito (Fp 4:18) e Marcos (Cl 4:10). Paulo atestou a todo o pretorio (Fp 1:13) e se relacionou com os crentes de dita cidade.

28:30 A tradição diz que liberaram o Paulo depois de dois anos de arresto domiciliário em Roma e que empreendeu uma quarta viagem. Algumas raciocine para esta tradição são: (1) Lucas não nos dá detalhes de seu julgamento ante o César e ele era um cronista meticuloso; (2) a fiscalía tinha dois anos para trazer o caso a julgamento, talvez o tempo transcorreu e, portanto, acabou-se; (3) em sua carta aos filipenses, escrita durante sua prisão em Roma, Paulo dá a entender que muito em breve o poriam em liberdade e que estaria em condições de empreender uma nova viagem; (4) Paulo menciona vários lugares aos que queria levar o evangelho, os quais nunca visitou em suas três primeiras viagens; e (5) a literatura cristã primitiva fala claramente a respeito de outras viagens do Paulo. Ao melhor durante o tempo de liberdade, Paulo continuasse com suas viagens em forma extensa, até chegando a Espanha (veja-se Rm 15:24, Rm 15:28) e retornando às Iglesias na Grécia. As epístolas de 1 Tmmoteo e Tito se escreveram neste lapso. Mais tarde, encarceraram de novo ao Paulo, talvez em Roma, onde ele escreveu sua última epístola (2 Tmmoteo).

28:31 por que o livro de Feitos termina aqui? O livro não tráfico da vida do Paulo, a não ser a respeito da expansão do evangelho e isto se apresenta com claridade. Ao parecer, Deus pensou que não era necessário que alguém escrevesse um livro adicional que narrasse a continuação da história da igreja primitiva. Agora que o evangelho se pregou e estabelecido no centro comercial e governamental, poderia difundir-se em todo mundo.

28:31 O livro de Feitos narra a história da igreja cristã e sua expansão em círculos cada vez mais amplos tocando a Jerusalém, Antioquía, Efeso e Roma: as cidades mais influentes do mundo oriental. Feitos também mostra os milagres surpreendentes e os testemunhos dos heróis e mártires da igreja primitiva: Pedro, Esteban, Jacóo, Paulo. O Espírito Santo impulsionou e levou todo o ministério ao obrar na vida de gente ordinária: mercados, viajantes, escravos, carcereiros, líderes de igreja, homens, mulheres, gentis, judeus, ricos, pobres. Muitos heróis desconhecidos da fé continuam os fatos do Espírito Santo através de gerações posteriores, trocando o mundo com uma mensagem que segue sendo o mesmo: Cristo Jesus é Senhor e Salvador para todo aquele que lhe segue. Hoje podemos ser heróis anônimos na continuação da história da difusão do evangelho. É essa mesma mensagem que como cristãos devemos levar a nosso mundo, para que muitos mais ouçam e

criam.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Atos Capítulo 28 do versículo 1 até o 31
  1. O ministério em Malta (28:1-10)

Os gregos consideravam "bárbara" qualquer pessoa que não falasse grego. O grupo ficou em Malta por três meses (v. 11), e os nativos os trataram com humanidade. É pos-sível imaginar como os prisioneiros estavam molhados e com frio quan-do chegaram à praia! Paulo ajudou a juntar madeira para a fogueira, embora agora fosse o líder e o sal-vador do grupo. (Veja 20:34-35.) Satanás, a serpente, atacou-o, mas Deus protegeu-o. (Veja Mc 16:18.) A reação dos nativos foi totalmente oposta à do povo de Listra (14:11-

  1. . Cuide-se para não acreditar na opinião da multidão!

Públio, o líder da ilha, hospe-dou Paulo e seus companheiros por três dias. Paulo curou o pai de Pú-blio e muitos nativos que estavam doentes. Deus permitiu que Paulo fizesse esses milagres a fim de que conquistasse a confiança do povo, que, em troca, ajudou a ele e a seus companheiros quando, depois de três meses, partiram rumo a Roma (v. 10). Parece que, durante o minis-tério de Paulo, o dom dos milagres e das curas extinguiu-se gradualmen-te. Em Éfeso (At 19:0! Em Putéoli, Paulo ficou uma semana com os crentes, talvez en-quanto o navio demorava-se por causa de negócios.

Os crentes arranjaram um en-contro com Paulo quando a notícia de sua chegada alcançou Roma (Pu-téoli era o principal porto de Roma). Houve bastante tempo para a troca de mensagens entre as igrejas, já que Paulo ficou uma semana em Putéoli. É maravilhoso pertencer à irmandade do evangelho e encon-trar "irmãos e irmãs" onde quer que você vá! A Praça de Ápio é uma cidade que fica a cerca de 64 qui-lômetros de Roma, na famosa via Ápia. Aí, Paulo encontrou uma dele-gação de crentes e, 16 quilômetros adiante, nas Três Vendas, encontrou outro grupo. (A palavra latina tradu-zida por "venda" não se refere ao tipo de estabelecimento que, hoje, recebe essa designação; os romanos usavam o termo "venda" para qual-quer tipo de loja.) Paulo sentiu-se encorajado ao encontrar-se com es-ses crentes a quem, três anos antes, escrevera a epístola aos Romanos.

"Uma vez em Roma" (v. 16). Veja com que simplicidade Lucas descreve a chegada à cidade que Paulo ansiava ver havia anos. Paulo estava em Roma como embaixador, não como turista, por isso não há nenhuma descrição das belezas da cidade. VejaRm 1:11-45.

  1. A apresentação aos judeus romanos (28:17-22)

Paulo, como também aconteceu em outras cidades, começou o ministé-rio com o seu povo e tentava ganhá- lo para Cristo. Para conhecer o en-cargo de Paulo, leia Rm 9:1-45 e 10:1. Ele inicia declarando sua inocência e, a seguir, conta-lhes a verdadeira razão para tê-los chama-do. No versículo 20, a expressão "es-perança de Israel" refere-se à ressur-reição de Cristo; as passagens 5:31, 23:6, 24:14-15 e 26:6-8 abordam temas semelhantes. A ressurreição provava que Cristo era o Messias e que todas as bênçãos de Israel re-pousavam nele. No entanto, perce-ba que Paulo não oferece o reino a Israel; antes, ele prega o reino de Deus, o que significa o evangelho da graça de Deus (veja v. 31).

Os líderes romanos judeus ouviram falar contra "a seita" dos cristãos, mas não ouviram qualquer acusação contra Paulo. O relato de Atos menciona três seitas: os sadu- ceus (5:17), os fariseus (15:
5) e os cristãos (24:5 e 28:22). Os judeus marcaram um encontro com Paulo para discutir a Palavra.

  1. Os judeus rejeitam o evangelho (28:23-31)

Paulo estava em uma casa alugada por ele, acompanhado do solda-do romano que o vigiava, e não na prisão, e, portanto, podia receber visitas. Paulo explicou as Escrituras do Antigo Testamento e apresentou Jesus como o Cristo aos líderes ju-deus. Compare o versículo 23 com Lc 24:13-42, em que Cristo usou Moisés e os Profetas para abrir o co-ração e a mente dos dois homens entristecidos. Contudo, os resul-tados obtidos nas duas passagens são contrastantes: os discípulos de Emaús creram na Palavra e torna-ram-se missionários, ao passo que a maioria dos judeus romanos rejei-tou a Palavra e não creu. A expressão "desde a manhã até à tarde" (v. 23) descreve a história de Israel de forma perspicaz — da luz da revela-ção de Deus às trevas da descrença (2Co 4:0, Paulo a cita e, agora, a usa pela úl-tima vez. Deus falava ao seu povo havia mais de 700 anos — que pa-ciência! O versículo 28 não afirma que Paulo foi até os gentios pela primeira vez. Afirma apenas que, agora, Paulo se voltará para os gen-tios, já que, em Roma, Israel teve uma oportunidade e recusou-a.

Paulo dera-lhes a chance de ser salvos, portanto suas mãos estavam limpas do sangue deles. Desde o início, esse foi o padrão de Paulo (At 13:44-44).

Paulo ficou aprisionado por dois anos, mas pregava e ensinava a Palavra sem impedimento. Nesse período, escreveu várias cartas — Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemon. Muitas vezes, as pessoas imaginam Paulo preso em um cala- bouço com cadeias, mas, na verda-de, ele usufruía de bastante liber-dade. O primeiro período dele em Roma foi de 61 a 63 d.C.; depois, ficou solto por cerca de três anos e, nesse período, escreveu a primeira carta a Timóteo e outra a Tito. Nes-sa época, ele provavelmente visi-tou Filipos, Colossos e várias outras igrejas asiáticas. Talvez ele também tenha feito a viagem à Espanha que pretendia (Rm 15:24,Rm 15:28). Em 66 d.C., foi preso de novo, mas, dessa vez, a situação dele não foi nada fá-cil. Nessa época, ele escreveu 2 Ti-móteo, em que vemos a solidão e o sofrimento pelos quais passou. No final de 66 d.C. ou no início de 67 d.C., ele foi martirizado e encerrou sua carreira, mas manteve a fé.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Atos Capítulo 28 do versículo 1 até o 31
28.1 Malta. Uma ilha a cerca de 100 km alo sul da Sicília.

28.2 Bárbaros. Era a designação de quem não falasse grego. Eram descendentes dos fenícios.

28.3 Paulo mostra o mesmo zelo nas coisas insignificantes como nas grandes.

28.4 Justiça. Aqui, a justiça divina é personificada. Na mitologia grega Dike (justiça) aparece como uma deusa.

28.6 Nenhum mal. Assim foi cumprida a promessa de Cristo em Lc 1:0) e na concessão do Espírito Santa pelos apóstolos (conforme 8.18; 19.6).

28.9 Enfermos... Conforme Lc 4:38-42. Harnack baseando-se na palavra etherapeuonto "tratar com médico" considera que Lucas, o médico, tratou enfermos também.

28.10 Honrarias, lit. "contas de médico". É natural que os curados demonstrassem sua gratidão com ofertas e gratificações, a título de honorários.

28.11 Dióscuros. Lit. "os filhos de Zeus (deus)". Algumas traduções tem Castor e Polux, adorados como protetores dos marinheiros.

28.12 Siracusa. Porto importante na costa oriental da Sicília.

28.13 Régio. Porto na costa italiana no estreito de Messina. Putéoli. Puzzuoli, perto de Nápoles, porto regular de desembarque dos navios vindos do oriente. Já existia Igreja ali.

28.15 Irmãos. Paulo escrevera sua carta à Igreja de Roma uns três anos antes. Conhecidos e convertidos de Paulo também chegaram antes dele (Rm 16:0). O princípio de Paulo não mudou de evangelizar primeiramente os judeus.

28.19 Paulo quer que fique bem claro que não apelara para César com a intenção de acusar os dirigentes da nação judaica.
28.20 Cadeia. Possivelmente é uma metáfora, sendo que Paulo é romano.

28.22 Seita (gr hairesis). Conforme 24.5. O cristianismo já chegara em Roma (talvez levado pelos romanos presentes no Dia de Pentecostes, 2.10). A expulsão dos judeus por Cláudio (conforme 18.
- 1n) tornou os judeus ignorantes do evangelho de Cristo. È igualmente possível que os líderes não quiseram admitir quanto sabiam de Cristo esperando uma exposição de doutrina pelo grande Paulo.

28.23 Reino de Deus... Jesus. A esperança sobre o Reino se baseou na vida do Messias conquistador. Através das profecias do AT Paulo tenta corrigir o conceito errado e persuadi-los que Jesus é o verdadeiro alvo da esperança dos judeus.

28.25 Falou o Espírito Santo. Paulo reconhece plenamente a inspiração dos autores humanos das Escrituras, neste caso Isaías.

28.26,27 Esta citação de Is 6:9, Is 6:10, utilizada contra os judeus por Jesus (Mt 13:13ss e paralelos; Rm 11:8; Jo 12:39, Jo 12:40), é freqüente. Confirma que a rejeição de Cristo por Israel cumpre as Escrituras.

28.28 Gentios. É notável o fato que a partir desta data os cristãos se preocuparam muito pouco com a evangelização dos judeus até aos nossos dias.

28.30 Dois anos. O mesmo termo técnico usado em 24.27. Paulo foi detido pelo período máximo legal; o que sugere que seu caso não foi ouvido pelo tribunal de César (talvez por falta de acusadores). Fm 22 revela a esperança que Paulo alimentava de logo ser liberto. Casa, que alugara. Melhor traduzir: "ganhou seu próprio sustento" (conforme 20.34).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Atos Capítulo 28 do versículo 1 até o 31

4) Bênção em Malta (28:1-10)
Malta e seus habitantes (v. 1,2). A ilha de Malta tinha sido usada como um centro comercial pelos fenícios e cartagineses, e tinha sido visitada por uma grande diversidade de povos; o porto de Valeta era bem conhecido. Os habitantes da ilha eram bárbaros, não porque eram incivilizados, mas porque não falavam grego. Eles falavam uma língua derivada do fenício, e eram pouco influenciados pela cultura greco-romana. A recepção calorosa que deram às vítimas do naufrágio foi semelhante à que era praticada na costa de Cornwall, Inglaterra, ainda no século XVIII.

Paulo era um criminoso ou um deus (v. 3-6)? A ajuda prática e humilde de Paulo pode ser vista no v. 3, mas parece ter sido retribuída de forma desagradável pela picada da víbora. O fato de ele sacudir a cobra e lançá-la no fogo e continuar ileso pode ser um reflexo de Mc 16:18 (no apêndice posterior do evangelho). As reações dos nativos eram naturais naquelas circunstâncias — aqui está um prisioneiro que escapa da morte no naufrágio, mas é picado por uma cobra. O Destino pegou o criminoso afinal! Mas, quando Paulo continuou a sua tarefa simples e permaneceu ileso, decidiram que ele era um deus.

Um ministério de cura (v. 7-10). O magistrado principal, chamado Públio, possuía terras perto do local do naufrágio e compartilhou a sua hospitalidade. Dessa forma, Paulo descobriu que o pai de Públio estava sofrendo de disenteria e assim foi conduzido a orar por ele, impondo as mãos sobre o doente, e este foi curado. A imposição de mãos só raramente é associada à cura no NT, mas v. Lc 4:40 e At 9:17 (com Mc 16:18). Outros, naturalmente, também tiveram o desejo de receber bênçãos semelhantes e trouxeram os seus doentes para serem curados. Lucas não menciona pregação e conversões, mas a analogia do ministério em Efeso — e todos os precedentes bíblicos — sugere que os milagres sempre abrem o caminho para a Palavra. Devemos poder imaginar um número de discípulos entre os gratos habitantes locais que trouxeram os seus presentes ao grupo apostólico quando estes embarcaram no navio chamado Castor e Pólux.


5) Paulo chega a Roma (28:11-15)
Novamente em viagem (v. 11-14). O tempo adequado em meados de fevereiro animou Júlio a embarcar o seu grupo em outro navio alexandrino (provavelmente pertencente à frota do trigo) e continuar a viagem que fora interrompida tão dramaticamente. Siracusa, o grande porto da Sicília, e Régio, no lado italiano do estreito de Messina, figuram de forma significativa nas histórias grega e romana. O que é de maior interesse para nós é que foram encontrados irmãos em Potéoli — mais uma evidência da ampla difusão do evangelho em torno de 60 d.C. Visto que Paulo foi convidado a ficar com eles, o seu ministério na 1tália começou ali. Parece que Júlio decidiu viajar via terrestre a partir de Potéoli, de forma que, numa estada de sete dias ali, pudesse se reequipar, junto com seus homens — depois da perda de praticamente tudo no naufrágio — antes de entrar em Roma. Os crentes podem ter ajudado Paulo e seu grupo.

Uma recepção oficial em Roma (v.

15) . Lucas anuncia o tão desejado alvo: E depois fomos para Roma (v. 14), mas acrescenta uma observação importante acerca de grupos de boas-vindas constituídos de irmãos da igreja em Roma, alguns dos quais chegaram a ir até Três Vendas, a 50 quilômetros de distância na 5ia Apia, e outros foram mais 15 quilômetros até a praça de Apio (v. 15). A espera em Potéoli teria proporcionado o tempo para que mensageiros anunciassem a vinda do apóstolo. Paulo havia preparado a igreja para a sua vinda anos antes ao escrever a sua carta aos Romanos, e talvez tivesse recebido boas notícias por meio de uma carta. Mas agora, os irmãos — alguns anciãos, certamente — se apressam na 5ia Apia para lhe oferecer uma recepção oficial (êlthon eis apantêsin hêmin). Esse era o tão esperado sinal de uma recepção agradável. Vendo-os, Paulo deu graças a Deus e sentiu-se encorajado.

XVI. O EMBAIXADOR EM CORRENTES: PARTE QUATRO: O MINISTÉRIO DE PAULO EM ROMA (28:16-31)

1) O testemunho de Paulo aos judeus em Roma (28:16-28)
Liberdade sob custódia em Roma (v.

16) . Os melhores textos gregos não fazem nenhuma menção da forma em que Paulo foi entregue às autoridades romanas, mas o conforto relativo do seu cativeiro é destacado (v. 16). Ele teve permissão para morar por conta própria, mas estava preso a um soldado por uma leve corrente. Ele tinha de estar disponível quando sua causa fosse julgada, mas estava livre para receber visitas, pregar e escrever nesse tempo de espera. As finanças não parecem ter sido um problema nesses dias.

As explanações de Paulo aos líderes judaicos locais (v. 17-22). Os primeiros três dias em Roma, provavelmente, foram dedicados a contatos com líderes cristãos, mas Paulo não esqueceria de sua dívida para com os judeus primeiro (Rm 1:14-45). Não somente precisaria se desincumbir de sua missão ao seu povo, mas também era necessário descobrir se os judeus locais agiriam como os acusadores no incidente no Sinédrio. Paulo não pôde ir às sinagogas, mas os anciãos judaicos aceitaram o seu convite e se encontraram com ele na sua moradia. A explicação do seu apelo a Roma é breve mas exato (v. 17-20), e Paulo é cuidadoso em mostrar que não houve hostilidade da sua parte para com a nação judaica. A esperança de Israel era a esperança messiânica, encarnada em Cristo Jesus e levada ao clímax na ressurreição (cf. comentários Dt 23:6; Dt 24:15; Dt 26:6-5. Por meio do seu ensino a respeito do Senhor Jesus Cristo, ele passava adiante o seu depósito de doutrina cristã de acordo com o seu princípio expresso em 2Tm 2:2.

Ainda é muito mais provável que Filipen-ses, Colossenses e Efésios tenham sido escritas durante os dois anos em Roma do que durante um suposto, mas não registrado, encarceramento em Éfeso, e neste caso devemos a sua profunda e completa cristologia desses seus escritos sublimes — o clímax e coroa da sua revelação especial — às suas meditações e inspiração durante o tempo em que não pôde viajar, mas por isso estava mais livre para receber e expressar a verdade de Cristo e de sua igreja, o centro do plano de Deus ao longo das eras. O “embaixador [de Deus] em correntes” realizou o seu ministério tanto diante dos mais elevados tribunais do império (conforme 2Tm

4,17) quanto nos recônditos mais profundos do santuário, glorificando aquele “que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós, a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre! Amém!” (Ef 3:20,Ef 3:21).

BIBLIOGRAFIA
Comentários
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Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Atos Capítulo 21 do versículo 18 até o 31

V. Expansão da Igreja para Roma. 21:18 - 28:31.

Lucas narrou a expansão da igreja desde Jerusalém, através da Judéia e Samaria, até que uma igreja gentia semi-independente fosse organizada em Antioquia. De Antioquia o Evangelho foi levado por Paulo, em três viagens missionárias, pela Ásia e Europa. Trabalho evangelístico e missionário foi sem dúvida efetuado durante esse tempo pelos outros apóstolos. Não temos, por exemplo, nenhum registro da evangelização do Egito, com Alexandria, seu grande centro. Lucas estava apenas preocupado em traçar as linhas principais do que ele considerava a mais significativa linha da expansão - na direção de Roma. Ali está apenas a necessidade de registrar a missão de Paulo em levar o Evangelho à Roma.

É evidente que não foi propósito de Lucas registrar o início da evangelização de Roma nem os primórdios da igreja de lá, pois ele conta como os irmãos cristãos deram a Paulo as boas-vindas quando chegou à capital (At 28:15). Sabemos que Paulo escreveu uma carta à igreja de Roma (Rm 1:7), mas Lucas não nos dá nenhum registro de como o Evangelho originalmente chegou à Cidade Imperial.

Uma vez que o propósito de Lucas não foi descrever o início da evangelização de Roma, possivelmente foi mostrar que, embora Paulo primeiramente pregasse o reino de Deus aos judeus, voltou-se para os gentios quando os judeus rejeitaram sua mensagem (At 28:24-31). A expansão geográfica da igreja não era o interesse principal de Lucas; era antes o movimento da história redentora dos judeus aos gentios. Mantendo esse propósito, Lucas dedica espaço considerável ao registro da última visita de Paulo a Jerusalém, não porque a visita fosse importante em si mesma, mas porque provou a final rejeição do Evangelho da parte de Jerusalém.

A. A Rejeição do Evangelho da parte de Jerusalém. 21:18 - 26:32.


Moody - Comentários de Atos Capítulo 27 do versículo 1 até o 31

B. Recepção do Evangelho em Roma. 27:1 - 28:31.

Agora Lucas narra a viagem de Paulo da Palestina à Itália e sua recepção em Roma. O fato de Lucas contar em detalhes esta viagem prova como era importante para o seu propósito. O motivo da viagem, na narrativa de Lucas, não é a evangelização inicial da capital romana, mas a rejeição do Evangelho pelos judeus em Roma e sua aceitação pelos gentios. Isto leva ao clímax um dos motivos centrais de todo o livro - a rejeição de Israel e o surgimento da igreja gentia.


Moody - Comentários de Atos Capítulo 28 do versículo 24 até o 27

24-27. A reação dos líderes judeus em Roma, diante da mensagem de Paulo, foi a mesma de sempre. Alguns creram, mas a maioria rejeitou a sua mensagem. Vendo isto, Paulo citou Is 6:9, Is 6:10, que descreve a estupidez e embotamento espiritual do povo de Deus. A situação angustiosa em que se encontra é desesperadora e não há possibilidade de se voltar para Deus a fim de ser curado.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Atos Capítulo 28 do versículo 1 até o 31
At 28:1

3. INVERNO EM MALTA (At 28:1-10) -Desembarcando os náufragos, verificaram que estavam na ilha de Malta, nome apropriado, pois é uma palavra fenícia que significa "refúgio". Os naturais do lugar receberam-nos hospitaleiramente e acenderam um fogo para aquecê-los e enxugá-los. Paulo outra vez se mostra de mentalidade prática: ajunta gravetos para conservar o fogo aceso, ainda que um deles fosse uma cobra, entorpecida pelo frio. Ela ao reanimar-se com o calor do fogo, apegou-se à mão de Paulo com uma dentada. Nota-se um quê de humor na descrição que Lucas apresenta da reação dos nativos em face do incidente, primeiro pensando eles que Paulo era um assassino, a quem a Justiça estava resolvida a eliminar, se não pelo mar, agora pela serpente; e quando viram que nada lhe acontecia, depois de havê-la sacudido no fogo, mudaram de idéia, chegando a concluir ser ele um deus.

Todavia, embora não fosse um deus, Paulo e Lucas mostraram-se ser hóspedes muito úteis durante os três meses de inverno passados ali. Logo de início o apóstolo curou de disenteria o pai de Públio, principal da ilha. Depois, com Lucas, cuidou dos outros enfermos do lugar; e quando por fim tiveram de prosseguir viagem, foram cumulados de honrarias pelos ilhéus.

Souberam que a ilha se chamava Melita (1). Se os marinheiros a princípio não reconheceram Malta, pode ter sido porque estavam acostumados a desembarcar em Valeta. Os bárbaros (2); isto é, os nativos ou naturais do lugar. Os gregos e os romanos chamavam "bárbaros" a quantos não partilhavam de sua civilização. Uma víbora fugindo do calor (3). Tem-se sugerido que era uma coronella austríaca, parecida com víbora, mas não venenosa. Não existem hoje cobras venenosas em Malta. Justiça (4), (gr. dike), personificada como deusa. Diziam ser ele um deus (6). M. Dibelius nota uma atitude diferente em a narrativa aqui, comparada com a de At 14:14 e segs., onde Paulo e Barnabé bradaram horrorizados quando os de Listra quiseram prestar-lhes honras divinas. É bom não esquecer que a situação agora é engraçada, no entender de Lucas, que a descreve com humorismo. O homem principal da ilha (7); lit. "o primeiro homem (gr. protos) da ilha". Tanto inscrições gregas como latinas confirmam a exatidão deste título nos meios malteses. Vieram e foram curados (9). "Toda a história da permanência do narrador em Malta é contada do ponto de vista de um médico" (Harnack). Muitas honras (10). Gr. time pode significar "honorarium" aqui, como em 1Tm 5:17.

>At 28:11

4. O ÚLTIMO SALTO (At 28:11-16) -A viagem para a Itália chegou ao fim no princípio do ano 60 A. D., em outro navio alexandrino do transporte de cereais, que ostentava o emblema dos "Gêmeos Celestes". Desembarcaram em Potéoli, onde os cristãos os acolheram por alguns dias. Daí prosseguiram para Roma. Viajaram pela Via Appia, e quando ainda se achavam a 64 km. da cidade, foi encontrá-los uma delegação de cristãos romanos que andaram aquela distância para saudar o apóstolo e acompanhá-lo à capital. Uma vez aí, foi ele entregue a um oficial chamado "stratopedarca", provavelmente o comandante do corpo de correios imperiais, de que Júlio era oficial não-comissionado.

Um navio alexandrino (11). Provavelmente pertencia à frota de carregamento de cereais. Que invernara na ilha (11); provavelmente no ancoradouro de Valeta. Tinha por insígnia Castor e Polux (11); gr. dioskouroi, "os gêmeos celestes". Os navios, como as hospedarias, tomavam o nome dos seus emblemas. Siracusa (12) ficava na costa oriental da Sicília. Era principal cidade da ilha, com duplo ancoradouro. Régio (13). Era Reggio di Calabria, colônia grega no calcanhar da Itália. Potéoli (13), modernamente Pozzuoli, naquele tempo o principal porto do sul da Itália e um dos dois principais portos de descarga da frota alexandrina de cereais (o outro era Ostia). A Praça de Ápio e as Três Vendas (15). Ambos os lugares situavam-se na 5ia Ápia; a Praça de Ápio era uma cidade onde havia mercado, cerca de 69 km. ao sul de Roma. As Três Vendas (Tres Tabernae) eram uma estação a uns 53 km. de Roma. Deu graças a Deus e sentiu-se mais animado (15). Podia bem alegrar-se com a certeza de contar com amigos na Cidade Eterna. Três anos antes assegurara aos cristãos romanos que desejava vê-los; agora, em circunstâncias imprevistas, vê cumprido seu desejo. O centurião entregou os presos ao capitão da guarda (16). Esta sentença que, do texto "ocidental", passou para o bizantino, falta a outros textos e por conseguinte está ausente da ARA. O "capitão da guarda" (gr. stratopedarchos) podia ser o comandante da guarda pretoriana do Imperador (praefectus praetorii) -nessa época Afranius Burrus-ou, mais provavelmente, o comandante do corpo de centuriões destacados para o serviço imperial de comunicações (princeps peregrinorum), cujo quartel general em Roma ficava no monte Célio. Foi permitido a Paulo morar por sua conta, tendo em sua companhia o soldado que o guardava (16), ao qual estaria ligeiramente ligado pelo pulso.

>At 28:17

5. PAULO EM ROMA (At 28:17-31) -A entrevista do apóstolo com os judeus romanos recapitula um dos temas de Atos, a saber, a rejeição generalizada do evangelho por parte dos judeus. Paulo, como sempre, tem a última palavra, "geralmente de efeito arrasador", diz um comentador, e a última palavra nesta ocasião é aquela cita de Is 6:9-23 que nosso Senhor igualmente usou nos dias de Sua vida terrena (cfr. Mc 4:12; Jo 12:40).

O outro e principal tema de Atos é recapitulado nas palavras finais do livro, que apresentam Paulo passando dois anos no coração do Império, recebendo a quantos iam visitá-lo, anunciando o reino de Deus e ensinando a história do Senhor Jesus sem impedimento. Eis que afinal, por caminhos misteriosos, seu desejo foi realizado: "Estou pronto a anunciar o evangelho também a vós outros, em Roma" (Rm 1:15). "A vitória da Palavra de Deus", diz Bengel, "Paulo em Roma, o ápice do evangelho, o fim de Atos... Começou em Jerusalém; termina em Roma. Aqui, ó Igreja, tens teu padrão de conduta; pertence-te preservá-lo, guardando o que te foi confiado".

>At 28:19

Não tendo nada de que acusar minha nação (19). Toma rigorosamente posição de defesa; não apresentará queixa contra o povo judeu. É pela esperança de Israel que estou preso (20). Sublinha sempre este ponto, veja-se At 23:6; At 24:14-15; At 26:6-7. Não recebemos nenhuma carta... (21). As autoridades de Jerusalém podiam julgar que não valia a pena prosseguir com o processo de Paulo em Roma, visto como tiveram tão pouco êxito cá em sua cidade. Em qualquer caso, os judeus romanos não estariam dispostos a apoiar o prosseguimento da acusação contra um cidadão romano que obtivera veredictos tão favoráveis de Festo e Agripa. É corrente a respeito desta seita que por toda parte é ela impugnada (22). Haviam tido provavelmente mais experiência do Cristianismo na própria Roma do que estavam preparados a admitir naquele momento (veja-se At 18:2). Despediram-se (25); melhor, "começaram a dissolver-se". A salvação de Deus foi enviada aos gentios. E eles a ouvirão (28). É um tema repisado, do primeiro ao último registro do ministério de Paulo em Atos (cfr. At 13:46). Ditas estas palavras... (29). Este verso é uma lição "ocidental", adotada pelo texto bizantino. Por dois anos (30). Foram os anos 60:61 A. D., provavelmente prazo bastante longo para que o libelo prescrevesse. O direito romano era bastante rigoroso a respeito de libelos frívolos. Os oponentes de Paulo na Palestina podiam julgar mais seguro abrir mão do caso. Sua própria casa que alugara (30); melhor, "às suas expensas". Pregando o reino de Deus... ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo (31). Cfr. o vers. 23. "Do teor destas palavras depreende-se o progresso da doutrina. Tudo se funda na velha expectação judaica de um reino de Deus; mas agora se explica como tal expectação se cumpre na pessoa de Jesus. A descrição de seu cumprimento consiste no desenvolvimento da verdade a respeito dele. Encerrada a manifestação de Cristo, o reino de Deus já começa. Os que O recebem, entram na posse desse reino. Tendo quebrado a rudeza da morte, abre o reino dos céus a todos os que crêem" (T. D. Bernard).

F. F. Bruce


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Atos Capítulo 28 do versículo 1 até o 31

52. A Viagem de Paulo a Roma, Parte 2 O Ultima volta: Malta a Roma ( Atos 28:1-16 )

E quando eles tinham sido levados com segurança através de, em seguida, descobrimos que a ilha se chamava Malta. E os nativos nos mostrou extraordinária bondade; por causa da chuva que havia se estabelecido e por causa do frio, eles acenderam uma fogueira e receberam todos nós. Mas quando Paulo ajuntado uma quantidade de vides, e pondo-as no fogo, uma víbora, fugindo do calor, apegou em sua mão. E quando os indígenas viram o réptil pendente da mão dele, começaram a dizer uns aos outros: "Sem dúvida, este homem é homicida, e embora ele tenha sido salvo do mar, a justiça não lhe permitiu viver." No entanto, ele balançou a criatura para dentro do fogo e não sofreu nenhum dano. Mas eles estavam esperando que ele estava prestes a inchar ou a cair morto de repente. Mas depois que eles haviam esperado muito tempo e tinha visto nada de anormal acontecer com ele, eles mudaram de idéia e começaram a dizer que ele era um deus. Ora, nos arredores daquele lugar havia umas terras que pertenciam ao homem principal da ilha, por nome Públio, que nos acolheu e nos entreteve cortesmente três dias. E aconteceu que o pai de Públio estava deitado na cama aflitos com febre recorrente e disenteria; e Paulo entrou para vê-lo e depois que ele orou, ele pôs as mãos sobre ele e curou. E após isso tivesse acontecido, o resto das pessoas na ilha que tinha doenças vinham ter com ele e ficar curado. E eles também honrou-nos com muitas marcas de respeito; e quando estávamos de embarcar, eles nos fornecido com tudo que precisávamos. E, ao fim de três meses, partimos em um navio de Alexandria, que tinha o inverno na ilha, e que contou com a Twin Brothers para a sua figura de proa. E depois que colocamos em a Siracusa, ficamos lá por três dias. E a partir daí nós navegou ao redor e chegou a Régio, e um dia depois, um vento sul surgiram, e no segundo dia chegamos a Puteoli. Lá encontramos alguns irmãos, e foram convidados a ficar com eles por sete dias; e assim chegamos a Roma. E os irmãos, quando ouviram sobre nós, veio de lá, tanto quanto o mercado de Ápio e Três Inns ao nosso encontro; e Paulo, vendo-os, deu graças a Deus e tomou coragem. E quando entrou em Roma, Paulo foi autorizado a permanecer por si mesmo, com o soldado que estava vigiando ele. ( 28: 1-16 )

É uma verdade bíblica fundamental que a obediência traz bênção de Deus, a desobediência sua punição. Em Lc 11:28 , Jesus disse: "Bem-aventurados são aqueles que ouvem a palavra de Deus, e observá-lo." Tiago revela que ele é o "fazedor eficaz" que "será bem-aventurado no que ele faz" ( Jc 1:25 ). Em Deuteronômio 11:26-28 , Moisés exortou os israelitas:

Veja, eu ponho diante de vós hoje uma bênção e uma maldição: a bênção, se obedeceres aos mandamentos do Senhor vosso Deus, que eu hoje te ordeno; a maldição, se não obedeceres aos mandamentos do Senhor vosso Deus, mas se desviam do caminho que eu hoje te ordeno, seguindo outros deuses que não conhecestes. (Cf. Dt 28:1 ). "Mas, quando ele se tornou poderoso, o seu coração estava tão orgulhoso que ele agiu de forma corrupta, e ele foi infiel ao Senhor seu Deus, pois ele entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar do incenso" ( v. 16 ). Por esse ato de desobediência Deus o feriu com lepra, e viveu em desgraça o resto de sua vida.

Uma maneira que Deus abençoa os que lhe obedecem é através da concessão de seus desejos. No Salmo 21:1-2 , Davi escreveu: "Ó Senhor, na tua força o rei será feliz, e na tua salvação quão grandemente ele se deleitará Tu lhe o desejo do seu coração, e que não me negaste o pedido de! seus lábios. " Sl 37:4 contrasta os desobedientes com os obedientes: ". o desejo dos justos será concedido" "O que o ímpio teme, virá sobre ele," mas

O apóstolo Paulo tinha desejado por muitos anos para visitar Roma. Em At 19:21 disse: "Depois que eu estive lá [Jerusalém], devo ver também Roma." Ele repetidamente expressou esse desejo aos cristãos romanos:

Porque desejo muito ver-te, para que eu possa conferir algum dom espiritual, para você, que você pode ser estabelecida ... Assim, por minha parte, estou pronto para anunciar o evangelho também a vós que estais em Roma ... I ter tido por muitos anos grande desejo de ir para você. ( Rm 1:11. , Rm 1:15 ; Rm 15:23 )

Finalmente, havia chegado o tempo para Deus conceder desejo Seu fiel servo. Depois de anos de espera, dois anos em uma prisão romana, um terrível tempestade de duas semanas de duração no mar, e sua quarta naufrágio (cf. 2Co 11:25 ), Paulo iria finalmente ver Roma. Esta passagem climactic registra a história da chegada do apóstolo na capital imperial.

Atos 28 abre com Paulo na ilha mediterrânea de Malta. Ele havia deixado Caesarea mais de dois meses antes, com destino a Roma para ter seu apelo ouvido pelo imperador. Em uma tentativa arriscada para chegar a um porto mais favorável na ilha de Creta para invernar, navio do apóstolo tinha sido apanhado na temida Euraquilo. Isso violenta tempestade tinha conduzido a embarcação durante catorze dias cheios de terror em todo o Mediterrâneo para Malta. Há a tripulação tentou praia do navio, mas encalhou e foi destruída pelo surfe. Milagrosamente, todos os 276 pessoas a bordo conseguiu chegar à praia em segurança. Deus havia prometido a Paulo que, embora o navio seria destruído, não há vidas seriam perdidas ( 27:22 ). Ele também prometeu que o navio teria encalhado em uma ilha ( 27:26 ). Ambas as promessas foram cumpridas quando o navio chegou a Malta.

Os acontecimentos de Atos 28:1-16 se desdobram em cinco cenas: a hospitalidade pagã, dano potencial, cura público, a promessa honrado, e de habitação privada.

Pagan Hospitalidade

E quando eles tinham sido levados com segurança através de, em seguida, descobrimos que a ilha se chamava Malta. E os nativos nos mostrou extraordinária bondade; por causa da chuva que havia se estabelecido e por causa do frio, eles acenderam uma fogueira e receberam todos nós. ( 28: 1-2 )

Tendo feito isso com segurança através dos disjuntores para a praia, as pessoas do cargueiro naufragado amontoados molhado e exausto na costa. Foi só então que eles descobriram que a ilha eles estavam em foi Malta. Embora alguns membros da tripulação provavelmente tinha sido a Malta antes, eles nunca tinham visto Baía de São Paulo. Eles teriam parado na porta principal, chamado de Valletta.

Malta, localizado 58 milhas ao sul da Sicília, é de cerca de 17 milhas de comprimento e nove milhas de largura. Uma vez que não é uma grande ilha, ele não teria tomado os marinheiros muito tempo para descobrir onde eles estavam. Eles podem ter descoberto a partir dos habitantes das proximidades. Esses habitantes eram de ascendência fenícia, eo nome Malta significava, de forma adequada, "um lugar de refúgio" na língua fenícia. Malta tornou-se uma possessão britânica no início do século XIX e ganhou sua independência em 1964.

Uso de Lucas do termo nativos para descrever o povo de Malta não significa que eles eram primitivos ou não civilizados. Barbaroi ( nativos ) denota pessoas cuja língua materna não era grego ou latim; não é necessariamente um termo depreciativo.

A reação dos Maltese aos seus visitantes inesperados prova que eles não eram nada incivilizado. Lucas registra que eles mostraram extraordinária bondade, para além do que seria normalmente esperado.Eles não assassinar ou escravizar as vítimas do naufrágio, como às vezes acontecia no mundo antigo. Em vez disso, Lucas diz que, por causa da chuva que tinha, em conjunto e por causa do frio, eles acenderam uma fogueira e receberam todos nós. Esgotado de sua longa provação, encharcado de seu nadar até a costa, encharcado pela chuva torrencial, e refrigerados por o vento frio de novembro, congratularam-se com uma fogueira para se aquecer.

Deus exige que os cristãos, os dois líderes da igreja ( 1Tm 3:2 , Rm 2:27 )

Porque Deus tem revelado, todos os homens são indesculpáveis:

Portanto, você não tem desculpa, cada um de vocês que passa o julgamento, no que julgas a outro, você se condena; para você que julgam praticar as mesmas coisas. E nós sabemos que o juízo de Deus contra os que praticam tais coisas. E você acha que isso, ó homem, quando você passar o juízo sobre os que praticam tais coisas e fazer o mesmo a si mesmo, que você vai escapar do juízo de Deus? ( Rom. 2: 1-3 )

Deus pode justamente condenar aqueles que nunca ouviram o evangelho, porque eles não conseguem manter os padrões morais que impõem aos outros. Porque "não há parcialidade com Deus, ... todos os que pecaram sem lei [que têm apenas a revelação geral] também perecerão sem a lei; e todos os que pecaram sob a Lei serão julgados pela lei" ( Rom . 2: 11-12 ).

Danos Potenciais

Mas quando Paulo ajuntado uma quantidade de vides, e pondo-as no fogo, uma víbora, fugindo do calor, apegou em sua mão. E quando os indígenas viram o réptil pendente da mão dele, começaram a dizer uns aos outros: "Sem dúvida, este homem é homicida, e embora ele tenha sido salvo do mar, a justiça não lhe permitiu viver." No entanto, ele balançou a criatura para dentro do fogo e não sofreu nenhum dano. Mas eles estavam esperando que ele estava prestes a inchar ou a cair morto de repente. Mas depois que eles haviam esperado muito tempo e tinha visto nada de anormal acontecer com ele, eles mudaram de idéia e começaram a dizer que ele era um deus. ( 28: 3-6 )

Madeira precisava ser adicionado continuamente para a fogueira para mantê-lo de sair. É uma medida de caráter de Paulo de que ele humildemente inclinou-se para realizar uma tarefa tão humilde. A humildade é essencial para a verdadeira liderança. "Até mesmo o Filho do Homem", Jesus disse, "não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" ( Mc 10:45 ). Ele deu o exemplo clássico de serviço humilde, lavando os pés dos discípulos briguentos ( Jo 13:3 ).

Embora uma vez disposto a matar os cristãos, Paulo, desde a sua conversão, não era um assassino. Ele apenas balançou a criatura para dentro do fogo e não sofreu nenhum dano. calma do apóstolo foi notável; a maioria das pessoas picadas por cobras venenosas pânico. Mas Paulo tinha fé absoluta em repetidas promessas de Deus que ele iria ver Roma ( At 23:11 ; At 27:24 ). Portanto, ele sabia que não iria morrer em Malta. Como sempre, em Atos, Deus usou este milagre para autenticar Sua mensagem e Seu Mensageiro.

Os habitantes da ilha, no entanto, foram ainda esperando a mão de Paulo a inchar a partir da mordida, ou que ele iria cair morto de repente. Mas quando eles haviam esperado muito tempo e tinha visto nada de anormal acontecer com ele, eles mudaram de idéia e começaram a dizer que ele era um deus. É óbvio que eles estavam errados; esta não era uma vítima de sua deusa, mas um deus, eles pensavam. Tais seres divinos eram, eles acreditavam, impermeável a trivialidades como picada de cobra. Esta não foi a primeira vez que Paulo tinha sido confundido com um Deus ( Atos 14: 6FF .), e ele, sem dúvida, definir rapidamente os ilhéus reta.

Cura Pública

Ora, nos arredores daquele lugar havia umas terras que pertenciam ao homem principal da ilha, por nome Públio, que nos acolheu e nos entreteve cortesmente três dias. E aconteceu que o pai de Públio estava deitado na cama aflitos com febre recorrente e disenteria; e Paulo entrou para vê-lo e depois que ele orou, ele pôs as mãos sobre ele e curou. E após isso tivesse acontecido, o resto das pessoas na ilha que tinha doenças vinham ter com ele e ficar curado. E eles também honrou-nos com muitas marcas de respeito; e quando estávamos de embarcar, eles nos fornecido com tudo que precisávamos. E, ao fim de três meses, partimos em um navio de Alexandria, que tinha o inverno na ilha, e que contou com a Twin Brothers para a sua figura de proa. ( 28: 7-11 )

Não muito longe da Baía de São Paulo eram terras que pertenciam ao homem principal da ilha, por nome Públio. Como seu título o principal homem da ilha ( tō Proto TES nēsou ) indica, ele foi o governador romano da Malta. Provas baseadas nas inscrições confirma uso de Lucas sobre esse título (conforme Bruce, Atos , 523). Publius graciosamente congratulou-se com todos os 276 pessoas e divertir -loscom cortesia para três dias até que eles pudessem fazer arranjos para quartos de inverno.

Publius prorrogado hospitalidade mesmo que seu pai estava deitado na cama aflitos com febre recorrente e disenteria. A febre recorrente era provável a febre gástrica, causada por um micróbio encontrado no leite de cabra, que era comum em Malta. Disenteria, muitas vezes resultante de más condições de saneamento, Também era comum no mundo antigo.

Deus freqüentemente recompensa atos de bondade para com o seu povo (cf. Gn 12:3. ; Mt 25:31 resume-se na promessa "um homem fiel serão abundantes com a bênção."

53. A história que nunca termina ( Atos 28:17-31 )

E aconteceu que, depois de três dias, ele convocou os que eram os líderes dos judeus, e, quando chegaram juntos, ele começou a dizer-lhes: "Irmãos, embora eu não tinha feito nada contra o nosso povo, ou os costumes de nossa pais, mas eu estava entregue preso desde Jerusalém nas mãos dos romanos. E quando eles me examinado, eles estavam dispostos a me libertar, porque não havia nenhum motivo para me colocar à morte. Mas, quando os judeus se opuseram, eu fui forçado a apelar para César, não para que eu tivesse qualquer acusação contra minha nação Por esta razão, portanto, pedi para vê-lo e falar com você, por que estou usando essa cadeia por causa da esperança de Israel ".. E eles disseram-lhe: "Não temos nem cartas recebidas da Judéia que lhe dizem respeito, nem ter qualquer um dos irmãos vir aqui e relatado ou falado nada de ruim sobre você, mas queremos ouvir de você o que os seus pontos de vista são;. Para a esta seita , sabe-se-nos que se fala contra ela em todos os lugares. " E quando eles tinham definido um dia para ele, vieram a ele em sua apresentação em grande número; e ele estava explicando a eles por testificando sobre o reino de Deus, e tentando persuadi-los a respeito de Jesus, tanto a Lei de Moisés e dos profetas, desde a manhã até a noite. E alguns foram sendo persuadido por meio das coisas faladas, mas outros não iria acreditar. E quando eles não concordam um com o outro, eles começaram a sair depois de Paulo tinha falado uma palavra de despedida, "O Espírito Santo, com razão, falou pelo profeta Isaías a vossos pais, dizendo: Vai a este povo e dizer:" Você vai continuar auditiva, mas não vai entender; e você vai continuar vendo, mas não percebam; para o coração deste povo tornou-se maçante, e com os ouvidos que ouvem mal, e eles fecharam os olhos; para que não vejam com os olhos, e ouça com os ouvidos, e entenda com o coração e retorno, e eu os cure "'Que seja conhecido para você, portanto, que esta salvação de Deus é enviada aos gentios.; eles também vão ouvir. " E ele ficou dois anos inteiros em seus próprios quartos alugados, e foi acolhendo todos os que vieram com ele, pregando o reino de Deus, e de ensino a respeito do Senhor Jesus Cristo, com toda a abertura, sem impedimentos. ( 28: 17-31 )

O último capítulo de Atos é tanto um fim e um começo. Nele Lucas traz sua narrativa dos começos e início da história da igreja a um fim. Essa narrativa aborda a expansão da igreja geograficamente, desde seu nascimento, em Jerusalém no dia de Pentecostes, para a Judéia, Samaria, e grande parte do mundo romano (cf. 1: 8 ). Atos também registra a expansão da igreja etnicamente. O que começou como uma instituição exclusivamente judaica cresceu para abraçar os samaritanos e gentios.

Graças aos esforços incansáveis ​​do apóstolo Paulo, as igrejas foram fundadas, reforçada, dado líderes, e protegido contra os falsos mestres. Mas sua ousada, pregação intransigente lhe rendeu muitos inimigos. Por fim, eles conseguiram tê-lo detido e preso pelos romanos. Depois de três audiências perante juízes romanos não conseguiram resolver o seu caso, Paulo tinha sido forçada a apelar para o imperador. Na sequência de uma viagem por mar angustiante e naufrágio, o apóstolo finalmente chegou à capital imperial. É nesse ponto que o relato de Lucas termina.

Mas a história não termina aí. Lançado a partir da prisão romana registrado em Atos 28 , Paulo retomou seus esforços-provavelmente missionárias mesmo atingindo Espanha ( Rm 15:24 ). Preso pela segunda vez, alguns anos depois, ele finalmente foi executado. (Para uma defesa da visão que Paulo foi preso duas vezes em Roma, ver John Macarthur, I Timóteo , MacArthur New Testament Commentary. [Chicago: Moody, 1995], x-xi) Mas a história da igreja não terminou com a de Paulo ou que a morte do último apóstolo sobrevivente, João, perto do final do primeiro século. Os apóstolos entregou o bastão para uma segunda geração de líderes, que, por sua vez, entregou-o a outros. Como resultado, a história da igreja ainda está sendo escrito hoje.

Embora Actos termina abruptamente, não é incompleta. Ele revela fonte da Igreja de power-o Espírito Santo; o padrão de bênção para a igreja-walking no Espírito; da igreja mensagem-o evangelho salvador de Jesus Cristo; os perigos para a igreja pelo pecado de dentro, falsos professores de fora; e da igreja prioridades a ensinar a Palavra para aqueles que conhecem a Cristo e pregar o evangelho para aqueles que não o fazem.

Atos termina com Paulo em Roma. Orgulhosa capital do maior império que o mundo já conheceu, Roma era um centro de paganismo decadente. Paulo encontrou-se, assim, um prisioneiro no meio de um campo de missão vasto. É justo que os atos, que tem se concentrado tanto no evangelismo, fecha com o relato da primeira (mas não por último, conforme de Paulo Fp 1:13. ; Fp 4:22 ) esforço evangelístico em Roma. Esse esforço se desdobra em cinco etapas: introdução de Paulo, o interesse dos líderes judeus, apresentação do evangelho, a rejeição de Israel, e incompletude da história.

De Paulo Introdução

E aconteceu que, depois de três dias, ele convocou os que eram os líderes dos judeus, e, quando chegaram juntos, ele começou a dizer-lhes: "Irmãos, embora eu não tinha feito nada contra o nosso povo, ou os costumes de nossa pais, mas eu estava entregue preso desde Jerusalém nas mãos dos romanos. E quando eles me examinado, eles estavam dispostos a me libertar, porque não havia nenhum motivo para me colocar à morte. Mas, quando os judeus se opuseram, eu fui forçado a apelar para César, não para que eu tivesse qualquer acusação contra minha nação Por esta razão, portanto, pedi para vê-lo e falar com você, por que estou usando essa cadeia por causa da esperança de Israel ".. ( 28: 17-20 )

Nunca um a perder tempo, três dias depois de chegar em Roma Paulo convocou aqueles que eram os principais homens dos judeus. Os principais homens da comunidade judaica de Roma incluiu os homens proeminentes das sinagogas. Ele sempre tinha sido o padrão de Paulo, quando ele evangelizou a cidade, para ir primeiro para a comunidade judaica (cf. Rm 1:16 ). E, apesar de Paulo tinha sido acusado de ser anti-semita, que estava em frente a verdade (cf. Rom. 9: 1-3 ; Rm 10:1 ; . 2Tm 1:162Tm 1:16 ) . por causa da esperança de Israel " A gloriosa esperança de Israel foi a vinda do Messias e da ressurreição e reino associada a Sua vinda. Foi a pregação de Paulo de Jesus como o Rei ressuscitado que antagonizou as autoridades judaicas.

Que ele estava em julgamento por sua crença na esperança de Israel foi um tema recorrente nas defesas de Paulo. Na sua audição perante o Sinédrio, Paulo "perceber que uma parte era de saduceus e outra de fariseus, começou a chorar no Conselho: 'Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseu; estou sendo julgado por causa da esperança e da ressurreição de os mortos "( 23: 6 )! Em julgamento perante Felix, Paulo declarou ao governador:

Mas isso eu admito a você, que de acordo com o caminho a que eles chamam seita eu sirvo ao Deus de nossos pais, crendo tudo o que está de acordo com a Lei, e que está escrito nos profetas; tendo esperança em Deus, que esses homens valorizar a si mesmos, que não deve certamente ser uma ressurreição tanto de justos e os ímpios. ( 24: 14-15 )

Paulo insistiu a Agripa que "estou julgada pela esperança da promessa feita por Deus a nossos pais" ( 26: 6 ).

Essa esperança foi firmemente enraizada no Antigo Testamento. Ela é expressa no antigo livro de Jó: "Mesmo depois da minha pele é destruída, mas da minha carne verei a Deus; quem eu mesmo o contemplarão, e que meus olhos o verão, e não outro" ( 19:26-27 ). Isaías profetizou: "Seu mortos viverão, os seus cadáveres subirá Você que se encontram no pó, acordado e gritar de alegria, porque o teu orvalho será como o orvalho da madrugada, ea terra dará à luz os espíritos dos mortos." ( Is 26:19 ). Em Dn 12:2 ). Ele apontou o caminho para eles para entrar na esfera da salvação e desfrutar de comunhão com Deus.

O veículo utilizado em Paulo tentando persuadi-los a respeito de Jesus foi a Lei de Moisés e os Profetas (a designação comum do Testamento-cf Velha. Mt 7:12. ; Lc 16:16 ; At 13:15 ; Rm 3:21 ; 2 Cor. 6: 1-2 ; Heb. 3: 7-12 ). Como antes, em Atos, ouvintes de Paulo foram divididos entre aqueles que acreditaram e aqueles que não o fizeram:

Mas a multidão da cidade foi dividida; e alguns do lado dos judeus, e outros pelos apóstolos. ( 14: 4 )

 
E alguns deles foram persuadidos e se uniram a Paulo e Silas, juntamente com uma grande multidão de gregos tementes a Deus e um número de mulheres principais. Mas os judeus, tornando-se ciumento e levando consigo alguns homens maus do mercado local, formaram uma turba e definir a cidade em alvoroço; e vindo sobre a casa de Jason, eles estavam procurando trazê-los para junto do povo. ( 17: 4-5 )

 
E quando eles resistiram e blasfemado, sacudiu as suas vestes, e disse-lhes: "O seu sangue caia sobre a vossa cabeça! Estou limpo. A partir de agora irei para os gentios." E partiu dali e foi para a casa de um homem chamado Tício Justo, um adorador de Deus, cuja casa estava junto da sinagoga. E Crispo, chefe da sinagoga, creu no Senhor com toda a sua casa, e muitos dos coríntios, ouvindo eles estavam acreditando e ser batizado. ( 18: 6-8 )

 
E ele entrou na sinagoga e continuou falando ousAdãoente por três meses, disputando e persuadindo-os acerca do reino de Deus. Mas, como alguns deles se tornando endurecido e não obedecessem, falando mal do Caminho perante a multidão, retirou-se deles e levou os discípulos, discutindo diariamente na escola de Tirano. ( 19: 8-9 )

Enquanto havia sempre um remanescente crente, a maioria do povo judeu rejeitou seu Messias.

Rejeição de Israel

E quando eles não concordam um com o outro, eles começaram a sair depois de Paulo tinha falado uma palavra de despedida, "O Espírito Santo, com razão, falou pelo profeta Isaías a vossos pais, dizendo: Vai a este povo e dizer:" Você vai continuar auditiva, mas não vai entender; e você vai continuar vendo, mas não percebam; para o coração deste povo tornou-se maçante, e com os ouvidos que ouvem mal, e eles fecharam os olhos; para que não vejam com os olhos, e ouça com os ouvidos, e entenda com o coração e retorno, e eu os cure "'Que seja conhecido para você, portanto, que esta salvação de Deus é enviada aos gentios.; eles também vão ouvir. E quando ele tinha dito estas palavras, partiram os judeus, e tinha entre si grande contenda. " ( 28: 25-29 )

Aqueles judeus em Roma que se recusaram a acreditar Paulo continuavam triste história de seu país de rejeitar os mensageiros de Deus. Várias vezes em Jeremias, Deus lamentou o fato. Em Jeremias 7:25-26, por exemplo, Deus disse a desobediente, rebelde Israel:

Desde o dia em que seus pais saíram da terra do Egito até o dia de hoje, vos enviei todos os meus servos, os profetas, dia madrugando e enviando-os. No entanto, eles não me ouviram, nem inclinaram os seus ouvidos, mas endureceram a sua cerviz; eles fizeram o mal mais do que seus pais. (Cf. 29:19 ; 35:15 ; 44: 4 )

Rejeitando os mensageiros de Deus levou a um desastre para Israel ( 2Rs 17:13 ). Como os viticultores perversos na parábola de Jesus ( Matt. 21: 33-41 ), a sua rejeição final de Deus veio quando mataram Seu Filho.

Não é possível concordar com o outro, os líderes judeus começaram a deixar depois de Paulo tinha falado uma palavra de despedida de advertência do Espírito Santo, que , com razão, falou pelo profeta Isaías (a definição concisa da inspiração divina da Escritura; cf. . 2Pe 1:21 :

Vai a este povo e dizer: "Você vai continuar a audiência, mas não vai entender, e você vai continuar a ver, mas não vai perceber, porque o coração deste povo tornou-se maçante, e com os ouvidos que mal ouve, e eles fecharam os olhos; para que não vejam com os olhos, e ouça com os ouvidos, e entenda com o coração e retorno, e eu os cure ". ( 28: 26-27 )

Essa passagem também foi citado pelo Senhor Jesus Cristo como uma repreensão de rejeição de coração endurecido de Israel do evangelho (cf. 13, Matt 14:15. ; João 12:39-40 ). Ato deliberado de Israel de rejeição foi confirmada soberanamente por Deus; por causa da incredulidade contínua, ela tornou-se incapaz de acreditar (cf. João 0:37 , 39-40 ).

Como havia feito em outras ocasiões ( 13 46:44-13:47'>Atos 13:46-47 ; At 18:6 ; cf. At 11:18 ; At 14:27 ; 15: 14-18 ), Paulo deixá-lo ser conhecido por seus ouvintes judeus que esta salvação de Deus é enviada aos gentios; eles também vão ouvir. Ele ampliou essa verdade em sua carta aos cristãos de Roma:

Mas se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles e tornou-se participante com eles da rica raiz da oliveira, ... Você [gentios] vai dizer, então, "Branches foram quebrados, para que eu fosse enxertado. " Muito bem, foram quebrados por sua incredulidade, mas você está por sua fé. Não seja pretensioso, mas o medo; Porque se Deus não poupou os ramos naturais, não te poupará a você. Pois, a bondade ea severidade de Deus; para aqueles que caíram, severidade, mas para você, a bondade de Deus, se você continuar em Sua bondade; caso contrário, você também será cortado. ( Rm 11:17 , 19-22 )

É a rejeição de Israel final? Paulo respondeu a essa pergunta em Romanos 11:1-2 : "Digo, porém: Deus não rejeitou o seu povo, tem Ele Mas longe esteja Porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim?!. Deus não rejeitou o seu povo que antes conheceu. " No versículo 23 , ele acrescentou: "Eles também, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados;. de Deus é capaz de enxertar novamente" Está chegando o dia em que "todo o Israel será salvo" ( v. 26 ). A rejeição de Israel não irá cancelar as promessas de Deus para abençoá-la remanescente crente. O dia da fé de Israel em Jesus Cristo ainda está por vir ( Zc 12:10 ).

A incompletude da história

E ele ficou dois anos inteiros em seus próprios quartos alugados, e foi acolhendo todos os que vieram com ele, pregando o reino de Deus, e de ensino a respeito do Senhor Jesus Cristo, com toda a abertura, sem impedimentos. ( 28: 30-31 )

Por dois anos inteiros, Paulo continuou preso em seus próprios quartos alugados em Roma. Ele teve a liberdade para acolher todos os que vieram com ele, embora presumivelmente ele não era livre para deixar seus aposentos. As condições de sua prisão não o impediu de pregar o reino de Deus e ensinando a respeito do Senhor Jesus Cristo, com toda a abertura, sem restrições pelos romanos.

O que aconteceu durante esses dois anos? Paulo realizada uma ampla campanha evangelística (cf. Fm 1:13. ; Fm 1:44:22 ), auxiliado por alguns de seus queridos colegas de trabalho (cf. Col. 4: 10-12 , Cl 4:14 ; Filemon 24. ). Ele também escreveu quatro epístolas do Novo Testamento: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom.

O que aconteceu quando os dois anos foram mais de? Paulo foi lançado (cf. I Timóteo , Commentary MacArthur Novo Testamento , x-xi). Uma vez que dois governadores provinciais tinha encontrado ele inocentes das acusações, é razoável assumir o imperador teria também. Mas um cenário mais provável é que os líderes judeus da Palestina nunca mostrou-se em Roma para acompanhar o caso, e Paulo venceu por padrão. Como observado acima, o direito romano tomou uma visão sombria de casos mal fundamentados. E os judeus tinham alcançado seu objetivo, obtendo Paulo fora da Palestina e em custódia Roman. Comentaristas divergem sobre se havia um estatuto de dois anos de limitações nos dias de Paulo. Mas mesmo se não houvesse, o caso de Paulo provavelmente teria sido demitido quando se tratava de julgamento, se ninguém estava lá para prestar queixa.

Qual foi a razão para o atraso de dois anos? Em primeiro lugar, os atrasos não eram incomuns, devido ao acúmulo de casos. Em segundo lugar, os registros relativos ao caso de Paulo provavelmente foram perdidos no naufrágio. Teria tido algum tempo para tê-los se ressentem de Cesaréia. Em terceiro lugar, as autoridades esperavam a chegada dos líderes judeus, que, provavelmente, não apareceu. Desde o direito romano deu a Paulo o direito de enfrentar seus acusadores ( 25:16 ), sem julgamento era provável na sua ausência.

Porque Atos é eminentemente um livro sobre evangelismo, é adequado concluir desenhando vários princípios de evangelização a partir do exemplo de Paulo.
Primeiro, Paulo pregou o evangelho, quando e onde ele tinha oportunidade. Em prisão domiciliária ( vv. 16 , 20 , 23 , 30 ), ele, no entanto, continuou, "pregando o reino de Deus, e de ensino a respeito do Senhor Jesus Cristo, com toda a abertura" ( v. 31 ).

Em segundo lugar, a mensagem de Paulo estava vestida de humildade e graciosidade. Em vv. 17-20 , ele foi discreto, respeitoso e conciliatória para os líderes judeus em Roma.

Em terceiro lugar, Paulo pregou biblicamente ( v. 23 ) e doutrinariamente ( v. 31 ).

Em quarto lugar, Paulo nunca perdeu oportunidade. Ele começou sua campanha evangelística apenas três dias depois de chegar em Roma ( v. 17 ).

Em quinto lugar, Paulo pregou incansavelmente ( v. 23 ) e incessantemente ( vv. 30-31 ).

Em sexto lugar, Paulo pregou a todos, tanto judeus ( vv. 23-27 ) e gentios ( v. 28 ).

Finalmente, e mais importante, Paulo pregou Jesus Cristo como Senhor, Salvador e Messias ( v. 23 ).

A igreja em Atos fielmente realizado carga de Cristo "sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até mesmo para a parte mais remota da terra" ( Atos 1:8 ). A igreja passou o bastão por muitas mãos através dos séculos para nós. Será que as futuras gerações achar que nós corremos nosso segmento da corrida com fidelidade?


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Atos Capítulo 28 do versículo 1 até o 31

Atos 28

Bem-vindos a Malta — At 28:1-6

Paulo e os que viajavam no barco foram lançados sobre a ilha de Malta. O grego chama barbaroi aos maltenhos; mas para os gregos os bárbaros eram pessoas que diziam barbar, o que significa, que falavam uma linguagem estrangeira incompreensível e não a flexível e bela língua grega. Estamos mais perto do significado quando os chamamos simplesmente nativos. Esta passagem lança luz sobre certos aspectos da personalidade de Paulo. Por um lado, encontramo-nos com o formoso e caseiro detalhe de que Paulo era um homem que não podia estar sem fazer nada; tinha que mostrar-se útil; era preciso acender uma fogueira e manter seu calor e ali estavam juntando ramos seca para ela.

Mais uma vez vemos que Paulo além de ser um visionário era um homem prático; e o que é mais, vemos que, apesar de ser um grande homem, não se envergonhava de ser útil também para as pequenas coisas.
Conta-se que Booker T. Washington em sua juventude caminhou centenas de quilômetros para chegar a uma das poucas universidades que aceitavam estudantes negros. Ao chegar ali foi-lhe dito que os cursos estavam completos. Ofereceram-lhe um trabalho para que arrumasse as camas e varresse os pisos. Não franziu seu nariz diante disso; aceitou; e realizou sua tarefa tão bem que em pouco tempo o tomaram como estudante e chegou a ser assim um dos maiores eruditos e administradores de seu povo.
Só o homem pequeno se nega a fazer o trabalho insignificante. O que é mais, vemos Paulo como um homem de temperamento dócil e calmo. Em um de seus molhos de ramos seca havia uma víbora; o calor a despertou e se aferrou à sua mão. É difícil dizer se foi um fato milagroso ou não. É certo que ao menos em nossos dias não existem víboras venenosas em Malta; e na época de Paulo havia uma espécie de víbora que parecia venenosa mas que não o era. O mais provável é que Paulo conseguisse escapar da víbora antes de que o mordesse. De

qualquer modo agiu como se o assunto não importasse; e os maltenhos creram que se tratava de um milagre. Evidentemente, Paulo era um homem que não fazia exibições!

AJUDANDO E CURANDO

Atos 28:7-10

Parece que em Malta o chefe da ilha era um funcionário; e Públio pode ter sido o principal representante romano dessa parte da ilha. Seu pai estava doente e Paulo teve a oportunidade de exercitar seu dom de curar e levar-lhe consolo.
Mas no versículo 9 se destaca uma possibilidade muito interessante. O versículo diz que o resto das pessoas que estavam doentes também vinham e eram curados. A palavra que se utiliza é a que se refere a receber atenção médica; e há estudiosos que pensam que isto pôde significar não só que se aproximavam de Paulo, mas também vinham a Lucas, o doutor, o médico amado, que lhes brindava sua habilidade. Se foi assim, esta é um das passagens mais interessantes do Novo Testamento; isso nos daria a conhecer a primeira cena que possuímos da tarefa de um médico missionário; e seria o primeiro relato de um tipo de cena que se veio repetindo em todo o mundo inumeráveis vezes depois. Há um fato que ressalta nesta passagem. Paulo exercia o dom de curar; e entretanto, teve que suportar sempre seu aguilhão na carne. Curava a outros e não podia curar-se a si mesmo. Como seu Mestre, em outro sentido, salvava a outros e não podia salvar-se a si mesmo.

Muitos homens outorgaram a outros dons que a eles, possuindo-os, lhes negava usá-los em si. Beethoven, por exemplo, deu ao mundo sua música imortal que ele próprio, devido a sua surdez, nunca pôde escutar.
Uma das maravilhas da graça é que esses homens não se amarguraram, mas sim se contentaram sendo canais desses dons que eles mesmos não podiam compartilhar.

ASSIM, POIS, CHEGAMOS A ROMA

Atos 28:11-15

Depois de três meses Paulo e seus companheiros de navegação conseguiram obter passagens para a Itália em outro barco cargueiro de cereais que tinha hibernado em Malta. Nesses dias os barcos levavam uma figura na proa. Dois dos deuses favoritos das pessoas de mar eram os Gêmeos Celestiais, Castor e Pólux; e este barco tinha as imagens esculpidas de ambos. Esta vez a viagem foi tão próspera como desastrosa tinha sido a primeira. Putéoli era o porto de Roma. O coração de Paulo deve ter-se estremecido ao achar-se na soleira da capital do mundo, a imortal Roma.
O que aconteceria a um pequeno fabricante de tendas judeu na maior cidade do mundo? Ao norte estava o porto do Miseno no qual ancorava a frota romana; e ao ver os barcos de guerra na distância Paulo deveu ter pensado no poder de Roma. Perto dali estavam as praias de Baiae, repletas de gente e com as velas coloridas dos barcos de passeio dos romanos ricos. Putéoli, com seus cais e depósitos e seus celeiros e seus barcos, foi chamada a "Liverpool do mundo antigo". O coração de Paulo se deve ter contraído ao pensar que tinha que enfrentar a Roma sozinho.
Mas aconteceu algo. O Foro de Apio está a uns setenta quilômetros de Roma e as Três Tabernas a uns cinqüenta. Estavam sobre a grande Via Ápia que unia Roma com a costa. Uma delegação de cristãos romanos saiu a recebê-lo. Isto é muito sugestivo: a palavra que se utiliza em grego para significar encontro é a mesma que se utiliza quando uma delegação de uma cidade sai a dar as boas-vindas a um general ou a um rei ou um conquistador. Deveriam receber a Paulo como a um dos grandes da Terra; e ele agradeceu a Deus e ganhou coragem.
O que foi que alentou tão especialmente o coração de Paulo? A resposta é bem clara com segurança: de repente se deu conta de que não estava sozinho. O cristão nunca está sozinho.

  • Tem consciência de que existe uma nuvem imperceptível de testemunhas a seu redor e perto dele. Sabe que parte em uma grande procissão na qual todos os santos têm postos seus olhos, e pelo mesmo caminho que eles pisam.
  • Tem consciência de pertencer a uma comunidade mundial. É um membro da Igreja de Cristo cujos limites são o mundo. Em qualquer lugar que vá haverá um círculo de pessoas com as quais se encontrará como em seu casa.
  • Tem consciência de que Deus está em qualquer lugar ele vá. Os antigos cartógrafos estavam acostumados a escrever em seus mapas sobre as terras desconhecidas: "Aqui há dragões; aqui há areias ardentes e temíveis." O cristão pode escrever em cada lugar: "Aqui está Deus."
  • Tem a segurança de que o Senhor ressuscitado está com ele. Tem a promessa: "Eis aqui eu estou convosco sempre"; e é a promessa de Alguém que nunca falha à sua palavra.
  • JUDEUS FRIOS

    Atos 28:16-29

    Há algo imensamente maravilhoso no fato de que até o fim de seus dias, em qualquer lugar que fosse, Paulo começava com os judeus. Durante algo mais de trinta anos tinham estado fazendo todo o possível para estorvá-lo, arruinar seu trabalho, e até matá-lo; e entretanto, sempre oferecia sua mensagem em primeiro lugar a eles. Existe algum outro exemplo de esperança e de amor como aquele que surge do ato de Paulo quando, também em Roma, pregou primeiro aos judeus? No final chega à conclusão implícita na citação de Isaías que utiliza. Considera que isto também é obra de Deus; esse rechaço de Jesus por parte dos judeus é precisamente o que abriu as portas aos gentios.

    Há um propósito em tudo. Acima de todas as coisas está a mão do piloto invisível: Deus. Um fio duplo percorre todo Atos. Por um lado se manifesta a forma gloriosa em que os gentios aceitaram a Jesus; por outro, está a tragédia da forma em que os judeus o rechaçaram; mas na estranha economia e na divina alquimia de Deus essa mesma tragédia foi a causa do triunfo. A porta que os judeus fecharam foi a mesma que se abriu aos gentios; e mesmo este não é o fim, porque em algum momento, ao chegar o fim dos tempos, haverá um rebanho e um pastor.

    ABERTAMENTE E SEM IMPEDIMENTO

    Atos 28:30-31

    Até o final de seus dias Paulo é Paulo. A frase "em uma casa alugada" obscurece um ponto. O verdadeiro significado é que viveu custeando todos os seus gastos; sustentou-se com seu próprio trabalho. Até em sua prisão suas duas mãos cobriam suas necessidades; não representava uma carga para ninguém; viveu independentemente de todos os homens até o final. E não estava ocioso. Ali na prisão escreveu as Cartas aos Filipenses, aos Efésios, aos Colossenses e Filemom. Nem tampouco esteve todo o tempo sozinho. Lucas e Aristarco tinham vindo com ele e Lucas permaneceu até o final (2Tm 4:11). Timóteo ia vê— lo muito seguido (Fp 1:1; Cl 1:1; Filemom 1).

    Por um tempo desfrutou da companhia de Epafrodito (Fp 4:18). Às vezes Tíquico o visitava (Ef 6:21). E outras, Marcos o acompanhava (Cl 4:10). Nem tampouco desperdiçou o tempo. Diz aos Filipenses que tudo isto contribuiu para o progresso do evangelho (Fp 1:12). E isto era assim especialmente porque, como teria que traduzir-se, suas prisões eram conhecidas por toda o guarda pretoriana (Fp 1:13).

    Estava em sua própria casa alugada, mas dia e noite havia um soldado com ele (At 28:16). Estes soldados pertencentes ao quartel geral eram membros do corpo escolhido do imperador, a guarda pretoriana. Em dois anos muitos deles devem ter passado longos dias e noites com Paulo. E Paulo nunca teria desperdiçado semelhante oportunidade. Deve ter conversado com os soldados dia e noite, e muitos deles devem ter deixado sua guarda com Cristo em seus corações.

    De modo que o livro dos Atos chega ao final com um grito de triunfo. Em grego as palavras abertamente e sem impedimento são uma e ressoam como um grito de vitória. É o ponto culminante da história de Lucas. Perguntamo-nos por que razão nunca nos foi relatado o que foi que aconteceu com Paulo, se foi executado ou posto em liberdade. A razão é que esse não era o propósito de Lucas. No início deu-nos um plano de Atos quando nos relata que Jesus encomendou a todos os seus homens para que pregassem em Jerusalém, em Judéia, em Samaria e nos limites da Terra (At 1:8).

    A história terminou; começou em Jerusalém quase trinta anos atrás e finalizou em Roma. É nada menos que um milagre de Deus. A Igreja que no início de Atos podia ser facilmente dividida em dezenas, agora não podia ser numerada em centenas de milhares. A história do Crucificado de Nazaré tinha percorrido todo mundo em seu curso de conquista e agora abertamente e sem impedimento estava sendo pregada em Roma, a capital do mundo. O evangelho alcançou o centro do mundo e pode ser proclamado livremente, e a tarefa de Lucas terminou.


    Dicionário

    Dize

    2ª pess. sing. imp. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Maneira

    substantivo feminino Modo ou método particular de fazer alguma coisa; jeito.
    Caráter pessoal que o artista atribuí à sua obra.
    Abertura lateral ou posterior das saias, permitindo que elas passem pelos ombros ou pelos quadris.
    Aparência externa; feição.
    substantivo feminino plural Modos corteses, educados de proceder ou de falar em sociedade; compostura e afabilidade no trato: boas maneiras.
    locução prepositiva À maneira de. Do mesmo modo que: ele filmou os acontecimentos à maneira de uma câmera fotográfica.
    locução conjuntiva De maneira que. Do modo como: podemos esculpir essa massa da maneira que quisermos.
    Etimologia (origem da palavra maneira). Do latim manaria, manuaria; feminino de manuarius.a.um.

    Ouvido

    substantivo masculino Sentido pelo qual se percebem os sons; sentido da audição.
    [Anatomia] Antigo órgão da audição, atualmente denominado por orelha.
    [Música] Abertura no tampo dos instrumentos de corda ou orifício nos instrumentos de palheta.
    [Música] Facilidade de fixar na memória peças musicais, ou de distinguir qualquer falta de afinação.
    [Militar] Orifício usado para colocar pólvora em armas de fogo e de artilharia.
    adjetivo Que se conseguiu ouvir, perceber pela audição: som ouvido.
    locução adverbial De ouvido. Sem ter estudado, só por ter ouvido: aprender música de ouvido.
    expressão Duro de ouvido. Diz-se de quem não ouve bem.
    Entrar por um ouvido e sair pelo outro. Não dar importância ao que ouve, não levar em conta, especialmente um conselho, advertência.
    Fazer ouvidos de mercador. Fingir que não ouve; não atender ao que se pede ou pergunta.
    Ser todo ouvidos. Prestar toda a atenção, ouvir atentamente.
    Etimologia (origem da palavra ouvido). Do latim auditum.

    Em diversos casos esta palavra é usada figuradamente como em Jr 6:10, onde ouvidos incircuncisos são ouvidos desatentos à Palavra de Deus. os ‘ouvidos abertos’ do salmo 34.15 significam que Deus presta constante atenção às orações do Seu povo, ao passo que a expressão ‘endurece-lhe os ouvidos’ (is 6:10) refere-se às almas desobedientes que não querem ouvir. Entre os judeus, o escravo que renunciava ao privilégio de poder libertar-se no ano sabático, tinha de sujeitar-se a ser a sua orelha furada com uma sovela pelo seu senhor, como sinal de perpétua escravidão. A cerimônia era realizada na presença de algum juiz, ou magistrado, e era um ato voluntário (Êx 21:5-6).

    Os ouvidos são sentinelas do conhecimento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7


    Ouvido Ver Escutar.

    Perceber

    verbo transitivo direto Compreender ou notar através dos sentidos: percebeu sua pele áspera; não percebia que ela estava machucada.
    Entender ou depreender o significado de algo através da inteligência: percebia tudo!
    Apreender ou constatar através da intuição, da sagacidade ou da perspicácia: percebi sua ironia; o professor percebia as dúvidas dos alunos.
    [Pouco Uso] Receber honorários, vantagens pecuniárias, salários etc.: alguns operários percebem mais do que um ordenado.
    Etimologia (origem da palavra perceber). Do latim percipere.

    Povo

    substantivo masculino Conjunto das pessoas que vivem em sociedade, compartilham a mesma língua, possuem os mesmos hábitos, tradições, e estão sujeitas às mesmas leis.
    Conjunto de indivíduos que constituem uma nação.
    Reunião das pessoas que habitam uma região, cidade, vila ou aldeia.
    Conjunto de pessoas que, embora não habitem o mesmo lugar, possuem características em comum (origem, religião etc.).
    Conjunto dos cidadãos de um país em relação aos governantes.
    Conjunto de pessoas que compõem a classe mais pobre de uma sociedade; plebe.
    Pequena aldeia; lugarejo, aldeia, vila: um povo.
    Público, considerado em seu conjunto.
    Quantidade excessiva de gente; multidão.
    [Popular] Quem faz parte da família ou é considerado dessa forma: cheguei e trouxe meu povo!
    substantivo masculino plural Conjunto de países, falando em relação à maioria deles: os povos sul-americanos sofreram com as invasões europeias.
    Designação da raça humana, de todas as pessoas: esperamos que os povos se juntem para melhorar o planeta.
    Etimologia (origem da palavra povo). Do latim populus, i “povo”.

    Vai

    3ª pess. sing. pres. ind. de Ir
    2ª pess. sing. imp. de Ir

    Ir 2
    símbolo

    [Química] Símbolo químico do irídio.


    ir 1 -
    (latim eo, ire)
    verbo transitivo , intransitivo e pronominal

    1. Passar ou ser levado de um lugar para outro, afastando-se.VIR

    verbo transitivo

    2. Deslocar-se até um lugar para lá permanecer (ex.: foi para Londres quando tinha 10 anos).VIR

    3. Deslocar-se a um local para fazer algo (ex.: amanhã quero ir ao cinema).

    4. Andar, caminhar, seguir.

    5. Ter certo lugar como destino (ex.: o avião vai para Casablanca).

    6. Ser usado com determinado propósito (ex.: o dinheiro do subsídio de férias irá para a revisão do carro).

    7. Formar um conjunto harmonioso (ex.: essas cores vão bem uma com a outra). = COMBINAR, DAR

    8. Abranger, estender-se (ex.: o parque vai até ao outro lado da cidade).

    9. Investir, chocar (ex.: o carro foi contra o poste).

    10. [Informal] Tomar parte em. = PARTICIPAR

    11. Ter decorrido ou passado (ex.: já lá vão cinco anos desde que a acção foi posta em tribunal).

    12. Seguir junto. = ACOMPANHAR

    13. Agir de determinada maneira (ex.: ir contra as regras).

    14. Escolher determinada profissão ou área de estudos (ex.: ir para engenharia; ir para dentista).

    15. Frequentar; ingressar (ex.: o menino já vai à escola). = ANDAR

    verbo pronominal

    16. Desaparecer, gastar-se (ex.: o salário foi-se; a minha paciência vai-se rápido).

    17. Deixar de funcionar (ex.: o telemóvel foi-se). = AVARIAR

    verbo intransitivo e pronominal

    18. Morrer.

    19. Deixar um local (ex.: os alunos já se foram todos). = PARTIRCHEGAR

    verbo intransitivo

    20. Ser enviado (ex.: a carta já foi).

    verbo copulativo

    21. Evoluir de determinada maneira (ex.: o trabalho vai bem). = DESENROLAR-SE

    22. Dirigir-se para algum lugar em determinado estado ou situação (ex.: os miúdos foram zangados).

    verbo auxiliar

    23. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, para indicar tempo futuro ou passado (ex.: vou telefonar; onde foste desencantar estas roupas?).

    24. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, precedido pela preposição a, ou seguido de um verbo no gerúndio, para indicar duração (ex.: o cão ia a saltar; o tempo vai passando).


    ir abaixo
    Desmoronar-se (ex.: o prédio foi abaixo com a explosão). = VIR ABAIXO

    ir-se abaixo
    Ficar sem energia ou sem ânimo.

    ir dentro
    [Portugal, Informal] Ser preso.

    ou vai ou racha
    [Informal] Expressão indicativa da determinação de alguém em realizar ou concluir algo, independentemente das dificuldades ou do esforço necessários. = CUSTE O QUE CUSTAR


    Vendar

    verbo transitivo Cobrir os olhos com uma venda.
    Figurado Obscurecer, cegar: o ódio lhe vendava a razão.

    Vendar Cobrir com uma tira (Lc 22:64) ou com um pano (Is 29:10).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    πορεύομαι πρός τοῦτον λαός καί ἔπω ἀκοή ἀκούω καί οὐ μή συνίημι βλέπω βλέπω καί οὐ μή εἴδω
    Atos 28: 26 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    dizendo: Vai a este povo e dize: Ouvindo, ouvirão, mas não entenderão. E vendo, verão, mas não perceberão;
    Atos 28: 26 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    62 d.C.
    G189
    akoḗ
    ἀκοή
    o sentido de ouvir
    (news)
    Substantivo - Feminino no Singular nominativo
    G191
    akoúō
    ἀκούω
    ser idiota, louco
    (the foolish)
    Adjetivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2992
    laós
    λαός
    (Piel) cumprir o casamento conforme o levirato, cumprir a função de cunhado
    (and marry)
    Verbo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G4198
    poreúomai
    πορεύομαι
    conduzir, transportar, transferir
    (Having gone)
    Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - Nominativo Masculino no Plural
    G4314
    prós
    πρός
    pai de Matrede e avô de Meetabel, a esposa de Hadade, o último rei mencionado de
    (of Mezahab)
    Substantivo
    G4920
    syníēmi
    συνίημι
    causar ou levar com
    (do they understand)
    Verbo - presente indicativo ativo - 3ª pessoa do plural
    G991
    blépō
    βλέπω
    ver, discernir, através do olho como orgão da visão
    (looking upon)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo


    ἀκοή


    (G189)
    akoḗ (ak-o-ay')

    189 ακοη akoe

    de 191; TDNT - 1:221,34; n f

    1. o sentido de ouvir
    2. o orgão de audição, o ouvido
    3. aquilo que é ouvido
      1. instrução (oral)
        1. pregação do evangelho
      2. boato, relatório, notícia, rumor

    ἀκούω


    (G191)
    akoúō (ak-oo'-o)

    191 ακουω akouo

    uma raiz; TDNT - 1:216,34; v

    1. estar dotado com a faculdade de ouvir, não surdo
    2. ouvir
      1. prestar atenção, considerar o que está ou tem sido dito
      2. entender, perceber o sentido do que é dito
    3. ouvir alguma coisa
      1. perceber pelo ouvido o que é dito na presença de alguém
      2. conseguir aprender pela audição
      3. algo que chega aos ouvidos de alguém, descobrir, aprender
      4. dar ouvido a um ensino ou a um professor
      5. compreender, entender

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λαός


    (G2992)
    laós (lah-os')

    2992 λαος laos

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 4:29,499; n m

    povo, grupo de pessoas, tribo, nação, todos aqueles que são da mesma origem e língua

    de uma grande parte da população reunida em algum lugar

    Sinônimos ver verbete 5832 e 5927


    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    πορεύομαι


    (G4198)
    poreúomai (por-yoo'-om-ahee)

    4198 πορευομαι poreuomai

    voz média de um derivado do mesmo que 3984; TDNT - 6:566,915; v

    1. conduzir, transportar, transferir
      1. persistir na jornada iniciada, continuar a própria jornada
      2. partir desta vida
      3. seguir alguém, isto é, tornar-se seu adepto
        1. achar o caminho ou ordenar a própria vida

    Sinônimos ver verbete 5818


    πρός


    (G4314)
    prós (pros)

    4314 προς pros

    forma fortalecida de 4253; TDNT - 6:720,942; prep

    em benefício de

    em, perto, por

    para, em direção a, com, com respeito a


    συνίημι


    (G4920)
    syníēmi (soon-ee'-ay-mee)

    4920 συνιημι suniemi

    de 4862 e hiemi (enviar); TDNT - 7:888,1119; v

    1. causar ou levar com
      1. num sentido hostil, de combatentes
    2. colocar (como se fosse) a percepção com aquilo que é percebido
      1. colocar ou unir na mente
        1. i.e., entender: pessoa de entendimento
        2. expressão idiomática para: pessoa correta e boa (que tem o conhecimento daquelas coisas que que pertencem à salvação)

    Sinônimos ver verbete 5825


    βλέπω


    (G991)
    blépō (blep'-o)

    991 βλεπω blepo

    um palavra primária; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver, discernir, através do olho como orgão da visão
      1. com o olho do corpo: estar possuído de visão, ter o poder de ver
      2. perceber pelo uso dos olhos: ver, olhar, avistar
      3. voltar o olhar para algo: olhar para, considerar, fitar
      4. perceber pelos sentidos, sentir
      5. descobrir pelo uso, conhecer pela experiência
    2. metáf. ver com os olhos da mente
      1. ter (o poder de) entender
      2. discernir mentalmente, observar, perceber, descobrir, entender
      3. voltar os pensamentos ou dirigir a mente para um coisa, considerar, contemplar, olhar para, ponderar cuidadosamente, examinar
    3. sentido geográfico de lugares, montanhas, construções, etc.: habilidade de localizar o que se está buscando

    Sinônimos ver verbete 5822