Enciclopédia de Atos 6:9-9

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

at 6: 9

Versão Versículo
ARA Levantaram-se, porém, alguns dos que eram da sinagoga chamada dos Libertos, dos cireneus, dos alexandrinos e dos da Cilícia e Ásia, e discutiam com Estêvão;
ARC E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos libertinos, e dos cireneus e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão.
TB Levantaram-se, porém, alguns dos que eram da sinagoga, chamada dos Libertos, dos cireneus, dos alexandrinos e dos da Cilícia e Ásia, e disputavam com Estêvão;
BGB ἀνέστησαν δέ τινες τῶν ἐκ τῆς συναγωγῆς τῆς λεγομένης Λιβερτίνων καὶ Κυρηναίων καὶ Ἀλεξανδρέων καὶ τῶν ἀπὸ Κιλικίας καὶ Ἀσίας συζητοῦντες τῷ Στεφάνῳ,
HD Levantaram-se alguns dos {que eram} da sinagoga chamada dos Libertos, dos cirineus, dos alexandrinos, dos {provenientes} da Cilícia e da Ásia, e debatiam com Estevão.
BKJ Então, levantaram-se alguns da sinagoga, que é chamada a sinagoga dos Libertos, e dos cireneus, e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão.
LTT Levantaram-se, porém, alguns daqueles provenientes- de- dentro- da sinagoga (aquela sendo chamada de Sinagoga dos Libertados), e da sinagoga dos cireneus, e da sinagoga dos alexandrinos, e daqueles provenientes- de- junto- da Cilícia e da Ásia, disputando com Estêvão.
BJ2 Intervieram então alguns da sinagoga chamada dos Libertos,[m] dos cireneus e alexandrinos, dos da Cilícia e da Ásia, e puseram-se a discutir com Estêvão.
VULG Surrexerunt autem quidam de synagoga quæ appellatur Libertinorum, et Cyrenensium, et Alexandrinorum, et eorum qui erant a Cilicia, et Asia, disputantes cum Stephano :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 6:9

Mateus 10:17 Acautelai-vos, porém, dos homens, porque eles vos entregarão aos sinédrios e vos açoitarão nas suas sinagogas;
Mateus 23:34 Portanto, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas; e a uns deles matareis e crucificareis; e a outros deles açoitareis nas vossas sinagogas e os perseguireis de cidade em cidade,
Mateus 27:32 E, quando saíam, encontraram um homem cireneu, chamado Simão, a quem constrangeram a levar a sua cruz.
Marcos 13:9 Mas olhai por vós mesmos, porque vos entregarão aos concílios e às sinagogas; sereis açoitados e sereis apresentados ante governadores e reis, por amor de mim, para lhes servir de testemunho.
Lucas 21:12 Mas, antes de todas essas coisas, lançarão mão de vós e vos perseguirão, entregando-vos às sinagogas e às prisões e conduzindo-vos à presença de reis e governadores, por amor do meu nome.
Atos 2:9 Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, e Judeia, e Capadócia, e Ponto, e Ásia,
Atos 11:20 E havia entre eles alguns varões de Chipre e de Cirene, os quais, entrando em Antioquia, falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus.
Atos 13:1 Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.
Atos 13:45 Então, os judeus, vendo a multidão, encheram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam o que Paulo dizia.
Atos 15:23 E por intermédio deles escreveram o seguinte: Os apóstolos, e os anciãos, e os irmãos, aos irmãos dentre os gentios que estão em Antioquia, Síria e Cilícia, saúde.
Atos 15:41 E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas.
Atos 16:6 E, passando pela Frígia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia.
Atos 17:17 De sorte que disputava na sinagoga com os judeus e religiosos e, todos os dias, na praça, com os que se apresentavam.
Atos 18:24 E chegou a Éfeso um certo judeu chamado Apolo, natural de Alexandria, varão eloquente e poderoso nas Escrituras.
Atos 19:10 E durou isto por espaço de dois anos, de tal maneira que todos os que habitavam na Ásia ouviram a palavra do Senhor Jesus, tanto judeus como gregos.
Atos 19:26 e bem vedes e ouvis que não só em Éfeso, mas até quase em toda a Ásia, este Paulo tem convencido e afastado uma grande multidão, dizendo que não são deuses os que se fazem com as mãos.
Atos 21:27 Quando os sete dias estavam quase a terminar, os judeus da Ásia, vendo-o no templo, alvoroçaram todo o povo e lançaram mão dele,
Atos 21:39 Mas Paulo lhe disse: Na verdade, eu sou um homem judeu, cidadão de Tarso, cidade não pouco célebre na Cilícia; rogo-te, porém, que me permitas falar ao povo.
Atos 22:3 Quanto a mim, sou varão judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas criado nesta cidade aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso para com Deus, como todos vós hoje sois.
Atos 22:19 E eu disse: Senhor, eles bem sabem que eu lançava na prisão e açoitava nas sinagogas os que criam em ti.
Atos 23:34 E o governador, lida a carta, perguntou de que província era; e, sabendo que era da Cilícia,
Atos 26:11 E, castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas, os obriguei a blasfemar. E, enfurecido demasiadamente contra eles, até nas cidades estranhas os persegui.
Atos 27:5 E, tendo atravessado o mar ao longo da Cilícia e Panfília, chegamos a Mirra, na Lícia.
I Coríntios 1:20 Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?
Gálatas 1:21 Depois, fui para as partes da Síria e da Cilícia.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Atos 6 : 9
debatiam
Lit. “buscar com, pesquisar junto (sentido estrito); discutir, debater; argumentar; disputar”.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A PRIMEIRA VIAGEM DE PAULO: CHIPRE E ÁSIA MENOR

(47-48 d.C.)
ANTIOQUIA, NO ORONTES
Antioquia, uma cidade junto ao rio Orontes, chamada hoje de Antaquia (ou Antakya), no sudeste da Turquia, era uma grande cidade cosmopolita. Havia sido fundada por Seleuco I, em c. 300 a.C., e o nome era homenagem a Antíoco, o pai de Seleuco I. Nesse lugar os discípulos foram chamados de cristãos pela primeira vez.' De lá, como Lucas, o autor de Atos dos Apóstolos registra, Saulo e Barnabé iniciarem sua primeira viagem missionária ao mundo gentio. Grande parte da cidade antiga de Antioquia foi destruída num terremoto em 526 d.C., mas o aqueduto de Trajano (98-117 .C.) e mosaicos de várias casas luxuosas sobreviveram. O museu de Antakya possui a segunda maior coleção de mosaicos romanos do mundo.
Em 47 d.C., Saulo e Barnabé, comissionados pelo grupo de líderes de várias origens étnicas da igreja de Antioquia, partiram de Selêucia (ad Pieria), o porto de Antioquia e atual vila de Cevlik, rumo a Chipre. A obra arquitetônica mais interessante da cidade, um aqueduto subterrâneo dos imperadores Tito e Vespasiano, foi construída várias décadas depois da visita de Saulo e Barnabé.

CHIPRE
Conhecida no Antigo Testamento como Elisá, Chipre era a terra natal de Barnabé. Saulo e Barnabé chegaram a Salamina, do lado leste da ilha, onde pregaram aos judeus nas sinagogas. Um teatro e um ginásio romano do século I ainda podem ser vistos naquele lugar. Os dois missionários viajaram pela ilha até chegar a Pafos, na costa oeste. Esta cidade era a capital administrativa do procônsul romano Sérgio Paulo. Foi nesse local que Saulo, agora chamado pelo nome romano de Paulo, confrontou um mágico chamado Barjesus ou Elimas e usou o poder de Deus para cegá-lo temporariamente. Admirado com os Paulo, Antioquia de Pisídia era uma colônia romana (Caesarea Antiocheia) e, portanto, abrigava um contingente de soldados aposentados que haviam se assentado ali a receberem terras e a cidadania romana. Em seu primeiro sábado naquele local, Paulo se dirigiu à sinagoga para levar sua mensagem primeiramente aos judeus. No sábado seguinte quase todos os habitantes da cidade compareceram para ouvir a palavra do Senhor e, tomados de inveja, os judeus levantaram perseguição contra Paulo e Barnabé e os expulsaram de lá. Sacudindo simbolicamente a pó dos pés para mostrar que haviam se eximido de qualquer responsabilidade, Paulo e Barnabé deixaram a cidade e viajaram cerca de 120 km até Icônio, atravessando os montes Sultan.

ICÔNICO, LISTRA E DERBE
Pouca coisa sobreviveu do passado romano de Icônio, a atual cidade turca de Konya, situada junto a uma planície fértil. Mais uma vez, houve oposição e, ao serem informados de uma intriga contra eles, Paulo e Barnabé fugiram para as cidades de Listra e Derbe, na Licaônia. Listra (perto da atual Hatunsaray) era uma colônia romana a cerca de 30 km de Icônio (Konya), separada desta pelos montes da região. Em Listra Paulo curou um homem paralítico de nascença. Aclamados como os deuses Hermes e Zeus, Paulo e Barnabé tiveram grande dificuldade em impedir a multidão de adorá-los. Voltaram a enfrentar oposição quando alguns judeus de Antioquia e Icônio granjearam o apoio da multidão. Paulo foi apedrejado e arrastado para fora da cidade, tido como morto. Mas, quando os discípulos estavam reunidos ao seu redor, o apóstolo se levantou e voltou à cidade. No dia seguinte, ele e Barnabé partiram para Derbe, identificada por uma inscrição como Kerti Höyük, a cerca de 100 km de Listra. Paulo pregou em Derbe e fez muitos discípulos. Em seguida, os missionários voltaram às cidades que haviam se mostrado hostis, Listra, Icônio e Antioquia, para fortalecer os discípulos e incentivá-los a permanecerem firmes na fé.
Posteriormente, voltaram a Perge e, de lá, parà Atália, a atual cidade turca de Antália, de onde navegaram, supostamente passando por Selêucia, de volta a Antioquia no Orontes. Lucas registra: "Ali chegados, reunida a igreja, relataram quantas coisas fizera Deus com eles e como abrira aos gentios a porta da fé" (At 14:27).

Referências:

Atos 11:26

Atos 4:36

Atos 13:5

Atos 13:13

Atos 14:5-6

A primeira viagem de Paulo O mapa indica o itinerário da primeira viagem de Paulo (com Barnabé) entre 47-48 d.C., saindo de Antioquia, junto ao Orontes, passando por Chipre, até Derbe, no sul da Turquia.
A primeira viagem de Paulo O mapa indica o itinerário da primeira viagem de Paulo (com Barnabé) entre 47-48 d.C., saindo de Antioquia, junto ao Orontes, passando por Chipre, até Derbe, no sul da Turquia.
Aqueduto em Antioquia da Pisídia (Yalvaç).
Aqueduto em Antioquia da Pisídia (Yalvaç).
Mosaico representando Oceano, filho de Urano. Datado do século II d.C. de Antaquia, Turquia,
Mosaico representando Oceano, filho de Urano. Datado do século II d.C. de Antaquia, Turquia,
Odeão (auditório ao ar-livre), em Pafos, Chipre.
Odeão (auditório ao ar-livre), em Pafos, Chipre.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

at 6:9
Sabedoria do Evangelho - Volume 3

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 26
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 14:1-2


1. Nessa época, ouviu o tetrarca Herodes a fama de Jesus.


2. e disse a seus cortesãos: "esse é João o Batista; ele despertou dentre mortos, e por isso os poderes operam nele".


MC 6:14-16


14. E Herodes o rei ouviu (porque o nome dele se tornava conhecido) e disse: "João o Batista despertou dentre os mortos, e por isso os poderes operam nele". 15. Outros diziam: "É Elias"; outros ainda: "É profeta, como um dos profetas".


16. Mas, ouvindo isso, Herodes dizia: "É João, que eu degolei, que despertou dentre os mortos".


LC 9:7-9


7. Ora, o tetrarca Herodes ouviu tudo o que foi feito por ele (Jesus), e admirouse, porque era dito por alguns:


8. "João despertou dentre os mortos", por outros: "Elias apareceu", e outros: "reencarnou um dos antigos profetas".


9. Disse, porém, Herodes: "Eu degolei João, mas quem é este de quem ouço tais coisas". E procurava vê-lo.


Além da ação pessoal de Jesus a pregar as Boas-Novas, houve um recrudescimento de fatos extraordinários, que se multiplicaram com a saída dos Emissários Dele, por diversas aldeias concomitantemente.


A fama de Jesus, em nome de Quem todos agiam, cresceu muito, estendendo-se tanto que chegou aos ouvidos do tetrarca daquela região.


As palavras de Herodes dão a perfeita impressão de que ele se convenceu da ressurreição de João Batista ressurreição" no sentido atual do termo, isto é, que o "morto" voltara a viver no mesmo corpo.


Herodes não se refere à reencarnação, conforme o notara já Jerônimo (Patrol. Lat. vol. 26, col. 96) com razão: Jesus tinha mais de trinta anos, quando João desencarnou.


* * *

Para fins de estudo, observemos o emprego dos verbos gregos nesses textos, e para isso analisemos antes os próprios verbos.


Aparecem dois; egeírô e anístêmi, ambos traduzidos correntemente com a mesma palavra portuguesa: "ressuscitar". Mas o sentido difere bastante de um para outro.


EGEÍRÔ, composto de GER com o prefixo reforçativo E (cfr. o sânscrito ajardi, que significa "estar acordado") tem exatamente o sentido de "despertar do sono, acordar", ou seja, passar do estado de sono ao de vigília. Era empregado correntemente com o sentido de ressuscitar, isto é, sair do estado de sono da morte, para o da vigília da vida. Para não haver confusão, acrescentava-se ao verbo o esclarecimento indispensável: egeíró ek (ou apó) nekrôn, "despertar de entre os mortos".


ANÍSTÊMI, composto de ANÁ (com três sentidos: "para cima", ou "de novo" ou "para trás") e ÍSTÊ-MI ("estar de pé"). De acordo com as três vozes, teríamos os seguintes sentidos:

a) voz ativa (transitivo) - "levantar alguém", "elevá-lo"; ou "tornar a levantar", ou então "fazer alguém voltar";


b) voz média - "levantar-se" (do lugar em que se estava sentado ou deitado, sem se cogitar se se estava desperto ou adormecido), ou "tornar a ficar de pé", ou "regressar" ao lugar de onde se viera;


c) voz passiva - "ser levantado por alguém", ou "ser posto de novo em pé", ou "ser mandado embora de volta".


Esse verbo, portanto, apresenta maior elasticidade de sentido que o anterior, podendo, inclusive, ser interpretado como "ressuscitar"; com efeito, não só a ressurreição pode ser compreendida um "despertar do sono da morte" (egeírô, que é o mais exato tecnicamente), como também pode ser entendida como um "levantar-se" de onde se estava deitado (o caixão); ou como um "tornar a ficar de pé"; ou como um "regressar ao lugar de onde se veio". No sentido de ressuscitar foi usado por Homero ("Ilíada",

24, 551), por Ésquiles de Elêusis ("Agamemnon", 1361), por Sófocles ("Electra", 139), etc.


No entanto, esse verbo anístêmi apresenta outro sentido muito importante, e que geralmente é desprezado pelos hermeneutas, que procuram esconder as ideias originais dos autores, quando não estão de acordo com a sua, e isso até em obras "cientificamente" organizadas (Não estamos fazendo acusações levianas. Para só citar um exemplo moderno, tomemos a obra "Lexique de Platon", publicada em dois volumes (1964) pelas edições "Les Belles lettres" (portanto editora crítica, da qual se espera fidelidade absoluta ao original). Pois bem, nessa obra, preparada pelo padre Édouard des Places, jesuíta, não figuram anístêmi, nem egeírô, nem o substantivo anástasis, nem qualquer outra palavra que signifiqu "reencarnação" ...), e é o sentido de "reencarnar". Realmente, a reencarnação é um "levantarse" para reaparecer na Terra; é um "tornar a ficar de pé", e é sobretudo um "regressar ao lugar de sua vida anterior". Nesse sentido foi bastante empregado pelos autores gregos. Anotemos, todavia, que esse não era um verbo especializado nesse sentido, como o é, por exemplo, ensómatóô ou o substantivo paliggenesía. Numerosas vezes é usado, mesmo nos Evangelhos, com a simples acepção de "levantarse" do lugar em que se estava sentado (cfr. MC 3:26; LC 10:25; AT 6:9, etc.) .


Daí a necessidade de interpretar, pelo contexto, qual o sentido exato em que foi empregado.


Ora, nos textos em estudo, os três sinópticos referem-se à opinião de Herodes com o mesmo verbo egeírô (que sistematicamente traduzimos por "despertar", seu significado real e etimológico). No entanto, o próprio Lucas que empregou egeírô para exprimir a ideia de "ressurreição", nesse mesmo versículo 8, para exprimir o "regresso à Terra" de algum dos antigos profetas, muda o verbo, e usa aníst êmi... Então, não era a mesma coisa: João "ressuscitara", despertara do sono da morte; mas o antigo profeta "regressara à Terra", ou seja, em linguagem moderna, "reencarnara". E assim traduzimos, acreditando haver agora justificado nossa tradução afoita.


Para antecipadamente responder à objeção de que não havia esse rigor "literário" nos evangelistas, queremos chamar a atenção para o verbo usado com referência a Elias. Era crença geral que Elias não desencarnara, mas fora raptado num carro de fogo (cfr. 2RS 2:11). Ora, nesse caso especial, não podia ser empregado egeírô (despertar dentre os mortos), nem anistêmi (reencarnar); e de fato, nenhum dos dois foi usado por Lucas, e sim um terceiro verbo: epháne, isto é "apareceu".


* * *

A Herodes não ocorria outra explicação mais plausível, em vista dos "poderes" (dynámeis) espirituais que se manifestavam, e de cujos resultados assombrosos ouvia falar com insistência. Realmente, enquanto Jesus permanecera em Cafarnaum e adjacências, sua fama aí ficara adstricta ao pessoal mais humilde. Mas depois das excursões mais prolongadas, sobretudo após a ação conjunta dos doze emissários que se espalharam por muitas aldeias e cidades, os fatos começaram a atrair a atenção e admiração gerais, tanto mais que, durante sua existência terrena João jamais operara prodígios nem fizera demonstrações de curas, limitando-se seu ensino a falar e exemplificar.


Os "poderes" exprimem aqui (como em MC 5:30, em 1. º Cor. 12:10, 28, 29, em GL 3:5 e em HB 6:5) a faculdade, a força de realizar obras extraordinárias; e não as próprias obras em si mesmas (como em MC 6:2, em AT 2:22; AT 8:13 e AT 19:11, em 2. ª Cor. 12:12, em HB 2:4, etc.) .


Entretanto, a opinião de Herodes não foi aceita concordemente pelos cortesãos, já que alguns diziam que Elias reaparecera na Terra, e Jesus havia afirmado o mesmo em relação ao Batista, como lemos em MT 11:4, 3 17:10-13, e em MC 9:9-13, garantindo a reencarnação de Elias na pessoa de João Batista; o mesmo também foi confirmado por Lucas (Lucas 1:17). Dizem alguns comentaristas ortodoxos (cfr. Lagrance, "Le Messianisme", cap. 6, pág. 210-213), que essa assertiva de Jesus se prende a uma "saída" do Mestre, para que Seus contemporâneos não Lhe objetassem que Ele não era o Messias, porque Elias não viera antes! Então Jesus "inventou" isso. Até esse triste papel é atribuído a Jesus, por Seus" representantes" na Terra, contanto que o pensamento deles não seja "atrapalhado" pelo ensino do Mestre!


Mas outras vozes fazem-se ouvir: trata-se de um profeta, como tantos já houve em Israel; e mais: "é a reencarnação de um dos antigos profetas" que teria regressado a seu povo, para reavivar o entusiasmo religioso. Não obstante essas opiniões, que pretendiam desviar o tetrarca de suas apreensões, Herodes insiste, amedrontado, em seu ponto de vista: "eu degolei (por "mandei degolar") João, mas ele voltou do meio dos mortos"... E procurava conhecer Jesus, para certificar-se da veracidade de seus temores, com a secreta esperança de que não fosse João... Mas só conseguiu esse intento por ocasião da condenação de Jesus (cfr. LC 23:8).


A atuação de Herodes é típica das personalidades ainda sem o contato íntimo com o Cristo: apavoramse com as experiências, temem o resultado de seus erros, supõem as mais absurdas coisas, olhando outras criaturas como abantesmas que as assustam. Obra do remorso que lhes estrangula o consciente e que, sufocado de um lado, surge de outro, como as cabeças da Hidra de Lerna.


A personalidade, que vive presa na materialidade, julgando real apenas o curto período de uma exist ência terrena, amedronta-se diante de qualquer ocorrência que lhe pareça comprovar uma sequência da vida após a cadaverização no túmulo. A voz da consciência fala em silêncio, mas nem por isso deixamos à e ouvi-la, pois é mais forte que os ruídos de que nos possamos cercar externamente para abafá-la.


Daí a necessidade absoluta de aniquilarmos não a consciência, mas a personalidade, mergulhando em busca do Cristo Interno que em nós habita. Só assim nos libertaremos do medo. O desconhecimento dessa verdade leva a esses paroxismos angustiosos, e como os involuídos só conhecem a personalidade, esta é temida.


Verificamos que Herodes não teme a realidade, mas aparências: não tem medo da individualidade eterna (que ele nem sabe existir), mas se apavora diante das personalidades palpáveis e visíveis (únicas que conhece). O temor do tetrarca refere-se a um reaparecimento da personalidade do Batista, entidade concreta que o aterrorizava. Assim, hoje, o ser imaturo teme a polícia, não o Espírito; tem medo das enfermidades e da morte, e não das consequências mais remotas de seus erros na existência seguinte.


Ao lado disso, comprovamos o medo pânico que os involuídos têm, naturalmente, do plano astral: dos fantasmas, das ameaças de espíritos atrasados, dos "lobisomens", etc., sem experimentarem o menor receio da Lei de Causalidade, tão rigorosa em seus efeitos, depois que "plantamos" as causas. Escondemse de um homem para que os não veja praticar más ações, e não se dão conta de que o Cristo Interno, habitando dentro deles, é permanente e silenciosa testemunha de tudo o que fazem, embora sozinhos, embora trancados num quarto à noite, embora apenas em pensamento...


Outro ponto ainda a considerar é que, nesses ambientes, os seres jamais ficam de acordo: cada um tem sua opinião, que procura fazer prevalecer acima da dos outros. Daí surgem as divergências, as discussões, as separações, surgindo sérias controvérsias que os tornam até inimigos, levantando-se perseguições de uns contra outros. Comportamento totalmente diferente ocorre no âmbito das individualidades cônscias de si: todos os grandes místicos, de qualquer religião ou seita, do oriente e do ocidente, dizem a mesma coisa, falam a mesma língua espiritual, qualquer que seja a época de sua vida terrena, acreditam nas mesmas verdades, unem-se ao mesmo Pai que em todo habita.


at 6:9
Sabedoria do Evangelho - Volume 8

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 30
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 27:31-32


31. E quando o escarneceram, despiram-lhe a capa e vestiram-no com sua veste e levaramno para ser crucificado.

32. Tendo saído, encontraram um homem cireneu, de nome Simão, a quem obrigaram a tomar a cruz dele.

MC 15:20-21


20. E quando o escarneceram, despiram-lhe a púrpura e o vestiram com sua veste, e o levam para fora para que o crucifiquem.

21. E obrigam um passante, certo Simão cireneu, que vinha do campo, pai de Alexandre e de Rufo, para que tomasse a cruz dele.

JO 19:16-17


16. Então o entregou a eles para que fosse crucificado.

17. a Apanharam então Jesus. E carregando sua cruz, saiu...

LC 23:26-32


26. E como o levassem, tendo pegado certo Simão cireneu que vinha do campo, impuseramlhe a cruz dele, para que a levasse por trás de Jesus.

27. Seguia-o grande multidão de povo e mulheres, que choravam e lamentavam.

28. Voltando-se para elas, Jesus disse: "Filhas de Jerusalém, não choreis sobre mim, antes chorai sobre vós mesmas e sobre vossos filhos,

29. porque eis que virão dias em que dirão: Felizes as estéreis e os ventres que não geraram e os seios que não amamentaram.

30. Então começarão a dizer aos montes: cai sobre nós; e às colinas: escondei-nos;

31. porque se fazem isto à madeira úmida, que se não fará à seca?"

32. Eram também levados outros dois malfeitores com ele, para serem mortos.



Quando os sacerdotes judeus se certificaram de que Jesus estava entregue a eles, tiveram ímpetos de alegria, lançaram ao ar gritos de vitória e levantaram um coro escarninho de impropérios e zombarias, qual em geral ocorre quando uma pessoa de destaque perde sua posição e cai, antipatizada e malquista, no desagrado do populacho.


Pelo costume romano, os condenados à crucificação seguiam nus até o lugar do suplício, pois a essa altura os soldados já haviam distribuído entre si seus pertences. No entanto, Mateus e Marcos concordam em afirmar que Jesus seguiu "com suas vestes", segundo o hábito israelita de condenar a nudez, embora não expliquem por que os soldados se comportaram dessa maneira.


O percurso do Pretório ao lugar da execução não era muito longo: de 500 a 600 metros. Todavia era bem doloroso carregar aquele peso durante meio quilômetro, com os ombros já feridos. A própria madeira era talhada a golpes de machado, irregular e cheia de arestas. No "Sudário de Turim" (cfr. Pierre Barbet, "A Paixão de Cristo segundo o cirurgião", Edições Loyola, S. Paulo, 1966) são vistos os coágulos formados no ombro esquerdo, das escaras produzidas pelo peso da madeira, embora não se tratasse da cruz inteira, mas apenas da trave superior.


Esse travessão, com 2,30 a 2,60 metros de comprimento, pesava em média 50 quilos. Como era arrastado pelo condenado, este suportava mais ou menos 30 a 40 quilos, o que não impedia, porém, que a carne ficasse macerada nos ombros e omoplatas. Os termos latinos portare e bajulare e as palavras gregas phérein e bastázein, no entanto, indicam mais "carregar" do que arrastar.


Ao observarem a fraqueza do condenado, os soldados temeram que não resistisse. E, como conquistadores, gozavam do direito de requisitar qualquer pessoa para ajudá-los. Chamaram, então, um homem que vinha do campo, talvez para o almoço e o repouso da sesta, e deram-lhe a incumbência de carregar o travessão por trás (ópisthen) de Jesus; ou seja, não se tratava de segurar a ponta de trás do travessão enquanto Jesus segurava a ponta da frente, mas de carregar sozinho, caminhando atrás de Jesus. Jerônimo (Patrol. Lat. vol. 26 col. 209) escreveu: sed hoc intellegendum est, quod egrediens de Pretorio, Jesus ipse portavit crucem suam; postea obvium habuerunt Simonem, cui portandam crucem impo suerint, isto é, "deve compreender-se que, ao sair do Pretório, o próprio Jesus tenha carregado sua cruz; depois encontraram Simão, a quem impuseram a cruz para ser carregada". Normalmente os condenados carregavam o patíbulo entre os sarcasmos da multidão (cfr. Plauto, Miles Gloriosus, 359;


Plutarco, De Sera num. vind., 9; Artemidoro Tarsense, Oneirocrit, 2,56).


Antes de impor a cruz a Jesus, tiraram a capa e provavelmente a coroa de acácia, pois os crucifixos, só a partir do séc. XIII representam Jesus com a coroa.


Nada sabemos de positivo quanto à forma da cruz de Jesus, se era em T ou se a haste vertical superava a trave horizontal. O mais provável era a forma em T. O argumento da "inscrição", que leva alguns a pensarem que possuía uma parte da haste acima da cabeça (crux immissa), não é suficiente a decidir a respeito da forma da cruz, pois ao ser suspenso, o corpo arriava e ficava espaço suficiente na parte superior para ser colocada a tabuleta.


A haste vertical permanecia fixa no local das execuções: era a stipes crucis (cfr. Cícero, Rabir. 11: in Campo Martio... crucem ad civium supplicium defigi et constitui jubes, "mandas levantar e plantar uma cruz no Campo de Marte para o suplício dos cidadãos"). O travessão horizontal, chamado patibulum, e em grego staurós ou skólops, era levado pelo condenado e colocado, depois que se pregava a vítima, no côncavo da haste vertical, ou stipis furca, próprio para receber o patíbulum. A cruz inteira era também denominada xylon dídymon, ou seja, "pau duplo".


Apesar de suplício tipicamente romano, já era conhecida a crucificação entre os judeus, como lemos em Josué (Josué 8:29): "suspendeu o rei deles no patíbulo até a tarde e o ocaso do sol. E Josué ordenou e depuseram o cadáver dele da cruz". A "invenção" desse suplício é atribuída aos persas.


Quanto a Simão, os três sinópticos coincidem nos dados: o nome Simão e a cidade de que era natural, Cirene, no norte da África, para onde Ptolomeu Sóter (306-285 A. C.) atraíra mais de 100. 000 judeus, outorgando-lhes numerosos privilégios. Os judeus de Cirene formavam colônia tão importante, que possuíam uma sinagoga própria em Jerusalém (cfr. AT 6:9) onde se reuniam os que de lá haviam regressado à pátria e os que se achavam de passagem.


Marcos anota que Simão era o pai de Alexandre e de Rufo, que deviam ser bem conhecidos na comunidade cristã de Roma, para quem foi escrito seu Evangelho, e também são citados por Paulo quando escreve aos romanos (cfr. RM 16:13).


As palavras de Jesus dirigidas às mulheres "filhas de Jerusalém" são privativas de Lucas, que tem o hábito de salientar o papel das mulheres na vida de Jesus (cfr. LC 1:39, LC 1:56; 2:36-38; 7:11-15 e 47-50; 8:1-3; 10:38-42). Essas mulheres não eram as galileias, mas moravam em Jerusalém.


Diz o Talmud (b. Sanhedrim, 43 a) que as mulheres da sociedade preparavam o vinho com incenso (ou mirra) e o levavam aos condenados. Jesus dirige-lhes palavras de bondade, relembrando sua previsão da destruição de Jerusalém (cfr. LC 21:20-24). E repete as palavras de Oseas (10:8). A comparação entre a madeira úmida e a seca (cfr. 1PE 4:17-18) refere-se a facilidade com que queima a seca, enquanto a úmida arde com dificuldade.


Lucas também fala dos outros dois condenados que foram levados junto com Jesus, para que a escolta fizesse de uma só vez as três execuções. Embora no Sanhedrim (6,4) esteja prescrito: "Não se executem dois homens no mesmo dia", os romanos não possuíam em ruas leis nenhuma limitação, e quase nunca realizavam uma só execução: as crucificações ascendiam, em alguns casos, a centenas.


Eis que prossegue o drama, a desenrolar-se paulatinamente.


O candidato tem que seguir para o altar do sacrifício. Durante o suplício da flagelação e o escárnio que precederam ao holocausto, haviam recoberto a vítima com uma capa púrpura: era o momento da catarse por meio da dor. Mas ao encaminhar-se para o ponto crucial da iniciação, a capa vermelha lhe é retirada, sendo-lhe imposta a túnica branca com que viera vestido: é a cor típica do iniciando, a candida vestis, que lhe dá o nome de candidato, manifestando a pureza de quem já superou a catarse e está pronto para galgar sua exaltação. Inconscientemente, ou por sugestão mental do próprio Jesus, os soldados lhe trocam as vestes, revestindo-o com a túnica branca inconsútil, isto é, sem costuras, tecida de alto a baixo (cfr. JO 19:23). E não devemos esquecer de que a vestimenta própria do Sumo-Sacerdote era exatamente a túnica inconsútil (ho chitô árraphos), como nos revela Flavio Josepho (Ant. JD 3, 7, 2).


Digno de meditação, ainda, o trabalho de Simão, o cireneu, que, por ser histórico, não perde seu significado simbólico. Não competia ao iniciando o transporte do instrumento de tortura, pois era mister lhe fossem poupadas as forças, a fim de poder resistir melhor às hemorragias que seriam produzidas durante o suplício, e isso com vistas ao posterior refazimento rápido e perfeito dos tecidos epiteliais e das energias vitais, quando o Espírito regressasse novamente e reassumisse o corpo físico, após a visita ao hades, que durava 36 horas, ou seta, um dia e duas noites, abrangendo, na contagem da época, três dias: sexta-feira, sábado e domingo. Para que no soerguimento (ressurreição) pudessem ser aproveitadas ao máximo as forças físicas do iniciando, numa cerimônia iniciática sangrenta, indispensável era poupar-lhe as energias.


Além disso, descobrimos outra lição prática: a da ajuda e do serviço, que qualquer ser humano deve prestar a seu semelhante, sobretudo nos momentos de maior necessidade e angústia. Não nos é lícito deixar que cada um suporte sozinho o peso de sua cruz, quando nos seja possível dar um auxílio efetivo, ainda que isso seja pesado para nós, - como o foi a Simão o ter de carregar, por meio quilômetro, a trave horizontal da cruz de Jesus.


Outro ensinamento: se podemos e devemos ajudar a carregar a cruz dos semelhantes, não nos cabe ser crucificados em seu lugar: nem os Mestres podem substituir-se a seus discípulos, embora os auxiliem na caminhada, aliviando-os do peso excessivo que os esmagaria.


Dignas de nota as palavras de Jesus às mulheres "filhas de Jerusalém", isto é, filiadas às religiões personalísticas, que nada percebiam dos ritos iniciáticos. Por que lamentar a sorte de Jesus e de seu corpo, se o que estava sofrendo serviria para sua elevação evolutiva, tornando-O Sumo-Sacerdote da Ordem de Melquisedec (cfr. HB 5:5-20)? Elas mesmas, sim, eram dignas de lamentação, bem como seus filhos, em vista não apenas - como salientam os exegetas da próxima destruição de Jerusalém (40 anos depois), como sobretudo pelas reencarnações posteriores de todas elas, ainda tão atrasadas evolutivamente e tão enoveladas nos meandros escuros do Antissistema.


A citação das palavras de Oseas caracteriza o sofrimento que atingiria muitas vezes as raias do desespero.


E se a dor e os maus tratos eram insólitos e violentos em relação à madeira úmida, isto é, um Homem permeado pelo Espírito divino, ungido (Christós) com o óleo sacerdotal, embebido com a "água viva" da graça sublime em cada célula sua - o que não ocorreria à madeira seca daqueles em que ainda não vibrava o Espírito (cfr. JO 7:39), aqueles que só conheciam a matéria densa de seus corpos, julgando-os a única realidade de seus seres? Para estes, perder o corpo era perder tudo, era acabar, era "finar-se". Então, para eles, as dores e torturas constituíam o último ato de suas existências, pois quando seus espíritos passassem a viver no plano astral, nenhuma consciência mais teriam de sua identidade, mas permaneceriam hebetados como que em estado de sonho. Só o contato com a matéria densa lhes poderia reviver a consciência atual. O que explica o Grande número de espíritos perturbados que frequentam as sessões espíritas, e o que nem sequer sabem quem são, nem se lembram do que foram quando encarnados. Madeira seca, simples palha, sujeita ao "fogo inextinguível" (cfr. MT 3:12 e LC 3:11) das múltiplas encarnações sucessivas e purificadoras, até que um dia cheguem a tomar-se madeiras umidificadas e vivificadas pelo Espírito.



Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ÁSIA

Atualmente: ÁSIA
Continente asiático
Mapa Bíblico de ÁSIA


CILÍCIA

Atualmente: TURQUIA
Região onde se localizava Tarso – Atos 22:3
Mapa Bíblico de CILÍCIA



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 15
F. O AVANÇO DAS TESTEMUNHAS, Atos 6:1-7

1. A Indicação dos Sete (6:1-6)

A palavra discípulos (1) aparece aqui pela primeira vez no livro de Atos (ver os comentários sobre 1.15). Ela significa, literalmente, "aprendizes". É usada nos Evange-lhos para referir-se aos seguidores de João Batista (e.g., Mt 9:14), dos fariseus (e.g., Mc 2:18), de Moisés (Jo 9:28) e de Jesus (e.g., Lc 6:17). A sua aplicação mais freqüente é em relação aos doze apóstolos. No livro de Atos (vinte e oito vezes), normalmente refere-se aos cristãos em geral. Nas outras partes deste livro, eles são chamados "santos" (9.13), "irmãos" (1.15, em algumas versões; 9.30), "nazarenos" (24.5). Mas discípulos é "talvez a palavra mais característica dos cristãos no livro de Atos".159

Crescendo o número dos discípulos significa literalmente "enquanto os discípu-los se multiplicavam" (particípio presente, indicando um crescimento contínuo). Quanto mais membros uma igreja tem, mais problemas em potencial ela apresentará. Agora, iniciava-se uma murmuração — o som da palavra grega sugere o zumbir das abelhas -por parte dos gregos. A palavra grega é hellenistes, que deveria ser traduzida como "helênicos". Diz-se que esta foi "a primeira aparição desta palavra na literatura gre-ga".'" Ela é encontrada somente duas outras vezes no Novo Testamento (Atos 9:29-11.20). Aparentemente, significa pessoas "de língua grega". Bruce escreve: "O contexto irá en-tão determinar mais exatamente que tipo de pessoas de língua grega são elas: aqui, cristãos judeus de língua grega; em 9.29, provavelmente judeus de língua grega nas sinagogas; em 11.20, provavelmente gentios".

Em contraste com os helênicos, estavam os hebreus. Isto parece querer dizer "ju-deus de língua hebraica ou aramaica".1' No Novo Testamento, a palavra aparece nova-mente somente em II Coríntios 11:22, e em Filipenses 3:5. Em ambos os casos, Paulo aplica-a a si mesmo, como um rígido observador da lei — ou possivelmente como um judeu de puro sangue.

A causa desse murmúrio era que as suas viúvas eram desprezadas — "negligencia-das" (somente aqui no NT) — no ministério cotidiano. Com respeito a viúvas, Lake e Cadbury afirmam: "Em geral, o termo 'viúvas' vem a ter um duplo sentido: (a) todas as mulheres que tinham perdido os seus maridos; (b) um número seleto de classe elevada, que era indicado a uma posição definida dentro da organização da igreja como parte do `clero' (cf. clérigos).' O significado anterior provavelmente aplica-se às viúvas aqui, e o último àquelas de I Timóteo 5:9-10.

A palavra grega para ministério é traduzida como "socorro" em 11.29. Esta é, evidentemente, a idéia aqui. Com os fundos que os cristãos tornavam disponíveis (cf. Atos 2:44--45; 4:32-37), os pobres e os necessitados eram cuidados no cotidiano com uma doação de alimentos. Knowling faz esta sugestão significativa: "É bem possível que as viúvas helênicas tivessem sido ajudadas anteriormente com o tesouro do Templo, e que essa ajuda tenha cessado, visto que elas se uniram à comunidade cristã".164

A palavra chera, viúva, aparece nove vezes no Evangelho de Lucas — somente três vezes nos demais Evangelhos juntos — e três vezes no livro de Atos. Ela está de acordo com a ênfase de Lucas sobre as mulheres (ver a introdução do Evangelho de Lucas). Em outras passagens do Novo Testamento, a palavra é encontrada com maior freqüência na primeira carta a Timóteo (oito vezes). Poderia ser um dos diversos itens menores que indicam a possibilidade de que Lucas foi o escrevente de Paulo para as epístolas pastorais (cf. 2 Tm 4,11) ?

Os doze (2) — uma citação encontrada somente aqui no livro de Atos — convocaram uma reunião da igreja: a multidão dos discípulos. Com santificado bom senso, os apóstolos declararam que não era razoável (adequado) que eles deixassem a palavra de Deus — ensinassem e anunciassem — e servissem às mesas. "Servir" é o verbo diakoneo. O substantivo cognato diakonia é traduzido como "ministério" no versículo 1. Como "diácono" vem de diakonos, os homens aqui escolhidos são freqüentemente mencionados como "os sete diáconos", mas esta designação não lhes é dada no texto. Provavelmente, não havia um cargo técnico como o dos diáconos neste estágio primitivo da igreja.

"Servir às mesas" normalmente é interpretado como servir comida. Mas a palavra trapeza era usada para as mesas dos cambistas (e.g., Mt 21:12). Em Atenas, hoje, pode-se ver uma Trapeza em cada banco. Também trapezeites (somente em Mt 25:27) significa "banqueiro", ou "cambista". Lumby comenta aqui: "Servir às mesas significa dirigir a mesa ou o balcão onde o dinheiro era distribuído".1" É possível que a frase fosse interpretada com o sentido mais amplo de administrar os assuntos financeiros da igreja, da qual uma parte importante era a provisão de comida para os necessitados. Não é provável que os doze apóstolos realmente servissem às mesas de comida, embora tivessem servido pão e peixes, com as próprias mãos, aos cinco mil e aos quatro mil. De qualquer forma, o verbo forte traduzido como deixemos (ou "abandonemos") implica que todo o tempo dos doze estava sendo tomado por estes cuidados com as necessidades temporais dos irmãos".' Quando ministros ordenados passam a maior parte do tempo cuidando dos assuntos materiais da igreja, a vida espiritual do povo fica prejudicada.

O curso da ação que os apóstolos prescreviam era sábio. Uma divisão de trabalho era a única solução satisfatória. Sete bons homens leigos seriam indicados para cuidar dos assuntos materiais da congregação enquanto os apóstolos perseverariam na oração e no ministério da palavra (4).

Praticamente todas as palavras ou frases dos versículos 3:4 estão cheias de signi-ficado. O termo irmãos é aplicado aqui pela primeira vez aos cristãos como irmãos espi-rituais em Cristo. Este uso ocorre trinta e quatro vezes no livro de Atos e freqüentemente nas epístolas.

Escolhei literalmente quer dizer "procurar, visitar ou inspecionar, com o objetivo de encontrar as qualificações necessárias".' Dentre vós — literalmente "no seu meio" -enfatiza o fato de que deveria haver cuidado na seleção dos encarregados da igreja.

A escolha de sete varões tem sido explicada de várias maneiras. Sugeriu-se que Jerusalém pode ter sido dividida em sete distritos, ou que havia sete congregações cris-tãs que se reuniam em casas particulares. A razão mais provável é a mais simples — sete era um número sagrado para os judeus, significando perfeição.
As qualificações destes homens deviam ser três: 1. Boa reputação; 2. Cheios do Espí-rito Santo; 3. Cheios... de sabedoria — "sabedoria prática"' ou tato. Essas ainda são as três qualificações principais para os trabalhadores cristãos.
Os sete candidatos deveriam ser escolhidos por toda a congregação. Este proce-dimento democrático era um primeiro passo importante para neutralizar reclama-ções. Os apóstolos então constituiriam os homens escolhidos sobre este importante negócio — literalmente "necessidade". Mas aqui esta atividade pode ser traduzida como "ofício".1"

O resultado desta indicação pode ser que os apóstolos poderiam dedicar todo o seu tempo ao trabalho para o qual foram chamados, e para o qual estavam qualificados. Com respeito à oração, Bruce diz: "A adoração regular da igreja é o que isso significa".' A realização da adoração pública (oração) e pregação (o ministério da palavra) deviam ser as suas principais tarefas.

A proposta feita pelos apóstolos contentou a toda a multidão (5). Eles elegeram — lit., "escolheram por si mesmos" — sete homens do seu meio. O primeiro foi Estêvão. Este é descrito adicionalmente como um homem cheio de fé e do Espírito Santo. Para a sua difícil tarefa de satisfazer os murmuradores helenistas, ele precisaria do otimismo da fé, da bondade e sabedoria do Espírito. O fato de Estêvão ser destacado com uma menção especial se deve, talvez, ao fato de que este incidente forma um prelúdio para o seu martírio. Estêvão significa "coroa", e ele foi o primeiro cristão a receber a coroa de mártir.

Filipe tornou-se um pregador e evangelista depois da morte de Estêvão (Atos 8:5-40; 21.8). Dos demais homens, não se faz outra menção no Novo Testamento. Sobre Prócoro, Lake e Cadbury dizem: "Segundo uma lenda largamente encontrada na arte bizantina, ele era o escriba a quem João ditou o quarto Evangelho".' Nicolau é identificado como prosélito de Antioquia. A menção a esta cidade reflete o interesse especial de Lucas no lugar, talvez devido ao fato de que Lucas nasceu ali. A região tem um papel importante na narrativa dos Atos (cf. Atos 11:19-30; 13 1:3; etc.).

O fato de Nicolau ser especificado como um prosélito — gentio convertido ao judaís-mo — não implica necessariamente que os outros seis fossem todos judeus. Freqüentemente, ressalta-se que eles podem ter pertencido ao grupo helenista da igreja. Neste caso, eles teriam sido mais aceitáveis para os helênicos que reclamavam e tam-bém mais solícitos às necessidades desse grupo minoritário. Era uma manobra de tato.

Depois de os sete homens serem selecionados pela congregação, eles foram apre-sentados ante os apóstolos (6), provavelmente em uma importante reunião que teve a participação de toda a igreja. Os apóstolos, orando, lhes impuseram as mãos. Isto sugere uma ordenação oficial destes homens para o seu ministério especial. O padrão já tinha sido estabelecido pelos judeus.'

Ramsay descreve assim a importância deste evento: "Um passo distinto em direção à igreja universalizada foi tomado aqui; já era conhecido que a igreja era maior que a raça judaica pura; e o elemento não judeu era elevado a um posto oficiar.'

Aqui temos alguma ajuda sobre "como solucionar problemas": 1. Reconhecer o pro-blema (1- - 2a) ; 2. Recusar-se a subordinar o que é essencial (
- 2b) ; 3. Remover as causas de reclamações (3-6) ; 4. Colher os resultados de uma solução sensata (7).

2. Cresce o Número de Convertidos (6,7)

O resultado desta manobra tática que libertou os apóstolos para um ministério espiri-tual de tempo integral tinha três partes: 1. A palavra de Deus crescia em poder e em publicidade; 2. Multiplicava-se muito o número dos discípulos em Jerusalém, devido tanto às necessidades materiais quanto às espirituais da congregação que estava sendo cuidada adequadamente; 3. O crescimento de grande parte dos sacerdotes que obedecia à fé — Josefo diz que havia vinte mil sacerdotes nessa época."' Aqui, o uso da expressão a fé, significando o cristianismo, antecipa o seu uso nas epístolas pastorais e mostra que este fator não pode ser usado como um argumento a favor da data posterior daquelas cartas.
Por que a menção especial à conversão de grande número de sacerdotes? Lumby sugere: "Para estes homens, o sacrifício seria maior do que para os israelitas comuns, pois eles sentiam o peso completo do ódio contra os cristãos, e perdiam o seu status e apoio, assim como os seus amigos"."

G. TESTEMUNHAS ENVIADAS À MORTE, Atos 6:8-7.60

1. A Prisão de Estêvão (Atos 6:8-15)

No versículo 5, Estêvão foi descrito como "cheio de fé e do Espírito Santo". Aqui somos informados de que ele estava cheio de fé e de poder. O poder seria o do Espírito Santo, de modo que estes dois itens são intimamente correspondentes. Mas, ao invés da fé, o melhor texto grego apresenta "graça". Este termo significativo não aparece nunca nos textos de Mateus ou Marcos, e somente quatro vezes no texto de João. No entanto, Lucas utiliza-o oito vezes no seu Evangelho e dezesseis no livro de Atos. Paulo emprega-o mais de cem vezes nas suas treze epístolas. Ele representava uma nota dominante no pensamento religioso e teológico tanto de Lucas quanto de Paulo.
Capacitado com graça e poder, Estêvão fazia prodígios e grandes sinais (milagres). Não sabemos qual a natureza deles, mas podemos perfeitamente supor, com base no ministério dos discípulos, descrito tanto nos Evangelhos quando no livro de Atos, que eles eram principalmente milagres de cura e de expulsão de demônios.
Este gracioso ministério de Estêvão não prosseguiu sem desafios. Logo surgiu a oposição, vinda da sinagoga (9). Esta palavra aparece aqui pela primeira vez no livro de Atos.' Lucas usa synagogue mais freqüentemente do que qualquer outro autor do Novo Testamento — 35 vezes (quinze no seu Evangelho e vinte no livro de Atos) em um total de 57. A palavra, que significa literalmente "uma reunião", é tomada diretamente do grego. Como no caso do termo igreja, ela foi primeiramente aplicada à congregação, e mais tarde ao edifício. Nos Evangelhos, ela normalmente se refere ao lugar de adoração. Aqui, designa a congregação.

Existe grande incerteza com respeito a quantas sinagogas são indicadas neste versículo. Os estudiosos disseram: uma, duas, três, quatro e cinco — e todas as hipóteses são possíveis, no que diz respeito ao texto grego. Schuerer "não tinha certeza se a men-ção se refere a uma ou a cinco congregações",' mas finalmente eles se decidiram a favor de cinco.'" Lechler (Lange's Commentary) 179 e Hackett" concordam que havia cinco. Mas, colocando-as juntas, as da Cilicia e da Ásia (províncias da Ásia Menor), poderíamos pen-sar em quatro sinagogas. Page opina que são três: 1. A dos Libertos; 2. A dos cireneus e dos alexandrinos; 3. A da Cilicia e da Ásia." Knowlingl" e Plumptrel" opinam que são duas.

Calvin sustenta que havia somente uma sinagoga, composta dos Libertos das qua-tro regiões listadas.' Bruce concorda. Ele diz: "Estou propenso a pensar que somente se faz referência a uma sinagoga, freqüentada por homens libertos judeus ou seus descen-dentes, dos diversos lugares mencionados".1" Esta pode ser a melhor conclusão. Alexander modifica-a um pouco, ao escrever: "Uma construção diferente, e talvez a mais simples, é conectar synagogue somente com o primeiro nome, e entender o resto dos indivíduos como pertencendo às nações mencionadas"."

A respeito do significado de Libertos, lumby diz: "os Libertinoi eram provavelmente os descendentes de alguns judeus que tinham sido levados a Roma como cativos por Pompeu (63 a.C.) e tinham sido libertos (libertini) pelos seus opressores. Depois do seu retorno a Jerusalém, tinham formado uma congregação e usavam particularmente uma sinagoga".

Os cireneus eram de Cirene, no Norte da África, onde viviam muitos judeus.' Os alexandrinos eram da Alexandria, no Egito, somente superada por Roma como a maior metrópole do Império Romano (ver mapa 3). Existem evidências abundantes de dois escritores judeus do século I, Filo e Josefo, de que grande parte da população desta cida-de consistia em judeus. Knowling diz: "Segundo Filo, dois dos cinco distritos da cidade... eram chamados de 'os Judaicos', devido ao número de judeus que habitavam neles. Um quarteirão, o Delta, era inteiramente habitado por eles"."9

Cilicia é de especial interesse, uma vez que é a província natal de Paulo. É perfeita-mente provável que o jovem fariseu Saulo pertencesse a esta sinagoga e disputasse com Estêvão. A Ásia, como sempre no Novo Testamento, refere-se à província romana da Ásia, localizada na extremidade oeste da Ásia Menor (a moderna Turquia).

Disputar é a palavra "usada para referir-se aos capciosos questionamentos dos fariseus (Mac 8,11) e dos escribas (Mac 9,14) a Jesus e aos seus discípulos".1"

Os oponentes de Estêvão não foram capazes de resistir — a mesma palavra usada para a promessa de Cristo em Lucas 21:15à sabedoria e ao Espírito com que falava (10). A palavra Espírito deve ter a inicial maiúscula (cf. ASV, RSV). Era o Espí-rito Santo quem dava a Estêvão a sabedoria para falar tão eficazmente, de modo que não havia resposta para os seus argumentos.

Como não podiam competir com a argumentação inspirada de Estêvão, os seus oponentes recorreram a meios desonestos para combatê-lo. Eles subornaram uns homens (11). O verbo grego (somente aqui no NT), que significa literalmente "desor-ganizar", finalmente foi usado no sentido de "instigar". Lake e Cadbury comentam: "Ele se aplica à instigação secreta de pessoas que recebem sugestões sobre o que de-vem dizer, e é muito parecido com uma tramóia moderna".1" (Cf. RSV, "instigar secretamente"; Phillips, "corromper".)

As falsas testemunhas acusaram Estêvão de proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. Esta foi a mesma acusação feita contra Jesus (Mac 14,64) e a mais séria, aos olhos dos judeus.

Os oponentes helênicos de Estêvão excitaram (12) — somente aqui no Novo Testa-mento — o povo, os anciãos e os escribas — alguns dos quais talvez fossem ouvintes do debate. Investindo com ele, o arrebataram [prenderam] e o levaram ao conse-lho [o Sinédrio]. "Prender" (um termo que só é usado por Lucas) é um verbo forte, como "arrebatar". Lumby diz: "as palavras indicam uma boa dose de violência".'

Como não tinham nenhuma acusação verdadeira para trazer contra Estêvão, os líderes apresentaram-falsas testemunhas (13), como haviam feito anteriormente com Jesus (Mac 14:56-57). Provavelmente, com considerável sentimento, elas declararam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a lei. Não havia acusação mais grave que pudessem ter feito contra ele. O Templo e a Lei eram as duas coisas tidas como mais sagradas pelos judeus. Falar contra eles era considerado um crime que merecia a pena capital.

A seguir, eles citaram um exemplo específico da suposta blasfêmia. Eles tinham ouvido Estêvão dizer — assim afirmavam — que esse Jesus Nazareno há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos deu (14). Assim como os líderes judeus haviam torcido o que Jesus tinha dito sobre o seu corpo ser destruído (Mac 14.58), agora eles também distorceram as palavras de Estêvão — supondo que o que ele tinha dito era similar ao que encontramos em Atos 7:48-50. Como Jesus, no monte das Oliveiras (Mac 13.2), havia predito a destruição do Templo, talvez seja possível que Estêvão tenha ecoado as palavras do Mestre. Quanto à mudança dos costumes, as suas palavras em Atos 7 podem ser interpretadas como uma sugestão disso. Assim, ele pode ter dado esta impressão anteriormente, por alguma coisa que tivesse dito.

Qual foi a reação de Estêvão a estas falsas acusações? Não foi ira, mas sim amor. Os membros do Sinédrio viram o seu rosto como o rosto de um anjo (15). Esta era uma prova visível do fato de que ele estava "cheio do Espírito Santo" (5). Como o rosto de Moisés brilhava quando ele desceu do monte Sinai, depois de quarenta dias na presença de Deus, e como o rosto de Jesus se transfigurou no monte, também o semblante de Estêvão iluminou-se com a glória do outro mundo. Esta cena retrata vividamente a diferença entre um judaísmo decadente e um cristianismo cheio do Espírito.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Atos Capítulo 6 versículo 9
Libertos:
Escravos judeus aos quais se havia concedido a liberdade; muitos destes, que haviam voltados de outros países, eram helenistas (ver At 6:1,).

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 15
*

6.1 viúvas... estavam sendo esquecidas. O Antigo Testamento requeria cuidado pelos pobres e nescessitados (Sl 9:18, nota). Esta solicitude é vista na ação social que acontece em 2.44,45; 4:34-37. Aqui o velho problema da discriminação tinha emergido: as viúvas dos judeus gregos (ou de fala grega) eram consideradas forasteiras pelos judeus nativos e assim não estavam recebendo sua porção na distribuição de alimentos, provavelmente derivada em parte da generosa doação de 4:34-37.

* 6.2 os doze. Os doze apóstolos incluindo Matias (1.26). Esta é uma mudança de “os onze” (1.26; 2.14; Lc 24:9,33).

discípulos. A primeira das várias vezes em que os crentes são chamados “discípulos” em Atos (p.ex., v.7; 9.1; 11.26; 13,52) Paulo não usa este termo para identificar cristãos.

a palavra de Deus. Nesta organização inicial da igreja do Novo Testamento, dois ministérios estão listados: o ministério da palavra e oração (v.4); e o ministério de satisfazer as necessidades físicas do povo, tal como servir a mesa. O verbo grego é diakoneo (“servir”), do qual deriva a palavra “diácono”. Em 6.1 o respectivo substantivo é traduzido por “distribuição”, e no v.4 por “o ministério”. O ofício de diácono, que pode ter tido seu começo aqui, é descrito em 1Tm 3:8-13.

* 6.3 irmãos, escolhei... sete homens. Os membros da igreja elegeram os sete, e os apóstolos puseram-nos a parte (ordenaram) pela oração e pela imposição de mãos (v.6).

cheios do Espírito e de sabedoria. Os dois requisitos para um ministério de serviço, em todos os tempos, são obediência ao Espírito e ação guiada pela sabedoria.

* 6.5 Estêvão... Nicolau. Todos os sete homens tinham nomes gregos, que pode indicar o fato de serem eles judeus da dispersão, embora muitos judeus palestinos também tivessem nomes gregos. Atributos são citados para o primeiro e o último dos sete: para Estêvão (“cheio de fé e do Espírito Santo”) que aparece em 6.8—7.60, e para Nicolau, “prosélito de Antioquia”. Antioquia logo tornou-se um centro de atividade missionária. O ministério posterior de Filipe em Samaria e com o eunuco etíope estão descritos no cap. 8.

*

6.8 Estêvão... fazia prodígios e grandes sinais. Filipe, outro dos sete, também fez milagres mais tarde, assim como os apóstolos que os haviam ordenado (8.6).

* 6.9 sinagoga... dos Libertos. Composta de judeus libertos da escravidão, que neste caso eram de Cirene, uma cidade bem conhecida do norte da África.

Cilícia. Uma província romana da parte sudeste da Ásia Menor sendo Tarso (9.11,30; 11.25), cidade natal de Paulo, uma de suas cidades principais.

Ásia. A província romana na parte oeste da Turquia atual.

* 6.11 blasfêmias contra Moisés e contra Deus. Embora à luz do evangelho ele possa ter começado a expressar preocupação a respeito da observância vazia dos detalhes técnicos da lei, Estêvão só dizia, como está evidente no cap. 7, que Moisés, como Jesus, e como o próprio Estêvão, foi rejeitado pelo povo (7.35,39). Isto não poderia ser tomado como blasfêmia contra Moisés e Deus.

* 6.13 contra o lugar santo e contra a lei. Estêvão não falou contra o templo, mas somente declarou que Deus não estava confinado a um templo terreno, uma vez que o céu era seu lar e seu trono (7.48-50). Estêvão, na realidade, sustentava a lei mosaica e o seu ensino, especialmente naquilo que apontava para o Cristo vindouro (7.37,38).

*

6.14 Jesus, o Nazareno, destruirá este lugar. A liderança judaica tinha ouvido a mal interpretada citação de Jesus em Jo 2:19, mas não há evidência de que Estêvão a tivesse conhecido ou usado.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 15
6:1 Quando lemos as descrições da igreja primitiva, os milagres, sua forma de compartilhar, a generosidade e o companheirismo, possivelmente desejamos ter sido parte desta igreja "perfeita". Mas em realidade, a igreja primitiva teve problemas como os que temos hoje. Nenhuma igreja foi nem será perfeita até que Cristo e sua Igreja se unam em sua Segunda Vinda. Todas as Iglesias têm problemas. Se os inconvenientes de sua igreja o desanimam, pergunte-se: "Permitirá-me uma igreja perfeita ser seu membro?" Logo faça o que esteja a seu alcance para que sua igreja seja melhor. Uma igreja não tem que ser perfeita para ser fiel.

6.1ss Outro problema interno se apresentou na igreja primitiva. Os judeus hebreus, judeocristianos nativos, falavam aramaico, um idioma semita. Os cristãos de fala grega talvez eram judeus de outras terras que se converteram no Pentecostés. Os cristãos de fala grega murmuravam sobre o trato injusto para suas viúvas. Possivelmente este favoritismo não foi intencional, mas se originou pela barreira do idioma. Para resolver o problema, os apóstolos procuraram sete homens respeitados de fala grega que se encarregassem do plano de distribuição de mantimentos. Isto pôs ponto final ao problema e permitiu aos apóstolos concentrar-se em seu ministério do ensino e pregar as boas novas a respeito do Jesus.

6:2 "Os doze" são os onze discípulos originais e Matías, que se escolheu para ocupar o lugar do Judas 1scariote (1.26).

6.2-4 À medida que a igreja primitiva crescia em tamanho, suas necessidades também aumentavam. Uma delas foi organizar a distribuição de mantimentos aos necessitados. Os apóstolos precisaram enfocar toda sua atenção na predicación, de maneira que escolheram a outros para que administrassem o programa de mantimentos. Cada pessoa joga um importante papel na vida da igreja (veja-se 1 Corintios 12). Se você estiver em uma posição de liderança e tem muita responsabilidade, determine as habilidades que Deus lhe deu, assim como também as prioridades, e logo procure a ajuda de outros. Se não ser líder, tem dons que Deus pode usá-los em diversos aspectos do ministério da igreja. Ofereça estes dons ao serviço de seu Senhor.

6:3 Esta tarefa administrativa não se tomou à ligeira. Note os requerimentos para os homens que se encarregassem do programa de alimentação: de bom testemunho e cheios do Espírito Santo e de sabedoria. Os trabalhos que requerem responsabilidade e trato com pessoas necessitam líderes com estas qualidades. Devemos procurar os que são espiritualmente amadurecidos e sábios para dirigir hoje nossa igreja.

6:4 As prioridades dos apóstolos foram adequadas. O ministério da Palavra nunca deve descuidar-se devido a preocupações administrativas. Nunca se deve tratar nem esperar que os pastores o façam tudo. O trabalho da igreja deve compartilhar-se entre todos os membros.

6:6 A liderança espiritual é um negócio muito sério e não deve tomar-se à ligeira, já seja pela igreja ou por suas líderes. Na igreja primitiva, os apóstolos ordenaram ou comissionaram (separados em oração e com imposição de mãos) aos escolhidos. Impor as mãos sobre alguém, na prática judia antiga, simbolizava apartar a uma pessoa para que cumprisse um serviço especial (vejam-se Nu 27:23; Dt 34:9).

6:7 Jesus disse aos apóstolos que deviam ser primeira testemunhas em Jerusalém (1.8). Em pouco tempo, sua mensagem se infiltrou na cidade inteira e em todos os níveis sociais. Inclusive alguns sacerdotes se converteram, indo contra as diretivas do concílio judeu e pondo em perigo sua posição.

6:7 A Palavra de Deus se propagava como ondas em um lago, de um centro único, cada uma tocando a próxima, com maior amplitude e alcance. Inclusive hoje, o evangelho se difunde assim. Você não tem que trocar o mundo em forma isolada. Senta-se parte de uma onda, tocando aos que estão perto de você, quem a sua vez farão o mesmo até que todos sintam o movimento. Não pense que sua parte é insignificante nem intrascendente.

6.8-10 O requisito mais importante para qualquer classe de serviço cristão é estar cheio de fé e do poder do Espírito Santo. Pelo poder do Espírito, Esteban foi um bom administrador, operário milagroso (6,8) e evangelista (6.10). Pelo poder do Espírito Santo você pode exercer os dons que Deus lhe deu.

6:9 Os chamados libertos eram um grupo de judeus escravos liberados por Roma e tinham sua própria sinagoga em Jerusalém.

6:11 Estes homens mentiram contra Esteban, causando sua detenção e apresentação ante o concílio judeu. Os saduceos eram a partida dominante no concílio judeu, aceitavam e estudavam somente os livros do Moisés (Gênese ao Deuteronomio). Desde seu ponto de vista, falar blasfêmia contra Moisés era um crime. Pela mensagem do Esteban (capítulo
7) entendemos que esta acusação era falsa. Esteban apoiou seu resumo da história israelita nos escritos do Moisés.

6:14 Quando levaram ao Esteban ante o Sanedrín (concílio de líderes religiosos), a acusação em seu contrário foi quão mesma os líderes religiosos usaram contra Jesus (Mt 26:59-61). Acusaram falsamente ao Esteban de querer jogar a um lado a Lei do Moisés porque sabiam que os saduceos, quem controlava o concílio, acreditavam sozinho nela.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 15
VII. PRIMEIROS problemas de organização da Igreja (At 6:1 ). O segundo teve a sua origem na ampliação da igreja e consistia em acusações de discriminação, se não práticas, bem como a divisão de responsabilidades da igreja. Estes problemas foram resolvidos pela sabedoria humana divinamente ajudado.

1. O Problema do Alargamento (At 6:1 , At 2:47 ; At 5:14 ); mas agora o crescimento, resultante das vitórias apostólicos sob as bênçãos de Deus, tornou-se tão rápido que ele pode ser referido como "multiplicação". Nem foi esta igreja que cresce rapidamente, sem suas dores de crescimento. O crescimento é normal e saudável, mas sempre produz os seus problemas de novas adaptações, como a expansão e maturidade continuar. A indisposição para atender e resolver esses problemas nunca vai sufocar o crescimento e destroem o organismo. Aceitou os apóstolos como um desafio.

2. O problema da discriminação (At 6:1 ; 1Tm 5:3 , 1Tm 5:16 ), foi uma das primeiras instituições cristãs. Esta negligência das viúvas gregas pelos administradores hebraico-cristã de bens temporais, provavelmente, não foi intencional, mas revelou uma fraqueza essencial do communalism cristã primitiva.

3. O Problema de Responsabilidades (At 6:2 ; At 5:2 ; At 1:8 ; e At 21:8 ). Os elementos essenciais para a sua ordenação foram oração e da imposição das mãos dos apóstolos. Este costume era muito antiga e foi emprestado dos judeus pelos cristãos (ver 27 Num: 18-23. ; . Dt 34:9 ).

RESULTADOS D. Beneficente (At 6:7 ), e escritórios temporais da Igreja de forma sensata e satisfatória administrados pelos gestores recém-eleitos, não é de admirar que o avivamento continuou. A palavra de Deus aumentou em prender, iluminando, de condenação, a conversão, entrega e poder de limpeza. Sob poder vivificador do Espírito, produzido por fervorosa oração, a Palavra de Deus torna-se "viva e eficaz" (He 4:12. , He 4:13 ). A Palavra animada pelo Espírito é sempre produtiva de revivals.

2. A Igreja Multiplied (At 6:7 ). Uma vez que havia 24 cursos em Jerusalém, literalmente multidões, não há nenhum problema com a conversão de uma grande parte dos sacerdotes .

VIII. A IGREJA DE primeiro mártir (At 6:8)

Estevão foi o primeiro dos sete leigos oficiais da igreja escolhidas para administrar os assuntos temporais dos discípulos (At 6:5)

9 Mas levantaram-se alguns dos que eram da sinagoga chamada sinagoga dos libertos, dos cireneus e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão. 10 E eles não foram capazes de suportar o sabedoria e ao Espírito com que falava. 11 Então subornaram uns homens, que disseram: Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Dt 12:1. ; Dt 11:13 ; . Nu 15:37 ), recitado em uníssono com certas bênçãos; (2) as orações, com respostas por parte da congregação, em pé; (3) a leitura de trechos selecionados pelo governante da Torá e os Profetas, com um acompanhamento tradução do hebraico para o aramaico; (4) um endereço por qualquer pessoa selecionada pelo governante; e (5) uma benção, proporcionado um padre estavam presentes para dar; caso contrário, uma oração foi substituído.

Aqueles mencionado aqui, os membros dos quais atacaram Estevão, são a sinagoga dos Libertines , que consiste em libertos dos descendentes romanas de prisioneiros feitos por Pompeu (Crisóstomo); cireneus , composto por membros de Cirene, capital da Líbia superior em África, um -fourth parte de qual cidade era judeu; alexandrinos , composta por povos de Alexandria, no Egito, dois quintos de qual cidade era judeu, ou cerca de 100.000 pessoas, e o lugar da tradução do Velho Testamento em grego (a Septuaginta); Cilícia , composta de pessoas da província da Cilícia, na Ásia Menor, que foi a casa do Paulo e da residência de muitos judeus (veja At 15:23 , At 15:41 ); e Ásia, com os membros da província da Ásia, na Ásia Menor, onde muitos judeus fanáticos residiu (v.At 6:9 ).

Não é possível combinar a sabedoria e ao Espírito com que Estevão pregou e fundamentado com esses judeus helenistas na sinagoga judaica ou sinagogas, eles recorreram aos meios sujos de empregar alguns homens perversos para fazer seu trabalho sujo de trazer falso testemunho contra ele perante o Sinédrio (v. At 6:12 ; conforme At 17:5 ).

3. As acusações contra Estevão (At 6:13 , 14)

13 e apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras contra este santo lugar, e da lei: 14 para nós o temos ouvido dizer que esse Jesus Nazareno há de destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos.

As acusações movidas contra Estevão por estes contratados falsas testemunhas lembram muito do processo como contra Cristo no Seu julgamento. Na verdade, há muito no julgamento e morte de Estevão para lembrar um do julgamento e morte de Cristo.E isso não é surpreendente quando é lembrado que seus ataques ao judaísmo, mas eram a continuação dos ataques que Cristo tinha feito, e que ele proclamou o evangelho de Jesus Cristo. Especificamente, as acusações apresentadas contra Estevão foram quatro. Em primeiro lugar , ele foi acusado de blasfêmia (a muito grave crime religioso) contra Moisés, o judeu Legislador, e contra Deus (v. At 6:11 ); segundo , eles o acusaram de blasfemar contra e até mesmo prever, a destruição do templo judeu (13b ); terceiro , ele foi acusado de blasfêmia contra a própria Lei (13b ); e , finalmente , eles o acusaram de dizer que Jesus iria destruir o templo e alterar ou destruir os costumes transmitidos de Moisés. As acusações são todos, sem dúvida, uma perversão do que Estevão tinha realmente dito, mas a carga total é blasfêmia. Tanto o escárnio desdenhoso de lugares sagrados e da transgressão voluntária persistente dos mandamentos de Deus e desrespeito pela palavra de Deus (N1. 15:. 30f ), foram considerados como uma blasfêmia da mais alta ordem pelos judeus. Foi a acusação mais frequente interposto contra Jesus por Seus inimigos, os judeus, tanto em razão de suas pretensões à divindade e Sua interpretação da Lei (Mt 9:3 ; Mc 2:7. ), e, portanto, a morte de Jesus era considerado apenas pelos judeus (Jo 8:58 , Jo 8:59 ; Jo 10:33 ; 19: 7 ). Da mesma forma Estevão é colocado sob acusação pelo crime de blasfêmia, para o qual, se for condenado, ele pode ser executado, embora tal execução só poderia ser realizado legalmente por meio de aprovação oficial do procurador romano da Judéia.

Os governantes tiveram seu último aviso de Deus em Sua reivindicação de Estevão perante o conselho, enquanto ele estava a fazer a sua defesa com o rosto em um halo de glória divina parecida com o rosto de um anjo (v. At 6:15 ).


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 15
Agora, encontramos um segundo pro-blema na congregação. No capítulo 5, foi a hipocrisia no coração de Ananias e de Safira; aqui, é a murmuração no grupo de crentes.

  • Dificuldade familiar (6:1-7)
  • Em um sentido, a murmuração era uma evidência da bênção! A con-gregação cresceu com tanta rapidez que os apóstolos não conseguiam lidar com a distribuição diária de alimentos, e, como resultado disso, alguns judeus gregos foram negli-genciados. É encorajador traçar o crescimento da igreja: 3 mil creram (2:41), depois o número de crentes crescia diariamente (2:47), a seguir, o número de membros da igreja passou para 5 mil homens (4:4), e esse número multiplicou (6:1), e, mais uma vez, o número multiplica-do cresceu muito (6:7).

    Qual era o segredo desse cres-cimento surpreendente? Para obter a resposta, leia 5:41-42: os líderes estavam dispostos a pagar qual-quer preço para servir a Cristo, e as pessoas viviam sua fé no dia-a-dia. At 5:42 é um bom padrão a ser se-guido: (1) serviço cristão diário; (2) serviço na casa de Deus; (3) servi-ço de casa em casa; (4) trabalho de todos os membros; (5) serviço con-tínuo; (6) ensino e pregação da Pa-lavra; (7) exaltação de Jesus Cristo. Apenas pastores e ministros devotos não fazem a igreja crescer; todos os membros devem fazer sua parte.

    Resolveu-se o problema do ali-mento dando prioridade às coisas prioritárias. Os apóstolos sabiam que o ministério principal deles era a ora-ção e a Palavra de Deus. Se as igrejas locais permitirem que seus pastores sigam At 6:4, haverá crescimento em força espiritual e em número de membros. A oração e a Palavra an-dam juntas Qo 15:7; Pv 28:9). Samuel (1Sm 12:23), Cristo (Mc 1:35-41) e Paulo (Cl 1:9-51) ministravam des-sa maneira. Em At 1:0). Mais tarde, Filipe torna-se um evange-lista (8:5,26; 21:8). Todo minis-tro da igreja deve ser evangelista. Veja como Deus abençoa as pes-soas quando estas enfrentam seus problemas com honestidade e os resolvem (v. 7).

  • Diácono fiel (6:8-15)
  • O nome Estêvão significa "coroa de vencedor" e, com certeza, ele ga-nhou uma coroa por ser fiel até a morte (Ap 2:10). De acordo com o versículo 3, Estêvão tinha uma re-putação boa entre os crentes, era cheio do Espírito e tinha sabedoria prática. Que ótima combinação para qualquer cristão! Ele deu du-plo testemunho: por suas palavras (v. 10) e por suas obras (v. 8).

    Em Jerusalém, havia centenas de sinagogas, muitas das quais edi- ficadas por judeus de outras terras. Judeus romanos, descendentes de escravos hebreus libertos, edifica- ram a sinagoga dos Libertos (v. 9). E interessante observar que Estê-vão testificou em um local em que havia judeus da Cilícia, pois Pau-lo era de lá (21:
    39) e pode muito bem ter debatido com Estêvão nes-sa sinagoga.

    O inimigo está sempre traba-lhando, e não levou muito tem-po para que Estêvão fosse preso. Acusaram-no de blasfemar contra Moisés e a Lei e de dizer que o templo seria destruído, o que pro-vavelmente referia-se às palavras de Cristo registradas em João 2:19- 21. Os judeus trataram Estêvão da mesma forma como fizeram com Jesus: pagaram falsas testemunhas, fizeram acusações dúbias e não lhe deram o benefício de um jul-gamento justo. (Veja Mc 14:58 e 64.) Deus testemunhou a fé de Es-têvão ao irradiar sua glória na face deste (2Co 3:1 2Co 3:8).

    No capítulo seguinte, examina-remos o grande discurso de Estêvão, em que ele mostra o fracasso de Is-rael ao longo dos séculos. À medida que Israel, por fim, rejeita Jesus Cris-to e persegue a igreja, o capítulo 7 torna-se o ponto de virada de Atos. Depois desse evento, a mensagem afasta-se de Jerusalém e dirige-se aos gentios.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 15
    6.1 Naqueles dias. Marca nova divisão no Livro (conforme 1.15). Discípulos. Somente em Atos se emprega este termo para crentes. Helenistas. Pela primeira vez aparece este vocábulo na literatura grega. Refere-se aos judeus de fala grega. Hebreus. Judeus da Palestina que falavam aramaico e usavam a Bíblia hebraica. O zelo missionário partiu dos crentes helenistas menos tradicionais, e desembaraçadas do problema da língua, visto que o grego era língua franca do Império Romano.

    6.2 Servir (gr diakonein) às mesas. Muitos vêem aqui a origem do diaconato (conforme Fp 1:1; 1Tm 3:0), cura (Mc 6:5), o Espírito Santo (At 8:17; At 19:6) ou responsabilidade e autoridade para serviço (At 13:3; 1Tm 4:4).

    6.7 Sacerdotes. Entre os que mais se opuseram a Cristo havia homens como Zacarias (Lc 1:0).

    6.14 Mudará os costumes. Estêvão percebendo que a fé cristã não se manteria dentro do judaísmo (conforme Mc 7:18, Mc 7:19; Mt 23:25, Mt 23:26; Lc 11:39-42), antecipa a teologia universal de Paulo. Sua visão é de um cristianismo mundial, sem as restrições do judaísmo e da lei.

    6.15 Rosto de anjo. Indica uma transfiguração na presença de um acompanhante sobrenatural (conforme 2Co 3:18 com Êx 34:29ss; Mt 17:2).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 15
    IV. TEMPOS DE TRANSIÇÃO E O TESTEMUNHO DE ESTÊVÃO (6.1—8.IA)


    1) Um problema administrativo é resolvido (6:1-7)
    Considerações gerais. A nomeação dos Sete tem sido compreendida tradicionalmente como o estabelecimento de uma ordem de diáconos permanente na igreja, consagrados às necessidades materiais. Sem dúvida, o incidente diante de nós influenciou idéias populares acerca do diaconato num período posterior, mas precisamos lembrar que: (a) a necessidade surgiu na igreja-comunidade em Jerusalém, que não seria o modelo de igrejas locais futuras; (b) embora apareça o verbo diakoneõ, os Sete não são chamados de diáconos; (c) os únicos dois administradores de quem lemos alguma coisa além dos seus nomes e funções nessa seção — Estêvão e Filipe — tornaram-se conhecidos por ministérios diferentes da função descrita aqui. Temos, então, a impressão de uma situação que surge da vida comunitária temporária da igreja em Jerusalém, o problema das viúvas de fala grega sendo tratado de maneira prática e espiritual. Lições gerais de vida coletiva e serviço se destacam claramente, mas não vemos aqui a imposição de um modelo a igrejas futuras. A atmosfera é judaica, e isso deve modificar deduções baseadas nesse trecho com relação à eleição de ministros na igreja; o princípio democrático moderno de “um homem, um voto” teria sido totalmente anacrônico nesse contexto. No AT, à parte da função sacerdotal, determinada por descendência, o próprio Deus escolheu os seus servos, com freqüência por meio de outros já testados e aprovados. Os anciãos eram homens de experiência e discernimento, e nenhuma decisão era lançada sobre um mero número de “membros”. Os Irmãos a quem é dirigida a palavra no v. 3 talvez tenham sido homens de destaque que poderíam discernir a espiritualidade e a capacidade dos seus companheiros, apresentando pessoas adequadas aos apóstolos. O grupo todo (todos, v. 5) podería aprovar, mas não direcionar. Os apóstolos assumiram a responsabilidade final e se identificaram com os Sete ao lhes impor as mãos.

    Os judeus de fala grega na igreja aqui estão em proeminência, pois serão os instrumentos de Deus para iniciar o segundo e o terceiro estágios do programa de evangelização.

    Diferentes ministérios (6:1-6). A dificuldade da língua — alguns discípulos falavam o aramaico, e alguns, o grego — deve ter causado verdadeiros problemas de administração, e as necessidades das viúvas de fala grega haviam sido negligenciadas. Até aquele momento, os Doze haviam recebido todas as ofertas voluntárias e sido os responsáveis por sua distribuição entre os milhares de crentes. A queixa mostrava que a delegação de tarefas era necessária. Não estava certo que o ministério específico dos Doze estivesse submetido ao trabalho administrativo (v. 2,4), e por isso os apóstolos precisavam de ajuda. Mas a administração era uma questão delicada que afetava o bem-estar de toda a igreja, de modo que esse serviço humilde requeria pessoas de boa reputação, sabedoria e, acima de tudo, a manifestação de poder espiritual (v. 3). Os irmãos que ajudavam na escolha de homens adequados (v. 3,5) naturalmente levariam em consideração essas condições, e também foram muito sábios quando sugeriram a participação de auxiliares de fala grega, como se vê pelos nomes dos Sete. Assim, já não poderia haver idéia de favoritismo pela comunidade de fala kebraica. Estêvão é especialmente marcado como um homem cheio de fé e do Espírito Santo (v. 5), e os procedimentos sábios e práticos foram acompanhados de oração (v. 6).

    O clímax do testemunho em Jerusalém (6.7). Lucas novamente interrompe a sua história por um momento para resumir os resultados do testemunho passado; aliás, o v. 7 descreve tanto o zénite quanto o final do período “próspero” da evangelização de Jerusalém, e podemos supor que todos na cidade haviam tido uma oportunidade de ouvir e crer na mensagem. A difusão da palavra se intensificou, o número de discípulos foi multiplicado e até um grande número de sacerdotes obedecia à fé. O testemunho posterior desses sacerdotes não é revelado, e deve-se lembrar que ninguém tinha sido ensinado de que os cristãos deveriam abandonar os seus costumes judaicos.


    2) O testemunho de Estêvão determina uma crise (6.8—7.1)
    Transição e crise. Visto que as implicações do kerygma cristão se tornaram mais evidentes e que a multidão estava se acostumando com os milagres, uma reação contra os discípulos era inevitável. Na verdade, concentrou-se em Estêvão e se originou entres os judeus de fala grega que haviam retomado a Jerusalém, encontrando-se nas suas próprias sinagogas.

    Estêvão e a sua mensagem (6:8-15).
    Estêvão era um homem cheio do Espírito, de sabedoria, de graça e do poder de Deus, sendo capacitado por Deus para realizar milagres entre o povo (v. 3,5,8). Como alguém de fala grega, encontrou a sua esfera de atuação e testemunho nas sinagogas de fala grega, com menção especial da sinagoga dos Libertinos. Isso pode ter incluído os de Cirene, de Alexandria e da Cilicia (v. 9). Saulo de Tarso, possivelmente, estava participando da mesma sinagoga, embora ele não fosse dos de fala grega, mas “verdadeiro hebreu” (Fp 3:5).

    O ministério de Estêvão era tão poderoso que os seus oponentes perderam a esperança de vencer a discussão e recorreram a tramas e violência. Qual era a sua mensagem? Sem dúvida, incluía os elementos comuns ao kerygma apresentado aos judeus, mas as acusações levantadas contra ele, com os termos da sua própria defesa (conforme 6.11,13 com o cap. 7), tornam provável que a sua pregação destacava a nova vida do evangelho de uma forma que colidia com o judaísmo oficial. Acusações como tais eram falsas, mas os instigadores se empenharam para que tivessem algumas conotações de verdade. A semelhança dessas acusações com as usadas no julgamento de Jesus é surpreendente. Diziam que Estêvão havia usado palavras de blasfêmia contra Moisés e contra Deus; diante do Sinédrio, alegaram que ele havia afirmado que Jesus de Nazaré destruiria o templo e mudaria os costumes que Moisés nos deixou (v. 11,14). Podemos concluir que ele destacou a “novidade” extraordinária da nova criação fundamentada na morte e na ressurreição de Cristo, com a relativa insignificância dos tipos materiais que prefiguravam a grande realidade.

    O julgamento de Estêvão (6.12ss). Os fanáticos helenistas foram bem-sucedidos em convencer o sumo sacerdote a convocar o Sinédrio mais uma vez. Se o governador romano estava ausente da sua província (como alguns comentaristas sugerem) ou não, a posição política era favorável à classe do sumo sacerdote, que percebeu uma mudança na atitude da multidão. Talvez Caifás tenha enxergado no incidente a possibilidade de um ataque de flanco contra a seita do Nazareno que não envolvesse diretamente os formidáveis apóstolos. Estêvão foi muito mais longe do que eles em destacar a ruptura clara com a ordem antiga que a obra de Cristo causou. A acusação oficial iria refletir o falso testemunho já observado, e então Estêvão, com o rosto brilhando com esplendor celestial (v. 15), teve permissão para falar em sua própria defesa (7.1).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 25

    III. Expansão da Igreja na Palestina Através da Pregação e Dispersão. 6:1 - 12:25.

    Até este ponto, os apóstolos não deram nenhuma evidência de ter o propósito de levar o Evangelho a todo o mundo, mas permaneceram em Jerusalém dando o seu testemunho aos judeus. Agora Lucas conta o começo da expansão da igreja através da Judéia e Sanaria. Essa expansão não foi realizada por causa da visão e propósito da igreja mas por ato providencial de Deus, dispersando os crentes. Para explicar esta perseguição, Lucas primeiro conta como Estêvão colocou-se em posição de destaque como um dos sete.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 15
    II. A PERSEGUIÇÃO CAUSA EXPANSÃO At 6:1-9.31

    a) Designação dos sete e a atividade de Estêvão (At 6:1-15)

    Novo desvio da narrativa de Atos é assinalado pela apresentação do nome de Estevão. Este aparece primeiro como um dos sete oficiais designados para supervisionar a distribuição das ofertas, retiradas do fundo comum para os membros mais pobres da comunidade. Logo no início a Igreja atraíra judeus helenistas (isto é, judeus de fala grega, de fora da Palestina) tanto quanto judeus naturais da Palestina e que falavam aramaico; não tardou que se levantassem queixas de que as viúvas destes últimos estavam sendo favorecidas na distribuição diária. É significativo que os sete oficiais escolhidos pela comunidade e designados pelos apóstolos para supervisionar essa atividade tivessem todos nomes gregos, sendo provavelmente judeus helenistas. Dois dos sete, Estêvão e Filipe, estavam destinados a deixar vestígios dos seus serviços à Igreja, os quais se projetaram muito além dos limites desta função especial para a qual foram designados. Estêvão parece ter tido uma compreensão excepcionalmente nítida do rompimento total com o culto judaico, que o novo movimento lógica e finalmente envolvia. Com isto ele deixou assinalado o caminho que Paulo mais tarde palmilhou e especialmente o escritor de Hebreus.

    Os doze conservavam o respeito e a boa vontade da população de Jerusalém; assistiam regularmente ao culto no templo, e exteriormente pareciam judeus praticantes. A única coisa que os distinguia dos outros era crerem em Jesus e anunciarem ser Este o Messias. Todavia soou uma nota diferente nos debates travados na sinagoga dos helenistas, freqüentada por Estêvão, visto que este admitia a abolição do culto do templo e a instituição de uma nova forma de culto mais espiritual. As acusações feitas a Estêvão por seus opositores se apresentam deturpadas, entretanto, não é difícil descobrir a orientação real dos argumentos dele; o discurso que proferiu e de que nos dá conta o cap. 7, não é tanto uma "apologia" sua (tal defesa pouco redundaria numa absolvição, como Estêvão bem sabia), como é uma exposição racional do seu ensino quanto à natureza transitória do culto judaico. Ora, o povo de Jerusalém vivia do templo; para a manutenção do seu culto contribuíam os judeus do mundo inteiro; as multidões de peregrinos, que regularmente acorriam às grandes festas, proviam enorme renda à cidade. Atacar o templo era, portanto, à vista de todos, atacar o meio de vida deles. As autoridades viram logo haver chegado a oportunidade; chamaram Estêvão a juízo, com fundamento na denúncia do povo. A acusação contra ele foi praticamente a mesma que formularam contra o seu Mestre antes (Mc 14:58) e contra Paulo, mais tarde (At 21:28). Alegaram que ele cogitava da destruição daquele "santo lugar".

    Murmuração dos gregos contra os hebreus (1). Gregos (ou antes "helenistas") eram judeus de fala grega, principalmente das terras da Dispersão; os hebreus eram judeus de fala aramaica, muitos dos quais, como os apóstolos, eram naturais da Palestina. As viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária (1). Da caixa comum, em que o valor das propriedades dos membros mais ricos era lançado (At 2:45; At 4:34-35), fazia-se distribuição diária com os necessitados, entre os quais, naturalmente, sobressaíam viúvas. Escolhei dentre vós sete homens (3). Dos nomes destes sete evidencia-se que eram helenistas; um deles, com efeito, não era judeu nato, mas prosélito da cidade gentílica de Antioquia. Provavelmente eram reconhecidos como líderes da comunidade helenista na primitiva igreja de Jerusalém. Note-se que mesmo para o desempenho de deveres práticos, como os que lhes caíram por sorte, requerem-se dotes espirituais, assim como boa reputação e prudência de um modo geral (3). Embora tivessem sido designados nesta ocasião para a obra da beneficência, o ministério daqueles, dentre eles, de quem temos mais alguma notícia, não se restringiu a esta forma de serviço. Nicolau (5). Segundo Irineu (que pode ter recebido informação de Papias), os nicolaítas de Ap 2:6-66 tomaram o nome deste Nicolau; se verdade, ou não, ninguém pode afirmar. Impuseram-lhes as mãos (6). Os sete foram escolhidos pelo povo; a imposição das mãos dos apóstolos confirmou essa escolha, comissionou os sete para o seu trabalho especial, e expressou da parte dos apóstolos seu companheirismo nessa obra. Muitíssimos sacerdotes (7). Muitos dos sacerdotes vulgares eram homens humildes e piedosos, o que não acontecia com os políticos eclesiásticos, ricos, da linhagem sumo-sacerdotal. Levantaram-se alguns da sinagoga... (9). Provavelmente a referência aí é a uma sinagoga, embora vários comentadores tenham entendido tratar-se de cinco, quatro, três e duas. Como os da Cilícia a freqüentavam, Saulo de Tarso podia figurar entre os seus membros. Libertos (9). Provavelmente judeus libertos, ou descendentes de libertos, procedentes dos vários lugares mencionados. Deissmann sugere libertos da casa imperial. Não há razão suficiente para se rejeitar o texto, aqui, em troca da emenda atraente-"líbios" -sugerida por Beza, Tischendorf e Dibelius. E o levaram ao conselho (12), isto é ao Sinédrio.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 15

    14. Organizações Espirituais ( Atos 6:1-7 )

    Agora, neste momento, enquanto os discípulos estavam aumentando em número, uma denúncia surgiu por parte dos judeus helenistas contra os hebreus nativa, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária de alimentos. E os doze convocaram a congregação dos discípulos e disse: "Não é desejável que nós deixemos a palavra de Deus, a fim de servir às mesas. Mas seleccionar, de entre vós, irmãos, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais pode encarregar desta tarefa. Mas vamos nos dedicar à oração e ao ministério da palavra. " E a declaração encontrado aprovação com toda a congregação; e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, Nicanor, Timão, Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia. E estes trouxeram perante os apóstolos; e depois de orar, lhes impuseram as mãos sobre eles. E a palavra de Deus continuava a propagação; e o número dos discípulos continuaram a aumentar consideravelmente em Jerusalém, e um grande número de sacerdotes foram tornando-se obediente à fé. (6: 1-7 )

    Os cristãos, alguém disse uma vez, tornar-se muito pouco cristão quando se organizar. Essa observação cristaliza um lado do debate de longa data sobre política eclesiástica. Um extremo, afirmando o poder de Cristo em Sua Igreja, concordaria com esse sentimento. Seus defensores argumentam que a igreja deve rejeitar organização formal ou estrutura e apenas fluir com o Espírito. Tudo o que é organizado, eles insistem, não pode ser de Deus. Alguns até mesmo rejeitam o conceito de membros da igreja. Tal modelo solto, desorganizado da igreja, no entanto, subestima a força da carne e é incompatível com o caráter de Deus (cf. 1Co 14:33 ). Toda a criação reflete a natureza altamente organizada de seu Criador. Também não é consistente com o ensinamento do Novo Testamento pensativo em como a igreja está a funcionar.

    Outros se estruturar a igreja como uma empresa Fortune 500, completo com gráficos detalhados organizacionais, descrições de trabalho, os conselhos, comissões e subcomissões. O Espírito Santo, eles esperam, irá operar dentro da estrutura rígida eles construíram. Eles vão rejeitar qualquer negrito, novas propostas, porque "Nós nunca fizemos isso dessa maneira antes." Essas pessoas tendem a subestimar a força da nova natureza eo poder do Espírito.
    Ambos os extremos estão errados; a igreja não é nem uma corporação altamente artificial nem uma comuna solto, mas um organismo. Ela tem tanto uma unidade orgânica e um princípio de vida útil, uma vez que todos os membros estão ligados à sua Cabeça vivente, o Senhor Jesus Cristo. No entanto, assim como os organismos vivos necessitam de estrutura e organização para a função, o mesmo acontece com a igreja.
    A igreja primitiva deu o exemplo de um organismo vivo e interdependente. Sua unidade e poder lhes deu um testemunho de que varreu Jerusalém. Multidões tinha chegado a fé em Jesus Cristo. Nenhuma perseguição ou oposição das autoridades judaicas poderia parar a propagação do evangelho. O amor dos crentes para o outro, expressa na partilha dos bens materiais, tinha feito um profundo impacto sobre a comunidade. Como resultado, mesmo os não crentes realizada a igreja em alta conta ( 05:13 ).

    O crescimento explosivo da igreja tinha trazido com ele a necessidade de mais organização. Foi já um tanto organizado. Eles sabiam que (pelo menos no início) o número de convertidos ( 02:41 ) e membros ( 4: 4 ). Alguém deve ter sido manter contagem. Eles reuniram-se em locais específicos em horários específicos. Os crentes também se reuniu para refeições em casas particulares. Dinheiro e bens foram recolhidos pelos apóstolos e distribuído para os necessitados. O pecado tinha que ser tratada. Todas essas atividades também exigiu algum nível de organização. A igreja tornou-se ainda mais estruturado como sua vida e crescimento exigiu.

    Isso ilustra um princípio importante: a organização da igreja bíblica sempre responde às necessidades e ao que o Espírito já está fazendo. Para organizar um programa e depois esperar que o Espírito Santo se envolvido com ela é colocar a carroça na frente dos bois. Não ousamos tentar forçar o Espírito para atender nosso molde. Organização nunca é um fim em si, mas apenas um meio para facilitar o que o Senhor está fazendo em sua igreja.
    Em Atos capítulo 6 a igreja enfrentou sua primeira crise organizacional sério. Para eliminar um problema potencialmente divisionista necessários mais organização. A partir desta primeira reunião de organização quatro características destacam-se: a razão, os requisitos, o roster, e os resultados.

    A Razão

    Agora, neste momento, enquanto os discípulos estavam aumentando em número, uma denúncia surgiu por parte dos judeus helenistas contra os hebreus nativa, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária de alimentos. E os doze convocaram a congregação dos discípulos e disse: "Não é desejável que nós deixemos a palavra de Deus, a fim de servir às mesas ... Mas vamos nos dedicar à oração e ao ministério da palavra." ( 6: 1-2 , 4 )

    No momento que os discípulos estavam aumentando em número outro problema surgiu. Ele foi relacionado para o seu rápido crescimento. Quão grande é a igreja havia se tornado não é conhecido, uma vez que já não mantinha uma contagem precisa. O último valor indicado, 5000 ( 4: 4 ), aparentemente incluiu apenas os homens. Para esse número devem ser acrescentadas as mulheres e os jovens e aqueles que se juntou à igreja desde então (cf. 05:14 ). Deve ter havido mais de 20.000 na igreja de Jerusalém neste momento.

    Sem meios de comunicação de massa, a liderança e os problemas administrativos associados a uma grande congregação, tais eram enormes. Meramente para satisfazer as suas necessidades espirituais e para lidar com o pecado teria sido uma tarefa difícil, e muito menos cuidar de suas necessidades físicas. Não só o tamanho da igreja criar problemas, mas também o seu crescimento explosivo deixado pouco tempo para se adaptar. Como resultado, os apóstolos não conseguia mais lidar com toda a carga de cuidar da congregação. Foi necessária uma maior organização.
    Havia outra razão para a igreja para organizar. Eles tinham cumprido a primeira parte da carga de quatro parte do Senhor para eles ( 1: 8 ). Eles haviam saturado Jerusalém com a mensagem do evangelho (5:28 ) e até mesmo começaram a chegar à região circundante ( 05:16 ). Agora, eles estavam prontos para evangelizar Samaria e do mundo gentio. Para fazer mais planejamento e estruturação do conjunto tão necessária com sucesso.

    Em uma congregação de que tamanho, era inevitável que as necessidades de alguém seria esquecido. Ele vem como nenhuma surpresa saber que a denúncia surgiu por parte dos judeus helenistas contra os hebreus nativa, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária de alimentos. Aqui era uma questão que Satanás pudesse usar com força devastadora contra a igreja . Ele já havia atacado através perseguição ( 4: 1-31 ; 5: 17-41 ). Isso, no entanto, havia apenas levou a igreja a crescer mais rápido ( 4: 4 ). Em seguida, ele tinha procurado deformá-los, introduzindo o pecado no corpo ( 5: 1-11 ). Deus interveio rapidamente e julgou Ananias e Safira, e novamente o ataque de Satanás falhou vergonhosamente. Tal como acontece com a perseguição, que só fez aumentar o número da igreja ( 05:14 ). A igreja foi purificado ainda mais eficaz na divulgação do evangelho.

    Não tendo conseguido parar a igreja através de perseguição ou de corrupção, Satanás tentou uma terceira tática. Ele procurou criar dissensão dentro da igreja. Uma igreja abalado por conflitos internos encontra sua mensagem perdida em conflito, a sua energia dissipada. E uma igreja, assim, focado em si vai ter dificuldade para chegar ao mundo perdido. Antes de a igreja poderia evangelizar o mundo gentio, eles teriam de lidar com qualquer divisão dentro de suas fileiras. Essa foi a necessidade que impulsionou a igreja a mais organização.
    Os judeus helenistas foram os da diáspora. Ao contrário dos nativos palestinos ou hebreus, sua língua materna era o grego, não em aramaico ou hebraico. Eles usaram a Septuaginta em vez das Escrituras Hebraicas. Mantendo-se fiel ao judaísmo, que tinha absorvido um pouco da cultura grega que os rodeava. Isso os fez suspeitar que os judeus da Palestina, especialmente os fariseus. "De acordo com o Talmud, o farisaísmo faz segredo do seu desprezo pelos helenistas ... eles eram freqüentemente categorizados pela população nativa e assumidamente mais escrupuloso de Jerusalém como de segunda classe israelitas" (Richard N. Longenecker, "Os Atos de Apóstolos ", no Frank E. Gaebelein, ed,. Comentário Bíblico do Expositor , vol 9. [Grand Rapids: Zondervan, 1981], 329). Alguns dos que a hostilidade racial e cultural transitam para a igreja.

    Muitos dos helenistas estava em Jerusalém para a Páscoa e Pentecostes. Depois de sua conversão, eles decidiram permanecer sob o ensinamento dos apóstolos. Outros eram pessoas mais velhas que haviam retornado à Palestina para viver suas vidas. Eles eram uma minoria na igreja, o que ajuda a explicar por que as suas necessidades foram ignorados.
    Como muitas vezes acontece, as questões vieram à tona ao longo de um problema aparentemente insignificante. Os helenistas reclamou que suas viúvas estavam sendo esquecidas na distribuição diária de alimentos. Cuidados de viúvas era tradicional na sociedade judaica (cf. Dt 14:29. ; Dt 16:11 ; 24: 19-21 ; Dt 26:12 ). Paulo mais tarde definiu como a responsabilidade da igreja ( 1Tm 5:3. ; Lc 19:23 ). Para envolver-se nos detalhes de servir refeições e tratar de assuntos de dinheiro iria levá-los longe de seu chamado. Em vez disso, eles iriam dedicar -se à oração e ao ministério da palavra. Os apóstolos sabiam que sua prioridade era oração, pregação, ensino e estudo da Palavra. Eles deixariam nada, porém pressionando, distraí-los de exercício dessas funções. Eles disseram que, com efeito, "Você serve as mesas e serviremos a Palavra". Paulo estava preocupado que as necessidades dos pobres sejam alcançados ( Rm 15:26 ; . 2 Cor 8-9 ), mas nunca quis se distrair com os detalhes ( I Coríntios 16:1-4. ).

    Muitos no ministério hoje deixaram a ênfase na oração e da Palavra de Deus. Eles são tão envolvido nos detalhes administrativos de sua igreja que eles têm pouco tempo para intercessão e estudo. No entanto, os pastores são dadas para a igreja "para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo" ( Ef 4:12 ). O seu chamado é para amadurecer os santos para que eles possam fazer o trabalho do ministério. Ao negligenciar esse chamado, eles condenam suas congregações a definhar na infância espiritual. Os programas são nenhum substituto para o poder de Deus e Sua Palavra. Aqueles a quem Deus chamou para o ministério da oração e da Palavra deve fazer a sua prioridade.

    A oração e ao ministério da palavra estão inseparavelmente ligados. A oração deve permear preparação do sermão de um pastor, ou seus sermões será superficial e seco. Ele também deve orar constantemente para que o seu povo vai aplicar as verdades que ele ensina-los. O homem de Deus também deve Oração para que ele iria ser um canal puro através do qual a verdade de Deus possa fluir para a sua congregação. (Para uma discussão sobre a relação de oração a pregação, ver Tiago E. Rosscup, "A prioridade da oração e pregação expositiva", em João F. MacArthur, Jr., Redescobrindo pregação expositiva . [Dallas: Palavra, 1992])

    A maior proclamador da Palavra de Deus que já viveu, o apóstolo Paulo, era um homem dedicado à oração. Ele assegurou que os romanos que "Deus, a quem sirvo em meu espírito, no pregação do evangelho de seu Filho, é minha testemunha de como incessantemente faço menção de vós nas minhas orações" ( Rom. 1: 9-10 ) . Ele disse ao Efésios "Eu não cesso de dar graças por vós, ao fazer menção de vós nas minhas orações ( Ef 1:16. ). Aos filipenses ele escreveu: "Dou graças a Deus em toda a minha lembrança de você, oferecendo sempre oração com alegria em meu cada oração para todos vocês "(Filipenses 1:3-4. ) Paulo também orou constantemente para a igreja de Colossos: ". Por esta razão, também, desde o dia em que ouvimos dele, nós não paramos de Oração para você e para pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual "( Cl 1:9 )

    Atos 19:9-10 descreve o ministério de Paulo em Éfeso: ". Mas, como alguns deles se tornando endurecidos e desobedientes mal, falando do Caminho perante a multidão, retirou-se deles e levou os discípulos, discutindo diariamente na escola de Tirano E isso aconteceu há dois anos, de modo que todos os que viviam na Ásia ouviram a palavra do Senhor, tanto judeus como gregos ". Preso em Roma, ele, no entanto, "foi testificando [aos judeus de Roma] sobre o reino de Deus, e tentando persuadi-los a respeito de Jesus, tanto a Lei de Moisés e dos profetas, de manhã até a noite" ( At 28:23 , 26-27 )

    A partir de sua dramática conversão no caminho de Damasco para o dia um carrasco romano terminou sua vida, Paulo deu-se totalmente ao ministério. Não há outro caminho. Cada ministro de Jesus Cristo deve dar ouvidos a exortação de Paulo a Timóteo:

    Prescrever e ensinar essas coisas. Que ninguém despreze a tua mocidade, mas sim na palavra, no procedimento, amor, fé e pureza, mostra-te um exemplo daqueles que acreditam. Até que eu venha, dar atenção para a leitura pública da Escritura, à exortação e ao ensino. Não negligencie o dom espiritual dentro de você, que foi entregue a você por profecia, com a imposição das mãos pelo presbitério. Tome dores com essas coisas; absorve-te nelas, para que o teu progresso seja manifesto a todos. ( 1 Tim. 4: 11-15 )

    A devoção que Paulo exigiu de seu jovem protegido é a mesma devoção às demandas Senhor Jesus Cristo de todos os que servi-Lo.

    Os Requisitos

    Mas seleccionar, de entre vós, irmãos, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais pode encarregar desta tarefa. ( 6: 3 )

    Enquanto os apóstolos tiveram de permanecer fiel às suas prioridades, o problema da distribuição da comida e dinheiro de forma eqüitativa permaneceu. Esse ministério importante necessária supervisão, e outros teriam de ser encontrado para fazer isso. Assim, os apóstolos ordenaram aos crentes para selecionar a partir de suas próprias fileiras sete homens. A palavra traduzida select é do verbo episkeptomai , que significa "para supervisionar", ou "para supervisionar." A congregação foi para olhar sobre os homens que foram respeitados e apresentar as suas escolhas para os apóstolos. Eles iriam tomar a decisão final quanto à sua nomeação para a tarefa, como indicado pelas palavras quem pode encarregar desta tarefa.

    Esta breve verso enumera cinco características exigidas para os designados para o ministério da igreja. Em primeiro lugar, aqueles que levaria a igreja deve ser homens. Mulheres certamente têm um papel vital para preencher (cf. Tito 2:3-5 ). Na igreja primitiva, essas mulheres como Dorcas, Lydia, Phoebe, Priscilla, e as filhas de Filipe foram grandemente usado por Deus. No entanto, o projeto de Deus para a igreja é que os homens assumem os papéis de liderança ( 1Co 11:3, 1Co 11:9 ; 1Co 14:34 ; 1 Tm 2: 11-12. ).

    A segunda exigência é que eles sejam do meio de ti. Isso indica mais do que a verdade óbvia de que aqueles que lideram a igreja deve ser crentes. Igrejas devem procurar desenvolver sua liderança dentro de suas próprias fileiras. Ao contratar pastores longe de outras igrejas, eles muitas vezes ignoram os homens dotados Deus tem levantado em suas próprias congregações. Uma igreja comprometida com o ministério de edificar e equipar os seus membros não terão que procurar outro lugar para seus líderes.

    A terceira exigência para os líderes é que eles sejam homens de boa reputação. Eles devem ser homens de integridade, acima de qualquer suspeita, como é exigido de presbíteros e diáconos em 1Tm 3:1 ).

    A exigência final é que eles possuem sabedoria. Eles devem ter conhecimento bíblico e teológico, ea sabedoria prática de aplicar a verdade bíblica com as situações da vida cotidiana. Eles devem ser homens de sóbrio, justo juízo. Primeiro Crônicas 0:32 descreve alguns líderes sábios de Israel como "homens que compreenderam os tempos, com o conhecimento de que Israel deveria fazer." Tais homens que Deus chama para servir a Sua Igreja.

    A questão é saber se estes sete podem ser adequAdãoente vistos como os primeiros diáconos oficiais. Eles realizaram algumas funções dos diáconos posteriores, e as formas da palavra grega diakonos(Diácono) são usadas para descrever seu ministério ( vv 1-2. ). No entanto, para visualizá-las em termos de um escritório formal é anacrônico. Dos sete, apenas Estevão e Filipe aparece em outro lugar nas Escrituras, mas eles nunca são chamados de diáconos. De fato, o ministério depois de Estevão era claramente a de um evangelista, como era de Filipe ( At 21:8 ; Lc 10:40 ; Jo 2:5 ; Jo 12:2 ; Rm 15:25 ; 2 Cor 8: 3-4. ). Assim, a sua utilização em Atos 6 não implica que os sete ocupava o cargo de diácono.Significativamente, quando a igreja de Antioquia depois enviou o alívio da fome à igreja de Jerusalém, nenhuma menção é feita de diáconos ( Atos 11:29-30 ). Em vez disso, o alívio foi enviado para os anciãos. Estevão e Filipe certamente não continuar por muito tempo nesse papel, uma vez que ambos se tornaram evangelistas. E em breve perseguição dispersar a congregação de Jerusalém ( At 8:1. ; 1Tm 5:22 ; 2Tm 1:62Tm 1:6 )

    E Estêvão, cheio de graça e poder, estava realizando prodígios e grandes sinais entre o povo. Mas alguns homens do que foi chamado de sinagoga dos Libertos, incluindo tanto cireneus e alexandrinos, e alguns da Cilícia e da Ásia, levantou-se e discutiu com Estevão. E ainda assim eles não foram capazes de lidar com a sabedoria e ao Espírito com que ele falava. Homens Então subornaram para dizer: "Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus." E excitaram o povo, os anciãos e os escribas, e eles vieram em cima dele e arrastou-o para longe, e trouxe-o perante o Conselho. E apresentaram falsas testemunhas, que diziam: "Este homem fala incessantemente contra este santo lugar, e da Lei, porque nós o temos ouvido dizer que esse Nazareno, Jesus, vamos destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos transmitiu. " E fixando o seu olhar sobre ele, todos os que estavam sentados no Conselho viram o seu rosto como o rosto de um anjo. ( 6: 8-15 )

    Esta passagem marca uma transição no livro de Atos. Até este ponto, Pedro tem sido a figura dominante, cumprindo seu chamado por levar o evangelho da circuncisão ( Gl 2:7. ). Na verdade, o manto de Estevão caiu sobre seu compatriota helenístico Saulo de Tarso. É até possível que a primeira exposição de Paulo para o evangelho veio através de Estevão ( 7:58 ; 8: 1 ). Sua morte deve ter deixado uma impressão indelével em Paulo.

    Estevão foi, assim, uma figura-chave no início da história da igreja. Mas, para além do seu papel histórico, ele foi significativo por causa de seu caráter. Ele era a prova de que o impacto da vida e ministério de um homem não tem nada necessariamente a ver com comprimento. Seu ministério, embora breve, foi essencial para o plano de Deus para a evangelização do mundo. Ele mostrou que os esforços de uma pessoa corajosa, embora de curta duração, pode ter efeitos de longo alcance.
    Altruísta proclamação de Estevão, sem medo do evangelho levou-o a pagar o preço final do seu compromisso. Ele foi o primeiro mártir cristão, como as pessoas que tinham favorecido os crentes ( 5:13 ) foram manipuladas para virar hostil. Sua morte desencadeou o primeiro de uma longa série de perseguições que desafiaram a Igreja ao longo de sua história. Quando Estevão morreu, a Igreja sofria em voz alta ( 8: 2 ) porque ele era tão vital um pregador e tão profundamente amado. No entanto, ele não morreu antes de realizar a missão que Deus colocou para fora para ele. Nem era seu ministério menos significativo, porque não existe uma lista de convertidos é gravado. Certamente ele tinha muitos. Na economia de Deus, alguma planta, um pouco de água, e outros colher ( 1Co 3:6 apresenta mais três evidências de nobreza espiritual de Estevão: seu caráter, sua coragem e seu semblante.

    Seu caráter

    E Estêvão, cheio de graça e poder, estava realizando prodígios e grandes sinais entre o povo. ( 6: 8 )

    Versículo 5 descrito Estevão como "cheio de fé e do Espírito Santo." completa tanto lá quanto no versículo 8 traduz pleres , o que significa "a ser preenchido." Estevão foi totalmente controlado pela fé, o Espírito Santo, graça e poder. Seu sermão perante o Sinédrio revela o conteúdo de sua fé. Ele acreditava que Deus governou história ( 7: 1-51 ), e estava confiante de controle soberano de Deus de sua vida.Ele poderia dizer com Paulo: "Se vivemos, vivemos para o Senhor, ou se morremos, morremos para o Senhor; portanto, se vivemos ou morremos, somos do Senhor" ( Rm 14:8 ). Embora confiando em Deus para o seu destino eterno, eles acham difícil confiar nele com as preocupações de sua vida cotidiana. Estevão, no entanto, não era assim. Ele confiou em Deus plenamente e se concentrou em fazer o que Deus queria que ele fizesse. As consequências que ele alegremente deixou nas mãos de Deus.

    Não só foi Estevão cheio de fé, mas também do Espírito Santo (cf. 07:55 ). Esse é o privilégio de todos os crentes ( Ef 5:18 ). Para ser cheio de fé é confiar em Deus; para ser cheio do Espírito é obedecer totalmente a Sua vontade. Estevão creu em Deus e apresentado à liderança do empoderamento, purificando Espírito Santo. Essas duas realidades resumem a força da vida cristã. Nas palavras do hino amado,

    Confiança e obedecer,
    Pois não há outro jeito
    Para ser feliz em Jesus,
    Mas a confiar e obedecer.
    A terceira realidade espiritual, que flui de confiança e obediência, que caracterizou Estevão era graça. Porque Estevão confiou em Deus, e caminhou na plenitude do Espírito, ele foi dada a graça de enfrentar a perseguição, até mesmo a morte. Nem medo, nem ódio controlada ele, só a confiança e submissão. Ele podia ser gracioso mesmo ao ponto de morrer por causa de sua confiança confiante em Deus e renúncia ao propósito divino. Após ter-se comprometido totalmente nas mãos de Deus ( 7:59 ), ele estava disposto a suportar tudo na força da graça capacitadora. A graça de Deus também fluiu para fora de sua vida para os outros. Talvez esse tenha sido um dos motivos da igreja escolheu-o para ministrar às viúvas. Estevão foi mesmo gracioso para com seus algozes, orando por seu perdão como suas pedras esmagou sua vida ( 7:60 ).

    A única maneira que um crente pode viver como Estevão está morrendo ao seu pecaminoso. Aqueles ocupado cuidando de seus próprios interesses terá pouco tempo ou inclinação para abandonar-se e experimentar a graça Estevão experientes.
    Finalmente, Estevão estava cheio de energia. Isso foi um resultado direto de seu ser cheio do Espírito (cf. At 1:8 ), e Barnabas ( 15:12 ) realizou milagres. O imperfeito do poieō ( estava realizando ) mostra Estevão foi continuamente fazendo essas obras poderosas, sem dúvida, com o mesmo impacto que os apóstolos ( 5: 12-14 ).

    Tomados em conjunto, versículos 5 e 8 de dar tanto a Godward e os lados do homem da caráter cristão. Um homem cheio de fé em Deus, e rendeu para o controle do Espírito, tenha piedade para com os outros e manifesta grande poder espiritual.

    Que um homem justo vai fazer obras de justiça é um princípio básico do Novo Testamento. Paulo ensina repetidamente que toda a alegria cristã e utilidade, todo o poder e serviço gracioso, de fluxo de fé e obediência. Por exemplo, em Colossenses 3 , Paulo deu Colossenses os seguintes preceitos práticos: "Mas agora você também, colocá-los todos de lado:. ira, da cólera, da malícia, da maledicência, e linguagem ultrajante de sua boca Não minta para si" ( Cl . 3: 8-9a ). Eles estavam a fazer essas coisas porque eles tinham "deixado de lado o velho homem com suas práticas malignas, e ... colocar o novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou" ( vv . 9b-10 ). Como "os que [tinha] sido escolhido de Deus" e, portanto, "santos e amados" ( 3: 12a ), eles foram para "colocar em um coração de compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência; suportando uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, quem quer que tenha uma queixa contra alguém, assim como o Senhor vos perdoou, assim também você deve E além de todas essas coisas se do amor, que é o perfeito vínculo de unidade "(. vv 12b-14. ). Paulo também expressou esse princípio aos Efésios:

    Eu, portanto, o prisioneiro no Senhor, vos rogo que andar de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com paciência, mostrando paciência um com o outro no amor, ser diligente para preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz. ( 4: 1-3 )

     
    Portanto digo isto, e testifico no Senhor, para que você anda não mais apenas como também andam os gentios, na verdade da sua mente, entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus, por causa da ignorância que é neles, por causa da dureza do seu coração; e eles, tendo-se tornado insensíveis, se entregaram à sensualidade, para a prática de todo tipo de impureza com ganância. Mas você não aprendeu Cristo dessa maneira, se é que já a ouviram e foram ensinados Nele, assim como a verdade está em Jesus, que, em referência ao seu antigo modo de vida, você deixar de lado o velho homem, que é sendo corrompido em conformidade com as concupiscências do engano, e vos renovar no espírito da vossa mente, e colocar o novo, o qual, à semelhança de Deus foi criado em verdadeira justiça e santidade da verdade. Portanto, deixando de lado a mentira, e falai a verdade, cada um de vós, com o seu próximo, pois somos membros uns dos outros. Fique com raiva, e ainda não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, e não dar o diabo uma oportunidade. Aquele que rouba, não furte mais; mas antes trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, a fim de que ele pode ter algo a compartilhar com ele que precisa. Que nenhuma palavra torpe de sua boca, mas apenas uma palavra como é bom para edificação de acordo com a necessidade do momento, para que dê graça aos que a ouvem. E não entristecer o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. Toda a amargura, indignação e ira, e gritaria, e blasfêmia sejam tiradas dentre vós, bem como toda a malícia. E ser gentil com o outro, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou. ( 4: 17-32 )

    A vida de Estevão exibido graça e poder de Deus, porque ele estava cheio de fé obediente e com o Espírito Santo. Esses traços marcou-o com uma grandeza tão muitas vezes esquecido. Não há outro caminho para o caráter virtuoso e uma vida espiritualmente influente do que o caminho Estevão exemplificou.

    Sua coragem

    Mas alguns homens do que foi chamado de sinagoga dos Libertos, incluindo tanto cireneus e alexandrinos, e alguns da Cilícia e da Ásia, levantou-se e discutiu com Estevão. E ainda assim eles não foram capazes de lidar com a sabedoria e ao Espírito com que ele falava. Homens Então subornaram para dizer: "Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus." E excitaram o povo, os anciãos e os escribas, e eles vieram em cima dele e arrastou-o para longe, e trouxe-o perante o Conselho. E apresentaram falsas testemunhas, que diziam: "Este homem fala incessantemente contra este santo lugar, e da Lei, porque nós o temos ouvido dizer que esse Nazareno, Jesus, vamos destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos transmitiu. " ( 6: 9-14 )

    Um homem com o personagem de Estevão é um desafio para qualquer ataque e uma feroz veio. Alarmados com o poder ea eficácia do ministério de Estevão, alguns homens a partir do que foi chamado a Sinagoga dos Libertos, incluindo tanto cireneus e alexandrinos, e alguns da Cilícia e da Ásia, levantou-se e discutiu com Estevão. A frase se levantou não indica que eles saíram de suas cadeiras, mas que eles foram agitados para a ação. Enfurecido por seu ódio do Senhor Jesus e seu amor do pecado farisaico, estes homens foram atrás desse homem dotado de Deus.

    Comentaristas têm discutido quantos são sinagogas em vista aqui. O texto grego não é conclusivo, mas parece provável que Lucas tem em mente três synagogues— separado da Sinagoga dos Libertos, outroincluindo tanto cireneus e alexandrinos, e um terceiro composto por pessoas da Cilícia e da Ásia. As diferenças culturais e linguísticas entre esses grupos tornam improvável que todos eles frequentavam a mesma sinagoga.

    Sinagogas foram pontos de encontro onde a comunidade judaica se reuniram para ler as Escrituras e adoração. Eles se originaram, tanto para trás como o cativeiro babilônico, quando os exilados foram cortadas a partir de acesso ao templo. De acordo com o Talmud, havia 480 sinagogas de Jerusalém, neste momento (FF Bruce, O Livro dos Atos [Grand Rapids: Eerdmans, 1971], 124; citando TJ Meguilá 73 d), embora esse número pode ser exagerado. Muitas sinagogas, como os três mencionados aqui, consistia de judeus helenistas. É possível que Estevão era um membro de uma dessas sinagogas.

    Os libertos eram os descendentes dos escravos judeus capturados por Pompeu em 63 B . C . e levado para Roma. Eles foram posteriormente concedida a sua liberdade e formaram uma comunidade judaica lá. cireneus e alexandrinos foram de duas das principais cidades do Norte de África, Cyrene (casa do Simão, que carregou a cruz de Jesus "[ Lc 23:26 ]), e Alexandria. Ambas as cidades tinham grandes populações judaicas. Cilícia e da Ásia foram províncias romanas da Ásia Menor. Desde a cidade natal de Paulo de Tarso foi localizado na Cilícia ( At 21:39 ; At 22:3 ). Até as falsas acusações de blasfêmia eram como aqueles contra o seu Senhor.

    As falsas testemunhas acusado Estevão de falar palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. Tal era o seu zelo para a lei que eles mencionaram Moisés diante de Deus. Blasphemy, falando mal de algo que Deus considere sagrado, como a lei de Moisés, a pessoa de Deus, ou Seu templo, era um crime muito grave, punível com a morte ( Lv 24:16 ). Que seus oponentes acusado de blasfemar contra Estevão Moisés sugere que ele estava negando a capacidade da lei para salvar. Acusaram-no de blasfemar contra Deus por falar contra o templo ( v. 14 ), onde a presença de Deus habitava. Essa acusação, sem dúvida, reflete também a apresentação de Estevão de Cristo como a encarnação de Deus (cf. Jo 10:36 ).

    Uma vez que as pessoas eram fanaticamente zelosos por Moisés e Deus, eles foram facilmente incitados pelas falsas acusações. Junto com os anciãos e os escribas (alguns dos quais eram membros prováveis ​​do Sinédrio) a multidão desceu sobre Estevão e o arrastaram para julgamento perante o Conselho (o Sinédrio). Sunarpazō ( arrastado ) significa "para aproveitar com a violência." Ela é usada em Lc 8:29 de um homem tomado por um espírito do mal, enquanto que em At 19:29 descreve a apreensão dos companheiros de Paulo por um bando indisciplinado.

    O medo das pessoas que haviam obrigou as autoridades a prender os apóstolos sem violência ( 05:26 ) dissipada, e essas mesmas pessoas violentamente apreendidos Estevão. Estevão era popular quando ele curou os sinais e maravilhas doentes e realizadas. Mas, como a multidão inconstante que transformou em Jesus, logo após saudando-o como o Messias, essas pessoas foram seduzidos a mudar de idéia e atacar o pregador. Há uma linha tênue entre a ouvir o evangelho e do ódio do evangelho-a linha de apostasia. Aqueles que atravessá-lo muitas vezes se tornar violenta.

    Lucas não nos diz como logo após a apreensão de Estevão que seu julgamento começou. É pouco provável que o Sinédrio foi montado e esperando quando ele foi apreendido. Quando o julgamento começou, estes helenistas apresentar falsas testemunhas. Estes são, sem dúvida, os mesmos que se refere o versículo 11 . Era suas falsas acusações que levaram a apreensão de Estevão.

    As falsas testemunhas repetiu as acusações de que tinha excitaram o povo, ou seja, que Estevão incessantemente falou contra o lugar santo (o templo), e da Lei. Eles eram falsas testemunhas não porque eles colocam palavras na boca de Estevão, mas porque torceu o que ele fez dizer. FF Bruce escreve:

    Eles são chamados de "falsas testemunhas", como aqueles que trouxeram o testemunho semelhante contra Jesus são chamados ( Mateus 26:59-61. ; Marcos 14:55-59 ). Mas em ambos os casos, a falsidade de seu testemunho não consistiu na fabricação de atacado, mas na deturpação sutil e mortal das palavras realmente faladas. ( O Livro dos Atos , 135)

    O versículo 14 dá um exemplo da inclinação eles colocam palavras de Estêvão: . Nós temos ouvido dizer que esse Nazareno, Jesus, vamos destruir este lugar e mudar os costumes que Moisés nos transmitiu A frase esta Nazareno expressa seu desprezo por Jesus, pois acreditavam nada de bom pode vir de Nazaré (cf. Jo 1:46 ). Jesus nunca tinha reivindicado Ele iria destruir o templo de Jerusalém.Ele disse aos seus adversários: "Destruí este templo, e em três dias eu o levantarei" ( Jo 2:19 ). Como Jo 2:21 deixa claro: "Ele falava do templo do seu corpo." Desde que a falsa acusação tinha conseguido ficar Jesus condenado, eles foram rápidos para usá-lo contra Estêvão.

    Outra acusação calculado para enfurecer o povo era que Estevão ensinou que Jesus iria alterar os costumes que Moisés proferidas a eles. Estevão, como os apóstolos, havia proclamado Jesus como o cumprimento de tudo o que o ritual Antiga Aliança tipificado. A Nova Aliança, profetizado por Jeremias (cf. Jer. 31: 31-34 ), tinha substituído o Antigo. A lei moral não tinha mudado, mas a lei cerimonial foi feito com a distância. Reality tinha substituído ritual. Estevão irá mostrar em seu sermão que ele tinha um enorme respeito por Moisés e da lei. A sua escolha de palavras, no entanto, o fez para ser um revolucionário, buscando anular a ordem divina estabelecida. Eles transformaram sua proclamação positivo em um ataque negativo.

    Durante toda esta provação, a coragem de Estevão brilha. Apesar da intensa oposição que encontrava, ele nunca recuou ou comprometida. Como seus inimigos reclamou, ele incessantemente reiterou a mensagem do evangelho. Mesmo quando em julgamento por sua vida diante do Sinédrio, a sua coragem não vacilou. Em Atos 7:51-53 ele corajosamente os repreendeu com as seguintes palavras:

    Vocês, homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvidos estão sempre resistem ao Espírito Santo; você está fazendo exatamente como fizeram vossos pais. Qual dos profetas que os vossos pais não perseguiram? Até mataram os que anteriormente anunciaram a vinda do Justo, cuja traidores e assassinos que você já se tornaram; vós que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e ainda não mantê-lo.
    A coragem de Estevão carimbado-o com a marca de grandeza.

    Seu semblante

    E fixando o seu olhar sobre ele, todos os que estavam sentados no Conselho viram o seu rosto como o rosto de um anjo. ( 06:15 )

    Esta cena apresenta um contraste impressionante. Estevão estava diante do Sinédrio acusado de ser um blasfemador mal de Deus, o templo, e da lei. No entanto, quando os membros desse Conselho fixa seu olhar sobre ele, eles viram o seu rosto como o rosto de um anjo. Longe de ser o mal, Estevão irradiava a santidade e glória de Deus.

    Deus respondeu às suas falsas acusações, colocando a Sua glória no rosto, algo de Estevão vivida por nenhuma outra pessoa na história, exceto Moisés ( Ex. 34: 27-35 ). Assim, ele mostrou a Sua aprovação do ensinamento de Estevão exatamente da mesma maneira que fez com a de Moisés. Paulo escreve:

    Se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, veio em glória, de maneira que os filhos de Israel não podiam fitar o rosto de Moisés, por causa da glória do seu rosto, desaparecendo como era, como deve o ministério da Espírito não conseguem ser ainda mais com a glória? Porque, se o ministério da condenação tinha glória, muito mais é que o ministério da justiça abundam em glória. Porque, na verdade o que tinha glória, neste caso, não tem nenhuma glória por conta da glória que supera. Porque, se aquilo que se desvanecia era glorioso, muito mais é o que permanece em glória. ( 2 Cor. 3: 7-11 )

    Ao colocar a Sua glória no rosto de Estevão, Deus mostrou a Sua aprovação da Nova Aliança e seu mensageiro.
    Nobre personagem de Estevão e coragem extraordinária refletir a sua grandeza. Seleção da igreja dele para o alto cargo mostra a sua grande consideração por ele. O mais significativo de tudo, Estevão era grande aos olhos de Deus. Honrando ele, como tinha Moisés, Deus escolheu Estevão destaca como um dos maiores homens que já viveram. E sua vida e testemunho profundamente afetados ainda um homem maior o Saulo de Tarso.
    Cada crente deveriam se lembrar de Estevão e imitar essas qualidades em sua vida, O homem que refletia o rosto de um anjo. Isso seria seu memorial mais adequado.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Atos Capítulo 6 do versículo 1 até o 15

    Atos 6

    As primeiras nomeações — At 6:1-7

    À medida que a Igreja crescia começava a enfrentar todos os problemas de uma organização e uma instituição. Não há nenhuma nação que tenha tido sempre e que tenha ainda tanta consideração como a judaica pelos irmãos menos afortunados.
    Na sinagoga havia um costume estabelecido. Havia funcionários conhecidos como caritativos. Dois caritativos percorriam o mercado e as casas particulares todas as sextas-feiras pela manhã fazendo uma coleta em dinheiro para os necessitados. Isto se distribuía durante o dia. Os que necessitavam ajuda temporariamente recebiam o suficiente para continuar; e os que estavam permanentemente incapacitados para sustentar-se a si mesmos recebiam o suficiente para quatorze refeições, ou seja duas por dia para a semana seguinte. O fundo do qual se fazia esta distribuição se chamava Kuppah ou Cesta. Além disto se fazia diariamente uma coleta de casa em casa para os que estavam passando necessidades prementes. Isto se chamava Tamhui ou Bandeja. É evidente que a Igreja cristã seguiu este costume sabiamente.

    Mas entre os próprios judeus havia uma falha. Os judeus ortodoxos e rígidos odiavam tudo o que provinha dos gentios. Na Igreja cristã havia duas classes de judeus. Havia os de Jerusalém e os de Palestina. Falavam aramaico, que provinha de seu idioma ancestral, e se orgulhavam de que não tinha agregados estrangeiros em suas vidas. Por outro lado havia judeus de outros países. Estes tinham vindo para o Pentecostes; fizeram o grande descobrimento de Cristo e ficaram. Muitos deles tinham estado fora da Palestina por várias gerações; tinham esquecido o hebreu e falavam grego. A conseqüência natural era que os orgulhosos judeus de fala aramaica olhassem com desprezo aos judeus estrangeiros. Este rechaço encontrou sua via de expressão na distribuição diária e houve queixas de que as viúvas dos judeus de fala grega eram passadas por alto — o que possivelmente se fizesse deliberadamente. Os próprios apóstolos não podiam estar envolvidos nestes assuntos. De modo que foram escolhidos os Sete para que endireitassem as coisas e se fizessem a cargo da situação.
    É muito interessante notar que os primeiros funcionários nomeados foram homens que não tinham o dever de falar; foram escolhidos para um serviço prático.
    Florence Alshorn, a grande professora missionária, disse uma vez: "Um ideal não é seu até que nos sai da ponta dos dedos."

    A primeira preocupação da Igreja primitiva foi pôr em prática seu cristianismo.

    SURGE UM PALADINO DA LIBERDADE

    Atos 6:8-15

    Quando a Igreja nomeou estes sete homens fez algo que teria conseqüências de longo alcance. Em essência começou o grande debate e a grande luta. Os judeus sempre se consideraram o povo escolhido; mas interpretaram a palavra escolhido equivocadamente. Consideravam-se escolhidos para honras e privilégios especiais; e criam que Deus não se interessava por outro povo a não ser por eles. Os mais fanáticos declaravam que Deus criara os gentios para ser combustível dos fogos do inferno. Até em sua posição mais aberta criam que um dia os gentios seriam seus servos. Nunca sonharam que foram escolhidos para servir e levar todos os homens a uma relação com Deus como a que eles criam ter. Este era o problema.

    Na verdade, ainda não se falou de aproximar-se dos gentios. Estão envoltos judeus de fala grega. Mas nenhum dos Sete tinha um nome judeu; todos eram nomes gregos; e um deles Nicolau era um gentio que aceitou a fé judia, pois isso é o que significa a palavra prosélito.

    Agora, Estêvão via muito mais longe que seus companheiros: evidentemente tinham a visão de um mundo para Cristo. Duas coisas eram especialmente apreciadas para os judeus. Primeiro, o templo; só ali se podia oferecer sacrifícios e só ali se podia adorar verdadeiramente a Deus. Segundo, estava a Lei que nunca podia mudar-se. Mas Estêvão via que o templo desapareceria, que a Lei era nada mais que um passo em direção do Evangelho, que o cristianismo devia estender-se ao mundo inteiro, e Estêvão o disse. Teve oportunidade de fazê-lo porque na sinagoga não havia ninguém encarregado do sermão. Qualquer estranho distinto podia ser convidado a pregar. E ninguém podia rebater seus argumentos. De modo que os judeus, quando a lógica e as discussões fracassaram, recorreram à força e prenderam Estêvão. Sua carreira foi muito curta; mas teve um grande significado porque foi o primeiro em ver que o cristianismo não era algo reservado aos judeus, mas sim era a oferta de Deus para todo o mundo.

    A defesa de Estêvão

    Estêvão apelou à lição da história. Evidentemente, cria que a melhor forma de defender-se era atacar. O que ele fez foi tomar determinados pontos do panorama da história do povo judeu. Neles via que surgiam certas verdades, verdades que podiam ser utilizadas para condenar a sua própria nação.

  • Considerou que os homens que realmente tinham tido um papel importante na história de Israel eram aqueles que ouviram o mandato de Deus: "Saí...", e não tiveram medo de obedecê-lo. Os grandes homens eram aqueles que estavam preparados para realizar a grande aventura da fé. Estêvão contrastou esse espírito aventureiro com o dos judeus de seus dias, cujo único desejo era deixar as coisas tal qual estavam e que consideravam Jesus e a seus seguidores como inovadores perigosos.
  • Insistiu em que os homens adoraram a Deus muito antes de haver um templo. Para os judeus este lugar era o mais sagrado de todos. A insistência de Estêvão no fato de que Deus não reside exclusivamente em algum templo feito por mãos do homem foi um duro golpe para o que todo o seu povo considerava sagrado.
  • Estêvão insistiu em que quando os judeus crucificaram a Jesus o que tinham feito era somente coroar uma política que seguiram através de toda sua historia nacional; porque através de todos os tempos açoitaram os profetas e abandonaram os líderes que Deus tinha chamado. Estas eram verdades duras para homens que criam ser os escolhidos, e não é nada estranho que se enfurecessem tanto ao ouvi-las. Devemos levar em conta estes pontos recorrentes ao estudar a defesa de Estêvão.

  • Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Atos Capítulo 6 versículo 9
    Sinagoga dos Libertos: Durante o domínio romano, o termo “liberto” era usado para se referir a uma pessoa que tinha sido libertada da escravidão. Alguns acreditam que os membros dessa sinagoga eram judeus que tinham sido escravizados pelos romanos e mais tarde foram libertados. Outros acreditam que eles eram prosélitos que tinham sido escravos.


    Dicionário

    Chamada

    chamada s. f. 1. Ação de chamar; chamamento, chamado. 2. Prolação em voz alta do nome de diferentes pessoas, para verificar se estão presentes. 3. Mil. Antigo toque militar, com a finalidade de reunir as tropas. 4. Toque para reunir. 5. Tip. Sinal que o revisor põe nas provas para indicar a emenda a fazer. 6. Admoestação, censura, observação. 7. Pop. Puxão.

    Cilicia

    Província marítima ao sueste da Ásia Menor, cercada de altas cordilheiras. A parte oriental era notável pela sua beleza, fertilidade e suavidade do seu clima – e tornou-se, por isso, a residência favorita dos gregos, depois que a Grécia foi incorporada no império da Macedônia. A sua capital, Tarso, foi sede de uma celebrada escola de filosofia. Era a Cilícia, pela sua posição geográfica, a via de comunicação entre a Síria e o ocidente – e na idade apostólica estabeleceram-se os judeus ali em número considerável. Tarso era a terra natal de Paulo (At 9:11-30 – 21.39 – 22,3) – logo depois da sua conversão ele visitou a Cilícia (At 9:30Gl 1:21), dirigindo-se para ali outra vez por ocasião da sua segunda viagem missionária (At 15:41).

    Cilícia

    3ª pess. sing. pres. ind. de ciliciar
    2ª pess. sing. imp. de ciliciar
    Será que queria dizer cilícia?

    ci·li·ci·ar -
    (cilício + -ar)
    verbo transitivo e pronominal

    Penitenciar(-se) com cilício.


    Cilícia PROVÍNCIA romana da ÁSIA MENOR, ligada com a SÍRIA. Sua capital era Tarso (At 21:39).

    Disputar

    verbo transitivo direto e bitransitivo Competir; esforçar-se para conseguir algo desejado pelos demais: disputava o prêmio literário; disputou o emprego com o pai.
    verbo transitivo indireto Concorrer; participar de uma competição: eles disputam com os candidatos.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Fazer parte de uma competição esportiva: disputar uma luta; disputava o campeonato com os concorrentes.
    verbo transitivo direto e transitivo indireto Tentar obter ou guardar para si: algumas pessoas disputam espaço; as empresas disputam os melhores candidatos.
    verbo transitivo indireto e intransitivo Debater; argumentar contrariamente a: disputava com o aluno sobre história; o professor debate até persuadir os alunos.
    Etimologia (origem da palavra disputar). Do latim disputare.

    Disputar Discutir (Jo 6:52).

    Eram

    3ª pess. pl. pret. imperf. ind. de ser

    ser |ê| |ê| -
    (latim sedeo, -ere, estar sentado)
    verbo copulativo

    1. Serve para ligar o sujeito ao predicado, por vezes sem significado pleno ou preciso (ex.: o dicionário é útil).

    2. Corresponder a determinada identificação ou qualificação (ex.: ele era muito alto; ela é diplomata).

    3. Consistir em.

    4. Apresentar como qualidade ou característica habitual (ex.: ele é de manias; ela não é de fazer essas coisas).

    5. Estar, ficar, tornar-se.

    6. Exprime a realidade.

    7. Acontecer, ocorrer, suceder.

    8. Equivaler a determinado valor, custo ou preço (ex.: este relógio é 60€).

    verbo transitivo

    9. Pertencer a (ex.: o carro é do pai dele).

    10. Ter como proveniência (ex.: o tapete é de Marrocos).

    11. Preferir ou defender (ex.: eu sou pela abolição da pena de morte).

    verbo intransitivo

    12. Exprime a existência.

    13. Acontecer, suceder (ex.: não sei o que seria, se vocês se fossem embora).

    14. Indica o momento, o dia, a estação, o ano, a época (ex.: já é noite; são 18h00).

    verbo auxiliar

    15. Usa-se seguido do particípio passado, para formar a voz passiva (ex.: foram ultrapassados, tinha sido comido, fora pensado, será espalhado, seríamos enganados).

    nome masculino

    16. Aquilo que é, que existe. = ENTE

    17. O ente humano.

    18. Existência, vida.

    19. O organismo, a pessoa física e moral.

    20. Forma, figura.


    a não ser que
    Seguido de conjuntivo, introduz a condição para que algo se verifique (ex.: o atleta não pretende mudar de clube, a não ser que a proposta seja mesmo muito boa).

    não poder deixar de ser
    Ser necessário; ter forçosamente de ser.

    não poder ser
    Não ser possível.

    não ser para graças
    Não gostar de brincadeiras; ser valente.

    o Ser dos Seres
    Deus.

    qual é
    [Brasil, Informal] Expresão usada para se dirigir a alguém, geralmente como provocação (ex.: qual é, vai sair da frente ou não?).

    ser alguém
    Ser pessoa importante e de valia.

    ser com
    Proteger.

    ser dado a
    Ter inclinação para.

    ser da gema
    Ser genuíno.

    ser de crer
    Ser crível; merecer fé.

    ser humano
    O homem. = HUMANO

    ser pensante
    O homem.


    Estevão

    substantivo masculino Variedade de estêva.
    Etimologia (origem da palavra estevão). De estêva.

    substantivo masculino Variedade de estêva.
    Etimologia (origem da palavra estevão). De estêva.

    substantivo masculino Variedade de estêva.
    Etimologia (origem da palavra estevão). De estêva.

    Estêvão

    Estêvão [Coroa] - Um dos sete que foram escolhidos para cuidar do auxílio aos necessitados em Jerusalém (At 6:1-6). Foi pregador e operou milagres. Acusado de BLASFÊMIA, foi condenado à morte pelo SINÉDRIO, tornando-se o primeiro mártir cristão (At 7).

    (Gr. “riqueza” ou “coroa”). É um dos personagens mais proeminentes do Novo Testamento. O seu discurso é o mais longo do livro de Atos (At 7:2-53). Sua vida e trabalho são destacados em Atos 6:7, embora sua perseguição e morte sejam mencionadas mais tarde em Atos 11:19; tos 22:20.

    Estêvão chegou à proeminência nos primeiros dias da Igreja cristã, quando a comunidade se desenvolvia e experimentava os problemas e as dificuldades constantes. Uma das tensões surgidas foi em conseqüência da acusação de que as viúvas de origem grega eram esquecidas na distribuição diária de alimentos (At 6:1). Como resposta a essa crítica, os doze apóstolos reuniram toda a congregação, apresentaram abertamente o problema e propuseram uma solução razoável: “Escolhei, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio. Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra” (At 6:3-4). Essa proposta recebeu a aceitação geral de toda a comunidade e foram escolhidos sete homens de reputação irrepreensível para lidar com a situação. Dois dos principais membros deste grupo foram Estêvão e Filipe.

    Quando o problema foi contornado, a Igreja em Jerusalém experimentou um crescimento extraordinário: “De sorte que crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava rapidamente o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé” (At 6:7).

    Conforme Lucas esclarece, Estêvão estava profundamente envolvido em todo esse crescimento, especialmente na expansão da Igreja de Jerusalém para Antioquia (At 6:1-12:25). Lucas dedica uma considerável atenção ao testemunho de Estêvão (6:8 a 7:60), descrevendo em detalhes sua prisão (6:8-15), sua brilhante “defesa” (7:1-53) e seu martírio (7:54-60).

    Estêvão não somente era um homem prático, hábil em lidar com a administração da Igreja e a obra social, mas também interessado na pregação do Evangelho aos outros. Sua mensagem era acompanhada de maravilhosas demonstrações do poder de Deus, que lhe davam condições de operar “prodígios e grandes sinais entre o povo” (At 6:8). Isso dava à sua palavra uma notável credibilidade, mas também suscitava a oposição dos judeus conservadores, preocupados com o novo movimento cristão, e invejosos por causa da evidente popularidade de Estêvão e de seu carisma. A despeito da oposição, seus inimigos não “podiam resistir à sabedoria e ao espírito com que ele falava” (At 6:10). Determinados a atacar e enfraquecer seu trabalho, instigaram uma campanha sub-reptícia, ao fazer graves acusações contra Estêvão e alegar que blasfemava “contra Moisés e contra Deus” (At 6:11). Ao mobilizar as multidões contra ele e usar as alegações de falsas testemunhas, asseguraram que fosse preso, a fim de anular seu radiante testemunho de Cristo e transformá-lo em algo sinistro e hostil à Lei mosaica (6:14). O fato inegável, entretanto, é que Estêvão manteve sua compostura diante do Sinédrio, e seus inimigos reconheceram sua santidade: “...fixando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo” (At 6:15).

    O discurso de Estevão diante do Sinédrio é uma memorável recapitulação da história judaica e uma defesa ousada da fé cristã diante de seus acusadores. Foi questionado pelo sumo sacerdote se as acusações feitas contra ele eram verdadeiras ou falsas. Tinham afirmado ruidosamente: “Este homem não cessa de proferir blasfêmias contra este santo lugar e a lei. Pois o ouvimos dizer que esse Jesus de Nazaré há de destruir este lugar, e mudar os costumes que Moisés nos deu” (At 6:13-14). A resposta de Estêvão não representava uma tentativa de se livrar da perseguição ou do sofrimento; pelo contrário, foi uma magnífica confissão de sua fé em Cristo contra o pano de fundo do tratamento dispensado por Deus ao povo da Aliança através da história. O sermão realmente nos oferece uma “teologia bíblica” — um exame do Antigo Testamento à luz do advento de Cristo. Mostra um triste quadro de constantes escorregões por parte do povo de Deus e aponta a rejeição deles ao Messias prometido, como o trágico clímax de uma longa história de apostasia e desobediência (7:2-53).

    O discurso tem três partes principais: a primeira refere-se aos patriarcas (At 7:216); a segunda a Moisés (At 7:17-43); e a terceira ao Tabernáculo e ao Templo (7:44-50). Essa revisão histórica é seguida pela repreensão por manterem a mesma atitude com relação ao advento de Cristo (7:51-53), pela resposta furiosa do povo, ao apedrejá-lo (7:54 a 8:
    - 1a) e pela dispersão da Igreja de Jerusalém, em conseqüência da perseguição resultante (8:1b-4). Depois de pedir que prestassem atenção ao que tinha a dizer (At 7:1; cf. 22:1), Estêvão fez um relato da história sagrada desde Abraão e falou da maneira como Deus lidou com o grande antepassado do povo da aliança (7:2-8). O Todo-poderoso falara com o patriarca e lhe dera direção para ir à terra da promessa (At 7:3; cf. Gn 12:1-3). Abraão, em obediência à voz divina, saiu de Ur e estabeleceu-se em Harã, onde permaneceu até a morte de seu pai (At 7:4; cf. Gn 11:31-21:1-5; 15:7). Deus fizera promessas maravilhosas a Abraão, apesar de naquela época ainda não ter um filho (At 7:5; cf. Gn 12:7; Gn 13:15; Gn 15:2-18; Gn 16:1; Gn 17:8; etc.). Deus disse a Abraão: “A tua descendência será peregrina em terra alheia, e a sujeitarão à escravidão, e a maltratarão por quatrocentos anos” (At 7:6). o Senhor, contudo, julgaria seus opressores e levá-los-ia em segurança à Terra Prometida, onde eles o adorariam (At 7:7; cf. Gn 15:13-14; Ex 3:12). Era neste contexto de aliança que o ritual da circuncisão precisava ser entendido (At 7:8; cf. Gn 17:10-14); assim, no tempo determinado “Abraão gerou a Isaque, e o circuncidou ao oitavo dia. Isaque gerou a Jacó, e Jacó aos doze patriarcas” (At 7:8; cf. Gn 21:4).

    Semelhantemente, a história de José foi contada para lembrar a providência de Deus ao povo e preparar o cenário para a narrativa do poderoso livramento do Êxodo, sob a liderança de Moisés. Tanto um como o outro foram vítimas de inveja e rejeição nas mãos do povo (At 7:9-27, 35; cf. Gn 37:11; Ex 2:14; Ex 3:13-14). A despeito disso, Deus usou Moisés como “príncipe e juiz” de seu povo (At 7:35); de fato, a providência divina foi vista em seu nascimento (7:17-22), em seu tempo no deserto (7:23-29), em seu comissionamento (7:30-34) e no livramento do Egito (7:35-38), apesar da idolatria de Israel desde a época do cativeiro (7:39-43).

    A parte final da revisão histórica lida com o contraste entre o Tabernáculo e o Templo (At 7:44-50). Estêvão claramente se opôs a uma visão estática da vida de Israel, em favor de uma visão dinâmica do povo de Deus durante a peregrinação. A repreensão no final foi uma tentativa de fazer com que os judeus encarassem sua dureza de coração e a rebelião que mantinham contra o Espírito Santo (7:51-53). Realmente, era um chamado ao arrependimento e à fé, o qual lamentavelmente caiu em ouvidos surdos. Acusou sua audiência de traidores e assassinos do “Justo” (Jesus Cristo). Numa explosão de fúria, eles o atacaram, arrastaram-no para fora da cidade e o apedrejaram até a morte (7:54,58). Estêvão morreu na presença de Saulo de Tarso, o qual “também... consentia na morte dele” (7:60; 8:1). Posteriormente, Paulo tornou-se cristão (9:1-19; 22:1-21; 26:2-23). A morte de Estêvão provavelmente foi um dos “aguilhões” que o levaram a Cristo (26:14).

    Vários aspectos são notados aqui. Primeiro, Estêvão, o “protomártir”, agiu como seu Senhor. Falou a verdade em seu julgamento (At 7:51-53; cf. Jo 18:37), perdoou seus agressores (At 7:60; cf. Lc 23:34), clamou em voz alta (Lc 23:46) e entregou seu espírito (At 7:59; cf. Lc 23:46; Sl 31:5). Esta entrega recebeu uma ênfase cristocêntrica em Atos, a qual é particularmente surpreendente: “Senhor Jesus, recebe o meu espírito” (At 7:59). Estêvão viveu, sofreu e morreu por Cristo; no momento da morte, olhou para o Senhor para a vindicação final.

    Dois outros elementos também são notados. Um é o testemunho de Estêvão. Em seu primeiro livro, Lucas registrara as palavras de Jesus: “Digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos homens também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus” (Lc 12:8s; cf. Mt 10:32s). Estêvão, diante de seu martírio, reivindicou ousadamente essa promessa e pediu a Jesus, o Filho do homem, que o reconhecesse no céu, na presença de Deus, como verdadeiro discípulo. Seu pedido foi concedido e ele exclamou: “Olhai! Eu vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à direita de Deus” (At 7:56). O outro é o fato de que a vida de Estêvão estava claramente sob o total controle do Espírito Santo. Esse papel do Espírito é evidente em sua indicação (At 6:3-5), em seu poderoso testemunho de Cristo (6:9,10), em suas obras poderosas e sinais miraculosos (6:
    8) e em seu discurso corajoso diante do Sinédrio (7:2-53).

    O heroísmo e a coragem de Estêvão diante dos oponentes e sua atitude amorosa para com os inimigos — tudo isso faz dele um modelo digno de um discípulo fiel, um obreiro efetivo e um nobre mártir. Sua história tem grande relevância hoje, quando, no presente século, são martirizados mais cristãos do que em qualquer outra época da era cristã.

    A.A.T.


    Coroa. Judeu helenista, que foi o primeiro mártir cristão. Ele é mencionado em primeiro lugar, entre os sete da ‘igreja de Jerusalém’ como homem ‘cheio de fé e do Espírito Santo’, ‘cheio de graça e poder’, que fazia muitos milagres (At 6:5-8). Havendo discussões sobre as doutrinas da fé cristã, foi Estêvão escolhido para responder aos opositores helenistas da jovem igreja (vers.
    9) – mas as palavras de sabedoria cristã do notável evangelista produziram a sua prisão. Levado ao Sinédrio, o discurso proferido em sua própria defesa levantou uma terrível hostilidade contra ele. Foi por isso apedrejado, e, já moribundo, invocou ao Senhor e orou pelos seus assassinos (At 7:58-60). A perseguição então iniciada trouxe notáveis resultados para a igreja (At 8:1-4 – 11.19).

    Levantar

    verbo transitivo direto e pronominal Pôr ao alto; erguer: levantar uma mesa; levantou-se do sofá.
    verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Erguer do chão; dar mais altura a; apanhar, hastear: levantar uma casa, uma bandeira; levantou um muro na sala; o carro não se levanta sozinho!
    verbo transitivo direto e intransitivo Aumentar a intensidade de; reforçar: levantou a voz; sua voz levantou.
    verbo bitransitivo Levar na direção mais alta; elevar: levantar a cabeça para ver melhor.
    verbo transitivo direto Expor como uma ideia; sugerir: levantar questões.
    Espalhar em várias direções; dispersar: o carro levantou muita poeira.
    Incentivar uma rebelião; revoltar: discursos inflamados levantaram o povo.
    Reunir em grande quantidade; arrecadar: levantar recursos para a igreja.
    Passar a possuir; receber: foi ao banco e levantou vultosa soma.
    Dar por findo; encerrar: levantar a sessão.
    Elogiar muito algo ou alguém; enaltecer: levantou seus feitos no livro.
    Elevar-se nos ares (o avião); voar: levantar voo.
    verbo intransitivo Deixar de chover: o tempo levantou.
    verbo pronominal Pôr-se de pé; erguer-se; acordar: levanto-me cedo.
    Voltar a ter boa saúde: levantei-me depois daquela doença.
    Exaltar-se; manifestar-se: a opinião pública facilmente se levanta.
    Levantar-se contra alguém; insultar: meu filho se levantou contra mim.
    Erguer-se no horizonte: o Sol ainda não se levantou.
    verbo transitivo direto predicativo Eleger uma pessoa em detrimento dos demais: Canudos levantou Antônio Conselheiro seu líder.
    Etimologia (origem da palavra levantar). Do latim levantare, "erguer".

    Sinagoga

    substantivo feminino Templo onde os judeus se reúnem para o exercício de seu culto.
    Assembléia de fiéis na religião judaica.

    Assembléia. A sua significação literal é a de uma convenção ou assembléia. A palavra, como no caso de ‘igreja’, veio a significar o próprio edifício, onde a assembléia se reunia. ‘Assembléias’ locais para instrução da Lei, e para culto, existiam desde tempos muito afastados, como eram, por exemplo, ‘as casas dos profetas’ (1 Sm 10.11 – 19.20 a 24 – 2 Rs 4,1) – e durante o cativeiro não eram raras as reuniões dos anciãos de israel (*veja Ez 8:1 e passagens paralelas) – as verdadeiras sinagogas parece terem-se formado mais tarde, na dispersão. Desde o ano 200 (a.C.), mais ou menos, começou a desenvolver-se na Palestina este gênero de assembléia com uma sistemática organização, multiplicando-se os edifícios próprios para os serviços religiosos. Estavam estas assembléias intimamente relacionadas com a obra dos escribas, como sendo instituições para instruir o povo na Lei e ensinar a sua aplicação na vida diária. Nas sinagogas, os custosos rolos das Escrituras, escritos pelos escribas, eram cuidadosamente guardados numa caixa ou arca, que de um modo visível estava voltada para o povo que se achava sentado. Havia serviços regulares todos os sábados, e também no segundo e quinto dia da semana. Uma especial importância era dada nestes serviços à leitura da Lei e dos Profetas – e também se faziam orações, exortações, explicações, e se davam esmolas. Como o conhecimento da antiga língua hebraica foi a pouco e pouco extinguindo-se, tinha a leitura de indicadas porções da Escritura de ser acompanhada da respectiva tradução em aramaico, ou talvez mesmo em grego, que parece ter sido uma língua entendida ao norte da Palestina no tempo de Jesus Cristo. As sinagogas eram não somente lugares de culto, mas também escolas, onde as crianças aprendiam a ler e a escrever – e serviam, também, de pequenos tribunais de justiça, nos quais a sentença não só era dada mas executada (Mt 10:17). Geralmente a sinagoga estava sob a direção dos ‘anciãos’ (Mc 7:3), sendo o primeiro deles chamado algumas vezes o príncipe ou o chefe daquelas assembléias (Lc 13:14At 13:15). os lugares dos anciãos, e dos principais, eram em frente da arca, estando eles voltados para a congregação. os anciãos tinham o poder de disciplinar, de excomungar e de açoitar – e eram eles, ou os principais, que na ocasião do serviço religioso convidavam pessoas de consideração para ler, ou orar, ou pregar. A coleta era levantada por dois ou mais indivíduos, e havia um ‘ministro’ (assistente), (Lc 4:20), que tinha sob o seu cuidado os livros sagrados, e cumpria os simples deveres de guarda. A ordem do culto nas sinagogas assemelhava-se muito à que se acha descrita em Ne 8:1-8, devendo comparar-se esta passagem com a de Lc 4:16-20. As sinagogas eram muito numerosas. Em qualquer povoação, em que vivia um certo número de judeus, tratando dos seus negócios, ali havia uma sinagoga. As companhias comerciais também possuíam a sua própria sinagoga, e até pessoas estranhas as construíam para os da sua própria nação. E por isso se fala em sinagogas ‘dos Cireneus, dos Alexandrinos, e dos da Cilícia e Ásia’, sendo essas pessoas do gênero daquelas que desses países numa ocasião subiram a Jerusalém (At 6:9). No tempo de Jesus Cristo era raro o país, em todo o império romano, onde não fosse encontrada uma sinagoga.

    Sinagoga (do grego synagogê, assembléia, congregação) – Um único templo havia na Judéia, o de Salomão, em Jerusalém, onde se celebravam as grandes cerimônias do culto. Os judeus, todos os anos, lá iam em peregrinação para as festas principais, como as da Páscoa, da Dedicação e dos Tabernáculos. Por ocasião dessas festas é que Jesus também costumava ir lá. As outras cidades não possuíam templos, mas apenas sinagogas: edifícios onde os judeus se reuniam aos sábados, para fazer preces públicas,sob a chefia dos anciãos, dos escribas,ou doutores da Lei. Por isso é que Jesussem ser sacerdote, ensinava aos sábadosnas sinagogas.Desde a ruína de Jerusalém e a disper-são dos judeus, as sinagogas, nas cida-des por eles habitadas, servem-lhes detemplos para a celebração do culto
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•


    Sinagoga Casa de oração dos judeus, que começou a existir provavelmente durante o CATIVEIRO. As sinagogas se espalharam pelo mundo bíblico. Nelas, adultos e crianças adoravam a Deus, oravam e estudavam as ESCRITURAS (Lc 4:16-30). A doutrina cristã se espalhou entre os judeus por meio das sinagogas (At 13:13-15) , cuja organização e forma de culto foram adotadas pelas igrejas cristãs.

    Sinagoga Lugar do culto judaico. A palavra é de origem grega e designa um local de reunião. O termo hebraico para essa palavra é bet ha-kneset (casa de reunião). Aparece já no exílio babilônico após a primeira destruição do Templo, embora alguns estudiosos considerem que Jr 39:8 poderia ser uma referência antecipada a essa palavra.

    Nesses locais de reunião, os judeus liam e estudavam a Bíblia, oravam e encontravam consolo em seu exílio. Antes do ano 70, já existiam umas 400 sinagogas somente em Jerusalém e umas 1.000 na diáspora. Depois dessa época, a sinagoga substituiu o Templo e se transformou no centro da vida judaica. Com o passar do tempo, a sinagoga modificou-se arquitetonicamente, mas conservou, sem dúvida, uma estrutura básica que consistia em uma arca sagrada (arón hakodesh), em um muro oriental ou de frente a ele (mizraj), em direção a Jerusalém em frente da entrada (Ber. 30a, Tosef. a Meg. 4.22); em uma bimah no centro ou voltado para trás; e em um ner tamid ou lâmpada perene pendurada diante da arca para simbolizar a menorah — ou candelabro de sete braços — do Templo. Também o setor de mulheres (ezrat nashim) encontrava-se separado dos homens por uma divisão, ou era construído em forma de galeria. A arca continha rolos sagrados (Sefer Torah) e diversos objetos religiosos. Junto a ela, ficavam os assentos de honra para os rabinos e fiéis ilustres.

    Jesus freqüentou as sinagogas e utilizou-as como lugar de pregação (Mc 1:39; Lc 4:44). Na de Nazaré, iniciou seu ministério público (Lc 4:16-22). As sinagogas foram também cenário de seus confrontos com demônios (Lc 4:31ss.) e de seus milagres (Mc 3:1ss).

    J. Peláez del Rosal, La sinagoga, Córdoba 1988; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; E. Schürer, o. c.; f. Murphy, o. c.; S. Sandmel, Judaism...; E. P. Sanders, Judaism...


    ásia

    1ª pess. sing. pret.imperf. ind. de asir
    3ª pess. sing. pret.imperf. ind. de asir

    a·sir -
    verbo transitivo

    Agarrar; empunhar.


    A origem da palavra "Ásia" não é consensual mas é geralmente atribuída à palavra babilônica asu (sair ou subir), referindo-se ao sol. Uma vez que o sol nasce a oriente na perspectiva da Babilônia nasceria do lado do continente asiático. Numa outra perspectiva o nome Ásia provém do nome dado pelos Gregos às planícies de Éfeso na Anatólia (a parte asiática da Turquia e que significa em Grego «nascer-do-sol) e mais tarde abarcou todas as terras para lá da região.

    Província romana, que compreendiaapõe-nas a parte ocidental do que hoje é conhecido com o nome de península da Ásia Menor, e da qual era Éfeso a capital. Esta província teve a sua origem na doação de Atalo, rei de Pérgamo, ou rei da Ásia, que em testamento legou à república romana os seus domínios hereditários, a oeste da península (133 a.C.). A fronteira foi um tanto alterada, vindo a Ásia a constituir a província, que no tempo de Augusto era governada por um procônsul. Continha muitas cidades importantes, entre as quais estavam as sete igrejas do Apocalipse. os ‘príncipes da Ásia’ (At 19:31), ou asiarcas, eram oficiais da província, encarregados de dirigir os jogos públicos e as festividades religiosas. Não se sabe se este cargo era anual ou conservado por quatro anos.

    Ásia PROVÍNCIA romana onde estavam localizadas as sete igrejas mencionadas em (Rev 1—3:) Sua capital era Éfeso (At 20:16). Era limitada ao norte pela Bitínia; a leste, pela Galácia; ao sul, pela Lícia; e a oeste pelo mar Egeu. Ásia, no NT, é sempre essa província .

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    ἀνίστημι δέ τίς ἐκ συναγωγή ὁ λέγω Λιβερτίνος καί Κυρηναῖος καί Ἀλεξανδρεύς καί ἀπό Κιλικία καί Ἀσία συζητέω Στέφανος
    Atos 6: 9 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Então, levantaram-se alguns da sinagoga, que é chamada a sinagoga dos Libertos, e dos cireneus, e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão.
    Atos 6: 9 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    31 d.C.
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1537
    ek
    ἐκ
    o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
    (Gilgal)
    Substantivo
    G221
    Alexandreús
    Ἀλεξανδρεύς
    um príncipe de Judá, um filho de Hur que foi usado por Deus para preparar o tabernáculo
    (of Uri)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2791
    Kilikía
    Κιλικία
    silenciosamente, secretamente n m
    (secretly)
    Substantivo
    G2956
    Kyrēnaîos
    Κυρηναῖος
    perseguir, afugentar, ser contínuo
    (a continual)
    Verbo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3032
    Libertînos
    Λιβερτῖνος
    (Qal) lançar sortes, deitar sortes n
    (they have cast)
    Verbo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G450
    anístēmi
    ἀνίστημι
    um filho de Davi
    (and Eliada)
    Substantivo
    G4736
    Stéphanos
    Στέφανος
    compra
    (or bought)
    Substantivo
    G4802
    syzētéō
    συζητέω
    procurar ou examinar junto
    (to question)
    Verbo - presente infinitivo ativo
    G4864
    synagōgḗ
    συναγωγή
    subida, oráculo, fardo, porção, levantamento
    ([and sent] portions)
    Substantivo
    G5100
    tìs
    τὶς
    alguém, uma certa pessoa
    (something)
    Pronome interrogatório / indefinido - neutro acusativo singular
    G575
    apó
    ἀπό
    onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
    (and where)
    Advérbio
    G773
    Asía
    Ἀσία
    A própria Ásia ou a Ásia proconsular, que inclue Mísia, Lídia, Frígia e Cária,
    (Asia)
    Substantivo - feminino acusativo singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἐκ


    (G1537)
    ek (ek)

    1537 εκ ek ou εξ ex

    preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

    1. de dentro de, de, por, fora de

    Ἀλεξανδρεύς


    (G221)
    Alexandreús (al-ex-and-reuce')

    221 Αλεξανδρευς Alexandreus

    originário de (a cidade assim chamada); n m

    1. um nativo ou residente de Alexandria no Egito

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    Κιλικία


    (G2791)
    Kilikía (kil-ik-ee'-ah)

    2791 Κιλικια Kilikia

    provavelmente de origem estrangeira; n pr loc

    Cilícia = “a terra de Celix”

    1. província marítima ao sudeste da Ásia Menor, cercada pela Panfília ao oeste, Licaônia e Capadócia ao norte, e Síria ao leste. Sua capital, Társo, era a cidade de nascimento de Paulo

    Κυρηναῖος


    (G2956)
    Kyrēnaîos (koo-ray-nah'-yos)

    2956 Κυρηναιος Kurenaios

    de 2957; n pr m

    1. natural de Cirene

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    Λιβερτῖνος


    (G3032)
    Libertînos (lib-er-tee'-nos)

    3032 λιβερτινος Libertinos

    de origem latina; TDNT - 4:265,533; n m

    alguém libertado da escravidão, um liberto, ou o filho de um homem livre

    Liberto. Refere-se a judeus (de acordo com Filo) que tinham se tornado cativos dos romanos sob Pompeu, mas que foram posteriormente tornados livres; e que, embora tivessem fixado sua residência em Roma, construíram por sua própria conta um sinagoga em Jerusalém, a qual freqüentavam quando estavam naquela cidade. O nome Libertos é associado a estas pessoas para distingui-las dos judeus nascidos livres que tinham subseqüentemente estabelecido sua residência em Roma. Evidências parecem ter sido descobertas da existência de uma “sinagoga dos Libertos” em Pompéia.



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ἀνίστημι


    (G450)
    anístēmi (an-is'-tay-mee)

    450 ανιστημι anistemi

    de 303 e 2476; TDNT - 1:368,60; v

    1. fazer levantar, erguer-se
      1. levantar-se do repouso
      2. levantar-se dentre os mortos
      3. erguer-se, fazer nascer, fazer aparecer, mostrar
    2. levantar, ficar de pé
      1. de pessoas em posição horizontal, de pessoas deitadas no chão
      2. de pessoas sentadas
      3. daquelas que deixam um lugar para ir a outro
        1. daqueles que se preparam para uma jornada
      4. quando referindo-se aos mortos
    3. surgir, aparecer, manifestar-se
      1. de reis, profetas, sacerdotes, líderes de rebeldes
      2. daqueles que estão a ponto de iniciar uma conversa ou disputa com alguém, ou empreender algum negócio, ou tentar alguma coisa contra outros
      3. levantar-se contra alguém

    Στέφανος


    (G4736)
    Stéphanos (stef'-an-os)

    4736 στεφανος Stephanos

    o mesmo que 4735; n pr m Estevão = “coroado”

    1. um dos setes diáconos em Jerusalém e o primeiro mártir cristão

    συζητέω


    (G4802)
    syzētéō (sood-zay-teh'-o)

    4802 συζητεω suzeteo

    de 4862 e 2212; TDNT - 7:747,1099; v

    procurar ou examinar junto

    no NT, discutir, disputar, questionar


    συναγωγή


    (G4864)
    synagōgḗ (soon-ag-o-gay')

    4864 συναγωγη sunagoge

    da (forma reduplicada de) 4863; TDNT - 7:798,1108; n f

    1. ajuntamento, recolhimento (de frutas)
    2. no NT, uma assembléia de homens
    3. sinagoga
      1. assembléia de judeus formalmente reunidos para ofertar orações e escutar leituras e exposições das escrituras; reuniões deste tipo aconteciam todos os sábados e dias de festa; mais tarde, também no segundo e quinto dia de cada semana; nome transferido para uma assembléia de cristãos formalmente reunidos para propósitos religiosos
      2. as construções onde aquelas assembléias judaicas solenes eram organizadas. Parece ser que as sinagogas tiveram sua origem durante o exílio babilônico. Na época de Jesus e dos apóstolos, cada cidade, não apenas na Palestina, mas também entre os gentios, se tivesse um considerável número de habitantes judeus, tinha pelo menos uma sinagoga. A maioria das sinagogas nas grandes cidades tinha diversas, ou mesmo muitas. As sinagogas eram também usadas para julgamentos e punições.

    Sinônimos ver verbete 5897


    τὶς


    (G5100)
    tìs (tis)

    5101 τις tis

    τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Possui relação com τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    ἀπό


    (G575)
    apó (apo')

    575 απο apo apo’

    partícula primária; preposição

    1. de separação
      1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
      2. de separação de uma parte do todo
        1. quando de um todo alguma parte é tomada
      3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
      4. de um estado de separação. Distância
        1. física, de distância de lugar
        2. tempo, de distância de tempo
    2. de origem
      1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
      2. de origem de uma causa

    Ἀσία


    (G773)
    Asía (as-ee'-ah)

    773 Ασια Asia

    de derivação incerta; n pr loc Ásia = “oriente”

    1. A própria Ásia ou a Ásia proconsular, que inclue Mísia, Lídia, Frígia e Cária, correspondendo aproximadamente à Turquia de hoje